Ano xxVIII Número 323 JANEIRO 2018
LANÇAMENTO
EM BREVE NA SUA OFICINA
Honda Fit 2018
Fiat Argo
Confira tudo sobre a nova geração do compacto da Honda, que já foi avaliado por reparadores independentes. Pág. 20
Ele tem o desafio de levar a Fiat de volta ao topo. Reparadores acham que missão não é impossível. Pág. 28
Marcas Preferidas 2017
Quais as marcas mais queridas, mais lembradas e mais compradas no aftermarket brasileiro? A nossa pesquisa traz as respostas e alguns insights sobre esta dinâmica. PÁG 58
66 FUNDO DO BAÚ | FIAT TIPO ENTREVISTA | VIEMAR Em dezembro de 94 chegava ao mercado, o Tipo 2,0 Conversamos com o presidente da Viemar, Fábio 16V, o hot hatch que desenvolvia 137 cv. Toniolo Vieira
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38 PREMIUM | HONDA CR-V Quinta geração vem aí e reparadores dizem adeus ao motor 2.0 i-VTEC
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DIRETOR GERAL Cassio Hervé DIRETOR COMERCIAL Marcelo Gabriel GERAÇÃO DE CONTEÚDO Jornalista: Caique Silva (MTB 83318/SP) Colaborador Técnico: José Tenório da Silva Junior COMERCIAL Gerente de Contas: Aliandra Artioli Executivo de Contas: Carlos Souza e Fernanda Bononi Consultora de Vendas: Iara Rocha ADMINISTRAÇÃO Gerente: Mariana R. Tarrega FINANCEIRO Gerente: Junio do Nascimento Assistente: Rodrigo Castro QUALIFICAÇÃO DE ASSINANTES (DATABASE) Analista de BI: Átila Paulino Correa da Silva Central de Atendimento ao leitor Aline Nascimento Talita da Silva Assis DIGITAL Tiago Lins PRODUÇÃO GRÁFICA J1 Agência Digital de Comunicação Pré-impressão e Impressão Oceano Indústria Gráfica e Editora
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:: Editorial
2018: um ano cheio de ameaças, mas com o dobro de oportunidades E não é que 2018 finalmente chegou? Para quem achava que o mundo iria acabar no interminável 2017 deve ter sido uma frustração e tanto. Contudo estamos diante de um novo ano, com 365 dias à frente para tomar decisões e assumir as consequências delas. Sempre me intrigou muito a frase: “para morrer, basta estar vivo”, porque traz em si uma constatação de nossa pequenez, de nossa insignificância diante do mundo que, a despeito de muitos acharem o contrário, não gira em nosso redor. Antes, cabe a nós nos adequar ao mundo e tirar proveito de suas infinitas possibilidades, com inteligência e sabedoria. E a parte mais maravilhosa dessa relação entre o mundo e nós é que muitos verão oportunidades onde outros só enxergam dificuldades, muitos serão tomados de um entusiasmo contagiante e outros ficarão desanimados diante das vicissitudes. Não por acaso a origem das palavras entusiasmo e desanimado é muito esclarecedora: entusiasmo é ter Deus dentro de si e desanimado é estar sem alma. Mais diretas, impossível. A partir de nossa perspectiva o que enxergamos é um ano de muitos desafios, com Copa do Mundo e Eleições Gerais para entorpecer e tirar nosso foco, mas não é por conta disso que o mundo vai parar e os negócios vão deixar de ser feitos, pois ele não está nem aí para quem vai ganhar a Copa ou as eleições no Brasil, ele não tem tempo para isso. E você? Terá tempo para que em 2018? Para trabalhar ou para reclamar? Pois o tempo que é gasto em reclamações, lamentações e choradeira, é o mesmo que serve para produzir, trabalhar e crescer, um minuto perdido em algo não produtivo é um minuto que não volta e ainda rouba mais minutos do seu dia, que os tem de forma contada matematicamente: são 1.440 minutos por dia. Não os desperdice.
Jornal Oficina Brasil é uma publicação do Grupo Oficina Brasil (ISSN 2359-3458). Trata-se de uma mídia impressa baseada em um projeto de marketing direto para comunicação dirigida ao segmento profissional de reparação de veículos. Circulando no mercado brasileiro há 26 anos, é considerado pelo Mídia Dados como o maior veículo segmentado do Brasil. Esclarecemos e informamos aos nossos leitores, e a quem possa interessar, que todos os conteúdos escritos por colaboradores publicados em nosso jornal são de inteira e total responsabilidade dos autores que os assinam. O jornal Oficina Brasil verifica preventivamente e veta a publicação do material que recebe, somente no que diz respeito à adequação e ao propósito a que se destina, e quanto a questionamentos e ataques pessoais, sobre a moralidade e aos bons costumes. As opiniões publicadas em matérias ou artigos assinados não apresentam a opinião do jornal, podendo até ser contrária a ela. Nós apoiamos: Filiado a:
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Janeiro 2018 • oficinabrasil.com.br
Falei em dobro de oportunidades e estou sendo literal. Se 2017 foi um ano difícil, mas com bons resultados, o ano de 2018 também o será. Entretanto, se levarmos em conta que há uma retomada na economia que já ensaiou seus passos no ano passado e trouxe uma projeção do PIB para 1% de crescimento e para 2018 já se fala em 2,7%, há quase o triplo de crescimento. Mas sejamos conservadores e pensemos no dobro de oportunidades. Quem vai se beneficiar desse momento será aquele que estiver mais preparado, e para isso é preciso esforço, dedicação e investimento em entender e atender o cliente, saber quem ele é, o que ele espera e entregar sempre um pouco mais do que foi acordado. Isso sim é valor agregado, é a fórmula secreta para manter clientes e torná-los seus melhores vendedores, pois um cliente realmente satisfeito fala bem de você para os amigos e conhecidos. O insatisfeito também fala, mas fala mal de você. Qual você prefere? Pois bem, é chegado o momento de respirar fundo, olhar para frente e pensar nos 365 dias que temos adiante com entusiasmo e animação, confiante de que o mundo vai continuar sua jornada adiante e que os mais bem preparados vão aproveitar as melhores oportunidades. E também refletir sobre as fraquezas e ameaças ao seu negócio para implementar, de forma imediata, as medidas necessárias para eliminá-las ou diminuir seus impactos. Nós do Grupo Oficina Brasil estamos confiantes em 2018 e continuaremos a envidar nossos melhores esforços para oferecer a você o que exista de mais importante e relevante para ser bem sucedido em seu negócio, como fazemos há 28 anos. Feliz ano novo! © Can Stock Photo / focalpoint
:: Expediente
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Marcelo Gabriel Diretor
DADOS DESTA EDIÇÃO • Tiragem: 57.000 exemplares. • Distribuição nos Correios: 55.705 (até o fechamento desta edição) • Percentual aproximado de circulação auditada (IVC): 97,7% COMPROMISSO COM O ANUNCIANTE O Oficina Brasil oferece garantias exclusivas para a total segurança dos investimentos dos anunciantes. Confira abaixo nossos diferenciais: 1º. Auditoria permanente do IVC (Instituto Verificador de Circulação) garante que o produto está chegando às mãos do assinante; 2º. Registro no Mídia Dados 2013 como o maior veículo do segmento do País; 3º. Publicação de Balanço Anual (edição de fevereiro 2013 e disponível em nosso site) contendo uma informação essencial para a garantia do anunciante e não revelada pela maioria dos veículos, como o custo de distribuição (Correio); 4º. No Balanço Anual é possível conferir as mutações do database de assinantes comprovando permanente atualização dos dados de nossos leitores; 5º. Oferecemos mecanismos de marketing direto e interativo, que permitem mensuração de retorno por meio de anúncios cuponados e cartas resposta; 6º. Certificado de Garantia do Anunciante, que assegura o cancelamento de uma programação de anúncios, a qualquer tempo e sem multa, caso o retorno do trabalho fique aquém das expectativas do investidor; 7º. Anúncios do tipo Call to Action (varejo), em que é possível mensurar de forma imediata o retorno da ação. Para anunciar ou obter mais informações sobre nossas ações de marketing direto fale com o nosso departamento comercial pelo telefone (11) 2764-2852 ou pelo e-mail anuncie@oficinabrasil.com.br
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Uma das marcas preferidas pelos reparadores em 2017, a Perfect oferece uma ampla linha de produtos de alta qualidade para a frota de veículos nacionais e importados. Solicite a um distribuidor mais próximo!
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Direção
Transmissão
Motor
índice 8
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EM Foco As principais novidades do mercado da reparação automotiva
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especial Consultor técnico da NGK, Hiromori Mori fala tudo sobre a evolução das velas de ignição
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EVENTO Saiba como foi o tradicional almoço de confraternização da Andap/SICAP
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LANÇAMENTO O destaque do mês é o Honda Fit 2018, que foi muito bem avaliado nas oficinas
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ENTREVISTA Confira a entrevista exclusiva com Fabio Vieira, fundador e diretor-presidente da Viemar
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EM BREVE NA SUA OFICINA O promissor Fiat Argo passou pela avaliação nas oficinas e você confere tudo!
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CADERNO PREMIUM Confira a avaliação do Honda CR-V nas oficinas independentes
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MARCAS PREFERIDAS Saiba quais as marcas mais lembradas pelos reparadores brasileiros
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DO FUNDO DO BAÚ Relembre o Tipo 2.0 16V que chegou ao mercado em 1994
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reparador diesel Conheça o HEUI - Injeção eletrônica com acionamento hidráulico
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CONSULTOR OB Saiba tudo sobre o REPAIRSURGE, ferramenta que pode ajudar na sua oficina
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ROTA DO REPARADOR Ciclo de palestras encerra o ano de 2017 com muito sucesso e grandes expectativas futuras
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MOTO & SERVIÇOS O colaborador Paulo José de Sousa fala sobre o superaquecimento do motor
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TÉCNICAS Confira as análises do mês de janeiro com nossos colaboradores
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direto do fórum Veja as principais dicas de janeiro
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do fundo do baú
Fiat Tipo 2.0 16V
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:: Números CAL
(Central de Atendimento ao Leitor)
contato Cartas.....................................................................0 E-mails............................................................36 Telefonemas...........................................27 Fax...................................................................0 Site..............................................................254 Total...........................................................429 Solicitações Assinaturas....................................................124 Alterações de cadastro..........................140 Outras.................................................75 Total..................................................339 Dados referentes ao período de 1/12 a 31/12/2017
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oFICINA SUSTENTÁVEL
moto & serviços
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A reciclagem de peças é de grande importância para o meio ambiente e as oficinas de reparação automotiva podem colaborar muito!
Saiba como diagnosticar o superaquecimento de uma motocicleta e conheça algumas causas que levam o motor ao calor excessivo.
O tradicional encontro da Andap/SICAP aconteceu na sede da Fecomércio-SP, reunindo os principais nomes do setor de autopeças. Confira!
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Dana anuncia a marca Albarus e amplia Campos Gerais: Projeto soluções para o mercado de reposição Voucher Tecnológico
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Dana inicia uma nova fase da tradicional marca Albarus no mercado brasileiro de reposição. A partir deste mês de janeiro, a empresa amplia as soluções já disponíveis com a marca Spicer, oferecendo nas tradicionais caixas em amarelo, vermelho e preto uma completa linha de juntas homocinéticas, cruzetas e cubos de roda para a frota nacional de veículos automotores. Segundo Carlos Dourado, diretor de vendas de reposição para a América do Sul, o objetivo é atender ainda melhor às necessidades crescentes do mercado de reposição, aliando qualidade com preços competitivos: “Estamos ampliando nossa atuação e melhorando as opções que os clientes podem oferecer para os seus clientes, ampliando os seus
negócios. A marca Albarus tem tradição inegável que se traduz em um recall impressionante, sempre associado a qualidade e confiabilidade. Junto com a Spicer, amplia o nosso portfólio de produtos e oferece uma combinação versátil, de acordo com a necessidade do cliente, além de trazer o aval da Dana, outro diferencial importante”, explica o executivo. Os produtos da nova linha da Albarus já estão disponíveis nos principais distribuidores e lojas de autopeças do País. O diretor de vendas Carlos
Dourado reforça o potencial gerador de negócios desta iniciativa: “No início dos anos 2000 a Dana, dentro de suas estratégias de atuação global, concentrou seu foco na marca Spicer. Agora, damos continuidade ao novo enfoque para o mercado de reposição que iniciamos em 2017, reforçando nossos investimentos com a marca Albarus, que traz um complemento estratégico ao portfólio. Combinamos os produtos originais Spicer com os produtos All Makes Albarus, ampliando assim as soluções oferecidas”, finaliza
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om o objetivo de apoiar micro e pequenas empresas associadas do Sindirepa Campos Gerais, o si nd icato a nu ncia a cessão de um VOUCHER TECNOLÓGICO para o atendimento de demand as do ser viço de Tecnologias de processos, produtos e serviços. O atendimento será prestado pelos Institutos de Tecnologia e Inovação do SENAI/PR, por meio do prog rama SEBR A ETEC, cujo objetivo é promover o aumento da produtividade por meio da inovação tecnológica. As empresas foram contempla d a s com con su ltor ia em meio ambiente e serviços laboratoriais, visando ao menor impacto possível ao meio a mbie nt e. O valor má x i mo
do voucher é limitado a R$ 30.000,00 (t r inta mil reais) por empresa, garantindo um subsídio de 80%, sendo 70% oferecido pelo SEBRAE e 10% pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná – FIEP, a contrapartida das empresas é de 20%, com parcelas a partir de R$ 55,00. As solicitações foram analisadas e aprovadas por equipes do SEBR A E (Se r v iço Br asileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), SENAI (Serviço Nacional de Aprendi zagem I ndust r ial). “Mais uma vez o Sindirepa Campos Gerais através de seus parceiros pode contribuir com a melhoria das empresas de reparação”, comemora John Ralph Reis – Presidente Sindirepa Campos Gerais.
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NGK fala sobre a evolução das velas de ignição e anuncia lançamento para o mercado de reposição O consultor de assistência técnica da empresa, Hiromori Mori, tira algumas dúvidas e fala sobre o processo evolução pelo qual as velas de ignição passaram para acompanhar a demanda do mercado automotivo
Qual é a importância dos materiais nobres na fabricação das velas de ignição? O uso de materiais nobres nas velas de ignição propiciou uma grande evolução no componente. Atualmente, os metais nobres mais utilizados são Platina e Irídio. Estes insumos, por serem altamente resistentes, permitem diminuir o diâmetro do eletrodo da vela, possibilitando uma melhora significativa em sua ignibilidade e, consequentemente, um melhor desempenho ao veículo. Qual é o desempenho das velas de eletrodos com desenhos diferenciados (em V, diâmetros mais finos)? O desenho da ponta ignífera da vela é de fundamental importância em seu desempenho. As velas Green Plug, por exemplo, que possuem desenho em “V”, desenvolvidas pela NGK na década de 80, foram amplamente utilizadas pela indústria automobilística nas décadas seguintes.
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Fotos: Divulgação
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o longo dos últ i mos anos, as velas de ignição passaram por uma grande transformação, com novos materiais e tecnologia. Essas mudanças são resultado de uma demanda do setor automotivo, que está modernizando seus motores e busca, cada vez mais, uma queima otimizada a fim de melhorar o desempenho dos veículos e diminuir as emissões tóxicas. A entrevista abaixo é uma boa oportunidade de explicar essas mudanças aos reparadores, esclarecendo de que forma essas novas tecnologias influenciam no dia a dia das oficinas e dos veículos.
Essas velas possuíam como diferencial o fato de possibilitar que a centelha ocorresse nas laterais dos eletrodos, aumentando a energia de frente da chama, propiciando uma melhor queima do combustível, além de reduzir a emissão de gases poluentes. Hoje, com a evolução tecnológica das velas, a tendência para o setor automotivo é o uso dos componentes especiais com materiais como Platina e Irídio e ponta do eletrodo com diâmetro muito mais fina. As velas de platina, G-Power, por exemplo, tem diâmetro de 0,6 milímetros. No caso das Iridium, esse valor varia de 0,4 até 0,6 milímetros contra um diâmetro de 1,9 até As velas especiais trazem ao carro a melhor eficiência de queima, melhor resposta ao acelerador, partidas mais 2,3 milímetros das velas con- rápidas e a melhor estabilidade de marcha lenta vencionais. Essa característica das velas total influência na forma como O uso de múltiplos combustí- o cabeçote e, posteriormente, especiais faz com que esse tipo a queima de combustível ocorre veis, em veículos flex, não afetou para o sistema de arrefecimento de peça tenha mais energia para na câmara de combustão. Por na evolução das velas de ignição. do motor. iniciar a combustão, resultando isso, os motores mais modernos A partir dos anos 2000, quando em uma melhor queima da mis- estão migrando para velas espe- houve um grande número de Qual é a diferença de uma tura ar/combustível. A condição, ciais, de Platina e Irídio, que são conversões para GNV, o merca- vela comum e uma de compealiada ao fato da vela ter maior altamente tecnológicas. Esses do buscou uma vela mais eficien- tição? facilidade para gerar centelha, componentes, além de melho- te para a queima do combustível, Basicamente a função da vela possibilita ainda que o veículo rarem as condições de queima, encont rando na vela G reen é a mesma em ambos os casos: tenha um melhor desempenho, possibilitando uma redução na (com corte em V) uma vela com conduzir a alta tensão para com respostas m e l h o r p e r - dentro da câmara de combustão ágeis em aceleformance para e transformar a alta tensão em ração e melhor estas especifi- uma centelha que irá queimar retomada de a mistura ar/combustível. A “Com controles de emissões de poluentes cada cações. velocidade. diferença básica está na resisvez mais restritos com o passar dos anos e com C o m o a s tência à vibração mecânica e na regulamentações específicas para cada país, os O contro velas contr i- dissipação térmica, que é maior le de emissões buem c om a nas velas de competição. A projetos automotivos precisaram se atualizar e também de dissipação do NGK, além de estar presente no isso inclui os sistemas de ignição” pende do decalor? mercado original e de reposição, sempenho das Se analisar- possui a mais completa linha de velas de ignimos o perfil de velas para esse fim. ção? uma câmara de Com controles de emissões emissão de poluentes, também combustão, a única peça ponOs carros híbridos precide poluentes cada vez mais possuem a tecnologia necessária tuda é a vela de ignição. A vela sam de velas especiais? restritos com o passar dos anos para suportar as condições críti- precisa possuir essas pontas para Sim. A tecnologia utilizada e com regulamentações especí- cas às quais as velas são expostas facilitar a centelha. As pontas nos motores a combustão interna ficas para cada país, os projetos nos motores atuais. também colaboram para que haja dos veículos híbridos é mais moautomotivos precisaram se atuauma tendência de acúmulo de derna, por isso, geralmente esses lizar e isso inclui os sistemas de O uso de combustíveis múl- calor na ponta da vela. Cabe a ela modelos de veículos utilizam ignição. As velas de ignição têm tiplos fez as velas evoluírem? dissipar parte desse calor para velas especiais. Fotos: Oficina Brasil
Da redação
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especial Já é possível imaginar um cenário futuro sem uso da vela de ignição? No estágio atual das novas tecnologias não há perspectivas de mudanças significativas nos motores a combustão nos próximos anos. O uso de veículos elétricos, mesmo em países onde o tema está mais avançado, ainda é um grande desafio para a sua massificação.
durabilidade. O custo destas velas será competitivo? A NGK possui em seu portfólio opções para todos os tipos de consumidores. A linha Iridium IX, por exemplo, tem alto grau tecnológico, maior vida útil e desempenho elevado. Já a GPower é uma linha com relação custo-benefício excelente, apre-
seu ótimo custo-benefício. Assim como ocor re em outros mercados onde a vela G-Power já atua, aqui no Brasil ela vem apresentando uma boa aceitação.
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Velas com longa durabilidade (acima de 30.000 km) não correm o risco de sofrerem ataques de agentes externos, como os resíduos de combustível não queimado, principalmente se
provocado depende do tipo de contaminante, concentração e logicamente ao tempo em que o componente ficou exposto. Lembramos que o uso de combustíveis de má qualidade não é recomendado pelas montadoras, nem tão pouco pelos órgãos regulamentadores. Caso o cliente tenha alguma desconfiança com relação à qualidade do combustível, ele deve consultar a ANP
considerarmos a péssima qualidade dos combustíveis? Em alguns locais do Brasil há um problema crônico em relação à qualidade do combustível. O que podemos afirmar é que combustíveis fora do padrão afetam todos os componentes que entram em contato com ele, não somente a vela. O dano
(Agencia Nacional do Petróleo). Outra recomendação importante é que os reparadores façam sempre que possível a inspeção visual da vela de ignição. Por ser um componente que está dentro da câmara de combustão, a vela pode revelar muito sobre o estado do motor e, até mesmo, sobre a qualidade do combustível
Quais são as principais vantagens dessa nova tecnologia aplicada às velas de ignição? A tecnologia de velas especiais traz grandes vantagens aos veículos. Dentre os principais benefícios podemos citar: a melhor eficiência de queima, melhor resposta ao acelerador, partidas mais rápidas e a melhor estabilidade de marcha lenta. Outra vantagem é o prazer ao dirigir, pois o motorista percebe rapidamente uma melhora na aceleração nas retomadas de velocidade. Qual a diferença de vida útil das velas especiais se comparadas às convencionais? A NGK possui no mercado de reposição duas linhas de velas especiais: a G-Power, de Platina, e a Iridium IX, de Irídio. Ambos os produtos têm como diferencial o ganho de performance. As velas G-Power, por exemplo, possuem ótimo desempenho e durabilidade similar a das velas convencionais. Já as velas Iridium são o que há de mais tecnológico no mercado e aliam desempenho superior a ótima
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sentando desempenho similar às velas Iridium, mas com preço mais acessível. Vocês acham que o cliente irá perceber e absorver o valor agregado dessas velas? Sim. Acreditamos muito no potencial das velas especiais, especialmente da G-Power por
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utilizado. É uma análise rápida, mas que pode trazer diagnósticos importantes sobre o veículo. Essa tecnologia aplicada nos carros novos é facilmente absorvida pelo cliente porque o próprio carro já tem um novo conceito. Ou seja, o valor das velas será atribuído a essa tecnologia. No entanto, nos carros mais antigos, o cliente sabe que a vela original custa muito menos e atende perfeitamente à necessidade do motor. Isso não será uma barreira? A vela de ignição convencional desenvolvida para determinado motor realmente atende às suas necessidades. A proposta das velas especiais, porém, é oferecer aos usuários do mercado de reposição que buscam uma melhor performance e não querem fazer grandes transformações no motor, uma forma fácil e acessível de melhorar o desempenho do veículo por meio dessas velas mais tecnológicas. Acreditamos muito no potencial desses produtos, pois recebemos muitas consultas de usuários procurando opções de velas de ignição que melhorem o desempenho do veículo. Foi para atender a essa demanda que disponibilizamos no aftermarket as linhas Iridium IX e G-Power, produtos que atendem a uma grande gama de modelos que saíram de fábrica com velas convencionais. Colabourou com esta matéria: Hiromori Mori – Consultor de Assistência Técnica da NGK do Brasil.
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Andap/SICAP realiza evento tradicional de confraternização na sede da Fecomércio-SP O encontro, que foi marcado por grandes homenagens aos destaques do setor em 2017, reuniu entidades, empresários e representantes das principais empresas do segmento de autopeças Fotos: Oficina Brasil
Da redação
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a segunda semana de dezembro aconteceu o tradicional almoço de confraternização da Andap (Associação Nacional dos distribuidores de Autopeças) e do SICAP (Sindicato do Comércio Atacadista, Impor tador, Exportador e Distribuidor de Peças Rolamentos, Acessórios e Componentes para Indústria e para Veículos no Estado de São Paulo), reunindo centenas de empresários e representantes das mais diversas empresas do segmento de autopeças. O evento foi marcado pelo anúncio da despedida do cargo do presidente da Andap, até então Renato Giannini, após 8 anos comandando a entidade. Giannini aproveitou a ocasião para falar sobre o momento pelo qual o setor passou em 2017, sobre as boas perspectivas para os próximos anos e as mudanças e transformações do mercado de autopeças. “Nos últimos a no s mu d a nç a s ve m a c on tecendo com muita rapidez.
“Nos últimos anos mudanças vem acontecendo com muita rapidez. Essencialmente, a forma como o ser humano se comunica com quem está ao seu redor. Nosso mercado passa por muitas mudanças” Renato Giannini
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O último encontro do ano entre os principais nomes da reparação automotiva teve o apoio do Grupo Oficina Brasil
Os convidados que estiveram presentes no evento receberam o anuário do Aftermarket Automotivo
Um dos destaques do evento foi o simulador de potencial demandante do mercado automotivo brasileiro. Na foto acima você confere o simulador de demanda sendo utilizado durante o evento
Essencialmente, a forma como o ser humano se comunica com quem está ao seu redor. Nosso mercado passa por muitas mudanças”, disse. O almoço ainda contou com uma bela homenagem a empresas que no ano de 2017 atingiram datas marcantes dentro do setor. Foram elas: a Comdip, que completou seus 25 anos, a
Cobra, com 30 anos no mercado de reposição de autopeças. assim como a DPK e a PMZ C o m o a p oio d o G r u p o (Pemaza) que também foram Of icina Brasil, o almoço de homenageadas, além das mais con f rater n i zação ma rcou o antigas, a Real Motopeças, último encontro do ano entre com 55 anos e a Comolatti, co- os principais nomes do setor da memorando 60 anos. Todas as reposição automotiva. empresas receberam uma placa comemorativa pelo reconheci- O tradicional encontro Andap/SICAP mento e pelo grande tempo de reuniu entidades, empresários e representantes do setor serviços prestados ao mercado
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Sem grandes surpresas, New Fit 2018 chega ao mercado e é muito bem visto nas oficinas Fotos: Divulgação
Por Caique Silva
Em menos de 12 meses após sua apresentação na Europa, o utilitário chega como a primeira grande ofensiva da marca em veículos utilitários leves
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om quatro versões disponíveis, o novo Fit traz algumas novidades em seu visual, mas sem grandes surpresas em sua parte técnica. O para-choque dianteiro foi remodelado, assim como a grade dianteira, com maiores aberturas de ar. Na parte traseira, o parachoque foi alongado, protegendo agora o porta-malas em caso de colisão no trânsito. O novo modelo vem equipado com o motor 1.5 i-VTEC FlexOne de até 116 cv e 15,3 kgfm de torque, o mesmo da versão anterior, com as opções de câmbio manual de cinco marchas ou automático CVT. Em suas versões EX e EXL há a simulação de até sete marchas. O reparador e proprietário da oficina Carbumarc Multicenter, Marcelo Mendes Sanches, que avaliou o carro, falou sobre essa novidade dos modelos: “Quando se usa o shift pad você sente a troca de marcha, apesar do câmbio CVT. É uma troca muito sutil, afinal o carro nunca foi e não tem o objetivo de ser um esportivo”. O que t a mbém cha ma a atenção no Fit 2018 são os controles de estabilidade e tração, além de assistente de partida em rampa em todas as versões e limpadores do para-brisa do tipo
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“flat blade”. “O que eu vi desse carro de novidade é que eles mudaram o motor do limpador de para-brisa, ficando com menos ruído e com mais potência, além do grande destaque, que é o controle de estabilidade. É muito interessante pra esse carro, porque como ele é alto, não é aquele veículo esportivo bom de curva. Se o motorista der qualquer vacilo, o controle de estabilidade consegue ajudar bastante. Você sente o carro muito na mão quando está com o controle ativado”, disse Marcelo. O New Fit possui cinco versões. São elas: a versão de entrada DX 1.5 MT, com câmbio manual; LX 1.5 CVT, que possui os mesmos componentes da versão de entrada, mas já com o câmbio automático; EX 1.5 CVT, que traz as luzes de led inferior como novidade e a versão top de linha EXL 1.5 CVT. Há ainda a versão Personal CVT, para pessoas com deficiência (PcD).
O contato com o reparador Levamos a versão topo de linha do novo Fit até a oficina
Ca rbu ma rc Mult icenter, no bair ro do Ipiranga, em São Paulo. Assim que o carro chegou na oficina o reparador e proprietá-
rio Marcelo Mendes já adiantou que conhecia o modelo e ele não havia passado por grandes mudanças, o que é bom, afinal trata-se de um carro bastante confiável desde suas gerações mais antigas. “Esse é um carro que manteve um padrão, muito bom por sinal. Não tem grandes novidades que chamem tanto a atenção. O maior detalhe é a presença do controle de estabilidade. É um carro altamente confiável”. Marcelo ainda citou que a confiabilidade do carro não trata somente do modelo avaliado, mas sim de toda a linha Honda: “Se o reparador depender de Honda para ganhar dinheiro ele está na roça, porque é só manutenção básica, como óleo, pastilha de freios e com 70 a 80 mil km tem os amortecedores. De resto, esses carros não possuem nada de anormal. Para se ter ideia eu nunca precisei mexer na parte de arrefecimento desses carros por problemas de precisar trocar uma mangueira que estou rou , u ma válv u la termostática ou bomba d’água. Os primeiros modelos do Fit,
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lançamento
Com maiores aberturas de ar, a grade dianteira foi reestilizada
aqueles 1.4 e 1.5, mais antigos, tin ham defeitos bem característicos na época, que com um tempo a Honda resolveu. Por exemplo, os modelos 2008 quebravam a orelha do amortecedor onde vai presa a bieleta, sempre do mesmo lado. Eles corrigiram isso e nunca mais voltou a ter problema. Outro grande problema era o ronco do rolamento traseiro, que também foi corrigido e não apresentou mais defeito”. Assim como os carros recém lançados, o New Fit é adepto da chamada partida assistida, com a ausência do reservatório de partida a frio. Essa retirada do “tanquinho” mostra que o motor reage prontamente em qualquer temperatura ao ser acionado, além de contribuir pa r a a redução d a em issão de poluentes. E por falar em emissões, uma das novidades do New Fit é a presença de dois catalisadores bem próximos do motor, que trabalham com reações químicas para eliminar os gases nocivos. Outra mudança no veículo
é a nova reação da direção, notada pelo reparador Pedro Luis
Um dos destaques do Fit 2018 é o ar-condicionado digital
outra linha e pega um simples parafuso duro, engripado, que
novidade. A vela também está sossegado de trocar. O que mais complica é o acesso para a troca de lâmpadas que é um pouco estreito, mas nada de absurdo. Apesar da diferença externa, do aumento do para-choque, esse carro não mudou quase nada”, afirma o reparador, que ainda garante que o veículo não irá assustar os reparadores quando chegar na oficina. Por fim, o veículo que já está sendo comercializado pela marca japonesa mostra que já caiu nas graças ao menos do reparador independente, deixando agora para o consumidor aprová-lo ou não. “O cliente que vier na minha of icina e me perguntar sobre qual carro pegar, se ele disser que tem condições de pegar um Fit, eu indico o Fit”, finaliza Marcelo Mendes Sanches.
O motor 1.5 i-VTEC pertence à geração mais atual de motores da Honda
Casson, também da Carbumarc. “A Honda trocou o sistema da direção elétrica para um motor mais firme, que dá para sentir melhor o carro na mão, como
O para-choque dianteiro foi remodelado, assim como a grade dianteira
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a gente diz popularmente. A antiga era muito mole. É boa, legal de andar, mas muito mole. Essa é uma das modificações interessantes do carro”. Marcelo critica a falta de espaço para trabalhar no veícu lo, já ca r acter íst ica dos modelos da Honda, mas nada que atrapalhe tanto na hora da reparação. “Como de costume, ao abrir o capô você percebe que não mudou praticamente nada, é o mesmo conjunto. Os car ros Honda cost umam ter pouco espaço para trabalhar porque os componentes são bem compactados, mas com-
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pensa na facilidade para se trabalhar com a parte técnica. A mecânica em si dos carros da Honda é diferente. Às vezes você repara um carro de uma
não vai. Em um desse aqui até o aperto do parafuso é diferente. Um estalo e já era. A troca de óleo e filtros é bem simples, não tem nenhuma
O Honda Fit 2018 possui 6 airbags(frontais, laterais e de cortina)
DADOS TÉCNICOS Honda FIT 2018 Motor: 1.5 i-VTEC Tipo: quatro cilindros em linha Cilindrada: 1497cm³ Potência máx.: 115 cv (G) a 6.000 rpm Torque máx.: 15,2 kgfm (G) a 4.800 rpm Tração: dianteira Transmissão: automático, 7 velocidades ou manual, 5 velocidades Peso: 1.073 kg Comprimento: 4,096 m Largura: 1,695 m Altura: 1,535 m Distância entre-eixos: 2,530 m Porta-malas: 363 litros Tanque de combustível: 45 litros Rodas: 16”, em liga-leve Pneus: 185/55 R16 Suspensão D/T: McPherson / tipo eixo de torção Freios D/T: a disco
Consumo (inmetro) Cidade: n/d Estrada: n/d
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A Albarus está de volta. Quem conheceu poderá matar a saudade. Quem não conhece, prepare-se para uma relação de confiança que nem o tempo pode apagar. Qualidade que marcou época e conquistou o coração do Brasil. Albarus. Qualidade que transmite segurança.
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entrevista
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entrevista
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Viemar aposta em mais um ano de sucesso no mercado da reposição automotiva
O
f u nd a dor e d i retorpresidente da Viemar, Fábio Toniolo Vieira, fala sobre as principais conquistas da empresa no ano passado, as projeções para esse ano, as mudanças e t ransfor mações pelas quais a empresa passou e muito mais! Confira Oficina Brasil: Fale-nos um pouco da sua trajetória profissional. Sou fundador da Viemar. Minha trajetória profissional sempre esteve ligada ao mercado de reposição. A Viemar foi fundada há quase 22 anos. Foi em fevereiro de 1996 que iniciamos o negócio, vislumbrando a oportunidade de focar nos segmentos de suspensão e direção. Logo após que a Viemar foi criada tivemos que optar – ou importávamos ou fabricávamos. E optamos por ser fabricantes, apostamos na identidade que criamos. E optamos por fabricar porque eu não sei comprar qualidade, eu sei é fabricar qualidade – tanto que uma das nossas competências é “fazer bem feito da primeira vez”. Nosso desafio é e sempre foi desde o primeiro momento da Viemar saber transformar o que nós construímos na indústria e apresentá-lo como um diferencial no mercado. Passar o entendimento do que é comprar pronto e do que é fazer – e nós fazemos as peças. E o resultado dessa escolha nos trouxe até hoje, à condição de maior fabricante brasileira de suspensão e direção. Fale um pouco das principais conquistas da empresa e quais os desafios para os próximos anos? A Viemar cresceu muito acima do que esperávamos. E isso
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nos obrigou a modificar todo o nosso processo de fabricação – hoje o produto está sendo feito de uma maneira completamente diferente. Modificamos nossos processos, nossa engenharia, para nos tornarmos mais competitivos. Hoje podemos afirmar com toda cer teza: ning uém fabrica peças como nós. O “ser solução”, que trazemos na nossa missão, traduz isso: utilizamos o
necessário têm um único objetivo: a fidelização do mecânico. A Viemar atualmente é líder no mercado nacional de Articulações Axiais, certo? Quais as estratégias da empresa para se manter nesse nível diante de seus concorrentes? E o que levou, na sua opinião, a Viemar a chegar neste estágio no mercado?
para que ele possa oferecer ao seu cliente uma peça confiável, de alta segurança. Qual a par t icipação da empresa no mercado de componentes de direção e suspensão? Tivemos em 2017 um salto na nossa participação no mercado, com liderança em axiais, conforme pesquisa Marcas Preferidas da CINAU e uma presença muito Fotos: Divulgação
Da Redação
empresa no Brasil? Investimos em máquinas, desenvolvimento de pessoas, processos. Investimos no Sistema de Produção Viemar e no Sistema de Gestão Viemar. Quais as perspectivas da empresa para este ano? A Viemar chega em 2018 forte. Nossa fábrica está pronta para entregar o que o mercado precisa, nossa marca se consolida a dia a dia. Ainda que seja um ano, no cenário nacional,
A Viemar respeita a cadeia comercial do setor, respeita a distribuição. Temos uma rede de representantes e vendedores que atua a nível Brasil, fazendo com que os produtos cheguem aos distribuidores nacionais e regionais, que por sua vez vendem às autopeças até chegar ao reparador
mix de tecnologia dos diversos fabricantes de autopeças para criar uma tecnologia própria, que possibilita um componente com mais durabilidade e performance acima do esperado. A Viemar chegou ao estágio de fazer a peça da maneira que achar melhor e de uma maneira muito competitiva. E melhorar o projeto original e apresentar diferenciais quando
Justamente essa mudanças de processos, e criando um jeito Viemar de fabricar, integrando o Sistema de Produção. Também há que destacar nossa engenharia – nossa equipe tem liberdade para criar, para buscar o diferente com o foco de agregar para o aplicador. Se for facilitar a vida do mecânico, se for entregar um produto de melhor qualidade,
maior em pivôs de suspensão e terminais de direção – mas essa pergunta deixo para vocês responderem. A Viemar concorre com empresas centenárias, decanas do mercado. E somos jovens, temos um caminho longo a trilhar. Nos últimos anos quais investimentos foram feitos pela
que instiga dúvidas, acreditamos que a reposição terá muito a crescer, nossa frota envelheceu nos últimos anos e a Viemar tem uma bela fatia de mercado por conquistar. Quais os principais lançamentos e novidades da empresa neste ano? A Viemar tem no seu escopo lançar em média 5 produtos por mês, o que nos dá uns 60 lançamentos por ano. E seguimos com
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entrevista o foco que nos fez chegar até aqui, de ser o primeiro fabricante a lançar pivôs de suspensão, articulações axiais, terminais de direção, mesmo de carros que foram lançados também esse ano. Mas diria que duas foram as principais novidades da empresa para o reparador. O primeiro, que agora está chegando com força ao mercado, é a garantia de 70 mil quilômetros ou 2 anos para axiais, pivôs e terminais. É algo que só a Viemar tem e o fazemos com a segurança de quem fabrica e controla todos os seus produtos e processos. E o segundo foi o lançamento do conceito COMBOS para o mercado de reposição. A liderança da Viemar em axiais, se por um lado nos consolidou, por outro fez com que não fôssemos tão percebidos como fabricantes de terminais e pivôs. O Combo veio justamente para mostrar ao reparador que temos uma solução completa em suspensão e direção para a mesma aplicação, fechamos o “combo” do veículo. E a ideia foi muito bem aceita, tanto que crescemos em pivôs e terminais. Como os produtos chegam aos reparadores interessados? A Viemar respeita a cadeia comercial do setor, respeita a distribuição. Temos uma rede de representantes e vendedores que atua a nível Brasil, fazendo com que os produtos cheguem aos distribuidores nacionais e regionais, que por sua vez vendem às autopeças até chegar ao reparador. Sempre tivemos essa preocupação, de respeitar a cadeia de distribuição em nossas negociações comerciais. A Viemar prima pelas suas relações e sabe que ainda tem muito chão para percorrer; nosso desafio no mercado interno, pelo porte do Brasil, é se tornar conhecida e referência em todos lugares, potencializando a marca. Qual a importância do reparador para a Viemar? O reparador é nossa razão de existir. É por ele e pelo consumidor final que trabalhamos. O relacionamento com o reparador passa por facilitar, instruir e
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educar. Por isso, além de produzir com qualidade, de oferecer uma garantia de 70 mil quilômetros ou 2 anos, acreditamos no conhecimento. A Viemar tem o desafio de ser a que entrega a melhor informação do mercado. São exemplos o catálogo eletrônico, pioneiro do setor de autopeças e que é um verdadeiro consultor online para o que o reparador necessitar. Produtos, aplicações, medidas, mercados, fotos, onde encontrar, instruções, alertas, número original, são facilmente encontrados em uma única ferramenta, ágil, fácil e disponível. Também o Espaço do Me-
cânico, dentro do site Viemar, disponibiliza vídeos, instruções, alertas e soluções necessárias para que o aplicador consiga desenvolver o seu trabalho com segurança. Soma-se a isso, ainda, uma rede de promotores técnicos e comerciais em todo o Brasil que estão em contato permanente com todos canais – distribuidores, autopeças, oficinas mecânicas, autocenters. Levando informações da fábrica e coletando críticas e sugestões para aperfeiçoar a linha de produtos. Quais os próximos passos
para aproximar ainda mais a empresa da reparação independente? Quais as próximas novidades? A Viemar, depois de passar os últimos anos focada em reestruturar seus processos e a fábrica, deve se voltar ainda mais para o contato com o mercado. Investir no relacionamento com os elos da cadeia, fomentar o debate sobre a segurança das peças, capacitar o aplicador, fazer com que o reparador perceba o quanto é relevante ele poder contar com uma empresa que oferece os 70 mil quilômetros de garantia que oferecemos. O quanto ele pode agregar aos seus serviços e ao
seu negócio utilizando Viemar. A empresa possui algum tipo de treinamento voltado aos reparadores independentes? Sim, e temos muito orgulho da nossa presença junto ao reparador. Nossa equipe de promotores treina e capacita aplicadores em todo o Brasil. Em 2017, foram mais de 3 mil reparadores que receberam dos nossos promotores informação qualificada, em palestras realizadas presencialmente. Também estamos investindo em vídeos, instr uções técnico-didáticas
Janeiro 2018 • oficinabrasil.com.br disponíveis nos nossos canais na internet – site, redes sociais – que possibilitam que o reparador tenha acesso à informação a hora que quiser. Só neste ano, lançamos mais de 30 novas instruções, alertas e dicas que são justamente focadas em treinar e informar o reparador. Essa preocupação sempre norteou a Viemar e vai continuar nos definindo. Como você vê as redes sociais, que hoje são uma porta de esclarecimento e que acabaria ajudando a empresa em vários aspectos? A presença nas redes sociais é fundamental. Tanto que estamos investindo também na nossa presença online, identificando a linguagem que nos aproxima do cliente de uma forma que fidelize esse relacionamento. Em 2018 vamos trabalhar muito fortemente esses canais que, temos certeza, são fundamentais. A crença da Viemar no digital é grande, por saber que a conexão é o nosso presente, que dirá o futuro. Segundo pesquisa da CINAU, a disponibilidade do produto é um dos atributos mais importantes para os reparadores. Além de atuar em todo território nacional com uma rede sólida e consistente, o que vocês fazem para garantir o produto na oficina mecânica? Garantir o produto na oficina passa pela cadeia, por ter uma rede de distribuidores. Porém, o papel do reparador no reconhecimento da marca é fundamental para que ele mesmo consiga encontrar a Viemar junto à sua loja favorita. É quando o reparador solicita Viemar, e isso tem crescido de maneira exponencial, que o varejo se vê na necessidade de buscar a marca na distribuição e ela, por consequência, junto à fábrica. Quais as estratégias usadas pela empresa para enfrentar o momento difícil que o mercado enfrentou nos últimos anos? As estratégias são comuns a todos fabricantes que buscam a permanência no mercado. A Viemar, junto com os investimentos,
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também busca uma manufatura cada vez mais enxuta, controle de custos, oferecer ao mercado produtos cada vez mais competitivos, porém sempre focada em qualidade. O mercado de reposição está vivendo um de seus melhores ciclos e estudos recentes apontam que mesmo com a recuperação da venda de veículos novos, o aftermarket continuará crescente e demandante. Como a empresa enxerga este cenário e quais ações estão sendo tomadas para desfrutar deste momento? A Viemar acredita na reposição, é nossa razão. Tanto que, por mais que tenha sempre sido assediada a fornecer para montadoras – mesmo em momentos como o atual – mantém o foco no aftermarket. A possibilidade de criar, de realmente entregar uma solução que vá agregar ao setor, nos fascina. Tudo o que já relatamos, desde as melhorias e mudanças no processo produtivo até as formas de se relacionar com distribuidores, varejistas, reparadores, tudo isso faz com que estejamos preparados para desfrutar de um bom momento. Nossa capacidade produtiva dobrou no último ano e podemos dizer que estamos prontos para atender ao mercado de suspensão e direção. Além de todo esse compromisso com o reparador e com o mercado de reposição a Viemar também está presente em competições, como é essa iniciativa? Também há que considerar a presença da Viemar como fornecedora técnica oficial dos ca mpe onat os de aut omobilismo – Stock Light (que até 2017 era Campeonato Brasileiro de Turismo) e MercedesBenz Challenge. Mais do que uma oportunidade de ampliar a presença da marca Viemar, o desenvolvimento de peças customizadas, soluções para os veículos de competição, permite que a Viemar consiga utilizar a tecnologia e a engenharia das pistas para melhorar ainda mais os carros de rua.
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Fiat Argo é esperança da montadora em retomar liderança e oficinas apostam em uma boa disputa Após perder a liderança ocupada por mais de 10 anos entre as montadoras do País, a Fiat joga suas fichas em um hatch com DNA brasileiro. Reparadores que analisaram o carro afirmam: Argo pode alterar o placar entre os compactos Fotos: Antônio Edson
Antônio Edson
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ntre 2003 e 2015 a Fiat surfou hegemônica na liderança entre as montadoras do País devido à ênfase na produção de carros 1.0 robustos e baratos e de picapes pequenas. Seus modelos puxavam a fila da preferência nacional a ponto de, em 2014, o Palio desbancar o até então invicto Volkswagen Gol que, depois de um reinado de 12 anos, perdia a ponta para, ao menos até agora, não resgatá-la. Naquele ano, a montadora de Betim (MG) emplacava três modelos entre os cinco mais vendidos: o já citado Palio, a picape Strada e o novo Uno. Mas aí uma sucessão de fatos mexeu no placar. Veio a Dados técnicos do motor, mecânica e medidas Cilindrada: 1747 cm³ Combustível: Flex Motor: Instalação Dianteira Aspiração: Natural Disposição: Transversal Número de cilindros: 4 em linha Diâmetro dos cilindros: 80,5 mm Número de válvulas: 4 por cilindro (16) Curso dos pistões: 85,8 mm Alimentação: Injeção multiponto Comando de válvulas: Simples no cabeçote, corrente Tuchos: Hidráulicos Taxa de compressão: 12,5:1 Variação do comando: Admissão Potência: 139 cv (A) 135 cv (G) a 5750 rpm Torque específico: 11,05 kgfm/litro Peso/potência: 9,20 kg/cv Peso/torque: 66,27 kg/kgfm Velocidade máxima: 191 km/h Aceleração: 0-100 km/h 10,4 s Transmissão: automática de 6 velocidades Tração: dianteira Direção: assistência elétrica Suspensões: Independente, McPherson (d), eixo de torção (t) Freios: Disco ventilado (d), tambor (t) Porta-malas: 300 litros Tanque: 48 litros Peso: 1.279 kg Altura: 1.505 mm Comprimento: 4.000 mm Largura: 1.750 mm Distância entre-eixos: 2.521 mm Pneus: 195/55 R16 (d/t)
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recessão econômica, a fusão da Fiat com a Chrysler que resultou na FCA, e o investimento na implantação do Polo Automotivo Jeep, em Goiana (PE), de onde sai o Renegade, o Compass e o Fiat Toro. Desde então o interesse do Grupo, segundo seus executivos, focou-se mais na rentabilidade dos produtos e menos no market share. Foi o suficiente para uma antiga concorrente, a GM, pular à frente dos mais vendidos com o Onix e uma nova player, a Hyundai, assumir o segundo lugar com o HB20. Mas quem um dia foi a primeira dificilmente se satisfaz com uma posição secundária ou, muito menos, intermediária. Afinal produzir “o carro mais vendido do País” tem um peso mercadológico importante e, por isso, independente de fatores como rentabilidade, as montadoras apostam alto nessa
disputa. Nela, o desafio a vencer é produzir o melhor hatch pelo preço mais competitivo. Sim, porque no Brasil, País de economia emergente, carro mais vendido ainda é sinônimo de hatch, mesmo que o segmento dos SUVs tenha sido o que mais cresceu nos últimos anos. O ranking da Fenabrave comprova: entre os dez veículos mais comercializados aqui entre janeiro e novembro de 2017 seis eram hatches, sendo que cinco deles (nenhum da FCA!) estavam nos primeiros lugares. O sexto hatch – subcompacto – era o Fiat Mobi, que aparecia em oitavo lugar no geral e o primeiro SUV da lista, aliás produto da FCA, o Jeep Compass, surgia em 11º lugar. Logo, o conglomerado ítaloestadunidense percebeu que era hora de voltar às pranchetas para desenhar um hatch que trouxesse um Fiat de volta à disputa. O resultado foi o projeto X6H, como era conhecido internamente
o Fiat Argo. Lançado em maio de 2017, o veículo nasceu de um esboço italiano que foi desenvolvido e finalizado no Brasil, já que se destina a abranger o mercado latino-americano. Sob uma nova plataforma denominada MP1, que utiliza 20% da base do Punto, o hatch chegou para substituir esse
modelo, quase todas as versões do Palio – com exceção da Attractive 1.0 – e também o Bravo. Foi com uma versão especial desse lançamento, a Opening Edition Mopar, avaliada em R$ 75.200, e baseada no modelo topo de linha HGT 1.8 AT6, que a reportagem do jornal Oficina Brasil esteve em três oficinas do Guia de Oficinas Brasil com o objetivo de convidar os profissionais da reparação automotiva a avaliarem o novo candidato a líder. Os escolhidos dessa edição foram a Kar Bello Serviços Automotivos, no Ipiranga; a Injecar Auto Elétrico e Mecânica, no bairro do Paraiso; e o Centro Automotivo 3011, na Mooca. Os reparadores que analisaram o Argo foram... Ever Edil Hinojosa (e), Diego Demberi Macheia (c) e Adilson Silva Oliveira (d) (foto 1). Instalada na rua Arujá, no bairro do Paraíso, em São Paulo (SP), onde ainda dispõe de uma filial na Rua Apeninos, a Injecar Auto Elétrico e Mecânica foi fundada há 18 anos pelo reparador Adilson Oliveira, 50 anos e com 37 anos de profissão. O incessante movimento de carros de todas as procedências ali serve como termômetro da popularidade da oficina na região e como indica-
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Schaeffler, soluções completas e qualidade original A Schaeffler, com suas marcas LuK, INA, FAG e Ruville, é uma das maiores empresas globais de tecnologia com �� mil patentes registradas. No Aftermarket Automotivo, oferece produtos com qualidade original de fábrica para sistemas de motor, chassi, transmissão, direção e suspensão com os melhores serviços pós-venda e assistência técnica. Qualidade original é Schaeffler! ���� �� �� �� | sac.br@schaeffler.com www.schaeffler.com.br
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em breve na sua oficina
2 dor da qualidade do serviço prestado. O movimento mensal supera 150 ordens de serviço graças ao concurso de uma equipe de 18 colaboradores, como o boliviano Ever Edil Hinojosa, 30 anos, que começou na profissão há 14 anos em seu país de origem e, após uma passagem pela Argentina, fixouse no Brasil onde especializou em componentes elétricos. Ou Diego Macheia, 31 anos, sobrinho de Adilson que, como o tio, começou a trabalhar como reparador ainda adolescente. Guglielmo Martino (foto 2). Natural da Província de Salerno, ao sul da Itália, o reparador Guglielmo, de 63 anos, está radicado no Brasil há 36 anos. Com a graduação de perito em mecânica industrial obtida no Instituto Técnico de Salerno e uma experiência profissional na indústria metal-mecânica italiana, além de uma vivência familiar que incluía, aos cinco anos, desmontar e montar – sem
deixar sobrar peças – o motor de um velho Fiat Balilla do seu avô, ele veio ao Brasil para trabalhar na oficina da empresa de táxi de um familiar. Aqui conheceu dona Lourdes, com quem casou e teve duas filhas, e seguiu adiante na carreira de reparador. Por afinidade Guglielmo trabalhou durante anos como consultor técnico de concessionárias da Fiat até decidir abrir a própria oficina, a Kar Bello Serviços Automotivos, em 1996. Como não poderia deixar de ser, o reparador é admirador confesso de carros italianos. Pedro Morais Júnior (d) e Carlos Eduardo Kremer (e) (foto 3). Engenheiro mecânico com experiência profissional na Alemanha, onde trabalhou nas três principais montadoras daquele país – Mercedes Benz, Audi e BMW – Carlos, 36 anos, montou há cinco anos o Centro Automotivo 3011 ao lado de sua sócia, a empresária Leila Spósito, seguindo o figurino do melhor
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que viu na Europa: estrutura ecologicamente correta com um visual clean, iluminação natural, elevadores pantográficos e fornecedores previamente cadastrados. “Nosso investimento foi voltado para o atendimento de veículos de colecionadores e da linha Premium”, explica Carlos, que trabalha desde os 13 anos com reparação automotiva. “A opção por atender esse segmento, em particular veículos de coleção, surgiu da inexistência desse serviço no Brasil”, justifica o empreendedor. Uma de suas dificuldades, a obtenção de mão de obra especializada, tem sido contornada com a formação oferecida por sua oficina. Atualmente, o jovem Pedro Júnior, 27 anos, que está no último semestre no curso superior de Tecnologia de Sistemas Automotivos, no Senai, está sendo treinado por Carlos. PRIMEIRAS IMPRESSÕES O Fiat Argo HGT 1.8 AT6 tem o mesmo porte do Fiat Punto, embora seja ligeiramente mais largo. Em comparação a ele, o Argo ganhou um centímetro na distância entre-eixos – 2.521 mm – e um pouco mais de seis centímetros na largura. Como consequência, o espaço interno ficou maior – 2.806 litros de área de habitáculo – e registrou-se um acréscimo de 7% na capacidade volumétrica do porta-malas, agora com 300 litros. O Argo ficou exatamente com quatro metros de comprimento ou 6,5 cm mais curto que o Punto. Frente a frente com seu antecessor, a carroceria do Argo pesa 459,7 kg (42 kg a menos) e as suspensões, 85,8 kg (12 kg mais leve). Dentro dessas medidas uma equipe dirigida por Peter Fassbender, chefe de design da FCA, desenvolveu um hatch original, mas cujos detalhes remetem a outros modelos do Grupo. Quem, por exemplo, olha o Argo de frente pode enxergar nos faróis (foto 4) linhas parecidas com as do Mobi e vincos semelhantes ao Tipo europeu. Já as lanternas traseiras
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Janeiro 2018 • oficinabrasil.com.br e a tampa do porta-malas (foto 5) que leva o logotipo da Fiat, uma característica de alguns novos modelos da marca, lembram o do Alfa Romeo Giulietta. Internamente, no painel frontal, a faixa de cor no tom vermelho (foto 6) traz recordações do Fiat Coupé.
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6 “A primeira impressão que eu tive foi de um carro bem feitinho, bem bolado, com linhas esportivas agradáveis. Achei muito interessante esse spoiler dianteiro (foto 7). Provoca um bom efeito visual”, descreve Guglielmo Martino. “Hoje em dia a
7 maioria dos compradores de carro se fia mais no design do que em qualquer outro fator. E quanto a isso esse Argo não fica nada a dever. É um carro lindo. Essa faixa vermelha no painel acentuou bem sua esportividade”, aponta Adilson Oliveira. “O acabamento interno me pareceu superior ao de qualquer outro hatch da linha Fiat e até semelhante a de veículos de categoria superior”, compara Diego Macheia. “É um hatch de aparência esportiva e com um acabamento interno de qualidade superior. Mas eu destacaria mesmo a boa ergonomia. Tenho 1,95 de altura e 120 quilos e não é qualquer carro que serve em mim. Mas esse Argo serviu bem, com o volante e bancos reguláveis. A sensação é de que poderia fazer longas viagens nele sem me cansar”, admite Carlos Kremer. TEST DRIVE Nos quase 50 quilômetros do trajeto ida e volta entre sua oficina, na Mooca, e o Aeroporto In-
ternacional de Guarulhos (SP), o engenheiro mecânico e reparador Carlos Kremer pôde, ao volante, avaliar razoavelmente a performance do Fiat Argo HGT 1.8 AT6 pela via Dutra e pela Avenida Marginal do Tietê. “Por ser um hatch de apelo claramente esportivo preferiria que seu câmbio fosse manual, apesar do desempenho dessa transmissão automática de seis velocidades não decepcionar”, observa Carlos. Segundo ele, rodando a 90 quilômetros por hora e a um giro de 1.500 rpm, é possível sentir uma boa relação entre motor e câmbio, o que afinal é o esperado para um motor 1.8. “Ele não se estressa e entrega a potência prometida sem esforço e sem gritar. Na verdade, o habitáculo é bastante silencioso. Também é preciso destacar a estabilidade. Os pneus apresentam boa aderência, resultado de uma suspensão bem equilibrada, e o motorista tem o carro na mão. Confirmo aquela impressão de poder dirigir esse carro por horas sem me cansar”, relata. Por outro lado, rodando em um circuito 100% urbano, pelas ruas dos bairros da Aclimação e Paraíso, o reparador Diego Macheia pode constatar outro tipo de comportamento do Argo, como o do seu sistema star-stop. “Funcionou bem. Nesse Argo você sente quando o motor desliga e religa, enquanto em outros a gente mal percebe. Na verdade, não sei se isso é bom ou ruim. Talvez seja apenas uma característica”, indica. Ao parar em ladeiras, o reparador percebeu que o sistema não desliga e que o serviço de assistência em rampa funciona a contento. “O sensor de ângulo consegue perceber se o carro está reto ou inclinado e faz o motor não desligar. É uma boa medida de segurança. Já o serviço de assistência em rampa segura o carro durante mais ou menos três segundos, tempo suficiente para o motorista acionar o pedal do acelerador”, comenta Diego, que se sentiu um pouco incomodado com a dimensão do volante (foto 8), “um pouco maior do que o necessário para um hatch esportivo”. Guglielmo Martino também deu atenção especial ao volante,
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8 mas para destacar sua suavidade. “Extremamente agradável e seguro com a sua assistência elétrica e o seu recurso inteligente de resistência progressiva. Confere mais segurança à medida em que o motorista imprime maior velocidade. Isso contribui para a maior virtude desse carro que, ao menos até agora, eu percebi: a estabilidade. Sua carroceria vai bem nas curvas, não rola, e em pisos irregulares, o que não falta aqui em São Paulo, a suspensão do Argo não reclama, apesar de ser um hatch esportivo. Nota 10 para a sua dirigibilidade”, conceitua o reparador. MOTOR E.TORQ 1.8 EVO VIS Em suas diferentes versões, o Argo apresenta a motorização Firefly 1.0 de três cilindros que rende até 77 cavalos a um torque de 10,4/10,9 kgfm; e a Firefly 1.3 também tricilíndrica que chega a 109 cavalos a um torque de até 14,2 kgfm. Para esses motores 1.0 e 1.3 o óleo lubrificante especificado é o 0W20SN, enquanto para o 1.8 o indicado é o SMSW30. No caso do veículo aqui em análise, o propulsor do Fiat Argo HGT 1.8 AT6 (foto 9) é o mesmo da picape Toro 1.8 Flex e da versão Sport do Jeep Renegade, também 1.8 e Flex: o E.torQ 1.8 Evo Vis (sigla inglesa para Variable Intake
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System – sistema de admissão variável). Ao empregar um motor igual ao de veículos maiores e mais pesados o hatch da Fiat larga com vantagem sobre os concorrentes. Hoje o Argo HGT 1.8 AT6 é o mais potente e veloz de sua categoria. Seus 139 cavalos a 5.750 rpm e torque máximo de 19,3 kgfm a 3.750 rpm (com etanol) ratificam essa informação. Muito do bom desempenho dessa versão se deve ao seu coletor de admissão variável que gera mais força em baixos regimes de rotação. A bem dizer o pulo do gato da performance desse componente está em ser dois coletores em um só: até quatro mil giros, o ar que vai para os cilindros passa por um caminho mais longo, favorecendo o torque. Acima dessa rotação, uma aleta é acionada e faz o ar percorrer um trajeto mais curto, gerando mais potência. Segundo o engenheiro mecânico e reparador Carlos Kremer, “um solenoide (foto 10) funciona abrindo e fechando para retomada de ar no motor”. “Dependendo do torque do motor, essa válvula regula a entrada do ar que gera mais força para o motor em baixa rotação”, entende Guglielmo Martino. “Sim, é uma espécie de atuador que abre e fecha conforme a aceleração”, completa Adilson Oliveira. Logo ao abrir o capô do Argo, os reparadores se deparam com outras duas boas surpresas: a corrente metálica – recurso presente nas três versões de motorização – no lugar da correia dentada, que faz o acionamento da distribuição e a ausência do tanquinho auxiliar para partida nos dias frios. A montadora o substituiu por um sistema eletrônico que aquece o combustível automaticamente
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quando a temperatura ambiente está abaixo dos 16 graus e há mais de 70% de etanol no tanque. “Por mim, todos os veículos poderiam vir com corrente metálica. Esse aqui ainda conta com um tensor eletrônico (foto 11) para tirar a vibração e acertar o ponto do carro automaticamente”, aponta Adilson Oliveira. “Também prefiro uma corrente metálica a uma correia dentada. Se essa
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11 dura no máximo em torno de 60 mil quilômetros, a primeira tem a mesma durabilidade do motor, podendo ultrapassar os 200 mil quilômetros”, confirma Guglielmo Martino, que também elogiou o sistema de pré-aquecimento do combustível. “Trata-se de um motor moderno e compacto, dimensionado para o veículo. Sua arquitetura quadrada sugere que ele suporta regimes de trabalho rigorosos”, interpreta.
geralmente trabalha com peças menores. “Essa TBI está mais para Chrysler do que para Fiat. Mas o tamanho talvez se deva ao coletor de ar que também cresceu. O importante para os reparadores, no entanto, é que o acesso está bom e a peça está fácil de tirar e limpar”, comenta Adilson, que fez a mesma observação a respeito dos bicos injetores (foto 14). Segundo o reparador, o acesso às mangueiras do radiador (foto 15), dotadas de engate rápido, facilita o trabalho de eventuais trocas do líquido do reservatório. “O sistema já está há bastante tempo no mercado”, afirma. Carlos Kremer, no entanto, previne que pode não ser muito fácil retirar o radiador. “Provavelmente será necessário remover o para-choque, pois as travas estão por dentro. Mas isso faz parte do pacote e está dentro do esperado”, ameniza.
Consumo Gasolina Etanol Ciclo 10 km/l 7 km/l urbano Ciclo 12,8 km/l 9,1 km/l estrada Classificação na categoria: hatch
Outra observação de Guglielmo diz respeito ao corpo de borboleta ou válvula TBI (foto 12) que em versões anteriores do E.TorQ posicionava-se mais abaixo do motor. “A remanejaram e a deixaram mais acima, mais
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TRANSMISSÃO O Argo apresenta três opções de transmissão. Nos motores 1.0 Firefly, ele vem com câmbio manual de cinco velocidades, e nas versões 1.3 de três cilindros pode se optar entre os câmbios manual ou automatizado GSR (Gear Smart Ride, ou Passeio Inteligente da Engrenagem em uma tradução livre) também de cinco marchas. Nos motores 1.8 a transmissão pode ser manual de cinco velocidades ou, como no modelo analisado, automática de seis. Essa caixa automática (foto 16) é a mesma do Renegade e também empregada em algumas versões da picape Toro. Fabricada pela japonesa Aisin, ela representa uma inflexão na produção de automóveis da Fiat no Brasil: é a primeira vez que um compacto da montadora aqui produzido vem equipado com esse tipo de transmissão.
16 Uma novidade dessa transmissão é a função Neutral Function, recurso que desacopla o motor da transmissão em paradas rápidas de trânsito, evitando a sensação de que o sistema está forçando os freios – medida que também ajuda a reduzir o consumo. “Essa função neutra do câmbio automático é uma espécie de ‘ponto morto’ que garante maior durabilidade para o sistema de transmissão”, confere Guglielmo Martino, para quem a alavanca de câmbio do Argo (foto 17) apresenta um curso curto e engates leves e precisos e faz uma boa combinação com o motor E.torQ 1.8 Evo VIS. “Ainda que os modelos esportivos desenvolvam melhor com câmbio manual, acho que a Fiat acertou a mão com essa caixa automática ao priorizar o conforto. As trocas são imperceptíveis”, comenta.
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Dicas técnicas para evitar consumo de óleo
Desgaste nos vedadores das hastes e nas guias das válvulas
Erro de montagem do cabeçote
Taxa de exposição de grafite baixa
É aconselhável substituir as vedações em cada reparação, pois os períodos de funcionamento muito prolongados levam a um desgaste, além de que o material sofre um endurecimento à medida que vai envelhecendo.
Para evitar deformações é necessário respeitar as instruções de aperto do cabeçote entre as quais a sequência de aperto, os torques e o ângulo de aperto. Esses dados se encontram nos manuais de oficina do fabricante do veículo, no folheto informativo dos fornecedores de vedações e também em nossas Tabelas de Torque.
A escova de brunimento é a solução para esse problema e deve ser portanto o último passo do processamento da superfície do cilindro. O processo de escovagem permite limpar os vales da superfície, remove as aparas que obstruem os veios de grafite e cria uma plataforma retirando os picos sem afetar dimensionalmente o cilindro. A técnica de escovagem proporciona assim uma superfície com melhores condições para a rodagem que favorece desde o início, a formação e preservação da película de óleo.
Sobrepressão no cárter do motor
Corpos estranhos ignorados na superfície de vedação
Antes da montagem final, verifique sempre o grau de limpeza e o bom funcionamento do sistema de ventilação do bloco do motor.
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Os corpos estranhos ignorados pertencem à categoria dos erros mais frequentes e também mais comuns. Por isso, limpe cuidadosamente todas as peças relevantes (cabeçote, cárter do óleo, tampa da válvula, etc) antes de montá-las. Geralmente, as superfícies de vedação necessitam serem limpas com solventes diluente, produto para limpeza de freios, antes da aplicação de massas vedantes ou em caso de vedações de papel.
Defeitos na superfície de vedação Controle da superfície com uma régua de alinhamento e eventual retificação dos componentes. Respeitar a espessura mínima do cabeçote, do bloco e de vedação (saliência do pistão) prescritas pelo fabricante. Verificar rugosidade - o efeito de vedação correto depende, entre outras coisas, da rugosidade das superfícies de apoio.
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em breve na sua oficina FREIO, SUSPENSÃO E DIREÇÃO
17 Já Carlos Kremer entende que a transmissão automática do Argo deveria ser, antes de tudo, mais esportiva. “Sempre espero um pouco mais desses modelos esportivos e, por isso, acho que eles ficam devendo um pouco. Esse Argo, por exemplo, até tem ótima resposta nas trocas de marcha, mas a retomada fica um tanto lenta. Provavelmente a versão com câmbio manual tem comportamento mais bravo”, acredita o reparador, que elogiou a aparente robustez do coxim inferior do câmbio (foto 18). “Lembra a de carros maiores, como a do Renegade. “Em alguns modelos da Fiat, como o Doblo, a peça é de alumínio e essa aqui é de ferro para aumentar sua resistência”, concordou Adilson Oliveira, para quem uma eventual retirada do câmbio não exigiria uma retirada do quadro da suspensão. “Como acontece em quase todos os modelos, o acesso para desmonte é sempre uma operação difícil, mas não a esse ponto. Será necessário, sim, remover a bateria, o suporte e o coletor”, descreve.
O Fiat Argo HGT 1.8 AT6 conta com suspensão dianteira independente do tipo McPherson e eixo de torsão na traseira, freios a disco ventilados (foto 19) à frente e tambor (foto 20) atrás e uma direção de assistência elétrica com caixa mecânica (foto 21). Os pneus (foto 22) dianteiros e traseiros apresentam as mesmas medidas – 195/55 R16 – e o Argo se permite fazer manobras com um diâmetro de
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giro de 10,5 metros, menos que o exigido pelo Punto, com 10,9 metros. Em relação ao Punto, o Argo oferece 7% mais de rigidez torcional e apresenta aços de alta e ultrarresistência e estamparia a quente. Esse upgrade, segundo a montadora, visou, entre outros objetivos, aumentar a resistência do veículo aos impactos externos e a segurança dos seus ocupantes. A exemplo do obser vado quanto à transmissão, também quanto à calibragem da suspensão os reparadores detectaram que o projeto priorizou um acerto mais centrado no conforto e menos na esportividade. Com isso as vibrações e solavancos provenientes dos desníveis do piso pouco chegam ao habitáculo. O resultado registrado pelos reparadores foi que o Argo é um veículo que roda relativamente macio sem sentir demasiadamente os efeitos do relevo lunar das vias brasileiras. “A suspensão é forte, tem boa estrutura para aguentar nossa buraqueira. Além disso aparenta ter boa reparabilidade, ser fácil de trabalhar”, testemunha o reparador Guglielmo Martino, que aponta uma das razões de o carro ter um comportamento silencioso. “Veja aqui a cobertura das linhas de combustível e de fluido de freio (foto 23). Elas servem como defletores e reduzem a turbulência”, constata. “Seu efeito aerodinâmico ajudar a diminuir o consumo”, completa Diego Macheia.
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Diego chamou atenção para o detalhe do pivô ser rebitado na bandeja (foto 24) devido, prova-
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velmente, a uma questão de racionalidade da montagem. “Em uma produção em escala é mais fácil rebitar do que parafusar. Mas na eventualidade de uma reparação dessa peça podemos substituir o rebite por parafuso sem prejuízo da segurança ou da estabilidade. O próprio pivô de reparo já vem com parafuso, porca e arruela”, avisa. “De modo geral, a estrutura dessa suspensão é simples e robusta. Parece que não teremos muitos problemas por aqui”, completa. “É uma plataforma que não vai dar muito trabalho”, concorda Carlos Kremer. Sim, a suspensão aparenta ter sido bem resolvida, mas o mesmo não se pode dizer da posição de alguns componentes em uma visão undercar do Argo. Unanimidade entre os reparadores, ficou patente que o compressor do ar-condicionado (foto 25) e as mangueiras inferiores do radiador estão ligeiramente abaixo da linha das demais peças, o que vale dizer: “Uma pedra, um buraco ou outro obstáculo pode causar estragos. Um protetor de cárter se faz necessário urgentemente”, revela Diego. “Algumas peças estão abaixo do nível do para-choque. Qualquer buraco pode acabar com a festa”, emenda Carlos Kremer.
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no caso de um empenamento ou se o carro tiver problema de caster ou cambagem. Existem umas lâminas que você encaixa e vai regulando sem precisar tirar o eixo fora para gabaritar. É um ponto positivo”, argumenta o engenheiro e reparador. ELÉTRICA, ELETRÔNICA E CONECTIVIDADE Os recursos eletrônicos do Fiat Argo reúnem elementos bem sucedidos em outros produtos da família FCA. A arquitetura eletrônica do carro é a mesma do Jepp Compass, gerencia cerca de 40 centrais eletrônicas e monitora mais de 1600 informações simultaneamente. A central multimídia touchscreen (foto 27) com tela multicolorida High Definition de sete polegadas foi herdada do Tipo europeu e é igual ao do Toro Volcano. Compatível com os aplicativos Apple CarPlay e Android Auto, essa central pode receber aplicativos complementares de preferência do usuário, inclusive GPS já que ela traz esse serviço.
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Em relação à suspensão traseira, coube a Carlos Kremer uma observação reveladora. “O eixo traseiro é tubular e ao invés de fecharem a peça com o cubo embutido instalaram quatro parafusos (foto 26) para colocar o cubo no eixo. Isso vai facilitar um futuro alinhamento traseiro
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Outros recursos oferecidos são o monitoramento da pressão dos pneus, 2ª porta USB para o passageiro traseiro, Controle de Tração (TC), Controle Eletrônico de Estabilidade (ESC) e sistema Hill-Holder ou assistente para partida em rampas, controle de velocidade de cruzeiro, espelho retrovisor direito com função Tild Down (ele se abaixa para mostrar a guia ao engatar a ré), sensores crepuscular e de chuva e uma informação inexistente em outros modelos: indicação das horas de funcionamento do motor (foto 28). “Bem pensado. Uma coisa é sabermos os quilômetros rodados, outra é sabermos as horas trabalhadas pelo motor. É uma medida mais precisa”, comenta Carlos Kremer.
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28 A sensibilidade do sistema star-stop arrancou elogio dos reparadores. “A bateria (foto 29) parece tecnicamente preparada para aguentar o trabalho extra”, afirma Guglielmo Martino. “Sim, essa bateria conta com a tecnologia EFB (Enhanced Flooded Battery), onde ela recebe um tratamento especial em suas placas positivas. O material ativo é reforçado e há uma adição de uma película sintética de poliéster que resulta em um melhor desempenho nas partidas sequencias”, explica Ever Hinojosa. Com isso sua capacidade de carga e descarga é até quatro vezes maior. “É fundamental que após o fim da vida útil da bateria ela seja substituída por outra com a mesma configuração para o sistema star-stop continuar funcionando bem”, avisa Ever.
29 INFORMAÇÕES TÉCNICAS A página do reparador Fiat na internet – www.reparadorfiat. com.br – continua sendo utilizada como uma fonte de informação técnica pelos profissionais das oficinas independentes mesmo após a criação da FCA. “Esse site resolve muitas dúvidas e não pode sair do ar. Mesmo tendo trabalhado na rede de concessio-
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nárias da Fiat, na eventualidade de surgir alguma dúvida, nem sempre preciso recorrer a elas e vou direto à internet. Em função da crise econômica, algumas concessionárias da marca fecharam, mas o site, não. O ideal seria se todas as montadoras tivessem um serviço como esse que reconhece a importância do reparador independente”, comenta Guglielmo Martino, que também lança mão de enciclopédias automotivas como Simplo e Doutor-IE. Pioneira no fornecimento de informações aos reparadores independentes entre as montadoras instaladas no Brasil, mesmo tendo chegado aqui apenas em 1976, a Fiat teve seu exemplo seguido por algumas concorrentes. Mas não pela maioria. O que não quer dizer, para alguns profissionais, que esse serviço não possa ser melhorado. “Não só pode como deve”, acredita Carlos Kremer, que, devido a trabalhar com muitos carros importados e recorrer a serviços internacionais de informação, faz uma comparação entre o que encontra entre as montadoras instaladas no Brasil e o que encontra lá fora. “A página do reparador Fiat pode ser boa para os padrões nacionais, mas não para os internacionais. Acessando o serviço online Parts Number, por exemplo, a gente consegue informações mais detalhadas a respeito de modelos importados. São dados ainda distantes de se conseguir no Brasil via online, mas talvez um dia cheguemos lá. Por enquanto temos que nos virar com o que temos, como as nossas
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enciclopédias automotivas”, afirma Carlos. Adilson Oliveira completa afirmando que mais informações técnicas a respeito dos motores EtorQ por parte da Fiat seria bemvindo. “O conceito desse motor é relativamente novo entre os reparadores independentes, que ainda estão se adaptando a ele. Para quem trabalha com multimarcas é um pouco complicado obtermos informações mais específicas. A página do reparador da Fiat ajuda, através dela conseguimos esquemas elétricos e outros dados, mas ainda sofremos um pouco para descobrir alguns segredos”, externa Adilson. PEÇAS DE REPOSIÇÃO Os reparadores podem ter dificuldade para encontrar peças de reposição do Fiat Argo no mercado paralelo porque o veículo circula há menos de um ano. “As peças de reposição de um veículo novo normalmente começam a aparecer no mercado independente depois de um ou dois anos após o lançamento. E assim mesmo dependendo de como o veículo vende”, alerta Adilson Oliveira. O que pode ajudar os reparadores na obtenção de peças e componentes é que, como se viu no decorrer dessa matéria, há uma similaridade de peças entre o Argo e demais veículos das famílias Fiat e Jeep. Mas isso, diga-se, na teoria, porque na prática... Os efeitos da crise econômica, com o fechamento de algumas concessionárias da marca Fiat, dificultaram a vida dos reparadores. “Com menos concessionárias, o mercado encolheu. Dificilmente, hoje, você encontra uma peça original para pronta-entrega. Quase sempre há uma espera de três ou quatro dias”, atesta Guglielmo Martino. “A Fiat reduziu sua rede de concessionárias e a disponibilidade de peças. A espera pode chegar a uma semana, o que é ruim para a oficina e para o cliente. Uma alternativa que encontramos é recorrer ao site Peça Peças que ajuda quando localizamos o código da peça. Nos esforçamos para não deixar um carro parado
por causa disso”, garante Matija Demberi, gerente de compras da Injecar. Porém, às vezes, não há como evitar. Carlos Kremer é quem diz. “Já fiquei com uma Fiorino, um veículo de trabalho, parada por quatro dias à espera de um simples sensor de ABS, uma peça de R$130, que nenhuma concessionária tinha. Um sensor como esse é o tipo do componente que não dá para substituir por uma paralela, pois a incompatibilidade é certa”. Menos mal é que para não depender apenas das concessionárias os distribuidores independentes resolvem em algumas situações. “Tudo que diz respeito à segurança não dá para transigir. Tem que ser peça original, mas em relação àquelas de maior giro como filtros, velas, pastilhas, correias, amortecedores etc a gente encontra marcas confiáveis entre os distribuidores independentes. Pelo menos 20% das peças podem ser dessa fonte”, quantifica Guglielmo Martino. “Dependendo da disponibilidade do cliente até 40% das peças podem ser paralelas”, estende Adilson Oliveira. Carlos Kremer trabalha com cerca de 30% de peças paralelas, mas tomando cuidado para separar o joio do trigo. “É preciso pesquisar muito a procedência para não comprar peça falsificada”, alerta. RECOMENDAÇÕES A FCA de p o sit a mu it a s esperanças no Fiat Argo, cria-
do para ser um campeão de vendas e levar a Fiat de volta à liderança entre as montadoras. Essa jornada pode ser tão desaf iadora quanto à da embarcação da mitologia grega que inspirou o nome do hatch e onde os argonautas viveram suas aventuras. Ele terá que superar o Chevrolet Onix e o Hyundai HB20, ultrapassar o VW Gol e o Ford KA e provar que é tão ou mais moderno do que o VW Polo. E essa escalada já começou. Em setembro passado, o Argo foi o sétimo hatch mais vendido do mercado com 4.124 unidades, e em novembro foi o sexto com 5.015. Segundo os reparadores a briga promete ser das melhores até porque, para eles, atributos técnicos não faltam ao hatch da Fiat, que ganhou o sinal verde em suas oficinas. “Recomendo o Argo porque não vejo nada que o desabone, ao contrário. Tem t udo pa ra sat isfa zer o motorista: boa reparabilidade e bom desempen ho”, atesta Guglielmo Mar tino. “Recomendaria pela qualidade de seu motor, resistência da suspensão e excelente eletrônica embarcada”, confirma Diego Macheia. “A alguém que quisesse ter um novo hatch na garagem poderia indicar o Argo, lembrando que um lançamento sempre está sujeito a algum recall. É confortável, tem desempenho, bom rendimento, é espaçoso além de ser estiloso e bonito”, finaliza Carlos Kremer.
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Inspeção Veicular O tão sonhado Futuro virou Presente? Depois de mais de 20 anos de espera, a tão sonhada inspeção veicular é regulamentada. O grande sonho, o grande desejo do aftermarket automotivo, que sempre se definiu como expectativa, vai acontecer finalmente. Ao que tudo indica a inspeção será implantada em todo Brasil, inspeção completa, não só de emissões como foi implantada no município de São Paulo. Segundo a regulamentação da ITV , Inspeção Técnica Veicular, ela será implementada e até dezembro de 2019 tudo tem que estar pronto. Não tem como não ficarmos eufóricos com uma notícia como essa, mas ao mesmo tempo, pensando no futuro, temos que ter uma estratégia para não desperdiçarmos energia e dinheiro erroneamente. Uma grande onda de oportunidades está para acontecer. O mar é o mercado de reparação, e o surfista com a prancha é sua oficina, sua empresa. Como está sua estratégia para aproveitar essa grande oportunidade, para surfar essa grande onda? Você nunca surfou uma onda? Você nunca fez aula, nunca treinou surf, ou você já está no mar equipado com a melhor prancha? Vem treinando há muito tempo? Já sabe se posicionar no lugar certo para aproveitar essa grande onda de oportunidade? Deixando a analogia de lado, tudo no futuro é uma grande oportunidade, mas, como tenho falado nas colunas anteriores, o grande segredo do futuro é estar preparado para ele, é estar informado, antenado e fazer os movimentos estratégicos da forma certa e na hora certa.
A inspeção veicular que aconteceu no município de São Paulo é uma grande lição sobre como aproveitar ou perder uma onda como essa. As oficinas que se capacitaram, ou seja, entendiam sobre inspeção e sobre emissões, estudaram a legislação, sabiam fazer um diagnóstico através das emissões, já possuíam os equipamentos e os dominavam por completo e, sem sombra de dúvidas, se destacaram no mercado e ganharam muitos clientes e dinheiro. Como sempre houveram muitas empresas que deixaram para última hora, resolveram entrar no mar quando a onda já tinha quebrado. Empresas foram investir em treinamento e equipamento quando o cliente bateu à sua porta perguntando se faziam a verificação. Empresas deixaram seus clientes fiéis, por não estarem capacitadas e equipadas, experimentar os serviços de outras oficinas. Foi colocada em cheque sua capacidade técnica, pois não dominavam a matéria e, em alguns casos, faziam o serviço e mesmo assim o veículo do cliente era reprovado. Empresas que pagaram o dobro por um equipamento devido à sua falta no mercado. Podem até ter se valido um pouco da situação, mas perderam a grande oportunidade. As oficinas que estavam preparadas “deitaram e rolaram”. Cada uma achou a melhor maneira de prestar o serviço para seu cliente e para os novos clientes que vinham das oficinas não capacitadas e não equipadas. Algumas montaram agendamento para passar somente o equipamento, chegando a ter a agenda cheia por mais de 30 dias. Outras optaram pelo serviço completo e até levavam o carro do cliente à inspeção, sem qualquer preocupação para o cliente. Resumindo, ganharam muitos novos clientes e aumentaram muito o faturamento. O futuro já está aí, e a inspeção agora será completa – emissões e segurança. Como se preparar para esse futuro de oportunidades tão próximo?
Vamos lá! Primeiro passo: ter acesso à resolução 716 de 30 de novembro de 2017 do Contran, Google te ajuda a encontrála. Aí estão descritas quais normas e legislações da inspeção e as informações para uma primeira base de conhecimento. Segundo passo é participar de palestras e treinamentos sobre o assunto, ou seja, buscar cada vez mais esse conhecimento específico. Em seguida, a partir dessa base de conhecimento, investir nos equipamentos necessários. Com os equipamentos em mãos, buscar dominá-los em 100%. Por último divulgar antecipadamente o seu serviço. Buscar fidelizar o seu cliente informando-o de que sua oficina já está capacitada e equipada. Oferecer laudos de verificações gratuitas para seus melhores clientes. Não há dúvida de que eles, em uma roda de amigos, vão dizer que a oficina que ele leva seu carro já faz inspeção. O famoso ”boca a boca“ deve iniciar antes mesmo de a inspeção começar. Aí o resto está em suas mãos, na sua competência de dar um show e surfar a grande onda da Inspeção Veicular.
Um grande abraço e até a próxima.
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Honda CR-V da quarta geração é bem avaliado pelas oficinas e começa a se despedir das concessionárias Quinta geração do crossover japonês chega ao Brasil entre janeiro e fevereiro para substituir modelo lançado em 2011 e que, desde já, deixa saudades entre os reparadores. SUV é sinônimo de robustez e boa reparabilidade Divulgação
Antônio Edson
o final de 2017, nos Estados Unidos, a Honda divulgou as imagens da quinta geração (foto 1) do CR-V, seu crossover mais vendido em todo o mundo – cerca de quatro milhões de emplacamentos até agora. Assim como aconteceu com o Civic, que, recentemente, Divulgação
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Cilindrada: 1.997 cm³ Combustível: flex Motor: dianteiro Disposição: transversal Aspiração: natural Número de cilindros: 4 em linha Diâmetro dos cilindros: 81 mm Número de válvulas: 16 (4x4) Curso dos pistões: 96,9 mm Alimentação: injeção multiponto Comando de válvulas: simples no cabeçote, corrente Taxa de compressão: 10,6:1 Variação do comando: admissão Potência: 155 cv (e) 150 cv (g) a 6300 rpm Torque: 19,5 kgfm (e) 19,3 kgfm (g) a 4800 rpm Peso/potência: 10,19 kg/cv Peso/torque: 80,97 kg/kgfm Velocidade máxima: 168 km/h Aceleração: 0-100 km/h 13,7 s Transmissão: automática de 5 velocidades Tração: dianteira Direção: assistência elétrica Suspensões: McPherson (d) independente multibraço (t) Freios: disco ventilado (d) e sólido (t) Porta-malas: 589 litros Tanque: 71 litros Peso: 1.579 kg Altura: 1.655 mm Comprimento: 4.580 mm Largura: 1.820 mm Distância entre-eixos: 2.620 mm Pneus: D/T 225/65 R17
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1 aos 44 anos de idade e na 10ª geração, passou por uma radical transformação, o SUV que começou a ser montado sobre a plataforma desse sedan, em 1996 (foto 2), também foi submetido a um downsizing. Uma de suas versões, a Touring, que terá como opcional a tração integral, apresenta motor 1.5 16V i-VTEC Turbo Earth Dream a gasolina de injeção direta de 190 cavalos e 24,7 kgfm, acoplado ao câmbio automático do tipo CVT. Outra versão, de entrada, é a de motor 2.4 de 184 cavalos e 24,8 kgfm também com transmissão CVT. A má notícia para os brasileiros é que essa nova geração do CR-V não virá mais do México, país que mantém acordo com o Brasil para isenção da taxa de importação, mas da fábrica da Honda de Indiana, nos Estados Unidos, o que certamente implicará no encarecimento do veículo. Até o início das vendas da quinta geração do CR-V (acrô-
nimo em inglês para Confort Runabout Vehicle, ou veículo confortável e versátil em português) por aqui os brasileiros têm à disposição a quarta geração do CR-V que foi lançada em 2011. Mais exatamente nas versões EXL 4x4 e a LX 4x2, ambas equipadas com o motor 2.0 16V SOHC i-VTEC-FlexOne que produz 150 cavalos com gasolina que, se sofre um pouco ao puxar os 1.579 quilos da versão com tração integral, tem um excelente rendimento com o baixo consumo de combustível, principalmente com a função Econ ativada. Foi exatamente com uma versão EXL 4x4, ano 2016, cotada em R$ 124.577,00 (pela tabela Fipe), que a reportagem do jornal Oficina Brasil visitou três oficinas independentes de reparação da cidade de São Paulo (SP), escolhidas do Guia de Oficinas Brasil, com a missão de submeter o crossover da Honda à avaliação dos reparadores. Dessa vez, as escolhidas foram a Bosch Car
Service Nishiguchi, em São Caetano do Sul (SP), a Auto Elétrico Mil Milhas, na Vila Mariana, em São Paulo (SP), e a High Tech Service, na Lapa, também em São Paulo (SP). Nelas, o veículo foi analisado por...
Fotos: Antônio Edson
Dados técnicos do motor, mecânica e medidas
pelo avô, Lázaro Montibeller, que nos anos da Segunda Guerra Mundial produzia rodas de madeira e adaptava veículos que voltavam do front em caminhões para recolhimento de lixo. E que teve continuidade com seu pai, Sérgio, com quem Roberto aprendeu as primeiras técnicas da profissão. Ainda hoje, aos 80 anos, Sérgio mantém a própria oficina, também na Lapa e uma parceria com a High Tech, oficina fundada por Roberto em 2006 após ele se graduar em mecânica e fazer vários cursos de especialização no Senai. “A High Tech foi criada para implementar os serviços de balanceamento e alinhamento técnico, mas atua também nos serviços tradicionais de manutenção mecânica e eletroeletrônica”, afirma Roberto. Segundo ele, a oficina, em novembro passado, chegou a um giro de 125 ordens de serviço. “Foi uma boa melhora após um período de baixa demanda em função do momento econômico do País”, comenta. Weslei Santos Marani (foto 4). Com 29 anos de idade e na
3 Roberto Ghelardini Montibeller (foto 3). Com 52 anos de idade e 31 de profissão, o reparador Roberto Montibeller segue uma tradição familiar iniciada
4 profissão há 17 anos, o reparador Weslei Marani começou na reparação automotiva para ajudar um vizinho e terminou por se encontrar como profissional
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desse setor. Desde então está na mesma oficina, a Bosch Car Service Nishiguchi, que em abril de 2017 passou para as mãos do engenheiro mecânico Marcos Eduardo Di Nardi, 56 anos, que durante mais de 30 anos trabalhou na engenharia de motores da Mercedes-Benz do Brasil. “Antes trabalhei como reparador na minha juventude e agora tenho a oportunidade de voltar à profissão como gestor. Sob minha direção, a oficina procurará enfatizar o serviço preventivo e prestar um atendimento mais próximo ao cliente para que seu carro saia daqui em perfeitas condições de uso. Também pretendemos nos dedicar mais às locadoras e pessoas jurídicas, sem descuidar das pessoas físicas”, projeta Marcos Eduardo.
5 Valdir Lima (foto 5). O reparador Valdir Lima, 61 anos, está no mesmo ponto estratégico, a esquina da Rua Joaquim Távora com a rua Vergueiro, na Vila Mariana, há 55 anos, quando a Auto Elétrico e Mecânica Mil Milhas foi fundada por seu pai, Vantuir Lima. Foi com ele que um jovem Valdir aprendeu os primeiros macetes da profissão de reparador e a gostar desse oficio, o que viria a se tornar fundamental anos mais tarde. Com o falecimento do pai, Valdir precisou assumir o negócio da família em 1987 para nunca mais o deixar. Sua oficina, que trabalha com mecânica leve em geral, dá conta de um movimento de aproximadamente 40 ordens de serviço por mês e o movimento só não é maior devido ao reduzido espaço das instalações. “Atendemos a qualquer demanda, mas o nosso forte aqui são os serviços
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mais rápidos, em que o carro entra e sai no mesmo dia ou, no máximo, no dia seguinte”, afirma o reparador. PRIMEIRAS IMPRESSÕES Lançada em 2011, a quarta geração do Honda CR-V (2011-16) apresentou algumas mudanças em relação à anterior (2007-2011), como o para-choque dianteiro redesenhado, faróis de neblina retangulares e envolvidos por detalhes cromados, a grade no estilo colmeia com frisos também cromados e conjunto ótico com luzes de navegação diurna em LED (foto 6). Os retrovisores ficaram maiores e os para-sóis receberam espelhos iluminados. Se as linhas dianteiras lembram um pouco o Hyundai Santa Fé, ao ver a parte traseira fica quase impossível deixar de reparar nas lanternas (foto 7) que remetem a uma de suas concorrentes importadas. “Lembra mesmo a Volvo XC60”, identifica o reparador Valdir Lima. “Essa traseira nova ficou bem estilosa, lembra a das Station Wagon norte-americanas”, compara Weslei Marani. Coube a Roberto Montibeller quebrar a unanimidade das opiniões. “Achei as linhas do carro quadradas demais em relação à geração anterior, que me pareciam mais harmoniosas. Tem um portamalas excelente (foto 8) de 589 litros, típico de um SUV familiar,
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mas é um carro meio desajeitado para rodar na cidade, embora as mulheres o adorem porque tem espaço para tudo”. Internamente, de fato, o visual robusto da aparência exterior dá lugar a uma ambientação espaçosa, confortável e recheada de materiais de boa qualidade que, segundo os reparadores, fizeram a fama do modelo junto aos consumidores e fãs. O painel, por exemplo, leva revestimento soft (foto 9), de textura suave, e detalhes cromados. Maior, o console central está mais prático e modular. O couro é revestimento dominante nos bancos, volante e manopla da alavanca de câmbio. Um segundo retrovisor interno no console do teto, (foto 10) e que na verdade é um porta-óculos embutido, foi uma interessante solução para os passageiros da frente acompanharem o movimento de crianças no banco traseiro. Um fator de estranhamento, pouco comum em outros modelos, é a alavanca do freio de estacionamento acionado por um pedal (foto 11) bem acima do descansa-pé, à esquerda do pedal do freio. “A princípio, o motorista não acostumado irá estranhar, mas logo se habituará”, acredita Roberto Montibeller.
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11 AO VOLANTE
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O Honda CR-V 2016 avaliado, do modelo EXL 2.0 4x4 AT, conta com um pacote de serviços eletrônicos que contribui para uma
direção estável, segura e confortável. A começar pelo volante (foto 12) com ajuste de altura e profundidade que concentra o controle do sistema de áudio e
12 de piloto automático, e passando pelo banco do motorista com várias opções de regulagem de altura e distância, os reparadores puderam aferir que a dirigibilidade do crossover está cada vez mais semelhante ao de seu irmão Civic, comprovando que o conforto ao dirigir não precisa ser uma característica exclusiva dos sedans, mas pode ser estendida aos SUVs. “Apesar de faltar um ajuste elétrico do banco é possível escolhermos uma posição mais alta de dirigir, típica dos SUVs, ou mais rente ao chão”, indica o reparador Weslei Marani. “Transmissão precisa, aceleração esperta para um veículo de dimensões grandes e que acaba facilitando sua circulação pelos centros urbanos. Só a lamentar o fato de não termos a opção manual das borboletas atrás do volante para agilizar as trocas de marchas no trânsito. Talvez aí o carro ficasse mais na mão”, observa Valdir Lima. “De fato, os engates do câmbio automático de cinco velocidades são suaves, sem trancos, embora essa configuração de caixa de transmissão já não seja tão moderna. Hoje, um projeto atual de um carro desse porte teria, certamente, uma caixa com até dez velocidades. Também chamo a atenção para a visibilidade excelente, inclusive da parte traseira, com retrovisores largos e uma imagem da câmara de ré projetada na tela do sistema multimídia de sete polegadas, além do painel de instrumentos que induz o motorista a praticar uma dirigibilidade econômica”,
relata Roberto Montibeller. Conduzindo o carro de forma eficiente e econômica, uma luz verde se acende ao lado do velocímetro (foto 13). Contribui decisivamente para essa condução mais amena a função Econ do veículo que, sem reduzir a potência do veículo, faz o motor trabalhar em uma rotação mais baixa, reduzindo o consumo de combustível e a emissão de gases. Isso porque ele altera o gerenciamento da injeção, do ar-condicionado e do piloto automático. Uma qualidade do CR-V apontada unanimemente pelos reparadores foi seu silêncio interno. “Possivelmente devido ao bom acerto da suspensão, o carro absorve bem as irregularidades do piso e tem um rodar silencioso”, descreve Roberto Montibeller. “O rodar é macio, como convém a um veículo familiar”, elogia Valdir Lima. “Para um SUV, cuja suspensão sempre é mais dura, o CR-V tem uma rodagem agradável, silenciosa, chegando a parecer um veículo elétrico”, compara Weslei Marani.
13 MOTOR SOHC i-VTEC Inteiramente de alumínio, o motor 2.0 16V SOHC i-VTECFlexOne (foto 14) do CR-V entrega um desempenho de até 155 cavalos com um torque de 19,5 kgfm (etanol) a 4.800 rpm. Convém explicar que SOHC, em inglês – Single Overhead Camshaft – indica as iniciais para Comando Simples de Válvulas de Cabeçote. Esse foi o termo criado pela engenharia da Honda para o motor que emprega um comando simples de válvula, sendo duas por cilindro, para gerenciar com mais eficiência a abertura e o fechamento das válvulas de admissão e escape. Já o sistema i-VTEC – de Intelligent Variable Valve Timing and Lift Electronic Control, ou Controle Eletrônico Inteligente da Variação dos Tem-
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14 pos e Levantamento das Válvulas – é um aprimoramento do antigo VTEC criado pela montadora japonesa. Esse sistema proporciona melhor controle às válvulas de admissão em baixos e médios níveis de rotação e aceleração, conferindo uma melhor resposta aos acionamentos do acelerador: nada menos do que 80% do torque do motor já está disponível a baixos 2.400 rpm. Apesar de tanta virtuosidade, com a vinda da quinta geração do Honda CR-V ao País, esse SOHC i-VTEC pode estar a caminho da aposentadoria. Isso porque não é certeza que uma versão aspirada – a vendida nos Estados Unidos tem motor 2.4 de 184 cavalos e 24,8 kgfm – virá ao Brasil. Mas se a Honda optar por atender a um público maior é bem possível que mantenha ao menos uma versão desse motor em função do excelente conceito que esse desfruta entre os reparadores. “É praticamente o mesmo do Civic. Em quase 20 anos de oficina, nunca precisei abrir um cabeçote desse motor, um dos melhores que conheço”, garante Weslei Marani. “Esse motor só para na oficina para fazer a manutenção básica. Raramente precisa ser aberto”, confirma Valdir Lima. “Robusto, confiável e eficiente. E ainda com manutenção fácil. Esse motor quase nunca quebra”, arremata Roberto Montibeller. Pedir a um reparador que aponte um ponto fraco no bemamado SOHC i-VTEC é quase beirar a heresia. Hesitantes a princípio, no entanto, eles reconhecem que até as mais perfeitas máquinas produzidas pelo engenho humano são sujeitas a
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falhas. “Esse coxim hidráulico e blindado, superior do motor, é resistente e difícil de estourar, mas pode acontecer principalmente se o motorista for do tipo que tem uma condução mais agressiva”, reconhece Weslei Marani. Quando isso ocorre, aliás, é impossível ignorar o problema devido ao barulho provocado. Segundo outros reparadores é comum a avaria do coxim ser confundida com algum problema na suspensão. “Também é bom ficar atento ao tensionador da correia, em que pese o seu reparo ser fácil e o valor da peça não ser dos mais altos, e dar atenção à válvula EGR (foto 15) do escapamento. É aquela que reaproveita os gases do motor para melhorar o consumo. Pelo menos no Honda Fit ela já me deu um pouco de trabalho”, completa o reparador.
15 Outro problema que pode vir a acontecer é com a ventoinha do ar-condicionado. O CR-V, assim como o Civic, trabalha com dois eletroventiladores – um para o ar-condicionado e outro para o radiador (foto 16) – e nem sempre um deles suporta o esforço da demanda. O resultado é que a do ar-condicionado pode falhar por desgaste das escovas internas. “Ainda assim eu prefiro esse sistema da Honda com dupla ventoinha. Afinal duas sempre vão funcionar melhor do que
20 16 uma, mesmo que essa tenha duas velocidades”, compara Roberto Montibeller. O reparador da High Tech Service também elogiou as velas e as bobinas (foto 17) de ignição instaladas em posição bem visível, assim como o fácil acesso à válvula termostática (foto 18). “Em certos carros o reparador precisa desmontar metade do motor para chegar até ela. Aqui, não. As dimensões do cofre do CR-V, bem espaçoso, favorecem a visibilidade dos componentes e chegar àquelas partes do motor mais escondidas, como o corpo de borboleta. Basta deslocar a carcaça do filtro do ar para ter facilidade de movimentar o TBI”, explica. Essa disponibilidade é bastante útil na eventualidade de o motor vir a apresentar alguma fuga de corrente e falha de ignição nas bobinas. Muitas vezes essa pode ser a causa provável quando o veículo apresentar um
18 consumo mais elevado de combustível. TRANSMISSÃO A quarta geração do Honda CR-V conta com uma caixa de transmissão automática leve e compacta (foto 19) de cinco velocidades com relações bem longas e tração integral, tipo 4WD – 4 wheel drive. Com essa transmissão, o motor 2.0 16V SOHC i-VTEC-FlexOne encontra um parceiro bem disposto para deslocar os 1.579 quilos do crossover. Obviamente que o seu desempenho não é nem poderia ser o mesmo de um sedan ou de um carro esportivo, mas a transmissão contribui muito para um consumo quase espartano. Com a função Econ ativada, o SUV da Honda pode fazer com gasolina uma média de 11,5 km/l na estrada e 9,2 km/l na cidade. O rendimento, em parte, se deve ao seu câmbio (foto 20) contar com o
Consumo Gasolina Etanol Ciclo 9,2 km/l 6,4 km/l urbano Ciclo 11,5 km/l 8,1 km/l estrada Classificação na categoria: SUV médio
“O desempenho da transmissão é bem discreto e com trocas de marchas quase imperceptíveis, o que faz muita gente confundi-lo com um câmbio CVT”, relaciona o reparador Weslei Marani, que aponta para uma caraterística do SUV quase em extinção entre os veículos dotados de transmissão automática: a varetinha de medição do óleo do câmbio (foto 21). “Os carros mais modernos abandonaram essa prática de medição do óleo, o que é uma pena. Ainda prefiro esse método. Com ele, se o carro começar a perder óleo ou ter algum vazamento no retentor você descobre logo. De outra forma é sempre difícil descobrir”, avalia. “Há vantagens e desvantagens. Com as caixas lacradas que vemos mais hoje você não tem ideia do nível do óleo, embora saiba que se não houver vazamento o óleo só pode estar lá dentro. Já com a varetinha você pode medi-la constantemente e ter noção da qualidade e da
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sistema Grade Logic Control que, devido a um controle de inclinação em estradas, evita mudanças cíclicas de marcha em subidas e automaticamente usa as marchas mais baixas em descidas.
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deterioração desse óleo. Em tese, nesse sistema, você vê o quanto de óleo há e, se precisar, pode até completar”, explica Valdir Lima. O benefício maior da varetinha é, sem dúvida, poder tomar conhecimento da qualidade do óleo, pois a decomposição do fluido pode acarretar danos dispendiosos na transmissão automática. Os reparadores especializados recomendam especial atenção ao óleo da transmissão automática do Honda CR-V no caso de o veículo ser constantemente submetido ao uso severo em ciclo urbano. Com o anda e para dos horários de pico o fluido do câmbio, com o passar do tempo, superaquece, fica sujo e cheio de uma poeira que contamina os discos e começa a queimar, tornando-se mais abrasivo do que lubrificante. Nesse caso o limite de quilometragem para troca do óleo e seu filtro deve ser antecipado dos 80 mil para os 40 mil quilômetros, e o limite de tempo não deve ultrapassar os 18 meses – sempre o que vier antes. Na eventualidade de ser necessário remover a caixa de transmissão para algum reparo, Roberto Montibeller avisa que a operação exigirá um certo esforço. “Em função do bom espaço do cofre não é uma caixa muito difícil de ser deslocada. Será necessário, claro, colocar um suporte do motor em cima para segurá-lo, retirar o quadro da suspensão (foto 22), a bateria e a caixa de filtro de ar e soltar o semieixo.
(foto 27). Mais em função da qualidade ruim do nosso piso do que por algum problema de engenharia ou de qualidade das peças. Relatos dão conta que podem também surgir rangidos na suspensão dianteira devido aos amortecedores que se desgastam ao enfrentar tantos buracos. O recomendável, segundo os reparadores, é uma revisão preventiva a cada 10 mil quilômetros para avaliar o estado das buchas. Na
24 FREIO, SUSPENSÃO E DIREÇÃO Na dianteira, a suspensão do CR-V EXL 2.0 4x4 AT é independente do tipo Mc Pherson (foto 25), com molas helicoidais, e na traseira também é independente (foto 26) com multibraço. De acordo com algumas oficinas anteriormente ouvidas esse conjunto da suspensão pode, eventualmente, passar por manutenções mais frequentes, em especial para a troca das buchas das bandejas
22 É mais fácil do que em modelos menores”, relativiza Roberto, que também viu um bom espaço para trabalhar no eixo cardan (foto 23) e no diferencial traseiro (foto 24) “compacto e bem dimensionado”.
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chegar até ele é necessário tirar a bateria, a caixa de filtro de ar e deslocar o módulo da injeção”, explica. Já Weslei Marani destacou a mudança na mangueira do cilindro mestre, cujo reservatório de fluido (foto 29) não fica junto a ele. “Temos um prolongador para facilitar ao reparador a reposição do fluido de freio no reservatório”. Ele também elogiou a clareza da disposição do módulo do ABS (foto 30), com seus encanamentos livres, bem visíveis e desimpedidos. “Um exemplo de design a serviço da funcionalidade”, interpreta.
27 traseira, em compensação, o comportamento é melhor, com os braços sobrepostos (foto 28) e a suspensão independente que acentuam a estabilidade do veículo e a sua tração.
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30 28 Nos testes dinâmicos, essa suspensão do CR-V honrou a tradição herdada do Civic e apresentou um comportamento digno de um Honda. “Macia e silenciosa. Não dá a impressão que estamos em um SUV”, afirma Valdir Lima. “Absorve bem as irregularidades do piso e não transmite vibração. Essa quarta geração do CR-V saiu-se melhor do que a anterior”, coteja Roberto Montibeller. “São Caetano foge à regra de São Paulo e apresenta vias com asfalto sem buraco. Mas mesmo assim é possível detectar algum barulho em certos carros. Nesse aqui, entretanto, não há nada a reclamar”, reconhece Weslei Marani. O CR-V traz freios com discos ventilados à frente e sólidos atrás. No sistema de frenagem o que desagradou um pouco o reparador Roberto Montibeller foi a localização escondida do servofreio, junto ao painel corta-fogo. “Para
Entre os amortecedores, entretanto, essa funcionalidade parece ter sido ignorada. “A manutenção dos amortecedores traseiros é invasiva, feita por dentro do veículo, no porta-malas (foto 31)”, aponta Weslei Marani. “Sim, há necessidade de deslocar o banco traseiro e retirar as capas laterais para soltar as porcas. Inevitavelmente isso suja o interior do carro. Nos projetos mais modernos o acesso aos amortecedores traseiros se dá por baixo do carro. Tomara que a Honda reveja isso nas futuras gerações do CRV”, espera Roberto Montibeller, que se lembrou de outro delicado
item do veículo. “Já peguei alguns com pane na caixa da direção. Não tanto por problema da peça, mas devido a nossas vias esburacadas”. Em tempo, o CR-V é dotado de direção com assistência elétrica. ELÉTRICA, ELETRÔNICA E CONECTIVIDADE O pacote de serviços eletrônicos do Honda CR-V EXL 2.0 4x4 AT é extenso e inclui desde os indispensáveis controles de tração, estabilidade e de velocidade e assistente de partida em rampa até os faróis com sensores crepusculares, LEDs de condução diurna, chave presencial e conexão HDMI que possibilita a reprodução de áudio, vídeo e imagens em HD através de dispositivos como notebooks e câmeras digitais. O sistema dispõe ainda de duas entradas USB (foto 32) para MP3 player, pen drive e iPod/ iPhone/iPad, além do CD player e da entrada auxiliar. A central multimídia com tela de sete polegadas (foto 33) sensível ao toque do CR-V inclui GPS integrado com as informações do trânsito por meio de radiofrequência sem necessidade de conexão 3G nas principais capitais do País – São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e
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Belo Horizonte. O CR-V 2016 já dispõe do sistema de alternador (foto 34) com sistema inteligente, em que a peça é comandada por uma central eletrônica interligada a vários outros sistemas do carro para, assim, monitorar uma série de informações para decidir qual será
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34 a tensão de saída do alternador naquele determinado momento. Na geração anterior, o alternador vinha com um diodo retificador que necessitava carregar a amperagem para abastecer a demanda dos recursos eletrônicos do veículo. “Por se localizar na parte superior do motor, e não mais abaixo, como na maioria dos carros, ele pode ser removido facilmente”, justifica Weslei Marani. Da mesma forma, a caixa de fusíveis (foto 35) com diagrama do CR-V já não é equipada exclusivamente com relês, mas
37 acidentes. Com a bateria (foto 37) próxima há sempre o risco de uma peça de metal tocar o seu polo positivo e, ao mesmo tempo, o módulo, e queimá-lo”, lembra o reparador, que viu facilidade em uma eventual troca de lâmpadas do farol. “Ele utiliza a lâmpada h11, mais moderna, por ter três travas de encaixe fica mais fácil de tirar e pôr no lugar. Para encaixar basta girar no sentido horário, e no sentido anti-horário para desencaixar”, orienta. INFORMAÇÕES TÉCNICAS
35 com minifusíveis. Ao seu lado, o reparador Weslei Marani achou uma boa ideia a montadora ter protegido o módulo da injeção eletrônica com uma capa de plástico (foto 36). “Por falta desse cuidado já vi acontecer alguns
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A satisfação dos reparadores independentes com a Honda concentra-se nos automóveis e não se estende aos serviços que essa montadora presta à categoria. Mesmo porque esses inexistem no que toca a informações técnicas, principalmente em comparação a concorrentes como VW, Fiat e Ford, que mantém canais de informações constantes com os reparadores. Roberto Montibeller não hesita em classificar a Honda e as demais montadoras asiáticas aqui instaladas como avessas ao fornecimento de informações técnicas. “Felizmente é raro ficarmos na dependência de informações dessa montadora, não me lembro delas terem sido necessárias alguma vez, pois seus veículos não costumam apresentar problemas de difícil solução. Mas se aparecer algo nesse sentido, ao menos por enquanto, não po-
demos esperar muito da Honda. O caminho é buscar informação em programas ou enciclopédias automotivas como a da Sinplo e Doutor IE. O network também é fundamental, pois as informações costumam circulam entre os colegas e nos fóruns da internet”, explica. Valdir Lima concorda e acrescenta. “É bom os programas das enciclopédias automotivas estarem atualizados”. Já Weslei Marani, por estar em uma oficina autorizada da Rede Bosch Car Service, explica que depende menos de algum contato com as concessionárias Honda na eventual – e raríssima – situação de necessitar de alguma informação técnica. “Se eventualmente precisarmos de um esquema elétrico mais complexo ou uma informação técnica relativa a algum problema de injeção eletrônica temos acesso direto ao TecBosch, um serviço interno exclusivo para as oficinas da rede, e o mesmo acontece em relação à parte mecânica”, explica. PEÇAS DE REPOSIÇÃO Quando se trata de fazer consultas a respeito de peças de reposição da linha Honda é pouco provável que a pesquisa vá além das peças de alto giro ou daquelas que de praxe são substituídas nas revisões preventivas: filtros, velas, amortecedores, f luidos, pastilhas etc. Isto porque, segundo os reparadores, os veículos da Honda, em particular o CR-V que nas oficinas também é chamado de “tanque” devido a sua robustez, pouco necessitam além de peças básicas quando passam por uma revisão preventiva – no caso de uma intervenção reparativa, claro, a conversa é outra. Apesar da baixa exigência de peças complexas, o mercado de reposição para veículos da Honda está um pouco difícil na opinião de Roberto Montibeller, principalmente para quem se preocupa com a qualidade. “Hoje o reparador sofre até para conseguir um simples jogo de pastilha que não dê problema. Você instala uma peça de boa marca, passa uns dias e o cliente volta para
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RECOMENDAÇÃO Pouca frequente nas oficinas, fácil reparabilidade, mecânica robusta, confortável, transmissão confiável, suspensão acertada, farta eletrônica embarcada, dirigibilidade intuitiva, seguro e confiável. Em função dessas qualidades é dispensável manter qualquer suspense para i nfor mar se os reparadores independentes recomendam ou não o CR-V EXL 2.0 4x4 AT: a resposta é sim, claro. Roberto Mont ibeller, Valdi r Li ma e Weslei Marani consideram o crossover uma ótima compra, melhor até do que o Civic, pela robustez que envolve o “tanque” da Honda que, como se não bastasse ter tantos predicados, foi considerado o veículo que menos desvalorizou (-9,55%) após um ano de uso, segundo a Tabela Fipe – a pesquisa foi feita pelo Jornal do Carro. No entanto é certo que a atual geração do crossover experimentará uma depreciação com o próximo desembarque no Brasil na quinta geração, pois qualquer comparação lhe será desfavorável. Mas se pensarmos que, pela Tabela Fipe, um CR-V LX 2.0 com câmbio automático e ano 2010 – portando, da terceira geração –, sai por cerca de R$ 44 mil e outro do mesmo modelo, mas já da quarta geração, ano 2011, sai por R$ 46,3 mil pode-se constatar que nem sempre uma mudança de geração tem grande peso na depreciação de um veículo. Talvez porque um carro bom será, afinal, sempre um carro bom.
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Oficinas de reparação têm muito a colaborar com a reciclagem de peças. E o meio ambiente, a ganhar Em países desenvolvidos até 95% dos veículos são reciclados. No Brasil, onde só há pouco tempo a destinação inteligente das peças substituídas nas oficinas começou a ganhar importância, apenas 1,5% delas são recicladas Fotos: Antônio Edson
Antônio Edson
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iariamente, como deveria acontecer em todas as oficinas de reparação do País, João Carlos Silva dos Santos, gerente da Mack Auto Ser vice, localizada no bairro da Saúde, zona sul de São Paulo (SP), providencia o recolhimento das peças descartadas dos automóveis – a empresa tem um giro aproximado de 150 ordens de serviço/ mês –, bem como de embalagens das novas peças, para recipientes distintos. Assim são criteriosamente separados componentes de metal, plástico, papeis e papelões, borrachas, vidros e madeiras. Numa caixa de concreto ao lado de uma escada, o gerente aponta o local onde ficam as sucatas de metal (foto 1), enquanto perto dali estão as embalagens das peças (foto 2). “Todos os meses vem o caminhão de uma empresa contratada a quem vendemos todo material. Nós ficamos com um documento informando que a sucata foi encaminhada para a reciclagem e não contaminou o meio ambiente”, asseg ura João. Esse documento, o Certificado de Responsabilidade Ambiental, é arquivado para ser apresentado em eventuais fiscalizações e é a garantia da oficina de que ela dando uma destinação cor reta aos seus resíduos. O procedimento do gerente é exemplar e segue a Política Nacional de Resíduos Sólidos ( PN R S), lei 12 .305/10 q ue orienta como o País deve gerenciar e descartar seus resíduos. No setor automotivo ela é particularmente importante, pois praticamente todas as peças de um veículo podem e devem ser recicladas, desde o motor e a
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Incluindo outros itens apenas 5% do carro, dependendo de seu estado, não são reaproveitados. Países como Canadá e Estados Unidos já sabem disso e neles 95% dos automóveis são reciclados. Mas o Brasil ainda está aprendendo... Linha de desmontagem
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2 carcaça, que representam mais de 70% dele. Por outro lado, itens como plásticos, vidros, óleos, pneu s e met ais, que correspondem a cerca de 10%,
também podem ser reprocessados para reduzir a emissão de gases de efeito estufa e os recursos naturais consumidos na fabricação de produtos novos.
Aqui o índice não passa de 1,5%, embora o potencial seja imenso. Com uma frota de quase 43 milhões de veículos, uma maior reciclagem teria grande impacto positivo sobre a economia e o meio ambiente. O preço de cada quilo de plástico de para-choque reciclado, por exemplo, custa R$ 1,5 enquanto o plástico novo não sai por menos de R$ 6,5 o quilo. Uma tonelada de aço reciclado poupa 1.140 quilos de minério de ferro, 154 quilos de carvão e 18 quilos de cal. Já reciclar uma tonelada de alumínio poupa cinco toneladas de bauxita, recurso natural não-renovável, e utiliza apenas 7% da energia elétrica usada na produção do metal novo. Logo, para as oficinas de reparação automotiva e de funilaria descartar corretamente seus resíduos – líquidos e sólidos – é uma forma valiosa de contribuir para a preservação do meio ambiente e, mesmo que essa não seja a atividade fim da empresa, uma fonte de arrecadação. “O valor que recebemos, na verdade, é quase simbólico. O que compensa mesmo é estarmos dentro da lei”, salienta o gerente João Carlos. Já para as poucas instituições comerciais existentes no mercado e especializadas na compra, coleta, separação e destinação de resíduos de oficinas de reparação automotiva ou de funilaria esse é um negócio
pra lá de interessante. No bairro do Limão, em São Paulo (SP), por exemplo, uma empresa criada em 2009 com o apoio técnico do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e hoje considerada a pioneira nesse segmento, a Ecopalace, dá provas que a sucatas recolhidas junto às of icinas podem aquecer a economia, gerar riqueza e empregos e, de quebra, ajudar a preservar o meio ambiente. Ali, os empreendedores Estácio Antônio dos Santos, Gustavo Valente Pires e Paulo Almeida dos Santos, vindos dos ramos securitários e de oficinas de reparação, acreditam que as possibilidades de ganho são excelentes. Pesos e medidas Uma f rota de seis caminhões descarrega na empresa mensalmente entre 250 a 300 toneladas de sucatas recolhidas junto a 250 oficinas de reparação automotiva e de funilaria localizadas dentro de um raio superior a 100 quilômetros do bairro do Limão, o que inclui alg u ma s cid a des do l itor al paulist a como Santos, e do interior como Campinas e São José dos Campos. Em seu setor de triagem, as peças começam a ser separadas manualmente e estocadas em monturos ou baias (fotos 3, 4, 5 e 6) por uma parte dos 22 colaboradores da empresa. Inicialmente faz-se a seleção ent re os resíduos diretos, todas aquelas peças substituídas dos veículos produzidas em aço, plástico, vidro, borrachas e resíduos têxteis; e os resíduos indiretos, embalagens de plástico, papelão, papel e madeira. A seguir é feita a desmontagem de algumas peças mistas que exigem um trabalho mais aprimorado,
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caso dos radiadores e condensadores por exemplo, pois seus componentes de plástico, alumínio e ferro precisarão seguir caminhos diferentes. “Tudo tem uma utilidade, serventia e destinação inteligente. Esse é o princípio do nosso negócio”, justifica Gustavo Pires. “Nossa sucata de maior volume é o aço, que corresponde a 70% do recolhido, seguido do plástico, 15%, alumínio e outros resíduos”, explica Paulo dos Santos, economista e técnico em mecânica industrial. E
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não por acaso é mesmo o aço, ao lado do ferro, alumínio e cobre, o produto mais rentável na indústria do reaproveitamento. Uma tonelada de aço pode ser comercializada por uma média de R$ 300, mas é o alumínio extraído dos radiadores e dos blocos de alguns motores o produto mais lucrativo, podendo chegar até a R$ 3 mil a tonelada. “O escopo do nosso trabalho é dar início à reciclagem de peças, comprálas, separá-las e vendê-las por quilo. Mas isso não quer dizer que todo material tem o mesmo valor de mercado junto aos compradores de cada setor”, salienta Estácio dos Santos, no ramo da reciclagem há 20 anos. “Vidro, madeira, borracha e resíduos têxteis, por exemplo, geram um resultado menor do que o metal. Ser reciclável não significa necessariamente ser rentável, mas sim que ele pode de alguma forma ser reaproveitado”, define. Uma vez que o material foi separado ele é pesado, catalogado e vendido para metalúrgicas e siderúrgicas onde as peças são fundidas e, resumidamente, voltam para a cadeia produtiva em forma de matéria-prima.
“O escopo do nosso trabalho é dar início à reciclagem de peças, comprá-las, separá-las e vendê-las por quilo. Mas isso não quer dizer que todo material tem o mesmo valor de mercado junto aos compradores de cada setor. Vidro, madeira, borracha e resíduos têxteis, por exemplo, geram um resultado menor do que o metal” Estácio dos Santos
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oficina sustentável Fim de ciclo
A serviço das oficinas
10 Paulo Almeida dos Santos e Estácio Antônio dos Santos (foto 10 ), da Ecopalace, não têm dúvida de que recolher e beneficiar a sucata das oficinas é um bom negócio, uma forma de preservar o meio ambiente e um serviço indispensável aos reparadores.
de tudo que era necessário para uma empresa como a nossa proceder para dar uma destinação ambientalmente correta aos resíduos, levantar quais eram as licenças necessárias para trabalhar dentro da lei. E uma vez solicitadas e concedidas essas licenças surgiu a Ecopalace.
JOB : Vocês retiram as sucatas de todo o tipo das oficinas de reparação. Isso não obriga a empresa a ter uma série de cuidados, já que cada produto requer um tratamento? Paulo: Retiramos os resíduos provenientes do trabalho das oficinas, deixando de fora os resíduos orgânicos e os demais entulhos. Isso porque, para isso, precisaríamos ter ainda mais licenças ambientais. Por trabalhar com resíduos de metal, plástico, borracha, vidro etc somos obrigados a ter uma infinidade de licenças para operar dentro da lei. Apenas algumas delas são a da Cetesb, corpo de bombeiro, Detran e Ibama. Junto ao Sebrae fizemos um levantamento
J O B : N ã o s e ri a m a i s fácil trabalhar com apenas um tipo de material, como o metal por exemplo? Estácio: É o que algumas empresas faziam antes da Ecopalace. Uma recolhia só o aço, outra só o plástico, outra só o vidro. Acontece que isso não atendia plenamente à necessidade das oficinas. Para elas não adianta muito ter uma empresa que recolhe apenas um tipo de material. É mais prático de administrar uma empresa que recolhe tudo e de uma vez só e, o que é mais importante, se responsabiliza pela destinação inteligente e correta desse material. Estamos resolvendo o problema dos resíduos das oficinas na integralidade!
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Junto das oficinas de reparação automotiva e de funilaria, as montadoras igualmente são fornecedoras da empresa, no caso com peças que sobraram ou não for a m aproveit a d a s durante a montagem dos veícu los novos. A lé m de ssa s as compan hias seg u radoras também fornecem automóveis sinistrados que tiveram perda total (fotos 7 e 8). O processo de desmonte desses carros envolve vários procedimentos de segurança como a sua total descontaminação com a remoção de seus fluidos – óleos, líquidos de arrefecimento, f luidos do freio, gasolina, álcool, diesel e inclusive a bateria, que contém ácido – que envolvem algum risco para o meio ambiente. Depois o veículo é finalmente desmontado e suas peças são separadas de acordo com suas propriedades físicas. “O processo todo leva cerca de duas horas”, avalia Paulo dos Santos.
O processo de desmonte desses carros envolve vários procedimentos de segurança como a sua total descontaminação com a remoção de seus fluidos – óleos, líquidos de arrefecimento, fluidos do freio, gasolina, álcool, diesel e inclusive a bateria, que contém ácido Uma outra fonte possível de recursos da empresa, os carros abandonados que entulham e poluem as ruas e estacionamentos do País (foto 9) – estima-se que cada car ro abandonado que é re cicla do e qu ivale a menos 3,7 quilos de dióxido
Janeiro 2018 • oficinabrasil.com.br de carbono (CO 2) despejados na atmosfera – ainda não pode ser tão explorada como deveria, apesar do grande potencial. Isso devido à falta de uma política pública que per mita isso, já que em muitos casos é preciso uma manifestação do proprietário autorizando a reciclagem. “Vemos mil hares de car ros abandonados à espera de seus donos nos pátios dos Detrans contaminando o solo e o meio
ambiente. No Brasil a impressão é que os carros têm alma e não podem ser reciclados”, adverte Estácio dos Santos. Problema comum nas sociedades de consumo, isso parece já ter sido resolvido em outros países. Na União Europeia, por exemplo, uma lei obriga as próprias montadoras serem responsáveis pelo recolhimento do carro em fim de vida, arcando com os custos da reciclagem.
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Marcas Preferidas 2017
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Quais as marcas mais queridas, mais lembradas e mais compradas no aftermarket brasileiro? Como faz há 12 edições, a CINAU – Central de Inteligência Automotiva foi a campo para saber dos reparadores suas percepções sobre as marcas com que convivem todos os dias, e traz os resultados nessa edição do Oficina Brasil Mala Direta Equipe CINAU
P
ara alguns estudiosos, a marca é o primeiro estímulo na relação entre comprador e produtor, para outros é a síntese de todo o conjunto de oferta, que vai muito além do produto tangível. Há ainda aqueles que acreditam que as marcas são ideias, percepções, expectativas e crenças que estão na mente dos potenciais clientes de uma empresa. Em qualquer um dos conceitos teóricos, o que fica evidente é que a marca traz implícita e explicitamente uma força, que é capaz de influenciar decisões de compra, tomadas de decisão ou mesmo que todo um conjunto de atributos seja rechaçado na hora da verdade do aftermarket automotivo: o momento em que a embalagem é descartada. Levando em conta que as relações nas oficinas mecânicas são pautadas pela confiança do dono do carro no reparador e na influência do reparador sobre o dono do carro, resta evidente a soberania do profissional automotivo na decisão sobre o produto e sobre a marca. E esta deliberação, conforme pesquisa realizada pela CINAU , é situacional e depende das experiências prévias com a marca. Estabelecer uma estratégia de marca para os tomadores de decisão (reparadores independentes) é uma tarefa que exige muito estudo e análise por parte dos fabricantes e comerciantes de autopeças, ferramentas, lubrificantes e químicos automotivos, e o primeiro ponto a ser levado em conta é que o reparador tem o poder de vida e morte sobre seu produto e sua marca, simplesmente não optando por ela. Gostamos de imaginar um
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diálogo hipotético entre um dono de carro e um reparador de confiança, em que ao ser solicitado a utilizar uma marca pelo dono do carro o reparador diz que não trabalha com aquela marca ou que para aquela marca ele não se responsabiliza pelo serviço. E gostamos ainda mais de pensar qual seria a reação do dono do carro: forçar que o reparador use a marca ou trocar de reparador ou aceitar o fato em função da confiança? Nossa opinião é que a terceira opção é a mais próxima do que acontece de fato no âmbito das oficinas. Assim é a realidade, gostemos dela ou não, pois como diz a canção de Caetano Veloso, na voz de Maria Bethânia: “ou feia ou bonita, ninguém acredita na vida real”, ou muitas vezes não quer acreditar, o que é mais complicado. UMA LONGA JORNADA O caminho entre a mente (lembrança) e o bolso (compra) passa, inexoravelmente, pelo coração do reparador, pois é justamente em suas emoções que estão guardadas as experiências prévias e a percepção geral da marca. Se a conclusão do processo de decisão de compra no aftermarket automotivo é o descarte da embalagem, as etapas que precedem trazem notadamente as impressões de cada relação com a marca, já que muitas vezes a marca mais querida (share of heart) não tem especificamente aquela aplicação, a marca mais lembrada (share of mind) não está disponível, o que acaba reduzindo as opções e levando à compra da terceira ou quarta marca preferida (share of market). Como é fácil notar, a relação entre o Marketing Mix (ou os 4 Ps: preço, praça, produto e promoção) acontece de forma
evidente no processo decisório do reparador, conforme mostrado a seguir:
vocada, o discurso dos agentes comerciais na cadeia de distribuição ao imputar ao preço sua
diálogo hipotético entre o reparador e o dono do carro comentado há pouco.
Embora de fácil entendimento esse fluxo é bem mais complexo do que está apresentado, e não por acaso cada um dos Ps traz um número à frente, que é justamente o grau de importância de cada um nesse processo. Para ser a marca mais comprada e consequentemente ter a maior participação de mercado (share of market), duas coisas são fundamentais: ter excelente capilaridade (distribuição) e apostar todas as fichas no menor preço. Mas, atenção! Essa abordagem é racionalmente correta não fosse um pequeno detalhe e que acaba permeando, de forma equi-
baixa performance de vendas. O preço é o quinto fator no processo decisório do reparador, o primeiro é disponibilidade, que está intrinsecamente ligado à estratégia de distribuição. E isso nos leva a uma outra consideração: será que ter o produto disponível com precificação adequada é garantia de venda? Não, e a resposta completa seria: não porque se ninguém conhece seu produto e seu portfolio está inadequado, pode-se estar em todos os pontos de venda, mas a procura será inexistente e o produto será “empurrado” pelo vendedor, levando de volta àquele
Uma estratégia de marca digna desse nome precisa apreender todos os componentes do Marketing Mix de forma integrada, para que cada aspecto da relação entre o tomador de decisão de compra (o reparador) e a marca seja fluida e sem interrupções, seja por falta de conhecimento do produto (promoção), ou por falta de produto no portfólio (produto), ou ainda por falta de produto no ponto de venda (praça). Se os três pontos acima não foram atendidos, esqueça o preço porque não vai vender mesmo. É o cachorro que abana o rabo e não o rabo que abana o cachorro.
SHARE OF HEART 2015
2016
2017
BOSCH
22,0%
BOSCH
21,9%
BOSCH
23,7%
GENUíNAS
15,3%
GENUíNAS
15,3%
GENUíNAS
15,4%
NGK
8,3%
NGK
11,6%
NGK
11,0%
AXIOS
4,6%
SABÓ
5,4%
TRW VARGA
4,8%
COFAP
3,8%
COFAP
4,2%
COFAP
4,6%
TRW VARGA
3,3%
NAKATA
3,5%
MAHLE METAL LEVE
4,0%
NAKATA
2,7%
AXIOS
3,3%
nakata
3,2%
HIPPER FREIOS
2,2%
TRW VARGA
3,1%
SABÓ
2,9%
SKF
2,1%
MAHLE METAL LEVE
2,7%
axios
2,7%
METAL LEVE
1,9%
MAGNETI MARELLI
1,6%
MAGNETI MARELLI
1,6%
SABÓ
1,7%
MOTORCRAFT
1,2%
MONROE
1,3%
MAGNETI MARELLI
1,4%
SKF
1,1%
luk
1,3%
GEDORE
1,2%
MONROE
0,8%
skf
1,1%
LUK
1,1%
INA
0,7%
motorcraft
0,9%
MAHLE
1,0%
LUK
0,7%
ina
0,5%
OUTRAS CITAÇÕES
27,3%
OUTRAS CITAÇÕES
22,7%
OUTRAS CITAÇÕES
21,0%
09/01/2018 11:48:58
Marcas Preferidas 2017 SHARE OF HEART O conceito de Share of Heart, da maneira como utilizamos na pesquisa Marcas Preferidas, busca traduzir a relação emocional que os reparadores têm com as marcas, independentemente de produtos ou categoria de produtos. É a marca mais querida, cuja percepção está relacionada ao que sente em relação à marca e a todos os seus atributos de forma eminentemente subjetiva. Alcançar os primeiros lugares em Share of Heart é a consolidação de uma estratégia de marca bem sucedida e, o que é muito interessante, nem sempre a marca que se destaca no Share of Heart é a mais lembrada ou a mais comprada nas categorias em que atua no mercado, pois algumas vezes compete com empresas que atuam exclusivamente naquela categoria, mas raramente não estão entre as top 3 de cada categoria. Do mesmo modo que fizemos em 2017 e atendendo a várias solicitações, optamos por apresentar as 15 marcas mais votadas no Share of Heart, lembrando que a categoria Genuínas engloba todos os votos recebidos pelas montadoras, excluindo-se as marcas próprias de cada uma como ACDelco (GM), Motorcraft (Ford), Classic Line (FCA), Economy (VW), etc. DESAFIOS E SOLUÇÕES À medida em que vamos aprofundando nossos estudos sobre o aftermarket automotivo, surgem desafios e solicitações que vão sendo absorvidos e incorporados ao nosso conjunto de soluções em pesquisa e inteligência de mercado. Prova disso foi a criação do primeiro e único Simulador de Potencial de Demanda do mercado brasileiro, disponível em http://www.oficinabrasil.com. br/simulador/, em que os interessados podem estimar o volume consumido em cada categoria de produto nas oficinas
independentes de reparação mecânica de automóveis e comerciais leves por cidade brasileira. Para saber mais veja o box “O que é o Simulador de Demanda?” No mesmo diapasão de inovação e antecipação de tendências, publicamos em abril de 2017 os resultados da Pesquisa Marcas Preferidas – Componentes de Direção que, tratado de forma conjunta nos anos anteriores, não representava a dinâmica do mercado que envolve componentes específicos e fabricantes diferentes, levando a resultados muito genéricos nesta categoria em especial. Repetimos a pesquisa com esta adequação e os resultados serão apresentados a seguir. Do mesmo modo separamos os componentes do Sistema de Suspensão e do Motor e os resultados serão apresentados, separadamente, nas próximas edições do Oficina Brasil Mala Direta. SHARE OF MARKET E SHARE OF MIND Na opinião dos analistas e pesquisadores da CINAU, esta é uma das dimensões mais interessantes da pesquisa, pois sintetiza os esforços de Marketing das empresas e fornece reflexões sobre os pontos fortes e fracos, as oportunidades e ameaças em cada categoria de produto, num exercício simples de lógica formal, que associa lembrança à existência de fãs da marca e compra aos reais compradores dos produtos da marca em cada categoria. MAIS MENOS LEMBRADA LEMBRADA MAIS COMPRADA
Fãs e compradores em equilíbrio
Menos fãs que compradores
MENOS COMPRADA
Mais fãs que compradores
Sem fãs nem compradores
A seguir apresentamos os resultados de Share of Mind e Share of Market nas 36 categorias de produtos pesquisadas em 2017.
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59
ADITIVOS de radiador SHARE OF MIND
2017
2016
2015
SHARE OF MARKET
2017
2016
23
23,4
26,4
1ª
RADIEX
15,9
19,1
21,6
PARAFLU
19,6
19,7
17,3
2ª
PARAFLU
14,8
11,9
11,7
3ª
AC DELCO
12,2
8,1
8,8
3ª
VALEO
10,2
5,1
7,4
4ª
WURTH
7,4
3,7
5,3
4ª
RADNAQ
9,1
8,7
6,5
1ª
RADIEX
2ª
2015
5ª
VALEO
6,8
4,6
7
5ª
ACDELCO
9,1
7,2
10,2
6ª
BARDAHL
5,4
8,1
8,5
6ª
DELPHI
6,8
5,7
5,2 2015
AMORTECEDORES SHARE OF MIND
2017
2016
2015
SHARE OF MARKET
2017
2016
1ª
COFAP
67,1
60,2
66,9
1ª
COFAP
52,9
45,1
51,9
2ª
NAKATA
13,4
11,9
9,5
2ª
NAKATA
20,6
19,7
17,2 18,1
3ª
MONROE
11,4
18,1
16,2
3ª
MONROE
18,6
19,4
4ª
GENUINAS
2,7
3,3
2,5
4ª
TRW
2
1,2
1,6
5ª
TRW
2
0,7
0,6
5ª
GENUINAS
2
7,2
2,9
6ª
PERFECT
6ª
PERFECT
1 2015
1,3
BARRAS DE DIREÇÃO SHARE OF MIND
2017
2016
SHARE OF MARKET
2017
2016
1ª
50,4
54
1ª
NAKATA
43,1
39,5
TRW
2015
2ª
NAKATA
34,2
32,5
2ª
TRW
36,2
40,2
3ª
DRIVEWAY
11,1
9,6
3ª
DRIVEWAY
10,3
12,6
4ª
PERFECT
2,6
3,1
4ª
PERFECT
8,6
6,8
5ª
LEMFORDER
1,7
0,7
5ª
LEMFORDER
1,7
1
6ª
MTE-THOMSON
1,4
0,9
6ª
MTE-THOMSON
2,7
1,5
SHARE OF MIND
2017
2016
2015
SHARE OF MARKET
2017
2016
1ª
MOURA
39,8
48,3
53,5
1ª
MOURA
34,6
27,6
37,5
2ª
HELIAR
30,5
20
22,9
2ª
HELIAR
21,8
14,2
18,1
BATERIAS 2015
3ª
BOSCH
6,8
7,9
6,4
3ª
BOSCH
10,3
10
6,6
4ª
AC DELCO
6,8
6,3
5,2
4ª
AC DELCO
6,4
8,2
6,9
5ª
PIONEIRO
4,2
1,2
1,5
5ª
PIONEIRO
6,4
2,7
2
6ª
CRAL
2,5
2,3
2,1
6ª
CRAL
3,8
5,5
7,2
SHARE OF MIND
2017
2016
2015
SHARE OF MARKET
2017
2016
2015
1ª
BOSCH
66,9
63,6
67,5
1ª
BOSCH
50,5
45,8
54,3
2ª
M. MARELLI
11
14,2
13,3
2ª
M. MARELLI
22,6
24,4
20,7 5,2
BOBINAS DE IGNIÇÃO
3ª
DELPHI
10,2
6,6
6,9
3ª
NGK
15,1
8,7
4ª
NGK
9,3
8,3
6,3
4ª
DELPHI
7,5
9
9
5ª
GENUINAS
1,7
4,3
2,4
5ª
GENUINAS
3,2
5,4
3,6
SHARE OF MIND
2017
2016
2015
SHARE OF MARKET
2017
2016
2015
1ª
URBA
52,6
55,4
53,9
1ª
URBA
38,8
41,7
42,3
2ª
NAKATA
12,9
9,6
5,9
2ª
NAKATA
16,5
12,7
8,2
3ª
SKF
6,9
5,2
2,2
3ª
SKF
12,9
8,8
5,7
BOMBA D'ÁGUA
4ª
GENUÍNAS
6
5,9
6,5
4ª
GENUÍNAS
7,1
7,6
7,3
5ª
DELPHI
5,2
2,8
4,6
5ª
SCHADEK
5,9
5,7
7,9
6ª
SCHADEK
4,3
7
9
6ª
DELPHI
4,7
1,2
3,8
BOMBAS DE COMBUSTÍVEL
O que é o Simulador de Demanda? Para estimular o lado “Business” de nossa prestação de serviços, criamos o primeiro e único “SIMULADOR DO POTENCIAL DE DEMANDA” para o aftermarket brasileiro. Com este inédito instrumento você pode estimar a demanda de seus produtos pelas oficinas mecânicas independentes em qualquer região do país! Como utilizar esta ferramenta para aumentar suas vendas? 1º. Acesse o site http://www.oficinabrasil. com.br/simulador/, clique no botão Acessar e preencha o cadastro conforme será solicitado. 2º. Com os dados preenchidos você terá acesso ao Simulador. 3º. Uma vez na tela do simulador indique o estado e o município onde você deseja identificar a demanda de peças e as informações aparecerão
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automaticamente. 4º. Compare o resultado do mercado de demanda com suas vendas na região e você terá conhecimento de seu market share. O resultado não agradou? Precisando vender todos os dias? Contrate os serviços “Business” do Oficina Brasil e mediante ações em plataforma multimídia, ative as vendas para as oficinas da região! Conceito de trabalho: Diagnóstico – Solução – Comprovação (D-S-C). OBSERVAÇÃO: caso as peças que você venda não se encontrem na lista do simulador, podemos levantar o seu market share em qualquer região do Brasil, mediante trabalho ad hoc de pesquisa, para isso, consulte nossa área comercial.
SHARE OF MIND
2017
2016
2015
SHARE OF MARKET
2017
2016
2015
1ª
BOSCH
69,2
64,5
55,4
1ª
BOSCH
53,8
47,7
45,8
2ª
M. MARELLI
10
9,2
13,8
2ª
M. MARELLI
15,4
12,1
15,6
3ª
DELPHI
5
5
4,6
3ª
DELPHI
9,6
6,3
8,1
4ª
BROSOL
3,3
7,8
9,3
4ª
BROSOL
3,8
8,2
5,9 7,2
5ª
GENUINAS
2,5
4
6,8
5ª
GENUINAS
2,9
4,5
6ª
URBA
2,5
1,2
1,2
6ª
SCHADEK
2,9
1,5
SHARE OF MIND
2017
2016
2015
SHARE OF MARKET
2017
2016
2015
1ª
SCHADEK
61,1
58,7
52,5
1ª
SCHADEK
55,2
53,4
50,3
2ª
BROSOL
10,4
8,9
7,5
2ª
URBA
10,4
4,4
4,5
3ª
URBA
9
5,1
6,3
3ª
NAKATA
9,4
4,1
7,4
BOMBA DE ÓLEO
4ª
GENUÍNAS
7,6
12,8
15,9
4ª
BROSOL
8,3
9,4
9,3
5ª
NAKATA
4,9
3,9
3,8
5ª
GENUÍNAS
7,3
16,9
14,1
6ª
DELPHI
4,2
3,4
5,9
6ª
ANROI
4,2
5,3
3,5
09/01/2018 11:48:58
60
Marcas Preferidas 2017
CABOS DE IGNIÇÃO
EMBREAGENS
SHARE OF MIND
2017
2016
2015
1ª
NGK
65,8
63,9
2ª
BOSCH
21,7
3ª
DELPHI
4ª
M. MARELLI
SHARE OF MARKET
2017
2016
2015
SHARE OF MIND
2017
2016
2015
SHARE OF MARKET
2017
2016
2015
54
1ª
NGK
59,3
55,3
52,6
1ª
LUK
57,2
52,4
47,9
1ª
LUK
54,9
48,3
41,3
24,5
33,1
2ª
BOSCH
24,2
24,3
27,7
4,2
2,4
1,5
3ª
M. MARELLI
5,5
5,1
8,4
2ª
SACHS
28,3
30,6
31,4
2ª
SACHS
27,5
31,8
37,1
3,3
2,6
4,9
4ª
DELPHI
4,4
4,2
3,1
3ª
VALEO
4,8
4,6
5
3ª
VALEO
6,9
8,9
7,6
5ª
GENUÍNAS
3,3
6
4ª
GENUÍNAS
3,4
7
8
4ª
AC DELCO
3,9
1,5
2,5
6ª
ACDELCO
2,2
0,6
3,7
5ª
AC DELCO
2,8
1,5
3,4
5ª
GENUÍNAS
2,9
5,8
6ª
EATON
2,1
0,5
2
6ª
EATON
SHARE OF MARKET
2017
2016
2015
5ª
GENUÍNAS
1,7
4
6ª
ACDELCO
1,7
0,5
2,6
SHARE OF MIND
2017
2016
2015
1ª
ZF-TRW
60,5
70,9
1ª
ZF-TRW
51,9
62,2
2ª
NAKATA
25,4
11,7
2ª
NAKATA
30,2
17,7
3ª
DHB
7,9
10,7
3ª
DHB
6,6
9,1
4ª
VIEMAR
5,3
4,1
4ª
VIEMAR
6,6
5,7
5ª
AMPRI
0,9
2,7
5ª
AMPRI
4,7
5,4
CAIXAS DE DIREÇÃO
CATALISADORES SHARE OF MIND
Janeiro 2018 • oficinabrasil.com.br
2
7 1,6
FABRICANTES DE FERRAMENTAS SHARE OF MIND
2017
2016
2015
SHARE OF MARKET
2017
2016
2015
1ª
GEDORE
49,3
54,2
52,9
1ª
GEDORE
33,3
39,3
39,3
2ª
BELZER
15,4
10,3
7,1
2ª
BELZER
19,5
9,2
9,7
3ª
RAVEN
9,6
9,5
11,3
3ª
TRAMONTINA
14,6
9,2
10,3
4ª
TRAMONTINA
9,6
5,3
8,2
4ª
RAVEN
13,8
10,2
13,8
5ª
ROBUST
5,9
3,8
4,3
5ª
ROBUST
10,6
9,9
7
6ª
KING TONY
5,1
6,7
5,1
6ª
KING TONY
4,1
9,7
10
2017
2016
2015
SHARE OF MARKET
2017
2016
2015
FILTROS (ENGLOBA RESULTADOS RELATIVOS A FILTROS DE AR, DE CABINE, DE COMBUSTÍVEIS E DE ÓLEO)
1ª
MASTRA
29
23,6
21,7
1ª
M. MARELLI
31,6
11
14,4
SHARE OF MIND
2017
2016
2015
SHARE OF MARKET
2017
2016
2015
2ª
M. MARELLI
29
16,8
20,9
2ª
MASTRA
22,8
22,4
23,8
1ª
25,1
23,4
29,7
1ª
TECFIL
25,1
27
22
3ª
GENUÍNAS
20,2
23,3
20,5
3ª
GENUÍNAS
20,3
22,8
17,8
21,2
4ª
TUPER
14,5
15,7
29,5
4ª
TUPER
13,9
19,3
32,9
5ª
SCAPEX
4
6,5
5,8
5ª
SCAPEX
8,9
8,6
8,8
6ª
UMICORE
1,6
0,3
0,3
6ª
LORENE
1,3
0,3
0,3
COMBUSTÍVEL
FRAM
2ª
TECFIL
20,8
25
20,8
2ª
FRAM
17,4
15,7
3ª
BOSCH
12,2
9,5
10,8
3ª
MANN
11,2
8,5
8,9
4ª
MAHLE METAL LEVE
11,3
11,1
9,9
4ª
BOSCH
11
8,8
9,1
5ª
MANN
10,5
9,7
9,6
5ª
MAHLE METAL LEVE
10,7
13,1
12
6ª
GENUÍNAS
3,8
7,3
5,3
6ª
VOX
5,7
4,1
6,5 2015
SHARE OF MIND
2017
2016
2015
RECOMENDAÇÃO
2017
2016
2015
FLUIDO de FREIO
1ª
SHELL
40,2
39,6
40,7
1ª
SHELL
45,4
40,6
45,1
SHARE OF MIND
2017
2016
2015
SHARE OF MARKET
2017
2016
2ª
BR
29,9
25,6
29,2
2ª
BR
25,6
23,2
29,9
1ª
TRW VARGA
46,5
47,1
43,2
1ª
TRW VARGA
49,1
42,7
40,6
3ª
IPIRANGA
24,3
28,5
27,1
3ª
IPIRANGA
23
28,2
22,3
2ª
BOSCH
27,5
20,6
21,1
2ª
BOSCH
22,6
23,7
24,1
4ª
PETROX
1,6
0,4
0,4
4ª
TOTAL
1,9
0,5
0,2
3ª
AC DELCO
6,3
4,8
3,6
3ª
AC DELCO
7,5
4,2
3
5ª
ALE
1,1
1,6
0,2
5ª
PETROX
1,3
0,6
0,2
4ª
ATE
4,2
7,6
4,4
4ª
ATE
6,6
5,7
5
CORREIAs SINCRONIZADORAs
5ª
JURID*
4,2
6,2
6,9
5ª
JURID*
4,7
6,1
5
SHARE OF MIND
2017
2016
2015
SHARE OF MARKET
2017
2016
2015
6ª
GENUINAS
3,5
3,4
3,6
6ª
BARDAHL
2,8
1,1
4,7
1ª
CONTITECH
44,8
34,5
25,5
1ª
CONTITECH
45,5
38
30,3
JUNTAS DE MOTOR
2ª
GATES
22,9
21
15,6
2ª
GATES
20,8
20,7
14,7
SHARE OF MIND
2017
2016
2015
SHARE OF MARKET
2017
2016
2015
3ª
DAYCO
17,1
22,7
26,4
3ª
DAYCO
19,8
21,3
28,7
1ª
SABO
70,6
68,2
61
1ª
SABO
70,2
59,8
53,7
4ª
GENUÍNAS
7,6
8
9,7
4ª
GENUÍNAS
6,9
9,1
8
2ª
TARANTO
8,4
6,7
9,6
2ª
TARANTO
11,7
11
13,9 1,6
5ª
BOSCH
2,9
2,2
2,1
5ª
M. MARELLI
3
0,3
0,9
3ª
GENUÍNAS
5,9
8,1
10,8
3ª
ELRING
3,3
3,9
6ª
M. MARELLI
2,9
0,5
0,6
6ª
BOSCH
2
1,5
3,1
4ª
MAHLE
4,2
3,9
4,5
4ª
MAHLE
3,2
3,1
5
5ª
ELRING
3,4
1,8
1,2
5ª
GENUÍNAS
3,2
9,4
10,7
SPAAL
2,5
3,5
4,1
6ª
SPAAL
3,1
4,3
6,9
2017
2016
2015
CORREIAS V E POLI-V SHARE OF MIND
2017
2016
2015
SHARE OF MARKET
2017
2016
2015
6ª
1ª
CONTITECH
37,9
34,2
29,6
1ª
CONTITECH
35,4
36,5
32,2
JUNTAS HOMOCINÉTICAS (*SPICER: ENGLOBA ALBARUS, DANA E SPICER)
2ª
GATES
31,1
19,9
15,8
2ª
DAYCO
29,1
21
28,2
SHARE OF MIND
3ª
DAYCO
24,2
20,8
25,7
3ª
GATES
26,6
19,1
14,6
1ª
ALBARUS
25,7
1ª
COFAP
20,8
4ª
GENUÍNAS
3,9
6,9
5,5
4ª
GENUÍNAS
5,1
7
5,9
2ª
SPICER
23,9
2ª
NAKATA
20,8
5ª
BOSCH
1,9
2,4
4,3
5ª
BOSCH
3,8
1,8
4,3
3ª
COFAP
17,7
3ª
ALBARUS
18,8
6ª
M. MARELLI
1
0,2
1,9
DISCOS DE FREIO SHARE OF MIND
2017
2016
2015
1ª
FREMAX
32,2
30,4
2ª
TRW VARGA
24,3
3ª
HIPPER FREIOS
4ª
BOSCH
5ª 6ª
2017
2016
2015
SHARE OF MARKET
4ª
NAKATA
12,4
4ª
SPICER
16,8
5ª
DANA
8
5ª
PERFECT
8,9
AXIOS
3,5
6ª
DANA
SHARE OF MARKET
2017
2016
2015
6ª
23
1ª
FREMAX
32,7
32,1
24,4
LÂMPADAS
26,6
28
2ª
HIPPER FREIOS
31,7
31,2
31,3
SHARE OF MIND
2017
2016
2015
SHARE OF MARKET
2017
2016
2015
23,5
20
22,4
3ª
TRW VARGA
16,3
14,5
21,5
1ª
PHILIPS
49,6
48,5
40,7
1ª
PHILIPS
47,1
44
37,8
7
4,8
9,9
4ª
BOSCH
5,8
4,5
6,1
2ª
OSRAM
34,5
35,8
39
2ª
OSRAM
34,5
34,9
38,4
GENUINAS
4,3
5,6
4,9
5ª
MDS FREIOS
4,8
4,5
3,2
3ª
GE
5,3
8
7,2
3ª
GAUSS
4,6
BREMBO
2,6
0,7
0,8
6ª
GENUINAS
3,8
5,2
3,7
4ª
GENUÍNAS
3,5
3,6
4ª
GE
3,4
6,6
8,6
5ª
GAUSS
1,8
5ª
GENUÍNAS
2,3
4,1
6ª
M. MARELLI
1,8
6ª
NARVA
2,3
0,8
058-063_MARCAS-PREFERIDAS_Jan18.indd 4
5
1,6
09/01/2018 11:48:59
Marcas Preferidas 2017 MOLAS SHARE OF MIND
61
Janeiro 2018 • oficinabrasil.com.br
RETENTORES 2017
2016
2015
SHARE OF MARKET
2017
2016
2015
SHARE OF MIND
2017
2016
2015
SHARE OF MARKET
2017
2016
2015
1ª
FABRINI
33
25,4
27,4
1ª
COFAP
29,8
24,4
28,4
1ª
SABO
86,1
82
81,1
1ª
SABO
84,3
77,5
79,8
2ª
COFAP
22,6
32
31,1
2ª
FABRINI
28,6
24,8
26,1
2ª
GENUÍNAS
6,1
7
6,5
2ª
GENUÍNAS
4,9
6
7,1
3ª
NAKATA
11,3
10,7
9,8
3ª
NAKATA
13,1
12,2
10,6
3ª
TARANTO
1,7
1,8
0,6
3ª
TARANTO
4,9
3,2
1,9
4ª
ALIPERTI
6,6
8,8
11,5
4ª
ALIPERTI
8,3
11
15,5
4ª
ELRING
1,7
1,5
1
4ª
SKF
1
2,4
1
5ª
GENUINAS
5,7
8,1
6,1
5ª
MONROE
7,1
5,3
3,1
5ª
CORTECO FREUDEN
0,9
2,2
6,4
5ª
ORION
1
1,2
1,3
6ª
TRW
5,7
0,7
3,2
6ª
TRW
7,1
1,2
3,6
6ª
ORION
0,9
0,4
1,6
6ª
ELRING
1
0,8
0,6
ÓLEOS LUBRIFICANTES SHARE OF MIND
ROLAMENTOS 2017
2016
2015
SHARE OF MARKET
2017
2016
2015
SHARE OF MIND
2017
2016
2015
SHARE OF MARKET
2017
2016
2015
16
15,5
13
1ª
PETRONAS SELENIA
21,7
18,5
11,2
1ª
SKF
51,4
57,4
48,7
1ª
SKF
50,5
59,7
48,1
1ª
PETRONAS SELENIA
2ª
CASTROL
14,5
14,1
12,5
2ª
MOBIL
18,9
15,1
12,5
2ª
INA
20,3
10,6
15,4
2ª
INA
20,6
9,7
15,4
3ª
MOBIL
13,7
15,5
17,1
3ª
LUBRAX
12,5
15,1
16,7
3ª
FAG
11,5
13,5
14,5
3ª
FAG
10,3
10,1
11
4ª
SHELL HELIX
12,2
4,6
15,8
4ª
CASTROL
9,3
8,9
7,7
4ª
NSK
7,4
7,1
5,8
4ª
NSK
6,5
6,2
7
5ª
LUBRAX
11,1
14,8
16,1
5ª
HAVOLINE
8,8
6,6
8
5ª
TIMKEN
3,4
2,5
6,7
5ª
VTO
3,7
1,6
1,9
6ª
HAVOLINE
7,1
7
6,5
6ª
SHELL HELIX
6,9
5,2
8,6
6ª
GENUÍNAS
2,7
5,3
4,1
6ª
LUCAS
2,8
0,8
1,8
PALHETAS
SONDAS LAMBDA
SHARE OF MIND
2017
2016
2015
SHARE OF MARKET
2017
2016
2015
SHARE OF MIND
2017
2016
2015
SHARE OF MARKET
2017
2016
2015
1ª
DYNA
46,7
40,4
38,5
1ª
DYNA
40,2
36,7
32,3
1ª
BOSCH
35,3
36,4
42,1
1ª
BOSCH
28,7
32
34
2ª
BOSCH
35,5
29,5
32,6
2ª
BOSCH
38
25
36,9
2ª
NTK
26,7
23,6
18,7
2ª
NTK
28,7
25,2
20,7
3ª
VALEO
7,5
9,1
8,1
3ª
VALEO
10,9
6,9
8,2
3ª
DELPHI
13,8
6,5
7,6
3ª
MTE-THOMSON
11,7
13,2
11,1
4ª
GENUÍNAS
3,7
7,6
4,8
4ª
VTO
6,5
6,9
9,7
4ª
MTE-THOMSON
9,5
10,2
9,8
4ª
DELPHI
10,6
3,2
10,2
5ª
VTO
3,7
3,3
6,5
5ª
TRICO
2,2
4,4
3,9
5ª
M. MARELLI
6,9
8,7
9,5
5ª
M. MARELLI
7,4
8,8
9
6ª
TRICO
1,9
2,5
2,8
6ª
BELMAX
1,1
0,9
6ª
GENUÍNAS
4,3
10,2
8,7
6ª
GENUÍNAS
6,4
11,2
9,3
2017
2016
2015
SHARE OF MARKET
2017
2016
2015
PASTILHAS DE FREIO SHARE OF MIND
TENSIONADORES E POLIAS 2017
2016
2015
SHARE OF MARKET
2017
2016
2015
SHARE OF MIND
1ª
FRAS-LE
35,1
30,6
32,7
1ª
FRAS-LE
23,8
23,8
21,1
1ª
SKF
27,5
22,6
28,4
1ª
SKF
23,6
21,8
25,2
2ª
COBREQ
21,1
25,6
20,1
2ª
COBREQ
20,8
21,9
18,4
2ª
DAYCO
19,3
16,4
15,2
2ª
INA
18
18,3
16,8
3ª
TRW VARGA
9,6
6,8
9,2
3ª
TRW VARGA
10,9
9,8
13,4
3ª
INA
15,6
20,8
21,9
3ª
DAYCO
16,9
16,3
19,4
4ª
BOSCH
7
5
7,5
4ª
SYL
10,9
9,4
11,5
4ª
NYTRON
13,8
14,2
10,6
4ª
NYTRON
13,5
15,1
13,5
5ª
JURID/BENDIX
6,1
8,9
6,1
5ª
BOSCH
8,9
6,3
7,5
5ª
GENUÍNAS
10,1
12,4
11
5ª
COBRA
11,2
1,2
5,5
6ª
SYL
5,3
5
7
6ª
LONAFLEX
5,9
6,3
4,5
6ª
GATES
6,4
6,6
2,6
6ª
GATES
6,7
7,9
3,2
PNEUS SHARE OF MIND
VÁLVULAS TERMOSTÁTICAS 2017
2016
2015
RECOMENDAÇÃO
2017
2016
2015
SHARE OF MIND
2017
2016
2015
SHARE OF MARKET
2017
2016
2015
24,5
23,6
23,5
1ª
MTE-THOMSON
41,4
45,1
39,6
1ª
MTE-THOMSON
38,6
44,4
42,2
1ª
PIRELLI
6,5
8,5
27,5
1ª
PIRELLI
2ª
GOODYEAR
22,1
20,2
18,5
2ª
GOODYEAR
17
18,1
17,5
2ª
WAHLER
18
18,9
21,8
2ª
WAHLER
17
15,5
20,5
3ª
MICHELIN
21,2
16,7
19,5
3ª
CONTINENTAL
16
11,4
11,5
3ª
GENUÍNAS
9,9
12
8,7
3ª
GENUÍNAS
8
12,3
7,7
4ª
CONTINENTAL
8,7
12,5
7,5
4ª
DUNLOP
11,7
6,3
6
4ª
M. MARELLI
8,1
7,3
6,8
4ª
M. MARELLI
8
6
5,5
5ª
BRIDGESTONE*
5,8
66,5
8,5
5ª
MICHELIN
10,6
17,3
21,5
5ª
VALCLEI
5,4
7,3
6,5
5ª
IGUAÇU
6,3
2,8
1,9
6ª
DUNLOP
4,8
3,8
4
6ª
FIRESTONE*
6,4
5,1
7
6ª
IGUAÇU
4,4
2,2
1,3
6ª
VALCLEI
4,2
8,7
9
SHARE OF MARKET
2017
2016
2015
RADIADORES
VELAS DE IGNIÇÃO
SHARE OF MIND
2017
2016
2015
SHARE OF MARKET
2017
2016
2015
SHARE OF MIND
2017
2016
2015
1ª
VALEO
43,3
41,1
40,5
1ª
VALEO
42,3
37,9
35,7
1ª
NGK
70,5
68,6
72
1ª
NGK
69,6
65,4
67,1
2ª
VISCONDE
34,8
26,5
31,4
2ª
VISCONDE
35,1
36,7
35,3
2ª
BOSCH
23,5
17,6
19,7
2ª
BOSCH
23,5
23,3
24,5
3ª
GENUÍNAS
9,2
8,7
9,5
3ª
GENUÍNAS
8,2
8,3
9,8
3ª
GENUÍNAS
2,7
5,9
3,9
3ª
AC DELCO
2,6
0,8
1,6
4ª
DELPHI
4,3
3,5
4
4ª
DELPHI
6,2
3,3
3,9
4ª
WEGA
1,3
0,3
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4ª
VTO E-KLASS
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5ª
DENSO
2,8
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4,5
5ª
BEHR
3,1
2,1
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VTO E-KLASS
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WEGA
1,7
6ª
BEHR
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M. MARELLI
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AC DELCO
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GENUÍNAS
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5,2
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62 DIMENSÕES DO MERCADO: CONSUMO REAL Mais do que saber QUAL a marca mais lembrada e qual a marca mais comprada, desde 2013 estamos coletando dados sobre QUANTO de cada categoria de produto é consumido mensalmente nas oficinas, chegando a 2017 com uma série histórica de cinco anos. Estatisticamente robustos, os dados coletados ao longo desta série temporal de cinco anos permitem aos profissionais interessados em dimensionar o mercado “de baixo para cima” conhecer mais o que acontece onde nasce a demanda e comparar com seus próprios dados de venda para o agente comercial e entender sua participação de mercado real. Sempre comentamos que se fossemos somar os dados mostrados nas apresentações feitas pelas empresas o mercado total não seria 100% mas 400% pois todos “exageram” um pouco em suas simulações. Este exercício de comparação entre o sell in (o que o fabricante vende para o canal indireto) e o sell out (o que é vendido pelo canal indireto para o consumidor final, aqui consideramos final o reparador que instala/aplica o produto) ajuda a entender melhor como funciona (ou não funciona) o canal atual e pode suscitar questionamentos inteligentes entre as partes envolvidas. Afinal, quanto tempo demora entre a peça ser instalada e a cadeia toda se movimentar para repor a peça que foi usada? Como podemos saber se o mercado está indo bem ou está indo mal se há uma “demora” entre o fato e a notícia do fato? Não vamos nos alongar nesta digressão mas para um bom entendedor poucas palavras bastam. CALCULANDO O POTENCIAL DEMANDANTE Na tabela a seguir apresentamos os consumos mensais de cada componente nas oficinas mecânicas independentes. Para dimensionar o mercado, “de baixo para cima” ou a partir do nascedouro da demanda, basta utilizar
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Marcas Preferidas 2017 a seguinte equação:
Consideramos que as oficinas trabalham 12 meses por ano e usamos em nossos cálculos o número de 75.429 estabelecimentos considerados oficinas independentes de reparação mecânica de automóveis e comerciais leves. Para maiores esclarecimentos ver Anuário do Sindirepa Nacional 2017. De posse deste número geral do consumo, basta multiplicar pelo percentual de participação de sua marca no share of market e saber quanto do seu produto é consumido no âmbito das oficinas mecânicas. FREQUêNCIA DE TROCA Não há unanimidade entre os fabricantes sobre a vida útil de seus produtos e a razão é simples: ninguém sabe em quais condições o dono do carro irá utilizar o veículo. O que os Departamentos de Engenharia sabem é calcular uma vida útil teórica, com base em ensaios de laboratório e em
determinadas condições de uso, qualquer extrapolação a esses dados é por conta e risco de quem queira “chutar” um palpite. Mas como o aftermarket automotivo nasce nas oficinas, calcular a vida útil dos componentes “de baixo para cima” é razoavelmente mais prático do que fazê-lo “de cima para baixo” pois, como vimos, a Engenharia tem informações sobre o uso em determinadas condições e não considera o conjunto em suas análises. Daí que surgem os componentes que faltam no mercado (subdimensionados à realidade) e os que viram slow-movers (superdimensionados), para angústia dos agentes comerciais. Mas, de forma científica, é possível ajustar o portfólio de oferta à demanda real com o uso do Aftermarket 360°, uma ferramenta inédita e exclusiva desenvolvida pela CINAU e pela FRAGA Inteligência Automotiva, que permite aos agentes comerciais entenderem e atenderem a seu mercado de forma mais eficiente e eficaz. Na coleta de dados da Pesquisa Marcas Preferidas 2017 os reparadores foram solicitados a
CONSUMOS mensais CATEGORIA ADITIVO DE RADIADOR AMORTECEDORES BATERIAS BOBINAS DE IGNIÇÃO BOMBAS D´ÁGUA BOMBAS DE COMBUSTÍVEL BOMBAS DE ÓLEO CABOS DE VELAS CATALISADORES CORREIAS SINCRONIZADORAS CORREIAS V E POLY-V DISCOS DE FREIOS EMBREAGENS FILTROS DE AR FILTROS DE CABINE FILTROS DE COMBUSTÍVEL FILTROS DE ÓLEO FLUIDO de FREIO JUNTAS DE MOTOR JUNTAS HOMOCINÉTICAS LÂMPADAS AUTOMOTIVAS MOLAS ÓLEO LUBRIFICANTE PALHETAS DE PARA-BRISAS PASTILHAS DE FREIOS RADIADORES RETENTORES ROLAMENTOS SONDAS LAMBDA TENSIONADORES E POLIAS VÁLVULAS TERMOSTÁTICAS VELAS DE IGNIÇÃO
TIPO
estatística
FRASCOS PARES UNIDADE UNIDADE UNIDADE UNIDADE UNIDADE UNIDADE UNIDADE UNIDADE UNIDADE PARES KIT UNIDADE UNIDADE UNIDADE UNIDADE FRASCOS JOGO UNIDADE UNIDADE JOGO LITROS JOGO JOGO UNIDADE UNIDADE UNIDADE UNIDADE UNIDADE UNIDADE JOGO
14 10 6 5 5 5 3 12 2 16 16 11 5 20 16 20 30 15 9 6 20 5 120 12 21 4 15 17 6 10 8 20
Janeiro 2018 • oficinabrasil.com.br responder com que frequência a substituição daquele componente em particular ocorria em sua oficina: diariamente, a cada 2 dias, a cada semana, a cada 15 dias, mensalmente, a cada seis meses ou a cada ano. As opções de diário a anual foram definidas com base em pesquisas qualitativas (grupos focais) realizados pela CINAU ao longo do ano de 2017 para calibração e ajuste do instrumento de pesquisa. A seguir são apresentados os gráficos comparativos de frequência de troca entre 2015, 2016 e 2017, quando aplicáveis. CONCLUSÃO Sempre nos perguntam por que não fazemos uma festa, uma premiação, um evento relativo à Pesquisa Marcas Preferidas? A resposta é simples: porque não realizamos um concurso para saber qual a melhor marca, mas sim para identificar as marcas mais queridas, mais lembradas e mais compradas pelos reparadores, no intuito de contribuir de forma científica, precisa, baseada em dados e fatos para o entendimento do mercado e para a geração de negócios sustentáveis. Daí que não existe e não existirá a Festa Marcas Preferidas, não combina com nossa proposta de valor. Da mesma forma, não se coaduna com nossa proposta de valor a fraude, o plágio, a má-fé e a mediocridade. A Pesquisa Marcas Preferidas nasceu em 2006 com o mesmo propósito com que chega a 2018 e sempre com seu desenvolvimento próprio, com benchmarking em outros mercados, mas acima de tudo como propriedade intelectual nascida nas
discussões da equipe de analistas e pesquisadores da CINAU, com base em pesquisas qualitativas e quantitativas desenvolvidas para aprimorar nosso entendimento do mercado e oferecer soluções mais robustas e completas. Não é por acaso que a CINAU mantém em seu time um Estatístico Responsável permanente, pois a lei brasileira é clara em relação a isso: só um estatístico regular pode fazer Estatística, todos os demais fazem qualquer outra coisa, menos estatística. Assim, desconfie de relatórios em que não sejam apresentados os dados técnicos da pesquisa, que não tenha um Estatístico responsável, e que acima de tudo, seja realizado por aventureiros, que abusam dos incautos ao utilizar nomes imponentes, mas que no fundo apenas copiam o que os outros fazem, sem crítica ou avaliação. Desde Sun-Tzu e sua “A Arte da Guerra” que o conceito é claro: matar o mensageiro não muda o teor da mensagem. Se os números que foram apresentados nesta edição da Pesquisa Marcas Preferidas 2017 não lhe agradam, a culpa é do mensageiro? Não, a razão do sucesso ou do insucesso está na sua estratégia pois não existe estratégia certa ou errada, existem estratégias que dão certo e estratégias que dão errado. Como está a sua estratégia neste contexto? Se para justificar sua falha de estratégia você prefere usar números falsos, vá em frente e assuma as consequências. Os dados da CINAU estão e estarão sempre à disposição de quem queira transformar sua atuação no aftermarket brasileiro e quem os usa, sabe do que estamos falando.
DADOS TÉCNICOS DA PESQUISA A pesquisa Marcas Preferidas 2017 é um trabalho autofinanciado realizado pela CINAU – Central de Inteligência Automotiva, em conjunto com o Oficina Brasil Mala Direta, entre os dias 1 a 18 de dezembro de 2017. A participação foi aberta a todos os reparadores independentes do país, com plano amostral de aceitação de questionários calculado para cada unidade da federação em função da participação de cada um na frota circulante de veículos e na rede de oficinas de reparação mecânica independentes, sendo o excedente descartado dos cálculos. O critério de aceitação dos questionários baseou-se na taxa mínima de respostas igual a 75% e na precedência de encerramento do questionário. A participação foi espontânea, sem incentivos nem premiação, retribuição, recompensa ou qualquer tipo de recompensa pecuniária ou brindes ou vantagens oferecidas por CINAU ou Oficina Brasil Mala Direta. No total foram consideradas 1.192 participações válidas, com erro amostral igual a+/- 2.8 pontos percentuais, com nível de confiança igual a 95% e intervalo de confiança igual a 5% . A responsabilidade técnica e legal dos trabalhos coube ao estatístico Alexandre Carneiro, CONRE-3ª/6991-A/SP. CINAU é autorizada a realizar o trabalho por Carta de Autorização CONRE-3ª/5616.
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Marcas Preferidas 2017
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do fundo do baú
Em dezembro de 1994 chegava ao mercado o Tipo 2,0 16V, o hot hatch da Fiat que desenvolvia 137 cv. Rodas exclusivas, saias laterais e um filete vermelho traziam esportividade na medida certa ao estilo
Fiat Tipo 16V, o desempenho do motor multiválvulas em um hatchback familiar Importado da Itália, o Tipo 16V conciliava o conforto e segurança com performance de um esportivo puro sangue. O modelo havia se tornado o importado mais vendido do país, sendo comercializadas mais de 64 mil unidades Anderson Nunes
A
Fiat consolidou suas oper ações no Brasil no início da década de 1990. A primeira grande virada comercial aconteceu com o lançamento do Uno Mille, favorecido pela nova alíquota de imposto para veículos dotados de motor de 1 litro. Prática, econômica e moderna a versão “Mil” do Uno possibilitou a inúmeros brasileiros o acesso ao primeiro carro 0 km. E graças a essa visão mercadológica agressiva, a Fiat Automóveis conseguiu superar-se no conquista de maior participação no mercado. Se em 1988 ela ti-
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nha apenas 11,3% do mercado, em 1993 já havia saltado para 23,0%, tornando-se a segunda maior fabricante de veículos do país graças ao sucesso do Uno Mille. Ter um modelo para competir no rentável segmento de médios seria uma boa jogada mercadológica para a Fiat, pois mostraria aos seus clientes que ela também sabia fazer carros de luxo e potente. Assim, em novembro de 1991, era apresentado o sedã Tempra. Adotava linhas modernas e elegantes quando comparada às dos concorrentes como Chevrolet Monza, VW Santana e Ford Versailles. Com o Tempra a Fiat ofereceu o pri-
meiro motor de 16 válvulas do mercado brasileiro, assim como o primeiro modelo médio dotado de motor turbinado de fábrica. Para quem quisesse mais espaço para a família foi oferecido em pequena quantidade o modelo familiar, o Tempra SW, importado da Itália. Aliás, o intercâmbio entre a matriz na Itália e a filial brasileira seria intenso no decorrer daquela década. TIPO NO BRASIL Atenta às novas oportunidades de mercado, em setembro de 1993 chegava ao Brasil o hatchback Tipo, modelo que preenchia a lacuna entre o com-
pacto Prêmio e o médio Tempra. Com um sistema otimizado de logística – o Tipo era embarcado nos mesmos navios que exportavam para a Europa os Uno e Elba brasileiros — e uma estratégia de marketing agressiva, a Fiat conseguiu uma proeza: vender u m ca r ro ai nd a moder no e com bom equipamento de série (incluindo direção assistida, opcional nos concorrentes) por um preço muito interessante, US$ 17 mil à época. A princípio era oferecido apenas na versão de duas portas e única de acabamento, a 1.6 i.e., que não era luxuosa, mas oferecia os opcionais mais desejados no segmento, como ar-condi-
cionado, controle elétrico dos vidros e travas e até teto solar. O revestimento dos bancos era em tecido claro, numa época em que predominava o preto. O motor 1,6 litro, o mesmo dos Fiats nacionais, tinha injeção eletrônica monoponto Bosch M.A. 17 e potência de 82 cv, 10 cv a menos que no Uno 1.6R mpi lançado pouco antes. Embora adequado ao uso familiar, graças ao bom torque de 13,3 m.kgf, atingia velocidade máxima de 160 km/h e fazia de 0 a 100 km/h em 15 s. Com uma aerodinâmica apurada para a época (Cx de 0,31) o Tipo oferecia um bom nível de consumo de combustível: 9,41 km/l na cidade e 14,09 km/l na estrada.
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do fundo do baú
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Grandes vidros traseiro e laterais que contribuíam para a boa visibilidade, na versão esportiva as lanternas tinham desenho diferenciado
Motor suave, potente e elástico, características que davam prazer ao pilotar, fazia 9,85 segundos no 0 a 100 km/h e máxima de 204 km/h
Um carro, várias línguas, era o chamado para se tomar cuidado na instalação de equipamentos fora da rede autorizada
A versão 16V contava com aro do volante revestido em couro e de boa pegada
Grandes portas facilitavam o acesso ao interior e as laterais das portas recebiam o mesmo tecido dos bancos
Chamavam a atenção detalhes bem pensados: segunda chave “de manobrista” (não abria portaluvas e porta-malas), dobradiças pantográficas no capô (para grande ângulo de abertura), banco do passageiro dianteiro com memória de posição (após afastado para o acesso, no caso do três-portas, retornava ao ajuste anterior de distância), tampa do porta-malas em plástico de alta resistência e um bom volante de quatro raios. Curioso eram duas luzes traseiras de neblina, contra apenas uma na maioria dos carros, mas seu acionamento pela alavanca à esquerda do volante levava muitos a confusão, acendendoa sem necessidade Para quem
que os concorrentes diretos, o que logo se refletiu nas vendas: a previsão inicial era vender 1.500 unidades mensais, meta que a Fiat conseguiu atingir com folga e logo o modelo tornou-se o importado mais vendido e chegou a desbancar o Gol da liderança do mercado por um mês, em 1995. Na ocasião vendeu 1.785 unidades a mais que o queridinho da VW.
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apreciava dirigir, um dos melhores conjuntos de pedais já vistos. Um porém ficava por conta do sistema do limpador de para-brisa, que não possuía duas velocidades mais funcionamento intermitente: apenas uma (rápida) e a intervalada, embora fosse de alta frequência. Faltavam também freios a disco ventilados na dianteira, que o Uno usava desde o 1.5R de 1986. Chamava a atenção também o espaço interno, bastante amplo para um médio, e o porta-malas. Pouco tempo tempos depois a Fiat lançava a versão de quatro portas, que oferecia um grande ângulo de abertura, o que deixava o Tipo mais confortável
FAMÍLIA AMPLIADA Graças ao estrondoso sucesso alcançado pelo Tipo a Fiat resolveu ampliar a linha com uma versão mais luxuosa. Em julho de 1994 chegava o Tipo
SLX de 2,0 litros. O motor de duplo comando e 1.995 cm³ trazia diferenças em relação ao do nosso Tempra oito válvulas: tinha injeção multiponto, em vez de monoponto, e duas árvores de balanceamento, para anular as vibrações características presentes no trem de força do modelo nacional. Os 115 cv da Europa caíam para 109 no Brasil, pela adaptação à nossa gasolina que à época tinha 22% de álcool, mas o desempenho surpreendia: velocidade máxima de 188 km/h. Com o torque de 16 m.kgf a apenas 2.750 rpm, nem seria preciso encurtar a relação de diferencial, como fez a Fiat para vendê-lo aqui.
Cuidado estético e manta antirruído na parte interna do capô pré-moldada com o nome Fiat estampado
A versão SLX era oferecida somente com quatro portas e trazia acabamento mais refinado. Os assentos eram revestidos com um tecido mais elaborado que também era estendido às laterais de portas. Já o banco do motorista contava com ajustes de altura e de apoio lombar, apoio de braço central dianteiro, retrovisores e parte dos para-choques pintada na mesma cor da carroceria. Entre os itens exclusivos estavam os faróis de neblina e as rodas de alumínio que calçavam pneus 185/65, mais largos que os do 1,6 (175/65) e mais altos que os 185/60 empregados na Europa. No campo da segurança a versão
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Painel de instrumentos com grandes mostradores e de fácil visualização, características bem próprias dos carros da Fiat
A moldura da placa traseira exibia com orgulho a inscrição em vermelho Sedicivalvole, 16 válvulas em italiano
Para um modelo hatch o Tipo conta com um bom porta-malas e ausência das caixas de roda pronunciada facilita acomodação da bagagem
Trocadilho ‘tipo potente”, era estampado na plaqueta de identificação do modelo
Manômetro e termômetro de óleo faziam do painel do Tipo 16V um dos mais completos daquele tempo, Check-Control era outra característica do modelo
Este modelo tem o opcional o tetosolar, item bastante apreciado pelos apaixonados por carros esportivos
No Brasil as rodas aro 15 foram substituídas por aro 14 para suportar o piso lunar das nossas ruas
SLX inovava ao oferecer como opcionais os freios a disco nas quatro rodas com o sistema antitravamento (ABS) e airbag para o motorista, uma primazia no segmento. TIPO ESPÍRITO ESPORTIVO Nem mesmo as previsões mais otimistas da Fiat iriam dar conta do sucesso do Tipo. O modelo havia se tornado o importado mais vendido do país e suas vendas aumentavam mês a mês: entre agosto de 1993 a novembro de 1994 haviam sido comercializadas um total de mais de 64 mil unidades. No segmento de médios o modelo
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da Fiat despontava com mais de 55% de pa r t icipação de mercado. Disposta a ampliar a família Tipo, que já contava com as versões 1,6 litro de duas e quatro portas e a SLX de 2 litros, a montadora de Betim resolveu acrescentar um modelo de imagem. Em dezembro de 1994 era lançado o Tipo 2.0 16V, ou Sedicivalvole, nome estampado com orgulho na moldura da placa traseira. A atração era o motor multiválvulas, que tinha apenas a arquitetura semelhante ao do nosso Tempra 16V. No restante oferecia substanciais diferenças, a começar pelas árvores de balanceamento que deixavam o
motor mais suave em funcionamento. Na parte interna do trem de força a unidade italiana trazia bielas trimetálicas e válvulas de escape bimetálicas, jatos de óleo para refrigerar as cabeças dos pistões e radiador de água com maior poder de arrefecimento. Devido à presença de álcool em nossa gasolina o motor perdia potência, atingia 137 cv (5 cv menos que na Europa), contra 127 cv do sedã brasileiro, e 18,4 m.kgf de torque a altos 4.500 rpm. A Fiat anunciava máxima de 204 km/h, tornando-o um dos hatches esportivos mais velozes do mercado nacional. O visual externo era de bom gosto e sem exageros, trazia saias
laterais largas, frisos vermelhos que percorriam os para-choques e laterais, além de rodas de liga leve exclusivas. As lanternas traseiras também apresentavam lentes específicas. Na Itália era usado aro 15 pol com pneus 185/55, mas a Fiat temia que o perfil muito baixo provocasse danos em buracos. Aqui, optou pelo aro 14 pol e pneus 195/60. As molas ficaram mais rígidas, perdendo um pouco a maciez ao rodar, mas contribuíam para a boa estabilidade. Oferecia freios a disco nas quatro rodas com sistema ABS opcional. O i nter ior do Sedicivalvole trazia bancos esportivos (os Recaros eram opcionais),
Pedal do acelerador em alumínio vazado lembrava que o Tipo 16V era um carro que podia ser guiado de forma esportiva
volante revestido em cou ro e painel completo, incluindo manômetro e termômetro de óleo. Um toque para lembrar os grandes carros esportivos, o pedal do acelerador era de alumínio vazado. O teto-solar com acionamento elétrico era it e m op cion a l. Vi n h a ap e nas com duas portas, embora poucas unidades tenham sido importadas com quatro portas também. Enquanto as versões mais “comportadas” do Tipo concorriam com Kadett, Escort e VW Pointer, o 16V enfrentava outros esportivos como Golf GTI (à época com modestos 115 cv), Citroën ZX 16V (155 cv) e Renault 19 16S (139 cv).
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HEUI – Injeção eletrônica com acionamento hidráulico para motores diesel Este sistema é o antecessor do Common Rail e utilizava uma bomba hidráulica para pressurizar o diesel na linha de combustível, que, conectada aos injetores atuava conforme o comando eletrônico do módulo Fotos e Ilustrações: Gabriela Amaral Santos
Gabriela Amaral Santos
O
sistema de injeção de combustível HEUI foi patenteado pela Caterpillar e usado inicialmente em 1995 no motor 3126. Posteriormente foi utilizado pela International e pela Ford nas caminhonetes com o objetivo de trazer mais f lexibilidade ao controle de injeção de combustível. É considerado um sistema intermediário que precede o Common Rail. Esse sistema tem uma característica impor tante: são “injetores-bomba” que estão alojados no cabeçote do motor. É um sistema hidráulico que utiliza como elemento de ação o óleo do motor em uma galeria de alta pressão conforme mostra o esquema simplificado a seguir: Fig. 1. Sendo o sistema completo composto por: • Injetor HEUI; • Bomba hidráulica de alta pressão; • Válv ula de cont role de atuação e pressão de injeção; • Bomba de transferência de combustível; • Módulo de controle eletrônico; • Sensores; • Atuadores. BOMBA HIDRÁULICA DE ALTA PRESSÃO
A bomba hidráulica de alta pressão, na pa r te super ior, possui uma espécie de corpo cilíndrico que funciona como um minirreservatório de óleo para auxiliar no arranque do motor. Esse reservatório garante que a bomba sempre tenha óleo para seu funcionamento. Na parte inferior existe uma válvula de segurança, caso a
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1 pressão se eleve além do esperado, a válvula é acionada para aliviar essa pressão excedente, evitando danos aos outros componentes do sistema. O óleo sai da bomba para a galeria dos injetores a uma pressão aproximada de 3000 libras -1360 kg. Fig. 2. Abaixo temos a bomba de óleo de alta pressão aplicada no motor Ford 6.0 litros.
3500 libras. Caso a pressão ultrapasse 4400 libras ela é acionada. Fig. 3 FUNCIONAMENTO DO SISTEMA O se n sor de pr e s s ã o d a bomba envia ao módulo informações sobre a pressão, o módulo por sua vez, manda um sinal para a válvula IPR, pois é ela que vai controlar a saída de óleo da bomba conforme a necessidade do motor. Fig. 4.
3 – UCE – envia um sinal para essa válvula acionando o pistão interno, fechando a passagem de retorno para que haja pressão na galeria de óleo. Fig. 5 BOMBA DE TRANSFERÊNCIA DE COMBUSTÍVEL Essa bomba é o segundo principal elemento do sistema HEUI, se refere diretamente ao combustível diesel e trabalha
entre 40 libras e 70 libras, já que a característica principal desse sistema é direcionar a alta pressão ao óleo do motor e não ao óleo diesel, enquanto que no sistema de injeção Common Rail a alta pressão é designada ao óleo diesel. A bomba de transferência extrai o combustível do tanque elevando-o a uma pressão de 65 PSI e esse combustível pressurizado segue para os injetores. Fig. 6.
2 O princípio mais importante da hidráulica estabelece que a força exercida sobre um líquido se transmite em forma de pressão sobre todo o volume desse líquido e em todas as direções. Para o bom funcionamento do sistema hidráulico, principalmente neste caso que envolve alt a pressã o, deve -se est a r atento às especificações do óleo que será utilizado. A válvula de segurança trabalha fechada com uma pressão normal de aproximadamente
4 Como já se sabe, o óleo sai da bomba para a galeria dos injetores a uma pressão aproximada de 3000 libras, sua pressão mínima é de 500 libras. A válvula de controle IPR é uma válvula normalmente aberta, controla a pressão de bombeamento e envia a corrente de controle pra regular a pressão atual com a desejada. A unidade de controle eletrônico
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Fotos e Ilustrações: Gabriela Amaral Santos
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8 6 SISTEMA DE COMBUSTÍVEL DE BAIXA PRESSÃO No esquema a seguir, que representa o sistema de combustível de baixa pressão, a linha verde representa a tubulação que sai do tanque, vai para a bomba e segue para os injetores – linha vermelha – já na pressão adequada, que seria cerca de 65 libras. A pressão do diesel não depende de nenhum componente eletrônico, mas sim da bomba que pode ser mecânica ou elétrica. Fig. 7.
o acesso ao combustível diesel, sendo ambos os acessos ligados diretamente ao cabeçote. Fig. 8 Componentes da unidade injetora
uma redução de fumaça, de ruído do processo de combustão em cerca de 50 % e também uma combustão mais completa. No Common Rail, que é o sistema que sucede o HEUI, essas melhoras são mais aparentes e perceptíveis. Fig. 9
Todos os sistemas diesel, t a nt o o s mo d e r no s q u a nt o os mais antigos, necessitam vencer algumas barreiras que eram mais presente nos motores antigos que tinham por características serem: • Fortes, porém lentos; • Muito ruído; • Muita fumaça.
EXEMPLO DE APLICAÇÃO DO SISTEMA HEUI
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10 trolada independente da rotação do motor. A pressão do combustível do início ao fim da injeção é precisamente calculada pelas unidades de comando a partir de infor mações obtidas dos diversos sensores instalados no mot or, que proporciona excelente des e m p e n ho, baixo ruído e a mínima emissão de poluentes. Pode parecer sem importância , porém uma das 9 pf ar li nh ca isp ani as ma nutenção de u m veícu lo que possui sistema HEUI é justamente não conhecer seus
componentes e princípios de f u nciona mento. Com a po pularização de aplicação do sistema Common Rail, todo veículo diesel passou a ser tratado como se a linha de alta pressão se restringisse apenas ao combustível e sabemos que o HEUI atém sua linha de alta pressão ao óleo do motor, sendo essa a principal e fundamental diferença entre eles. Esse engano dificulta o diagnóstico de falhas e a própria reposição de peças por se tratar de um sistema específico. É necessário estar atento a isso para que ao realizar uma manutenção não haja desperdício, danos aos componentes do sistema e nem gastos desnecessários. Gabriela Santos é Responsável Técnica na Diagnostics Express Fuel Injection Test www.diagnostics.com.br
O sistema HEUI foi aplicado em um motor conhecido e considerado atual, conforme mostra figura a seguir. Este motor pertence a um VOLKSWAGEN 19.370. Fig. 10
7 BICOS INJETORES O conju nto de u n id a des injetoras é o terceiro principal componente do sistema HEUI. Os bicos injetores possuem em sua composição uma bobina na parte superior, uma entrada para o óleo do motor que se encaixa na galeria de alta pressão e o alimenta lateralmente, possui também na parte inferior
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Como fazer um motor diesel ser mais silencioso? Era necessário que o combustível que entrasse na câmara a cada injeção estivesse na mesma pressão. Após anos de estudo, com o surgimento da pré-injeção – ou injeção piloto – (neste caso hidraulicamente) conforme mostra o esquema a seguir, conseguiu-se no HEUI
Comparação do HEUI e Common Rail O Common Rail sucede o HEUI, é um dos sistemas tecnologicamente mais avançados do mercado de injeção eletrônica diesel. Neste sistema, a geração de pressão e a injeção de combustível são separadas, o que significa que a bomba gera pressão que está disponível para todos os injetores através de um tubo distribuidor (rail). Esta pressão pode ser con-
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Redução Seletiva Catalítica – SCR aplicado nos veículos equipados com motor Diesel Os sistemas SCR são uma tecnologia eficaz e confiável que reduz as emissões de óxidos de nitrogênio (NOx), permitindo economia de combustível sem agredir o ambiente com gases nocivos Fotos e ilustrações: Luiz Fraga
Luiz Fraga
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sistema SCR é comp o s t o p or t r ê s ele m e n t o s p r i n c i p a i s: Catalisador SCR, Sistema de dosagem de ureia e Sistema de controle de pós-tratamento. Esses sistemas usam um redutor químico que é a ureia, também conhecido como Fluido de Exaustão Diesel – DEF ou AdBlue, que conver te-se em amônia no f luxo de escape e reage com NOx sobre um catalisador para for mar gás nitrogênio e água, inofensivos ao ambiente. Fig. 1. Os gases nocivos emitidos por veículos diesel tem sido monitorados há muito tempo e devido aos padrões internacionais de controle e também com o empenho do gover no brasileiro, a queda tem sido acent uada, se obser var que no início da década de 90 as emissões de NOx(g/Kw.h) era de 18,00 gramas, em 2010 era de 3,5 gramas e atualmente podemos considerar como um poluente controlado chegando a 2,00 gramas ou menos de emissões. Fig. 2. Apenas para comparar, o avanço nas reduções de emis-
1 1. Sensor de escape de NOx - 2. Chicote Elétrico - 3. Reservatório do ARLA 32 - 4. Dutos do ARLA 32 - 5. Conjunto da caixa DCU - 6. Sensor de contrapressão do escape - 7. Sensor de temperatura de entrada no catalizador - 8. Injetor - 9. Sensor de temperatura de saída no catalizador
sões de NOx entre 2006 e 2009 foi de 60% e isso ocorreu pela ação do gover no através do PROCON V E - P rog r a ma de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores entre as Fase P5 e P7. Fig. 3. Basicamente o que temos é
a redução do NOx pelo Agente Redutor Líquido Automotivo, conhecida como ARLA 32 ou DEF nos Estados Unidos e AdBlue na Europa. É uma solução composta por agua desmineralizada e ureia, não é tóxico e não é prejudicial
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2 ao ambiente, na proporção de 32,5% de solução aquosa de Ureia e 67,5% de água desmineralizada. O motores construídos com novas tecnologias priorizam a economia de combustível, redução de emissões de poluentes, não formação de material particulado e para controlar as emissões de NOx, o Arla 32 é injetado no sistema de escapamento antes do SCR que transforma em gás de amônia,
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provocando uma reação com o NOx no catalisador SCR, resultando em nitrogênio e água que são lançados na atmosfera sem nenhuma agressão ao ambiente. Fig. 4. Como se chegou à esta concentração de 32,5% é uma boa pergunta. Em países frios onde as temperat u ras facil mente chegam abaixo de zero, pode ocor rer o congela mento d a solução, que congela perto de -11C, com esta concentração se garante que a ureia em solução aquosa irá congelar ao mesmo tempo, não gerando duas fases na solução, ou seja, a ureia iria se “separar” da água. A decomposição do ARLA 32 pode ser acelerad a pela presença de calor e luz solar, o condutor do veículo só deve adquirir o ARLA 32 de fontes confiáveis e que esteja dentro do período de validade. O módulo da injeção utiliza a referência de concentração de 32% em seus cálculos, e em concentrações diferentes o módulo não poderá calcular corretamente a necessidade de ARLA 32 para injetar no sistema, portanto, nem pense em diluir mais a solução colocando mais água, isso pode ser danoso para o sistema e para o meio ambiente. O SCR funciona com uma central eletrônica (ECU) que se conect a ao PCM ( Power Control Module), que calcula qual a quantidade da solução necessária em dado momento e dosa a bomba do componente para que a solução seja aspergida no SCR. Fig. 5. I njeção de A R LA 32 na quantidade diferente do desejado pode aumentar a emissão de NOx pelo motor para o meio ambiente. O sistema se autorregula para não permitir que isso
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aconteça, desde que todos os parâmetros estejam sob o controle da PCM e da ECU do SCR
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que nem sempre são separados, ou seja, podem estar na mesma unidade física. Uma das características de um veículo equipado com o sistema SCR é que o seu tanque deve ser abas5 tecido em intervalos regulares, sendo que estes intervalos dependem das características do tráfego, ou seja, como o condu-
tor dirige seu veículo. Como exemplo, em trânsito pesado (anda e para) o consumo será maior, em viagens de longas distâncias com acelerações constantes, o consumo será menor. As montadoras estimaram o sistema SCR de pequenos caminhões, nos quais o espaço disponível é menor, deve ser abastecido a cada troca de óleo (na maioria a cada 10.000 km) o que economizaria ao cliente o deslocamento até a oficina, mas isso depende muito do tipo de tráfego em que o veículo estará sujeito. Por conta do aumento brut al d a s em issões qu a ndo o ARLA não estiver presente, as ECUs envolvidas informam ao condutor de que o veículo irá ser paralisado se o ARLA não for abastecido. De pois dos avisos convencionais no painel (luminosos e sonoros) o motor será travado na posição LIMP MODE (luz MIL acesa)
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Problemas com o ARLA 32 Casos de abastecimento de diesel no tanque do ARLA são comuns, imaginem colocar um combustível em contato direto com as altas temperaturas do escapamento! Ca sos de aba st e ci me nto com água somente (sem a concentração necessária) também são muito f requentes como forma de “enganar” a ECU. Recentemente soubemos de um cliente que colocou, sem saber, um aditivo para diesel no tanque do DEF (que nos SUVs importados se localiza junto ao bocal de abastecimento do diesel), houve grande dano ao sistema de SCR, que teve que ser substituído.
Luiz Fraga é Engenheiro Mecânico e proprietário da empresa The Specialist www.thespecialist.com.br
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Aula 14 - Administrando a sua oficina mecânica: Oficina mecânica é uma questão de confiança CRC, Central de Relacionamento com o cliente, onde deve existir um responsável na oficina para programar e executar ações de marketing de relacionamento com o cliente, podendo ser feito de forma individual ou em grupo.
Pedro Luiz Scopino scopino@automecanicascopino.com.br
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quela tradicional e ainda utilizada frase: “O médico da família!”, demonstra o quanto é importante o fator confiança. No lado da manutenção automotiva, a frase “O mecânico da família!” também existe, e é muito forte. Uma notícia com argumentos reais: o cliente envelhece, tem filhos, estes filhos crescem e vão aprender a dirigir, e vão comprar carros que precisam de manutenção, e estes filhos vão crescer, e vão ter filhos, e estes netos do seu Cliente mais antigo vão querer dirigir, e vão ter carros, e assim segue a humanidade. Mas como conseguir dar continuidade e ser o “mecânico da família”? Se os níveis de exigência e da tecnologia aplicadas nos veículos mais novos vão sendo alterados, para níveis mais altos é claro, as formas de comunicação com o cliente que era pessoal, por telefone, por fax (gerações mais novas nem sabem o que é!), indo para e-mail, sms e WhatsApp, e outras que ainda virão. Era comum há tempos atrás, se o pai tinha um Fusca, o filho iria para um carro igual ou pelo menos da mesma montadora, hoje não tem mais esta fidelidade de
Sala de espera com água, café e bolachas
montadora nas famílias, mas e na hora do reparo, como estará esta fidelidade, será que a sua oficina consegue e dará continuidade nesta manutenção dos carros de uma família? É muito importante saber e identificar ações que melhorem esta confiança. Como ATENDER Às novas gerações? A resposta para esta pergunta é estar antenado, ou seja, totalmente bem informado com tudo que acontece na sua região, no seu setor, na comunidade. Por exemplo, gerações mais novas tem menor preocupação com o tipo de motor, se o carro tem um V6, um V8 ou um duplo comando, ele nem sabe o que é, mas se preocupa mais com um multimídia, ser automático, com consumo, com meio ambiente, assim uma criteriosa análise do veículo facilita a venda para este cliente, assim como usar fotos ou
pequenos vídeos do antes e depois, isso mesmo, com a facilidade de gravações de vídeos e fotos, fica fácil demonstrar a este tipo de cliente como estava o desgaste de uma correia dentada e depois a imagem de uma nova montada. Uma recepção que deixe o cliente confiante no atendimento, limpeza e claridade em toda a oficina são critérios visíveis e perceptivos aos clientes, gerações novas estão mais acostumadas com conforto e conveniência e isto deve estar presente também na oficina mecânica. Para quem já foi em laboratórios médicos de grandes redes percebem que tem água, café ou chocolate, além de bolachinhas aos clientes enquanto aguardam seus exames laborais, e por que isso não pode ser aplicado nas oficinas mecânicas? Podem e devem ser aplicadas, pois isso gera maior conforto ao Cliente. E o meio ambiente, você pode demonstrar rapidamente que as peças substituídas serão devidamente encaminhadas para o destino correto. E eles podem até pagar por isso, lembrem-se da matéria sobre o descarte (Aula 12) e a possível cobrança deste destino correto. Como atingir o nível de lealdade em uma família?
Caminhão retirando os recicláveis na oficina
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Fotos: Scopino
É formidável quando você consegue estar atualizado e continuar atendendo os filhos e até os netos de seus clientes mais antigos
Para esta resposta é necessário um trabalho de fidelização do cliente, ou seja o chamado
Ações individuais: • Cartão de aniversário com brinde; • Sorteios de brindes em datas especiais; • Folders e etiqueta de óleo personalizada; • Kits de brindes como lixeirinha e chaveiro. Ações em Grupo, por exemplo, utilizamos na Auto Mecânica Scopino ações em conjunto com o GOE (Grupo de Oficinas Especializadas) com ações de marketing de relacionamento com o Cliente em conjunto com fortes empresas parceiras em datas especiais como: Dia da Mulher, Dia das Mães, Dia dos Pais, Outubro Rosa, Novembro Azul e Calendários de Mesa e parede. Também no atendimento a famílias, devemos estar atentos à forma de comunicação com cada membro, os com mais idade querem um contato com mais tempo, mais conversas, querem tomar um café na oficina, os mais novos como seus filhos ou netos, não soltam o smartfone das mãos e querem a solução os mais rápido e direto possível. Este detalhe é importante, os mais velhos aceitam pequenas falhas desde que corrigidas, os mais novos podem te trocar facilmente, ou seja, conferir sempre! CONCLUSÃO Geralmente cada família tem uma pessoa que entende mais de carros, ou seja, ele vira uma espécie de consultor daquela família, tenha um contato muito próximo com este consultor familiar e
Scopino filho e Scopino pai
nunca concorra em conhecimento com ele, sempre some suas considerações, afinal de contas ele é o cara na família. Siga as tendências de mercado e de comunicação, se há tempos atrás não existia praticamente nada de marketing nas oficinas hoje é um trabalho muito forte e que deve ser bem executado que inclusive será nosso próximo tema nesta coluna do Jornal Oficina Brasil, as mídias digitais. E por fim, o atendimento cordial, honesto e competente faz com que as novas gerações continuem entendendo que o “mecânico da família” existe, e isso enriquece nosso setor! Pense nisto, e vamos atender às novas gerações e fidelizá-las! PRÓXIMOS TEMAS Mídias Digitais Aula 15 na Oficina Aula 16
Quadro de Avisos
Aula 17
Regimento interno
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Seleção e Contratação
Abraços a todos, até o próximo mês e $UCE$$O! Apoio:
Scopino é Mecânico de Autos Profissional, Bacharel em ADM de Empresas, diretor da Auto Mecânica Scopino, professor do Umec e da TV Notícias da Oficina VW, integrante GOE, ministra treinamentos e palestras por todo o Brasil
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Dificuldades para obter dados de manutenção de veículos importados? Conheça o REPAIRSURGE Ferramentas, esta palavra desperta o interesse do reparador e esta é online, com informações técnicas de veículos importados e que fornece dados diretamente das montadoras: o Repairsurge Fotos e ilustrações: Diogo Vieira
Diogo Vieira
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elativamente novo no mercado, o Repairsurge é uma plataforma online de dados para reparação de veículos com foco no mercado norteamericano. Ostenta ser o produto de melhor custo x benefício do seu segmento por ter uma gama de mais de 40 montadoras, centenas de veículos cadastrados e com um preço que chama atenção: um pouco menos de USD 20 (vinte dólares americanos) por veículo consultado.
Figura 1- Página inicial do REPAIRSURGE aberta no navegador Google Chrome. Tradução de inglês-português em um clique
Figura 4- Informações encontradas para este modelo.
Funciona assim: O reparador acessa o endereço www.repairsurge.com. Como a página está em inglês, recomendo o uso do navegador web Google Chrome para quem tem dificuldades com este idioma. Na figura 1, a seta azul aponta para o ícone “traduzir esta página” que existe no navegador do Google e basta clicar na figura que toda a página será traduzida para o português. Onde aponta a seta vermelha da figura 1, deve ser escolhido o ano de fabricação, montadora e modelo de veículo que deseja obter as informações técnicas. Tomamos por exemplo, uma Mercedes C63 AMG ano 2012 na figura 2. O site garante que todas as informações são autorizadas pelos fabricantes, nada de pirataria. Para este veículo apareceram as opções de passo-a-passo de manutenção, diagramas elétricos de vários sistemas, DTC (códigos de falha), catálogo com loja online de peças e boletins de serviço. Clicando em “obter o seu manual”, o reparador é levado a uma página em que efetuará o pagamento com um cartão de crédito (figura 3). O valor é anual e renova-se automatica-
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Figura 2- Um exemplo de informações que podem ser obtidas para a Mercedes C63
Opinião
Figura 3 - Valor cobrado por veículo anualmente
mente. Caso não queira mais pagar pelo veículo comprado, faz-se o cancelamento do plano anual na aba “informação da conta”. Observe que ao adquirir outros manuais, o Repairsurge dá um desconto de 20% e o valor cai para USD 15,95 (quinze dólares americanos e noventa e cinco centavos).
Aqu i na m i n ha Of ici na , adquirimos o plano anual do veíc ulo em questão e percebemos que o material disponível não é tão completo como um Manual de Serviço, mas mesmo assim os manuais de passo a passo podem socorrer o reparador. Outro ponto negativo é o fato de não poder baixar de uma vez todas as informações, dando um pouco de trabalho para salvar as fotos e arquivos PDFs no computador. Porém, há pontos favoráveis que merecem ser destacados: boa quantidade de diagramas elétricos, a loja online que estava com preços bem at rativos e os boletins técnicos da Mercedes. Há disponíveis (até o presente momento) 67 boletins para consulta/download apenas deste veículo selecionado.
São infor mações preciosíssimas e uma oficina independente, sem posse de tais orientações, cer tamente não conseguirá ter êxito na realização dos serviços. Um exemplo é um boletim emitido em janeiro de 2016 que alerta para um comportamento anormal da Unidade de Controle do Sistema de Combustível que pode apresent a r er ros, gerando diagnósticos incorretos e a solução é a atualização do sof t w a re dest a Un id a de (FSCU). Outro ponto interessante é o Baixe o leitor de QR Code, fotografe o código ao lado e leia esse e outros casos de estudo em nosso Fórum. Se preferir, acesse www.oficinabrasil.com.br/ forum/16-casos-de-estudo/
atendimento prestado aos reparadores. Mesmo tendo milhares de infor mações disponíveis online e ciente que porventura algum usuário pode não encontrar o que precisa, o suporte ao cliente do Repairsurge se compromete a ajudar a obter as informações ou o reembolso do valor pago. fica a dica Apareceu um importado na sua oficina? Complicou na hora da reparação? O Repairsurge é uma alternativa interessante.
Diogo Vieira é Sócioproprietário da Empresa Automotriz Serviços Automotivos, Fortaleza-CE, Técnico especializado em injeção eletrônica. Formação Senai - Mecânico de aeronaves com CCT células Aluno de Engenharia elétrica.
“Consultor OB” é uma editoria em que as matérias são realizadas na oficina independente, sendo que os procedimentos técnicos efetuados na manutenção são de responsabilidade do profissional fonte da matéria. Nossa intenção com esta editoria é reproduzir o dia a dia destes “guerreiros” profissionais e as dificuldades que enfrentam por conta da pouca informação técnica disponível. Caso queira participar desta matéria, entre em contato conosco: redacao@oficinabrasil.com.br
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Competência e equipamentos são aliados necessários para executar um serviço eficaz Os defeitos mais difíceis de serem resolvidos exigem muita atenção do reparador, que deve utilizar todo o seu conhecimento técnico e equipamentos como o osciloscópio para identificar a causa do defeito Fotos e ilustrações: Laerte Rabelo
Laerte Rabelo
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est a matér ia i remos analisar dois casos que exigiram bastante perícia e competência e vamos apresentar os pontos de medições e análises dos sinais, utilizando-se para tanto do osciloscópio. O objetivo é proporcionar ao reparador acesso aos novos métodos e técnicas aplicadas no diagnóstico automotivo e, desta forma, fornecer os fundamentos teóricos que irão desenvolver as competências necessárias para seu desempenho. É do conhecimento de todos que os sintomas, que são as manifestações da falha podem ser vistos, ouvidos, sentidos ou medidos, este último, que será objeto de nosso estudo, é o mais difícil de ser identificado, pois exige do reparador uma maior atenção, bem como embasamento teórico e domínio das técnicas de utilização dos instrumentos de medição.
O primeiro caso está relacionado a uma falha que deu bastante trabalho ao reparador, pois exigiu deste bastante paciên cia e, sobretudo, perspicácia na identificação do momento exato da manifestação da falha
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2 AUDI Q7 O primeiro caso está relacionado a uma falha que deu bastante trabalho ao reparador, pois exigiu deste bastante paciência e, sobretudo, perspicácia na identificação do momento exato da manifestação da falha. O proprietário do veículo Audi Q7, conforme mostra a f ig u ra 1, equipado com um motor V8 de 4200 cilindradas e injeção direta de combustível, figura 2, chegou à oficina relatando que ao pisar no acelerador para sair com o veículo,
o motor desligava. Inicialmente o reparador realizou, como de cost ume, vários testes nos sistemas de injeção e ignição eletrônica, utilizando-se do osciloscópio para visualizar os sinais dos sensores e atuadores. Colocou o sca n ne r automot ivo pa r a coletar algum código de falha que indicasse algum componente defeituoso, assim como ver if icou se os pa r â met ros de f uncionamento do motor estavam dent ro dos valores preconizados pelo fabricante do veículo. Após realizar todos os tes-
tes, o reparador não encontrou nenhuma anomalia nos sistemas analisados, desta forma, iniciou uma verif icação nos demais sistemas eletroeletrônicos, por exemplo, o sistema de carga. Com o auxílio de um multímetro automotivo, verificou o estado da bateria, medindo s u a t e n s ã o de r e p ou so, no momento da partida e com o motor em funcionamento, todos os valores estavam dentro do especificado pelo fabricante. Entretanto, a fim de realizar uma análise mais minuciosa, que o caso exigia, e de posse de seu f iel compan heiro de diagnósticos, o osciloscópio, verificou o sinal de saída do alternador e, para sua surpresa e alegria, conseguiu identificar o causador da falha do veículo, conforme podemos observar na figura 3. O reparador observou que, quando o motor chegava a aproximadamente 3000 RPM, apareciam esses picos de tensão, o que provavelmente estaria
interferindo no funcionamento regular do sistema de gerenciamento do motor e desta forma, disparando alguma estratégia de emergência desligando o motor para protegê-lo contra danos mais graves. Após a substituição do alternador, o veículo voltou ao funcionamento normal. A figura 4 exibe o sinal de saída do novo alternador.
No segundo caso o cliente relata que após o reparo o veículo apresentou ruídos tipo “castanhado” nas acelerações, expelia muita fumaça e depois de pouco tempo o motor desligava
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8 6 renegade O segundo caso a ser analisado diz respeito a um Jeep Renegade, figura 5, que veio de outra oficina, onde após uma colisão teve que ser realizado um reparo no motor. O cliente relata que após o reparo o veículo apresentou ruídos tipo “castanhado” nas acelerações, expelia muita fumaça e depois de pouco tempo o motor desligava. De posse destas informa-
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ções, o re pa r a dor a nal isou com o scanner se havia algum código de falha, bem como os parâmetros do sistema de injeção e ignição eletrônica. Nada encontrando de errado nestes sistemas, teve que recorrer, novamente, ao osciloscópio para ‘’ enxergar’’ os que os outros equipamentos não conseguiram ‘’ ver’’. Ao visualizar o sinal proveniente do sensor de rotação, viu facilmente a origem de toda a falha manifestada pelo veículo, conforme mostra
a figura 6. Obser vando est a, vemos que há u ma fal ha no si nal, identificando que havia danos na roda fônica, provenientes provavelmente da colisão e que não foram identificados pelo reparador que fez a manutenção
no motor. Desta for ma para solucionar o inconveniente, foi substituída a roda fônica e assim foi restabelecido o funcionamento regular e eficiente do veículo. A figura 7 exibe a roda fônica danificada, após a colisão.
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A figura 8 exibe o sinal após a substituição da roda fônica. Portanto, vimos, ao analisar os casos explorados nesta matéria, que a oficina que quer se manter ‘’viva’’ diante de um mercado com veículos cada vez mais tecnológicos e com uma eletrônica embarcada cada vez mais presente, deve ter como foco um bom investimento em capacitação de mão de obra qualif icada, assim como em instrumentos e equipamentos para lograr êxito na resolução dos inconvenientes e a partir daí, se destacar diante das demais, ou de outra forma, fechar as portas se assim não proceder. Agradecimentos ao reparador Daulio, proprietário da Mo nt e s e Aut o c e nt e r, o nd e foram realizados os testes e os diagnósticos mostrados nesta matéria. Até a próxima e um Feliz 2018 a todos os reparadores! Professor José Laerte Rabelo Nobre Filho é Instrutor do SENAICE, técnico em manutenção autootiva, Instrutor Técnico da parceria General Motors e SENAI-CE, Instrutor técnico da parceria Baterias Heliar e SENAICE,e sócio proprietário da oficina L.Rabelo
“Consultor OB” é uma editoria em que as matérias são realizadas na oficina independente, sendo que os procedimentos técnicos efetuados na manutenção são de responsabilidade do profissional fonte da matéria. Nossa intenção com esta editoria é reproduzir o dia a dia destes “guerreiros” profissionais e as dificuldades que enfrentam por conta da pouca informação técnica disponível. Caso queira participar desta matéria, entre em contato conosco: redacao@oficinabrasil.com.br
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Ciclo de palestras do Rota do Reparador encerra 2017 O maior programa de atualização técnica para reparadores independentes finaliza mais um ano com palestras nos estados da Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e Goiás Por Caique Silva
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om dois anos de existência e já consolidado entre o público reparador, o ciclo de palestras do Rota do Reparador levou ainda mais con heci mento técnico em dezembro. Confira como foram as palestras em Vitória da Conquista, Rio de Janeiro, Ourin hos, São Ber nardo do Campo e Itumbiara. VITÓRIA DA CONQUISTA No dia 5 de dezembro os reparadores da região da terceira maior cidade do estado da Bahia tiveram a oportunidade de receber o treinamento da Schaeff ler com a sua marca Luk. Entre os profissionais presentes esteve o reparador José Paulo dos Santos, da oficina Topvel Veículos, que disse: “eu pude esclarecer muitas dúvidas e conhecer muitas novidades que estão chegando, as renovações de mercado. Gostei muito do que foi apresentado”. Paulo Alberto Ribeiro Filho, também reparador, da Asa Aliança Serviços Automotivos, também falou sobre a importância do evento e do aprendizado obtido: “aqui a gente pode ad-
quirir muito conhecimento e ter um upgrade do mercado, se atualizando sobre as novidades das fabricantes. É um evento que faz muita falta para o setor”. Represent ando a of ici na DAP Auto Peças, Valdete Far ias citou a impor tância do reparador não imaginar que já sabe de tudo e sempre buscar m a i s c on he ci me nt o: “ Ne m sempre o que a gente acha que sabe é o que acontece na prática. Quando a gente chega aqui é totalmente diferente, a gente aprende muito aqui”.
Valdete Farias
participaram dos treinamentos da Elring e da Tecnomotor na escola SENAI. Representando a segunda palestrante da noite, Adriano Santos falou sobre a importância da empresa em participar do evento: “participar do Rota do Reparador significa poder divulgar nossa marca, nossos produtos e os trabalhos da Tecnomotor no Brasil. Uma deficiência que pudemos encontrar em visita aos nossos clientes, é que muitos não conheciam seu próprio negócio, então é justamente esse o tema da nossa palestra, as novas tendências da reparação automotiva. Nós acreditamos que o proprietário de oficina conhecendo e administrando melhor seu negócio a tendência de crescimento é maior”. Helio Dias Junior, da oficina Fiorenza, esteve presente no evento e se mostrou muito satisfeito: “foi um treinamento muito bom, de grande proveito. O Rio de Janeiro é muito carente desse tipo de programação para o reparador e faz muita falta. É primordial”.
RIO DE JANEIRO Também no dia 5, no Rio de Janeiro, na Tijuca, os reparadores independentes da região
Rio de Janeiro
7 de dezembro foi de muito aprendizado para os reparadores independentes da região de Ourinhos. Com um grande público, a escola SENAI da cidade recebeu pela última vez o ciclo de palestras do Rota do Reparador em 2017. O reparador Jaime Santana, da Neno Car Of icina Multimarcas, que esteve presente no evento, disse: “cada conhecimento que a gente adquire aqui é uma forma de melhorar nosso dia a dia nas oficinas. O cliente também é benef iciado. Nós temos muitas dificuldades com informações e esse evento ajuda demais para diminuir isso”. Represent ando a of ici na me câ n ica Cido Ma sch io, o proprietário José Aparecido
se mostrou bastante satisfeito com as palestras apresentadas e falou sobre a importância da presença dos profissionais do setor: “a gente aprendeu mais, conheceu as novidades presentes no mercado e isso é muito
José Aparecido
Helio Dias Junior
OURINHOS
Vitória da Conquista
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Com as palestras da Mann Hummel e da Nakata, o dia
Ourinhos
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com grandes expectativas para o próximo ano ao aprendizado. Com certeza saímos daqui sempre sabendo mais do que quando entramos”. ITUMBIARA
São Bernardo do Campo
i mpor t ante, pr i ncipal mente para essa categoria, que é muito carente. É a segunda vez que eu venho de uma distância de mais ou menos 80 km daqui e não me arrependo”. SÃO BERNARDO DO CAMPO Também no estado de São Paulo, a penúltima palestra do ano aconteceu em São Bernardo do Campo, no dia 7 de dezembro, com os treinamentos da Delphi e da Chiptronic. Com um grande público de reparadores e profissionais do setor, o treinamento marca a última participação das empresas palestrantes no ano, levando conhecimento técnico aos profissionais do Aftermarket. O reparador da Auto Me-
cân ica Edua rdo, Alexand re Francisco Ribeiro, falou sobre o evento: “o reparador que não se atualiza acaba tendo muitos problemas. Além de ficar para trás ele não vai saber nem qual diagnóstico correto passar ao cliente. Quanto mais conhecimento é melhor para a carreira. Pretendo participar de todos os eventos promovidos deste tipo”.
O último treinamento do ano do ciclo de palestras Rota do Reparador aconteceu em Itumbiara, no sul do estado de Goiás, com o treinamento da Schaeff ler e suas marcas Ina e Fag. O evento, que contou com um bom público no SENAI da região, teve a presença do reparador Augusto Cesar Severino, da oficina Auto Elétrica Sandro. O profissional disse: “foi mais um complemento para a minha carreira participar desse treinamento. Muitas coisas que não sabia ou não lembrava acabei revendo”. Quem também marcou presença representando a Auto Elétrica Foguetinho foi o reparador Eder de Sousa Santos, que falou sobre o aprendizado obt ido na palest ra: “é u ma grande oportunidade de estar at ualizado ao mesmo passo que o mercado recebe grandes novidades”.
Leonildo Rizzo
Alexandre Francisco Ribeiro
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Leonildo Rizzo, da LR Motores, se mostrou entusiasmado com mais uma edição do programa Rota do Reparador: “é muito importante, porque a gente vem para cá para aprender e todo dia está aprendendo para atender à necessidade do dia a dia. A gente não tem tanto tempo para aprender, então quando tem esse tipo de evento é um dia destinado somente
Eder de Sousa Santos
O ANO DE 2017 Neste ano, o ciclo de palestras Rota do Reparador reafir-
Itumbiara
Augusto Cesar Severino
mou sua força no segmento e levou ainda mais conhecimento aos reparadores que participaram dos eventos. Ao todo foram 92 treinamentos realizados em 49 Escolas SENAI e em 21 estados brasileiros, entre fevereiro de e dezembro de 2017. Com 8 patrocinadores - fabricantes não concorrentes – o Rota treinou mais de 13 mil pessoas, sendo elas: reparadores, alunos e instrutores das escolas Senai. Desde o segundo semestre de 2015, quando foi criado, o programa já atingiu aproximadamente 24 mil profissionais. A expectativa para o ano de 2018 é que ocorram mais 100 eventos. Quem fala um pouco sobre é Beatriz Nascimento, do Grupo Oficina Brasil, res-
ponsável pelo programa: “a expectativa para o próximo ano é ainda melhor do que foi em 2017. Com um pouco mais de 2 anos, o Rota já se consolidou como o único programa de treinamento oficial do setor, sendo recon hecido pelo Sindirepa Nacional. Podemos dizer que o sucesso do Rota vem da grande comunidade de reparadores em busca de conhecimento. Mesmo depois de um dia intenso de trabalho as palestras estão sempre lotadas de profissionais interessados, além dos nossos pat rocinadores, parcei ros e colaboradores”.
quer participar? O programa Rota do Reparador teve 92 palestras em 2017. Se você ficou de fora de alguma, mas não quer perder em 2018, poderá se inscrever através do site www. rotadoreparador.com.br. Uma das cidades participantes pode ser a sua. Por isso corra até o site para conferir por onde a Rota do Reparador passará e não perca os nossos treinamentos. Você sabia que depois de cada palestra você recebe um certificado, garantindo que você esteve presente no treinamento? Pois é, garanta logo a sua vaga. Esperamos você!
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NESTA EDIÇÃO: Como diagnosticar o superaquecimento do motor sem esquentar a cabeça do mecânico. Veja a seguir. 108-109_MOTO-E-SERVICO_PauloJose_Jan18.indd 1
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Superaquecimento do motor – como diagnosticar sem esquentar a cabeça do reparador A cabeça do reparador ferve ao saber que a moto ainda está esquentando e encontrar o defeito depende do conhecimento do funcionamento do motor e do sistema de controle da temperatura Paulo José de Sousa pajsou@gmail.com
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est a matér ia , vamos abordar algumas causas que conduzem o motor ao calor excessivo e também entender como solucionar os principais problemas nos sistemas arrefecidos a água e assim deixar a temperatura na medida certa. Fig. 1
forma de calor, seja através dos gases do escapamento ou das peças do motor, como: pistão, anéis, paredes do cilindro, cabeçote, etc. Conforme o tipo de motor as aletas do cilindro (superfícies de troca de calor) e/ou sistema de radiador são os órgãos dissipadores da energia. Fig. 2
É preocupante quando o motor está em estado de aquecimento acima do normal, internamente o lubrificante tende a evaporar parcialmente, tem a película protetora comprometida e como consequência desses fenômenos, ocorrem os desgastes internos, também há o incômodo ao cliente que reclama do calor nas pernas e isso se agrava nos dias de verão. De onde vem a temperatura do motor Além do atrito das peças em movimento, no motor a queima da mistura ar/combustível produz calor, esse processo é conhecido como combustão. Parte da energia da queima do combustível é dissipada em
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de expansão, quando a pressão é restabelecida o líquido volta ao radiador pela válvula controle, que faz parte da tampa e assim segue o processo. No radiador o f luido volta à temperatura normal de funcionamento e recircula pelas partes quentes do motor e faz o controle. Fig. 5
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tubulações, bomba d’água, interruptor ou sensor de temperatura, termostato e líquido de arrefecimento. Fig. 3
No painel da motocicleta nem sempre há um termômetro alertando que há uma anomalia relacionada à temperatura. Portanto é bom ficar de olho, a vida útil do motor depende do controle da temperatura.
A bomba faz a água circular a fim controlar a temperatura do motor, porém inicialmente a circulação é limitada pela válvula termostática para facilitar o aquecimento inicial, em uma determinada temperatura a válvula libera a passagem máxima do fluido para otimizar o arrefecimento. Fig. 4
Descrição do sistema e funcionamento Entre os sistemas de arrefecimento, o que utiliza líquido é o mais eficiente, porém o mais caro e complexo. Está presente em todas as faixas de cilindrada, desde um scooter até uma motocicleta de alta cilindrada. A razão da escolha está na sua eficiência e também colabora para o desenvolvimento de altas potências. Nos motores com essa tecnologia, no cabeçote e na carcaça há galerias para a passagem do líquido de arrefecimento. É um sistema composto dos seguintes itens: radiador, tampa do radiador, ventilador (ventoinha), reservatório de expansão,
4 O funcionamento do sistema é monitorado pelo sensor ou um interruptor, ambos monitoram a temperatura no radiador ou no cilindro e disparam o ventilador (ventoinha) caso haja excesso, e desligam quando o valor padrão é estabelecido. O líquido (aditivo) está confinado em um sistema pressurizado. Se a pressão do circuito subir a valores prejudiciais ao sistema a tampa do radiador abre uma passagem para que o excesso expandido flua ao reservatório
5 O Diagnóstico O diagnóstico eficiente ocorre quando o reparador não utiliza a intuição para solucionar um defeito, evita concepções prévias nas explicações aos clientes, em outras palavras, “o chute”. Os primeiros procedimentos a serem adotados devem estar baseados sistematicamente na análise e eliminação das causas potenciais do problema. Sistema de arrefecimento ou sistema de ref r igeração, como dizem alguns manuais de serviços de motocicletas, são sempre pensados em uma linha de raciocínio semelhante, isso ocorre em todas as marcas. O reparador deve armazenar organizadamente em sua memória as seguintes palavras-chave: sensor de temperatura, módulo eletrônico do motor, conectores, ventilador, interruptor do ventilador, radiador, líquido
de arrefecimento, mangueiras, bomba d’água e selo mecânico, certamente um ou mais destes itens est ará compromet ido, porém a causa do defeito será a incógnita. Não devemos descartar nenhuma hipótese, a causa pode ser simplesmente a especificação de um componente, por isso as padronizações de fábrica devem ser os primeiros itens checados, o objetivo é poupar o tempo de trabalho do reparador. Desmontar o sistema para depois analisar os componentes, pode ser um caminho longo e sem reposta. Podemos citar como exemplo o caso no qual o reparador descarta o líquido de arrefecimento sem ao menos submetê-lo a uma análise, como assim? O líquido de arrefecimento é uma solução, há uma proporção de água desmineralizada misturada com aditivos, qualquer alteração na proporção poderá reduzir o ponto de ebulição, então o líquido irá ferver em uma temperatura muito mais baixa, nesse momento ocorrem bolhas de ar no circuito e o arrefecimento será comprometido. O contrário também pode acontecer. Mas como identificar o problema se o líquido já foi para o esgoto? Mais um erro, como todo produto químico deve ter um descarte adequado. Como avaliar a água do radiador Se possível verifique a validade do líquido de arrefecimento, veja se a motocicleta costuma fazer as manutenções preventivas, com o passar do
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tempo a mistura perderá as características ideais de uso. No caso das importadas, algumas são abastecidas na fábrica com fluidos que podem estar em descordo com o nosso clima. A análise da densidade do líquido do radiador não tem mistério, o trabalho é feito com o auxilio de um densímetro, comparando-se o dado obtido com a tabela de proporção, considere a temperatura da solução. Se necessário substitua o líquido. Lembrando que o serviço deve ser realizado com o motor desligado, esteja atento, o radiador e o reservatório de expansão do líquido estão sob pressão e ao serem abertos podem espirrar e causar queimaduras. Fig. 6
mag nético ocor re quando a água é condutora de energia elétrica. As motocicletas mais tecnológicas, aquelas equipadas com injeção eletrônica e outros acessórios digitais, estão mais suscetíveis à interferência no funcionamento dos componentes eletrônicos, a falha pode ocorrer após o funcionamento do motor. Ações corrosivas no motor Como todo produto químico submetido ao tempo e à alta temperatura, pode deteriorar-se, e como consequência disso ter suas propriedades modificadas. Essas alterações no líquido do radiador geram corrosões nos
baixa temperatura de algumas regiões poderiam congelar o radiador, sendo assim o líquido de arrefecimento não circularia, ou o pior, o radiador trincaria pelo efeito que o gelo causa de dentro para fora, por isso o fluido é anticongelante. Os aditivos especiais misturados à água do radiador são essenciais para o comportamento da temperatura. Ao n ível do ma r a ág u a comum vira gelo a 0° e ferve a 100°, porém se o sistema for pressurizado ocorrerá alterações no comportamento do líquido, nessa condição o ponto de ebulição da água será alterado, portanto para atingir a fervura será necessário maior temperatura. A eficiência do sistema de arrefecimento
6 Radiador: a água pode ficar energizada No radiador utilizamos água desmineralizada com o aditivo (a água é a mesma utilizada para completar o nível das baterias convencionais) para compor a solução do radiador, algumas marcas de aditivo entregam o produto misturado, não há necessidade de adicionar mais água sem minerais. Da água utilizada em radiadores um processo retirou os minerais por isso é praticamente “pura”, não conduz energia elétrica. A água comum é condutora de energia elétrica, essa é a justificativa, por isso o uso de águas sejam elas da chuva, minerais ou “tornerais” (da torneira) não é recomendado, a capacidade de conduzir eletricidade deriva do volume de minerais presentes. Os componentes químicos da mistura do líquido do radiador podem alterar a condutividade da água para cima ou para baixo, só depende da reação. A eletricidade da água vem da tensão (V) contínua que circula no motor, um campo
componentes que estão na linha do sistema de arrefecimento, exemplo: eixo da bomba d’água, selos do motor e outros componentes metálicos. Ao drenar a água do radiador o reparador irá perceber a quantidade de ferrugem presente no f luido, não é só isso, dentro do radiador e reservatório de expansão há um acúmulo de sujeira capaz de entupir as passagens de água do cabeçote e termostato. É necessário efetuar a lavagem do sistema. Fig. 7
7 NEM FERVER, NEM CONGELAR O líquido de arrefecimento não pode ferver e nem congelar dentro do radiador. As condições climáticas de
É necessário manter o motor em temperatura compatível com as características de seu projeto, assim serão mantidas suas especificações de potência, torque e emissões. O calor liberado no motor, mais especificamente na câmara de combustão e cilindro, varia muito e a temperatura alcançada é altíssima, capaz de derreter os componentes internos Outro agravante é quando ocorre a detonação que por vezes pode evoluir para a pré-ignição, consequentemente promovendo ações devastadoras no motor. Motor fr io - Enga na-se quem pensa que é bom para motor quando ele trabalha na temperatura baixa durante muito tempo, sendo assim há alguns inconvenientes: No motor frio o combustível vaporizado pode condensar-se ao entrar em contato com os dutos, é regra, na baixa temperatura o vapor volta a ser líquido nas paredes dos coletores de admissão. Esse combustível irá escoar para a câmara de combustão e o resultado disso é a “lavagem do cilindro”, o combustível remove o lubrificante do conjunto: cilindro, pistão e anéis. No geral ocorre o desgaste que se concentra no lado da admissão. O resíduo do combustível
líquido deixado no motor é um contaminante, no seu trajeto ocorre a formação de um verniz de cor amarelada que pode travar os anéis do pistão e realizar alterações nas propriedades do lubrificante do motor. Além desses, há um comprometimento na ef iciência da combustão da mistura ‘ar combustível’, o combustível não quei mado promove u m acréscimo nas emissões de gases poluentes e contaminação do catalisador. O desempenho da motocicleta depende da temperatura do funcionamento do motor, que por sua vez não pode trabalhar frio.
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9 reservatório de expansão; • Juntas do motor deterioradas, trinca no cilindro ou cabeçote; • Falhas de vedação no selo mecânico da bomba, vedação da tampa do radiador, radiador furado. Fig. 10
falhas mais comuns no sistema de arrefecimento: Motor ferve: • Pane no funcionamento do ventilador; • Pane no interruptor do ventilador do radiador; • Panes no sensor de temperatura/ECU/ECM (motocicletas injetadas); • Proporção da mistura do líquido de arrefecimento inadequada, volume do líquido abaixo do especificado ou líquido deteriorado; • Válvula termostática com defeito; • Obstrução nas galerias e passagens do líquido; • Bomba d’água defeituosa; • Falha na tampa do radiador, falha na pressurização do líquido de arrefecimento ou ar no circuito de arrefecimento; • Radiador danificado. Fig. 8 e 9.
8 Va zamento/consumo do líquido de arrefecimento: • Falta de pressão nas braçadeiras e presilhas das mangueiras; • Trincas nas tubulações ou
10 Manutenção básica: • Substit uir o líquido de arrefecimento no intervalo recomendado pelo fabricante da motocicleta, seguir a especificação; • Lavar as galerias e passagens do líquido; • Eliminar possíveis bolhas de água dentro do circuito. Avaliar as seguintes peças: • Aspecto do radiador; • Testar pressão de abertura da válvula da tampa do radiador; • Testar o termostato quanto à abertura em função da temperatura; • Testar sensor ou interruptor de temperatura; • Verificar tubulações, reservatório de expansão; • Testar precisão de funcionamento do indicador de temperatura localizado no painel da moto; • Verificar se não há vazamento da bomba d’água.
Paulo José de Sousa é Consultor de Gestão de Pós-Venda, Jornalista e Professor
Todos os conteúdos escritos por colaboradores publicados em nosso jornal são de inteira e total responsabilidade dos autores que os assinam.
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Monitor do Catalisador com sistema Adsorvente de NOx – LNT Lean NOx Traps Para atender aos limites de emissões, os motores funcionam com mistura reduzida de combustível ou “mistura pobre” e isso eleva a temperatura na câmara de combustão, o que possibilita a formação de NOx
A
s tecnologias atualmente utilizadas para o controle das emissões de NOx são: • Recirculação dos gases de escape – EGR (Otto e Diesel); • Catalisador redutor seletivo – SCR (Diesel); • Catalisador adsorvente de NOx - LNT (Otto e Diesel); • Catalisador de NOx – LNC (Otto e Diesel); • Catalisador redutor seletivo – SCR-HC (Diesel). Catalisador Adsorvente de NOx - LNT
O objetivo deste catalisador é o de “reduzir” o NOx a seus componentes básicos: O2 (oxigênio livre) e N2 (nitrogênio livre). Como será visto a seguir, também funciona como catalisador oxidante do CO e HC. A temperatura de operação está na faixa de 2000C a 5000C. O catalisador de armazenamento/redução de NOx é constituí do, de forma similar ao de 3 vias, por um substrato cerâmico poroso sobre o qual são depositados os elementos catalíticos: - Platina: Elemento catalisador oxidante do excesso de HC e CO e redutor de NOx. - Compostos de bário (Ba), entre outros. Funcionam como agentes de armazenamento (adsorção) de NOx. Aplicação - Encontra aplicação tanto em motores de ciclo Otto com “combustão de mistura pobre” (GDI) como em motores diesel, os que normalmente trabalham pobres. Funcionamento: O princípio de funcionamento se baseia no
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mecanismo de adsorção do NOx pelo agente catalisador que pode ser bário (Ba), titânio (Ti) ou potássio (K). Nota: Adsorção é o mecanismo pelo qual as moléculas de um fluido (gás ou líquido) se aderem à superfície de uma substância sólida. Os sólidos porosos, como o carvão, são bons adsorventes. Absorção é o mecanismo de fixação de um gás por um sólido ou um líquido ou de fixação de um líquido por um sólido. A substância absorvida se mistura à substância que absorve. Cabe salientar que este tipo de catalisador tem uma capacidade limitada de acumulação de NOx pelo que, periodicamente deve ser regenerado. O processo de regeneração requer previamente a eliminação do excesso de O2 no escapamento, provocado pela combustão de mistura pobre e isto, durante um curto período de tempo. A regeneração pode ser realizada enriquecendo a mistura ou injetando combustível diretamente no escapamento, antes do catalisador, para consumir o excesso de O2. - Fase de adsorção ou acumulação: Durante o funcionamento com mistura pobre, os gases contêm uma alta porcentagem de NOx e O2. Ao entrar no catalisador de NOx (os NOx formados basicamente, por NO e NO2) e pela ação catalítica da platina, o monóxido de nitrogênio (NO) é transformado (oxidado) em dióxido de nitrogênio (NO2), o qual é “armazenado” como nitrato de bário. Esta fase dura entre 60 e 120 segundos. - Fase de regeneração: Quando a unidade de controle do motor determina que a camada de bário está saturada, por alguns segundos enriquece a mistura. Com isto, diminui a quantidade de O2 e NOx e se eleva a concentração de HC e CO. O NOx armazenado
é liberado e a ação catalítica da platina promove a reação química que resulta na formação de CO2 (dióxido de carbono), H2O (água) e N2 (nitrogênio livre). Esta fase dura entre 2 e 5 segundos. Nota: Em função da maior afinidade com o agente de armazenamento (bário), o enxofre contido no combustível ocupa o lugar do NOx, provocando a saturação do catalisador e a necessidade da sua regeneração. Portanto, no caso de combustíveis com alto teor de enxofre, faz-se necessário a utilização de um catalisador de enxofre após o catalisador de armazenamento/redução de NOx. Regeneração do Catalisador de Armazenamento/ Redução de NOx O sensor de NOx (presente nos sistemas de pós-tratamento de motores com combustão de mistura pobre, Otto e Diesel) é utilizado para determinar os ciclos de regeneração do catalisador de armazenamento. Assim, a regeneração ativa é iniciada pela UC com base no sensor de NOx, o qual mede: 1. No fim da fase de acumulação (catalisador saturado), o aumento da concentração de NOx. 2. No fim da fase de regeneração, a ausência de NOx armazenado (finalização do ciclo). 1. Quando ultrapassado o nível máximo de NOx, a UC do motor inicia um ciclo de regeneração, já que esta situação sinaliza que a capacidade de armazenamento de NOx foi excedida. 2. Se o nível máximo é ultrapassado em intervalos de tempo decrescentes, a UC do motor inicia um ciclo de regeneração de enxofre (dessulfatação) já que esta
Ilustrações: Humberto Manavella
Humberto Manavella humberto@hmautotron.eng.br
1 situação sinaliza que o catalisador está saturado desse elemento. O enxofre é armazenado como sulfato de bário, evitando a acumulação do NOx. O processo de dessulfatação é similar ao de regeneração do catalisador, só que a uma temperatura maior; isto, em função de que o sulfato adsorvido (resultante do enxofre contido no combustível) é mais estável que o nitrato adsorvido (resultante do NOx contido nos gases de escape). Para isto, a UC promove o enriquecimento da mistura para elevar a temperatura no catalisador acumulador até a faixa de 5000C a 6000C, temperatura esta em que o sulfato de bário se decompõe liberando SO2. Neste processo, a temperatura deve ser convenientemente controlada para evitar a formação de sulfeto de hidrogênio (SH2) ou gás sulfídrico. No caso de motores diesel que utilizam combustível com alto teor de enxofre, um catalisador de SH2 é instalado após o catalisador de NOx para converter qualquer resto daquele gás poluente. No motor diesel o aumento de temperatura se consegue com a pós-injeção. No caso do motor ciclo Otto com combustão de mistura pobre, o recurso utilizado é passar ao modo homogêneo e atrasar o ponto de ignição. Também, o aumento pode ser obtido com injeção de combustível no escapamento. Na condição de alta rotação e carga, a dessulfatação ou dessulfuração é automática.
Ciclo Otto com Combustão de Mistura Pobre Para evitar os altos índices de formação de NOx durante a operação com mistura pobre, os veículos equipados com motores com “combustão de mistura pobre”, que operam com relações ar/ combustível de até 22:1 ou 24:1, incluem um catalisador extra, de armazenamento/redução de NOx, na posição onde normalmente se encontra o catalisador de 3 vias (figura 1). Este último, por sua vez, está instalado logo após o coletor de escape com o objetivo de reduzir o tempo de entrada em funcionamento, ou seja, o tempo para atingir a temperatura de “light off” ou de 50% de eficiência de conversão. Lembrar que, para misturas pobres, há um aumento considerável na concentração de O2 e de NOx. Por outro lado, para misturas ricas, há excesso de HC e CO. Assim: - Quando o motor funciona admitindo mistura estequiométrica ou levemente rica (acelerações, plena carga) o catalisador de 3 vias reduz a emissão dos 3 gases. - Quando o motor funciona no regime de mistura pobre (excesso de oxigênio nos gases de escape), o catalisador de 3 vias reduz as emissões de CO e HC (funciona como catalisador oxidante) e o catalisador de NOx, aquelas emissões de óxidos de nitrogênio (funciona como catalisador redutor).
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Ilustrações: Humberto Manavella
O tempo entre o início do ciclo de regeneração e o instante em que o sensor pós-catalisador indica mistura rica resulta proporcional à quantidade de NOx que foi armazenado durante o período prévio, de operação com mistura pobre. Assim, na medida em que a capacidade de adsorção diminui, o tempo de passagem de mistura pobre para rica, do sensor póscatalisador, diminui na mesma proporção.
2 A ação oxidante do catalisador de 3 vias cria uma atmosfera pobre em oxigênio, o que favorece ação do catalisador de NOx. A figura 2 apresenta um exemplo de aplicação do catalisador adsorvente em motores GDI (injeção direta). - A sonda Lambda pré-catalisador é substituída por um sensor de O2 de banda larga. Isto em função do funcionamento com mistura pobre. Lembrar que a informação da sonda Lambda só é útil no controle da mistura em torno da relação estequiométrica. - Com a informação do sensor de temperatura, a UC opera as fases de injeção. O catalisador de NOx somente armazena óxidos de nitrogênio com temperaturas na faixa de 2500C a 5000C. Dentro dessa faixa a UC comanda os modos homogêneo-pobre e estratificado. Por outro lado dentro dessa faixa, o enxofre, se acumula no catalisador. Ou seja, durante as fases estratificada e homogênea-pobre o catalisador armazena NOx e enxofre. Para retirar este último, a UC inicia o processo de dessulfatação, durante o qual a temperatura deve alcançar a faixa de 6500C. - O sensor de NOx é utilizado para determinar os ciclos de regeneração do catalisador. Durante o processo de regeneração, o sistema passa do modo estratificado para o homogêneo levemente rico. Num comportamento típico, o ciclo de armazenamento pode demandar 90 seg. e o de regeneração, 2 seg. - No modo homogêneo o ca-
talisador acumulador opera de forma similar ao de 3 vias. O exemplo da figura 2 salienta o fato que o sensor de NOx está associado a um módulo de controle que transfere as informações para a UC do motor, através da rede CAN.
às especificações atuais. Durante o período de armazenamento, tanto o sensor de O2 pré-catalisador (o qual pode estar instalado na saída do turbo, como na figura), como o sensor póscatalisador indicam mistura pobre. Ao atingir a capacidade máxima de armazenamento, a UC inicia
Funcionalidade do Monitor do Catalisador de Armazenamento/ Redução de NOx O monitor deve detectar falhas antes que as emissões de NOx excedam o limite especificado pela regulamentação vigente para o modelo analisado. Para isto, o monitor deve: - Verificar a capacidade de adsorção de NOx. Esta capacida-
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• Falha que impede o sistema de funcionar em malha fechada. • Falha que faz o sistema passar a funcionar em malha aberta. Ou seja, o sistema estava funcionando em malha fechada, mas, um defeito o fez passar a operar em malha aberta. • Falha quando a autoridade do monitor para o funcionamento em malha fechada atingiu o limite. Ou seja, foi atingido o limite de injeção ativa/intrusiva e o nível de NOx na saída ainda é elevado, indicando regeneração incompleta ou catalisador com baixa eficiência. Pode também dever-se a injeção insuficiente para obter a regeneração completa do catalisador. Eficiência de Conversão - O cálculo da eficiência de conversão é feito com base na concentração de NOx medida com os sensores pré e pós-catalisador durante a fase de adsorção.
Ciclo Diesel Como exemplo, a figura 3 apresenta a configuração utilizada em veículos VW. A figura mostra como o catalisador adsorvente se integra no sistema de póstratamento. Como no caso do motor de ciclo Otto, o sensor de NOx é utilizado para determinar os ciclos de regeneração do catalisador. No lugar do sensor de NOx, alguns sistemas utilizam um sensor de O2 de banda larga. No entanto, a avaliação da capacidade de armazenamento (que caracteriza a eficiência do catalisador) se torna menos precisa, pelo que esta solução pode não atender às regulamentações atuais. No caso de utilizar sensor de O2 no lugar do sensor de NOx, a quantidade de NOx armazenada é calculada indiretamente, em função das características de projeto do catalisador, das condições de funcionamento do motor e do fluxo de gases de escape. Por ser um valor calculado (não ser o resultado da medição direta da concentração de NOx na saída do catalisador), este procedimento de avaliação da capacidade de armazenamento pode não atender
3 um ciclo de regeneração enriquecendo a mistura. Nessa situação, o sensor pré-catalisador passa a indicar mistura rica enquanto que o sensor pós-catalisador continua indicando mistura pobre. Quando todo o NOx armazenado é reduzido, o sensor pós-catalisador passa a indicar mistura rica da mesma forma que o sensor pré-catalisador. Nesse instante, a UC finaliza o ciclo de regeneração e o motor passa a funcionar novamente, na condição de mistura pobre.
de é um valor de projeto, função do sistema no qual é aplicado o catalisador. - Detectar insuficiente injeção ativa/intrusiva de HC para conseguir a regeneração efetiva do catalisador. - Verificar o controle em malha fechada da injeção ativa/intrusiva, detectando:
Controle em Malha Fechada - Basicamente, é o controle durante a fase de regeneração, ajustando o enriquecimento da mistura (ciclo Otto) ou a pós-injeção (ciclo Diesel) ou ainda, a quantidade de combustível injetada no escapamento. Isto, para obter a temperatura necessária à regeneração de NOx ou de enxofre.
Humberto José Manavella é formado em engenharia eletromecânica pela Faculdade de Engenharia da Universidade de Buenos Aires e Diretor Técnico da HM Autotrônica
Todos os conteúdos escritos por colaboradores publicados em nosso jornal são de inteira e total responsabilidade dos autores que os assinam.
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Higienização ou Oxissanitização: saiba como fazer e identificar qual modo é mais eficiente Fotos: José Martins Sanches
É importante lembrar que temos a Norma ABNT NBR 15629 de 29 de setembro de 2008, que descreve os procedimentos e as recomendações para manutenção em sistemas de climatização em veículos rodoviários automotores José Martins Sanches www.climaq.net.br
A
higienização consiste n a apl ica çã o de u m produto que pode ser bactericida, fungicida e acar icid a , que va i ex t e r m i n a r estes microrganismos, principalmente nos veículos com ar-condicionado, pois com o tempo de uso a caixa do evaporador acumula sujeiras como pó, pólen, pequenas folhas, etc. Nos veículos que não tem filtro de cabine o acúmulo de sujeira é mais elevado (Fig.1), fazendo os microrganismos encontrarem um ambiente propício para se proliferarem. Isso ocorre devido ao ar-condicionado remover a umidade do ar e o evaporador ficar sempre úmido e após o veículo ser desligado, todo este ambiente se aquece principalmente quando exposto ao sol ou até mesmo pelo núcleo do ar quente que fica dentro desta mesma caixa. Estas bactér ias e f ungos provocam doenças alérgicas e respiratórias como rinite, asma, pneumonia entre outras, podem se espalhar quando ligamos a ventilação ou ar-condicionado sendo expelidos pelos difusores de ar, atingindo o veículo todo. Quando está sujo, ao ligarmos a ventilação sentimos o cheiro de matéria orgânica em decomposição. Atenção: dependendo do nível de sujeira no evaporador (Fig.2) só a higienização não é suficiente, tendo que desmontar esta caixa para se fazer uma limpeza no evaporador (Fig.3) e na maioria das vezes é necessário remover o painel do veículo (Fig.4) para executar
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com o alojamento de instalar o filtro pré-disposto, só que vazio (Fig. 4). Muito cuidado com os produtos que se usa para fazer a higienização, pois a maioria tem álcool etílico na composição. Imaginemos este produto em spray ou líquido passado em um nebulizador (Fig.5) que nos dois casos deixa uma névoa que é captada pela entrada de recirculação do eletroventilador interno no painel, forçando
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3 Nos veículos que não tem filtro de cabine o acúmulo de sujeira é mais elevado, fazendo os microrganismos encontrarem um ambiente propício para se proliferarem. Isso ocorre devido ao ar-condicionado remover a umidade do ar e o evaporador ficar sempre úmido
4 este serviço. Nos veículos equipados com filtro de cabine, a sujeira fica retida nele e se ele for trocado com frequência, normalmente o evaporador se mantém limpo (Fig.1). Te mos de f ica r at e nt os , pois tem muitas montadoras colocando veículos no mercado sem o filtro de cabine, mas
ela passar pelo evaporador, consequentemente espalhando por todo veículo. Onde está o perigo? Com o veículo fechado e cheio de nevoa de álcool etílico, ao ligar o ar-condicionado, os eletroventiladores podem cau-
Muito cuidado com os produtos que se usa para fazer a higienização, pois a maioria tem álcool etílico na composição. Imaginemos este produto em spray ou líquido passado em um nebulizador que nos dois casos deixa uma névoa que é captada pela entrada de recirculação do eletroventilador interno no painel sar faíscas geradas no portaescovas devido a folgas no eixo do motor, escova acabando, enrolamentos do induzido dando curto-circuito ou com uma de suas bobinas em aberto. (Fig.6) Os higienizadores em spray conhecidos como granadas são mais perigosos ainda (será que é por isto que apelidaram de granada?), pois além de conter o álcool etílico, pode conter o propano como propulsor do produto. Recentemente foi divulgado que uma Montana ficou destruída por conta de uma granada destas, mas não foi o tubo de spray que explodiu dentro da Montana e sim a Montana que explodiu devido ao produto que ficou aprisionado dentro do carro. Precisamos verificar a composição destes produtos de higienização e evitar usar os que tenham compostos inflamáveis, mesmo sabendo que mais de 90% deles contem álcool etílico na sua formulação.
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técnica O ozônio é criado através do oxigênio (O2) que temos na atmosfera, na presença de uma descarga elétrica algumas moléculas de O2 se separam em duas e cada uma delas se unem a uma molécula de O2 formando o ozônio
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protege os seres vivos servindo como um escudo contra os raios solares UV. E s t e oz ôn io ge r a d o é o maior responsável por deixar aquela sensação de ar pu ro que sentimos depois da chuva, pois o ozônio é tido como um poderoso oxidante que hoje em dia é utilizado para tratar água, ar, esterilizar alimentos e até mesmo utilizado na medicina mundial no tratamento de várias enfermidades. A oxissanitização é totalmente ecológica, após oxidar uma matéria orgânica ou um microrganismo, o ozônio volta a ser oxigênio novamente, eliminando qualquer resíduo do mesmo. Como funciona a oxissanitização?
6 O que é a Oxissanitização? Consiste em uma higienização feita por meio do gás chamado ozônio (O3) e podemos considerar este procedimento como o mais eficaz que temos hoje no mercado, ef icaz na eliminação de odores desagradáveis como de cigarros, alimentos, terra, materiais em decomposição dentro do evaporador, além de exterminar bactérias, vírus, fungos, mofos e alergênicos. O oz ôn io é u m gá s que naturalmente existe na estra-
tosfera terrestre, gerado pelas descargas elétricas oriundas das nuvens durante as tempestades, formando uma camada de O3 (Fig.7) que por sua vez,
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É usado um equipamento que ger a ozôn io d a mesma forma que a natureza cria na estratosfera terrestre. O ar que se encontra dentro do veículo é aspirado através da entrada deste aparelho, circulando para dentro de uma câmara onde é bombardeado com uma alta tensão separando algumas moléculas de O2 , em consequência fazendo com que cada molécula separada se una a duas de O3, gerando assim duas moléculas de O3 (ozônio), sendo expelido para fora do equipamento. Procedimentos: Com o arcondicionado ligado na veloci-
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HIGIENIZAÇÃO
Ecologicamente correto (Não usa produtos químicos)
Uso de produtos químicos
Sem resíduos tóxicos
Com resíduos tóxicos
Ar puro sem cheiro
Perfuma o ambiente
Se tiver que fazer mais aplicação - Sem custo
Se tiver que fazer mais aplicação - Mais custo
Se o cliente quiser sentir perfume. Pode usar um odorizador de sua preferência
Se o cliente não gostar do perfume, vai ficar insatisfeito!
Elimina o estoque de produtos
Necessidade de manter estoque
Utiliza a própria energia do veículo
Consumo de energia elétrica ou Consumo de ar comprimido
Não inflamável
Normalmente tem álcool etílico na composição. Risco de explosões caso tenha falha de contato das escovas do ventilador interno do arcondicionado
8 dade máxima, o recirculador na opção de coletar ar internamente, deixar a saída da ventilação nos difusores centrais aberta, colocar o equipamento de gerar ozônio próximo da entrada de ar do recirculador (Fig.8) e ligar o oxi-sanitizador, deixando funcionar por um período estipulado pelo fabricante do equipamento com as portas e vidros fechados. Desta forma o gás ozônio gerado é sugado pelo ventilador inter no do ar-condicionado, passando pelo evaporador e dutos, depois expelido pelos difusores centrais, atingindo todo o veículo e sanitizando tudo, até porque o ozônio sendo um gás, ele penetra em todos os lugares, eliminando até mesmo ácaros que se escondem em
carpetes, tecidos, frestas, etc. OBS.: Assim como na higienização com produtos químicos o ozônio extermina os microrganismos mas não limpa a sujeira que está dentro do evaporador, se estiver muito sujo, só removendo e limpando todas as peças sujas, a vantagem do ozônio é ser um poderoso esterilizador e realmente elimina todos os tipos de odores de dentro do veículo. Procure ter para venda uma f rag rância prefer ida para o cliente, pois não gostam de sentir perfume dentro do carro. José Martins Sanches é Técnico eletrônico (CREA 0681934404) e Proprietário da empresa Climaq
Todos os conteúdos escritos por colaboradores publicados em nosso jornal são de inteira e total responsabilidade dos autores que os assinam.
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Fórum do Jornal Oficina Brasil se consagra entre os reparadores como o maior sistema de troca de informações entre profissionais do país! São mais de 100 mil profissionais cadastrados debatendo, dando dicas e sugestões para resolver os problemas mais complicados. Participe você também! Para tanto, basta cadastrar-se em nosso site (oficinabrasil.com.br). Um dia você ajuda um colega e no outro é ajudado! Confira abaixo os casos que mais se destacaram neste mês.
Divulgação
Corsa Classic ano 2015 falhando
Diagnóstico: Com o histórico de quatro passagens por oficinas diferentes e sem encontrar a solução, vários diagnósticos foram realizados. Após o abastecimento com gasolina, ficava com cheiro forte dentro do carro e por isso foi retirado o tanque mas nenhum vazamento foi encontrado. Também foram trocados os cabos de velas, as velas, bobina e os bicos passaram por uma limpeza e mesmo com t udo isso não foi possível encontrar o defeito. Quando foi sugerido fazer a troca dos bicos, o cliente desistiu de arrumar o carro e continuou usando com falhas e
Fotos: Divulgação
Defeito: Com apenas 15 mil km rodados, este carro já passou por quatro oficinas e o cliente já sem paciência e sem dinheiro continua reclamando das falhas e do consumo elevado de combustível.
consumindo muito combustível e isso foi há seis meses. Agora na oficina, o scanner identificou muitas falhas presentes e passadas que foram apagadas mas os testes básicos foram realizados e até a compressão de cilindros foi conferida. Conversando com os mecânicos da concessionária GM, informaram que já tinham pego 4 carros com este mesmo defeito e para eles a solução era fazer uma atualização do módulo da injeção
ou fazer a troca. Solução: com a sugestão da concessionária GM de fazer a troca ou atualização do módulo da injeção, o cliente conseguiu o aporte financeiro e o serviço de reprogramação foi feito e o carro já rodou mais de 500 Km sem apresentar defeito. Foi um alívio para o cliente, que agora está usando o carro que funciona sem os antigos defeitos.
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Bravo 1.8 ano 2013 perde aceleração Defeito: Chegou na oficina com a luz da injeção acesa no painel e o motor perde aceleração devido à rotação que não passa da metade da sua capacidade de giro Diagnóstico: com a utilização do scanner foi identificado o código de falha P 0340 – sensor de fase. Interessante observar que após apagar este código de falha, o motor recupera seu desempenho e funciona normalmente mas este pode ser um daqueles defeitos intermitentes que pode deixar o cliente e o dono da oficina preocupados, porque pode voltar. Outros reparadores que já pegaram este tipo de defeito sempre aconsel ham fazer a troca do sensor justamente porque pode voltar o defeito. Os
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GM Cruze 1.8 flex com reservatório de água cheio de óleo
relatos dos reparadores é que este defeito sempre volta e gera transtorno entre a oficina e o dono do carro. Solução: o sensor de fase deste carro aparenta uma certa fragilidade que compromete o seu tempo de uso, gerando defeito mesmo com quilometragem baixa. Com o apoio dos reparadores
Defeito: Este carro tinha muito serviço para ser feito, mas o que estava intrigando era a presença de óleo dentro do reservatório de água e não era pouco. Foi trocada a junta do cabeçote porque estava queimada e agora falta descobrir de onde está vindo o óleo. Diagnóstico: no motor deste car ro tem um sistema de troca de calor do óleo por onde a água passa e é um dos suspeitos para estar gerando esta mistura de óleo na água. Neste trocador de calor tem uma junta de borracha que deve ser verificada, pois poderia ser a causa do defeito.
Resfriador do óleo
Solução: realmente valeram as orientações compartilhadas pelos participantes do Fórum e verificando o trocador de calor, foi encontrada a junta de borracha que estava com defeito e com a colocação de uma junta nova, o defeito foi resolvido e a água do reservatório ficou limpa.
do Fórum informando que o ideal seria realizar a troca do sensor para garantir a solução definitiva do problema, assim foi feito e com o sensor novo instalado, a luz da injeção apagou e o carro voltou a funcionar sem problemas. A ajuda dos colegas de profissão sempre facilita encontrar soluções, por mais desafiador que possa parecer.
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direto do fórum
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Citroën C3 1.6 flex com barulho na direção elétrica
Divulgação Divulgação
Defeito: Para quem dirige, o que incomoda muito é barulho na direção, pois é um dos itens de segurança mais importantes no veículo. O bar ulho como sendo um “toque-toque” poderia até indicar um sintoma de folgas mas para descobrir é preciso desmontar para ter a certeza de um diagnóstico confiável.
concluído só faltava o teste de rodagem para ter a certeza que o bar ulho “f icou na of icina junto com as buchas velhas”, o carro ficou como novo com as buchas novas.
Parece simples mas é importante antes de fazer o serviço, ter a certeza que vai resolver e uma das maneiras para acertar de primeira é fazer um bom diagnóstico. © Citroën Communication / DR
Diagnóstico: este tipo de defeito em teoria é mais fácil de identificar porque dá para ouvir e pelo menos é possível saber de onde vem o barulho. Uma informação muito importante, quando for realizar qualquer desmontagem do sistema de direção de um carro, é preciso tomar um cuidado especial quando o carro está equipado com airbag e se não fizer isso, o prejuízo pode ser grande.
S10 2.8 diesel ano 2012 falhando e sem potência
Solução: como o barulho vinha das buchas da suspensão, foram retiradas e substituídas por novas. Com o t rabal ho
Defeito: este defeito vem acompanhado de outros problema na forma de códigos de falhas: P02E0 atuador do ar de admissão, P0045 solenoide de sobrealimentação do turbo. Com isso o veículo começa a dar solavancos, acende a luz da injeção, perde potência. Diagnóstico: com uma quilometragem em torno de 110 mil km e com todas revisões em dia, as suspeitas ficam nos chicotes ou conectores, que podem estar gerando as falhas. Outro componente que deve ser verificado até pela quilometragem é o turbo,
Fiat Gran Siena Dualogic não engata cometer um er ro colocando invertido durante a montagem. Sempre que f izer a troca da embreagem, tem que zerar todos os parâmetros e só depois fazer o aprendizado.
Diagnóstico: tomando todo cuidado na troca da embreagem, revisando as válvulas do robô, colocando óleo original, e a alavanca do câmbio em automático ou manual, mesmo assim as rodas não tracionam e f ica como se estivesse em neutro ou ponto morto. Um alerta: este câmbio tem dois conectores elétricos no robô que são idênticos e com o mesmo encaixe e é muito fácil
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Solução: com o apoio de muitos reparadores, o defeito
foi identificado e era a válvula EVO-0 que apresentava falha intermitente e com a substituição por outra nova, o câmbio voltou a funcionar engatando todas as marchas.
Solução: depois de muito trabalho e persistência, o defeito foi identificado e estava no chicote do motor atrás da válvula EGR. Para um veículo que tem o propósito de trabalho pesado, o chicote do motor é muito frágil e até inadequado para este tipo de veículo. Como orientação, sempre que aparecer uma S10 diesel com estes códigos de falhas, queimando fusíveis é bom conferir o chicote que passa na parte de trás do motor.
Participe! Divulgação
Defeito: Após a troca do conjunto de embreagem e do atuador, foi reabastecido com óleo original Fiat mas apareceu uma mensagem indicando o código de falha P2908, indicando falha mecânica na embreagem.
que pode estar sofrendo com os desgastes, carbonização e falhas na parte dos atuadores.
Estas matérias, extraídas de nosso fórum, são fruto da participação dos reparadores que fazem parte da grande família chamada Oficina Brasil. Acesse você também o nosso Fórum e compartilhe suas experiências com essa comunidade. Lembre-se, o seu conhecimento poderá ajudar milhares de reparadores em todo o Brasil e seu nome será publicado nesta seção. Saiba mais em www.oficinabrasil.com.br
Vale lembrar que durante as dificuldades é que descobrimos que estamos aprendendo todos os dias e melhor ainda é poder compartilhar essa riqueza que é o nosso conhecimento.
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