THE GRIZZLY MC Owned by the OUTLAW #6 JENIKA SNOW

Page 1



Tradução: C. Ribeiro; Jey; Thami R; Sassá Thomaz Revisão: AshShadow; Lia C; Petra Rin; A. Kehdy Revisão Final: Cindy Pinky Leitura Final: Anna Azulzinha Formatação: Lola Verificação: Lola


Quero agradecer aos leitores por todo o apoio na série Grizzly MC. É por conta de vocês

que

Esperamos

eu que

jornada comigo!

continuo vocês

a

escrever!

continuem

nessa





Stinger, um membro do Grizzly MC, leva uma vida perigosa e violenta. Quando The Brothers of Menace, um MC da cidade vizinha, pede ajuda aos Grizzlies, eles não hesitam em cooperar. Eles são convidados a ajudar a transportar prostitutas abusadas para um lugar seguro. É fácil o suficiente, exceto quando Stinger vê Molly Clark, uma enfermeira para as mulheres agredidas, ele instantaneamente sabe que ela será dele. Como uma ex Senhora de Malice dos The Brothers of Menace MC, Molly sabe o que está envolvido em estar ligada com um clube fora da lei. Quando Stinger, um shifter urso motociclista, deixa claro que ela é sua, Molly deve correr para longe. Mas ela não o faz, e ao invés disso encontra-se querendo muito mais o fora da lei endurecido. Quando Malice tenta dizer que Molly ainda é dele, Stinger mostra-lhe o que significa confrontar um urso.




Bem, ela tinha que dar aos The Brothers of Menace um pequeno crédito. Sua cabana não cheirava como se mulheres tivessem bebido aqui durante todo o dia. Não seria o primeiro lugar que Molly Clark teria levado um grupo de ex-prostitutas que apanharam de seu cafetão, mas era seguro, e Molly sabia que se os membros dos The Brothers of Menace pretendiam cuidar de alguém, eles faziam com tudo o que tivessem. Eles eram assustadores, bandidos incondicionais, que viviam uma vida cheia de violência e perigo. Mas ainda que fossem criminosos, eram também protetores e garantiam que quem estivesse sobre sua proteção fossem acima de tudo bem cuidados. Molly ajudou Kendra a colocar a última de suas roupas no armário e deu um passo atrás. Embora ela não concordasse com tudo o que os The Brothers faziam, ela também sabia que não era de sua conta discutir sobre isso, ou se intrometer sobre esse assunto. Ela ficou aqui ontem à noite e passou o dia todo ajudando as garotas a se instalarem, ela estava exausta. A maioria das mulheres aqui eram profissionais quando se tratava de se vender, mas haviam algumas, como Kendra, que não deviam estar neste tipo de trabalho. Elas deviam estar em casa, estudando na


universidade e se preocupando quando seus namorados estariam vindo. Mas Molly não era sua mãe, ela estava na casa dos vinte e tinha um filho de três anos para cuidar. Mesmo ela querendo ficar aqui e ajudar essas meninas, ela precisava voltar para casa, para Dakota, abraçá-lo apertado e deixá-lo saber que ela o amava. Mas ela sabia que The Brothers iriam chamá-la novamente. Desde que eles tinham ramificações fora do MC e começaram seu próprio contrato de fretar — juntamente com o pequeno negócio de boceta ao lado — eles dependiam dela e de seu conhecimento médico. Ela não era uma médica, mas sendo uma enfermeira lhe permitia ajudar e a tratar os ferimentos, e eles tinham uma porrada de ferimentos, por serem imprudentes e agirem sem pensar. Eles podem ser só humanos, mas eles eram tão perigosos e cruéis como qualquer shifter MC lá fora. — Muito obrigada. — Disse Kendra e deu-lhe um sorriso. Molly não sabia se era seu nome verdadeiro, mas, novamente, se ela estava vendendo o corpo, era suposto ela não querer que soubessem quem era. Kendra não podia ter mais de vinte anos, e por baixo dos hematomas e inchaços, Molly sabia que ela era uma menina bonita, inocente. Era uma pena que alguém tão cheio de vida tivesse que recorrer a este estilo de vida, mas a educação de Molly não foi a melhor, e suas vidas tomaram direções diferentes. Cabia a elas decidirem qual o caminho que queriam tomar e Kendra escolheu este caminho.


— De nada. Você vai ficar bem? — Molly queria chegar e pegar a sua mão, mas ela manteve a distância porque sabia agora que era o que Kendra queria. Kendra balançou a cabeça e olhou ao redor da sala. Era tarde, próximo da meia-noite. E Molly estava morta em seus pés, depois de tratar todas as feridas superficiais das mulheres. A maioria já estava na cama, enrolada em torno de si e buscando o conforto que elas provavelmente nunca tiveram quando crianças. — Sim, eu acho que eu estou tão bem quanto qualquer uma delas. — Kendra levantou a mão para as meninas que foram amontoadas em um quarto particular. A casa onde Lucien e seus homens prostituem mulheres era grande, com inúmeros quartos nos andares superiores e inferiores, e até mesmo um duplo no porão. Aquilo não era um bordel, não realmente. Molly sabia o suficiente disto, um monte de políticos poderosos ou homens com muito dinheiro pagavam uma quantia exorbitante para dormir com as meninas que os The Brothres forneciam. Mas as meninas que estavam na folha de pagamento de Lucien não eram como as meninas que eles abrigaram. Por um lado, elas eram mais como preciosos animais de estimação que ele e seu pessoal protegiam.

Sim,

eles

vendiam-nas

com

os

mais

altos

licitantes, mas as mulheres consentiam, e o procuraram para o trabalho, sabiam que ser empregadas por este MC significava que jamais apanhariam. Mas eles não tinham espaço para essas novas mulheres, e isso significava arranjar um abrigo e falar sobre isso com Grizzly MC. Ela esperava


que se tornasse realidade mais cedo ou mais tarde, porque essas mulheres precisavam de um lugar para se recuperar e decidir para onde suas vidas iriam. — Ok, bem, descanse um pouco — Molly foi até a sua bolsa que estava sobre a cômoda e pegou um pedaço de papel e uma caneta. Ela escreveu seu número e virou-se para entregá-lo a Kendra. — É claro que os The Brothers sempre podem me chamar se você precisar de alguma coisa, mas só no caso... — Ela fez um gesto para Kendra novamente para pegá-lo quando a jovem apenas olhou para ele. Finalmente Kendra estendeu a mão e pegou-o, olhando para ele durante alguns segundos. — Obrigada... — Ela levantou a cabeça e olhou para Molly. — …por tudo. — Se você só quiser falar, sobre qualquer coisa, me ligue a qualquer hora. — Molly sorriu. — Tome cuidado. — Ela ofereceu seu número e uma saída, se Kendra precisasse de alguma coisa, agora era com ela fazer o próximo movimento. As outras mulheres foram oferecidas à mesma saída, mas Molly sentiu algo diferente por Kendra. Era quase como se ela tivesse esse instinto maternal para vigiá-la. Ela era, de longe, a mais jovem, mais impressionável, e inocente. Molly virou-se e saiu, fechando a porta atrás dela. Os quartos eram no andar superior, e assim que ela saiu para o corredor o som das vozes masculinas graves, palavrões e conversa veio alto e claro.


Molly desceu as escadas e, quando chegou ao patamar ela ponderou sobre voltar para Brighton. Essa foi uma longa viagem, já era tarde, e era mais do que provável que ela adormeceria ao volante. — Todas bem lá em cima? — A voz de Malice veio logo atrás dela. Ela se virou e encarou seu ex-namorado e pai de seu filho. — Sim, elas estão bem. Trevor “Malice” Mason era grande e intimidador, e o resumo do que ela pensou que um Sargento de Armas “um executor” de um moto clube seria semelhante. Os cinco anos que o conheceu sua aparência mudou levemente. Seu cabelo preto estava amarrado na nuca. Era grande o suficiente para prender, mas ainda curto que alguns fios escaparam e roçaram sua mandíbula. Seus olhos cinzentos eram duros e inflexíveis, a barba escura aparada o fez parecer quase ameaçador, e seu corpo era grande, alto e musculoso ele era como um tanque. Mas, apesar de toda a sua força, e o fato dele não ser estoico e apático, quando eles estavam juntos ela vislumbrou um pouco de um lado dele que ela sabia que nunca mostrou a qualquer outra pessoa. Ela foi apaixonada por ele e ainda o amava porque ele era o pai de Dakota, mas eles levavam vidas muito diferentes. Ele mal esteve em torno, e quando estava, estava distraído com os negócios do clube. Sentia-se mais como se ela vivesse com um companheiro de quarto do que um companheiro


para compartilhar sua vida, e por causa do que eles tinham, se afastaram até que ela finalmente terminou um ano e meio atrás. Mas Malice não era o tipo de homem que era deixado de lado e sua persistência que eles pertenciam um ao outro chegou ao ponto que ela recorreu a impor distância entre eles por um longo tempo. Malice não era um homem estúpido, e não foi como se ele não entendesse que ela só não queria estar com ele mais. Eles estavam juntos desde que ela tinha vinte e um anos de idade. Ele foi o homem que ela deu sua virgindade, o único homem que ela viveu junto, e ele era o pai de seu único filho. Em todos os sentidos Malice possuiu cada parte inocente dela, mas com vinte e seis anos ela já não era inocente. Ela era uma mulher inteligente, com um grau de enfermagem sob seu cinto, proprietária de sua casa, e cuidava de seu filho. No entanto, Molly sabia que Malice não a amava mais. Ela poderia olhar no rosto endurecido e ver a razão pela qual ele a queria, era porque ele era um homem determinado a possuir coisas. Ela era a mãe de seu filho, e, portanto, ele achava que tinha uma reclamação sobre ela, e talvez ele fizesse por extensão. Mas Molly era forte, e uma cadela no melhor dos dias. Dizer que eles batiam as cabeças era um eufemismo, porque ela era tão teimosa quanto ele. Molly não queria que Dakota seguisse os passos de seu pai. Ela não queria seu filho em um MC, não queria sua vida constantemente em perigo. Ele era jovem ainda e, por enquanto essas decisões eram unicamente dela, mas ela sabia que haveria um momento em que ele teria de decidir o


caminho que ele queria tomar, e não havia nada que pudesse fazer sobre isso. Malice estaria sempre na vida de seu filho, e Dakota olhava para seu pai como se ele fosse um herói. Ela supôs que para uma criança um bandido membro do MC era uma espécie de super-herói, forte, poderoso e invencível. Mas ela queria que seu filho aprendesse outras coisas na vida além de resolver problemas com violência e atividades ilegais. Malice assentiu e afastou-se da parede, onde ele estava inclinando seu corpo grande. Desdobrando seus braços e dando um passo em direção a ela, Molly esperava que ele não fosse iniciar qualquer merda. Apenas na noite anterior do Grizzly MC escoltar as mulheres para esta casa, ela e Malice discutiram ali mesmo na frente de todos. Ela podia ver que ele queria “falar” de novo, e ela não estava de bom humor. — Você está indo bem? — Ele parou alguns pés dela. O cheiro de couro de seu colete, junto com o cheiro doce de maconha, que ele claramente fumou e o perfume picante que ele sempre usava, encheu o nariz e a rodeou. — Eu estou bem, apenas cansada. — Um coro alto de riso, profundo veio da sala de estar, e ela olhou em direção ao riso, embora a parede bloqueasse sua visão de realmente vêlos. — Parece que os caras estão tendo um bom tempo. — Ela cruzou os braços sob os seios como se um calafrio passasse por ela.


— Eles estão apenas tentando relaxar após toda a merda fodida que aconteceu. — Ele olhou-a de cima a baixo, e ela sentiu um flash de tesão vir dele. Malice sempre foi excessivamente sexual e insaciável em seus apetites. — Você está com frio? — Antes que ela pudesse responder, ele virou as costas para ela e caminhou até o armário do corredor alguns centímetros deles. Abriu-o e agarrou um casaco da prateleira, e voltou-se para ela. — Provavelmente é grande para caralho para você, mas ele vai funcionar. Por mais difícil que Malice fosse, ele sempre mostrou a ela seu lado gentil. Realmente era uma pena as coisas não terem dado certo entre eles, mas ela fez o que sentia que era melhor para ela e Dakota. Ela assentiu enquanto ouviu mais risos na sala ao lado. — Talvez eles pudessem levar a festa para baixo no porão já que as meninas estão tentando dormir. Elas poderiam ter um pouco de descanso ininterrupto. — Não era como

se

ela

estivesse

pedindo-lhes

para

mover

uma

montanha. O porão foi totalmente equipado com uma sala de jogos, bar e até mesmo dois quartos extras que ela ouviu alguns membros utilizando quando alguns shifts trouxeram para cá algumas agradáveis mulheres. — Sim, eu vou dizer aos idiotas para irem lá para baixo. — Ele sorriu, mas embora ela pudesse dizer que era um genuíno, Malice era duro e inflexível e ele parecia um pouco forçado. — Então, eu estava pensando em pegar Dakota neste fim de semana para passar a noite.


Ela pode não gostar de todo o perigo e agressão que é uma parte da vida de Malice, mas isso não significa que ela não queria que seu filho ficasse ao seu redor. Malice era inteligente o suficiente para manter Dakota longe disto. — Eu não me importo. Você tem planos ou apenas ficar em casa? — Ela colocou sua bolsa no chão e puxou o casaco por cima da cabeça. A etiqueta ainda estava na manga, mas ela poderia dizer que foi comprado por um dos rapazes, dado o tamanho dele. As mangas cobriam as mãos e a cintura caiu para o meio da coxa. Mas todos os The Brothers of Menace foram construídos como bestas e ultrapassavam uma pessoa média. — Eu estava pensando em ficar em casa, e talvez alugar esse novo filme da Disney. — Ele deu de ombros. — E, claro, comer junk food durante toda a noite. Molly sorriu. — Você já é a pessoa favorita de Dakota, mas agora eu acho que você está apenas tentando me fazer parecer uma mãe chata. — Ela riu. Esta foi uma boa interação com Malice, e ela queria que fosse sempre assim, mas nem sempre era assim, as vezes eles entravam em conflitos e brigas, porque ele era muito cabeça dura e teimoso. — Não, você não é chata. Você é uma boa mãe e cuida dele. — Ele podia ser encantador quando queria ser. — Obrigada por isso. — Houve um estranho silêncio depois que ela disse isso. — Basta telefonar ou mandar um


texto para dizer o dia exato e a hora que você quer que ele vá. Eu posso te encontrar no meio do caminho. Malice assentiu. — Eu posso ir buscá-lo. Eu não esperava que você me encontrasse no caminho. Isso levaria mais de duas horas de carro para você. — Malice, você está aí, imbecil? — Kink, o VP do moto clube, veio cambaleando e apoiou uma mão na parede. Ele olhou para Malice e então olhou para Molly. — Ei, Molls. Eu não sabia que você ainda estava aqui. — A voz de Kink foi arrastada e seus olhos estavam avermelhados. Ela sorriu, mas não disse nada. Ela não podia culpar os caras por beber. Os últimos dois dias foi difícil para todos, e a tensão sobre o que aconteceu para aquelas pobres mulheres pesava sobre eles. Mas antes de Kink falar novamente, ela já sabia o que ele ia dizer, provavelmente, iria ao limite com o radar imbecil, isto se não passar do limite. Ele estava bêbado depois de tudo, e ela não encontrou qualquer membro dos The Brothers of Menace que não eram brutos em um bom dia. — Cara, você precisa vir e assistir a este filme foda que a Ruin colocou. — Kink sorriu e se endireitou. As tatuagens que cobriam o seu pescoço eram visíveis sobre a gola da camisa. – Este filme é foda, ela transa com si mesma com uma garrafa de whisky. — Cara, Kink, cale a boca – Malice disse em uma voz áspera, irritada.


— Basta levar a festa para baixo, por favor. As mulheres estão tentando descansar. — Ouvindo Kink falar sobre estrelas pornô transando entre elas e com garrafas de uísque e outros instrumentos bizarros não era a pior coisa que ela já tenha ouvido falar, e não seria a última, mas agora ela estava muito cansada e só queria dormir. Quando ela tentou passar por Malice e Kink para um dos quartos do fundo onde todas as suas coisas estavam, Malice estendeu a mão e colocou sua grande mão no seu ombro. Ela parou, fechou os olhos, mas não disse nada. Ele tirou a mão, e ela olhou por cima do ombro. Sua

mandíbula

estava

fechada

firmemente e sua

expressão estava dura. — Eu ainda gostaria de terminar a nossa conversa que começou no armazém. Ela esfregou os olhos e sacudiu a cabeça. Olhando por cima de Kink, ela esperou por sua bunda bêbada para olhála, para ele perceber que precisava sair, e, em seguida, enfrentou Malice uma vez que eles estavam sozinhos. — Não há nada a dizer, Malice. — Ela podia ouvi-lo ranger os dentes. — Escute, eu estou cansada e não quero entrar nisto, mas tem sido um ano e meio. Eu sei que você dormiu com todas as mulheres que estão em torno de seu clube, e eu sei que você não está apaixonado por mim. Eu não sei por que você simplesmente não deixa isto de lado, Malice.


Ela agarrou toda a sua energia. Malice tinha uma altura impressionante, e Molly teve que levantar a cabeça só para olhar para o seu rosto. Parecer forte era, por vezes, um feito quando qualquer um dos membros MC estavam de mal humor “como Malice estava agora” porque mesmo que ela não fosse muito pequena de qualquer forma, eles eram enormes. — Eu não estou recebendo qualquer coisa de você agora, Molly, mas você e eu estamos destinados a ficar juntos. — Ele mostrou os dentes, e, embora a visão pode ter sido assustadora para alguns, tudo o que fez foi irritá-la, porque ela viu isso muitas vezes desde que esteve com ele. Ele se aproximou, mas ela sabia o que estava por vir antes que as palavras saíssem de sua boca. — Eu vou dizer de novo, Molly, porque ser legal e tentar dar-lhe espaço claramente não funcionou. Ela levantou uma sobrancelha e esperou que ele terminasse. — Eu comi a sua cereja, e você tem o meu filho. Haverá sempre uma parte sua que vou ver como minha. Molly fechou os olhos e sacudiu a cabeça. — Deus, Malice, basta admitir que você não está apaixonado por mim, e só me quer por perto porque você não gosta de ser rejeitado de qualquer forma, e que você gosta de ser este possessivo idiota. — Ela cruzou os braços e olhou para ele. Eles se encararam por alguns segundos, e o som dele rangendo a mandíbula era quase tão alta quanto os caras andando para baixo até o porão. — Seu silêncio é a


confirmação suficiente. — Ela suspirou e deixou cair os braços. — Apenas deixe-me saber a que horas você quer Dakota. Eu poderia até mesmo apenas voltar aqui e checar as meninas. — Ela se virou e saiu, enquanto ele ainda estava mudo, porque os dias em que Malice não tinha uma resposta para dar eram uma raridade. Oh, ele estava chateado, mas ele iria superar isso. Ele não tinha escolha. Ela caminhou pelo corredor até o único quarto na parte de trás da casa e fechou a porta atrás de si. Inclinou-se contra a porta e suspirou. A enxaqueca foi se espalhando do centro de sua cabeça para baixo na base de seu crânio. Olhando para a cama e, em seguida, olhando para o banheiro em anexo, decidiu que só iria tomar banho amanhã de manhã. Ela simplesmente não tinha energia no momento. Ela andou até a cama, olhou para o tamanho queen do colchão, e caiu de cara no edredom. Nem sequer se preocupou em tirar os sapatos ou colocar o seu pijama, Molly fechou os olhos e se esqueceu de tudo o mais, exceto a paz feliz do sono.

Malice rangeu os dentes e olhou para a porta do quarto agora fechada em que Molly acabou de desaparecer. Ele sentia isso todas as vezes em que ele via Molly. Era como os velhos sentimentos que ele teve quando ela voltou, mas não era mais o amor profundo que uma vez teve. Malice era um homem possessivo por natureza, sempre foi e sempre seria.


Talvez fosse por isso que ele ainda estava se questionando sobre isso ao em vez de deixar ir? Quando eles romperam, ele já sabia que as coisas não iam bem antes disso. Ele não estava junto o tanto que ele deveria ter estado. Embora isto tivesse acontecido no momento em que Lucien começou a fazer a criação das coisas do fretamento, ele não poderia usar isto como desculpa. Molly estava certa. Ele não estava apaixonado por ela, mas ela era a mãe de seu filho e sempre haveria um lugar em seu coração para ela. — Foda-se. — Ele suspirou e passou a mão pelo cabelo. — Você está bem, homem? Tuck saiu da sala onde todo mundo estava pendurado para fora com várias latas de cerveja vazia em seu braço e um olhar brilhante em seus olhos. Vários dos homens ficavam bêbados, enquanto outros ficavam sóbrios para cuidar das mulheres. Este lugar era tão seguro quanto o clube, mas as meninas passaram pelo inferno, e tendo esse cuidado extra para garantir que elas se sentissem protegidas era primordial. — Eu estou bem, apenas as besteiras de Molly. Tuck assentiu, mas Malice sabia que era mais de uma reação do que um entendimento. Malice não ficava falando sobre seu problema pessoal para os caras, não porque ele não confiava neles, mas porque não iria ajudar. O clube era sua família, mas ficar reclamando sobre como ele ainda sentia que tinha algum tipo de reclamação sobre Molly, sua ex, não iria trazer nada a ninguém, só arrebentar suas bolas.


Tuck parou e olhou para Malice. Ele deixou cair uma lata de cerveja vazia que bateu no chão de madeira. — Você quer falar sobre isso? Malice sabia com certeza que não iria entrar nesta merda com Tuck quando Molly está apenas no final do corredor, por isso ele não disse nada. — Como você se sente sobre ela estar em Steel Corner? — Tuck se inclinou e pegou a lata. — Eu sei que vocês terminaram a um tempo atrás, mas eu tenho a sensação que está inacabado. — Tuck soltou um arroto e logo em seguida começou a rir. — Eu não vou falar disto neste momento. — Malice foi amigo de Tuck por mais tempo do que ele conseguia se lembrar, e, normalmente, Tuck era um homem sóbrio, mas quando ele bebia, ele se soltava um pouco. Malice balançou a cabeça e sorriu. Ele não podia ajudar, especialmente quando Tuck começou a divagar sobre comer uma boceta e como a mulher seria tão barulhenta que até suas orelhas iriam doer. Malice pegou o braço de Tuck e levou-o longe da sala, para uma área mais privada. Não havia nenhuma razão que as mulheres precisassem ouvir essa merda, especialmente depois do que passaram. — Porra — Tuck colocou as latas no lixo da cozinha e se inclinou sobre o balcão. — Eu estou bêbado. — Tuck olhou para Malice. Não houve mais qualquer diversão no rosto do outro homem. — Eu não deveria ter ficado tão ruim, mas honestamente, só de pensar no que aquele fodido do cafetão e


seus amigos filhos da puta fizeram para aquelas meninas... — Tuck fechou os olhos e exalou — Eu me sinto assassino de novo. Malice agarrou seu ombro e apertou. — Eu sei, cara. Merda como isso realmente faz você pensar sobre a vida, e como talvez nós não somos tão ruins assim. Tuck assentiu, e só gostaria que ali não tivesse mais conversa sobre Molly, ou como arrogante e teimoso a bunda de Malice era. — Vamos lá, você precisa dormir e deixar isto em off. — Malice pegou o braço de Tuck e ajudou-o a sair da cozinha para um dos quartos vagos. Ele deixou Tuck sozinho e voltou para o corredor. Passou pelo quarto fechado de Molly, mas manteve sua bunda longe de lá. Sim, ele tinha alguma bagagem, e ele precisava lidar com isto ou ele podia muito bem se afastar dela para sempre, e então, onde diabos ele estaria com seu filho?


Eles estavam se reunindo com os The Brothers of Menace na propriedade que eles falaram há uma semana atrás, que era uma possibilidade de ser um lugar para mulheres agredidas que os The Brothers resgataram para poderem se curar e se recuperar. Este era um custo elevado para ajudar um grupo de mulheres que Lucien e seus membros não tinham nenhuma reivindicação, e era um investimento que eles não estariam recebendo de volta, mas Stinger tinha a sensação que Lucien iria oferecer trabalho para as mulheres. Talvez ele não ofereceria para elas se prostituírem, mas ele ofereceria a elas algo que poderia trazer dinheiro para The Brothers MC: contabilidade, cozinhar, limpar, ou algum outro dever doméstico. Os MC podem ser pesados, mas eles eram justos. Eles não forçariam nada para as mulheres e eles saíram de seu caminho para irem até Denver para ajudar as mulheres... apenas porque sim. The Grizzlies desligaram todas suas motos, e Stinger olhou para a casa debilitada e para o celeiro na propriedade. Seria necessário um monte de trabalho fodido para torná-lo habitável, e Stinger tinha a sensação que Grizzly MC teria uma

mão

para

ajudar

com

o

trabalho.

Todos

eles


desmontaram e ficaram ao lado de suas bicicletas durante vários minutos. Era outro dia frio, mas com a queda arrastando em cima deles, iria ficar mais frio ainda. Ao som de Harleys se aproximando, eles se viraram e observaram os The Brothers of Menace subir a estreita faixa de estrada de terra. Eles estacionaram do outro lado das motos dos The Grizzlies, e desligaram suas motos. Para humanos eles tinham um cheiro de perigo e violência que os cercava. Foi a primeira coisa que Stinger cheirou quando chegaram pela primeira vez ao clube e colocaram a oferta na mesa para usar as ruas de Steel Corner para o transporte de suas fêmeas. Um shifter pode ser fisicamente mais forte do que um ser humano em qualquer dia da semana, mas havia algo escuro e mortal sobre esses machos humanos, algo que despertou o interesse do Stinger para a violência. Seria uma noite interessante para ver alguns dos membros de Lucien irem até o celeiro para um pouco de luta humano-a-humano sem luvas. Desde que eles concordaram em lutar para o underground1, Sticks ajustou as regras para que a noite seja o mais cruel possível. Não seria como as lutas shifter que eram realizadas em um dos edifícios que os Grizzly MC possuem. Embora um shifter e humano lutassem de cabeça-a-cabeça certamente seria um inferno de uma briga, Stinger sabia que Jagger e Sticks não iriam para isto. 1

Subterrâneo. Nesta frase o sentido é lutas subterrâneas.


Havia muito sangue e feridas profundas ao redor quando shifters lutavam entre si. Stinger estava esperando que um destes dias, ele veria uma luta onde ambos, humanos contra shifters fossem uns na garganta do outro. Lucien se virou e disse algo a seu VP, Kink, em seguida, algo a seu sargento de armas, Malice. A visão do ser humano de cabelos escuros teve todos os tipos de imagens em movimento através de Stinger. Por um lado, a imagem de Molly apareceu em sua cabeça. Passou uma semana desde que a vira naquele armazém, e foram sete dias que ele não foi capaz de tirá-la da cabeça. Assim que a viu com um amontoado de cabelo vermelho para cima em sua cabeça e com a porra de um corpo curvilíneo, colocou todos os tipos de fodidas imagens em sua cabeça — o que deveria fazê-lo sentir como um vil bastardo — ela era tudo o que ele podia pensar. Ele não sabia o que tinha nela, mas seu urso apareceu violentamente, arranhou-o de dentro para fora para escapar de sua prisão humana e ir para ela. Foi naquele momento que ele quis tomá-la de forma tão poderosa que ninguém poderia negar que ela era sua, e esses pensamentos eram perigosos para os dois. Pelo menos Dallas foi o único sensato em manter a sua bunda louca quando ele realmente foi para ela. Ele não poderia ter se ajudado, não quando ele viu a maneira furiosa que ela falou com Malice. Stinger não conhece a sua história, mas ele não precisava ser um shifter para saber que eles tinham um passado.


Lucien enfrentou os Grizzlies e tirou seus óculos de sol. Ele foi em direção a eles, e parou quando Jagger encontrou-o na metade do caminho. Eles cumprimentaram uns aos outros com tapas nas costas de uma forma fraternal e, em seguida, Lucien abordou o resto deles. — Obrigado por virem até aqui e darem uma olhada nesta propriedade. Houve um murmúrio de grunhidos dos Grizzlies. — O clube acabou de investir nesta propriedade. — Lucien se virou e encarou o edifício. — É evidente que ele precisa de um monte de trabalho, mas eu já contratei alguns empreiteiros e o material já foi encomendado no atacado. — Este é um processo longo, cara. Vai ter muita mão de obra e, embora os Grizzlies estão mais do que dispostos a ajudar vai precisar de mais do que uma dúzia de homens para conseguir isto feito rapidamente — disse Jagger. Lucien ainda estava olhando para as duas estruturas, mas ele balançou a cabeça. — Eu tenho alguns nômades vindo de alguns estados para ajudar. É claro que eles estão de passagem de qualquer maneira, mas eles se ofereceram para ajudar a terminar isto. —Lucien se virou e olhou para cada um deles. Ele não disse nada por alguns segundos enquanto enfiou a mão no bolso de trás e tirou um cigarro. Stinger podia sentir o cheiro da fumaça de cravo preto imediatamente, e assim que Lucien acendeu o aroma doce se intensificou.


— Qual é o seu plano para as mulheres? —Diesel deu um passo adiante e ficou ao lado Jagger. Lucien tragou algumas vezes o seu cigarro de cravo, bateu a cinza para o lado, e sorriu. — Por que você se importa? — O presidente dos The Brothers pode estar sorrindo,

mas não foi um bem-

humorado. Ele tinha uma mordida para isto, e suas palavras foram cortadas. — Eu me importo porque eu quero ter certeza que as fêmeas não serão fodidas mais do que têm sido — Diesel disse entre dentes, e Stinger sentiu o urso de seu VP subindo. Alguns dos homens de Lucien deram um passo adiante, mas

Lucien

ergueu

a

mão

para

detê-los.

Ele

olhou

diretamente para Diesel e deu um passo para a frente. Ele era um filho da puta corajoso, mesmo o humano tinha que sentir o animal dentro de Diesel rondando. — Se eu quisesse aquelas fêmeas machucadas, eu teria as deixado com aquele pedaço de merda de cafetão que estava batendo nelas. — Lucien deu uma tragada cheia de raiva de seu cigarro até que não sobrou muito. Ele chicoteou o cigarro de lado e exalou a fumaça que foi deixada em seus pulmões. — Essas mulheres estão sob a guarda The Brothers of Menace, e se você sabe qualquer coisa sobre nós, você saberia que não tomaríamos esse cuidado levianamente. — O rosto de Lucien era duro e inflexível. — Sim, nós sabemos, mas queríamos ter certeza. — A voz de Jagger também estava inflexível.


O som de um telefone tocando teve Stinger olhando para Malice. O macho não estava muito longe dele, e assim, quando ele atendeu Stinger pôde ouvir a voz de Molly vir como um soco no estômago. Foda-se, o que a mulher tinha que o fazia se sentir tão desconfortável? Ele sabia que os outros Grizzlies encontraram suas mulheres, e só era ele e Drevin que eram machos solteiros. Mas, apesar disso, Stinger nunca deu a mínima por não ter reivindicando uma mulher para si mesmo, até que ele viu Molly. Ele sempre esteve satisfeito com as fodidas bocetas do clube porque era conveniente e sempre dispostas. Mas Molly não era nada parecida com as prostitutas do clube Grizzly MC. Ela era forte a respeito de não sentir que tivesse que desistir de seu corpo, porque

ela

pensou

que

fosse

agradar

um

grupo

de

motociclistas fora da lei. E ela era tão inteligente. Ele a viu naquela noite, ele acompanhou as fêmeas a propriedade dos The Brothers. A forma como ela cuidou das feridas, explicou o processo de cura, e apenas falou com elas, provou que ela era uma mulher de valor. Malice falou baixinho ao telefone, e embora Stinger soubesse que houve algo entre o motociclista e Molly, claramente não havia nenhuma dúvida sobre isso agora, especialmente quando Malice começou a falar sobre um menino chamado Dakota. Sim, ele estava ouvindo a conversa e, como folgado isto era, ele não poderia levar-se a afastar-se do tom melódico e suave da voz de Molly. — Eu lhe disse que eu iria para Brighton para pegar Dakota. — Um momento de silêncio passou depois que Malice


falou. — Não faz sentido você vir até aqui. Isso é uma porra de viagem de cinco horas, se não houver nenhum tráfego. — Malice passou as mãos pelo seu cabelo solto e suspirando disse um palavrão. — Seja como for, Molly. Faça o que diabos você quiser. Você faz isso de qualquer maneira. Sim ... bem ...tchau. — Malice desligou, olhou para o chão por alguns segundos, e então finalmente olhou ao redor. Seus olhares colidiram, e Malice estreitou os olhos. Stinger sorriu. Ele não sabia por que ele fez isso, realmente

não

importava

se

ele

estava

chateando

o

motociclista. Na verdade, ele estava feliz que Malice estivesse irritado com ele. Mas o ciúme que Stinger sentiu sobre o motociclista foi injusto e fora do lugar. Molly não era dele, não seria dele, e ele precisava apenas ir para longe de toda essa situação. Mas a necessidade por ela era forte, como uma entidade existindo e bombeando em suas veias, roubando todo o senso comum do que ele devia ou não fazer. Se alguma vez ela foi a mulher de Malice, ficou claro que o homem ainda estava preso a ela, e o fato deles terem um filho juntos já teria o humano ainda mais possessivo e territorial sobre ela. — Você tem algo em sua mente, Brother? — Malice deu um passo adiante, ao mesmo tempo que ele lançou fora essas palavras. Este idiota deve ter bolas maiores do que Lucien para ele vir confrontar um shifter. Antes que Stinger pudesse responder Malice falou novamente. — Você escutou a minha conversa? Stinger rolou a cabeça em seu pescoço ao som dessas palavras. O cheiro de posse veio de Malice como uma marreta


direito no intestino do Stinger. Ele mostrou os dentes, não tendo certeza do por que ele estava sentindo essa raiva irracional queimando brilhantemente dentro dele. Ele abriu a boca para dizer a Malice que ele não tinha uma mulher, não sabendo exatamente o que ele ia dizer, porque agora ele se sentia fora de sua porra de elemento, mas no último minuto ele manteve a boca fechada. Este não era seu lugar. Tinha que manter a porra de sua boca fechada, apenas ficando longe disto e continuando com o seu negócio. — Vocês rapazes é melhor não estarem prestes a começar uma briga aqui. — Jagger se colocou entre ele e Malice. Lucien começou a rir, e todos eles olharam para ele. — Esses meninos só precisam de uma boa transa ou luta. — Ele inclinou o queixo em direção à casa. — Corte a merda, Malice. Você pode foder algumas prostitutas no clube mais tarde esta noite. — Eu tenho Dakota mais tarde esta noite. — Malice ainda estava olhando para Stinger, mas finalmente virou em direção ao seu presidente. — Vamos terminar esta merda. Eu tenho uma luta para lidar para que eu possa ir ver o meu filho. — Ele caminhou para Lucien, e pareceu tirar a atenção de todos. Eles foram em direção a casa em primeiro lugar, fizeram uma varredura através e decidiram que todo o maldito lugar precisaria ser demolido e construído a partir do zero. O celeiro não era muito melhor, e embora não fosse grande


igual ao celeiro na propriedade Grizzlies, onde as lutas subterrâneas eram realizadas, era grande o suficiente para o que Lucien planejou para ele. — Eu quero que este seja o lugar onde os meus rapazes mantenham um olho sobre as meninas. Um deles estará sempre na casa com elas, mas eu quero mais de um na propriedade em todos os momentos. —

Você

planeja

manter

suas

bocetas

aqui?

Perguntou Stinger, porque, bem, ele queria saber o que Lucien planejou fazer com todas essas bocetas de alta classe que ele vendeu para os políticos e homens na força policial. Lucien estava sorrindo, mas não respondeu de imediato. Foram todos para fora e pararam em suas motocicletas. Lucien se virou e olhou para Stinger. — Por uma questão de fato, sim, isso é exatamente o que eu planejo. E quando essas mulheres estiverem curadas e não tiverem medo, se elas decidirem voltar para Denver e tiverem suas bundas espancadas novamente por alguns fodido, elas vão saber que têm um lugar aqui. Isso tudo soava muito bom, mas nada neste mundo era de graça. Stinger olhou para ele, não a ponto de apontar isso, porque cada um desses homens sabia que era o caso. — Eu vou ter os meus rapazes trazendo os suprimentos nos próximos dois dias. The Brothers of Menace Nômades estarão aqui até lá. Eu gostaria de começar essa reforma na próxima semana. O quão bom isto está para vocês?


— Sim, mas nós temos os nossos compromissos durante a noite com as lutas. Lucien assentiu com as palavras de Jagger. — Nós não iremos interferir com suas obrigações, e os The Brothers são gratos por toda a ajuda que os Grizzlies estão dando para nós. — Ele estendeu a mão para Jagger, e eles apertaram. — Meus homens estarão lá em qualquer noite que você precisar deles para essas lutas. — Bem, isso é bom. — Jagger soltou a mão de Lucien, e The Brothers viraram a cabeça sobre as suas motocicletas. Eles estavam indo para o celeiro para participar de algumas lutas no subterrâneo, e violência e agressão eram carregadas no ar. Stinger não perdeu a maneira que Malice olhou por cima do ombro e olhou por baixo para ele. Sim, esta não seria a última vez que haveria essa tensão entre os dois. Mesmo que Stinger devesse recuar e fazer a sua coisa, ele também sabia que o que estava puxando-o para Molly não seria facilmente empurrado para o lado. Briga se iniciaria, sangue seria derramado, e Stinger teria que decidir se ele seria o único a foder alguém, ou se ele iria permitir-se ser batido no chão.

Malice bateu com o punho no rosto do outro lutador e sorriu quando ele caiu para trás e gemeu de dor. A luta


subterrânea em que ele estava era no celeiro em que o Grizzly MC possuía e onde eles realizavam esses espetáculos pequenos sem luvas. Havia provavelmente mais ou menos uns vinte caras assistindo em um círculo semi-formado, suas mãos erguidas e o dinheiro firmemente entre os seus dedos. Eles gritavam para mais socos, mais sangue, e para bater a vida fora de outro lutador. Quando Lucien propôs isso, Malice não tinha cem por cento de certeza de que isto era o melhor para os The Brothers, mas depois de lutar homem-a-homem sem regras, ele percebeu que era perfeito para o clube. Vários membros precisavam queimar esta energia extra, e este era o lugar perfeito para fazê-lo. Além disso, The Brothers tem um pagamento elevado por participar, e cada lutador tem os bolsos cheios de dinheiro. Malice jogou um gancho de esquerda e, em seguida, um inferior de direita. O outro cara caiu de bunda no chão mais uma vez, e ficou claro que a luta estava o drenando rapidamente. Eles estavam nisto durante os últimos vinte minutos, mas Malice se sentiu mais restrito quando eles começaram. — Levante-se filho da puta. — Malice saltou sobre as pontas de seus pés. O suor escorria pelas têmporas, e ele provou o sabor metálico, picante de sangue na boca. O outro cara, finalmente, puxou a bunda do chão, e virou a cabeça para cuspir um bocado de sangue. O chão estava coberto de sujeira e sangue seco cor de ferrugem, um testemunho da violência que acontecia por trás destas quatro paredes. A multidão foi à loucura, gritou por mais, e Malice


estava mais do que disposto a cumprir isto. Mais suor pingou de seu peito nu. O celeiro estava fechado para silenciar o som e bloquear quaisquer olhares curiosos indesejados. O outro cara, de repente investiu para a frente como se ele tivesse tomado um segundo fôlego. Malice virou à esquerda, e depois à direita, e se esquivou de outro gancho de direita falho que o homem tentou dar. Era como se algo estalasse dentro dele, desencadeando esta outra entidade, onde conseguia mais força despejando nele. Este celeiro poderia ser usado principalmente para as lutas shifter, mas Malice estava prestes a mostrar a esses filhos da puta que estavam assistindo, um caralho de um show. O outro lutador o acertou na mandíbula, e Malice tropeçou para trás. Seu lábio cortou, e sangue escorreu do queixo. — Você filho da puta. Estou prestes a receber uma grande quantidade de dinheiro por chutar a bunda de um membro do Brothers of Menace. Malice passou as costas da mão na boca, viu o sangue manchado, e viu o conhecido vermelho. — Espero que tenha gostado do golpe, porque é o único que você vai conseguir dar. Ele avançou, viu os olhos do lutador ampliar antes de jogá-lo para o chão e começar a bater o punho no lado do rosto repetidamente. Malice poderia facilmente ter se mantido batendo, mas ele não estava lutando para matar — o que acontecia durante as lutas shifter. O oponente derrubado passou por baixo dele, e Malice afastou-se dele. Ele cuspiu


para o lado, ouviu a multidão rugir, a troca de dinheiro, e as apostas sobre a próxima luta. — Foda-se, cara. — Sticks apareceu ao lado dele e entregou a Malice uma toalha e uma garrafa de água. — Luta assassina. Malice pegou a toalha e a água. — Obrigado. — Ele viu como Sticks enfiou a mão no casaco e pegou um envelope branco recheado de dinheiro. Malice pegou do apostador profissional, e depois Sticks andou para a multidão, recolhendo o dinheiro para a próxima luta. Esta pode não ser a melhor maneira de ganhar a vida, mas com certeza liberava uma grande quantidade de agressão reprimida. Ele rapidamente se vestiu e se dirigiu para os outros membros dos Brothers of Menace que estavam de pé ao lado de fora. Tuck e Rock estavam falando uns com os outros, e Kink e Lucien estavam falando com Ruin que estava se preparando para a próxima luta. Sim, isso era apenas mais um dia na vida de um motociclista fora da lei, mas era o que a porra da vida era.


Molly estacionou o carro ao lado da fileira de Harleys e desligou o motor. Ela saiu do trabalho mais tarde do que o esperado, e tentou chamar Malice para que ele soubesse. Quando ela não conseguiu alcançá-lo, ela apenas dirigiu até Steel Corner. O sol se pôs uma hora atrás. Dakota adormeceu no banco de trás, e ela foi forçada a dirigir para o clube dos The Brothers para que ela pudesse deixar o seu filho. Depois de

deixar

mensagens

algumas de

texto

mensagens para

de

voz,

e

até

Malice,

mas

não

mesmo

conseguir

nenhuma resposta, ela tomou a decisão de apenas entrar. Ela planejava checar as mulheres do The Brothers na outra casa, mas ela não tinha certeza de onde era. Ela só foi lá uma vez, e estava escuro. O som de um caminhão parando ao lado dela fez ela olhar pela janela e viu Tuck, um dos Brothers of Menace, desligou o motor e saiu. Ele não era diferente de outro MC com sua estrutura enorme e olhar feroz. Ela abriu a porta e gritou: — Tuck. O motociclista parou e se virou para olhar para ela. Ele deixou crescer uma barba desde a última vez que ela o viu,


há uma semana, e embora tenha sido apenas sete dias e era curta, a barba cobriu todo seu rosto, e parecia torná-lo com um olhar ainda mais cruel. Um sorriso apareceu em seu rosto. Apesar do quão duro esses caras eram, havia sempre um ponto fraco dentro deles. Tuck fez a volta e foi em direção a ela. — Ei, menina. — Ele apoiou um braço musculoso sobre o capô de seu carro e se inclinou ligeiramente. — Você viu Malice? — De jeito nenhum Molly iria levar Dakota dentro do clube, especialmente quando ela podia ouvir a música alta que vinha através das portas fechadas. Tuck sacudiu a cabeça. — Sua motocicleta está aqui, mas eu cheguei agora. Molly sabia que ele estava lá dentro, e ela se perguntou se Tuck poderia verificar lá por um tempo, ou se Tuck iria se distrair

com

todas

as

galinhas

caminhando

ao

redor

seminuas ou totalmente nuas. — Você se importaria de ficar aqui desde que Dakota está dormindo? Eu só vou correr e procurá-lo. Tentei ligar, mas ele não respondeu. — Se Malice estivesse até mesmo um pouco bêbado ou drogado, ele poderia dar um beijar de adeus em seu fim de semana com seu filho. Mas ela sabia que se ele planejava estar com Dakota, ele iria abster-se de qualquer coisa que pudesse prejudicar seu julgamento. Pelo menos ela esperava. Sua última conversa não foi muito positiva, não quando Malice conseguiu ser totalmente idiota. Ela balançou


a

cabeça.

Ela

não

precisava

desta

merda

agora,

especialmente dele. — Você tem certeza que não quer que eu vá lá? Molly não precisava perguntar ao Tuck o porquê, pois ela sabia que ele estava querendo dizer que haveria provavelmente alguma coisa louca acontecendo dentro desse clube. Isto poderia ter sido o mais inteligente, mas não o mais rápido, e agora ela iria da maneira mais rápida. Molly saiu do carro e sorriu. — Não há nada lá que eu já não tenha visto. Os cinco anos que esteve com Malice, tinha aberto seu mundo para uma enorme quantidade de depravação louca. Mas estar com um motociclista tendia a fazer isso, e quando você sai com um motociclista que pertencia aos The Brothers of Menace, bem, então ela viu algumas coisas realmente insanas. Lucien poderia ter recrutado Nômades dos The Brothers club, e seus membros podem ter começado seu próprio fretamento e se mudarem para River Run, mas os homens que Lucien escolheu a dedo eram os mais ásperos dos mais ásperos. Lucien veio de um lugar do Arizona, Malice do Colorado, alguns de Utah, e até mesmo alguns membros de Nevada. Era uma mistura de Nômades que queriam ficar com os Brothers, mas eles tinham as suas próprias regras e regulamentos. Tuck balançou a cabeça e deu um passo atrás. Ela fechou a porta do carro em silêncio e começou a ir para a frente da sede do clube. Estar com Malice, que foi um


Nômade para The Brothers, significava que ele ficava fora na maior parte do tempo. Será que as coisas teriam sido diferentes se ele não tivesse sido totalmente um membro? No final, ela pensou, provavelmente não. Eram apenas duas pessoas muito diferentes, e até o final, foi seu filho que manteve seu relacionamento se arrastando. Ela chegou à porta da frente e agarrou a maçaneta. Antes de abri-la, ela olhou por cima do ombro e viu Tuck encostado no carro dela acendendo um cigarro. Ela olhou para a frente novamente e abriu a porta. O interior do clube estava esfumaçado, e o cheiro de cigarros, charutos e maconha encheu o ar. Levou um momento para a sua visão se ajustar à atmosfera nebulosa, mas quando finalmente o fez, viu vários dos The Brothers espalhados pelo lugar. O clube era uma propriedade enorme em Sterling Hill em River Run. Poderia ter sido um retiro de um homem rico uma vez, mas desde que Lucien e o clube compraram, eles construíram um muro em torno da propriedade. Era agora uma casa cheia de sexo, drogas e violência. Mas isto também era mantido por perigosos e controladores homens, os que eram habilidosos, inteligentes, e não deixavam ninguém ferrar com eles. Ela suspirou, limpou os olhos para manter a neblina a distância, e procurou por Lucien. Ela não viu Malice, mas o presidente saberia onde ele estava. Quando ela o achou foi para vê-lo transando com uma prostituta do clube contra a parede. Suas calças ainda estavam em seu corpo, mas a saia da mulher foi empurrada até a cintura, e o movimento de balanço que Lucien estava


fazendo deixou pouco à imaginação. Ok, talvez ele não fosse a melhor pessoa para perguntar, mas todos os outros caras estavam praticamente nas mesmas situações. Ela olhou para o bar e viu Ruin sentado no balcão já com o olhar bêbado. Estes homens poderiam ter sido nômades em diferentes estados, mas depois de anos com Malice ela conheceu muitos dos Brothers totalmente membros. Os que Lucien escolheu, no entanto, foram os que viu com mais frequência ao longo dos anos, e estavam perto como eles eram realmente os homens de bom coração com intenções honestas ... bem, a maior parte. Ninguém sequer piscou um olho quando ela caminhou, não quando eles estavam bêbados, drogados e prestes a transar. Ela parou ao lado de Ruin, que estava virando um shot e, em seguida, pegou o copo cheio de cerveja para beber metade dela enquanto ela estava lá. — Você está a um longo caminho de sua casa, Molls. — Ruin colocou sua cerveja para baixo e virou apenas a cabeça para olhar para ela. Seus olhos estavam brilhantes e avermelhados, e o cheiro de álcool era tão forte que ela poderia ter bebido e fumado por tabela. — Estou à procura de Malice. — Ela teve que gritar para ser ouvida sobre a música. Ruin não disse nada por alguns segundos. Ele tinha o braço em cima do balcão do bar, e ela podia ver que ele estava segurando-se.


— Eu não acho que você quer vê-lo. — As palavras de Ruin foram arrastadas, e então ele sorriu. Seu cabelo escuro era mais longo, roçando seu queixo, mas parecia como se tivesse passado as mãos por ele uma e outra vez. Ela ouviu alguns dos outros membros provocá-lo porque ele era o — menino bonito— do grupo. Ela podia ver por que Ruin conseguiu esse nome. Ele certamente parecia mais limpo que os outros membros ásperos. Mas agora ele não parecia diferente de qualquer outro cara bêbado neste clube. — Eu quero vê-lo. Ele não respondeu meus telefonemas, e era suposto ele nos encontrar para poder pegar Dakota. Ruin pegou sua cerveja e terminou-a antes de colocar a caneca de volta na mesa. — Ele não está aqui. — Você está mentindo. Sua moto está aqui. Basta dizer-me onde ele está. — Ela não tinha tempo para isso, e embora soubesse que Malice provavelmente estava transando com alguma mulher, ela iria enfrentar a sua bunda por ser um pai de merda e escolher alguma prostituta do clube sobre o seu próprio filho. Rangendo os dentes e olhando para Ruin, ela esperou que ele apenas cuspisse isto. Ele deu de ombros e apontou por cima do ombro. — No último quarto do corredor à direita. Não diga que eu não avisei. — Ruin levantou a mão para o membro do bar dar-lhe outra coisa para beber. Por qualquer razão, ou talvez porque Malice ficava dizendo que ela ainda era a sua mulher, todos os Brothers


pareciam pensar que eles estavam juntos. Ela passou por Ruin, longe de toda a maldade acontecendo ao seu redor, e se dirigiu para o corredor. Quando ela chegou a última porta à direita ela podia ouvir os gemidos vindo através da madeira. Ela não estava com ciúmes, não se importava com quantas mulheres Malice transava. O que a irritou foi o fato de que ele não retornou as ligações, e sabia que era suposto ele passar o tempo com seu filho neste fim de semana. Ela bateu seus dedos na porta com força suficiente que ardeu, e deu um passo para trás. Poucos segundos depois ela ainda estava ouvindo os gemidos descontrolados da prostituta do clube. Molly bateu a mão na porta novamente mais três vezes. — Quem está do outro lado da porra da porta é melhor virar e ir embora. — Respondeu voz profunda de Malice. Molly tornou-se ainda mais irritada. Ela bateu a mão na porta e não parou até que ela ouviu Malice amaldiçoar e seus passos pesados aproximando-se dela. — É melhor que seja bom para caralho, ou eu vou bater na bunda de alguém — Malice parou no meio da frase, logo que ele teve a porta aberta e viu que era ela. Suas calças ainda estavam abertas, mas o seu pau que estava coberto pelo preservativo foi puxado pela braguilha da calça. — Sério? — Molly estava furiosa com ele, e quando ela olhou por cima do ombro e viu que a mulher não poderia ter mais de dezoito anos, sua raiva cresceu. — Isto é o que você prefere fazer do que passar o tempo com seu filho? Ele levantou as sobrancelhas.


— Que porra você está falando? Tentei ligar para você ontem e hoje cedo. — Ele empurrou-se para dentro de suas calças, e seu estômago se apertou com desgosto que ele não se importava com quem ele teve relações sexuais com a maneira que ele saiu. — Você nunca retornou minha ligação, Molly. E depois da discussão que tivemos eu só achei que você mudou de ideia e estava me dando um fodido gelo porque você estava chateada. Sua boca se abriu por si própria a partir da indignação e choque. — Isso é sério, é a desculpa que você está me dando? — Ela não lhe deu uma chance para falar. — Eu tentei ligar para você, Malice, mesmo enviar textos. Você sabia que eu estava vindo aqui para checar as mulheres, mas você pensou que eu seria mesquinha o suficiente para não permitir que você veja Dakota porque eu estava brava com você? — Nunca fez algo que era prejudicial para seu filho, ou recusar deixar Malice ver Dakota. Ela apontou para a jovem que estava puxando a saia. — Ela é mesmo maior de idade? — É claro que ela é maior de idade porra. O que você acha que eu sou, algum tipo de fodido de pedófilo? — A voz de Malice era áspera de raiva. Não, ela não achava isso, mas ela estava chateada porque seu filho estava dormindo na parte de trás de seu carro. Ele estava muito animado para ver Malice neste fim de semana. Ela fechou os olhos e respirou.


Ele andou até a cômoda, enfiou a mão no colete que estava caído sobre ela, e amaldiçoou em voz alta. — A porra do meu telefone deve ter desligado depois que eu chamei você hoje. Eu estive na sede do clube durante todo o dia, Molly, esperando por você para me dizer quando e onde encontrá-la. — Ele bateu com o telefone no armário e, em seguida, caminhou de volta para ela. A mulher que ele transou passou por ambos, e o aroma de seu perfume barato e do sexo que a rodeava era nauseante.

— É evidente que

houve uma falha de comunicação — ele falou e passou as mãos pelo cabelo. — Sim, claramente. Estou pegando um quarto de motel em Steel Corner. É mais perto da propriedade onde eu posso verificar as meninas. Se você quiser, pode simplesmente pegar Dakota na parte da manhã. — Ela foi para sair, mas ele estendeu a mão e pegou a mão dela, detendo-a. Ela puxou sua mão livre e se virou para ele. — O que, Malice? —Eu não tomei nenhuma bebida ou fumei hoje porque eu iria passar um tempo com meu filho. Eu quero ele está noite. Eu tenho o meu SUV aqui, e eu sei que ele estava ansioso para passar algum tempo comigo. Ela suspirou novamente e esfregou os olhos. Não era nem mesmo oito da noite, e ela já estava cansada. Ela poderia ter interrompido Malice e sua pequena fodida festa, mas ela poderia dizer que ele estava sóbrio, e ela o conhecia bem o suficiente para saber que ele nunca iria estar chapado se ele achava que estaria vendo Dakota.


— Você me conhece, Molly. Eu estraguei tudo, ok? Pensei que estivesse chateada e apenas iria ficar em Brighton. — Ele passou as mãos pelo seu cabelo novamente e amaldiçoou. — Sinto muito tem sido uma semana difícil, e eu queria me aliviar. Não é uma desculpa, mas é a verdade. Ela estava estressada também, ter que lidar com o trabalho e as meninas do clube tomou o seu peso. — Sim, foi uma semana ruim para mim, também. — Eles olharam um para o outro por um momento. — Pegue suas coisas. Dakota está dormindo no carro. Malice agarrou sua camisa e colete do armário e colocou-os, e então eles estavam se movendo através do clube. Ela ignorou os gemidos, as maldições, e os gritos para Malice para participar da festa com eles desde que os homens estavam bêbados em torno dela. Uma vez fora, ela se dirigiu para o carro, onde Tuck ainda estava de pé. Ele se afastou do seu carro quando os viu, e então ele e Malice fizeram o abraço que os homens fazem, e falou baixinho um com o outro. Ela abriu a porta de trás, e o som e movimento teve Dakota lentamente em vigília. — Mamãe, estamos aqui? — Dakota esfregou os olhos. Ele piscou para ela com olhos cinzentos como os do pai e sorriu. — Sim, querido, estamos aqui. — Depois de tirá-lo do assento de carro e pegar sua bolsa, ela se aproximou de Malice.


— Ei, amigo. — Malice levou-o e deu-lhe um abraço. Dakota era a cara de Malice, e embora ele tivesse apenas três anos, ele era grande para sua idade. — Você acha que vai ser capaz de ficar e assistir a esse filme da Disney que falamos? Pelos próximos dois minutos Dakota e Malice tiveram essa conversa que criança gosta, onde Dakota tornou-se mais alerta e cheio de energia com o pensamento de passar o tempo com seu pai. — Ok, eu vou sair amanhã à tarde, provavelmente. — Ela se inclinou e beijou Dakota na testa. — Você vai ser bom, ok? — Claro, mamãe. Malice levantou o telefone para cima e mostrou-lhe que ele foi ligado. — Nós estamos bem? Ela assentiu com a cabeça. — Sim, estamos bem. Eu posso levá-lo para casa comigo amanhã... — Posso ficar duas noites com o papai, mamãe? — Dakota deu-lhe esse grande olhar cinza de corça, que ela estava certa que Malice lhe mostrou. — Seu pai pode ter planos, amigo. — Eu gostaria de mantê-lo por dois dias. Eu posso leválo de volta para Brighton. — Você tem certeza?


Malice balançou a cabeça e olhou para Dakota. — Tenho certeza. Ei, podemos assistir um daqueles filmes de terror que a sua mãe nunca lhe permite assistir. — Malice balançou as sobrancelhas, e Dakota riu. — Não há filmes de terror. — Ela passou a mão pelo cabelo de Dakota. — OK. Vou ligar amanhã apenas para checá-lo. Malice assentiu novamente, e então ela estava lá e vi-o andar para a sua SUV e colocar Dakota no banco de trás antes de caminhar para o lado do motorista e subir. — Você sabe que ele ainda te vê como a sua mulher — disse Tuck do lado dela. — Não, ele me vê como a mãe de seu filho, e para Malice isso não significa que sou sua mulher, mas sim uma propriedade — Talvez para estes homens essas duas coisas eram uma e a mesma coisa, mas ambos sabiam que Malice não a amava. Ele só queria saber que tinha alguém em casa. Ele

nunca

iria

admitir

isso,

mas

ela

sabia

que

ele

simplesmente não queria ficar sozinho. — Talvez. Ela olhou para Tuck. — Cuide-se, querida. — Ele sorriu e dirigiu-se para a frente do clube. Ela não iria ficar por aqui por mais tempo. Ela iria para Steel Corner, hospedar-se no motel durante toda a noite, e, em seguida, na parte da manhã ia ver como as mulheres


estavam. Molly subiu em seu carro e sentou-se ali por um segundo. Ela não podia nunca admitir isso para ninguém além dela mesma, também, mas ela odiava ficar sozinha. Era um vazio que lentamente corroía uma pessoa até que tudo que sobrava era esse vazio.


Stinger aumentou a velocidade e fez a estreita curva da estrada, rápido. Ele precisou sair do clube, e não havia nada mais libertador ou que limpasse a mente do que os pneus de sua Harley comendo a estrada e o ar frio batendo em seu rosto. Ele aumentou a velocidade ainda mais, viu o borrão das árvores pelo canto de seus olhos, e não pôde conter o sorriso que se espalhou pelo

seu rosto enquanto as

endorfinas corriam em suas veias. Ele saiu de Steel Corner, mas depois de algumas horas dirigindo, se virou e estava indo para casa. Ele só precisava de uma boa noite de sono. Depois de toda a merda que estava acontecendo com o Grizzlies, suas Senhoras, e ajudar os Brothers, Stinger estava exausto para caralho. O sinal verde cintilou quando seu farol o atingiu, deixando-o saber que ele estava oito quilômetros longe de Steel Corner, mas foi a visão de alguém andando no lado da estrada que o fez desacelerar. O sol já tinha se posto horas antes, e este era um longo trecho da estrada, e estava deserto a esta hora da noite. Mas foi o brilho de cabelo vermelho, solto, que fez seu coração acelerar e seu urso ficar atento. De jeito nenhum.


Molly se afastou da estrada sem olhar em sua direção. Ela era inteligente, considerando que não estava pedindo carona, mas era estúpido estar andando a pé a esta hora. Ele estacionou ao lado dela, mas ela aumentou seus passos. Stinger notou que ela alcançou sua bolsa, mas manteve a mão lá dentro. Menina inteligente. Ele deu um sorriso irônico, pensando que Molly iria embora, ou talvez pegando um spray de pimenta. — Molly? Ela parou e virou a cabeça para ele. Por um segundo, pôde ver que estava tentando se concentrar nele e a luz repentina que os rodeava. E então o reconhecimento cobriu seu rosto, e o cheiro de algo muito doce veio dela. — Stinger, certo? Fazia pouco tempo que ele a viu, mas não muito, então não sabia por que estava tão surpreso por ela lembrar seu nome. — Sim, você se lembra? Ela riu, mas isso também foi forçado. — É difícil esquecer um cara que colocou seus amigos no lugar quando estavam sendo uns babacas comigo. — Ela sorriu novamente, e desta vez foi genuíno. No momento em que percebeu que era ela, seu pau ficou duro, e se sentiu como um maldito pervertido, mas a emoção que o guiava com muito mais força do que a luxuria era a necessidade de protegê-la.


— Que porra você está fazendo aqui? É tarde, escuro, e realmente perigoso. — Ele tinha que falar alto para ser ouvido por cima do som do motor, mas a ouviu engolir como se estivessem sozinhos em uma sala fechada. — Sim, eu sei, mas meu carro quebrou, e meu maldito telefone não tem sinal aqui. — Molly suspirou e sorriu, mas foi forçado. — Eu sinto que estou em algum filme de terror realmente ruim. — Merda, menina, você deveria ter ficado em seu carro — E então aquela centelha de irritação e raiva que sentiu quando a viu pela primeira vez naquele armazém surgiu com força. Ele sentiu seus lábios se contraírem. — Até quando? Algum psicopata vir? Até o sol nascer? Ou até meu telefone ter decidido que queria ligar e meu carro ser consertado sozinho? — Havia agressividade em suas palavras. Se alguém fosse desrespeitoso com ele em qualquer outro momento ele teria socado sua boca, mas esta era Molly, a fêmea que tinha, sozinha, virado a porra do seu mundo de cabeça para baixo, mesmo sem perceber. Antes que ele pudesse dizer qualquer coisa ela estava falando novamente. — Eu sinto muito por isso. — Molly esfregou os olhos. — Eu sinto como se tivesse andando eternamente, e esta estrada é interminável. — Ela olhou para ele, e até mesmo na escuridão Stinger podia ver quão azuis seus olhos eram. Eram como safiras, e muito hipnotizantes.


— Não se preocupe. Estou mais preocupado com você aqui sozinha. — Stinger não comentou o fato de que uma senhora Grizzly foi atacada em um trecho da estrada. — Aqui. — Ele tirou o capacete e entregou a ela. — Vou ligar para o clube e mandar um novato rebocar o seu carro até a oficina mecânica de propriedade do clube. Eles vão ver o que está acontecendo na parte da manhã, consertá-lo, e eu vou levá-la onde você precisa ir. Ela pegou seu capacete e colocou-o sobre a cabeça. Seu cabelo vermelho era ondulado e fluiu sobre os ombros. E tudo que ele poderia pensar enquanto encarava era ter esses cachos cor de vinho envolvidos em torno de um de seus punhos enquanto conduzia seu pau em sua boceta. Ele apostou que ela estaria quente e molhada, e muito apertada. Stinger olhou para seu peito, viu seus seios subir e descer sob a jaqueta fina que usava, e sentiu seu pênis empurrar através de suas calças. Merda, ele poderia deslizar o seu pau entre essas montanhas e fazer espanhola nela até ela ganhar um belo de um colar de pérolas. — Stinger? Droga, ele estava olhando para seus seios durante o pensamento de transar com ela áspero e duro, e Molly claramente o pegou sendo um pervertido. Ele ergueu os olhos para o rosto, viu-a olhar incrédula, e se sentiu como um bastardo. — Eu sinto muito. — As palavras saíram e nunca em sua vida ele pediu desculpas por examinar uma fêmea, mas


estava percebendo rapidamente que estava fazendo um monte de coisas fora do normal desde quando esta fêmea apareceu. — Sério. Eu sinto muito. Isso foi uma coisa babaca de se fazer. Ela olhou para ele por mais alguns segundos, contudo, não disse nada e desviou o olhar, viu o canto de sua boca curvar-se para cima. Ele esperou até que Molly estava firmemente com os braços em volta de sua cintura, e em seguida voltou para a estrada e se dirigiu para Steel Corner. Levou dez minutos para chegar ao clube, e embora ele pudesse ter chegado à cidade mais rápido, travou no limite de velocidade desde que tinha Molly em sua motocicleta. Dizer que seu lado humano e seu urso ficaram satisfeitos por ela estar em sua Harley teria sido um eufemismo, mas durante toda a viagem, ele repetidamente disse a si mesmo que precisava

se

concentrar.

Sentiu

seus

seios

firmes

pressionados contra as costas dele, jurou que podia sentir seus mamilos duros através de sua camisa e colete, e sentiu o calor de sua boceta que estava coberta apenas por uma fina camada de cetim. Ele entrou no estacionamento do clube e estacionou ao lado da linha de Harleys. Estava escuro, mas os holofotes na parte de trás, onde a enorme garagem estava localizada, estavam acesos, e ao som do rock clássico e ferramentas batendo ao mesmo tempo disse à Stinger que os membros estavam trabalhando em motocicletas. Molly desceu da moto primeiro e antes mesmo dele ter desmontado foi entregandolhe o capacete.


— Eu vou mandar um recruta ir buscar o carro. Ela

sorriu

e

acenou

com

a

cabeça,

claramente

desconfortável. — O telefone deve funcionar agora. Lá é como uma zona morta para sinal de celular. — Ele observou enquanto ela enfiou a mão na pequena bolsa que estava pendurada em seu peito, e tirou seu telefone. — Obrigada. — Ela sorriu de novo e olhou para seu telefone, começando a digitar os números. Essa foi a deixa para Stinger sair. — Eu só vou informá-los e, em seguida, podemos levá-la para onde você estiver hospedada. — Ele não esperou que Molly respondesse e se virou para sair, mas antes que ele tivesse ido, ela dirigiu-se à pessoa que chamou: Malice. O urso de Stinger surgiu, e ele cerrou os punhos e se forçou a continuar a afastar-se dela.

— Contudo, você está bem? Havia uma grande preocupação na voz de Malice, mas ela não o chamou por simpatia. Só queria que ele soubesse o que estava acontecendo e, como não sabia exatamente o que estava errado com seu carro ou quanto tempo seria necessário para consertá-lo, ele foi a primeira pessoa que pensou em chamar.


— Sim, estou bem. Stinger me encontrou ao lado da estrada. — Estou tentando não perder a cabeça sobre você realmente ter pensado que era uma boa ideia andar por aquela estrada longa para porra, a esta hora. Ela beliscou a ponte de seu nariz e soprou ar por sua boca. Soltando a mão e olhando para a garagem para onde viu Stinger caminhar, conseguia ver um monte de rapazes trabalhando em uma Harley suspensa. — Eu não vou discutir sobre isso novamente com você, Malice. — Ela viu Stinger conversando com vários membros, mas com o brilho das luzes e a distância, era difícil distinguir se eram os mesmos membros que viu no armazém. — Eu vou buscá-la. — Não, você não vai. É tarde, bem depois da hora de dormir de Dakota, apesar do fato de que ainda posso ouvi-lo. — Como se para cimentar as suas palavras, seu filho começou a rir. — Estamos assistindo aquele filme do peixe Nemo. — Bem, eu não quero que você venha até aqui. Eu sei que Lucien e vocês confiam neste MC ou você não teria colocado a vida dessas mulheres em suas mãos para escoltálas até o abrigo. Estou segura, e Stinger está me ajudando. Ele tem sido muito bom. — Molly ouviu um barulho incômodo e soube que Malice tinha sua mandíbula apertada. Ela não tinha tempo para isso. — Eu vou chamá-lo na parte


da manhã quando descobrir qual é o problema com o meu carro, ok? Malice levou alguns minutos para responder, mas finalmente disse entredentes, — Bom. Mas deixe-me saber qual é o problema. Eu sempre posso deixá-la usar minha caminhonete até seu carro ser consertado, em caso de necessidade. Depois de mais alguns minutos ao telefone, Molly terminou

a

chamada.

Imediatamente

pensamentos

a

assaltaram do passeio com Stinger. Ela estava ficando quente com a lembrança de estar envolvida em torno de seu corpo grande, duro, de ter que segurar tão apertado, de pressionar seu corpo perto do dele enquanto ele percorria pela estrada. Ela tinha embaraçosamente conseguido ficar excitada pela proximidade e o cheiro dele, e realmente fechou os olhos apenas porque não se conteve. Mesmo agora, os mamilos estavam sensíveis, e sua boceta estava desconfortavelmente molhada. Molly não tinha ideia de por que tinha essa forte reação a um motociclista shifter urso que era perigoso em mais do que uma maneira. Mesmo pensando em voltar para vê-lo no armazém, sentiu alguma coisa quando olhou em seus

olhos

verdes.

Mas

ela

manteve

esse

sentimento

escondido dentro dela, e em vez disso, a irritação com a maneira como ele a olhou e a própria estranha reação dela para ele fez sua raiva surgir. O som de passos que se aproximavam a fez virar-se para a frente da garagem mais uma vez. Stinger estava aproximando-se dela, e uma dupla de membros estavam seguindo de perto.


— Você cuidou de tudo o que precisava? — Havia raiva na

voz

de Stinger,

e ela

se

encontrou franzindo as

sobrancelhas. Ela não podia estar imaginando, mas tinha a sensação de que ele estava chateado com ela por algo, ou possivelmente até mesmo com ciúmes. Mas, não, isso não poderia estar certo. Ela não sabia nada sobre Stinger, e só passou um curto período de tempo com ele. — Sim. Eu só queria deixar Malice saber da situação, ele está com meu filho. Stinger assentiu, mas ela não perdeu o jeito que apertou a mandíbula, ou o aceno tenso que ele lhe deu. Ele olhou para o chão e ela podia ver que estava pensando muito. Então olhou de volta para ela, e toda a raiva que Molly viu em seu rosto apenas alguns segundos atrás desapareceu. Ou ele podia esconder suas emoções tão bem quanto ela podia. — Poke e Drill vão pegar um caminhão para levar o seu carro para a oficina mecânica da cidade. Drevin vai estar lá na parte da manhã, e vai verificar o carro. — Stinger ficou em silêncio por alguns segundos e, em seguida, virou-se e disse aos dois recrutas para irem buscar o carro. Quando foram deixados sozinhos novamente, ela de repente sentiu-se um pouco desconfortável, especialmente com a maneira intensa que Stinger a estava olhando. Não era um olhar irritado, mas muito calculista, como se ele estivesse tentando ver dentro dela. Era um pouco irritante como a fazia se sentir completamente nua na frente dele.


— Hum, eu tenho um quarto no motel na cidade. Será que alguém se importaria de me dar uma carona até lá? — Sim, eu vou levá-la. Vamos. Ela o seguiu até o SUV, e uma vez dentro, ficaram em silêncio, enquanto dirigiam para longe do clube até o pequeno, quase insignificante motel na cidade. Era nos limites da cidade de Steel Corner. Com certeza, não era o Ritz, mas seria só por uma noite, e depois do que ela passou, de fato, gostaria de apenas dormir. Ele não levou mais de dez minutos para chegar ao motel, e quando estacionou o SUV, Stinger estendeu a mão e a colocou sobre a dela, que estava descansando em sua coxa. Imediatamente

seu

coração

acelerou,

e

começou

um

formigamento na base de sua barriga. Tente se segurar, Molly. Isso é ridículo, e ele provavelmente pode cheirar sua reação a ele. — Molly? Ela se virou e olhou para ele. Ela não conseguia respirar enquanto o olhava no interior escurecido. O brilho do painel iluminou ligeiramente o seu rosto, dando-lhe este forte aspecto na estrutura óssea, fazendo-o parecer ainda mais masculino do que já era. Seu cabelo mais escuro estava amarrado na nuca, mas o passeio de moto fez com que alguns fios saíssem e caíssem para moldar seu rosto. As escuras sobrancelhas faziam com que seus claros olhos verdes se destacassem, e seu nariz forte, reto, os lábios cheios

e

queixo

quadrado

apenas amplificavam

a

sua


personalidade masculina. Ela sempre vira Malice como um homem viril, como um cara poderoso e intenso — que ninguém ferraria. Tudo isso era verdade, é claro, mas estar na presença de Stinger trouxe a testosterona e masculinidade para um nível totalmente diferente. Ela lambeu os lábios e olhou para onde sua mão estava descansando sobre a dela. Quando olhou de volta, ele tirou a mão e a passou sobre a parte de trás do seu pescoço. — Desculpe-me por isso. Eu não sei por que fiz isso. Ela não sabia por que fez isso também, mas estaria mentindo se não admitisse a sensação de sua pele quente e a sensação realmente boa de sua mão pesada. Fazia um longo tempo desde que Molly sentiu qualquer tipo de faísca ao ser tocada. Mesmo antes de um ano e meio do rompimento com Malice, eles não foram íntimos por meses. O relacionamento deles foi arrastado por um longo tempo, e a atração que uma vez sentiu por Malice foi há muito tempo. Mas bastava um olhar de Stinger para sentir este ardor começando a queimar por dentro dela. Era tão intenso, tão instantâneo que não conseguiu evitar, perguntou-se como seria ter relações sexuais com ele e sentir seu corpo grande, forte sobre o dela. Molly ficou molhada, muito mais do que quando estava na moto. Ela observou sua humilhação e tornou-se ainda mais excitada no momento em que as narinas de Stinger alargaram conforme ele, sem dúvida, farejou sua luxúria. Durante vários segundos eles não falaram, apenas seguraram a atenção um do outro como se fosse a coisa mais importante no mundo. O calor dentro do carro aumentou, e


ela tornou-se ainda mais excitada. Molly sentia como se um animal

estivesse

dentro

dela,

arranhando

para

sair,

arqueando a frente para ser tocada por ele. Sentia-se fora de controle

com

as

endorfinas

e

luxúria

movendo-se

rapidamente através de seu sangue. Quanto mais tempo ficava no carro mais intensos os sentimentos se tornavam. — Eu deveria ir embora. — Ela soprou as palavras, mas permaneceu exatamente onde estava. O peito de Stinger subia e descia rápido e firme, e a mão que estava em volta do volante apertou ainda mais, até que ouviu o rangido do couro debaixo da sua mão. Havia tanta emoção saltando entre eles que sua cabeça ficou tonta e seu pulso disparou. Suas mãos estavam suadas, e um sentimento quase embriagador a assaltou. Molly encontrou-se inclinando até que seus rostos estavam apenas polegadas distante. — Eu devia sair... — No entanto, você ainda está aqui. — A voz de Stinger era baixa, mas era tão profunda, com um tom rouco que criou arrepios através de seu corpo. — Eu honestamente não sei o que está acontecendo. — E ela não fazia ideia, mas o que sabia era que não se sentiu desse jeito a muito tempo, e desperdiçar isso afastando-se não parecia ser uma boa ideia. Também não era uma boa ideia, pois ela não sabia nada sobre ele além do fato de que era um membro de um MC que era tão mortal quanto The Brothers of Menace. Ela viu seu olhar descer aos seus lábios, e não pôde deixar de lambê-los.


Ele deixou escapar um som muito profundo, e então fechou os olhos por um segundo. — Eu não sei o que está acontecendo também. — Ele abriu os olhos, mas ela pensou que ele iria se inclinar e finalmente reivindicar sua boca. Em vez disso, Stinger inclinou-se para trás e olhou para frente novamente. — Mas está certa, você provavelmente deve ir. Molly olhou para a mão dele no volante, e depois para a outra que ele repousou em seu colo. Ambos estavam cerradas com força, tanto que os dedos estavam brancos pela força. Havia uma parte dela que queria discutir sobre o fato de que ele estava

se afastando dessas

emoções ridiculamente

intensas, mas ela manteve a boca fechada. De jeito nenhum ia dizer alguma coisa e envergonhar-se ainda mais. Por alguma razão, ele não queria ir mais longe com isso, apesar do fato de que sabia que ele queria. Ela olhou para sua virilha, viu a maciça protuberância enorme pressionando contra seu jeans, e engoliu. Sim, ele a queria. Molly não disse nada, apenas apertou a mão na bolsa, pegou a maçaneta da porta e saiu. Ele não a parou, e ela com certeza não se virou. E quando foi no escritório da frente pegar a chave, e estava em pé na frente de sua porta do quarto, ele já foi. Molly entrou em seu quarto, e assim que fechou a porta, encostou-se nela, fechou os olhos e suspirou. Deveria ser grata que ele colocou um fim a qualquer coisa antes que começasse.

Envolver-se

com

outro

membro

MC,

especialmente um que era um shifter, e muito provavelmente teria uma tendência de ir todo alfa para cima dela, não era o


que precisava. Ficou longe desde quando rompeu com Malice, mas na realidade não realmente ficou longe de qualquer coisa. Ter um filho com Malice significava que estava ligada a ele de alguma forma para o resto da sua vida, mas também significava que estava ligada ao clube por causa dele. — Que diabos você está pensando? E agora estava falando sozinha. Legal. Mas seus pensamentos

verbais

foram

silenciados.

O

que

estava

pensando em se envolver com Stinger, mesmo que fosse só por uma noite de sexo? Mas não teria sido apenas sexo. Teria sido a mais erótica, animalesca experiência de sua vida. Além disso,

provavelmente

teria

tido

arranhões,

marcas

de

mordida, e definitivamente mais suor e muita conversa suja. Mesmo agora, ela poderia imaginar estar debaixo dele na cama. Os lençóis estariam no chão, seus corpos estariam escorregadios com a transpiração, e Stinger estaria dizendo algumas coisas muito sujas. Ela nunca esteve com um shifter antes, mas Malice era dominante no quarto, e em toda a realidade em cada aspecto de sua vida. Mas olhando para Stinger, e mesmo só conhecendo o básico sobre ele, ela poderia dizer que era um homem dominante à enésima potência. Agora, se ele era realmente assim no quarto ela desconhecia, mas só de olhá-lo e sentir sua aura animalesca, ela poderia dizer que era uma suposição bastante gráfica e precisa. O pior era que ainda estava muito excitada, e pensando em Stinger e imaginando todas as coisas que queria que ele


fizesse, certamente não estava ajudando a diminuir a luxúria. Ela afastou-se da porta e jogou a bolsa na cama e foi para o banheiro. Este era um velho motel, um onde eles mantiveram o tema dos anos setenta até agora. Olhando em volta para o banheiro de azulejo amarelo e marrom, suspirou e totalmente afastou a ideia de um banho. A banheira parecia antiga, e as manchas de ferrugem não eram reconfortante. Chuveiro, então.


Stinger não foi muito longe depois que deixou Molly. Na verdade, apenas foi para o pequeno bar do outro lado da rua. Ele se sentou em uma das mesas e colocou a terceira dose que bebeu nos últimos dez minutos. Estava cansado de festas, cansado de beber, mas também demorava muito para ficar bêbado por causa de seu tamanho, e o fato de que era um shifter. — Mais um, ou talvez uma água? Stinger olhou para a garçonete, viu seu crachá que afirmou que ela se chamava — Mara— e olhou para seu rosto. — Não é seu trabalho manter os clientes intoxicados, assim você pode tirar mais dinheiro deles? — Era uma pergunta retórica, porque Stinger com certeza não queria uma resposta. Ele entregou-lhe o copo. — Mantenha-as vindo, e me traga uma cerveja para perseguir essas vadias. Ela o pegou sem reclamação, e ele olhou ao redor do bar. Sabia que Dallas veio muito aqui quando estava passando por seu luto depois que seu filho e ex-mulher morreram. Era piegas, mas o bar tinha um certo charme para ele. A garçonete estava de volta com uma outra dose e uma


cerveja, e saiu sem dizer nada. Stinger olhou para a bunda dela, assistiu-a mover por debaixo do material fino de sua saia, mas a porra do seu pau não se mexeu. O que precisava fazer era encontrar uma mulher disposta e transar com ela, e ajudar a apagar as imagens do que queria fazer com Molly de sua cabeça. Mas mesmo pensando aquilo, tudo o que podia imaginar era Molly, e apenas isso tinha seu pau perfurando e cavando a braguilha. Tomou a dose, sentiu a queimadura do álcool correr por sua garganta e esperou um minuto antes de tomar um gole de sua cerveja. Ele não precisava da cerveja como uma bebida fraca, mas daria a ele um empurrão extra para ficar bêbado e, esperava, lavar essa necessidade por ela. Só porque os membros Grizzly MC tinham Senhoras não significa que Stinger precisava de uma, especialmente uma mulher que tinha uma experiência com outro clube, e tinha um filho com um dos membros. Por um lado, ele sentiu a necessidade possessiva dentro de Malice, e sabia que o outro homem queria Molly. Ele não sabia quão profundo era o desejo particular de Malice para manter Molly fugindo, mas no final isso não importava, porque ele ainda estava lá. Ele bebeu o resto de sua cerveja em dois goles e bateu sua garrafa com força suficiente para que o seu copo tombasse para um lado, e várias das pessoas no bar olhassem em sua direção. Seu urso estava chateado para caralho com o pensamento de Molly com qualquer outro homem, o que era uma reação ridícula, mas que era inevitável. O lado humano de Stinger não estava melhor pela raiva que o consumia. Não era porque teve um filho, mas o


fato de que ela esteve com outro. Mas Molly não era de Stinger, nunca foi dele, e ele disse a si mesmo repetidas vezes que todos tinham um passado. Ficar bravo sobre algo que ninguém tinha controle era uma coisa estúpida de se fazer, mas ele era um animal no coração, e não havia controle das emoções que corriam através dele. Uma piriguete olhou para ele, sua maquiagem tão espessa que pôde vê-la mesmo à distância. Uma delas se levantou e caminhou até ele, cheia de confiança em si. Ela parou à sua mesa, olhou por cima do ombro para suas amigas que estavam sorrindo e o encarando, ao mesmo tempo, e em seguida se voltou para ele. — Ei, você aí. — Ela se inclinou tanto que teve que apoiar-se na mesa para se manter erguida. A mesa era baixa o suficiente para que a posição que estava tentando estar — uma que fez seus seios quase saírem de seu top — fosse a coisa mais distante de sexy. — Vejo que você está sozinho. — Ela levantou um ombro, e seus seios agitaram a partir do movimento. O tesão de Stinger murchou assim que a viu, e agora estava a ponto de desaparecer completamente. — Você não deve ser de Steel Corner. — Ele não tinha nenhuma emoção na voz e manteve sua expressão estoica. Queria que ela desaparecesse. — O que te faz dizer isso? — Ela deslizou a mão lentamente para frente e correu sobre o par de gotas de


uísque que derramou de seu copo quando tombou. Ela levou os dedos molhados para os lábios e os chupou. Ele ainda não demonstrou nenhuma emoção, e de fato achou que sua tentativa de sedução teve o efeito oposto. Ele usava seu colete Grizzly MC, e se fosse de Steel Corner, ela teria ouvido os rumores sobre o clube, e saberia que deveria manter-se distante. Pelo menos, se fosse inteligente. Mas agora ela estava tentando brincar com um urso, e um que estava de mau humor. — Não estou interessado. — Ele se virou para olhar para a garçonete e gesticular, pedindo outra rodada, mas ela foi mais rápida e já vinha com outra dose e outra cerveja antes mesmo de conseguir chamar sua atenção. Stinger agarrou a dose e a bebeu. Sua garganta estava dormente, mas era uma boa sensação de como o álcool movia-se através de suas veias. — Não está interessado? — A fêmea levantou-se da sua posição inclinada. Claramente ela não estava acostumada a ser rejeitada, e Stinger ou qualquer suposto homem desesperado teria pulado em cima dela. Ele não era um homem desesperado, apesar do fato de que estava nessa pocilga. — Não. — Ele não disse mais nada, mas ficou claro que ela não era o tipo inteligente de fêmea. Não como Molly, porque ainda estava de pé em sua mesa e olhando-o como se não tivesse entendido o que ele acabou de dizer.


— Você não gosta de meninas? — Havia um tom sarcástico em sua voz. Stinger pegou sua cerveja e trouxe-a para sua boca. Bebeu metade dela enquanto a olhava. Se gostava do sexo feminino ou não, não era o problema aqui. Ele não a queria, mas não estava disposto a repetir. A luz intensa diretamente sobre sua mesa mostrava a verdadeira idade dela. Ela tinha que estar em seus quarenta e tantos anos, mas não envelheceu com graça. Era o tipo de mulher que envelheceu severamente. — Bem, droga. Todos os caras com tanquinho sempre são do tipo que gostam de outros caras. — Ela fez beicinho com seus lábios pintados de vermelho e se virou para sair. Stinger finalizou sua cerveja e se levantou. Já estava sentindo o zumbido do álcool, e sabia logo que entrou no bar que precisaria chamar um Brothers para vir buscá-lo, mas ir para casa ou para o clube não soou atraente ao todo. Jogou algumas notas sobre a mesa e saiu do bar. Uma vez que estava do lado de fora, ficou ali por um momento e respirou fundo. O ar estava fresco, e o cheiro de uma tempestade encheu seu nariz. Deixando seu olhar atravessar a rua, ele olhou para o motel, e então olhou para o quarto onde sabia que Molly estava. Sentia-se como uma espécie de idiota. Ele dirigiu para o outro lado da rua quando ela estava entrando, mas apenas continuou sentado em seu SUV e a assistiu caminhar para o quarto. Seu urso estava andando dentro dele, ansioso para atravessar a rua, bater com o punho na porta até que ela a abrisse e acabar com essa necessidade


selvagem. Ele honestamente não se importava que não soubessem nada sobre o outro, que tinha conexões com Malice, ou que acabaram de se conhecer há uma semana? Não, não se importava, por que ele a queria muito forte, tanto que sentiu como se sua pele rasgasse conforme deixava seu urso se libertar para que o desgraçado a reclamasse. Era assim que seus Brothers se sentiram quando encontraram suas Senhoras? Será que eles sentiam essa necessidade de ferrar um cara que esteve previamente com elas? Porque Stinger com certeza queria arrebentar a cara de Malice por ter tocado a mulher que ele queria. Antes que Stinger soubesse o que estava fazendo, atravessou a rua e foi direto para o quarto onde Molly estava. Esta era uma péssima ideia, mas ao mesmo tempo parecia muito bom para forçar-se a parar. Estava na frente de sua porta poucos minutos mais tarde, apoiando as mãos na moldura e baixando a cabeça. Olhou para suas botas gastas, em seguida, fechou os olhos, tentando se controlar. Ele estava perigosamente perto de transformar-se, pois estar tão perto de Molly neste estado, fez seu pau inchar mais uma vez com a ideia de estar com ela, Stinger sentiu-se volátil e feroz, e pronto para arrombar a porta. Em vez disso, largou a moldura da porta e levantou-se para o seu pleno um e noventa e três de altura. Seu coração estava batendo muito forte e rápido, excitação, entusiasmo e antecipação o enchia. Ele impediu as coisas de avançarem em seu SUV, mas Molly o desejou, teria se entregado a ele, e tudo o que poderia


pensar, e realmente sentir, era o cheiro doce de sua boceta toda molhada e preparada para ele. Bateu os nós dos dedos na porta três vezes. Através da madeira, podia sentir o calor, a umidade, e o limpo aroma do banho que ela acabou de tomar. A imagem de seu corpo curvilíneo e nu bateu em sua cabeça, fazendo seu pau pulsar ainda mais forte, e o teve curvando seus dedos em suas palmas até que a picada da dor disparou por seus antebraços. Os sons dos desengates do bloqueio do outro lado

da

porta

abrindo

finalmente

o

deixaram

instantaneamente atento. E então lá estava ela, em nada além de uma camisa branca e um short de dormir. Seu cabelo vermelho estava molhado, e os fios pareciam mais escuros. A camisa que usava era fina, e ficou claro que não estava usando sutiã. Ele apertou mais as mãos, enquanto olhava para aqueles enormes montes, com a forma como os mamilos pareciam endurecer ainda mais sob seu olhar, e o fato que ele notou o aumento da sua respiração. — Stinger? — Ela expressou como uma pergunta, mas não houve surpresa em sua voz. Na verdade, ela soou como estivesse sem fôlego, e tivesse esperando por ele. Eles ficaram ali por um minuto, sem dizer nada, mas o desejo quente saltou entre eles como se tivesse vida própria. E então, como se houvesse este cordão puxando-os para mais perto, Stinger apenas reagiu. Ele entrou, forçou-a a se mover para trás a partir de um movimento repentino, e depois fechou a porta. Estava se sentindo no limite no momento, e fechou os olhos e respirou fundo. A sala inteira cheirava


fresco, limpo, e estava saturada com sua excitação. O som da sua respiração combinada foi obsceno na sua intensidade, e, em seguida, eles estavam movendo-se ao mesmo tempo. Chocando-se com ela no centro da sala, Stinger embrulhou as mãos pelo seu cabelo longo, molhado, fechou os dedos em torno dos cachos, e inclinou a cabeça dela para trás. Ela soltou um suspiro, e ele sabia que era uma mistura de prazer e dor. Capturou sua boca, acariciou seus lábios com a língua antes de mergulhá-lo nas profundezas quentes, doce de sua boca, e então a fodeu. Dentro e fora, mais rápido e mais forte, tornou-se um homem — um urso — resolvido a tê-la de todas as maneiras imagináveis. Parou o beijo, mas não terminou. Movendo os lábios ao longo de sua bochecha, mandíbula, e, finalmente, parando na curva de seu pescoço, respirou fundo e soltou um rosnado baixo. — Eu nem sequer sei o seu nome. — Ela inclinou a cabeça para o lado para lhe dar melhor acesso, e cravou as unhas em seus bíceps. Ele rosnou novamente, e depois inalando, mais uma vez, amando que ela cheirava bem para caralho. — Precisamos de nomes para o que vamos fazer, Molly? — Ele podia saber o primeiro nome dela, e ela sabia o apelido que ele passou, mas agora a única coisa que podia se concentrar era em penetrar seu pau profundamente em sua boceta molhada e transar até que ela não pudesse sentar-se confortavelmente por uma semana. Oh, isso não era apenas sobre sexo, pelo menos, não achava que era porque seu urso estava se tornando um bastardo territorial a respeito dela,


mas eles teriam tempo para mais detalhes quando tirassem este desejo selvagem deles. Ela colocou as mãos em seu peito e empurrou-o para trás. Foi pura força que o fez afastar-se, porque com certeza não queria. Ela o olhou e lambeu os lábios lenta e sedutoramente. — Eu preciso saber o nome do cara que vai estar dentro de mim. Cristo. Se ela soubesse o que essas palavras fizeram com ele ao ouvi-la dizer, teria corrido em outra direção. Assim como estava disposto a jogá-la no chão, rasgar sua roupa, e banquetear-se em seu corpo. Ele olhou-a nos olhos, viu suas pupilas dilatarem, e limpou a garganta. Estava há segundos de transformar-se e partir para cima dela todo possessivo clamando-a como — Minha —, mas não iria adiar isso e dizer a ela que tinham tempo para conversar sobre isso mais tarde. Se tivesse estado com um shifter antes ela saberia que eles eram mais animais do que humanos, e que precisava ser saciado imediatamente. — Jackson Frost, mas todos me chamam de Stinger. — Ele honestamente nem sabia mais como lembrou do seu nome. Esteve com ele durante todo tempo que foi MC. Aos quarenta anos de idade, estava há vinte sendo um MC. Eles eram sua família, sua rocha, mas agora a única coisa que importava era Molly, e quão louco isso era? — Molly Clark, — ela disse sem fôlego.


Agora que a formalidade foi resolvida, ou pelo menos uma pequena parte, ele precisava dela. Stinger queria saber tudo sobre ela, mas não podia pensar sem o seu pau e a necessidade de acasalar com ela no modo mais primitivo agora. Nenhum dos dois disse nada por um segundo, e então estava nela de novo, com as mãos em seu cabelo, puxando duramente os fios até que separou seus lábios contra os dele e ele respirava seu ar. Os segundos seguintes foram rápidos e frenéticos, ele arrancando sua camiseta e seus shorts. Deu um passo para trás, olhou para o seu preenchido corpo curvilíneo, sexy, e tirou o seu colete. Colocando-o numa cadeira

próxima,

praticamente despedaçou sua

própria

camiseta e a jogou no chão. Seus seios subiam e desciam enquanto ela olhava seu peito, e satisfação masculina o abalou por ela estar satisfeita com o que viu. Podia cheirar sua aprovação, e cheirava sua boceta ficando mais molhada quanto mais tempo olhava para ele. Stinger deixou seu olhar viajar para seus generosos quadris, sobre sua barriga deliciosamente arredondada, e parou quando chegou a sua boceta. O cabelo avermelhado escuro cobriu o monte em apenas uma faixa fina — uma pista de pouso apontando diretamente para o local que iria reclamar. Ele desabotoou a calça e puxou o zíper para baixo. Deslizando o olhar de volta até seu corpo, olhou para seu rosto, viu o olhar fixo em seu jeans, e sentiu outra onda de desejo. Stinger alcançou sua carteira atrás dele, pegou um preservativo, e empurrou suas calças e cueca boxer para baixo. Uma vez que estava nu na frente dela, agarrou a base


de seu pênis e acariciou a si mesmo. O filho da puta estava duro como aço e usou a lubrificação da ponta para fazer o seu afago ainda mais rápido, mais agradável. — Toque-se. — Ele abaixou a cabeça, mas manteve o olhar fixo no rosto dela. — Toque em seus seios, Molly. Belisque os seus mamilos até que eles estejam tão duros para que me machuquem. — Foi ficando cada vez mais difícil formar palavras coerentes enquanto seu animal estava lutando pelo domínio. Ele observou com desejo mal contido quando ela levantou os dedos trêmulos e segurou os grandes montes. Eles transbordavam nas mãos dela, e sabia que, logo que os tocasse, ainda seriam grandes demais para ele segurar. Mas porra, ele amava isso, amava que ela não era pequena e magra, mas construída como uma mulher. Molly agarrou seus mamilos entre seus polegares e indicadores, puxou e torceu os picos, e ofegava como se o prazer e a dor fossem quase demais para lidar. — Diga-me como é bom, bebê. — As palavras saíram entrecortadas enquanto ele continuava a se masturbar olhando para ela. Mas continuou mergulhando o olhar para sua boceta, e imaginou-a na cama com as pernas e os lábios entreabertos para ele. — É bom, Stinger. Um rosnado baixo o deixou, e ele se moveu de modo que estava na frente dela novamente. Empurrando as suas mãos para que ele pudesse tomar posse de seus seios, ele os apertou até que encheram suas mãos. Sua carne era firme,


mas macia, quente e suave, com picos duros que deixaram sua boca aguada. Stinger baixou a cabeça e passou a língua sobre o mamilo esquerdo, chupou em sua boca e, em seguida, fez o mesmo com o direito. Ele fez isso uma e outra vez até que ela tinha as mãos enterradas em seu cabelo e puxou os fios com força suficiente que um silvo o deixou. — É isso aí, bebê, puxe meu cabelo, me cause dor. — Ele queria que ela fizesse muito mais do que isso, e queria para caralho fazer muito mais para ela. Afastando-se de seus seios, mas tomando sua boca em um duro, inflexível e brutal beijo, inalou seus suspiros e gemidos de prazer. Ele os conduziu para trás até que soubesse que a cama estava bem atrás dela, e algo selvagem estalou dentro dele. Empurrou-a de volta na cama com força suficiente para que ela saltasse duas vezes antes de sossegar. Mas Molly não tinha um olhar assustado no rosto. Estava tão excitada quanto ele, muito excitada com o que estava por vir, e ele iria fazê-la gritar por mais antes que a noite terminasse, porque Stinger e seu urso iriam transar com ela até que ambos estivessem exaustos.


Molly se sentou na cama, seu coração batia tão forte que pensou que poderia muito bem explodir em seu peito. Esta foi a coisa mais espontânea e ilógica que já fez. Dormir com um cara que mal conhecia, e que realmente apenas o — conheceu — por pouco mais de uma semana, era nada do que já houvesse se arriscado. Ela teve uma vida segura, bem, tão segura quanto poderia, dado o fato de ter um filho com um membro MC, o que significava que estava envolvida no clube por toda sua vida. — Pés apoiados sobre a cama, e afaste as pernas para que eu possa ver a sua boceta. — A voz de Stinger era profunda, baixa, e havia um pouco de algo não muito humano sobre o tom. Esta

necessidade

submissa

dentro

dela

de

fazer

exatamente o que ele dissesse, quando dissesse, montou-a com força, e se viu fazendo o que Stinger pediu sem questionar. Molly nunca foi alguém que se submetia tão facilmente, mas com Stinger encontrou-se fazendo um monte de coisas que nunca pensou que faria. Quando seus pés estavam sobre a cama, olhou para baixo e viu quando ele se acariciou da base à ponta. Ele era um homem grande, forte e


musculoso, e bem mais de 30 centímetros mais alto do que ela. Molly nunca foi uma mulher pequena, e sempre teve curvas e era mais cheia nos lados. Talvez fosse o fato de que depois que teve Dakota seu corpo nunca mais foi o mesmo. Suas coxas eram mais cheias, seus quadris mais largos, e sua barriga um pouco cheia demais para o gosto de alguns homens. Ela adorava seu corpo, até mesmo as estrias que ganhou durante a gravidez. Mas Stinger a fez sentir-se pequena por seu enorme tamanho muscular e altura, e o comportamento alfa que fluía dele. Para não mencionar o fato de que olhou para ela como se estivesse morrendo por uma amostra de sua carne. — Abra suas pernas. Mal estou me segurando, e eu preciso que você me dê esse controle. — Ele começou a acariciar-se mais e mais rápido, e uma gota de líquido claro pontilhou a ponta do seu pênis pouco antes de ele espalhar a palma da mão sobre a crista e usou como lubrificação. As tatuagens que cobriam seu peitoral e ombros eram cheias de cores vibrantes e desenhos. Mas Molly pôde perceber uma ferida de bala no braço, e viu uma na perna quando ele tirou sua calça. Olhou em seu rosto e viu que suas pupilas estavam completamente dilatadas e comendo a íris verde. Ele parecia um demônio pronto para assumir o controle. Mas Deus, Molly queria isso, queria que ele tomasse posse dela de uma maneira que nunca experimentou. Espalhando suas coxas tão amplas quanto poderiam, sentiu seus lábios dividirem-se, e seus músculos esticarem pelo esforço. A iluminação no quarto não


era das melhores. Era brilhante, quase indiscreta, e sem dúvida mostrava cada — falha— que ela tinha, mas Stinger olhava-a como se nunca viu uma mulher mais atraente. Isso fez uma onda de poder passar por ela. A umidade que vinha era uma quantia obscena, e sentiu-o escorregar para o vinco de sua bunda quanto mais tempo ele olhava entre suas coxas. — Porra, você não tem ideia de como parece para mim agora —, ele disse enquanto ainda olhava para sua vagina e acariciava seu pênis. — As coisas que quero fazer com você são tão fodidas que iriam assustá-la se eu dissesse em voz alta. Suas palavras tornaram sua respiração mais difícil e mais rápida, seu peito subindo e descendo enquanto tentava aspirar mais ar. — Meu urso quer você, Molly. — Ele moveu lentamente seu olhar por seu corpo até que estava olhando no seu rosto novamente. — Ele quer você em todos os sentidos, quer reivindicá-la, possui-la, certificar-se que saiba que não há nenhum outro maldito macho que vai te tocar. Absurdo. Insano. Louco. Tudo isso era a mesma coisa, mas todos as três encheram-na

de

diferentes

maneiras

e

descreveram

perfeitamente a situação. Ele deu um passo mais perto, e aquele som baixo, gutural soou. — Toque em sua boceta.


Esse termo para uma de suas partes do corpo pode tê-la ofendido em outra ocasião, mas a maneira como ele disse a fez se sentir aquecida, maleável, e assim pronta para tê-lo enfiando esse enorme pênis profundamente dentro dela. Deslizando sua mão para baixo de sua barriga, ela não parou até que deslizou os dedos entre suas dobras lisas. A parte inferior de sua mão roçando seu clitóris, e um suspiro de prazer a deixou. — Foda a si mesma. Deixe-me ver você empurrar dois dedos profundamente em sua boceta, bebê. — Stinger parecia tão tenso, e seus músculos duros sob a pele tatuada. Molly estava prestes a gozar, e isso a surpreendeu visto que nunca chegou a usar os dedos sozinha. Mas sua vagina estava tão encharcada que quando fez deslizar seu dedo médio, e então seu indicador dentro de seu corpo, teve que morder o lábio para reter seu próprio orgasmo. — Deus, estou tão molhada para você. Ele gemeu profundamente, e pareceu mais animalesco do que humano. Ela queria ter o orgasmo com ele dentro dela, batendo aquela vara dura profundamente dentro de sua vagina até que não pudesse ir mais longe. — Foda-se com eles, Molly. — Ele parecia sem fôlego de uma forma puramente masculina. Deus, ele tinha uma veia sádica nele, porque isto era pura tortura. Molly começou a deslizar os dedos dentro e fora dela, mas ela estava tão molhada que eles moviam facilmente,


e fez um som de sucção como se o seu corpo tentasse atraílos de volta. Por um minuto sólido ele apenas observou enquanto ela dava prazer a si mesma, e estava tomando cada gota de seu autocontrole para apenas não permitir que o prazer a consumisse. Se ele não a levasse agora, não ia ser capaz de durar, mas antes que pudesse dizer-lhe, ou até mesmo pedir-lhe para transar com ela, o que estava à beira de fazer, Stinger soltou seu pau. Ela o observou levar o preservativo que tinha na outra mão, tirá-lo da embalagem e o deslizar por seu eixo. Nunca assistiu a um homem fazer isso, foi muito erótico, considerando que era Stinger a fazê-lo. — Eu vou te foder tão duro, Molly. — Ele colocou um joelho na cama e colocou as mãos em suas coxas. Antes que pudesse dizer qualquer coisa ou reagir ao que estava fazendo, ele moveu as mãos sobre as pernas dela, alisou-as ao longo de suas coxas, perigosamente perto de sua boceta, e depois moveu suas mãos de volta para que ele pudesse agarrá-la na cintura. Então moveu-se na cama para que pudesse deitar entre as pernas dela, e a sensação de sua respiração morna, úmida direta ao longo de suas dobras sensíveis a fez repousar a cabeça no colchão e fechar os olhos. Seus dedos coçaram para agarrar-se nele, mas em vez disso, ela apertou sua mão sobre os lençóis debaixo dela, e segurou enquanto ele respirava com mais força, como se estivesse tentando se controlar. — Você cheira bem para caralho, parece tão incrível. — Suas mãos estavam em suas coxas novamente, e a maneira como ele enterrou os dedos em sua carne era ao mesmo


tempo dolorosa e excitante. — Eu vou te comer tão duro que você não será capaz de parar de rebolar sua boceta na minha cara. — E então ele pressionou sua boca direto em sua boceta e estava cumprindo essa promessa. Ele lambeu e chupou sua carne ensopada, puxou seus lábios até que uma picada acompanhou o prazer, e depois chupou seu clitóris em sua boca. Durante vários segundos, ele puxou seu mamilo até que ela sentiu que incharam com sangue, e sabia que estava para gozar sobre o seu rosto. — Vá em frente, bebê, alise sua boceta toda sobre mim. Ponha seu creme na minha boca e puxe o meu cabelo. Me cause dor, porra. — As vibrações de sua voz foram direto para sua medula até que ela se sacudiu toda. Erguer as mãos e colocá-las em seu cabelo era mais fácil dizer do que fazer. Ela estava fraca, trêmula, e tão necessitada sob seu toque. Stinger era um animal enquanto ele a lambia, a mordia, e empurrava sua língua em sua boceta uma e outra vez. Ela puxou os fios de seu cabelo e começou a pressionar a boceta contra seu rosto. O ato foi devasso e sujo da melhor maneira. Ele rosnou contra sua carne, e quando começou a chupar seu clitóris novamente, também empurrou dois dedos grossos e longos dentro dela. Ela podia não ser uma virgem, e deu à luz antes, mas mesmo tendo apenas dois dedos dentro dela, sentiu estender e queimar. Faziam quase dois anos desde que esteve com um homem, e estar com Stinger sem dúvida iria estragar todas as outras experiências sexuais que teria no futuro.


Seu clímax explodiu rápido e duro até que ela ficou delirante,

viu

estrelas

dançar

por

trás

das

pálpebras

fechadas, e teve a transpiração revestindo seu corpo pelo esforço que fez contra ele. Mas Stinger era interminável e parecia gostar de exercer o seu domínio e necessidade sádica nela. Ela estava sensível, tinha uma sensação de euforia se deslocando através dela, e sabia que isso estava apenas começando. — Mmm, você tem um gosto tão viciante. — Ele achatou sua língua e a correu do buraco de sua boceta para o clitóris. Ele fez isso mais algumas vezes até que ela sabia que gozaria novamente por esse único ato. — Olhe para mim. Molly teve que forçar os olhos abertos, e quando fez foi para ver o brilho acetinado que cobria a boca de Stinger. Essa era a sua umidade, sua excitação que estava em seus lábios. Apesar de seu orgasmo apenas alguns segundos antes, ela ficou quente novamente quando seu desejo se intensificou por aquela visão. Mas, claramente, Stinger não estava pronto para transar com ela, porque estendeu a mão, segurou a cintura mais uma vez e virou-a de bruços. Será que ele queria tomá-la dessa maneira? Ela fez tudo o que se possa imaginar no termo de ter relações sexuais, amou tudo, mas assumiu que ele poderia querer apenas deslizar diretamente entre suas pernas que estavam abertas e ela estaria mais do que disposta.

Mas

não

parecia

que

queria

transar

estilo

cachorrinho ou ter sexo anal, como ela assumiu. Em vez disso, ele afastou suas pernas até que seus ombros largos pudessem caber entre elas outra vez, tomou uma nádega em


cada uma das suas mãos, e as afastou. O ar refrigerado passou ao longo de seu ânus, e embora ela estivesse quente do orgasmo e ter apenas o calor de Singer em torno dela, ela estremeceu. Sua umidade deslizou pelo vinco da bunda até que estava quase tão lubrificado quanto sua vagina, mas isso era claramente o que Stinger gostava. Ele resmungou e resmungou maldições conforme apalpava sua bunda. E então estava lambendo sua boceta novamente, chupando-a como se estivesse embriagado pelo sabor dela. Deus, ele estava fazendo-a se sentir muito bem. Embora Molly tivesse experimentado muito, apesar que apenas com Malice, ela nunca experimentou algo como isso. Stinger passou o braço em torno de sua cintura, puxou-a para que estivesse suportando seu corpo sobre os joelhos, e depois manteve uma mão na bochecha de sua bunda para mantê-la aberta para ele. Mais e mais ele a atormentava. — Cristo, você tem um gosto tão bom, bebê. — Ele moveu a mão para baixo de sua barriga e pressionou o polegar em seu clitóris, mas nunca parou de lamber sua vagina. E então ele a surpreendeu para caramba, por afastarse, penetrando um dedo em seu corpo, e revestindo o dedo com sua excitação. Ele pressionou o dedo em seu ânus, provocou o buraco enrugado por alguns segundos, e em seguida, pressionou-o para dentro. A sensação de ter o dedo em sua bunda, de sua boca em sua vagina novamente, e esfregando o polegar em círculos lentos ao redor de seu clitóris teve uma intensa e crescente sensação dentro dela.


Era uma torrente de sensações, as quais ela não poderia lidar por mais tempo. — Oh, Deus, Stinger. — Enterrando o rosto no colchão, ela gritou ao ter seu orgasmo, mas foi quando ele afastou sua boca e bateu na bochecha esquerda de seu traseiro, e depois na direita, que ela gritou quando seu prazer se intensificou. Ele espancou-a várias vezes até que a sua bunda queimava e em seguida, ficaram dormentes, e somente quando ela pediu para ele parar que ele removeu o dedo de seu corpo e a deitou de costas novamente. Os seios dela balançaram de um lado para o outro pelo movimento brusco, e suas pernas se abriram para o lado. Ela estava à sua mercê, mas não queria que ele fosse gentil. Dois orgasmos mais tarde e ela ainda estava ávida por seu pênis. — Você vai estar gritando muito mais do que a palavra Deus quando eu terminar com você. — Ele emoldurou sua vagina com as mãos e percorreu com os polegares ao longo da beirada de seus lábios. Esse pequeno toque, apesar de altamente erótico e atormentador, declarou muito mais que apenas sexo. Foi um toque que realmente queria dizer que sua boceta era dele, que ele a possuía, e que nada poderia ser mudado por causa disso. Molly sabia que durante o sexo as emoções eram intensas, e tudo o que acontecia agora neste quarto com Stinger era nada mais do que duas pessoas que uniram-se em uma forma física. Ela não esperava um relacionamento, porra, não queria um relacionamento com outro membro de MC.... certo?


Ela ainda tinha os olhos abertos, ainda observando Stinger, mas o foco dele estava entre suas pernas. E então ele estava segurando seu pênis e conduzindo a ponta para sua entrada. — Vou tentar ir devagar, mas porra, bebê, eu estou extremamente excitado agora. — Seu peito expandiu, seus músculos contraíram, e ele olhou para ela. — E o meu urso quer sair para fodê-la duro e por um longo tempo. — Ele sustentou

seu

olhar

durante

vários

segundos,

talvez

buscando sua aprovação para realmente ir tão longe. De jeito nenhum Molly ia parar com isso. — Eu não quero suave e lento. Eu só quero que você me foda. — Ela levantou a mão, cravou as unhas em seus bíceps espessos, e sentiu os músculos cerrar sob seu domínio. Ela sabia que o toque foi doloroso, mas também poderia dizer que ele gostava de receber essa picada de dor tanto quanto ela. Ambos gostam de seu êxtase, tanto quanto sua agonia, e talvez isso era o que os aproximou ... duas almas idênticas buscando uma noite de entrega mútua e rude. Deus, de onde veio esse pensamento? Ele empurrou a cabeça do seu pau dentro dela, e todos os pensamentos a deixaram. Seus olhares se encontraram enquanto empurrava a última polegada de seu pau grosso dentro dela tão forte e feroz que ela estremeceu sobre a cama. A sua boca se separou em um grito silencioso quando ele a estendeu a tal ponto que a fez ter lágrimas no canto de seus olhos.


— Cristo—, ele trincou os dentes enquanto inclinava a cabeça ligeiramente para trás, e os tendões do pescoço se tornaram visíveis. Ele não se moveu dentro dela, não moveu o seu pau em sua boceta, embora ela pudesse dizer que ele queria, mas em vez disso ficou imóvel. Os segundos passavam, e ela sabia que ele estava lutando com seu autocontrole. Jurou que podia ver seu corpo tornando-se maior e largo, e sabia que o urso estava realmente

tentando

sair.

Talvez

Molly

devesse

ter

se

assustado, mas o pensamento de que um homem como Stinger não poderia mesmo controlar-se com ela era uma sensação inebriante, intoxicante. Ele pode ser fisicamente superior, mas neste caso ela era a mais forte. Ele começou a impulsionar para trás e para frente, mais e mais rápido, até que pequenos suspiros a deixaram por conta própria. Ela cravou as unhas ainda mais em seu corpo, ele silvou e olhoua. — Eu estou tentando ser um homem e não um animal, Molly. — Suas pupilas contraíram e dilataram uma e outra vez, como se estivesse lutando com seu urso. — Eu estive com um homem antes. Agora eu quero você, urso e tudo. — As palavras saíram de sua boca, e ela se perguntou por apenas um segundo se deveria se arrepender de dizê-las. O som que veio de Stinger era tão masculino e indomável que nunca ouviu nada parecido antes. E então ele estava tirando e batendo de volta dentro dela, mais rápido e com mais força do que quando ele a penetrou. Tudo o que


podia fazer era segurar e enfrentar a onda de prazer que estava criando dentro dela. Ele se inclinou para trás o suficiente para que pudesse ver como deslizava dentro e fora dela. — Coloque suas mãos acima de sua cabeça— ele disse, mas não olhou para seu rosto. Molly fez o que ele disse, e quando estava estendida diante dele, ele pegou os dois pulsos em uma de suas mãos e as manteve restringidas. Suor revestiu a pele dela, e seu corpo se movia ao longo do dela, escorregando com o seu próprio suor. Suas respirações eram altas no quarto pequeno, e mesmo que ela quisesse gritar, porque era muito bom, nada veio dela. Mas os sons que Stinger fazia teve arrepios disparando por toda sua pele, e fez sua boceta tornar-se ainda mais molhada. Seu cabelo escuro roçava o seu próprio queixo, mas porque ele estava tão suado quanto ela, eles estavam grudados em sua têmpora. Esta poderosa expressão estava em seu rosto, mas ele estava olhando para ela agora, diretamente para ela, e Molly jurou que podia ver em sua alma. — Você acha que esta é a única vez que eu vou transar com você? — Ele a penetrou duramente. — Você acha que eu vou estar satisfeito apenas com esta noite, Molly? — Ele investiu nela novamente, mais forte do que da última vez, e atingiu algo profundo e sensível, algo que teve sua boceta apertando ao redor do pênis dele de forma incontrolável. — É isso aí, ordenhe meu pau até que ambos gozemos. — Ele


estocou de novo e de novo, batendo em seu ponto G até que ela via estrelas pretas e brancas dançarem. Ele estava suando muito agora, e essas gotas de umidade caiam sobre sua barriga. A sensação era quente e depois se arrefeceu, mas tudo desapareceu quando ele colocou seu polegar em seu clitóris, pressionando no cerne, e esfregou-a para frente e para trás. Molly explodiu ali mesmo pela quarta vez, mas desta vez foi um tipo diferente de orgasmo, um que rouba seu fôlego, teve seu coração parando no peito, e a fez mais molhada do que nunca esteve antes. Mas esta não era umidade de sua excitação,

mas

uma

torrente

que

a

deixou,

Stinger

amaldiçoou descontroladamente, e quase a paralisou. Molly arqueou as costas, incapaz de controlar até mesmo os movimentos mais básicos neste segundo. Pareceu como se uma eternidade tivesse passado antes de ouvir os sons da sala encherem seus sentidos. — Olhe para mim. Ela forçou a cabeça para fora do colchão, mas era difícil, conforme as sensações deste tipo diferente de prazer rastejavam através dela. Ele ainda estava batendo dentro e fora nela, e o suor que cobria seu corpo fez sua tatuagem e músculos se destacar em relevo gritante. — Você está tão bonita assim. — Ele suspirou, fechou os olhos

e

rosnou

baixo.

Seu

impulso

aumentando

extremamente, e ela soube que ele estava perto de gozar. Stinger abriu os olhos e olhou bem nos dela. — Tão receptiva.


Eu gozarei tanto que você ficará toda molhada. — E então ele ficou imóvel dentro dela, enterrado até as bolas e rugiu quando gozou. Foi a coisa mais intensa que Molly viu, e ela viu um monte de coisas em sua vida. Quando seu corpo parou de tremer violentamente ele caiu sobre ela, mas apoiou suas mãos ao lado de sua cabeça antes que a esmagasse com seu corpo pesado. Seu rosto estava perto do dela, e suas respirações se misturaram. Entretanto, parecia que ele estava tentando obter o controle de si mesmo que perdeu. Stinger retirou-se dela, e Molly deixou escapar um suave som com a sensação de estar de repente vazia. Quando ele estava ao seu lado ficaram deitados em silêncio por alguns minutos, ambos tentando controlar sua respiração. Ela acabou de ter um caso de uma noite. O que ela jamais teve. Não importava que Stinger tivesse soado como se estivesse

fazendo

algum

tipo

de

declaração,

enquanto

estavam transando. Coisas eram ditas no momento da paixão, e esses tipos de palavras não eram algo que queria pensar muito profundamente, ou se ele realmente quis dizer aquilo. Suas vidas eram diferentes, ela era diferente, e ficou longe da vida MC. Mas como poderia afastar-se de uma vida da qual foi amarrada através de seu filho? E como poderia virar as costas para os homens que a ensinaram a se importar como uma família? Molly podia não concordar com tudo o que eles faziam, mas para cada ato violento e ilegal que cometeram em nome do clube, os The Brothers of Menace faziam algo bondoso. Recolhendo aquelas mulheres


que tiveram que vender seus corpos, certificando-se que estavam a salvas e não sujeitas a serem abusadas por seu cafetão, era algo que eles não tinham que fazer. Fizeram, mesmo assim, e tudo porque as mulheres precisavam de ajuda. Saltar para algo mais do que apenas uma noite com Stinger não era inteligente. Havia muitos obstáculos que poderiam vir a ter entre eles, e ela não queria viver uma vida complicada — isso é, não mais do que o normal. — Você está pensando demais. Ela virou a cabeça e olhou para Stinger. Ele tinha os olhos fechados, mas ela não estava surpresa que ele podia sentir as coisas. Ele era um shifter, afinal, mas não era sobre isso. Homens da sua espécie — homens como Malice e todos os outros membros dos The Brothers of Menace — tinham esse sexto sentido. Isso era o que os faziam tão letais. Ele abriu os olhos quando ela não respondeu, e virou a cabeça para que eles estivessem olhando um para o outro agora. — E eu tenho certeza que tem a ver com o fato de você achar que isto é um caso de uma noite. — Ele manteve sua expressão estoica, mas dura. — Você ouviu o que eu disse, enquanto meu pau estava dentro de sua boceta, certo? — Ele expressou isso como uma pergunta, mas ela sabia que não era realmente uma. — Você quer que isso acabe depois desta noite? Molly olhou para ele por alguns segundos, mas então olhou para o teto novamente e pensou sobre suas palavras. O que sua mente estava gritando para ela dizer, e o que seu


corpo realmente queria eram duas coisas muito diferentes. Mas antes que pudesse responder Stinger tinha a mão entre suas coxas, cobrindo sua boceta, e enfiou um dedo em seu corpo sensível. Ela separou os lábios e sentiu seus olhos se arregalarem com a penetração. — Diga-me, Molly. — Ele teve que mudar de posição, assim estava apoiado em um dos cotovelos. Ele não a fodeu com o dedo, nem sequer se moveu enquanto ele a olhava com determinação em seu rosto, e até mesmo com uma ligeira lasca de raiva ressoando. — Eu não sei o que você quer que eu diga. — Ela engoliu em seco. Sua garganta estava grossa, e apesar de terem sido íntimos há pouco, este tipo de proximidade estava em um nível totalmente diferente. — Não? — Ele levantou uma sobrancelha escura. Ainda assim, ele não moveu o dedo dentro dela, apenas sustentou absolutamente imóvel. Ele tinha um rosto tão másculo, o leve restolho da barba que cresceu há poucos dias o fez parecer ainda mais viril. Ele tirou o dedo e ergueu-o. Tinha o resto da excitação dela cobrindo-o, mas ela só podia olhar em choque, mesmo depois de tudo o que acabou de fazer, como ele trouxe o dedo à boca e chupou cada gota de seu creme. — Eu te desafio a me dizer que eu há pouco não possuí a porra da sua boceta. Antes que pudesse responder seu celular vibrou na mesa de cabeceira. Por um momento, nenhum deles falou ou moveu-se. Molly não conseguia afastar-se de Stinger, e tanto


quanto ela queria odiar essa verdade, realmente não poderia encontrá-la em si mesma para se sentir assim. O telefone parou

de

vibrar,

mas

um

segundo

depois

começou

novamente. — Eu deveria atender isso. — Ela segurou seu olhar mais uma vez, e em seguida, rolou para o outro lado para pegar seu telefone. Na tela lia-se Malice, e ela fechou os olhos. Claro que ele iria escolher este momento para chamála, porque era o momento mais embaraçoso da noite. — Olá? — Ela se sentou na beira da cama. — Ei. Só queria ter certeza de que está bem e segura no quarto do hotel. — Estou bem. Obrigada por checar. — Havia uma parte dela que queria dizer para Malice que ela não era mais sua preocupação, porque fazer isso seria totalmente uma coisa de cadela, mas era a verdade. Lhe disse uma vez, não muito tempo depois que eles se separaram, e ele ainda tentava agir de modo protetor com ela. Sabia que era porque ela era a mãe de seu filho, Malice sentia a obrigação de se certificar que estava bem. — Bom. — Um momento de silêncio fez-se entre eles depois que ele falou. Ela olhou por cima do ombro para ver Stinger olhando para ela. A forma como sua mandíbula estava apertada e o fato que um músculo tremia sob sua barba por fazer, disse a ela que ele sabia. — Dakota está na cama?


— Sim, ele desmaiou depois que terminou o filme de peixes. — Estou surpresa que ele durou tanto tempo. Malice riu profundamente, e ela sentiu a mudança na cama atrás dela. Olhando por cima do ombro novamente viu Stinger movendo-se de modo que ele estava sentado na beira atrás dela. — Ouça, agora não é um bom momento. Podemos nos falar amanhã? — Malice parou de rir imediatamente, e ainda através do telefone ela poderia dizer que ele sentiu que algo estava errado. Ele sempre foi perspicaz. — Você tem certeza que está bem? — Ele disse com um pouco mais de cautela. — Sim. — Eu posso ir aí, se você precisar de mim. — Não houve qualquer insinuação sexual em suas palavras. — Não, realmente está tudo bem. Eu só estou cansada. Eu te ligo pela manhã para conversar com Dakota. — Ela disse adeus rapidamente, e sem esperar por ele para responder terminou a chamada e colocou o telefone sobre a mesa novamente. Não tinha a intenção de desligar na cara dele, mas este realmente não era o melhor momento para conversar com seu ex. — Malice? — Perguntou Stinger. Molly mudou na cama de modo que estava encostada na cabeceira.


— Você sabe que era. Ele olhou por cima do ombro para ela. Seus olhos eram de um verde vibrante agora, mas havia esse lampejo de... alguma coisa... que vinha dele que era intenso o suficiente para que ela sentisse completamente por dentro dela. — Sim, acho que sim. — O ar no quarto gelou, e ela esperou Stinger para sair do desconforto súbito. Em vez disso, ele se inclinou para trás na cama até que assumiu a mesma posição contra a cabeceira como ela. Eles ficaram ali, lado a lado, por alguns segundos. — Você ainda o quer? — Ele não olhou para ela quando perguntou. Molly sabia que um shifter podia sentir esse tipo de coisa, mas ela também sabia que Stinger queria ouvi-la dizer isso. — Não. Eu não o quero. Ele olhou para ela então, mas não disse nada por um segundo. — Eu acho que ele ainda quer você. Agora isso a surpreendeu, não porque Malice a queria, mas porque Stinger realmente disse isso. — Você pode sentir isso vindo dele? Stinger exalou e sacudiu a cabeça. — Não, Malice é bom em esconder o que sente, mas por que razão alguém agiria assim se não quisesse a mulher? — Malice quer o que não pode ter. Não há mais nenhum amor entre nós, não dessa forma pelo menos. Mas ele estará sempre em minha vida. — Ela não sabia por que estava


dizendo tudo isso para ele, porque francamente, não era do seu interesse. Eles mal se encontraram, mas ela se sentia confortável com Stinger. — Nós temos um filho de três anos. — Stinger não se moveu, mas ela também podia sentir, em sua forma humana insignificante, que não ficou desgostoso pelo que ela estava dizendo como a maioria dos homens ficaria. — Dakota é o nome do nosso filho, mas Malice e eu nos separamos mais de um ano e meio atrás. — Você rompeu com ele? Ela assentiu. — Sim, mas ele não lutou comigo por isso. Ele sabia que o relacionamento estava acabado há muito tempo. — Ela olhou para suas mãos. — Eu acho que nos prendemos ao casamento por Dakota, mas no final não foi saudável para ninguém. Stinger assentiu. — Eu não acho que ele é desse modo pelo fato de que ainda tem sentimentos por mim, mas Malice gosta de ter controle sobre tudo o que está envolvido em sua vida. A expressão de Stinger parecia menos do que divertida. — Como eu disse, não é que ele ainda é apaixonado por mim, mas não gosta que algo tenha sido negado a ele, e eu neguei. — Ele machucou você? — Tinha raiva na voz de Stinger. Molly levantou suas sobrancelhas e endireitou-se. Aqui estavam eles, ambos sentados, nus, exatamente depois de ter


relações sexuais como uns animais selvagens, e toda essa euforia que uma vez a encheu desapareceu quando ela sentiu essa onda de propriedade vindo de Stinger. — Não, ele não me machucou. Apenas não nos víamos muito um ao outro por causa do clube, e ao longo do tempo nós apenas nos separamos como um casal. Por que estava dizendo isso a ele? Porque você se sente confortável com dele, por mais estranho que isso possa parecer, e falar com Stinger está sendo realmente fácil. — Eu posso ver como isso pode causar problemas, mas ele deveria ter arranjado tempo para você e seu filho, também. O MC é uma parte importante da vida de um membro, mas uma Senhora e as crianças também são. Molly engoliu, porquê de repente a emoção era espessa dentro dela. Balançando a cabeça, ela sabia que não era uma conversa que queria começar agora, especialmente pouco depois de ter tido um sexo incrível com ele. — Estou indo tomar um banho. Ele olhou para ela por um segundo e depois balançou a cabeça lentamente. — Eu deveria partir, visto que posso dizer que você está desconfortável. Seu coração trovejou mais uma vez, e por alguma razão inexplicável, ela estendeu a mão e pegou a mão dele. Isso estava sendo supostamente por esta noite, certo?


— Você não tem que sair. — Ela viu quando ele olhou para onde sua mão estava enrolada em torno do seu antebraço, mas antes que pudesse removê-la ele cobriu a mão dela. — Eu só quero que você saiba que não saio por aí dormindo com caras aleatórios. Na verdade, eu nunca fiz esse tipo de coisa antes. — E que tipo de coisa é essa? — Sua voz era firme, mas não havia esse domínio e controle atado dentro das palavras. Por que ela ficou tão envergonhada sobre sua pergunta? — Conhecer um cara por apenas uma semana e levá-lo para a minha cama. Um rosnado baixo o deixou, e os cabelos em seus braços se arrepiaram. — Levar um macho em seu corpo? — Ele estava olhando para a sua boca e, em seguida, baixou os olhos de tal modo que eles assumiram aquela característica sonolenta. E lá estava. Estava excitada novamente. — Sim, é isso. — Ela estava olhando para o rosto de Stinger. Ele olhou para ela, e mantiveram-se contemplando um ao outro por alguns segundos. Por um momento ela pensou que ele iria para mais uma rodada, especialmente quando baixou o olhar e viu que ele ostentava outra enorme ereção. Deus, este homem era insaciável, e ela percebeu que era também.


Stinger estava bem acordado. Na verdade, ele não dormiu muito na noite passada. Era difícil descansar quando havia uma mulher tão linda como Molly deitada ao lado dele. Seu urso foi um bastardo teimoso e muito ansioso, e, obviamente, o orgasmo que ele teve não foi suficiente para domar a fera. Ela poderia tentar agir como se só quisesse aquela única noite, mas ele sabia que ela queria mais, e sentiu algo a mais, com ele. A declaração que fez não era só de momento. Não, ele disse que era o seu dono e a reivindicou porque foi exatamente isso que ele fez na noite passada. Ela era dele. Stinger não se daria por vencido tão facilmente, e certamente não saia por aí dizendo coisas assim para mulheres com quem ficava. Mas ele também não iria forçá-la a algo que ficava desconfortável. Ela precisava de tempo, precisava perceber por si mesma que ela queria ser dele, e ele poderia esperar. Era um homem paciente, e quando ela era a causa, ele tinha todo o tempo do mundo. Mas havia também o problema com Malice, porque embora ele acreditasse que o Brothers pudesse vir a querê-la apenas porque ela o rejeitou, ele realmente achava que Stinger estava tentando avançar sobre o que ele pensava da sua família. A questão que Stinger via no futuro era que


Malice podia ser um problema se as coisas fossem levadas para o próximo nível e que ele e Molly progredissem em um relacionamento. Stinger esfregou uma mão sobre o rosto e amaldiçoou-se internamente. Que merda era essa de que ele queria que Molly envelhecesse a seu lado? Ele nunca viu uma mulher como mais do que algumas horas de prazer, mas quando ele a viu sentiu uma conexão instantânea. Claro que foi sexual, porque ela era uma mulher linda, mas não foi só isso. Stinger não acreditava em amor à primeira vista, ou duas almas que se tornam uma. No que ele acreditava era em seus sentimentos e seus instintos de urso, e ambos lhe disseram imediatamente que ela era para ele. Olhando para ela, Stinger teve que abster-se de alcançála e deslizar as pontas de seus dedos ao longo de sua espinha. Ela estava de bruços com a cabeça voltada para ele. Seu cabelo vermelho estava espalhado sobre a cama, e, embora ela tivesse colocado uma camisa grande, para seu desapontamento, ele ainda podia ver todas as suas curvas através do material fino e branco. Sua pele era leitosa, de cor creme, e sua língua inchou para lamber ao longo de cada linha suave em seu corpo. Mas o que realmente o excitava era suas sardas pequenas, pálidas e quase inexistentes que ladeavam a ponta de seu nariz e seguia ao longo das curvas de suas omoplatas. Como se o sentisse olhando, ela abriu os olhos lentamente, piscou algumas vezes e, em seguida, sorriu. Mas lá estava aquele olhar atordoado em seu rosto. — Oi. — Sua voz tinha aquele tom rouco como quem acaba de acordar, e se era possível, a deixou ainda mais sexy.


— Você ainda está aqui? — Ela sorriu, mas antes que ele pudesse responder, ela se levantou da cama. Seu cabelo era uma bagunça selvagem ao redor do rosto. Stinger não resistiu em levantar a mão e agarrar uma mecha de seu cabelo. Ele esfregou seu cabelo entre os dedos, adorando a textura sedosa dela, e depois inclinou-se para trazê-lo ao seu nariz. Será que ele estava agindo como um maldito idiota? Talvez para ela, mas a sua espécie precisava sentir o cheiro do que queriam, e agora ele a queria. Fortemente.

Antes

que

ele

vencesse

aquelas

últimas

polegadas que os separavam e tomar sua boca com a dele, ela colocou um dedo em seus lábios e sorriu. — Escovar os dentes é a primeira coisa que eu faço quando acordo. — E então ela saiu da cama e foi ao banheiro. Stinger sequer desviava o olhar de seu traseiro, aquele grande, redondo e firme traseiro que fazia seu pau começar a latejar. Ele queria fodê-la, queria separar-lhe as bochechas outra vez, olhar para aquele buraco apertado, e deslizar seu pau até o fim. Ela fechou a porta atrás de si quando entrou no banheiro e ele exalou alto. Depois do banho dela na noite passada eles conversaram sobre coisas — seguras—. Talvez ele não deva permitir-se ficar chateado com o que ela teve com

Malice,

mas a verdade era

que ele não estava

conseguindo não ficar chateado sempre que ele pensava sobre isso, mas ele teria que se acostumar com isso. Talvez não fosse tão ruim se aquele idiota do Malice saísse do caminho.


Uma batida na porta da frente lhe teve empurrado da cama. Ele vestiu seu jeans desabotoado e estava sem camisa. Mas ele não deu a mínima. O mais provável é que fosse a empregada. Ele se levantou e caminhou até a porta e, sem olhar pelo olho mágico, abriu. Mas é claro que não era a empregada. Malice estava do outro lado, o cheiro de sua colônia e do couro enchendo o nariz de Stinger. Malice olhou para ele por um segundo, e a raiva crescer na expressão do homem a cada momento que passava. Stinger apoiou um antebraço no batente da porta e inclinou-se para ele. Ele não podia

deixar

de

sorrir,

especialmente

quando

Malice

percorreu com o olhar o seu estado de semivestido. — Ela está no banheiro...— Stinger estava sendo um filho da puta agora, mas o cheiro de raiva que veio do Brothers era forte, o que fez seu instinto de urso ficar alerta. Seu animal queria sair e realmente rasgar o homem, ou manter seu lado humano superior, o que significava ser um idiota arrogante. — ... animador. — Ele olhou para baixo, viu que Malice tinha as mãos enroladas em punhos apertados, e sabia que estava prestes a ter uma briga. Mas Stinger estava mais do que pronto, porque a sua besta queria um pouco de sangue, e Malice era um homem que iria cumprir essa violência.


Malice bateu com o punho na lateral do Stinger. Foi como bater numa parede de tijolos, mas isso não o impediu de bater-lhe de novo e de novo. Ele não sabia o que aconteceu com ele, mas quando viu o Grizzly ali, com aquele sorrisinho na cara, tudo o que Malice podia ver era vermelho. Ele viu Stinger com Dakota, sorrindo, fazendo coisas paternais que só Malice deveria estar fazendo. Era como uma espécie de filme passando bem diante de seus olhos: Manhã de Natal com Stinger, Molly e Dakota sentados ao redor da árvore, outros feriados do quais Malice foi excluído e Stinger tendo que assumir. Este brilho vermelho tomou o seu lugar, e ele sentiu algo dentro dele estalar. Assim quando ele jogou todo o seu peso corporal em Stinger, eles se chocaram contra a parede e lutaram pela supremacia. — Seu filho da puta, — Malice grunhiu quando Stinger levou um golpe em seu rim direito. Eles se separam, e Malice viu a maneira como os olhos verdes de Stinger tornaram-se negros. Ótimo. Malice queria que aquele idiota perdesse o controle e não conseguisse voltar. Não havia medo de que se fosse contra um shifter ele não pudesse ganhar. Não era sobre quem era mais forte em suas formas humanas, porque eles eram iguais nesse departamento. Isso era sobre um shifter se tornando humano em sua forma animal, e Malice não ia sair dessa vivo. Isto era a única coisa que mantinha Malice calmo. Não era por causa do medo, mas o pensamento de

que

se

Stinger

não

pudesse

controlar-se

e

se

transformasse, ele nunca iria ver Dakota novamente. Mas


então ele ouviu a porta do banheiro se abrir, viu Molly sair, e sentiu o corpo de Stinger verificá-lo quase em todo o quarto.

Molly olhou-se mais uma vez no espelho e passou um dedo debaixo de seus olhos. Ela tinha olheiras sob eles, mas mesmo que ela tivesse apenas o melhor sono em um longo tempo, a exaustão ainda pesava dentro dela. Depois do banho, ela foi tentada a ir para mais um round com Stinger, mesmo que ela estivesse dolorida, mas ele não a tomou mais uma vez, e, em vez disso a abraçou até que ela adormecesse. Tê-lo tão perto, seus braços em torno dela, e a segurança que sentiu em torno dele, não deveria ter sido tão confortável. Sentindo convicção de que pela primeira vez na sua vida, ela não deixaria a cautela e sua mente controlarem sua vida, ela decidiu que talvez as coisas não fossem tão ruins se ela se permitisse explorar algo mais com Stinger. Estava claro que ele não queria apenas esta noite com ela também. O que de pior poderia acontecer? O som de algo quebrando no quarto fez com que abrisse a porta do banheiro e parasse diante da cena à sua frente. Malice e Stinger atracados e socando um ao outro. Sangue cobria o peito de Stinger e a camisa branca do Malice, mas ela não podia dizer quem era a pessoa que estava sangrando, ou se eram os dois. Malice estava gemendo e xingando, e Stinger estava fazendo esse barulho primal. Mas a violência e


testosterona que encheu o pequeno quarto podia ser sentida, e foi como eletricidade no ar. Stinger e Malice bateram na mesa onde a televisão estava, e ela caiu no chão. — Que diabos vocês dois estão fazendo? — Suas palavras foram como para ouvidos surdos e os dois homens continuaram a bater um no outro, batendo nos móveis e quebrando-os, e rosnando e mordendo um ao outro. — Parem—. Ela disse desta vez mais alto, mas ainda assim eles nem sequer reconheceram que ela estava ali.

Os dois

homens vieram em direção a ela, os punhos voando em rostos e os lados de cada um. Mas ela não foi rápido o suficiente e o grande corpo de Malice se chocou contra o dela, jogando-a para o lado. A parte de trás de sua cabeça bateu na parede com um sonoro baque, e uma dor foi irradiada por sua espinha. — Você vai pagar por isso, humano. — As palavras de Stinger estavam cheios de raiva. Molly piscou várias vezes para clarear a visão e viu os dois homens olhando para ela. Stinger tinha raiva incontida no rosto, e Malice tinha preocupação misturada com sua própria raiva cobrindo sua expressão. — Porra, Molly. Você está bem? Ela balançou a cabeça para limpá-la ainda mais. — Eu estou bem. — Ela passou a mão sobre a parte de trás de sua cabeça. — Onde está Dakota? — A enorme dor de cabeça já estava começando a se formar.


— Deixei-o com Tuck. Eu queria ter certeza de que estava tudo bem desde que eu tentei ligar e foi direto para a caixa postal. — Malice deu um passo à frente, mas parou quando Stinger fez um som baixo em sua garganta. Malice balançou a cabeça para o Grizzly e mostrou os dentes. — Cuidado, urso. Ela era minha antes mesmo de você a conhecer. — Sim, era— Stinger disse entre dentes. Stinger deu um passo ameaçador para a frente. — Rapaz, eu poderia rasgar-lhe completamente agora se eu deixasse meu urso sair. Malice enfrentou Stinger, mas Molly sabia que isso foi longe demais. — Parem com isso vocês dois. — Eles pararam de se encarar e olharam para ela. — O que diabos está errado com vocês? — Ela olhou para Malice e depois para Stinger. — Eu não sou mulher de ninguém mais, então eu não sei porque diabos vocês estão brigando por mim como bárbaros. — Sua cabeça

latejava,

o

que

acabou

adicionando

mais

aborrecimento. Sem esperar para lhes dar resposta, ela abriu caminho por eles, agarrou sua calça jeans que estava no chão e a vestiu. Nenhum dos dois falou ou se moveu, e quando ela teve todas as suas coisas colocadas numa bolsa ela se virou e olhou para eles. — Estou indo embora. Se vocês querem ficar se batendo como imbecis, vão ter que fazê-lo sem uma audiência.


E então, ela saiu do quarto e bateu a porta ao sair. Mas, logo que ela saiu, ela não foi para seu carro, mas ficou lá e percebeu que estava a pé. Ela não tinha um maldito carro, e agora parecia uma idiota. Ela começou a ir em direção ao escritório principal. Ela chamaria Lucien ou um dos outros caras. Eles iriam levá-la, e então ela pegaria Dakota e iria para bem longe de todo esse drama. Isso era o que ela estava evitando, porque quem diabos queria toda essa porcaria alfa MC em sua vida? Antes que ela pudesse dar cinco passos, ouviu o som da porta do motel se abrindo. — Molly, espere. — Foi Malice que falou. Ela parou, porque se não o fizesse, ela sabia que haveria uma cena. Virando-se ela viu Stinger sair do quarto. Ele manteve distância de alguns passos atrás de Malice, cruzou os braços sobre o peito nu e manchado de sangue, e olhou para ela. Um hematoma enorme alinhado ao lado de suas costelas, e seu lábio ferido. Ele virou a cabeça para cuspir um bocado de sangue e saliva. Malice não parecia muito melhor, com um hematoma se formando sob seu olho direito e um corte no osso da bochecha. — Sinto muito por iniciar essa merda lá dentro. — Malice passou a mão sobre a parte de trás de sua cabeça e pareceu realmente envergonhado. — Eu apenas surtei, eu acho. Eu vi que ...— Malice rangeu os dentes, obviamente, a ponto de insultar Stinger. — Eu vi Stinger de pé lá sorrindo e olhando como se você e ele tivessem essa conexão, e tudo que eu podia ver era uma família feliz, vocês três.


— Cuidado, Malice, — Stinger rosnou. Malice virou um pouco, apenas o suficiente para que ele pudesse encarar Stinger. — Eu estou falando com a mãe do meu filho, então cale a porra da sua boca. — Por favor, apenas pare. Vocês dois estão fazendo uma cena. — Ela olhou em direção ao estacionamento e viu um casal parado e olhando diretamente para eles. — Vão cuidar de suas vidas— Stinger gritou, o que fez com que os curiosos corressem para longe. Ela estreitou os olhos para Stinger, porque, obviamente aquilo estava criando mais de uma cena, mas tudo o que fez foi dar de ombros e sorrir para ela. Deus, por que seu corpo tem que se acender com a visão de seus dentes brancos retos sorrindo para ela? Havia ainda aquela barba que cobria suas bochechas e mandíbula, ou talvez fosse a iluminação natural que o fazia parecer ainda mais robusto. O som do ranger de dentes fez com voltasse os olhos para Malice. Seu rosto aqueceu ainda mais com o constrangimento de que seu ex provavelmente viu o jeito que ela estava olhando para Stinger. — Acho que devemos conversar. — Ele olhou por cima do ombro novamente. — Sozinhos. — Malice disse aquilo como que fazendo um grunhido. Ela olhou para Stinger, suspirou e assentiu. — Podemos, por favor, ter um minuto? — Ele não estava fora do páreo, porque Malice pode ter começado a luta, mas


Stinger queria continuar. Isso ficou evidente pela atitude arrogante que veio dele. Levou um segundo até se mover. Ele não parava de olhar entre ela e parte de trás da cabeça de Malice. — Por favor, Stinger. — Ela pediu com um tom mais suave desta vez. Emoções claras passavam em seu rosto agora,

bem

como um

bom

pedaço de testosterona

e

adrenalina. Finalmente, ele se virou e voltou para dentro do quarto, mas a forma como ele fechou a porta, forte e implacável, disse-lhe bem o suficiente que ele não gostava de deixá-la

sozinha

com

Malice.

Malditos

motociclistas,

arrogantes e controladores. Eles olharam um para o outro por um segundo, mas ela foi a primeira a quebrar o silêncio constrangedor. — Malice, o que diabos você pensa que está fazendo? — Ele não quebrou o contato com seu olhar e, em seguida, deu um passo em direção a ela. — O que quer dizer com o que diabos eu estou fazendo? — Com o tom duro e sem deixar espaço para nenhum argumento, ele a olhou como se ela tivesse de alguma forma o deixado chateado. — Você sabe exatamente sobre o que eu estou falando. Você não pode aparecer assim sem avisar e bater em um cara que abriu a porta do meu quarto de motel. — Ele não respondeu, mas ele apertou a mandíbula de novo com tanta força que sua expressão se tornou algo quase selvagem.


— Você é a mãe do meu filho, Molly. — Ele deu mais um passo para a frente. — E aquilo não é algo que eu entenda suavemente porra. — Espera aí, Malice. — Ela fechou os punhos com força, e ele foi pelo menos inteligente o suficiente para manter sua boca fechada. — Sim, estávamos juntos. Sim, eu era apaixonada por você. E sim, eu sou a mãe de seu filho. Agora era ela quem dava um passo adiante. Sua raiva subindo dentro dela. Começou quando os viu lutando no quarto, mas agora estava subindo para um nível vulcânico dentro do peito batendo com essa ‘atitude de você é minha’. — Mas qualquer coisa romântica que nós tivemos uma vez, acabou Malice. Você sabe disso, eu sei disso, e o único ainda vivendo no passado é você. Ele abriu a boca, mas a manteve fechada antes de dizer qualquer coisa. — Você pode ficar aí e me dizer que

continua

apaixonado por mim? — Ela cruzou os braços sobre o peito e olhou para ele. Quando ele não respondeu de imediato, ela continuou. — Sim, isso é o que eu pensei. Você sempre conseguiu o que queria, e é por isso que existe este grande problema agora. Não há uma pessoa que negaria você ou o clube, e por causa disso, você tem essa mentalidade de que qualquer coisa que você teve uma vez será sempre sua. Ele olhou para o chão, e durante vários minutos, não disse nada.


— Porra. — Essa foi a única palavra pronunciada, mas também veio com vários significados por trás dela. Não era o tom de derrota e reconhecimento de que ela esperava. Ele levantou a cabeça e olhou para ela. — Eu sei, merda, eu sei de tudo isso. — Ele esfregou o rosto com a mão e respirou. — Você não pode fazer a bagunça que fez. Ele ainda estava rangendo os dentes, mas ele não discutiu com ela. — Que merda! — Ele olhou para ela com um olhar duro. — Aquilo é quem você quer? Um urso shifter do The Grizzly MC? — Eu não sei o que quero, Malice, mas essa decisão só cabe a mim tomar. — Molly, eles são tão perigosos quanto Os Brothers, tão viciados e violentos como, se não mais, porque eles são animais condenados. Ela

balançou

momentaneamente.

a Ela

cabeça sabia

de

e

fechou tudo

isso,

os mas

olhos não

importava, porque se ela continuasse vendo Stinger, isso era com ela e ninguém mais. — Eu sempre vou cuidar de você, Molly. Ela estendeu a mão e tomou a sua grande mão na dela. — Eu sei, mas da próxima vez podemos falar sobre isso primeiro e socar cabeças depois? — Ela sorriu, na esperança de aliviar a tensão que ainda jorrava dele. Ele não respondeu, e havia uma parte dela que sabia que não estava tudo


acabado entre eles. Homens como Malice e Stinger, o homem alfa e motociclistas para arrancar, sempre tinham que lavar sua honra se achavam que foram ofendidos. Ela ainda estava com raiva dele, dos dois na verdade, mas ela esperava que as coisas dessem certo e se resolvessem, porque ela não estava prestes a ter o homem pelo qual estava começando a se apaixonar e seu ex tendo essas desavenças cada vez que eles estivessem na mesma vizinhança. Ele continuava de cara fechada. — Eu não posso entrar nesta merda agora com você, Molly. — Ele não olhou para ela enquanto falava. Ele suspirou. — E sobre o seu carro? Você já sabe alguma coisa? Ela não tinha, mas, novamente, não era como se houvesse passado muito tempo desde quando ela acordou para quando eles avançaram nas gargantas um dos outros. — Eu vou falar com Stinger. Era para eu ligar para ele de manhã...— Ela fechou a boca, porque obviamente não havia necessidade de chamá-lo já que passou a noite com ele. Claramente Malice percebeu isso também, porque ele cerrou os punhos mais uma vez. — Está bem. Já que você é a Senhora do Stinger agora, ele pode cuidar de você, mas homem nenhum vai vir e tomar o meu lugar na vida de Dakota. Antes que ela pudesse responder que ela não era Senhora de ninguém, e que ninguém jamais iria substituí-lo como o pai de seu filho, Malice foi caminhando até o seu SUV e

entrou.

Ele

arrancou

para

fora

do

estacionamento,


chamando atenção e levantando poeira no lote de terra batida, e depois foi correndo pela rua e para longe do motel. Molly ficou ali, olhando ele partir, não estava chateada por ele estar tão zangado, nem sentindo qualquer culpa, mas perturbada um pouco além da conta por ele ainda estar agindo assim. Ela não ouviu a porta se abrir, mas ela sabia que Stinger

estava

de pé

na

porta,

e provavelmente

testemunhou a coisa toda. — Os membros Grizzly MC agem assim quando as coisas não vão do jeito que eles querem? — Ela se manteve de costas para ele, ainda olhando para a estrada, mas tentando entender como uma situação pôde ir de pancadaria a humilhante. — Alguns deles, todos menos um dos Grizzlies na minha área têm companheiras agora, e isso abre um buraco no nível de possessividade. Assholishness. Molly não podia ajudar. Ela começou a rir. Virando-se, ela viu Stinger encostado no batente da porta. Ele ainda estava sem camisa, ainda tinha a calça desabotoada, mas já limpou o sangue. Aquele V formando as entradas no músculo do seu abdômen emoldurado pela trilha de pelos que levavam até ao seu membro que, embora não estivesse enrijecido, ainda estufava a frente de seu jeans. — Assholishness2? Eu não acho que isso é uma palavra. Ele sorriu, mas era mais uma inclinação com canto da boca. 2

Assassinato. Comportamento inadequado.


— É uma palavra quando se tem de lidar com um monte de ursos dominadores transformados que tomam suas mulheres. — Tomam? Isso soa tão horrível e.... análogo a escravo. Ele desencostou do batente da porta e caminhou em direção a ela, e antes que Molly soubesse quais eram suas intenções ele já tinha seus braços em volta de sua cintura. Ele a puxou para perto de seu corpo, deixando-a corada pelo toque, e depois a ergueu de modo que apenas as pontas de seus dedos estavam no chão. — Stinger... Ele cortou seu protesto com um beijo profundo. O sabor de hortelã cobriu sua língua quando ele a deslizou no interior de sua boca. Com seus braços apertados em torno de seu corpo, ele os guiou até que estavam de volta no quarto de motel. Ele fechou a porta, a colocou no chão, e parou o beijo. — Eu poderia tomá-la de novo, Molly. Agora. — Ele pegou a mão dela e colocou-o sobre sua ereção. Ele estava duro e enorme, e instantaneamente ela ficou molhada. — Você sente o que faz comigo, baby? — Ele abaixou a cabeça para que sua boca pudesse tocar na curva de seu pescoço. Ele inalou novamente, e embora ela admitisse que aquilo fosse estranho, havia uma parte muito feminina dela que se derretia com isso. Este homem não era só um motociclista teimoso e corajoso. Ele também era um animal selvagem que podia despedaçá-la só com as mãos. Havia essa percepção assustadora ante esse pensamento, mas aquele medo se


misturava com sua excitação criando esta sensação explosiva dentro dela que a fez sentir-se como uma espécie de ninfa apenas para Stinger. — Eu nunca quis uma mulher tanto quanto eu quero você. — Ele passou a língua por toda a extensão de seu pescoço. Ela fechou os olhos, incapaz de mantê-los abertos por mais tempo. — Eu acho isso difícil de acreditar. — Suas palavras saíram tensas, sem fôlego, clamando por ele tanto quanto ele clamava por ela. Ele impulsionou seus quadris para frente, apenas uma polegada,

e

apenas

o

suficiente

para

ela

sentir

o

comprimento, densamente coberto apenas por jeans. — Você pode acreditar no que quiser, mas eu não minto. Nunca, baby. — Ele gentilmente mordiscou o lóbulo da sua orelha. — Eu poderia te foder mais três vezes hoje e ainda não ser o suficiente. — Ele usou seu corpo para pressioná-la até que estava andando para trás. A cama interrompeu seus passos, e a respiração dele acelerou contra sua carne. — Mas você teria que me dar sua doce bocetinha, você me daria, Molly? — Ele moveu as mãos sobre os seus seios e os cobriu uma vez que só estavam escondidos dele apenas pelo algodão fino. — Sim, você a daria para mim novamente. Você me deixaria ter você de qualquer maneira que eu queira. — Ele moveu as mãos em torno de seus quadris, para baixo da sua parte inferior das costas, e as curvou em torno de sua bunda. — A sua boceta é viciante, mas da próxima vez que eu


deslizar meu pau em seu corpo, vai ser na sua bunda, Molly. — Ele segurou a beira de suas calças molhadas, e puxou-as até que o tecido forçado marcou as bochechas de seu traseiro. A costura esfregou ao longo do buraco enrugado de seu traseiro, e mesmo achando que aquilo não deveria ser excitante, quando ele moveu uma de suas mãos para seu seio direito e começou a incitá-lo abrindo e fechando o bico ela ficou toda molhada e extasiada com a luxúria. Ela moveu a palma de sua mão para cima e para baixo em seu comprimento, o deixando mais rígido sob seu toque, e virou a cabeça para o lado para que seus lábios estivessem junto de suas bochechas. Stinger virou a cabeça para o lado também, e seus lábios roçaram levemente. Não houve qualquer pressão adicional, mas não havia necessidade de ter. Suas respirações aumentaram o ritmo, e ela amava os sons profundos que vinham dele. Seu clitóris latejava, formigava, e a umidade foi um fluxo constante de sua vagina. Ela o queria, mas ao mesmo tempo ela sabia que deveria estar zangada com ele para brigar com Malice. Aquele aborrecimento a levantou, mas seu desejo era muito mais forte, e ela afundou nele. — Você está chateada. — Ele não disse isso como uma pergunta e manteve os lábios ligeiramente pressionados ao dela enquanto falava. Por alguma razão não o beijando, mas ainda assim estar tão perto de fazê-lo era mais erótico do que o ato em si. — Você deveria estar. — Ele continuou a fazer círculos com seus dedos ao redor da carne de seus seios, provocando o mamilo com a palma da mão, e respirando


pesadamente contra sua boca. — Mas você também deve saber que eu recuei. Eu poderia facilmente ter acabo com o Malice, e tudo o que eu precisava para fazer isso era uma mudança. — Deixando de lado sua bunda e deslizando a mão até o meio das costas, ele enterrou a mão em seu cabelo e agarrou uma mecha dele. No começo, ele não fez nada, mas manteve os bloqueios, massageando o couro cabeludo, e dando-lhe essa sensação de conforto. Mas então tudo mudou quando ele virou a cabeça dela para trás, expondo seu pescoço, e imediatamente correu os dentes ao longo do arco de sua garganta. — Mas eu não fiz isso, Molly, porque por mais que Malice precisasse ter seu traseiro chutado por agir como um tolo, eu não quero feri-la ainda mais. — Ele afrouxou seu aperto em seu cabelo suficiente para ela levantar a cabeça e olhá-lo nos olhos. — Você é tão cheio de merda. — Ela respirou tão desperta que estava prestes a ter combustão espontânea. Ele sorriu, mostrando os dentes brancos, todos retinhos mais uma vez. — Malice é um grande filho da puta, eu não estou debatendo isso, mas ele não é páreo contra o meu urso. — Ele sustentou seu olhar. — Ele gosta de ter controle sobre tudo, eu podia sentir o cheiro disso. — Sim, ele sempre foi assim. — Ela não queria falar mais sobre Malice. Na verdade, ela não queria falar sobre isso. — Eu não pertenço a ninguém. — Molly admitiu, mas


apenas para si mesma, que ela disse isso parcialmente para provocar Stinger. Ela queria ele primário e dominador. Aquele sorriso desvaneceu-se rapidamente de seu rosto, e ele agarrou e puxou a mecha de seu cabelo novamente. — É aí que você está enganada, menina bonita. — Seu olhar era inabalável, sua expressão dura como uma pedra. — Você é minha, foi minha no momento em que a vi. Mas tudo isso foi cimentado quando eu tive meu pau dentro de seu corpo. — Ele se inclinou para perto para que eles ficassem nariz-com-nariz,

e

mostrou

os

dentes.

Suas

pupilas

dilataram, e ela sabia que seu urso estava tomando controle. O homem para quem ela estava olhando era uma fera selvagem no momento, mas ela abraçou essa realização. — Como você pode querer tanto alguém que você acabou de conhecer? — Molly o questionou tanto quanto ela estava perguntando a si mesma. — Quando há alguma coisa neste mundo que consome sua mente, a faz se concentrar, e faz o seu coração bater mais rápido do que jamais fez antes, você luta por isso até que sangue seja derramado e ossos quebrados. — Disse Stinger com tanta determinação que ela não teve escolha a não ser acreditar nele e aceitar suas palavras. — E você é isso para mim, Molly. — Ele segurou o lado de seu rosto e correu seu polegar ao longo de seu lábio inferior. — Isso faz sentido? Porra, não. Mas não há muitas coisas pelas quais valha a pena lutar neste mundo. — E então sua boca estava na dela,


e ele a beijou como se estivesse morrendo de fome e ela era sua última refeição. Quando ele a tomou desta vez, ainda era primário e intenso, mas também havia gentileza em seus toques, beijos e investidas. Ele estava mostrando a ela sem palavras o que ele lhe disse, e Molly aceitou tudo e se entregou. Ela só esperava que isso não saísse pela culatra, e que ela não vivesse para se arrepender

de

ter

se

apaixonado

tão

rápido

ou

tão

intensamente pelo shifter Grizzly MC.

Malice estava chateado, incrivelmente chateado, e ele precisava se livrar disso para que não transferisse essa energia negativa para Dakota, que estava lá fora brincando com seu caminhão. Quando ele abriu a porta do clube com tanta força que ricocheteou na parede e todos pararam o que estavam fazendo, ele apenas deixou escapar um rosnado baixo e caminhou em direção ao bar. Era muito cedo para uma bebida, mas porra isso pareceria bom agora, como se fosse tirar está selvageria de dentro dele. Ok, então Molly e Stinger tinham algo agora. Ele não achava que era apenas uma ficada passageira em um quarto de motel, porque a forma como o outro motociclista lutou por ela, agiu como se ela fosse sua, deixou isso muito claro que ele estava com a mãe de seu filho. — Merda. — Ele passou a mão sobre o rosto e respirou.


Uma das meninas que trabalhava no clube foi para trás do balcão e pousou o pano que ela vinha utilizando para limpar sobre o balcão. — Você está com sede ou apenas de passagem? Malice olhou para ela, viu que ela era uma das novas garotas do clube, e sacudiu a cabeça. Não, ele não precisava de álcool para fazê-lo sentir-se menos assassino. — Nada. — Ele a dispensou e respirou. — Você está bem, cara? — O som da voz de Pierce ao lado dele tinha Malice colocando as mãos e virando a cabeça para o lado. Ficou claro que Pierce acabou de subir, e ele fedia como bebida velha e sexo. O outro motociclista apoiou o cotovelo no balcão e passou a outra mão sobre seu cabelo preto curto. — Eu estou bem. — Malice não estava a fim de conversar com ninguém agora, muito menos com alguém que não era nem membro ainda. Mas, o ano de Pierce estava quase terminando, e ele era um homem bom e fiel. Ele faria uma grande adição para The Brothers of Menace, mas isso era um voto do grupo, e isso ainda não aconteceu. — Eu não quero falar sobre isso. Pierce assentiu. — Ok, cara, isso está na cara... Malice olhou para o outro homem, dizendo sem palavras que

os

hematomas

e

cortes

em

sua

luta

anterior,

provavelmente, não eram a melhor coisa a falar sobre agora.


Uma mulher que parecia que também apenas acabou de se levantar, e foi fodida desde domingo, veio tropeçando para fora de um dos quartos dos fundos. Seu cabelo loiro parecia um ninho de ratos no lado de sua cabeça, a maquiagem borrada debaixo de seus olhos, e suas roupas – o que restou delas de qualquer maneira — estavam todas tortas em seu corpo. — Hey, baby. — Ela passou a mão sobre o braço nu de Pierce. O motociclista não estava usando uma camisa, e seu peito, braços, e até mesmo as costas de suas mãos estavam cobertas com tatuagens intrincadas. Basta ver Pierce andar na rua que ele provavelmente não assustaria ninguém, dado o seu tamanho enorme e os piercings e as tatuagens que ele ostentava. Pierce a empurrou, mas virou-se para que ele pudesse encará-la. — Obrigada por ontem à noite. Foi uma coisa muito educada a dizer a uma mulher que ele apenas fodeu, mas não era como se Malice nunca tivesse dito essas palavras. Malice se virou e viu Lucien saindo de um dos quartos dos fundos, já vestido com calça jeans, camiseta, parecendo que acabou de sair do banho. O Presidente parou quando viu Malice observando-o, em seguida, levantou uma sobrancelha escura quando ele olhou em sua face. Lucien inclinou a cabeça para a sala de reuniões e dirigiu-se em direção a ela.


— Eu vou pegar você mais tarde, — Malice disse a Pierce, mas antes que o outro homem pudesse responder Malice estava se movendo em direção à sala que Lucien indicou. Ele fechou a porta uma vez lá dentro, e olhou para as costas do Lucien. O outro homem estava olhando pela janela que estava posicionada logo atrás no seu lugar na cabeceira da mesa de reunião. — Eu espero que o outro cara tenha, pelo menos, levado uma surra também. — Lucien não olhou para ele depois que falou, mas Malice podia entender o tom de piada em sua voz. — Foi o shifter urso, não foi? — Ele deu a volta deles e olhou para Malice com uma expressão estoica. — Stinger? Malice suspirou, passou a mão ao longo de sua mandíbula e sobre sua barba, e sabia que começar qualquer coisa com o Grizzlies não estava no melhor interesse do clube uma vez que Molly não era dele. Ele assentiu. — Sim, eu entrei numa briga mais cedo com ele. Ele tem alguns arranhões também. Lucien

assentiu

com

a

cabeça,

mas

manteve

a

expressão neutra. O ferimento de Malice continuava a sangrar ferozmente, e ele sabia que embora não tivesse o direito de brigar com Stinger por Molly, ele ainda iria brigar com qualquer outro que se metesse. Ele estava se sentindo muito feroz agora, como se ele pudesse socar uma parede de concreto e nem mesmo sentir.


— Você está tentando ter a Molly de volta ou algo assim? —, Perguntou Lucien com toda a seriedade em sua voz. Malice

não

respondeu

de

imediato,

porque,

honestamente, ele não sabia como estava se sentindo. — Nós não estamos juntos já faz um longo tempo... — No entanto, você está começando uma confusão com outro clube – um com o qual termos boas relações — e você não sabe se quer ela de volta? — Não havia raiva ou animosidade na voz de Lucien, mas ele não queria uma resposta, aquilo estava claro no seu tom. — Eu não sei como me sinto sobre isso, mas o que eu sei é que eu não vou deixar a porra de um imbecil — Grizzly ou não — ser pai para o meu filho. — Malice estava ficando irritado, e ir para o celeiro para uma luta estava soando mais que tentador a cada segundo. Lucien o encarou por alguns segundos e, em seguida, balançou a cabeça lentamente. — Faça o que você tem que fazer, mas é bom que o resultado valha pena e não interfira com o clube, Malice. — Ele sustentou o olhar de Malice com a seu. — Eu estou falando sério. Malice

grunhiu

em

resposta,

pois

sabia

que

se

respondesse verbalmente o que tinha em mente, então ele poderia dizer algo que não era adequado ao seu Presidente. — Mas eu queria falar com você de qualquer maneira.


— O que foi? — Ele se encostou na parede e olhou para Lucien. — Eu estava conversando com Marx de Fairview, Utah, e ele pode precisar de alguma ajuda lá nas próximas semanas. — Ok, o que está acontecendo? — Ele tem algumas meninas que trabalham no clube, mas por causa dos MC estarem sediados na parte de trás daquela cidade, a igreja e alguns dos policiais que não podem recuar por pressão de religiosos e piqueteiros que acham que é um pecado e coisa do diabo trabalhar com prostituição, eles talvez tenham que tirar as mulheres de lá. — Por que não fazemos logo isso de uma vez? Quero dizer, se está ficando ruim ao ponto de serem atingidos e precisarem de nossa ajuda, não deveríamos apenas agir agora? Lucien deu de ombros. — Nada de decisão precipitada. Marx vai ficar em contato, mas ele sabe que estamos mantendo algumas mulheres aqui, por isso ele entrou em contato conosco. Malice assentiu, embora para ele parecesse mais lógico agir logo de uma vez se já estava começando a dar merda. — De qualquer forma, se a coisa ficar feia, eu quero que você e mais alguns homens vão até lá peguem as garotas e as tragam para cá. Talvez Rock e Ruin, mas vamos descobrir se e quando teremos que agir. — Sim, tudo bem.


Lucien foi em sua direção e agarrou seus ombros, dando-lhes um aperto forte e poderoso. — Molly é uma boa mulher, esperta como ninguém, também. Ela sabe o que está fazendo, Malice, mesmo que isso seja se envolver com Stinger. Malice olhou nos olhos de prata misteriosos de Lucien. O cabelo escuro curto do presidente ainda estava molhado, e o cheiro da mesma marca de água de colônia que ele usava durante os últimos dez anos encheu seu nariz. Ele nunca se desentendeu com Lucien, nunca teve uma razão para isso, e ele também sabia que o que ele disse era verdade. Molly era todas essas coisas, e talvez isso fosse mais sobre ele exercer algum tipo de dominância besta, e também o medo de que o Grizzly, de alguma forma, tirasse o seu filho dele. Tudo aquilo era sério para Malice, e até que ele descobrisse o que diabos ele ia fazer sobre tudo isso, ele não ia pensar muito sobre o futuro. — Apenas saiba o que está acontecendo dentro de você, ok? — Com isso Lucien o soltou e o deixou sozinho com seus pensamentos.


Stinger deixou Molly sair com o carro para que ela pudesse verificar as prostitutas horas atrás. Talvez Stinger não devesse chamá-las assim, mesmo sabendo que essa era a — profissão— que escolheram, mas era o que era. Uns caras consertaram seu carro e o levaram até ela, e embora ela planejou sair de Steel Corner e voltar para Brighton hoje, ele conseguiu convencê-la a ficar mais uma noite. Sim, sua mulher estava causando mudanças nele, e as palavras — boceta molhada— vieram mais de uma vez a sua cabeça desde que ele voltou a sede do clube. Stinger não tinha nem mesmo precisado dizer que ele tinha uma mulher, e que a reivindicou como sua companheira para os outros membros do Grizzly entenderem o porquê de ele estar agindo tão fora de costume. Desde que ele foi baleado por Trick vários meses atrás, ele admitiu, apenas para si mesmo é claro, que ele se perdeu em si mesmo. Ele nunca pensou em si mesmo como fraco, mas quase morrer tende a colocar a vida em perspectiva para um homem. Mas Stinger, assim como qualquer outro membro do Grizzly, era muito bom em manter seus podres enterrados, e embora ele soubesse que seus Brothers sabiam que ele provavelmente estava agindo distante por causa do


incidente com Trick eles nunca o cobraram por isso. Todos eles tinham seus próprios problemas, demônios e desafios para enfrentar. Mas eles lidavam com isso, e se eles quisessem ajuda havia um compromisso de que todo e qualquer Grizzlies estaria lá. Eles poderiam funcionar com a sua própria auto versão, certificando-se de seus problemas e raiva eram em sua maioria enterrados. Claro que havia sempre aquele deslize, como o que aconteceu quando Dallas perdeu seu filho e sua ex, e quando qualquer um dos membros do clube encontra suas companheiras. Havia emoções que nem mesmo um fora da lei poderia esconder. Depois que ele a levou novamente no quarto de motel, desta vez por muito mais tempo que dá última, ele sentiu-se no limite e a ponto de rasgar sua pele. Ele poderia ter fingido que não estivesse irritado com a façanha de Malice, mas o fato era que ele estava tão irritado que ele queria destruir algo até que seus dedos sangrassem. — Cara, você está prestes a mudar. Stinger dirigiu um olhar cortante a Diesel, que estava rindo para ele por cima da mesa de bilhar.

Ele estava

esperando um bebê com sua companheira, Maggie. Stinger sinceramente nunca pensou que ele viveria para ver o dia em que o Grizzly MC VP iria sossegar, mas quando ele tomou Maggie houve uma grande mudança na fala áspera do motociclista violento.


— Foda-se— Stinger rangeu os dentes e, em seguida, se afastou de Diesel, assim que o outro homem começou a rir ainda mais. — Quem está ficando fodido? — Court saiu do quarto dos fundos com uma caixa de cerveja nas mãos. Ele estava sorrindo, e não havia dúvida de que ele sabia sobre o que diabos eles estavam falando. Ele só queria ser um idiota inteligente. — Você, quando eu enfiar minha bota no seu rabo. E eu estou prestes a fazer o mesmo com aquele filho da puta. — Stinger encarou Diesel, que estava rindo tanto que tinha que apoiar a mão na parede para se sustentar. — Pode rir, filho da puta. Court colocou a caixa de cervejas no balcão e respirou profundamente. Ele olhou para Stinger, e uma expressão sombria cobriu o rosto. — Você está no limite, homem. Tudo isso porque você finalmente reivindicou uma mulher? — Court encostou-se no balcão, mas não esperou Stinger responder. — Porque eu vou te dizer, se você está lutando contra isso, não faça. Isso só vai se tornar mais doloroso, e você só vai perder no final de qualquer maneira. — Verdade —, disse Diesel atrás dele logo antes do som de bolas de bilhar encherem a sala. — Você já viu isso acontecer com todos nós. É melhor só enfiar o rabo entre as pernas e se render.


— Eu não estou tentando lutar contra reclamá-la. Molly já é minha. Eu deixei isso bem claro para ela e para aquele filho da puta do Malice quando ele apareceu no quarto de motel esta manhã. — A sala ficou em silêncio, e ele olhou em volta para ver todos os membros do MC olhando para ele. Ele não contou a ninguém que a mulher com quem estava foi companheira de Malice, nunca sequer disse a eles que ele a queria. Embora Dallas tenha percebido que algo estava acontecendo desde que foi ele quem o impediu de chutar o traseiro de Malice ao voltar do armazém quando tudo que ele fez foi falar com Molly. — Estamos falando do Malice do The Brothers? — Drevin perguntou de trás do bar. Stinger queria dar uma resposta à altura, porque ele estava no limite e qualquer pequena irritação perturbava seus nervos, mas em vez disso ele balançou a cabeça e apertou a mandíbula. — Stinger, cara, eu realmente apoio você tomar o que é seu, e cuidar de uma mulher que você queira como sua companheira, mas você tem certeza que quer ir lá? — Perguntou Jagger. Stinger não respondeu de imediato, mas ele fez a varredura da sala. Todos os membros estavam na sede do clube: Diesel, Court, Dallas, Brick, Drevin, e até mesmo Jagger. Eles amavam suas mulheres, mas às vezes eles também precisavam estar com a equipe, e agora ele estava grato que eles estavam todos juntos. Além disso, alguns deles


tiveram que ir para o celeiro para organizar as lutas, e certificarem-se de que as coisas ficarão sãs uma vez que alguns dos Brothers estavam se preparando para as lutas sem luvas com alguns outros seres humanos. Ele não respondeu, e em vez disso dirigiu um olhar para o Presidente dos Grizzly. Jagger levantou as mãos em sinal de rendição. — Não cara. Você sabe que o clube te apoia, mas também não queremos entrar em atrito com outro clube com o qual estamos bem, certo? — Isso foi dito como uma pergunta, mas havia também a sugestão de um aviso. — Eu só quero ter certeza de que você sabe no que você está se metendo. — Jagger trouxe sua cerveja à boca e tomou um longo gole. Ele terminou e colocou a garrafa vazia na mesa. — Além disso, se alguém pensasse em se meter entre minha companheira e eu, — Jagger assumiu um olhar duro, ameaçador. — Eu acabaria com ele até que não restasse mais nada. — A sala ficou em silêncio depois que o presidente falou, mas não era só Jagger que se sentia assim. Qualquer membro do Grizzly MC acabaria com qualquer um se isso significasse se meter entre eles e suas mulheres. — Mas se ela não está mais com Malice, por que ele continua entre vocês dois? — Perguntou Drevin. — Ele acha que tem algum tipo de porra de direito sobre ela porque já estiveram juntos e tiveram um filho, embora eu ache que seja mais do que isso. Eu acho que ele sente que eu estou tentando entrar e tirar-lhe a criança ou algo assim. — Stinger contemplou o tamanho do clube. Ele precisava lutar para queimar um pouco dessa energia selvagem dentro dele.


Eles estariam no celeiro em breve, e então ele estaria transformado e poderia liberar toda aquela energia selvagem de dentro dele.

Molly olhou para o último ferimento em uma das meninas na cabana dos Brothers, e sorriu para ela. Todas elas estavam cicatrizando bem, e Molly podia ver uma mudança visível nas meninas, ver a sua confiança e sua força retornar. Ela pode não concordar com a forma como elas levam a vida, mas ela não tinha espaço para julgar ninguém. Ela arrumou os suprimentos médicos que Lucien comprou para as mulheres, e saiu da sala onde tinham todos reunidos. O som de várias Harleys cantando do lado de fora a fez caminhar até a janela e olhar para fora. Ela viu alguns caras do clube estacionar suas motos na frente da casa, e viu a SUV de Malice. Seu ex desceu do veículo e tirou seu filho do banco de trás. Embora Malice tivesse um olhar muito irritado em seu rosto, quando Dakota começou a falar com ele seu rosto mudou para uma expressão que era mais suave. Dakota estava praticamente saltando para cima e para baixo, e ela pegou sua bolsa do chão ao lado da porta e se dirigiu para fora. Ela realmente não queria seu filho aqui. Sem ofensa para as mulheres, mas ela não iria adoçar o que aquele lugar realmente era — um bordel.


Ela abriu a porta e saiu para a varanda.

Alguns

membros do MC estavam encostados no corrimão. Eles olharam para ela, deram-lhe uma saudação inclinando o queixo, e então voltaram a falar uns com os outros. — Momma. — Dakota gritou de sua pequena voz e veio correndo até ela. Ela o pegou, e o ar a deixou quando ele passou os braços em volta de seu pescoço e apertou. Molly olhou para Malice, que estava fazendo um bom trabalho ao evitá-la. Deus, ela sentiu como se estivesse no ensino médio. Malice se afastou dos caras que estavam desmontando de suas motos, e caminhou em direção a ela. — Você está saindo agora? Ela colocou Dakota no chão, e ele correu para Pierce, que foi até eles em torno da casa. — Avião—, Dakota gritou para fora. Pierce sorriu e pegou Dakota. Ele prontamente o colocou em seus ombros e correu em torno da propriedade. Molly não podia deixar de rir com a visão de um motociclista gigante, musculoso correndo por todos os lados só porque seu filho pediu. Ela olhou para Malice. — Ainda não. Na verdade, talvez eu fique mais um dia. Malice não mostrou qualquer expressão em seu rosto. — Por causa do Stinger? — Ele manteve a voz baixa e controlada.


— Isso realmente importa? Além disso, não é como se eu estivesse de folga, e eu tenho certeza que você gostaria de ver Dakota mais um dia se você não estiver ocupado. — Ser uma enfermeira de asilo permitiu a ela poder fazer sua própria agenda, mas estar naquele tipo de trabalho significava sempre ter de lidar com pessoas morrendo. Não era de todo ruim. Ela podia oferecer conforto e força em estar com eles durante seus últimos momentos de vida, facilitando a sua passagem e não lhes permitindo morrer sozinhos. Era um trabalho gratificante tanto quanto ele era deprimente. Ficar algum tempo longe, mesmo que fosse apenas vinte e quatro horas, era uma coisa agradável. — Onde você está ficando? Naquele motel? — Uma vez que as minhas opções são limitadas, sim. — Bem, então se você vai ficar mais um dia, importa-se se eu continuar com Dakota? É que não passo muito tempo com ele tanto quanto eu gostaria. — Ele olhou para seu filho. — Claro, desde que você tenha o tempo extra. Ele encolheu os ombros. — Eu sempre tenho tempo para o meu filho, Molly. — Quando ela não respondeu, ele passou a mão pelo cabelo escuro e curto, bagunçando os fios para que eles se arrepiassem. — Se você tem certeza, então eu sei que Dakota gostaria de passar algum tempo com você. Ele assentiu.


— Eu tenho algumas coisas para cuidar mais cedo esta noite, mas eu posso passar pelo motel e levá-lo depois disso. Eu te ligo quando tiver resolvido. — Ok. — Eles olharam um para o outro por alguns segundos, e ela odiava que havia este constrangimento entre eles. Eles poderiam estar separados, mas sempre houve uma comodidade ao verem um ao outro. Agora era apenas estranho. — Escute, eu pensei muito, e você está certa. Isso fez com que ela levantasse uma sobrancelha, surpresa. — Você está realmente concordando comigo em alguma coisa? Sobre o que exatamente? Ele olhou para os dois caras que estavam conversando na varanda, e esperou até que eles olhassem de volta. — Vocês podem encontrar algo para fazer? Em outro lugar? — Os caras balançaram a cabeça e saíram da varanda. — Ouça, Molly, eu sabia que as coisas acabaram no momento em que você terminou comigo. Eu nunca tive qualquer tipo de ilusões que iríamos voltar a ficar juntos. Ela permaneceu em silêncio, porque, pela primeira vez, desde que eles se separaram eles realmente estavam falando sobre isso. Parecia estúpido fazer isso agora já que muito tempo passou, e especialmente porque Malice vinha agindo de modo contrário apesar do que ele acabou de dizer.


— Eu sou teimoso e gosto que as coisas funcionem do meu jeito. Você sabe disso melhor do que ninguém. — Ele olhou para o chão por um segundo, como se estivesse tentando organizar seus pensamentos, e, em seguida, olhou para ela mais uma vez. — Eu não vou mentir e dizer que eu não estou extremamente irritado e com ciúmes porque você me deixou, mas não é porque eu acho que ainda tenho uma chance com você. Eu a amo, mas eu não estou apaixonado por você, e eu sei que você sente da mesma maneira. Ela não respondeu, porque gostou que ele estava sendo tão honesto. — O fato de você ter dito que não gostava do estilo de vida MC, mas, em seguida, ter me abandonado e ido para outro membro do MC doeu, mas foi o meu orgulho que foi ferido, Molly. — Eu não terminei as coisas e propositadamente fui ficar com outro motociclista, Malice. — Sim, eu sei, e parece totalmente ridículo, uma vez que já passou muito tempo, mas é assim que eu me sinto, você sabe disso. Ela assentiu com a cabeça. — Malice, não é como se nós tivéssemos acabado de terminar. Fazem quase dois anos. Eu não entrei assim em um relacionamento com outro membro do MC. Ele estava rangendo os dentes de novo, um mau hábito que tinha quando estava perdendo o controle.


— Eu sei disso, Molly, mas acho que a parte idiota teimoso

de

mim

disse

'foda-se'

para

esse

ponto.

Independentemente disso, eu acredito em manter os meus perto de mim, e eu ainda a considero assim. Ouvi-lo

dizer

isso

foi

surpreendente.

Ele

estava

admitindo que ele estava errado, e aquela foi, talvez, a primeira vez desde que o conhecera que ele realmente fez isso sem rodeios. Mesmo sabendo que fez alguma coisa errada, Malice nunca se desculpava. Ele fazia outras coisas: jantar, flores, sexo. Era como ele era, e como todos os homens da sua raça eram. Um Brother era um tipo diferente de homem. Eles eram homens determinados, dominantes, que estavam acostumados a levar a vida de uma determinada maneira. O pai de Malice foi um membro dos Brothers de Menace, isso estava no sangue de seu ex. Ele cresceu nesse mundo, e era uma atmosfera muito diferente da que um membro não-MC viveu. — Escute, eu não vou ficar no caminho de ninguém, ok? Você quer ele, tudo bem, fique com ele. Mas de nenhuma maneira do caralho Stinger será um pai para o meu filho. Molly balançou a cabeça. — Deus, Malice. Eu vou dizer isso de novo, porque, obviamente, quando eu lhe disse isso depois que terminamos você não compreendeu. — Ela desceu os degraus da varanda e parou na frente dele. — Ninguém vai tomar o seu lugar como o pai de Dakota. Não importa se eu tenho um relacionamento com Stinger, ou qualquer outra pessoa. Isso


não é uma preocupação que você precisa ter, ok? — Eles olharam um para o outro por alguns segundos. — Isso não é uma preocupação, porque não vai acontecer. — Ele olhou para Dakota e Pierce, que estavam caminhando até eles. Dakota estendeu os braços para ela, e ela o puxou para fora dos ombros de Pierce. — Você quer passar mais uma noite com papai? — Dakota começou a divagar depois que ela disse isso, e Molly sorriu para a emoção na voz de seu filho. Estando tão longe significava que ele não conseguia ver Malice, tanto quanto qualquer um deles teria gostado. — Papai virá buscá-lo mais tarde, ok? Diga tchau a ele até então. — Ela beijou Dakota na bochecha. Ela entregou-o para Malice e virou-se para pegar suas coisas da varanda enquanto eles se despediam. Concordar em ficar mais um dia foi tanto para ela quanto para ele e tudo porque Stinger lhe pedira. Ela queria passar mais tempo com ele, queria conhecê-lo mais e não apenas no nível sexual. Claro, eles falaram sobre si mesmos, mas foram breves, e entre beijos calorosos. Mas havia também uma parte muito egoísta dela que queria mais do que apenas falar. Tê-lo em cima dela, e dentro dela, foi uma experiência que ela nunca teve antes. E se Malice não fosse capaz de ficar com Dakota novamente hoje à noite? Bem, isso teria sido ok, porque se as coisas estavam para progredir naturalmente com ela e Stinger ele precisava conhecer seu filho. Ela também queria que Dakota gostasse de Stinger, e se seu filhinho não gostasse, então ela teria que avaliar isso


também. Seu filho significava mais para ela do que qualquer relacionamento, mas ela também não podia negar que havia algo mais do que uma ligação sexual entre ela e Stinger, e ela queria saber o quão profundo que era. Ela pegou sua bolsa e se dirigiu de volta para onde Malice estava ajoelhado na frente do Dakota. — Não diga a mamãe, — Malice disse, e piscou para seu filho. Ele levantou-se e virou-se para encará-la. — Eu te ligo quando souber a hora exata que eu vou estar lá para pegá-lo. Ela assentiu com a cabeça, e não havia este silêncio desconfortável que se estendeu entre eles novamente. — Eu espero que as coisas possam se acalmar entre nós, Malice. — Carinha, por que você não espera a mamãe no carro? Ela vai ajudá-lo com o cinto. Dakota correu para o carro dela, mas um dos rapazes estava lá para abrir a porta para ele. — Como está indo à reconstrução? — Ela queria falar sobre algo seguro e que não fosse uma confrontação. Ela olhou para Dakota e Pierce, que estava ajudando-o na parte de trás do carro. Perguntar sobre como a construção da casa para as mulheres estava indo parecia uma boa ideia. — Boa. Eles começaram a derrubar tudo. O nivelamento está sendo feito e a fundação começa nos próximos dois dias.


— Você acha que vai estar terminado até o final do mês? — Ela realmente não falava com Malice, pelo menos não sobre coisas que fossem sobre eles ou Dakota. — Sim. Temos o Grizzlies ajudando com a construção, e Lucien chamou alguns outros caras para ajudar, por isso não vai demorar muito. Ela assentiu e juntou as mãos na frente dela. O som de Dakota rindo quebrou um pouco do silêncio repentino. — Eu tenho pensado em lhe perguntar, mas não sabia como realmente fazer isso... — O que Lucien tem planejado para as mulheres? Especialmente porque ele está despejando uma carga de dinheiro nisso sem ver muito em troca? Ela engoliu em seco, e depois assentiu. — Sim. Eu sei que o clube não faz as coisas de graça, bem, pelo menos não dessa magnitude. Ele olhou para ela com esta expressão calculista antes de falar. — Lucien não vai forçar qualquer uma delas a vender sua boceta para o clube como pagamento, se é isso que você quer saber. Só porque essa é a principal receita monetária para os Brothers, não quer dizer que somos selvagens. Além disso, o clube tem um bom montante com as meninas em Denver como uma espécie de pagamento por ajudá-las a se livrar do contato de lá. Isso vai cobrir em muito o gasto com a construção do edifício.


Molly assentiu. — Isso é bom, pelo menos. Estava me perguntando quais eram seus planos quando as mulheres forem curados e se sentirem seguras o suficiente para partir. — Você entende que isso é negócio do clube. — Malice, eu não sou alguma prostituta de clube que passo por você e os outros membros. Eu conheço você e os caras há anos, ganhei sua confiança, e teria esperado que só porque não estamos mais juntos você ainda poderia confiar certas coisas a mim, especialmente sobre o bem-estar dessas mulheres que os Brothers me pediram para cuidar. — Ela não era mais sua companheira, e mesmo quando ela foi isso não significava que ela estava a par dos negócios do clube. Molly nem sequer queria saber a maioria das coisas que aconteciam por lá, mas isso não era sobre o funcionamento de armas ou vender drogas, mas sobre as mulheres agredidas na cabana atrás dela. Ela queria ter certeza de que iriam ser cuidadas quando ela voltasse para Brighton. — Eu só quero ter certeza que Lucien não espera qualquer coisa que elas não sejam capazes de lhe dar. — Lucien não era um homem mau, mas ele também colocava seu clube e qualquer empresa associada ao MC em primeiro lugar. Ele ajudou essas mulheres porque ele era um homem genuinamente decente, mas ele também foi forçado a gastar um monte de dinheiro para comprar essa propriedade e renovar a terra. Molly não estava dizendo que ele iria forçá-las em seu pequeno negócio de prostituição, mas ela queria saber quais eram as intenções dele.


— Ouça, não é da minha conta abrir a boca, mas eu vou dizer que Lucien tem falado sobre conversar com você. Aquilo a pegou de surpresa. — Sobre o que? Malice limpou a garganta, mas seu olhar era inabalável. — Em relação às mulheres. Ele iria te ligar mais tarde, definir alguma coisa sobre a próxima vez em que estiver em Steel Corner, mas vou avisá-lo que você vai ficar mais um dia. Eu acho que você deveria falar com ele hoje à noite ou, pelo menos, amanhã antes de ir. Molly estava um pouco insegura sobre o que estava acontecendo, ou por que Lucien queria falar com ela. Se ele estava apenas preocupado sobre como as mulheres estavam, ele não precisava de um encontro com ela. Ele poderia facilmente falar com sua equipe e obter um feedback deles já que eram atualizados por ela sempre que estava lá. Não, isso era algo diferente, e embora ela soubesse que não tinha nada a temer dos Brothers de Menace MC, Molly estaria mentindo se não dissesse que estava um pouco apreensiva. Antes que ela pudesse dizer qualquer coisa em resposta a isso, Malice estava falando novamente. — Escute, ele vai te dar uma ligada mais tarde e definir alguma coisa. Mas você e eu —, ele fez um gesto entre eles, — nós estamos bem, Molly. Eu só tenho minhas próprias coisas para lidar, e é difícil de mantê-las da reflexão de como eu ajo. — Ele segurou seu olhar, e por um momento ela viu essa máscara escura cobrir o rosto. — Mas se ele te machucar de


alguma forma, eu nem me importo se ele clama por você de alguma maneira, é só me dizer, ok? Afastando sua hesitação sobre o que Lucien poderia possivelmente querer falar com ela, ela sorriu. Ela não se incomodou em dizer a Malice que se Stinger a machucasse, ela com certeza o faria pagar. Ela não sabia exatamente quanto dano ela poderia causar para um motociclista shifter, mas ela iria cair lutando. — Eu vou, mas não é assim. Stinger não é assim. — E você sabe disso depois, o que, uma semana? Agora era a sua vez de cerrar os dentes. — Deixa para lá. Você é adulta, e esta é a sua vida. Eu te ligo mais tarde. — Ele levantou a mão em uma onda, mas antes que ela pudesse retribuir o ato ou dizer qualquer coisa ele estava caminhando ao seu SUV. Ela observou-o sair, mas não pensava em Malice ou os seus comprimentos de mão mais. Depois de verificar Dakota, ela entrou no carro e se dirigiu de volta para o motel. Levaria horas antes de Malice estar de volta para pegar Dakota, mas estava tudo bem porque ela usaria esse tempo para passar com seu filho, e pensar sobre o quão longe ela realmente queria ir com Stinger.


O celeiro estava repleto, no máximo de sua capacidade. Havia mais caras querendo assistir a luta do que antes, mas isso era porque essas lutas subterrâneas não eram apenas sobre quaisquer shifters, pelo menos não por enquanto. Os caras de Lucien iam lutar sem luvas. Eles recrutaram alguns bandidos, que procuravam fazer algum dinheiro fácil, em Denver e algumas outras cidades circundantes do Colorado, e eles iriam lutar contra os homens de Lucien. Embora Os Brothers fossem uns filhos da puta muito maus, os homens que Sticks chamou não eram bandidinhos idiotas do tráfico de drogas das esquinas. Eles cresceram como lutadores do fundo

dos

becos,

grandes

e

médios,

e

prontos

para

despedaçar alguém. Esta deveria ser um caralho de uma noite, mas Stinger estava ansioso para participar da sua própria luta. Seu urso estava regulando o ritmo, coçando e arranhando, e querendo ferir alguém ou alguma coisa desde que ele discutiu com Malice no quarto do motel. Também não ajudou que os caras na sede do clube tivessem percebido sobre o fato de que ele estava prestes a mudar. A única maneira de domar a fera e soltar a violência agitando dentro dele era extraindo a sua própria violência e destruição.


Dois shifters tomaram o centro do celeiro, ambos sem qualquer roupa, e seus animais quase prontos para rasgar um ao outro em pedaços. Eles mudaram, e agora estava o tigre contra o leopardo da neve. Dentes estalavam, garras rasgando o corpo do outro shifter, e sangue pulverizado ao longo do chão. A multidão foi à loucura, e dinheiro estava sendo mantido no ar como algum tipo de incentivo para mais dor. E então, como se uma corrente de ar gelado enchesse a sala, que apenas Stinger podia sentir, os cabelos da parte de trás de seu pescoço ficaram de pé, e seu corpo apertou. Ele se virou e olhou para frente do celeiro, e percorrendo as portas duplas estava Malice levando três dos homens de Lucien. Mas Malice tinha os olhos voltados direito para Stinger, e um sorriso muito sádico curvado em sua boca. Mas ele parou antes de alcançar Os Ursos (Grizzlies), e o resto dos Brothers o passaram quando ele gesticulou em torno deles. Malice sorriu, e naquele momento seu nome se encaixou com as vibrações saindo dele perfeitamente. Eles olharam um para o outro durante o que pareceu ser longos minutos, e quanto mais tempo Stinger ficou olhando para o motociclista, mais fulo ele ficava. As imagens que batiam na sua cabeça eram de Malice tocando Molly, beijando-a, e querendo demais o que não era dele. Stinger queria ir até lá agora e lutar com Malice. Ele não tinha necessidade de mudar para chutar a bunda do cara, mesmo que seu urso quisesse muito um tempo com o maldito. Ele queria fazer isto homem-a-homem, queria que Malice sentisse seus dedos batendo em seu corpo, e queria que ele ouvisse as palavras de que Molly era dele.


Stinger deu um passo adiante, e depois outro, e outro. Ele parou na frente do outro homem, olhou-o para baixo, e enrolou seu lábio superior com desgosto. — Nós precisamos conversar —, disse Stinger quando Malice estava apenas a alguns metros dele. Malice levantou uma sobrancelha escura, e o aroma de seu divertimento encheu o nariz de Stinger. — Conversar? — Malice desviou o olhar, como se ele estivesse tentando lidar com seus próprios problemas, e então olhou para Stinger novamente. — Cara, eu quero fazer mais do que apenas falar. — A diversão desapareceu de Malice, e ele ergueu as mãos para cima e estalou os dedos. — Eu gostaria de chutar sua bunda simplesmente assim, mas eu vou ser um homem melhor e ir embora. — Por que você é uma bicha? — Foi o animal de Stinger quem falou, e arranjou umas bolas de aço quando ele deveria ter calado a boca e ter apenas deixado as coisas tranquilas. Malice se virou para se dirigir de volta para a parte de trás, mas ele parou, e todo o seu corpo ficou tenso. Quando ele se virou a raiva que emanava dele deixou claro que Malice nunca quis deixar a luta passar. Ele tinha apenas mantido isso enterrado sob a superfície de sua pele. — Eu estava indo para tomar a alta estrada, porque Molly não precisa nos ver lutando, mas está claro que nenhum de nós está satisfeito. Stinger tentou forçar seu urso para baixo, mas ele era uma criatura selvagem, e ele nunca desejou tanto provar


sangue quanto ele queria o de Malice. — Você quer lutar sobre quem tem o direito de reivindicar Molly? — Stinger não fez nenhuma merda assim desde que ele era uma criança, mas isso não era sobre quem tinha o direito de transar com ela a partir deste momento. O que Stinger queria era algo mais permanente, e se Malice ia ficar no caminho, então eles precisavam limpar essa merda agora. — Não, eu não vou lutar por quem pode ter a Molly. Eu só quero lutar para que eu possa bater na porra da sua bunda. Este não é o ensino médio, Urso (Grizzly), e eu não tenho medo de ir de encontro a um shifter. — Malice sorriu, mas estava longe de ser bem-humorado. — Você quer a Molly, bem, ela é sua. Stinger respirou profundamente e podia sentir que Malice estava sendo honesto, mas isso só confundiu ainda mais ele. Stinger rolou sua cabeça para trás e para frente em seu pescoço. Ele estava com comichão para ir a algumas rodadas com o motociclista, também. Malice deu um passo ameaçador para frente. Stinger sentiu Court e Dallas se moverem atrás dele, mas ele levantou a mão para detê-los. — Se você quer uma boa luta à moda antiga, humano, estou mais do que disposto a te entregar isso. — Stinger sentiu as unhas se alongarem em garras e sentiu seus incisivos empurrarem para baixo quando seu urso avançou. Seu corpo foi ficando cada vez maior, os músculos mais pronunciados. Ele não ia deixar seu urso sair, mas ele ia


deixar Malice saber contra quem e o que ele estava, se ele queria que isso progredisse. Malice riu entre dentes, mas este foi o som mais sarcástico que Stinger já ouviu. — Você acha que eu vou mijar nas minhas calças porque você está chicoteando o seu pinto para fora? — Ele levantou a sobrancelha escura novamente. — Dificilmente. Eu lidei com filhos da puta como você antes, shifters que acham que piscando o seu animal interior é suposto assustar as pessoas. — Ele balançou a cabeça lentamente, e uma máscara dura cobriu seu rosto. — Você é um filho da puta estúpido. — Stinger sorriu ironicamente, mas ele sabia que parecia sádico, também. — Eu terminei de falar sobre isso. Você quer um pedaço de mim, e eu quero um pedaço de você. — Ele deu um passo para frente até seu peito estar apenas perto de roçar o de Malice. — Meninos, se vocês quiserem fazer isso eu não vou impedi-los, mas levem para fora. Nada de shows gratuitos aqui. — Havia uma calma atitude na voz de Sticks, o coordenador dessas lutas subterrâneas, mas ele também não estava para brincadeiras. Talvez ele estivesse no negócio com Os Ursos (Grizzlies), e agora com Lucien e sua horda, mas este era o seu show, e ele o estava executando. — Stinger, vamos lá, cara. Que tal nós o levarmos ao centro com outro urso? Você pode meter a porrada nele e não


segurar combate contra um ser humano. — Court, a voz da razão, disse ao lado dele. Malice mostrou os dentes para Court e, em seguida, olhou para Stinger. — Se você está com muito medo de lutar comigo como um homem... Stinger passou por ele, sentindo como se o fogo lambesse ao longo de seu corpo quando ele caminhou para o frio ar fresco. Harleys, caminhões e alguns carros POS estavam estacionados ao redor da terra da clareira. Stinger se moveu até a linha de árvore onde havia uma abertura de alguns pés do celeiro. Se isso ia acontecer, que assim seja. Ele caminhou pela clareira e se virou para ver quando Malice, e alguns dos Brothers, Court e Dallas seguiram o seu exemplo. Malice caminhou a alguns metros dele. Ambos retiraram seus coletes, e o instinto de mudar o montou duro. Mas ele tinha que chutar a bunda deste filho da puta com as próprias mãos, e ele tinha que fazer isso sabendo que ele era forte o suficiente para cuidar e proteger Molly e tudo e todos que estavam sob os cuidados dela. — Você ainda acha que eu estou fazendo isso porque quero Molly? — Malice entregou seu colete para um dos Brothers. Malice rolou a cabeça em seu pescoço e sorriu. — Eu não estou indo contra você para chegar até ela. Mas ela é a mãe do meu filho, e eu vou sempre me preocupar e cuidar dela.


— E o que? Você acha que lutando vai me fazer olhar você como um homem que pode realizar isso? — Stinger já tinha entregado seu colete para Dallas e tirou a camisa. Não fazia sentido obter sangue de Malice nela. Isso o fez sorrir, e fez uma onda de adrenalina correr por suas veias. Malice balançou a cabeça lentamente e estalou seus dedos novamente. — No início, talvez. Mas também porque eu iria tornar conhecido que eu vou ser o único pai para o meu filho. Isso teve Stinger se acalmando. — O quê? — Ele lançou um olhar para Malice, e então olhou para Dallas antes de olhar novamente para o ex de Molly. — Você acha que eu quero ser um pai para o seu filho? — Mesmo no escuro Stinger podia ver a cor vermelha que tomou conta do rosto de Malice e farejar a raiva que veio dele como uma marreta através do ar. — Eu não estou tentando ser o pai de ninguém. Dakota tem um pai... você. Molly é minha. Eu a reivindico e tudo com o qual ela se preocupar estará sob minha proteção. Eu tratarei Dakota como se fosse minha própria carne e sangue, mas ele não é meu, e de nenhuma maneira do cassete eu iria pisar no pé de outro homem em relação a sua criança. Malice estava flexionando seus músculos enquanto isso, e os dois se encararam por alguns segundos. Será que ele ainda ia querer lutar com o motociclista? Foda-se, sim, porque Malice começou essa merda antes no quarto do motel.


Havia muita energia perigosa se movendo através de ambos, e uma boa luta iria aliviá-la. — Escuta, cara, eu não tenho nenhuma razão para mentir para você, ou para tentar tirar algo como seu filho. Reivindicar Molly não tem nada a ver com ser um pai para seu filho. Vou protegê-lo como se ele fosse o meu próprio? Sim, com a porra da minha última respiração, mas ele é seu. Malice olhou para baixo, viu-o unir as sobrancelhas, e viu como ele fechou e abriu suas mãos em seus lados. — Eu ainda vou chutar a porra da sua bunda. — Malice disse as palavras bem baixas, firmes, mas não havia tanta animosidade em sua voz como antes. — Pode vir, homem. — Mas apesar do lado humano de Stinger ter se acalmado pelo fato de Malice ter reagido como um pai furioso, protegendo o que ele pensou que lhe iria ser tirado de certa forma, seu urso ainda estava com sede de sangue. Stinger ficou bem onde estava, não moveu um músculo, e observou com antecipação como os músculos de Malice se contraíam um milésimo de segundo antes que ele investisse para frente. Isto era sobre dois caras que vinham construindo ira ao longo da última semana, e a necessidade de aliviá-la de modo primitivo, em uma luta sem luvas que causaria uma porrada de dor. Malice se lançou para frente, e Stinger deixou seu sorriso de excitação cobrir seu rosto. O motociclista bateu nele. Ele podia ser humano, mas ele era um grande filho da puta, alto e tão musculoso quanto Stinger. Os socos


começaram a ser jogados para a esquerda e direita, e Stinger pegou um em seu rim esquerdo. Ele resmungou e neutralizou com um gancho de direita no rosto de Malice. O cheiro de sangue instantaneamente encheu o ar, e seu animal rosnou de alegria. Ele bateu com o punho no estômago de Malice, e o outro homem tropeçou para trás. Ele virou a cabeça e cuspiu um bocado de sangue e olhou para Stinger e sorriu. Seus dentes estavam escuros do sangue que os cobria. Mas ele não disse nada, apenas se lançava para frente novamente. Gancho de esquerda. Direita rebaixada. Soco no rim direito. Cabeçada. Eles atacaram um ao outro como se fossem máquinas, e Stinger malditamente adorou. Ele provou o seu próprio sangue encher sua boca, sentiu-o deslizar para baixo pela parte de trás de sua garganta, e sentiu a dor envolvendo seus músculos e ossos. Ele estaria machucado sem dúvida, mas ele adorou. A dor era um lembrete de vida, ajudou a aliviar o seu animal com raiva, e aliviou suas emoções. Vinte minutos se passaram com eles indo para lá e para cá. Os caras estavam ao redor assistindo, ninguém dizendo nada, mas suas energias se emanando na luta. Malice tropeçou para trás, o sangue derramando por seu nariz e boca, mas não havia o claro brilho sádico vindo do homem. — Você é um idiota difícil. — Malice cuspir outra boca cheia de sangue. Stinger chupou uma golfada de ar e limpou a boca com as costas da mão. Olhando para ele viu o sangue que cobria


sua pele. Seu peito estava coberto dele também, mas era uma mistura do sangue de ambos. — Você tem um gancho de direita incrível. Malice começou a rir, e Stinger olhou para ele. — Meu velho me ensinou um monte de coisas, mas me defender contra ele era a única coisa que podia contar diariamente. — Eles olharam um para o outro por alguns segundos e, em seguida, Malice exalou. — Olha, eu tenho tido um monte de pensamentos, a maior parte deles depois que nós batemos cabeça no início do dia, mas tive uma compreensão que demorou a chegar. — Ele virou a cabeça e cuspiu novamente antes de continuar. — Eu sei que você se importa com a Molly. Eu posso ver isso na maneira como você quer defendê-la. E isso é realmente muito bom, porque a Molly é uma mulher maravilhosa, e ela merece um homem que irá tratá-la como o tesouro que ela é. Não gosto de como você a tratou. Malice sustentou o olhar de Stinger. — Eu não a merecia, e foi sensata para o fato de que ela era melhor do que eu e merecia um cara que iria lhe dar o tempo que ela merecia. Stinger assentiu. — Então, com isso dito, eu estou pisando fora. É claro que você não está nem sem fôlego. — Ele levantou a parte inferior de sua camisa e limpou o suor e o sangue de seu rosto. — Eu quero esclarecer uma coisa, no entanto. —


Houve uma baixa característica ameaçadora à voz de Malice. — Você a trata direito, e você trata o meu filho direito quando você estiver na sua presença, porque se eu descobrir que você quer ferir qualquer um deles não há um lugar neste planeta em que você pode se esconder de mim. Houve um longo, tenso momento de silêncio. — É justo, e eu não esperaria menos. — Stinger se virou e agarrou sua camisa de Dallas e limpou seu rosto e peito. A ameaça de Malice era muito real, e ele não precisava farejar

a raiva genuína

nas palavras de Malice para

reconhecer que este homem iria cumpri-la, mesmo que Stinger fosse um shifter e pudesse rasgar sua cabeça fora. Quando um homem estava determinado a manter seguros aqueles com quem se preocupava, mesmo um ser humano poderia encontrar a força sobrenatural para derrubar seu inimigo. Stinger deu um passo adiante e nivelou um olhar duro com seu rosto. — Se alguém fizer mal a Molly ou Dakota eu vou cortar sua garganta e me banhar com seu sangue. — Nenhuma morte rápida para qualquer um que ferisse a quem ele tanto se preocupava. Malice manteve sua expressão estoica, e depois acenou com a cabeça uma vez. O ar em torno deles aliviou um pouco. — Bom. Fico feliz de saber que estamos na mesma página. — Com outro olhar duro Malice, e os outros dois Brothers de Menace, se viraram e saíram.


Court assobiou atrás dele, e ele se virou e estreitou os olhos para o urso. — Apenas cale a porra da boca. — Stinger não precisava que qualquer um deles lhe dissesse que Malice era uma força a ser reconhecida, e que ele ia ter as mãos cheias lidando com esse alfa imbecil. Dallas e Court levantaram suas mãos no ar ao mesmo tempo, como se estivessem se rendendo. — Vamos, eu preciso me limpar, porque eu tenho um lugar para estar. — E esse algum lugar era com Molly. Ele precisava dela agora mais do que nunca, e a necessidade de confirmar com ela mais uma vez que ela era sua, e que ele iria, em todos os sentidos, fazer isso conhecido. Caramba, ele sabia que uma vez que ele dissesse a ela que se meteu com Malice novamente ela ficaria chateada. Mas não havia segredos, nenhuma briga escondida — negócios do clube à parte — porque ela era sua mulher agora, sua fêmea e sua Senhora, e ele iria reclamar cada parte dela esta noite.

Malice ia mais rápido na estrada sinuosa, sentindo o vento chicoteando contra seu rosto, e levou os cantos acentuadamente. Ele tinha adrenalina em suas veias pela luta, e a percepção de que a vida que estava suspensa — por qualquer razão — desapareceu há muito tempo. Isso não se


tratava mais de Dakota, e ele estava tentando segurar uma mulher que queria seguir em frente com sua vida. Isso era o que Malice precisava fazer, também. A casa do Clube dos Brothers of Menace apareceu, e ele puxou sua Harley para uma parada em frente dos portões que

bloqueavam

a

entrada.

Ele

esperou

até

que

os

procedimentos corressem até os portões e os abrissem para ele, e então ele levou a moto até a inclinação da calçada e manobrou para uma parada ao lado das outras motos. Depois de desligar o motor e descer, ele tirou o capacete e o pendurou em seu guidão. As portas da garagem estavam abertas, e música explodia de dentro dela. O Clube deles estava localizado dentro de vários acres, e o centro da cidade estava a milhas de distância, portanto, qualquer reclamação de ruído não seria porque Aerosmith estava demasiado alto. Ele

viu

alguns

nômades

ajudando

alguns

dos

caras

trabalhando em uma motocicleta, mas a maioria deles estava em volta bebendo cerveja e jogando conversa fiada. Malice se virou e caminhou em direção à frente do Clube. Uma vez que ele abriu a porta e entrou o som de risadas e mais música explodiu enchendo a sala. Vários dos caras estavam jogando pôquer em um lado, mas Malice ia pegar Dakota para passar a noite em cerca de uma hora, e ele precisava se limpar. Ele não podia evitar o fato de que ele tinha algumas contusões e alguns pequenos cortes marcando seu rosto, mas podia limpar o suor e sangue. Ele foi até o bar e se inclinou sobre o balcão liso, mas com cicatrizes.


— Você quer uma dose, ou talvez uma cerveja? — Perguntou Cookie. Ela era uma das meninas que eles resgataram

de

Denver,

mas

ela

também

não

queria

permanecer em torno da cabana em que eles colocaram temporariamente as mulheres. Ela poderia ter dito a Lucien seu pensamento por trás disso, mas Malice não sabia, e não se importava de investigar nos negócios dela. — Apenas uma garrafa de água, por favor. Ela assentiu com a cabeça e se virou para pegá-la. Ao contrário das outras vadias associadas que pairavam em torno do Clube, e até mesmo das outras prostitutas, Cookie realmente se vestia modestamente. Ela usava uma camiseta simples e uns jeans soltos. Ela não mostrava o seu corpo como as outras mulheres faziam, e ele ficou surpreso com isso, porque ela esteve envolvida com as prostitutas que tiraram de Denver. Seu longo cabelo loiro estava em um rabo de cavalo baixo, e quando ela se virou para encará-lo, ele viu os machucados desaparecendo de seus olhos baixos. Ele também notou que ela manteve a cabeça virada ligeiramente para o lado, como se ela não quisesse ter alguém observando. Agora ele se sentia como um idiota, porque ele estava observando, e ela provavelmente se sentiu desconfortável. — Obrigado. — Ele murmurou e virou as costas para ela e enfrentou os caras jogando cartas. — Chame isso, filho da puta. — Rock disse com um sorriso no rosto.


Malice riu quando viu o rosto de Rock ficando vermelho quando Lucien atirou para baixo seu royal flush. — Besteira. Você tem cartas na sua bunda ou algo assim. Lucien sacudiu-o fora, mas estava sorrindo. Rock estava xingando baixinho enquanto ele caminhava em direção a Malice. — Cookie, me dê uma dose dupla de uísque. — Rock se virou e olhou para Malice. — Você pode acreditar que merda...— Rock ficou mais reto e assobiou baixinho. — Porra, você lutou no celeiro esta noite? — Algo assim. — Malice não queria entrar nisso agora, especialmente

quando

Rock

estava

bêbado,

e

provavelmente golpeando suas bolas por combater um shifter. Eles podiam lidar com isso entre eles mesmos, mas qualquer ser humano indo contra um urso estava apenas pedindo para ter problemas. No momento Malice não deu a mínima, e, honestamente, se ele já fosse confrontado por um deles — não relacionado com Molly, porque ele estava colocando isso em repouso — ele ainda não recuaria. Rock ergueu suas mãos, mas ele perdeu o interesse com rapidez suficiente quando Coockie serviu sua bebida. — Obrigado, querida. — Rock jogou para dentro e vaiou quando o álcool claramente queimou descendo. Malice poderia ter rido da expressão de Rock consigo mesmo.


— Você quer vir jogar uma mão? — Ele passou o dorso da mão sobre sua boca e se virou de modo que ele enfrentasse Malice. — Não, estou pegando Dakota e passando algum tempo com ele. Rock deu um tapa nas costas dele. — Bom negócio, homem. Diga ao pequeno homem que eu disse oi. Malice assentiu e bebeu mais de sua água. Ele entregou a garrafa vazia para Cookie e sorriu. Sim, um chuveiro quente iria deixá-lo limpo, mas também relaxá-lo. Ele precisava disso para lavar as últimas horas à distância. Antes que ele pudesse se mover, Teenie, uma das vadias do clube que era especialmente generosa em dar sua “afeição”, se aproximou dele e esfregou seu ombro ao longo dele. — Hey, baby, você está procurando um pouco de companhia esta noite? Malice olhou para ela. A iluminação superior mostrou a maquiagem que ela usava endurecida em seu rosto. Seus cílios eram longos e falsos, e seus lábios estavam pintados dessa cor fúcsia obscena e irritante, e, quando ela sorriu, os cheiros de cigarros rançosos e perfume barato encheram seu nariz. — Não estou interessado, Teenie. — Ele se levantou e se virou, mas quando ela agarrou as costas de seu colete de modo que ele não pudesse se livrar, ele deixou escapar um som profundo de advertência. Ele olhou por cima do ombro,


viu que Teenie soube que ela não deveria ter agarrado seu colete, e então ele exalou. Ele estava no limite com tudo isso, e embora Teenie tivesse que ter pensado melhor antes de pegar nele, ele provavelmente não estaria tão irritado em um dia diferente. Sem dizer nada, ele se dirigiu para a parte de trás do Clube, precisando ficar longe de tudo e todos. Talvez mais tarde ele ficasse melhor, ou pelo menos ele não se sentiria tentado a bater na cabeça de alguém à menor provocação.


Molly passeava pelo quarto do motel. Ela estava com raiva, nervosa, e no geral se sentindo desequilibrada. Malice recolheu Dakota há mais de uma hora atrás, e embora ele tivesse de banho tomado, e ainda ostentasse suas “feridas de guerra” do início do dia, ela também podia ver as frescas no rosto. Ele esteve lutando, e embora ele não lhe dissesse o que aconteceu, ela teve um pressentimento que envolvia Stinger. Pensando nesse urso motociclista inconstante, Molly se pegou

olhando

para

o

relógio

pendurado

na

parede

desbotada. Ele enviou a ela uma simples, direta, mensagem de texto dizendo que ele estaria aqui às nove. A chuva começou há vinte minutos atrás e aumentou a cada segundo. Nove horas estavam a apenas alguns minutos de distância, e seu coração estava trovejando a mil por hora. Vento uivante e chuva que caía como pequenas balas batendo contra a janela de seu quarto. E então ela ouviu, sobre o furioso tempo, bem no fundo, o poderoso estrondo de uma Harley, chegando mais perto. Era um som que produzia uma pulsação latejante ocorrendo

entre

suas

coxas,

fazia

os

mamilos

instantaneamente duros, e mandava um novo fluxo de excitação saindo de sua vagina. Esta não era uma reação que ela tinha normalmente quando ela ouvia o som, mas sabendo


que era Stinger que estaria bem na frente dela em minutos no apartamento, deixava a parte muito feminina de seu ser se levantando, porém, em crescimento suave ao mesmo tempo. O som da moto sendo cortado mantinha as batidas de seu coração em seus ouvidos se intensificando. Tum-tum. Tum-tum.

Tum-tum.

E,

em

seguida,

três

batidas

dominantemente rígidas fazendo com que ela avançasse para a porta, e nem sequer percebendo que estava fazendo isso até que ela tinha a mão enrolada em torno da maçaneta. Quando ela a abriu ele estava do outro lado, a chuva escorrendo pelo seu cabelo e rosto, encharcando seu colete e camisa, mas fazendo-o parecer ainda mais masculino. Seu rosto estava ainda mais machucado e cortado do que esteve no início do dia, e que respondia a sua pergunta sobre outra briga que teve com Malice. Nenhum dos dois falou durante alguns minutos e, embora ele estivesse de pé sob o toldo, o vento tinha a chuva soprando sobre ele e direto para ela. — Você dirigiu com este tempo. — Ela não disse isso como uma pergunta, porque a resposta era bastante óbvia. Molly tentou parecer calma e equilibrada, mas sua voz estava mais entrecortada e excitada. — A chuva não começou até que eu já estava na estrada. — Stinger deu um passo para dentro, e depois mais um, e Molly foi forçada a se mover para trás para que ele pudesse entrar. — Eu poderia ter parado e esperado, mas eu estava quase aqui, queria vê-la, e eu sabia que essa porra de tempestade provavelmente continuaria por um tempo. — Ele manteve os olhos observadores sobre ela o tempo todo,


mesmo quando ele fechou a porta atrás deles, e impedindo a entrada do tempo desagradável. — Você entrou em outra luta. — Ela afirmou isso completamente, porque ela não ia bancar a estúpida e agir como se ela não soubesse exatamente o que aconteceu. — Eu fiz. — Ele tirou o colete, o colocou sobre a cadeira ao lado, mas ainda manteve o olhar observador sobre ela. — Com Malice. Ele se tranquilizou e olhou para ela. — Sim, com Malice. Ela sabia, é claro, mas não havia nenhum pedido de desculpas na voz dele. — As coisas estão suavizadas entre vocês dois agora? Vocês caras conseguiram pôr para fora toda essa besteira de He-Man? — Ela não queria nenhuma animosidade entre eles, e embora ela não fosse estúpida o suficiente para pensar que eles seriam amigos ou qualquer coisa assim, ela também não queria que eles brigassem cada vez que eles estivessem a um pé um do outro. — Está tão bom quanto as coisas poderiam ser, eu suponho. — Ele deu de ombros. — Na verdade, eu não acho que ele vai nos incomodar de novo. Seu coração bateu duro em seu peito. — O que porra isso significa? Ele balançou a cabeça lentamente.


— Nada de ruim, baby. Ele só percebeu que você está feliz, e que ele precisa parar de pirar quando você e eu estivermos juntos. Você não é mais sua mulher, e ele entendeu isso. Tudo isso era novidade para ela desde que Malice não disse nada, mas, novamente Dakota estava ali, e ela sabia que Malice não gostava que seu filho visse qualquer coisa que pudesse se tornar negativo. Ele agarrou a ponta de sua camisa e a puxou sobre a sua cabeça. Seu corpo duro, musculoso e tatuado, contudo era uma obra de arte, ainda que ele tivesse hematomas e cortes revestindo e colorindo sua carne. Sem dizer qualquer outra coisa ele passou para o botão da calça jeans, abrindo-o, e então deslizou o zíper para baixo. Ele não estava usando nada por baixo do jeans, e quando ele empurrou o material encharcado pelas pernas, mostrou-lhe que ele já estava duro para ela, e todo o ar abandonou seus pulmões. — Eu pensei que pudéssemos conversar. — Ela engoliu o nó que de repente se formou em sua garganta. Isso pode ter sido uma pequena parte do que ela queria fazer com ele está noite, mas ela também queria sentir a dureza de seu corpo sobre o dela, controlando-a, para ela não ter que pensar, e, pelo contrário, apenas sentir o que estava acontecendo com dela. — Nós podemos, enquanto eu tenho o meu pau dentro de você. — Sua voz foi baixa e pausada, quase preguiçosa. Ele deu mais um passo para frente.


Eles fizeram essa dança de passos até que Molly se viu presa entre Stinger e a parede. Ela não percebeu que ele esteve dirigindo-a para onde ele queria que ela fosse até que era tarde demais. Ele estendeu a mão, segurou a camiseta que ela usava pelo colarinho, e, em um movimento poderoso, rasgou-a em duas diretamente pelo centro. Ela soltou um suspiro, não de medo, mas por causa da maneira como Stinger olhou para ela. Ele a olhava como um predador olha sua presa, e como um homem muito possessivo e territorial de alguma coisa que ele já considera sua. Ele fazia toda esta situação parecer tão selvagem e.... brutal. Ele fez o mesmo com os shorts de algodão e calcinha que ela usava, e logo ela estava diante dele tão nua quanto ele. Onde ele era duro, grande, e tonificado, ela era pequena e macia, rechonchuda em lugares em que a sociedade ditava que deveria ser plana e firme. Mas vendo Stinger dar um passo para trás, sentindo-o tomar-lhe as mãos e mantê-las longe dos lados dela, não a fazia se sentir autoconsciente. E quando ele correu seu olhar para cima e para baixo em seu corpo, ela não se sentia nada além de deslumbrante em sua presença. — Estes são meus. — Ele deslizou as mãos para baixo no comprimento de seus braços e cobriu os seios dela com suas mãos grandes. Ela deixou sua cabeça cair para trás na parede, e o thunk de seu crânio batendo no gesso não foi quase tão alto quanto suas respirações combinadas. — Este é meu. — Ele moveu suas mãos até seu rosto e traçou seus lábios.

Stinger

se

inclinou

até

suas

respirações

se

misturarem como uma. — E eu só quero ter certeza de que


você sabe, sem porra de dúvida, que estes são meus. — Ele seguiu movendo suas mãos para baixo sobre os seios novamente, sobre o ventre arredondado, ao longo de seus quadris largos, e depois se deteve no exterior de suas coxas. Por um longo segundo, tudo que ele fez foi segurá-la assim e olhar em seus olhos. Ele calçou seu joelho entre as pernas dela e empurrou-as até abri-las e, em seguida, ele tinha a mão cobrindo seu sexo. — Eu já lhe disse isso da última vez que meu pau estava enterrado profundamente dentro de você, mas vou continuar lhe dizendo até que não haja nenhuma dúvida na mente de ninguém de que isto é absoluta-porra-verdade. Ela respirou fundo, acolhendo as palavras dele, e sabendo que o que eles estavam prestes a fazer ia ser mais animalesco do que antes, ou que qualquer experiência sexual que ela já tivera. Ele deu um passo mais perto para que o calor de seus corpos ricocheteasse um no outro. A cicatriz de buraco de bala no braço dele parecia se destacar, e ela levantou a mão e passou o dedo ao longo da carne enrugada. — O que aconteceu? — Será que ela realmente queria saber? — Negócios do Clube que saíram muito errado. — Ele não entrou em detalhes, e ela não explorou. Movendo seu dedo para baixo pelo braço dele, sobre as linhas de suas tatuagens, e parando em sua perna, ela mais uma vez esfregou a ponta do seu dedo ao longo da segunda cicatriz de buraco de bala.


— Mais Negócios do Clube que deram errado? — Ela ergueu o olhar e olhou para ele. — Sim. No mesmo dia, na verdade. — Ele se inclinou, mas ao mesmo tempo tomou a mão dela junto com a sua e a levou entre seus corpos. Quando ela sentiu o duro, comprimento quente de seu pau ao longo da lateral da palma de sua mão, ela instintivamente assumiu o controle. Envolvendo a mão ao redor de seu pênis, ela lentamente a moveu para cima e para baixo. Stinger a estava beijando, tomando o controle de volta, e as baixas vibrações que pareciam vir do peito dele –de seu urso – se movia através de seu corpo inteiro. Mas, para tanto quanto Stinger era o dominante, ela queria lhe mostrar que ela tinha poder, também. Parando o beijo e deixando de lado sua ereção, Molly prontamente caiu de joelhos. Seu pau estava bem na frente de seu rosto, duro, longo, grosso, e vazando pré-sêmen na ponta. Sua boca encheu de água para provar, e sua língua inchou para sentir a carne de seda se movendo ao longo de suas papilas gustativas. Sem prolongar o inevitável, ela pegou a raiz de seu eixo e chupou a cabeça em sua boca. O sabor salgado e almiscarado de Stinger inundou seu paladar, e ela não podia deixar de gemer em torno de seu comprimento. Mais e mais ela balançou a cabeça, sugando tanto quanto podia em sua boca até que a ponta bateu no fundo da sua garganta. Ela então recuou, apenas para retomar o mesmo movimento. Stinger tinha as mãos em seu cabelo, puxando os fios até que o aguilhão da dor teve seus olhos


lacrimejando, e praguejou palavras sujas por ter sua umidade deslizando para baixo de suas coxas. A explosão de esperma que veio da ponta do seu pênis deslizou facilmente para baixo por sua garganta, e ela gemeu, querendo mais. Stinger começou a empurrar os quadris para trás e para frente, mais duro e mais duro até que ele estava batendo no fundo da garganta. Ela engasgou, mas não queria que ele parasse. O prazer dele era o seu, e os palavrões que ele estava rangendo para fora, e os comentários sobre o quão bem ela ficava com os lábios bem abertos sobre seu pênis, teve seu desejo por ele vindo mais duro agora. Mas quando ela o sentiu tenso, e sabia que ele iria sair a qualquer momento, ele puxou a cabeça dela para longe com seu poder sobre seu cabelo, e elevou o queixo dela para trás com o dedo. Olhando para ele por um momento, ela viu a forma como ele mergulhou o olhar em sua boca. — Tão vermelha, inchada e brilhante de chupar meu pau. — Ele a ajudou a ficar de pé, e imediatamente tomou sua boca em um beijo duro, implacável. Enfiando sua língua dentro e fora de sua boca, ela imaginou que ele imitava a ação entre suas coxas. — Eu vou foder seu traseiro esta noite, baby. — Ele murmurou contra sua boca, e, em seguida, tinha as mãos em seu traseiro e a levantou do chão em seus braços. Beijaram-se, mais uma vez, e então ela estava de barriga para baixo no centro da cama. Stinger correu a mão para baixo em sua coluna, sobre a parte mais baixa de suas costas, e agarrou os montes de seu traseiro.


Ele espalhou suas bochechas algumas vezes, deixando o ar frio tocar o buraco enrugado, e depois as soltando para começar todo o processo novamente. — Você está pronta para o meu pau na sua bunda, Molly? — Ele rosnou. — Sim. Deus, sim. — Ela tinha a testa apoiada no colchão, os olhos fechados, e suas unhas se enterraram nos lençóis. Ele não respondeu, então se afastou dela por alguns segundos. Ela ouviu roupas farfalhar, mas antes que pudesse abrir os olhos e virar para ver o que ele estava fazendo, Stinger estava de volta para ela, e tinha suas bochechas se espalhando mais uma vez. No primeiro toque de algo fresco e escorregadio ao longo de seu ânus, ela arqueou as costas, e um pequeno som saiu dela. — Stinger...— O nome dele saiu de seus lábios por conta própria, como se sua mente tivesse se separado de seu corpo e ela estivesse trabalhando apenas por puro instinto. — Você trouxe seu próprio lubrificante? Ele moveu seu polegar ao longo de seu orifício, alisando o líquido frio ao redor até que este ficou quente pelo calor de seu corpo. — Eu vim preparado. Sim, ele veio, e ela não poderia estar mais grata. Um embrulho estava sendo rasgado, e ela arriscou um olhar por cima do ombro para vê-lo rolando um preservativo para baixo em seu comprimento. Seu sangue correu por suas veias, batendo em seus ouvidos e latejando na base de sua


garganta. A espessura da coroa do pênis de Stinger se moveu ao longo e em volta de seu buraco, e, embora ela não fosse uma virgem anal, a excitação e a hesitação correram descontroladamente dentro dela com a mesma velocidade. — Diga-me que você quer que eu tenha você desta forma. — Ele pressionou seu pênis para frente, não o suficiente para penetrá-la, mas o suficiente para que a ameaça erótica estivesse lá. — Diga-me que você quer que eu reclame o seu rabo, para ser o único homem a tocá-lo novamente. — Ele pressionou para frente ainda mais duro desta vez. — Você sabe que eu quero isso. — Ela estava quente, excitada, e assim pronta para ele. — Você sabe que eu só quero você. — E essa era a mais assustadora verdade de toda esta situação, porque era como um trem descarrilando. Ele bateu a mão com força em uma de suas nádegas, e ela gritou de satisfação. Ele a espancou novamente, e novamente, e mais uma vez para medir se era tão bom como aparentava ser. Ele riu, mas o som não era de todo divertido. — Eu sei que você quer isso, apenas foder duro como eu faço. — Sua voz soava distorcida e não completamente humana. — Eu posso sentir o cheiro molhado de sua vagina por mim, posso ver o rubor que cobre seu corpo com sua excitação. — Ele lhe bateu mais uma vez, e, em seguida, mudou suas mãos para trás para agarrar as bochechas de


seu traseiro. Stinger colocou a cabeça de seu grosso pau em seu rabo, e, em seguida, começou a empurrar em seu corpo. A sensação instantânea de pressão, dor ardente, e estar sendo preenchida por ele a consumia. Ela segurou os lençóis enquanto ele empurrava cada última polegada em sua bunda. Se ela achava que ele a encheu enquanto fodia a vagina dela, ela não sentiu nada ainda, porque tê-lo por trás conferia uma infinidade de sensações. Ele tocou partes dela, nervos, que ela nem sabia que existiam. Mantendo uma mão na cintura dela e movendo a outra até o centro de suas costas, Stinger pegou um pedaço de seu cabelo e puxou sua cabeça para trás até que sua garganta estava à mostra. Ele começou a se mover dentro e fora dela lentamente, gradualmente ganhando velocidade, até que o som de pele batendo, e suor amaciando pele, encheram o quarto. Molly nunca foi uma que desfrutasse especialmente de anal, mas a maneira como Stinger a fazia sentir e as palavras sujas que ele seguia murmurando, como se ele não pudesse se conter, a mantinha à beira de chegar ao ápice. — Eu estou perto, Stinger. Deus, eu estou tão perto. — Mmm...— Ele aumentou sua velocidade, mas desceu a mão ao redor de sua barriga e começou a esfregar seu clitóris para frente e para trás. Isso foi tudo o que precisou para enviá-la ao longo do prazer... Molly jogou a cabeça para trás o resto do caminho e gemeu seu orgasmo. Isso foi tão agradável quanto um dos inúmeros orgasmos que ela teve mais cedo com ele, mas este


foi mais intenso e selvagem. Este também foi diferente, mas de uma maneira muito boa. Seu orgasmo parecia ir sem parar, e, quando o prazer começou a se afastar, ela realmente sentiu o pau de Stinger crescer dentro dela, o que por si só era uma sensação estranha. Os sons que ele fazia eram quase assustadores, mas ela gostava que ele não pudesse se controlar em torno dela. Este não era apenas um homem, mas um shifter, e ela queria este urso para si mesma, e isso era claro como cristal. Ele rugiu quando gozou, e pareceu durar por vários segundos. Ela jurou que ela sentiu seu pênis empurrando quando ele encheu o final do preservativo, e quando ele finalmente afrouxou seu agarre em sua cintura e cabelos, puxou para fora dela, e caiu de costas na cama, ela se permitiu entrar em colapso ao lado dele de barriga para baixo. Eles ficaram lado a lado por vários minutos, sem falar, mas, mais uma vez, não houve qualquer necessidade de palavras após o que eles acabaram de compartilhar. — Isso foi... intenso. — Ela não tinha a intenção de dizer isso em voz alta, mas, quando ela o ouviu rir, não pôde deixar de fazê-lo ela mesma. Virando a cabeça, para que ela pudesse ainda estar de bruços, mas de frente para ele, ela notou a forma

como

um

sorriso

podia

mudar

totalmente

sua

aparência, quase como se o suavizando. Molly estendeu a mão e correu seus dedos sobre sua não verdadeiramente barba ali. — Eu ia fazer a barba, mas eu queria muito estar aqui.


Ela balançou a cabeça e sorriu. — Eu meio que gosto de você desse jeito. — Como um vagabundo. — Ele estava brincando. Ela podia dizer pela sua voz. — Não, como um homem. — Ela se inclinou e apertou seus lábios contra os dele. Não houve qualquer língua, porque isso não era para excitá-lo. Quando ela se separou, ele não a deixou ir longe. Ele estendeu a mão e segurou o lado de seu rosto. — O que foi isso? — Ele passou o polegar ao longo de seus lábios. — Eu apenas senti vontade de fazê-lo. — Ela se inclinou novamente e o beijou. Mantendo sua boca pressionando levemente a dele, ela murmurou: — E eu quero isso, tão insano quanto tudo isso é. Eu quero ser sua, Stinger, mas há coisas que precisam ser ditas. — Ela se afastou e o olhou nos olhos. — Eu tenho um filho que significa mais para mim do que qualquer outra coisa. Ele não precisa de outro pai, nem quero isso para ele. — Ele começou a rir, e ela levantou as sobrancelhas e se afastou um pouco. — Eu não acho que foi engraçado. Ele balançou sua cabeça. — Não foi. É que Malice disse a mesma coisa. — Ele tirou uma mecha de cabelo do rosto dela. — Foi por isso que vocês dois foram para a luta novamente?


Ele levantou um ombro em um encolher de ombros. — Parte da razão, mas chegamos a um entendimento que eu quero estar lá para você e Dakota, mas não substituir a família que ele já tem. Eu apenas quero estar lá. Seu coração batia rápido e duro com suas palavras. — Eu só quero ser o macho a quem você vai recorrer, aquele de quem você e Dakota dependem. Eu não estou tentando substituir Malice como um pai, e nem tentando empurrá-lo para fora de qualquer de suas vidas. Eu sei que ele está aqui para ficar, e eu estou bem com isso, contanto que ele possa manter seu traseiro na linha. — Ele sorriu, obviamente, tentando aliviar a última parte. — Isso é novo para mim, também. Eu nunca tive uma Senhora. O coração dela apanhou essas palavras. — Mas eu sei que eu quero você mais do que para apenas uma noite, Molly. Molly pensou que deixar a vida MC e Malice era o que ela queria, e o que ela e Dakota precisavam. Mas a verdade era que levou apenas este curto espaço de tempo para ela perceber que a vida MC era justamente tanto uma parte dela quanto tem sido sempre. Talvez, no final, isso possa ser um erro, pois saltando dentro de um relacionamento depois de conhecer Stinger por tão pouco tempo iria mordê-la na bunda, mas sua mente e seu corpo gravitaram em torno dele, e como isso podia ser errado quando a fazia sentir-se tão bem? — Eu vivo há mais de cinco horas de distância.


Ele se levantou de tal modo que estava descansando contra a cabeceira, e seus músculos flexionados e relaxados do ato. — Nenhuma quantidade de distância pode me impedir de estar com você. — E embora o senso comum devesse ter dito a ela que muitos relacionamentos morreram por causa da distância, o fogo que passou por trás dos olhos verdes de Stinger, e a determinação em sua voz, a fizeram sentir como se não houvesse nada que pudesse impedi-lo de fazer isso, malditamente claro, que ela era dele. — Você está tão certo de que tudo vai dar certo. Ele se inclinou uma polegada até quase nada separar suas bocas. — A vida é uma cadela dura, vingativa, mas quando algo parece tão certo, ou quando alguém faz você sentir que há mais vida do que você jamais imaginou, você segura firme e nunca deixa ir. — Ele respirou aquela última palavra para fora, e tudo nela se acalmou. — E Molly, você faz o impossível para que nada fique no caminho de tornar isso uma realidade. — Ele inclinou sua boca na dela, e foi como se um beijo cimentasse o resto de sua vida, ou pelo menos tão longe no futuro quanto ela podia ver. Mergulhe de cabeça na escuridão e, finalmente, a luz vai penetrá-la... certo?


— Você quer que eu me desloque para River Run? — Molly olhou para Lucien, que estava sentado no bar do Clube dos Brothers of Menace. — Eu quero você para nos ajudar e usar seus talentos, Molly. — Lucien jogou para trás sua bola e, em seguida, virou apenas sua cabeça na direção dela. Malice estava encostado na parede do outro lado da sala do Clube, mas seu foco estava no jogo de bilhar através da sala, e não na conversa que ela estava tendo com Lucien. — Mas por quê? Eu sei que vocês podem levar as pessoas com doutorado a fazer seu trabalho sujo. — Ela não ia roubar remédios ou fazer qualquer coisa ilegal assim só porque os Brothers não tinham mais ninguém. Ajudar as mulheres que foram espancadas era uma coisa, mas se deslocar todo o caminho até aqui para nada mais do que ser enfermeira de plantão dos Brothers era outra. — O médico que eu tinha trabalhando para mim está fora de serviço por tempo indeterminado. — Disse Lucien com uma

cara

séria.

Você

é

inteligente,

conhece

os

procedimentos, e têm um toque suave. Olhe para tudo o que você fez com aquelas garotas. Olhe como você veio até aqui


apenas para checá-las. — Ele olhou diretamente para ela, deixando suas palavras aprofundarem. — Você é o tipo de mulher que precisamos cuidando dos caras, também, e cuidando das mulheres uma vez que nós consigamos instalálas no novo local. Ela não sabia se isso significava que o bom doutor cruzou o caminho dos Brothers, e ele estava morto, ou ele saiu da cidade, mas ela não iria perguntar isso também. Um jogo de perspectiva como uma garrafa de cerveja sobre o balcão. O som de bolas de bilhar estalando e da reprodução de música não abafava o ruído de Dakota rindo do lado de fora com Tuck. Deixando o que Lucien disse realmente penetrar em sua mente, ela sabia que não seria tão ruim viver na região, ter Dakota perto de Malice, e estar perto de Stinger. Mas essa era uma grande decisão, e uma em que ela não iria saltar direto em cima ou tomar levianamente. — Eu não sei, Lucien. Eu não posso simplesmente abandonar meu trabalho e mudar para cá. Eu tenho uma vida em Brighton. Lucien girou em sua banqueta então ele estava de frente para a cabeça dela. — Você quer dizer o trabalho de cuidado em domicílio? Aquele que eu sei que você odeia porque a morte te rodeia? — Eu não odeio isso. Eu ajudo aquelas pessoas a estarem

confortáveis

e

à

vontade

durante

os

últimos

momentos de suas vidas. Além disso, o MC é cheio de morte, também.


Ele assentiu. — Eu não posso discutir isso, mas você e eu sabemos que você odeia viver na cidade, e odeia que Dakota não possa ver mais seu pai. Ela não poderia argumentar com qualquer um desses argumentos, mas isso ainda era uma coisa sobre mudança de vida que eles estavam falando. — Molly, eu não teria perguntado a você se eu não confiasse em você comigo ou no Clube. Você é uma parte da família MC, mesmo que você e Malice não estejam mais juntos. Você já esteve ali antes desta licença e se formar. — Ele se levantou, e, embora fosse claro que ele estava bêbado, Lucien estava sempre no controle. — Eu não espero que você pule direto nisso. Você precisa de tempo, eu entendo isso. Mas eu quero que você saiba que a oferta é aqui. Nós podemos ajudá-la a encontrar um lugar onde você e Dakota possam se estabelecer. — Lucien apontou por cima do ombro para Malice. — E apenas pense, Malice e Dakota podem passar mais tempo juntos. Ela passou a mão sobre os olhos e suspirou. — Isto é grande, Lucien, como incrivelmente grande. — Eu sei. — Sua voz estava perto. Ela baixou as mãos, surpresa ao vê-lo de pé direto na frente dela. Ela não o ouviu se aproximar. — Basta pensar nisso. Deixe-me saber, ok? — Ele colocou as mãos em seus ombros e deu-lhes um aperto


suave. — Sem pressão. — Lucien se virou e dirigiu-se para a parte de trás do Clube. Haviam alguns caras jogando mina, mas eles pareciam estar em seu próprio mundo então eles não deram atenção a ela ou a Malice que estava se movendo em direção a ela. — Você sabia que ele iria soltar isso sobre mim? Malice parou há alguns metros dela. — Eu sabia. — Ele manteve seu foco nela enquanto ele falava. — Você está realmente indo pensar sobre isso ou vai jogar fora a ideia de mudar para cá? Molly não disse nada por alguns segundos, enquanto pensava sobre o que Lucien, e agora Malice, disseram. Mudar-se para cá não seria a pior coisa que ela já fez, e ela via o lado positivo em ajudar as garotas, os caras que ela considerava sua família, e também ter Dakota mais perto de Malice. É claro que ela queria que as coisas funcionassem com Stinger, e este parecia ser um passo na direção certa, mas e se a mudança para cá causasse mais drama entre os três? — Eu sei o que você está pensando. — Disse Malice. Ele era bom em ler as pessoas, e ela supunha que era o que o fazia tão letal e o Sargento das Armas para os Brothers. — Eu não estou começando nenhuma briga com Stinger, e não vou ficar no caminho de você ser a sua Senhora. — Não? — Ela olhou para seu rosto. Stinger não disse muito sobre o que a luta foi realmente. Ele foi vago sobre


isso, na verdade. — Seu rosto, e o do Stinger também, estão implorando para discordar. Malice deu de ombros. — Aquilo foi apenas nós começando a pôr essa merda fora do caminho. Isto está feito e mais que acabado agora. — Ele olhou para o chão e esfregou sua mão sobre a parte de trás do seu pescoço. Quando ele olhou para trás para ela, ela ficou surpresa ao ver vergonha genuína em seu rosto. — Eu conversei com ele, e me dei um monte de coisas para pensar. Foi estupido agir como se você ainda fosse minha mulher, quando você não era por um longo tempo. Mas eu sempre fui esse tipo de homem, e sempre vou ser possessivo e territorial com o que é meu. — Mas eu não sou sua, Malice. — Eu sei, Molly. Eu sempre soube disso na verdade, mas eu acho que eu só não gosto de desistir de algo, mesmo quando isto já não é mais meu. — Ele exalou alto e não disse nada depois disso durante vários segundos. — Olha, o que eu posso dizer é que eu não vou interferir mais em sua vida. Você está feliz, Dakota está feliz, e isso é bom, realmente bom. Você não precisa se preocupar que se mudando para cá vá causar uma série de dramas. — Ele inclinou o queixo em direção às portas da frente. — Vamos, vamos para fora. Ela o seguiu para fora e acenou para os caras que jogavam a mina. Uma vez que a porta da frente estava fechada atrás dela ela olhou para onde Tuck e Dakota


estavam. Dakota segurava uma vara em sua mão, e ele e Tuck estavam jogando espadas. — Ele adora isso aqui, e os caras adoram tê-lo aqui, também. Ela se virou e olhou para ele. — Eu adoro tê-lo aqui. — Malice olhou para longe de seu filho e para ela. — Não o ver todos os outros fins de semana é difícil para caralho, Molls. Ela exalou. — Eu sei. — Mamãe! — Dakota gritou e correu até ela. — Mama, Tuck diz que nós poderíamos mudar para cá? — Ele estava saltando para cima e para baixo e agitando a vara ao redor. — Nós vamos? Nós vamos? Ela olhou fixamente para seu pequeno menino, olhou para Tuck, que tinha uma expressão de culpa no rosto, e em seguida se virou para Malice. — Vai levar algum tempo, mas acho que nós podemos ser capazes de trabalhar em algo. Malice sorriu, e pela primeira vez em muito tempo, ela viu o homem por trás das cicatrizes e tinta. Este era um dos maiores passos que ela já deu, mas ela sentiu em seu interior que era o certo a fazer.


Malice olhou para a parte de trás do carro de Molly enquanto ela ia embora. Dakota levantou sua pequena mão e acenou furiosamente. Embora seu filho não pudesse vê-lo fora da janela traseira, Malice acenou de volta. Ele viu Tuck se movendo ao seu lado através da sua visão periférica, mas manteve seu foco para frente. — Então, você acha que ela vai ficar? Malice olhou então para Tuck. — Eu não sei, mas acho que ela vai. Se nada mais, ela é uma boa mãe, e sabe que trazer Dakota aqui para estar mais perto de mim é um passo na direção certa. — Malice pegou um maço de cigarros para fora do interior de seu colete e pegou um isqueiro de dentro de seu bolso. Ele acendeu a ponta e respirou profundamente. — Eu preciso parar com essas coisas. Tuck grunhiu ao lado dele. — Mas ela também tem um bom coração, e sei que ela quer ajudar aquelas mulheres. Você viu quanto ela foi dedicada quando Lucien a chamou e ela veio para o armazém. Ela largou tudo para ajudar, e depois acabou ficando aqui em cima, também. — Ele deu de ombros. — Ela é uma boa mulher. — Que você ainda ama?


Malice rolou essa pergunta em sua cabeça. — Eu sempre vou amá-la. Ela é a mãe do meu filho, mas apaixonado por ela? — Ele olhou para Tuck. — Não, esse navio velejou há muito tempo atrás, eu só fui um idiota teimoso demais para perceber que querer algo não era a mesma coisa que amar isso. — Homem, todos nós ficamos assim. Malice inalou mais uma vez, mas ficou enjoado pelo sabor do cigarro. — Eu pensei que eu estava apaixonado por uma mulher uma vez, mas acontece que eu era apenas duro e erguido para ela. — Tuck começou a rir, e depois Malice riu. — Ela gostava de jogar duro para conseguir seu prazer, e quando nós finalmente fodemos foi tudo muito anticlímax. — Como assim? — Não que Malice gostasse de estar envolvido nos assuntos de outras pessoas, mas Tuck estava lhe oferecendo isso, e ele estava genuinamente curioso. — Nós dois apenas percebemos que o sexo era a única coisa que funcionava para nós. Boceta faz isso com um homem. Sim, Malice podia se relacionar, mas isso não era sobre sexo. Ele fodeu uma abundância de mulheres após Molly ir embora, e a relação deles esteve declinando bem antes que eles finalmente se separassem.


— Eu acho que eu só não posso ficar sabendo que algo não é mais meu, mesmo quando isso realmente não tenha sido meu por um longo tempo. Tuck bateu em suas costas. — Irmão, acredite em mim, eu sei. — Eles ficaram em silêncio por

vários minutos e,

finalmente,

Tuck falou

novamente. — Quer vir para dentro para uma bebida, que ajuda a manter sua mente coerente? Malice virou todo o seu corpo para que ele pudesse enfrentá-lo totalmente. — Minha mente está onde deve estar, homem, acredite ou não. — Malice sorriu, realmente se sentia bem depois de ter chegado à conclusão de que as coisas eram do jeito que deviam ser. — Mas eu vou acompanhá-lo em uma bebida. Tuck sorriu de volta e assentiu. Ambos se dirigiram para dentro, e, pela primeira vez em sua vida, Malice se sentiu como um idiota por toda a merda que ele começou com Stinger, e o aborrecimento que ele colocou diretamente sobre Molly. Com o passar do tempo, ele esperava que ele pudesse fazer as pazes com eles, porque ele gostava de vê-la feliz, e Stinger era o homem para colocar aquele sorriso no rosto dela. Ele também confiava no Urso, e sabia que ele iria tratar Dakota bem. Sim, a vida nem sempre era como alguém queria que fosse, mas no final, quando o véu era levantado, as coisas apenas passavam a cair no lugar certo.


Três semanas depois Molly olhou ao redor da casa que ela e Dakota agora chamavam de lar. Era pequena, com apenas dois quartos, mas era deles. Ela também não estava em River Run como Lucien queria. A casa estava em Steel Corner, mas nos limites certos dentro da cidade. As árvores os rodeavam, e o ar fresco enchia seus pulmões. Era certamente bem diferente das movimentadas ruas de Brighton, onde parecia haver edifícios surgindo em cada polegada de terra. Ela abriu a porta de vidro e deu um passo para a varanda. A imagem na frente dela deveria estar em um guia turístico tentando fazer as pessoas visitarem esta cidade. Árvores verdes escuras e maciças podiam ser vistas para tão longe quanto os olhos pudessem ver, e as Montanhas Rochosas pareciam perto o suficiente para que ela imaginasse que poderia chegar e tocá-las. A propriedade que cercava sua casa era de terra intocada, possuída pelo homem que lhe vendeu a casa e terreno, mas não havia outros edifícios ao redor dela. Era muito libertador e aberto. O som de passos pesados atrás dela dizia que Stinger se aproximava, e quando ela o sentiu envolver seus braços ao redor de sua cintura e puxá-la para o conforto do seu corpo, ela se derreteu nele. — Isto é lindo, não é?


Ele

enterrou

o

nariz

no

cabelo

dela,

respirou

profundamente, e cantarolou em aprovação. — Sim, isto realmente é. Ela o cutucou em seu duro, trabalhado abdômen, e não pôde deixar de sorrir. — Eu espero que eu tenha tomado a decisão certa. — Antes que ela soubesse o que ele estava fazendo, Stinger a virou e tinha suas mãos apoiadas no balaústre em ambos os lados dela. Ela foi engaiolada ali por este urso, e suas pupilas dilatadas era como seu animal se fazia conhecer. Mas ela gostava que seu animal fosse tão protetor com ela, e amava que ele não tivesse medo de fazê-la saber que ela não era de ninguém mais além de sua. — O que você sente aqui? — Ele colocou uma mão em seu peito, bem sobre seu coração. Ela olhou em seus olhos verdes. — Que eu fiz bem. — Molly sussurrou. Ele balançou a cabeça e se inclinou para beijá-la nos lábios. — Sim, eu realmente o sinto bem, porra. Quando tudo mais falhar, você deve confiar em seu coração sobre o que deve fazer, porque isso sempre lhe dará a reação honesta. — As palavras de Stinger eram simples, mas guardavam um monte de significados. — Sem beijos. — A pequena voz de Dakota parecia com nojo, e Molly teve que rir.


Stinger se afastou dela e se virou, mas ficou de cócoras na frente do Dakota. — Sem beijar a mamãe, hein? Dakota franziu o nariz e sacudiu a cabeça. — Isso é nojento. Stinger riu profundamente. — Algum dia você vai gosta de beijar as meninas que você conhecer. Dakota sacudiu a cabeça. — De jeito nenhum. Vamos brincar de caminhões. — Ele segurou seu brinquedo para cima e sorriu, e simplesmente agiu como se não houvesse mais conversa sobre beijos. A maravilha de ser uma criança, e o fato de que eles pudessem se adaptar tão facilmente, sempre assombrava Molly. Stinger se levantou, mas Dakota pegou sua mão e o levou de volta para casa. Ele olhou por cima do ombro, sorriu e piscou para ela, e, em seguida, seu filho e o homem por quem ela estava duramente apaixonada a deixaram sozinha. Dakota amava a região, adorava que ele via Malice quase todos os dias, e foi ficando cada vez mais confortável em ter Stinger em suas vidas. E isso significava muito para ela, porque se Dakota não se sentisse confortável com Stinger seria um não se mudar para Molly. Seu filho era tudo para ela, e Dakota teria que estar bem em torno de Stinger, também. Mas os dois se deram bem, e ela era grata. Foi um dia de cada vez, mas até agora as coisas pareciam bem, e


parecia certo. Ela se voltou para a vista, e colocou a mão sobre o coração. A batida era forte, constante, e ela não podia deixar de sorrir. Sim, seu coração sabia o que queria o tempo todo, e que era esta cidade, o motociclista urso que a consumiu desde o início, e que a levou para onde ela precisava estar... aqui.


Dois anos depois Molly pegou a salada de batata e a levou para a parte de trás do imóvel do Clube dos Grizzly, e caminhou através das longas mesas para o lado que continha todos os alimentos. Nos últimos dois anos muita coisa mudou. Depois de se mudar de Brighton para Steel Corner, ela ajudou Os Brothers of Menace, assim como Os Grizzlys, com assistência médica, também ajudou as mulheres que eram ex-prostitutas e que decidiram ficar na cabana que eles ergueram há quase dois anos atrás. Não era apenas sobre cuidar de suas feridas, mas também sobre conversar com elas, ajudando-as, se elas decidissem fazer outro trabalho além de se venderem. Mas as mulheres que eles trouxeram de Denver dois anos atrás desde então, encontraram trabalho, ou voltaram para a prostituição. A coisa com Os Brothers foi difícil, eles eram de coração duro e ficavam violentos quando fosse necessário, mas, apesar de tudo isso, eles tiveram cuidado. Eles estavam agora mantendo diferentes mulheres na cabana, resgatandoas de seus cafetões abusivos sempre que eram chamados, e, apesar da ilegalidade de tudo isso, Molly não poderia estar mais orgulhosa do trabalho que ela fazia, ou de estar envolvida com Os Brothers. Mas não era apenas sobre


trabalhar com eles em um tipo de “atrás do beco” da situação. Sim, o que ela estava fazendo não era legal sob os olhos de sua licença, mas isso não importava, porque ela estava ajudando a salvar vidas. Ela se virou e olhou para todos que se misturavam. A garagem que Os Grizzlys usavam para consertar seus carros e motocicletas, e também para ser utilizada como uma segunda casa segura em caso de necessidade, estava aberta, e para esta festa foi convertida em uma sala de estar. Algumas das crianças mais jovens ficaram fora do sol enquanto elas brincavam com seus brinquedos, e outros adultos se misturavam dentro. A música estava ligada, mas não alta o suficiente para que ela não pudesse ouvir seus pensamentos. Velhinhas riam e conversavam umas com as outras, nômades de todos os lados da região falavam sobre “compras” com os membros arranjados, e as crianças riam e corriam ao redor arriscando uns aos outros. A casa do Clube dos Grizzlys não estava realmente preparada para uma festa de família, como a que eles estavam tendo atualmente, mas com todo mundo ao seu redor, boas índoles e atitudes, e o amor de uma família enchendo o ar, realmente não importa onde eles estavam somente que eles estivessem juntos. Desde que aceitou a oferta de Lucien para ser a enfermeira para Os Brothers of Menace, e também a “Mãe da Toca” e enfermeira residente para as mulheres que ela ajudou a curar há dois anos, Molly caiu direto no papel que ela sabia que era suposto sempre ter seguido. A casa e o barracão dentro da propriedade que Os Brothers compraram foram


reformados e instalados com câmeras de segurança. Algumas das mulheres que venderam seus corpos agora trabalhavam em um dos clubes de strip em River Run. Não era algo que Molly faria, claro, mas ela supunha que dançar por dinheiro era melhor do que abrir suas pernas por ele. Mas, como dizia a si mesma, era a vida delas, e, se elas estavam felizes e seguras, quem era ela para julgar? A menininha dentro de sua barriga decidiu chutar direto e duro em suas costelas, e Molly colocou a mão em sua barriga estendida. Ela estava grávida de oito meses, e o fato de ser junho e estar quente como o inferno, fazia Molly miserável o suficiente para que ela se sentisse tentada a ficar dentro da sede do Clube com ar condicionado. Mas ela não era a única mulher esperando e sofrendo com este calor. Ela olhou para onde Jagger e Sonya estavam sentados. O Grizzly MC Presidente e sua Senhora estavam esperando gêmeos para poucos meses depois de Molly dar à luz, mas Sonya já estava maior no departamento barriga do que ela. Molly supôs que isso era de se esperar, uma vez que Sonya tinha dois pequenos meninos shifters ursos rolando dentro dela. Diesel e o filho de Maggie corriam ao redor, mas ele caía na maioria das vezes. Ele sorriu a cada vez, no entanto, e Molly viu o suficiente para saber o quanto uma criança pequena era dura. Diesel e Maggie se casaram logo depois que ela descobriu que estava grávida, mas os dois eram tão perfeitos um com o outro que ela ficava contente com as coisas que estavam trabalhando para fora deles. Na verdade, ela estava contente com as coisas que tinham resultado para


todos no final. E então havia The Brothers of Menace. Eles vieram para participar das festividades, e, apesar deles terem uma relação estreita com os Grizzlys, falado e os ajudado sempre que solicitado, ainda havia essa aura estranha que os rodeava. Talvez isso fosse porque eles eram solitários “pelo menos para os outros que não de seu clube” ou talvez eles simplesmente gostassem de parecer desconfortáveis em locais públicos. — Você está bem, baby? — Stinger veio por trás dela, passou os braços em torno de seu abdômen, e esfregou sua barriga. Instantaneamente sua menininha se acalmou, e Molly sorriu. — Eu estou gorda, quente e suada. Stinger riu atrás dela, e o som a acalmava. — Você não está gorda, e eu realmente gosto de você suada. — Ele se inclinou e beijou o lado de seu pescoço. — Eu gosto que você esteja grande com a minha criança. Você é saudável, e uma vez que está menininha estiver fora podemos tentar ter um menino. Molly zombou e olhou para ele por cima de seu ombro. — Talvez se você fosse o único que tivesse que estar grávido durante os meses de verão você poderia ser mais simpático? Ele continuou a suavizar as mãos sobre sua barriga. — Você está certa, baby. — Ele a beijou na concha da orelha. — Eu apenas gosto de dar-lhe um momento difícil.


Além disso, eu gosto de vê-la irritada. Isso me deixa ligado. — Ele começou a rir quando ela lhe deu uma cotovelada. Ela o sentiu sorrir contra ela, e que por sua vez a teve sorrindo. Ela olhou ao redor do pátio, parou em Brick segurando Darra em um abraço protetor, e sorriu quando viu o grande motociclista marcado de cicatrizes correr com seu dedo ao longo da testa de sua menina bebê. A menininha tinha uma cabeleira escura como seu pai, e Molly estava contente que finalmente eles começaram uma família. Uma porção dos membros do Clube, e as Senhoras, passaram por alguma merda terrível na vida, mas eles estavam felizes agora, e, no final, era isso tudo que importava. Ela viu Court e Lily rirem um com o outro, viu o garotinho deles puxando a saia dela até que ela o pegou, e sorriu quando viu Dallas correndo uma mecha de cabelo fora do rosto de Hope. Hope também estava grávida, mas ela não esperava até o inverno e mal estava se mostrando. Mas o olhar no rosto de Dallas quando ele descansou a mão em seu abdômen, e a esfregou para frente e para trás, poderia ter feito Molly chorar ali mesmo. Afastando seu olhar de Dallas e Hoppe num momento privado, ela viu que Malice ia até o playground observar o que os Grizzly construíram para as crianças. Dakota sorriu e gritou cada vez que Malice o empurrou no balanço, e ela estava tão grata que Malice e seu filho fossem capazes de ver um ao outro o tempo todo. Depois de alguns minutos de observar Malice e Dakota, seu filho veio correndo até eles. — Stinger, você vai me empurrar, também?


Stinger beijou-a na lateral do pescoço mais uma vez e se afastou dela para seguir Dakota de volta ao playground. Ele olhou por cima do ombro e sorriu para ela, e ela retribuiu o sentimento. Malice e Stinger bateram um nas costas do outro, disseram algo que fez ambos rirem, e então foram brincar com Dakota e as outras crianças no escorregador e balanços. Esta era uma família, a família dela e de Dakota, e ela não poderia ter pedido um grupo mais amoroso de homens para estar envolvida. Eles eram rudes, intensos, e gostavam de dar ordens às pessoas ao redor, simplesmente porque eles podiam e iriam ser obedecidos. Eles lutavam duro, mas amavam e protegiam o que era deles com uma ferocidade que era quase assustadora. Eles podiam não professar seu amor com aquelas três pequenas palavras o tempo todo, mas eles não tinham que fazê-lo, porque isto estava claro em suas ações. E isso era tudo que importava.



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.