ANO XXXII NÚMERO 372 MARÇO 2022
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Levamos para as oficinas independentes o modelo de sucesso da montadora japonesa. Veja as críticas e elogios que o veículo recebeu dos verdadeiros formadores de opinião.
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Com personalidade francesa, vamos dar uma volta num modelo histórico e que marcou gerações por ser acessível e charmoso, estamos falando do Citroën 2VC
pág. 10
O movimento nas oficinas foi derrubado pelo feriado de carnaval, mas o saldo do bimestre é positivo.
PÁG. 69 Entenda o passo a passo dos problemas mais complicados que conseguimos resolver com os melhores profissionais do Fórum!
PÁG. 20 A tradicional pesquisa anual da CINAU está de volta! Este ano o trabalho ganhou um novo formato, que aprofunda a percepção das oficinas sobre as marcas
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EDITORIAL
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Março 2022 • oficinabrasil.com.br
Círculo virtuoso de informações w w w . o f i c i n a b r a s i l . c o m . b r
Criada em 1999 nossa CINAU – Central de Inteligência Automotiva, nasceu como uma atividade complementar ao nosso projeto de relacionamento com a base geradora de demanda do mercado de reposição, ou seja, as oficinas mecânicas. Fazer pesquisa de mercado muitas empresas estão totalmente aptas a fazer, porém o principal diferencial da CINAU decorre de nosso principal “asset” que é a forma como somos percebidos pelas oficinas, em verdade em nosso processo de conversão de clientes, modernamente chamado de inbound marketing, não só “convertemos” para nossa proposta de valor as oficinas e profissionais mais qualificados mas passamos a cultivar fãs. Este ambiente de good will é fruto de nossas ações e principalmente de uma sintonia de comunicação, pois aprendemos a nos comunicar de “igual pra igual” com os profissionais do setor, pois dividimos a mesma paixão pela mecânica automotiva, a atividade da reparação, o desafio profissional de crescer neste ambiente tendo como foco a reparação de veículos e tudo o que diz respeito ao universo do aftermarket automotivo. Porém inicialmente estas ações não foram uma coisa “pensada” como um projeto sofisticado e eficiente de Marketing Direto, mas o fruto da própria experiência de vida de nosso fundador como mecânico apaixonado de aviões e automóveis. É claro que sobre esta base de paixão pela mecânica e a figura humana do reparador automotivo foi erguida toda uma outra estrutura altamente complexa e eficiente de Marketing Direto que em última análise, e por afinidade, cria um profícuo diálogo entre o GOB e a comunidade de reparadores brasileiros. E a unidade de negócios do GOB encarregada de processar “cientificamente” este diálogo é a nossa CINAU que há mais de 25 anos presta serviços de pesquisa de marketing, BI – Business Intelligence e mais recentemente CONSULTORIA para empresas do setor. Além dos trabalhos sob demanda em 2002 a CINAU lançava a pesquisa pública IMAGEM DAS MONTADORAS com a missão de provar com dados a importância do reparador independente como maior influenciador da venda de carros novos e formação de preço no mercado de usados e seminovos.
Oficina Brasil é uma publicação (mala direta) do Grupo Oficina Brasil (ISSN 2359-3458). Trata-se de uma mídia impressa baseada em um projeto de marketing direto para comunicação dirigida ao segmento profissional de reparação de veículos. Circulando no mercado brasileiro há 30 anos, atinge de forma comprovada 70% das oficinas do Brasil. Esclarecemos e informamos aos nossos leitores, e a quem possa interessar, que todos os conteúdos escritos por colaboradores publicados em nossa mala direta são de inteira e total responsabilidade dos autores que os assinam. O Grupo Oficina Brasil verifica preventivamente e veta a publicação de conteúdo, somente no que diz respeito à adequação e ao propósito a que se destina, e quanto a questionamentos e ataques pessoais, sobre a moralidade e aos bons costumes. As opiniões, informações técnicas e gerais publicadas em matérias ou artigos assinados não representam a opinião deste veículo, podendo até ser contrárias a ela. Nós apoiamos: Filiado a:
Em 2009 foi vez do surgimento do “IGD” – Indicador Geral de Demanda, que acabou evoluindo para o PULSO DO AFTERMARKET em 2020. Na esteira das pesquisas públicas em 2006 apresentávamos ao mercado a primeira versão do MARCAS NA OFICINA para avaliação do “brand awareness” (Top Of Mind) nas oficinas das empresas de autopeças, lubrificantes, pneus, equipamentos etc. Ao longo do tempo esta pesquisa evoluiu e passou a incluir outras informações como preferência de compra (buy trend share) e se tornou referência em nosso setor tornando material de consulta indispensável para os profissionais da cadeia de reposição. Este mês trazemos a 16ª. edição da pesquisa MARCAS NA OFICINA que você pode ler na íntegra a partir da página 20. Leiam com atenção o trabalho e vejam como a equipe da CINAU não ficou acomodada ao longo de tantos anos de sucesso e reconhecimento e num arroubo corajoso e “disruptivo” mudou significativamente o foco do trabalho. Se nosso esforço foi para melhor, quem vai julgar são os senhores que irão consumir estas informações e que tem como foco o incansável aprimoramento do estudo da formação da demanda no mercado de reposição. Ficaremos muito felizes em receber seus feedbacks e principalmente críticas pois só podemos aprimorar nosso trabalho quando nossos erros são apontados, afinal muitas vezes a intenção é boa, mas sua execução nem tanto e neste sentido a equipe da CINAU fica disposição pelo e-mail cinau@cinau.com.br Corrigir e aprimorar continuamente sua forma de atuar é uma característica das empresas sustentáveis e este é traço da “personalidade” do Grupo Oficina Brasil, mas o que não tem similar no mercado é a receptividade com que nossos pesquisadores são recebidos nas oficinas. Como dissemos no início deste editorial é graças aos nossos fãs que podemos tornar um diálogo amistoso em dados científicos de mercado por meio de trabalhos sistemáticos e públicos de pesquisa que revertem em prol da própria comunidade de reparadores, criando-se assim um círculo virtuoso de informação e evolução. Grupo Oficina Brasil
Envie sugestões de pauta para: redacao@oficinabrasil.com.br ATENDIMENTO AO LEITOR leitor@oficinabrasil.com.br De 2ª a 6ª, das 8h30 às 18h - Whatsapp (11) 2764-2881 PUBLICIDADE: anuncie@oficinabrasil.com.br ON-LINE: site@oficinabrasil.com.br RH: RH@oficinabrasil.com.br FINANCEIRO: financeiro@oficinabrasil.com.br CINAU: cinau@oficinabrasil.com.br CARTAS Rua: Joaquim Floriano, 733 – 4º andar São Paulo-SP - CEP: 04534-012
COMPROMISSO COM O ANUNCIANTE - GARANTIAS EXCLUSIVAS NO MERCADO DE MÍDIA IMPRESSA Oficina Brasil oferece garantias exclusivas para a total segurança dos investimentos dos anunciantes. Confira abaixo nossos diferenciais: 1º. Nossa base de assinantes é totalmente qualificada por um sistema de “permission marketing” que exige do leitor o preenchimento de cadastro completo e que prove sua atuação no segmento de reparação; 2º. Atingimos, comprovadamente, 53 mil oficinas, o que equivale a 70% dos estabelecimentos da categoria no Brasil; 3º. Possuímos Auditoria permanente do IVC (Instituto Verificador de Comunicação), garantindo que a mala direta está chegando às mãos do assinante qualificado; 4º. Registro no Mídia Dados 2018 como o “maior veículo do segmento do País”; 5º. Único veiculo segmentado que divulga anualmente o CUSTO DE DISTRIBUIÇÃO. Este número é auditado pela BDO Brasil e em 2019 o investimento em Correio foi de R$ 1.336.040,92 (hum milhão, trezentos e trinta e seis mil e quarenta reais e noventa e dois centavos), para garantir a entrega anual em nossa base qualificada de oficinas; 6º. Estimulamos nossos anunciantes à veiculação de material do tipo “Call to Action” para mensuração do retorno (ROI); 7º. Certificado de Garantia do Anunciante, que assegura o cancelamento de uma programação de anúncios, a qualquer tempo e sem multa, caso o retorno do trabalho (ROI) fique aquém das expectativas do investidor. Para anunciar ou obter mais informações sobre nossas ações de marketing direto fale com o nosso departamento comercial pelo telefone (11) 2764-2852 ou pelo e-mail anuncie@ oficinabrasil.com.br
DADOS DESTA EDIÇÃO • Tiragem: 55.000 exemplares. • Distribuição nos Correios: 54.500 (até o fechamento desta edição)
• Percentual aproximado de circulação auditada (IVC): 99,1% GERMINAL EDITORA E MARKETING LTDA.
ÍNDICE
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ENTREVISTA André Niero, CEO da Takao, destaca como encara os desafios do mercado aftermarket
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MERCADO A equipe da CINAU traz boas notícias e explica como está o mercado de reposição!
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EM BREVE NA SUA OFICINA Levamos para oficinas independentes o Nissan Versa, veja como ele se saiu!
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PESQUISA A tradicional pesquisa realizada junto aos reparadores que decidem as marcas e produtos no aftermarket
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REPARADOR DIESEL Veja como se faz a manutenção do Land Rover Defender
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TECNOLOGIA HÍBRIDA Saiba como foi a evolução tecnológica automotiva e o seu desenvolvimento
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GESTÃO Professor Scopino explica as regras sobre ressarcimento da mão de obra
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FUNDO DO BAÚ Que tal viajarmos no tempo com o Citroën 2CV? Você irá se surpreender!
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CONSULTOR OB Aprenda a fazer um diagnóstico em oito etapas seguindo o fluxograma operacional
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TÉCNICA Veja as principais análises e diagnósticos com nossos consultores!
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DIRETO DO FÓRUM Saiba como solucionamos o problema da Pick-Up Nissan Frontier 2012
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REPARADOR DIESEL
Comece a fazer a manutenção do Land Rover Defender equipado, confira o passo a passo!
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:: Números CAL
(Central de Atendimento ao Leitor)
CONTATO Cartas.....................................................................0 E-mails............................................................ 8 Telefonemas...........................................23 Site..............................................................102 WhatsApp.....................................................................49 Total...........................................................182 SOLICITAÇÕES Assinaturas....................................................56 Alterações de cadastro..........................45 O u t r a s. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 0 Total..................................................128 Dados referentes ao período do mês de Fevereiro/2022
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CONSULTOR OB
TÉCNICA
TÉCNICA
O consultor Laerte irá mostrar o fluxograma operacional da diagnose e instrumentação. Veja os elementos fundamentais para destravar seu diagnóstico
O ar-condicionado do Nissan Sentra parou de funcionar por causa do módulo de controle. Veja como fazer o reparo deste de forma rápida e assertiva
O técnico Humberto Manavella ensina sobre o sistema de freio antitravamento ABS-desenvolvido para aviões e depois aplicados nos carros
ENTREVISTA
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ENTREVISTA
Março 2022 • oficinabrasil.com.br
Takao conta como encara os desafios do mercado aftermarket e um pouco de sua trajetória Em uma conversa exclusiva, André Niero, CEO da Takao, relata sua trajetória na empresa, o crescimento da marca, a importância do reparador para o desenvolvimento da empresa e as novidades para o setor automotivo!
Conte um pouco de sua trajetória profissional até os dias atuais à frente da Diretoria da TAKAO? Tive o grande privilégio de atuar em diferentes corporações, segmentos e culturas. Passei pela indústria farmacêutica, por educação, tintas e também tive a chance de empreender montando uma start up no modelo de marketplace na área de moda. De um lado os desafios das grandes multinacionais com projetos globais, do outro a incrível velocidade e a flexibilidade de uma empresa que ainda busca seu MVP. Hoje me sinto muito bem e motivado para encarar a jornada de tornar a Takao a maior marca do mercado de Aftermarket automotivo e também um lugar espetacular para trabalhar, aprender e transformar! Conte-nos um pouco da história da TAKAO, uma empresa relativamente nova contando com 20 anos de mercado. Sinto muito orgulho da nossa empresa ter começado pelas mãos de uma mulher. A Fátima Soares iniciou com uma retífica e logo percebeu a grande oportunidade e prover peças para motores. No início importava as peças e o foco principal era a linha de carros importados. Mas logo viu que havia um grande espaço para desenvolver e fabricar, iniciando assim uma nova fase de forte crescimento e construção da marca. Nestas duas décadas já somos a 2ª marca mais conhecida e utilizada pelos mecânicos. Somos uma empresa de alma simples e próxima dos nossos parceiros. Recentemente assinamos com o SENAI Brasil uma parceria para levarmos for-
mação de alto nível para mecânicos e retificadores. Acreditamos que juntos com nossos parceiros, autopeças e distribuidores temos a missão de impactar todo nosso ecossistema. A TAKAO está inserida no segmento, até então, dominado por empresas “tradicionais”. Esta opção por este nicho obedece a uma oportunidade percebida neste segmento e ajuda a explicar o rápido crescimento da empresa? Exatamente. A origem e a essência da empresa estão justamente na percepção de que precisamos conectar o mecânico à melhor solução! Por outro lado, cuidamos muito dos canais de abastecimento e disponibilização das peças e assim, temos uma variedade de produtos que atende a 23 famílias de peças para o motor. Cobrimos 94% dos modelos de linha leve e diesel leve do mercado. Nossa vocação está apoiada em dois grandes pilares: a excelência e qualidade em tudo o que fazemos e entregamos, e na proximidade com o canal e aplicador. A TAKAO atua com produtos de linha leve e pesada? Qual o percentual de participação em vendas de cada segmento? Hoje nossa atuação vai de automóveis da linha leve até diesel leve (pick ups e vans), com uma presença muito forte. Decidimos não participar da linha de diesel pesada por entender que há particularidades muito diferentes neste mercado. Quando falamos de peças “internas” de motor o cliente primeiro seria a retífica correta? Porém dados da CINAU
Fotos: Divulgação
Da Redação
“Não há problema em ter problema! A grande questão é como você os enfrenta! Todas as marcas já passaram ou passam por desafios. Nós decidimos sempre tratar de frente, ouvindo nossos clientes e trabalhando duro para melhorar quando é o caso” indicam que 80% das oficinas mecânicas praticam o “fechamento de motor”. Como a TAKAO avalia a participação da retífica e oficinas no mercado de reposição de peças internas de motor? A oportunidade de mercado está para ambas. Acreditamos que há uma influência e uma
integração muito grande entre elas, por isto seguimos investindo e temos planos de aproximação e serviços tanto para as Retíficas como para as mecânicas que trabalham motores. Um dos grandes desafios do mercado de reposição é o crescimento exponencial de aplicações (SKUs), a TAKAO encara
esta realidade como um problema ou uma oportunidade? Obviamente a “cauda longa” de SKUs é sempre mais complexa para gerir. Portfólios enxutos são mais gerenciáveis. Contudo, voltando a citar a vocação de TAKAO, que é ser a melhor solução para o aplicador, essa solução passa por termos o mais completo mix de peças para motores de carros nacionais e importados. Com isto trabalhamos fortemente em nossa estratégia produção e abastecimento, para mitigar os riscos de altos estoques, oriundos dessa cauda longa. Afinal assinar PENSOU MOTOR, PENSOU TAKAO, não é pra qualquer um rsrsrs! No processo decisório da compra do reparador bem acima do preço estão os fatores como confiança na marca e qualidade. Como a TAKAO enfrenta o desafio de ser percebida como uma marca de confiança\qualidade junto ao público profissional, seja na retífica ou na oficina? Não há problema em ter problema! A grande questão é como você os enfrenta! Todas as marcas já passaram ou passam por desafios. Nós decidimos sempre tratar de frente, ouvindo nossos clientes e trabalhando duro para melhorar quando é o caso. No passado tivemos, por exemplo um problema com bronzinas. Acusamos “o golpe” e tratamos de melhorar nosso processo de fabricação. Hoje já com mais de 5 milhões de carros rodando com peças Takao, temos um dos índices de retorno mais baixo do mercado. Com apenas 0,3% de retorno em garantia, estamos empatados com as marcas que equipam os carros saídos das montadoras.
ENTREVISTA preços e com boa qualidade de informação técnica, imagens e principalmente disponibilidade de peças. Recentemente observamos que a TAKAO vem utilizando o meio rádio para comunicação. Isso quer dizer que a TAKAO migrou o foco de sua comunicação para o dono do carro que compõe a maior par-
Março 2022 • oficinabrasil.com.br que passou foi positivo para a TAKAO em termos de crescimento? Foi positivo sim! Crescemos 3 vezes o resultado de mercado. No caminho para a liderança temos que acabar comendo sempre uma fatia maior do bolo! Desde a pandemia, os reparadores estão relatando uma maior dificuldade de encontrar
Ainda na esteira da pergunta anterior, como funciona a parte de “serviços ao cliente” (assistência técnica e treinamentos) nas estratégias de mercado da TAKAO? Estão no topo da nossa estratégia. Temos ainda uma “tropa de Elite”, que são nossos técnicos de campo que visitam mensalmente mais de 3.000 retíficas e oficinas. Queremos ouvir e estar próximos sempre... A cadeia comercial do mercado de reposição nos últimos anos sofreu mudanças radicais com o surgimento de novos players como atacarejos, distribuidores nacionais vendendo direto para oficinas, distribuidores regionais fazendo o mesmo, assim como shopping de autopeças, redes de lojas, “desmanches”, internet, etc... diante dessa nova realidade como a TAKAO escolhe seus parceiros comerciais? Estamos obviamente sempre em busca de crescimento. E ele se dá através de dois pilares: 1. melhoria da performance de vendas, dentro dos clientes atuais – mix de produtos, estratégia de Pricing, execução no PDV. 2. busca pela positivação de novos clientes, dentro do perfil e canais que escolhemos trabalhar, trazendo assim um crescimento maior que o orgânico, para a empresa. E recentemente fizemos o já citado projeto de GTM (modelo para ir ao mercado), onde redesenhamos os segmentos que queremos atender, dando um foco mais estratégico a cada grupo de clientes. Falando em internet, qual a percepção da TAKAO sobre este meio como canal de ven-
“Trabalhamos com estoque de mais de 18 meses para as nossas peças, o que nos dá a possibilidade de atender aos nossos mais de 1.400 clientes em todo o Brasil, com bastante segurança de podermos oferecer a cada um deles, qualquer peça que precisarem, a qualquer momento” das, pois os indicadores ainda são tímidos deste meio como opção da oficina? A internet é sim um canal que vem crescendo exponencialmente nos últimos anos, acelerado pela pandemia, inclusive. O Mercado Livre tem crescido muito a venda no setor automotivo, é fato! Na Takao acabamos tomando a decisão de concentrar nossas vendas nos canais Especialistas e Generalistas; dando a eles um pacote maior de serviços e ferramentas, que os auxilia no atendimento aos aplicadores. E, quando nossos clientes decidem também por uma estratégia de venda on-line, fornecemos toda a ajuda para se posicionarem da melhor forma, sem guerras de
te da audiência deste meio? Assim como não dá para tomar um remédio sem prescrição médica, não dá para optar por uma peça de motor sem o mecânico. Eles são os médicos do coração do carro! Comunicar em várias mídias é parte da construção de uma marca forte e respeitada por todos. Hoje sem dúvida mais de 90% do nosso esforço de marketing está focado na geração de demanda junto aos aplicadores e nos canais de vendas. A CINAU, por meio do “Pulso do Aftermarket”, apontou um crescimento de 12,08% no mercado de linha leve e comercial leve em 2021. O ano
peças. Como a TAKAO está administrando este desafio? Trabalhamos com estoque de mais de 18 meses para as nossas peças, o que nos dá a possibilidade de atender aos nossos mais de 1.400 clientes em todo o Brasil, com bastante segurança de podermos oferecer a cada um deles, qualquer peça que preci-
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sarem, a qualquer momento. Quais os principais lançamentos e novidades da TAKAO para 2022? Estamos mantendo um ritmo forte de lançamentos. Somente no último trimestre foram 88 novos produtos, com isto chegaremos em 2022 novamente perto dos 400. Lembrando que 40% destes lançamentos SÓ A TAKAO TEM! Cumprindo assim nosso compromisso de ter a peça para não deixar nenhum carro parado! Mas as novidades não param somente nas peças, vamos turbinar a Academia do Motor com a nova parceria SENAI e também novos serviços técnicos, trazendo em breve um novo APP de conexão com o Aplicador e muito mais! Esta última não é uma pergunta, mas um espaço para o senhor transmitir sua mensagem às nossas 53 mil oficinas e quase duas mil retíficas que assinam nossa mala-direta. Fique à vontade para expressar o que quiser. Nós da Takao acreditamos e valorizamos muito seu trabalho. Nós somos elos da mesma corrente e por isto sentimos a responsabilidade em fazer você ter sucesso, te ouvindo e trabalhando juntos. Estamos dando duro por aqui para seremos sempre a MELHOR OPÇÃO para vocês. Três coisas queremos oferecer sempre: • Encontrar aqui a peça e com alta qualidade. • Proximidade para ajudar sempre, sejam questões técnicas, de formação ou de gestão do negócio. • Alma brasileira e simples para sonhar alto e sempre respeitar nossos parceiros.
MERCADO
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Carnaval fez os serviços dançarem... Em função dos feriados o movimento nas oficinas caiu e os dois primeiros meses fecham com um crescimento acumulado de 1,2% em relação ao mesmo período de 2021. Isso é ruim? Certamente que não, pois o ano passado elevou a média de passagens para um patamar inédito. Agora é esperar os próximos meses para ver como nosso setor responde diante novos desafios econômicos Equipe CINAU
Acumulado de 1º de janeiro a 5 de março de 2022: + 1,2%
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ste é o 23º. boletim mensal do PULSO DO AFTERMARKET produzido pela CINAU – Central de Inteligência Automotiva unidade de pesquisa, BI-Business Intelligence e Consultoria do Grupo Oficina Brasil. Pois é... quando pensamos que o pior já tinha passado, no dia 09/03 o Governo de São Paulo liberou o uso de máscaras em ambientes abertos e o mundo preparava-se para um grande arrancada, surge esta invasão da Ucrânia por parte da Rússia. Este confronto num mundo de economia globalizada está lançando o caos nas encomias das principais potências agora imagina os impactos um país que tem feito malabarismos para equilibrar sua combalida economia após décadas de desgovernos e dois anos do maior desastre econômico devido aos “lockdowns” e os “fique em casa”. Aqui nos permitimos um aparte de cunho político: desde a famosa frase atribuída a rainha Maria Antonieta: “se não tem pão que comam brioches” não tínhamos ouvido nada tão desconectado da realidade como o “fique em casa e morras de fome junto com sua família”. Que uma rainha, criada numa bolha dourada e sem internet diga isso, até é perdoável, mas “lideranças” políticas, governos, “intelectuais”, “artistas” e “cientistas” aí é dose para mamute. Mas deixando a política de lado e voltando a nossa realidade do mercado de reposição que não existia no tempo da Maria Antonieta, após mais de 30 anos estudando o aftermarket de reposição já percebemos que a deterioração da economia gera grandes oportunidades no aftermarket e talvez, mais uma vez, este cenário caótico tenha reflexos positivos no mercado de reposição. Uma coisa é certa, toda a vez que a venda de carros novos despenca, a reposição lucra, mas será que desta vez e diante de tantas
Média de passagens nas oficinas, medida pela CINAU em 14 estados que abrigam aproximadamente 90,96% da frota circulante no País
incertezas e desafios (mais uma vez inéditos) o aftermarket se dará bem em 2022? Como todo mundo estamos assustados e perplexos diante deste cenário de conflito mundial, mas é preciso uma certa dose de sangue frio para analisarmos a situação, e do alto da frieza é possível ver sinais de que nossa indústria tem chances de ter um ano positivo. Vamos às evidências objetivas para alimentar nosso otimismo: - A Consultoria McKinsey, em uma pesquisa encomendada pelo SINDIPEÇAS, previu um crescimento de 6 a 7% até 2023 para o mercado de autopeças e uma das justificativas é o “envelhecimento da frota”. Vejam que a previsão da prestigiada consultoria internacional vai ao encontro de nosso conceito sobre o “Efeito Cuba” uma analogia entre a idade da frota e o movimento nas oficinas. Diante da crise enfrentada pelas montadoras a disparada dos preços dos carros novos, a menor oferta de modelos “populares” e até a inusitada (só observada nos anos 70,80 e 90) valorização de veículos
usados não é preciso ter uma bola de cristal para entender que todas as evidências objetivas apontam um vencedor no meio desta confusão: o mercado de reposição. Neste cenário recorremos a mais uma analogia que já utilizamos em outros momentos críticos: se tudo der errado e o mundo e o Brasil “travarem” o mercado de reposição a exemplo dos corajosos músicos do Titanic tocarão até o último minuto. Analogias macabras à parte, a verdade é que nossa frota circulante nunca foi tão numerosa e velha, ou seja, nunca o mercado de reposição teve tanta matéria-prima à disposição. Problemas e ameaças para que não tenhamos um bom ano? Há aos montes, entre eles a própria falta de peças, os preços disparados de peças e combustíveis, inflação corroendo o poder de compra do brasileiro etc. Por outro lado o brasileiro depende do automóvel e mesmo empobrecido encontra no carro não só instrumento de trabalho mas também o lazer nas viagens e passeios de final de semana. Não temos dúvidas que no cená-
rio atual o “share of wallet” do brasileiro dá preferência à manutenção do carro a gasolina em detrimento de um iPhone novo. Há pouco tempo atrás o dinheiro era para a compra de um carro novo, um iPhone novo, uma viagem de navio, etc... e não se ligava muito para a manutenção do carro, pois era mais fácil comprar um novo. Mas esta realidade está longe e aparentemente não será revertida tão cedo, assim até donos de carro de luxo, que costumavam trocar o veículo findo o período de garantia estão recorrendo à manutenção e evitando a troca. Até aqui estamos especulando sobre o que pode acontecer em 2022, mas graças ao PULSO DO AFTERMARKET podemos lidar com dados e fatos e a realidade é que os dois primeiros meses de 2022 foram positivos para o mercado de reposição. Falando em PULSO DO AFTERMARKET vamos à análise dos dados da survey que sempre acompanha o gráfico do PULSO (acima). A pesquisa de percepção que
chamamos de “qualitativa” neste mês ouviu 289 oficinas em todo o território nacional entre os dias sete e oito de março. Os resultados são exibidos nos gráficos abaixo em que destacamos alguns aspectos. A percepção de falta de peças continua elevada ainda que tenha caído um pouco em relação à medição anterior (66%) para (59%) o que pode ser um bom sinal, principalmente quando tivermos a próxima medida no mês que vem, pois por enquanto esta variação, apesar de indicar certo alívio, está dentro da margem de erro da pesquisa. Já a relação dos reparadores com seus clientes continua mais “solidária” no desafio de encontrar peças e uma parcela considerável de oficinas (42%) revela que em alguns casos tem dividido esta árdua tarefa de encontrar peças com seus clientes. A falta de peças justifica 39% desta delegação, já a falta de capital de giro em menos escala 21% assim como o medo da inadimplência com 30%. Nada de muito diferente do que observamos nos meses anteriores. Uma coisa é certa, esta falta de peças está demorando a arrefecer e nossa previsão de que as coisas voltariam ao normal no primeiro trimestre de 2022 está indo por água abaixo. A verdade é que o reparador muitas vezes com a ajuda de seus clientes (e até da internet) está conseguindo driblar a situação, ainda que com perdas significativas de produtividade. Perdas essas que apesar de reais não estão conseguindo empanar o crescimento do mercado de reposição e as vendas sempre crescentes de fabricantes e toda a cadeia comercial. Hoje só perde no mercado de reposição, das oficinas, passando pelos agentes comerciais, fabricantes e importadores quem está com problemas estruturais em seu negócio. Como já manifestamos em um de nossos
MERCADO editoriais o aftermarket é uma mãe! Bom já que falamos em internet, o PULSO DO AFTERMARKET tem dedicado uma boa parte de seus estudos para avaliar o desempenho deste canal que cresceu 300% na pandemia e com esta persistente falta de peças tem mantidos níveis de acesso dos reparadores em níveis nunca experimentados. Porém os indicadores de sustentabilidade deste canal, que estão diretamente ligamos à “produtividade” da oficina mostram que a internet ainda é um mal necessário para as oficinas, porém assim que as coisas voltarem ao normal, os reparadores retornarão aos seus fornecedores tradicionais. Não se trata de “conservadorismo” por parte do reparador, mas simplesmente de produtividade, pois para a oficina a peça é um insumo básico e a eficiência e eficácia da operação de reparo da oficina depende de conseguir a peça certa no tempo certo.
O canal digital está tentando fazer sua “lição de casa” resolvendo seus três grandes gargalos que são a logística, os catálogos e as peças falsificadas. Neste sentido o Mercado Livre tem dados passos importantes garantindo em muitas localidades entregas no mesmo dia, adoção de um sistema que mitiga a possibilidade de compra de peça errada e ações para coibir a presença de vendedores duvidosos. Enfim diante de toda esta confusão nossas visões são otimistas,
porém aquele otimismo reservado e principalmente amparado em dados e fatos, aliás não por outro motivo que divididos com você mensalmente no PULSO DO AFTERMARKET. Agora se você precisa de mais informações sobre o mercado de reposição e percepção de sua empresa junto às oficinas brasileiras, não hesite em nos contatar pelo e-mail cinau@cinau.com.br. Até o próximo PULSO DO AFTERMARKET.
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O novo Nissan Versa foi para o interior de São Paulo e surpreendeu os nossos reparadores A cidade de Lins, na região centro-oeste do interior do estado de São Paulo, foi o local da avaliação do reparador, que tiveram o primeiro contato com este modelo e cada um escolheu uma rodovia diferente para o teste
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urpresas boas longe da capital com oficinas sofisticadas, equipes bem treinadas e capacitadas para fazer manutenções nos carros mais simples até os mais avançados. Isso envolve investimentos elevados em laboratórios de mecatrônica com capacidade de manutenções em módulos de injeção e outros sistemas eletrônicos do veículo, sala Vip montada especialmente para os clientes visualizarem toda a oficina e até acompanhar os serviços, enquanto são servidos desde um bom café moído na hora e para os mais empolgados, tem até uísque para se tomar uma dose com moderação. Este foi o cenário que conhecemos em Lins, a cidade das escolas, que fica no Km 430 da Rodovia Marechal Rondon. Esta cidade vivenciou algumas fases de riquezas geradas pelas culturas de café, depois foi a vez a pecuária com a produção de leite e atualmente, a região está tomada pelas plantações de cana de açúcar, que abastecem as usinas da região. (Fig.1)
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Na capital em São Paulo, a pista de testes das oficinas são as ruas próximas, mas em Lins é diferente, são as rodovias da região e cada oficina teve a sua preferência de escolher o trecho mais adequado para acelerar o novo Nissan Versa. A GS Mecânica Centro Au-
tomotivo aproveitou a rodovia mais próxima, que é a SP 381, Rodovia David Eid, que vai de Lins até Sabino. Na Clínica de Automóveis Lambari, a escolha foi para a SP 300, Rodovia Marechal Rondon, que atravessa o estado de São Paulo. A equipe da Caio Pneus deu preferência para a SPA-183/387 até a BR 153, mais conhecida como Rodovia Transbrasiliana, que passa pelo interior do pais. (Fig.2)
Fotos: Gaspar
Antonio Gaspar de Oliveira
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5 Depois desta breve apresentação, vamos para o tema central, que é a avaliação do novo Nissan Versa. A maior instalação da montadora fora do Japão está aqui no Brasil na cidade de Resende-RJ, próximo da rodovia Dutra, onde alguns modelos são fabricados. O novo Nissan Versa desta avaliação foi importado do México, com o qual o Brasil tem acordos comerciais com taxas especiais. (Fig.3 e 4)
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6 Como o carro tem origem na terra do sol nascente, foi preciso fazer fotos que justifiquem a inspiração e composição de imagens com o carro ao nascer do sol. (Fig.5 a 7) Seguindo padrões de mercado, a maioria dos carros globais possuem nomes diferentes em alguns países, Versa, Latio, Sunny. Presente no mercado brasileiro desde o ano de 2011, manteve seu estilo oriental conser-
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14 vador, mas em 2020 o estilo do carro mudou radicalmente. Isso se comprova ao chegar nas oficinas e as pessoas não identificam o carro pela aparência, é preciso olhar na parte traseira para ver o nome do carro. O novo Nissan Versa se destaca pela tecnologia, a nova carroceria e conforto. As dimensões foram melhoradas, deixando o carro mais largo, mais comprido e mais baixo, isso já altera a dirigibilidade e aumenta a segurança. A estrutura da carroceria foi reforçada, tornando-se mais rígida, foram aplicadas mantas acústicas espessas no capô, colunas A e painel para reduzir o nível de ruídos internos e para melhorar ainda mais, os vidros das portas dianteiras são mais grossos, assim como as borrachas de vedação das portas e os carpetes. Mesmo passando despercebido, outro ponto importante foi o afastamento dos retrovisores em relação à carroceria, a distância passou de 20 mm da geração anterior para 40 mm, para redução do ruído do vento. O carro vem equipado com o sistema chamado “escudo inteligente de segurança”, que integra os sistemas de alerta de colisão frontal com o sistema de assistência inteligente de frenagem (FCW/FEB); o alerta de tráfego cruzado traseiro (RCTA); a visão 360° inteligente com detector de movimento (MOD); o monitoramento de ponto cego (BSW) e o alerta de esquecimento de objetos no banco traseiro (Rear Door Alert). Além dos seis airbags, controles de estabilidade e tração, freios ABS com distribuição de força, sistema inteligente de auxílio de partida em rampa (HSA). Foi aplicado um novo sistema de alerta de objetos no banco traseiro (Rear Door Alert), que contribui para evitar o esquecimento de alguma coisa dentro do carro. O sistema é acionado quando o motorista abre e, na sequência, fecha uma das portas traseiras ou porta-malas antes de sair com o veículo. Ao chegar ao destino, caso ele não se lembre de abrir a porta traseira, o carro
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emite três toques curtos da buzina e uma mensagem no painel para avisar ao motorista que algo ficou esquecido. Esse é um item de segurança da Nissan que está salvando vidas nos países onde foi lançado, já que também pode prevenir o esquecimento de um menor de idade ou um animal de estimação no carro. (Fig.8) Mais detalhes do carro serão descritos nesta matéria. OFICINAS Na GS Mecânica Centro Automotivo, que fica na Av. Tiradentes, 2720, fomos recebidos pelo Mauro e o Gilmar, que representam a segunda geração atuando na oficina, que foi fundada em 1995 pelo Sr. Giomar Salatino, agora vocês entendem porque a oficina se chama GS. Com sede própria, ocupa uma esquina com área de 750 m², disponibiliza todos os serviços de oficina de automóveis e o des-
12 taque está no laboratório, onde o Mauro ocupa a maior parte do seu tempo reparando transmissão automática em uma das bancadas e logo ao lado na outra bancada, está o mais recente investimento em equipamentos de reparos de módulos eletrônicos. Isso já começa a mudar a ideia de que os reparos mais avança-
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dos só poderiam ser realizados em cidades grandes como a capital. No interior tem pessoas com conhecimento e competência e muito equipamento moderno para execução de serviços mais tecnológicos. (Fig.9 e 10) Na Clínica de Automóveis Lambari, com sede na rua Rangel Pestana, 80, foi a vez do Luís nos receber e ele também representa a segunda geração da oficina, iniciada em 1976 pelo pai Sr. Ademir e aos poucos a oficina simples foi melhorando e atualmente é uma das mais modernas da região, com atendimento especial para carros de alto nível e até elétricos. É nesta oficina que tem aquela sala vip com café moído na hora e outras bebidas. Diz a lenda que o Sr. Ademir já foi bom de bola e era tão habilidoso que recebeu o apelido de lambari, só isso já justifica o nome da oficina. Quem chega pela primeira vez tem a impressão que é uma loja de carros importados, sendo que a área de serviços mais pesados e demorados fica ao lado e com acesso controlado. (Fig.11 a 14) A terceira oficina visitada em Lins foi a Caio Pneus que fica na rua Pedro de Toledo, 685 e lá fomos recebidos pela equipe liderada pelo Jeferson, que é o proprietário, e o Mauricio e o Junior que trabalham na oficina. A empresa oferece serviços de troca de óleo, higienização de ar-condicionado, alinhamento e balanceamento, injeção eletrônica, suspensão, freios, elétrica e até pneus. A agilidade da equipe em
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atender os clientes que precisam de pneus novos e outros serviços faz toda a diferença, que gera a satisfação dos proprietários dos veículos e isso possibilita que a oficina conclua, no mesmo dia, praticamente todos os serviços que foram agendados. (Fig.15) PRIMEIRAS IMPRESSÕES Mesmo em regiões distantes da cidade de São Paulo, o Jornal Oficina Brasil é conhecido e a alegria e até surpresa dos reparadores das oficinas visitadas ao receber a visita e com um carro novo que ainda não era conhecido por eles, evidencia a importância desta matéria ‘Avaliação do Reparador’. O Mauro da GS Mecânica foi logo dizendo que era a primeira vez que estava recebendo um representante do jornal e com um carro novo que ele não conhecia para avaliação. Olhando de frente não dá para identificar o carro, foi o que o Mauro comentou ao se aproximar e observar os detalhes que mudaram completamente em relação ao modelo anterior. O carro ficou mais bonito e com visual atualizado, mantendo o espaço interno que é uma característica deste modelo. (Fig.16)
16 O Luís disse que não sabia qual poderia ser o carro que estava chegando na oficina dele, isso já despertou a curiosidade e a conversa melhorou quando ele soube que era uma visita do jornal Oficina Brasil. Sem perder tempo, ele pegou o celular e fez o famoso ‘360’, gravando imagens do carro para divulgar no instagram. Aproveitando o momento, o Luís chamou o pai, Sr. Ademir, para conhecer o novo Nissan Versa, que foi a novidade do dia na oficina. Os dois disseram que é um carro novo, não lembra em nada o modelo antigo e com isso, é impossível resistir à curiosidade de entrar no carro e descobrir
o que foi mudado internamente. Para o segmento de carros sedan, também conhecido como carro de família, o novo Nissan Versa tem tudo para agradar e até para quem quer um carro para trabalhar, vai ficar satisfeito com o espaço e conforto que o carro oferece, concluiu o Luís. (Fig.17 e 18)
18 O Jeferson também não reconheceu o novo Nissan Versa estacionado de frente da oficina Caio Pneus, como ele é um especialista em pneus, logo foi verificar a marca e o modelo que estava equipando o carro, sem desprezar a beleza do carro, depois que descobriu qual era o nome do carro, olhando na tampa do porta-malas. A nossa visita praticamente parou a oficina porque foi um momento raro, jornal que é conhecido por eles estava trazendo a oportunidade de participarem pela primeira vez da matéria Avaliação do Reparador. O Jeferson, o Marcio e o Junior queriam saber tudo sobre o modelo, que deixou todos impressionados com seu desenho de carro moderno. O Marcio aproveitou para colocar o carro no elevador para olhar de outro ângulo e descobrir o que havia de novo por baixo, satisfazendo a sua curiosidade de um bom mecânico, mas a vontade dos três era acelerar o carro. (Fig.19 e 20) AO VOLANTE Aproveitando a empolgação do trio da Caio Pneus, saímos
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com o novo Nissan Versa com lotação completa e fomos na direção da rodovia federal Transbrasiliana. Durante o percurso, o Jeferson, que pilotava, observou que o carro além de bonito, é confortável e econômico. O baixo ruído foi também percebido pelo Marcio e pelo Junior, que também queriam descobrir o prazer de dirigir o carro novo. Na opinião dos três, o carro segue o padrão oriental com acabamento e acessórios que atendem às necessidades de conforto e segurança, sem deixar de ter um ótimo acabamento e ainda ser um carro elegante. (Fig.21)
Como o Luís foi mais comportado ao dirigir o novo Nissan Versa, ele preferiu utilizar um trecho da rodovia Marechal Rondon que fica praticamente ao lado da oficina e outra observação do Luís é que neste trecho tem um posto de polícia rodoviária. Como é de costume dele testar carros com valores um pouco elevados, ele prefere este trecho por questão de segurança. O carro agradou o Luís pelo equilíbrio do conjunto motor e câmbio que combina com o estilo do novo Nissan Versa. O painel tem acabamento que se harmoniza com os bancos, mantendo a elegância da nova geração de carros japoneses, mesmo tendo sido importado do México. Antes de chegar na oficina, o Luís passou por algumas ruas de paralelepípedos, mas o carro manteve o padrão de conforto mesmo em condições nas quais a suspensão estava sendo exigida ao máximo. O Sr. Ademir preferiu apenas fazer as fotos clássicas dentro do carro e registrar a nossa visita com o carro de avaliação do reparador. (Fig.23 e 24)
dores, que é o 1.6 16V com seus 114 cavalos de potência, 15,5 kgfm de torque e taxa de compressão de 10,7:1, favorecendo o equilíbrio entre desempenho e consumo. O Junior da Caio Pneus comentou da facilidade na troca do filtro de ar, que tem acesso fácil e rápido. Outro detalhe importante que o Junior descobriu foi uma janela de acesso para a remoção do amortecedor, isso conta pontos a favor da manutenção deste carro. (Fig.25 e 26)
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26 O Marcio também verificou que as mangueiras do sistema de arrefecimento possuem secções e são montadas com abraçadeiras e um tubo interno que faz a conexão. Perto desta mangueira está o filtro de óleo, que tem o acesso por baixo do carro e é muito fácil fazer a troca. (Fig.27)
21 O Mauro da GS queria conhecer o carro andando pelas ruas e na rodovia para ver como se comportava o câmbio CVT do novo Nissan Versa. Como a proposta do projeto do carro é o conforto, na opinião do Mauro, o câmbio CVT é uma opção muito boa. Quem for dirigir este carro no trânsito pesado, que não é o caso da cidade de Lins, não vai se cansar porque o carro é suave ao dirigir, as trocas de marchas não são percebidas por causa do tipo do câmbio. É isso que a maioria dos motoristas querem de um carro novo, concluiu o Mauro, depois de acelerar por alguns quilômetros. (Fig.22)
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24 MOTOR Debaixo do capô temos o motor já conhecido pelos repara-
27 Na GS, o Mauro não observou nenhuma dificuldade no acesso aos principais componentes do motor, que são trocados com mais frequência, mas como tudo tem uma exceção, este motor tem o coletor de plástico que está sobre o cabeçote, dificultando o acesso às bobinas e velas de ignição. No caso de alguma falha eletrônica do motor, temos equipamentos com as últimas
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versões que permitem identificar as anomalias e com o nosso conhecimento técnico, podemos resolver os problemas que surgirem. Para o Mauro, cada trabalho deve ser explicado para o cliente e justificar o tempo e o valor da mão de obra do serviço. (Fig.28 e 29)
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29 O Luís já havia comentado sobre o equilíbrio entre o motor e o câmbio do novo Nissan Versa, mas o que tranquiliza os reparadores é que é um motor já conhecido no mercado, é robusto, usa corrente de sincronismo e se for respeitado o plano de manutenção sugerido pela fábrica, dificilmente este motor vai apresentar problemas. Um detalhe que o Luís apontou foi o sistema de amortecimento que apoia o radiador na estrutura do carro e ele também lembrou que este motor é o mesmo que a Renault utiliza no Sandero, Duster e outros. (Fig.30)
30 TRANSMISSÃO O câmbio automático do tipo CVT é o responsável pela condução suave e sem trancos e como o Mauro da GS é o especialista em câmbio automático, na opinião dele este tipo de transmissão não dá problemas se for respeitado cada período de
manutenção, mas se não cuidar, o prejuízo pode ser grande. O Jeferson da Caio Pneus disse que se o cliente quer ter conforto, ele não vai comprar um carro com transmissão mecânica. Logo, o carro mais indicado é um que tenha câmbio automático tradicional com pacotes de embreagens e engrenagens, ou um câmbio CVT, que é o caso do novo Nissan Versa. Na estrada ou na cidade, basta acelerar que o carro desenvolve velocidade tranquilamente, mas pensando na oficina, é preciso saber orientar o cliente quanto ao período de troca do óleo e a melhor coisa a fazer é não usar o ‘achismo’ e consultar o manual do carro na parte das manutenções por tempo ou quilometragem. Para o Luís, que atende um público que prefere desempenho com conforto, a transmissão do carro tem que ser bem monitorada e mesmo que o carro seja diferenciado, vai chegar uma hora que vai precisar de manutenção e a manutenção mais barata e inteligente é a preventiva para não deixar o carro quebrar enquanto está sendo utilizado. A manutenção preventiva é simplesmente seguir o que o fabricante do automóvel recomenda e usar o próprio manual do carro para explicar para o cliente sobre a importância da manutenção, facilita muito a aprovação de orçamentos. No manual do novo Nissan Versa está recomendada a troca do óleo do câmbio CVT a cada 100 mil km, mas conversando com especialista em transmissão, é melhor fazer a troca antes desta quilometragem. Dê preferência ao fluido original Nissan NS-3. O acesso ao câmbio é fácil, com o carro no elevador é possível ter acesso direto e o subcarter do câmbio e do motor são de chapa de aço, que facilita a troca no caso de estar amassado. (Fig.31)
SUSPENSÃO, FREIOS E DIREÇÃO A suspensão é do tipo independente McPherson com barra estabilizadora na dianteira e eixo de torção com molas helicoidais na traseira. A suspensão traseira foi reforçada em sua estrutura e os batentes de borracha foram trocados por poliuretano com o objetivo de melhorar a resistência às cargas maiores. Com as modificações, o ângulo de rolagem da carroceria do novo Nissan Versa foi reduzido em 15%, dando ainda mais estabilidade. O carro ficou mais baixo e a altura livre do solo é de 138,3 mm, já para entrar em algumas garagens, será preciso tomar cuidado pois o ângulo de ataque é de16.4° e o ângulo de saída é de 19.9°. O Marcio da Caio Pneus foi mais curioso e colocou o carro no elevador e pudemos ver a facilidade de alguns serviços como a troca dos amortecedores traseiros, que permite fazer todo o serviço por baixo, sem ter que desmontar a forração na parte interna do carro. Outro componente visto pela equipe da Caio Pneus foi a barra estabilizadora dianteira, que tem uma bieletas reforçada, parafusada entre a torre do amortecedor e a extremidade da barra estabilizadora. Como o Junior já tinha descoberto, o amortecedor dianteiro também é fácil de trocar. (Fig.32 e 33)
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O sistema de freios é equipado com discos ventilados na
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Door Alert), tacômetro, temperatura externa, GPS, áudio e telefone que estiver conectado. Ainda no painel TFT, o motorista poderá ver as direções do GPS bem à frente dos olhos. Com a funcionalidade Turn by Turn, o motorista não precisa desviar o olhar para a tela do sistema multimídia no centro do painel. Outra inovação é a instalação de fábrica do sistema ‘sem parar’ que vem disponível no carro, bastando apenas habilitar e começar a usar nas estradas pedagiadas e na cidade em shoppings e demais locais que tenham este sistema. Os componentes elétricos e de controle estão próximos da bateria e a caixa de fusíveis está na parte interna do carro, no canto inferior esquerdo do painel. (Fig.34 e 35)
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35 PEÇAS DE REPOSIÇÃO Para os nossos reparadores de Lins, Jeferson, Mauro e o Luís, a situação é um pouco mais delicada porque não tem concessionária e não tem distribuidora de peças, o que tem são as autopeças e mesmo assim tem que esperar a peça chegar de outro local. Dependendo da situação é melhor comprar em outra cidade ou pela internet e explicar para o cliente que vai demorar um pouco. Peças básicas como filtros e velas, é possível encontrar até porque o motor é o mesmo aplicado nos carros da Renault. Algumas peças ainda são intercambiáveis dos modelos anteriores, isso já facilita um pou-
EM BREVE NA SUA OFICINA co nas peças mecânicas, mas se for necessário comprar peças de acabamento ou lataria, o melhor a fazer é comprar na rede autorizada Nissan. As concessionárias mais próximas ficam em Bauru e em Marília, cerca de 100 km de distância. RECOMENDAÇÕES Luís da Clínica de Automóveis Lambari: o carro é bonito, confortável e econômico, com estes requisitos é natural que os clientes comprem e a manutenção no período de garantia vai ser em alguma concessionária da região. Nós aqui na oficina temos toda competência e peças de qualidade para atender os proprietários do novo Nissan Versa, só não vamos carimbar o manual de garantia do carro. Mauro da GS Mecânica Centro Automotivo: o carro tem tecnologia, tem câmbio CVT e nós aqui na GS Mecânica temos equipe bem treinada, equipamentos de diagnósticos atualizados e até um laboratório para manutenção de transmissão automática que inclui o câmbio CVT do novo Nissan Versa, que já é aplicado em outros modelos, inclusive na linha Renault. No caso de peças, pode até demorar alguns dias, mas conseguimos comprar em outras cidades, inclusive em São Paulo e como os clientes sabem disso, eles entendem e esperam sem problemas. Jeferson da Caio Pneus: O carro já vem bem ‘calçado’ de fábrica com pneus Continental e aqui na oficina comercializamos várias marcas de pneus e se o cliente quiser manter a marca, nós providenciaremos para manter a originalidade. Fora os pneus, no caso de manutenção, temos a equipe pronta para enfrentar desafios, que não é o caso do novo Nissan Versa, que tem motor e câmbio conhecidos, a suspensão é muito fácil de trabalhar e no caso de peças mais específicas, nós do interior não temos outra opção, temos que comprar fora da cidade e para nós isso é natural, assim como para os clientes que sabem da limitação de algumas peças na nossa cidade de Lins.
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NISSAN VERSA 2021 | ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS 1.6 Sense MT
1.6 Sense CVT
1.6 Advance CVT
1.6 Exclusive CVT
CARROCERIA Arquitetura
Sedan , 4 portas, 5 lugares
Coeficiente aerodinâmico (cx)
0,300
0,305
0,315
MOTOR Tipo
1.6 L, 16 válvulas, CVVTCS*, Flex (etanol/gasolina), 4 cilindros e acelerador eletrônico
Cilindrada
1.598 cm³
Potência
114 cv @ 5.600 rpm (álcool/gasolina)
Torque
15,5 kgfm @ 4.000 rpm (álcool/gasolina)
Taxa de compressão
10,7:1
Diâmetro e curso
78 x 83,6 mm
Sistema de injeção
Eletrônica multiponto sequencial
Tração
Dianteira
TRANSMISSÃO Tipo
Manual, 5 marchas
XTRONIC CVT®
RELAÇÕES DE MARCHA 1ª
3,727
2ª
2,048
3ª
1,393
4ª
1,029
Máx.-mín.: 4,006-0,458
5ª
0,821
Ré
3,545
3,7708
Diferencial
4,214
3,921
185km/h
180km/h
PERFORMANCE Velocidade Máxima Aceleração 0 a 100 km/h
10,8s
10,7s
Consumo urbano (INMETRO)
8,1 Km/l (E) 11,8 Km/l (G)
8,0 Km/l (E) 11,7 Km/l (G)
Consumo na estrada (INMETRO)
9,6 Km/l (E) 13,8 Km/l (G)
10,0 Km/l (E) 13,9 Km/l (G)
SUSPENSÕES Suspensão dianteira
Independente, tipo McPherson, com barra estabilizadora
Suspensão traseira
Eixo de torção e molas helicoidais
FREIOS/RODAS/PNEUS Dianteiros
Discos ventilados
Traseiros
Tambor
Diâmetro Disco Dianteiro
258 mm
Diâmetro Tambor Traseiro
203 mm
Rodas
Aço, 15”
Liga-leve, 16”
Liga leve, 17”
Pneus
195/65 R15
205/55 R16
205/50 R17
Bitolas dianteiras
1.520 mm
1.515 mm
1.505 mm
Bitolas traseiras
1.530 mm
1.525 mm
1.515 mm
DIMENSÕES Comprimento
4.495 mm
Largura
1.740 mm
Altura
1.465 mm
Distância entre-eixos
1.475 mm 2.620 mm
Espaço para cabeça
1.002 mm (frente)/ 923 mm (atrás)
Espaço para ombros
1.348 mm (frente)/ 1.361 mm (atrás)
Espaço para quadris
1.292 mm (frente)/ 1.273 mm (atrás)
Espaço para pernas
1.131 mm (frente)/ 788 mm (atrás)
Ângulo de ataque
16.4°
16.9°
Ângulo de saída
19.9°
20.2°
138.3 mm
143.3mm
Altura Livre do Solo CAPACIDADES Porta-malas
466 litros
482 litros
Tanque de combustível
41 litros
Peso em ordem de marcha
1.074,0kg
1.098,0kg
1.122,0kg
1.131,0kg
Peso Total
1532,0 kg
1644,0kg
1644,0kg
1644,0kg
Capacidade de Carga
458,0kg
546,0kg
522,0kg
513,0kg
DIREÇÃO Tipo
Direção elétrica com assistência variável
Raio de giro
5.309 mm
Voltas de Batente a Batente
2.64
INFORMAÇÕES ADICIONAIS Intervalos de revisão
10 mil km / 12 meses - Garantia de 3 anos, sem limite de quilometragem
*Continuosly Variable Valve Timing Control System (sistema de variação contínua da fase de abertura das válvula
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MARCAS NA OFICINA 2021
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Pesquisa “Marcas na Oficina” ganha novo formato A tradicional pesquisa realizada pela CINAU desde 2006 muda significativamente sua metodologia, visando a oferecer um melhor entendimento do processo de formação de demanda das empresas no mercado de aftermarket, indo além da mensuração do “recall” das marcas e avançando sobre percepções de disponibilidade (canal) e qualidade dos produtos. Confira Equipe CINAU
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A única constante é a mudança” esta célebre citação de um dos mais antigos filósofos Gregos, Heráclito de Éfeso, foi a fonte de inspiração para a equipe da CINAU rever sua metodologia da consagrada pesquisa MARCAS NA OFICINA que há 16 anos é referência no mercado de reposição de autopeças. Ao longo destes anos o trabalho tem sido considerado muito inovador, pois além de realizar um levantamento clássico de “Top of Mind” nossa pesquisa transcendeu ao levantamento de “brand awreness” das empresas ao acrescentar uma pergunta sobre qual a marca da peça que as oficinas mais compravam. Este resultado refletia o que batizamos de “tendência da compra” (buy trend share) indicador mais próximo do que seria o “market share”. Ao longo dos anos a equipe da CINAU sempre deixou claro que a mensuração da tendência de compra apesar de mais próxima não refletia efetivamente o market share, um estudo que deve ser muito mais aprofundado e que realizamos para empresas interessadas neste levantamento. Nossa fórmula fez tanto sucesso que em 2017 uma outra empresa, sem o menor constrangimento, “clonou” nossa pesquisa sem considerar nosso investimento intelectual e em estudos profundos do comportamento de compra da oficina. Deixando de lado as imitações, nossa pesquisa MARCAS NA OFICINA, mesmo diante de tanto reconhecimento do mercado, mas inspirada pelo filósofo grego a equipe da CINAU deci-
diu abandonar a zona de conforto e se desafiar, para evoluir no foco da pesquisa e valor estratégico para as empresas que atuam no mercado de reposição. UMA ANÁLISE MAIS PROFUNDA Neste novo formato a equipe da CINAU, além da força da marca, decidiu agregar outros elementos que identificamos fundamentais para entendermos melhor a formação de market share das marcas, por isso passamos a medir: 1º. Confiança na marca; 2º. Disponibilidade da marca nos canais de abastecimento da oficina; 3º. Percepção de qualidade mediante mensuração do “retrabalho”. Explicando a lógica destes três fatores: Quando estudamos com profundidade a admiração de um reparador sobre uma marca, além da lembrança (brand awareness) aderido a este fator aparece a “confiança”. Assim como a lembrança é um dado concreto a confiança também é totalmente objetiva, pois ela é fruto direto da experiência que o profissional tem com a aplicação das peças desta empresa. De acordo com a lógica do reparador a confiança é decorrência direta da percepção de qualidade do produto ou em linguagem mais prática da oficina: para o reparador a marca/peça na qual ele confia é a que não dá retrabalho. Resumidamente: peças de marcas que não dão retrabalho ganham a confiança do repara-
dor, já as peças das marcas que dão retrabalho ganham resistência do profissional. Porém, o mercado oferece certos paradoxos, e a pesquisa neste novo formato mostrou que mesmo marcas com peças de baixa percepção de qualidade (alto índice de retrabalho) são compradas pelas oficinas. Por que isso acontece? Por uma razão muito simples: disponibilidade. Muitas vezes o reparador é forçado a comprar a peça que ele não lembra/confia, simplesmente porque seu fornecedor não dispõe do produto. Para capturar esta lógica do processo de decisão de compra e levarmos a nossa pesquisa MARCAS DA OFICINA a um novo patamar de informações incluímos na pesquisa deste ano a pergunta: - No produto “X” qual a marca mais disponível no seu fornecedor? em substituição a pergunta: produto “X” qual a marca que você mais compra? Esta diferença apesar de sutil atinge de forma direta um dos grandes desafios das empresas e diz respeito ao verdadeiro labirinto que se tornou a supplay chain no aftermarket: escolher os parceiros comerciais mais focados nas oficinas, o que se traduz em disponibilidade, um dos principais atributos para ganho de market share. Antigamente uma empresa que detinha forte parceria com grandes distribuidores nacionais que por sua vez abasteciam as lojas (antiga “cascata”) e estas garantiam a disponibilidade de seus produtos na base geradora de demanda e principal shopper que são as oficinas. Porém, este cenário mudou
dramaticamente. Nos últimos anos com o surgimento dos atacarejos (locais/regionais/nacionais), grandes distribuidores nacionais vendendo direto para oficinas, redes de lojas, internet, importadores, “desmontes” (Lei Federal 12.977 de 20/05/2014), etc. Neste novo cenário se as marcas enfrentam um novo desafio de definir parceiros comerciais eficientes (força PUSH) para fazer seu produto chegar na oficina, por outro lado, as oficinas foram beneficiadas nesta nova configuração da supplay chain pela ampliação da gama de fornecedores, o que deu mais relevância foi a força da demanda (PULL). Foi por esta razão que a pesquisa MARCAS NA OFICINA mudou sutilmente a abordagem neste novo formato da pesquisa, voltando o foco para uma avaliação do desempenho dos canais escolhidos pelas marcas. Tal proposta fica evidente quando analisamos as tabelas deste ano e observamos resultados de marcas/produtos que tem mais lembrança/confiança, porém quando olhamos o resultado de “mais disponível no fornecedor” a situação muda completamente. Esta situação é uma evidência objetiva, ou pelo menos um forte indício para que a empresa em questão avance em estudos mais profundos sobre a eficiência de sua rede comercial pois pode estar com problemas de canal, que reflete na sua baixa disponibilidade para a oficina e consequente perda de market share. Neste ponto, a equipe da CINAU, faz questão de reforçar que este estudo tem abrangência nacional e uma amostra robusta e significativa (veja mais detalhes
no box com a ficha técnica da pesquisa), porém alertamos que este dado não é um diagnóstico cabal, mas certamente uma forte evidência para que busque uma análise mais profundo e regional. Sabemos que um estudo de eficiência de canal, para que alcance 100% de precisão, é necessário que seja realizado “por praças” e restrito à área de atuação logística dos players comerciais. Do formato da antiga pesquisa o que permaneceu inalterado é o que chamamos de “Top Of Mind”,um clássico recall de marca, no qual o entrevistado responde de forma direta, independente do produto, qual a marca que ele mais lembra. Ou seja, que revela a força das marcas na cabeça dos reparadores de maneira ampla, pois não discrimina linhas de produtos.
A CINAU identificou que a percepção do reparador sobre a qualidade de uma peça/produto não tem nada de subjetiva e é decorrência direta de uma situação que provoca o pior pesadelo do profissional da mecânica... QUALIDADE, A PARTE MAIS SENSÍVEL Como já explicamos acima, a CINAU identificou que a percepção do reparador sobre a
MARCAS NA OFICINA 2021 qualidade de uma peça/produto não tem nada de subjetiva e é decorrência direta de uma situação que provoca o pior pesadelo do profissional da mecânica: o retrabalho pela aplicação de uma peça defeituosa. Esta situação dramática para o reparador, pois gera grandes prejuízos, pode comprometer anos de investimento em branding. Infelizmente esta experiência tem se tornado mais comum nas oficinas brasileiras e decorrente dos seguintes fatores: 1º. Esta primeira é óbvia e decorre da presença de produtos de baixa qualidade; 2º. A estratégia adotada por alguns fabricantes no sentido de ampliar seus portifólios atendendo ao chamado “one stop shop” que tem oportunizado, em alguns casos, a inclusão de peças de má qualidade nas linhas complementares frutos de parcerias com outros fornecedores nacionais ou estrangeiros; 3º. Erros de aplicação por parte do reparador que acaba culpando o produto e não sua falta de conhecimento. Neste sentido, uma evidência objetiva percebida no mercado sobre o sensível tema “percepção de qualidade” pode ser observada pelo crescimento da preferência por peças genuínas das montadoras. Nestes produtos, apesar de geralmente mais caros o reparador praticamente neutraliza o risco de retrabalho. Um recurso dos fabricantes que poderia mitigar a frustração do reparador com uma peça defeituosa são os processos de garantia,
mas que na maioria das vezes ainda costumam ser morosos e burocráticos, além de historicamente não cobrirem na maioria das ocorrências a mão-de-obra. Tanto que é comum os fabricantes independentes oferecerem maiores prazos de garantia aos seus produtos do que as montadoras e mesmo assim em alguns itens críticos este argumento não tem efeito prático, além de garantias com bases comerciais e não técnicas. Diante desta realidade a nova fórmula da pesquisa MARCAS NA OFICINA incluiu a seguinte pergunta aos entrevistados: - Qual a marca do produto “X” que você teve mais problemas/retrabalho? O processamento das 2864 respostas da pesquisa deste ano gerou um novo indicador que batizamos de “IR – Índice de Retrabalho” de grande valor para os fabricantes, pois consegue mensurar o “quantum”, por linha de produto, se sua marca está sofrendo desgaste em decorrência da percepção de má qualidade por parte do reparador. Para vocês terem uma ideia numa mesma linha de produtos há fabricantes com um “IR” de 0,02 enquanto outros equivalentes a 3,00, isto equivale a dizer que o produto com índice IR igual a 3,00 tem apresentado 150 vezes mais chances de retrabalho. Por questões estratégicas, a equipe da CINAU decidiu não publicar estes resultados. Estes dados estão compilados mediante uma fórmula que correlaciona a disponibilidade com a frequência dos eventos relatados com “retrabalho”. A equipe da CINAU se man-
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TOP OF MIND
2021
BOSCH
14,31%
NGK
11,23%
GENUÍNA
11,19%
NAKATA
4,89%
MONROE AXIOS
4,72%
TRW
4,55%
MARELLI COFAP
4,36%
MAHLE METAL LEVE
3,11%
SABO
2,98%
LUK
2,60%
FRASLE
2,44%
SKF
2,12%
HIPPER FREIOS
1,82%
TECFIL
1,47%
ZF
1,13%
tém à disposição das empresas interessadas em conhecer este indicador, que poderão solicitar uma reunião pelo e-mail: cinau@cinau.com.br HISTÓRICO Aqueles que acompanham anualmente as mutações dos resultados da pesquisa MARCAS NA OFICINA devem estar sentindo falta da publicação das tabelas contendo os últimos três anos de medições. Porém como mudamos as perguntas ainda que sutilmente, como explicamos acima, decidimos não nivelar os resultados, pois apesar de sutis as novas
perguntas geram resultados levemente diferentes. Analisamos muito esta questão antes da publicação dos resultados deste ano e nossa percepção é que esta aparentemente mínima diferença de abordagem efetivamente produz um resultado diferente, por outro lado não conseguimos mensurar o “quantum”. Em todo o caso, o leitor pode experimentar a comparação dos dados atuais com os últimos três anos acessando a pesquisa publicada no ano passado pelo link https://bit.ly/3pOwiRu (ou Qr code ao lado) e assim tirar suas próprias conclusões. Para quem trabalha com pesquisas fica claro que além da
21
parte técnica ditada pela ciência da estatística realizar uma pesquisa é um grande exercício de comunicação. De nada adianta realizar uma pesquisa aplicando uma fórmula estatística perfeita se houver qualquer ruído de comunicação no processo de coleta dos dados. Para que a coleta dos dados, que irão alimentar a pesquisa, seja perfeita é fundamental que os seguintes quesitos sejam atendidos: público qualificado, não haver estímulo pecuniário, que o questionário traduza o “problema da pesquisa”, que o mesmo seja entendido perfeitamente pelo entrevistado para que este possa responder de forma fidedigna. Outro fato que alterou de forma sensível os resultados do presente estudo, principalmente na parte de levantamento de “disponibilidade”, pois vivemos um momento atípico de falta de peças, é que os dados foram colhidos nos meses de dezembro/21 e janeiro/22, quando o PULSO DO AFTERMARKET indicava altos índices de percepção de desabastecimento.
Resultados da Pesquisa Marcas na Oficina 2020
DADOS TÉCNICOS DA PESQUISA A pesquisa Marcas na Oficina é um estudo de mercado anual e autofinanciado realizado pela CINAU – Central de Inteligência Automotiva desde 2006. A edição 2021 foi realizado entre os dias 10 de dezembro de 2021 a 12 de janeiro de 2022. A participação foi aberta a profissionais reparadores qualificados e constantes da base de relacionamento do Grupo Oficina Brasil, que corresponde a 71% das oficinas de linha leve e comercial leve existentes no País. Como a pesquisa abrange 56 linhas de produtos os questionários foram divididos em seis lotes. Ao todo recebemos 2.864 mil participações válidas, sendo 1.483 obtidas via formulário on-line e 1.197 mil via entrevista
telefônica. A amostra é nacional e obedece a proporcionalidade de distribuição da frota circulante de veículos leves e comerciais leves. Para uma pesquisa considerando a população de 74 mil oficinas (último censo do setor) a amostra necessária é que 383 para que seja garantida uma margem de erro equivalente a 5% (para mais e para menos) e um intervalo de confiança de 95%. Como a amostragem foi realizada “por lotes” como explicamos acima em todos os casos a quantidade mínima de entrevistas válidas por produto ficou acima de 400 entrevistas. Os reparadores entrevistados não receberam qualquer estímulo pecuniário sendo a participação 100%
espontânea de profissionais qualificados e interessados em contribuir para este trabalho que em última análise traduz sua experiência com as marcas dos produtos que constituem o insumo básico para as atividades produtivas das oficinas ou seja, as autopeças, lubrificantes, ferramentas e etc. Com este mecanismo criamos um círculo virtuoso de geração de valor para o mercado de reposição como um todo, a partir de nosso relacionamento com milhares de oficinas no Brasil, que têm nesta pesquisa, uma oportunidade de passarem um recado para as marcas e agentes comerciais num processo de melhoria contínua visando à produtividade da cadeia.
22
MARCAS NA OFICINA 2021
ADITIVOS QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA? 1º PARAFLU 29,35% 2º TIRRENO 10,16% 3º BARDAHL 9,93% 4º AC DELCO - GM 9,71% 5º DELPHI 4,97% 6º RADIEX 4,51% 7º WURTH 3,84% 8º KOUBE 3,16% 9º VALEO 2,93% 10º PEÇAS GENUÍNAS 2,71% AMORTECEDORES QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/ CONFIA? 1º COFAP 53,55% 2º MONROE 21,74% 3º NAKATA 11,21% 4º KYB 7,55% 5º PEÇAS GENUÍNAS 1,83% 6º CORVEN 1,14% ANÉIS DE PISTÃO QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/ CONFIA? 1º MAHLE METAL LEVE 74,79% 2º KS 10,26% 3º PEÇAS GENUÍNAS 4,91% 4º TAKAO 4,49% BANDEJAS DE SUSPENSÃO QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA? 1º COFAP 29,00% 2º NAKATA 21,81% 3º AXIOS 21,58% 4º GRAZZIMETAL 8,12% 5º PEÇAS GENUÍNAS 7,42% 6º TRW 4,41% 7º PERFECT 3,48% 8º VIEMAR 2,55% BARRAS DE DIREÇÃO QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/ CONFIA? 1º TRW 35,89% 2º NAKATA 30,02% 3º VIEMAR 16,48% 4º PEÇAS GENUINAS 7,67% 5º DRIVEWAY 4,74% 6º PERFECT 2,71% BATENTES DE SUSPENSÃO QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA? 1º AXIOS 58,08% 2º COFAP 16,97% 3º NAKATA 9,58% 4º SAMPEL 5,39% 5º PEÇAS GENUÍNAS 3,39% 6º MOBENSANI 1,60% 7º PERFECT 1,40% BATERIA QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA? 1º 2º 3º 4º
MOURA HELIAR BOSCH AC DELCO - GM CRAL 5º PIONEIRO 6º TUDOR 7º REIFOR ELETRAN 8º ZETTA PEÇAS GENUÍNAS 9º LIDER DUREX 10º KONDOR MAGNETI MARELLI
52,51% 25,57% 6,62% 3,20% 1,60% 1,60% 1,37% 1,14% 0,91% 0,91% 0,68% 0,68% 0,46% 0,46% 0,46%
ADITIVOS QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR? 1º PARAFLU 26,86% 2º RADIEX 8,80% 3º BARDAHL 8,58% 4º RADNAQ 7,67% 5º AC DELCO - GM 7,45% 6º DELPHI 5,42% 7º TIRRENO 5,19% 8º ORBI 4,97% 9º WURTH 3,16% 10º KOUBE 2,03% AMORTECEDORES QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR? 1º COFAP 43,94% 2º NAKATA 26,77% 3º MONROE 18,31% 4º KYB 3,20% 5º CORVEN 2,29% 6º AC DELCO - GM 1,14% ANÉIS DE PISTÃO QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR? 1º MAHLE METAL LEVE 61,97% 2º TAKAO 14,10% 3º KS 10,47% 4º PEÇAS GENUÍNAS 4,27% BANDEJAS DE SUSPENSÃO QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR? 1º COFAP 27,80% 2º NAKATA 25,23% 3º GRAZZIMETAL 18,22% 4º PERFECT 9,58% 5º AXIOS 7,94% 6º TRW 3,74% 7º PEÇAS GENUÍNAS 2,34% 8º VIEMAR 1,87% BARRAS DE DIREÇÃO QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR? 1º NAKATA 35,44% 2º VIEMAR 21,44% 3º TRW 20,54% 4º PERFECT 9,93% 5º DRIVEWAY 7,00% 6º PEÇAS GENUINAS 3,39% BATENTES DE SUSPENSÃO QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR? 1º AXIOS 34,53% 2º COFAP 17,37% 3º SAMPEL 15,57% 4º NAKATA 11,78% 5º MOBENSANI 5,59% 6º JAHU 4,39% 7º BORFLEX - BFX 2,99% BATERIA QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR? 1º MOURA 39,73% 2º HELIAR 16,67% 3º BOSCH 7,76% 4º CRAL 6,16% 5º ZETTA 5,71% 6º TUDOR 3,42% 7º AC DELCO - GM 3,20% 8º PIONEIRO 2,97% ELETRAN 2,05% 9º KONDOR 2,05% 10º REIFOR 1,60%
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BIELETAS DE SUSPENSÃO QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
BIELETAS DE SUSPENSÃO QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
1º
AXIOS
32,59%
1º
COFAP
30,63%
2º
COFAP
23,40%
2º
NAKATA
29,79%
3º
NAKATA
22,80%
3º
AXIOS
22,08%
4º
TRW
14,50%
4º
TRW
5,63%
5º
PEÇAS GENUÍNAS
3,10%
5º
PERFECT
3,13%
6º
PERFECT
1,63%
6º
GRAZZIMETAL
2,29%
BOBINAS DE IGNIÇÃO QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/ CONFIA?
BOBINAS DE IGNIÇÃO QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
1º
BOSCH
58,24%
1º
BOSCH
33,63%
2º
NGK
18,06%
2º
MAGNETI MARELLI
28,89%
3º
MAGNETI MARELLI
11,29%
3º
NGK
15,58%
4º
DELPHI
5,19%
4º
DELPHI
8,58%
5º
PEÇAS GENUÍNAS
3,84%
5º
GAUSS
5,64%
6º
VALEO
0,90%
6º
E-KLASS
1,81%
BOMBAS D'ÁGUA QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/ CONFIA?
BOMBAS D'ÁGUA QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
1º
URBA
31,83%
1º
URBA
27,34%
2º
SCHADEK
21,62%
2º
INDISA
21,26% 18,46%
3º
INDISA
12,59%
3º
SCHADEK
4º
PEÇAS GENUÍNAS
9,03%
4º
NAKATA
9,81%
5º
NAKATA
4,51%
5º
SKF
3,27%
6º
SKF
4,04%
6º
COLUMBIA
3,04%
7º
VETORE
2,61%
DELPHI
2,80%
COLUMBIA
2,14%
MAGNETI MARELLI
2,80%
INA
2,14%
PEÇAS GENUÍNAS
1,87%
8º
BOMBA DE COMBUSTÍVEL QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA? 1º
BOSCH
2º 3º
7º 8º
BOMBA DE COMBUSTÍVEL QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
69,82%
1º
BOSCH
48,10%
MAGNETI MARELLI
8,45%
2º
MAGNETI MARELLI
16,43%
BROSOL
3,82%
3º
GAUSS
7,21%
4º
DELPHI
3,62%
4º
BROSOL
6,01%
5º
GAUSS
2,21%
5º
DELPHI
5,81%
NAKATA
1,81%
6º
EURO
2,61%
PEÇAS GENUÍNAS
1,81%
6º
BOMBA DE ÓLEO QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/ CONFIA?
BOMBA DE ÓLEO QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
1º
SCHADEK
54,93%
1º
SCHADEK
50,10%
2º
PEÇAS GENUÍNAS
10,66%
2º
BROSOL
10,46%
3º
BROSOL
7,85%
3º
NAKATA
7,65%
4º
BOSCH
4,43%
4º
PEÇAS GENUÍNAS
5,23%
5º
NAKATA
3,42%
5º
INDISA
3,82%
6º
AUTOLINEA
3,02%
6º
AUTOLINEA
3,02%
7º
INDISA
2,21%
7º
MARELLI
2,62%
BRONZINAS QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
BRONZINAS QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
1º
MAHLE METAL LEVE
62,43%
1º
MAHLE METAL LEVE
56,26%
2º
KS
10,34%
2º
KS
11,93%
3º
JS BRONZINAS
7,55%
3º
TAKAO
8,35%
4º
PEÇAS GENUÍNAS
5,77%
4º
JS BRONZINAS
8,15%
5º
TAKAO
4,17%
5º
PEÇAS GENUÍNAS
4,17%
BUCHAS DE SUSPENSÃO QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
BUCHAS DE SUSPENSÃO QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
1º
MONROE AXIOS
62,25%
1º
MONROE AXIOS
36,56%
2º
COFAP
12,58%
2º
SAMPEL
23,13%
3º
SAMPEL
6,62%
3º
COFAP
11,67%
4º
PEÇAS GENUINAS
5,74%
4º
JAHU
6,61%
5º
GETOFLEX
2,21%
5º
BORFLEX - BFX
3,74%
6º
BORFLEX - BFX
1,55%
6º
PERFECT
3,08%
MARCAS NA OFICINA 2021 CABOS DE IGNIÇÃO QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/ CONFIA?
CABOS DE IGNIÇÃO QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
23
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COXINS DE MOTOR QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/ CONFIA?
COXINS DE MOTOR QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
1º
NGK
67,07%
1º
NGK
54,95%
1º
AXIOS
62,22%
1º
AXIOS
2º
BOSCH
19,92%
2º
BOSCH
24,85%
2º
PEÇAS GENUINAS
9,05%
2º
SAMPEL
20,14%
3º
MAGNETI MARELLI
4,47%
3º
MAGNETI MARELLI
8,48%
3º
COFAP
6,79%
3º
JAHU
11,09%
4º
DELPHI
2,64%
4º
DELPHI
6,26%
4º
SAMPEL
6,56%
4º
MOBENSANI
10,41%
5º
AC DELCO - GM
1,83%
5º
AC DELCO - GM
1,41%
5º
GETOFLEX
3,62%
5º
COFAP
7,69%
6º
PEÇAS GENUÍNAS
1,02%
6º
GAUSS
1,21%
6º
MOBENSANI
2,26%
6º
BORFLEX - BFX
5,20%
CAIXAS DE DIREÇÃO QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/ CONFIA? 1º
ZF-TRW
55,51%
CAIXAS DE DIREÇÃO QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR? 1º
ZF-TRW
DISCOS DE FREIO QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/ CONFIA? 1º
HIPPER FREIOS
30,84%
1º
HIPPER FREIOS
42,83%
FREMAX
27,84%
2º
FREMAX
24,20%
TRW VARGA
18,42%
3º
TRW VARGA
14,13%
BOSCH
4,93%
4º
BOSCH
4,50%
FRAS-LE
4,93%
5º
MDS FREIOS
4,07%
MDS FREIOS
3,64%
6º
FRAS-LE
3,64%
2º
NAKATA
12,22%
2º
NAKATA
19,64%
3º
DHB
10,82%
3º
AMPRI
15,43%
3º
4º
PEÇAS GENUINAS
10,02%
4º
DHB
11,62%
5º
AMPRI
7,82%
5º
PEÇAS GENUINAS
6,81%
6º
VIEMAR
3,21%
6º
VIEMAR
4,81%
CALÇOS DE SUSPENSÃO QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
AXIOS
54,83%
1º
AXIOS
32,88%
2º
COFAP
11,69%
2º
SAMPEL
20,72%
3º
SAMPEL
10,11%
3º
COFAP
11,94%
4º
PEÇAS GENUÍNAS
6,97%
4º
MOBENSANI
9,23%
5º
MOBENSANI
5,39%
5º
JAHU
6,76%
6º
BORFLEX - BFX
2,25%
6º
BORFLEX - BFX
4,50%
CATALISADORES QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
1º
MASTRA
34,50%
1º
MASTRA
37,00%
2º
PEÇAS GENUÍNAS
33,50%
2º
TUPER
20,75%
3º
TUPER
13,50%
3º
PEÇAS GENUÍNAS
15,50%
4º
MARELLI
10,50%
4º
SCAPEX
14,25%
5º
SCAPEX
5,50%
5º
MARELLI
9,25%
CILINDRO MESTRE DE FREIO QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
CILINDRO MESTRE DE FREIO QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
1º
TRW VARGA
44,68%
1º
CONTROIL
44,21%
2º
CONTROIL
21,76%
2º
TRW VARGA
31,71%
3º
ATE
9,49%
3º
ATE
7,18%
4º
BOSCH
9,26%
4º
BOSCH
6,71%
5º
BENDIX
6,25%
5º
BENDIX
3,24%
COMBUSTÍVEIS QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/ CONFIA? 1º
SHELL
2º 3º
COMBUSTÍVEIS QUE VOCÊ MAIS RECOMENDA?
36,91%
1º
SHELL
36,94%
IPIRANGA
27,65%
2º
IPIRANGA
26,89%
BR
21,89%
3º
BR
20,95%
4º
TEXACO
2,16%
4º
TEXACO
2,55%
5º
CARREFOUR
1,29%
5º
CARREFOUR
1,47%
6º
ALE
1,01%
6º
ALE
1,05%
CORREIAS SINCRONIZADORAS QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
CORREIAS SINCRONIZADORAS QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
1º
CONTITECH
34,69%
1º
CONTITECH
39,35%
2º
GATES
28,48%
2º
DAYCO
24,95%
3º
DAYCO
19,70%
3º
GATES
22,15%
4º
PEÇAS GENUINAS
5,78%
4º
BOSCH
3,44%
5º
BOSCH
3,43%
5º
MAGNETI MARELLI
1,72%
6º
AC DELCO - GM
1,93%
6º
PEÇAS GENUINAS
1,51%
MAGNETI MARELLI
1,07%
7º
AC DELCO - GM
1,29%
MOTRIO - RENAULT
1,07%
7º
CORREIAS V E POLY-V QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/ CONFIA?
4º 5º
EMBREAGENS QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
1º
CATALISADORES QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/ CONFIA?
DISCOS DE FREIO QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
41,08%
2º
CALÇOS DE SUSPENSÃO QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
28,96%
1º
LUK
53,68%
1º
LUK
58,88%
2º
SACHS
31,81%
2º
SACHS
21,36%
3º
PEÇAS GENUÍNAS
5,37%
3º
PEÇAS GENUÍNAS
1,80%
4º
VALEO
2,10%
4º
VALEO
1,60%
5º
MOTRIO - RENAULT
1,39%
5º
MAX FORTE
1,40%
MAX FORTE
1,19%
6º
MOTRIO - RENAULT
1,20%
MOPAR - FIAT
1,19%
6º
EQUIPAMENTOS DE DIAGNÓSTICO QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
1º
CONTITECH
35,25%
1º
CONTITECH
38,42%
2º
GATES
24,36%
2º
DAYCO
27,72%
3º
DAYCO
22,18%
3º
GATES
18,61%
4º
PEÇAS GENUÍNAS
4,95%
4º
PEÇAS GENUÍNAS
2,57%
5º
ACDELCO - GM
1,98%
5º
MAGNETI MARELLI
6º
BOSCH
1,58%
6º
A-BELT
EQUIPAMENTOS DE DIAGNÓSTICO QUE LHE DÁ MAIS PRODUTIVIDADE NA SUA OFICINA?
1º
ALFATEST
16,57%
1º
ALFATEST
15,26%
2º
TECNOMOTOR
13,57%
2º
TECNOMOTOR
14,06%
3º
NAPRO
11,98%
3º
NAPRO
11,65%
4º
BOSCH
11,58%
4º
SUN
11,04%
5º
SUN
11,38%
5º
RAVEN
9,04%
6º
RAVEN
8,78%
6º
BOSCH
8,23%
7º
DELTA
2,99%
7º
DELTA
3,01%
8º
PLANATC
2,59%
8º
PLANATC
2,83%
9º
LAUNCH
2,40%
9º
LAUNCH
2,81%
1,60%
10º
FORTG
2,01%
10º TEXA
FABRICANTES DE FERRAMENTAS QUE VOCÊ MAIS FABRICANTES DE FERRAMENTAS QUE VOCÊ LEMBRA/CONFIA? MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR? 1º
GEDORE
47,14%
1º
GEDORE
2º
BELZER
14,29%
2º
TRAMONTINA - PRO
11,11%
3º
RAVEN
12,38%
3º
RAVEN
10,42%
4º
TRAMONTINA - PRO
11,43%
4º
KING TONY
8,33%
5º
KING TONY
7,38%
5º
BELZER
8,10%
6º
ROBUST
3,81%
6º
ROBUST
7,87%
FILTROS DE AR QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
30,32%
FILTROS DE AR QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
1º
FRAM
28,77%
1º
TECFIL
27,98%
2º
TECFIL
24,01%
2º
WEGA
21,63% 17,46%
3º
MANN
14,68%
3º
FRAM
4º
MAHLE METAL LEVE
10,71%
4º
MAHLE METAL LEVE
8,73%
5º
WEGA
9,33%
5º
MANN
6,55%
6º
BOSCH
6,15%
6º
BOSCH
5,16%
7º
VOX
1,98%
7º
VOX
4,96%
8º
PEÇAS GENUÍNAS
1,79%
8º
AC DELCO
1,59%
9º
AC DELCO
1,59%
9º
IMPECA
1,19%
FILTROS DE CABINE QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/ CONFIA?
CORREIAS V E POLY-V QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
EMBREAGENS QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
FILTROS DE CABINE QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
1º
TECFIL
20,77%
1º
TECFIL
25,06%
2º
FRAM
18,51%
2º
WEGA
24,83% 14,45%
3º
WEGA
14,00%
3º
FRAM
4º
MANN
11,96%
4º
BOSCH
7,22%
1,58%
5º
MAHLE METAL LEVE
9,71%
5º
MAHLE METAL LEVE
7,00%
6º
BOSCH
8,35%
6º
MANN
4,51%
1,19%
7º
DELPHI
3,61%
7º
FILTROS BRASIL
2,48%
24 FILTROS DE COMBUSTÍVEL QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA? 1º FRAM 23,01% 2º TECFIL 22,55% 3º MANN 15,49% 4º MAHLE METAL LEVE 11,62% 5º BOSCH 9,57% 6º WEGA 5,47% 7º PEÇAS GENUÍNAS 3,64% FILTROS DE ÓLEO QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/ CONFIA? 1º TECFIL 20,68% 2º FRAM 15,71% 3º MANN 10,54% 4º WEGA 9,30% 5º KS 8,95% 6º MAHLE METAL LEVE 6,96% 7º BOSCH 6,76% 8º VOX 2,19% FLEXÍVEIS DE FREIOS QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/ CONFIA? 1º TRW VARGA 37,50% 2º NORFLEX 11,52% 3º BENDIX 10,29% 4º CONTROIL 9,80% 5º PEÇAS GENUÍNAS 8,82% 6º ATE 7,60% 7º BOSCH 6,37% FLUIDO PARA FREIO QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/ CONFIA? 1º TRW VARGA 45,24% 2º BOSCH 24,21% 3º ATE 9,33% 4º JURID / BENDIX 4,17% 5º TIRRENO 3,37% 6º BARDAHL 2,20% 7º PEÇAS GENUÍNAS 2,18% AC DELCO - GM 1,98% 8º CONTROIL 1,98% JUNTAS DE MOTOR QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/ CONFIA? 1º SABO 61,15% 2º PEÇAS GENUÍNAS 8,74% 3º ELRING 7,82% 4º TARANTO 7,13% 5º BASTOS 3,45% 6º SPAAL 2,76% 7º TAKAO 2,07% 8º MAHLE 1,84% JUNTAS HOMOCINÉTICAS QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA? 1º SPICER 33,67% 2º COFAP 21,45% 3º ALBARUS 16,42% 4º NAKATA 13,10% 5º AXIOS 5,82% 6º PEÇAS GENUÍNAS 2,49% JUNTA SUPERIOR DO MOTOR (CABEÇOTE) QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA? 1º SABO 62,42% 2º PEÇAS GENUÍNAS 9,70% 3º TARANTO 8,69% 4º ELRING 6,87% 5º BASTOS 4,65% 6º MAHLE METAL LEVE 1,41%
MARCAS NA OFICINA 2021 FILTROS DE COMBUSTÍVEL QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR? 1º TECFIL 27,11% 2º FRAM 19,13% 3º WEGA 16,17% 4º MAHLE METAL LEVE 11,39% 5º MANN 6,61% 6º BOSCH 5,47% 7º VOX 4,33% FILTROS DE ÓLEO QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR? 1º WEGA 24,65% 2º TECFIL 23,26% 3º FRAM 11,53% 4º KS 8,95% 5º MAHLE METAL LEVE 5,96% 6º BOSCH 5,37% 7º MANN 5,17% 8º VOX 4,77% FLEXÍVEIS DE FREIOS QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR? 1º TRW VARGA 26,03% 2º NORFLEX 23,97% 3º CONTROIL 18,81% 4º NAKATA 8,76% 5º BENDIX 6,70% 6º ATE 4,38% 7º BOSCH 4,12% FLUIDO PARA FREIO QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR? 1º TRW VARGA 40,87% 2º BOSCH 25,60% 3º ATE 6,35% 4º JURID / BENDIX 4,37% 5º CONTROIL 3,97% 6º RADNAQ 3,17% 7º TIRRENO 2,38% 8º AC DELCO - GM 1,98% JUNTAS DE MOTOR QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR? 1º SABO 56,55% 2º TARANTO 11,26% 3º BASTOS 8,97% 4º TAKAO 4,14% 5º SPAAL 3,91% 6º ELRING 3,22% 7º PEÇAS GENUÍNAS 2,76% 8º CORTECO 1,84% JUNTAS HOMOCINÉTICAS QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR? 1º COFAP 36,04% 2º NAKATA 22,29% 3º SPICER 12,92% 4º ALBARUS 6,67% 5º AXIOS 5,83% 6º PERFECT 5,42% JUNTA SUPERIOR DO MOTOR (CABEÇOTE) QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR? 1º SABO 56,36% 2º TARANTO 14,55% 3º BASTOS 9,29% 4º SPAAL 3,84% ELRING 2,63% 5º TAKAO 2,63% 6º MAHLE METAL LEVE 1,62%
Março 2022 • oficinabrasil.com.br
LÂMPADAS QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
LÂMPADAS QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
1º
PHILIPS
37,27%
1º
PHILIPS
28,31%
2º
OSRAM
34,26%
2º
OSRAM
21,11%
3º
GENERAL ELETRIC (GE)
8,10%
3º
CHINESAS
9,05%
4º
BOSCH
5,32%
4º
GAUSS
8,82%
5º
HELLA
5,09%
5º
GENERAL ELETRIC (GE)
7,19%
6º
GAUSS
3,01%
6º
HELLA
6,50%
7º
PEÇAS GENUÍNAS
2,08%
7º
MARELLI
4,64%
MOLAS QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
MOLAS QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA? 1º
FABRINI
39,23%
1º
FABRINI
31,97%
2º
COFAP
28,23%
2º
COFAP
24,52% 10,82%
3º
NAKATA
5,74%
3º
NAKATA
4º
PEÇAS GENUINAS
5,26%
4º
ALIPERTI
7,69%
5º
MONROE
4,78%
5º
CINDUMEL
4,81%
6º
ALIPERTI
4,07%
6º
TIGRE
4,57%
ÓLEO LUBRIFICANTE QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/ CONFIA?
ÓLEO LUBRIFICANTE QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
1º
CASTROL
18,30%
1º
LUBRAX
14,89%
2º
PETRONAS
11,91%
2º
IPIRANGA
11,28%
3º
HAVOLINE
9,79%
3º
CASTROL
11,06%
4º
LUBRAX
8,94%
4º
PETRONAS
10,85%
5º
MOBIL
7,02%
5º
HAVOLINE
10,64%
6º
HELIX
6,81%
6º
MOBIL
5,53%
7º
IPIRANGA
6,78%
7º
SHELL HELIX
5,32%
8º
MOTUL
4,68%
8º
ELAION
5,11%
9º
LUBS GENUÍNOS
3,83%
9º
AC DELCO - GM
2,55%
3,62%
10º
BARDAHL
2,34%
10º ELAION
PALHETAS DE PARA-BRISA QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
PALHETAS DE PARA-BRISA QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
1º
DYNA
49,16%
1º
DYNA
41,00%
2º
BOSCH
35,25%
2º
BOSCH
28,91%
3º
VALEO
3,84%
3º
IMPORTADAS
9,48%
4º
PEÇAS GENUÍNAS
3,36%
4º
VALEO
4,27%
5º
TRICO
1,92%
5º
TRICO
2,84%
PASTILHAS DE FREIO QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/ CONFIA?
PASTILHAS DE FREIO QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
1º
FRAS-LE
32,98%
1º
FRAS-LE
18,98%
2º
COBREQ
20,21%
2º
SYL
17,06%
3º
TRW VARGA
11,91%
3º
COBREQ
15,57%
4º
SYL
6,81%
4º
TRW VARGA
12,58%
5º
JURID / BENDIX
4,68%
5º
LONAFLEX
5,33%
6º
BOSCH
3,83%
6º
JURID / BENDIX
4,48%
PISTÕES DE MOTOR QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/ CONFIA?
PISTÕES DE MOTOR QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
1º
MAHLE METAL LEVE
75,77%
1º
MAHLE METAL LEVE
2º
KS
10,79%
2º
TAKAO
61,37% 11,70%
3º
PEÇAS GENUÍNAS
4,85%
3º
SULOY
11,26%
4º
SULOY
3,30%
4º
KS
9,71%
5º
TAKAO
2,86%
5º
PEÇAS GENUÍNAS
1,99%
*
PIVÔS DE SUSPENSÃO QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
%
*
PIVÔS DE SUSPENSÃO QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
1º
NAKATA
28,44%
1º
NAKATA
32,28%
2º
TRW
25,28%
2º
VIEMAR
16,48%
3º
VIEMAR
14,90%
3º
TRW
12,42%
4º
DRIVEWAY
8,13%
4º
DRIVEWAY
11,74%
5º
AXIOS
7,00%
5º
PERFECT
11,06%
6º
COFAP
5,19%
6º
COFAP
4,97%
7º
PEÇAS GENUÍNAS
4,74%
7º
SKF
3,39%
8º
PERFECT
2,03%
8º
AXIOS
2,71%
%
MARCAS NA OFICINA 2021 PNEUS QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
PNEUS QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA? 1º
GOODYEAR
19,14%
1º
GOODYEAR
16,54%
2º
MICHELIN
17,28%
2º
DUNLOP
14,81%
3º
CONTINENTAL
13,09%
3º
CONTINENTAL
13,46%
4º
PIRELLI
12,72%
PIRELLI
10,25%
5º
DUNLOP
9,88%
IMPORTADOS
6º
BRIDGESTONE
9,38%
5º
7º
YOKOHAMA
3,09%
8º
FIRESTONE
2,10%
RADIADORES QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
SONDA LAMBDA QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/ CONFIA?
SONDA LAMBDA QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
NTK
40,88%
1º
NTK
37,88%
2º
BOSCH
25,25%
2º
BOSCH
18,24%
3º
MTE-THOMSON
7,62%
3º
MTE-THOMSON
16,43%
10,25%
4º
PEÇAS GENUÍNAS
7,21%
4º
MAGNETI MARELLI
6,21%
MICHELIN
6,54%
5º
MAGNETI MARELLI
4,81%
5º
DELPHI
4,01%
6º
BRIDGESTONE
5,80%
6º
DELPHI
3,81%
6º
GAUSS
3,61%
7º
FIRESTONE
4,07%
7º
E-KLASS (VTO)
3,21%
7º
E-KLASS (VTO)
3,21%
8º
YOKOHAMA
2,35%
4º
RADIADORES QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
TENSIONADORES E POLIAS QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
TENSIONADORES E POLIAS QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
1º
INA
28,72%
1º
SKF
17,23%
24,94%
2º
SKF
18,09%
2º
NYTRON
15,11%
10,07%
3º
DAYCO
9,79%
3º
INA
14,26%
NOTUS
9,61%
4º
GATES
9,15%
4º
CONTITECH
10,21%
DENSO
4,58%
PEÇAS GENUÍNAS
3,20%
VISCONDE
35,01%
1º
VISCONDE
42,79%
2º
VALEO
34,55%
2º
VALEO
3º
BEHR - MAGNETI MARELLI
9,84%
3º
BEHR - MAGNETI MARELLI
4º
PEÇAS GENUÍNAS
7,78%
4º
5º
DENSO
6,41%
5º
6º
DELPHI
3,20%
6º
RETENTORES QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
5º
NYTRON
7,66%
5º
DAYCO
7,02%
6º
PEÇAS GENUÍNAS
7,23%
6º
NSK
6,38%
7º
CONTITECH
6,81%
7º
GATES
6,17%
8º
COBRA
5,32%
9º
PEÇAS GENUÍNAS
3,62%
1º
SABO
70,50%
1º
SABO
66,93%
8º
NSK
3,40%
2º
PEÇAS GENUÍNAS
5,94%
2º
CORTECO
4,95%
9º
ZEN
2,13%
3º
CORTECO
4,75%
3º
TARANTO
4,75%
4º
ELRING
3,96%
4º
PEÇAS GENUÍNAS
2,77%
TERMINAIS AXIAIS QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/ CONFIA?
5º
MERCO PARTS JUNTAS
1,98%
5º
ORION
2,57%
6º
TARANTO
1,39%
6º
MERCO PARTS JUNTAS
1,78%
ROLAMENTOS DE RODA QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
25
1º
1º
RETENTORES QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
Março 2022 • oficinabrasil.com.br
ROLAMENTOS DE RODA QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
TERMINAIS AXIAIS QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
1º
TRW
28,44%
1º
VIEMAR
28,89%
2º
NAKATA
27,77%
2º
NAKATA
27,54%
3º
VIEMAR
27,54%
3º
TRW
15,12%
3,84%
4º
PERFECT
12,64%
1º
SKF
45,82%
1º
SKF
47,21%
4º
COFAP
2º
FAG
14,14%
2º
FAG
10,56%
5º
SKF
3,61%
5º
COFAP
4,74%
3º
INA
12,15%
3º
INA
7,97%
6º
PERFECT
3,39%
6º
SKF
4,51%
4º
PEÇAS GENUÍNAS
6,37%
4º
NSK
4,78%
5º
TIMKEN
4,38%
5º
IMA
4,38%
7º
GENUINAS
3,16%
7º
GENUINAS
2,03%
6º
NSK
2,99%
6º
PEÇAS GENUÍNAS
3,78%
7º
IMA
2,59%
7º
LUCAS
3,19%
ROLAMENTOS QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO ROLAMENTOS QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA? SEU FORNECEDOR?
TERMINAIS DE DIREÇÃO QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
TERMINAIS DE DIREÇÃO QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
1º
TRW
30,02%
1º
NAKATA
27,04%
2º
VIEMAR
19,28%
2º
NAKATA
26,64%
1º
SKF
44,70%
1º
SKF
46,73%
3º
VIEMAR
16,90%
3º
TRW
15,31%
2º
INA
18,06%
2º
FAG
12,42%
4º
DRIVEWAY
9,74%
4º
PERFECT
13,52%
5º
PERFECT
4,57%
5º
DRIVEWAY
9,74%
6º
PEÇAS GENUÍNAS
4,17%
6º
SKF
3,98%
3º
FAG
14,90%
3º
INA
11,96%
4º
NSK
7,67%
4º
NSK
8,80%
5º
TIMKEN
6,77%
5º
NYTRON
3,84%
6º
PEÇAS GENUÍNAS
3,39%
6º
IRB
3,16%
7º
LUCAS
0,90%
7º
LUCAS
2,93%
SERVO FREIO QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA?
SERVO FREIO QUE VOCÊ MAIS ENCONTRA NO SEU FORNECEDOR?
1º
TRW VARGA
36,96%
1º
CONTROIL
41,69%
2º
CONTROIL
25,85%
2º
TRW VARGA
34,89%
3º
BOSCH
14,97%
3º
BOSCH
7,73%
4º
BENDIX
8,16%
4º
BENDIX
4,68%
5º
ATE
6,35%
5º
ATE
3,98%
6º
PEÇAS GENUINAS
5,67%
SILENCIOSO TRASEIRO QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/ CONFIA?
6º
PEÇAS GENUINAS
3,75%
VÁLVULAS TERMOSTÁTICAS QUE VOCÊ MAIS LEMBRA/CONFIA? 1º
WAHLER
29,42%
1º
MTE-THOMSON
34,59%
2º
MTE-THOMSON
28,63%
2º
WAHLER
22,86%
3º
IGUAÇU
11,53%
3º
IGUAÇU
13,12%
4º
PEÇAS GENUINAS
6,36%
4º
VALCLEI
9,15%
5º
VALCLEI
5,17%
5º
MAGNETI MARELLI
4,37%
6º
MAGNETI MARELLI
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Março 2022 • oficinabrasil.com.br
Manutenção do Land Rover Defender equipado com motor diesel, o mesmo do Ford Transit Acostumado com o padrão de motores diesel Land Rover, inclusive com o nível de ruídos característicos da marca, é possível notar a mudança que o motor Ford proporciona quando está funcionando Fotos e Ilustrações: Gaspar
Antonio Gaspar de Oliveira
C
hegar na oficina e ver um Land Rover já chama a atenção porque é um tipo de veículo que tem um público específico e um dos preferidos é o Defender, mas o que aumentou mais ainda a curiosidade foi o motor fabricado pela Ford instalado em um Land Rover. O Defender que estava recebendo manutenção na oficina foi fabricado no ano de 2007 e o motor instalado é o ‘Puma’ de 2.4 litros Duratorq, turbo diesel de quatro cilindros, com 16 válvulas, potência máxima de 122 cavalos, torque máximo de 36,6 kgfm e este mesmo motor já estava sendo aplicado na Van Ford Transit. Ao remover o coletor de admissão, que é fabricado com plástico de alta resistência, a marca Ford está estampada e bem à vista, é provável que isso não agradou os defensores da marca Land Rover, mas o Defender ficou mais potente e dentro dos padrões de emissões. (Fig.1 a 3) A opção da Land Rover para substituir o motor antigo foi devido aos controles de emissões, que são mais restritivos a cada ano, e o velho motor Land Rover TD5 não conseguiu atender aos limites de emissões na Europa e teve que ser substituído. Quando houve a mudança de motor no Defender, a Ford era a proprietária da Land Rover, que ampliou a utilização do motor Duratorq ‘Puma’, com algumas adequações para se ajustar ao uso em veículos fora de estrada, como a melhoria nas vedações e na especificação do tipo de óleo lubrificante.
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3 As quatro válvulas por cilindro são acionadas por dois comandos de válvulas no cabeçote, injeção de combustível Common Rail e um turboalimentador Garrett de geometria variável, que fazem o motor TDCi de 2402 cc disponibilizar o melhor desem-
manteve seu desenho usando chapas de alumínio com rebites, mas o capô foi modificado devido à altura do novo motor de 2.4 litros a diesel, que ficou no lugar do antigo motor 2.5 turbo diesel, de cinco cilindros. Atendendo aos padrões de emissões de gases, o novo motor de quatro cilindros turbo diesel tem a turbina de geometria variável e injeção direta common rail, que produz mais torque e potência do que o motor antigo. Outro componente que contribui com o desempenho do conjunto é a transmissão manual de seis marchas, sendo que a primeira marcha foi encurtada em 30%, para aumentar a força de tração e também para passar a sensação de um carro com mais agilidade. A sexta marcha também recebeu adequações para ficar mais alongada em 34%, dando uma folga ao motor para trabalhar em baixa rotação em velocidade elevadas, economizando combustível e reduzindo os níveis de emissões. (Fig.6)
4 penho e torque em toda a sua faixa de rotação. (Fig.4 e 5) Tornou-se também o motor mais silencioso que já equipou o Land Rover Defender, devido à toda tecnologia aplicada no motor desenvolvido pela Ford. O Land Rover Defender
6 O sistema de injeção direta common rail contribui muito
com o desempenho deste motor aplicado no Land Rover Defender. Começando pela bomba de combustível de alta pressão que está localizada sob o coletor de admissão de plástico, atrás do conjunto da bomba de d’água e da bomba de vácuo. (Fig.7 e 8) A bomba de combustível é acionada pela corrente de distribuição na frente do motor e inclui uma bomba de transferência que funciona junto com a bomba de alta pressão, funcionando como uma unidade. A bomba de transferência puxa o combustível do tanque de combustível, através do filtro de combustível, e então bombeia o combustível para a bomba de alta pressão. A bomba de transferência mantém uma pressão de combustível constante através de uma válvula reguladora dentro da bomba de combustível; isso é conhecido como pressão de transferência. A bomba de alta pressão recebe combustível da bomba de transferência e aumenta a pressão do combustível, que é então transferido da bomba de alta pressão para o common rail. A pressão de combustível necessária para qualquer situação está disponível para cada processo de injeção de combustível. O combustível que é retornado dos injetores e da bomba de alta pressão, é direcionado para o tanque de combustível. (Fig.9) O tubo de pressão, mais conhecido como common rail, é fabricado com aço forjado, armazena o combustível em alta pressão e evita flutuações de pressão no sistema de alta pressão que alimenta os injetores através de 4 tubos de aço com o mesmo comprimento. A válvula limitadora de pressão abre a uma pressão de com-
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28 bustível de aproximadamente 2000 bar. Serve como um dispositivo de segurança no caso de um mau funcionamento dentro do sistema de alta pressão, evitando assim danos devido à pressão excessiva. A válvula limitadora de pressão é uma válvula que não pode ser reparada e no caso de defeitos, deve ser substituída. Se o sensor de pressão for desconectado ou se estiver com defeito, o motor funcionará com potência reduzida e a luz de injeção ficará acesa no painel, indicando uma falha no sistema. O sensor não pode ser reparado e deverá ser substituído por um novo. O tubo de alta pressão de combustível ‘common rail’ desempenha as funções de armazenar combustível sob alta pressão e minimizar as flutuações de pressão. As flutuações de pressão são induzidas no sistema de combustível de alta pressão por movimentos operacionais nas câmaras da bomba de combustível e a abertura e fechamento das válvulas solenoides nos injetores de combustível. O tubo de alta pressão de combustível é projetado de tal forma que tem volume suficiente para minimizar as flutuações de pressão, mas volume baixo o suficiente para poder acumular a pressão de combustível necessária para uma partida rápida no menor tempo possível. (Fig.10 e 11) Para facilitar o funcionamento do motor na fase fria, são utilizadas 4 velas aquecedoras, que estão localizadas na lateral do cabeçote e auxiliam na partida e na eficiência do motor. As velas aquecedoras e a lâmpada indicadora da vela incandescente são controladas pelo Módulo de Controle do Motor (ECM). As velas aquecedoras pré-aquecem as câmaras de combustão, o que auxilia na partida a frio. Durante a fase de pré-aquecimento, o ECM recebe um sinal de temperatura do motor, enviado pelo sensor de temperatura do cabeçote (CHT) e isso determina
REPARADOR DIESEL
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9 o tempo de pré-aquecimento. Quanto mais baixa a temperatura, maior o tempo de pré-aquecimento, existe um tempo máximo de pré-aquecimento de 8 segundos a -20 °C ou mais frio.
Em condições de temperaturas acima de 80°C, não há fase de pré-aquecimento e o motor entra em funcionamento sem o auxílio deste sistema. Assim que o motor entra em
funcionamento, as velas aquecedoras entram numa fase pós-incandescência. A fase pós-brilho ajuda a melhorar a marcha lenta e reduzir as emissões de hidrocarbonetos através de uma combustão mais eficiente logo após a partida. A fase pós-brilho apenas opera em rotações do motor abaixo de 2.500 RPM, acima
disso, a fase pós-incandescência é interrompida para aumentar a durabilidade das velas aquecedoras. Existe um tempo máximo de pós-brilho de 30 segundos a -20 °C ou inferior. Em temperaturas acima de 50°C não há fase pós-brilho. (Fig.12)
Antonio Gaspar de Oliveira é Tecnólogo
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TECNOLOGIA HÍBRIDA
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Março 2022 • oficinabrasil.com.br
A evolução tecnológica automotiva tem muitas surpresas sobre os períodos de desenvolvimento - Parte 1 Muitas vezes achamos que os carros modernos e as suas tecnologias avançadas surgiram com o avanço dos computadores e softwares dedicados, que permitem criar um carro de forma virtual, mas não é bem assim Antonio Gaspar de Oliveira
V
amos dar uma olhada na época em que os carros literalmente começavam a engatinhar com os mais variados tipos de projetos e perceberemos que há uma sintonia com o que ocorria desde 1700 até agora em 2022. Entre o ano de 1700 até 1890, a tecnologia automotiva estava sendo aplicada em veículos movidos a vapor e energia elétrica e aqui está uma surpresa ao descobrir que os veículos elétricos não são um conceito novo. Nesta época, o vapor era a fonte de energia para movimentar os primeiros veículos e os trens, que já eram mais utilizados para o transporte de pessoas e cargas. (Fig.1)
1 Pelo tamanho reduzido dos veículos em comparação com os trens de ferro, ainda havia muitas deficiências, pois os carros movidos a vapor demoravam muito para dar partida e a autonomia era limitada. Logo no início de 1800, surgiram os primeiros veículos elétricos e bastaram apenas algumas décadas para estes veículos atingirem avanços, que se aproximavam dos veículos elétricos atuais. Nos Estados Unidos foi construído o primeiro carro elétrico em 1890, que tinha ve-
Fotos e Ilustrações: Gaspar
locidade máxima de 22 quilômetros por hora e espaço para seis pessoas. (Fig.2)
4 2 Bastaram apenas 10 anos para a frota de veículos elétricos nos EUA atingir cerca um terço do total de veículos naquele pais. As vantagens dos veículos elétricos eram muitas em comparação como carro a vapor, porque não eram tão difíceis de dar partida e para dirigir não envolvia mudanças de marcha difíceis. Naquela época, assim como hoje, os primeiros veículos elétricos eram silenciosos e não emitiam poluição do ar. Alguns ícones muito conhecidos hoje tiveram seu início há muito tempo, como o primeiro carro movido a gasolina desenvolvido por Karl Benz em 1885, que parecia um triciclo com espaço para duas pessoas. (Fig.3)
A marca Ford teve início com o Modelo T de 1908, quando Henry Ford revolucionou com a criação da linha de montagem. Este modelo era movido a gás e foi produzido em massa, o que tornou o modelo muito acessível para toda população da época. Nesta mesma época a Ford estava desenvolvendo uma bateria melhor para os veículos elétricos e quem estava nesta frente de trabalho era Thomas Edison, mas o sucesso do modelo T acessível interrompeu o avanço do projeto. O Modelo T da Ford foi o primeiro carro do mundo produzido por linha de montagem. Foi um grande salto na tecnologia, que tornou o carro mais barato e mais acessível. Era equipado com motor a gasolina de 20 cavalos e podia atingir velocidades de 70 km/h. (Fig.5)
5 3 Mais uma novidade surgiu em 1898, quando Ferdinand Porsche criou um veículo revolucionário, foi o primeiro veículo híbrido movido a eletricidade e gás. Ali já estava um modelo para os híbridos que seriam construídos mais de 100 anos depois. (Fig.4)
Entre tantas novidades tecnológicas sendo aplicadas nos veículos, a invenção da partida elétrica em 1912 eliminou a necessidade de uso de manivelas para dar início ao movimento do motor até ele entrar em funcionamento. As manivelas eram consideradas perigosas porque o motor podia pular quando o carro dava partida, ocasionalmente ferin-
6 do o motorista. (Fig.6) As inovações aplicadas nos veículos são tantas e será preciso criar uma linha do tempo para mostrar cada invenção que transformou a forma de locomoção no planeta. Os componentes ou acessórios instalados nos veículos determinavam a sua classificação como carro básico ou de luxo, que estabelecia preços diferentes e esta estratégia não foi mantida até os dias atuais A forma de produção de veículos em massa permitiu o desenvolvimento de algumas das primeiras tecnologias automotivas como velocímetros, cintos de segurança, para-brisas e espelhos retrovisores, mas vamos acompanhar estes desenvolvimentos que continuam nos causando surpresas. 1921 – Os acendedores de cigarros eram aquecidos por eletricidade, além da instalação do cinzeiro no painel do carro, que logo se tornaram padrão na maioria dos carros. Atualmente os cinzeiros foram descartados, mas os acende-
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dores de cigarros receberam uma nova aplicação como tomada de força, para conectar equipamentos elétricos, como navegadores por satélite e carregadores de celulares. (Fig.7) 1930 – O primeiro equipamento de som automotivo foi criado neste ano, com frequência monofônica AM. Então, pela primeira vez era possível dirigir ouvindo músicas, mas foram necessários mais 22 anos para o rádio receber a frequência FM, isso aconteceu em 1952. (Fig.8)
8 1934 – A suspensão de mola helicoidal é o resultado das montadoras na busca por mais conforto e tornar a condução mais segura e confortável. No início, apenas as duas dianteiras receberam a mola helicoidal de metal, que se comprime para absorver o choque, minimizando os solavancos de buracos nas ruas e estradas. 1949 – Neste ano teve o início do desenvolvimento da chave do carro, que combinava a tecnologia para dar partida, fazendo o motor girar, combinado com o acionamento da ignição. O sistema foi montado dentro do mecanismo da chave e logo todos os fabricantes seguiram a tendência moderna de dar partida no motor. 1951 – Foi a vez da direção hidráulica, tecnologia que usa a força hidráulica para amplificar a pressão no movimento de
TECNOLOGIA HÍBRIDA direção das rodas, enquanto o volante está sendo girado.
da sua vida. (Fig.10)
1953 – O ar-condicionado foi instalado em um Chrysler Imperial, que foi o primeiro carro de produção a ter ar-condicionado como opcional. O sistema oferecia três configurações: baixo, médio e alto, no ano seguinte, surgiram sistemas com aquecimento frontal, ventilação e ar-condicionado, completando o conforto necessário ao dirigir em qualquer estação do ano. (Fig.9)
1960 – Os vidros elét ricos, desde o seu desenvolvimento, têm sua aplicação apenas em carros de luxo ou em alguns modelos com um pouco mais de recursos e ainda permanece como opcional na maioria dos carros, principalmente nas portas do banco traseiro. Para quem utiliza o ar-condicionado, abaixar as janelas do carro não se faz necessário.
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1969 – Surgiram os primeiros limpadores de para-brisa intermitentes, que disponibilizavam apenas uma velocidade e foi a Ford que mudou isso para ajustar a velocidade de funcionamento do limpador.
1958 – O controle de cruzeiro (piloto automático) foi um sistema desenvolvido para permitir ao motorista manter uma velocidade constante sem o uso do acelerador. O sistema facilitou a condução estável, especialmente durante as viagens em estradas, claro que este diferencial estava instalado nos modelos de luxo. 1959 – Os cintos de segurança de três pontos foi desenvolvido pela Volvo, que gentilmente decidiu ceder a patente de graça para as outras montadoras, pois sabia que isso salvaria vidas. Para quem é curioso, observe a logomarca da Volvo e verá uma semelhança com o cinto de segurança. A obrigatoriedade do uso do cinto pelos ocupantes do carro dependeu das ações de cada governo em cada país, no Brasil só ocorreu a partir de 1994, é triste saber que boa parte da população usa o cinto pelo medo de receber uma multa e não pela segurança e preservação
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1970 - Toca fita cassete estéreo chegou nesta década, quando as montadoras começavam a instalar equipamentos de som que podiam funcionar com a mais recente tecnologia de fita cassete. 1971 – A tecnologia do sistema de freios ABS ou Anti-Lock Braking System é uma tecnologia inteligente que impede o travamento das rodas durante frenagens bruscas, evitando derrapagens e travamento das rodas, principalmente em dias de chuva. Foi originalmente usado em trens e aeronaves como o Concorde, antes de ser adaptado para o uso automotivo. 1973 – A tecnologia do conversor catalítico foi concebida para limpar os gases poluentes expelidos pelo escapamento dos veículos, reduzindo as emissões tóxicas geradas pela combustão do
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motor. Os conversores catalíticos tornaram-se obrigatórios em carros a gasolina no Brasil a partir de 1997. (Fig.11) 1974 – Os visores de painel digital colocaram fim nos nostálgicos mostradores analógicos. O primeiro display digital do painel apareceu em um Aston Martin, que incluía computadores de bordo, leituras de velocidade, temperatura e medidas de economia de combustível. No entanto, os painéis digitais não eram tão populares entre os motoristas na época, e a maioria dos carros atuais ainda usa um velocímetro analógico ao lado dos displays digital. Novamente, só os carros mais sofisticados e luxuosos ostentam sistemas totalmente digitais. 1984 – Leitores de CD, esta tecnologia chamada CDX-1 tornou-se o primeiro CD player de carro, substituindo as fitas cassete, que se tornaram uma tecnologia antiga. 1988 – Os airbags foram instalados oficialmente em carros de produção neste ano de 1988, mas no início, eles eram apenas para motoristas, atualmente são para a segurança de todos, a tecnologia de airbags pode ser colocada em todo o carro para proteger todos os passageiros. Continua na próxima edição Antonio Gaspar de Oliveira é Tecnólogo
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GESTÃO
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Aula 62 - Administrando sua automecânica: Ressarcimento da Mão de Obra Scopino
E, se for falha da peça a causa do retrabalho que está sendo feito em um veículo, como fica a Mão de Obra? Essa é uma pergunta vital para muitas empresas brasileiras, como pedir ressarcimento dos serviços prestados Pedro Luiz Scopino scopino@automecanicascopino.com.br
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rimeiro devemos focar na solução para o nosso Cliente, o mais rápido e eficiente possível, lembrem-se que é uma segunda chance que estamos recebendo. Depois vamos ao ressarcimento, se for procedente. Todo retrabalho é muito ruim para a empresa, podemos chamar de garantia, de reclamação, e a primeira coisa a ser feita é atender bem o Cliente e preencher a ficha de reclamação (ver edição fevereiro do Jornal Oficina Brasil), com todas as informações do serviço anterior, quilometragem, itens substituídos com identificação dos fornecedores e fabricantes, e técnico responsável. E então vamos identificar se é procedente ou improcedente a garantia solicitada. Sendo procedente, vamos começar o retrabalho, mas sempre com a ficha de reclamação preenchida. A abertura da ficha de reclamação é essencial O veículo foi desmontado, identificando a falha, que pode ser de peças ou serviços. Se for erro da mão de obra, devemos assumir todas as despesas envolvidas e conversar com o técnico responsável pelo serviço para dar o devido tratamento interno (treinamento, reciclagem, reunião, advertência). Se a falha for da peça ou produto envolvido, devemos filmar e fotografar em detalhes, acionar o fabricante da peça para seguir os procedimentos de pedido de garantia e já mencionar sobre o pedido de ressarcimento da mão de obra.
Mas por quê? Porque se a falha não for da instalação, seguiu as normas ABNT e o carro apresentou um problema, temos um retrabalho, ou seja, um segundo trabalho que deve ser devidamente remunerado. Há a necessidade de abertura de um relatório de identificação da falha Por isso o contato oficial com o fabricante é fundamental, primeiro por telefone ou aplicativos de mensagem, depois oficialmente por e-mail. No relatório deve constar o nome e número da norma ABNT correspondente, pois isso dará força judicial ao pedido de ressarcimento da mão de obra nos casos de retrabalho. Devemos acionar o fabricante ou o fornecedor para saber qual o procedimento recomendado E se o fabricante não atender, não der a mínima atenção ao reparador, isso é raro, mas pode de fato ocorrer, principalmente para peças importa-
Por isso o contato oficial com o fabricante é fundamental, primeiro por telefone ou aplicativos de mensagem, depois oficialmente por e-mail.
das ou por alguns fabricantes que simplesmente não dão a mínima atenção às oficinas. E então, quem a oficina deve acionar? O fornecedor, ou seja, a autopeças, ou o distribuidor ou o importador. Se essa empresa é a fornecedora da peça ou produto, ela é corresponsável pela mesma. E então, o contato oficial de pedido de ressarcimento da mão de obra deverá ser com o fornecedor.
CONCLUSÃO Foi-se um tempo em que a mão de obra não era valorizada, era muito comum o mecânico reclamar de uma embreagem, por exemplo, com trepidação em garantia, ter o retrabalho de desmontagem do sistema e ir reclamar no balcão da autopeças e a mesma, que é parceira da oficina, vendo a falha na peça, pega outra no estoque e troca para o mecânico, que remonta o carro e entrega ao cliente e FIM!!! Nada de ressarcimento de mão de obra paga pelo fabricante! Agora, com toda minha experiência de uma oficina com mais de 50 anos e quase 30 como professor posso afirmar: tem muito fabricante no mercado brasileiro brincando de fazer peças! Sem instruções, sem torque ou sequência de apertos, sem treinamentos aos mecânicos e mecânicas e vendedores do setor automotivo. Se a falha no retrabalho e serviço em garantia não tem nenhuma ligação como a forma e procedimentos de montagem, na qual a mão de obra aplicada foi adequada e seguiu as normas regulamentadoras NR da ABNT, devemos montar um relatório com a descrição da falha, da data e quilometragem, descrever o número e título da norma ABNT e relatar a necessidade de cobrança de mão de obra, afinal de contas, são horas de mão de obra utilizadas por falha não relacionada com os serviços prestados. E quem deve pagar esse ressarcimento? Deve ser o fabricante ou até mesmo o fornecedor caso não seja possível identificar ou contatar o fabricante. Agora prestem atenção ao
significado de retrabalho: ato ou efeito de retrabalhar; correção ou aperfeiçoamento de uma obra, de um produto, etc. Portanto podemos pedir ressarcimento da mão de obra e devemos corrigir e aperfeiçoar os procedimentos de uma oficina forte! Para obter as normas acesse: www.coleção.abnt.org.br Pensem nisso! Mas não se esqueçam, que além de ser mecânico, tem que ser gestor. Transforme a sua empresa em uma oficina forte! Faça a gestão da sua empresa, ela é muito importante e vital para a vida empresarial! PRÓXIMOS TEMAS Aula 63 Site para a Oficina Redes sócias para a Aula 64 Oficina O serviço de PósAula 65 vendas
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Março 2022 • oficinabrasil.com.br Fotos: Arquivo Citroën
DO FUNDO DO BAÚ
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Citroën 2CV, pensado para o homem do campo, o modelo da marca do duplo Chevron ganhou o mundo O simpático Citroën, que tinha sido concebido para ser barato e acessível, conquistou ao longo de quatro décadas a simpatia e admiração de milhares de pessoas ao redor do planeta Anderson Nunes
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ais do que um carro, o 2CV foi um estilo de vida. Ícone cultural europeu desde seu lançamento até hoje, o compacto da Citroën é – e sempre foi – cultuado não apenas por colecionadores, artistas e intelectuais, mas principalmente por toda uma geração que entendeu pela primeira vez o que era poder ter um meio de transporte individual, acessível, versátil e confiável. Representação máxima do
que é ser um automóvel “cool”, o 2CV – ou “Deuche”, para os íntimos – teve um início de história pragmático, pois seu conceito era simples e urgente à época. Para Pierre Michelin, que substituíra André Citroën no comando da marca, o futuro modelo deveria permitir que as massas substituíssem o cavalo e a carruagem por um veículo robusto, útil e acessível, capaz de transportar quatro pessoas e 50 kg de bens agrícolas – sobretudo ovos, que não poderiam se quebrar durante a viagem – a uma velocidade de 50 km/h, inclusive sobre estradas lamacentas e não
pavimentadas. Vale ressaltar que foi em 1934 que família Michelin, maior credora da marca do duplo Chevron, assumiu a falida Citroën. A nova gestão encomendou uma pesquisa de mercado, conduzida por Jacques Duclos. A França naquela época tinha uma grande população rural que ainda não podia comprar carros. Foi o primeiro estudo de mercado encomendado por uma marca de carros na Europa. Em 1936, Pierre-Jules Boulanger, vice-presidente da Citroën e chefe de engenharia e design, enviou uma carta para
sua equipe de departamento de engenharia com dados de um novo projeto de automóvel. O documento era batizado de TPV (Toute Petite Voiture – “Carro Muito Pequeno”) que seria desenvolvido em segredo nas instalações da Michelin em Clermont-Ferrand e na Citroën em Paris. Entre as especificações contidas na ata aos projetistas, o engenheiro Boulanger ressaltou de forma curiosa seus planos: “O novo carro que a Citroën se propôs a criar precisa ser parecido como uma espreguiçadeira sob um guarda-chuva, com quatro rodas, capaz de transportar dois
fazendeiros e suas mercadorias com a máxima segurança e conforto”. A manutenção também teria que ser fácil e barata, pois o dono poderia reparar seu carro com as mesmas ferramentas já utilizadas no campo. E por fim muito econômico, já que o carro deveria percorrer 25 km/l de gasolina. Os primeiros protótipos criados por André Lefebvre (o gênio por trás do Traction Avant e do DS) foram testados no final de 1937, eram carros simples com controle de direção, assentos e teto rudimentares. Os protótipos tinham apenas um farol, tudo o
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3 que era exigido pela lei francesa da época. Em 1939, o TPV passou por mais mudanças, os protótipos usavam peças de alumínio e magnésio e tinham motores com cilindros opostos refrigerados a água e tração dianteira. O sistema de suspensão utilizava braços dianteiros e traseiros, conectados a oito barras de torção abaixo do banco traseiro: uma barra para o eixo dianteiro, uma para o eixo traseiro, uma barra intermediária para cada lado e uma barra de sobrecarga para cada lado. O eixo dianteiro foi conectado às suas barras de torção por cabo. A barra de sobrecarga entrava em ação quando o carro tinha quatro pessoas a bordo, para suportar a capacidade extra de ocupação. Em 28 de agosto de 1939 o carro recebeu aprovação para o mercado francês e a produção seriada teria início. O projeto TPV foi renomeado para Citroën 2CV, sua apresentação estava agenda-
da para o Salão do Automóvel de Paris em outubro de 1939, mas devido à eclosão da Segunda Guerra Mundial o lançamento precisou ser adiado. Dos cerca de 200 modelos já montados, quase todos foram destruídos em bombardeios. Apenas quatro restaram, mantidos em segredo na França ocupada. SUCESSO IMEDIATO Com fábricas destruídas, a Citroën manteve o desenvolvimento do 2CV às escondidas e sua estreia ocorreu em 7 de outubro de 1948, em um palco que não poderia ser outro, o Salão de Paris, centro de uma Europa que estava sendo reconstruída. No estande da Citroën três modelos 2CV (deux chevaux na pronúncia local) devido a sua potência, estavam expostos e de imediato o veículo despertou a atenção de todos que estavam ali presentes. Não demorou para que logo o di-
1 – O simpático Citroën 2CV conquistou a admiração de todos; 2 – O protótipo remanescente do “carro muito pequeno” da Citroën, de 1939: portas dianteiras “suicidas”, um só farol, capô nervurado; 3 – Motor de 2 cilindros de 375 cm³ era arrefecido a ar, desenvolvia 9 cv e 2,3 m.kgf de torque, foi desenvolvido pelo engenheiro italiano Walter Becchia, após observar um motor de uma moto BMW; 4 – A versão Charleston, lançada em 1981, combinava as cores vinho e preto em uma reverência aos anos de 1920 na Europa; 5 – A primeira versão especial do 2CV, a Saara, oferecia um motor na frente e outro atrás, ambos com 425 cm³, potência de 13,5 cv, os trens de força poderiam funcionar juntos ou separados, foram feitas somente 694 unidades e hoje são altamente colecionáveis; 6 – Apresentado em 1949 o folder trazia
as principais características técnicas que nortearam o projeto do Citroën 2C: transportar com relativo conforto 4 pessoas, 50 kg de carga a 60 km/h; 7 – Uma espreguiçadeira sob um guarda-chuva, com quatro rodas, capaz de transportar dois fazendeiros e suas mercadorias com a máxima segurança e conforto, foram algumas das diretrizes propostas pela então presidente da Citroën, Pierre-Jules Boulanger, aos engenheiros da marca na criação do 2CV.
minuto carro recebesse o apelido de “guarda-chuva sobre rodas”, devido a sua simplicidade e forma da carroceria. O simpático visual era assinado pelo projetista Flamínio Bertoni, que trouxe a economia construtiva para o modelo. O 2CV apresentava quatro portas, sendo que as dianteiras tinham abertura do tipo suicida. Com linhas curvas, a carroceria de dois volumes empregava amplos vidros que permitiam boa visibilidade. Os vidros das portas dianteiras abriam apenas a metade inferior, que ficava virada para cima e travada – mais simples e barato que um sistema de vidros descendentes. Outro sinal de economia, o teto era quase todo de lona, sendo facilmente removível, quando utilizado estendia-se até o porta-malas fazendo a vez de uma rústica cobertura para os objetos que ali estavam acondicionados. Os dois faróis circulares não
eram incorporados ao capô, mas sim apoiados nos para-lamas e tinham forma de cone. Internamente acomodava quatro pessoas com relativo conforto, os bancos revestidos em lona apresentavam estrutura metálica à mostra. O painel simples continha apenas velocímetro, marcador de combustível e luzes-espia. O grande volante de dois raios tinha o botão de buzina ao centro. O Citroën 2CV media 3,78 metros de comprimento 2,40 m de entre-eixos. Seu peso era de apenas 490 kg. À frente do motorista, um motor boxer de dois cilindros refrigerado a ar com 375 cm³ (quadrado, 62 x 62 mm) e 9 cv de potência a 3.500 rpm era alimentado por um carburador de corpo simples da marca Solex. Acoplado ao motor estava o câmbio manual de quatro marchas e a tração era dianteira, padrão da marca desde o Traction Avant. O conjunto mecânico proporcio-
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nava velocidade máxima de 70 km/h, consumo médio rondava os 20 km/l, que fazia parecer grande o tanque de apenas 20 litros. Os freios eram a tambor nas quatro rodas e o estacionamento atuava nas rodas dianteiras, que tornava mais eficiente esse freio caso houvesse falha no circuito principal. A estabilidade surpreendia, mesmo calçando pneus finos na medida 125-400 (15,7 pol). A Michelin introduziu e comercializou pela primeira vez a nova banda de rodagem revolucionário do pneu radial, fazendo a estreia justamente no 2CV. Sucesso instantâneo, tinha fila de espera após a estreia. Logo depois, era preciso esperar até cinco anos para estacionar um 2CV na garagem. Criou-se então uma das primeiras situações em que o usado custava mais do que o novo, pois ninguém queria esperar. Ao longo do tempo, outros países também
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8 – Grande volante, painel diminuto com os instrumentos necessários, eram mais do que suficientes para um veículo que se propunha a ter diversas utilidades; 9 – O último Citroën 2CV deixa a linha de produção na fábrica de Magualde, Portugal, após mais de cinco milhões de unidades vendidas, hoje “deux chevaux”, mantém uma legião de fãs e admiradores ao redor do planeta; 10 – Em 1950 a Citroën apresentava a versão 2CV Fourgonnette, prática e com grande capacidade de carga, era o modelo ideal para entregas nos grandes centros urbanos; 11 – Feito sob a plataforma do 2CV, Dyane apresentava uma carroceria de estilo hatchback, o interior era mais luxuoso do que o do irmão que lhe deu origem.
8 A série Charleston foi a mais bemsucedida do modelo, que sustentou as vendas do 2CV a tal ponto que estendeu sua vida útil até 1990 9 produziram o modelo, como Reino Unido, Uruguai, Portugal, Espanha e até o Chile. MELHORIAS CONSTANTES Dois anos após o lançamento do 2CV a família é ampliada com o furgão 2CV Fourgonnette. A versão “Weekend” da van tinha bancos traseiros dobráveis e removíveis e janelas laterais traseiras, permitindo que um comerciante o usasse como um veículo familiar no fim de semana, bem como para negócios durante a semana. Já na linha 1954 o motor ficava mais vigoroso, passava a ter 425 cm³ (66 x 62 mm) e a potência subia para 35 cv para atingir 85 km/h. Contando com 11 anos de mercado as primeiras mudanças estéticas são efetuadas com o porta-malas ganhando tampa de metal, vidro traseiro retangular, sistema de aquecimento interno, rodas de 15 pol e rádio como
opcional. No catálogo de cores, além do tradicional cinza, havia agora a opção do azul. Já na metade da década de 1960 o caçula da família Citroën estava mais moderno e confortável. Tinha um novo desenho de painel, limpador de para-brisa passou a ser de acionamento elétrico e o acabamento estava mais refinado. Visualmente o capô de metal corrugado foi substituído por uma tampa de cinco nervuras. Já a grade foi ligeiramente modificada (forma mais plana com borda superior curvada) e para-choque dianteiro ganhou um reforço estrutural. Além disso, o 2CV gerou outros modelos de sua base mecânica. Um deles foi o simpático Dyane. Quase idêntico, incorporava uma estética mais tradicional e uma prática porta traseira quando comparado ao 2CV. Sua popularidade foi tal que se fabricaram quase 1,5 milhão de Dya-
11 nes entre 1967 e 1983. Outro destaque foi o Sahara. Em vez de uma configuração tradicional envolvendo diferenciais e embreagens, a Citroën simplesmente adicionou um motor montado na traseira para impulsionar as rodas traseiras e criar um 2CV 4x4. Genial, tinha apenas um acelerador, uma embreagem e um câmbio para operar ambos motores. Com pouco menos de 700 exemplares construídos, é item cobiçado por colecionadores atualmente. Isso sem falar no Ami (1961-1978) e no jipinho Méhari (1968-1988). O desempenho do 2CV foi melhorado ao longo do tempo graças à adoção de novos motores mais potentes. Em 1970 estava disponível o trem de força de 602 cm³ (74x70 mm) e 33 cv a 5.750 rpm. Pela primeira vez o pequeno 2CV rompia a barreira dos 100 km/h. Outra novidade era o sistema elétrico de 12 volts,
e para maior conforto do motorista, pedais suspensos e mais leves de operar. Reforços internos nas colunas, para fixação de novos cintos de segurança, apareciam na linha 1972. Dois anos depois o pequeno Citroën ganhava um novo volante de um raio e desenho mais moderno que combinava mais com o painel de instrumentos remodelado e com graduação até os 120 km/h. Cores mais alegres, como o vermelho, verde e o amarelo foram adicionadas ao catálogo de cores. Séries especiais também colaboraram para animar ainda mais as vendas do Citroën 2CV, sendo a mais famosa batizada de Charleston. Apresentada em 1981, a Charleston (que se chamaria Tréfle, como o pequeno 5HP Citroën da década de 1920) e que era uma homenagem aos “anos loucos”, em estilo retrô, era oferecida nas cores amarelo e preto ou bordô e preto (depois
havia também uma versão sofisticada em dois tons de cinza). A série Charleston foi a mais bem-sucedida do modelo, que sustentou as vendas do 2CV a tal ponto que estendeu sua vida útil até 1990, quando os novos regulamentos europeus o colocaram fora de ação. Em 27 de julho de 1990, um 2CV em dois tons de cinza, apelidado de “The Duck”, sai de linha na planta portuguesa de Magualde, encerrando a carreia do modelo 3.868.634 unidades depois. Nascido para transportar dois agricultores, 50 quilos de batatas ou um barril de vinho (e isso explica a forma do tronco), o pequeno e muito grande Citroën 2CV fez tudo o que tinha que fazer e muito mais: percorreu o mundo incontáveis vezes, povoou e coloriu os sonhos de gerações de proprietários, foi um veículo de trabalho e atravessou desertos e mil outras coisas.
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Destrave seu diagnóstico em oito etapas seguindo o fluxograma operacional Laerte Rabelo
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bjetivo da metodologia do diagnóstico - O estudo da metodologia do diagnóstico fará com que o profissional da reparação passe de intuitivo para racional, utilizando-se de procedimentos específicos e encontrando a melhor forma de realizar diagnósticos para cada situação. Elementos indispensáveis para destravar seu diagnóstico Como mostra a figura 1, o reparador deve dispor de tempo para se dedicar aos estudos e atividades práticas referentes ao diagnóstico, assim como manter uma consistência no desenvolvimento de suas competências e habilidades.
observamos que para termos um fluxo contínuo e eficaz no processo de diagnóstico precisamos ter no mínimo um bom equipamento de diagnóstico computadorizado representado pelo scanner, acesso a uma literatura técnica de fácil compressão e informações confiáveis e por último, de instrumentos que nos proporcionem a realização de teste e medições para confirmar em conjunto com a literatura técnica se o componente sob análise está com defeito ou não.
Diagnóstico computadorizado
1 Entretanto, dispor de tempo e ser consistente não é suficiente para se tornar um especialista em diagnóstico de falhas. Para se tornar um expert no assunto e se transformar numa referência, o reparador deve aprender a desenvolver um método realmente eficaz que irá trazer resultados incríveis todo dia na oficina. Esse é um dos objetivos desta matéria, mostrar um método validado no ambiente de oficina que realmente irá resultar em diagnósticos rápidos e assertivos. Fluxograma operacional da diagnose e instrumentação Conforme mostra a figura 2,
Instrumentação, testes e medições
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5 cia com a entrevista consultiva, passa pela confirmação da falha, tem seu momento estratégico com a elaboração do plano de ação, no contexto prático há a confirmação se o problema é de natureza mecânica ou eletroeletrônica, exige do reparador o domínio das diversas ferramentas de diagnóstico, conhecimento sobre o sistema em que se está trabalhando e acesso à literatura técnica, finalizando com a confirmação da assertividade do diagnóstico através de um teste de rodagem para fechar com chave de ouro a qualidade do serviço prestado. ESTUDO DE CASO
Informação técnica
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Visão geral das 8 etapas do diagnóstico A partir de agora, exibiremos as 8 etapas indispensáveis para a realização de um diagnóstico rápido e eficiente. Observem, na figura 3, que o processo diagnóstico se ini-
Fotos e ilustrações: Laerte
Nesta matéria vamos mostrar o fluxograma operacional da diagnose e instrumentação, os elementos fundamentais para destravar seu diagnóstico e a visão geral das oito etapas de um diagnóstico rápido e eficiente
SINTOMA: Proprietário de um veículo Volkswagen Gol Geração 5, motor 1.0 ano 2010, relata que o veículo apresenta “estouros” no motor, principalmente na transição entre segunda e terceira marchas, fazendo com que o veículo tenha perda de potência, informou ainda que havia substituído em outra ofici-
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Para se tornar um expert no assunto e se transformar numa referência, o reparador deve aprender a desenvolver um método realmente eficaz que irá trazer resultados incríveis todo dia na oficina.
na as velas, cabos, bobinas e bicos injetores. (Fig.4) DIAGNÓSTICO: Elaboração do plano de ação Segue abaixo a sequência dos testes que iria realizar para identificar a causa do problema do veículo: a) Presença de código de falhas (SCANNER); b) Verificação da pressão do coletor (SCANNER); c) Verificação do sincronismo virtual e real (OSCILOSCÓPIO); d) Variação da pressão na admissão (OSCILOSCÓPIO); e) Corpo de borboleta (atuador) (OSCILOSCÓPIO);
f) Estratégia BSM (bico, sonda e MAP) (OSCILOSCÓPIO); g) MAP X TPS (OSCILOSCÓPIO); h) Análise dos injetores de combustível (VISUAL). Após a realização dessa importante etapa, chegou o momento de realizar os testes e verificações na prática. O reparador, utilizando-se de um scanner, acessou a memória da central de controle do motor a fim verificar a presença de algum código de falhas que pudesse auxiliá-lo no diagnóstico, após a verificação constatou que não havia nenhum código de falhas. Ainda com scanner verificou, nos parâmetros de funcionamento do motor, o valor da pressão do coletor através da leitura do sensor MAP. (Fig.5). Ao observar o valor próximo dos 450mbar com o motor em marcha lenta, concluiu que este valor está dentro dos parâmetros preconizados pela montadora. Dando prosseguimento, utilizando-se de um osciloscópio, verificou o sincronismo virtual (CKP X CMP) e sincronismo real (CKP X Pressão do cilindro). (Fig.6) Ao analisar atentamente o resultado da captura, acessou a literatura, que exibe as figuras 7 e 8, a fim de confirmar se o motor do veículo estava ou não sincronizado. (Fig.7 e 8) Ao comparar os oscilogra-
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giro acessar a matéria do mês de março de 2021 do Jornal Oficina Brasil através do link: https://www.oficinabrasil.com. br/noticia/consultor-ob/diagnostico-automotivo-com-osciloscopio-utilizando-a-estrategia-de-componentes-bsm e ver detalhes dessa metodologia de diagnóstico. Ao aplicar a estratégia o reparador decidiu analisar somente o acionamento do bico injetor e comportamento da sonda lambda pré-catalisador. Realizou o teste e com satisfação viu seu resultado, identificando rapidamente que havia descoberto que a sonda lambda estava com mau funcionamento.
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9 mas capturados no veículo com os de referência presente no manual OSCI, o reparador confirmou que o motor estava com seu
sincronismo perfeito. Sem desanimar, e seguindo rigorosamente a sequência presente em seu plano de ação,
o técnico partiu para o teste de variação de pressão na admissão. (Fig.9) O reparador, ao interpretar o resultado da captura, concluiu que mesmo com uma pequena perda de vácuo no quarto cilindro, isso não seria suficiente para causar os “estouros” no coletor de admissão. O próximo passo foi o teste simultâneo entre os sinais dos sensores de posição da borboleta e pressão do coletor. (Fig.10) Ao realizar o teste o reparador sabia que tanto o valor de tensão do sensor MAP quanto do sensor TPS aumentariam simultaneamente, mostrando que os dois sensores estão funcionando perfeitamente. Ao observar o resultado da captura comprovou o bom funcionamento dos sensores analisados. Dando continuidade ao diagnóstico chegara o momento de
realizar o teste do atuador do corpo de borboleta, a fim de observar a porcentagem do ciclo de trabalho de acionamento via módulo de injeção para saber se seu valor estava dentro do padrão referente a esse veículo. (Fig.11) Ao observar tanto os oscilogramas como as medidas na parte inferior da imagem, o reparador concluiu que o controle PWM, realizado pela central do motor, é pelo negativo e que, o valor do Duty Cycle estava em torno de 20%, o que demonstra que o atuador estava funcionando perfeitamente, pois caso contrário esse controle estaria com um valor bem superior, entre 30 e 40%. Seguindo seu plano de ação, o reparador aplicou a estratégia BSM, por meio da qual se analisa simultaneamente o bico injetor, o sensor MAP e a sonda lambda pré- catalisador. Para quem não conhece, su-
(Fig.12) O reparador observou que no momento da aceleração, evidenciado pelo aumento de frequência de acionamento do bico injetor, a sonda lambda em alguns momentos exibia um sinal de enriquecimento da mistura de forma uniforme, mas em outros momentos mostrava um comportamento diferente que não se repetia durante as demais acelerações. Desta forma, suspeitou de algum tipo de contaminação, por isso, decidiu remover o sensor para fazer uma inspeção visual. A figura 13 apresenta em detalhes a confirmação da contaminação da sonda lambda. (Fig.13) O aspecto esbranquiçado é característico de contaminação por SÍLICA, elemento oriundo do processo de cura de alguns materiais de juntas de silicone, esses vapores podem contaminar a sonda lambda, esta contaminação é causada por vapores drenados do sistema PCV (ventilação positiva do cárter) para a câmara de combustão e transportados para o sistema de escapamento.
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Para mais detalhes acesse o link: https://www.oficinabrasil. com.br/noticia/consultor-ob/flexfuel-funcionamento-e-analise-de-sensores-que-auxiliam-na-determinacao-do-combustivel Assim, sem perda de tempo, substituiu a sonda pré-catalisador e realizou uma nova captura e obteve o resultado satisfatório. (Fig.14) Ao analisar criteriosamente os oscilogramas o reparador confirmou que o sinal da sonda lambda enviava um sinal de mistura rica de forma uniforme nos momentos de aceleração, evidenciado pelo aumento de tensão do sinal do sensor MAP e aumento de frequência de chaveamento do bico injetor, indicando bom funcionamento da sonda (amarelo), MAP (verde) e comando do bico injetor (azul). Entretanto, o motor ainda
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14 apresentava esporadicamente os insistentes “estouros” ao acelerar o veículo. Restava apenas mais uma verificação, e essa seria a mais simples de todas até então: Verificação visual dos bicos injetores, único item que não havia sido verificado pelo reparador em seu processo de diagnóstico, pois o cliente havia relatado a substituição dos mesmos, mas
que seria fundamental constatar se realmente todos haviam sido trocados. Como são fáceis de remover, rapidamente soltou a flauta com os bicos, e foi nesse momento que teve uma bela surpresa. (Fig.15) O reparador, constatou que apenas o bico injetor posicionado no primeiro cilindro havia sido substituído e apresentava
15 vazão bem superior aos demais, sem falar, na deficiência de formação de seu leque pois havia muita carbonização em sua ponta, o que comprovava combustível não queimado. Logo, o reparador chegou à conclusão que umas das causas
dos estouros no coletor era devido a excesso de combustível, então substituiu todos os injetores. Fez um novo teste de rodagem e confirmou a eficiência do diagnóstico, pois o veículo voltou a funcionar perfeitamente. Até a próxima edição!
Professor José Laerte Rabelo Nobre Filho é técnico em manutenção automotiva, consultor técnico do SIMPLO Manuais Técnicos Automotivos e sócio-proprietário da oficina L.Rabelo
“Consultor OB” é uma editoria em que as matérias são realizadas na oficina independente, sendo que os procedimentos técnicos efetuados na manutenção são de responsabilidade do profissional fonte da matéria. Nossa intenção com esta editoria é reproduzir o dia a dia destes “guerreiros” profissionais e as dificuldades que enfrentam por conta da pouca informação técnica disponível. Caso queira participar desta matéria, entre em contato conosco: redacao@oficinabrasil.com.br
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VOX BATE RECORDE DE PRODUÇÃO PELO SEGUNDO ANO CONSECUTIVO E INAUGURA NOVO CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO EM GUARULHOS Unidade representa um salto na eficiência logística e no atendimento aos clientes da fabricante de filtros automotivos A Vox, uma das marcas de filtros automotivos já reconhecida no País, tem agora um novo centro de distribuição exclusivo com maior capacidade de armazenamento. Localizada em Guarulhos (SP), a unidade é resultado do crescimento produtivo da companhia e representa um salto na eficiência logística e no atendimento aos clientes. O novo centro de distribuição ampliará a capacidade de estoque da marca, e reduzirá o tempo necessário para atender as redes de distribuidores. “Os ganhos gerados com a nova área elevaram a qualidade dos serviços prestados aos nossos clientes, contribuindo para nos aproximarmos ainda mais deles. A Vox tem mais de 20 anos de mercado, e este é mais um passo que confirma o nosso cresci-
mento tanto no mercado brasileiro quanto latino-americano”, afirma Wagner Vieira, diretor comercial da Vox. Com um portfólio aproximado de 1.000 produtos, a Vox atende os principais segmentos automotivos do mercado de reposição nacional, com uma cobertura de mais de 90% na linha leve e mais de 70% na linha pesada. Além disso, está presente em países como Argentina, Bolívia, Panamá e Paraguai. “Em breve ampliaremos nossa presença em outros países”, antecipa o executivo. Entre 2020 e 2021, a marca lançou mais de 200 itens e ampliou seu volume de vendas. E, em 2022, serão anunciados mais lançamentos. A Vox ressalta que sempre norteou sua atuação pela adoção de tecnologia de ponta e desenvol-
vimento de novos produtos, em sintonia com a evolução dos filtros. O fato de ter uma forte estrutura de laboratório e de testes são outros fatores que contribuem para que a marca Vox seja reconhecida no mercado em termos de qualidade e tecnologia.
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Como testar o sensor de velocidade da roda (indutivo) com osciloscópio Picoscope Jordan Jovino
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ensores de rotação são um tipo de sensor usado para medir o deslocamento rotativo. Eles podem medir esses movimentos rotativos no sentido horário ou anti-horário. Sensores de rotação são usados em uma variedade de ambientes e aplicativos para garantir que os componentes do dispositivo estejam funcionando corretamente. Estão disponíveis em diferentes tecnologias e cada um tem sua forma de trabalhar, com diferentes vantagens. (Fig.1)
Como proceder o teste no sensor do veiculo O acesso aos sensores de velocidade das rodas individuais pode ser difícil. No entanto, todos os sensores de velocidade das rodas se conectam ao módulo de controle ABS, que geralmente está localizado no compartimento do motor. Use as informações da montadora para identificar os circuitos do sensor de velocidade da roda. Conecte o Canal A do osciloscópio ao circuito do sensor CKP. Ligue a ignição, mas não dê partida no motor. Inicie o escopo para ver os dados ao vivo. Com a roda suspeita levantada, gire com a mão. Isso será suficiente para produzir um sinal bom do sensor de velocidade. Com sua forma de onda na tela, pause o osciloscópio. Use as ferramentas de Zoom para examinar sua forma de onda. (Fig.2)
Fotos e ilustrações: Jordan Jovino
A proposta deste teste é avaliar a operação de um sensor de velocidade da roda indutiva do Sistema de Frenagem Antibloqueio (ABS) com base em sua amplitude e frequência de tensão de saída
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1 Aplicativos de teste e medição: • Câmeras de CFTV - medição precisa do ângulo da câmera; • Soluções OEM; • Aplicações robóticas - medindo ângulos de braço precisos; • Aplicações médicas - muitos dispositivos médicos requerem o uso de sensores rotativos; • Posicionamento da válvula; • Máquina-ferramenta; • Posicionamento do guindaste; • Medição de velocidade - em vários veículos; • Posição telescópica; • Aplicações do automobilismo posição do acelerador, direção e posição do pedal; • Uma ampla variedade de aplicações em ambientes industriais.
2 Forma de onda de exemplo Sinal de saída de um sensor CKP. (Fig.3) Saída de dois sensores: A forma de onda azul é padrão, e a vermelha mostra uma anomalia recorrente. (Fig.4) Saída de quatro sensores (as formas de onda azul, verde e amarela são boas, o vermelho mostra uma anomalia recorrente). (Fig.5) Notas de forma de onda Essas formas de ondas boas conhecidas têm as seguintes características:
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A frequência e amplitude de oscilação aumentam com o aumento da velocidade da roda. Com apenas uma roda, no Canal A, a forma de onda não tem lacunas ou picos ou vales atípicos com uma velocidade de rotação da roda aproximadamente constante. Com duas rodas e o Canal A como ao lado, o Canal B exibe uma anormalidade periódica (a cada meio segundo), causando um aumento da amplitude em alguns ciclos. Isso é típico de um problema de componente rotativo (o sensor é fixo), por exemplo, um anel redutor danificado. Com as quatros rodas, de modo que, além do Canal A e do Canal B descritos acima, o Canal C e o Canal D são conectados aos sensores de velocidade das rodas restantes e produzem boas formas de onda (o Canal B permanece com defeito). (Fig.6) Os sensores de velocidade das rodas fornecem feedback da velocidade das rodas e da estrada para o ABS e sistemas derivados de segurança do veículo (ou seja, estabilidade e controle de tração, etc.). Esses sistemas são projetados para fornecer ações corretivas (por exemplo, frenagem das rodas ou limitação de torque do motor) quando o chassi do veículo ou as velocidades das rodas excederem suas tolerâncias operacionais normais, por exemplo, durante as condições de patinagem das rodas, sobre viragem ou subviragem etc. Os sensores de velocidade das rodas são essenciais às operações desses sistemas e, portanto, ao manuseio seguro de um veículo. Os sensores indutivos de velocidade da roda envolvem uma bobina de fio em torno de um núcleo magneticamente polarizado e operam em conjunto com uma roda de pulso montada em um componente girando na velocida-
CONSULTOR OB de da roda, por exemplo, um eixo de transmissão ou cubo. Conforme a roda de pulso passa pelo sensor, o campo magnético do sensor é perturbado, o que induz uma tensão oscilante dentro da bobina e no circuito conectado a ela. Quanto mais rápido a roda gira, maior a perturbação do campo magnético, maior a amplitude da tensão induzida e mais rápida a frequência de oscilação. Não é possível distinguir facilmente sensores de velocidade de roda de dois fios passivos (indutivos) e ativos (Hall ou magnetorresistivos) por sua aparência externa. Diagnóstico é inconveniente, pois os sensores ativos de rotação da roda nunca devem ser submetidos a testes de resistência: isso pode danificar essas unidades, a solução é a aquisição de uma nova peça para substituição. Você pode verificar se há uma tensão de alimentação positiva em um dos terminais do conector do sensor. No entanto, se a tensão de alimentação estiver faltando devido a uma falha e você assumir que o sensor deve ser passivo e realizar uma verificação de resistência, você pode danificar um sensor ativo em perfeito estado. Isso lhe dará duas falhas. Um módulo de controle ABS espera frequências de oscilação semelhantes (dentro de uma determinada tolerância) de todos os sensores de velocidade das rodas do veículo e usa quaisquer diferenças para calcular o tempo e a escala de suas intervenções. Se um ou mais sinais de velocidade da roda ficarem continuamente fora dos parâmetros normais, o módulo de controle pode desligar a função ABS (junto com os sistemas de tração e estabilidade associados). Uma luz de advertência do motorista será acesa, mas, como acontece com qualquer falha elétrica no ABS,
a frenagem hidráulica normal é mantida. Os sensores de velocidade das rodas e seus anéis de pulso são expostos à atmosfera e precisam operar em condições de vibração e movimento constantes. Como tal, as falhas comuns são: Falhas de sinal do sensor, causadas por fiação do circuito por atrito ou fraturada, corrosão do sensor ou do conector ou instalação incorreta do sensor. Problemas relacionados à roda de pulso decorrentes de dentes corroídos ou danificados, montagem incorreta do anel de pulso (desalinhamento), contaminação por acúmulo de material ferroso ou um espaço de ar excessivo entre o sensor e a roda de pulso. Os circuitos e conectores do sensor de velocidade da roda também estão sujeitos à atmosfera e a possíveis falhas elétricas, como circuitos abertos ou curtos-circuitos ou resistências de circuito elevado. Sintomas de falhas relacionadas ao sensor ABS: • Iluminação da luz de advertência do ABS (e outras luzes de advertência associadas); • Códigos de diagnóstico de problemas (DTCs); • Pulsação ou vibração do pedal do freio; • ABS inativo. Códigos de diagnóstico de problemas Seleção de códigos de problemas de diagnóstico relacionados ao componente (DTCs): C0000 - Mau funcionamento do circuito de informação de velocidade do veículo C0035 - Mau funcionamento do circuito de velocidade da roda dianteira esquerda C0036 - Faixa / desempenho do circuito do sensor de velocida-
de da roda dianteira esquerda C0040 - Mau funcionamento do circuito de velocidade da roda dianteira direita C0041 - Faixa / desempenho do circuito do sensor de velocidade da roda dianteira direita C0045 - Mau funcionamento do circuito de velocidade da roda traseira esquerda C0046 - Faixa / desempenho do circuito do sensor de velocidade da roda traseira esquerda C0050 - Mau funcionamento do circuito de velocidade da roda traseira direita C0051 - Faixa / desempenho do circuito do sensor de velocidade da roda traseira direita C0221 - Circuito do sensor de velocidade da roda dianteira direita aberto C0222 - Sinal de velocidade da roda dianteira direita ausente C0223 - Sinal de velocidade da roda dianteira direita irregular C0225 - Circuito do sensor de velocidade da roda dianteira esquerda aberto C0226 - Sinal de velocidade da roda dianteira esquerda ausente C0227 - Sinal de velocidade da roda dianteira esquerda irregular C0229 - Queda dos sinais de velocidade da roda dianteira C0235 - Circuito do sinal de velocidade da roda traseira aberto C0236 - Circuito de sinal de velocidade da roda traseira ausente C0237 - Sinal de velocidade da roda traseira irregular C0238 - Incompatibilidade de velocidade da roda C0245 - Erro de frequência do sensor de velocidade da roda C0300 - Mau funcionamento do sensor de velocidade traseiro C0305 - Mau funcionamento do sensor de velocidade frontal
Jordan Jovino é Engenheiro Mecânico, atualmente pós-graduando em engenharia automotiva na PUC-MG, com passagem em multinacional atuando na qualidade e hoje Sócio-Proprietário da Jovino Transdutores
“Consultor OB” é uma editoria em que as matérias são realizadas na oficina independente, sendo que os procedimentos técnicos efetuados na manutenção são de responsabilidade do profissional fonte da matéria. Nossa intenção com esta editoria é reproduzir o dia a dia destes “guerreiros” profissionais e as dificuldades que enfrentam por conta da pouca informação técnica disponível. Caso queira participar desta matéria, entre em contato conosco: redacao@oficinabrasil.com.br
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TÉCNICA
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Novo Câmbio CVT da Toyota ganhou agilidade com a primeira marcha que usa engrenagem mecânica 4
Fábio Nagai Instagram: @fabionagai77
P
ode até parecer estranho, mas é isso mesmo, um câmbio hibrido, pois ele é um câmbio CVT (continuamente variável) que tem um único conjunto de engrenagens e um único garfo que engata mecanicamente, permitindo que o carro tenha um comportamento idêntico aos que utilizam câmbio mecânico. A nova transmissão continuamente variável de mudança direta (DCVT) combina os recursos de uma transmissão automática (conversor de torque), uma CVT (polias e cinta metálica) e uma transmissão manual (primeira marcha mecânica). (Fig.1) Depois que o carro vence a inércia e ganha impulso, a primeira marcha mecânica é desengatada e o CVT começa a atuar com todo conforto no deslocamento do carro. O engate da primeira marcha é muito preciso e trabalha como nos câmbios DSG por exemplo, com uma engrenagem da primeira com garfo de acionamento e quem movimenta esse garfo é o sistema hidráulico, auxiliado pelo gerenciamento eletrônico. (Fig.2 e 3) Esse sistema foi introduzido para eliminar aquela sensação antiga dos CVTs na saída, que parecia que o veículo estava patinando e para o reparador que conhece caixas automáticas, sabe bem que não é isso que acontece. A sensação de patinação vem do deslizamento do conversor de torque, hoje todos os câmbios CVTs funcionam com este componente. Temos que dar os parabéns
Fotos e ilustrações: Fabio Nagai
Com a chegada do câmbio CVT Direct Shift, podemos dizer que era comum um carro ter a saída lenta por causa do tipo da transmissão, a Toyota mudou este cenário com um câmbio hibrido
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3 aos engenheiros que tiveram essa ideia simples, porém inovadora em um câmbio CVT, que está fazendo toda diferença para quem gosta de ter um carro automático, mas sem reclamar da falta de agilidade nas saídas. Este câmbio foi desenvolvido para a Toyota pela empresa Aisin, que já é fornecedora tradicional no mercado automotivo. O sistema tem inteligência aplicada, que aciona toda vez que o carro para, a primeira marcha mecânica engata e fica pronta para movimentar o carro, dando ao motor uma conexão mais direta com as rodas de tração dianteira do que o CVT poderia oferecer. (Fig.4)
Dependendo do relevo em que o carro está sendo acelerado, a primeira marcha permanece engajada até cerca de 25 a 40 Km/h. Mesmo que a velocidade caia novamente, o controle do sistema de engate não volta a funcionar até que o carro pare completamente. Com o carro sempre saindo com a primeira marcha mecânica engatada, o câmbio Direct Shift-CVT pode usar uma correia metálica com ângulo mais estreito, a Toyota reduziu este ângulo de 11 graus para 9 graus. Esta modificação, aparentemente pequena, aumenta a eficiência do câmbio em torno de 20%. (Fig.5)
Outra vantagem neste novo sistema é que ele utiliza polias mais compactas, sendo que a engrenagem da primeira marcha mecânica contribui com a redução da maior parte da carga das duas polias e da correia metálica, melhorando a capacidade de resposta de mudanças de velocidades. (Fig.6) Esta transmissão usa bomba
de palhetas altamente responsiva, que reduz o deslizamento entre a correia metálica e as duas polias, isso contribui com desempenho, mais velocidade e economia de combustível. (Fig.7) A apresentação do novo câmbio CVT equipado com a primeira marcha mecânica, que chegou com grandes mudanças, nos obriga a ficar atentos para orientar os proprietários dos veículos que utilizarem esse câmbio e também os reparadores devem buscar conhecimento sobre essa transmissão CVT, que traz com ela grandes desafios para quem estiver disposto a fazer manutenções ou uma simples troca de óleo. Na parte referente às orientações para os proprietários, faço um apelo aqui a todos os reparadores sobre as trocas de óleo da transmissão, ainda hoje as pes-
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TÉCNICA soas insistem em acreditar que óleo de câmbio é vitalício, muito cuidado com isso, pois os reparadores devem saber passar aos clientes que há uma interpretação muito errada nesta palavra: óleo ‘longlife’. Óleo ou fluido da transmissão tem que ser trocado, não existe um fluido vitalício, aí está o erro de interpretação, fluido longlife é fluido de vida longa, não vou me estender muito nesse assun-
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FÓRUM OFICINA BRASIL
Um aplicativo criado para organizar a troca de informações entre reparadores! Você deve participar de mais de um grupo de troca de mensagens, porém deve sentir falta de organização, busca por marca e modelos, criação de tópicos, além de outros recursos, certo?! Pensando nisso, o FÓRUM OFICINA BRASIL é o único sistema de troca de mensagens 100% qualificado para os reparadores. A troca de informações hoje é uma ferramenta essencial para superar os problemas mais difíceis, porém nos meios disponíveis muita informação se perde.
8 to hoje, mas só para deixar mais uma informação aqui para vocês, os novos carros da Toyota já estão vindo com as recomendações de troca do fluido da transmissão no manual do carro. (Fig.8) Consultando o manual do carro, é possível ter argumentos com apoio da fábrica para justificar a troca do fluido da transmissão, que é uma manutenção essencial para uma longa vida do câmbio e não do óleo (longlife). Alguns proprietários não entendem dessa forma, já que desconhecem tecnicamente como o sistema funciona, isso gerava uma certa rejeição deste sistema, ou carros equipados com transmissão CVT. Agora com essa inovação da Toyota com o novo câmbio CVT,
que utiliza a primeira marcha mecânica, tudo isso acabou, o carro ficou muito mais esperto nas saídas, cruzamentos e principalmente em rampas. Para quem for experimentar um carro equipado com esta transmissão, vai perceber como o carro sai forte, sem aquela sensação de que está patinando, literalmente o carro não fica ‘pensando’, ele arranca e vai embora. (Fig.9 a 11) Com esse novo sistema, a transmissão CVT da Toyota contribui com a eficiência energética do carro, reduzindo o consumo de combustível, além da melhora do desempenho. Ainda não temos ainda muitas informações sobre manutenção desse sistema por ser algo muito novo, mas voltaremos
com mais matérias sobre este câmbio e outros nas próximas edições do jornal.
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Fábio Nagai é proprietário da Nippon Car Service é especializada na manutenção em transmissão automática
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TÉCNICA
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Maletas para organizar e armazenar ferramentas facilitam o dia a dia na reparação automotiva Foto: Scopino
A precisão de algumas ferramentas para montagem e desmontagem de sistemas é altíssima e os cuidados com elas também devem ser Professor Scopino scopino@automecanicascopino.com.br
Q
uando falamos em tecnologias em motores, falamos também em ferramentas, algumas básicas, algumas de precisão, algumas usadas diariamente, e outras que são usadas de tempos em tempos. Por isso a armazenagem e organização de ferramentas é fundamental para a sua durabilidade e correta utilização. Por isso as maletas são fundamentais para armazenagem e organização das ferramentas. Trabalhar com tecnologia em motores também está relacionado às ferramentas No nosso dia a dia, é difícil ter todas as ferramentas para todos os serviços necessários. E temos duas frentes diferentes de trabalho: trabalhar como monomarca ou ser multimarca? Mas vou colocar mais alternativas! Ser monos serviços ou multisserviços? E agora, o que vai ser ou é a sua oficina? Monomarca Começamos pelas concessionárias, que no Brasil trabalham com marca ou grupo único. Mas também temos muitas oficinas independentes, que também trabalham com marca ou grupo único, o que é muito
As ferramentas podem ser armazenadas em berços especiais
mais fácil na hora da manutenção, com menos ferramentas gerais e mais ferramentas específicas. E essas oficinas independentes são formadas por ex-funcionários de concessionárias, mas tem um detalhe muito importante: quando ele era funcionário de concessionária o treinamento era constante e a atualização idem. Depois de sair e ir para a oficina própria, mesmo que especializada em monomarca, durante os primeiros anos ainda está atualizado, mas depois pode faltar um pouco dessas informações de montadora. E cuidar de uma marca única tem suas vantagens, ser especializado é ser mais rápido, mais preciso, mais eficiente. Quando se trabalha com uma marca você será melhor com toda a certeza. Me recordo, quando ainda criança e jovem aprendiz, via muitos veículos Fusca na oficina, dos quais muitas vezes retirar o motor refrigerado
a ar era tão comum, que o prazo para retirar esse propulsor ficava na casa de 12 minutos! E falhas comuns ficam bem mais evidentes e fáceis de diagnosticar quando se trabalha com apenas uma marca ou um grupo. Multimarca. É a grande maioria das oficinas do Brasil, são guerreiros de verdade, os desafios são enormes, pois atendem desde um carro básico dos anos 70 até os importados e linha premium. Neste caso a quantidade de ferramentas necessárias é algo muito difícil de ser atingido. Neste momento os grupos e união do setor podem ajudar bastante, e até a locação de ferramentas pode ser algo interessante. Para que, por exemplo, várias oficinas vão comprar as ferramentas de sincronismo de correia dentada, por exemplo, de uma Renault Scenic 2.0 16 válvulas? É muito melhor e mais viável a compra em grupo
As maletas acondicionam e permite uma boa organização
ou associações, assim os custos e a utilização são compartilhados. DE REPARADOR PARA REPARADOR Uma outra modalidade surgiu no Brasil nas últimas décadas, o monosserviço, que é a especialização por partes do veículo. Pode ser um especialista em motores (retífica de motores), em undercar (suspensão, direção e freios), pneus e alinhamento e balanceamento e em diagnóstico. Essa modalidade ficou mais forte com grande utilização de novas ferramentas como transdutores aliados ao bom e eficiente osciloscópio. Aliás, é uma novidade dos últimos anos, baseado muito na área de medicina, na qual o médico pede exames extras ao
seu paciente, e surgiram grandes redes de diagnósticos. E temos as empresas multisserviços, que na verdade é novamente a grande maioria das oficinas independentes do Brasil, que abraça qualquer carro ou qualquer serviço, por isso não temos carros parados em nosso país por falta de capacidade ou vontade técnica. Sempre teremos uma oficina pronta para solucionar falhas nos 45 milhões (aproximado) de carros para serem reparados. É mais tecnologia nos motores e maior a necessidade de conhecimento técnico. Pensem nisto. Até a próxima edição. Professor Scopino, Mecânico de Autos Profissional e Embaixador da marca Pierburg no Brasil
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Ar-condicionado do Nissan Sentra parou de funcionar por causa do módulo de controle Fotos e ilustrações: Gaspar
O proprietário deste carro precisa do ar-condicionado funcionando para trabalhar com aplicativo de transporte pois os clientes exigem conforto enquanto estão utilizando este meio de transporte Antonio Gaspar de Oliveira agaspar@hotmail.com
O
proprietário deste carro precisa do ar-condicionado funcionando para trabalhar com aplicativo de transporte, pois os clientes exigem conforto enquanto estão utilizando este meio de transporte Quando um cliente procura uma oficina especializada em ar-condicionado, é porque certamente o carro deve ter algum problema no sistema de climatização, que envolve a ventilação, aquecimento e refrigeração. Para o cliente o ideal é gastar o mínimo possível e que o serviço seja realizado no menor tempo, isso porque ele depende do carro em ordem para trabalhar. Saindo do mundo da teoria e indo para a prática, o serviço tem início com a conversa sobre o que está acontecendo com o sistema do carro. (Fig.1) A resposta mais comum que se ouve é que o ar-condicionado simplesmente parou de funcionar, esta informação para o técnico experiente já direciona para algumas possíveis causas, mas antes de tudo é preciso fazer um diagnóstico completo para identificar o componente que interrompeu o funcionamento do sistema de ar-condicionado. (Fig.2) Mesmo tendo algum direcionamento, é recomendável trabalhar por eliminatória, utilizando equipamentos adequados para identificar se o sistema tem gás e na quantidade necessária e verificar se os demais componentes estão recebendo energia que permite o seu funcionamento como por exemplo, o compressor. (Fig.3)
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3 Seguindo este procedimento de verificação de alimentação de componentes, foi possível chegar em um componente que sempre é deixado por último, devido à sua complexidade e custo elevado, o módulo de controle. O módulo de controle do Nissan Sentra fica exatamente atrás dos botões de controle no painel, semelhante aos da linha VW. Com a chave ligada, foi possível confirmar que o módulo estava recebendo energia elétrica necessária para o seu funcionamento, mas não era o que estava acontecendo. (Fig.4) Acionando o botão para ati-
var o sistema de ar-condicionado, ele não entrava em funcionamento, mesmo já sabendo que a energia estava chegando até o módulo de controle. Para quem é curioso e se for abrir um módulo deste, vai ver apenas uma placa de circuito impresso com muitos componentes eletrônicos e que algum deles está impedindo o funcionamento do ar-condicionado. (Fig.5 a 8) Não basta dizer; vamos comprar um módulo novo para ver se vai funcionar, lembrando que o custo pode ser um grande impedimento. Para garantir que o problema está realmente no mó-
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9 dulo de controle, é preciso ter conhecimento e informações deste componente para realizar os testes que comprovem o seu defeito. É importante conhecer a estratégia de funcionamento do sistema de climatização do veículo, que utiliza comunicação entre módulos através da rede CAN e também as informações enviadas pelos sensores. Com o motor do carro ligado, ao acionar o botão de ativação do ar-condicionado, o módulo de controle do ar envia o sinal
compressor para o ECM (engine control module), via linha de comunicação CAN. O ECM avalia se o compressor pode ser ligado, com base nas condições de cada sensor (sinal do sensor de pressão do refrigerante, ângulo do acelerador, etc.). Se julgar que o compressor pode ser ligado, ele envia o sinal do compressor ON para o IPDM E/R, via linha de comunicação CAN. O módulo de distribuição de energia inteligente (IPDM) da Nissan oferece uma sequência de
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ON do compressor para o BCM (body control module) O BCM envia o sinal ON do
autoteste para as várias cargas que controla Ao receber o sinal do ECM,
informando que o compressor pode ser ligado, o IPDM E/R liga o relé do ar-condicionado para funcionar o compressor. (Fig.9) Com o conhecimento da estratégia de funcionamento deste sistema, agora é possível fazer algumas medições da tensão entre cada terminal e o aterramento da carroceria, seguindo os terminais e o valor de referência para cada pino do controle de ar frontal. (Fig.10 e 11) Com estas informações disponíveis, os testes foram realizados e foi possível confirmar que o módulo de controle estava recebendo energia, mas não estava funcionando. Mesmo abrindo o módulo e observando os microcomponentes e os circuitos impressos, visualmente não foi possível identificar alguma falha que pudesse
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IDENTIFICAÇÃO DOS TERMINAIS DO CONTROLE DO AR-CONDICIONADO Terminal Nº
Cor do fio
Item
Ignição
1
branco
Tensão da bateria
ligada
Condição
Volts 12
2
marrom
Tensão da bateria
ligada
12
3
preto
terra
18
roxo
Sinal da rede
ligada
5,5
19
amarelo
Distribuição de energia
ligada
5,0
20
cinza
Sensor aterramento
ligada
0
0
21
amarelo
Tensão da bateria
ligada
12
22
laranja
Motor atuador
ligada
12
23
vermelho
Iluminação(+)
ligada
Botão ligado
12
24
Violeta
Iluminação(-)
ligada
0
36
vermelho
Retorno do ventilador
ligada
7 a 10
37
Azul
Ventilador
Ligada
2,5 a 3
38
Verde claro
Desembaçador traseiro
ligada
Botão ligado
0
39
Azul claro
ventilador
ligada
Botão ligado
0
40
Verde
compressor
ligada
Botão desligado
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14 justificar a falta de funcionamento do módulo de controle do ar-condicionado. (Fig.12) A solução foi substituir o módulo com a aprovação do cliente e para o serviço ficar completo, foi realizada a higienização do sistema e a troca do filtro de cabine que estava bem sujo e contaminado por fungos. (Fig.13 e 14) A troca é feita pelo lado do motorista e a janela de acesso está próxima do pedal do acelerador, nos modelos mais novos,
o filtro está na lateral do porta luvas e para chegar até ele, é preciso remover o porta-luvas. (Fig.15) O ar que entra na cabine é filtrado, depois passa pelo ventilador, é direcionado para o evaporador, para o aquecedor e este caminho é determinado pelas posições das portas de comando que direcionam o fluxo do ar pelos tubos e janelas de saídas do painel do carro. (Fig.16 a 18) Todos estes comandos partem do módulo de controle, atra-
TÉCNICA vés de três botões com funções específicas, que o motorista aciona conforme a sua necessidade de controle da temperatura dentro da cabine do carro. (Fig.19 e 20) O módulo é um dos componentes que geralmente não dá sinais que vai parar de funcionar e a durabilidade dele pode variar conforme a intensidade de uso. Neste caso até dá para imaginar que foi usado intensamente pelo tipo de trabalho que o carro é submetido todos os dias e por períodos longos de funcionamento constante. O que sabemos é que todo componente eletrônico tem o seu tempo de uso limitado a um determinado período e quando este tempo é atingido, logo ele para de funcionar. Isso naturalmente é bom para as oficinas, que matêm seu fluxo de serviço sempre ativo. O sistema de ar-condicionado do Sentra possui uma válvula de alívio no compressor que se abre quando a pressão interna fica muito elevada, em torno de 550 psi, com a abertura automática, a válvula libera o gás refrigerante em alta pressão na atmosfera. No caso de manutenção, é recomendado o abastecimento com óleo apropriado na proporção de 150ml e a quantidade de gás refrigerante é de 500 gramas.
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Comandos eletrônicos para atuadores de veículos ciclo Otto, componentes e sinais de ativação O sistema de injeção eletrônica é composto por diversos periféricos eletroeletrônicos, dentre eles os sensores e atuadores. Conheça o princípio da eletrônica aplicado no comando de atuadores e seus sinais
N
as últimas décadas a eletrônica está cada vez mais presente nos veículos. Essa expressão “eletrônica embarcada” é comum no dia a dia da oficina moderna. É possível defini-la nos automóveis como sendo o controle de elementos mecânicos feito por componentes eletrônicos. Essa estratégia de funcionamento garante mais precisão no funcionamento dos elementos mecânicos, pois extrai deles o maior rendimento possível. A Eletrônica por trás do comando de Atuadores O comando eletrônico de atuadores parte do princípio de funcionamento de um componente muito importante na eletrônica – o Transistor MOSFET. Ao ser inventado, esse componente de funcionamento simples revolucionou a eletrônica. Um transistor pode ser considerado um elemento de chaveamento e por isso é amplamente usado no acionamento de atuadores e na eletrônica embarcada automotiva. Tem como função fornecer a potência elétrica faltante para o atuador. A diferença entre as polaridades positiva e negativa gera uma corrente elétrica no solenoide do atuador, tornando possível seu comando e atracamento. (Fig.1)
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Um transistor MOSFET precisa receber um pulso de ativação, de tensão positiva, que pode ser de baixa tensão para chavear com tensões mais altas ou com um negativo de 0V. Vale lembrar que a tensão de acionamento deve ser maior que a fonte que se deseja chavear. O transistor tem 3 terminais, sendo que o terminal 1 é chamado “Gate” – pois recebe um pulso de ativação (gatilho). O terminal 2 chama-se “Dreno”, no qual teremos a saída para acionamento do atuador. O terminal 3 é chamado “Source”, que significa “fonte”, pois nesse terminal teremos de maneira constante a fonte do chaveamento, ou seja, uma tensão positiva ou um aterramento constante. (Fig.2)
2
Consideremos um exemplo desse princípio de chaveamento em um atuador muito importante para o sistema – os injetores de combustível, em um sistema do ciclo Otto com injeção convencional indireta. Acionamento de um Injetor de combustível O acionamento de um injetor de combustível nos motores ciclo Otto com injeção convencional indireta é feito através de uma diferença de potencial nos dois terminais de ligação desse atuador. Um injetor nessa aplicação recebe em um de seus terminais uma alimentação po sitiva de tensão contínua equivalente à tensão da bateria do veículo, que se pode afirmar que é de 12V. O acionamento e a injeção de combustível ocor-
rerão quando um pulso negativo for enviado pelo Módulo (ECU) no segundo terminal do injetor. Nessa aplicação, podemos afirmar que a ECU fornece um aterramento (negativo) para a descarga da energia 12V no injetor.
(Fig.3)
Ilustrações e fotos: André Miura
André Miura andremiura@chiptronic.com.br
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Circuito eletrônico de acionamento dos Injetores de Combustível O negativo que é fornecido para o injetor pela ECU tem seu acionamento feito por um componente que usa o princípio de funcionamento de um transistor – um sinal de ativação para um chaveamento, nesse caso, com um aterramento. Porém, vale lembrar que um componente da ECU precisa controlar
É importante lembrar que o princípio de funcionamento de um transistor está sempre presente no comando de atuadores, porém estes podem estar agrupados e encapsulados em um C.I. (Circuito Integrado)
4 o momento em que os pulsos de ativação saem para os injetores. Esse componente envia os pulsos de ativação para os transistores apenas nos momentos ideais em que a injeção de combustível precisa acontecer. O componente responsável por controlar o tempo em que cada pulso de ativação deve ser emitido para um comando de atuadores é o processador ou microcontrolador do Módulo. Esse componente é vital para o funcionamento de todos os sistemas.
A alimentação padrão de um processador é de 5V. Portanto, os pulsos de ativação que saem de um processador para comandar um componente de chaveamento possuem amplitude de até 5V – levando em conta o exemplo dos injetores de um sistema de injeção convencional. (Fig.4) É importante lembrar que o princípio de funcionamento de um transistor está sempre presente no comando de atuadores, porém estes podem estar agrupados e encapsulados em
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TÉCNICA
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7 um C.I. (Circuito Integrado). Tais componentes, podem ter vários MOSFET em seu interior e podem comandar mais de um atuador. Componentes com múltiplas funções são conhecidos como “multi-driver”. (Fig.5) Com o uso de um osciloscópio é preciso verificar os pulsos de ativação que saem do processador e acionam os terminais de “Gate” dos transistores que ativam os injetores. Esse pulso de ativação tem
amplitude de até 5V e deve ser individual para cada transistor – para sequenciar o acionamento dos injetores de acordo com a ordem de explosão dos cilindros. (Fig.6) Após ser acionado por um pulso de ativação no “Gate”, o transistor interno ao C.I. fechará sua chave de acionamento com um aterramento no “Source” com valor de 0V e fornecerá um negativo através do “Dreno” que terá conexão direta com o injetor. (Fig.7)
A capacitação profissional voltada para a eletrônica embarcada automotiva é vital para a sobrevivência do reparador no mercado atual. Entender todos os processos envolvidos para que algo funcione em um motor é de grande valor para o diagnóstico
Com o auxílio de um osciloscópio é possível verificar a tensão contínua de alimentação do injetor (12V) e o exato momento da injeção devido ao pulso negativo (0V). Quando o transistor deixa de receber o pulso de ativação de 5V no Gate ele abre novamente sua chave, deixando de fornecer um aterramento para descarga das tensões e o injetor para de liberar combustível, mantendo novamente sua tensão de alimentação contínua de 12V. Diagnóstico de defeitos em circuitos de comando para atuadores Devido ao princípio de
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funcionamento dos transistores, em caso de falha em atuadores dois princípios básicos devem ser localizados, assim possivelmente será encontrado o defeito: pulso de ativação do processador e saída de um sinal de acionamento para o atuador em questão. Com a ajuda de um esquema elétrico, localize as saídas dos sinais para o atuador que apresenta falha, para que seja possível fazer um caminho reverso dentro da ECU e localizar um transistor ou C.I. de ativação. Ao encontrá-lo, prossiga com os testes para verificar os sinais mencionados com um osciloscópio. (Fig.8) A importância do Conhecimento A capacitação profissional voltada para a eletrônica embarcada automotiva é vital para a sobrevivência do reparador no mercado atual. Entender todos os processos envolvidos para que algo funcione em um motor é de grande valor para o diagnóstico. Pensando nisso, invista em conhecimento e procure um curso on-line ou presencial de reparo de Módulos de injeção eletrônica.
André Miura é Diretor e proprietário da Chiptronic Tecnologia Automotiva
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TÉCNICA
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Sistema de freio antitravamento ABS - desenvolvido para aviões e depois aplicados nos carros O sistema ABS, ou de regulação anti-bloqueio, adiciona a função antitravamento ao sistema básico de frenagem e tem como função otimizar o processo com o objetivo de contribuir à estabilidade e à segurança do veículo 2
Humberto Manavella humberto@hmautotron.eng.br
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s primeiros sistemas ABS foram aplicados no início dos anos 60, na indústria aeronáutica, nos grandes jatos de passageiros. A primeira aplicação automotiva de produção em série foi a do sistema Bosch 2S em 1978. O sistema ABS, em conjunto com o controle de tração (TC ou ASR) e a suspensão pilotada ou suspensão eletrônica, integra o “Programa Eletrônico de Estabilidade”, identificado com a sigla ESP. A seguir, alguns conceitos necessários ao entendimento do funcionamento do sistema de freio. - Força: É toda ação capaz de alterar a velocidade de um corpo. - Aceleração: É o estado de um corpo cuja velocidade varia. Quando a velocidade aumenta, a aceleração é positiva. Quando diminui, a aceleração é negativa ou desaceleração. Para que haja aceleração, a modificação de velocidade pode ser tanto no seu valor como na sua direção. Neste último caso, a aceleração é centrífuga. - Energia cinética: É a energia mecânica que possui um corpo em movimento. - Força de Frenagem: É a força resultante do mecanismo de frenagem e que se estabelece no sentido contrário ao movimento do veículo, no ponto de contato do pneu com a pista. - Atrito, fricção: É a resistência ao movimento relativo entre dois corpos em contato. - Coeficiente de atrito: É a relação entre a força de atrito e a força normal (perpendicular) à superfície de contato, entre dois
1 corpos em movimento relativo ou com tendência ao movimento. A fricção manifesta-se de duas formas: 1) Fricção estática; 2) Fricção de movimento, de deslizamento ou cinética. E depende: - Da natureza dos materiais que constituem os objetos em contato; - Da rugosidade das superfícies em contato; - Da pressão ou força que os mantém em contato; - Da velocidade relativa entre os objetos. Esta última característica é própria da fricção cinética. Na figura 1, ao acionar o pedal, é gerada uma força hidráulica Fh que comprime as pastilhas contra o disco. A fricção entre as superfícies tende a frear o disco, gerando calor. A força de frenagem Ff se opõe ao sentido de rotação do rotor (disco). Com o rotor girando o que existe é fricção cinética ou de movimento, sendo o resultado a geração de calor. Quando o freio é acionado, a fricção de deslizamento entre os componentes do freio provoca a diminuição da velocidade de rotação das rodas. Isto, por sua vez, aumenta a fricção estática entre os pneus e o piso, diminuindo a velocidade do veículo. Se a fricção cinética dos componentes do freio supera a fricção
estática entre os pneus e o piso, a roda se bloqueia (trava) e o veículo começa a deslizar. Outra forma de analisar o processo é apresentada na figura 2. O peso P do veículo gera duas forças opostas, ao ser aplicado o freio: - Uma força Fv, que depende do peso do veículo e das características da superfície de contato entre o pneu e a pista (fricção estática). - Uma força Ff (força de frenagem), que depende da característica da superfície de contato entre os componentes do freio; discos e pastilhas ou tambores e lonas (fricção cinética). A frenagem é estável sempre que Fv é superior a Ff. No caso contrário (Ff maior que Fv) a roda trava e o veículo fica fora de controle. Se as que bloqueiam são as rodas dianteiras, o veículo perde a dirigibilidade. Portanto, a frenagem mais efetiva é conseguida quando a fricção de deslizamento dos componentes do freio é levemente inferior àquela que provoca o bloqueio ou travamento das rodas. Precisamente, é esta a função do sistema ABS que atinge tal objetivo acionando e liberando os freios, eletronicamente, várias vezes por segundo. - Deslizamento. É o movimento relativo entre dois corpos em contato. Durante a frenagem, se verifica a existência de deslizamento entre os elementos do
sistema de freio, ou seja, entre as pastilhas e os discos ou entre as lonas e os tambores. Também há deslizamento entre os pneus e a pista. Ao pressionar o pedal, a velocidade das rodas é gradualmente reduzida e não corresponde com a velocidade da carroçaria. Verifica-se, portanto, certo grau de deslizamento (patinação) entre os pneus e a pista. Com velocidade constante (figura 3), a velocidade da carroçaria (velocidade do veículo) Vv é igual à velocidade tangencial das rodas Vtr. A velocidade angular (de rotação) da roda é Var. A condição de 0% de deslizamento indica que a roda gira livremente. Já 100% de deslizamento é indicação de roda travada (bloqueada), patinando sobre a pista. A força de frenagem atinge seu valor máximo para relações de deslizamento entre 10% e 35%; isto dependendo do tipo e condição da pista. O gráfico da figura 4 apresenta as curvas que relacionam a “força de frenagem aplicada” e a “força necessária à frenagem da roda”, com a porcentagem de deslizamento da roda com relação ao pavimento. A “força de frenagem aplicada” é aquela resultante da pressão hidráulica produzida pelo pedal. A “força de frenagem ne-
cessária” é aquela utilizada para manter a relação de deslizamento num valor determinado. Assim, com uma força F1 pode ser mantida uma relação de deslizamento de 18% (ponto 1) ou de 70% (ponto 1a). O ponto (1a) só poderá ser atingido se a força aplicada for igual (ou ultrapassar) ao valor máximo FA e, imediatamente, o pedal for aliviado, para produzir uma força de valor F1. Já com uma força F2 só pode ser mantido um deslizamento de 12%. Como pode ser observado, sem a ação do ABS, o deslizamento da roda aumenta linearmente com o aumento da força de frenagem aplicada no pedal até, aproximadamente, 35% de deslizamento (ponto A). A partir deste ponto, a força aplicada (linha tracejada) resulta maior que aquela necessária à manutenção do grau de deslizamento dentro de níveis aceitáveis. Portanto, na medida em que o motorista aplica uma força inferior àquela máxima (FA) do ponto A, o deslizamento aumenta proporcionalmente. No entanto, se a força aplicada supera esse máximo, imediatamente, a roda trava e o deslizamento passa para 100% (velocidade tangencial da roda igual a zero). Isto, porque, a partir do ponto A, a força aplicada é superior àquela necessária à frenagem da roda. Para o exemplo da figura 4 o ABS atua na faixa de 10%-35% de deslizamento, evitando assim, o bloqueio da roda. Na figura 5 são apresentadas curvas de força de frenagem/ deslizamento para 4 condições de coeficiente de fricção: [1]. Pavimento de concreto seco; [2]. Pavimento molhado; [3]. Neve; [4]. Gelo.
4 Na situação [3] verifica-se um aumento da força necessária para deslizamentos acima de 90%, devido a que a roda prestes a travar empurra a neve formando uma cunha na sua frente.
Controle da Frenagem Quatro fatores determinam a capacidade de frenagem de um sistema, sendo que os primeiros três controlam a geração da força de fricção: 1. Pressão exercida pelo sis-
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tema hidráulico. 2. Coeficiente de fricção dos materiais em contato. - Se o coeficiente dos elementos de fricção for maior que o especificado, as frenagens não serão suaves, podendo resultar em travamento prematuro das rodas. - Se o coeficiente for menor que o especificado, o elemento de fricção tenderá a deslizar sobre a superfície do tambor ou do disco, sem diminuir a velocidade de rotação. 3. Superfície de contato dos elementos de fricção. Freios maiores, com maior superfície de contato, conseguem frear mais rapidamente as rodas. 4. Calor dissipado pelo sistema. É o resultado da fricção. Quanto maior a superfície dos elementos de frenagem, mais rapidamente o calor é dissipado. Sistemas que não conseguem dissipar convenientemente o calor gerado pela fricção experimentam perda de força de frenagem durante freadas acentuadas e contínuas. Componentes do Sistema ABS - O sistema ABS é um sistema de controle que funciona em malha fechada e consiste de: - Um sistema controlado: O veículo durante o processo de frenagem. - O controlador: Composto dos sensores de velocidade das rodas e da unidade de comando ABS, esta, associada a uma unidade eletro-hidráulica. - A variável controlada é a
Março 2022 • oficinabrasil.com.br velocidade tangencial (aceleração/desaceleração) das rodas. Basicamente, o sistema ABS adiciona ao sistema de freios convencional os seguintes componentes (fig. 6): 1. Sensor de velocidade de rotação da roda Os utilizados atualmente são: - Sensor de relutância magnética variável associado a uma roda dentada (roda fônica) solidária ao cubo da roda. - Sensor Hall associado a um disco magnetizado solidário ao cubo da roda. - Sensor magnetorresistivo associado a um disco magnetizado solidário ao cubo da roda. O sensor de velocidade é de fundamental importância nos sistemas ABS/TC/ASR em função de que é a partir da comparação de velocidade das rodas que a unidade ABS determina a condição de travamento ou de patinagem. 2. Unidade eletrônica de comando As atualmente utilizadas são do tipo digital com capacidade de autodiagnóstico e armazenamento de falhas, as que podem ser recuperadas através de equipamento de teste (“scanner”). As primeiras aplicações (ABS 2S da Bosch) utilizaram unidades
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Ilustrações: Humberto Manavella
TÉCNICA
6 analógicas, sem capacidade de autodiagnóstico. 3. Unidade eletro-hidráulica ou modulador eletro-hidráulico Este é um elemento mecânico que contém: - A bomba hidráulica: Tem a função de retornar o líquido ao cilindro mestre. - O conjunto de válvulas solenoides através do qual a UC modula a pressão hidráulica. 4. Interruptor do pedal de freio Fornece o sinal que indica à UC que o pedal foi acionado. Geralmente, é utilizado o sinal do interruptor da luz do freio. 5. Lâmpada indicadora do sistema ABS Acesa durante a partida para verificação do seu funcionamento. Em presença de falha, a UC ativa a lâmpada e desativa o sistema ABS.
Humberto José Manavella é formado em engenharia eletromecânica pela Faculdade de Engenharia da Universidade de Buenos Aires e Diretor Técnico da HM Autotrônica
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Fórum do Jornal Oficina Brasil se consagra entre os reparadores como o maior sistema de troca de informações entre profissionais do país! São mais de 130 mil profissionais cadastrados debatendo, dando dicas e sugestões para resolver os problemas mais complicados. Participe você também! Para tanto, basta cadastrar-se em nosso site (oficinabrasil.com.br). Um dia você ajuda um colega e no outro é ajudado! Confira abaixo os casos que mais se destacaram neste mês.
Nissan Frontier 2012 perdendo potência Divulgação
Ford Focus 2012 - painel de instrumentos não desliga
SINTOMA: O Hatchback médio da montadora americana, equipado com motor Duratec 2.0 16v Flex de 148cv (quando abastecido com etanol), chegou à oficina com a reclamação de não desligar o painel ao acionar o botão de partida, quando a chave de presença está no contato. DIAGNÓSTICO: Diante da situação o reparador imediatamente deu início a seu planejamento com os testes que iria realizar para descobrir a causa do mau funcionamento do veículo da forma mais rápida e eficaz possível. Assim, começou a etapa dos testes necessários para determinar a origem da falha, seguindo rigorosamente a sequência das verificações preconizadas em seu roteiro de diagnóstico. Atestou que com a chave no contato, ao acionar o botão de partida, o motor desligava e apagava o painel, mas em seguida o painel acendia novamente, sendo necessário retirar o relê de injeção, que também é responsável pela iluminação. Sabendo se tratar de uma falha elétrica, o profissional deu andamento aos seus testes, verificando caixa de fusíveis, caixa de relês, chicote elétrico, mas tudo se apresentava em perfeita ordem de funcionamento. Em seguida, substituiu o módulo de conforto por outro idêntico, e o defeito
permaneceu. Sem mais ideias de como proceder, acessou o Fórum Oficina Brasil e compartilhou com os colegas reparadores este caso tão atípico. O reparador tomou bastante cuidado para informar todos os detalhes referentes ao caso a fim de facilitar o entendimento dos colegas. O primeiro reparador a deixar sua contribuição afirmou que havia trabalhado em um caso parecido, porém o motor não desligava, estava com os aterramentos da soleira da porta dianteira do lado direito com zinabre, então realizou uma limpeza e voltou ao normal, e que neste carro costuma oxidar as tomadas brancas que ficam no pé da coluna A, embaixo do painel. Já o segundo colega do fórum deixou uma dica sugerindo ao reparador que verificasse a carga nominal da bateria e reset do sistema, que poderiam estar em conflito com o módulo de conforto, ou oxidação nos conectores, inclusive do botão stop. SOLUÇÃO: O reparador informou que o chicote que vai do botão de partida até o módulo key-less, que fica dentro do porta-malas, estava completamente deteriorado, foi necessário desmontar as soleiras das portas e carpete para poder acessar o chicote e testá-lo, e após confirmar que ele era o causador do problema e o substituir, o defeito foi solucionado.
SINTOMA: A camionete da montadora japonesa, equipada com motor YD25ETi 2.5 16v turbo diesel de 172cv, chegou à oficina com a reclamação de, ao acelerar, a luz de injeção acende, o motor entra em modo de emergência e limita a potência. DIAGNÓSTICO: O reparador, a fim de encontrar a raiz do problema, iniciou os testes necessários conectando o scanner à central do veículo, com isso constatou a DTC P0089, referente à válvula de sucção, aproveitando que estava com o equipamento de diagnose instalado, verificou os parâmetros de funcionamento do motor, percebendo que a pressão no Rail era de 800bar em marcha lenta, quando o correto seriam 300bar. Continuando os testes do sistema de alimentação do motor, constatou que com a chave em ON e o motor desligado, a pressão do rail permanecia em 0 bar, e ao dar partida no motor, a pressão de combustível subia, e o sinal na válvula de sucção ia para 1750mA. Em seguida, o profissional testou o sinal PWM da ECM, verificando que estava correto, como a correlação da pressão do rail e sinal da ECM estava fora do padrão, o reparador solicitou a ajuda dos colegas no Fórum Oficina Brasil. O primeiro técnico sugeriu que o reparador removesse a bomba de alta pressão e injetores para teste em bancada. Já o segundo colega destacou que se a bomba de alta estivesse falhando, por sua experiência constatou que quando a bomba está próxima de sua quebra é gerado o código de falhas P0089. Chamou atenção para a possibilidade de os bicos injetores estarem ruins com retornos altos. Informou também que o regulador de pressão e até mesmo filtro de combustível entupido também merecem atenção especial, pois poderiam estar causando o aumento de pressão de combustível. O terceiro reparador deixou sua dica afirmando que seria importante testar bomba e bicos injetores em uma reparadora de confiança que trabalha exclusivamente com este tipo de componente.
Após ler todas as dicas e sugestões dos colegas o reparador deixou algumas informações adicionais, bem como ponderações acerca das dicas dadas. Inicialmente afirmou que discordava dos colegas quanto à necessidade de revisar bomba e bicos, explicando que o sintoma do defeito, indicado pelo código de falha apresentado, indicava um descontrole da PRESSÃO de combustível, ou seja, havia um excesso de pressão da bomba de alta. Continuou afirmando que em relação aos bicos injetores, havia aberto o cano de retorno para analisar seu fluxo, constatando que estava sem excesso, portanto descartou a possibilidade de bicos, e finalizou afirmando que o veículo não falhava nada, impecável no funcionamento em marcha lenta. O reparador seguiu afirmando que os filtros eram novos, e não tinha ferrugem na bomba, inclusive havia removido a M-Prop para ver se estava nova e em perfeito estado. Após os comentários do reparador um dos participantes do fórum deixou sua valiosa contribuição destacando que sabemos que é possível sim realizar um diagnóstico preliminar conclusivo sem retirar injetores e bomba, com o próprio uso do osciloscópio e uma boa literatura, você pega muito defeito de injeção commom-rail. Porém, quase sempre é mais viável remover, uma vez que algum bico pode precisar de reparo, e terceirizar esse serviço não fica muito oneroso. SOLUÇÃO: Após ler as dicas e sugestões dos colegas o reparador retornou informando sobre como resolveu o problema, destacando que o sintoma do defeito não era falha na bomba ou fuga nos bicos, pois havia realizado um teste sem precisar desmontar quase nada, apenas fazendo um diagnóstico próprio para sistema common-rail, evitando assim mão de obra e gastos de altas cifras. Destacou que fez uma revisão na válvula M-Prop em conjunto com a reinicialização via scanner, informou que após esses procedimentos o veículo voltou a funcionar normalmente.
DIRETO DO FÓRUM
Ford Ecosport 2013 - motor não funciona Divulgação
Renault Sandero Stepway com marcha lenta elevada
SINTOMA: O hatchback da montadora francesa, equipado com motor K4M 1.6 16v Flex de 112cv (quando abastecido com etanol), chegou à oficina com a reclamação de estar com a marcha lenta elevada, e não desarmar o ar-condicionado com o motor em plena carga. DIAGNÓSTICO: O reparador sabia que estava diante de um problema complexo que exigiria bastante de sua capacidade analítica e domínio do funcionamento do sistema. Assim, incluiu em seu planejamento a sequência de testes que iria realizar, começando pelas verificações simples até as mais complexas. Imediatamente o reparador realizou um teste de rodagem com o veículo para constatar a reclamação do cliente, verificando que ambos os defeitos ocorriam. Após a confirmação das falhas previstas em seu plano de ação, partiu para o segundo item que consistia na verificação da presença de algum DTC que pudesse nortear seu diagnóstico. Ao realizar a verificação com o scanner o reparador constatou o código dfn532, referente ao sinal baixo do alternador. Dando sequência aos testes, e desconfiando do sistema de carga do veículo, realizou um teste com multímetro no alternador, e verificou que o valor de tensão com o motor ligado era de 14,5v, ou seja, estava operando normalmente. Porém, ao conectar o scanner na ECU do veículo, a tensão de trabalho apresentada era de 12,5v com o motor ligado, estando assim fora do aceitável. O reparador então entrou em contato
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com uma empresa que repara alternadores para saber mais informações sobre o componente, que acreditava ser pilotado, como a empresa informou que este modelo se tratava de um alternador convencional, o profissional então resolveu compartilhar este caso com os colegas do Fórum Oficina Brasil, para que assim lhe auxiliassem. O primeiro reparador a se pronunciar destacou que o defeito pode ser qualquer coisa desde um mau contato em chicote ou até mesmo defeito na unidade de comando, e por isso seria necessário se atentar a todo o sistema elétrico do veículo. Já o segundo colega do fórum sugeriu que fosse realizada uma revisão do alternador, e sobretudo se ele foi mexido e se estava com o regulador de tensão original, finalizou afirmando que atualizaria o software de injeção. O reparador infirmou que o regulador tem 2 fios um L e um DFM, o L dava 12V que é a lâmpada do painel, já o DFM marcava 12, 5V, o que já deixou o reparador otimista com a solução do caso. O terceiro reparador disse que para resolver teria que fazer uma boa limpeza no alternador. SOLUÇÃO: O defeito foi resolvido substituindo o regulador de tensão, que estava com defeito e enviava 14v para a bateria, porém no pino DFM que deveria informar a mesma tensão para o módulo estava enviando 12.5v, assim o módulo não conseguia tomar as providências como aumento de marcha lenta no caso de muita carga exigida e desarme do ar-condicionado quando necessária a potência total do motor.
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SINTOMA: O SUV da montadora estadunidense, equipado com motor Duratec 2.0 16v Flex de 145cv (quando abastecido com etanol), chegou à oficina com a reclamação de estar com a luz de injeção acesa. DIAGNÓSTICO: Prontamente o reparador iniciou os testes necessários para determinar a origem do defeito. Inicialmente elaborou seu plano de ação a fim de organizar o passo a passo com os testes que iria realizar no veículo e resolver o caso de forma mais rápida e assertiva. O primeiro item previsto em seu roteiro consistia na utilização do scanner para verificar a presença de algum código de falhas que pudesse auxiliá-lo no diagnóstico. Assim, acessou a ECU via scanner e verificou que havia um DTC gravado referente ao sensor MAP, ao analisar o chicote elétrico deste componente, percebeu que ele estava danificado, e após ser reparado, o motor parou de funcionar. Devido a ao fato de outro defeito ter surgido no veículo, o profissional deu andamento aos testes, analisou que o corpo de borboleta eletrônico não estava funcionando, resolveu testar se o veículo entrava em funcionamento injetando desengripante diretamente na admissão, desta maneira conseguiu fazer o motor funcionar em marcha lenta controlando a quantidade de desengripante na admissão. Ao interromper a alimentação o motor parava de funcionar. Como não possuía o esquema elétrico deste veículo, e não queria substituir nenhuma peça sem a certeza que era aquele o componente defeituoso, o reparador acessou o Fórum Oficina Brasil, iniciando um tópico referente a este caso, a fim de trocar informações com os colegas de profissão. O primeiro técnico a responder o tópico destacou a possibilidade de ter uma ligação errada, ou ter queimado o MAP, sugeriu que o reparador colocasse o scanner e conferisse a presença de algum DTC bem como observar as leituras, informou ainda que se o sensor MAP estiver em curto, os bicos injetores não entram em funcionamento. O segundo colega do setor, utilizando-se de sua experiência, afirmou que para este carro ter emendas no chicote é possível que já tenha usado GNV, e para sanar suas dúvidas sobre a ligação do sensor, seria necessário um esquema elétrico do veículo. Salientou ainda que parecia que a
unidade é uma Bosch de dois conectores, e por fim, solicitou o retorno do reparador caso tivesse algum avanço no diagnóstico. Ao ler as informações do colega, o reparador informou que o carro tinha se envolvido em uma colisão frontal e que o sensor MAP é instalado bem na frente do motor por esse motivo que o chicote estava com emendas. O mesmo colega do fórum deixou mais uma boa dica para o reparador perguntando se tinha alimentação elétrica na bomba de combustível, pois se o veículo colidiu deve ter cortado corrente através de dispositivo de segurança para desligar a bomba. Para ajudar o reparador na análise o colega anexou o esquema elétrico da bomba de combustível e interruptor inercial. O reparador respondeu a mensagem do colega do fórum destacando que o veículo estava funcionando, e somente após realizar o reparo do chicote do MAP não dava mais partida. SOLUÇÃO: Após um breve período o reparador retornou aos colegas do tópico informando que problema foi resolvido, após adquirir o esquema elétrico do componente, descobriu que os pinos do sensor MAP estavam invertidos, após a correção o veículo voltou a funcionar perfeitamente.
Participe! Estas matérias, extraídas de nosso fórum, são fruto da participação dos reparadores que fazem parte da grande família chamada Oficina Brasil. Acesse você também o nosso Fórum e compartilhe suas experiências com essa comunidade. Lembre-se, o seu conhecimento poderá ajudar milhares de reparadores em todo o Brasil. Saiba mais em www.oficinabrasil.com.br
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