Malice - Possession JENIKA SNOW

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Tradução:

Sarah Avelar,

Giu;

Liza B.; Aninha Revisão: Sassá Thomaz; Amanda G. , Danny Bonnes, Alana, Fabi R., Jace Silva, Vivi Revisão Final: Anna Azulzinha e Cindy Pink Leitura Final: Lola Formatação: Lola





Trevor "Malice" Mason já teve uma senhora, e ele não precisa de outra. Cuidar de seu filho e estar lá para The Brothers of Menace MC era o mais importante para ele. O único tipo de companhia feminina que ele precisava era aquela que poderia aquecer sua cama à noite. Adrianna Carmine levou uma vida dura, mas ela era uma sobrevivente. Quando ela cai pelo conforto da doçura falsa do seu agora ex-namorado, Phillip, sua única saída é morrer tentando, ou matar o homem que tem prazer em machucá-la. Quando

Malice

encontra

Adrianna

ferida

e

sozinha, a vontade de protegê-la o consome. Depois de retribuir a “gentileza” a quem a machucou, ele a leva para o River Run, na esperança de que ela possa se curar. Mas um desejo selvagem consome Malice e ficar longe não é uma opção, mesmo que ela mereça coisa melhor.



O pau de Trevor “Malice” Mason 1 não estava nem mesmo rígido, apesar dos peitos e bundas sendo exibidos, a sua volta. Embora normalmente seu apetite sexual pudesse rivalizar com o de um adolescente que acaba de descobrir que enfiar seu pau numa boceta é muito bom, naquele momento ele não estava sentindo necessidade de se soltar. Não era porque a mãe de seu filho, Molly, era a senhora de Stinger, um membro do Grizzly MC. Ele estava realmente feliz por eles e sabia que Stinger tratava a ela e a seu filho muito bem. Teria sido uma situação totalmente diferente se os instintos de Malice o tivessem avisado que os sentimentos de Stinger não eram tão verdadeiros quanto aos que ele sentia em relação à Molly. Inferno, isso o atingiu porque Malice pensou que ele ainda estava apaixonado por Molly. Mas isso foi no passado. Malice não estava apaixonado por ela, mas apenas manteve a ideia de que ela ainda era dele. Ele tomou um gole de sua cerveja e equilibrou a garrafa em seu joelho uma vez que terminou.

1

Malícia


Alguém lhe bateu no ombro e ele olhou para o lado para ver Tuck puxando uma cadeira e sentando-se ao seu lado. — Você está pronto para a corrida de amanhã? Malice grunhiu e acenou com a cabeça. — Sim. Vamos sair as nove e vamos direto, devemos chegar em Utah por volta das quatro da manhã. — Eu disse a Lucien que poderia ir com vocês três, mas ele precisa de mim aqui para o negócio de armas. Malice acenou em resposta a Tuck. — Está tudo bem, cara. Eu prefiro ter você aqui para ter certeza de que Dakota estará bem. — Ele olhou para Tuck novamente e viu o aceno do homem mais velho. Tuck não era muito mais velho do que os quarenta e dois anos de Malice, mas tinha muita bagagem de vida em seus ombros e isso ficava evidente em seu rosto. A cicatriz de faca bem acima da sua jugular ainda possuía um branco brilhante, apesar de terem se passado dez anos desde que ele ganhou a maldita marca. Tuck tinha uma barba de vários dias em seu rosto, e mesmo que seu cabelo fosse de um tom claro, havia fios grisalhos por toda sua face. Inferno, todos eles tinham o cabelo grisalho, tiveram vidas duras para caralho, mas era o que eles haviam escolhido, e Malice, certo como a porra, não trocaria isso por nada no mundo. — Dakota e Molly vão ser protegidos, mas você sabe que eles têm Stinger que cuida deles como algum tipo de bastardo protetor.


Malice grunhiu em reconhecimento. — Sim, mas eu gosto da minha própria equipe cuidando deles também. —Tuck assentiu e deslizou em seu assento. Eles observaram as duas mulheres dançarem e esfregarem-se uma na outra, e depois de um tempo Tuck falou novamente. — Você vai virar um homem das montanhas agora? — Havia uma nota de brincadeira na voz de Tuck. Malice riu e coçou suas bochechas. Ele não havia se barbeado há pelo menos uma semana e a barba estava agora mais espessa. Ele certamente não queria parecer um urso, mas nesse ritmo e especialmente considerando a falta de atitude em fazer algo a respeito, ele estaria chegando a isso em algum momento. — Não, apenas não me preocupo com minha aparência. — Bem, não é como se você não fosse conseguir boceta o suficiente por aqui, mesmo se você parecesse com um homem das cavernas. Malice não respondeu, mas mesmo que ele tivesse algo a dizer, uma das meninas do clube veio e montou no colo de Tuck. Os seios dela eram grandes e falsos, e apertados em um top. Eles balançavam enquanto ela movia a metade superior de seu corpo na frente do rosto de Tuck. Já que muitos deles estavam indo em uma corrida amanhã, esta noite seria regada à álcool, coca, erva e também a deixar seus paus molhados. Malice nunca foi de gostar de drogas ilícitas. Fumar alguns baseados era uma coisa, mas


fazer linhas de coca nunca foi para ele, especialmente quando ele tinha seu filho para cuidar. Trazendo a garrafa de cerveja à boca e ele tomou um longo gole. Estava parado como um pedaço de madeira porque

um

belo pedaço de

bunda

atualmente estava

esfregando seus peitos e boceta em outra mulher do clube. Elas estavam no centro da sala, com as mãos uma sobre a outra, suas línguas se tocando, e os peitos pressionados com tanta força juntos que seus mamilos recuaram. — Cara, eu vou pegar aquela ruiva e fodê-la com tanta força que ela não será capaz de andar em linha reta amanhã. Malice inclinou-se ainda mais para trás na cadeira de couro onde sua bunda estava e olhou para o VP dos The Brothers of Menace MC. Kink já parecia estar bêbado, mas continuou chamando o atendente do bar para trazer mais e mais doses. — Malice, tome uma dose comigo, irmão. — Kink agarrou as duas doses de uísque do barman e entregou uma para Malice. — Por mais momentos agradáveis, pela saúde de seu filho e pôr tudo com o que nos importamos. — As palavras de Kink estavam ligeiramente arrastadas, mas a de todos os membros do MC parecia irreconhecível. Eles brindaram seus copos e beberam o licor amargo. Quando mais mulheres vieram e começaram a se esfregar em todos os membros do clube, atiçando os caras e deixando-os prontos para foder, essa era a deixa para ele dar o fora dali. Ele bateu no ombro de Tuck e saiu do sofá. Kink agora


ganhava sua própria dança da lambida privada, com a ponta dos dedos dentro da vulva da garota. Malice estava bêbado demais para dirigir para sua casa, então foi a parte de trás do clube e encontrou um quarto que não estava ocupado por ninguém transando. Fechando a porta atrás dele, tirou seu colete e a camisa. Ele se sentou na beira da cama e tirou as botas, mas não se incomodou em tirar o jeans largo. Com as luzes desligadas, ele deitou-se na cama colocando as mãos atrás da cabeça e olhou para o teto. As sombras se moviam lá fora, mas ele estava tão exausto e bêbado que não conseguia dormir. Amanhã ele iria com Kinke com Ruin para Utah ver algumas meninas que estavam com outro clube de irmãos. Normalmente eles não trocavam as mulheres, mas uma carta de Fairview dizia que estavam sofrendo muita pressão do Departamento de Polícia local e muitas das igrejas ao redor da pequena cidade estavam tentando expulsá-los. O clube dos Brothers of Menace não deixava ninguém mexer com eles, mas também tentavam manter a paz, e se distanciavam da polícia que os cercava desde que invadiram seu clube e sua casa para descobrir que eles estavam trabalhando com prostituição, o que não foi nada bom para eles. Assim, o clube River Run traria algumas das meninas e ajudaria seus companheiros irmãos até que a pressão acabasse. Desde que os irmãos se envolveram na prostituição em tempo integral, e ficaram fora das drogas, as coisas estavam indo bem. Embora eles não fizessem tanto dinheiro quanto antes quando lidavam com drogas, ter esse tipo de pressão


sobre o clube os levou a entrar em apuros. Vender mulheres não era legal também, mas as autoridades estavam mais interessadas, neste momento pelo menos, em merda grande como armas e drogas. Eles podiam não lidar com armas, mas isso não significava que eles não precisavam delas para proteger o clube e as meninas que trabalhavam para eles. Era necessário ter armas. A violência era associada com o seu MC, e qualquer um que era relacionado à eles, não importava para quê, era importante e às vezes era necessário fazer algumas coisas bem lamentáveis. Mas Malice não podia negar que, para um MC tão mau como os The Brothers eram em River Run, eles fizeram coisas boas também. Assumir essas prostitutas espancadas e maltratadas, por todos esses meses, e construir-lhes um refúgio seguro para recuperarem-se foi uma das coisas mais bondosas que fizeram. Eles podem não fazer o bem assim o tempo todo, mas eles nem sempre eram bastardos. O som de uma Harley estacionando no quintal teve o brilho do farol solitário cortando através do teto. Ele podia não ter de sair até amanhã à noite para ir buscar as mulheres, mas já

passou das três horas da manhã.

Prostituição era, provavelmente, uma baixaria para algumas pessoas, mas o que essas pessoas não entendiam era que se as mulheres decidissem trabalhar para eles teriam proteção, segurança e seriam bem cuidadas. Elas não eram apenas umas bocetas à venda para os Brothers, mas mulheres que se decidiram por este caminho por si mesmas e escolheram o negócio com o MC. A prostituição era um trabalho digno?


Talvez o dinheiro fosse, mas certamente não era honrado. Ele não julgaria o que alguém escolheu para fazer, especialmente quando sua própria vida foi recheada de coisas desonrosas. Ele fechou os olhos, respirou fundo e deixou que a onda de álcool que corria em suas veias levasse a melhor sobre ele e então não teria que pensar sobre qualquer outra coisa. Ele esfregou a mão sobre o rosto e respirou.

Adrianna olhou para Phillip enquanto ele golpeava outra vez o pequeno espelho na frente dele. Ela estava sentada no chão, no canto, rígida contra a parede o máximo que podia porque só o pensamento de estar perto dele fazia sua bile subir na garganta. Sangue seco cobria seu nariz e o canto de sua boca de quando Phillip a espancou porque ela não lhe trouxe o jantar rápido o suficiente. Ela viu quando ele se inclinou para frente, tapou uma narina com o dedo, e colocou o final de uma nota de um dólar enrolada na outra narina. Ele inalou profundamente e prontamente se recostou no sofá e fechou os olhos. Alguns de seus amigos drogados já estavam caídos, um no chão e outro na cadeira ao lado do sofá. Um ainda tinha o torniquete de droga envolvido em torno de seu bíceps de quando ele injetou heroína mais cedo e a agulha, provavelmente suja, pendurada no braço dele. Durante vários meses ela se submeteu a esta vida, mas não foi sempre este pesadelo que ela temia que nunca fosse


acordar. O primeiro mês com Phillip foi bom. Ele era um daqueles caras que podia cativar uma pessoa só com um olhar. E foi exatamente isso que ele fez com ela. Ele a seduziu, a fez confiar nele, cuidar dele, e então ele lentamente começou a mostrar-se em pequenos momentos. Ele era um mestre manipulador, isso era tão claro agora, ela odiava a si mesma por ter se permitido enganar novamente. Os agradáveis jantares e os elogios constantes eram apenas um disfarce escondendo quem ele realmente era. Mas Adrianna não podia culpar ninguém a não ser a si mesma. Ela se permitiu ficar nesta situação, estupidamente pensando que a primeira vez que ele bateu nela era porque ele ficou bêbado demais para saber o que estava fazendo. E então, quando ele começou a usar as drogas bem na frente dela, ela disse a si mesma que ele apenas estava muito estressado por ter perdido o emprego. Ameaçar deixá-lo a fez ter esperanças de que ele pudesse mudar o que ele estava fazendo, porque ela se preocupava com ele, ou pelo menos achava isso. Mas o que ela deveria ter feito era apenas ter ido embora, não ameaçar fazê-lo, porque tudo o que conseguiu no final foi um monte de dor, alguns hematomas e costelas quebradas. Depois disso, as coisas despencaram mais rápido do que ela foi capaz de compreender. Ela podia culpar um monte de coisas do porquê sujeitou-se a isto: um lar desfeito quando era uma criança, a ausência de sua mãe mais preocupada com os muitos homens que trazia para casa em vez de cuidar dela ou de seu irmão mais novo. Adrianna poderia até dizer que era por tudo isso e, em seguida, perder o seu irmão com


a tenra idade de dezesseis para as drogas a fez cega para a vida que ela se permitiu viver. Mas a verdade era que ela sabia o que estava acontecendo, e mesmo que Phillip tivesse esse modo louco quando ele estava chapado, também havia vezes em que ele a fazia se sentir querida. Pelo menos algumas vezes. Agora as coisas estavam apenas ruins, e ela sabia que se fosse embora iria acabar como mais uma estatística. — Adrianna, venha aqui. — A voz de Phillips era suave e arrastada. Ele virou a cabeça e olhou para ela através das fendas dos olhos. Ele estava mais alto que uma pipa e bêbado demais. — Eu disse para vir aqui. — Ele disse um pouco mais firme. Ela não era tola o suficiente para pensar que só porque ele parecia relaxado no momento por causa das drogas que não podia mudar para Mr. Hyde. Adrianna ergueu-se do chão e se moveu em direção a ele. Ela estava indo embora, planejava fazê-lo sem Phillip impedi-la e estava guardando o pouco dinheiro que ganhou antes de Phillip lentamente tirar dela. Certamente não era o suficiente para levá-la longe dele como ela gostaria, mas ela queria sair desta cidade de merda. Ela podia mudar-se para Salt Lake. Uma cidade grande seria uma mudança bem-vinda e ela deixaria essa cidade do inferno na qual viveu toda a sua vida para trás. Se ela não saísse agora não viveria para ver seu vigésimo terceiro aniversário. Quando estava a poucos passos dele parou. Ele olhou para ela por alguns segundos, e então um sorriso lento se espalhou pelo seu rosto. Sem dizer nada, ele


se abaixou e abriu o botão da calça jeans e deslizou o zíper para baixo. Ele estava tão chapado e bêbado que ela ficou surpresa que ele pudesse estar duro, mas estava e seu sorriso lascivo se espalhou ainda mais até que ele se parecesse com uma versão terrível do Coringa. — Chupa. Ela olhou para os dois bostas deitados no chão a poucos passos deles e então olhou para Phillip sacudindo a cabeça em sinal de negação e dando um passo para trás. Ela não iria se submeter a seus desejos doentes e depravados novamente. Seus amigos despertaram um pouco, mas com alguns grunhidos voltou a dormir. — Não, Phillip. Acabou! — Seu rosto estava dolorido do tapa que ele lhe dera e os hematomas em sua barriga a fez gritar de dor quando ela cruzou os braços, protegendo a si mesma. — Eu acho que é hora de eu ir embora. — Ela deu um passo para trás quando seu sorriso desapareceu e ele se ergueu do sofá. — Hora de você de ir embora? — Ele disse quase que com curiosidade, mas ela não era tola de pensar que ele não estava fervendo de raiva. — Você tem estado comigo todo esse tempo, gosta de todas as coisas que eu faço por você — Ele sorriu de novo, mas desta vez de forma sombria e maldosa. Um tremor correu por sua espinha. Ela não respondeu, apenas balançou a cabeça de novo e deu mais um passo para trás. Phillip se levantou, colocou seu pênis para dentro em suas calças, e exalou. — Eu estava me sentindo bem,


Adrianna, realmente muito bem e eu queria sua boca em mim porque eu pensei que seria o ápice desta maravilhosa noite. — Ele disse de um jeito doce, e rolou a cabeça em seu pescoço. O som de seu pescoço estalando, e depois dele avançando em direção a ela fez a adrenalina bombear em suas veias junto com o instinto de luta ou fuga aumentando. — Você é minha, Adrianna. — Ele parou e inclinou a cabeça para o lado. — A menos que — ele balançou a cabeça e riu, ele tinha esta qualidade sombria nele. — Você não está me traindo pelas minhas costas, está? Ela nem sequer quis responder a essa pergunta ridícula. Ele se certificou de que ela estivesse sempre à vista dele, se ele tivesse que sair, era para ela ficar com seus amigos, vigiada como se ela fosse um pedaço de propriedade. — Eu não sou de ninguém, Phillip. Ele riu novamente. — Mas você é. — Ele deu mais um passo em direção a ela. — Seu corpo, essa quantidade ridícula de dinheiro que você acha que você guardou. Seu coração quase parou com suas palavras. — Por quê, Phillip? Ele parecia genuinamente curioso. — Por que o quê? — Por que está fazendo isso, me mantendo aqui assim? — Ele trazia mulheres para casa todo o tempo, inclusive a obrigava a ver como ele as fodia. Ele parecia gostar mais das


drogadas que ele trazia para casa mais do que ela no departamento sexual, ela era pelo menos grata por isso. Mas então havia momentos como estes, quando ele estava fora de si e ela era a única pessoa ao redor. — Você tem muitas outras para agradá-lo. — Sua garganta estava seca, e seu coração batia rápido e intensamente. Ela estava pronta para correr e para lutar por sua vida. Por muito tempo ela se submeteu a esse estilo de vida, mas não sucumbiria nem um minuto mais. — Mas eu gosto de ter você aqui, Adrianna. Gosto de saber que eu posso fazer o que eu quiser com você quando eu quiser. — Ele deu outro passo na direção dela e ela deu outro para trás. — Eu gosto de saber que você veio de uma vida de merda e eu fui capaz de moldá-la para ser a minha perfeita boceta. Você não é como as putas drogadas em quem eu enfiava meu pau. Você é minha prostituta e pretendo mantêla dessa forma. — Ele estava em sua frente antes que ela pudesse compreender o que estava acontecendo. Com a mão em torno de sua garganta, a força conjunta da adrenalina do momento e as drogas bombeando através de suas veias intensamente, Adrianna sabia que, se ela não fizesse algo drástico isso iria acabar com ela indo para o inferno ou pior. Ele a levantou facilmente do chão de forma que apenas os dedos dos pés o tocassem. Abrir a boca e tentar gritar algo era algo que ela não poderia fazer. Ela lutou, agarrou sua mão, chutou sua canela, mas ainda assim, Phillip só parecia apertar seu


abraço com mais força. Quem saberia que outras drogas que ele usou antes do álcool e da cocaína? — Eu gosto de saber que você é minha. Toda minha. Se eu quiser dar um tapa em você, eu vou fazer. — Ele deu um passo para frente, e ela se viu pressionada contra a parede. — Se eu quiser que você observe enquanto eu fodo outra prostituta, eu gosto dessa opção, também. — Ele se inclinou e mostrou os dentes. — Você não tem ninguém, Adrianna. Antes de mim era uma miserável. Sem família, sem amigos, você é uma triste desculpa para um ser humano. Você tem sorte de que eu ainda querer manter o seu traseiro gordo por perto. — Ele a soltou e deu um passo para trás. — Quero dizer, olhe para você. Você está gorda para caralho e me enoja. Ela caiu no chão com falta de ar e piscando contra as estrelas e a escuridão que ameaçaram levá-la apenas alguns segundos antes. Erguendo o olhar do chão ela olhou para Phillip. Ele se inclinou e voltou a cortar outra linha de coca. Adrianna se levantou, apoiou a mão na parede e em seguida, virou-se lentamente o olhar para a lâmina de barbear que estava apoiada na ponta da mesa. Havia sempre uma lâmina de barbear por perto quando os viciados vinham na casa. — Você vai fazer o melhor para manter a boca fechada e fazer o que eu digo. — Ele se inclinou e ela o ouviu inalar a linha branca. Mas ele não acabou ainda e começou a cortar outra. — Se eu quero que você lave a porra da minha roupa e cozinhe minhas refeições, você vai ser inteligente e ir direto fazer. - Ele se inclinou sobre a mesa e inalou a próxima linha.


Ela caminhou até a mesa, os pés descalços sem fazer nenhum som no piso de madeira manchada e envelhecida. Estendendo a mão, colocando o polegar e o indicador sobre a borda da lâmina, ela calmamente deslizou para fora da mesa. Seu pulso encheu seus ouvidos e ela jurou que podia ouvir o sangue correndo por suas veias. Sua visão se estreitou, e tudo o que ela podia ver era Phillip na frente dela. O que ela estava pensando em fazer exatamente? Matá-lo? Observá-lo sangrar? Deus, esse não era o perfil ela. Antes que ela pudesse colocar a lâmina de volta na mesa ele se virou e seu olhar se concentrou na navalha que segurava. — Sua pequena imbecil. - Ele avançou na direção dela e tudo que ela pôde sentir foi sua mão estalar na lateral de seu rosto. Cambaleando pela força do impacto, Adrianna teve que a buscar a parede atrás dela para se apoiar novamente. O sangue escorria pelo canto de sua boca enquanto ela, atônita, o sentia descer pela garganta. — O que você vai fazer, porra, cortar meu pescoço? — Ele avançou, mas algo dentro dela estalou. Ela viu vermelho, reforçou seu domínio sobre a lâmina, e esperou até que ele estava perto o suficiente. — Você é um idiota de merda. — As palavras saíram de sua boca, ao mesmo tempo em que ela cegamente girou o braço para trás. Agora ela estava agindo por instinto, não era capaz de se concentrar em coisa alguma, exceto sobreviver. A próxima sequência de eventos aconteceu em um borrão. Ela


viu a lâmina entrar em sua carne e sentiu seu sangue quente jorrar fora dele. Ele avançou novamente, mas ela se abaixou e se afastou. Philip agarrou sua garganta, tropeçou na parede, e deixou um rastro de sangue em seu caminho. Começou a gritar um som borbulhante com nome de seus amigos, mas eles não se moveram. Adrianna não perdeu mais tempo, nem correu para o quarto para agarrar seus poucos pertences. Ela correu para fora pela porta da frente no momento exato em que um relâmpago cortou o céu, e, segundos depois, um trovão ecoou ao redor dela. Ela correu o mais rápido que pôde, e quando a chuva começou a cair, seus pés doíam, mas ela continuou correndo. Parecia que seu coração ia explodir em seu peito e tudo o que ela continuava pensando era se ela o matara. A madrugada já ia alta, mas ela iria ao banco logo pela manhã e retiraria o pouco de dinheiro que tinha e descobriria qual seria seu próximo passo. Mas agora tudo o que ela queria fazer era ir o mais longe que pudesse de Phillip e da prisão que ela se permitiu ficar presa por tanto tempo, o máximo que suas pernas poderiam levá-la.


Malice, Rock e Run faziam a parada de descanso fora dos limites da cidade de Fairview. Mas o céu que estava aberto se fechou e uma chuva horrível estava caindo, forçando-os a se recolher até que ela terminasse. Run, conduzia a van e seguia atrás dele e Rock em suas motos. Rock e Run estavam sentados no caminhão e a música que explodia alta para caralho para esta hora, podia ser ouvida até mesmo através das janelas fechadas. Malice tirou um cigarro de dentro de seu casaco, pegou um isqueiro do bolso de trás e o acendeu. Inalando profundamente e mantendo a fumaça em seus pulmões ele olhou ao redor da faixa deserta da estrada a frente dele. Podia ver a pequena cidade de Fairview onde o The Brothers of Menace Utah se localizava e viu os poucos postes a distância. Exalando a fumaça, Malice levou o cigarro de novo à boca e deu outra tragada. A viagem foi longa, a estrada suave e fácil, mas ele precisava de um pouco de relaxamento químico. Sua moto estava estacionada ao lado de um poste que sustentava os toldos, e ele se inclinou para trás contra ele. O vento fez a chuva se deslocar para a direita e depois uma rajada empurrou-o para a esquerda. No momento em que


estava prestes a dar mais uma tragada no cigarro ele viu um vulto branco a cerca de 10 metros de distância. Ele se levantou e deu um passo para longe de sua motocicleta. Estreitando os olhos e tentando ver o que diabos ele estava olhando, ele percebeu que era uma garota que andava no meio do nada. Ele olhou para a van e viu Rock olhar para ele ao mesmo tempo e apontou para a garota. Rock deu uma cotovelada em Run, em seguida, os três estavam olhando para ela. Ela chegou mais perto, mas era claro que estava fora de si. Tinha que estar bêbada ou drogada, pois quem no seu perfeito juízo andava neste tempo com aquilo que ela estava vestindo? Ele apagou o cigarro e observou-a mais de perto. Normalmente, ele não teria dado a mínima ao ver uma garota andando na chuva sem sapatos, um top e um par de shorts. Mas por alguma razão ele não conseguia parar de olhar para ela e essa sensação estranha viajou através dele. Era seu instinto protetor, desta vez feroz e forte, e muito diferente do que ele já sentiu, mesmo com Molly. Mas esta era uma sensação absurda que ele não se aprofundar de jeito nenhum, porra. Ele deveria se afastar, caminhar de volta para a sua moto e sair, mesmo com essa fodida tempestade, mas ele não se mexeu. Ela se aproximou, como se estivesse indo direto para ele. O som das portas da van abrindo e fechando disse-lhe que Run e Rock saíram. A menina não olhava para nada, parecia atordoada. Seu cabelo escuro estava colado à cabeça e os longos fios presos aos ombros. Ele podia ver os lábios se movendo agora que estava mais perto, como se ela tivesse


sentido seu olhar nela ela, parou e olhou para ele. Por um segundo, tudo o que eles fizeram foi olhar um para o outro e até mesmo de vários passos de distância ele podia ver que os olhos dela eram de um azul claro. Ele passou seu olhar por todo seu corpo. Ela estremeceu e com o cair da chuva, a camisa branca encharcada estava transparente e os mamilos eram visíveis. Mas o que o fez fechar os punhos e a raiva arder dentro dele foi o fato de o lado de seu rosto ter uma contusão desagradável. O lábio inferior estava partido, e ele não duvidava que seu rosto, provavelmente, estaria coberto de sangue se não fosse pela chuva. Ela olhou para Run e Rock que estavam ao lado dele agora. — Eu preciso de ajuda. — Sua voz era baixa, mas ele a ouviu mesmo sob o intenso barulho da chuva. Ela deu um passo à frente, tropeçou, e ele sabia que iria cair. Ele moveuse rapidamente para ela e a pegou antes que caísse no chão. A água pingava em seu rosto, mas ele estava voltado para a visão de seus olhos da cor azul acinzentado e não conseguia se concentrar em nada além dela. Mas ele poderia dizer que ela estava desmaiada. Ele levantou do chão com ela em seus braços e caminhou em direção à van. — Malice, homem, que porra você está fazendo? — Perguntou Run. Malice não respondeu, apenas levou-a para a parte de trás. Antes que ele pudesse abrir a porta, Run estava lá fazendo isso por ele. Ele se moveu e então tinha um joelho no


chão da van e a deitou no banco de trás empurrando os fios molhados de seu cabelo escuro para longe de seu rosto. — Droga, alguém bateu muito nela — disse Run por trás dele, e Malice virou a cabeça para o lado e olhou para ele por cima do ombro. — Cale a boca, Run. O outro motociclista ergueu as mãos. — O que diabos você vai fazer com ela? Malice mudou a posição para que não ficasse na van por mais tempo e olhou para ela. Mas depois de apenas um segundo agarrou um cobertor que estava no banco de trás do veículo e colocou sobre ela. — Vamos levá-la para o clube. — Eu sei que Marx tem um cara que costuma vir e ajuda a medicar os membros. O cara tem algum tipo de formação médica. — Sim, ela definitivamente precisa ser examinada, mas você acha que é bom trazer uma mulher qualquer para um clube que nem sequer fazemos parte? Quero dizer, eles precisam de um pagamento pelo menos. — Run deu um passo mais perto e se inclinou para que ele pudesse ter uma visão melhor dela. — Especialmente com toda a bagunça acontecendo com o povo da igreja e a Polícia. — Run virou e olhou para Malice. — Não sabemos nada sobre essa garota. Malice fez um som baixo em sua garganta.


— Não interessa. Eu não vou deixá-la quando dá para ver que ela claramente precisa ser examinada com todas essas feridas, e ela pediu ajuda. — Ele fechou a porta e virouse para eles. — Vou ligar para Marx para que ele saiba da mudança de planos. Talvez ele saiba quem ela é e o que pode ter acontecido. — Ele inclinou o queixo em direção Rock. — Você pode chamar Lucien e dizer o que diabos está acontecendo? Eu não quero que ele descubra em segunda mão por Marx, ou qualquer um dos outros membros do clube Fairview. Rock assentiu e enfiou a mão dentro de sua jaqueta para pegar seu celular. A chuva já estava parando, mas Malice não ia esperar até que parasse completamente antes de se dirigir para o clube. Ele chamou Marx, deixou o motoqueiro saber o que estava acontecendo e que eles estavam indo até eles e desligou. Rock desligou o telefone, caminhando de volta para ele. —

Lucien

foi

atualizado,

e

ele

disse

que

se

precisássemos dele ou de qualquer um dos membros era só pedir. Malice sacudiu a cabeça. — Vamos levá-la em primeiro lugar, descobrir o que exatamente está acontecendo e se queremos nos envolver. — Depois de dizer isso, Malice sabia que não haveria mais maneira de ele não se envolver. — Vamos. — Sem esperar por eles para responder Malice estava caminhando em direção a sua moto e, em


seguida, montando-a. Rock moveu ao lado dele e pegou sua moto e, em seguida Run subiu na van e deu partida. Malice ligou seu motor e, em seguida, Rock estava fazendo o mesmo. Eles se dirigiram para fora da parada de descanso e foram em direção à cidade, e a única coisa que Malice pensava era na jovem de não mais do que vinte e poucos anos olhando para ele com seus olhos azuis. Ela parecia triste e perdida e pediu, com suavidade nos olhos, sua ajuda. Como Malice poderia virar as costas para isso? Ele pode ser um fodido idiota nos seus melhores dias e que feriu muitos homens maus em sua vida, mas ele não era um canalha, especialmente para uma mulher que estava ferida e que precisava dele. Saíram da cidade, que ainda estava dormindo, e Malice manteve seus olhos na estrada, mas era consciente do seu redor. Ele não viu mais ninguém andando por aí e não passara

nenhum

veículo.

Quem

quer

que

a

tivesse

machucado não a estava procurando, pelo menos não agora, ou eles estavam fazendo isso as escondidas. Passaram pelo pequeno motel que era o centro de Fairview e continuaram em direção à periferia da cidade. Uma vez que viraram à esquerda e começaram a andar através da densa floresta que cercava a pequena comunidade de Utah, Malice percebeu que ninguém poderia ter nenhum acesso a merda do clube, a não ser que realmente saísse da porra da direção que estava indo para fazê-lo. Mas mesmo que ele pudesse entender a razão pela qual a igreja estava um pouco chateada com o fato de que havia um clube hardcore MC vendendo mulheres, este era o seu negócio. Eles não estavam prejudicando ninguém,


as mulheres consentiram e todo mundo era pago. Era a maneira como isso funcionava e se eles não podiam lidar com isso eles poderiam enfiar seus problemas na própria bunda. O portão da casa do clube Fairview surgiu depois de cerca de um quilometro de condução sobre o longo trecho de estrada rural. Eles deram uma parada e uma vez que abriram o portão, seguiram até a via que levava à frente do clube. Holofotes

estavam

acessos

ao

redor

do

perímetro

da

propriedade tornando cada ponto possível de entrada visível. Uma garagem foi erguida na lateral da casa e um rock clássico explodiu das portas do compartimento aberto. Pelo menos

vinte

homens

estavam

do

lado

de

fora,

seja

trabalhando em motos, fumando cigarro ou apenas falando besteira. Mas todos eles pararam o que estavam fazendo para fazerem uma abordagem. Malice puxou sua motocicleta para uma parada, Rock aproximou-se até ele e então Run desligou o motor da van. Malice tirou o capacete e desmontou e Rock fez o mesmo. Antes que ele pudesse andar em direção a garota na parte de trás da van, viu Marx caminhando para fora do clube. Ele tinha um olhar duro em seu rosto e seu olhar foi direto para a van. Malice avançou e parou quando ele estava algumas polegadas dele. — Ei, irmão. — Eles fizeram a coisa do meio-abraço, umas batidinhas nas costas em forma de cumprimento, e em seguida, ambos se voltaram para a van. Run já abriu a porta, mas antes que o outro homem pudesse chegar e levá-la, o que ficou claro que ele estava prestes a fazer, Malice já tinha


se adiantado. — Eu a levo, Run. — Ele não perdeu o olhar confuso no rosto do outro motociclista, mas agora ele não queria

sequer

tentar

explicar

o

que

diabos

estava

acontecendo com ele e essa mulher. — Vamos, vamos levá-la para dentro— disse Marx e foi assim que todos se voltaram para o que eles estavam fazendo. Malice seguiu Marx para o clube, passaram por todas as garotas que estavam

caídas sobre

outros membros

e

continuaram em direção aos fundos do edifício. Marx empurrou uma das portas abertas e gesticulou para Malice para entrar. Uma vez que ele a tinha na cama se obrigou a dar um passo atrás. Todo mundo ficou em silêncio por alguns segundos, ele sabia que não era o único que tinha o olhar fixo na mulher frágil na cama. Ele passou a mão sobre os olhos, sentindo-se realmente muito cansado de repente. Enfiou as mãos nos bolsos da frente da calça e passou seu olhar sobre seu corpo. Ela estava praticamente coberta com o cobertor, mas seus pés descalços estavam para fora. As solas estavam arranhadas e havia sangue seco agora cobrindo-os já que a chuva não os lavou. Ele olhou para o rosto dela e toda a raiva se levantou mais uma vez como uma onda violenta. — Você sabe quem ela é? — Rock foi o único a perguntar a Marx. Malice olhou para ele e viu o outro homem sacudir a cabeça. — Não, mas isso não quer dizer nada. Ela poderia ser mais um andarilho de uma das cidades, ou vive na parte


pobre de Fairview. Acredite ou não, mesmo essas cidades do país têm áreas de merda. Não, Malice sabia sobre isso. Droga, River Run tinha lugares bonitos, mas depois havia negócios menos favoráveis no centro da cidade. — Lucien sabe o que está acontecendo, mas ele está se mantendo afastado até que lhe digamos que precisamos de ajuda. — Não era que os três precisassem do apoio de seu clube, porque eles estavam com a equipe de Marx e tinham um acordo com este clube há uma década. Era mais por não furar com a irmandade e apenas estar lá. Além disso, se as coisas ficassem feias, ou seja, se Malice descobrisse quem fez isso com ela e buscasse retaliação, sua equipe estaria lá para ele. Eles seriam aqueles a entregar-lhe um pano para limpar os dedos sangrentos. — Que porra é que vamos fazer com uma mulher que está nessas condições de merda? — Marx disse entre dentes e se aproximou da cama. Ele a observou, mas não disse nada por alguns segundos. — Já temos a maldita igreja e seus membros em cima de nós com a venda de sexo, existem piquetes bem na frente do nosso clube e os policiais tentando nos prender por razões estúpidas. Eu certamente não preciso de você trazendo mais essa merda à nossa porta. Malice estava encostado contra a parede com os braços cruzados e um pé apoiado na madeira atrás dele. — Escute, não havia possibilidade de deixá-la lá. Ela está, obviamente, fugindo de alguém, provavelmente um ex-


namorado ou marido que deixou o rosto dela como está. Eu posso ser um bastardo, mas neste tipo de questão eu não vou fingir que não vi. Marx exalou alto e passou a mão sobre a sua longa barba branca e espessa. — Não, eu não estou dizendo que você deveria tê-la deixado lá na merda. — Ele então começou a correr as duas mãos sobre o seu longo cabelo. — Ela é jovem, realmente muito jovem. — Ela poderia ser da idade do meu filho. — Todos eles se viraram e olharam para Beady, que estava sentado em uma das cadeiras e tinha os lábios partidos. — Algum filho da puta meteu a porrada nela. — Beady olhou para Malice. — Ela disse alguma coisa antes desmaiar? Malice balançou a cabeça e olhou de volta para ela. — Ela só pediu minha ajuda. — Bem, quem quer que tenha feito isso à ela precisa de uma lição sobre como se deve tratar uma mulher. Beady se levantou e se aproximou da cama onde a mulher estava.

O outro motociclista poderia ser um dos

caras mais filho da mãe por aí, mas ele também tinha uma filha naquela idade, e aquilo aconteceu bem próximo de sua casa. Ele chegou mais perto e afastou uma mecha ainda úmida de cabelo do rosto dela. — Ela é uma belezinha.

A pessoa que se achou no

direito de fazer isso com ela deveria se envergonhar.


Malice não percebeu o jeito como Beady tencionou os punhos ao lado dele. Inferno, era a mesma coisa que Malice estava fazendo. Aliás, estava fazendo desde que a viu. Ele não conseguia explicar o quê naquela garota fazia com que seu instinto protetor ficasse mais aguçado. Mas vê-la machucada daquela maneira, sabendo que alguém levantou a mão e bateu nela daquela maneira fazia com que uma raiva violenta despertasse nele.

Aquela fúria explodiria em breve e seria

como um demônio à caça de sangue.

Ele não conseguia

controlar como se sentia e sabia que mesmo que tentasse descobrir o que diabos estava acontecendo com ele era infrutífero.

Ele iria

ter

respostas dela

assim

que ela

despertasse e então ele iria à caça. Vingança era algo em que ele era bom e a retaliação que ele fazer com quem machucou essa mulher seria um doce e macabro prazer.


Adrianna sacudiu-se com um sobressalto. Seu coração disparou, suor pontilhava sua testa e ela não conseguia recuperar o fôlego. O sonho que a acordou foi horrível, porque ele era muito real. Na verdade, se sentiu como se ela ainda estivesse nele e estivesse de volta na casa de Phillip, lutando por sua vida, mas sabendo que iria morrer. Mas então, ela viu aquela lâmina de barbear entrar em seu pescoço, sentiu o jorro de sangue quente doentio cobri-la e em seguida fugiu porque ela não foi capaz de suportar a visão de ele morrer em seus pés. Ela esfregou as mãos sobre o rosto, sentiu o suor que cobria sua pele e suspirou. Sentando-se na cama onde estava deitada, olhou ao redor. Tudo ainda estava tão fresco em sua mente a respeito de Phillip, mas depois tudo virou um leve borrão. Ela lembrou de saído de casa, na chuva caindo forte e dura sobre ela e depois de ver um homem parado ali olhando para ela. O rosto do homem ainda era meio confuso, mas ela se lembrou de sua presença e essa sensação de perigo, mas também de proteção que veio dele. Seu rosto latejava, suas costelas doíam e seus pés picavam. Depois de afastar o cobertor que a cobria, ela olhou


para si mesma. Sua roupa estava ainda um pouco úmida, e ela estava pelo menos grata por quem quer que a levou a este lugar manteve sua roupa. Ela tinha alguns hematomas nas pernas e um olhar para seus pés mostraram que as solas deles estavam muito arranhadas. Ela levantou a beira de sua camisa e olhou para seu lado, uma contusão desagradável cobria suas costelas. Adrianna sabia que seu rosto era provavelmente uma visão feia dado o quão dolorido sentia. Olhar ao redor da sala não a ajudou a descobrir onde estava, mas ela não sentia medo de estar neste lugar incomum. Pelo menos era algo para ajudar um pouco a aliviar suas já desenfreadas emoções. O quarto que ela estava era bastante simples, uma cama de casal, onde ela estava no momento, uma mesa velha e trincada com uma cadeira no canto, uma cômoda que também parecia ter visto dias melhores e alguns cartazes que mostravam motos e mulheres seminuas sobre eles. Ela se mexeu na cama e os dedos dos pés descalços tocaram o chão frio. Iria doer como uma cadela para andar, mas ela não podia ficar na cama quando ela nem sequer sabia onde ela estava. Um olhar sobre o ombro mostrou uma pequena janela e a escuridão que ainda cobria o céu. Ela precisava ir ao banco, retirar o dinheiro que tinha e ir para o mais longe de Fairview que conseguisse. Mas ela estava terrivelmente ferida e cada pequeno movimento fazia seus músculos gritarem. Haviam vozes ruidosas e profundas à direita fora da porta fechada, mas elas eram muito abafadas para ela entender o que estava sendo dito. Ela apoiou as


mãos no colchão e empurrou até que ela estivesse de pé. A dor era insuportável, mas ela cerrou os dentes e se obrigou a levantar. Agarrando o cobertor fino que a cobria, ela envolveu-o em torno de si e olhou para a esquerda. Havia uma porta parcialmente aberta e ela podia ver a borda de um vaso sanitário dentro. Andar causou ainda mais dor que irradiou até suas pernas, mas quando ela finalmente chegou ao banheiro, apoiou as mãos no balcão. Com luz ligada agora ela olhou-se no espelho e fez uma careta. Um lado do rosto dela estava ligeiramente inchado e uma mancha roxa desagradável já estava se formando. Seu lábio estava partido e havia algum sangue seco em seu queixo. Depois de ligar a torneira e lavar a mancha cor de cobre, ela se virou e pegou a pequena toalha de mão que estava pendurada no cabide. Quando ouviu a batida na porta do quarto tudo nela parou. Ela não se moveu por alguns segundos, mas depois se inclinou para o lado um pouco para que ela pudesse ver o quarto e a porta da frente. Ela foi aberta, um segundo depois e ela viu uma mulher entrar com um conjunto de roupas e uma bacia. A mulher parou quando viu a cama vazia e então ela olhou ao redor do quarto. — Olá? — Ela se aproximou do banheiro e sorriu quando viu Adrianna. A mulher tinha de estar em seus trinta e poucos anos, e sua roupa sugeria que ela poderia ter sido uma stripper. — Eu sou Pam. — Ela estendeu a pilha de roupas e a vasilha que segurava. — Foi-me dito para trazer isso para você. — Quando Adrianna não respondeu de imediato a mulher olhou para a cama. — Eu vou deixar essas


coisas aqui. Eu sabia que o médico estava vindo para te verificar uma vez que estivesse acordada. Adrianna engoliu e saiu do banheiro, mas não podia deixar de estremecer a cada passo que ela dava. A mulher não causou qualquer alarme dentro de Adrianna. — Você precisa sentar e deixar o Doutor Harley dar uma olhada nos seus pés. — A mulher olhou para o rosto muito atentamente. — E outras partes de você. — Ela fez um gesto em direção à cama mais uma vez. — Está tudo bem. Você está segura aqui. Antes que Adrianna pudesse dizer qualquer coisa a mulher estava caminhando de volta para a porta. Adrianna não ia sentar e esperar e em vez disso seguiu atrás dela o mais rápido que pôde. A mulher deixou a porta entreaberta e quando Adrianna puxou para abrir o resto do caminho e se inclinou para fora para que ela pudesse ver, viu um longo corredor que se abria em uma espécie de grande sala. Ela não podia ver ninguém, mas as vozes eram ainda mais altas agora que não havia nenhuma parede impedindo o ruído do lado de fora. Ela apertou o cobertor em volta dela e foi para o corredor. A adrenalina bombeada através de suas veias entorpeceu um pouco da dor em seu corpo. Adrianna sabia que ela deveria ter medo, mas ela argumentou que, certamente, se quisessem fazer mal a ela eles já poderiam ter feito isso. Além disso, ela não tinha outro lugar para ir e não tinha mais ninguém para ajudá-la. Ela precisava confiar em alguém, certo? Ela ouviu a mulher começar a falar com alguém no fim do corredor e todos os outros ruídos


pareceram cessar. Ninguém falou uma vez que a mulher terminou, mas então houve o som de várias cadeiras raspando pelo chão. Adrianna parou, seu coração agora em sua garganta e suas mãos pareciam querer rasgar o cobertor de tão forte que ela o segurou. Como se seu corpo estivesse trabalhando sem o seu controle, ela deu um passo para trás e depois outro, quando viu três homens no canto. Eles pararam quando a viram, e embora ela tenha se sentido tonta, como se ela fosse desmaiar, Adrianna não caiu. Ela se agarrou em cima de um resto de forças e forçou-se a ir adiante. Em vez disso, ela olhou para o rosto quase selvagem do motociclista que estava na frente dos outros dois. Ela podia ver outros homens se moverem por trás dos motociclistas atualmente bloqueando a única saída, mas por algum motivo ela não sentia medo, como se ela assumisse que não precisava. Estava apreensiva, claro, e endorfinas bombeava através de seu corpo quando ela se esticou, mas isso era uma reação natural e automática. O homem na sua frente, apenas alguns pés dela, era possivelmente o maior cara que ela já viu. Ele usava um daqueles coletes de couro que ela viu na gangue de motociclistas locais quando andava pela cidade. O emblema no lado esquerdo confirmou que ele era o sargento de armas, o que quer que isso significasse. Ela não o conhecia, mas o que ela sabia era que ele era perigoso. Ela sabia, sem dúvida. Ele deu um passo mais perto e ela se moveu para trás. Quando ele levantou a mão, quase de uma forma não ameaçadora, ela parou.


— Calma agora. Você está segura aqui. Sua voz era tão profunda que um ligeiro tremor percorreu através de seu corpo. Ela olhou por cima de seus ombros impossivelmente largos e viu que agora havia cinco homens atrás dele. Todos eles a observavam com esta postura dura de não dar nada e quando ela olhou para o motociclista a direita na frente dela viu que ele usava a mesma expressão estoica. — Qual é seu nome? — Sua voz era profunda e baixa. Ele podia estar tentando não parecer ameaçador, mas dada a sua altura e o olhar feroz em seu rosto, simplesmente não estava funcionando. Ele devia ser pelo menos uma cabeça a mais de altura do que o seu tamanho de um metro e meio, e o pensamento de que ele era feito de puros músculos sob o couro, algodão e jeans deixou sua garganta apertada. Deus, o tamanho de suas mãos só a fazia pensar que ele não teria nenhum problema esmagando tudo o que quisesse naquele aperto enorme. Seus braços, puta merda, eram densamente feitos

com

verificando-o

músculos assim?

também. —

E

por

Seu nome?

que

ela

estava

Ele perguntou

novamente. Ela voltou o olhar para o rosto dele, que estava sombreado com uma barba aparada cobrindo-lhe o queixo e olhou em seus olhos. Mesmo de onde estava podia ver que seus olhos possuíam está sombra ímpar de cinza. — Adrianna Carmine. — Ela suspirou e depois lambeu os lábios. Ela o viu correr seu olhar para baixo do


comprimento do seu corpo, parar quando ele chegou a seus pés, e ele olhou para eles por vários segundos. — Quem é você? Levou vários segundos para responder a ela, e quanto mais tempo ele ficou ali olhando para ela, mais nervosa ficava. — Malice. — Malice? Que tipo de nome era aquele? Ele deve ter visto o olhar confuso em seu rosto, porque ele respondeu a sua pergunta não formulada. — Trevor Mason, mas atendo por Malice. — Adrianna não queria saber como ele conseguiu um apelido como esse, porque parecia violento e perigoso e insinuava que ele provavelmente fez algumas coisas muito ruins. Ela assentiu com a cabeça e lambeu os lábios novamente. — Você vai causar mais machucados do que o que já foi feito. Antes que ela pudesse responder, ele estava bem na frente dela. Ela teve que esticar o pescoço para trás só para olhar o rosto dele e o cheiro de couro e algo escuro e picante encheu seu nariz. Seu coração batia num ritmo rápido e intenso ao tê-lo tão perto, mas por alguma razão ela não podia afastar-se. E então ele a pegou em seus braços como se ela não pesasse nada e caminhou de volta para o quarto de onde ela acabara de sair. Ela deveria ter chutado e gritado para ele deixá-la ir, mas tudo o que poderia fazer era olhar para o rosto dele e manter a boca fechada. Ela odiava que ele tivesse esse controle estranho sobre ela, mas também não podia negar o alívio imediato que sentiu agora que já não estava de pé.


— Marx, traga o médico. — Ele pediu por cima do ombro, sem perder um passo. Uma vez de volta ao quarto, ele a colocou na beira da cama e deu um passo para trás. Ele estava olhando para seu rosto e notou que ele parecia muito tenso. Outro homem veio um minuto depois, carregando um saco de nylon preto. Ele não parecia ter muito mais que trinta anos e embora não tivesse dito quem era, Adrianna sabia que ele era o médico. Ele parecia muito limpo para estar neste clube de motociclista, isso estava claro por seu blusão Oxford que tinha esta sombra estranha de verde, a calça creme Dockers, e seus mocassins de couro marrom. Parecia que ele deveria estar ensinando em uma universidade ou dando consultas atrás de uma mesa. O que ela não entendia era o que ele estava fazendo saindo com um grupo desses homens e suas motocicletas, ásperos e duros que eram o dobro do seu tamanho. — Olá. Sou Preston. — Ele pegou uma cadeira que um dos outros caras lhe entregou e a colocou na frente dela. — Você poderia ajudar a segurar a perna dela? — Ele falou com Malice e o motociclista ajoelhou-se em seguida e segurou sua perna. A sensação de sua mão grande, calejada envolta frouxamente em torno de seu tornozelo não deveria ter causado este tipo estranho de nervosismo. Adrianna não podia deixar de olhar para o longo e forte comprimento de seus dedos, como sua perna parecia tão pequena em seu domínio e como ela nunca pensou que parte do seu corpo ou qualquer parte sua poderia ser considerado pequeno. Mas


este homem a fez sentir-se dessa maneira, fez esta parte feminina de seu ser se acender e tomar conhecimento de algum tipo de sentimento primitivo. Este era um homem e ela era uma mulher, e que era o que seu corpo e mente estava gritando para ela. — Estes cortes são apenas superficiais, mas eles vão doer bastante— o médico olhou para ela. — Especialmente se você não mantiver os pés para cima e deixá-los curar. — Ele olhou de volta para seus pés e começou a limpá-los com várias coisas que ele pegou de sua bolsa. A sala ficou em silêncio, e ela olhou para cima. Nem todos os homens que estiveram no corredor entraram no quarto, mas ainda haviam três de pé ao lado da porta. Todos eles tinham as mesmas expressões rígidas idênticas. Ela deslizou seu olhar para o cara que atualmente segurava seu tornozelo e ficou surpresa ao ver que ele estava olhando diretamente para ela. Seus olhos cinzentos

observavam

atentamente,

como se ele

pudesse ler o que estava passando em seus pensamentos. Boa sorte com isso, porque eu mesma não sei o que está passando por minha cabeça. — Eu sugiro ficar em repouso o máximo possível por mais dois dias. — O médico recostou-se na cadeira e olhou para ela. — Mas eu sei que ficar deitada na cama por um longo período de tempo provavelmente vai começar a ficar um pouco desconfortável, também. — Ele colocou algumas ataduras nas solas dos seus pés, e o homem que segurava as suas pernas gentilmente baixou-os para o chão. — Embora a maioria seja superficial, existem algumas lacerações que são um pouco mais profundas. Você não


precisa de pontos, mas a adição de muita pressão sobre eles irá atrasar o processo de cicatrização. Então, é só ter calma. — Ele sorriu, e quando ele levantou a mão ela recuou. Foi uma reação automática, mas estava claro. O médico parou, juntou suas sobrancelhas e então olhou para o cara ao lado dela. — Desculpe. — Ela murmurou. Estes homens estavam tentando ajudá-la, por qualquer motivo e ela estava deixando suas emoções assumirem o controle. Apertando as mãos no colo, ela se endireitou e assentiu. — Desculpe — disse ela novamente. — Tem sido uma noite ruim. O médico balançou a cabeça e pegou o queixo dela entre o polegar e o indicador delicadamente. Ele virou a cabeça para a esquerda e depois para a direita. Durante vários segundos,

ele

manteve

a

cabeça

parada

quando

ele

claramente olhou para o lábio partido e contundido. Talvez ela devesse se sentir estranha em ter esses homens estranhos verificando que ela estava assim, mas a verdade era que ela nunca teve pessoas e muito menos estranhos para ajudá-la. Adrianna sabia que com o tempo eles gostariam de saber o que estava acontecendo e é claro que ela iria dizer a eles. Não havia sentido em mentir, mas talvez eles pudessem ajudá-la a chegar a algum outro lugar onde Phillip não pudesse alcançála. Honestamente, ela não sabia se ele ainda estava vivo e se estivesse ela sabia que havia uma boa chance de que ele viesse atrás dela para dar o troco. — Não se pode fazer muito pelos hematomas ou lábio cortado. — Preston soltou dela e exalou alto. — Só um pouco


de gelo para o inchaço. — Ele olhou para ela por alguns segundos, e sentiu como se ele estivesse esperando por ela para dizer alguma coisa. — Seu namorado fez isso com você? — Ele expressou isso como uma pergunta, mas ela podia ouvir em sua voz que ele já sabia a resposta. Ela não sabia por que ela não respondeu de imediato. — Talvez um marido? Adrianna engoliu em seco e a crueza na garganta, de quando Phillip tinha as mãos em torno dela, parecia se intensificar naquele momento. — Você pode nos dar um minuto a sós? — Malice olhou para o médico. Ele então olhou para ela. — Você está bem com isso? Ela olhou para ele e depois para o médico antes de finalmente concordar. — Sim. Preston levantou-se e saiu da sala. Os outros três rapazes olharam um para o outro, e, em seguida, saíram também, como se Malice lhes tivesse dado algum tipo de ordem silenciosa. Uma vez que a porta estava fechada e ficaram apenas os dois sozinhos no quarto, ela se moveu na cama e manteve seu olhar sobre ele. Ele se levantou e deu um passo atrás, mas manteve seu olhar sobre ela também. — Agora, que tal você me dizer o que aconteceu para que possamos ver o que fazer a seguir? — Ele agarrou a cadeira que o médico estava e sentou-se nela. — Eu fui espancada. — O olhar que ele deu a ela era do tipo

"Não

me

diga..."

E

ela

olhou

para

suas

mãos.


Honestamente, ela não tinha ideia do que dizer. Claro, ela queria dizer cada pequeno detalhe sórdido que compunham sua existência miserável, falar sobre o quão estúpida era para não ver os sinais bem na frente dela, mas agora que ela foi confrontada com a realização, apenas uma parte dela estava realmente com medo. Ele exalou profundamente e recostou-se na cadeira. Quando ele cruzou os braços ela não podia deixar de olhar para a forma como os braços enormes incharam. — Que tal começar com o básico? Ela olhou para seu rosto e assentiu. — OK. — Você é de Fairview? Ela balançou a cabeça. — Não originalmente. Eu cresci em Littlemore. É a cidade mais próxima. Ele não se moveu, não respondeu, e continuou a olhar para ela como se ele quisesse que ela terminasse o que começou a dizer. Mas então ele começou a falar em seu lugar. — Seu namorado fez isso com você. — Ele não fez a frase como uma pergunta, mas ela se viu acenando como para lhe responder. — Sim. Ele balançou a cabeça lentamente, e ela viu a forma como ele rangeu os dentes. Ela viu a forma a sua mandíbula


truncada e podia ver que o músculo debaixo de sua barba saltou no rosto coberto. — Ele fez isso mais de uma vez? — Ele expressou isso como uma pergunta novamente. — Você está segura aqui. Ninguém vai te machucar. — Ele se inclinou para frente e apoiou os antebraços nas coxas que eram tão grandes e musculosas como troncos de árvores. Ela assentiu com a cabeça e olhou para suas mãos no colo. Ela não percebeu até então que ela estava torcendo os dedos quase dolorosamente. — Não, esta não foi a primeira vez, mas foi a última. — Ela levantou a cabeça e olhou bem nos olhos dele. Este homem parecia uma pessoa endurecida e fria. Ele não mostrava emoção, não amortecia o que ele disse e embora soubesse que ele era perigoso apenas pelo ar que o rodeava, ela se sentia segura. Era um sentimento muito estranho para ter com um estranho, mas era um que ela tinha, no entanto. — Foi por isso que eu corri, mas... — Ela engoliu em seco novamente, querendo que a saliva mínima em sua garganta fosse para baixo. Sem pensar, ela ergueu a mão e vagamente circulou seu pescoço. Estava dolorido, mas certamente não tão dolorido como outras partes dela. — Eu o feri. — Passando rapidamente o olhar por ele, ela viu que ele ainda estava sentado imóvel como uma estátua. Então, muito lentamente, inclinou-se novamente em sua cadeira. O couro do colete de motociclista rangeu com o movimento e ela sentiu um aroma concentrado de qualquer colônia que ele


usava e do aroma sutil de óleo de motor. Era uma combinação estranha, mas estranhamente, muito agradável. — Você o machucou? — Sua voz era firme e não acusadora. Ele sustentou seu olhar, nunca vacilando dela. Embora ela devesse ter se sentido como um inseto sob um microscópio da intensidade dele, ela sentiu-se estranhamente calma. Era muito estranho se sentir desta forma, dada a vida que ela levou, e foi muito difícil para ela não querer abraçá-lo como um cobertor quente. Deus, quando foi a última vez que ela já se sentiu assim? Nunca. Ela nunca se sentiu assim e isso era reconfortante e assustador. Ele não sabia nada sobre ela além dos pequenos pedaços e peças que ela acabou de lhe dar, fora o drama na sua vida que, normalmente, não era o que as pessoas queriam para si. Mas ele queria saber tudo e ela se sentiu obrigada a dizer-lhe, era seu direito de saber porque ele a salvou. Seu coração começou a bater mais rápido e mais duro, suor irrompeu entre os seios e ela tentou respirar

profundamente.

Quando

ela

se

abriu

até

as

memórias do que aconteceu tão pouco tempo atrás, ela começou a tremer incontrolavelmente enquanto as emoções começaram a retornar. Tudo o que ela viu foi Phillip vindo atrás dela, da lâmina passando por sua carne tão facilmente que era nauseante e as palavras saíram de sua boca por conta própria. — Ei, está tudo bem. — Ele estendeu a mão como se quisesse tocá-la, confortá-la, mas bem antes que ele fizesse


contato, ele fechou os dedos na palma da mão e retirou a mão. — Não tenha pressa. Ela assentiu com a cabeça, fechou os olhos por um segundo, e disse a si mesma que ela não estava lá com Phillip. — Eu não sei se eu o matei. — Assim que as palavras lhe saíram, ela desejava que pudesse levá-las de volta. Dizerlhes em voz alta tornou a situação ainda mais real. Deus, e se esse cara for à polícia? Ele poderia tê-la salvo, mas quem poderia dizer que ele não iria entregá-la às autoridades? Só porque ele se parecia com algum tipo de criminoso que violou a lei em sua roupa de couro e com uma expressão dura não significava que ele realmente era nenhuma dessas coisas. E então ela começou a chorar. As lágrimas caíram-lhe mesmo que ela tentasse detê-las. Ela não conseguia se lembrar da última vez que chorou, não conseguia lembrar a sensação de que seu mundo estava desabando ao seu redor. Com toda a miséria que ela viveu, toda a mágoa e decepção que ela foi tratada, Adrianna sempre se manteve sob controle. Mas agora, tudo o que ela sentia era isso entorpecendo ela e não sabia por que ele estava cuidando dela agora. — Ei. Ela enxugou algumas lágrimas e olhou para ele. Malice parecia desconfortável por um segundo, enquanto olhava para ela com as sobrancelhas franzidas. O soluço ofegante a deixou, e sua visão turvou enquanto as lágrimas se recusaram a parar.


— Me desculpe. — Ela gaguejou. Sentiu-se machucada, sentiu-se como se ela não tivesse uma compreensão sobre a realidade e estava prestes a flutuar no nada. Mas talvez isso era o que ela queria, porque isso seria melhor do que dizer algo do que não queria dizer. Enxugando as lágrimas, ela respirou fundo e virou a cabeça para que não estivesse mais olhando para ele. Ela nunca quebrou assim antes. Abriu a boca, talvez para lhe dizer exatamente isso, mas nada saiu. Antes que ela soubesse o que estava acontecendo, ele estava sentado na cama ao lado dela e tinha o braço em volta dos ombros. Ele a puxou para perto dele, e ela acabou descansando a cabeça em seu ombro e agarrando sua camisa. Agora ela não se preocupava com o quão estranho e tolo era isso. Tudo o que Adrianna fez foi sentir o calor do seu grande corpo, duramente pressionado contra o dela e deixar o som do seu coração batendo em um ritmo constante acalmála.


Malice segurou-a, esta pequena mulher que estava tremendo e soluçando contra ele. Ele nunca foi de afago, do tipo confortador. Mesmo quando ele tinha Molly, nunca fazia essas coisas, mas, novamente Molly sempre foi uma mulher forte,

independente

e

manteve

um

monte

de

coisas

enterradas dentro dela. Esta menina era construída como uma mulher, todas as curvas exuberantes que eram para um homem se agarrar, mas agora ela parecia tão frágil e pequena pressionada contra ele. Ele mudou de posição na cama e puxou-a ainda mais para perto dele. Ela se agarrou a ele, puxou seu casaco agarrando o como se sua vida dependesse disso. — Ei agora. — Ele tentou falar com uma voz suave, mas saiu toda rouca. Porra. Ele agarrou seus ombros e puxou-a de volta para que ele pudesse olhar no rosto dela. A porra de seu coração se partiu com a visão das lágrimas que escorriam pelo seu rosto. Algo nele mudou, e ele encontrou-se enxugando as gotas de sua tristeza com os polegares. — Quem quer que tenha te machucado não merece seu choro. — Malice provavelmente teria se sentido como a porra de uma mulherzinha em qualquer outra ocasião para dizer essas


coisas, mas por alguma razão ele não se sentiu assim ao dizer a ela. — Eu realmente sinto muito sobre tudo isso. — Ela fungou e limpou o resto de suas lágrimas. — Eu apenas não me desfaço como uma aberração na frente de estranhos. — Ela sorriu, mas era um daqueles sorrisos tristes que quebraram o seu coração ainda mais. — Eu não me desfaço em lágrimas sempre, então essa não sou eu. — Ela tentou se afastar, mas Malice não estava pronto para deixá-la ir. Ainda não, pelo menos. Quando ele fechou os dedos ao redor dela um pouco mais e a manteve perto, ela olhou para ele com um pouco de confusão, mas também alívio. — Você não está acostumada ao conforto. — Ele não disse como uma pergunta Ela balançou a cabeça, mas pelo menos ela voltou a deixá-lo segurá-la. — Não, eu não estou. Ele passou os braços fortes ao redor de seus ombros apenas segurando-a. O aroma de seus cabelos o cercou e ele realmente se encontrou inclinando-se para que a ponta do seu nariz roçasse o topo de sua cabeça. Malice respirou profundamente, cheirou seu cabelo como algum tipo de pervertido, mas ele não deu a mínima. Sentia-se bem e ela cheirava incrivelmente bem, como a chuva fresca e algo doce e floral. Sim, cheirando-a como algum tipo de animal droga, provavelmente era a coisa mais assustadora que já fez, mas era o que era, sentiu realmente que era direito.


— Sinceramente, eu não estou acostumado a dar conforto, então eu suponho que você e eu somos iguais. Ela se inclinou para trás o suficiente para que pudesse olhar para o rosto dele. — Sério? Ele assentiu. Malice estendeu a mão e empurrou sua longa franja longe de sua testa e enfiou-a atrás da orelha. — Sim, é provavelmente por isso que eu não estou em um relacionamento agora. — Merda, ele não tinha a intenção de dizer isso em voz alta, mas as palavras acabaram de sair dele por conta própria. Ele achava muito fácil dizer coisas para ela, coisas que normalmente não diria a ninguém, mesmo que ele ainda não tivesse passado uma hora na presença dela. Mas, em seguida, novamente a partir do momento em que ele a segurou no estacionamento do parque com a chuva caindo, sentiu-se em sincronia com esta mulher. Havia algo diferente sobre ela, e que atraiu Malice. — Parece que estamos ambos cheios de asneiras. Se qualquer outra pessoa tivesse dito aquilo ele teria se ofendido e depois espancado sua bunda, mas com Adrianna tudo o que ele podia fazer era acenar com a cabeça e puxou-a para perto novamente. — Sim, eu suponho que nós somos estamos. — Eles ficaram nessa posição por alguns segundos, mas ele gostava de apenas a segurar. Era bom ter alguém próximo para somente confortar e não porque ele precisava.


— Como é que alguém consegue ter um apelido de Malice afinal? — Sua voz era suave, e ele podia sentir sua respiração morna, úmida através do algodão de sua camisa. — Eu recebi o nome Malice dos meus Brothers. Isso era tudo o que ele ia dizer sobre isso, porque mesmo que ele se sentisse confortável e diferente próximo desta mulher, mesmo após este curto espaço de tempo, ele também não a conhecia. — Você tem um monte de irmãos? Pelo menos ela não o sondou. Não era como se o seu apelido era algum tipo de segredo, mas até que soubesse mais sobre essa mulher ele tinha necessidade de lembrar que ela era uma pessoa de fora. — Eu não quis dizer esses tipos de irmãos. — Oh. Ela não disse mais nada depois disso, mas ele viu a forma como ela olhou para seu casaco com o emblema de Sargento de Armas. Mesmo se alguém não soubesse muito sobre o estilo de vida MC ele não duvidou que ela tivesse visto algo na TV a cabo. — Adrianna, que tal voltar para o que aconteceu? — Ele sentiu sua tensão sob o seu domínio, mas isso precisava ser trazido à luz e quanto mais cedo melhor. Ela se afastou, então, e ele a deixou. Ela se moveu para que eles agora estivessem frente a frente, e embora ela não tenha

falado

imediatamente,

ele

não

a

pressionou.


Claramente ela passou por uma situação traumática. Ele não sabia muito sobre ela, mas ver o seu rosto machucado o chateou e o fez querer caçar o filho da puta que pensou que era bom para levantar a mão para uma mulher. — Eu estive com Phillip nos últimos meses. O primeiro mês foi ótimo. Ele era encantador, era tudo o que eu nunca experimentei na vida e então eu agarrei essa oportunidade porque na época parecia que era a única coisa boa que já aconteceu comigo. — Malice conhecia esses tipos de caras, os bastardos que atacavam as mulheres porque eles queriam controlá-las na pior das maneiras. Obrigou-se a não a apressar em dizer-lhe onde ele poderia encontrar este imbecil. — Eu nunca pensei em mim como uma garota estúpida. Quer dizer, eu fiz coisas que eram questionáveis. Estar com Phillip foi a maior delas, mas as coisas que ele me deu, o carinho e conforto que eu nunca tive antes. — Ela suspirou e mudou-se de volta na cama para que ela pudesse descansar contra a parede. Malice obrigou-se a manter o olhar no seu rosto, mesmo que ele pudesse ver com o canto dos olhos que seus shorts estavam obscenamente empurrados acima de suas coxas. Ele era um bastardo doente se estava pensando em algo remotamente sexual dada a situação. Ele esfregou a mão sobre o rosto e exalou. Quando ele olhou para ela estava agora a observá-lo atentamente. — Para encurtar a história, ele não era quem eu pensava que ele era. Ele era um mestre manipulador. Ele me enganou e me agarrou antes que eu pudesse

perceber

o

que

estava

acontecendo.

Ela

descansou a cabeça na parede e olhou para o teto. — Ele


vende e usa drogas. Eu acho que ele viu o quão fraca eu realmente era e sabia que ele poderia me tornar essa pessoa patética que ele queria. — Ela fechou os olhos e deu uma risada sem humor. Malice mal segurou sua raiva. Ele queria encontrar esse bastardo Phillip e deixar a porra do crânio dele aberto. — O homem que você está descrevendo é o tipo de idiota que eu já vi inúmeras vezes ao longo dos anos. Eles procuram por mulheres como você, aquelas que não chegaram a experimentar a felicidade de uma boa infância ou aquelas que foram tão agredidas pelos relacionamentos anteriores que tomam tudo o que podem conseguir. — Ela poderia ter sido a última, mas olhando para seus olhos, Malice não achava que fosse o caso. Ela tinha essa força em seus olhos, que rivalizava com qualquer homem que tivesse conhecido, mas ela não reconhecia o seu valor. Sim, ela chorou, se descontrolou, mas ela era uma lutadora. — Você sabe, isso é muito estereotipado para mim e errado em todos os níveis, mas olhando para você eu nunca teria imaginado que você era um daqueles caras perspicazes ou um que iria ajudar uma mulher que encontrou na rua. — Suas bochechas ficaram rosadas, e ela desviou o olhar, como que envergonhada. — Os motociclistas têm uma má reputação. Um monte de pessoas acham que nós somos esses idiotas que vivem chutando bundas, que trabalham em motos, bebem cerveja e


que dormem por aí. Mas não somos apenas músculos e couro. — Ela olhou para ele novamente, mas não disse nada. — É claro que fazemos um monte de coisas que alguns podem considerar questionáveis, mas temos sempre um motivo muito bom para fazê-lo. E sabemos o que estamos fazendo. — Ele tentou provocar, e embora Malice não fosse o tipo de brincadeira, ele queria ver seu sorriso. E quando ela lhe deu aquele sorriso, este estranho aperto no estômago tomou conta dele. — Ouça, nós não precisamos entrar em toda essa merda dolorosa. — Ele não percebeu como seus ombros caíram um pouco. — Eu só quero saber o nome completo deste filho da puta e onde posso encontrá-lo. Adrianna endireitou-se e ele poderia dizer que ela tinha de repente ficado nervosa. Ela balançou a cabeça e olhou para a porta e ele pensou que era mais um gesto instintivo que ela nem percebeu que estava fazendo. — Eu não quero nenhum problema. Eu só quero pegar o pouco de dinheiro que tenho no banco quando abrir na parte da manhã, e chegar o mais longe de Fairview quanto esse dinheiro puder me levar. — Suas mãos começaram a tremer, e ela colocou em seu colo para tentar firmá-los, mas Malice viu o tremor independentemente. Ele estendeu a mão, colocou sobre as dela que cruzou juntas, inclinou-se e então haviam apenas algumas polegadas entre eles. — Adrianna... — Cristo, seu nome soava tão bem-vindo dele, e se sentiu bem em dizê-lo, também. — Eu sei que é


difícil, e eu sei que é fácil para mim dizer isso, mas você está segura. Ninguém vai te machucar novamente. — Como você pode fazer essa garantia? — Sua voz era baixa e ofegante, e seu medo foi atado dentro das palavras. — Eu posso e faço. Eu não sou o tipo de homem que vai dizer algo a menos que eu possa me certificar de que é o que vai acontecer. — Ele olhou fixamente em seus olhos, desejando que ela visse que o que ele disse era a verdade. — Nenhuma mulher deveria ter que sentir o que você está sentindo e para ser honesto, me faz querer ir lá, encontrar o filho da puta que fez você se sentir desta forma e esmagar sua traqueia. — Ele a ouviu engolir, e embora ele pudesse ter sido um pouco menos grosseiro sobre a maneira como ele disse, este era quem ele era, e ele não poderia mudar isso. — Você entende o que estou dizendo, Adrianna? Ela balançou a cabeça lentamente. — Sim, mas eu não quero isso. Eu não quero mais violência. Eu só quero seguir em frente e deixar tudo isso para trás. Cristo, ele iria fazer este punk de merda pagar com um monte de sangue. — Eu sei, querida, mas algumas coisas precisam ser feitas, não é? Ela

não

respondeu

por

alguns

finalmente ela fechou os olhos e assentiu.

segundos,

mas


— Sim e mesmo que eu não soubesse se o matei lá atrás, ter mais violência acontecendo ao redor não é o que eu quero. Eu só quero seguir em frente e esquecer. — Adrianna, ambos sabemos que algumas coisas não podem ser esquecidas. — Os cílios eram tão longos, e as formas das sombras pareciam tão escuras contra a cor de pêssego de sua pele. Ele baixou o olhar para seus lábios, viu a carne cheia e vermelha, e essa necessidade de beijá-la bateu nele. Era errado, tão errado, mas ele não poderia afastar o desejo de confortá-la de uma forma física em seus pensamentos. Ela abriu os olhos lentamente de novo, e o pequeno som que escapou dela disse a Malice que ele não estava escondendo seus sentimentos em tudo. Ele viu seus olhos se arregalarem ligeiramente e mesmo que ela tivesse ficado definitivamente surpresa por ele ainda estar tão perto, e, provavelmente, pela expressão feroz no rosto, ela não o afastou. Ele inclinou-se ligeiramente, mas antes que ele pudesse fazer a porra do que ele realmente queria, houve uma batida na porta. Ele afastou-se ao mesmo tempo em que a pessoa do outro lado abriu-a. — Malice? Ele

endireitou-se

e

olhou

para

Rock.

O

outro

motociclista era um bastardo inteligente. Ele estava de pé junto à porta, e olhou entre eles. Sim, Rock pegou a tensão que claramente ainda estava saltando entre ele e Adrianna, e que

ficou

sobrancelha.

claro

pela

forma

como

ele

levantou

uma


— O que foi, Rock? —Perguntou Malice e depois limpou a garganta. — Marx quer saber qual é o plano do jogo. Malice olhou para o relógio na mesa de cabeceira. Merda, eles estavam aqui por quase vinte minutos. Ele nem sequer percebeu que foi tanto tempo. — Eu estarei lá em um minuto. — Rock assentiu e não se demorou por perto. Uma vez que a porta foi fechada mais uma vez, ele se virou e olhou para ela. — Adrianna, quem é ele e onde podemos encontrá-lo? — Chega de sua excitação fodida assumir o controle. — Eu não quero mais violência. —

Homens

como

ele

precisam

saber

que

consequências para suas ações e são homens como eu que irá mostrar-lhes quais consequências são essas. — Malice estava sentindo sua ira construir mais uma vez, e sua excitação ficou para trás. Se o bastardo covarde do Phillip fizesse algo assim para uma Senhora ou alguém ligado à merda do MC a coisa já teria chegado ao fim. Não era que o MC não ajudasse as pessoas em necessidade, porque eles faziam. Eles poderiam ter a reputação de ser uma merda, de bastardos e cheios de problemas, mas não virariam as costas para mulheres feridas. Eles podiam lidar com prostitutas, que era a sua principal fonte de renda, mas também cuidavam das mulheres feridas. O esconderijo que eles construíram entre Steel Corner e River Run era prova disso. —Mas você não me conhece, Malice.


Ouvi-la dizer o nome dele torceu seu intestino. — Eu não tenho que conhecê-la para ver que você está ferida além do nível físico. — Ele estendeu a mão e segurou o lado de seu rosto. Merda, o que diabos estava errado com ele? Ele estava agindo como um estudante chicoteado por uma boceta, queria tocá-la e se vingar por ela. Merda, eles se conheciam há apenas algumas horas, mas ele sempre seguia seus instintos e era por isso que ele não estava lutando contra o que sentia por Adrianna. Não era como se tudo que ele quisesse era mulher apenas para aquecer sua cama e para ele foder, mas não podia. Ele não faria isso. Depois que ele e Molly se separaram ele pensou que ela era a única por quem ele poderia ter sentimentos. Ele poderia não ter mais amor por ela, mas ele a amava porque ela era a mãe de seu filho. Mas olhando para Adrianna, vendo-a assustada e magoada, tentando ser tão forte, aqueceu seu coração frio. Ela era muito diferente de Molly e não apenas no físico. Onde Molly foi sempre essa coisa teimosa, Adrianna tinha essa vulnerabilidade nela, que chamava a atenção para a parte masculina daquele que queria cuidar dela. Ela era jovem, provavelmente, quase metade dos seus quarenta anos de idade, mas isso não importava. Tudo o que ele viu foi essa mulher que precisava de sua ajuda. Sim, ele a queria de uma forma desesperada, e de um jeito que estava errado também. Ela estava ferida, com medo, e queria escapar. Querer e ter eram duas coisas diferentes, e ele não ia trilhar essa linha. Não com ela.


Ela olhou para ele por alguns segundos, e embora não tivesse dito nada, ele podia ver sua mente trabalhando. — Phillip Montrose. — Ela fechou os olhos e respirou profundamente. — Ele vive mais adiante nas cabanas Bungalow fora de Winchester e Broadman. — Quando ela abriu os olhos havia esse medo gritante que não tinha nada a ver com o que aconteceu com ela. — Você não vai matá-lo, não é? — Ela disse essa última parte suavemente. Ele olhou para ela por um momento, iria dizer que ele planejava fazer exatamente isso e que ele iria se certificar de que o rosto de Malice seria o último que Phillip veria. — Será que isso importa Adrianna? — Ele gostava de dizer o nome dela, gostou da maneira que o acalmou em um sentido e a facilidade com que ele rolou de cima de sua língua. Toda esta situação não era algo que ele estava acostumado. Ele ajudou muitas mulheres, levando em conta a vida que levava com o MC e o fato de sua principal fonte de renda ser a venda de sexo. Mas esta situação toda não era algo que ele estava acostumado. Por um lado, no primeiro momento em que ele a viu, algo nele parou e ele foi forçado a registrar essa informação. E agora ao falar com ela, ouvindo a sua história e querendo abraçá-la e ter certeza que ninguém mexeria com ela novamente depois de apenas encontrá-la... Ele balançou a cabeça. Estava ferrado em todos os sentidos possíveis. — Sim, importa.


Malice deslocou para trás na cama para que ele estivesse de frente para a porta agora. Seus instintos lhe diziam para ir e acabar com esse cara sem se importar se ele morreria no final. Uma atitude brutal e cruel de se ter, mas esse era o tipo de homem que ele era e o tipo de homem que ele tinha que ser em sua posição dentro do MC. Malice não fazia nada pela metade e especialmente não quando se sentia apaixonado por alguma coisa. — Por que você não iria querer morto um homem que bateu em você? — Ele virou apenas a cabeça e olhou para ela. Ela ficou em silêncio por alguns segundos, olhou para os dedos, e, finalmente, olhou para ele. — Eu posso já ter acabado com a sua vida, e embora ele tenha merecido, a própria ideia de que eu posso ter matado alguém me deixa doente. Se ele está vivo, eu não quero o seu sangue nas mãos de ninguém, muito menos nas suas. — Se ele fez isso com você, há chances de que ele já tenha feito isso antes e continuará a fazendo. — Ele sabia que sua voz era dura e inflexível e não tinha a intenção de fazê-la desconfortável, mas ele não tinha suavidade quando se tratava de merdas como essa. — Você está certo. — Ela lambeu os lábios, olhou para o relógio e em seguida, olhou para ele. — Está tarde. Estaria tudo bem se eu ficasse aqui até de manhã? — Ele não perdeu o fato de que ela desviou a conversa para algo muito mais neutro. Ela olhou para seus pés que tinham ataduras ao


redor das solas. — Eu só preciso descansar um pouco. Meus pés e rosto estão me matando. E foi assim que a raiva desapareceu e mudou quando sua preocupação se levantou. — Eu não teria dito para você ficar em outro lugar. O clube é o lugar mais seguro que você poderia estar agora. Deite-se. Vou pegar algo para a dor. — Ele se levantou e deu alguns passos em direção à porta, mas parou e olhou por cima do ombro. Ela estava de costas agora e alcançando o cobertor. — E Adrianna? — Ela fez uma pausa e olhou para ele. — Você não é nenhum problema. Se não fosse para você estar aqui, você não estaria. Ela balançou a cabeça lentamente. — Obrigada e agradeça a todos por mim. Ele deu um aceno rápido, olhou para frente, mais uma vez e foi buscar algo para ajudá-la com o desconforto.


No dia seguinte Adrianna sentou-se na mesa de madeira cheia de vincos na sala grande que ela descobriu ser a casa do The Brothers of Menace em Fairview. Ela não sabia muito sobre o estilo de vida dos motoqueiros, mas depois de ouvir conversarem no clube, ela aprendeu um pouco em um período muito curto de tempo. Alguns podem ter dito que ela estava vivendo sob uma pedra por não ter percebido logo de cara, mas para ser honesta, sua vida não lhe deu muita liberdade para pensar em outras coisas que não envolvem manter-se viva, figurativa e literalmente falando. Malice sentou ao lado dela, mas ele teve sua cadeira posicionada por isso ficou em um ângulo estranho, com seu corpo de frente para ela. Ele descansou um cotovelo na madeira manchada e lascada, e olhou para ela. Sua posição era um pouco intimidante. — Você está se sentindo melhor? — Ela olhou para Marx, o presidente deste MC, e balançou a cabeça em resposta à sua pergunta. — Sim, obrigada. As pílulas que Malice me deu na noite passada me ajudaram a dormir. — Ela se mexeu na cadeira e tomou nota de que os cinco homens que estavam atualmente


sentados à mesa com ela eram grandes, de olhar assustador e tinham sua atenção exclusivamente sobre ela. O médico também lhe deu um remédio que ajudou seus pés a ficarem muito melhor. É claro que ainda havia desconforto quando ela levantava, mas não era tão ruim quanto foi ontem. Ou talvez ela só precisasse de uma boa noite de sono? Ela certamente dormiu bem naquela noite. — Eu deveria ter pensado antes de apenas correr para fora de lá, mas eu só reagi. O que aconteceu não era um segredo. Ela disse a Malice, em seguida, quando ela acordou mais de uma hora atrás e sentada na frente de todos eles, ela repetiu a mesma coisa. Também não perdeu a forma como eles se entreolharam depois que ela lhes disse tudo o que Phillip fez para ela. Bem, a maioria do que ele fez. Ela não disse detalhes sobre seu relacionamento com ele ao longo dos últimos meses. Algumas coisas eram apenas melhor deixá-las no passado, e, além disso, ela só teve um bom mês com ele. Na verdade, ela tinha vergonha de ter sido tão idiota para cair em sua manipulação em primeiro lugar. — Estou feliz que você esteja se sentindo melhor, vamos deixar o que aconteceu no passado. Vamos nos concentrar no futuro. — Marx recostou-se na cadeira, e ela rangeu um pouco com seu peso. Todos esses homens eram enormes, assustadores e não deviam nada a ninguém, isso estava claro. Não era só a maior parte de jeans e couro que eles usavam, mas a força e o poder que emanava deles. — Então,


quais são seus planos depois de pegar o seu dinheiro do banco? Ela olhou para o relógio. O banco só abriria daqui a uma hora, e, embora ela só tivesse algumas centenas de dólares lá, ela ficou feliz por ter, pelo menos, sido inteligente o suficiente para começar essa conta um ano atrás. Não havia muito dinheiro nele, porque tudo o que ela ganhou foi para sustentá-la e ao seu irmão quando ele estava vivo. — Eu não sei, honestamente. Tudo o que sei é que eu quero chegar o mais longe de Fairview que eu puder com o pouco dinheiro que tenho. Marx olhou para Malice e ela observou algum tipo de comunicação silenciosa acontecendo entre eles. Ela ouviu um pouco da conversa na reunião entre Malice e alguns outros homens que vieram até aqui do Colorado para cuidar de algum tipo de negócio. O que era esse negócio não ficou muito esclarecido para ela e Adrianna não sabia se ela ainda queria saber. Houve um ruído de pancada que veio do outro lado da sede do clube em um dos quartos. Ela olhou para o corredor para onde o som vinha, mas Marx falou novamente chamando sua atenção. — E de quanto dinheiro estamos falando? — Perguntou Marx. — Não muito, menos de quinhentos dólares, mas isso é o suficiente para me dar uma boa distância. — Pelo menos ela esperava. Ela não tinha ideia de quanto o custo de um


bilhete de ônibus seria, mas certamente não seria tão caro, especialmente dado o fato de que era só de ida. Marx começou a bater com os dedos na mesa. — Você tem alguma habilidade? — Habilidades? — NÃO! — Todo mundo se virou e olhou para Malice. Ele disse a palavra com tanta força que seu coração começou a bater mais rápido por causa disso. — Não o quê? — Marx se inclinou para frente e apoiou os braços sobre a mesa enquanto se dirigia a Malice. — Você sabe exatamente sobre o que estou recusando, Marx. — Os dois homens se encararam por alguns segundos depois que Malice falou. — Até onde eu sei, nós a mantivemos por uma noite inteira, lhe demos nossos narcóticos e precisamos chamar o médico para vir e verificar se ela estava bem. Acho que estamos em dívida. Adrianna sentiu uma onde gelada explodir dentro dela e percebeu que veio de Malice. Ela não tinha ideia do que estava acontecendo, mas não queria ver esses caras brigarem por ela. — Eu posso pagar por me deixarem ficar aqui. — Mesmo que ela tivesse pouco, eles a ajudaram e ela sabia melhor que ninguém que as coisas deste mundo não vinham de graça. — Querida, este clube faz dinheiro de um jeito diferente. — Disse Marx e sorriu para ela.


— Eu disse que não. — Malice disse novamente, mas desta vez era mais duro e mais feroz. Marx levantou as mãos em sinal de rendição. — Tudo bem, tudo bem. Não há necessidade de ser possessivo, Malice. Eu estava apenas colocando essa opção sobre a mesa. — Ele olhou para ela, apoiou as mãos sobre a mesa, em seguida, se levantou então ele estava de pé. — Eu estava apenas brincando com você sobre o pagamento, querida. — Ele olhou para Malice. — Está tudo bem, irmão. — Houve um momento de tensão que passou, e, em seguida, Malice balançou a cabeça e pareceu relaxar visivelmente. — Você a está levando com você ao cair da noite? — Malice assentiu e Marx grunhiu em resposta. — Vamos manter as coisas calmas enquanto tudo está sendo feito. Não há necessidade de alertar os fanáticos da seita para o que está acontecendo. Eles têm os seus sinais e estão gritando que somos filhos da puta cruéis e imorais. — Ele olhou para Adrianna, piscou e se virou para sair. O outro homem que estava sentado ao lado dele se levantou e saiu também. Eles saíram pela porta da frente e depois ficaram somente ela, Malice e os dois motociclistas que ela sabia que estavam com ele. O silêncio se estendeu, e, finalmente, ela falou. — Desculpe-me se eu causei problemas. — Marx pode ter agido como se ele estivesse brincando, mas Adrianna sabia que Malice não gostou de tudo o que ele disse.


Malice disse algo baixo para os homens sentados ao lado dele

e

um

segundo

depois

eles

se

levantaram

e

desapareceram no corredor de volta para onde ela ouviu o barulho vindo. Mantendo o olhar fixo sobre eles, ela viu como eles empurraram a porta aberta e ela jurou que ouviu mulheres falando. Ela sentiu o cabelo na parte de trás do pescoço em pé e se virou para ver Malice olhando para ela. Não sabia por que se sentia dessa maneira. Então, porque não era como se não houvesse mulheres que andavam ao redor em pouca roupa, mas algo sobre as mulheres que ouviu na parte de trás a fez um pouco inquieta. — Você não é nenhum

problema.

— Disse ele,

quebrando a vibração estranha que estava enchendo a sala. — Você tem certeza? Porque eu sei que tipo de merda grande eu posso ter criado por me intrometer em suas vidas. O canto da boca dele ergueu-se e ela sentiu esse calor enchê-la. Começou em seus dedos do pé e irradiou por todo o seu corpo. Ele deu de ombros e apoiou um braço sobre as costas da cadeira. —

Acredite

em

mim,

este

é

um

dos

menores

inconvenientes que já tivemos. Adrianna engoliu em seco e acenou com a cabeça, mas ela não poderia esquecer as palavras de Marx. — Posso perguntar o que exatamente ele estava dizendo sobre o pagamento? — Havia uma parte dela que não queria saber, mas, novamente, havia uma outra parte que já tinha uma ideia do que Marx se referiu. O som de vidros quebrados


teve seu olhar para a direita e viu uma mulher que secava pratos atrás do bar. A outra, um pouco mais jovem do que o barman, saiu de um quarto com uma caixa de cerveja. Ela usava um corte bacana, tinha cabelos descoloridos com raízes escuras, e parecia pior por causa do desgaste. Quando ela olhou para Malice foi para vê-lo com a mesma expressão dura. Ele parecia chateado, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa ele começou a falar. — Tenho certeza que se você pensar o suficiente, você pode vir a entender o que Marx estava querendo dizer. — Ele apertou os dentes, e ela viu que suas mãos estavam apertadas em punho em cima da mesa. — Sexo. — Ela não disse a frase como uma pergunta e Malice não respondeu, mas ele tencionou sua mandíbula ainda mais forte. Esta reação dele era estranha, mas talvez houvesse mais coisa entre os dois homens? — Sexo e muito mais. — Mais? — Ela sentou-se ereta, e sua mente trabalhou em tudo o que "mais" poderia significar. — Mais, Adrianna. Como abrir as pernas para qualquer um e fazer dinheiro para o clube. — Ele se levantou de repente e começou a andar. — De boa vontade, é claro, porque o clube não força as mulheres a ter relações sexuais com homens. Podemos ser bastardos, mas não somos homens fodidos que gostam de ver mulheres machucadas. — Ele parecia tão fora de si e ela podia não o conhecer muito


bem, mas por algum motivo Adrianna teve um sentimento que este não era quem ele normalmente era. Seu pulso batia mais rápido, mas ela não ficou surpresa com essa revelação. Na verdade, este não era mesmo um tópico novo para ela. Viu sua mãe prostituir-se muitas vezes no barraco que era sua casa. Foi uma parte de sua vida muito triste. — Malice? Ele parou de andar e olhou para ela e por um segundo foi tudo o que eles fizeram. — Sim, Adrianna? A maneira como ele disse o nome dela não deveria ter causado um formigamento em sua barriga. Ela abriu a boca, não sabia exatamente o que ela ia dizer, mas o som de vidro quebrando no chão salvou-a de dizer algo enormemente estúpido. — Desculpa gente. Adrianna olhou para a jovem que deixou cair o vidro. Ela sorriu e acenou para Adrianna e ela se viu sorrindo de volta. Sentia-se tão estranha quando um desconhecido lhe mostrava qualquer tipo de bondade. — Se você está pronta eu posso levá-la para o banco. — Malice disse e ela olhou para ele. Deixá-lo agora parecia a melhor coisa a fazer, especialmente considerando a oferta de ter relações sexuais com homens aleatórios. Ela se levantou, sorriu para suavizar a situação e esperou que ele dissesse


algo mais. Talvez ele estivesse passando por problemas pessoais e ter que lidar com ela e essa necessidade de lidar com Phillip era apenas o problema menor que ele pegou? Parecia plausível e quanto mais rápido ela ficasse longe, mais rápido eles poderiam continuar com suas vidas. — Sim, tudo bem! — Disse ela em um tom estranho. Ele inclinou a cabeça em direção ao quarto em que ela ficou a noite passada e ela caminhou de volta lá. Não foi muito longe mancando do jeito que estava. Um segundo depois Malice teve seu braço em volta da sua cintura e estava apoiando seu peso enquanto iam em direção ao quarto. — Eu posso andar, Malice. Meus pés estão bem melhor. —

Você

está

se

sentindo

bem

agora.

Disse

rispidamente e continuava a avançar. — Mas eu não acho que a pressa seja a melhor coisa a fazer neste momento. — Ela inclinou a cabeça para trás e olhou para o rosto dele, ele estava levando-a ao virar no fim do corredor e para o quarto antes que ela pudesse dizer qualquer coisa. — Eu acho que é realmente o melhor plano. — Ele colocou Adrianna na cama, mas ficou para trás. Mudou-se para a parede e apoiou seu grande corpo contra ela e cruzou os braços. Ele assumiu esta posição muito beligerante para que ela não chegasse até ele. Ele estava claramente lidando com sua própria merda e ela também. — E se eu pudesse conseguir um emprego para você no Colorado? Essa declaração fez tudo dentro e ao redor dela parar.


— O quê? — Ela ouviu certo o que ele falou, não ouviu? — Um trabalho? — Adrianna balançou a cabeça em perplexidade. — Você nem me conhece e eu tenho mais bagagem emocional do que até mesmo eu possa pensar. — E pensar que ele iria oferecer-lhe um emprego só porque ele queria ter certeza de que ela estava bem fez lágrimas formando nos cantos dos seus olhos. Mas é claro que a parte cínica e cuidadosa dela, a que a mantinha viva esse tempo todo porque ela confiou nele, disse-lhe que esse homem tinha um monte de escuridão nele, também. Ele pode ser perigoso, mas por baixo daquele exterior duro ela experimentou um lado mais suave dele. — Sim, Adrianna, um emprego. — Ele se afastou da parede e parou quando ele estava alguns centímetros dela. — Mas antes de dizer qualquer coisa, eu quero que você saiba que você estaria recebendo para si mesma se você concordar com ele. Ela sentiu um embrulho no estômago, porque o que quer que Malice tivesse a dizer a ela provavelmente não era nada bom.


Que porra você está fazendo, Malice? Esse foi o pensamento que passou direto através de sua cabeça quando disse a Adrianna sobre um trabalho no Colorado. O que diabos ele estava pensando oferecendo-lhe algo que nem sequer existia? E se ela realmente aceitasse a oferta, mesmo depois de todas as merdas ruins que ele estava prestes a dizer-lhe, ele ia ter que lidar com a possível consequência de trazer uma pessoa de fora para o clube para a proteção. Mas ele não era capaz de ajudar a si mesmo e já disse as palavras antes que ele percebesse o que diabos estava fazendo. Ele exalou e passou a mão em seu cabelo, que estava ficando um pouco longo demais. Agarrou a cadeira da qual ele acabou de se levantar e puxou-a para que ele pudesse sentar-se novamente em frente dela. Por um segundo, tudo que ele fez foi olhar para as mãos, tentando descobrir o que diabos ele ia dizer. Será que ele ainda teria um trabalho que ela pudesse fazer se ela concordasse em ir com ele? Ele tinha certeza de que poderia encontrar algo para ela dentro do clube, mas ele teria que perguntar a Lucien e ao resto dos membros se estaria tudo ok. Ele ainda não falou com Lucien e embora


tivessem outros postos de trabalho no MC que não tinham nada a ver com o real trabalho, aquelas meninas tiveram seus postos em seu tempo ou estavam se recuperando de um passado traumático. Mas não era a mesma coisa que aconteceu com Adrianna? Ela foi ferida e precisava de um refúgio seguro. Ele queria prover isso para ela.

O que Malice sabia com uma

puta certeza era que ele poderia se engasgar com essa merda e com o fato de que ele não podia deixá-la simplesmente desaparecer. Não sabia por que se sentia dessa maneira, e não questionava. Seus instintos lhe diziam que ela precisava ficar por perto e ele sempre fazia o que seu instinto dizia. — Meu clube fica em River Run, Colorado. — Ele olhou para ela e manteve sua cabeça baixa. — Eu não posso dizer com certeza que tipo de trabalho você estaria fazendo, mas com toda certeza de que não tem nada a ver com a venda de seu corpo. — Ele se endireitou em seu assento e esfregou as mãos sobre o jeans desgastado que cobria suas coxas. Ela não disse nada em resposta, mas houve este olhar incerto e surpreendido em sua face. — Eu sei que isto é uma sugestão muito aleatória e louca, mas eu estaria mentindo se eu dissesse que eu não teria um problema em deixá-la no banco para encontrar o seu próprio caminho. — Ele se inclinou para trás na cadeira, e a madeira rangeu com seu peso. — E se eu dissesse simplesmente para você me deixar no banco, você estaria bem com isso?


Ele não perdeu o jeito que ela agarrava na beira de sua camisa. Pelo menos Marx trouxe uma muda de roupa para ela esta manhã. Ela não está mais em tops e shorts transparentes, e agora usava uma dessas calças tipo legging pretas que agarravam nela como uma segunda pele. Pelo menos sua camisa era longa e cobria sua bunda, porque ele viu a forma como o material elástico da calça moldou seus grandes montes. O pensamento de que cada motociclista maldito neste lugar estaria se masturbando por aquela visão em algum momento o irritou. Ele levantou um ombro como quem não poderia fazer nada. — Isso é com você. Eu não vou prendê-la na minha motocicleta e faze-la ir a qualquer lugar. — Não, ele não iria, mas porra, só de pensar em vê-la a pé, possivelmente, cair na mesma vida que ela estava tentando sair o deixou inquieto. — Quero dizer, não que eu não serei para sempre grata a você e aos outros que me ajudaram, porque eu vou ser, todos os dias. — Ela olhou para suas mãos no colo. — Eu só acho que ir com você pode não ser a melhor coisa para qualquer um de nós. Ele não ia discutir o caso ou pedir-lhe para vir com ele. Ele quis realmente dizer que seria como ela quisesse e ele ia apenas ter que lidar com sua decisão. Ele se levantou, apertou as mãos ao seu lado e acenou com a cabeça uma vez. — Se você quiser ir ao banco, podemos sair assim que estiver pronta. — Ele poderia prendê-la, mas isso não significa que ele não estava chateado por causa disso.


Ela assentiu com a cabeça. — Sim. Eu só vou terminar de me aprontar. Ele deixou-a sozinha e se dirigiu para a porta da frente do clube, mas parou quando escutou uma porta abrir no final do corredor. Olhando por cima do ombro, ele viu Rock e Run vindo do quarto dos fundos onde ele sabia que as mulheres que seriam levadas ao River Run viviam atualmente. Havia seis delas ao todo, não era muito afinal de contas, mas para uma cidade tão pequena, mesmo uma menina vendendo sua boceta já era muito. Rock e Run ergueram seu queixo em saudação e os três se dirigiram para fora das portas principais. Run estava acendendo um cigarro, a porta ainda fechada atrás deles. O som da música do outro lado do clube disse a Malice que alguns dos rapazes estavam trabalhando na garagem, o que foi comprovado quando escutaram algumas palavras bem escolhidas sobre um motor de Harley. — Está tudo pronto para voltarmos para River Run hoje à noite? — Run perguntou e foi até uma das mesas de piquenique ao lado. Malice assentiu. — Sim, desde que a carga esteja toda pronta, e não tenhamos problemas com essas pessoas que protestam que Marx continua falando. — Ele não fazia segredo quando se referia às mulheres como carga, mas com toda a merda acontecendo em Fairview agora poderia haver olhos curiosos e ouvidos abertos.


— Está resolvido. Apenas as malas e mais alguma coisa, mas eu disse à elas para levar o básico e o que elas precisarem será fornecido uma vez que voltarem para o Colorado. Malice balançou a cabeça novamente e encostou-se na parede do edifício. Tudo o que podia pensar era em Adrianna e o que aconteceria com ela uma vez que eles deixarem Fairview para trás. — Malice, homem, você me ouviu? — Run disse retirando o cigarro da boca. — O quê? — Ele poderia usar uma massagem agora, algo para ajudar a aliviar esta tensão selvagem que ele sentia por dentro, mas estava muito cedo para tudo isso. Run deu uma tragada profunda de seu cigarro, segurou a fumaça, e depois exalou. — Basta ter certeza de que você ouviu a merda que eu disse sobre as meninas, ouviu? Malice esfregou uma mão sobre o rosto. — Sim, eu ouvi. Eu só tenho outras coisas na cabeça. Rock resmungou algo ininteligível e se virou para olhar para Malice. — O quê? — Malice não estava disposto a ouvir besteira do Rock também. O outro motociclista deu de ombros e se moveu para sentar ao lado de Run sobre a mesa.


— Nada. Basta saber qual é a palavra sobre aquela mulher, e se isso é o que você tem pensado recentemente. — Recentemente? Sobre que porra você está falando? Nós apenas a encontramos na noite passada. — Malice sabia que ele estava soando totalmente defensivo. Rock apoiou os braços sobre suas coxas e olhou para Malice. Rock levantou as mãos em sinal de rendição. — Ei, não estou tentando levar um chute nas bolas, homem. Malice não queria falar sobre isso, porque ele já estava se sentindo irritado por causa de Adrianna. — Não quero nenhuma palavra sobre ela. Vou levá-la ao banco para pegar o dinheiro dela e ela seguirá sua vida. — Houve um momento estranho de silêncio e ele sacudiu a cabeça e enfiou as mãos nos bolsos. — Se vocês dois têm algo a dizer, desembuchem. — Ele sabia que tinham mais em suas cabeças pela forma como olharam para ele e depois um para o outro. — Nada! — Disse Run. — Não, isso é uma mentira do caralho. — Run riu, mas era esse som profundo que não possuía qualquer diversão. — Quero dizer, você ficou extremamente territorial quando Marx sugeriu para que ela fizesse programa. O som que veio de Malice teve Run e Rock juntando suas sobrancelhas.


— Eu não estava agindo de maneira nenhuma. Eu estava chateado porque foi sugerido que ela fizesse essa merda depois do que aconteceu com ela. Rock assentiu. — Sim, essa não teria sido a minha sugestão, mas este é o lugar de Marx e também precisamos lembrar-nos disso, Malice. — Sim, eu não esqueci, mas isso não significa que eu não irei defender uma mulher que foi claramente magoada — Malice disse entre dentes. — Wow, homem, não há nenhuma necessidade para ficar tão irritadinho — Run levantou a mão e toda diversão fugiu de sua expressão. — Além disso, nós dois sabemos que Marx não teria sugerido, na verdade, perguntado se ela queria vender seu corpo. Ele pode ter um sentido doente e fodido de humor, mas ele não iria prejudicar ainda mais uma mulher. Ele cuida de suas meninas tão bem como nós cuidamos das nossas — disse Rock. — Quero dizer, ele nos pediu para leválas ao River Run para que elas estivessem seguras. Malice sabia, mas isso não teria mudado como ele agiu de qualquer maneira. A necessidade de dizer algo quanto ao que foi criado era feroz e forte e se tivesse que fazer tudo de novo, ele teria feito exatamente da mesma maneira. — A conversa sobre Adrianna está longa.


Rock levantou uma sobrancelha e levantou as mãos em sinal de rendição. — Considere terminada. Todos eles ficaram lá por alguns momentos e embora houvesse esse silêncio pesado entre eles, foi do jeito que Malice disse. A porta ao lado dele abriu e ele olhou para ver Adrianna saindo. A única coisa que parecia diferente sobre ela era que colocou seu longo cabelo escuro em um rabo de cavalo. Seus dedos coçaram como se tivessem vontade própria para afastar a mecha de sua franja que tocava na testa. Ela parou, não o vendo imediatamente e o aroma de sua pele encheu seu nariz. Foi o mesmo aroma floral que fez seu pulso acelerar, seu pau endurecer e uma série de coisas sujas passarem sua cabeça. — Pronto? — Ela perguntou em voz baixa. Malice assentiu e se afastou da parede. Sua camisa estava para fora da calça, então pelo menos ele não teve que tentar esconder seu pau semiereto. — Sim, vamos. — Ele andou até Run. — Dê-me as chaves da van. Eu não quero ela andando na traseira da minha moto ferida como ela está. Run pegou as chaves do bolso da frente e as entregou. Malice virou-se e fez um gesto para Adrianna segui-lo. Eles caminharam até a van, e ele abriu a porta para ela. Não perdeu a careta que ela fez e assim ele passou as mãos em volta da sua cintura e gentilmente levantou-a no banco.


— Obrigada. — O jeito que ela olhou para ele de lado, a metade inferior do rosto parcialmente protegida por seu ombro, seu olhar inocente e sedutor o fez perder o fôlego. Ele não respondeu, mas acenou com a cabeça e fechou a porta. Contornando a van pela frente, subiu, ligou o motor e disse a si mesmo que deixá-la como ela queria. Era a melhor coisa a fazer... não era?


Sentaram-se em silêncio enquanto Malice os levava de volta para o centro da cidade. Adrianna não se incomodou em tentar iniciar uma conversa, porque seus pensamentos estavam focados no qual seria seu próximo passo quando Malice fosse embora e ela estivesse sozinha. Ele a fez pensar em sua oferta para um trabalho, mas o quão inteligente era ir com um homem que ela mal conhecia que estava em um clube de motociclistas e disse a ela que iria fazer algum tipo de retaliação a Phillip, se ela já não o tivesse matado? Ela era uma bagunça mental, estava emocionalmente instável, e não achava que apenas partir com ele iria resolver algum dos problemas que ela tinha atualmente. Mas não era apenas isso. Ela tinha algumas questões que certamente não precisava cair em seu colo. Ela já tinha preocupações e drama suficientes em sua vida, e se envolver em outra coisa, mesmo que ele não tivesse sido nada além de gentil com ela, provavelmente não era um passo na direção certa. Eles finalmente chegaram à cidade quinze minutos mais tarde, e Malice manobrou a van estacionando no meio-fio em frente ao banco. Por um momento ela não sabia o que dizer. Será que ela lhe dava adeus? Parecia tão ingrato apenas o


deixar desta forma, mas não era como se tivesse um relacionamento com ele ou com o seu clube. Ela o conhecia menos de vinte e quatro horas. Certamente ele tinha uma vida para voltar, talvez até mesmo tivesse uma esposa ou namorada

e

filhos?

Virando-se

então

ela

estava,

parcialmente, de frente para ele, lambeu os lábios e viu a maneira como ele tinha uma mão apertando no volante. — Muito obrigada pela carona, e por todo o resto. — Olhando para longe dele e para fora da janela do lado do passageiro viu algumas pessoas entrarem no banco. — Por favor, diga a todos que eu disse obrigada, e se não fosse por você e eles eu provavelmente estaria morta agora. — Ela o ouviu ranger os dentes e olhou para ele novamente. — Tentei encontrar os outros caras para dizer-lhes obrigada, mas o interior do clube estava deserto. Ele estava olhando para ela, mas ainda tinha as juntas dos dedos brancas no volante. — Sem problemas. Vou dizer a eles. — Ele sorriu, mas pareceu um pouco forçado. — Tem certeza de que é isso que você quer? Ela assentiu com a cabeça. — Eu não sei se é o que eu quero, mas parece ser a coisa mais inteligente a fazer agora. Ele assentiu. — Cuide-se. — Ele se moveu para que pudesse pegar algo do interior de seu colete de couro. Parecia um pequeno


pedaço de papel. Ele pegou uma caneta do console central e escreveu algo sobre ele antes de entregá-lo. Adrianna segurou o pequeno pedaço de papel na mão e olhou para o número de telefone em uma caligrafia masculina sobre ele. — O seu número de telefone. — Ela não indicou como uma pergunta. Ele nunca saberia o quanto esses dez dígitos significavam para ela. —Se você precisar de alguma coisa é só chamar. — Ele acenou com a cabeça mais uma vez e olhou para frente. — Mais uma vez obrigada. — Ela estendeu o braço e colocou a mão em seu torso nu, sentiu os músculos fortes enrijecer sob seu toque, e sentiu os tentáculos do desejo a envolverem. Ela rapidamente retirou a mão, porque seus desejos eram injustificados e totalmente inadequados, devido à situação. Ela agarrou a maçaneta da porta, prestes a deixar tudo isso para trás, quando uma visão do outro lado da rua a fez parar. Saindo da loja de conveniência estava Phillip. Ele tinha uma bandagem branca envolvida em torno do lado do pescoço, mas independente disso ele parecia bem. Será que ela pensou que o machucou mais do que realmente tinha? Ela deve ter imaginado, porque em comparação a ela, ele parecia estar em condições melhores. Sua mão que não segurava a porta tremeu ligeiramente, mas não foi porque ela estivesse com medo de Phillip, não realmente. Seus nervos estavam firmes, e vê-lo andando e rindo com a mulher que estava, era uma espécie de alívio. Ela se preocupou que o tivesse matado, e apesar de todas as coisas que fez para ela, e


como lutou para se manter viva, a morte de alguém em suas mãos ainda era um fardo pesado. Parecia que o mundo parou e se movimentava em câmera lenta, enquanto ela olhava para Phillip e a mulher pouco vestida. Mas tudo voltou ao normal quando dedos fortes pressionando em sua mandíbula a forçaram a olhar para Malice. Ele usava uma expressão muito preocupada no rosto. Ela viu sua boca se movimentar, mas havia um barulho em seus ouvidos e ela não conseguia ouvir nada. Com o canto do olho, ela viu Phillip começar a andar em direção a eles. Embora estivesse em frente, não seria capaz de dizer que ela estava no lado do passageiro, ou pelo menos ela esperava que não, esse medo que ele ainda seria capaz de machucá-la a tocou. — Adrianna? Cristo, qual diabos é o problema? A voz profunda de Malice finalmente veio através do zumbido em sua cabeça, e ela piscou rapidamente. Não lhe dizer que Phillip estava do outro lado da rua foi a primeira coisa que veio a sua mente, mas ela sabia que era uma tolice. Malice merecia saber por que ela estava agindo como uma aberração. Mas ela olhou como ele estava agindo e viu como isso a afetou de forma tão horrível que fez lágrimas de raiva queimarem no canto de seus olhos. Ela olhou para Malice novamente para responder, mas viu que seu foco estava em Phillip. Ele obviamente não sabia quem ele era só de olhar, mas ela podia ver como apertou a mandíbula, ouviu o som de sua respiração rápida e dura, e viu que ele continuava abrindo e fechando a mão. Ele sabia.


— Malice? — Ela disse seu nome suavemente, e depois de alguns segundos ele finalmente se virou. — É ele. —, disse entre dentes, mas ela não precisava acenar ou dizer-lhe verbalmente que era Phillip porque ela podia ver em seus olhos cinzentos que o conhecimento já estava lá. Adrianna não sabia o que ela esperava que ele fizesse, mas enfiar a mão no casaco e pegar o seu telefone não era um deles. Ele digitou um número e colocou o telefone no ouvido. Depois de um momento ele disse a alguém para encontrá-los no banco. Ela olhou para Phillip novamente e o viu indo para o primeiro e único bar em Fairview. Era quase nove horas da manhã, mas ele sempre tinha sede, não importava a hora do dia. — Fique na van, Adrianna, —

Malice disse em uma voz

dura e fria. Ele olhou para ela de novo, e ela engoliu bruscamente. Ela pensou que ele ia sair do veículo e ir atrás de Phillip, mas ele não se mexeu. — O que você vai fazer? Ele balançou a cabeça e se concentrou no bar do outro lado da rua. — Nada que não precisa ser feito. Suas

palavras

enigmáticas

fizeram

seu

estômago

apertar. Mas Adrianna não se moveu, e ela com certeza não tentaria sair da van. Sentia-se segura com Malice, e o


pensamento de deixar esse sentimento de lado, especialmente com Phillip do outro lado da rua, não era um passo que ela ia tomar. Então o som de uma motocicleta interrompeu seus pensamentos quase vinte minutos depois. O tempo parecia ter parado quando ela se sentou ao lado de Malice neste silêncio muito desconfortável. O homem que ela ouviu Malice chamar era Rock e parou sua motocicleta na calçada bem em frente da van. Ele tirou o capacete, e seu cabelo loiro desgrenhado levantou-se em torno de sua cabeça. Ele tinha óculos escuros, e quando se virou, ela podia ver a tattoo que vinha de cima abaixo do colarinho de sua camisa e colete de couro. — Eu já volto. — Malice estava fora antes que ela pudesse responder. Adrianna

observou-o andar

até

Rock,

que

estava

desmontando sua moto. Eles falaram muito baixo para ela não ouvir o que estava sendo dito, mesmo que as janelas estando abertas, com o olhar de Rock para o bar, sabia que eles estavam falando de Phillip. Depois de alguns minutos, não foi Malice que voltou para a van e sentou-se do lado do motorista, mas Rock. Ela olhou para ele por um minuto, perguntando o que estava acontecendo e se ela deveria mesmo perguntar. Mas bem quando ela abriu a boca Rock ligou o motor e colocou a van em sentido contrário. — Malice tem alguns negócios para cuidar, mas vai encontrar-nos de volta no clube. — Mas o meu dinheiro, Phillip e Malice vão ficar ok?


Rock sacudiu a cabeça. — Não se preocupe com nada disso agora. Só me disseram para levá-la de volta ao clube, e eu não vou discutir com Malice. Ela estava tão atordoada que nem sequer discutiu. Ela olhou para Malice e viu que ele estava olhando para ela. Mas ele não a fitou por muito tempo. Virou-se e atravessou a rua diretamente para o bar que Phillip foi.

Deixar Adrianna assim sem uma palavra sobre o que ele estava fazendo não foi o movimento mais inteligente, mas, novamente Malice não era um tipo elegante de cara. Ele agia primeiro e pensava sobre as repercussões depois. Agora ele queria bater muito naquele pequeno pau de merda que feriu Adrianna. Ela poderia não ter saído e lhe dito que era ele do outro lado da rua, mas a reação de seu corpo, e o jeito que ela parecia um cervo parado na frente dos faróis deu-lhe a resposta. Então, sem pensar apenas chamou Rock para levar Adrianna de volta ao clube, Malice caminhou para o bar. Ele abriu a porta e entrou no ambiente escuro e cheio de fumaça. Alguma música country tocava alto, e, embora só fosse um pouco mais que nove horas da manhã havia alguns caras já no bar com cervejas na frente deles. Malice esperou sua visão ficar clara, e depois examinou ao redor até que viu


o filho da puta que atualmente estava sussurrando no ouvido de alguma vadia. Malice baixou a cabeça, mas manteve o olhar fixo no homem que em breve veria qual era a sensação de estar à mercê de alguém maior que ele. Seu sangue bombeou forte e rápido, e a testosterona e endorfinas que corriam em suas veias fizeram seus músculos incharem com a necessidade de violência. Malice deu um passo adiante, mas quando a ação causou um ranger de tabuas sob seu peso os clientes no bar pararam o que eles estavam fazendo e olharam para ele como se tivessem acabado de perceber sua presença. Tão rapidamente como eles olharam para ele voltaram para as suas bebidas. Mas a única pessoa que ele tinha toda a sua atenção não tinha nem sequer piscado na direção de Malice. Malice moveu-se para mais perto do bar, e continuou até que estava a apenas um metro de distância de Phillip. Malice ficou ali por alguns segundos enquanto a menina no colo de Phillip ria e passava os dedos sobre a gola do casaco. Mas Malice não se moveu, nem sequer respirou enquanto esperava para que este bastardo percebesse que ele não estava sozinho. Seus dedos doíam apertando as mãos com tanta força, quando Phillip finalmente olhou para ele, Malice deixou um sorriso sádico cobrir o rosto. Todas as coisas que ele queria fazer com esse bastardo passaram através de sua mente. — Que porra você quer? — Havia um tom quase desgostoso na voz de Phillip, e Malice sabia que esse cara pensava que era algum tipo de grande merda nesta cidade. E


talvez ele fosse, mas Malice não dava a mínima de qualquer maneira. Ele não conhecia Malice, mas ele iria saber em breve do que ele era capaz. Malice poderia ter dito um monte de merda em resposta, mas ele não se preocupou. Este pequeno merda saberia em abundância quando Malice tivesse terminado com ele. Phillip empurrou a mulher para fora de seu colo e lentamente se levantou. — Há algo em sua cabeça, seu babaca? Malice olhou para o curativo que estava enrolado em torno do lado do pescoço de Phillip, e suas emoções já turbulentas ficaram ainda maiores. Ele queria sangue, queria quebrar os ossos deste filho da puta, e queria fazer tudo isso porque ele ousara machucar Adrianna. — Parece que você teve alguma má sorte. — Ele não fez a frase como uma pergunta, e quando seu olhar travou com Phillip deu para ver que o pequeno idiota estava sorrindo. — Isso? — Ele apontou para o seu pescoço, e depois deu de ombros. — A causa deste problema será tratada muito em breve. Eles olharam um para o outro em silêncio por alguns segundos, e Malice podia sentir a raiva do outro homem, como se fosse a sua própria. Bom, ele queria que este filho da puta ficasse puto, porque não havia nenhuma satisfação em uma luta que não fosse recíproca.


— Então, a menos que você tenha algo mais a dizer em vez de tentar falar doce comigo e se meter em meus assuntos, eu sugiro que você dê o fora. Malice obrigou-se a relaxar as mãos, se virar e ir para o bar. Esperaria o momento certo para dar a resposta, e quando o confrontasse eles não teriam uma audiência. A dor que ele daria a Phillip seria um prazer que rivalizava com todos os outros. Ele descansou seus antebraços no balcão cheio de vincos do bar e pediu um copo de água. O espelho na frente dele refletiu as inúmeras garrafas de bebidas, mas também lhe deu uma visão desobstruída de Phillip. Ele voltou para as carícias com a mulher loira oxigenada, mas depois de uma dose de uísque e uma cerveja pareceu derrubá-lo, Phillip se levantou, e puxou a loira para sair com ele. Ele olhou para Malice antes de sair, o que fez o sangue de Malice bombear mais e mais rápido assim como o seu ritmo cardíaco. Normalmente ele só machucava alguém que precisava de um bom chute na bunda. Ele não esperava e não se preocupava com as pessoas assistindo, mas esta não era a sua cidade, e ele precisava cuidar de seus passos, especialmente com toda a porcaria acontecendo com os manifestantes e prostitutas. Afastando-se do balcão ele saiu, viu Phillip entrar em uma SUV nova. Ele foi até a moto do Rock, e assim que colocou seu capacete e ligou o motor puxou para a estrada e seguiu a SUV de Phillip. Ele não se importava se o desgraçado o viu segui-lo. Na verdade, Phillip teria que ser um idiota de merda, porque Malice não estava tornando um segredo que ele estava na traseira de seu SUV.


Não importava onde este idiota estava indo, porque Malice iria segui-lo. Ele precisava ver essa dor em sua cara, necessitava ao imaginar toda a dor que Adrianna atravessou em sua cabeça enquanto ele batia com o punho na cara de Phillip. Ele continuou a segui-lo por mais cinco minutos. Deixou a loira em algum dos bairros mais antigos da cidade, e continuou a dirigir por mais dez minutos. A estrada tornouse menos movimentada e, finalmente, Phillip parou o SUV no acostamento. A maneira como ele freou o veículo ao lado da estrada fez os pneus levantarem poeira e detritos. Malice parou atrás dele, desligou o motor e desceu de sua motocicleta assim como Phillip abriu a porta do carro e fechou de repente. — Você levanta o dedo na minha cara no maldito bar, sem motivo aparente, e agora está me seguindo? — Phillip respirava com dificuldade, e seu peito subia e descia duramente.

Ele

não

era

um

cara

pequeno,

mas

em

comparação com a altura de Malice e aparência robusta ele parecia um mosquito irritante. — Você e eu temos alguns negócios inacabados que precisa ser cuidado. Phillip pareceu confuso por um momento e depois sacudiu a cabeça. — Eu nem sei quem diabos você é, assim eu e você não temos nenhum maldito negócio inacabado. — Phillip limpou o nariz, e Malice podia ver o porquê do cara estar agitado. Seus olhos

estavam

brilhantes,

seu

nariz

vermelho

de,


provavelmente, fazer algumas inalações de coca no carro, ele tremia. — Não, aí é onde você está errado. Nós temos assuntos que precisam ser resolvidos. — Eu mando nesta maldita cidade, e se eu tivesse um problema com você, eu acho que eu saberia sobre ele. — Não importa quem você é nesta cidade, ou em quem você manda. — Malice cuspiu as palavras e deu um passo mais perto. — Você fez algo nojento, feriu alguém que não deveria ter sido tocada, e agora é hora de você sentir o que é e como é levar uma surra, para lembrar da próxima vez que você pensar em colocar suas mãos em uma mulher, especialmente em Adrianna. —

alguns diriam com certeza

que esta era uma coisa louca para Malice fazer, e que a retaliação tomada por uma mulher que acabou de conhecer ontem era fora do seu normal. Mas a verdade era que ele teria defendido qualquer mulher que foi ferida da maneira que Adrianna foi. Mas havia também algo muito delicado e inocente sobre ela, algo que teve este lado muito feroz dele querendo destruir qualquer um que pensasse em até mesmo aproximar-se dela. Phillip não respondeu, mas o olhar escuro que cobria seu rosto foi a confirmação suficiente de que as coisas estavam prestes a ficar sujas. — Quem é você para estar vindo por ela? — Ele apontou para o pescoço enfaixado. — E essa merda não vai ser esquecida, não até eu mostrar que ela precisa aprender o seu


lugar. — Phillip levou a mão por trás dele, mas Malice estava em cima dele antes que ele pudesse pegar a arma que estava provavelmente escondida no cós de trás de sua calça. Ele derrubou Phillip no chão e bateu com o punho no lado da cabeça. A visão do sangue que começou a derramar do seu nariz fez Malice sorrir de satisfação. Antes que Malice pudesse deferir outro soco Phillip o surpreendeu com golpes de cabeça e com sucesso derrubou Malice para trás e para longe de Phillip. O sabor picante e metálico de sangue encheu a boca de Malice, e ele virou a cabeça e cuspiu. Ele sentiu que

seu

lábio

estava

partido,

mas

gostou

da

dor.

Rapidamente se levantou e viu Phillip lutando para ficar de pé. Ele poderia facilmente ter avançado após este pequeno intervalo enquanto ele estava fora dele, mas Malice queria que ele estivesse de pé. Assim que Phillip se levantou, Malice foi para a frente. Ele sentiu uma energia brutal se movendo através dele, e a imagem em sua mente era Adrianna, e como ela o olhou na noite passada quando ele a segurou em seus braços na chuva. — Você, seu filho da puta! Malice o impediu de dizer qualquer outra coisa com outro golpe de seu punho no lado da cabeça de Phillip. O outro cara tropeçou para trás, mas endireitou-se antes que ele caísse no chão. A arma que ele escondeu atrás das suas costas caiu no chão quando Malice pela primeira vez lhe deu um soco, e agora ele se moveu em direção a ela. De maneira nenhuma.


Malice estava sobre ele em seguida, e chutou a arma para fora do seu alcance. Ele envolveu sua mão ao redor do pescoço de Phillip e levantou-o facilmente do chão. Movendose para a frente com o outro homem lutando para respirar agarrando a mão de Malice, ele bateu-o contra um tronco de uma árvore próxima. Se inclinou para perto, jurou que podia sentir o cheiro do medo que saiu de Phillip, e sorriu. — Não é tão divertido quando você é o único obtendo o seu traseiro chutado, não é? — Ele afrouxou ligeiramente seu aperto no pescoço, e ouviu Phillip sugar o ar. — Ela é apenas lixo, uma boceta de reboque... Malice o interrompeu, apertando sua mão novamente. — Você é um filho da puta idiota. — Ele olhou para os olhos escuros e redondos desse homem que feriu a mulher sobre a qual Malice se sentia muito protetor. — Eu só vou dizer isso uma vez, e acredite em mim quando eu digo, se eu tiver que repetir vai ser a última vez que você estará vivo. — Ele se inclinou outra polegada então eles estavam nariz com nariz agora. — Você vai esquecer tudo sobre Adrianna se você valoriza a sua vida e o que lhe é mais caro. Você não irá procurá-la, não vai tocá-la, e realmente não vai porra pensar sobre ela nunca mais. Entendeu?

Ele poderia ter

afrouxado seu controle, mas não o fez. Demorou um segundo para Phillip acenar com a cabeça, mas quando o fez Malice ergueu o braço para trás e bateu com o punho no seu lado. Phillip grunhiu, e lágrimas se formaram em seus olhos. — Porra eu adoro quando homens crescidos que pensam que


são difíceis gritam como a merda. — Malice deixou-o ir, então, e Phillip imediatamente caiu no chão. — Diga-me que você entendeu o que estou dizendo e eu não irei deixar minha bota na sua bunda. — Malice se agachou, e pegou o pescoço de Phillip, levantando-o ligeiramente. — Porque se eu tiver que voltar aqui—, ele balançou a cabeça, — Eu vou enterrar você e tão profundamente que ninguém poderá encontrá-lo, e se eles de alguma forma fizerem por algum milagre, você não seria reconhecível. — Ele bateu-o no rosto novamente, desta vez sentindo quebrar o nariz de Phillip sob os nós dos dedos. O sangue jorrou imediatamente pelo rosto de Phillip, e seu grito de dor e a maneira como ele se enrolou em posição fetal teve o lado sádico de Malice rugindo. — Você a quer, ela é sua, babaca, — Phillip arquejava para fora, e começou a engasgar com seu próprio sangue. Já havia um hematoma se formando em volta do pescoço, o que realmente o deixou muito satisfeito. É claro que ele queria fazer muito mais danos a este pequeno idiota, mas ele agarrou sua força e deu um passo para trás. Com mais um olhar de nojo, Malice cuspiu na frente de Phillip o sangue restante misturado com saliva que enchia a sua boca. Ele olhou para Phillip mais uma vez, e, em seguida, endireitou-se e caminhou para sua motocicleta. Acelerou e voltou para o clube.


Malice voltou para a sede do clube a algumas horas agora, e ele já acabado com três cervejas. Ele não precisa se embebedar, mas ele ainda estava furioso apenas por ter se afastado de Phillip. Ele deveria ter matado o filho da puta, porque se ele tivesse cruzado o seu caminho em qualquer outro momento ele teria quebrado seu pescoço e não pensaria duas vezes. Mas ele resistiu porque Adrianna disse que ela não queria mais violência, e embora ele não pudesse dizer que não iria prejudicar gravemente o ex-bastardo, ele resistiu por ela. Ele viu Adrianna cerca de uma hora atrás, mas ela não o questionou sobre o que ele fez ou não com Phillip. Ela era inteligente, e provavelmente descobriria, mas de qualquer forma, se ela o perguntasse não iria mentir. — Eles

começaram a se reunir em frente —, Tits, um

dos membros Fairview, disse, logo que ele entrou no interior do clube. Malice sentou-se ao lado de Rock no bar. Ele voltou a pensar em Adrianna, maldita obsessão que ele estava começando a ter com ela, e esfregou a mão sobre o rosto. Ela


foi para a sala de armazenamento para ajudar a Lily, uma das prostitutas do clube, a trazer algumas coisas. Ele não queria que ela fosse a qualquer lugar que ele não pudesse vêla, mas mantê-la trancada em um quarto, também não estava ajudando. Toda a merda que ela passou tinha sido o inferno em pessoa, e ele teve que dar-lhe crédito para a força que ela mostrou. — Cara, o que diabos vamos fazer uma vez que ela estiver no River Run? —, Perguntou Rock ao lado dele, mas manteve seu foco na garçonete que servia no bar. O cara tinha um tesão por ela que se prolongou por tempos. Ela tinha

seios grandes

e suculentos,

o tipo que

Malice

normalmente gostava, mas, mesmo olhando para eles, e sabendo que a frente iria mostrar-lhe um grande conjunto de bunda e peitos, ele não sentiu nenhuma faísca de excitação. Ele simplesmente não conseguia parar de pensar em Adrianna, e o que teria acontecido se ele não tivesse estado no lugar certo na hora certa. Ela estava se curando, estava machucada e cortada, mas levaria muito tempo para ela se curar no interior. — Cara, você está fodendo comigo? Ele olhou para Rock, que olhou para ele com um olhar confuso em seu rosto. — Eu estive falando com você e você estava fora o tempo todo. — Rock olhou para a garçonete. — Mas ela tem um fodido corpo.


— Ela é sua. — Não era como se eles não tivessem muito dinheiro para conseguir mulheres. Se eles quisessem, eles não teriam qualquer dificuldade em fazê-los, e a boceta do clube atualmente distribuindo as bebidas não era exceção. Malice trouxe a garrafa à boca e virou-a de volta. O álcool estava começando a ficar quente, mas ele não deu a mínima. Sua mente estava preocupada com outras coisas de qualquer maneira. Marx saiu do quarto dos fundos com um feroz e irritado olhar em seu rosto. — Esses bastardos são implacáveis—, ele rosnou para fora e avançou até as portas da frente, mas parou antes de abri-las. — Tits, certifique-se de que as meninas estão na parte de trás e fora do caminho. Eu não as quero em torno dessa merda. Malice finalizou sua cerveja e se levantou. Tits já estava caminhando de volta para onde estavam as prostitutas, mas ele notou que as meninas também foram conduzidas para a parte traseira do clube. — Isto vai sair do controle —, Perguntou Rock atrás de Malice. Marx olhou para eles. — Eles não invadem o portão, ainda bem porque eu iria acabar matando um bastardo se o fizessem. — Marx passou a mão pelo cabelo. — Mas eles são irritantes como a merda, e soam altos quando eles estão gritando fora sua besteira religiosa de julgamento. — Marx se virou e abriu a porta.


Imediatamente eles puderam ouvir o canto da igreja, e ver um grande grupo formado à direita do outro lado da porta que bloqueava a entrada para o clube. — Tirem essas putas daqui! — Vagabundas sujas e imorais. — Nada além do trabalho do diabo atrás daquelas paredes. Eles continuaram cantando seus insultos odiosos e depreciativos, Malice aproximou-se até que ele estava dentro da porta. Ele olhou para trás para a porta que Adrianna e a outra mulher saíram, e de maneira nenhuma ele ia deixá-las lidar com um bando de malditos fanáticos. Marx e vários dos outros membros da Fairview ficaram de pé a poucos metros do portão, cigarros na mão, e algumas garrafas de cerveja. Eles estavam olhando para as pessoas da igreja, e alguns estavam rindo com eles. Mas Malice não estava nem aí para um bando de idiotas que pensavam que o que eles estavam fazendo era errado e imoral. Era um mundo onde as pessoas tinham de fazer o que fosse preciso para sobreviver. As mulheres que venderam seus corpos, e vieram para os clubes para a proteção, não significava que elas estivessem sujas ou que fossem menos do que ninguém. Mas as igrejas como aquela fora do portão eram nada mais do que cultos que se seguiam com um único propósito. Um dos homens que estavam gritando alguma merda muito vil jogou uma garrafa de vidro sobre o portão. Mal perdeu de atingir alguns dos motociclistas, o que só fez


aumentar toda a tempestade de violência que já estava em erupção. Marx estava segurando um de seus homens de volta, que estava prestes a rasgar os fiéis em dois. Malice deu mais um passo para a frente, e a necessidade de estar com os seus irmãos o tomou duro, mas ele estava preocupado com Adrianna. E então ele ouviu o culto selvagem vindo. — Putas. — Vagabundas. — Concubinas do diabo. Ele viu Adrianna e a puta do clube de pé ao lado da garagem. Seu coração começou a bater rápido e duro, e ele se aproximou dela com passos determinados e rápidos. — Sua filha da puta vadia. Ele parou estático com a voz profunda que parecia subir acima do resto. Ele se virou, e através de todos os braços levantados, forcados figurativas altos nas cabeças, e raiva e ódio que girava atrás do portão, viu o pau inútil do Phillip. Seu sangue ferveu, e ele fechou os punhos. O ex-namorado de Adrianna era um estúpido bastardo, e Malice não era o tipo de dar segundos avisos. Ele se virou e andou de volta para Adrianna e a outra mulher. Eles ainda tinham que se mudar. Adrianna usava um olhar assustado, chocado, e a outra mulher do clube estava olhando para a multidão com esta expressão curiosa. Uma mulher de clube era uma cadela difícil, elas tinham que ser se quisessem fazer parte do estilo de vida MC.


— Adrianna. — Ele a chamou, e ela imediatamente olhou para ele. Seus olhos se arregalaram, e ela apontou para a multidão, sem dúvida vendo Phillip, e ouvira o que ele gritou para ela. — Venha aqui—disse ele, ao mesmo tempo em que ele deu um passo em direção a ela. Os cabelos na parte de trás do seu pescoço ficaram em pé, e seu instinto apertou. Esta era uma situação ruim para começar, e agora com seu ex aqui, e toda a energia negativa e perigosa no ar, ele sabia que poderia ir para um nível volátil rápido. Ele alcançou-a em uma questão de segundos, e logo que ele tinha o braço em volta de seu ombro, ele sentiu os tremores começarem a diminuir — Eu sinto muito. Eu sinto muito. — Ela disse como se ela estivesse fora do ar. — Eu não o trouxe aqui, não é? — Ela olhou para seu rosto — Eu não trouxe isso para o seu clube, não é? Deus, ele queria tirar o medo, ansiedade, e preocupação fora dela. — Não, Adrianna, você não fez isso. Esses filhos da puta têm vindo em torno do clube e agitam ao redor, assim como aquele filho da puta... — ele disse entre dentes, tentando se controlar, porque ele estava ficando ainda mais chateado a cada segundo. — Deus vai julgá-lo quando você estiver morto, mas até lá então nós seremos o júri. Malice se virou e olhou para um homem de cabelos escuros que se adiantou. As pessoas ao seu redor se


separaram, e começou a tocá-lo como se ele fosse algum tipo de salvador para eles. O homem usava tudo preto, e seu cabelo escuro estava penteado para trás de sua testa larga. Ele usava essa cruz de prata grossa em volta do pescoço. Ele agarrou as barras e segurou uma das mãos no alto do cabelo. — Você vai ser punido pelas chamas do inferno. — Mas o desgraçado sorriu, e havia esse brilho em seus olhos que fez Malice se sentir instável. — Os policiais foram chamados, mas não tenho certeza de quando eles estarão aqui. Por mais que eu queira abrir os portões e deixar os idiotas entrarem para que possamos darlhes uma lição, eu tenho a porra de amor por meus livros— Marx disse enquanto passava por eles e voltava para o clube. — Eu preciso ter certeza de que as mulheres estão todas bem, mas vocês duas precisam entrar. — Ele apontou para Adrianna e a outra mulher. — Armas! — Os gritos começaram imediatamente, mas os próximos momentos pareciam ir em câmera lenta. Malice virou-se e puxou Adrianna atrás dele assim quando Phillip empurrou o líder do culto de lado, levantou a arma para o alto, e disparou um tiro. O filho da puta era mais esperto do que Malice lhe deu crédito. Phillip deve ter colocado dois e dois juntos quando viu o emblema de Malice. E então o filho da puta teve sorte que havia esses idiotas fora protestando seus ideais e toda besteira, e que Malice e Adrianna estavam do lado de fora, também. Toda a porra do caos ajudou aquele pequeno pedaço de merda a tomar a


iniciativa e atirar, mas uma vez quando Malice o pegasse ele iria se certificar de que esse merda nunca mais voltaria a respirar. Os fanáticos corriam longe e gritavam. Muitas pessoas se abaixaram, mas quando Phillip colocou a mão através das grades do portão e apontou-a à direita em Malice, o tempo pareceu parar. Malice continuava mantendo Adrianna atrás dele, e assim quando ele foi para o chão Phillip puxou o gatilho. Houve mais uma rodada de gritos. O líder do culto estava gritando alguma coisa bíblica, com as mãos no ar e totalmente sem se importar que havia um atirador entre eles. Não foi até que Malice estava no chão com Adrianna debaixo dele que viu a batida de bala no concreto ao lado dele, e à direita, onde estavam. — Peguem o filho da puta com a arma! — Malice rugiu. Ele queria ir para Phillip ele mesmo, mas de jeito nenhum, estava deixando Adrianna sozinha, só a tempo suficiente para que ela pudesse correr para a segurança do clube. Ele continuou a proteger Adrianna com seu corpo e viu como Rock e vários outros irmãos do clube correram para a frente com as suas próprias armas em punho. Os policiais chegaram agora, e os fanáticos foram pelo menos inteligentes o suficiente para dar o fora de lá, até mesmo o seu líder louco estava saindo em um carro. Phillip partiu em outra direção, mas logo antes de Malice perdê-lo de vista ele atravessou a rua correndo. Tudo aconteceu tão rápido que tudo o que Malice pode fazer foi olhar em choque e prazer sádico quando um dos carros dos


fanáticos da igreja acelerou do outro lado da rua e bateu a direita em Phillip. Aquele idiota voou dez malditos metros no ar antes de bater no asfalto. Mesmo à distância Malice pode ouvir o contato do corpo de Phillip com o solo. — Oh meu Deus—, Adrianna falou sufocada, e então ela estava se inclinando para o lado e vomitou. Sim, esta foi uma das situações mais fodidas que Malice já esteve.

Adrianna olhou para Malice pelo que parecia ser a décima vez nos últimos cinco minutos. Foram horas desde o tiroteio e vendo Phillip atropelado por aquele carro. Já ia anoitecer, a polícia veio com todo o seu questionamento, e depois de terem saído ela sentiu esse tipo de choque, mas também este alívio a encher. A polícia disse que Phillip morreu com o impacto, mas foi um ataque cardíaco, e não do carro realmente bater nele. Aparentemente, ele ter cocaína em seu sistema não é uma surpresa para ela, mas que no momento do impacto o seu coração já estava bombeando horas extras, e o acidente foi apenas o empurrão que precisava para ter seu coração literalmente explodindo. Ele morreu de um ataque cardíaco, e não tanto do impacto real foi o que disseram a ela.

Já era escuro, e tudo o que ela

queria fazer era enrolar-se e dormir. Ela não sabia o que a


polícia descobriu dos manifestantes fanáticos, mas agora ela não se importava, e, francamente, não sabia se ela iria. Isso só foi para mostrar como fodido este mundo realmente era. Ela olhou para Malice, que estava sentado em frente a ela, e embora ela não soubesse o que ele fez para Phillip antes, aquele idiota voltou para ela, e não se importava de uma forma ou de outra. Malice salvou sua vida uma vez, e, em seguida, fez novamente quando ele usou o próprio corpo como um escudo contra as intenções enlouquecidas de Phillip. Tudo o que ela sentia por ele antes foi agora elevada à enésima potência, e deixá-lo sair de sua vida não parecia mais ser a coisa inteligente a fazer. O silêncio se estendeu entre eles, e ela se moveu na cama. Poderiam ter sido horas desde que ela foi apanhada no meio dessa situação de vida e morte, mas seu coração ainda batia em seu peito. E então ela olhou para Malice, e seu coração caiu para seu estômago. — Você tem certeza de que está bem? —, Ele perguntou de novo e olhou para ela com esta expressão muito preocupada no rosto. — Eu estou, apenas ainda um pouco chocada depois de tudo, eu acho. Ele

concordou

e

deu

este

grunhido

brusco

de

reconhecimento. — Eu posso chamar o médico aqui, para se certificar de que esteja bem?


Ela balançou a cabeça. A bala não os atingiu, graças a Deus. — Não, eu estou bem, realmente. Mas obrigada. — Eles se sentaram em silêncio, e o som de sua respiração combinadas parecia demasiado alto. Ele a salvou, e ela sabia que se Phillip não tivesse sido atingido por esse carro e morrido Malice teria ido atrás dele e o matado. Havia aquele ar perigoso sobre ele quando ele a segurou firmemente no parque de estacionamento e fez com que ela ficasse mantida por trás da montanha que era o seu corpo. Mesmo agora, ela jurou que ainda podia ouvir o som do corpo de Phillip ser atingido pelo carro, e, em seguida, batendo duro na calçada. Era o suficiente para fazer-lhe o estômago doer. Mas ali estavam eles agora, sem dizer nada com esse sentimento pesado movendo-se entre eles. Adrianna supôs que ela poderia ter ido para a sala principal com todos os outros, mas a verdade era que ela gostava de ficar sozinha com Malice. Ele era o único que a fazia se sentir segura. — Vendo como toda essa merda aconteceu, Adrianna, eu não posso deixá-la simplesmente ir embora — disse Malice. Ele estava duro, inflexível, e olhou diretamente para ela. — Eu quero que você venha para o Colorado comigo. Eu posso encontrar-lhe trabalho, certificar-me de que você esteja segura, e acima de tudo eu quero você por perto. — Ele disse a última parte tão duro quanto o resto, mas ela ouviu essa vulnerabilidade em sua voz que ela nunca viu antes. Ela


ainda podia sentir a raiva que o rodeava do que aconteceu anteriormente. Seu lábio estava partido, e ela podia ver alguns hematomas começando a se formar em sua bochecha e mandíbula. Parecia que ele entrou em uma briga quando ele voltou da cidade, mas a contusão era de quando ele a levou para o chão para protegê-la. Adrianna sabia que não havia nada para ela em Fairview, e sabia que ela sempre planejou sair sem destino fixo em mente. Não havia nada para amarrá-la ali, e haviam muitas coisas que a empurravam a seguir com o que ela realmente queria fazer. Olhando para Malice, ela não precisava deixar sua oferta passar. Ir com ele, conseguir um emprego que ela poderia realmente conseguir, trabalhar duro e fazer algo para si mesma parecia muito agradável. Mas é claro que nos saltos de que seu pensamento positivo foi os negativos cautelosos apontavam todas as coisas ruins que poderiam acontecer. Ela queria sair, mas estava com medo do que estava lá fora, e, especialmente, de todas essas outras coisas que aconteceram. Ela sentiu como se estivesse andando sobre uma corda bamba segundos antes de cair para a morte. — Eu quero muito, mas estou com medo. — Essas palavras vieram-lhe em um sussurro. — Qualquer pessoa em sua situação teria medo, Adrianna. Droga, há mulheres na sala principal que estão em lágrimas, de modo que o que você está sentindo é totalmente compreensível.


Ela concordou e manteve o olhar com o dele. — Estou tão feliz que ninguém ficou ferido, além de Phillip, mas eu odeio dizer que ele mereceu o que teve. — Eu espero que você não esteja com medo de mim. — Ele disse quase como uma reflexão tardia, ou pelo menos era o que parecia. — Eu não estou com medo de você. — Sua garganta estava tão seca que quase não conseguia falar, mas tomara sua decisão. — Eu só estou com medo do que virá no dia seguinte, e o que vai acontecer no Colorado. Ele não disse nada por alguns segundos, mas ele também não desviou o olhar dela. — Eu posso entender sua hesitação, e embora você realmente não me conheça, eu estou contente que você se sinta segura comigo. — Ele passou as palmas para cima e para baixo nas suas coxas, e ela não podia deixar de observar o modo como seus bíceps e antebraços flexionavam-se. — Se eu tivesse que fazer tudo isso de novo, eu faria, Adrianna, em uma porra de um piscar de olhos. Ela sentiu seu pulso correr com as suas palavras. Havia tanto sentimento e determinação nele que ela não duvidou da sinceridade do que disse. — Eu nunca vou poder agradecer o suficiente. — Eles ficaram em silêncio. Poderia ser perigoso sair com ele, mas honestamente, não poderia ser muito pior do que o que ela viveu. Olhando como as coisas aconteceram nas últimas vinte e quatro horas. Ela não percebeu que ela estava olhando para


seus pés, até que ela levantou os olhos e fitou Malice novamente. Ele parecia ser o mestre em não mostrar suas emoções ou o que ele poderia estar pensando. Ela, por outro lado nem sequer tentou esconder como se sentia. — Ok. — Ela viu a maneira como seus ombros relaxaram como se ele tivesse tenso. Ele assentiu. — Bom. Estou feliz, porque acredite em mim quando eu digo que eu acho que isso é o mais inteligente e mais seguro. Talvez ela não fosse tão forte e independente como os outros lá fora, e temia o mundo real, mas ela gostava de pensar em si mesma como forte do seu próprio jeito. Ela sobreviveu, e não era isso o que importava? Antes que ela pudesse responder ao que Malice disse ele começou a falar novamente. — Nós vamos embora em algumas horas. Uma vez que chegar ao River Run você vai ficar no clube eu não quero que você fique em um hotel. É mais seguro, também, e eu quero você por perto. Ela sorriu para a última parte, que ele disse. Sua garganta se fechou com a emoção, antecipação e, claro, um pouco de medo do desconhecido. — Como você é uma pessoa de fora, eu preciso falar tudo isso com o meu clube. — Você acha que eles irão concordar em me deixar ficar lá?


— Eu não vou me importar, se eles não concordarem. — Mais uma vez, ele disse a última parte dura e inflexível. — Amanhã quando você estiver acomodada num lugar diferente nós podemos falar sobre esse trabalho. Parece bom? — Ele disse a última parte um pouco mais suave e até mesmo com um pequeno sorriso. — Ok. — Suas mãos estavam suadas, sua frequência cardíaca acelerou, e ela realmente pensou que poderia passar por esta sobrecarga de informações e tudo o que parecia estar caindo em seu colo. Malice levantou-se e virou-se, mas antes que pudesse sair, ela chamou. — Malice? Ele parou e se virou. — Muito obrigada por estar lá. — E assim um pesado silêncio encheu a sala. — Você é bem-vinda, Adrianna. — Ele disse o nome dela tão suavemente, tão suavemente, que mesmo depois de tudo isso ela sentiu os tentáculos do desejo se movendo dentro dela. E então ele a deixou sozinha no quarto, e tudo o que ela fez foi pensar sobre o que iria acontecer no futuro. As coisas não poderiam ficar piores, certo?

A viagem para River Run foi longa, mas Adrianna dormiu a maior parte dela. Ela nem sequer pensou que fosse


possível dormir depois de todo o drama que aconteceu, e com a adrenalina que estava em fluxo constante através dela, mas quando ela fechou os olhos, ela apagou. Graças a Deus os protestantes não estavam esperando por eles quando eles saíram, porque essa era a última coisa que precisava agora. Mas se eles fossem espertos eles iriam se manter longe dado o fato de que eles mataram alguém em sua pressa de escapar. Estava com seis outras mulheres na van que ia um pouco cheia, e com Malice conduzindo em vez de andar em sua Harley com os outros dois caras, ele insistiu em que ela ficasse na frente com ele. Ela não sabia qualquer um dos detalhes sobre por que eles tinham uma van cheia de mulheres, e, francamente, não queria saber. Mas dado o fato de como elas se vestiam, como elas estavam vendendo seus corpos e o fato de que ela ouviu algumas das coisas odiosas que aqueles manifestantes estavam dizendo. Ela colocou tudo mais para o fundo de sua mente e apenas focou no que ela causou. Ela estava acordada agora e observou

o

grande

complexo

de

cabanas

a

vista.

Assemelhava-se a uma loja, e Malice desviou a van até um portão e esperou por dois caras para abri-lo para ele. Malice então dirigiu a van até a estrada de terra. Ela não podia deixar de se sentir nervosa e seu coração disparou quanto mais se aproximavam. Esta era uma experiência totalmente nova, e ela estava fazendo isso com um homem que ela mal conhecia, mas ela percebeu que se sentia mais à vontade com ele do que com qualquer outra pessoa em sua vida. Mas tão


estranho como tudo isso era, ela sentiu que era a coisa certa para se fazer. Além disso, não poderia ser pior, certo? Malice parou a van em frente a cabana e desligou o motor. Ainda estava escuro, mas o sol iria subir em breve. Adrianna sentia-se suja e corajosa de estar naquele carro durante tantas horas, e de não se preocupar em tomar banho após a situação policial de Phillip. Dormir soava muito melhor agora do que ficar limpa de qualquer maneira. Além disso, ela estava curiosa para ver este lugar por dentro, e estava nervosa para ver como os amigos de Malice e os membros do seu clube pensavam dela ficar lá. Antes que ela pudesse sair do carro apareceram alguns motociclistas que saíram das portas da frente da cabine. Eles pareciam tão intimidadores quanto Malice, e quanto mais se aproximavam notou os emblemas que usavam em seus coletes de couro. Claro que todos eles estavam escritos The Brothers de Madesen MC, mas os dois homens que estavam na frente das outras motos tinham símbolos que liam presidente e v. presidente costurada no peito de seus casacos. — Este é Lucien, o presidente do nosso clube, e Kink, o VP. Ela se virou e olhou para Malice. — Não se preocupe. Eles parecem mais cruéis do que realmente são. — Malice sorriu, mas mesmo Adrianna poderia dizer que as suas palavras não eram inteiramente verdade.


Aquele com o nome de Lucien abriu a porta traseira e as meninas saíram. Houveram algumas palavras murmuradas dos motociclistas e, em seguida, as respostas das mulheres. Mas Adrianna não foi capaz de realmente avaliar o que estava se passando por aquilo que foi dito. Quando a última mulher estava fora Adrianna olhou por cima do ombro e bloqueou olhares com Lucien. Ele era um homem grande, tão grande e imponente como Malice. Seu cabelo estava curto e escuro, e ele tinha essa cor prata nos olhos misteriosos que a fez sentir como se ele soubesse o que os outros estavam pensando, sem ninguém dizer nada. — A viagem correu sem mais nenhuma surpresa acontecendo? — Perguntou Lucien. — Surpreendentemente, sim. Ela olhou para Malice depois de ter falado, e ela podia ver que ele agora estava tenso quando momentos antes ele estava relaxado. Ele saiu e encaminhou-se para a porta do lado do passageiro, e antes que pudesse rolar a janela para baixo, Lucien tinha a porta aberta. A brisa soprou por seu rosto e balançou seu cabelo trazendo o cheiro de álcool, maconha e óleo de motor. — E você está bem? — Lucien perguntou a ela. Ela olhou para ele e balançou a cabeça. Havia um ar muito perigoso em torno dele, que parecia carregada com letalidade. Malice era da mesma maneira, mas ela não conseguia explicar por que se sentia tão confortável com Malice e não com este homem.


— Sim, em sua maior parte. Obrigada. — Adrianna não perdeu como ele examinou seu rosto com o olhar, e então olhou para seu pescoço. Ela sabia como ela parecia, sabia que os hematomas e marcas em seu rosto e garganta eram desagradáveis. Lucien não disse mais nada para ela, e levantou o olhar para Malice, que ainda estava sentado ao lado dela. — Uma vez que todos estiverem se instalado e tiverem algum descanso precisamos ter uma reunião. — Houve esse tom enigmático na voz de Lucien. Malice não respondeu verbalmente, apenas balançou a cabeça, em seguida, Lucien fez o mesmo. Ela viu que Malice ainda tinha as mãos no volante, e como as mãos estavam apertadas em torno dele. Lucien deixou sua porta aberta e se virou para ir de volta para a cabana onde o resto dos homens e mulheres desapareceram. O silêncio desceu sobre eles, mas isso não era o tipo confortável que compartilharam antes. — Você pode descansar aqui por enquanto, mas eu vou olhar outras acomodações para você. — Ele se virou para ela. — Você está segura aqui, e ninguém vai te machucar. — Ok, obrigada. — Ela olhou para a cabine novamente. — Contanto que não seja um inconveniente para ninguém — Antes que ela pudesse terminar sua frase Malice segurou sua mão. Adrianna olhou para sua mão muito maior sobre a dela, e então olhou para seu rosto.


— Não é um inconveniente, e se eu não quisesse você aqui eu não teria sequer sugerido, Adrianna. — Havia uma dureza de raiva na voz. — Ok. — Isso foi tudo o que conseguiu dizer. Ela sabia que sua atitude era tímida e retraída, mas toda esta situação era diferente do que ela já conheceu. Alguém sair do seu caminho para se certificar de que ela estivesse segura. Talvez tenha sido pelo fato de que ela foi antes um capacho, ou não levantar-se por si mesma e pensar mais criticamente o que os outros estavam fazendo? Ela podia não ser capaz de expressar plenamente o quanto tudo isso significava para ela, mas significava o mundo. — Malice? Ele ainda estava segurando a mão dela, e agora passou o polegar ao longo das costas dela. Ele não respondeu, mas olhou para ela. — Obrigada por ajudar uma estranha total. — Ela conseguiu dizer— obrigada— muito, mas ela iria continuar a dizer isso. Ela realmente era grata. Ela sentiu o calor aumentando na van e sentiu o suor começar a descer pela região entre seus seios. — Você não tem que ficar me agradecendo, Adrianna. — Eu sei, e tenho certeza de que você está ficando cansado de ouvir isso, mas eu nunca tive ninguém fazendo as coisas que você fez por mim. — Tudo o que estava acontecendo agora era intenso e potente. Ela sentiu os cabelos em seus braços em pé, sentiu tudo dentro dela sair para a superfície e aquecer sua pele. Eles continuaram a


olhar um para o outro, e mesmo com as sombras da noite que se deslocavam através do interior do veículo, Adrianna podia

ver

dilatavam.

claramente Esta

o

modo

necessidade

de

como suas se

abrir

pupilas se para

Malice

percorreu e encheu-a de uma forma reconfortante, real. Por mais estranho que parecesse, ele realmente a fez sentir como se houvesse este ímã puxando-a para si, no sentido literal e figurativo. Adrianna nunca acreditou em felizes para sempre antes, nunca pensou que almas gêmeas ou amor verdadeiro fossem reais. E, embora ela ainda não soubesse se ela acreditava nessas coisas, ela tinha fé em que era real e estava bem na frente dela. Malice era as duas coisas, e sabia que não foi a única que sentiu esta conexão também. Lentamente, os dois começaram a se aproximar, e foi como se esse cabo estivesse sendo apertado. Sua respiração aumentou, o peito de Malice subiu para cima e para baixo, forte e rápido. Deus, ela nunca conheceu um homem que era tão robusto e masculino, e tão inebriante que sentiu esse crescimento da vida brotar dentro dela só de estar em sua presença. Quando havia apenas uns centímetros entre eles, ela tinha que forçar-se a manter os olhos abertos a excitação bateu em suas veias como um tambor com raiva. Ela estava molhada entre as pernas, e não havia dúvida de que seus mamilos estavam pressionando contra o material de sua camisa. — Malice, você sente isso também? — Ela poderia ter se chutado por dizer em voz alta o que era suposto ser um


pensamento interior. Mas ele não respondeu e, em vez disso gemeu profundamente, ergueu a outra mão e agarrou-lhe o queixo entre o polegar e o indicador, e segurou-a em um aperto irremovível. E então seus lábios estavam nos dela, e ele acariciou sua língua ao longo da costura de sua boca. Um suspiro deixou Adrianna por conta própria, e Malice levou esse tempo para aprofundar sua língua dentro de sua boca, ela queria que ele fizesse isso entre suas coxas. Esse pensamento e imagem suja bateram em sua cabeça e a fez girar com o desejo. Era claro que ele estava sendo gentil com ela enquanto segurava o queixo entre os dedos. Mas a picada do lábio machucado espetou através dela, e uma exclamação de dor a deixou. Malice se afastou imediatamente, e baixou o olhar que ele estava olhando para o lábio. — Porra, eu sinto muito. — Ele ainda não se afastou dela, e sentiu sua respiração mentolada do chiclete ao longo de seu rosto. — Por quê? — Ela respirou essa palavra fora. — Você está ferida, e eu não deveria ter sido tão rude. Eu não deveria ter beijado você. Ele ia se afastar, mas como que por instinto, ela estendeu a mão e colocou-a sobre a que ainda estava segurando o queixo. Ele se acalmou, olhou-a nos olhos com seu olhar, e ela jurou que ele parou de respirar. — Eu não quero que você pare — Lambendo os lábios e sentindo o ponto sensível em sua boca, ela o queria beijar


novamente para que o desconforto pudesse ser apagado com o quão bom ele a fazia sentir. Malice inclinou-se e apertou a boca no canto da dela. O beijo foi suave, confortado, e não de todo como foi apenas alguns segundos antes como ela realmente queria. Ele afastou-se muito rapidamente, mas ela sabia que era o melhor. Este não era o momento nem o lugar para nada disso, e embora ela não quisesse deixar de lado esses sentimentos que se deslocam através dela, ficou longe de Malice naquele assunto, as coisas estavam acontecendo muito rápido. Ele soltou o queixo e se mexeu na cadeira que ele estava de frente para o para-brisa dianteiro. — Sinto muito sobre isso de novo. — Quando ele passou a

mão

pelo

desconfortável.

cabelo Claro

e

suspirou,

que

ela

ela

não

se

queria

sentiu que

muito ele

se

desculpasse pelo que fizeram, porque ela não iria. Ele olhou para ela então, e ela viu a forma como a garganta trabalhou quando ele engoliu. — Mas eu não sinto muito que você fez isso, eu realmente gostei. — Eles olharam um para o outro por alguns segundos, e então ele suspirou e saiu da van. Ela sentou-se sozinha e em silêncio, observando-o através do para-brisa dianteiro, enquanto caminhou em torno da frente do veículo e parou no lado do passageiro. Agarrando a maçaneta da porta abriu-a antes dele, porque sabia que era o que ele foi fazer. Malice envolveu as mãos ao redor da cintura dela quando ela se preparou para descer, e facilmente levantou-a do assento e


a colocou no chão. Por um segundo, ele manteve as mãos sobre ela, e a olhou com um olhar semicerrado escassamente contido no rosto. — Depois de descansar podemos falar sobre esse trabalho e onde você pode ficar até poder se manter por conta própria. Não era o que ela queria fazer, mas ela balançou a cabeça de qualquer maneira. Na verdade, ele ainda estava excitado, apesar de ter esfriado tão rapidamente. — Vamos. Você tem que descansar. Ele se virou e andou para a frente da cabana, e ela não tinha escolha a não ser segui-lo. Mesmo depois de tudo o que aconteceu, e a excitação súbita e constrangimento, Adrianna sabia que isso ainda era a melhor escolha que ela fez. Pelo menos era o que ela dizia a si mesma.


Kink parou sua Harley na calçada de Sarah, desligou o motor, e forçou-se a se acalmar. A última coisa que ele queria fazer era irritá-la, sabendo a mega cadela que ela era, estava disposto a conversar com ela em vez de gritar como ele queria. Tirou o capacete e pendurou-o em seu punho, Kink ficou lá por um momento e olhou para a pequena casa de estilo fazenda, nos arredores de River Run. Pensou na conversa que tivera com ela há alguns dias, o que lhe causou uma raiva e gritos e o fez bater em três caras antes de Lucien intervir e lhe dizer para ter calma. Não era só chutar as bundas desses fodidos, mas ganhar dinheiro para os irmãos. Essas lutas implacáveis podem ajudar a aliviar a sua raiva e tensão, mas isso não ajudava o seu MC se ninguém apostava contra ele. Ele empurrou esses pensamentos fora de sua mente e andou em direção a porta da frente de Sarah. Ele não ligou e avisou que viria, porque a cadela de coração frio, provavelmente sairia apenas para que ele não pudesse ver Callie. Ver sua filha apenas uma vez por semana era uma merda, mas ele respeitou o acordo. Vê-lo aqueles poucos dias uma vez por mês era melhor do que nada.


Uma vez na frente da porta, bateu três vezes. Ele ainda estava chateado, e estar aqui, tão perto de Sarah a mulher tentando impedi-lo, não ajudava sua raiva. Ele estava prestes a bater na porta novamente quando ela se abriu. Sarah estava do outro lado, sua roupa parecia como se ela estivesse dirigindo-se ao clube de strip para alguns dólares. Mas, foi onde ele a conheceu, onde ele transou com ela, e que toda a sua vida mudou. — Que diabos você está fazendo aqui? — Ela se debruçou contra a armação, seu corpo esbelto não fazia nada com ele agora, mas faziam suas bolas encolher. — Quem é, Sarah? O idiota do namorado dela chamou, e levou tudo em Kink para não gritar para que ele caísse fora ou ele mesmo iria chutar sua bunda. — Dale, apenas volte a assistir o seu show. — Ela olhou para ele com este olhar fodido em seu rosto. — Sério, você sabe que não pode simplesmente vir aqui sem falar comigo primeiro. Eu deveria ligar para o meu advogado e deixá-lo saber

o

que

você

está

fazendo.

Ela

sorriu

presunçosamente. — Garantir que vou me mudar para a Califórnia é o melhor interesse para a Callie. Ele respirou e depois soprou, controlando sua raiva e irritação para a mãe de sua filha. — Sim, Sarah, eu deveria ter ligado—, disse ele entre dentes, — Mas você e eu sabemos que você não teria


respondido. Eu precisava falar com você, para tentar resolver isso. Ela não respondeu. — Esperar esses poucos meses para que Callie faça dezoito anos não vai foder com a sua felicidade maldita. O que você está fazendo é egoísta. — Kink não era o tipo de homem para resolver seus problemas com conversa. Ele pegava o que queria, quando queria, e não dava a mínima para o resultado, enquanto ele estava em seu favor ou em favor do MC. — Escute, quando ela fizer dezoito anos, ela pode fazer o que diabos ela quiser fazer. Droga, boa viagem. Se ela quiser falar com um juiz depois de eu ter tudo arrumado para ir —, ela deu de ombros, — ela pode fazer isso também. Pode até levá-la por um longo tempo para falar com alguém no River Run sobre se emancipar se é isso que ela quer. Eu não sou uma especialista no sistema legal, mas eu sei as regras desta cidade e que o meu advogado redigiu um termo durante a audiência de custódia, e que você assinou. — Ela agarrou a porta, com a intenção de fechá-la. — É isso aí, Kink, ok? — Pai? Ele olhou por cima do ombro de Sarah e viu Callie de pé no topo das escadas. Ela parecia preocupada, e ele odiava que ela estivesse se sentindo dessa forma na forma como as coisas estavam acontecendo. — Está tudo bem, baby.


Ela desceu as escadas, e sentiu sua raiva sumir ligeiramente. Quando Sarah deu um passo à frente de sua visão de Callie, ele encarou-a e forçou-se, mais uma vez, a manter a calma porque ela sabia como deixá-lo puto. — É evidente que isso não vai funcionar, Sarah, mas eu disse a você no telefone, que você não está levando a porra de minha filha. Vou entrar em contato com meu advogado também. — Ele não sabia nada sobre posições legais, mas tinha a sensação de que ela estava blefando. De jeito nenhum ela conseguiu aprovar isso legalmente debaixo do seu nariz, e em tão pouco tempo. Ele também tinha esse sentimento doente de que ela achava que ele iria rolar e fazer o que ela quisesse para não estragar as coisas, mas claramente não o conhecia muito bem. Ele notou a forma como sua expressão presunçosa transformou marginalmente para irritação e depois preocupação. Sim, a cadela estava louca, e ele apostava que seus planos reais com o idiota do namorado foram por baixo bem debaixo do seu nariz. — Você quer que sua filha passe pelo trauma de uma audiência, de ter que falar com um juiz e tudo isso? — Ela estava se agarrando a besteiras, isso estava claro. — Usando a culpa para me fazer voltar atrás não está funcionando.

Eu

não

recebi

uma

notificação

do

meu

advogado sobre nada dessa merda, mas claramente que tentar resolver isso com você em um nível adulto não está dando certo. Eu não sou um gênio em leis, Sarah, mas sei o suficiente para que você não possa simplesmente levantar e se mudar para outro estado. — Ele estava tão lívido depois de


falar com ela no início da semana que tudo o que podia pensar era em tentar chegar num acordo. E então quando ele esfriou o suficiente para que percebesse que nada disso soava bem, e que ela poderia ir embora para outro estado, mesmo que fosse ilegal em muitos níveis o irritou ainda mais. O babaca saiu da sala de estar, com aparência de bêbado com uma cerveja na mão e cheirando como se ele não tivesse tomado banho em uma semana. Kink enrolou seu lábio em desgosto. — Ei, dê o fora da minha porta, idiota. Kink virou e olhou para o filho da puta que era metade de seu tamanho e ostentava uma barriga de cerveja. — Você acha melhor esse velho, Sarah. — Ele falou com ela, mas manteve o olhar treinado em seu namorado. — Dale tem todo o direito de estar aqui. Uma vez que nos casarmos ele vai ser o padrasto de Callie. — Oh não—, disse Callie das escadas. Sim, ela era sua filha. Isso o fez sorrir. — Callie, cale a boca e deixe os adultos falar. — Porra. Não — Callie, querida, volte para cima, por favor. — Ele manteve sua voz baixa e seu foco treinados sobre Dale. Ele viu a cabeça de Callie de volta para cima através do canto dos olhos, e uma vez que ela se foi ele estendeu a mão e agarrou a gola de Dale. Levantou-o facilmente do chão Kink puxou para mais perto até que eles estavam nariz com nariz. — Você


chega a falar com a minha filha desse jeito de novo e eu vou rasgar suas bolas de merda fora e as assarei em minha churrasqueira. — Kink, saia daqui antes que eu chame a polícia — disse Sarah, mas sua voz um pouco estridente vacilou. Kink encarou Dale direto nos olhos por mais alguns segundos e, em seguida, jogou-o de lado, como se fosse um saco de batatas. — Você não me sacaneie, Sarah, porque eu vou trazer a ira dos irmãos Madesen para sua bunda. — Com isso, ele se virou e saiu de volta para sua moto. Uma vez nela e com o capacete na cabeça, ele olhou para uma das janelas do segundo andar. Ele viu Callie ali de pé, e quebrou seu coração maldito ter que deixá-la. Ela soprou-lhe um beijo de despedida, e depois de um movimento de sua mão para lhe dizer que estava saindo, ele ligou o motor e saiu sua moto para fora da garagem. Ficou ainda mais feroz do que ficou quando toda essa merda começou. O que ele precisava era de uma boa bebida dura, talvez uma luta, e uma foda dura acirrada para ter a sua mente fora da merda da tempestade que estava atualmente sua vida. Uma hora mais tarde e ele estava no bar, com uma boa bebida, e jogando dardos com Rock. O outro motociclista já estava no bar local Brothers in River Run. Kink bebeu mais uma dose, mas não houve nenhuma queimadura em seu estomago, mas a suavidade do álcool. Sua garganta estava


dormente, a sua visão estava embaçada, e iria tomar mais um barril de cerveja. Voltou-se para o bar e bateu a copo no balcão. Outra dose de Jack. — Kink, cara, vamos parar por esta noite, ou pelo menos voltar para o clube para beber. —, Disse Rock logo atrás dele. Ele virou apenas a sua cabeça e olhou para o outro irmão. — Por que, porque eu estou chutando seu traseiro nos dardos? — Ele levantou uma sobrancelha, sabendo que ele arrastou essas palavras, mas queria estar tão bêbado que não conseguisse nem andar muito menos falar. — Em seus sonhos, idiota—, disse Rock através de um sorriso. — Mas você está mais bêbado do que mijo agora, e eu sei como isso vai acabar se você continuar consumindo tiros de álcool. — Quando Kink não respondeu, apenas olhou para Rock, o outro homem continuou. — Você vai entrar em uma briga e foder alguém, os policiais serão chamados, e então eu vou ter que socorrer o seu traseiro para fora da cadeia. Kink sacudiu a cabeça e bufou com esse pensamento. — Sim, isso provavelmente será o resultado hoje à noite. — Olá bebê. Ele se virou para a direita e viu uma das moças do bar que frequentava o lugar regularmente. — Você quer me levar para casa esta noite?


Ela se esfregou nele pela última hora, mas ele não bebeu o suficiente para levá-la para um pouco de sacanagem. Agora? Agora ele estava bem e desperdiçar essa oportunidade parecia errado a mulher parecia que podia lidar com ele. O barman trouxe outra dose na frente dele, e ele olhou para Rock, que ainda estava de pé à sua esquerda. Mas Rock não reclamou sobre ele beber e começar uma luta, em vez disso estava ocupado flertando com a jovem garçonete. Kink agarrou o copo e virou-o de uma vez, e quando ele bateu o copo no balcão para uma segunda dose, a mulher esfregou seus seios contra o lado de seu braço. — Vamos, docinho, me leve de volta para o seu lugar e me mostra como um homem de verdade fode sua mulher. Ele empurrou-a para longe o suficiente para que ele pudesse virar e olhar para o seu rosto de frente. — Você não é minha mulher. — Ele continuou a olhar para ela. A maquiagem que ela tinha era grossa e parecia sufocante, e os cílios falsamente longos faziam parecer que ela deveria estar de pé na esquina da Colfax. Mas ela tinha um bom corpo, não cheirava a bebidas ou cigarros, como o resto das mulheres no bar faziam, e ele precisava foder esta noite. — Você é apenas um corpo que eu vou usar hoje à noite. — Ele queria que ela soubesse exatamente o que isto era entre eles, e não se enganasse que haveria algo mais do que algumas horas de sexo quente, suado envolvido. Ela ficou em silêncio por alguns segundos, e ele podia ver a ponta de raiva de sua grosseria, mas sabia que ela ainda iria para casa com ele. Ela era o tipo de mulher que estava desesperada por


atenção, e ele estava disposto a dar-lhe a atenção, mas apenas em seus termos. — Tudo o que você quiser, baby. — Ela ergueu o braço e passou a mão sobre seu casaco. Ele agarrou seu pulso em um aperto solto, mas seguro. — Não toque na porra do couro. Ela tomou a mão de seu aperto e embalou-a contra o peito. Ele sabia que não a machucou, e se ela não estava acostumada ao seu tipo de raça de macho poderia virar o rabo ao redor e encontrar um bêbado gordo e ocioso. Eles se encararam por alguns segundos, e então ela estampou um sorriso que ele tinha certeza de que lhe renderam um monte de merda destas que os rodeavam. — Eu estou pronta quando você estiver. Ele levaria um minuto para ficar duro uma vez que ela estivesse de costas no seu lugar, graças ao álcool e ao fato de que ela tinha um bom corpo, mas ele lidaria com isso. Agora ele só precisava perder-se em um corpo quente feminino, e esquecer toda a merda negativa em torno de sua vida.


Malice sentou-se em torno da mesa da reunião dos Brothers Madesen. Todos os membros estavam presentes: Lucien seu Presidente, Kink o VP, Tuck, Run e Rock. Malice chegou por volta de cinco horas atrás. Era o meio do dia, mas Adrianna e as mulheres ainda dormiam. Elas precisavam de descanso após o último dia e meio da merda fodida que aconteceu. Run e Rock pareciam pior pelo desgaste, e Malice sabia que ele provavelmente parecia da mesma maneira. Não conseguiu mais do que algumas horas de sono antes que ele estivesse bem acordado e olhando pensativo para o teto lembrando sobre Adrianna e a sensação de seus lábios nos dele, e depois tinha esta reunião com o clube. Ele queria ter esse encontro de qualquer maneira. Lucien sabia que ele estava trazendo Adrianna com ele, sabia sobre o tiroteio e sobre Phillip, mas isso não significava que o Presidente estivesse bem com tudo. Por um lado, isso trouxe muita atenção para o clube, e não de uma maneira boa. Eles queriam estar incógnitos, e ter esta merda nos boletins policiais de Utah não era o tipo de atenção que eles precisavam. Eles já tinham uma má reputação como eram.


Isso tudo aconteceu porque ele trouxe Adrianna para o clube, mas ele não teria feito diferente, e ele iria lidar com as repercussões. — Ok então sabemos por que você a levou ao clube de Fairview, mas diga-me novamente por que você a trouxe aqui. — Lucien recostou-se na cadeira de couro, que rangeu com seu peso. O silêncio que encheu a sala era porque todo mundo estava bem focado em Malice, esperando para ver por que ele agiu tão fora do personagem. Ele assumiu a mesma posição relaxada de Lucien. — Eu já te disse que eu não podia deixá-la ali com todo esse drama que aconteceu com seu ex, e deixá-la seguir seu caminho não era algo que eu me sentia confortável. Lucien assentiu. — Eu sei, mas não é isso que eu quis dizer. Você nunca deu a mínima para o que acontecesse com uma mulher uma vez que você tinha o que queria. — Eu não a tive — Ele rosnou ao seu presidente, sem querer desrespeitar, mas ninguém iria implicar com Adrianna em algo que ela não era. — Eu me sinto protetor com ela. — Ok, mas isso não responde realmente o que eu estava perguntando. Sim, Malice sabia disso, porra. — Porque deixar uma mulher ferida como essa não é meu estilo. E a última vez que verifiquei que não é o estilo dos Irmãos também. Nós salvamos as mulheres quando


podemos. Nós não somos bastardos o tempo todo. — Ele não tinha problemas em falar de um homem de negócios do clube ou fora de retaliação, assim como ele fez com Phillip, mas Malice também não disse à Lucien que ele se importava com Adrianna mais do que ele provavelmente deveria. Ele olhou para o presidente, e a expressão em seu rosto disse a Malice que Lucien estava segurando sua própria irritação e raiva sobre a situação. — Você quer transar com ela ou algo assim? Até mesmo eu posso ver que ela é um pedaço quente como a merda — disse Kink. Kink podia ser o VP do clube, mas isso não impediu Malice de lançar um olhar desagradável em sua direção. — É melhor cuidar com a porra da boca, Kink. Havia uma expressão estoica no rosto do outro homem. Ele parecia de ressaca, como o resto dos membros que não foram no resgate, mas Kink parecia um pouco mais sombrio do que o normal, e ficou claro que o membro tinha algum problema que ele estava lidando. Mas Malice não queria se preocupar com isso, pois todos eles sempre lidavam com seus próprios problemas, e só porque eles estavam em um momento ruim não queria dizer que esse tipo de merda precisava ser dito. O cabelo castanho e curto de Kink estava espetado, e havia olheiras sob seus olhos azuis claros. Malice também pode ver as tatuagens que cobriam seu peito e pescoço que saíam fora da gola da camisa.


— Droga, está muito irritado? —, Perguntou Kink com um sorriso inteligente cobrindo o rosto. — Sim, quando você estiver se metendo em coisas que não sabe. — Malice rosnou as palavras, e o som dos outros membros deslocando em seus assentos quando a tensão aumentou encheu o ar ao seu redor. — Tudo bem, isso é o suficiente, Kink e Malice — disse Lucien em sua voz retumbante. Ele se inclinou para frente e cruzou as mãos sobre a mesa. Os membros dos Brothers Madesen tinham quarenta ou cinquenta anos, e apesar de Lucien ter apenas 42 anos de idade o peso de ser um Presidente MC mostrava claramente em seu rosto. Ele estava cansado, tanto quanto todos eles. — Tudo o que eu estou dizendo é que Malice deve dizer o que ela é, e não tentar justificar suas reais intenções com besteiras, — Kink disse, ignorando claramente o aviso de Lucien que ele precisava para fechar a boca. — Cristo, Kink, apenas cale a boca— Lucien rugiu. — Estamos todos passando por nossos próprios problemas agora. Durante vários segundos.... Ninguém disse nada, mas Malice olhou em volta da mesa para cada membro. Havia curiosidade em suas expressões sobre o que Kink disse, mas ele não poderia culpá-los. Além de Molly ele não se preocupava com sentimentos e emoção e com a porra de certeza não trazia mulheres ao clube. Ele sabia que estava


emanando algumas vibrações de propriedade, mas ele não deu a mínima. — Eu não estava disposto a deixá-la ali sangrando e espancada, além disso, sinto algo a mais por ela, e eu não vou deixar que ela apenas vá. — Ok, bom, agora está chegando a algum lugar. Além disso, eu não queria que você fizesse uma coisa fodida como deixá-la também —, disse Lucien. — Eu a levei de volta para o clube de Marx e seu médico a examinou. — Ele ouviu as palavras de Marx em sua cabeça novamente, mesmo se tivesse passado ainda chateava Malice. — Eu tinha a intenção de deixá-la ir na manhã seguinte, mas eu fui ao encontro do cara que a usou como um saco de pancadas humano— Isso tudo foi sendo repetido para o resto dos membros, porque Lucien sabia de tudo isso já. — E então você sabe o resto sobre os malditos fanáticos, e que o filho da puta foi atropelado pelo carro. — Malice olhou para Kink, e embora ele não tivesse nenhum problema com qualquer um dos outros membros, ele ainda estava furioso sobre os comentários que o VP fez. — Calma, Malice. — Claramente Lucien podia ver que ele estava no limite. — Ela não tem ninguém, e estava pensando em deixar Fairview com algumas centenas de dólares, mas me sinto muito protetor com ela, como eu disse, e eu queria que ela estivesse na segurança do clube. — Ele estava olhando para o presidente outra vez. Houve mais silêncio, alguns pigarrear


de gargantas, e Malice sabia que ele estava começando a mostrar sua raiva e emoções por esta menina. — E assim você pensou que era bom trazê-la para o clube quando ela é uma pessoa de fora e não a sua senhora? — Mais uma vez, Lucien foi o único a falar. — Que diferença isso faz? Nós ajudamos as prostitutas em Denver, até mesmo compramos a porra da casa para que elas pudessem se curar. Eu não acho que éramos um bando de motociclistas bastardos como todos na cidade reivindicam que somos, mas talvez um de nós seja. — Ele apertou a mandíbula e fechou suas mãos em punhos. Malice se dava bem com todos, mas ele estava em desvantagem sobre toda esta situação com Adrianna, e as coisas não melhoraram quando Kink achou legal abrir a porra da boca. Mas agora, tanto sua testosterona quanto raiva estavam aumentando, e ele sabia que as coisas iriam ficar muito feias rápido se ele continuasse. — Que porra há com você, afinal? Você teve um pedaço de pau na sua bunda desde que voltou, — Kink rosnou. — Qual porra é o meu problema? — Malice balançou a cabeça lentamente e sentiu seu sangue começar a ferver. — Sim. Tudo o que perguntei foi se você queria transar com ela, e você se apavorou. Talvez você esteja chateado porque ela não quis transar com você. Malice

levantou-se

tão

rápido

que

sua

cadeira

escorregou para trás e bateu na parede. Kink permaneceu em


sua cadeira, olhando afetado embora Malice podia ver que o outro homem estava tenso. — Sente-se, Malice, — disse Kink entre dentes. — Você não quer fazer isso quando claramente sua cabeça está toda bagunçada. Malice abriu a boca, mas Lucien bateu com o punho na mesa. — Malice, sente-se, porra. Kink, cale a boca. Malice levou um minuto, mas ele finalmente sentou-se e puxou as rédeas em seu temperamento. Merda, ele estava perdendo o controle e com um de seus irmãos. Ele passou a mão sobre o rosto, sentiu o cabelo cortado ao longo da palma de sua mão, e suspirou. Ele precisava de uma bebida, e talvez malhar, mas primeiro ele precisava se controlar... — Acalme-se, porra, e apenas me diga qual é o seu plano com essa mulher —, disse Lucien entre dentes, e ficou claro que ele estava tentando se acalmar. — Se você quer ela para a sua Senhora, então é melhor fazer sua posse aqui e agora. Malice nunca deixou ninguém falar assim com ele, até mesmo um irmão, mas este era o presidente, e ele respeitava muito Lucien. — Porque você sabe, a menos que uma mulher seja uma Senhora, cozinhe, limpe, porra, não deixamos uma boceta ficar por aqui por nada. Malice soltou um som profundo, hostil.


— Acalme-se. Não estou querendo dizer que ela deve ser do

clube

de

boceta,

mas

aquelas

mulheres

fora,

escolheram estar aqui. Elas gostam desta vida, e até mesmo a querem. Você quer Adrianna, é só dizer e tudo isso será resolvido, homem. Malícia recostou-se na cadeira. Havia tensão na sala ainda, mas não apenas dele e Kink. O resto dos membros estavam sentindo isso também. Eles eram uma família, e quando eles começaram a brigar entre si não era bom para ninguém. Ele olhou para cada um dos homens mais uma vez, sua família, seus irmãos, e seu clube. Ele então pensou em Adrianna e o que ele realmente queria dela. Malice não se importava que tivesse sido apenas alguns dias desde que ele a encontrou e esteve em sua vida. Ele viveu muita coisa com ela nesse curto espaço de tempo. Olhou para Kink, olhou para o idiota que o irritou regiamente, e então olhou para Lucien. — Sim, eu a quero como minha mulher. Lucien não respondeu de imediato, mas finalmente ele concordou. — Tudo bem, ainda bem que assumiu irmão. Agora, vamos seguir em frente a partir disso. — Parece bom, — Malice disse em voz baixa. Droga, ele acabou de conhecê-la, mas a reclamou como sua Senhora na frente de seu clube. Isso era alguma merda séria, e ele ainda não falou com ela sobre isso. Reivindicando uma mulher como sua Senhora era grande merda, e Malice já foi por esse caminho com Molly. Ele nunca pensou que iria


precisar ou querer outra mulher assim, mas ele também não podia negar que sentiu algo forte e real para Adrianna. Não era como qualquer coisa que ele sentiu com Molly, e que era alguma grande coisa dada a vida que ele levava. — Eu quero trazer outra questão. Eu quero falar sobre Adrianna trabalhar e ficar em casa com as outras mulheres. Eu acho que ela poderia ajudar, e isso fará com que ela se sinta melhor. Mas isso seria temporário como eu quero garantir que as coisas estejam bem para ela antes mesmo de trazer o assunto de Senhora com ela. — Lucien ergueu a testa mais uma vez. — Você quer que ela trabalhe, onde colocamos boceta para venda? Malice sabia onde Lucien queria chegar. — Eu não quero que ela abra suas pernas. Mas não temos homens indo para a casa e essas mulheres estão tentando se curar, também. — Ele forçou as palavras e sentiu sua mandíbula travar quando ele a apertou com força. Ele lembrou a si mesmo para se acalmar, porque este era o seu Presidente, mas apenas o pensamento de qualquer outro homem

tocando

Adrianna

tinha

essa

raiva

assassina

movendo-se através dele. Lucien ergueu as mãos. — Eu só estou surpreso que é onde queria que ela ficasse. Pensei que acabou de colocá-la em sua casa ou até mesmo no motel. Malice balançou a cabeça antes de Lucien mesmo terminar.


— Não. Eu não a quero em algum motel, e eu estou indo em casa apenas para ver Dakota. Eu quero ter certeza de que ela esteja confortável comigo e esta situação antes dela vir morar comigo. Se ela não ficar no clube, o próximo lugar mais seguro e mais lógico para ela estar é na cabana. Ele colocou a mão sobre a mesa e tamborilou com os dedos sobre a madeira. — Isso teria de ser trazido para a mesa para um voto, pois

isso

significaria

fazê-la

como

uma

espécie

de

empregada... Malice assentiu. Ele estava com os Irmãos por um longo tempo agora, e apesar de terem sido Nômades uma vez antes de resolverem se estabelecer e se mudaram para River Run vários meses atrás, eles ainda eram uma parte dos irmãos Madesen MC. Eles ganhavam a vida vendendo sexo. Isso não era um segredo, mas as mulheres que trabalhavam para eles consentiram e escolheram este como o caminho que queriam tomar em suas vidas. Eles ofereceram-lhes proteção, fizeram com que elas tivessem tudo o que precisavam, e ainda tinha uma grande casa construída em acres isoladas para elas. Ao longo dos últimos meses tinham cuidado das mulheres agredidas que

se venderam

em

Denver

e que foram

espancadas por seu cafetão. Eles construíram uma casa para elas para que pudessem se recuperar e levantar em seus pés, investiram dinheiro para conseguirem fazer isso. Mas para cada coisa violenta e ilegal The Brothers Madesen retribuiu isso com algo que poderia ajudar alguém.


— Eu acho que seria bom para as outras mulheres

tê-

la por perto, especialmente desde que ela tem experimentado o que elas tiveram. — Rock foi o único a falar. Todo mundo olhou para ele. Ele encolheu os ombros. — O que? Eu não posso fazer um comentário perspicaz aqui? — Ele sorriu. — Nós provavelmente poderíamos ter pensado nesta situação melhor, sem argumentos vis, mas o que está feito está feito. — Ninguém disse nada, e a tensão diminuiu. — Ok, eu estou pronto para ir para a cama, porque tudo foi colocado para fora e as coisas estão indo para onde elas precisam. — Lucien olhou para Malice e então olhou para Rock. — Eu, pelo menos posso dizer que estou feliz porque aquele pedaço de merda teve o que merecia. Ferir uma mulher é motivo para ter o pescoço quebrado em meus livros. Houve uma rodada de grunhidos quando os membros concordaram. — O voto é para a mulher de Malice para ficar na cabana e ajudar com o que precisa ser feito até que ela esteja curada e em seus pés. — Ele olhou para Malice e assentiu. — Tudo certo? — Sim. — Mas a coisa era que Malice não sabia o que aconteceria quando ela ficasse curada. Ele poderia deixá-la ir? Depois do medo e preocupação que sentiu quando eles estavam de volta em Fairview... não, ele a queria, já havia


declarado, e ele ia ter que mostrar a ela que ficar ao seu lado era a porra de muito melhor do que estar só. — Você sabe o que fazer. Sim ou não. — Lucien deu seu voto sim e começou com Malice. É claro que o seu voto foi sim. Em seguida, ele passou para baixo da linha com Tuck, Ruin, Rock, e parou em Kink. Ele olhou para o outro motociclista,

e

apesar

de

terem

começado

um

desentendimento momentos antes, eles ainda eram família, e as coisas acabariam por suavizar. Havia claramente algo acontecendo com Kink, apesar de tudo. — Sim. — Bom, uma votação por unanimidade. — Lucien inclinou o queixo para ele. — Malice, eu quero que você, Tuck, e Run terminem o serviço no prazo, levando as meninas para o camarote amanhã de manhã. Rock, fique aqui e certifique- se do envio das informações para Fairview. — Com tudo o que aconteceu lá eu quero ter certeza de que elas estão seguras e não precisam de músculo extra. Rock assentiu. — Esperamos que com as coisas resolvidas tudo comece a voltar ao normal. — Lucien olhou ao redor da mesa. — Qualquer outra coisa que precisa ser discutida uma vez que estamos todos reunidos? Houve um grunhido coletivo, e todos murmuraram —Não —. Uma vez que foi dito todos se levantaram e saíram da sala. Malice fez o mesmo e foi até o bar e pegou para si mesmo uma dose dupla. Ele olhou para o bar cheio de


marcas e viu alguns panfletos. Uma vez que ele tinha um abriu-o e examinou o interior seu sangue gelou. — Quem diabos trouxe isto aqui? — Malice gritou para ser ouvido sobre a música e vozes. Pierce, um prospecto, aproximou-se dele. — Eu fiz. Eles foram colocados na caixa de correio no portão. Pensei que era de alguns desses filhos da puta religiosos. Malice olhou para o panfleto de novo, viu que era da igreja em Fairview, Utah, e jogou-os de volta no bar. O culto os seguiu desde Utah? Parecia realmente ridículo, mas a prova estava bem na frente dele. — Bem, merda. — Ele esfregou uma mão sobre o rosto e respirou. Poderia não ser nada, apenas um membro desse culto fodido tentando assustá-los, mas ele tinha certeza de que todos estavam em estado de alerta. Ele chamou a atenção de todos, e retransmitiu o que ele acabou de descobrir. — Poderia ser apenas um deles querendo foder com a gente, mas eu quero que todos saibam que eles podem estar à procura das garotas. Todos murmuraram o seu acordo. O culto não fez nada mais do que ser irritante em seus piquetes em Fairview, para Malice eles não eram nada além de um grupo de pessoas que tinham

a

intenção

de

fazer

suas

crenças

torcidas

e

deformadas uma realidade. Todos voltaram a fazer o que estavam fazendo, e Malice encostou-se no bar novamente. Ainda estava claro lá fora,


mas o anoitecer estaria se aproximava rapidamente, e após os últimos dias que ele passou, uma bebida caia bem. Ele jogou a cabeça para trás, e olhou para a esquerda e no corredor. Ele mal podia ver o quarto que colocou Adrianna. As outras mulheres estavam no andar de cima, e talvez fosse tolice dele, mas o quarto que ele colocou Adrianna era dele. Apoiando os cotovelos no balcão fechou os olhos, sentindo o cansaço finalmente tomar posse. Alguém lhe bateu no ombro, e ele abriu os olhos e se virou para ver Tuck de pé ao lado dele. — Porra, cara, as coisas ficaram quentes e pesadas lá atrás com você e Kink. Malice assentiu, mas não olhou por cima do ombro para ver onde ele sabia que Kink estava de pé. — Sim, não sei o que é que está acontecendo com o rabo dele, mas eu não irei ficar chateado por isso. — Ele esfregou os olhos. — Eu não tenho certeza o que diabos está acontecendo com ele, mas eu sei que ele foi ver sua ex-Senhora e sua filha, e quando ele voltou, ele estava de mau humor. Malice sacudiu a cabeça. Grande, o que o clube precisava era de mais drama. — Lucien falou com ele? — Ele virou a cabeça e olhou para Tuck. A luz que entrava pela janela reduziu sua cicatriz. — Sim, e ele acalmou sua bunda um pouco, mas foi beber sem parar, e se recusa a falar com alguém sobre qual é


o problema. Mas todos nós sabemos que, se houver um problema estamos todos aqui para ele. Cabe apenas a ele querer se abrir e descarregar a sua bagagem emocional. Sim, isso era a única coisa boa sobre estar no MC e ter uma família permanente. Tuck permaneceu por mais alguns minutos, bebeu mais um tiro com ele, e, em seguida, dirigiuse para a parte de trás do clube para o seu quarto. Malice ficou lá por mais alguns minutos, e quando ele se virou para voltar e dormir por algumas horas em um dos quartos extra, Lucien foi até ele. — Você tem um minuto, irmão? — Sim, eu estava apenas querendo uma ou duas horas de sono desde que eu não tive muito. Lucien assentiu. — Eu não vou tomar muito do seu tempo, então. — Ele inclinou a cabeça para a entrada traseira. Eles se moveram em direção a ela, e uma vez que dobraram a esquina Malice parou e olhou para Lucien. — E aí? Lucien exalou, passou a mão pela parte de trás do seu pescoço, e olhou para fora da janela traseira. — Eu falei com Kink, então não vai contra a sua privacidade, e, além disso, você precisa saber por que ele estava todo fodido na reunião. Ele não se importa realmente quem sabe, mas ele não disse nada aos outros membros ainda, e nem eu.


— Ok, o que está acontecendo? — Malice levantou as sobrancelhas e cruzou os braços sobre o peito. — Você está falando da merda de atitude que aconteceu entre nós lá atrás? Lucien assentiu. — Sim. — Ele balançou a cabeça, parando Malice de responder. — Apenas me ouça. Malice rangeu os dentes e assentiu. — Kink está mal no momento. — Nós todos estamos, não estamos? — Malice se encostou na parede e suspirou. Foda-se, ele estava cansado de

toda

a

porra

do

drama

que

parecia

envolvê-los

diariamente. — Sim, e eu não estou minimizando merda de ninguém. Mas, então, o meu VP e meu executor estão atacando a garganta um do outro por besteira, e eu não posso ter isso. — Lucien sacudiu a cabeça, e uma máscara escura cobriu o rosto. — Não é legal, e eu não estou prestes a concordar com essa merda. — Eu sei, e eu sinto muito por isso, mas ninguém

vai

falar comigo, a cerca de Adrianna dessa forma. — Malice sentia essa confusão torcida dentro dele, que não fazia sentido, mas que ele ignorou por fim. Ele olhou para Lucien, e a máscara escura que cobriu o rosto do presidente foi embora, e não havia quase um entendimento sobre sua expressão.


— E eu não teria colocado essa questão se eu tivesse uma Senhora. — Lucien exalou. — Escute, eu não tenho uma mulher, provavelmente nunca terei, para ser honesto, então eu não posso ver para que essa necessidade possessiva de as proteger

assim.

Nenhum

dos

caras

parecem

querer

estabelecer-se, mas eu estive com o MC um longo tempo porra, vi os membros mais velhos assumir suas mulheres e amá-las como se o mundo estivesse acabando. — Lucien se inclinou contra a parede, também. — Quero dizer o meu pai era a última pessoa que eu teria pensado que fosse se acalmar. Malice sorriu e acenou. — Sim, ele era um idiota difícil. Lucien começou a rir, e apesar do exterior resistente que ele sempre usava, Malice viu a dor ligeira cobrir o rosto. Foi depois de Brandon Ranger falecer de um ataque cardíaco no ano passado que Lucien entrou em contato com outros nômades e começado o clube

com a bênção dos irmãos.

Lucien pode nunca ter realmente dito por que ele começou este clube, mas no final isso não importava. Poderia ter sido um monte de razões diferentes: cansado de estar sempre sozinho, querendo o círculo da família de volta, ou apenas a necessidade de ter um propósito com o seu próprio MC. Seja qual for a razão, eles estavam aqui agora, e as coisas nesse departamento estavam boas.


— Tilly e sua mãe estão indo bem? — Malice perguntado sobre a meia-irmã de Lucien e sua mãe, que viviam em Thornton. Ele encolheu os ombros. — Tão bem quanto pode ser eu assumo. Não as vi realmente, uma vez que me estabeleci na River Run, mas sei que Tilly está ocupada terminando sua faculdade, e minha mãe está muito bem. Ela e Marshall estão adicionando um complemento para a casa para que seus netos possam ter um lugar para ficar quando visita. Malice não entrou em mais detalhes sobre o marido da mãe de Lucien. Ela pode ter sido a Senhora naquele tempo, mas a vida MC não era para todos. — Enfim, de volta para o que eu queria falar com você. Malice não perdeu o fato de Lucien mudar de assunto. — Sarah está pensando em se mudar para a Califórnia com o namorado bêbado que ela tem, e levando a filha de Kink com ela. — Merda. — Apenas o pensamento de um idiota tentando tirar seu filho, teria Malice em uma fúria assassina. Ele poderia ter tido problemas no início com Stinger, o homem

agora

casado

com

Molly,

mas

as

coisas

se

acalmaram, e ele respeitava o membro Grizzly MC. Mas isso não queria dizer que, se Stinger tentasse impedi-lo de ver Dakota, ou Deus não permitisse ele levasse seu filho embora ...

Malice apertou os braços sobre o peito e se

obrigou a empurrar esses pensamentos fora de sua cabeça.


Eles não eram reais, e ele não iria deixá-los fazê-lo ainda mais irritado. — Eu posso ver porque ele está no limite. Lucien resmungou. — Sim, parece que tudo está acontecendo ao mesmo tempo, mas talvez isso signifique que estamos recebendo todo o drama mais cedo. Sim, Malice realmente duvidava disso. — Escute, eu não estou no melhor dos humores também, mas meus problemas não são nada comparados ao que Kink está passando. Eu deveria ter mantido a calma, mas... — Está feito, irmão—, disse Lucien em tom sólido, simples. Eles olharam um para o outro por um momento, e então Lucien sorriu. — Mas uma Senhora, né? Malice sacudiu a cabeça. — Nunca pensei que eu iria querer outra mulher, porra nem mesmo depois de alguns dias, mas eu sinto algo por essa menina. Meio louco, né? Lucien sacudiu a cabeça. — Nah. Olhe para a vida que levamos. Estamos cercados pelo perigo constantemente, e não é como se fizéssemos toda essa merda imoral não pesasse sobre nós. — Ele deu de ombros. — Somos uma raça diferente de homens, Malice. Nós lutamos com nossos corações, andamos com prazer porque está em nosso sangue, e foda-se com o abandono. — Não havia humor nas palavras de Lucien, porque o que ele disse


era mais verdadeiro do que a maioria das coisas. Lucien tinha esse olhar em seu rosto. — O que? Ele encolheu os ombros. — Nada. — Lucien passou a mão sobre a parte de trás do pescoço. — Bem, isso não é verdade. Eu apenas nunca senti isso ... paixão, nem mesmo quando estava com Molly. — Apaixonado? — Malice sorriu. — Eu não acho que eu já ouvi você usar uma palavra tão grande. Lucien se virou, mas ele abriu um sorriso. — Foda-se. De qualquer forma, era isso que eu queria te dizer. Dê-lhe espaço, deixe-o trabalhar seus problemas, e eu sei que ele vai fazer o mesmo com você. — Lucien deu um passo para frente e colocou uma mão em seu ombro e, em seguida, virou-se e voltou para a sala principal. Malice ficou lá por alguns minutos repetindo o que Lucien disse em sua cabeça. Sim, ele conheceu Adrianna era algo diferente e especial quando ele olhou primeiro para o rosto dela. Não era apenas sobre o desejo de protegê-la, ou querer transar com ela na pior forma como se fosse algum tipo de bastardo sujo. Ele gostava de estar ao seu redor, gostava das coisas que ela fazia-o sentir, embora ela não tenha ideia do efeito que tinha sobre ele. — Foda-se. — Ele se afastou da parede e andou para um dos quartos vazios. Talvez tirasse sua cabeça do jogo com algumas horas de sono? Se não, bem, então ele ia ter que


lidar com o que sentia por Adrianna, e ver onde diabos o levava.


Malice sentou-se no lado oposto de Adrianna, e viu como ela sorriu e agradeceu a todos que lhe ofereceram um prato de comida. Tatum, uma mulher que começou como uma prostituta no clube, mas agora era uma empregada do MC, cozinhava, limpava, e lavava a sua roupa. Ela era a mais velha, e estava agora mais como uma mãe de todos do clube. Mas Tatum tomaria conta deles mesmo que vivessem como loucos e fizessem um monte de merda que fariam suas mães ficarem zangadas. Ele se inclinou para trás em sua cadeira, já tendo terminado sua refeição, não conseguia evitar, e apenas assistir Adrianna. Ela parecia relaxada e confortável, e ele estava feliz porque a última coisa que queria era ela se sentir fora de lugar entre um grupo de motociclistas barulhentos. Ele olhou para Kink, e pelos arranhões e contusões ficava claro que ele havia vindo de uma luta. Mas se é assim que ele aliviava a dor que sentia, então não era da conta de ninguém. Ele virou o foco de volta para Adrianna, e viu que ela estava falando com Tatum. — Você já está aqui há muito tempo? — Adrianna perguntou a outra mulher.


Ela encolheu os ombros. — Este clube só foi instalado e começou a funcionar nos últimos meses, mas eu conheço todos esses caras há anos. Eu costumava ficar em outro clube até que me juntei a eles. — Tatum pegou sua taça de vinho. Com quarenta e oito, ela parecia bem para sua idade. O som ao redor deles se intensificou quando a risada ecoou, começaram a contar piadas, e toda a atmosfera do clube passou de tensa e pesada à leve e alegre. Era nessas horas que Malice vivia. Ele viu que Adrianna foi totalmente envolvida em uma história que Tatum estava contando a ela, e ele não podia deixar de observá-la. Ficou duro apenas observando-a sentar-se lá, o que era assustador como o diabo. Um ato mundano porra, mas deixou o seu maldito pau como o aço. E a porra de sua boca... Ele passou a mão sobre sua mandíbula e olhou para aqueles exuberantes lábios vermelhos. Ele não foi capaz de não pensar nisso desde o seu beijo. Como uma espécie de viciado que não conseguia o suficiente dela, viu como ela abaixava o garfo e continuava falando com Tatum. Mas tudo ao redor desapareceu, enquanto seguia o comprimento de seu braço, e mudou seu olhar sobre a amostra de creme de pele que ele podia ver acima do colarinho de sua camisa. Droga, a vontade de passar a língua por aquele pedaço de pele o deixava inchado com a necessidade de executá-lo através daqueles ossos delicados. Ele sempre pensou que aquela parte do corpo feminino era atraente, mas em Adrianna era dez vezes mais.


Seus seios pressionados firmemente contra a parte superior do top que Tatum deu a ela, ele se obrigou a puxar o seu olhar para longe e deixar de ser um bastardo. Mas então ele olhou para o rosto dela e viu-a olhando para ele. Ele devia ter sentido vergonha por estar analisando-a, mas sabia que ela o queria tão mal quanto ele a queria. Isso ficou claro quando eles se beijaram. Ela se virou e o encarou, como se sentisse seu olhar sobre ela. Eles olharam um para o outro por vários segundos. Tuck sentou ao lado dele, e embora Malice ouvisse o outro homem falando com ele, estava sinceramente perdido em seu próprio mundo fodido. Deus, o que não daria para ter Adrianna agora, mas ele não seria áspero e duro com ela como estava acostumado com outras mulheres. Ele seria gentil, e a tocaria, para que ela soubesse que isso não era apenas sobre enfiar seu pau nela. Ele queria que ela fosse lá com ele, sentisse tudo o que ele faria com ela e implorasse por mais. Malice queria que ela ficasse sem fôlego, queria ter a pele de suas costas encharcada de suor, queria que suas unhas cravassem profundamente em seu corpo enquanto ela o segurava, enquanto ele lentamente empurrava para dentro de seu corpo doce e puxava para fora, esse pensamento o deixou angustiado. Sua respiração começou a aumentar à medida que essas imagens passavam através de sua mente, mas para ele era apenas ele e Adrianna nesta mesa. Todo o resto se desvanecia no fundo. Ela ainda o observava, e ele notou as mudanças sutis nela que o alertaram para o fato de que ela estava ficando excitada, também. Se ele sentia tanta


luxúria batendo em suas veias, sem dúvida, ela podia ver os sinais físicos dele, também. — Malice. Seu nome sendo dito a seu lado mais firmemente fez Malice voltar do seu devaneio sexual e olhou para Tuck. O outro homem estava recostado na cadeira com um sorriso arrogante no rosto. Ele se inclinou para frente, e em voz baixa que só Malice pudesse ouvir disse: — Se contenha homem. Parece que você está prestes a saltar entre esta mesa e montar Adrianna na frente de todos. Malice encarou Tuck, mas não olhou para Adrianna novamente. Ele tinha necessidade de ficar sob controle, mas a verdade era que sentia como se ele fosse um adolescente de novo que acabou de ter o seu pinto molhado e não sabia como fazer para manter a calma. Ele acenou com a cabeça uma vez, e quando Tuck estava recostado na cadeira de novo pegou o guardanapo, limpou o rosto, e desculpou-se. Ele ia ao banheiro se masturbar como um idiota, e tentar aliviar essa necessidade por ela o suficiente para que pudesse realmente ficar em pé perto dela e não se sentir como se seu pau fosse rasgar a direita através de seu jeans. Ele ainda não falou com ela sobre ele querendo-a como sua Senhora, e honestamente não sabia como ela reagiria. Sim, ela pode o querer, mas necessidade sexual era uma merda muito diferente de ser sua Senhora. Talvez ela só o visse como esse cavaleiro branco de armadura brilhante que ela aguardou?


Talvez ela quisesse ele por causa de uma coisa psicológica? Como se ela estivesse ligada a ele, porque ele a salvou? Ele esfregou uma mão sobre o rosto e andou para o corredor. Ele não sabia nada sobre esse tipo de coisa, mas o que ele sabia era que não sabia ao certo o que ela queria com ele a menos

que ele falasse com ela. Quanto mais cedo ele fizesse isso melhor para que ele pudesse colocar sua mente e seu tesão à vontade.

— Isso é besteira, Sarah. — Kink marchou para fora do celeiro, e tragou seu cigarro com raiva. — Não é, Kink. Eu encontrei alguém que me faz feliz, e se isso significa que eu tenho que ir com ele para a Califórnia para ficar feliz, então eu vou. Ele

inalou

o

cigarro

novamente,

e

exalou

muito

duramente. — Eu não me importo se você está feliz ou não, ou se você vai embora porra, mas levar a minha filha de toda maneira para outro estado do caralho porque você está namorando um cara por um total de três meses malditos, não vai. Kink estava além de chateado. Ele pensou que chamá-la e falar sobre isso de novo ajudaria as coisas. Ele estava morto, droga. Ele deveria ter ido para lá novamente e exigido que essa mudança fosse cancelada.


— Você não tem uma escolha nisso. Eu tenho a custódia, e ela é menor. — Se eu tiver que levá-la ao tribunal para me certificar de que você não vai fugir com ela eu vou. Ela suspirou, e o som irritado ralou em seus nervos. — Eu não quero uma batalha de custódia, e eu não quero fazer isso uma guerra, Kink. — Então, se você não quer uma guerra não tire minha filha. Ele podia ouvir o filho da puta do namorado dizendo-lhe para desligar na cara dele, porque ela não tinha necessidade de ouvir sua merda. — Você diz a esse idiota para pegar o telefone, se ele quer começar a falar as coisas. — Ele fechou a mão em um punho e cerrou

os

dentes.

Eu posso mostrar-lhe

exatamente o quanto de um idiota eu realmente sou. — Pare de ser tão malditamente dramático. Posso ver de onde Callie herdou seu grande drama. — Ela suspirou novamente. Houve alguma estática dela cobrindo o telefone para que pudesse falar com o saco de merda do namorado gordo, em seguida, ela declarou falando mais uma vez. — Callie poderia usufruir de uma mudança de cenário de qualquer maneira. Sua atitude tem chegado ao ponto que mal posso lidar com isso, e acho que seu namorado está em uma gangue. Isso o fez parar.


— Ela tem um namorado? — Oh droga não. Ele desprezou o cigarro na parte inferior de sua bota e mudou-se para o lado do celeiro. Os gritos eram barulhentos e energizados de caras assistindo outros se baterem. — Ele é novo, e o primeiro que ela trouxe em casa. Mas sua atitude está horrível, e desde que contei a ela sobre a Califórnia ela ficou pior. — Sim, não merda. Você a está levando esses meses de distância antes de se formar, porque você é uma puta egoísta. — Hey, foda-se, Kink. Dormir com você foi um erro, e deixá-lo continuar durante o tempo que fez foi um erro também. Seu coração batia tão rápido que sua raiva explodiu dentro dele. — A única coisa boa sobre estar com você naquelas semanas foi Callie. Outras foi um grande erro para mim, também. — Ele não podia mesmo chamar o que eles compartilharam de um relacionamento. Algumas semanas de sexo e que uma vez ele transou com ela sem camisinha porque ficou bêbado foi um maldito pesadelo. Mas então ela ficou grávida, e quando Callie nasceu algo mudou dentro dele. Ele era pai de menina que o olhava. Ele poderia não ser o melhor modelo, e poderia pertencer a um MC fora da lei, mas estava sempre lá para ela, e morreria se isso significasse que ela poderia viver. Ela foi um raio de luz em sua vida de uma forma muito grande.


— Se você quer arrastar sua filha através de uma audiência,

fazê-la

ficar

traumatizada

porque

seu

pai

motociclista é um bastardo que quer fazer uma maldita cena sobre isso, então vá em frente e faça uma cena de merda, Kink. Faça o que tiver que fazer, mas, no final, de que lado você acha que os tribunais estarão? — Ele não disse nada, mas ela começou a falar novamente antes que ele pudesse abrir a boca em uma série de palavrões. — Você pertence a um moto clube que tem uma reputação de ser envolvido em atividades ilegais e perigosas. Eu já lhe disse que eu estava falando com a minha advogada, e eu quis dizer isso, Kink. Ela está elaborando documentos para o juiz de modo que eu possa me mudar para fora do estado com Callie. — Você é uma cadela de coração frio. — Eu vou fazer o que tiver que fazer para garantir que você não estrague a minha felicidade. Quer dizer, você detonou a minha vida e a dela por ser um pai ausente. Ele rangeu os dentes novamente, controlando-se para não dizer o que realmente estava em sua mente, porque só pioraria a situação. — Eu só vou dizer isso uma vez, Sarah. — Diga o que quiser, Kink. Não importa de qualquer maneira. — Você não vai levar a minha filha de mim. — Ele desligou o telefone e quase esmagou o celular na mão. Ele tomaria medidas drásticas se isso significasse manter sua


filha perto. Ele virou-se e bateu com o punho no lado do celeiro. Ele amava a dor, mas não o fez se sentir melhor. A multidão estava selvagem no outro lado da parede, ele encostou-se, e empurrou longe do celeiro e caminhou ao redor do prédio. Ele estava enfurecido, e precisava de uma boa luta para acabar com isso. Ele empurrou as pessoas para fora do seu caminho quando entrou, e por sorte para ele, tinha uma luta terminando. Inclinando a cabeça para alguns dos membros Grizzly MC, e alguns respectivos irmãos, ele andou até eles. Rock foi para cima para tomar o centro, saltando sobre as pontas dos seus pés, estalando os dedos, e rolando a cabeça em seu pescoço. — Eu preciso ser o próximo. — Kink derramou as palavras e olhou para Rock. O outro motociclista parecia querer argumentar, mas quando viu a raiva clara no rosto de Kink ele balançou a cabeça e levantou as mãos. — Todo seu, irmão. Kink tirou seu casaco e a camisa e estendeu-a para Pierce. Foi para a frente, assim como os outros irmãos arrastando desculpas para fora do centro da barra. Ele se enfrentou com o outro lutador que deu um passo adiante. Vamos, filho da puta, vamos fazer isso. O outro cara não perdeu tempo e andou para a frente. Kink bateu com o punho no rosto do outro lutador, e sentiu a onda de adrenalina inundar seu corpo pelo impacto. Era bom se entregar a violência, sentia-se fantástico por ver o sangue jorrar no nariz do outro homem que ele acabou de dar um


soco. Ele bateu com o punho no rosto do outro cara novo e de novo até que o sangue cobriu os nós dos dedos, salpicado em seu peito nu, e o fez sentir-se ainda mais vivo. Sua raiva continuou assumindo o controle até que não houvesse nenhuma parte sã e lógica dentro dele. Ele bateu no homem outra vez e amou que seus olhos reviraram e ele caiu no chão. Ele ainda estava muito puto, ainda precisava chutar o traseiro de outro filho da puta, porque não estava satisfeito ainda. Ele ia tentar falar com Sarah novamente, discutir com ela que Callie devia apenas ficar com ele até que ela se formasse, e então ela poderia decidir onde queria iniciar sua vida. Normalmente, ele tinha o que queria. Callie era sua filha, e não havia possibilidade nenhuma o afastarem dela. Ele virou-se em um círculo e saltou sobre as pontas de seus pés. Encarando todos os rapazes alinhados para lutar, ele sorriu, esperando que tomassem conhecimento de que ele amava o sangue sobre ele. Alguns pareciam apreensivos, outros tentaram parecer presunçosos,

mas

isso

não

fez

diferença,

porque

ele

derrubaria muitos deles que tivessem a coragem de vir para o centro e brigar com ele. Ele vivia para esta merda, se oferecia para lutar todas as noites se isso significasse que ele poderia chutar o traseiro de alguém. Ele fazia isso por dinheiro, antes que ele se comprometesse com o MC. Essas lutas eram com as regras de rua, e isso era exatamente o que Kink gostava. — Qual filho da puta está pronto para bater o chão ao lado desse?


A multidão foi à loucura, e dinheiro foi levantado alto quando o volume aumentou dez vezes. O cara que deu um passo adiante parecia muito pouco acostumado a lutar sujo no celeiro, mas que porra de diferença faria. O resultado final seria sempre o mesmo. Ele não opinava em torno do que estava acontecendo, apenas segurou os punhos para cima, sorriu para o cara e jogou um gancho de esquerda, e depois um corte inferior de direita. O outro cara caiu de bunda no chão, mesmo sem ter tido a oportunidade de dar um soco. — Levanta, idiota. — O suor escorria em seu corpo, e ele provou o metálico sabor picante de sangue na boca do último cara que conseguiu atingi-lo. O outro cara, finalmente, levantou a bunda do chão, e virou a cabeça para cuspir um bocado de sangue. A multidão foi à loucura, mais uma vez, ele teve que dar a porra do magro algum crédito por ter bolas. Mais suor pingava em seu peito nu e caiu no chão cor de ferrugem manchada. O outro cara, de repente andou para a frente. Ele balançou a esquerda e depois à direita, mas Kink se esquivou facilmente da tentativa. Este celeiro podia ser usado principalmente para as lutas de animais, mas Kink estava prestes a mostrar a esses filhos da puta que os seres humanos eram ruins, também. O outro lutador o pegou na mandíbula, e Kink tropeçou para trás. Seu lábio partiu, e sangue escorria do queixo. Portanto, esse merda mordeu ele. Bom, porque a plateia não gostava que as coisas fossem fáceis. Kink correu as costas da mão na boca, e notou o sangue manchado através dele.


— Espero que tenha gostado disso, porque é o único que você vai conseguir. — Ele avançou, viu os olhos do lutador ampliar antes que ele batesse com o punho no lado da cabeça. O cara tropeçou para trás, e Kink poderia facilmente ter mantido os socos, mas ele não queria matar o cara. Deixou o cara desmaiado no chão, em uma confusão sangrenta. Os espectadores rugiram por mais, trocaram dinheiro, e, em seguida, o próximo cara entrou no ringue. Sim, Kink iria dar tudo de si na porra daquela noite até que ele não pudesse estar de pé, pensar, ou que toda a raiva dele o tivesse deixado, até que visse a puta da Sarah novamente.


Adrianna não tinha nada em seu nome, não mais, pelo menos. Sem dinheiro, sem bolsa com pertences pessoais. Nada. A única coisa que ela tinha eram as roupas novas em seu corpo que Tatum lhe tinha dado esta manhã. Mas agora, quando ela olhava ao redor nestes dois andares daquela casa linda no meio da floresta, ela sentiu a generosidade que foi mostrada a ela, apertou sua garganta e teve lágrimas nos olhos. Mas para ser justa ela estava à beira das lágrimas desde que Malice lhe disse que este seria seu novo lar por enquanto, e que ela poderia fazer algum dinheiro em ajudar com a cozinha, limpeza, e qualquer

outra coisa que

precisasse ser feito no lugar. E mesmo que no começo ele tentou dizer a ela para apenas descansar, se orientar, e que iria se preocupar em mantê-la ocupada com as coisas da cabana outra hora, ela não estava querendo nada disso. Ela queria ser capaz de contribuir, e se isso significava fazer trabalhos domésticos, ela estava mais do que feliz em fazê-lo. Ela pensou em Malice. Ele manteve distância dela desde que ele deixou a mesa de jantar na última noite. Ela não o viu de novo ontem à noite, mas foi provavelmente o melhor. A


maneira como ele a olhou do outro lado da mesa, como uma espécie de leão prestes a atacar, foi um olhar que nunca ninguém lhe deu. Nenhum homem, exceto Malice. Mesmo agora, ela ainda sentia os lábios formigarem de seu beijo, e ainda sentiu o pulsar no clitóris do desejo desenfreado e não resolvido. Foram apenas alguns dias desde que ela deixou Fairview, e embora ela estivesse se curando por fora, ela precisava trabalhar em curar a si mesma internamente. — O que você acha? — Malice estava ao lado dela e ela olhou para ele. A luz entrava pela janela, sombreando a metade do rosto dele e quase lhe dando essa aparência sinistra, altamente sedutora. Ele se virou e olhou para ela quando ela não respondeu. — Adrianna? Piscou e, em seguida sorriu, ela voltou para a sala grande. Agora eles estavam no hall de entrada da cabana. Malice lhe dissera que as mulheres que lá se hospedavam estavam em reabilitação. Eles realmente não falaram muito, e ela realmente não sabia por que a sede do clube era no meio do nada. Mas é claro que não era tola. Entendi o suficiente para assumir que isso tinha algo a ver com assuntos ilegais, aqueles que provavelmente enchiam seus bolsos. O porquê era que ela não sabia exatamente. — É lindo. — Ela olhou ao redor da casa, viu várias mulheres na limpeza, outras lendo em pequenos recantos, ou apenas sentadas no sofá e falando umas com as outras. Ela voltou-se para Malice. — O que exatamente é esse lugar? — Quando ele não respondeu de imediato ela continuou. — Quer dizer, eu sei que você disse que era onde estas mulheres


poderiam se curar, mas eu não entendo o que isso significa — Ela baixou a voz para que só ele pudesse ouvir. Ele inclinou o queixo em direção às escadas, e ela o seguiu. Subiram as escadas, e ela não perdeu como algumas das mulheres olharam em sua direção, e então olhou para Malice. Uma vez que eles chegaram ao topo da escada, ele mudou-se para o corredor e parou na última porta à direita. O quarto que entrou era lindo, ao natural, paredes nuas. A cama foi colocada contra a parede, uma cômoda de pinho em frente a ela, e uma grande janela que mostrava a parte da frente do imóvel. Ela caminhou até a janela, viu dali os dois motociclistas que ela notou quando eles pararam encostados na cabana menor ao lado desta casa, e, em seguida, ouviu a porta se fechando atrás dela. Ela se virou e viu Malice de pé direto na frente dela. — Eu provavelmente deveria ter lhe dito tudo isso antes — ele deu de ombros, — mas agora é tão bom quanto qualquer outro tempo, eu suponho. — Ele fez um gesto em direção à cama, e ela se moveu e se sentou. Por alguns segundos, ele não disse nada, mas depois ele foi até o armário e abriu a porta. Dentro ela podia ver roupas penduradas mesmo que ele não tivesse ligado a luz. — Quando fizemos este lugar e os quartos foram construídos compramos algumas roupas para as mulheres que iriam ficar aqui. Eu não sei se alguma delas vai te servir. A maioria das meninas já fizeram a sua escolha, então basicamente este é o material de sobra, mas se nada te couber vou levá-la para comprar algumas coisas.


— Obrigada, mas eu tenho certeza que vai ficar bem. Vou fazê-la funcionar. Ele a olhou por cima do ombro. — Eu lhe disse que este lugar era para garantir que as mulheres pudessem se curar e voltar a se erguer. Ela assentiu, sentindo os nervos entrarem em alerta porque o que ele tinha a dizer não podia ser bom, certo? Ele virou-se totalmente ao redor, olhou pela janela e toda a sala por alguns segundos, e depois deu alguns passos em direção a ela. — O MC faz a maioria de seus negócios com venda de sexo, Adrianna. Por um segundo, ela apenas piscou, e depois piscou um pouco mais. Tentando compreender o que ele acabou de dizer, o que foi difícil. Ela ouviu claramente, mas o pensamento da venda de mulheres era tão repugnante para ela, e lembrou-lhe da vida suja que ela fugiu, tudo dentro dela instintivamente disse-lhe para sair agora dali. — Nós não mantemos estas mulheres aqui contra a sua vontade, Adrianna. Isso confortou-a

um pouco, mesmo que ela

não

esperasse, e conhecia a fundo, que não vinha ao caso. Ela pode não ter sido vendida, mas ela viu sua mãe vender o seu corpo para o dinheiro extra, observou os homens entrarem e saírem de seu casebre, e não queria mais ser parte nisso. Ela estava indo para longe disso.


— O clube fica fora em Corner Steel. Nós usamos a cidade como uma linha de transporte para chegar lá, assim nós ficamos fora das estradas. Havia claramente um constrangimento vindo dele, e foi um pouco estranho vê-lo desconfortável. Desde que ela o encontrou ele sempre pareceu tão no controle de tudo, incluindo a si mesmo. — As mulheres que trabalham para nós estão lá porque elas querem. Nós a tratamos bem, elas são pagas e protegidas, e se em algum momento elas não quiserem ficar, estão livres para ir. Adrianna tinha todas as razões para acreditar nele. Ele não fez nada mais que ajudá-la a partir do momento em que se conheceram. Além disso, as mulheres que viu, estavam lendo, rindo e conversando, e na limpeza, certamente não parecia que estavam aqui contra a sua vontade. Elas também não pareciam machucadas como Malice disse que lhes acontecia, mas só porque ela não podia ver nenhuma marca não significa que elas não sofreram. Ela sabia da realidade tão bem quanto qualquer um. Não precisava ser um gênio para colocar dois e dois juntos. — Essas mulheres foram espancadas por seus excafetões? Malice suspirou, balançou a cabeça, e mudou-se para sentar-se na cama ao lado dela. — Sim, mas elas nunca vão se machucar novamente. — Ele olhou para ela, e ela sentia como verdadeiras eram suas


palavras. Ela sentiu-as tão profundamente como ela sentiu a verdade quando ele disse a ela a cerca de Phillip. — Então, o clube construiu este lugar para que elas tivessem um lugar seguro para ficar. — E quando elas quiserem ir? — Então, a porta está sempre aberta. Se elas não querem ficar e trabalhar e fazer as coisas domésticas, vamos encontrar-lhes trabalho. Mas se elas quiserem voltar para o que estavam fazendo antes— Ele parou por um segundo antes de continuar. — Então, podemos ajudá-las no que diz respeito, também. Ela desviou o olhar por um segundo, processando suas palavras. — Eu não posso imaginar que desejam voltar a prostituir-se depois de serem espancadas. — Mas assim que as palavras lhe saíram ela fechou os olhos. Ela poderia não ter vendido seu corpo, mas ela ficou com Phillip muito tempo, mesmo depois que ele a feriu pela primeira vez. É claro que ela sabia por que alguém quereria voltar para o que eles sentiram, e que foi a sua vida, provavelmente, por um longo tempo. Quando ela olhou para Malice viu essa expressão preocupada no rosto, e ela sorriu, deixando-o saber sem palavras que ela não estava prestes a virar. — O seu clube tem um médico que vem e faz verificações para elas? Malice sacudiu a cabeça, mas desviou o olhar para ela. — Não, bem, nós temos um médico que trabalha com o clube lá em baixo, mas Molly é uma enfermeira e vem cada


semana para passar algum tempo com elas e ver se elas estão bem. Adrianna não teria pensado que uma enfermeira viesse ali. Fazia sentido, mesmo ter um profissional médico em sua folha de pagamento, mas Malice agiu estranhamente quando disse seu nome, e Adrianna soube imediatamente que havia, obviamente, algum tipo de história entre eles. Ele voltou sua atenção para ela. — Minha ex, Molly, ela se mudou para Corner Steel com o nosso filho Dakota de três anos, após se tornar a Senhora do Stinger um membro do MC Grizzly, parceiros do nosso MC. Filho e Senhora. Não que ela ficasse surpresa que ele tivesse um filho, ou ficasse desconfortável com essa ideia. A pequena conversa que tiveram aqui e ali, e até mesmo durante o passeio de van de Fairview no River Run consistia deles dizendo uns aos outros poucos fatos sobre si mesmos. Mas é claro que ela deixou as coisas menos favoráveis, e claramente ele deixou de fora a parte importante também. Ele era mais velho do que ela por quase duas décadas, então é claro que ele teria tido uma família. — Você vê o seu filho com frequência? — A forma como sua expressão diminuiu e as linhas de preocupação ao redor dos olhos foram suavizadas teve seu coração aumentando a temperatura. Ele amava seu filho muito, e esse tipo de amor


era forte o suficiente para que ele estendesse a mão para quem estava por perto e envolvê-las em um abraço. Ele sorriu, e ela não podia deixar de retribuir o ato. — Quando Molly vivia em Brighton eu o via todos os fins de semana e, ocasionalmente, nos dias da semana. Era difícil chegar até lá, já que é cinco horas de distância. — Ele deu de ombros. — Mas ela está em Corner Steel agora. — Isso é muito perto? — Adrianna gostou de estar aqui apenas falando com ele. Havia ainda o desejo dentro dela, mas

está

comodidade

que

os

rodeava

e

a

natureza

descontraída que veio de Malice era boa. — Só a cidade mais próxima. — Aposto que ele está realmente animado que começou a ver seu pai mais agora. Malice sorriu mais amplamente, e embora ela sentisse muitas emoções, felicidade e alívio, bem como excitação, ela também sentiu uma pontada de tristeza. — Ei. Ela não percebeu que ela olhava para baixo até que sentiu o dedo de Malice no queixo. Ele levantou a cabeça e virou-a de modo que ela estava olhando para ele novamente. — Qual é o problema? Eu disse alguma coisa para fazer você ficar chateada? Ela deu uma risada sem humor, e ele ergueu as sobrancelhas em confusão. Ela balançou a cabeça e fechou os olhos por alguns segundos antes de abri-los.


— Eu não estou rindo de você. É só que se eu tivesse visto você na rua eu teria pensado que você era este motociclista áspero e duro, e correria para o outro lado. — Ela sorriu, mas era inseguro, como a emoção em alta dentro dela. — Eu sou um motociclista áspero e duro. — Ele estava olhando para sua boca, mas mesmo que suas palavras fossem baixas, era a verdade. — Sim, eu sei, mas você também tem esse outro lado. Ele lentamente levantou o olhar para o rosto dela. — Você é muito doce e gentil, o tipo que vai contra o couro desgastado, ou tatuagem cobrindo a pele. — Quando ela riu desta vez era realmente mais de diversão. Mas ele não riu ou abriu um sorriso, apenas continuou a olhar para ela. A necessidade de ser honesta com o homem que salvou sua vida correu forte por ela, e ela realmente encontrou-se querendo abrir a boca e falar sobre seu irmão pela primeira vez como a ninguém desde que ele faleceu. — Eu não tenho filhos, mas eu tinha um irmão mais novo. — Malice não disse nada, mas estava grata por isso, porque ela não poderia ter tido a força para continuar, se ele tentasse aprofundar o mesmo. — A nossa vida era o que se poderia chamar desprezível. — Balançando a cabeça e com um sorriso muito forçado, ela continuou. — Fairview é uma cidade agradável, mas todo lugar tem sua queda, e onde morávamos era aquele lugar. Drogas, sexo, violência, tudo isso e muito mais eram uma ocorrência diária. — Sua mão apertou com a dela, e


Adrianna sorriu por essa sensação. Parecia agradável e calmante, e ela estava feliz que estava lhe dizendo isso. Talvez ele realmente não se importasse em conhecer esse lado escuro de sua vida, mas ela se sentia melhor colocando-o para fora. — Uma história curta, Miles se envolveu com drogas, e uma noite foi muito. As lágrimas que ela manteve dentro por anos, finalmente se soltaram, e ela se sentiu ridícula. — Ei. Shhh. — Malice tinha os braços em volta dela e puxou-a para ele e seu corpo foi pressionado no dele em questão de segundos. Aqui, ele estava sendo todo doce novamente, apesar do exterior quase assustador que ele emitia. Mas isso foi para mostrar que a aparência não era o que alguém deveria focar. Tudo correu através dela, enquanto suas emoções estavam abertas e vulneráveis. — Sinto muito, querida. Ela deveria ter ficado atordoada com o carinho que ele acabou de lhe dar, mas ela apertou os braços ao redor dele. Ele cheirava bem, como algo picante, água-de-colônia escura, e algo familiar que ela não podia identificar o que seria. — Tudo vai ficar bem agora. — Ele esfregou suas costas em movimentos lentos de sua mão, e ela se forçou a se afastar e olhar para seu rosto. — Eu não tenho dinheiro, Malice, e eu já me sinto tão grata a você. — A preocupação sobre pagar ele e seu clube de


volta por tudo o que tinham e estavam fazendo por ela era algo pesado sobre os ombros. — Isso não é algo para se preocupar agora, baby. — Ele passou o polegar sob seu olho e recolheu lhe as lágrimas. Mas quando você sentir que está pronta, você tem um trabalho aqui. — Aqui? Segurando seu rosto com cada mão, ele olhou nos olhos com seu olhar acinzentado. — O clube já aprovou, mas se você quiser trabalhar, desde que você mencionou que você poderia trabalhar aqui, será empregada pelo clube para ajudar a cuidar das mulheres e da casa. — Mas o que acontece quando elas ficarem curadas e prontas para seguir em frente? O que acontece com a cabana, então? Ele balançou sua cabeça. — Então é muito bom quando elas estão curadas e se vão, mas esta casa ainda vai ser usada como sua casa. As mulheres que não foram feridas e que trabalham para o clube ainda precisam de um lugar estável para chamar de lar. Este é esse lugar. Há sempre Irmãos para garantir que todos estejam seguros. — Ele acariciou seus polegares através de suas bochechas. — E saber que você está aqui, a salvo de toda a porra da feiura do mundo, vai me ajudar a dormir melhor à noite.


Seu cabelo escuro era mais longo, e ela moveu as mãos para cima e passou as pontas dos fios com os dedos. — Eu nem sei o que dizer. — Honestamente, ela não pensou que nada como isso poderia acontecer tão facilmente para ela. Até este ponto, ela não tinha nada fácil, mas desde que encontrara Malice coisas boas aconteceram. — O dinheiro não é algo que você precise se preocupar agora, e me pagar ou ao clube de volta não é algo que você precisa se preocupar nunca. Tudo o que eu quero é que você se concentre em ficar melhor, mas se você realmente quiser, você pode ter um salário para ajudar aqui. Eu sei que ele ajudaria as meninas que são um pouco mais instáveis do que o resto. Mas eu quis dizer o que eu disse, que eu quero que você tente se curar e não se preocupar com nada. — Ele olhou para ela, e, em seguida, deu-lhe esse sorriso torto que fez seu coração disparar. — Não importa o tempo que leve, é com você, e ninguém vai apressá-la sobre isso. Você é forte, Adrianna, e as mulheres aqui precisam de força para ajudar a encontrar a sua própria. — Eu estou muito longe de ser forte, Malice. Na verdade, eu não posso contar o número de vezes que eu fui chamada de capacho. — Este olhar muito assustador e difícil atravessou seu rosto, e ela engoliu em seco. — Você não vai pensar sobre si mesma assim. — Sua voz era profunda e com raiva. — Se você fosse tão fraca não o teria deixado, e você não teria sido forte o suficiente para perceber que você merecia muito mais.


Seu coração parecia que ia explodir do seu peito. — Você age como se você se importasse. — Ela não quis dizer isso de uma forma condescendente ou ingrata. Ela quis dizer isso no contexto que ela foi surpreendida por alguém como ele, um estranho que abriu seu coração para ela, na verdade, deu a mínima para o que aconteceu com ela. — Eu me importo, Adrianna. — Ele baixou o olhar para sua boca novamente. — Eu me preocupo muito, na verdade, droga — Ele se inclinou um pouco e por isso não havia quase nenhum espaço separando suas bocas. — Você merece muito mais do que um cara como eu, mas eu sou um bastardo egoísta e eu quero você para mim. — Malice. — E eu não vou deixar você ir, Adrianna. Eu não posso. — Ele apertou a boca na dela logo após a última palavra ter deixado seus lábios.


O beijo foi tão possessivo, foi como se Malice estivesse colocando a sua marca de propriedade sobre ela. Ele passou a língua ao longo de seu lábio superior. — Eu queria fazer isso desde a última vez em que eu tive você em meus braços. Adrianna não poderia mesmo controlar a respiração e muito menos dizer-lhe que ela pensou sobre o beijo também, uma vez que aconteceu. Ele moveu a mão em torno de seu ombro e pressionou a palma da mão aberta para suas costas. Mesmo através de sua roupa ela podia sentir o calor do seu corpo, sentiu o quão grande a mão dele realmente era, e se perdeu no caminho suave e fácil quando ele a beijou. Será que ele gostava que ela não fosse tão magra como as mulheres que ela viu trabalhando no clube? Adrianna sempre fora mais cheia, e Phillip sempre tinha a certeza de que ela soubesse o quão gorda ele pensava que ela era. Será que Malice ficaria com nojo porque tinha curvas que ela nem sempre foi orgulhosa de ter, ou que estava desgostosa com o seu corpo, às vezes? Ela podia sentir que ele estava mantendo-se de volta na forma como ele manteve abrindo e


fechando a outra mão em seu ombro, e pela pressão dos dedos que estavam na base da sua coluna vertebral. Ela gostou deste lado suave, mas estaria mentindo se não admitisse que gostou quando ele tomou o controle na van como estava fazendo agora, quando ele aplicou mais pressão e rosnou baixo em sua garganta. Adrianna queria ser beijada com desespero, como se ele nunca fosse capaz de ter o suficiente dela, porque ela com certeza não seria capaz de ter o suficiente dele. — Eu a quero pra caramba, Adrianna. Ele se levantou de repente, puxou-a para que seu peito estivesse alinhado com o dele, e moeu sua ereção em sua barriga. Ela deixou soltar um pequeno gemido ao sentir seu membro tão duro, porque ele a queria muito. As palavras para ele levá-la aqui e agora estavam na ponta da língua, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa ele tinha a língua no interior de sua boca e por vários e longos segundos e a beijou completamente, e as carícias e empurrões

que

ele

fazia

com

a

língua

eram

uma

reminiscência do que ela queria que ele fizesse com outra parte de seu corpo entre suas coxas. Ela tinha as mãos em seu bíceps, amando que eles fossem tão fortes, tão duros como uma pedra, como um músculo que ela não podia nem segurar porque eles serem tão grandes. Ele moveu-os para que ela fosse forçada a andar para trás, e quando ela sentiu esbarrar na parede, um som suave escapou dela. Malice quebrou o beijo, arrastou sua boca para baixo de sua


mandíbula e sobre seu pescoço, e começou a sugar e morder sua garganta. — Oh, Deus. — Ela engasgou-se e sua boceta ficou encharcada da sua necessidade de tê-lo. — Eu quero te provar. — Ele moveu a mão sobre o peito, fechou os dedos em torno do monte até que ela gemeu, e depois continuou a arrastá-lo para baixo em sua barriga. Ele parou quando ele estava acima de sua vagina, e seus músculos internos se apertaram com o conhecimento de que ele estava tão perto que ela queria que ele tocasse mais. — Eu quero que você me prove Malice. — Ela não tinha a intenção de dizer isso em voz alta, mas assim que as palavras saíram de sua boca, gemeu e ele colocou a palma da mão aberta entre suas pernas. As calças que usava não eram nada além de algodão fino, elástico, e ela podia sentir o calor do seu dedo indo direto para o centro dela. — Diga isso de novo. — Ele murmurou contra o pescoço dela, e voltou a correr a sua língua para cima e para baixo no comprimento de sua garganta, beliscando sua carne ao longo do caminho. — Diga-me que você quer minha boca na sua boceta, como você me quer puxando seus lábios separados e chupando seu clitóris em minha boca. Adrianna não conseguia segurar a cabeça para cima por mais tempo e deixou-a cair para trás contra a parede. Fechando os olhos ela não foi capaz de parar o gemido que a deixou, ela abriu a boca para lhe obedecer. Deus, ela queria dizer apenas isso, mas seu clitóris começou a latejar com o


aumento

do

fluxo

sanguíneo,

e

os

mamilos

doíam

dolorosamente enquanto eles endureceram ainda mais. — Eu... — Ela engoliu em seco quando ele aplicou ainda mais pressão em sua vagina e apertou a base da palma da mão contra seu clitóris. — Oh. — A palavra veio dela em uma expiração. — Está tudo bem, baby. — Ele beijou a trilha para baixo em sua garganta, sobre sua clavícula, e depois arrastou sua língua sobre o osso levantado. — Eu sei que você quer, posso sentir como você está molhada através de suas calças, e não a culpo por não ser capaz de falar. — Sua respiração era quente e úmida, e quando ele falou era mais parecido com um ofego. — Eu mal posso falar. Ele não se moveu por um momento e apenas respirou e inspirou. — Eu amo seu corpo, amo suas curvas e o modo como você está construída como uma mulher. — Ele gemeu e apertou as mãos em sua carne. — Eu amo que você esteja construída para me levar em seu corpo e não quebrar. Deus, ele estava dizendo as coisas certas para deixá-la totalmente molhada para ele. Ele tomou sua mão que estava em seu bíceps, e mudou-a entre seus corpos e para seu pau. Ela jurou que a maldita coisa saltou sob sua palma, e um novo jorro de umidade saiu. — Você sente o quão duro você me faz? — Ele enfatizou seu ponto pressionando-se mais firmemente contra sua mão. — Eu não acho que eu já estive tão duro na minha vida.


A maneira como ele falava com ela era tão erótico que Adrianna realmente encontrou-se colocando a mão através de seu jeans e gemendo com o grande tamanho com que ela foi recebida. Mas, para sua decepção, ele continuou se movendo para baixo no seu corpo, que tinha a mão caída de volta para o lado dela, e parou quando ele estava sobre seus pés agachado na frente dela — Olhe para mim, Adrianna. — Ele falou com este tom áspero, gutural, e Adrianna não poderia deixar de obedecer. Ela abriu os olhos e olhou para baixo, e quando ela o viu tomar a beira da calça entre os dedos e começou a puxála para baixo, o ar ficou preso em seus pulmões. — Isso é tão rápido. Ele parou instantaneamente, mas ainda mantinha suas calças e segurou seu olhar com o seu próprio. — Se você quer que eu pare eu vou, baby. Você está controlando esta situação, e mantém todo o poder. Ao ouvir um homem tão forte como Malice dizer que ela estava no controle teve uma onda de força movendo-se através dela. Era muito estimulante saber que ela tinha esse homem grande e perigoso na palma de suas mãos. Esta não era como qualquer situação que ela que já exprimentou, e as sensações que ela sentia eram completamente estranhas para ela. Mas o que sabia, sem dúvida era que não iria parar com isso. Colocando as duas mãos sobre a dele, ela começou a empurrar suas calças para baixo. A respiração de Malice estava queimando em suas narinas, e, em seguida, olhou


para baixo quando o material caiu passado pelos joelhos e suas calcinhas eram a única coisa que a cobria dele. A única coisa que podia ouvir era a sua respiração rápida combinada, e depois Malice estava puxando a calcinha para baixo e o ar frio estava tocando sua pele exposta. — Oh, Cristo, baby. Ela olhou para ele, depois que gemeu essas três palavras. Ele olhou para sua vagina, e depois moveu lentamente as mãos para ela, manteve sua atenção na junção entre suas pernas, e, em seguida, mudou-se para a outra parte de trás da coxa e para baixo atrás do joelho. Ele levantou a perna, tirou o pé da sua calça e calcinha, e depois colocou a perna por cima do ombro. Ele não lhe deu muito tempo para contemplar o que estava acontecendo, porque em questão de segundos, ele tinha um aperto em seu traseiro, e foi arrastando sua língua por suas dobras agora separadas. Ele soprou em um grunhido que vibrou cada parte sua. Por tê-lo dando tanta atenção ao prazer dela, uma euforia bateu nela com força suficiente que se ele não estivesse segurandoa ela teria caído no chão. — Segure-se em mim, baby. Ele disse contra a pequena saliência, inchada. Ele lambeu seu clitóris uma e outra vez, chupou em sua boca até que ela estava prestes a gozar, e depois recuou. Adrianna tinha as mãos em seu cabelo, puxou os fios até que eles se tornaram emaranhados em seus dedos, e suspirou de prazer. Ela deveria tê-lo ferido ao puxar seu cabelo, e quando iria deixá-lo ir, fez este ruído quase irritado com sua garganta.


— Não, mantenha as mãos lá. Eu gosto do fato de que você está me machucando, porque você não pode controlar-se da maneira que eu faço você se sentir. — Ele lambeu-a de novo, e de novo, e Deus mais uma vez. Quando ele achatou sua língua e arrastou-a da abertura da sua vagina até seu clitóris, e depois repetiu a ação, seu corpo enrolou apertado. Ela iria entrar em combustão em questão de segundos, se ele mantivesse isso, mas como se ela dissesse essas palavras para ele, ele abrandou o seu aperto, e diminuiu a pressão. — Você quer gozar, não é, Adrianna? Ele estava brincando com ela, torturando-a, e ela não estava abaixo lhe pedindo para deixá-la sair. — Sim. — Foi o prazer e a dor, o êxtase e agonia, tudo em um, e Adrianna sabia que ela iria gritar alto o suficiente para que toda a casa fosse capaz de ouvi-la uma vez que ela finalmente chegasse ao clímax. Usando a mão que veio a apoiar sua bunda, ele mudou-se em torno para a abertura de seu corpo, e então ele estava empurrando um dedo na espessura da sua vagina. — Porra, tão gostosa e tão quente. – Ele chupou seu clitóris e bombeava o dedo dentro e fora dela. — Está tão malditamente molhada para mim. – Ele lentamente adicionou outro dedo até que ela se sentiu cheia. Podia ser apenas dois dedos que ele colocou em seu corpo, mas Malice era um homem grande, e as suas mãos e dedos não eram diferentes. Ele começou a bombear dentro dela e recuar, chupando o botão na parte superior de seu monte e mexendo contra ela.


— Oh Deus. Malice. – Ela engasgou seu nome assim que a primeira onda de prazer bateu nela. — É isso aí, porra, goze por todo o meu rosto. Ela abriu a boca quando estrelas dançaram na frente de sua visão, pronta para chorar porque não podia ajudar a si mesma, mas antes que ela pudesse fazer algum som Malice tinha a mão na sua boca. Ele abafou o som de seu choro, mas não parou de comê-la. — Cristo. – Ele resmungou. — Você está ficando mais molhada. — Oh. – Essa palavra foi abafada contra a palma da mão, e o êxtase aumentou para uma febre, e ela se encontrou pressionando a sua boceta mais e mais forte em seu rosto. Antes que o prazer recuasse ele estava de pé, tirando a mão da boca, e pressionando os lábios nos dela. Ela poderia se provar nele, um gosto salgado de sua excitação que cobria sua boca e língua. Eles gemeram, ao mesmo tempo, e Adrianna ainda tinha um aperto sobre seu cabelo. Ela não era gentil, e queria mostrar-lhe que ela gostou e queria mais do que ele acabou de dar a ela. — Eu nunca vou ter o suficiente disso, baby. – Ele abriu a boca mais ampla, usou a mão no queixo para inclinar sua cabeça para o lado, e mergulhou sua língua profundamente em sua boca. Por longos segundos, beijar era tudo o que eles fizeram, e foi só quando ouviram o som das mulheres do outro lado da porta que eles se afastaram. As mulheres estavam rindo, falando sobre coisas que era muito abafado


para ouvir através da porta, mas foi tudo o que Adrianna precisava para voltar a realidade. Ele se afastou para poder olhar na cara dela. — Eu não terminei com você ainda. Não por um longo tempo. Sua boca estava inchada e quente, e ela sabia que seus lábios tinham que estar vermelhos. — Eu não quero que você termine comigo. – A atração que sentira por ele foi instantânea, mas ela estava disposta a correr o risco e ver onde isso ia dar. Ela o queria muito, na verdade. Ele deu um passo para trás, correu o polegar sobre o canto de sua boca, e depois se inclinou e a beijou suavemente mais uma vez. — Eu vou embora para que você possa se instalar, mas eu tenho algo para você. – Ele enfiou a mão no colete de couro e retirou um telefone celular e um pedaço de papel. — Eu quero que você me ligue se precisar de alguma coisa. – Ele segurou o telefone para cima. — E isso realmente quer dizer isso, Adrianna. Você me chama, e eu vou ter certeza de ter o que você precisar. — E se eu quiser você? – Droga, ela poderia ter batido com a mão sobre a boca por dizer isso. O sorriso que se moveu em seu rosto não podia ser chamado de qualquer coisa além de mortal, era de uma variedade erótica, e teve um formigamento que se deslocou através da sua vagina. Ela poderia apenas ter tido um orgasmo, mas parecia que não tinha sequer arranhado a superfície.


Ele teve o peito pressionado ao dela instantaneamente, com a boca em sua orelha, e sua mão envolta frouxamente ao redor da sua nuca. — Você me chama, querida. – Sua respiração quente se moveu ao longo da concha de sua orelha. — Você me chama, e eu estarei aqui em dez minutos. – Ele se afastou um pouco, não o suficiente para que ela pudesse ver seu rosto. Com o rosto pressionado para ela, a sensação de sua barba aparada raspou sua pele sensível, mas ela adorou, porque a lembrou que ela estava realmente aqui com ele. — Eu estaria mentindo se eu dissesse que eu não quero que você me ligue o tempo todo. Só de ouvir a sua voz eu fico duro, e faz meu coração bater mais rápido. – Ele agarrou sua mão e a colocou direto sobre o peito. — Diga alguma coisa – ele sussurrou. Por um segundo, ela só respirava, mas, em seguida, lambeu os lábios e disse: — Eu não quero que você vá. – E então ela realmente sentiu seu coração começar a bater mais rápido, e sentiu seu pau ainda ereto contra seu ventre. — Eu sei, mas eu estou há apenas um telefonema de distância. Eu tenho algumas coisas do clube para resolver, mas vou estar de volta amanhã. Vou chamá-la na parte da manhã e verificar você, mas se precisar de mim, você pode me ligar. – Ele deu um passo para trás para sua decepção. — Ok. – Eles olharam um para o outro por um momento, e então ele sorriu, um verdadeiro sorriso, aquele que teve seu coração acelerando.


— Eu te vejo mais tarde, baby. – Ele se virou e saiu, fechando a porta atrás dele e deixando Adrianna com suas calças e calcinhas agrupadas em torno de uma perna, e seu desejo renovado mais uma vez. Malice era um pedaço de mau caminho, mas apenas o melhor tipo de caminho.


Malice ajudou Tuck e Rock a carregar o último dos suprimentos que seriam enviados ao bordel que eles tinham em Corner Steel Pierce, saíram com a última carga de mercadorias a serem levadas a alguns momentos depois que se afastou da van. A cabana que tinham em River Run era estritamente para abrigar as meninas de volta, mas eles ainda tinham outras mulheres — suas próprias mulheres que não eram prostitutas. Malice fechou a parte de trás da van e olhou para o céu. Era crepúsculo, e ele disse à Adrianna que ele estaria de volta mais tarde esta noite. Ele não a chamou porque foram apenas algumas horas, e certamente não queria

parecer

como

uma

espécie

de

filho

da

puta

perseguidor. — Você fica com Dakota esta noite, certo? — Tuck perguntou e encostou-se ao lado da van. Ele enfiou a mão no casaco e agarrou um cigarro. A música do clube explodiu para fora da janela aberta, e ele podia ouvir o riso de algumas das prostitutas do clube.


— Não, amanhã à noite. — Ele estava feliz por ter se falado com Adrianna no momento certo. Foi melhor assim, tendo Molly chegando à cabana uma vez por semana para verificar a todos. Ele não queria que Adrianna ficasse surpresa quando as mulheres e Molly começassem a falar. Dakota normalmente era criado em torno dessas conversas e imagens. Seu filho era sua principal razão de vida, e estes sentimentos

que

tinha

por

Adrianna

o

fez

querer

compartilhar essa parte muito importante de si mesmo com ela. — Já se passaram alguns meses agora, mas o seu filho está se segurando bem? — Tuck perguntou e, em seguida, deu uma tragada. — Ele parece feliz nas poucas vezes que Molly o trouxe para o clube. Tuck exalou. — Sim, ele está indo muito bem. Molly vai matriculá-lo na pré-escola semana que vem. — Ele está com quatro anos já? — Tuck perguntou surpreso. — Sim, muito louco, né? Tuck, Pierce, e Rock resmungaram. — Seu aniversário será antes da matrícula, então ele está todo animado com isso. — Droga, apenas começando no mundo. — Rock tinha um cigarro entre os lábios e balançou a cabeça. — Eu juro que eu lembro do meu primeiro dia de pré-escola.


— Dá o fora daqui — disse Tuck e começou a rir ao redor do cigarro. — Ei, não ria. Lembro-me da minha pré-escola. — Rock olhou para o céu. — Melhor tempo da porra da minha vida. — Ele olhou para eles novamente. — Naquela época eles tinham cochilos e lanches e muitas outras coisas. Malice começou a rir também. Era bom ter humor e não ter esse pau na sua bunda o tempo todo. E a verdade era que ele foi um idiota mal-humorado ao longo de toda a situação com Molly. — Como estão as coisas entre vocês dois? — Perguntou Tuck, porque ele sempre era extremamente curioso. — Molly? Eu estou bem. Eu estava bem quando ela quis começar a namorar Stinger. Tuck levantou uma sobrancelha, inalando a fumaça de seu cigarro, e continuou a olhar para Malice sem dizer nada. — Você estava bem quando ela começou a namorar Stinger? —Rock repetiu o que Tuck disse, e depois riu. — Foda-se. — Ei, cara, eu pensei ter ouvido que você e o membro do Grizzly MC brigaram? Que você foi todo primata no bosque atrás do celeiro numa luta? — Pierce deu uma gargalhada agora. Malice estava irritado, mas Pierce estava certo. — Escute, eu pensei que eu ainda a amava. Quero dizer, ela é a mãe do meu filho, pelo amor de Deus. Mas não era


sobre isso. Eu tinha meus próprios problemas, queria as coisas do jeito que foram por muito tempo, porque era o confortável. Ela está em boas mãos com Stinger, e o Grizzly cuida de Dakota quando eu não estou lá. — Tuck entregou seu cigarro a ele, e Malice agarrou-o e tomou uma inspiração profunda. Quando ele exalou e devolveu-o a Tuck ele olhou para Rock, que estava ao lado de Pierce. — Além disso, quero Adrianna. — Houve um momento de silêncio, e ele viu a forma como Rock e Tuck se entreolharam. Malice estendeu a mão, e Tuck sorriu quando ele lhe entregou o cigarro novamente. Uma vez que ele deu algumas tragadas e estava bem, ele percebeu que tanto Tuck e Rock tinha provavelmente percebido isso. Eles estavam com ele o tempo todo, e sabia que não escondeu sua reação a Adrianna. Ele encostou-se na van. — O que é isso com ela, uma coisa sexual? — Perguntou Rock. Malice olhou para o outro homem e estreitou os olhos, mas Rock levantou uma mão em sinal de rendição. — Ok, não é uma coisa sexual. Merda. — Rock olhou para frente e terminou fumando seu cigarro. — Porque eu ia dizer se fosse só uma coisa de sexo, você seria algum tipo de merda, cara. — Rock olhou de volta para ele. — Quero dizer, dado o que ela passou. — Eu disse que queria ela na reunião, não foi? Rock deu de ombros.


— Cara, você estava desesperado para ter certeza de que ela estava cuidada. Eu provavelmente não teria dito nada, também. — Com ela é diferente de qualquer coisa que eu já senti antes, e me sinto muito protetor e possessivo com ela. — Não brinca. — Tuck estava apertando os olhos para ele através da névoa de fumaça de maconha. — Você foi todo territorial com Kink, e depois ficou claro que tinha um pau duro por ela quando voltaram de Marx. — Antes que Malice pudesse colocar Tuck no chão da merda que estava dizendo, Tuck começou a falar novamente. — E então você a reclamou. Eu não quero dizer nada desrespeitoso quando eu digo isso, por sinal. — Sim, toda a porra do clube sabia que você queria a mulher mais do que apenas um caso de caridade, e isso foi antes de você dizer que a queria como sua Senhora. — Rock disse, e Malice olhou para ele. Rock deu de ombros. Malice correu os dedos pelo cabelo e puxou os fios curtos na nuca. Mas ele não disse nada, e na verdade sabia que agindo de forma tão bárbara e gritando com seus irmãos não passaria despercebido. — Então você está sério sobre ela ser sua Senhora? — Perguntou Rock. — Realmente falo sério. — Malice disse e olhou para cada um deles. Malice olhou para Tuck e estreitou os olhos.


— Você pode fazer carranca para mim o quanto você quiser, homem. Você não me assusta. — Tuck jogou o cigarro no chão, e, em seguida amassou-o. Ele olhou para Malice e sorriu. Malice rangeu os dentes e saiu da van. Tuck sorriu, mas era um sorriso arrogante e presunçoso. — Porra, cara, tenha cuidado porque sua vida não foi um conto de fadas — disse Tuck. — Você não precisa me dizer essa merda de como sua vida tem sido. Eu mesmo estive lá. — Sua raiva era totalmente fora de lugar, e gritava com Tuck como se este não estivesse certo, mas o idiota estava provocando-o, e Malice sabia o porquê. Eles estavam quase de igual para igual agora, Malice respirando pesadamente, pois sua raiva ainda era muito forte dentro de si, e Tuck ali com uma expressão estoica no rosto. — Você está certo, eu não preciso te dizer essa merda, mas olhe para si mesmo, Malice. — Tuck deu um passo para trás e verificou-o. — Você está a um segundo de chutar a porra da minha bunda, e por que, porque eu disse que sua vida não era um conto de fadas? Ou porque eu estou arrebentando suas bolas? — Malice fechou os olhos, soltou as mãos que estavam em punhos apertados, e soprou. Ele percebeu que estava tendo essa luta interna consigo mesmo. E ele nem sabia o porquê. — Você a quer, droga, isso está muito claro, mas não fique a porra de chateado quando alguém aponta o óbvio.


Malice começou a andar, tentando se acalmar com cada passo que dava. — Não é só porque eu a quero mais do que quis alguém antes. É que eu sinto que ela me conhece, como se ela não desprezasse meu estilo de vida ou vá me julgar. Foi por isso que eu coloquei minha reclamação com ela na reunião, e desejo-a como minha Senhora. — Sim, ela mencionou que ele parecia duro e assustador, mas ela ainda foi para ele, ainda abriu o coração, e foda, ele estava caindo duro para esta mulher. — Até que a conheci estava tudo bem sobre as prostitutas do clube. Ele olhou para Rock. — Sim, e? Você fode essas meninas no clube e não diz uma sílaba sobre elas. É tão difícil de acreditar que eu poderia querer uma mulher para mim? — Sexo não é igual a amor. Ele virou-se para Rock e sentiu aquele calor familiar de raiva começar a subir. Ele pode não estar apaixonado por ela ainda, mas porra, ele se preocupava com aquela garota para caramba que consumia cada parte dele. Se isto era como se sentia depois de apenas conhecê-la por um tempo tão curto, ele não duvidava de que ele poderia amá-la tão difícil que doeria. Rock inclinou a cabeça na direção da porta da frente do clube.


— Se eu lhe pedir para vir comigo e escolher um docinho de boa aparência para transar, você iria para ela? Instantaneamente Malice cresceu em revolta, porque pensar em qualquer outra mulher, se o que ele provou, cheirou, e sentiu sob sua boca, língua e mãos funcionava mais rápido do que um banho frio para outras. — Isso é o que eu pensava. — Rock passou por ele, mas bateu-lhe nas costas e disse: — Você a quer, e se ela quer você, então, porra vá tomar o que é seu. — E com isso Rock afastou-se dele e da sede do clube. — É melhor que ele não te enfrente porque ele está levando essa carga por lá hoje à noite. — Tuck sorriu e aproximou-se dele. Ele colocou uma mão em seu ombro, e o cheiro do fumo, e todo o whisky que Tuck bebeu veio em cheio no seu nariz. — Eu não estava tentando chutar suas bolas ou iniciar uma briga. Eu posso dizer que você quer esta mulher, e eu estou feliz que você encontrou alguém que atrai você como ela faz. Você esteve com Molly por um longo tempo, e eu sei que às vezes é difícil seguir em frente. — Não, eu mudei depois de Molly, quando ela me disse que acabou. Eu era muito teimoso e controlador para deixar as coisas terminarem com a mãe do meu filho. Não havia mais sentimentos reais entre nós fazia um longo tempo antes das coisas terminarem. — Eu sei, mas depois você se tornou um bastardo irritadiço. Malice riu, e, em seguida, Tuck fez o mesmo.


— Você vai para a luta no celeiro esta noite? Tuck sacudiu a cabeça. — Kink está indo. — Tuck deu-lhe um olhar que dizia que para Kink era necessário explodir ainda mais. The Brothers Madesen ajudaram Grizzly MC a afastarem um inimigo MC que viveu em Corner Steel, lutando no celeiro. As lutas subterrâneas implacáveis trouxeram um pouco de renda extra para o clube, mas também lhes permitia queimar algumas calorias extras. Eles deram um meio abraço, e depois Tuck virou-se e dirigiu-se para o clube. Ele parou bem antes de ele entrar e se virou para olhar para ele. — Você quer tomar algumas bebidas? Malice sacudiu a cabeça. — Nah. Estou saindo para a noite. — O olhar que Tuck lhe deu disse à Malice que ele sabia que iria ver Adrianna. Tuck sorriu, virou-se e entrou. Malice ficou ali por um momento, pensando em todas as coisas que Rock e Tuck disseram e tudo o que pensou e sentiu desde que conheceu Adrianna.

Ele

iria

tê-la

porque

não

havia

nenhuma

possibilidade que fosse abrir mão dela agora. Ela o queria, também, e isso era a porra de um sentimento muito poderoso. Seu celular vibrou em seu bolso e ele tirou-o para fora. A tela brilhou MOLLY. Não era um nome que vinha a sua mente recentemente.


— Ei, o que está acontecendo? — Ele segurou o celular ao ouvido e pegou as chaves para a sua motocicleta e começou a se mover em direção à Harley. — Vou ter de cancelar sua visita à Dakota amanhã. Ele tem algum tipo de gripe. Ele vomitou, está com um pouco de febre, e está tão irritado como você é na maioria dos dias. — Havia cansaço evidente em sua voz. — Ele está bem agora? Ele não precisa ver um médico? — Ele estava preocupado, mas sabendo como Molly era enfermeira e treinada em toda esta merda, Malice não ia pirar muito. — Ele está bem. Existe algum tipo de vírus ao redor do campo de jogos na cidade, e estou certa de que foi lá o lugar onde ele o pegou. — Você quer que eu vá vê-lo? Eu posso levar um pouco de sopa. — Você fez sopa? — Molly começou a rir, e Malice resmungou. — Foda-se, não, eu não faço sopa, mas Tatum fez um pouco de canja, esta tarde. — Não, mas obrigada. Ele não pode comer muito e dormiu a maior parte do dia. Ele ficou desapontado em não ver você, mas eu acho que é melhor. Você iria acabar ficando doente também e em seguida, todos teriam de ouvi-lo gemer e reclamar. — Molly começou a rir de novo, e Malice podia ouvir Stinger dizendo algo no fundo.


— Ok, mas eu vou ligar amanhã e ver como ele está. — Houve um segundo desse silêncio estranho,

e Malice

suspirou. — O que, Molly? — Eu estava na cabana na parte de trás quando você parou por lá. — Sim. — Ele montou sua motocicleta, e embora ele não dissesse que já sabia o que ela ia dizer. — E eu falei com a menina nova... Adrianna. Ele não respondeu, apenas colocou o capacete ansioso para sair do telefone e ver Adrianna. Ele queria ver Dakota, a saúde de seu filho vinha em primeiro, e se Molly achava que ele precisava de seu descanso, então ele faria. — Algumas das meninas estavam falando sobre como você foi o único a levá-la para a cabana, e que ela estava ficando lá por uma quantidade indeterminada de tempo. — Sim, e? Você nunca questionou nada como isso antes, e alguns dos outros caras trouxeram mulheres para a cabana. — Sim, mas eu também nunca ouvi falar de qualquer um dos outros membros que fizesse coisas inapropriadas com essas mulheres também. Tudo dentro de Malice acalmou. — Coisas impróprias? Que porra você está falando? — Mandi disse que ela estava do lado de fora da porta do quarto e ouviu um monte de gemidos. — Houve um momento de silêncio de Molly, e então ele ouviu seu suspiro.


— Não me importa o que você faz, Malice, e enquanto ninguém se machuque e esteja feliz é tudo o que importa. Mas eu vi Adrianna, falei com ela. Ela é uma mulher doce, mas sua vida foi realmente uma asneira. Eu não posso deixar de pensar que fazendo coisas sexuais com ela na mentalidade de que ela está dentro atualmente e especialmente depois do acontecido com ela não é a melhor jogada. Malice coçou o queixo e suspirou. — Não é assim, Molly. Eu não estou atacando a pobre garota, porque eu estou duro. Nós... — Ele nem sequer sabia como chegar a este assunto com ela, e não era a sua porra de problema, e ele estava chateado que as pessoas tinham de falar merda das coisas que não sabiam. — Você não teve relações sexuais com uma vítima de abuso? — Maldição, Molly. — Ele ergueu a voz e, embora não quisesse gritar com ela o fato de que ela estava querendo dizer que ele fez a porra de algo errado o irritou. Malice ouviu a voz irada de Stinger através do receptor. — Diga a Stinger para calar a boca. — Ele esfregou os olhos e ouviu Molly acalmar o outro motociclista. — Eu não tenho que me explicar para você ou qualquer outra pessoa. Eu não sou um pervertido maldito que gosta de fazer merda com as mulheres sem ser consensual, ou mesmo implica que ela fez algo comigo porque ela estava traumatizada. — Ele estava chateado agora, e tanto quanto significava ele disse a Molly


que também pensou que querer Adrianna era errado por causa do que ela passou. — Calma Trevor. — Molly usou seu primeiro nome, porque ela estava chateada. Essa era a única vez que ela usava. — Eu não estou insinuando que você é um pervertido ou um homem mau. Estou apenas pedindo que você seja cuidadoso. Adrianna está realmente apaixonada por você, e quanto mais falava, e quanto mais ela contava que a salvou, mais eu percebi que você poderia feri-la. Havia aquela porra de palavra de novo... Apaixonada. — Eu nunca iria machucá-la, Molly. Eu não machuco as mulheres.

Além

disso,

Adrianna

é

diferente.

Sinto-me

diferente quando estou perto dela. — Ele não queria nem ter essa conversa com Molly, mas ficou claro que ela estava preocupada pela outra mulher. — Ela é especial. — Um outro segundo de silêncio, mas ele acabou com essa conversa. — Escute, eu tenho que ir. Obrigado por olhar por ela, e por querer certificar-se de que ela esteja a salvo. Isso é o que eu quero também. — Você realmente se importa com ela? — Sim, Molly, eu realmente me importo. E antes que você diga o quão louco isso pareça eu vou lembrá-la de que você e Stinger não estavam exatamente namorando há anos. —

Não,

eles

praticamente

saltaram

direto

em

um

relacionamento. Se ele se sentia bem, e fazia alguém feliz quem diabos se importava com o quão rápido tudo aconteceu. — Eu realmente tenho que ir, mas dê em Dakota um abraço e


um beijo por mim, e deixe que ele saiba que eu vou ligar amanhã para ver como ele está. — Depois que ele desligou o telefone, empurrou o celular de volta em seu casaco e olhou para a estrada à frente dele. Claro que Molly trouxe alguns bons pontos, mas isso não significa que eles eram reais. Ele cuidou de Adrianna, e ele sabia que ela estava bem. Será que talvez estivesse atraída por ele, porque a salvou? Talvez, mas ela era adulta, viveu uma vida que a fez perceber o que era real e o que não era, e ele sentiu como genuína suas palavras e toques foram. — Foda-se. — Ele amaldiçoou, sentindo-se aborrecido e irritado. O sol estava começando a diminuir, e ele o observou mergulhar para baixo após o horizonte. Talvez se ele não fosse um bastardo egoísta pudesse ter se afastado dela, mas eles definitivamente tinham uma conexão, e, além disso, ele não poderia tirá-la do pensamento. Ligou o motor de sua moto e acelerou, ficou sentado por lá apenas um segundo a mais antes de puxar para a rua. Ele descobriria como ela realmente se sentia, mas ele também diria a ela que significava mais para ele do que apenas alguém para foder.


Adrianna limpou todo o fogão e olhou para a exnamorada de Malice e a mãe de seu filho. Molly entregou o último prato lavado para Kendra. Kendra era mais jovem que Adrianna, mas não muito. Ela estava aqui somente há um dia, mas já estava se sentindo em seu elemento e capaz de se conectar com essas mulheres. Essas mulheres eram como ela, e todas caíram na mesma vida estereotipada onde se vendiam por dinheiro, e permitia que os homens

as

prejudicassem, porque essa era a única espécie de amor que elas conheciam. Mas o que as diferenciava, e o que os fazia superar o desgosto e a dor coberta a cada uma delas era o fato que elas estavam aqui para tentar colocar sua vida de volta nos trilhos. Algumas podiam decidir se queriam continuar a vender-se enquanto outras iam para o ramo mais tradicional. — Então você está realmente pensando em voltar para a escola? — Adrianna se virou e olhou para Kendra. A outra mulher estava secando o prato completamente, e quando ela abriu o armário para colocá-lo com o resto, havia um sorriso no seu rosto.


Molly desculpou-se e foi ajudar uma das mulheres que caiu nos últimos degraus e machucou o tornozelo. — Eu estou pensando sobre isso, mas estou com medo para ser honesta — disse Kendra e se virou para Adrianna. — Isso é normal. — Sim? Adrianna jogou o pano que ela fez a limpeza no cesto com o resto das roupas sujas. — Certo. Se você não estivesse com medo de algo novo, então eu iria me perguntar se seria a coisa certa ou não. Kendra sorriu e olhou para baixo. — Sim, eu espero que você esteja certa. Kendra ainda era muito imatura. Ela era bonita e inteligente, mas Adrianna ainda podia ver por que os homens horríveis em sua vida se aproveitaram dela. Ela era delicada, como uma flor apenas aberta para o mundo. Conversaram muito hoje, e apenas nestas últimas vinte e quatro horas Adrianna percebeu que ela estava feliz por estar aqui. Alguém chamou por Kendra, e ela sorriu mais uma vez para Adrianna antes de sair da cozinha. Ainda havia algumas mulheres que mantiveram uma distância dela, mas ela era a "nova garota", e ela deveria viver a vida com cuidado com os outros que ela não conhecia. Ela mudou-se para a mesa da cozinha e sentou-se. Havia ainda algumas migalhas de milho sobre a mesa do jantar do grupo que acabou de comer.

Adrianna enquanto


olhava para as manchas só conseguia pensar na conversa que teve com Molly. Ela conheceu Malice antes, e sabia que eles tiveram um filho. Ela também sabia que Molly era sua ex, e embora Adrianna nunca houvesse sido ciumenta, porque, bem, ela não tinha muito na vida do que ter ciúmes, ela tinha inveja dessa mulher que compartilhava sua vida com

um

homem

maravilhoso.

No

conjunto

desses

sentimentos malucos, ela também sentia culpa e vergonha. Molly foi tão amável, tão carinhosa, e falou com cada uma das mulheres. Kendra especialmente parecia ter uma relação estreita com Molly, e então quando Adrianna falou com as outras mulheres, tudo meio que se esclareceu. Mesmo agora se lembrava do calor que veio de Molly, e como ela foi legal e como Adrianna se sentia bem e querida, como nunca se sentiu. — Você tem que fazer o que é melhor para você. — Ela estendeu a mão e colocou a mão sobre a de Adrianna. — As mulheres aqui falam, mas isso é apenas o que as mulheres fazem. — Molly sorriu. — Você se importa com Malice, e eu posso ver isso. Ele é um grande cara, um pai maravilhoso, e é leal ao seu coração. — Molly apertou a mão de Adrianna gentilmente. — Mas não se contente com o que você não está pronta, só porque ele é o primeiro homem a oferecer-lhe um pingo de esperança. Às vezes não é, e eu não digo isso para dissuadi-la de seguir o que você sabe que é certo e verdadeiro. Só sei que só você pode decidir se tudo está se movendo muito rápido ou muito devagar.


Adrianna piscou, sabendo que ela poderia ver como uma pessoa estranha podia pensar que a vida que ela levou a fazia sentir coisas por Malice. Embora ela quisesse falar mais com Molly, a mulher estava aqui para ajudar todas as meninas, o que levava tempo. Ela não estava lá para cuidar de feridas, mas para ser aquele ombro que essas mulheres necessitam para se apoiar. Talvez em breve, ela e Molly pudessem falar mais, um pouco mais profundamente, e Adrianna poderia realmente descobrir sobre ela e Malice. Não era apenas sobre querer mais dele do que o que ela tinha. Ele era o seu salvador, este cavaleiro de armadura brilhante que a ajudou quando o mundo era escuro. Mas isso não tinha nada a ver com o abuso sofrido. Por Phillip, ou a morte de seu irmão, ou sua vida em uma casa de merda. Isto era sobre a tomada de uma posição e de decidir que agora era a hora para fazer algo para si mesma. Ela se levantou quando ouviu a porta da frente sendo aberta, e depois seu coração começou a correr quando ouviu as mulheres cumprimentarem Malice. O som de suas botas pesadas batendo no chão se aproximou, e depois lá estava ele. Ele estava na porta, parecia que se foram anos desde que o viu. Emoção a alagou e adrenalina inundou suas veias na doce liberação. Tudo o que tinha que fazer para saber que esta era a coisa certa era olhar no seu rosto bonito e áspero. — Mandei um texto para dizer que eu estava no meio do caminho. Aquela voz rouca arranhada sempre tinha o mesmo efeito nela: a fez molhada em uma questão de segundos.


— Deixei o telefone lá em cima. Ele concordou e, em seguida, olhou para as escadas. — Podemos falar em algum lugar em particular? Instantaneamente sua excitação diminuiu com o tom de sua voz. — Ok. — Ela se moveu em direção à porta da entrada da cozinha, e jurou que o ouviu inalar quando ela passava. Seu braço roçou seu peito, e ela sentiu o bater de excitação em sua barriga. Andaram pela sala de estar, onde muitas das mulheres estavam reunidas em torno da televisão. Adrianna não perdeu os olhares curiosos que deram a ela, mas também ouviu os sussurros de suas suspeitas. Sim, mesmo depois de um dia ela já estava falada na casa. Uma vez que eles estavam em seu quarto, ela fechou a porta e deu as costas a ele. Malice estava no centro olhando para sua janela. Ele era tão grande e imponente que fazia tudo no quarto parecer pequeno e insignificante. — O que está em sua mente? Ele virou-se lentamente, e ela teve a vista completa dele. Botas pretas arranhadas, jeans que pareciam gastos e usados, mas apenas no melhor tipo de forma, camiseta preta lisa que mostrava as mangas de suas tatuagens em seus braços, e, claro, o seu colete de couro de motociclista. Seu cabelo escuro caia ligeiramente em todo de seu rosto, e ele ainda tinha de fazer a barba. Adrianna gostava da barba aparada sobre ele. Dava-lhe uma aparência muito robusta e fazia sua masculinidade ainda mais pronunciada.


— Você está na minha mente. Seu pulso aumentou e subiu para a garganta. Essas palavras poderiam não ter significado muito para alguém, mas para ela significavam muito. — Você falou com Molly hoje? — Perguntou. Claro que ela não estava surpresa que ele sabia sobre sua conversa com Molly. Ela era a mãe de seu filho depois de tudo. — Sim, hoje cedo. Ela é uma mulher muito doce e se preocupa com estas meninas. Ele balançou a cabeça e desviou o olhar. Não disse nada por alguns segundos, e ela começou a se sentir como se fosse a calmaria antes da tempestade. Ele estava prestes a dizer algo ruim? — Ela está preocupada com você. Um suspiro de alívio deixou. — Sim, imaginei isso depois de nossa conversa, mas eu acho que está na sua natureza se preocupar com os outros. Além disso, essas outras mulheres tiveram uma mão miserável as prejudicando. — Então, você já imaginava. Ela encolheu os ombros. Ela não podia negar, mas não queria se jogar de vítima ou se parecer com qualquer uma. — Ela acha que talvez eu e você não devêssemos ir por este caminho por causa do que aconteceu com você. — Ele esfregou as costas de seu pescoço no que ela sabia era um


gesto desconfortável. — Ela acha que você me vê como seu salvador e é por isso que você tem esses sentimentos por mim. Suas bochechas se aqueceram instantaneamente, e ela nem sabia o porquê. Por um momento não soube o que dizer. É claro que ela pensou as mesmas coisas, mas, no final, ela sabia que não era apenas por que se preocupava com ele. Era uma parte dele, mas não toda a razão. — É isso que você acha? Ele olhou para ela, sem responder imediatamente, e o medo se estabeleceu em sua barriga. — O pensamento passou pela minha cabeça. Adrianna assentiu, sem saber o que dizer sobre isso. — Mas isso não muda o que sinto por você, e o fato de que a maneira como você olha para mim, se abre quando falamos, e é tão receptiva aos meus toques, que me fazem perceber que eu não estou sozinho nessa. — Ele deu um passo na direção dela. — Mas eu quero que você saiba por que você me quer e que não é porque a vida que você tinha era difícil. Eu quero ser capaz de protegê-la, verificar se você está sempre segura, e nunca com medo de nada novamente. — Ele olhou para ela duro e inflexível. — Eu quero você como minha mulher. Você entende o que isso significa? Sim e não. Ela engoliu em seco, à beira das lágrimas, porque suas palavras perfuraram através do coração dela como uma lança. Ela ouviu algumas das mulheres que falavam sobre como nenhum dos motociclistas tinha uma


Senhora, e Adrianna teve que assumir que era o que o MC chamava de suas namoradas. Mas por alguma razão ela pensou que o termo “Senhora”, significasse muito mais do que apenas ser uma namorada, ou até mesmo uma esposa. — O que eu sinto por você não tem nada a ver com o meu passado, ou que eu estou com medo do que o futuro reserva. Sim, tudo isso é rápido, mas quem se importa? Eu sei o que eu sinto e que tudo isso é genuíno e verdadeiro. — Ela esperou que ele dissesse alguma coisa, qualquer coisa, mas ele manteve o silêncio e deu mais um passo para frente. — E eu tenho um sentimento que eu sei o que realmente uma Senhora significa. — Quando ele estava em sua frente tudo o que ela podia fazer era inalar o seu cheiro doce e picante, que dava um toque de escuridão nele. — Isto é o que eu quero, Malice. — Ela olhou para ele, cansada de tentar segurar-se a partir do que ela queria do que ela merecia. E então ele tinha as mãos em cada lado do seu rosto e sua boca na dela. Depois disso Adrianna estava perdida para as sensações que deixaram de funcionar através dela em uma velocidade

espantosa.

Malice queria ir suavemente, para se certificar de que ela estava com ele cem por cento. Mas quando ela agarrou seus bíceps e cravou as unhas em sua pele, algo estalou dentro dele. Suas palavras jogaram mais e mais em sua


cabeça, e ele não podia deixar de sentir a possessividade e natureza proprietária dentro dele crescer. A partir do momento em que a viu, ele sabia que ela era dele, e que iria matar qualquer outra pessoa que não pensasse assim. Ele acariciou a costura de seus lábios com a língua até que ela abriu a boca, e então ele mergulhou dentro, transando com ela com a língua até que esse pequeno som sussurrado escapasse dela. Durante vários minutos, tudo o que eles fizeram foi beijar, e os sons que ela fazia alimentou sua própria luxúria, seu pênis estava duro como aço e fez estragos com o seu autocontrole. Ele quebrou o beijo, respirou fundo, e imediatamente começou a arrastar seus lábios e língua junto da linha de sua mandíbula. — Você quer isso tanto quanto eu quero, Adrianna. — Uma vez que ele moveu suas mãos até os ombros, ele a puxou para mais perto. Ela cheirava bem para caralho, doce e floral, e ele cresceu embebido do aroma. — Eu quero isso, Malice. — Ele podia a sentir deixando cair a cabeça ligeiramente para trás, e usou isso como uma oportunidade para chupar e lamber o ponto logo abaixo da orelha. Seu pulso batia forte sob a sua língua, e ele chupou sua carne em sua boca, não se importando se ele deixava uma marca. Na verdade, ele queria deixar uma marca nela. Ele gemeu contra sua garganta, e sentiu-a tremer sob suas mãos. O lado possessivo dele levantou-se, querendo ter certeza que ela sabia que ele nunca iria deixá-la ir, e nunca deixá-la sentir dor novamente. — Porra, eu te quero tanto.


Quero fazê-la minha, fazer você gritar meu nome, e ter você chorando por mais. — Ele moveu as mãos entre seus corpos para seus seios. Eles estavam cheios, pressionando contra o material de sua camisa e escapando por cima. Ele apertou os montes, deu um rosnado baixo, e colocou os dedos sob a bainha do tecido. Passou os dedos ao longo de sua carne nua, adorava que sua pele estivesse ligeiramente úmida de suor, porque ele estava tão ligado, que se obrigou a ir devagar. Mas ele nunca foi o tipo de homem que tinha paciência, especialmente

quando

ele

queria

muito

Adrianna.

Ele

deslizou a mão até o centro de seu peito, e quando sentiu o mamilo ficar duro algo dentro dele estalou, arrancou sua camisa para cima e sobre a cabeça, e olhou para os seios. Os pesados, grandes montes estavam mal contidos em seu sutiã, mas ele os queria fora de qualquer forma. Quando ele rasgou o sutiã do seu corpo, os seios saltaram livres e balançaram pela força que fez. Ele estava se perdendo, enquanto olhava para os seios, observou os bicos vermelhos endurecidos ainda mais, e sabia que o que sentia por essa mulher não era apenas de uma noite. Mesmo depois que ele a tivesse, ia colocar a sua reclamação sobre ela batendo seu pau dentro e fora dela, e ouvi-la chamando seu nome, não seria capaz de parar. Ele precisava mais dela, toda sua e, a julgar pela forma como ela olhava para ele, e como ela reagiu a seus toques, Malice sabia que ela queria muito isso também. Ela era dele, e ele sabia disso a partir do momento em que a viu.


Adrianna não conseguia respirar, não conseguia nem ver direito quando olhou para Malice. Ela estava diante dele, com apenas suas calças, mas não havia frio passando por ela. Tudo o que ela sentia era esse calor intenso, e quanto mais tempo ele olhava para ela mais poderoso se tornava. Antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, ou formar as palavras certas, ele estava bem na frente dela. Seu hálito cheirava bem, como menta e canela combinadas. Ele estendeu a mão, segurou-lhe a carne nua com ambas as mãos, e apertou até o ponto da dor. Ela não queria preliminares. Tudo o que Adrianna queria era sentir Malice sobre ela, deslizando para dentro e para fora de seu corpo com todo esse poder cru que segurava, e fazendo-a esquecer, mesmo para um pequeno espaço de tempo a dor que ela viveu. Não pensar mais, sem mais questionamentos e se preocupar com o que ela deve ou não deve fazer. Isso nunca ajudou na vida, e neste momento era algo que ela queria desesperadamente. desesperadamente.

Malice

era

o

que

ela

queria


Ele tomou sua boca novamente em um beijo brutal, ela jurou que podia senti-lo em cada parte dela e não apenas tocando seus seios e acariciando sua língua com a dela. Sem quebrar o beijo, ela alcançou entre eles e começou a trabalhar o botão e zíper de sua calça para baixo. Ele não a impediu, e, em vez disso gemeu contra ela. Malice tirou a mão de um de seus seios e foi decepcionante, mas quando ele enfiou os dedos pelos cabelos dela e segurou a parte de trás de sua cabeça, ela se derreteu novamente. Uma vez que suas calças estavam fora, ele deu um passo para trás. Deus, ele não estava usando cueca. Essa percepção a fez apertar as coxas, com mais umidade se derramando dela. Mas foi a visão do piercing na ponta do seu pau que a atordoou, assustou e despertou-a. Era uma barra de prata curva, intimidante e como nada que ela já tivesse visto antes. Ele era enorme entre suas coxas, mas, novamente, ele era um homem todo grande. Mas vê-lo, nu, perfurado e em linha reta e dura entre suas coxas, teve todo o seu corpo tenso com a excitação. Ele até tinha uma gota de gozo do tamanho de uma pérola que pontilhava a ponta, e teve uma onda de calor enchendo-a. Nunca sentiu um desejo tão potente por outra pessoa, mas, novamente, ela nunca sentiu o tipo de coisas que ela sentia por Malice com mais ninguém. Ele

agarrou

seu

eixo

enorme

e

acariciou

seu

comprimento várias vezes enquanto observava. Parecia vulgar e obsceno, mas Deus ela adorou, e adorava vê-lo fazê-lo. Mas foi quando ele tirou o colete e colocou-o sobre a cômoda, e, em seguida, tirou a camisa, que ela teve que apertar as mãos


em punhos em seus lados para impedir-se de estender a mão e tocá-lo. Ela o queria, queria correr a língua ao longo de todos os músculos duros em seu corpo, e ao longo das tatuagens que o cobriam. Vendo Malice sem roupa e claramente querendo-a era um afrodisíaco todo em si mesmo. Ele tinha uma penugem muito leve de cabelo na parte superior do peito, e uma linha escura de cabelo que começava no seu umbigo e ia até o seu pênis. E quando ele se voltou, ela viu a tatuagem em suas costas. Era o mesmo desenho do remendo que ele usava em seu colete: uma silhueta de uma moto atrás de um Phoenix subindo. Com seus braços e peito cobertos de tatuagem, ele parecia tão bom, tão perigoso, e por isso muito masculino. Na sua presença sentia-se como uma mulher. Ele andou de volta para ela, deslizou as mãos para baixo em suas clavículas, através de seus seios, e continuou seu caminho até que ele parou nas calças. Ele não as retirou imediatamente como ela teria pensado, mas em vez disso apoiou a cabeça na curva de seu pescoço. Segundos se passaram que pareciam minutos, e tudo que ela queria era fazer isso, para finalmente senti-lo fazer as coisas que ela imaginou. Eles poderiam ter se conhecido a pouco tempo, mas quando algo parece tão bom é quase errado ir contra. — Por que você está parando? — Ela podia ouvir o pulso acelerado em seus ouvidos e senti-lo em sua garganta. — Você tem certeza sobre isso, baby, porque uma vez que fizermos isso, não pode ser desfeito. — Sua voz era tão profunda, e ela sentiu-a vibrar ao longo de seu pescoço. —


Quando eu a levar será para o bem, eu não vou deixar você ir. Eu vou garantir que todos saibam que você é minha mulher, e que, se meterem-se com você, eles vão se meter comigo. — Ele respirou dentro e fora pesadamente, e sua respiração morna e úmida estava fazendo outra parte dela ainda úmida. — E acredite em mim quando eu digo que eles não vão querer foder comigo e com o que é meu. Ela não duvidava de que ele poderia cumprir essa promessa. Droga, ela já viu o seu ardor. Balançou a cabeça e levantou as mãos para que ela pudesse descansá-las em sua cintura estreita. — Tenho certeza. Eu não acho que eu já estive mais segura de nada na minha vida antes. — E ela queria dizer cada palavra. Ela o ouviu engolir e, em seguida, quando mudou as mãos até os lados e descansou-os em seus peitorais

ele

gemeu.

Quando

ele

se

aproximou

e

o

comprimento quente duro do seu pênis pressionou contra sua barriga, metade gemido metade suspiro a deixou. Uma centelha de frieza tocou sua pele, e ela olhou para baixo e olhou para o piercing na ponta da sua ereção. Ela sabia que esse tipo de piercing era chamado de príncipe Albert. É claro que ela não poderia ajudar, mas se perguntou como seria a sensação dentro dela. — Eu quero você demais. — Ele respirou contra ela, gemeu e empurrou seus quadris para frente, para que ela sentisse seu pênis e o piercing mais uma vez. — Eu poderia gozar, mesmo sem estar dentro de você, baby. — Ele passou a língua até o comprimento de sua garganta. — Eu poderia


lamber cada parte de você, chupar seus mamilos, seu clitóris... Um tremor passou através dela, e ela apertou as mãos em seus ombros — Eu poderia chupá-la durante toda a noite até que você gozasse em todo o meu rosto. — Ele raspou os dentes ao longo da área que acabou de passar sua língua. — Eu quero memorizar você, Adrianna, de modo que não exista uma polegada de você que não esteja enraizada na minha cabeça. Ela sentiu-se tonta, alta, e bêbada da sensação de sobrecarga que estava vindo dele. — Por favor, Malice. Ele gemeu contra seu pescoço, mas não a beijou ou a tocou mais. Em vez disso ele se afastou para que eles estivessem olhando nos olhos um do outro. — Continue, baby. — Ele se afastou dela, e ela apoiou a mão na parede ao lado dela para a sustentação. Seus joelhos tremiam, sua cabeça girava, e ela estava tão desconfortavelmente molhada que queria sair da sua calcinha e calça. Tudo parecia nebuloso, mas logo sua mente e visão clarearam e ela foi capaz de se concentrar no que estava fazendo e viu Malice pegar um preservativo. Ela apertou suas coxas juntas mais uma vez, porque a vista dos seus

ombros

largos

e

costas

musculosas

coberta

de

tatuagens fez seu clitóris formigar. Ele se virou, e, claro, seu olhar foi direto para o pau enorme que se projetava dele. Mas Adrianna não poderia ajudá-lo.


Ele andou para frente, e realmente não havia outra palavra que efetivamente descrevesse o que ele estava fazendo. Ele parou algumas polegadas dela, e ela olhou para o pequeno corte em seu lábio inferior. Sem pensar, apenas agindo, ela levantou a mão e correu a ponta do seu dedo para a direita ao lado dele. Ele não se moveu, nem sequer pestanejou. Ele apenas olhou bem nos olhos dela. — Eu a assusto? — Disse baixo e em seguida, olhou para sua boca. — Um pouco. — Não havia necessidade de mentir, mas mesmo se ela dissesse que não, Adrianna sabia que ele iria saber que estava mentindo. Ele levantou a mão e correu seu polegar ao longo de seu lábio inferior. — Seus instintos estão dizendo que eu não sou um bom homem. — Ele estava focado no que estava fazendo com o polegar sobre o seu lábio. — Você é inteligente demais para ter medo de mim — mas você— ele ergueu o olhar para o dela, — Não deve ter. Nunca. — Ele enfiou a mão atrás da cabeça dela, enredou os dedos em seus cabelos, e se inclinou para beijá-la. Com os lábios ainda nos dela moveu-se para frente, o que a levou a se mover para trás. A beirada da cama a parou de se mover mais. — Você é tão linda, Adrianna. — Ele começou a tocá-la, tudo acabado agora, e foi como se um animal fosse solto. Ele cobriu o peito com as mãos grandes e esfregou seus polegares ao longo dos picos doloridos. Fez isso por muito tempo,


minutos agonizantes, e apenas quando ela abriu a boca para dizer-lhe que não podia segurar mais, ele deslizou as mãos para baixo e em questão de segundos tirou sua calça e calcinha. Lá estava ela, completamente exposta para ele, e nunca antes sentiu esse tipo de movimento frio e calor através de seu corpo ao mesmo tempo. Ela abriu a boca, mas as palavras não saíam. Malice fez um som baixo em sua garganta, e no segundo seguinte ele estava segurando sua bunda e levantando-a. Por instinto, ela envolveu suas pernas ao redor de sua cintura e os braços em volta de seu pescoço. Seus seios estavam pressionados firmemente contra seu peito musculoso, e o sólido comprimento, quente de seu pau deslizou por suas dobras lisas. Ele esfregou sua barba ao longo da sua pele de maneira deliciosa que fez sua nuca se arrepiar. E então ela estava de costas na cama com Malice sobre ela. Ele usou seus quadris estreitos para empurrar suas coxas, e o estiramento dos músculos não utilizados protestaram da ação. — Malice. — Ela não tinha a intenção de dizer o nome dele, mas veio dela por conta própria, como se estivesse pedindo para ele dar o que ela realmente necessitava. — Eu sei, baby. Porra, eu sei o que você precisa, porque é o que eu preciso, também. — Seu pênis era de aço contra sua vagina, e o comprimento de espessura grossa deslizou ao longo de suas dobras e separou-as. O cume frio e duro de sua perfuração provocou sua

pele superaquecida. O choro


derramou dela, e foi surpreendida pela forma de como necessitada estava. — Eu quero você, Malice. — Ela não sabia o que entrou, mas ela não queria que parasse. Ele inclinou-se e esfregou-a, ao mesmo tempo moeu seu pênis dentro dela. A base do seu eixo pressionado em seu clitóris, enviando faíscas de eletricidade através dela. — Cristo, baby, você não tem ideia do quanto é bom o que eu sinto. — Ele pressionou mais firmemente contra ela, e sua boca se abriu em um grito silencioso. Ele manteve a pressão dela com uma mão forte, e usou a outra para chegar entre seus corpos e alinhar a ponta do seu pênis com a abertura de seu corpo. Adrianna não era virgem, mas ela também não transou com um homem que fosse tão bem-dotado. Seu olhar treinado foi entre eles, e o fato de que ele estava assistindo a si mesmo quando empurrou seu pau em seu corpo foi tão extremamente erótico. Ele fechou os olhos, apertou a mandíbula, e disse: — Você está muito molhada para mim. — Ele moveu a ponta para cima e para baixo em seu broto sensível em seguida, empurrou apenas a ponta dentro dela. — É tão apertado. — Ele disse a última palavra sobre um gemido. — Se você soubesse o quanto eu quero te foder, o quanto eu quero que você sinta que você é minha, ia te assustar, baby. Adrianna fechou os olhos com a deliciosa maneira de como ele a esticou e ao sentimento de sua penetração escondido apenas por uma fina camada de látex movendo contra sua carne sensível.


— Deus, Malice, eu quero isso. — Ela sentiu-se delirante para ele e amou suas palavras sujas. A queima de dor e êxtase bateu nela enquanto ele continuava a empurrar todas aquelas longas polegadas de espessura dentro dela. A dor deixou-a quando o prazer aumentou. Ele moveu as mãos atrás dela e agarrou sua bunda em um aperto que deixaria hematomas. Ela gostava daquela centelha adicional de dor, amando que ele disse a ela que mal se controlava. — Você é tão apertada e quente. — Sua voz era gutural, e seus olhos estavam fechados. Ele empurrou cada polegada dentro dela, e ela finalmente percebeu o que era ser reclamada. Ela nunca se sentiu assim com ninguém, nunca sequer pensou em sentir que essas emoções e sensações fossem possíveis. — Será que está bom, baby? — Perguntou com uma voz áspera. — Sim. Deus, isso é tão bom. Com mais um impulso ele enterrou a última polegada de seu pênis dentro dela e gemeu profundamente. Ambos soltaram um grunhido duro de prazer, e Adrianna arranhou as unhas nas costas dele, amando como ele encheu e esticou cada parte dela. Ele retirou-se dela, e depois a empurrou para trás lentamente. Sua respiração tornou-se mais rápida quando ele começou a empurrar dentro e fora dela, e o pesado saco sob seu pau batia contra seu traseiro. — Oh meu Deus, Malice. — Ela sentiu seus olhos se arregalarem, sabia que o orgasmo era iminente, e reforçou seu domínio sobre ele.


— É isso. — Ele gemeu. — Arranhe suas unhas em mim. Porra, me machuque, baby. Era uma agonia e êxtase, tudo em um. Com cada impulso de seus quadris, ela subiu na cama, mas ele colocou uma mão em seu ombro e a manteve parada para seu castigo erótico. — Mais, Malice. Deus, mais. — Ali estava ela, pedindolhe para ele ir mais e mais rápido. Ele nunca parou seu empurrão firme. Dentro e fora, e mais feroz. Ele baixou a cabeça, e sua boca estava tocando sua orelha. Ela apertou seu poder sobre ele, querendo-o mais perto, pois nesse momento Malice não queria ninguém além dela. — Deus, eu nunca senti nada como isso, Adrianna. — Sua voz era um sussurro áspero. A raiz de seu pênis esfregou ao longo de seu clitóris, e para trás, novamente e novamente até que escalou a explosão de prazer. Todo o seu corpo apertado, sinalizando seu clímax. O prazer correu para a superfície e roubou toda a sua sanidade. — Eu estou perto, Malice. — O nome dele saiu dela em um suspiro. — Goze em todo meu pau, baby. — Ele empurrou duro e severamente dentro dela, atingindo algo profundo que teve seus

músculos

internos

apertando

ao

redor

dele

violentamente. — Sim, isso, está gozando. Aperta em torno de mim, me faça gozar junto com você, Adrianna. Adrianna arqueou o pescoço e abriu a boca em um grito silencioso. Seu clímax levou tudo para fora dela, roubou a


sua energia, a sua força, e substituiu-o com essa sensação de euforia. Ele bateu nela, pressionando seu corpo contra o dela totalmente agora, enquanto ele continuava a bombear os quadris para trás e para frente. Suas coxas doíam do quão grande

elas

estavam

espalhadas,

e

sua

pele

estava

escorregadia de suor. Ele ia fundo depois para fora nela, quase escorregou livre de seu corpo, mas, em seguida, com a mesma rapidez batia de volta para ela. Ele era como um animal quando fazia esses ruídos guturais e mordiscou seu pescoço. Quando seu orgasmo começou a diminuir ele alcançou entre seus corpos e encontrou seu clitóris com o polegar. — Venha, baby. Não me faça funcionar para um segundo — ele resmungou. — Faça meu pau bom e molhado. — Era como se ele soubesse que o prazer estava fluindo e não estava prestes a perder nada disso. — Eu quero te foder muito duro, fazer você gritar meu nome. — Ele bateu nela mais forte agora, e um grito de dor e prazer a deixou. — Eu quero fazer várias coisas sujas com você, lamber cada parte do seu corpo, e depois deslizar meu pau em sua bunda apertada. Suas palavras eram tão grossas e duras, mas elas combinavam com o jeito que ele estava transando com ela, e isso era exatamente o que ele estava fazendo. Outro orgasmo bateu nela tão rápido que estrelas dançaram na frente de sua visão. Ela estava prestes a chorar de novo, mas Malice antecipou-o e bateu a boca na dela tão duro que seus dentes entraram em confronto juntos. Seus lábios ficaram doloridos,


mas ela não se importava. Espetando as mãos em seu cabelo, ela puxou os fios e gemeu. — Mas tudo isso pode esperar, porque agora isso é tudo que eu quero, Adrianna. Você é tudo que eu quero. — Com um empurrão mais brutal Malice enterrou seu comprimento inteiro na boceta dela e gemeu quando gozou. Ela jurou que podia senti-lo inchar ainda mais, e sentir o pulso pesado quando ele se esvaziou. Quando caiu contra ela, seu peito subindo e descendo, comprimindo o dela e fazendo com que fosse difícil para ela respirar, ela fechou os olhos e suspirou. Ele apertou a mão ainda segurando a bochecha de sua bunda e gemeu mais uma vez. — Merda, Adrianna. Aquilo foi… Quando ele não completou, ela abriu os olhos e virou a cabeça para que ela pudesse olhar para ele. — Sim, eu sei o que quer dizer. Ele apoiou o cotovelo na cama por sua cabeça e empurrou-se ligeiramente. Usou a outra mão para afastar a franja. Durante vários segundos não disse nada, mas era um silêncio muito confortável. Os sons da música e risos vieram da sala principal, mas parecia tão distante, e, como se estivessem em um mundo diferente. — Tudo está indo bem aqui? Ela enrolou-se nele mais e fechou os olhos, apenas absorvendo

seu

aroma

e

o

calor

do

corpo.

Sim.

Honestamente, essas mulheres são muito fortes, e já estão falando sobre as coisas que elas querem da vida.


Ele correu os dedos para cima e para baixo do seu braço. — É preciso uma mulher forte para sobreviver às coisas que elas sofreram... como você também. — Ele se inclinou e beijou o alto de sua cabeça. — Eu ouvi algumas delas falando sobre trabalhar com Lucien e o clube uma vez que elas estejam prontas. Ele

cantarolava

uma

nota

de

uma

forma

muito

sonolenta. — É sua escolha, o que elas querem fazer. Se elas querem voltar a vender-se, é a sua escolha. Podemos contratá-las para trabalhar para fazer isso no clube. Elas estarão seguras e protegidas. Mas se elas querem fazer outras coisas, limpeza, cozinha, coisas assim, podemos ajudar a encontrar algo. Ela fechou os olhos, pensando sobre tudo o que ele disse, e todas as coisas que ela experimentou enquanto estava no River Run. — Como você honestamente se sente sobre eu estar no MC e como ganho a vida? Ela inclinou-se para trás e olhou para ele no rosto. Como ela se sentia? — Honestamente? — Ela olhou para ele, e então ele concordou. Antes que respondesse levantou a mão e passou os dedos entre os olhos dele. Todo o seu corpo tremia como se ele não pudesse controlar-se, e ela percebeu que um homem


deste tamanho e poder era tão frágil quanto ela.

Honestamente, isso não me incomoda. — Ela sorriu e empurrou o cabelo longe de seu rosto. Ela correu os dedos sobre a barba, amando que os fios grossos curtos fizessem cócegas em sua pele, e suspirou. — Eu tenho ficado perto de coisas ilegais e imorais toda a minha vida, e nenhuma delas foi a qualquer lugar perto deste tipo de coisa. — Ela olhou para o teto e viajou com o olhar sobre a estrutura de pinheiros naturais e vigas. — Vocês realmente se preocupam, assim como o seu clube. Estas mulheres vão vender-se não importa o que. — Quando ela olhou para Malice ela podia ver que ele ainda tinha esse olhar duro em seu rosto. — Nós fazemos coisas ruins, também, Adrianna. Seu corpo foi segurado tão apertado que ela podia sentir o aperto se fechando de seus músculos sob suas mãos. — Todos nós temos feito algumas coisas ruim em nossas vidas. — Ela quer saber cada pequena coisa que fez Malice? Um dia, sim, mas agora ela estava contente com o homem que lhe mostrou. — Você sabe, quando eu comecei a namorar Phillip ele era agradável e doce, um verdadeiro cavalheiro. — O som baixo que veio de Malice foi muito hostil, mas ela não sentia medo dele. — Mas mesmo que ele me mostrasse esse cara muito grande do lado de fora, eu sabia que no fundo ele não era diferente dos homens que minha mãe sempre andava pendurada ao redor. — Por que você ficou com ele?


Ela deu de ombros, ainda sentindo vergonha e desgosto por ela não ter sido mais forte e que ela permitiu se submeter a isso. — Eu não sei. Talvez eu achasse que não merecia nada melhor. — Eu não quero nunca mais ouvir você dizer isso de novo. — Seu tom era duro e não admitia discussão, e ela estava vendo o forte motociclista que não aguentava ninguém se romper. — Você está certo, Malice. Eu não deveria me permitir pensar assim. — Este foi um longo caminho para ela, mas ela sabia que não queria fazê-lo sozinha. — Mas mesmo que eu tenha me apaixonado pela fachada de Phillip, eu também acredito que eu aprendi, cresci e me tornei mais forte de tudo o que aconteceu. — Ele não perguntou a ela sobre um relatório detalhado do seu passado, ela estava grata. Algumas coisas foram feitas para ficar para trás deles. — Eu não sou como aquele filho da puta. Será que ela nunca se acostumaria com sua atitude grosseira? Ela não pensava assim, mas ela gostou. Isso a fez realmente se sentir viva, e foi a primeira vez que ela disse que se sentia assim. —

Acredite

em

mim,

eu

sei

disso,

sabia

instantaneamente. Ele a puxou para mais perto dele novamente, e ela descansou a cabeça em seu peito. O sol já tinha se posto, e embora escutassem risos no térreo, e rompeu o silêncio que


os rodeava, havia uma tranquilidade nela. Se isso foi um grande erro, então era o melhor que ela já fez.

Adrianna olhou para fora da janela do quarto e viu algumas das meninas trabalharem no jardim exterior. — Você quer falar sobre qualquer coisa? Adrianna olhou para Molly e sacudiu a cabeça. — Na verdade não. As coisas estavam indo bem, na verdade. — Adrianna se virou e olhou para Kendra, que estava rindo de alguma coisa que Cecilia disse. As janelas na cabana eram muito grossas, e assim ela não ouviu um carro se aproximando até que viu o furgão escuro com uma cruz enorme indo em direção à cabana. Mas os irmãos que estavam de guarda nesse dia já estavam atentos. Não havia cercas

ou

portões

em

torno

da

propriedade,

porque

honestamente a menos que alguém soubesse sobre este lugar, ele estava praticamente fora do mapa. Tuck e Pierce estavam aqui hoje, e puseram-se em frente à garagem, bloqueando a van de aproximar-se. Dois homens saíram do veículo, um do lado do motorista, o outro do lado do passageiro. Por um momento, parecia que estavam apenas falando, mas quando um dos rapazes entregou a Tuck um pedaço de papel ela jurou que podia sentir a explosão de raiva vindo do motociclista. Tuck adiantou-se de todos e jogou o papel de volta na cara do outro cara, e quando ficou claro que a van e as pessoas não estavam saindo, Tuck chegou por trás dele, agarrou a arma que estava


enfiada no cós da calça na parte baixa das costas, e apontoua para todos os homens. As mulheres que trabalhavam no jardim perceberam o que estava acontecendo, e Pierce foi em direção a elas e as levou para dentro. Adrianna não se moveu, e viu como Tuck mantinha-os levantando a mão que segurava a arma para os caras, e claramente gritava com eles. Finalmente os caras subiram de volta na van e saíram. Ela não tinha ideia do que era isso tudo, mas ela sabia que Tuck, ou qualquer um dos outros motociclistas de guarda para esse caso, não exageraram em nada. Eles faziam as coisas por uma razão, e claramente os homens na van eram uma ameaça. Ela observou como Tuck pegou o seu telefone, e então levou-o ao ouvido e falou com alguém enquanto se dirigia ao lado da cabana. — Adrianna, tudo bem? — Perguntou Molly. Adrianna afastou-se da janela e sorriu. — Sim. — Ela não ia deixar que o que aconteceu lá fora interferisse na sua conversa com Molly, especialmente desde que houvesse perigo imediato, Tuck estaria levando-as para longe da cabana... — Você gosta de ficar aqui? Adrianna assentiu. — Eu meio que me sinto fora de lugar, às vezes. — Ela sabia que Molly foi a ex de Malice, mas também era a enfermeira da casa para as meninas. Esta foi a primeira vez que elas conversaram muito desde que Adrianna foi chamada para a casa da cabana. Ela não sabia muito sobre Molly, mas


o que ela sabia era que a outra mulher era genuína, e pensava nos outros. Ela desejou ter tido uma amiga como essa enquanto crescia. Ela poderia ter feito as coisas mais fáceis e mais suportáveis em sua vida. Mas ela estava feliz, Molly chegou hoje e Adrianna finalmente abriu-se um pouco com ela. — Mas ninguém fez você se sentir assim, certo? — Havia uma verdadeira preocupação na voz de Molly, e pela primeira vez desde que Malice a tirou da chuva e a levou para aquele clube, ela sentiu como se alguém realmente se importasse com ela. — Não, elas têm sido adoráveis, mas algumas estão apreensivas com a minha presença, mas se eu tivesse vivido a vida que tiveram eu sentiria o mesmo. — Ela afastou-se da janela e sentou ao lado de Molly na beira da cama. Molly estendeu o braço e segurou a mão de Adrianna. — Você viveu a sua vida, Adrianna. Embora Adrianna não tenha vendido seu corpo, ela vendeu sua vida por um momento de felicidade. Havia várias coisas que ela queria falar com Molly, sobre o que aconteceria uma vez que tudo fosse dito e feito, e sobre aonde ela iria. Malice disse a ela para não se preocupar, que tudo daria certo, mas ela não podia deixar de pensar em como iria recompensar todas elas por sua bondade. E mesmo que ela não se preocupasse com tudo isso, ela não podia deixar de ser curiosa sobre a vida que Molly levou com Malice. A verdade era que se importava com o brutamonte de um


motociclista. Ele era grosseiro e rude, mas com ela ele era gentil, atencioso, e conseguiu deixar sua vida horrível para trás. Tinha certeza que ela estava segura, e uma parte dela o via como este herói. Ele era seu herói. — Posso te perguntar uma coisa? Molly sorriu e acenou com a cabeça e continuou a segurar a mão dela. — Claro. Adrianna levou um minuto para realmente encontrar a coragem de se abrir sobre Malice, pois além de poucas conversas que tinham onde todos eles mencionavam Malice e Molly sendo anteriormente um casal, ninguém mencionou sua conexão novamente. Talvez Adrianna devesse apenas morder a língua, mas honestamente queria saber mais sobre Malice. Havia algo sobre ele que a fazia se sentir conectada, segura e querida. — Você e Malice ficaram juntos por quanto tempo? — Deus, ela parecia tão imatura ao dizer isso. Ela sabia que eles estavam

juntos,

mas

estava

esperando

construir

uma

conversa mais aprofundada sobre ele. Molly sorriu e lhe acariciou a mão uma vez antes de puxá-la afastado. — Estivemos juntos anos atrás, e temos um menino maravilhoso. — Molly engoliu em seco, e Adrianna se sentiu como uma cadela por incomodá-la, uma vez que parecia que Molly estava desconfortável.


— Sinto muito, eu só... — Agora era a sua vez de engolir em seco. – É que apenas, Malice foi o único a me salvar quando eu estava no fundo do poço. Eu não sei onde eu estaria sem ele. — Querida, o que você passou foi traumático. Claro que você se sentiu como se ele fosse seu cavaleiro de armadura brilhante. — Ela sorriu novamente. — Malice é bom assim. Ele é um pai maravilhoso e foi um bom companheiro. É só que não fomos feitos um para o outro. Moly deu de ombros e olhou para as mãos dela. — Eu amo Stinger, e estar com ele é onde eu sinto que é o lugar perfeito para o meu coração. — Ela sorriu, mas ainda olhou para suas mãos. — Estar com um homem em um MC é uma vida diferente. — Quando Molly olhou para ela então houve essa seriedade cobrindo seu rosto. — É uma vida dura, que drena a sua força até o osso, e eles precisam de uma mulher forte para segurá-los e sarar suas feridas. Adrianna assentiu, e embora não falasse sobre estar com Malice como algo mais do que aquilo que eles eram, ela também sabia que Molly deve ter sido capaz de ouvir o anseio em sua voz. — Malice é um bom homem, um pai fabuloso, e é leal. — Molly olhou bem nos olhos dela, como se dispostos a entender o que ela estava dizendo. — Se ele quer alguma coisa, então ele não vai parar até que ele o tenha recebido. Quando Molly parou de falar, Adrianna tomou suas palavras, repassou-as em sua cabeça, e quis acreditar que ele


a queria e que era por isso que ele a ajudou. Qualquer conexão física que eles tiveram poderia estritamente ser porque ele era um homem com a necessidade de uma mulher. Ou talvez ele sentiu que tinha essa ligação com ela também, que queria estar com ela como ela queria ficar com ele. Era difícil, algo que ela pensou muito desde que acordou naquele clube, e ao qual ela esperava explorar. Mas era assustador para dizer o mínimo. — Faça com que se sinta bem aqui. — Molly colocou uma mão sobre o coração. E quando ela sorriu, Adrianna sabia que Molly poderia dizer que ela queria Malice de uma forma que era muito mais. — Escute, eu tenho algumas outras meninas para verificar, mas se você precisar de alguma coisa, ou apenas quiser falar, você tem meu número. — Molly se levantou e Adrianna fez o mesmo, e depois que ela deu a Adrianna um abraço, Molly a deixou olhando pela janela. Ela levou as poucas palavras que Molly disse e deixou-as registrar. Será que ela realmente queria ir por esse caminho com Malice? E se ele queria ir por esse caminho, como seria ele na realidade?


Duas semanas depois...

Se passaram apenas quinze dias, e Adrianna se sentia estranhamente em casa na cabana. Seus sentimentos por Malice cresceram muito rápido, mas ela sabia melhor do que ninguém que a vida poderia ser apagada mais rápido do que ela pudesse piscar. Se ela realmente o queria como ela fez, ela precisava abraçar isso e apenas ir com ele. Seus ferimentos físicos já foram curados, e ela adorava estar na cabana e ajudar as outras meninas não só com coisas domésticas, mas também conversar com elas. Estranhamente tinham muito em

comum

com

elas

em

suas

infâncias

ruins,

relacionamentos abusivos, e, finalmente, encontraram o seu caminho para a cabana dos The Brothers de Madesen. Essas mulheres poderiam ser ex-prostitutas, e poderiam até mesmo voltar a fazer esse tipo de trabalho quando elas decidiram que queriam deixar River Run, mas Adrianna não ia julgar. Na verdade, ela descobriu que elas tinham muita força, estavam


preocupadas umas com as outras, e só queriam sobreviver neste mundo. Adrianna limpou o piso da cozinha uma última vez. Todos saíram para a noite. As mulheres levaram Kendra para a cidade, e ela ouviu falar de Tatum que elas estavam todas indo para reunir-se na sede do clube para uma festa surpresa de aniversário improvisada. Adrianna ia passar a noite com Malice e seu filho, talvez até mesmo passar a noite toda, mas ela planejava ver Kendra em algum momento ainda. Não perderia por nada o aniversário dessa menina doce. Ela fechou os olhos e respirou profundamente. Só conhecia as mulheres há algumas semanas, mas ela considerava-as sua família. Eram mulheres que enfrentaram uma série de horrores: nascidas de mães viciadas, se vendido para homens aleatórios, tornaram-se

não a

conheceram

seus

pais

única

que

sabiam.

coisa

e,

finalmente, Elas

eram

sobreviventes; ela era uma sobrevivente, e recordava-se disso a cada dia. Elas tinham a melhor da educação e viviam em uma casa que lhes foi fornecida por um moto clube fora da lei. Seus nervos estavam causando tremores nas mãos e as palmas estavam suadas. Ela ainda precisava conhecer Dakota, e se preocupava que o menino não gostasse dela. Adrianna não estava acostumada a estar perto de crianças, pelo que ela estava agradecida, porque a vida que ela foi submetida não deveria ter crianças envolvidas de qualquer maneira. Ela olhou para o relógio e viu que Malice estaria lá para buscá-la a qualquer momento, então rapidamente colocou os


suprimentos de limpeza à distância e foi até o hall de entrada. A casa estava tão quieta e silenciosa, sem ninguém nela, vazia não apenas no sentido literal. Trabalhar na cabana permitiu-lhe ganhar algum dinheiro, e ela estava orgulhosa de tê-lo guardado em uma conta bancária na cidade. Malice a ajudou a pegar os quinhentos dólares que tinha no banco Fairview. Agora ela tinha um agradável pé de meia, nada extravagante, mas o suficiente para que ela se sentisse um pouco mais segura sabendo o que tinha. Na sua lista estava um carro, e talvez um dia uma casa para si, mas para ser honesta ela estava pensando em Malice, e como seria ficar com ele. Claro que ele abordou o assunto de morar com ele. Não era como se eles mantivessem o que tinham em segredo. Todo mundo sabia que seu relacionamento começou complicado, mas ela não ia a lugar nenhum, e ela sabia em seu coração que nem Malice. Ele disse isso, e apesar de ter sido apenas duas semanas, estar com ele a fazia sentir única em todos os níveis. Isto não era apenas um relacionamento sexual com Malice, embora só de pensar em seu corpo grande, duro ao longo dela, embalando-a, protegendo-a e levando-a para a beira da morte com o prazer que ele lhe dava, teve todo o seu corpo aquecendo. Ele era como um demônio para ela, pela maneira como ele a fazia se sentir tão bem. A maneira como ele a abraçava, conversava com ela e fazia com que ela estivesse bem, tornava a experiência mais íntima. Ela abriu a porta da frente e algo na varanda chamou sua atenção. Ela olhou para baixo e viu um pedaço de papel


sob uma rocha perto da porta, abaixou-se para pegá-lo. Era algum tipo de panfleto de igreja. “A Igreja do Bem e Semente” ela leu em voz alta. O nome soou um pouco pedante e pretensiosa. Ela se virou e jogou o papel sobre a mesa ao lado da porta e deu um passo para fora no pátio. Fechou a porta da frente, assim que ela ouviu a Harley de Malice se aproximando. Run e Rock saíram cerca de vinte minutos atrás, uma vez que foram eles que levaram as meninas até a cidade, mas Pierce ficou para trás apenas até Malice aparecer. Pierce saiu da cabana pequena para a cabana ao lado da principal onde ficavam os rapazes que estavam vigiando para dormir. Ele acenou para ela, assim que Malice manobrou sua motocicleta para uma parada em frente a ela. Ela andou em direção a Malice e não podia deixar de sorrir. Deus, ela sentia falta dele. — Você está pronta, baby? — Ele sorriu e estendeu a mão para puxá-la para perto. Ele a beijou longo, duro e lento. Ele foi completo quando ele a beijou, e ela sentiu-se crescer quente e úmida, e pronta para ele. Ela não se importava que Pierce pudesse vê-los. — Eu estou mais do que pronta. — Molly ia ficar com Dakota na casa de Malice por algumas horas. Eles teriam um jantar, talvez assistir a um filme, e ela tentaria ganhar o rapaz. Malice sorriu e estendeu um capacete para ela. Uma vez que ela o tinha e estava montada na máquina poderosa debaixo dela, respirou profundamente. Ela colocou os braços ao redor da cintura dele, e descansou sua bochecha em suas


costas. Isto era sentir a liberdade, e era a maldita melhor sensação do mundo. Ele estava se afastando da cabana, e ela olhou para ver Pierce fazendo a mesma coisa, mas depois foi como se o tempo parasse. Uma enorme explosão que destruiu a cabana dos motociclistas teve um pulso de energia se movendo para fora. Ela foi jogada da traseira da moto, e caiu no chão com força suficiente que as estrelas dançaram na frente de sua visão. Houve um zumbido alto que encheu sua cabeça, e quando um grande pedaço de detritos caiu bem ao lado dela, ela cobriu a cabeça, apesar de ter o capacete. Parecia que pedaços de madeira, metal e outros detritos caiam em torno dela, e quando ela sentiu que era seguro o suficiente para se mover olhou para cima. Malice estava indo em direção a ela com passos irritados e determinados. Ele se ajoelhou ao lado dela, manchas pretas em seu rosto, e levantou as mãos para remover seu capacete. — Baby, você está bem? Ela se levantou em uma posição sentada e assentiu. — Sim, só um pouco tonta. Ele a ajudou a remover seu capacete, e ela começou a tossir com a fumaça espessa e escura que começou a ondular em torno deles. Ela olhou para a cabana em chamas. — Meu Deus. Pierce! Malice sacudiu a cabeça, impedindo-a de terminar. — Ele se machucou, mas vivo.


Ela olhou por cima do ombro e viu Pierce andando em direção a eles. Ele estava machucado, mas estava falando em um tom cortante e difícil com alguém no telefone. Graças a Deus ele estava vivo. Graças a Deus, todos eles estavam vivos. Malice a ajudou a se levantar, e eles foram para mais longe do fogo. O som das sirenes à distância abafou alguns dos sons de crepitar do estalo da madeira quando o fogo lambeu o edifício. A estrutura ruiu, e ela gritou de surpresa. Malice cobriu seu corpo com o dele, e ela sentiu-o beijar o topo da cabeça dela. — Tuck disse que as meninas estão seguras, e Lucien e os meninos estão vindo. — Disse Pierce, e embora ele estivesse claramente tentando ser forte, ela viu a expressão tensa em seu rosto, viu o modo como ele segurava seu lado, e viu a linha de sangue fazendo uma trilha lenta para baixo em seu corpo. — Pierce, você está sangrando — disse ela. — Sente-se homem e torne as coisas mais fáceis, — Malice disse e ajudou Pierce a sentar no chão. — Isso não foi um acidente, Malice — disse Pierce com um tom duro. — Essa explosão foi feita por aqueles malditos fanáticos. — Pierce exalou profundamente e fechou os olhos. — Minha cabeça do caralho está me matando. — Cara, apenas relaxe. A ambulância estará aqui, e você pode ser examinado, irmão. Pierce concordou. A ambulância e alguns carros de polícia chegaram cerca de quinze minutos mais tarde, e


depois o resto dos irmãos de Madesen foram chegando também. A polícia manteve todos para trás e longe do fogo, uma vez que tentavam extingui-lo, e depois os próximos vinte minutos os policiais estavam interrogando-os. Adrianna foi examinada pelos paramédicos, como Pierce, e quando ele se recusou a

ir ao hospital todos os

motociclistas se reuniram. — As mulheres estão no clube com Tuck e Run, então eles estão todos bem, mas porra — disse Lucien e olhou para o prédio. As chamas foram lentamente sendo extinta, e até mesmo a distância ainda podia sentir o calor como se ela estivesse bem no meio dela. — Foi essa porra de culto — disse Pierce. — Tem que ser. — Ele tinha uma atadura em sua cabeça. — Eles jogaram aqueles malditos papéis na sede do clube, e, em seguida, tiveram a coragem de vir aqui umas semanas atrás, e agora essa merda. Isso não é uma coincidência. — Pierce está certo, — Malice disse e puxou-a para perto. Ele a beijou no topo da cabeça novamente. — De jeito nenhum essa merda aconteceu por acidente, mas por que esperar duas semanas malditas? — Eu não acho que as pessoas que estão loucas como essas tem qualquer raciocínio para o porquê de eles fazerem a merda que eles fazem — disse Lucien em um grunhido, e ela poderia dizer que ele mal estava conseguindo manter seu controle. Todos os caras pareciam prontos para matar alguém.


— Não importa porra, porque ninguém mexe com o clube e fica por isso mesmo — Lucien se virou e olhou para cada um dos rapazes. — E todos nós sabemos que quando alguém se mete conosco ou qualquer um que consideramos sob nossa proteção, não vamos deixá-los ir embora vivos. — Malice foi o único a falar agora. Todos os caras murmuraram em concordância. Um tremor trabalhou através de seu corpo na letalidade que vinha de todos os motociclistas. — Eu encontrei um jornal da igreja na varanda antes de Malice aparecer. — Ela olhou para Malice. — Eu acho que era da Igreja do bom e certo, ou apenas Santo. Eu não sei. Foi algo assim. Houve um coro de maldições dos motociclistas. — Isso é fodido, e precisamos retaliar — disse Rock em um rosnado. Lucien ergueu a mão. — Eu concordo, mas precisamos pensar nisso. Eu não quero que a polícia se envolva com isso, porque não precisamos de mais atenção — disse Lucien e olhou para o edifício de novo. — Mas eu quero ter certeza de que era esse culto, mesmo que eu apostasse minha maldita vida nisso. — Lucien olhou para eles, e o olhar em seu rosto estava calmo e mortal. — Iremos destruir aquele culto de merda e o que eles chamam de um líder.


Todos murmuravam o seu acordo, em seguida, Lucien, Run, e Rock voltaram para suas motocicletas. Malice aflito em torno dela, segurou seu rosto com as mãos e olhou em seus olhos. — Deus, baby, por um momento que eu vi você ali — ele balançou a cabeça. — Eu pensei que havia te perdido. — Esta expressão enrugou seu rosto, e ela levantou a mão e alisou seus dedos entre os olhos dele. — Estou feliz que todo mundo esteja bem. Ele se inclinou e beijou-a com força, e ela podia sentir a posse nele. — Eu te amo. Cristo, eu te amo, baby. — Ele apertou as mãos em seu rosto, e descansou sua testa na dela. — Eu também te amo, Malice. Ele se afastou e olhou para o rosto dela. — Deus, eu iria fazer a porra de qualquer coisa ao meu alcance para me certificar de que você está protegida, e fazêla feliz, baby. Ela

sorriu

e

descansou

a

cabeça

em

seu

peito

novamente. — E eu vou matar os que se atreveram a colocá-la em perigo. Ela colocou os braços ao redor dele, ainda descansando a cabeça em seu peito, e fechou os olhos. — Se algo acontecesse com você... — Ele segurou-a firmemente, e ela ouviu a dor em sua voz.


— Não vamos pensar ou falar sobre isso. — Ok, baby. — Ele se afastou e beijou-a novamente. — Mas essa merda com essa porra de culto não existe mais. Eles nos seguiram até aqui, provavelmente sabendo que tínhamos as meninas de Fairview com a gente, e queriam fazer seu ideal demente conhecido. — Ele balançou a cabeça e apertou a mandíbula. — E quando você mexe com a porra dos The Brothers em Madesen, é melhor você estar preparado para morrer. — Ele a beijou mais uma vez, como se consolidando suas palavras como um decreto. Adrianna não duvidava dele por um minuto, mas sabia que, enquanto ela tivesse Malice, as mulheres que se tornaram sua família, e The Brothers de Madesen, ela poderia lidar com qualquer coisa. Ela já foi ao inferno e voltou, sobreviveu até aqui, e ela não seria uma vítima novamente. Não, ela era uma sobrevivente, e era assim que ela queria ficar.



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