Jornal oficina brasil setembro 2014

Page 1

JornalOficinaBrasilOficial

Forum Oficina Brasil

TV Oficina Brasil Editorial

ANO XXIV NÚMERO 283 SETEMBRO 2014

Avaliação do Reparador

Pág. 98 Xsara é um dos responsáveis pela má fama dos veículos Citroën em nosso país

Consultor OB

Em breve na sua oficina

Pág. 94

Nova Fiat Strada traz novidades além das três portas. Pág. 56

REPARADOR DIESEL Profissional conta sobre os detalhes do Off-Road Nacional

Pág. 66

X

Troca do radiador de ar-quente do Fiat Palio Economy

DUELO DE FORÇAS Lançamento Veja na matéria a avaliação dos veículos franceses e descubra se eles são todos iguais

Pág. 42



www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

EXPEDIENTE / EDITORIAL

DIRETOR GERAL Cassio Hervé GERAÇÃO DE CONTEÚDO Jornalistas: Fernando Naccari (MTB0073980/SP) Marcelo L. D. S. Gabriel (MTB 36065/ SP) Margarida Putti (MTB 32392/RJ) Consultor Técnico: Paulo Handa COMERCIAL: ÁREA CORPORATE (NACIONAL) Gerente de Atendimento: Ernesto de Souza Executivo de Contas: Carlos Souza ÁREA VAREJO (NACIONAL) Gerente de Contas: Aliandra Artioli Consultoras de Vendas Jr: Iara Rocha FINANCEIRO Gerente: Junio do Nascimento Coordenadora: Mariana Tarrega Assistente: Rodrigo Castro GESTÃO DE PESSOAS Analista: Vivian C. Pereira QUALIFICAÇÃO DE ASSINANTES (DATABASE) Gerente: Alexandre P. Abade CENTRAL DE ATENDIMENTO AO LEITOR Karila Tremontino e Euda Grasiane da Silva Souza PRODUÇÃO GRÁFICA: J1 Agência Digital PRÉ-IMPRESSÃO E IMPRESSÃO: D´ARTHY Editora e Gráfica Ltda.

:: Fale conosco PARA ANUNCIAR anuncie@oficinabrasil.com.br REDAÇÃO redacao@oficinabrasil.com.br INTERNET site@oficinabrasil.com.br RH rh@oficinabrasil.com.br GUIA DE OFICINAS BRASIL guia@oficinabrasil.com.br CINAU cinau@cinau.com.br ATENDIMENTO AO LEITOR leitor@oficinabrasil.com.br De 2ª a 6ª, das 8h30 às 18h Tel.: (11) 2764-2880 CARTAS Rua Joaquim Floriano, 733 - 4º andar Itaim Bibi - São Paulo/SP CEP: 04534-012 Fax: (11) 2764-2850

:: Editorial

Tudo pelo Reparador Independente! Na mitologia romana o deus Janus era o responsável pelos começos e pelos términos e é representado por um homem de duas faces, que olham em direções opostas. O primeiro mês do ano chama-se Janeiro em homenagem a Janus, que com uma face olha para o ano que terminou e com a outra olha o que virá adiante. Sempre imaginei nosso segmento a partir desta perspectiva também. As montadoras de veículos, os fabricantes de autopeças, os distribuidores, os concessionários, as lojas de autopeças e as oficinas se assemelham a Janus. Quando olham para frente estão vislumbrando as tecnologias, os lançamentos, os novos produtos, os novos consumidores e também o potencial de lucro futuro, resultante de todos os outros fatores. Quando olham para trás enxergam o mercado de reposição que, ao contrário do ano que passou e que Janus controla, ainda tem uma extensa sobrevida em função do uso e manutenção dos veículos. Aliás, excetuando-se os colecionadores, esta é a finalidade dos veículos: serem usados e mantidos em condições de uso e na quase totalidade das vezes esta tarefa é atribuída ao reparador independente, elo importantíssimo na cadeia de valor da reposição automotiva e responsável pelo contato direto com os veículos e principalmente com os donos dos veículos. Este mês de setembro representa um momento importante neste olhar de Janus para trás, para o aftermarket. Algumas empresas entenderam a importância de olhar para o mercado de reposição automotiva como parte de seus esforços estratégicos em busca de ganhos expressivos de participação de mercado e geração de demanda. A iniciativa da Raízen, licenciada da marca Shell no Brasil, que se encerrou em 31 de agosto com mais de 6 mil participantes, em promover conhecimento

Jornal Oficina Brasil é uma publicação do Grupo Oficina Brasil. Trata-se de uma mídia impressa baseada em um projeto de marketing direto para comunicação dirigida ao segmento profissional de reparação de veículos. Circulando no mercado brasileiro há 24 anos, é considerado pelo Mídia Dados como o maior veículo segmentado do Brasil. Esclarecemos e informamos aos nossos leitores, e a quem possa interessar, que todos os conteúdos escritos por colaboradores publicados em nosso jornal são de inteira e total responsabilidade dos autores que os assinam. O jornal Oficina Brasil verifica preventivamente e veta a publicação do material que recebe, somente no que diz respeito à adequação e ao propósito a que se destina, e quanto a questionamentos e ataques pessoais, sobre a moralidade e aos bons costumes. As opiniões publicadas em matérias ou artigos assinados não apresentam a opinião do jornal, podendo até ser contrária a ela. Nós apoiamos: Filiado a:

sobre o mercado de combustível junto aos reparadores, reforça a tese de que estes profissionais desempenham um papel importante no processo decisório do dono do veículo como influenciadores (e é aí que a ação da Shell/Raízen se ancora) endossando a mensagem veiculada na mídia de massa com a palavra da Autoridade em Combustível Shell, devidamente certificado. E começou oficialmente em 1 de setembro o Grande Prêmio Motorcraft: o melhor reparador independente do Brasil 2014, que vai premiar o vencedor com um New Fiesta 0km, além de outros prêmios (veja detalhes na pág. 16). O concurso irá premiar o talento, o profissionalismo e a capacidade do reparador independente, além disso registra de forma definitiva o importante papel desempenhado pelos reparadores de todo o Brasil na manutenção dos veículos em perfeitas condições. Estes dois exemplos demonstram que Janus não estava errado, é preciso olhar sempre para frente, para o futuro, para o que virá e se preparar, mas quando o assunto é o mercado de reposição, é olhando para trás que se encontram as reais oportunidades para quem quer se sobressair neste gigantesco mercado e nada melhor do que concentrar a atenção no momento gerador da demanda, que acontece todos os dias em cada uma das oficinas mecânicas independentes do Brasil. Para vender mais e melhor, é preciso olhar para trás, ou como usualmente comentamos por aqui: olhar o mercado de baixo para cima. Ilustração: Ronald Teixeira Martins

:: Expediente

3

Boa leitura. Marcelo Gabriel Diretor da CINAU

DADOS DESTA EDIÇÃO • Tiragem: 59 mil exemplares • Distribuição nos Correios: 57.815 (até o fechamento desta edição) • Percentual de circulação auditada (IVC): 97,9%

Este impresso é resultado da parceria entre Oficina Brasil do Grupo Germinal e D´ARTHY Gráfica, empresas comprometidas com o meio-ambiente e com a sustentabilidade do planeta. O selo FSC é garantia de que o papel utilizado nesta obra provém de manejo florestal responsável.

COMPROMISSO COM O ANUNCIANTE O Oficina Brasil oferece garantias exclusivas para a total segurança dos investimentos dos anunciantes. Confira abaixo nossos diferencias: 1º. Auditoria permanente do IVC (Instituto Verificador de Circulação) garante que o produto está chegando às mãos do assinante; 2º. Registro no Mídia Dados 2013 como o maior veículo do segmento do País; 3º. Publicação de Balanço Anual (edição de fevereiro 2013 e disponível em nosso site) contendo uma informação essencial para a garantia do anunciante e não revelada pela maioria dos veículos, como o custo de distribuição (Correio); 4º. No Balanço Anual é possível conferir as mutações do database de assinantes comprovando permanente atualização dos dados de nossos leitores; 5º. Oferecemos mecanismos de marketing direto e interativo, que permitem mensuração de retorno por meio de anúncios cuponados e cartas resposta; 6º. Certificado de Garantia do Anunciante, que assegura o cancelamento de uma programação de anúncios, a qualquer tempo e sem multa, caso o retorno do trabalho fique aquém das expectativas do investidor; 7º. Anúncios do tipo Call to Action (varejo), em que é possível mensurar de forma imediata o retorno da ação. Para anunciar ou obter mais informações sobre nossas ações de marketing direto fale com o nosso departamento comercial pelo telefone (11) 2764-2852 ou pelo e-mail anuncie@oficinabrasil.com.br


Oficina Brasil

aValiação do reParador cITROËN XSARA

:: técnicas

fundo do baú: VW sP2 foi um dos esportivos mais cobiçados

62

:: colunas 56

em breVe na sua oficina Nova Fiat Strada

94

consultor ob Radiador de ar quente do Palio Economy

101

72

Problema no cardã da moto é raro, mas Pode acontecer Paulo José de Souza

76

estabilidade dinâmica Veicular – os sistemas que oferecem maior conforto na condução Humberto Manavella

78

diagramas elétricos do citroën xsara 1.6 16V gasolina fabricado de 2002 a 2003 Válter Ravagnani

Divulgação

:: carros 98

www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

índice

4

direto do fórum Relatos de reparadores no site

:: rePortagens 36

entreVista Presidente do Sistema Sincopeças/ Assopeças (ce) e responsável pela AUTOP

48

lançamentos Novo Fox

66

reParador diesel Troller T4

com visual agressivo, modelo fez sucesso e despertou o desejo de muitos, mas o desempenho do motor muito deixava a desejar

:: cartas

:: números cal (Central de Atendimento ao Leitor)

solução

Jornal

“Eu Gilson, leitor do Jornal Oficina Brasil venho através desta oportunidade agradecer pelo excelente atendimento da colaboradora Karila, que atingiu todas as minhas expectativas em seu atendimento para resolver o meu problema. Muito obrigado e parabéns pelo seu profissional” Gilson Pinto Tiago Guarulhos (SP)

“Sinto-me muito feliz por fazer parte desta grande família. O conteúdo do Jornal Oficina Brasil apresenta informações e comentários importantes para o dia a dia do técnico reparador. Parabéns a toda equipe por alegrar nossos dias”

cadastro

boa leitura

“Venho por meio deste, agradecer a renovação da assinatura e cadastro, pois o jornal OFIcINA BRASIL é de grande relevância para que eu possa me atualizar das novas tecnologias e tendências do setor automotivo” Rodrigo Alves Rodrigues Escola Técnica SENAI Petrolina (PE)

“Gostaria de parabenizar vocês do Jornal, pois não consigo ficar mais sem ler o Jornal Oficina Brasil, que contém um ótimo conteúdo e o resultado é este: anunciantes das principais montadoras e do setor de autopeças” Ricardo Francesco Taubaté(SP)

Ailton Souza Logrado Guarulhos (SP)

Envie dúvidas, críticas, elogios ou sugestões para leitor@oficinabrasil.com.br

contato cartas.....................................................................14 E-mails............................................................887 Telefonemas...........................................81 Fax...................................................................0 Site..............................................................499 total...........................................................681

solicitações Assinaturas....................................................178 Alterações de cadastro..........................442 Outras.................................................421 total..................................................1.041 Dados referentes ao período de 1/08 à 31/08/2014

:: orientações sobre assinaturas Para receber o oficina brasil Nosso jornal é distribuido gratuitamente somente para profissionais que atuam em oficinas independentes de reparação automotiva.. Reparador, para fazer sua assinatura proceda da seguinte forma: 1. Antes de qualquer ação tenha o número de seu cPF em mãos; 2. Acesse o site www.oficinabrasil.com.br; 3. clique no espaço “Assine o Jornal” no topo da página; 4. Acesse a área “cadastro para Assinatura” digitando o numero de seu cPF e clicando no local indicado; 5. Preencha TODOS os campos, caso contrário sua solicitação não será atendida; 6. Você pode contar com o sistema “Expresso” de assinatura que garante o recebimento mais rápido da primeira edição; 7. Para usar este benefício nosso sistema dispõe de uma ferramenta (Google Maps) onde ao digitar o cEP e endereço de sua oficina (o jornal só é entregue no endereço comercial), automaticamente vai aparecer a imagem de sua rua. caso você consiga localizar a fachada de sua oficina e só clicar que o registro será enviado para nosso sistema garantindo que você vai receber mais rápido seu jornal; 8. caso o sistema não consiga localizar sua oficina no sistema, o processo de aprovação pode levar até 45 dias; alteração de cadastro caso você tenha mudado de endereço e para garantir o recebimento de seu exemplar, acesse o site e no mesmo sistema como descrito acima e você dispõe do serviço “Alteração de cadastro”. É só clicar com o número de seu cPF e sua ficha vai aparecer para que você promova as alterações necessárias. Para mais informações: central de Atendimento ao Leitor, de segunda a sexta, no horário das 8h30 às 17h30 no telefone (11) 27642880 ou (11) 2764 2881. Também está a sua disposição o e-mail leitor@oficinabrasil.com.br . Endereço para correspondência: Rua Joaquim Floriano, 733, 4º. Andar, Itaim Bibi, São Paulo – SP, cEP:04534-012.


AF_MIT2687_AN_SERV_L200_OUT_SPORT_6_265x300.indd 1

9/4/14 4:24 PM


www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

em foco

6

em foco

Nakata informa: aplicação de pastilhas de freio requer atenção do reparador De acordo com o fabricante, ao fazer a manutenção nas peças, os reparadores devem ter alguns cuidados para a correta aplicação, entre eles, não substituir as pastilhas novas em discos comprometidos O gerente lembra também que a pastilha deve ser escolhida de acordo com o modelo de veículo, pois algumas pastilhas, apesar de semelhantes, podem diferir na aplicação. “A aplicação incorreta pode resultar em ruídos, aquecimento do sistema e até travamento das rodas e perda de eficiência Sistema de freios a disco traseiro da frenagem”, pontua. tilhas é fundamental fazer uma análise completa de todo o sisteAvaliação do material ma de freio. Estado das pinças, Jair Silva ressalta que, antes êmbolo e pinos deslizantes. Se de efetuar a substituição das pas- estiverem travados, destravá-los

e lubrificá-los. Também se deve analisar o estado dos flexíveis, cilindros de roda, e mestre, sapatas e outros componentes e, havendo necessidade, realizar a troca. O estado do f luido do freio também deve ser analisado, e substituído de acordo com a recomendação da montadora do veículo. Essa análise é importante para assegurar o funcionamento e equilíbrio do sistema de freio. Pastilhas novas não devem ser aplicadas em discos comprometidos, somente após a troca dos Divulgação

A

Nakata, fabricante de autopeças para o mercado de reposição automotiva com uma linha completa de componentes para suspensão, transmissão, freios e motor, traz um alerta aos profissionais da reparação sobre a atenção que deve ser dispensada no momento da troca das pastilhas de freio. “Para manusear pastilhas de freio novas, a pessoa deve estar com as mãos limpas, isentas de óleo ou graxa para que o material de atrito não seja contaminado”, afirma o gerente de qualidade e serviços da Nakata, Jair Silva.

mesmos. Derivados de petróleo não devem ser utilizados para limpeza ou remoção da camada de proteção dos discos. Após a análise completa do sistema, inicie retirando as pastilhas usadas da pinça. Em seguida, recua-se o cilindro da pinça com o sangrador aberto e, após fechar, é feita a instalação das novas pastilhas. “O pedal de freio deve ser acionado levemente algumas vezes até a metade, parando quando ficar enrijecido”, explica. O gerente finaliza dizendo que é feita a sangria do sistema para retirada do ar.



em foco

8

www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

Programa "Autoridade em combustível Shell" é sucesso entre os reparadores de todo o país

D

esenvolvido pela Raízen, licenciada da Shell no Brasil, o programa “Autoridade em Combustível Shell” chegou ao fim em 31 de agosto e alcançou a marca de 6.147 participações. Idealizado como um prog rama de t reinamento interativo que visava trazer aos reparadores independentes o conhecimento técnico sobre combustíveis e principalmente alertar sobre os benefícios do abastecimento com gasolina aditivada, a adesão dos reparadores foi imediata, o que reiterou a necessidade do

treinamento técnico constante como forma de promover as boas práticas de manutenção preventiva e informar aos donos dos veículos sobre os riscos do uso de combustível adulterado. Todos os reparadores que acer taram mais de 70% das questões relacionadas ao conteúdo técnico veiculado na edição de junho do jornal Oficina Brasil receberam um certificado impresso personalizado para comprovar sua condição de “Autoridade em Combustível Shell”. “Com o certificado ficou mais fácil de explicar para o cliente sobre combustíveis e

para nós reparadores o certificado representa o conhecimento que adquirimos no programa”, afirmou o reparador Dionísio A ntonio da Silva, de Sant a Bárbara D’Oeste, interior de São Paulo. E tem mais tecnologia. Nesta edição apresentamos a Shell VPower Nitro+, gasolina recémlançada no Brasil e que é o combustível mais avançado do mercado. É o único que atende de forma completa e exclusiva as necessidades dos motores modernos, segundo Giberto Pose, engenheiro de combustíveis da Shell/Raízen.

Reprodução

Mais de 6 mil reparadores participaram da ação interativa promovida pela Raízen, licenciada da Shell no Brasil, que capacitou e certificou os profissionais independentes

Além de Dionísio, mais de 6 mil reparadores participaram do Programa



www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

em foco

10

Jm máquinas inova e lança no mercado Hydronlubz lança a da reparação o alinhador de direção 3D bandeja para filtro de óleo Divulgação

A

é uma das mais avançadas tecnologias que a empresa oferece aos seus clientes. “Disponibilizamos máquinas e equipamentos com alta qualidade, mas com preços acessíveis, suprindo assim, os consumidores mais exigentes, que buscam manter suas empresas na vanguarda tecnológica do segmento”, diz. Ainda de acordo com Josimary Zeotti, a empresa também disponibiliza treinamentos sobre como operar o equipamento. “A JM Máquinas criou uma área de treinamento em nossas dependências, um lugar próprio e adequado, com técnicos especializados para treinar aos funcionários e clientes, sempre que necessário”, afirma.

C

hega ao mercado automotivo mais um lançamento da Hydronlubz, a Bandeja para Filtro de Óleo, que é o complemento do Super Coletor de Óleo – anunciado recentemente pela empresa aos profissionais da reparação. Segundo a Hydronlubz, o equipamento é eficaz para a organização, limpeza, rapidez e facilidade na coleta do óleo para a reciclagem. O produto é fabricado com Solda MIG, que proporciona excelente acabamento; pés em aço tubular; ponteira dos pés revestidas de borracha; capacidade para muitos filtros simultaneamente; suporte para guardar as 2 tampas do tambor; tela em aço para escoar todo óleo dos filtros e de fácil remoção para higienização da bandeja; e acompanha mangueira

Divulgação

JM Máquinas, empresa especializada no ramo de máquinas e equipamentos para autocenters e borracharias, disponibiliza ao mercado seu mais novo equipamento, o Alinhador de direção JM 3D. Segundo a empresa, o produto é apropriado para utilização em oficinas mecânicas e estabelecimentos, que regularmente oferecem Equipamento para alinhamento em 3D alinhamento de rodas. A alta tecnologia do equipa- do eixo, o alinhamento pode ser mento aumenta a precisão das realizado por um único profissiomedições reduzindo o tempo nal. Além disso, todos os ângulos para a execução do processo, são característicos de geometria possibilitando a medição de to- de direção, especificados pela dos os eixos de veículos, como indústria automobilística. A gerente comercial da JM automóveis e caminhonetes. Em todo o processo de medição, in- Máquinas, Josimary Lelis Zeotti, cluindo compensação de projeto explica que o alinhamento 3D

Tambor com a bandeja de óleo Hydronlubz

cristal e abraçadeira. O material é feito em chapa de aço, sendo forte e extremamente resistente.

Por que comprar na LojadoMecanico.com.br Pedidos já Entregues

no Segmento

+ 400 MIL

+ 30 Mil ofertas com Preços Especiais

+ 2,5 MILHÕES

Na Web Referência

FORTG PRO-21117

BAMBOZZI-03597

ALFATEST-23145

AWT-09954

FAMABRAS-05426

12X

12x

12X

12X

12X

12X

ou R$ 229,90 à vista

ou R$ 321,01 à vista

ou R$ 3.111,62 à vista

ou R$ 117,40 à vista

ou R$ 1.800,63 à vista

ou R$ 135,69 à vista

TRAMONTINA-07478

Carrinho para oficina aberto com 1 gaveta MARCON-07983 12X

ou R$ 176,99 à vista

ALFATEST-09154

J.T.S-03263

BAND-06717

DEWALT-11218

GW ESCUDO-09106

12X

12X

12X

12X

12X

12X

12X

ou R$ 338,18 à vista

ou R$ 1.721,70 à vista

ou R$ 538,43 à vista

ou R$ 140,21 à vista

ou R$ 3.272,88 à vista

ou R$ 389,90 à vista

ou R$ 1.545,99 à vista

Prensa Hidráulica

Balanceadoras

15T

A partir de:

30T

2.899,90 à vista

A partir de:

434,52 à vista

TELEVENDAS SP: (11) RJ: (21) BH: (31) ES: (27)

3508 3513 3515 4062

9979 0999 5555 8099

OUTRAS

LOCALIDADES LIGUE:

(61) (62) (41) (48) (51) (67)

9989 9999 9969 9460 0039 7079

3246 3412 3012 4052 3103 4062

FORTGPRO-26296

Compressores

NTO AME LANÇ

10T

GAHO-01470

Fãs no Facebook

(71) (65) (63) (81) (83) (68)

3512 4052 3026 4062 4062 4062

0037 9139 0120 8099 9197 1735

A partir de:

1.071,96 à vista

Aceitamos todas as formas de pagamento* *Confira todas as formas de pagamento no site www.lojadomecanico.com.br

A partir de:

4,749,12 à vista Centro de Distribuição



www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

EM FOCO

12

16V (1997/1999), Kombi 1.4L 8V (2006 em diante), Fox, Golf, Gol e Polo 1.6L 8V (2005 em diante), Gol 1.8L 8V (20 05/20 07 ) e Golf 2.0L 8V produzido entre 2002 e 2003. Além dos filtros de óleo, no Filtros servem para automóveis Ford, GM, VW e Toyota caso da Volkswapartir de 2001) e Camry 3.5L 24V gen os lançamentos são também (2007 em diante). para a linha de pistão com anel Para a Volkswagen também dos modelos Fox, Gol e Voyage serão disponibilizados os filtros 1.0L VHT 8V a partir de 2009. Para mais informações sobre de óleo KS para os modelos Gol, Logus, Parati, Saveiro e Voyage as aplicações, o cliente pode com motores 1.0L CHT 8V e entrar em contato com a fábrica 1.6L 8V fabricados entre 1990 através do SAKS 0800 721 7878 e 1997; Fox, Gol e Parati 1.0L ou através do e-mail marketing@ 8V (a partir de 2003), Gol 1.0L br.kspg.com.

Divulgação

A

KS informa que disponibiliza no mercado de reposição filtros de óleo para veículos Ford, General Motor, Volkswagen e Toyota, além de pistão com anel para modelos da Volkswagen. Segundo a empresa, os novos filtros de óleo abrangem, no caso da Ford, os veículos Escort Hobby 1.0L 8V produzidos entre 1989 e 2002, Pampa e Verona 1.6L AE 8V comercializados de 1993 em diante, F-250 4.2L de 1998 a 2002 e Fiesta 1.3L 8V de 1996 a 1999. Para a General Motors, os filtros são aplicados no Omega e Suprema 3.0L 12V (1992/1998). Na Toyota os filtros atendem os modelos Camr y 2.5L V6 (1998/1991), Hilux 2.5L V6 (2005 em diante), Hilux 2.7L 17V (2008 em diante), Hilux 3.0L 16V (a

Divulgação

KS Kolbenschmidt lança no mercado de SABÓ reformula site para reposição filtros de óleo para veículos atender melhor os clientes

P

ara quem busca conhecimento em produtos, serviços e informações sobre a empresa, o novo site da Sabó está mais completo do que nunca. Segundo a em- Layout da página do novo site da Sabó on-line, auxiliando os reparapresa, na área de “Reposição”, os catálogos para as dores e balconistas em caso de linhas Leve e Utilitários, Pesada dúvidas, e a versão “mobile” que e Utilitários/Agrícola, Motos e poderá ser acessada de smartphoTécnico continuam disponíveis nes e tablets. O novo site também terá uma para download em PDF ou instalação no computador do usuário, seção para “notícias”, em que o facilitando a consulta sobre os internauta poderá visualizar as mais de 3.000 itens disponíveis matérias sobre o mercado automotivo e de reposição. Haverá para o mercado. Duas novidades, ainda para o ainda um formulário simples para segundo semestre de 2014, são a se cadastrar e receber mensalliberação da versão do catálogo mente a newsletter da Sabó.

LANÇAMENTO FERRAMENTAS AUTOMOTIVAS Alicate p/ abraçadeiras do tipo clic-R

5

A1

9A

Cód. 9A 9AA15 Usar para tirar e recolocar abraçadeiras reutilizáveis, tipo clic e clic-r Volkswagem, Audi, Adequado para V Citroën/Peugeot, Fiat, Mercedes, Renault

Soquete de vela 14mm com borracha

Cód. 36B514 (Sextavado) Cód. 36B014 (Estriado) • Fabricado em aço cromo vanádio • Acabamento cromado e polido 14mm – BMW 1.6 16V, Mini Cooper 1.6 16V, Peugeot 1.6 THP, Citroën 1.6 THP

Jogo de soquete de impacto longo c/ 3 peças

Cód. 4423MP

• Composição: 17-19-21 mm • Fabricado em aço cromo-molibdênio de alta resistência Possui alojamento para pino e anel de segurança Acabamento fosfatizado

63mm

Consulte seu distribuidor ou vendas@kingtony.com.br

2014


SENSOR L AMBDA CATÁLOGO

ÚNICO

TOP 50

FABRICADO

SETEMBRO 2014

NO BRASIL!

LINHA COMPLETA

DIAGNÓSTICO

97% DA FROTA

ASSISTÊNCIA

PRÉ-PÓS

TÉCNICA

CATALISADOR

CURSO ON-LINE 7 PASSOS is! t á r g É

Acesse já e comece agora mesmo a aula sem sair da sua casa ou oficina! www.mte-thomson.com.br

FAÇA REVISÕES EM SEU VEÍCULO REGULARMENTE!

Ensino a distância com CERTIFICADO!


Treinamento TV Notícias da Oficina Participe do próximo treinamento técnico que terá como tema a reparação do sistema I Motion do Câmbio do Fox 2009


Não perca esta oportunidade! GRATUITO - VAGAS LIMITADAS

Marque na sua Agenda Data: 21/OUT/2014 Horário de Chegada: 19h30 Local: Consulte a concessionária mais próxima de você Inscrições: www.noticiasdaoficinavw.com.br Informações: (11) 3071-4633

Certificado A VOLKSWAGEN CONFERE ESTE CERTIFICADO A

Aristóteles de Afonso Pena PELA PARTICIPAÇÃO NO TREINAMENTO TÉCNICO AUTOMOTIVO

Injeção eletrônica do Golf 1.6 2009 Carga horária 1h30

Local São Paulo - SP

Data 20 de Maio de 2014

Daniel Morroni - Gerente Executivo V&Mkt Pós Vendas

Os reparadores que participarem do treinamento receberão um certificado personalizado impresso!


em foco

16

www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

ford promove o GP motorcraft e vai premiar o melhor reparador do Brasil com um new fiesta A Ford comunica o lançamento do projeto “Grande Prêmio Motorcraft”, que vai eleger o melhor reparador independente de automóveis do Brasil e ainda dará ao vencedor um New Fiesta. Segundo a empresa, as inscrições podem ser feitas através do site www.reparadormotorcraft. com.br até 19 de outubro e caso haja empate entre os concorrentes as vagas serão decididas por sorteio. Para participar, basta o candidato realizar o cadastro e responder um questionário com 30 perguntas sobre conhecimentos técnicos automotivos. A montadora informa ainda

que, dez finalistas serão selecionados para a segunda fase, que consistirá numa prova prática de reparo de automóvel, em dezembro, no SENAI Ipiranga, em São Paulo. Aquele que identificar a falha no veículo e realizar o reparo mais rápido levará o prêmio. “As oficinas independentes representam hoje uma parcela significativa do mercado de reparação automotiva. É um segmento formado por cerca de 200 mil reparadores, que além da importância econômica são grandes formadores de opinião, pelo conhecimento técnico e experiência com os veículos”,

ressalta o gerente de Vendas e Marketing de Pós-Venda da Ford, Joaquim Arruda Pereira. concurso O questionário usado na primeira fase do Grande Prêmio Motorcraft foi elaborado em conjunto por especialistas do Grupo Oficina Brasil, do SENAI e da Bosch, que são apoiadores do concurso, assim como a direção nacional do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios (Sindirepa). Os dez finalistas participarão da fase final em São Paulo, num

Divulgação

Grande Prêmio é mais uma iniciativa da montadora com o intuito de aproximar os reparadores da marca. Dez finalistas participarão da fase final em São Paulo, que inclui visita à linha de montagem da fábrica em São Bernado do Campo programa que incluirá uma visita à linha de montagem da fábrica da Ford em São Bernardo do Campo e outras atividades. O encontro será realizado de 4 a 6 de dezembro, no Centro Técnico do SENAI do Ipiranga. Reparador ganhará um Ford New Fiesta Hatch A promoção faz parte da esCada reparador terá pela frente um veículo com pane tratégia nacional de relançamento para reparar e o que realizar o da Motorcraft, marca global de serviço de forma correta e mais peças de reposição da Ford, que rápido será o vencedor do Ford está presente há várias décadas New Fiesta. no Brasil.





www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

EM FOCO

20

D

uas marcas globais, Castrol e Ford, celebram 100 anos de acordo de cooperação global com o anúncio dos novos lubrificantes Ford Castrol Magnatec Professional. Segundo comunicado enviado ao Jornal Oficina Brasil, a nova linha traz ao consumidor três opções de lubrificantes: o Ford Castrol Magnatec Professional A5 5W-30, com Óleo lubrificante Ford Castrol Magnatec performance que supera as especificações da indústria e ga- reduz o desgaste do motor e é rantem uma durabilidade maior recomendado pela empresa para para o motor; o Ford CastroL veículos que requerem um proMagnatec Professional 5W-20, duto com essas especificações. desenvolvido especialmente para “A Castrol tem uma parceria de os modernos motores da Ford, longo prazo com a Ford, na qual protegendo-os sob as mais diver- há um século estamos criando sas condições de temperatura e motores e lubrificantes de alta direção; e o GTX 20W-50, que performance e investindo em

Divulgação

Castrol e Ford comemoram 100 anos de DS inova reconstruindo o parceria com novos lubrificantes visual da sua marca inovações tecnológicas. Com isso, geramos novos padrões de qualidade para todo o setor automobilístico”, comenta a diretora de marketing da Castrol Brasil, Janine Dodge. PRODUTO Ainda conforme a nota, a empresa informa que os lubrificantes garantem proteção instantânea desde a partida, com tecnologia de microfiltragem e coloração verde, que protege de maneira eficaz a nova geração de motores, cada vez mais compactos e com menos folgas. Possuem ainda fórmula exclusiva que atende aos severos padrões de economia de combustível e desempenho exigidos pela montadora.

C

omo a evolução já faz parte da rotina da DS, fabricante de peças automotivas, a empresa se renova mais uma vez, remodelando o visual da sua marca. Seg u ndo comunicado enviado pela empresa, o novo layout proporciona maior fa cilidade nas suas aplicações em diversos tipos de materiais, gerando, inclusive, menor impacto ambiental por conta da economia na sua produção. Ainda conforme a nota, com a identidade visual mais defi nida

e padronizada, a marca tornase mais atraente e imponente no mercado, for talecendo a relação com seus parceiros e consumidores. Fundada em 1971, na cidade de São José do Rio Preto - SP, a empresa atende ao mercado nacional e internacional com alta tecnolog ia e m máquinas e equipamentos e um rigoroso controle de qualidade iniciado a partir da análise de materiais, desenvolvimento de produtos, até a montagem e teste fi nal de 100% das peças.

B R A S I L

Há 60 anos, colocando mais verde e amarelo na nossa história. Há muito tempo, a MANN-FILTER chegava ao Brasil trazendo na bagagem conhecimento e inovação em tecnologia de sistemas de filtragem. E essa identificação pelo novo e pelo fazer diferente continua até hoje. Prova disso é o MULTI-FILTRO, o filtro verde e amarelo que resume mais de 150 aplicações em apenas 05 modelos. MANN-FILTER é isso: o jeito verde e amarelo de inovar sempre.

MANN-FILTER. Original como você. www.mann-filter.com.br

l_job_7102_v03.indd 1

30/01/14 16:29


Inclusive seus

AMORTECEDORES.

Quando os amortecedores chegam aos 40.000 km rodados já completaram em torno de 104 milhões de movimentos. Esta é a hora de checar se eles ainda estão em condições de garantir sua segurança ou se precisam ser trocados por novos. Os amortecedores são tão importantes para a segurança quanto o goleiro, então escolha sempre um de confiança: vá de Monroe. Monroe, a líder mundial em amortecedores.

Linha Utilitários - 12 meses ou 60.000 km (o que ocorrer primeiro).

TUDO FICA VELHO.


www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

em foco

22

com o aquecimento do mercado de usados NGK recomenda atenção redobrada na revisão Empresa informa que inspeção das velas de ignição pode apontar problemas, ou atestar bom estado do motor. A manutenção preventiva das peças originais garante o bom desempenho do sistema de ignição muito sobre o estado do motor e deve ser priorizada na revisão. “Ao examinar a vela, é possível identificar uma série de possíveis problemas, como infiltração de óleo e fluido de ar refecimento na câmara de combustão, excesso de gasolina ou etanol no componente, além do uso de combustível de má qualidade”, afirma Hiromori Mori, técnico da Assistência Técnica da NGK, maior fabricante mundial de velas

Velas de ignição e cabos da marca NGK

de ignição, cabos e sensores de oxigênio. O especialista destaca que componentes com vida útil ul-

trapassada podem diminuir o desempenho do carro, dificultar a partida após um período desligado, como, por exemplo, da noite para o dia, entre várias irregularidades. Outros problemas, como o alto consumo de combustível, irregularidades no funcionamento, falhas durante retomadas e aumento dos níveis de emissões de gases poluentes podem surgir. O rotor, distribuidor e bobina, ou transDivulgação

É

possível evitar dor de cabeça ao comprar um carro usado. Com o aumento de 4,1% nas vendas de seminovos – entre janeiro e julho - e a queda de 8,6% no emplacamento de veículos zero-quilômetro, durante o mesmo período, segundo números da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), a revisão preventiva de alguns componentes pode garantir uma aquisição segura. A simples inspeção visual das velas de ignição por um profissional de confiança, em oficina mecânica ou autoelétrico, diz

formador, também podem ser comprometidos Além da vela de ignição, que é considerada um importante “termômetro” sobre a saúde do motor, é recomendada a verificação preventiva do sistema de freios, embreagem, catalisador, amortecedores, suspensão, luzes, correias e demais itens de segurança. Segundo a NGK, a análise deve ser feita por profissionais experientes e de confiança. A revisão preventiva e periódica evita preocupações futuras, além de proporcionar maior economia em relação às manutenções corretivas.



www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

em foco

24

mWm International realiza Workshop com Distribuidores Nacionais Divulgação

Divulgação

ANRAP promove workshop para fabricantes de peças sobre remanufatura

Confraternização dos executivos da MWM e representantes de empresas parceiras em São Paulo

F

abricante independent e de mot or e s d ie sel l íde r no Me rcosu l, a MWM International realizou em agosto, um Workshop com seus principais distribuidores nacionais de motores. O evento ocorreu na unidade industrial da companhia, em Santo Amaro, São Paulo. Esta edição do Workshop teve como objetivo o alinhamento das metas da rede de distribuição e apresentação dos novos produtos. A agenda foi composta por pautas técnicas, operacionais e estratégicas. O encontro contou com a presença dos pr incipais repr e se nt a nt e s d a s e mpr e s a s parceiras, além do Diretor de Vendas e Marketing, Thomas Püschel, a Gerente de Vendas de Motores Vanessa Siqueira,

a Gerente de Vendas de Peças de Reposição, Vanda Camargo, e demais executivos ligados à área comercial e técnica da MWM International. Pa ra T homas P üschel, o encontro é uma ferramenta fundamental para o alinhamento da estratégia da companhia. “No evento, apresentamos um panorama dos mercados em que atuamos, nosso posicionamento, os novos lançamentos e as expectativas para 2015. Uma rica troca de informações, entendendo as necessidades de cada região, identif icando opor t u n id ades de novos negócios, além de estreitar a parceria com nossa importante e completa Rede, que hoje conta com mais de 480 pontos instalados em todo território nacional”, disse o executivo.

Durante o Workshop ANRAP, frotistas, mecânicos e profissionais do setor esclarecem dúvidas e trocam experiências

A

ANR AP, Associação Nacional dos Remanufaturadores de Autopeças, promoveu em julho mais uma edição do Workshop: “Remanufaturados, A Vez do Brasil”, realizada na UNISAL (Centro Universitário Salesiano de São Paulo), na cidade de Campinas, no estado de São Paulo. No encont ro, fabricantes destacaram que a remanufatura de produtos é uma tendência mundial, essencial para a reparação automotiva de qualidade e a sustentabilidade global. O evento reuniu frotistas, mecânicos e profissionais do

setor. Participantes enfatizaram a necessidade da responsabilidade ambiental em todo o ciclo, desde a fabricação até a execução de serviços, visando o descarte adequado de materiais não mais utilizáveis. Muitas oficinas e frotistas comentaram que já separam o material reciclável, em suas tarefas diárias. Além disso, apontaram que fatores como confiabilidade e procedência são fundamentais na escolha do componente a ser aplicado na manutenção, a fim de garantir qualidade superior no reparo e transparência no relacionamento com o cliente ou usuário. Seg u ndo o p r e side nt e e membro da ANRAP e gerente de aftermarket da Knorr-Bremse para o Brasil e América Latina, Jefferson Germano, a remanufatura é uma opção para quem busca por um produto de credibilidade e procedência, pois ele possui rastreabilidade, o que inclui todos os seus dados de fabricação. “ No Brasil, a remanufatura de produtos começou há cerca de 20 anos. Neste ano, comemoramos duas décadas de fundação e trabalhos intensos para disseminar o conceito da remanufatura no nosso país. Hoje, a d ispon ibil id a de de

produtos remanufaturados é grande, no entanto, vemos que o mercado ainda sofre com a falta de conhecimento”, disse Germano. Jefferson lembrou as dificuldades enfrentadas pelos fabr icantes na logística reversa, como a bitributação de impostos e a necessidade da devolução de peças usadas em bom estado de conservação – já que o casco ou peça usada é a matéria-prima do processo de remanufatura. “O cuidado com a peça usada deve ser o mesmo de um produto novo. O simples fato do aplicador ou mecânico manusear com cuidado a peça usada nos ajuda a aumentar o volume e obter matérias-primas em bom estado de conservação para viabilizar a remanufatura”, destacou. De acordo com a ANRAP, ano a ano, a frota circulante no Brasil está mais moderna, com novas tecnologias. Novas tecnologias exigem mais conhecimento. Por isso, só o fabricante que detém este conhecimento é capaz de realizar o processo de remanufatura, assegurando que os itens danificados sejam reconstituídos e substituídos por novos, contemplando todas essas atualizações, garantia e procedência.


www.dayco.com

®

Estamos em constante evolução, com força, resistência e desempenho, fazendo da nossa correia a melhor da sua linha.

Correias de alta tenacidade construídas com um revestimento de tecido exclusivo Dayco.

Dayco. The original power in motion. DAYCO-ADV-BR-HTENACITY-265x300.indd 1

04/07/14 15:08




Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo

INFORMATIVO Setembro 2014

Projeto Clube do Reparador chega a 2ª edição O projeto Clube do Reparador, que tem como objetivo realizar pesquisa de campo por meio de visitas a empresas de reparação de veículos para consolidar ainda mais o relacionamento do patrocinador com a oficina, chega a sua 2ª edição. Desta vez, o projeto conta com o patrocínio das empresas Affinia Automotiva, Tecnomotor e Gates. Mais de 3 mil empresas do setor participaram da 1ª edição, quando foram distribuídos materiais dos patrocinadores da iniciativa e coletadas informações estratégicas para a atuação das marcas. Realizado pelo Sindirepa-SP, o gerenciamento total do projeto, contendo os relatórios e o banco de dados são entregues, periodicamente, aos patrocinadores. Estão previstas visitas a mais 3 mil empresas localizadas nas regiões Norte, Sul, Leste, Oeste e Centro da capital paulista.

Jovem Aprendiz disponibiliza mais de 400 alunos

CNAE das oficinas é 45.20-0-01 Os proprietários de oficinas mecânicos devem ter atenção ao registrar o CNAE – Classificação Nacional de Atividades Econômicas, que padroniza os códigos de identificação das unidades produtivas do País nos cadastros da administração pública nas três esferas de governo, especialmente na área tributária. A classificação correta para a categoria de serviços de manutenção e reparação mecânica de veículos automotores é 45.20.0, que conta com benefícios do SESI/SENAI. É importante destacar que, entre os requisitos da nova lei nº 15297/14, que regulamenta as oficinas no Estado de São Paulo, será necessário exibir em local visível o atestado de legalidade sindical patronal e o certificado numerado atestando o cumprimento dos dispositivos da legislação, emitido pelo Sindirepa. A classificação correta evita também problemas desnecessários e que não são condizentes com a atividade. Muitas oficinas que possuem o código de atividade relacionado à venda de peças usadas estão sendo convocadas pelo Detran para se credenciarem e ficam sujeitas a autuações.

O Jovem Aprendiz, programa desenvolvido pela Fiesp em parceria com o SindirepaSP para atender as demandas de mão de obra qualificada do setor de reparação, possui mais de 400 alunos disponíveis para contratação, em diversas cidades de São Paulo. Eles estão cursando entre 1º e 4º semestres. A iniciativa vem ao encontro das necessidades da indústria da reparação com relação à escassez de mão de obra especializada. “Existe carência de profissionais capacitados para trabalharem nas oficinas e este projeto possibilita o ingresso de jovens preparados”, afirma o presidente

do Sindirepa-SP e Sindirepa Nacional, Antonio Fiola. Para consultar a listagem atualizada de alunos dos Cursos de Aprendizagem das Escolas em Senai, em todo o estado de São Paulo, contendo a formação dos alunos e as respectivas cidades, os reparadores associados ao Sindirepa-SP podem acessar o site da entidade http://www.sindirepa-sp. org.br. Para mais informações, os interessados podem entrar em contato com o Senai de sua região ou com a Fiesp/Depar pelo telefone (11) 3549-4632, com Cristiane Gouveia.

Entre em contato com o Sindirepa-SP pelo telefone (11) 5594.1010 ou por E-mail: sindirepa@sindirepa-sp.org.br


Reduza a velocidade, preserve a vida.

Revista Oficina Brasil - Anúncio Laguna - 26,5 x 30cm

VOCÊ É O NOSSO MOTOR PRECISOU DE COMPONENTES PARA MOTORES, FALE COM A GENTE.

A Laguna possui portfólio com mais de 26 mil itens, o que faz da empresa uma referência nacional em distribuição de peças para motores, desde 1918. LAGUNAWEB.COM.BR


www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

EVENTO

30

EVENTO

Campanha de ferramentas da Tramontina PRO aposta nas simbologias masculinas Margarida Putti

P

ela primeira vez em seus 103 anos de história, a Tramontina, uma empresa 100% brasileira, lançou uma campanha publicitária específica para o setor da reparação automotiva sobre a sua linha de ferramentas profissionais. Durante a coletiva de imprensa, realizada na Regional Sudeste da Tramontina, em Alphaville (SP), a empresa apresentou o filme que está sendo exibido tanto em TV aberta quanto por assinatura, que explora a masculinidade de forma divertida com o intuito de demonstrar as qualidades das peças da Tramontina PRO. Com a assinatura “Prazer de Construir”, o comercial produzido pela JWT será veiculado até o mês de outubro. A empresa informou ainda

que a campanha conta com peças para internet, spot para rádio e materiais impressos. Entre os lançamentos estão caixas organizadoras, ferramentas isoladas, multiplicadores de torque, torquímetros, detectores de tensão, alicates e martelos. O lançamento da campanha inclui a divulgação das novas ferramentas da marca para os segmentos automotivo e industrial. Dentre eles, as caixas organizadoras, ferramentas isoladas, multiplicadores de torque, torquímetros, detectores de tensão, alicates e martelos. “Esses itens chegam para atender a procura por produtos cada vez mais resistentes e que permitem maior produtividade. É por isso que acreditamos muito na premissa desta campanha que reforça o quanto é especial construir e consertar o que quer que seja com as próprias mãos e

Fotos: Divulgação

Filme exibido na TV recorre à linguagem ousada e bem-humorada para fazer analogia entre as características físicas do homem e a utilização da linha de peças profisssionais pelos reparadores

Presidente da Tramontina, Clovis Tramontina

Imagem de abertura do vídeo produzido para a linha de ferramentas profissionais da Tramontina PRO

com a ferramenta certa”, declara o presidente da Tramontina, Clovis Tramontina. A TRAMONTINA Fundada em 1911 por Valentin Tramontina, descendente de italianos, na cidade de Carlos Barbosa no Rio Grande do Sul, a

Lavadora Alta Pressão Prof. 2550 Lbs 110V Mono Bravo APW-VRB90 - WAP

2796-6161

R$

Nextel: 80*191

** Financiamos em até 36 vezes **Exceto Norte e Nordeste

*Parcelamos em até 10X no Cartão de Crédito Promoção válida até 15/10/2014 ou até o término de nosso estoque.

Av. Carlos de Campos, 173 - São Paulo - SP CEP 03028-001 Horário de Funcionamento: De Segunda a Sexta das 8h às 18 h Descontos especiais para clientes Oficina Brasil

valflex@comlvalflex.com.br Cinto de segurança salva vidas

Fotos meramente ilustrativas

(11)

567,30

Mascara de Solda Eletrônica Automática GW913 – ESCUDO R$

198,40

Maq Solda 250 Amp 220V Monofásica Turbo NM-250T – BAMBOZZI

R$

355,78

Parafusadeira Angular à Bateria de 6V com 45 Peças DCF060-B2 - DEWALT

R$

136,00

história desta empresa é marcada pela inovação, o design, a tecnologia e, acima de tudo, o capital humano. O respeito às diferenças e à diversidade são os maiores orgulhos da marca, que se consolida nos mais diversos segmentos, através de cada um de seus 18 mil itens. A fabricante conta com mais de seis mil funcionários e

possui 10 fábricas distribuídas em todo o Brasil. A marca está, hoje, presente em mais de 120 países. Para o presidente da empresa, o mais importante são as pessoas. “Nós valorizamos as pessoas e elas podem entrar e fazer o seu planejamento de vida e construir um futuro. A Tramontina sempre dá um jeito de driblar a crise, preparamos estratégias para vencer este aspecto”, disse Clovis Tramontina, no lançamento da campanha de ferramentas Tramontina PRO, em São Paulo.

Maq Impacto Caminhão Enc. 1 Eixo Longo com Soquete

COMPRAR

POTENTE

R$

898,00

Maq Impacto 1/2 Profissional Multi-Uso CP 7732 – CHICAGO R$

563,59

Compressor 60 Pés 425 Lts 175 Lbs 15 HP Onix Trif PRESSURE

R$

Loja 100% Segura

COMPRE PELO SITE

www.lojavalflex.com.br PROMOÇÃO

Elevador 2,5 Tonelada Trifásico Braço Articulado para Automóveis PIT STOP - STAHLBOX

7.690,00

PRONTA ENTREGA

Massa de Polir Pote 1 Kg 3M

R$

23,50 R$

4.490,00 à vista


A cada minuto, 250 amortecedores Cofap são vendidos.

Isso é liderança: a cada minuto, 250 amortecedores Cofap são vendidos no mundo. Todos os dias úteis do mês, todos os meses do ano. Há mais de 60 anos, ninguém vende amortecedores como a Cofap. E ninguém pensa em outra marca quando chega a hora de trocar. Verifique os amortecedores e fique com o líder.

Faça revisões em seu veículo regularmente. AF AN COFAP LIDER 26,5x30.indd 1

Faz parte da sua vida.

08/09/14 16:10


www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

evento

32

Programa de educação no trânsito da Michelin pretende conscientizar jovens condutores Projeto denominado de Best Driver pela fabricante de pneus irá eleger o melhor motorista universitário do Brasil. Campanha está sendo promovida em São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Salvador, Brasília e Rio de Janeiro Fotos: Oficina Brasil

Margarida Putti

A

Michelin, empresa com mais de 100 anos de história na fabricação e comercialização de pneus, lançou durante evento na zona Sul de São Paulo, uma campanha inovadora voltada para os jovens brasileiros: a Michelin Best Driver. A iniciativa, que conta com a parceria da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e o apoio do bicampeão mundial de Fórmula 1, Emerson Fittipaldi, levará o tema “Segurança no Trânsito” para 15 universidades do País. No início do projeto, universidades como USP, Mackenzie e Anhembi Morumbi, em São Paulo, além de outras em Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Salvador, Brasília e Rio de

Carro com simulador da Michelin que será utilizado para testes de velocidade nas universidades brasileiras

Janeiro, receberão o programa atingindo cerca de dois mil uni-

versitários inscritos. Na apresentação do projeto, a empresa informou que além da realização de talk shows com o escritor, sociólogo e especialista em segurança no trânsito Eduardo Biavati e profissionais do automobilismo, será instalado, em cada instituição de ensino, um simulador, que testará a performance dos estudantes com cenas cotidianas. “O Brasil foi o país escolhido pelo Grupo Michelin para criar o conceito do Programa MICHELIN Best Driver. Nossa equipe brasileira concebeu esse programa de forma inovadora, que servirá de referência para a posterior implantação em outros países. Trata-se de um programa educacional, que conta com o apoio das principais universidades brasileiras e tem como objetivo sensibilizar o público jovem, principal vítima dos acidentes de trânsito”, afirmou o vicepresidente da Michelin América do Sul, Damien Destremeau.

participantes do programa. O aparelho irá monitorar o desempenho veicular, ou seja, mensurar o nível de segurança da condução do motorista no período avaliado. Serão avaliadas aceleração, frenagem, curva e velocidade (a combinação desses quatro critérios totaliza os 16 indicadores de desempenho do motorista). Com base nos dados apurados, os estudantes serão classificados em uma escala de zero a 100. Quanto maior a pontuação, mais segura a condução do motorista. “Para construir o programa, estudamos com detalhes o comportamento dos jovens a fim de buscar o formato, o conteúdo e a linguagem mais apropriada para desenvolver uma solução que tivesse impacto junto a este público”, explica Destremau.

Monitorar e inforMar Canal CoM os jovens Segundo a Michelin, para reforçar a campanha aos jovens sobre a forma correta de dirigir, um aparelho de telemetria será instalado por um mês no carro de universitários das instituições

Para atrair a atenção dos jovens sobre o tema, o programa ganhou uma página no Facebook que, segundo a Michelin, tem uma linguagem divertida, intera-

Damien Destremeau durante a apresentação do Programa Best Drive da Michelin, em São Paulo (SP)


evento

Emerson Fittipaldi ressalta a importância da iniciativa da Michelin

tiva e lúdica. Levando o assunto além das universidades, o espaço trará ainda um local onde os internautas poderão também acompanhar o desafio dos estudantes. Para saber mais informações acesse: www.facebook.com/MichelinBestDriverBrasil. Pilotos Para falar sobre segurança ao volante, a Michelin convidou os pilotos profissionais e campeões Cacá Clauset, Leandro Mello e Ricardo Dilser, que gravaram vídeos, destacando a importância da direção segura. Com duração de um a dois minutos, os filmes, que serão veiculados durante os talk shows nas universidades e na fanpage do programa, irão apresentar dicas de segurança aos motoristas e motociclistas. Entre os temas, estão a escolha do capacete ideal, o cuidado com os pneus e o cuidado com as distrações ao volante.

PreMiação Serão selecionados 15 estudantes, o primeiro colocado de cada universidade, que ganharão um mini tablet e uma viagem a São Paulo para assistir à prova Le Mans 6h de São Paulo, nos dias 29 e 30 de novembro (a lista dos finalistas será divulgada em www.michelin.com.br/michelinbest-driver). O vencedor do programa irá receber um carro zero quilômetro direto das mãos de Emerson Fittipaldi, também promotor da prova e membro da Comissão de Pilotos da FIA. “Desde 2012, na Le Mans 6h de São Paulo, buscamos ajudar com ações em algumas escolas de direção para crianças, parcerias com PM, Consulado Britânico, prefeitura e governos locais, e vamos continuar na luta para para melhorar o trânsito no nosso Brasil”, finalizou Fittipaldi.

Emerson Fittipaldi realiza primeiro teste no simulador do Best Drive

www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

Dados expostos pela Michelin sobre os acidentes de trânsito que reforçam a campanha Best Driver

33


informe publicitário

Como aproveitar as oportunidades de CresCimento do aftermarket? Clóvis Pedroni *

Na edição de julho de 2014, foi publicado no editorial do Jornal Oficina Brasil que o quadro cinza da indústria automotiva, com forte queda da produção e das vendas no primeiro semestre de 2014, não é uma realidade quando analisamos o aftermarket, onde o cenário é muito diferente, pois as oficinas estão cheias de serviços. Ou seja, temos conhecimento do movimento em que milhares de donos de carros usados desistem da compra de um novo veículo e passam a colocar o seu usado em ordem, gerando venda de serviços e peças. Segundo o IGD (Indicador de Geração de Demanda), desenvolvido pela CINAU (Central de Inteligência Automotiva), a alta de serviços na região Sudeste nos seis primeiros meses de 2014 foi da ordem de 4%. E a perspectiva para o segundo semestre é muito melhor, o que deve fazer o valor anual ser o dobro disso. Diante deste quadro de crescimento do aftermarket automotivo, é de esperar que outras indústrias ligadas ao setor também tenham um desenvolvimento nos seus negócios, como os fabricantes de equipamentos para diagnóstico e reparação automotiva. Nós da Alfatest, uma empresa nacional que atua nesse mercado há mais 23 anos, podemos dizer que somos um ótimo exemplo desse movimento de crescimento do setor. No primeiro semestre de 2014, tivemos um crescimento de 16% no nosso faturamento e de 28% no EBITDA - importante indicador financeiro usado para medir o desempenho operacional de uma

empresa. São valores muito expressivos que demonstram como as oportunidades, muitas vezes, se apresentam em momentos que as condições gerais da economia são muito ruins, como a que estamos passando no Brasil. Sabemos que, quando a economia pas sa p or momentos difíceis e as vendas de carros novos caem, outras oportunidades aparecem. Nossa empresa se preparou para esse momento, lançando novos produtos nos últimos meses, que estão fazendo bastante sucesso no mercado. Respondendo se apenas as opor tunidades geradas pela retração nas vendas de novos são suficientes para alavancar os negócios da sua empresa de forma tão significativa, posso afirmar que existe a expectativa ocasionada pelo crescimento do aftermarket, mas você precisa estar preparado para aproveitar essas chances. Em 2013, nós aceleramos o desenvolvimento de um novo scanner automotivo, o Kaptor. com V2S, que foi lançado no início de 2014 e está fazendo muito sucesso, a ponto de termos tido dificuldades para atender à demanda nos primeiros meses do ano, que foi superior às nossas expectativas. Isso demonstra o quanto é importante as empresas estarem preparadas para aproveitar as boas oportunidades do mercado. Qual seria o caminho para as oficinas de reparação automotiva aproveitarem estas oportunidades? Sabemos que as of ic inas estão com muito serviço, o que gera receita e melhora as suas condições financeiras. O que

Kaptor.com

“O que nós sugerimos é que as oficinas aproveitem esse bom momento e peguem uma parte da receita extra que estão conseguindo gerar para investir em aumento da produtividade, um dos maiores problemas da economia no Brasil” nós sugerimos é que as oficinas aproveitem esse bom momento e peguem uma parte da receita extra que estão conseguindo gerar para investir em aumento da produtividade, um dos maiores problemas da economia no Brasil. Em comparação com os EUA, a produtividade brasileira representa um quinto em relação às empresas norte-americanas. Para melhorar esse índice, o caminho passa por qualificação da mão de obra, treinamento, investimentos em equipamentos,

aquisição de novas tecnologias e melhorias de processos. Se as oficinas aproveitarem este período positivo para investir, elas sairão fortalecidas desse processo e preparadas para o futuro. Além disso, as oficinas devem estar estruturadas para o final de ano, quando sempre ocorre um crescimento dos serviços devido ao período de férias e viagens. As opor tunidades estão aí para todos. Os melhores preparados e com mais visão é que terão mais sucesso!

*Clóvis Pedroni Jr, diretor-presidente da Alfatest. Formado em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), possui pósgraduação em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FVG) e especialização em Marketing pela Escola de Negócios Trevisan.


Para os melhores rolamentos, também as melhores graxas. As graxas SKF, agora com nova embalagem, foram criadas especialmente para a lubrificação de cubos de rodas de automóveis, caminhões e ônibus. A alta viscosidade do seu óleo-básico garante a formação de uma película lubrificante de elevada resistência. O sabão de lítio empregado proporciona excelente estabilidade mecânica e longa durabilidade. Aplicações: • Cubos de rodas de automóveis, caminhões e ônibus; • Articulações de suspensão dianteira; • Rolamentos pequenos e grandes com carga normal e rotações moderadas.

Install confidence

*fonte: pesquisa Novo Meio IPSOS 2013.


www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

entrevista

36

entrevista

autop 2014 volta com força total e movimenta mais de r$ 30 milhões em negócios no Brasil Fotos: Divulgação

Margarida Putti

Caravanas de diversos estados, especialmente do Norte e Nordeste, marcaram presença na exposição, além da participação de empresários brasileiros e estrangeiros

R

ealizada no período de 5 a 9 de agosto, no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza, a Autop 2014 - considerada uma das maiores feiras do segmento de reposição automotiva do País - se consolidou como uma plataforma de novos negócios, serviços, parcerias e lançamentos tecnológicos. Durante os cinco dias, foram registrados 28 mil visitantes entre executivos, empresários, profissionais que atuam no setor, aplicadores e estudantes de cursos profissionalizantes. Segundo os organizadores da feira, um balanço geral apontou que foram concretizados mais de R$ 30 milhões em negociações. A exposição contou com a

Sucesso de público: 28 mil pessoas visitaram a feira durante os cinco dias de evento no Ceará

participação de 239 marcas, dentre as quais grandes multinacionais, além de fábricas e distribuidores nacionais e regionais que investiram cerca de quatro milhões de reais na criação, montagem e atendimento dos estandes, apresentando seus produtos em projetos de alto nível.

Em entrevista ao Jornal Oficina Brasil, o presidente do SSA - Sistema Sincopeças/Assopeças (CE), Ranieri Leitão, fala sobre toda a infraestrutura e suporte para novos negócios e parcerias que a Autop proporcionou para empresários e profissionais do setor da reparação automotiva no Brasil. Jornal Oficina Brasil – A última edição da Autop foi em 2008, e agora a feira ressurge em 2014 com força total. O que significa o retorno deste evento

do setor automotivo para o mercado da reparação? Ranieri Leitão - A Autop é o único grande evento do setor no Brasil administrado por uma entidade de classe representativa do próprio setor econômico, e que prestigia em 100% a indústria de autopeças nacional. É uma vitória para o setor, construída sobre parcerias sólidas, como SEBRAE, que tem sido um parceiro fiel em todos os nossos projetos, que conhece o nosso setor e investe junto conosco na qualificação de nossa gente.

JOB - Quais foram os principais objetivos da Autop? Ranieri Leitão - O objetivo principal da feira é fortalecer o setor, especialmente do Norte e Nordeste. Queremos dar a oportunidade de o empresário local participar de um evento de grande porte, como os que acontecem nas regiões Sul e Sudeste, e fechar negócios com empresas de renome nacional e internacional, dar visibilidade para as marcas locais e aperfeiçoar seu conhecimento no mercado.

“Queremos ajudar o micro e o pequeno empresário a oferecer um atendimento diferenciado e de qualidade, totalmente voltado para a sustentabilidade do negócio e o cuidado com o meio ambiente”, declara Ranieri Leitão Responsável pela realização da Autop 2014, Ranieri Leitão


www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

entrevista

equipamentos e ferramentas em condições especiais e principalmente vários cursos e palestras técnicas para melhor formação profissional. JOB – Qual é a real contribuição que a Autop pode oferecer ao setor automobilístico no Brasil? Ranieri Leitão - Com a reestruturação da feira através de uma organização impecável, sem nos preocuparmos em ter lucro e com um pavilhão de eventos moderno e atrativo, tenho convicção de que profissionalizamos a feira, de modo que todos puderam perceber a nossa mensagem de fortalecimento do setor em nível nacional. Áreas maiores para os expositores permitem exibir melhor os projetos, peças, máquinas e ferramentas

JOB – A feira registrou um sucesso de público, assim sendo, você acredita que as expectativas foram alcançadas? Ranieri Leitão - Em se tratando de público participante, a Autop foi muito feliz. Concentramos nossos esforços em dinamizar as mais de 120 caravanas de empresários vindas de todas as regiões do Ceará, Nordeste e Norte do País, porque só assim teríamos a certeza de que estaríamos atraindo negócios e relacionamentos comerciais para a feira. Todo o trabalho foi concentrado em atrair um público segmentado e conseguimos isso com sucesso. A Autop superou todas as nossas expectativas, tanto em público (acima de 28 mil pessoas e, digase de passagem, um público totalmente restrito ao setor), quanto em negócios, superando os 30 milhões de reais. Eu acompanhei de perto essas negociações e vibrei muito, porque a cada instante os expositores me davam feedback positivo, isso nos fazia muito felizes. Muitos expositores vieram para ampliar sua participação no mercado regional, divulgar suas marcas e produtos, e a Autop foi a porta de entrada disso. JOB – O Governador do Estado do Ceará esteve presente o evento e ressaltou a importância da SSA no mercado. Para você,

o que representa entrar para o calendário de grandes feiras do Estado? Ranieri Leitão - Temos um governador com ideias e atitudes brilhantes, por isso o Ceará tem crescido a passos largos. Com muita seriedade nas suas ações, o Dr. Cid Gomes tem transformado para melhor todas as áreas do seu governo, e especialmente, no meu olhar, a pasta da Educação, através de investimentos em infraestrutura e qualificação profissional, mostrando para todos nós, com muita clareza, um futuro promissor para nossos filhos e netos. Fazer parte do calendário de grandes eventos do estado é um passo importante, pois nos dá a certeza de que estamos no caminho certo e de que nosso trabalho está sendo reconhecido, além de que é mais uma oportunidade de fortalecer o mercado automotivo do estado. Para essa Autop não necessitamos de nenhuma ajuda do governo, entendemos que ele precisa investir em outras questões e pudemos fazer o nosso evento com nossos próprios recursos. JOB – Quais foram os diferenciais da feira em 2014 se comparada com a edição passada? Ranieri Leitão - Tudo nesta Autop 2014 foi diferente das ante-

riores. Foi realmente uma edição de ouro, na qual priorizamos os negócios e relacionamentos comerciais, prestigiamos a indústria de autopeças nacional, apoiamos e fomos apoiados pelos Distribuidores, que detêm uma sintonia fantástica com o mercado. Para o varejo, atraímos excelentes negócios, com promoções imperdíveis dentro do pavilhão. As Redes de Negócios do Sistema Sincopeças/ Assopeças (Ce) tiveram o seu espaço dinamizado. Oportunizamos às empresas de Reparação a visualização de uma Oficina Modelo, a condição de adquirir

JOB - Como você avalia o mercado de reparação automotiva no Ceará? Ranieri Leitão - O nosso mercado de Reparação Automotiva tem se esforçado bastante para superar os obstáculos. Com o aumento da frota circulante e o rápido avanço da tecnologia automotiva ficamos refém de um problema: a falta do profissional mecânico. Foi então que há quatro anos firmamos uma parceria com o Governo do Estado e criamos várias turmas de Manutenção Automotiva integradas ao ensino médio (Escolas de Educação Profissional) em várias cidades do interior (onde está o

37

maior gargalo), para com isso superar essa falta e fortalecer a Reparação. Já colocamos uma turma em campo, no ano passado, estagiando em empresas associadas ao Sistema Sincopeças/ Assopeças (Ce). Muitos destes alunos foram aproveitados e hoje fazem parte do quadro funcional destas empresas. JOB – Quando será realizada a próxima edição da Autop? Ranieri Leitão - A próxima Autop acontecerá no período de 10 a 13 de agosto de 2016, no mesmo pavilhão do Centro de Eventos do Ceará, e já em Março de 2015 iniciaremos os trabalhos para que nesta próxima edição possamos corrigir algumas falhas que possam ter acontecido e que possamos dinamizar cada vez mais os negócios, priorizar ainda mais a indústria nacional, atrair cada vez mais o nosso públicoalvo, formar em 2016 mais de 300 caravanas de todo o País. ParticiPação esPecial O Grupo Oficina Brasil marcou presença no evento disponibilizando informações atualizadas sobre o mercado da reparação. Nos jornais distribuídos pela editora, o público pode conferir matérias sobre diagnose, peças, acessórios, serviços e lançamentos de veículos e produtos. “Entendemos que o mercado do

Estudantes participaram de palestra para troca de experiências e aprendizagem


entrevista

38

www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

Visibilidade: feira contou com a presença de grandes marcas nacionais e regionais

“Temos um objetivo explícito: fortalecer e engrandecer a grande família de Autopeças, Acessórios e Reparação Automotiva do Brasil”, ressalta o presidente do SSA - Sistema Sincopeças/Assopeças (CE), Ranieri Leitão Nordeste representa uma grande força do mercado de reposição automotiva e nossa participação na Autop 2014 foi uma decisão estratégica, alinhada com nossos esforços contínuos de apoiar as entidades representativas do setor e prestigiar eventos que contribuam de forma significativa para o engrandecimento do nosso setor” afirmou o diretor comercial do Grupo Oficina Brasil, Marcelo Gabriel. No stand da empresa, o público também pode conferir o

funcionamento do aplicativo Guia de Oficinas para smartphones e tablets, que pode ser baixado gratuitamente nas lojas da Apple (IOS) e via sistema Android. O programa possui 1894 oficinas qualificadas e cadastradas, em todo o território nacional. autoridade eM coMBustível shell Sucesso junto aos reparadores independentes e desenvolvido em parceria com o Jornal Oficina

Brasil, o programa “Autoridade em Combustível Shell” que disponibiliza informações técnicas e certificação aos profissionais também esteve representado no stand na Autop. Conforme Gabriel, “o programa Autoridade em Combustível Shell é uma iniciativa brilhante da Shell/Raízen, que entendeu a força do reparador independente no processo de decisão do dono do veículo no momento do abastecimento, pois a influencia do reparador como uma ‘autoridade’ em combustíveis contribui para uma melhor manutenção preventiva no curto, médio e longo prazos”.

Stand do Grupo Oficina Brasil na Autop 2014

Parceria do Programa Autoridade em Combustível Shell e o Grupo Oficina Brasil na Autop 2014



www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

entrevista

40

inteligência de mercado

a importância da pesquisa de mercado na era da informação Responda depressa: é comum em sua empresa as pessoas chegarem às reuniões repletas de opiniões formadas e apoiando-se em afirmações como “eu acho que...”? E quando isso acontece, o que você faz? © Can Stock Photo Inc. / iqoncept

dirce Boer*

N

ão se preocupe com a resposta, na maioria das empresas a falta de dados que possam ser convertidos em informações para tomada de decisão é constante e geralmente as pessoas decidem baseadas no “achismo” (eu acho que) e reclamam quando os resultados obtidos não são os esperados. Acontece com você? No cenário atual, ao mesmo tempo em que os consumidores ficam cada vez mais exigentes, a concorrência entre empresas torna-se cada vez mais intensa. A necessidade de contar com informações de melhor qualidade e em maior quantidade, para atender o público de maneira mais eficiente, é um fato inescapável a qualquer natureza de negócio. As informações sobre as características e os aspectos mercadológicos a respeito do ambiente em que a empresa atua e quais são as reais expectativas dos clientes em relação aos seus produtos, além da reação desses consumidores com a linha de comunicação utilizada pela empresa e suas políticas em relação à concorrência, entre diversos outros fatores, são cada vez mais decisivos na tomada de ação de qualquer dirigente moderno. A pesquisa de mercado é uma ferramenta com real eficácia para auxiliar na tomada de decisões. As respostas obtidas em estudos do gênero servem como ponto de partida para mudanças no sentido da melhoria contínua, uma vez que os dados levantados são uma representação exata da situação da empresa perante seu público e seus concorrentes. Com perguntas certas, o empresário sabe exatamente os problemas ou pontos positivos em seus planos de produção, propaganda, distribuição e vendas. Porém, uma pesquisa profis-

sional e bem elaborada exige um planejamento ordenado de todas as etapas do processo, uma vez que cada uma delas é importante. Após definido o problema ou a oportunidade de pesquisa, que consiste na etapa inicial, determina-se quais são as informações a serem adquiridas e faz-se um levantamento das melhores fontes para buscar tais informações. Escolhem-se, então, os métodos mais adequados para a coleta de dados, dependendo do tipo de pesquisa a ser realizada. A análise dos dados coletados, quando bem feita, resultará em constatações, implicações e recomendações que auxiliarão a empresa na tomada de decisões de marketing, colaborando para o seu sucesso e a satisfação dos clientes. O mais interessante é que, embora as pesquisas de mercado possam ser aplicadas a qualquer tipo de negócio e segmento, ainda são poucas as empresas que as utilizam como ferramenta permanente de mensuração, pois muitos empresários consideram a pesquisa de mercado como algo restrito a grandes empresas, o que na realidade é um mito. Pequenos e médios empreendedores vêm percebendo a importância da ferramenta, mas acreditam que o custo de um projeto de pesquisa é bastante oneroso. Entretanto, tudo depende do nível de informação que se quer obter,

o que torna possível fazer uma pesquisa de mercado adequada às necessidades da empresa. entender o mercado Na Era da Informação, em que todas as empresas estão inseridas hoje, o conhecimento profundo do mercado e dos clientes é tão importante quanto um produto competitivo e um gerenciamento eficiente. Passou a ser imprescindível que as informações cheguem não mais de forma espontânea ao gestor do negócio, mas através de ferramentas eficazes que permitem avaliar de modo sistemático as expectativas e os desejos dos clientes, de modo a satisfazê-los da melhor forma possível. Numa empresa, tudo pode ser pesquisado, desde a opinião dos funcionários (clientes internos), para saber suas opiniões sobre o refeitório, instalações ou nível de satisfação com superiores e subor-

“As pesquisas têm como principal vantagem o poder de direcionar o planejamento e as ações da empresa, pois funcionam como um termômetro que indica como está o mercado.” dinados, até a opinião de um grupo de consumidores que se relaciona de forma mais profunda com seus produtos (cliente externos) e que pode contribuir efetivamente com melhorias que resultem no real aumento da participação da empresa em seu mercado. A margem de atuação de uma pesquisa é, portanto, bastante extensa e o primeiro passo é definir claramente quais informações devem ser levantadas e quais serão as mais úteis para o negócio naquele momento ou em determinados períodos em que ela for realizada. As pesquisas têm como principal vantagem o poder de direcionar o planejamento e as ações da empresa, pois funcionam como um termômetro que indica como está o mercado. Através da análise dos dados obtidos pode-se observar como um produto ou serviço está sendo avaliado pelos consumidores e o que aconteceria se determinada medida fosse adotada, antes mesmo de sua adoção efetiva. Dessa forma, os resultados conhecidos após a aplicação de uma pesquisa podem auxiliar a empresa a posicionar melhor seus produtos dentro do segmento em que atua.

o que é uma pesquisa? Conceitualmente, as pesquisas são agrupadas em dois tipos: aquelas para identificar problemas e aquelas para a solução de problemas. A pesquisa para identificar problemas serve para a averiguação de problemas que não estão expostos e que poderão surgir futuramente e a pesquisa para solução dos problemas será usada para resolver os problemas encontrados na pesquisa anterior. Qualquer uma delas é importante para as empresas, pois por meio dos resultados obtidos elas podem estudar a melhor estratégia para poder alcançar seus objetivos. O empresário deve ter em mente, entretanto, que os resultados de uma pesquisa de mercado, por si só, não garantem o sucesso de uma empresa em seu segmento. É necessário que as informações conhecidas sejam avaliadas e as medidas necessárias sejam implantadas.

*dirce Boer é Publicitária – Diretora Executiva da DMC Promoção e Publicidade, empresa com 22 anos atuando no mercado de autopeças.

e para a sua empresa? é importante sair do "eu acho" para o "eu sei"? A cinau – Central de Inteligência Automotiva e a dmc Promoções desenvolvem em conjunto pesquisas para o mercado automotivo, integrando diferentes plataformas para coleta e análise robusta de dados gerando informações que ajudam na tomada de decisão e no planejamento estratégico das empresas interessadas em entender e atender o mercado.

ligue para (11) 3071 2854

e descubra como usar a pesquisa de mercado a favor dos seus negócios.



www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

???????????????????????

42

duelo de forças

Mas afinal todos os “franceses” são iguais? Veja na matéria a resposta para essa pergunta Pesquisa anual da CINAU indica a alta rejeição destes fabricantes junto aos profissionais da reparação e nesta matéria procuramos entender melhor esta percepção do público formador de opinião sobre marcas e modelos Fotos: Oficina Brasil

fernando Naccari e Paulo Handa

P

X X

eugeot, Citroën e Renault iniciaram produção no Brasil em meados dos anos 90 com a promessa de oferecer veículos com tecnologia mais avançada, design sedutor e acabamento melhores que os nacionais aqui vendidos. Tudo isso com preço competitivo. Por outro lado, como sempre acontece no Brasil, o “sonho” destas montadoras de fidelizarem seus clientes a suas redes de serviços, o que garantiria a manutenção mais adequada a estes veículos “avançados”, acabou não se concretizando. Assim, não demorou muito, aliás, foi um movimento muito rápido: os donos dos tais “franceses” acabaram trocando o serviço das concessionárias pelas oficinas independentes. Pelo ponto de vista do reparador independente – a quem as marcas francesas não dispensaram qualquer atenção – o impacto inicial foi muito negativo. Neste cenário de falta de informação diante de novas tecnologias, imediatamente o reparadores independentes “gongaram” estes modelos. O primeiro impacto, fora a má fama criada, foi o significativo percentual de desvalorização no mercado de usados destes carros. Não há dúvidas que, por força da posição de formador de opinião do reparador independente, muito carros destas marcas deixaram de ser vendidos. Apesar do indiscutível apelo de design, conforto, desempenho e preço que seduziam possíveis consumidores, na hora daquela “conversinha” com o reparador de confiança da família a ideia de comprar um “francês” era demo-

vida pela opinião do profissional, que externava sua experiência negativa na hora dos consertos. Diante desta realidade o que era para ser um sucesso amparado em tecnologia de vanguarda tornou-se um problema para estas marcas e a fama, de carros de difícil reparo, só fez aumentar com o passar dos tempos e a popularização destes veículos nas oficinas independentes. Por outro lado observa-se que nem todos os franceses são iguais ou percebidos da mesma maneira pelos reparadores independentes. Esta matéria, ainda que não tenha a força e consistência científica de uma pesquisa da CINAU, procura levantar, por meio dos reparadores entrevistados, que nem todos os franceses são iguais. os reParadores Para compor esta matéria, é claro, fomos ouvir os reparadores, afinal foram eles que formaram opinião sobre estas marcas e modelos. Opinião esta forjada no dia-a-dia de suas experiências ao atenderem clientes que adquiriram estes carros e buscam regularmente manutenção em suas oficinas. O primeiro deles é Edson Nascimento de Souza, de 37 anos de idade e 22 dedicados à profissão iniciada em 1993, quando fez seu primeiro curso na área automobilística. Nesta mesma época teve seu primeiro e atual emprego na oficina “Quatro Tempos” localizada no bairro do Butantã na capital de São Paulo. Aqui vale um registro sobre a oficina Quatro Tempos, pois tem uma história curiosa: em 1997, era um posto autorizado Renault, realizando serviços que incluíam reparos de garantia. “A oficina Quatro Tempos foi convidada

a ser posto autorizado Renault, pois naquela época a Caoa, que representava a Renault no Brasil, se desligou desta representação deixando muitos clientes sem assistência técnica. A Renault então, em caráter emergencial, nomeou oficinas independentes como posto autorizado, conseguindo assim atender a toda a demanda de serviços. Em São Paulo eram 11 as oficinas autorizadas, sendo dez delas na capital e uma em Campinas”, nos contou Edson. Porém, infelizmente a política de delegar sua assistência técnica aos independentes mudou e no início dos anos 2000, essa ação foi descontinuada e as oficinas destituídas da condição de “postos autorizados Renault”. Edson contou ainda que, para que a oficina atendesse às exigências da montadora, eles tiveram que modificar a estrutura interna da instalação, investir em treinamento de profissionais, adquirir ferramental específico, dentre outros. “Foi um investimento muito alto, mas na época foi bastante vantajoso. Lembro que fomos qualificados como ‘Oficina Selecionada Renault’ e tínhamos o respaldo necessário para trabalhar, atendíamos os clientes de forma diferenciada, executávamos as garantias sem burocracia e oferecíamos os preços aplicados pelas concessionárias. Infelizmente a parceria acabou, acredito que por pressão da rede autorizada formada depois da saída da Caoa que nos viu como concorrentes em potencial, e não como um forte aliado”, conclui. Apesar de a Renault tomar este caminho, a oficina conseguiu colher bons frutos: a fidelização do cliente. “Depois da parceria, os clientes ficaram conosco e divulgaram nosso trabalho a conhecidos que passaram a vender


www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

duelo de forças nossa imagem como uma oficina especializada em franceses, na verdade hoje atuamos no setor multimarca, mas posso dizer que, pelo menos, 35% dos veículos que frequentam a oficina são da Renault”, comentou Edson. O outro reparador que colaborou conosco na elaboração desta matéria foi João Carlos Silva dos Santos, mais conhecido pelos parceiros de profissão como “JC”. Com 28 anos de idade, tem 12 anos de profissão iniciada como ajudante de mecânico, “JC” foi evoluindo, passando por mecânico C, B, A e hoje é gerente da Mack Auto Service, situada no bairro da Saúde, também na capital de São Paulo. Desde o início de sua profissão, JC comentou que fez diversos treinamentos em sistemas de injeção eletrônica, eletrônica embarcada e sistemas automotivos. JC comentou que na Mack Auto Service, os veículos da PSA são os que mais frequentam a oficina. “Atendo poucos Renault. Os que mais veem aqui são os da Citroën seguidos dos Peugeot, e ambos correspondem a, aproximadamente, 25% do total de 280 veículos por mês. Já em relação aos Renault não chega a 5%”. Perguntamos aos reparadores a partir de qual quilometragem média os donos dos carros abandonam as concessionárias e buscam seus serviços . Edson respondeu que, a partir dos 25.000km começam os reparados mais significativos, porém, antes disso, muitos clientes solicitam revisão periódica conforme orientação da Renault, mesmo cientes de que perderão a garantia de fábrica. Interessante observar, que o dono do carro deixa a concessionária, em alguns casos durante o período de garantia, mas quer que o reparador independente cumpra um plano de manutenção preventiva semelhante ao preconizado pelo manual. Na vivência de JC já com 20.000km os veículos começam a visitar sua oficina, efetuando reparos em modelos que ainda estão no período de garantia. “Tenho casos que o veículo está no prazo de garantia ainda e o cliente se recusa a levá-lo na concessioná-

ria, alegando que devido à experiência que tiveram com veículos da marca, notaram que na oficina independente o serviço muitas vezes é melhor executado, além de ter a vantagem do preço justo, sem aqueles famosos ‘empurrões’ para serviços desnecessários”. A experiência dos reparadores entrevistados vai ao encontro de pesquisas divulgadas pela consultoria Rolland Berger e divulgada no jornal O Estado de São Paulo (novembro de 2013) sob o título “Donos de carros fogem das concessionárias”. O trabalho bastante completo identificava que a causa desta “fuga” se devia em 43% dos caso pelo preço, e nos outros 57% por questões mais ligadas a confiança e até mesmo qualidade dos serviços. afiNal os fraNceses são “fracos”? Com relação às falhas no veículo, JC comentou que o sistema de ignição, tanto na linha PSA, como na Renault, costumam apresentar problemas. “A diferença é

43

1

3

2

4

que na PSA a maneira que chegamos ao diagnóstico do problema é muito mais complexa e trabalhosa do que na linha Renault”. Nas manutenções corriqueiras no motor, os veículos Renault (FOTO 1) também oferecem maior facilidade de reparo. “Por exemplo, encontrar um kit da correia de distribuição na Renault, em geral, é mais fácil e barato do que nos modelos da PSA, além de ser mais simples sua troca”, disse Edson. Outro ponto em que o motor da PSA leva desvantagem em relação ao Renault diz respeito à menor incidência de vazamentos de óleo (FOTO 2). “Efetuamos muito mais intervenções na linha PSA do que na Linha Renault neste quesito, ocorrendo principalmente na junta do cárter e no filtro de óleo do motor, sem falar no trocador de calor do filtro de óleo que, com o tempo, oxida internamente, provocando a mistura de lubrificante com água”, explicou JC. No sistema de transmissão mecânica é onde fica o ‘calcanhar

4a de Aquiles’ da Renault. Este defeito é recorrente há muitos anos e até hoje não foi solucionado. “A coifa do semi-eixo (FOTO 3) do lado esquerdo costuma rasgar e, quando isso ocorre, o óleo da transmissão vaza sem que o cliente note. Muitas vezes o proprietário só percebe quando o câmbio funde, deixando o prejuízo ser enorme em função de uma peça simples e barata”, contou Edson. Mesma realidade foi evidenciada por JC. “Aqui em nossa oficina efetuamos muitas manu-

tenções internas nas transmissões por conta desta coifa ter rasgado”. Já nos veículos com transmissões automáticas, o defeito é comum a todas as francesas. Uma explicação, o câmbio é o mesmo. “Apesar de costumarem apresentar os mesmos problemas relacionados à patinação, trepidação e superaquecimento, na Renault ela dura um pouco mais. Já nos Citroën, principalmente no Picasso, os defeitos já começam aos 60.000km. Nas oficinas especializadas, a chamada AL4


www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

duelo de forças

44

5 (DP0 na Renault) (FOTOS 4 e 4A) é a campeã de reparos”, disse JC. No sistema de suspensão, para Edson, a PSA (FOTO 5) perde ‘de lavada’ para a Renault (FOTO 5A). “Nos veículos da PSA a suspensão é mais macia, mas as peças se desgastam com muito mais facilidade do que na Renault. O que mais trocamos são pivô e buchas de bandeja e acredito que isso ocorra porque os Renault foram melhor adaptados às vias brasileiras”. PreferÊNcias de reParação Para Edson, a linha Renault oferece um conjunto mecânico simples e de manutenção mais fácil. “Vejo a mecânica Renault com ‘uma pitada’ de pensamento japonês. Digo isso, pois os veículos da marca oferecem um conjunto eficiente, mas com construção simples e de reparação consequentemente facilitada. Acredito que essa qualidade foi melhorada quando ela aliou-se a Nissan e essa união fez muito bem aos veículos, pois se olharmos a complexidade dos primeiros modelos que chegaram por aqui e os que temos rodando hoje, a diferença é enorme”. Edson acrescentou ainda que prefere reparar os veículos da marca. “Os veículos da PSA são muito mais complexos e, para a maioria dos reparos, necessita de macetes e equipamentos específicos, coisa que na Renault não acontece”. Para JC, os veículos da Renault também são mais simples de reparar, no entanto, se fosse para indicar, indicaria o Peugeot a seu cliente. “Tenho mais facilidade e

habilidade em reparar os carros da Renault, porém eu indico mais o Peugeot, pois fica no meio termo entre as três equilibrando melhor a tecnologia à facilidade de reparação”. JC disse ainda que, para ele, os veículos da PSA levam vantagem sobre o Renault devido a estes possuírem compartilhamento entre peças, dessa forma, se comprar uma ferramenta utilizada para veículos Peugeot é bem possível que ela também seja útil nos carros da Citroën. “Isso faz com que meu investimento em ferramental seja otimizado, algo que não acontece se eu trabalhar com marcas distintas”. Peças e iNforMaçÕes No quesito peças, assim como na maioria dos itens avaliados pelos reparadores, a Renault é quem se dá melhor. “Vejo da seguinte forma, com a Renault eu ainda consigo peças com certa facilidade, em que o mais difícil são as de acabamento de carroceria. Já na PSA (Peugeot e Citroën) é totalmente ao contrário, pois além de ter muita dificuldade em encontrar qualquer tipo de peça, o atendimento nas concessionárias é péssimo. Há algumas peças que são exceção, como kits de correia dentada que na Renault costuma ser mais caras, mas na PSA tem maior prazo de entrega, evidenciando que a logística da Renault é mais eficiente e a PSA só se preocupa em vender carros. Dessa maneira, posso dizer que compro, pelo menos, 75% das peças nas concessionárias e, as demais nas autopeças e distribuidores em ambas as marcas”, reclamou Edson. Para exemplificar JC relatou

um caso em que ‘sofreu na mão’ da Renault também. “Tive um Sandero na oficina que apresentou problema no pedal do acelerador eletrônico e fiquei com o veículo parado por mais de 30 dias, pois nem mesmo as concessionárias tinham a peça disponível. A proprietária do veículo ficou tão revoltada que espalhou essa notícia em algumas mídias. Mas, para mim esse foi um caso isolado, pois na rotina sempre foi mais fácil encontrar peças para os Renault do que para os Peugeot e Citroën. Hoje em dia, minha rotina de compra para a PSA está em 60% nas concessionárias e, no caso da Renault, 65% ”. Dos anos 90 para cá, Edson disse que percebeu uma evolução na questão de informações técnicas. “Antigamente, éramos mais reféns dos amigos e colegas que atuam nas concessionárias para conseguir as informações mais precisas, mas hoje com a vinda

da internet e empresas especializadas neste ramo, e s t a s e t or nou mais acessível. Isso não elimina o fato de precisarmos garimpálas, e o reparador não pode esperar que elas ‘caiam no colo’. Procurar 5a informações toma tempo e envolve custo, pois o que é bom é pago. Nesta questão, me sinto mais assistido pela Renault, talvez pelo fato de ter sido posto autorizado, mas na PSA a coisa é muito complicada! Para trabalhar com os veículos dessa marca precisamos estudar muito, pois não dá para contar com a ajuda da montadora que não tem qualquer relacionamento com o reparador independente”. Para JC, a Citroën é a montadora francesa que mais lhe atende neste ponto. “No meu caso é a marca que tenho maior facilidade em conseguir informações técnicas. Aqui, investimos pesado em conhecimento e literaturas técnicas e é certo dizer que ‘o pulo do gato’ conseguimos através de colegas na rede autorizada, pois hoje as informações estão disponíveis pelo menos de forma paga, no qual antigamente, nem querendo pagar nós conseguíamos”.

VeredicTo Segundo o depoimento dos reparadores parece que a “japonização” da Renault fez bem aos produtos da marca que incorporaram da parceria com a Nissan a aposta em uma construção mais simples e recursos técnicos menos sofisticados e um olho na reparabilidade dos modelos. Colabora para uma melhor percepção desta “francesa” o acesso às peças de reparação, um fator crucial para o reparador, pois este item é um insumo básico para a oficina poder trabalhar e um carro parado, por falta de peça, é prejuízo para a oficina e o dono do carro. Assim, neste duelo (que na verdade envolveu três marcas) sai vencedora a Renault, pois ainda que tenha muito a fazer em relação ao reparador independente é percebida como a “menos complicada” e a receber mais indicações de compra por parte do reparador quando questionado por seus clientes. E você leitor, concorda com esta análise? Dê sua contribuição na formatação final deste painel sobre a percepção das montadoras francesas oferecendo sua opinião. Acesse o fórum do jornal Oficina Brasil e opine! Seu comentário poderá ser publicado em nossa próxima edição!

resultados do último duelo Na edição anterior, a disputa foi acirrada e teve o câmbio automático da linha Toyota como vencedor na comparação com o utilizado pela Honda. Em nosso fórum, a briga continuou dura e terminou com um empate.

Usuário: Bcs Eu prefiro o câmbio da Toyota, pois acredito que são mais confiáveis. Mas, se fosse para mim, não gostaria de ter nenhum dos dois, pois são muito ultrapassados tecnologicamente.

Usuário: scopino Ambos são excelentes, mas do ponto de vista da reparação, a linha Honda tem a manutenção facilitada por ter fácil acesso ao filtro do câmbio.

Usuário: Luis RavEn Ambos são de grande eficiência e durabilidade e não deixam a desejar.

Usuário: MonTiBELLER Ambos são confiáveis, mas prefiro o Honda.

Usuário: paRdaL MoToREs O cambio Toyota é melhor, mais robusto, porém o Honda oferece um toque mais esportivo na condução. Quanto à reposição de peças, não tenho dificuldade nenhuma.



Fone: (11) 2141-4891 | E-mail: vendas@planatc.com.br | Site: www.planatc.com.br Siga-nos no Instagram: planatc_tecnologia

PHTT-53

PH4863-10 / 4863-15 / 4863-18

PH34351-7M

PH9608

PH16651MB

PH166319MH / 166328MH

PH46335-6

PH16606M / 16607M / 16610M / 16612M / 16626M

PH4624M

PH4604M / 4609M / 4604MD

PH06101-13

PH46098-2

POSSUÍMOS ASSISTÊNCIA TÉCNICA EM VÁRIOS ESTADOS DO BRASIL.

www.planatc.com.br


m.br

Fone: (11) 2141-4891 | E-mail: vendas@planatc.com.br | Site: www.planatc.com.br

ogia

Siga-nos no Instagram: planatc_tecnologia

EQUIPAMENTO MICROPROCESSADO PARA TESTES E LIMPEZA ULTRASSÔNICA DE BICOS INJETORES.

LB-25.000 GIII

LB-12.000

A MAIS COMPLETA DO MERCADO, AGORA COM 3 NOVAS FUNÇÕES. Corpo de borboleta eletrônico

Estrobo: Melhora a visualização do leque.

Atuador de marcha lenta

Marcador comparativo para antes e após limpeza.

Motor de passo

Marcador comparativo para antes e após limpeza.

Pré-filtro. Evita que a sujeita chegue ao reservatório da bomba.

Pedal eletrônico

Pré-filtro. Evita que a sujeita chegue ao reservatório da bomba.

Escoamento do líquido da cuba.

TPS

Escoamento do líquido da cuba.

Mede Resistência dos bicos.

Sonda Lambda

Mede Resistência dos bicos.

23 Funções

NOVIDADE: Contador eletrônico de uso do equipamento. (Patente requerida)

NOVIDADE: Contador eletrônico de uso do equipamento. (Patente requerida)

Bobina de Ignição

NOVO SCANNER OBD, EOBD E CAN SURPREENDENTE

SUPER SCAN (TOTALMENTE EM PORTUGUÊS)

SCAN 810/I

Scanner automotivo com gráfico.

• Totalmente em Português. • Visualização de gráficos em tempo real. • Mostra, grava e armazena códigos. • Lê Parâmetro do motor. • Lê e apaga DTC´s.

Visualiza 4 gráficos simultâneos. AUTO/DIESEL

VEJA TABELA DE APLICAÇÃO NO NOSSO SITE.

TORNADOR PNEUMÁTICO

MIG 150

MIG 210/260

MIG 450 PRO

O MAIS NOVO PRODUTO DA ESTÉTICA AUTOMOTIVA Uso com ou sem gás.

NOVO

Trifásica 380V

NOVO

MIG-260 Tocha Euro Inclusa!!

Tocha Euro Inclusa!!

CARREGADORES DE BATERIA - TODOS OS MODELOS 12/24V COM PROTEÇÃO TÉRMICA E CONTRA CURTO. CBA 1000

CBA 600

CBD 650

CBA 800

CBA 300

CBAS 450

CBA 400

Com Start de Partida 100/65A

60/40A

60/40A

75/50A

Possui: - Auxiliar de Partida. - Timer. - 6 regulagens.

Possui: - Auxiliar de Partida.

Modelo Digital

Possui: - Auxiliar de Partida. - Timer. - 6 regulagens.

Possui: - Auxiliar de Partida.

POSSUÍMOS ASSISTÊNCIA TÉCNICA EM VÁRIOS ESTADOS DO BRASIL.

18/12A

30/20A

30/20A

www.planatc.com.br


www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

LANÇAmENtO

48

LANÇAmENtO

VW Fox ganha visual semelhante ao do Golf além de inovações tecnológicas e mecânicas Fotos: Divulgação

Com ‘design global’ da marca, veículo não fugirá muito do atual, mas entre as mudanças importantes, traz o moderno motor 1.6 MSI e câmbio manual de seis marchas Fernando Naccari

R

enovado. Não vemos outra palavra que defina melhor o novo Fox. O modelo, que revolucionou o mercado nacional, começou a ser vendido pela Volkswagen em suas rede de concessionárias no último mês. Fabricado em São José dos Pinhais (PR), o Fox passa a oferecer ainda mais recursos de segurança e itens de conforto que geralmente são encontrados em veículos de categorias superiores. Entre eles, podemos destacar o controle eletrônico de estabilidade (ESC), novo powertrain–incluindo o novo motor 1.6l MSI e o inédito câmbio manual de seis marchas –, o sistema park pilot (com sensores de estacionamento dianteiro e traseiro), o easy trunk (sistema de abertura elétrica da tampa do porta-malas pelo logotipo da Volkswagen), o easy drive (direção com assistência elétrica) e os faróis de neblina com luz de conversão estática (cornering light) recurso que amplia a área iluminada em curvas feitas em velocidade igual ou inferior a 40 km/h. Sempre que os faróis estiverem ligados (fachos alto ou baixo) e a seta for acionada ou o motor Ista girar o volante, o farol de neblina do lado correspondente ao que o veículo estiver virando é acionado automaticamente. Há, ainda, bloqueio eletrônico do diferencial (EDS), controle de assistência de partida em rampa (HHC), sistema de navegação embutido no painel (RNS315), controle de tração, entre outros. EVOLUÇÃO DO DESIGN Os novos faróis marcam o visual do veículo e, mais incli-

Além de frente e traseira com visual mais esportivo, Fox chega a linha 2015 com novas opções de motorização e câmbio

nados, revelam um aspecto mais agressivo. Agora, uma linha cromada horizontal divide toda a frente do veículo, tangenciando a parte inferior dos faróis, característica adotada também no novo Golf. A traseira do veículo também adota novas lanternas, que estão maiores em comparação ao modelo anterior (e em posição horizontal). O novo conjunto ótico passa a ser duplo e dividido entre a lateral do veículo e a tampa do porta-malas. Para a abertura deste, há o sistema Easy Trunk (“schwenkemblem”), sistema de abertura elétrica da tampa do porta-malas pelo logotipo da Volkswagen, como já ocorre no CC e no Passat.

INOVAÇÕES NAS VERSÕES O novo Fox agora rece be a nomenclatura global da Volkswagen para denominar suas versões. Com isso, o modelo passa a ser oferecido em quatro conf igurações (Trendline, Comfortline, Highline e BlueMotion). Essas versões contam com três configurações de câmbio e quatro opções de motorização. Ao todo, são oito combinações possíveis: a maior oferta de versões, motores e transmissões do segmento. O novo Fox Trendline (versão de entrada) e Novo Fox Comfortline (configuração intermediária) podem ser equipados com os

motores 1.0l TEC (de até 76 cv) e 1.6l MSI (de até 104 cv), ambos de quatro cilindros em linha. Com 120cv (etanol) na versão Highline, o novo motor 1.6l MSI conta com quatro válvulas por cilindro, sistema de partida a frio aquecida (que dispensa o tanque auxiliar de combustível), coletor de escape integrado ao cabeçote, bloco e cabeçote de alumínio, comando variável de válvulas na admissão, duplo circuito de arrefecimento e duplo comando de válvulas integrado à tampa do cabeçote. Além da nova motorização, o Fox Highline conta ainda com a opção da transmissão automatizada I-Motion com a versão 2 de aplicação do softwa-

re de gerenciamento eletrônico, que promete trocas de marcha mais suaves e precisas. Também na versão Highline, há a opção da inédita transmissão manual de seis marchas. Desenvolvida tendo como base a caixa manual de cinco marchas MQ200-5F, a nova transmissão (MQ200-6F) é 4,2cm maior e tem 3,2kg a mais do que a MQ200-5F, que tem 33,5 kg. Tendo como principais objetivos a performance, a economia de combustível e funcionamento otimizado, mantém as relações de 1ª a 5ª marchas da transmissão iguais as da MQ200-5F, mas com a relação do diferencial mais curta (passando de 4,188:1 para 4,357:1).


www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

49

Fotos: Divulgação

LANÇAmENtO

Painel de comandos é bem semelhante ao da versão anterior

EQUIPAmENtOS Desde a versão de entrada, Trendline, é de série a direção com assistência elétrica Easy Drive, que, além do conforto, traz como principal vantagem em relação aos sistemas de assistência hidráulica o fato de só demandar energia quando necessário. A lista de itens de série do Fox Trendline conta, ainda, com vidros dianteiros com acionamento elétrico, travamento central, coluna de direção ajustável em altura e distância, chave canivete, seis alto-falantes, antena de teto e faróis duplos. Outro recurso inédito na linha Fox é a possibilidade de equipar a versão Highline com o rádio navegador RNS315, o mesmo que equipa a linha Passat, CC e Tiguan. O RNS315, na verdade, é uma central multimídia, pois conta com tela sensível ao toque de 5,5 polegadas, sistema Bluetooth integrado, receptor AM/FM com RDS, CD Player com MP3 e WMA e entrada auxiliar de áudio. Também possui um slot para SD-cards, que podem reproduzir mapas de navegação ou arquivos de música em formato MP3, por exemplo. Na versão topo de linha Highline, o veículo pode ser equipado com sistema de controle eletrônico de estabilidade (ESC). O sistema reconhece um estágio

inicial de que uma situação de rodagem crítica está para acontecer, comparando os comandos do motorista com as reações do veículo a esse comando. Dessa maneira, se necessário, o sistema reduz o torque do motor e freia uma ou várias rodas até atingir a condição de estabilidade. Há também a possibilidade de equipar o Fox com o ASR, sistema que auxilia o motorista a arrancar ou acelerar o veículo sobre um piso de baixa aderência, graças a uma série de sensores e uma central eletrônica. O sistema atua gerenciando o torque motriz e a frenagem individual da roda que destraciona, auxiliando na aderência dos pneus em qualquer condição de utilização. O TC (M-ABS) – O Traction Control ou Controle de tração - tem a função de reduzir o escorregamento das rodas durante a aceleração ou quando o veículo começa a destracionar, em curvas acentuadas, controlando eletronicamente o torque do motor. O TC (M-ABS) está disponível de série para o Fox Highline. Já o EDS (Elektronische Differenzialsperre) – Bloqueio eletrônico do diferencial – é ideal para trilhas ou em situação de baixa tração em uma das rodas motrizes, o sistema aciona o freio da roda com menor tração, transferindo o torque para a roda com maior tração, proporcionando

Novo Fox traz a atual identidade visual da marca

Interior mantém desenho característico dos demais modelos da marca

assim melhor eficiência à saída do veículo. Esse sistema de “tração inteligente” funciona de forma automática, sem necessidade de o motorista acionar um botão no painel. Além disso, o sistema atua em curvas e em velocidade de até 80 km/h. Em aclives acima de 5%, o sistema HHC (Hill Hold Control) - ou controle de assistência de partida em rampa – mantém o veículo freado por até 2 segundos, após o motorista aliviar o pedal do freio, no qual este é liberado progressivamente durante a

aceleração, permitindo a partida do veículo com mais conforto e tranquilidade em rampas. O HBA, função adicional do sistema ESC, o BAS (Brake Assist System ou Sistema de assistência à frenagem) é outro recurso inédito na linha Fox. O módulo do ABS e do ESC reconhece, por meio da velocidade e força de acionamento do pedal de freio, que se trata de uma condição de frenagem de emergência. Nesse momento, o sistema aumenta a pressão no circuito hidráulico e a força de atuação das pinças de

freio, buscando a condição ideal de funcionamento do ABS para reduzir o espaço de frenagem. O Novo Fox Highline conta com freios a disco nas rodas dianteiras com 280mm de diâmetro. Além de ter a promessa de ser mais eficiente, esse sistema confere mais conforto ao motorista, uma vez que os novos freios demandam 15% menos força para realizar a mesma desaceleração. Esse sistema traz maior resistência ao efeito de fading (perda de eficiência causada por aquecimento após frenagens sucessivas).








www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

em breve na sua oficina

56

em breve na sua oficina

fiat strada adventure mostra ao reparador que sua terceira porta é só um mero detalhe Apesar da polêmica acerca de histórico de falha grave no motor E.torQ, veículo recebe algumas melhorias e possui fácil manutenção, bom acesso às peças e informações técnicas ao público independente Fotos: Oficina Brasil

fernando naccari e Paulo Handa

N

ascida como uma picape derivada do Fiat Palio no ano de 1998, já como modelo 1999, a Strada chegou para substituir a Fiorino Picape. Mais moderna, com maior lista de equipamentos e capacidade de carga maior, era disponível, incialmente, somente com cabine simples e em três diferentes versões de acabamentos e motores: a básica Working, equipada com motor Fiasa 1.5 de 76cv, a intermediária Trekking com motor 1.6 de oito válvulas e 92cv e a top de linha LX, com motor 1.6 16V de 106cv. Apesar de não possuir a maior caçamba do segmento, perdendo para a Ford Courier, ainda tinha dimensões que atendiam bem à proposta de veículo para carga: 51cm de altura, 1,29m de largura e 1,77m de comprimento (medidas internas). Um pequeno degrau no para-choque auxiliava no processo de carga e descarga do veículo que ainda contava com oito ganchos para amarração no compartimento de carga. Em 1999, a primeira inovação: a Strada com cabine estendida. Por meio de pesquisas na época, a Fiat identificou que a maior parte dos usuários não estava transportando grandes objetos na caçamba, mas sim no pouco espaço que sobrava dentro do veículo. Dessa maneira, a cabine ganhou 30cm e permitiu que a capacidade de carga atrás dos bancos fosse de 300 litros. No entanto, a caçamba passou de 2,4m² de área para 2,0m², fazendo com que a capacidade de carga caísse de 705kg para 685kg úteis. No ano de 2002 veio o primeiro face-lift, acompanhan-

O reparador Adriano, a nova Strada e o proprietário e reparador, Guglielmo Martino

do o visual do recém-lançado novo Palio, apresentando novos para-choques, faróis, capô e paralamas. No mesmo ano chegou também nova opção de motorização, o 1.9 Powertrain (fruto de uma associação já finalizada entre Fiat e GM para produção conjunta de motores) de 108 cv no lugar do 1.6 16V. Em 2003, a picape passa por uma ‘involução’ recebendo o motor 1.3 8V de apenas 67 cv e painel do antigo Palio, tudo a fim de baratear custos de produção e venda do veículo. Somente em 2005 houve a opção de motor flexível em combustível na versão Trekking com motor 1.4, mas já era vendida como modelo 2006. Entre os anos de 2010 e 2012 houve também a Strada Sporting, carregada de adereços visuais que remetiam à esportividade, motor 1.8 E-torQ 16V Flex e câmbio automatizado Dualogic. No final de 2013, a Strada

passou por sua mais nova reestilização que promete agitar o mercado de picapes, com a adoção de uma terceira porta. Esta, porém, só é possível de se abrir quando a porta dianteira do passageiro está aberta, ocultando sua maçaneta (FOTOS 1 e 1A). Segundo o Diretor de Desenvolvimento de Design de Produto do Grupo Fiat-Chrysler da América Latina,

Claudio Demaria, essa solução foi devido à possibilidade de manter o visual limpo na lateral do veículo e permitir que essa abertura fosse controlada pelo passageiro da dianteira, principalmente em caso da presença de crianças nos bancos traseiros. Mas não foram só as três portas o único destaque da linha 2014 da Strada. A picape ganhou uma

1

linha de cintura mais alta e uma caçamba maior, que cresceu oito centímetros na altura, oferecendo mais volume para carga. As novas lanternas traseiras, colocadas em uma posição mais elevada, invadem a lateral e passam modernidade ao modelo. A versão Working também recebeu um novo para-choque dianteiro, muito mais condizente com sua proposta de robustez e praticidade. Além das reformulações visuais citadas, uma série de detalhes inéditos, externos e internos, também foi adicionada à linha Strada 2014: abertura elétrica da tampa do combustível; porta escada; novo vidro traseiro; novo volante para Trekking e Adventure são alguns deles. A gama do Fiat Strada 2014 será composta por seis versões: três Working (com cabines curta, estendida e dupla) com motorização 1.4 Flex; uma Trekking (com cabine dupla) com propulsor E-torQ 1.6 16V Flex; e duas Adventure (com cabines estendida e dupla) e motor E-torQ 1.8 16V Flex. As três motorizações, são as já bem conhecidas pelos reparadores e estão divididas de acordo com a versão de acabamento.

1a


www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

em breve na sua oficina A Working vem equipada com o robusto e econômico motor Fire 1.4 Flex, com potência de 85cv (gasolina) e 86cv (etanol) e torque de 12,4kgfm (gasolina) e 12,5kgfm (etanol). Os modelos Trekking dispõem da tecnologia E-torQ, que proporciona alto desempenho com baixo consumo de combustível. Com baixos ruídos e níveis de vibrações o modelo EtorQ 1.6 16V Flex desenvolve potência de 115cv (gasolina) e 117cv (etanol) e torque de 16,2kgfm (gasolina) e 16,8kgfm (etanol). Para a Adventure está reservada a motorização mais potente: a E-torQ 1.8 16V com potência de 130cv (gasolina) e 132cv (etanol) e torque de 18,4kgfm (gasolina) e 18,9kgfm (etanol). avaLiamos Tivemos a oportunidade de testar durante sete dias a versão Adventure com câmbio manual e motor 1.8 16V E.torQ, dotada da terceira porta. No convívio com o veículo, notamos que realmente a solução encontrada pela Fiat surtiu efeito e, direcionar-se aos bancos traseiros não é uma tarefa difícil, mas o espaço para que os que seguem atrás ainda depende muito do tamanho daquele que segue nos bancos dianteiros (FOTO 2). Dinamicamente, o motor 1.8

2 16V (FOTO 3) parece ser fraco para a proposta do veículo. O que mais reforça essa sensação é a relação de marchas longas que a Fiat adotou, tornando a tarefa de ultrapassagens bastante injusta, pois o motor da Strada demonstra que acordou somente após os 4.000rpm. Em questão de consumo, aferimos 7,8km/l com etanol e 9,8km/l com gasolina,

ambas as medições em circuito urbano e com ar-condicionado sempre ligado. Já o conforto de rodagem é algo que merece elogios. Embora o veículo tenha pneus de uso misto que, geralmente são mais ruidosos e trazem mais vibrações à cabine, além de uma suspensão elevada tendendo à rigidez, dirigi-lo é bem agradável e nos dá boa sensação de

3

57

4 segurança em curvas, por exemplo. na oficina Para sabermos se as mudanças que o veículo sofreu nessa nova versão resumem-se apenas a uma terceira porta e pequenos detalhes estéticos, levamos uma Fiat Strada Adventure 2014 1.8 16V E.torQ, cedida gentilmente pela montadora, a uma oficina independente especializada na marca, a Kar Bello Serviços Automotivos na capital de São Paulo, famosa pela reparação de veículos de marcas italianas, principalmente Fiat e Alfa Romeo. Lá, conversamos com o icônico reparador italiano Guglielmo Martino de 59 anos. Martino, como prefere ser chamado, nos contou que iniciou na carreira aos 16 anos em Nápoles, na Itália

junto com seu avô e, aos 23 anos, veio ao Brasil a passeio e nunca mais voltou. “Comecei em uma empresa de táxi do meu tio, mais precisamente na oficina desta. Depois de algum tempo fui para uma concessionária Fiat onde fiquei por muitos anos e, junto a um amigo, em 1996 percebi lá que consertar automóveis não era só trocar peças. Foi quando fundamos a Kar Bello que continua comigo até hoje”. Junto a Martino, colaborou com a avaliação o reparador Adriano Vieslosk de 27 anos de idade. Com três anos de experiência no ramo de serviços mecânicos em veículos, está há um ano na Kar Bello. (FOTO 4) Martino comentou que, apesar de ser especializado, ainda assim atende veículos multimarcas. No entanto, a fama adquirida pela


58

www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

em breve na sua oficina

7

5 oficina faz com que mais da metade de seus atendimentos sejam da linha Fiat e, deste montante, pelo menos 15% são Fiat Strada. “É um veículo que aprecio muito e não vejo complicações no momento da reparação”. DefeiTos recorrenTes Após fazer uma primeira análise visual do veículo e seus componentes, Martino comentou que encontrou algumas mudanças quando comparado às antigas versões. “Não percebi mudanças radicais, mas com as exigências de segurança impostas recentemente, notei que este carro já possui airbag e ABS de série”. No motor (FOTO 5), Martino disse que não houve modificações, pelo menos nenhuma visível. “O sistema de partida a frio adota o quinto bico injetor e ainda utiliza o reservatório de gasolina. Outra coisa a comentar é a utilização do sistema de comando através de corrente e não de correia dentada que, pelo lado da reparação é ruim, pois o período de troca se estende muito, isso ainda se for necessária”. Mar tino comentou que o motor E.torQ possui um defeito grave que, para os proprietários e reparadores, é visto com muita preocupação. “É comum ver motores que apresentam quebra dos pistões, que são notadas quando estes começam a apresentar um barulho interno incomum e bastante alto. Para sanar, só trocando as peças danificadas e fazendo

os demais serviços que forem necessários, como uma retífica, por exemplo”. Como sabemos, esta é uma falha gravíssima que, segundo Martino, acontecesse devido à fadiga precoce do material. “A Fiat nega que este seja o problema. Já pedimos esclarecimentos e eles comentaram que o defeito era ocasionado devido a um erro de software da ECU. Este provocava erros no ponto de ignição, causando sucessivas detonações pequenas em determinados locais que, com o tempo, causavam o dano no pistão. Eu não acredito nessa versão, mas eles disseram que este problema foi corrigido e todos aqueles que passaram por isso tiveram a garantia concedida. Vamos acompanhar e verificar se nos novos veículos este problema deixou de ocorrer”. O conjunto de transmissão, que no veículo avaliado era manual, não sofreu alterações. “A transmissão é a mesma e, devido a isso, acredito que ela apresente os mesmos defeitos que a antiga apresentava, como por exemplo, as marchas ‘arranhando’ na troca.

Isso ocorria devido aos anéis sincronizados desgastarem e perderem a capacidade de frenagem das engrenagens”, disse Adriano. Já o conjunto de freios sofreu algumas mudanças mais significativas. “Devido a este possuir ABS, o disco dianteiro (FOTO 6) agora é ventilado e possui um conjunto de pastilhas maior. Para mim, isso é uma boa notícia, pois estes veículos, que na teoria são destinados à carga, costumam apresentar desgaste acentuado nestes, pois boa parte do peso veículo fica concentrada na frente”, explicou Adriano. Outra evolução no sistema de freios é com relação ao corretor de frenagem que se localizava no eixo traseiro (FOTO 7). “Este, com a vinda do sistema ABS, foi substituído pelo controle eletrônico EBD, muito mais eficiente e tem a vantagem de não gerar ruídos, como era comum nesta antiga peça”, acrescentou Adriano.

As rodas também ganharam uma importante alteração. “Antigamente o carro utilizava rodas aro 15”, mas agora adota uma 205x60 R16, o que permite que a suspensão tenha um melhor amortecimento e seja mais macia”, disse Adriano. Outro ponto forte da Strada é a robusta suspensão traseira (FOTO 8). “Este sistema de feixes de mola é muito mais eficiente do que os que a concorrência utiliza, as convencionais molas helicoidais. Na Fiat, isso permite que maior resistência e maior capacidade de carga do que na concorrência”, opinou Adriano. Na parte de iluminação, Martino comentou que a mudança visual da lanterna traseira (FOTOS 9 e 9A) permitiu ainda uma maior facilidade na troca das lâmpadas. “Ficou bem melhor que no carro anterior, pois neste necessitávamos desmontar a traseira quase que completa para trocar uma lâmpada”.

JÁ Teve recaLL Martino nos alertou quanto ao recall que vem sendo feito com os modelos novos que já possuem a terceira porta, pois foi utilizado um parafuso de fixação na haste do cinto de segurança dianteiro menor do que o indicado. “O parafuso tem 33mm de comprimento sendo que o correto deveria ser 38mm”. Até como um serviço de atenção a mais ao seu cliente, Martino relatou a importância dos reparadores orientarem seus clientes mais desavisados. “Em caso de acidente, a haste de ancoragem poderia se soltar facilmente, deixando o passageiro dianteiro sem a proteção do cinto de segurança e sujeito a ferimentos graves. A Fiat fez um recall para os veículos fabricados entre 05 de julho e 19 de novembro de 2013, e que tenham a numeração de chassis entre 7692036 e 7749028. O problema é que eles tinham o prazo de até 23 de dezembro de 2013 para efetuarem essa correção gratuitamente, contudo é aconselhado informar os proprietários a entrarem em contato com a Fiat para saberem como proceder, caso não tenham efetuado as correções no tempo indicado”. PeÇas e informaÇÕes

6

8

Martino comentou que, atualmente a política de venda de peças pela montadora melhorou muito. “Há alguns anos, as peças genuínas eram uma fortuna e poucos proprietários arcavam


www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

em breve na sua oficina

9 com este custo para a manutenção de seus veículos. Fora que as concessionárias não as tinham em estoque e optávamos em colocar peças paralelas por questão do tempo que o veículo ficaria parado na oficina. Hoje, devido à concorrência, elas perceberam um mercado que não exploravam bem, que era o de vendas diretas. Assim, a Fiat começou a apresentar uma melhor logística de disponibilidade de itens e tudo a preços populares muitas vezes mais baratos do que os praticados em autopeças. Com isso, hoje compro 70% em concessionárias, pois tenho bons descontos e o item chega a minha oficina em um prazo razoável. Componentes de sistemas de freios, filtros e lubrificantes, num total de 20%,

ainda compro em autopeças, pois eles ainda possuem preços competitivos e, os 10% restantes, compro em distribuidores”. No caso das informações técnicas, Martino disse que sua experiência como reparador da rede autorizada Fiat o auxilia até os dias de hoje. “Como trabalhei muitos anos em concessionária Fiat e trabalho com a marca como minha especialização, consigo as informações que preciso com a própria montadora e com amigos da rede. Hoje parabenizo a Fiat com uma atitude que considero muito madura que é abrir, através de um site oficial, as infor mações técnicas ao público independente, o Reparador Fiat. Vejo que ela percebeu que partilhando das informações com os reparadores

faz com que o seu produto não tenha segredos e, como consequência, os reparadores ficam mais confian tes, pois sabem que não ficaram refém das concessionárias, pois não é uma concorrência, é uma parceria em que ambos os lados saem vencedores”, explicou Martino. recomenDa? Perguntamos a Martino se o novo Fiat Strada Adventure é um veículo que ele recomendaria, e ele afirmou que sim. “O carro tem manutenção simples, eu tenho informação técnica e bom acesso às peças de reposição, portanto se algum cliente me perguntar, este é um carro que indico sem pensar duas vezes”, finalizou.

9a

moTor/Performance alimentação Combustível Potência (cv) Cilindradas (cm3) Torque (Kgf.m) Velocidade Máxima (Km/h) Tempo 0-100 (Km/h) Consumo cidade (Km/L) Consumo estrada (Km/L) Consumo estrada (Km/L) DimensÕes Altura (mm) Largura (mm) Comprimento (mm) Entre-eixos (mm) Peso (kg) Tanque (L) Porta-malas (L) Ocupantes mecânica Câmbio Tração Direção Suspensão dianteira Suspensão traseira Freios

59

injeção multi ponto Álcool Gasolina 132.0 130.0 1.747 N/D 18,9 18,4 179 180 10.3 N/D 7.8 9.8 N/D N/D N/D N/D 1630 1740 4457 2753 1203 58.0 N/D 4 Manual de 5 marchas Dianteira Hidráulica McPherson, dependência da roda independente Eixo transversal (beam), dependência da roda rígida A discos ventilados na dianteira; ABS; Distribuição eletrônica de frenagem com EBD

iTens De série Carroceria com duas portas tipo pick-up derivada de automóvel entre eixos curto. 4 assentos com configuração 2+2. Tomada com saída 12v dianteira. Degrau lateral. Dois freios a disco com dois discos ventilados. ABS. Para-choques dianteiros e traseiros pretos. Imobilizador. Espelho de cortesia para motorista e passageiro. Portas de carga traseira com abertura a 90o Tração dianteira. Vidro degradê. Indicador de revisões. Conta-giros. Indicador de temperatura externa. Computador de bordo com velocidade média, consumo médio de combustível, consumo instantâneo de combustível e autonomia de combustível. Faróis com lâmpada halógena. Faróis de neblina dianteiros. Pneus dianteiros e traseiros do tipo 205x60 R16. Caçamba com revestimento compósito com lateral reta. Fixação da carga por ganchos. Travamento central remoto e sensível a velocidade. Pintura normal. Bagageiro. Airbag dianteiro para motorista e passageiro. Bancos com ajuste de altura e traseiros com dois apoios de cabeça.


informe publicitário

Sabó lança novaS mangueiraS na Semana do Parceiro goe As mangueiras são responsáveis pelo envio de ar à câmara de combustão do motor. Se estiverem com ranhuras, furos ou rasgos, permitem a entrada de ar contaminado no motor que, misturado com óleo lubrificante, forma uma massa abrasiva, provocando o desgaste prematuro das peças internas e queima de óleo excessiva, reduzindo a vida útil do motor, emitindo mais gases poluentes e consequentemente aumentando também o consumo de combustível. É indispensável a manutenção preventiva das mangueiras do motor, a fim de evitar maiores gastos e riscos para o dono do veículo. E complementando e atualizando o seu portfólio de produtos para as linhas FIAT e GM, a SABÓ lança para o mercado de reposição novos modelos de mangueiras do filtro de ar. São elas:

F

linha FiaT

nº Sabó

aPlicaçÃo

ProduTo

55161

Motor Fire 1.3L 8V: Fiorino (mod Uno) 03/07 Motor Fire 1.3L 8V MPI: Uno 04/... Motor Fire 1.0L 8V: Uno 02/06

Mangueira do Filtro de Ar

55162

Motor Fire 1.0/1.3L 16V: Palio/Palio Weekend/Siena 01/03

Mangueira do Filtro de Ar

55163

Motor Fire 1.4L 8V: Flex Palio/Idea/Palio Weekend/ Siena/Strada 2006/...

Mangueira do Filtro de Ar

55164

Motor Fire 1.0L 8V: Palio 01/04 Motor Fire 1.0L 8V: Palio 2006/...; Uno 06/06 Motor Fire 1.3L 8V: Palio 03/06/Palio Weekend/Siena/Strada 03/05

Mangueira do Filtro de Ar

nº Sabó

aPlicaçÃo

ProduTo

55165

Motor GM 1.6L 8V: Celta 01/02 Motor 1.6L 8V MPFI: Corsa Classic 03/04 e Corsa Pick-up 96/03 Motor GM 1.0/1.6L 8V MPFI: Corsa 96/02

Mangueira do Filtro de Ar (com sensor)

55166

Motor GM 1.6L 8V: Celta 01/02 Motor 1.0/1.6L 8V MPFI: Corsa 96/02 Motor 1.6L 8V MPFI: Corsa Classic 03/04 /Corsa Pick-up 96/03

Mangueira do Filtro de Ar (com bocal para sensor)

55167

Motor GM 1.0/1.6L VHC: Celta/Corsa Classic 03/08 /Prisma 07/08

Mangueira do Filtro de Ar (sem bocal para sensor)

linha gm

Para dúvidas, esclarecimentos sobre aplicações e pedido de catálogo, entrem em contato com a Central de Atendimento ao Cliente SABÓ, através do 0800 77 12 155 ou pelo e-mail assistec.sabo@brasildireto.com.br

Forum Oficina Brasil

A maior mídia social do aftermarket

100.000 SEGUID RES

#juntosresolvemos

www.oficinabrasil.com.br


informe publicitário

IVG – 2014 - Inspeção Veicular Gratuíta A ARVESC/NEA neste ano realiza em Santa Catarina a 15° Edição da IVG – Inspeção Veicular Gratuita, evento que tem como objetivo divulgar a importância da manutenção preventiva aos proprietários e condutores de automóveis. O evento acontecerá em 21 pontos de inspeção no estado espalhados nas regionais Sul, Leste, Meio Oeste, Norte e Oeste. Dirleni Dalbosco

Nos pontos de inspeção será aplicado um check-list com mais de 80 itens que serão inspecionados e ao final da linha de inspeção será entregue ao proprietário ou condutor do automóvel o relatório apontando a necessidade de manutenção corretiva ou preventiva a título de orientação. “Nosso objetivo não é necessariamente vender serviço das oficinas que participam da ação, mas sim orientar os motoristas ou proprietários dos automóveis quanto à importância e responsabilidade da manutenção corretiva e preventiva, quanto a indicação para realização da manutenção é escolha particular do cliente, cabe a nossas empresas associadas serem referências de qualidade para que o potencial cliente a escolha”. Roberto Turatti – Presidente ARVESC/NEA. Segundo Roberto Turatti a ação só acontece devido ao envolvimento e comprometimento dos empresários nos núcleos de automecânicas no estado, que assumem o compromisso com o setor e fazem a diferença, cada núcleo mobiliza no ponto de inspeção mais de 40 profissionais de forma voluntária, com um único objetivo: orientar proprietários e condutores de automóveis. Informações para o setor de reparação Além de orientar a IVG também gera informações que são muito importantes para o setor de reparação, o evento ocorre em vários pontos e regiões no estado e o resultado das inspeções indica por amostragem como está a manutenção da frota, esses dados são trabalhados nos centros de reparação, que podem ser utilizados para determinar metas e estratégias de orientação e venda junto aos clientes. “O setor de reparação precisa cada vez mais trabalhar com informações, o resultado das IVGs no estado pode ser o mesmo cenário que acontece em sua empresa, com possível pequena variação, mas acontece. Sendo assim devemos avaliar as informações geradas e nos questionar o motivo de nosso cliente não estar fazendo manutenção em determinado sistema que aponta alto índice de falta de manutenção. Percebemos também, que o maior responsável por índices baixos de manutenção preventiva é o nosso mecânico, os centros de reparação não estão orientando os clientes como deveriam, e assim geram altos índices de falta de manutenção em determinados sistemas”. Roberto Turatti Presidente ARVESC/NEA.


www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

???????????????????????

62

do fundo do baú

Esportivo brasileiro: o belo Volkswagen SP2 foi considerado “o senhor automóvel” nos anos 70 Projetado no Brasil, o veículo tinha estilo arrojado e foi destaque até no exterior, mas foi vítima do fraco desempenho que os motores boxer advindos dos Fuscas traziam ao veículo Fotos: Anderson Nunes

anderson nunes

N

o início da década de 70, o Brasil passava por um momento único em sua história, vivíamos uma época de prosperidade econômica - o chamado milagre brasileiro. O t al “milag re econômico” possibilitou aos consumidores de classe média gastar mais e isso se refletiu nas vendas de automóveis. Com o mercado automotivo em alta os fabricantes começaram a dedicar atenção por um novo segmento, até então pouco explorado no País: o dos carrosesporte. Inicialmente esse nicho fora preenchido pela Willys, com o Interlagos em 1961 e por fábricas independentes das quais a que ficou mais famosa foi a Puma, que dominou esse filão durante os anos 70. A Volkswagen, que estava estabelecida no Brasil desde a década de 1950, produzindo a Kombi e o Fusca, também começou a olhar com bons olhos esse mercado de carros esportivos. Em parceria com a Karmann Ghia do Brasil, foi lançado em 1962 a versão tupiniquim do Karmann-Ghia, que diferenciava-se pouco do modelo alemão, sendo inclusive equipado com o mesmo motor

Identidade familiar: assim como a Variant, o SP2 trazia dois pares de faróis envoltos por uma moldura plástica

1200 de 30 cv. Embora du rante os anos seguintes a Volkswagen tenha feito melhorias contínuas no Karmann Ghia com a introdução de freios a disco nas rodas dianteiras e bitolas traseiras mais largas, e equipá-lo com motor 1500 de 44 cv e posteriormente com motor 1600 de 50 cv e torque de 10,8 m.kgf, nada disso teve reais impactos

Logotipo do SP2 inspirava esportividade

em suas vendas. A situação ficou agravada quando a Puma apresentou em 1967 o Puma GT, que deixava de empregar componentes mecânicos do DKW e passava a utilizar chassi, suspensão e motor Volkswagen - o boxer refrigerado a ar de quatro cilindros e 1,5 litro. A Volkswagen tentou fazer frente ao avanço do Puma, lan-

Maçanetas cromadas se destacavam

çado em 1970, o Karmann Ghia TC. Com linhas mais modernas de estilo fastback, o TC tinha uma clara inspiração no Porsche 911. Embora seu valor fosse menor do que o Puma GTE, o TC não emplacou e permaneceu em linha até 1975, somando um total de vendas de 18 mil unidades. Entretanto a Volkswagen não estava disposta a entregar

os pontos e ainda no final da década de 60 deu início aos estudos de verdadeiro car ro GT. Tudo para encarar de igual para igual o Puma, que havia se tornado um sonho de consumo da garotada. CoM aVaL do CHEfE A Volkswagen do Brasil desde seus primórdios sempre teve

Limpador de para-brisa esquerdo com braço pantográfico, uma exclusividade do SP2


www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

do fundo do baú uma única saída do lado esquerdo e a grade de metal fixado abaixo do parachoque traseiro tinha duas fileiras de perfurações. A anterior tinha somente uma fileira. o VoLKSWaGEn MaIS bonITo do Mundo

SP2 é um carro esportivo de carroceria leve e diferente de todos os demais Volkswagen existentes

Bocal do tanque remetia aos antigos veículos de corrida

certa independência da matriz alemã, graças à presidência de Rudolf Leiding. Em 1969 com o aval de Leiding foi dado sinal verde para o Projeto X, que consistia no desenvolvimento de um carro esportivo totalmente novo, diferente de todos os modelos já feitos pela Volkswagen. O time de engenheiros foi escalado e faziam parte da equipe José Vicente Novita Marins, Marcio Piancastelli e Jorge Yamashita Oba. Diversos estudos de estilos foram apresentados e já no começo de 1970, Leiding aprova os desenhos e na sequência autoriza a construção dos primeiros protótipos. Em março de 1971, ocorreu no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, a Feira da Indústria Alemã. Entre as atrações que

Lanternas estreitas seguiam as formas arredondas da carroceria

mais despertaram a curiosidade do público e da imprensa, estava o protótipo do Mercedes-Benz C-111, um superesportivo de cor laranja com motor rotativo Wan kel. A indúst r ia nacio nal também havia reservado boas surpresas. No estande da Volkswagen brilhavam duas versões de um modelo inédito. Eram os VW Esportivos, que só na metade do ano seguinte seriam lançados oficialmente. O então presidente da Volkswagen da Alemanha, Kurt Lotz, veio ao Brasil para inaugurar a Bienal e, assim como as pessoas presentes, ficou encantado com as linhas do esportivo feito pelos designers brasileiros. Lotz reforçou a produção do veículo cogitando inclusive que ele fosse produzido também na

A única luz de ré ficava fixada sob o parachoque de borracha

sede na Volks em Wofsburg. O futuro GT da Volkswagen ilustrou a capa da revista Auto Esporte de abril de 1971. O protótipo já estava praticamente com as linhas definidas, entretanto apresentava sutis diferenças entre elas não havia as 10 fendas para a ventilação do motor na lateral traseira, o bocal de abastecimento era no lado esquerdo, rodas eram de liga-leve e o escapamento era duplo, como nos Fuscas. Em maio de 1972 a revista Quatro Rodas fotografou na rodovia Castelo Branco um protótipo já com leves mudanças. Entre as alterações citadas pela publicação estavam as fendas nas laterais traseiras para refrigerar o motor. O escapamento passou a ter

O cuidado estético estava presente até nas fendas para refrigeração do motor

Em junho de 1972, foi apresentado ao público o tão aguardado esportivo da Volkswagen. O novo carro foi batizado de SP. Há duas explicações para o tal nome. A primeira em homenagem a cidade de São Paulo, estado onde foi idealizado e produzido, porém existe uma versão, não oficializada pelo fabricante, de que seria a sigla para a expressão em inglês de “Sport Prototype” ou protótipo esportivo. Independente da origem do nome, a verdade é que o SP causou furor. Suas linhas harmoniosas eram responsáveis por um veículo de rara beleza, a revista alemã Hobby anunciouo como o “Volkswagen mais bonito do mundo” e a Car And Driver americana conclamou a matriz alemã a produzi-lo em escala mundial. De fato o desenho era totalmente diferente e em nada lembrava o Karmann Ghia tradicional e versão TC. Esse capricho visual resultou em situações curiosas como, por exemplo, uma concessionária da marca precisou chamar a polícia para que as pessoas que cercavam o carro na vitrine fossem embora, pois já havia passado das 22 horas e a loja não podia ser fechada tamanha aglomeração. Montado sobre a plataforma do TL/Variant, o veículo cha-

63

mava a atenção por ser baixo apenas 1,15 m de altura. Seu comprimento era de 4,21 metros e a distância entre eixos de 2,40 m. O SP tinha essência de um veículo Grand Turismo, frente longa e baixa, o para-br isa muito inclinado, traseira curta e arredondada, com uma grande tampa que incorporava o vidro traseiro. Os diminutos para-choques de aço eram fixados diretamente à carroceria e eram recobertos de enduro, um material sintético igual a borracha, e neles eram fixadas as luzes de direção. A frente lembrava a Variant com os duplos faróis dentro de uma caixa plástica. Para acentuar as linhas laterais foram adicionados frisos avermelhados fluorescentes. O bocal para o tanque de combustível migrou para o para-choque do lado direito. As lanternas traseiras estreitas estendiam-se até as laterais, já a luz de ré era um pequeno farolete fixado do lado esquerdo abaixo do para-choque. Entre as novidades apresentadas pelo SP estava o limpador de para-brisa pantográfico do lado esquerdo que aumentava a área de varredura do vidro. Ele também foi o primeiro veículo nacional a ter alavanca de acionamento dos limpadores de para-brisa na coluna de direção. Já os pneus radiais 185/14 eram usados pela primeira vez em um Volkswagen brasileiro, junto com largas rodas aro 14 de oito furos. Entretanto alguns pontos deixavam a desejar, entre eles o desempenho. Apesar de a silhueta indicar que se tratava de um automóvel veloz o compor tamento dinâmico do SP

Bancos de couro com múltiplas regulagens, o SP2 sabia tratar bem seus ocupantes


Motor “deitado” de 1,7 litro não oferecia um desempenho condizente com a proposta do SP2

era igual aos seus irmãos “familiares” TL e Variant. Foram disponibilizadas duas versões: a SP1 equipada com motor de 1584 cm³ de 65 cv e 11,8 m.kgf de torque. O modelo mais potente era o SP2 com motor de 1679 cm³ de 75 cv e 13 m.kgf de torque. Essa versão de 1,7 litro “abrasileirada” trazia 88 mm de diâmetro dos cilindros e 69 mm de curso dos pistões. A taxa de compressão era de 7,5:1 e o motor era alimento por dois carburadores Solex de 34 mm. Como na Variant, o motor era de construção plana, com a

www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

do fundo do baú

64

turbina de refrigeração montada no virabrequim. Apesar de todo esse tempero mais forte o desempenho final do SP2 não empolgava. Segundo o teste da revista Quatro Rodas, na época do lançamento o SP 2 fazia de 0 a 100 km/h em 17,4 segundos e atingia velocidade máxima de 154 km/h, pouco para um veículo de pretensões esportiva. Já no comportamento dinâmico fazia bonito graças ao baixo centro de gravidade que contornava curvas com segurança, ajudado em parte pelos pneus radiais.

Painel com instrumentação completa primava pela segurança já que era todo almofadado

InTERIoR dE LuXo Na parte interna o SP2 também surpreendia ao trazer um acabamento de luxo e esmero. Os bancos de encostos altos contavam com encosto reclinável e o apoio de cabeça podia ser regulado em altura. Como opção havia revestimento em couro. As amplas portas também recebiam acabamento em couro e do lado do passageiro havia uma luz de leitura. O tapete que reveste o assoalho é de buclê espesso. O painel de plástico injetado de desenho próprio traz seis mostradores redondos. Na frente do motorista fica o conta-giros, à direita e ao lado o velocímetro com marcação até os 200 km/h e as luzes-espias. O volante esportivo de três raios da marca Wal rood. O console central de grandes proporções abriga quatro pequenos mostradores voltados ao condutor, são eles marcador do nível de combustível; amperímetro; relógio e temperatura de óleo do motor. Logo abaixo temos o rádio AM/FM com toca-fitas, teclas de interruptor de luzes e do ventilador elétrico. Entre os bancos há um apoio

Pela primeira um Volkswagen brasileiro recebia pneus radiais e rodas de ‘tala larga’

de braço e duas alavancas para controlar o fluxo de ar frio e quente. O para-sol conta com um pequeno espelho. Apesar da segurança não ser um tema recorrente naquele período o SP2 apresenta interior acolchoado e material plástico maleável para evitar pontas em caso de colisão. Também foi o primeiro veículo nacional a trazer os cintos de segurança de três pontos de série, embora não fosse retrátil. Devido ao motor ter ventoinha plana, o SP2 tinha dois porta-malas; um de 140 litros na dianteira e outro de 205 litros na traseira.

Apesar do prestigio alcançado e de seus at r ibutos, o Volkswagen SP2 teve sua produção cessada em dezembro de 1975. Em dois anos e meio de produção foram vendidas 10.193 mil unidades, sendo que seu melhor ano de venda foi em 1972 com mais de três mil unidades entregues. A versão SP1 vendeu somente 168 unidades, sendo hoje um modelo muito raro. Passados 42 anos de seu lançamento, o SP2 ainda atrai olhares e coleciona uma legião de fãs pelo Brasil e no redor do mundo. Foi modelo importante

Suas linhas harmoniosas conferiam uma beleza única ao SP2, que despertou interesse até da mídia automotiva estrangeira


www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

do fundo do baú

Como todo bom esportivo, pouco luxo no interior das portas

e divisor de águas, dentro da própria Volkswagen, tanto que a marca no Brasil possui um SP1 Platina em seu acervo e o museu da Volkswagen em Wolfsburg na Alemanha possui outro SP2 branco Lótus em sua coleção. VoLKSWaGEn SP2 CaRIoCa O a dvoga do ap ose nt a do Eugenio de Camargo Leite é apreciador de automóveis e depois que passou a frequentar os eventos que reúnem os clássicos na cidade de São Paulo, despertou o desejo de ter um veículo antigo em sua garagem. “O Volkswagen SP2 que

ilustra a reportagem foi um sonho realizado que cultivava há muito tempo. Eu sempre gostei das linhas do SP2, era um veículo singular para sua época”, explicou Eugenio. Foi por intermédio de um amigo que Eugenio Camargo soube de um SP2 à venda na cidade do Rio de Janeiro. O carro pertencia a um único dono e fazia parte de um inventário. Assim que soube foi ver o carro e mesmo após todos os tramites e demora na finalização do inventário, o advogado fechou o negócio. Assim que recebeu o Volkswagen SP2, Eugenio contou que apesar do car ro

Um ícone esportivo totalmente desenvolvido no Brasil: VW SP2

65

O volante esportivo e de pequeno diâmetro era exclusivo do SP2

estar bem cuidado a cor não era a original. “Logo que recebi o SP2 procurei resgatar a cor original chamado de Branco Lótus, pois a pintura era um tom de branco usado pela Chevrolet. O restante do veículo como acabamento está original e não precisou de reparos”, disse Eugenio Leite.

Um esportivo projetado e fabricado no Brasil, o SP 2 é motivo de orgulho a colecionadores

Retrovisor com design clássico

Apoio de braço largo e alavancas para controle de fluxo de ar, comodidades presentes no SP2


66

www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

???????????????????????

reparador diesel

Troller T4: robustez mecânica, mas reparador considera a parte eletrônica problemática Fotos: Oficina Brasil

Principal qualidade do veículo é possuir compartilhamento de peças com veículos de categorias inferiores, barateando seu custo de reparo e acesso às peças, mas sistema de controle eletrônico poderia ser menos restritivo às proteções do motor

Troller T4 agrada ao profissional independente por ter fácil manutenção e mecânica robusta

Fernando Naccari e paulo Handa

A

Troller tem uma história interessante. Fundada em 1995 por Rogério Farias, começou a engatinhar com os primeiros projetos de veículos que ele decidira construir para puxar as lanchas que produzia, basicamente com a inspiração nos veículos Jeep. Após um ano construindo sua primeira unidade, começou a receber alguns pedidos, chegando a produzir 100 unidades mensais. Dois anos depois, devido ao repentino sucesso, o empresário Mário Araripe adquiriu boa parte da empresa e investiu na expansão da fábrica e da linha de produtos. Atualmente, a Troller é conhecida pelo modelo T4, mas antes dele, tornou-se especialista em produzir veículos militares, de bombeiros e aqueles destinados às operações em minas subterrâneas. Os primeiros veículos da Troller que eram o modelo RF Sport (1997 - 1999) (em 1999 foi lançado o T4 como sucessor do RF Sport) saíram da linha de

produção com motor a gasolina VW AP 2.0 de 114cv (foi usado até 2001) e, na sequência, com motor mecânico MWM Diesel 2.8 de 115 cavalos líquidos (132cv brutos) – de 2001 até o final de2005). Em fevereiro de 2006, no entanto, a Troller passou a disponibilizar a picape Pantanal. Com esses dois produtos, a montadora ampliava sua atuação no nicho de veículos especiais em que se posicionava. Devido ao enorme sucesso, em 2007 a Ford do Brasil anunciou a compra da fabricante cearense. Mais tarde a picape Pantanal foi retirada do mercado, e as unidades que haviam sido vendidas foram recompradas pela Ford, pois apresentaram problemas no chassi. No dia 4 de janeiro de 2007, em audiência com o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente da Ford para a A mér ica Latina anu nciou a aquisição da Troller, que passa a fazer parte do grupo, juntamente com Lincoln, Mercury e Mazda, marcando a Troller como uma marca global e última genuinamente brasileira.

1


www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

reparador diesel

67

reparaNdo UM Troller Apesar da evidente vocação do Troller para o fora-de-estrada, há quem se especialize na manutenção e aprimoramentos dos veículos 4x4, deixando-os mais valentes e prontos para enfrentar todos os tipos de terreno, inclusive os urbanos. Com isso, fomos até uma especializada neste ramo, a Atacama 4x4, localizada em São Paulo. Lá, conversamos com o reparador Rodrigo Adolfo Nera, de 39 anos, (FOTO 1) que, assim como a Troller, tem uma boa história para contar. “Fundei a Atacama 4x4 há 9 anos pelo fato de que, naquela época eu tinha um Jipe e, no momento de fazer qualquer manutenção, tinha muita dificuldade em encontrar serviços de qualidade e oficinas que tinham conhecimento neste segmento. Foi assim que vi uma ótima oportunidade de negócio e iniciei no ramos. A oficina atua desde manutenções preventivas

2 até preparações ou transformações para competições com o objetivo de adequar o veículo da melhor forma ao terreno que ele irá trafegar”. Nesta matéria, Rodrigo comentou sobre sua experiência com os reparos no Troller. Lá, encontramos um modelo T4 3.2 Turbo Diesel 2013 (FOTO 2) que estava com 29.800km rodados e foi à oficina para realizar reparos no sistema de suspensão.

Para Rodrigo, a principal vantagem do Troller é que este faz o compartilhamento de peças com outros veículos de menor porte, situação esta que barateia seu custo de reparo. “Este aqui, por exemplo, tem o painel idêntico ao do Fiesta. Antigamente, antes da Ford comprar a marca, víamos muitas peças de Gol, da linha Fiat, da linha GM etc.”. Porém, há peças que que você só encontrará em um Troller.

3 “Componentes da suspensão, diferenciais e rodas blocantes são bastante resistentes e são próprias do veículo”. Um defeito muito recorrente destes modelos está nos cilindros de embreagem. “O cilindro mestre e o escravo apresentam desgastes internos e vazamentos, o que provoca dificuldade de engate das marchas. O mais interessante é que estes problemas não deixam vestígios e só sabemos que estas

peças são as causadoras da falha devido a nossa experiência com a reparação”, explicou Rodrigo. Os T4 mais antigos eram equipados com motor Sprint 2.8 aspirado da MWM. Em seguida, chegaram os NGD 3.0 com injeção eletrônica (FOTO 3), mas segundo Rodrigo, estes não dão dor de cabeça. “Não pegamos defeitos recorrentes nestes, somente nos primeiros motores tivemos problemas com o sistema do sensor


www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

reparador diesel

68

4 de pressão da turbina, que fazia o motor apresentar problemas de retomada de aceleração que, com o tempo, foi sanado pelo fabricante”. Rodrigo comentou ainda que, em sua oficina, costuma efetuar alterações no sistema eletrônico do veículo, pois como ele tende a rodar em vias que causam muitas vibrações na carroceria, estes ficam muito sujeitos à terra e a umidade. “A eletrônica embarcada se compara aos veículos tradicionais, mas devido às irregularidade do solo, costumam parar de funcionar corretamente, além dos chicotes se romperem com certa frequência”. No entanto, a programação deste sistema eletrônico acaba deixando o motor com excesso de proteções. “O motor tem proteção para tudo! Qualquer sensor que informe um valor diferente do programado faz este entrar em modo de proteção cortando o combustível. Algumas vezes acendem a luz da injeção, outras não, dependendo da gravidade do erro apresentado”, explicou Rodrigo. Para o reparador, uma alterna-

tiva interessante seria voltar um pouco no tempo e adotar a estratégia dos motores mais antigos. “Para mim, algumas proteções deveriam ser ignoradas através de remapeamentos. Sabemos que o motor MWM Sprint 2.8 rodava perfeitamente sem nenhuma proteção eletrônica, logo é possível sim diminuir algumas restrições ‘desnecessárias’ para o tipo de uso do veículo”. Rodrigo considera que a eletrônica veio para trazer melhorias para as emissões e eficiência dos veículos, mas também trouxe inúmeros problemas. “Alguns sensores são muito importantes, como por exemplo, o de óleo, o de temperatura e o do ponto de ignição. Mas alguns dedicados a garantir que os carros atendam as normas de poluição vigentes, são os mais “delicados” e suscetíveis a falhas”. Ao contrário da eletrônica, a transmissão do Troller T4 não tem histórico de problemas. “Estes jipes vêm equipados com transmissão Eaton SSO 2405 de 5 marchas que é bastante ‘parrudo’ e, associado ao diferencial Dana 44 e ao cardã reforçado (FOTO

5 4), dificilmente chegam para nós para qualquer tipo de intervenção”, disse Rodrigo. Já a parte de suspensão (FOTOS 5 e 5A) e freios, como são muito utilizados na proposta offroad deste veículo, são os que recebem a maior carga e apresentam sequências de falhas. “Temos efetuados correções nas buchas dos braços oscilantes, nas buchas dos jumelos das molas traseiras, e troca do sistema de pastilhas de freios em veículos com quilometragem próxima as 35.000km”. peÇas e iNForMaÇÕes É nessa hora que o intercambiamento de peças facilita a vida de quem repara um Troller. “Para quem pensa que existe dificuldade em encontrar peças para este modelo se engana! O mercado independente supre muito bem a necessidade das peças. Os grandes fabricantes aba st e c e m b e m o me r ca do de reposição, principalmente depois que a Ford comprou a Troller, aí é só ver o que é de Fiesta, Ka, Ranger e comprar. Devido a isso, posso dizer que

Imagens meramente ilustrativas.

Sistemas de Alinhamento Plataforma Pneumática 2.8/3.5/4 ton Macaco Pneumático

5a

Reparadores consideram o Troller T4 de fácil manutenção e recomendam o jipe

se a preocupação do reparador for o custo do reparo, pode ficar tranquilo que é um carro que não dá dor de cabeça, só o visual é que impressiona”. Com relação ao acesso às informações técnicas, Rodrigo também disse não encontrar dificuldades. “Por ter uma mecânica simples, não dá trabalho. Exceto pelos diagramas elétricos, pois estes só conseguimos com colegas que atuam nas concessionárias da marca. Houve um caso em que precisei do diagrama do sistema de tração e nem eles tinham, assim atrasou muito o nosso trabalho”.

reCoMeNda? Rodrigo disse que indica o Troller T4 aos seus cliente sem qualquer tipo de receio. “São bons veículos, mas vale lembrar que este se trata de um Jipe projetado para terrenos instáveis e que conta com alguns dispositivos de conforto, como ar-condicionado e direção hidráulica, o que confunde algumas pessoas que o compram e se arrependem dizendo que ele é muito desconfortável. Assim, se o cliente perguntar, tem que pesar os prós e contras, mas se for pensar mecanicamente, não precisa torcer o nariz pois é um carro de manutenção comum”.

Sistemas de Elevação Superbox Pneumática - 4 garras de fixação - Opera do aro 13" ao 24" - Opcional: Braço Auxiliar

Motorizada com carenagem - Frenagem automática - Opcional: Kit para motos

Elevador 2.5 e 4 ton

Manual e Motorizada Opcionais: - Porca de engate rápido - Cone especiais - Flange para Citroën

Consulte nossas opções de pagamento:

Alinhador Digital Laser 2 ou 4 cabeças

Plataforma PitStop 2 e 2.5 ton


oficina de corrida

informe publicitário

Carro de corrida pode garantir o aumento da clientela e o lucro de sua oficina Você sabia que preparar um veículo de competições em sua oficina de manutenção pode ser mais fácil do que imagina? Nesta matéria, vamos te mostrar como isso é possível Por Rui Salles* Olá amigo reparador, nós da RS Racing estamos muito felizes em retornar com nossa coluna ao Jornal Oficina Brasil. Somos uma empresa voltada para o setor de competições automobilísticas, com larga experiên­ cia em diversas categorias nacionais, como Stock Car, Copa Montana e F1600, além de trabalhos realizados no automobilismo Internacional, como a Nascar. A cada mês iremos lhe mostrar que montar um carro de competição dentro de sua oficina, que atende clientes proprietários de veículos de rua, é mais simples do que parece, e o melhor de tudo é que você pode aumentar sua clientela e consequen­ temente os seus lucros.

O Fórmula 1600 Vamos basear nossas primeiras dicas de como montar um carro de corrida no modelo Fórmula 1600, ca­ tegoria escola do automobilismo que utiliza um carro monoposto (parecido com os da Fórmula 1), disputa suas etapas em São Paulo, e o melhor de tudo, a grande maioria de suas peças são as mesmas dos carros de rua. O chassi é construído especial­ mente para o carro de Fórmula 1600, porém no mais não haverá grandes dificuldades: motor, câmbio, freios, embreagem, entre outros itens serão os mesmos em que você reparador está acostumado a fazer a manuten­ ção, nos carros que entram em sua oficina diariamente.

Detalhe da motorização utilizada na temporada 2014 da Fórmula 1600

Equipe RS Racing na Fórmula 1600

Carro de corrida = lucro? Se você sempre achou que um carro de corrida significa gasto, vou te provar que é justamente o contrário: a construção e manutenção de um carro de corrida pode significar um aumento em sua clientela, que gerará mais lucro para o seu negócio. Para trabalhar com este tipo de veículo dentro da sua oficina, a primeira coisa que precisará fazer é organizar seu espaço, e verá que isso basicamente dará um outro ar ao seu local de trabalho. O cliente quer, além de um bom serviço, encontrar um local organizado para deixar seu carro de rua. Outro fator muito importante: um carro de corrida dentro de sua oficina significa “status”. Reparadores de competição são considerados os melhores profissionais da área, e você sendo “um” ganhará ainda mais confiança de seus clientes, além disso, a exposição de uma máquina dessas sempre atrai muito a atenção. Ficou interessado? E olha que ainda não demonstramos todas as

vantagens, pois você poderá lucrar não só com o carro, mas tam­ bém com os serviços que oferecerá aos seus futuros clientes das pis­ tas. Hora de começar Com todas essas in­ formações de que é possível lucrar com um carro de corrida, você deve estar querendo começar logo, não? Então, acesse nosso site na internet – www. rsracing.com.br – e con­ fira o vídeo de apresen­ tação sobre o Fórmula 1600 que preparamos; além de amplo material personalizado, o site Chassi de Fórmula 1600 está repleto de dicas *Rui Salles, 20 anos dedicado ao automobi­ interessantes. No próximo mês, você lismo, administrador de empresas, engenheiro automotivo, ex-diretor da Renault do Brasil e conhecerá o chassi, do que é feito e experimentado piloto. Fundador da RS Racing como é a construção de componen­ em 1993, empresa especializada em competições automobilísticas e eventos esportivos. tes do carro.


informe publicitário

você sabe identificar qual é o lubrificante correto para cada moto? Na edição passada, abordamos as diferenças entre lubrificantes de automóveis e motocicletas, do ponto de vista de aplicação. Nesta edição, veremos com maior detalhe as propriedades destes e como selecionar o mais apropriado a cada tipo de equipamento s lubrificantes são formulados a partir de óleos básicos obtidos geralmente através do refino do petróleo e classificados em grupos de acordo com suas características, podendo ser divididos entre minerais e sintéticos. Para melhorar ou ainda conferir ao produto final propriedades específicas e necessárias para as diferentes aplicações, são utilizados aditivos especiais e adequados às diferentes exigências de cada equipamento. A qualidade do óleo básico utilizado e a composição do pacote de aditivos podem fazer grande diferença entre diversos lubrificantes para uma mesma aplicação. A principal propriedade do lubrificante é a viscosidade. Viscosidade pode ser definida como a resistência do f luido ao escoamento ou, em outras palavras, a capacidade do óleo em fluir. Quanto mais viscoso o lubrificante, maior a resistência ao movimento (um lubrificante SAE 50 é mais viscoso que um SAE 40, por exemplo). O principal influenciador da viscosidade, no entanto, é a temperatura, ou seja, aumentando-se a temperatura do fluido, reduz-se a viscosidade do mesmo (isso pode variar de um lubrificante para outro em função de uma propriedade chamada “Indice de Viscosidade - IV”, presente no óleo básico e, em alguns

O

casos, melhorada através de um aditivo“Melhorador de IV”). Existem ainda os óleos multiviscosos (tipo 10W30, 15W50, etc), mais comuns atualmente para aplicações em motores, e cujo diferencial é possuir características distintas de viscosidade em temperaturas ambiente e em operação. Tal característica possibilita que o lubrificante seja f luido o suficiente para rapidamente lubrificar todas as partes do motor na partida e, ao mesmo tempo, seja viscoso o suficiente para manter um filme lubrificante adequado, de modo a proteger os componentes do motor nas altas temperaturas de operação.

A definição da viscosidade ideal para cada equipamento é feita através da avaliação do acabamento superf icial das superfícies e das características construtivas de cada motor (tolerâncias, folgas, temperatura de trabalho, carga, rotação, etc) de forma que a espessura

do filme lubrificante seja suficiente para manter superfícies sem contato e protegidas (o lubrificante precisa ser espesso suficiente para cobrir as rugosidades das superfícies), reduzindo assim o at r ito e desgaste. Esta definição é feita pelo fabricante do equipamento em conjunto com fabricantes de lubr if icantes, de for ma que recomenda-se selecionar a viscosidade do lubrificante seguindo sempre a orientação contida no manual de manutenção de cada equipamento. Além de lubrificar e reduzir atrito, lubrificantes precisam desempenhar diversas outras funções vitais ao funcionamento de um equipamento, como limpeza, refrigeração, proteção contra desgaste, vedação entre outras. Tais funções e seus respectivos níveis de performance são classificados por orgãos específicos como API, JASO, ACEA, etc os quais veremos em nossa próxima edição.


problema no cardã da moto é quase raro, mas pode acontecer Ruído na roda traseira nem sempre é proveniente do pneu, freio ou rolamentos, mas pode ter origem no sistema de transmissão

paulo José de sousa pjsou@uol.com.br

transmissão final por eixo cardã ainda tem sido pouco utilizada nas motocicletas, mas tem muita gente que prefere o sistema, pois ele é confiável, proporciona um certo conforto, durabilidade, pouca manutenção e elimina aquele incômodo do sistema tradicional - a corrente, a qual o usuário tem que regular e lubrificar, além disso a roda traseira sempre fica suja de óleo. Já as desvantagens do sistema cardã ficam por conta do maior custo de reparo na hora da substituição de alguma peça e também por ser ligeiramente ruidoso. A transmissão por cardã consome mais potência do motor do que o conjunto corrente, coroa e pinhão. Cada marca possui uma receita própria que envolve cálcu-

A

los matemáticos nas verificações até a seleção de calços, mas a lógica dos desgastes e ajustes é sempre a mesma. Ao pilotar a motocicleta, durante a redução de uma marcha ou nas acelerações pode aparecer um ruído que irá aumentar de intensidade conforme o torque do motor é entregue na roda traseira, porém diagnosticar a origem do

problema exigirá um pouco mais de cautela do reparador, pode ser que o sistema de transmissão esteja sinalizando que há algum defeito nos mecanismos internos da caixa satélite do cardã. No mercado há muitas motocicletas já consideradas antigas, fabricadas nas décadas anteriores, que utilizam o sistema de transmissão a cardã, em breve elas irão

necessitar de uma manutenção no sistema. ROTA DE TRANSMISSÃO DE POTÊNCIA DO MOTOR - A potência do motor chega até a roda traseira por meio de engrenagens, eixos e articulações, finalizando na caixa satélite localizada no cubo da roda traseira, onde um pinhão faz contato direto

PARA MÁXIMO DESEMPENHO EM MOTOS DE ÚLTIMA GERAÇÃO, RECOMENDE

SHELL ADVANCE ULTRA. O descarte inadequado de óleo lubrificante usado ou contaminado e de suas embalagens provoca danos à população e ao meio ambiente, podendo contaminar água e solo. O óleo usado e as embalagens são recicláveis. Entregue-os em um posto de serviço ou de coleta autorizado, conforme resolução CONAMA no 362/2005 e sas alterações vigentes.

com uma coroa e assim é transmitido o movimento rotacional do cardã para a roda da motocicleta. Compreender o funcionamento do sistema facilitará na detecção de possíveis problemas e causas. COMO OCORREM DEFEITOS NOS DENTES DAS ENGRENAGENS - As engre-


nagens são banhadas com um lubrificante específico, elas são movimentadas nas acelerações e reduzidas do motor, por isso estão sujeitas a todos os tipos de desgastes e quebras. O ruído interno proveniente do desgaste pode ter inúmeras causas, provocadas durante a condução da motocicleta, as engrenagens são submetidas a inúmeros tipos de esforços vindos de várias direções, as dimensões dos dentes das engrenagens são calculadas para suportar cargas limites em seu pé ou seja, na parte mais próxima ao centro, e em sua extremidade. Esses choques ocorrem em condições normais e anormais de uso, em reduzida de marcha ou até em condições severas de condução e frenagem. A origem dos desgastes também pode ser relacionada ao lubrificante, aos ajustes de folgas e também à maneira de conduzir a motocicleta. COMO INTERPRETAR OS DESGASTES DOS DENTES DAS ENGRENAGENS Observe a marcação feita no dente da engrenagem, para os casos em que a linha de desgaste se encontra próxima à ponta do dente da engrenagem, há indícios de que o conjunto está trabalhando com folga excessiva entre a coroa (engrenagem cônica) e o pinhão.

Já quando a linha está concentrada próxima ao pé do dente da engrenagem, entende-se que a causa seria folga insuficiente entre a coroa (engrenagem cônica) e o pinhão. Devemos observar se o desgaste foi gerado durante a aceleração ou na reduzida ao pilotar a motocicleta

verificar se o conjunto está com a folga padrão, os procedimentos de verificação de folga ficam por conta da marca e modelo de motocicleta que estiver em serviço. manutenÇÃo periÓdica Casos típicos de desgastes nos dentes das engrenagens são melhor observados com o auxílio de uma lupa (lente de aumento) Antes de iniciar o diagnóstico no cardã certifique-se que os itens abaixo estão em ordem: • Alinhamento do eixo da roda traseira; • Aperto dos parafusos que prendem a caixa satélite na balança da motocicleta; • Aperto do eixo da roda traseira; • Folga nos rolamentos da roda traseira; • Sistema de freio; • Condição do pneu. DIAGNÓSTICO DOS ELEMENTOS DA TRANSMISSÃO DA CAIXA SATÉLITE - Realize a inspeção na folga entre os dentes das engrenagens e ajuste os calços sempre que substituir um rolamento ou outra peça qualquer. As linhas imaginárias de extensão, traçadas a partir da superfície de encaixe das engrenagens, deverão se encontrar no ponto de intersecção (cruzamento). Inspecione a folga entre os

dentes das engrenagens, o óleo drenado e vazamentos. Confira cada componente individualmente.

• Vazamento de lubrificante pela coifa ou retentores; • Flange, acoplamento universal com entalhes danificados.

POSSÍVEIS CAUSAS DE DEFEITOS NO CONJUNTO: • Nível do óleo baixo; • Óleo não-especificado; • Rolamentos internos da caixa satélite gastos; • Engrenagens gastas; • Flange do cubo da roda danificado ou solto; • Pinhão desgastado ou entalhes do acoplamento gastos; • Folga excessiva entre pinhão e coroa; • Ajustes dos calços inadequados; • Falta de graxa lubrificante nas articulações, acoplamentos externos;

SELEÇÃO DOS CALÇOS DE AJUSTE DO CARDÃ - A seleção de calços depende do modelo e da marca da motocicleta, devendo ser efetuada sempre que houver a substituição de alguma peça interna da caixa satélite ou for constatada a necessidade. Os passos para um ajuste correto devem ser seguidos rigorosamente de acordo com o procedimento do manual de serviços do modelo, além de medir as folgas alguns fabricantes recomendam aplicações de equações matemáticas, nas quais as fórmulas são montadas com dados constantes e fatores de conversão obtidos em cada peça do conjunto. Após o cálculo, será definido um calço de espessura adequada para o ajuste do conjunto, porém, em alguns casos, há a necessidade de se fazer um arredondamento ou a soma de calços para atingir a espessura correta. De regra o ajuste será feito substituindo-se o(s) calço(s), variando a espessura conforme a necessidade, a melhor opção é aquela em que a folga estiver mais próximo da recomendação do fabricante. Após a substituição e montagem das peças é obrigatório

É conveniente conhecer a tabela de manutenção de cada marca e modelo, o serviço é relativamente simples, basta substituir o óleo da caixa satélite, na qual seu nível normalmente é determinado pela rosca do bocal de enchimento. A caixa satélite deve ser abastecida com uma pequena quantidade de óleo de alta viscosidade, geralmente, o óleo para engrenagens hipóides. Também devem ser observados: volume, intervalo de troca e a especificação de viscosidade do lubrificante. Essas informações são obtidas junto ao fabricante do produto ou no manual de serviços da motocicleta.

Obs.: em caso de substituição de engrenagens, é correto substituí-las aos pares para que não haja ruído ou quebra de dentes. ESPECIFICAÇÕES DE LUBRIFICANTE - Fonte: manual de serviços do fabricante para a motocicleta XVS 650 Drag Star. Capacidade de óleo na caixa satélite: 190 ml Tipo do lubrificante: SAE 80 API “GL-4”, óleo para engrenagens hipóides ou se necessário, SAE 80W90 (para engrenagens hipóides). Outra opção de lubrificante: “GL-4” (categoria de qualidade e de aditivos). Também podem ser utilizados óleos para engrenagens hipóides das categorias “GL-5” ou “GL-6”.



www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

TéCNICA

74

TéCNICA

Tudo o que você precisa saber sobre o funcionamento dos sistemas de airbag – Parte 1 Melsi Maran melsimaran@ig.com.br

Ilustrações e fotos: Melsi

Item que, desde janeiro deste ano é obrigatório em todos os veículos, merece cuidados especiais na hora do reparo. Acompanhe a primeira parte da matéria e acrescente-a ao seu acervo de informações técnicas

O

s airbags, ao contrário do que muitos podem pensar, não compensam uma fraca resistência estrutural de um veículo, pois em uma colisão, toda energia produzida será dissipada primeiramente em sua estrutura, tornando esta o principal sistema de proteção aos ocupantes. Os especialistas na área de segurança veicular consideram firmemente que os consumidores não devem ser confundidos pelos fabricantes que se descansam apenas nos airbags para oferecer uma falsa impressão de segurança. Assim sendo, tanto o público quanto os governos devem ser capazes de verificar a integridade estrutural do carro. Isso se consegue mediante a aplicação dos padrões de testes de batida das Nações Unidas (regulamentações R94 e R95), proporcionando aos consumidores a possibilidade de conferir e comparar o desempenho em segurança dos diferentes modelos vendidos no mercado. CONCEITOS DE SEGURANÇA Podemos separar este conceito de duas maneiras simples: Segurança Veicular Passiva: É o conjunto de elementos destinados a proteger os ocupantes dentro do habitáculo no caso de uma colisão, inibindo ou reduzindo as possibilidades de lesões mais graves e até a morte (carroceria, cintos de segurança, airbags); Segurança Veicular Ativa: Inclui sistemas que permitem

cialização, podem construir vários deles em uma imensa variação de modelos simultaneamente, através da mesma plataforma, agilizando o processo de análise dos principais pontos críticos. Os engenheiros definem as seções mestres de algumas peças chaves tais como longarinas dianteiras e traseiras, soleira, colunas etc. É neste momento que avaliam o seu comportamento à deformação e rigidez, através de impactos no famoso Crash-Test. AIRBAG

evitar um acidente (direção, suspensão, freios e equipamentos de rodagem), tem como responsabilidade agir funcionalmente sem apresentar quaisquer tipos de problemas, de modo a manter e garantir a integridade física do condutor e ocupantes, impedindo assim as possibilidades de acidentes fatais. As montadoras dispõem de uma fábrica de protótipos e, de acordo com sua estrutura e espe-

Dentro destes itens destinados à segurança passiva, o airbag desponta como um dos principais deles, trabalhando em conjunto com o sistema de deformação programada da carroceria, auxiliando para que os ocupantes não tenham contatos diretos com os componentes rigídos à frente, como volante, painel etc. No entanto, como sabemos, outros itens de máxima importância neste conjunto são os pré-tensionadores dos cintos de


www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

TéCNICA

75

A inscrição ‘’Airbag’’ pode encontrar-se num dos seguintes locais:

segurança e os reforços estruturais em zonas críticas. Um veículo que protege os seus ocupantes deve deformar-se de forma a absorver uma grande parte da força de desaceleração do impacto. Isso é de extrema importância, pois quando pensamos em um tanque de guerra colidindo contra um muro de concreto, por exemplo, ele não se deforma, mas os seus ocupantes são sujeitos a uma força de desaceleração mortal. As evoluções da segurança passiva mais importantes foram: - Primeiro caso: Os veículos antigos com um chassis separado e uma estrutura de carroceria rígida deformavam-se pouco ou mesmo nada. Além disso, dado que não dispunham de sistemas de retenção, os ocupantes eram lançados contra o painel de bordo ou o volante. Neste caso, num choque violento, as possibilidades de sobrevivência eram então muito reduzidas; - Segundo caso: o aparecimento das carrocerias autoportadoras, que se beneficiavam de melhorias ao

nível da estruturas e de um sistema de retenção clássico (cinto de segurança), permitiu atenuar os efeitos do choque sofrido pelos ocupantes. As possibilidades de sobrevivência aumentaram, mas os passageiros apresentavam graves traumatismos devidos à desaceleração; - Terceiro caso: o aparecimento de zonas de deformação programadas na parte dianteira da estrutura da carroceria, permitindo o amortecimento do choque, diminuindo assim a velocidade de desaceleração; - Quarto caso: nos veículos modernos, a deformação controlada da carroceria, combinada com a rigidez do habitáculo, protegem melhor os ocupantes em uma colisão. Além disso, a complementaridade de um sistema de retenção, que inclui um pré-tensor, um limitador de esforço e um airbag, permite manter o ocupante no lugar e atenuar os efeitos do choque.

Airbag no encosto dos bancos equipados com airbag torácico

Airbag no painel de bordo, do lado do passageiro

Airbag nas guarnições interiores do habitáculo (air bags de cortina)

podem situar-se nos ângulos inferiores dos para-brisas e dentro do habitáculo. Outro ponto que sempre deve ser verificado é o que a luz do airbag indica no painel de instrumentos.

Elementos de retenção nos ângulos inferiores do para-brisas

ElEMENTOS DE RETENÇãO Elementos de retenção estão identificados por inscrições que

Airbag no centro do volante

Um testemunho situado no quadro de instrumentos informa o condutor de um mau funcionamento

Com o auxílio da tecnologia, hoje podemos verificar se o sistema está funcionando corretamente, se está ativado e quando deveremos fazer reparos no mesmo. Na próxima edição, veremos os tipos de airbags existentes e a evolução da segurança para os ocupantes nesse quesito.

Melsi Maran é autor do livro "Diagnósticos e Regulagens de Motores de Combustão Interna". Para adquiri-lo, acesse: http:// bit.ly/1nRzQsw

Qualidade e Confiança são nossas Melhores Ferramentas

ANOS DE MERCADO

Inovação com segurança e credibilidade, são princípios que conduziram a Hidromar se tornar a principal referência do mercado de elevadores, estando em todo Brasil e também em diversos paises do Mercosul. curta nossa página no facebook

Testemunho de airbag Ao dar partida no motor, o Até a próxima! testemunho acende-se durante alguns segundos durante os quais o calculador efetua o controle dos circuitos elétricos e os detonadores pirotécnicos. ATENÇãO: Um testemunho aceso não significa que todo o sistema esteja desativado. Apenas as linhas avariadas são neutralizadas enquanto as outras se mantêm ativas.


www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

técnIca

76

Estabilidade dinâmica veicular – os sistemas que oferecem maior conforto na condução O objetivo desta matéria é apresentar uma introdução ao tema, com os conceitos básicos necessários para a posterior compreensão do funcionamento de cada sistema de estabilidade em particular

E

culo em movimento. O programa monitora constantemente a condição dinâmica do veículo, comparando a solicitação do condutor com o real comportamento do veículo. No caso de divergência, o programa ESC ativa a função correspondente com o objetivo de manter a estabilidade. São os componentes básicos do sistema de estabilidade ESC:

Basicamente, a ação do sistema ABS/TC contribui para equilibrar as forças de tração e frenagem. Por sua vez, o sistema ESC, de forma mais ampla deve equilibrar, também, as forças que afetam a dirigibilidade. A figura 2 ilustra as forças que agem sobre o pneu e que, quando fora de controle, resultam em instabilidade do veículo. São elas:

- Modulador hidráulico ABS ativo de 4 canais, com a capacidade de aplicar seletivamente pressão de frenagem independentemente da ação do condutor.. É o elemento principal de todo sistema de estabilidade veicular; - Módulo de controle ABS com programa de estabilidade ESC integrado; - 4 sensores de velocidade das rodas; - Sensor da taxa de viragem (velocidade de variação do ângulo de viragem); - Acelerômetro longitudinal; - Acelerômetro lateral; - Sensor de ângulo de direção (giro do volante); - Sensor de rolagem (capotamento). Utilizado principalmente, em SUVs e Pick-ups os que, devido ao centro de gravidade mais alto, são mais propensos ao capotamento; - Interruptor do pedal de freio. Quando presentes no veículo, os sistemas de direção dinâmica e de suspensão ativa complementam a funcionalidade do sistema de estabilidade. Basicamente, o programa ESC verifica, em torno de 25 vezes por segundo, se o comportamento desejado pelo condutor, calculado, basicamente, a partir da informação recebida do sensor do ângulo de direção, se corresponde com o comportamento real do veículo, determinado com base

Humberto Manavella humberto@hmautotron.eng.br

stabilidade e Graus de Liberdade basicamente são a função do sistema de controlar os graus de liberdade do veículo nos casos em que é detectada discrepância entre o comportamento real e aquele solicitado pelo condutor. Desta forma, melhora a dirigibilidade do veículo e a segurança. A figura 1 mostra os 6 graus de liberdade do veículo: - Translação em 3 eixos perpendiculares: Vertical, longitudinal e transversal; - Rotação em 3 eixos perpendiculares: Rolagem (eixo longitudinal), guinada ou viragem (eixo vertical) e mergulho (eixo transversal). Assim, para atingir o seu objetivo, o sistema de estabilidade deve cumprir basicamente, as seguintes funções: - Controle da frenagem e da tração através da função ABS/ TCS; - Controle ativo da carroçaria através da suspensão ativa; - Controle da direção através da direção dinâmica. Forças

Figura 1

- Ft: Força de tração que impulsiona o veículo; - Ff: Força de frenagem de sentido contrário ao de Ft; - Fl: Força lateral que assegura a dirigibilidade e mantém o veículo na trajetória desejada; - Fa: Força de aderência resultante da fricção e da gravidade (peso), entre outras. Os principais fatores que contribuem para a instabilidade veicular são: - Aderência aos diferentes tipos de piso. Deslocamento sobre solos com diferentes coeficientes de aderência provoca instabilidade dinâmica (deslizamento) durante frenagens, acelerações (tração) e em mudanças bruscas de trajetória. Deslizamento em curvas pode acontecer durante

Figura 2

a frenagem ou em função da velocidade superior à permitida pelas condições de aderência determinadas pelo tipo de piso e estado dos pneus; - Tração. Ainda com piso uniforme, a instabilidade acontece em função da potência solicitada com relação à aderência dos pneus ao piso; - Frenagem. Ainda com piso uniforme, a instabilidade acontece em função da desaceleração do veículo com relação à aderência dos pneus ao piso; - Direção. Ainda em condições de piso uniforme, a instabilidade acontece ao ser ultrapassado o limite de aderência determinado pela velocidade, ângulo de giro solicitado pelo condutor e estado dos pneus. Introdução O programa de estabilidade ESC (Electronic Stability Control ou controle eletrônico de estabilidade) integra as funções de controle da frenagem, tração, suspensão e direção do veículo. Age principalmente com o veí-

na informação proveniente dos sensores de aceleração longitudinal e lateral, de rotação em torno do eixo vertical (taxa de viragem) e de velocidade do veículo (velocidade de cada roda). Caso não haja correspondência, o programa ESC detecta uma situação crítica de segurança (início de derrapagem, por exemplo) e reage imediatamente intervindo basicamente, sobre os seguintes sistemas: - ABS/TCS: Deve ser obrigatoriamente, de 4 canais. Isto, devido a que o programa ESC, para a manutenção da estabilidade, aplica o freio seletivamente a cada roda; - Direção ativa ou dinâmica. Para aplicar pequenas correções de direção; - Controle do motor: Para redução do torque através do acelerador eletrônico (se presente) ou atrasando o ponto. Esta ação é necessária para o controle de tração; - Suspensão ativa: Para nivelamento da carroçaria; - Transmissão automática: Para mudança de marcha sem intervenção do condutor. Como resultado destas ações, dentro dos limites físicos, o veículo é mantido estável na trajetória desejada e nivelado. Nota: Deve ser salientado que o sistema ESC não consegue evitar a desestabilização do veículo e possíveis acidentes, se excedidos os limites físicos, mas auxilia o condutor a manter o controle em condições extremas. aBs atIvo Permite aplicar o freio de forma seletiva, sem a intervenção do condutor ou, em alguns casos,


www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

técnIca

Figura 3a

para aumentar a pressão de frenagem em funções de assistência complementando assim, a ação do condutor. Cabe salientar que o módulo ABS ativo opera no modo passivo, na medida em que, durante a frenagem não se verifique perda de estabilidade. Basicamente, o ABS ativo é utilizado pelo controle de estabilidade ESC, nos seguintes casos: a) Para frear a(s) roda(s) de tração com tendência a patinar, sem a intervenção do condutor, durante as acelerações intensas (controle de tração). Função similar à desempenhada pelo diferencial autoblocante; b) Para frear a(s) roda(s) de tração durante o deslocamento sobre piso de baixa aderência ou de aderência diferente; c) Para corrigir, de forma antecipada, uma situação que pode provocar instabilidade e/ou perda de dirigibilidade; d) Para implementar a função de assistência à frenagem. Quando detectada uma situação de emergência durante a frenagem, e para complementar a ação do condutor, a pressão hidráulica é aumentada rapidamente ao nível de regulação ABS com o que se reduz a distância de parada; e) Para implementar funções

Figura 3b

auxiliares de assistência à condução; por exemplo, assistente de partida em aclive (pendente). Os sistemas de controle de tração ABS/ASR/TC convencionais, de veículos sem sistema de estabilidade, somente implementam a função a). FuncIonaMEnto De forma similar ao ABS passivo, no sistema ABS ativo a modulação da pressão de frenagem é feita em 3 fases: aumento, manutenção e redução da pressão. Mas, como será visto a seguir, em função de que não há acionamento do pedal, o sistema deve possuir algum mecanismo próprio para aumentar a pressão. Como exemplo será utilizado um sistema ABS/TC da Bosch. Com relação à configuração do ABS passivo, há a inclusão de duas válvulas ([3] e [4]) e da bomba de pré-carga. A figura 3a mostra o sistema ABS em repouso, preparado para atuar seja como passivo (com acionamento do pedal) ou ativo (sem acionamento do pedal). No caso de acionamento do pedal pelo condutor, as válvulas [3] e [4] permanecem na posição da figura e a bomba de pressurização, inoperante. Neste caso e de acordo com a necessidade de intervenção

77

Figura 3c

ABS, o sistema segue o processo de modulação da pressão correspondente ao ABS passivo. 1. Fase de aumento de pressão (fig.3b). Assim que a intervenção se faz necessária, a UC ABS fecha a válv ula [3] e liga a bomba de pré-carga (para realizar uma pré-pressurização), o que contribui com o aumento rápido da pressão auxiliando à bomba de retorno que também é ativada. Esta situação permanece enquanto não é atingida a condição de frenagem máxima determinada pelo programa de estabilidade para aquela condição do veículo. 2. Fase de manutenção da pressão (fig.3c). Esta fase começa com o fechamento da válvula [1] no instante em que é atingida a pressão de frenagem necessária para aquela condição do veículo. 3. Fase de alívio (redução) da pressão (fig.3d). Esta fase começa com a abertura da válvula [2] no instante em que o programa de estabilidade considera finalizada a ação corretiva ou, a pressão de frenagem resulta excessiva pelo que será necessário começar um novo ciclo de modulação com aumento, manutenção e redução de pressão.

Figura 3d

Por exemplo, no caso do controle de tração durante uma aceleração intensa, a pressão de frenagem da roda com tendência

ao deslizamento deverá ser modulada com o objetivo de manter a sua velocidade equilibrada com a da outra roda.

Humberto Manavella é autor dos livros "Emissões automotivas", "controle Integrado do Motor", "Eletroeletrônica automotiva" e "diagnóstico automotivo avançado". Mais informações: (11) 3884-0183 www.hmautotron.eng.br


técnica

78

www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

Diagramas elétricos da injeção eletrônica do citroën Xsara 1.6 16V Multiplexado 2002/03 LOCALIZAÇÃO DA UNIDADE DE COMANDO ELETRÔNICO - UCE (NO COMPARTIMENTO DO MOTOR) Fotos: Doutor-IE

Para os leitores que acompanham mensalmente os diagramas, disponibilizamos agora os da injeção eletrônica do Citroën Xsara 1.6 16V gasolina fabricados de 2002 a 2003

Válter Ravagnani www.drieonline.com.br

N

esta edição, selecionamos os diagramas elétricos do Citroën Xsara e Xsara Break 1.6 16V gasolina de 2002 a 2003. O sistema gerenciador é um Bosch Motronic ME 7.4.4 e faz o veículo possuir 110cv quando abastecido com gasolina. Acesse o site do nosso jornal (www.oficinabrasil. com.br) e confira mais diagramas exclusivos, além de instruções de manutenções envolvidas para o modelo apresentado. Uma excelente leitura e até mês que vem.

Enciclopédia Doutor-ie Online O melhor Custo x Benefício. www.drieonline.com.br/testdrive

“Já estou a quase 2 anos com a Enciclopédia Doutor-ie. Eu ligo para o setor técnico e tiro minhas dúvidas. Quando preciso de esquemas elétricos eu vejo na Enciclopédia, e consigo resolver qualquer problema que chega na oficina. Estou gostando muito!” Adeziam Alves - JG Auto Peças (Manaus/AM) Adeziam Alves - JG Auto Peças

Cinto de segurança salva vidas.


técnica DiaGRaMa ELétRicO inJEÇÃO ELEtRÔnica - BOScH MOtROnic ME 7.4.4 XSaRa MULtiPLEXaDO 1.6 16V 110cv (tU5JP4 - nFU) - (2002 - 2003) XSaRa BREaK MULtiPLEXaDO 1.6 16V 110cv (tU5JP4 - nFU) - (2002 - 2003)

www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

79


GUIA DE COMPRAS OS MELHORES FORNECEDORES PARA OFICINAS

para anunciar ligue 11 2764-2871 e fale com iara rocha iara.rocha@oficinabrasil.com.br


guia de compras

www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

81


82

guia de compras

www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014


guia de compras

www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

83


84

www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

guia de compras

GUIA DE COMPRAS OS MELHORES FORNECEDORES PARA OFICINAS para anunciar ligue para (11) 2764-2871 e fale com iara rocha

Quem ama cuida. O Limpa Graxa Futuro é super econômico e lava fácil mãos sujas de graxa sem agredir a pele. Esse é o carinho que as mãos merecem e agradecem. Solicite amostra grátis com um de nossos representantes. cuidado e carinho para as mãos limpa e hidrata a pele 100% biodegradável

econômico (rende mais)

Saiba mais sobre a legislação NR 6 - artigo 166 da CLT. Atende 100% a legislação*

iara.rocha@oficinabrasil.com.br * Registrado como cosmético na ANVISA; Aprovado pelo Ministério da Saúde MS no 2.043.90.0; Conforme norma NR6 (laudos e FISPQ a disposição)


guia de compras

www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

85


86

guia de compras

www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014


guia de compras

www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

87


guia de compras

88

www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

EFICIÊNCIA, ALTO DESEMPENHO E RESULTADOS:

É ASSIM QUE NOS MANTEMOS LÍDERES. Estamos no topo porque investimos regularmente em novas tecnologias, para oferecer produtos de alto desempenho, proporcionando economia, conforto e segurança aos nossos clientes. A Tecfil entende de qualidade, é por isso que somos líderes em todos os segmentos que atuamos.

SAC 0800 11 6964 www.tecfil.com.br www.facebook.com/tecfil.filtros

Todos juntos fazem um trânsito melhor. Anuncio_Conceito_Tecfil_250x265mm.indd 1

29/08/14 16:47


guia de compras

www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

89


guia de compras

90

Anúncio_G&B_25x17,5.pdf

1

04/09/14

12:01

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

Nova linha de

Bombas Hidráulicas LINHA DE PRODUTOS DIREÇÃO / MOTOR

www.ampri.com.br | Tel.: (11) 2422 – 4899

www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014





www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

???????????????????????

94

consultor ob

substituição do radiador de ar quente do Fiat Palio Economy é trabalhosa mas necessária Serviços que envolvam a retirada de painel são vistos pelos reparadores como algo extremamente trabalhoso e perigoso. Não que não seja, mas pode ser bastante rentável para aquele que quiser encarar o desafio Fotos: Oficina Brasil

Por Fernando naccari e Paulo Handa

5) Retire os parafusos da parte dianteira do console (FOTO 5);

U

m dos piores pesadelos dos reparadores nas oficinas é ter que fazer algum trabalho que envolva retirada de painel do veículo. Portatrecos, molduras, acabamento, espaço reduzido, volante, enfim, muita coisa que ali se encontra joga contra o serviço a ser realizado. Um dos mais comuns é quando o cliente chega à oficina com o veículo apresentando vazamento no radiador de ar quente. Na grande maioria dos veículos, para subs tituí-lo é necessário o penoso serviço. Por ser tão complicado, os reparadores acabam dizendo ao cliente que este é um serviço complicado, trabalhoso e o aconselham a apenas ‘isolar’ o radiador do sistema, fazendo-o perder função. Mas, olhando por outro lado, todo esse serviço pode ser recompensando com uma boa mão de obra que é revertida positivamente à oficina, pois não é muito lógico do ponto de vista financeiro recusar um serviço que demanda, no mínimo, quatro horas de serviço. Pensando nisso, fomos atrás de um veículo simples e suscetível a este tipo de problema para compartilhar com todos um passoa-passo de como realizar este reparo e tornar sua oficina um diferencial de mercado, realizando serviços que outros recusam. Dessa maneira, fomos à Stop Pneus situada no bairro de Vila Maria na capital de São Paulo. Lá, conversamos com o reparador Eduardo do Carmo de Oliveira, de 40 anos, que atua no

5 6) Retire a tampa traseira do console e solte os parafusos de fixação da parte de trás (FOTO 6);

6 Reparador Eduardo e o Fiat Palio que teve o painel retirado para a realização da manutenção

ramo há 15 e, com ele, estava um Fiat Palio Economy 1.0 8V com 154.630km rodados apresentando um perigoso vazamento de líquido de arrefecimento próximo ao pé direito do motorista, podendo causar queimaduras graves. Sobre como começou na carreira, Eduardo comentou que iniciou consertando componentes da direção hidráulica. “Isso foi até uns nove anos atrás, quando percebi que tinha a necessidade de ‘abrir o leque’ de conhecimentos na profissão. Então decidi fazer cursos e me aprimorar também em sistemas de eletrônica embarcada e injeção eletrônica, pois o reparador que não se atentar à evolução destes sistemas acabará ficando sem mercado de trabalho”.

painel do veículo, retirada do reservatório de ar quente e identificação do local do vazamento. Acompanhe o passo-a-passo: 1) Retire o console central que fica em volta da alavanca de mudança de marchas (FOTO 1);

3) Solte a capa de proteção da alavanca de câmbio (FOTO 3);

7 3

1 2) Remova os acabamentos laterais que envolvem o console e observe que este acabamento faz parte do carpete e existe nos dois lados (FOTO 2);

4) Solte os parafusos de fixação do cinzeiro e remova-o (FOTO 4);

2

8) Retire a tampa central do volante de direção, solte o botão da buzina e remova a porca sextavada de fixação do volante de 24mm. Em seguida, puxe o volante para fora (FOTO 8);

8

rEPAro Abaixo, acompanharemos o procedimento de remoção do

7) Em seguida, remova o console elevando-o e puxando-o para trás, tomando cuidado para não danificar a peça (FOTO 7);

4

Importante: Eduardo ressaltou que se o veículo possuir sistema de airbag, antes de iniciar esta etapa, é necessário desligar


www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

consultor ob a bateria do veículo e tomar cuidado para retirar o volante bem centralizado e travar o contato espiralado (cable reel). Isso deve ser feito evitando que este não seja danificado, pois do contrário, a oficina acabará arcando com prejuízos desnecessários, porque esta peça tem custo muito elevado. 9) Retirar a tampa do compartimento dos fusíveis (FOTO 9);

9 10) Solte os parafusos de fixação da proteção da coluna de direção (FOTO 10);

10 11) Remova a capa de proteção da coluna de direção (FOTO 11);

11 12) Desparafuse a proteção superior da coluna de direção e retire a proteção existente (FOTO 12);

13 fixações; 14) Após a retirada, solte os parafusos de fixação do suporte do rádio e retire-o (FOTO 14);

14 15) Desconecte os plugs dos fios de ligação do sistema de ventilação e ar-condicionado (FOTO 15);

15 16) Solte os três parafusos de fixação da moldura do painel de instrumentos e remova-o (FOTO 16);

16 17) Desparafuse a fixação do painel de instrumentos (FOTO 17);

17A 18) Desconecte os cabos de ligação da caixa de fusíveis com o sistema principal (FOTO 18);

18 19) Solte os três parafusos de fixação da caixa de fusíveis e retire a caixa completa (FOTO 19);

19 20) Desconecte os conectores da chave de seta, comutador de ignição e limpadores (FOTO 20);

20 21) Retire o conector da central do imobilizador (FOTO 21);

21 12 13) Solte as presilhas de fixação da tampa do painel frontal dos botões de comando do sistema de ventilação e ar-condicionado (FOTO 13), lembrando que isso deve ser feito com uma espátula de fibra e com cuidado para não avariar a peça e/ou quebrar suas

17 Nota: Ao retirar o painel de instrumentos você notará que em sua parte traseira não existe cabo de velocímetro, somente um soquete com fios (FOTO 17A), pois neste modelo o sinal de velocidade é enviado eletricamente.

22) Remova o difusor de ar do lado esquerdo do painel principal (FOTO 22). Atente-se que esta

22

95


www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

consultor ob

96 peça fica somente encaixada; 23) Em seguida, no vão de encaixe mais ao fundo, existe um parafuso de cabeça ‘Philips soberba’ que deve ser retirado (FOTO 23);

28) Desparafuse a coluna de direção (FOTO 28);

28

23

34

29

24

os parafuso de fixação do flange de apoio do radiador (FOTO 38);

29) Remova os parafusos que ficam atrás da coluna de direção (FOTO 29);

24) Solte as tampas de acabamento e proteção que estão nas extremidades e na parte central no painel principal (FOTO 24);

37A

33

os parafusos de fixação estão soltos e os conectores da caixa de fusíveis estejam desencaixados (FOTO 35);

30) Agora, solte o parafuso de cabeça Philips que fica na parte inferior do painel principal (FOTO 30);

38 39) Solte o radiador (FOTO 39); Importante: não se esqueça de, antes de realizar essa etapa, esgotar o líquido de arrefecimento do sistema para certificar-se que

35

25) Desparafuse a fixação do tubo de condução do ar do difusor esquerdo (FOTO 25);

30

36) Com o auxílio de outro reparador, desloque o painel e retire-o (FOTO 36);

31) Solte os parafusos de fixação do painel principal que ficam nas extremidades inferiores do painel (FOTO 31);

39 este não vaze para dentro do veículo, danificando o carpete. 40) Desloque os tubos e retire o radiador de aquecimento do seu alojamento (FOTO 40).

25 36

26) Retire o difusor de ar (FOTO 26);

31

26

32) Retire os parafusos do painel de comandos do sistema de ventilação e desloque-o para baixo (FOTO 32);

37) Agora, já sem o painel principal, verifique que o radiador de ar quente se encontra na parte inferior do compartimento, próximo ao pedal do acelerador

27) Solte os parafusos de fixação do painel principal que ficam na parte superior, próximos ao para-brisas (FOTO 27);

32

27

comendada a remanufatura do radiador de ar quente, pois sua troca é muito trabalhosa para que arrisquemos um retrabalho que resulte em uma nova retirada do painel. É importante também, antes de substituir o componente, identificar o que foi o causador da falha, saná-lo e somente certos disso é que deveremos instalar uma nova peça no veículo de qualidade assegurada (FOTO 42), também garantindo que não ocorram trabalhos desnecessários. No caso deste Palio, o problema ocorreu, provavelmente, devido à corrosão interna da peça provocada pela não utilização de aditivo de radiador conforme orientação da montadora.

33) Retire os relés e porta relés da caixa de fusíveis (FOTO 33); 34) Desencaixe e abra as presilhas de fixação dos chicotes envolvidos (FOTO 34); 35) Certifique-se que todos

40 o DEFEIto Após realizarmos todo este procedimento antes listado, verificamos na peça o local do vazamento (FOTO 41). Como podemos observar, não é re-

37 (FOTOS 37 e 37A). Dessa maneira, retire o parafuso de fixação dos tubos d’agua que ali ficam localizados; 38) Em seguida, retire os tubos deslocando-os e remova

41

42 Para o processo de montagem, o reparador recomenda seguir o processo inverso ao que foi aqui descrito, tomando os devidos cuidados para que não haja quebras/trincas de peças encaixadas e também não exagerar no aperto dos parafusos, evitando também que ocorram danos ao painel do veículo. “consultor ob” é uma editoria em que as matérias são realizadas na oficina independente, sendo que os procedimentos técnicos efetuados na manutenção são de responsabilidade do profissional fonte da matéria. nossa intenção com esta editoria é reproduzir o dia a dia destes “guerreiros” profissionais e as dificuldades que enfrentam por conta da pouca informação técnica disponível. caso queira participar desta matéria, entre em contato conosco. Mais informações: redacao@ oficinabrasil.com.br



www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

AvAlIAçãO dO RepARAdOR

98

AvAlIAçãO dO RepARAdOR

Citroën Xsara é uma das marcas da má fama dos veículos franceses em nosso país Suspensão frágil, vazamentos no motor e instalação elétrica sensível são apenas exemplos do que o veículo pode apresentar nas oficinas, agravados pelo alto custo de reparo e pouca disponibilidade de informação técnica Fotos: Oficina Brasil / Divulgação

Fernando Naccari e paulo Handa

C

riado em 1997 pela equipe de design da Citroën sediada em Vélizy, o Xsara foi projetado para atender o público europeu oferecendo espaço, design moderno e farta lista de equipamentos internos. Inicialmente, tinha o objetivo de substituir o clássico ZX e fez logo com que o modelo antigo fosse esquecido, se tornando um dos maiores sucessos da marca. Em janeiro de 1998, foi lançada a versão coupé, que, como o resto da gama, veio em três versões: X, SX e Exclusive. Duas motorizações tendo gasolina como combustível eram oferecidas na europa: 1.4i 75cv, 2.0i 16V e 167cv; e duas a diesel: 1.9 D 68cv e 90cv. Com a chegada do Xsara Estate ( no Brasil chamada de Break) em março do mesmo ano, a linha ganhou uma versão com grande possibilidade de carga e estilo mais familiar. O Xsara foi premiado pela Associação de Jornalistas Irlandeses como “Carro do ano de 1998”, por suas inovações tecnológicas, estilo e valor de mercado. Sua importação oficial pela Citroën do Brasil começou no mesmo ano com três versões de acabamento na carroceria N6: GLX (2 e 4 portas), Exclusive (somente 4 portas) e VTS (somente 2 portas) tendo opções de câmbio automático e manual e motorizações 1.8 8V 95cv (automático), 1.8 16V 112cv (manual) e 2.0 16V 167cv (manual). Nesta gama, havia três opções de carroceria, Coupé 2 portas, Hatch 4 portas e a perua Break, disponível apenas com 4 portas. No ano seguinte, o VTS recebeu um ‘upgrade’ na motori-

zação, sendo equipado com o 1.8 16V de 112cv das outras versões na configuração manual e o 1.8 8V foi substituído pelo 2.0 16V de 126cv nas versões automáticas. Em 2001, o Xsara passou por uma reestilização, agora passando a ser conhecida como carroceria N7 em que, além de alterações visuais externas e de acabamentos internos, houve a substituição dos motores sendo que as GLX e Exclusive passaram a contar apenas com a opção do 1.6 16V de 110cv e o esportivo VTS; além da opção de compartilhar dessa nova motorização, passou a contar com o mesmo conjunto mecânico da Xsara Picasso, um motor 2.0 16V de 138cv. Já em 2002, o Xsara recebeu mais algumas alterações estéticas e, com esse novo visual, foi importado até 2003, dando fim ao ciclo do modelo em nosso país. Apenas com o nome, a Citroën

continuou disponibilizando o Xsara Picasso até os dias de hoje. NAS OFICINAS E, para sabermos como se comporta este veículo nas oficinas independentes, conversamos com o reparador Silas Ribeiro Fonseca de 38 anos. Silas atua no ramo há 12 anos e comentou que começou a atuar como reparador a princípio como um hobby, mas depois esse hobby virou paixão. “Anteriormente eu trabalhava como vigilante e nas horas vagas reparava os veículos que eu adquiria até um momento em que decidi participar de um curso de eletricista de automóveis no SENAI e, neste curso, fiz amizades que insistiram que eu era muito bom e deveria ter meu negócio próprio. De tanta insistência acabei concordando e hoje posso dizer que foi uma das melhores

escolhas que fiz, pois deu muito certo e, em pouco tempo de negócio, consegui comprar minha atual instalação, onde fico até os dias de hoje, a Auto Elétrica e Mecânica Life localizada na Rua Salvador, 389 em Mauá – São Paulo”. Silas comentou que muitos reparadores acostumados aos sistemas antigos, quando veio o advento da eletrônica nos veículos, acabaram largando a profissão ao invés de se especializarem, dando uma brecha àqueles que realmente queriam continuar. “Tem que estudar sempre e isso é uma coisa que não deve ser considerada ruim para o reparador. Vejo como exemplo que, antigamente, os sistema de platinado e ignição eletrônica permaneceram por muitos anos, dando a falsa impressão de que o que funciona permanecerá, mas com a chegada da injeção eletrônica, os diagnósticos se

complicaram, pois muitas vezes você acredita que a causa da falha é uma e até os equipamentos de diagnóstico indicam isso, porém quando vamos estudar a fundo, a causa é totalmente diferente. Com isso, posso dizer que a reparação é para quem gosta do que faz e tem interesse em se aprimorar, já aquele que gosta da mesmice tende a desistir ou recusar serviços rentáveis”. Sobre a manutenção dos veículos da linha Citroën, Silas comentou que, dos 60 atendimentos mensais, pelo menos 15% correspondem à veículos da marca. “Em minha região tem muitos desses veículos”, acrescentou. Com isso, avaliamos em sua oficina um Citroën Xsara 2002 2.0 16V movido a gasolina e dotado de transmissão manual. O veículo estava com 139.561km rodados e estava apresentando falhas no motor de partida até o ponto de deixar de funcionar (FOTO 1). “O induzido do motor de partida entrou em curto e danificou as escovas. Provavelmente por conta da entrada de umidade, pois geralmente esta peça fica na parte inferior do motor e, por conta desta localização, quando o condutor guia por vias alagadas ou sob sequências de poças d’água profundas, o líquido acaba penetrando na carcaça pelas vedações e ocasiona danos aos rolamentos e componentes elétricos internos, dentre outros problemas”, relatou Silas.

1


www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

AvAlIAçãO dO RepARAdOR

2 Para Silas, reparar este veículo não é algo difícil, apesar do modelo possuir tecnologia mais complexa, exigindo que o reparador atue com o devido “respeito” ao veículo. “Não que nas outras marcas não seja assim também, mas nos modelos da PSA existem muitos macetes para executar um reparo em que, mesmo prestando bastante atenção, podemos causar outras falhas. Por exemplo, para desligar a bateria deste carro há um procedimento correto e, se não o seguirmos, podemos danificar componentes do sistema elétrico do carro”. Mas esse grau de complexidade também faz com que a mãode-obra de um serviço simples seja mais elevada que a média de outros veículos, mas nem sempre os proprietários compreendem isso. “O que me incomoda mais é isso, pois aprovar orçamentos neste tipo de veículo é difícil porque o cliente não compreende que um simples reparo exige diversos procedimentos e algumas horas de mão-de-obra exclusiva”, queixou-se Silas. Além deste complicador que eleva o custo do reparo, ainda há a necessidade de realizar investimentos em treinamentos específicos para veículos da marca e na aquisição de manuais de reparação. “E no momento de reverter este investimento, onde fica nossa rentabilidade? Fica bem difícil trabalhar assim”, acrescentou Silas. deFeITOS ReCORReNTeS Sobre as manutenções corriqueiras neste veículo, Silas comentou: “É bem comum aparecer

veículos com baixo desempenho, marcha lenta falhando e alto consumo de combustível (FOTO 2). Quando vamos verificar qual a causa, notamos que há muita carbonização nas válvulas de admissão. Problemas de refrigeração, vazamentos no motor (FOTOS 3 e 3A), mangueiras ressecadas são comuns também. Vejo vários casos também de válvula termostática travada, isso quando tem, pois a maioria que vejo opta por deixar o eletroventilador ligado direto, alegando que o custo da peça é muito alto”.

pois chega à oficina arrependido e com um reparo na casa dos R$ 1.800,00 que poderia ser evitado”. Silas comentou também que, nos modelos dotados de transmissão automática, os coxins possuem baixa durabilidade. Jefferson também acrescentou que a transmissão automática AL4 é uma dor de cabeça a mais para o reparador. “Além dos coxins serem frágeis, se não substituir o fluido da transmissão a cada 40.000km, os problemas serão certos, mas a cada dez que orientamos, apenas um cumpre. Infelizmente é o perfil dos clientes dessa montadora. Com isso, a incidência de reparos é muito grande e isso, de certa forma, para nós é bom, pois o orçamento não fica em menos de R$ 4.500,00”. Na suspensão (FOTO 4), os problemas não são diferentes, pois como já sabemos, os proprietários destes veículos não são adeptos da manutenção preventiva. “As intervenções que mais efetuo são nas buchas dos braços oscilantes e nos amortecedores”, disse Silas.

se elas estão cortadas e informar o cliente da necessidade da correção”, explicou.

99

próximas à válvula de expansão, no cofre do motor. O condensador é assistido por dois eletroventiladores que trabalham em conjunto. Ambos com duas velocidades e uma ligação elétrica do tipo série / paralelo com relés e não com resistores (FOTO 9).

6

6A O sistema elétrico do veículo, apesar de ainda não ser uma complexa rede can, merece todo cuidado antes de qualquer intervenção. “Não podemos sair cortando fio para colocar um alarme, por exemplo. Se o fizer sem ter o diagrama elétrico do veículo em mãos, com certeza poderá danificar a caixa de fusíveis inteligente”, relatou Silas.

9 Podem ocorrer vazamentos no flange do radiador de ar quente no cofre do motor ou até no radiador de ar quente dentro do painel, neste caso, sendo necessário remover todo o painel para substituí-lo (FOTO 10).

AR-CONdICIONAdO

3

3A Conversamos também com o reparador Jefferson Nespoli, da retífica Removel, para saber quais tipos de reparo mais costuma fazer nos motores do Xsara e ele comentou que é bem comum ter que realizar retíficas em cabeçotes devido ao empenamento de válvulas, geralmente devido a não substituição da correia dentada no prazo correto. “Manutenção preventiva, isso não passa pela cabeça do condutor! O reparador muitas vezes até avisa, mas o cliente não dá atenção e meses de-

4 O reparador e instrutor técnico do SENAI, Alessandro Laino (FOTO 5), também ratificou o que foi dito por Silas anteriormente e ainda acrescentou que costuma trocar muitas coifas do semi-eixo (FOTOS 6 e 6A). “Troco muito as buchas dos braços oscilantes e amortecedores. Outra coisa que indico é que, sempre que o cliente encostar o carro para realizar algum tipo de reparo, é bom dar uma olhada e verificar

5

O Xsara é equipado com um sistema de ar-condicionado que utiliza um compressor SANDEN modelo SD7V16 (FOTO 7), com capacidade volumétrica variável de até 160 cm³, e que utiliza cerca de 180 ml de óleo PAG 46.

10 Um dos maiores problemas de vazamentos de fluido refrigerante é no evaporador (FOTO 11) e para substituí-lo também é necessário remover todo o painel (FOTO 11A e 11B).

11 7 O Xsara até 2001 utiliza cerca de 900g de fluido refrigerante R134a e a partir de 2002 cerca de 650g. As válvulas de serviço (FOTO 8) são de fácil acesso,

8

11A

11B


www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

AvAlIAçãO dO RepARAdOR

100 O ventilador interno pode apresentar problemas no módulo de variação de velocidades, sendo um componente mais difícil de encontrar para substituição. Apesar de ter um compressor de fluxo variável, este sistema possui um sensor anticongelamento na saída do fluxo de ar do evaporador (FOTO 12).

O acesso ao filtro antipólen é por baixo do porta-luvas (FOTO 13) e sua substituição, dependendo do uso, pode ser a cada 6 meses. Há um módulo ao lado do porta-luvas que também pode apresentar problemas e não habilita a ligação do compressor (FOTO 14).

12 14 Colaborou:

13

Mario Meier Ishiguro ISHI Ar-Condicionado Automotivo - Treinamento e Serviços Tel.: (47) 3264 9677 www.ishi.com.br

peçAS e INFORMAçÕeS Com relação à aquisição de peças para o veículo, Silas comentou que não tem dificuldades em encontrá-las. A maior dificuldade, para ele, são os clientes que não entendem que, para alguns serviços, a utilização de peças genuínas são fundamentais. “Algumas peças como sensores, bombas e componentes internos de motor e câmbio precisam ser criteriosamente escolhidas para se preservar a qualidade do serviço, mas o cliente reluta por conta do preço ser mais elevado. Assim, acabamos colocando uma paralela, o que acaba pouco tempo depois apresentando defeito novamente. Aí, o cliente chega novamente com problemas e vem reclamar garantia, o que torna nosso trabalho muito difícil e muitas vezes estressante e, infelizmente, é o que mais passo com clientes destes veículos em minha região”.

Já sobre sua rotina de compra com todas essas dificuldades, segundo Silas, acaba ficando em 85% adquiridas no mercado independente e 15% em concessionárias. Quando falamos em divulgação de informações técnicas por parte das montadoras, as críticas continuaram. “Esta montadora é muito ruim no diálogo com o reparador independente. Não conseguimos informações confiáveis na internet para este modelo. Quando precisei executar serviços que não tinha um material informativo para me auxiliar, acabei muitas vezes tentando resolver ‘na raça’, o que na maioria das vezes não dá muito certo e acabo perdendo muito tempo. Outra forma, muito mais eficaz é buscar essa informação no fórum do jornal Oficina Brasil, que considero uma ferramenta boa de trocas de dicas que auxiliam a todos, porém me conscientizei da necessidade de treinamentos

CONHEÇA O A X MEC

SISTEMA DE ORÇAMENTAÇÃO ELETRÔNICA PARA SUA OFICINA MECÂNICA!

ECONOMIA DE ATÉ 20% REDUÇÃO DOS GASTOS COM TELEFONE, ERROS NOS PEDIDOS DE PEÇAS E TEMPO DE MÃO-DE-OBRA

PRODUTIVIDADE GANHOS DE ATÉ 33% REDUÇÃO DO TEMPO DO VEÍCULO NA OFICINA

AUMENTE SEU FATURAMENTO MELHORIA DA SATISFAÇÃO DO CLIENTE E CRESCIMENTO DA TAXA DE CONTRATAÇÃO DE ORÇAMENTO oe licativ r o p x e o na íde a ao v o revolucio t s i s s A m bra co cio! r descu seu negó com.b

asil. r b a r e .sol www

APROVEITE PROVEITE ESTA OPORTUNIDADE! Entre em contato: (11) 2122-8586 ou e-mail: comercial@audatex.com.br

constantes para não ficar para trás”, disse Silas. Ao contrário do que estamos acostumados a ler nessas matérias, no caso de Silas, recorrer às informações técnicas nas concessionárias não é uma boa opção. “Depender da boa vontade dos funcionários de concessionárias é muito arriscado, pois na maioria dos casos, os que lá trabalham não sabem o que estão fazendo e têm má vontade em ajudar”.

Coxins são itens que possuem baixa vida útil nos Xsara dessa época. Reparador recomenda ainda que não sejam utilizadas peças do mercado paralelo nestes

AX Mec


www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

DICA TÉCNICA

101

#JUNTOSRESOLVEMOS

O

Fórum do Jornal Oficina Brasil se consagra entre os reparadores como o maior sistema de troca de informações entre profissionais do país! São mais de 100 mil profissionais cadastrados debatendo, dando dicas e sugestões para resolver os problemas mais complicados. Participe você também! Para tanto, basta cadastrar-se em nosso site (oficinabrasil.com.br). Um dia você ajuda um colega e no outro é ajudado! Confira abaixo os casos que mais se destacaram neste mês.

O reparador Marisson Henrique Maia compartilhou em nosso fórum uma falha para a qual encontrou a solução

O reparador Misael Aquino Fumaco conseguir resolver o problema no veículo com a ajuda de outros profissionais do Fórum

Divulgação

VW Gol apresentava defeito de difícil detecção Divulgação

Ford Fusion estava com falha no funcionamento do eletroventilador

Veículo: Ford Fusion 2.3 16V Veículo: VW Gol GIII 2000 1.0 16V

Diagnóstico: A principal reclamação do cliente era que, ao dar partida no motor pelas manhãs, o carro depois de certo tempo acendia a luz de injeção. Em minha oficina, testei o veículo durante o dia, mas não ocorria o defeito que o cliente reclamava. Deixei-o então para o dia seguinte para testá-lo de manhã e, quando o fiz, o defeito relatado

se confirmava. Verifiquei ainda que aos 22°C o eletroventilador era acionado e, quando o motor chegava aos 45°C, a luz de avaria acendia. Quando desliguei o carro e o religuei pouco tempo depois, o defeito não acontecia mais. Entrei em contato com o cliente para perguntar se isso também ocorria

com ele, e isso foi confirmado. Solução: Ao colocar o scanner para detectar a causa da falha, este apontou defeito no sensor de temperatura do cabeçote. Ao removê-lo, verifiquei que ele estava quebrado. Substituindo-o o defeito acabou.

Defeito: ao dar partida com o motor em temperatura normal de funcionamento, a rotação caía até desligar. Isso só não acontecia se ficássemos acelerando o motor até a rotação estabilizar Diagnóstico: revisei o sincronismo, avanço da ignição, o sensor de temperatura e a sonda lambda, mas tudo estava tudo

ok. Conferi no scanner se havia alguma falha registrada, mas não existia nenhuma presente e nenhuma passada. Solução: graças a uma dica recebida no Fórum, testei o corpo de borboleta e detectei que este estava em curto. Substituindo a peça, o problema foi resolvido.

O reparador Miros publicou em nosso Fórum sobre esse defeito e, com a ajuda de outros profissionais, encontrou a solução para a falha Veículo: GM Zafira 2.0 8V Flex 2008 Defeito: Quando abastecido com gasolina, motor falha Diagnóstico: O cliente trouxe o veículo com o motor falhando reclamando que, toda vez que põe gasolina, este problema ocorre. Substitui as velas, cabos e fiz limpeza dos bicos injetores e melhorou bastante. Deixei a gasolina esgotar no tanque e fiz um novo teste com o carro monitorando-o pelo scanner, porém depois de pouco tempo que

o veículo ficou na marcha lenta, ele começou a falhar novamente e a leitura da sonda começou a apontar que o veículo estava com o tanque com etanol, apenas. Substituí a sonda lambda e fiz o reset dos parâmetros e o veículo voltou ao normal. No entanto, uma semana depois o cliente voltou reclamando o mesmo problema. Solução: Após uma dica recebida no fórum, conferi as condições da

Divulgação

Peugeot Hoggar GM Zafira Flex falhava quando abastecida acelerava sozinho com gasolina O reparador Tiago Lazzarotto estava com este problema em sua oficina, mas conseguiu solucioná-lo com a colaboração de outros parceiros de profissão do Fórum

Divulgação

Defeito: eletroventilador acionava em baixa temperatura e luz de avaria acionava no painel

Veículo: Peugeot Hoggar 2011 Defeito: motor acelerava durante as trocas de marcha

bateria e ela estava avariada. O que ocorria é que ela estava descarregando muito rapidamente e ficando com voltagem apenas suficiente para a partida e acabava desprogramando a UCE. Ao substituí-la o defeito foi solucionado.

Diagnóstico: O cliente trouxe o veículo para minha oficina reclamando que, ao trocar de marcha, a rotação demorava muito para baixar e, em algumas oportunidades, acelerava ainda mais. Dessa forma, iniciei o diagnóstico pelo acelerador eletrônico, verificando sua abertura e fechamento, mas estava ok. Realizei também uma readaptação do corpo de borboleta eletrônico e

limpeza do mesmo, mas o problema continuava. Solução: através de uma dica recebida no fórum, conferi um sensor que fica localizado no pedal de embreagem e detectei que este estava muito afastado de sua posição de origem. Em veículos com acelerador eletrônico, esse sensor ajuda no monitoramento da aceleração. Ao reposicioná-lo, o defeito deixou de ocorrer.


www.oficinabrasil.com.br Setembro 2014

DIRETO DO FÓRUM

102

Motor do Toyota Corolla não acelerava

Divulgação

Divulgação

Motor da BMW X5 pega e logo em seguida desliga O reparador Gabriel Albani esteve com problemas neste importado alemão e conseguiu ajuda em nosso fórum Veículo: BMW X5 2002 V8 Defeito: Motor apresentava dificuldade de partida e funcionamento irregular

O reparador Fabio Junior teve dificuldades para solucionar este caso, mas após a ajuda de outros reparadores do fórum, encontrou a solução Veículo: Toyota Corolla 2009 Defeito: não acelerava Diagnóstico: Chegou na minha oficina um Corolla 1.8 flex 2009, com o seguinte defeito: ele não respondia aceleração. Ao verificar o sistema com scanner, este apontava falha no corpo de borboleta. Fiz os testes de continuidade, de resistência do corpo e de alimentação,

mas estava tudo esta ok. Os sinais de retorno do corpo para o módulo também. Quando ligava o carro, o motor ficava em 1500rpm e acendia a luz de injeção. Solução: Após uma dica certeira que recebi no Fórum, fui informado de que havia uma caixa de fusíveis exclusiva para o TBI. Ao abri-la, notei que havia alguns fusíveis não originais que não se ajustavam bem a seu conector. Após substituí-los por outros indicados pela montadora, dei partida no motor e refiz os testes. Dessa maneira, me certifiquei que o defeito havia sido solucionado.

Diagnóstico: O cliente trouxe o veículo (no guincho) à minha oficina reclamando que, após desligá-lo na noite anterior, o motor não quis mais pegar. Iniciei o diagnóstico para a causa da falha e, a primeira coisa que encontramos foi a bateria fraca, provavelmente devido à insistência do proprietário em tentar dar partida no motor. Na insistência de tentar fazer o motor funcionar na oficina, a bateria chegou a descarregar por completo, porém notei que, ao contrário do que o cliente havia me informado, o motor chegava a pegar, porém por poucos instantes, fato esse que me certificou que o problema principal não era a bateria fraca. Deixei então a bateria na carga lenta durante a noite e,

no dia seguinte, tentei funcionar o motor, mas ele continuava do mesmo jeito e no painel surgiu a mensagem ENGINE FAILSAFE PROG. Solução: como meu scanner não conseguiu a leitura do sistema de injeção do automóvel, decidi dar uma olhada geral para ver se achava algo, foi aí que descobri que o chicote da sonda lambda estava encostando no escapamento e, com certeza, a luz de injeção acendeu no painel, mas

o cliente não deu a devida atenção e rodou até que o escapamento derretesse o chicote e causasse um curto circuito, queimando a ECU. O defeito só foi solucionado quando refizemos o chicote e substituímos a central eletrônica, gerando um custo muito elevado de reparo.

O reparador Alan conseguiu solucionar o problema de um veículo com a ajuda de outros colaboradores do Fórum Veículo: Fiat Tipo 1.6 1995 Defeito: O motor falhava quando est ava em rot ações altas Diagnóstico: Com a falha que o cliente relatou, conectei o scanner ao sistema para buscar possíveis códigos de falhas e

este apontou avaria na sonda lambda. Testei a mesma, mas esta estava com funcionamento normal. Apaguei a memória de falha do sistema, porém quando ligava o motor, o defeito voltava a ocorrer. Conferi então as condições da fiação do circuito e este também estava em bom estado. Troquei também o filtro de combustível e testei a bomba, me certificando de que ela estava em boas condições, mas com todos esses procedimentos, o defeito continuava.

Fotos: Divulgação

Fiat Tipo apresentava falhas quando estava em altas acelerações

Solução: através da orientação de outros reparadores do fórum, conferi o funcionamento do sensor TPS e constatei que ele estava danificado. Ao substituí-lo, o defeito foi resolvido.

Participe! Estas matérias, extraídas de nosso fórum, são fruto da participação dos reparadores que fazem parte da grande família chamada Oficina Brasil. Acesse você também o nosso Fórum e compartilhe suas experiências com essa comunidade. Lembre-se, o seu conhecimento poderá ajudar milhares de reparadores em todo o Brasil e seu nome será publicado nesta seção. Saiba mais em www.oficinabrasil.com.br



Com Bosch você se garante.

Vanessa Martins Mecânica Torigoi São Paulo – SP

Quem tem um bom parceiro é assim: sempre tem uma história para contar. A Vanessa Martins é especialista em sistemas elétricos, possui uma oficina mecânica sustentável e trabalha com a Bosch há mais de 15 anos. Ela sabe que a Bosch se preocupa com a sustentabilidade e que garante qualidade e variedade de produtos, tecnologia de ponta, treinamentos e tudo o que ela precisa para sempre entregar o melhor serviço ao seu cliente. Acesse www.minhavidacombosch.com. br e descubra como ela e muitos outros profissionais se garantem com a Bosch.

www.minhavidacombosch.com.br

Faça revisões em seu veículo regularmente.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.