ANO XXXII NÚMERO 375 JUNHO 2022
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CHEVROLET S10 Levamos com exclusividade o Chevrolet S10 High Country para as oficinas independentes. Veja o que os grandes especialistas da mecânica acharam deste veículo
PÁG. 58 Confira algumas análises e testes práticos de centrais eletrônicas
DO
FUNDO BAÚ DO
A V A R N A C
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Vamos recordar um ícone que marcou época, o Chevrolet Caravan Comodoro 1978 PÁG. 44
IMAGEM DAS
MONTADORAS Acompanhe os resultados da vigésima segunda edição da pesquisa que avalia a percepção dos reparadores independentes sobre as montadoras
Todos juntos fazem um trânsito melhor.
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EDITORIAL
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Junho 2022 • oficinabrasil.com.br
As montadoras e o aftermarket independente Nossa área de pesquisas, a CINAU, lançou no ano de 2000 um estudo de mercado chamado IMAGEM DAS MONTADORAS, que tem como foco avaliar a percepção dos reparadores independentes sobre as marcas. Nosso ponto de partida era o simples reconhecimento de que o pós-vendas das montadoras, na prática, estava sendo realizado pelas oficinas independentes, que detinham mais de 80% da preferência do cliente da montadora (dono do carro) uma vez findo o período de garantia do veículo e às vezes mesmo antes do encerramento desta. De lá pra cá o quadro não mudou e os cliente das montadoras (dono do carro) continuam preferindo os serviços da rede independente em detrimento das concessionárias. A população de clientes das montadoras (dono do carro) que prefere os serviços das oficinas independentes atualmente é estimada em 43,5 milhões de veículos e compõe a chamada “frota reparável” (este dado é fornecido pela Fraga Inteligência de Mercado). Ao realizar o pós-vendas da marca de forma terceirizada a oficina independente impacta o cliente da montadora (dono do carro) de forma contundente e transmite a este os prós e os contras de sua experiência com a manutenção dos carros da marca. Pois a missão principal da pesquisa IMAGEM DAS MONTADORAS é avaliar, ainda que de forma geral, a percepção dos reparadores em função de sua experiência prática de manutenção e em última análise se estão trabalhando pela fidelização à marca ou estimulando a troca por outra montadora. Na pesquisa IMAGEM DAS MONTADORAS deste ano ampliamos o escopo do trabalho com o objetivo de medir o papel do reparador independente como “vendedor de carros”, o resultado impressiona e você pode conferir acessando à página 12. Mas voltando ao início dos anos 2000, mais especificamente em 2002 quando participávamos em Chicago, do congresso anual da então AAIA (Automotive Afetermaket Industry Association) e assistimos a uma incrível palestra do estudioso do mercado de reposição Mr. Dennis Des Rosiers. A esta altura já estávamos preparando a terceira edição da pesquisa IMAGEM DAS MONTADORAS, e para nossa surpresa percebemos que Mr. Des Rosiers em seu estudo apresentava a tese de que a venda de carros novos, financiamento de veículos Oficina Brasil é uma publicação (mala direta) do Grupo Oficina Brasil (ISSN 2359-3458). Trata-se de uma mídia impressa baseada em um projeto de marketing direto para comunicação dirigida ao segmento profissional de reparação de veículos. Circulando no mercado brasileiro há 30 anos, atinge de forma comprovada 70% das oficinas do Brasil. Esclarecemos e informamos aos nossos leitores, e a quem possa interessar, que todos os conteúdos escritos por colaboradores publicados em nossa mala direta são de inteira e total responsabilidade dos autores que os assinam. O Grupo Oficina Brasil verifica preventivamente e veta a publicação de conteúdo, somente no que diz respeito à adequação e ao propósito a que se destina, e quanto a questionamentos e ataques pessoais, sobre a moralidade e aos bons costumes. As opiniões, informações técnicas e gerais publicadas em matérias ou artigos assinados não representam a opinião deste veículo, podendo até ser contrárias a ela. Nós apoiamos: Filiado a:
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e venda de usados eram fortemente influenciados pela oficina independente. Batizada de “Four windows to the Automoitve Sector” reproduzido na ilustração acima, a tese do Mr. Des Rosiers qualificava estas quatro “janelas” como um sistema altamente integrado e considerava errada a percepção vigente na época de que o aftermarket independente operava de forma isolada e sem reflexo na venda de carros novos ou na formação de market share das montadoras. Para nós foi uma satisfação muito grande saber que no Brasil, além de já termos percebido esta realidade, caminhávamos à frente dos nossos pares norte-americanos, pois a “revolucionária” tese do Mr. Des Rodsiers já era comprovada de forma empírica pela CINAU em sua pesquisa IMAGEM DAS MONTADORAS. Um feito e tanto para nós brasileiros, afinal o berço da indústria automotiva mundial é os EUA e o aftermarket automotivo norte-americano o maior, mais antigo e mais estudado do mundo. Enfim, nestes 33 anos de estudos do aftermarket automotivo, nós do Grupo Oficina Brasil tivemos a oportunidade de promover e estimular o estudo sistemático e científico do mercado de reposição, uma indústria bilionária cheia de oportunidades, porém bastante complexa e competitivo onde a informação é fundamental para gerar bons resultados seus players. Boa leitura. Grupo Oficina Brasil Envie sugestões de pauta para: redacao@oficinabrasil.com.br ATENDIMENTO AO LEITOR leitor@oficinabrasil.com.br De 2ª a 6ª, das 8h30 às 18h - Whatsapp (11) 2764-2881 PUBLICIDADE: anuncie@oficinabrasil.com.br ON-LINE: site@oficinabrasil.com.br RH: RH@oficinabrasil.com.br FINANCEIRO: financeiro@oficinabrasil.com.br CINAU: cinau@oficinabrasil.com.br CARTAS Rua: Joaquim Floriano, 733 – 4º andar São Paulo-SP - CEP: 04534-012
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LUBRIFICANTE TEM QUE TER O T DE
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DO FUSCA AO TESLA Ter ferramentas e equipamentos é importante, mas é fundamental saber usar!
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IMAGEM DAS MONTADORAS Saiba a percepção dos reparadores independentes sobre as montadoras
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EVENTO Saiba tudo que aconteceu nas grandes feiras automotivas
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EM BREVE NA SUA OFICINA Levamos para os grandes influenciadores a nova S10 High Country
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GESTÃO O Professor Scopino explica a importância do serviço de pós-vendas
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FUNDO DO BAÚ Vamos dar uma volta no Chevrolet Caravan Comodoro 1978
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TECNOLOGIA HÍBRIDA Conheça as estratégias do controle de gerenciamento de carga da bateria
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CONSULTOR OB Veja como foi desenvolvido o motor e o que foi melhorado em seus componentes
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TÉCNICA Fique por dentro de todas as informações técnicas cruciais para aprimorar seu trabalho na oficina
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DIRETO DO FÓRUM VW Voyage 2011 chegou na oficina falhando na fase fria após retífica do motor
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REPARADOR DIESEL
Com a implantação do PROCONVE – P8 os caminhões serão fabricados com equipamentos mais silenciosos a partir de janeiro de 2022, permitindo um trânsito com menor poluição sonora 28
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:: Números CAL
(Central de Atendimento ao Leitor)
CONTATO Cartas.....................................................................0 E-mails............................................................ 11 Telefonemas...........................................51 Site..............................................................81 WhatsApp.....................................................................26 Total...........................................................169 SOLICITAÇÕES Assinaturas....................................................39 Alterações de cadastro..........................31 O utras.................................................115 Total..................................................185 Dados referentes ao período do mês de Maio/2022
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CONSULTOR OB
TÉCNICA
TÉCNICA
A cada dia que passa, os fabricantes de carros nos oferecem mais e mais tecnologias, mas você sabe como o motor foi desenvolvido e suas principais caracteristicas?
Transdutor de pressão é um dispositivo eletrônico que transforma uma variável física num sinal elétrico. Hoje, vamos aprender a utilizá-lo de forma rápida e fácil!
Reparar módulos eletrônicos dos automóveis exige conhecimento, equipamento e muito interesse em fazer um trabalho que poucos fazem.
DO FUSCA AO TESLA
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Aula 2: Aprenda a importância de saber medir as grandezas elétricas e fazer uma manutenção correta Na aula anterior, aprendemos sobre as grandezas elétricas e suas funcionalidades. Hoje, você irá aprimorar seus conhecimentos para poder medi-las com aparelhos específicos e fundamentais como voltímetro, amperímetro e o ohmímetro Fotos e ilustrações: Laerte
Marcio Ferreira
As grandezas que estudamos podem ser medidas com diversos tipos de equipamentos, temos que sempre levar em conta a sua escala como sua precisão, pois as grandezas elétricas podem ser medidas com aparelhos separados, que veremos a seguir
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2 – Corrente Elétrica (I), utilizamos o amperímetro Como no voltímetro, temos amperímetros para medir corrente alternada ou contínua e temos os que medem os dois tipos e pode ser também analógico ou digital. Quando for utilizar o
6 no mercado já com as duas medidas. Veja que este mede a voltagem na parte superior e amperagem na parte inferior. (Fig.10)
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Observem que abaixo do V está uma onda indicando que esse voltímetro é para medir o tipo alternada, os dois modelos são analógicos, mas também pode ser digital. (Fig.2 e 3)
1 – Tensão Elétrica (E), utilizamos o Voltímetro Como no setor automotivo a predominância da voltagem é do tipo contínua, o voltímetro tem que ser com o símbolo V, com um traço continuo em baixo, que indica ser para o tipo continuo, diferente do que mostraremos a seguir que é para o tipo alternada. (Fig.1) Observem que abaixo do V está uma onda indicando que esse voltímetro é para medir o tipo alternada, os dois modelos são analógicos, mas também pode ser digital. (Fig.2 e 3)
5 No digital, da mesma forma temos que ver em suas especificações, se é do tipo alternada ou contínua. Mas também temos a voltagem alternada no veículo, um exemplo de voltagem do tipo alternada está nas bobinas de campo do estator dos alternadores. Se medirmos a voltagem nos pontos 1,2 e 3 com o alternador em funcionamento, teremos voltagem alternada, pois ela ainda não passou pela placa retificadora, que vai transformar em voltagem contínua. (Fig.4 e 5)
amperímetro, ele deve ser ligado em série ao circuito. (Fig.6 a 8) Quando a corrente medida for muito elevada, usamos um indutor para fazer esta medição, pois sem o indutor o equipamento teria que suportar a corrente passando por dentro dele e por indução o equipamento não tem
8 que suportar a corrente passando por dentro e sim só medir pelo indutor. Neste caso o cabo do circuito a ser medido passa por dentro do indutor. (Fig.9)
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10 Como as duas grandezas mais medidas são a voltagem e a corrente é comum acharmos
por dentro dele e por indução o equipamento não tem que suportar a corrente passando por dentro e sim só medir pelo indutor. Neste caso o cabo do circuito a ser medido passa por dentro do indutor. (Fig.9) 3 – Para medir a resistência elétrica, utilizamos o ohmímetro O ohmímetro também pode ser analógico ou digital e o circuito a ser medido não pode estar energizado, como pode ser visto no exemplo, medindo a resistência da bobina do bico injetor. (Fig.11 a 13) Podemos também usar o ohmímetro para medir a resistência entre as bobinas do estator do alternador, mas que esteja totalmente desligada do conjunto retificador. (Fig.14)
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DO FUSCA AO TESLA
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O ohmímetro também pode ser analógico ou digital e o circuito a ser medido não pode estar energizado, como pode ser visto no exemplo, medindo a resistência da bobina do bico injetor. (Fig.11 a 13)
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16 14 Nas décadas de 70 e 80 era muito comum estes equipamentos estarem agregados aos painéis de veículos, principalmente nos modelos esportivos. (Fig.15 e 16) O equipamento que mais utilizamos na oficina é o multiteste ou multímetro, temos que ter atenção para escolher um que seja específico para o setor automotivo e que seja de precisão e ótima qualidade. (Fig.17) Teremos uma aula somente sobre este equipamento expli-
cando todas as suas funções. Se vamos usar um equipamento em separado para montar um painel ou se vamos usar o multímetro para somente fazer os testes nos circuitos, temos que ter em mente como ligar e quais grandezas iremos medir, não podemos usar um voltímetro com escala para 12v para ligar em um circuito de 24v, os medidores analógicos são mais rápidos pois não contam com o tempo do processamento do digital. A partir de hoje já podemos ver as diferentes grandezas elétricas e saber se estão com seus valores corretos ou não.
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IMAGEM DAS MONTADORAS 2022 12
Junho 2022 • oficinabrasil.com.br
Pesquisa mensura a percepção do maior vendedor de carros no Brasil Trazemos com exclusividade a 22ª edição da pesquisa IMAGEM DAS MONTADORAS elaborada pela CINAU. O consagrado estudo traz a percepção dos reparadores sobre as montadoras. O trabalho deste ano inovou ao avaliar a força de influência do reparador junto ao dono do carro na hora de compra um veículo e revela que mais de 50% das vendas de carros no Brasil foram influenciadas pelos reparadores independentes! Equipe CINAU
A
preferência do dono do carro pelos serviços das oficinas independentes fica evidente, entre outros indicadores, quando avaliamos o “índice de retenção”, ou seja, a capacidade da montadora de manter o dono do carro realizando as manutenções na sua rede de concessionárias. Ao analisarmos este indicador ele praticamente despenca, em média, mais de 80% uma vez findo o período da garantia, mostrando a fuga maciça do cliente da montadora (dono do carro) na direção da oficina independente. É claro que este indicador varia de montadora para montadora e em algumas marcas/linhas mais populares de veículos, o dono do carro abandona a concessionária mesmo antes do fim da garantia. Diante desta dinâmica de mercado ditada pela preferência do dono do carro, as 74 mil oficinas independentes do Brasil passam a exercer o crucial papel de pós-vendas das montadoras, porém de forma “terceirizada”. Todavia, apesar de “terceirizado” o pós-vendas continua exercendo seu determinante papel sobre o futuro da marca e seus produtos pois afeta diretamente seus clientes e como é natural, pode contribuir para o bem ou para o mal não só para a imagem da montadora e seus produtos mas afetar de forma significativa seu market share no médio e longo prazo. Aliás, em tempo de briga acirrada por pontos de participação de mercado lucra a montadora que investe no estudo sistemático do que acontece com seus produtos em seu pós-vendas terceirizado.
Este é sem dúvida um dos focos desta pesquisa que tem o condão de fornecer às montadoras evidências objetivas sobre o comportamento do “seu” pós-vendas terceirizado e se ele está trabalhando a favor ou contra o desempenho da empresa. Resumo da ópera: as oficinas independes têm um papel preponderante no ecossistema das montadoras, pois ajudam a plasmar sua imagem e de seus produtos como é o papel de qualquer aparato de pós-vendas e consequentemente influir no market share. Mas, qual a dimensão deste pós-vend as tercei r i zado no mercado automotivo brasileiro? Pesquisas envolvendo o compor tamento do dono do carro indicam que mais de 43,5 milhões de donos de carros são clientes das 74 mil oficinas independentes. Segundo estas mesmas pesquisas este milhões de donos de carros experimentam uma relação de confiança com seus reparadores, tal confiança gera um ciclo de influência, do profissional sobre o dono do carro que costuma conversar com seu técnico quase todos os assuntos que envolvem o automóvel, do combustível passando por pneus, lubrificantes e principalmente a experiência de manutenção/reparo com o a marca/modelo, afinal este é o papel do pós-vendas. O MAIOR VENDEDOR DE CARROS DO BRASIL Como dissemos no início desta matéria a pesquisa IMAGEM DAS MONTADORAS inovou ao buscar mensurar o poder de influência dos reparadores independentes junto ao dono do carro na hora da compra de um veículo novo ou usado.
Culturalmente todo o brasileiro sabe que a “conversinha” com o reparador de confiança é sempre levada em conta na hora de decidir a compra de um carro, porém este “comportamento cultural” nunca havia sido mensurado em pesquisa. Para conseguimos identificar o “quantum” de influência o reparador independente exerce uma função de “vendedor”, a equipe da CINAU incluiu duas perguntas no questionário da pesquisa deste ano. Foram elas: 1º. Seus clientes recorrem a você como um “consultor” sobre marcas e modelos na hora de comprar um carro novo ou usado? 2º. Caso positivo, quantas vezes ao mês você é abordado por algum cliente para ouvir sua opinião quando está comprando um carro novo ou usado? Resultados: 76% dos quase 1.000 profissionais ouvidos na pesquisa deste ano responderam que SIM à primeira questão e a média de consultas soma 13 episódios por mês. E s t a s i n for maç õ e s no s
permitem montar a seguinte equação: 74.000 oficinas no Brasil, 76% são consultadas pelos seus clientes na hora da compra de um carros 13 eventos por mês 12 meses e chegamos à incrível marca de 8,8 milhões de consultas no ano! Nú m e r o a b s u r d o? Nã o parece nada fora da realidade se compramos com os 15,1 milhões de carros usados comercializados em 2021 segundo a FENAUTO e os 1,97 milhões de carros novos vendidos segundo a FENABRAVE. Conclusão do estudo: em 2021 foram comercializados 17 milhões de carros no Brasil e mais da metade dessas negociações foram inf luenciadas pela opinião do reparador de confiança dos adquirentes desses veículos. Este número faz sentido? A prova da consistência desta informação parte do seguinte cálculo, hoje a chamada “frota reparável” ou seja o número de veículos cujos donos preferem os serviços das oficinas independentes monta 43,5 milhões
de carros, considerando que ca d a automóvel v isit a u ma oficina na média de 2 vezes ao ano, isso significa um total de 87 milhões de interações entre donos de carros e seus reparadores de confiança. E em meio dessas 87 milhões de interações em 76% nas das visitas, entre os assuntos abordados está a fatídica conversinha sobre que marca/carro comprar. Além de fazerem sentido os números falam por si provando que a CINAU reuniu evidências objetivas de que o maior vendedor de carros no Brasil é o reparador independente, pois este profissional de confiança do dono do carro influenciou 51% das decisões de compra de 17 milhões de veículos comercializados no Brasil em 2021! Se do ponto de vista quantitativo este dado impressiona, quando avaliamos que a relação do dono do carro com o reparador é calcada na confiança, ao mesmo tempo sabemos que o reparador independente não ganha qualquer bônus das montadoras por suas indicações, tudo isso o torna um vendedor isento e qualificado. Se nos colocarmos no lugar de um candidato à compra de um carro novo o semi-novo, quem tem mais credibilidade? O vendedor da concessionária? Este está fazendo o seu trabalho. Um amigo? Às vezes o amigo recomenda até por interesse próprio, pois não vai falar mal de seu próprio carro. A s deze n a s de i n f lue nce r s digitais e especializados na análise de veículos? A resposta para este grupo deixamos para os estudiosos das agências de publicidade que muito bem
IMAGEM DAS MONTADORAS 2022 elencam os prós e contras desses novos players do mercado de comunicação. Publicações e sites especializados? A esposa? Sim hoje as mulheres têm sua força de inf luência na hora da compra de um carro medida em pesquisas, porém considerando que quase 50% dos clientes das oficinas independentes são mulheres, esta conversinha com o reparador de confiança não é uma exclusividade masculina. Aliás, estudos realizados pela CINAU sobre o tema “manutenção preventiva” provou que as mulheres são mais sensíveis a esta abordagem, por parte do reparador de confiança do que os homens, de toda a forma esta informação serve para reforçar que homens e mulheres sofrem inf luência de seus reparadores de confiança quase na mesma proporção, pois ambos frequentam as oficinas em proporções quase equivalentes Uma coisa é certa, o reparador de confiança é a opinião mais isenta, pois este profissional, na solidão de sua oficina e seus desafios diários frente veículos de todas as marcas com pouco ou quase nenhum apoio das montadoras, não tem qualquer interesse ao recomendar ou não recomendar uma marca a não ser sua experiência de reparo e o sentimento sincero do que é “melhor para seu cliente”. RO E IRP, OS KPIS DO PÓS-VENDAS TERCEIRIZADO De forma muito resumida podemos dizer que o pós-vendas das montadoras tem como missão fidelizar o cliente na marca e oferecer ao departamento de engen haria um feedback do comportamento técnico dos modelos, pois sabemos que o grande campo de provas dos automóveis é a utilização no dia a dia dos milhões de proprietários. Pois ao terceirizar para a oficina independente o seu pós-vendas as montadoras perdem estas duas importantes conexões e a pesquisa IMAGEM DAS MONTADORAS, procura, ainda que de forma genérica, oferecer subsídios aos fabricantes sobre estes dois quesitos.
Reforçamos que a pesquisa IMAGEM DAS MONTADORAS é um estudo nacional e abrangente e seus resultados devem ser levados em conta c omo u m a ev idê ncia obje tiva, mas não ref letem um resultado cabal ou diagnóstico absoluto,tampouco regional. Do ponto de vista de recomendação não recomendação das montadoras, sintetizadas no indicador “IRO” (Indicador de Recomendação da Oficina). Avaliando este indicador na pesquisa deste ano podemos concluir que as montadoras Volkswagen, GM, Fiat, Toyota, Honda e Renault, estão com seus pós-vendas terceirizado trabalhando a favor da conquista de market share, e o grupo composto pelas marcas Mitsubishi, Hyundai, Nissan, Peugeot, Citroën, Jeep e Ford perdem participação de mercado no que depender dos “vendedores” oficinas nas independentes. Parte da justificativa para este posicionamento dos reparadores independentes é explicada pela análise dos quesitos chamado fatores “K”, que também são avaliados na pesquisa como: acesso a peças de reposição, relacionamento com a rede de concessionárias, preço das peças, reparabilidade dos modelos, etc. que podem ser lidos nas tabelas de resultados. Em relação à questão do feedback técnico sobre o comportamento da frota no pós-vendas terceir izado a pesquisa IMAGEM DAS MONTADOR AS revela um outro indicador que o IRP – Indice de Reparabilidade. Pa r a obt e nçã o de st e i ndicador a equipe da CINAU realização um levantamento no qual os reparadores manifestaram dificuldades na reparação dos veículos. Estas fontes são o FORUM OFICI NA BR ASIL e o CDI (Centro de Documentação de Informação) do SINDIREPA-SP, que é operado pelo Grupo Oficina Brasil. Nestes mecanismos ficam r eg i s t r a d o s e d e s c r it o s o s “eventos” envolvendo as dificuldades técnicas dos profis-
sionais com veículos de todas as marcas e foram solucionados de forma colaborativa no caso do FORUM OFICINA BRASIL ou informativa pelos consultores técnicos que operam o CDI. A equipe da CINAU compila estes registros de forma quantitativa. Para composição do IRP desta edição da pesquisa IMAGEM DAS MONTADORAS reuniu dados destas duas fonte e referentes aos últimos 24 meses. A fórmula é simples, e compara diretamente a frota circulante estimada da montadora “X”, com a quantidade de registros de dúvidas e dificuldades registradas nestes dois sistemas e envolvendo a mont adora “X”. Uma conta direta, assim quanto menor for o indicador isso significa que o “número de panes difíceis” é menor, já um IRP maior aponta para uma frota problemática do ponto de vista técnico na percepção dos reparadores independentes. Dada a complexidade e ineditismo dos dados apresentados a equipe da CINAU fica à disposição dos interessados em esclarecer dúvidas ou aprofundar o entendimento dos resultados. Para tanto basta entrar em contato no e-mail a seguir: cinau@ cinau.com.br . OS “FATORES K” A seguir apresentamos uma sinopse dos pr incipais quesitos que compõem os dados captados e sintetizados pela pesquisa: - IRO: Indicador de Recomendação da Oficina, que é resultados dos votos dos reparadores com uma ponderação ditada pelo “peso” dos chamados “fatores K” conforme descrito abaixo: - Confiança na marca: esta é uma avaliação direta, em que perguntamos quais as marcas em que ele mais confia ou menos confia; - Condições comerciais na concessionária: outras pesquisas da CINAU indicam que na hora de escolher o fornecedor, mais importante do que o preço
Junho 2022 • oficinabrasil.com.br é a “condição comercial” ou seja como o reparador será qualificado pela área de vendas; - Atendimento nas concessionárias: Assim como “condições comerciais” a qualidade do atendimento é vista pelo reparador como mais importante do que o preço na hora de definir o fornecedor; - Facilidade de reparação: neste quesito a pesquisa avalia a percepção do reparador em relação aos procedimentos de manutenção corretiva e preventiva do modelo. O resultado depende muito do projeto de engenharia do veículo, no qual alguns são mais outros menos “amigáveis” na hora de reparar; - Treinamento e palestras: o reparador valoriza muito o acesso à infor mação of icial da montadora e a forma mais valorizada é por meio de treinamentos e palestras oficiais da montadora e dirigidas ao reparador independente; - Disponibilidade de peças: neste item é possível medir a percepção do reparador sobre a facilidade de conseguir peças dos modelos, porém esta percepção não se limita à rede de concessionárias da montadora, mas sua experiência de maneira geral, incluindo os fornecedores independentes; - Sites das montadoras: com o advento da internet o reparador passou a ter acesso a inúmeras fontes de informação técnica, mas os sites das montadoras são valorizados quanto mais forem “personalizados” para o prof issional independente; - Acesso a informações técnica oficiais: aqui a pesquisa procura medir como o reparador está percebendo a comu nicação d a mont adora em relação a material técnico of icial, seja pelo site, bulas técnicas, impressos, etc... - Preço das peças: apesar do preço das peças representar o quar to ou quinto fator de decisão de escolha da marca e fornecedor, esta percepção também é avaliada de forma “geral”, pois não restringe a análise ao preço praticado pelas concessionárias das montado-
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ras, mas inclui os fornecedores independentes; - Percentual de compra nas concessionárias: este indicador é novo e procura oferecer às montadoras uma percepção dos resultados de seus esforços para avançar no bilionário mercado de peças de reposição. Como dissemos este dado é novo e certamente está tendo seu resultado distorcido nesta primeira mensuração em função da falta de peças provocada pela pandemia. - IRP – Indicador de Reparabilidade: já explicado acima. Aqui cabe esclarecer que a pesquisa deste ano sofreu com os impactos da pandemia, que ainda afeta o funcionamento do aftermarket como um todo principalmente na disponibilidade de peças, preços, etc. Para aqueles que acompanham o trabalho anualmente a equipe da CINAU reforça que a pesquisa IMAGEM DAS MONTADORAS na edição de 2019 mudou sua metodologia em função do crescimento na par ticipação de mercado de novas marcas, aliás foi por isso que a “novata” Jeep foi incluída no estudo deste ano, afinal uma boa parcela destes veículos tem proprietários que trocaram a concessionária pelo oficina independente na hora da manutenção Para finalizar observamos movimentos significativos resultados do encerramento das plantas da FORD no Brasil, fechamento de concessionárias, a incor poração da PSA pela Stellantis, enf im uma série de fatores que mexeram com a “estabilidade” do mercado e seus impactos na percepção das oficinas independentes. IMPORTADOS, O PRÓXIMO CAPÍTULO Como o material da pesquisa IMAGEM DAS MONTADORAS deste ano acabou ficando muito extenso decidimos revelar na próxima edição da mala-direta OFICINA BRASIL os resultados envolvendo os carros importados. Aguarde!
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IMAGEM DAS MONTADORAS 2022
RANKING
Acesso a Informações Técnicas
2022
RANKING
Junho 2022 • oficinabrasil.com.br
Atendimento nas Concessionárias
2022
1º
VOLKSWAGEN
35,25%
1º
VOLKSWAGEN
17,90%
2º
FIAT
15,53%
2º
FIAT
14,39%
3º
GM
13,11%
3º
GM
13,78%
4º
MITSUBISHI
0,10%
4º
HONDA
7,53%
5º
RENAULT
-1,40%
5º
TOYOTA
4,58%
6º
PEUGEOT
-1,61%
6º
HYUNDAI
0,76%
7º
CITROËN
-2,01%
7º
MITSUBISHI
-1,32%
8º
FORD
-4,10%
8º
JEEP
-1,63%
9º
TOYOTA
-9,42%
9º
NISSAN
-3,61%
10º
HONDA
-9,82%
10º
RENAULT
-8,44%
11º
HYUNDAI
-10,93%
11º
CITROËN
-11,50%
12º
NISSAN
-12,30%
12º
PEUGEOT
-15,21%
13º
JEEP
-12,40%
13º
FORD
-17,24%
2022
RANKING
19,13%
1º
VOLKSWAGEN
RANKING
Condições Comerciais nas Concessionárias
Confiança na Marca
2022
1º
VOLKSWAGEN
2º
FIAT
15,46%
2º
GM
13,55%
3º
GM
14,04%
3º
TOYOTA
12,23%
4º
HONDA
5,80%
4º
HONDA
10,77%
5º
TOYOTA
3,51%
5º
FIAT
10,52%
6º
HYUNDAI
-0,05%
6º
HYUNDAI
1,95%
7º
MITSUBISHI
-1,48%
7º
RENAULT
-2,20%
8º
JEEP
-1,68%
8º
NISSAN
-6,92%
9º
NISSAN
-3,51%
9º
MITSUBISHI
-9,04%
10º
RENAULT
-7,32%
10º
PEUGEOT
-9,48%
11º
CITROËN
-11,04%
11º
CITROËN
-10,23%
12º
PEUGEOT
-15,06%
12º
JEEP
-12,80%
13º
FORD
-17,80%
13º
FORD
-16,26%
2022
RANKING
Preço de Peças de Modo Geral
2022
RANKING
Disponibilidade de Peças em Modo Geral
17,91%
1º
VOLKSWAGEN
22,56%
1º
VOLKSWAGEN
23,12%
2º
GM
19,05%
2º
GM
19,11%
3º
FIAT
15,52%
3º
FIAT
17,65%
4º
HONDA
4,55%
4º
HONDA
0,61%
5º
TOYOTA
1,96%
5º
HYUNDAI
-0,38%
6º
HYUNDAI
-2,63%
6º
TOYOTA
-0,39%
7º
MITSUBISHI
-2,82%
7º
MITSUBISHI
-2,76%
8º
RENAULT
-4,37%
8º
RENAULT
-4,65%
9º
NISSAN
-8,76%
9º
JEEP
-9,01%
10º
JEEP
-9,18%
10º
NISSAN
-10,14%
11º
PEUGEOT
-9,73%
11º
CITROËN
-10,43%
12º
CITROËN
-11,54%
12º
PEUGEOT
-10,62%
13º
FORD
-14,61%
13º
FORD
-12,11%
16
IMAGEM DAS MONTADORAS 2022
RANKING
Facilidade de Reparação - Mecânica mais "amigável"
2022
RANKING
Junho 2022 • oficinabrasil.com.br
Site Exclusivo para Reparador
2022
1º
GM
24,10%
1º
VOLKSWAGEN
25,81%
2º
VOLKSWAGEN
23,20%
2º
GM
18,85%
3º
FIAT
13,48%
3º
FIAT
13,92%
4º
HONDA
2,00%
4º
MITSUBISHI
2,83%
5º
TOYOTA
1,63%
5º
RENAULT
1,91%
6º
HYUNDAI
-2,88%
6º
CITROËN
1,77%
7º
RENAULT
-3,50%
7º
PEUGEOT
1,56%
8º
MITSUBISHI
-4,02%
8º
FORD
1,01%
9º
FORD
-6,11%
9º
HONDA
10º
JEEP
-10,10%
10º
HYUNDAI
11º
PEUGEOT
-11,70%
11º
JEEP
12º
CITROËN
-12,60%
12º
NISSAN
13º
NISSAN
-13,50%
13º
TOYOTA
2022
RANKING
RANKING
Treinamentos e Palestras Técnicas
Não se Aplica*
COMPRA DE PEÇAS NA CONCESSIONÁRIA
2022
1º
VOLKSWAGEN
25,33%
2º
GM
21,30%
3º
FIAT
21,02%
4º
HONDA
6,34%
5º
TOYOTA
5,63%
6º
HYUNDAI
4,34%
HYUNDAI
7º
CITROËN
3,87%
7º
MITSUBISHI
8º
FORD
3,83%
8º
JEEP
9º
RENAULT
3,09%
9º
NISSAN
10º
PEUGEOT
1,70%
10º
RENAULT
11º
MITSUBISHI
1,53%
11º
CITROËN
12º
NISSAN
1,25%
12º
PEUGEOT
13º
JEEP
0,78%
13º
FORD
1º
VOLKSWAGEN
57,81%
2º
FIAT
4,35%
3º
GM
1,23%
4º
HONDA
5º
TOYOTA
6º
pulsodoaftermarket.com.br
Não se Aplica
Total Geral
Acompanhe o desempenho do setor de reposição assinando o relatório quinzenal que se tornou indispensável para os tomadores de decisões no aftermarket.
100%
IMAGEM DAS MONTADORAS 2022
Junho 2022 • oficinabrasil.com.br
17
Informação do SINDIREPA-BR e FORUM OFICINA BRASIL. Neste gráfico sobreposumemos as duas curvas para tornar mais “visual” as evidências sobre a percepção do reparador independente. Assim, os números na escala à esquerda indicam os valores observado no IRO. Já os números na escala à direita indicam os valores no IRP. Para interpretar a curva do IRP leve em consideração que quanto maior o valor obtido pela marca, pior sua avaliação das montadoras. Já no IRO, quanto menor o valor, pior sua avaliação. TAIL WINDS AND HEAD WINDS
TABELA IRO
DADOS TÉCNICOS
RANKING FINAL
TABELA FINAL DE IRO
2019
2020
2022
1º
VOLKSWAGEN
13,72%
13,92%
14,90%
2º
GM
6,04%
6,68%
6,81%
3º
FIAT
5,31%
4,17%
4,45%
4º
TOYOTA
-0,03%
-0,12%
2,10%
5º
HONDA
-0,89%
-1,21%
1,60%
6º
RENAULT
-1,10%
1,91%
0,80%
7º
MITSUBISHI
-1,48%
-1,12%
-1,01%
8º
HYUNDAI
-4,71%
-6,73%
-3,26%
9º
NISSAN
-4,03%
-7,81%
-3,45%
10º
PEUGEOT
-2,45%
-2,15%
-4,17%
11º
CITROËN
-3,88%
-3,52%
-4,56%
12º
JEEP
-
-
-6,57%
13º
FORD
-0,52%
-0,46%
-7,64%
Estes dados indicam a posição final das montadoras, fruto da síntese e ponderações dos resultados obtidos nos “fatores K”. O gráfico indica da montadora mais recomendada até a menos recomendada e seu percentual de vendedores ou desfazedores de negócios entre as oficinas independentes. IRO X IRP Neste gráfico fazemos uma comparação por meio da sobreposição das curvas (IRO-IRP) do comportamento da percepção do pós-vendas terceirizada das montadoras. Lembrando que a curva do IRO – Indicador de Recomendação da Oficina, é fruto da tabela ao lado (IRO). Já o IRP – Indicador de Reparabilidade Percebida – é fruto da razão entre o número da frota “reparável” estimada de cada montadora dividido pelo número de ocorrências em nossos sistemas de auxílio técnico ao reparador independente. São eles o CDI – Centro de Documentação e
Os dados da pesquisa IMAGEM DAS MONTADORAS oferecem uma boa visão, ainda que geral, da atuação dos pós-vendas terceirizados das montadoras e seus neutrais impactos na “vida” dessas empresas. Este ano inovamos provando que 50% das vendas de carros (novos e seminovos) aconteceu sob a influência do reparador independente. Por outro lado, a pesquisa não tem o condão de indicar quantos negócios foram facilitados ou inviabilizados por ações destes profissionais que são os maiores vendedores de carros. Por levantamentos anteriores sabemos que quando um reparador desaconselha uma compra ele costuma ser mais “cerebral”, pois emite sua opinião baseado na experiência prática de reparo. Já quando recomenda, às vezes mistura um pouco sua própria expectativa, o que o torna menos contundente. Também o candidato a um carro novo pode ouvir seu conselheiro e tomar outra decisão, o importante é que a pesquisa IMAGEM DAS MONTADORAS oferece um cenário claro das montadoras que aproveitam “tail winds” e as que navegam sob condições adversas dos “head winds” de seus pós-vendas terceirizados.
A pesquisa Imagem das Montadoras é um estudo de mercado anual e autofinanciado realizado pela CINAU – Central de Inteligência Automotiva desde 2000. A edição 2022 foi realizado entre os dias 23 de março de 2022 a 01 de abril de 2022. A participação foi aberta a profissionais reparadores qualificados e constantes da base de relacionamento do Grupo Oficina Brasil, que corresponde a 71% das oficinas de linha leve e comercial leve existentes no País. Ao todo recebemos 983 participações válidas. A amostra é nacional e obedece à proporcionalidade de distribuição da frota circulante de veículos leves e comerciais leves. Para uma pesquisa considerando a população de 74 mil oficinas (último censo do setor) a amostra necessária é de 383 para que seja garantida uma margem de erro equivalente a 5% (para mais e para menos) e um intervalo de confiança de 95%. Como a amostragem foi superior como explicamos acima a pesquisa confere intervalo de confiança de 95% e margem de erro de 3,11%. Os reparadores entrevistados não receberam qualquer estímulo pecuniário, sendo a participação 100% espontânea de profissionais qualificados e interessados em contribuir para este trabalho que em última análise traduz sua experiência com os produtos das montadoras e seus dealers.
EVENTO
18
Junho 2022 • oficinabrasil.com.br
AUTOPROMOTEC: Uma das principais feiras interncacionais volta com força total Da Redação
T
rês anos tinham se passado desde a última feira Autopromotec e foi com muito destaque que marcamos presença nesse grande evento do aftermarket mundial que voltou ao modo presencial. A feira tem como missão levar conhecimento técnico e mostrar novas tecnologias, além de ser uma oportunidade de conhecer o que as grandes empresas do setor estão desenvolvendo e ampliar sua lista de network com novas empresas e profissionais da área. A Autopromotec representa um importante evento para a cadeia de aftermarket e, consequentemente, um compromisso fundamental para quem trabalha no setor. Hoje, é considerada uma referência internacional, pois durante a feira as grandes marcas podem exibir seus catálogos e novidades de componentes, e os participantes podem assistir a palestras técnicas e fazer reuniões de negócios. Uma feira completa.
Três anos tinham se passado desde a última feira Autopromotec e foi com muito destaque que marcamos presença nesse grande evento do aftermarket mundial que voltou ao modo presencial.
Oficina Brasil
A 29ª edição da feira aconteceu entre os dias 24 e 28 de maio, em Bolonha (Itália), repleta de lançamento, novidades técnicas e muitas palestras provando vigor e renovação no período pós pandemia
ELEITA A MARCA DE LUBRIFICANTES MAIS LEMBRADA E CONFIÁVEL PELOS MECÂNICOS EM 2022!
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20
EVENTO
Junho 2022 • oficinabrasil.com.br
A Autopromotec representa um importante evento para a cadeia de aftermarket e, consequentemente, um compromisso fundamental para quem trabalha no setor.
Com mais de 1.300 empresas expositoras numa área de exposição de 141.000 m2, a Autopromotec 2022 teve 42 países representados. O mapa do evento foi dividido em 15 pavilhões, com empresas agrupadas por categoria de produto. O segmento das autopeças, tanto de leves e pesados e componentes ficou nos pavilhões 14, 16, 18 e 21. Já os equipamentos para oficinas tanto de mecânica como funilaria estavam alojados nos pavilhões 19 e 29. Por sua vez as áreas 28 e 29 eram dedicadas aos lubrificantes e a de número 30, aos equipamentos de diagnóstico, enquanto no hall 26 e em parte do 29 havia equipamentos e produtos para carroçaria. Na entrada da feira, o visitante era imediatamente destinado a área chamada de “Futurmotive Experience”, uma instalação integrativa, composta de imagens, luzes, sons e palavras –, destacando as tendências mais importantes para os negócios do futuro. Seguindo o acesso a área de exposição o participante é levado ao “Futurmotive Talks”, um extenso programa de seminários e workshops internacionais que sempre foi característico da Autopromotec. A programação dos destes eventos envolveu temas como o protagonismo da inovação tecnológica, sustentabilidade, os
desafios do carro elétrico e o que esperar do aftermarket no futuro. Na abertura do evento exclusivo a imprensa internacional estiveram presentes autoridades como Luigi Di Maio, Ministro das Relações Exteriores da Itália, Stefano Bonaccini, Presidente da região Emilia-Romagna, Carlo Maria Ferro, Presidente da Agência Italiana de Comércio e Investimento, Paolo Scuderi, Presidente da Associação Nacional da Cadeia Produtiva da Indústria Automobilística (ANFIA), Gianpiero Calzolari, Presidente da BolognaFiere, Stefano Carloni, Presidente da Associação Italiana de Reformadores de Pneus (AIRP), Mauro Severi, Presidente da Associação de Fabricantes de Equipamentos Automotivos (AIRCA), Michelle Crisci, Presidente e CEO da Volvo Car Italia e Renzo Servadei, CEO da Autopromotec.
Com mais de 1.300 empresas expositoras numa área de exposição de 141.000 m2, a Autopromotec 2022 teve 42 países representados.
O porta voz deste ato de “inauguração” Renzo Servadei, CEO da Autopromotec deu boas-vindas aos visitantes da feira e destacaram a importância do evento principalmente após a pausa devido a pandemia e a pujança deste retorno ocupando praticamente todas as instalações da BologinaFiera prova quão forte e resiliente é o aftermarket automotivo.
DESTAQUE BRASILEIRO Em meio à enorme crise sanitária experimentada nos últimos anos, mais uma vez o mercado de reposição mostrou sua resiliência nos principais mercados. No evento “Reunião Internacional de Aftermarket Automotivo” foram apresentados dados comprovando o crescimento do mercado de reposição em diversos países. De acordo com os palestrantes, a verdade é que o aftermarket automotivo é um ambiente de negócios privilegiado em comparação com tantos outros setores da economia. O Brasil foi destacado e reconhecido como um “país movido sobre rodas não só por carros, mas principalmente por caminhões, ônibus e mo-
tos compondo um mercado muito atrativo. Este reconhecimento chamou nossa atenção pois o aftermarket brasileiro foi colocado as quatro maiores potências do aftermarket mundial, que são EUA, Alemanha, Inglaterra, Brasil e China. Tal reconhecimento é motivo de orgulho para nós brasileiros principalmente num momento em que nosso país é tão desacreditado pela imprensa local. Os analistas afirmam que as oficinas não ficaram paradas e foram atrás de serviços, introduziram os sistemas de leva e traz, fizeram mudanças para contornar a inadimplência, alinharam-se com fornecedores, enfim, fizeram todo um movimento para superar a crise, exatamente como observamos no Brasil.
INFORME PUBLICITÁRIO
AUTOPAR 2022 REGISTRA NÚMEROS RECORDES A 10ª EDIÇÃO DA FEIRA DE FORNECEDORES DA INDÚSTRIA AUTOMOTIVA (AUTOPAR) ACONTECEU NA EXPOTRADE PINHAIS EM CURITIBA. O EVENTO SURPREENDEU PELOS NÚMEROS: FORAM MAIS DE 600 MARCAS E 67 MIL VISITANTES!
A Autopar – Feira de Fornecedores da Indústria Automotiva – chegou à sua 10ª edição, que aconteceu durante os dias 11 a 14 de maio no Expotrade Pinhais em Curitiba (PR). Em duas décadas, a Autopar projetou-se como evento de alcance internacional no que diz respeito tanto ao universo expositor, que hoje soma mais de 600 marcas espalhadas em 30 mil m² de área coberta, quanto à visitação, que foi de 67 mil profissionais oriundos de todos os estados brasileiros e de outros 15 países. A Autopar se tornou uma das maiores feiras do segmento no país. É um importante meio para o reparador acompanhar os lançamentos de equipamentos e ferramentas e tirar suas dúvidas com fabricantes de autopeças. Após uma difícil crise sanitária e diante de um difícil cenário econômico que o país vivencia, a feira comprovou que o mercado automotivo continua em constante
crescimento e cada vez mais forte. Uma análise mais detalhada do evento revelou que o público feminino nessa edição ultrapassou os 18% do total de presentes. Todos os estados, bem como o Distrito Federal, tiveram representantes circulando durante os quatro dias de feira, o que demonstra a força e potência do evento. Outro número que impressionou os organizadores foi o da presença de compradores internacionais: foram 16 nacionalidades registradas, sendo que Paraguai, seguido de Argentina, Bolívia e, Venezuela, foram os que mandaram maiores contingentes. Outro destaque foi o número crescente de caravanas. Nesta edição da feira, além de ônibus e vans do Paraná, de Santa Catarina, do Rio Grande do Sul e de São Paulo, reunindo mais de duas centenas de veículos. Além de três caravanas reunindo empresários paraguaios, confirmando o alcance internacional
da feira, notadamente junto a agentes que atuam no outro lado das fronteiras. Em sua vasta área, a organização da Autopar destinou um espaço exclusivo para reuniões de negócios, a fim de favorecer ao máximo os participantes e as marcas. Vale destacar que nessa edição a Autopar registrou um volume expressivo de profissionais ligados ao comércio de autopeças, sendo que 6% se declararam atacadistas, 14% distribuidores e mais de 13% lojistas. Além disso, dentro do universo da reparação, os autocenters ganharam mais espaço e totalizaram 19% dos visitantes da feira. Eventos como esse só demonstram a força e retomada cada vez mais forte e consolidada do setor, que, mesmo após uma pausa, continua crescendo e está mais forte ainda, preparado para novas demandas e técnicas.
A busca contínua de inovação sempre foi nossa marca. Agora, nosso trabalho e esforço estão reconhecidos pela conquista da Certificação ISO 9001. Quando é pra valer, tem Biagio Turbos!
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EM BREVE NA SUA OFICINA
Junho 2022 • oficinabrasil.com.br
A picape Chevrolet S10 High Country é um modelo derivado da Colorado americana Antonio Gaspar de Oliveira
A
lguns podem até pensar que as pessoas do interior e que atuam no setor agrícola são pessoas atrasadas e que usam veículos sem FICHA TÉCNICA CHEVROLET S10 HIGH COUNTRY Transmissão Acoplamento: Conversor de torque Câmbio: Automático Código do câmbio: 6L50 Quantidade de marchas: 6 Tração: Integral temporária Motor Alimentação: Injeção direta Aspiração: Turbocompressor Cilindrada: 2776 cm³ Cilindros: 4 em linha Código do motor: XLD28 Comando de válvulas: Duplo no cabeçote, correia dentada Curso do pistão: 100 mm Diâmetro do cilindro: 94 mm Disposição: Longitudinal Instalação: Dianteiro Peso/potência: 10,5 kg/cv Peso/torque: 41,2 kg/kgfm Potência específica: 72,0 cv/litro Potência máxima: 200 cv a 3600 rpm Razão de compressão: 16,5:1 Válvulas por cilindro: 4 Altura: 1839 mm Ângulo central: 25,7 graus Ângulo de entrada: 30,7 graus Ângulo de saída: 16,1 graus Bitola dianteira: 1570 mm Bitola traseira: 1570 mm Carga útil: 1049 kg Comprimento: 5408 mm Distância entre-eixos: 3096 mm Largura: 1874 mm Peso: 2101 kg Porta-malas: 1061 litros Tanque de combustível: 76 litros Vão livre do solo: 228 mm Altura do flanco: 159 mm Dianteiros: 265/60 R18 Estepe: 265/60 R18 Traseiros: 265/60 R18 Dianteira: Independente, braços sobrepostos Elemento elástico: Feixe de molas semielípticas Traseira: Eixo rígido Freios Dianteiros: Disco ventilado Freios Traseiros: Tambor Autonomia Rodoviária (D): 806 km Autonomia Urbana (D): 661 km Consumo Rodoviário (D): 10,6 km/l Consumo Urbano (D): 8,7 km/l
conforto ou avanços tecnológicos, pois estão muito enganados porque eles utilizam veículos e equipamentos com muito mais tecnologia que a maioria dos carros utilizados nos grandes centros urbanos. A GM sabe disso e está utilizando mais uma estratégia focada no público do setor agrícola, que pode se interessar pela picape porque usa um nome relacionado com a atividade do campo. Não basta atribuir um nome, é preciso que o veículo ofereça condições atrativas específicas deste setor e para isso a GM investiu em tecnologia de conectividade e navegação, além de reforços estruturais para tornar a picape mais rígida para aguentar os esforços exigidos pelos terrenos irregulares, que é o mais comum nas áreas rurais. (Fig.1 a 3) O motor turbo diesel, de 2.8 litros e 51 kgfm de força, está equipado com o mesmo modelo de turbina que também é aplicada na picape Colorado americana e na High Country tem o recurso para ligar o motor com o controle remoto e para isso, basta acionar o botão para travar as portas, acionar o botão circular e segurar até o motor ligar, quando o motor é ligado remotamente, o ar-condicionado também será ativado. Este sistema só permite ligar duas vezes e para desligar o motor, basta apertar o botão circular. (Fig.4) Somando ao pacote tecnológico da High Country, temos a câmera no retrovisor, que auxilia nos avisos de colisão, faz a leitura de faixas nas ruas e estradas e tem o sistema de frenagem autônoma, que fica ativo entre 8 a 80 km/h, câmera de ré com gráficos para auxílio em manobras, alerta de
Fotos: Gaspar
O nome High Country vem pela necessidade de ampliar o mercado desde modelo para o setor agrícola brasileiro, que aplica tecnologias avançadas nos tratores, colheitadeiras e implementos hidráulicos
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1
2
baixa pressão dos pneus, controle eletrônico de estabilidade e tração, controle de velocidade em declive, transmissão manual e automática, ambas de seis velocidades, além de dois tipos de tração, 4x2 e 4x4, com reduzida e seletor eletrônico, direção com assistência elétrica progressiva, banco com ajuste elétrico, acendimento automático dos faróis, sensor de chuva, luz de condução diurna em LED, sensor de estacionamento dianteiro. O alerta de colisão frontal é outro equipamento bastante útil no dia a dia. Por meio dele, o motorista pode estabelecer eletronicamente uma distância mínima em relação ao veículo à frente, podendo, por exemplo, ser alertado caso o outro automóvel sofra uma redução de velocidade repentina. Além de luzes vermelhas piscarem na base do para-brisa, um alarme soa pelos alto-falantes da picape. (Fig.5 e 6)
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3
Versão mais exclusiva, a High Country traz ainda grade dianteira com acabamento personalizado, estribos laterais, rodas exclusivas, frisos
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EM BREVE NA SUA OFICINA
6 cromados na base dos vidros das portas além de um robusto santo antonio, especialmente projetado para integrar a caçamba. A peça acompanha uma capota marítima rígida. Resumindo, a caminhonete tradicional, que era usada na roça e nas fazendas, deu lugar às picapes modernas e tecnológicas, que podem ser utilizadas tanto na cidade como no campo, com conforto e muita tecnologia. OFICINAS A Fonsecar é uma empresa de manutenção e reparação de veículos diesel com muitos anos de experiência e consciente da importância da boa qualidade do ar da cidade de São Paulo, segue os padrões rígidos estabelecidos pela Cetesb, que é o órgão ambiental do estado de São Paulo. Chegando na oficina é possível ver uma faixa na parede informando:
ESTA EMPRESA FAZ PARTE DO PROGRAMA PARA A MELHORIA DA MANUTENÇÃO DE VEÍCULOS DIESEL. A BOA QUALIDADE DO AR DEPENDE TAMBÉM DE VOCÊ!
São poucas oficinas que trabalham seguindo os padrões de manutenção e mantendo os níveis de emissões de poluentes dentro das tolerâncias para garantir a redução de poluição na cidade e no estado de São Paulo. O Mauricio e o Vladimir representam a segunda geração na oficina e logo que viram a picape, abriram a porta do passageiro para ver uma etiqueta amarela com a informação do limite de opacidade (fumaça), essa curiosidade é muito natural para quem faz manutenção de veículos diesel e se preocupa com os poluentes, como eles disseram, não basta consertar, tem que deixar dentro dos padrões para o veículo não ser multado. (Fig.7) Na SM (Santana Motores), o Sergio ficou feliz em poder participar da matéria com a sua avaliação, mesmo não sendo um especialista em veículos diesel, mas ele disse que dá para fazer alguns serviços nas picapes, independentemente do tipo de motor que estiver equipada. A SM está de casa e endereço novos e o Sergio está em uma nova fase de atendimento mais focado em clientes que querem seus veículos sempre bem cuidados, sem ficar perturbando o dono da oficina para pegar o carro o mais rápido possível. O trabalho é feito com agendamento e o cliente fica sabendo dos procedimentos e com isso o Sergio consegue se concentrar nos serviços, diagnosticando, fazendo os reparos e entregando o carro dentro do prazo combinado. (Fig.8)
A Chevy Auto Center é uma das primeiras oficinas especializadas na linha GM e tudo começou com o fechamento de uma concessionária bem tradicional na zona oeste da cidade de São Paulo, a Pompéia veículos. Na mesma região em 2004, alguns dos ex-funcionários da concessionária Pompéia Veículos tomaram uma decisão e se juntaram para abrir uma oficina especializada Chevrolet com a intenção de dar continuidade no atendimento dos clientes da marca. A ideia deu certo e a Chevy continua em atividade, mesmo com algumas mudanças e atualmente quem está à frente da oficina é o Donizeti e o seu filho Bruno. As atividades foram ampliadas para outras marcas além da GM, porque o mercado está cada vez mais competitivo e não dá para dispensar serviço só porque é de outra marca. (Fig.9 e 10) PRIMEIRAS IMPRESSÕES Em uma oficina acostumada a atender caminhões, a picape S10 High Country parecia um carro de passeio, mas por ser um veículo diesel, logo virou atração para o Vladimir e para o Mauricio, que já foram entrando para ver o interior do carro, mas a curiosidade maior estava debaixo do capô, que eles abriram para ver o motor turbo diesel de 200 cavalos. Depois de uma boa olhada nos detalhes do carro, a dupla da Fonsecard gostou do visual que lembra o estilo das picapes americanas e eles acertaram porque nos Estados Unidos tem a picape Colorado, que compartilha o visual e alguns componentes. (Fig.11) O Donizeti, que é especializado em GM, ficou empolgado porque era a primeira High Country que tinha entrado na oficina dele. Sem perder tempo, foi olhando como era a suspensão, a caçamba que tem um amortecedor para facilitar a abertura da tampa traseira, mas não resistiu à curiosidade e entrou na picape, só para
Junho 2022 • oficinabrasil.com.br
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EM BREVE NA SUA OFICINA
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sentir o prazer de estar ao volante da nova S10. Pensando como dono do carro, não dá para negar que a picape ficou mais bonita, mas para quem está na oficina, o que mais interessa é a manutenção do carro, se é fácil ou difícil, que no caso da High Country parece ser bem tranquilo fazer os serviços mais corriqueiros como freio, suspensão e troca de óleo, concluiu o Donizeti. (Fig.12) O Sergio, quando viu a S10 parada na oficina, já ficou preocupado com o espaço que uma picape ocupa, caso tivesse que fazer um serviço em um carro deste tamanho, mas isso foi apenas um detalhe, pois o que ele queria mesmo era descobrir as novidades da picape. Por ser um veículo diesel, é natural que se tenha alguns cuidados porque não é um tipo de carro que está todo dia na oficina e é justamente isso que aumenta mais ainda a curiosidade para conhecer a picape que ficou com um visual mais moderno. Na opinião do Sergio, a GM acertou nas mudanças no visual porque os carros estão se tornando globais e se os americanos gostam deste estilo, nós aqui no Brasil também gostamos. (Fig.13) AO VOLANTE
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Não dá para resistir à vontade de acelerar uma picape nova com motor de 200 cavalos esperando para ser ligado e sair pelas estradas, pois foi esta reação do Vladimir e do Mauricio. Como a Fosecard está próximo da rodovia Anhanguera, eles não pesaram duas vezes para aproveitar ao máximo a oportunidade de testar a S10 High Country no local mais apropriado que é a estrada. Para eles, a vontade era de rodar uns 100 quilômetros, mas os serviços na oficina falam mais alto e retornamos depois de uns 10 km, que foi o suficiente para perceber o bom desempenho do motor turbo diesel de 200 cavalos e 51 kg de torque. Próximo da oficina e em ruas mais íngremes, deu até para testar o sistema de con-
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17 trole de descida e também na subida foi testado o assistente de rampa, que impede o carro de voltar quando está parado em um semáforo. (Fig.14 e 15) O Donizeti, com toda atenção que oferece aos carros da GM, saiu pelas ruas mais tranquilas na região da oficina Chevy Auto Center, conduzindo a picape com todo cuidado e aproveitando todo o desempenho e conforto do carro. Por ser um carro grande, passa a impressão que é mais difícil dirigir ou até mais pesado nas manobras, mas a nova S10 mostrou exatamente o contrário, pois passa segurança por ser mais alta e ao mesmo tempo oferece muita leveza na condução, auxiliado pela direção elétrica e pelo câmbio automático, para o Donizeti a High Country é um
carro de passeio, só um pouquinho maior que os outros. (Fig.16) Na SM, o Sergio ajustou o banco da S10 e já foi acelerando pelas ruas e logo percebeu o conforto de um carro grande como a picape, pois a fama é de um carro mais duro que é feito para o trabalho e sempre carregada, no entanto, mesmo vazia, a High Country oferece conforto de carro de passeio e a robustez de uma picape de duas toneladas. O carro certamente foi projetado para agradar quem for usar na cidade e também para o campo, onde as vezes não tem estradas pavimentadas e mesmo em ambientes diferentes, a picape tem que atender às expectativas de desempenho e conforto, finalizou o Sergio que estava satisfeito com a nova picape da GM. (Fig.17)
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A nova geração do motor turbo diesel de quatro cilindros de 2,8 litros foi projetada na Europa e nos Estados Unidos, com aplicação global como um de seus objetivos de desenvolvimento, visando aplicações na picape Colorado, Trailblazer SUV e posteriormente na S10. Este motor oferece potência de 11% e torque de 6% mais, enquanto consome menos 4,3% de combustível e é compatível com Euro-4, podendo ser atualizado para atender aos padrões de emissão Euro-5, -6 e dos EUA. O 2.8L tem várias peças novas, incluindo um novo turboalimentador de geometria variável refrigerado a água, um novo sistema de injeção de combustível Common Rail de alta pressão, um novo sistema de recirculação de gases de escape (EGR), um novo coletor de ad-
missão, um novo cabeçote, um novo bloco de cilindros; uma nova unidade de eixo balanceador; e um novo Módulo de Controle do Motor (ECM). A bomba de combustível de alta pressão e o sistema Common Rail do motor Duramax de segunda geração operam com pressões de até 2.000 bar, permitindo maior eficiência do motor. O turbo de geometria variável aprimorado incorpora um sistema de refrigeração a água na carcaça da turbina para reduzir o calor ao operar em altas velocidades e carga total. Esse recurso estende a vida útil do turbo e do motor. (Fig.18) O novo sistema EGR diminui as emissões de NO x reduzindo a temperatura de carga e reduzindo os níveis de excesso de O2 na câmara de combustão. O novo motor Duramax usa uma válvula EGR elétrica para maior precisão e um resfriador EGR maior para reduzir ainda mais a
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temperatura dos gases de escape recirculado. (Fig.19) O novo motor usa um coletor de admissão aprimorado, mais leve e de maior eficiência, o que ajuda a melhorar o desempenho geral do motor. O coletor de admissão redesenhado e aprimorado permite maior recirculação dos gases de escape e aumenta a eficiência da admissão de ar. O coletor, em conjunto com o novo sistema EGR, ajuda a reduzir as emissões. Um cabeçote aprimorado tem uma porta de escape maior e passagem de água para aumentar a eficiência do resfriamento. O novo motor vem com um canal de distribuição de óleo aprimorado para aumentar o suprimento de lubrificante no cabeçote, que ficou mais leve e melhorou a eficiência geral do motor. O bloco de cilindros tem um novo projeto de jaqueta de água e circuito de resfriamento que ajuda a melhorar a troca de calor. O novo bloco de cilindros também é mais leve e junto com a nova unidade do eixo de balanceamento, reduz a vibração e o ruído causados pelo virabrequim, o que contribui para melhorar a eficiência do veículo. Módulo de controle do motor (ECM) recebeu um novo software desenvolvido pela equipe de engenharia da GM para uma resposta mais rápida, maior eficiência e precisão do controle geral do motor. O motor de segunda geração oferece melhor economia de combustível, desempenho e emissões mais baixas. O desempenho deste motor é adequado para uma transmissão de seis marchas reajustada para aproveitar as características de potência do motor e ao mesmo tempo, aumentar a economia. Considerando a especialidade de cada oficina, para a Fonsecar a nova S10 diesel é muito bem-vinda para as manutenções, inclusive no sistema de injeção eletrônica diesel, já para a SM e a Chevy é melhor ficar nos serviços mais básicos como a troca de óleo, pois é um óleo específico para este motor e os demais serviços de suspensão e freio também é possível executar com tranquilidade. (Fig.20 e 21)
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21 SUSPENSÃO, FREIOS E DIREÇÃO Nossos três reparadores perceberam que a picape tem uma direção precisa e muito suave, devido ao sistema de assistência elétrica que deixa tudo mais leve, principalmente durante as manobras. Para eles, o importante mesmo é saber como fazer as manutenções corretas nesta picape e a melhor sugestão está no manual do carro, o qual informa o que deve ser feito conforme a quilometragem do carro. Para fazer um giro completo com a S10 High Country, precisa de um espaço com diâmetro de 12,7 metros, devido ao comprimento da picape de quase 5 metros e meio. O sistema de freios, auxiliado pelo sistema ABS e pelo sistema de frenagem de emergência, assistente de rampa e
de descida, coloca a S10 em uma categoria acima em termos de freios em picapes. A suspensão dianteira é independente com braços articulados, molas helicoidais, barra estabilizadora e amortecedores hidráulicos pressurizados. Na traseira são utilizados feixe de molas semielípticas de dois estágios e amortecedores hidráulicos pressurizados, que garantem o conforto e o peso das cargas colocadas na caçamba. (Fig.22 a 24) ELÉTRICA, ELETRÔNICA E CONECTIVIDADE Este é o grande atrativo da S10 High Country, muita tecnologia para controlar o carro e para atender às necessidades dos ocupantes, que exigem mais conectividade e entretenimento. A manutenção em carro como esse exige equipamento
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atualizado e muito conhecimento técnico, foi o que constatou o Sergio, que investiu em um equipamento importado e testando na S10, conseguiu fazer leituras de vários sistemas. (Fig.25) Para o Vladimir e o Mauricio da Fonsecar, não é possível fazer manutenção sem equipamentos de leitura de memória dos módulos de controle do carro, não importa se é injeção ou transmissão ou outro sistema eletrônico, tem que usar equipamento e ter muito conhecimento para interpretar as informações dos equipamentos. O Donizete entende que essas limitações tecnológicas acabam fazendo uma seleção natural nas oficinas que querem investir para continuar trabalhando com carros mais novos e aquelas que preferem atender carros com mecânica e eletrônica mais simples. Vamos ver a lista de componentes e sistemas que estão instalados na S10 High Country: • Acionamento remoto do motor; • Ajuste elétrico dos retrovisores; • Ar quente; • Banco do motorista com ajuste elétrico; • Câmbio automático • Comando interno da tampa do tanque; • Controle automático de velocidade; • Controle elétrico dos vidros dianteiros; • Controle elétrico dos vidros traseiros; • Direção assistida (elétrica); • Faróis com acendimento automático; • Limpador de para-brisa automático; • Luz no porta-luvas; • Retrovisor interno fotocrômico; • Retrovisores rebatíveis eletricamente; • Computador de bordo; • Conexão Bluetooth; • Conexão USB; • Espelhamento da tela do celular; • Indicador de temperatura externa; • Navegador GPS;
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22 • Luz traseira de neblina; • Luzes de condução diurna • Monitoramento de pressão dos pneus; • Repetidores laterais das luzes de direção; • Sensores de estacionamento dianteiro; • Sensores de estacionamento traseiro; • Travamento central das portas;
23 • Rádio; • Termômetro da água do motor; • Volante multifuncional; • Airbags frontais; • Airbags laterais; • Alarme antifurto perimétrico; • Alerta de colisão frontal; • Alerta de mudança de faixa • Assistência na recuperação veicular; • Assistente de partida em rampa; • Câmera traseira para manobras; • Chamada de assistência de emergência; • Controle automático de descida; • Controle de estabilidade; • Controle de tração; • Desembaçador do vidro traseiro; • Encosto de cabeça para todos os ocupantes; • Faróis com refletores duplos; • Faróis com regulagem de altura; • Faróis de neblina; • Freios ABS;
PEÇAS DE REPOSIÇÃO Como todo carro novo que chega no mercado, precisa de um período para o suprimento de peças de reposição e nossos reparadores sabem disso e orientam os clientes que o serviço a oficina garante que realiza, mas depende do fornecimento de peças, que podem ser encontradas na rede de concessionárias da marca. Por ser uma S10, é provável que algumas peças já estejam no mercado, como as lonas e pastilhas de freio, basta confirmar se não houve mudanças nestas peças que foram aplicadas nos modelos de S10 anteriores, comentou o Donizeti que é especialista na marca GM. O sistema de injeção Common Rail não é novidade para o pessoal da Fonsecar e nessa parte, dá para trabalhar e achar peças no mercado. O Sergio prefere ficar nos serviços básicos que dá para fazer em um carro novo e assim que sair da garantia, certamente os clientes irão procurar as oficinas e pelo menos as trocas de óleo e filtros será possível fazer.
24 RECOMENDAÇÕES Fonsecar: Veículos diesel têm tecnologia diferente dos outros carros de passeio e tem sido comum os clientes levarem suas picapes diesel em oficinas que não são especializadas neste tipo de serviço, principalmente se for no sistema de injeção eletrônica. Só para lembrar que o sistema de injeção de um carro de passeio comum trabalha com 3 bar de pressão, os que têm injeção direta trabalham com 100 bar de pressão e um veículo como a S10 High Country trabalha com 2.000 bar, logo é preciso ter consciência dos cuidados e perigos que um sistema que trabalha com pressões elevadas pode causar, além de prejuízos no ambiente de trabalho. Resumindo, leve o carro para um especialista, não vale o risco de querer mexer em algo que é delicado e perigoso ao mesmo tempo. SM: Ser claro com o cliente é o caminho mais fácil para evitar pegar um serviço em um carro novo e que às vezes ainda não temos o domínio do conhecimento técnico, que no caso é um veículo diesel e tem suas particularidades
que somente os especialistas têm conhecimento. Nestas situações é importante ter parcerias com outras oficinas, que podem ajudar a atender bem o cliente, sem o risco de causar danos ao carro. Chevy: Os carros da GM têm uma vantagem de ficar em produção por vários anos, é o caso da S10 que começou a ser fabricada aqui no Brasil em 1995 e continua firme no mercado. Sempre passando por atualizações e utilizando as mais avançadas tecnologias e chegamos na High Country que surpreendeu pelo conforto e desempenho do novo motor turbo diesel de 200 cavalos e com um torque de respeito, são 51Kg prontos para manter o carro em movimento sem se preocupar com a rotação do motor. A mecânica da S10 sempre foi fácil de reparar e a eletrônica nos força a investir mais em treinamento e equipamento para atender este público que gosta de picapes, já a parte do motor diesel, é melhor pedir um apoio de uma oficina especializada, lembrando que o importante é atender bem o cliente.
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Aula 65 - Administrando sua automecânica: O serviço de pós-vendas
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Pode ser feito através de aplicativo de mensagem, um e-mail, um telefonema ou até mesmo um serviço terceirizado, mas sempre deve ser medido, tabulado, estudado e claro, provocar a gestão para melhorar os serviços prestados! Pedro Luiz Scopino scopino@automecanicascopino.com.br
Ouvir um elogio de um Cliente é muito motivador, uma crítica pode ser muito construtiva, saber onde podemos melhorar é fenomenal e corrigir erros é uma melhoria contínua. O serviço de pós-vendas auxilia nestes controles. Falem bem ou falem mal, mas falem de mim! Essa frase não é muito legal para uma empresa, afinal de contas a imagem dela, muito bem construída por longos anos, pode ser destruída, pode causar até o afastamento de futuros Clientes ou mesmo de atuais Clientes.
A pesquisa de satisfação faz o fechamento do processo de atendimento Perguntar sobre a satisfação do serviço realizado pode ajudar a entender o Cliente, mas acima de tudo, corrigir possíveis falhas, seja nos serviços realizados ou até mesmo no atendimento da recepção, pode identificar erros e sempre causar os chamados processos de melhoria contínua. Se você gestor ou gestora não faz a pesquisa, não sabe se está ou não no caminho certo, se tem ou não reclamações ou mesmo elogios. E esse questionário, de serviço de pesquisa ou o chamado
O serviço de pósvendas pode ser terceirizado pós-vendas, pode ser feito pela própria oficina, com procedimentos e delegação de quem vai fazer, seja por aplicativos de mensagens, como o Whatsapp ou Telegram, ou por e-mail que hoje torna muito fria a ligação com as pessoas, ou até por ligação telefônica, que hoje pode até ser um inconveniente. O mundo mudou muito nos últimos anos. As pessoas estão, em sua maioria, tão ocupadas, que uma ligação em um momento errado, pode piorar as coisas e a satisfação do Cliente. Por isso uma das boas opções hoje é a terceirização do serviço de pós-vendas, pois muitas vezes, principalmente em respostas negativas ou que permitam um crescimento da empresa, falar para uma empresa terceirizada pode ser mais fácil, real e verdadeira a resposta.
A baixa satisfação indicada na pesquisa é a indicação de melhoria E em uma pesquisa teremos notas, em várias pesquisas teremos uma média, ou seja, é possível identificar como estão as respostas e as reais necessidades de melhoria da empresa. Essa avaliação deve parar na tela do computador ou na mesa do gestor ou da gestora. Uma avaliação baixa deve ser analisada com muita calma e atenção, ainda até devemos fazer
o contato com o Cliente, para entender o motivo de notas baixas na pesquisa de satisfação. É bom sempre utilizar uma frase neste momento: “ para a melhoria contínua da empresa, agradecemos a sua participação na pesquisa de satisfação, mas em que podemos melhorar e crescer? ”, essa é uma das formas para manter uma conversa amigável com o Cliente, mesmo em uma reclamação. E uma nota baixa pode ser motivo para ficar nervoso com baixa estima, mas devemos ver no sentido contrário, sempre como uma forma de melhoria e crescimento empresarial. E existem pessoas que confiam cegamente em sites de pesquisa, como as estrelas do Google, que podem inclusive ter sido alteradas por “haters - odiadores” ou pessoas mal intencionadas. CONCLUSÃO Ouvir o Cliente, pesquisa de satisfação, aquela caixinha de sugestões, enfim é muito melhor termos uma reclamação que vai
Transforme a sua empresa em uma oficina forte! Faça a gestão da sua empresa, ela é muito importante e vital para a vida empresarial!
se transformar em um processo de melhoria da empresa, a ter um Cliente infeliz que não vai voltar mais para um futuro reparo e pior, pode ainda denegrir ou ser imparcial em um momento de indicação e sugestão de uma empresa de reparação. O melhor Cliente é aquele “defensor”, que vem acima do Cliente “fiel”, ou seja, ele defende a sua empresa, te elogia no pós-vendas, te promove um crescimento empresarial. Muitas vezes uma nota baixa em uma avaliação
de pós-vendas pode ser uma falha no diagnóstico, quando a reclamação é da falha não solucionada, falha no atendimento quando algo reclamado não recebeu a devida atenção, falha em relação a preço alto, quando a palavra valor ficou abaixo da expectativa esperada pelo Cliente. Enfim, sempre é possível crescer e melhorar. Pensem nisso! Mas não se esqueçam, que além de ser mecânico, tem que ser gestor. Transforme a sua empresa em uma oficina forte! Faça a gestão da sua empresa, ela é muito importante e vital para a vida empresarial! PRÓXIMOS TEMAS Empresário com mente Aula 66 de presidiário Empresário desiludido Aula 67 e técnico Empresário com mente Aula 68 de funcionário
Abraço a todos e até o próximo mês e $UCE$$O! Apoio:
Mecânico de Autos Profissional, Bacharel em ADM de Empresas, diretor da Auto Mecânica Scopino, idealizador do movimento Oficina Forte, professor do Umec e da TV Notícias da Oficina VW, integrante GOE e dos Mecânicos Premium, ministra treinamentos e palestras por todo o Brasil. Contrate um professor que tem uma empresa e experiência no setor automotivo. Email: scopino@ automecanicascopino.com.br Instagram: @scopinoauto e @scopino_pedro_luiz
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Caminhões e ônibus mais silenciosos a partir de janeiro de 2022 - implantação PROCONVE – P8 Desde o dia 1º de janeiro de 2022, as montadoras estão aplicando novas regras estabelecidas pelo Programa de Controle de Emissões Veiculares (Proconve), fase P8, incluindo novos limites de emissões de ruídos Fotos e Ilustrações: Gaspar
Antonio Gaspar de Oliveira
O
s veículos que utilizam motores diesel emitem poluições em níveis que precisam ser controlados para reduzir os danos causados ao meio ambiente, incluindo a saúde das pessoas, principalmente nos grandes centros urbanos. Quando a palavra poluição é mencionada, logo se imagina um céu cheio de fumaça ou um rio sem vida transformado em esgoto, isso porque é possível ver o acúmulo destes poluentes, mas temos outro tipo de poluição tão destruidora quanto estas que são visíveis, é a poluição sonora causada principalmente pelos veículos pesados. Sem desprezar os benefícios obtidos com as implantações das fases do Proconve, que permitiram uma redução de até 98% na emissão de poluentes por veículos e apenas como exemplo, a emissão do monóxido de carbono (CO) de um veículo leve, que era de 54g/km no início do programa, está hoje por volta de 0,4 g/km, devemos ficar atentos aos poluentes invisíveis, mas audíveis, que prejudicam a saúde de pessoas que ficam expostas por longos períodos, em função do trabalho com veículos pesados. (Fig.1 a 3) Estudos realizados pela OMS – Organização Mundial da Saúde, apontam os danos causados pelos ruídos dos motores de caminhões em pessoas que ficam expostas em determinadas faixas de ruídos, que é medida em decibéis. Os ambientes com ruídos até 50 decibéis são conhecidos como zona confortável, que não trazem
2 1 prejuízos à saúde humana. Entre 50 e 60 decibéis, o organismo humano começa a reagir aos impactos e efeitos dos ruídos contínuos. Na faixa entre 60 e 70 decibéis, acontece o aumento do nível de cortisona no sangue, que provoca a redução da capacidade imunológica, redução da capacidade de dormir, aumento da ansiedade e a elevação da concentração de colesterol no sangue. Acima de 70 decibéis, o ambiente fica perigoso podendo levar a riscos de enfarte, doenças mentais e infecções provocadas pela queda da imunidade. A perturbação do organismo pelo excesso de barulhos gera efeitos como o cansaço, fadiga, insônia, irritabilidade, estresse,
dificuldade para se concentrar e dores de cabeça, afetando a respiração e os batimentos cardíacos, possibilitando o aparecimento de doenças cardiorrespiratórias Estas alterações afetam o sistema digestivo que aumenta a produção de ácido gástrico, levando ao surgimento de gastrite, hérnias e úlceras. (Fig.4) Diante desta exposição, percebemos que o PROCONVE contribui com o controle de emissões veiculares e também cuida da saúde das pessoas que ficam expostas neste ambiente poluído, incluindo as emissões de ruídos dos motores diesel dos caminhões. As melhorias aplicadas aos veículos estão diretamente liga-
das aos controles de poluentes, que atendem às regulamentações nacionais e internacionais. Como exemplo temos o PROVONVE aqui no Brasil que segue as referências da União Europeia através das fases EURO, atualmente no Brasil, estamos na fase EURO 6, que corresponde à fase PROCONVE P-8. País
Fase
Implantação
África do Sul
Euro 2
2008
Índia
Euro 4
2017
Brasil
Euro 5
2012
Brasil
Euro 6
2022
Rússia
Euro 5
2016
China
Euro 6
2019
EUA
Euro 6
2010
México
Euro 6
2021
3 Agora entrando no tema desta matéria, o objetivo do Proconve é estabelecer novos parâmetros técnicos de controle de poluentes e fornecer conhecimento sobre as principais características dos veículos automotivos, incluindo os classificados como pesados, que utilizam motores do ciclo Diesel. Estes veículos passam a utilizar os novos limites máximos de emissão de poluentes e ruído para serem homologados a partir de 2022 no Brasil. Essa nova fase do Proconve foi instituída pela resolução Nº 490/2018, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que está vinculado ao Ministério do Meio Ambiente. As reduções de emissões de ruídos dos veículos serão realizadas em três fases, a partir de janeiro de 2022.
REPARADOR DIESEL Etapa
Data
Limites
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1º de janeiro de 2022
Limites máximos entre 75 e 80 decibéis para ônibus e de 77 a 82 decibéis para caminhões.
2
1º de janeiro de 2027
Para modelos novos e no ano seguinte, 2028 para os demais modelos. Limites máximos entre 73 e 78 decibéis para ônibus e de 75 a 81 decibéis para caminhões.
3
1º de janeiro de 2032
Para modelos novos e no ano seguinte, 2033 para os demais modelos. Limites máximos entre 72 e 77 decibéis para ônibus e de 74 a 79 decibéis para caminhões
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Teremos novidades para homologar os veículos novos, conforme determinam os padrões estabelecidos pelo Proconve P-8. Os testes dos veículos novos serão realizados no transito diário, que pode ser em ambiente urbano, estradas com velocidades variadas, além de avaliar o sistema de injeção de combustível e o sistema de partida a frio. Além destes testes em ambientes reais de uso dos veículos, os fabricantes também precisam comprovar que os veículos manterão os níveis de emissões por toda a vida útil. Para isso, o Conama estabelece os seguintes testes:
A ausência de fiscalização passa a ser o grande desafio para manter estes veículos dentro dos padrões estabelecidos nesta nova legislação, assim como a prática da manutenção preventiva, que minimamente atende o que está previsto no plano de manutenção de cada veículo, pela quilometragem percorrida. Quando não ocorrerem as manutenções determinadas pelos fabricantes dos veículos e a ausência de fiscalização de veículos, isso coloca em risco toda a evolução aplicada na escalada das reduções de emissões de ruídos.
Período
Tipo de veículos
160.000 Km ou 5 anos
Ônibus até 5 toneladas
300.000 km ou 6 anos
Ônibus de 5 a 7,5 toneladas e caminhões de 3,8 a 16 toneladas
700.000 km ou 7 anos
Ônibus acima de 7,5 toneladas e caminhões acima de 16 toneladas
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o objetivo do Proconve é estabelecer novos parâmetros técnicos de controle de poluentes e fornecer conhecimento sobre as principais características dos veículos automotivos, incluindo os classificados como pesados.
Antonio Gaspar de Oliveira é Tecnólogo
TODOS OS CONTEÚDOS ESCRITOS POR COLABORADORES PUBLICADOS EM NOSSO VEÍCULO SÃO DE INTEIRA E TOTAL RESPONSABILIDADE DOS AUTORES QUE OS ASSINAM
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DO FUNDO DO BAÚ
1
Chevrolet Caravan Comodoro 1978, luxo e conforto direcionados a famílias exigentes Ao estender o acabamento Comodoro à Caravan, a Chevrolet reforçou ainda mais o caráter de conforto e exclusividade a sua perua médio-grande Anderson Nunes
A
primeira metade da década de 1970 foi um verdadeiro divisor de águas para a General Motors do Brasil. Já consolidada e com uma boa participação de mercado, modelos como o compacto Chevette e médio-grande Opala ajudaram a elevar o status da companhia perante aos seus clientes, já que a marca ofertava produtos que de certa forma estavam em sintonia com que
era oferecido aos consumidores de outros países. A partir de 1975 com o intuito de enfatizar mais o nome Chevrolet no Brasil, o fabricante começou a destacar mais o luxo e a sofisticação na linha Opala. Reposicionamento mercadológico começou com a mudança de nomenclatura. Em abril daquele ano o Opala Grand Luxo recebeu o nome de Comodoro, terminologia esta aplicada a uma versão mais sofisticada do Opel Rekord alemão, projeto este do qual derivou toda a linha Opala.
Entre os diferenciais da versão Comodoro estava o fato do modelo ser oferecido somente com o motor de seis cilindros em linha de 4,1 litros, trem de força este aplicado ao antigo Grand Luxo desde 1973. Visualmente, o Comodoro já trazia a reformulação estética aplicada a toda linha Opala, como a dianteira que ganhou um novo capô com um ressalto ao centro, faróis acondicionados dentro de uma caixa plástica e na traseira quatro lanternas de formato circular. Para reforçar ainda mais o aspecto luxuoso, a carroceria rece-
bia frisos cromados ao redor dos vidros laterais, maçanetas e caixas de rodas. A grade ganhava uma pintura diferente dos modelos básicos, além disso os frisos cromados apareciam em maior número, formando várias fileiras de pequenos retângulos. Nas rodas também havia detalhes exclusivos. A calota, com o emblema da Chevrolet, tinha a parte central pintada na mesma tonalidade de cor aplicada à carroceria. No interior o destaque eram os bancos individuais, com apoio de cabeça integrado, revestidos com
um tecido mais luxuoso. Os painéis das portas ganharam um novo desenho e eram revestidos com mesmo material que revestia os bancos. Já o assoalho ganhava carpetes de buclê de náilon, que contribuía para diminuir o nível de ruído interno. Para diferenciá-lo dos demais modelos da linha Opala, painel recebia um revestimento de plástico parecido com madeira, bem como a parte central do volante. A lista de opcionais era vasta e o cliente podia escolher o câmbio automático de três velocidades com seletor no assoalho, di-
DO FUNDO DO BAÚ reção com assistência hidráulica, além do sistema de aquecimento interno, rádio, vidros escurecidos, faróis de neblina e sistema de ar-condicionado. CARAVANA FAMILIAR Apresentada no 9º Salão do Automóvel de 1974 a Opala Caravan encaixava-se no segmento de perua média. O interesse que o modelo despertou na ocasião do evento foi muito bom, o que mostrou que o consumidor aguardava um veículo familiar na dimensão da Caravan. Vale ressaltar que a General Motors foi das pioneiras a oferecer uma perua no mercado brasileiro, inicialmente com a Amazonas, que recebeu o nome de C-1416 e, finalmente, passou a se chamar Veraneio. O mercado de peruas familiares no Brasil era bem restrito. Em 1970, a Volkswagen lançava a Variant, abrindo um novo mercado - os das peruas médio-pequenas. Logo em seguida apareceu a Belina, da Ford, na mesma faixa da Variant. Embora a Variant e a Belina tivessem uma boa capacidade de carga, o mercado brasileiro ressentia a falta de uma “Station Wagon” – uma perua grande, porém mais econômica do que a Veraneio e mais espaçosa internamente do que as rivais da Volkswagen e Ford. A General Motors preencheu essa lacuna, com a Caravan, derivada da linha Opala, da qual mantinha o visual e a consagrada mecânica que já havia se mostrado adequada no sedã. Esse arranjo de uma elegante carroceria europeia em combinação com um robusto conjunto mecânico de origem norte-americana assegurou o sucesso da perua médio-grande da GM durante os 12 anos em que permaneceu em produção. A Caravan mantinha o mesmo desenho básico do Opala— mas com apenas duas portas, dentro da preferência do mercado nacional na época. A perua oferecia os conhecidos motores de 2,5 e 4,1 litros, um grande porta-malas e servofreio de série. O estepe ficava na lateral do compartimento de bagagem, como no Opala, mas o bocal do tanque precisou ser deslocado para a lateral esquerda. Os faróis circulares estavam separados da grade e tra-
ziam quatro luzes de direção nos cantos, um arranjo estético inspirado pelo Chevelle 1971. Atrás, em vez das pequenas lanternas retangulares aplicadas na versão alemã, havia quatro circulares, as internas com a luz de ré integrada. Internamente, o painel manteve a mesma linha encontrada nos Opalas. Os instrumentos resumiam-se a dois grandes mostradores: o da esquerda continha os medidores do nível de combustível e temperatura da água, ao centro um pequeno relógio de horas e à direita velocímetro. Nas extremidades, havia duas saídas de ar de formato circular com regulagem para o fluxo de ar. Como padrão, a Caravan vinha de fábrica com bancos dianteiros inteiriços, mas havia como opcionais dois tipos de bancos individuais: de encostos baixos ou encostos altos com apoios de cabeça integrados. Destaque era o amplo espaço interno. Para quem quisesse levar mais bagagem, era possível rebater o banco traseiro, tal tarefa permitia que o assento fosse puxado para frente, e o encosto, depois de destravado por meio de uma pequena alavanca, fosse deitado no assoalho, o que aumentava a capacidade total de carga. Desse modo o compartimento de carga passava dos 774 litros com o banco levantado para 1.460 litros com ele rebatido. PERUA DE LUXO A Caravan já havia se mostrado um sucesso de vendas e para manter a boa imagem a GM decidiu preencher as lacunas com novas versões de acabamento. Apresentado inicialmente apenas em duas versões – Especial e de Luxo - o modelo ganhou a terceira opção com o lançamento da versão esportiva Caravan SS. Em fevereiro de 1978 a Chevrolet ampliava o leque de opções com a introdução da Caravan Comodoro, que tinha como finalidade ser a versão mais luxuosa da station wagon. A Caravan topo de gama diferenciava-se em visual em detalhes pormenores, como o logotipo Comodoro aplicado nos para-lamas traseiro. No para-lama dianteiro uma plaqueta 4100 indicava que o modelo estava equipado com o motor de seis cilindros. Já os faróis de neblina, alocados abaixo do pa-
ra-choque dianteiro, eram um item opcional. No interior, a Caravan Comodoro seguia o mesmo padrão de acabamento luxuoso aplicado ao Opala Comodoro, como bancos revestidos em vinil e veludo cotelê e assoalho coberto em carpete do tipo buclê. As laterais de portas recebiam um revestimento de plástico que simulava madeira (mesmo material aplicado no painel), enquanto a porção inferior de lateral de portas era delimitada por um friso cromado, sendo forrado com carpete, sendo do mesmo material aplicado ao piso. Os bancos podiam ser inteiriços, quando equipado com o câmbio manual de 3 marchas com alavanca na coluna de direção para o modelo equipado com o motor de quatro cilindros. Já na Caravan Comodoro provida do motor de seis cilindros os bancos eram separados e de encostos altos, contavam com regulagem de distância; câmbio de quatro marchas com alavanca no assoalho passava a ser padrão de fábrica, opcional para o motor de 4 cilindros. Na mecânica, a Caravan Comodoro podia receber o motor de quatro cilindros de 2,5 litros (diâmetro de 101,6 mm x curso 76,2 mm), alimentado por um carburador de corpo duplo que rendia 88 cv a 4.600 rpm e torque máximo de 18,6 mkgf a 2.600 rpm. Havia duas opções do motor de seis cilindros: a primeira era o 4,1 litros (diâmetro de 98,4 mm x curso 89,7 mm), com potência 127 cv a 3.800 rpm e torque máximo 27,8 m.kgf a 2.800 rpm. Já para os entusiastas de alto desempenho, opção mais nervosa era o famoso 250 – S, que fornecia 149 cv a 4.600 rpm e torque máximo 28,8 m.kgf a 2.800 rpm. Lembrando que os valores de potência e torque aqui citados são todos líquidos.
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2 Com 4,63 metros de comprimento e 2,66 m de entre-eixos, a Caravan Comodoro é uma verdadeira perua estradeira, isso ficava reforçado pelo bagageiro no teto, um acessório vendido à parte nas concessionárias
3 Um dos destaques na traseira são os conjuntos de quatro lanternas, que além de serem bonitos colaboram com a segurança
A dianteira tem o desenho inspirado no modelo Chevelle norteamericano de 1971, esse visual distanciou ainda mais o Opala do homônimo alemão, o Opel Rekord
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LINHAS RETAS Uma reestilização mais abrangente chegava à linha Opala/Caravan 1980. Capô e tampa do porta-malas adotavam formas retilíneas, tão em voga na época, e faróis e lanternas traseiras passavam a ser retangulares (estas trapezoidais na Caravan) com luzes de direção envolventes. Os para-choques mais
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O motor padrão é o quatro cilindros de 2,5 litros, alimentado por um carburador de corpo duplo, que fornece 88 cv e 18,6 m.kgf de torque, um conjunto mecânico adequado à proposta do veículo; já para os entusiastas por velocidade havia ainda o motor de 6 cilindros, o famoso 250-S, com 149 cv e 28,8 m.kgf de torque
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8 6 O painel contém as informações necessárias, na versão Comodoro o relógio de horas é original de fábrica, o contagiros é restrito à versão esportiva Caravan SS
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O rádio toca-fitas TKR e o sistema de aquecimento interno tornam o ambiente interno ainda mais aconchegante na Caravan Comodoro
O acabamento interno era sempre monocromático e podia ser preto ou marrom, como opcional, havia o revestimento interno vermelho; os bancos separados e com regulagem de distância eram opcionais na Caravan Comodoro de 4 cilindros
11 10 9 Na base das portas, o revestimento em carpete, como item de segurança há a luz de cortesia
12 Um dos destaques do modelo fotografado é que o dono ainda guarda manual e o pequeno folder técnico do rádio toca-fitas, um atestado de originalidade e preservação de um veículo de 44 anos de história
Visão geral do posto de pilotagem, parte superior do painel é todo acolchoado, já o câmbio de quatro marchas no assoalho é opcional no motor de quatro cilindros
O porta-malas todo acarpetado pode transportar 774 litros com o banco levantado e até 1.460 litros com ele rebatido
13 Mesmo sendo um veículo de luxo, a Caravan Comodoro traz rodas aro 14 pol de aço estampado cobertas com 14 15 calotas, curioso são os pneus Uma rara imagem de um folder de divulgação de uma Para a linha 1980 a Chevrolet fez outra mudança estética na linha Opala/ medida 7.35 Caravan, a perua por sua vez ganhava lanterna traseira de desenho Caravan Comodoro sem os bancos de encostos alto e faróis de neblina trapezoidal e exclusiva
espessos tinham uma faixa central em preto e, no SS, eram pintados na cor da carroceria em vez de cromados. Entre os opcionais havia o teto de vinil, caixa automática e o motor 250-S. Como opção em toda a linha, a GM finalmente adotava pneus radiais (em medida 175/80-14 ou 195/7014, de acordo com a versão). O interior, porém, mantinha mesmo painel usado desde o início de produção. A renovação interna veio na linha 1981 com painel de formato retilíneo e bem mais moderno, todo em plástico e com instrumentos em três módulos. No da direita vinha conta-giros no Diplomata e no SS ou relógio no Comodoro.
A Caravan oferecia enfim o limpador do vidro traseiro, opcional, e toda a linha ganhava válvula limitadora de pressão nos freios traseiros, que diminuía a tendência a travar as rodas em frenagens bruscas. A versão Caravan Comodoro manteve a topo de linha, mesmo com a chegada do acabamento Diplomata ao Opala. A perua teve que esperar até 1986 para receber a tão aclamada versão Diplomata e já de visual renovado. Essa história contaremos em outra oportunidade. LEMBRANÇAS DE INFÂNCA O bancário e comerciante de veículos antigos Raphael Comodo
de Campos, 27 anos, da cidade de São José dos Campos –SP, é um conhecido dos leitores da seção Do Fundo do Baú. Já passaram aqui pelas páginas do jornal dois modelos que já pertenceram a ele– Um Volkswagen Fusca 1500 1971 e um DKW-Vemag 1962. Agora, o bancário nos brinda com uma rara Chevrolet Caravan Comodoro 1978, primeiro ano da station wagon nessa versão de acabamento. “Esse modelo chegou até as minhas mãos por intermédio de um tio que a comprou. Sabendo da minha paixão por veículos antigos e também por comercializá-los, foi me oferecido. Não titubei e acabei adquirindo, já que trata-se de um modelo
que nunca passou por restauração e ainda conserva os manuais e folheto de revisão”, explica. Outro motivo para a Caravan ser incorporada ao acervo de Comodo, é o fato dele ter boas lembranças de infância a bordo do modelo quando fez uma viagem a Sul do país ao lado de seu avô. “Meu avô foi dono de algumas Caravans anos 70/80, lembro das histórias dos passeios a praia, nos fins de semanas no sítio, até mesmo viagem a Foz do Iguaçu que fizemos (Argentina/ Paraguai). Essa possibilidade que o carro antigo traz, de recordar bons momentos, não tem preço”, diz sorridente. A Caravan Comodoro que
ilustra a reportagem é equipada com o motor de quatro cilindros de 2,5 litros, chamado pela GM de 151-S. Traz entre os opcionais os bancos dianteiros individuais, câmbio manual de quatro marchas com alavanca posicionada no assoalho e os faróis de milha. “É um carro muito confortável até mesmo para os dias de hoje, traz um acabamento caprichado tais como o revestimento jacarandá, luzes de cortesia nas portas, detalhes esses que as fábricas aboliram ao longo do tempo. Embora não seja a versão 4.100, é um carro muito legal para curtir, possui o motor forte e a direção macia ajuda nas manobras”, ressalta o Comodo.
TECNOLOGIA HÍBRIDA
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Tecnologia de controle do sistema de carga de baterias aumenta a eficiência de utilização Para manter as condições ideais de funcionamento da bateria dos carros modernos com elevado consumo de energia pelos sistemas eletrônicos, foi desenvolvido um sistema denominado como “carregamento inteligente” Fotos e Ilustrações: Gaspar
Antonio Gaspar de Oliveira
A
maioria dos veículos utilizam baterias comuns, mas sabemos que existem outros tipos de baterias sendo utilizadas nos veículos com mais tecnologia como o sistema Start & Stop, que necessita de mais energia disponível para acionar o motor de partida automaticamente, sempre que o carro parar em semáforos ou congestionamentos. Com as baterias evoluindo e o consumo de energia nos veículos aumentando, foi necessário desenvolver um sistema que pudesse monitorar as condições de carga da bateria durante o funcionamento e uso do carro. A GM é uma das montadoras que utilizam este sistema inteligente, instalando um sensor para medir a corrente através do cabo negativo da bateria e enviar o sinal para o módulo de controle do chassi (BMC) ou módulo de controle do trem de força (PCM), sendo que os dois módulos usam o sinal para regular a saída de carga do alternador, conforme a necessidade de energia solicitada pelos sistemas do veículo. O sensor utilizado pela GM é do tipo pinça amperimétrica, no qual o cabo negativo da bateria passa por dentro dele. Outros modelos de sensores ficam instalados no polo negativo da bateria. (Fig.1 a 4) A bateria é apenas um dos componentes do sistema de carga do veículo e quem alimenta este sistema é o alternador, que também recebeu inovações tecnológicas e é bem diferente dos modelos anteriores que funcionavam de forma independente dos demais componentes do car-
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4 ro. Os alternadores mais modernos só carregam se os módulos de controle do carro permitirem. O uso de lâmpada de teste ou voltímetro, para analisar os alternadores modernos, pode não dar certo e será necessário o uso de um scanner para identificar possíveis falhas neste componente.
Este sistema de gerenciamento de energia elétrica do veículo envolve todos os componentes, incluindo a bateria, o alternador, o sensor da bateria e os módulos de controles (BMC e PCM). (Fig. 5 e 6) Este sistema foi desenvolvido para monitorar o consumo de energia do veículo e carregar a bateria apenas quando necessário, isso reduz o consumo de combustível e prolonga a vida útil da bateria porque além de controlar a forma de carregamento de energia, a temperatura dela também é monitorada, principalmente durante o período de carga, que provoca uma reação química e eleva a temperatura e quanto mais controlada, maior será a eficiência do sistema. Durante o funcionamento do veículo, o sistema executa algumas funções: • Avalia os parâmetros de funcionamento e monitora a tensão da bateria. • Conforme a necessidade de energia, faz correções das rotações do motor, alterando a rotação da marcha lenta e controlando a tensão da bateria. • Informações do sistema aparecem no painel para avisar o motorista sobre possíveis anomalias. Eliminando a necessidade de ir até um eletricista só para saber se o sistema de carga está funcionando corretamente, o sistema de gerenciamento testa a bateria toda vez que a ignição é ligada e desligada. (Fig.7 e 8) Nós sabemos que no carro, a partir do momento que foi desligada a chave de ignição, muitos sistemas continuam ativos e consumindo energia, o sistema de gerenciamento
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6 também considera este consumo de energia com o carro desligado por algumas horas e somente após este tempo é que será feita a medição da tensão de circuito aberto para determinar o estado da carga. Durante o funcionamento do motor, o sensor de corrente da bateria, que está conectado ao cabo negativo, monitora as condições da bateria e este mesmo sensor de corrente também avalia a temperatura para determinar o valor da carga e a taxa de carga mais adequada para a condição de
funcionamento do veículo. Como o sistema de gerenciamento de energia funciona em rede com o Módulo de Controle (BCM) e o Módulo de Controle do Motor (ECM) por meio de um barramento de dados, o BCM é quem determina a saída do alternador e envia essa informação ao ECM para que ele possa controlar o sinal de ativação do alternador. O BCM monitora a corrente do sensor da bateria, a tensão positiva da bateria e a temperatura dela, para determinar as condições de carga.
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TECNOLOGIA HÍBRIDA
Este sistema de gerenciamento de energia elétrica do veículo envolve todos os componentes, incluindo a bateria, o alternador, o sensor da bateria e os módulos de controles (BMC e PCM).
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O sensor de corrente da bateria possui três fios e gera um sinal de 5 volts modulado por largura de pulso (PWM) com um ciclo de trabalho de 0 a 100%, sendo que o ciclo de trabalho normal é considerado entre 5 e 95%. (Fig.9)
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Durante a partida o alternador tem as suas funções inibidas para reduzir o esforço e consumo de energia pelo motor de partida. Após a partida e quando o motor estiver funcionando, o ECM vai enviar um sinal de ativação para o alternador. Na sequência o ECM recebe informações do BCM para avaliar a temperatura da bateria e as informações sobre o estado da carga.
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O conjunto formado pelo ECM, BCM, bateria e alternador funcionam como um sistema de gerenciamento de energia e tem seis modos de operações: 1 - Modo de sulfatação da bateria - determina o protoco-
lo de carga correto para corrigir a condição de sulfatação da placa. O BCM entra neste modo se a tensão de saída do alternador for inferior a 13,2 V por 45 minutos. O BCM entrará no modo de carga por 2 ou 3 minutos e determinará em qual modo entrar, dependendo dos requisitos de tensão. 2 - Modo de carga - O BCM entrará no modo de carga quando detectar uma das seguintes condições: • Os limpadores ficam LIGADOS por mais de 3 segundos. • Solicitação de modo de aumento de tensão de controle do ar-condicionado quando for ativado. • Ventilação ativada em alta velocidade, desembaçador traseiro. • A temperatura da bateria está abaixo de zero. • O BCM determina que o estado de carga da bateria está
abaixo de 80%. • A velocidade do veículo está acima de 150 Km/h. • O sensor de corrente da bateria está mostrando uma falha. • A tensão do sistema está abaixo de 12,56 V. Quando qualquer uma dessas condições for atendida, o sistema definirá a tensão de saída do alternador desejada para 13,9 até 15,5 V, dependendo do estado de carga e da temperatura da bateria. (Fig. 10) 3 - Modo de economia de combustível - O BCM entrará no modo de economia de combustível quando a temperatura da bateria estiver entre 3 e 80° Celsius, quando a corrente calculada da bateria for menor que 15 amperes e o estado de carga estiver abaixo de 80%. Nestas condições, o BCM ajusta a saída do alternador para atuar entre 12,5 a 13,1 V.
11 4 - Modo farol - O BCM aumenta a saída do alternador para 13,9 a 14,5 V sempre que os faróis são ligados. 5 - Modo de inicialização O BCM comanda uma tensão de 14,5 volts por 30 segundos após a inicialização. 6 - Modo de redução de tensão - Para aumentar a vida útil da bateria, o BCM reduzirá a tensão do sistema sob certas condições. Para quem não conhece este sistema, pode pensar que o alternador tem um problema, mas isso ocorre de forma controlada pelo sistema e permite gerar apenas 12,9 volts no modo de redução de tensão. (Fig. 11)
Antonio Gaspar de Oliveira é Tecnólogo
TODOS OS CONTEÚDOS ESCRITOS POR COLABORADORES PUBLICADOS EM NOSSO VEÍCULO SÃO DE INTEIRA E TOTAL RESPONSABILIDADE DOS AUTORES QUE OS ASSINAM
UM PROGRAMA
CRAQUE
DESDE 2017
CRAQUE
WILTON JOSÉ DA SILVA
CRAQUE
RAFAEL OVIEDO BENTO
Craques Bom de Peça Quando o mecânico manja muito, ele não é só bom de peça. Ele é CRAQUE.
CRAQUE
CLAUDIA MARCHUK RUFINO
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JAIRAN ALVES DE SOUZA
Em 5 anos, o Amigo Bom de Peça já ajudou inúmeras pessoas a se tornarem craques da oficina e hoje quem dá a palavra são eles! Nosso repórter entrou em campo para entrevistar nossos CRAQUES DA OFICINA, que vão contar um pouco de suas trajetórias com o nosso programa. Acesse e confira os depoimentos incríveis em nossa página oficial. Entre você também para o time Bom de Peça! amigobomdepeca.com.br/craque-bom-de-peca
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Origem e desenvolvimento dos motores de combustão interna ciclo Otto Fotos e ilustrações: Jordan Jovino
Vamos contar neste artigo um pouco da história dos motores de combustão interna, desde sua criação e seus principais elementos, bem como se encontram nos dias atuais Jordan Jovino
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e fato, os automóveis revolucionaram a mobilidade urbana, possibilitando viagens mais longas em um espaço de tempo muito menor do que as viagens a cavalos dos tempos mais antigos. Mas afinal quem inventou este motor que há muitos anos, tem o mesmo princípio de aplicação? No século 18 houve uma revolução industrial, um período de muitas mudanças naquela época, uma grande revolução no processo de manufatura, e no ano de 1860 Alphonse Beau de Rochas teve a ideia de construir uma máquina que funcionasse com o benzeno como combustível, um composto químico orgânico com a forma molecular C6H6, possui 6 átomos de carbono, hoje sendo o quinto produto mais utilizado no mundo. Mas a ideia de Alphonse não teve continuidade e então 16 anos depois Nikolaus August Otto deu continuidade ao projeto que hoje conhecemos como motores de combustão interna ciclo Otto. Nikolaus então iniciou sua fábrica em Koln “Colônia” na Alemanha e depois uma fábrica nos EUA na Filadélfia, com a produção dos motores “Ottos Columbianos manufaturados” entre os anos de 1893 a 1915, esta empresa fundada por Nikolaus Otto ainda existe até os dias de hoje, mas com o nome de Deutz A.G, produzindo motores automotivos, marítimos e estacionários. (Fig.1) COMO FUNCIONA UM MOTOR DE COMBUSTÃO INTERNA Explicando de forma simples, um motor de combustão interna para seu funcionamento precisa de alguns componentes essenciais para seu processo sendo o oxigênio,
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2 combustível e calor, a reação química dentro do cilindro provoca um aumento exponencial de energia, provocando assim a movimentação dos elementos mecânicos do motor, e transferindo a energia do motor para os mecanismos de tração do veículo, ou seja, as rodas. Os motores atuais OTTO possuem quatro tempos, esses tempos são denominados de Admissão, Compressão, Explosão e Escape. 1- Admissão: Fase do motor de aspiração do ar atmosférico para dentro do cilindro, junto com o combustível.
2- Compressão: Fase do motor em que o ar admitido é compactado, junto do combustível. 3- Explosão: Fase do motor em que é aplicado calor no ar/ combustível comprimido e assim ocorrendo uma reação química gerando energia. 4- Exaustão: Fase do motor em que são eliminados os gases oriundos da explosão para fora do motor, para depois iniciar um novo ciclo. (Fig.2)
O tempo do motor ocorre em fases, e essas fases ocorrem em um ciclo completo de 720º, logo em uma volta do virabrequim temos 360º, sendo então que em duas voltas temos apenas 2 fases do motor, portando o motor precisa girar duas vezes para ocorrer a combustão completa. De certa forma estamos sendo muito simples em comentar sobre o funcionamento do motor, logo que é algo muito complexo para se controlar uma combustão, para ter o menor consumo de combustível com o máximo de eficiência do motor, além da redução dos gases poluentes, algo bem complexo que o time de calibração de motores hoje em dia tem em mãos para resolver. A calibração de motores é uma área científica que estuda o comportamento dos motores em relação aos fenômenos físicos e químicos do nosso planeta, hoje contando com muita tecnologia em relação ao século 18, uma área que estuda com motores em bancada, testes de rodagem em vários tipos de climas e também a programação do software da central eletrônica para gerenciar os sensores e atuadores, com um excelente software teremos um grande resultado na eficiência do motor. (Fig.3)
TIPO DE MOTORES OTTO Os motores podem ser construídos desde um cilindro apenas como com vários outros cilindros, podendo ser em linha em V ou em W etc. Motor em linha: Este modelo é o mais popular em nosso país, sendo de 3,4,5 e 6 pistões, os veículos mais modernos com motores downsizing como os HB20, Ford Ka, já possuem essas configurações de 3 cilindros, motores com menor peso, a maioria em nosso mercado são os de 4 cilindros sendo na horizontal ou na vertical, também possuímos alguns modelos como o Marea da Fiat que possui 5 cilindros e o Ômega 3.0 6 cilindros (Fig.4) Motor em V: Conhecidos como V6, V8 e V12 são motores cuja a posição entre os cilindros forma a letra V, muito utilizados em veículos americanos com essas configurações. (Fig.5) Motor em W: É uma configuração cujo o motor tem seus cilindros formando um ângulo de 72º de forma compactada, e suas posições na construção do motor formam a letra W.
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Junho 2022 • oficinabrasil.com.br beçote e sincronizado junto ao eixo virabrequim por correia dentada ou corrente. Os comandos possuem cames, esses cames é que mantêm o tempo de abertura da válvula, e neste tempo teremos a admissão de ar e a exaustão dos gases da combustão.
4 PRINCIPAIS ELEMENTOS DO MOTOR DE CICLO OTTO Cilindro: Este componente está localizado no bloco do motor, os cilindros têm suas características dada por diâmetro e curso, é onde o pistão irá realizar seu trabalho de PMI para PMS e vice-versa, sua construção é de alta durabilidade para aguentar a força de atrito interna. (Fig.6)
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de rotação angular, sua parte superior é fixada ao êmbolo por um pino de pistão, e sua parte inferior é acoplada ao eixo através de mancais, e entre eles os casquilhos para diminuir o desgaste por atrito. Este componente em sua grande maioria é manufaturado em aço forjado, com alto grau de precisão. (Fig.8)
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7 6 Pistão: O pistão nada mais é um êmbolo que se move para cima e para baixo, contém anéis de segmentos para vedar a pressão sobre ele exercida e raspar o óleo lubrificante do motor. Geralmente os pistões são de forma cônica, a parte superior do êmbolo tendo o diâmetro menor do que sua parte inferior, pois a parte superior recebe muito calor da combustão, sendo assim ocorre a dilatação do diâmetro superior, evitando o travamento do pistão por dilatação. (Fig.7) Biela: Componente que liga os pistões ao eixo virabrequim, este ajuda na transição do movimento retilíneo para movimento
Nos motores de 3 cilindros é mais fácil perceber essas vibrações do que os demais motores com mais cilindros. (Fig.9)
8 Virabrequim: Este eixo contribui para transformar o movimento retilíneo do pistão em um movimento angular. O eixo se encontra na parte inferior do motor, sendo acoplados nele os pistões através das bielas. A combustão de cada cilindro do motor provoca uma rotação irregular, ou seja, cada combustão provoca uma rotação diferente do outro cilindro, e isso provoca vibrações no motor, e o eixo virabrequim contém contrapesos para controlar e amenizar essas vibrações no motor.
Cabeçote: Este elemento fica na parte superior do motor, contendo os tuchos mecânicos ou hidráulicos, balancins, comando de válvulas, engrenagens, válvulas, sua construção é encontrada em ferro fundido e liga de alumínio, nele também são aplicados os coletores de admissão e escape, bem como as velas de ignição, sua construção geométrica dos dutos é responsável pela condução dos gases para dentro e para fora do motor, e é essencial para a potência do motor. (Fig.10)
Válvulas: Este elemento é responsável pela vedação dos cilindros no momento de compressão e explosão do motor, bem como a liberação de entrada de ar e saída dos gases de escape, sendo acionado diretamente pelos comandos de válvulas. Podemos observar que as válvulas de escape são menores que as válvulas de admissão, isso porque as válvulas de escape recebem muito calor no tempo de escape, podendo dilatar sua haste e enforcar a mesma. Correia/Corrente: Elemento que sincroniza a parte de cima do motor com a parte debaixo, sua sincronização deve estar em ordem para que o motor funcione corretamente, o desalinhamento do mesmo pode afetar todo o funcionamento do motor, podendo ocorrer perda de potência e alto consumo de combustível, a
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falta de sincronismo é muito percebida na alteração dos parâmetros do sensor MAP. Balancim: Desempenha um papel importante, transmite o acionamento dos comandos de válvulas para as válvulas. Construído em aço estampado para motores de linha leve. (Fig.11) Os motores mais modernos são construídos ainda sim em sua maioria sobre os mesmos princípios de OTTO, porém seu modo de funcionar é controlado por centrais eletrônicas com softwares muito bem desenvolvidos, com aplicação de sensores e atuadores, tendo uma grande tecnologia embarcada aplicada nos motores para ter o melhor desempenho com o menor consumo do combustível, e menores emissões de poluentes. Desde a criação dos motores, passamos pelos motores carburados, motores com injeção eletrônica indireta, injeção direta, com turbo e sem turbo, híbridos e logo mais encontraremos mais veículos com a aplicação de motores elétricos na mobilidade urbana e nas oficinas claro.
11 10 Comando de válvulas: Essencial para controlar o fluxo de ar para dentro do cilindro e para fora do cilindro, acoplado no ca-
Jordan Jovino é Engenheiro Mecânico, atualmente pós-graduando em engenharia automotiva na PUC-MG, com passagem em multinacional atuando na qualidade e hoje Sócio-Proprietário da Jovino Transdutores
“Consultor OB” é uma editoria em que as matérias são realizadas na oficina independente, sendo que os procedimentos técnicos efetuados na manutenção são de responsabilidade do profissional fonte da matéria. Nossa intenção com esta editoria é reproduzir o dia a dia destes “guerreiros” profissionais e as dificuldades que enfrentam por conta da pouca informação técnica disponível. Caso queira participar desta matéria, entre em contato conosco: redacao@oficinabrasil.com.br
TÉCNICA
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Sinais elétricos transportam informações geradas pelos sensores para serem processadas Ilustrações: Humberto Manavella
A presente matéria tem por objetivo apresentar o conceito de "ciclo de trabalho" aplicado aos sinais de acionamento de atuadores, assim como a troca de informações entre dispositivos. Humberto Manavella humberto@hmautotron.eng.br
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rimeiramente, serão apresentados os conceitos básicos de sinais elétricos, necessários ao pleno entendimento do assunto. Para aqueles conhecedores do tema, o único objetivo é o de consolidar e uniformizar conceitos. SINAIS ELÉTRICOS As unidades de controle dos sistemas de eletrônica embarcada funcionam utilizando sinais elétricos. Ou seja, sinais variáveis de tensão ou de corrente. Os sensores medem os valores das diversas variáveis de funcionamento (temperatura, pressão, rotação, etc.) e os convertem em sinais elétricos; na maioria dos casos em sinais de tensão elétrica. No entanto, há no mercado sensores que fornecem sinais de corrente variável. Por sua vez, os atuadores convertem os comandos recebidos na forma de sinais elétricos, nas ações desejadas. Tais sinais elétricos podem ser de dois tipos: Sinais contínuos ou analógicos e sinais digitais SINAIS ANALÓGICOS A característica fundamental destes sinais é que variam de forma contínua entre dois valores limites de tensão ou corrente. Um exemplo de sinal analógico é aquele enviado pelo sensor TPS (posição da borboleta) potenciométrico, no qual, o sinal varia sem descontinuidades entre 0 e 5V. (fig.1)
1 SINAL ANALÓGICO ALTERNADO Um tipo particular de sinal analógico é aquele enviado, por exemplo, por um sensor de rotação de relutância magnética variável. É um sinal analógico alternado. Ainda que se apresente com variações abruptas, o sinal é continuamente variável; não apresenta saltos de descontinuidade. Ou seja, o sinal varre todos os valores de tensão entre o pico positivo (Vmax) e o negativo (Vmin), como mostra a figura 2. Uma característica destes sinais analógicos alternados é a sua "frequência", definida como a quantidade de impulsos presentes na unidade de tempo; geralmente, 1 segundo ou 1 minuto. Quando a unidade utilizada é o segundo, o valor da frequência mede-se em "ciclos por segundo" ou Hertz (abreviado Hz). Quando a unidade utilizada é o minuto a frequência se mede em "rpm". Assim, no exemplo da figura 2, a frequência do sinal é de 4 Hz.
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Temos, na figura 4, um interruptor térmico em contato com o líquido arrefecedor do motor. • Quando a temperatura é menor que 100 graus o interruptor permanece aberto como é o caso da figura 4. • Quando a temperatura é maior que 100 graus o interruptor fecha e a lâmpada acende. Por tanto, no terminal [x] podemos medir os seguintes valores de tensão com relação à massa: • 12 volts: se a temperatura for maior que 100 graus; interruptor fechado, lâmpada acesa. • 0 volts: se a temperatura for menor que 100 graus; interruptor aberto, lâmpada apagada. Como vemos, o sensor não tem condição de sinalizar outro tipo de informação senão 0 volts ou 12 volts (ligado ou desligado). Um sinal elétrico que apresente tal característica é denominado sinal digital. É, também, conhecido como sinal "on-off" (do inglês: "on-off" = ligado-desligado). SINAL PULSADO Dentro dos sinais digitais, um tipo particular e muito utilizado nos sistemas de eletrônica embarcada é o sinal pulsado ou trem de pulsos. (fig.5)
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ONDA SENOIDAL
SINAIS DIGITAIS
É um caso particular de sinal alternado e deve seu nome à fórmula matemática que o descreve. Este é o tipo de onda de tensão gerado pelo alternador automotivo e pelo sistema público de distribuição de energia elétrica. (fig.3)
Sinais digitais são aqueles que apresentam descontinuidades no seu valor, quando a quantidade medida varia. Ou seja, o sinal elétrico que o sensor envia não varia de forma contínua quando se modifica o valor medido.
Os parâmetros que caracterizam um sinal pulsado ou trem de pulsos são: Amplitude do sinal: é a diferença de tensão que há entre o nível alto do sinal (denominado nível 1) e o nível baixo (denominado nível 0), este último, geralmente, 0 volt. Nos sistemas de eletrônica embarcada o nível 1 é, geralmente, 5 volts ou 12 volts. Frequência [f]: é a quantidade de pulsos que se sucedem na unidade de tempo. Quando a unidade de tempo considerada é o segundo,
a frequência de um sinal pulsado se expressa em Hertz [Hz]. Período [T]: é o tempo em segundos (abreviado "seg") entre o começo de dois pulsos sucessivos. O período de um sinal pulsado se expressa, também, em milissegundos (abreviado "mseg") ou em microssegundos (abreviado "useg"). Largura [L]: é o tempo em que, durante o período, o sinal permanece no nível alto. No exemplo da figura 6 está representado o sinal emitido por um sensor de rotação; nela vemos que: • A diferença de tensão entre o nível 1 (Vmáx) e nível 0 (Vmín) é: 12V-1V = 11V que é portanto, a amplitude do sinal. • Também, podemos deduzir que, na unidade de tempo (1 seg), o sinal apresenta 4 pulsos. Portanto, a frequência do sinal é 4 Hz (hertz). • Com relação ao período podemos dizer que é 250 mseg ou 0,25 seg. • E a largura de pulso é, aproximadamente, 100 mseg. Nota: A frequência de um sinal pulsado (e em geral, de qualquer sinal alternado) resulta igual ao inverso do período. Assim, no exemplo da figura: Frequência f = 1/período T = 1/0,25 seg = 4 Hz Tanto sinais pulsados como sinais analógicos alternados são muito utilizados nos sistemas de eletrônica embarcada para medir, por exemplo, a velocidade de rotação do motor ou da roda. Para isso a unidade de comando "conta" o número de pulsos recebidos na unidade de tempo (1 segundo, por exemplo), e conhecendo o número de impulsos emitidos pelo sensor a cada giro do eixo, consegue determinar a velocidade de rotação em rpm.
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7 5 EXEMPLO Suponhamos uma roda dentada de 62 dentes, solidária ao virabrequim de um motor. Num determinado momento a unidade de comando conta 3100 pulsos (enviados pelo sensor) durante 1 segundo. A partir deste dado, e sabendo que a roda possui 62 dentes, a unidade de comando calcula a velocidade de rotação como segue: 3100 pulsos/62 pulsos por volta = 50 rotações por segundo Portanto, em 1 minuto (60 segundos) a roda gira: 50 x 60= 3000 rpm (rotações por minuto) MEDIÇÃO DE FREQUÊNCIA O instrumento utilizado é o frequencímetro. Geralmente, os multímetros automotivos possuem esta função na forma de medidor de RPM. Os mais modernos incluem ainda escalas de medição de frequência em Hz. Estas são utilizadas para verificar o sinal de saída de sensores digitais como MAP, MAF e outros. CICLO DE TRABALHO EM SINAIS ELÉTRICOS O conceito de ciclo de trabalho é aplicado, geralmente, aos sinais pulsados retangulares ou trem de pulsos repetitivos, de frequência fixa. O conceito pode ser aplicado a sinais elétricos (objeto desta matéria), sinais sonoros e a movimento mecânico. Para a análise será utilizada a configuração apresentada na
figura 7. Nela, a unidade de comando controla a lâmpada incandescente com um sinal pulsado de período T = 2seg. O período T é o tempo entre as bordas de começo de dois pulsos sucessivos. Por sua vez, lembrar que a frequência F do sinal é a quantidade de pulsos que se sucedem na unidade de tempo. Ou seja, é o inverso do período T, ou seja, 1/T. Quando a unidade de tempo considerada é o segundo, a frequência de um sinal pulsado se expressa em Hertz [Hz]. No caso do exemplo, a frequência resulta igual a 0,5 Hz (um pulso a cada 2 segundos). No exemplo, os pulsos têm uma largura ou duração de t segundos. Durante esse tempo, a lâmpada permanece energizada. A cada ciclo de T segundos, portanto, a lâmpada iluminará durante t segundos e permanecerá apagada durante [Tt] segundos. A partir desses valores é definido o ciclo de trabalho (ou ciclo de acionamento) como: Geralmente, o ciclo de trabalho é apresentado em porcentagem. Uma consideração muito importante é que t é o tempo durante o qual a carga (lâmpada, motor, etc.) permanece ativada. Reparar que a carga pode ser ativada por positivo (caso do exemplo), fornecendo alimentação, ou por negativo, fornecendo massa. Nota: Os sinais de ciclo de trabalho variável podem ser encontrados com a denominação de sinais PWM (do inglês: "Pulse Width Modulation" = modulação por largura de pulso). Na figura 7, portanto, o ciclo de trabalho é 50%. Notar que dependendo do período T, o resultado que se observa varia bastante. Assim, se aplicamos uma onda de tensão conforme a figura 7 (T=-
6 2seg) a lâmpada ilumina durante 1seg, e permanece apagada durante 1seg, tempos estes, suficientes para que o filamento consiga acender totalmente e apagar-se totalmente. O olho humano consegue perceber os instantes durante os quais a lâmpada está acesa e aqueles em que está apagada. Se, numa outra experiência, aplicarmos um sinal como o da figura 8a, com frequência F=5Hz (período T=200mseg) a lâmpada permanece acesa por 100mseg, e apagada, também, durante 100mseg. Neste caso, e devido à inércia térmica, o filamento não consegue aquecer-se totalmente, nem esfriar completamente. A lâmpada fica, portanto, com temperatura (e luminosidade) de 50% com relação àquela que teria se submetida à tensão plena constante. Portanto, quando o período é suficientemente longo, os nossos olhos conseguem perceber as oscilações de luminosidade da lâmpada. Na medida em que o período T da onda diminui e a sua frequência F aumenta, as oscilações tornam-se cada vez menos perceptíveis; seja pela inércia própria do dispositivo (lâmpada), seja pela incapacidade dos nossos sentidos de perceber tais oscilações. Notar que em ambos os casos (figura 7 e figura 8a) o ciclo de trabalho é 50%. Por sua vez, se a largura de pulso for aumentada para 150 mseg (0,15seg) mantendo o mesmo período de 200mseg (figura 8b), veremos que a lâmpada aumentará sua luminosidade para 75% daquela obtida quando alimentada constantemente. Na figura 8c o ciclo de trabalho e a luminosidade diminuem para 25%. Desta forma, a luminosidade pode ser controlada, entre 0%
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9 e 100%, variando a largura do pulso e mantendo o período e a frequência constantes. No caso de utilizar um multímetro analógico, para medir a tensão gerada pela fonte do sinal pulsado, poderemos observar que, no caso da figura 7, o ponteiro oscilará entre 0 e 5 volts. Já no caso da figura 8a, o ponteiro não conseguirá acompanhar as oscilações do sinal e indicará a tensão média que é 2,5V. No caso da figura 8c, a tensão indicada será 1,25V e no caso da figura 8b, 3,75V. VALOR MÉDIO O valor médio de um sinal pulsado retangular é, por definição, igual ao ciclo de trabalho vezes a tensão do sinal. Esta definição é válida para o caso em que o sinal oscila entre 0V e a tensão máxima, como mostra a figura 9. Aplicando a fórmula ao exemplo da figura 9 e para ciclo
de trabalho = 75%: Valor médio = 75% / 100 x 5V = 3,75V Os outros valores médios da figura 9 podem ser obtidos de forma similar, aplicando a fórmula acima. Portanto, do conceito de valor médio e dos cálculos acima, resultam as seguintes conclusões: • Quando a frequência do sinal pulsado é suficientemente elevada, com relação à máxima frequência de oscilações que o instrumento consegue detectar (acompanhar), este se comporta como se medisse o valor médio do sinal. • Quando a frequência do sinal pulsado é suficientemente elevada, com relação à máxima frequência de oscilações que o atuador consegue acompanhar, este se comporta como se fosse alimentado com uma tensão igual ao valor médio do sinal de comando.
Humberto José Manavella é formado em engenharia eletromecânica pela Faculdade de Engenharia da Universidade de Buenos Aires e Diretor Técnico da HM Autotrônica
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O funcionamento dos transdutores de pressão e válvulas pneumáticas nos sistemas mais modernos Podem ser válvulas de duas vias, sendo alimentadas por um sinal positivo e negativo, que abre e fecha, ou de três vias, que além do positivo e negativo, conta também com função modular, controlada por uma ECU. Professor Scopino scopino@automecanicascopino.com.br Nivel de dificuldade: Avançada
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xistem vários sistemas pneumáticos, turbocompressores, que usam transdutores ou válvulas pneumáticas, com alimentação de pulso positivo ou negativo, como exemplo temos a válvula pneumática do turbo da BMW, que utiliza pulso PWM para acionamento gradual, e apresenta três vias, que modula o vácuo, e, não tem apenas a função de abrir e fechar, possui três conexões nas quais uma vai até o filtro de ar para obter o ar de referência, que dá o equilíbrio para ela poder modular, o ar é filtrado e em alguns modelos contempla o filtro na própria válvula, evitando assim que a mangueira vá até o filtro de ar. Veículos como a VW Amarok possuem várias válvulas pneumáticas uma ao lado da outra. São componentes comuns atualmente e, por isso, é fundamental entender como funcionam. E neste modelo, as falhas vão fazer com que a ECU limite a potência do motor, para a sua proteção e acionamento da lâmpada indicadora de falha, a famosa mola no painel de instrumentos. A recomendação é ter atenção ao observar uma mangueira ou tubo solto da peça e não tampar para não prejudicar ou inutilizar a função de modular.
Para o funcionamento do transdutor é necessário ter o sinal do ar de referência Há também válvulas de duas vias, que podem ser alimentadas por um positivo e um negativo, e podem ser comparadas a um interruptor com a função de abrir e fechar. E assim são controlados de forma individual, e ainda monitorados com os sensores implantados, ou sensores de medição de ar, por exemplo, o sinal da sonda lambda quando aplicada. É um componente, geralmente, de altíssima durabilidade se original e de marcas tradicionais do mercado, fornecedoras de montadoras, como a Pierburg. No entanto, há peças no mercado independente de baixa qualidade que podem travar abertas. Neste caso, haverá o fluxo constante de vácuo que mantem aberta (fluxo constante de vácuo) por falha na válvula pneumática.
Temos também as válvulas de apenas duas vias, de acordo como a montadora determina A Pierburg é fornecedora das principais montadoras do mundo
1 de válvulas elétricas, incluindo os transdutores pneumáticos. Conforme o fabricante de veículos e o dispositivo de leitura (“Scan-Tool”), os transdutores de pressão podem ser ativados no âmbito de um diagnóstico do atuador. Convém ler primeiro a memória de erros e depois efetuar o diagnóstico do atuador de acordo com as indicações do fabricante na ferramenta de verificação (scanner). Um transdutor de pressão ativado mediante o diagnóstico do atuador é acionado em intervalos, pelo que comuta de forma audível ou perceptível. Se ele comutar de forma audível ou perceptível, a alimentação de tensão e o transdutor de pressão estão em ordem em termos elétricos.
Até mesmo o turbocompressor pode ser controlado com um transdutor de pressão
Os transdutores de pressão são usados em grandes números para sistemas de recirculação dos gases de escape (EGR) e turbocompressores com turbi na de geomet r ia va r iável (“geometria variável do turbo”, t urbocompressores com pás variáveis). Sua função é semelhante à de um “redutor” no circuito elétrico: A partir do vácuo e da pressão atmosférica é formada no transdutor de pressão uma pressão mista (pressão de controle) que permite ajustar os atuadores pneumáticos (“cápsula de vácuo”) continuamente. Em combinação com um atuador pneumático, um transdutor de pressão consegue exercer forças bem maiores do que seria possível com um “redutor” e acionador em um sistema elétrico – com tamanhos de estrutura menores. O vácuo necessário está disponível em quase todos os veículos como, por exemplo, do coletor de admissão ou de uma bomba de vácuo.
pondente, e se estiver ligado a poluentes, imediatamente irá acionar a MIL, a lâmpada indicadora de mau funcionamento.
COMENTÁRIOS DE REPARADOR PARA REPARADOR
É mais tecnologia nos motores e maior a necessidade de conhecimento técnico. Pensem nisto. Abraços e até a próxima edição com mais dicas sobre tecnologia em motores modernos.
Os transdutores de pressão são projetados conforme a aplicação. São várias as aplicações e quando há alguma falha relacionada, a ECU, unidade de controle eletrônica do motor, irá identificar através dos diversos sensores de controle, e irá registrar um código corres-
Para o efeito é possível variar conforme as necessidades: • Tipo e posição da conexão elétrica (variantes de plugue, contato); • Posição das conexões dos tubos; • Tipo de fixação (suporte); • Curva característica; • Com ou sem compensação de temperatura; • Controlado pela corrente ou pulso; • Dinâmica (tempo de evacuação/ ventilação); • Com ou sem filtro na conexão de ventilação (ATM).
Professor Scopino, Mecânico de Autos Profissional e Embaixador da marca Pierburg no Brasil
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No inverno os serviços de ar-condicionado diminuem, mas temos o sistema de aquecimento Antonio Gaspar de Oliveira agaspar@hotmail.com
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a época do calor os ocupantes dos veículos querem o conforto do ar-condicionado que deixa a cabine com a temperatura bem mais baixa que a do ambiente ensolarado. Lá fora pode estar com temperatura torrando com 40 graus, mas dentro de um carro com o sistema de climatização funcionando adequadamente, pode estar com temperatura confortável de 20 graus ou menos. Esta situação se inverte quando chega o inverno, com temperatura ambiente de 10 graus ou até abaixo de zero, e é neste momento que vamos lembrar do sistema de aquecimento, que vai deixar a cabine do carro com temperatura bem mais elevada que a de fora, desde que esteja funcionando corretamente. Coisas básicas a que não se dá muita atenção, como o líquido de arrefecimento com a proteção adequada de aditivo e na proporção recomendada pelo fabricante do automóvel, o estado da correia que movimenta a bomba d’água, compressor do ar-condicionado e outros componentes, além dos controles do painel do ar-condicionado e válvulas de passagem de água quente para o radiador de ar quente que fica dentro da caixa de ar sob o painel do carro, devem receber manutenção periódica. (Fig.1 a 6) Muitas vezes o cliente não aprova a troca do radiador do ar quente porque tem que des-
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Fotos e ilustrações: Gaspar
Ar quente só é lembrado que existe quando chega o período de frio do inverno e pode não funcionar por falta de manutenção ou em alguns casos até foi desativado
Muitas vezes o cliente não aprova a troca do radiador do ar quente porque tem que desmontar todo o painel para ter acesso à caixa de ar e a solução mais barata é eliminar esta função do sistema de climatização do veículo.
montar todo o painel para ter acesso à caixa de ar e a solução mais barata é eliminar esta função do sistema de climatização do veículo. (Fig.7 a 10) Como a água aquecida no motor do carro circula também pelo sistema aquecimento do ar-condicionado através de tubos e mangueiras, simplesmente é feita uma interrupção desta circulação com a própria mangueira ou tampões de borracha que vedam a passagem de água quente para o radiador de ar quente dentro da caixa de ar. (Fig.11) Este tipo de desserviço ou serviço mal feito ocorre pela falta de manutenção do sistema de arrefecimento do motor, que trabalha sem a proteção
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10 dos aditivos colocados na água do radiador e com isso, surgem pontos de oxidação/ferrugem, que danificam todos os componentes do sistema de controle de temperatura, que inclui a bomba d´água, radiador do motor, selos de vedação do motor, válvula termostática e inclusive o radiador do ar quente pode furar e vazar água dentro do carro. (Fig.12) O funcionamento correto do ar-condicionado depende de outros sistemas do veículo e por falta de atenção ou conhecimento, muitos reparadores que atuam no seguimento
de ar-condicionado não observam este detalhe e ficam focados apenas nos componentes do ar-condicionado, mas aqui está a oportunidade de manter e ampliar os serviços em pleno inverno, oferecendo serviços de manutenção do sistema de arrefecimento do motor, que vão garantir o funcionamento adequado do ar-condicionado e aquecimento, além do motor que vai trabalhar com a troca de calor de forma mais eficiente. (Fig.13) Em situações mais críticas, a temperatura do motor pode subir e atingir níveis que podem até empenar o cabeçote, provocando um prejuízo muito grande para o dono do carro. Mas como funciona o sistema de aquecimento, que além de aquecer o habitáculo do veículo, também ajuda a manter o controle de temperatura do motor porque o radiador do ar quente está conectado ao sistema de arrefecimento do motor? Para entender como funciona este sistema, existem alguns componentes importantes, que combinados formam um conjunto para controlar a temperatura do motor e do habitáculo: - Núcleo de aquecimento ou radiador do ar quente; - Ventiladores do radiador do motor; - Mangueiras do aquecedor; -Válvula de controle do aquecedor; - Painel de controle do ar-condicionado; - Válvula termostática; - Bomba d´água; - Correia poly V; - Sensor de temperatura do motor; - O líquido de arrefecimento e - A tampa do vaso de expansão do líquido de arrefecimento.
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12 Cada componente tem a sua função específica e no caso de falha de algum deles, pode comprometer o funcionamento do sistema de aquecimento do habitáculo do veículo.
Este tipo de troca de calor é uma forma inteligente de aproveitar o calor gerado pelo motor, que seria desperdiçado pelo escapamento ou pelo radiador do sistema de arrefecimento do motor, mas é direcionado para o radiador do ar quente, gerando um ambiente confortável pela temperatura controlada no interior da cabine do carro. Dá até para fazer uma comparação, pois a água quente do sistema de arrefecimento do motor é transferida da mesma forma que o gás refrigerante se movimenta para criar ar frio quando o ar-condicionado está ligado. O calor do motor f lui através do líquido de arrefecimento do motor para o núcleo do aquecedor, que atua como um trocador de calor e à medida que o calor do motor é transportado pelo líquido de arrefecimento, vai aquecendo e dependendo do nível de temperatura desejada, o motor do ventilador vai forçar a passagem do ar pelo núcleo do aquecedor, levando o ar aquecido para dentro do carro. Este sistema de aquecimento convencional é aplicado na maioria dos veículos equipados com motor de combustão interna, quer seja diesel, gasolina ou outro combustível. (Fig.14)
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Mesmo sabendo que existem outros sistemas de aquecimento do habitáculo dos veículos, o sistema convencional vai continuar nos veículos por muito tempo e certamente vai gerar muitos serviços para as oficinas e para fazer os reparos com competência, basta saber como o sistema funciona, aplicar componentes de qualidade, inclusive o aditivo que não deve ser escolhido pelo menor valor, pois este deve ser apenas água com corante e não vai fazer o efeito protetivo do sistema de arrefecimento do motor, incluindo o radiador do ar quente do ar-condicionado. Devemos sempre nos lembrar da importância da tampa do radiador para os veículos mais antigos e da tampa do vaso de expansão, pois são estas tampas que mantêm a pressão de trabalho ideal do sistema de arrefecimento. Geralmente este sistema funciona com 1 bar de pressão e quando ocorre alguma falha e a temperatura eleva, provoca o aumento da pressão e além do ventilador do radiador aumentar a velocidade, a tampa vai liberar a pressão na tentativa de preservar os componentes, inclusive as mangueiras que podem estourar. (Fig.15 e 16)
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Para fazer o reparo de módulos eletrônicos é preciso ir além de apenas trocar componentes Muitos que reparam centrais automotivas ainda fazem diagnósticos por tentativa e erro trocando diversos componentes. Confira algumas técnicas e conhecimentos importantes para ser referência em reparo todos interligados em um único circuito eletrônico. E agora, o que devo testar? (Fig.1)
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eletrônica embarcada é a realidade das oficinas modernas. Cada vez mais veículos, mesmo sendo de linhas populares, saem de fábrica equipados com vários módulos eletrônicos. Por isso, o reparador automotivo hoje depende de conhecimentos em elétrica e eletrônica para realizar seus diagnósticos. Muitos defeitos dos veículos modernos são realmente invisíveis! Como por exemplo, os defeitos em centrais eletrônicas. Muitos reparadores têm se dado conta de que investir em equipamentos e conhecimento para incluir esse serviço dentre os oferecidos por sua oficina pode ser muito lucrativo e duradouro. Porém, muitos que começam a divulgar esses serviços não estão preparados de verdade para esse mercado. Não buscam conhecimento técnico adequado e bons equipamentos para montar um laboratório de eletrônica na oficina, e por isso fracassam em alguns diagnósticos e acabam até mesmo perdendo seus clientes e desistindo da reparação eletrônica de módulos. Técnicas que auxiliam muito no reparo de centrais eletrônicas Uma das principais dificuldades que os que iniciam no ramo de reparação eletrônica enfrentam é identificar em uma central qual é o circuito responsável pelo sistema do veículo que apresenta uma falha. Ao dar uma primeira olhada em uma ECU (Eletronic Control Unity – Módulo do Motor), quando ainda não se têm experiência com um novo modelo, ela parece apenas um aglomerado de componentes
continuidade será possível descobrir as ligações do circuito com o sistema externo. (Fig.2 e 3)
Ilustrações e fotos: André Miura
André Miura andremiura@chiptronic.com.br
1 ECU automotiva e seus muitos componentes (exemplo ECU Scania EMS S6 PDE)
Porém, ao conhecer melhor as ECUs percebemos que na verdade cada função ou sistema presente no veículo tem um circuito específico e individual dentro do módulo de comando. Por isso, uma das chaves para um diagnóstico rápido e preciso é saber identificar esses circuitos individuais na placa. Essa técnica é chamada de “mapeamento de circuitos”, que envolve, a partir de um ponto de partida do esquema elétrico (relacionado com o sistema em falha), localizar todos os componentes envolvidos para que se possa testá-los. Por exemplo, temos uma falha acusada pelo scanner no sensor de rotação. Após os testes realizados no veículo no sensor e no chicote constatou-se que o defeito está no módulo do motor. Para que não tenhamos que testar todos os componentes da ECU de maneira aleatória, a primeira coisa a se fazer é isolar esse circuito dos outros, localizando todos os componentes envolvidos. Para realizar o mapeamento do circuito é necessário primeiro consultar o esquema elétrico e localizar os terminais de conexão do sensor com o módulo. Localize e isole esse terminal. Em seguida, na escala de
2 Localize o terminal através do esquema elétrico e isole com a ajuda de uma ferramenta
3 Use o Multímetro na escala de continuidade para encontrar o circuito
Ferramentas que tornam o trabalho rápido e assertivo Existem ferramentas que tornam o reparo de módulos eletrônicos mais rápido e com maior chance de acerto logo na primeira troca de componentes. Uma delas é o simulador de centrais. Essa ferramenta torna possível gerar em bancada todas as leituras possíveis de sensores e consumos de energia dos atuadores. Assim conseguimos variar todas essas grandezas, simulando situações reais e tornando visível a reação de trabalho do módulo e do circuito que está sendo analisado. Do ponto de vista do módulo, ele está trabalhando com um motor real. Esses equipamentos são verdadeiros facilitadores do trabalho de um reparador de centrais eletrônicas automotivas, visto que eliminam o risco de testes diretamente
no veículo do cliente e viabiliza efetuar os testes mesmo quando não se têm o veículo na oficina. Além disso, é possível comunicar-se com o módulo com o auxílio de um scanner de diagnóstico, e verificar as falhas que permanecem presentes mesmo em bancada. Imagine a seguinte situação: O cliente relata um defeito provável em uma ECU. Em seguida, você pode conectar esse módulo em seu simulador em bancada, mesmo antes de abri-lo, para verificar se a falha está realmente no módulo ou se está no veículo. Quando constatado que a falha permanece presente mesmo em bancada, você inicia os testes e reparos. Ao concluir o trabalho, você pode testar novamente o módulo em seu simulador e verificar com o scanner se a falha relatada fica passada, e assim confirmar com assertividade que o reparo foi efetuado com sucesso. (Fig.4)
4 Simulador de módulos Diesel trabalhando junto com o scanner na verificação de falhas (Amarelas = passadas; Vermelhas = presentes)
Uma outra ferramenta que pode garantir rapidez e precisão no reparo é um software de consulta de mapeamentos de centrais automotivas. Assim, é possível verificar o destino de um sinal de sensor ou a saída de comando para um atuador diretamente no circuito eletrônico. E então, com o auxílio de um mul-
tímetro, efetuar um mapeamento breve ligando as entradas indicadas pelo esquema elétrico ao destino do circuito indicado pelo software e proceder com os testes. Outra aplicação importante seria para identificar as funções de diversos C.I.s (circuitos Integrados) da ECU e suas diversas entradas e saídas que não são facilmente identificadas apenas com um multímetro. Por exemplo, imagine que, no caso da falha mencionada anteriormente em um circuito do sensor de rotação de um módulo, você tenha conseguido localizar alguns componentes de entrada desse sinal. Porém, se deparou com um C.I. (Circuito Integrado) que é parte vital do circuito em questão, do qual não se tem disponível um Datasheet. Esse Datasheet é um manual detalhado de fabricação de um componente eletrônico disponibilizado pela própria fabricante de componentes. Mas em vários casos, esse manual está indisponível, pois a sistemista fabricante do módulo “mascara” esse componente com um código interno, assim somente eles têm acesso a essa informação. Nesse caso, como saber em quais terminais você deve medir as entradas e saídas desses sinais para fazer um diagnóstico sobre se o componente em questão está funcionando ou não? E qual deve ser o sinal correto a ser encontrado nesses terminais? Um software de consulta pode ajudá-lo nesses testes. (Fig.5 e 6) Equipamentos essenciais para um diagnóstico preciso Com a ajuda de um simulador para geração de cargas e sinais e de um software de consulta para saber o local correto de realizar as medições, vamos precisar de equipamentos apropriados para fazer os testes. Alguns equipamentos podem ser considerados não apenas como facilitadores, mas como essenciais para um diagnóstico. Den-
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5 Software de consulta de mapeamento de circuitos de centrais automotivas (localização de um C.I. Exemplo: Responsável por sensor de rotação)
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INFORME PUBLICITÁRIO
parador de centrais automotivas, o conhecimento ainda é a coisa mais importante a se adquirir! Não permita que oportunidades de serviço sejam perdidas por falta de conhecimento e não se contente em fazer reparos básicos. Monte um laboratório bem equipado e busque o conhecimento necessário para conseguir solucionar até mesmo defeitos complexos, que outros não conseguiram resolver! Invista em você e em sua oficina por buscar cursos e treinamentos de formação e especialização de reparadores de centrais eletrônicas automotivas e não fique parado no tempo em um mercado moderno e progressista!
Fábio Moraes ( IAA
/ Ultracar )
6 Entrada do sinal de Rotação no C.I.
tre os mais importantes podemos destacar o osciloscópio. Sem dúvida alguma, algo que causa grande perda de tempo nos diagnósticos e trocas de peças desnecessárias é a falta de conhecimento sobre o osciloscópio. Na realidade, até mesmo os mecânicos e eletricistas automotivos, mesmo que não reparem centrais eletrônicas, já podem se beneficiar das funções de um osciloscópio no seu dia a dia de diagnósticos. Existem testes e análises que só podem ser feitas com o auxílio desse equipamento. Muitos que divulgam o reparo de centrais, mas que não conhecem a fundo a eletrônica e equipamentos como o osciloscópio, acabam condenando centrais como se não houvesse reparo, sendo que a análise de alguns sinais com um osciloscópio tendo a direção certa com softwares adequados revelaria o defeito. Por exemplo, apenas com um osciloscópio seria possível verificar a conversão correta dos sinais de rotação feita pelo C.I. localizado no exemplo acima. (Fig.7) Outro exemplo no qual apenas um osciloscópio poderia ser usado é na medição de sinais relacionados a comunicação CAN. Uma análise importante que revela muitas fa-
lhas no circuito de comunicação CAN é verificar se o C.I. responsável por essa comunicação, também chamado de “C.I. Decodificador”, está realizando as conversões de sinais digitais de baixa tensão em sinais digitais de 5V. Comparando em tempo real com a ajuda de dois canais de medição do osciloscópio, conseguimos visualizar a entrada e saída do sinal de CAN alta ou baixa do C.I. e concluir que existe uma falha nesse componente caso não haja sinal de saída. (Fig.8 e 9) Embora os equipamentos e ferramentas sejam importantíssimos para o dia a dia de um re-
7 Sinal analógico comparado à saída digital. Análise de conformidade feita apenas com osciloscópio
9 – Medição dos sinais em tempo real, com dois canais, da entrada e saída de sinal digital da rede CAN Alta
Levante quanto sua oficina
8 Localização do C.I. responsável pela comunicação CAN André Miura é Diretor e proprietário da Chiptronic Tecnologia Automotiva
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Compare os dois valores e verifique se o valor da venda de mão de obra
SERVIÇOS E UTILIDADE
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Fórum do Jornal Oficina Brasil se consagra entre os reparadores como o maior sistema de troca de informações entre profissionais do país! São mais de 130 mil profissionais cadastrados debatendo, dando dicas e sugestões para resolver os problemas mais complicados. Participe você também! Para tanto, basta cadastrar-se em nosso site (oficinabrasil.com.br). Um dia você ajuda um colega e no outro é ajudado! Confira abaixo os casos que mais se destacaram neste mês.
SINTOMA: O hatchback da montadora Japonesa, equipado com o motor 1NR-FBE 1.3 16v Flex de 98cv quanto abastecido com etanol, chegou à oficina com a reclamação de esporadicamente apresentar temperatura elevada. DIAGNÓSTICO: O reparador sabia que estava diante de um problema complexo já que se tratava de uma falha esporádica, ou seja, que ocorria de forma intermitente. Sendo assim, antes de iniciar os testes no veículo, elaborou seu plano de ação com o passo a passo que iria realizar, para não deixar de testar nenhum componente ou sistema que poderia ser a causa do mau funcionamento do veículo. Após a realização dessa importante etapa o reparador partiu para os testes e verificações. Seguindo rigorosamente seu planejamento, como primeira providência saiu para um teste com o veículo, e constatou que o medidor de temperatura marcava acima do meio na escala, confirmando a reclamação do proprietário. Dando sequência aos testes pré-determinados, verificou o sistema de arrefecimento, analisou o sensor de temperatura e a válvula termostática, constatando que estavam em perfeito funcionamento. Durante os testes, o profissional percebeu que o eletroventilador não estava acionando ao entrar na temperatura de trabalho, funcionando apenas ao ser impulsionado com a mão. Desconfiado desta característica, acessou o Fórum Oficina Brasil. Ao pedir ajuda aos colegas, o reparador fez questão de informar todos os detalhes referente ao caso, tomando cuidado para não esquecer nenhuma informação que poderia ajudá-los a compreender a situação e auxiliá-lo da melhor forma possível. Em pouco tempo as primeiras dicas e sugestões começaram a surgir. O primeiro colega a deixar sua contribuição afirmou que com toda certeza o reparador deveria substituir o eletroventilador. Um outro colega do fórum chamou atenção para a necessidade de se verifi-
Nissan Livina 2011 motor falhando Divulgação
Toyota Etios 2019 superaquecendo
car o funcionamento do eletroventilador utilizando-se de um osciloscópio e pinça amperimétrica para confirmar seu mau funcionamento. O terceiro colega do fórum a contribuir com sua experiência disse que era defeito no motor do eletroventilador e que esse problema é bem recorrente nesse modelo. Aconselhou ainda que o reparador substituísse por peça nova genuína atualizada. O quarto reparador informou que pelo relato só estava faltando a substituição do eletroventilador ou sua resistência, e finalizou perguntando se o reparador havia ligado o ar- condicionado para ver se o eletroventilador entrava em funcionamento. Completou salientando que se o eletroventilador entrasse ao ligar o ar-condicionado o problema estava em sua resistência. O quinto colega do fórum utilizando-se de sua experiência afirmou que o motor do ventilador estava com suas escovas gastas e concluiu informando que a solução seria a substituição do motor elétrico. Outro colega do fórum deixou sua contribuição sugerindo ao reparador que colocasse um consumidor (uma lâmpada de farol alto) no lugar do ventilador para ver a intensidade da corrente, desta forma, saberia se o problema era o próprio eletroventilador ou uma deficiência em seu aterramento. SOLUÇÃO: Ao ler todas as dicas e sugestões dos colegas o reparador retornou informando que seguiu o conselho dos colegas em substituir o eletroventilador, após instalar a peça nova o veículo ficou em perfeito funcionamento. Agradeceu a todos e finalizou o tópico como resolvido.
SINTOMA: A minivan equipada com motor K4M 1.6 16v Flex de 108cv, chegou à oficina com a reclamação de mau funcionamento do motor. DIAGNÓSTICO: Diante da situação o reparador previamente elaborou seu plano de ação com o passo a passo dos testes que iria realizar a fim de identificar rapidamente a origem do problema. Concluída essa importante etapa, partiu para a fase de execução. Prontamente o reparador, seguindo rigorosamente seu plano de ação, iniciou os testes instalando o scanner na ecu do veículo, a fim de detectar possíveis DTCs gravados na memória, e constatou que acusava falha nos cilindros 1 e 2. A partir deste parâmetro, deu sequência ao diagnóstico testando os componentes que fazem parte do sistema de ignição e alimentação do veículo, substituindo as velas de ignição, trocando as bobinas de ignição de posição, e realizando teste e limpeza de bicos, além de conferir todo o chicote desde a central, para ter certeza que o sinal recebido da ECU estava correto, porém o defeito persistia e no scanner seguia acusando falha nos cilindros 1 e 2 Sabendo que falhas de ignição tendem a ocorrer nos cilindros gêmeos, e não em sequência como era este caso, o profissional acessou o Fórum Oficina Brasil. O primeiro colega a contribuir perguntou ao reparador qual sintomas o carro apresentava, quais eram os códigos de falhas, chamou atenção para não confiar no que o scanner apresenta, pois nem sempre a tradução do código de falhas está correta, tem que conferir o código quanto ao seu significado, perguntou
ainda se as bobinas são paralelas ou originais. O segundo colega do fórum sugeriu a verificação da compressão do motor, isso poderia estar causando essa falha. O reparador retornou informando que a compressão de todos os cilindros estava dentro dos parâmetros. O terceiro profissional chamou a atenção que mesmo o reparador trocando as velas e bobinas de local a falha não seguiu os componentes, isso indicava que o problema não estava neles, e sim no sistema de ignição e alimentação como um todo. O reparador retornou afirmando que essa era a questão que o deixava confuso, pois tudo indicava que era problema nas bobinas, mas por via das dúvidas, enviou a unidade de controle do motor para análise, e o especialista informou que estava tudo certo com a central eletrônica. O quarto reparador sugeriu que além do teste de pressão seria interessante o teste de vazão dos cilindros, e que o problema pode ser defeito na junta do cabeçote. O quinto reparador a deixar sua contribuição, informou que esses modelos possuem um aprendizado do corpo de borboletas que poucos scanners fazem atualmente. A lenta fica oscilando e o motor fica “quadrado”. SOLUÇÃO: Após ler atentamente as dicas dos colegas o reparador retornou informando que havia falhas nos cilindros 3 e 4, informou que de forma inacreditável era uma das bobinas em conflito, ela afetava o sinal do outro cilindro não gêmeo. Informou ainda que uma simples bobina deu todo esse trabalho, ao substitui-la o veículo voltou a funcionar perfeitamente .
DIRETO DO FÓRUM
Renault Logan 1.0 16v mudando o AF Divulgação
VW Voyage 2011 falhando na fase fria após retífica do motor
Junho 2022 • oficinabrasil.com.br
SINTOMA: O Sedã compacto da montadora alemã, equipado com motor EA111 1.6 8v Flex de 104cv, chegou à oficina para realizar um reparo geral, no qual o motor foi completamente retificado. DIAGNÓSTICO: Após a montagem do motor, o reparador percebeu que apresentava dificuldade na primeira partida e alto consumo de combustível. Retornando à oficina após a volta de teste, o profissional elaborou imediatamente seu plano de ação com o passo a passo dos testes que iria realizar a fim de descobrir o motivo pelo qual o veículo apresentava os defeitos relatados. O primeiro item presente em seu plano de ação consistia na verificação dos parâmetros de funcionamento dos sensores utilizando o scanner, a fim de identificar o funcionamento geral do motor após o serviço de retífica. Ao instalar o scanner e selecionar a opção monitor de dados a primeira coisa que percebeu foi que o sinal de MAP estava elevado, sendo assim, substituiu o sensor MAP, mas o defeito permaneceu. Dando sequências aos testes, verificou o sincronismo do motor e entradas falsas de ar, além de substituir os bicos injetores, bomba de combustível e sondas pré e pós-catalizador, porém o defeito persistia. Após realizar todos estes testes, retornou o cabeçote para a retífica que havia realizado o serviço, onde lhe forneceram um comando de válvulas original para teste, ao instalar o componente, percebeu que a partida normalizou, porém em marcha o motor apresentava estouros no escapamento. Sem mais ideias de como proceder, acessou o Fórum Oficina Brasil. O primeiro colega a responder perguntou ao reparador se havia substituído o retentor do volante do motor, informou que se sim, havia a possibilidade do motor estar fora de sincronismo na roda fônica magnetizada do volante. Perguntou ainda se o reparador tinha osciloscópio em sua oficina, pois era interessante
conferir o sincronismo verificando o sinal dos sensores de fase e rotação e transdutor de pressão no primeiro cilindro, a fim de verificar o sincronismo real e virtual do motor. E finalizou indagando se o reparador havia utilizando a ferramenta de sincronismo para instalar o retentor. O reparador, ao ler a mensagem, respondeu prontamente que colocou a ferramenta de instalação dos flanges traseiros, informou ainda que colocou na marca certa. O segundo colega do fórum a deixar sua contribuição informou que pegava muito motores EA111 em sua oficina com sensor MAP alterado, salientou que o que acontece muitas vezes são cabeçotes mandrilhados e comando de válvulas errado, destacou ainda que infelizmente algumas retíficas não sabem que ao mandrilar o cabeçote, altera a abertura de válvulas, e que ainda por cima colocam um comando de válvulas errado. O reparador informou aos colegas que analisando os parâmetros do scanner verificou que o ajuste a curto prazo fica negativo chega até - 88 por cento só oscila positivo se acelerar o veículo, informou ainda que o ajuste de longo fica sempre negativo. O terceiro reparador, ao ler essa informação, informou que esses ajustes de curto e longo prazo estão mostrando um problema na formação da mistura e que deveria conferir os seguintes itens: ponto de correia e ponto eletrônico utilizando o osciloscópio, vazão e pressão da bomba de combustível, vazão e pressão dos cilindros. SOLUÇÃO: O reparador retornou ao grupo informando que havia resolvido o caso, após ver os oscilogramas dos sensores de fase e rotação, constatou que o comando de válvulas original colocado pela retífica estava com a aplicação errada, e que após colocar outro comando original com a mesma letra do cabeçote, o veículo voltou a funcionar perfeitamente..
Divulgação
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SINTOMA: O Sedã equipado com motor D4D 1.0 16v Flex de 77cv quando abastecido com etanol, chegou à oficina com a reclamação de apresentar mau funcionamento, independente do combustível utilizado. DIAGNÓSTICO: Após a elaboração do planejamento, o profissional iniciou os testes do sistema de forma rigorosa. O primeiro teste consistia na verificação dos códigos de falhas presentes na memória da unidade de controle do motor, assim o reparador conectou seu scanner na ECU do veículo, e constatou que havia um DTC gravado em sua memória, falha DF 92 referente ao circuito do sensor de oxigênio anterior. Como o veículo precisava de uma revisão, aproveitou para realizá-la antes de ir mais a fundo no diagnóstico. Sendo assim, substituiu o óleo do motor, cabos e velas de ignição, bateria, sonda lambda pré- catalisador, limpou o tbi e testou os bicos injetores, porém o defeito persistia. O profissional verificou todos os aterramentos do sistema de injeção, e realizou um teste com o osciloscópio nos sensores de oxigênio, verificando que estavam funcionando perfeitamente. Sem mais ideias do que poderia estar causando esta alteração no veículo, acessou o Fórum Oficina Brasil para compartilhar o caso com os colegas. O primeiro colega a deixar sua contribuição informou que os veículos da montadora Renault são mestres para isto, sugeriu a verificação da tensão da bateria na partida, da eletroválvula do canister, e destacou ainda que a sonda lambda deve ser original, perguntou também como estava a vazão dos cilindros. Um outro colega do fórum indagou se o reparador havia testado vazão e pressão da bomba de combustível, perguntou ainda qual era o tempo de injeção do veículo, e deixou uma dica, informando que o reparador deveria entrar com scanner como OBD GLOBAL para visualizar o código de falhas que estava no padrão OBD. O reparador retornou informando que iria acessar o sistema via OBD, e que iria verificar a eletroválvula do canister, e
finalizou agradecendo os colegas pelas dicas. O terceiro colega do fórum a contribuir informou ao reparador que era fundamental a verificação do perfeito funcionamento do sensor de nível de combustível, problemas nesse componente causam mudanças de A/F. SOLUÇÃO: O reparador retornou informando que havia realizado as correções necessárias no sistema de injeção eletrônica. Após o diagnóstico de falha em OBD abordou o defeito de forma diferente realizando mais um teste na bomba de combustível, verificou que a pressão e estanqueidade estavam corretas, porém ao acelerar a pressão caía, observou ainda que quando estava acelerando em rotação em média de 4000 rpm e soltava o acelerador e acelerava novamente, a pressão da bomba caia em torno de 1 bar e o carro perdia aceleração, observou ainda que quando parava de acelerar a pressão subia de forma rápida, dando a impressão que o carro estava amarrado. Informou que diante dessa constatação removeu a tampa do tanque de combustível, mas o problema persistiu, assim removeu a bomba de combustível, colocou a mesma na bancada e ao desmontá-la percebeu que o pré-filtro estava entupido. Trocou a bomba e pré-filtro, limpou o tanque de combustível e o defeito foi resolvido.
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