JornalOficinaBrasilOficial
Forum Oficina Brasil
TV Oficina Brasil Editorial
ANO XXIV NÚMERO 281 JULHO 2014
Em Breve na sua Oficina
Nova Duelo de Forças seção
Nissan renova o visual do Sentra e preserva mecânica já conhecida. Reparador consultado gosta do veículo, mas reclama do pouco acesso às peças e informações técnicas. Pág. 48
Qual é o melhor motor: Fiat Fire ou Volkswagen EA111? Veja o que reparadores especializados disseram sobre o tema nesta nova editoria. Pág. 38
Avaliação do Reparador
Reparador Diesel
Oficina é um bom Negócio
Classe A é o Mercedes que mais frequenta a oficina independente.Veja todos os detalhes de sua manutenção na página 97
MB 180D apresenta defeitos recorrentes na correia de comando e na suspensão dianteira. Confira essas e mais dicas na página 66
Irmãos têm ótima ideia para alavancar resultados positivos na reparação. Descubra este segredo na página 58
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EXPEDIENTE / EDITORIAL
DIRETOR GERAL Cassio Hervé GERAÇÃO DE CONTEÚDO Jornalistas: Fernando Naccari (MTB0073980/SP) Marcelo L. D. S. Gabriel (MTB 36065/ SP) Margarida Putti (MTB 32392/RJ) Consultores Técnicos: Paulo Handa e Paulo Munhoz COMERCIAL: ÁREA CORPORATE (NACIONAL) Gerente de Atendimento: Ernesto de Souza Executivo de Contas: Carlos Souza Executiva de Contas: Greta Serrat Gonçalves ÁREA VAREJO (NACIONAL) Gerente de Contas: Aliandra Artioli Consultoras de Vendas Jr: Camila Pareja, Iara Rocha e Paula Oliveira FINANCEIRO Gerente: Junio do Nascimento Coordenadora: Mariana Tarrega Assistente: Rodrigo Castro GESTÃO DE PESSOAS Analista: Vivian C. Pereira QUALIFICAÇÃO DE ASSINANTES (DATABASE) Gerente: Alexandre P. Abade CENTRAL DE ATENDIMENTO AO LEITOR Karila Tremontino e Euda Grasiane da Silva Souza PRODUÇÃO GRÁFICA: J1 Agência Digital PRÉ-IMPRESSÃO E IMPRESSÃO: D´ARTHY Editora e Gráfica Ltda.
:: Fale conosco PARA ANUNCIAR anuncie@oficinabrasil.com.br REDAÇÃO redacao@oficinabrasil.com.br INTERNET site@oficinabrasil.com.br RH rh@oficinabrasil.com.br GUIA DE OFICINAS BRASIL guia@oficinabrasil.com.br CINAU cinau@cinau.com.br ATENDIMENTO AO LEITOR leitor@oficinabrasil.com.br De 2ª a 6ª, das 8h30 às 18h Tel.: (11) 2764-2880 CARTAS Rua Joaquim Floriano, 733 - 4º andar Itaim Bibi - São Paulo/SP CEP: 04534-012 Fax: (11) 2764-2850
:: Editorial
Estamos no ano do aftermarket! Ou serão os anos do aftermarket? Chegamos à metade do ano e o cenário econômico nacional e o ânimo dos empresários não poderiam estar piores. No mesmo sentido negativo, a previsão de crescimento do PIB aponta para algo tem torno de insignificantes 1%, com viés de queda. Vozes mais pessimistas acenam com a possibilidade de recessão. Em relação à indústria automotiva, a ANFAVEA estima que a queda da venda de carros novos pode chegar a 10% este ano em relação a 2013. Um tombo significativo, e o que é pior, sem uma perspectiva clara do que acontecerá daqui para frente. Os recursos aplicados pelo Governo Federal que funcionaram em outras crises (principalmente crédito ao consumidor e isenções tributárias para a indústria) já alcançaram o limite da eficácia. Este quadro cinza nos faz supor que o mesmo se estende à toda a indústria automotiva. Mas isso não é verdade, pois quando colocamos os holofotes no “subproduto” da indústria automotiva, ou seja o aftermarket, o cenário é muito diferente. As oficinas estão cheias de serviços, colocando em dia os carros, cujos milhares de donos desistiram de comprar um novo. Prova disso são os dados do IGD (Indicador de Geração de Demanda), desenvolvido pela CINAU (Central de Inteligência Automotiva) que desde o ano 2009 mede a quantidade de serviços nas oficinas (mecânica de linha leve e comercial leve). Segundo IGD a alta de serviços na região Sudeste nos seis primeiros meses do ano de 2014 bate a casa dos 4%. Porém, a perspectiva para o segundo semestre é muito melhor o que deve alavancar o crescimento anual para o dobro disso! Porém o número poderia ser muito melhor, não fossem alguns
Jornal Oficina Brasil é uma publicação do Grupo Oficina Brasil. Trata-se de uma mídia impressa baseada em um projeto de marketing direto para comunicação dirigida ao segmento profissional de reparação de veículos. Circulando no mercado brasileiro há 21 anos, é considerado pelo Mídia Dados como o maior veículo segmentado do país. Esclarecemos e informamos aos nossos leitores, e a quem possa interessar, que todos os conteúdos escritos por colaboradores publicados em nosso jornal são de inteira e total responsabilidade dos autores que os assinam. O jornal Oficina Brasil verifica preventivamente e veta a publicação do material que recebe, somente no que diz respeito à adequação e ao propósito a que se destina, e quanto a questionamentos e ataques pessoais, sobre a moralidade e aos bons costumes. As opiniões publicadas em matérias ou artigos assinados não apresentam a opinião do jornal, podendo até ser contrária a ela. Nós apoiamos: Filiado a:
fatores como a suspensão do programa de inspeção veicular na cidade de São Paulo e os feriados da Copa da FIFA (estou escrevendo este editorial na manhã do dia do jogo Brasil x Alemanha, enquanto os times estiverem em campo, o jornal estará na gráfica...), que influíram negativamente na quantidade de serviços nas oficinas. O “efeito Copa” termina agora, porém a suspensão da inspeção veicular ainda vai repercutir negativamente ao longo de 2014, pois provocou um “efeito pendular”, ou seja, assim como elevou os serviços (quando de sua implantação) muito acima da média, agora com sua suspensão empurra o número de passagens para baixo. Trata-se de uma questão cultural, pois o dono do carro não chegou a perceber os efeitos positivos da inspeção (manutenção preventiva) e encarava a inspeção como “mais um imposto” e agora que não mais é forçado pela Lei, prefere voltar à rotina da manutenção corretiva (espera quebrar para arrumar). Por tudo isso a cadeia de reposição de autopeças e fornecedora das oficinas tem motivos para comemorar e colher resultados positivos em 2014, e se o cenário não mudar nos próximos três anos, a colheita tende a continuar crescendo, pois nunca a frota “reparável” foi tão grande e o estoque de serviços só tende a crescer com o aumento relativo da idade média da frota. Neste cenário, se o Governo Federal não reencontrar o caminho do crescimento nos próximos anos e o Brasil continuar marcando passo na economia e no crescimento do PIB, o que será ruim para muitas indústrias poderá representar os anos dourados do aftermarket. Ilustração: Ronald Teixeira Martins
:: Expediente
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Cassio Hervé Diretor
DADOS DESTA EDIÇÃO • Tiragem: 62 mil exemplares • Distribuição nos Correios: 57.773 (até o fechamento desta edição) • Percentual de circulação auditada (IVC): 96,2%
Este impresso é resultado da parceria entre Oficina Brasil do Grupo Germinal e D´ARTHY Gráfica, empresas comprometidas com o meio-ambiente e com a sustentabilidade do planeta. O selo FSC é garantia de que o papel utilizado nesta obra provém de manejo florestal responsável.
COMPROMISSO COM O ANUNCIANTE O Oficina Brasil oferece garantias exclusivas para a total segurança dos investimentos dos anunciantes. Confira abaixo nossos diferencias: 1º. Auditoria permanente do IVC (Instituto Verificador de Circulação) garante que o produto está chegando às mãos do assinante; 2º. Registro no Mídia Dados 2013 como o maior veículo do segmento do País; 3º. Publicação de Balanço Anual (edição de fevereiro 2013 e disponível em nosso site) contendo uma informação essencial para a garantia do anunciante e não revelada pela maioria dos veículos, como o custo de distribuição (Correio); 4º. No Balanço Anual é possível conferir as mutações do database de assinantes comprovando permanente atualização dos dados de nossos leitores; 5º. Oferecemos mecanismos de marketing direto e interativo, que permitem mensuração de retorno por meio de anúncios cuponados e cartas resposta; 6º. Certificado de Garantia do Anunciante, que assegura o cancelamento de uma programação de anúncios, a qualquer tempo e sem multa, caso o retorno do trabalho fique aquém das expectativas do investidor; 7º. Anúncios do tipo Call to Action (varejo), em que é possível mensurar de forma imediata o retorno da ação. Para anunciar ou obter mais informações sobre nossas ações de marketing direto fale com o nosso departamento comercial pelo telefone (11) 2764-2852 ou pelo e-mail anuncie@oficinabrasil.com.br
Oficina Brasil
avaliaçãO dO reparadOr mercedes-benz classe a
:: técnicas
do fundo do baú: gurgel br800 foi um icônico brasileiro
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O prOblema nem sempre está nO bicO injetOr Paulo José de Souza
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Fusíveis térmicOs nas bObinas dOs cOmpressOres Mario Meier Ishiguro
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sistema de transmissãO semiautOmática - amt Humberto Manavella
Divulgação
:: carrOs 97
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índice
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:: cOlunas 48
em breve na sua OFicina Novo Nissan Sentra
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cOnsultOr Ob Transmissão automática Cherokee
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diretO dO Fórum Relatos de reparadores no site
:: repOrtagens 34
entrevista Rodrigo Carneiro da Rede Pit Stop
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lançamentOs Nissan New March e Audi RS Q3
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reparadOr diesel MB 180D
Modelo nacional marcou uma época em que veículos produzidos por empresas no país eram motivo de orgulho para todos. Mecânica conhecida ajudava
:: cartas
diagramas elétricOs dO sistema de injeçãO dO mercedes classe a Válter Ravagnani
:: números cal (Central de Atendimento ao Leitor)
informação técnica
excelente jornal
“O Jornal Oficina Brasil é uma de nossas únicas fontes para conseguir informação técnica sobre veículos no Brasil. Obrigado vocês por estarem presentes em nosso dia a dia. Sobre consumo, comprei meu elevador EMASTER devido ao anúncio do Jornal e outros equipamentos que possuímos aqui. Obrigado e boa sorte!”
“Gostaria de parabenizar a toda equipe pelo excelente jornal, pois é uma grande ferramenta de comunicação para nós reparadores. Não foi só uma vez que fui salvo pelas dicas técnicas de vocês, que realmente entendem do que fazem. Parabéns”.
valmor josé Fofano - mecânica avelino curitiba – pr
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ander bosco centro automotivo dois pneus alvinópolis – mg
:: errata Prezado leitor, Na edição de junho de 2014, na editoria Caderno Diesel, referente ao veículo L200 Triton Savana, inserimos uma informação incorreta. O motor desse veículo, o 4M41 3.2 Diesel Common Rail, não possui correia dentada como informado na matéria. A distribuição do motor é feita por uma corrente. Esse motor é diferente do motor 4D56 2.5 que equipa a L200. Pedimos desculpas pelo erro descrito, e agradecemos a compreensão dos nossos leitores. Envie dúvidas, críticas, elogios ou sugestões para leitor@oficinabrasil.com.br
cOntatO Cartas.....................................................................36 E-mails............................................................375 Telefonemas...........................................77 Fax...................................................................0 Site..............................................................574 total...........................................................1.062
sOlicitações Assinaturas....................................................165 Alterações de cadastro..........................471 Outras.................................................429 total..................................................1.065 Dados referentes ao período de 1/6 à 30/6/2014
:: Orientações sobre assinaturas para receber o Oficina brasil Nosso jornal é distribuido gratuitamente somente para profissionais que atuam em oficinas independentes de reparação automotiva.. Reparador, para fazer sua assinatura proceda da seguinte forma: 1. Antes de qualquer ação tenha o número de seu CPF em mãos; 2. Acesse o site www.oficinabrasil.com.br; 3. Clique no espaço “Assine o Jornal” no topo da página; 4. Acesse a área “Cadastro para Assinatura” digitando o numero de seu CPF e clicando no local indicado; 5. Preencha TODOS os campos, caso contrário sua solicitação não será atendida; 6. Você pode contar com o sistema “Expresso” de assinatura que garante o recebimento mais rápido da primeira edição; 7. Para usar este benefício nosso sistema dispõe de uma ferramenta (Google Maps) onde ao digitar o CEP e endereço de sua oficina (o jornal só é entregue no endereço comercial), automaticamente vai aparecer a imagem de sua rua. Caso você consiga localizar a fachada de sua oficina e só clicar que o registro será enviado para nosso sistema garantindo que você vai receber mais rápido seu jornal; 8. Caso o sistema não consiga localizar sua oficina no sistema, o processo de aprovação pode levar até 45 dias; alteração de cadastro Caso você tenha mudado de endereço e para garantir o recebimento de seu exemplar, acesse o site e no mesmo sistema como descrito acima e você dispõe do serviço “Alteração de Cadastro”. É só clicar com o número de seu CPF e sua ficha vai aparecer para que você promova as alterações necessárias. para mais informações: Central de Atendimento ao Leitor, de segunda a sexta, no horário das 8h30 às 17h30 no telefone (11) 27642880 ou (11) 2764 2881. Também está a sua disposição o e-mail leitor@oficinabrasil.com.br . Endereço para correspondência: Rua Joaquim Floriano, 733, 4º. Andar, Itaim Bibi, São Paulo – SP, CEP:04534-012.
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Encontro do Fórum na AUTOMEC 2015 O maior Fórum técnico automotivo do Brasil sai da esfera digital e vai promover o encontro de seus usuários, afinal ainda que a interação destes qualificados profissionais se dê no âmbito virtual, nada como uma reunião “presencial” para que se conheçam pessoalmente e consolidem o sentimento de união e solidariedade que hoje experimentam de forma remota Redação
O
Os principais casos podem ser acompanhados a cada edição do jornal na editoria “DIRETO DO FÓRUM”
usuários o que eles consideram como melhor formato, pois além do evidente interesse em conteúdos técnicos podemos também programar atividades que marquem este primeiro encontro de forma única”, esclarece Fernando Naccari. Para comemorar a data, será lançada, oficialmente no evento, a camisa do Fórum que traz os dizeres #JUNTOSRESOLVEMOS e que tão bem ilustra a missão do Fórum do Jornal Oficina Brasil, que é – pela ação solidária de milhares de profissionais – solucionar os problemas mais difíceis de resolver. Hoje, o Fórum do Jornal Ofi-
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cina Brasil registra em média, de mais de 150 interações por dia e já conta com 100 mil seguidores! Já o acervo de informação reunida compõe um verdadeiro passo a passo para resolver problemas (troubleshooting) de centenas de modelos de diferentes montadoras, e é por isso que o Fórum do Jornal Oficina Brasil é comparado à enciclopédia livre “Wikipedia”, tão famosa e utilizada na rede social. Também os principais casos podem ser acompanhados a cada edição do jornal na editoria “DIRETO DO FÓRUM”, em que são relatados os defeitos (sempre algo de difícil solução) e o passo a passo até que o problema seja debelado
e sempre com muito “suor” dos participantes. “É justamente este espírito de cooperação e solidariedade, que é tão presente entre os usuários do Fórum, que queremos estamos querendo exaltar neste encontro pessoal e de Camiseta que será usada no dia do evento confraternização, afinal mecânica automotiva é cada vez mais desafiante e só seguiremos superar dificuldades”, mesmo pela cooperação é que con- completa Fernando Naccari.
Imagem ilustrativa
s usuários do Fórum do site do Jornal Oficina Brasil terão a chance de se conhecer pessoalmente durante a AUTOMEC 2015 que acontecerá no Anhembi na capital paulista, entre os dias 14 e 18 de abril de 2015. “Estamos programando a realização de um encontro entre os usuários mais assíduos do Fórum durante a AUTOMEC. Este evento atrai muitos reparadores e queremos que estes profissionais que se ‘conhecem’ tão bem no mundo virtual e se ajudam nas informações trocadas no Fórum se encontrem pessoalmente, o que vai ser uma oportunidade única para todos e, porque não, uma chance de ampliar nossa rede de troca de informações técnicas” explica Fernando Naccari, responsável pela área de conteúdo técnico do Jornal Oficina Brasil e moderador do Fórum. Segundo os organizadores do evento, a ideia principal é que estes profissionais que criaram a maior comunidade profissional de reparadores automotivos possam se conhecer pessoalmente, porém o encontro poderá ir além da confraternização. “Como o evento só acontecerá em abril de 2015, ainda estamos ‘desenhando’ o encontro e pretendemos ouvir dos próprios
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em foco
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em foco
mTe-Thomson participa de conferência Internacional na Alemanha
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MTE-Thomson esteve presente na “Conferência Inter nacional: Se n sore s pa r a C ont role de Emissões”, que aconteceu na cidade de Frankfurt, na Alemanha. A fabricante de autopeças informa que durante o evento foi realizada uma palestra sobre o Sensor de Oxigênio (Lambda) no controle de emissões em veículos com Etanol (Flex). A apresentação foi feita pelo gerente de Exportação da MTEThomson, Walter Ay. De acordo com as informa-
ções divulgadas pela empresa, a conferência buscou o entendimento das novas normas, mais rígidas, sobre as emissões de poluentes dos veículos automotores e suas consequências na tecnologia aplicada. Ao decorrer das palestras, com duração de dois dias, houve debates e fóruns com a presença de representantes de diversos países. A lém d a M T E -T hom son representando o Brasil, como único fabricante do produto, vários especialistas dos EUA, Finlândia, França, Suíça e Alemanha estiveram apresentando
suas tecnologias em Sensores para controle das emissões, tais como: Sensores de Nox, Sensor de f luxo e temperatura do escapamento entre outros. Segundo o gerente de Mar ket i ng d a M T E -T hom son , Alfredo Bastos Jr, a participação da empresa no evento é a comprovação de que os produtos possuem reconhecimento internacional de qualidade. “Nos sentimos honrados como única empresa brasileira convidada para participar de uma Conferência Internacional dessa grandiosidade”, comenta.
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Fabricante de autopeças será a única representante do Brasil no evento. Debates e palestras seão realizados sobre sensores de oxigênio para controle das emissões de gases poluentes no meio ambiente
Sensor lambda Planar da MTE-Thomson
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em foco
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tRW é pioneira na produção de direção eletricamente assistida na américa do Sul
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TRW Automotive, com matriz em Limeira (SP), é a única fabricante a produzir no Brasil os sistemas avançados de direção eletricamente assistida (EPS - de Electrically Powered Steering). Segundo o vice-presidente executivo de Vendas e Desenvolvimento de Negócios da TRW, Peter Lake, a produção local assegura evidentes vantagens de custo, uma vez que todos os outros grandes fabricantes do setor ainda importam sistemas elétricos de direção. “Com o lançamento da direção eletricamente assistida para
os modelos Ecosport e Fiesta, da Ford, a TRW proporciona importantes benefícios econômicos e ambientais para os fabricantes de automóveis da América do Sul”, ressalta Lake. Outra vantagem do sistema é o fato de que suas características atendem as crescentes exigências legais adotadas por governos da América do Sul, para a diminuição das emissões de gases de efeito estufa. A TRW informa ainda que oferece duas soluções do programa, aplicáveis a todo o leque de plataformas de veículos. Ambas só consomem mais energia quan-
do a assistência se torna necessária. A primeira é um mecanismo de eixo sem fim e coroa dentada montada na coluna de direção, e a segunda é um sistema acionado por correia de transmissão e um mecanismo de porca e bola, quando a assistência da força é aplicada diretamente à caixa de direção. meio ambiente A tecnologia pode oferecer uma economia de combustível de 0,3 a 0,4 litro a cada 100 quilômetros, com uma redução correspondente na emissão de dióxido de
carbono entre 7 e 8 gramas por quilômetro aproximadamente (com base em testes em motor a gasolina de 1,6 litro). De acordo com o presidente da TRW Automotive para América do Sul, Moisés Bucci, o lançamento da direção eletricamente assistida dá continuidade aos esforços da empresa para trazer todos os produtos altamente sofisticados ao Brasil e aos demais países sulamericanos. “Como parte da ação de fabricar a EPS aqui, continuamos a construir uma base de suprimentos eficiente e bem desenvolvida para melhorar
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Sistema oferece diversas vantagens econômicas e ambientais, como redução do consumo de combustíveis e baixas emissões de gases do efeito estufa
Sistema de direção da TRW Automotive
o custo, o que é essencial em termos de competitividade e serviço ao cliente”, ressalta Bucci.
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em foco
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íder global em adesivos, selantes e tratamento de superf ícies, a Henkel anuncia uma novidade em seu portfólio: o Trava Roscas Líquido Loctite®, ideal para utilização em carros ou em lugares que exigem uma selagem mais efetiva entre porca e parafuso ou furo-cego e parafuso. Desenvolvido pela distribuidora alemã, o adesivo líquido de mono-componente preenche completamente as folgas entre as roscas. A empresa informa que, ao entrar em contato com o metal e na ausência de ar, o produto cura e se transforma num plástico termoestático, resistente e sólido. O adesivo pode ser aplicado manualmente ou com auxílio de equipamentos de aplicação/
Adesivo líquido Loctite® da Henkel
dosagem especiais. Com roscas de furo cego, o adesivo deve ser aplicado no fundo do furo. “ É importante que o comprimento total da rosca esteja em contato com o produto e que não haja restrições à cura do adesivo, como, por exemplo, contaminação por óleos ou sistemas de limpeza que evitam completamente a cura deste material”, ressalta o Gerente de Negócios da Henkel para a América Latina, Sérgio Redondo.
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Renault informa que sete veículos elétricos - três unidades do Zoe, três do Kangoo Z.E. e um do Twizy – passaram a circular nas ruas e avenidas do Distrito Federal, no projeto “Brasília Ecomóvel”, um programa de mobilidade urbana baseado na utilização de veículos 100% elétricos. Segundo a empresa, essa é uma iniciativa da Companhia Energética de Brasília (CEB) e Itaipu Binacional, com apoio do Governo do Distrito Federal e parcerias com a Aliança RenaultNissan, Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT) e o Centro para a Excelência e Inovação na Indústria Automóvel (CEiiA), de Portugal. O projeto tem por objetivo ser o marco inicial e motivador da
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Henkel torna selagem de Carros elétricos Renault integram projeto parafusos mais segura de mobilidade urbana de Brasília
Renault / Brasília Ecomóvel
expansão da mobilidade elétrica inteligente no Distrito Federal e foi lançado no Parque da Cidade, que terá um veículo Twizy utilizado no monitoramento de toda a sua área de extensão. Para o vice-presidente da Renault do Brasil, Alain Tissie, Brasília é
reconhecida internacionalmente por seu planejamento urbano, baseado em conceitos de modernidade e qualidade de vida. “O projeto está em total sintonia com os valores da Renault na busca da mobilidade urbana inteligente e sustentável”, destacou Tissie.
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EM FOCO
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a categoria Reconhecimento e Desempenho (Recognition of Achievement) do Prêmio World Excellence Awards da Ford, a Dayco Brasil foi uma das três empresas brasileiras vencedoras. Em sua 16ª edição, a premiação é destinada aos fornecedores que aumentaram a satisfação dos clientes com contribuições importantes em áreas como novas tecnologias focadas no consumidor, durabilidade e confiabilidade, responsabilidade corporativa, desenvolvimento da diversidade em seu ambiente e serviços comunitários. O CEO da Dayco nos EUA, Jim Orchard, foi quem recebeu o prêmio. Segundo o diretor de Vendas e Gerente Geral OE América do Sul, Eduardo Buchaim, a con-
Prêmio World Excellence Awards Ford
quista do prêmio é um grande orgulho para todos da empresa. “A premiação é fruto do excelente suporte prestado nos últimos anos localmente à Ford em todas as áreas, bem como à impecável performance de qualidade, pon-
tualidade e competitividade de nosso fornecimento”. O diretor de Operações da Ford, Mark Fields, parabenizou todos os parceiros que demonstram compromisso com a empresa. “Nossos fornecedores são fundamentais para o sucesso do Plano One Ford, incluindo o compromisso de acelerar o ritmo de progresso e entregar, ainda mais, grandes produtos e inovações que irão definir o crescimento da nossa empresa daqui para frente”, disse Fields. A homenagem da Ford aos seus fornecedores foi realizada na sede mundial da empresa em Dearborn, nos EUA. Entre os 51 premiados este ano estão três empresas do Brasil: IochpeMaxion-Hayes Lemmerz, ToroVibrac System e Dayco Power Transmission.
enos de um ano após seu la nçamento, a plataforma global de serviços conectados NissanConnect™ foi escolhida como a “Melhor Novidade da Indústria de Telemática 2013/2014”, no Detroit Telematics, maior fórum do mundo dedicado ao futuro da mobilidade conectada nos automóveis. Segundo a Nissan, a tecnologia foi a melhor entre outras oito novidades em votação em tempo real com os mais de dois mil participantes do evento. O Diretor de Serviços Conectados para Veículos da Nissan América do Norte, Dan Teeter, ressalta que o sistema é ideal para que o motorista permaneça conectado, pois dispõe de recursos como o Bluetooth®, sistema auxiliar para textos hands free,
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NissanConnect™ é a novidade dos EUA
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Dayco Brasil ganha o prêmio World Excellence Awards da Ford
Plataforma global da Nissan de informação e entretenimento
reconhecimento de voz e uma lista crescente de aplicativos para reproduzir música e acesso a mídias sociais. O NissanConnect™ é um sistema de informação e entretenimento inovador, diponível nos Estados Unidos, nas linhas de modelos como Altima, Rogue, Sentra, NV200, Versa e Note. No Brasil, a tecnologia foi introduzida em maio com o lançamento do Nissan New March produzido na fábrica de Resende (RJ).
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Autopeças começam a ser comercializadas com o Selo do Inmetro a partir de julho Certificação compulsória, de acordo com as portarias nº 301/2011 e nº 299/2012, traz isenções em algumas situações específicas. Programas de acreditação da conformidade de autopeças garantem desenvolvimento para o mercado de reposição
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partir de julho deste ano a certificação compulsória de autopeças da portaria nº 301/2011 e nº 299/2012, determina que a comercialização dos itens no mercado da reposição automotiva deve ser feita somente com o Selo do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial). De acordo com a resolução 301/211, a exigência do selo passou a vigorar para os amortecedores, buzina, lâmpadas e itens de motor (bronzina, pistões, pinos e travas, anéis de pistão). Já a portaria nº 299/2012, referente à bateria de chumbo de ácido, de-
cumprida para certificar as autopeças no período de 36 meses. Fabricantes, montadoras e importadores tiveram de adequar processos para homologar os produtos para o mercado de reposição. “Até chegar à comercialização obrigatória, que passa a vigorar a Baterias Heliar : novos Selos do Inmetro partir de julho em lojas fine que a comercialização deste e concessionárias, foi feito um item no varejo torna obrigatório amplo trabalho que envolveu o uso do selo a partir de 18 de todo um processo, com testes e ensaios dos componentes”, afirma junho de 2014. O Inmetro informa ainda que o coordenador do GMA – Grupo uma série de etapas vem sendo de Manutenção Automotiva, e
conselheiro do Sindipeças para o mercado de reposição, Elias Mufarej. Com relação à bateria de chumbo, conforme prevê a portaria nº 299/2012, todos os produtos, inclusive os destinados à linha de montagem das montadoras e para o mercado de reposição, incluindo os veículos de produção descontinuada em qualquer data, devem conter o selo do Inmetro AVISO AOS REPARADORES Em confor midade com a nova Norma, as Baterias Heliar alertam os consumidores sobre
os prazos de validação dos produtos. Segundo Carlos Zaim, VP de Relações Governamentais da Johnson Controls, fabricante da Heliar, o momento é de atenção para os reparadores. “A medida não garante a qualidade do produto e seus componentes ou vida útil maior, mas sim o comprometimento da marca em comercializá-lo de acordo com suas especificações”, afirma “A partir dessa data, não poderão mais ser vendidas aos consumidores baterias sem o selo do órgão”, ressalta o executivo.
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20 cartilha A Nakata, fabricante de autopeças - pertencente à Affinia Automotiva - lançou uma cartilha com informações detalhadas sobre o processo de certificação compulsória de autopeças. De acordo com a gerente de marketing da Affinia, Sabrina Carbone, além de dados detalhados sobre o processo, a cartilha aborda a finalidade, os produtos que devem
apresentar o selo de certificação e outras dicas relacionadas à certificação de autopeças, bem como os prazos de comercialização. “A certificação com o selo do Inmetro estimula o desenvolvimento do mercado de reposição, garantindo a comprovação de qualidade dos produtos e segurança para os consumidores. Por isso, devido à importância dessa medida, a Nakata está distribuindo gratuitamente cartilhas sobre o assunto para sanar eventuais dúvidas de lojistas e reparadores”, afirma Sabrina Carbone. A empresa informa que, quanto aos amortecedores de suspensão, a obrigatoriedade do selo do Inmetro para fabricantes e importadores entrou em vigor em janeiro de 2013. Para distribuidores, o prazo para comercialização se encerrou em julho de 2013 e para o varejo termina no mês que vem (julho de 2014). A portaria exige o selo do Inmetro para amortecedores no mercado de reposição destinados a veículos
fabricados a partir de janeiro de 2000. Há algumas exceções que estão destacadas na cartilha. Sobre o Selo inmetro A certificação de autopeças foi criada a partir da necessidade de atualização tecnológica de autopeças e para também garantir a qualidade dos componentes automotivos, e, consequentemente, assegurar o desenvolvimento do mercado de reposição. “O objetivo da certificação, realizada por meio do Inmetro, veio para propiciar aos consumidores qualidade nas peças automotivas, já que os componentes devem estar dentro da conformidade para entrarem no mercado”, afirma o coordenador do GMA – Grupo de Manutenção Automotiva, e conselheiro do Sindipeças, Elias Mufarej. A medida inibe o mercado informal ou pirata de autopeças, já que o consumidor pode reconhecer as peças de qualidade,
Portaria nº 301/2011 isenta alguns componentes automotivos: • Destinados às linhas de montagem de veículos automotores; • Não precisam do selo itens aplicados em recall; • Veículos com produção descontinuada até 31 de dezembro de 1999; • Peças destinadas exclusivamente a veículos que possuam relação potência/peso (RPP) maior que 140,calculado como RPP= (Pn/m)*1000kg/kW, sendo – Pn a potência em quilowatts (kW) e ― m a massa em quilogramas (kg); • Itens dirigidos exclusivamente a veículos com peso menor ou igual a 3,5 toneladas e potência maior que 195 kW ou 265 HP ou cv e com peso menor a 3,5 toneladas (veículos semileves que inclui picapes) e preço mínimo de venda de R$ 250 mil. por meio do selo do Inmetro. Outros programas de acreditação da conformidade também estão entrando em vigor, entre eles estão requisitos de avaliação da conformidade para rodas automotivas (Portaria nº 445/2010 e nº 17/2013), freios hidráulicos de veículos (Portaria nº 078/2011),
vidro de segurança temperado de veículo rodoviário (Portaria nº 156/2009), vidro de segurança laminado de para-brisa de veículo rodoviário (Portaria nº 157/2009) e para conversores catalíticos destinados à reposição (Portaria nº 49/2014 - revisão em consulta pública).
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A
Osram, pioneira e líder mundial no setor de ilum i na çã o automot iva , apresenta ao mercado brasileiro o por tfólio de lâmpadas, lanternas e faróis com a tecnologia LED para veículos. Segundo a empresa, os novos produtos se destacam pelo rígido controle de qualidade, longa vida útil, eficiência energética e mais segurança para o condutor.
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osram amplia portfólio Tempo frio dificulta partida de veículos de lâmpadas e faróis LeD flex, afirma NGK
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e íc u lo s a b a s t e c id o s com et a nol podem apresentar dif iculdades para dar a partida, principalmente nas manhãs mais frias. Especialistas da NGK destacam os cuidados que o motorista deve ter para evitar at rasos, consumo elevado e possíveis danos a outros componentes. Segundo a empresa, um dos motivos para que o desempenho do veículo seja prejudicado é o desgaste das velas. A NGK informa que para facilitar a
Verificação periódica de componentes pode evitar surpresas desagradáveis
pa r t id a i me d iat a do mot or após longo período desligado, como em noites de temperaturas baixas, é necessária uma verificação preventiva destes componentes. “A diferença entre os combustíveis normalmente utilizados em carros de passeio é que o etanol necessita de temperaturas mais altas para mudar seu estado físico durante a queima, enquanto a gasolina evapora mais rapidamente. Em dias com temperaturas mais baixas, se o veículo estiver abastecido com etanol, é necessário que as velas e cabos de ignição estejam em suas condições ideais de funcionamento, para não ocorrer dificuldade na partida do veículo”, explica o técnico da Assistência Técnica da NGK, Hiromori Mori. De acordo com informações da NGK, em casos de falha ao dar a partida, insistir para ligar o motor pode encharcar as velas e ocasionar um aborrecimento ainda maior ao motorista. Caso isto ocor ra, será necessário desligar o veículo e aguardar até que o combustível evapore por completo, o que pode levar até 30 minutos, dependendo do ca r ro. A lém d a atenção com velas e cabos de ignição, os proprietários de modelos que utilizem reservatório para gasolina (tanquin ho) devem mantê-los sempre abastecidos com gasolina nova e de boa qualidade. A empresa recomend a a
troca do combustível do sistema a cada 90 dias, sempre em um posto de confiança. Além disso, é preciso que o sistema de partida a frio também esteja operando corretamente e sem vazamentos. DaDos importantes At u a l m e nt e , 88 , 5% d o s automóveis e comerciais leves novos licenciados possuem motor ização bicombustível. Neste caso, os veículos merecem maior atenção quando a alteração total do combustível utilizado é realizada. Quando o motorista utiliza um determinado combustível (etanol ou gasolina) e opta por abastecer com outro, é recomendado que pelo menos 10 ou 15 quilômetros sejam percorridos antes de deixar o carro com motor desligado por um longo período. VeLas De ignição A vela de ig nição tem a função de conduzir corrente elétrica sob alta tensão para o interior da câmara de combustão, convertendo-a em faísca para inflamar a mistura ar/combustível. Outra característica é que ela permite a dissipação do calor gerado na combustão. Em plenas condições de funcionamento, a vela de ignição promove economia de combustível, melhor desempenho do motor e redução de emissões de gases poluentes no ar.
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Tuper fornece escapamento exclusivo para “Way Super Buggy”, da Wake motors Sempre relacionada a grandes e inovadores projetos, marca anuncia parceria com montadora do Paraná. Expectativa é que cerca de 50 peças sejam fornecidas por mês para o modelo com motor 1.6l flex res em galvalume, o escapamento também conta com catalisador fornecido pela Tuper. Para reforçar o perfil esportivo do veículo, o equipamento tem duas saídas com ponteiras cromadas, além de estar adequado às normas de controle de ruídos e emissões. A expectativa é que sejam fornecidas em torno de 50 peças por mês para o modelo com motor 1.6l flex. “Nós já conhecíamos a qualidade do produto Tuper e por isso decidimos realizar essa parceria, pois nosso Buggy é diferenciado e merece o melhor”, destaca o gerente de Produção da Wake Motors, Ricardo Salvador.
Produção O desenvolvimento do escapamento está alinhado com a estratégia da montadora de elevar as vendas do Super Buggy, que hoje estão em torno de 15 unidades por mês. Para isso, o foco está no consumidor das grandes cidades e nas exportações. A legislação brasileira classifica este tipo de automóvel como de passeio, ele pode ser usado tanto em aventuras fora de estrada quanto na cidade, para trabalho ou lazer. Ele ainda conta com uma capota removível, que protege os passageiros da chuva e do sol.
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A
Tuper, quarta maior processadora de aço do Brasil, instalada em Santa Catarina, com sede em São Bento do Sul e unidades produtivas neste município e em Xanxerê, comunica que agora também está associada a um automóvel diferenciado: o “Way Super Buggy”, da montadora paranaense Wake Motors. A empresa desenvolveu um escapamento exclusivo para o veículo, que se destaca por ter tecnologia nacional, bom desempenho, dirigibilidade, segurança e conforto. Produzido em tubo de aço galvanizado, com silenciado-
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12ª edição da Automec 2015 trará novidades Divulgação
ultracar realiza treinamento para reparadores em Blumenau
A
Ultracar promoveu importante treinamento em Gestão Fiscal, Gestão Financeira, Gestão de Pessoal e Gestão de Estoque, para os profissionais do setor da reparação automotiva em Blumenau (SC), nos dias 30 e 31 de maio. O evento é fruto de um programa da MTE-Thomson chamado “Administrando sua Oficina”. O encontro foi viabilizado por um grupo de 20 oficinas do Núcleo Automotivo de Oficinas Mecânicas de Blumenau que fazem parte da ACIB (Associação Empresarial de Blumenau). O treinamento também reuniu cerca de 36 pessoas (proprietários de oficinas e gerentes). Segundo o diretor geral da Ultracar, Fábio Moraes, o objetivo dos treinamentos é qualificar os empresários da reparação automotiva e estimular a aplicação do sistema de gestão nas oficinas mecânicas. “Acredito que com
Studio de palestras e debates da Automec em 2013
Diretor geral da Ultracar, Fábio Moraes, durante treinamento aos reparadores
estes treinamentos podemos dar um passo importante no caminho da profissionalização e na melhoria da administração das oficinas. Durante o evento, percebemos que os reparadores possuem dificuldades na administração e organização de uma oficina no que diz respeito à gestão. Desta forma, o treinamento foi importantíssimo para dar um novo
caminho a estas empresas. Foram 16 horas de muita informação e curso intensivo, com trocas de experiências e muito aprendizado. Além disso, o treinamento reforçou a importância de se ter um bom sistema de gestão, como o Software Ultracar, uma ferramenta de apoio à gestão diária das oficinas”, ressalta Fábio Moraes – que ministrou todo o curso.
Grupo Universal Automotive apresenta crescimento de vendas no mercado
Fábrica da Universal Automotive Systems em Jardim Platina, Osasco (SP)
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á quase 40 anos como referência no segmento de ferragens, a Universal Automotive Systems informa que desde o início de 2014, o crescimento em vendas da empresa tem se tor nado recorde em toda a sua história no me rca do aut omot ivo. A marca lançou novos produtos para veículos recem-lançados,
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aumentando o portfólio para mais de 2.000 itens. “Estamos cientes que os nossos clientes estão percebendo que estamos sempre à frente em nosso segmento, devido à dedicação colocada em nossos serviços para melhor atendêlos a cada dia. Nossa missão de comercializar produtos automotivos de qualidade tem
se afirmado e cada vez mais a Universal Automotive Systems conquista antigos e novos clientes. Queremos assim agradecer a todos os que ajudaram nesta conquista, fazendo com que o nosso sonho se tornasse realidade”, ressalta Deise Nóbrega do departamento de Marketing da empresa, em nota enviada ao Jornal Oficina Brasil.
A
12ª edição da Automec - Feira Internacional de Autopeças, Equipamentos e Serviços, considerada como a principal plataforma de divulgação focada na indústria da Reposição Automotiva da América Latina, já tem data agendada para 2015. O evento está marcado para ocorrer de 7 a 11 de abril no Anhembi, na cidade de São Paulo. Em discurso, durante o lançamento do evento, o presidente do Sindirepa (Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo) Antonio Fiola, reforçou que o momento é muito oportuno para o setor, devido às fortes oportunidades de negociações com as empresas. “Este setor é fortemente pautado pela relação humana que se faz extremamente necessária para fortalecer o laço da boa indústria e do bom reparador. É necessário mostrar que o setor é capaz de superar qualquer crise”, disse Fiola. Para Fernando Vasconi, do Andap/Sicap (Associação Nacional dos Distribuidores de Autopeças e Sindicato do Comércio Atacadista, Importador, Exportador e Distribuidor de Peças, Rolamentos, Acessórios e Componentes para a Indústria e para Veículos no Estado de São Paulo), embora uma pequena crise tenha sido anunciada, no aftermarket, esta situação não se reproduz na mesma proporção. “Neste momento a Automec é de grande importância, pois gera receita e grandes negócios para as empresas”, ressalta Vasconi.
mudanças no evento Para 2015, um dos objetivos é reforçar todo o trabalho da indústria que existe por trás do automóvel já finalizado. O evento terá alteração do horário para que a circulação seja facilitada e não coincida com os horários de pico da cidade. Também foi debatida a otimização da planta para simplificar a visitação dos participantes. A feira contará com duas entradas o que facilitará o acesso de materiais durante a montagem e a entrada dos visitantes que chegam ao local de ônibus. Os organizadores informaram ainda que foi criado o “Prêmio Automec Inovação”, no qual cada expositor poderá indicar até três lançamentos que serão avaliados por uma comissão formada pela Reed Alcantara Machado e entidades ligadas ao setor. Os produtos premiados com o selo “Inovação Automec” serão expostos nas vitrines de lançamentos. A II Oficina Modelo também faz parte das novidades e apresentará o conceito de uma oficina mecânica em funcionamento, com tecnologia e serviços avançados para os setores de reparação e manutenção automotiva. A Automec visa proporcionar aos distribuidores, lojistas, atacadistas, varejistas e oficinas um ambiente propício para a realização de networking e troca de experiências através da demonstração de produtos e lançamentos .
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evento
sétima edição da autopar 2014 reuniu mais de 500 marcas de expositores de todo o brasil Evento promoveu a troca de conhecimentos, parcerias e negócios nacionais e internacionais. Durante os quatro dias de realização da feira, foram contabilizados 50.000 visitantes entre empresários, comerciantes, reparadores e frotistas Fotos: Oficina Brasil
Margarida Putti
A
sétima edição da Autopar 2014 (Feira de Fornecedores da Indústria Automotiva) foi marcada pelas fortes negociações e parcerias firmadas entre empresas nacionais e internacionais. O evento realizado no pavilhão do Expotrade Pinhais, na região met ropolit ana de Curitiba, entre os dias 4 e 7 de junho, reuniu mais de 500 marcas de expositores e recebeu a visitação de 50 mil pessoas, entre empresários e compradores da indústria automotiva, comerciantes de autopeças e acessórios, representantes de oficinas mecânicas, frotistas, profissionais do segmento de logística, entre outros. Com o status de segunda maior feira automotiva do Brasil, a Autopar também apresenta inovações tecnológicas, equipamentos e serviços do segmento que au xiliam nas t rocas de experiências profissionais de todos os participantes.
de negócios e intercâmbios técnicos que tivesse como pano de fundo a reposição de peças e a reparação dessas máquinas. A Tratorparts mais do que evidenciou as tecnologias já desenvolvidas por um número significativo de indústrias que já são expositoras da Autopar. O evento é u ma referência nacional nos seus segmentos de abrangência e, certamente, reunirá em 2016 mais de uma centena de fabricantes”, ressaltou Dresch. balanço 6ª edição
Representantes de empresas nacionais e internacionais apresentam seus produtos e serviços aos visitantes
topar foram promover a troca de informações e incentivar parcerias e negócios, estimulando o setor automotivo, que é uma peça imprescindível na interligação direta e indireta com diversas áreas da economia. Para o diretor comercial da
Autopar, Cássio André Dresch, as metas para a realização do evento foram alcançadas e isso trouxe grande satisfação a todos. “Realizamos um trabalho especial junto aos lojistas e profissionais da reparação es-
pecializados em equipamentos f lorestais, agrícolas, de mineração, equipamentos pesados conhecidos como fora de estrada e os utilizados na logística. De fato o que queríamos, e conseguimos, era instalar uma feira nacional, uma plataforma
Ainda conforme o balanço d a orga n i z a çã o do eve nt o, a su r presa foi o número de visitantes desta Autopar, que ultrapassou os resultados positivos da 6ª edição, quando recebeu um público profissional superior a 30 mil visitantes ao decor rer dos quatro dias de evento. Durante o evento, a equipe do Jornal Oficina Brasil visitou os principais estandes da feira e acompanhou os recentes lançamentos da indústria automotiva.
novidades 2014 A s nov id a de s de st e a no foram os setores que ganharam destaque especial com feiras paralelas à Autopar como a Trator Parts (tecnologias em reposição e repa ração pa ra maquinário pesado, agrícola, rodoviário, f lorestal e de mineração), a Audiotech (acessórios, customização e som automotivo), a Motopar (motopeças, equipamentos e serviços para motos) e a Truck Parts (fornecedores para linha pesada). Segundo os organizadores do evento, os objetivos da Au-
Jornal Oficina Brasil teve 12 banners (de teto) exclusivos na Autopar 2014
Visão geral dos expositores da 7ª Autopar 2014
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evento
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Guia de oficinas brasil realiza encontro regional para oficinas mecânicas no senai ipiranga
Guia de Oficinas Brasil promoveu em parceria com o Sindirepa-SP, no dia 07 de junho, na sede da Escola Senai Conde José Vicente de Azevedo, localizada no bairro do Ipiranga, em São Paulo, o “Encontro Regional de Oficinas Mecânicas”. O evento reuniu cerca de 200 participantes, entre empresários, reparadores e profissionais da área. As palestras foram dividas em quatro temas: Inspeção Veicular Ambiental, Qualificação de Mecânico de Manutenção, Regulamentação de Oficinas, lei nº 15.297 e Certificação – Selo Sindirepa de Sustentabilidade. Durante a cerimônia de abertura, o presidente do Sindirepa Nacional, Antonio Fiola, frisou a importância do evento para o setor da reparação automotiva e pediu aos participantes que tirassem suas dúvidas sobre a legislação em vigor. Na ocasião, o diretor de Relações Governamentais do Sindirepa Nacional, Luíz Sérgio Alvarenga, que abordou a regulamentação das oficinas, lei nº 15.297, da qual foi redator, explanou sobre as normas básicas para que oficinas mecânicas e estabelecimentos de reparação automotiva estejam em conformidade com a lei. “Esta lei representa o primeiro passo para o setor legislativo do país, pois demonstra que estamos maduros e que almejamos o reconhecimento de um negócio sério. A Norma servirá de amparo ao reparador, por isso é muito importante esclarecermos todas as dúvidas neste encontro”, disse Alvarenga. O vice-presidente do Sindire-
Omar Matsumoto
Margarida Putti
Fotos: Oficina Brasil
Evento reuniu cerca de 200 convidados entre reparadores e profissionais do setor automtivo, no intuito de debater as questões ligadas a qualificação da mão de obra do setor e a regulamentação das oficinas
O
Presidente do Sindirepa Nacional, Antonio Fiola
pa-SP, Salvador Parisi, apontou os principais pontos da qualificação para o reparador de manutenção. “Hoje vocês [reparadores] estão tendo a oportunidade de conhecer a Norma que regulamenta a qualificação do reparador. Esse documento chega gratuitamente ao seu computador. Há 36 mil cópias disponíveis para fazer download, basta entrar em contato com o Sindirepa”, ressaltou Parisi. Para o diretor Sindirepa-SP, Pedro Luiz Scopino, também proprietário da Oficina Scopino, as principais dificuldades encontradas no setor são manter a mão de obra treinada, profissionalizar a empresa, administrar os recursos humanos, equilibrar os controles financeiros, administrativo e gerenciais e cuidar da proteção ao meio ambiente. Scopino também destacou em sua palestra sobre o Selo Sindirepa de Sustentabilidade. “A limpeza nas oficinas deve ser prioridade e princípio de uma boa gestão ambiental. Precisamos ter ações para descarte de peças e resíduos nas oficinas. A consciência em relação à preservação do meio ambiente é necessária. O Selo
Sindirepa foi criado para somar tudo isso”, reafirmou Scopino. Segundo o diretor MTEThomson, Alfredo Bastos Jr, que apresentou os novos caminhos e diretrizes do programa de Inspeção Veicular Ambiental, a atualização do cadastro é fundamental para não se perder clientes. Bastos também informou que a próxima etapa do “Encontro Regional de Oficinas” será realizada no dia 02 de agosto, no Rio Grande do Sul. “Devemos sempre falar com o cliente sobre os benefícios da manutenção preventiva. É essencial ter um excelente cadastro de clientes e acompanhar as ações que são realizadas nos veículos. O correto é que se faça a manutenção preventiva a cada 30 mil km, pois o veículo regulado pode economizar até 40% de combustível”, explicou Bastos Jr. O evento foi organizado pelo Guia de Oficinas Brasil e Sindirepa-SP, sob o patrocínio da MTE-Thomson, Sabó, Dayco/ Nytron, Sachs, Tecnomotor, o evento contou ainda com o apoio do Senai, IQA (Instituto da Qualidade Automotiva) e Sindirepa Nacional.
Diretor MTE-Thomson, Alfredo Bastos Jr, durante palestra sobre Inspeção Veicular Ambiental
Alexandre Santos Miller, coordenador de atividades técnicas do SenaiIpiranga, esclarece as dúvidas dos reparadores sobre cursos técnicos e carga horária obrigatória por lei
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evento
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senai comemora a formatura de 127 alunos para o segmento automotivo Fotos: Oficina Brasil
Certificados foram distribuídos para formandos dos cursos técnicos em manutenção automotiva, mecânico automobilístico e eletroeletrônica. Evento também comemorou a aquisição do prédio no bairro do Ipiranga, em São Paulo Margarida Putti
A
Escola Senai Conde José Vicente de Azevedo, localizada no bairro do Ipiranga, em São Paulo, realizou no dia 11 de junho, em seu auditório principal, a entrega de certificados de conclusão para 127 formandos distribuídos nos cursos de Mecânico Automobilístico, Técnico em Manutenção Automotiva e Técnico em Eletrônica. Na ocasião, a presidente da FUNSAI (Fundação Nossa Senhora Auxiliadora do Ipiranga), Maria Gabriela Franceschini Vaz de Almeida, comentou sobre a aquisição do prédio da escola e a importância da instituição ao decorrer dos 50 anos de parceria.
A composição da mesa de formatura contou com a participação especial de superintendentes e diretores regionais tirutal, devido à comemoração da aquisição do imóvel pelo SENAI - após 50 anos de contrato comodato
HoMenaGeM
Orador da turma Henrique Martim Ramos durante discurso
Presidente da FUNSAI, Maria Gabriela Vaz de Almeida
Durante a solenidade de formatura, ocorreu a entrega do “Prêmio Roberto Mange”, criado para homenagear as atitudes positivas dos alunos. A premiação é patrocinada pelas indústrias e entregue em todas as unidades do Senai ao aluno que durante
o curso mais se destacou e apresentou os melhores resultados no semestre. O diretor da unidade Senai Ipiranga, Professor Fábio Rocha, foi o responsável por honrar o formando Rafael B. Gerônimo, da Turma M4E, do curso de Aprendizagem Indus-
trial Mecânico Automobilístico. O formando e orador da turma Henrique Kubinhetz Martim Ramos agradeceu a todos os participantes presentes e ressaltou a importância da formação e da das experiências profissionais adquiridas dentro das dependências da
Professor Fábio Rocha e o formando Rafael Gerônimo durante a entrega do Prêmio Roberto Mange
instituição. Em discurso, Henrique abordou sobre as dificuldades enfrentadas no decorrer dos treinamentos e as expectativas após a formação profissional. O Jornal Oficina Brasil esteve presente para realizar a cobertura do evento, representado pelo instrutor técnico automotivo do Senai, Paulo Handa, que também é colaborador do Grupo oficina Brasil. “Este é um momento muito importante para a Escola e para os formandos, pois o mercado independente encontra-se aquecido e precisando de mão de obra qualificada. Além disso, o Senai está comemorando a nova aquisição do imóvel, que no primeiro momento pareceu que não iria ocorrer, mas após uma negociação muito difícil acabou dando tudo certo. Com sede própria o setor automobilístico terá um grande aliado para a
formação de bons profissionais, principalmente devido a nova legislação estadual que exigirá dos reparadores certificações para comprovação de capacidade técnica. Precisaremos de uma referência como o SENAI para a formação destes profissionais” afirmou, Handa. Esta formatura, em especial, teve a participação de diversas empresas e entidades do segmento como o chefe de departamento da Toyota do Brasil Ltda, Ricardo Cardia Cardoso, o vice-presidente da Bosch Ltda América Latina, Delfim Calixto, o presidente do Sindirepa-SP, Antonio Carlos Fiola da Silva, o diretor técnico do Senai-SP, Ricardo Figueiredo Terra, a diretora regional em Exercício do Senai-SP e superintendente em Exercício do Sesi-SP, Débora Cypriano Botelho, o diretor titular do Departamento de Ação Regional da FIESP e presidente do Conselho Consultivo das unidades do Sesi-SP e Senai-SP e Paraninfo, Sylvio Alves de Barros Filho, o diretor da Escola Senai Ipiranga, Fábio Rocha da Silveira, a presidente da FUNSAI, Maria Gabriela Franceschini Vaz de Almeida e o gerente executivo de Recursos Humanos da Scania Latin America Ltda, Helder Lotto. PróxiMos cursos O Senai Ipiranga unidade Conde José Vicente de Azevedo, que oferece cursos técnicos e de formação continuada na área de mecânica automotiva desde 1968, informa que as inscrições e informações para os cursos de formação continuada (FIC) e para certificações por competência que atendem as legislações atuais estão no site http://automobilistica. sp.senai.br/ ou pelo telefone: (11) 2066-1988.
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entrevista
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entrevista
Pitstop completa cinco anos de existência com mais de mil pontos de venda no Brasil Fotos: Divulgação
Margarida Putti
Rede associativista que mais cresce no mercado brasileiro da reposição de autopeças está presente em 16 estados e mais de 370 cidades
A
Rede PitStop, pioneira na adoção do modelo associativista no mercado brasileiro independente de reposição de autopeças, anunciou durante evento realizado no dia 03 de junho, no Terraço Itália, em São Paulo, para empresários, executivos e representantes de entidades de classe do setor, que alcançou a marca de mais de 1.000 pontos de vendas no Brasil. O expressivo número comprovou a trajetória de sucesso da empresa que, em junho, completou cinco anos de atuação neste mercado.
Fachada da PitStop Eurogarage no Brasil, presente nas lojas, retíficas e oficinas voltadas para a linha leve de veículos
Atuando no Brasil desde 2009, a Rede PitStop, controlada pelo Grupo Comolatti, está presente em 16 estados e mais de 370 cidades, distribuída entre lojas de autopeças, retíficas de motores e of ici nas mecânicas. O grupo credencia lojas por meio do modelo associativista e oferece ser viços exclusivos para a melhoria da gestão do negócio e t r ei n a me nt o s p a r a capacitação prof issional, além de consultorias e pacote de benefícios.
Durante o encontro, o presidente do Grupo Comolatti, Sergio Comolatti, também apresentou importantes números referentes à atuação da empresa no ano de 2013. “Foram realizadas 44 mil horas de consultoria em lojas associadas, mais de dois mil profissionais foram capacitados e houve 50 mil visitas consultivas no portal da PitStop”, afirmou o presidente do Grupo. Para conhecermos melhor sobre o modelo de gestão da PitStop no mercado da reposição de autopeças, o Jornal Oficina Brasil entrevistou o diretor comercial da Distribuidora
Automotiva, Rodrigo Carneiro, que abordou a trajetória da rede, o segmento de aftermarket (mercado pós-venda) e os projetos de capacitação profissional para os lojistas. “A conquista de 1.000 pontos de venda comprova a trajetória de sucesso da Rede PitStop, que já se tornou a maior rede a ssociat iv ist a do seg mento automotivo e uma das mais representativas redes do Groupauto International no mundo”, ressalta Carneiro Jornal Oficina Brasil – Me fale sobre a trajetória da Rede PitStop?
Rodr igo Car nei ro - No mercado brasileiro desde 2009, a PitStop é uma rede associativista criada com o objetivo de fortalecer o mercado independente de reposição de autopeças no País, transformando seus membros em empresários de sucesso. A empresa foi construída baseada no conceito utilizado pelo Groupauto International, grupo de origem europeia que reúne distribuidores de autopeças, varejistas e oficinas e que está presente em mais de 45 países na Europa e mais recentemente na América Latina. Trouxemos a PitStop pela Distribuidora Automotiva, empresa do Grupo Comolatti, com trajetória de conquistas e crescimento ao longo de mais de 55 anos. A Distribuidora reúne as unidades de negócio Sama, Laguna e Matrix, que são operadas de forma integrada. No mês de Junho, estamos comemorando duas importantes marcas: os cinco anos da Rede PitStop e a conquista de mais de 1000 pontos de venda, entre lojas de autopeças, oficinas e retíficas, que estão presentes em mais de 370 municípios e em 16 estados. JOB – Quais são os benefícios e vantagens que a Rede PitStop oferece aos seus parceiros? Rodrigo Carneiro - A Rede PitStop oferece aos seus membros mais de 27 benef ícios e programas exclusivos, que
“A conquista de 1.000 pontos de venda comprova a trajetória de sucesso da Rede PitStop, que já se tornou a maior rede associativista do segmento automotivo e uma das mais representativas redes do Groupauto International no mundo” Diretor comercial da Distribuidora Automotiva, Rodrigo Carneiro
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entrevista
“Criamos a Rede PitStop para garantir o crescimento sustentado do mercado independente de reposição de autopeças brasileiro. É com grande orgulho que temos colaborado para a formação de empresas bem-sucedidas, capazes de se manter competitivas e oferecer um serviço de qualidade ao cliente”
Ambiente interno da loja PitStop em São Paulo
estão baseados em cinco pilares: informação, for mação, tecnologia, comercial/marketing e financeiro. Todos têm o objetivo de capacitar o empresário e seus colaboradores, para que estes estejam preparados para a alta concorrência do mercado e também para a crescente dema nd a por serviços que aliem conf iabilidade, qualidade e boa relação custo-benefício. Somente em 2013, por exemplo,
foram oferecidos 41 cursos de capacitação profissional, que contou com a participação de mais de 1.900 pessoas. Os benefícios são estruturados para locais que trabalham tanto com a linha de veículos leves (carros de passeio, pickups, vans e utilitários), classificados no conceito Eu rogarage, como com a de pesados (caminhões, micro-ônibus, ônibus e V.U.C.), incluídos no conceito TopTruck. JOB - Qual a importância da oficina para a Rede PitStop?
Rodrigo Carneiro - A importância da oficina é muito grande, afinal ela é o “step” da cadeia responsável pela reparação dos veículos e pelo contato com o consumidor final, movimentando o mercado independente de reposição. Para a Rede PitStop, a oficina é importante por dois aspectos. Primeiro, pois ela faz parte dos nossos pontos de venda (atualmente a Rede conta com mais de 200 oficinas no conceito que denominamos de híbridos, que são lojas de autopeças com aplicação). Em segundo, porque a of icina é
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um dos principais canais de venda das Lojas de Autopeças da PitStop. JOB – Quais projetos a empresa realiza para garantir o crescimento no mercado independente de reposição de autopeças? Rodr igo Car nei ro - No primeiro ano, começamos com três consultores e realizamos 2,1 mil consultorias nas empresas associadas. Em 2013, tínhamos 28 consultores, mais de 10 mil consultorias e mais de 40 mil horas de trabalho. Temos trabalhado muito para a formação de empresas bem-sucedidas, capazes de se manter competitivas e oferecer um serviço de qualidade ao cliente. Um dos benefícios oferecidos pela empresa são as consultorias de gestão e técnica, nas quais os associados têm o auxílio de consultores especializados em gestão e operação, que ajudam a melhorar a
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entrevista
36 administração da empresa e sua estrutura física. Nestes projetos buscamos a transferência de know how e aprimoramento de habilidades para a formação e capacitação profissional. Por meio de ciclos de palestras e cursos, os membros obtêm informações importantes para o desenvolvimento da companhia e a identificação de novas oportunidades de negócio. Na área comercial são realizadas ações exclusivas junto aos fabricantes de autopeças patrocinadores da Rede PitStop, que permitem potencializar os resultados de vendas de toda a cadeia. Além disso, a empresa tem apostado fortemente em novas plataformas de comunicação. Pelo portal da Rede, por exemplo, o membro pode acessar todas as informações relaciona d a s à Rede, como pacote de benef ícios, ações promocionais e histórico das atividades desenvolvidas por cada empresa. O portal fornece, ainda, notícias estratégicas do mercado e uma agenda de eventos do setor, permitindo que seus membros estejam preparados para as novas demandas que surgirem no mercado. “Criamos a Rede PitStop para garantir o crescimento sustentado do mercado indepen-
Novo site da Rede PitStop, exclusivo para associados
dente de reposição de autopeças brasileiro. É com grande orgulho que temos colaborado para a formação de empresas bemsucedidas, capazes de se manter competitivas e oferecer u m serviço de qualidade ao cliente”, afirma Rodrigo Carneiro JOB - Quais são os principais fornecedores da Rede? Rodrigo Carneiro - A PitStop possui fornecedores que são seus patrocinadores, que nos apoiam e investem no desenvolvimento da Rede. Esses fornecedores estão categoriza-
dos em Patrocinadores Masters, Patrocinadores e Apoiadores. A empresa também apoiou neste ano o Sindirepa na quinta edição do “Prêmio Sindirepa-SP – Os Melhores do Ano”. JOB – Re centemente a empresa lançou um novo site e desta forma, quais ações vem sendo desenvolvidas para facilitar o acesso dos reparadores? Rodrigo Carneiro - A Rede PitStop já nasceu na era digital e, com isso, nosso portal foi desenvolvido com o que existe de mais moderno e ágil. Prova
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disso, é que tivemos em 2013 mais de 50.000 acessos ao nosso portal. Da mesma forma, entendemos a grande importância das redes sociais, por isso utilizamos essas mídias como canais de comunicação. O novo site vem com mais u ma f u ncional id a de, agor a os membros da Rede podem divulgar fotos de suas lojas na internet. Além da divulgação no Portal PitStop, os membros também tem as fotos de suas fachadas padronizadas e divulgadas na Fan Page da Rede no Facebook.
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A nova plataforma, exclusiva para membros, permite que os usuários absorvam informações sobre todos os temas e conteúdos da rede e tenham acesso ao painel de consulta, quadro de avisos, calendários, notícias do mercado, entre outros. Além disso, a home oferece uma busca inteligente que possibilita um retorno mais assertivo. Assim, é possível buscar por credenciados Leves (Eurogarage) ou Pesados (TopTruck) e por UF e cidade, ou ainda personalizar por Linha de Atuação (autopeças, retífica ou oficina) ou pelo nome fantasia. O novo portal também apresenta uma ferramenta de endereço e mapa dos credenciados. Por meio de uma aplicação do Google Maps, é possível localizar todos os membros da Rede PitStop. JOB – O processo de expansão da empresa está focado em quais regiões do Brasil? Rodrigo Carneiro - Neste momento, estamos com o processo de expansão focado na interiorização da Rede nos estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Em breve, também estaremos lançando a Rede PitStop no estado do Ceará, onde ainda não estamos presentes.
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duelo de forças
Volkswagen e fiat sempre disputaram pelo topo do mercado, mas quem fez o melhor motor? Duelo de Forças: queremos saber, no ponto de vista do reparador, qual o melhor motor – O Volkswagen EA111 ou Fiat FIRE. Veja na matéria quais os principais pontos positivos e negativos de cada um e depois vote em nosso site Fotos: Oficina Brasil
fernando naccari e Paulo Handa
N
esta edição, iniciamos uma nova editoria em nosso jornal, o ‘Duelo de Forças’. E nesta primeira, começamos com uma disputa de peso: de um lado, o ítalobrasileiro motor 1.0 Fire da Fiat, do outro o também 1.0 EA211 da Volkswagen. Vamos às fichas técnicas de ambos para a primeira análise (próxima página). De início, notamos que o motor da Fiat apresenta menos potência que seu arquirrival, mesmo possuindo maior taxa de compressão. O que o motor da Fiat perde em curso de pistão, ganha no diâmetro do mesmo. No entanto, tudo isso não caracteriza o Volkswagen como melhor, pois nos veículos em que são empregados (tomando como base o Uno e Gol), estes cost u mam ut iliza r relações de marchas diferentes, onde no Gol estas são mais longas, deixando-o com desempenho prejudicado na cidade, mas com melhor disposição na estrada e, no Uno, as relações são mais curtas na primeira e segunda velocidades, e mais longas nas demais. Com isso, ele tem um desempenho melhor na cidade, é um carro bem mais ágil e ainda é capaz de oferecer um
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Reparador Jeferson Nespoli posa com o motor Fire (à esquerda) e o motor EA111 (à direita)
consumo equivalente ao do seu concorrente. Porém em trajetos rodov iá r ios, o Uno qu a ndo chega na quinta marcha, parece suplicar por mais uma, ou duas. Enfim, nesse quesito vale mais o gosto pessoal do que considerar um melhor ou outro pior. Mas, dentro de seus corações, o segredo que cada um carrega, somente um reparador que convive com a manutenção de ambos pode contar. Diante dessa realidade, conversamos com Jeferson Ascava Nespoli de 41 anos de idade (FOTO 1). Reparador automotivo há mais de 20 anos, é pro-
prietário da retífica Removel, com sede própria situada em Santo André – SP. “Trabalho desde os anos 90 com retíficas de motores ciclo Otto e ciclo Diesel em todas as categorias e modelos de veículos”. Falamos também com Daniel Kawashima de 36 anos de idade (FOTO 2), dos quais há mais de 18 anos atua na profissão de reparador. Iniciou a carreia com 13 anos junto com um primo e, aos 19 anos, se tornou proprietário da oficina Super G, localizada no bairro da Praça da Árvore em São Paulo, capital. os noMes O Fire da Fiat (FOTO 3), na verdade não tem nada a ver com
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fogo (tradução do inglês), mas sim Fully Integrated Robotised Engine. O motor foi projetado e pensado para ser construído através de robôs (“ROBOGATE”), a fim de reduzir custos e qualificar sua produção. Um det al he i nteressa nte é que, dev ido a t e r s u a p ro d uçã o realizada sem a intervenção humana direta, no ato de uma manutenção é preciso tomar muito cuidado para manuseálo, pois o mesmo possui diversas regiões com cantos vivos que podem causar sérios cortes ao reparador. Posteriormente foram desenvolvidas as versões 1.0 16V (linha Palio), 1.3 8V/16V (linha Palio e derivados) e 1.4 8V (linha Palio e derivados, Doblò
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e Idea). Pelo lado da montadora, o EA111 da Volkswagen (FOTO 4), com o passar dos anos, ganhou um novo nome, o VHT (Very High Torque). Mas cuidado, não confunda VHT com CHT (FORD-AUTOLATINA) ou VHC (GM). Outro nome popular do EA111 é Power, pois equipava os Volkswagen Gol desta versão. O EA111 é uma grande família de motores, que nasceu com o 1.0 litro, mas a partir de 2001 passou a oferecer motorizações de 1.6 e, em 2005, o 1.4 desenvolvido para a Kombi. defeitos recorrentes Jeferson comentou que costuma reparar vários modelos EA111 já com baixa quilometragem e, em grande parte dos casos, o motor apresenta deficiência na lubrificação dos mancais do virabrequim (FOTO 5) e dos colos de comando de válvulas. “Pego vários casos de motores apresentando barulhos internos. Quando vamos confe-
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duelo de forças Motor fire - fiat
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Motor ea111/VHt - VolKsWaGen
instalação
dianteiro
aspiração
atmosférica
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dianteiro
aspiração
atmosférica
Disposição
Transversal
Alimentação
Injeção multiponto
Disposição
Longitudinal
Alimentação
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Cilindros
4 em linha
Comando de válvulas
Simples no cabeçote, correia dentada
4 em linha
Comando de válvulas
Simples no cabeçote, correia dentada
Válvulas por cilindro
2
Diâmetro dos cilindros
70 mm
Válvulas por cilindro
2
Diâmetro dos cilindros
67,1 mm
Taxa de compressão
11,65:1
Curso dos pistões
64,9 mm
Taxa de compressão
10,8:1
Curso dos pistões
70,6 mm
999 cm³
Potência
66 cv (A) 65 cv (G) a 6000 rpm
999 cm³
Potência
68 cv (A) 65 cv (G) a 5750 rpm
Flex
Torque
9,1 kgfm (A) 9,2 kgfm (G) a 2500 rpm
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Torque
9,2 kgfm (A) 9,1 kgfm (G) a 4500 rpm
Cilindrada Combustível Torque específico
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rir o motivo da falha, notamos que há um erro na usinagem destes na fábrica, apresentando folgas nos mancais e cabeçote acima do normal. O especificado é cerca de 0,05mm para estes, mas já cheguei a encontrar motores com folgas de 0,12mm. Isso causa alto ruído interno e queda repentina na pressão do óleo, causando assim a famosa
Cilindros
9,21 kgfm/litro
Potência específica
batida de tuchos. Dessa forma, após nossa retífica, deixamos a folga entre 0,04mm e 0,05mm e o problema acaba”. Já Da n iel comentou que sua exper iência com o motor EA111 é semelhante a de Jeferson. “Aqui na região já peguei alguns motores EA111 com problemas de lubrificação (FOTO 6) e barulho interno
alto. Lembro-me que o pico destas falhas ocorreu em 2011, mas após este ano diminuiu consideravelmente”. No c a s o d o m o t o r Fi r e (FOTO 7), Jeferson disse que, se não for por descuido do cliente, os motores Fire não apresentam falhas. “Ao contrário dos EA111, só efetuei reparos inter nos nestes com
68,07 cv/litro
6 quilometragem alta, mas nunca por falhas características,
7 sempre foram os donos que deixaram o carro sem os cuidados
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duelo de forças
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10 Mas, e as inforMações técnicas?
9 necessários, como não trocar o óleo no período. Isso acarreta entupimento da peneira da bomba e, com isso, o óleo deixa de ir para as tubulações no volume correto, causando a fundição dos componentes”. Assim, devemos também verificar no momento da troca do óleo do motor e remontagem do cárter de óleo, se há a presença de borras internas. “Se efetuarmos uma troca ou remontar mos o componente com óleo novo, este possui uma ação detergente, poderá acelerar o processo de entupimento da peneira da bomba de óleo e filtro, provocando deficiência na lubrificação. Em alguns casos, a luz de advertência nem acende, pois existe a passagem de óleo, mas em quantidade insuficiente para uma boa lubrificação. Isso a longo prazo causa superaquecimento e desgaste prematuro nos componentes que estão em contato direto com o óleo do motor como, as bronzinas de mancal, bronzinas de bielas, comandos de válvulas entre outros”, explicou
Jeferson. Outro motivo de reparo nos motores Fire relatado por Jeferson é no cabeçote do motor devido ao superaquecimento. “Reparamos bastantes cabeçotes com empenamentos, necessitando que realizemos plainas neste e no bloco do motor, pois a junta como é de aço, transfere mais calor para o bloco, causando em casos mais graves também o encolhimento dos pistões, travamento dos pinos, dentre outros (FOTO 8)”. Daniel nos contou que também presenciou falhas neste componente em sua oficina. “No motor Fire tenho reparado mais a parte do cabeçote (FOTO 9) que, por conta de deficiência no material, acaba apresentando desgaste da sede das válvulas, provocando ineficiência de vedação em que estas ficam até presas, diminuindo as folgas entre o comando e as pastilhas da válvula, causando vazão nos cilindros e aumentando as emissões de poluentes, fato este que nunca observei ocorrer nos EA111”.
Como base para o reparo de ambos e para que o serviço seja bem qualificado, é necessário material técnico para acompanhar o profissional na rotina da oficina. Sobre o acesso a estas, Jeferson comentou que não encontra dificuldades. “Como ambos estão há alguns anos no mercado, sempre encontro o material que precisamos, mesmo as mais detalhadas, pois os fabricantes das peças nos fornecem tudo. Ressalto também que as concessionárias tanto da Volkswagen quanto da Fiat nos ajudam muito com o que precisamos, porém as da Fiat são bem mais disponíveis”. Mesma facilidade também apontou Daniel, porém através de outro importante canal. “Para estes modelos não tenho dificuldade nenhuma em informações técnicas. Como participamos e somos filiados ao Sindirepa-SP, toda a informação necessária conseguimos ‘de bate-pronto’, desde diagramas, funcionamentos, estratégias, folgas de válvulas dentre outros”. Outro ponto importante a ser verificado é a facilidade ao acesso às peças para ambos. Nisso, Jeferson também relatou não ter preocupação. “Para estes modelos de motores não tenho dificuldade nenhuma em encontrar as peças, mas ressalto quanto ao custo delas, pois no motor EA111 (FOTO 10), devido a questão das folgas excessivas, o custo de manutenção fica muito mais elevado, pois acaba envolvendo trocas de conjuntos completos, como cabeçotes e
blocos do motor em casos mais graves, fato este que não ocorre com muita frequência nos motores Fire”. Jeferson acrescentou que atualmente as peças vendidas nas concessionárias tem seu preço reduzido em relação às comercializadas nas autopeças, porém há algumas restrições para ambas as montadoras. “Os componentes do motor, como casquilhos (FOTO 11), bieleta e pistões, ainda tem preço elevado nas concessionárias, mas nas autopeças, conseguimos bons itens de fabricantes idôneos. O mesmo acontece com os distribuidores. Outro problema de adquirir estes itens nas conces-
sionárias é que estas não mantêm as peças no estoque e, em alguns casos, demoram até 30 dias para chegar, o que torna o reparo muito moroso”. Daniel também comentou que conseguir os itens para ambos os motores não é difícil. “Nesta questão, acredito haver um empate técnico. Não tenho dificuldades para encontrar peças de reposição dos dois modelos, pois temos no mercado de reposição muitos fabricantes que fornecem para as montadoras e colocam as suas peças no mercado, mas com preços bem mais acessíveis dos que os praticados nas concessionárias. No entanto, isso requer que façamos pesquisas para verificar qual o meio de compra mais vantajoso. A única coisa que pesa contra as concessionárias é eles, em sua grande maioria, não possuírem serviço de entrega de peças o que, em uma cidade grande como São Paulo, acarreta em prejuízo à oficina”.
Quem venceu o duelo? Com facilidade ao acesso de informações técnicas e peças para ambos os motores, por possuir projeto mais simples, com custo de reparo menor e com menos defeitos recorrentes, o Fire vence essa disputa! Pesa contra o EA111 o clássico problema de deficiência de lubrificação que tirou a paciência de proprietários e os ‘cabelos’ dos reparadores que tiveram que ‘se virar’ durante um bom tempo para solucionar a falha no motor. Mas e para você, quem venceu? Que tal continuar essa discussão em nosso Fórum/Site opinando e votando qual é o melhor motor 1.0, EA111 da Volkswagen ou o Fire da Fiat? Na próxima edição mostraremos os resultados dessa votação.
Motor Fire tem reparabilidade melhor e menos defeitos recorrentes
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por Dentro
A
s concessionárias Audi anunciam que já estão vendendo no Brasil o novo RS Q3, primeiro modelo RS da família de SUVs da marca alemã, que se destaca pelo desempenho esportivo: é capaz de acelerar até os 100 km/h em 5,5 segundos e atingir velocidade máxima de 250 km/h (limitada eletronicamente). Segundo a Audi, o SUV compacto combina toda a praticidade do modelo Q3 para o uso diário com um desempenho excepcional para esta classe de veículos. O novo modelo foi apresentado ao público na inauguração do Audi Lounge, em São Paulo. alta peformance A Audi informa que o motor que equipa o RS Q3 foi eleito “Motor Internacional do Ano” por um júri de especialistas automotivos por três anos consecutivos, desde 2010. O propulsor, utilizado anteriormente no TT RS e no RS 3 Sportback, foi modificado especialmente pela quattro GmbH para uso no RS Q3. Com 2.5 litros e cinco cilindros, ele gera 310 cv de potência, oferece 420 Nm de torque. O sistema de condução Audi Drive Select, equipamento de série, permite ao motorista interferir no controle de válvulas do sistema de escape e na curva característica do acelerador, optando entre os modos Auto, Comfort e Dynamic. No modo dinâmico, isso resulta em respostas mais ágeis e numa sonoridade do motor mais intensa. O Audi Q3 RS conta de série com o sistema Start-Stop, que
a versão RS é 25 mm maior do que o Audi Q3.
Audi RS Q3 é a nova aposta da montadora alemã
desliga o motor quando o veículo para e dá partida novamente assim que o motorista tira o pé do pedal do freio. Outras medidas de eficiência, como a bomba de óleo que funciona conforme a necessidade do motor, contribuem para o baixo consumo de combustível. O câmbio S tronic de sete velocidades tem desenho compacto e baixo peso. A rápida transmissão de dupla embreagem pode ser acionada automaticamente nos modos D e S ou manualmente por meio de shift-paddles no volante ou pela alavanca seletora com design exclusivo RS. O carro conta também com a função Launch Control (controle de largada), semelhante à usada na Fórmula 1, que proporciona arrancadas extremamente dinâmicas. Outros recursos que impressionam no RS Q3 são a tração integral permanente e suspensão
esportiva 25 mm mais baixa do que a da versão Q3 normal. Para melhorar a distribuição de pesos, a bateria foi colocada no compartimento de bagagem. A suspensão independente das rodas traseiras é tipo four-link, com quatro braços. O sistema de direção eletromecânica de pinhão e cremalheira trabalha de maneira eficiente, transmitindo uma sensação de condução firme e precisa. Outros equipamentos de série são o freio de estacionamento eletromecânico e o assistente de partida em subidas. Os discos de freio são ventilados e perfurados nas rodas dianteiras e têm desenho do tipo wave, com contorno exterior ondulado, o que economiza cerca de um quilo nas rodas dianteiras. Os discos têm 365 mm de diâmetro e contam com pinças de oito pistões, pintadas de preto
e com logotipo RS. O controle eletrônico de estabilidade (ESC) dispõe de um modo esportivo e, se desejado, pode ser desativado completamente. Design externo Em termos de visual o modelo apresenta detalhes exclusivos da série RS, como apliques na carroceria e nas barras laterais do teto em alumínio fosco, grade frontal com desenho tipo colmeia, pintada em preto de alto brilho, para-choques dianteiros RS e logotipo quattro na entrada de ar frontal. As rodas de liga leve têm 19 polegadas de diâmetro. O grande spoiler de teto, o para-choque traseiro com difusor, as largas ponteiras elípticas do escapamento e a inscrição RS Q3 destacam a traseira do modelo. Com 1.730 kg e 4.410 mm de comprimento,
As linhas esportivas do exterior têm continuidade na cabine do Q3 RS. O painel de instrumentos têm medidores com fundo cinza, escalas em branco e ponteiros vermelhos. O sistema MMI e o display de informação ao motorista saúdam o condutor com o logo RS. Entre outras informações, o motorista pode saber a pressão do turbo, temperatura do óleo e contar com o cronômetro para tempos de volta. Os pedais e o apoio para os pés têm acabamento em alumínio, enquanto as inserções decorativas de série são em preto brilhante. O revestimento do teto é em tecido preto. Os bancos esportivos têm logotipos estampados RS Q3 e são revestidos em Alcantara preto. O compartimento de carga tem capacidade de 356 litros, que pode ser aumentada para 1.261 litros com os bancos traseiros rebatidos. entretenimento Destaque para o sistema de infor mação ao motorista específico da família RS, são o Audi Parking System Plus, faróis xenon plus com luzes de condução diurna em LEDs e lanternas traseiras em LEDs que, quando não estão acesas, exibem uma tonalidade vermelho-escura, sistema de navegação MMI Plus. A versão que chega ao Brasil traz ainda sistema de som surround Bose com 14 alto-falantes e 465 watts de potência de saída; e conexão Bluetooth.
Job: 21621-010 -- Empresa: Neogama -- Arquivo: 21621-010-RENAULT-Motrio-26.5X30_pag001.pdf
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nissan new March: projetado no Japão, aprovado pelo mundo e fabricado no Brasil Fotos: Divulgação
Primeiro modelo produzido pela Nissan em seu novo Complexo Industrial de Resende, no Rio de janeiro, apresenta sucesso de vendas no mercado brasileiro com novidades tecnológicas e conectividade Margarida Putti
ançado no fim de maio, o Nissan New March, produzido no Brasil, no novo Complexo Industrial da marca em Resende, no Rio de Janeiro, chega ao mercado com estilo marcante, adaptado ao gosto dos brasileiros e com muitas novidades em tecnologia e conectividade. Apresentado mundialmente no Salão de Frankfurt de 2013, o Nissan New March traduz de forma clara o DNA japonês da empresa, com alto nível de qualidade, atenção minuciosa aos detalhes, inovação, e uma ampla lista de equipamentos de série. Segundo a fabricante, o modelo destacou-se entre os concorrentes por oferecer amplo espaço interno, melhor desempenho e manutenção mais em conta. Com design arrojado e conjunto mecânico moderno, que inclui os motores 1.0 16V e 1.6 16V flexfuel com nível máximo de eficiência energética, o New March é um carro perfeito para o ritmo da cidade e apresenta uma tecnologia surpreendente com conteúdos inéditos em seu segmento. O compacto da Nissan é vendido – e aprovado – em mais de 100 países, tendo mais de 6,7 milhões de unidades comercializadas em sua história. Para o presidente da Nissan do Brasil, François Dossa, o modelo reflete a nova fase da fabricante rumo à liderança entre as marcas japonesas no Brasil. “Com o Nissan New March, produzido em nosso Complexo Industrial brasileiro, os consumidores terão um automóvel com qualidade japonesa, design moderno, interior bem-acabado, ótima lista de equipamentos com tecnologias inéditas no segmento, desempe-
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Motor 1.0 16V do novo Nissan New March - modelo fabricado no Brasil
nho, economia e menor custo de manutenção”, disse Dossa. Além do Brasil, o modelo também está disponível em outros mercados como Canadá, México e Europa. Motores FlexFuel O New March oferece duas opções de motores flexfuel, um dos principais pontos de interesse dos consumidores desse segmento. Ele chega ao mercado sendo o único compacto do país a ter tanto o motor 1.0 quanto o 1.6 reconhecidos com a nota máxima (“A”) na sua categoria dentro do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), do Inmetro. O compacto tem algumas das melhores marcas de consumo de combustível na cidade e na estrada, com gasolina ou etanol, entre os modelos compactos. Pelo Inmetro, o modelo é o compacto mais econômico do mercado brasileiro. O motor HR 1.6 16V também
é produzido em Resende (RJ). Com 1.598 cm³, ele desenvolve 111 cavalos de potência a 5.600 rpm, com qualquer um dos combustíveis, e faz o Nissan New March sair da imobilidade aos 100 km/h em 9,88 segundos (gasolina) e 9,49 segundos (etanol). Essa agilidade é proveniente da modernidade do projeto, excelente relação peso-potência (8,8 kg/cv) e do torque de 15,1 kgfm a 4.000 rpm – 90% já estão disponível a 2.400 rpm. Além disso, a Nissan utiliza no motor HR o sistema CVVTCS (Continuosly Variable Valve Timing Control System, ou variação da abertura das válvulas através de variador de fase), que faz com que a entrada de ar e de combustível nos cilindros seja otimizada em qualquer rotação, oferecendo respostas mais precisas do acelerador, maior rendimento com economia de combustível. O resultado é uma melhor queima de combustível e, em consequência,
redução das emissões de poluentes. O HR 1.6 16V também conta com corrente ao invés de correia, dispensando trocas, e velas com eletrodo de Platina, substituídas apenas a cada 100 mil km. Sinal de maior durabilidade e menor manutenção. E, com a produção no Brasil, o consumidor tem ainda mais tranquilidade em relação à manutenção. O 1.0 16V (998 cm³) bicombustível é o motor mais econômico do Brasil. Ajustado às características de dirigibilidade do Nissan New March, esse motor entrega 74 cavalos de potência a 5.850 rpm e 10 kgfm de torque a 4.350 rpm, tanto com etanol quanto com gasolina. Com relação peso/potência de 12,9 kg/cv, e escalonamento adequado das marchas para o tipo de motor e de uso, o New March 1.0 16V tem saídas ágeis, que garantem ainda desempenho muito bom, com aceleração de 0 a 100 km/h feita em 14,48 segundos com gasolina
e em 13,79 segundos com etanol. Mesmo com a boa performance, o compacto mantém as boas médias de consumo de combustível, consagrando-se o mais econômico do segmento. Esse motor tira 90% do torque total a 3.500 rpm. Além de ser ágil na condução, fruto da relação entre os eficientes conjuntos motor/câmbio e o baixo peso (máximo de 982 kg na versão topo de linha), o New March também se destaca pela facilidade de manobrar. Equipado com direção elétrica progressiva de série desde a primeira opção de acabamento, o modelo ainda tem o menor diâmetro de giro do segmento, apenas 4,5 m. Sem contar que o motorista tem excelente visibilidade por conta do parabrisa amplo, das colunas “A” finas e espelhos retrovisores grandes, de espelhos convexos, outra novidade do modelo. O veículo é equipado com freios antitravamento ABS de 9ª geração, da Bosch, com controle eletrônico de frenagem (EBD) e sistema de assistência de frenagem (BAS), que tornam a condução e parada do carro muito mais segura. Inovação tecnólogIca O novo carro é o primeiro entre os hatches compactos a oferecer itens disponíveis apenas em veículos de segmentos superiores: câmera de ré, navegador por GPS integrado às redes sociais (na versão 1.6 SL) e cintos de segurança com pré-tensionadores e exclusivo limitador de carga. A câmera de ré traz mais segurança e comodidade já que dá mais confiança ao motorista ao melhorar a visibilidade na traseira, ajudando a evitar colisões com objetos ou pessoas não identificados pelo retrovisor. E,
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lançaMento em conjunto com a direção elétrica progressiva, deixa a tarefa de estacionar muito mais fácil. Para acompanhar o ritmo da cidade e do mundo sem fios para se comunicar, o Nissan New March traz muita conectividade a bordo. Além das imagens captadas pela câmera de ré, o sistema multimídia (disponível na versão 1.6 SL) com tela de 5.8 polegadas conta com sistema de navegação por satélite (GPS) com tela sensível ao toque e comandos de voz em português, que mostra todas as informações de áudio e do telefone celular e, ainda, permite se conectar via Bluetooth a dispositivos móveis como smartphones e equipamentos de MP3. O modelo também traz diferenciais para o segmento, como o ar-condicionado digital automático. Inteligente, permite a escolha da temperatura desejada para que o sistema se adapte. O novo volante multifuncional, exclusividade mundial do Nissan New March brasileiro, concentra os controles de áudio e da função viva voz para o telefone. Já com o Bluetooth Streaming é possível sincronizar a agenda telefônica e os arquivos de música digital com o sistema para ampliar as opções de diversão durante a condução, sem a necessidade de cabos para conexão. Na segurança passiva, os cintos de segurança dianteiros são equipados com pré-tensionadores e o exclusivo sistema limitador de carga. Com esses recursos, em caso de colisão, os cintos se retraem instantaneamente, restringindo rapidamente o movimento dos corpos dos passageiros e, quase que simultaneamente, liberando gradualmente a correia, amortecendo a força aplicada ao peito, reduzindo a possibilidade de lesões. DesIgn conteMPorâneo A frente 100% nova do modelo traz muito das opiniões dos clientes da marca no Brasil, ouvidas em pesquisas. O design conta com uma grande entrada de ar inferior e grade cromada em forma de ‘V’, com parachoque
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talhes prateados no painel central. A fabricante inovou nas cores de lançamento, com duas novas opções perolizadas: Azul Pacific e Branco Diamond. sIsteMa nIssan connect™
Novo Nissan New March apresenta baixo consumo de combustível e excelente desempenho
dianteiro encorpado, robusto e elegante, conferindo ao modelo característica única. As maçanetas e retrovisores, de acordo com a fabricante, podem ser pretos, da cor da carroceria ou cromados. O frontal do veículo é todo novo, da coluna A até o fim do parachoque. O New March chama ainda atenção pelas linhas arqueadas das janelas. Os para-lamas proeminentes iniciam a marcante e baixa linha de cintura. Além da sensação de robustez, a solução permitiu à engenharia posicionar as caixas das rodas nas partes mais extremas da carroceria com o objetivo de conferir maior estabilidade e dirigibilidade, além de ampliar o espaço e o conforto interno, obtendo excelente entreeixos de 2,45 m para um carro com 3,83 m de comprimento (4,7 cm a mais em relação ao March), 1,68 m de largura (+1 cm) e 1,53 m de altura. No teto há dois vincos acentuados em forma de “V”, que lembram bumerangues e não são meros detalhes estéticos. Eles têm a importante função de conferir maior robustez à carroceria e ganho acústico, pois o nível de ruídos do impacto do vento baixou sensivelmente. Por falar em redução de ruídos, o New March recebeu um tratamento acústico reforçado para ampliar o conforto interno.
Houve aumento da densidade da manta acústica no painel corta fogo, de 1,2 para 1,8 kg/cm², e a adição de uma nova manta ao painel. Os ocupantes do modelo sentem pouco a intereferência de sons externos, já que as modificações introduzidas no Nissan New March nacional reduziram em 1.3 dB o nível de ruído no habitáculo, em comparação ao seu antecessor. O desenho da carroceria na extremidade traseira do teto é levemente elevado para ajustar o fluxo de ar para os lados, o que melhora a performance aerodinâmica do carro. Além disso, dos espelhos retrovisores ao espoiler, cada elemento da versão foi projetado para reduzir a resistência ao ar. Por conta disso, o modelo atingiu 0,33 cx de coeficiente de
arrasto, medida mais eficiente do que a média do segmento dos carros compactos. Detalhes Do vIsual O Nissan New March traz detalhes prateados no painel central, nas saídas de ar-condicionado, na alavanca do freio de estacionamento e no apoio de braço da porta dianteira; revestimento dos bancos em tecido nas cores preto cinza e o novo volante de três raios, que dispõe de regulagem de altura e é exclusivo para o modelo brasileiro. Esse item, por sinal, confere ao modelo mais sofisticação com seu acabamento nas cores preto e prata. A versão topo de linha 1.6 SL tem, ainda, acabamento Piano Black com de-
Disponível nos Estados Unidos e na Europa, a novidade é a plataforma global da Nissan para a conectividade de apps de smartphones. Com ela, motoristas podem ter a experiência digital diretamente em seu veículo. O funcionamento é simples: após a compra da versão do New March equipada com o Nissan Connect™ (1.6 SL), o proprietário se cadastra e registra o veículo no sistema, além de baixar o app em um smartphone com os sistemas operacionais Android ou iOS. A partir disso, é possível interagir com os aplicativos mais populares, como Facebook e Google. O New March oferece duas opções de motores flexfuel, um dos principais pontos de interesse dos consumidores. Foco na qualIDaDe O New March brasileiro ganhou de série na versão 1.6 SL, as rodas de liga leve aro 16, que conferem maior esportividade ao modelo. Como o novo tamanho das rodas e os pneus com perfil mais baixo (185/55 R16) poderiam comprometer o conforto e a dirigibilidade, a engenharia da Nissan adotou novos amortecedores com curso maior (8 mm no da frente e 9 mm na traseira).
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com design renovado e melhorias no sistema de injeção, novo sentra agrada ao reparador Carro deixa de ter visual sério e marca começa a apostar na esportividade, mesmo que seja aos poucos. Veículo agora conta com sistema de partida a frio por aquecimento dos bicos mas, principal reclamação é sobre a política de pós vendas da marca Fotos: Oficina Brasil
fernando naccari e Paulo munhoz
O
Nissan Sentra nunca foi um veículo que representou ameaça aos seus concorrentes Toyota Corolla e Honda Civic, mas em sua nova versão, essa história pode mudar. O que o Sentra vendeu no acumulado dos primeiros quatro meses do ano de 2010 (1651 unidades) era equivalente a menos da metade do que o até então líder, o Toyota Corolla, vendeu apenas em abril, 4.790 unidades só em abril. [fonte: FENABRAVE] Porém, com seu atual facelift, deixando de lado sua cara de ‘tiozão’, o Novo Sentra chegou a ser o terceiro sedã mais vendido do País, ultrapassando o GM Cruze e cada vez mais se aproximando dos rivais. Será que vai passar? HisTÓrico Bem longe do Brasil, o precursor do modelo tem suas origens no ano de 1982 no Japão e atendia pelo nome de Nissan Sunny (FOTO 1). Importado para os Estados Unidos em maio daquele mesmo ano, ganhou seu nome atual [Sentra] e tinha a
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Nissan Sentra com visual renovado agrada aos olhos, e mecânica já conhecida facilita o reparo
missão de substituir o compacto Datsun 210 (FOTO 1A) (Submarca do grupo Nissan). Depois de passar por quatro gerações no mercado externo, em 2005 o Nissan Sentra começou a ser vendido em nosso País (FOTO 2). Recebendo um pequeno tapa no visual em relação ao modelo comercializado no mercado internacional (FOTO 2A), o Sentra vendido no Brasil não fez sucesso.
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A [e mais conhecida] versão que chegou por aqui em meados de 2007 (FOTO 3) foi apresentada no North American International Auto Show, em janeiro de 2006. Agora classificado como um sedã de médio porte pela EPA (Environmental Protection Agency – Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos), o Sentra encorpou bastante e, quando chegou por aqui, começou a ser mais bem aceito.
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design de seu carro. Convenhamos, como dizem os mais antigos, o Sentra sempre foi ‘espartano’ demais. Visual conservador, interior conservador e proprietário conservador. Quem não se lembra da tentativa da Nissan em rejuvenescer o carro à força quando lançou o slogan “não tem cara de tiozão”? Pois é, não deu certo, mas agora o Novo Nissan Sentra (FOTOS 5 e 5A) perde este estereótipo para ser, na pior das hipóteses, o carro do pai de família de meia idade que ainda gosta de surfar. Mas a melhor parte é que, mesmo com essa evolução, o sedã não perderá sua clientela fiel, pois consegue mesclar a esportividade à simplicidade, coisa que o Corolla abandonou há pouco tempo e que o Civic nem lembra mais o que é. Testamos a versão SL do Sentra, veículo cedido gentilmente pela montadora e tivemos boas impressões sobre o mesmo. No habitáculo do veículo, as mudanças foram até mais significativas que externamente. O
nova versÃo Agora sou jovem! Acho que era isso o que a Nissan pensava quando decidiu renovar todo o
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3 Em 2009 o Sentra começou a oferecer a tecnologia flexível em combustível e, em 2010, recebeu uma pequena rejuvenescida no visual através de um sutil redesenho da grade dianteira (FOTO 4).
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Mas, se visualmente o Sentra mudou, tudo o que fica por baixo da carcaça permaneceu. O motor 2.0 16V de 140cv quando abastecido com gasolina, e 143cv quando com etanol, recebeu algumas melhorias para privilegiar o consumo (FOTO 10). Aliado a isso, o Sentra mantém o câmbio automático do tipo CVT chamado pela marca de X-Tronic (FOTO 11). Outra evolução é a utilização do sistema Flex-Start que dispensa o uso de tanquinho de gasolina para a partida a frio (FOTO 12).
chegou a 10km/l com o mesmo combustível. O carro também roda macio, pois seu conjunto de suspensão parece ter sido melhor calibrado para as ruas brasileiras. O ruído interno com os vidros fechados também é mínimo, percebemos que os orientais trabalharam com zelo neste veículo. Enfim, se o Sentra não puder enfrentar de igual para igual com seus conterrâneos orientais, que se cuidem os franceses 408, C4 Lounge e Fluence, pois eles terão que suar para brigar com esse bom japonês . nas oficinas
6a acabamento interno é de primeira linha, tanto o material emborrachado do painel (FOTO 6) de bom agrado ao toque, quanto o cuidado com os bancos em couro escuro (FOTO 6A). O painel de instrumentos tem aparência simples (FOTO 7), mas é bastante funcional. Destaque vai para a partida do motor por botão (FOTO 7A), sem a necessidade de chave, necessitando apenas que ela esteja no interior do veículo.
Mas, para evitar que julguemos um livro somente pela capa, levamos o veículo para ser avaliado na Oficina do Gato, localizada em São Paulo-SP. Lá, o reparador Sérgio Ricardo do Val compartilhou conosco sobre sua experiência com o modelo (FOTO 13).
8 traseiro encontram conforto e boa posição para as pernas (FOTOS 9 e 9A). Mesmo em uma posição mais alta que os bancos dianteiros, dificilmente alguém correrá o risco de bater a cabeça no teto.
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Essas melhorias permitiram que o Sentra atingisse a média de 6,2km/l de consumo com etanol no tanque. Isso em circuito predominantemente urbano. Em circuito rodoviário, o consumo
7a No centro do painel, há também a central multimídia com tela sensível ao toque, dotada de GPS, CD-Player, câmera de ré e rádio AM/FM (FOTO 8). O espaço interno também é um ponto positivo para o sedã. Os ocupantes que seguem no banco
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Com 37 anos de idade, Sérgio está há 8 anos atuando na área. No entanto, se engana quem acha ele relativamente novo na área, pois este aprendeu a profissão desde pequeno com o pai que era proprietário de uma oficina mecânica, mas só depois de mais velho decidiu seguir os passou de seu progenitor. Numa primeira análise, Sérgio comentou que este modelo apresentou importantes evoluções, as principais estão no amplo espaço para o vão do motor e na estrutura de construção da carroceria. “O modelo antigo possuía um bom espaço para trabalhar, mas este novo é bem melhor. Parece um veículo pensado para a manutenção facilitada. Outro ponto positivo é ver que os acabamentos da carroceria, como pontos de solda etc. parecem ser muito bem feitos”.
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DefeiTos recorrenTes Sérgio relatou que o Sentra não é um veículo que tem enfrentado muito as oficinas mecânicas. “Atendi poucos até hoje. Não vejo muitas falhas recorrentes causadas por desgaste prematuro de peças. O que mais faço são manutenções preventivas, como troca de óleo e pastilhas, mas é claro que sempre há um proprietário mais descuidado que quer fazer do veículo um “jipe”. Assim, problemas na suspensão devido a trafegar descuidadamente em ruas esburacadas, costumam acontecer”. Na questão reparabilidade, Sérgio disse que o Sentra é um modelo prazeroso para o reparador, pois não possui muitos segredos e dificuldades. “Tudo nele obedece uma sequência lógica, sem muitos segredos. Porém, necessitamos respeitá-lo, pois mesmo não havendo grandes dificuldades com o processo, ainda existem os torques de aperto dos parafusos, das porcas, especificações de peças etc. Lembrando ainda que tudo isso é montado em um bloco de alumínio que, se não tomarmos cuidado, poderemos espanar roscas ou quebrar suportes. Dessa forma, para removermos as velas deste modelo, por exemplo, devemos retirar o coletor de admissão para facilitar seu acesso. Se você não seguir este padrão, observará que não será nada fácil substituí-las. O mais grave é que, tentando forçar sua saída, você poderá danificar outras peças. Embora não seja o correto, já vi vários veículos que foram submetidos à manutenções equivocadas deste tipo”. caracTerÍsTicas Sobre o motor 2.0 16V de 140cv, Sérgio disse que este é dotado do sistema CVVTCS, ou seja, um comando de válvulas variável (FOTO 14) na admissão e no escape. “Além disso, outra grande novidade é ver o sistema de injeção flex Bosch Motronic passar por uma evolução e já ser por aquecimento do etanol (FOTO 14A). Esta é sequencial e é fasada com o sistema MAF (medidor de massa de ar), e com
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O sistema de freio, quando comparado a versão anterior, não sofreu alterações. “É igual ao modelo anterior (FOTOS 16 e 16A), utilizando uma central ABS de quatro canais, quatro sensores e com controle eletrônico de distribuição de frenagem (EBD)”, opinou Sérgio.
ficHa TÉcnica Ano
2014
Preço
R$ 71.990
Procedência
Importado
Garantia
3 anos
Configuração
Sedan
Porte
Médio
5
Portas
4
Instalação
Dianteiro
Aspiração
Atmosférica
Disposição
Transversal
Alimentação
Injeção multiponto
Comando de válvulas
Duplo no cabeçote, corrente
Variação do comando
Admissão 84 mm
Lugares motor
Cilindros
4 em linha
Válvulas por cilindro
4
Diâmetro dos cilindros
Taxa de compressão
9,7:1
Curso dos pistões
90,1 mm
1997 cm³
Potência
140 cv (A) 140 cv (G) a 5100 rpm
Torque
20 kgfm (A) 20 kgfm (G) a 4800 rpm
Cilindrada Combustível
Flex
Peso/potência Peso/torque
9,63 kg/cv
Torque específico
10,02 kgfm/litro
67,40 kg/kgfm
Potência específica
70,11 cv/litro
Dianteira
Câmbio
CVT
Transmissão Tração suspensão Dianteira
Independente, McPherson
Traseira
Eixo de torção
freios Dianteiros
Disco ventilado
Traseiros
Disco sólido
Assistência
Elétrica
Pneus dianteiros
205/50 R17
Diametro de giro
10,6 m
Pneus traseiros
205/50 R17
Comprimento
4625 mm
Largura
1761 mm
Entre-eixos
2700 mm
Altura
1513 mm
Bitola dianteira
1520 mm
Bitola traseira
1544 mm
Porta-malas
503 litros
Tanque de combustível
52 litros
Peso
1348 kg
Carga útil
411 kg
14,1 graus
Ângulo de saída
20,2 graus
Não informada
Coef. aerodinâmico (Cx)
0,29
186 km/h
Aceleração 0-100 km/h
10,1 s
Direção
Dimensões
Ângulo de entrada Vão livre do solo
182 mm
aerodinâmica Área frontal (A) Desempenho Velocidade máxima consumo divulgado Urbano
6,9 km/l (A) 10,2 km/l (G)
Rodoviário
9,1 km/l (A) 12,9 km/l (G)
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14a certeza a estratégia do software é trabalhar com a comparação dos valores obtidos em ‘ar’ e rotação”. Este sistema é muito utilizado pela Bosch que, embora seja mais caro, tem uma melhor eficiência, pois informa para a ECU a massa de ar correta, calculando junto a quantidade de ar em volume e a temperatura deste, tudo simultaneamente. “Isso permite que, associada às informações emitidas pelo sensor de rotação, a ECU calcule o tempo de injeção mais preciso, focando em reduzir as emissões de poluentes sem comprometer o desempenho do motor”, acrescentou Sérgio. Sérgio ainda acrescentou que considera os sistemas Bosch Motronic muito eficientes, porém quando apresenta algum problema, o diagnóstico é bem mais complexo que os Magneti Marelli. No Novo Sentra, as manutenções corriqueiras serão fáceis. “A disposição do conjunto, na parte inferior do veículo, permite que em uma troca de óleo, por exemplo, o reparador coloque as ferramentas, remova o filtro e escoe o óleo sem dificuldades”. De acordo com Sérgio, o Sentra possui dois modelos diferentes de transmissão mecânica de seis marchas e ambas são trabalhosas para remover. “Trocar a embreagem dele com essas duas
transmissões dá um ‘trabalhinho razoável’, pois temos que retirar o agregado da suspensão. Nesta, ainda há a necessidade de uma atenção redobrada com o sistema de direção, principalmente se o veículo for equipado com airbag. Se sim, é preciso travar o volante de direção para que o Cable Rear (cabo de conexão atrás do volante) do sistema SRS não seja danificado”. Sérgio acrescentou que, caso não nos atentarmos a este detalhe e o volante de direção ficar solto, o Cable Rear que é um contato espiralado dentro do volante, acaba partindo, deixando o circuito aberto. Disse ainda que esta peça é muito cara e, na maioria dos casos, o reparador não querendo ficar com o prejuízo, tenta reparálo. “Tentando fazer isso ele acaba cometendo outro erro, pois após esta manutenção, quando o reparador for religá-lo no conjunto, a bolsa do airbag é acionada, podendo causar sérias lesões ao reparador. Já em veículos dotados de transmissão a automática CVT (FOTO 15), como o que avaliamos, Sérgio recomendou atenção para a troca do óleo no período correto. “Este deve ser conferido a cada 20.000km e substituído a cada 100.000km”, orientou Sérgio.
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16a O freio dianteiro possui um par de discos ventilados de 279,4 mm de diâmetro. A espessura da pista é 24,00mm, sendo o valor mínimo desta de 22,00mm. A altura total é de 44,50mm e o diâmetro do furo total é de 68,00mm. Já o freio traseiro conta com um par de discos sólidos de 292,1mm de diâmet ro (bem grandes por sinal). Essa característica permite melhor eficiência e estabilidade no conjunto, pois possui maior área de aderência e dissipação de calor. No sistema de suspensão e direção, Sérgio não observou muitas mudanças. “Na parte frontal, continua o sistema de suspensão independente McPherson (FOTO 17) (com barra estabilizadora) e que preserva o mesmo layout dos
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em breve na sua oficina componentes. Mas é bom lembrar que, apesar de robusta, ela não estará imune a danos causados por nossas ruas mal pavimentadas. Assim como no modelo anterior, neste teremos que trocar os coxins do amortecedor com relativa frequência. Inclusive, neste modelo novo, já observo que ele tem uma pequena alteração. Vamos acompanhar para ver se isso foi o suficiente para solucionar a falha ou não”. Em nosso fórum do Jornal Oficina Brasil, o reparador Gilberto (gurip) também comentou que este item é problemático. “Já peguei Sentra com problemas no coxim do amortecedor dianteiro o cliente levou o veículo na concessionária e eles diagnosticaram que era as buchas do agregado a causa. Quando pediu, não havia as buchas para reposição e eles só trocavam o agregado inteiro. Foi aí que alguém nos indicou ao cliente para a manutenção. Assim, fizemos os testes tirei os amortecedores e constatei que o coxim do amortecedor estava estourado. O mais curioso é que não havia folga, mas batia feio como se fosse bieleta folgada, mas era o ‘danado’. No fim das contas, o cliente economizou cerca de R$ 6 mil sem trocar o agregado completo”. O conjunto traseiro é do tipo convencional com eixo de torção e barra estabilizadora (FOTO 18). “Esta [barra estabilizadora] é bem larga! Pelo o que aparenta, ela manterá o veículo bastante estável, principalmente em velocidades altas e em curvas. Mas, em minha opinião, falta ainda colocar um sistema que permita a regulagem da convergência traseira, assim como ocorre no Civic, por exemplo”.
mais eficiente que seu antecessor, pois esta já é eletro-assistida (FOTO 19)” relata Sérgio.
19 reParabiLiDaDe Toda evolução é bem vinda desde que o reparador tenha material técnico para trabalhá-la quando for necessária qualquer manutenção. “No sistema de climatização do modelo, que é do tipo ‘digital dual-zone’ (FOTO 20), apesar de oferecer conforto aos ocupantes, para o reparador dá dor de cabeça, pois não temos literatura técnica para nos auxiliar. Quando nos referimos a serviços em geral, mesmo sem algumas informações específicas nós conseguimos resolver algo, mas quando este reparo envolve diagnósticos em componentes no painel do veículo, isso complica muito”, reclamou Sérgio.
20 Outro desafio encontrado pelo reparador, também no painel de instrumentos (FOTO 21), é a substituição de lâmpadas. “Quando é necessário fazer essas substituições, devemos ter muito cuidado para remover os acabamentos plásticos que ficam sobre o acesso às lâmpadas. Às vezes, mesmo tendo cuidado, alguma coisa acaba quebrando ou trincando”.
18 Mas o Sentra não trouxe apenas um ‘remake’ em sistemas já existentes em versões anteriores. “Esse modelo possui uma direção
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PeÇas e informaÇÕes Estas são as bases para que uma oficina execute um trabalho de qualidade em qualquer veículo de qualquer marca. Mais do que isso, garantem a boa reputação de um veículo perante o mecânico de conf iança do cliente (futuro comprador). Conversamos com Sérgio sobre seu hábito de compra de peças e ele nos contou que, alguns itens mais simples ele costuma encontrar com facilidade no mercado independente, porém, quando se trata de peças internas do motor, transmissão, peças de injeção eletrônica, ABS, SRS, componentes de suspensão, aí a coisa muda de figura. “Quando precisamos de algo da concessionária, vemos que nem ela e nem a montadora mantém peças em estoque, causando morosidade na reposição e chateando bastante a nós e ao cliente. Isso acarreta prejuízo para a oficina, pois carro parado é dinheiro e serviço que deixam de entrar”. Chateado com essa postura da marca com o mercado independente, Sérgio sugeriu que a montadora realizasse um estudo real sobre a situação da disponibilidade de peças, pois na realidade atual não recomenda este veículo a seus clientes. “Embora seja um veículo de qualidade e que tem tudo para agradar ao proprietário, não posso indicar um car ro que nós reparadores não tenhamos condições de consertar”. Sérgio comentou que, certa vez, comprou uma embreagem de um fabricante conhecido, mas após a montagem, esta produzia vibrações no pedal e incômodo para dirigir. No final, o problema foi sanado somente com uma embreagem genuína. Mas o maior problema esteve no meio deste caminho. “Est a e mbreage m de morou cerca de 20 dias para chegar na concessionária e, durante esse período, tivemos que ficar com o veículo parado na of icina. Imagina o prejuízo que tivemos? E se fosse uma oficina pequena? Com certeza
o prejuízo seria bem pior”. Assim como encontrar alg u m a s p e ça s , i n for m a ç õ e s técnicas da Nissan são difíceis de conseguir. “Tenho muita dificuldade em consegui-las, pois são poucas as concessionárias Nissan em São Paulo e não tenho amigos nelas que poderiam me ajudar. No caso deste carro, a situação vai se complicar e, para realizar alguma manutenção nele, teremos que utilizar o nosso conhecimento dos modelos anteriores”. Mas, até para sair de uma certa ‘zona de conforto’, Sérgio nos aconselhou. ‘O KTS da Bosch é um bom equipamento e é dotado de muitos recursos para nos auxiliar em diversos ca sos, i nclu sive ele possu i alguns manuais de reparação. No entanto, verifico que para os Nissan, as informações são bem resumidas até nesse equipamento”. Direto do nosso Fórum do jor nal Of icina Brasil, o reparador Mauro André Cervo (rlmac) comentou: “Até agora não pegamos ainda em nossa oficina nenhum Sentra com um problema grave. As peças são relativamente fáceis de conseguir, pois no mercado paralelo tem muita coisa de marca boa que podemos usar nas revisões do dia-a-dia como pastilhas de freio, velas, filtros, correias, rolamentos, amor tecedores, componentes de suspensão, etc. Há cerca de 1 ano atrás, tivemos um caso de problema em sonda lambda de um Sentra e na hora não tinha na concessionária e também não constava em catálogos de marcas renomadas. Aí arriscamos em colocar uma
universal planar da Bosch e funcionou muito bem. Já os materiais técnicos são um pouco difíceis de conseguir mesmo. Temos muitos manuais de serviços mas eles não abrangem muito essas linhas japonesas, só tem o básico e ainda assim contém muitos erros. No geral acho u m bom ca r ro e acho ainda que o Novo Sentra será ainda melhor em tecnologia e conforto”. concLusÃo A Nissan apostou em um visual renovado para fazer o Sentra alavancar as vendas no Brasil. Além disso, o conjunto mecânico permaneceu e recebeu algumas melhorias, como o sistema de partida a frio que dispensa o tanque auxiliar. No entanto, apesar do Sentra ser um bom veículo, a Nissan comete o mesmo erro das coirmãs japonesas [Honda e Toyota] e teima em manter o acesso às informações técnicas quase nulo. Quem consegue algo, é na base da camaradagem e t roca de favores entre algumas concessionárias e oficinas, mas quem não tem essa vantagem, fica ‘a ver navios’. Assim, se a montadora decidisse ser pioneira e trabalhar mais assiduamente com o mercado independente, o Sentra, apesar de não possuir o mesmo glamour dos seus irmão japoneses, teria tudo para ter uma melhor aceitação pelo público e teria um grande avanço nas vendas, pois teria o apoio do mercado de reparação independente que, como sabemos, é o principal consultado pelo proprietário no ato da escolha por um novo veículo.
comenTe no fÓrum no mês de agosto, você pode ter sua opinião divulgada nesta seção. Para participar, acesse nosso fórum e comente sua experiência com a manutenção de veículos Jac e sobre suas expectativas para a maxivan T8.
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CUIDADOS COM A BOMBA DE ÓLEO GARANTEM VIDA LONGA AO MOTOR - PARTE 1 Responsável por enviar o lubrificante às partes móveis do motor e aos componentes agregados, a bomba de óleo é considerada o “coração” do sistema de lubrificação do motor, mantendo a vazão sempre dentro do ideal em todas as rotações. Entretanto muitos aplicadores possuem a seguinte ideologia: “O Motor está sem pressão de óleo – Vamos trocar a bomba de óleo”. Sabemos que para um bom funcionamento do sistema de lubrificação de um motor a combustão interna é preciso que todos os componentes estejam trabalhando dentro dos padrões estabelecidos, caso contrário irão ocorrer diversas anomalias no sistema, acarretando problemas graves em seu funcionamento. A função da bomba de óleo é manter constante o fluxo de fluido de lubrificação
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foto 2 foto 1 por todas as galerias do motor, (foto 01), mas para isso o fluido não deve conter qualquer tipo de contaminação ou deficiência interna do motor, ela não é responsável por pressão de óleo. Devido ao fato de que a bomba de óleo é a primeira peça a ser lembrada quando se procura a responsabilidade de uma falha prematura do motor, é preciso lembrar que a bomba necessita de mais de duzentos itens internos do motor e junto a isso a qualidade
do óleo do motor. Cada projeto de motor exige de terminado foto 3 tipo de óleo. Portanto, é importante ficar de olho no manual do veículo e nas especificações do fabricante, pois o dimensionamento e folgas de ajustes levam em conta a necessidade de determinadas características, como viscosidade e estabilidade. “É preciso acabar com o mito de que os óleos são todos iguais e parecidos, pois não são. Cuidados especiais deve se tomar com óleos minerais e sintéticos, pois a mistura inadequada ou troca além do tempo previsto pode resultar
na formação de detritos, “ Borra de Óleo” (foto 02). Altamente prejudiciais ao motor e principalmente a Bomba de óleo. A Vida útil da bomba de óleo é respectivamente semelhante a demais componentes do motor como, por exemplo, anés, comando, bronzinas, etc. Em geral, o desgaste da bomba de óleo acontece nas engrenagens e rotores, na carcaça e sua tampa, como também na válvula reguladora de pressão - válvula travada aberta por contaminação do lubrificante é muito comum (foto 03) e, neste caso, o motor perderá a sua pressão podendo inclusive fundir. Na próxima edição, veremos mais detalhes sobre o que acontece quando a válvula trava fechada e mais algumas curiosidades sobre este componente. Boa leitura à todos e até mês que vem!
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Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo
INFORMATIVO Junho 2014
Lei das oficinas prevê qualidade de serviços A lei nº 15297/14, de autoria do deputado Major Olímpio (PDT), que determina as normas básicas de oficinas mecânicas no Estado de São Paulo, deve criar uma nova forma de relacionamento entre consumidor e oficina. “A lei, além de estabelecer regras para abertura e funcionamento das oficinas, também garante inclusão e desenvolvimento do setor, sempre primando pela qualidade no atendimento ao consumidor”,afirma o diretor do Sindirepa-SP e assessor para assuntos governamentais do Nacional e Sindirepa-SP, Luiz Sérgio Alvarenga, que também é autor do texto do projeto de lei que deu origem à legislação. A regulamentação das oficinas estabelece regras e exigências que tornam mais transparentes a relação entre consumidores e oficinas. Entre as exigências da lei, há a necessidade da oficina contar com um responsável operacional pelos serviços executados, que atenda aos requisitos da ABNT ou que tenha passado por treinamento de 400 horas ou 40 horas quando comprovada experiência de dois anos. “Não se trata de um técnico, mas um profissional capacitado para executar o serviço”, complementa Alvarenga. O treinamento deverá ser feito pelo Senai ou outra instituição de ensino capacitada em manutenção automotiva. “A lei deverá estimular a indústria a adequar treinamentos e certificados com objetivo de auferir o valor legal exigido”, comenta o diretor. O responsável operacional terá como função possuir o entendimento geral dos serviços, esclarecendo os questionamentos dos consumidores. Alvarenga comenta que a norma de capacitação expedida pela ABNT - NBR 15.681 de 2009 – Qualificação do mecânico de manutenção, base para a certificação voluntária de profissionais que será elaborada pelo Senai
Nacional, deverá ser seguida conforme o artigo 3º, item I da lei. Os serviços precisarão atender às normas técnicas publicadas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), além de seguir especificações estabelecidas pelos fabricantes de autopeças. Existem 27 normas de serviços automotivos existentes, sendo que 17 estão sendo revistas pelo estudo, realizado pelo Grupo de Trabalho do Subcomitê Brasileiro Automotivo CB-05 da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, do qual o Sindirepa-SP, Senai e IQA fazem parte. A primeira normalização de serviços automotivos surgiu em 1993 e diversas delas foram criadas entre 1999 e 2002, por isso, algumas normas precisam ser atualizadas. Para obter as normas técnicas gratuitamente, basta acessar a página http://www.abntcatalogo.com.br/sebrae/setorial/, clicar em reparo de veículos, inserir o CNPJ da oficina e seguir os passos recomendados. Os equipamentos para os serviços que medem as emissões veiculares, assim como os li-
gados diretamente à segurança veicular, deverão estar em conformidade de acordo com a norma NBR-ABNT 14.624 e deverão atender, caso exista, a exigência de comprovação de homologação junto ao Inmetro – Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial. Os estabelecimentos deverão exibir em local visível o atestado de legalidade sindical patronal e o certificado numerado atestando o cumprimento dos dispositivos desta lei, emitido pelo Sindirepa, sindicato que representa as empresas de reparação de veículos. Também será necessário deixar visível também o certificado de conclusão de treinamento do mecânico, expedido por instituição de ensino oficialmente reconhecida na área automotiva e certificado de conclusão em treinamento de conhecimento geral dos sistemas dos veículos automotores, com o nome do responsável operacional dos serviços. O prazo para as empresas se adequarem expira em 11 de janeiro de 2015, um ano após a data da publicação da lei no Diário Oficial do Estado de São Paulo.
Entre em contato com o Sindirepa-SP pelo telefone (11) 5594.1010 ou por E-mail: sindirepa@sindirepa-sp.org.br
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oficina é um bom negócio!
a retífica de motores tem novo papel, muito além do que você pode imaginar Para encerrarmos com “chave de ouro” esta última edição da editoria “Oficina é um Bom Negócio”, contaremos a história de dois irmãos que viram a oportunidade de amarrar toda a operação de reparação automotiva, desde a manutenção convencional até a parte de retífica de motores Fotos: Oficina Brasil
fernando naccari, Paulo Handa e Paulo munhoz
A
equipe do jornal Oficina Brasil entrevistou os irmãos proprietários da retífica e centros automotivos “Base”, Felipe Santos Mendes de 28 anos de idade e Zautison Salgado Bento Junior de 38 anos. Eles nasceram praticamente dentro da antiga retífica do pai, e ambos cresceram em meio à usinagem dos motores na cidade de Guarulhos, município vizinho à capital paulista. Com o passar de cerca de dois anos, os filhos viveram um conf lito de ideias com o pai e juntos decidiram enfrentar uma empreitada própria. Dessa forma, há mais de cinco anos começaram com a retífica Base, uma empresa que se destaca das demais concor rentes devido à visão de uma oportunidade de negócio destes ir mãos, a estrutura baseada em equipamentos de ponta e funcionários altamente capacitados. Mas por que trabalhar com uma retíf ica agregada a um centro automotivo? Segundo Junior, isso aconteceu graças ao que eles obser va ra m na rotina de trabalho na retífica do pai. “Inicialmente, nosso foco era somente realizar retíficas nos motores da linha leve e pesada, mas havia muitos clientes que pediam além dos habituais ser viços no motor [lin ha leve], e quer iam que efetuássemos trocas de óleo, filtros, correias, serviços em freios etc. De início fazíamos com algumas restrições, mas depois notamos que, atuando
Os irmãos Zautison (à esquerda) e Felipe são os proprietários da rede de retíficas “Base” de Guarulhos-SP
nesta área também, poderíamos agregar o histórico de manutenção do veículo, fato este que facilitava nosso trabalho e assegurava uma maior vida útil deste como um todo ao cliente. Desta maneira, vimos a necessidade de montar um centro automotivo para estes serviços e deu muito certo. Atualmente, nós já possuímos dois, ambos em Guarulhos – SP”. A grande sacada dos irmãos su r t iu efeit o, pois o maior terror das retíficas é receber um motor de uma oficina para um serviço sem saber o que causou a falha. Assim, após o reparo efetuado e devolvido à oficina de origem, quando este apresenta uma nova falha,
acusam a retífica de um serviço mal executado. “Isso nos dava muita dor de cabeça. Às vezes o carro apresentava um problema de superaquecimento, por exemplo, e realizávamos o reparo e devolvíamos o motor à of icina. Depois de alg um tempo ele voltava com o mesmo problema cobrando garantia e com o cliente reclamando na nossa porta, mas quando íamos pesquisar a causa da falha, era um pequeno vazamento no radiador que o cliente não notava e rodava com o carro até o motor ‘ferver’. Com nosso centro automotivo (FOTOS 1, 1A e 1B) isso mudou, pois já tratamos direto com o cliente e explicamos o que precisa ou
não ser feito para solucionar o problema do veículo”, nos contou Felipe. No centro automotivo, os irmãos disponibilizam todos os serviços comuns a este segmento de serviços e a partir dele, abastecem 80% da demanda da retífica. “Ainda atendemos serviços para a retífica vindos de outras oficinas, mas hoje somos mais seletivos e isso só ocorre com oficinas parceiras as quais sabemos da idoneidade, totalizando cerca de 20% dos motores que recebemos para manutenção”. noVo meRcaDo Para os irmãos, o cenário
atual do setor automotivo está mudando, não deixando mais espaço para aquele que não acompanhar as evoluções. “Os clientes se tornaram cada vez mais exigentes e até mesmo a tecnologia dos motores evoluiu muito. Assim, o reparador/empreendedor deve estar em uma busca constante por aperfeiçoamento, através de novos cursos e maquinário moderno. Se não o fizer, certamente estará parado no tempo, sem a menor chance de conseguir crescer”, comentou Felipe seguido do aceno positivo com a cabeça de ser irmão Junior. Em muitas retíficas é comum, por exemplo, a utilização de ferramentas simples como
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oficina é um bom negócio! um martelo ou uma lixa, mas de acordo com Junior, este tipo de empresa está fadada ao fracasso. “Hoje com os motores cada vez mais sensíveis a um reparo mal executado, qualquer tipo de folga acima do especificado terá um impacto gigantesco para seu funcionamento”. A retífica no cenário atual deve ser pensada para funcionar como uma máquina perfeita. Mas, para que tudo isso ocor ra, devemos considerar sempre que um funcionário preparado tecnicamente também deve estar plenamente feliz com o trabalho que exerce. “Temos que estar cercados de pessoas qualificadas e comprometidas com a empresa (FOTOS 2 e 2A), todos devem possuir grande experiência e alto conhecimento técnico, além de entenderem nossa política e estarem ao nosso lado para enfrentar a rotina. Um diferencial nosso é que oferecemos um salário médio maior do que o exercido no mercado. Isso também permite que ten hamos prof issionais satisfeitos”. O ut ro p ont o i mp or t a nt e a ser ressaltado é ter equipamentos novos e de acordo com o serviço que será executado na oficina, como fresadora de sede de cabeçote, retífica de válvulas, brunidora, alinhadora de bielas, broqueadoras, mandriladora, plaina de superfície etc. “Não é possível manter um alto padrão de qualidade sem ter que realizar o investimento necessário (FOTOS 3 e 3A). A precisão da tecnologia dos motores atuais nos pede que sejamos assim”, explicou Felipe. Saber atrair bons clientes, aqueles que agregam lucro a empresa, é um fator que deve ser sempre trabalhado com cuidado e afinco. “Este é um ponto chave de nosso bom desempenho, pois temos que entender que nem todo tipo de cliente é lucrativo aos olhos da empresa. Aquele serviço em que é solicitado apenas uma plaina do cabeçote ou um brunimento do cilindro do bloco agregam muito mais risco do que lucro em si, afinal não sabemos a
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dizer que 75% são de motores completos e, os demais, parciais”, explicou Felipe. Atuando com este mercado diferenciado, a empresa apresentou um aumentou de 35% nos serviços de retífica quando comparado ao período em que atuava só com este serviço. PRoPaganDa Também VaLe
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real situação do retífica complemotor do veícuta ou parcial não “Todos nossos funcionários possuem lo e o que caué uma questão sou o problema. que preocupe. grande experiência. Só trabalhamos com E st e volt a ndo “Hoje, num apaprofissionais” a o c or r e r, at é nhado geral, Junior provarmos que 65% das retífinosso trabalho cas que fazemos foi bem feito e são de caráter que a falha tem origem em ou- ma que muitas vezes não vale parcial, geralmente em cabeçotro componente agregado (nos a pena encarar”, disse Junior. tes, e as demais são completas. casos de serviços que chegam Assim, quando o ser viço No entanto, quando os serviços de outra oficina), é um proble- vem de ‘dentro de casa’, uma são para outras empresas, posso
Saber se destacar perante seus concorrentes é algo fundamental para ganhar novos clientes, e para isso, o zelo com o visual da oficina e dos funcionários, além da correta divulgação do trabalho, também são muito importantes, segundo Felipe. “Nossos funcionários estão sempre uniformizados e mantemos o ambiente extremante limpo. Isso passa uma boa primeira impressão a um novo cliente. Outra forma eficaz é a divulgação em diversos canais de acesso, como em nosso site e nas redes sociais. Também adesivamos nossos veículos, permitindo que por onde a gente ande, nosso trabalho seja divulgado (FOTO 4 e 4A)”. moToReS PaRciaiS No segmento de peças automotivas, cada vez é maior o número de concessionárias que oferecem produtos com preços próximos aos do mercado paralelo. Para isso, algumas montadoras propõem a seus clientes a venda de motores parciais, dando a possibilidade do consumidor comprar a parte que precisa ao invés de realizar uma retífica. Porém, esse cenário ainda não é preocupante para as oficinas. “Tenho observado que realmente os preços oferecidos pelas concessionár ias estão cada vez menores, entretanto ainda há um caminho muito longo para esta tendência inf luencia r negat iva mente as empresas do setor independente. Hoje, o custo de um motor parcial é basicamente o dobro de um retificado, e ainda temos a questão dos gastos e burocracia com a transferência
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de números de motor no documento, além da “dor de cabeça” para conseguir dar a baixa do motor antigo. O cliente não está disposto a gastar seu tempo e dinheiro neste tipo de coisa, o que interessa a ele é um serviço de qualidade com garantia. E é isso o que buscamos oferecer a eles”, contou Junior. Mas, para Junior, as concessionárias vendem os componentes que eles consideram como parciais sem muitas peças importantes, dando trabalho ao usuário que tem que correr atrás de tudo. “A maioria [das concessionárias] ao vender o cabeçote, por exemplo, fornece somente a peça sem os tuchos, comando de válvulas, válvulas, etc. Já quando o cliente opta pela retífica, ele tem um ótimo resultado, muitas vezes pela metade do preço e um serviço muito mais rápido”. Temos ainda no mercado uma dúvida frequente quanto à diferença entre peças paralelas
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e genuínas. Para motores, isso ainda é mais preocupante, mas segundo Felipe, isso é um mito, pois dependendo da fabricante da peça paralela, não há com o que se preocupar. “Bast a pesquisar a procedência e confiar em marcas de renome no
“Nestas situações utilizamos peças paralelas, porém analisamos o histórico de falhas da marca [fabricante da peça] antes de montá-las no veículo para evitar que tenhamos retrabalhos e ‘dores de cabeça’ desnecessárias com os clientes.
compra de peças é mais amplo, dando ao reparador a oportunidade de escolha. “Em algumas concessionárias, quando solicitamos uma determinada peça, o próprio vendedor nos dá a opção de compra entre a genuína e a paralela com grande
“Quando isso ocorre, optamos por nós mesmos resolver a situação e arcarmos com a troca da peça, pois geralmente é difícil acionar a garantia das fábricas e elas costumam ser muito burocráticas para nos atender, sejam fabricantes de peças genuínas ou de paralelas, o problema é comum a todas” felipe
mercado”. Junior nos contou que geralmente a of icina opta por utilizar somente peças genuínas nos motores, mas infelizmente em alguns, como no de carros importados antigos que representam 30% dos serviços da retífica, isso fica mais difícil.
Geralmente quem tem esses carros é porque realmente gosta do carro e o tem como sua paixão. Assim, preferem arcar com os serviços de retífica e continuar com ele do que trocar por um popular mais novo”. Já no ramo de veículos nacionais, para Felipe, a opção de
diferença de preço. Devido a isso, entendemos que há peças de diferentes qualidades disponíveis no mercado e devemos avaliar antes qual é a melhor a ser utilizada em cada caso. Porém, não podemos generalizar, pois contradizendo um mito de mercado, há sim algumas
marcas paralelas que possuem qualidade semelhante às genuínas e podem ser aplicadas nos veículos com toda a segurança de que estas não apresentarão problemas”. Uma dúvida que muita gente tem é com relação à garantia dada por uma retífica. Assim, Felipe disse que em sua oficina, esta é ofertada juntamente com a indicação de serviços mecânicos necessários. “Quando pegamos um motor para retificar, eles geralmente são provenientes de um de nossos centros automotivos. Assim, antes de elaborar um orçamento, analisamos o histórico de problemas que o carro apresentava, pois diversos componentes externos ao propulsor têm inf luencia direta sobre seu desempenho e segurança, como o sistema de injeção, arrefecimento e transmissão. Dessa forma, passamos o orçamento ao cliente, no qual, está descrito não somente o valor da retífica, mas também o preço da reparação de demais componentes agregados. Caso ele não aceite ou queira fazer somente parte do serviço, não damos garantia. Agora, se ele aceitar, fornecemos um prazo de seis meses ou 20 mil quilômet ros, o que ocor rer primeiro”. Mas sabemos que quando um reparo é executado, seja ele de qualquer espécie, o reparador se compromete com o cliente quanto à garantia do serviço executado. Porém, quando alguma peça apresenta alguma falha, a situação se complica. “Quando isso ocorre, optamos por nós mesmos resolver a situação e arcarmos com a troca da peça, pois geralmente é difícil acionar a garantia das fábricas e elas costumam ser muito burocráticas para nos atender, sejam fabricantes de peças genuínas ou de paralelas, o problema é comum a todas”, contou Felipe. Com essa post ura adotada, Junior ainda acrescentou que em mais de cinco anos de fundação da empresa, nunca tiveram nenhum problema com clientes relacionado a ações judiciais.
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INFORMATIVO
Bom relacionamento com clientes é sinônimo de confiança A observação dos relacionamentos interpessoais sob o aspecto profissional nos leva a crer muitas vezes que, para construir uma boa relação com os clientes basta somente entregar aquilo que eles procuram de forma consciente, sem considerar qualquer possibilidade de criar uma aura de amizade que possa fazê-los sentir-se mais como seres humanos e menos como parte de uma negociação. Essa forma de relacionar-se com os clientes, encarando o lado pessoal e o profissional como coisas distintas e desconectadas uma da outra, foi encarada durante muito tempo como a mais correta, ao buscar no relacionamento com o cliente somente o melhor resultado para o negócio, ou seja, criar demanda e em consequência disso gerar lucro. Portanto, o tratamento puramente mercantilista nas relações com os clientes era considerado positivo e desejável, e demonstrava profissionalismo na condução dos negócios. Porém, a maneira dinâmica como são construídas as relações entre as pessoas atualmente e, principalmente, a forma como elas se mantêm intensamente conectadas, graças ao advento das redes sociais, alterou sensivelmente a percepção sobre a forma de tratar e se relacionar com o cliente. O poder de persuasão de um único cliente sobre a sua base de contatos foi ampliado consideravelmente e sua capacidade de influenciar as pessoas com as quais se relaciona ganhou dimensões nunca antes imaginadas. Não basta, portanto, atender o cliente. Agora é preciso relacionar-se bem com ele e, mais ainda, conquistar a sua confiança e sua
empatia com a marca, produto ou serviço que a empresa oferece. A construção de bons relacionamentos, no entanto, demanda tempo e requer dedicação. Tanto no campo pessoal quanto no profissional, manter uma relação que transmita cordialidade e ao mesmo tempo segurança e que inspire um sentimento mútuo de confiança pede uma boa dose de altruísmo e de aprimoramento no trato entre aqueles que se relacionam. E isso não se consegue da noite para o dia. Não é algo que possa ser fabricado. Uma marca ou empresa não consegue ser simpática ou confiável simplesmente veiculando uma campanha publicitária, ou fabricando e impondo uma imagem através da divulgação nos meios de comunicação. As pessoas não reagem positivamente a isso. Esse reconhecimento deve ser conquistado ao longo do tempo, através de relacionamentos baseados na transparência e em valores que possibilitem o estreitamento e o fortalecimento da confiança entre a marca e o cliente. Somente dessa forma um cliente passa a ser mais que um cliente satisfeito, para tornar-se um amigo do seu negócio. Com base nessa filosofia, a DMC Promoções vem formando, ao longo dos 22 anos de sua existência, suas equipes de promotores publicitários, técnicos e de vendas. Com o objetivo de construir e manter relacionamentos consistentes e duradouros com todos os elos da cadeia de distribuição de autopeças, os promotores são orientados, desde seu ingresso na DMC, a adotar uma postura de honestidade e transparência com todos os profissionais com os quais mantêm contato, desde distribuidores, varejistas ou apli-
cadores, até os colaboradores dos fabricantes que representam e dos profissionais de veículos de comunicação especializados, sempre com respeito e humildade, prestigiando as marcas que carregam sem serem desleais com os concorrentes. O profissionalismo na condução e no trato com clientes e com todos aqueles que se relaciona passa a ser uma prerrogativa básica no perfil do promotor, de maneira que o slogan da DMC passe a fazer todo sentido para ele: “Pessoas que fazem a diferença!”. O reconhecimento do mercado, diante dessa cultura que os promotores da DMC possuem, foi traduzido durante mais de duas décadas de suas atividades em contratos para representar e divulgar as marcas de autopeças mais importantes e renomadas, sempre com o intuito de contribuir para o fortalecimento da imagem destas marcas e com a obtenção de resultados positivos para estas empresas.
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do fundo do baú
Gurgel Motors: a história da montadora 100% brasileira Com o BR 800, a marca ganhou reputação internacional e o Brasil figurou entre os poucos países que projetaram e fabricaram seus próprios carros Fotos: Anderson Nunes
anderson nunes
A
história da Gurgel Motores confunde-se com a do seu criador, o engenheiro mecânico–eletricista João Augusto Conrado do Amaral Gurgel. Desde muito cedo João Gurgel já demonstrava uma aptidão para criar objetos como transformar os triciclos dos amigos em uma pequena bicicleta, ou criar seus próprios brinquedos. Mas para um rapaz que desde cedo estava acostumado a fabricar seus próprios bens, era estranho um país como o Brasil ainda ter que importar automóveis e não fabricá-los. Em 1949, enquanto cursava o quinto ano de engenharia mecânica-elétrica na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, ao invés de apresentar como trabalho de formatura um guindaste de coluna, ele resolveu surpreender o professor com um projeto de um pequeno carro de dois cilindros, batizado de “Tião”. Ao ver aquilo o professor foi taxativo. “Eu não pedi um projeto de um carro”. E professor foi mais a fundo dizendo: “Entenda uma coisa, Gurgel, automóvel não se fabrica, se compra. Tecnologia de carro é coisa de multinacional”. O proje-
Gurgel BR 800 é um dos icônicos modelos nacionais
to do guindaste foi entregue e o diploma conquistado. Entretanto aquelas palavras proferidas pelo mestre o perseguiram durante os anos seguintes, mas Amaral Gurgel não era uma pessoa de entregar os pontos facilmente. Devido ao seu bom desempenho da universidade, o recémformado engenheiro conseguiu uma bolsa de estudos no Instituto
Gurgel foi um dos grandes fabricantes nacionais
General Motors, nos Estados Unidos. Lá viu de perto um novo método de produção do plástico reforçado com fibra de vidro que a Chevrolet adotaria na produção do Corvette. Ficou encantado com a nova tecnologia do plástico duro e resolveu implantá-la em terras tupiniquins. Assim que voltou ao Brasil, João Gurgel trabalhou na Ford e na General Motors. O
sonho de ter sua própria fábrica de carros tornou-se realidade em 1969, quando fundou a Gurgel Indústria e Comércio de Veículos Ltda, na Avenida do Cursino, localizada no bairro da Saúde. De lá começaram a sair os primeiros veículos da Gurgel, rústicos bugues com carroceria feita de fibra de vidro e equipados com chassi e motor Volkswagen.
Maçaneta herdada do Fiat Uno
Faróis também acompanham o visual de cantos retos do veículo
Em 1975, a Gurgel muda de endereço e sua empresa passa a ficar sediada na cidade de Rio Claro, no interior paulista, a cerca de 180 quilômetros da capital. Após ter conquistado uma boa fatia de mercado com seus utilitários, tendo inclusive gerado receita com as exportações para países como Caribe e Arábia Saudita, Amaral Gurgel pode enfim
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do fundo do baú
Visual com predominância do “quadrado” e estepe escondido faziam a personalidade do carrinho
começar a traçar os planos para seu veículo urbano equipado com motor de dois cilindros. Veículo 100% brasileiro Os primeiros esboços foram traçados em 1982. Três anos depois, uma carta de intenção de fornecimento de tecnologia foi assinada com a Citroën. O projeto previa a concepção de três modelos: um de passageiros, um furgão e um utilitário com motores de dois cilindros e 660 cm³. O ritmo de produção seria de 1.000 unidades no começo e 5.000 nos cinco anos seguintes. No início de 1986, porém, Gurgel preferiu suspender a cooperação com os franceses. Alegou que a Citroën estabelecera exigências
demais para transferência de tecnologia. E com a saída de linha do Fusca naquele ano, Gurgel acelerou o desenvolvimento do seu compacto que segundo sua visão tinha tudo para entrar no lugar do besouro. Assim o engenheiro recomeçou o projeto e o rebatizou de CENA (Carro Econômico Nacional). Mas não dispunha dos recursos para levar o plano adiante. No mesmo ano, obteve um empréstimo de aproximadamente 10 milhões de dólares junto à Finep (Financiadora de Estudos e Projetos). Foram criados, nessa ocasião, os primeiros protótipos, chamados de 280M. Os protótipos já antecipavam a linha dos futuros carros totalmente nacionais. Os modelos eram equipados com
Para atenuar o calor interno havia uma clarabóia no teto
chassi tubular, revestido por uma carroceria de fibra de vidro de linha reta, capô inclinado, pequena entrada de ar na dianteira e parte traseira truncada. A motorização a gasolina era obra da Gurgel Tec, subsidiária da marca. Havia duas cilindradas: 650 cm³ com 26 cavalos e 4,7 mkgf e 800 cm³ com 32 cavalos e 5,7 mkgf. Em ambas, dois cilindros dispostos na horizontal, contrapostos e refrigerados a água. Os motores dispensavam a correia dentada. O alternador era acionado pelo comando de válvulas. O primeiro motor foi testado em julho de 1987. Durante os testes, os modelos chegaram a atingir perto de 110 km/h e aceleraram de 0 a 100 km/h em 30 segundos. Mas
uma multa veio superar as expectativas, pois um funcionário da Gurgel foi autuado por um policial rodoviário, segundo o qual o motorista estaria a 126 km/h. Ao saber do episódio, em vez de repreender o subordinado, o empresário fez festa. A multa ficou exposta na sala dele. A suspensão dianteira usava amortecedores criados pela Gurgel, os spring shock. Era uma mola capsulada dentro de um cilindro blindado cheio de fluído viscoso. Na traseira, feixes de molas. O painel incluía uma maleta tipo 007, que podia ser desparafusada e levada com o dono do carro. Para lançar o modelo, João Gurgel abriu o capital da empresa, iniciativa inédita no Brasil. No começo de 1988, ele vendeu um lote de 10.000 ações da Gurgel Motores. Cada interessado deveria comprar um lote de 750 ações, no valor de 3.000 dólares pelo carro e 1.500 dólares pelas ações. Os sócios teriam prioridade na aquisição do automóvel. Haveria sorteios mensais. Gurgel utilizou uma campanha publicitária para conquistar parceiros em potencial. “Se Henry Ford o convidasse para ser seu sócio, você aceitaria?”. Todos os lotes foram vendidos. A arrecadação atingiu cerca de 60 milhões de dólares, o que viabilizou a conclusão do projeto e a ampliação do complexo localizado em Rio Claro. Tudo estava quase pronto. Faltava apenas o pagamento do IPI (Imposto sobre Produto Industrializado). Gurgel obteve redução do imposto junto ao governo federal. Sua empresa pagaria apenas 5% - em média, as demais arcavam com 30%.
BR800 foi o primeiro a adotar a terceira luz de freio na traseira
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O XV Salão do Automóvel foi o palco para o lançamento do Gurgel BR-800. A dianteira ganhou grade simétrica com o logo “Gurgel”. As maçanetas eram as mesmas utilizadas no Fiat Uno, uma maneira de baratear os custos de produção. O BR 800 foi o primeiro carro brasileiro a adotar a terceira luz de freio, que ficava localizada sobre a vigia traseira. No interior, a maleta tipo 007 foi retirada e o estepe foi transferido do porta-malas para uma porta com tranca. O carro cresceu de 3,10 para 3,19 metros. A distância entre eixos era de 1,90 metros. Diferentemente dos carros de testes, a versão que chegou ao consumidor trazia o motor de 0,8 litro, batizado de Enertron. Alimentado por um carburador de corpo simples Solex de 30 mm debitava 32 cv e torque de 6,2 m.kgf. O sistema de ignição era digital e tinha estática com bobinas individuais para cada cilindro, o que eliminava o uso do distribuidor. O câmbio era de quatro marchas, similar ao usado no Chevette e a tração era na traseira. Esse conjunto mecânico proporcionava velocidade máxima de 110 km/h e a aceleração de 0-100 km/h em longos 34,4 segundos. O consumo médio ficava em 13,27 km/l, segundo teste da revista Quatro Rodas. As primeiras unidades, que foram entregues após o final do evento, apresentaram problemas. O alternador, acionado pelo comando de válvulas, não conseguia gerar potência suficiente para a recarga da bateria. A solução foi utilizar o sistema de correia dentada e alternador. Dizse que só 12 carros foram feitos sem tal item. Os amortecedores
Bancos traseiros com revestimento em tecido são simples
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do fundo do baú
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Comandos de ventilação e pisca-alerta ficavam à direita do volante
Motor é o famoso Volkswagen boxter a ar herdado do Fusca
spring shock foram substituídos por convencionais, pois perdiam ação rapidamente. Não obstante os problemas de produção, as primeiras 1.000 unidades foram vendidas com ágio de 100%. Em 1990, a Gurgel introduziu dois níveis de acabamento: BR800 e BR-800 SL. O primeiro vinha com rodas de aço, sem a tampa do porta-luvas, rádio e retrovisor do lado direito, itens de série do SL. Atendendo aos pedidos dos consumidores, a Gurgel adotou o sistema basculante do vidro traseiro, o que facilitava o acesso ao porta-malas de 138 litros. A partir de 1991, O BR-800 já podia ser adquirido por qualquer consumidor. Nesse ano, o motor
passou a adotar o sistema de fixação pendular, que diminuía a vibração para o interior do veículo. Outra solução adotada um foi o uso da clarabóia no teto, batizado de teto zenital, uma maneira de atenuar o calor no habitáculo. No fim de 1991, o BR-800 saia de linha. O programa de incentivo a modelos com motor de 1 litro que pagavam agora 10% de IPI, foi um duro golpe ao pequenino Gurgel. Com valor de sete mil dólares o BR 800 era pouca coisa mais barato do que o Fiat Uno Mille, modelo que oferecia mais conforto. Durante os quatro anos em que foi produzido pouco mais de seis mil unidades foram vendidas. Mesmo nesse curto espaço de
Painel simples não possuía conta-giros
Plaqueta de fábrica mostra o baixo peso do veículo: Peso Bruto - 648kg
tempo, a Gurgel Motores alcançou projeção internacional. O motor foi elogiado pela Porsche e pela Citroën. Era o único doiscilindros contrapostos do mundo refrigerado a água. O carro ganhou o Prêmio de Excelência em Design, conferido pela Bienal Brasileira de Design, em 1990. Xodó do jornalista Embora sua rotina diária seja testar automóveis dos mais variados tipos, nacionalidades e valores, o jornalista Thiago de Almeida Moreno desde criança aprecia mesmo são os carros antigos. “Desde pequeno preferia os carros antigos. Deve ser o fato de eles serem muito diferentes dos
modelos atuais”, explica. Em sua garagem repousam um Fusca 1300 Standard 1975, uma Parati CL 1995/1996 com 42 mil km originais e o Gurgel BR 800SL 1991/1992, que ilustra a reportagem, adquirido em 2011. Moreno conta que sempre quis ter um Gurgel BR 800, mas sempre que achava um modelo à venda ou estava mal conservado ou não tinha o motor original de dois cilindros, já que a boa parte dos BR 800 atualmente rodam com o motor Volkswagen a ar. Foi seu pai quem encontrou o Gurgel em uma feira de veículos e logo fez contato sobre o carro. “O mais engraçado nessa história foi ouvir minha mãe ao fundo gritando para meu pai não me
Motor nesta versão já possuía fixação pendular
avisar, pois eu poderia comprar mais uma “tranqueira”, segundo a visão dela”, conta rindo Thiago. Com o telefone em mãos o jornalista marcou de ir ver o Gurgel BR 800 no final de semana seguinte na casa do antigo dono e pediu para dar uma volta, já que nunca tinha andado de Gurgel e não sabia se ia gostar. “Bastou sentar e engatar a ré para sair da garagem e pronto, eu me apaixonei pelo BR 800 e fechei a venda”. Thiago Moreno diz que a principal dificuldade de se manter um Gurgel hoje em dia é encontrar peças ou mecânicos que saibam fazer a manutenção sem cobrar preços abusivos. “A principal dificuldade que tive foi uma vez que a ventoinha travou e o carro
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do fundo do baú
Apesar de interior simplificado...
ferveu. Tive que trocar juntas, velas e aplainar os cabeçotes. Mas ninguém mexia num Gurgel ou cobrava muito caro. Até que depois de procurar em fóruns e nos poucos clubes da marca eu achei a Yamauto, a única oficina especializada em Gurgel em São Paulo”, explicou Moreno. O jornalista conta que são inúmeros os pedidos para vendêlo, mas dos três carros que possui esse é com certeza o que não venderia. “Paguei 7 mil reais pelo BR 800 e já e me ofereceram 10 mil, valor que eu recusei. Não tenho a menor intenção de vendê-lo. Dos três veículos que eu tenho o BR 800 é o que terei mais dificuldade para me desfazer”, salienta. O Gurgel de Thiago Moreno
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O Gurgel BR800 carregava o design considerado futurista na época
pertence a última leva de BR 800 a sair da linha de produção, ou seja, janeiro de 1992 como pode ser atestado pela plaqueta do número de série do chassi e documentos de quitação do veículo. Em fevereiro daquele ano, a Gurgel lançaria o Supermini, uma evolução do BR 800 que tentaria beliscar uma fatia de mercado dos automóveis populares. referência eM GurGel A história da loja de autopeças Yamauto praticamente confunde-se com o surgimento da Gurgel Motores ainda no final da década de 60. Foi mais precisamente no ano de 1968, que Fusaki Yamanaka fundou uma
Rádio toca fitas era produzido pela Bosch
fábrica de autopeças. Em 1969, João Amaral Gurgel inaugura a Gurgel Motores, na Avenida do Cursino, vizinho a fábrica do senhor Yamanaka, essa proximidade facilitou o fornecimento de peças aos carros do senhor Gurgel. Devido ao bom relacionamento com o Gurgel, em 1973, a Yamauto tornou a primeira revenda da marca. Já na década de 80, além de comercializar veículos, a oficina passou a ser credenciada. Passados quase duas décadas do fechamento da Gurgel, hoje a Yamauto é o único local remanescente para os proprietários de veículos da marca de Rio Claro. Quem toca a loja hoje é Roberto Yamanaka, filho do fundador. Ele nos contou que as peças para os carros da Gurgel já estão ficando escassas. “Muitas peças mecânicas e de acabamento já estão ficando difíceis de encontrar, devido ao tempo em que a marca deixou de atuar”, diz Yamanaka. No caso dos modelos BR 800 e Supermini, que adotam o motor e a transmissão da Gurgel complica-se ainda mais. “O motor de 800 cm³ tem cabeçote, bloco e virabrequim próprios da Gurgel e em caso de uma retífica há de
se tomar cuidado, pois caso uma dessas peças venha a quebrar, dificilmente iremos encontrar outra para substituir”, alerta. Já o pistão, que tem o mesmo diâmetro do motor Volkswagen 1600 a ar é possível substituir, assim como bielas e anéis. O ca rbu r a dor Solex de cor po
si mple s t a mbém é de fá cil manutenção e suas peças são encont radas facilmente, até porque foi também usado pelo Fiat Uno Mille. Lentes dos faróis e das lanternas são feitos exclusivamente para o BR 800 e podem localizados em sites de compra e venda.
Câmbio de quatro marchas era mais do que suficiente para o BR800
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reparador diesel
apesar da boa fama dos Mercedes-Benz, MB180d dá trabalho ao reparador Devido a defeitos recorrentes na suspensão dianteira, corrente de comando associados ao descuido dos proprietários, profissionais precisam se especializar para trabalhar com a manutenção da van Fotos: Oficina Brasil
Fernando Naccari e paulo Munhoz
E
ra início dos anos 90 e o mercado nacional era dominado pela Volkswagen Kombi. Para conquistar este público e até disponibilizar mais conforto e opções, algumas montadoras passaram a oferecer veículos versáteis que podiam ser utilizados, assim como a Kombi, como vans de transporte de passageiros, como furgões e até como ambulâncias. Era o que a Kia fez com a Besta e a extinta Asia fez com a Topic. Vendo esta grande oportunidade de mercado, a Mercedes assistia a tudo de camarote e decidiu ingressar no segmento de 3.500kg de PBT com a MB180D em 1993, importada da Espanha. Assim como as concorrentes asiáticas, esta van tinha a vantagem, perante a Kombi, de ser a diesel e, perante às demais, de ser de uma montadora gabaritada no cenário internacional. Trazendo o motor OM-616 originário do automóvel 240D muito utilizado como táxi na Europa, Oriente Médio e África, este era movido a diesel e trabalhava com pré-câmara de combustão e com seus 2.4litros possuía apenas 75cv de potência a 4.400rpm. O veículo permaneceu então no mercado até o ano de 1996, quando foi substituída pela moderna Sprinter, que permanece sendo comercializada até os dias de hoje Na oFiCiNa Com seus 20 anos de mercado completado no ano passado, a MB180D é um veículo que frequenta as oficinas independentes apresentando os mais diversos defeitos, tanto que encontramos
1 Reparador Antônio (à esquerda) e seu sócio Robson (à direita)
na Speed Vans de São Paulo-SP, uma unidade fabricada em 1995 que estava com 320.000km rodados e havia apresentado a quebra da corrente de comando do motor, com consequente travamento do motor. Sobre essa falha e outras que o veículo costuma apresentar, opinaram o reparador Antônio Silva Cândido Jr de 28 anos de idade, dos quais 10 anos são dedicados à profissão. “Comecei junto com meu pai, pois ele possuía uma oficina e com ele aprendi muita coisa. Depois montamos essa oficina, eu e meu cunhado e agora sócio, Robson Silva de Almeida”. Robson possui 29 anos de idade e também tem 10 anos de experiência no setor de reparação. Antônio disse que atende, em média, 160 veículos por mês na Speed Vans, sendo 30% destes modelos MB180D. “Quando iniciamos na profissão, nosso maior público era destes veículos, pois havia vendido muito. Portanto, com a experiência que adquirimos com a manutenção destes, nos tornamos referência e especializados. Posso dizer que hoje é o nosso ‘carro-chefe’ nas
passagens da oficina”. Confirmamos essa afirmação de Antônio quando notamos que, na data de nossa entrevista, ele possuía 6 exemplares destes para reparo. “Muitos mecânicos não gostam de mexer com elas, pois existem muitos detalhes a serem verificados e o espaço para trabalhar é reduzido (FOTO 1). Tem uma aqui que, só pelo barulho, dá para termos uma ideia de que o defeito pode estar atrelado à cabeça da vela aquecedora que deve ter ‘pulado’, isso ocorre devido ao motor estar apresentando compressão excessiva. Só sabemos disso devido à rotina de manutenções do modelo e existem casos de outros reparadores que, sabendo que somos especializados, nos enviam os veículos para reparar. Houve casos, inclusive, de MB180 que chegaram para nós trazidas do Rio Grande do Sul. Segundo Robson, um dos defeitos mais comuns desta van está na correia de comando do motor. Porém, nem sempre o problema é causado por falha mecânica, mas por falta de manutenção preventiva adequada. “Esta MB180 está vindo pela segunda vez trocar a
corrente de comando (FOTO 2). Nesta, o proprietário não fez a manutenção preventiva e o componente se desgastou e quebrou, causando travamento do motor”. Ao contrário do que ocorre
2 com a maioria dos motores que apresentam quebra da corrente de comando, quem mais sofre não são as válvulas neste motor, mas sim o comando de válvulas (FOTO 3). “É muito difícil empenar as válvulas quando a corrente quebra neste motor, pois estas ficam travadas entre as engrenagens e não descem. O mais comum é ver os mancais do
comando, que são de alumínio, quebrarem”, comentou Robson. Porém, se o cliente der sorte, mesmo com a quebra da corrente, pode não ter o motor danificado. “Existe outra situação em que, se a corrente quebrar e for para o cárter e o comando parar numa posição específ ica onde não apresente interferência, o motor gira livre sem causar danos mais sérios”, contou Antônio. Além deste inconveniente, outra intervenção que os reparadores informaram ser frequentes neste modelo é na suspensão dianteira (FOTO 4). “Como o motopropulsor fica na frente e sobre esta, as borrachas costumam se degradar rapidamente, pois além de peso trocam muito calor com o motor”, comentou Antônio. Robson ainda completou di-
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zendo que o pivô é um dos que mais dá problema neste veículo.
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reparador diesel “Já fui socorrer clientes que a roda havia caído, pois o pivô quebrou por inteiro. Ainda bem que nada mais sério ocorreu, mas isso pode gerar acidentes graves. Nós da oficina avisamos qual a melhor hora de trocar, mas infelizmente os clientes nem sempre acatam e colocam sua própria segurança em risco. É uma pena”.
Fotos: Oficina Brasil
diCa de MaNUTeNÇÃo Pensando na dificuldade que o reparador encontra em realizar o acerto do ponto da corrente de comando, os reparadores indicaram o procedimento de manutenção, conforme veremos a seguir. 1) Para trocar a corrente, inicialmente removemos a tampa de válvulas (FOTO 5) e, após isso, temos como verificar se ela caiu ou não para o cárter e que estrago provocou; 2) Em seguida, temos que retirar a frente do veículo para termos acesso ao radiador e ao
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frontal para ter acesso a corrente e ao esticador (FOTO 10); 7) Saque a bomba de vácuo
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7
12 10
eletroventilador (FOTO 6). É necessário removê-los; 3) Com acesso mais amplo,
(FOTO 11). Verifique ainda que, atrás dela, existe uma engrenagem que também deve ser retirada, pois a corrente passa por ela; 8) Ao retirar as peças danifi-
corrente também podem quebrar (FOTO 13). Observe também a necessidade de sua troca para que não hajam prejuízos e retrabalhos desnecessários; 10) Os guias e o esticador da
8 6 remova as polias e as correias (FOTO 7); 4) Agora, retire os itens de suspensão como a barra estabilizadora e as bieletas (FOTO 8); 5) Retire o suporte do filtro de óleo do motor juntamente com o
filtro (FOTO 9); 6) Retire o cárter e a tampa
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9
cadas, observe se as engrenagens estão danificadas (FOTO 12) (sem os dentes). Se for o caso, devemos substituí-las; 9) Os pinos dos guias da
TC 3D
13 corrente (FOTO 14) devem ser substituídos como manutenção preventiva; 11) Ao colocar a nova corrente, a recomend a ção dos reparadores é apoiá-la na parte
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reparador diesel
68 refazer todo o procedimento. 12) Alinhe a marca da engrenagem do comando de válvulas com a referência no mancal do comando (FOTO 17);
20 14 superior com uma chave de fenda grande (FOTO 15), evitando que ela caia dentro do motor fazendo com que seja gerado um retrabalho desnecessário; Após substit uir todas as
travar o êmbolo da bomba com um parafuso 10mm com passo de rosca 1,50mm (FOTO 21 e 21A);
17 13) Coloque a polia com a referência no PMS (Ponto morto superior) (FOTO 18);
23 21
15 peça s nova s e remont a r os agregados antes retirados (polias, eletroventilador e itens de suspensão), siga o procedimento descrito. Lembre-se sempre que, ao girar o motor com a corrente solta, segure-a esticada (FOTO 16) para que ela não remonte ou caia, pois se isso ocorrer, você terá que desmontar tudo novamente e
18 14) Após verificar a marca de referência da bomba injetora, a marca deve estar alinhada com a falha conforme a figura abaixo posicionando-a na engrenagem (FOTO 19);
21a 17) Gire a polia do virabrequim até a posição de 27° e, somente depois de efetuado este procedimento é que devese colocar a bomba injetora (FOTO 22);
19
16
15) Retire o bujão que se encontra na lateral da bomba injetora (FOTO 20); 16) Após alinhada, devemos
22 18) Efet uado este procedimento, gire o motor manu-
almente algumas vezes para observar se, ao girá-lo, não há nenhuma interferência . Se isso não for conferido e um dente ficar fora, o motor poderá travar e apresentar todos os danos relatados anteriormente. iNForMaÇÕes TÉCNiCas e peÇas Embor a o veícu lo ten ha bastante tempo no mercado, seg u ndo Robson, conseg uir material de apoio técnico com a Mercedes é algo muito difícil. “Se fossemos depender da Mercedes para isso estaríamos sem nada. Assim, quando precisamos de informações de itens inter nos do motor como um controle dimensional, entramos em contato com retíficas parceiras e, com eles, conseguimos o que precisamos. Agora quando precisamos de um manual técnico mais geral, temos que recorrer a amigos que o possuam ou a fóruns como o do Jornal Oficina Brasil”. Robson ainda acrescentou que, devido ao veículo possuir uma mecânica de reparo trabalhoso, o segredo é a experiência e o macete adquirido com a rotina. “Sem isso, não tem material que ajude”. De acordo com Antônio, as peças da MB180 nas concessionárias são muito caras, portanto o reparador sempre acaba ouvindo do proprietário para usar aquelas mais baratas ofertadas no mercado de reposição independente. “Estas peças não possuem a mesma durabilidade e qualidade das
genuínas, portanto este é um fator que colabora muito para que os veículos retornem frequência para efetuar reparos já efetuados. Fora que os clientes não tem o hábito de efetuar as manutenções preventivas, onde quando o pr i mei ro bar ul ho aparece, nem se preocupa em descobrir a causa, vai andando até o carro ‘desmontar’”. Porém, não são todas as peças que ainda são encontradas nas concessionárias. Algumas de vital importância, como a cor rente de comando, não é mais fornecida pela montadora (FOTO 23). “A original era mais larga e reforçada que esta que, além de mais est reita, apresenta desgaste acentuado. Infelizmente é só o que temos no mercado disponível para o veículo”, reclamou Robson. Outro problema relacionado à compra de peças nas concessionárias é o alto preço. “São dif íceis de achar e, quando achamos, é muito mais cara que a paralela e não tem a prontaentrega. Isso faz com que dificilmente o cliente opte por esta. Assim, posso afirmar que 90% das peças para este modelo eu adquiro no mercado independente”, finalizou Antônio.
Apesar de dar trabalho, a MB180D virou ‘negócio’ para reparadores especializados
injeção eletrônica: há quem acredite que a culpa das falhas é sempre é do bico injetor Nesta matéria, vamos explicar como funciona este componente, suas características e identificar quando este realmente está apresentando uma falha no sistema de injeção das motocicletas atuais. Acompanhe! Paulo José de sousa pjsou@uol.com.br
injetor de combustível para que o reparador não pense que o defeito esta sempre no bico. CaraCterístiCas
T
oda tecnologia tem seu grau de complexidade, mas aos poucos vamos compreendendo os mecanismos e desvendando os mistérios da injeção eletrônica e os diagnósticos acabam ficando mais simples, porém não podemos correr o risco de achar que detectar a causa será sempre fácil. Por isso nesta matéria vamos dar algumas dicas relacionadas ao
O injetor faz parte do sistema de alimentação das motocicletas, ele controla o volume de combustível que alimenta o motor, está localizado no corpo de borboleta de aceleração ou um pouco mais à frente , o atuador também é conhecido como bico injetor, o componente é constituído por uma válvula solenóide cujo núcleo é composto por uma agulha com uma
esfera na ponta que se movimenta, quando recebe um pulso elétrico proveniente do ECM/ECU, liberando o combustível para o motor, e permanece aberto durante uma fração de segundos - que é medida em milisegundos - após o término da pulsação, volta ao seu estado inicial. Em outras palavras, ele fecha, e nesta condição não deve passar nenhum combustível para o motor. Se o bico injetor não conseguir controlar o fluxo de combustível, a razão da mistura de ar/combustível estará comprometida, ocasionando um mau funcionamento do motor. O combustível é injetado sob
alta pressão no motor através dos pequenos furos na extremidade do bico injetor que pode ter um, dois quatro ou até doze orifícios. A quantidade e o diâmetro dos furos influenciam na atomização e no volume de combustível. A qualidade da queima do combustível e a quantidade de emissões de poluentes dependem também da condição do injetor. Fisicamente, o bico injetor da motocicleta é semelhante ao do automóvel, mas tem suas peculiaridades e deve atender a alguns quesitos que são exclusivos das motocicletas. O atuador deve injetar uma
pequena e precisa quantidade de combustível em marcha lenta + ou - 1.350 rpm e por volta dos 10 mil RPM a quantidade injetada deve ser proporcional ao rpm para assegurar desempenho e economia de combustível. Cada motocicleta possui uma característica na injeção eletrônica, basicamente o cálculo do volume de combustível injetado, momento da injeção e a duração são tarefas da central eletrônica.O tempo de pulsação mínima é diferente entre a variedade de motocicletas, e varia em torno dos 1,2m/s ~ 1,8 m/s. Qualquer pane no bico injetor
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DUas roDas
pode alterar o funcionamento do motor, provocar a sua parada e até uma possível quebra, por isso para um funcionamento preciso da motocicleta em qualquer rotação do motor é necessária uma quantidade estável de combustível, algo que não acontece quando o bico injetor está travado aberto, ou parcialmente fechado, ou obstruído e nesta situação os elementos causadores estão associados a diversas causas ou até ao uso de combustível inadequado. Durante a manutenção, o reparador deve estar atento e sempre substituir o anéis de vedação do injetor para que não haja queda de pressão na linha de combustível, baixo desempenho do veículo, vazamentos, ou até um possível incêndio. sintomas Os sintomas que podem indicar alguma pane no injetor de combustível são consumo excessivo de combustível, aquecimento do motor acima do normal, dificuldade na partida, funcionamento irregular em baixa, média ou alta rotação, hesitações ao acelerar, mistura pobre, mistura rica, pressão baixa na linha de combustível. A pane no injetor pode ser elétrica ou mecânica. Em caso de falhas elétricas, as causas podem ser baixa tensão no circuito do injetor, bico injetor queimado, fiação do injetor com mau contato, fiação principal da motocicleta, ECU/ECM, curto circuito ou circuito aberto. Já no caso de panes mecânicas, as causas podem ser falha na vedação interna do injetor provocada pela corrosão na agulha do atuador, ocasionando vazão excessiva de combustível, excesso de sujeira nos orifícios de saída do combustível provocando
redução na vazão de combustível e comprometendo sua atomização, excesso de sujeira no filtro de tela do injetor resultando em pouco combustível para o motor. Anel de vedação danificado, ocasionando entrada de ar no motor, ruído de vazamento de ar ou vazamento de combustível. No processo de diagnóstico com o multímetro, devemos conferir a tensão no conector do injetor conferindo se existe tensão chegando ao injetor e a resistência do injetor. Nesta, meça a resistência do componente. O valor medido deve ser igual ao estabelecido, do contrário substitua a peça, os dados relacionados à resistência são fornecidos no manual de serviços do fabricante da motocicleta. Com aparelho de diagnóstico (caso particular Yamaha), para as motocicletas Fazer/ Lander 250 cc, conecte a ferramenta de diagnóstico em um plug especial no chicote da motocicleta e também na bateria. Através de um menu entre no modo de diagnósticos opção “36” e através do botão”MODE”, solicite o funcionamento do bico injetor e se o mesmo estiver bom, deve pulsar cerca de cinco vezes. Caso contrário poderá estar travado. Se o problema for elétrico, ex.: um curto-circuito ou circuito aberto os defeitos serão apontados por meio do código de falha “39” no painel da moto ou no scanner. Avalie a resistência do componente, se estiver no padrão, proceda a limpeza da peça com o auxílio de equipamento de testes e limpeza de
injetores, caso a resistência esteja fora do padrão substitua a peça. Caso faça o diagnóstico com estetoscópio (teste recomendado para motos multicilíndricas), localize o injetor inoperante, verifique (ouça) qual o injetor não emite o ruído (batida) característico do funcionamento. Pressão, VaZão e estanQUeiDaDe e LimPeZa A pressão na linha de combustível pode indicar que o bico injetor está travado aberto ou com falha nas vedações. Com um manômetro de pressão de combustível, verifique a pressão e compare o valor obtido com os dados do manual de serviços. Um ponto importante na seleção da máquina de diagnóstico e limpeza de bicos está na rotação e na pressão que a mesma opera, visto que a máquina pode estar calibrada para manutenção em bicos de automóveis que trabalham com uma rotação inferior e limitam os testes, tornando-os imprecisos. Utilize um equipamento específico para motocicletas - instale o(s) injetor(es) na máquina, o ajuste da pressão da máquina, que deve
ser o que está mencionado no manual de serviços da motocicleta, o processo de manutenção deve ser iniciado pela análise do injetor que está definido em algumas fases: Verifique se o volume do fluido que encheu a bureta da máquina está de acordo com a informação do fabricante da motocicleta, faça o teste nas rotações e tempos determinados. Caso não haja a informação, utilize um bico igual em boas condições e faça os levantamentos para algumas rotações em baixa, média e alta e as adote como padrão para a análise. Normalmente, o formato do spray não está definido no manual de serviços, porém por comparação de formatos com um bico injetor que está em boas condições de uso com o bico que apresenta a pane, conseguese definir um padrão para análise. Quando o bico injetor está fechado, não deve haver passagem de combustível pelos seus orifícios. Com a ajuda da máquina, através de suas buretas, verifique se há vazamentos como gotejamentos bico com a ponta umedecida, etc. Se houver, proceda a limpeza até conseguir a vedação total, do contrário troque a peça. Equalização (moto multicilíndricas) é a etapa onde a vazão individual do injetor é comparada
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com injetores semelhantes testados na mesma máquina e condições, em teoria o volume deve ser igual entre eles. O processo de limpeza através de ultra-som é a última etapa do trabalho e somente é necessário se uma das etapas anteriores apresentar problemas. Normalmente, o injetor é ligado à máquina, no qual um suporte permite que tenha a sua extremidade mergulhada em um produto químico, e submetido a uma frequência durante um tempo pré-ajustado. Isso faz com que os resíduos internos do injetor sejam destruídos. Após o processo de limpeza, é recomendável que todos os testes anteriores sejam refeitos para ter certeza que o bico está limpo, com a vazão correta, formato do spray e vedação adequados. Caso contrário, proceda novamente a limpeza, se o resultado esperado não for alcançado substitua a peça. Nota: Antes de iniciar qualquer processo de manutenção no injetor, tenha certeza que a motocicleta está em perfeitas condições e que realmente a pane está no bico. Jato de ar e pincel não conseguem limpar o bico injetor.
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técnica
Qual a função dos termo Fusíveis em bobinas do sistema de embreagem de compressores de a/c Fotos: Mario Meier Ishiguro
Acompanhe no decorrer da matéria qual a importância destes componentes nos sistemas de ar condicionado que o possuem acoplados aos compressores. Boa leitura! Mario Meier ishiguro www.ishi.com.br
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s s e s t e r m o s f u s í ve i s (fusíveis térmicos) são posicionados na face da bobina, muito próximo da polia e servem para desligar (romper) o funcionamento da bobina em caso de aquecimento demasiado do conjunto de embreagem. Geralmente isso ocorre quando o compressor trava em funcionamento e, como efeito, patina o conjunto de embreagem. Esta “patinada” gera muito calor instantâneo, suficiente para queimar o termofusível. O termofusível queima e a bobina deixa de funcionar. A função deste termo fusí-
Cubo do sistema de embreagem do compressor
vel é evitar que o motor do carro “apague”(desligue) repentinamente ou que arrebente a correia de acessórios do motor. Isso poderia até causar um acidente, pois com o motor
desligando de súbito, a direção hidráulica pode ficar mais “pesada”, o freio pode perder a assistência do servofreio. A temperatura de queima deste termofusível é de cerca de 180°C. Em caso de queima deste ter mof usível, é uma prática muito comu m nas of ici nas, fazer um “JUMP” neste filamento rompido e reutilizar a bobina, mas o correto é procurar o motivo de aquecimento deste conjunto de embreagem. Isto pode estar relacionado a: • Alta pressão na linha de alta; • Filtro secador entupido; • Excesso de gás ou gás contaminado; • Excesso de óleo no sistema; • Problemas no acionamento do eletroventilador e ou ventoinha; • Desgaste excessivo do conjunto de embreagem; • Folga incorreta do conjunto de embreagem (recomendada entre 0,3 a 0,8mm); • Rolamento da polia do
Polia do sistema de embreagem do compressor
Termo fusível queima a 180°C
compressor danificado; • Desgaste na carcaça do compressor; • Quebra do compressor; • Desalinhamento entre a polia e o platô de embreagem, etc. E s t e s p r oble m a s p o d e m ocorrer juntos ou isoladamente. Sempre que est a bobi na
queimar o fusível térmico, ela deve ser substituída por uma peça nova e original. O motivo de sua queima deve ser analisado e sanado para que isso não ocorra novamente. A queima do termofusível da bobina do CVC geralmente está relacionada com superaquecimento do compressor, isso
Bobina do sistema de embreagem do compressor CVC
técnica pode ocorrer quando o rolamento da polia está danificado ou quando o filtro secador está saturado. Um caso típico é o ASTRA 98, no qual o transdutor de pressão que manda um sinal para o módulo ligar os eletros, fica na saída do filtro secador. Se o filtro secador estiver obstruído, a pressão no transdutor será baixa, e não haverá solicitação para a ligação dos eletros, causando pressões e temperaturas elevadas no compressor durante muito tempo. Caso alguma oficina não troque a bobina que queimou o termofusível e faça apenas a ligação direta, por cima dele (o que é muito comum ), o sistema poderá voltar a funcionar, mas a bobina perde o seu sistema de segurança, por esse motivo esta prática não deve ser feita para evitar que ocorram problemas.
Emenda do fusivel térmico
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Sistema de embreagem do compressor CVC
Sistema de embreagem do compressor CVC com a retirada da polia
Detalhe do posicionamento do fusível no sistema
Fusível em detalhe no sistema de embreagem do compressor
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TécnicA
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TécnicA
Transmissão semi-automática (AMT): detalhes sobre uma tecnologia cada vez mais presente Ilustrações: Humberto Manavella
Confira no decorrer desta matéria algumas especificações técnicas deste sistema que tem a cada dia se tornado mais recorrente nas oficinas de reparação independente
Humberto Manavella humberto@hmautotron.eng.br
A
presente matéria aborda os conceitos básicos das transmissões semi-automáticas que unem a simplicidade construtiva das transmissões manuais com a funcionalidade das automáticas. Como resultado, apresentam um impacto significativo na economia de combustível, com a conseqüente melhora nas emissões. Esta transmissão, identificada na literatura com a sigla AMT (do inglês: Automated Manual Transmission ou Transmissão Manual Automatizada), é constituída por duas subtransmissões independentes, cada uma funcionando como uma transmissão manual convencional. A cada subtransmissão é associada uma embreagem seca ou úmida. Como exemplo, dentre os muitos existentes no mercado, a figura 1 apresenta o esquemático de uma transmissão de 7 marchas de dupla embreagem utilizada em veículos BMW. As embreagens são aplicadas em função da marcha selecionada (engatada). As marchas ímpares são engatadas através da embreagem E1 (fig.1) e as pares, através da embreagem E2. D e s d e o p ont o d e v i s t a mecânico, a todo o momento, 2 marchas estão selecionadas, mas, somente uma delas tem a embreagem correspondente engatada, transferindo potên-
Figura 1
cia do motor às rodas. Como resultado, com o veículo em movimento só uma das transmissões está ativa. Na outra subtransmissão, em função da situação de condução, a marcha superior ou inferior per manece selecionada, mas, com a embreagem correspondente desengatada. A embreagem E1 conecta o motor ao eixo motriz 1 que aciona assim as engren age n s cor re sp onde nt e s à s marchas ímpares (1,3, 5, 7). A embreagem E2 conecta o motor ao eixo motriz 2 que aciona assim as engren age n s cor re sp onde nt e s à s marchas pares (2, 4, 6 e Ré). O a nel selet or S1/3 conecta o conjunto de engrenagens da 1ª. ou da 3ª. marcha ao eixo secundário. O anel seletor S2/ R conecta o conjunto de engrenagens da 2ª. marcha ou da Ré ao eixo secundário. O a nel seletor S 4/6 conecta o conjunto de engrenagens da 4ª. ou da 6ª. marcha ao eixo motriz 2. O a nel seletor S5/7 conecta o conjunto de engrenagens da 5ª. ou da 7ª. marcha ao eixo motriz 1.
- O eixo motriz 1 é solidário ao conjunto de engrenagens da 1ra. e 3ra. marchas e da Ré. - O eixo motriz 2 é solidário ao conjunto de engrenagens da 2da. Marcha. - O eixo secundário é sol id á r io a o conju nt o de e ngrenagens da 4ta., 5ta. e 6ta. marchas. - O conjunto da 7ma. marcha (saída da transmissão) é solidário ao eixo secundário e suas engrenagens giram constantemente quando o veículo se movimenta. Para ilustrar a funcionalidade, o exemplo da figura 2 apresenta duas condições de operação. A f ig u ra 2a apresent a a situação em que o veículo se movimenta em 3ra. marcha em aceleração. - A embreagem E1 está engatada e aciona o eixo motriz 1 o que por sua vez aciona o conjunto de engrenagens da 3ra. marcha. - O anel sincronizador S1/3 conecta o conjunto de engrenagens da 3ra. marcha ao eixo secundário que assim transmite a potência ao conjunto de saída (7ma. marcha).
Figura 2a
Figura 2b
- A 4ta. marcha está já selecionada através do anel sincronizador S4/6, que conecta o conjunto de engrenagens da 4ta. marcha ao eixo motriz 2 que, nesta situação, não transmite potência em função da embreagem E2 estar desengatada. A figura 2b apresenta o caso em que o veículo se movimenta em 7ma. marcha estabilizada. - O anel sincronizador S5/7 conecta o eixo motriz 1 ao
conjunto de engrenagens da 7ma. marcha. - A embreagem E1 está engatada e aciona o eixo motriz 1 o que por sua vez, aciona o conjunto da 7ª. marcha (saída). O veículo se movimenta em direta (relação de transmissão 1:1). - A 6t a. marcha est á já, selecionada através do anel sincronizador S4/6, que conecta o conjunto de engrenagens da 6ta. marcha ao eixo motriz 2 que, nesta situação, não transmite potência em função da em-
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TécnicA breagem E2 estar desengatada.
desengata é reduzida na mesma proporção em que a da embreagem que engata é aumentada (curva de linha cheia). Em ambas as embreagens verifica-se escorregamento controlado. O resultado é uma transferência gradual de torque entre marchas. As curvas de linha tracejada correspondem aos casos em que há sobreposição positiva (P) ou sobreposição negativa (N).
A mudança de marcha se processa em duas fases: 1. Seleção de engrenagens nas subtransmissões através dos garfos de engate (acionados hidraulicamente) os quais por sua vez, movimentam os anéis sincronizadores. 2. Transição do fluxo de potência entre as subtransmissões por meio do engate/desengate da embreagem correspondente. A característica relevante desta transmissão é que permite garantir mudanças de marchas sem interrupção da força de tração (torque). A transição sem interrupção do f luxo de potência, durante uma troca de marchas, é implementada por meio de sobreposição no engate/desengate das embreagens. Com isto, durante a transição, a embreagem que está engatada permanece transfer indo torque com pressão reduzida até que o torque seja plenamente transmitido pela embreagem que será engatada. A seguir, em função da situação de condução, é selecionada a próxima marcha ascendente ou descendente. Esta transição é acompanhada por uma temporária redução do torque do motor, durante uma mudança ascendente e por um aumento, durante uma mudança de marcha descendente. O gráfico da figura 3a mos-
1. Sobreposição negativa (N) ocorre quando a embreagem que engata assume totalmente o torque com atraso ou a embreagem que desengata reduz a pressão antecipadamente. O resultado é uma interrupção momentânea de torque o que
Figura 3a
75
pode provocar um aumento da rotação do motor no caso deste estar operando sob carga. 2. Sobreposição positiva (P) ocorre quando a embreagem que engata assume o torque antecipadamente ou a que desengata libera o torque (diminui a sua pressão) com atraso. Esta situação deve ser evitada, já que momentaneamente, a transmissão permanece bloqueada. O gráfico da figura 3b mostra o comparativo de variação de torque em função do tempo que leva uma mudança de marcha. Observar a momentânea interrupção de torque que se verif ica durante a mudança, tanto para a transmissão manual como para a robotizada de embreagem única.
Figura 3b
tra como varia o torque transmitido pelas embreagens durante uma mudança de marcha. No caso da figura, a embreagem E2 engata e a E1 desengata. A variação é conseguida cont rolando a pressão exercida
Desde
pelo at uador da embreagem cor respondente. O torque é transferido gradualmente, da embreagem que desengata para a que engata. Durante o intervalo de sobreposição a pressão hidráulica na embreagem que
1950
Humberto Manavella é autor dos livros "Emissões Automotivas", "controle integrado do Motor", "Eletroeletrônica Automotiva" e "Diagnóstico Automotivo Avançado". Mais informações: (11) 3884-0183 www.hmautotron.eng.br
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INFORME PUBLICITÁRIO
O que você faz para se qualificar? NEA-SC investe e oferece cursos de capacitação para que as empresas possam se adequar ao novo perfil do trabalhador, uma vez que os carros estão com cada vez mais tecnologia Dirleni Dalbosco
Mão de obra qualificada, eis uma exigência de todos os segmentos de mercado. “Cada vez mais você ouve empresário reclamando da falta de bons profissionais, mas a maioria espera eles baterem na porta, não ajuda a prepará-los”, diz o presidente do Núcleo Estadual de Automecânicas - NEA-SC, Roberto Turatti. Billy, como é mais conhecido, é também presidente da Associação dos Reparadores de Veículos de Santa Catarina (Arvesc). Nesta edição, ele destaca a capacitação oferecida pelo núcleo. Billy defende que o técnico precisa mudar, pois o mercado muda constantemente. As montadoras investem cada vez mais em tecnologia. Por isso, antes de iniciar um conserto, é preciso uma análise, para depois executar o procedimento que for necessário. “Não dá mais para ‘meter a mão na massa’ primeiro e depois ver que não era bem aquele problema”, comenta. O presidente argumenta que por conta disso, o NEA-SC oferece capacitação frequentemente, seja pela web ou por cursos avançados presenciais, conforme a demanda. Com qual frequência vocês oferecem cursos?
Presidente NEA: Oferecemos treinamento via web aulas mensais, com temas variados. Nosso objetivo é despertar esse novo perfil do técnico, que precisa aprimorar a leitura de diagramas elétricos e a análise, antes da execução. Com conhecimento acertado, o reparo será bem mais rápido. Qual a importância da Plataforma de ensino Moodle NEA? Presidente NEA: Com esta ferramenta o NEA-SC deu um passo muito importante na padronização de linguagem técnica que hoje, com certeza, é um dos principais fatores que demonstram a credibilidade do profissional da classe. Iniciamos este projeto há um ano e meio e agora estamos aprimorando. Havia muita dificuldade de acesso às infor-
mações técnicas. O projeto viabiliza o treinamento dos profissionais, reduz custos e atinge o objetivo de treinar o maior número de profi ssionais no estado. Nossa intenção num primeiro momento foi levar aos profissionais o conhecimento básico teórico sobre alguns sistemas do automóvel - um conhecimento básico, mas, ausente em muitas ofi cinas. Desta forma quisemos com este programa habituar o profissional da automecânica à informação - leitura de manuais - e por meio de um sistema de educação a distância, com apostilas e avaliações, avaliar e comprovar o conhecimento adquirido. Como funciona na prática, a Platarforma de ensino Moodle NEA?
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Presidente do NEA-SC: Por meio da Plataforma Moodle, a empresa recebe uma senha, por meio da qual cadastra o técnico e dá liberdade para ele testar os conhecimentos que possui. O prof issional tem acesso a apostilas para em seguida, fazer as avaliações ou pode fazer direto as avaliações. A medida que é testado, elimina aquele conteúdo e recebe um certificado, que é de nível 1, 2 e 3. Após concluir todos esses testes, o profissional recebe ainda um bóton. E quanto aos cursos presenciais, como funcionam? Presidente do NEA-SC: Nosso foco são cursos técnicos mesmo, não comerciais. Eles acontecem conforme a demanda. Geralmente são palestras avançadas.
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Patinando e com mais falhas, caixa automática da cherokee precisou de reparos – Parte 1 A primeira parte dessa matéria compreenderá o processo de desmontagem deste conjunto, além de uma série de verificações que devem ser efetuadas durante esse processo e que auxiliarão o reparador a atuar de forma mais adequada
equipe do Jornal Oficina Brasil foi até a JC Mecânica Especializada, onde contamos com a colaboração do reparador e empresário José Silva de Moraes, especialista em transmissão automática através de curso pelo SENAI e possui mais de 15 anos de experiência. “Comecei a trabalhar com este tipo de câmbio em uma oficina junto com um reparador italiano. Fiquei vários anos com ele e aprendi muito. Foi lá que conheci muitos procedimentos e macetes que somente quem trabalha com este tipo de serviço conhece. Mas no SENAI encontrei o que me faltava para aprimorar ainda mais meus conhecimentos”. Em sua oficina encontramos uma Jeep Grand Cherooke Laredo V8 1995. O veículo estava com 126.350km rodados e apresentava patinação e demora no engate das marchas. Para iniciar um reparo nesta transmissão e em outras automáticas, é muito importante que tenhamos alguns cuidados. “Antes de realizar a desmontagem ou montagem de qualquer componente de câmbios automáticos como este, devemos redobrar a atenção, manter o foco e seguir o procedimento correto, pois se não for desta maneira, a chance de dar tudo errado e ter algum prejuízo é muito alta”. O modelo da caixa utilizada neste Jeep é uma Chrysler 43/46RH (FOTO 1), e José nos orientou a retirar parte da redução traseira (FOTO 1A) para facilitar remoção do conjunto do veículo. O motivo do reparo da transmissão deu-se devido a patinação
Fotos: Oficina Brasil
Por Fernando naccari – Paulo Handa – Paulo munhoz
A
Jeep Gran Cherooke Laredo V8 ao lado do reparador José Costa Silva de Moraes, especialista em transmissão automática
1
2
2a
”É prudente marcar a posição da haste, para facilitar a montagem posteriormente”, orientou José.
da falha, o reparo teria sido bem mais simples. Neste caso, o problema estendeu-se até a avarias ao conjunto do acumulador.
1a na troca das marchas. Esses sintomas, apesar de muito comuns nas mais variadas caixas automáticas, necessitam que o reparador desmonte o conjunto para saber a real causa do dano. Segundo José Carlos, se o cliente tivesse levado o veículo para reparo logo no início do sintoma
retire o conjunto trambulador (FOTO 2A). Em seguida, remova o conjunto do parafuso e porca de regulagem da cinta da marcha ré (FOTO 3).;
3º Passo – Solte os 14 parafusos de 8mm do cárter de óleo (FOTO 4). Mas fique de olho, pois no momento que remover esta peça, verifique a coloração (FOTO 4A) do óleo, seu odor e também se há limalhas de metal. Caso houver, é um indício de desgaste em peças internas como rolamentos, por exemplo;
Desmontagem Para realizar o processo, siga rigorosamente o procedimento indicado pelo reparador José. Nesta primeira edição, veremos como desmontar este conjunto de transmissão automática. 1º Passo – Remova os parafusos da haste de seleção (FOTO 2) das marchas. Em seguida,
4 3 2º Passo – Retire o conjunto parafuso da ré juntamente com a porca de regulagem da cinta
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consultor ob 4º Passo – Remova o interruptor da marcha ré (FOTO 5);
7º Passo – Agora, com acesso facilitado(FOTO 8), devemos remover os parafusos e retirar o corpo de válvulas soltando a trava da haste de parking (FOTO 8A);
5
10
5º Passo – Remova os parafusos do filtro de óleo do cárter da transmissão (FOTO 6);
8
10º Passo – Solte os parafusos da tampa do corpo de válvulas (FOTO 11);
8a 6 6º Passo – Solte os componentes do bloco de solenoides de pressão e vazão (FOTO 7); Nota: Não esqueça de verificar que esta peça, geralmente, acumula impurezas (FOTO 7A). Portanto, caso venha a reaproveitá-la em uma futura montagem, esta deve receber um cuidado especial com a limpeza.
Fique de Olho – Este é o coração da transmissão! Devemos inspecioná-la com muita atenção, verificando possíveis empenamentos e folgas, sempre seguindo a orientação contida no manual de reparação desta.
DICA - Nunca faça a limpeza destas peças com produtos a base de solventes e petróleo, pois eles agridem os anéis o’ring e guarnições
11º Passo – Separe as partes do corpo (FOTO 12) e observe se a junta de metal não possui empenamentos e/ou marcas fugas de pressão;
corPo De VálVulas Agora, devemos nos atentar à correta desmontagem deste conjunto, pois qualquer erro com este comprometerá o funcionamento da transmissão e o custo de reparo será elevado. 8º Passo – Desconecte o chicote (FOTO 9) do corpo e seus respectivos solenoides;
12
7
7a
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9 9º Passo – Retire o suporte de fixação e o tubo de comunicação de pressão do óleo (FOTO 10).
12º Passo – Confira se há interferências na movimentação das válvulas (FOTO 13); Importante– Para verificar esta interferência, coloque o conjunto inclinado a 45º graus. Dessa forma, as peças devem deslizar gradativamente sem enroscar. Tenha cuidado também com as esferas que estão neste corpo de válvulas, pois elas são de diâmetros diferentes e podem confundi-lo no ato da montagem (FOTO 13A e 13A). Recomendase anotar o respectivo local de cada uma.
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13º Passo – Após a retirada do corpo de válvulas, temos acesso a haste do Parking (FOTO 14 e 14A) assim podemos puxá-la para removê-la.
14º Passo – Remova o conjunto do acumulador (FOTO 15) sempre observando a sequência correta e as posições das molas. Problemas – No caso desta caixa, como já comentamos, os danos se estenderam a carcaça desta peça, não sendo possível recuperá-la (FOTO 15A).
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17a 14
Dica – Solte o prisioneiro da cinta da 2º marcha. Desta maneira fica mais simples realizar a remoção da bomba de óleo
15a
14a Dica – Para instalar esta haste, devemos deixar o cambio com a parte do cárter para cima, assim o procedimento se torna muito mais rápido e fácil
17b
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15º Passo – Retire agora o pistão (FOTO 16) da cinta traseira que atua sobre a ré; 16º Passo – Remova os parafusos da bomba de óleo (FOTO 17) e, com uma pequena chave de fenda, auxilie o deslocamento da peça (FOTO 17A e 17B); 17º Passo - Remova com cuidado, o conjunto do tambor da 1ª e 3ª marcha do conjunto da bomba (FOTO 18). Na próxima edição, acompanhe o processo de diagnóstico e montagem deste conjunto, enriquecendo ainda mais seu acervo de informações técnicas. Até lá.
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“consultor ob” é uma editoria em que as matérias são realizadas na oficina independente, sendo que os procedimentos técnicos efetuados na manutenção são de responsabilidade do profissional fonte da matéria. nossa intenção com esta editoria é reproduzir o dia a dia destes “guerreiros” profissionais e as dificuldades que enfrentam por conta da pouca informação técnica disponível. caso queira participar desta matéria, entre em contato conosco. mais informações: redacao@oficinabrasil.com.br
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O Mercedes mais próximo do povo: Classe A é assíduo frequentador das oficinas de reparação Criado para atender um público que sempre sonhou em ter um veículo da marca, modelo completou 15 anos de mercado e possui diversos defeitos recorrentes que acompanham a rotina das oficinas Fotos: Oficina Brasil / Divulgação
Fernando Naccari e paulo Munhoz
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esde quando foi apresentado à imprensa mundial na Europa, no ano de 1997, o Classe A surpreendeu por inserir a marca da estrela na categoria de veículos monovolumes de uso urbano. Apesar do diminuto tamanho, o pequeno Mercedes-Benz nunca abdicou do conforto e segurança para os ocupantes. A primeira versão do carro, o Classe A160, a ser fabricada no Brasil em 1999 possuía a motorização 1.6l de 99cv e era dotado de alguns ‘mimos’ como, por exemplo, o AKS (Automatische Kuplunge System), que nada mais era do que um sistema de embreagem automática que dispensava o uso do pedal esquerdo, no qual as mudanças eram efetuadas somente na alavanca de câmbio (lembram Fiat do Pailo Citymatic? Praticamente a mesma coisa). Outras novidades para o segmento era o emprego do ASR (Anti Slip Regulation) que tem a função de regular a rotação das rodas para que elas não percam tração (controle eletrônico de tração), o BAS (Breaking Assist System) que é um sistema auxiliar ao ABS para reduzir os espaços de frenagem. Também no sistema havia o EBD, responsável por distribuir a força de frenagem e o ESP, que tem o papel de corrigir a trajetória do veículo em situações de manobras bruscas. Todas essas tecnologias associadas a eficientes zonas de deformação programável e airbag duplos, credenciaram o Classe A como um compacto dos mais seguros. Dentro do veículo, percebiase o cuidado que a marca teve em desenvolver um ambiente
Reparador Sidenis nos contou sua experiência com a manutenção do modelo
agradável aos olhos e bastante ergonômico (FOTO 1). Com capacidade de cinco ocupantes e com posição elevada para dirigir, o Classe A agradava, principalmente, o publico feminino. O banco traseiro era bipartido (na relação 1/3) rebatível, reclinável e ainda contava com a opção de ser deslizante, removível e com regulagem de altura. Vidros elétricos e ar-condicionado de série completavam os itens de conforto do veículo. Mas uma coisa ainda incomodava os proprietários do Classe A – a falta de potência, afinal, 99cv
para um motor 1.6 de um Mercedes era pouco. Dessa forma, a montadora alemã reprojetou o propulsor e acrescentou três cavalos a mais, chegando aos 102cv no ano de 2000. Neste mesmo ano, o Classe A foi disponibilizado em uma versão mais potente, a 1.9 de 125cv que oferecia a opção de câmbio manual e automático, ambos de cinco velocidades. NAS OFICINAS Mas como é a rotina de manutenções neste modelo? Para sabermos mais detalhes, conversamos
1 com o reparador Sidenis Pereira dos Santos de 38 anos de idade, dos quais 14 anos são dedicados à profissão de reparador automotivo. Este iniciou sua carreia na oficina Havema, situada no
Bairro Rudge Ramos em São Bernardo do Campo, onde atua até os dias de hoje. “Comecei aqui na oficina e para me aprimorar fiz alguns treinamentos. Mas, posso afirmar que aprendi muito mais
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98 com a ajuda dos colegas mais experientes que tiveram o carinho e a paciência de me ensinar o que sabiam da forma correta”. Na Havema estava um Mercedes-Benz Classe A190 do ano de 2003 e motor 1.9l. O veículo era dotado ainda de direção hidráulica e transmissão manual. “Este Classe A está com 134.161km rodados e está na oficina porque o proprietário se queixou que o veículo estava apresentando falhas nas retomadas de aceleração, principalmente quando o motor atinge temperatura de trabalho”. Segundo Sidenis (FOTO 2), o Classe A é o Mercedes que mais frequenta a oficina de reparação independente. “Clientes com estes carros aparecem sempre em nossa oficina. Os reparos são dos mais variados, desde uma manutenção preventiva até um serviço mais complexo, como serviços no motor, trocas de embreagem, reparos na suspensão - principalmente a dianteira que é problemática, entre outros”.
2 No caso deste A190, Sidenis explicou que, para iniciar o processo de detecção de falha no motor, conferiu a pressão, vazão e estanqueidade da bomba de combustível, mas não encontrou nenhum problema. “Como não achei nada, conferi com scanner como estava o sistema de injeção eletrônica, e este apontou uma falha na sonda lambda”. Antes de testar a sonda individualmente, Sidenis verificou as velas e a bobina de ignição (neste carro os cabos de vela e a bobina são uma peça só – FOTO 3) que ficam localizadas abaixo do coletor. “Ao retirar as velas, logo
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percebi a causa dos problemas - elas estavam completamente desgastadas e carbonizadas. Além disso, o conjunto instalado no veículo não era o recomendado (FOTO 3A). Neste carro, indico utilizar somente as BKUR5ET. Substituindo estas o problemas foi solucionado”.
3A Sidenis comentou que um problema comum no sistema de injeção deste carro está no corpo de borboletas (FOTO 4). “As engrenagens internas sempre quebram, ocasionando a perda de aceleração com posterior acendimento da luz BAS/ESP no painel de instrumentos”.
estarem na parte inferior do cofre e ficarem em contato mais frequente com a umidade, costumam se danificar com certa frequência. Mas o pior de tudo é que, para a remoção destes componentes, temos que retirar motopropulsor inteiro e isso dá muito trabalho”, disse Sidenis. Quando o reparador precisa realizar muitos procedimentos para executar um reparo tido como simples, o orçamento costuma apertar para o cliente. “Eles costumam ficar assustados quando passamos um orçamento de reparo de um motor de partida. Aí quando explicamos que o serviço em si é simples, mas retirá-lo do carro é o mais trabalhoso, eles deixam de questionar o porquê de em um carro comum o custo ser de R$ 150 e em um Classe A de R$ 900”, explicou Sidenis. O reparador ainda acrescentou que com a caixa de direção a dificuldade é a mesma. “Neste caso, este serviço vem sempre acompanhado de trocas das buchas do braço oscilante, ou do componente inteiro, o que deixa o orçamento muitas vezes imprevisível (FOTO 6)”.
isso aconteça por nessa região concentrar boa parte do peso do veículo, responsável por carregar o motor, câmbio, motorista e passageiro dianteiros, já que estes são posicionados praticamente em cima desta suspensão. Já a traseira (FOTO 7B), não costuma dar trabalho”.
7B Já no sistema de freios, Sidenis comentou que as manutenções são somente as corriqueiras, como troca de pastilhas e discos (FOTO 8). No entanto, para realizar o alinhamento, são necessários cuidados. “Como este modelo possui os sistemas ABS e ESP, no momento de realizar um alinhamento de direção, devemos efetuar o aprendizado de giro do volante. Se não o fizermos, o sistema acusará uma falha”.
4 Outra questão que Sidenis relata é que, com o passar dos anos, como há uma troca de calor muito grande nas peças do ‘vão do motor’, principalmente as de plástico e borracha acabam vitrificando e, no momento da retirada, quebram com facilidade. “Em um orçamento devemos conferir as condições destas e considerá-las no valor final, pois estas além de serem caras, não são nada fáceis de encontrar”. Uma reclamação comum dos reparadores neste veículo é o pouco espaço para trabalhar no cofre do motor (FOTO 5). “Para um reparo no motor de partida ou caixa de direção, devido a estes
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8 6 A suspensão dianteira (FOTOS 7 e 7A) do Classe A é alvo de problemas constantes. “Amortecedores e molas, principalmente as dianteiras, desgastam com relativa frequência e acredito que
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Isso ocorre porque o Classe A possui um sensor de posição do ângulo de esterçamento do volante que, caso este esteja desalinhado em comparação as rodas, as luzes de anomalia do ABS, BAS/ESP poderão acender. Cuidado especial também deve ser tomado quando for substituída ou desligada a bateria do veículo. “Quando isso ocorrer, devemos ligar o veículo e esterçar o volante para para ambos os lados, de batente a batente, para que o módulo faça a reprogramação dos parâmetros relacionados ao controle de estabilidade ‘ESP’”, contou Sidenis. A troca da embreagem também é um serviço complexo. “Este é um processo muito trabalhoso, pois temos que retirar o motopropulsor completo e com
ele os agregados como o quadro de suspensão, conjunto de direção dentre outros acessórios”, reclamou Sidenis. Outra atenção que devemos ter com relação a esta troca [embreagem] é com relação ao aprendizado das marchas. “Este deve ser efetuado através de Scanners específicos. O problema é quando aparece um “F” no painel e o sistema entra em estado de emergência. Quando isso ocorrer, pode ser devido a avarias na embreagem ou equívocos no procedimento”. Para solucionar este tipo de falha em sistemas nos quais não há o pedal de embreagem, mas há o câmbio manual para engates, o procedimento recomendado pelo reparador é o que segue em sequência: 1. Coloque o carro no plano e puxe o freio de mão; 2. Gire a chave de ignição até acender as luzes do painel, mas não dê partida; 3. Pise no freio; 4. Engate a 1ª marcha; 5. Volte o câmbio para o ponto morto (deverá ouvir cliques vindos da frente à esquerda a cada troca de marcha); 6. Solte o pé do freio; 7. Pise no freio novamente; 8. Engate a marcha ré; 9. Volte o câmbio para o ponto morto; 10. Tire o pé do freio; 11. Solte o freio de mão, desligue a chave de ignição e retire-a do contato; 12. Puxe o freio de mão novamente; 13. Dê partida novamente e confira se as marchas estão engatando normalmente. Após realizar este procedimento, Sidenis nos contou que o sistema de embreagem automática aprenderá a posição correta das marchas, mas é necessário tomar outras precauções. “Se alguém mudar as marchas do carro sem pisar no freio enquanto o motor estiver desligado, na verdade estará desajustando todo o sistema. Lembre-se de que se trata de um sistema de embreagem eletrohidráulico computadorizado, portanto, é bastante delicado. Aconselho sempre meus clientes a nunca mexer e nem permitir que
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AvAlIAçãO dO RepARAdOR ninguém fique brincando com o câmbio quando o motor estiver desligado”. Caso o procedimento anterior não resolver o problema, Sidenis listou outras questões que devem ser verificadas: 1. A aceleração está normal? Se estiver, você não tem falhas no motor que ocasionem o [F]. Se o motor estiver falhando, confira a causa da falha e resolva antes de qualquer outro diagnóstico. 2. A luz BAS/ESP e ABS estão acesas após o aparecimento do [F]? Existe um sensor de rotação para cada roda do Classe A e uma falha em qualquer um deles pode resultar em [F]. Outro item que deve ser verificado é se o veículo possui pneus de tamanhos diferentes, pois se isso ocorrer, quando o veículo atingir velocidades altas, o sensor notará diferença de rotação entre as rodas e poderá entender que há falha no sistema. 3. Somente aparece o [F].
O desgaste de embreagem pode ser observado através do aparelho de scanner, que oferece parâmetros de medição, e indica a hora prévia para efetuar a troca. No entanto, o desgaste do módulo AKS somente poderá ser observado na troca da embreagem, ou quando aparecer o [F] no painel. o mais comum é que se faça a inspeção deste (não é troca de escova) durante a troca da embreagem. Dessa forma, aproveitando a mão de obra, você terá uma dor de cabeça a menos. 4. No aparecimento do [F], o carro engrena as marchas? Caso negativo, o problema está no AKS ou embreagem, bem como ar no sistema. 5. As marchas engrenam, mas há patinação? Caso isso ocorra, provavelmente há problemas nos sensores de roda do ABS. (vide dica 2 e 7) 6. As marchas engrenam, mas o veículo não anda? Caso isso ocorra e a acelera-
ção estiver limitada em 2500rpm (modo de segurança), possivelmente há problema no sistema de injeção, principalmente no corpo de borboleta ou no sistema ESP/BAS. dICA dO RepARAdOR Se quiser eliminar a suspeita de problemas referentes aos sensores do ABS, desconecte o cabo da bomba do ABS (com o carro desligado) localizada abaixo do reservatório de água do limpador de para-brisa. Caso o F desapareça, temos um problema nos sensores de roda ou outros relacionados ao ABS.
as escovas estão gastas, o [F] aparece e o carro não pega. Pode ocorrer também de a marcha não entrar ou deixar de funcionar com o veículo em movimento. “A solução é trocar a escova e sangrar o sistema, assim o carro voltará ao normal”. Pode então desligar fio por fio do conector a estabelecer qual fio está interrompendo-a. AR CONdICIONAdO Sobre o sistema de ar condicionado do Classe A, nosso especialista Mario Meier Ishiguro fez os comentários a seguir. O sistema do Mercedes Classe
IMPORTANTE: Não desconecte as mangueiras do fluido do módulo. Caso aconteça, você precisará refazer a sangria do sistema e programação do ponto de agarre das marchas. O módulo AKS, trabalha com escova e óleo de freio, quando
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A inicia o seu funcionamento assim que o motor está ligado e a ventilação é acionada. Para desligar apenas o acionamento do compressor, deve se apertar a tecla EC no painel (FOTO 9), abaixo do botão de seleção de temperatura interna no centro do painel do AC. O modelo é equipado com um compressor DENSO (FOTOS 10, 10A e 10B) de fluxo variável de 6 pistões Swash Plate, cerca de 140 cm³ e sem sistema de embreagem eletromagnética. A polia do compressor possui um acoplamento e fusível mecânico que traciona o virabrequim do compressor, sempre que o motor entra em
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AX Mec
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peçAS e INFORMAçÕeS
O sistema de ar condicionado trabalha com cerca de 600 g de fluido refrigerante R134a e cerca de 150 ml de óleo PAG. 46 (ND8) (FOTO 16). As conexões de serviço são de fácil acesso (FOTO 17 e 17A).
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No caso de substituição do compressor (FOTO 13), será difícil achar um novo original DENSO 6SEU. Além disso, deve ser feita a limpeza interna da tubulação, o “FLUSH” com fluido R141b, para retirar o óleo contaminado com limalhas.
funcionamento. Por um lado neste sistema não há o ruído do sistema de embreagem do compressor acionando, mas por outro lado, o virabrequim do compressor está sempre girando, o que pode comprometer o desgaste do componente. O aumento da capacidade volumétrica deste compressor é feito por uma válvula compensadora de fluxo eletrônica (FOTO 11) instalada no cabeçote do compressor.
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O filtro secador também deve ser substituído e existem dois modelos: O do Classe A160 (FOTO 14) e o do A190 (FOTO 14A).
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18C Para acessar o filtro antipólen é necessário remover a proteção abaixo do para-brisas (FOTO 19).
17A 11 O solenoide desta válvula recebe pulsos de onda “quadrada” chamados de PWM. Este sinal vem do módulo do comando do ar condicionado. É raríssimo este solenoide apresentar problemas, e podemos testar a sua resistência que tem o valor aproximado de 10 a 12 ohms (a 20°C). Para acessar o compressor, é necessário levantar o carro e retirar as proteções de aço embaixo do carro. O compressor fica alojado atrás do motor (FOTOS 12 e 12A).
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O ventilador interno pode apresentar desgaste e ter seu funcionamento prejudicado, a seleção de suas velocidades passa por um resistor (FOTO 18), que fica alojado na entrada do evaporador (FOTO 18A, 18B e 18C), mas seu acesso é feito próximo ao portaluvas , atrás das carenagens.
19 O eletroventilador do radiador e condensador são comandados por um módulo eletrônico (FOTO 20) que faz a variação de RPM da ventoinha (variação de velocidades).
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O monitoramento das pressões do sistema é feito pelo transdutor de pressões que fica fixado no filtro secador (FOTO 15).
Algumas peças do sistema de ar condicionado são encontradas nas principais distribuidoras especializadas. Colaborou
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Sendo as duas bases fundamentais para execução de uma reparação adequada, o reparador comentou que encontra algumas peças para este veículo no mercado independente, mas estas não tem boa qualidade. “Elas, em geral, não tem um bom acabamento. Acho isso o mais incômodo pois as fixações quase nunca ‘batem’ com o veículo e, quando dá certo, apresentam f uncionamento irregular. Portanto, para este modelo, posso falar com propriedade que só podemos utilizar peças genuínas, mesmo as mais simples como pastilhas de freios e filtros, que não teremos dor de cabeça posterior”, disse Sidenis. Sobre as informações técnicas, Sidenis comentou que se sente ‘refém’ das concessionár ias para conseg uir as informações que necessita, mas consegue algumas informações que precisa com alguns colegas mais experientes e no Fórum do Jornal Oficina Brasil. “As concessionárias da Mercedes não são adept as a div ulgar informações ao mercado independente, mas eles precisam lembrar que os car ros estão aqui em nossa oficina fazendo os ser viços. Assim, sem as informações técnicas, temos que fazer alguns diagnósticos ‘na raça’, utilizando o nosso conhecimento para solucionar os problemas, tornando o processo muito moroso e as vezes ineficiente”. Siden is ai nd a f i nali zou , dizendo: “Temos que mudar nosso comportamento com relação a busca de informações técnicas, principalmente para veículos importados. Devemos dedicar um tempo para participar em algumas palestras de fabricantes de peças e veículos, pois algumas vezes somos convidados, mas nem sempre participamos. Então, do lá de cá também temos que nos dedicar e não devemos colocar na conta das montadoras todo o problema, pois os dois lados tem que ceder”.
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DICA TÉCNICA
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#JUNTOSRESOLVEMOS
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Fórum do Jornal Oficina Brasil se consagra entre os reparadores como o maior sistema de troca de informações entre profissionais do país! São mais de 100 mil profissionais cadastrados debatendo, dando dicas e sugestões para resolver os problemas mais complicados. Participe você também! Para tanto, basta cadastrar-se em nosso site (oficinabrasil.com.br). Um dia você ajuda um colega e no outro é ajudado! Confira abaixo os casos que mais se destacaram neste mês.
Fiat Siena 1.0 16V FIRE com problemas VW Fox 1.0 2006 no CODE apresentava perda de aceleração intermitente Fotos: Divulgação
Divulgação
O reparador Fábio Maciel Alburquerque estava com dificuldade em resolver o problema em uma central CODE e conseguiu solucionar este caso após compartilhar sua situação com os companheiros de Fórum Veículo – Fiat Siena 1.0 16V Fire 2002
Defeito - Sistema CODE travava a partida do motor. Diagnóstico - O carro chegou a oficina apresentando uma falha na central CODE, sendo que após a partida, a luz do sistema ficava acionada direto e, em seguida, o motor “apagava”. Comecei a buscar por possíveis falhas em aterramentos do sistema, no qual
o mesmo recebe os pulsos positivos na linha 15 e 30, porém não acionavam a bomba e ainda não enviavam positivo para bicos e bobina. Em seguida, verifiquei com o scanner se havia algum código de falha gerado, nada constava. Solução – Após muita “dor de cabeça” e seguindo os conse-
lhos passados pelos colegas do Fórum, fiz uma análise completa do sistema envolvendo os fusíveis ao conjunto do imobilizador. A única alternativa restante era uma possível falha no módulo, pois ele identificava o sinal do CODE da chave, contudo não podia desabilitar o sistema. Ao trocá-lo, consegui resolver o problema.
Ar condicionado do VW Gol 2004 não acionava na marcha lenta
Veículo – Volkswagen Gol 1.0 8V 2004 Defeito – Falhas no funcionamento do ar condicionado. Diagnóstico - O veículo foi entregue na oficina com um problema incomum, pois só acionava o ar condicionado após o veículo atingir 2.000epm. Como se tratava de um assunto que não era minha especialidade, terceirizei o serviço para uma empresa do ramo. Lá, foram trocadas a embreagem magnética
e a polia. Quando o veículo chegou para mim, realizei novo teste e o problema permanecia. Entrei em contato com a oficina para saber por que não havia sido solucionada a avaria e o técnico comentou que a falha não estava no sistema de ar condicionado, mas sim no veículo, pois já havia substituído tudo o que era necessário. Dessa forma, procurei por falhas no TBI ou na UCE, mas segundo a leitura do scanner, ambos estavam em perfeito estado. Solução - Após muitas noites
Veículo – VW Fox 1.0 2006 Flex Defeito – Problema intermitente faz veículo perder aceleração.
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O reparador Pedro Jeronimo se deparou com um problema que fugia de sua especialidade e encontrou ajuda para resolvê-lo através de nosso Fórum.
O reparador Ismael encontrou a solução para seu caso através da ajuda de diversos companheiros do Fórum.
sem dormir, recebi dicas valiosas do fórum que me indicavam a conferir se não havia conectores ou chicotes com mau contato. Assim, notei que havia um defeito na ligação entre o conector do compressor e o módulo. Após feito reparo na fiação e substituído o respectivo conector, a falha foi solucionada.
Diagnóstico – O carro chegou a minha oficina apresentando perda de aceleração e o cliente comentou que o defeito ocorria esporadicamente. Iniciei minha busca pela solução da falha verificando o sistema com scanner, e este acusou defeito no corpo de borboleta. Substitui o com-
ponente por uma nova peça, mas o defeito permaneceu. Conferi então todo o sistema de aceleração, mas não encontrei nada. Troquei ainda o módulo do pedal de aceleração, mas mesmo assim a falha continuava. Solução – Após analisar mais detalhadamente a situação em que o carro perdia a aceleração, percebi que este começava somente após o motor estar aquecido. Voltei minha análise para possíveis problemas de ater ramentos e sensores. Dessa forma, identifiquei que a sonda lambda travava e neste momento ocorria a avaria. Após a troca do componente, o defeito foi sanado.
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DIRETO DO FÓRUM
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VW Kombi Flex estava com problemas no acelerador eletrônico
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GM Celta 1.0 VHCE apresentava rotação limitada O reparador Luciano Demerval estava com problemas para encontrar a solução deste caso e, após divulgar seu problema no Fórum, achou a resposta que necessitava. Veículo – GM Celta 1.0 VHC E 2010/11. Defeito – Rotação limitada em 1.500rpm.
O reparador Gustavo Ferreira Rodrigues compartilhou sua dúvida através do Fórum e encontrou a ajuda que precisava graças a colaboração dos demais reparadores.
tagem abaixo do limite. Substitui o sensor do pedal do acelerador e refiz o teste, mas a falha permanecia. Apaguei a memória da falha na ECU, mas quando pisava no pedal, a luz voltava a acender e o código de falha reaparecia.
Veículo – VW Kombi 1.4 Flex Defeito – Motor não subia rotação e a luz do ECP acendia Diagnóstico – O veículo chegou a minha oficina com a luz ECP acesa. Verifiquei o sistema com scanner e encontrei o sensor do pedal do acelerador com vol-
Solução – Após receber várias dicas dos companheiros do Fórum, encontrei a solução do problema. Indicaram que eu conferisse os aterramentos do sistema e vi que vários estavam com mau contato. Refiz todos eles adequadamente e, ao testar o carro, o defeito desapareceu.
Diagnóstico – O cliente trouxe o veículo a minha oficina com problemas na aceleração, pois este não passava dos 1.500rpm quando acelerado. Ao passar o scanner, foram identificados os códigos de falha P2108 e P1278 referentes ao motor com potência reduzida. Mas, o mais intrigante era que a luz da injeção não acendia em momento algum. Conferi a continuidade do chicote, a voltagem do corpo de borboleta, o sincronismo do motor, linha de vácuo da admissão, linha de alimentação de gasolina, se o catalisador estava entupido, condições do pedal do acelerador
eletrônico, velas, cabos e sensor do freio, mas tudo estava com funcionamento correto. Solução – Conversando com o cliente, este comentou que o veículo inicialmente possuía somente direção hidráulica de fábrica, mas ele pediu para instalar depois vidros elétricos, travas elétricas, sensor de estacionamento e ainda dois alarmes. Quando fui ver todo esse serviço realizado, notei que isso causou uma verdadeira “carnificina” no chicote do veículo, mas conferindo com
um multímetro a continuidade deste, este não apontou nenhuma irregularidade. Porém, orientado por outros amigos do Fórum, utilizei um osciloscópio e acabei identificando uma queda de tensão. Ao abrir o chicote notei que o instalador dos acessórios elétricos havia danificado em diversos pontos o fio quatro(4) do conector. Devido a isso, o veículo entrava em modo de segurança, travando a aceleração em 1.500rpm. Após reparar o componente, o carro não apresentou mais problema.
O reparador Ciro Andrade Melo compartilhou seu caso através do nosso Fórum e encontrou a solução para o problema que o assombrava. Veículo – VW Jetta 2.0 2013 TSI Defeito – Bicos injetores estavam apresentando desgaste com pouca quilometragem. Diagnóstico – Este veículo chegou com problemas de ali-
mentação de combustível onde sequer o motor funcionava. Ao verificar a estanqueidade dos bicos injetores, constatei que todos estavam danificados. Porém, a questão que me intrigou é que as peças possuíam apenas 11.000km e não sabia como isso poderia estar acontecendo. Solução – Ao compartilhar meu caso no Fórum, encontrei diversos reparadores que enfrentaram a mesma situação. Segundo a experiência deles,
isso ocorre devido o veículo ser abastecido somente com gasolina comum que tende a apresentar aparecimento de borras e danifica o sistema de injeção em veículos com injeção direta. Não só isso, mas no caso de combustíveis adulterados o problema é ainda maior. Dessa forma, substitui os bicos injetores e orientei o cliente a abastecer somente com gasolina aditivada. Desde então, após essa dica, o defeito no veículo não voltou a ocorrer.
Participe! Estas matérias, extraídas de nosso fórum, são fruto da participação dos reparadores que fazem parte da grande família chamada Oficina Brasil. Acesse você também o nosso Fórum e compartilhe suas experiências com essa comunidade. Lembre-se, o seu conhecimento poderá ajudar milhares de reparadores em todo o Brasil e seu nome será publicado nesta seção. Saiba mais em www.oficinabrasil.com.br
Fotos: Divulgação
VW Jetta 2.0 2013 com desgaste prematuro dos bicos injetores