Revista Esquadro n° 01

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FEV 2024 / R$ 3,30

ESQUADRO

A REVISTA PARA QUEM GOSTA DE MAÇONARIA

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ATITUDES DE UM APRENDIZ

Leia como deve ser o comportamento de um aprendiz em loja

MIOSÓTIS a flor simbolo da Maçonaria Alemã


SUMÁRIO

ÍNDICE 03

A FLOR SÍMBOLO DA MAÇONARIA Uma si mpl es fl or, mas com um si gni fi cado i menso para os Maçons.

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11 ATITUDES DE UM APRENDIZ Mui tos aprendi zes ao adentrar a maçonari a, querem e pretendem modi fi car, cri ti car ou revol uci onar o que exi ste, sem entender a essênci a da ordem.

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MAÇONS FAMOSOS - EDUARDO VII "Nunca perdeu a oportuni dade de mostrar publ i camente seu apego à Fraterni dade Maçôni ca".

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AKHENATON O FÁRAO MONOTEÍSTA Abai xo da montanha, uma ci dade vel ha desl umbrante, mui ta cul tura, cozi nha fantásti ca

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LOJA MAÇÔNICA, LIVERPOOL STREET Templ o foi redescoberto por construtores atrás de uma parede fal sa durante a renovação do hotel em 1997.

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REFLEXÃO Para refl eti r !

Assi naturas : 41 99901 7957 Anúnci os : 41 99901 7957 Matéri as : 41 99901 7957


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A FLOR SÍMBOLO DA MAÇONARIA

MIOSÓTIS

Myosotis L., é um gênero de plantas com flor da família Boraginaceae (ordem Lamiales), herbáceas, anuais, que agrupa as espécies conhecidas pelo nome comum de miosótis ou não-me-esqueças. O género apresenta elevada biodiversidade com cerca de 89 espécies consideradas como validamente descritas, algumas delas cultivadas como planta ornamental nos jardins das regiões temperadas e subtropicais. A Miosótis contrariamente ao que julgamos, esta pequena flor são inflorescências terminais, parecidas com a forma de espiga longa da qual emergem formações de flores muito curtas e azuis. Floresce na primavera. A sua origem aponta para a Rússia, embora esteja disseminada por todos os continentes. Gosta de temperaturas baixas e de ambientes de altitude, daí ser muito comum no Andes. A pequena flor amplifica a sua beleza quando se encontra em buquê. Vergissmeinnicht, em alemão; forget-me-not, em inglês; forglemmigef em dinamarquês; ne m’oubliez pás, em francês; non-ti-scordar-di-me, em italiano; não-te-esqueças-de-mim, em português. Diz a lenda que Deus assim chamou a florzinha porque ela não conseguia recorda-se do próprio nome. O nome miosótis (Myosotis palustris) significa orelha de camundongo, por causa do formato das pétalas. O folclore europeu atribui poderes mágicos ao miosótis, como o de abrir as portas invisíveis dos tesouros do mundo. O tamanho reduzido das flores parece sugerir que a humildade e a união estão acima dos interesses materiais, porque é notada principalmente quando, em conjunto, forma buquês no jardim. Quanto às lendas associadas, são elas diversificadas, sendo que algumas recuam à Criação, o relato diz que Adão, ao dar nomes às plantas do Jardim do Éden, não viu a pequena flor azul. Mais tarde, percorrendo o jardim para saber se os nomes tinham sido aceitos, chamou-as pelo nome. Elas curvaram-se cortesmente e sussurravam sua aprovação. Mas uma voz delicada a seus pés perguntou: “- E eu, Adão, qual o meu nome?” Impressionada com a beleza singela da flor e para compensar seu esquecimento, Adão falou: “ – Como eu me esqueci de você antes, digo que vou chamá-la de modo a nunca mais esquecê-la. Seu nome será nãote-esqueças-de-mim.” Outra lenda ancestral coloca a pequena flor na margem de um rio, na qual passeava um cavaleiro medieval acompanhado da sua amada. Ao tentar apanhar a flor para presentear a dama caiu ao rio, afundando-se com alguma rapidez devido ao peso da pesada armadura. No seu infortúnio ainda teve tempo para gritar à mulher amada; “ não-me-esqueças”.


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Deixando a curta introdução de enquadramento, é importante expor a ligação com a maçonaria e o motivo pelo qual está presente em nossas lapelas, bem como a ligação simbólica desta pequena e bonita flor com nossa ordem. Qualquer experiente maçom se surpreende com a diversidade e número de símbolos associados à Ordem. Esta pequena flor é, no entanto, um dos mais novos símbolos maçônicos, com perto de seis ou sete décadas e, pelo que se sabe, nem sequer aparece em nenhum ritual. É um símbolo pungente que adquire a sua expansão e força simbólica devido ao que representa de coragem perante a tirania. Nos anos de 1925/1926, bastante antes de Adolfo Hitler se tornar chanceler da Alemanha, a miosótis surge pela primeira vez associada à maçonaria, numa convenção anual em Bremen, na Alemanha. A florzinha foi entregue aos participantes com o objetivo de os mobilizar em torno das necessidades de milhares de desemparados devido à grave crise econômica que o país atravessava na época. De igual forma antes da sua ascensão ao poder, já Hitler, no seu livro “Minha Luta”, num dos seus muitos delírios, deixava um primeiro aviso aos maçons alemães, ao afirmar “a maçonaria sucumbiu aos judeus e converteuse num excelente instrumento para combater pelos seus interesses […]”.

Com a ascensão de Hitler ao poder, que acontece em 1934, a maçonaria alemã anteviu que estava em perigo. E, em causa da sua sobrevivência, dada a política nazista antissemita e ao laconismo dos mesmos, seguido pelos confiscos e da apropriação dos bens de maçons e das Lojas Maçônicas. E breve, a maçonaria alemã, que conhecera dias gloriosos e que tivera, em suas colunas, os mais ilustres filhos da pátria alemã, como Goethe, Schiller e Lessingn, veria esmagado o espírito da liberdade sob o pretexto da imposição de uma ordem e de uma supremacia racial.


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As Lojas alemãs, na terceira década do século XX, estavam jurisdicionadas a onze Grande Lojas, divididas em duas tendências. O primeiro grupo, de tendência humanista, seguindo os antigos costumes ingleses, tinha como base a tolerância, valorizando o candidato por seus méritos e não levando em consideração sua crença religiosa. Constava de sete Grandes Lojas, a saber: Grande Loja de Hamburgo; Grande Loja Nacional da Saxônia, em Dresden: Grande Loja do Sol, de Bayreuth; Grande Loja-Mãe da União Eclética dos Franco-Maçons, em Frankfurt; Grande Loja Concórdia, em Darmstadt; Grande Loja Corrente Fraternal Alemã, em Leipzig; e, finalmente, a Grande Loja Simbólica da Alemanha. O segundo grupo consistia das três antigas Lojas prussianas, que faziam a exigência de que os candidatos fossem cristãos. Havia ainda a Grande Loja União Maçônica do Sol Nascente, não considerada regular, mas que também tinha tendências humanistas e pacifistas. Voltando a 1934, a Grande Loja Alemã do Sol se deu conta do grave perigo que iria enfrentar. A ameaça que o governo nazista preconizava, levou as Lojas a iniciarem um processo de passagem à clandestinidade ou auto liquidação, sem haver indícios que o mesmo tenha sido determinado por qualquer autoridade maçônica, o que leva a acreditar que o fizeram de mote próprio, protegendose individualmente.

Inevitavelmente, essa passagem a clandestinidade se deu devido à radicalização política e ao nacionalismo exacerbado. Muitos adormeceram e alguns romperam com a tradição, formando uma espúria FrancoMaçonaria Nacional Alemã Cristã, sem qualquer conexão com o restante da FrancoMaçonaria. Declaravam eles abandonarem a ideia da universalidade maçônica e rejeitavam a ideologia pacifista, que consideravam como demonstração de fraqueza e como uma degeneração fisiológica contrária aos interesses do Estado! A ditadura nazista, em 1937, declarou a maçonaria como “inimiga do estado”, doutrina que consolidada em 1940 com a proibição de sociedades “secretas”, abrangendo a Augusta Ordem, quer na Alemanha quer nos países ocupados pelos germânicos, onde foram fechadas Lojas e lhes foi retirado o direito de propriedade. Neste percurso, há defensores da hipótese de que a intensão do ditador nazista era acabar com a maçonaria existente, para criar uma maçonaria ariana livre da presença judia. Há ainda quem defenda que o ódio à maçonaria dos ditadores, Hitler e Franco, bem como qualquer ditador e/ou governos tirânicos, estava ligado ao fato de não suportarem o espírito livre dos maçons e de considerarem o livre pensamento como uma ameaça.


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No que se refere aos dois ditadores supracitados, há quem aponte que a sua aversão partia do fato de lhes ter sido recusada a iniciação na Ordem. Não é um fato esta última afirmação, é sim uma conjectura que não sabemos se está documentada, muito em especial no que se refere a Hitler. É possível afirmar, segundo bibliografia existente, nomeadamente no trabalho produzido pelo Professor Andeje Karpowicz, incluído em “in The Masonic Collection of the Universiy Library in Poznan”, que ocorreram pilhagens, deliberadamente organizadas, aos maçons e lojas maçônicas e que grande parte do espólio – livros e arte maçônica – das Grandes Lojas de vários países – tais como Holanda, Noruega, Áustria e mesmo França e Bélgica – foram roubados, com intensão de levar à extinção da maçonaria. Nestas condições adversas e perante tão brutal perseguição, que levou inúmeros irmãos a serem enclausurados nos campos de concentração, fez acentuar o instinto de preservação e sobrevivência. Isto obrigou os maçons a adotarem uma marca de reconhecimento, sem ligação conhecida ao perceptível Compasso e Esquadro, que eram, para os nazistas, tão ou mais desprezíveis do que estrela amarela usada pelos judeus. A escolha foi a pequena e discreta flor dos miosótis.

Os maçons que persistiram em seus ideais precisaram encontrar um novo meio de identificação que não o óbvio esquadro e compasso, seguramente um risco de vida. A preferência não ocorreu por mera simpatia pela flor, mas com um objetivo óbvio. Este símbolo era já usado anteriormente quer por profanos, quer por maçons, ligados aos movimentos de solidariedade e caridade. Deste modo, os irmãos alemães atribuíram à miosótis um sentido de “escondido” ou secreto tornando-se conhecido só deles, o qual pela sua dupla simbologia – profana e maçônica – seria mais discreta, deixando os maçons a coberto. A miosótis tornou-se então um símbolo de grande utilidade e de reconhecimento dos irmãos durante todo o tempo de duração da escuridão nazista, não permitindo que a luz se extinguisse. A miosótis identificava os irmãos que continuavam a trabalhar na Ordem, em liberdade, mas em condições extremamente perigosas, bem como os que se encontravam confinados e sujeitos às maiores sevicias nos campos de extermínio. O miosótis como símbolo foi objeto de um interessante estudo do irmão David G. Boyd, no Philaletes de abril de 1987. Ele conta, também, que muitos maçons recolheram e guardaram zelosamente joias, paramentos e registros das Lojas, na esperança de dias melhores. O irmão Rudolf Martin Kaiser, VM da Loja Leopold zur Treue, de Karlsruhe, quebrou a joia do Venerável Mestre em pequenos pedaços de tal modo que não pudesse ser reconhecida pela infame Gestapo.


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No texto de Rosa Maria González Chávez, em “ Hitler y la Masonaria”, confirmam-se muitos dos fatos atrás referidos, reforçando que nesse período de obscurantismo muitos maçons foram assassinados indiscriminadamente enquanto muitos outros passaram à clandestinidade. Milhares foram levados para os campos de concentração, onde foram eliminados, à semelhança do que viria a acontecer a milhões de judeus. Enquanto permaneciam enclausurados nos campos da morte eram identificados com um triângulo vermelho, o que os diferenciava dos portadores da tristemente célebre estrela amarela. Em 1945, o nazismo, com seu credo de ódio, preconceito e opressão, que exterminara, entre outros, também muitos maçons, era atirado no lixo da História. Nas fileiras vitoriosas que ajudaram a derrotá-lo, estavam muitos maçons – ingleses, americanos, franceses, dinamarqueses, tchecos, poloneses, australianos, canadenses, neozelandeses e brasileiros. De monarcas, presidentes e comandantes aos mais humildes pracinhas. Mas, entre os alemães, alguns velhos maçons também sobreviveram, seu sofrimento ajudando a redimir, de alguma forma, a memória da histeria coletiva nazista. Eles eram o penhor da consciência alemã, a demonstração de que a velha chama da civilização alemã continuara, embora com luz tênue, a brilhar durante a barbárie. No pós-guerra, em 1947, foi reaberta a Grande Loja do Sol, em Bayreuth, na Alemanha e o pequeno pin em forma de “não me esqueças”, consolidou-se como um símbolo dos Irmãos que sobreviveram àqueles anos negros, para perpetuar a Luz da Maçonaria. Tornou-se de igual forma num símbolo de homenagem aos que foram exterminados pela bestialidade nazista. No ano seguinte, na primeira convenção anual das Grandes Lojas Unidas Alemãs em 1948, o pin foi adotado como emblema oficial.

(Verifica-se aqui uma divergência de datas relativamente a esta abertura: há duas datas referidas em vários textos, 1947 e junho de 1954. É aceito a primeira data, tendo em conta que as tropas vitoriosas integravam militares maçons dos vários continentes, em vários graus e qualidades, logo o apoio ao “renascimento” ou revigoramento das Lojas alemãs seria certamente uma das prioridades dos irmãos que integravam os exércitos vitoriosos. Não parece credível que a Ordem esperasse mais de uma década para voltar a tomar o vigor anterior.) Em 14 de junho de 1954, a Grande Loja O Sol (Zur Sonne) foi reaberta, em Bayreuth, sob um ilustre irmão o Dr. Theo Vogel, núcleo da Grande Loja Unida da Alemanha (VGLvD, AF&AM). Nesse momento, o miosótis foi aprovado como emblema oficial da primeira convenção anual, realizada por aqueles que conseguiram sobreviver aos anos amargos do obscurantismo. Nessa convenção, a flor foi adotada, oficialmente, como um emblema Maçônico, em honra àqueles valentes Irmãos que enfrentaram circunstâncias tão adversas.


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Ainda ao já citado Professor Andreej Karpowicz, é referido como elemento interessante o fato de a flor dos miosótis se encontrar também associada às forças britânicas que serviram na zona do rio Reno no pós-guerra. O que reforça este fato é a constatação da existência de uma Loja, a Forget-me-not número 9035, em Wiltshire, pertencente à Grande Loja Unida da Inglaterra, que adotou a miosótis para o seu estandarte. Para além disso encontrámos também referências à existência de uma loja na Alemanha com o mesmo nome. Muito se tem a dizer das vicissitudes vividas pela maçonaria na Alemanha durante o nazismo, mas o objetivo é unicamente a pequena abordagem da simbólica flor dos miosótis. Finalmente, para coroar, quando GrãoMestres de todo o mundo se encontraram nos Estados Unidos, o Grão-Mestre da recémformada Grande Loja Unida da Alemanha presenteou a todos os representantes das Grandes Jurisdições ali presente com um pequeno miosótis para colocar na lapela. Foi assim que essa mimosa florzinha azul, tão despretensiosa, transformou-se num significativo emblema da Fraternidade. Talvez hoje o mais usado pelos maçons alemães. Ainda hoje, na maioria das Lojas germânicas, o alfinete de lapela com o miosótis é dado aos novos Mestres, ocasião em que se explica o seu significado para que se perpetue uma história de honra e amor frente à adversidade, um exemplo para as futuras gerações Maçônicas de todas as nações.

Antes de terminar, apenas mais umas palavras para altear a importância que esta pequena flor tem para a Ordem. Uma simples flor, também conhecida como verónica, representa os melhores ideais e bandeira da maçonaria, como divisa de fraternidade e solidariedade frente à opressão, tornando-se, talvez no pin mais amplamente utilizado pelos Maçons. Não-me-esqueças: É um apelo e é bom que o tenhamos sempre presente para que, efetivamente, não esqueçamos os mais desvalidos, que necessitam do nosso apoio, nem tão pouco dos que já não estão entre nós e nos aguardam no Oriente Eterno. Texto adaptado do original do Ir.’. Jorge C. Aprendiz Maçom – 10-04-6014 Referências Bibliográficas: http://quenosocultan.wordpress.com/2013/11/13/hitl er-y-la-masoneria-parte-1-de-2/ http://masoneriaparatodos.blogspot.pt/2007/03/pe rsecuciones.html www.deldebbio.com.br/index.php/2010/03/11/amiosotis-e-a-maconaria/‎ BOYD, David G. “Das Vergissmeinnicht”. Philalethes, Abril de 1987. Vergissmeinnicht

In

GONZÁLEZ CHÁVEZ, Rosa Maria. “Hitler y la Masonaria”. KARPOWICZ, Andrzeij . “The Masonic Collection of the University in Poznan”, editora Kilo 1992. LARAN, Eric. “Le Myosotis”. Nationale Française. s/d

Grande

Loge

RODRIGUES, Felisberto S. “ Para não esquecer! (Hitler e a Maçonaria)”, revista Engenho&Arte, nº 10, Outubro de 2002.


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Notas Bibliográficas: 1. Eugen Lennhoff, Die Freimaurer – The Freemasons, Lewis Masonic, edição em inglês, revisada, 1994. 2. O uso do miosótis como identificação secreta pelos Maçons alemães foi contestado no Square Magazine de setembro de 1988 pelo irmão Cyril Batham, Past Master da Loja Quatuor Coronati nº 2076, mas, em que pese toda a autoridade do irmão Batham, ele apenas negou a autenticidade da história, sem, entretanto, apresentar os motivos da negativa. Além disso, há anos que a casa Ian Alan Regalia, especializada em paramentos maçônicos, exibe o miosótis em gravatas, alfinetes de lapela e pendentes, em prata, ouro e bijuteria. Por que o fariam, se o miosótis não fosse importante? 3. Na formação da Grande Loja unida da Alemanha aparecem 3 das Grandes Lojas existentes antes da II Guerra Mundial: Grande Loja do Sol, em Bayreuth; Grande Loja de Hamburgo; Grande Loja de Hesse, em Frankfurt (antiga União Eclética); Grande Loja de Bremen; Grande Loja Unidade, em Baden-Baden; Grande Loja Nacional de Niedercachse, em Hanover; Grande Loja Nacional de Nordrhein-Westfalen, em Dusseldorf; Grande Loja Nacional de Schleswing-Holstein, em Luberck; e Grande Loja de Wurttemberg-Baden, em Stuttgart. De acordo com o List of Lodges, em 2001 contava com 14.000 irmãos distribuídos em 490 Lojas.


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ATITUDES

UM

DE

APRENDIZ

AVISO : Neste artigo você não encontrará palavras sagradas, toques ou formas de reconhecimento entre os maçons. Você pode compartilhar com total paz de espírito.

Pertencer à maior associação fraterna do mundo soa muito atraente, certo? É como fazer parte de um seleto grupo de indivíduos ou estar imerso em um mundo misterioso longe dos olhos dos curiosos. No entanto, a Maçonaria é muito mais do que isso e agora que você pertence à ordem, você pode achar bom conhecer alguns aspectos básicos em seu caminho como aprendiz de maçom. Além disso, se você é um vigilante, seria apropriado perguntar a si mesmo se os aprendizes de sua loja sabem ou fazem o que será descrito abaixo. Isso lhe dará uma ideia para saber se eles estão prontos para um exame de aprendiz. Algum tempo atrás, um irmão nos contou sobre um livro chamado "Dez Lições para o Aprendiz de Maçom". Esse livro acabou lançando as bases para a criação desta publicação. E embora não sejam exatamente dez lições para o aprendiz de maçom, faremos um tour por temas de interesse não só para o aprendiz, mas para o maçom em geral.

El Blog del Maçom

REPORTAGEM ESPECIAL

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O aprendiz maçom deve saber: Ouvir. Quantas vezes encontramos aprendizes que, justamente quando pisam na Loja pela segunda vez, pretendem modificar, criticar ou revolucionar o que existe? Muito! E nada de mal há nisso, talvez seja um dos aspectos mais belos de começar na ordem maçônica. É apenas um dos primeiros trabalhos de aprendiz de maçom. Chegar com renovado vigor e vontade de contribuir é uma das formas mais necessárias para que a nossa instituição dure muitos mais anos. No entanto, o aprendiz deve saber ouvir os outros antes de poder expressar uma opinião. Talvez seja uma das lições mais importantes. No final do dia, não se trata apenas de estudar tópicos de aprendizes maçônicos como se não houvesse amanhã. Os orientais chamam isso de "acalmar a mente". Para eles, é a única maneira pela qual a sabedoria (não o conhecimento) pode ser adquirida. E é necessário progredir na instituição maçônica. A realidade é que os irmãos com um pouco mais de experiência dentro da loja têm muito a contribuir para os recém-iniciados. E ele, como um novo trabalhador, deve aprender a ouvir seus semelhantes, a fim de alcançar o conhecimento junto com eles. Não se trata de ser submisso, mas de respeitar a opinião dos outros.

O aprendiz Opinião.

de

pedreiro

deve

saber:

Dar sua opinião é uma das maneiras mais fáceis de cometer erros (e aprender). Sempre pensei que emitir uma opinião é o resultado de um processo psicológico em que o indivíduo ouve (na melhor das hipóteses) e, posteriormente, dá uma interpretação do que acabou de ouvir. No entanto, as opiniões nem sempre acabam por ser as mais sortudas. Como aprendizes, é fácil cair naquelas situações em que sabemos pouco e em que nossas opiniões podem não contribuir muito. Portanto, é necessário aprender a ouvir primeiro para poder comentar sobre o assunto específico, só então vamos tirar dúvidas e fortalecer nossos critérios como pessoas pensantes que somos. Não se trata de tagarelar sobretudo, mas de levantar a voz quando se trata de uma questão que nos diz respeito ou na qual pensamos que sabemos a solução. Opinião, manter-se em silêncio não é sobre permanecer em silêncio, mas sobre aprender a meditar sobre a resposta. Esses são os principais trabalhos de aprendiz de maçom.


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O aprendiz investigar.

de

maçom

deve

saber

Em inúmeras situações já me deparei com aprendizes que me pedem material para investigar e o clássico "irmão, recomende-me um livro maçônico para investigar" . Com tristeza deve-se dizer: "Lá você tem o seu ritual, e o norte-americano, espanhol, francês, italiano, alemão, etc." Vejo com tristeza que os aprendizes não investigam mais rituais. Eles se dedicam a buscar as interpretações dos autores como se tivessem algum segredo mágico que não estivesse contido nos rituais centenários da ordem. A Maçonaria, em seus primórdios ingleses, levou alguns anos para ser escrita mesmo. As informações "os famosos segredos" foram compartilhadas de orelha a orelha dos iniciados e o resto do conhecimento adquirido ao longo do tempo pelos mesmos métodos. Hoje em dia os aprendizes só procuram informações para o seu trabalho em livros onde é explicado como a palavra sagrada pode ser feita com um avental maçônico. Enquanto o valioso conteúdo filosófico e moral dos rituais do mundo é relegado a segundo plano como se fosse algo "você já sabe".

O quadro legal para o aprendiz de maçom. A missão do aluno não é apenas aprender o conteúdo que os rituais têm a oferecer ou memorizar catecismos e outras formas de aprendizagem. Devemos lembrar que o aprendiz é um Mestre Maçom em potencial, em treinamento e como tal, o período de aprendizado serve para o iniciado APRENDER tudo o que lhe diz respeito para que, quando chegar a hora de ensinar, ele saiba do que falar. Um ponto muito importante é o quadro jurídico. Os regulamentos internos da loja, a constituição da Grande Loja, os estatutos da fraternidade maçônica, os regulamentos do Ajefismo(1) (em algumas jurisdições). E, em geral, qualquer fonte legal que governe sobre a jurisdição em que está localizada. O objetivo disso é que o aprendiz saiba a partir de agora o que pode, o que não pode e o que deve fazer dentro da instituição. Para que amanhã seja um professor com pleno conhecimento jurídico e que não vá às "grandes assembleias ou realizadas" para votar barbaridades.

(1) Associação de Jovens Esperança da Fraternidade - AJEF


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Os modos de reconhecimento (local internacional) para o maçom iniciado.

e O aprendiz maçom deve saber sobre jurisdições e associações para-maçônicas.

O aprendiz maçom é um iniciado, como tal tem acesso a certos segredos e um deles é o modo de reconhecimento entre os maçons. É verdade que hoje tudo pode ser encontrado na internet com um simples clique e sem a necessidade de ser iniciado na Maçonaria. O iniciado tem a responsabilidade não apenas de permanecer em silêncio sobre esses modos de reconhecimento; mas dominá-la em todos os seus aspectos e não apenas no que foi ensinado no dia da iniciação ou nas instruções subsequentes, mas em todos os métodos de reconhecimento internacional. Alguns dirão: "por que mais eu vou deixar o país" e eu lhes direi para não serem medíocres. A Maçonariatem muito a oferecer aos seus iniciados e nosso trabalho é conhecê-la em todas as suas manifestações.

ANÚNCIE NA REVISTA ESQUADRO Um iniciado maçom deve saber como falar sobre a ordem. Muitas vezes ouvi (com tristeza) que alguns irmãos vendem a ordem maçônica como se fosse um grande gestor da mudança social. Eu disse isso muitas vezes, a Maçonaria não é responsável pelas mudanças do mundo. Se talvez alguns irmãos proativos tenham influenciado seu contexto de alguma forma, mas não porque a instituição instiga essas mudanças, não vamos confundir. Nem estamos elaborando qualquer plano para dominar o mundo. Em alguns lugares, os planos máximos são os aniversários e as eleições da loja. A verdade é que o aprendiz de maçom deve saber falar sobre a ordem a que pertence, o que é e o que não é. O acima exposto com o objetivo de que apenas as pessoas que devem efetivamente entrar em nossas fileiras com um interesse legítimo e informado, o façam.

Há muitos temas do aprendiz maçom, mas nada como uma cultura maçônica integral. Como aprendiz (e como maçom em geral) é necessário conhecer a organização a que pertencemos. Isso envolve não apenas rituais, história, modos de reconhecimento e o arcabouço legal. Mas também a organização como tal. A Maçonaria, como qualquer organização humana, tem uma estrutura e, como aprendizes, é um dever saber "onde estamos". Isso envolve as questões de regularidade e irregularidade. Aqui se faz um parêntese para os irmãos mestres (nem tudo é trabalho de aprendiz de pedreiro). E, é dever informar ao iniciado de que ele está entrando em um corpo regular ou irregular (de qualquer ponto de vista). É triste saber que muitos irmãos já testemunharam e deixaram passar esse detalhe, e em mais de uma ocasião se veem aprendizes que vivem acreditando na regularidade de sua loja ou grande loja. E que com isso, são impedidos de entrar ao tentar visitar outro estado ou cidade, ou loja maçônica regular. Regularidade maçônica Temos de ser coerentes e não mantendo uma pertença evitar dar a conhecer a realidade das coisas. Voltando ao assunto, a Maçonaria tem algumas subdivisões que precisam ser conhecidas. A unidade maçônica (por assim dizer) é a Grande Loja. Normalmente, cada Grande Loja está presente em um território definido pela divisão territorial do país em questão e apenas uma Grande Loja tem legitimidade em um estado ao mesmo tempo. Em outras palavras, uma Grande Loja em Chihuahua só tem uma presença em Chihuahua; E se quisesse fundar lojas simbólicas em Coahuila e naquele estado já haveria outra Grande Loja com jurisdição regular para operar lá.


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A segunda divisão é a Loja Simbólica, sendo a partícula primordial da organização maçônica e na qual os interessados podem entrar. As Lojas Simbólicas não funcionam de forma soberana, elas respondem a uma Grande Loja/ Grande Oriente, se alguma Loja Simbólica pretende trabalhar de forma independente, ela cairia em irregularidade. Há também confederações de Grandes Lojas / Grandes Orientes (regulares e irregulares) nas quais acordos são alcançados ou congressos anuais são realizados. A verdade é que essas confederações não estão acima de nenhuma Grande Loja / Grande Oriente. Cada um tem a soberania necessária para a tomada de decisões a qualquer momento. Também deve ser notado que nenhum Rito (REAA, YORK, MODERNO, ADONARAMITA, ETC) tem preeminência sobre as Grandes Lojas. Em vez disso, eles contribuem para o desenvolvimento da Maçonaria simbólica como sua partícula criativa, não há corpos filosóficos sem a Maçonaria simbólica, mas há Maçonaria simbólica sem corpos filosóficos.

ANÚNCIE NA REVISTA ESQUADRO

O aprendiz de maçom deve saber como executar o ritual. Um dos temas mais importantes do aprendiz maçom é a execução do ritual. O aprendiz de maçom não deve ir à loja para olhar para qualquer outra coisa, ele deve absorver o conhecimento do ritual em todas as suas manifestações e ser capaz de executá-lo corretamente em qualquer posição. Não esqueçamos que o aprendiz é um mestre em treinamento e que, como tal, ele deve dominar todos os aspectos do cerimonial. De trabalhos regulares a iniciações e cerimônias especiais. A execução do ritual pertence àquele grupo de temas dos quais o aprendiz maçom não deve ignorar. O grau de aprendiz maçom deve servir como uma plataforma para a criação de um potencial Mestre Maçom. Um aprendiz não deve ser menos produtivo do que o resto de seus irmãos, pelo contrário, ele deve ser um dos colaboradores mais assíduos. Dentro da Maçonaria é possível encontrar materiais instrucionais que auxiliam o maçom no treinamento para melhor se preparar na execução do ritual. É o caso do monitor de Malcolm C. Duncan. Um companheiro de apoio quase fundamental para a Maçonaria da Antiga Guilda.

O aprendiz maçom deve saber como escrever Embora seja importante ler, escrever e dar a sua opinião, também é verdade que a leitura de obras de aprendizagem maçônicas obras muito extensas, plagiadas da internet ou É inútil para um aprendiz que sabe muito, mas com uma insuportável tagarelice denigre as não o compartilha, a elaboração de obras de obras maçônicas de aprendizagem, tornam-se aprendiz maçônico para apresentar tanto na Loja sessões pesadas e que em nada enriquecem o quanto nas sessões de instrução deve ser o pão resto. de cada dia. Não há melhor maneira de aprender As obras devem ser concisas e compreensíveis. algo (não apenas na Maçonaria) do que lendo e Uma boa obra de duas páginas bem lidas, com fontes sérias e com bom domínio da audiência é escrevendo. Não estamos à procura de estudiosos que muito melhor do que uma obra de 5 páginas dominem os textos dos grandes filósofos, com leitura terrível e com um assunto que tem estamos à procura de pessoas pensantes, seres dormido o resto dos irmãos. que nos encham de conhecimento em todas as Uma recomendação é que eles abordem materiais escritos para servir como um guia. E oportunidades de usar a voz. embora os 33 temas do aprendiz maçom possam ser um ponto de partida, não é o único material disponível.


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Todos nós temos algo a aprender com o irmão mais velho, mas também com o mais novo (cronologicamente e maçonicamente). O objetivo é compartilhar o conhecimento que através dos meses ou anos que acumulamos para que a Maçonaria continue através dos séculos, a organização à qual pertencemos não precisa de medalhas e arneses elaborados, precisa de pessoas que pensem, conheçam e ajam. É para isso que servem os trabalhos do aprendiz maçônico e não apenas os 33 temas do aprendiz maçom. Considerações finais sobre o grau de aprendiz de maçom

Trabalhe em equipe. Um dos aspectos mais importantes da ordem maçônica é seu caráter como Fraternidade e o trabalho em equipe faz parte disso. A colaboração constante entre os membros da ordem é um aspecto que nos diferencia de outras associações (não todas). Assim, o aprendiz deve saber como colaborar com o resto da guilda para crescer juntos como uma oficina, que é uma das missões mais importantes do grau de aprendiz maçom. Desde o alojamento do templo, limpeza, ordem e apoio em pequenos projetos até à elaboração de projetos ambiciosos e à criação de uma associação civil são algumas das recomendações para que o aprendiz (e qualquer irmão) comece a impactar favoravelmente no seu ambiente. Esses tipos de atividades aumentam a adesão, geram recursos, apoiam o crescimento dos membros da oficina e fazem da Maçonaria um espaço melhor para se estar. O aprendiz de maçom deve saber ensinar Finalmente, o aprendiz maçom em algum momento deixará de ser um e terá em suas mãos a faculdade e a obrigação de ensinar. O que o aprendiz maçom não deve ignorar também tem a ver com o aspecto do ensino.

Sem dúvida, há muitos aspectos a mencionar para o grau de aprendiz maçom, mas seria uma matéria excessivamente extensa. No entanto, é inerente, como cumprimento maçônico, semear a dúvida nos leitores, que é, em última análise, um dos objetivos, o incentivo a investigação.

Matéria publicada originalmente no site El Blog del Masón.


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MAÇONS FAMOSOS EDUARDO VII

Eduardo VII (Londres, 9 de novembro de 1841 – Londres, 6 de maio de 1910) foi Rei do Reino Unido e da Irlanda, dos Domínios Britânicos e Imperador da Índia de 22 de janeiro de 1901 até sua morte, sendo o primeiro monarca britânico da Casa de Saxe-Coburgo-Gota. Filho da rainha Vitória e do príncipe Alberto de Saxe-Coburgo-Gota, ele foi o segundo herdeiro aparente que por mais tempo sustentou o título de Príncipe de Gales em toda a história. Ele ascendeu ao trono em 1901 e o período de seu reinado ficou conhecido como era eduardiana. Eduardo desempenhou um importante papel na modernização da marinha e na reorganização do exército após a Segunda Guerra dos Bôeres. Ele reinstituiu cerimônias tradicionais e ampliou a gama de pessoas com quem socializava.

Iniciado pelo rei da Suécia, em Estocolmo em 1868, o posto de Grão-Mestre da Inglaterra foi conferido a ele em 1870. Instalado como Adorável Grão-Mestre pelo Conde de Carnarvon em 28 de abril de 1875, e serviu como Venerável Mestre na Apollo University Lodge, Oxford, na Royal Alpha Lodge, Londres, e a partir de 1874 foi Venerável Mestre da famosa Loja Príncipe de Gales, nº 259. Ele foi inscrito como Patrono das Grandes Lojas da Escócia e Irlanda e foi membro honorário da Loja de Edimburgo N°. 1. Membro e Patrono do Supremo Conselho do Trigésimo Terceiro Grau para a Inglaterra e GrãoMestre do Convento Geral dos Cavaleiros Templários. Em 1901 ascendeu ao trono, e depois assumiu o título de Protetor do Ofício, enquanto seu irmão, o Duque de Connaught, o sucedeu como Grão-Mestre.


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A K H E N A T O N

O FÁRAO MONOTEÍSTA

AKHENATON

Akhenaton, também escrito Akhenaton, Akhnaton, ou Ikhnaton, também chamado de Amenhotep IV, do grego Amenophis, rei (1353-36AC) do antigo Egito da 18ª dinastia, que estabeleceu um novo culto dedicado ao Aton, o disco do sol (daí seu nome falso, Akhenaton, que significa "benéfico para Aton"). Início do reinado Poucos estudiosos nos dias de hoje concordam com a alegação de que Amenhotep III associou seu filho Amenhotep IV ao trono por vários anos de corregência; assume-se aqui, de acordo com o consenso acadêmico geral, que o rei mais velho morreu antes que seu filho ganhasse o poder. Pouco depois da época de sua ascensão, Amenófis IV parece ter se casado com a rainha-chefe de seu reinado, Nefertiti .


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Os primeiros monumentos de Amenhotep IV retratam a adoração tradicional de divindades executadas de acordo com o estilo artístico do reinado anterior - com exceção de um papel proeminente concedido ao deus Re-Harakhte , com cabeça de falcão, a quem é dado um epíteto incomum contendo a frase " que se alegra em seu horizonte, em seu aspecto da luz que está no disco do sol ". Nos primeiros anos de seu governo, Amenófis IV introduziu mudanças radicais nas esferas da religião , da arquitetura e da arte . Perto do recinto principal do deus Amon em Karnak , ele fundou vários novos templos dedicados a Re-Harakhte, que agora recebia um longo epíteto colocado em duas cartelas reais e era descrito como " a luz que está no disco do sol (aton) ". Além disso, o novo deus, Aton, não era mais retratado em forma antropomórfica , mas como o próprio disco do sol, elevado aos céus e estendendo seus múltiplos raios sobre a família real. Cada raio terminava em uma pequena mão com a qual o Aton poderia oferecer o sinal de vida ao rei e à rainha ou até mesmo abraçar seus membros e coroas. Ao contrário do ritual tradicional prescrito para a maioria das divindades egípcias, que era realizado em santuários pequenos e escuros nos recessos mais íntimos de seus templos, a devoção de Amenhotep IV ao Aton era celebrada através da apresentação de alimentos em um grande número de mesas de oferendas e feita à luz do sol. Os templos de Aton em Karnak, portanto, consistiam em uma série de vastos pátios ao ar livre nos quais praticamente não havia espaço interior. A única arquitetura preservada de Karnak indica que essas cortes eram ladeadas por pórticos cobertos com estátuas colossais do rei colocadas contra os pilares.

Os novos templos foram construídos inteiramente de blocos relativamente pequenos de arenito de tamanho uniforme, conhecidos como Talatat, aparentemente para a velocidade na construção uma conveniência compreensível, considerando a escala do projeto. As paredes foram decoradas com relevos executados inteiramente em relevo afundado, um método adequado para superfícies externas expostas à luz solar direta. As cenas, reconstruídas a partir de milhares de blocos de Talatat individuais, retratam o casal real e sua filha mais velha, Meritaton, engajados principalmente em fazer oferendas a Aton, embora cenas de portadores de oferendas, gado designado para abate, estrangeiros em reverência e representações detalhadas do palácio real também sejam abundantes. Uma série de relevos mostra Amenhotep IV na celebração de seu jubileu, uma cerimônia normalmente observada pelos reis do Novo Reino (c. 1539-1075AC) apenas começando em seu 30º ano de reinado. Um templo em Karnak mostra apenas Nefertiti como o principal oficiante antes do Aton, às vezes acompanhado por Meritaton – um privilégio sem precedentes para uma mera rainha. Além disso, a enorme extensão da parede exterior do templo fornecia uma tela de pedra na qual experimentos de composição foram realizados em larga escala.


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A introdução de um novo culto foi acompanhada por inovações no retrato da forma humana em relevo e escultura. A família real foi retratada com características que, em comparação com as convenções padrão da arte egípcia , parecem visivelmente exageradas: uma mandíbula prognática, um pescoço fino, ombros inclinados, um órgão sexual pronunciado, quadris e coxas grandes e pernas finas. As características faciais foram caracterizadas por olhos angulares e cortados, lábios carnudos, rugas nas labiais e orifícios para tampões de ouvido, enquanto as princesas são frequentemente representadas com um crânio inflado em forma de ovo.

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Muito debate acadêmico tem se centrado em saber se essas características refletem a aparência real do rei estendida por convenção à sua família e retentores - e várias teorias têm sido discutidas sobre a suposta patologia de Amenhotep IV e quais condições médicas podem produzir os traços anatômicos mostrados. Os colossos de Karnak, em particular, mostram essas novas características de forma notavelmente exagerada, incluindo uma que aparentemente retrata o rei sem genitália masculina. Se tais estátuas foram destinadas a representar o elemento masculino e feminino combinado na pessoa do rei divino ou se elas são simplesmente estátuas de Nefertiti não foi satisfatoriamente resolvido. Mais simplesmente, as notáveis inovações de Amenhotep IV em várias esferas culturais ao mesmo tempo podem ser razoavelmente vistas como uma manifestação da íntima conexão na cultura egípcia entre arte e religião. Ao conceber um culto radicalmente diferente baseado na adoração da forma natural do sol, o rei foi forçado a desenvolver uma nova linguagem artística com a qual expressá-la. Que Amenófis IV estava pessoalmente envolvido nessas mudanças parece claro: o texto biográfico de um dos mestres escultores do reinado indica que ele foi instruído pelo próprio rei. Mudar para Akhetaton No quinto ano de seu reinado, o rei mudou seu nome de Amenhotep ("Amon está satisfeito") para Akhenaton ("Benéfico para Aton"). O nome de Nefertiti foi expandido para Neferneferuaten ("Bela é a Beleza de Aton")- Nefertiti.


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Curiosidades Amenhotep I foi o primeiro rei do Egito a separar seu

templo

mortuário

de

seu

túmulo,

provavelmente em uma tentativa de manter seu túmulo a salvo de ladrões. Este templo estava situado no extremo norte deDeir el-Bahri. Deir el-Bahri

parece

ter

tido

algum

tipo

de

significado funerário para Amenhotep, uma vez que o Túmulo de Tebas 358, o túmulo de sua rainhaAhmose-Meritamon, encontrado

nas

também

proximidades.

O

foi templo

mortuário de Amenhotep foi em grande parte demolido para dar lugar ao terraço inferior do templo mortuário construído aproximadamente 50 anos depois pela rainha Hatshepsut, e apenas alguns

tijolos

inscritos

Amenhotep permanecem.

com

o

nome

de

As estátuas reais

dentro do templo foram transferidas para o templo funerário vizinho de Mentuhotep II. A localização original do túmulo de Amenhotep não foi identificada com segurança. Um relatório sobre

a

segurança

dos

túmulos

reais

na

Necrópole de Teba encomendado durante o conturbado reinado de Ramsés IX observou que ele estava intacto, mas sua localização não foi especificada. Dois locais para o túmulo de Amenhotep I foram propostos, um no alto do Vale dos Reis, KV39e o outro em Dra' Abu elNaga', Túmulo ANB. Escavações no KV 39 sugerem que ele foi usado ou reutilizado para armazenar o Cache de Deir el-Bahri, que incluía a múmia bem preservada do rei, antes de seu reenterro final. No entanto, o túmulo ANB é considerado o mais provável, porque contém objetos com seu nome e os nomes de alguns membros da família.

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A construção começou em ritmo acelerado em uma nova série de residências reais e templos ao ar livre, este último construído inteiramente de Talatat de calcário e decorado de maneira semelhante à de seus antecessores em Karnak. A cidade central foi construída em torno do vasto templo principal do Aton, chamado Gempaaton, e um santuário secundário, chamado Mansão do Aton. Um grande palácio formal ligado a uma propriedade real por meio de uma ponte sobre a estrada principal nortesul estava localizado nas proximidades. A estrada em si levava a um palácio do norte e a um assentamento ribeirinho ao longo dos limites norte de Akhetaton. As estruturas reais e religiosas da cidade central foram cercadas por escritórios administrativos, armazéns e oficinas, bem como extensos subúrbios de vilas privadas e casas particulares menores. Para o extremo sul, um recinto de jardim separado, chamado de MaruAton, foi construído, e parece ter fornecido um lugar de recreação para a família real.


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O local de Tell el-Amarna fornece informações inestimáveis sobre o layout da cidade e a arquitetura doméstica do antigo Egito e, no entanto, permanece um assentamento atípico, por causa de sua fundação programática e sua situação à beira do deserto, e não no cultivo. Túmulos privados para os oficiais da corte de Akhenaton foram construídos nos penhascos do norte e do sul a leste, embora, em última análise, nenhum tenha sido concluído ou usado para o enterro. O túmulo real, destinado a Akhenaton, Nefertiti e suas filhas, foi esculpido em um grande wadi a leste da cidade. Não muito longe da saída do wadi real, os restos de uma aldeia para os trabalhadores foram descobertos, aparentemente os aposentos domésticos para os artesãos habilidosos envolvidos no corte e decoração do túmulo real. Uma das descobertas mais importantes de Tell el-Amarna foi um esconderijo de tábuas de argila originárias do escritório de registros da cidade central, referido como as Cartas de Amarna. Escritas em uma forma arcaica e um tanto provincializada de cuneiforme babilônico, as tábuas representam parte da correspondência entre a corte egípcia e outros estados e vassalos do antigo Oriente Médio. Eles fornecem uma visão inestimável sobre a natureza das relações diplomáticas entre as grandes nações e os pequenos estados do século 14 AC, bem como uma dica incompleta e tentadora das manobras estratégicas da época. Cartas das grandes potências (Babilônia, Assíria, Mitanni e a corte hitita) então frequentemente preocupadas com a troca de presentes e casamentos diplomáticos. Aqueles dos estados vassalos da Sírio-Palestina lidam com a situação política e militar local e muitas vezes estão cheios de queixas de desatenção por parte da corte egípcia. Essas comunicações foram usadas como base para a conclusão de que Akhenaton havia adotado uma atitude pacifista em relação ao império egípcio na Ásia, mas, considerando a natureza seletiva das cartas e a falta de evidências diretas do Levante, tais julgamentos podem de fato ser prematuros.

Além de Nefertiti, duas outras rainhas aparecem em Akhetaton: a mãe do rei, Tiy, e uma esposa secundária de Akhenaton, chamada Kiya, que carrega um epíteto distinto, bem diferente do de Nefertiti, incorporando a frase "a esposa muito amada (do rei)". Enquanto Tiy parece ter morrido durante o reinado de seu filho, o destino de Kiya não é claro, embora seu nome no Maru-Aton tenha sido usurpado pelo da princesa mais velha, Meritaton.

O Legado O governo de Akhenaton pode ser visto como uma breve ruptura no tecido da civilização egípcia, na qual um culto real idiossincrático e de curta duração foi oficialmente ordenado, assim como a fundação de uma capital real efêmera e efeitos de longo alcance nas áreas da arte monumental. Há pouca dúvida de que os principais princípios da religião Aton e as mudanças concomitantes no estilo artístico foram pessoalmente iniciados pelo próprio Akhenaton, justamente lhe rendendo o apelido de "primeiro indivíduo da história" – se não o primeiro monoteísta. Embora o culto de Aton tenha desaparecido rapidamente após a morte de seu inventor, uma série de inovações estilísticas de Akhenaton foram adotadas no repertório artístico de artesãos posteriores, e as composições em grande escala do período de Amarna podem ser vistas como predecessoras da batalha de Ramessi de posterior e relevos de festivais.


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Religião do Aton Os princípios religiosos que Akhenaton defendeu em sua adoração ao Aton não são explicitados em detalhes em nenhum lugar. Eles devem ser reconstruídos em grande parte a partir da iconografia dos relevos e estelas do templo que o retratam com sua divindade e do longo texto religioso de Tell el-Amarna, o Hino Aton, preservado em vários dos túmulos privados. Em uma miríade de cenas de oferendas preservadas de Karnak Tell el-Amarna, Akhenaton não é retratado face a face com seu deus, como as práticas tradicionais de oferenda ditariam, mas levantando oferendas ao disco do sol no céu, que o banha em seus raios. Embora o Aton seja descrito como a manifestação física do sol, seu nome é, no entanto, colocado dentro de cartelas, uma distinção típica da realeza em vez da divindade, e diz que ele é "aquele que está em seu jubileu", uma celebração normalmente reservada aos reis. Os diálogos recíprocos entre o rei e a divindade – que aparecem regularmente nas cenas tradicionais do templo e que validam as bênçãos proferidas pelos deuses – não são viáveis na religião de Akhenaton, na qual a divindade primária não tem boca para falar.

Os textos do templo são, portanto, confinados quase inteiramente aos nomes e títulos do Aton e os de Akhenaton e sua família, que muitas vezes são mostrados juntos na oferta de estelas de vilas privadas. O Hino Aton em si é em grande parte uma descrição contundente dos efeitos naturais. Ele descreve o disco solar como o principal motor da vida, cuja ascensão diária rejuvenesce todos os seres vivos na Terra e em cujo cenário todas as criaturas vão dormir. Enquanto o Aton é dito ter criado o mundo para os homens, parece que o objetivo final da criação é realmente o próprio rei, cuja conexão íntima e privilegiada com seu deus é enfatizada. A revelação divina e a cognoscibilidade são reservadas apenas para Akhenaton, e o hino é, em última análise, neutro no que diz respeito à explicação dos mistérios da divindade. O hino tem certas passagens que são compartilhadas por uma tradição literária mais ampla e não são exclusivas de Akhenaton; alguns têm semelhanças com o Salmo 104 (ver Salmos).


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Em algum momento após seu quinto ano de reinado, Akhenaton iniciou um programa para apagar o nome e a imagem do deus tebano, Amon, de todos os monumentos, uma decisão que causou destruição generalizada em muitos templos egípcios. A razão para este passo drástico não é conhecida; em algum momento, parece que outros deuses também foram atacados, incluindo a consorte de Amon, Mut, e a palavra plural deuses. Embora Akhenaton tenha sido considerado por alguns como o primeiro monoteísta do mundo, a religião do Aton pode ser melhor descrita como monolatria, a adoração de um deus em preferência a todos os outros. De fato, o deus de Akhenaton incorporou consistentemente múltiplos aspectos do sol divinizado tradicional, como ReHarakhte (o sol nascente), Shu (atmosfera e luz solar) e Maat (filha de Re). Se suas crenças já se firmaram no imaginário público, ou mesmo entre os moradores de Akhetaton, permanece incerto. Casas particulares, bem como a aldeia dos operários, produziram numerosas estatuetas de divindades domésticas, e estelas dedicadas a divindades tradicionais, como Ísis e Taus-Ret, foram encontradas em algumas das capelas privadas. Certamente não há evidências de que a religião idiossincrática de Akhenaton tenha sobrevivido à sua morte.

Perto do final de seu reinado, Akhenaton é mostrado em certos monumentos junto com outro rei, cujo nome de coroação era Ankhkheperure e cujo nome pessoal era Neferneferuaten, o elemento inicial do próprio nome de Nefertiti. Se esse personagem é de fato um novo corregente masculino cuja origem não pode agora ser rastreada ou se é a própria Nefertiti elevada ao status de faraó masculino permanece uma questão controversa. O nome pessoal deste rei, Neferneferuaton, foi então mudado para Smenkhkare, o nome pelo qual ele é mais conhecido. Akhenaton parece ter governado com Smenkhkare até a morte de Akhenaton em seu 17º ano de reinado, quando ele foi presumivelmente enterrado no túmulo real em Akhetaton; Smenkhkare então parece ter tido um governo independente de talvez três anos, embora os detalhes biográficos e reais de Smenkhkare permaneçam obscuros. A cidade que Akhenaton fundou não sobreviveu por muito tempo; Documentos de jarro de Akhetaton indicam que o local foi abandonado no terceiro ano real de seu filho e sucessor, Tutancâmon. Pedro F. Dorman BIOGRAFIA PhD, da Universidade de Chicago em 1985; Presidente da Universidade Americana de Beirute de 2005 a 2015; Ele recebeu inúmeras bolsas de pesquisa e é o autor e editor de vários livros importantes e muitos artigos sobre o estudo do antigo Egito.


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A LOJA DA EDIÇÃO Loja maçônica, Liverpool Street Situado no local do primeiro Hospital de Belém, fundado em 1247, o antigo Great Eastern Hotel (agora o hotel Andaz Liverpool Street), é um evento de duas águas de tijolos vermelhos. Mas internamente alguns espaços finos podem ser encontrados. Subindo uma escadaria de mármore e através de um labirinto de corredores está o misterioso Templo Maçônico projetado em estilo grego e concluído em 1912 a um custo de £ 50.000 - o equivalente a £ 4 milhões hoje. Uma antecâmara com painéis de madeira leva ao Templo, que é alinhado com 12 variedades diferentes de mármore sob um teto azul e dourado com signos do zodíaco. Não há verdade na história de que o Templo foi redescoberto por construtores atrás de uma parede falsa durante a renovação do hotel em 1997.

Fotografia: Derek Kendall

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REFLEXÃO

Muitos virão se "despedir" de você no seu funeral. Alguns cancelarão seus compromissos e até faltarão ao trabalho e compromissos por causa do seu enterro. Embora a maioria deles nunca o tenha feito enquanto estavas em vida. Seus pertences, até aqueles, que você não gostava nem de emprestar, serão queimados, jogados fora sem a menor cerimônia. Alguns de um pouco mais valor, alguém até irá ficar com eles ou talvez doá-los. Suas chaves Seus livros Seus CDS Suas malas Seus sapatos Suas roupas... Se sua família for inteligente e solidária os doarão em caridade para que possam obter para alguém algum benefício. E tenha certeza: O Mundo não vai parar para chorar por ti. A economia vai continuar.

QUANDO VOCÊ MORRER, NÃO SE PREOCUPE Não se preocupe com o seu corpo porque os seus parentes, cuidarão do que for necessário. Eles: Vão tirar suas roupas. Vão te lavar. Vão te vestir. Vão te tirar da sua casa. Vão te levar para a sua nova morada...

Em seu trabalho, serás substituído, outra pessoa com as mesmas capacidades, ou melhores, assumirá seu lugar.


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REFLEXÃO

Seus amigos vão chorar por dias, ou no máximo horas, mas depois retornarão ao riso. Aqueles "amigos" que te encorajavam a pecar vão esquecer de ti mais rápido. Seus animais serão doados, se apegarão ao novo dono, e aos poucos sua lembrança será apagada. Suas fotos: "Por algum tempo" ficarão penduradas numa parede, ou sobre algum móvel. Mas logo serão guardadas, esquecidas, em caixas, ou no fundo de uma gaveta. Seu sofá, mesa, ou cadeira preferidos, certamente serão doadas. Ou... Queimadas. A dor "profunda" na sua casa durará uma semana, duas, um mês, dois... E depois disso sua família vai te adicionar apenas às memórias deles. E então, sua história aqui,

Seus " Bens" irão para seus herdeiros. Considerando que você continuará a ser: Citado, julgado, questionado... sobre todas as pequenas e grandes ações em vida. Haverá 3 tipos de "LUTO" sobre ti: As pessoas que te conheciam apenas pelo valor da face, dirão : Pobre Homem...

terminou... Terminou para este mundo... Terminou para este mundo, entre as pessoas.


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REFLEXÃO

E lá, do outro lado, nenhuma destas coisas lhe fará falta ou terá valor algum, de nada, lhe servirá. Por isto Cuide: Do seu Espírito. Da sua vida com D'us. Da sua alma. É ela, que sofre e sente dores. Faça o bem. Perdoe. Seja justo. Busque-o. Siga-o. Ore, fale com D'us Aprenda sobre D'us Pratique o que D'us, ensinou. E afaste-se de qualquer ato que desagrade a D'us. E tudo aqui ficará... UM TEXTO MAÇÔNICO ANÔNIMO

Mas a sua história com a sua nova realidade, começa. E essa realidade, é a vida (após a morte.) E estas coisas ficarão para trás: Corpo; Beleza; Aparência; Sobrenome; Conforto; Crédito; Status; Posição; Conta bancária; Casa; Carro; Profissão; Carreira; Títulos; Diplomas; Medalhas; Troféus; Amigos; Lugares; Cônjuge; Família...

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