THE GRIZZLY MC Nothin' but Trouble #4 JENIKA SNOW

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Tradução: Fran Costa Revisão Inicial: Meredith, Josie Revisão Final: Cindy Pinky Leitura Final : Lola Formatação: Lola Verificação: Anna Azulzinha





Lilly Winters deu sua virgindade a Court Devlin – o melhor amigo de seu irmão – quando tinha dezoito anos. Fazer isso na parte traseira de sua caminhonete não foi romântico, mas não importava, porque o amava. Mas logo depois Court se afastou dela e Roan, e ela sabia que era porque ele se sentia como se tivesse traído seu irmão. Court Devlin é um shifter urso e um membro do Clube de Motoqueiros Grizzly. Depois de virar as costas para as duas pessoas que mais se importava, ele mergulhou no estilo de vida motociclista. O Grizzly tem um estilo violento e perigoso, mas ele o abraçou. Após Lilly ser atacada, Court pune o homem que a machucou da forma mais horrenda possível. Ele percebe que não pode deixar Lilly novamente, não quando seu urso já a reclamou como sua mulher.




Lilly Winters sempre ouviu falar que Court Devlin era "encrenca certa". É claro que ele era encrenca. Ele era um clássico bad boy shifter urso, não dava a mínima para o que os outros pensavam, e fazia o que ele queria. Mas isso não impediu Lilly de querê-lo com uma ferocidade que rivalizava qualquer outra coisa. É claro que querer e realmente ter eram duas coisas muito diferentes. A música estava alta, e Lynard Skynard cantava "Free Bird", através dos alto-falantes que alguém colocou ao lado do lago. Lilly se sentou na parte traseira da caminhonete enferrujada e com cheiro de óleo de motor de Court, com os pés pendurados na traseira, e o grande shifter urso ao lado dela. Foi uma má ideia vir a esta festa. Ela tinha apenas dezoito anos, e se seu irmão mais velho Roan descobrisse que ela estava aqui, e que saiu com seu melhor amigo, ele provavelmente ficaria furioso. Mas Lilly não se importava. Mesmo que Court Devlin fosse uma presença constante em sua vida durante o tempo que ela conseguia se lembrar, e fosse dez anos mais velho que ela, ainda assim ela queria que ele fosse o seu primeiro, sempre quis que ele fosse o seu primeiro. Merda, ela queria que ele fosse tudo para ela. Mas Court não era o tipo de cara que tinha relacionamentos, e ela


descobriu isso quando realmente entendeu o que seus sentimentos pelo enorme shifter urso eram. Ela olhou para ele, e embora estivesse escuro e a única luz vinha da enorme fogueira em frente a eles, ela podia vê-lo perfeitamente. Suas grandes mãos estavam manchadas de graxa, assim como seu jeans desbotado e usado. Seu cabelo loiro estava longo nas laterais, encostando nos topos de suas orelhas, como se ele não cortasse a um tempo, e não desse a mínima. Essa era uma das coisas que ela tanto gostava em Court. Ele não se importava com que os outros pensavam. Quando ela o viu na festa flertando com uma de suas antigas colegas de escola, seu ciúme foi perturbador. Claro, Lilly sabia que ela não tinha nenhum direito sobre ele, mas caramba, ela odiou vê-lo com Alana. Aquela garota era uma Puta com P maiúsculo. Ela observou como Court tomou um longo gole direto da garrafa de uísque. Ele olhou para ela, e mesmo com seu rosto parcialmente nas sombras ela viu como seus olhos brilhavam, apesar da vermelhidão de beber a noite toda. Ele estava bêbado, obviamente. Ele entregou-lhe a garrafa, e ela estava tão surpresa que realmente aceitou. —Roan iria me matar se ele soubesse que eu deixei sua irmãzinha beber. Lilly virou a garrafa, e assim que sentiu o álcool queimar sua garganta, ela se engasgou e tossiu. Court riu ao lado dela e pegou a garrafa. —Isso vai fazer crescer cabelos no seu peito, com certeza. Ela limpou a boca com as costas da mão.


—A única coisa acontecendo no meu peito é que eu simplesmente engoli gasolina. Ele estava sorrindo para ela, levou a garrafa à boca novamente e tomou outro gole. —Eu acho que vou continuar com a cerveja. — Ela pegou sua lata de cerveja barata. —Falando nisso, eu não gostaria de ter cabelo no meu peito. — Ela encarou a fogueira, mas sentiu que ele estava olhando para ela. Quando ela olhou, viu que Court tinha os olhos focados em seus seios. A camisa que ela usava era xadrez, fechada com botões, e ela deixou a metade superior dos botões abertos, sendo que usava uma blusinha por baixo. Imediatamente seus mamilos endureceram apenas por ele estar olhando. E não havia como não perceber. Ele pareceu voltar a si e sacudiu a cabeça e desviou o olhar. —Sim, o seu irmão me mata, com certeza. — Sua fala estava arrastada, e ela viu sua atenção voltar para Alana rindo com um grupo de suas amigas vadias. Lilly não sabia o que a fez fazer isso, mas ela colocou a mão sobre sua coxa. Ele virou em sua direção e olhou para onde sua mão estava. —O que você está fazendo, Lilly? — Ele estava segurando a garrafa tão forte que ela podia ver os nós de seus dedos esticados. Ela

olhou

para

sua

virilha,

viu

que

ele

estava

definitivamente mais duro, e engoliu o repentino nó que tinha na garganta. Lilly não tinha nem a desculpa de estar bêbada,


ela já planejava fazer isso. Além de um gole daquela coisa que parecia gasolina que ela acabou de beber, ela ficou com a mesma cerveja, agora morna, pela última hora. Não, ela estava muito sóbria, e de repente criou coragem. —Lilly? — Havia confusão na voz profunda de Court, mas ela não deixou que isso a impedisse de fazer o que ela queria fazer desde que era uma menina. Inclinando para a frente, ela apoiou a mão sobre a tampa da mala, levantou-se um pouco, e encostou os lábios em sua boca antes que ele pudesse detê-la. Ela se afastou depois de um segundo, passou a língua ao longo de seu lábio inferior, e provou o álcool que tinha nos seus lábios. Seu coração deu um pulo. O beijo provavelmente poderia ter sido considerado quase inocente, mas havia esse olhar muito quente nos olhos dele que a fez gemer baixinho. O som da garrafa batendo no chão com um baque precedeu o próximo movimento de Court. Ele colocou sua mão em seu cabelo, agarrou os fios e puxou-a para a frente. A boca agora na dela mais uma vez, ele enfiou sua língua em sua boca e pressionou seu corpo contra o dela. Lilly estava tão chocada que ele iniciou esse beijo, e que não ficou com raiva por ela ter se jogado em cima dele, que ficou congelada durante vários segundos. Mas Court continuou a beijá-la, lambendo seus lábios, chupando sua língua, a deixando extremamente molhada, tanto que sua calcinha ficou completamente encharcada. Ele começou a se afastar, mas ela agarrou seus ombros largos, maciços, colocando as unhas em sua carne, e puxando-o para mais perto. Naquele momento, ela não pensou em todas as pessoas


ao seu redor, possivelmente observando o que eles estavam fazendo, não pensou em o quão puto seu irmão ficaria se ele soubesse que ela estava fazendo qualquer coisa remotamente sexual com Court. Ela simplesmente se permitiu sentir algo incrível. Seus mamilos estavam duros, forçando-se através das camadas de roupa, e roçando dolorosamente contra o tecido. Ele gemeu contra sua boca e cobriu ambos os lados de seu rosto, inclinando a cabeça para que ele pudesse aprofundar o beijo. Suas respirações se misturaram, aquecida e úmida, e tão frenética que ela não podia descobrir quem estava ofegando mais. Ele quebrou o beijo e murmurou: —Nós não deveríamos estar fazendo isso, Lilly. — Court arrastou seus lábios ao longo de sua bochecha, pelo seu queixo, e começou a mordiscar seu pulso, que estava batendo rápido e forte abaixo da orelha. —Não, eu realmente acho que deveríamos. Ele gemeu contra seu pescoço, e ela deixou cair a cabeça para trás enquanto ele deslizava as mãos pelo seu rosto, ombros, e continuou a trajetória descendente até que ele cobriu ambos os seios com suas mãos grandes. Um gemido escapou por seus lábios, e ela segurou em seus ombros com mais força. Era tão bom. Ele era muito bom. Endorfinas foram bombeadas no seu sangue, e ela se sentia drogada, eufórica, e corajosa o suficiente para ir mais longe. Deslizando as mãos sobre o peito, ela sentiu os músculos


ficarem rígidos sob as palmas das suas mãos. Havia tanta definição abaixo de sua camisa gasta que tudo o que ela queria era rasgá-la e memorizar cada centímetro de seu peito. —Se você soubesse o que eu quero fazer agora, você iria me dar uma joelhada no saco e fugir bem rápido. — Ele mordeu o lado de sua garganta e um suspiro de dor a deixou, mas uma incrível centelha de prazer explodiu entre suas pernas. Seu clitóris latejava com cada batida de seu coração, e sua vagina estava tão molhada que ela não podia aguentar mais. —Eu estou muito molhada para você, Court. Isso fez ele se acalmar e olhar no seu rosto. Ele parecia realmente bêbado, mas isso não a impediu de inclinar-se e beijá-lo tão profundamente como ele a beijou. Talvez ela devesse sentir vergonha por forçar isso. Afinal de contas ele estava embriagado, mas ela não tinha forças para parar. Ela estava se aproveitando dele? Ela não sabia, porque ele estava tanto a fim quanto ela. Ele pararia se realmente quisesse, certo? Caramba, pare de pensar e apenas desfrute este momento. —Você não tem ideia do que ouvir você dizer isso faz comigo. — Oh, ela tinha ideia sim. Ele interrompeu o beijo e olhou para a cama da sua caminhonete. Haviam cobertores espalhados em volta, de aspecto macio que trouxe a mente todas as coisas boas que poderiam estar fazendo sobre eles. —Isso não é certo. — Ele disse isso, mas olhava para seus seios. Ele podia ver o quanto duro eles estavam? Ela olhou


para baixo, onde ela podia ver a protuberância muito impressionante que parecia quase desconfortável. —Parece certo. Ele olhou para seu rosto e soltou um som baixo, animalesco. Não havia dúvida de que esse cara era todo urso. Ele podia parecer humano, mas ele era como um tanque, mais alto do que a maioria dos caras que ela já viu, e mais forte do que toda uma equipe de futebol. Dizer que ele era masculino era o eufemismo do século. Então, sabendo que o que ela estava prestes a dizer era mais do que ela já teve a coragem de pronunciar. Para qualquer cara, ela respirou fundo e apenas disse. —Eu quero que você me foda. — O som que veio dele desta vez foi tão cru, tão baixo, que ela sentiu as vibrações até em seu clitóris. Ela ficou ainda mais úmida, inchada e pronta para ele. Ele colocou seu braço em volta da cintura, puxou-a para o seu colo, e tomou sua boca em um beijo brutal, seus lábios pressionando juntos e seus dentes se chocando. E antes que ela soubesse o que estava acontecendo, ela estava de costas na cama, os cobertores de fato macios, e o corpo enorme do Court cobrindo o dela. O ângulo em que a caminhonete estava estacionada tornaria impossível para qualquer um ver realmente o que estavam fazendo se eles estivessem deitados, mas Lilly não se importaria de qualquer maneira. Court usou um de seus joelhos para abrir as pernas dela. Ele era todo ação e energia e beijos, e Lilly se sentia


muito feminina. Ela podia ter apenas dezoito anos, mas ela nunca quis nada mais do que ser dominada por este grande, corpulento shifter urso. Ele posicionou-se entre suas coxas agora abertas, e seus shorts jeans subiu. A costura no meio foi pressionada duramente contra a fenda de sua vagina quando ele esfregava seu pênis contra ela. Mais e mais, ele se esfregava contra ela, balançando seu quadril como se estivesse realmente transando com ela, ela perigosamente estava perto de gozar. Ele não tinha nem sequer a penetrado, ou a tocado abaixo da cintura, e ela estava pronta para ter um orgasmo apenas com amassos. —Você tem certeza sobre isso, Lilly? —, Disse ele contra a base de sua garganta. —Deus, sim. — Será que ela ia se arrepender de manhã? Claro que não, mas havia uma pequena voz na parte de trás de sua cabeça que disse que isso poderia estragar tudo. —Pelo menos um de nós tem. — Ele disse as palavras em um sussurro, e elas foram abafadas contra sua garganta, mas ela o ouviu. Ele estava falando para si mesmo, não havia nenhuma dúvida sobre isso. Empurrar seus ombros foi realmente difícil, fisicamente e mentalmente da parte dela, mas ela queria ter certeza de que ele pelo menos estava consciente de com quem ele estava fazendo sexo. Ele olhou para ela com olhos brilhantes e semicerrados. —Eu não vou forçá-lo a fazer qualquer coisa. Ele fechou os olhos e abaixou a cabeça, e por alguns segundos ficou assim. Mas, quando ele levantou a cabeça


mais uma vez e olhou para ela, ela ficou chocada ao ver que seus olhos normalmente verdes estavam negros agora, e que não tinha nada a ver com as sombras que os rodeavam. —Não, você não está me forçando, mas uma vez que fizermos isso, não há como voltar atrás. — Seu peito subia e descia, e ela jurava que estava falando com seu animal no momento. Sua voz era profunda, um pouco distorcida, e muito dura. —Só me foda. — Talvez não fosse a maneira mais eloquente, mas ela estava tão excitada que não conseguia pensar direito, e foi assim por muito tempo. E tudo por causa desse cara. —Você tem uma boca suja, garota. Eu acho que você tem passado muito tempo ao redor do seu irmão e eu. Ela levantou-se apoiando nos cotovelos e interrompeu-o com um beijo. De jeito nenhum ela iria falar de Roan em um momento como este. Além disso, Court iria acabar pensando sobre isso e decidir que era realmente uma má ideia, porque se seu irmão descobrisse, ele iria matá-los. Se apoiando em apenas um cotovelo, ela levantou a mão e agarrou a parte de trás do seu pescoço. Ajustou seu corpo para que pudesse mover a outra mão entre seus corpos e desfazer o botão do short. Ele se separou e ajoelhou, e foi abrindo suas próprias calças também. Lilly levantou a bunda e deslizou a calcinha e shorts para baixo. E então, quando liberou suas pernas, ela se deitou de costas e assistiu, um calor subindo sobre a sua pele, enquanto Court empurrava seu jeans para baixo


somente passando dos seus quadris, agarrou seu pênis e acariciou-se da base até a cabeça. Lilly sendo virgem não era um especialista em paus, fez a coisa da educação sexual na escola, e assistiu alguns filmes pornôs com seus amigos, mas nada poderia tê-la preparado para o que Court tinha entre as pernas. Seu pau era grosso e longo, com a glande mais larga que seu eixo. E suas bolas, puta merda, suas bolas eram grandes, mas todo o corpo do homem era colossal. —Se você continuar me olhando assim, eu não serei capaz de ir devagar com você, Lilly. — Ele pegou a carteira no bolso de trás, e pegou um preservativo. Observá-lo colocar o látex em sua ereção não deveria ter sido tão excitante como era. Ele voltou a ficar entre suas pernas, mas não se enfiou nela imediatamente. Ele colocou a mão na sua boceta, soltando um gemido com a sensação do calor que veio de seus dedos. —Você está muito molhada para mim. — Ele começou a mover os dedos dentro e fora, mais rápido e mais duro até que ela lambeu os lábios, agarrou-se sobre os cobertores ao lado dela, e mordeu o lábio inferior para não gemer. Ela não podia falar, mas acenou concordando. — Cristo, você está muito pronta para meu pau, não está, baby? —Sim. — Ela disse a palavra tão baixo que ela nem sequer sabia se ele ouviu, mas ele fechou os olhos e gemeu, e ela sabia que ele ouviu. Durante vários segundos tudo o que ele fez foi mover dois dedos para cima e para baixo na sua fenda, esfregando até o clitóris e depois voltando para baixo. Então, quando ela estava prestes a gritar para ele enfiar o


pênis dentro dela ele levantou a mão entre eles e, para seu choque total trouxe os dedos à sua boca e sugou até a última gota de sua umidade. Lilly não podia fazer nada além de olhar para ele com os olhos arregalados. Deus, ele a estava fazendo ficar ainda mais molhada. Ele finalmente parou, e ela se viu suspirando de alívio. Se ele tivesse mantido um minuto a mais, ela teria gozado antes mesmo que ele deslizasse dentro dela. Ele então se inclinou para baixo e a beijou, enfiou a língua em sua boca para que ela pudesse provar-se nele, e gemeu baixo quando ela mordeu seu lábio. Se afastando dela, ele agarrou e colocou a cabeça do seu pau em sua entrada. Lilly não conseguia respirar olhando para o rosto dele, que tinha essa máscara dura cobrindo-o, e essa veia selvagem nele. Seus olhos estavam muito escuros, e ela jurou que podia ver seus músculos crescerem mais diante de seus olhos. Isto não era apenas o homem que ela queria há muito tempo, mas o seu urso, também. E enquanto ele segurava seu olhar começou a empurrar dentro dela. Um suspiro saiu com a sensação dele empurrando seu enorme e grosso pau dentro dela. Ela não ia ser uma daquelas meninas que olhavam para um pau e diziam que não se encaixaria, porque ela sabia que iria, mas ela era uma daquelas meninas que diriam que ele era grande o suficiente para ter que trabalhar para colocar seu pau em sua boceta, e com certeza seria apertado. Ele estava esticando-a a tal ponto que a dor e o prazer se misturavam como um, e esse ardor abrangeu todo o seu


corpo até que ela sentiu como se fosse sufocar pela intensidade. O suor escorria ao longo de sua testa, e os baixos grunhidos que ele fazia eram tão excitantes que ela levantou a bunda, tentando ter mais dele. Mas ele colocou a mão em seu quadril, forte o suficiente que era desconfortável, mas tão bom... Ele estava quase lá, mas tê-lo simplesmente parado dentro dela era uma tortura. —Não faça isso ou eu vou gozar antes de entrar todo na sua boceta. — Senhor, suas palavras sujas e grosseiras não deveriam deixá-la ainda mais úmida, mas deixaram. Ela não disse a ele que esta era a sua primeira vez, mas não tinha a intenção de mencionar de qualquer maneira. Para alguns caras esta era a hora de fugir, mas eles já foram longe demais para parar agora porque ele não queria ser o primeiro. Então, antes de continuar com esta merda lenta, ela estendeu a mão e agarrou seu cabelo, puxou-o para a sua boca, e beijou-o para se certificar de que ele sabia que ela queria isso mais do que qualquer coisa. Ele gemeu contra seus lábios, e em um duro golpe, rápido, enterrou-se plenamente dentro dela. Um suspiro a deixou, mas não foi pelo prazer que ela sentiu até este ponto, mas porque quando ele rompeu seu hímen, essa merda doeu. Ele se afastou e olhou para ela com as sobrancelhas franzidas. Ele poderia dizer que ela era virgem? Ela presumiu que caras podiam, mas não era como se ela tivesse experiência em primeira mão, bem, até agora. Então, antes que ele começasse a dizer qualquer coisa, ela enrolou as pernas em torno de seus quadris estreitos, fazendo-o deslizar


outra polegada, e pela maneira como sua expressão se transformou em êxtase ela sabia que ele não iria mais pensar em nada. Deus, Lilly quase se sentiu mal por ter feito isso, porque era evidente que ele tinha dúvidas, e ela não disse a ele que ela era virgem. Mas ele estava duro, a beijou de volta, e qual era o ponto de interrompê-lo quando eles foram tão longe? Pará-lo agora só iria fazer como que ela quisesse que o chão se abrisse e a engolisse. —Lilly. Ela balançou a cabeça, impedindo-o de continuar. —Por favor, Court, apenas me beije. — Seu peito subia e descia, e ela deslizou as mãos sob a camiseta dele e sentiu a dura, suavidade de seu peito. Ela podia sentir os sulcos do seu abdómen, e quando ela moveu as mãos para cima, ela sentiu a definição de seus peitorais. Ele fechou os olhos e gemeu, e depois começou a se mover dentro e fora dela. Quando ele abriu os olhos, olhou para ela por alguns longos segundos, mas cada vez que ele empurrava profundamente, seu urso aparecia em seu rosto. O estiramento e queimadura de ter algo tão grande dentro dela deu lugar a uma sensação de euforia que reivindicou cada centímetro dela. O suor começou a pontilhar em sua testa, e ela sentiu escorrer suor entre seus seios. Ele cobriu seu corpo com o dele e enterrou seu rosto na curva do seu pescoço. Sua respiração era pesada, e a proximidade dele a fez mais quente, mas não de uma forma desconfortável. O desconforto e dor dele estar dentro dela e tomar sua virgindade diminuiu, e o prazer começou a assumir o controle. A sua respiração morna,


úmida no seu pescoço a fez virar a sua cabeça, com necessidade de sua boca. Ele não negou a ela, e eles se beijaram duro e rápido, rolando suas línguas juntos, e gemendo um na boca do outro. Court

estava

batendo

freneticamente

nela,

e

a

caminhonete balançava para trás e para frente. Ela ouviu algumas vaias do sexo masculino vindo de longe, e embora ninguém fosse capaz de ver o que eles estavam fazendo, o balanço da caminhonete era um sinal muito claro do que estava acontecendo. Mas Lilly não se importava, estava absorta no que eles faziam, que era melhor do que ela poderia ter imaginado. Court estava gemendo duramente, e as coisas sujas que ele dizia baixinho, quase inaudíveis, ecoavam em seus ouvidos. Havia uma tensão que começou na base de sua espinha, e cresceu a tal ponto que ela sabia que estava perto de explodir e sabia que não iria demorar muito mais. —Você é muito apertada e quente, Lilly. — Ele gemeu contra ela quando ela apertava seus músculos internos ao redor de seu pênis. —Deus, eu nunca senti nada como isso antes. — Com cada empurrão, a raiz de seu eixo esfregava contra o seu clitóris, enviando-a para mais perto e mais perto de explodir. Luzes piscavam atrás de suas pálpebras fechadas, e ela cravou as unhas em suas costas. O assobio que veio dele a fez soltar e murmurar desculpas através de seus suspiros ofegantes.


—Não, enfie suas unhas em mim, e faça doer, é bom para caralho. Um

suspiro

a

deixou

quando

ele

bateu

nela

especialmente duro, e enquanto falava. Seu orgasmo foi crescendo mais e mais, e como se algo abrisse dentro dela, ou mais apropriadamente uma represa se rompeu e a afogou em prazer, ela mordeu o lábio e gritou porque era muito bom. Pescoço arqueado, garganta nua e gemendo quando ela gozou, Lilly não podia se agarrar a realidade. Court fez este ruído áspero, e ela sentiu ele agarrar um de seus seios, a curva de sua mão ao redor do monte, e depois morder seu pescoço. O aguilhão da dor dele cravando os dentes no lado de sua garganta parecia detonar outra cadeia de orgasmos menores, e ela tentou abafar o grito que borbulhava em sua garganta. —Porra, Lilly. Cristo, eu vou gozar. — Seu pescoço estava molhado dele lamber e chupar, e sua boceta estava tão molhada que nem mesmo a música alta ou o som de todas as pessoas ao seu redor poderia abafar o barulho deles fodendo. Ele resmungou e gemeu contra ela, e aumentou sua velocidade. Ele bombeou nela uma vez, duas vezes, e na terceira vez bateu duro dentro dela e gozou fazendo um ruído áspero. Seu grande corpo estava tão tenso acima dela, e seus músculos se apertaram e relaxaram repetidamente. Lilly jurou que podia sentir seu pênis inchar ainda mais. Ele caiu em cima dela, e por alguns segundos se deitaram ali, sem falar, ambos tentando respirar. Court puxou seu pau para fora e se deitou ao lado dela. Logo sua respiração voltou ao normal, mas o silêncio a fez se


sentir desconfortável. Ela virou-se para olhar para ele, mas ele se sentou, se arrumou tirando o preservativo e colocando as calças no lugar, e voltou a sentar na parte traseira, de costas para ela. Lilly esperava que as coisas mudassem entre eles, mas merda, ela realmente não achava que seria assim que ele saísse dela. Ela levantou os quadris e puxou a calcinha e shorts, e, em seguida, hesitante se sentou ao lado dele. Ele se abaixou e pegou duas cervejas, e entregou uma para ela. O som de Court abrindo sua cerveja parecia demasiado alto, e havia um desconforto que os rodeava. Ela olhou para ele e disse: —Court, você está chateado? Ele não disse nada a princípio, apenas trouxe a garrafa de cerveja aos lábios e bebeu. Ele bebeu metade em um gole, descansou a garrafa em sua coxa e olhou para a fogueira. —Eu não estou chateado, Lilly. — Ele disse baixo, e um calafrio passou sobre seu corpo. —Então por que você está agindo assim de repente? Ele bebeu o resto de sua cerveja e jogou-a na parte de trás do caminhão, exatamente onde ele fodeu ela. Ele se virou e olhou para ela, e a expressão estoica no rosto, fez ela apertar sua mandíbula. —Porque eu não apenas fodi a irmã do meu melhor amigo, eu também tirei a virgindade dela.


Seu estômago se apertou quando ele disse essas palavras. —Eu estou bêbado, Lilly. Eu realmente não quero pensar sobre isso agora. —Court esfregou uma mão sobre sua mandíbula. —Yo, Court. Um bundão apareceu aqui. — Um grupo de caras

mais

velhos

chamaram

Court

e,

para

seu

constrangimento e vergonha, como se ela realmente não significasse nada, ele pulou da caminhonete e caminhou até eles. Antes de ir muito longe, ele parou e olhou para ela. —Você está bem para ir para casa? Ok, então ela não esperava que ele professasse seu amor por ela ou qualquer coisa depois disso, mas ela certamente não achou que ele agiria assim. Ela assentiu com a cabeça, porque ela não poderia encontrar a força ou a coragem de dizer alguma coisa. Ele inclinou o queixo em reconhecimento, e ela jurava, por apenas uma fração de segundo ele hesitou, como se quisesse voltar para ela. —Vamos, cara. — Mas, em seguida, seus amigos chamaram por ele de novo, e ele virou-se e deixou-a ali sentada na parte traseira da sua caminhonete. Ela sentiu a umidade entre as coxas de sua própria excitação, e sem dúvida o sangue que foi derramado de dar-lhe a sua virgindade. Mas ela não podia ficar com raiva de Court, não realmente. Ela sabia que as coisas não seriam diferentes, sabia que ele estava bêbado, e sabia que dormir com ele não foi a melhor ideia. Mas seus hormônios e seus sentimentos


por ele nublaram todo o resto até que a única coisa que importava era se entregar a ele. Por alguns minutos, ela olhou para ele com seu grupo de amigos quando eles se juntaram. Ela pode ouvir eles falarem, mas eles estavam a uma boa distância, de modo que ela não conseguia entender o que eles diziam. Mas Court nunca olhou para ela, e tudo bem, porque agora ela estava se sentindo muito, mas muito estúpida. Lilly pulou da parte de trás da caminhonete, teve certeza que suas roupas estavam no lugar e que não parecia que ela acabou de transar, e afastou-se da festa. Sua casa estava as uns bons 10 minutos de carro do lago, mas ela iria caminhando.

Steel

Corner

era

uma

tranquila

cidade,

relativamente segura de qualquer maneira, e, além disso, ela não tinha vontade de ficar perto de ninguém. Sim, ela estragou tudo, mas ela se arrepende disso, mesmo após o jeito que Court ficou frio e distante? Não, ela não se arrependia. Vai ser só uma daquelas memórias que ela irá guardar, e lembrou-se a si mesma daqueles momentos, e não toda a merda que aconteceu depois.


Cinco anos depois

Court sentou-se à mesa do clube, uma perna esticada na frente dele, e um braço sobre a madeira lisa. Jagger estava falando

sobre

The

Brothers

of

Menace,

o

clube

de

motociclistas, que se mudaram para a cidade mais próxima. —Lucien ligou e disse que esta noite será a primeira corrida para eles. Eles precisam das ruas esvaziadas, e que a gente mantenha o acordo e finja que não viu nada. — Faziam algumas semanas desde que o clube de motociclistas Grizzly fez negócios com The Brothers of Menace, que lhes permitiam utilizar a estrada principal que passa através do território de Steel Corner-Grizzly. O pagamento foi uma bolada, e tudo o que eles tinham que fazer era fingir que não viam nada quando Lucien e seus homens traziam suas garotas de alta classe para uma casa que tinham em uma cidade menor para foder. —Ele nos deu o primeiro pagamento, então do nosso lado está OK—, disse Stinger fumando seu baseado.


—Eles vão usar a estrada, mas para as primeiras corridas que fizerem eu quero alguns dos nossos rapazes vigiando para ter certeza de que eles só vão passar. Court concordou com a cabeça, assim como o resto dos sócios do clube. Desde que Lucien, o presidente do The Brothers of Menace, fez o negócio com eles, estavam em bons termos. Essencialmente isso significava que Lucien e seus homens – todos humanos – permaneceriam em sua cidade, e a única vez que eles iriam passar por território Grizzly seria quando fizessem corridas. —Eu vou vigiar, — Court ofereceu, e Jagger assentiu. —Quero Stinger com você. Esteja no centro da cidade, às duas da manhã. Lucien disse que é quando eles passarão. — Houve um grunhido coletivo de assentimento. —Você quer que a gente os siga? — Stinger perguntou e soltou uma baforada de fumaça. Jagger sacudiu a cabeça. —Não, eu não quero nada dando errado antes mesmo de começar. Eu só quero ter certeza de que as coisas funcionem perfeitamente. Nós só conhecemos esse MC por algumas semanas e, embora nós tenhamos investigado e saibamos que eles são um bando de nômades começando seu próprio bando, eu ainda não quero agitar a merda ou dar-lhes muita corda. — Jagger bateu os dedos sobre a mesa e olhou para cada um deles. —Apenas mantenham seus olhos abertos. — Todos eles concordaram, e todo mundo se levantou para sair.


—Cara, você quer ir no bar? Court olhou para Stinger. O shifter urso cortou o cabelo, e agora ele chegava ao colarinho. Ele estava um tempo de molho por uma ferida de bala, e embora não lidasse mais com o dinheiro do clube, desde que o trabalho foi entregue a Darra, Stinger ainda era o perito quando se tratava de dinheiro e números. Quando Court não respondeu de imediato, Stinger falou novamente. —Vamos lá, cara. Estou farto desse clube, Court. Eu quero ir no bar e encontrar uma boceta que não tenha passado pelo clube uma centena de vezes. Court esfregou sua mão sobre sua mandíbula, sentiu a barba de três dias em sua pele, e assentiu. —Sim cara, eu iria gostar de algo um pouco diferente também. — Especialmente desde que ele viu Lilly Winters de perto na cidade no outro dia, e todas as suas emoções por ela voltaram com força total. Ela não o viu, ele se assegurou disso. Ele não podia olhar em seus olhos azuis, sem desejá-la. O tempo foi realmente muito bom para ela. Ela era toda com curvas, seios grandes e uma boca exuberante. Ele poderia até mesmo lembrar do gosto que ela tinha, e a sensação da sua boceta gostosa enquanto ele a fodia, tirando a sua virgindade. Ele era um bastardo doente por ainda a querer, e uma merda de amigo por ir tão longe a anos atrás. Ele se distanciou, tornou-se um recruta para o Grizzly por um ano, e depois se tornou membro. Esta era a sua família agora, o clube e seus membros.


Essa foi a melhor coisa que ele poderia ter feito para si mesmo, Lilly e Roan. Porque não tinha jeito dele conseguir olhar no rosto de seu melhor amigo, sabendo que ele dormiu com sua irmã caçula e a pegou na parte de trás da sua caminhonete suja em uma festa de campo, e não se sentir como um merda. Ele até tentou falar com Roan, mesmo que a conversa tivesse sido estranha e distante. Quando ele descobriu que sua mãe, Diera, ficou doente, ele foi vê-la. Ela foi como uma mãe para ele enquanto crescia, posto que sua própria foi uma merda e ausente. Ele desejava que pudesse ter sido um melhor amigo para Roan, e uma pessoa melhor para sua família. Merda, o passado tinha uma maneira de se agarrar a uma pessoa. Mas, ainda assim, isso não o ajudava com a forma como ele se sentia agora. Ele era um bastardo do pior tipo. Ele seguiu Stinger para fora, e eles pegaram suas motos. —Onde vocês estão indo? — Dallas estava encostado na lateral do prédio acendendo um cigarro. Desde que essa merda aconteceu entre ele e Diesel houve muita tensão, mas em um dia era como se as coisas tivessem se arrumado sozinhas. Ainda havia está escuridão que claramente vinha do urso, mas Dallas manteve para si mesmo, e quando alguém perguntava qual era o problema ele não falava; então eles não se intrometeram. Se Dallas quisesse falar, eles estavam lá, e se não, bem, eles ainda estavam lá. —Titty bar para algumas bocetas frescas, — Stinger gritou quando ele colocou seu capacete. Court não teria


considerado O Titty bar como o melhor lugar para conseguir —bocetas frescas—, mas ele sabia o que o outro homem estava dizendo. —Você quer ir com a gente? Dallas tomou algumas baforadas do cigarro e jogou-o fora. —Pode ser. Eu acho que eu já peguei essas fêmeas do clube mais de dez vezes. Stinger grunhiu, entendendo exatamente o que Dallas estava dizendo. Merda, todos sentiam-se dessa forma em algum ponto. Mas boceta era boceta, e servia ao seu objetivo para algumas horas agradáveis. As prostitutas do clube sabiam onde estavam se metendo quando se tornavam uma garota Grizzly. E se elas não gostavam, eram mais do que bem-vindas a dar o fora. O que nenhuma delas jamais fez. Dallas se aproximou e subiu na sua moto, e os três dando partida nos motores. Court deixou o ronronar da moto acalma-lo, sempre o acalmava, e ele sabia que sempre seria assim. Eles se afastaram do clube e foram para o Summer’s atrás de alguma bunda dançante e algumas bocetas para se esfregar.

Desgastante, desoladora e triste.


Todas essas coisas resumiam a vida de Lilly muito bem. Ela sentou-se à mesa enferrujada e desbotada de sua mãe, viu como sua mãe dividia suas pílulas da semana em um desses recipientes para medicação diária, e de repente se sentiu realmente muito cansada. Com vinte e três anos ela não fez absolutamente nada em sua vida. Além das poucas aulas que ela fez no Centro de Carreiras River Run na cidade mais próxima, ela viveu uma vida muito chata, se não exaustiva. Mas ela não podia reclamar muito, porque a maior parte do tempo foi gasto cuidando de sua mãe. Diera Winters era uma boa pessoa, fez muito para a igreja da cidade quando tinha uma saúde melhor, e ainda se voluntariava para as coisas, embora se cansasse facilmente. Com seu irmão mais velho trabalhando horas sem parar apenas para ajudar a pagar as contas de sua mãe, tinha muito em suas costas também. Sua mãe podia ter câncer, mas ela certamente não deixava isso impedi-la de fazer as coisas que ela amava ou fazer caridades, desde que ela ficou doente. Mesmo agora, enquanto Lilly olhava para sua mãe, ela podia ver a vida vibrante que uma vez esteve dentro de Diera. Mas a medicação e o atual tratamento que ela estava fazendo a faziam parecer mais velha e evidentemente cansada. —Qual o problema? —, Perguntou a mãe. Lilly olhou para sua mãe. —Você está pensando muito. — Ela sorriu para Lilly e colocou o último comprimido dentro do recipiente de medicação.


Lilly tomou um gole de chá e abaixou a xícara, sorrindo. —Sim, mas eram apenas coisas aleatórias. A mãe dela não gostava de falar sobre sua doença. Não era um segredo, obviamente, mas Diera achava melhor pensar positivamente, falar de coisas alegres, e viver a vida ao máximo. Era difícil pensar positivamente quando Lilly podia ver os efeitos desta vida sobre sua mãe. Ela perdeu todo o seu cabelo, mas usava uma bela peruca que era o mesmo marrom escuro, parecido com o cabelo que ela teve. Apesar que Diera não a quisesse em um primeiro momento, quando Lilly a trouxe para casa, ela viu o sorriso nos lábios quando ela colocou. Não era sobre tentar parecer “normal”, mas era sobre se sentir melhor. —Você percebe que eu sou sua mãe e sei quando você está com a cabeça cheia de besteira? Lilly começou a rir e acenou com a cabeça. —Sim, eu sei. Diera estendeu a mão sobre a mesa e acariciou-lhe a sua. Hoje foi um bom dia. Sua mãe poderia realmente sair da cama, não estava vomitando, e estava até sorrindo. —Estou me sentindo bem hoje, e chamei Roan para ver se ele queria vir para o jantar. — Ela empurrou a caixa de comprimidos, e seu sorriso se alargou. —O

quê?

—,

Perguntou

Lilly,

de

interessada no que a mãe dela ia dizer. —Ele disse que está vendo alguém novo.

repente

muito


Lilly revirou os olhos e recostou-se na cadeira. —Eu sei, eu sei, mas ele agiu animadamente sobre trazê-la hoje à noite? Roan Winters, seu irmão mais velho, que sempre a apoiou, era um bom homem, mas ele também era um mulherengo. —Mãe, quantas namoradas ele já teve? — Embora Lilly soubesse que sua mãe sabia a resposta, Diera não respondeu, o que fez Lilly rir. —Sim, muitas, mas ele nunca parece mantê-las mais que, eu não sei, uma semana? —Oh, Lilly, seja boa com ele. Ele é apenas um daqueles caras que atrai muita atenção feminina. Ele se parece muito com seu pai quando ele tinha essa idade, o que não é de se admirar. Havia esse sorriso bobo no rosto de sua mãe, que ela sempre tinha quando falava de Davis Winters, o pai deles e seu marido. Ele morreu em um acidente de carro quando Lilly era muito pequena, e ela não tinha muitas memórias de seu tempo juntos. Mas sua mãe contava a ela história após história sobre seu pai, tantas, que Lilly podia fechar os olhos e imaginar que ela esteve ali também. —Bem,

eu

espero

que

você

não

tenha

muitas

esperanças dele se estabelecer. Eu acho que eu o ouvi dizer uma centena de vezes que ele não tinha intenção de ir por esse caminho. — Lilly começou a rir e se levantou. Ela pegou sua xícara de chá e de café de sua mãe, e levou-os para a pia.


—Eu pensei que poderia ser bom se eu chamasse Court e ver se ele gostaria de vir para o jantar, também. Lilly congelou e olhou para sua mãe. —O que? Por quê? —As mãos de Lilly começaram a tremer, mas ela se forçou a relaxar. Sua mãe deu de ombros, mas sorriu. —Eu não sei. Eu estive pensando nele ultimamente, e faz muito tempo desde que nós três sentamos na mesma mesa. —Sua mãe moveu-se atrás dela e colocou os remédios no balcão. —Mãe, isso foi a muito tempo, e você sabe que ele e Roan não se falam mais. — Os nervos de Lilly estavam trabalhando horas extras. Ela não contou a ninguém que ela dormiu com Court, nem mesmo sua melhor amiga na época. Com medo que Alexandria teria aberto a boca por acidente, ou quando estivesse bêbada, Lilly também teve medo de que iria chegar em Roan ou Court. Seu irmão teria ficado furioso. Por essa altura Court já se distanciou, e ela não queria piorar as coisas. —Querida, se vai fazer você se sentir desconfortável, então eu não vou. Foi só um pensamento. Lilly limpou suas mãos suadas na calça jeans e sacudiu a cabeça. —O que você quer dizer? Estou bem. Convide quem quiser.


—Lilly, você está começando a suar. Tem certeza que está tudo bem? —Mãe, eu estou bem. Apenas nervosa, porque tenho que trabalhar na clínica hoje à noite, e teremos um grupo de voluntários que serão nossas almofadas de agulha humanas. Sua mãe estava olhando para ela com muita atenção, e Lilly sabia que ela não acreditava nela, mas não a pressionou. —Bem, foi apenas um pensamento. Mas eu tenho pouco tempo para organizar, talvez por isso eu vou chamá-lo em outro dia. — Diera colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha de Lilly e sorriu. —Você vai estar em casa às seis esta noite? —Eu não tenho certeza. — Lilly respirou fundo e sentiuse calma. Ela não sabia por que se assustou tanto com o pensamento

de

Court

vir

jantar

com

eles.

Ele

era

praticamente um quarto membro da família, eles cresceram juntos. —Eu espero, mas isso depende de quão lento as pessoas serão com a retirada de sangue, ou se alguém desmaia. — Ela tentou colocar um pouco de humor para aliviar suas emoções frenéticas dentro dela, mas ela parecia meio histérica. Sua mãe franziu o nariz em desgosto. —Eu pedi a Roan para ser minha almofada de agulhas humana, mas ele é um cagão. —Lilly, eu não quero ouvir você dizer coisas desse tipo. — Sua mãe estava sorrindo, embora ela tentasse soar severa, não conseguiu. Sua mãe esfregou suas costas e se inclinou


para beijá-la na bochecha. —Ok, bem, me chame quando você souber. Se você não puder vir reagendaremos. Lilly se virou para sua mãe. —Não, não cancele, especialmente se Roan realmente quer trazer uma menina aqui. Vou tentar vir, ok? Diera acenou e sorriu. —Você parece cansada. —Eu estou, querida. Ela pegou a mão de sua mãe e levou-a para a sala de estar. —Lilly, eu posso andar por mim mesma. —Mãe, deixe-me ajudá-la. Aqui. —Ela empurrou-a no sofá e ligou a TV para uma daquelas histórias de amor bobas sobre o cara se apaixonar por uma menina nerd. —Você é uma boa menina, Lilly. Ela deu a sua mãe um empurrãozinho e olhou para ela. Hoje pode ser um dia bom, mas estava definitivamente ficando pesado para sua mãe. As bolsas sob seus olhos pareciam muito escuras contra sua pele pálida, e seus olhos azuis pareciam grande e fundos. —Bem, eu tenho algumas coisas para fazer, e então eu tenho que ir direto para a aula, mas eu vou ligar antes de ir, ok? — Ela se inclinou e beijou sua mãe antes de ir para seu quarto e pegar a sua bolsa. Indo para a porta da frente ela pegou o celular da bolsa e enviou um texto rápido para Roan.


Mamãe está animada por você trazer a nova garota para jantar ;) Sua resposta foi quase imediata. Roan: Ela é apenas uma amiga Lily não retornou o texto, mas ela sorriu. Roan nunca teve meninas que eram apenas —amigas—, o que significava que esta era muito especial para ele. O som de motores rugindo fez o coração de Lilly instantaneamente bater mais rápido. Sua casa não era muito longe do centro da cidade, por isso ela podia ouvir as motocicletas, mas não podia vê-las. Mas ela não precisava ver para saber que, entre todas aquelas Harleys, uma seria de Court. Court. Aquele homem incrivelmente bonito que ela ainda comparava com todos os outros caras. Nos últimos cinco anos, ele mudou consideravelmente. Não trabalhava mais no ferro velho, se juntou ao Grizzly MC - esses motociclistas duros e maus - e estava muito mais frio e maior do que ela se lembrava. Ela não sabia se alguma coisa aconteceu no tempo em que não se falaram, ou pelo fato de que ele estava agora em uma gangue de motociclistas, mas as poucas vezes que se viram, não reconhecia o cara que ela conheceu por toda sua vida. Era estranho, surreal mesmo, mas ela ainda nutria esses sentimentos por ele. Sentimentos que não eram apenas de natureza sexual, mas de uma proximidade nascida de anos de amizade. Uma noite arruinou tudo isso, e arruinou também a relação de seu irmão com Court.


Eles quase não se falavam, e embora a vida e prioridades, e o fato de que eles eram adultos crescidos agora, eram uma razão boa o suficiente do porque eles tinham se distanciado; mas Lilly sabia o que realmente aconteceu. Court provavelmente sentiu-se culpado e com raiva por dormir com a irmã de seu melhor amigo, e ela causou isso. Suspirou fundo. Esses foram os mais longos cinco anos de sua vida. Com a saúde de sua mãe a diminuir ao longo dos anos, o estresse da vida em geral, e perder um cara que foi tanto uma parte de sua família, como se fossem parentes de sangue, Lilly só queria subir na cama e dormir até que tudo estivesse de volta como era antes. Ela sabia que sexo com ele mudaria as coisas, mas ela nunca teria imaginado que mudaria ao ponto de nem se falarem mais, e sua comunicação

se

resumia

acenos

formais

e

encontros

inesperados. Não que eles tivessem muita comunicação antes, já que ela era muito mais jovem que Court e Roan, mas ainda assim, era melhor do que a merda de agora. Mas depois de sua pequena aventura na festa, bem, ela sentiu como se nunca realmente tivesse estado na vida do Court de qualquer forma. E é claro que tudo foi culpa dela, porque ela achava que dormir com Court era uma boa ideia. Bem, lição aprendida com certeza.


Lilly abriu a porta do Centro de Carreiras River Run e acenou para alguns de seus colegas de classe. Eram já oito horas, mais tarde do que ela pensou que ficaria, mas tiveram uma onda de voluntários que vieram para a coleta de sangue. O curso de flebotomista que ela estava fazendo estava chegando ao fim, embora ela nunca tivesse se visto no campo da medicina, após o diagnóstico precoce de sua mãe, passando por remissão, e em seguida, a volta do câncer, Lilly decidiu que queria ajudar mais pessoas. Claro, coletar sangue não era uma cirurgia ou qualquer coisa, mas era um começo. Além disso, ela não tinha muito tempo extra, se ela fizesse um curso de enfermagem não seria capaz de passar tanto tempo com sua mãe como ela queria; e não era prioridade no momento. Ela ligou para sua mãe quando teve uma pausa e avisou que não seria capaz de chegar a tempo para o jantar, o que era uma pena, Lilly queria conhecer a amiga de Roan. O sol já se tinha posto, e ela saiu pela porta da frente do Centro e para o estacionamento. Haviam luzes, mas eram de um fraco amarelo e espaçadas demais para o conforto de Lilly. Mas o som de seus colegas atrás dela indo para os seus carros, aliviou sua inquietação. Ela abriu a porta e entrou, e uma vez


no banco do condutor ela jogou a bolsa ao lado dela e trancou a porta. O carro dela era um modelo mais antigo, e, embora conseguisse a levar para onde ela precisava ir, Lilly sabia que um dia não iria funcionar. Mas, graças a Deus, quando ela colocou a chave na ignição e acionou o motor, ele explodiu para a vida. Embora River Run não fosse uma cidade horrível ou muito perigosa, ela sabia de ouvir as conversas de Roan e Court anos atrás que houveram um monte de meninas que se vendiam atrás do primeiro e único clube de strip na cidade. Não que mulheres se prostituindo era o que assustava Lilly, mas os caras sombrios que vinham de outras partes do estado tinham a tendência de assustá-la, e também a fazia sentir como se River Run não fosse segura. Seu telefone tocou com uma mensagem de texto. A recepção era fraca aqui fora, mas era melhor que no interior do prédio. Pegando seu telefone, viu que era de sua mãe dizendo-lhe para dirigir com cuidado, mas é claro que ela não poderia responder já que todo o sinal decidiu desaparecer. Faróis brilharam na frente dela, e ela fechou os olhos por causa do brilho. Carro após carro saiu até que ela era a única que ainda estava no estacionamento. Ela saiu do estacionamento para a estrada principal que percorria River Run. O lado da cidade que ela estava, era o mais tranquilo e longe da praça, que era onde os bares e clube de Strip se localizavam. Lilly preferia assim, mas ela raramente ficava até tão tarde na aula que quando saía estivesse escuro, e estar no meio do nada tendia de enervá-la.


Ela se dirigiu para a parte principal da cidade, um mal necessário, a fim de voltar para Steel Corner. Um som de clique fez ela desligar o rádio e inclinou-se para frente para ouvir da onde ele estava vindo. —Merda. — O clique estava vindo do motor, e ela sabia disso, por ter passado tempo em torno de Roan e de Court que um som como este não era uma boa coisa. Ela parou e desligou o motor. Estava escuro, ela estava no meio do nada, e o que a rodeava não era reconfortante. Lilly olhou no espelho retrovisor, mal viu o centro, e amaldiçoou. De jeito nenhum ela iria a pé nesse escuro. Ela se assegurou que as portas estivessem trancadas e pegou seu telefone novamente. Fora de área. —Telefone de merda. — É claro que ela tinha que ser o último carro que deixou o estacionamento. Mas ela sabia que os instrutores ficavam mais tarde do que os alunos, e ela iria esperar para ver se um deles viria pela estrada. O problema era que ela não sabia quanto tempo isso levaria. Lilly descansou a cabeça no encosto do assento e amaldiçoou sua sorte de merda. Ela estava cansada, seus pés doíam, e só queria chegar em casa. Mas é claro que nada funcionava do jeito que deveria. Fazia trinta penosos minutos que ela estava sentada no acostamento da maldita estrada, e embora normalmente isso não

seria

tanto

tempo,

parecia

como

uma

vida.

Ela

constantemente verificava seu telefone por sinal, e algumas vezes ele voltava, mas desaparecia rapidamente. Antes dela


ficar confortável novamente, faróis brilharam na frente dela, e ela levantou o braço para proteger os olhos. Felizmente, o carro diminuiu a velocidade e parou em frente a ela. Os faróis do veículo tornavam impossível ver quem estava dirigindo, mas ela podia ver que era uma caminhonete. Lilly ficou no carro com as portas trancadas, mas abriu uma fresta da janela. Ela estava contente de ver alguém, mas ela não era estúpida. O som de uma porta do carro se abrindo e se fechando, e depois de botas esmagando o cascalho fizeram seu coração acelerar de repente. Mas quando um homem grande e corpulento com uma barba aparada e vestindo um boné puxado sobre a testa, passou ao lado da porta do motorista dela e se inclinou, o instinto de fugir era forte dentro dela. —Você precisa de um reboque? — Sua voz era grave, e com ele usando bonés e todas aquelas sombras em torno dele, tornava difícil de ver seu rosto. —Seu carro morreu? —Hum, sim. Eu acho que é o meu motor. Ouvi um clique. Ele assentiu e endireitou-se, e mesmo que ele usasse uma camisa de flanela solta e ela só pudesse ver a parte superior do seu corpo, ela poderia dizer que ele era bem forte. Mas seu coração ainda estava batendo rápido, e sua garganta ficou seca. Ela não sabia por que estava tendo esta reação, além do fato de que o lugar a assustava. Ele era três vezes maior que ela, mas não era a situação. Era ele. —Abra o capô, e eu vou verificar o que está acontecendo.


Ela fez o que ele pediu, e esperou por alguns minutos enquanto ele estava debaixo do capô. Por fim, ele fechou a tampa, tirou um trapo do bolso de trás, e limpou as mãos. —Sem quaisquer ferramentas eu não posso dizer com certeza, mas eu tenho um bom palpite de que o seu motor já era. Ela assentiu com a cabeça concordando. —Sim, isso foi o que meu namorado disse, também. — Lilly sabia que ela tinha que agir forte, porque um predador poderia cheirar fraqueza como sangue derramado. Dizendolhe que ela tinha um namorado, ela esperava, impediria de lhe fazer mal — se ele tivesse intenção de iniciar qualquer coisa. É claro que ele podia ser um cara legal, e era apenas o seu próprio nervosismo a dominando. Mas ela sabia que não era apenas seus nervos. O cara ficou olhando para ela durante vários segundos depois que ela disse isso, e ela enrolou as mãos em torno do volante mais apertado para impedi-las de tremer. —Seu namorado, hein? — Ela balançou a cabeça e lambeu os lábios. —Ele é um mecânico? Eu nunca o vi por aqui antes. —Sim, eu o chamei há um tempo atrás, e ele deve chegar a qualquer minuto. Obrigado por olhar o motor —. Ela sorriu, mas ele não demonstrou nenhuma emoção. —Você tem recepção aqui? — A pergunta dele a gelou, e ela sentiu um suor frio na espinha. Ele colocou uma mão na porta do carro. —Porque ninguém nunca tem sinal nesta


estrada. — Ele sorriu, e algo dentro dela gritou que esta era uma situação muito, muito ruim. —Sim, eu liguei há muito tempo. Sério, ele deve estar aqui a qualquer momento. — Sua voz estava trêmula, e ela ficava olhando pelo espelho retrovisor e orando que um par de faróis aparecessem. —Eu posso levá-la até a cidade e você pode encontrar o seu namorado lá. Você pode ligar para ele do caminho. — Ele encarava seus olhos, não mostrando um sorriso ou qualquer outro tipo de expressão. Era muito estranho. —Na verdade, eu devo insistir em levá-la para a cidade. Não é seguro para uma mulher jovem estar aqui sozinha no meio da noite. Não era ainda o meio da noite, e ela via a maneira que ele ficava olhando para cima e para baixo da estrada, como se estivesse esperando um carro passar. —Não, não, tudo bem. Ele realmente estará aqui em breve. — Ela estava torcendo para ter sorte agora, rezando que ele simplesmente se fosse. Ele se levantou e enrolou o pano que usou para limpar as mãos em torno de seus dedos. —Ninguém usa muito esse caminho. Uma pena que o Centro de Carreiras foi construído tão longe da cidade. — Ele olhou para a estrada novamente, e seu coração começou a doer de quão duro estava batendo. —Vamos e eu vou levá-la para a cidade. Podemos conversar e conhecer um ao outro. — Ele se inclinou de novo e descansou a mão na porta. —Eu não passo muito tempo com garotas bonitas e decentes como


você. As da cidade que não reclamam de ficar comigo são as prostitutas que trabalham fora do clube de strip. —N-Não, obrigada. Meu namorado vai ficar preocupado se ele vier aqui e eu não estiver. — Ela o ouviu suspirar fortemente, e então ele abaixou a cabeça e balançou algumas vezes. —Ninguém está vindo por você, e você não tem um namorado, pelo menos não um que está vindo. — Ela não respondeu, não se moveu, e nem sequer respirou. —Então, você pode vir comigo do jeito fácil e podemos ter um bom tempo, ou você pode lutar contra mim e eu posso pegar o que eu quero. Se você escolher a opção dois, não será nada bom. Ela não se importava se seu motor explodisse. Ela acionou o motor, mas nada aconteceu. Lilly tentou uma e outra vez, a risada baixa, profunda fazia seu coração bater mais forte. Ela olhou para ele, e ele levantou uma vela de ignição. Ele jogou para o lado, e antes que ela pudesse gritar, ele bateu a mão enrolada no trapo através do vidro da janela do lado dela com tanta força que ela sentiu os cacos rasgarem a pele na lateral do seu rosto. Lilly gritou e freneticamente tentou soltar seu cinto, mas suas mãos tremiam incontrolavelmente, suas mãos estavam suadas, e sua súbita torrente de lágrimas fez sua visão embaçar. O clique vindo do cinto de segurança agora aberto, a fez tentar se mover rapidamente para o outro lado do carro, mas o homem estendeu a mão e agarrou seu pescoço, batendo as costas contra o assento. Lilly agarrou a sua mão


quando ele a apertou e a manteve parada quando ele chegou para dentro com a outra mão e abriu a porta. E então depois disso tudo foi como um borrão. Ele a puxou para fora do assento e a jogou no chão. O cascalho debaixo dela se cravou em suas palmas enquanto ela se segurava, e ela sentiu o ardor de sua pele sendo arrancada. Se preparou para correr, diretamente para a floresta que estava bem na frente dela, mas ele passou a mão no cabelo dela e puxou-a para trás. Estrelas dançaram na frente de sua visão quando com um movimento forte ele bateu a sua cabeça contra o chão. Um gemido a deixou, e ela agarrou a cabeça. —Garota, nos poderíamos ter nos divertido muito se você tivesse se comportado. — Ele puxou-a pelos cabelos e ela gritou, mas ele a girou muito rápido, batendo no lado de seu carro com tanta força, que seu grito se tornou um grunhido inteligível no impacto. —Por que você está fazendo isso? — Sua visão ainda estava embaçada, mas ela o viu levantar a mão. Tentou preparar-se para o inevitável ataque, mais fácil dizer do que fazer. Lilly tentou chutá-lo, mas bateu na canela, quando ele antecipou o movimento e a bloqueou. Ele deu um soco no seu rosto, e a dor bateu nela com tanta força, que náuseas rodopiaram dentro dela, e bílis subiu em sua garganta. Ela vomitou, não sendo capaz de evitar com a dor controlando cada parte do seu corpo. Rolar sobre suas costas, causou um grito de dor, e sua cabeça latejava como se alguém estivesse colocado uma britadeira sobre ela.


—Vamos. — Ele estendeu a mão para ela novamente, mas ela trouxe toda a sua força e levantou a perna direita na sua virilha. Uma faísca de prazer a deixou quando ela bateu no seu pau e um gemido de dor veio dele. Mas ela não esperou para vê-lo cair de joelhos. Lilly tentou se levantar, mas a cabeça doía tanto e ela sentia seus olhos fechando com o inchaço. Rastejando em suas mãos e joelhos em direção à estrada, ela jurou que ouviu um ronco de motor, mas o som de sua pulsação enchia seus ouvidos e foi difícil dizer se era real ou em sua cabeça. —Sua puta. — Ele agarrou sua perna, e ela o chutou outra vez, sentiu o pé dela acertar sua cabeça, mas a satisfação foi de curta duração, porque ele a puxou para trás, virou-a de costas e começou a abrir o cinto. —Não. Por favor, não. — Cada parte dela gritava em agonia, mas o som do ronco se intensificou, e então ela ouviu o homem em cima dela amaldiçoar e ficar quieto. Ele tentou levantá-la, mas acabou rasgando a blusa no processo. O ar frio deslizou ao longo de seu peito exposto, e mesmo usando um sutiã, ela tentou levantar as mãos para cobrir-se. Parecia que seu cérebro não queria dar os comandos, porque seu braço parecia que era feito de chumbo. Exaustão começou a pesar sobre ela, e não podia enxergar mais com o olho esquerdo. Mas o estrondo definitivamente não estava em sua cabeça, e quanto mais próximo ele ficava, mais ela percebia o que era. Lilly conseguiu tropeçar para a frente, levantar-se do chão, apesar de sua cabeça latejando, e moveu-se para a


estrada, mas não foi muito longe porque ele passou um braço em torno de sua cintura e puxou-a contra seu peito. Ele estava

caminhando

rapidamente

em

direção

a

sua

caminhonete, mas Lilly renovou suas forças e começou a lutar mais duro do que antes. —Que porra. — A voz profunda, cheia de raiva podia ser ouvida claramente através do estrondo das enormes Harleys que pararam na frente deles, mas com o olho inchado de Lilly, e os faróis brilhando sobre eles, ela não podia ver muito. —Não é da sua conta. Vão embora—, o homem que a segurava disse em voz baixa, áspera. Ele começou a se mover em direção a caminhonete de novo, e ela gritou. —Socorro. Deus, por favor me ajude. — Apenas alguns segundos depois que ela gritou alguém a tirou das mãos do outro homem e a apertava contra o peito. Ela cheirou couro e um perfume picante, e tudo que ela podia pensar naquele momento era em Court. Era uma coisa tão aleatória porque fazia muito tempo desde que eles viram um ao outro, mas sua imagem bateu em sua cabeça e ela começou a chorar. —Seu filho da puta—, alguém cuspiu entre dentes, e então ela ouviu o som de carne batendo contra carne, de um grunhido masculino com dor, e depois um corpo batendo no chão. Apesar do som de motocicletas rugindo perto, parecia mortalmente silencioso. —Ei, você está bem? —, o homem que a segurava disse e esfregou as costas. —Você pode me dizer o seu nome e quem


podemos chamar? — Ela se afastou, mas estremeceu e gemeu quando sua cabeça doeu. Ela balançou a cabeça, mas lambeu os lábios e falou em meio às lágrimas. —Lilly Winters. — Ela recitou o número de Roan, não sabia se alguém entendeu, mas ela estava se sentindo ainda mais enjoada quanto mais tempo ela ficava de pé. —Cara, eu acho que ela precisa ver um médico. Ela não pode nem sequer se manter em pé sem você a segurar —, disse outro homem atrás dela. Lilly não conhecia estes homens, mas ela não sentia medo ou necessidade de escapar como com o idiota que a atacou. —Nós

não

podemos

levá-la

a

um

hospital,

principalmente porque temos que levar aquele filho da puta de volta ao clube. Kink, chame Doc Mason, e entre em contato com a sua família —, disse o homem que a segurava. Lilly olhou para o rosto dele, mas com o inchaço e as lágrimas tudo o que ela via estava embaçado. Tonturas a assaltaram e ela oscilou, mas ele a segurou mais apertado, e então ela estava em seus braços e descansando a cabeça no seu peito duro. —Eu sou Lucien Silver, e ninguém vai machucar você. — Ele apertou os braços em volta dela, e ela tentou respirar através da dor. Mas a escuridão estava começando a consumi-la lentamente, e ela sabia que não seria capaz de segurar por muito mais tempo. —Malice, ligue para Ruin e diga a ele para trazer a sua bunda até aqui e


levar a minha moto de volta ao clube. Vou levar esse merda na caminhonete dele. Clube? Então, eles eram motociclistas. —Você quer que eu jogue esse idiota na parte de trás da caminhonete? — Um cara atrás dela perguntou. —Sim, jogue esse idiota que logo estará morto com o resto do lixo que ele tem lá atrás. Mas essa foi a última coisa que ela ouviu porque ela desistiu de lutar e, finalmente, permitiu-se ser engolida pela escuridão que a tentava.


Court agarrou sua garrafa de cerveja, a mesma que ele estava segurando pela última hora, e tomou um gole da cerveja quente. A stripper no palco estava atualmente tirando a calcinha fio dental. Eles estavam no Summer’s por algumas horas, mas Court teria saído mais cedo se Stinger não tivesse ficado bêbado e precisasse de uma babá. Dallas pelo menos estava sóbrio, mas ele estava ganhando uma dança particular e não estava preocupado com Stinger. A coisa com Dallas era que ele estava em seu próprio mundo recentemente. Ele fazia o que precisava fazer para manter o clube funcionando, estava lá para o resto dos membros, mas havia esse olhar vazio em seus olhos. Qualquer que seja a porra que ele estava passando era uma merda pesada. Normalmente eles poderiam cuidar de si mesmos, se eles estavam bêbados ou não, mas Stinger estava tendo stripper após stripper dançando para ele, e algumas vezes os seguranças tiveram que dizer-lhe para manter suas mãos em seu colo. Os seguranças e proprietário no Summer’s sabiam que não deveriam mexer com o Grizzly MC, mas isso não significava que eles ainda não cuidavam das meninas que trabalham lá. Sem ressentimentos sobre isso, e após a segunda vez que Stinger parecia bêbado o suficiente para não


se importar com que estivesse fazendo, Court interveio e disse-lhe para parar com a merda. Ele

trouxe

a

cerveja

à

boca,

terminou

a

coisa

desagradável e sentiu seu celular vibrar no bolso da frente. Quando ele viu que era o clube ele atendeu e cobriu o outro ouvido com uma mão. —Sim? —Hey, um cara chamado Roan ligou procurando por você. Disse que era uma emergência e queria que você o ligasse o mais rápido possível. Ouvir aquilo fez Court sentar reto. —Qual é o número? — Court não se incomodou em perguntar se Roan disse alguma coisa, porque não poderia ser nada bom se ele estava estendendo a mão para ele a esta hora depois de tanto tempo. Ele terminou a chamada quando recebeu o número e se levantou. Agarrou Stinger pela parte de trás do colete, fez um gesto para Dallas para ir com ele, e começou a sair do clube de strip. —Que porra é essa, cara? — Stinger arrastou, e depois balançou em seus pés. Eles já estavam fora, e Stinger teve que apoiar uma mão na parede de tijolo para se firmar. Court ignorou e discou o número de Roan. Ele só tocou uma vez antes que alguém respondesse. —Court?


—Sim. — A música de dentro foi silenciada, e alguns rapazes que estavam fumando foram para a parte de trás quando eles saíram. —Cristo. — Roan soou sem ar, e havia uma coisa frenética nele. —O que há de errado? — Ele não se incomodou em perguntar como Roan tinha o número, porque agora seu urso subiu à superfície, a necessidade de saber o que diabos estava errado. O coração de Court batia tão rápido que ele o sentia na garganta e em seus ouvidos. —É Lilly, cara. —O que diabos está errado? — Court não podia ajudar o modo como sua voz se levantou, ou o fato de que seu urso estava começando a tomar o controle com o pensamento da doce Lilly ferida. Um rosnado baixo o deixou, e Stinger ficou subitamente alerta ao lado dele, mas manteve a boca fechada. —Merda, Court, alguém a atacou. Levou todo o seu poder para não mudar ali mesmo. —Você está na sua casa? — Court já estava caminhando em direção a sua moto, mas depois lembrou-se de Stinger e Dallas e parou. —Não, eu estou em algum clube de motociclista no River Run. O sangue de Court correu em suas veias. Havia apenas um MC no River Run - The Brothers of Menace. Antes que


Court pudesse dizer qualquer coisa Roan estava falando novamente. —O Presidente, Lucien, me chamou e disse que alguém atacou Lilly. Eles pegaram o filho da puta aqui com eles, e algum médico está a verificando, mas merda, Court, ela parece mal e desmaiou. O rosnado que veio dele era profundo, baixo, e cheio de advertência. Todo o seu corpo tremia com a sua raiva. Alguém feriu Lilly – sua Lilly – e Court estava prestes a quebrar o pescoço de um filho da puta. —Eu não sabia a quem mais recorrer a uma situação como esta. Porra, eu nem sequer disse à minha mãe o que aconteceu porque ela não precisa dessa preocupação. Droga, eu não sei mais o que fazer, a não ser matar o idiota que fez isso com ela. Mas Court acalmou-se o suficiente para que ele pudesse falar. —Onde está o filho da puta agora? — Ele engoliu em seco, respirou fundo e apertou sua mão ao seu lado em um punho. —Ele está lá fora no frio, e alguns dos caras de Lucien estão cuidando dele. Eu iria atrás dele agora, mas eu quero o filho da puta acordado quando eu descer a porrada nele. Oh, Court planejava fazer muito mais com o cara que feriu Lilly do que apenas dar umas porradas.


—Eu estou a caminho. — Depois que ele desligou ele se virou e olhou para Dallas e Stinger. —Minha garota se machucou. Merda, ele acabou de dizer isso? Não importava, porque ele estava tentando ignorar como ele se sentia todo esse tempo, e não fez nenhum bem. Ele iria vigiá-la e protegê-la de modo que isto nunca aconteça novamente. E ele ia fazer aquele bastardo que a machucou pagar com o seu sangue, ossos quebrados, e, eventualmente, quando ele estiver acabado, o deixar ter a sua última respiração enquanto ele rasgasse sua garganta. —Você tem uma garota? Desde quando você conseguiu uma Senhora1? —Ele sabia que Stinger estava com a língua solta por causa do álcool. Se ele estivesse sóbrio ele teria visto o quão perto de mudar Court estava neste momento, e que interrogá-lo sobre sua Senhora não era a coisa mais inteligente para se fazer agora. —Stinger, cala a boca agora. — Dallas empurrou Stinger para o prédio novamente para que ele pudesse apoiar-se contra ele, e se virou para olhar para Court. —O que você precisa de mim? —Você pode chamar o clube e pedir um dos caras para vir buscar esse idiota bêbado? Dallas assentiu.

1

Old Lady. Esposa de MC.


—Certifique-se de que quem venha traga uma pessoa para pilotar a moto do Stinger, não quero que ela fique aqui a noite toda. —Court, você precisa de reforço? —, Perguntou Dallas. —Sim cara. Você precisa da gente para acabar com a raça de alguém? — Stinger perguntou, mas sua fala estava arrastada. Tanto quanto Court quisesse fazer isso sozinho, ele pensou e sabia que não seria inteligente. —Merda. — Ele esfregou a mão sobre a cabeça. —Sim, eu provavelmente terei que levar alguém comigo, mas não você. — Ele apontou para Stinger. —Você precisa ir para o clube e dormir para tirar o álcool do organismo. Stinger sacudiu a cabeça. —Não, você está em apuros, e os irmãos ficam juntos. Era por isso que Court amava o MC. Se alguém precisava de companhia para beber, para fazer merda, ou para ajudar a meter porrada em um filho da puta, qualquer um dos Grizzlies se voluntariavam para a ocasião, sem pensar duas vezes. —Obrigado, Stinger, mas você não seria muito útil para mim se as coisas ficarem confusas e você nem sequer consegue ficar em pé sozinho. — Stinger mostrou o dedo do meio de brincadeira, mas Court estava longe de um clima de provocação. —Dallas, faça a ligação, e me encontre no clube The Brothers of Menace. — O ar ficou gelado. —Esse clube fez alguma coisa?


Court sacudiu a cabeça. —Não, mas eu não sei muito, e o que eu sei, não quero falar sobre isso agora. Dallas assentiu. —Basta fazer a ligação e me encontrar lá. — Ele não esperou por uma resposta, foi para a sua moto, montou e deu a partida. Ele sabia que Dallas informaria Jagger, e ele também sabia que provavelmente não seria apenas Dallas, que o encontraria no clube. Tudo isso estava bem, mas tudo em que podia focar era Lilly e exatamente o quanto ela estava ferida.

Lilly se sentou na beirada de uma cama que cheirava como se alguém tivesse apenas fodido nela, e descansou a cabeça ferida na mão. Ela acabou de acordar, mas não sentia nenhuma dor, pelo que esse cara Doutor Mason lhe dera. Na verdade, ela estava se sentindo muito bem. Mas foi o cheiro de suor velho, água de colônia, e álcool que encheu sua cabeça e fez seu estômago torcer dolorosamente ainda mais. —Você vai estar dolorida, mas o inchaço deve ceder dentro das próximas quarenta e oito a 72 horas. A contusão, no entanto, vai piorar antes que fique melhor.


Ela deixou cair as mãos no colo e olhou para o médico jovem e muito atraente sentado em uma cadeira em frente a ela. Ele estendeu a mão para onde sua bolsa médica estava e tirou um frasco sem rótulo. —Aqui estão algumas pílulas para dor. Você pode tomar até dois comprimidos a cada quatro horas. Ela assentiu com a cabeça, mas não conseguia se concentrar. Ele sorriu e olhou por cima do ombro para Roan. Seu irmão estava na parede oposta, e embora ele tivesse uma expressão muito preocupada no rosto, ela podia ver o quão bravo ele estava pela forma como ele ficava abrindo e fechando as mãos. Ele parecia muito tenso e tinha uma tonalidade vermelha nas suas bochechas que mostrava que ele estava furioso e mal se segurando. O médico disse a Roan a mesma coisa que ele acabou de dizer a ela, e seu irmão assentiu uma vez. Haviam alguns motociclistas no quarto, também, mas ela não podia ver muito bem por causa do inchaço. Ela ouviu seus sussurros, rudes baixos, e sabia que o que usava o adesivo de Presidente no colete era Lucien Silver, e foi ele que a levou para a caminhonete, e depois para o seu clube. —Nós vamos dar-lhe dois poucos minutos. Os Grizzlies estarão aqui em breve —, Lucien olhou para ela. —Se eu soubesse que você estava associada com eles, eu poderia têlos chamado imediatamente.


—Eu não estou associada com eles—, disse ela, e Lucien olhou para Roan, que apenas fechou os olhos e sacudiu a cabeça. —Esse filho da puta ainda está lá fora? — Roan perguntou a Lucien entre os dentes cerrados. O Presidente concordou. —Sim, um dos meus caras apagou ele por um bom tempo. Roan grunhiu, mas ela sabia que ele estava satisfeito com isso, como ela. Lucien acenou com o queixo e o resto dos homens saíram do quarto. Uma vez que a porta estava fechada Roan suspirou e passou a mão pelo cabelo curto e escuro. —Porra, Lilly. — Ele baixou os braços e caminhou até ela. Quando ele estava de joelhos na frente dela, ele levantou a mão, como se quisesse tocá-la, mas a fechou no último momento. —O que diabos aconteceu? — Ele procurou seu rosto com o olhar, e quanto ruim parecia, e do jeito que ele fez uma careta, ela sabia que parecia como se tivesse levado uma surra feia, que ela obviamente tinha. —Meu carro começou a fazer um estalido, e lembrei-me quando você e Court ...— Deus, ele estava vindo para cá com certeza, e isso trouxe um monte de sentimentos dentro dela. —Lembrei-me de quando vocês estavam trabalhando em seu Mustang e estavam falando sobre isso ter algo a ver com o motor. — Os medicamentos que o médico lhe dera fez sua cabeça ficar tonta, e ela teve que deitar-se quando o quarto


começou a girar. Roan a ajudou, e uma vez que tudo endireitou-se na frente de sua visão, ela virou a cabeça para olhar para ele. —Eu pareço tão ferrada como me sinto? — Ela estava tentando brincar, para aliviar de alguma forma a tensão que a estava sufocando. Isso, é claro, não era uma situação para brincar, mas ela odiava ver Roan triste. Ele balançou a cabeça, mas parecia qualquer coisa, menos divertido. —Não faça piada disto, Lilly. Ele não ...— Roan engoliu, e sua expressão ficou mais dura. Ele não tinha que terminar a frase para ela saber o que ele ia perguntar. —Não,

mas

se

esses

motociclistas

não

tivessem

aparecido… Ele ergueu a mão e sacudiu a cabeça. —Não vamos falar sobre isso depois, porque eu estou mal aguentando tudo isso. — Ele abriu os olhos e sorriu, mas foi claramente forçado. —Agora, me diga o que aconteceu, ok? — Sua voz era suave desta vez, e ela respirou fundo e disselhe o que aconteceu. Durante vários minutos, ela retransmitiu tudo o que ela conseguia se lembrar. Foi horrível, porém, porque parecia que ela estava passando por tudo novamente. Quando ela disse a última palavra e limpou as lágrimas, o silêncio desceu. —Eu nem o conhecia, e não consigo entender por que ele fez o que fez. Deus, Roan, e se ele fez isso antes? —Ela precisava dizer alguma coisa, porque o silêncio era demais.


Roan olhou para o chão por alguns segundos, e ela podia ver a forma como a mandíbula se apertava e se abria. —Lilly, por vezes, há pessoas simplesmente ruins que fazem coisas más. — Ele olhou para ela então, e ela viu a dor crua em seu rosto. —Mas posso garantir que isso nunca mais vai acontecer de novo. — Ela adorava que ele era protetor, mas ela não lhe disse que ele não podia fazer uma promessa como essa, porque ele não podia estar lá o tempo todo. Eles tinham sua mãe para se preocupar. Oh, meu Deus, a minha mãe. —E quanto a mamãe? Você lhe disse o que aconteceu e simplesmente saiu? — Ela começou a se sentar, mas Roan empurrou-a de volta. —Eu não lhe disse nada além de que seu carro quebrou e eu iria dar uma olhada. Ela vai ter de saber sobre isso eventualmente, mas eu não queria dizer e deixá-la sozinha em casa se preocupando. Lilly concordou. Essa era a melhor coisa a fazer, porque se preocupar e ficar chateada era algo que sua mãe não precisa agora. Antes que pudessem dizer mais alguma coisa o som de vozes altas masculinas do outro lado da parede fez Roan se levantar e se colocar entre ela e a porta. E então houve o som de passos batendo no corredor, e da porta abrindo com força e batendo na parede. Ela olhou de trás de Roan para ver quem era, mas ela já sabia. Court ficou na porta parecendo irritado e poderoso, e por isso muito animalesco. Ela o viu pela cidade, mas agora, ele parecia um homem totalmente diferente. Seu corpo


parecia maior, seus bíceps flexionavam com tanta força que seus músculos se elevavam, e seu peito subia e descia enquanto ele respirava para dentro e para fora. —Lilly—. Court disse o nome dela duramente, e ela podia ver a cintilação do urso em seu rosto. Ela se virou, não querendo que ele a visse assim. —Obrigado

por

ter

vindo,

Court.

Roan

falou

severamente, mas na voz de seu irmão faltava o limite feroz que apenas um shifter tinha. Lilly olhou e viu quando Court entrou. Dois outros membros do Grizzly moveram-se atrás dele. Ela os conhecia pelo nome já que ela viveu em Steel Corner toda a sua vida, mas ela só os conhecia por suas reputações. Eles eram reservados, mas eram assustadores o suficiente para que as pessoas ficassem longe deles. Seu irmão e Court se cumprimentaram dando tapinhas nas costas, e era como se todos aqueles anos distantes tivessem simplesmente desaparecido. Court não respondeu, apenas se afastou de Roan e para mais

perto

dela.

E

então,

como

se

vê-lo

não

fosse

surpreendente o suficiente, ele caiu de joelhos na frente dela, todos os dois metros de altura dele, e estendeu a mão como se quisesse tocá-la. Ele foi gentil quando envolveu sua mão ao redor de seu ombro e se inclinou para abraçá-la. O cheiro de graxa e cerveja encheu seu nariz, mas era o cheiro selvagem que ela se lembrava de seu tempo juntos que se notava mais do que os outros.


—Cristo, baby. — E então ele a surpreendeu novamente com o carinho. Ele disse baixo para que ninguém além dela ouvisse, mas ele disse mesmo assim. Lilly olhou por cima do ombro do Court para seu irmão, e ele parecia tão atordoado quanto ela. Eles poderiam ter crescido juntos, mas a diferença de idade fez que eles nunca andassem nos mesmos círculos. Ela era apenas a irmã mais nova de Roan. Mas agora, enquanto ele a segurava, sentia-se como algo mais, como a forma como ela se sentiu quando ele a abraçou e beijou-a na parte traseira da sua caminhonete, há cinco anos. Ele se afastou e colocou uma mecha de seu cabelo atrás da orelha. A aparência suave que ele teve, desapareceu enquanto ele ficava mais irritado quanto mais tempo olhava para seu rosto. —Que porra ele fez com você? —Eu irei te contar. Ela acabou de me contar, e eu não quero que ela tenha que passar por tudo isso de novo—, disse Roan ao Court, mas ele ainda olhava para ela. —Sim. — Court a observou por mais alguns segundos e, em seguida, virou-se e deu um passo para trás. —Você vai ficar bem por alguns minutos, baby? Ela engoliu em seco e assentiu. —Dallas, a vigie até eu voltar, ok? Quem ela assumiu que era Dallas deu um passo mais perto.


—Lilly, eu vou falar com Court, e cuidar de tudo. Então eu vou te levar para casa. — Seu irmão veio até ela e beijou-a na testa, mas ela reparou quando ele lançou um olhar confuso a Court. Ela só podia imaginar o que seu irmão estava pensando, e as conexões que ele estava fazendo pelo comportamento estranho de Court. Eles a deixaram sozinha no quarto, fechando a porta, e ela olhou para o grande motociclista chamado Dallas. —Não se preocupe. Ninguém a machucará novamente—, Dallas falou sem expressão e cruzou os braços sobre o peito. —Não sabia que Court tinha uma Senhora, mas é claro que você é algo especial para ele. — Dallas encostou-se à parede, e ela estava prestes a corrigi-lo sobre ela não ser “a Senhora” de ninguém, mas ele começou a falar novamente. —Quando você tem algo que muda você aqui—, ele colocou seu punho em seu peito, logo acima de seu coração, —você não o deixa escorregar por entre seus dedos.


Court caminhou para frente e para trás e sentiu os olhos dos Grizzlies e The Brothers of Menace sobre ele. Mas não deu a mínima, porque a mulher que ele não deveria ter e se afastou todos esses anos atrás foi espancada e quase estuprada. Ele nem sequer queria pensar sobre toda a merda hedionda que o filho da puta atualmente amarrado como um porco na garagem atrás do clube teria feito se Lucien e seus rapazes não tivessem aparecido. Ele olhou para Roan e sentiu seu sangue subir violentamente para a superfície de seu corpo mais uma vez. Ele não estava chateado com o seu melhor amigo de tempos atrás, mas com o que Roan lhe contou. Só de pensar em Lilly sozinha lá fora, morrendo de medo e se machucando, fez seu urso se agitar e, pronto para ferir algo ou alguém. —Você precisa relaxar. — Ele olhou para Jagger. O Presidente do Grizzly insistiu em ir com Dallas, e Court estava grato pelo o apoio e backup. Ainda assim, de forma nenhuma ele poderia se acalmar. —Você não viu o que aconteceu com ela? — Ele apontou para o quarto no corredor, onde Lilly atualmente estava. — Será que você não viu o seu rosto, ou ouviu o que aquele


idiota teria feito com ela se os irmãos não tivessem aparecido quando o fizeram? — Court cuspiu a última parte e teve que fechar os olhos e lutar para controlar o seu animal. Ele estalou os dedos e rolou a cabeça em seu pescoço. —Me diz se você poderia se acalmar se fosse Darra lá. Lilly é a minha fêmea, e eu não vou me acalmar. — Todos se entreolharam e Court percebeu que chamou Lilly de sua fêmea, mas ela era sua, ela sabendo ou não. Foi uma pena que levou tanto tempo para perceber o covarde que era ficando longe como ele fez. Mas ele pensou que era a coisa certa a se fazer, e que toda a merda que ele sentia por ela poderia ser enterrada lá no fundo dele. Como estava enganado. Tudo o que conseguiu foi se esconder de Roan, sendo um amigo de merda, e não pensar que estar com Lilly poderia ser algo mais do que um lance. Poderia ter sido muito mais se tivesse apenas permitido que seus medos e teimosia aceitassem o que estava bem na frente dele. O passado era apenas passado, mas ele poderia compensar por todo o tempo que perdeu. Ele precisava ser homem e o macho que ela precisa agora e o amigo que Roan merecia. Court esfregou as duas mãos sobre o rosto. Ele estava irritado, feroz, e queria sangue em suas mãos e peito enquanto ele quebrava aquele bastardo. Mas ele tinha que se lembrar que precisava controlar-se em torno de Lilly. Ele fez um bom trabalho quando estava no quarto com ela, mas ele mal se segurou, especialmente quando ele a abraçou e sentiu o tremor passar por seu corpo.


—Leve-me para ele. — Court olhou para o chão e apertou sua mandíbula. —Eu quero ir também—, disse Roan com sua própria raiva mal reprimida. Court olhou para o irmão de Lilly. Roan tinha todo o direito de ir atrás do homem que a machucou, era o mais correto, já que ele realmente não tinha direitos sobre ela, mas isso não significava que ele não iria ter uma parte. Além disso, mesmo se ele tivesse ferrado tudo por ir embora, ele se preocupava com Lilly, e que o levou violentamente para a superfície quando ele a viu a poucos minutos antes. Seu bando e Roan não sabiam que ele a queria, e agora ele praticamente a reivindicou, para ser honesto, mas ele estava cansando de ser um covarde sobre como ele se sentia. —Vamos, vamos lidar com isso. — Court acenou para Roan e Lucien. O presidente do The Brothers of Menace não disse nada, mas ele não tinha que dizer, porque Court não estava escondendo suas emoções. Elas eram voláteis, cheia de raiva, e ele queria sangue cobrindo seu corpo enquanto o homem que feriu sua fêmea pagava pelo o que ele fez, com sua vida. Lucien ergueu a cabeça em direção à parte de trás do clube, indicando sem dizer nada que o filho da puta que Court e Roan queriam estava lá atrás. Lucien virou-se e Court e Roan o seguiram. Jagger foi logo trás e os quatro foram para a parte de trás do clube, diretamente a uma grande garagem. O clube The Brothers of Menace estava em


Sterling Hill, com uma floresta densa em torno, e privacidade da parte povoada do River Run. Também ficou claro que reformaram o lugar que, pelo que Court soube, era um centro de distribuição de madeira antigamente. Mas os pensamentos de qualquer coisa que não dizia respeito à violência e derramamento

de

sangue

desapareceram

enquanto

se

aproximava da garagem. Court começou a ficar irritado e sentiu seu urso agora dentro dele. O animal selvagem queria o gosto do homem que machucou a sua fêmea, também. As portas da frente estavam fechadas, mas Lucien levou-os a uma porta lateral e abriu-a. Quando entrou Court notou que haviam dois membros do clube de Lucien encostados em uma estação de trabalho. Algumas Harleys desmontadas estavam no centro da garagem, e inúmeras caixas de ferramentas estavam alinhadas ao longo das paredes, bem como outros itens que eram necessários para trabalhar em motocicletas. Mas o foco do Court virou-se para o grande filho da puta atualmente

restringido

a

uma

cadeira

com

um

pano

desagradavelmente sujo de graxa enfiado em sua boca. —Ele está acordado. Bom. — Court sentiu adrenalina e endorfinas correndo através de seu corpo e teve que empurrar seu urso para baixo, porque embora ele quisesse que seu animal interior saísse e destruísse o homem em pedaços, seu lado humano queria ele ainda mais. Ele olhou para Roan, viu que o outro homem estava com vontade de fazer algum dano a esse cara como ele estava, e deu um passo para trás. —Você quer ir primeiro? — Para um ser humano Roan era um cara grande. Ele rivalizava com um


monte de shifters no departamento de altura e musculatura, Court incluído. Os anos pareciam tê-lo endurecido, mas Court sabia que ele estava trabalhando horas extras no Horrison Construção, muitas horas. Ser um membro Grizzly significava que você sabia o que todos na cidade faziam. Era a única maneira de ter certeza que Steel Corner estava segura e sem problemas. Ele olhou para Roan novamente. O trabalho braçal se notava em seus músculos, e Court sabia que o humano precisava se desfazer da raiva. Roan olhou para ele. —Eu vou enchê-lo de porrada. Court sorriu, mas era de satisfação sádica. —Bom, mas deixe alguma coisa para mim. Roan encarou por alguns segundos e assentiu. —Conversamos depois. Court não precisou perguntar o que ele queria dizer, porque ele sabia muito bem do que Roan estava falando sobre a merda que ele disse sobre Lilly ser sua garota, e do jeito que ele foi todo possessivo e territorial, quando a viu. Court concordou com a cabeça uma vez, e inclinou o queixo para o ser humano amarrado. —Vamos resolver essa porra. — Tanto quanto Court queria machucar esse cara, ele queria voltar para Lilly ainda mais. Tirou o colete e entregou a Jagger, e depois tirou a sua camisa. Isto estava prestes a ficar sujo, mas ele estava ansioso para isso. Olhando para Roan, ele o viu abrindo e


fechando os punhos, e depois estalando os dedos, como se estivesse impaciente. Eles tinham muito o que falar, ele tinha muito o que explicar, e, eventualmente, a verdade de que Court dormiu com Lilly, e que era a razão pela qual ele agiu como idiota de merda teria que ser trazido à tona. Porra, Roan poderia até não se importar com o que ele e Lilly fizeram, e isso significava que se sentir culpado foi por nada. Não, isso não estava certo também, porque ele ainda teria se sentido como uma merda de amigo que fez algo que ele sabia que era proibido. E mesmo sendo errado, ainda achava muito certo. Pare de pensar sobre o passado, Court. Agora pense sobre este pedaço de merda ficar tão ferrado que ele não sobreviverá essa noite. Roan virou e olhou para Court, sorriu o mesmo sorriso sádico que Court, e encarou o homem amarrado novamente. —Você sabe aquela garota lá dentro? — O cara estava amarrado e amordaçado e não poderia responder, mas Roan não queria uma resposta e isso estava claro pelo tom de sua voz

e

a

maneira

como

ele

caminhou

para

a

frente

ameaçadoramente. —Aquela é minha irmãzinha, e a última pessoa que você deveria ter ferrado. — Roan estava bem na frente do cara um segundo depois. Court se aproximou, a necessidade de sentir o cheiro do medo que saia do humano prestes a ter sua bunda chutada primeiramente por Roan, e em seguida por Court.


Roan agarrou a cabeça do cara, puxando pelo seu cabelo enrolado em torno do punho de Roan, e mostrou os dentes. —Eu vou te socar até que você não possa andar, muito menos ferir outra mulher inocente. — Roan bateu com o punho no lado do rosto repetidamente. Os olhos do rapaz já estavam inchados de quando os homens de Lucien o pegaram, e sangue e cascalho revestiam a lateral do seu rosto. Era a pior coisa para ter sobre a pele ferida, mas quando eles terminassem com ele não sobraria nada. Ele viu como Roan batia vigorosamente no ser humano, tanto que o cara começou a vomitar sangue e o conteúdo do seu estômago. Mas o pano estava em sua boca, e ele estava engasgando. Roan estendeu a mão e libertou sua boca. —Você não vai morrer assim. — Roan estava respirando pesadamente, e os nós dos dedos estavam cobertos de uma mistura do seu próprio sangue e do filho da puta. —Além disso, eu não sou o único que vai ter um tempo com você. — Ele deu um murro na cabeça do cara, mais uma vez, tão forte que desta vez a cadeira tombou e levou o cara para o chão com ele. Ele gemeu e grunhiu, mas ele não mendigou ou implorou por sua vida como Court poderia ter pensado, e não havia qualquer medo vindo dele. Huh. Esse cara era louco, ou não sabia com quem diabos ele se envolveu quando ele se meteu com os Grizzlies ou os Brothers of Menace. Então, como se ele fosse psicótico, o filho da puta começou a rir.


—Você tem sorte que esses motociclista filhos da puta nos encontraram, porque eu estava prestes a rasgar aquela coisinha linda até que ela estivesse chorando e sangrando e me implorando para acabar com sua dor. Court rosnou baixo, mas Jagger colocou uma mão em seu ombro. A única razão pela qual ele não mudou e rasgou o macho, era a mão do seu irmão e Presidente, isso o conteve. —Respire. Assim você vai matá-lo antes de conseguir desfrutar disto. Court sabia o que queria dizer Jagger. O Presidente não estava parando ele, mas tendo certeza que ele teria o prazer de matar agressor de sua mulher. Court estava prestes a mudar sem seu lado humano apreciar o derramamento de sangue. Ele respirou fundo e assentiu. Jagger o soltou, e Court rolou a cabeça em volta do pescoço mais uma vez. —Você não deve saber quem somos. — Court disse as palavras em um sussurro mortal. O ser humano riu novamente, e, em seguida, virou a cabeça e cuspiu um bocado de sangue. —Eu não sou daqui, mas eu não dou a mínima para quem você é. Todos vocês podem chupar meu pau e engasgar com essa merda. — Ele começou a rir novamente. —Isso é o que eu ia fazer com aquela coisa bonitinha quando a nossa festa foi estragada. Ouvir o bastardo contaminando Lilly com suas palavras fizeram Court chegar ao limite, e nenhum autocontrole poderia detê-lo. Ele não podia controlar-se, ou o seu urso, e


sentiu

a

mudança

se

movendo

através

dele

tão

poderosamente que ele nem sequer tentou pará-la. Seu urso ficou livre. Sua pele rasgou, ossos quebraram, e os músculos incharam quando seu animal se movia através dele, a ponto de fazer alguns danos sérios. Ele balançou a cabeça enorme na direção de Roan. Não havia medo ou choque vindo do homem quando Court inalou profundamente. Ele se levantou diante

de

todos

em

sua

forma

de

urso,

respirando

pesadamente, suas garras raspando no chão de concreto, e seus incisivos ansiosos para rasgar a carne. Roan retrocedeu para lhe dar rédea solta, e aquele sorriso sádico, mais uma vez cobriu o rosto do irmão de Lilly. Aproximando-se do idiota no chão, Court mostrou os dentes para ele. Ele teria sorrido se ele pudesse, ao sentir o cheiro do medo que finalmente veio do humano. Ele queria prolongar a dor deste filho da puta e sua inevitável morte e afogá-lo em agonia, mas não pôde depois de ouvir as coisas doentes que saíram da boca do homem. Ele o atacou sem pensar mais. Seu lado humano assistiu ao ato de dentro dele, mas foi o seu urso fazendo a violência, protegendo a sua mulher, e certificando-se de que ninguém mais fosse machucado por este ser humano novamente. Arrastando suas garras na lateral do ser humano fez com que as cordas que o prendiam se rompessem. Ele estava no chão, agora que ele estava livre, mas Court queria a perseguição. Não havia mais arrogância vindo dele. Ele sabia que estava fodido. Court deixou o filho da puta se afastar um pouco antes de o atacá-lo, e pegá-lo, cravou as unhas em


suas costas. O homem gritou de dor e caiu para a frente. O aroma de seu sangue encheu o nariz do Court e fê-lo desejar mais. Court viu vermelho e atacou repetidamente com suas garras e dentes até que o humano ficou imóvel. Seu corpo estava destroçado, e uma poça de sangue se espalhou ao redor do seu corpo sem vida, manchando o concreto cinza debaixo dele com um vermelho macabro. Court respirava com dificuldade, mas ele estava muito empolgado para mudar de volta à sua forma humana. —Caralho. — Ele balançou a cabeça e olhou para Lucien. O motociclista humano estava olhando para o humano agora morto no chão. Ele tinha um sorriso e se encostou na parede. —Você realmente acabou com ele. — Ele olhou para os dois outros membros de seu MC. —Você pode chamar os caras para limpar essa merda? Não tenho certeza se alguém vai procurar esse bastardo, mas eu não quero nada que possa ser

identificado—.

Os

dois

homens

acenaram

a

seu

presidente, e como se não fosse a primeira vez que ouviram isso, e viraram-se para sair da garagem. Lucien olhou para ele novamente. —Você vai precisar de um par de calças, eu suponho que você quer ver a sua Senhora. — Lucien não esperou por uma resposta, apenas inclinou o queixo em direção à porta. —Você precisa que eu saia para lhe dar um minuto? Court emitiu um som áspero. Ele podia entender Lucien muito bem, mas agora ele estava mais animal do que humano e a natureza selvagem dentro dele não queria sentar e ouvir abobrinhas, e não estava tão saciado em sua sede de


sangue como deveria estar. Lucien assentiu novamente sem esperar por ele mudar de volta ou por Roan dizer alguma coisa, e se dirigiu para fora da garagem. Court olhou para Jagger, e depois Roan. O irmão de Lilly tinha um rosto inexpressivo. —Eu espero que você consiga se controlar, porque precisamos voltar e ver Lilly. Court fez um som de aviso baixo em sua garganta. Roan poderia ter sido seu melhor amigo quase toda a sua vida, mas agora ele estava no limite e pôde ver que Roan percebeu isso. Lucien voltou alguns minutos depois e jogou um jeans em uma das caixas de ferramentas. —Estas devem servir. — E então ele olhou para Jagger. —Você precisa de alguma coisa? Precisa que eu ligue para os meus rapazes para pegar o carro dela e rebocá-lo de volta para Steel Corner? Jagger sacudiu a cabeça. —Obrigado, mas não há necessidade. Eu estava prestes a chamar um dos meus homens para pegá-lo. Lucien assentiu. —Não tem problema. — Lucien se virou, olhou mais uma vez para Court, e, virou-se e deixou os três deles sozinhos. —Você está bem, Court? Você precisa se livrar da tensão? Ele balançou a cabeça depois que Jagger falou, bem, ele podia ver que ele ainda estava em sua forma de urso. Ele


precisava voltar para Lilly, e ele não estava disposto a fazer isso com essa aparência. Ele fechou os olhos e concentrou-se em abaixar a sua pressão

sanguínea

e

acalmar

seu

coração

errático.

Lentamente, depois de alguns minutos, ele foi capaz de mudar de volta. Quando ele já não era mais um urso, ele andou até a pia e lavou o sangue de seu corpo o melhor que pôde. Roan se aproximou e fez o mesmo, e quando Court se vestiu eles voltaram para o clube e para Lilly, a mulher que ele queria reivindicar como sua Senhora. Mas o problema que ele poderia enfrentar era que talvez ele tivesse que se afastar não apenas de Lilly, mas de Roan também. Ele fechou os olhos e respirou fundo. Court ainda estava agitado e sentia a adrenalina de matar aquele filho da puta em suas veias. Mas ele não estava saciado de tirar a vida desse filho da puta, e na verdade se sentia ainda mais selvagem. Seu urso estava faminto por mais derramamento de sangue, e ele desejou que tivesse ido mais lentamente quando terminou com aquele bosta. Sentiu Roan e Jagger atrás dele, mas eles mantiveram distância e não tentaram acalmá-lo. Court estava muito longe disso. Ele andou pelo caminho de cascalho, fechava e abria as mãos. Os nós dos dedos estalaram, e ele tinha certeza de que sua pele iria se partir do quão firmemente ele estava a apertando. Ele nunca se sentiu fora de controle antes. Apesar de ter um animal selvagem dentro dele, e o bastardo era uma besta que tentou exercer sua supremacia em mais de uma ocasião, neste


momento Court sentiu como se pudesse sair matando todo mundo de como instável ele se sentia. —Você precisa de uma luta no celeiro? — Jagger estava a poucos passos de distância ainda, mas Court o ouviu, no entanto. Ele esfregou a mão no rosto, passando por toda parte de trás da sua cabeça. Sentiu que seu cabelo estava úmido de quando ele o lavou rapidamente na pia, e o puxou. Ele provavelmente gostaria de lutar, mas primeiro ele precisava ver Lilly e ter certeza que ela chegaria bem em casa. Court aproximou-se da linha das árvores e apoiou a mão no tronco grosso de uma árvore. Ele fechou seus olhos novamente, sentindo uma grande agitação acontecendo dentro dele. Afundou as mãos na árvore, sentiu suas unhas alongar-se em garras quando seu urso saiu, e ouviu os pedaços de madeira cair ao seus pés. Sentindo seu sangue ferver quando viu em sua cabeça as imagens de Lily ferida, ele elevou a mão para trás e bateu com o punho no tronco uma e outra vez, e com força suficiente para desintegrar o tronco com o seu punho. Imediatamente ele sentiu sua pele se partir e o perfume do seu sangue misturado com a madeira onde sua mão estava batendo, ao menos ele sentiu um pequeno alívio. A dor o fazia sentir bem. Quando ele puxou a sua mão e olhou para o tronco, Court viu a destruição que ele fez. Ele ouviu movimento de passos atrás dele, sentiu que era Jagger, e então viu o pano que seu Presidente estendeu. Court o pegou, e envolveu o pano em torno de seus dedos. —Obrigado.


—Melhor? —Um pouco. — Court se virou e olhou para o seu Presidente. —Eu preciso ver Lilly. — Ele não esperou por Jagger dizer qualquer coisa, e não parou para dizer qualquer coisa a Roan. Ele queria sua mulher, precisava vê-la e cheirála, a fim de acalmar ainda mais a si mesmo. Ele foi para dentro e para a garota que ele se preocupava mais do que qualquer outra coisa.

Roan parou o carro na frente da casa da sua mãe e desligou o motor. Lilly podia ouvir o som da Harley de Court logo atrás deles, e olhou para o seu irmão. Ele não disse nada, mas o olhar em seu rosto falou o suficiente. Ele ainda estava irritado com a situação, e ainda sofria sobre o que aconteceu com ela. Eles ficaram no clube por mais uma hora, depois que Court e Roan voltaram para onde ela estava. Imediatamente ela soube que o cara que a machucou estava morto. Havia sangue que Roan não conseguiu limpar completamente de suas mãos e um pouco de sangue no pescoço do Court. —Vamos esperar até de manhã para dizer a mamãe sobre tudo isso, por favor. — Roan olhou para a casa, e todas


as luzes estavam apagadas, exceto a cozinha. —Eu não acho que ela precisa ouvir isso agora, ou ver seu rosto quando é tão tarde. — Ele suspirou, fechou os olhos por um segundo, e quando ele os abriu e olhou para ela, havia tanta dor lá que ela podia jurar que era uma coisa viva. —Roan, você sabe que ela não foi para a cama, especialmente quando nós não estamos em casa. Ele inclinou a cabeça para trás no assento e fechou os olhos mais uma vez. Ela estendeu a mão e a colocou em seu antebraço. Ele não se moveu, mas ele suspirou pesadamente, e, finalmente, depois de vários segundos, voltou-se para olhar para ela. —Eu sei, mas eu simplesmente esperava que ela estivesse dormindo. Você sabe como isso vai fazê-la se sentir. Ela vai pirar - e com razão - mas ela não merece passar por isso. Caralho, Lilly, você não merecia isso. Seu rosto estava dolorido e inchado, mas sabia que se ela não tivesse tomado remédios para dor que o médico lhe deu, seria muito pior. O som do Court desligando o motor da moto fez ela olhar para trás. Ele estava ao telefone, e sua profunda voz era clara, mas suas palavras foram abafadas. —Eu sei que algo aconteceu entre vocês dois. Ela olhou para ele, mas não se surpreendeu. A maneira como Court agiu foi fora do seu normal. Roan pode não saber sobre todo o sexo na parte traseira da caminhonete de Court,


mas tinha certeza de que ele se perguntava o quanto longe foi. Antes que ela pudesse dizer algo, ele balançou a cabeça. —Olha, eu simplesmente não me importo. Isso a surpreendeu. —Eu não quero saber detalhes, mas a maneira como ele agiu quando viu você, e a maneira como ele falou sobre você, deixou bem claro que havia sentimentos não resolvidos entre vocês. Lilly

realmente

não

sabia

o

que

dizer,

porque

honestamente ela nunca teria pensado que Court a via como algo mais do que um erro que ele cometeu com a irmã mais nova de seu melhor amigo. O silêncio de Court fez ela olhar para trás novamente. Ele

saiu

da

motocicleta

e

tirou

o

capacete.

Ela

definitivamente tinha sentimentos por ele, fortes como ela sempre teve todos esses anos atrás, mas ela honestamente não achava que a forma que ele se comportou hoje significava outra coisa, senão um sentimento de preocupação por uma garota que ele conhecia por toda sua vida e que se machucou. É claro que ela queria pensar o contrário, mas ela estava tentando ser realista, porque ela não achava que seu coração poderia aguentar outra dispensa por Court. Ela também não sabia o que Roan queria dizer quando, disse que sabia que algo aconteceu entre eles por causa da forma que Court falou sobre ela. O que ele disse que fez Roan pensar isso? Uma batida em sua janela chamou sua atenção para Court de pé ali. Ele parecia tão bem em sua camiseta e colete,


mas ela não deveria estar pensando em qualquer coisa atrativa em sua condição. Não era apenas um sentimento sexual, mas este flash de memórias que ela compartilhou com ele quando era mais jovem. Elas podiam não ter significado nada para Court, e provavelmente ele não se lembrava, mas para ela, elas estavam registradas em sua mente para sempre. —Vamos falar sobre isso mais tarde, Lilly. — Roan estendeu sua mão e apertou a mão dela. Não havia raiva em sua voz, e por isso ela estava agradecida. Havia muitas outras coisas que tinham precedência agora. Ela assentiu e abriu a porta. Court estava bem ali, com as mãos na sua cintura e ajudando-a sair do carro. —Eu estou bem, de verdade. — Ela sorriu para ele. Ela estava bem, mas na verdade ela não estava. A imagem do cara naquele trecho deserto da estrada, em cima dela, seu peso a sufocando, tocou em sua mente como um disco quebrado. Ela continuava vendo aquele cara tentando abrir o cinto, e sentindo sua respiração quente sobre ela. Ela não queria

nem

pensar

no

que

teria

acontecido

se

os

motociclistas não tivessem aparecido. Foi uma daquelas situações que ela nunca pensou que aconteceria com ela. —Você não está, mas tudo vai ficar bem agora, baby. — Ele fechou a porta uma vez que ela estava completamente de pé. Lilly olhou para ele.


—Por que você continua me chamando assim? — Agora não era o tempo para realmente entrar nisso, mas mesmo assim ela não queria agir como se o comportamento de Court fosse normal. Eles não se falaram há muito tempo, e então isso aconteceu, e era como se ele tivesse colocado algum tipo de reclamação sobre ela. —Eu tenho que. Ela franziu as sobrancelhas, bem, tanto quanto o inchaço permitia. Suas palavras a confundiram. —O que? —Eu reivindiquei você, Lilly, e eu não deveria ter ido embora anos atrás. Ele disse isso baixinho para que ninguém escutasse a não ser ela, e ela ficou abalada até a alma com as palavras chocantes que ele disse. Ele estava falando sério agora? Fazia cinco anos, e porque ela foi ferida, algo mudou nele e ele sentiu como se ela fosse sua? Lilly estava cansada demais para realmente analisar isso, mas parecia surreal, e ela realmente não poderia pensar nisso agora. Antes que ela pudesse dizer mais alguma coisa Court estava levando-a para a frente da casa. Estranhamente Roan não disse nada sobre a maneira como Court tinha seu braço em volta de sua cintura, e pressionada firmemente ao lado de seu corpo. Eles caminharam até o degrau da frente, mas a porta foi aberta antes de chegarem a ela. Sua mãe estava na porta enrolada em uma manta tão apertada em torno de si que parecia desconfortável.


—Eu tentei ligar para Roan várias vezes, mas ninguém atendeu. — Ela estava olhando para Roan, mas quando ela olhou para Court, houve um momento de surpresa em seu rosto. —Court? — Mas a surpresa foi de curta duração, quando ela prestou atenção em Lilly. Sua boca se abriu, seus olhos se arregalaram e lágrimas imediatamente se formaram. —Oh meu Deus. — Diera tinha os braços em torno de Lilly segundos mais tarde e a levando para dentro de casa, em silêncio, chorando. Quando a porta se fechou e todos estavam na sala de estar, sua mãe finalmente falou novamente. —O que aconteceu? — Ela foi tocar o rosto de Lilly, mas assim como seu irmão fez ela vacilou e parou bem antes de fazer contato. Lilly não tinha força ou energia para recontar a história, mas, felizmente, Roan já estava falando e contando tudo a sua

mãe,

embora

sua

versão

fosse

consideravelmente

reduzida. Lilly sabia que era para poupar sua mãe dos detalhes do pesadelo. As drogas que ela tomou lentamente pararam de fazer efeito, e a dor no seu rosto se intensificou. As palmas das mãos estavam bastante machucadas, mas o médico as enfaixou, bem como suas costelas. Felizmente, elas só estavam machucadas e não quebradas. —Eu acho que quero ir para a cama. — Ela interrompeu o choro da sua mãe, sentindo-se horrível que ela tinha que passar por isso, bem como tudo o mais em sua vida, mas agora Lilly simplesmente não conseguia pensar direito. Muita coisa aconteceu nas últimas horas, o suficiente para fazer sua cabeça girar.


Suas palavras fizeram todos entrarem em ação, e todos os três foram ajudá-la a ficar em pé. Tanto quanto o carinho e amor para ajudá-la era apreciado, ela não queria eles em torno como se ela fosse uma pessoa quebrada. —Eu posso fazer isso. Por favor, parem a agitação. — Todos eles deram um passo para trás, e ela os deixou na sala de estar. Um chuveiro teria sido bom, mas ela estava muito cansada e com muita dor. Uma vez em seu quarto com a porta fechada, ela sentou-se na beira da cama e colocou sua bolsa ao lado dela. Pegou na bolsa o frasco de comprimidos para dor, jogou alguns em sua boca e pegou uma garrafa de água que mantinha em sua mesa de cabeceira. E então deitou-se sem tirar seus sapatos ou qualquer outra coisa, e deixou o sono levá-la embora.


Court sentou-se na caminhonete com Stinger. Eles estavam no centro da cidade e estavam à espera de Lucien e seus homens para fazer o repasse de Steel Corner ao seu prostíbulo. Faziam dois dias desde que ele matou o homem que feriu Lilly, e quarenta e oito horas desde que ele viu a mulher que ele não conseguia parar de pensar. Ele queria ir ver Lilly, mas ele tinha que fazer a guarda para ter certeza que Lucien, ou quem quer que estava transportando as mulheres que foram pagas para foder homens de alto nível, passasse pela cidade sem incidentes. Mas depois de toda merda que aconteceu, ele confiava nos The Brothers of Menace, e sabia que Jagger e os outros Grizzlies o faziam também. Mas esta noite não era sobre certificar-se que o MC não foda com a sua cidade. Era para ter certeza da segurança deles. Bastou apenas um incidente para trazer os dois MCs unidos. Os Brothers tinham cuidado de Lilly e Roan, e ajudaram com o bastardo que a machucou, e para os Grizzlies, mostrava que eles seriam bons aliados. Quando outro MC cuidava de pessoas associadas com outro clube, os cuidavam até que o outro MC chegassem lá, e faziam questão de ajudar na vingança daqueles que foram machucados, isso


significava que eles eram bons homens, e respeitados pelo The Grizzly MC. —Sua garota está bem? Court olhou para Stinger e pensou sobre a pergunta. —Eu acho que ela está tão bem quanto se pode esperar, dada a situação. — Stinger pode não ter estado lá porque estava muito embriagado, mas cada membro do clube sabia o que aconteceu, e que Lilly o pertencia. A reunião que tiveram mais cedo naquele dia consolidou isso em pedra, e os membros do clube ofereceram apoio e amor fraternal. Ele ainda não falou realmente com ela sobre por que ele estava todo possessivo e como ela pertencia a ele, mas ela era uma garota inteligente. Ele lhe disse que a reivindicou quando ela falou em voz alta. Se ela sabia o que isso queria dizer, ainda restava ser revisto. Era como se um interruptor fosse acionado em seu corpo, seu urso tomou o controle, e ele deixou de ser um covarde e percebeu o que era importante para ele. —Quantas vezes você foi para o celeiro para lutar? Court olhou para Stinger novamente, e por instinto tocou o corte em seu olho que conseguiu naquela noite. Sim, passaram dois dias desde que ele viu Lilly e que matou aquele filho da puta que a feriu, mas ele estava com sede por violência. Desde que deixou a sua casa, esteve no celeiro três vezes e derrubou três diferentes shifters. Sentia-se muito mais calmo agora que ele se livrou da tensão, mas pensar em


Lilly ferida novamente o deixava com vontade de chutar o traseiro de alguém novamente. —O suficiente para ajudar a aliviar meu urso e quebrar algumas pessoas. — Ele olhou para fora mais uma vez. Os nós dos dedos estavam bastante machucados, mas ele apreciou a dor, especialmente quando ele estava neste tipo de mau humor. —Eu nem sabia que você estava sério com alguém. Quero dizer, já que você vem fodendo as bocetas do clube por um longo tempo. Court olhou para a frente novamente. —Bem, nós não temos nos falado por alguns anos, mas temos uma história. Stinger não disse nada, mas o som de um carro se aproximando os fez se endireitar dentro da caminhonete e colocou seus sentidos em alerta. Eles viram a van preta passar pelo centro da cidade e foram atrás dela. Eles não estavam tentando ser furtivos em segui-los, porque Lucien sabia que eles estavam apenas se certificando que nenhuma merda ocorresse. Uma vez que a van deixou Steel Corner, Court virou a caminhonete e voltou para o clube. O que ele queria fazer era ver Lilly, mas já era tarde, e as duas últimas vezes que ele experimentou ir vê-la, Roan disse que ela estava dormindo. Quanto poderia uma pessoa dormir? Mas ele sabia que

ela

estava

bastante

machucada,

estava

tomando

analgésicos, e ela precisava de todo o repouso que pudesse conseguir. Mas ele era egoísta, queria ser o único a ajudá-la a


se curar, e estava ficando impaciente para vê-la e tocá-la novamente. Dois dias não era muito, mas parecia como os dois dias mais longos da sua vida. Ele estacionou a caminhonete no estacionamento do clube e desligou o motor. Stinger já estava saindo, e Court se debateu se ele devia ir direto para casa. —Você vem para uma bebida? — Stinger olhou para ele. —Eu não sei. Eu realmente não estou no clima. Stinger deu-lhe um olhar chocado. —Não está no clima para uma bebida? Cara, traga seu traseiro para fora da caminhonete e venha para dentro. Você sabe que tudo o que vai fazer quando chegar em casa é pensar sobre a sua garota, e toda a merda que você fez ou deixou de fazer. A coisa com Stinger era que ele sabia desempenhar seu papel, como todos eles faziam em algum ponto. Ele estava lá para o clube e os membros, e embora agisse como se não fizesse parte, Court poderia olhar em seus olhos e ver que ele não estava tão despreocupado como ele tentava demonstrar. Talvez fosse por causa que Stinger levou uma bala do bastado do Trick? De qualquer forma, se Stinger quisesse falar, eles estavam lá, e enquanto ele não colocasse o clube em risco, eles se manteriam longe dos seus problemas. Court não disse nada sobre o que ele tinha ou não feito, eles não se falaram há algum tempo, mas Stinger o leu bem. —Vamos. Alguns goles vão te fazer bem.


Court passou a mão sobre a parte de trás de sua cabeça e suspirou. —Sim, tudo bem. — Stinger estava certo, ele teria ido para casa e ficaria pensando em um monte de merda deprimente. Ele desceu da caminhonete e dirigiu-se para dentro. Não havia uma festa louca acontecendo, mas havia um jogo de poker em ação. Um monte de maldições e brincadeiras estavam sendo lançadas ao redor, algumas das prostitutas do clube estavam pendurados sobre os membros, e alguns dos recrutas estavam mantendo os caras hidratados com cerveja e doses. —Ei, Court e Stinger estão aqui. A festa está prestes a começar, —Drevin gritou. O motociclista loiro levantou a cerveja, claramente já bêbado pelo arrastar em sua voz. —Drevin, cale-se, homem, — Dallas disse com um cigarro entre os lábios. Drevin estava fora durante todo o incidente com Lilly, e apesar de ter sido informado ou ele não sabia o quanto sério a coisa foi « não é provável » ou ele estava bêbado demais para perceber totalmente como ele estava agindo. Mas Court não estava com disposição para corrigir o idiota em qualquer coisa, e virou-se e dirigiu-se para o bar. Uma bebida e ele iria para casa. Ele estava cansado, não conseguia tirar Lilly da sua cabeça, e só queria desmaiar até que tudo melhorasse.


Lilly deitou na cama e olhou para o teto. A casa de sua mãe ficava na parte mais antiga da cidade, e as luzes da rua precisavam desesperadamente ser trocadas. As lâmpadas estavam esfumaçadas e a luz uma cor amarelada, e quando o brilho passava através da sua janela fazia manchas de cor de urina na suas paredes e teto. Sua cabeça escolheu aquele momento para pulsar, mas ela apenas fechou os olhos e respirou através do desconforto. Ela parou de tomar os medicamentos, e agora estava apenas no ibuprofeno. Ele certamente não tinha o mesmo efeito do outro medicamento, mas ela podia lidar com isso. Mas não era somente o desconforto que a acordou. Ela também pensou muito em Court e tudo o que ele fez para ela e disse. Ela falou com Roan sobre isso, mas ela não entrou em detalhes com ele sobre o que exatamente aconteceu entre ela e Court anos atrás. Mais especificamente, ela não contou o fato de terem tido relações sexuais, somente que eles compartilharam algum tempo juntos, e depois daquele verão não se falaram novamente. Mas não era preciso ser um gênio para perceber que não deu muito certo, e Roan não era tolo. Mas ele não a pressionou, e ela sabia que ele estava esperando até que ela estivesse totalmente curada, ou ele iria confrontar Court em primeiro lugar. Ela não queria pensar em nenhum desses cenários, porque certamente eles não poderiam terminar bem. Se levantou na cama e agarrou o edredom para envolvêlo em torno de si mesma. O inchaço estava significativamente


menor, mas o ferimento era horrendo. Seu trabalho no café foi colocado em espera, e a classe ainda estava no ar. Ela estava tão perto de terminá-lo, mas ela simplesmente não podia sequer pensar em ir para lá ainda, ou viajar por aquela longa e isolada estrada. Só de pensar sobre isso a fazia tremer e envolver o cobertor em torno dela ainda mais apertado. Embora já fosse tarde, ela tinha o sentimento que Court ainda estava acordado. No passado, Ele sempre pareceu como uma coruja, ficando acordado a noite, e ela não achava que aderir a um MC o fez mudar. Lilly queria tanto falar com ele e olhar para seu rosto que isso a surpreendeu. Não importava o tanto de tempo que se passou entre eles. Quando ele olhou para ela quando estava no clube The Brothers of Menace, ela soube que não enterrou seu amor por ele. Ela se levantou e pegou seu telefone da mesa de cabeceira. Por um segundo, tudo que ela fez foi olhar para o ecrã preto. Ele deixou o seu número com sua mãe na noite em que a ajudou a entrar, mas ela não tentou chamá-lo ainda. Roan disse a ela que ele passou por lá nos últimos dias, mas toda vez ela estava dormindo. Teria sido fácil para ela chamá-lo, mas as últimas quarenta horas ela estava tentando superar tudo o que aconteceu, e claramente tudo o que estava acontecendo entre ela e Court. Não havia medo de que o homem que a feriu voltaria, porque embora ela perguntasse para Roan o que aconteceu com ele, seu irmão só disse a ela que Court lidou com isso. A memória do sangue que lhes revestiu, em seguida, a visão das crostas


nos nós dos dedos de Roan disse a ela exatamente o que aconteceu. Não pense mais nisso, ela discou o número de Court e trouxe o telefone ao ouvido. Seu coração batia tão rápido que mal podia ouvir-se pensar. Alguém na outra linha atendeu, e ela ouviu vozes altas, xingamentos, e riso feminino. Deus, ele estava com alguém agora? Seria tão contraditório com a maneira como ele agiu em relação a ela e como lhe disse que a reivindicou. —Lilly. Ela estava um pouco chocada ao saber que ele sabia que era ela, mas talvez Roan lhe tivesse dado o seu número? —Oi. Não é tarde demais para ligar, não é? —Os ruídos altos desapareceram, e ela ouviu uma porta se abrindo e fechando. —Nunca é tarde. Você pode me ligar a qualquer hora que quiser, não importa a hora. —Sua voz profunda veio através da linha como uma carícia quente, e ela sorriu para suas palavras. —Você pode se arrepender disso. — Ela riu suavemente, provocando-o porque ela estava tão cansada do medo e incerteza que ela sentia por dentro que só queria um momento de paz. —Lilly, nada do que pudesse fazer me faria pensar isso. Ela engoliu em seco e se mudou de volta para sua cama e sentou-se.


—Eu, uh. — Ela lambeu os lábios e odiava que ela estivesse tão nervosa em falar com ele, mas passou um longo tempo desde que ela esteve nessa situação, e tão difícil quanto foi para esquecer, tudo o que ela continuava à pensar era a última vez que eles estiveram juntos. —Você está bem? — Havia uma verdadeira preocupação em sua voz. —Eu estou bem, apenas não podia dormir e queria falar com você. —Você não podia? Ela não pode deixar de sorrir para a surpresa agora em sua voz. —Sim, eu não pude. — Houve um momento de silêncio. —EU. —Desde que eu estou acordado, e você não consegue dormir, talvez eu possa te ver? Ok, isso não era o que ela achava que ele iria dizer. —Sério? É muito tarde. —Eu não me importo o quão tarde é, porque eu quero ver você. Eu tenho tentado nos últimos dois dias. — Havia um tom de desespero em sua voz, e era tão estranho, porque Court estava sempre no controle em todos os momentos. —Eu não quero afastá-lo do que você está fazendo. — Ela ainda ouvia a risada feminina perto do telefone, e odiava que ela era autoconsciente o suficiente para se deixar incomodar por isso.


—Nah, não há nada que possa me manter longe de você. Oh. Bem. Uau. —Dê-me vinte minutos e eu estarei aí. — Havia uma perturbação em sua voz depois que ele disse isso. Talvez isso significasse emoção? —Ok. — Houve outro momento de silêncio, mas desta vez não era estranho. Depois que eles se despediram ela desligou o telefone e ficou ali sentada olhando para o telefone por alguns segundos. Finalmente, ela se forçou a ficar de pé e pegou um suéter de grandes dimensões e um par de leggings. Ela não estava prestes a ver Court em sua camisa velha de dormir, mesmo que ele só estivesse vindo para falar. Uma vez que ela estava vestida e passou vinte minutos, ela começou a ficar muita nervosa e continuamente pegou na ponta da sua camisa. Era horrível sentir-se assim, mas ela não podia evitá-lo. É claro que ela queria estar com Court, mas o bom senso lhe disse que se não deu certo anos atrás, por que desta vez seria diferente? Como se seus pensamentos o conjurasse, ela ouviu o som de uma motocicleta se aproximando, e, em seguida, viu a luz do telefone com um texto. Court: Estou aqui fora. Está tudo bem se eu entrar? Ou se você estiver se sentindo bem, podemos dar um passeio? Um passeio? Além de suas costelas estarem um pouco doloridas e seu rosto destruído ela só sentia um pouco de desconforto, e se perguntou se a causa de ela ter toda essa adrenalina bombeando através de seu corpo, era por que


Court estava aqui? Ela certamente não estava com dor como ela estava antes. Mas subir na traseira de sua moto provavelmente não era a melhor ideia agora, pelo menos não até que ela estivesse totalmente curada. Que tal você entrar? Ela enviou o texto para ele e colocou o seu telefone na mesa de cabeceira. Seu quarto estava do outro lado da casa do quarto de sua mãe e tinha um conjunto de portas deslizantes de vidro que dava para o pequeno pátio. O quarto de Roan estava no porão, por isso ele estava longe o suficiente e ele não iria ouvi-los conversar. Ela só não queria que ninguém pensasse que estavam fazendo mais do que isso, não na casa da sua mãe, ou depois de toda a merda que aconteceu nos últimos dois dias. Ele não enviou um texto de volta, mas logo antes de ela pegar seu telefone e enviar um outro texto ouviu passos pesados no pátio à direita do lado de fora de suas portas de correr. Um segundo mais tarde, houve uma luz batendo na porta de vidro. As palmas das suas mãos de repente estavam muito suadas, e ela enxugou-as em suas coxas. Ela se levantou e foi até a porta, abriu-a e deslizou-a aberta. Ele não entrou de imediato, mas eles ficaram lá por alguns segundos e olhando um para o outro ... Mesmo com apenas a luz da lua lançando um brilho atrás dele, Lilly podia ver como musculoso e alto ele era. Lilly sempre foi de tamanho grande, e usar tamanho 44 a fez se sentir gorda durante todo o colegial. Agora ela estava confortável em seu tamanho com mais curvas, mas estar tão perto de Court a fez sentir-se


pequena. As sombras o escondia parcialmente, mas não escondeu o corte em seu olho ou as contusões no seu rosto. —Deus, você está bem? — Ela foi alcançar e tocar seu rosto, mas tão rápido como um relâmpago, ele pegou seu pulso, impedindo-a, e trouxe a palma da mão aberta aos lábios e beijou o centro de sua mão, e seu coração acelerou. Talvez ela não devesse sentir desejo agora, mas mesmo com as pequenas feridas, ele ainda era tão atraente, talvez até mais por causa delas. Ele parecia endurecido, tão poderoso, como se ninguém pudesse derrubá-lo. Ela não gostaria de ver como o outro cara ficou. Deus, seus sentimentos por ele eram tão fortes como sempre. —Eu estou bem, Lilly. É apenas um pequeno corte. — Ele beijou o centro de sua palma, mais uma vez, e ela jurou que inalou seu pulso antes que deixasse sua mão ir. —Você está bem? — Mesmo falando tão baixo que era quase um sussurro sua voz era muito profunda e masculina. Ela assentiu com a cabeça e deu um passo para trás. —Eu estou bem. — Por que se sentia tão nervosa agora? Quando ele não avançou, ela deu um passo para o lado e sorriu para ele. Ela não perdeu o olhar escuro que cobria seu rosto quando ele a olhou claramente. —Você está com dor, baby? — Ele entrou, e ela fechou a porta atrás dele. —Só um pouco, mas realmente, eu estou bem. — Por um momento ele apenas olhou para seu quarto, e tudo que ela fez foi inalar o cheiro masculino que vinha dele. Era tudo


o que ela se lembrava e muito mais, e ela realmente sentiu inclinar-se para ele, como se ela só tivesse que se aproximar. Ele se afastou dela e olhou para o seu quarto. Quando ele a encarou novamente o intenso calor que veio dele a fez dar um passo a frente. Ela imediatamente sentiu o rosto quente quando ela percebeu que se moveu em direção a ele, mesmo sem perceber. Ele era potente e intenso em todas as formas. Ele estendeu a mão para tocá-la, mas ele não parou como sua mãe e Roan tinham. Em vez disso, muito delicadamente segurou seu rosto machucado. —Eu quero matá-lo de novo pelo o que ele fez com você. — Ele esfregou o polegar sobre o osso da bochecha, muito suavemente. Parecia que ele estava quase falando sozinho, mas ela não respondeu de qualquer maneira. Lilly não sabia o que dizer sobre isso. Por um momento, tudo o que ela fez foi aproveitar a sensação dos dedos de Court sobre ela. Foi um toque inocente, mas vindo dele significava muito mais para ela. —Você o matou. — Ela não disse como uma pergunta, porque não era uma. Ela sabia o que Court e Roan fizeram, mas ela não sentia raiva ou remorso que o idiota que a feriu estava morto. Ele não disse nada por alguns segundos, mas também não soltou de seu rosto. Finalmente, depois do que pareceu

uma

eternidade

dele

apenas

acariciando

sua

bochecha com o polegar, ele deixou cair sua mão. Em vez de se afastar, ele estendeu a mão e puxou-a para a dureza quente do seu peito.


—Isso mudaria a maneira que você pensa sobre mim se eu dissesse que eu gostei de matar aquele canalha? Ela encostou a cabeça diretamente sobre o seu coração e ouviu o forte som constante dele batendo logo abaixo da orelha. A coisa louca era que não a perturbava que ele e Roan matassem aquele homem. Ela colocou os braços ao redor dele ainda mais apertado. —Não, não iria. — Se ela apenas mantivesse os olhos fechados e deixasse sua mente vagar ela poderia imaginar que eles estavam à cinco anos atrás, em algum tipo de mundo alternativo onde ela tinha sempre estado com o Court. —Ele merecia muito mais do que eu lhe dei. Lilly fechou os dedos na parte de trás de sua camisa e respirou. Ela sentiu falta disso por tanto tempo, e não percebeu o quanto ela sentia até este momento. —Temos muito o que conversar, — disse Court com aquela voz rouca dele. Sim, eles precisavam, mas ela não queria sair do seu abraço. Lilly se obrigou a afastar-se, apesar de tudo. Seu quarto era pequeno e ainda tinha bugigangas em todos os cantos de quando ela estava no ensino médio. Na época, ela pensou que enchê-lo parecia bonito e tendo memórias de um tempo passado, mas agora parecia infantil, enquanto ela estava no centro de seu quarto com Court. Ele pegou sua mão e levou-a para a cama. Uma vez que eles estavam sentados e ela o encarou, ele estendeu a mão e passou a mão na sua cabeça. Por um segundo, ele apenas segurou sua


cabeça, e então ele passou a mão sobre o ombro e por seu braço para descansar em sua mão mais uma vez. —Tudo isto parece tão estranho, Court. — Ele podia ouvir seu coração batendo como um trem de carga? Ele podia ver como ela estava nervosa? Droga, ele podia ver o suor que começou a se formar em sua testa, porque ela estava excitada e confusa, e tinha cerca de uma centena de outras emoções fervilhando dentro dela? Não seja estúpida, Lilly. Este homem não é um homem em tudo, não realmente. Ele é um shifter urso, e provavelmente pode sentir suas emoções melhor do que você pode. —Sim, eu sei, querida. — Ele apertou sua mão e sorriu para ela. Parecia quase ridículo ter esse homem enorme em sua pequena cama de solteira. —Não deveria ter tomado todo este tempo para eu perceber que me afastar de você, me afastar da minha amizade com Roan, e pensar que o que tínhamos feito iria estragar tudo, porque eu traí meu melhor amigo, não era o caminho certo a seguir. — Ele olhou para o chão por um momento. —Por causa de como eu agi, eu tenho uma amizade quebrada e cinco anos de tempo perdido com você. — Ele olhou para ela então. —É tão fodido que precisou olhar para você, e saber que eu não estava com você para protegê-la, me fez perceber que eu fodi tudo. O pulso de Lilly estava correndo ao ouvir as palavras de Court. Ela não sabia onde ela esperava que essa conversa iria, mas ela não pensou que Court revelaria tanto. —Eu sabia que o que nós tínhamos feito não era certo por causa da sua amizade com o meu irmão, mas eu me importava muito com


você naquela época, Court ... ainda o faço. — Ela disse aquela última

parte

mais

em

um

sussurro,

mas

ela

viu

o

alargamento das suas narinas, e por algum motivo ela sabia que ele estava satisfeito. —Você se lembra da festa de formatura que sua mãe fez para você? Ela assentiu com a cabeça. —E daquele idiota do Zack dando em cima de você? Lilly piscou algumas vezes ao ouvir Court trazer essa memória. —Sim,

eu

me

lembro,

mas-—

Ela

franziu

as

sobrancelhas e olhou para baixo por um momento. Ela se lembrava daquele dia vividamente, mas o que ela não se lembrava era de ver Court lá. —Mas como você sabia que Zack estava dando em cima de mim? Você não estava trabalhando? —Ela sabia que Roan o convidou, mas para sua decepção, ele estava trabalhando até tarde. Ele balançou a cabeça lentamente. —Eu deveria estar trabalhando até tarde, mas eu saí cedo. Eu passei e vi você sentada no deck com alguns de seus amigos ao redor. Você estava usando este vestido amarelo e azul, e você deixou seu cabelo solto. —Ele levantou a mão, pegou um pedaço de seu cabelo, e correu os fios entre o polegar e o indicador. —Eu podia sentir seu cheiro, mesmo à distância. Era este perfume de algodão, como roupa recémlavada que acabou de secar no sol. —Em qualquer outro momento, se alguém tivesse dito que ela cheirava a roupa


lavada, ela teria dito que era uma descrição ridícula, mas ouvir isso de Court de alguma forma fez soar tão erótico. — Até aquele momento eu nunca vi você como nada mais do que a irmãzinha de Roan. Você era dez anos mais nova que eu, e eu sabia que ir atrás de você era errado em muitos níveis. — Ouvindo Court confessar tudo isto era tão surreal. Ela só desejava que ele tivesse dito mais cedo. —E depois que Zack foi até você, eu pude sentir o cheiro do quanto ele queria você. Esta ira cresceu dentro de mim, e eu fiquei muito irritado. Eu estava determinado que ninguém teria você, à não ser eu. —Sua voz era tão áspera enquanto ele dizia isso, e havia este ligeiro grunhido nas suas palavras. Ele olhou para longe dela por um segundo, e ela podia ouvi-lo ranger os dentes, como se ele estivesse lembrando do dia e quão zangado ele ficou. Lilly não se conteve. Ela estendeu a mão e segurou seu rosto e usou uma pequena força para virar a cabeça dele para que ele olhasse para ela. —Eu gostaria que você tivesse me dito isso há alguns anos, Court. Ele levantou a mão e cobriu a dela com a dele. —Levei muito tempo para perceber o que eu gostaria de ter dito. Depois que você e eu... —Ele ficou em silêncio por um momento, mas ela não tentou o apressar. Essa conversa estava há muito tempo vinda. —Depois do que nós fizemos na parte de trás da minha caminhonete eu sabia que ferrei tudo.


O calor encheu-a ao ouvi-lo dizer essas palavras, e depois a lembrança daquela noite bateu em sua cabeça. Um som baixo o deixou, e os seus mamilos endureceram instantaneamente. Ela não deveria ter essa reação agora, porque parecia grosseiramente inadequada, mas era como se seu corpo tivesse vontade própria. —Eu posso sentir o quanto você me quer, Lilly, e se eu não conseguir colocar tudo isso para fora agora, eu não sei se vou ser capaz mais tarde. — Ele se inclinou uma polegada, e ela se surpreendeu por ficar exatamente onde ela estava. —Por que você não vai ser capaz de falar comigo mais tarde? — Essas palavras deixaram-na em uma baixa corrente de ar, e ela não conseguia pensar em por que ela iria perguntar-lhe isso. Ele se inclinou outra polegada, tão perto agora que ela podia sentir seu hálito quente e com perfume de menta, que estava levemente misturado com o aroma de lúpulo. —Porque eu vou tomar você como eu fiz anos atrás, mas desta vez eu não vou fugir, porque eu estava com tanto medo de como eu me sentia em relação à você, e preocupado com o que iria acontecer entre Roan e eu. — Ela chupou uma respiração profunda e lentamente a liberou. —E eu estava com medo, Lilly, mas não apenas sobre como eu pensei que isso poderia arruinar a minha amizade com Roan, mas porque eu estava com medo do jeito que o meu urso queria você tanto quanto o meu lado humano queria. — Antes que ela pudesse dizer qualquer coisa ele teve sua boca na dela. Ele foi gentil e persuasivo e não tentou apressá-la. Ele


segurou o lado ileso de seu rosto mais uma vez e inclinou a cabeça para o lado para que ele pudesse aprofundar o beijo. O sentimento dele acariciando sua língua com a dele, e movendo aquele grosso músculo ao longo do interior de sua boca até que ela sentiu como uma poça morna, a fez gemer suavemente contra seus lábios. Ele interrompeu o beijo muito cedo, e ela forçou os seus olhos a abrir. —Eu poderia beijá-la durante toda a noite, mas eu quero continuar a falar, Lilly. Ela assentiu com a cabeça e lambeu os lábios, provando-o na boca. —Ok. — Ele se inclinou e suavemente a beijou, desta vez sem língua. Quando ele se afastou havia tanta emoção em seu rosto que era difícil para ela respirar, dado o quão fortemente ele encheu o ar entre eles. Ele alisou sua mão ao longo de sua bochecha, e aquela centelha de excitação ainda estava lá, apesar de ter sido deixado de lado quando esse olhar sério atravessou seu rosto. —Depois eu mergulhei no conserto de qualquer coisa com rodas. Eu me distanciei de Roan, me sentia como um bastardo inútil, porque eu sentia que o estava traindo por estar com você. —Ela presumiu que era isso. —Foi difícil ficar longe, e ao longo do tempo Roan e eu nos distanciamos. Sua mãe ficou doente, e ambos tinham muito sobre os seus ombros. Ela se lembrava de quando ele veio a primeira vez quando eles descobriram que sua mãe tinha câncer. Eles não


se falaram, e naquela época já passou um bom tempo de quando tudo aconteceu, e estar em sua presença era apenas estranho. —Foi duro vê-lo afastar-se assim, mas eu sabia que era porque você pensava que o que fizemos era errado. Havia uma parte de mim que sentia que eu traí Roan, também. — Ela olhou para seu colo, a ponto de admitir a ele o que ela não contou a ninguém. —Eu sabia que ter relações com você teria repercussões, e sabia que você provavelmente nunca olharia para mim da mesma forma novamente. — Ela olhou para ele. —Mas eu nunca pensei que isso pudesse arruinar seu relacionamento com o meu irmão. Por isso eu realmente sinto muito. É tudo culpa minha, porque eu poderia ter parado, mas não o fiz. Eu fui egoísta, Court. Ele balançou a cabeça e se inclinou para beijá-la novamente. —Não, querida, nada disso foi sua culpa. Você era tão jovem. Eu era o único que sabia melhor, mas eu queria muito você. —Ele a beijou novamente, e novamente, e logo eles se atracaram em um abraço íntimo, e o passado foi posto de lado quando o desejo de um para o outro subiu a um nível incontrolável. Ela aproximou-se e apertou seus seios contra a dureza de seu peito musculoso. Ela estava dolorida, mas ele foi calmo e suave quando correu as mãos para cima, e sobre os seus seios. Mas houve uma hesitação nele, e ela sabia que não iria tão longe como ela queria, pelo menos não hoje à


noite. Isso foi bom, porque depois de esperar tanto tempo, ela não estava com pressa de acabar com isso. Ela queria ir lentamente, e tomar o seu tempo. Mas nesse pensamento, ela se afastou e olhou para o rosto dele. —O que há de errado baby? Eu estou indo rápido demais? Sendo muito áspero? Ela sorriu e balançou a cabeça. Raios, eles não estavam indo rápido o suficiente, mas ela sabia que não havia pressa em estar com ele. —Não. Eu só não sei onde estamos. Quer dizer, eu não contei a Roan sobre nós, no entanto, embora eu saiba que ele não é estúpido e já descobriu. —Eu deveria ter dito a ele no momento em que aconteceu, e eu deveria ter dito a ele que eu me importava com você, mas minha ignorância feriu vocês dois. Eu perdi tempo com você e em conhecê-la em um nível que não era porque você era a irmãzinha de Roan. —Ele sorriu para ela, e quebrou seu coração em ver o quando ele estava machucado. —Mas eu também perdi cinco anos com um homem que eu considero como um irmão. Eu estava cego pelo meu próprio egoísmo, mas eu quero corrigir isso, agora. —Ele a puxou para um abraço, mas ela não resistiu. Ambos precisavam do conforto. Durante vários minutos, tudo o que ele fez foi segurá-la, e Lilly fechou os olhos a sensação de estar rodeado de Court. —Isso é legal.


—Sim, realmente é.— Ele a puxou para trás o suficiente para que ele pudesse olhar no seu rosto. —Eu vou fazer isso direito. Vou conversar com Roan, explicar tudo para ele, e dizer-lhe que você é a única que eu quero. —Ele colocou as mãos em cada lado de seu rosto, mais suavemente no lado ferido, e olhou bem nos olhos dela. —Eu quero você, Lilly, e eu não quero esconder mais, pensando no que eu acho que pode ou não acontecer. Ela não podia estar mais de acordo, e apesar de toda esta situação e da revelação de Court que pareceu do nada na sua vida, ela se sentiu confortável com o conhecimento que ela não foi a única à pensar nele todos estes anos. —Eu não estou querendo apressar em nada, porque eu tenho todo o tempo para voltar onde estavam as coisas. Minha vida não é como costumava ser. Eu vivo o estilo de vida MC, faço coisas que você pode não concordar, porque há os outros que certamente não, mas no final de tudo o que eu quero é você, baby. Te quero ao meu lado. Você quer isso, Lilly, estar ao meu lado, para ser minha mulher? —Não demorou muito para responder, mas ela sabia antes mesmo que falasse as palavras que ele percebeu as suas intenções, pelo sorriso que ele deu a ela. —Você sabe que eu o quero, que eu sempre o quis. — Ela jurou que ela viu a presença de seu flash de urso em seu rosto, e até mesmo observou a maneira como suas pupilas dilataram e suas íris ficaram pretas. Um ronco baixo o deixou, e ele puxou-a em seus braços, e se deitaram na cama de frente um para o outro. Uma vez posicionada as suas costas


no seu peito e o peso de seu braço descansando em sua coxa, ela fechou os olhos, e pela primeira vez no que parecia uma eternidade, ela percebeu que era felicidade isso que ela sentia. Ela supôs que não teria percebido o quão grande o impacto de estar com o cara que ela amava era até que perdeu tempo com ele. Foi sob a forma de um grande motociclista, urso shifter que ficou longe da sua vida por tanto tempo, mas ao mesmo tempo ele estava tão perto. Foi também que ela sentia essa paz interior, como se ela tivesse finalmente encontrado o que ela estava sentindo falta, e o que ela estava procurando. Só o tempo iria dizer sobre de que forma tudo iria ficar, ou como Roan reagiria. Havia o medo de que seu irmão ficasse com raiva e se sentisse traído, mas não apenas por causa do que ela e o Court fizeram, mas por todo o tempo perdido com o que uma vez foi seu melhor amigo. —Durma um pouco, baby. — E era como se sua voz, essas palavras, e a sensação de sua mão gentil e suave, se movendo para cima e para baixo em suas costas, fosse o gatilho que ela precisava. Lilly fechou os olhos e caiu na tranquilidade do sono, e na presença de seu grande e corpulento motociclista urso, levá-la ao esquecimento.


Lilly olhou para seu irmão e voltou sua atenção para Court. Ambos estavam sentados nas cadeiras em frente ao sofá, que era onde ela atualmente estava sentada. Sua mãe insistiu em ir para uma função na igreja, e eles estariam sem ela por algumas horas, então ela pensou que agora era um momento tão bom quanto qualquer outro para trazer tudo isso para fora as claras. Roan recostou-se na cadeira e olhou entre os dois, em seguida, esfregou a mão sobre sua mandíbula. Esse foi o primeiro dia que ele tirou uma folga em mais tempo do que ela poderia lembrar, e olhando para o seu rosto podia-se ver o quanto ele envelheceu. Ela viu as olheiras sob seus olhos, porque ele não conseguiu dormir o suficiente. E uma barba de vários dias cobria a sua mandíbula, e Lilly lamentou ter que trazer isso agora, mas foi mantido no escuro por muito tempo. Tinha se passado alguns dias desde que Court apareceu no seu quarto e eles conversaram sobre seus sentimentos. E ela vinha falando com ele todos os dias desde então, no telefone ou quando ele vinha a sua casa. Ainda era um pouco estranho tê-lo em casa, mas a maior parte do


tempo ele conversava com Roan. Sua mãe sempre estava junto cada vez que ele estava lá, então trazer à tona o fato de que Court tirou a sua virgindade anos atrás era um pouco difícil para falar na frente da sua mãe, ou assim Lilly imaginava. —Então,

todo

este

distanciamento,

e

o

lento

afastamento da nossa amizade foi porque você dormiu com Lilly em uma festa de campo e pensou que estava me traindo? Court limpou a garganta e assentiu. Ele parecia tenso e desconfortável, exatamente como ela se sentia. —Sim, mas não era só isso! Roan levantou uma sobrancelha e olhou para Court. —Não? Quer dizer que há mais? Como talvez que você tivesse sentimentos por Lilly, mas foi muito covarde para fazer qualquer coisa sobre isso? Agora era sua vez de sentar-se reta com as palavras de Roan. Não havia qualquer raiva nas palavras de seu irmão, mas havia uma sugestão de desafio dirigido a Court. Ela olhou para o grande motociclista loiro que ela estava se apaixonando a cada dia mais e a cada vez que ela o via. —Sim, na verdade esse foi o maior motivo porque eu me afastei. Fiquei confuso com meus sentimentos por Lilly e com medo que eu tinha regiamente fodido nossa amizade, não sabia como lidar com isso além de correr. —A sala ficou em silêncio enquanto Court admitia isso a Roan pela primeira vez.


Ela olhou para o irmão, viu que sua atenção estava totalmente em Court e esperou para ver o que aconteceria. Pareceu uma eternidade antes mesmo de Roan se mover em sua cadeira, mas não poderia ter sido mais do que segundos. —Droga, Court. Eu nunca vi você admitir quando você estava errado quando você fazia merda. Ela estava suando quando ela olhou para trás e para frente entre os dois homens com que ela se importava mais no mundo. Lilly não sabia se estava esperando que eles atacassem um ao outro ou o que, mas a sala estava quente e a tensão era grande dentro dela. Em seguida, seu irmão começou a rir e Court seguiu o exemplo, e foi assim que a tensão foi drenada dela e a atordoada confusão a encheu. Roan inclinou-se e deu um tapinha nas costas de Court. —Desde que eu te conheci houve apenas este urso durão que não se importa com o que as pessoas pensam, chuta bundas e pergunta depois. Court desviou o olhar e esfregou a parte de trás do seu pescoço, mas ela viu a maneira como ele sorriu. Roan sorriu, também, e apesar de tudo parecer ok do lado de fora, ela se sentiu estranha como tudo estava progredindo. —Então, nós estamos bem, cara? — Court perguntou, e embora ele passava Roan por uns bons vinte quilos de músculo, eles eram iguais em altura. Roan era mais magro, corpo de boxeador, músculos tonificados. Court era força bruta.


Ela olhou para baixo e viu a maneira como Roan fechou as mãos. Ela sabia o que estava por vir. Mas antes que pudesse detê-lo, viu o rosto de Court endurecer, e sabia que o shifter urso estava ciente do que estava prestes a acontecer. Mas ele não se moveu, e quando Roan levantou o braço e deu um soco na mandíbula de Court, tudo ao seu redor parou. Um rastro de sangue lentamente escorria pelo lábio inferior de Court, e ele limpou com as costas da mão. —Agora nós estamos bem—, disse Roan, e embora houvesse uma tensão em suas palavras, ela não sentiu qualquer animosidade proveniente de seu irmão. Court atacaria Roan, e os dois começariam uma briga na sala de estar da sua mãe? Mas antes que ela pudesse dizer qualquer coisa Court começou a rir e esfregando sua mandíbula. —Eu merecia isso, e muito mais. — Ele sorriu, e graças a Deus Roan fez, também. Porra, era assim que eles —se reconciliavam—? Ela se lembrava das brigas com as suas amigas na escola, e sempre foi excessivamente dramática e prolongada. Não havia um soco no rosto e as coisas poderiam ficar bem novamente. —Bem, eu realmente não posso ficar bravo com você desde que me ajudou com Lilly, e não será esquecido. Mas Court, cara, você deveria saber que se você apenas viesse até mim e me dissesse como se sentia sobre Lilly eu teria estado bem com isso. —Mas, então, um olhar cobriu o rosto de Roan, como se alguma coisa tivesse vindo a ele, e seu rosto ficou


vermelho. —Espera, você não estava com ela antes daquela noite, certo? Você não estava transando com minha irmã menor de idade, não é? —Roan enrolou os punhos novamente, mas Court estava balançando a cabeça. —Porra, não, cara. Eu nem sequer via Lilly como outra coisa, a não ser a sua irmã mais nova até aquela noite em sua festa de formatura. —Eu não entendo, por que naquela noite é que ficou diferente? —, Perguntou Roan. Court sentou-se novamente, e ela levou um segundo, mas seguiu o exemplo. Ele olhou para Roan, e depois de um minuto, ele suspirou e sentou-se na cadeira. —Eu não sei porque foi naquele momento que eu percebi que eu queria Lilly como algo mais. Foi só o tempo de meu urso se levantar quando ele a viu e sentir seu perfume, e eu sabia que estava perdido. —Court olhou para ela, e havia tanta emoção crua que era como se ela pudesse senti-lo chegando do outro lado do espaço que os separava e correndo os dedos sobre seu rosto. —Mas eu sabia que era errado. Você e eu temos uma história Roan, e eu te amo como um irmão. Parecia que eu estava traindo você. E merda, ela é dez anos mais nova que eu. —Mas cinco malditos anos, Court? Você me afastou, virou as costas para todos nós por causa de alguma noção estúpida que eu faria o que, chutar a bunda de um shifter urso por querer estar com a minha irmã? —Quando seu


irmão colocava dessa maneira o fazia soar ridículo, mas agora não era o momento de pensar em nada disso. —Court tinha suas razões para fazer o que ele fez, e eu não acho que devemos ficar insistindo sobre porque ele fez o que fez. Não podemos apenas pensar no agora e seguir em frente? Ambos os homens olharam para ela, e eles suspiraram em uníssono. —Ela está certa, Roan. Estraguei tudo, mas eu fiz o que eu achava que era certo, no momento, apesar de ter sido muito longe disso. Eu só quero o meu melhor amigo de volta na minha vida. —Court se virou e olhou para ela. —E eu quero cuidar de Lilly. — Antes que alguém pudesse dizer qualquer coisa o celular de Court começou a vibrar. Ele puxou-o para fora de seu colete, olhou para a tela, e se levantou. —Eu tenho que atender. Eu vou lá fora. Lilly viu-o sair pela porta da frente, e olhou para Roan. Seu irmão a observava atentamente, e ela sabia que estava prestes a começar —a conversa—. —Você tem sentimentos por ele, Lilly, que são sérios o suficiente para você querer se envolver com um motociclista shifter urso fora da lei? — Ela não precisava pensar sobre as palavras de Roan para saber o que seu coração sentia. —Eu estou interessada nele anos atrás, Roan, mas afundei meus sentimentos depois de tudo sair errado naquela noite. — Ele apertou os dentes, e soou demasiadamente alto. —Eu quero ver onde isso vai.


—E se isso não for como você espera? E se você se machucar, Lilly? —Roan se inclinou para frente e apoiou os braços sobre suas coxas. —A

vida

não

é

sobre

cair,

levantar-se

e

tentar

novamente? E, além disso, eu sei como ele me faz sentir, e eu vejo a maneira como ele olha para mim. —Sim, eu vejo como ele olha para você também, como se ele quisesse arrancar a cabeça de um idiota se ele se metesse com você. Isso a fez sorrir, mas não porque ela achou engraçado, mas porque seu irmão estava atualmente usando a mesma expressão. —Se passou muito tempo, Lilly. Ele mudou do cara que estava aqui em casa o tempo todo. Ele está endurecido, está envolvido em um monte de merda ilegal e é perigoso. —No entanto, eu sei que você não estaria nem mesmo me dando estas advertências, se você já não confiasse nele. Se não, você teria chutado seu traseiro para fora dessa casa há muito tempo, e o ameaçaria, sendo um shifter urso ou não, para nunca chegar perto de mim novamente. Roan começou a rir e assentiu. —Sim, isso é verdade. — Ele ficou sério. —Eu confio nele, eu vi até onde ele estava disposto a ir por você naquela noite; e eu sei que com ele ninguém nunca vai te machucar novamente.


Antes que ela pudesse dizer qualquer coisa o som da porta abrindo e fechando fez ela se virar e ver Court voltando para dentro. —Eu tenho que ir, negócio clube. — Ele se virou para ela. —Posso vê-la amanhã? — O sorriso que ele deu era de molhar a calcinha, e era como se eles fossem os únicos na sala. Roan limpou a garganta e se desculpou, mas antes de sair ele se aproximou de Court e o abraçou. Houveram algumas palavras abafadas entre eles, mas ela não conseguia entender o que estavam dizendo. Ela não queria ouvir de qualquer maneira, porque esse era o momento deles de reconciliação. Roan saiu e de repente eles estavam sozinhos, e tudo o que ela podia fazer era olhar para ele. As emoções e os sentimentos

que

tinha

por

este

homem

a

estavam

consumindo, mas era de uma forma boa que fazia seus joelhos fracos, seu coração disparar e tudo o mais se sentia fora do lugar. Lilly se levantou e caminhou até ele. Assim que estava perto o suficiente, ele passou um braço em volta da cintura e gentilmente a trouxe para perto. Ela ainda estava dolorida, mas cada dia ela estava ficando mais forte e recuperada. Court enterrou o rosto na curva do seu pescoço e ela o ouviu inalar profundamente. Ela ficou molhada com o som, e então o sentiu beijando o local que ele acabou de cheirar.


—Mesmo depois de todos esses anos, você ainda tem o mesmo perfume. — Ele inalou novamente e ela sentiu os dedos dele em seus quadris, mas para um cara grande e pesadão ele estava consciente de como sensível ela ainda estava. —Eu quero vê-la amanhã, talvez levá-la para jantar? — Ele se afastou, mas logo se inclinou e beijou-a suavemente nos lábios. —Eu quero fazer isso direito com você. — Ele murmurou essas palavras contra seus lábios. Lilly segurou em seus bíceps e disse: —Eu acho que eu gosto desse seu lado. — Ela o sentiu sorrir contra ela. —Mas eu também gosto do motociclista que você se tornou. — Ele deu um passo para trás, mas ainda segurava seus quadris. Ele não estava mais sorrindo, e ela temeu ter dito algo errado. —Eu quero isso, quero você para caralho, mas eu também quero que você saiba onde está se metendo se você decidir ser minha Senhora. Sua Senhora? Lilly sabia que era um título poderoso, mas era estranho ouvir Court dizer isso, e chamá-la assim. —Eu sei tudo sobre você, Court, e sobre a vida que você leva. — Ela segurou seus braços mais duramente quando ela pensou que ele poderia se afastar. —Eu sei sobre as coisas ilegais

que

seu

clube

está

envolvido,

talvez

não

especificamente, mas que é ilegal. — Na verdade, todos na cidade sabem. Não era como se fosse um segredo. Bem, os detalhes são, é claro. —Eu sei o quão perigoso sua vida é, e quão leal você é para com a sua família motociclista. Nós


crescemos nesta cidade e eu conheço o Grizzly MC e o que eles representam. —É o que eu represento, Lilly. —Eu sei. — Ela se deu um momento para pensar sobre o que ela ia dizer. —O que estou dizendo é que eu sei o que você é e eu ainda quero você mais do que nunca. Tentar viver em segurança me trouxe isso. —Ela apontou para seu rosto, e um rosnado baixo o deixou. Ele a tinha em seus braços novamente e segurou a parte de trás de sua cabeça com a mão grande. —Eu só quero estar com você, e você é o único que me faz me sentir segura. — Ela se sentia segura com Roan, mas este era um tipo diferente de segurança. Eles se beijaram mais uma vez. —Eu estou contente em ouvir isso, porque eu quero tudo isso e muito mais com você. Eu te ligo mais tarde, baby. —Um último beijo e então ele estava caminhando para as portas. O som de sua Harley sendo acionada podia ser ouvida facilmente. Bem, ela sabia que estava entrando em uma loucura, e parecia que precisaria segurar firme.



Court entrou no clube com passos determinados. Jagger o chamou para lhe dizer que houve um problema com The Brothers of Menace, e que eles pediram alguma mão de obra extra. Ele viu todos na sala de reunião e caminhou para a frente. Jagger estava à cabeceira da mesa, e o resto do pessoal estava sentado ou encostados na parede. Embora todo mundo parecia calmo, havia uma grande tensão na sala. Jagger olhou para ele quando entrou. —Bom, você está aqui. Eu estava prestes a passar por cima de todos os detalhes, desde que Lucien ligou e nos informou. —Ok, o que está acontecendo? — Court se sentou e olhou ao redor da mesa. Todos estavam em espera. —Lucien chamou algum tempo atrás dizendo que precisava de músculos extras. Ele só me ligou cinco minutos atrás, com mais detalhes. Aparentemente, um dos clientes estrelinha bateu forte em uma de suas meninas o suficiente para forçá-los a levá-la para o hospital —, disse Jagger com uma voz sombria. —O que está havendo com todos esses filhos da puta para baterem em mulheres? —, Disse Brick com raiva na sua


voz. A sala estava começando a ficar tensa quando o urso interior de todo mundo estava se agitando. —Eu não sei, mas Lucien e seu bando estão atrás de sangue, e nós vamos ajudá-lo a encontrar o filho da puta—, disse Jagger e olhou ao redor da sala. —Esse cara não era propriamente de alto nível, pelo menos não ainda. Ele é o filho de um senador, e o garoto tinha apenas dezenove anos. O pai pagou para o filho perder a virgindade, mas o garoto fugiu depois que ele quase matou a menina. —Como diabos ele escapou? Eles não tinham caras vigiando as meninas? — Diesel rosnou. —Lucien disse que encontrou angel dust no quarto em que estava. O cara deve ter ficado chapado, achou que ele era Superman, e foi atrás da garota. Ela não podia confirmar porque quando eles chegaram lá para pegá-la depois do tempo do encontro ter acabado, e como nenhum deles saía da sala, entraram e a encontraram fria e quase morta. O filho da puta escapou pela janela e para a floresta. Lucien supôs que ele estava ficando áspero, e quando ela foi chamar por ajuda dos caras que estavam vigiando as meninas, ele enlouqueceu e começou a espancá-la. Houve uma rodada coletiva de maldições, e a tensão na sala cresceu dez vezes quando os ursos lutaram com suas partes humanas para escapar. —Qual é o plano? — Court perguntou e fechou os punhos. Tudo o que ele poderia pensar era em sua Lilly espancada e com medo, e como aquela mulher - prostituta ou


não - provavelmente sentiu o mesmo medo e dor como a sua Senhora sentiu. —O cara está chapado, sem condição de escapar no meio da floresta no escuro. Lucien e seus homens podem ir atrás dele, e irão, mas eles querem nossos ursos para ajudar uma vez que podemos sentir o cheiro do filho da puta. —Faz sentido pois Lucien e seus homens eram humanos e não seriam capazes de encontrar o bastardo se ele estava se ocultando ou desmaiou em algum lugar. —Bem, vamos nós mover—, disse Diesel. Court se levantou e estalou os dedos. Ele não conhecia a menina que se machucou, mas ele não se importava. Ela era uma fêmea, se machucou, porque algum idiota pensou em exercer sua força sobre ela, e pensou que poderia fugir. Ele não se importava se o cara estava drogado e poderia não ter sabido o que estava fazendo. Nada disso importava, porque o resultado final era o mesmo: encontrá-lo e matá-lo. —Temos que encontrá-lo, mas Lucien terá a preferência, entenderam? — Jagger especificamente olhou para Court, mas não foi um aviso, apenas informação, porque ele sabia como Court ainda estava chateado sobre o que aconteceu com Lilly. —Sim, presidente, eu entendi. Jagger assentiu. —Bom, agora vamos começar essa merda, encontrar o filho da puta, e trazer alguma justiça para aquela mulher.


Eles se dirigiram para fora do clube e pegaram dois recrutas na saída. Os bosques que rodeavam o prostíbulo dos Brothers se estendia por milhas. Era terreno não urbanizado, e se o garoto não conhecia nada sobre a área ia ser muito difícil de encontrar uma saída, especialmente se ele estava drogado. Montaram

em

suas

motocicletas,

colocaram

os

capacetes, e acionaram seus motores. O sangue de Court bombeava duramente em suas veias, e seu urso estava ansioso por violência. Ele só precisava se assegurar que seu urso não assumisse o controle se ele pegasse o garoto primeiro. Se o animal dele saísse e assumisse o controle, não conseguiria parar qualquer destruição.

Eles estavam em busca na floresta na última meia hora, mas apenas porque o Grizzly MC estava em sua forma de animal não significava que eles poderiam encontrar o filho da puta em questão de minutos, especialmente quando começou a chover e lavou aromas recentes. Agora os cheiros que invadiram seu nariz eram de sujeira, musgo e chuva. Ele parou

e

levantou-se

em

seus

pés

traseiros,

inalando

profundamente. Tentou distinguir cada aroma. Ele sentiu os outros membros Grizzly MC e ouviu seus passos à distância. Durante vários minutos, ele não fez nada, mas ficou la


farejando o ar. O aroma humano de Lucien e seus homens o cercavam, assim como a sua raiva. Ele conhecia essas emoções muito bem, mas a sua própria não era só porque outra mulher se machucou, mas porque sua mulher foi ferida também. Ele queria protegê-la da feiura do mundo e da feiura do que ele estava envolvido. Se ele não fosse tão egoísta, ele a teria deixado ir, porque a violência associada com a vida MC não eram o que ele queria para qualquer mulher, mesmo que ele fosse protegê-la com sua vida. Houve um estalo de um galho à esquerda, e ele balançou

sua

cabeça

grande

nessa

direção

e

inalou

profundamente. Sentiu o cheiro de resíduos tóxicos e fez um som baixo em sua garganta. Court se deslocou pela floresta até que o cheiro se intensificou e o som baixo de um resmungo veio através de outros sons da floresta. E, em seguida, à distância, viu um ligeiro movimento. Ele caminhou para mais perto e tentou ficar quieto para não alertar o fedelho. Quando Court finalmente o viu, ele percebeu que o idiota drogado nem estava ciente de sua presença. Ele estava ocupado tentando agarrar coisas invisíveis no ar. Seu urso estava pronto para atacar e acabar com a vida deste miserável ser humano, mas em vez disso ele forçou seu lado humano a assumir o controle e mudou de volta para sua forma humana. Tinha sido mais fácil de se controlar do que ele pensava, mas com toda a honestidade se ele iria machucá-lo, ele queria sentir a batida do seu punho na carne. —Você está fodido, rapaz. O garoto virou e olhou para Court.


—Você veio aqui para roubar minha alma? — O garoto perguntou com os olhos arregalados, aparentemente claros. Court ouviu falar do PCP, sobre as qualidades alucinógenas da droga, e também da força sobre-humana. O garoto se levantou, mas estava completamente nu. Ele se inclinou e pegou um pedaço de pau, e o empalou sobre o peito. Sua carne se abriu, e sangue escorria do seu corpo pálido. —Você pode levar minha alma, mas eu ainda terei o controle sobre o domínio do demônio. Que. Caralho! Esse garoto era maluco, mas antes mesmo que Court pusesse responder, o garoto avançou em sua direção. A madeira ainda estava em sua mão e levantou bem acima dele. Ele pretendia matar Court com uma vara? O garoto continuou, mas Court se manteve firme, e quando ele estava uma polegada de distância Court estendeu a mão e bateu com o punho ao lado da cabeça do garoto. Ele caiu para trás, e apesar de que isso deveria tê-lo apagado, ele estava perdido e voando mais alto do que um avião. Ele se levantou e ondulou em seus pés. —Aquela cadela não quis me dar a sua alma, e então eu fiz um bom trabalho nela. Da próxima vez ela não vai pensar sobre não se sacrificar para o Deus das Trevas. —Ele levantou os braços no ar e inclinou a cabeça para trás. O grito que veio dele iria alertar a todos na área circundante ao local onde ele estava. A raiva de Court estava se elevando e não podia controlar-se. Ele avançou e bateu com o corpo contra o garoto. Eles caíram no chão, e Court ficou sobre ele, puxou


seu braço para trás, e conectou o punho na cabeça do ser humano novamente. Mas justamente quando ele estava prestes a bater-lhe, mais uma vez e soltar toda a sua ira sobre este pedaço de merda, alguém envolveu os braços em volta do seu peito e puxou-o. Foi um shifter urso porque ninguém mais teria tido a força para tirá-lo, mas em seguida, ele cheirou Dallas e se afastou do outro macho. —Court, esta não é a nossa luta. Estamos aqui apenas para encontrá-lo, não o matar. Isso é para Lucien e o The Brothers of Menace lidar. O peito de Court subia e descia, e embora soubesse que Dallas falava a verdade, tentar se controlar era duro. Mas o som e o cheiro dos outros membros Grizzly, e Lucien e seus homens se aproximando, fez Court obrigar-se a relaxar. Tirar isso de Lucien não era certo, porque se alguém tivesse matado o bastardo que feriu Lilly - além de Roan - ele iria querer o sangue de todos. Ele deu um passo para trás, assim quando todos vieram através da espessa floresta. Lucien se aproximou, estendeu a mão e envolveu sua mão ao redor da garganta do garoto, e o puxou para cima. —Você está prestes a experimentar um mundo de dor, rapaz. O garoto começou a rir, e era um som louco. —Mas não se preocupe, vamos deixá-lo sóbrio antes de lhe dar o que você merece por ter ferido uma das nossas meninas—, disse Lucien e se virou para olhar para Court e do resto do Grizzly MC. —Obrigado por ajudar.


Court concordou com a cabeça e viu como Os Brothers of Menace caminharam para fora da floresta, arrastando aquele filho da puta fora com eles. —Acha que eles vão matá-lo? —, Perguntou Stinger. Court não sabia, e honestamente, se Lucien não tivesse chegado a tempo, Court provavelmente teria torcido a cabeça dele com as mãos nuas. Depois de tudo isso, e sabendo o que aquele garoto fez, teve Court querendo ir ver Lilly e a segurar estreitamente até mais do que normalmente fazia. Mas já era tarde, e ele tinha amanhã para olhar para frente. Era engraçado o que o amor poderia fazer a um homem, e ele amava Lilly com uma ferocidade que surpreendeu até mesmo seu animal interior.

Lilly olhou-se no espelho e sabia que isso era uma má ideia. Os hematomas em seu rosto eram horrendos, e o inchaço não estava completamente curado. Ela também se sentia como uma idiota com o vestido que ela estava usando, amarelo com as flores azuis que Court disse a ela que se lembrava

dela

vestindo

anos

atrás.

Mas

ela

queria

surpreendê-lo, e pensou que era uma boa ideia até que ela o colocou e viu seu reflexo. Ela foi uma garota gordinha na escola, e ganhou mais algum peso ao longo dos últimos cinco anos. Os seios dela, especialmente,

eram

maiores,

e

seu

decote

era

tão

proeminente que era como se os peitos dela estivessem


tentando sair do seu vestido. Ela se virou para o lado e olhou para a bunda. —Merda, ela realmente ficou maior. — Sim, isso cresceu também. Como ela não percebeu o quão grande sua bunda ficou? Houve uma batida na porta, e ela gritou: —Pode entrar. —Lilly? — A voz de Roan era profunda e curiosa, e quando ele abriu a porta e entrou, ela o encarou plenamente. Ele parou, e seus olhos se arregalaram. —Uau. Você parece ótima. Ela não podia deixar de corar. —Obrigada. Ele franziu as sobrancelhas. —O quê? — Ela alisou as mãos pelo seu vestido e olhouse no espelho novamente. —Nada, é só que .... Eu provavelmente deveria me colocar no ato do irmão que se preocupa quando você está prestes a sair com este motociclista fora da lei. Por um segundo, ela pensou que ele estava falando sério, e suas bochechas aqueceram ainda mais. Mas, então, um sorriso apareceu em seu rosto, e ela suspirou de alívio. Ok, ele estava brincando com ela. —Eu pareço bem? O vestido é demais? Ele piscou algumas vezes e balançou a cabeça. —Não. Quer dizer, você está ótima, mas você não acha que é um pouco revelador? —Ele limpou a garganta e moveu a mão sobre os seus seios. —Como no hemisfério norte?


Lilly não pôde evitar. Ela começou a rir. —Meu Deus. Eu estou envergonhando você com meu decote. Roan gemeu e fechou os olhos. —Nós não estamos falando do seu decote ou qualquer outra coisa. Court está lá embaixo. — Sem olhar para ela de novo ele se virou e deixou-a sozinha em seu quarto. Ela olhou para seu reflexo, mais uma vez, e se virou para pegar um casaco do armário. Seus peitos parecem bem, mas isso não significava que ela tinha que andar por aí com eles pendurados para fora para que todos vissem. Uma vez que o cardigan azul estava no lugar, ela fechou o botão do meio, pegou sua bolsa e saiu. Court e Roan estavam na porta da frente conversando, e sua mãe saiu com um copo de limonada. Foi engraçado ver Court e Roan lado a lado de pé, ambos enormes, enquanto sua mãe era pequena. Talvez fosse o som de seus saltos estalando no chão de madeira, ou talvez ele só pudesse senti-la, mas Court levantou a cabeça e travou seus olhos direto sobre ela. Houve um ruído baixo que veio dele e fez Roan e sua mãe olharem para ele com as suas sobrancelhas franzidas. Em seguida, eles voltaram sua atenção para ela. Ok, foi um pouco estranho, mas ao mesmo tempo Court estava dando a ela esse olhar muito aquecido, aquele que a fazia se sentir como se ele estivesse à beira de rasgar seu vestido quando ela parou bem na frente dele. Sua vagina ficou instantaneamente


molhada, e seus mamilos endureceram. Graças a Deus que ela usava o casaco de lã, porque não usava um sutiã com o vestido, e ela sabia que os picos apertados teriam sido visíveis através do material fino. —Oi. — Ela estava pronta para sair daqui, porque mesmo se Court tivesse planos para eles terem uma noite tranquila conversando, ela estava no clima para algo que ela sentiu falta nos últimos cinco anos. Ela estava bonita ou parecia

toda

machucada?

Não,

e

isso

pode

ser

um

impedimento para ele, mas, honestamente, ela também queria estar com ele sexualmente, porque ela queria outra memória muito mais forte que os dois se beijando na cama para tirar a imagem e a sensação daquele homem em cima dela. —Você está pronto? Court assentiu, tomou um gole da limonada e observoua por cima da beira do copo. Lilly se encaminhou para frente, e logo sua mãe lhe deu um abraço. Isto certamente não era como se ela estivesse indo embora e nunca mais fosse voltar, mas quando ela olhou para o rosto da sua mãe e viu o sorriso lá, ela sabia que sua mãe a abraçou, porque estava feliz por ela. —Você parece tão bem, querida. — Diera pegou sua mão e apertou-a, em seguida, virou-se e abriu a porta para eles. — Ok, se divertam, e Court? Cuide da minha menina. Court se virou e olhou para a mãe dela. —Com a minha vida, Diera. — Ela lhe deu um tapinha no peito e sorriu antes de conduzi-los para fora da porta.


Assim que a porta foi fechada Lilly olhou para Court. —Então.... Mas ele não a deixou terminar de falar, porque pegou a sua mão e a puxou para a sua caminhonete. Quando estavam perto da garagem, onde não havia janelas, Roan e sua mãe não podiam vê-los, ele a puxou para seu peito. Seus seios pressionaram firmemente contra ele, e ele se inclinou para tomar sua boca em um beijo brutalmente possessivo. Durante vários segundos foi tudo o que eles fizeram. O sol tinha acabado de se pôr, mas havia algo sombrio no ar. Lilly passou os braços em volta do pescoço dele e colocou as mãos em seu cabelo. Os fios loiros eram mais longos, chegavam ao seu colarinho, longos o suficiente para agarrar. Ele interrompeu o beijo e encostou a testa contra a dela. —Nós precisamos parar, ou iremos certamente criar uma cena em frente aos vizinhos. Lilly pressionou a boca na dele novamente e passou a língua ao longo de seus lábios. —Deixe-os assistir. Eu não me importo. Court gemeu, mas ela sentiu ele sorrir contra sua boca. —Baby, você não pode dizer coisas assim. — Ele colocou as mãos nos quadris e esfregou-os para cima e para baixo. — Você ainda está se curando, e eu não quero apressar isso ou empurrá-lo muito longe.


Ela balançou a cabeça e usou toda a sua força para empurrá-lo contra a porta da garagem. Houve um momento de surpresa em seu rosto, mas ele não disse nada. —Eu estou curando bem, mas eu não quero que você me trate como se eu fosse de porcelana e com medo que eu vá quebrar. — Ela olhou em seus olhos verdes, desejando que ele realmente a entendesse. —Roan me trata como se ele tivesse medo que eu quebrasse, eu não vou.— Ela respirou fundo. —Eu só quero esquecer o que aconteceu. Quero seguir em frente, e eu quero fazer isso com você. Eu quero que você substitua essas memórias horríveis com novas. Ele ergueu as mãos e gentilmente segurou ambos os lados de seu rosto. Ele olhou profundamente em seus olhos e então deslizou seu olhar para o lado de seu rosto, que estava machucado. Ele apertou os dentes e fechou os olhos por alguns segundos. —Eu quero ajudá-la a esquecer, quero substituir esse pesadelo que suportou, mas estou com medo de que eu possa torná-lo pior. Ela balançou a cabeça e sorriu para ele, mesmo que ele ainda tivesse os olhos fechados e não pudesse ver o que ela estava fazendo. —Eu amo que você é este grande motociclista, um shifter urso acima de tudo, e ainda assim você está com medo de ir rápido demais comigo. — Ela duvidava que ele pensou muitas vezes durante sua vida em ir devagar.


—Lilly, eu perdi muitas coisas com você, e um monte que eu quero experimentar com você. Eu não estou com pressa. —Ele pressionou seus lábios nos dela, e apenas quando ela tentou tomar o controle do beijo ele puxou de volta. —Não se engane, eu quero você. — Para enfatizar seu ponto, ele pegou seu pulso e trouxe entre seus corpos. Pressionando a sua mão na sua virilha que dizia a ela que ele estava

duro

como

aço.

—Então

sim.

Eu

quero

você

extremamente, Lilly. Seu coração bateu violentamente contra suas costelas, e se fosse do jeito dela, o teria deixado levá-la aqui contra a parede da garagem. Mas ela queria privacidade, e certamente não estava fazendo isso aqui. —Vamos, eu tenho planos para nós. — Ele a levou para a caminhonete, na mesma que ele tomou sua virgindade, se sentia quase surreal e nostálgico de uma forma estranha. Depois que ele ajudou-a entrar e estava no banco do motorista, ligou o motor e saiu da garagem. Árvores passavam de cada lado deles enquanto se dirigiam para fora de Steel Corner, e ela estava curiosa para saber onde ele a estava levando. —Onde exatamente estamos indo? Ele olhou para ela e sorriu, mas não respondeu à sua pergunta. Lilly usou aquele momento para olhar a sua aparência. Ela poderia ter feito isso, quando o viu em pé na porta de entrada da casa de sua mãe, e poderia ter feito quando eles


estavam fora, mas ela estava focada em seu rosto e estava distraída pelo seu desejo por ele. Mas agora ela podia olhar para

ele

o

tanto

quanto

quisesse.

Com

aquela

forte

mandíbula quadrada, com uma barba recente e olhos verdes, ele não era bonito de uma forma clássica, mas sim de uma maneira bruta. Ele a fazia pensar em coisas pecaminosas. Ele estendeu a mão e ligou o rádio, mas para sua surpresa, não era rock clássico. Que era a sua música favorita no passado, mas em vez disso ele colocou em uma estação de música antiga. Ele ajustou o volume para que fosse quase inaudível, enchendo o carro com um ruído de fundo. Lilly olhou para os seus braços musculosos. Eles eram enormes, e sua camisa pegou o formado perfeitamente dos seus músculos. Ele usava seu colete, mas gostava que ele sempre o usava. Ele o fazia parecer perigoso, e que garota não gostaria de ter um homem como Court, que exalava uma potente masculinidade, não precisava dizer nada para as pessoas saberem quanto ele era mortal? Seus jeans estavam soltos, mas ainda mostravam a espessura de suas coxas, aquelas que pareciam poderosas, como troncos de árvores enormes. Quando ela mudou seus olhos de volta até seu rosto suas bochechas aqueceram instantaneamente quando viu que ele olhava para ela. Ele olhou de volta para a estrada, mas o canto da sua boca se elevou.


—Você sabe como fazer um homem se sentir desejado, Lilly. Ela pareceu irritada, mas não podia deixar de sorrir. —Não aja como se você não estivesse acostumado com as mulheres olhando para você do jeito que eu estava. — Embora ela estivesse envergonhada de que ele a pegou o comendo com os olhos, havia essa familiaridade entre eles, e isso fez o ar mais leve. —Eu estou acostumado com isso. — O tom de sua voz não era arrogante quando ele falou. Ele olhou para ela. —Mas eu nunca tive prazer com isso até você. Uau. Motociclista audacioso e de fala mansa, também. Ela limpou a garganta e olhou para fora. Lilly não conseguia olhar para ele, não quando apenas olhar em seus olhos a fazia ter a sensação de ser uma adolescente e incapaz de controlar seus hormônios. —Então, onde estamos indo? —Eu pensei que nós poderíamos fazer um piquenique. Isso a fez se virar para ele e levantar as sobrancelhas em surpresa. —Um piquenique? Não está ficando escuro? Ele assentiu e estendeu a mão para pegar a mão dela na sua. —Sim, mas o piquenique que faremos não é fora. — Eles dirigiram por mais cinco minutos antes dele mudar da estrada principal para uma secundaria. Finalmente, ele parou em frente a uma pequena casa em um terreno isolado.


Haviam árvores em todos os lados, mas eles não estavam muito longe da cidade, e não estavam dentro da floresta. Este lugar era uma pequena casa em seu próprio pequeno santuário. Era perfeito. —Esta é a sua casa? — Parecia óbvio que era, mas nada em Steel Corner deveria ser considerado óbvio. Ela olhou para ele. —Sim, comprei alguns anos atrás. — Ele olhou para a casa, mas, em seguida, olhou para ela. —Era realmente nada mais do que ruínas, mas eu tive muita ajuda do clube em consertá-la. É pequena, com dois pequenos quartos, mas funciona para mim. —Ele se inclinou, e ela sabia que ele ia beijá-la, mas o som de um carro se aproximando o fez se afastar dela e olhar para a entrada de automóveis. —Bem na hora. — Ele falou para si mesmo, mas antes que ele saísse ele se inclinou, deu-lhe um rápido beijo nos lábios, e saiu do caminhão. Um pequeno e enferrujado Toyota fez uma inversão de marcha na entrada de cascalho, mas a forma como ele parou teve os faróis piscando à direita em seu rosto. Houveram algumas vozes murmuradas, mas ela não podia ouvir o que estava sendo dito por causa do barulho do motor do carro, ou ver com quem Court estava falando por causa dos faróis. Depois de alguns minutos, o carro deixou a propriedade. Antes que Lilly pudesse sair Court abriu a porta para ela. Ele tinha dois sacos marrons em seu braço, e o aroma de frango encheu seu nariz.


—Você pediu comida para o nosso piquenique? Ele sorriu e não parecia envergonhado. —Acredite em mim, você não vai querer que eu cozinhe para você. Eu consigo queimar torradas. Isso a fez rir. Ela agarrou a mão que ele oferecia e saiu do carro. Eles caminharam em direção à porta da frente, e uma vez que ele a destravou e a abriu, permitiu que ela entrasse primeiro. Ele acendeu a luz e ela o ouviu fechar a porta. Dentro era o que ela teria esperado para um solteiro em termos de mobília. Estava limpo e cheirava a limão, e ela teve uma sensação de que ele limpou antes de ela vir. O que a fez rir. Ele não estava mentindo quando disse que o lugar era pequeno. Havia um sofá que parecia desgastado, mas a TV era grande e parecia cara. —Eu vou arrumar essas merdas. Sinta-se em casa. — Ele tinha uma maneira eloquente com palavras. Ela se virou para ele. Ele estava na cozinha e a porta de entrada permitia-lhe ver parcialmente, mas ela viu utensílios de aço inoxidável e uma decoração em preto e branco. O som dele pegando pratos podiam ser ouvidos. Ela não viu nenhuma decoração além de algumas fotos emolduradas de motocicletas, e até mesmo um com uma garota seminua sobre ele. Lilly aproximou-se dela e viu que era realmente uma pintura, uma pintura muito realista, mas uma mesmo assim.


Minutos mais tarde Court voltava para a sala. Ela agarrou os pratos dele, mas não sabia exatamente quais eram seus planos, então ela ficou lá e esperou que ele falasse. Ele pegou um cobertor do sofá e colocou os sacos de comida na mesa do centro. —Eu espero que você esteja pronta para comida caseira. — Ele lhe deu este sorriso diabólico e fez sinal para que ela se aproximasse. Uma vez que eles estavam sentados sobre o cobertor e tinham a comida em seus pratos, eles comeram durante alguns minutos em silêncio. Court pegou uma garrafa de champanhe ao lado dela que ainda não havia visto-o carregando, e serviu duas taças. —Você é cheio de surpresas. — Ela pegou uma das taças de champanhe e levou a sua boca. Tomando um gole do líquido amarelo claro, ela deixou as bolhas dançarem na sua língua —Então, comida caseira para você é frango frito que é entregue à sua porta? — Ela estava brincando, e, felizmente, ele sorriu. —Baby, em comparação com o que eu poderia ter preparado para você, isto é ouro. —Talvez um dia desses eu possa cozinhar uma refeição de verdade para você? Ele parou de comer, e havia essa expressão estranha em seu rosto. —O que há de errado? — Ela engoliu o alimento, também.


Ele balançou sua cabeça. —Nada. É só que ter você cozinhando para mim é uma merda muito especial. — Eles olharam um para o outro por um momento, e embora houvesse silêncio entre os dois, não era desconfortável ou estranho dada a intensidade das palavras que ele acabou de dizer. —Bem, eu nunca pensei que alguém poderia pensar que cozinhar para alguém seria especial para essa pessoa. Você não deve tê-la provado antes. — O jeito que este homem podia olhar para ela, a fazia sentir que ela era a única no mundo para ele. —Ninguém pensa assim. Será que ela falou aquelas palavras em voz alta? —Para mim, é só você, Lilly. De repente, ela não queria mais comer. Tudo o que ela queria era Court, e vendo que ela podia distinguir o comprimento longo, grosso de sua ereção pressionada contra sua calça jeans, a mostrou que a comida não estava em sua mente também. —Eu tinha medo de sair hoje à noite por causa do meu rosto. — Ela levantou a mão e tocou no ponto sensível à direita sob seu olho. —Eu não teria levado você em qualquer lugar público, porque eu podia sentir que você estaria desconfortável. Além disso,

—ele

misturaram.

se

inclinou

até

que

suas

respirações

se


Ela sentiu o sabor levemente frutado do champanhe em sua respiração, e seu pulso batia forte e rápido entre as pernas. Ela queria ele desesperadamente, queria sentir suas mãos calejadas ao longo de seu corpo enquanto ele tirava o seu vestido. Ela não estava usando sutiã, mas a calcinha era nada mais do que uma tira de tecido até o centro de seu traseiro. Ela sentiu o movimento do material ao longo dos lábios da sua boceta agora encharcada, e quase fechou os olhos quando ela sentiu seu clitóris pulsar. Parecia que ela tinha dois corações, um no peito e outro entre suas coxas. —Eu vi você usar este vestido e imediatamente eu fiquei duro. — Sua boca estava tão perto dela que sentiu seus lábios a acariciarem com cada palavra. —Tudo o que eu conseguia pensar era em levá-la para minha casa, tirar o seu vestido fora do seu corpo, e banquetear-me em você. — Ele inclinou a cabeça e correu a ponta da sua língua ao longo de sua mandíbula. —E eu estou morrendo de fome, baby, tão faminto por você que, se eu não tomar cuidado não sobrará nada de você quando eu tiver acabado.


Court estava tendo dificuldade em manter seu urso sob controle. A besta queria sair, queria reivindicar Lilly agora. Mas ele precisava se lembrar de que ela ainda estava se curando, e que, embora ela lhe dissesse que queria isso, se ele a levasse da forma como ele realmente queria, poderia machucá-la ainda mais. Court gostava de sexo áspero, do tipo que mantinha as mãos de uma mulher presa nas costas. Ele gostava de empurrar o cabelo dos seus ombros para que ele pudesse ver ao longo da coluna lisa de sua garganta, e mergulhar o seu pau em seu apertado calor. Não, isso era uma mentira. Ele não fez isso com quem ele fodeu. Na verdade, esta foi a primeira vez que ele pensou em olhar para o arco suave do pescoço de Lilly enquanto a fodia profundo e duramente e a reivindicar de uma forma que um homem faz com a sua mulher. E ela era sua mulher, de forma irrevogável. —Court? —Sim, baby? — Ele continuou a correr a sua língua ao longo de seu queixo e gemeu com o sabor doce de sua pele. Seu pênis latejava atrás do zíper de sua calça jeans, e seu urso se agitava logo abaixo da superfície de sua pele. Ele era selvagem, territorial, e queria possuir cada polegada desta


fêmea até que ela reconhecesse que ela era sua, e que ela sempre seria. —Leve-me para sua cama, me lembre o quão poderoso você pode ser.— Ela se afastou e olhou em seu rosto. — Lembre-me de quão poderoso pode ser entre as minhas pernas. Um baixo rosnado necessitado o deixou, e em questão de segundos, ele a tinha em seus braços e estava indo em direção ao quarto. Esqueça o jantar, porque ele estava prestes a comê-la viva até que ela gozasse tão duro que seus ouvidos ressonassem com seus gritos e seu urso fosse capaz de provar o néctar que certamente iria fluir de seu exuberante corpo, cheio de curvas. Ele a colocou no centro da sua cama e deu um passo para trás e apenas olhou para ela. O vestido levantou e a maioria de suas coxas eram visíveis. Elas eram suaves e de cor cremosa, e tudo o que ele podia pensar era em separá-las e abrir os lábios de sua boceta bem aberto para que ele pudesse ver sua umidade. A boca de Court literalmente encheu de água quando essa imagem bateu em seu cérebro. Ele estendeu a mão e apertou a mão direita sobre seu pau, aplicando pressão e tentando aliviar a dor em seu eixo. —A maneira como você está olhando para mim é um pouco assustadora. — Ela disse isso em um sussurro. Court inalou, mas não sentiu qualquer medo. Na verdade, tudo o que ele cheirava dela era a excitação e a necessidade de estar com ele.


—Você deveria estar com medo do que eu quero fazer com você. — Ele tirou o colete e o colocou em cima da cômoda, e pegou a bainha de sua camisa. Uma vez que ele tirou a camisa e jogou-a no chão, ele desfez o cinto, o seu zíper rapidamente estava para baixo, e ele tirou as calças. Ele estava apressando as coisas? Talvez, mas ele nunca quis uma mulher tanto quanto ele a queria. Para ser honesto, desde que ele a tomou naquela festa do campo foi difícil estar com outra pessoa. Ela era tudo o que ele pensava, tudo que ele imaginava quando fechava os olhos. Ele deveria ter visto isso como um sinal vermelho do caralho por ele estar se mantendo afastado. —Court? Ele piscou e percebeu que estava pensando sobre o passado, e não havia mais tempo para isso. Agora, tudo o que ele queria focar era nessa fêmea gostosa na frente dele. —Tire o vestido e o casaco, Lilly. — Court podia ouvir seu urso em sua voz. Ela parecia dura e áspera e levemente distorcida, na beira. Mesmo através do material azul de seu cardigan, ele viu seus mamilos endurecidos. Eles estavam tão eretos que ele queria enterrar seu rosto entre os seios e se esfregar sobre os picos duros. Ela sentou-se e foi para o botão solitário que estava mantendo as duas metades do cardigan juntos. Uma vez removido e posto de lado, ele viu os grandes montes que estavam quase saltando do decote do vestido. Ela sempre foi uma menina mais cheinha, enquanto crescia, e uma vez que


ela terminou a escola, o peso extra se transformou em curvas femininas. Mas não foi até essa maldita festa de formatura que ele começou a apreciar plenamente a plenitude de suas coxas, ou a forma como as suas mamas poderiam encher suas mãos. —Embora eu aprecio você me provocar e remover o vestido lentamente, mas no momento eu estou tentando me controlar. — Felizmente, ela não tentou ser sedutora, embora ele soubesse que ela poderia fazer isso sem sequer tentar. Quando as alças do vestido estavam fora de seu ombro, ela alcançou atrás de suas costas e ele ouviu um zíper sendo baixado. Ela olhou para ele com seus grandes olhos azuis e engoliu. Mantendo seu olhar direto sobre ele, ela empurrou a parte superior de seu vestido para baixo. Seus seios saltaram livre de seu confinamento, e Court não pôde se impedir de agarrar a base de seu pênis e acariciar-se da raiz à ponta. —Toque-se, Lilly. Eu quero ver você pegar esses grandes seios

e

massageá-los.

—Seu

peito

subia

e

descia

violentamente, e ele não poderia ajudá-la. —Imagine que sou eu que está te tocando, baby. — Uma gota de pré sémen apareceu na ponta do seu pau e ele o espalhou ao redor de sua cabeça, acrescentando lubrificação enquanto ele se masturbava e assistia Lilly. Ele poderia facilmente ter ido lá e a tocado por si mesmo, mas assisti-la levantar as mãos e agarrar os montes como ela estava fazendo agora era um visual muito melhor, e o deixava excitado mais ainda. Ele iria até ela e a tocaria em cada polegada, lamberia cada parte de


seu corpo, e a sentiria se contorcer debaixo dele, mas ele queria essa tentação visual em primeiro lugar. —Assim? — Sua voz era baixa, e ele observou como vermelhas ficavam suas bochechas e descia cobrindo seu peito. Ela correu as palmas das mãos para cima e para baixo em seus seios, e depois fechou os dedos sobre a carne. —Sim, baby, assim mesmo. — Era isso. Ele não aguentava mais esta deliciosa tortura, e embora ele quisesse ser realmente muito rude com ela, queria sentir sua rendição enquanto a tomava, eles teriam muitas, muitas outras oportunidades como essa. Ele subiu na cama e pegou as laterais de sua calcinha em ambos os lados de seus quadris. Trazendo lentamente o material fino para baixo, ele olhou para seu peito enquanto ela continuava a tocar-se sozinha. O aroma de sua excitação bateu em seu nariz uma vez que a calcinha foi embora, mas ele não precisou dizer-lhe o que ele queria. Ela já estava deitada de costas e espalhando suas coxas, de qualquer forma isto era o que ela queria, também. Isso estava claro, e ainda o surpreendia que ele tivesse a sorte de tê-la como sua mulher. —Eu quero isso, Court. Deus, eu quero tanto isso. —Ela tirou as mãos de cima de seus seios e seus dedos cavaram no colchão. —Lilly, se você tivesse alguma ideia do quanto eu quero você agora, você se assustaria. — Colocou a mão em ambas as coxas e, lentamente, moveu os dedos em direção a sua boceta, ele exerceu uma pressão até que ela se espalhou


ainda mais para ele. Court observou com uma fome primal quando seus lábios se espalharam abertos, sua carne ensopada de um rosa escuro foi revelada. Ele foi o primeiro a ter isso, para reivindicá-la, e nada poderia tirar isso dele. Ele se moveu lentamente seu olhar sobre suas costelas, viu as contusões, mas forçou-se a manter a calma. Ele continuou a sua avaliação do estômago arredondado, mas quando ele viu mais hematomas nas coxas sua raiva ferveu dentro dele em um ritmo rápido e intenso. Mas antes que a sua raiva pudesse aumentar, sentiu as mãos dela de cada lado do seu rosto, e ela usou sua força para levantar sua cabeça para que ele olhasse em seus olhos. Sua raiva diminuiu e tudo o que ele sentia era calma enquanto ele olhava para o rosto dela. Mesmo seu urso se acalmou ligeiramente, e Court sabia que esta mulher tinha muito controle sobre ele. —Não vá lá. Eu sei que não estou lá agora. —Ela sorriu e se levantou para que ela pudesse beijá-lo. Court interrompeu o beijo e se moveu entre as suas coxas mais uma vez. Com seus ombros largos entre elas, ela não poderia fechá-las, se ela quisesse impedi-lo de fazer o que ele ia fazer. O perfume de sua boceta era almiscarado e doce, e ele sentiu a sua língua se encher de necessidade de correr ela através do centro de seu corpo. E ele não negou isso a nenhum dos dois por mais tempo. Já houve muito tempo perdido entre eles para durar uma vida. Colocando um polegar de cada lado da sua boceta, ele separou ainda mais a sua carne e cobriu toda a sua fenda com a boca. Ele trabalhou a língua no seu buraco para dentro e para fora, e


depois deslizou até seu clitóris e fechou a boca sobre ele. O som ofegante que ela fez foi como colocar gasolina no fogo de sua necessidade de fazê-la gozar em sua boca. Mais e mais, ele a lambeu e chupou, mantendo-a aberta com os polegares e certificando-se de memorizar cada polegada de sua boceta. O bastardo dentro dele queria sair, queria torturar Lilly da melhor forma, mas este era o tempo de Court com a sua garota, e de jeito nenhum o animal dentro dele ia tirar isso dele. Mas isso não impediu que seu urso continuasse a tentar. Suas unhas se transformaram em garras, e ele sentiu seus incisivos se alongando. O suspiro que veio dela quando ela sentiu claramente as suas presas, fez seu pau se agitar em resposta. —Court, Deus, Court, eu posso ver o seu urso tentando sair. — Ela não parecia estar com medo ou nojo, e pelo jorro quente de creme que derramou dela e o aroma de sua luxúria, Court sabia que ela gostou. Ele levantou a cabeça de entre as suas coxas e sentiu o creme de sua excitação cobrir sua boca. Ele sabia que seu urso

estava

ali,

apesar

dele

tentar

desesperadamente

controlá-lo. Não respondeu porque ele não sabia se ele poderia formar uma palavra coerente no momento, ele cobriu sua boceta com a boca novamente e chupou seu clitóris mais forte do que antes. Ele precisava que ela gozasse, precisava que ela gritasse seu orgasmo e implorasse por mais. E então ela se enrijeceu e emaranhou suas mãos em seu cabelo. —Oh Deus, Court. Sim, bem ali.


Ele chupou mais rápido e deslizou sua mão para baixo para

que

ele

pudesse

enfiar

um

dedo

dentro

dela.

Imediatamente seus músculos internos apertaram seu dedo, e acrescentou outro no momento que ela gozou. —Você é tão quente e apertada, e toda essa umidade é para mim, baby. Ela gemeu alto e puxou seu cabelo com força suficiente para que o aguilhão da dor descesse em sua espinha. Mas ele queria mais dela. Ele se afastou quando sentiu seu orgasmo enfraquecer, e saiu da cama apenas o tempo suficiente para pegar um preservativo de sua carteira e colocá-lo em si mesmo. Court voltou entre as pernas dela, alisou as mãos sobre as coxas e até a barriga, e depois levando as palmas das mãos sobre os enormes montes de seus seios. Suas auréolas eram um escuro cor de rosa, e ele não se conteve de inclinar-se para baixo e chupar os picos firmes durante alguns segundos. Ele teria continuado por mais tempo, deleitando-se em sua carne suculenta, mas o seu pau estava rugindo para ser enterrado dentro dela. Court permitiu-se olhar apenas mais um segundo para sua boceta molhada. Segurando a base do seu pau, ele alinhou a ponta do seu eixo com sua pequena abertura e começou a empurrar para dentro. Ela engasgou e tentou fechar as pernas, como se por instinto. A cabeça de seu pau rompeu a abertura, e um gemido saiu dele quando ela se apertou em torno dele.


— Cristo, Lilly. — Court fechou os olhos e gemeu profundamente com a incrível tensão de seu corpo. —Você está muito pronta para mim, baby. —Sim, eu estou. — Ela ofegou essas palavras. Court continuou a empurrar dentro dela, profundo e lentamente até que suas bolas descansaram contra os montes grandes, moles e carnudos de seu traseiro. Ambos fizeram um som baixo em suas gargantas, e Court abriu os olhos, não percebendo que ele os manteve fechados durante todo esse tempo. Ele olhou para onde seu corpo estava ligado a ela, viu a maneira como a carne cor de rosa estava esticada em torno do seu pau, e sentiu seu pulso disparar quando ele olhou para toda a umidade brilhando revestindo-a. Era tudo para ele. Court tirou quase tudo e depois empurrou lentamente. Mais e mais, ele empurrou profundamente dentro dela, amando o som das suas carnes molhadas batendo juntas toda vez que ele batia nela. Ele começou a aumentar a sua velocidade e colocou seus olhos sobre as mamas dela, que estavam saltando muito por causa de suas ações. Seu domínio sobre seus quadris era firme, mas a força com a qual ele estava fodendo-a fez seu corpo deslizar para cima da cama. Colocando as mãos ao redor de seu ombro, Court a ancorou e continuou a deslizar seu pau dentro e fora dela rápido e duramente até que as únicas coisas que enchiam a sua cabeça era a sua respiração pesada, seus gemidos suaves, e os sons eróticos da união de seus corpos. —É tão bom, Court. — Ela tinha as mãos em seus seios e para sua surpresa e prazer começou a puxar seus mamilos.


—Porra Lilly! Puxe seus mamilos até que a dor seja boa. Um suspiro a deixou. Ela fechou os olhos e os seus lábios se entreabriram, e ele sentiu um orgasmo prestes a se liberar nela. Ela arqueou o pescoço e gritou longa e suavemente, e ele aumentou a velocidade. Seu urso se libertou o suficiente para que o idiota pudesse desfrutar também, e porra, os dois estavam desfrutando. Era como assistir a uma obra-prima que está sendo criada quando ela chegou ao orgasmo embaixo dele. As contrações rítmicas de seus músculos internos ao redor do seu pau o teria feito gozar junto com ela, mas ele se segurou. Ele não estava pronto para deixar isto acabar ainda, não quando havia mais partes de seu corpo que ele queria provar. Ela relaxou na cama e soprou com força. —Deus, Court. Um leve brilho de suor cobria seu peito, e Court se inclinou e passou a língua ao longo das pequenas gotas de umidade. A doçura salgada que invadiram suas papilas gustativas o fez a querer mais. Antes que os pequenos tremores que sacudiram seu corpo diminuíssem, ele puxou para fora dela, ouviu seu suspiro, e virou-a em sua barriga suavemente, de modo a não ferir suas costelas. Pegando um travesseiro ao lado da cabeça dela, Court colocou sob seus quadris. Sua bunda se elevou, e ele imediatamente pegou uma

bochecha

em

cada

mão

e

espalhou-as

abertas.

Escondido sob os montes cheios estava o buraco rosa apertado de seu ânus. Ele sempre foi um homem de bundas,


e Lilly tinha uma grande. Seu pênis ficou ainda mais duro, pela imagem que surgiu em sua mente. —O que você está fazendo? — A voz dela parecia ofegante para ele. Ela olhou por cima do ombro, e sua expressão

parecia

enevoada.

Seus

olhos

estavam

semicerrados de seus orgasmos múltiplos, mas ele planejava fazê-la gozar mais uma vez. —Fazer uma coisa que eu estive desejando por muito tempo, baby. Ela lambeu os lábios. —Aí atrás? — Havia um toque de hesitação em sua voz, mas sem medo ou relutância. Sem responder, mas ainda segurando seu olhar com o seu próprio, Court se inclinou e passou a língua no centro do seu traseiro. Ele pressionou a língua em seu ânus, moveu-se em torno do buraco apertado, e em seguida, delicadamente pressionou. —Court ...— Ela fechou os olhos novamente, e teve um gemido deixando-o e prazer enchendo-o. Cantarolando em torno de seu ânus, ele continuou a lambê-la, lentamente no início, para acostumá-la com o que certamente era algo novo para ela, mas então ele começou a sentir a perda de controle. Ela tinha um gosto bom, ligeiramente salgado de seu suor, mas ainda doce. Em seguida, suas ações começaram a ficar mais exigente, mais forte. Ele apertou suas nádegas, rosnou contra sua carne agora encharcada, e precisava senti-la gozar desta maneira.


Lilly gemeu, e foi música para seus ouvidos. —Eu nunca senti nada assim. Era quase como se ela falasse para si mesma, e assim ele renovou seus esforços. Deslizando a mão entre as suas pernas, ele encontrou a pequena protuberância dura de seu clitóris e esfregou-a para frente e para trás, ao mesmo tempo que ele lambia a sua bunda. Court afastou e usou a outra mão para pressionar um dedo no apertado anel. Suavemente inserindo em sua bunda, ele não parou de esfregar seu clitóris no processo. Court observou enquanto ela tremia incontrolavelmente e quando ela colocou as mãos no colchão e enrolou os lençóis em seus punhos. —Vamos,

garotinha.

Me

mais

um.

—Court

pressionou o dedo duramente em seu clitóris e esfregou-a para frente e para trás mais rápido e mais duramente. Ele empurrou outro dedo em sua bunda, mas ela estava relaxada e lisa por ele trabalhar com a boca sobre ela, e o dedo deslizou suavemente. —Eu me sinto tão cheia. Ela não sentiu nada ainda. Assim ela começou a gozar, ele tirou a mão do seu clitóris, posicionando o pau no buraco da sua boceta, e empurrou duro e profundamente com uma estocada. O grito que veio dela fez Court aumentar a velocidade. Com os dedos ainda enterrados na sua bunda, e seu pau enchendo sua boceta cheia, ele começou a mover os quadris para frente e para trás. Mas era muito para ele segurar, e quando seus músculos internos começaram a


ordenhar seu pau ele teve que tirar seus dedos fora da sua bunda, agarrar sua cintura, e bater nela várias vezes até que ele também estava gozando junto com ela. Ele começou a gozar forte, sentiu os jatos de seu sêmen preencher a ponta do preservativo, e trabalhou dentro dela com mais força. —É isso, Lilly, você está apertando meu pau muito bem, baby. —Ohhh, — ela disse ofegante. Ele bateu nela de novo, sabia que ele estava batendo em algum ponto de prazer dentro dela pelos sons que ela fazia, e o fazia novamente e novamente. Suor encharcava suas têmporas e coluna vertebral, mas ele não parou de bombear dentro dela até que ele viu a forma como os seus braços tremiam quando ela

se segurava acima e ouviu sua

respiração começar a abrandar. Court saiu dela com um grunhido e caiu ao seu lado. Ela já estava em sua barriga, com o rosto para ele, e os olhos fechados. Levantando sua mão e afastando uma mecha de seu cabelo escuro que estava úmido de suor, então ele se inclinou e beijou sua testa. —Eu te amo, Court. — Ela abriu os olhos, e o azul de suas íris era de uma tonalidade surpreendente. —Eu te amei por muito tempo. Court segurou seu rosto e apenas a olhou por alguns segundos. —Eu não espero que você o diga de volta ou qualquer coisa. Não foi por isso que eu disse a você. —Ela colocou a


mão sobre a dele e fechou os olhos. —Eu só precisava dizerlhe. Ele se aproximou, passou os braços em volta dela, e puxou-a para que a parte superior do corpo dela estivesse em seu peito. Por um momento ele não fez nada, a não ser segura-la, e ouvir o som de seus corações batendo no mesmo ritmo. Seu urso estava contente, o seu humano estava saciado, e ele se preocupava com esta fêmea mais do que qualquer outra coisa no mundo. —Eu não fiz um momento embaraçoso depois do sexo, não é? — Havia uma nota de brincadeira na sua voz, mas havia também um toque de incerteza. Ele a apertou mais contra ele. —Eu também te amo, Lilly. — Ele a sentiu pressionar o seu rosto em seu peito. —Eu tenho a amado desde aquela noite na festa do campo. Eu queria você antes disso, mas estar com você desse jeito, ser o primeiro cara a ter essa parte de você, fez meu urso querer reivindicá-la. Ela levantou a cabeça e olhou para ele. —Sério? Ela era tão jovem, dez anos mais jovem do que ele, mas nada disso importava. Ela era sua, seria sempre sua, e não havia nada que pudesse mudar isso. —Meu mundo é louco, intenso, perigoso, e nada bonito a maior parte do tempo.


—Eu sei, Court. Eu vivi em Steel Corner toda a minha vida, lembra? —Ela sorriu para ele. Ele passou a sua mão ao longo de seu rosto. —Eu sei, querida, mas eu só quero que você saiba no que você está se metendo, se você realmente me quer. —Court, eu sempre quero você, sempre quis você. — Agora era a sua vez de passar as suas mãos suavemente ao longo de sua face. —Eu sei sobre a vida de motociclista, sabemos que o Grizzly MC é mais animal do que humano, mas eu não me importo, Court. Eu só quero você. — Ela descansou a cabeça em seu peito novamente. Apesar da severidade de seu estilo de vida e os anos que se passaram entre eles por causa de sua estúpida teimosia, no final ter Lilly enrolada nele, fez parecer que tudo isso era pequeno em comparação com o que ele teve com a sua fêmea. E Court não ia estragar isso de novo, ou deixar alguém tirar a felicidade dele.

A mãe dela não se surpreendeu quando Lilly disse que ela e Court estavam começando uma relação. Isso funcionaria? Lilly com certeza esperava que sim, e o amava o suficiente para que ela estivesse disposta a fazer as coisas funcionarem mesmo que ficassem cabeludas. Sua vida era algo fácil, com


que ela pudesse estar confortável? Honestamente, ela não sabia. O seu conhecimento do MC, e vendo como eles viviam pelo lado de fora não era a mesma coisa que realmente viver dentro daquelas paredes. E isso era o que ela estava fazendo agora. Court provavelmente vivia uma das vidas mais corajosas que ela já viu, mas ele cuidava do que era dele, se assegurava de que as pessoas que ele se preocupava sabiam disso, e ela não poderia ter pedido um homem melhor para amar. —O que Roan acha? — A mãe estava na pia e secando a plataforma que ela usou para o almoço. Lilly estava sentada na mesa da cozinha. Ela deu de ombros, mesmo que sua mãe estivesse de costas. —Nós conversamos com ele sobre isso antes, mas as coisas entre Court e eu não estavam certas até recentemente. Sua mãe se virou e tinha um sorriso no rosto. —Estou feliz que você está feliz, Lilly. Agora só precisamos fazer o seu irmão se assentar. —Diera se aproximou e sentou-se na cadeira em frente a ela. —Eu quero ter certeza de que vocês dois estão bem com suas vidas. Lilly sabia do que a mãe estava se referindo sem ela ter que dizê-lo. —Eu queria que você não fizesse isso. —Fazer o quê, querida? — Sua mãe olhou para a mesa como se ela não pudesse encontrar o olhar de Lilly.


—Pensar sobre a morte, e falar como se você não estará aqui por muito tempo. Sua mãe levantou a cabeça e estendeu a mão sobre a mesa para tomar sua mão na dela. —Lilly,

todos

nós temos apenas uma

quantidade

limitada de tempo neste planeta. Alguns de nós são abençoados para passar mais tempo com seus entes queridos do que outros. É de partir o coração, mas um fato da vida, e algo que temos de abraçar, em vez de rebelar-nos contra. — Sua mãe passou a mão ao longo da dela. —A morte não é o fim, querida, pelo menos em meus olhos não é. É apenas um novo começo para algo diferente. —Eu sei, mas eu não quero pensar sobre coisas assim. —Eu sei. Eu me acostumei com o caminho que a minha vida está seguindo, mas nada está definido em pedra. Tudo o que posso fazer é viver cada dia ao máximo, e deixar meus entes queridos saberem o que significam para mim. —Ela sorriu para Lilly. —E eu amo muito você e seu irmão. Sem vocês dois, esta viagem teria sido insuportável. Lágrimas começaram a aparecer nos olhos de Lilly. Sua mãe sacudiu a cabeça. —Sem lágrimas, Lilly. Nós desfrutaremos de cada dia, agradeceremos pelas coisas que abençoaram nossas vidas, e seremos felizes. —Diera suspirou e sorriu mais largo. —Agora, você vai ver Court, diga a ele o quanto você o ama, e veja se ele quer vir para um jantar em família esta noite.


Lilly sorriu e acenou. —Ok, mãe. — Lilly ficou de pé, e ela se aproximou e deu em sua mãe um abraço. —Eu também te amo. — Ela não queria pensar sobre a morte e sua mãe não estar mais por perto. Diera deu um tapinha nas costas dela e lhe deu um beijo na bochecha. —Vá em frente, querida, e deixe-me saber sobre o jantar. Lilly deu a sua mãe mais um abraço e saiu da casa. Uma vez em seu carro, ela foi em direção ao Clube The Grizzly, e se perguntou se deveria ter chamado Court em primeiro lugar. Eles se falaram esta manhã, e ela sabia que ele estava trabalhando em algumas motocicletas com alguns dos outros membros. Lilly queria vê-lo, mas ela usaria o fato de sua mãe o convidar para o jantar como desculpa por estar por aqui. Ela balançou a cabeça e riu com seus pensamentos. Dobrando o carro no estacionamento, ela imediatamente viu Court de pé em torno de uma motocicleta quebrada com alguns outros shifters ursos fortões. O maldito homem estava sem camisa, e o suor que brilhava em seu peito era atraente o suficiente para que ela se contemplasse em passar a língua nele, com graxa e tudo. Ela estacionou o carro em um local vazio e saiu. Court virou-se para ela, e o sorriso que se espalhou pelo seu rosto fez seu coração bater rapidamente no peito. A tatuagem que cobria seu músculo peitoral era o logotipo Grizzly MC. Uma motocicleta escura com a marcas de garras


vermelhas de sangue sobre a moto era mortal, tanto quanto era artística. No topo se lia GRIZZLY, e embaixo COLORADO. Ele se moveu em sua direção, e os caras que estavam com ele começaram a vaiar e gritar. Court levantou a mão e fez todos saírem, sem quebrar seu passo enquanto ele caminhava em direção a ela. —Oi, baby. — Ele a pegou em seus braços assim que ele chegou a ela e a levantou facilmente da terra. Reivindicando a sua boca como se fosse dono, fazendo Lilly gemer. O sabor que a agrediu era salgado e todo masculino, e o cheiro de seu suor limpo e graxa encheu seu nariz e fez sua vagina ficar molhada. Ele rosnou contra os lábios e se afastou um pouco. —Eu poderia levá-la agora mesmo e fazer a sua boceta ainda mais molhada, Lilly. Ela sorriu, tentada a dizer para parar com as ameaças e apenas fazê-lo. Mas não era por isso que ela veio aqui, não realmente. —Minha mãe quer que você venha para o jantar hoje à noite. Ele a beijou novamente. —É por isso que você veio aqui? Ela balançou a cabeça, e agora ela foi a única a tomar a sua boca em um beijo, e varrer a língua entre os seus lábios. Eles se beijaram por alguns segundos, mas ela não se importava que os MCs estavam assistindo. —Não. — Ela o sentiu sorrir contra sua boca.


—Sim, eu não acho que esse foi o motivo. Bem, eu não estava esperando que a minha garota viesse até aqui para me chamar para jantar. Ela riu e balançou a cabeça. —Você sabe que eu estarei lá, mas depois você será toda minha. — Ele moveu sua boca para seu ouvido e sussurrou: —E as coisas que eu quero fazer com você são tão sujas que você vai precisar de um banho depois. Deus, ela estava muito ansiosa por isso.

Seis meses depois

Lilly ajudou Maggie, Darra, e Sonya a limpar após a reunião de família que tiveram na sede do clube. Havia crianças de outros membros correndo, as suas risadas fizeram Lilly sorrir. —Eu juro que eu preciso ter o bebê agora. — Maggie sentou-se em uma das banquetas ao lado, onde Lilly estava.


—Você parece ótima. Maggie olhou para Lilly e fez uma careta. —Obrigada, mas eu pareço como uma casa. Lilly apenas sorriu e esfregou as costas de Maggie. Embora a barriga de Maggie fosse arredondada, não havia dúvida de que o menino dentro dela seria tão grande quanto seu pai, Diesel. —Bem, é hora de eu ir para casa e convencer Diesel que ele quer esfregar meus pés inchados. — Maggie começou a rir, e então estava fora da banqueta e cambaleando até o Grizzly MC VP. Cambalear era uma boa descrição de como ela estava caminhando, e tudo o que Lilly podia fazer era sorrir do quão bonita ela parecia. —Você está pronta, baby? — Court veio até ela e passou os braços em volta da sua cintura. Ela descansou a cabeça em seu peito e escutou seu coração batendo. —Hoje à noite foi boa. — Ao longo dos últimos seis meses, ela realmente chegou a conhecer os membros de The Grizzly MC, e as suas Senhoras. Eles podem ser ásperos, brutais em muitos aspectos, mas eles também eram muito carinhosos e amorosos quando eram as pessoas de seu círculo de proteção. —Sim, realmente foi. Precisamos ter esses jantares de família com mais frequência. É bom para todos. —Ele continuou

a

segurá-la,

e

ela

simplesmente

deixou-se


desfrutar da sensação de ser apreciada. —Sua mãe ainda fará o jantar de domingo amanhã? Ela assentiu com a cabeça. Sua mãe ainda estava doente, mas ela era uma mulher forte e teimosa, e não deixava nada atrapalhá-la, nem mesmo o câncer. Lilly não sabia por quanto tempo sua mãe estaria com eles, mas ela não desperdiçava um dia e curtia cada momento. Court afastou e segurou-lhe o rosto. Ele se inclinou e beijou-a suavemente nos lábios. —Vamos. Eu preciso estar dentro de você. Estive observando você, e tentando esconder essa porra de ereção que você me deu. —A ereção que eu lhe dei? — Ela sorriu, mas seu coração começou a correr. Ela lambeu os lábios e assentiu. — Vamos para casa. — Até mesmo seis meses depois, ela era insaciável em relação a Court, e parecia que ele era da mesma maneira a respeito dela. Ele os levou para fora do clube depois que eles se despediram de todos. Uma vez na parte de trás de sua Harley com seus capacetes, eles estavam na estrada e na direção da casa que partilhavam. Ela estava molhada, pronta, e precisava dele como precisava respirar. Foi uma viagem de 20 minutos para a sua casa, e ela jurou que eles estavam fora da moto e no interior em questão de segundos. Assim que a porta foi fechada atrás deles Court teve sua boca na dela e suas mãos em seu cabelo. Ele a beijou como se ele não a tivesse visto em anos, como se ele estivesse desesperado por


seu toque, e ela não podia deixar de gemer contra sua boca. Ele deu um passo longe dela, e ela engoliu o nó que de repente se formou em sua garganta. Lilly não se moveu quando Court foi para o seu colete e o removeu. Ela não conseguia tirar os olhos dele quando ele agarrou a ponta de sua camisa e puxou-a para cima e sobre a cabeça. Lilly pegou na carne bronzeada, dura e tatuada que foi revelada. Ela nunca cansava de olhar para os cumes de músculos que compunham seus abdomens, seus peitorais definidos e bíceps protuberantes. Deus, mas ela estava ligada. Court

ficou

lá,

seu

jeans

agora

desabotoado

e

pendurado em seus quadris magros. —Lilly. Dispa-se para mim. Ao ouvi-lo dizer aquelas três palavras após o nome dela teve seu pulso pulsando entre suas coxas. Era como se suas palavras por si só provocassem algo profundo dentro dela, tirando suas necessidades e desejos e combinando-o tudo em um grande pacote que representava Court. —Baby, eu estou morrendo aqui com a necessidade de foder você, mas eu quero ir devagar. Suas palavras sujas a excitavam. Suas mãos tremiam quando ela as levantou e segurou a bainha de sua camisa, lentamente a tirando por sobre a sua cabeça. O que ela queria era duro e rápida, mas ela gostava deste lado do Court, também. E então sua camisa estava fora e o ar fresco passou


ao longo de seus mamilos expostos. Por que você renuncia a usar um sutiã? —Droga

do

caralho,

Lilly.

Você

está

jogando

perigosamente por não usar um sutiã nestes seios grandes, é de dar água na boca. —Um momento de silêncio se passou entre eles. —Agora as calças e calcinhas, Lilly. — A maneira como ele falou a fez levantar os olhos para ele. Sua voz falhou, e ela podia ver seu peito subindo e descendo um pouco mais rápido quando ele olhou para os seus seios. Como se o seu olhar por si só pudesse tirar o tecido, sentiu sua pele puxar ainda mais apertada, sentiu o sangue logo abaixo da superfície de sua pele. Mãos agora no botão de sua calça jeans, ela deslizou através do botão e puxou o zíper para baixo. Ela enfiou os dedos sob a beira da sua calça e calcinha e começou a empurrá-los para baixo em suas coxas. Mesmo que

o

ar

frio

atingisse

cada

parte

dela,

o

próprio

conhecimento de que ele estava olhando para ela fazia seu corpo quente. Quando ela chutou a suas roupas ficou lá, os olhos fixos nos dele, tentando decifrar o que se passava em sua cabeça. Ela deixou seu olhar viajar pelo comprimento do seu corpo mais uma vez, ficou um pouco mais de tempo admirando o apertado V de músculos que desapareceram sob seu jeans, e depois engoliu em seco quando viu sua ereção pressionando contra o material. Sua boca encheu de água, e sua vagina se apertou. Ela sabia o quão grande o seu pau era e como esticada ela estaria uma vez que ele empurrasse toda aquela grossura dentro dela.


—Venha aqui. — Voz baixa e profunda, Court a chamou com a mão. Ela jurou que ele podia ouvir seu coração batendo, podia vê-lo batendo contra sua caixa torácica. O primeiro passo em direção a ele foi o mais difícil, e logo ela se viu diante dele, sua respiração ficou difícil. Ambos queriam isto ferozmente, mas eles estavam quase sendo cautelosos. Seu olhar parecia fixado sobre seus seios, mas ela o viu abaixá-lo até que ela sabia exatamente o que estava olhando. Basta saber que ele estava olhando para a sua boceta para um estremecimento deixá-la. Sentia-se encharcada e apertou as pernas juntas. —Eu vou te foder tão completamente, baby. — Ele parecia sem fôlego. Ela olhou para a sua protuberância mais uma vez, mas Court levantou sua cabeça com um dedo sob o seu queixo. Havia este ruído baixo que o deixou e ela sabia que seu urso estava perto da superfície, como sempre estava quando eles faziam sexo. Era como se o animal tivesse de estar com ela, também. A respiração combinada foi dura, e ela sabia que nunca haveria outra pessoa que ela quisesse tanto como queria Court. —De joelhos. — Sua mão pousou em seus ombros, e ele empurrou-a para baixo. Lilly não poderia mentir e dizer que o seu pedido não a fazia ainda mais molhada. Court sabia o que queria, e o que ele queria era ela. Esse pensamento foi poderoso.


O frio da madeira dura sob seus joelhos enviou um flash de desconforto e prazer acima de seu corpo. Sua ereção estava bem na frente de seu rosto, lutando contra o material, insistente em ser livre. Bom Deus, ela queria seu pênis em sua boca, queria provar o pré sêmen na ponta que ela sabia que estaria cobrindo a cabeça bulbosa. —Cristo, Lilly. Eu poderia gozar só de olhar para você de joelhos agora. —Ele limpou a garganta e deixou cair as mãos para que elas ficassem em seus lados. —Vá em frente, baby. Tire o meu pau para fora e o sugue. Sugue-o como se estivesse com fome dele. Ela levantou as mãos e desfez o resto de sua calça jeans até que o material caiu de seus quadris estreitos e agrupouse em torno de seus pés. Seu pênis saltou livre, e ela estava tão perto que a ponta lisa realmente encostou ao longo de sua boca. Lilly lambeu os lábios, e Court gemeu. Seu olhar com pálpebras pesadas, e seu rosto estava um pouco corado. Suas pupilas estavam totalmente dilatadas, e ela jurou que ela viu o brilho de seu animal interior ali abaixo da superfície. —Vá em frente, baby, segure a raiz do meu pau e o chupe em sua pequena boca exuberante. Sua vagina estava tão encharcada que seu creme deslizou para baixo em suas coxas, Lilly fez exatamente isso. Ele resmungou quando ela o agarrou em torno da base de seu pênis. Quando sua ereção estava livre e ela teve a primeira olhada, ela sabia que seu olhar era de surpresa.


—Deus, podemos ignorar as preliminares e ir direto para a foda? — As palavras saíram de sua boca. Court puxou o seu cabelo para atrás junto com a sua cabeça. Um suspiro a deixou na mistura de prazer / dor que irradiava dentro dela. Seu pênis era tão bronzeado como o resto dele, e a cabeça bulbosa estava corada de vermelho com uma gota de pré sêmen que pontilham a fenda na ponta. Sua boca molhou, e ela se inclinou e envolveu a coroa em sua boca. Ela gemeu ao sabor salgado almiscarado que cobria seu paladar. Ele gemeu e apertou sua mão em seu cabelo, suas unhas cavando seu couro cabeludo. Ela chupou mais de seu comprimento e passou a língua ao longo da parte inferior de seu pênis. Lilly tentou colocar ainda mais dele em sua boca até que ela sentiu a ponta dele bater no fundo da sua garganta. O reflexo de vomito estava lá, mas ela não se importava. Ela continuou a tomar tanto quanto podia, balançava a cabeça para trás e para a frente até que seus olhos lacrimejaram, e manteve suas coxas seguras, quando ele começou a foder sua boca. — Cristo, Lilly. — Court gemeu e empurrou em sua boca até que ele bateu no fundo da sua garganta mais uma vez. Ele fodeu a sua boca lenta e calmamente no início, e ela se viu movendo a língua ao longo de sua carne, saboreando uma explosão de salinidade quando seu sêmen revestiu a sua língua. Ela queria que ele gozasse em sua boca, queria engolir até última gota, até que ela cheirasse e tivesse o seu gosto.


—Sim. Oh merda, sim. —Seu poder sobre o cabelo dela se apertou, e ele começou a empurrar os quadris mais freneticamente em sua necessidade de liberação. —Leve tudo, baby. Tome todo o meu pau e beba o meu sêmen. —Mmm. — Fechando os olhos ela focou em fazê-lo gozar. Eles poderiam ter sexo mais tarde, agora era sobre satisfazer seu motociclista. Ela ainda segurava suas fortes coxas, e ela, em seguida, moveu as mãos para trás até que ela sentiu as firmes bochechas tensas de sua bunda. Elas flexionavam enquanto ele bombeava seus quadris para trás e para frente. Lilly sabia quando ele estava perto, e ela cravou as unhas em sua carne. Ele bombeou para a frente uma vez, duas vezes, e ficou imóvel na terceira vez. Ele enterrou seu pênis todo em sua boca até que ela sentiu suas bolas colidindo com seu queixo e seu sêmen deslizar na sua garganta. Ela podia sentir o cheiro residual de graxa de quando ele estava trabalhando em Harleys na sede do clube, cheirava o aroma fraco do suor limpo sobre ele, e moveu a mão entre as coxas. Esfregando seu clitóris com o dedo para frente e para trás, enquanto Court ainda bombeava superficialmente dentro dela, ela sabia que iria gozar em questão de segundos. Seu orgasmo foi poderoso, e tudo foi por causa dela. Mas logo antes de ela gozar Court tirou seu pênis da sua boca e estava ajudando-a a se levantar. Suas pernas estavam bambas, e essa sensação de euforia agarrou-a com força.


—Eu vou ser aquele que faz você gozar, Lilly. — Ele tinha-a nos braços e estava caminhando em direção a seu quarto. Uma vez lá dentro, ele caminhou até a enorme cama e a colocou sobre ela, mas antes que ela pudesse se mover, ele agarrou as suas pernas e puxou-a de modo que a bunda dela estava pendurado para fora do colchão. Não houve espera com Court. Ele empurrou as pernas dela quase com força e enterrou o rosto entre suas coxas. O prazer foi instantâneo, e ela sabia que não iria durar. Rangendo os dentes, ela puxou o lençol em suas mãos enquanto ele puxava seus lábios separados e chupava e mordiscava sua carne sensível. Quando ele chupou seu clitóris já sensível em sua boca e empurrou um dedo grosso dentro dela, torcendo dentro dela até que ele atingiu o seu ponto G, ela gozou duro e rápido. O grito que a deixou foi intenso, e ela mordeu o lábio com força suficiente para que o sabor metálico picante de seu sangue revestisse sua língua. Ele não parou de comê-la até que os tremores pararam e ela foi gentilmente empurrando seu peito. Court se moveu para a cama e pressionou a sua boca diretamente na dela. Ele foi quase brutal quando enfiou a língua em sua boca e fez sentir seu gosto nele. Ele moveu as mãos atrás dela e segurou-lhe a bunda. Seu pênis estava começando a endurecer novamente entre seus corpos, e ela levantou os quadris, precisando do contato. Ela podia ter acabado de gozar, mas ela sempre queria ele, e sempre precisou de Court assim. Ele era o único para ela, e foi desde que ela era uma adolescente.


—Eu amo você, Lilly, — ele murmurou contra sua boca, e moveu uma de suas mãos longe de sua bunda para entre seus corpos. E então ele estava pressionando a ponta em sua abertura e deslizando dentro dela. —Você é minha, Lilly. — Ele puxou e bateu nela. —Toda minha. —Sim. — E isso era tudo o que podia dizer, porque Court estava fodendo-a como se eles não tivessem acabado de gozar. Se ela morresse do prazer que Court dava a ela, seria uma ótima forma de morrer.



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