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ANO XXIV NÚMERO 286 DEZEMBRO 2014
Lançamento Renault Fluence Com nova frente, e uma grande oferta de equipamentos, Renault quer no mínimo a terceira posição em vendas na categoria dos sedãs médios. Pág. 56
Pesquisa indica o que ajuda ou atrapalha fabricantes na conquista de market share. Pág. 34 Em Breve...
Avaliação do Reparador
Especial
Pág. 54 Golf 1.4 TSI em breve será produzido no Brasil, e já começa a aparecer nas oficinas.
Pág. 57 Conheça um pouco sobre o motor W-12, que equipa a versão mais luxuosa do Audi A8.
Pág. 98 Pajero TR4: pequeno utilitário da Mitsubishi possui mecânica robusta e descomplicada.
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EXPEDIENTE / EDITORIAL
DIRETOR GERAL Cassio Hervé GERAÇÃO DE CONTEÚDO Jornalistas: Fernando Naccari (MTB0073980/SP) Marcelo L. D. S. Gabriel (MTB 36065/ SP) Fabricio Rezende (MTB 48647/ SP) Consultor Técnico: André Silva COMERCIAL: ÁREA CORPORATE (NACIONAL) Gerente de Atendimento: Ernesto de Souza Executivos de Contas: Beatriz Lubianco Nascimento e Carlos Souza ÁREA VAREJO (NACIONAL) Gerente de Contas: Aliandra Artioli Consultoras de Vendas Jr: Iara Rocha FINANCEIRO Gerente: Junio do Nascimento Coordenadora: Mariana Tarrega Assistente: Rodrigo Castro GESTÃO DE PESSOAS Analista: Vivian C. Pereira QUALIFICAÇÃO DE ASSINANTES (DATABASE) Gerente: Alexandre P. Abade CENTRAL DE ATENDIMENTO AO LEITOR Valdirene Fideles / Renata Souza PRODUÇÃO GRÁFICA: J1 Agência Digital PRÉ-IMPRESSÃO E IMPRESSÃO: D´ARTHY Editora e Gráfica Ltda.
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:: Editorial
E chega ao fim 2014, cheio de emoções, alegrias e desilusões Começamos o ano de 2014 cheios de novidades: copa do Mundo no Brasil, eleições gerais, interrogações a respeito do futuro da economia, rumores a respeito de escândalos na Petrobras, condenados do mensalão presos na Papuda e muitas expectativas sobre como seriam os doze meses que se iniciavam. Estamos a fechar mais um ciclo e é comum nos darmos a certas reflexões nestes períodos. A despeito dos indicadores pouco alvissareiros dos últimos seis meses, seja em relação às montadoras seja em relação à cadeia de distribuição tradicional do mercado independente, os números nas oficinas mecânicas apontaram para um desempenho melhor do que a média do mercado. Parte disso se deve à entrada no circuito da reparação de toda aquela leva de veículos vendidos com incentivos fiscais nos anos 2010, 2011, 2012 e 2013 e que agora chegam às oficinas independentes. Pelo lado da demanda é uma ótima notícia, mas quando olhamos pelo lado da oferta aí é que a coisa começa a complicar. E esta edição tem muito a contribuir para esta discussão. Continuando a série de reportagens sobre o mercado de reposição apresentamos uma intensa pesquisa realizada em conjunto com a DMC Promoções sobre o delineamento estratégico de vários elos da cadeia: fabricantes, distribuidores, varejistas e reparadores quando o assunto é preço versus valor. Se no discurso a teoria é aquela preconizada nos manuais de Marketing, a prática deveria conduzir a resultados financeiros robustos e que tornariam nosso setor a Meca dos investidores profissionais. Mas não é isso que ouvimos no mercado. Há uma clara assimetria entre oferta e demanda e isso fica evidente quando nossa pesquisa abordou os reparadores. Preço baixo e promoções não resolvem a vida de quem está no dia-a-dia da oficina pois o fator crítico de sucesso é a disponibilidade de peças. Acostumados a preços baixos em itens populares (e que passam a ser conhecidos como “itens
Jornal Oficina Brasil é uma publicação do Grupo Oficina Brasil. Trata-se de uma mídia impressa baseada em um projeto de marketing direto para comunicação dirigida ao segmento profissional de reparação de veículos. Circulando no mercado brasileiro há 24 anos, é considerado pelo Mídia Dados como o maior veículo segmentado do Brasil. Esclarecemos e informamos aos nossos leitores, e a quem possa interessar, que todos os conteúdos escritos por colaboradores publicados em nosso jornal são de inteira e total responsabilidade dos autores que os assinam. O jornal Oficina Brasil verifica preventivamente e veta a publicação do material que recebe, somente no que diz respeito à adequação e ao propósito a que se destina, e quanto a questionamentos e ataques pessoais, sobre a moralidade e aos bons costumes. As opiniões publicadas em matérias ou artigos assinados não apresentam a opinião do jornal, podendo até ser contrária a ela. Nós apoiamos: Filiado a:
de giro”) e sem opção quando a reparação exige peças não “comoditizadas” como o jogo de amortecedores traseiros de um Nissan Tiida, não há discurso de valor agregado que substitua a clássica definição da função do canal de marketing: maximizar as utilidades de tempo, lugar e posse ou, em outras palavras, na hora certa, no local certo ter a peça certa disponível para compra. Ainda nesta edição trazemos os resultados da pesquisa “Imagem das Montadoras”. Uma de nossas pesquisas sistematizadas e autofinanciadas mais tradicionais, ela chega à sua 15ª edição com um recorde de participações e algumas novidades em sua metodologia e formulação. Já não temos dúvidas de que o reparador independente desempenha um triplo papel em sua relação com as montadoras: (1) o de comprador de peças, (2) o de influenciador no processo decisório de compra de veículos novos e (3) o de fiel da balança no processo de valorização e desvalorização de veículos usados. Entender como se dá esta dinâmica tríplice do reparador fornece importantes subsídios para a tomada de decisões estratégicas, seja por parte das montadoras (obviamente) seja por parte dos demais elos da cadeia que podem adaptar suas velas para navegar de forma mais arrojada em direção à riqueza que se esconde no último elo da cadeia: a oficina mecânica. Pois como diria o filósofo estóico Sêneca: “não há vento favorável para quem não sabe aonde vai”. O ano de 2015 ainda está se descortinando mas para quem sobreviveu aos planos Cruzado 1 e 2, Verão, Bresser, Collor, Real, além de congelamento de preços, tablitas, fiscais do Sarney, fantasmas da dívida externa (que muitos apelidaram de dívida eterna), lei de reserva de informática e outras invencionices, sobreviveremos a 2015. Bem ou mal só depende de como ajustaremos a velas, por aqui estamos trabalhando e observando para onde e como anda o nosso mercado. Marcelo Gabriel Diretor © Can Stock Photo Inc.
:: Expediente
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DADOS DESTA EDIÇÃO • Tiragem: 59 mil exemplares • Distribuição nos Correios: 57.885 (até o fechamento desta edição) • Percentual de circulação auditada (IVC): 98,1%
Este impresso é resultado da parceria entre Oficina Brasil do Grupo Germinal e D´ARTHY Gráfica, empresas comprometidas com o meio-ambiente e com a sustentabilidade do planeta. O selo FSC é garantia de que o papel utilizado nesta obra provém de manejo florestal responsável.
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ÍNDICE
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AVALIAÇÃO DO REPARADOR MITSUBISHI PAJERO TR4 Oficina Brasil
98
:: TÉCNICAS
Design e mecânica simples tornaram o Puma um sucesso
58
:: COLUNAS 54
EM BREVE NA SUA OFICINA Conheça o Golf 1.4 TSI
96
CONSULTOR OB Suspensão do Citröen C5
101
REGULAGEM DE MARCHA LENTA EM MOTOCICLETAS DE 250cc Paulo José de Souza
72
TESTES DE COMPRESSÃO E VAZAMENTO DE CILINDROS Melsi
74
DIAGRAMAS ELÉTRICOS DA INJEÇÃO ELETRÔNICA DO PAJERO TR4 Válter Ravagnani
76
EMISSÃO DE GASES POLUENTES POR MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA Humberto Manavella
78
TRANSMISSÃO DE DUPLA EMBREAGEM AUDI DL501 Carlos Napoletano
DIRETO DO FÓRUM Relatos de reparadores no site
:: REPORTAGENS 46
69 Divulgação
:: CARROS
ENTREVISTA Affinia Brasil e Mundo completa 10 anos com 100% do foco no aftermarket
56
LANÇAMENTOS Fluence 2015 na disputa dos sedãs médios
66
REPARADOR DIESEL Reparos na transmissão da Renault Master
No início dos anos 1960 o Puma surgiu no Brasil, seu design e sua mecânica simples, primeiramente com a DKW e depois com a Volkswagen a ar, esta última com a possibilidade de escolher componentes para melhorar o desempenho, logo se tornou um sucesso no Brasil.
:: Cartas
:: Números CAL (Central de Atendimento ao Leitor)
Agradecimento
Festas
Agradeço a esse jornal, pois me ajuda muito no dia a dia da oficina. Feliz Natal. Wuellington dos Santos Miranda Dourados (MS)
Chegamos em mais um dezembro, agora é hora de pensarmos nas férias, sol, praia, campo e calmaria. Durante o ano inteiro estivemos presentes nos mais diversos eventos do setor automotivo e participamos com afinco para promover aos leitores do jornal Oficina Brasil informações e dicas ténicas. A colocação dos nossos textos têm um propósito: oferecer a todos atualização sobre o setor, para que ajudem outros que necessitem dos seus serviços. É para você reparador que trabalhamos. Ficamos muito felizes com o prestígio que vocês nos dão. Isso é que nos dá mais fôlego para enfrentar mais um ano que está por vir. Obrigado por estar sempre conosco nos pautando e apoiando nosso trabalho. Feliz ano novo!
Fonte de informações técnicas O Jornal Oficina Brasil é uma de nossas únicas fontes para conseguir informações técnicas sobre os veículos. Obrigado a vocês por estarem presentes em nosso dia a dia. Vandyr Roger Correa Toledo (PR)
Facebook Pessoal da Oficina Brasil sou fã de vcs gosto muito dos artigos que vcs colocam é muito bom, me ajuda muito. Roberto Matias Dos Santos Alvorada (RS)
Toda a equipe do Grupo Oficina Brasil
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em foco
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em foco
ABS para motos ainda é tímido no mercado brasileiro, segundo o ceSVI Levantamento analisou 359 versões de motocicletas, motonetas e ciclomotores de 32 montadoras presentes no Brasil, confirmando que desde ano passado houve um acréscimo de apenas 6% de veículos que possuem ABS de série
Q
ual a porcentagem de veículos que possuem ABS eletrônico de série no Brasil? Este foi o questionamento do estudo da CESVI BRASIL (Centro de Experimentação e Segurança Viária), é o 2º estudo sobre o tema, o levantamento apontou que apenas 21% desses veículos possuem ABS eletrônico de série, enquanto 10% possuem o item como opcional e 67% não possuem o sistema disponível para compra. Os 2% restantes são de veículos de duas rodas com ABS mecânico nas rodas dianteiras. Um sistema baseado
em alívio da pressão dos freios através de válvulas, mas que não possui a mesma eficiência de frenagem e tecnologia do ABS eletrônico. Esses números são um pouco maiores que os do primeiro levantamento, realizado em 2013, em que 16% das versões possuíam o ABS eletrônico como item de série, 7% possuíam o ABS como opcional e 74% não possuíam o ABS disponível para compra. No levantamento de 2013 os veículos de duas rodas com ABS mecânico representaram 3%. O novo levantamento mostra
que a categoria mais vendida do país, representada por motocicletas de até 125 cilindradas, tem 97% das versões sem disponibilidade de instalação do ABS, nem mesmo como opcional. Os outros 3% são de motocicletas com ABS mecânico nas rodas dianteiras e não há nenhuma versão com ABS eletrônico de série. Na categoria entre 125 e 250 cilindradas, não há nenhuma versão disponível para venda com ABS de série, apenas 1% possuem o ABS eletrônico como opcional e 95% não possuem o sistema disponível para compra. Entre os
4% restantes estão as versões que têm o sistema de ABS mecânico nas rodas dianteiras. Já entre 250 e 400 cilindradas o número de versões com ABS eletrônico de série sobe para 5%. Na categoria acima, entre 400 e 750 cilindradas, essa porcentagem sobe para 18%. Já na categoria topo de linha, com versões de motocicletas acima de 750 cilindradas, esse número é mais expressivo e chega a 63%. Nas motocicletas entre 400 e 750 cilindradas se encontra a maior porcentagem de versões com o item ABS eletrônico como
opcional - 37%. Outra categoria abordada no estudo é a de motocicletas elétricas, que possuem desempenho tímido, tanto na questão velocidade, quanto nas vendas no Brasil, mas que não possuem nenhuma versão com sistema antitravamento dos freios. “Embora a oferta do sistema tenha crescido como item de série em 5%, ela ocorreu basicamente em categorias de altas cilindradas, que custam mais e representam uma fatia pequena do mercado.”, diz Almir Fernandes, diretor executivo do CESVI.
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em foco
Reparadores de Recife participam de encontro chevrolet Divulgação
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rganizado pela concessionária Chevrolet Pedragon, na capital pernambucana, o “1º Café com a Chevrolet – Um dia único... Uma experiência única” foi um dia especial e diferente. Quebrando o formato tradicional de encontros realizados nas dependências da revenda General Motors, a Pedragon optou por realizar a reunião em um de seus clientes, a Josias e Wando Autopeças e Serviços, localizada no município de Igarassu, vizinho a Recife. Segundo Ricardo Leão, gerente de peças e um dos organizadores do evento, estes encontros são muito importantes, pois os reparadores independentes são peças fundamentais no negócio de pós-vendas. “Acredito que tamanha interação da Pedragon com seus clientes
Sabó celebra os 100 anos da Kaco na Alemanha Divulgação
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O encontro ocorreu nas dependências da Josias e Wando Autopeças e Serviços, localizada no município de Igarassu, vizinho a Recife.
irá cada vez mais convergir para uma parceria duradoura e fidelizada, pois de acordo com o Programa de Fidelização Reparador Independente, os clientes estão sendo visitados, ouvidos e atendidos dentro de suas solicitações”, analisa Leão. Além das apresentações de
produtos e diferenciais de qualidade das Peças Genuínas GM e ACDelco, os reparadores puderam conhecer as vantagens e facilidades que a Pedragon oferece, além de efetuar o cadastro e acessar toda a gama de informações do site Reparador Chevrolet (www. reparadorchevrolet.com.br).
“Este centenário vem coroado com o anúncio da construção de uma nova sede e planta da Kaco em Heilbronn e a abertura de sua segunda planta na China”, declara José Eduardo Sabó – CEO do Grupo Sabó.
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em foco
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Direção Autônoma tem avanço com a parceria entre Delphi e ottomatika Divulgação
GM elege ZEN entre os melhores fornecedores
Veículo de demonstração da nova Direção da Delphi
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D e l p h i A u t o m o t i ve PLC (NYSE: DLPH), empresa líder em sistemas avançados de assistência ao condutor e pioneira na introdução de sistemas de radar para automóveis, integrará as suas tecnologias de segurança ativa com o software de direção automatizada da Ottomatika, Inc. A parceria cria uma plataforma de tecnologia que permite que um veículo tome decisões semelhantes às humanas ao dirigir na cidade ou na estrada. A plataforma é flexível e pode ser expandida e aperfeiçoada à medida que o software for atualizado. Isso também irá colaborar com a comunicação entre veículos e ambiente (V2X
- vehicle-to-environment). “Lidar com as decisões de alta complexidade do mundo real é uma limitação para grande parte das atuais tecnologias presentes no mercado”, declarou Jeff Owens, diretor de tecnologia da Delphi. “Esta parceria com a Ottomatika representará um passo signif icativo para tornar a condução automatizada uma realidade. Seu carro acaba de ficar muito mais inteligente.”. Utilizando os seus pontos fortes específicos, a Delphi e a Ottomatika desenvolveram uma plataforma de veículos capazes de tomar decisões complexas instantaneamente, como parar e continuar em um cruzamento, cronometrar a entrada em uma
estrada ou calcular a manobra mais segura em torno de um ciclista em uma rua da cidade. A Delphi entra nesta colaboração, investindo na Ottomatika. Juntas, as duas empresas vão criar um roteiro de curto e longo prazo para uma automação de veículos cada vez maior nos próximos anos. “A Ottomatika possui expertise em inovação e experiência em automação de veículos”, disse Raj Rajkumar, co-fundador e CEO, Ottomatika, Inc. “A Delphi e a Ottomatika, trabalhando juntas, têm o potencial para resolver o desafio da condução automatizada, o que torna as estradas mais seguras para todos.”.
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m premiação mundial realizada pela montadora General Motors do Brasil, a ZEN foi reconhecida pela excelência em Qualidade entre todos os fornecedores da GM no mundo em 2014. A ZEN, é a maior fabricante independente de impulsores de partida do mundo, essa foi a terceira edição do GM Supplier Quality Excellence Award, premiação global criada para destacar as empresas com excelência em qualidade. O Supplier Quality Excellence Award é realizado também na Europa, América do Norte e Ásia. O prêmio é um reconhecimento ao fornecedor que teve avaliação excelente e zero defeito em seus produtos nos últimos 12 meses, seguindo as rigorosas métricas de qualidade da General Motoros, o QSB (Quality System Basic). Os critérios de avaliação deste ano foram pontualidade na entrega, cumprimento dos contratos e fidelidade às especificações originais dos produtos e/ou serviços. O evento ocorreu dia 19 de novembro no auditório de manufatura da montadora em São Caetano do Sul (SP) e premiou os melhores fornecedores da montadora no País. O presidente da ZEN, Gilberto Heinzelmann, esteve na solenidade para receber a
premiação ao lado de executivos da montadora como Jaime Ardila, presidente da GM América do Sul, Santiago Chamorro, presidente da GM Brasil, e Orlando Cicerone, diretor de qualidade da GM América do Sul. “A preocupação com a satisfação dos clientes está na missão e nos valores da empresa e o foco no cliente é o principal pilar do nosso modelo de liderança, por isso receber essa conceituada premiação é motivo de orgulho e a certeza de que estamos no caminho certo, pois coloca a ZEN como um parceiro de destaque no fornecimento para clientes globais”, afirma Heinzelmann. A ZEN é fornecedora da GM desde o início de 2010 e sempre atendeu a todos os indicadores de qualidade da montadora. A empresa tem como estratégia além da inovação, oferecer produtos e serviços com excelência em qualidade garantindo competitividade no mercado.
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EM FOCO
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Motocar inaugura primeira concessionária para venda de triciclos no Estado do Amapá
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erviços de mototáxis feitos por triciclos são muito comuns em filmes quando o pano de fundo são países como Índia ou China, mas este cenário também poderá ser visto no Brasil, a Motocar, única do Brasil a produzir veículos de três rodas homologados, inaugura sua primeira concessionária na capital do Amapá, Macapá. Desde 28 de novembro moradores de Macapá receberam esta alternativa da Motocar, a iniciativa é dos sócios Felipe Silva Pinheiro e José Ewerton Amaral, que decidiram apostar na implantação da concessionária, pois os triciclos
são a nova tendência nas regiões Norte e Nordeste. Esta visão dará escoamento aos veículos já produzidos na fábrica da empresa instalada na zona franca de Manaus. Segundo os empresários, a empresa enxerga a oportunidade de explorar o segmento de mototáxis, hoje Macapá possui mais de dois mil mototaxistas, e precisava de uma alternativa de transporte de pessoas mais segura e rentável, tanto aos condutores quanto os passageiros. “O modelo MTX-150 permite o transporte de duas pessoas e bagagem de até 25 kg, em dias de sol ou de chuva. Entre as vantagens,
podemos destacar a economia de combustível, já que o triciclo transita por 25 km por litro e dispensa o uso de capacetes, item de uso coletivo e obrigatório no transporte realizado por motos.”, explica o diretor comercial da Motocar, Carlos Araújo. A unidade planeja vender 12 triciclos por mês, que variam de R$ 11.900,00 a R$ 14.900,00, mais o valor do frete. Para mais informações visite a concessionária Motocar Macapá na Rua Odilardo Silva, 2970 - Bairro Trem – Macapá – AP, ou acesse www.triciclosmotocar. com.br.
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Os responsáveis pela concessionária já estão em contato com a Prefeitura de Macapá para tornar os veículos alternativas aos mototaxistas da capital, já que estes são tendências no Norte e Nordeste do país
Modelo MTX-150 tem capacidade para bagagem de até 25kg
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EM FOCO
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Novo Uno vence o Prêmio Mondeo Hybrid da Ford é o primeiro The Best 2015 com esta tecnologia a chegar na Europa
Concorrendo com 30 modelos, Novo Uno venceu com 13% dos votos
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Novo Uno Evolution foi eleito o The Best, o melhor carro lançado em 2014, pelos assinantes da revista. Na votação feita pelo site concorriam 30 modelos escolhidos pela redação, e o Novo Uno venceu com 13% dos votos, superando automóveis como o Jaguar F-Type R (10%) e o Audi A3 Sedam (9%). Esta é a sétima edição do Prêmio 10Best da Car and Driver; segundo a revista, o carro venceu a disputa porque a Fiat inovou na arte de entregar um carro acessível com novas tecno-
logias ao grande público. Te c n o l o g i a s c o m o Start&Stop, motor Flex e câmbio Dualogic®, vieram primeiramente pela Fiat no mercado nacional. Além das tecnologias de ponta citadas, a linha 2015 do Novo Uno ganhou ainda quadro de instrumentos com display de LCD de 3,5” de alta resolução, retrovisores externos elétricos com função Tilt Down, sensor de estacionamento traseiro, rádio integrado ao painel com display maior e novas funções, chave de seta com função Lane Change, entre outros equipamentos.
Linha de produção do novo Mondeo Hybrid na cidade de Valencia na Espanha
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Ford começou a produ z i r n a Espa n h a o novo Mondeo Hybrid, o veículo combina um motor 2.0 a gasolina com motor elétrico e bateria de íons de lítio de 1,4 kWh, capaz de rodar 23,8 km/l e gerar apenas 99 g/km de CO ². Este é o primeiro carro híbrido da marca na Europa e tem características similares ao Fusion Hybrid já comercia-
lizado em vários países, como Estados Unidos e Brasil. O Mondeo passa a oferecer a maior variedade de motores de sua história, incluindo a nova versão EcoBoost 1.5 a gasolina e um 2.0 TDCi diesel aprimorado. Nos Estados Unidos, a Ford é a segunda maior fabricante de híbridos, com um total de 400.000 veículos desde o lançamento. No Brasil, o Fusion
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Hybrid lidera o segmento com 80% das vendas. Desde que foi lançado, em 1993, o Mondeo já vendeu mais de 4,8 milhões de unidades. O novo modelo é produzido na fábrica da Ford em Valência, Espanha, e será lançado em toda a Europa ainda este ano. O modelo a gasolina também será produzido na Rússia, onde começa a ser vendido em 2015.
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www.oficinabrasil.com.br Dezembro 2014
NGK-NTK realiza teste de conhecimentos de ensino à distância para reparadores A partir de Dezembro o profissional poderá acessar uma área de treinamento na internet para aprofundar seu aprendizado técnico, e ainda recebe um certificado personalizado e assinado pela empresa Ilustração
V
eiculado com exclusividade nas edições de outubro, novembro e dezembro do Oficina Brasil, as Dicas Técnicas NGK-NTK chegam agora à fase de teste de conhecimentos. Nestas três edições, a fabricante de velas e cabos de vela e sensores de oxigênio publicou orientações técnicas sobre os três produtos, dando pequenos procedimentos que facilitam o diagnóstico de falhas ou desgaste dos componentes. A partir deste mês, o reparador pode acessar a área Treinamento da página da empresa na internet (www.ngkntk.com.br) ou
pelo link existente no site Oficina Brasil (www.oficinabrasil.com. br) e, após efetuar um breve cadastro, aprofundar seus conhecimentos sobre qualquer das linhas de produtos das marcas, realizar um teste de conhecimentos e receber um certificado personalizado e assinado pela NGK-NTK. Além das informações divulgadas no Ensino a Distância veiculado nas páginas do Oficina Brasil, o reparador encontra Catálogos, Tabelas de Aplicação e acesso para outras informações institucionais, técnicas ou comerciais sobre as linhas de produtos e sobre a empresa.
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Estudante da Bahia é eleito o motorista mais seguro do país pelo Michelin Best Driver
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egundo o prêmio da Michelin, Michelin Best Driver, Eric Peixoto Barbosa, de 23 anos, estudante de Engenharia Civil da UFBA, da Bahia, é o motorista mais seguro do país. A empresa percorreu sete capitais e 15 universidades em três meses e também definiu que Porto Alegre é a capital com a melhor média de segurança entre as sete capitais. Eric foi premiado por ter tido o melhor desempenho na nota média de segurança: 100. Para chegar a essa marca, um aparelho de telemetria mediu durante 30 dias alguns indicadores fundamentais para uma condução segura: aceleração, frena-
gem, curva, ultrapassagens e velocidade. O universitário ganhou um carro 0 km das mãos do bicampeão mundial de F1 Emerson Fittipaldi, durante a realização da tradicional prova de automobilismo Le Mans 6h SP, realizada no fim de novembro no Autódromo de Interlagos. A lista com os jovens que obtiveram os melhores desempenhos está no site: www.michelin.com. br/michelin-best-driver. No total, mais de 25.000 universitários participaram do programa e cerca de 1.000 estudantes se inscreveram na competição. “Percorremos universidades do Brasil e foi gratificante ver o
interesse e engajamento dos jovens. O programa Michelin Best Driver propôs uma abordagem inovadora para a promoção de atitudes seguras no trânsito entre jovens universitários no Brasil, unindo informação à experiência do monitoramento eletrônico da direção do carro. A nossa expectativa é manter o tema em debate e levar o Michelin Best Driver para outros países onde a empresa atua”, declara Renata Marques, gerente de Marketing da Michelin e responsável pelo programa, que foi criado e desenvolvido no Brasil. A etapa final do programa contou com 15 finalistas, os que alcan-
Divulgação
Porto Alegre conquistou a melhor nota média de segurança entre as sete capitais analisadas. Curvas e frenagens foram os maiores desafios dos estudantes
Eric Peixoto Barbosa ganhou um carro 0 km das mãos do bicampeão mundial de F1 Emerson Fittipaldi, durante a prova de automobilismo Le Mans 6h SP
çaram a posição de melhor motorista de cada universidade. Apesar de o vencedor ser de Salvador, a capital que conseguiu melhor média foi
Porto Alegre. A performance dos estudantes da UFRGS e PUC-RS marcou a nota média de segurança de 94,65, no total de 100 pontos.
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rede Âncora realiza primeira convenção nacional para abordar o planejamento de 2015 Divulgação
Durante a reunião que aconteceu na Costa do Sauípe, Bahia, durante os dias 27 e 29 de novembro, conselheiros e associados debateram sobre as novas diretrizes da empresa para o próximo ano
O
presidente do Conselho Deliberativo da Rede Âncora, Orni Barbosa, e demais membros, se reuniram na tarde de sábado, 29 de novembro, na presença dos associados da Rede, para apresentar os direcionamentos estratégicos de 2015, em reunião considerada excepcional, pois contou com a presença voluntária dos lojistas presentes. Entre os dias 27 e 29 de novembro, a Rede Âncora promoveu a 1ª Convenção Nacional da Rede Âncora. O evento reuniu cerca de 800 pessoas e apresentou palestras técnicas das indústrias, além estandes de vários fornecedores e a apresentação motivacional de Eduardo Shinyashiki. O presidente do Conselho iniciou a reunião apontando as principais conquistas de 2014, como a criação do Fundo de Reserva, a implantação do Sistema BI (Business Intelligence), além de aprovar o orçamento de 2015, em outubro de 2014, o que facilita o planejamento e as tomadas de decisão. Para 2015, de acordo com Barbosa, “o objetivo de gestão é promover uma grande reestruturação, a partir de um modelo de governança corporativa seguindo os preceitos aplicados pelo mercado, baseados nos ensinamentos da Fundação Dom Cabral”, explica. O presidente Executivo da Rede Âncora, Ogeny Pedro Maia Neto, confirmou as questões apontadas pelo presidente do Conselho, em relação aos processos, e ressaltou ações que já foram realizadas, em termos de processos e as que ainda serão, a partir de 2015. “Vamos aplicar os processos por meio do Sistema BI. Os Centros de Distribuição terão a função de analistas de negócios, o que dará ao CD a garantia da uniformidade de compras, organização de estoque, entre outras questões, tudo escrito em forma de processos. Essa mudança garantirá mais velocidade e
de Distribuição. Para os pontos de venda foram implantadas as novas identidades para fachadas e, também, foi concretizado o plano da 1ª Convenção Nacional, na Costa do Sauípe, na Bahia. Ainda, como projeto para 2015, foi votada a realização de um Simpósio para os 100 associados com maior desempenho na Rede. Esse evento deve acontecer em outubro de 2015, na cidade de Gaspar, em Santa Catarina. mArcA própriA
Cerca de 800 pessoas participaram de palestras técnicas na 1ª Convenção Nacional da Rede Âncora
alinhamento, além de minimizar os erros” destaca o presidente. Ainda, segundo Ogeny, os procedimentos que estão sendo aplicados trarão vantagens como a sintonia da equi-
sistemas da rede Âncora”, diz. Para 2015, o sistema de Tecnologia de Informação estará voltado para o setor de Compras, integração entre os fornecedores, além do foco no
Vamos criar estrutura, partindo da inauguração de uma filial em Minas Gerais e a contratação de um “homem de campo”, para o estado de São Paulo”, explica Sebastião
A Convenção apresentou executivos de empresas como Affinia Group, Bosch, Magneti Marelli e TRW, entre outros, além do especialista em comportamento humano, Eduardo Shinyashiki pe, adequação e redução de custos e ganho de confiabilidade perante os fornecedores. Ele garante ainda que a melhoria deve ser contínua. AvAnços tecnológicos De acordo com os gestores da Rede Âncora, o ano de 2015 trará grandes mudanças, tornando os procedimentos ainda melhores, mais simples e práticos, o que trará agilidade para todos os associados, assim como para os Centros de Distribuição de todos os Estados. Para Ditmar Krambeck, diretor de TI, “as soluções promovidas em 2014 foram essenciais para alavancar os
Projeto Iceber, em parceria com a alemã Eucom. Esse projeto visa interligar os produtos, as aplicações e os catálogos, tudo de forma eletrônica, o que vai dinamizar a operação. expAnsão Em 2015 a Rede Âncora tem o objetivo de angariar mais 200 associados que se somarão aos cerca de 750 já existentes, em 15 estados, além do Distrito Federal. Para isso, criarão estrutura e contarão com a participação dos lojistas pertencentes à Rede. “Nós vamos ajudá-los a conquistar a nossa meta.
Bastos, diretor de Desenvolvimento e Expansão. Ações de mArketing Em 2014 uma série de novidades de Marketing foram implantadas. A Rede Âncora, conduzida pelo diretor de Marketing e Marca, Sandro Vivian, lançou a TV e a Rádio Âncora, que pretende levar informações além de interagir com todos os associados. Outras ações de Comunicação Interna foram implantadas como a Semana em Foco e a Rede Âncora News, revista mensal que chega a todos os associados, além dos Centros
Ainda, em 2014, a Rede Âncora se lançou no mercado de Varejo com o lançamento das marcas Car+ e Truck+, a primeira linha de fluidos de arrefecimento, em parceria com a Radiex, foi lançada em abril, na Automec, em São Paulo, e a evolução da linha, com produto de arrefecimento pronto uso, foi lançada durante a Convenção. Para abril de 2015 será lançada a linha de aerossóis, em parceria com a Bastom. sobre A rede ÂncorA Com 16 anos de história, e escritório nacional localizado em Curitiba, a Rede Âncora nasceu por meio da união de um grupo de empresários buscando soluções conjuntas para administrar as respectivas empresas. A ideia deu tão certo que, atualmente, a Rede Âncora se destaca por ser a maior associação de comerciantes de autopeças do Brasil, a única com abrangência nacional. Ao todo, são mais de 750 associados, em 15 Estados brasileiros, além do Distrito Federal. Para compor a Rede, ainda contam com mais de 100 fornecedores e cerca de 140 mil produtos cadastrados, além de ferramentas de comunicação e inteligência de mercado e duas linhas de produtos de marca própria lançados em 2014, o Car + e o Truck +, de fluido de arrefecimento e aerossóis.
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novo pneu da continental busca nicho de aventureiros urbanos Fotos: Divulgação
Modelo ContiCrossContact AT chega para o aftermarket no segmento dos motoristas aventureiros, empregando resistência e tecnologia pneu garantiu muita estabilidade e aderência nos testes feitos
P
oder de tração, proteção a aquaplanagem, aderência, conforto, design atrativo, pouco ruído e maior quilometragem, estas são as principais características do novo pneu da Continental, ContiCrossContact AT, testado pela equipe do Oficina Brasil, que recentemente foi ofertado às montadoras e já começa no mercado de aftermarket. O lançamento do modelo, que foi desenvolvido para veículos de uso misto, aconteceu no dia 19 de novembro em um hotel fazenda em Itatiba, onde os jornalistas puderam observar e experimentar a eficácia de sua engenharia, que promete ser exemplar em uso no asfalto ou na terra. As características do novo modelo da linha ContiCrossContact™ seguem a tendência brasileira de veículos “cross”, que busca atender 3 tipos de condutores, os que moram na cidade e não abrem mão do conforto mas no fim de semana gostam de passear para lugares remotos como praia e fazenda; o condutor que utiliza o veículo para transporte e que necessita de resistência para suportar os mais adversos terrenos; e o consumidor que preza por um visual mais agressivo que só um modelo off-road pode proporcionar. Pensando nessa tendência nacional que a Continental, uma das maiores fabricantes de pneus do mundo, chegou a produção do novo pneu que é 50% on-road e 50% off-road. “Com a chegada do ContiCrossContact™ AT reforçamos nosso portfólio de produtos que combinam o uso misto. O diferencial tecnológico da Continental fica evidente nesse novo modelo, que consegue conciliar baixo nível de ruído com robustez, entregando um desempenho invejável tanto no asfalto como
Testes realizados em diversos tipos de terrenos mostraram a facilidade de tração e aderência ao solo
na terra. Estamos certos de que ele será um sucesso de vendas”, comenta Renato Sarzano, diretorsuperintendente da Continental Pneus para o Mercosul.
Eduardo Roveri, coordenador de produto para pneus de passeio e caminhonete da Continental Pneus para o Mercosul. mercado
construção Os engenheiros da marca idealizaram para o ContiCrossContact™ AT uma banda de rodagem não-direcional com blocos estrategicamente escalonados. Ela reduz o nível de ruído, proporcionando ao motorista conforto, dirigibilidade e estabilidade tanto na terra como no asfalto. A banda de rodagem também foi ampliada de modo a permitir uma área maior de contato com o solo, o que se traduz em melhor distribuição de carga, maior aderência no asfalto e tração na terra, bem como em um ótimo desempenho nas curvas. Outro diferencial do modelo são os ombros largos que permitem um melhor escoamento da água, evitando situações de aquaplanagem, além de propiciarem uma excelente tração em estradas de terra. Outra característica que a Continental empregou no modelo é uma carcaça reforçada que garante maior resistência a desgaste, corte e lacerações.
O avançado desenho do ContiCrossContact™ AT faz com que seus sucos angulares gerem um efeito autolimpante na banda de rodagem, dificultando a retenção de pedras e cascalhos. Por ser plana, a banda viabiliza um maior contato do pneu com o solo e um melhor desempenho nas frenagens, oferecendo assim uma maior segurança ao condutor. Uma nervura na borda protege a roda contra ralados, revelando toda a atenção da Continental também para com os detalhes. “Esse lançamento é muito importante para a marca, pois possibilita a nossa entrada em um segmento em expansão no país com um produto extremamente competitivo por seu equilíbrio de desempenho oferecido tanto no asfalto como na terra. Um dos
grandes diferenciais do ContiCrossContact™ AT é a versatilidade. Ele proporciona um rodar silencioso tanto no uso urbano como no off-road. Com ele, o motorista realmente não precisa se limitar pelo caminho”, explica
Disponível em cinco medidas nos aros 14, 15 e 16, o ContiCrossContact™ AT é uma opção perfeita para um amplo universo de modelos produzidos por algumas das principais montadoras presentes no mercado brasileiro, entre as quais a FIAT (Palio Weekend Trekking, Weekend Adventure, Strada Trekking, Strada Adventure, Doblo Adventure, Ideia); Ford (EcoSport); e VW (Saveiro Cross, Cross Fox).
Banda de rodagem do novo pneu possui blocos estrategicamente escalonados
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Dezembro chegou e a revisão veicular deve ser prioridade antes das viagens, alerta Tuper Manutenção preventiva é a forma mais barata e eficaz para deixar o veículo em bom estado de segurança e a tranquilidade nas estradas e ainda valoriza o veículo para a venda, é o que sinaliza a Tuper, maior fabricante de escapamentos da América Latina rado na estrada, seja qual for o ano do veículo, são essenciais as ver if icações dos componentes do automóvel, af inal ninguém merece ficar parado no acostamento, sob o sol escaldante, à espera do guincho. De acordo com o consultor técnico da Tuper Escapamentos e Catalisadores, Salvador Parisi, a melhor recomendação
para quem vai sair de férias ou aproveitar feriados prolongados é levar o veículo a uma oficina de confiança. “Cada modelo tem sua par ticularidade e o profissional responsável pelo serviço deve conhecer todos os detalhes. Normalmente, a manutenção preventiva é dividida por sistemas como ar refecimento, lubrificação, suspensão,
Oficina Brasil
D
ezembro é a temporada de férias mais esperada do ano, é nesta época que diversas pessoas se preparam para fazer suas viagens, mas mais importante do que a escolha do destino é a checagem dos itens de segurança do seu carro, mais conhecida por revisão veicular. Para o cliente não ficar pa-
Passo importante antes de pegar a estrada é fazer a revisão do carro
freio, ar-condicionado, câmbio, iluminação, sinalização, exaustão e alimentação de combustível”, comenta. Considerada a forma mais barata de manter o carro em bom estado, pois custa menos do que a manutenção corretiva e valor iza o veículo, a manutenção preventiva também garante a tranquilidade necessária à viagem. “A principal vantagem é a segurança. Um simples coxim quebrado pode fazer com que o escapamento se solte, caia na rodovia e cause um grave acidente caso a peça atinja o veículo que vem logo atrás. Tentar desviar de peças perdidas na estrada também traz riscos de capotamento”, alerta Parisi. O consultor técnico da Tuper Escapamentos e Catalisadores lembra que o sistema de exaustão é um dos pontos fundamentais na hora da revisão. “Um motor com problemas no sistema de exaust ão vai comprometer o meio ambiente, aumentar o consumo de combustível e provocar a perda de potência, além de desvalorizar o automóvel”, avisa. As falhas no sistema de exaustão tam-
bém podem danificar outros sistemas. O motor em funcionamento produz gases que precisam ser conduzidos para a atmosfera de for ma cont rolada. “Esse controle é feito pelo sistema de exaustão juntamente com o catalisador. Além de colaborar para a diminuição do r uído produzido pela combustão, o catalisador transforma os gases nocivos em gases não tóxicos. Caso o catalisador apresente alguma anomalia, isso irá impedir a saída dos gases e pode levar à parada total do motor”, alerta Parisi. Outra dica para quem vai pegar a estrada é dirigir com cuidado, já que as lombadas, buracos e ondulações no asfalto podem afetar a vida útil das peças. Caso seja necessário fazer a substituição de qualquer componente, certifique-se sobre a procedência e a qualidade dos produtos. Os catalisadores fabr ica dos p ela Tup e r, p or exemplo, seguem a Por taria 282/2008 do Inmetro, o que garante a conformidade do produto e os requisitos necessários para a saúde e segurança dos usuários.
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Representantes da AMPRI participando da convenção
simpatia através de relacionamentos duradouros”. outdoor dos principAis produtos Nos meses de outubro, novembro e dezembro quem passar pela
chefe da empresa. “Gosto muito desse tipo de mídia, pois além de ser uma forma eficiente e rápida de massificar a marca, também conseguimos a fixação da mesma atingindo a todos os perfis de público. Queremos expandir a cobertura para os próximos estados.”, disse Jane de Castro.
A
APTTA Brasil, Associação de Profissionais Técnicos em Transmissão Automática, lança curso em DVD, para orientação dos reparadores brasileiros quanto aos procedimentos técnicos para desmontagem e montagem de uma transmissão automática, que necessitam de treinamento de qualidade, porém não têm tempo de assistir a um curso técnico presencial. A vídeo-aula, primeira de uma série com as transmissões mais utilizadas no mercado automotivo hoje, mostra as características
mais importantes da transmissão AL4/DP0, presente nos veículos franceses, automáticos, desde 2000. Ensina também os procedimentos de desmontagem e montagem indicados pela montadora, bem como a utilização de ferramentas especiais de fácil confecção, verificação de folgas e correção de problemas passo a passo. Para maiores informações, consulte o site da APTTA Brasil, ou pelos telefones (11)2311-1928 e (11)2629-4843.
Lançados novos filtros da KS para a reposição Divulgação
Fundada em 1998 a empresa Ampri, especialista em sistemas de direção e motor, bomba de direção e kits de motor, está completando 17 anos e para comemorar a data realizou no mês de novembro a Convenção de Vendas. Presente em 11 países com a exportação, detém uma área industrial de 10.000m², contando com uma tecnologia de ponta e profissionais e engenheiros altamente capacitados. “O intuito dessa convenção foi plantar um pouco de AMPRI dentro de todos os Representantes que ali estavam presentes, e também que cada um dali deixasse conosco, antes de partir para sua cidade de destino um pouco de si também. Estamos sim em um novo tempo!”, explicou Jane de Castro, Coordenadora de Marketing. Jane de Castro ainda indica que a Ampri está trabalhando para conquistar ainda mais os laços com os clientes: “Estamos em um novo tempo de Ampri, um tempo no qual os laços estão sendo fortalecidos junto à nossa equipe de
Fotos: Divulgação
convenção da Ampri indica nova era APPTA do Brasil para a empresa e fidelização do cliente lança curso em DVD
cArA novA
Outdoor de divulgação das novas linhas de produtos AMPRI
vendas e Representantes, e novas parcerias sendo construídas junto aos nossos clientes. Estamos todos trabalhando muito para cada vez mais oferecer ao mercado excelência, agilidade no atendimento, e
rodovia Airton Senna, em São Paulo, poderá visualizar o outdoor que foi projetado para a divulgação da linha de bombas de direção e hidráulica e também da linha de caixas de direção, que será o carro
Completando a lista de produtos, a novidade é o lançamento do Manual da Kombi, que está disponibilizado via correio e e-mail, para sanar dúvidas do reparador no momento em que ele aplica estes itens. “A nossa estratégia atual é focar em nosso distribuidor, varejo e reparador, com um marketing promocional agressivo e para isso estamos trabalhando paulatinamente.”, afirma Jane de Castro.
ovos filtros de ar, filtros de óleo, filtros de combustível, filtros da cabine e filtros do líquido de arrefecimento da Kolbenschmidt entram para o portilófio de produtos da empresa. As autopeças irão atender aplicações nos motores diesel da Agrale, Cummins, Mercedes Benz, MWM, Scania, Volvo e Valmet/ Valtra, entre outros e, também, motores de Ciclo Otto de diversas montadoras como Ford, Fiat, GM,
N
Audi, Peugeot, Toyota, Honda, Hyundai. A KS, que disponibiliza as autopeças para aplicações em linhas leves e pesadas, também oferece diversos materiais técnicos para toda sua equipe de vendas, como listas de aplicações, tabelas de torque e consumo de óleo, entre outros. Desde novembro último a empresa conta com o lançamento de um catálogo, atualizado e específico, para a linha de filtros.
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pneus e segurança veicular: é um dever do reparador zelar pela vida dos seus clientes Uma das maneiras mais eficazes de determinar a eficiência de um pneu é medir a aceleração lateral que ele suporta no contorno de curvas, tanto em piso seco quanto em piso molhado André Silva
andré silva
O
s p neu s , ou a lg u n s poucos cent í met ros quadrados deles, são os ú n icos cont at os e nt re o automóvel e o solo, portanto é de suma importância que eles estejam em boas condições e que sejam adequados ao veículo no qual estão instalados. Caso contrário, pouco adianta um ótimo motorista atrás do volante, pavimentação de boa qualidade e sofisticados sistemas de segurança ativa, se o pneu não estiver em boas condições, tudo isso será em vão, e a probabilidade de ocorrer um acidente será muito maior. Todavia, eles ainda são muito negligenciados pelos motoristas brasileiros, sobretudo pelos que utilizam o veículo principalmente na cidade. Até mesmo a calibragem é deixada de lado, estima-se que aproximadamente 30% dos veículos brasileiros circulam com pressão inadequada nos pneus, o que compromete não só a segurança (!), como também o consumo de combustível e a própria durabilidade dos pneus. Além de manter os pneus em boas condições, mantendo-se sempre atento à pressão correta, ao desgaste e à validade (pneus possuem validade de cinco anos a par tir da data de fabricação), o consumidor também deve saber que existem diferentes tipos de pneus, com os mais variados níveis de tecnologia empregada, e, por conseguinte, variados níveis de desempenho dinâmico. aderência lateral Um dos métodos mais co-
momento er a m necessá r ia s correções de trajetória com o uso do pneu concorrente, com o Primacy 3 as correções eram mínimas e a velocidade do carro consideravelmente superior. conscientização Embora, em geral, as oficinas de reparação não lidem com
Pneu Primacy 3 oferece em média 12% mais de aderência
muns e eficazes de se qualificar um pneu é determinar qual a aderência lateral máxima que ele suporta em um deter minado veículo ou equipamento de teste. Ou seja, qual a carga lateral, em gravidade (g), que o veículo suporta antes que os pneus comecem a escorregar. Este índice está diretamente relacionado à segurança durante o contorno de curvas, tanto em piso seco quanto molhado. A Michelin, uma das mais t r a d icionais fabr ica nt es de pneus, com o intuito de elevar o nível de segurança nas ruas e principalmente nas estradas, desenvolveu o Primacy 3, um pneu que, segundo ela, oferece limite de aderência lateral em média 12% superior ao de seus concorrentes, além de ser mais ef iciente também nas frenagens em piso seco e em piso
molhado. na pista A fim de demonstrar sua eficiência, a fabricante francesa organizou um evento chamado Driving Experience, realizado entre os dias 20 e 21 de novembro, no Kartódromo de Curitiba, no qual lojistas e jornalistas t ive r a m a opor t u n id a de de comparar, na pista, a diferença de comportamento do Primacy 3 em relação à concorrência. E essa diferença é notável. Num primeiro momento, os próprios lojistas e jornalistas puderam dirigir vigorosamente, ao lado de um piloto da marca, dois veículos: um com os Primacy 3 e outro com pneus equivalentes da concorrência. Neste teste a opinião de todos foi unânime, o Primacy 3 realmente oferece
maior estabilidade, principalmente nas curvas molhadas. Mas foi quando os pilotos assumiram o controle que a diferença entre os pneus se mostrou mais evidente, eles levaram os dois carros ao limite da aderência, contornando curvas em alta velocidade, atrasando as freadas e acelerando forte em piso molhado, e a “pequena” diferença de 12% pareceu ser bem maior: enquanto a todo
pneus, é importante que os reparadores conscientizem os clientes sobre a importância de mantê-los em bom estado, pois disso depende a segurança deles próprios e dos demais ocupantes do veículo. Portanto, principalmente agora no fim do ano, quando as pessoas mais viajam pelas estradas, o papel de formador de opinião do reparador deve ser utilizado na conscientização dos motoristas, isso pode salvar diversas vidas.
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ImaGem DaS montaDoRaS 2014
marcas e produtos avaliados pela perspectiva privilegiada do reparador independente Pesquisa Imagem das Montadoras chega à sua 15ª edição e traz a opinião dos reparadores independentes sobre marcas, produtos e atributos recomendados e não recomendados de todos os fabricantes e importadores de automóveis e comerciais leves do Brasil Fotos: Divulgação
marcelo Gabriel e alexandre Carneiro
B
em que Renato Russo nos alertou: “o futuro não é mais como era antigamente ”. Quando a primeira edição da pesquisa Imagem das Montadoras foi publicada no ano 2000, o cenário automotivo era bem mais calmo e previsível e a proliferação de marcas e modelos ainda era incipiente. Passados catorze anos e quinze edições da pesquisa chegamos ao futuro que antevíamos na virada do milênio mas ele realmente não é mais como era antes. E esta edição traz alguns dados impressionantes. Tivemos a participação de mais de 1.800 reparadores independentes de todo o Brasil que, sem nenhum estímulo ou premiação, responderam ao convite formulado pela CINAU – Central de Inteligência Automotiva, unidade do Grupo Oficina Brasil dedicada à pesquisa e inteligência de mercado, para avaliar 34 marcas de automóveis e comerciais leves, divididas em três grupos em função da participação de mercado de cada grupo.
Este critério de segmentação em grupos com base em sua participação de mercado já foi utilizado nas edições de 2012 e 2013 e passa a integrar definitivamente a metodologia desta pesquisa para a avaliação e agrupamento das marcas. Além desta avaliação comparativa intra-grupo, temos dois momentos na pesquisa em que as avaliações se realizam intergrupos: o carro dos sonhos e carros por categoria de produto. Na avaliação do carro dos sonhos identificamos o reparador como um apaixonado por carros que soma seu conhecimento técnico
à paixão por um modelo, que não se traduz necessariamente em fatores racionais. Em relação aos produtos, esta edição também traz uma inovação. Nas edições anteriores segmentávamos os veículos (automóveis e comerciais leves) em função de sua motorização, divididos entre 1.0L, de 1.1 a 1.5L, e assim sucessivamente. Em nosso contato diário com os reparadores automotivos independentes ficou claro que o desenvolvimento tecnológico e novas configurações de veículos tornaram “comparáveis” do ponto
de vista de desempenho um veículo equipado como motor 2.5L e um 2.0L Turbo. Partimos em busca de um novo conceito de segmentação e optamos por utilizar as 14 categorias da FENABRAVE, que gentilmente nos consentiu utilizar a terminologia e os dados sobre quais modelos se encaixam em cada categoria. Como resultado desta escolha metodológica, os modelos foram avaliados dentro das seguintes categorias: entrada, hatch pequeno, hatch médio, sedan pequeno, sedan compacto, sedan médio, station wagon (SW), monocab, grandcab, picape pequena, picape grande, SUV, furgões pequenos e furgões. Das 12 categorias que a FENABRAVE estabelece para veículos de passeio deixamos de fora da pesquisa 3 categorias que não apresentam representatividade. As 9 categorias escolhidas representam 99,1% das vendas acumuladas em 2014, entre janeiro a novembro de 2014. Em relação aos utilitários leves, as 5 categorias escolhidas representam 100% das vendas desse tipo de veículo nas vendas acumuladas de 2014, entre janeiro e novembro. A terceira dimensão pesqui-
sada é referente aos atributos considerados relevantes pelos reparadores independentes na hora de avaliar, positivamente ou negativamente, sua experiência com uma marca que, via de regra, se faz por meio de um produto (automóvel ou comercial leve) que chega à sua oficina. Batizados de “Fatores K” por identificarem o “karma” das marcas, estes atributos são: disponibilidade de peças, acesso a informações técnicas, reparabilidade dos veículos, treinamento, atendimento na rede de concessionárias e preço das peças. Na medida em que a proliferação de marcas e modelos se faz presente e evidente no cotidiano das oficinas mecânicas independentes, mais e mais atributos vão sendo incorporados ao processo decisório do reparador. Na edição 2013 incluímos o atributo atendimento na rede de concessionárias por entender que a montadora se tangibiliza para o reparador independente no contato direto com a concessionária que é percebida como uma extensão da fábrica. E incluímos este ano o atributo preço das peças que outrora era tido como o grande vilão para evitar as compras nas conces-
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ImaGem DaS montaDoRaS 2014 sionárias e usado muitas vezes como justificativa. Por definição a análise de tendência em séries históricas de dados se dá no momento em que três séries foram coletadas. Assim a partir da edição de 2015 o atributo atendimento na rede de concessionárias será passível de análise de tendências. CaRRo DoS SonHoS Este quesito é o que aproxima a racionalidade do técnico automotivo com a passionalidade do amante por carros. A questão é formulada sem estímulos ou vieses e é apresentada em campo aberto para resposta à pergunta: independente de marca, modelo ou motorização, qual é o carro dos seus sonhos? Esta pergunta foi introduzida na edição da pesquisa de 2006. Entre 2006 e 2010 o Vectra reinou absoluto como o carro dos sonhos dos reparadores e este reinado foi interrompido em 2011 pela chegada do Corolla como o carro dos sonhos, posição que foi ocupada pelo Camaro em 2012, retomada pelo Corolla em 2013. O resultado de 2014 mostra que, guardadas as condições e sem a influência de alguma tendência musical – como foi o caso do Camaro amarelo em 2012, teremos um novo ocupante longevo na posição de carros dos sonhos já que o grande indicado de 2014 foi o Toyota Corolla. Em segundo lugar aparece a Hilux, seguida pelo Camaro (ainda está no páreo), em quarto o Ford Fusion estreiando no top 5 e a picape S10 ocupando o quinto lugar. É interessante notar que dentre os cinco carros dos sonhos temos dois sedans, duas picapes e um esportivo e que a tendência geral dos votos, desde 2006, recai sempre em sedans, de certa forma, modelos mais clássicos que as SUVs que invadiram as ruas das cidades ou os carros conceito (ex.: Kia Soul) ou ainda os carros elétricos ou híbridos. Advogamos uma tese aqui na CINAU de que o reparador independente é um influenciador no processo de decisão de compra do dono do carro em algum grau, que ainda não testamos empiricamente. Mas é consenso e voz corrente junto a todas as pessoas a quem apresen-
tamos nossa tese que a opinião e/ou recomendação do reparador exerce alguma influência no processo cognitivo de decisão do dono do carro, seja pelo questionamento direto quando o cliente da oficina quer trocar de carro e pergunta o que o reparador acha do modelo X ou Y, seja indiretamente naquele almoço de família em que alguém comenta que iria comprar o carro Z, mas o reparador disse que não era bom e aí desistiu.
de recomendações negativas (R-) compõem o indicador RO – Recomendação da Oficina, também chamado de RO da Marca. Os percentuais de votos de R+, R- e o consequente RO são apresentados na tabela abaixo: Em comparação com os resultados de 2013 não houve mudança na ordem dos classificados mas chama muito a atenção o que pode ser considerado um empate técnico entre os três primeiros
FORD obteve a melhor redução absoluta de votos seguida pela FIAT, ao passo que GENERAL MOTORS e VOLKSWAGEN apresentaram um aumento em suas recomendações negativas mas que no cômputo geral ainda manteve a mesma distribuição. Dada esta tendência, e considerando o movimento das montadoras em direção aos reparadores independentes, é muito provável que nas próximas edições o
GRUPo 1 De montaDoRaS
classificados nas recomendações positivas, o que mostra um acirramento destas posições e uma possível não diferenciação por parte dos reparadores. Do ponto de vista estatístico este empate técnico entre os três primeiros classificados pode ser um indicativo de maturidade dos respondentes que já entendem a lógica subjacente da pesquisa e opinam com cada vez mais conhecimento de causa. Na edição anterior, FIAT e VOLKSWAGEN já mostravam resultados na recomendação positiva que foram considerados empates técnicos. Com este acirramento houve uma maior dispersão das recomendações positivas que antes foram atribuídos à FORD. Por outro lado, em relação às recomendações negativas a
equilíbrio entre recomendações positivas das quatro montadoras atinja novamente empates técnicos. Algo a ser observado.
Neste grupo estão as montadoras que detém mais de 70% de participação na frota circulante de veículos e são elas, em ordem alfabética: Fiat, Ford, General Motors e Volkswagen. São também as montadoras, em atividade contínua, há mais tempo instaladas no país. Para este grupo de montadoras os reparadores são convidados a responder qual recomendam, qual não recomendam e qual é a melhor e a pior nos seis atributos ou fatores K. Ro – ReComenDação Da ofICIna A soma aritmética simples da quantidade de recomendações positivas (R+) e da quantidade
fatoReS K Nesta edição, além de incluirmos o atributo preço das peças como um novo atributo, também pedimos aos reparadores que indicassem o grau de impor tância de cada um dos atributos numa escala de 0 a 10, sendo 0 igual a nenhuma importância e 10 sendo impor-
35
tância total. A tabela abaixo mostra a média de cada um dos atributos em relação à sua importância relativa pela média das notas dadas. É importante ressaltar que o ranking dos atributos depende de inúmeras variáveis que afetam direta e/ou indiretamente a experiência do reparador num determinado período. Assim, considerando o movimento nas oficinas mecânicas e o papel da peça como insumo crítico é explicável o fato de disponibilidade, reparabilidade e informações técnicas ocuparem a metade superior da tabela já que compõem o conjunto de atributos que inf luenciam o tempo em que o veículo vai ficar parado dentro da oficina. Por outro lado, e de forma análoga, o atendimento nas concessionárias, preço de peças e treinamento, em momentos de falta de peça e abundância de demanda por serviços, passam para a metade inferior da tabela. Do ponto de vista estatístico tanto a maior média absoluta (7,75) quanto a menor média absoluta (6,89) correspondem a variação de um desvio-padrão (+/- 1σ) dentro da média relativa, o que pode ser considerado um indicativo que os fatores têm atributos próximos mas que uma leve variação temporal pode inf luenciar este movimento pendular dent ro da metade superior ou metade inferior. Ou seja, o indicador é sensível a mudanças que, de uma maneira direta ou indireta, causam estresse na percepção do Reparador Independente em relação à atuação das marcas. Com relação à importância relativa do preço da peça no conjunto de atributos para decisão e escolha do reparador veja matéria de mercado publicada na página 42 desta edição.
atributo Disponibilidade de peças Reparabilidade Acesso a informações técnicas Atendimento na rede de concessionárias Preço das peças Treinamento
média 7,75 7,70 7,67 7,34 7,12 6,89
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IMAGEM DAS MONTADORAS 2014
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ImaGem DaS montaDoRaS 2014 Fator K – Disponibilidade de Peças - Eleito como o atributo mais importante na edição 2014 da pesquisa Imagem das Montadoras, os gráficos abaixo apresentam os resultados obtidos por cada uma das montadoras do Grupo 1 no atributo “Disponibilidade de Peças”, em ordem de classificação 2014, nas edições de 2013 e 2014. As colunas verdes indicam os votos positivos, as colunas vermelhas os votos negativos e a linha azul o fator K resultante da soma aritmética das indicações positivas e indicações negativas. Nesta edição houve uma inversão entre o líder e o vice-líder da edição de 2013 com a GM ocupando o primeiro lugar e a VW ocupando o segundo. Outro ponto relevante foi o aumento da percepção positiva em relação à FORD e uma redução nas percepções negativas. Para a FIAT as percepções negativas variaram pouco e houve um aumento sutil nas percepções positivas mas que ainda não foram suficientes para levar a montadora para a segunda posição ou para a liderança. Fator K – Reparabilidade - O segundo atributo mais importante na edição 2014 da pesquisa Imagem das Montadoras, os gráficos abaixo apresentam os resultados obtidos por cada uma das montadoras do Grupo 1 no atributo “Reparabilidade dos veículos” nas edições de 2013 e 2014. As colunas verdes indicam
os votos positivos, as colunas vermelhas os votos negativos e a linha azul o fator K resultante da soma aritmética das indicações positivas e indicações negativas. Fator K – Acesso a informações técnica - O terceiro atributo mais importante na edição 2014 da pesquisa Imagem das Montadoras, que nas edições anteriores foi o atributo mais importante em alguns anos, os gráficos abaixo apresentam os resultados obtidos por cada uma das montadoras do Grupo 1 no atributo “Acesso a Informações Técnicas” nas edições de 2013 e 2014. As colunas verdes indicam os votos positivos, as colunas vermelhas os votos negativos e a linha azul o fator K resultante da soma aritmética das indicações positivas e indicações negativas. Fator K – Atendimento na rede de concessionárias - O quarto atributo mais importante na edição 2014 da pesquisa Imagem das Montadoras, que nesta edição foi avaliado pela segunda vez, é o “Atendimento na Rede de Concessionárias”. Os gráficos abaixo apresentam os resultados obtidos por cada uma das montadoras do Grupo 1 no atributo nas edições de 2013 e 2014. As colunas verdes indicam os votos positivos, as colunas vermelhas os votos negativos e a linha azul o fator K resultante da soma aritmética das indicações positivas e indicações negativas.
Fator K – Preço das peças - O “Preço de Peças” foi avaliado pela primeira vez neste ano e, na opinião dos Reparadores Independentes participantes da pesquisa, foi considerado o quinto atributo mais importante. Os gráficos abaixo apresentam os resultados obtidos por cada uma das montadoras do Grupo neste atributo em 2014. As colunas verdes indicam os votos positivos, as colunas vermelhas os votos negativos. Por se tratar da primeira coleta, não é possível comparar o movimento de um ano em relação ao outro, mas fica o registro para as próximas edições. Fator K – Treinamento Treinamento foi considerado, na opinião dos Reparadores Independentes participantes da pesquisa, como o sexto atributo mais importante. Os gráficos abaixo apresentam os resultados obtidos por cada uma das montadoras do Grupo neste atributo em 2014. As colunas verdes indicam os votos positivos, as colunas vermelhas os votos negativos e a linha azul o fator K resultante da soma aritmética das indicações positivas e indicações negativas. GRUPo 2 De montaDoRaS Neste grupo estão as montadoras que detém 25% de participação na frota circu-
-
lante de veículos e são elas, em ordem alfabética: CITROËN, HONDA, HYUNDAI, JAC, KIA, MITSUBISHI, NISSAN, PEUGEOT, RENAULT e TOYOTA. Ro – ReComenDação Da ofICIna A soma aritmética simples da quantidade de recomendações positivas (R+) e da quantidade de recomendações negativas (R-) compõem o indicador RO – Recomendação da Oficina, também chamado de RO da Marca. Os percentuais de votos de R+, R- e o consequente RO são apresentados na tabela abaixo, para as marcas do grupo que representam 25%
37
da frota circulante de veículos no país: Fator K – Disponibilidade de peças - Eleito como o atributo mais importante na edição 2014 da pesquisa Imagem das Montadoras, ele também foi mensurado em relação às montadoras do Grupo 2. Os gráficos abaixo apresentam os resultados obtidos para as 3 primeiras montadoras desse grupo, na classificação geral desse atributo. As barras verticais verdes indicam os votos positivos, as barras verticais vermelhas os votos negativos e a linha azul o fator K resultante da soma aritmética das indicações positivas e indicações negativas.
2014
2013
R+
R-
Ro
R+
R-
Ro
TOYOTA
50,00%
-1,70%
48,30%
39,50%
-2,80%
36,70%
HONDA
26,60%
-1,40%
25,30%
16,90%
-1,60%
15,30%
MITSUBISHI
3,80%
-2,60%
1,20%
7,20%
-5,70%
1,50%
RENAULT
7,60%
-8,10%
-0,50%
11,40%
-8,50%
2,90%
HYUNDAI
4,80%
-6,70%
-1,90%
10,00%
-8,80%
1,20%
NISSAN
1,40%
-4,70%
-3,30%
4,60%
-5,60%
-1,00%
KIA
0,50%
-4,80%
-4,30%
2,30%
-9,20%
-6,90%
PEUGEOT
2,40%
-11,80%
-9,30%
5,10%
-20,70%
-15,60%
CITROËN
2,10%
-19,60%
-17,50%
2,40%
-13,10%
-10,70%
JAC
0,70%
-38,60%
-37,90%
0,60%
-23,80%
-23,20%
Em comparação aos resultados de 2013 houve duas mudanças a ordem dos classificados: Mitsubishi e Renault alternaram de posições, bem como Peugeot e Citroën também alternando de posições. As primeiras subindo e as segundas caindo, uma posição respectivamente.
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ImaGem DaS montaDoRaS 2014
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Fator K – Reparabilidade - O segundo atributo mais importante na edição 2014 da pesquisa Imagem das Montadoras, os gráficos na página 37 apresentam os resultados obtidos por cada uma das montadoras do Grupo 2 no atributo “Reparabilidade dos veículos” nas edições de 2013 e 2014. As colunas verdes indicam os votos positivos, as colunas vermelhas os votos negativos e a linha azul o fator K resultante da soma aritmética das indicações positivas e indicações negativas. Fator K – Acesso a informações técnicas - O terceiro atributo mais importante na edição 2014 da pesquisa Imagem das Montadoras, que nas edições anteriores foi o atributo mais importante para alguns anos, os gráficos abaixo apresentam os resultados obtidos por cada uma das montadoras do Grupo 2 no atributo “Acesso a Informações Técnicas” nas edições de 2013 e 2014. As colunas verdes indicam os votos positivos, as colunas vermelhas os votos negativos e a linha azul o fator K resultante da soma aritmética das indi-
2014
cações positivas e indicações negativas. GRUPo 3 De montaDoRaS Neste grupo estão as montadoras que detém 5% de participação na frota circulante de veículos e são elas, em ordem alfabética: ALFA ROMEO, AUDI, BMW, CHANA, CHERY, CHRYSLER, DODGE, EFFA, JEEP, LAND ROVER, LIFAN, MERCEDES BENZ, MINI, PORSCHE, RAM, RELY, SMART, SSANGYONG, SUBARU, SUZUKI, TROLLER e VOLVO. Ro – ReComenDação Da ofICIna A soma aritmética simples da quantidade de recomendações positivas (R+) e da quantidade de recomendações negativas (R-) compõem o indicador RO – Recomendação da Oficina, também chamado de RO da Marca. Os percentuais de votos de R+, R- e o consequente RO são apresentados na tabela ao lado.
2013
R+
R-
Ro
R+
R-
Ro
MERCEDES BENZ
28,8%
-2,7%
26,1%
23,7%
-4,7%
19,0%
BMW
22,5%
-2,7%
19,8%
11,3%
-2,3%
9,0%
AUDI
20,3%
-2,7%
17,6%
21,1%
-2,3%
18,8%
TROLLER
7,2%
-0,5%
6,8%
3,7%
-3,4%
0,3%
LAND ROVER
7,2%
-1,8%
5,4%
11,7%
-4,4%
7,3%
VOLVO
5,0%
-2,7%
2,3%
3,9%
-1,9%
2,0%
JEEP
0,5%
-0,5%
0,0%
4,8%
-4,5%
0,3%
MINI
0,0%
-0,5%
-0,5%
1,3%
-1,7%
-0,4%
RAM
0,0%
-0,5%
-0,5%
2,6%
-0,9%
1,7%
SUBARU
2,7%
-3,6%
-0,9%
3,8%
-4,2%
-0,4%
PORSCHE
0,9%
-1,8%
-0,9%
2,3%
-0,7%
1,6%
DODGE
1,4%
-2,7%
-1,4%
3,3%
-6,2%
-2,9%
SUZUKI
1,4%
-3,2%
-1,8%
1,7%
-2,9%
-1,2%
RELY
0,0%
-4,5%
-4,5%
0,1%
-0,5%
-0,4%
CHRYSLER
0,9%
-7,2%
-6,3%
1,8%
-4,1%
-2,3%
LIFAN
0,0%
-8,1%
-8,1%
0,0%
-8,9%
-8,9%
SSANGYONG
0,5%
-13,1%
-12,6%
0,4%
-19,3%
-18,9%
EFFA
0,0%
-13,1%
-13,1%
0,0%
-4,6%
-4,6%
CHERY
0,9%
-14,4%
-13,5%
1,7%
-12,5%
-10,8%
CHANA
0,0%
-14,0%
-14,0%
0,2%
-3,2%
-3,0%
ficha técnica A pesquisa “Imagem das Montadoras” é um trabalho auto financiado, realizado pela CINAU – Central de Inteligência Automotiva, em conjunto com o Jornal Oficina Brasil, durante o mês de setembro de 2014. A participação foi aberta a todos os Reparadores Independentes do país, com o plano amostral calculado por cotas, com reposição, para cada unidade da federação (UF) em função da participação de cada um na distribuição da frota circulante brasileira e na rede de oficinas mecânicas independentes, sendo o excedente amostral descartado dos cálculos. A coleta dos dados foi espontânea, utilizando-se de uma plataforma eletrônica de pesquisa. No total foram consideradas 1.878 amostras validas, cujo erro amostral resultou em 2,2 pontos, como intervalo de confiança de 95%. A responsabilidade técnica e legal dos trabalhos coube ao Estatístico Alexandre Carneiro, CONRE 3ª/6991-A/SP. A CINAU é autorizada a realizar os trabalhos por Carta de Autorização CONRE 3ª 5616.
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PRoDUtoS PoR CateGoRIa Utilizando pela primeira vez o critério de segmentação da FENABRAVE vamos apresentar os três melhores e os três piores colocados por categoria de produto. Esta nova forma de coleta de dados traz um aprimoramento conceitual ao incluir na mesma base de análise e comparação os veículos que, de certa forma, estão dentro do conjunto de escolhas do consumidor seja em função do preço de compra, seja em função das características e funcionalidades percebidas.
CaRRoS De entRaDa
StatIon WaGonS mÉDIoS Fotos: Divulgação
SeDanS PeQUenoS
InDICação
não InDICação
InDICação
não InDICação
InDICação
não InDICação
PALIO
26,8% 207
31,9%
SIENA
20,6%
LOGAN
19,8%
PALIO WEEKEND 59,2% SPACEFOX
CELTA
25,1% KA
15,6%
VOYAGE
18,5%
VOYAGE
16,8%
SPACEFOX
24,1% PALIO WEEKEND
32,7%
GOL
18,2% CLIO
15,4%
PRISMA
14,5%
VERSA
16,0%
SPACECROSS
16,8% SPACECROSS
29,2%
HatCHS PeQUenoS
SeDanS ComPaCtoS
InDICação
não InDICação
InDICação
38,1%
monoCaBS
não InDICação
InDICação
não InDICação
HB 20
16,2% 208
12,9%
NEW FIESTA
23,5% J3 TURIN
35,7%
FIT
23,6% KANGOO
27,3%
ONIX
12,9% J3
11,6%
CITY
23,3% 207 SEDAN
27,8%
DOBLÓ
23,4% C3 PICASSO
24,6%
FIESTA
12,1% J2
11,2%
COBALT
21,5% POLO SEDAN
9,9%
MERIVA
22,6% PICANTO
11,4%
SeDanS mÉDIoS
GRanDCaBS © GM Corp
HatCHS mÉDIoS
InDICação
não InDICação
InDICação
não InDICação
InDICação
não InDICação
GOLF
36,4%
308
19,9%
COROLLA
42,7% J5
20,1%
SPIN
52,4% J6
40,9%
FOCUS
21,2%
C4
19,6%
CIVIC
12,4% C4 PALLAS
19,0%
C4 PICASSO
33,4% C4 PICASSO
26,2%
PUNTO
17,8%
BRAVO
15,6%
CRUZE SEDAN
11,1% 408
8,7%
CARNIVAL
9,8%
18,7%
CARNIVAL
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ImaGem DaS montaDoRaS 2014
40 PICaPeS PeQUenaS
InDICação
PICaPeS GRanDeS
InDICação
não InDICação
SUVS
não InDICação
InDICação
não InDICação
STRADA
49,2% HOGGAR
51,6%
HILUX
43,7% AMAROK
22,4%
HILUX SW4
27,5% C3 AIRCROSS
17,2%
SAVEIRO
24,9% COURIER
29,4%
AMAROK
15,2% RANGER
18,1%
CAPTIVA
9,0%
3008
10,7%
MONTANA
20,3% MONTANA
7,2%
S10
13,1% L200
15,8%
ECOSPORT
7,2%
ECOSPORT
9,6%
fURGÕeS
PRoDUtoS PoR CateGoRIa: RanKInG GeRal De montaDoRaS
fURGÕeS PeQUenoS
InDICação
não InDICação
InDICação
não InDICação
DUCATO
47,7% KOMBI
40,4%
FIORINO
51,7% KANGOO
44,1%
MASTER
15,2% HR
14,1%
DOBLO FURGAO 38,7% PARTNER
41,4%
KOMBI
12,5% BOXER
12,0%
KANGOO
5,4%
FIORINO
8,4%
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º
FIAT TOYOTA VW GM HONDA FORD HYUNDAI RENAULT CITROËN KIA
oURo 6 3 1 1 1 1 1 0 0 0
PRata 2 0 4 3 2 1 0 1 1 0
BRonZe 1 0 3 6 0 2 0 1 0 1
total 9 3 8 10 3 4 1 2 1 1
Com o uso da segmentação FENABRAVE foi possível computar os votos de forma consolidada analisando-se assim os vencedores de todas as categorias, independentemente da classificação por grupos das montadoras, conforme quadro acima. Assim, e utilizando a mesma regra dos Jogos Olímpicos para elaboração do quadro de medalhas, vê-se que a grande vencedora do Imagem das Montadoras 2014 foi a FI AT, com um total 6 indicações em primeiro lugar. Em segundo lugar aparece a TOYOTA que, apesar de possuir apenas 3 colocações (todas em primeiro lugar) e possuir 5 colocações a menos do que a VOLKSWAGEN, ganha desta última por todas as 3 colocações serem em primeiro lugar, enquanto a VOLKSWAGEN possui apenas 1 colocação em primeiro lugar. E, em terceiro lugar, no cômputo geral vem a VOLKSWAGEN com 8 colocações, conquistando apenas um primeiro lugar com o Golf, que apareceu reestilizado nas concessionárias. Mesmo com o maior número absoluto de medalhas, a GM ficou em quarto lugar no ranking de medalhas, com potencial de crescimento para as próximas edições.
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entrevista
42
mercado
o mercado, afinal, só olha preço ou existe alguma chance de agregar valor? Um assunto polêmico que sempre gera discussões acaloradas entre os diversos elos do mercado de reposição Nesta edição fomos ouvir o que cada um tem a dizer e como os discursos se alinham (ou não) em direção ao mercado. dirce Boer*
D
e u m modo geral, o preço é u m at r ibuto com enorme relevância no momento da compra de um produto. E, independente de fatores como idade, sexo ou classe social, não raro, define a opção por uma determinada marca. O fator preço, porém, tornase assunto bastante polêmico quando envolve os vários canais da distribuição de autopeças. E suscita uma dúvida: “o preço realmente def ine a escolha por uma marca ou fornecedor? Ou existem fatores mais importantes por detrás?”. Para compreender melhor tal questionamento, tão emblemático para o mercado de autopeças, foram realizadas algumas entrevistas com dirigentes de fábricas, distribuidores, varejos e oficinas mecânicas, que descreveram suas impressões a respeito deste assunto. Os entrevistados expuseram suas opiniões e experiências com clientes e fornecedores, sobre o tema Marca X Preço, e falaram sobre seu nível de importância na relação comercial. Comentaram, ainda, quais atributos seus clientes diretos (rede de distribuição) levam em consideração ao optarem por um determinado fornecedor. Os representantes das fábricas iniciaram os relatos e, por sinal, expressaram opiniões muito similares sobre o que é fundamental para seus clientes na escolha do fornecedor de determinado produto ou marca que irão vender. A resposta mais ouvida foi “o pacote que a fábrica oferece” e, dentro desse pacote, foram relacionados os seguintes itens: possuir marcas
consagradas no mercado, ter uma política comercial clara, ter logística de atendi mento eficiente, possibilitar uma rentabilidade compatível com a marca, e, oferecer suporte técnico e treinamentos. “Os distribuidores buscam marcas consagradas no mercado que, geralmente, tenham participação no mercado original, e levam em conta também toda a parte técnica e de treinamento que o fabricante está disposto a oferecer”. Arnaldo Leonardo (TMD Friction)
“Os distribuidores buscam marcas consagradas no mercado que, geralmente, tenham participação no mercado original, e levam em conta também toda a parte técnica e de treinamento que o fabricante está disposto a oferecer” Arnaldo Leonardo (TMD Friction)
Para Alfredo Bastos (MTE Thomson), o reconhecimento da marca vem em pr imei ro lugar: “Sem dúvida, a marca ser reconhecida no mercado. O distribuidor escuta muito a sua equipe comercial, vendo o próprio mercado, do mecânico, do lojista, já com uma solicitação por alguma marca reconhecida, devido à sua história, à sua qualidade, ao seu fornecimento para a montadora, ao seu portfólio de produtos, então, é o reconhecimento da marca em primeiro lugar”. Já Marcus Vinícius (Sabó) esclarece que, além de uma política comercial séria, o distribuidor também leva em conta outros serviços oferecidos pela fábrica: “O distribuidor, hoje, quer u ma polít ica comercial sé ria, porque ele investe muito dinheiro. Ele quer portfólio, q ue r u m a b oa log í st ic a de atendimento, quer uma fábrica que promova ações nos pontos de venda e treinamento. Por exemplo, o meu concorrente não é uma fábrica de retentores ou de juntas, é o capital disponível do distribuidor. Então, se eu sou bom para ele com tudo isso e ainda a minha linha dá rentabilidade, é o que interessa para o distribuidor”. No t a - s e n e s t a p r i m e i r a abordagem sobre o tema, que os executivos das fábricas não citam o preço como principal atributo. Porém, quando indagados sobre o seu grau de importância para os distribuidores, os três participantes defenderam que seus clientes têm, sim, que ter preços competitivos. Mas, ratificaram que out ros at r ibutos cont i nu am sendo mais atrativos para a rede, e que a concorrência é entre preços da mesma marca
“Sem dúvida, a marca ser reconhecida no mercado. O distribuidor escuta muito a sua equipe comercial, vendo o próprio mercado, do mecânico, do lojista, já com uma solicitação por alguma marca reconhecida, devido à sua história, à sua qualidade, ao seu fornecimento para a montadora, ao seu portfólio de produtos, então, é o reconhecimento da marca em primeiro lugar” Alfredo Bastos (MTE Thomson)
e entre os distribuidores: “Eu acho que ainda é independente do preço. Tem o valor do produto amar rado com o valor da marca, sua qualidade, sua história, sua procedência, seu foco na linha de produtos, continuidade da linha de produtos, cuidando e atualizando a linha. Aí, vem a assistência que a empresa dá. Isso traz valor para a marca. Hoje, estamos em
uma situação de muita oferta, então, a decisão de colocar uma a linha MTE, por exemplo, vem pelos seus valores e dificilmente preço é determinante para escolher uma outra marca. Claro que você não pode estar fora do preço objetivo do mercado. Você tem que estar mais ou menos próximo. Agora, sem dúvida, depois que o distribuidor está com a linha, eles
“O distribuidor, hoje, quer uma política comercial séria, porque ele investe muito dinheiro. Ele quer portfólio, quer uma boa logística de atendimento, quer uma fábrica que promova ações nos pontos de venda e treinamento” Marcus Vinícius (Sabó)
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mercado
“Para nós, vender produto com marca conhecida, marca forte e, se a marca é forte, a qualidade está dentro dela. Porque não existe marca forte com qualidade ruim. Então, marca é o atributo número um” Gerson Prado (SK Automotive)
questionam mais a questão das diferenças de preços da mesma marca, a mesma marca em outros distribuidores. A política comercial da indústria, ela pode até ter as suas diferenças mas ela tem que ser uma politica clara, uma politica comercial transparente e clara, e ele sabe que tem tal poder de compra. Depende do distribuidor, se é regional, se ele é nacional, seus mark-ups, cada um tem suas despesas, seus custos, mas geralmente eu vejo se reclamar da concor rência dele com a própria marca, do que com uma outra marca de outra empresa, de outra indústria, eu sinto um pouco isso. Agora, preço sempre é importante , mas eu acho que não é o fator primordial na decisão de ter aquela linha de produtos”, comentou Alfredo Bastos (MTE). Pa r a A r n a ld o L e on a rd o ( T M D Fr ict ion), o pre ço é impor tante na conf iguração
comercial do distribuidor em relação aos seus concorrentes, além dos benefícios e suporte para criar fidelidade para mecânicos e varejistas: “Preço é um dos requisitos sim, mas, na configuração do distribuidor, ele tem que ter preço competitivo, até porque ele está comparando a marca em outros distribuidores. Então, eu entendo que para criar f idelidade para o mecânico e para o varejo não adianta só o preço, você tem que ter todo esse pacote de benefícios, principalmente a informação, o suporte, então, não é porque o cara vende sempre barato que você vai comprar lá. É isso, o que mais ajuda é esse pacote de serviços e benefícios do que preço”. Na opinião de Marcus Vinícius (Sabó), se a fábrica atende todos os pré-requisitos que os distribuidores esperam, o preço não é questionado se existir uma política séria: “Quando a fábrica oferece aquele pacote de serviços que comentei, inclusive tem política, o distribuidor foca a linha, ele não faz leilão com a minha linha. Ninguém pergunta o preço, eu coloco o preço, mas, é logico, que depois vou fazer um trabalho, vou ajudar a vender”. Ainda seguindo este raciocínio, o tema foi abordado com dois executivos de distribuidores – Gerson Prado (SK Automotive - distribuidor nacional generalista) e Marcelo Canassa (Rolucar - distribuidor especializado em injeção eletrônica e manutenção preventiva). Com o mesmo questionamento sobre a importância dos atributos, os executivos comentaram quais seriam, para eles, os principais para nomear um fornecedor. A mbos os ent rev ist a dos responderam prontamente “a qualidade da marca” como o principal atributo para uma fábrica vir a tornar-se fornecedor destes distribuidores. Depois, relataram fatores que também são impor tantes, tais como, diversidade de produtos, política de distribuição, pacote de serviços e política comercial, demonstrando, inclusive, que
“Serviços, o que são? Serviços técnicos, um bom serviço de garantia, no atendimento. Ter um interlocutor entre mim e a fábrica que se preocupe com a conta da empresa, saber qual é o nosso objetivo e o que a gente tem que fazer para chegar, preocupar-se em resolver os pequenos problemas que surgem, estar antenados com os lançamentos, para que eu tenha no estoque, é isso que a fábrica precisa oferecer.” Marcelo (Rolucar)
suas opiniões estão totalmente de acordo com o que os fabricantes relataram: “Assim, é uma coisa muito importante para a gente, ou o que vale para nós sempre, sempre, a marca está em primeiro lugar. Para nós, vender produto com marca conhecida, marca forte e, se a marca é forte, a qualidade est á dent ro dela. Porque não existe marca forte com qualidade r uim. Então, marca é o atributo número um. A SK é uma empresa clássica, distribuidora, generalista de autopeças, portanto, eu tenho que ter marca. Eu não quero ficar explicando para o meu cliente o produto que eu trabalho, eu já tenho que entrar conversando, com ele sabendo o que está comprando”. “Uma vez estabelecida a marca, para a gente é muito importante a política de distribuição. O que é uma política de distribuição? Uma política clara. Esse fabricante, ele trabalha em quais canais? Ah! Ele é um fabricante que, embora tenha uma marca forte, ele atua no canal atacado e no canal varejo, se ele atua nessas posições, então, para nós ele não serve. Agora, se ele é um fabricante que atua no canal atacado e tem algumas grandes redes de varejo que ele atende, não vai
me atrapalhar, até porque o meu foco de venda não são as grandes redes, então, a política de distribuição é o segundo aspecto muito importante”. “Terceiro aspecto importantíssimo: política comercial. Se a política dele é transparente, eu consigo entender e eu aceito essa política comercial. Então, se ele tem marca forte, política de distribuição clara e política comercial clara, ele tem todos os atributos para ser um fornecedor SK”. Concluiu Gerson Prado. “Primeiro é a qualidade do produto, depois é a diversidade do produto, me interessa o fabricante que tem o maior portfólio para o carro. Também é importante o que vem por detrás da empresa, qual é o pacote que ele tem para ajudar a vender, pacote de benefícios, da política comercial e, por último, serviço que ele tem”. “Serviços, o que são? Serviços técnicos, um bom serviço de garantia, no atendimento. Ter um interlocutor entre mim e a fábrica que se preocupe com a conta da empresa, saber qual é o nosso objetivo e o que a gente tem que fazer para chegar, preocupar-se em resolver os pequenos problemas que surgem, estar antenados com os lançamentos, para que eu
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tenha no estoque, é isso que a fábrica precisa oferecer.” Marcelo (Rolucar). Ma s , q u a ndo i nd aga dos sobre a importância do preço, os executivos reafirmaram não ser o atributo principal para escolha de um fornecedor. “Então, para mim, são os três principais atributos que comentei, o restante é o dia a dia. Se o preço dele est á competitivo no mercado, ou não, é u ma quest ão que eu vou discutir com ele no dia a dia, campanhas promocionais, campanhas usando premiação no televendas, aí é dia a dia. Isso não é um atributo que julgo muito importante para que ele venha a ser um fornecedor da SK. Então, aquele fornecedor que não tem uma política transparente para mim, eu até posso trabalhar com ele se tiver os dois primeiros atributos, mas, ele não está no meu rol daquele fornecedor que eu coloco capital alto nele“. (Gerson Prado – SK Automotive) “Eu acho que é ter um pacote de benefícios, política comercial e, por último, o serviço que a fábrica tem. Porque ‘preços’, quando se trata de uma empresa grande, a preocupação de estar alinhado com o mercado é dela. Você não precisa se preocupar com isso porque realmente a fábrica é que estará. Ela faz shopping de preços e ela tem que estar enquadrada exatamente de acordo com o mercado. Porque os produtos viraram commodities, quase tudo tem preço igual. Então, difere 5%, 10%, às vezes, 3%, 2%. Então, a preocupação com o preço está com o fornecedor.” Esclareceu Marcelo Canassa, da Rolucar. Para um representante do va r ejo, R ic a rd o C a r neva le (Josecar Autopeças), a avaliação desses atributos muda um pouco de posição. Para ele, o que conta realmente é a parceria que o distribuidor tem com a loja, pesando, neste caso, alguns serviços oferecidos por seu fornecedor. “Bom, não tem apenas um único motivo para a gente escolher um distribuidor para fazer
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compras, são alguns motivos que a gente verifica antes de efetuar a compra. O primeiro motivo é a parceria que o distribuidor tem com a gente – parceria de algumas necessidades, de garantia, de alguma devolução de mercadoria que está sem giro – e serviços. Às vezes, o serviço que a gente pode analisar é a agilidade de entrega, também. Porque, às vezes, nós temos alguns distribuidores que não são parceiros e, quando você compra, toma uma canseira para a entrega daquela mercadoria que tenho necessidade. Então, você acaba se aproximando daqueles distribuidores que são mais fiéis, que cumprem com os prazos estipulados anteriormente, na hora da compra”. Com relação ao preço, Ricardo Carnevale, comentou ter, sim, a sua importância. Contudo, o aspecto “parceria” ainda se sobressai entre os demais atributos. “Outra coisa que a gente vê também é o preço. Nós não vamos esquecer a parte de preços, tem que ser um preço justo, ser um preço de mercado. No varejo você não consegue comprar mais caro que o mercado, você
tem até um “X” mínimo que pode embutir no preço e não terá variação. Então, você vai para o lado da parceria. E a variação é muito pequena e, aí, você tem uma tendência para aquele distribuidor que está mais próximo a você, com um relacionamento melhor, uma parcer ia, uma negociação e
algumas oportunidades”. Para f inalizar o tema, o Jor nal Of icina Brasil ouviu também a ponta da cadeia, através do aplicador Gerson Santos (Gigi’os Car Bosch Service), para quem o mito “preço” perde importância e faz prevalecer, novamente, a qualidade como fator preponderante na escolha do fornecedor. “Em primeiro lugar, a gente tem priorizado qualidade, nós temos refeito muitos serviços, refeito serviços de outras oficinas por problemas de qualidade de peças, qualidade de serviço. Ent ão, pr ior it ar iamente é a qualidade da peça. Esse é o primeiro passo e, depois, nós procuramos o melhor preço para poder, obviamente, conseguir também o melhor preço para o cliente. Mas, sem dúvida nenhuma, qualidade está em primeiro lugar. Qualidade e disponibilidade, você vê primeiro a qualidade e se ele tem a peça para entregar. Até porque, hoje falta peça em todas as áreas aqui, a gente acompanha colegas de funilaria e pintura, que faltam peças para eles. Às vezes, o carro fica parado um bom tempo para nós também. Muitas vezes, quando a gente está priorizando a peça original, a gente tem percebido
“Em primeiro lugar, a gente tem priorizado qualidade, nós temos refeito muitos serviços, refeito serviços de outras oficinas por problemas de qualidade de peças, qualidade de serviço. Então, prioritariamente é a qualidade da peça. Esse é o primeiro passo e, depois, nós procuramos o melhor preço para poder, obviamente, conseguir também o melhor preço para o cliente. Mas, sem dúvida nenhuma, qualidade está em primeiro lugar” Gerson Santos (Gigi’os Car Bosch Service)
que as próprias montadoras e concessionárias estão dando um prazo para fazer a entrega. Eles não têm estoque porque o volume e a variedade são muito grandes. Acho muito difícil, realmente, até as concessionárias terem todo esse volume de peças e quantidade de itens, e a gente percebe a falta em todos os setores, na parte de mecânica, de elétrica, de injeção etc.” “Alguns distribuidores até se dispõe a ir atrás da peça para ajudar a resolver o nosso problema. Um dos parceiros que a gente tem funciona desta forma”. Para um melhor entendimento sobre o comportamento de compra no último elo da cadeia (o proprietário do automóvel), foi perguntado ao Gerson Santos (Gigio’s Car Bosch Service) o que seus clientes consideram mais importante para escolher a sua oficina, por exemplo, em quanto tempo o carro será entregue ou quanto custará o serviço? “Olha no primeiro momento eu posso dizer o seguinte, todo cliente quando ele chega e está preocupado em saber o que é que tem de problema no carro dele, vamos dizer assim são as fases né... Ele chega porque ele está com um problema no carro, ele está angustiado e ele quer a solução, então a gente dá a solução para ele: olha o seu problema é esse, tem que ser feito essa manutenção, e aí ele pergunta com relação ao preço, for ma de pagamento, etc... Por u ma preocupação inerente àquele momento e logo em seguida ele pergunta com relação ao prazo, então, assim ele pergunta sobre o preço para que ele não tome nenhum susto,
esse eu acho que é o primeiro ponto inicial, depois é a necessidade porque, por mais que ele precise do carro, se ele tiver que fazer uma manutenção, inconscientemente ele sabe que se precisar deixar o carro um ou dois dias, e não tiver condição de ser feita essa manutenção em uma hora ele tem que se organizar, ele vai ter que dar um jeito de deixar o carro na oficina, ele tendo a segurança e a confiabilidade na oficina, tem que ser feito naquele prazo para poder ficar bem feito, ele se organiza... E com relação ao valor obviamente ele pergunta para não tomar sustos, como comentei, até para autorizar uma coisa que às vezes consiga depois cumprir, no caso, o pagamento do serviço. Para finalizar, Gerson complementa que a conf iança e credibilidade na of icina faz com que o cliente fique mais seguro com relação ao preço. “A gente tem uma forma de trabalhar e é você dar clareza para o cliente daquilo que tem que ser feito no car ro dele, explicar, most rar, para que ele tenha essa consciência da necessidade da manutenção, o porquê do custo da peça, tem que explicar isso para o cliente, então, com o passar do tempo, a gente acaba f idelizando o cliente e, muitas vezes, acaba nem tendo um transtorno com relação a preço ou prazo, O cliente ele se tranquiliza muito mais rápido com relação ao preço, ele tem a segurança em deixar o carro na oficina.”. *dirce Boer é Publicitária – Diretora Executiva da DMC Promoção e Publicidade, empresa com 22 anos atuando no mercado de autopeças.
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mas e os reparadores? o que de fato é importante no momento de decisão por um produto? marcelo Gabriel e alexandre carneiro
B
uscando entender como a cadeia como um todo funciona e para verificar a aderência de cada um dos elos à necessidade dos reparadores independentes, a CINAU – Central de Inteligência Automotiva, unidade do Grupo Oficina Brasil dedicada à pesquisa e inteligência de mercado, conduziu uma pesquisa junto a reparadores independentes em todo o Brasil, entre os meses de outubro e novembro de 2014. Esta pesquisa foi dividida em duas etapas: qualitativa e quantitativa. Na etapa qualitativa entrevistamos 20 reparadores, amostrados de forma significativa em relação à distribuição e porte das oficinas, sobre qu al o at r ibuto mais importante na hora da compra de uma peça. Sem estímulos e sem ponderação, as principais respost as foram, em ordem alfabética: atendimento, confiança na marca, disponibilidade, facilidade de pagamento, garantia, portfólio da marca, preço, preferência do cliente por uma marca, promoções, qualidade, rapidez na entrega e ser peça genuína/original. Deste grupo de atributos, dividimos aqueles relativos ao desempenho do produto e os relativos ao desempenho do fornecedor. Assim, no grupo de atributos relativos a produto estão os seguintes: confiança na marca, garantia, portfólio da marca, preferência do cliente por uma marca, qualidade e ser peça genuína/original. Já em relação aos atributos do fornecedor temos: atendimento, disponibilidade, facilidade de pagamento, preço, promoções e rapidez na entrega. Para estes 12 atributos (6 de produtos e 6 de fornecedores), entrevistamos 200 reparadores em todo o Brasil,
solicitando que avaliassem o grau de importância de cada um numa escala de 0 a 10, sendo 0 nenhuma importância e 10 importância total. As médias das respostas são apresentadas na tabela abaixo.
Assim como fica evidente nos depoimentos dos fabricantes, distribuidores e varejistas, há uma clara preferência do reparador em atributos intangíveis dos produtos como confiança na marca e atributos tangíveis como
atributo
média
CONFIANÇA NA MARCA
9,15
QUALIDADE DA PEÇA
8,98
SER PEÇA GENUÍNA
8,64
ATENDIMENTO
8,44
FACILIDADES DE PAGAMENTO
8,30
GARANTIA
8,20
DISPONIBILIDADE DA PEÇA
8,04
RAPIDEZ NA ENTREGA
7,98
PORTIFÓLIO DA MARCA
7,89
PREÇO
7,78
O PEDIDO DE SEU CLIENTE POR UMA DETERMINADA MARCA
7,37
PROMOÇÕES
6,53
Quando analisamos isoladamente as médias em função de pertencer ao grupo de atributos do produto ou do fornecedor, encontramos os resultados mostrados nas duas tabelas abaixo:
qualidade da peça e o fato da peça ser genuína/original. Em relação aos atributos do fornecedor, novamente o reparador se pauta em critérios concretos e objetivos como atendimento, facilidade
de pagamento e disponibilidade da peça. Preço, um dos principais argumentos utilizados ao longo da cadeia para justificar um mau desempenho de vendas, aparece como antepenúltimo atributo na classificação geral e penúltimo na classificação especifica da escolha do fornecedor, ganhando apenas das promoções. Tal distribuição evidencia que ter um bom atendimento, facilitar o pagamento e dispor da peça certa no momento certo, são fatores mais importantes que o preço ou promoções, até porque peça é um insumo crítico
“Pelo menos no que tange às oficinas, somente preço baixo e promoções não impulsionam os negócios” e segundo a lei de Marshall, a demanda de peças é inelástica: o fato de um jogo de pastilhas estar mais barato não influencia a necessidade de troca, visto que são coisas distintas. E o mesmo se aplica às promoções. Não é a
cLassiFicaÇÃo dos atriBUtos reLacionados a ProdUto dimensão
atributo
média
Produto
CONFIANÇA NA MARCA
9,15
Produto
QUALIDADE DA PEÇA
8,98
Produto
SER PEÇA GENUÍNA
8,64
Produto
GARANTIA
8,20
Produto
PORTIFÓLIO DA MARCA
7,89
Produto
O PEDIDO DE SEU CLIENTE POR UMA DETERMINADA MARCA
7,37
cLassiFicaÇÃo dos atriBUtos reLacionados a Fornecedor dimensão
atributo
oferta que modula a demanda, é o contrário, quem regula a oferta é a demanda, ou quem balança o rabo é o cachorro, não é o rabo que balança o cachorro. Este argumento reforça a tese de que em momentos de necessidade a disponibilidade é crucial e o preço é secundário, ou mesmo irrelevante, pois o que está em jogo é a manutenção de um veículo e quem pagará a conta, no final do dia, é o proprietário que está buscando a plena satisfação de sua necessidade: ter o carro reparado. Como resultado desta pesquisa junto aos reparadores e
média
Fornecedor
ATENDIMENTO
8,44
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FACILIDADES DE PAGAMENTO
8,30
Fornecedor
DISPONIBILIDADE DA PEÇA
8,04
Fornecedor
RAPIDEZ NA ENTREGA
7,98
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PREÇO
7,78
Fornecedor
PROMOÇÕES
6,53
comparando com os depoimentos dos executivos entrevistados, ousamos afi rmar que a cadeia de reposição automotiva vive um momento glorioso de rentabilidade já que é consenso que o grande vetor dos negócios é o tal “valor agregado” e que pautar seu conjunto de oferta em preço ou promoção simplesmente, não tem sido a tônica do setor. Será? Pelo menos no que tange às oficinas, preço baixo e promoções não impulsionam os negócios, pelo contrário, ter a peça certa no momento certo é sim uma real proposta de valor agregado para o reparador independente, que paga por isso para satisfazer a necessidade do seu cliente e resolver dois problemas: a sua própria necessidade e a necessidade do dono do carro. Por fim, voltamos à nossa tese clássica: quem defi ne marca e produto é o reparador, que joga a embalagem fora e recebe a delegação do dono do carro para resolver um problema. E é o dono do carro que, em última análise, paga a conta de toda a cadeia.
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entrevista
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entrevista
affinia completa 10 anos e se mantém 100% focada no mercado de reposição automotiva Fotos: Divulgação
Fabricio rezende
Segundo o presidente da Affinia América do Sul, Jorge Schertel, as mudanças no setor foram positivas e mesmo com problemas na economia o aftermarket se manterá aquecido
S
er uma empresa líder em fabricação de componentes automotivos, 100% voltados para o mercado de reposição, presente em mais de 70 países, não é para qualquer um, estes são dados básicos da Affinia, que neste mês completa 10 anos. Pertencente ao grupo norteamericano Cypress a Affinia Group chega à marca de US$ 1,5 bilhão no faturamento anual, contando com 11 unidades fabris, hoje é uma das maiores indústrias de autopeças voltadas exclusivamente para o aftermarket automotivo. Com seus 10 anos completados em dezembro de 2014 o presidente para América do Sul e Brasil, da Affinia, Jorge Schertel, nos concedeu entrevista exclusiva para falar sobre as atividades da empresa nesse período e os projetos futuros. Nascida originalmente das operações do grupo Dana no aftermarket, a chegada da Affinia no Brasil se deu junto com novas montadoras, Schertel destacou que com o início das ações destas montadoras, no Brasil e na América do Sul, houve maior número de modelos de veículos mudando assim a dinâmica dos negócios de reposição, trazendo um período de desafios que foram enfrentados e fortaleceram as operações da Affinia em toda a América do Sul,
Jorge Schertel, presidente da Affinia do Brasil, que completa 10 anos em território nacional
representando quase um terço do total do faturamento da Affinia Mundial. Quando perguntado sobre os resultados nos últimos 10 anos da Affinia no Brasil, Schertel ressalta
“Crescemos em média, 8% ao ano, além de ampliação constante do portfólio de produtos, por meio de novas linhas e novas aplicações para as linhas existentes, aumento na capacidade e qualidade das
segmento de suspensão”. Outro destaque do balanço que o presidente faz é o desenvolvimento profissional de seus clientes. “Temos uma base de clientes, que atuam como parcei-
“Para Affinia, o maior desafio é ser a escolha de confiança do reparador, não só pelo produto em si, mas também pelo que há de suporte e conveniência por trás de nossas marcas”.
que a evolução dos negócios foi muito positiva, o fortalecimento das marcas Nakata, Spice e Wix também ajudou na qualidade das operações.
operações, incluindo melhor cobertura geográfica. Também neste período, consolidamos a Nakata, uma marca com 50 anos de Brasil, como uma das marcas líderes no
ros de negócios e em todos os elos da cadeia de valor, bem como um conjunto de prestação de serviços aos agentes de mercado para que possam atuar de maneira ainda
mais precisa e rentabilizar seus negócios”, destaca Schertel. Produtos e varejo Com um portfólio de produtos que vai de suspensão, motor, freio, até transmissão e direção a empresa sempre promoveu muitos lançamentos, entre as linhas mais recentes, como o kit de amortecedores, cubos de roda e amortecedores para motocicletas; a Affinia está sempre inovando no mercado de peças automotivas. “Além dos lançamentos, tivemos atenção especial para que as linhas já existentes atendessem a frota crescente de veículos das novas montadoras no Brasil e marcas importadas. Somente a Affinia
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entrevista
Automotiva comercializou nos 10 anos de atuação 115 milhões de peças no mercado de reposição brasileiro”, disse Schertel. Além dos produtos já reconhecidos pela qualidade no Brasil inteiro a empresa promove várias ações voltadas também aos varejistas e balconistas de autopeças, como programas de relacionamento para os lojistas, promoção de vendas, treinamento, distribuição de material técnico, entre outras. Neste setor, para comemorar o Dia do Balconista de Autopeças, que ocorre em 26 de novembro, a Affinia destacou a importância que tem o profissional. Para a empresa, como há uma infinidade de marcas e modelos de veículos no mercado dedicar a data aos profissionais é uma forma de valorizá-los. 100% aFtermarket e o reParador A empresa, focada 100% no mercado de reposição automotiva, precisa de dedicação e estar
tem algum tempo de uso”. Não é só investimento na engenharia e fábrica que garante o sucesso da empresa, outro fator é fazer chegar, tão rápido quanto um novo produto, a informação técnica ao reparador. “A Affinia trabalha com foco para garantir que a informação técnica, não só as peças, chegue às oficinas e, para isso, lança mão de vários recursos que permitem agilizar a comunicação com o mecânico, seja pela internet, palestras de treinamento, eventos e consultorias in loco por meio de nossos profissionais de campo presentes nas principais cidades do País. Nossa missão é prover a peça certa, na hora certa e com informação para ser instalada, corretamente”, completa Schertel. Schertel ainda é categórico em dizer que não há como pensar na reposição sem seu elo mais importante, o reparador. Este profissional para a Affinia é a prioridade, por isso promover informação e suporte é essencial. “O reparador sabe as necessidades do mercado,
Juntas homocinéticas da Spicer, também marca da Affinia
sempre antenada com o mercado mundial e nacional, Jorge Schertel diz que “é importante estar atualizado com o que há de tendências de tecnologia, ao mesmo tempo em que se investe na capacidade de design de produtos e qualificação da produção. Levamos em conta em todo o nosso conceito de desenvolvimento e de negócios que a peça reparada será instalada para promover as necessidades do proprietário do veículo, prevendo sempre a relação custo/benefício, seja no tempo e na qualidade do reparo em si, pois os veículos já
a demanda do setor surge na oficina, seja por saber que são eles que determinam a escolha da marca e promovem a satisfação do cliente final. Por isso, são protagonistas e merecem todo o nosso respeito, atenção e consideração”. Nesta questão do suporte ao principal profissional, ações de treinamento presencial ou por meios eletrônicos, programas e iniciativas do setor, garantem a melhor mão de obra, a Affinia colabora com a formação do reparador, participando do programa Empresa Amiga da
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A marca Nakata tem mais de 50 anos e está em constante atualização e desenvolvimento
Oficina, liderado pelo SindirepaSP, patrocinando a 2ª edição do Clube Reparador, mas também possui programa e atendimento diferenciado aos frotistas, como equipe de assistência em campo. “Criamos o Programa Auto Centers Nakata, que tem como objetivo aprimorar o atendimento técnico ao reparador e do reparador para seus clientes. O programa viabiliza o acesso às informações técnicas e orientações sobre produtos e aplicações, principalmente por conta de novos veículos e tecnologia que chegam todos os dias ao reparador, bem como oferece dicas e melhorias no ponto de vendas e atendimento”, falou Jorge Schertel sobre as ações ao reparador. Outra proposta da empresa são as unidades de ‘shock tester’, que visa aproximar a marca com as oficinas e consumidores, o equipamento avalia a eficiência dos amortecedores e da suspensão. Disponibilizado pela Nakata, as unidades viajam pelo País para fazer teste gratuito em conjunto com os parceiros locais. “Denominamos Pit Stop Nakata, trata-se de um projeto fundamental para levar não só informação ao consumidor, mas também mostrar como é importante realizar a manutenção preventiva para garantir a segurança dos ocupantes do veículo”, apresenta Schertel. A informação é a essência da Affinia, com a preocupação de levar informação técnica ao reparador, também desenvolve uma série de vídeos ministrados pelo Luciano Pires, administrador, escritor, radialista e com vasta experiência em palestras, traz dicas que visam despertar o interesse
dos proprietários de oficinas para os desafios que ainda vêm por aí na gestão pessoas, financeira e de governança do negócio. a nakata e o mercado Quando perguntamos sobre a importância da Nakata para a Affinia, Jorge Schertel nos disse que a marca tem mais de 50 anos de atuação no País, então tem um nome forte no mercado, hoje representa maior parte do faturamento da empresa, sempre está se desenvolvendo, devido ao trabalho e os lançamentos de novas
garantir ao consumidor peças de qualidade comprovada é a certificação do Inmetro que já existe em vários componentes automotivos e que vem avançando graças ao trabalho das associações das empresas do segmento, incluindo o Sindipeças. “A certificação regula o mercado uma vez que dá segurança ao consumidor, que tem atestada a qualidade mínima do produto. Isso é fundamental em se tratando de autopeças, pois envolve a segurança dos usuários do veículo. É um assunto muito sério”.
“Criamos o Programa Auto Centers Nakata, que tem como objetivo aprimorar o atendimento técnico ao reparador e do reparador para seus clientes. O programa viabiliza o acesso às informações técnicas e orientações sobre produtos e aplicações”. linhas de produtos, que deixam a marca ainda mais consagrada e reconhecida. No mercado de reposição há muita concorrência e estratégias de gestão são fundamentais, “prover soluções para que a peça certa, na hora certa, seja instalada, corretamente. Parece simples, mas isso norteia um conjunto de estratégia e ações para melhor atender a todos os elos da cadeia até o consumidor final. Isso demanda foco e esforço diário de toda a equipe de colaboradores”, esclarece Schertel. Sobre o mercado nacional que a todo o momento recebe marcas de origem duvidosa, Schertel nos disse que a melhor maneira de
inFormação a todos Para garantir a informação e o marketing de seus produtos a Affinia criou em 2012 várias ferramentas digitais como Facebook e YouTube da marca Nakata para estabelecer canal de comunicação, chegando aos seus consumidores, que podem expressar opiniões e críticas para sempre melhorar os produtos. “Fomos os pioneiros no segmento em criar a fanpage Nakata. Temos equipe dedicada exclusivamente para atender e atualizar informações das redes sociais. Sem dúvida, é importante estar presente nas redes sociais. A experiência tem sido muito po-
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entrevista
48 sitiva e um aprendizado, também uma forma de aproximar a marca ao cliente e saber o que ele pensa, além e poder contribuir com informação”, orgulha-se Schertel. Para levar as informações técnicas ao reparador a Affinia disponibiliza catálogo impresso e no formato eletrônico, consultoria, equipe de assistência técnica, realização de palestras, cursos no Senai e em parceria com entidades e distribuidores, além de divulgação de vídeos sobre gestão e dicas de aplicação de peças e apoio a eventos do setor. Futuro Para Jorge Schertel há boas perspectivas para o futuro do aftermarket no Brasil, que continuará sendo impulsionado pelo aumento da frota circulante de veículos. “Houve aumento médio de 5% nos últimos anos e já totaliza 40 milhões de unidades, entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. Contabilizando
“Atendemos os veículos em circulação, aqueles que já saíram do período de garantia de fábrica e que precisam de manutenção, já houve períodos mais difíceis na economia brasileira e a reposição se manteve estável”.
O nº1 na Nascar, mais de 60 anos de experiência em sistemas de filtragem
motocicletas o total ultrapassa 50 milhões. Além do número de veículos, há uma mudança de perfil da frota. Há na frota mais tecnologia embarcada e veículos de maior valor, tais como sedans, SUVs e pick ups, que já fazem parte do dia a dia das oficinas e estarão ainda mais presentes no cenário da reparação, aumentando o valor do ticket médio de serviços”. Sobre os próximos 4 anos da
economia nacional, que passa por dificuldades, Schertel nos diz que haverá muito fôlego para o setor. “Acreditamos que o setor de reposição neste governo continuará aquecido. Atendemos os veículos em circulação, aqueles que já saíram do período de garantia de fábrica e que precisam de manutenção, já houve períodos mais difíceis na economia brasileira e a reposição se manteve estável”.
Já para a Affinia o mercado de aftermarket nos próximos anos continuará sendo muito atraente, o que resultará na atração de novos players, bem como evolução na forma de fazer negócios dos atuais. “Neste cenário, o grande desafio é identificar os melhores parceiros de negócios e fazer as escolhas corretas, seja para criar um diferencial cada vez mais claro e que seja percebido pelos clientes ou para aprimorar a gestão dos recursos, buscando rentabilidade e sustentabilidade, em um mercado onde os ingredientes da receita de sucesso do passado, não serão, necessariamente, os mesmo para o sucesso no futuro”, ressalta Schertel.
Sobre as novas tecnologias Schertel diz que no futuro irão impactar muito a reposição. “A maneira como é feita a reparação já está mudando, os veículos estão vindo embarcados com muitas tecnologias, daí precisamos do melhor conhecimento técnico para os profissionais, por isso a Affinia apoia a capacitação. A empresa também vislumbra a nova dinâmica de negócios do aftermarket, que com o acesso intenso à internet, com a democratização dos aparelhos portáteis, as transações de negócios e a busca de informações estão mais rápidas, o que deverá impactar cada vez mais o setor de reposição”, finaliza Schertel.
Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo
INFORMATIVO Dezembro 2014
Lei Alvarenga e Empregabilidade são premiados pela Fiesp
O Sindirepa-SP recebeu menções honrosas por dois projetos da entidade – Lei Alvarenga e Empregabilidade, na premiação “Melhores Práticas Sindicais”, realizada, no dia 18 de novembro, pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro). “O prêmio busca a valorização do trabalho desenvolvido pelos sindicatos para fortalecer as indústrias brasileiras, que geram empregos, criam inovação e desenvolvimento”, explicou Paulo Skat, presidente da Fiesp. O prêmio é dividido em quatro categorias: Infraestrutura Administrativa, Financeira, de Sistemas e Recursos Humanos; Comunicação, Programas de Associativismo e Promoção Comercial; Defesa Setorial; e Responsabilidade Socioambiental. Pela Fiesp, o Sindirepa se destacou pela lei nº 15297/14, conhecida como Lei Alvarenga, que regulamenta as oficinas no Estado de São Paulo na categoria Defesa Setorial. Recebeu também menção honrosa na categoria Responsabilidade Socioambiental pelo programa de Re-inserção Social “Empregabilidade” do Grupo Cultural AfroReggae, que tem como finalidade encaminhar egressos do sistema prisional para o mercado de trabalho. No projeto social, os egressos participam de cursos na área de manutenção automotiva, no Senai Ipiranga – Conde José Vicente de Azevedo, e depois são contratados pelas oficinas. “Para o Sindirepa-SP, é muito gratificante receber estas premiações por estes dois importantes projetos. Com relação ao projeto social, coroa todo nosso empenho e esforço não só para oferecer uma oportunidade de trabalho para os egressos, mas também para angariar profissionais para o setor”, comemorou Antonio Fiola, presidente do Sindirepa-SP e Nacional. Em São Paulo, 64 sindicatos inscreveram projetos e, no Rio de Janeiro, foram inscritas 25 entidades.
Prêmio Motorcraft valoriza profissão de mecânico
Para o setor de reparação de veículos, o mecânico exerce um papel fundamental. Por isso, o Sindirepa-SP, em parceria com entidades e empresas, apoia iniciativas como o Grande Prêmio Motorcraft, que vai eleger o Melhor Reparador Brasil em 2014, e tem realizado uma série de ações voltadas à capacitação profissional dos mecânicos. Com o avanço tecnológico da indústria automobilística, é necessário garantir acesso ao conhecimento técnico e atualização constante de informações sobre produtos e aplicações. Com isso, houve evolução na forma de fazer manutenção nos veículos e a profissão também acompanha essas mudanças. Desde 2009, existe a norma ABNT - NBR 15.681 de 2009 – Qualificação do mecânico de manutenção – que servirá para a criação de certificação voluntária
da profissão. Com a lei Alvarenga, que regulamenta a abertura e funcionamento das oficinas no Estado de São Paulo, e entra em vigor em janeiro de 2015, surge a figura do responsável operacional que deve ter experiência comprovada de dois anos nos serviços em que a empresa é especializada ou precisará fazer cursos que o habilitem o profissional nesses serviços. É uma forma de valorizar a profissão diante do consumidor. O Grande Prêmio Motorcraft é uma forma de reconhecer a importância da profissão para garantir a qualidade dos serviços nas oficinas, uma iniciativa de grandes marcas (Motorcraft e Ford) em prol do desenvolvimento do setor de reparação de veículos, que emprega mais de 700 mil mecânicos em todo o País.
Entre em contato com o Sindirepa-SP pelo telefone (11) 5594.1010 ou por E-mail: sindirepa@sindirepa-sp.org.br
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em breve na sua oficina
conheça o Golf 1.4 Tsi, um dos automóveis mais premiados da atualidade A Volkswagen deseja alcançar a liderança mundial na venda de automóveis até 2018, para tanto, uma das principais armas é o Golf, seu principal produto Fotos: Oficina Brasil
andré silva
E
le percorre mais de quinze quilômetros com um litro de combustível, leva oito segundos e quatro décimos para chegar aos cem quilômetros por hora e é absolutamente adorável de se dirigir. O Golf, na sua sétima geração, é um carro soberbo. A forma é decidida, e embora siga o padrão estético dos atuais carros da Volkswagen, possui identidade própria, que remete às gerações passadas. Foi concebida por Walter de Silva, responsável pelos traços de carros como Alfa Romeo 156 e Audi R8. O interior é tão harmônico quanto o exterior, a ergonomia é impecável e os materiais são de alta qualidade. É simples, mas sofisticado. Toda a tecnologia também está lá, ainda que algumas sejam opcionais, como o câmbio de dupla embreagem (DSG) ou o assistente de estacionamento eletrônico. Mas seus principais trunfos são “de série”: o motor 1.4 turbinado com injeção direta (de 140 cv e 25,5 kgfm) e o monobloco rígido e leve sobre uma suspensão eficiente e confiável. Esta combinação - aliada à transmissão manual de seis marchas ou à DSG - o torna um carro muito
associadas é o VAS/ODIS, que, segundo Marcos, proporciona precisão e assertividade no diagnóstico e na realização de ajustes. O nível da interface é tão elevado que permite alterar até mesmo as características do motor e do sistema de transmissão através da tomada OBD-II.
Bomba mecânica da injeção direta exige cuidados por parte do reparador
Beleza sem afetação: linhas seguem a atual identidade estética da marca
prazeroso, seja em uso urbano ou na estrada. A fim de conhecê-lo melhor, o levamos até a Mecânica Calegari, oficina tradicional, especializada em transmissões automáticas, fundada em 1962, localizada no bairro do Jardim Brasil, em São Paulo-SP. Lá, Marcos Calegari, especialista em sistemas mecatrônicos, começou suas considerações sobre o carro mencionando uma característica que se torna
Pequeno motor 1.4 é referência no consumo e no desempenho
cada vez mais comum na indústria automotiva: a vinculação eletrônica de componentes, que só pode ser realizada em uma concessionária. É um procedimento, feito pela Internet, que habilita o novo componente, e o torna “visível” ao sistema de multiplexagem. Com isso, de acordo com Marcos, deverá haver diminuição no número de roubos de veículos com esta característica, uma vez que é impossível a reutilização de
componentes eletrônicos. Aliás, a eletrônica embarcada no Golf é equiparável a veículos de segmento superior, o que, segundo Marcos, requer o uso de sistemas modernos de diagnóstico, sem os quais os reparos e regulagens tornam-se mais complicados, ou mesmo impossíveis de serem realizados. O sistema de diagnóstico utilizado na Mecânica Calegari para veículos Volkswagen e marcas
Bom espaço no cofre do motor facilita a manutenção
Marcos também ressalta a importância da bateria e do sistema de carga neste veículo, pois a instabilidade na tensão enviada aos módulos de controle pode causar sérios problemas, inclusive ao câmbio e ao motor. Portanto, ele recomenda a troca da bateria em no máximo dois anos, bem como a aferição do alternador sempre que for possível. Com estes cuidados é possível evitar diversos problemas mecânicos que têm origem na instabilidade elétrica. Marcos também ressalta que quando for substituir a bateria é imprescindível utilizar um au-
Turbina compacta proporciona torque desde 1500 RPM
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em breve na sua oficina
Amplo espaço e disposição inteligente dos componentes
xiliar de partida ou outra bateria ligada em paralelo, caso contrário, após a substituição o painel do carro vai parecer uma “árvore de natal” de tantas luzes de advertência acesas, além de causar a desprogramação dos parâmetros do câmbio (quando automático), entre outras complicações. Embora o veículo testado possua câmbio manual de seis marchas (preciso e bem escalonado), Marcos diz que a transmissão DSG é um dos pontos fortes dessa nova geração do Golf, pois é extremamente rápida e possui um sistema de gerenciamento eletrônico “inteligente”, que, quando no modo automático, considera diversos parâmetros para efetuar as trocas de marcha, proporcionando conforto e economia de combustível (comparada a uma caixa automática convencional). Já no modo manual, a velocidade das trocas permite uma condução esportiva, com desempenho superior ao de uma transmissão mecânica. Contudo, ele diz que o custo de reparação de uma transmissão de dupla embreagem ainda é superior ao de uma automática convencional. Marcos também destaca a importância, especialmente no caso de embreagens que operam secas, como a utilizada na versão 1.4 TSI, de não “segurar” o carro só no acelerador em ladeiras, pois isso aquece a embreagem e encurta consideravelmente sua vida útil. O procedimento correto, segundo ele, é frear completamente, e só acelerar quando for possível colocar o carro em movimento. A recomendação também vale para as DSG que operam banhadas em
óleo, como a da versão GTI, apesar destas serem menos sensíveis à alta temperatura, diz Marcos. moTor O pequeno motor 1.4 do Golf é um dos mais premiados da história. Trata-se de um integrante da nova família EA-211, a mesma do motor três cilindros do up! e do 1.6 MSI, recentemente lançado aqui no Brasil. Porém, no caso do Golf, ele é equipado com turbocompressor e injeção direta de combustível, o que eleva o desempenho e a economia de combustível a patamares superiores e o coloca entre os motores mais eficientes do mercado automotivo brasileiro. A utilização de motores compactos de alto rendimento é uma realidade na Europa, onde a legislação ambiental é mais rígida que aqui. Diante dos limites de emissão de dióxido de carbono (CO²) e da necessidade de torque e potência para impulsionar os veículos, o turbo-compressor se tornou um componente quase
obrigatório nos novos motores europeus. Com ele, e com a utilização da injeção direta, a economia de combustível pode chegar a até 20% comparada a um motor com a mesma potência sem turbo-compressor. No Brasil, o programa InovarAuto prevê redução de impostos a veículos mais econômicos, o que deverá provocar uma maior utilização de turbo-compressores também por aqui. É esperar para ver. No que se refere ao motor do Golf, Marcos salienta que é importante utilizar combustível de boa qualidade, já que os bicos da injeção direta possuem orifícios menores que os dos bicos convencionais e tendem a entupir mais facilmente. A utilização do lubrificante correto e a atenção aos prazos de troca também são de vital importância neste motor, principalmente por conta da turbina, que é compacta e alcança rotações altíssimas, diz Marcos. Ele também diz que é preciso tomar cuidado ao efetuar reparos no sistema de injeção, pois a pressão após a bomba mecânica é muito alta e pode causar ferimentos graves, portanto é preciso efetuar a despressurização da linha antes de qualquer outro procedimento.
Suspensão dianteira McPherson e pinça de freio de construção delgada
Suspensão traseira independente garante segurança nas curvas
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A preocupação com o peso está presente em cada detalhe do carro
consiDeraÇÕes finais Embora seja um hatchback médio, o novo Golf possui tecnologias normalmente encontradas em carros de segmento superior, que permitem obter um alto nível de desempenho e de eficiência energética, além de aumentar a segurança dos ocupantes. Sobre este aspecto, Marcos lembra que em caso de colisão iminente, quando há uma freada muito forte ou um princípio de capotamento, o módulo corta o fornecimento de combustível, fecha os vidros e pisca as luzes traseiras. Além da evolução eletrônica, é possível notar que, estruturalmente, também houve avanços no sentido de torná-lo um carro leve e resistente, o que se percebe ao dirigi-lo. O pesado protetor de cárter da versão anterior, por exemplo, agora é uma capa de plástico e fibra, que, se por um lado não é difícil de remover, por outro não oferece grande proteção ao cárter, que pelo menos não é de alumínio. Out ros pontos not áveis nos
quais houve preocupação com a redução do peso são as mangas de eixo, as pinças de freio e os componentes da suspensão, assim como o quadro dianteiro, estampado em chapa fina. Esta carroceria leve, associada ao motor leve, de apenas 108 kg, permite um comportamento dinâmico envolvente e um baixo consumo de combustível. Por outro lado, finaliza Marcos, é um automóvel com um custo superior de manutenção devido ao preço das peças, à eletrônica embarcada e à necessidade de equipamentos específicos. Uma simples troca de pastilha de freio precisa ser feita com auxílio de um aparelho que possa recolher o freio de mão elétrico (que a Volkswagen promete eliminar na versão nacional), além da necessidade de levar o veículo num guincho até a concessionária para fazer o reconhecimento de componentes, nos reparos mais complexos. Todavia, Marcos recomenda o modelo: “pra quem gosta de Volkswagen, é um prato cheio”.
Marcos Calegari, segundo da esquerda para a direita, e a equipe da Mecânica Calegari
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lAnçAmento
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lAnçAmento
Fluence modelo 2015 chega com nova frente para brigar na categoria dos sedãs médios Fotos: Divulgação
Renault pretende com o novo sedã alcançar no mínimo a terceira posição em vendas, para isso, aposta no design e na sofisticação do Fluence André Silva
O
lançamento do Fluence 2015 ocorreu no dia 12 de novembro, numa manhã ensolarada, na Casa Panamericana, tradicional mansão da cidade de São Paulo utilizada em festas e eventos sofisticados. No jardim havia vários Fluences pretos aguardando pelos jornalistas, e que os conduziriam até Campinas para um almoço. Na breve apresentação do veículo foi ressaltada a nova frente, que passou por um facelift e ganhou o logotipo maior, característico dos últimos lançamentos da fabricante. Além dela, há agora, na versão Privilège, a disponibilidade de lanternas de LED e faróis de xenônio, e uma nova cor púrpura bastante escura (a ponto de se passar pelo preto)
os sedãs médios mais vendidos do Brasil, categoria liderada por Honda Civic e Toyota Corolla, que se alternam na primeira posição, mas também disputada por outros concorrentes de peso, como Chevrolet Cruze e Ford Focus. Para tal empreitada, a principal arma será o design, que segue a tradição francesa do “ame ou odeie”. Indiferente a ele, porém, é impossível ficar. Resta saber se o estilo (combinado à boa oferta de equipamentos) será suficiente para enfrentar os
Preto Ametista, cor exclusiva do modelo: ousadia e sofisticação
chamada de Preto Ametista, que, de acordo com o responsável pelo design da marca no Brasil, transmite elegância e sofisticação. Da versão anterior continua
disponível a grande oferta de equipamentos de conforto e segurança que o tornou vencedor em diversos comparativos realizados pela mídia especializada, com especial destaque para o câmbio de variação contínua (CVT), fabricado pela japonesa Nissan, parceira da Renault desde 1999. Unido a este câmbio está um motor 2.0 bicombustível de dezesseis válvulas, com 143 cv e 20,3 kgfm de torque quando abastecido com álcool. Este propulsor, embora menos potente que o dos principais adversários, possui um desempenho adequado à proposta do veículo, mas definitivamente não empolga quem busca responsividade, principalmente em função do câmbio CVT, que opera de forma suave e eficiente, mas que em situações de retomada de velocidade é lento e faz o ruído do motor invadir o habitáculo com pronunciada intensidade. Em movimento, o novo Fluence avaliado, versão Privilège (topo de linha), se mostra confortável e aconchegante. No interior predominam os tons claros de cinza, seja na forração dos ban-
Painel mais baixo transmite sensação de amplitude
cos ou no painel revestido com material macio. Painel, aliás, que fica numa altura menor, se comparada a outros veículos da categoria, esta característica, aliás, transmite uma sensação de amplitude e arejamento de certo modo semelhante à da própria Casa Panamericana, concebida pelo arquiteto francês Henri Sajous, responsável também pelo projeto do Jockey Clube de São Paulo. A suspensão é bastante macia, o que causa uma certa rolagem da carroceria em curvas acentuadas, a direção elétrica é precisa e os freios são bastante eficientes. Com a revitalização do Fluence, a Renault tem como objetivo alcançar a terceira posição entre
adversários neste que é um dos segmentos mais concorridos do mercado automotivo brasileiro. Isso só o tempo dirá.
Faróis de xenônio estão disponíveis como opcional
Detalhe do logotipo maior, já presente em outros veículos
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técnIcA
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eSpecIAl
Motor Audi W-12 6.3 FSI: tecnologia, esmero e sofisticação a serviço do prazer e do conforto Compacto e potente, propulsor de doze cilindros utilizado na versão mais luxuosa do Audi A8 oferece alto desempenho e baixos níveis de vibração e ruído Divulgação
André Silva
A
tualmente a regra na indústria automotiva é a redução do tamanho dos motores combinada à utilização de compressores com o objetivo de obter maior eficiência energética e menor emissão de dióxido de carbono. Mas como diz a máxima: toda regra tem sua exceção. E o motor W-12 montado pela Bentley que equipa a versão mais luxuosa do recém-lançado Audi A8 é uma exceção. Neste segmento de veículos, o que se busca é conforto e confiabilidade, números frios e racionais como os de potência e consumo ficam relegados ao segundo plano, o importante é a experiência, sobretudo de quem viaja no banco de trás. Ao motor cabe a função fundamental de movimentar o veículo, da forma mais ágil possível, mas deve fazer isso como que por encanto, em silêncio e sem nenhuma vibração. Para tanto, melhor que seja grande, e que possua muito torque desde as mais baixas rotações, melhor ainda se for um V-12, pois esta disposição é a que oferece menor nível de vibração entre todas as outras, contudo, estes motores são imensos e exigem características da carroceria
Apesar de receber a denominação W-12, na verdade se trata de um “Duplo V”
que nem sempre estão alinhadas com as propostas de estilo e comportamento dinâmico da fabricante. No caso do A8, a utilização de um V-12 inviabilizaria a tração Quattro, uma identidade da Audi. É aí que entra o W-12. A letra “W” sugere um motor com dois virabrequins, mas na verdade há apenas um, trata-se,
ao pé da letra, de um “Duplo V” e não de um “W”, mas isso é um detalhe léxico sem muita importância diante da engenhosidade da máquina. Pode-se dizer que é um motor com a suavidade muito próxima a de um V-12 e as dimensões de um V-8. Mede apenas cinquenta centímetros de comprimento e
pesa 247 kg. Utiliza duas bancadas de seis cilindros cada, como um V-12, mas cada uma dessas bancadas possui os cilindros inclinados 15 graus em relação ao outro, intercaladamente. Já as bancadas possuem 72 graus de inclinação entre elas, e há compartilhamento de moentes por duas bielas, como ocorre
em um V-8, porém não de forma concêntrica, há um pequeno deslocamento a fim de permitir o correto sincronismo entre todos os pistões. São utilizados quatro comandos de válvulas e quatro válvulas por cilindro. Há variação de avanço tanto na admissão quanto no escape, além da possibilidade de desabilitar o funcionamento de seis cilindros a fim de obter maior economia de combustível. A injeção é direta, e pressuriza o combustível a até 140 bar, que é atomizado nas câmaras por bicos de seis furos. Curiosamente, por conta da disposição dos cilindros, são utilizados bicos injetores de dois tamanhos. A construção é inteiramente em alumínio (bloco e cabeçotes), porém os munhões são de ferro fundido, e insertados durante a fundição do bloco. A admissão é atmosférica, o deslocamento total de 6,3 litros e a taxa de compressão é de 11,8:1. Com a utilização deste motor, o A8 oferece, além do conforto e sofisticação tradicionais, um desempenho adequado aos clientes que buscam o luxo superlativo, mas não abrem mão da velocidade e da força próprias de um esportivo, afinal são quinhentos cavalos de potência e sessenta e dois quilos de torque.
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Puma, o felino brasileiro que conquistou as pistas e as ruas do brasil e do mundo Nascido nas pistas, o Puma logo se tornou um sucesso por conta do seu belo desenho e da mecânica simples, primeiro DKW, depois Volkswagen a ar. Nesta última, havia até a possibilidade de escolher componentes a fim de melhorar o desempenho Fotos: Anderson Nunes
anderson nunes
F
azia somente pouco mais de quat ro anos que a indústria automobilística brasileira havia começado suas atividades e já no início dos anos de 1960 as corridas começaram a dominar o cenário esportivo local. As competições automotivas foram um meio importante para promover os fabricantes de automóveis no Brasil. Empresas como FNM, Simca, Willys e DKW mantinham um departamento exclusivo de competição, algo levado muito a sério e que de certa forma era também como um laboratório para o desenvolvimento de seus produtos e divulgação de seus feitos nas pistas. Essa paixão pela competição também chegou aos lugares mais remotos do interior do país, mais precisamente na cidade paulista de Matão, distante cerca de 300 km da capital. Em uma fazenda de cana de açúcar um advogado apaixonado por carros e corridas começou a modificar o desenho e a mecânica dos car ros da família. Seu nome era Genaro “Rino” Malzoni. Rino Malzoni
As linhas do puma eram elegantes e atraentes e até hoje arrancam suspiros
era um admirador dos veículos e motores de três cilindros de dois tempos da marca DKW. Junto com um funileiro de sua fazenda, eles construíram em chapa de aço uma carroceria no estilo GT, que era fixada ao chassi do DKW. Pouco tempos depois começou a circular nos corredores d a Ve m ag a h ist ór ia de sse
O nome Puma, um felino veloz e elegante, expressa bem os valores de um carro esportivo
esportivo estilo GT feito com base na sua plataforma e impulsionado pelo valente motor de 3 cilindros da marca. Bem estruturada e contando com várias vitórias, a equipe Vemag sentiu o peso da concorrência quando a Willys-Overland começou a competir com o modelo Interlagos, versão brasileira do modelo francês Alpine A-108.
Simbolo da Puma que ficou conhecido no Brasil e no exterior
O Interlagos mostrou uma clara superioridade em relação aos DKWs, graças a sua aerodinâmica mais apurada. Diante dessa ameaça, Jorge Lett rey, chefe da equipe Vemag, Mário César de Camargo Filho, conhecido como Marinho e Milton Masteguim, sócio, junto com Marinho, em uma concessionária Vemag,
encomendaram a R ino u ma carroceria para poder competir com os Willys Interlagos. Entre as mudanças estava a diminuição do entre-eixos do DKW que passa r ia de 2,45 para 2,22 metros. Os carros f icaram prontos em 1963 e ainda utilizavam carrocerias em chapa de aço. De imediato os GT Malzoni, como ficaram
Limpadores de para-brisa no sentindo contrario era uma caracteristica dos Pumas
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do fundo do baú
Cofre dianteiro é ocupado pelo tanque e estepe, malas somente no interior
Os farois lembravam os usados pela Ferrari
conhecidos, começaram ganhar as disputas, mostrando o acerto do veículo para as competições. Esse êxito nas pistas fez com que Rino Malzoni e Marinho vislumbrassem uma pequena indústria de carrocerias para ser utilizada nos chassi DKW. Assim, em 1964, é criada a empresa Lumimari - nome formado pela junção de Luís, Mílton, Marinho e Rino - para dar inicio à produção em série do GT Malzoni. A carroceria, nitidamente inspirada na escola italiana, era feita de plástico reforçado com fibra-de-vidro. O carro era pequeno, bonito e mais leve devido ao novo material. Tinha faróis carenados e logo abaixo ficava a grade oval,
Manual e livretos de serviço atestam o cuidado do carro nesses 36 anos
Lanternas da Kombi na posição horizontal e na cor vermelha, exigência da legislação da época
com frisos horizontais e parachoques cromados nos modelos de r ua. Para a produção em série, o motor, de dois tempos e três cilindros, tinha 981 cm³ e sistema de lubrificação automática Lubrimat, sem necessidade de mistura de óleo à gasolina no tanque de combustível. Com potência de 50 cv a 4.500 rpm e apenas 890kg de peso, atingia velocidade máxima em torno de 145 km/h. Em 1966, no V Salão do Automóvel brasileiro, era exposta a pr imei ra evolução do GT Malzoni, o Puma GT, conhecido também como Puma DKW. Suas linhas eram nitidamente inspiradas no Ferrari 275 GT. Seu desenho coube ao piloto-
Os vidros trazem o simbolo da Puma e o modelo do carro
estilista Anísio Campos. Não tinha mais a simplicidade e o despojamento de um carro de cor r idas: o acabamento era luxuoso, com bancos em couro e painel revestido de madeira. A razão social foi mudada para Puma Veículos e Motores Ltda. Entre o GT Malzoni e o Puma GT, cerca de 170 exemplares foram produzidos. PuMa VoLKSWaGEn Em 1967, a indústria automobilística nacional começa a se moder nizar. A Simca é absor vida pela Chr ysler e a Willys-Overland passa para as mãos da Ford. A situação da DKW-Vemag não é diferente.
Naquele a no a Vol k swagen compra a DKW, um duro golpe para a empresa, já que no ano seguinte o depar tamento de competições era extinto. Assim, é lançado o Puma de segunda geração que passava a utilizar chassi, suspensão e motor Volkswagen - o boxer refrigerado a ar, posicionado na traseira, de quatro cilindros e 1,5 litro. O entre-eixos foi reduzido de 2,40 para apenas 2,15 metros. Trazia desenho i n s pi r a d o no L a mb or g h i n i Miura, com perfil baixo, capô longo e traseira curta. Logo após os vidros laterais, na coluna traseira, havia entradas de ar para a refrigeração do motor. Esse modelo ficou conhecido também como Puma Tubarão devido às entradas de ar para refrigerar o motor (situadas logo atrás dos vidros das portas) semelhantes às guelras de um tubarão. O motor de 1,5 litro já saía de fábrica com dois carburadores de 32 mm, ao invés de um carburador de 28 mm e com isso a potência subia de 44 cv para 52 cv. Vale salientar que a Puma usou carburação dupla antes mesmo da Volkswagen. As rodas eram de aço, 14 polegadas, e os pneus diagonais 7.35-14. O carro fez um grande sucesso, sendo comercializadas 151 unidades em seu primeiro ano e o dobro no ano seguinte. Em 1970 o Puma passa a vir equipado com o motor de 1600 cm³, passando a adotar o nome Puma 1600 GTE. Entregava 60 cv, mas, para quem quisesse mais potência, a fábrica disponibilizava opções de motores de 1,7 até 2 litros, além de coman-
Comum nos carros fora de série, o Puma utilizava tanque de combustível da Volkswagen
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dos de válvulas mais bravos. Em 1971 chegava ao mercado a versão conversível, conhecida como Spyder ou 1600 GTS com capota de lona. Era oferecida t a mbém u ma capot a r íg id a como op cion al, m a s for a m poucos os modelos que saíram com tal acessório. A produção aumentava e em 1973 já eram mais de 800 Pumas fabricados. Devido ao estrondoso sucesso, em 1974 a Puma passou a fazer parte da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Anfavea. noVaS LInHaS Em maio de 1976 a Puma apresent a u ma evolução do modelo GTE. Agora deixava de lado o chassi do Karmann-Ghia e passava a utilizar a plataforma da Brasília. O visual ainda lembrava os modelos anteriores com a frente afilada e perfil baixo. Entretanto, com a utilização do chassi da Brasília, o Puma ganhou 10 cm a mais na largura, indo para 1,66 metros, o que propiciou mais conforto aos ocupantes. O entre-eixos permaneceu em 2,15 metros. Já na lin ha da cint u ra, nas laterais traseiras, as tomadas de ar deram lugar a janelas de formato trapezoidal, fixas, que deixaram o desenho mais leve. O perfil do carro ficou mais integrado, pois o teto une-se com a vigia e a tampa do motor, formando um pequeno chanfrado. As lanternas em posição horizontal são as mesma da Kombi. Devido à nova altura da carroceria, foi possível equipar o modelo com novos jogos de rodas de liga-leve feitas pela
Retrovisores triangulares eram comuns nos esportivos dos nos 70
Motor Volkswagem a ar trazia carburação dupla, uma primazia dos Pumas desde sua criação
Scorro e calçadas com pneus de perfil mais baixo. Os pneus passaram a ser o Pirelli CN 36 da série 70, na medida 185/14 na dianteira e 195/14 na traseira. Na parte mecânica, o motor Volkswagen de 1600 cm³, alimentado por dois carburadores de 32 mm, for necia 70 cv e torque de 12,3 kgmf. Esse con-
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junto motriz fazia o Puma GTE atingir velocidade máxima de 154 km/h e atingir 100 km/h em 16,7 segundos partindo da imobilidade. Segundo teste da revista 4Rodas de outubro de 1976, o novo Puma GTE perdia em desempenho para o seu antecessor, que atingia 160 km/h e fazia de 0 a 100 km/h em 15
Volante de dois raios pequeno conferia um ar mais esportivo
segundos. Isso se deve em parte ao maior peso, de 785 quilos, e a nova calibragem dos carburadores para utilizar gasolina amarela. O interior trazia mais luxo com bancos de encostos altos e regulagem de inclinação. O assoalho era todo acarpetado. O painel de instrumentos era um
Console central com porta-objetos e o cinzeiro na lateral direita
capítulo à parte, já que além de ser coberto com material macio, trazia instrumentação completa. À frente do motorista estavam o velocímetro, à esquerda e ao lado o conta-giros, ao centro três pequenos manômetros: nível de combustível, pressão do óleo e temperatura do óleo. Abaixo encontrávamos os botões de lanternas e faróis, limpador de para-brisa, tecla do lavador do vidro, acendedor de cigarros e pisca-alerta. E mais abaixo o
botão para a ventilação interna. Em 1978, ano do modelo que ilustra nossa reportagem, a fábrica localizada na avenida Presidente Wilson ent regou 3.390 unidades, um recorde que seria batido novamente no ano seguinte, quando foram vendidos 3.595 veículos. Além de serem produzidos e vendidos no Brasil, o Puma também foi exportado para a Europa e produzido sob licença na África do Sul.
Bancos de encostos altos e reclináveis tratavam bem os ocupantes
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As portas recebiam bom acabamento assim como todo interior
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Painel era acolchoado e instrumentação completa como convém a um carro esportivo
RESGaTE do PuMa O empresário taubateano Aldo D. de Toledo Fusco, 58 anos, é um apaixonado por automóveis antigos desde que se entende por gente, como ele mesmo nos disse. O Puma GTE 1978 que ilustra essa reportagem pertencia anteriormente ao acervo do Museu de Automóveis de Ubatuba. Em 1999 o museu fechou suas portas e a coleção foi posta à venda. “Numa conversa com o administrador do museu, eu soube que eles venderiam alguns carros nacionais, inclusive este Puma. Fiquei interessado e depois de algumas negociações, acabei comprando”, contou Fusco. O carro estava em bom estado de conservação e de originalidade. Devido ao tempo em que ficou parado, foi preciso fazer uma revisão mecânica e elétrica completa, com a troca de elementos da suspensão, freios, lubrificantes e filtros. Também foram trocados os pneus, além das rodas que foram recuperadas. As dobradiças das portas foram substituídas por outras novas e originais. O interior conserva todos os itens originais, inclusive o revestimento dos bancos que no modelo 1978 é igual ao usado no Chevrolet Opala. Para mostrar toda a valentia do Puma, em 2014 o veículo participou do rali de carros com mais de 30 anos de fabricação, promovido pelo Clube de Autos Antigos de Taubaté – CAAT. “Este ano meu genro participou com o Puma, tendo obtido uma boa classificação entre os 50 carros que participaram. Fez todo o percurso sem nenhum problema mecânico”, contou orgulhoso o empresário.
Puma tinha silhueta esportiva, o que contribuiu para ser objeto de desejo nos anos 70
O estepe ainda conserva o pneu original
Rodas aro 14 eram confeccionadas exclusivamente para a Puma
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chão da oficina
o esporte a motor tem grande importância na indústria e também no setor da reparação Confira na matéria um pouco da história do automobilismo, desde o seu surgimento até o momento atual, e sua influência tecnológica e econômica sobre a indústria e o setor de serviços automotivos Fotos: Divulgação
andré silva
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uase tão antigas quanto a produção em série de automóveis são as modificações para torná-los mais velozes. Na década de trinta, nos Estados Unidos, o Ford T, embora já não fosse mais fabricado, era o modelo preferido por quem buscava desempenho e baixo custo. Era um período conturbado, repleto de incertezas, a economia acabara de sofrer um duro golpe com a quebra da bolsa de valores de Nova York em 1929, a desesperança assolava o país inteiro, contudo, na Califórnia, havia um grupo de pessoas para as quais a taxa de compressão era mais importante que a taxa de juros. Na praia ou no deserto elas buscavam o limite da máquina e a glória de vencer ao final de uma milha. Ali nasciam os hot rods, verdadeiros ícones da contracultura e “avós” de todos os automóveis esportivos lançados desde então, do Super Fuscão 1600-S à mais nova Mercedes-Benz AMG. Na Europa, por outro lado, em vez das modificações, era mais comum o desenvolvimento de automóveis próprios para competição, com baixo peso e mecânica mais refinada, destaque para a Alfa Romeo, fundada em 1910, e que em 1914 já fabricava carros com duplo comando de válvulas no cabeçote e duas velas por cilindro. Mas foi só com o final da segunda guerra mundial, em 1945, que o esporte a motor ganhou força, na Europa com a Fórmula 1 e nos Estados Unidos com as corridas de stock cars, que naquele tempo eram veículos praticamente iguais aos vendidos nas concessionárias, com poucas modificações para aumento da potência e algumas melhorias na segurança. Não obstante, os hot
Tradicional “Hot Rod” norte-americano: motor potente e carroceria leve
Na Europa, desde o início havia automóveis próprios para competição
rods saíram da Califórnia e viraram uma moda nacional, porém as corridas já não eram apenas nas praias ou aeroportos abandonados, elas passaram a acontecer nas estradas e avenidas, desencadeando protestos da população e repressão por parte da polícia, o que colaborou para a criação da NHRA (Associação Nacional de Hot Rods), em 1951. Esta associação passou a organizar corridas de aceleração por todo o país a partir de 1955, tornando o esporte popular, rentável e seguro.
ascensão no cenário internacional, recebendo amplo reconhecimento em um setor altamente tecnológico, ainda dominado por poucas e tradicionais empresas, que veem sua hegemonia ameaçada por uma pequena fabricante de eletrônicos do Rio Grande do Sul, que em 2014 passou a fornecer seus produtos e soluções para algumas das principais equipes norte-americanas, que obtiveram ótimos resultados ao longo do ano, inclusive sucessivas quebras de recordes. Todavia, não é apenas em linha reta que o esporte a motor caminha no Brasil, país com três campeões mundiais de Fórmula-1 e com sólidos campeonatos em diversas categorias, da velocidade na terra, comum no interior do país, até um campeonato de carros de turismo transmitido pela principal emissora de TV, além de campeonatos de rally de velocidade, de regularidade e a Fórmula Truck, com seu enorme público. As provas de monopostos, contudo, antes modestas, hoje praticamente inexistem, com exceção do kart, que possui um número considerável de praticantes, além de campeonatos e circuitos com boa infraestrutura em vários es-
no brasil Embora corridas automobilísticas sejam realizadas desde os anos vinte, foi com a criação das Mil Milhas Brasileiras, por Wilson Fittipaldi, em 1956, que o automobilismo ganhou maior notoriedade. E um dos personagens mais emblemáticos desta competição foi Camilo Cristófaro, que a venceu em 1966 a bordo de um Chevrolet 1937, competindo contra carros mais modernos e equipes oficiais de montadoras. Esse mesmo Chevrolet 1937 foi cronometrado a 268 km/h em uma competição de velocidade realizada em 1970
na Marginal Pinheiros, em São Paulo. Competição, aliás, na qual foi vencedor, mesmo tendo entre os adversários uma na época atual Lamborghini Miura. Quatro décadas depois, pode-se dizer que o esporte a motor evoluiu bastante no país, talvez menos que na Europa e Estados Unidos, mas certamente evoluiu. As corridas de aceleração, por exemplo, aqui chamadas de “arrancadas”, atualmente possuem um calendário nacional e alguns campeonatos estaduais, além dos eventos independentes, como ocorre nos Estados Unidos, guardadas as devidas proporções. E embora seja difícil estimar o tamanho do mercado, ele é grande o bastante para ter diversos fabricantes de peças e oficinas especializadas em veículos para este tipo de competição, hoje realizadas principalmente no sul do país, devido à disponibilidade de pistas adequadas. Região que, compreensivelmente, também concentra a maioria das oficinas e fabricantes dedicadas ao esporte. Aliás, uma dessas empresas, a Fueltech, fabricante de sistemas programáveis de injeção eletrônica, vive atualmente uma grande
tados. o esporte e as oficinas Mas seja qual for a categoria, para que tudo funcione corretamente são necessários o trabalho e a experiência de profissionais dedicados ao desenvolvimento e à manutenção dos carros de corrida. Vinicius Losacco, cujo o sobrenome está vinculado às corridas automobilística há mais de oito décadas, ex-piloto e atualmente proprietário da Oficina Losacco, especializada em remapeamento de sistemas de injeção eletrônica, destaca uma das principais funções do esporte a motor: tornar os veículos vendidos à população melhores e mais seguros. Lembra que no seu tempo de piloto, na década de setenta, colaborou com algumas modificações feitas no Volkswagen Passat, veículo com o qual competia no campeonato nacional de marcas. O para-brisa, por exemplo, recebeu um novo recorte nos cantos, bem como uma nova fixação, pois o anterior tendia a trincar quando submetido a uma maior torção da carroceria, algo logo notado em uma corrida e
chão da oficina
Lindemberg: chegada dos “track days” deu novo fôlego ao automobilismo brasileiro
Vinicius Losacco, referência nacional no esporte a motor
Rafel Cecere, responsável pelo desenvolvimento de alguns dos carros mais rápidos do Brasil
reportado à montadora, que alterou o componente não apenas dos veículos destinados às corridas, mas sim de todos produzidos a partir daquela constatação, relembra Vinicius. O mesmo ocorreu em outras partes do veículo, inclusive em componentes do motor. “Hoje em dia as montadoras descobrem os problemas de outro jeito, por isso que existem tantos recalls”, provoca. Questionado sobre o atual campeonato brasileiro de marcas, Vinicius diz que apesar de utilizar a expressão “marcas”, os carros são todos iguais, utilizam a mesma estrutura tubular, transmissão sequencial e o mesmo motor Ford Duratec, montado na Argentina pela empresa do lendário Orestes Berta. Com isso, diz Vinicius, embora seja uma categoria moderna e competitiva, não existe o aprimoramento dos veículos e motores, como ocorria antigamente. Sobre a Stock Car, que, desde o início, em 1979, tradicionalmente sempre utilizou a mesma mecânica, Vinicius diz que atualmente também é uma categoria que vem aumentando as restrições ao desenvolvimento, sobretudo do motor, um V-8 fabricado nos Estados Unidos que tem sua potência reduzida através da colocação de um restritor de fluxo no coletor de admissão e é lacrado antes ser disponibilizado às equipes através de sorteio. Às equipes restam outros aspectos do carro que podem ser aprimorados, principalmente a suspensão, também chamada de “chão” do carro. Porém, para obter um bom acerto de suspensão são necessários conhecimentos bastante específicos, além de alto investimento, de modo que as equipes maiores continuam em
vantagem em relação às menores, ainda que utilizando o “mesmo” propulsor, conclui Vinicius. Suspensão é a especialidade da Suspentécnica, oficina fundada em 1968 e referência absoluta no assunto. Lindemberg A. da Silva, gerente de serviços, diz que, atualmente, cerca de 25% do faturamento da empresa vêm das competições automobilísticas, nas quais ela atua junto às equipes no desenvolvimento e aperfeiçoamento do sistema de suspensão, além de realizar manutenções periódicas, regulagens e reparos, quando necessários. A Suspentécnica também realiza e auxilia no desenvolvimento de projetos para montadoras, que recorrem à sua expertise a fim adequar seus produtos às condições das ruas e estradas brasileiras. Porém, a maior parte da receita é obtida com a manutenção e reparos realizados em veículos de luxo, que precisam de cuidados, conhecimentos e equipamentos específicos para serem corretamente mantidos e consertados. Lindemberg também diz que de uns anos para cá tem se tornado comum no país a prática de Track Days, eventos nos quais as pessoas pilotam seus próprios carros em autódromos, com toda a segurança possível e sem risco de ser multado. Para estes eventos a Suspentécnica oferece um programa específico aos organizadores, batizado de Track Services, que consiste em um posto de apoio onde são realizados ajustes e reparos que visam a segurança do piloto e o melhor desempenho do equipamento. Independentemente deste programa, a oficina também atua
diretamente junto aos proprietários, que muitas vezes utilizam o carro de uso diário nos eventos. Nestes casos, em geral são realizados ajustes que visam ao melhor desempenho possível, mas que deixam em segundo plano o conforto e o consumo de pneus, e quando acaba o evento é retomado o ajuste destinado ao uso diário, que privilegia o conforto e o baixo consumo de pneus e combustível. Rafael Cecere, sócio da Oficina Nicola, fundada em 1971, em São Bernardo do Campo - SP, responsável por alguns dos carros mais velozes do Brasil, ressalta a importância do critério e do embasamento teórico no desenvolvimento de um carro de alto desempenho. “Sem isso, a coisa é experimentação e desperdício de dinheiro”, diz, usando como exemplo um Gol com tração integral e potência ao redor de oitocentos cavalos em processo de montagem na oficina: “é necessário um minucioso processo de medição, soldagem, ajuste dos ângulos dos diferenciais, calibração da suspensão e transmissão, caso contrário, ao invés de prazer, o veículo oferecerá apenas riscos ao motorista”, completa Rafael. Uma peculiaridade da Oficina Nicola é que, embora seja famosa pelos carros de competição e por alguns VW AP que andam tanto ou até mais que motos de 1000cc, ela também realiza a manutenção preventiva e corretiva em veículos convencionais, uma prova de que não importa se se trata de um bólido de competição ou de um popular 1.0, todos são carros, e devem receber o mesmo tratamento baseado no conhecimento e na atenção aos detalhes.
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oficina de corrida
informe publicitário
Fotos: Rodrigo Ruiz
Final de ano e olho no futuro Com o término de mais um ano, chegou a hora de planejar 2015 e traçar o caminho para a implantação do projeto de ter um carro de corrida em sua oficina Por Rui Salles* Olá amigo reparador, nas últimas edições do Jornal Oficina Brasil nós da RS Racing apresentamos o carro de corrida da categoria Fórmula 1600, um carro barato e de simples montagem e manutenção. Com ele desejamos auxiliá-lo a criar em sua empresa uma nova frente de trabalho e no final de tudo mais lucro para o seu negócio. Como é comum, usamos os últimos dias do ano sempre para sonhar e também planejar nossas atividades futuras! Nessa edição vamos dar mais uma força para construir seu plano e tirá-lo do papel. Carro de corrida na oficina Provavelmente sua of icina trabalha com carros de rua, e é nesse momento que você pensa
“como um carro de corrida poderá me trazer lucro”? Fique tranquilo, esse é o primeiro pensamento que a maioria dos reparadores que nunca trabalharam com carro de competição possuem. Esse pensamento acontece pelo motivo da grande maioria achar que apenas um seleto e fechado grupo de pessoas é piloto e assim como “adquirir seu produto”; porém essas pessoas estão mais perto do que imagina, provavelmente até dentro mesmo de sua oficina. A Fórmula 1600 é uma categoria para iniciantes, sejam eles jovens pilotos em busca de se tornarem um dia profissionais, e também para os que não almejam se profissionalizar e querem ter o prazer de pilotar um carro de fórmula, competir e se divertir. Aproveite o final de ano e os contatos que você faz com seus clientes para desejar boas festas e realize uma pesquisa sobre o as-
sunto, temos certeza que poderá se surpreender e encontrar potenciais clientes sem fazer muito esforço.
nos da RS Racing estaremos aqui para auxiliá-lo. Na prática
Sim, você pode Nas últimas colunas apresentamos os custos iniciais de investimento para a construção do carro da Fórmula 1600, e com um ou dois pilotos (ou melhor, clientes) a princípio esse investimento poderá ficar ainda mais tranquilo. Você não terá dificuldade para a montagem e manutenção do carro, e caso haja qualquer dúvida
Pensando nisso, preparemos um presente especial para você: uma palestra inteiramente grátis para você e sua equipe conhecer o carro de corrida de Fórmula 1600 ao vivo, além de sanar todas as dúvidas sobre a montagem, manutenção e também a competição em si. Ficou interessado, acesse agora mesmo nosso site www.rsracing. com.br, confira a data e faça sua
inscrição pois as vagas são limitadas. Aproveitamos para desejar um Feliz Natal maravilhoso e que 2015 chegue da maneira que gostamos, em alta velocidade trazendo muitas vitórias, dentro e fora das pistas e que continuemos nos encontrando por aqui por muito e muito tempo. *Rui Salles, 20 anos dedicado ao automobilismo, administrador de empresas, engenheiro automotivo, ex-diretor da Renault do Brasil e experimentado piloto. Fundador da RS Racing em 1993, empresa especializada em competições automobilísticas e eventos esportivos.
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reparador diesel
Câmbio do renault Master é simples e não trará dificuldades nas oficinas independentes (final) Após acompanharmos nas últimas duas edições os procedimentos corretos de desmontagem desta transmissão, nesta terceira e última parte trataremos da sua montagem
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ste mês chegamos ao final da série de matérias sobre a transmissão do Renault Master, realizadas em parceria com Melsi Maran, professor do SENAI-SP. Nas duas edições anteriores foram mostradas as características técnicas da transmissão e o procedimento correto para a sua desmontagem, nesta edição mostraremos o procedimento de montagem.
1 Como já dito anteriormente, o processo de montagem de uma transmissão deve seguir r igorosamente o inverso da
as peças, e se estas forem invertidas na montagem, fatalmente irão quebrar depois de algum tempo em funcionamento. O pr imeiro passo para a remontagem da transmissão é a instalação das engrenagens e demais compone nt es nos eixos secundários com auxílio de uma prensa hidráulica (foto 2). Nesta etapa, Melsi diz ser importante, além de se manter a posição em que os componentes estavam t rabalhando (foto 3), deixar um folga axial entre dez e quinze centésimos de milímetro entre as engrenagens para permitir a adequada lubrificação.
que não é possível substituir apenas as pistas (foto 6)
Fotos: Oficina Brasil
paulo Handa e andré silva
2 desmontagem, ou seja, o que foi desmontado por último, deve ser montado primeiro, sendo assim, começaremos mostrando a montagem das árvores de engrenagens. O professor Melsi ressalta que, embora diversos componentes da transmissão sejam si mét r icos (foto 1) e possam ser instalados em duas posições quando novos, é de suma importância seguir a marcação feita na desmontagem, pois devido ao funcionamento con st a nte na quela posição, cria-se um “casamento” entre
3 É impor tante também se atentar ao alinhamento (foto 4) entre a pista (instalada por interferência), rolamento e engrenagem, qualquer diferença na altura entre estes três componentes indica que algo está
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4 errado e precisa ser revisto. Te r m i n a d a a mo nt a ge m das engrenagens, é importante colocar lado a lado as árvores secundárias a primária (foto 5), dessa forma, um eventual erro de montagem vai ser detectado, uma vez que as engrenagens não estarão alinhadas. Se as engrenagens estiverem perfeitamente alinhadas é o momento de instalar as três árvores na carcaça da transmissão, lembrando que se as pistas dos rolamentos insertadas na carcaça estiverem danificadas será necessária a substituição da carcaça completa, uma vez
Antes de instalar as árvores, deve-se instalar a coroa do diferencial (foto 7), após isso, a árvore primária e a secundária, responsável pela primeira marcha, juntamente com o garfo de acionamento, devem ser encaixados juntos na carcaça, neste procedimento é importante tomar cuidado para não danificar as pistas dos rolamentos, bem como atentar para o perfeito encaixe dos dentes das árvores na coroa do diferencial (foto
7 8 - página seguinte). Em seguida deve ser instalada a árvore secundária responsável pela marcha ré com
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reparador diesel
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8 atenção ao encaixe dos dentes na coroa e na árvore primária. Instalada a segunda árvore secundária, deve-se instalar o seu respectivo garfo, cuidando para que este fique perfeitamente centrado no rolamento da carca-
ça. Feito isso, o próximo passo é a instalação das alavancas de acionamento dos garfos (foto 9), cujos os parafusos devem ser apertados com torque de 2 kgfm. Em seguida deve ser instalado o eixo seletor (foto 10), para isso, é indispensável deixar os dois garfos em ponto-morto. Também é importante não esquecer de colocar a arruela de encosto do eixo seletor antes de aparafusar a tampa da transmissão. Para instalar a tampa (foto
11), deve-se manter o seletor na posição referente à terceira marcha, pois dessa for ma é mais fácil o encaixe. Colocada a tampa, deve-se apertar os seus parafuso de forma alternada e com o torque recomendado no manual. Por último deve ser instalada a alavanca seletora com um novo pino elástico, feito isso, basta checar se é possível efetuar a troca de marchas, se sim, a transmissão estará pronta para ser instalada no veículo.
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INFORME PUBLICITÁRIO
SUBSTITUIÇÃO DE LUBRIFICANTES MINERAIS POR LUBRIFICANTES SINTÉTICOS A substituição de um lubrificante de base mineral por um de base sintética ainda causa muitas dúvidas entre proprietários e reparadores. Afinal, é possível substituir um pelo outro? antagens do lubrificante sintético - Como vimos na edição passada, os lubrificantes sintéticos apresentam inúmeras vantagens frente aos óleos de base mineral. Algumas dessas vantagens são, sem dúvidas, a sua maior resistência à oxidação, excelente fluidez na partida a frio, baixa volatilização, elevada estabilidade à perda de viscosidade devido ao aumento da temperatura e, em geral, ótimo poder de limpeza. Juntas, todas essas vantagens contribuem para que o motor e/ou sistema de transmissão operem com ótimos níveis de limpeza e reduzida taxa de desgaste, aumentando assim a vida útil e a eficiência do componente. Dessa forma, é totalmente possível e benéfica a mudança de um lubrificante de base mineral para um de base sintética, sendo o procedimento para essa troca bastante simples.
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Substituindo um pelo outro - Entretanto, antes de partimos para o procedimento de mudança é preciso que certas condições de manutenção sejam devidamente observadas. Uma dessas condições diz respeito às recomendações previstas no manual do fabricante. É de suma importância que as recomendações quanto à viscosidade (SAE) e classificações de desempenho (API, JASO, ACEA etc) sejam consideradas na escolha do lubrificante. Outra condição muito importante está ligada ao histórico de manutenção do motor. Tanto o uso do lubrificante fora das recomendações como o uso do lubrificante além do intervalo de troca recomendado poderão
A
B
Dois pistões após extensivo teste de campo de 11 mil km. Repare no nível de limpeza e condições de desgaste do pistão A que usou um excelente lubrificante comparado ao pistão B
provocar a formação de depósitos que ao longo do tempo se fixarão às paredes das galerias de óleo, cabeçote e cárter, dificultando assim a remoção desses depósitos nas trocas de óleo subsequentes. Lubrificantes minerais são mais suscetíveis à formação de depósitos devido à oxidação e por essa razão, saber se o motor está com as manutenções em dia é muito importante antes de efetuar a mudança de base, pois isso evitará que depósitos pré-formados ao longo do tempo possam ser subitamente removidos e dificultarem ou mesmo interromperem o fluxo de óleo no pescador da bomba e/ ou filtro, contribuindo assim para falha na lubrificação do motor. Ao se deparar com essa situação, muitos usuários e reparadores relacionam a falha ao uso do lubrificante sintético, pois nenhuma outra causa explicaria a formação de borra normalmente observada após a abertura do motor ou caixa. No entanto, tais formações tratam-se na verdade de depósitos soltos pelo lubrificante sintético e não depósitos formados por ele. Sendo assim, vemos que a falha ocorreu não em virtude do uso de lubrificante sintético
e sim pela falha de manutenção do motor ao longo do tempo, justamente por não observação das recomendações previstas no manual. Uma vez que o histórico de manutenção do veículo seja conhecido e as manutenções tenham sido devidamente realizadas, não será necessário qualquer procedimento especial para mudança de base, bastando apenas se atentar às classificações de viscosidade e desempenho do lubrificante escolhido. Cuidados - Quando não conhecemos o histórico de manutenção ou já temos conhecimento que aquele motor não sofreu as manutenções dentro do período recomendado, devemos tomar alguns cuidados na mudança para um lubrificante sintético. Certifique-se de drenar totalmente o sistema e obrigatoriamente faça a troca do filtro (No caso de motocicleta caso exista). Abasteça o motor com o lubrificante sintético escolhido e efetue a troca dessa carga antecipadamente. Em geral a redução para metade do intervalo recomendado é o suficiente para que o lubrificante efetue uma limpeza mais acentuada. No
entanto é interessante que esse intervalo não supere os 1.200 km (ou 3 meses) para evitar que um grande acúmulo de depósitos seja desprendidos na mesma carga de óleo. Após esse procedimento, drene novamente o óleo e substitua o filtro. Reabasteça novamente com o lubrificante escolhido e siga o intervalo de drenagem previsto no manual para o regime de uso que se enquadre nas suas condições reais de rodagem. Intervalo de troca - Não estenda o intervalo de drenagem por utilizar um produto sintético, pois isso também poderá causar a formação de depósitos no motor. É importante entender que embora o lubrificante sintético tenha maior potencial de vida útil em comparação com os minerais, seu principal benefício não é a extensão de intervalo de troca e sim a maior proteção e limpeza que oferece ao motor. A extensão de intervalo só é possível e segura com o auxílio de análises de óleo em laboratório ao longo desse intervalo de troca, de forma a avaliar se tal extensão não trará prejuízos ao motor. Obviamente que o acompanhamento técnico via analises laboratoriais não são viáveis economicamente a um usuário comum e por essa razão o intervalo previsto no manual é sem dúvida o mais seguro a ser seguido. Outro ponto importante é que se observada visualmente a presença de depósitos de borra no motor, o procedimento mais adequado será a limpeza manual após a abertura do mesmo. Também não é interessante qualquer mistura (em maiores proporções) de lubrificantes, pois em geral o
resultado da mistura produzirá um terceiro lubrificante com desempenho inferior aos dois produtos objeto da mistura, aumentando assim o risco de maior desgaste e degradação antecipada do lubrificante. Entretanto não é esperado que ocorra incompatibilidade de bases, apenas a redução de desempenho. Observados os cuidados descritos acima dificilmente você terá problemas na mudança de base do lubrificante e poderá usufluir dos benefícios proporcionados pelos produtos sintéticos tranquilamente.
Depósitos nos canaletas dos pistões prejudicam a compressão, aumentam o desgaste e possibilitam uma maior contaminação do lu br i ficante pelo combustível. Lubrificantes sintéticos evitam que essa formação ocorra, devido seu elevado poder de limpeza e estabilidade a oxidação
Cárter com formação de borra devido à ex tensão de quilometragem e não observação ao manual
Regulagem da rotação de marcha lenta em motocicletas de 250 cc de deslocamento A rotação de marcha lenta é um bom indicador do estado do motor da motocicleta. Se ela não é estável, é sinal de que há algum problema no motor Paulo José de Sousa pjsou@uol.com.br
m matérias anteriores já abordamos os assuntos: marcha lenta e dispositivos de ajuste de rotação, mas vale a pena rever o tema e aprofundar um pouco na teoria, propondo outra ótica para os diagnósticos e soluções dos problemas relacionados. A marcha lenta é um indicador do bom funcionamento do motor, a regulagem bem feita resulta na redução nas emissões de poluentes, economia de combustível, prolonga a vida útil da bateria, evita os transtornos quando a motocicleta para de funcionar repentinamente e o cliente, por mais leigo que seja, acaba percebendo que a “batida do motor” está “quadrada”. Nas Yamahas 250cc ao acionarmos a partida, a motocicleta deverá pegar com facilidade, manter a estabilidade da marcha lenta e não falhar, mesmo em baixas temperaturas, mas se houver algum descuido
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na manutenção periódica o funcionamento pode ficar irregular. Por este motivo vamos detalhar como funcionam os dispositivos relacionados ao controle da marcha lenta e também algumas estratégias da ECU. PARTIDA A FRIO Quando damos partida em um motor que está frio, parte do combustível atomizado que flui para o seu interior é perdido ao entrar em contato com as paredes dos coletores, pois ocorre a condensação (o combustível volta a ser líquido) e a mistura acaba ficando pobre. Por este motivo é necessário alimentar o motor com um percentual a mais de combustível para compensar a perda, este enriquecimento deve ser temporário e durar o tempo necessário até o motor aquecer e atingir a temperatura normal de uso. O fenômeno ocorre nas motocicletas equipadas com carburador e também nas motocicletas equipadas com injeção eletrônica, e esta é a razão da necessidade de um afogador
nas motocicletas carburadas. Enriquecimento da mistura ar/combustível e alteração na rotação do motor - Esse processo está relacionado ao prolongamento do tempo da injeção feito pela ECU quando combinado ao suprimento extra de ar proveniente da FID, a válvula fornece um complemento no volume de ar que é necessário para que o motor funcione ligeiramente acelerado. Paralelamente o sensor de temperatura fornece para o módulo do motor (ECU) o dado relativo à temperatura do motor, e quando este está frio, a central eletrônica conclui que o tempo de injeção deve ser prolongado, para assegurar um volume maior no fornecimento de combustível durante o tempo necessário.
FID - motocicletas yamaha 250cc
FID (“FAST IDLE’) As motocicletas Fazer 150/250 e Lander possuem uma válvula de controle de ar conhecida como FID (“Fast Idle’), que proporciona um rápido fluxo de marcha lenta nas baixas temperaturas do motor. Nesta condição será necessário uma rotação ligeiramente superior à rotação normal de marcha lenta devido ao maior atrito interno do motor causado pela baixa temperatura. A rotação em marcha lenta não aumenta devido ao aumento do volume de combustível, e sim ao maior volume de ar que é o fundamental para sua elevação. A FID está localizada no corpo de borboleta de aceleração próximo ao bico injetor. Basicamente a válvula é composta por um solenoide (atuador) que recebe uma tensão proveniente da ECU, e é utilizada em motocicletas arrefecidas a ar. Quando o motor está frio, a válvula está aberta permitindo maior entrada de ar para o motor. Este mecanismo também é conhecido como circuito do “by pass”,
RECOMENDE SHELL ADVANCE AX7
ATENDE ÀS CLASSIFICAÇÕES API SL E JASO MA2, E ÀS NOVAS RECOMENDAÇÕES DE VISCOSIDADE Consulte o manual da sua motocicleta. O descarte inadequado de óleo lubrificante usado ou contaminado e de suas embalagens provoca danos à população e ao meio ambiente, podendo contaminar água e solo. O óleo usado e as embalagens são recicláveis. Entregue-os em um posto de serviço ou de coleta autorizado, conforme resolução CONAMA no 362/2005 e sas alterações vigentes.
para maior quantidade de ar, maior rotação em marcha lenta do motor. O dispositivo mencionado está baseado no deslocamento do êmbolo para fornecimento ou interrupção de ar, lembrando que não há nenhuma relação com o motor de passo. Funcionamento da válvula FID - O sensor de temperatura do motor fornece para a ECU o valor da temperatura, e quando está frio, a estratégia de trabalho determinada para o atuador que controla o fluxo de ar é: primeiramente manter-se aberto e, ao atingir algo em torno dos 70 graus, inicia a pulsação, para depois fechar a passagem de ar assim q ue a temperatura correta de funcionamento do motor for atingida. Os dados de fábrica servem como parâmetros para diagnósticos do funcionamento e tempo de abertura do mecanismo, em função da temperatura. Falhas no funcionamento do sensor de temperatura podem tornar imprecisa a atuação da FID. Falhas na FID não estão previstas por meio de códigos de piscadas.
VISTA EM CORTE DO CORPO DE BORBOLETA DE ACELERAÇÃO 1. Esquema da unidade marcha lenta rápida FID - válvula solenoide aberta, nesta condição há fluxo extra de ar para o motor, motocicleta em marcha lenta.
Fluxo de ar - motor aquecido
2. Esquema da unidade marcha lenta rápida Fid - válvula solenoide fechada, nesta condição não há fluxo extra de ar para o motor, motocicleta em marcha lenta.
Diagnóstico por meio de um scanner É possível impor o funcionamento da FID por meio da ferramenta de diagnósticos, que possui alguns comandos como o código “54” diagnóstico recomendado para as motocicletas Fazer e Lander 250. A ECU envia um sinal para que o atuador pulse 5 vezes, sendo possível até, ouvir seu ruído de funcionamento ou removê-lo e observar o trabalho do êmbolo, e assim concluir que o circuito elétrico, a ECU e o atuador estão em boas condições. Ao pressionar o botão “MODE” da ferramenta de diagnósticos a luz “Warning” irá piscar na mesma frequência de funcionamento da FID.
Código “D54” correspondente ao diagnóstico
Fluxo de ar - motor frio
DIAGNÓSTICOS DA VÁLVULA FID Diagnósticos por meio de um multímetro • Verifique se há tensão (V) no conector da FID, o valor padrão para diagnóstico é igual o da bateria, o componente deverá estar ligado; • Efetue também o teste de resistência conforme a tabela abaixo, o componente deverá estar desligado. Nota: se o valor de resistência estiver fora da especificação substitua a FID Exemplo de diagnóstico: o teste deve ser aplicado a diversos modelos equipados com a válvula FID, considerar a cor da fiação, ano e modelo de motocicleta Teste de resistência FID
Nota: a motocicleta FAZER 250 Bicombustível possui a função diagnósticos dos atuadores da injeção eletrônica incorporada diretamente no painel de instrumentos, portanto não necessita da ferramenta de diagnósticos (scanner). Na Fazer 150 o diagnóstico do atuador deverá ser feito por meio de um computador conectado a motocicleta.
mas relacionados à vedação Após remover a FID, limpe o corpo de borboleta de aceleração e substitua todas as guarnições de borracha. De acordo com o manual de peças do fabricante o kit de reparos da FID não está disponível, a boa notícia é que no mercado há peças de reposição.
Remoção da válvula FID
AJUSTE DA ROTAÇÃO DO MOTOR – MARCHA LENTA Kit de reposição - reparos da FID
Outros elementos causadores de falhas no funcionamento da FID • Panes no sensor de temperatura do motor; • Falha na comunicação entre a ECU e a FID; • Falha de contato no conector do sensor; • Falha na ECU; • Falhas nas conexões elétricas; • Baixa tensão na bateria; • Válvula FID travada.
Após efetuar o reparo na FID e montar todos os componentes, instale o corpo de borboleta na motocicleta e faça o ajuste da rotação do motor por meio do parafuso “Phillips” que fica na lateral do corpo. Quanto mais aberto mais ar irá passar e, consequentemente, a rotação será elevada. O trabalho deve ser realizado com o motor aquecido em temperatura normal de uso. Nas motocicletas 250cc ajuste deverá ser efetuado com a motocicleta em temperatura normal de uso – (Rotação de marcha lenta: 1300 a 1500 RPM) O resultado alcançado deverá ser um funcionamento uniforme, marcha lenta do motor ocorrendo de maneira estabilizada Outras causas de Marcha lenta incorreta – motocicletas 250cc Não tente compensar no para-
Sintormas de mau funcionamento da motocicleta ocasionados por falhas nas vedações da FID Pode haver entrada de ar para o motor ocasionando os seguintes sintomas: • Mistura pobre; • Dificuldade de manter a marcha lenta; • Dificuldade na partida a frio.
fuso de lenta uma falha na marcha lenta ocasionada por algum defeito no motor. • Falhas na compressão do motor; • Problemas elétricos; • Filtro de ar obstruído; • Ausência de filtro de ar; • Coletor do motor danificado; • Entrada de ar extra no motor; • Combustível velho; • Combustível não especificado; • Falha nas vedações das válvulas do motor; • Motor gasto; • Danos no escapamento. Nas motocicletas Fazer e Lander 250 nunca utilize o parafuso batente da borboleta para elevar ou baixar a rotação do motor. Por uma razão bem simples, toda alteração feita no batente implicará na leitura efetuada no sensor de ângulo da borboleta (TPS), podendo até alterar o funcionamento da motocicleta.
Ação corretiva para os proble-
DIAGNÓSTICO DA VÁLVULA FID Conexão do multímetro/cores dos fios Ponta positiva ponta negativa -vermelho e -amarelo e branco vermelho
Valor padrão (20°C) 30 a 40 Ω
Sequência – FID e corpo de borboleta de aceleração
1. FID 2. Reparos de borracha 3. Corpo de borboleta de aceleração
Corpo de borboleta - motocicletas Fazer/Lander 250cc
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Técnica
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Técnica
Testes de vazamento e compressão permitem diagnósticos rápidos e confiáveis Ilustrações e fotos: Melsi
Embora subutilizados pelos reparadores, procedimentos são de grande valor no diagnóstico de defeitos do motor, confira como realizá-los nesta matéria
Melsi Maran melsimaran@ig.com.br
O
teste de vazamento de cilindros é uma operação que deve ser realizada para diagnosticar problemas internos na câmara de combustão, nos cilindros, pistões, anéis, válvulas, junta do cabeçote e trincas, sem precisar desmontar o motor. A operação consiste em injetar ar comprimido na câmara de combustão com o pistão em PMS, com um equipamento apropriado instalado no orifício da vela de ignição. Para realizar este teste deve se seguir alguns procedimentos; - o motor deve estar aquecido na temperatura ideal de trabalho; - as velas de ignição devem ser removidas removidas; - o pistão do cilindro a ser medido deve apresentar em 0 grau PMS; - os injetores e bobina de ignição devem ser desligados; - a borboleta de aceleração
Manômetro de teste de vazamento de cilindros
deve estar aberta; - o manômetro do equipamento deve ser ajustado em zero e conectar no motor. Verificações em caso de indicações de vazamento no manômetro: Uma indicação de até 5% de vazamento não representa problemas para o motor, pois um pequeno desgastes nos cilindros e anéis pode acusar este índice. Contudo se as indicações ultrapassarem 10% podem comprometer a eficiência de queima da mistura ar/combustível resultando em perda de potência,
consumo de combustível e alto índice de emissões reprovando para a inspeção veicular. Verificação da compressão do motor - Nos motores de combustão interna existem vários fatores que podem gerar a perda da pressão de compressão comprometendo a eficiência de queima, provocando baixo rendimento do motor, alto consumo de combustível, alto consumo de óleo, carbonizações, contaminações do óleo e emissões de poluentes. Uma operação indispensável para diagnosticar estes problemas é a medição de pressão de com-
pressão do motor e de vazamentos de cilindros Procedimento para se medir a pressão de compressão de um cilindro Condições para medir compressão dos cilindros; - Motor quente e sem as velas de ignição; - Injetores e bobina de ignição desligados; - Borboleta de aceleração aberta; - Filtro de ar limpo/removido; - Bateria e motor de partida em bom estado; - Manômetro instalado nos orifícios das velas.
Medidor de compressão
Obs.: O motor deve girar livremente até estabilizar o ponteiro do manômetro. A maioria dos fabricantes especificam uma
diferença máxima admissível de 10% entre o maior e menor valor medido. O principal fator que gera a perda de compressão nos motores é o desgaste dos anéis e cilindros por tempo de uso ou falta de manutenção preventiva. Quando uma parte da mistura ar/combustível atinge o cárter pode ocorrer uma diferença na compressão final em relação a outros cilindros do motor, provocando funcionamento irregular, podendo chegar a falhas em determinados regimes do motor. O desgaste entre anéis e canaletas do pistão permite a passagem de óleo entre anel e cilindro, de forma que o óleo alcança a superfície do pistão, juntandose à mistura a ser queimada, formando na saída dos gases uma fumaça branca azulada em motores movidos a gasolina, e pouco mais clara para motores a álcool. Com a comprovação da diferença de compressão dos cilindros, a coloração da louça da vela e do eletrodo da vela de ignição, mostra-se preto úmido (brilhante), e através da visualização na saída dos gases na extremidade do tubo de escapamento. Deixe o motor trabalhar em marcha lenta por alguns minutos e posteriormente acelere o motor em torno de 2500 a 3500 rpm por uns trinta segundos, e verifique a presença de fumaça que comprova o desgaste. É considerado normal o consumo de óleo lubrificante do motor em até um lit ro num intervalo de troca, ou segundo indicações contidas no manual do proprietário. Basicamente o consumo excessivo de óleo pode ter como causa os seguintes fatores que são: Retentores de válvulas: Os retentores de válvulas são ins-
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Técnica talados nas hastes das válvulas e têm por função reter o óleo lubrificante contido no cabeçote. Causa provável: Má vedação dos retentores de válvulas na haste da válvula. Durante o movimento de abertura da válvula, porém, partículas de óleo acompanham a haste no intuito de manter a lubrificação e acabam entrando em contato com o cilindro, queimando juntamente com a mistura ar/combustível, (em níveis controlados é normal). Como verificar: Só é possível a verificação através da desmontagem do cabeçote. Haste e guias de válvulas: As hastes das válvulas devem ter folgas controladas para que os vedadores consigam reter a passagem de óleo e manter as válvulas perfeitamente vedadas nas sedes. Causa provável: Má vedação dos retentores de válvulas na haste da válvula. Durante o movimento de abertura da válvula, folga excessiva no guia de válvula pode provocar movimentação angular da haste, forçando assim o retentor que com o tempo permitirá a passagem do óleo para a câmara de combustão. Como verificar: Só é possível a verificação através da desmontagem do cabeçote. Anéis de segmento e tipos de desgastes: Os anéis de segmento e os pistões podem sofrer desgastes por deficiência de lubrificação, sobrecarga do motor, superaquecimento ou até desgaste natural, e podem provocar: - baixa pressão de compressão; - alto consumo de óleo e combustível; - baixo rendimento do motor; - vazamentos de óleo; - emissões de poluentes. Observações importantes durante o teste: Vazamentos apresentados durante o teste podem indicar os tipos de desgastes tais como: Vazamento de ar pela borboleta de aceleração indica uma má vedação na válvula de admissão
proveniente de empenamento, queima, desgastes na sede ou válvula presa. Vazamento de pressão de compressão do cilindro para o Carter - No momento da compressão o aumento da pressão no cilindro pode provocar fuga entre os anéis e as canaletas do pistão, entre os anéis e os cilindros e junta do cabeçote. Como verif icar: Através da constatação da presença de pressão na ventilação do cárter (sistema de respiro do motor, ou tubo da vareta de óleo) Perda de performance por desequilíbrio de compressão Causa provável: Em virtude
motores movidos a gasolina, e pouco mais clara para motores a álcool. Como verificar: Com a comprovação da diferença de compressão dos cilindros, coloração da louça e o eletrodo da vela de ignição, mostrando-se preto úmido (brilhante). Através da visualização na saída dos gases na extremidade do tubo de escapamento. Deixe o motor trabalhar em marcha lenta por alguns minutos e posteriormente acelere o motor em torno de 2500 a 3500 rpm por uns trinta segundos, e verifique a presença de fumaça. Desgastes de cilindros devem ser medidos conforme especificações dos fabricantes.
o motor recebe cargas e vai se incandescendo e se transformando em um ponto quente que sem controle, pode danificar o motor irreversivelmente. Como verificar: Somente com a constatação da presença de carvão na cabeça do pistão, considerando os itens do ponto anterior. Ignições espontâneas por pontos quentes na câmara de combustão Causa provável: Em virtude da incrustação do carvão na cabeça do pistão, quando incandescente pode provocar a inflamação da mistura ar/combustível antes que o sistema de
Partes do motor que vedam a câmara de combustão e podem apresentar vazamentos
de parte da mistura ar/combustível atingir o cárter, ocorre uma diferença na compressão final em relação a outros cilindros do motor, provocando funcionamento ir regular, podendo chegar a falhas em determinados regimes do motor. Passagem de óleo lubrificante para a superfície do pistão. Causa provável: O desgaste entre anéis ou canaletas do pistão permite a passagem de óleo tanto entre anel e cilindro, como anel e canaletas do pistão, de forma que o óleo alcance a superfície do pistão juntandose a mistura a ser queimada, formando na saída dos gases uma fumaça branca azulada em
Formação de carvão na cabeça do pistão Causa provável: O acúmulo de óleo na cabeça do pistão pode não ser totalmente queimado, transformando-se com o tempo em crostas de carvão mudando a geometria do pistão, prejudicando o perfeito funcionamento. Como verificar: A constatação só é possível removendo-se o cabeçote, porém todos os indícios apontados até aqui, se constatados, retratam a existência de carvão na cabeça do pistão. Ponto incandescente na cabeça do pistão Causa provável: O carvão incrustado na cabeça do pistão vai se aquecendo à medida que
ignição centelha sobre a vela, fazendo com que a mistura entre em expansão, causando torções no motor, perda de performance, super aquecimento, entre outras coisas. Como verificar: A constatação principal se dá com a remoção do cabeçote, porém, pode se fazer um pré-diagnóstico quando se houve um ruído característico, conhecido como (batida de pino) em vários regimes e sem constatação de irregularidades com o sistema de ignição ou combustível, porém na realidade
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o ruído ocorre com o encontro de ondas sonoras e não por contato metálico. Depósito de óleo no catalisador e sistemas silenciadores Causa provável: Excesso de óleo lubrificante queimando juntamente com a mistura ar/ combustível em um ou mais pistões. Como as partículas do óleo são pesadas nem todo óleo é queimado, saindo então como resíduo líquido no tubo do escapamento se acumulando nos silenciadores e catalisadores. Quando não sanado o problema, pode causar o entupimento do catalisador e silenciadores impossibilitando o funcionamento do motor. Como verificar: Visualmente na saída do tubo de escapamento, com aspecto úmido brilhante, tocando internamente na saída do tubo de escapamento e, constatando a oleosidade sobre a pele, ou removendo o sistema de escapamento para análise. Incrustação de carvão nas canaletas dos pistões. Causa provável: A folga nas canaletas entre anéis e pistões pode fazer com que parte da queima da mistura ar/combustível alcance o óleo lubrificante nas canaletas, de forma a aquecê-lo até que percam a propriedade lubrificante, ressecando-o tornando-se carvão, o que pode provocar o travamento dos anéis riscando os cilindros chegando a fundir o motor. Como verificar: Somente com a remoção dos pistões, porém, há pré-diagnósticos que auxiliam no prognóstico, como: diferença de compressão entre os cilindros, falha do cilindro, forte presença de óleo como fumaça na saída do tubo de escapamento, pressão na saída de ventilação do cárter. Conteúdo do livro “Diagnósticos e Regulagens de Motores de Combustão Interna”, do Professor Melsi Maran.
Melsi Maran é autor do livro "Diagnósticos e Regulagens de Motores de combustão interna". Para adquiri-lo, acesse: http://bit.ly/1nRzQsw
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Pajero tR4: localização de conectores e esquema elétrico do módulo de controle Para os leitores que acompanham mensalmente os diagramas, disponibilizamos agora os da injeção eletrônica do Mitsubishi Pajero TR4 produzido entre 2003 e 2007 Fotos: Doutor-IE
LOCALIZAÇÃO DA UNIDADE DE COMANDO ELETRÔNICO - UCE Válter Ravagnani www.drieonline.com.br
N
UCE
Cinto de segurança salva vidas.
esta edição, mostramos os diagramas elétricos do Pajero TR4 com motorização 2.0 16V a gasolina, produzido antre 2003 e 2007. Acesse o site do nosso jornal (www.oficinabrasil.com.br) e confi ra mais diagramas exclusivos, além de instruções de manutenções envolvidas para o modelo apresentado. Uma excelente leitura e até mês que vem.
técnica DiaGRaMa ELétRicO inJEÇÃO ELEtRÔnica - MitSUBiSHi MPi PaJERO tR4 2.0 16V 131cv (4G94) - (2003 - 2007)
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téCniCA
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As emissões são um problema que também precisa ser considerado pelos reparadores Confira no texto como os gases são formados no processo de combustão, como eles interferem no meio-ambiente e na saúde humana e o que pode ser feito para atenuar os problemas
Humberto manavella humberto@hmautotron.eng.br
A
presente matéria tem por objetivo salientar as emissões associadas ao processo de combustão e que podem ter sua origem: - Nos gases presentes no escapamento. São as emissões resultantes do processo de combustão, o qual nunca é perfeito. Seja devido a deficiências de projeto, ou desregulagem do motor, os gases de escape possuem, sempre, uma proporção de componentes poluentes. - Na evaporação do combustível do tanque e da cuba do carburador, provocada por temperatura ambiente elevada e nos vapores de combustível despejados durante o reabastecimento. São as denominadas emissões evaporativas, presen-
tes principalmente, em motores de ciclo Otto. - Nos vapores de combustível acumulados no cárter. O sistema de ventilação positiva do cá r ter ( PCV ) re - ci rcula esses vapores e os integra à mistura através do filtro de ar. Anteriormente (até os anos 60) estes vapores se constituíam em mais uma fonte de poluição, já que eram despejados na atmosfera. Este vazamento acontece durante o ciclo de compressão em motores de ciclo Otto convencionais e naqueles com injeção direta (GDI) quando funcionando com mistura homogênea. Nos motores de ciclo Diesel, assim como nos de ciclo Otto GDI (durante o funcionamento com mistura estratificada) o vazamento é aquele do HC a cu mu la do n a s pa re de s do cilindro (por resfriamento) e entre a cabeça do pistão e o primeiro anel. Combustão e emissões
Entre os componentes presentes nos gases de escape de um motor de combustão interna, a figura 1 apresenta os mais significativos: Monóxido de carbono (CO), Dióx ido de ca rbono (CO 2 ), Combustível residual (HC), Óxidos de nitrogênio (NOx), Vapor de água (H 2O), Dióxido de enxofre (SO 2), Nitrogênio livre (N2), Oxigênio livre (O2), Mater ial pa r t iculado ( M P), Aldeídos. L e mb r a r q ue u m a c om bustão completa produz em teoria, água (H 2 O) e dióxido de carbono (CO 2) no escape. O nit rogênio ( N 2), e out ros gases contidos no ar passam inalterados pelo processo de combustão. Por outro lado, uma combustão incompleta produz gases poluentes, os quais têm um grande impacto na saúde e no meio ambiente. São os mais importantes: - CO: Impacto na saúde - HC: Formação do “smog” fotoquímico (névoa seca) - NOx: Formação do “smog” fotoquí m ico (névoa seca) e “chuva á cid a”; i mpa ct o n a saúde - MP: Impacto na saúde - CO2: Impacto nas mudanças climáticas (efeito estufa) - SO2: Formação de “chuva ácida” • Monóxido de carbono (CO): É o resultado da combustão incompleta ou parcial de misturas ricas. Por tanto, não havendo combustão, não have r á for ma ção de CO. É um gás bastante poluente. A respiração de ar num ambiente fechado com 0.3% de CO (em volume) pode provocar a morte
em 30 minutos. • Hidrocarbonetos (HC): É combustível não queimado que resulta da admissão de misturas ricas ou de falhas de combustão, isto último, quando não acontece a ignição da mistura. Ainda em condições normais, nenhum motor consegue queimar todo o combustível contido na mistura. Nas paredes do cilindro, sempre mais frias, par te do combustível é condensada por causa do resf r iamento alterando assim o teor da mistura nessa região. Devido a este fato, quando a frente de chama atinge as paredes do cilindro, desaparece deixando uma pequena
quantidade de combustível sem queimar. Este problema é mais evidente em motores de ciclo Ot to, que ad mitem mist u ra durante o ciclo de admissão. A emissão de HC é um fator importante na formação de ozônio na baixa atmosfera. Nota: O ozônio for mado na baixa atmosfera (até 1000 metros de altitude) é o principal componente do “smog” ou névoa seca, que provoca a destruição do tecido pulmonar. • Óx idos de n it rogên io (NOx): O nitrogênio, que deveria passar inalterado pelo processo de combustão, reage com o oxigênio, por causa das
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téCniCA altas temperaturas na câmara de combustão (super iores a 1300ºC/1400ºC), formando os óxidos de nitrogênio. Geralmente se apresentam com maior ênfase em motores sob carga. Assim, qualquer condição que provo que u m au me nt o excessivo da temperatura, na presença de oxigênio, produzirá níveis excessivos de NOx. Estes são também componentes importantes na formação de ozônio. • Material particulado: Refere-se a um dos principais poluentes emitido pelos motores Diesel e responsável pela fumaça preta. Praticamente irrelevante em motores ciclo Otto. O particulado é constituído por todas as substâncias microscópicas, à exceção da água, que e m cond içõe s nor mais se apresentam como sólidos (carvão, compostos de enxofre, cinzas metálicas) ou líquidos no escapamento. Basicamente é constituído de micro-esferas de carbono (C) sobre as quais se condensam hidrocarbonetos (HC) provenientes do combustível e do lubrificante A quantidade e composição do material particulado dependem do processo de combustão e da qualidade do combustível.
Nota: Cabe lembrar que alguns autores diferenciam material particulado, constituído de micropartículas não visíveis, da fumaça, constituída basicamente, de partículas de carvão (visíveis). • Dióxido de enxofre (SO2): Gerado a par tir do en xof re presente no combustível, principalmente, no óleo diesel. Em veículos com catalisador, o dióxido de enxofre reage com o vapor de água e finalmente, com o hidrogênio para formar SO3 (trióxido de enxofre) com cheiro bastante desagradável. Resulta mais evidente quando o motor trabalha admitindo mistura rica. Por sua vez, o SO3, pela sua afinidade com a água, dá lugar à formação de H 2SO 4 (ácido sulfúrico) que constitui a chamada “chuva ácida”. • D i óx i d o d e c a r b o n o (CO2): No motor ciclo Otto, a concentração máxima se dá na condição de combustão estequiométrica perfeita. Já o motor ciclo Diesel, por trabalhar principalmente, com mistura pobre, pode emitir até 25% menos que o de ciclo Otto (gasolina). O CO 2 , juntamente com o vapor de água e o gás metano (CH4), são os principais com-
ponentes dos gases de efeito estufa. Nota: Efeito estufa: A maior parte da energia do sol é irradiada na forma de luz que não é absorvida pela atmosfera e assim, aquece a terra. A terra quente irradia calor para a atmosfera na forma de radiação infravermelha que é absorvida pelos gases de efeito estufa o que evita o seu esfriamento. Quando em excesso, provocam o sobreaquecimento da atmosfera.
• Controle preciso da injeção (ciclo Diesel): Preparação da mistura e avanço da injeção. • Controle preciso da ignição (ciclo Otto). • Admissão de ar com indução forçada. • Sistema de recirculação de gases de escape (EGR). • Sistema de injeção de ar secundário (ciclo Otto). • Sistema de recuperação das emissões evaporativas (ciclo Otto). Tecnologia integrada de pós-tratamento
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• Catalisador oxidante, para as emissões de HC e CO (ciclo Diesel). • Filtro de material particulado (ciclo Diesel). • Catalisador seletivo redutor (SCR), para as emissões de NOx (ciclo Diesel). • Catalisador adsorvente de NOx ou catalisador acumulador de NOx (ciclo Diesel e Otto). • Catalisador de 3 vias (ciclo Otto). Combust ível com bai xo teor de enxofre [S]
• Aldeídos: São gases irritantes do sistema respiratório. Promovem a formação de formaldeídos, os que podem ser causa de doenças como asma. Presentes em maior proporção nos gases de escape resultantes da combustão de álcool combustível. ConCLusão De forma geral, a redução das emissões em motores de combustão interna requer basicamente: Te cnol o g i a s ava nç ad a s aplicadas ao motor • Projeto da câmara de combustão.
Humberto manavella é autor dos livros "emissões Automotivas", "Controle integrado do motor", "eletroeletrônica Automotiva" e "Diagnóstico Automotivo Avançado". mais informações: (11) 3884-0183 www.hmautotron.eng.br
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TÉCNICA
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Apresentação técnica: transmissão de dupla embreagem AUDI DL501 As transmissões de dupla embreagem tornam-se mais populares a cada dia, confira nesta edição os aspectos técnicos de uma das mais modernas caixas com esta tecnologia, a DL501, presente em modelos como: A4/A5/A6/A7/Q5/AUDI RS
Carlos Napoletano Neto suporte@apttabrasil.com
A
transmissão DL501, mais conhecida pela designação de serviço Audi/VW 0B5 S-Tronic, é uma transmissão automatizada de dupla embreagem a óleo (embreagem molhada), de 7 velocidades à frente, com configuração longitudinal, disponível nos veículos AUDI/VW a partir de 2010. Ela combina as características positivas de uma transmissão automática com a esportividade e eficiência de uma transmissão manual. Com tempos de mudança extremamente curtos sem interrupção da força de tração, fornece uma experiência de direção única. Vantagens de sete relações de marcha - Sete velocidades à frente fornecem um ampla relação de marchas que favorecem a aceleração inicial, e também diminuem o consumo de combustível através da sétima marcha, atuando como um overdrive. Projeto da Transmissão – Funções - O torque é transmitido
ao volante de dupla massa através do flexplate. Daí, o torque segue às embreagens controladas eletrohidraulicamente K1 e K2, que acionam as marchas pares e ímpares. Pelo arranjo das marchas, a transmissão 0B5 pode ser vista como duas transmissões separadas. Transmissão número 1 - As marchas ímpares (1,3,5,7) são acionadas através do eixo de entrada central número 1 pela embreagem K1. Transmissão número 2 - As marchas pares (2,4,6 e a ré) são acionadas através do eixo de entrada oco número 2 pela embreagem K2. Características de projeto da dupla embreagem. A dupla embreagem serve a duas finalidades: • Aplicar a força do motor na aceleração inicial e desaplicar a força do motor durante as paradas; • Permitir as mudanças de marcha. A dupla embreagem foi projetada de maneira que a embreagem K1 fica localizada na parte externa, com maior diâmetro. Isto atende às altas demandas de torque exigidas pela
K1 como embreagem de partida (em primeira marcha). Pequenos cilindros de pressão e conjuntos de molas em ambas as embreagens fornecem um bom controle durante a aceleração inicial e nas mudanças de marcha.
A equalização da pressão hidráulica não se faz mais necessária. O controle das embreagens corrige o aumento da pressão dinâmica causado pela força centrífuga a altas rotações do motor em qualquer situação.
Sequência de mudanças de marchas. Aceleração inicial - Quando a alavanca seletora está na posição “P” ou “N”, somente a primeira marcha ou a marcha à ré pode ser engatada. Isto permite aceleração imediata a partir da imobilização. Não importando se o motorista deseja que o veículo vá para a frente ou à ré, a marcha correta sempre é pré-selecionada. Mudanças - Para o movimento à frente, o motorista move a alavanca na posição “D” e a 1ª marcha é engatada. Quando uma determinada velocidade é alcançada (cerca de 15 km/h), a 2ª marcha é engatada na transmissão 2. Ao se alcançar a velocidade correta de mudança, a mesma é efetuada pela rápida abertura da embreagem K1 e fechamento simultâneo da embreagem K2 sem nenhuma interrupção da força de tração. Para melhorar o conforto da mudança e preservar a embreagem, o torque do motor é reduzido durante a mudança de marcha (sobreposição). O processo de mudança das marchas é completado dentro de poucos centésimos de segundo. A 3ª marcha é agora pré-selecionada na transmissão 1. O processo descrito
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TÉCNICA ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DA TRANSMISSÃO 0B5 Designações
Do produtor: DL501-7Q De serviço: 0B5 Distribuição: S-Tronic
Produção
AUDI AG Ingolstadt Fábrica VW em Kassel
Tipo
Sete velocidades, dupla embreagem Totalmente sincronizada, controlada eletrohidraulicamente
Dupla embreagem
Embreagens duplas, multi-discos, resfriadas a óleo, controladas eletrohidraulicamente.
Controle
Sistema mecatrônico – Integrando o módulo de controle hidráulico, módulo de controle eletrônico, sensores, atuadores, programa “Sport” e programa de mudanças “Tiptronic” para mudanças manuais.
Relação final
Até 8,1:1*
Espaçamento entre eixos
89,0 mm
Capacidade de torque
Até 550 Nm a 9.000 rpm
Peso
Aproximado de 142 kg, incluindo o volante de dupla massa e fluido.
*A sétima marcha está configurada como uma sobremarcha (overdrive). A velocidade máxima é alcançada na sexta marcha.
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acima é repetido alternadamente durante as mudanças subseqüentes de 2-3 até 6-7. Sincronizadores - Para facilitar os tempos de mudança extremamente curtos, todos os anéis sincronizadores são revestidos com carbono. As marchas um, dois e três possuem anéis de cone triplo devido aos altos esforços a que estão submetidas. As marchas quatro, cinco, seis e sete possuem anéis sincronizadores de cone simples. Sistemas de Lubrificação Fluido ATF - A transmissão 0B5 possui dois sistemas separados de lubrificação. O primeiro sistema atende à embreagem dupla, sistema mecatrônico e abastecimento de pressão do sistema. Estes componentes utilizam um ATF (Fluido de Transmissão Automática em inglês) desenvolvido especialmente para a transmissão 0B5. Este sistema ATF possibilita mudanças rápidas mesmo a baixas temperaturas, servindo também para lubrificar e resfriar a dupla embreagem. Fluido das engrenagens - O segundo sistema incorpora o conjunto de engrenagens, a caixa de transferência (diferencial central) e conjunto de diferencial dianteiro. A lubrificação se dá por meio de um fluido hipóide para engrenagens com aditivação especial para o diferencial central. A separação destas câmaras de lubrificação torna possível projetar as peças dos componentes individuais da transmissão otimamente. Não é necessário tentar conciliar o funcionamento dos componentes devido à demanda conflitante dos lubrificantes. NOTA: O fluido ATF está sujeito a um intervalo regular de substituição, conforme o livreto de manutenção, enquanto que o óleo
hipóide é projetado para utilização permanente. As câmaras de fluido devem ser seladas hermeticamente para evitar vazamentos cruzados entre si. A intrusão de fluido de engrenagem hipóide na câmara de ATF afetará adversamente o desempenho da dupla embreagem. Para evitar este fato, alguns elementos de vedação especiais são instalados em locais especiais. Os eixos de entrada 1 e 2 são selados por um anel de vedação duplos. No total, quatro anéis de vedação radiais são utilizados. Se houver vazamento de um anel radial, uma porta de dreno permite que o vazamento seja drenado e evita que o fluido entre na outra câmara de óleo. O alojamento transversal no eixo de entrada 2 estabelece uma conexão entre o eixo de entrada 1 e a porta de dreno de óleo. Fornecimento de fluido ATF – Lubrificação
Bomba de ATF com porta rotativa e rolamento da dupla embreagem. Uma quantidade suficiente de fluido ATF é essencial para o correto funcionamento da transmissão. Uma bomba externa movida pela embreagem dupla através de chanfros na engrenagem motriz fornece o fluxo de óleo e pressão necessários. A bomba de ATF alimenta o sistema mecatrônico com a pressão de óleo necessária para desempenhar as seguintes funções: - Controle da embreagem multidisco (aplicação e desaplicação); - Arrefecimento e lubrificação da embreagem multidisco; - Controle do sistema hidráulico da transmissão. Uma bomba de sucção a jato, operando pelo princípio do Venturi, aumenta o fluxo de óleo para o sistema de arrefecimento das embreagens. Devido ao fato desta bomba dobrar o fluxo de óleo sem a necessidade de aumento de sua
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TÉCNICA
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de estacionamento travam todas as quatro marchas através do diferencial central, mas pode compensar através do diferencial central se por exemplo uma roda for levantada e tender a girar livremente, na troca de pneus. Assim sendo, como precaução, o freio de estacionamento deve estar sempre aplicado, nestas situações.
capacidade, ela é pequena e mais eficiente. Arrefecimento do ATF - O arrefecimento do ATF é conseguido através de um trocador de calor integrado ao sistema de arrefecimento do motor (radiador do ATF). A linha de abastecimento que une o trocador de calor à transmissão acomoda um filtro pressurizado o qual, junto com o filtro de sucção, consegue uma filtragem efetiva do ATF. Ambos os filtros são projetados para utilização permanente na transmissão, e não estão sujeitos a intervalos de substituição. Uma válvula de pressão diferencial é parte integrante do filtro pressurizado. Ela abre quando a
resistência do fluxo sobe acima de certo valor, por exemplo, quando o filtro está obstruído ou o ATF está muito frio. Desta maneira, a circulação do fluido até o trocador de calor é sempre assegurada. A ilustração desta página mostra o sistema de arrefecimento do ATF conectado ao motor 2.0L TFSI. Esta configuração é representativa de todos os motores AUDI, com exceção de diferentes chicotes elétricos. Notas sobre o trocador de calor do ATF. Se o trocador de calor do ATF vazar, o líquido de arrefecimento pode se misturar ao ATF. Mesmo pequenas quantidades de líquido de arrefecimento no ATF poderão
afetar o controle das embreagens. Mais uma razão para o sistema de arrefecimento estar sempre limpo e com a quantidade certa de aditivo para preservar as qualidades do sistema. Será necessário substituir o filtro pressurizado se o ATF for contaminado devido a danos na transmissão. Se limalhas, matérias estranhas, ou outras impurezas forem achadas misturadas com o ATF, o trocador de calor do ATF deverá ser lavado e se necessário, substituído. Lubrificação do conjunto de engrenagens Uma lubrificação seletiva, conduzida através de passagens de óleo especiais e defletores de fluido, resulta em necessidades mais baixas de lubrificação. Este projeto inovador de lubrificação reduz as perdas por geração de espuma e melhora a eficiência geral da transmissão. Os rolamentos para as engrenagens do eixo de entrada são lubrificados através do eixo de entrada número 1, que é oco. Alojamentos transversais nos eixos direcionam o
óleo aos pontos de lubrificação dos rolamentos. Trava de estacionamento A transmissão 0B5 necessita de uma trava de estacionamento desde que ambas as engrenagens estão abertas (desengatadas) sempre que o motor não estiver em funcionamento. A engrenagem da trava de estacionamento está conectada ao eixo de saída. A garra de estacionamento é atuada mecanicamente pela alavanca seletora através do cabo seletor. O sensor de posição do DRIVE G676 também é atuado através do eixo seletor e alavanca da trava de estacionamento. Para esta finalidade, um ímã permanente gerando um campo magnético no sensor está localizado na alavanca atuadora da trava de estacionamento. Utilizando os sinais gerados pelo sensor de posição do DRIVE G676, o módulo mecatrônico reconhece a posição da alavanca seletora (P,R,N,D ou S). Nota: A engrenagem e a garra
Controle da transmissão Unidade mecatrônica de engates diretos J743 - A transmissão é controlada por um sistema mecatrônico desenvolvido recentemente. Possibilita controle preciso da velocidade de engate e torque quando as marchas forem trocadas.Isto significa que não importando a situação de utilização, mudanças de marchas rápidas também serão suaves. O sistema mecatrônico age como módulo central da transmissão. Ele combina o módulo dos atuadores eletrohidráulicos, o módulo de controle eletrônico, e alguns sensores em uma só unidade. Devido à sua configuração longitudinal, os sensores de rotação de ambos os eixos de entrada e o sensor de saída estão localizados num suporte separado. O sistema mecatrônico controla, regula e desempenha as seguintes funções: - Adaptação da pressão de óleo no sistema hidráulico conforme necessário; - Regulagem da embreagem dupla; - Seleção dos pontos de mudança; - Regulagem e controle da transmissão; - Comunicação com outros módulos de controle; - Programa de segurança; - Autodiagnóstico.
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Oficina e Auto Elétrica São Pedro Caruaru/PE – Tel.: (81) 3722-7948
Ponto8 Motors Curitiba/PR – Tel.: (41) 3026-7888
Rodacerta Alinhamento Técnico São Luís/MA – Tel.: (98) 3302-4318
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Fórmula Automotiva Boituva/SP – Tel.: (15) 3363-2450
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Injecar Reparação Automotiva Itanhaém/SP – Tel.: (13) 3426-7075
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As férias estão chegando e para unir o prazer de dirigir e o de estar com sua família, apresentaremos tudo o que você precisa saber antes de colocar as rodas na estrada. Afinal, poucas coisas são mais frustrantes do que ver as suas férias dos sonhos se transformarem em um pesadelo. Nossas dicas abordam assuntos fundamentais, como a revisão dos filtros do veículo antes da viagem. Tudo para tornar o seu trajeto ainda mais seguro e agradável.
FILTROS DO AR CONDICIONADO Para que as férias sejam perfeitas o motor do veículo não pode parar no meio do caminho. Mais do que isso, a saúde do condutor e dos ocupantes do veículo é fundamental. Por esses motivos, troque sempre os filtros de ar condicionado/cabine, evitando a proliferação de bactérias e fungos, afinal a sua saúde e da sua família devem estar sempre em primeiro lugar.
FILTROS DO ÓLEO FILTROS DE COMBUSTÍVEL O filtro de combustível é responsável por reter impurezas trazidas pelo combustível e deve ser trocado periodicamente evitando assim a parada repentina do veículo. Troque os filtros na quilometragem correta e relaxe!
Esse filtro é responsável por reter todas as impurezas trazidas pelo óleo lubrificante geradas pelo desgaste das peças móveis do motor e outras contaminações. Portanto, para não ter problemas com seu veículo, a troca deve ser feita conforme as recomendações do fabricante, antes de qualquer viagem. Vale lembrar que em toda troca de óleo deve-se também substituir o filtro, pois o óleo usado que permanece dentro do filtro contamina o óleo novo.
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FILTROS DO AR Um filtro de ar contaminado pode comprometer o fluxo de ar que é indispensável para o motor e também contribuir para outros fatores negativos como: aumento do consumo de combustível, perda de potência do motor, aquecimento e aumento nas emissões de poluentes pelo escapamento. Por todos esses motivos é importante trocá-lo antes de qualquer viagem, desta forma você terá uma viagem mais tranquila.
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consultor ob
suspensão hidropneumática citroën é referência em conforto há mais de cinco décadas Veja na matéria as principais características e algumas informações que podem ser úteis na reparação de veículos que utilizam este sistema de suspensão Fotos: Oficina Brasil
Por andré silva e Paulo Handa
L
ançada em 1955, a suspensão hidropneumática foi projetada pela Citroën com o objetivo de oferecer conforto e estabilidade em uma época na qual as ruas e estradas da França possuíam pavimentação de má qualidade. Ao longo dos anos este sistema foi aprimorado pela Citroën e passou a ser sinônimo de desempenho e conforto, tanto que outras fabricantes, inclusive a Rolls Royce, passaram a utilizá-lo em seus veículos, pagando pelos direitos autorais do projeto. Hoje há outros sistemas que oferecem um desempenho equivalente, principalmente os que utilizam ar comprimido ao invés de molas de aço, comuns em veículos de alto luxo. Mas o sistema hidropneumático também evoluiu, e continua sendo referência na indústria automobilística. Com o propósito de compreender o funcionamento do sistema, conversamos com dois
da via, bem como da forma de dirigir do motorista e alteram o comportamento da suspensão, deixando-a mais firme, ou mais macia através da pressurização de fluido nas esferas, que a grosso modo atuam como os amortecedores num sistema convencional. Estas esferas possuem nitrogênio sob pressão em seu interior, separado do fluido por uma membrana de borracha, e a quantidade de fluido no seu interior é que determina o comportamento da suspensão: mais macia ou mais firme. Já a altura do veículo também é definida pela quantidade e pressão de óleo, mas injetado num êmbolo localizado fora da esfera, ressalta José Filgueira, responsável pela oficina CETAV/ SETA, especializada em veículos da marca desde 1964.
Citroën C5 com suspensão hidropneumática
Problemas reparadores que ao longo da matéria explicam como ele funciona, quais os principais problemas e os cuidados que devem ser tomados na realização de reparos ou ma-
Jeferson de Oliveira, técnico na oficina Tutti Car ao lado do C5
nutenções periódicas. Funcionamento Jeferson de Oliveira, técnico na oficina Tutti Car, na qual havia um Citroën
C5 com o sistema hidropneumático em revisão, explica que, basicamente, o sistema funciona através da pressurização do óleo feita por uma bomba hidráulica, associada a esta bomba há vários sensores e atuadores eletrônicos que fazem a leitura das condições
Quanto aos problemas apresentados, Jefferson menciona que o principal defeito apresentado pelos veículos com este sistema que chegam à Tutti Car é a baixa altura (mínima) da carroceria, causada por vazamentos no sis-
Esferas acumuladoras, o principal item de substituição periódica
consultor ob motor em funcionamento até que os pneus saiam do chão, dessa forma o sistema se encarrega de preencher o espaço vazio com o fluido, impedindo a entrada de ar. Peças e mão de obra No que se refere à disponibilidade de peças, José diz não ser um problema. Mesmo quando não disponíveis na concessionária, o tempo de entrega por parte da montadora é relativamente curto. Porém, ele diz que o principal componente que precisa ser trocado é a esfera, que é submetida a um maior esforço durante o funcionamento, os demais componentes do sistema, desde que a manutenção seja feita da forma correta, raramente apresentam problemas. “Porém, quando apresentam, requerem documentação e conhecimentos específicos, além de algumas ferramentas especiais para que sejam corretamente reparados”, completa José.
Equipamento de testar esferas
Ferramentas especiais José Filgueira, especialista em veículos Citroën
tema hidráulico, principalmente nas esferas acumuladoras. O mesmo ocorre na CETAV, de acordo com José. Acrescentando que não raro o problema de vazamento ocorre em função da utilização de fluido errado, já que nos veículos Citroën com este sistema de suspensão o fluido utilizado também pode fazer parte do sistema de direção e freios, com isso, muitas vezes o reparador, ou mesmo o proprietário, por economia ou desconhecimento, utiliza fluido de direção ou freio ao invés do fluido correto (LDS ou LHM, dependendo do veículo), causando sérios problemas a todo o sistema de suspensão, já que as borrachas e retentores do sistema são agredidos pelo fluido não especificado. Nestes casos, o prejuízo pode ser enorme, ressalta José. Que menciona outro pro-
blema relativamente frequente, principalmente nos veículos mais novos, com bomba hidráulica independente do motor, que ao serem levantados no elevador provocam a entrada de ar no sistema devido à sucção causada pelo peso das rodas e dos componentes não suspensos, com isso, ao se abaixar o veículo, há uma instabilidade em relação à altura interpretada pelos sensores, e na tentativa do sistema de corrigir o problema, ele acaba sobrecarregando a bomba, que em pouco tempo entra em colapso devido ao esforço para corrigir a altura, em vão, já que o ar é compressível. Portanto, quando for necessário levantar o veículo, José diz ser imprescindível deixar a suspensão na sua posição mais alta, com isso não há espaço para a entrada de ar. Em veículos mais antigos, como os Xantia, ele diz ser importante levantar o carro com o
considerações Finais Tanto José quanto Jeferson elogiam os aspectos técnicos e o comportamento dinâmico proporcionado pelo sistema hidropneumático. “Sem comparação com outros”, nas palavras de José. As ressalvas principais são relacionadas à atenção que deve ser tomada com a manutenção preventiva, que deve ser realizada por um profissional atencioso, que respeite as determinações da fabricante, pois uma simples substituição do fluido pode acarretar em danos irreversíveis ao sistema e um grande prejuízo para o cliente e também para o reparador. Com os cuidados necessários, porém, é um sistema muito robusto e confiável, e até mesmo de baixo custo de manutenção, já que as esferas (principal item substituído nos reparos) possuem um preço relativamente acessível, concordam os dois reparadores.
“consultor ob” é uma editoria em que as matérias são realizadas na oficina independente, sendo que os procedimentos técnicos efetuados na manutenção são de responsabilidade do profissional fonte da matéria. nossa intenção com esta editoria é reproduzir o dia a dia destes “guerreiros” profissionais e as dificuldades que enfrentam por conta da pouca informação técnica disponível. caso queira participar desta matéria, entre em contato conosco. mais informações: redacao@oficinabrasil.com.br
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AVAliAçãO dO REPARAdOR
O carro avaliado este mês é o Pajero TR4, SUV da Mitsubishi que caiu no gosto do brasileiro Com estrutura robusta e mecânica descomplicada, o pequeno utilitário esportivo fabricado no interior de Goiás agrada proprietários e reparadores. Fotos: Oficina Brasil
Paulo Handa e André Silva
O
Pajero TR4 é derivado do Pajero IO, lançado em 1998 e vendido mundialmente até 2007. Fabricado no Brasil desde 2002, é considerado uma referência no mercado pela sua robustez. E devido ao tamanho compacto e à bela forma acabou se tornando um carro urbano, sendo comum vê-lo circulando pelas grandes cidades brasileiras, muitas vezes com uma mulher ao volante, embora não possua o estigma de carro feminino, como ocorre com outros SUV compactos. E apesar de ser utilizado principalmente em ambiente urbano, na versão com tração integral ele é um legítimo “fora-de-estrada”, pronto para enfrentar as trilhas mais complicadas, porém é raro alguém utilizá-lo nestes ambientes, o que colabora para fortalecer sua reputação de carro resistente. Com o objetivo de conhecê-lo melhor, fomos buscar a opinião de dois reparadores com ampla experiência na manutenção de veículos Mitsubishi: Robson Silva, 28 - Consultor Técnico na oficina Navega Veículos, em Moema, São Paulo-SP
rodarem principalmente na cidade, também percorrem estradas de terra e até mesmo trilhas, que acabam desgastando os componentes da suspensão, todavia não há um componente crítico, que sempre estraga, o que há é o desgaste natural acelerado pelo uso intenso. Portanto, bieletas, buchas, pivôs e terminais com folga são os itens normalmente substituídos nos veículos que chegam à oficina, além de pastilhas, discos e fluido de freio, diz.
Pajero TR4, beleza e robustez conquistaram os consumidores e os reparadores brasileiros
– considera o TR4 um carro resistente, confiável e de manutenção descomplicada. De acordo com ele, cerca de dez por cento dos veículos atendidos na oficina mensalmente são da marca Mitsubishi, a maioria deles Pajero TR4. Erley Ayala, 43 – Proprietário da oficina Diamantes, localizada no centro de São Caetano do SulSP – é especialista em veículos
Robson Silva, Consultor Técnico junto a um TR4 em processo de revisão
Mitsubishi. Com ampla experiência na profissão, resolveu em 2000 atuar exclusivamente com veículos off-road, e a partir de 2009 apenas com os da marca Mitsubishi, o que, segundo ele, permite oferecer serviços com maior assertividade e prazos menores de entrega. Erley conta que a especialização também propiciou a participação constante da
Diamantes no Rally dos Sertões, inclusive com a conquista de um título de campeão em 2004. REPAROS COMUNS Questionados sobre quais as intervenções realizadas no modelo com mais frequência, Robson diz que, em geral, são serviços de freio e suspensão, já que apesar de
Erley Ayala, ampla experiência na manutenção de veículos Mitsubishi
Bieletas, um dos poucos compo nentes comumente substituídos no veículo
Robson também menciona que já atenderam alguns casos de TR4 com mau funcionamento da alavanca de acionamento da tração 4x4 provocado pelo desgaste da bucha de apoio, que precisa ser substituída para resolver o problema. Sobre o TR4, Erley também diz ser um carro extremamente robusto e confiável, sem defeitos recorrentes e de manutenção simplificada. Ele diz que aproximadamente 90% dos que chegam à oficina são para fazer revisões periódicas. O reparador também ressalta que o TR4 é utilizado quase que exclusivamente em ambiente urbano, e como possui uma estrutura desenvolvida para uso extremo, a ocorrência de problemas é mínima. Um deles, como mencionado por Robson, é o desgaste
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AVAliAçãO dO REPARAdOR da bucha de nylon da alavanca de acionamento da tração 4x4, que só é solucionado com a substituição do acionamento completo. Outro problema que às vezes ocorre é o acendimento intermitente da luz indicadora do modo de tração, que ocorre devido ao acúmulo de sujeira nos contatos elétricos, este problema, em geral, é solucionado com uma limpeza cuidadosa.
Sensor de posição da borboleta requer cuidado durante a remoção do câmbio
Luz da tração 4x4 (ao centro), sujeira causa acendimento intermitente
Na parte da suspensão, embora não seja frequente, dependendo do trajeto e da forma de dirigir, pode ocorrer o desgaste das buchas dos braços tensores da suspensão traseira, diz Erley. Acrescentando que a princípio a Mitsubishi não disponibilizava estas buchas para venda, portanto era necessário o cliente adquirir os braços tensores novos, a um custo relativamente elevado. Porém, hoje, a montadora fornece apenas a bucha, o que diminui muito o custo do reparo. Também é importante ressaltar que neste carro não existem pontos para colocação de graxa na suspensão, lembra Erley.
Buchas do braço tensor agora são vendidas separadamente
No que se refere à transmissão, Erley diz que tanto a automática quanto a manual são excelentes, o que ocorre raramente é um pequeno vazamento no retentor do eixo piloto das caixas automáticas, que, obviamente, só pode ser solucionado após a remoção da transmissão, um procedimento que exige cuidados,
especialmente com o sensor de posição da borboleta, que pode quebrar durante o processo por estar muito próximo a algumas tubulações fixadas na parede de fogo. Portanto, para evitar contratempos, é recomendável removêlo antes de inclinar o motor para a retirada da transmissão. iNFORMAçÕES TÉCNiCAS Sobre disponibilidade de peças, Robson diz que não encontra problemas e que em muitos casos o valor das peças originais Mitsubishi é inferior ao praticado no mercado paralelo, com isso, as compras da Navega Veículos são feitas principalmente nas concessionárias da marca. Quanto às informações técnicas, Robson diz consegui-las também nas próprias revendas autorizadas, além do SINDIREPA-SP e da Internet, uma ferramenta fundamental para o reparador automotivo hoje em dia, diz. Para Erley, a disponibilidade de peças também é muito boa, talvez a única exceção fique por conta dos coxins do motor, hidráulicos, que estão chegando ao final da vida útil nas primeiras unidades fabricadas. Sobre este item, Erley ressalta ser imprescindível a utilização do componente original (que mesmo quando não disponível na concessionária pode ser encomendado com prazo de entrega de três a cinco dias), caso contrário, o serviço terá de ser refeito, pois a qualidade deste componente, quando não original, costuma ser péssima. O fato de ter escolhido se
enveredar pelo mundo off-road e depois ter se especializado em Mitsubishi proporcionou a Erley obter conhecimentos e materiais técnicos junto à montadora, isso, de acordo com ele, permite oferecer rapidez na realização dos reparos, e também torna possível a manutenção de um estoque consistente de peças de reposição, algo inviável numa oficina que atende diversas marcas. Estas peças, segundo Erley, são adquiridas principalmente em concessionárias, aproximadamente 80%. Os 20% restantes são referentes a insumos adquiridos em distribuidores independentes, como lubrificantes e filtros, de alta qualidade, porém mais acessíveis que os originais. Sobre peças não originais, Erley faz um adendo: as pastilhas de freio originais possuem duas chapas de aço inox na parte que fica em contato com a pinça, porém as pastilhas paralelas não vêm com estas chapas, e se forem instaladas assim, fatalmente produzirão ruído durante a frenagem. Para evitar isso, ele recomenda reaproveitar as chapas usadas nas pastilhas novas.
realização dos reparos, porém ele diz que, em geral, há certa “preguiça” por parte dos reparadores em buscar informação, que hoje, graças à Internet, é muito mais fácil de ser obtida. Esta preguiça, diz Erley, é responsável por uma grande quantidade de ligações na sua oficina, feitas em busca de informações que muitas vezes são fáceis de encontrar no próprio Google. Embora Erley nunca tenha negado ajuda a outros reparadores, agora ele não fornece mais a informação como fazia antes, pois acha isso injusto (e prejudicial ao próprio reparador), o que ele faz é oferecer desconto nos serviços realizados para outras oficinas, exceto em casos específicos, quando o reparador busca com ele o “conhecimento, não a infor mação”.
proprietários deixam até mesmo de efetuar a troca do lubrificante do motor no período correto, o que acaba levando à formação de borra nas galerias internas, todavia ele diz nunca ter visto caso em que essa formação causasse danos mais sérios, como a fundição de componentes. Portanto, nestes casos, uma desmontagem e limpeza na maioria absoluta das vezes resolvem o problema. Aliás, pelo fato do respiro do cárter estar antes do corpo de borboleta, também ocorre formação de borra neste componente, o que pode causar instabilidade no funcionamento do motor, em geral neste caso também basta uma limpeza cuidadosa para tudo voltar a funcionar normalmente, diz.
MOTOR
Dito isso, Robson recomenda o TR4 sem ressalvas, e acrescenta que o porte compacto, o bom torque e a altura elevada o tornam um veículo ideal para a pavimentação problemática das nossas ruas. Por fim, Erley ratifica as considerações positivas feitas sobre o Pajero TR4: “por ser desenvolvido para a terra e ser herdeiro de toda a tecnologia e tradição da marca, sobra carro para enfrentar a cidade. Há quem diga que as peças para Mitsubishi são caras, mas não são caras, são peças de alta qualidade, com vida útil longa, coisa que você usa por dez anos ou mais, então não é caro, é justo o preço, pelo que é oferecido em troca. Eu recomendo o TR4, seja para uso urbano, para o campo ou para as competições”.
Sobre o motor, Erley diz ser praticamente “indestrutível”. Quanto à manutenção, é importante dizer que é um motor que requer a regulagem de folga entre válvulas e balancins, contudo esta regulagem só precisa ser feita a cada oitenta mil quilômetros, o mesmo período de troca das velas, desde que sejam de irídio, utilizadas nas primeiras versões do veículo. Já as versões mais modernas utilizam velas convencionais, estas precisam ser substituídas a cada quarenta mil quilômetros. Quanto à correia dentada, Erley recomenda a troca a cada cinquenta mil quilômetros. Ainda sobre o motor, Erley diz que, às vezes, talvez por conta da fama de inquebrável do carro, os
RECOMENdAçãO
Chapas das pastilhas originais devem ser reaproveitadas
Sobre a questão da documentação técnica, Erley ressalta que, de fato, em uma oficina monomarca é mais fácil reunir o material necessário para a correta
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Motor de concepção robusta e manutenção simplificada raramente precisa de reparos
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DICa TÉCnICa
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#JUnTOsREsOlVEMOs
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Fórum do Jornal Oficina Brasil se consagra entre os reparadores como o maior sistema de troca de informações entre profissionais do país! São mais de 100 mil profissionais cadastrados debatendo, dando dicas e sugestões para resolver os problemas mais complicados. Participe você também! Para tanto, basta cadastrar-se em nosso site (oficinabrasil.com.br). Um dia você ajuda um colega e no outro é ajudado! Confira abaixo os casos que mais se destacaram neste mês.
Diagnóstico: veículo chegou guinchado à oficina. Outro reparador havia condenado o módulo, cujo número serial coincide com o do chassi do carro. Foram verificadas as velas, válvulas, bobina. Os códigos de falha armazenados foram todos apagados, mas um deles tornava a aparecer (P0113).
Divulgação
Reparador Pedro Jerônimo conseguiu solucionar este defeito com o auxílio recebido de outros reparadores após relatar no nosso fórum o problema que estava enfrentando.
Veículo: Peugeot 206 1.0 16v 2003 Defeito: motor girava, mas não entrava em funcionamento.
Solução: após inspeção, foi constatado que o sensor de rotação estava comprometido fisicamente, além de possuir emenda nos fios. Após efetuar o reparo do sensor, problema foi resolvido.
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Re pa r a dor Pau lo Ce sar solucionou o problema após receber ajuda de outros usuários do fórum Veículo: Volkswagen Fox 2005 Defeito: não havia pulsação elétrica na bobina, embora os bicos injetores pulsassem normalmente.
módulo e o próprio sensor de rotação, porém sem sucesso. Solução: tendo em vista que havia feito todo o possível, reparador considerou a possibilidade
Reparador Rodrigo Fonseca soluciona problema de uma Chevrolet Montana após interação no fórum Defeito: motor do veículo não entra em funcionamento. Diagnóstico: veículo chegou à oficina por apresentar dificuldade na partida de forma intermitente. Porém, uma vez lá, o problema se instaurou permanentemente. Após extensa verificação de itens possivelmente
Volkswagen Fox 2005 com ausência de pulso na bobina de ignição
Diagnóstico: constatado o defeito, reparador fez o rastreamento das possíveis causas, como aterramento da bobina, continuidade do circuito alimentador, sensor de rotação etc., contudo, defeito persistia. Por fi m, foram substituídos o
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Peugeot 206 1.0 16V 2003 – Motor gira, Chevrolet Montana 2014 mas não pega 1.4 Econoflex sem partida
de peça com defeito, por sorte possuía na oficina um sensor de rotação compatível com o sistema do veículo, e quando este foi instalado enfi m o problema foi resolvido.
relacionados ao problema, nada foi encontrado. O sistema de diagnóstico do veículo acusava falta apenas falta de tensão nos bicos injetores. Solução: o reparador relata que após muita dificuldade, descobriu embaixo do suporte do módulo um conector que apresentava encaixe defeituoso, com isso, havia a interrupção intermitente da tensão, acarretando o problema. Substituído o componente, o problema não tornou a ocorrer.
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DIRETO DO FÓRUM
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Reparador relata problema enfrentado em sua oficina e participantes do fórum ajudamno a solucioná-lo
namento do segundo cilindro. Cabos e bobina também foram substituídos sem que o problema fosse solucionado.
Veículo: Corsa 1.6 2006
Solução: após expor o problema enfrentado no fórum do jornal Oficina Brasil, reparador é informado que o problema pode ter origem mecânica. Testada a compressão finalmente foi constatado que o defeito estava no cabeçote, que possuía uma pequena trinca na área do segundo cilindro.
Defeito: veículo apresentava falha no funcionamento do segundo cilindro. Diagnóstico: após troca de bicos injetores desgastados e velas incorretas, veículo passa a apresentar falha no funcio-
Divulgação
Divulgação
Chevrolet Corsa 2006 1.6 Chevrolet Meriva 2010 1.8 Flexpower – com falha de ignição Sem tensão na segunda sonda lambda
Através da interação no fórum, reparador consegue solucionar problema em Chevrolet Meriva. Veículo: Meriva 1.8 Flexpower 2010 Defeito: não havia tensão elétrica para aquecimento da segunda sonda lambda
Diagnóstico: reparador checou os fusíveis e o relê responsável pelo circuito elétrico das sondas, mas tudo parecia normal. Quando foi constatado que o veículo havia sofrido colisão, surgiu a hipótese de secção de algum fio, mas reparador não encontrou nenhuma interrupção visível. Solução: através de dica recebida no fórum, foi testada
a continuidade dos f ios das duas sondas e constatado que no compartimento do motor a conexão da sonda havia sido ligada equivocadamente no chicote do farol de milha do carro, provavelmente na oficina de funilaria responsável pelo reparo após a colisão mencionada, uma vez feitas as conexões corretas, veículo voltou a funcionar de forma normal.
Com a ajuda de outros profissionais, obtida após postagem no fórum do jornal, reparador consegue resolver problema em Parati com oscilação na marcha lenta. Veículo: Volkswagem Parati 1.6 Flex 2004 Defeito: após aquecimento, rotação de marcha lenta passa a oscilar entre 1500 e 20500 RPM Diagnóstico: sistema de ignição, corpo de borboleta, sonda
lambda, aterramento e sensores foram devidamente testados e não apresentavam problemas. O veículo também não registrava nenhum erro na memória. Também foi efetuada a troca de cabos e velas por componentes originais, sensor de borboleta original, map original, checagem do sincronismo. Não havia falha gravada no módulo. Sistema de alimentação também foi checado, bem como os sinais dos sensores na entrada da central. Por fim, reparador efetuou a troca da central sem, com isso obter êxito na solução do problema.
Solução: após muita discussão no fórum, reparador recebe uma dica valiosa de um colega de profissão: o defeito poderia estar no cânister. Após análise e obser vação do motor, desde a partida até a apresentação do defeito, ele notou que, com o aquecimento, a válvula do cânister abria e permitia a entrada de ar no coletor, alterando a relação ar/combustível e causando a oscilação na rotação. Substituído o componente defeituoso, o defeito desapareceu.
Participe! Estas matérias, extraídas de nosso fórum, são fruto da participação dos reparadores que fazem parte da grande família chamada Oficina Brasil. Acesse você também o nosso Fórum e compartilhe suas experiências com essa comunidade. Lembre-se, o seu conhecimento poderá ajudar milhares de reparadores em todo o Brasil e seu nome será publicado nesta seção. Saiba mais em www.oficinabrasil.com.br
Fotos: Divulgação
Volkswagen Parati 2004 1.6 Flex com oscilação na marcha lenta
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