ANO XXXIII NÚMERO 388 OUTUBRO 2023
Uma homenagem da Castrol para todos os trocadores. Para celebrar o Dia do Trocador, presenteamos você com um evento online gratuito no dia 30 de outubro, às 19h, com convidados especiais que trarão dicas importantes sobre manutenção e lubrificação de carros, motos e caminhões. 30 DE OUTUBRO ÀS 19H EVENTO ONLINE E GRATUITO
30 DE OUTUBRO 2023
DIA DO TROCADOR DE ÓLEO
ESCANEIE E SE INSCREVA
MAIS QUE ÓLEO. ENGENHARIA LÍQUIDA
CERTIFICADO DIGITAL
ANO XXXIII NÚMERO 391 OUTUBRO 2023
AVALIAÇÃO DO REPARADOR
PÁG. 16
MARCAS NA OFICINA
PULSO AFTERMARKET Boas notícias do mercado!! O número de serviços na oficina continua crescendo e mostrando que nosso mercado está cada vez mais forte! PÁG. 6
Conheçam as marcas que os reparadores mais lembram e confiam de 2023 PÁG. 8
LANÇAMENTO Jeep Grand Cherokee: SUV retorna ao país em versão que faz 25 km/l e motorização híbrida plug-in PÁG. 14
REPARADOR DIESEL MOTOR MAN D08 - Mesmo sendo um motor resistente, ele ainda precisa de manutenção cautelosa e um olhar atento ao sistema de arrefecimento! PÁG. 36
EDITORIAL
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Outubro 2023 • oficinabrasil.com.br
Confiabilidade e Qualidade w w w . o f i c i n a b r a s i l . c o m . b r DIRETOR GERAL André Simões GERENTE COMERCIAL Carlos Souza GERENTE DE NOVOS NEGÓCIOS Átila Paulino GERENTE DE REDAÇÃO Wellyson Reis GERENTE DE PERFORMANCE Shelli Braz GERENTE DE TI Tiago Lins PUBLICIDADE Juliana Miras – Execultiva de Contas QUALIFICAÇÃO DE ASSINANTES Talita Assis - Auxiliar de Atendimento DESIGNER Daniel Victor PRÉ-IMPRESSÃO E IMPRESSÃO Margraf Editora e Indústria Gráfica Ltda.
FALE CONOSCO
ATENDIMENTO AO LEITOR Talita Caroline Assis leitor@oficinabrasil.com.br De 2° a 6°, das 8h30 às 18h Tel. (11) 2764-2881 PUBLICIDADE juliana.miras@oficicinabrasil.com.br ON-LINE wellyson.reis@oficinabrasil.com.br RH daniela.silva@oficinabrasil.com.br FINANCEIRO rodrigo.castro@oficinabrasil.com.br CINAU atila.paulino@oficinabrasil.com.br CARTAS Rua: Alameda Santos, 1800 - 5° Andar São Paulo - SP, CEP: 01418-102
O Oficina Brasil apoia e traz diversos treinamentos para qualificar vocês, reparadores de todo o País, ainda mais por sabermos que o mercado de aftermarket continua crescendo e em alta velocidade. A demanda por produtos e serviços de alta qualidade é constante. Com isto, o reparador evolui junto do mercado, ou seja, investir na capacitação, além de trazer lucro, gera visibilidade para a sua marca. Nesta edição, vamos trazer o resultado da pesquisa “Marcas na Oficina 2023”, um estudo completo com as marcas mais lembradas e confiadas, presentes no dia a dia dos reparadores. Fique de olho nas análises de nossos especialistas que comentam sobre mais de 57 linhas de produtos presentes atualmente no mercado automotivo brasileiro. Quando investigamos a admiração de um reparador por uma marca, além do reconhecimento (brand awareness), surge um fator crucial: a “confiança”. Assim como o reconhecimento é tangível, a confiança também o é, pois é um resultado direto da experiência do profissional com a utilização das peças dessa determinada empresa. Essa confiança é edificada através da entrega consistente de produtos ou serviços de alta qualidade, práticas comerciais transparentes e um comprometimento inabalável com a satisfação do mecânico. Segundo a perspectiva do reparador, a confiança surge como uma consequência natural da percepção de qualidade do produto, ou, em termos mais práticos na oficina, a marca ou peça em que ele confia é aquela que não resulta em retrabalho. Em resumo, peças de marcas que não requerem retrabalho ganham a confiança do reparador, enquanto aquelas que causam retrabalho geram resistência por parte do profissional. Contudo, o mercado apresenta certos paradoxos e nossa pesquisa revelou que mesmo marcas cujas peças têm uma percepção de qualidade inferior (com um alto índice
Oficina Brasil é uma publicação (mala direta) do Grupo Oficina Brasil (ISSN 2359-3458). Trata-se de uma mídia impressa baseada em um projeto de marketing direto para comunicação dirigida ao segmento profissional de reparação de veículos. Circulando no mercado brasileiro há 34 anos, atinge de forma comprovada 71% das oficinas do Brasil. Esclarecemos e informamos aos nossos leitores, e a quem possa interessar, que todos os conteúdos escritos por colaboradores publicados em nossa mala direta são de inteira e total responsabilidade dos autores que os assinam. O Grupo Oficina Brasil verifica preventivamente e veta a publicação de conteúdo, somente no que diz respeito à adequação e ao propósito a que se destina, e quanto a questionamentos e ataques pessoais, sobre a moralidade e aos bons costumes. As opiniões, informações técnicas e gerais publicadas em matérias ou artigos assinados não representam a opinião deste veículo, podendo até ser contrárias a ela. Nós apoiamos: Filiado a:
de retrabalho) ainda são adquiridas pelas oficinas. Mas por que isso ocorre? Com frequência, o reparador se vê obrigado a adquirir uma peça na qual ele não tem tanta confiança ou lembrança simplesmente porque o seu fornecedor não dispõe do produto desejado. A CINAU constatou que a percepção do reparador sobre a qualidade de uma peça não é subjetiva, mas decorre diretamente do temido retrabalho causado por uma peça defeituosa. Essa situação não apenas gera prejuízos significativos para o reparador, mas também pode comprometer anos de investimento em branding. Essa problemática tem se tornado mais comum nas oficinas brasileiras devido a três principais fatores: a presença de produtos de baixa qualidade ou falsificados, a estratégia de alguns fabricantes de ampliar seus portfólios incluindo peças de má qualidade provenientes de parcerias com outros fornecedores, e erros de aplicação por parte do reparador, que muitas vezes culpa o produto em vez de sua própria falta de conhecimento. A equipe da CINAU tradicionalmente sempre esteve à frente no mercado de reposição, quando o assunto é oficina mecânica, não tem para ninguém. Conseguimos dados, mas daqueles que são os verdadeiros comprados da marca/ produto. Agora que já sabemos de tudo isso, como criar uma estratégia para 2024? Neste ano trouxemos algumas análises aprofundadas que podem te ajudar a tomar a decisão certa no aftermarket brasileiro. Boa leitura!
DADOS DESTA EDIÇÃO • • •
Tiragem: 55.000 exemplares; Distribuição nos correios: 54.400 (até o fechamento desta edição) Percentual aproximado de circulação auditada (IVC): 98,9%
COMPROMISSO COM O ANUNCIANTE - GARANTIAS EXCLUSIVAS NO MERCADO DE MÍDIA IMPRESSA Oficina Brasil oferece garantias exclusivas para a total segurança dos investimentos dos anunciantes. Confira abaixo nossos diferenciais: 1º. Nossa base de assinantes é totalmente qualificada por um sistema de “permission marketing” que exige do leitor o preenchimento de cadastro completo e que prove sua atuação no segmento de reparação; 2º. Atingimos, comprovadamente, 53 mil oficinas, o que equivale a 71% dos estabelecimentos da categoria no Brasil; 3º. Possuímos Auditoria permanente do IVC (Instituto Verificador de Comunicação), garantindo que a mala direta está chegando às mãos do assinante qualificado; 4º. Registro no Mídia Dados 2020 como o “maior veículo do segmento do País”; 5º. Único veiculo segmentado que divulga anualmente o CUSTO DE DISTRIBUIÇÃO. Este número é auditado pela BDO Brasil e em 2021 o investimento em Correio foi de R$ 1.373.346,51 (hum milhão, trezentos e setenta e três mil, e ciquenta e um centavos), para garantir a entrega anual em nossa base qualificada de oficinas; 6º. Estimulamos nossos anunciantes à veiculação de material do tipo “Call to Action” para mensuração do retorno (ROI); 7º. Certificado de Garantia do Anunciante, que assegura o cancelamento de uma programação de anúncios, a qualquer tempo e sem multa, caso o retorno do trabalho (ROI) fique aquém das expectativas do investidor.
ÍNDICE
4
6
MERCADO Acompanhe mais um boletim exclusivo do Pulso do Aftermarket
8
MARCAS NA OFICINA Vejas quais as marcas que os reparadores mais confiam e lembram em 2023
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LANÇAMENTO Conheça a 5º geração do Jeep Grand Cherokee, agora com motor híbrido
18
AVALIAÇÃO DO REPARADOR Confira a análise técnica que os reparadores fizeram do Peugeot e-2008
24
GESTÃO Scopino ensina como atrair clientes usando datas especiais
26 TURBOS Identifique os componentes internos do sistema de vedação de óleo do turbo
28
DO FUSCA AO TESLA Conheça o sistema de ar-condicionado, do simples ao elaborado
34
FUNDO DO BAÚ Recorde a história do primeiro sedã médio da BMW
38
REPARADOR DIESEL Aprenda sobre as características do motor MAN D08
Outubro 2023 • oficinabrasil.com.br
REPARADOR DIESEL
Veículos que ficam parados por muito tempo também precisam de cuidados e o sistema de arrefecimento é um dos que precisam de atenção 38
CONSULTOR OB
44 Nosso consultor técnico nos explica sobre o Futuro com Veículos Híbridos TÉCNICA
Pág. 46
58 Aprenda aqui como realizar de forma
assertiva um diagnóstico em sistema SCR HÍBRIDOS E ELETRICOS
48 Entenda o funcionamento e verificação de falhas nos híbridos da linha Toyota DIRETO DO FÓRUM
62 Os casos mais complicados e solucionados no Fórum Oficina Brasil
:: Números CAL
(Central de Atendimento ao Leitor)
CONTATO Cartas..........................................................................1 E-Mails........................................................................5 Telefonemas.............................................................9 Site............................................................................ 55 WhatsApp.............................................................. 16 Total.........................................................................86 SOLICITAÇÕES Assinaturas............................................................. 55 Alterações de Cadastro..................................... 62 Outras....................................................................105 Total........................................................222 Dados referentes ao período do mês de Setembro/2023
44 ??
26
58
TURBOS
CONSULTOR OB
TÉCNICA
Vamos explorar os componentes e mecanismos que garantem a vedação e o resfriamento essenciais do sistema de sobre-alimentação
Os motores híbridos têm se destacado como uma solução promissora, combinando eficiência energética e redução das emissões
A importância de manter o sistema de pós-tratamento em pleno funcionamento analisando cada componente do sistema de maneira unitária
MERCADO
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Outubro 2023 • oficinabrasil.com.br
Reposição batendo a meta! O PULSO DO AFTERMARKET está indicando um crescimento de 13% até o final de setembro. Mantendo este ritmo e considerando o aquecimento dos serviços no final do ano podemos esperar um fechamento anual por volta dos 18% Equipe CINAU
A
queles que acompanham frequentemente o PULSO DO AFTERMARKET, o principal indicador do desempenho do mercado de reposição, sabem que é chegada a hora de fazer as apostas sobre quanto o mercado irá crescer. Esta provocação anualmente realizada pela equipe da CINAU é uma forma de brincar com aqueles executivos e empresários do mercado de reposição que encontram no PULSO DO AFTERMARKET a base de informações sobre a formação da demanda de autopeças que nasce na oficina mecânica. Este desafio em última análise atinge a essência de todos os negócios que formam a cadeia do mercado de reposição e que diz respeito a sua sustentabilidade. Isto acontece porque aqueles executivos e empresários do aftermarket que conseguirem melhor
dimensionar MÉDIA DE PASSAGENS: 108 CARROS POR MÊS o tamanho real do mer- 55,00% cado e prin45,00% cipalmente a sua taxa de 35,00% crescimento, 25,00% poderão mel15,00% hor avaliar (mais próxi- 5,00% mos da reali- -5,00% dade) o real desempenho -15,00% de suas em- -25,00% presas. -35,00% Temos chamado a atenção que o aftermarket mais vigor. KET é um excelente auxiltem sido muito pródigo em Pegando um exemplo iar, mas é possível ir muito suas taxas de crescimento prático, uma empresa que além quando o tema é infore demanda muito aquecida esteja fechando setembro mação. de autopeças e todos os in- com 8% de crescimento Neste sentido conte com sumos das oficinas, e neste em relação a 2022 e está a equipe da CINAU , que ambiente, qualquer “co- comemorando o fato, em pode desenvolver um prochilo” faz com que empresa verdade está perdendo jeto de informações totalpercam market share “sem mercado, pois certamente mente customizado para sentir”. algum de seus concorren- sua empresa para que suas Isso acontece, pois mui- tes podem estar crescendo decisões sejam tomadas tas empresas apresentam mais de 13%! amparadas em dados e fatos taxas de crescimento signifPor estas e por outras o “hot spot” do mercado de icativas, porém o mercado o melhor é estar bem-in- reposição ,ou seja, a oficina (e lógico seus concorrentes) formado e neste sentido o mecânica. pode estar crescendo com PULSO DO AFTERMAREstes serviços de con42,36%
41,65%
40,91%
22,49% 21,15%
12,70%
33,08%
27,93%
27,32% 26,84%
18,92%
22,49%
21,79%
17,86%
20,50% 17,03% 16,42%
13,62%
8,73%
12,96%
4,67%
7,26%
20,91%
23,31%
25,04% 17,05%
17,70%
15,30% 11,00%
20,40%
22,61%
20,33% 19,14%
13,58%
2,32%
- 0,48%
-4,32%
-10,43%
- 25,62%
03/01 09/01 16/01 a a a 07/01 14/01 21/01
22/01 30/01 06/02 12/02 20/02 27/02 06/03 13/03 20/03 27/03 03/03 10/04 17/04 14/04 30/04 08/04 15/04 22/05 29/05 05/06 12/06 19/06 26/06 03/07 10/07 18/07 24/07 30/07 07/08 14/08 21/08 28/08 04/09 11/09 18/09 25/09 a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a 28/01 04/02 11/02 18/02 25/02 04/03 11/03 18/03 25/03 01/04 08/04 15/04 22/04 29/04 06/05 13/05 20/05 27/05 03/06 10/06 17/06 24/06 01/07 08/07 17/07 22/07 29/07 05/08 12/08 19/08 26/08 02/09 09/09 16/09 23/09 30/09
MOVIMENTO REAL
MÉDIA HISTÓRICA
sultoria da CINAU por sua eficiência e ineditismo, têm até um nome “DDC ou Demanda Driven Company” ou seja, sua empresa sendo gerenciada com foco no nascedouro do mercado. Conte com a CINAU quando o assunto é informação customizada, contatando nossa equipe pelo email cinau@cinau.com.br. Até o próximo PULSO DO AFTERMARKET
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MARCAS NA OFICINA
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Outubro 2023 • oficinabrasil.com.br
A pesquisa mais esperada do ano chegou! A tradicional pesquisa Marcas na Oficina, realizada pela CINAU desde 2006, inova mais uma vez, visando oferecer às indústrias um melhor acompanhamento e entendimento do processo de formação de demanda. Confira.
L
oucura é querer resultados diferentes fazendo tudo exatamente igual. Essa famosa citação de um dos mais brilhantes físicos da humanidade, Albert Einstein, retrata bem o que identificamos com algumas marcas presentes no mercado de reposição. Desde 2006, primeira edição da pesquisa, quando ela ainda se chamava MARCAS PREFERIDAS, a CINAU realiza um levantamento clássico de Top of Mind. Entretanto, nossa pesquisa extrapolou ao realizar mensurações de lembrança da marca e tendência de compra – mind share e buy trend share, respectivamente. Importante destacar que mantemos o formato da pesquisa que há 17 anos é referência no mercado de reposição e, como uma empresa de vanguarda, buscamos sempre inovar, até para fazer jus à citação de Albert Einstein. Nesse sentido, não modificamos a metodologia da pesquisa, que é algo sólido e com raízes profundas, mas sim seu formato de apresentação e interpretação dos resultados. No último dia 25/09, promovemos o primeiro webinar de divulgação da pesquisa, algo inédito que trouxe muitos elogios e reconhecimento. ANÁLISES E MAIS ANÁLISES... Nesse formato, pudemos analisar cada linha de produto sobre alguns aspectos: 1º. Lembrança e confiança na marca; 2º. Disponibilidade da mar-
ca nos canais de abastecimento da oficina; 3º. Percepção de qualidade mediante mensuração do Retrabalho; 4º. Frequência de compra; 5º. Quantidade de compra (unidades, litros, frascos, pares etc.). Esses últimos, (Frequência e Quantidade) o Oficina Brasil não divulga, mas retroalimenta outros produtos da CINAU. Quando estudamos com profundidade a admiração de um reparador sobre uma marca, além do fator Lembrança, aparece o fator Confiança, pois
esse é o primeiro atributo para a escolha de uma marca. Em segundo lugar vem o atributo Qualidade, que está diretamente ligado à confiança na marca e ao retrabalho. Em linhas gerais, marcas que não dão retrabalho ganham a confiança do reparador. Já as peças das marcas que dão retrabalho ganham mais resistência do profissional. Agora, por que as marcas com altos índices de retrabalho ainda são compradas pelas oficinas? A resposta é simples: disponibilidade. Muitas vezes, o reparador é
“forçado” a comprar a peça de que ele não se lembra ou que ele não confia simplesmente porque seu fornecedor não dispõe do produto. Como bem sabemos, antigamente, para uma empresa possuir grande disponibilidade de seus produtos, bastava que estes fossem distribuídos pelos maiores e melhores distribuidores nacionais. Contudo, com o advento de outros modelos de negócio (mais leves e rápidos), essa realidade mudou rapidamente, e a pandemia acelerou ainda mais esse processo. Quando analisamos a pes-
quisa, podemos observar marcas com baixa expressão em Lembrança e Confiança, altos índices de Retrabalho, mas altos índices também de Disponibilidade. Reflexo tão somente do fator Disponibilidade. Mas será essa uma estratégia sustentável para sua marca? Perguntas como as que seguem podem ser respondidas através das análises de que a CINAU dispõe: Qual o comportamento da sua marca perante as oficinas menores (pequenas e médias)? Como está a performance de seus produtos em diferentes regiões do país?
MARCAS NA OFICINA
Outubro 2023 • oficinabrasil.com.br
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Será que o meu produto tem o indicador de retrabalho maior, menor ou igual ao do meu concorrente? Por que ao longo dos anos fui perdendo market share? Essas são apenas algumas das provocações que nós do GOB gostaríamos de trazer e propor às indústrias que tenham interesse em um mergulho sobre seu produto e sua marca. DADOS QUE MUDAM O DIA A DIA DE SUA EMPRESA Durante o Webinar, apresentamos uma série de análises e exemplos concretos que ilustram a dinâmica do mercado de reposição. Juntos, examinamos os fenômenos que impactam diversas marcas. Nosso propósito é instigar a reflexão e aprofundar a compreensão do tipo de trabalho em curso e dos motivos pelos quais uma determinada marca pode estar enfrentando desafios significativos. É crucial destacar que todas essas análises servem como guias para que possamos desenvolver um plano de ação sólido e estratégico. Vamos apresentar uma das análises que é denominada como Marketing regional. A performance de uma marca muda a cada região em que atua. Portanto, depois de anos de pesquisa de mercado, concluímos que ter uma estratégia de marketing personalizada para cada estado, cidade e/ou porte de oficina é a chave para se manter consistente na mente dos milhares de reparadores do país. Adaptar estratégias de marketing de acordo com a realidade local pode ser um fator determinante no sucesso das fabricantes. Haja visto o exemplo que trouxemos aqui, no Marcas na Oficina 2023, em que uma marca voltada para o sistema de freios apresenta variáveis consideráveis quando
exposta em diferentes locais. Nacionalmente ela está como líder de mercado, por outro lado, quando focamos no seu índice em São Paulo percebemos uma queda de preferência pelos consumidores. O Brasil tem dimensões continentais, obrigando consequentemente as indústrias a adotarem comunicações distintas para uma mesma linha de produtos. O case que exemplificamos diz muito sobre isso. A marca número 1 do nicho de freios do Brasil demonstra apenas 16% em lembrança e confiança dos reparadores em todo estado de São Paulo. A disponibilidade também é baixa, com apenas 13%. Já quando direcionamos nosso olhar para a região Sul do país, esta fabricante fica na faixa dos 40% nos quesitos confiança e lembrança dentro das oficinas sulistas. Fica nítido que o planejamento estratégico da empresa está sendo muito mais assertivo neste estado. A reflexão que queremos deixar a partir desta análise é: “A sua estratégia é igual no Brasil inteiro?”. Se a resposta for sim, repense alguns fatores
e avalie se não é por isso que sua performance fica instável. Para ajudar, vale a pena pensar em reconhecer as diferenças culturais, econômicas e sociais de cada polo consumidor; avaliar a concorrência local e, então, alterar a infraestrutura de distribuição e divulgação da marca; participar de eventos locais e patrocinar atividades comunitárias; estar perto de quem representa indiretamente sua empresa; além, é claro, de respeitar as regulamentações regionais. Anote estas dicas, se especialize e garanta o sucesso de sua marca no mercado automotivo. Não hesite. Envie um e-mail para nós em cinau@ cinau.com.br. Estamos prontos para monitorar o mercado e entender onde estão os gaps da sua marca. Bons negócios! DADOS TÉCNICOS DA PESQUISA A pesquisa Marcas na Oficina é um estudo de mercado anual e autofinanciado realizado pela CINAU (Central de Inteligência Automotiva) desde
2006. A edição 2023 foi realizada entre os dias 26 de julho a 20 de setembro. A participação foi aberta a profissionais reparadores qualificados e constantes da base de relacionamento do Grupo Oficina Brasil, que corresponde a 71% das oficinas de linha leve e comercial leve existentes no país. Como a pesquisa abrange 58 linhas de produtos, os questionários foram divididos em seis lotes. Ao todo, recebemos 2.183 mil participações válidas. A amostra é nacional e obedece à proporcionalidade de distribuição da frota circulante de veículos leves e comerciais leves. Para uma pesquisa considerando a população de 74 mil oficinas (último censo do setor), a amostra necessária é de 383 para que seja garantida uma margem de erro equivalente a 5% (para mais e para menos) e um intervalo de confiança de 95%. Os reparadores entrevistados não receberam qualquer estímulo pecuniário, sendo a participação 100% espontânea de profissionais qualificados e interessados em contribuir
para este trabalho, que, em última análise, traduz a experiência do reparador com as marcas dos produtos que constituem o insumo básico para as atividades produtivas das oficinas – autopeças, lubrificantes, ferramentas etc. Com esse mecanismo, criamos um círculo virtuoso de geração de valor para o mercado de reposição como um todo a partir de nosso relacionamento com milhares de oficinas no Brasil, que têm nesta pesquisa uma oportunidade de passarem um recado para as marcas num processo de melhoria contínua, visando à produtividade da cadeia.
10
MARCAS NA OFICINA ADITIVOS QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
Outubro 2023 • oficinabrasil.com.br
ADITIVOS QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA
%CT Contagem de ADITIVOS QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
NO SEU FORNECEDOR?
%CT Contagem de ADITIVOS QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
PARAFLU
39,44%
PARAFLU
TIRRENO
12,39%
TIRRENO
7,06%
BARDAHL
5,92%
RADIEX
6,78%
RADIEX
5,63%
WURTH
6,21%
WURTH
5,63%
BARDAHL
5,65% 5,37%
41,81%
DELPHI
5,35%
DELPHI
AC DELCO - GM
3,94%
RADNAQ
5,37%
GENUÍNAS
2,82%
ORBI
5,08%
KOUBE
2,54%
KOUBE
1,98%
ALTERNADORES QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
ALTERNADORES QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA
%CT Contagem de ALTERNADORES QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
NO SEU FORNECEDOR?
%CT Contagem de ALTERNADORES QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
BOSCH
69,72%
BOSCH
45,42%
VALEO
11,62%
VALEO
16,90%
DENSO
6,69%
EURO
13,38%
MAGNETI MARELLI
2,11%
ZEN
4,23%
AMORTECEDORES QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
AMORTECEDORES QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA
%CT Contagem de AMORTECEDORES QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
NO SEU FORNECEDOR?
%CT Contagem de AMORTECEDORES QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
COFAP
45,99%
COFAP
41,03%
MONROE
28,83%
MONROE
23,08%
NAKATA
10,58%
NAKATA
23,08%
KYB
8,03%
TRW
3,66%
TRW
3,65%
KYB
3,30%
ALLEN
0,73%
CORVEN
2,93%
ANÉIS DE PISTÃO QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
ANÉIS DE PISTÃO QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA
%CT Contagem de ANÉIS DE PISTÃO QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
NO SEU FORNECEDOR?
%CT Contagem de ANÉIS DE PISTÃO QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
MAHLE METAL LEVE
77,68%
MAHLE METAL LEVE
KS
7,59%
TAKAO
9,33%
GENUÍNAS
5,80%
KS
8,00%
RIOSULENSE
2,23%
SULOY
8,00%
SULOY
2,23%
RIOSULENSE
3,11%
TAKAO
2,23%
GENUÍNAS
2,67%
BANDEJA DE SUSPENSÃO QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
%CT Contagem de BANDEJA DE SUSPENSÃO QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
BANDEJA DE SUSPENSÃO QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
58,00%
%CT Contagem de BANDEJA DE SUSPENSÃO QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
COFAP
29,39%
COFAP
26,94%
AXIOS
22,45%
NAKATA
24,90%
NAKATA
18,78%
GRAZZIMETAL
12,65%
TRW
13,06%
TRW
11,02%
GRAZZIMETAL
4,90%
AXIOS
8,98%
GENUÍNAS
4,49%
PERFECT
7,76%
BARRA DE DIREÇÃO QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
BARRA DE DIREÇÃO QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA
%CT Contagem de BARRA DE DIREÇÃO QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
NO SEU FORNECEDOR?
%CT Contagem de BARRA DE DIREÇÃO QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
TRW
35,16%
NAKATA
NAKATA
29,03%
TRW
21,15%
VIEMAR
20,32%
VIEMAR
18,27%
PEÇAS GENUÍNAS
5,48%
PERFECT
11,86%
DRIVEWAY
4,84%
DRIVEWAY
5,13%
PERFECT
2,26%
PEÇAS GENUÍNAS
2,24%
36,96%
MARCAS NA OFICINA BATENTES DE SUSPENSÃO QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
%CT Contagem de BATENTES DE SUSPENSÃO QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
Outubro 2023 • oficinabrasil.com.br
BATENTES DE SUSPENSÃO QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
11
%CT Contagem de BATENTES DE SUSPENSÃO QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
AXIOS
62,99%
AXIOS
36,41%
COFAP
10,50%
SAMPEL
16,09% 13,19%
NAKATA
7,87%
COFAP
SAMPEL
6,82%
NAKATA
8,18%
GENUÍNAS
3,15%
MOBENSANI
7,92%
BATERIA QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
BATERIA QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA
%CT Contagem de BATERIA QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
NO SEU FORNECEDOR?
%CT Contagem de BATERIA QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
MOURA
48,15%
MOURA
37,19%
HELIAR
24,69%
HELIAR
19,42%
BOSCH
7,00%
BOSCH
7,02%
AC DELCO
5,76%
CRAL
5,79%
CRAL
3,29%
AC DELCO
4,55%
MAGNETI MARELLI
2,47%
ZETTA
4,13%
BIELETAS DE SUSPENSÃO QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
%CT Contagem de BIELETAS DE SUSPENSÃO QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
BIELETAS DE SUSPENSÃO QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
%CT Contagem de BIELETAS DE SUSPENSÃO QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
AXIOS
29,02%
NAKATA
NAKATA
24,14%
COFAP
26,15%
COFAP
23,85%
AXIOS
20,69%
TRW
7,18%
PERFECT
6,03%
PEÇAS GENUÍNAS
5,75%
TRW
4,89%
VIEMAR
2,87%
VIEMAR
3,45%
BOBINAS DE IGNIÇÃO QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
%CT Contagem de BOBINAS DE IGNIÇÃO QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
BOBINAS DE IGNIÇÃO QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
28,74%
%CT Contagem de BOBINAS DE IGNIÇÃO QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
BOSCH
52,31%
BOSCH
28,93%
NGK
27,05%
NGK
27,50%
MAGNETI MARELLI
7,47%
MAGNETI MARELLI
25,36%
DELPHI
4,27%
DELPHI
5,36%
GENUÍNAS
4,27%
GAUSS
4,64%
BOMBA D’ÁGUA QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
BOMBA D’ÁGUA QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA
%CT Contagem de BOMBA D’ÁGUA QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
NO SEU FORNECEDOR?
%CT Contagem de BOMBA D’ÁGUA QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
URBA
26,75%
SCHADEK
SCHADEK
24,28%
URBA
22,63%
INDISA
17,28%
INDISA
20,99%
25,93%
NAKATA
6,17%
NAKATA
7,82%
MAGNETI MARELLI
4,94%
MAGNETI MARELLI
3,70%
PEÇAS GENUÍNAS
4,94%
SKF
2,88%
SKF
3,70%
INA
2,47%
BOMBA DE COMBUSTÍVEL QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
%CT Contagem de BOMBA DE COMBUSTÍVEL QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
BOMBA DE COMBUSTÍVEL QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
%CT Contagem de BOMBA DE COMBUSTÍVEL QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
BOSCH
74,32
BOSCH
49,09%
MAGNETI MARELLI
9,37%
MAGNETI MARELLI
19,39%
DELPHI
4,23%
DELPHI
6,97%
BROSOL
2,72
GAUSS
6,67%
BOMBA DE ÓLEO QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
BOMBA DE ÓLEO QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA
%CT Contagem de BOMBA DE ÓLEO QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
NO SEU FORNECEDOR?
%CT Contagem de BOMBA DE ÓLEO QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
SCHADEK
69,45%
SCHADEK
64,00%
GENUÍNAS
7,27%
INDISA
6,55%
BROSOL
4,73%
NAKATA
6,18%
BOSCH
4,00%
GENUÍNAS
5,09%
INDISA
4,00%
BOSCH
3,64%
12
MARCAS NA OFICINA BRONZINAS QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
Outubro 2023 • oficinabrasil.com.br
BRONZINAS QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA
%CT Contagem de BRONZINAS QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
NO SEU FORNECEDOR?
%CT Contagem de BRONZINAS QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
MAHLE METAL LEVE
79,55%
MAHLE METAL LEVE
68,71%
KS
5,95%
KS
9,29%
GENUÍNAS
4,09%
TAKAO
7,81%
MAGNET MARELLI
3,35%
MAGNETI MARELLI
4,83%
BUCHAS DE SUSPENSÃO QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
%CT Contagem de BUCHAS DE SUSPENSÃO QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
BUCHAS DE SUSPENSÃO QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
%CT Contagem de BUCHAS DE SUSPENSÃO QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
MONROE AXIOS
54,46%
MONROE AXIOS
SAMPEL
10,89%
SAMPEL
31,19%
COFAP
10,40%
COFAP
11,88%
32,18%
PEÇAS GENUÍNAS
5,94%
JAHU
5,45%
GETOFLEX
4,46%
SABO
2,97%
CABOS DE IGNIÇÃO QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
CABOS DE IGNIÇÃO QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA
%CT Contagem de CABOS DE IGNIÇÃO QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
NO SEU FORNECEDOR?
%CT Contagem de CABOS DE IGNIÇÃO QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
NGK
73,27%
NGK
52,05%
BOSCH
15,09%
BOSCH
20,50%
MAGNETI MARELLI
4,40%
MAGNETI MARELLI
11,67%
DELPHI
2,83%
DELPHI
9,46%
CAIXA DE DIREÇÃO QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
CAIXA DE DIREÇÃO QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA
%CT Contagem de CAIXA DE DIREÇÃO QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
NO SEU FORNECEDOR?
%CT Contagem de CAIXA DE DIREÇÃO QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
ZF-TRW
69,92%
ZF-TRW
52,03%
NAKATA
14,23%
NAKATA
27,64%
AMPRI
4,88%
AMPRI
8,94%
DHB
4,88%
DHB
4,47%
PEÇAS GENUÍNAS
4,07%
VIEMAR
4,47%
CALÇOS DE SUSPENSÃO QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
%CT Contagem de CALÇOS DE SUSPENSÃO QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
CALÇOS DE SUSPENSÃO QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
%CT Contagem de CALÇOS DE SUSPENSÃO QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
MONROE AXIOS
44,20%
MONROE AXIOS
23,37%
COFAP
17,68%
SAMPEL
22,35%
SAMPEL
12,15%
COFAP
18,99%
PEÇAS GENUÍNAS
5,52%
JAHU
7,82%
GETOFLEX
3,87%
BORFLEX BFX
2,79%
CATALISADOR QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
CATALISADOR QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA
%CT Contagem de CATALISADOR QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
NO SEU FORNECEDOR?
%CT Contagem de CATALISADOR QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
MASTRA
31,58%
MASTRA
GENUÍNAS
29,24%
TUPER
19,16%
MAGNETI MARELLI
20,47%
MAGNETI MARELLI
18,56%
TUPER
11,11%
GENUÍNAS
10,18%
SCAPEX
5,26%
SCAPEX
10,18%
CILINDRO MESTRE QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
CILINDRO MESTRE QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA
%CT Contagem de CILINDRO MESTRE QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
NO SEU FORNECEDOR?
37,13%
%CT Contagem de CILINDRO MESTRE QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
TRW VARGA
33,51%
CONTROIL
50,26%
CONTROIL
26,80%
TRW VARGA
22,80%
ATE
20,62%
ATE
9,84%
BOSCH
9,79%
BOSCH
6,74%
BENDIX
4,12%
COBREQ
4,15%
MARCAS NA OFICINA
COMBUSTÍVEL QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
%CT Contagem de COMBUSTÍVEL QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
Outubro 2023 • oficinabrasil.com.br
COMBUSTÍVEL QUE VOCÊ MAIS RECOMENDA?
13
%CT Contagem de COMBUSTÍVEL QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
SHELL
44,84%
SHELL
IPIRANGA
24,59%
BR
24,01%
BR
24,09%
IPIRANGA
23,06%
45,81%
TEXACO
1,32%
TEXACO
1,83%
ALE
1,07%
CARREFOUR
1,32%
CORREIAS SINCRONIZADORAS QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
%CT Contagem de CORREIAS SINCRONIZADORAS QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
CORREIAS SINCRONIZADORAS QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
%CT Contagem de CORREIAS SINCRONIZADORAS QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
CONTITECH
31,61%
CONTITECH
33,33%
DAYCO
31,61%
DAYCO
33,33%
GATES
21,24%
GATES
17,71%
PEÇAS GENUÍNAS
5,70%
BOSCH
4,17%
BOSCH
3,59%
AC DELCO - GM
2,60%
CORREIAS V E POLY V QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
CORREIAS V E POLY V QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA
%CT Contagem de CORREIAS V E POLY V QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
NO SEU FORNECEDOR?
%CT Contagem de CORREIAS V E POLY V QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
CONTITECH
36,00%
CONTITECH
DAYCO
34,55%
DAYCO
32,23%
GATES
23,64%
GATES
22,34%
AC DELCO - GM
1,82%
SKF
2,56%
COXIM DE MOTOR QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
COXIM DE MOTOR QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA
%CT Contagem de COXIM DE MOTOR QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
NO SEU FORNECEDOR?
37,36%
%CT Contagem de COXIM DE MOTOR QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
AXIOS
63,46%
AXIOS
36,54%
SAMPEL
9,23%
SAMPEL
25,38%
PEÇS GENUÍNAS
8,85%
MOBENSANI
12,31%
JAHU
4,23%
JAHU
7,69%
COFAP
3,85%
COFAP
5,38%
MOBENSANI
3,08%
PEÇAS GENUÍNAS
3,08%
DISCO DE FREIO QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
DISCO DE FREIO QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA
%CT Contagem de DISCO DE FREIO QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
NO SEU FORNECEDOR?
%CT Contagem de DISCO DE FREIO QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
HIPPER FREIOS
37,10%
HIPPER FREIOS
48,39%
FREMAX
35,48%
FREMAX
29,03%
TRW VARGA
17,74%
TRW VARGA
12,90%
MDS FREIOS
2,02%
NAKATA
2,82%
EMBREAGEM QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
EMBREAGEM QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA
%CT Contagem de EMBREAGEM QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
NO SEU FORNECEDOR?
%CT Contagem de EMBREAGEM QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
LUK
75,00%
LUK
62,50%
SACHS
17,19%
SACHS
25,39%
VALEO
3,13%
VALEO
8,59%
GENUÍNAS
1,56%
GENUÍNAS
1,17%
EQUIPAMENTOS DE DIAGNÓSTICO QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
%CT Contagem de EQUIPAMENTOS DE DIAGNÓSTICO QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
EQUIPAMENTOS DE DIAGNÓSTICO QUE LHE DÃO MAIS PRODUTIVIDADE NA SUA OFICINA?
%CT Contagem de EQUIPAMENTOS DE DIAGNÓSTICO QUE LHE DÁ MAIS PRODUTIVIDADE NA SUA OFICINA?
SUN
24,57%
SUN
23,81%
ALFATEST
15,52%
TECNOMOTOR
19,48%
TECNOMOTOR
15,09%
ALFATEST
14,72%
NAPRO
13,36%
NAPRO
13,85%
BOSCH
9,48%
BOSCH
7,36%
LAUNCH
8,62%
LAUNCH
4,76%
PLANATIC
3,02%
PLANATC
4,33%
14
MARCAS NA OFICINA FERRAMENTAS QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
Outubro 2023 • oficinabrasil.com.br
FERRAMENTAS QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA
%CT Contagem de FERRAMENTAS QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
NO SEU FORNECEDOR?
%CT Contagem de FERRAMENTAS QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
GEDORE
52,17%
GEDORE
RAVEN
13,41%
KING TONY
12,41%
BELZER
9,42%
TRAMONTINA - PRO
10,95%
KING TONY
8,33%
TRAMONTINA - PRO
3,62%
SATA
3,26%
BOSCH
2,90%
FILTRO DE AR QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
RAVEN
8,39%
CHINESAS
5,84%
BELZER
4,74%
FORT-G
4,74%
FILTRO DE AR QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA
%CT Contagem de FILTRO DE AR QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
39,78%
NO SEU FORNECEDOR?
%CT Contagem de FILTRO DE AR QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
FRAM
29,08%
WEGA
25,74%
MANN
16,99%
TECFIL
22,77%
TECFIL
16,67%
FRAM
18,48%
MAHLE
10,46%
MAHLE
12,21%
WEGA
10,46%
MANN
7,26%
BOSCH
7,19%
BOSCH
4,62%
VOX
2,29%
VOX
3,63%
FILTRO DE CABINE QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
FILTRO DE CABINE QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA
%CT Contagem de FILTRO DE CABINE QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
NO SEU FORNECEDOR?
%CT Contagem de FILTRO DE CABINE QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
22,66%
WEGA
31,75%
WEGA
18,75%
TECFIL
25,00%
MAHLE METAL LEVE
14,45%
MAHLE METAL LEVE
11,51%
FRAM
12,89%
BOSCH
7,94%
MANN
12,11%
FRAM
7,54%
BOSCH
10,16%
MANN
3,97%
DELPHI
2,73%
VOX
3,97%
TECFIL
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16
Outubro 2023 • oficinabrasil.com.br
Fotos: Divulgação
LANÇAMENTO
Jeep Grand Cherokee 4xe, o clássico SUV está de volta ao Brasil agora com propulsão híbrida Kaic Sales
O
Jeep Grand Cherokee foi oficialmente apresentado ao público e à imprensa em 6 de janeiro de 1992, durante o Salão Internacional do Automóvel da América do Norte, em Detroit-Michigan. Este evento marcou a estreia do Grand Cherokee, e ele foi lançado como um veículo totalmente novo da Jeep, projetado para se destacar no mercado de SUVs. O Jeep Grand Cherokee é um veículo utilitário esportivo (SUV) de médio porte fabricado pela Jeep, uma divisão da Stellantis (anteriormente parte da Fiat Chrysler Automobiles). A história do Grand Cherokee remonta ao final da década de 1980 e envolve várias gerações e evoluções ao longo dos anos, suas gerações se dividiram em seus 30 anos de história Em sua primeira geração estreava em um veículo de tração nas quatro rodas com uma variedade de opções de motores, incluindo um seis cilindros em linha e um V8. A primeira geração do Grand Cherokee es-
tabeleceu a base para o sucesso futuro do modelo, que não perdeu suas características e reputação sólida ao longo dos anos por sua capacidade off-road, luxo e versatilidade. A Jeep é uma marca com presença consolidada no Brasil, Renegade e Compass são ótimos exemplos disso, e o Grand Cherokee sempre foi um dos modelos mais emblemáticos da marca, atraindo compradores em busca de um SUV de luxo com capacidade off-road. No Brasil, o Jeep Grand Cherokee sempre foi uma opção de luxo, muitas vezes competindo com veículos de marcas premium devido ao seu preço relativamente alto, e dessa vez não será diferente, já que o modelo chega ao país com o valor de R$ 569.990,00, sendo assim posicionado para ser o carro topo da linha da marca Jeep no Brasil, consolidando o melhor que ela pode oferecer e trazendo sofisticação aliada ao melhor off-road! Na sua 5ª geração O Grand Cherokee chega ao Brasil apenas na versão 4xe, sendo mais um integrante da família de modelos eletrificados da Jeep no Brasil
(em que já existe O Compass 4xe) incorporando os pilares da marca: liberdade e sustentabilidade. A sua tecnologia 4xe aumenta a diversão, a liberdade e a aventura, ao mesmo tempo que proporciona desempenho, capacidade, economia de combustível e respeito pelo ambiente MOTORES O Grand Cherokee une o melhor dos dois mundos atualmente: um motor a combustão e um elétrico. Nessa versão escolhida pela Jeep para ser comercializada no Brasil utiliza um motor a combustão 2.0L turbo a gasolina com injeção direta (diferente dos motores e 3.6L V6 5.7L V8 HEMI que equipam versões fora do país), junto de 2 motores elétricos de alta tensão, obtendo assim uma potência combinada de 380 cv e 637Nm de torque combinado que leva a Grand Cherokee de 0 a 100 KM/H em 6,3 segundos. Os motores estão divididos no eixo dianteiro e traseiro, o de combustão interna é de posiciona-me longitudinal, que é quando ele fica posicionado paralelamente ao comprimento
do veículo, pois por meio de um eixo cardã realiza a transferência de força para as rodas motrizes traseiras assim como por meio de um diferencial traciona as dianteiras. Os pares de motores elétricos estão separados, o da dianteira, segundo a Jeep, faz o auxílio de potência do motor a combustão, já o traseiro, que possui maior potência, propulsiona as rodas traseiras, tudo isso sendo controlado pelas centrais eletrônicas de comandos levando em consideração os modos de condução e demanda do motorista. • E SAVE - O modo E Save coloca o motor a combustão para funcionar 100% e economiza a energia da bateria para as aventuras na estrada. • HYBRID - O Modo Híbrido combina as forças do motor turbo e do motor elétrico. Esta combinação eficiente fornece potência máxima, torque instantâneo e aceleração máxima. • ELECTRIC - No modo elétrico, a emissão é quase zero, privilegiando o uso dos motores elétricos. Além disto, proporciona a força do torque instantâneo que a tecnologia eletrificada
possui. A tração pode ser escolhida pelos motoristas pelo Seletor de terrenos 4xe (Select-Terrain System), no qual você pode escolher diversos modos da Tração 4x4 Jeep com 4WD LOCK e 4WD LOW. AUTONOMIA E CONSUMO Pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV), o Grand Cherokee 4xe híbrido plug-in obteve a classificação “A”, com consumo de 19,3 km/l equivalente, tanto em uso urbano quanto em rodovia. Em modo 100% elétrico, tem uma autonomia de 29km pelo ciclo do INMETRO. Lembrando sempre que esses valores podem variar muito por diversos motivos como estilo de condução do motorista, elevação do trecho percorrido (lugares com muitos morros por exemplo), temperatura externa e carga do veículo. O modelo conta com tanque de combustível de 72 litros e tempo de carregamento de 2 horas e meia.
AVALIAÇÃO DO REPARADOR
18
Outubro 2023 • oficinabrasil.com.br
E-2008, o SUV elétrico da Peugeot que traz muita tecnologia, conforto e o visual do modelo europeu Fabricado fora do Brasil, o modelo 100% elétrico conta com 136 cv de potência e bateria de 50 kWh que pode chegar a até 345 km de autonomia Kaic Sales
L
evamos o e-2008 até as oficinas para receber a avaliação dos reparadores independentes, que tiveram assim a oportunidade de conhecer as características e tecnologias do veículo que em breve estará presente no dia a dia deles. Lançado em novembro de 2022, o modelo elétrico da marca francesa já de cara encanta por suas cores chamativas e visual futurista, mas não se limita a isso: ele é repleto de características tecnológicas compatíveis com o mercado de SUVs, que continua em evolução. O veículo inova com propulsão eletrificada, uma grande aposta da montadora, que já conta com o e-208 GT elétrico, o primeiro modelo zero emissões da marca. Este, dentro da gama de versões disponíveis no mercado nacional, divide espaço com motores a combustão de diferentes cilindradas. Já o e-2008 (a versão SUV do 208) conta apenas com motores a combustão na carroceria da versão antiga, já que ainda não recebeu a atualização do Facelift que foi aplicada na Europa. Estima-se que o modelo seja atualizado entre 2024 e 2025, e podendo ainda utilizar os novos motores da Stellantis, como o 1.0 e o 1.3 Turbo, de 130 e 150 cavalos, respectivamente. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS Podendo atingir de 0 a 100 km/h em 9,9 segundos, com
1 velocidade máxima limitada de 150 km/h e peso de 1455 kg, o e-2008 apresenta um ótimo desempenho em comparação aos SUVs compactos concorrentes, com uma boa aceleração instantânea (característica dos modelos elétricos) e um torque bem confortável e dinâmico de 26,5 kgfm. Vale ressaltar que o modelo conta com três modos de condução: Sport (prioriza a potência), Normal (equilíbrio de economia e performance) e Eco (foco na autonomia). Isso tem interferência direta na experiência de condução. Por exemplo: no modo Eco, ao se solicitar a posição máxima no pedal do acele-
rador, percebe-se que o propulsor não entrega total potência, pois, nesse caso, está sendo realizada uma gestão mais conservadora da carga da bateria. O próprio painel do carro informa isso (com uma boa visualização gráfica): pode-se notar que o ponteiro de potência não ultrapassa certo nível no modo Eco. Já no modo Sport, o condutor vê o gráfico se preencher por completo junto àquela boa sensação da aceleração pressionando seu corpo no banco do motorista. Tudo isso controlado pelo novo seletor de condução, o e-Toggle. Nele, está disponível a função “B Mode” (conhecida
como “One pedal” em outras marcas), que atua como se fosse um freio motor e faz a desaceleração do veículo com a simples retirada do pé do acelerador pelo motorista (sem que ele nem mesmo toque o pedal de freio) para a regeneração da bateria, otimizando e privilegiando a autonomia, ganhando alguns quilômetros. É importante lembrar que, além disso, a função de freios regenerativos em veículos elétricos e híbridos também contribui com o aumento da vida útil das pastilhas de freio, já que estas, em alguns casos de desaceleração, não são sequer utilizadas. A potência de 136 cavalos é transmitida às rodas dianteiras através de um câmbio Direct Drive de apenas uma marcha, comumente aplicado em veículos elétricos. Quanto às características dos chassis, o e-2008 tem suspensão dianteira do tipo McPherson (amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora) e suspensão traseira do tipo semi-independente, com rodas aro 18 e pneus 215/55 na dianteira e na traseira. O modelo traz boas respostas em seu comportamento em curvas e conforto na frenagem, que possui o modo de recuperação de energia, com discos ventilados na parte da frente e discos sólidos na traseira. Seu entre-eixos de 260,5 cm proporciona um espaço interno agradável para os ocupantes (é claro que pessoas com estatura mais alta podem sofrer um pouco no banco de trás). O porta-malas possui 350 L de volume, e uma divisória no compartimento permite que ele seja dividido em dois níveis de altura. Com comprimento de 4,3
metros e largura de 1,77 metros, o veículo se comporta bem em lugares apertados dentro da cidade. AUTONOMIA E CARGA A bateria do e-2008 possui capacidade de 50 kW/h, garantindo, se completamente carregada, até 345 km de autonomia
2 (Ciclo WLTP) – 234 km de autonomia conforme o PBEV Inmetro. Mas isso pode variar muito dependendo de diversos fatores, como modo de condução, carga do veículo (ocupantes e mala), tipo de percurso (cidade ou estrada), utilização do ar-condicionado e até temperatura externa, que tem direta influência no trabalho das baterias. A bateria de íon-lítio tem oito anos de garantia pela montadora, com limite de quilometragem de 160 mil km, e dentro dela há 18 módulos, com 12 células por módulo. Não conhecemos diretamente o interior da bateria para entender melhor sua construção, mas esse elevado número de células, 216, pode ser um bom indicativo para a manutenção, já que dessa forma, possivelmente, podem ser feitas substituições em caso de danos ou defeito de fábrica em apenas uma célula ou apenas um módulo de célula, por exemplo. Isso ajuda muito a reduzir o custo de manutenção e reparo do acumu-
20 lador de energia. Trabalhando a 400 V de tensão, o sistema é refrigerado por circuito normal contendo água e aditivo (etilenoglicol). O carregador possui um plug Tipo 2, para corrente alternada (AC), e um plug CCS-2, para corrente contínua (CC) de 7,4 kW/h. Porém, tudo depende de inúmeros fatores, como da capacidade oferecida pela rede de carregamento, por exemplo. Melhor explicando: alguns eletrospostos dividem a energia total entre seus carregadores, ou seja, se você for carregar seu veículo ao mesmo tempo que outros motoristas, a energia de carregamento pode reduzir, o que aumentará o tempo total de carga. Outro aspecto a se conhecer é se o veículo está apto a receber toda aquela quantidade de energia. Por exemplo: existem carregadores de até 150 kW, mas o Peugeot e-2008 aceita apenas 100 kW, e em algumas situações pode até reduzir essa capacidade por questões de segurança, levando em consideração a temperatura do sistema elétrico. O e-2008 vem com um cabo domiciliar para carregamento do veículo com padrão de tomada brasileira (Tipo J). Porém, seu tempo de carga pode ultrapassar 24 horas. Para alguns proprietários, dependendo do tipo de uso, pode compensar a compra e instalação de um Wallbox, que pode reduzir o tempo de carga para até 8 horas. Durante a carga, podemos observar o status a partir das luzes indicativas de recarga ao lado do plug de carregamento: verde piscante significa “em carregamento”, e verde constante, “carga completa”; vermelho representa anomalia/problema na recarga. Para soltar o plug, basta destravar as portas do veículo, pois ele fica preso ao carro para impossibilitar sua remoção por terceiros.
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4 BATERIAS DE ÍON-LÍTIO O Peugeot e-2008 é equipado com bateria fabricada em íon-lítio de 50 kWh de capacidade dividida em centenas de células de carga, o que pode reduzir o custo e facilitar a manutenção, como comentamos anteriormente. As baterias de íon-lítio são a escolha mais comum para carros elétricos atualmente e estão aplicadas na grande maioria dos carros do mercado devido a sua eficiência, densidade de energia, durabilidade e confiabilidade. Outro fator importante é que elas são mais leves em comparação com outras tecnologias de bateria. Isso se torna muito positivo, pois o peso total do veículo influencia em diversos fatores no projeto para sua fabricação, como resistência dos materiais, dimensionamento de componentes e custo de produção. Além disso, um carro mais leve pode ter uma autonomia maior com menos carga de bateria. As baterias de íon-lítio têm várias vantagens e desvantagens quando utilizadas em carros elétricos. Vamos explorar esses pontos positivos e negativos: Pontos positivos: • Alta densidade de energia: as baterias de íon-lítio têm uma alta densidade de energia, o
que significa que podem armazenar uma quantidade significativa de energia em um espaço relativamente pequeno e leve. Isso permite que os carros elétricos tenham uma boa autonomia por carga. • Recarga rápida: as baterias de íon-lítio são capazes de aceitar uma recarga rápida em comparação com outras tecnologias de bateria, o que é conveniente para viagens de longa distância. • Durabilidade: as baterias de íon-lítio são projetadas para serem duráveis e podem durar vários anos antes de perderem uma quantidade significativa de capacidade. • Baixa manutenção: elas requerem menos manutenção em comparação com motores a combustão interna, uma vez que têm menos peças móveis sujeitas a desgaste. • Eficiência energética: carros elétricos que utilizam baterias de íon-lítio são geralmente mais eficientes em termos de consumo de energia em comparação com veículos a combustão interna. Pontos negativos: • Autonomia limitada: embora tragam melhorias significativas, as baterias de íon-lítio ainda têm uma autonomia limitada em comparação com veículos movidos a combustíveis fósseis, o que pode ser uma preocupação para al-
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7 gumas pessoas, especialmente em viagens longas. • Tempo de recarga: embora a recarga rápida seja uma vantagem, ainda pode levar algum tempo para recarregar completamente uma bateria de íon-lítio, dependendo da infraestrutura de recarga disponível. • Degradação da capacidade: com o tempo, a bateria de íon-lítio pode sofrer uma degradação gradual de capacidade, o que significa que a autonomia por carga diminui à medida que a bateria envelhece. No entanto, isso tem melhorado com avanços na tecnologia das baterias. • Custo inicial: carros elétricos com bateria de íon-lítio tendem a ser mais caros do que seus
equivalentes a gasolina ou diesel devido ao custo das baterias. No entanto, os custos estão diminuindo gradualmente à medida que a tecnologia avança e a produção em massa aumenta. • Impacto ambiental da produção: as baterias de íon-lítio são recicláveis e têm menor impacto ambiental em comparação às baterias de chumbo-ácido, mas ainda requerem mineração de lítio e cobalto, o que pode ter impactos ambientais significativos. No entanto, existem esforços para tornar a produção mais sustentável e reciclar baterias usadas. Em geral, as baterias de íon-lítio são a tecnologia de bateria mais comum e amplamente aceita para carros elétricos devido às suas muitas vantagens. No entanto, é importante reconhecer que ainda existem desafios a serem superados, como a melhoria da autonomia, a redução dos custos e a busca por alternativas mais sustentáveis no que diz respeito aos materiais das baterias.
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SEGURANÇA O e-2008 apresenta o Peugeot Driver Assist Plus, uma série completa de tecnologias semiautônomas de assistência ao volante para aprimorar ainda mais a sua segurança, auxiliar nas manobras e melhor antecipar qualquer situação de risco no trânsito. Alguns itens incluídos são: alerta de colisão frontal, frenagem automática de emergência, piloto automático adaptativo, alerta de ponto cego, alerta de saída de faixa com correção, alteração automática do farol alto e câmera 360° para manobras. Além disso, o veículo traz um bom e funcional reconhecimento de placas de velocidade, função que pode ser facilmente ajustada com apenas dois cliques no volante, informando-se a velocidade de cruzeiro em que se deseja permanecer. Fora isso, o modelo possui seis airbags, demostrando a preocupação da marca com a segurança dos ocupantes. Por dentro, todas as informações relevantes sobre a condução são facilmente acessíveis dentro do campo de visão do motorista, facilitando muito a dirigibilidade do carro. Com o cluster digital 3D da Peugeot, o mesmo do e-208, e a central multimídia, você pode consultar diversas informações, como autonomia, modo de condução, indicação de uso de energia, informações da faixa de áudio reproduzida e navegação do GPS, bem representada com uma boa imersão, além de ilustrações do veículo durante a condução. NAS OFICINAS Levamos o nosso Peugeot elétrico para nossos reparadores especialistas analisarem e darem a sua opinião sobre o modelo novo no mercado. Nossa primeira parada foi na oficina Technic Especializada, localizada na Rua Levon
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10 Apovian, 71 Jd. Trussardi, São Paulo-SP, onde fomos atendidos pelo proprietário, Cesar Souza, que já foi gerente de assistência técnica da Citroen. Cesar se diz suspeito para falar sobre a marca Peugeot, pois trabalha há anos no seguimento de carros franceses, atendendo, em sua maioria, Peugeot e Citroen, mas é inegável que seus olhos brilham ao ver o modelo 100% elétrico entrando em sua oficina, e logo fomos para um test drive. Durante a rodagem, Cesar parabenizou a marca por estar investindo nesse segmento. Já que a Peugeot sempre apresentou bons produtos, não poderia ficar de fora do jogo dos eletrificados. O reparador, de cara, já relata a diferença de dirigir um carro elétrico, em que não se ouve o som do motor, apenas o ruído do atrito do pneu com o chão e em frenagens o motor elétrico realizando a regeneração de energia. Segundo Cesar, graças a isso, podemos sentir melhor o carro, sentir a suspensão – que,
conforme ele relata, parece ser muito boa – e ter o privilégio de provar a aceleração instantânea do motor. O interior do carro também encanta Cesar, que destaca, como pontos positivos, o fácil acesso aos botões e comandos do carro no volante e no painel e o diferenciado painel 3D, que traz diversas opções de visualização, como velocidade, potência e porcentagem de bateria. Em seguida, fomos até o nosso amigo reparador e proprietário Kleberson Diegos Gomes,e toda sua equipe técnica da Arcar Serviços Automotivos, unidade Barra Funda, situada na Rua Anhanguera, 295. Logo quando chegamos, fomos muito bem atendidos por todos os mecânicos e até clientes que lá estavam. Detalhe: de início, o modelo foi confundido por alguns pela sua semelhança com o 3008, muito por conta de os dois veículos possuírem a mesma cor, Laranja Sunset. A equipe já foi logo colocando o carro no elevador para conhecer todos os seus detalhes técnicos. De cara, foram procurar a bateria e os componentes de alta tensão. O time da Arcar rapidamente reconheceu peças que são compartilhadas de outros mo-
12 delos Peugeot, como a suspensão dianteira, por exemplo, que utiliza os mesmos componentes dos outros modelos, os quais, segundo os mecânicos, são de confiança, não possuem muito histórico de problemas. Já na traseira, o veículo utiliza o mesmo quadro, mas, nesse modelo, foi adicionada uma barra de estabilidade – acreditamos que por conta do peso adicional que os carros elétricos possuem, geralmente devido às baterias. E por falar em bateria, ela está presente na parte de baixo do veículo, acompanhando o assoalho quase que por completo, e podemos ver alguns cabos de alta tensão, sempre indicados na cor laranja. Deve-se evitar o contato com eles, pois existe o risco de uma descarga elétrica que pode ser até fatal. A parte inferior da bateria é toda revestida por uma capa plástica, para evitar possíveis avarias leves por contato com lombadas, valetas e imperfeições do asfalto. Na dianteira existe outra capa, como se fosse um protetor de cárter. É claro que, nesse caso, não se aplica ali um cárter de óleo, mas sim o próprio motor elétrico na parte mais baixa do cofre do motor, acompanhado do compressor elétrico do ar condicionado. Ao conduzir, deve-se ter cuidado, pois por mais que o modelo seja um SUV com uma altura um pouco elevada, peças importantes do veículo estão nessa parte inferior e, em caso de colisões, assim como ocorre em modelos a combustão, os custos de reparo
podem ser elevados. Na parte de cima do veículo, os técnicos gostaram de avaliar a parte de arrefecimento, que parece ser bem similar à de um veículo a combustão normal, com reservatório de expansão, radiador e até um “sangrador” de fácil acesso para um possível caso em que seja necessário repor ou substituir o fluido que refrigera o motor e as baterias. Diretamente no reservatório, já existem símbolos que indicam os cuidados a serem tomados na hora de adicionar fluidos. Segundo o manual do proprietário, deve ser utilizado etilenoglicol. A Peugeot recomenda o uso do Supracoolant Diluído. Entretanto, os técnicos da Arcar tiveram muitas dúvidas sobre o novo modelo. Quanto à vida útil da bateria, por exemplo: quantos ciclos de carga ela suportaria? A carga rápida não causaria problemas a longo prazo? Para essas perguntas, eles ainda não encontraram respostas. O e-2008 foi muito bem avaliado pelos técnicos que já conhecem bem a linha Peugeot. Eles indicam que alguns pontos que apresentavam problemas nas linhas anteriores foram melhorados. Algumas reclamações de clientes, como aquelas relacionadas à suspensão da linha 3008, que também parece se replicar no novo SUV elétrico, parecem ter sido ouvidas e atendidas. Isso significa uma evolução da marca, que, na opinião dos reparadores, evolui sem perder o DNA, pois o padrão de luxo,
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13 o interior requintado, as curvas excêntricas do design francês ainda se mantêm nos modelos mais novos, trazendo de volta a posição que os Peugeot tinham quando chegaram ao Brasil: um carro premium com custo mais acessível. Durante nossa visita, os técnicos da Arcar tiveram a experiência de colocar um carro elétrico para carregar, utilizando o carregador que acompanha o veículo e que pode ser conectado em uma tomada que utiliza o padrão brasileiro de três pinos (existiam diversas pela oficina). Porém, para a decepção de alguns, essa tomada tem um tempo de recarga muito alto, pois carrega no máximo 1,8 kW, e isso demanda um tempo muito alto. Por exemplo, nesse dia, a bateria estava em 57%. Para atingir a carga completa, seriam necessárias 9 horas e 30 minutos, conforme informado no painel do veículo. Nesse caso, seria até inviável realizar uma recarga na oficina, pois atingiríamos o horário de fechamento do local e, mesmo assim, não teríamos 100% de carga. Assim, fica a reflexão sobre as vantagens de adquirir um aparelho Wallbox, tanto para o proprietário quanto para os reparadores que desejam receber esse tipo de veículo em sua oficina: para o proprietário, significaria abastecer o veículo mais facilmente, aumentando sua praticidade e melhorando
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a experiência de uso; para os reparadores, pode ser interessante comercialmente realizar a carga em um tempo bem menor, oferecendo mais conforto ao cliente. Na terceira e última visita, fomos até a cidade de Mauá, na grande São Paulo. Conhecemos a oficina Infinity Tecnologia em Autos, localizada na Rua Luís Tonelotti, número 12, Bairro Guapituba. Lá, fomos atendidos pelo Rodrigo Pereira Salviato, que é o proprietário, e pelo gerente, Antônio Flávio Lima Frazão. A oficina do Rodrigo tem 14 anos no ramo de reparo de mecânica, ar-condicionado e injeção eletrônica, e já realiza serviços em elétricos e híbridos, atendendo por mês diversos veículos com problemas em baterias, conversores, entres outros. Por dentro da oficina, pudemos ver algumas unidades do Toyota Prius, tanto chegando para serviço quanto saindo para entrega. Rodrigo informou que recebe esses veículos de diversas cidades, inclusive de outros estados, pois a manutenção nesses carros ainda é muito restrita. Poucos profissionais se prepararam para essa tecnologia, realizando treinamento e investimento em estrutura,
como ferramentas especiais para tal reparo. A Infinity se destacou em outro ponto: chegando lá, tivemos a boa notícia de que a oficina possuía um carregador Wallbox para carregamento acelerado. Esse carregador da Infinity está até indicado em um aplicativo de compartilhamento de carregadores, através do qual, por um mapa, o usuário pode encontrar pontos de recarga. Lá, a nossa bateria foi de 30% a 50% em pouco mais de uma hora. Mais rápido do que o carregador doméstico. Durante a nossa visita, deixamos Rodrigo e Antônio à vontade para conhecer o carro. No elevador, eles removeram todas as capas inferiores que cobrem a bateria e os componentes do cofre do motor. Com isso, pudemos enxergar melhor o sistema de acumulador de energia e de propulsão. Nas conexões da bateria, os cabos estão bem-sinalizados, são de fácil acesso e de boa qualidade, o que é importante, já que eles estão expostos a diversas condições climáticas, e qualquer avaria neles irá impossibilitar a condução do veículo. Um ponto negativo para Rodrigo e Antônio são as mangueiras de refrigeração co-
nectadas à bateria. Na visão deles, elas se encontram em uma posição muito exposta a possíveis avarias caso o veículo sofra uma colisão na parte de baixo, que pode ser causada por algum objeto na pista ou até por uma lombada. Mesmo com as proteções plásticas, o equipamento pode ser amassado, trincado ou rompido, gerando um grave problema no veículo. Para os reparadores, uma possível solução seria posicionar em outros pontos mais elevados essas mangueiras e conexões, ou adicionar uma proteção mais reforçada, algo de metal, no caso. Na parte do propulsor, os técnicos notaram que o motor é bem grande em relação a outros modelos mais simplistas e parece ser mais robusto, e afirmaram que isso pode ter relação com o torque do motor. Outros componentes por baixo do capô, como compressor de ar-condicionado, radiadores e reservatórios, são de fácil acesso e reparo. Lembrando que o compressor também é elétrico e possui um cabo de alimentação de alta tensão com o qual se deve ter muito cuidado durante o manuseamento. A parte elétrica de 12 V é bem comum, tal qual em carros a combustão. Possui um módulo de conversão que carrega a bateria para alimentar componentes como equipamentos internos, multimídia e iluminação.
19 DISJUNTOR DE EMERGÊNCIA Os técnicos da Infinity nos dão a informação de que, em veículos elétricos e híbridos, em casos de reparos em componentes de alta tensão ou não, existe uma chave (interruptor ou disjuntor de emergência) que realiza a desconexão da bateria, derrubando a tensão do sistema para que se realize o reparo em segurança. No Peugeot e-2008, a chave de emergência fica localizada na parte acima do cofre do motor, próximo à parede corta-fogo, e é indicada pela etiqueta da imagem. Segunda a própria marca, essa etiqueta foi concebida para utilização por bombeiros e serviços de manutenção na eventualidade de qualquer reparação no veículo. Então, não deve ser utilizada pelo proprietário em caso de problemas com o veículo. Para isso, procure por um especialista para te auxiliar. E para o reparador, fica a dica: busque informações e treinamentos a respeito de carros elétricos e híbridos antes de querer recebê-los em sua oficina. Essa tecnologia é repleta de diversidades referentes a tecnologia e componentes que ainda não são de conhecimento do público geral, e a incorreta manutenção pode causar graves problemas, inclusive de saúde, pois o sistema elétrico de alta tensão, se não utilizado com conhecimentos técnicos e ferramentas especiais, pode causar danos fatais em caso de contato.
GESTÃO
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AULA 81 – Datas especiais para jogar a isca! São várias as datas especiais, como dia das mães, dia dos pais, das crianças, da mulher, natal, ano novo, e talvez o mais importante, data do aniversário do cliente, ações nestas datas podem fazer toda a diferença para a sua empresa! Pedro Luiz Scopino scopino@automecanicascopino.com.br
FAÇA O CLIENTE SEMPRE LEMBRAR DE VOCÊ!
A
ideia é muito simples, mas poucos praticam, aliás, quase nenhuma empresa tem comunicação com o cliente após ele deixar o estabelecimento comercial. Você mesmo gestor e gestora, quantas vezes pensando como um consumidor também, recebe um e-mail, um aviso nas redes sociais, uma mensagem da data de seu aniversário? Algumas vezes, mas com certeza, todas elas bem frias, ou seja, sem um contato humanizado por trás, mas sim um sistema automatizado em que a rede social avisou que era a data de seu aniversário. UTILIZAR ISCA É FUNDAMENTAL PARA TRAZER O CLIENTE PARA A OFICINA Vamos pensar em outras ações de grande volume, como anúncios em rádio, televisão, outdoor ou fazer 10.000 panfletos e distribuir no semáforo, qual a quantidade de clientes que chegarão até você com estas ações? Pesquisas de mercado colocam a marca de cerca de 3%, ou dependendo da região bem menos que isso. Agora se você lembrar do seu cliente em datas especiais, como final de ano com um cartão de feliz natal e próspero ano novo, ou no mês de seu aniversário, teremos algo muito mais humanizado, muito mais pessoal, e
Scopino Auto Club
se for uma forma física, como um cartão enviado por correspondência, será uma forma diferente de fidelizar seu cliente. UTILIZE O CADASTRO DE CLIENTES E PESQUE DENTRO DE UM AQUÁRIO! Dentro da gestão da empresa o que temos de maior valor é o cadastro dos seus clientes. Mas de que adianta ter o cadastro do cliente completo, com nome, endereço, data de nascimento, e-mail, telefones e simplesmente não usar para nada! Fazendo ações em datas especiais, utilizando o cadastro de seus clientes, estaremos fazendo uma ponte, uma liga-
ção entre a empresa e o cliente, e cliente que é lembrado, sempre vai recorrer à sua empresa quando precisar. Vamos fazer um exercício simples, quando você pensa em um refrigerante por exemplo, qual vem primeiro à sua cabeça e pensamento? Aquele que sempre está aparecendo no programa que assisto, ou que é comentado na rádio que ouço. Na hora da manutenção de seu veículo, o cliente vai pensar primeiro em quem sempre faz contato com ele. E quando você usa o cadastro de clientes, é como pescar em um aquário, o seu aquário, afinal de contas, dentro desse aquário que é o cadastro de seus clientes, só tem peixe bom, os seus clientes!
Quantas vezes por dia você verifica os seus e-mails? Há anos atrás esta resposta seria “várias vezes ao dia”. E hoje, qual seria a resposta? Muitos podem responder que sequer mais leem e-mails. Esta é a nova realidade, é a velocidade da comunicação. Agora ao receber um cartão de aniversário, ou mesmo um cartão de final de ano de feliz natal e próspero ano novo, é algo diferente, especial, palpável, tangível e diferente! Vai fazer toda a diferença.
você terá de retorno? A fidelização de clientes depende de você, amigo gestor e gestora. O atendimento e relacionamento com o seu cliente NÃO terminam ao ele efetuar o pagamento e sair da sua empresa. Manter clientes é muito mais barato e mais lucrativo a tentar conquistar novos clientes.O ticket médio é muito maior com clientes fidelizados a clientes novos, que ainda estão na fase de experimentador de sus serviços! Pensem nisso! Mas não se esqueçam, que além de ser mecânico, tem que ser gestor. Transforme a sua empresa em uma oficina forte! Faça a gestão da sua empresa, ela é muito importante e vital para a vida empresarial!
PRÓXIMOS TEMAS Aula 82 Valor x Preço Aula 83 Formando mão de obra Aula 84 Nível de cargos
CONCLUSÃO Existem várias formas de “chamar a atenção” de clientes ou de prováveis clientes. Podemos fazer um anúncio na rádio local, em outdoors, em vidros de ônibus, fazer uma panfletagem ou mesmo ou faixa no seu bairro. São várias as formas de divulgação, mas quanto em %
Abraço a todos e até o próximo mês e $UCE$$O!
Apoio:
Mecânico de Autos Profissional, Bacharel em ADM de Empresas, diretor da Auto Mecânica Scopino, idealizador do movimento Oficina Forte, professor do Umec e da TV Notícias da Oficina VW, integrante GOE e dos Mecânicos Premium, ministra treinamentos e palestras por todo o Brasil. Contrate um professor que tem uma empresa e experiência no setor automotivo.scopino@automecanicascopino. com.br - Instagram: @professorscopino @oficinaforte
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TURBOS
Outubro 2023 • oficinabrasil.com.br
Os pilares da vedação do óleo no turbocompressor e seus componentes internos Marcio Cattani Instagram: @marciocattani marcio.cattani@masterpower.com.br
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turbocompressor necessita de lubrificação com pressão e vazão constante; sendo atendido sob a demanda da bomba de óleo do motor, se faz necessário respeitar a aplicação de óleo solicitada pelo fabricante do motor. O óleo também é um agente para reduzir o calor dos componentes internos do conjunto central rotativo. (Fig.1) O óleo entra pelo canal superior (seta vermelha) passa por um orifício calibrado e percorre um canal com três vasos comunicantes. Os canais abastecem os mancais radiais (Fig.2) mancal axial (Fig.3) e ou rolamento (Fig.4); a pressão constante sob os mancais provoca um filme hidráulico, impedindo contato físico ente os componentes. O óleo se encontra como um “colchão hidráulico” entre a superfície externa do mancal radial e o alojamento na carcaça central. A furação no corpo do mancal radial é prevista para oferecer passagem do óleo e promover o mesmo efeito em reação ao eixo. (Fig.5) O retorno do óleo ao cárter é realizado por gravidade (Fig.6) conforme a seta vermelha, o lubrificante, ao ocupar o espaço entre os compo-
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Fotos e ilustrações: Marcio C.
Você sabia que o óleo desempenha um papel crucial na performance e longevidade de um turbocompressor? Vamos explorar os componentes e mecanismos que garantem a vedação e o resfriamento essenciais deste sistema pressões externas, colar e canal centrífugo e anel elástico e ou também conhecido por anel de pistão. Importante para a vida útil do turbocompressor que o sistema de lubrificação do motor esteja em perfeitas condições. Em caso de substituição do turbocompressor por ciclo de vida útil sempre substituir óleo do motor, filtro do óleo e filtro do ar conforme
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6 nentes, reduz a velocidade de escoamento. O turbocompressor não possui elementos sintéticos de vedação para manter o óleo internamente na carcaça central rotativa, e sim utiliza
9 a pressão presente nas carcaças compressora e de turbina quando o eixo se encontra sob alta rotação (Fig.7), anéis elásticos, colar e canal centrí-
fugo. O canal centrífugo está localizado no próprio eixo (Fig.8) conforme indicação da seta, conduzindo o óleo do centro para o extremo aliviando a carga sob o anel. O anel elástico (Fig.9) tem a função de reter o óleo lubrificante em condições em que não se encontram pressões externas ou baixa rotação dos rotores. Os anéis estão instalados no eixo rotor e na ponta do colar centrífugo (Fig.10), conforme aponta seta. Colar centrífugo (Fig.11) localizado após o rotor do compressor, conforme a seta aponta. Os três pilares da vedação do turbocompressor seguem
especif icações do fabricante do motor, cabe lembrar que na 13 ação de substituição ocorra uma inspeção na tubulação de pressurização, intercooler, escapamento e aspectos gerais do motor. Na (Fig.12) um caso de baixa pressão do sistema de lubrificação do motor, acarretando desgaste, observa-se na região do alojamento dos mancais radiais o desgaste no eixo rotor de turbina sem azulamento ou depósito de material dos mancais radiais. Na (Fig.13) um caso de insuficiência ou falta de lubrificação, as características apresentadas entre os eixos são completamente distintas. Muito sucesso a você...e até nosso próximo encontro turbinado!!!
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Aula 13: Aprofundando-se nos Circuitos do Arcondicionado: Do Simples ao Elaborado Nesta aula, desvendaremos passo a passo o funcionamento do sistema, partindo do simples ao complexo. Desde a ligação D+ do alternador até o acionamento do compressor e das ventoinhas Marcio Ferreira adm2@ecumix.com.br
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eguindo nossa didática, sempre partindo do mais simples para entender o mais complexo vamos entender a estratégia do esquema de um Opala carburado. Tudo começa na ligação D+ do alternador no canto superior direito que está ligado no borne 85 do rele de alimentação do ar, ou seja quando o motor está parado ou se acaso o alternador para de fornecer carga para a bateria essa ligação fica com potencial negativo e como o borne 86 do mesmo rele está ligado no negativo, a bobina eletromagnética do rele não é acionada, mas quando o alternador entra em funcionamento e apaga a lâmpada espia no painel a ligação D+ fica positiva e aciona o rele do ar, esse rele é alimentado no seu borne 30 pelo fusível M3 e com ele acionado fornece alimentação pelo seu borne 87 ao painel de controle. O painel de controle alimenta o módulo amplificador pelo fio preto, o módulo amplificador fornece alimentação que passa pelo pressostato, se o sistema tiver com pressão de gás refrigerante suficiente o pressostato estará com seus contatos fechados e vai alimentar a bobina do compressor, a solenoide de marcha lenta (que serve para fazer um acionamento na aceleração do carburador e compensar a
rotação de marcha lenta que ficaria baixa com o peso de acionamento do compressor do ar), também essa ligação fornece alimentação para o borne 85 do rele da ventoinha do arrefecimento, acionando esse rele que recebe alimentação no borne 30 vindo do fusível M4 e alimentando a ventoinha do radiador O painel de controle também aciona as velocidades da ventilação interna, vemos que o fio azul é a quarta velocidade pois está ligado diretamente ao ventilador interno e as outras três ligações fazem a primeira, segunda e terceira velocidade pois passam pelas resistências. O módulo amplificador recebe mais duas informações, uma vinda do termostato que é responsável por controlar a temperatura no evaporador, não deixando que este se congele e impeça a passagem da
ventilação, e recebe também uma informação de rpm do motor vindo da bobina de ignição do motor para que por segurança deligue o ar quando o motor estiver desligado. Neste sistema vamos começar pelo lado esquerdo pelo sensor de pressão do refrigerante, neste caso tem três ligações e fornece duas informações para o módulo, uma se tem gás refrigerante no sistema e segundo se a pressão do sistema está muito alta, a primeira serve para o módulo saber se pode ou não ligar o compressor e a segunda para o módulo acionar a segunda velocidade do ventilador do radiador, logo abaixo o sensor de temperatura da água do motor está neste sistema, pois se a temperatura do motor subir o módulo desliga o ar-condicionado, pelo borne B05 o módulo arma o rele do compressor, através
abaixo vemos o conjunto de resistência da ventilação interna, conseguimos analisar o esquema e concluímos que o borne 04 é a primeira velocidade, pois passa por todas as resistências em série e sai pelo borne 06, depois o borne 01 da segunda velocidade, o borne 02 da 1 terceira veFotos e ilustrações: Marcio Ferreira locidade e o borne 05 da do borne B09 aciona o rele quarta velocidade. principal, o borne B14 aciona Agora vamos entender um os reles de alta velocidade do sistema mais complexo e comventilador 1 e 2 e também o pleto, o primeiro componente rele reversível, no borne B13 na parte superior é o sensor é acionada a velocidade baixa de temperatura do evaporador, do ventilador 1 e 2, isso se dá com essa informação o módupois o rele reversível está co- lo não deixa que o evaporador nectado aos dois ventiladores congele desligando o comque estarão instalados em sé- pressor, em seguida temos os rie e com acionamento com a sensores dos dutos para que metade da velocidade. o módulo equalize a temperaDo lado direito começamos tura inferior e superior, o senpelo interruptor de anticonge- sor solar fornece ao sistema o lamento que desliga o ar-con- valor de temperatura interna dicionado se o evaporador e a separação de dia e noite, começar a congelar, depois o o atuador da aleta é um motor circuito do desembaçador tra- que posiciona a aleta para a seiro formado pela resistência, seleção das várias direções do rele e timer daí vem o conjunto ar no painel, o atuador da aleta de interruptores que está liga- de temperatura seleciona as a do ao módulo pelo borne B35 passagem do ar entre o evapopara solicitar ao módulo que rador e o radiador do ar quente ligue ou desligue o ar, depois para controle da temperatura, vem a válvula de recirculação o atuador de controle da adda água do ar quente, o atuador missão de ar seleciona entre ar da recirculação interna, mais externo e recirculação, o con-
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DO FUSCA AO TESLA
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junto de interruptores troca informações com o módulo através de uma rede de dados do tipo Lin, o módulo de controle do ventilador dianteiro recebe a solicitação do módulo e atua na velocidade do ventilador, neste caso não há as resistências que vimos nos sistemas anteriores, o módulo aciona o desembaçador traseiro atraves do módulo de controle da carroceria, o módulo de carroceria tambem é responsavel por acionar o rele de ignição, este rele fornece alimentação para o led do interruptor do motor da ventoinha auxiliar traseiro e para o rele da mesma ventoinha, deste rele a alimentação segue para o interruptor de controle da velocidade da ventoinha auxiliar, diferentemente da ventoinha dianteira o controle aqui é feito de novo por resistores, a alimentação do módulo vem através do fusível F14 de 10 amp que está localizado na caixa de fusível do painel, notem que na caixa de fusível da bateria o maxi fusível 03 muda a sua capacidade de acordo com a motorização do veículo Na caixa de fusível do vão do motor ficam localizados os reles principais, o rele de ignição do controle do motor e o rele do compressor, neste esquema o sensor de pressão do ar-condicionado é do tipo variável, informando ao módulo de injeção através de um sinal com valores entre zero e 5 volts, com essa informação o módulo sabe se tem gás no sistema para ligar o compressor e se a pressão subir ligar a ventoinha do arrefecimento em maior velocidade. Vimos nestes 3 modelos desde um sistema mais básico até um mais complexo.
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Outubro 2023 • oficinabrasil.com.br
BMW “New Class”, o primeiro sedã médio da marca que combinava linhas elegantes com prazer ao dirigir Texto e fotos: Anderson Nunes
Anderson Nunes
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BM W 1500 cr iou o segmento de sedãs médio com veia esportiva, inicialmente tinha motor de 1,5 litro, ganhou notoriedade com variantes mais potentes. A espera durava em média meia hora. Esse foi o tempo que os visitantes tiveram que aguardar na fila do Salão do Automóvel de Frankf ur t de 1961 para ver de perto o mais novo veículo da BMW – ou mesmo para acessar o interior, mesmo que por não mais que um minuto. “Qualquer pessoa que esteve na área de exposição sentiu-se atraída pelo estande da Bayerische Motoren Werke”, notaram os repórteres de uma revista automotiva alemã, “ou, para ser mais preciso, pelo novo carro de gama média da BMW que até então era um segredo inter no bem guardado, mas agora estava à vista do público pela primeira vez no estande da marca”. O BMW 1500 celebrava sua estreia mundial. No recinto, os visitantes podiam apreciar dois protótipos, um na tonalidade branca girava lentamente sobre uma platafor ma fechada. A poucos metros de distância estava seu gêmeo, convidando os visitantes a tocá-lo e até mesmo a sentar-se ao volante. Qualquer um que conseguisse garantir um lugar em frente à barreira adjacente na altura dos joelhos teria uma visão desimpedida do sedã de quatro portas. Nem mesmo o elegante 3200 CS Coupé de oito cilindros que também estava exposto no evento chamava tanta a atenção quando o “Neue Klasse” (Nova Classe), nome dado à nova fa-
mília de veículos. O termo Nova Classe referia-se à categoria de automóveis de 1,5 a 2 litros da qual a BMW estava ausente desde a Segunda Guer ra Mundial. Além disso, a BMW visava atender à demanda do mercado que havia ficado sem um representante no segmento de veículos de médio porte, com a saída de linha do Borgward Isabella no ano anterior. FUNCIONAL E ESPORTIVO Após passar por uma turbulenta crise financeira em meados anos de 1950 em que quase foi à falência, a BMW conseguiu reverter os prejuízos com o lançamento de uma gama de carros pequenos lançada no início da década de 1960 – o BMW Isetta, BMW 600, BMW 700. No outro extremo, a marca era representada pelos grandes sedãs de luxo, incluindo a linha 501/502/503, apelidada de ‘Anjos Barrocos’ na Alemanha. Essa lacuna na gama de modelos da BMW precisava ser preenchida.
Após estudos a BMW vislumbrou um modelo que podia atender ao segmento de veículos médios e o projeto foi batizado de Neue Klasse (“nova classe”). Esse carro deveria ser funcional, confiável e esportivo. Também foi apontado no projeto que o veículo deveria oferecer um amplo espaço interno, porta-malas capaz de levar 600 litros, pensado para ser prático, do painel criado para não causar reflexos no para-brisa aos instrumentos circulares de fácil leitura. Mesmo a ntes do sloga n “Puro prazer de dirigir” ser concebido, os projetistas da casa bávara já tinham em mente oferecer ao motorista esta característica técnica que era sinônimo de BMW. O Neue Klasse representou o “renascimento do veículo esportivo de médio porte”, pois transplantou as características esportivas dos modelos BMW 326, BMW 327/28 e BMW 328 até a década de 1960. Esses modelos deram à marca BMW o seu aspecto inconfundível na década de 1930.
A BMW não apenas preencheu um nicho em sua própria linha de modelos, mas também criou um segmento totalmente novo com modelos médios dotado de esportividade. A BMW também se preparou para todos os estágios de fabricação do Neue Klasse, investindo na expansão da capacidade de produção com métodos de fabricação mais eficientes e mais qualificados. Isso incluiu a construção de um novo pavilhão na fábrica em Munique e a contratação de cerca de 3 mil trabalhadores. Também foi adotado um sistema de inspeção de qualidade em vários estágios que tornou possível resolver rapidamente os problemas que surgiram durante a produção. UMA NOVA ERA PARA A BMW A BMW começou as primeiras ent regas do modelo 1500 em julho de 1962. O 1500 apresentava um visual elegante e funcional, além disso esse visual
foi um afastamento das linhas clássicas e luxuosas dos BMW 501/502/503. Chamava a atenção os traços fluidos e com fortes vincos que percorriam toda a lateral, que deixaram uma impressão de esportividade. A BMW capturou perfeitamente a essência de estilo da época, e visto de alguns ângulos o sedã lembrava os carros italianos. Todo o trabalha estético foi executado pela equipe do estilista chefe da BMW, Wilhelm Hofmeister, com a consultoria do designer italiano Giovanni Michelotti. As linhas eram limpas e modernas, com grade discreta ao estilo do BMW 507, enquanto a traseira se destacava pelas lanternas verticais integradas ao conjunto. Há uma outra curiosidade sobre o desenho. Herbert Quandt, o principal acionista da BMW, foi um dos responsáveis por vários retoques na aparência do 1500. Após ver o protótipo, o executivo apontou que a grade de duplo rim cercada apenas por metal deixava a dianteira muito simples. A pedido dele, os designers colocaram o clássico duplo rim no centro, mas com uma grade horizontal que englobava também os faróis, enquanto as luzes dos piscas ficavam nas laterais na porção superior do para-lamas. Uma caraterística de estilo que perdurou por décadas nos veículos BMW. A combi nação de g rade horizontal de duplo rim e faróis circulares não foi a única herança de estilo que o BMW 1500 deixou para os futuros carros da
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DO FUNDO DO BAÚ
O primeiro BMW de porte médio, o 1500 de quatro portas preenchia a lacuna entre o diminuto Isetta e os luxuosos sedãs 501/502/503
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O desenho do 1500 lembrava os carros italianos, o que não deveria ser surpresa, visto que, ao desenvolver o novo três volumes, o estilista-chefe da BMW, Wilhelm Hofmeister, procurou o conselho de Giovanni Michelotti, que já havia colaborado nos traços do modelo 700
A coluna C apresentava um traço inovador chamado de ‘dobra Hofmeister’, o que significa uma curvatura baixa que separa o vidro traseiro do vidro dianteiro. Esse detalhe estético acabou por se transformar em uma assinatura visual dos BMW
A multidão foi imediatamente arrebatada pelo BMW 1500. Após sua relevação, uma revista automotiva alemã comentou: “O BMW 1500 tem realmente muito a oferecer e seus predicados o destacam da multidão de carros de 1,5 litro e lhe conferem aquela aura de exclusividade técnica que é resumida pelas três letras BMW.”
marca. O sedã estreou um detalhe que está em todos BMW até hoje: a famosa coluna traseira Hofmeister. A base da coluna C era mais grossa e vinha acompanhada de uma pequena torção que fugia da mesmice e, de quebra, aumentava a rigidez torcional em uma parte sensível da estrutura de qualquer veículo. Internamente o BMW 1500 trazia um acabamento simples, com bancos de encostos baixos, revestidos em um tecido xadrez, esse mesmo revestimento estava presente nas forrações das portas. O painel de instrumentos continha somente os medidores necessários: à esquerda velocímetro, ao centro o relógio de horas e à direita os medidores de temperatura do líquido de arrefecimento e nível do tanque de combustível e luzes-espia. No centro estavam os comandos de
ventilação da cabine e o volante apresentava dois raios. Já a curta alavanca de troca de marchas ficava posicionada no assoalho. MECÂNICA ESPORTIVA O Puro Prazer de Dirigir acessível era o principal argumento de sedução do BMW 1500. O desempenho o destacava diante dos rivais desatualizados dos anos 60. Suas especificações técnicas chamavam a atenção: motor de 4 cilindros em linha, (82 x 71 mm, 1.499,8 cm³), 75 cv a 5.500 rpm, torque de 12 m.kgf a partir de 1.400 rpm, comando simples no cabeçote, virabrequim de 5 rolamentos. A suspensão dianteira era do tipo McPherson, na traseira independente, que apresentava molas helicoidais e braços semiarrastados articulados a partir
de uma viga Para os dias atuais o interior do modelo 1500 deixa transparecer t r a n s v e r s a l simplicidade, entretanto para os projetistas o foco era a que t a mbém praticidade sustent ava a caixa do diferencial, e por fim 1,8 litro foram adicionados à lifreios a disco nas rodas diantei- nha, o 1800 de 90 cv e o 1800 ti, ras. Após sua apresentação, a as duas últimas letras significam BMW fez alguns ajustes mecâ- Turismo Internazionale, uma nicos e o motor 1,5 litro passou veia de competição que combia render 80 cv com o aumento nava com o novo motor 1,8 litro da taxa de compressão. de 110 cv. O câmbio de quatro O BMW 1500 trouxe todo marchas tinha relações curtas o aprendizado da fabricante no para ajudar o sedã a ir de zero a que diz respeito à resistência 100 km/h em 11 segundos. Com torcional da carroceria. De tão a versão 2000 tii, lançada em rígido, o modelo estava apto a 1969, também auxiliou a BMW receber motores mais fortes. Em a se tornar uma força motriz no 1963, por exemplo, o BMW 1500 segmento de carros esportivos, foi substituído pelo BMW 1600. pois o modelo fornecia 130 cv. Não parou por aí – na verdade, Isto constituiu um desempenho seguiu-se toda uma série de va- que foi muito além do padrão riantes: BMW 1800 e 1800 TI, para um veículo de médio porte BMW 1800 TI/SA, BMW 2000, de sua época. 2000 TI, 2000 tilux, 2000 tii. Outra característica apreEm 1964, dois modelos de ciada neste motor de quatro
cilindros era seu bloco extremamente reforçado, esse de trem de força prestaria bons serviços não apenas nos carros de passeio da marca. Batizado internamente de M10, o quat ro cilind ros serviu de base para várias aplicações de pista de corrida, entre elas, o 1,5 litro turbo usado na Fórmula 1 pela equipe Brabham BMW dos anos 80. Foi com esse propulsor de mais de 800 cv que Nelson Piquet ganhou o campeonato de F1 de 1983. O Neue Klasse ajudou a BMW a se posicionar como fabricante de veículos esportivos e de uso diário. Isto refletiu-se nos números de vendas: só nos dez anos entre 1960 e 1970, as vendas de automóveis BMW triplicaram. No total, foram produzidas 339.814 unidades entre fevereiro de 1962 a janeiro de 1972. A Neue Klasse foi um enorme sucesso para a BMW. O Neue Klasse abriu o caminho para o futuro da marca e também para a chegada da futura Série 5, lançada em 1972.
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Motor MAN D08 mesmo sendo robusto, precisa de manutenção para manter o desempenho Fotos: Gaspar
Veículos que ficam parados por muito tempo também precisam de cuidados, se o sistema de arrefecimento fica sem movimentar o líquido que protege os componentes as corrosões aparecem Antonio Gaspar de Oliveira
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motor pode estar instalado em um caminhão ou ônibus, mas se ficar sem ser ligado por muitos meses e sem manutenção, os componentes que protegem o motor como a lubrificação, o sistema de arrefecimento que contêm água e aditivo, se degradam e não cumprem mais a função de proteção do motor. O motor diesel MAN D08 precisa de cuidados como qualquer outro motor, mas neste caso, o ônibus ficou parado na garagem em torno de dois anos e foi o tempo suficiente para que alguns componentes de alumínio serem corroídos pela falta proteção do aditivo que é adicionado na água, quando o sistema de arrefecimento é abastecido. Em dois locais a ação de corrosão ficou mais evidente, na tampa do conjunto de engrenagens de sincronismo e no trocador de calor, que fica junto com o filtro de óleo do motor. (Fig.1 a 6) O alumínio resiste à corrosão, mas com o tempo ele começa se decompor, formando uma massa branca, perfura a parede e assim surgem os vazamentos, que em situações mais críticas, podem até fundir o motor. Este tipo de corrosão pode ser caracterizado como corrosão galvânica, que ocorre em regiões onde dois metais diferentes ficam em contato e neste
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1 6 4 2 caso a água acelera o processo. A carcaça desta peça é de alumínio e no interior dela fica o trocador de calor que é de outro metal e a água parada neste local acelerou o processo de corrosão.
O dano causado por este tipo de corrosão só pode ser avaliado com a desmontagem dos componentes e a tendência é de aumento da região corroída
Em situações como essa, a solução é substituir os componentes danificados, seguir as orientações do fabricante do motor quanto aos procedimentos para abastecer o sistema de arrefecimento e atender às especificações técnicas da água e do aditivo. O motor MAN D 0836 possui sistemas auxiliares para melhorar o arrefecimento e um destes componentes é o trocador de calor que está acoplado ao filtro de óleo lubrificante. O conjunto combina o filtro de óleo e o resfriador, o óleo de motor aquecido passa por ele e é resfriado pelo trocador de calor por aproximadamente 15 graus, é uma redução consi-
derável que eleva a capacidade de troca de calor que o motor precisa, principalmente quando está sendo utilizado em plena potência. (Fig.7 a 9) Preocupada em manter a integridade e eficiência do sistema de arrefecimento do motor MAN D 0836, a fabricante disponibiliza o aditivo anticorrosivo e anticongelante pronto para uso, que já vem pré-misturados com água. Isso pode evitar danos ao motor caso ocorram aplicações incorretas. A água utilizada pela MAN para a diluição não forma depósitos de calcário no sistema de arrefecimento, é isenta de nitritos e fosfatos. O aditivo protege metais e ligas no circuito de refrigeração como o alumínio, ferro fundido, aço, latão, e contra o congelamento atinge até -37°C.
Para o sistema de arrefecimento funcionar corretamente, precisa estar com pressão positiva, sendo necessário que seja mantido limpo, estanque e o nível de refrigerante deve ser mantido na indicação correta
Os sistemas de arrefecimento do motor devem ser abastecidos sempre que necessário, com uma mistura de 60% água e 40% de anticon-
40 gelante, proporcionando proteção contra o congelamento, mas esta proporção pode ser alterada conforme a região onde o caminhão estiver trabalhando.
Líquidos de refrigeração que contenham agentes anticongelantes inadequados ou preparados de forma incorreta são passíveis de causar falhas nos componentes no sistema de arrefecimento, causando cavitação ou corrosão Para garantir uma operação confiável dos motores a diesel MAN, são publicadas normas específicas para cada tipo de motor, como a norma MAN 248, a norma MAN 324 e a norma MAN 334, mas é preciso ter muito cuidado pois os refrigerantes que atendem à norma MAN 324 Tipo SNF não devem ser usados em motores que atendem à norma MAN 334. O motivo está nas mangueiras de silicone. Os caminhões MAN utilizados na Europa possuem o sistema de arrefecimento projetado para atender às necessidades desta região, onde é utilizada uma concentração de aditivo com máximo de 40%, suficiente para a proteção contra congelamento até -27°C, que pode ser mantido no sistema também durante os meses de verão, desde que o sistema de arrefecimento esteja funcionando adequadamente. No
REPARADOR DIESEL Temperatura externa
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Aditivo
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60%
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55% 50%
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8 início dos meses de clima mais frio, a concentração de anticongelante do líquido de arrefecimento deve ser aumentada para evitar o congelamento devido às temperaturas externas que ficam abaixo de zero. Na tabela de mistura, considerando a temperatura ambiente, o percentual de água e o percentual de anticongelante deve seguir estas recomendações.
As verificações e substituição do líquido de arrefecimento devem ser observadas com frequência para manter o sistema sempre em condições adequadas para obter a maior eficiência na troca de calor gerado pelo motor
10 9 Para as aplicações nas quais o uso de aditivo anticongelante não é necessário, como na maior parte do Brasil, onde predomina o clima tropical, devem ser utilizados inibidores de corrosão de acordo com a norma MAN 248. Quando for necessário completar o nível do sistema de arrefecimento, utilize o líquido pré-diluído que já vem com a água e o aditivo na proporção correta e pronto para o uso, assim é possível evitar a utilização de água da torneira. Mesmo com todos estes cuidados, é importante verificar a concentração uma vez a cada três meses por meio de um medidor eletrônico ou refratômetro. A recomendação para a substituição completa do fluido do sistema de arrefecimento é após um ano ou 1.500 horas de operação, mas independente
11 deste período, o fluido refrigerante deve ser trocado se ficar marrom ou ficar com a coloração turva. Os aditivos anticorrosivos de acordo com MAN 248 não devem ser misturados com anticongelante ou refrigerantes de acordo com MAN 324. Caso o aditivo anticongelante de acordo com MAN 324 for substituído por aditivo
anticorrosivo de acordo com MAN 248 ou vice-versa, todo o fluido do sistema de arrefecimento deve ser drenado, sem a necessidade de lavar o sistema. (Fig.10 e 11)
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Veículos com Motores Híbridos: O Futuro da Mobilidade Sustentável Ilustrações: Jordan Jovino
Com o aumento das preocupações com as mudanças climáticas e a necessidade de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, a indústria automotiva tem buscado alternativas mais eficientes para o trânsito de veículos. Jordan Jovino
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esse contexto, os motores híbridos têm se destacado como uma solução promissora, combinando eficiência energética e redução das emissões. Este artigo iremos explorar o conceito de motores híbridos, seus benefícios, funcionamento e o papel que desempenham na transição para um futuro mais sustentável.
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O QUE SÃO MOTORES HÍBRIDOS? Os motores híbridos são sistemas de propulsão que combinam um motor de combustão interna tradicional com um ou mais motores elétricos. Essa combinação permite que o veículo seja impulsionado pela energia do motor de combustão interna e da eletricidade armazenada em baterias recarregáveis. A interação entre os dois sistemas de energia resulta em maior eficiência e menor consumo de combustível em comparação com os veículos equipados apenas com motores a combustão. (Fig.1) MOTOR DE COMBUSTÃO INTERNA O motor de combustão interna é geralmente alimentado por combustíveis líquidos, como gasolina ou diesel, e converte a energia química do combustível em energia
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2 mecânica para movimentar o veículo. Esse tipo de motor é eficiente em altas velocidades e longas distâncias, mas pode ser menos eficiente em condições de baixa velocidade e trânsito urbano, onde ocorrem mais paradas e partidas. (Fig2.) TORQUE DO MOTOR DE COMBUSTÃO INTERNA O torque do motor de combustão interna é uma medida da força de rotação que o motor é capaz de produzir em seu eixo de saída. Ele é influenciado por vários fatores, incluindo o projeto do motor, tamanho
do cilindro, curso do volante, taxa de direção, sistema de alimentação de combustível e eficiência de combustão. O torque é geralmente expresso em unidades de força vezes distância (Nm ou lb.ft). É importante notar que o torque não é uma medida direta da potência do motor, mas sim da força que ele pode aplicar para girar um eixo. A potência é o trabalho realizado em um determinado tempo (ou seja, a quantidade de força aplicada pela unidade de tempo) e é mostrada multiplicando-se o torque pela velocidade de rotação do motor. O torque do motor de combustão interna pode variar dependen-
do do seu ciclo de combustão (por exemplo, ciclo Otto ou ciclo Diesel), da presença de sistemas de sobrealimentação (como turbocompressores ou compressores mecânicos) e da estratégia de controle do motor. Motores com maior deslocamento, cilindros maiores ou maiores taxas de tensões tendem a produzir mais torque em baixas rotações, o que é desejável para fornecer força em velocidades mais baixas, como partidas e subidas inclinadas. A curva de torque do motor é geralmente apresentada em um gráfico conhecido como “curva de torque”, que mostra a relação entre o torque e a rotação do motor. Normalmente, o torque é maior em baixas rotações e diminui à medida que a rotação aumenta. Isso está relacionado à eficiência volumétrica e ao fluxo de ar do
motor, que tem sua capacidade de aspirar e queimar o combustível alterada em diferentes velocidades. É importante considerar que o torque é uma especificação importante para determinar o desempenho do motor em termos de capacidade de tração e capacidade de carga, especialmente em aplicações automotivas e de máquinas. No entanto, o torque não é o único fator relevante, e o desempenho geral do motor também é influenciado por outros aspectos, como potência, curva de potência, eficiência térmica e curva de consumo de combustível. (Fig3) TORQUE DO MOTOR ELÉTRICO Ao combinar esses dois tipos de motores em um sistema híbrido, é possível otimizar o desempenho do veículo em diferentes condições de condução. Durante a condução em alta velocidade, o motor de combustão interna é predominantemente usado para fornecer energia mecânica, enquanto o motor elétrico pode auxiliar em momentos de maior demanda de potência. Em velocidades mais baixas e em desacele-
46 rações, o motor elétrico assume a maior parte da carga de trabalho, economizando combustível e diminuindo as emissões. Além disso, os motores híbridos também incorporam sistemas de isolamento de energia, nos quais a energia cinética gerada durante a desaceleração ou frenagem é transformada em eletricidade e armazenada nas baterias, para ser usada posteriormente. Isso aumenta ainda mais a eficiência do veículo e reduz o desperdício de energia. Os motores híbridos podem ser projetados com diferentes configurações e graus de eletrificação. Alguns modelos são projetados como híbridos leves, nos quais o motor elétrico auxiliar o motor de combustão interna em momentos de maior demanda, enquanto outros são projetados como híbridos completos, nos quais o motor elétrico pode fornecer energia suficiente para mover o veículo sozinho em curtas distâncias. Os veículos híbridos oferecem uma transição suave para tecnologias mais sustentáveis, como veículos elétricos puros ou movidos a células de combustível. Eles permitem reduzir o consumo de combustível, diminuir as emissões de poluentes e fornecer uma maior autonomia, aproveitando as vantagens dos motores elétricos e dos motores de combustão interna. BENEFÍCIOS DOS MOTORES HÍBRIDOS Eficiência energética: Os motores híbridos são projetados para otimizar o uso de energia, aproveitando a eficiência dos motores elétricos em baixas velocidades e dos motores a combustão em velocidades mais altas. Isso resulta em menor consumo de combustível e maior economia. (Fig.5) Redução das emissões: Ao utilizar motores elétricos, os veículos híbridos reduzem as emis-
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Outubro 2023 • oficinabrasil.com.br em sistemas híbridos plug-in. AUTONOMIA DE BATERIA
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6 sões de gases poluentes, como dióxido de carbono (CO2) e óxidos de doença (NOx). Essa redução contribui para melhorar a qualidade do ar e atenuar os efeitos das mudanças climáticas. Menor dependência de combustíveis fósseis: Ao integrar a tecnologia elétrica, os motores híbridos reduzem a dependência de combustíveis fósseis, aproveitando fontes de energia renovável para recarregar as baterias. Isso promove a diversificação da matriz energética e a sustentabilidade a longo prazo. Recuperação de energia: Os motores híbridos também podem aproveitar a energia cinética gerada durante a desaceleração e frenagem para recarregar as baterias. Esse processo, conhecido como proteção de energia, aumenta a eficiência global do sistema e reduz o desperdício de energia.
FUNCIONAMENTO DOS MOTORES HÍBRIDOS Existem diferentes tipos de motores híbridos, mas o princípio básico é o mesmo: combinar a energia do motor de combustão interna com a eletricidade dos motores elétricos. Motor elétrico: Os motores elétricos são alimentados por baterias e podem ser usados sozinhos ou em conjunto com o motor de combustão interna para fornecer energia ao veículo. Eles são mais eficientes em baixas velocidades e podem ser usados para partida, temperatura e em situações de baixa demanda de energia. Baterias: As baterias armazenam a eletricidade necessária para alimentar o motor elétrico. Elas podem ser recarregadas através do motor de combustão interna, ou por meio de um plugue externo
Nos híbridos leves, nos quais o motor elétrico auxilia o motor de combustão interna, a capacidade da bateria é geralmente menor e projetada para fornecer energia adicional em momentos de maior demanda, como acelerações ou subidas íngremes. Nesses casos, a autonomia puramente elétrica é limitada e normalmente não permite que o veículo percorra longas distâncias apenas com energia elétrica. A bateria é constantemente recarregada pelo motor de combustão interna e pela regeneração de energia durante a desaceleração. Já nos híbridos plug-in (PHEV), a capacidade da bateria é maior e o veículo pode ser carregado em uma fonte de energia externa, como uma tomada elétrica. Esses veículos têm uma autonomia elétrica mais significativa, podendo percorrer distâncias maiores apenas com o motor elétrico. Em geral, os PHEVs têm autonomia elétrica que varia alguns quilômetros, no Brasil o mais econômico chega a 32,7 Km, dependendo do modelo e da capacidade da bateria. Após o esgotamento da carga da bateria, o veículo funciona como um híbrido convencional, usando o motor de combustão interna para continuar a se locomover. (Fig.6) É importante destacar que a autonomia elétrica em motores híbridos é complementar ao uso do motor de combustão interna, o que oferece uma flexibilidade adicional ao motorista. A utilização do motor elétrico em situações de baixa demanda energética, como em tráfego urbano ou em baixas velocidades, permite economizar combustível e reduzir as emissões de poluentes nesses momentos específicos. No entanto, vale ressaltar que os avanços na tecnologia das bate-
rias estão ocorrendo rapidamente, e novos modelos de veículos híbridos estão sendo lançados com baterias de maior capacidade, o que aumenta sua autonomia elétrica. Com o tempo, é possível que vejamos motores híbridos com autonomias elétricas cada vez maiores, à medida que as baterias se tornem mais eficientes e com maior densidade de energia. Em resumo, a autonomia das baterias elétricas em motores híbridos varia dependendo do tipo de hibridização (leve ou plug-in) e da capacidade da bateria. Enquanto os níveis híbridos têm uma autonomia elétrica limitada, os plug-ins híbridos podem abranger distâncias mais significativas apenas com energia elétrica. A autonomia elétrica em motores híbridos complementa o uso do motor de combustão interna, oferecendo maior eficiência energética e redução das emissões. Os motores híbridos representam uma tecnologia promissora na busca por uma mobilidade mais sustentável. Ao combinar os benefícios dos motores a combustão interna e dos motores elétricos, esses sistemas oferecem maior eficiência energética, redução das emissões de gases poluentes e menor dependência de combustíveis fósseis. Além disso, eles abrem caminho para o desenvolvimento de tecnologias mais avançadas, como veículos elétricos puros e células de combustível. À medida que a conscientização ambiental aumenta e os regulamentos de emissões se tornam mais rigorosos, os motores híbridos cumprem um papel crucial na transição para um futuro mais sustentável. Com avanços contínuos na tecnologia de baterias e na infraestrutura de carregamento, podemos esperar ver cada vez mais veículos híbridos nas estradas, esperançosos para a redução das emissões e um impacto ambiental positivo.
“Consultor OB” é uma editoria em que as matérias são realizadas na oficina independente, sendo que os procedimentos técnicos efetuados na manutenção são de responsabilidade do profissional fonte da matéria. Nossa intenção com esta editoria é reproduzir o dia a dia destes “guerreiros” profissionais e as dificuldades que enfrentam por conta da pouca informação técnica disponível. Caso queira participar desta matéria, entre em contato conosco: redacao@oficinabrasil.com.br
HIBRIDOS E ELETRICOS
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Laerte Rabelo
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ala amigo reparador, você está preparado para receber veículos híbridos e elétricos na sua oficina? (Figura 1). Vamos mostrar ainda os principais componentes deste sistema, como a bateria de alta tensão, conversor/inversor, módulo de potência e os motores MG1 e MG2, que equipam esses veículos.
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INTRODUÇÃO Vamos começar explicando aqui os principais componentes que compõem o veículo híbrido, iniciando com a bateria de baixa tensão, 12V, que alimenta os módulos de controle. Temos também a bateria de alta tensão que vai alimentar os motores MG1 e MG2, motor MG1 que vai ser o motor de partida e gerador, motor MG2 que vai ser além de gerador motor de tração. Além disso, temos o ECM que vai comandar toda a parte de gerenciamento eletrônico do motor térmico. Nesse sistema temos ainda o módulo de controle híbrido, que vai controlar toda a parte de potência, ou seja, o inversor e conversor. Não podemos esquecer dos cabos de alta tensão, que vão transmitir a energia da bateria de alta tensão para o conjunto inversor/conversor. Como se trata de um veículo
4 si através do barramento CAN.
2 híbrido temos o motor de combustão interna, que nessa aplicação trabalha com compressão variável. E por fim, temos o conjunto inversor/conversor, que eu vou explicar no decorrer da matéria, e o compressor do sistema de climatização e gestão térmica, que trabalha com alta tensão. A figura 2 mostra a disposição desses componentes no veículo. Vamos mostrar através da literat u ra técn ica todos os esquemas elétricos e os procedimentos de segurança em relação à desconexão da bateria
de alta tensão. Para que o veículo funcione de forma correta teremos distribuídos pelo veículo uma série de módulos de controle, conforme mostra a (Figura 3). Dentre os principais módulos temos o de gerenciamento da bateria, motor e injetores, tração elétrica (incluindo motor elét r ico, acoplamento e eletrônica de potência) câmbio e sistema de freios (incluindo frenagem regenerativa). Esses módulos irão receber as informações de sensores e controlar os atuadores, compartilhando as informações entre
COMPONENTES DO SISTEMA E DINÂMICA DE FUNCIONAMENTO Vamos entender agora a dinâmica de funcionamento utilizando a bateria, todo o conjunto módulo conversor/inversor e conversor DC-DC e a transmissão com os dois motores MG1 e MG2, dois motores trifásicos que vão receber todo o controle do módulo (Figura 4). Na bateria, nós temos aqui 28 módulos, cada um com 7.2V, totalizando 201.6V, alimentando com corrente contínua, (Figura 5). O inversor vai receber a
energia contínua da bateria e vai transformar em alternada. Antes disso, antes de chegar nos motores, através do conversor, vai ter um aumento dessa tensão, um BOOST, para alimentar com até 650V os dois motores trifásicos, lembrando que um dos motores, MG1, vai ser motor de partida e alternador, o MG2, motor de tração e também vai ser gerador na regeneração na hora da frenagem, essa energia alternada irá para o inversor e será transformada em contínua para alimentar e carregar a bateria de alta. A bateria de alta, por sua vez, também vai ter um trabalho muito importante que é alimentar a bateria de baixa através do conversor DC-DC,
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9 6 sai 14V e alimenta a bateria de baixa, que é responsável pelos módulos de controle, figura 6. Então, toda essa dinâmica vai ocorrer aqui, entre os motores lá na t ransmissão, conversor, inversor e conversor DC-DC, tudo controlado pelo módulo, e a bateria de alta, como mostra a figura 7. PROTOCOLO DE SEGURANÇA No Manual Elétricos & CIA, veículos elétricos e híbridos, o primeiro capítulo é referente aos protocolos de segurança, em que cada veículo vai ter um procedimento específico, figura 8. No veículo Toyota PRIUS, vamos começar aqui com o protocolo de segurança, ou seja, todas as instruções, o passo a passo para você trabalhar com segurança. O principal componente
do sistema de segurança é o conector de desconexão, alguns chamam de Interlock, nós temos aqui o formato para esse veículo e a localização. No caso desse veículo o acesso é pelo porta-malas, tem todo o passo a passo para você desligar a linha de baixa pra depois a linha de alta tensão, conforme mostra a figura 9. Nesse manual também há a sequência de destravamento dessa chave de desconexão. Todos os cuidados, as imagens pra você fazer um procedimento correto e com segurança, utilizando os EPIs corretos e fazer um serviço de qualidade tendo informação técnica na sua mão, são exibidas na figura 10. LÓGICA DE VERIFICAÇÃO Utilizando o manual técnico dedicado a esses veículos, vamos ver aqui todo o circuito de controle de isolamento.
14 10 Tudo começa com a bateria de alta tensão. Lembrando que os fios laranja correspondem à alta tensão. Todos os relés são controlados pelo módulo de controle do sistema híbrido, como demonstra a figura 11. Como é que é a lógica de funcionamento? O relé negativo vai ser armado, vai começar a conduzir, figura 12. Na sequência, o relé de pré-carga, que está ligado a um resistor fixo, com valor determinado pelo fabricante, irá determinar o fluxo de energia por todo o sistema para verificar fugas de isolamento, figura 13. Então através do sensor de corrente vai monitorar o fluxo de energia. Figura 14. Caso identifique que o valor
15 da corrente está fora dos valores pré determinados pelo fabricante é sinal que existe fuga de isolamento, desta forma, não irá armar o relé positivo e na sequência desarma o relé negativo, bem como de pré-carga, caso o sistema esteja em perfeito funcionamento após o primeiro monitoramento mantém-se o relé negativo armado e arma-se o relé positivo para que a energia da bateria de alta
chegue até inversor e conversor. A figura 15 apresenta esquematicamente o circuito de verificação de perda de isolamento. Até a próxima!!!
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Radiador de óleo em motores modernos – parte 2 Veremos nesta aula detalhes sobre as falhas e desgastes do radiador de óleo, um importante trocador de calor de motores modernos com falhas rotineiras dependendo da montadora e motores aplicados Professor Scopino scopino@automecanicascopino.com.br
O
s seguintes sintomas e danos podem indicar danos ao radiador de
óleo: - óleo de motor no sistema de arrefecimento; - perda excessiva de líquido de arrefecimento; - aumento da temperatura do motor; - desempen ho do motor reduzido. Os motivos para essas falhas podem ser: - obstrução e congestionamento dos dutos de passagem devido ao acúmulo de partículas de impurezas; - vazamentos causados por lascas de pedras, batidas externas, empenamento durante a instalação ; - corrosão do radiador de óleo. O radiador de óleo pode ficar entupido, total ou parcialmente, devido ao acumúlo de impurezas, desgaste abrasivo ou aparas. A contaminação pode ser
de outros componentes do sistema de arrefecimento. Se for feita uma limpeza do sistema de arrefecimento pode não ser eficiente, devido à contaminação das finas lamelas do trocador de calor. E se for feita a troca de todo o sistema e reaproveitamento do trocador de calor contaminado, poderemos estar sujando o sistema, pois
podem se soltar as impurezas retidas no trocador de calor. A maioria dos danos mecânicos são causados por influência externa, como pedras ou corrosão, ou mesmo colisões do próprio veículo, já que o trocador de calor geralmente fica em partes baixas do veículo, para facilitar a troca de calor também com o ar frontal.
COMENTÁRIOS DE REPARADOR PARA REPARADOR A análise do sistema de arrefecimento é fundamental, pois a contaminação do sistema de lubrificação pode ter ligação direta com falhas no radiador de óleo, a coloração diferente,
nível baixando e tensão elétrica fora de padrão, medindo a massa e o sistema de arrefecimento, com um multímetro em tensão elétrica. E quando ocorre uma contaminação, ou seja a mistura de água com óleo, ou o contrário, óleo com água, deve ser reparado com muito critério, analisando todo o sistema de arrefecimento, como radiador, mangueiras, junta do cabeçote, radiador do sistema de ar quente. Sempre devemos estar muito atentos, já que óleo no sistema de arrefecimento vai causar danos irreversíveis em componentes de borracha, como mangueiras e até mesmo o retentor de vedação da bomba d’ água. Muita responsabilidade e atenção nesta manutenção. É mais tecnologia nos motores e maior a necessidade de conhecimento técnico. Pensem nisto. Abraços e até a próxima edição com mais dicas sobre tecnologia em motores modernos.
Professor Scopino, Mecânico de Autos Profissional e Embaixador da marca Pierburg no Brasil
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Procedimento para garantir diagnósticos assertivo em Sistemas SCR de Pós-tratamento emissões Fotos: André Miura
Sabemos que é muito importante manter o sistema de pós-tratamento em pleno funcionamento. Durante os diagnósticos, é vital para o reparador isolar possibilidades de falha e analisar cada componente do sistema de maneira unitária.
André Miura andremiura@chiptronic.com.br
Cada vez mais os diagnósticos e reparações do sistema SCR fazem parte do dia a dia da oficina Diesel. Isso por conta da necessidade de voltar vários sistemas antes desabilitados ao funcionamento, além de manutenções normais do sistema. Porém, o grande desafio dos sistemas SCR é a impossibilidade de geração de códigos de falhas assertivos e diretos relacionados à causa do problema. A causa de uma falha como essa pode ser variada, pois temos vários elementos periféricos no sistema, incluindo vários sensores e atuadores que fazem parte do próprio conjunto de bombeamento que jamais são identificados unitariamente pelo scanner. Esse fato nos traz a necessidade de uma rotina de testes e diagnóstico assertiva por meio de eliminação técnica de possibilidades. BOAS PRÁTICAS DE DIAGNÓSTICO Se faz necessária uma ferramenta de análise especial com funções específicas para testes de cada elemento eletrônico, eletromecânico e hidráulico do sistema SCR para, através de uma sequência técnica e lógica, eliminar possibilidades até que chegamos à verdadeira causa do problema. Vejamos qual seria a melhor sequência de diagnóstico e testes para localizar com assertividade o problema no sistema. IMAGEM 1 1. Análises via scanner de
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2 diagnóstico – códigos de falhas relacionados. 2. Teste de eficiência catalítica (para confirmar que temos uma falha no sistema SCR). 3. Análises na química do ARLA 32. 4. Testes nos sensores comuns periféricos do sistema – temperatura pré- e pós-, nível do reservatório etc. 5. Testes no sensor de Nox. 6. Teste de injeção e vazão do dosador ou injetor. 7. Análise avançada da DCU ou bomba (tanto da função geral final de dosagem quanto dos elementos internos da bomba). 8. Teste de eficiência catalítica final (para confirmação da solução da falha).
ANÁLISE DA QUALIDADE DO ARLA O ARLA 32 pode ser a causa do problema. De nada adiantaria todo o sistema eletromecânico, pneumático ou hidráulico estar em pleno funcionamento se o próprio reagente não estiver com boa qualidade. Existem dois testes que podem ser feitos no reagente. O primeiro deles é verificar se existe excesso de minerais no reagente, o que seria prejudicial às reações químicas que ele deve fazer. Esse teste pode ser feito coletando uma amostra de ARLA do reservatório do reagente e usando um copo descartável para armazenar a amostra. Usamos uma química própria disponível no mercado. Essa química reage com os minerais do ARLA e indica sua qualidade através da cor
4 resultante. Para que seja comprovado que o ARLA do reservatório é puro e de qualidade, a coloração deve ser azul claro ou azul escuro. Colorações roxas ou rosadas indicariam contaminação por excesso de minerais. IMAGEM 2 O segundo teste importante é verificar a quantidade de ureia presente no ARLA. A taxa de ureia no ARLA deve representar por volta de 32% da mistura total. Para efetuar esse teste usamos uma ferramenta específica chamada de refratômetro. Ele possui uma pequena plataforma na qual podemos depositar uma pequena
quantidade do líquido reagente e um visor em que podemos ver a escala numérica de quantidade de ureia. Primeiro, colocamos na plataforma algumas gotas de água pura e verificamos se a linha de teste permanece em zero. Isso é importante para garantir que a medida de quantidade de ureia depois seja precisa. Em seguida vamos para a análise real, colocando algumas gotas de ARLA na plataforma e verificando a taxa de ureia, que deve estar entre 30% e 35%, sendo que 32,5% é o ideal, seria perfeito. É importante realizar os dois testes no reagente, tanto
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7 da quantidade de minerais quanto da quantidade de Ureia. IMAGEM 3 / IMAGEM 4
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SENSOR DE NOX Com certeza uma causa bem comum de falta de eficiência catalítica é o sensor de Nox não conseguir indicar corretamente a quantidade de poluentes na saída final do sistema. Podemos realizar esse teste por identificar se há comunicação CAN identificando o modelo do sensor e depois estimular a sonda a realizar a leitura de ppm de Nox no ambiente. Ela sempre deverá tender a zero com valores que podemos estabelecer como sendo ideais caso a sonda esteja no meio ambiente normal, fora do catalisador. Isso é necessário, pois dentro do catalisador, mesmo após muitas horas do veículo desligado, ainda não conseguimos ter uma diminuição na taxa de Nox do ambiente, tornando a leitura do sensor sempre alta. Para que ela tenda a 0 precisamos remover a sonda de leitura do catalisador. IMAGEM 5 / IMAGEM 6 BOMBA DO ARLA (DCU – DOSING CONTROL UNIT)
Do ponto de vista da fábrica, as bombas são um elemento só, uma única peça responsável por inúmeras funções. Porém, dentro dela temos: elementos sensores de monitoramento de vários parâmetros; atuadores eletromecânicos, hidráulicos e pneumáticos que tornam possível a geração e manutenção das pressões do reagente bem como injeções controladas; e um item vital para todo o sistema – o módulo eletrônico de controle, com diversos circuitos que podem apresentar falha, incluindo o software de comando dessa placa, que pode corromper e gerar desde falhas simples até falhas graves de perda total de funcionamento do sistema. IMAGEM 7 / IMAGEM 8 Para a correta análise deste elemento tão importante vamos separar nossos testes em quatro partes: • Teste de dosagem da bomba pelo veículo, ou seja, via conector de diagnóstico e com um scanner, executamos a função de dosagem. Nesse teste conseguimos
excluir a possibilidade de falha no chicote do veículo por exemplo; • Teste de dosagem direto na bomba, no conector da bomba; • Análises dos elementos internos da bomba - atuadores e placa eletrônica. Após essas etapas de boas práticas de diagnóstico, com certeza já teremos uma das duas situações: o defeito já foi localizado em um dos componentes testados nas etapas anteriores ou a falha está no catalizador SCR. Por ser uma peça cara do sistema, jamais iremos substitui-lá sem executar uma rotina lógica de testes eliminando possibilidades. Assim, chegamos por meio de uma rotina assertiva na causa real do defeito, sendo em um elemento periférico ou no próprio catalisador SCR. Deseja saber em detalhes a prática dessas e ainda outras análises que podem ser feitas? Procure treinamentos avançados na área e equipamentos especializados. Seja um destaque entre os seus concorrentes!
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SINTOMA: O Subcompacto da montadora italiana Fiat, equipado com o MultiAir, de 105cv, apresenta inoperância e se recusa a entrar em funcionamento DIAGNÓSTICO:De primeiro momento, o reparador constatou que o sistema de combustível estava abastecido e que tanto a pressão quanto a vazão da bomba estavam dentro dos parâmetros especificados. Os bicos injetores foram cuidadosamente examinados e testados para garantir o funcionamento adequado. Velas novas foram instaladas e a centelha nas velas foi verificada em todos os cilindros, apresentando resultados consistentes. No entanto, ao tentar dar partida, o reparador notou um som anormal. Era um ruído que lembrava um motor sem compressão, um som distinto, semelhante a uma “máquina de costura” dessa forma ele decidiu recorrer ao conhecimento coletivo do Fórum Oficina Brasil. Em poucos minutos após o relato do problema no Fórum OB as primeiras dicas começaram a aparecer, • Outro mecânico sugeriu medir o sinal das solenoides do sistema Multiair usando um osciloscópio para entender o que está acontecendo. Isso pode ajudar a identificar problemas na ativação do sistema. • A especificação correta do óleo é crucial para o funcionamento adequado
do sistema Multiair. O uso de óleo com viscosidade fora da especificação pode causar problemas no sistema. • Além disso, foi sugerido verificar se há uma válvula de retenção dentro do copo do filtro de óleo, pois isso pode influenciar a pressão do óleo no sistema. • O mecânico mencionou a estranheza da situação, pois o sistema Multiair deveria manter as válvulas de admissão fechadas quando não há pressão de óleo. Isso levanta a possibilidade de que o sistema esteja agindo de maneira contrária ao esperado. • A falta de compressão no motor foi mencionada como um problema crítico, e foi observado que isso ocorre porque as válvulas de admissão não estão atuando corretamente devido à falta de pressão de óleo. • Foi sugerido que uma possível causa dos problemas poderia ser alguma pancada no cárter, que poderia ter fechado o pescador ou causado perda de pressão em algum lugar do sistema. O estado dos selos internos das galerias de óleo também foi mencionado como algo a ser verificado. SOLUÇÃO: Após ler todas as sugestões e discutir com os colegas do Fórum o reparador começou uma investigação mais profunda e finalmente após muito trabalho de diagnostico o veículo em questão foi operacionalmente viável após a remoção e substituição da peça identificada como 55236756 (Flange do óleo/ Trocador de calor). Nesse processo, foi empregado um filtro de óleo convencional da linha Fire, resultando na obtenção de pressão adequada no sistema multiair, permitindo, assim, a partida do veículo.
Código de Falha Intermitente na Jeep Grand Cherokee 4.7 V8 SINTOMA: O SUV da montadora norte-americana, equipado com o motor V8 de 231cv, apresenta uma falha intermitente do câmbio automático. DIAGNÓSTICO: O problema em questão ocorre quando o veículo é iniciado em um estado quente e, após um curto período de funcionamento, uma falha elétrica no sistema de transmissão se manifesta. Isso resulta na perda de comunicação entre o TCM (Transmission Control Module) e os demais módulos de controle eletrônico do veículo, acionando as luzes de advertência do sistema de injeção, ABS e controle de estabilidade. Adicionalmente, ao selecionar a posição “Drive” (D) na alavanca de câmbio, o painel de instrumentos indica “3” em vez do “D”, indicando que o veículo está operando em terceira marcha. A bateria foi substituída por uma nova com capacidade de 90 amperes, e todos os cabos elétricos que conectam o terminal positivo da bateria às caixas de fusíveis foram inspecionados e, se necessário, substituídos para garantir a integridade elétrica. Os conectores elétricos do sistema de transmissão foram minuciosamente examinados, desconectados individualmente para inspeção quanto a possíveis anomalias elétricas, e passaram por procedimentos de limpeza com solvente adequado e limpeza de contatos com ar comprimido. Contudo, essas ações não proporcionaram uma solução definitiva para o problema. Mesmo após a manutenção do óleo de transmissão e a verificação criteriosa de todos os componentes elétricos e aterramentos, a falha persiste. • Um mecânico sugeriu que a falha provavelmente estava relacionada ao módulo do câmbio. Ele aconselhou a retirar o corpo de válvulas do módulo e inspecioná-lo visualmente. Se não fosse encontrada Divulgação
FIAT 500 1.4 multiair não entra em funcionamento
nenhuma anormalidade, ele recomendou tentar conseguir outro módulo para teste. • Um reparador expressou ceticismo sobre a existência de qualquer problema mecânico no câmbio ou no corpo de válvulas, pois o veiculo funciona perfeitamente quando as falhas não estão ativas. • Um mecânico enfatizou que, se a luz de injeção não se apagar, existe um problema real no sistema e sugeriu monitorar as pressões e verificar as eletroválvulas da transmissão. • Foi mencionado pelo reparador responsável pelo veículo em questão que um reset do sistema não solucionou o problema, e os reparadores compartilharam experiências semelhantes com defeitos intermitentes resolvidos por resets. Eles recomendaram procurar um especialista em câmbio e obter o esquema elétrico para investigar possíveis problemas. • A importância de monitorar as condições de trabalho da transmissão, incluindo pressão e sinais de entrada e saída, foi destacada como parte do processo de diagnóstico. SOLUÇÃO: A solução eficaz para o problema foi a aplicação de uma manta de feltro ao redor do módulo. Precisamente, o módulo foi envolvido com uma manta de feltro, e desde então, o problema nunca mais se manifestou. Ao que tudo indica, devido à localização do módulo no compartimento do motor, o calor gerado pelo motor estava interferindo no funcionamento do módulo.
DIRETO DO FÓRUM
Peugeot 308 1.6 16v com ruído nos tuchos após retifica
SINTOMA: O hatch da montadora francesa, equipado com o motor 1.6 16V EC5JP4 de 122cv, apresenta ruído nos tuchos após procedimento de retífica. DIAGNÓSTICO: Na oficina, um desafio técnico intrigante surgiu com um Peugeot 308 1.6 16v. O cliente negligenciou a troca da correia dentada, o que resultou em sua ruptura. Como parte do processo de reparo, as 16 válvulas e os 16 tuchos foram substituídos, juntamente com a troca de óleo e filtro. Contudo, após a montagem dessas novas peças, um problema persistente passou a ocorrer. Logo após a montagem, o veículo começou a apresentar batidas nos tuchos. Inicialmente, uma solução foi alcançada ao substituir todos os tuchos, o que temporariamente eliminou o problema. No entanto, o problema reapareceu, agora afetando apenas um dos tuchos. Diante disso, uma série de trocas de óleo e filtro foi realizada (transitando de 5w30 Motul para 10w40 Motul e, posteriormente, para 15w40 com adição de Militec). Surpreendentemente, o problema persistiu. As medições da pressão do óleo foram meticulosamente verificadas e excederam os valores máximos recomendados. Em busca de uma solução, um conjunto de tuchos originais foi encomendado junto à concessionária e substituído, mas o ruído nos tuchos ainda persistiu. A retífica levantou a possibilidade de que a polia VVT pudesse ser a causa subjacente desse problema, o que levou à encomenda e instalação de uma polia original. No entanto, essa ação não conseguiu resolver o enigma. É importante observar que o ruído nos tuchos ocorre de forma intermitente, às vezes presente e, em seguida, desaparecendo, sem seguir um padrão claro. O problema continua sem uma resolução clara à vista. A equipe técnica enfrenta
um desafio em identificar a causa subjacente desse ruído persistente nos tuchos, que teima em persistir apesar de várias tentativas de correção. Diante dessa situação, o reparador responsável pelo veículo publicou um relato no Fórum. •Um mecânico comDivulgação partilhou dois casos semelhantes que havia encontrado. No primeiro caso, envolvendo um EVO, o problema estava relacionado a bielas tortas. No segundo caso, em um C4 2.0, foi uma válvula de retenção de óleo dentro do cabeçote que causava problemas nos tuchos de escape. • Foi questionada a pressão do óleo, com a solicitação de informação sobre os valores da pressão tanto com o motor frio quanto com o motor quente. Além disso, levantou-se a possibilidade de uma retífica mal feita e se os comandos do cabeçote estavam empenados. Foram feitas perguntas sobre quais serviços foram realizados no cabeçote e se a retífica foi confiável. • Outro participante do fórum concordou que o defeito parecia ser resultado de um serviço mal-feito e mencionou a possibilidade de comandos empenados, algo comum em motores modernos. • O autor original do problema informou que os comandos estavam em boas condições, sem ranhuras nos alojamentos, e que o cabeçote foi enviado para outra retificadora para uma nova avaliação. • Um mecânico enfatizou a importância de prestar atenção nos comandos de válvulas de motores modernos, que podem ser ocos e empenar junto com as válvulas. Ele sugeriu que, se os tuchos estiverem em boas condições, o cabeçote foi feito corretamente e a pressão do óleo estiver adequada, o problema poderia estar nos comandos de válvulas empenados. SOLUÇÃO: O diagnóstico foi que, durante o processo de retificação, as sedes das válvulas foram desgastadas excessivamente, resultando no travamento dos tuchos. Uma segunda retífica identificou esse problema e realizou a remoção das sedes diretamente na cabeça das válvulas.
Setembro 2023 • oficinabrasil.com.br
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Interrupção Intermitente de sinais de Ignição em um GOL G5 SINTOMA: O hatch da montadora alemã, equipado com o motor EA111 de 76cv apresentada sinais de falha de ignição de forma intermitente D I AG N Ó S T I C O : Quando o veículo atinge a temperatura de funcionamento normal, vários sinais cruciais, incluindo os da ignição, bomba de Divulgação combustível, bicos injetores, canister e sonda lambda, são abruptamente interrompidos. No entanto, dentro de um curto intervalo de 3 a 5 segundos, esses sinais são restaurados e o veículo retorna ao seu funcionamento normal. Essa interrupção e recuperação intermitente ocorrem repetidamente durante a operação do veículo. É notável que nenhum código de falha seja registrado no scanner de diagnóstico, tornando o diagnóstico ainda mais desafiador. O proprietário já realizou a substituição do módulo de controle e do relé de ignição, suspeitando do relé, uma vez que os sinais afetados têm origem nesse componente. No entanto, o problema persiste. Surpreendentemente, nenhum defeito físico óbvio foi detectado. Além disso, os registros do scanner não indicam qualquer falha aparente nos sistemas relacionados. As tentativas de substituição do módulo de controle e do relé de ignição não produziram resultados positivos. A comunidade técnica do Fórum é convidada a compartilhar experiências que possam lançar luz sobre esse enigma. • Um membro do fórum mencionou a possibilidade de problemas nos pontos de massa como um potencial causa. • O autor do problema respondeu que planejava fazer um teste na bobina e mencionou que o sensor de rotação é difícil de testar e geralmente falha rapidamente, cortando os pulsos de ignição. • Um membro mencionou que em alguns sistemas de injeção, o positivo pode ser interligado com outros componentes como a sonda lambda, o canister, a bomba de combustível e os bicos injetores. A perda de positivo de-
vido a um mau contato no fusível ou no fio de alimentação poderia ser a causa do problema. • O autor do problema atualizou o grupo, informando que havia feito a troca de várias peças, incluindo bobina, módulo, sensor de rotação, comutador de ignição, velas e cabos. No entanto, o problema persistia, e ele observou que não havia pulso nos bicos injetores e na bobina de ignição, e o sinal de ignição estava sendo interrompido, mesmo com a alimentação do módulo aparentemente correta. SOLUÇÃO: Após uma investigação aprofundada reparador identificou o problema: Foi identificado que o chicote elétrico que passava próximo às mangueiras estava entrando em contato e raspando na mangueira de água do radiador. Essa interferência era a causa dos problemas de superaquecimento. O carro chegou a parar em algumas ocasiões, mas, com o passar do tempo, foi possível identificar a origem do defeito ao mexer no chicote. Curiosamente, o defeito não se manifestava imediatamente, mas, com mais tempo de uso, tornava-se evidente.
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Além dos sensores de oxigênio, já consolidados e os preferidos do mercado, a NTK lança no Brasil uma extensa linha de sensores automotivos. Da vericação do nível de combustível à avaliação da temperatura do líquido de arrefecimento do motor, os sensores NTK informam ao módulo de injeção (ECU) do veículo as diversas condições de funcionamento do motor, garantindo diagnósticos precisos e a correta manutenção.
FLN2
CTN2
AWN2
CRC3
VSN3
APN4
THN3
Sensor de Nível de Combustível NTK
Sensor CTS (Sensor de Temperatura do Líquido de Arrefecimento) NTK
Sensor ABS NTK
Sensor de Rotação NTK
Sensor de Velocidade do Veículo NTK
Sensores MAP (Sensor de Pressão Absoluta do Coletor de Admissão) NTK
Sensor TPS (Sensor de Posição de Borboleta) NTK
@ngkdobrasil
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