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Forum Oficina Brasil
TV Oficina Brasil Editorial
ANO XXIV NÚMERO 282 AGOSTO 2014
Avaliação do Reparador
Pág. 87 Fiat Doblò é velha conhecida dos reparadores, assim como seus defeitos recorrentes.
Consultor OB
Pág. 84
Em breve na sua oficina
Acompanhe a parte do final do processo de diagnóstico e reparo da transmissão automática do Jeep Grand Cherokee Laredo.
Lançamento
JAC T8 é a aposta da montadora chinesa para um nicho de mercado. Reparadores avaliaram o veículo. Pág. 52
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Duelo de Forças Nesta edição, a disputa é entre as transmissões automáticas Honda e Toyota. Quem você acha que levou a melhor? Pág. 42
Pág. 46 Novo Sandero é o mais recente lançamento da Renault para nosso mercado. Veja na matéria quais são as nossas primeiras impressões.
www.oficinabrasil.com.br Agosto 2014
EXPEDIENTE / EDITORIAL
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DIRETOR GERAL Cassio Hervé GERAÇÃO DE CONTEÚDO Jornalistas: Fernando Naccari (MTB0073980/SP) Marcelo L. D. S. Gabriel (MTB 36065/ SP) Margarida Putti (MTB 32392/RJ) Consultores Técnicos: Paulo Handa e Paulo Munhoz COMERCIAL: ÁREA CORPORATE (NACIONAL) Gerente de Atendimento: Ernesto de Souza Executivo de Contas: Carlos Souza ÁREA VAREJO (NACIONAL) Gerente de Contas: Aliandra Artioli Consultoras de Vendas Jr: Iara Rocha FINANCEIRO Gerente: Junio do Nascimento Coordenadora: Mariana Tarrega Assistente: Rodrigo Castro GESTÃO DE PESSOAS Analista: Vivian C. Pereira QUALIFICAÇÃO DE ASSINANTES (DATABASE) Gerente: Alexandre P. Abade CENTRAL DE ATENDIMENTO AO LEITOR Karila Tremontino e Euda Grasiane da Silva Souza PRODUÇÃO GRÁFICA: J1 Agência Digital PRÉ-IMPRESSÃO E IMPRESSÃO: D´ARTHY Editora e Gráfica Ltda.
:: Fale conosco PARA ANUNCIAR anuncie@oficinabrasil.com.br REDAÇÃO redacao@oficinabrasil.com.br INTERNET site@oficinabrasil.com.br RH rh@oficinabrasil.com.br GUIA DE OFICINAS BRASIL guia@oficinabrasil.com.br CINAU cinau@cinau.com.br ATENDIMENTO AO LEITOR leitor@oficinabrasil.com.br De 2ª a 6ª, das 8h30 às 18h Tel.: (11) 2764-2880 CARTAS Rua Joaquim Floriano, 733 - 4º andar Itaim Bibi - São Paulo/SP CEP: 04534-012 Fax: (11) 2764-2850
:: Editorial
Blindagem contra crises Estou escrevendo este editorial enquanto a discussão (estampada na mídia) entre economistas gira em torno de uma eventual “recessão técnica” de nossa economia. Recessão eu sei o que é, ou seja, crescimento nulo ou negativo, já o “técnica”, colocado como adjetivo, me parece mais coisa “política” do que prática. De qualquer maneira, afora estas “chicanas semânticas” a situação da economia brasileira é ruim, e se pensarmos em termos da indústria automotiva - cenário onde estamos inseridos – a coisa está mesmo preta, e os números de carros vendidos já apresentam quedas da ordem de mais de 10% em relação ao ano passado. Enquanto isso... lendo o site do VALOR ECONÔMICO (03/06) dou de cara com a seguinte manchete: “Quando o mercado vai bem, nós vamos mal. Quando o mercado vai mal nós vamos bem..” frase proferida pelo empresário Sergio Comollatti, que prevê crescimento, em 2014, entre 3 e 5% do Grupo que preside. Diante da dinâmica de geração de negócios na nossa cadeia de reposição, a projeção otimista do Presidente do Grupo Comolatti - que é o maior conglomerado brasileiro de distribuição de componentes automotivos para o mercado de reposição independente - ratifica a percepção que temos dos serviços de reparo como o “bem substituto” nas épocas de crise. Ainda invocando a dinâmica dos negócios no aftermarket, se o Grupo Comolatti estima crescer em 2014, é porque – lá na outra ponta, na oficina, ou seja, o nascedouro da demanda – o serviço e a aplicação de peças está igualmente crescendo, pois donos de carros não podem prescindir de seus veículos rodando. Tal realidade prova que nosso mercado é efetivamente um porto seguro na crise, e se este cenário negativo para a economia brasileira persistir (como preveem alguns economistas), e diante do gigantesco “estoque reparável” de veículos, não há exagero em antever ventos favoráveis para os negócios no aftermarket nos próximos dois anos. Para comprovar os “humores” do mercado nossa colaboradora,
Jornal Oficina Brasil é uma publicação do Grupo Oficina Brasil. Trata-se de uma mídia impressa baseada em um projeto de marketing direto para comunicação dirigida ao segmento profissional de reparação de veículos. Circulando no mercado brasileiro há 21 anos, é considerado pelo Mídia Dados como o maior veículo segmentado do país. Esclarecemos e informamos aos nossos leitores, e a quem possa interessar, que todos os conteúdos escritos por colaboradores publicados em nosso jornal são de inteira e total responsabilidade dos autores que os assinam. O jornal Oficina Brasil verifica preventivamente e veta a publicação do material que recebe, somente no que diz respeito à adequação e ao propósito a que se destina, e quanto a questionamentos e ataques pessoais, sobre a moralidade e aos bons costumes. As opiniões publicadas em matérias ou artigos assinados não apresentam a opinião do jornal, podendo até ser contrária a ela. Nós apoiamos: Filiado a:
jornalista e empresária Dirce Boer foi a campo ouvir representantes dos principais agentes do mercado (fabricantes, distribuidores, lojas e concessionários). Veja matéria na página 36. Com muita clareza e foco Dirce Boer reporta as percepções dos entrevistados, assim é possível tirar nossas próprias conclusões sobre o que esperar do aftermarket nacional em 2014, ano “fatídico” que além do risco de experimentar uma “recessão técnica” do PIB, viveu a Copa do Mundo e já sente os impactos das eleições de outubro. Sem dúvida alguma, se o aftermarket confirmar crescimento em 2014, como muitos dos entrevistados já experimentam, teremos a comprovação de que nossa indústria é blindada, à prova de crises. Esta é a boa notícia para nós que estamos “abrigados” na cadeia de pós-venda, porém não podemos nos iludir, pois se o mercado é à prova de crises é hora – mais do que nunca - de olhar para dentro de nossas empresas e conferir o grau de eficiência de nossos negócios. Pois se o cenário é de crescimento, temos a obrigação de crescer também, e se crescermos só poderemos comemorar se soubermos o quanto o aftermarket efetivamente crescerá em 2014, pois, sem este dado podemos “celebrar” uma taxa inferior à real do mercado de reposição. E sob este aspecto o ganho torna-se perda, pois nossa concorrência certamente cresceu mais e no final das contas, perdemos share. Assim, quem pode confirmar e oferecer a “prova dos nove” para comprovar o crescimento real do aftermarket é o elo “cliente” da cadeia de reposição, ou seja a oficina mecânica. Por meio da análise do comportamento da oficina - comprovadamente o principal nascedouro da demanda de autopeças em nosso mercado – saberemos, com segurança, quanto o aftermarket cresceu. Logo, não basta comemorar a fato de estarmos inseridos numa indústria à prova de crises, é tempo de conferirmos a blindagem de nossas empresas. Boa leitura! Cassio Hervé Diretor do Grupo Oficina Brasil Ilustração: Ronald Teixeira Martins
:: Expediente
DADOS DESTA EDIÇÃO • Tiragem: 59 mil exemplares • Distribuição nos Correios: 57.647 (até o fechamento desta edição) • Percentual de circulação auditada (IVC): 97,7%
Este impresso é resultado da parceria entre Oficina Brasil do Grupo Germinal e D´ARTHY Gráfica, empresas comprometidas com o meio-ambiente e com a sustentabilidade do planeta. O selo FSC é garantia de que o papel utilizado nesta obra provém de manejo florestal responsável.
COMPROMISSO COM O ANUNCIANTE O Oficina Brasil oferece garantias exclusivas para a total segurança dos investimentos dos anunciantes. Confira abaixo nossos diferencias: 1º. Auditoria permanente do IVC (Instituto Verificador de Circulação) garante que o produto está chegando às mãos do assinante; 2º. Registro no Mídia Dados 2013 como o maior veículo do segmento do País; 3º. Publicação de Balanço Anual (edição de fevereiro 2013 e disponível em nosso site) contendo uma informação essencial para a garantia do anunciante e não revelada pela maioria dos veículos, como o custo de distribuição (Correio); 4º. No Balanço Anual é possível conferir as mutações do database de assinantes comprovando permanente atualização dos dados de nossos leitores; 5º. Oferecemos mecanismos de marketing direto e interativo, que permitem mensuração de retorno por meio de anúncios cuponados e cartas resposta; 6º. Certificado de Garantia do Anunciante, que assegura o cancelamento de uma programação de anúncios, a qualquer tempo e sem multa, caso o retorno do trabalho fique aquém das expectativas do investidor; 7º. Anúncios do tipo Call to Action (varejo), em que é possível mensurar de forma imediata o retorno da ação. Para anunciar ou obter mais informações sobre nossas ações de marketing direto fale com o nosso departamento comercial pelo telefone (11) 2764-2852 ou pelo e-mail anuncie@oficinabrasil.com.br
oficina brasil
AVAlIAçãO DO REPARADOR Fiat Doblò
:: TécNIcAS
Fundo do baú: Dodge Dart é o clássico dos anos 70
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:: cOlUNAS 52
EM bREVE NA SUA OFIcINA JaC t8
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cONSUlTOR Ob transmissão automática Cherokee - final
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DIRETO DO FóRUM Relatos de reparadores no site
65
SENSOR DE TEMPERATURA DO MOTOR DA HONDA TITAN 150 Paulo José de Souza
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ESTAbIlIDADE VEIcUlAR – DETAlHES DA TEcNOlOgIA DE SUSPENSãO ElETRôNIcA Humberto Manavella
70
DIAgRAMAS EléTRIcOS DO FIAT DOblò 1.8 16V FlEx E.TORQ DE 2010 EM DIANTE Válter Ravagnani
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:: cARROS 87
www.oficinabrasil.com.br agosto 2014
íNDIcE
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:: REPORTAgENS 34
ENTREVISTA ogeny Pedro Maia Neto da Rede Âncora
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lANçAMENTOS Novo Sandero
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REPARADOR DIESEl Válvula reguladora de pressão
Veículo traz boas recordações do sucesso absoluto de um modelo que foi ícone do seu tempo. Seu perfil elegante e esportivo atrai colecionadores
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:: Números cAl (Central de Atendimento ao Leitor)
Atendimento
Agradecimento
“Gostaria de agradecer pelo atendimento e comprometimento da equipe do Jornal oficina brasil em solucionar as nossas dificuldades e dúvidas, a fim de nos proporcionar total confiança. obrigado aos atendentes do jornal, mas especificamente, a atenção da Karila, que conseguiu suprir todos os meus questionamentos!” Ivan Nunes - Mecânica In Realengo – Rio de Janeiro (RJ)
“obrigado pela confiança e reconhecimento de nosso trabalho. Não tenho dúvidas em afirmar que o Jornal oficina brasil é completíssimo, especializado e principalmente, fala a nossa linguagem” cezar de cesaro São Jorge Truck center ltda – Toledo - Paraná (PR)
Shell “Parabéns a toda equipe do Jornal oficina brasil pela grande parceria do reparador Shell e pelo projeto autoridade em combustíveis. Sou muito grato às duas gigantes do segmento pelas portas abertas ao conhecimento” Islanilton Pereira Jacinto M Automotive - Maceió (Al)
Assinatura “agradeço pela aprovação da assinatura, pois com isso ficaremos mais informados sobre o mercado da mecânica automotiva. Ficamos honrados em receber o melhor jornal de informação no mundo da reparação. Grato” givalda Eusenia da Paz gomesboa Vista Auto Elétrica - Teresina (PI)
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Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo
INFORMATIVO Agosto 2014
Sindirepa-SP há mais de 75 anos a serviço do setor de reparação de veículos Criado, há mais de 75 anos, para representar legitimamente do setor de reparação de veículos e atuar no desenvolvimento e fortalecimento da categoria, o Sindirepa-SP realiza diversas parcerias para oferecer capacitação profissional, atualização tecnológica para as empresas, bem como oferece informações sobre as tendências de mercado, legislação e normas técnicas. O Sindirepa-SP - Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo - que tem como objetivo defender os interesses da categoria e promover o desenvolvimento sustentável do setor, já alcançou inúmeras conquistas, desde 1935, sendo reconhecido pelo governo federal, e passou a ser representante legal da categoria em 1941. Representando mais de 15 mil oficinas no Estado de São Paulo, a entidade oferece serviços e busca por soluções para tornar as empresas da reparação cada vez mais competitivas no mercado. Por isso, a entidade firma diversas parcerias com instituições de ensino, consultorias e fornecedores de softwares e equipa-
mentos, oferecendo aperfeiçoamento profissional e tecnológico e também na área jurídica. Na área de capacitação profissional, possui parcerias com várias universidades, como, por exemplo, Senai-SP, Sebrae-SP, entre outros. Criou também o programa Empresa Amiga da Oficina para estreitar ainda mais o relacionamento com fabricantes
de autopeças e equipamentos. O Sindirepa-SP também disponibiliza aos associados informações jurídicas, sobre Normas Técnicas – ABNT, participa de convenções coletivas de trabalho e de feiras do setor, confecciona manuais técnicos e administrativos e organiza debates e fóruns para esclarecer eventuais dúvidas sobre os mais variados temas relacionados à gestão das oficinas.
Com a finalidade de manter o setor atualizado, o Sindirepa-SP tem canal de comunicação com os associados por meio de informativo impresso e boletins eletrônicos semanais com notícias sobre as ações da entidade e as novidades do mercado. Os associados contam também com diversas parcerias com empresas de softwares de gestão e de orçamentação, c or retoras de seguro, saúde, cartões benefícios e na área de lazer. Representação nacional – Todo o trabalh o, de s envo lv i d o em m a i s d e 75 a n o s e m São Paulo e também em outras regiões do País, culminou na criação do Sindirepa Nacional, em abril de 2012, que passa a representar os Sindirepas dos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Goiás, Pernambuco, Bahia e Mato Grosso. A iniciativa promove a integração da categoria entre as regiões, fortalece a imagem do segmento junto ao consumidor e concretiza uma antiga reivindicação do setor de reparação de veículos que, agora, conta com representatividade nacional.
Entre em contato com o Sindirepa-SP pelo telefone (11) 5594.1010 ou por E-mail: sindirepa@sindirepa-sp.org.br
Todo her贸i merece trabalhar com o maior e melhor portf贸lio do Brasil.
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EM FOCO
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EM FOCO
Dana celebra 67 anos de atividades no mercado da reposição de peças no Brasil
H
á 67 a n o s , a D a n a disponibiliza seus produtos e serviços para o mercado da reposição de peças brasileiro. Fundada em 1947, em Porto Alegre, pelo imigrante alemão Ricardo Bruno Albarus, a companhia se destacou por ser uma das precursoras da indústria automobilística brasileira, especializando-se na produção de peças para a crescente frota de veículos importados que circulam no País. De acordo com o comunicado enviado pela Dana, neste ano a fabricante objetiva am-
pliar sua presença no mercado, dispondo assim de um portfólio de produtos de eixos dianteiros nã o -t r a ciona dos, t r a sei ros, eixos cardans e componentes de suspensão, que a posiciona como o único fornecedor completo de driveline para veículos comerciais na América do Sul, por intermédio de suas unidades em Gravataí (RS), Diadema e Sorocaba (SP). Segundo o country manager da Dana para o Brasil, Raul Germany, a data comemorativa serve de inspiração para a nova fase que virá, e que será de
Divulgação
Além do fornecimento de itens driveline, empresa oferece tecnologias de energia (produtos de vedação e gerenciamento térmico) e peças originais de reposição para os fabricantes de veículos leves e pesados
Fábrica da Dana em Sorocaba (SP)
muito trabalho. “Temos muito orgulho pelos nossos 67 anos no Brasil e pelo legado de Ricardo
Bruno Albarus. Isto nos inspira a continuar em nossa busca incansável pela melhoria con-
tínua, pelo aprimoramento dos produtos, processos e talentos, e pelo desenvolvimento das novas tecnologias”, finaliza. Raul Germany ressalta que o grande desafio da empresa permanece na busca da competitividade local e global. “Estamos investindo na disseminação e no fortalecimento da cultura de melhoria contínua, na capacitação e formação dos nossos colaboradores e no seu, cada vez maior, engajamento. Só assim poderemos crescer no Brasil e no exterior”, enfatiza o executivo.
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EM FOCO
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em cinco segmentos: suspensão, motor, rolamentos, freio e transmissão. O novo site facilitou o contato do cliente com a marca, que pode ser feito através de um simples formulário ou pelo telefone do Serviço de Atendimento Técnico: (11) 2168-6110.
U
ma d as maiores fabricante de pneus do mundo, a Bridgestone, está lançando no mercado automotivo seu novo pneu, o “Dueler A/T Revo 2”. O pneumático chega ao lineup da empresa para atender exclusivamente ao segmento de caminhonetes e Suvs. Suas características são inteiramente voltadas para proporcionar equilíbrio perfeito entre as performances on road e off road. “Tração em terrenos agressivos, conforto e segurança no asfalto são as principais necessidades que os motoristas de caminhonetes e Suvs procuram. O Dueler A/T Revo 2 foi desenvolvido justamente para atender todos estes quesitos”,
Divulgação
O
s varejistas, aplicadores e consumidores fi nais agora já podem acessar as informações a respeito dos produtos Autho Mix no novo site da marca. Segundo a empresa, o site foi totalmente reformulado e agora possui um design moderno e com maior facilidade de navegação. Os usuários do site também poderão utilizar o catálogo on-line ou até mesmo fazer o download da versão em PDF. Outra novidade é a seção Suporte, local que são apresentadas as dicas técnicas a respeito de aplicações dos produtos. A marca Autho Mix conta com mais de 1.000 itens em seu portfólio, divididos
Divulgação
Autho Mix lança novo site Bridgestone lança novo pneu para o no mercado da reposição mercado de Suvs e Caminhonetes
Modelo Dueler A/T Revo 2 da Bridgestone
comenta o diretor de vendas e marketing da Bridgestone, Alexandre Lopes.
Segundo a empresa, o item possui um design nos blocos que promove maior rigidez da banda de rodagem, facilitando a dirigibilidade e o escoamento de água. Os sulcos “dentes de serra” também melhoram o escoamento de água, assim como os ombros abertos que, além de auxiliar também no escoamento de água, melhoram a tração em piso molhado. O Dueler A/T Revo 2 terá e m s e u p or t fól io me d id a s como: 255/70R 16; 175/70R 14; 265/70R16; 235/70R16 e 205/65R15. No Brasil, a fabricação de pneus das marcas Bridgestone e Firestone está distribuída nas unidades de Santo André (SP) e de Camaçari (BA).
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em foco
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Dayco lança produtos na feira cearense Autop 2014 Divulgação
Nakata informa: como garantir a durabilidade das pastilhas de freio Divulgação
C
ontaminação de agentes externos, rugosidade do disco, sobrecarga no freio dianteiro e até a forma de dirigir influenciam diretamente no desgaste das pastilhas, alerta a fabricante de autopeças Nakata. As pastilhas, item importante do sistema de frenagem do veículo, apresentaram evolução em sua composição nos últimos anos, com novos materiais que substituíram antigos, como o amianto, abolido por ser um material altamente nocivo à saúde. De acordo com o supervisor de treinamento da Nakata, Eduardo Guimarães, as pastilhas devem ter no mínimo 2 mm de espessura e possuir as características originais preservadas. “É preciso fazer manutenção preventiva, com inspeção visual a cada 10 mil km e
Dayco fornecerá peças para a linha de montagem da Ferrari
revisar o veículo na periodicidade recomendada pelo fabricante”, afirma o supervisor. Segundo Guimarães, a contaminação de agentes externos, rugosidade do disco, sobrecarga no freio dianteiro e até a forma de dirigir influenciam diretamente no desgaste da peça. Por isso, é importante usar o freio motor. O supervisor ressalta que ao revisar o sistema de freio, é essencial também verificar o estado do cubo de roda, tubos flexíveis,
fluido de freio, pinça de freio e cilindro de roda. “Sempre que estiverem em mau estado, discos e tambores de freio devem ser substituídos, pois a usinagem pode ocasionar assentamento inadequado, prejudicando a eficiência do sistema”, adverte. Guimarães lembra que ao fazer a substituição das peças do sistema de frenagem, a recomendação é optar por marcas tradicionais do mercado, que possuam SAC para mais informações.
A
Dayco informa que realizou o lançamento de correias, tensionadores e polias para o mercado de reposição, durante a Autop 2014, feira que aconteceu em Fortaleza (CE), de 5 a 9 de agosto. Segundo comunicado enviado pela empresa, outros produtos também foram apresentados no estande da Dayco, como peças fornecidas para as linhas de montagem da Ferrari, Aston Martin e Jaguar.
O fabricante promoveu ainda o novo site, o catálogo Web (demonstrado por um totem touch) e os testes de conhecimentos gerais (Quiz) sobre a empresa para os visitantes. Por meio de perguntas e respostas de seus produtos no mercado, os participantes disputaram diversos prêmios. No Brasil, a Autop é considerada uma das maiores mostras do mercado de autopeças, motopeças, acessórios, equipamentos e serviços.
OS NOVNS ITE
Lançamentos Linha de Freio 2014
ACESSE : www.trw /lançam .com.br e e confi ntos ra a tabela comple ta.
Chery
Tiggo
Disco de Freio - Ventilado (s/ cubo)
01/09 - ...
RCDI09120
Chrysler
CaraVan
Disco de Freio - Sólido (s/ cubo)
01/07 - 12/09
RPDI04850
Town & Country
Disco de Freio - Sólido (s/ cubo)
01/09 - ...
RPDI04850
3.3/3.8/4.0
Disco de Freio - Ventilado (s/ cubo)
01/08 - ...
RCDI09140
3.8
Disco de Freio - Sólido (s/ cubo)
01/09 - ...
RPDI04850
2.7
Disco de Freio - Ventilado (s/ cubo)
01/09 - ...
RCDI09140
2.7
Disco de Freio - Ventilado (s/ cubo)
01/11 - ...
RCDI09100
Dodge
Journey
Effa
JBC
Fiat
Freemont
Ford
Ranger
GM
Cobalt
LS/LT/LTZ
Diâm. 302,0 mm 2 Toneladas
Disco de Freio - Sólido (s/ cubo)
01/12 - ...
RPDI04850
2.4 16v
Disco de Freio - Ventilado (s/ cubo)
01/12 - ...
RCDI09140
2.4 16v
Diâm. 302,0 mm
RCDI09160
2.7 V6
Diâm. 330,0 mm
Disco de Freio - Ventilado (s/ cubo)
01/07 - 12/12
RCDI09180
Disco de Freio - Ventilado (s/ cubo)
01/12 - ...
RCDI09200
1.4 8V
Com Abs
RCDI09420
1.4 8V
Sem Abs
RCDI09200
1.8 8V
Com Abs
RCDI09420
1.8 8V
Sem Abs
RCDI09420
1.0/1.4
01/13 - ...
Hyundai
Diâm. 302,0 mm
Disco de Freio - Ventilado (s/ cubo)
01/13 - ...
Onix
Hatch
Prisma
Novo
Disco de Freio - Ventilado (s/ cubo)
01/13 - ...
RCDI09420
S10
Novo
Disco de Freio - Ventilado (s/ cubo)
01/12 - ...
RCDI09220
Sonic
LT/LTZ
4x2 e 4x4
4x2 e 4x4 Com e Sem Abs
Disco de Freio - Ventilado (s/ cubo)
01/12 - ...
RCDI09200
1.6 16v
Spin
Disco de Freio - Ventilado (s/ cubo)
01/12 - ...
RCDI09200
1.8
TrailBlazer
Disco de Freio - Ventilado (s/ cubo)
01/13 - ...
RCDI09220
2.8/3.6
HB 20
Disco de Freio - Ventilado (s/ cubo)
01/12 - ...
RCDI09240
1.0
HR
Tambor de Freio - Sem Cubo
01/05 - ...
RPTA02270
Rodagem Simples
Iveco
Stralis
Cilindro Mestre de Embreagem
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RCCE01440
Jac Motors
J3
Disco de Freio - Ventilado (s/ cubo)
01/11 - ...
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Disco de Freio - Ventilado (s/ cubo)
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Disco de Freio - Ventilado (s/ cubo)
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Disco de Freio - Ventilado (s/ cubo)
01/07 - ...
RCDI09180
4x2
MB
OH 1115
Disco de Freio - Ventilado (s/ cubo)
01/00 - ...
RCDI09280
Renault
Duster
Disco de Freio - Ventilado (s/ cubo)
01/11 - ...
RCDI09320
1.4 16V
4x4
Fluence
Scania
Toyota
2.0 16V 1.6 16v e 2.0 16v
Disco de Freio - Ventilado (s/ cubo)
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Gt
Disco de Freio - Ventilado (s/ cubo)
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Mégane
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Disco de Freio - Ventilado (s/ cubo)
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Samsung
Smg
Disco de Freio - Ventilado (s/ cubo)
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1.6
G 380
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Disco de Freio - Ventilado (s/ cubo)
01/08 - 12/11
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4X2e6X2
G 420
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Disco de Freio - Ventilado (s/ cubo)
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G 470
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Disco de Freio - Ventilado (s/ cubo)
01/08 - 12/11
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Disco de Freio - Ventilado (s/ cubo)
01/08 - 12/11
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6X4
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Disco de Freio - Ventilado (s/ cubo)
01/10 - 12/11
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LA
Disco de Freio - Ventilado (s/ cubo)
01/10 - 12/11
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6X4
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Disco de Freio - Ventilado (s/ cubo)
01/09 - 12/11
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Disco de Freio - Ventilado (s/ cubo)
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Disco de Freio - Ventilado (s/ cubo)
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Avalon Camry
Volvo
B 12
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Disco de Freio - Ventilado (s/ cubo)
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Volvo
B 12
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Disco de Freio - Ventilado (s/ cubo)
... - ...
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B9
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Disco de Freio - Ventilado (s/ cubo)
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Disco de Freio - Ventilado (s/ cubo)
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FH
Disco de Freio - Ventilado (s/ cubo)
... - ...
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FH 16
Disco de Freio - Ventilado (s/ cubo)
... - ...
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FM
Disco de Freio - Ventilado (s/ cubo)
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Amarok
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Cilindro Mestre de Embreagem
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VW
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1.6 16v
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Produto já se encontra disponível no mercado para reparadores
ais uma vez, para completar o seu portfólio de produtos para as linhas FIAT e GM, a Sabó anuncia no mercado de reposição os novos modelos de mangueiras do filtro de ar. A empresa alerta que essas mangueiras são responsáveis pelo envio de ar à câmara de combustão do motor, e caso estejam com ranhuras, furos ou rasgos, as mesmas permitem a entrada de ar contaminado no motor, que misturado com óleo lubrificante, formam uma massa abrasiva, provocando o desgaste prematuro das peças internas e queima de
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óleo excessivo, reduzindo a vida útil do motor, emitindo mais gases poluentes e consequentemente aumentando também o consumo de combustível. A Sabó informa ainda que, é indispensável a manutenção preventiva das mangueiras do motor, a fim de evitar maiores gastos e riscos para o dono do veículo. Para dúvidas e esclarecimentos sobre aplicações e pedido de catálogo, entrar em contato com a Central de Atendimento ao Cliente Sabó, através de telefone: 0800 77 12 155 ou pelo e-mail: assistec. sabo@brasildireto.com.br.
scola e Faculdade de Tecnologia SENAI Conde José Vicente de Azevedo – comunica que agora está comerciali za ndo liv ros de diferentes áreas tecnológicas. O destaque é para os livros do setor automotivo, como “Diagnósticos e Regulagens de Motores de Combustão Interna” e “Freios Hidráulicos”, ambos escritos, respectivamente, por Melsi Maran e Ronaldo Deziderio Prieto, professores desta unidade. Segundo o SENAI, as aquisições devem ser feitas pessoalmente na Secretaria da escola, localizada na Rua Moreira de Godói, 226
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Senai-SP Editora anuncia a venda de livros
Nova linha de produtos Tecfil divulgada durante a Autop 2014
muitos clientes nesta região e é uma excelente oportunidade de estar mos mais próximos novamente, renovando as infor mações e o contato com clientes e prospectando novos. Com certeza, este foi mais um evento de sucesso”, comenta a supervisora de Marketing Tecfil, Simone Minhoto Queiroz.
A empresa disponibilizou ainda consultores técnicos e promotores em seu estande para atender e tirar as dúvidas de todos os participantes do evento. Atualmente a Tecfil atende as principais montadoras do país no mercado de reposição com filtros de óleo, combustível, arcondicionado e do motor.
Tramontina PRo lança linha de organizadores para ferramentas isando facilitar o trabalho dos prof issionais nas of icinas, a Tramontina PRO anuncia uma novidade em seu catálogo de produtos: as linhas de organizadores Cargobox Confort e CargoBox Modular. Segundo a empresa, a linha Cargobox Confort foi desenvolvida com estrutura metálica e pintura eletrostática, possibilitando que o usuário trabalhe sentado sobre ela de maneira confortável e ao mesmo tempo utilize as ferramentas armazenadas nas três gavetas. Os rodízios com trava e o puxador retrátil facilitam a movimentação e o transporte do produto. A linha CargoBox Modular é indicada para armazenar e transportar ferramentas manuais, peças leves e outros acessórios. A caixa ainda traz duas gave- CargoBox Modular da Tramontina PRO tas com 100% de abertura, o que permite melhor aproveitamento de espaços, além de alças estrutura metálica e pintura eletrostática, ofedobráveis e puxador retrátil. O produto possui recendo maior robustez e resistência à corrosão.
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– Ipiranga (SP). Os interessados também podem entrar em contato através do telefone: (11) 2066-1988.
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Tecf il, fabricante de filtros automotivos com mais de 60 anos de tradição, demonstrou na Autop 2014 - realizada no período de 5 a 9 de agosto, no Centro de Eventos do Ceará - sua nova gama de produtos para as linhas leve, pesada e agrícola. Dentre as novidades, estão filtros de ar ARL2204 Ethios, ARL2202 Corolla, ASR376 Ford Cargo, ARL4144 e ASX para Mitsubishi. Durante o evento, a empresa também apresentou o novo site e o aplicativo para celular com o catálogo de produtos. Segundo a fabricante, o site está muito mais fácil de navegar, com maior interatividade e informações para o reparador. Já o aplicativo, disponível gratuitamente para smartphones com sistemas IOS e Android, deve facilitar e agilizar a consulta dos usuários sobre a aplicação dos produtos. “Estávamos ansiosos pela nova edição da Autop. Temos
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Sabó lança novas Tecfil apresentou novidades para as linhas mangueiras do filtro de ar leve, pesada e agrícola, na Autop 2014
Inclusive seus
AMORTECEDORES.
Quando os amortecedores chegam aos 40.000 km rodados já completaram em torno de 104 milhões de movimentos. Esta é a hora de checar se eles ainda estão em condições de garantir sua segurança ou se precisam ser trocados por novos. Os amortecedores são tão importantes para a segurança quanto o goleiro, então escolha sempre um de confiança: vá de Monroe. Monroe, a líder mundial em amortecedores.
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NGK celebra 55 anos de atuação no Brasil
Cerca de 80 milhões de velas de ignição são produzidas anualmente, na planta da NGK em Mogi das Cruzes (SP)
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undada em 1936, em Nagoya, no Japão, a planta brasileira da NGK completa, em agosto, 55 anos de sua instalação no País. Hoje, com o desenvolvimento e fabricação em torno 80 milhões de velas de ignição anualmente, a empresa garante o topo da participação no mercado nacional e da América do Sul. A produção local é referência mundial em processos tecnológicos e de manufatura de velas de ignição.
carregar o DNA japonês, são necessários aproximadamente 150 processos, todos intercalados por diversas checagens eletrônicas e visuais. Também para o setor automotivo, a empresa desenvolve e produz cabos de ignição utilizados nos mais diversos modelos de veículos que circulam no Brasil. Em todos os casos, a empresa prima por fornecer peças que atendam rigorosamente aos padrões da matriz.
Fábrica de Mogi das Cruzes (SP) atende ao mercado brasileiro e sul-americano, com produção em torno de 80 milhões de velas de ignição por ano A NGK do Brasil é fornecedora de peças originais a montadoras instaladas no País. O parque industrial, localizado em Mogi das Cruzes (SP), a 50 quilômetros da capital paulista, é formado por 17 edifícios e ocupa uma área de 625 mil m². Diariamente, produz mais de 270 mil velas de ignição. Isso signif ica que, mensalmente, saem da linha cerca de 7 milhões de unidades. Para que cada uma dessas velas possa
A unidade ainda oferece produtos diferenciados, como cerâmicas técnicas e rolos refratários, além de ser referência na fabricação de revestimentos porcelanizados, com uma diversificada linha de pastilhas que se destacam no mercado pela sof isticação, moder nidade e excelência de qualidade. A NGK também comercializa no Brasil, sob a marca NTK, sensores de oxigênio, sensores de detonação e ferramentas de corte.
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Taranto anu ncia sua nova linha de juntas de cabeçote, que possui anel de fogo de aço sólido e tem espessura reduzida com apenas quatro milímetros, e ainda suporta altas pressões e temperat u ras geradas nas câmaras de combustão. Segundo a empresa, o produto foi desenvolvido como alternativa para a junta de chapa de aço MLS. O lançamento a compa n ha a evoluçã o d a s montadoras, que apostam em motores de combustão interna de última geração - considerados menores e mais leves. A fabricante informa ainda que, para desenvolver a tecnologia exclusiva, foram necessários meses de pesquisas e ensaios em motores, que une a vedação dos materiais fibrosos e o fechamento das câmaras de combustão das juntas multilâminas. “As distâncias entre as câmaras de combustão também estão cada vez menores. Essa
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Taranto inova e lança linha exclusiva de juntas de cabeçote no mercado
Produto inédito tem anel de fogo em aço maciço e suporta altas pressões e temperaturas em câmaras de combustão
tecnologia foi desenvolvida para garantir excelente vedação e transferência de calor em regiões críticas”, explica o gerente de operações da Taranto, Jurandir Defani Junior. O gerente ressalta que com a nova tecnologia, o reparador ganha mais uma opção para motores modernos. “Aliamos a característica das juntas de fibra de absorção das imperfeições do bloco e do cabeçote do motor, principalmente nos motores mais rodados, com a excelente vedação das câmaras de combustão das juntas de chapa de aço MLS.
O resultado é um produto com visível melhora de desempenho do motor e qualidade incontestável”, reforça Defani Junior. A Taranto comunica que dispõe de garantia total contra defeitos de fabricação ou de material. A empresa aconselha aplicar a junta de acordo com todos os procedimentos indicados em manual de instruções e com a substituição dos parafusos de cabeçote. O item já está disponível para modelos Volkswagen Fox 1.6 L 8V 20 05/. Em breve outros modelos serão contemplados.
Susin francescutti anuncia novos modelos de virabrequins em 2014
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abr icante de vi rabre qui ns e comandos de válv ulas, Susin Francescutti informa o lançamento de mais dois modelos de peças para o mercado de reposição nacional. Segundo a empresa, os novos modelos de virabrequins VB328 e VB328A podem ser utilizados em motores MWM Diesel Série 12 (X12) 6 cilindros aplicados em caminhões e ônibus Volkswagen e caminhões Volvo VM 260 e VM 310, respectivamente. Por est a r no coração do motor, o vi rabrequim sof re com altas temperaturas e com o desgaste, e por isso exige um material resistente e uma engenharia precisa, especial-
Divulgação Susin Francescutti/ Árvore de Manivelas
mente no segmento de pesados, em que a Susin Francescutti at ua diretamente. Pensando nisso, praticamente toda a produção de virabrequins da Susin Francescutti utiliza o aço forjado em sua manufatura, que tem mais resistência e durabilidade do que as peças fundidas. A empresa também produz peças especiais sob encomenda, como eixos para compressores, prensas, máquinas, peças para motor de competição e bielas forjadas. Também presta serviços de tratamento térmico e usinagem de precisão. As informações técnicas e outros lançamentos de produtos estão no catálogo eletrônico, disponível para download no site: www.sufran.com.br.
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Kits de distribuição: correia & Tensionador Goodyear
Hydronlubz lança produto inovador no mercado
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Grupo KSPG fornece peças originais para carros considerados “TOP” no mercado
Veya nce Te ch nolog ie s do Brasil, fabricante exclusiva da marca Goodyear Engineered Products, informa ao mercado brasileiro da reposição o lançamento do kit de distribuição para o segmento automotivo. De acordo com o comu n icado enviado pela empresa, as cor reias sincronizadoras, os tensionadores e/ou polias já podem ser encontradas neste kit e também são necessárias para a manutenção do sistema de transmissão dos veículos. Os novos produtos da Goodyear vêm para complementar o portfólio de componentes automotivos da grife, que dispõe de qualidade, tecnologia e tradição já conhecida no mercado.
Hydronlubz, fabricante de bombas de graxa com a marca Hidromar, comunica o lançamento de mais um produto em seu portfólio, o “super coletor para troca de óleo”. Segundo a empresa, o produto foi desenvolvido com componentes inovadores e extrarresistentes, como carrinho de ferro canto-
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neira de 1/8 X 2”, dois rodízios com freio e dois sem freio, que suportam 125 Kg (cada rodízio), uma cinta de chapa de aço 3,0 mm de espessura, o tambor é de tubo de aço e a porca reguladora da altura da bacia também, que facilita maior aproximação da bacia com o cárter e não respinga óleo no chão.
Mercedes-Benz Classe A com produtos da KSPG
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ercedes-Benz Classe A , Au d i 3, Volvo V40, BMW Série 3 Touring, BMW Série 6 Grand Coupé, Citroën DS 5 Hybrid, Renault Dacia Lodg y, Opel Adam, BMW i3 (elétrico), Mini Roadster e Golf VII são alguns dos muitos veículos que rodam na Europa e no mundo com peças originais do Grupo KSPG. Para o Classe A da Mercedes-Benz, a empresa produz pistões, bloco do motor e válvula de inversão de recirculação; também pistões e bronzinas do Audi A3; válvulas solenoides, bloco do motor, bombas de vácuo e água do Volvo V40; transdutor de pressão e bor-
boleta do acelerador do BMW Série 3 Touring e pistões do BMW Gran Coupé. Já para o Citroën DS 5 Hybrid, a KSPG fornece os seguintes produtos: módulo de radiador EGR, transdutor de pressão eletropneumático, válvulas de inversão de recirculação, bombas de circulação de água e bombas de vácuo e água. Renault Dacia Lodgy – válvulas EGR, pistões e transdutor eletropneumático; Opel Adam – bronzinas e válvulas solenoides; e BMW i3 (veículo elétrico), válvula de ar secundário. Na linha de produção do Mini Roadster, entre os itens fornecidos estão: válvulas EGR,
válvulas de inversão de recirculação, borboleta do acelerador, válvula de comutação elétrica e bronzinas. Além disso, outros onze itens são produzidos para o Volkswagen Golf 7ª geração: pistões, válvulas de pressão de admissão e de inversão de recirculação, tampas de gases de escape, válvulas elétricas de ar secundário, bomba de circulação de água, bronzinas de mancal e de biela, arruelas de encosto e buchas de biela. Com 12 fábricas na Europa, duas na América do Norte, três na Ásia e uma na América do Sul (Brasil), o grupo alemão é conhecido no mercado mundial com as marcas KS.
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renova investe em reciclagem de peças no mercado da reparação automotiva Principal objetivo da empresa é dar a destinação ambientalmente correta para os componentes dos veículos com final de vida útil, isto é, automóveis que deixam de circular com baixa definitiva do Detran Fotos: Divulgação
margarida Putti
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Renova Ecopeças, empresa do Grupo Porto Seguro, pioneira na reciclagem e reaproveitamento de peças automotivas, comunica que entra para o mercado da reposição oferecendo componentes com qualidade, garantia e baixo custo, além de seguir o rígido padrão de responsabilidade ambiental. Os veículos reciclados pela empresa são somente aqueles declarados irrecuperáveis, com final de vida útil, ou seja, que saem de circulação com baixa definitiva no Detran, portanto livres de qualquer pendência financeira ou jurídica. Inicialmente, a Renova recicla os automóveis (salvados e de indenização total) da Porto Seguro, Azul e Itaú. Segundo o gerente da Renova Ecopeças, Fábio Frasson, o processo de reciclagem da empresa possui um modelo específico de operação e inovador no Brasil. “Após a certificação de toda a documentação, o veículo é submetido a um processo de descontaminação. Neste são retirados os fluidos e gases como líquido de arrefecimento, óleos e sobras de combustível. Esse material é coletado por empresas especializadas e encaminhado para reciclagem, e passa pelas etapas de processamento e transformação, sendo aproveitado em diversos segmentos e aplicações. Um exemplo disso é o óleo que, após seu refino, retorna para o mercado consumidor. Em seguida, acontece a desmontagem das peças móveis de lataria, remoção dos itens de tapeçaria, dos vidros, dos componentes mecânicos, itens de segurança, componentes elétricos e eletrônicos e finalmente o recorte do monobloco. Após a desmontagem, todas as peças
veículos. Buscamos a expertise de consultorias especializadas em reparação. Além disso, houve um levantamento dos pioneiros na reciclagem automotiva internacionais para que o modelo de operação e certificado de garantia fossem estabelecidos. Portanto, utilizamos as melhores práticas de cada mercado estudado. Ainda existe a possibilidade de estabelecermos parceria com outras empresas, no futuro”, destaca Frasson. Descarte correto
Fábrica da Renova Ecopeças na Anhanguera, em São Paulo
são submetidas a uma triagem técnica, realizada por uma equipe especializada, para classificação quanto à qualidade dos itens, ou seja, condição de reaproveitamento”, explica Frasson O gerente também ressalta que cada peça é identificada e ganha uma etiqueta que garante sua procedência, rastreabilidade e histórico. Completado este processo, a peça é destinada para estoque e venda por meio do bal-
cão presencial ou do e-commerce da Renova Ecopeças. Frasson aponta ainda que as peças rejeitadas pelo processo de qualidade, sem condições para venda, ou que não podem ser reaproveitadas, como os itens de segurança - caixa de direção, sistemas dos freios e amortecedores, e pneus, por exemplo - são enviadas aos fabricantes para manufatura ou seguem para reciclagem.
Técnico identificando a peça para estocagem
Parceria De acordo com o gerente da Renova, a empresa desenvolve parcerias com oficinas e reparadores para a recuperação correta das peças dos carros. “Temos parceira com a JR Diesel, companhia que tem cerca de 30 anos de experiência na desmontagem de caminhões e que colaborou no desenvolvimento do modelo de desmontagem dos
Processo de reparação da peça
Fábio Frasson reforça que todo material que não é possível aplicar o conceito de reuso é encaminhado para reciclagem (metal, vidro, plástico etc), ou, para aterros sanitários regulares e que estejam de acordo com as exigências ambientais vigentes. “Como exemplo, temos a sucata ferrosa que, proveniente do descarte e triagem na etapa de qualidade, é destinada à indústria siderúrgica e retorna ao mercado consumidor, como vergalhões para construção civil. Assim, além de proporcionar um descarte sustentável, o processo da Renova Ecopeças capta matéria-prima reduzindo o consumo de recursos naturais e emissão de gases”, completa o gerente.
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fiat completa 38 anos no brasil e está de olho no futuro Companhia está em plena expansão de suas operações no país, com investimentos de R$ 15 bilhões entre 2013 e 2016
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m meio ao maior ciclo de crescimento de suas operações no Brasil, a Fiat Automóveis completa 38 anos de atividades no País. A companhia informou que está com investimentos de R$ 15 bilhões entre 2013 e 2016 para a modernização da fábrica em Betim (MG), na construção da nova planta do Grupo Fiat Chrysler em Goiana (PE), no desenvolvimento de novos produtos, no aperfeiçoamento de processos dos sistemas e em recursos humanos. “A marca está forte, atualizada e apostando na inovação para seguir na liderança. Vamos continuar apoiando o desenvolvimento do País por meio de produtos de qualidade e de investimentos produtivos”, afirma o presidente da Fiat Chrysler para a América Latina, Cledorvino Belini. Segundo a empresa, a planta de Betim passará a contar com uma das maiores cabines de pintura do mundo, sistemas automatizados de movimentação e logística interna e estará ainda mais preparada para projetar, desenvolver e produzir veículos moder nos e inovadores, que atendam às novas exigências do consumidor. “Temos feito todo esse esforço e investimento porque acreditamos que o Brasil tem grande potencial econômico e grandes desafios a superar. Esses desafios podem proporcionar grandes opor t unidades para todos e nós queremos continuar contribuindo para o desenvolvimento do País ainda por décadas e décadas”, conclui Belini. TrajeTória A empresa foi a primeira fábrica de automóveis a instalarse fora do cinturão industrial
de São Paulo. Optou por Betim como sede de suas operações, mudando def initivamente o perf il econômico da região. Minas Gerais, que se destacava como produtor de ferro e aço, passou a contar também com uma indústria metalmecânica forte. A planta de Betim também fabrica suspensões, motores e transmissões. Produção A fábrica produz mais de 3 mil veículos por dia, o que significa um carro a cada 20 segundos ou 800 mil unidades por ano. Atualmente, a gama de produtos da Fiat é composta por 18 modelos. Entre os mais recentes sucessos de mercado estão o Novo Uno, a picape Strada Cabine Dupla, o Novo Palio e o Grand Siena, além da sofisticação do sedan Linea. Os modelos Fiat são vendidos em mais de 600 concessionárias e pontos de vendas em todo o Brasil. SuSTenTabilidade Nesses 38 anos de existência, a Fiat incorporou ao seu planejamento estratégico as bases do modelo sustentável de negócios, considerando em suas decisões os impactos socioambientais ao longo de toda a cadeia produtiva – da extração da matéria-prima até a fabricação dos produtos, comercialização, uso e descarte. A fábrica de Betim segue, desde 1990, os princípios do Sistema de Gestão Ambiental (SGA), que resultou em um processo produtivo de menor impacto ambiental. O consumo de energia por carro é hoje 55% menor; o de água, 68%; e a geração de resíduos caiu 51%. A unidade foi a primeira do setor a receber certificação segundo a
norma NBR ISO 14001, em 1997. A companhia foi a primeira produtora de automóveis a conquistar a certificação ISO 50001, de gestão de energia. A empresa investiu mais de R$ 30 milhões, em cinco anos, na disseminação de tecnologias e práticas para a melhoria do desempenho em todas as etapas do processo de produção.
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Fábrica da Fiat em Betim (MG)
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Dirigentes do Sindirepa nacional participam da expo Latin Auto Parts 2014 no Panamá Visitantes da feira tiveram a oportunidade de negociar com empresários do setor da reposição e conhecer novas tecnologias referentes ao mercado de autopeças da América Central, América do Sul e do Caribe Fotos: Oficina Brasil
margarida Putti
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ntre os dias 09 e 11 de julho, aconteceu na cidade do Panamá, no Centro de Convenções Atlapa, uma das maiores feiras de autopeças do setor automotivo, a Latin Auto Parts Expo 2014. O evento contou com a participação de mais de 165 empresas internacionais. Durante a exposição, os representantes sindicais Antonio Fiola e Luiz Sérgio Alvarenga, respectivamente Presidente e Relações Governamentais do Sindirepa Nacional, marcaram presença em debates e palestras que possibilitaram uma ampla troca de experiências e informações comerciais com fabricantes e distribuidores da América Latina e do Caribe. Os empresários brasileiros aproveitaram o evento para
entraves para o setor independente é conhecer a frota circulante de veículos automotores, para então se valer de ferramentas que possibilitem sua harmonização de codificação”, disse Sérgio Alvarenga. e-commerce
Entrada da Latin Auto Parts Expo 2014, realizada no Panamá
fortalecer as relações com a AutoCare, antiga AAIA – Automotive Aftermarket Industry
Association, entidade norteamericana do mercado de reposição. No encontro, ainda foram realizadas reuniões com os grandes players da distribuição, como Auto Value e Napa. Segundo o presidente do Sindirepa-SP, Antonio Fiola, em entrevista exclusiva ao Jornal Oficina Brasil, o evento contribuiu para o avanço do mercado da reparação em escala mundial, gerando novas negociações entre o sindicato e as entidades presentes, além do conhecimento ampliado das inovações tecnológicas. “Participamos de rodadas, palestras e entrevistas, que foram muito importantes para nossa entidade. Essa foi a primeira edição da Auto Parts, e o objetivo do Sindirepa era formalizar a parceria com a Associação de Reposição Automotiva dos Estados Unidos [AutoCare] para a divulgação da Automec 2015, a ser realizada no Brasil. Através da nossa visita, alavancamos ainda o Encontro
Mundial da Reposição, que também será formalizado em 2015”, diz Fiola. Para Luiz Sérgio Alvarenga, relações governamentais do Sindirepa Nacional, a conferência foi relevante para o desenvolvimento dos mercados da América Latina e do Caribe. De acordo com Alvarenga, as perspectivas são muito positivas para o futuro do aftermarket da indústria de peças automotivas. “A conferência deixou claro que um dos maiores
A feira, que teve seu foco voltado para a venda de peças e lançamentos do setor, também apresentou novidades no mercado digital, como o famoso ‘e-commerce’. Na visão dos conferencistas, sem conhecer a frota e seus componentes torna-se inviável o e-commerce pelo setor independente de reposição, pois o mesmo não possui qualquer padrão e o risco de se comercializar uma peça errada é muito grande. “A ferramenta hoje é bem mais aproveitada no B to B, onde a relação distribuidor-varejo consegue algum ganho de produtividade e os erros são de menor impactos se comparados às vendas junto às oficinas mecânicas. Além disto, os problemas da língua de origem tornam a adversidade mais agravante, pois outro exemplo citado no evento foi que uma autopeça pode ter várias nomenclaturas nos países de língua castelhana e portuguesa. Ficou
Centro de Convenções da cidade do Panamá
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Respeite os limites de velocidade.
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evenTo
30 nítido que a América está atrás de seu padrão e puxado pelos norteamericanos, mas o caminho ainda é longo”, aponta o responsável pelas relações governamentais do Sindirepa Nacional. Diferenças nas oficinas Ao visitar as oficinas internacionais, o presidente do Sindirepa-SP observou as particularidades das mecânicas brasileiras e americanas, e afirma que ‘há desigualdades sim’ entre estas empresas de reparação. “As oficinas dos EUA possuem acesso às informações de maneira mais prática do que no Brasil, pois as próprias montadoras disponibilizam o material para os reparadores. Esses profissionais também adquirem máquinas e equipamentos a preços reduzidos. Já no Brasil, os reparadores enfrentam dificuldades para adquirir os conteúdos técnicos por parte das montadoras,
Representantes da AutoCare e do Sindirepa Nacional celebram a realização da exposição internacional de autopeças
e isso prejudica algumas vezes o andamento dos processos de manutenção e troca de peças de um veículo”, conclui Antonio Fiola. O presidente notou ainda que, apesar dos impasses, o reparador brasileiro possui mais qualificação que o americano. “A versatilidade do nosso reparador é superior do que na maioria dos outros países. No Brasil, as oficinas independentes representam mais de 80% do reparo, e a concessionária 20%. Nos EUA, as concessionárias vêm ganhando espaço após sua crise econômica
ficando em torno de 50% para ambas as partes”, informa Fiola. O dirigente sindical reforça que ao conhecer uma frota antiga, que gira em torno de 1500 veículos na cidade do Panamá, percebeu que não há preocupação com a proteção ao meio ambiente, diferentemente do que demonstrado no Brasil, principalmente após a criação do Selo Sindirepa de Sustentabilidade (SSS). “Após criarmos esta prática, desencadeamos inicialmente uma cultura nas empresas pelo assunto do meio ambiente para
Vista aérea do Porto de Panamá
depois trabalharmos os resultados em negócios que poderão ser obtidos, é transformar problemas em estratégias”, completou Fiola. TransporTe MaríTiMo O canal do Panamá é uma ligação marítima entre os oceanos Atlântico e Pacífico. Ele permite que navios cargueiros, principalmente de containers, cheguem aos seus destinos com mais rapidez. A expansão da via marítima de
acessos também influencia na logística dos portos brasileiros, como os das regiões Norte e Nordeste, que já estão preparados (por exemplo, o Porto de Pecém, no Ceará) para receber os navios “Post-Panamax”. Segundo Fiola, os investimentos na região portuária duplicarão a capacidade do canal, aumentando a eficiência operacional e trazendo benefícios econômicos para o melhor transporte de peças, máquinas e equipamentos.
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entrevista
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entrevista
rede Âncora projeta expandir sua área de atuação e chegar em 2016 com mil lojas Fotos: Divulgação
Da redação
Associação de autopeças possui 750 lojas em 15 estados brasileiros, além do Distrito Federal
I
nspirado no modelo das redes de varejo utilizado nos EUA e Europa, um grupo de doze empresários criou a Rede Âncora, uma associação de comerciantes de autopeças com abrangência nacional. A empresa, que está em constante crescimento, planeja ampliar os serviços oferecidos em grande parte do país para atingir u m volu me considerável de compras, permitindo diminuir custos e aumentar os benefícios oferecidos aos seus associados. Para atender o público cada vez mais exigente e estar no ritmo da evolução do mercado de reparação automotiva, a Rede anuncia novos investimentos
Presidente da Rede Âncora, Ogeny Pedro Maia Neto
Centro de Distribuição da Rede Âncora em Santa Catarina
para chegar em 2016 com 1000 lojas associadas, nos Estados em que já atua. Segundo o presidente da Rede  ncora, Ogeny Ped ro Maia Neto, a empresa também está trabalhando para até 2020 levar a Rede para todo o país, sempre mantendo a qualidade nos serviços e atendimento ao cliente. “Na Rede Âncora, empresas que antes eram concorrentes tornam-se aliadas estratégicas e passam a trocar informações em gestão, marketing e tecno-
logia de produtos. Essa ação transforma o concorrente em um parceiro de negócios, por isso o associativismo tem se revelado uma ótima opção de sobrevivência e crescimento”, afirma Ogeny. A empresa conta com 750 lojas, que disponibilizam produtos e serviços em 15 Estados, além do Distrito Federal, nas linhas leve e pesada. O sistema de compras da Rede é totalmente informatizado, permitindo acesso a mais de 100 mil itens, entre peças e acessórios, 24
horas por dia. Os pedidos são atendidos, em grande parte, por meio de pronta entrega através dos cent ros de dist r ibuição regional. Em ent rev ist a ao Jor nal Of icina Brasil, o presidente da Rede Âncora relata sobre a t rajetór ia d a empresa , as estratégias adotadas para que os par ticipantes sejam mais competitivos no mercado e os projetos de ser a melhor rede de distribuição de autopeças da América Latina.
“Criamos a Rede Âncora para garantir o crescimento do mercado independente de reposição de autopeças brasileiro. É com grande orgulho que temos colaborado para a formação de empresas bemsucedidas, capazes de se manter competitivas e oferecer um serviço de qualidade ao cliente”, diz Ogeny - presidente da Rede Âncora
Jornal Of icina Brasil – Relate como foi construída a história da Rede Âncora, no decorrer dos seus 16 anos de existência. Ogeny Pedro Maia Neto A Rede Âncora Brasil foi criada em 21 de maio de 1998 em São Paulo-SP, quando doze empresários uniram-se com o objetivo de elaborar soluções conjuntas para a administração de suas empresas. Hoje, após 16 anos de atuação no mercado brasileiro, é a maior associação de comerciantes de autopeças do País e a única com abrangência nacional. A empresa passou por quatro fases durante sua implantação. A primeira delas foi entre 1998 e 2002, em que as decisões eram centralizadas em um único Estado. Em 2002 iniciou um novo formato, no qual havia a autonomia total dos Estados, funcionamos dessa forma até
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entrevista
Fachada da Krambeck Matriz – Timbó (SC)
o ano de 2006. Em 2007-2010 trabalhamos com as decisões democráticas com padronização Nacional. Nossa quarta fase iniciou em 2011 e está vigente até hoje, nesta implantamos a cultura do planejamento estratégico de médio e longo prazo. JOB – Quant as lojas a Rede possui? Ogeny - Congregando 750 lojas de autopeças, nas linhas Leve e Pesada, a Rede Âncora está presente em 15 Estados e no Distrito Federal. Sua estrutura conta com 16 centros de distribuição regionalizados, onde é possível encontrar amplo estoque para pronta entrega; um sistema web para pedidos 24 horas, com mais de 130 mil itens cadastrados; e parceria com 100 grandes fábricas. O número de pontos de venda e o volume de negócios fazem dela a maior rede, em seu segmento, no País. JOB - Qual é o caminho para quem deseja se associar? Ogeny – Para se tornar um associado, o interessado deve acessar o site www.redeancora. com.br e no link Fale Conosco selecionar o setor Comercial ou entrar em contato com o Centro de Distribuição do seu Estado.
JOB - Quais são os objetivos destas lojas no setor da reparação automotiva? Ogeny - O objetivo é ter capilaridade em todos os locais em que existe a Rede Âncora, criar sinergia com o reparador oferecendo um mix de produtos variados. Cada região tem uma especificidade e os lojistas em seus pontos de vendas conhecem isso a fundo.
Ogeny – Nós atendemos uma fatia do mercado que tem veículos acima de quatro anos de uso e, por t anto, fora da garantia. Nossa estratégia é fortalecer nossos lojistas com treinamento aos balconistas, estoquistas e com ferramentas de gestão de negócios para for necer produtos de qualidade com preço justo aos seus clientes.
JOB - Qual é a importância da oficina independente para a Rede Âncora? Ogeny - A oficina independente é importante para a Rede Âncora. Elas buscam produtos nas lojas, e têm carência de informação, garantia, procedência e qualidade. A Rede Âncora, através de seus lojistas, leva informação e preço justo, além de garantia e assistência técnica. Nós oferecemos aos nossos parceiros reparadores atendimento rápido, qualificação e diversidade de produtos disponíveis nas lojas associadas, parcelamento via cartão de crédito e acesso à assistência técnica da indústria.
JOB – Qual é a importância da qualificação profissional dos reparadores para a Rede Âncora?
JOB – Quanto à concorrência em relação às concessionárias. Quais são as estratégias da empresa para vencer esse desafio?
Loja Somaq em Quirinópolis (GO)
Ogeny – É muito importante a qualificação dos reparadores, principalmente para a boa aplicação das peças adquiridas e atendimento aos clientes. Por esse motivo orientamos que as lojas associadas, em conjunto com as fábricas, promovam diversos cursos de atualização e convidem o cliente reparador a comparecer nos locais onde são aplicados cursos e treinamentos de desenvolvimento profissional. Temos uma comissão, desenvolvendo u m projeto de redes de serviços para as lojas de linha pesada, para atender ao frotista a nível nacional. Para os reparadores em geral estamos construindo uma solução que levará a integração do lojista da Rede Âncora na plataforma móvel, facilitando a compra de peças. JOB – Como está o programa da Universidade Âncora? Ogeny – O projeto Universidade Âncora está em processo de implementação dentro dos Centros de Distribuição e após será estendido para as lojas. Nosso objetivo com esse projeto é oferecer ao associado a oportunidade de ter acesso a treinamentos de gestão, marketing, técnicas de vendas entre outros cursos, que entendemos ser importantes para o associado, a fim de estimular o bom
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desenvolvimento do negócio. O colaborador escolhe o módulo e recebe treinamento em dias específicos, realizando uma prova e recebendo uma nota e certificado de conclusão. O projeto para as lojas terá início em 2015. JOB - Em novembro, acontece a Convenção Nacional de Lojistas organizada pela Rede Âncora. O que significa este evento e quais são as suas expectativas? Ogeny – A convenção anual da Rede Âncora acontece nos dias 27 a 30 de novembro. O evento já é um sucesso pela sua adesão. Até o momento, já contamos com mais de 500 participantes, que irão vivenciar a maior convenção do gênero já realizada neste país. Na nossa convenção, o associado e sua família se hospedam num aprazível resor t cinco estrelas, à beira de uma praia maravilhosa da Bahia, e tem a presença no palco e fora dele dos Presidentes e Diretores das mais importantes indústrias de autopeças do Brasil, como Aff i nia, Mag neti Marelli e TRW, entre tantas outras. O evento conta com painéis de debate, workshops, palest r a nt e s , ap r e se nt a ç õ e s d a s ações da diretoria executiva, reunião do conselho deliberativo e todos os associados bem-
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entrevista
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Loja Auto Mix em Divinópolis (MG)
sucedidos para compartilhar experiências. Um dos objetivos da convenção é compartilhar o sucesso, pois muitas vezes são nos momentos de descontração, entre as palestras, que trocamos informações que podem ser valiosas para o futuro dos nossos negócios. Para participar o associado, indústrias e os lojistas, que têm interesse em conhecer a Rede, devem entrar no nosso site:
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www.redeancora.com.br, clicar no banner “Tô Indo Viagens” e faça a sua inscrição. JOB - Quais são os principais planos e investimentos para 2014? Ogeny – O ano começou com muitas novidades para a rede e seus parceiros, dentre elas, destaca-se o novo plano de marketing integrado Rede Âncora. Em 2014 escolhemos concentrar os investimentos em
“Nós somos a empresa que redimensiona e quebra paradigmas no mercado de reposição de autopeças”, diz Ogeny
ações de marketing, para fortalecer o vínculo com os nossos fornecedores e dar visibilidade à marca junto aos nossos lojistas e clientes, como: feiras, kit
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MERCADO
Copa do Mundo, economia e eleições: reflexos no mercado automotivo Nesta edição, o Jornal Oficina Brasil ouviu profissionais de todos os elos da cadeia de reposição de autopeças com o objetivo de verificar quais reflexos o ano atípico de 2014, com eventos como Copa do Mundo e eleições presidenciais, vêm causando nos resultados dos negócios em todos os níveis da distribuição, do fabricante ao reparador Dirce Boer*
O
s comentários e as avaliações, obtidos nas entrevistas com diretores de fábricas, distribuidores, varejos, reparadores e concessionárias, transformaram-se em um painel sobre o cenário econômico atual e as expectativas para o segmento de autopeças, com os resultados de 2014. As respostas dos entrevistados foram agrupadas de acordo com as questões propostas e podem ser lidas a seguir.
isso influenciaria na venda de uma forma geral, para os distribuidores e para as fábricas, então, nós preparamos o budget com um percentual menor e, para a nossa surpresa, as vendas ficaram acima da nossa previsão”
Rodrigo Carneiro, diretor comercial da Distribuidora Automotiva
AVALIAÇÃO DO EVENTO COPA DO MUNDO A respeito dos ref lexos da Copa do Mundo nos resultados, os executivos foram inicialmente estimulados a recordar quais eram as suas impressões lá no início do ano para o período do evento, momento no qual o forecast já estava definido para os meses de junho e julho. De forma quase unânime, eles relataram, num tom realista, que a sensação era de que seriam meses fracos, abaixo da média de anos anteriores, sendo praticamente o mesmo motivo para todos: haver menos dias úteis. Porém, afirmaram que tal situação estava prevista em seus budgets e não causou impacto tão negativo, ao contrário, alguns deles até consideraram o resultado acima do esperado, conforme mencionou o executivo de fábrica César Costa (Gates): “Na verdade, para a Gates, não podemos considerar que foi negativo porque, quando nós pensamos no budget de 2014, já estávamos prevendo que os meses de junho e julho seriam meses com menos dias úteis e
César Costa, diretor comercial da Gates Brasil
Para os executivos da distribuição Rodrigo Carneiro (DASA) e Marco Avelino (Pellegrino), as metas de vendas previstas para o período foram alcançadas, pois já era sinalizado um resultado inferior ao de um mês normal de vendas, considerando-se a quantidade de dias úteis e o próprio evento Copa do Mundo. “Não posso afirmar que os reflexos tenham sido positivos ou negativos. Um período que contempla a realização de um grande evento como a Copa do Mundo já estava previsto em nosso orçamento e operamos em junho e julho de acordo com o que tínhamos orçado e planejado”. Relatou Rodrigo Carneiro. No varejista Mercadocar, os clientes da loja são divididos em dois setores, em função do portifólio de produtos oferecidos.
Por haver um grande volume de peças mecânicas e de acessórios a clientela se divide em mecânicos (reparadores) e consumidores finais (proprietários de veículos), e ambos são igualmente expressivos na participação das vendas. Para André Gandra, o período da Copa foi avaliado como positivo, até por estarem preparados para a possibilidade de haver queda nas vendas nos meses de junho e julho, e isso considerando os dois setores, de peças mecânicas
e de acessórios. “Tínhamos uma noção, entendemos que não teríamos vendas boas como foi no mesmo período do ano passado, então, estudamos uma média e esta foi atingida. Mesmo tendo menos dias úteis, prejudicou um pouco, mas, no contexto geral, não foi ruim, foi positivo”. Mantivemos a média mesmo. Sabemos que, por mais que não mantivemos a média anual, e estarmos abaixo do nosso crescimento, a venda foi normal entre peças mecânicas e acessórios, não houve diferenciação.” As opiniões dos executivos de concessionárias e reparadores entrevistados foram similares, a respeito da queda no número de clientes em suas oficinas no período da Copa estar atrelada ao fato do brasileiro ser aficionado por futebol. Para eles, havia um clima de ansiedade e euforia entre os proprietários de carros, fazendo com que só pensassem no evento. “O pessoal só pensou em jogo, ninguém consertou o carro, ninguém quis ficar dentro da oficina. Aquela manutenção preventiva deixaram de fazer, fi zeram so-
mente a corretiva e diziam assim: ‘rápido, me libera já!” Exclamou o proprietário do Centro Automotivo Tecnicar – Arnaldo Bisi. “O fato é que desconcentra o público, tira um pouco da mente. Sentimos que, mesmos em jogos que não eram do Brasil, as ruas ficavam vazias. O mercado caiu, o faturamento diário caiu, houve uma desconcentração, na verdade perdeu o foco do negócio, acredito que em todos os setores que trabalham com peças, nas oficinas particulares, distribuidoras. É muita conversa sobre Copa, perde o foco, perde a concentração.” Comentou Matheus Cusatis (Concessionária Carrera).
Matheus Cusatis, Gerente de Peças e Serviços da Carrera Concessionária Chevrolet
REFLEXOS EFETIVOS DA COPA
André Gandra, diretor comercial da Mercadocar
Arnaldo Bisi, proprietário do Centro Automotivo Tecnicar
Os entrevistados confirmaram as suas expectativas anteriores à Copa e disseram, ainda, que a maior influência para os resultados abaixo da média ficou por conta da baixa quantidade de dias úteis. Mesmo que os meses de junho e julho sejam considera-
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MERCADO dos o segundo melhor período no ano para as vendas de autopeças e em movimento nas oficinas, em função das férias, isso não contribuiu, em 2014, para sustentar as médias históricas realizadas em outros anos. A manutenção de carros caiu no período da Copa nas oficinas e concessionárias, não só por falta de clientes, mas também porque esses estabelecimentos reduziram a jornada de trabalho em função de feriados já existentes, ou pela dispensa de funcionários nos dias dos jogos do Brasil. “Nos dias de jogos não dava nem para assistir aqui e continuar trabalhando depois, porque tinha que dispensar os funcionários e fechar as portas. Ficou serviço parado. Então, foi ruim para nós e para os clientes também. A quantidade de serviço que poderia ser feito diminuiu, caiu pelo menos 30% o número de carros que atendemos.” Explicou Eduardo Oliveira – oficina Nipo Brasileiro.
de euforia e de gastos para alguns segmentos no período da Copa, o reflexo para outros segmentos de negócios foi que neste período houve uma transferência de recursos para estes outros segmentos pelos donos de veículos.” Disse Rodrigo. “Durante a Copa houve um desaquecimento nas vendas do nosso setor, muito em função das atenções voltadas para a competição e, consequentemente, para os mercados relacionados com o tema do evento.” Comentou Pedro.
SITUAÇÃO ECONÔMICA DO PAÍS
Pedro Geraldo Ortolan, diretor de vendas de reposição e marketing da Mann+Hummel
Eduardo Oliveira, proprietário do Centro Automotivo Nipo Brasileiro
“O movimento em geral caiu, foi tudo. Na oficina caímos 15% e na venda de peças caímos 15% também, justamente os dias em que não trabalhamos. Isso impacta muito nos resultados.” Comentou Matheus Cusatis – Concessionária Carrera Na opinião de Rodrigo Carneiro (DASA) e Pedro Ortolan (Mann+Hummel), os recursos que seriam usados para a manutenção de veículos foram transferidos para outros setores, que se beneficiaram com o evento Copa. “Assim como houve um clima
pico, não dá mais. Isso de muitos anos atrás que não tem revisão de férias, não é do ano passado, posso falar que ocorre há uns 10 anos. Principalmente, que hoje tem o serviço de guincho 24 horas, o cliente vai e se der algum problema, chama o guincho, ele vem e traz o táxi, então é assim!”. Argumentou Arnaldo. “Essa sazonalidade vem desaparecendo com o passar dos anos. Antigamente, digo uns 10, 15 anos atrás, era mais evidente esta sazonalidade, na qual realmente o consumo de produtos vinculados às revisões básicas sentia um aquecimento. Este cenário não é mais percebido com tanta ênfase”. Complementou Marco Avelino.
Além disso, Marco Avelino (Pelegrino) e Arnaldo Bisi (Tecnicar) comentaram que o período de pico de férias não é mais tão forte no meio do ano. Na opinião deles, as manutenções são feitas conforme a necessidade e, na maioria das vezes, são corretivas e não preventivas: “Não é mais como antigamente que a pessoa ia sair de férias e no mês de junho dava um
Marco Augusto Avelino, gerente nacional de vendas da Pellegrino
A atual situação econômica do país é avaliada como preocupante para todos os entrevistados e pode afetar o fechamento das metas de 2014. Porém, para uns o impacto é maior por conta da queda na atividade industrial e devido à retração do consumo, influenciada por especulações. “A queda da atividade na indústria é, em minha opinião, o pior indicador para os negócios. Isso traz duas consequências para o consumo direto, bem como para um importante setor diretamente ligado ao nosso mercado: o de transportes. Desde o início do ano já estamos sentindo uma ligeira queda nos negócios do mercado de linha pesada, certamente
vinculado ao processo de queda da atividade econômica.” Marco Avelino (Pellegrino) “A atual situação do mercado nacional é instável e, com a aproximação das eleições, muita especulação acontece. Por conta disso, o mercado se retrai e os investimentos são postergados. O resultado dessa combinação é um mercado mais travado.” Pedro Ortolan (Mann+Hummel) “Influencia diretamente, porque o que se fala na televisão e no rádio, o povo assimila, então, se ele tem alguma reserva, procura não gastar, então ele vai fazer somente a manutenção corretiva. É uma preocupação que todo mundo tem porque não sabe o que vai acontecer, então, ele tem que se resguardar, não gastar.” Arnaldo Bisi (Tecnicar) Na opinião de Celso Caires Júnior, proprietário da Autopeças Dispemec, localizada em São José dos Campos/SP, o motivo Copa não foi o principal causador da queda nas vendas. Para ele, devido à cidade ser um distrito industrial, a atual situação econômica vem sendo a maior responsável pela queda de vendas da loja desde o início do ano. Apesar de demonstrar preocupação, comentou que precisa vender com mais segurança, em relação ao crédito e possível aumento na inadimplência, para que isso não interfira ainda mais no resultado. “A nossa cidade é de característica metalúrgica, nós temos a General Motors aqui em São José dos Campos, que tem uma
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Celso Caires Júnior, proprietário da Dispemec
grande influência. Muitos operários acabam tendo um reflexo negativo na cidade, porque a GM não vem bem e este ano está pior ainda, férias coletivas, acho que é a segunda vez consecutiva no ano, então todos esses rumores afetam de certa forma, todo mundo fica com o pé atrás, então, o que eu vejo é que o cliente não deixa de arrumar o carro porque é uma necessidade, mas, a manutenção preventiva, ele não tem feito. Eu não vejo o cliente falando “eu vou fazer em 6 vezes”, ele não está assumindo riscos, eu vejo o pessoal com o pé no chão e nós também. Porque eu trabalho com uma restrição, acabamos segurando um pouco o crédito, revisando os limites, para não deixar a inadimplência acontecer. São duas frentes, eu quero vender mais com segurança e o cliente quer comprar, mas o necessário, então estamos na-
dando um contra o outro, então, o resultado de aumentar a venda, de buscar o crescimento, isso fica um pouco distante.” Celso Júnior (Dispemec). Por outro lado, André Gandra conta que, na Mercadocar, a instabilidade da economia não está afetando os resultados da loja e aponta a necessidade de manter o carro em ordem como sendo o fator fundamental. “Não está impactando diretamente, o brasileiro de um modo geral, não deixa de fazer a manutenção do seu carro. Se fizermos uma análise autopeças versus economia brasileira seria um cenário preocupante, mas na prática não está acontecendo. A gente percebe que o consumidor está consumindo de uma forma mais cautelosa. O brasileiro não fica sem carro, ele deixa de fazer outras coisas, às vezes reduz as viagens, deixa de fazer um passeio no fim de semana ou coisa parecida, para que tenha condição de fazer a manutenção, porque ele sabe que precisa estar com o carro em ordem. Não é só questão do lazer, ele precisa deste meio de transporte. Nosso país não dispõe de transporte público adequado, então, as pessoas dependem do carro para se locomover, em contrapartida, ele precisa fazer a manutenção, porque ele sabe que se deixar de fazer e, quando for fazer, ficará muito mais cara” Dessa mesma maneira, pensa Eduardo Oliveira, proprietário da Oficina Nipo Brasileiro: “Não influencia em nada. Eu vejo assim: o carro continua quebrando, tem que arrumar, e tem o cliente que naquele determinado momento não está podendo gastar, aí acaba deixando de vir na oficina, ao mesmo tempo tem aquele que está melhorando, conseguiu comprar um carro melhor e vem para a oficina, então, tem um ciclo aí e eu não vejo a crise que todo mundo fala.” Para as duas concessionárias abordadas (GM e Ford) esta instabilidade econômica não interferiu nos resultados no setor de peças e serviços, ao contrário, os dois gerentes afirmaram estar com um movimento maior, comparado ao ano passado e, para eles, a que-
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MERCADO
38 da nas vendas de carros novos, seguramente, contribuiu para o crescimento de manutenção de carros usados: “Até maio o crescimento em serviços estava bom, 20% acima em relação ao ano passado e a venda de carro caiu. O público, ao invés de trocar o carro, está fazendo manutenção e isso trouxe um benefício para o mercado de peças e serviços. O setor de peças estava mantendo a venda do ano passado, mas, serviço, é impressionante! Nós estamos trabalhando com a oficina cheia e, independente da economia, os carros continuam quebrando e esses carros não deixaram de vir.” Matheus Cusatis (Carrera) “A parte de manutenção vai normal, na realidade, o mercado não está ruim, está competitivo hoje, na realidade, o movimento de serviços não caiu. Tanto serviços quanto peças, eu acho que se mantiveram estáveis, não afetou tanto a parte comercial, a parte de manutenção andou até melhor do que eu esperava. Na área de assistência técnica também, acima do esperado.” Alexandre Clempes (Superfor).
Alexandre Clempes, gerente de pós-venda da Superfor Concessionária Ford
EXPECTATIVA PARA O SEGUNDO SEMESTRE DE 2014 Apesar de haver uma preocupação geral em relação ao segundo semestre do ano, para a maioria dos entrevistados ele é historicamente melhor. Alguns, inclusive, demonstraram otimismo quanto ao fechamento do ano ter um saldo positivo. “Como mencionei anterior-
“Não está impactando diretamente, o brasileiro de um modo geral, não deixa de fazer a manutenção do seu carro. Se fizermos uma análise autopeças versus economia brasileira seria um cenário preocupante, mas na prática não está acontecendo”
André Gandra, Mercadocar
mente, já prevemos as variações mercadológicas e sazonalidades em nosso orçamento. Desta forma, estamos prevendo um segundo semestre positivo para a nossa empresa. A estratégia é a mesma, contudo, estaremos ainda mais focados na busca dos resultados. Estamos projetando crescimento para 2014. Não será um crescimento expressivo dado tudo o que está acontecendo no mercado e no país, mas será um crescimento importante.” Rodrigo Carneiro (DASA) “Apesar das dificuldades, acredito que iremos alcançar nossos objetivos, como planejado no início deste ano.” Pedro Ortolan (Mann+Hummel). “Eu acredito que vou fechar a meta e estou na expectativa da gente buscar resultados melhores, no mínimo, alcançarmos o estipulado para crescimento.” Celso Júnior (Dispemec) “Nós sabíamos que seria um ano muito ruim, por causa dos eventos, mas eu acho que na realidade a tendência é melhorar agora, nos próximos 6 meses. Eu acho que no segundo semestre vamos recuperar a ponto de fechar os números e resgatar o atrasado.” Alexandre Clempes (Superfor) “Eu acredito que irei fechar bem este ano, em torno de uns 10% acima do ano passado.“ Arnaldo Bisi (Tecnicar) Com um pouco mais de cautela, o executivo da fábrica César Costa (Gates), demonstrou não estar tão seguro para arriscar um palpite de haver uma melhora no resultado do segundo semestre, por conta de más notícias da economia. “No primeiro semestre havia a expectativa de que o segundo semestre seria melhor, porque, para a Gates, o primeiro semestre foi estável, não teve nenhum ‘boom’ de vendas, ou ele está igual ao ano passado ou com um percentual um pouco abaixo. Por
conta dessa conversa, nos também estávamos acreditando que o segundo semestre seria melhor, mas, com tanta notícia ruim sobre o PIB, sobre a economia, até sobre a falta de água, são só notícias pessimistas. Aí, com esta sensação que nada caminha para uma melhora, vamos fazer uma revisão no orçamento, vamos reduzir as metas. Agora, a nossa expectativa não é que o segundo semestre vai recuperar o primeiro, não temos mais essa expectativa. Vamos ficar abaixo do nosso budget.” Já o entrevistado do distribuidor, Marco Avelino, acredita que a Pellegrino terá um crescimento, mas, também será abaixo do previsto. “Projetamos um ano com relativo crescimento sobre os resultados de 2013. Após passado o primeiro semestre, podemos perceber que não teremos êxito neste objetivo, pois as taxas de crescimento estão inferiores a
e outras a serem implementadas, são bastante diferenciadas, tais como reposicionamento de produtos e, até, abertura de filial. “Acreditamos que teremos um crescimento muito satisfatório. Estamos falando em algo em torno de 30% superior ao que foi o ano de 2013 e as estratégias serão a criação de promotores exclusivos da Mercadocar, por linha de produto; treinamento comercial e técnico para toda a equipe; abertura de novas linhas. Além disso, estamos posicionando melhor os produtos nas prateleiras, principalmente os acessórios na questão da rentabilidade e, paralelo a isso, iremos inaugurar a sexta loja do grupo, essa na Zona Leste, será a quinta de linha leve, e estamos repaginando as lojas Mercadocar. Também para 2014 estaremos lançando o nosso e-commerce, isso em questão de alguns dias, que também veio para agregar no faturamento da Mercadocar.
“Apesar das dificuldades, acredito que iremos alcançar nossos objetivos, como planejado no início deste ano.”
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este patamar. Podemos considerar que, se conseguirmos manter esse ritmo atual, falaremos em crescimento na ordem de 5% para este ano.” ESFORÇOS / ESTRATÉGIAS O bom senso nos negócios preconiza que não basta apenas ser otimista. Por isso, os executivos entrevistados foram indagados sobre os esforços ou investimentos que planejaram fazer para alcançar seus objetivos, ou até superá-los. Diante das respostas dos varejos nota-se que as estratégias, algumas já adotadas
Por isso, entendemos que o segundo semestre será fantástico.” Comentou André Gandra, da Mercadocar. “Eu espero sempre o melhor, sou otimista, mas aqui na Dispemec nós vamos nos mexer. Vamos ter mais campanhas, mais ações, eu tenho um evento grande que nós fazemos de agosto para setembro, que é nosso maior evento do ano no planejamento de marketing: o Integra. É nossa mini Automec. Nós trazemos as empresas, que expõem seus produtos e fazemos o evento no shopping. Este é o quinto ano. Então, é um evento que gera muito
investimento, mas traz bastante resultado. Ele mobiliza, e todo mundo se mexe bastante.” Avaliou Celso Júnior, da Dispemec (São José dos Campos). “A Pellegrino tem por característica se planejar com bastante brevidade nas suas ações, então, nós abrimos a filial de Santo André esse ano, para melhorarmos o atendimento naquela região, Baixada Santista que é importante, despressurizar essa filial que era responsável por lá, então essa filial tem que crescer nessa região remanescente e lá buscar novas oportunidades. Estamos abrindo até o final do ano mais uma filial no norte do país que já era prevista também, que visa trazer novos negócios.” Marco Avelino (Pellegrino). Os gerentes das concessionárias também expuseram os serviços e estratégias adotados para tentar garantir o resultado positivo nas vendas de peças e no volume de manutenção dos veículos na oficina e, principalmente, para fidelizar os clientes. “Hoje, nosso trabalho é todo agendado, o público se acostumou com isso. Existe também um trabalho forte das concessionárias, mas na GM o telemarketing é um fator muito importante, nós temos sistema de CRM muito efetivo, que as nossas atendentes lembram o cliente da revisão. Isso se tornou uma coisa que o cliente se acostumou. Hoje, a fidelidade do cliente à concessionária, depois da garantia, aumentou muito, porque existe este pós-venda. Lógico que sai um pouco depois da garantia, existe aquela fuga natural, mas aumentou muito hoje a fidelização pós-garantia.” Matheus Cusatis (Carrera). “Nós temos hoje um bom trabalho com preço competitivo, nós conseguimos absorver muito mais clientes fora da garantia
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mercado
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“Até maio o crescimento em serviços estava bom, 20% acima em relação ao ano passado e a venda de carro caiu. O público, ao invés de trocar o carro, está fazendo manutenção e isso trouxe um benefício para o mercado de peças e serviços”
Matheus Cusatis, Carrera
do que antes, porque durante estes três anos você trabalha o cliente e, às vezes, nós temos um bom percentual de clientes que depois de 3 anos acaba trocando de veículo por outro zero na própria concessionária. Então, este é o trabalho que nós fazemos, a gente tenta fazer um trabalho de manutenção deste cliente e ele vira um cliente fiel. Hoje, eu enxergo como a grande jogada que todos têm que trabalhar é o marketing para fidelizar o cliente e, para isso, o segredo é um bom atendimento, não tem outra coisa que segure o cliente do que um bom atendimento. Tem que fazer além do que ele espera.” Alexandre Clempes (Superfor) INFLUÊNcIa daS eLeIÇÕeS PreSIdeNcIaIS Para finalizar, os entrevistados responderam a respeito dos efeitos que as eleições para presidente podem causar em seus negócios. Os comentários revelam um sentimento generalizado de que, para esses executivos, de alguma maneira os resultados das eleições poderão afetar, sim, os rumos dos negócios em suas empresas. Nota-se que a avaliação é a de que o mercado estará sensível aos possíveis impactos que qualquer candidato que vença o pleito poderá causar no quadro econômico do país, uma vez que para os entrevistados, alterar, ou não, a forma como a administração do Brasil vem sendo conduzida irá gerar efeitos colaterais
significativos em seus mercados. “Tudo é incerto. O que cabe a nós, como executivos, é estarmos sempre atentos às instabilidades econômicas e criar e executar as estratégias certas para conduzir os negócios da melhor maneira possível.” Pedro Ortolan (Mann+Hummel) “Eu acho que o governo tem que implementar mais notícias boas para o mercado, porque quanto mais notícias ruins, mais as pessoas vão tirando o pé, mais as pessoas vão tomando cuidado, vão pensando em gastar menos, vão pensando em segurar investimentos, despesas. Então, o que precisamos agora é de uma nuvem de notícias boas, porque é muita notícia ruim.” César Costa (Gates) “Particularmente, entendo que sim. Dependendo do sucessor, o mercado se comportará com determinado humor. Uma coisa é certa, o país não aguenta mais, financeiramente, falando em inchaço em contas públicas, potencialização do PIB apenas no papel, falta de medidas efetivas de ajuste fiscal, etc. Desta forma, o novo governante, inevitavelmente, terá que tomar ações duras e corretivas para o próximo ano, que poderá, desde o final de 2014, impactar diretamente no mercado em geral”, Marco Avelino (Pellegrino) “O cenário político brasileiro está interligado ao cenário econômico, e as empresas devem estar atentas a essas mudanças, o que é o caso da nossa companhia. Entendemos que para 2014 pode
“Não influencia em nada. Eu vejo assim: o carro continua quebrando, tem que arrumar, e tem o cliente que naquele determinado momento não está podendo gastar, aí acaba deixando de vir na oficina, ao mesmo tempo tem aquele que está melhorando, conseguiu comprar um carro melhor e vem para a oficina, então, tem um ciclo aí e eu não vejo a crise que todo mundo fala.”
Eduardo Oliveira, proprietário da Oficina Nipo Brasileiro
ter alguma influência sim, mas não entendemos que deve ser algo que chegue a impactar os nossos resultados.” Rodrigo Carneiro (DASA) “Não temos esta sensibilidade, entendemos que o que preocupa é a questão dos impostos, sempre quando há mudança de presidente, sempre entra algumas situações como a Substituição Tributária, IVA, que tivemos recentemente. Isso é um impacto direto dentro dos nossos custos, a Mercadocar se preocupa com a questão dos impostos que nós pagamos cada vez mais.” André
compra, no custo das peças. Pode mudar a política comercial, mas, os clientes continuarão vindo, porque os carros vão continuar quebrando.” Eduardo Oliveira (Nipo Brasileiro) Apesar das opiniões serem diversas sobre os reflexos da Copa e o impacto das eleições, o que prevaleceu neste panorama foi claramente a sensação de otimismo em relação às expectativas com o mercado. Levando-se em consideração que todos estão inseridos no mercado de reposição, seja na comercialização ou na aplicação de peças, foram unânimes em dizer que, independente do evento Copa e do atual cenário políticoeconômico, os carros precisarão sempre de manutenção. Por outro lado, nota-se que as montadoras sentiram um reflexo muito maior e mais direto dessa instabilidade econômica, constatado através do fraco de-
“Eu acredito que irei fechar bem este ano, em torno de uns 10% acima do ano passado.”
Arnaldo Bisi, Tecnicar
Gandra (Mercadocar) “Eu vejo que isso não irá trazer nenhum impacto, eu creio que os resultados, se eles forem melhores, serão um reflexo da economia aquecida ou, se tivermos uma inflação muito alta, falta de crédito, se tivermos um impacto muito negativo de forma geral na economia e piorar, aí sim, teremos um impacto muito grande nos negócios.” Celso Júnior (Dispemec) “Eu acho que o consumidor está com o pé atrás por conta dessa situação da eleição, está inseguro com o mercado econômico hoje, mas, eu acredito que o país não vai mudar de situação, independente de quem ganhe a eleição. A situação do mercado continuará parecidíssima, embora poderemos apostar mais ou menos fichas depois da eleição, dependendo de quem assumir.” Alexandre Clempes (Superfor) “Alguma coisa eu acredito que mudará. Não acho que mude por causa do meu cliente, não acho que eles deixarão de vir, mas, por causa dos meus fornecedores. Pode haver uma mudança na
sempenho nas vendas de veículos novos. Porém, para o mercado de reposição, isso também significa oportunidade de crescimento. Hoje, a frota nacional circulante é de, aproximadamente, 35 milhões de veículos, todos com potencial para fazer manutenção, mesmo que corretiva. Tal fato denota, ainda mais, o cenário positivo para o aftermarket. Contudo, sabe-se que esse mercado é bastante competitivo e aqueles que buscam ampliar ou manter a sua participação devem investir e empenhar esforços, qualquer que seja a sua posição na cadeia da distribuição de autopeças. A atual demanda que os novos modelos de veículos exige é grande, além da variedade de itens que requerem atualização constante na mão de obra dos reparadores e no conhecimento daqueles que comercializam as peças. *dirce Boer é Publicitária – Diretora Executiva da DMC Promoção e Publicidade, empresa com 22 anos atuando no mercado de autopeças.
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duelo de forças
Qual transmissão automática mais agrada ao reparador: Honda ou Toyota? Apesar de possuir mais defeitos recorrentes que o modelo Honda, câmbio da Toyota possui maior disponibilidade de peças para o mercado, inclusive nas concessionárias Fotos: Oficina Brasil
fernando Naccari e Paulo Handa
A
pós a aquecida disputa da última edição entre os motores Fire da Fiat e EA111 da Volkswagen, nesta edição chamamos para o ringue outros dois rivais históricos, Honda e Toyota. Mas não, não vamos comparar as características de seus motores. Porém, algo mais bem suscetível a falhas: a transmissão automática de quatro velocidades. Como sabemos, um sistema desse tipo, se bem cuidado, tem vida útil bem longa, mas quando ele é mal tratado e precisa de um reparo, este é simples? É fácil encontrar peças de reposição? O custo de manutenção repassado ao cliente é muito alto? Há informações técnicas suficientes para executar um bom reparo? E além de tudo, tem algum defeito recorrente? Para responder a essas perguntas, convidamos dois reparadores que têm parte de suas histórias ligadas às duas marcas, ambos já atuaram nas concessionárias das montadoras e têm as informações de que tanto queremos saber. De um lado, opinando sobre os modelos Toyota, temos o reparador Aquiles Alves da Cruz de 43 anos de idade, dos quais 27 anos são dedicados à profissão. Iniciou a carreira formando-se como técnico no SENAI e trabalhou em concessionárias Fiat, Volkswagen e Toyota, em que atuou por mais de 12 anos. Há quatro anos tem sua própria oficina localizada em Diadema-SP, a Auto Mecânica Aquiles. Do outro lado, expondo sua experiência sobre os modelos Honda, temos o reparador Marcos Antônio Francelli de 45 anos de idade, destes, mais de 25 anos são
dedicados à profissão. Francelli iniciou em um centro automotivo e, em seguida, teve uma passagem
ção, a cada cinco reparos em um câmbio automático Honda (FOTO 1), isso correspondia a apenas
que neste caso faz com que o carretel vire ao contrário. Esta fica localizado no meio do eixo
1 por uma concessionária Fiat antes de atuar em uma Honda, onde trabalhou por 10 anos e chegou a ser gestor. Há quatro anos também tem sua oficina própria em Diadema-SP, a Francelli Automotiva. defeITos reCorreNTes No primeiro embate, perguntamos aos reparadores qual era a transmissão que mais aparecia na oficina apresentando falhas. Aquiles respondeu que, se fosse colocar em uma escala de propor-
um em uma transmissão Toyota (FOTO 2). Francelli também respondeu à questão, dizendo que essa proporção, comentada por Aquiles, também correspondia à sua realidade na oficina. Entrando no mérito das falhas, Aquiles comentou que na Toyota, o mais comum são ruídos internos causados pelo desgaste dos dentes da satélite. “Existe uma embreagem de avanço que desgasta com frequência. No caso da Toyota esta é unidirecional e tem as funções de selecionar várias marchas, inclusive a ré,
aceleração”, completou Aquiles. No lado do Honda, mais especificamente dos Civic, ocorre um
2 e a engrenagem do ‘Parking’ fica fixada nele”. Outro inconveniente, principalmente nos Corolla XEI 1.8 2008/09, é a patinação nos pacotes de embreagem da 2ª e 4ª marcha. “Quando desmontamos, verificamos que os discos estão cônicos e se desgastam nas laterais e isso ocorre ainda com veículos com baixa quilometragem. Em alguns casos, o defeito começa a surgir logo após os 25.000km e o cliente reclama que sente um tranco no momento da troca das marchas, principalmente em retomadas de
desgaste nos pacotes da 2ª marcha (FOTO 3), no qual os ‘composit’ se desgastam por conta da falta de lubrificação causada pelo entupimento do filtro. “O cliente não efetua a manutenção preventiva, como uma simples troca do fluido da transmissão e isso acelera a
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duelo de forças saturação do elemento filtrante, provocando a falta de lubrificação. Isso é o que mais pego de problemas aqui nos Honda”, contou-nos Francelli. Nem sempre o cliente está atento aos sintomas iniciais deste problema. “Em alguns casos, o proprietário liga o carro e sai com o motor frio normalmente, mas quando esquenta, a transmissão começa a patinar ou, às vezes, a marcha ou demora um pouco para entrar ou dá uma leve patinada. Por falta de conhecimento, o cliente vai andando com o carro assim mesmo até a transmissão não tracionar mais. Quando isso ocorre é quase certo, é só conferir que o filtro vai estar entupido e óleo da transmissão vencido”, acrescentou Francelli. Uma re come nd a çã o que os dois técnicos fizeram, para ambos os casos, é conferir no momento da troca do fluido da transmissão qual a tonalidade e
cheiro deste. Para realizar um procedimento de verificação das condições do lubrificante, os reparadores orientaram: 1. Retirar um pouco do óleo da transmissão e despejá-lo em um recipiente; 2. De preferência com o fluido frio, deixe-o cair em outro recipiente, formando um fio de óleo; 3. Este fio de óleo deve ter densidade preservada e deve-se enxergar o outro lado; 4. Se o mesmo não estiver com aparência transparente, explique ao cliente que há a necessidade de trocar o óleo e o filtro da transmissão. Tanto Aquiles como Francelli recomendam a troca do fluido da transmissão aos 40.000Km. Aquiles lembra também que a Toyota, em alguns de seus veículos, coloca em seu manual de uso e manutenção que não há a necessidade da troca do fluido da transmissão, mas que mesmo
assim recomenda aos clientes a substituição. “Já vi diversos casos de transmissões danificadas devido ao óleo estar em mau estado e causar danos aos pacotes de embreagem”. Francelli disse que, para os Honda, inclusive nos New Civic, o fluido recomendado é o ATF. Já para os Toyotas, os mais antigos utilizavam o Dexron III e depois, com o avanço da tecnologia de lubrificantes, utilizou o Dexron IV. reParaBIlIdade Com relação à transmissão da Honda, Francelli comentou que há a necessidade da utilização do manual de reparação e, no momento da retirada da transmissão do veículo, deve-se prestar muita atenção nos chicotes e suas fixações. “Trata-se de uma transmissão pesada (FOTO 4) e se não nos atentarmos as fixações, no momento de remover o conjunto do cofre do motor, fatalmente
4 danificaremos algum chicote”. Porém, apesar dessa dificuldade, Francelli não considera o reparo da transmissão complicado. “Ela tem até uma construção bem simples, é fácil de mexer, mas é claro que é preciso ter os cuidados necessários para não transformarmos um reparo simples em um pesadelo intenso”. No lado da Toyota, Aquiles relatou que a facilidade de manutenção é a grande virtude deste conjunto. “Em alguns reparos não é necessário nem a remoção da transmissão do veículo. Para substituir alguns pacotes de embreagens, é necessário retirarmos somente a traseira da
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transmissão”. Outra facilidade que ambas as tecnologias apresentam é a possibilidade de executar reparos sem necessitar de ferramental específico. “Ambas tem manutenção simples, exceto para remover os pacotes de embreagens (FOTO 5), pois é preciso utilizar uma que prense o conjunto e permita a desmontagem, mas tenho uma que serve em ambas”, disse Francelli, seguido de um “eu também”
5 de Aquiles. Uma particularidade do reparo da transmissão da Toyota é para a remoção do corpo de
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44 válvulas. “Para soltar os parafusos, devemos girá-los ‘de ponta cabeça’ antes de retirar a tampa, pois esta é a única maneira de permitir que as esferas não caiam. Inclusive, este procedimento é recomendado pela própria montadora”, explicou Aquiles. Outro ponto a ser destacado, de acordo com Aquiles, é atentarse para as cores das molas na válvulas, pois cada uma corresponde a uma pressão diferente e invertê-las fará com que a troca de marchas seja efetuada seguida de trancos. CusTo de reParo Os dois reparadores concordaram que os componentes, se forem adquiridos nas concessionárias, tornam o reparo de um custo inviável, ainda mais se considerarem o preço do veículo no mercado de usados. “Hoje temos autopeças renomadas dedicadas aos componentes de transmissão automática. Elas costumam fornecer kits completos, bem como outros que for necem apenas juntas, caso a falha seja somente um vazamento, tornando o reparo mais barato”, disse Francelli. Mas se fôssemos colocar em uma balança, segundo os reparadores, reparar uma transmissão Toyota é mais caro. “A mão-deobra para ambas é o mesmo valor, R$1.800,00. Mas quando incluímos as peças, os conversores de torque, que variam de R$800,00 a R$2.000,00, o custo final da Honda fica em torno de R$2.500,00, já uma Toyota fica na casa dos R$3.000,00”, comentou Aquiles. Peças e INforMaçÕes Como os reparadores já comentaram, adquirir peças em concessionárias eleva o orçamento do serviço, porém para alguns itens, não há outra alternativa. “No caso das válvulas solenoides, chicotes e dos corpos de válvulas, o mais seguro é adquirir o original”, disse Francelli. Para Aquiles, a disponibilidade de peças hoje é muito boa para a linha Toyota. “Temos uma tranquilidade que há alguns anos atrás não tínhamos que é pegar
o serviço e fazê-lo rapidamente, pois não temos que esperar muito tempo para que as peças cheguem. Neste ponto, vejo a Toyota com uma logística bem melhor que a Honda, pois foram poucas as vezes que precisei esperar mais de 10 dias por uma peça”. Francelli reforçou o comentário de Aquiles dizendo que, com a Honda, já passou apuros. “Já tive diversos casos de esperar mais de 30 dias por uma peça”. Agora, quando o assunto é informação técnica disponibilizada pelas marcas, ambos estão decepcionados. “Nas duas montadoras, se não tivermos conhecidos nas concessionárias, não conseguimos as informações, pois no mercado não achamos quase nada. Já nas casas especializadas em peças de transmissões automáticas, conseguimos quase toda a literatura que necessitamos. Outra alternativa é buscar empresas de treinamentos do segmento e temos que dar muito valor a este tipo de trabalho, pois sem eles, nosso dia-a-dia seria muito dificultado”, disse Francelli. VeredICTo Após todo o relato dos reparadores, podemos dizer que a transmissão Toyota oferece melhor condição de trabalho ao reparador, pois possui melhor disponibilidade de peças pela montadora. Apesar de possuir mais defeitos recorrentes e maior custo de reparo que a Honda, há a garantia de executar um reparo com prazos mais curtos e melhor qualidade ao cliente final. Se você quer ter seu comentário publicado na próxima edição, acesse nosso fórum e opine.
Reparadores comentaram que preferem terceirizar serviços em conversores de torque
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resultado do último duelo no fórum Tivemos vários comentários em nosso fórum sobre a disputa entre os motores EA111 e Fire, como veremos a seguir. Usuário: rlmac O Fiat Fire leva boa vantagem em relação ao EA111, na minha opinião. O Fire tem um programa de manutenção constante desde o seu lançamento no Brasil enquanto o EA 111 alterna informações para confundir proprietários e reparadores. Um exemplo disso é a troca da correia dentada: Todos os modelos Fire indicam 60.000km enquanto o EA111 indica em alguns manuais 90.000km, em outros 120.000km e em alguns nem menciona troca da correia.Velas também têm variação na VW enquanto na Fiat é a cada 30.000 Km. Quanto à qualidade dos motores, a Fiat continua em vantagem. Atendo aqui em minha oficina muito mais Fire do que EA111, mas pego muito mais problemas relacionados a motor nos EA111. Tuchos batendo, problemas com AF, luz do óleo acendendo e por aí vai. As informações técnicas também são mais fáceis de conseguir na Fiat através do Reparador Fiat, só que a VW não fica muito atrás neste quesito, pois tem a revista Notícias da Oficina que traz muita informação também. Peças de reposição tem em abundância para ambos os motores, por isso facilita o trabalho para nós reparadores em qualquer um dos dois modelos. Usuário: chicoobice Na minha humilde opinião, a Fiat lançou seu melhor motor e com nome Fire. Já a VW ainda está tentando acertar este motor até hoje. Sinto saudades do AP. Usuário: futoii O motor Fire com certeza, porque esse motor tem durabilidade maior que esses EA111, principalmente na parte de lubrificação. Não sei se existe muitos casos de motores EA111 por aí, mas sempre tem um caso por aqui de barulhos no motor, como se estivesse batendo tucho. Fora isso, sem problemas. Usuário: barracacharles Na minha opinião o motor Fire (o melhor), pois os grandes problemas que dão nesse motor são porque o cliente não executou a manutenção preventiva corretamente. Já peguei motores Fire com 300.000km em boas condições só por usar o óleo certo e trocar no tempo certo. Usuário: DRPLATINADO Os dois são excelentes motores. Estes propulsores têm um excelente custo benefício, já estão no mercado há mais de 13 anos e não é à toa que foram aplicados nos carros mais vendidos no mercado nacional. Tanto o Fire quanto EA111 são motores de fácil manutenção. Na época que foram lançados, os clientes
não tinham ideia da tecnologia aplicada nestes motores, e nem dos cuidados de manutenção que estes precisavam ter. Atualmente, a maioria dos clientes ainda são negligentes com motores de alta tecnologia e nós reparadores temos que fazer nossa parte, alertar o cliente e oferecer manutenção correta . Usuário: bernardobraga Meu voto é para o FIRE devido à acessibilidade de informações técnicas de reparo e funcionamento. Peças com custo x benefício bom. O EA 111 sofre devido a má repercussão dos 16v anteriores e os recorrentes problemas de Recall da Volks nesse motor. Claro, o consumidor contribuiu para isso, muitos andavam em carros com mecânicas muito simples e robustas e saltaram tecnologicamente para um motor avançado, mas ficaram com o conceito de manutenção do antigo. Nesse respeito a FIAT se preparou, construiu e se posicionou melhor para consertar esse ‘hiato’ tecnológico. Ambas tem procurado ter um bom conceito de motorização, mas até o momento a Fiat tem dado mais respeito ao Reparador e não é à toa que tem sido líder de vendas. Como disse um colega anterior, os manuais de manutenção da Volks tem quilometragem diferentes para o mesmo motor, dependendo do uso e aplicação, induzindo o consumidor e o próprio reparador ao erro de manutenção e claro a imagem da montadora. Ela está consertando isso tardiamente com o programa de treinamento oferecido nas concessionárias via TV Notícias da Oficina VW, um passo atrás da Fiat que já fornece via internet... Por isso meu voto é FIRE. Certo é que quem está apostando em informar o reparador está mais bem posicionado, ou seja, não basta ter um bom motor somente. Usuário: TOTALFLEX Em minha opinião é o EA111. Apesar de ter sido mal visto alguns anos atrás é um motor que realmente aguenta o dia-a-dia. Tenho clientes de empresas com Gol com este motor que já ultrapassaram a casa dos 300.000km, é claro que fazendo manutenção preventiva, principalmente a troca de óleo usando o lubrificante correto. Também gosto do Fire. É um bom motor e bem simples sua manutenção. Usuário: jeronimo50 Co n co rd o co m to d o s e o q u e expuseram. São dois excelentes motores, mas a falha que vejo em ambos é na hora de vender o carro. Nas concessionárias apenas mostram o painel do carro, como ele está bonito, que quando você vira a chave aparece aquela luz de cor bonita, mas esquecem de passar para o cliente informações importantes sobre a manutenção, pois a tecnologia de hoje empregada nos motores não permite que sejam feitas manutenções como antigamente, é preciso estar atento, principalmente aos componentes eletrônicos.
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LANÇAmENTO
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LANÇAmENTO
Novo Sandero assume visual do atual Logan e tem como maior trunfo a manutenção simples Fotos: Divulgação
Com visual chamativo tendendo à esportividade, Sandero chega com a intenção de ser a melhor opção de veículo do segmento, oferecendo powertrain já conhecido do reparador Fernando Naccari
A
primeira geração do Sandero, lançada mundialmente no Brasil há sete anos, foi criada levando em conta o gosto e as necessidades do consumidor daqui. Dessa forma, fez sucesso e chegou a atingir 500 mil unidades comercializadas em nosso país. O Sandero participa do principal segmento do mercado brasileiro, o de hatches compactos, que corresponde a 50% das vendas de automóveis de passeio. Sendo um segmento tão grande no Brasil, o seu leque de público é bastante diverso. O modelo se tornou uma das opções preferidas do público devido ao amplo espaço interno, maior porta-malas da categoria e ter um visual que agradasse tanto às famílias como aos jovens solteiros, que procuram um carro bonito, prático e bem equipado. Com o Novo Sandero, a intenção da Renault é ampliar ainda mais essa fatia de mercado e se tornar a principal preferência do consumidor. “O Novo Sandero é uma evolução em termos de design e inovação acessível de um produto que sempre foi reconhecido pelo maior espaço interno do segmento e pela sua robustez”, disse Olivier Murguet, presidente da Renault do Brasil. O lançamento traz como opção de acessórios o ar-condicionado automático e geração 1.2 do Media NAV (central multimídia que oferece GPS, sistema de som, Bluetooth e as funcionalidades Eco-Coaching e Eco-Scoring) e piloto automático (controlador e limitador de velocidade), entre outras tecnologias, que tem o objetivo de tornar mais agradável o dia a dia do motoristas e dos passageiros. O veículo é considerado todo
ralmente, a silhueta é marcada pela linha superior contínua que parte do capô, passa pelo para-brisa e segue até a traseira do carro, sem quebra de fluidez. A versão Dynamique reforça o seu visual mais sofisticado com luzes indicadoras de direção incorporadas aos retrovisores. Da mesma forma, na traseira, a proporção entre a área envidraçada e as superfícies sólidas, juntamente com a linha de cintura alta, sinalizam para o grande espaço disponível internamente. O design das lanternas traseiras lembra as do Logan e passam a imagem de robustez e modernidade. CONFORTO
Novo Sandero adota visual do Logan e permanece com mecânica simples e já conhecida do reparador
novo, ou seja, construído sobre uma nova plataforma, nova estrutura, novo sistema elétrico, novo sistema de freios, de direção e novas suspensões, além de novo design e reformulação total do interior. “O Sandero é um produto desenvolvido para o mercado brasileiro e representa 40% das vendas da Renault. Com o Novo Sandero vamos dar continuidade a essa importante história de sucesso”, comentou Gustavo Luis Schmidt, vice-presidente comercial da Renault do Brasil. INOVAÇÕES O Sandero agora vem equipado com o novo motor 1.0 16V Hi-Power, que estreou no Clio e é oferecido também no Novo Logan e recebeu nota A no Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular, que classifica os automóveis produzidos no país de acordo com a economia de consumo. Em nosso test-drive de conhecimento
do produto, conseguimos atingir anotar a média de consumo 14,7km/l de gasolina em circuito predominantemente rodoviário. Vale lembrar que o modelo que testamos era completo e dotado de arcondicionado, o qual permaneceu ligado durante todo o trajeto que compreendia em torno de 60km. O motor 1.0 16V Hi-Power possui quatro válvulas por cilindro e gera 80 cv utilizando etanol ou 77 cv quando abastecido apenas com gasolina. O torque máximo varia entre 10,2 kgfm (gasolina) a 10,5 kgfm (etanol), atingido a 4.250 rpm. Este propulsor é oferecido para as versões Authentique e Expression, e tem valores de consumo divulgado em 8,1 km/l (etanol) e 11,9 km/l (gasolina) e, na estrada, 9,2 km/l (gasolina) e 13,4 km/l (etanol). Há ainda outra opção de motor oferecida para as versões Expression e Dynamique. O 1.6 8V Hi-Power gera 106cv (o mesmo utilizado no modelo antigo) quando
abastecido com etanol e 98cv com gasolina. O torque máximo é 15,5 kgfm com etanol e 14,5 kgfm com gasolina. Um fator importante é a disponibilidade de 85% do torque a partir de 1.500 rpm. DESIGN As linhas do carro seguem a nova identidade de design global da marca, criada por Laurens van den Acker, vice-presidente sênior de Design do Grupo Renault. A evolução do projeto continua no interior do carro, reforçada pela aplicação de materiais de melhor qualidade que na versão anterior. Um dos destaques dessa nova identidade é o grande logo da Renault na parte central da grade frontal, com os frisos cromados que se estendem até os faróis. Na versão Dynamique, a grade inferior tem desenho esportivo tipo colmeia e molduras cromadas nos faróis de neblina, reforçando o design sofisticado do modelo. Late-
O amplo espaço e conforto a bordo continuam sendo alguns dos pontos mais fortes na concepção do Sandero. Um novo design interno é reforçado pelos novos materiais, acabamentos aperfeiçoados e novas cores e texturas, que elevaram a sensação de bem-estar no interior. O painel de instrumentos, assim como os demais componentes do interior, são herdados do Logan. O volante de três raios oferece boa empunhadura e, na versão Dynamique, ele vem com os comandos do piloto automático (limitador e controlador de velocidade). O quadro de instrumentos tem iluminação branca com três mostradores redondos: o conta-giros e o velocímetro analógicos, e um mostrador digital, com indicador do nível de combustível e computador de bordo multifuncional. Ele permite ao motorista verificar o consumo médio e instantâneo de combustível, a autonomia, volume de combustível consumido, a velocidade média e a quilometragem total e parcial na viagem. O indicador de trocas de marchas
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LANÇAmENTO auxilia o motorista a dirigir de forma econômica e eficiente. Os bancos também oferecem bom conforto e não foi difícil encontrar uma boa posição para dirigir, pois o volante com regulagem de altura também permite que esta posição seja facilmente encontrada. Uma novidade em relação à versão anterior é o comando interno de abertura do porta-malas - com 320 litros de capacidade com o banco traseiro em posição normal. Há a possibilidade ainda de rebater o banco traseiro e a capacidade do porta-malas se elevar até aos 1.196 litros. Para oferecer o máximo de conforto, segundo a engenharia da montadora, o ajuste do ar-condicionado é feito por um computador, utilizando sensores que regulam a temperatura do fluxo através do circuito de climatização da cabine. NOVIDADES Um dos destaques do novo modelo é o sistema elétrico, aperfeiçoado para receber o volume cada vez maior de equipamentos de conforto e assistência oferecidos no carro. Este sistema assegura total compatibilidade com estes novos equipamentos, graças ao sistema de multiplexagem que o Sandero não possuía. A nova suspensão também oferece bom conforto, embora tenda a ser mais ‘mole’ do que estamos acostumados, mas mesmo assim oferece boa estabilidade em curvas e em nossas esburacadas ruas e estradas. A bitola dianteira aumentou 33 mm e a traseira está 25 mm maior. A direção ficou mais precisa e segura com a nova assistência variável. A suspensão dianteira do Novo Sandero tem estrutura tipo McPherson, com braços triangulares e amortecedores integrados a molas helicoidais – na versão Dynamique, ela é complementada por uma barra estabilizadora. Atrás, o carro utiliza um sistema semi-independente, com barra de torção transversal, molas helicoidais e amortecedores verticais, com barra estabilizadora. A preocupação com o conforto do modelo fica evidenciada pela instalação dos braços da suspensão dianteira
Motor 1.0 16V Hi-Power
em um subchassi que é fixado no monobloco através de coxins. As buchas que fixam os braços da suspensão à carroceria garantem, além do isolamento acústico, rigidez e apoio necessários para garantir a boa dirigibilidade e segurança do carro. O isolamento acústico da cabine também foi aprimorado com o uso de mantas e revestimentos isolantes em pontos estratégicos da carroceria, além do interior do carro. O baixo índice de vibrações transmitido pelo motor e pela suspensão à carroceria contribui também para o conforto dos ocupantes. O ruído do vento foi reduzido pela adoção de novas juntas nas portas dianteiras e também pelo mais rigoroso acabamento de montagem dos componentes da carroceria. Até as novas palhetas do limpador dianteiro são mais aerodinâmicas e ficam mais perto do vidro, diminuindo a sua interferência na passagem do ar a média e alta velocidade. Atendendo as novas exigências de segurança, o modelo já vem de série com airbag para motorista e passageiro da frente em todas as versões. Também é de série o sistema ABS, de nona geração, com distribuidor eletrônico de força de frenagem (EBD). O sistema CAR, que trava automaticamente as portas do veículo quando este alcança 6km/h, também contribui para a segurança. O design dos bancos dianteiros é feito de forma que dificulta que o ocupante escorregue por baixo do cinto de segurança em colisões frontais (efeito antimergulho). Com os passageiros bem colocados no banco, todos os
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Motor 1.6 8V Hi-Power
dispositivos de segurança podem atuar corretamente. Os cintos de segurança retráteis de três pontos têm regulagem de altura (dianteiros) e limitadores de esforço integrados. Esse dispositivo, presente em todos os modelos da Renault, ajusta automaticamente a tensão do cinto reduzindo eventuais lesões causadas pela excessiva pressão deste contra o corpo em caso de colisão. As estr uturas dianteira e traseira do monobloco do Novo Sandero têm zonas de deformação progressiva, que amortecem os impactos. A cabine tem construção rígida para proteger os ocupantes, com a coluna central e a travessa do teto reforçadas. É o conceito de célula de sobrevivência, que resiste dando espaço aos passageiros depois do embate, minimizando lesões. Todas as portas têm travas de segurança que impedem a abertura por dentro, evitando acidentes com crianças. A coluna de direção, retrátil e dobrável, é posicionada de forma a reduzir o risco de contato com os joelhos do motorista. Em caso de batida frontal, suportes pendulares impedem a invasão do motor na cabine e a pedaleira se desloca para baixo, evitando que os pedais atinjam os pés do condutor. A assistência da direção também foi melhorada: o sistema atua com menos intensidade quando o volante é movimentado pouco, para assegurar o controle do carro em altas velocidades. Já em manobras, quando a movimentação do volante é maior, o sistema oferece maior assistência, exigindo menor esforço em manobras e ao estacionar. O diâmetro de
Painel de instrumentos renovado
giro é de 10,6 metros, e oferece boa manobrabilidade em espaços apertados e para estacionar. VERSÕES O Novo Sandero é oferecido em quatro versões: Authentique 1.0, Expression 1.0, Expression 1.6 e Dynamique 1.6. Abaixo, os principais itens de série de cada versão: • Authentique 1.0 16V Hi-Power: airbag duplo, ABS com EBD (distribuição eletrônica da força de frenagem), direção hidráulica, volante com regulagem da altura, ar quente, desembaçador do vidro traseiro, brake light, rodas 15’’ com pneu 185/65, retrovisor com regulagem interna, aberturas internas do porta-malas e reservatório de combustível. • Expression 1.0 16V Hi-Power e 1.6 8V Hi-Power: os mesmos equipamentos da versão Authentique, mais rádio CD MP3 2 DIN + USB + Bluetooth, vidros elétricos dianteiros, travas elétricas das portas, alarme perimétrico, computador de bordo, retrovisor na cor carroceria, maçanetas externas na cor da carroceria, coluna B com acabamento em preto. • Dynamique 1.6 8VHi-Power:
os mesmos equipamentos da versão Expression mais bancos com tecnologia CCT, rodas 15’’ em liga leve, faróis de neblina, vidros elétricos traseiros, piloto automático, luzes indicadoras de direção nos retrovisores, comando elétrico dos retrovisores, banco rebatível 1/3 e 2/3 e volante revestido em couro. ACESSÓRIOS Entre outros itens, são oferecidos alarme, engate traseiro para reboque, faróis de neblina, ponteira de escapamento cromada, rodas em liga leve de 15”, sensor de estacionamento e uma ampla gama de rádios CD/MP3. Um dos destaques é o Kit Sport, que é composto por saias laterais, spoiler dianteiro, spoiler traseiro e aerofólio na tampa traseira. GARANTIA O Novo Sandero tem garantia de fábrica de 3 anos ou 100 mil quilômetros rodados, prevalecendo o que ocorrer primeiro. O plano de manutenção do modelo prevê revisões periódicas a serem feitas em intervalos de 10.000 quilômetros ou a cada ano de uso.
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Gigante: Jac T8 agrada na oficina por boa reparabilidade, apesar do tamanho avantajado A ‘Maxivan’ da marca chinesa surpreende por trazer um motor a gasolina em um veículo de porte ‘diesel’. Segundo reparadores, a única dificuldade na manutenção do veículo será encontrar um elevador que aceite seu grande porte Fotos: Oficina Brasil
fernando naccari e Paulo Handa
O
mais recente lançamento, e um dos mais importantes da marca, para o ano de 2014, a ‘Maxivan’ T8 é um veículo diferenciado, sendo o primeiro veículo da linha chinesa voltado ao transporte de passageiros. Confortável e luxuoso é como podemos melhor defini-lo, porém economia de combustível não é uma de suas virtudes. O veículo transporta com espaço de sobra seis passageiros (FOTOS 1 e 1A) mais o motorista e ocupa uma faixa do mercado ainda não explorada em nosso país, o das vans de transporte de passageiros com foco no conforto, não apenas no transporte em si. Segundo Sergio Habib, presidente da JAC Motors Brasil, o foco de vendas para o modelo será para empresas que atuem no segmento de transportes executivos. Neste setor, incluem-se hóteis, locadoras e empresas de traslados.
3 O enorme JAC T8 e os reparadores Reginaldo (à esquerda) e Ricardo (à direita)
DiriGinDo um T8 Apesar do seu tamanho avantajado (5,1m de comprimento, 1,84m de largura e 1,97m de altura), como o veículo é homologado para sete pessoas, este pode ser dirigido por quem tem a habilitação de categoria “B”. Porém, este tamanho também é um complicador, pois pessoas “menos treinadas” poderão sofrer um pouco com as manobras com ele no dia-a-dia. Vale lembrar que, apesar de tentar atingir o público de transporte executivo, o T8 está à venda nas concessionárias para quem desejar comprar e, com certeza, quem tem uma família grande poderá pensar
nio com pneus 225/60 e os freios tanto dianteiros como traseiros são a disco ventilado com ABS e EBD. O T8 vem com motor 2.0 16V (FOTO 3) com turbo e intercooler, capaz de gerar 175cv a 5.400rpm e torque máximo de 260Nm mantendo rotação constante entre 2.000rpm e 4.000rpm. Dirigindo a van, sentimos esse torque todas
em adquirir este carro, portanto, cuidado! O modelo possui suspensão dianteira com triângulos inferiores e superiores (FOTO 2). Na
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1a
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traseira (FOTO 2A), que recebe o diferencial (a tração da T8 é nas rodas de trás), a suspensão é constituída por um eixo rígido. Ambas contam com molas
helicoidais progressivas e barras estabilizadoras e oferecem bom conforto mesmo em pisos com irregularidades acentuadas. As rodas de 17” são em liga de alumí-
as vezes que aceleramos o veículo com um pouco mais ‘de vontade’. Curioso é que, de dentro do carro, principalmente na posição dos ocupantes que seguem na dianteira, ouve-se bem o ruído do motor a gasolina semelhante ao de um motor diesel, em que percebemos inclusive a turbina ‘enchendo’, característica esta de veículos antigos alimentados por bomba injetora. O motivo, segundo a assessoria de imprensa da marca, é que ouvimos o “sopro” da turbina, muito comum nos veículos diesel comercializados em nosso país. O veículo é equipado com câmbio manual de seis marchas e possui bons engates, muito melhores que nos demais veículos da marca. Infelizmente, ainda não há previsão para a implantação de uma transmissão automática no veículo, mas ao que tudo indica, isto pode ocorrer após a fábrica da JAC Motors iniciar suas atividades em nosso país.
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em breve na sua oficina Fizemos nosso trajeto em circuito predominantemente urbano na cidade de São Paulo e usando em 100% do tempo o ar-condicionado do veículo, já que este tipo de trajeto e condição serão predominantes no uso da van. Ao final do nosso período de testes, rodamos cerca de 520km com o T8 e este apresentou o consumo de 4,7km/l. Consumo este muito alto, quando comparado a um veículo de mesma categoria como a Mercedes-Benz Sprinter e Fiat Ducato, ambos a diesel, pois estes atingem médias de 9,5km/l e 9km/l, respectivamente. Vale lembrar ainda que o preço médio do diesel é inferior ao da gasolina - talvez este seja o grande calcanhar de Aquiles do veículo. viDa a borDo O interior da van tem os bancos no formato 2+2+3, no qual as po ltronas da fileira intermediária são individuais, reclináveis, removíveis e giram 360 graus, tendo essa característica como o carro chefe do modelo. Além disso, os bancos dianteiros possuem aquecimento e ajuste elétrico, teto solar para os passageiros que seguem nos bancos de trás, ar-condicionado com controle independente para o compartimento traseiro (FOTO 4), luzes individuais de leitura,
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na oficina
4 central multimídia com entrada USB e Bluetooth (FOTO 5), entre outros itens.
7 5 O entre-eixos do T8 é gigante. Com 3,08m, permite que todos os passageiros trafeguem com conforto e com a possibilidade de esticar as pernas em todas as posições. Mesmo com os bancos na configuração de sete lugares, o espaço para bagagem atrás da última fileira de bancos fica em 1.310 litros (FOTO 6). Se necessário, todos os bancos traseiros podem ser retirados,
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revelando um espaço de carga digno de um furgão. Sem a última fileira de bancos, o espaço para carga sobe para 3.550 litros ou 4.800 litros se retirados também os dois centrais, situação esta em que será pouco utilizada, com certeza, devido à finalidade destinada ao veículo. O modelo conta com diversos itens que buscam proporcionar as conveniências que as outras vans não proporcionam como, por exemplo, acendedores de cigarro e tomadas 12v de sobra, seis alto-falantes, rádio MP5 com antena externa e 6 porta-copos. Mas não só os passageiros contam com os mimos da van chinesa, pois o motorista pode contar com alguns facilitadores como comandos multifunção no volante (FOTO 7), direção
hidráulica, computador de bordo, abertura interna da tampa do tanque de combustível, retrovisores com acionamento elétrico e repetidor de seta, vidros elétricos, faróis com regulagem elétrica de altura, desembaçador traseiro, retrovisor interno antiofuscante, limpador traseiro com temporizador e quebra-sol com espelho de cortesia. Ainda completam o pacote de equipamentos, airbag duplo, cintos traseiros laterais com 3 pontos, travamento automático das portas a 15km/h, sensor de estacionamento traseiro com câmera de ré, travamento automático das portas a 15 km/h, portas com barras de proteção lateral, trava central e chave com destravamento remoto das portas, além de alarme antifurto.
Para sabermos como será a manutenção do T8 2.0 16V Turbo nas oficinas, conversamos com os reparadores e irmãos Reginaldo Kuboyama de 39 anos e que possui mais de 15 anos de profissão e também com Ricardo Hideki Kuboyama de 33 anos, dos quais 12 anos são dedicados à carreira. Ricardo optou por se especializar na área de suspensão e ar-condicionado, enquanto Reginaldo f icou com motor, transmissão e injeção. Ambos são proprietários da Tokio Car Service, uma autorizada Bosch com história desde 1970 e herdada do pai que, segundo eles, foi o principal responsável por inspirálos a seguirem os mesmos passos. Para Reginaldo, o motor do T8 possui layout comum aos asiáticos, porém possui pontos a serem melhorados. “Aparentemente ele possui sincronismo através de correia dentada. Verifico também que, para determinados componentes, haverá a necessidade de remover algumas peças para termos acesso a elas. Em vários serviços será necessária a remoção do coletor de admissão, pois o espaço no cofre é muito reduzido (FOTO 8 e 8A)”. Outro fato que chamou a atenção é a quantidade de mangueiras fabricadas em borracha no cofre
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8a do motor. “Na grande maioria dos veículos que utilizam destas mangueiras, com a troca de calor na região, costumam ressecar e danificar com relativa facilidade. Temos que tomar muito cuidado com isso, pois geralmente estas não são vendidas no mercado de reposição e as concessionárias não costumam manter grandes estoques das mesmas”, explicou Reginaldo. O reparador Reginaldo notou que o sistema de injeção que equipa o T8 é da marca Delphi (FOTO 9). “Se seguir a regra, este tipo de injeção não costuma apresentar muitos problemas em seus sensores ou no próprio módulo. Nestes sistemas, o que mais costumo fazer é a limpeza dos bicos injetores”.
do ar. “Ele fica montado em uma superfície plástica e, se o reparador não tiver o devido cuidado, tanto na montagem deste, quanto na sua desmontagem, poderá espanar a rosca, danificar o suporte ou o próprio sensor (FOTO 11 e 11A)”.
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por bolhas de ar no sistema”. Reginaldo ainda comentou outra característica comum a sistemas que utilizam este componente fabricado quando fabricado neste material. “Notei que, geralmente, quando o tubo misturador é de plástico (FOTO 13), o retorno para a bomba é diferente e é direto no copo da bomba da mesma. Quando os tubos são de metal, o retorno de combustível é no próprio regulador de pressão. Isso ocorre porque neste caso o combustível atinge temperaturas muito altas no retorno e, em alguns casos, pode apresentar falhas”.
16
11a No caso do T8, o sensor MAP não é incorporado ao de temperatura do ar (FOTO 12 e 12A). “Atualmente, praticamente todos os veículos trabalham com este em conjunto, mas isso não implica em perda de qualidade da leitura ou algo do tipo, é só uma questão de economia de espaços e de itens a serem produzidos. Por outro lado, em caso de dano, troca-se apenas o avariado. Neste caso, caso precise procurá-lo para reparo, este fica localizado na superfície do coletor de admissão”, comentou Reginaldo.
13 O filtro de óleo também fica em uma posição boa para ser substituído (FOTO 14). “O que será mais chato é a remoção do protetor do cárter, pois ele é muito grande, pois se não o fizer, fazer sujeira é quase certo”, disse Ricardo.
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14 9 Ao contrário do que ocorre em alguns modelos da JAC, o T8 já possui sistema de acelerador e corpo de borboleta eletrônicos (FOTO 10), conhecido também como sistema “Drive by Wire”.
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O filtro de combustível também fica em um local de fácil acesso (FOTO 15). “Além disso, fica bem protegido e o tanque de combustível nesta versão é bem grande (80 litros)”, comentou Ricardo.
12a
10 Uma fragilidade do sistema observada por Reginaldo está na fixação do sensor de temperatura
Para manutenções nos bicos injetores, o reparador não terá dor de cabeça. “A localização deles é muito boa, dá para acessá-los com facilidade. Outra vantagem é utilizar a flauta em plástico, pois ela troca menos calor com o combustível, prevenindo falhas
15 Os eletroventiladores do sistema de arrefecimento estão logo atrás da grade dianteira e estão em uma região com pouco espa-
18 ço (FOTO 16). “Provavelmente teremos que retirar a parte frontal para conseguirmos removê-los quando necessário. Fora que, nesta posição, qualquer pequeno acidente poderá causar danos ao conjunto”, disse Reginaldo. Com o motor posicionado “em linha”, a transmissão de seis marchas é acoplada ao cardã que transmite a rotação ao eixo traseiro (FOTO 17). Segundo Reginaldo, apesar do conjunto aparentar ser bastante robusto, para o motorista, nada seria
melhor do que uma transmissão automática. Reginaldo ainda acrescentou que, por se tratar de um veículo pesado, a tração traseira (FOTO 18) tem a vantagem de permitir que o veículo possua maior aderência das rodas motrizes com o solo, facilitando o seu deslocamento. Sobre a manutenção do conjunto de suspensão dianteira, Reginaldo disse não ter visto complexidade em sua reparação. “Chamo a atenção para os ângu-
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20a los de suspensão que neste veículo são reguláveis (FOTO 19)”. Na suspensão traseira, devido a esta abrigar o cardã e o diferencial, não é possível efetuar as regulagens de convergência. “Pelo peso e dimensões da carroceria, poderá apresentar desgastes irregulares nos pneus traseiros”, observou Reginaldo. O conjunto de freios é composto por discos ventilados na dianteira (FOTO 20) e sólidos na traseira (FOTO 20A) e ambos são dotados de ABS e EBD o que, segundo Ricardo, na hora do reparo
não trarão dificuldades, exceto pelo tamanho do conjunto e peso. “Se na montagem houver algum descuido e este ficar desalinhado, a trepidação será grande”. PeÇas e informaÇÕes Como sabemos, a rotina da oficina precisa ser norteada por estas duas bases e, sem elas, um veículo ou uma marca ficam mal vistos pelo mercado. Diante desse cenário, Reginaldo comentou que estas questões o preocupam muito nos veículos
JAC. “Com base na demanda dos veículos que atendo, isso me traz a percepção de que ficaremos muito reféns às concessionárias da marca, pois ainda não há peças para ela no mercado independente. Recentemente tive que trocar as velas de um J3 e só achei na autorizada, agora imagine se por acaso eu precisar um jogo de junta? Provavelmente terá um preço elevado e dependeremos da disponibilidade destas para efetuar nossos serviços e isso não pode ocorrer”. Para Reginaldo, o grande problema da manutenção de um veículo chinês é a procedência inclusive das peças genuínas. “Com um carro da China as peças são da China também, e aí? A experiência das oficinas com este tipo de peça é a pior possível e o que garante que com um carro de lá as coisas mudem? Acredito que vai ser difícil classificá-las, mas só o tempo nos dará essa resposta”. Segundo Reginaldo, até o momento não existe divulgação de informações técnicas de nenhum veículo da montadora. Se por um lado isso é um grande problema para o reparador independente, a vantagem é que estes carros têm um conjunto que sugere uma manutenção mais intuitiva e sem grandes segredos. “É um carro que tem fácil reparação e bastante similar às dos veículos da linha Toyota, porém não podemos sair desmontando tudo sem ter material que nos ajude a determinar o que deve ou não ser feito no veículo”. A grande preocupação do reparador é que a JAC seja uma montadora “de passagem” pelo país, assim como aconteceu com outras que estiveram por aqui e deixaram proprietários e reparadores em apuros. “Tomara que a marca não seja uma Lada da vida, ou KIA e Hyundai que passaram por aqui nos anos 90, desapareceram, e só retornaram para cá em 2005 com a Hyundai Tucson, por exemplo deixando os antigos proprietários na mão, assim como nós reparadores, pois achar peças de veículos mais antigos é quase impossível. Se der tudo certo para a JAC, logo peças surgirão e as informações técnicas também”, finalizou Ricardo.
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CUIDADOS COM A BOMBA DE ÓLEO GARANTEM VIDA LONGA AO MOTOR – PARTE 2 A Bomba de óleo se enc arrega de manter a lubrificação adequada dos componentes e, como no corpo humano, terá vida longa se for bem cuidada. É responsável por enviar o lubrificante às partes móveis do motor e aos componentes agregados. A bomba de óleo é considerada o “coração” do sistema de lubrificação do motor, mantendo a vazão sempre dentro do ideal em todas as rotações. A Válvula, travando fechada, poderá provocar excesso de pressão e danos no filtro de óleo ou demais componentes mais maleáveis. (vide foto 01) Vale salientar que é aconselhável NUNCA realizar o reparo das bombas de óleo, trocando engrenagens / rotores ou lixando
FOTO 1 a tampa ou até mesmo esticar a mola. Em alguns casos é comum o aplicador realizar a colocação de um calço hidráulico atrás da mola da válvula reguladora de pressão no interior da bomba de óleo, para supostamente ‘aumentar a pressão de óleo”. Vale salientar que este procedimen-
to não irá de maneira alguma aumentar a pressão da bomba de FOTO 2 óleo, e sim retardar a abertura da válvula de alívio, conseqüentemente a bomba de óleo irá ter que enviar mais quantidade de óleo lubrificante para o motor, trabalhando desta forma fora dos padrões originais, acarretando seu desgaste prematuro e uma vida útil reduzida. Quando for realizar a troca da bomba de óleo, é essencial verificar se as folgas estão dentro do especificado, se não há borras de óleo no sistema de lubrificação, se não
há obstrução no coletor de óleo da bomba, se a tela do mesmo não está danificada. OUTRO FATO CURIOSO A bomba de óleo é injustiçada, além de ser o primeiro componente culpado em um problema de lubrificação, ela é o único componente do motor que não recebe o óleo filtrado, e sim nas condições que se encontra no cárter, a única proteção da bomba é a peneira do coletor de óleo, que em muitas vezes é furada ou violada pelos aplicadores, (vide foto 02), que justificam na maioria das vezes que efetuaram a violação da mesma para aumentar a pressão de óleo, fato esse que não influencia em nada o aumento da pressão e só prejudica o funcionamento do sistema de lubrificação.
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do fundo do baú
Rei do asfalto: dodge dart é objeto de desejo dos colecionadores brasileiros Equipado com um potente motor V8, o veículo marcou época e até hoje atrai uma legião de admiradores em todo o Brasil. Para saber mais sobre seus detalhes, desfrute dessa viagem no tempo na matéria Fotos: Anderson Nunes
anderson nunes
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o início dos anos 60, a Chrysler Corporation colocou em prática um processo de expansão comercial que consistia em adquirir fábricas prontas, ao invés de investir em construções de novas unidades. Dessa forma, a Chrysler resolveu intensificar suas ações na Europa, território em que ela atuava de maneira mais restrita, ao contrário das suas compatriotas Ford e Chevrolet, que já tinham uma sólida história no velho continente. Nessa nova política foi adquirida na Inglaterra o grupo Roots, fabricante dos modelos Hillman. Na Espanha, a marca do “pentastar” comprou a Barreiros e por fim na França a Simca. Essas aquisições possibilitaram a criação da Chrysler Europa. No Brasil a Chrysler aportou em 1966, ao comprar a Simca. Vale salientar que a marca Chrysler, bem com suas divisões Dodge, DeSoto e Plymouth já tinham sido comercializadas em território nacional antes da Segunda Guerra Mundial. Já nas décadas de 1940 e 1950, os modelos do grupo Chrysler foram montados no Brasil, a partir de importação em regime CKD (kits de carros completamente
O visual invocado e cheio de cromados, características dos anos 70
desmontados) pela Brasmotor, empresa brasileira e pioneira na montagem de veículos importados no país. A Brasmotor foi responsável também pela montagem dos primeiros Volkswagen no Brasil. Com o plano de metas do governo Juscelino Kubitschek para atrair fabricantes de carros ao país, a Brasmotor decidiu partir para a fabricação de eletrodo-
Logotipo Dodge ficou mais discreto no capô
mésticos da linha branca, com a marca Brastemp. Num primeiro momento a Chrysler não demonstrou interesse em fabricar seus carros por aqui. Entretanto com a compra da Simca, finalmente a companhia se instala no Brasil. Já em outubro de 1966, oficialmente a empresa francesa era absorvida pela Chrysler. A compra total das ações da Simca ocorreu em novembro de 1967, esse controle
Maçanetas cromadas eram luxuosas
acionário mudou a razão social para Chrysler Do Brasil S.A. Em abril de 1968, o governo brasileiro aprovara um investimento de 50,2 milhões de dólares, para a produção dos caminhões Dodge e o projeto de desenvolvimento do modelo Dart equipado com o motor V8. Para adequar os modelos ao clima e território tupiniquins a Chrysler trouxe dos Estados Unidos três Dodge Dart
Luzes de seta na cor âmbar
equipados com motor V8 de 5,2 litros com potência de 205 cv. Os carros eram testados exaustivamente na estrada velha de Santos e na Pedro Taques. No interior da fábrica da Chrysler, em São Bernardo do Campo, entre a linha de montagem dos modelos Esplanada e Regente, um grande tapume de madeira escondia a linha de produção da qual sairiam os futuros
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do fundo do baú
Dart de duas portas e sem coluna central inaugurou o termo “hardtop”, no Brasil
Tampa de combustível preta remetia à esportividade
Dart brasileiros. Em junho de 1969, os cinco primeiros protótipos feitos a martelo estavam finalizados. A imprensa já dava como certo o lançamento do Dart ainda no final daquele ano. naSCE uM ÍConE Em 10 de setembro de 1969, era apresentado para a imprensa, no Guarujá, o Dodge Dart. Colocado à venda em outubro, o “nosso” Dart impressionava pela carroceria de linhas elegantes e imponentes, iguais ao modelo estadunidense lançado em 1967. Além do visual chamava a atenção também o tamanho do motor V8 de 5.210 cm³, o famoso 318 pol³ alimentado por um carburador de corpo duplo DFV 446 com potência de 198 cv a
Lanternas divididas em três partes com luz de ré ao centro
4.400 rpm e torque de 41,5 m.kfg a 2.400 rpm. Nos testes da revista Quatro Rodas, a publicação citava a força do V8 dizendo que ele tinha torque de sobra e encarava subidas como se estivesse no plano. Tinha como principais concorrentes o Ford Galaxie 500 e o Chevrolet Opala. O Dodge Dart foi lançado inicialmente na versão sedã de quatro portas, que media 4,96 metros de comprimento e 2,82 metros de entre-eixos. Acomodava seis passageiros graças ao banco dianteiro inteiriço revestido de vinil, mas tinha o agravante de não oferecer regulagem do encosto. A alavanca do câmbio de três marchas seguia a tradição da escola norte-americana e era posicionada na coluna de direção. Painel de instrumentos
Diferencial de segurança era a luz repetidora de seta na lateral
trazia velocímetro graduado até 200 km/h, indicador do nível de combustível, manômetro de óleo, termômetro de água, amperímetro e relógio, mas pecava por não oferecer o conta-giros. Um detalhe de requinte era o anel luminoso do interruptor de partida, que se acendia quando as portas eram abertas e apagava-se meio minuto após serem fechadas. O porta-malas tinha capacidade para levar 436 litros. Em relação ao conterrâneo Ford Galaxie, o Dart diferenciava-se pela construção monobloco, ao invés do arcaico conjunto de carroceria fixada sobre um chassi perimetral. Uma novidade técnica era a suspensão dianteira independente que, ao invés de utilizar molas helicoidais, trazia braços triangulares sobrepostos ligados
Iluminação interna também tinha moldura cromada
a um tirante elástico unido a uma barra de torção. Já a suspensão traseira era por eixo rígido com feixe de molas semielípticas. Os freios eram a tambor nas quatro rodas. Uma curiosidade ficava por conta das porcas das rodas do lado esquerdo, que eram desatarraxadas no sentido horário. A informação presente no manual do proprietário falava apenas nas porcas, mas sem especificar qual o lado, já que no lado direito as porcas eram retiradas no modo convencional. Muitos donos quebraram a cabeça no início para descobrir tal operação. Apesar de os primeiros carros chegarem às ruas com problemas de má vedação que permitiam a entrada de água e poeira, câmbio com problemas de engates e trepidação do capô em alta velocidade, o Dodge Dart assumiu a liderança de vendas no segmento de veículos de luxo ainda em 1970, com mais de 10 mil unidades vendidas ou 41% de participação de mercado. Foi eleito pela revista Auto Esporte com o prêmio “Carro do Ano”. CuPÊ, ESTILo JoVIaL No Salão do Automóvel de outubro de 1970, a Chrysler amplia a sua linha com o lançamento do Dart cupê, de duas portas. O modelo chamou a atenção do público devido ao seu aspecto esportivo. O teto, com suas colunas laterais traseiras inclinadas, e o vidro côncavo conferiam um ar mais jovial ao modelo. Esse estilo de carroceria inaugurou no Brasil o termo conhecido como “coupé hardtop”, sem coluna central. Apesar do tamanho das portas e do encosto do banco dianteiro
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ser rebatível o espaço para as pernas dos ocupantes traseiro era reduzido. O Dart cupê logo passou a ser o carro mais veloz do Brasil com velocidade máxima de 181 km/h e aceleração de 0 a 100 km/h em 11 segundos. Mas isso tinha influenciava no consumo, já que alcançava médias de 4 e 6 km/l com 1 litro de gasolina, num tempo em que o combustível custava pouco isso não tinha tanta importância. Só era necessário ficar de olho no ponteiro do marcador de gasolina para não ocorrer uma pane seca, pois o tanque comportava somente 62 litros. Para a linha 1971, a Chrysler trouxe aprimoramentos para a linha Dart com a opção da direção com o sistema de assistência hidráulica de redução 16:1, que exigia apenas três voltas e meia no batente do volante. Isso poupava o motorista no momento da baliza, já que a direção sem assistência hidráulica demandava quase o dobro de voltas, seis voltas e meia e redução de 24:1. Já os freios contavam agora com disco ventilado nas rodas dianteiras da marca Vargas, que propiciavam frenagens mais seguras e pneus cinturados Pirelli CF 67 que ajudavam na estabilidade. Outra comodidade foi a introdução do câmbio automático de três marchas, batizado de Torqueflite, com sistema hidráulico por conversor de torque. A alavanca de marchas era na coluna de direção e tinha as indicações de posições de marchas: E-R-N-D-2-1; tinha como novidade o bloqueio do conversor de torque (lockup) para a terceira marcha, que melhorava o desempenho e reduzia o consumo de combustível. Para o Dart sedã havia também a opção
Espaço e conforto interno eram realçados pelos bancos em couro
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do fundo do baú
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Logotipos ficavam espalhados pelo veículo
Motor V8 de 5.2 litros - garantia de alegria em cada aceleração
do ar-condicionado. Pequenas mudanças visuais e internas foram efetuadas para a linha 1972. Na dianteira o friso cromado horizontal, no meio da grade pintada em preto fosco, era mais largo. As luzes de setas passaram a ser na cor âmbar. No capô o logotipo “Dodge”, que antes era grafado em letras garrafais no centro, foi deslocado para o lado esquerdo. Já nas laterais foram pintados dois filetes finos, paralelos, branco ou preto, dependendo da cor da carroceria, que são interrompidos na traseira pelo logotipo “Dart de Luxo”. Na traseira o destaque eram as novas lanternas, agora divididas em três partes: duas vermelhas na extremidade, e uma branca para a luz de ré. Na tampa do porta-
malas há novo friso metálico, com a marca “Dodge” escrita em branco. As calotas também mudaram: eram de uma só peça, batizadas de supercalotas e que eram usadas até então apenas pelo Dart sedã. O sistema elétrico passou a contar com novos chicotes inteiriços no lugar do conjunto dividido em duas partes. A caixa de fusível foi mudada para o compartimento do motor próximo à parede de fogo, assim como a bobina. No interior foram feitas modificações no painel e no sistema de ventilação. Os mostradores ganharam nova grafia e o fundo passou a ser branco para facilitar a leitura. O amperímetro e o manômetro de óleo foram substituídos por luzes-espia. E por fim o comando do sistema de ventilação
Para facilitar a leitura, mostradores com fundo branco
Alternador era novidade na época e merecia dicas ao reparador
foi simplificado: uma só alavanca reunia o controle de ventilador (opcional) de duas velocidades e o regulador de distribuição de ar. Sutis mudanças foram feitas na linha Dart em 1973. A dianteira ganhou nova grade em plástico dividida por um pequeno friso horizontal. O logotipo Dodge passou ser em manuscrito. A supercalota foi abandonada e os Dart voltaram a utilizar a calota pequena, agora de aço inox. No interior os comandos de ventilação e rádio ganharam novos desenhos. O câmbio passou a ter quatro marchas e era instalado no assoalho. Na parte mecânica o freio a disco dianteiro passou a ser de série. O ano de 1973 ficou registro com o maior volume de vendas da Chrysler, com 17.939 unidades comercializadas. A crise do petróleo bate à porta e os preços dos combustíveis dispararam em 1974. Os motores V8 foram os principais afetados e a Chrysler começava a pesquisar formas para que seus motores se tornassem mais econômicos e menos poluentes. O Dart passou a oferecer como opcional ignição eletrônica, que eliminava o platinado e condensador, mantendo o motor regulado por mais tempo e oferecendo
mel hor desempen ho. Como paliativo para conter o consumo, a linha Dodge passou a ofertar como opcional o Fuel Pacer System (algo como moderador de consumo combustível). O sistema acionava os repetidores de luzes de direção fixados no paralamas dianteiro, que orientavam o motorista a pisar pouco no pedal do acelerador. A Chrysler tentava contornar o problema na economia de combustível testando inclusive um motor de 4 cilindros em “V” derivado do 318. Foi também estudado a adesão do motor de 6 cilindros em linha do Valiant argentino, mas nenhum se mostrou capaz de substituir o robusto V8 de 5,2 litros. Durante a crise do petróleo o governo baixou uma portaria em que os postos de gasolina fechavam das 20 horas às 6 horas nos dias úteis e completamente nos fins de semana. Para diminuir o problema a Chrysler ampliou a capacidade do tanque de combustível de 62 para 107 litros. fIM dE uMa ERa Mudanças visuais foram feitas na linha 1979. O Dart exibia frente igual ao modelo norte-
americano feito até o ano de 1976. A grade trazia um “bico” no centro. Os parachoques eram os mesmo utilizados nos últimos Dart produzidos nos EUA. A traseira também passou por mudanças e vinha com lanternas horizontais bipartidas importadas dos modelos americanos. A bateria passou de 50 ampères para 54 ampères-horas. O radiador foi aumentado e comportava 19 litros. Em maio de 1979 a transmissão automática passou a ser equipada com Lock Up, que possuía bloqueio do conversor de torque atuante na terceira marcha, resultando em melhor aceleração e diminuição no consumo de combustível A linha Dart recebeu novas forrações e tecidos, podendo ser nas cores bege, azul ou preto. As manivelas de vidro, pinos de trava da porta, o espelho interno e o suporte dos puxadores das portas eram cinza. Os bancos foram revistos e os assentos ficaram mais altos. O rádio Motoradio AM/FM trazia toca fitas e antena elétrica. Ainda em 1979, a Volkswagen AG compra 67% das ações da Chrysler do Brasil. Em abril do mesmo ano, dirigentes da empresa alemã negam o fim da
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do fundo do baú
Revestimento das portas em courvin e portas sem coluna
linha Dodge no Brasil e reiteram o interesse em fabricá-los e aumentar o número de revendas Chrysler de 117 para 180. Isso era só uma forma de ganhar tempo, pois a VW estava interessada na linha de caminhões Dodge, que ela utilizaria para adquirir conhecimento e lançar o primeiro caminhão VW do mundo. O canto do cisne se deu em agosto de 1981 quando foi cessada de vez a produção dos veículos Dodge no Brasil. Somente os motores V8 continuaram em linha por um período para equipar os caminhões Volkswagen. O Dodge Dart foi o modelo de maior êxito comercial no Brasil, sendo produzido um total de 72.934 unidades. Passados mais de 30 anos desde que saíram de linha, os modelos
Rádio original Chrysler
Dodge equipados com motor V8 ainda hoje atraem uma legião de fãs pelo Brasil. adMIRadoR doS dodGES O empresário João Henrique S. T. Fusco, de 35 anos, é admirador de veículos antigos desde a infância. Seu pai e seus avós sempre gostaram de carros e o cuidado e zelo que eles tinham por cada modelo fizeram com que desde pequeno João aprendesse a apreciar e preservar os carros antigos. O Dodge Dart faz parte da família Fusco desde 1986, foi quando seu pai adquiriu um Dart cupê 1978, que durante muito tempo foi o carro de uso. “Em 1986 meu pai comprou um Dodge
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Painel com informações essenciais e alavanca de câmbio na coluna de direção
Dart e fiquei impressionado com a potência e estilo daquele carro. Foi a partir desse Dart que a minha paixão pela marca Dodge começou”, explicou o empresário. Em 2008, João Fusco realizou o sonho de ter seu Dodge Dart. Localizou na cidade de Caçapava, interior de São Paulo, um modelo cupê azul náutico 1972 com apenas 14.700 km rodados. O carro, que pertenceu a um comerciante, ficou guardado durante muito tempo na garagem protegido por uma capa. “Não foi necessário nenhum tipo de restauração, pois ele estava em perfeitas condições, sempre guardado com capa protetora e em garagem coberta. Apenas os pneus foram trocados, pois estavam muito ressecados”, disse Fusco. Um detalhe curioso é que veículo nunca usou a placa de licença amarela devido ao tempo em que foi guardado. Assim que foi adquirido usou por pouco tempo a placa cinza até obter a placa preta. Hoje o Dodge Dart cupê tem pouco mais de 20 mil km rodados. Ele conserva ainda os manuais, selos de manutenção e nota fiscal da concessionária Nova Texas, localizada na cidade do Rio de Janeiro. O Dart
cupê foi faturado no dia 28 de janeiro de 1972, e custou Cr$ 30 mil. Quanto à manutenção, João Fusco disse que não é um carro difícil de mexer na mecânica, embora muitas peças já estejam difíceis de achar. “Recentemente tive um pequeno acidente em um encontro de veículos antigos. Um
rapaz deu ré e bateu na lanterna do lado esquerdo, foi um sufoco achar outra igual. Nos Estados Unidos é possível encontrar a mesma lanterna, mas ao invés de ser feita em acrílico, ela é feita em vidro”, salienta João. Agradecimento: S.E Veículos, Taubaté.
Pisca alerta e freio de mão ficavam abaixo do painel do lado do motorista
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reparador diesel
Válvula reguladora de pressão: uma das principais causadoras de falhas nos Common rail Fotos: Oficina Brasil
Componente fundamental nos novos sistemas de injeção eletrônica Diesel atuais, ainda sofre com diagnósticos imprecisos nas oficinas de reparação independentes. Veja na matéria alguns segredos e como não errar mais Fernando Naccari e paulo Handa
abendo dessa grande dificuldade que os profissionais enfrentam na rotina de reparo dos veículos, fomos atrás de um técnico capaz de nos dar algumas dicas e instruir nossa grande comunidade que, infelizmente, ainda é carente de informações técnicas. E os profissionais que toparam esse desafio foram os reparadores Sérgio Pereira de Oliveira e Vladimir Leme Morale. Sérgio tem 43 anos de idade e atua no ramo de reparação diesel há 23 anos. É ainda o proprietário da SP Diesel – fundada em 1991 - especializada em sistemas de alimentação e de injeção localizada no bairro de São João Clímaco, na capital de São Paulo. Vladimir tem 39 anos de idade e possui 19 anos de experiência no ramo, todo esse tempo atuando na SP Diesel.
S
eVolUÇÃo do MoTor O presente relato dos reparadores entrevistados visa oferecer ao leitor um roteiro prático para
Reparador Sérgio (à esquerda) e Vladimir (à direita)
identificar panes nos modernos sistemas common rail presentes em motores Diesel que equipam caminhões, veículos médios e leves. Porém, antes de entrarmos nos detalhes técnicos desta matéria, vale a pena uma breve retrospectiva sobre a evolução
dos sistemas Diesel, que hoje enfrentam uma “revolução” muito semelhante ao que aconteceu com os motores de ciclo Otto no início dos anos 90 e desafiou os reparadores a incorporarem uma rotina de serviços completamente diferente do que estavam acos-
tumados. Hoje em dia um reparador, mesmo que tenha vinte anos de experiência em propulsores Diesel “convencionais”, não tem condições de consertar um motor common rail. No caso dos reparadores Sérgio e Vladimir, o que possibilitou que eles pudessem efetuar manutenções em veículos dotados deste sistema foi buscar cursos na área assim que estes ficaram disponíveis. “Como toda inovação tecnológica, há certo receio de nossa parte em saber se isso é uma coisa que veio para ficar ou não, porém no caso do common rail isso foi diferente, pois era algo realmente necessário e eficiente do ponto de vista de desempenho e emissão de poluentes. Dessa forma, fomos atrás de cursos no SENAI, em empresas particulares e verificamos ainda materiais em línguas estrangeiras para estudarmos o que podíamos.
Foi assim que conseguimos nos especializar também nesta área”, contou Sérgio Mas, voltando a nossa “retrospectiva”...no sistema de alimentação “convencional” temos basicamente bomba injetora, engrenagens e bicos injetores mecânicos, todos responsáveis por distribuir e pressurizar o combustível. Porém, as legislações fecharam o cerco contra as montadoras obrigando-as a produzir propulsores cada vez menos poluentes e eficientes. Assim como ocorreu com os motores Otto, a alternativa encontrada foi o emprego da injeção direta controlada eletronicamente por meio de uma ECU e o conjunto de sensores e atuadores. Porém, no Diesel o desafio da elevada taxa de compressão e a necessidade de jogar o combustível diretamente na câmara de combustão fizeram com que o sistema tivesse que trabalhar com uma pressão muito elevada. Para se ter uma noção o “tubo” (que corresponde à “flauta” para distribuição do combustível até os injetores nos motores de ciclo Otto) trabalha com pressões de até 2.000bar! E é dentro deste contexto que esta peça (o regulador de pressão) se destaca e vira alvo de nossa presente matéria, pois ela tem sido responsável por muitas panes nestes sistemas e seu diagnóstico é de difícil detecção, como veremos a seguir. VÁlVUla reGUladora Como já é de conhecimento das oficinas que trabalham com manutenção em veículos Diesel da geração mais nova, diversos são os tipos de falhas que o sistema Common-Rail pode
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reparador diesel apresentar, principalmente se for vítima de combustíveis de má qualidade. No entanto, se a válvula reguladora de pressão (FOTO 1) apresentar fadiga, ela poderá confundir o diagnóstico de reparo do sistema e trazer ‘dor de cabeça’ ao reparador desavisado.
1 A referida válvula é responsável por nada mais nada menos que controlar a pressão do rail em que os injetores ficam alojados os quais, como já sabemos, trabalham à altíssimas pressões. No processo de diagnóstico da falha, além da válvula reguladora de pressão, devemos nos atentar as condições do sensor de pressão do Rail (FOTO 2) e do tubo rail (FOTO 3). Estando ambos em boas condições, o diagnóstico aponta para a falha na válvula reguladora.
sem que a válvula precise trabalhar. Porém, nas acelerações é que ela atua mais ativamente (FOTO 4), pois há uma mola calibrada que, quando a pressão do combustível é excedida, tem sua resistência vencida pelo diesel pressurizado e permite a passagem do mesmo para o retorno. Mas aí é que mora o problema: esta mola, com o tempo de uso apresenta fadiga e começa a abrir o retorno com pressões muito mais baixas. “O mais difícil é que, mesmo quando colocamos o scanner para fazer a leitura da causa da falha, estes apontam para os bicos injetores danificados, pois a ECU nota que há uma falha na injeção e, literalmente, os culpa. Mas quando retiramos os bicos, vemos que eles estão em perfeito estado. Do contrário, geralmente a válvula de alívio apresenta a avaria que comentamos”, disse Vladimir.
No caso dos motores Cummins e Volvo, Sérgio comentou que esta informação é mais precisa e tende a demonstrar de forma mais clara as pressões em que o rail está trabalhando. Também, por conta da perda de pressão pela válvula de retorno, podemos diagnosticar erroneamente que a causa do problema é a válvula Mprop (FOTO 5). “Esta tem a função de dosar a quantidade de combustível ao sistema e está localizada na bomba de alta pressão, mas nada tem a ver com os problemas que mencionamos. Por conta desta válv ula de alívio ser mecânica, o reparador 5 que não tiver conhecimento de seu funcionamento, características e não possuir as informações técnicas corretas, com certeza fará um diagnóstico impreciso”, comentou Vladimir.
peÇas e iNForMaÇÕes Com relação à reposição destas peças para as mais variadas marcas, Sérgio explicou que não há grande dificuldade, porém é preciso atenção. “Devemos nos atentar, pois cada sistema possui a sua pressão de trabalho, então cada válvula têm a sua especificação e não são intercambiáveis. Encontramos estes componentes em distribuidoras produzidos, geralmente, pela Delphi, Bosch, Magnetti Marelli e Siemens. Aqui em nossa oficina trabalhamos com 65% entre distribuidores e autopeças e 35% de peças de concessionárias com tendência deste número aumentar, pois de algum tempo para cá, as peças das concessionárias estão ficando com preços e prazos de entrega mais atrativos que o mercado independente, portanto pesquisar antes de fechar o negócio é o melhor a se fazer” explicou Sérgio. Com relação às informações
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técnicas para o reparo deste componente, Vladimir comentou que, assim como é de praxe no mercado, conseguir algo com as montadoras não é uma tarefa tão simples, mas ainda é possível, porém o melhor meio de se informar é o reparador cada vez mais se capacitar profissionalmente. “Fazer alguns cursos e treinamentos hoje em dia não é mais um luxo, e sim uma necessidade constante. O reparador que não tiver esta visão, com certeza vai ficar ultrapassado rapidamente e infelizmente não terá mais lugar no mercado. Devido a isso, investimos constantemente em treinamentos, na aquisição de literaturas como a ofertada pelo DR IE - que é um grande parceiro e nos ajuda bastante - buscamos ajuda com o Sindirepa e, o antigo ‘boca-aboca’ não deve ser deixado de lado, pois sempre há algum amigo de profissão que pode nos ajudar, sendo dentro das concessionárias ou em oficinas especializadas no segmento”.
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3 As reclamações mais frequentes nos veículos são ‘buracos’ nas acelerações, corte de rotação, dificuldade de partida, motor morrer em desacelerações e perda repentina de potência. “Com a experiência que adquirimos com esses tipos de falhas, podemos dizer que mais da metade das causas para estas falhas são válvulas reguladoras de pressão com problemas”, disse Vladimir. Vladimir explicou que, nos veículos que adotam o sistema Common-Rail, durante a marcha lenta, o rail mantém-se a 350bar
Nas primeiras vezes que pegou veículos apresentando esta série de falhas, Sérgio nos contou que verifica a linha de baixa pressão, mas geralmente ela estava em bom funcionamento. Em seguida, partia para a verificação do funcionamento do sensor de alta pressão, pois o scanner apontava para defeito secundário na linha de alta pressão. “Achávamos que poderia ser o sensor que estava defeituoso e o trocávamos, mas infelizmente não era este o problema”. Sérgio acrescentou que, alguns scanners oferecem a possibilidade de simular - por porcentagem – a pressão que chega aos bicos injetores através de um critério simples e que ajuda muito no diagnóstico do comportamento do sistema. “Ele confere qual o desempenho dos cilindros e considera que aquele gira mais livre está trabalhando na pressão correta”.
Centro de Treinamento Linha Pesada
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INFORME PUBLICITÁRIO
LUBRIFICANTES PARA MOTOS SÃO DIFERENTES
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odemos dizer que a principal e importante diferença entre um óleo para motor de carro e um óleo para motor de motocicleta é sem dúvida alguma suas propriedades de fricção. Em virtude da grande maioria das motocicletas possuírem sistema de transmissão intergrado ao motor, existe a necessidade do lubrificante atender a diferentes requisitos, quando comparamos a um óleo específico para motor de carro. Tradicionalmente os motores quatro tempos utilizavam óleos para motores ciclo Otto aplicados a veículos de passeio, entretanto com a inclusão de requerimentos para maior economia de combustível nas classificações API/ILSAC/ACEA, muitos lubrificantes passaram ser formulados com aditivos modificadores de fricção que por sua vez afetam diretamente o desempenho do sistema de embreagem da motocicleta, pois podem criar em determinadas condições um deslizamento demasiado da embreagem e assim,
Percebam que as partes moveis do motor e transmissão dividem o mesmo carter, esta característica construtiva, determina que lubrificantes de motos sejam diferente dos automóveis
Se você pensa que lubrificante para carro serve em moto, não deixe de ler este artigo técnico, pois você pode estar causando danos ao motor e ao câmbio da motocicleta
reduzir sua vida útil e prejudicar a dirigibilidade da motocicleta. MOTO EXIGE ÓLEO CERTO Por essa razão atualmente existem óleos específicos para motores de motocicletas que além de atenderem as classificações de desempenho API, devem também atender a classificação JASO T903:2011 (atual) que estabelece critérios para as propriedades de fricção do óleo lubrificante. A classificação JASO é dividida em 4 categorias (JASO MA; JASO MA1, JASO MA2 e JASO MB). A JASO MA, MA1 e MA2 são aplicáveis a sistemas com embreagem úmida e a JASO MB a sistemas com embreagem seca. Essas classificações permitem aos fabricantes de cada marca de moto especificarem lubrificantes com as características de fricção apropriadas para cada tipo de motor. Óleos que atendam a JASO MA2, por exemplo, pos-
suem maiores características de fricção quando comparados aos limites da JASO MA1. Essa elevada característica de fricção otimiza a transferência de potência entre o motor e o sistema de transmissão (devido ao controle do deslizamento da embreagem) e ao mesmo tempo permite engates mais precisos e sem
trepidações da embreagem. Tudo isso ref lete em uma melhor experiência de pilotagem e em uma maior vida útil dos componentes do motor/ sistema de transmissão. Além desse fator que citamos acima, também não podemos esquecer que o regime de operação de um motor de motocicleta 4T é mais severo, comparado a um motor aspirado de automóvel. Em linhas gerais o motor de um carro comum trabalha até 6000rpm, entregando uma potência específica de aproximadamente 50kW/litro enquanto que em uma motocicleta esse valor é de aproximadamente 130kW/litro em rotações de aproximadamente 15000 rpm. Isso exige que o lubrificante possua excelentes características antidesgaste e antioxidantes. Também lembramos que a estabilidade ao cisalhamento é fundamental para óleos de motocicleta, de modo a evitar a perda de viscosidade do óleo em função do cisalhamento criado pelo motor e pela transmissão.
Os Lubrificantes shell advance oferecem todas as propriedades necessárias para que o motor e o câmbio da motocicleta ganhem ainda mais quilometros de vida
Análises do sensor de temperatura do motor da Honda CG 150 Titan Nesta edição, veja alguns aspectos relacionados ao diagnóstico e reparo deste componente que comumente é relacionado no scanner como falho, mas nem sempre ele é o real culpado Paulo José de Sousa pjsou@uol.com.br
N
a correria do dia a dia da oficina quando uma motocicleta entra em serviço com a luz de injeção indicando uma pane no sensor de temperatura do motor, a lógica da nossa decisão esta o senso comum que é a substituição da peça. O problema começa complicar quando fazemos o reparo e a luz de alerta da injeção continua piscando, indicando que o defeito permanece. Por isso nesta matéria vamos observar outros aspectos relacionados aos diagnósticos do sensor EOT ( sensor temperatura do óleo do motor) Conhecendo um pouco mais sobre o sensor - O sensor esta presente nas motocicletas equipadas com injeção eletrônica onde o arrefecimento do motor é a ar.
O modulo de controle do motor (ECM) não teria como diagnosticar a temperatura se não fosse o sensor, muito além de informar a temperatura ele é como um “termômetro”, o componente é previamente alimentado por uma tensão de cerca de 5 Volts vinda do ECM que transforma os valores de temperatura do óleo do motor em sinais elétricos. Todas as informações servirão de parâmetros para o ECM gerenciar o funcionamento da ignição e ajustar a mistura arcombustível, por isso o componente é de vital importância no sistema de injeção eletrônica. O perfeito funcionamento irá assegurar: um funcionamento redondo do motor, economia de combustível, redução na emissão de poluentes, maior potência e durabilidade ao motor. Partida a frio - Em temperaturas baixas o tempo de injeção é prolongado, pois há uma ligeira perda de combustível injetado
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devido a sua condensação, que é a transformação do combustível atomizado em combustível líquido, impedindo assim a formação da mistura adequada ar/combustível, o que dificulta a partida, por isso o suprimento extra de combustível é necessário para compensar a perda. À medida que o motor é aquecido, o ECM reduz o tempo de injeção, e após atingir a temperatura ideal de funcionamento, o motor permanece ainda sendo monitorado com o objetivo de assegurar a dosagem ideal do combustível, Alguns sintomas de panes que “podem” ser ocasionados pelo sensor de temperatura do motor: • Marcha lenta irregular. • Consumo excessivo de combustível. • Vela de ignição carbonizada. • Potência do motor abaixo do esperado. • Dificuldade na partida com o motor frio
Autodiagnóstico do sensor - Algumas panes no sensor de temperatura do motor são percebidas pelo ECM durante o funcionamento do motor e por esse motivo, o autodiagnóstico irá apontar “7” piscadas por meio da luz de anomalia do painel da motocicleta. O sensor de temperatura de óleo do moto (EOT) pertence ao grupo de sensores de correção do sistema de injeção eletrônica, suas informações servem para correção do tempo básico de injeção, na falta do sinal do sensor a motocicleta terá o funcionamento garantido, pois a central eletrônica utilizará outro mapeamento. As compensações do ECM não substituem a falta do sensor, apenas permitem que a motocicleta funcione da melhor maneira possível até que possa ser conduzida ao reparador. Outro ponto de análise durante diagnósticos - Entendendo o conector do ECM – 33 pinos
Conector do módulo de controle do motor (ECM) – lado da fiação principal. Identificação dos pinos correspondentes ao sensor de temperatura do óleo do motor “04” e “24”
Cada pino do ECM corresponde a um ou mais elementos do sistema de injeção, por isso devem ser analisados. Na fiação principal que segue entre o ECM e os demais sensores e atuadores deverá haver continuidade. Nota: nunca responsabilize um componente da motocicleta pelo mau funcionamento do sistema de injeção eletrônica antes de certificar-se que o defeito não esta no ECM ou na comunicação entre o módulo e os demais sensores ou atuadores.
Shell Advance possui a tecnologia exclusiva Shell e oferece uma linha completa de lubrificantes específicos para melhor limpeza, proteção e desempenho de cada tipo de moto. Conheça todos os nossos produtos em www.shell.com.br/advance Shell advance é o lubrificante recomendado pela Ducati.
O descarte inadequado de óleo lubrificante usado ou contaminado e de suas embalagens provoca danos a população e ao meio ambiente, podendo contaminar água e solo. O óleo usado e as embalagens são recicláveis. Entregue-os em um posto de serviço ou de coleta autorizado, conforme resolução CONAMA nº 362/2005 e suas alterações vigentes.
8/6/14 11:30 AM
Prováveis causas de falhas no sistema de injeção que podem interferir no funcionamento do sensor: • Tensão da bateria abaixo do especificado pelo fabricante da motocicleta • Fúsivel queimado • Falha em algum componente do circuito de alimentação do ECM ( ver figura) • Oxidação nos pinos do ECM • Falha de contato do conector do ECM • Falha nos aterramentos do ECM • Sujeiras e incr ustações no sensor. • Circuito aberto ou curto-circuito na fiação entre o sensor e o ECM. • Defeito no ECM.
Passos para a remoção do sensor EOT
Remova o conector do sensor de temperatura do óleo do motor
Cores dos fios: VM = Vermelho - BR = Branco - AM = Amarelo - VD = Verde - PT = Preto - AZ = Azul Verificação da Tensão (V) - lado da fiação
OUTROS DIAGNÓSTICOS 1. Verificação da tensão (V) de entrada do sensor EOT - Linha de alimentação – conector 2P – lado da fiação. Se o módulo do motor trabalhar com base em dados inadequados fornecidos pelo sensor, a motocicleta poderá não apresentar resultado satisfatório no funcionamento. Passos para o diagnóstico: a. Com o interruptor da ignição desligado desacople o conector do sensor de temperatura do motor. b. Ligue o interruptor de ignição. c. Com o auxílio de um multímetro na escala DCV, meça a voltagem entre o conector do sensor 9 lado da fiação) e o terra.
Conector do sensor EOT
do motor - Linha de alimentação – conector 2P – lado da fiação. Passos para o diagnóstico: a. Com o interruptor da ignição desligado desacople o conector do sensor de temperatura do motor. (Atenção NÃO Ligue o interruptor de ignição) b. Com o auxílio de um multímetro, verifique se há continuidade entre o conector do sensor (lado da fiação) e o terra.
Se não houver – vá para o procedimento 3. 3. Verificação da resistência (Ω) do sensor de temperatura do motor - conector 2P – lado do Sensor. Passos para o diagnóstico: a. Com o interruptor da ignição desligado desacople o conector do sensor de temperatura do motor. (Atenção NÃO Ligue o interruptor de ignição) b. Com o auxílio de um multímetro na escala de resistência (Ohm), verifique a resistência do sensor EOT. Solte o sensor EOT com uma chave 17mm
Conexão com o multímetro: Fio: Amarelo/Azul - Verde/ branco conector 2P – lado do sensor. Verificação da resistência no sensor de temperatura do motor
Conexão com o multímetro: Fio: Amarelo/Azul (+) Terra (-) conector 2P – lado da fiação.
Conexão com o multímetro: Fio: Amarelo/Azul (+) Terra (-) conector 2P – lado da fiação. Voltagem padrão: entre 4,75V ~ 5,25V. Se a voltagem não estiver de acordo vá para o procedimento 2. Caso a voltagem esteja no padrão siga até o procedimento 3.
Conector do sensor EOT
2. Verificação de curto-circuito no sensor de temperatura
Se houver continuidade, há curto-circuito.
Verificação da continuidade - lado da fiação
Conector do sensor EOT
Resistência padrão: 2,5 ~ 2,8K Ω ( 20°C). Se a resistência estiver fora do padrão, substitua o sensor. Se a resistência estiver no padrão, o sensor estará em conformidade, verifique qual do itens abaixo devem ser analisados.
Remova o sensor de temperatura do óleo do motor - EOT
PROCEDIMENTO DE INSTALAÇÃO DO SENSOR EOT • Limpe a superfície de contato do componente • Substitua o anel de vedação A instalação é dada na ordem inversa da remoção da peça. Torque de aperto do sensor: 14N.m ou (1,4 kgf.m)
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técnica
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técnica
os detalhes e os principais segredos sobre a tecnologia de Suspensão eletrônica Este mês, veremos quais as principais diferenças de suspensões dentro da categoria considerada eletrônica e como cada uma funciona. Boa leitura!
suspensão elet rônica faz parte do sistema de estabilidade veicular e implementa as seguintes funções básicas: - Modificação do fator de amortecimento (firmeza) dos amortecedores, - Controle da altura da carroçaria com o objetivo de manter o veículo nivelado.
Neste tipo de suspensão o coeficiente de amortecimento (rigidez ou firmeza) dos amortecedores é regulado de forma contínua de duas formas: - Com o uso de amortecedores com fluido de viscosidade variável (fluido magneto-reológico) controlada eletronicamente (amortecedor inteligente). - Através de válvula solenoide que regula o fluxo hidráulico no interior do amortecedor, o que permite modificar o coeficiente de amortecimento.
SuSpenSão pilotada ou eletrônica
Fluido magnetoreológico
As configurações utilizadas atualmente são: 1. Suspensão Semi-ativa/ Adaptativa. Somente varia o fator de amortecimento (rigidez) dos amortecedores para se adequar às irregularidades do piso ou à situação dinâmica do veículo. 2. Suspensão Ativa. Utiliza atuadores hidráulicos ou pneumáticos (com controle eletrônico) para variar a altura do chassi de forma independente, em cada um dos cantos do veículo, de forma a mantê-lo o mais nivelado possível, seja nas acelerações, frenagens ou curvas. 3. Controle Ativo de Rolagem. Permite manter o veículo nivelado através do uso de barras estabilizadoras ativas, as quais compensam as forças de rolagem que surgem em curvas. Agem basicamente modificando a rigidez aparente do conjunto. Nesta matéria serão abordados exemplos de suspensão semi-ativa com amortecedor magneto-reológico e suspensão ativa pneumática.
É um f luido especial, denominado “magneto-reológico”, que consiste em um óleo sintético com micro-partículas (ferro) magnetizáveis em suspensão. São suas características mais relevantes: - Em condições nor mais possui viscosidade similar à de um óleo lubrificante, - Quando submetido à ação de um campo magnético, o fluido aumenta consideravelmente a sua viscosidade, passando a um estado de quase-sólido (sólido visco-elástico). As micro-partículas em suspensão formam, de forma praticamente instantânea cadeias localizadas que aumentam a viscosidade específica do f luido. O grau de aumento depende da intensidade do campo magnético aplicado: a uma maior intensidade de campo corresponde uma maior viscosidade. - Assim que o campo magnético desaparece, o f luido retorna à sua condição normal de líquido.
A
Ilustrações: Humberto Manavella
Humberto manavella humberto@hmautotron.eng.br
SuSpenSão Semiativa/adaptativa
Figura 1a
Figura 1b
amortecedor inteligente
intensidade do campo magnético.
Uma aplicação automotiva do fluido magneto-reológico é nos amortecedores inteligentes utilizados nas suspensões semi-ativas ou adaptativas. A figura mostra um corte parcial do amortecedor com o pistão que separa as câmaras de alta e baixa pressão.
O ajuste da força de amortecimento pode ser realizado em questão de milissegundos, o que permite a regulação da viscosidade tanto para o ciclo de extensão como para o de compressão do amortecedor.
- Bobina desenergizada (figura 1a). Com a ausência de campo magnético as micro-partículas estão distribuídas irregularmente no fluido. Assim, durante o ciclo de compressão do pistão, o fluido com as micro-partículas passa pelos furos oferecendo mínima resistência ao movimento do pistão. Como resultado, a força de amortecimento é mínima. - Bobina energizada (figura 1b). As micro-partículas se alinham com as linhas do campo magnético, formando uma espécie de “barreira” que resulta no aumento da viscosidade em torno do pistão (efeito magnetoreológico MR). Isto dificulta a sua movimentação durante o ciclo de compressão, resultando no aumento da força de amortecimento o qual, portanto, depende da
Nota: Com o objetivo de simplificação, os exemplos a seguir apresentam os sensores, atuadores e as informações mais relevantes presentes na grande maioria dos sistemas de suspensão ativa. Foram deixados de lado sensores, atuadores e informações particulares a cada modelo de veículo como, por exemplo, botão de seleção de modos, lâmpadas de sinalização e outros. SuSpenSão ativa pneumática Neste tipo de suspensão ativa a mola de aço convencional é substituída por uma “mola” pneumática (figura 2). O exemplo a seguir corresponde a um dos sistemas de suspensão ativa utilizado em veículos VW/Audi. São os componentes principais:
SuSpenSão ativa Tem por função manter o veículo em nível constante em ambos os eixos, independentemente da carga suportada. Compensa também, irregularidades (lombadas) do piso e forças desestabilizadoras em frenagens, arranques e curvas (rolagem). Para isso, sensores de altura e acelerômet ros monitoram const a ntemente a d ist â ncia entre os eixos e a carroçaria e o deslocamento longitudinal e lateral. No caso de discrepância, a unidade de comando da suspensão liga o compressor de ar ou a bomba hidráulica para adequar, através de válvulas solenoides, a pressão nas “molas” pneumáticas ou nos cilindros hidráulicos. Desta forma, pode ser dispensado o uso de barras estabilizadoras.
Figura 2
- Elemento de suspensão: bolsa de ar ou mola pneumática. Substitui a mola de aço convencional; - Elemento amortecedor de vibrações: amortecedor hidráulico com regulagem do coeficiente de
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técnica de funcionamento. Sensor de pressão. Mede a pressão das molas pneumáticas e do acumulador de pressão dependendo das válvulas solenoide que são acionadas.
Figura 3
amortecimento. Estes elementos podem estar instalados de forma concêntrica, como mostra a figura, ou separados (paralelos). Funcionamento As funções do sistema são: - Regulagem do nível da carroçaria através do ajuste da pressão aplicada às molas pneumáticas - Regulagem do coeficiente de amortecimento que pode ser feita: . Com válvula solenoide de ajuste do f luxo hidráulico do amortecedor (controle eletrônico) . Com válvula controlada pela pressão aplicada à mola pneumática (controle pneumático). A figura 3 apresenta o circuito pneumático simplificado de uma configuração com suspensão ativa nas 4 rodas. Compressor. Tem por função manter a pressão no sistema no nível necessário ao acionamento das molas pneumáticas. A pressão máxima gira em torno de 15 bar. O tempo máximo de operação
é determinado pela temperatura do compressor, monitorada constantemente, através do sensor associado. Acumulador de pressão. Tem por função o acionamento das molas pneumáticas, para elevação da carroçaria, sem a necessidade de ativar o compressor, reduzindo assim a sua temperatura e aumentando a disponibilidade do mesmo. Uma outra função é a correção do nível da carroçaria após a saída dos ocupantes. Dependendo do volume de ar necessário, o sistema pode possuir 1 ou 2 acumuladores. O acumulador é utilizado quando a sua pressão é 3 bar superior à da mola a ser acionada.
Válvula solenoide de exaustão. Tem por função permitir a descarga da(s) mola(s) pneumática(s).
Sensores de aceleração da carroçaria. Informam a aceleração da carroçaria (massas suspensas). Dois são instalados nos arcos das rodas dianteiras e o terceiro, no chassi, próximo ao eixo traseiro. UC da suspensão. É o elemen-
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to central do sistema. Com base nas informações provenientes dos sensores e de outras unidades de comando, através da rede CAN, aciona o compressor e as válvulas solenoides. As informações recebidas são: - UC do motor: Rotação do motor; torque solicitado pelo condutor. - UC ESC (estabilidade): Estado do ABS (ativo/inativo). intervenção de ESC ativada, velocidade do veículo, aceleração lateral e longitudinal, pressão de ABS. - UC da direção: Ângulo do volante.
Válvula de ajuste do amortecedor. Tem por função controlar a abertura do orifício (interno) de passagem entre as câmaras do amortecedor (regulagem do fluxo hidráulico), com o objetivo de adequar o coeficiente de amortecimento às condições do piso. A figura 4 apresenta o circuito elétrico do sistema através do qual é controlada a suspensão.
Válvulas solenoide niveladoras. Têm por função controlar a carga/descarga das molas pneumáticas.
Sensores de altura. Informam o nível de cada canto do veículo e através da taxa de variação do sinal, a UC da suspensão determina a aceleração vertical das massas não-suspensas (rodas e eixos).
Válvula solenoide do acumulador. Tem por função controlar a carga/descarga do acumulador de pressão.
Sensor de temperatura do compressor. Instalado no cabeçote do compressor, é utilizado para determinar o tempo máximo
Figura 4 Humberto manavella é autor dos livros "emissões automotivas", "controle integrado do motor", "eletroeletrônica automotiva" e "diagnóstico automotivo avançado". mais informações: (11) 3884-0183 www.hmautotron.eng.br
técnica
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Diagramas elétricos: injeção eletrônica do Fiat Doblò 1.8 16V Flex E.torQ de 2010 em diante LOCALIZAÇÃO DA UNIDADE DE COMANDO DO MOTOR - UCE DO MOTOR
Fotos: Doutor-IE
Para os leitores que acompanham mensalmente os diagramas, disponibilizamos agora os da injeção eletrônica do Fiat Doblò 1.8 16V Flex E.torQ fabricados a partir de 2010
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esta edição, selecionamos os diagramas elétricos do Fiat Doblò 1.8 16V Flex E.torQ de 2010 em diante . O sistema gerenciador é um Magneti Marelli IAW 7GF e faz o veículo possuir 130cv quando abastecido com gasolina e 132cv, quando abastecido com etanol. Acesse o site do nosso jornal (www.oficinabrasil.com.br) e confira mais diagramas exclusivos, além de instruções de manutenções envolvidas para o modelo apresentado. Uma excelente leitura e até mês que vem.
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INFORME PUBLICITÁRIO
Os benefícios da manutenção preventiva Roberto Turatti, o Billy, presidente da Associação dos Reparadores de Veículos de Santa Catarina (Arvesc) e do Núcleo Estadual de Automecânicas – NEA, frisa que a prevenção custa bem menos do que a correção Dirleni Dalbosco
Assim como uma consulta médica, em que o especialista muitas vezes recomenda um tratamento e o paciente escolhe se faz ou não, assim funciona quando se leva o carro na mecânica. “Atualmente o conceito de manutenção mudou muito, pois varia muito de um carro para o outro e principalmente de como cada um usa”, destaca o presidente da Associação dos Reparadores de Veículos de Santa Catarina (Arvesc) e do Núcleo Estadual de Automecânicas – NEA, Roberto Turatti, o Billy. Billy relata que todas as oficinas que fazem parte do NEA, possuem mecânicos capacitados que orientam essa manutenção preventiva. “A manutenção preventiva custa bem menos do que a corretiva”. Segundo o presidente do NEA, em muitos casos o cliente diz que vai trocar o carro, ou então que prefere fazer o que a quilometragem prevê. Mas já receberam vários depoimentos satisfeitos, quando orientaram e mostraram que o amortecedor, por exemplo, precisaria ser trocado antes do prazo determinado pelo fabricante. Nesse sentido, Billy informa que todo ano, no mês de setembro, conseguem avaliar como estão os
A oficina do Odair Freitas, da ABF Automecânica, de Jaraguá do Sul, oferece manutenção preventiva
veículos catarinense, por conta da Inspeção Veicular Gratuita (IVG). “Nesse programa os motoristas catarinenses têm uma força a mais no cuidado com seus carros, ele acontece em 20 cidades do Estado e incentiva o cuidado e a manutenção preventiva, além de oferecer um diagnóstico aos seus proprietários”. O presidente do NEA informa que ali realizam uma ação social e conseguem saber a realidade da frota do estado. “Muitos acidentes
também poderiam ser evitados, se tivessem investido na prevenção, como os próprios órgãos de trânsito mostram”, argumenta. Como funciona o IVG Os núcleos de automecânicas locais e o NEA montam uma linha de inspeção em um local público e de fácil acesso em cada um dos 20 municípios catarinenses. Nessas linhas, os veículos são inspecionados conforme um “chek-list” que
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prevê a avaliação dos sistemas de segurança e equipamentos obrigatórios previstos na legislação de trânsito. Ao final, o condutor recebe um diagnóstico do seu veículo. Além disso, são realizadas ações educativas com outros participantes do evento. A IVG acontece em Santa Catarina desde 1998. Até 2010 foram realizadas uma média de 22 inspeções por ano e cerca de 14.400 mil carros foram examinados.
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Patinando e com mais falhas, caixa automática da cherokee laredo precisou de reparos – Final Desmontagem e diagnóstico do conjunto de transmissão automática da Jeep Cherokee. Acompanhe a sequência abaixo para garantir a execução de uma manutenção bem feita Fotos: Oficina Brasil
Por Fernando naccari – Paulo Handa – Paulo Munhoz
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ando continuidade à matéria que iniciamos na edição passada, veremos agora como continuar o processo de diagnóstico e reparo da transmissão automática do Jeep Grand Cherokee Laredo que estava com 126.350km rodados e foi levado à oficina com a reclamação de patinação e demora no engate das marchas. A matéria foi realizada na JC Mecânica Especializada, onde contamos com a colaboração do reparador e proprietário José Silva de Moraes, especialista em transmissão automática que possui mais de 15 anos de experiência. DIAGnÓstIco E rEPAro
Na última matéria, o procedimento de reparo começou com a remoção dos parafusos da haste de seleção de marchas. Em seguida, removeu-se o conjunto do parafuso e porca de regulagem da cinta da marcha ré. Retiramos também o cárter, o interruptor de marcha ré, o bloco de solenoides e verificamos se este apresentava acúmulo de impurezas. Em seg uid a , o cor po de válvulas, o chicote do corpo de válvulas e as solenoides. Com a peça em mãos, o reparador inspecionou se havia folgas e empenamentos no corpo. Fo r a m d e s m o n t a d o s d a transmissão ainda a haste do parking, conjunto do acumulador, pistão da cinta traseira que atua sobre a ré, a bomba de óleo e o conjunto do tambor da 1ª e 3ª marchas.
A sequência do procedimento é o que veremos a seguir: 1) Confira a posição do tambor, pois ele também pode ser instalado na forma inversa. Este deve se encaixar no eixo dos conjuntos do tambor da 3ª e 4ª marcha (FOTO 1);
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acompanhar os kits de reposição (FOTO 4);
5) Remova a trava do pacote de embreagem do eixo da 2ª e 4ª marcha (FOTO 5); 6) Remova as embreagens e verifique os desgastes destas. Lembre-se que sempre há um ‘espaçador’ de metal entre as embreagens e também que existe uma espessura diferente para cada calço (FOTO 6);
1 2) No ato da desmontagem, faça uma inspeção nos anéis de vedação da bomba para conferir possíveis desgastes e a eficiência de vedação. Porém, na montagem, recomenda-se substituí-los, pois estes fazem parte do kit de reposição (FOTOS 2 E 2A); 3) Confira se o eixo apresenta
2A ranhuras e/ou desgaste, pois caso isso ocorra, podem provocar fuga de pressão de óleo. Caso necessário, substitua-o (FOTO 3); 4) Verifique as condições quanto a danos nos antigos anéis e os substitua. Os itens costumam
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6 NOTA: Neste caso, o reparador verificou que a peça nesta transmissão apresentava desgaste excessivo (FOTO 7) necessitando a troca. Outro ponto a ser lembrado é que no ato de sua montagem, uma regulagem fina deverá ser
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consultor ob 10) Ao desmontar as buchas de seus respectivos eixos, confira a folga entre eles. Geralmente, esta não deve passar de 0,30mm (FOTO 11);
7 feita, pois se ficar tudo muito justo, no momento da troca de marchas haverá solavancos e, se ficar com folga em demasia, o condutor sentirá um ‘delay’ neste processo. Portanto, não esqueça de utilizar um relógio e conferir os valores das folgas informados nos materiais de reparação da transmissão. 7) Confira se há desgastes também nas cintas dos tambores e na área de contato desta no tambor (FOTOS 8 E 8A). Se desgastados ou soltando partes, devemos substituí-los por novos;
8
14A 11 11) Observe as pistas dos rolamentos e seus roletes, e certifique-se de que não há danos no componente (FOTO 12);
15 trás da transmissão (FOTO 15); 13) Retire a tampa da trava do eixo dos pacotes de embreagem da 4ª marcha (FOTO 16);
NOTA: A regulagem das cintas com o tambor também deve ser respeitada (FOTO 13) e, de transmissão para transmissão, esse valor muda. Com isso, o reparador José indicou consultar o manual de reparo da mesma.
16 14) Desloque o conjunto para cima e, com o pacote à mostra, retire a trava do conjunto localizado na parte interna (FOTOS 17 e 17A);
8A 8) Remova os calços e atentese às suas posições para a montagem (FOTO 9);
9
13 DICA: Para facilitar a desmontagem e montagem das travas, o reparador desenvolveu uma ferramenta específica (FOTOS 14 e 14A). Fica a dica para quem tem interesse de otimizar esse processo.
9) Saque o conjunto de engrenagens (FOTO 10) e inspecione todas, sejam solares, planetárias e as coroas;
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12) Após a remoção dos componentes, devemos soltar os parafusos de fixação da parte de
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19 15) Retire os componentes do pacote de embreagem e faça as verificações como relatado anteriormente (FOTO 18); 16) Para a remoção do conjunto do eixo da 4ª marcha, retire as travas. Observe que, neste conjunto, há duas travas que funcionam como um discomola (FOTO 19); 17) Retire o conjunto da carcaça. Este deverá sair com facilidade (FOTO 20);
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18) Inspecione os rolamentos e os dentes da engrenagem do Parking e sua respectiva alavanca, pois esta pode estar trincada ou danificada (FOTO 21); 19) Para desmontar os componentes do tambor devemos prensar a parte interna, para que possamos retirar a trava interna (FOTOS 22 E 22A); 20) Observe a sequência dos calços e confira as espessuras
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e folgas, assim como orientado anteriormente (FOTO 23); 21) Na parte interna, entre os tambores, existe uma trava que, se retirada, permite remo-
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ver o tambor. Isso é importante saber para casos de necessidade da troca no caso de desgaste ou empenamento da peça (FOTO 24).
José recomendou sempre utilizar o f luido correto para a transmissão que, no caso deste Cherokee, é o Dexron III. José alertou também sobre sempre efet uar os torques cor retos nos parafusos, principalmente em sistemas como este, que utilizam carcaça de alumínio e, em caso de dúvidas, não executar o reparo sem estar amparado por um manual de manutenção correto. “Hoje encontramos esta informação com certa facilidade, fornecida por empresas que se especializam em dar treinamentos para este segmento”. Ao final de todo o procedimento, obedecendo ao passoa-passo e utilizando o óleo de transmissão correto, basta instalar a transmissão automática no veículo (Jeep Grand Cherokee La redo V8 1995) novamente e, com o auxílio de um scanner, executar a limpeza da memória de falhas da ECU. Após este processo, dê partida no motor e selecione todas a s op ç õ e s de m a r ch a s , i n cluindo a ré. Em seguida, tudo seguindo a normalidade, o veículo foi levado a teste na rua, no qual apresentou desempenho normal e o defeito deixou de se apresentar.
“consultor ob” é uma editoria em que as matérias são realizadas na oficina independente, sendo que os procedimentos técnicos efetuados na manutenção são de responsabilidade do profissional fonte da matéria. nossa intenção com esta editoria é reproduzir o dia a dia destes “guerreiros” profissionais e as dificuldades que enfrentam por conta da pouca informação técnica disponível. caso queira participar desta matéria, entre em contato conosco. Mais informações: redacao@oficinabrasil.com.br
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Fiat Doblò é um velho conhecido do reparador independente, assim como seus defeitos Modelo costuma apresentar falhas nos sistemas de arrefecimento, embreagem e suspensão dianteira, porém são compensadas pela fácil manutenção e boa disponibilidade de peças e informações técnicas por parte da montadora Fotos: Oficina Brasil / Divulgação
Fernando Naccari e paulo Handa
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esde seu início de produção no Brasil, no ano de 2001, o Fiat Doblò foi um veículo que despertou o interesse das famílias e das empresas que necessitavam de um veículo compacto, mas que ofertasse grande espaço interno. Aliado ao conforto, o Doblò também era (é) um veículo versátil. Além da possibilidade de adquirir o carro na versão familiar, aventureira (Adventure a partir de 2003), ainda possuí(ía) a opção Cargo para transportes diversos, sem bancos na traseira. A van familiar da Fiat também passou por diversas alterações significativas no seu conjunto mecânico. Em 2004, chegou o motor 1.8 de 103cv (advindo da parceria com a GM) para substituir o antigo 1.6 16V da marca italiana. Já em 2006, tivemos o fim a produção dos motores 1.3 Fire e 1.8 (GM) gasolina, dando seguimento aos 1.4 Fire flex e 1.8 (GM) flex na versão HLX. No ano de 2008, a versão Adventure ganhou o sistema Locker de bloqueio do diferencial e o novo símbolo vermelho da marca. Em 2009, a Fiat Doblò ganhou a reestilização visual da versão que saía de linha na Europa. No velho continente, a Doblò continua em produção, porém com visual mais moderno e bem mais atraente comparado ao que ainda é vendido por aqui. Vamos esperar para saber se um dia este também rodará por aqui, ou se passará por um facelift exclusivamente nacional.
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um Fiat Doblò, seus segredos e particularidades, conversamos com alguns reparadores que possuem boa experiência com o reparo do modelo e colaboraram conosco para elaborar mais um ótimo acervo de informações sobre o veículo da Fiat. He n r iq u e Jo s é B a r b o s a (FOTO 1) possui 46 anos de idade e dedica sua vida à profissão de reparador há 25. Atualmente, trabalha na Auto Elétrico Jozi, localizada no bairro da Liberdade
na capital de São Paulo. Nesta atua há dois anos com seu primo Michael Batista Iaras (FOTO 2) de 33 anos, reparador e proprietário da oficina que herdou de seu pai, o qual fundou-a em meados de 1970. Michael, por sinal, atua na profissão desde os 13 anos de idade.
comentou que o problema foi causado devido a um reparo mal executado no reservatório de expansão. “Ao invés de substituir o reservatório, tentaram um reparo mal sucedido no tubo de retorno. Como consequência, o condutor não reparou que o motor estava superaquecendo e, quando foi dar conta, o dano era tão extenso que foi necessária uma retífica completa do motor”.
Outra unidade encontrada foi na oficina Binho’s Car, localizada em São Bernardo do Campo-SP, do reparador e docente do SENAI Ipiranga Fábio Alves Pereira de 36 anos de idade. O veículo era uma Fiat Doblò Adventure 1.8 16V E.torq Flex 2012 com 32.560km rodados (FOTO 5) e também apresentava defeito no sistema de arrefecimento, no qual apresentava vazamento de líquido pela tampa do radiador.
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NAS OFICINAS Para sabermos como é reparar
do reparador Ricardo Oliveira Santos Figueiredo (FOTO 4) de 28 anos de idade. Os motivos que levaram o veículo à oficina foram problemas na embreagem e uma necessária substituição do óleo do motor por quilometragem percorrida.
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Na oficina, estava um Fiat Doblò 1.8 8V 2007 (FOTO 3) com 186.000km rodados que apresentou superaquecimento. Ao verificar a causa da falha, Michael
3 Encontramos também um Fiat Doblò 2006 (também 1.8 8V Flex) que estava com 215.000km rodados na 3R Mecânica, localizada em Mauá, na grande São Paulo,
DEFEITOS RECORRENTES No motor, Michael comentou que tem efetuado diversas intervenções no sistema de ignição, principalmente na bobina. “Recomendo aos meus clientes que
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Ainda bem que, nestas ocasiões, os clientes estavam atentos e não deixaram o motor superaquecer, pois do contrário, o destino do motor seria a retífica”.
9 6 a troca das velas seja efetuada em torno dos 40.000 Km, mas percebo que alguns só trocam quando o sistema de ignição já esta comprometido. Neste caso, não há o que fazer senão trocar o conjunto completo composto pelas bobinas de ignição, os cabos de velas e as velas (FOTO 6)”. Outro componente que costuma ser alvo de falhas no veículo, segundo Michael, é a bomba d’água do motor 1.8 fornecido pela GM. “Fora os problemas constantes, retirar a bomba do bloco ‘é um parto’! Ela cola de tal maneira que, mesmo com todo o cuidado, ao tentar removê-la, acaba danificando. Portanto, quando passarmos um orçamento ao cliente para a troca da correia dentada, por exemplo, já que é necessária a remoção desta para o serviço, pois esta é responsável por tencionar a correia, colocamos como requisito obrigatório a troca da bomba d’água”. Michael disse que considera a reparabilidade do veículo bem difícil, pois os espaços são poucos dentro da carroceria. “Por exemplo, os coxins dos amortecedores (FOTO 7) de um lado são fáceis de ter acesso, mas do outro, temos que desmontar muitas peças e o cliente não entende o valor agregado para tal serviço”.
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Já Henrique, embora trabalhe com Michael na mesma oficina, discorda da opinião do parceiro quanto à dificuldade de reparar o veículo e ainda acrescentou que gosta muito de trabalhar com os reparos da Doblò (FOTO 8). “É uma mecânica lógica! Claro que existem particularidades, como ocorre com todas as montadoras, mas a Fiat, de alguns anos para cá, está demonstrando que pensa mais nos reparadores do que as demais montadoras”.
8 No caso do reparador Ricardo, ele já presenciou casos de degradação dos chicotes, mas não por um defeito do veículo. “Aqui na região temos alguns casos de roedores que danificam os chicotes, principalmente os do vão do motor, no caso os de injeção e iluminação. Assim, se não o substituirmos ou realizarmos um reparo mal feito podemos deixar o chicote em curto-circuito e os problemas serão ainda maiores”. O reparador Henrique relatou que outro defeito que observa no Doblò está nos componentes do sistema de arrefecimento (FOTO 9). “Tivemos alguns casos em que ocorria quebra da caixa do radiador, apresentando vazamentos do líquido de arrefecimento.
Para Fábio, a manutenção do sistema de arrefecimento é mais simples do que nos demais modelos da marca. “Diferente de alguns modelos da Fiat, para retirar o radiador deste carro não é um serviço muito trabalhoso e conseguimos fazê-lo removendo os parafusos de fixação e deslocando o condensador do ar-condicionado”. No entanto, Fábio credita as falhas neste sistema às manutenções inapropriadas. “O que mais vejo é que, na grande maioria das vezes, os vazamentos que o sistema apresenta são causados por não utilizarem o etilenoglicol na mistura do líquido de arrefecimento”. Sobre o sistema de injeção, Fábio comentou que costuma efetuar reparos frequentes no sistema Drive By Wire (FOTO 10). “A aceleração fica inoperante ou falha, devido a quebra das engrenagens dentro do corpo de borboleta”.
De acordo com Fábio, todos os modelos atuais possuem estratégias específicas para consumir o combustível do reservatório de partida a frio para evitar seu envelhecimento. Para o Doblò, Fábio explica que essa estratégia obedece duas condições que deverão ser satisfeitas no momento da partida para acionamento do sistema de partida a frio: • Temperatura do líquido do sistema de arrefecimento <17 ºC; • A/F compreendido entre 9 e 10. ESTRATégIA DE INjEçãO Em ACElERAçãO A injeção de gasolina em aceleração é permitida apenas se a partida do motor acontecer abaixo de 17º C e finaliza aproximadamente a 35 º C de temperatura de água do motor. A bomba do reservatório de gasolina do 5º injetor funciona enquanto for permitida a ação, agilizando assim a resposta do sistema às necessidades do motor. É aplicado um tempo de injeção calibrável em função da temperatura de água e A/F. É utilizado apenas em acelerações que ultrapassam 8% de pedal. Caso ocorra uma nova aceleração em 5 segundos, o valor do tempo de injeção decresce na razão de um valor calibrável para não ocorrer o “afogamento” do motor. ESTRATégIA DE lImpEzA DO 5º bICO
10 No sistema de partida a frio, antigamente, havia uma falha recorrente. “Isso ocorria, pois o combustível ficava por longos períodos dentro do reservatório de gasolina, perdendo suas características. Isso foi sanado com a introdução do 5º injetor que tem a característica de, mesmo com o motor em funcionamento, injetar gasolina enquanto houver necessidade, tudo isso controlado pela ECU”, explicou Fábio
A cada 5 partidas, acima de 30°C de temperatura de água, o 5º injetor realiza 3 injetadas com um tempo de injeção de 10ms e uma pausa entre elas de 100ms, durante a partida. Este procedimento é necessário para manter o bico sempre lubrificado e limpo no caso em que o usuário não realizar partidas com álcool abaixo de 17°C de temperatura de água, ou utilizar somente gasolina. Para compensar esta injeção extra de combustível é aplicada uma redução do tempo de injeção dos injetores principais.
Para Michael, outra manutenção corriqueira neste modelo da Fiat é a substituição do sistema de embreagem. “Efetuo estes reparos em veículos com baixa quilometragem, alguns até com apenas 40.000km. Acredito que isso ocorre devido a este ser um veículo muito pesado e o sistema de embreagem ter um disco e platô considerados pequenos, no qual a área de atrito é reduzida para realizar o trabalho”. O reparador Ricardo, assim como Michael, também comentou que a embreagem do Doblò apresenta baixa durabilidade. “Também efetuo a troca desta próximo aos 40.000km e, quando passa disso, chega no máximo a 60.000km”. Michael ainda acrescentou que já efetuou manutenções nos componentes internos do câmbio manual da Doblò, porém com pouca frequência. “Já precisei efetuar a troca da caixa de satélites que quebrou e danificou a carcaça, mas isso uma única vez. Os demais reparos foram nas engrenagens devido à falta de lubrificação interna da transmissão, causada por vazamento, provavelmente após o carro ter sofrido alguma colisão na parte inferior”. Assim como Michael, Fábio também já precisou reparar o câmbio do veículo. “Tivemos casos de ter que reparar internamente a transmissão. Para ser mais exato, trocamos o conjunto da 4ª marcha que escapava. Mas o veículo apresentou uma evolução grande nesse quesito, pois isso acontecia com os mais antigos, mas hoje isso é bem raro de ocorrer”. No caso da suspensão, Michael comentou que nos modelos Adventure, os problemas são frequentes. “Apesar do modelo Adventure ter um design que remete ao off Road, a suspensão dianteira (FOTOS 11 e 11A) é de
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11A um carro de passeio comum e danifica como tal. Os problemas que mais aparecem para este modelo são pivô com barulhos, buchas dos braços oscilantes (Bandeja) com desgaste e coifas da caixa de direção e semi-eixos rasgadas. Portanto, apesar da Fiat vender o veículo como um fora-de-estrada, não recomendo utilizá-lo desta forma, pois ele é um carro de passeio comum numa carroceria que só parece robusta mas não é”. Já na suspensão t raseira (FOTO 12), Michael relatou que os problemas são mais escassos. “Tenho efetuado poucas manutenções. Apesar de ter uma suspensão parecida com a da Fiorino (feixe de molas) no caso da Doblò, os jumelos e buchas se desgastam bem menos”.
12 Outro componente que se desgasta muito, de acordo com Henrique, é a pastilha dianteira, principalmente se o condutor trafega mais em trechos urbanos. “Uma das causas, acredito ser pelo peso da carroceria e o que ela pode carregar. Geralmente, há alguns casos que passa dos 20.000 km, mas na maioria deles, com metade desta quilometragem estamos efetuando a troca do componente”. Michael concordou com Henrique sobre o freio dianteiro (FOTO 13) e disse ainda que o
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freio traseiro também tem um problema característico da marca. “O freio dianteiro tem vida útil baixa! Agora o traseiro produz um barulho que incomoda o cliente. É um chiado de som mais grave e isso ocorre quando a lona se desgasta e se afasta do patim. Para se resolver este problema, temos que regular as lonas de freio e lubrificar as partes móveis do sistema. Isso é muito frequente nos modelos da Fiat e na Doblò não é diferente”.
da Doblò são equipados com o filtro secador tipo cartucho (FOTO 14), na saída do condensador, em caso de troca do compressor é recomendada a troca do condensador, principalmente em modelos acima de 2010, nos quais devido a sua forma construtiva com micro-canais muito estreitos se torna mais difícil ou impossibilita a limpeza “flush”.
14 Em modelos nos quais o filtro secador (FOTO 15) é colocado separado do condensador, em caso de colisões frontais do lado do passageiro, é comum a quebra do pressostato que fica em cima do filtro secador.
15 O condensador fica muito próximo da barra de reforço do parachoques, em algumas circunstâncias de pequenas colisões frontais esta barra pode entortar e ficar atritando com o condensador causando vazamentos (FOTO 16).
16 A válvula de expansão fica atrás do motor com fácil acesso (FOTO 17).
Pressostato de 5 pinos DENSO (FOTO 21)
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AR-CONDICIONADO A FIAT Dobló é um veículo com grande espaço interno, porém o sistema de ar-condicionado se equipara aos outros veículos da linha FIAT. Há apenas um evaporador e não há difusores para levar o ar para os passageiros dos bancos traseiros. Apesar do modelo não ter apresentado muitas modificações desde o seu lançamento, os compressores variam de acordo com a motorização. Nos motores FIRE 1.3 e 1.4, são utilizados compressores rotativos de PALHETAS ou SCROLL de cerca de 60 a 80cm³ fixos, necessitando a utilização de um sensor anticongelamento na saída do evaporador. A carga de fluido refrigerante é de cerca de 380g até 2010 e após 2010 apenas 350g. A quantidade de óleo é de cerca de 120 a 150 ml de óleo PAG 46 (ND 08). Nos motores 1.8 e E.torQ são utilizados compressores DELPHI CVC de 6 pistões de fluxo variável, dispensando a utilização de sensores anticongelamento no evaporador.Podemos encontrar algumas Doblò utilizando compressores Denso 5SL 12C. Com os compressores CVC a carga recomendada é de 650 a 700g até 2010 e, de 2010 em diante, apenas 350g. A quantidade de óleo recomendada é de cerca de 150 a 180 ml de óleo PAG 46. Todos esses modelos de compressores podem apresentar vazamentos no LIP SEAL do virabrequim. Vazamentos nas tubulações podem ocorrer por atritos ou trincas. Atualmente os condensadores
Não há dificuldades ao acesso das válvulas de serviço. O eletroventilador (FOTO 18) fica atrás do radiador e possui duas velocidades, com uma resistência elétrica para o acionamento da 1ª velocidade. Esta resistência pode queimar ou derreter os seus terminais.
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Atualmente as Doblò possuem um transdutor de pressão (FOTO 19) que se comunica diretamente com o módulo de injeção. Sendo um pino ligado à massa, outro pino vem do módulo com 5 volts e o outro pino volta ao módulo de injeção com um sinal de tensão de 0 a 5 volts, valor que pode oscilar dependendo diretamente da pressão da linha de alta após o filtro secador.
- A/P: 28 bar. Alta Pressão Desliga o compressor por alta pressão; - M/P: 20 bar. Média Pressão. Liga a 2ª velocidade do eletroventilador; - M/P 15 bar. Média Pressão Liga a 1ª velocidade do eletroventilador; - B/P 2,45 bar. Baixa Pressão Desliga o compressor abaixo de 2,45 bar. O filtro antipólen fica após o ventilador interno, a sujeira de rua pode se alojar nas suas pás e mancais do ventilador (FOTO 22), afetando sua durabilidade. O acesso ao filtro antipólen é por baixo do porta-luvas, pode-se trocá-lo a cada 6 meses dependendo da utilização do veículo.
19 Algumas Dobló chegaram a utilizar pressostatos de 5 pinos, nos quais 2 pinos são do interruptor de baixa pressão BP e alta pressão AP, que impede o funcionamento do compressor com pressões inferiores a cerca de 2,4bar e interrompe a ligação do compressor com pressões superiores a 28bar na linha de alta após o filtro secador. Os ou tros 3 pinos são dos interruptores de médias pressões, responsáveis por enviar os sinais para ligar o eletroventilador (FOTO 20) para o condensador a partir dos 15bar na linha de alta e a 2ª velocidade a partir de 20bar na linha de alta.
22 O radiador de ar quente fica no centro da caixa de ventilação (FOTO 23).
23 As peças de reposição do sistema de ar-condicionado são encontradas em distribuidoras de especializadas. Colaborou
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90 pEçAS E INFORmAçÕES Sobre estes temas de vital i mpor t â ncia pa r a a cor ret a manutenção dos veículos, os reparadores comentaram sobre a experiência que têm com o Doblò e com a Fiat. “No caso da Doblò, nunca tive dificuldades em encontrar as peças, pois o mercado de reposição é muito amplo e temos bons fabricantes independentes para este modelo. Dessa forma, adquiro 75% de peças no mercado independente (entre autopeças e distribuidores) e os outros 25% nas concessionárias. A vantagem que a Fiat oferece na venda de peças diretas para quem tem CNPJ são os bons descontos, assim como a GM também o faz. Já o mercado independente tem a vantagem de oferecer um maior prazo para o pagamento e disponibilidade imediata, portanto, é uma questão de preferência o mercado a
se escolher. Para mim estes são fatores cruciais para a escolha do melhor meio de compra”, disse Michael. Sobre as informações técnicas para a marca, Michael acrescentou que utiliza muito o site reparador FIAT. “Este me ajuda muito! Para utilizá-lo é só fazer um cadastro simples e utilizar esta ferramenta que, por sinal, é muito melhor que a da GM. Todas as informações que necessitei encontrei lá. A informação, hoje em dia com a internet, ficou muito prática, mas existe um agravante, o reparador tem que disponibilizar tempo para isso. Percebo que alguns de nossos colegas são preguiçosos e querem a informação ‘de mão beijada’ e sem trabalho nenhum. Vivemos num momento onde a tecnologia que os veículos trazem são renovadas a cada dia, portanto, não basta se livrar do que acontece hoje, mas sim aprender,
correr atrás e se aperfeiçoas a cada dia para darmos um passo à frente em relação aos demais profissionais”. No caso do reparador Ricardo, ele comentou que utiliza peças genuí nas apenas em componentes internos de motor, transmissão e sistema de injeção, nos demais, utiliza componentes pa r alelos. “O mercado de reposição independente é muito farto, com peças de boa qualidade e com preços populares, porém não devemos ficar atentos e devemos evitar ao máximo trabalhar com peças sem procedência e de baixa qualidade, pois só assim evitamos prejuízos”.
FICHA TéCNICA Motorização: Alimentação Combustível Potência (cv) Cilindradas (cm3) Torque (Kgf.m) Velocidade Máxima (Km/h) Tempo 0-100 (Km/h) Consumo cidade (Km/L) Consumo estrada (Km/L) mecânica Câmbio Tração Direção Suspensão dianteira
Suspensão traseira
Motor E.torQ é o mais recente da linha Doblò
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DICA TÉCNICA
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O
Fórum do Jornal Oficina Brasil se consagra entre os reparadores como o maior sistema de troca de informações entre profissionais do país! São mais de 100 mil profissionais cadastrados debatendo, dando dicas e sugestões para resolver os problemas mais complicados. Participe você também! Para tanto, basta cadastrar-se em nosso site (oficinabrasil.com.br). Um dia você ajuda um colega e no outro é ajudado! Confira abaixo os casos que mais se destacaram neste mês.
O reparador Rudá Bragança Bittencourt esteve com um problema neste veículo e, com a ajuda de outros profissionais do fórum, encontrou a solução para a falha.
O reparador Arilo Leal esteve com esse problema no veículo e, com a ajuda de outros técnicos do fórum, solucionou a falha.
Veículo: Peugeot 207 1.4 2007
Veículo: V W Golf 2008
Defeito: Acendimento da luz STOP no painel
Solução: Após receber dicas
Defeito: Eletroventilador ficava ligado permanentemente e compressor do ar-condicionado não funcionava.
de outros usuários do fórum, estes me orientaram a verificar o nível do fluido de freio no reservatório, além de conferir o nível do desgaste das pastilhas e lonas. Ao
analisar, verifiquei que estas não estavam muito desgastadas, mas o nível do fluido estava bem baixo. Ao completá-lo e realizar novos testes, o defeito desapareceu.
Solução: Analisando o compressor em bancada, descobri que a bobina da embreagem eletromagnética estava em curto. Ao substituí-la, o defeito foi sanado.
Hyundai Tucson estava com barulho no motor Divulgação
Motor do Fiat Palio Fire 2001 estava com funcionamento irregular O reparador Idevaldo publicou em nosso fórum este problema e, após algumas dicas, conseguiu resolver a falha.
Diagnóstico: O veículo estava com o eletroventilador ligado na velocidade 1 e o compressor do ar condicionado também não acionava. Testei o relé que fica abaixo da bateria e, inclusive, o substituí, mas o defeito permanecia.
Durante o processo, detectei que havia um fusível queimado e, ao substituí-lo, sanei o problema do eletroventilador, mas o compressor continuava sem funcionar.
O reparador Aquilice descobriu a solução para esta falha e dividiu a solução com os demais reparadores do fórum.
Divulgação
Diagnóst ico: Em cu r vas acentuadas para a direita, a luz do freio de mão e a luz STOP acendiam no painel. Conferi no scanner se havia algum código de falhas registrado, mas nada foi encontrado. Busquei então verificar se havia aterramentos frouxos, mas tudo estava correto.
Divulgação
VW Golf 2008 apresentava falha no sistema de A/C Divulgação
Peugeot 207 1.4 acendia a luz STOP no painel em curvas para a direita
Veículo: Hyundai Tucson 2011
Veículo: Fiat Palio Fire 1.0 8V 2001
Defeito: barulhos no motor Defeito: Após ter a instalação elétrica substituída, o motor não acelerava mais. Diagnóstico: Ao substituir chicote elétrico, o cliente rodou com o carro durante o dia, porém ao ligá-lo à noite para sair, as luzes acenderam todas e a bateria descarregou. Ao conferir o motivo, verifiquei que o alternador do veículo estava danificado e necessitou de re-
paro. Após efetuado novo teste, o motor não acelerava mais e a luz de injeção não acendia no painel.
Solução: Após analisar outros sistemas do veículo, verifiquei que o catalisador esta entupido. Ao substituí-lo, o defeito sumiu.
Diagnóstico: O cliente trouxe este veículo a minha oficina reclamando que, de repente, o veículo começou a apresentar barulho no motor. Ao analisar o veículo, vi que este estava com apenas 60.000km rodados e o tal ruído era de batidas de tuchos, deixando o motor com um ruído semelhante ao de um motor diesel e ocorria tanto com motor frio, quanto com o motor quente, alternando algumas vezes.
O proprietário estava desesperado e em outras três oficinas que havia passado, haviam lhe indicado a retífica do cabeçote. Solução: Apenas substituí o óleo do motor por um 5W30 e troquei o filtro de óleo por um genuíno da Hyundai. Por experiência própria, notei que não adianta colocar outro, pois os problemas só ocorrem quando são utilizados outros do mercado paralelo.
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DIRETO DO FÓRUM
Fiat Uno Way 2010 não dava partida
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Renault Clio 1.0 16V apresentava irregularidades na injeção de combustível O reparador Thiago Silva Souza estava com dificuldades para encontrar a solução para esta falha e publicou o caso em nosso fórum. Veículo: Renault Clio 1.0 16V 2001 Defeito: falhas na injeção
O reparador Jerry teve dificuldades para solucionar este caso, mas após a ajuda de outros reparadores do fórum, encontrou a solução.
injetores e bobina de ignição. Foram substituídas as velas e cabos de velas, bobina de ignição, sensor de rotação e de fase e UCE. Cheguei a desligar o alarme e testar, mas mesmo assim o defeito permanecia.
Veículo: Fiat Uno Way 2010 Defeito: não dava partida Diagnóstico: Estive com um uno way 2010, sistema IAW4CF, e o veículo não pegava. Quando era dada a partida no motor, o relé de bomba de combustível e de partida a frio ficavam ligando e desligando. O relé de bomba também é responsável por alimentar os bicos
Solução: Após quebrar um pouco a cabeça e ler algumas dicas aqui no fórum, resolvi substituir o motor de partida e, ao testar o veículo, o defeito desapareceu. Fui pesquisar qual era a causa da falha no componente e descobri que este estava gerando um campo magnético que interferia no funcionamento dos sensores de rotação e fase do veículo.
Diagnóstico: O veículo apresentava um tempo de injeção ‘maluco’, principalmente na troca de marchas, no qual ele subia a rotação sozinho quando pisávamos na embreagem. Durante o diagnóstico, identifiquei um problema no sensor de temperatura, ele enviava um sinal de referência de 5V com o chicote desconectado e, ao conectálo, esse sinal caía pra 1.5V. Como resultado, a central não entendia a temperatura que o motor estava e deixava a injeção desregulada. Já troquei este sensor de temperatura, mas o defeito permanecia igual. Solução: Após trocar o sensor de temperatura, a válvula cânister e dar um reset na ECU, o defeito foi solucionado.
Ao restaurar o veículo, o reparador Marcus lahoz não conseguia resolver este problema com a partida do motor, ma s com a colabor a çã o de outros reparadores no fórum, solucionou o caso. Veículo: Fiat Tempra 2.0 16V 1997 Defeito: Motor não dava partida Diagnóstico: Após o cliente
trazer o veículo para que eu reali zasse u ma rest au ração completa, ao tentar dar partida no motor, mesmo com todos os sistemas checados e reparados, este não pega. Porém, quando colocamos desengripante no TBI, este funciona por alguns seg u ndos, ma s em seg u id a morre, indicando que há centelhamento, mas que não há alimentação de combustível. Testei a bomba de combustível direto na alimentação e esta funcionou nor malmente, me
deixando desconf iado que o problema estava em seu respectivo relé. Ao testá-lo, este também estava ok.
Fotos: Divulgação
Fiat Tempra 16v 1997 não dava partida
Solução: Ao reconferir as condições dos chicotes do veículo, detectei que havia um fio rompido que era responsável
por ligar a bomba de combustível. Ao corrigir este problema, a falha não voltou a ocorrer.
Participe! Estas matérias, extraídas de nosso fórum, são fruto da participação dos reparadores que fazem parte da grande família chamada Oficina Brasil. Acesse você também o nosso Fórum e compartilhe suas experiências com essa comunidade. Lembre-se, o seu conhecimento poderá ajudar milhares de reparadores em todo o Brasil e seu nome será publicado nesta seção. Saiba mais em www.oficinabrasil.com.br
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