OJORNAL 07/11/2010

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O JORNA L Maceió, domingo, 7 de novembro de 2010

Obesidade atinge até nossos animais Página A13 Eduardo Almeida

Marco Antônio

Yvette Moura

| Ano XVII | Nº 44 | www.ojornalweb.com

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ALAGOAS

R$ 2,00

TO RqueÂfalN S I T O ta em Maceió?

Em Arapiraca cresce produção de hortaliças Página A15 Nide Lins

DOIS

Barco leva cultura popular aos ribeirinhos

Instituto Renault “nasce” no salão

Carlos Méro: a poesia e as letras em sua vida

grande quantidade de veículos circulando em Maceió faz com que o tráfego fique congestionado em vários pontos da capital. Especialistas debatem o assunto e apontam algumas medidas que poderiam melhorar o trânsito na cidade. O poder público alega que são necessários planejamentos e investimentos. Páginas A11 e A12

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Confira a estreia na Rede Globo

Integrante da OAB defende voto obrigatório www.ojornalweb.com Página A4

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O JORNAL

Política A2

Domingo, 7 de novembro de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: politica@ojornal-al.com.br

AL precisa dobrar número de defensores Carência vai permanecer mesmo após nomeação de 24 concursados em janeiro, afirma chefe da Defensoria Pública Gilson Monteiro Repórter

Em janeiro devem ser convocados 24 novos defensores públicos para o Estado. Os nomes dos aprovados foram divulgados esta semana no Diário Oficial do Estado, o que deverá desafogar a Defensoria. Mas isso ainda estará longe de resolver a carência. Isso considerando o quadro ideal de 110 profissionais, calculado pelo defensor público geral do Estado, Eduardo Antonio de Campos Lopes. A carência atual é de 81 profissionais, o que será reduzida para 57 em janeiro, quando forem empossados os 24 concursados. Fazendo as contas, com os 29 defensores em atividade hoje, mesmo com a nova leva de defensores convocados, o Estado ainda precisará mais que dobrar o número de defensores para atender a contento as centenas de pessoas que lotam as defensorias públicas em todo o Estado. De acordo com Eduardo Lopes, aproximadamente 40 não contam com um defensor público. “O quadro ideal seriam 110 defensores, para cobrirmos, como deveria, todo o Estado. Esse seria um quadro de excelência. Mas esses 24 aprovados agora vão desafogar muito os trabalhos, possibilitando melhor em muito os serviços da defensoria. Foram divulgados os 24 aprovados, mas há a possibilidade desse número se estender para 44”,

CONSUMIDOR

Senado comemorará 20 anos do código na 4ª

Lopes, da Defensoria: “O quadro ideal seriam 110 defensores para cobrirmos, como deveria, todo o Estado”

explica o defensor-geral. “Mas, para termos mais defensores, além da necessidade de prever isso no orçamento do Estado, os cargos ainda terão que ser criados por lei. Hoje, para alcançarmos o número ideal que falei, de 110 defensores, precisaríamos mais que dobrar o número que temos”, disse Eduardo Lopes. Este foi o segundo concurso realizado pela Defensoria Pública. No primeiro certame, realizado em 2003, foram aprovados 84

candidatos. O QUE É - A Defensoria Pública do Estado o órgão que garante o acesso à Justiça, determinado pela Constituição Federal, para assistência jurídica integral e gratuita à população que não tenha condições financeiras de arcar com as despesas desse tipo de serviço. Anualmente, a Defensoria Pública de Alagoas realiza uma média de mais de 50 mil atendimentos, atuando em todas as instâncias ju-

diciais, junto aos órgãos do Judiciário estadual. Na área cível, a Defensoria atua em ações relativas ao Direito de Família e das Sucessões, como separações, divórcios, declaratórias de união estável, investigações de paternidade, alimentos, inventários e arrolamentos. Aatuação na área criminal corresponde à defesa dos réus, garantindo o direito fundamental à ampla defesa e ao devido processo legal, sendo também possível a atuação em defesa da vítima.

O Senado vai comemorar, na sessão da próxima quartafeira, às 14 horas, os 20 anos de vigência do Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90). O requerimento solicitando o evento é do senador Renato Casagrande (PSB), que se elegeu governador do Espírito Santo nas eleições deste ano. Ele disse que, em 1988, o direito do consumidor foi alçado à categoria dos Direitos Fundamentais no texto da Constituição Federal. A partir daí, nasceu a ideia do Código de Defesa do Consumidor, que se concretizou dois anos depois sendo reconhecido como uma lei avançada em comparação às demais normas sobre o tema adotadas por outros países. De acordo com Casagrande, o código serve como “espelho para outros países implantarem os direitos aos cidadãos e às famílias que diariamente realizam suas compras”. O parlamentar considera que a lei - que completou 20 anos em 11 de setembro - deu à sociedade brasileira um conjunto de regras para resguardar o cidadão de eventuais afrontas a seus direitos como consumidor. “A data também é um mo-

mento para repensar a matéria, no sentido de adaptar e atualizar o Código de Defesa do Consumidor para os próximos 20 anos, especialmente no que diz respeito ao comércio eletrônico”, afirma Casagrande. Além das normas gerais de proteção dos direitos do consumidor, o código disciplina as relações e as responsabilidades entre o fornecedor (fabricante de produtos ou o prestador de serviços) com o consumidor final, determinando padrões de conduta, prazos e penalidades. DEFINIÇÕES - Segundo o código, consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas envolvidas nas relações de consumo. Já o fornecedor é toda pessoa física ou jurídica - pública ou privada, nacional ou estrangeira - e todos os entes despersonalizados que desenvolvem atividades de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.

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Política

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Domingo, 7 de novembro de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: politica@ojornal-al.com.br

Contexto Roberto Vilanova - bobvilanova@hotmail.com

POLÍCIA MIRIM Os 11 homens, entre soldados, cabos, sargentos e subtenentes, que trabalhavam na padaria da Polícia Militar recebiam juntos quase R$ 30 mil de soldos para produzirem 1,3 mil pães por mês. No Sistema Penitenciário são apenas quatro padeiros civis, que produzem 13 mil pães por mês e recebem juntos R$ 2,5 mil – o que dá pouco mais de R$ 600 de salário para cada um. Com essa comparação, o coronel Dário César, comandantegeral da PM, justificou o fechamento da padaria da corporação e a utilização dos “11 padeiros” no policiamento ostensivo. Mas o coronel Dário César não está satisfeito; ele não suporta ver policiais militares trabalhando como carregadores de pastas e vigias de estacionamentos em prédios públicos. São mais de 500 policiais militares fora dos quartéis, ou seja, desempenhando funções de office-boy e manobristas.

DUPLA

CONTA

Eleito senador, Benedito de Lira (PP) defende a formação de um bloco com o PR, na Câmara Federal, capaz de fortalecer os dois partidos na disputa por ministérios no governo da presidenta Dilma Rousseff (PT).

O senador Fernando Collor (PTB) gastou R$ 800 mil do próprio bolso na campanha para o governo do Estado. E não pensem que está arrependido – pelo contrário: Collor sabe que é o homem dos 390 mil votos fiéis.

Partidos se articulam para formar blocos na Câmara dos Deputados PP e PR confirmam que trabalham para formação com o PTB na Casa

PASSANDO A RÉGUA No total, a campanha de Collor custou R$ 3.391.067, 50.

NA COLA

FORA

No ano que vem, o prefeito Cícero Almeida (PP) começa a trabalhar para eleger o secretário municipal de Infraestrutura, Mozar Amaral, seu sucessor. E isso independentemente do que o PP esteja pensando no momento.

O PDT vai propor a expulsão do prefeito de Colônia Leopoldina, Cássio Alexandre, que foi afastado do cargo por corrupção. Mas o pedido de expulsão está baseado em “infidelidade partidária” na eleição para governador.

FILIADO INFIEL Filiado ao PDT, o prefeito Cássio Alexandre apoiou o adversário de Ronaldo Lessa.

VAGA

NOVO

O prefeito de Cajueiro, Palmery Neto (PTB), e o prefeito de Paripueira, Abraão Moura (PP), estão em campanha para suceder o prefeito Luciano Barbosa (PMDB) na presidência da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA).

O governador Téo Vilela concorda com a proposta do senador Aécio Neves para reformulação programática do PSDB, que assumiria no seu programa a defesa das privatizações - exceto para o Banco do Brasil e a Petrobras.

REAÇÃO TUCANA Orientado pela direção do PSDB, o governador Téo Vilela é contra a volta da CPMF.

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O Instituto Nacional do Patrimônio Artístico e Histórico determinou à Prefeitura de Penedo a demolição de “todo e qualquer prédio” construído na orla fluvial. Entre os prédios a ser demolidos funciona um supermercado.

A Prefeitura de Piranhas também recebeu determinação do Instituto do Patrimônio Artístico e Histórico, para derrubar o restaurante panorâmico construído no mirante onde fica o marco da visita de Pedro II à cidade.

BEM PÚBLICO O imóvel onde funciona o supermercado em Penedo pertence ao Estado e está arrendado por 10 anos.

EXPRESSAS Amanhã, no auditório do Radisson Hotel, o secretário de Gestão Pública, Guilherme Souza, apresenta o novo Sistema Integrado de Gestão Pública. Pela manhã, o novo Sistema Integrado de Gestão Pública será apresentado ao pessoal técnico da área jurídica, contábil e protocolo. À tarde, será a vez do pessoal do RH. Estão abertas as inscrições para o Curso de Extensão sobre Gás Natural em Alagoas, promovido pelo Centro de Tecnologia da Universidade Federal de Alagoas. O Curso de Extensão sobre Gás Natural em Alagoas tem o apoio da Empresa Algás. Mais informações pelos telefones (82) 3218-7783/7700. Viçosa é o terceiro município a criar o Parlamento Jovem – que foi empossado na semana passada. Os primeiros a implantar foram União dos Palmares e Penedo. O Parlamento Jovem foi idealizado pelo Fórum de Combate à Corrupção Eleitoral e tem por finalidade preparar a juventude para combater a compra de votos.

Rollemberg, do PSB, fala em possível bloco com PDT, PCdoB e PRB

Os partidos com representação na Câmara dos Deputados já começaram a se articular para tentar garantir, na nova legislatura, espaço na Mesa Diretora da Casa e as presidências das comissões permanentes mais importantes. O regimento interno da Câmara leva em conta os tamanhos das bancadas de partidos ou blocos partidários para distribuir esses cargos. Por isso, líderes de legendas como o PP e o PR confirmam que já acertaram a formação de um bloco. O líder do PR, deputado federal Sandro Mabel (GO), diz que o bloco pode crescer. “Já acertamos com o PP, e o PTB depende da consulta do líder Jovair Arantes (GO) aos seus deputados. Se nós formarmos um bloco PP-PR, seremos 82 parlamentares. Se estivermos também juntos com o PTB, seremos 103”, explicou. O líder do PP, deputado federal João Pizzolatti (SC), acredita que um acordo com o PTB sairá em até duas semanas. Ele avalia que os blocos são uma forma de alçar os partidos pequenos ou médios a posições mais importantes no processo legislativo. “Assim, eles podem buscar espaços e competir em igualdade com os partidos maiores em comissões, em relatorias e na Mesa, ou seja, na ocupação de espaço no Congresso. Isso permite entrar no jogo como gente grande”, destaca. O líder do PSB na Câmara, deputado federal Rodrigo Rollemberg (DF), informa que ainda não houve formalmente uma negociação com o PDT, o PCdoB e o PRB para a forma-

ção de um bloco na Casa a partir de 2011. Mas ele revela que a união vem sendo defendida por parlamentares dessas legendas, e considera que a estratégia faz sentido porque esses partidos têm identidade política. “Isso foi demonstrado ao longo da atual legislatura. Estivemos juntos durante os dois primeiros anos e o PDT saiu no fim do segundo ano, mas os outros continuaram em bloco. A nossa atuação conjunta garante uma participação de maior qualidade nas comissões temáticas. Portanto, é uma questão a ser analisada”, definiu Rollemberg. O PT e o PMDB, que elegeram as maiores bancadas, não iniciaram nenhuma discussão para a formação de blocos, segundo suas assessorias. O mesmo ocorre com três partidos atualmente na oposição — PSDB, DEM e PPS. A costura política deve ganhar força nos próximos meses, já que os brasileiros elegeram deputados federais de 22 legendas para os próximos quatro anos. ALAGOANOS - Nas eleições deste ano em Alagoas, o PTB e o PMDB foram os partidos que mais elegeram deputados federais, sendo dois para cada legenda. Pelo PTB, se elegeram João Lyra e Célia Rocha; pelo PMDB, Renan Filho e Joaquim Beltrão (reeleito). Os demais partidos elegeram um integrante cada para a Câmara dos deputados: Maurício Quintella (PR, reeleito), Rosinha da Adefal (PTdoB), Givaldo Carimbão (PSB, reeleito), Arthur Lira (PP) e Rui Palmeira (PSDB).

Líderes definem, na terça, votações da semana Uma reunião de líderes partidários da Câmara dos Deputados, marcada para as 14h30 da próxima terça-feira, deve definir as matérias que podem ser votadas pelo plenário, cuja pauta está trancada por doze medidas provisórias. Entre elas, destacam-se aquelas relacionadas ao incentivo à realização, no Brasil, da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016. Os deputados também precisam analisar requerimentos de prorrogação de trabalhos de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs). A Medida Provisória 496/10 permite que os municípios façam novos empréstimos para obras relacionadas a esses eventos esportivos, mesmo se a sua dívida total for acima da Receita Líquida Real (RLR). Antes da MP, isso era possível

apenas para financiar programas de modernização da máquina pública, projetos internacionais bem avaliados ou programas de iluminação pública. As obras são facilitadas pela MP 497/10, por meio da suspensão da cobrança de impostos sobre a compra de bens e serviços necessários à construção, ampliação, reforma ou modernização de estádios de futebol para a Copa de 2014 e para a Copa das Confederações, em 2013. Outros benefícios e isenções fiscais, mecanismos de tributação e regras alfandegárias são criados pela MP, como o aumento de R$ 60 mil para R$ 75 mil do valor máximo dos imóveis do Programa Minha Casa, Minha Vida que pagarão menos PIS, Cofins, CSLL e Imposto de Renda.

COMISSÕES - Duas CPIs apresentaram requerimentos de prorrogação dos trabalhos que devem ser votados pelo Plenário. A CPI do Desaparecimento de Crianças e Adolescentes pede mais 35 dias de funcionamento (até 3 de dezembro), e a da Violência Urbana solicita 60 dias (até 11 de dezembro). PRÉ-SAL - Também na pauta, em regime de urgência, está o substitutivo do Senado para o projeto de lei 5940/09, de autoria do Executivo. O texto dos senadores prevê a compensação, pelo governo federal, das perdas de estados e municípios produtores de petróleo devido às novas regras de distribuição de royalties segundo os critérios de rateio dos Fundos de Participação dos

Municípios (FPM) e dos Estados (FPE). A regra de repartição de royalties é a mesma aprovada pela Câmara no primeiro semestre deste ano por meio de emenda dos deputados Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), Humberto Souto (PPS-MG) e Marcelo Castro (PMDB-PI). O projeto de lei 5940/09 enviado à Câmara tratava apenas da criação de um fundo social para receber recursos do présal destinados a projetos sociais, de educação e saúde pública. Na votação no Senado, foi incorporada ao projeto toda a parte que regulamenta os contratos no regime de partilha de produção, além da nova regra de rateio dos royalties. Esse assunto era tratado pelo projeto de lei 5938/09.

Adesão eletrônica, uma iniciativa popular A coleta de adesões para projetos de lei de iniciativa popular poderá ser feita através de urnas eletrônicas. Isso se o projeto de lei 7003/10, de autoria do deputado Dr. Rosinha (PT-PR), for aprovado na Câmara dos Deputados. Pelo texto, as urnas poderão ser usadas depois que a proposta for assinada por 100 mil eleitores. Segundo o texto, as urnas ficariam à disposição dos interessados em aderir aos projetos de lei de iniciativa popular nas Assembléias Legislativas de cada Estado durante dez dias. O Congresso Nacional seria o responsável por divulgar a proposta nas emissoras de rádio e TV por dois dias, com dez inserções diárias de um minuto cada. O autor da proposta argumenta que é muito difícil alcançar o número necessário de assinaturas. Pela Constituição Federal, os projetos de iniciati-

va popular devem ser subscritos por pelo menos 1% do eleitorado nacional, distribuído por cinco estados, com percentual mínimo de 0,3% dos eleitores em cada uma das unidades da federação. Dr. Rosinha destaca ainda que esse é o motivo de existirem poucos projetos de lei de iniciativa popular. “O projeto, uma vez aprovado, dará maior efetividade a esse tipo de iniciativa, que é um dos mecanismos de exercício direto da soberania popular, mas que, na prática, não teve aplicação significativa até hoje”, afirma. A matéria tramita em conjunto com o projeto de lei 6928/02, da deputada Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que regulamenta a realização de plebiscitos e referendos, a apresentação de projetos de lei de iniciativa popular e a atuação dos grupos de pressão e lobbies no Legislativo.

Dr. Rosinha diz que projeto visa dar mais efetividade à iniciativa popular

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Política

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ENTREVISTA/PAULO BRÊDA

“Brasil não está pronto para voto facultativo” Gilson Monteiro Repórter

Passadas as eleições gerais, o País começa a enfrentar temas espinhosos à classe política. Financiamento público de campanha, voto em lista fechada, reeleição e a não obrigatoriedade do voto são temas que há muito batem à porta do Congresso Nacional, com grandes chances de serem enfrentados em 2011 na apreciação do projeto de reforma política. O pontapé nas discussões será dado pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), no seminário “Reforma política: um projeto para o Brasil”, que reunirá entre os dias 16 e 18 deste mês, em Brasília, o ministro Ricardo

Lewandowski, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Carlos Ayres Britto, vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), além de políticos e juristas de renome. Nesta entrevista exclusiva a O JORNAL, o advogado alagoano Paulo Brêda, que preside a Comissão Especial de Combate à Corrupção Eleitoral e à Impunidade da OAB nacional, adianta alguns pontos da reforma política que serão discutidos no seminário. A comissão presidida por Brêda ainda colocará em prática, em breve, o projeto “Observatório da Corrupção”, uma espécie de força-tarefa que promete colocar uma “lupa” na tramitação de processos polêmicos em todo o País, como os oriundos de operações da Polícia Federal. Fotos: Marco Antônio

- A comissão que o senhor preside na OAB nacional iniciou esse debate sobre a reforma política durante as eleições gerais deste ano. Essa discussão vai emplacar? - Foi um trabalho muito bom, principalmente no que a gente se propunha, que era preparar e difundir o discurso da reforma política. Os principais candidatos à presidência da República, pós-pleito, tanto a Dilma [Rousseff, PT, que foi eleita], quanto o [José] Serra (PSDB), quanto a Marina [Silva, do PV], todos os três falaram na reforma política, e não tenho dúvida de que isso se deveu ao trabalho da OAB disseminando esse debate no país inteiro. A OAB jogou esse debate na sociedade e pegou. - A OAB defende o financiamento público de campanha? - É o começo de tudo. Sem financiamento público não pode haver reforma política viável. Não existe. Primeiro, o financiamento privado é uma das principais portas de entrada da corrupção. Empresas e pessoas aplicam fortunas em campanhas eleitorais para não ganhar nada depois? Isso é sempre cobrado com juros e correção monetária dos governos, em contratos espúrios, negociatas. A história vem mostrando isso. Segundo ponto: o financiamento privado limita a participação do cidadão comum no processo eleitoral. Esse é o ponto chave. Hoje, quem já está na política, quem é político profissional já tem os canais abertos para se candidatar, para bancar a candidatura dos seus. Isso está virando um círculo vicioso, impedindo o surgimento de novas lideranças. Um cidadão comum que desempenha sua atividade e quer sair candidato vai ter que despender dinheiro do próprio bolso para bancar sua campanha política. A campanha que ele vai poder bancar de forma saudável, sem que isso venha a comprometer qualquer mandato dele no futuro, é uma campanha que não vai concorrer de igual para igual com quem já está no mandato. A partir do financiamento público de campanha, o cidadão vai poder se candidatar, de igual para igual. - Mas o senhor acha que isso eliminaria o “caixa-dois”? - Eliminar não, mas diminuiria muito. Porque é muito mais fácil de ser fiscalizado. Hoje você não tem como fiscalizar, pois não tem limite para gastar, para declarar. Um exemplo: um Estado pequeno como Alagoas, tem quem use helicópteros várias vezes por semana, para todo lugar do Estado, o financiamento público não é apenas público, mas moderado, para que a sociedade possa mensurar o quanto realmente vale uma campanha política. Não é entrar num “vale-tudo”. Enquanto um candidato está lá em cima de helicóptero o outro está embaixo de carro ou de bicicleta? Tem alguma coisa errada. O financiamento público vai igualar mais a regra do jogo, vai tornar as candidaturas mais modestas, com as limitações dessa regra, desses valores estrondosos das campanhas políticas. R$ 200 milhões numa campanha para presidente? Milhões e mais milhões numa campanha para deputado? Valores absurdos que o sujeito não tira juntando o salário e as verbas de gabinete dos quatro anos. De onde vem esse dinheiro? Esse dinheiro passaria a ser moderado, por-

classe política. A classe política teve que engolir o “Ficha Limpa”. O “Ficha Limpa” passou, conquistou seu espaço nas casas políticas, conquistou seu espaço no Poder Judiciário, e agora vamos ter que buscar o aperfeiçoamento do projeto. Primeiro, buscando um reforço político para dar opções de voto às pessoas.

que ele viria de uma fonte só, mais fácil de ser fiscalizado. A base da mudança do processo democrático é o financiamento público. - Mas o horário eleitoral, que em alguns países é pago pelos partidos, no Brasil é financiado pelo contribuinte. Já não existe um financiamento público? - Hoje nosso sistema é misto. Temos o fundo partidário, mas aí a proposta é o financiamento exclusivamente público e moderado das campanhas políticas. É isso que iremos propor. Para que nós tenhamos o primeiro passo no aperfeiçoamento de nossa democracia. O financiamento público abriria o leque de opções de candidaturas. Quando você conversa diretamente com o eleitor, vê que não exercem o voto corretamente porque não se identificam com nenhum candidato. O cidadão comum está fugindo do processo eleitoral. Esses altos índices de votos nulos e abstenções são um reflexo claro de que a sociedade, o eleitor está repudiando a cena política como está. Se olharmos a comunidade universitária, a Universidade Federal aqui movimenta um número de, salvo engano, mais de 15 mil pessoas. E não tem um candidato que represente os interesses da universidade. Não tem porque não tem como bancar essa disputa, não vai conseguir concorrer. É preciso que a sociedade tenha mais opções, e para isso o financiamento público é a base. - A OAB tem alguma opinião fechada sobre reeleição? - Esse será um dos temas abordados no seminário, mas a OAB não tem ponto de vista fechado sobre isso. Eu, particularmente, sou contra. Aalternância de poder é extremamente salutar à democracia. Areeleição reforça, ainda, a ideia de personalizar o governo, aquela ideia de focar numa pessoa, e não num projeto ou grupo, a solução para o país.

em sua porta, em sua comunidade. Como o eleitor do Benedito Bentes, por exemplo, vai poder cobrar facilmente um vereador que mora lá na Ponta Verde? Além disso, o vereador não vai saber os problemas dessas comunidades. O voto distrital misto permite essa aproximação.

- O voto em lista fechada acabaria com distorções na eleição proporcional? - Tem essa questão da lista - Mas não caberia ao povo, fechada, que deveria se chamar democraticamente, decidir se lista definida, pois de fechada não tem nada. O lado positivo quer essa alternância? - Mas a gente sabe que exis- é que, neste sistema, você não tem meios de controlar essa vai votar em um candidato. questão, com governos que vão Você vai votar num grupo de pessoas. É preciso à eleição com máquique o Brasil cresça na administrativa como democracia e nas mãos, transforpare de enxergar, mando inauguraem pessoas, isolações em palanques. damente, salvadores da pátria. Eu - Outra discusnão acredito em salsão da reforma povadores da pátria. lítica será o voto Ninguém sozinho distrital... resolverá os proble- O voto distrimas. É preciso que tal divide as casas tenha grupos e, parlamentares. principalmente, Metade você elege ideias. Isso fortalepelo sistema tradiceria os partidos cional, metade pelo “É preciso políticos, como grusistema distrital. que o Brasil pos políticos, cheEntão cada cidadão gando mais próxivotaria duas vezes. cresça como mo do que realUsando o cargo de mente é um partivereador como e- democracia” do político. Eles vão xemplo: o cidadão ter que ter propospoderia se candidatar para ser vereador pela cida- tas, idéias, e não apenas a simde toda, sendo vereador muni- patia pessoal de A ou B. Um cipal, ou se candidataria para exemplo do que pode acontecer. representar apenas em seu dis- Temos caciques políticos que trito. E ambos teriam as mes- têm altos índices de rejeição, mas atribuições na Câmara. mas sempre se elegem, porque Mas quem tem um raio de lide- compram votos ou manobram rança em sua comunidade, não determinados currais eleitorais, precisaria fazer uma campanha com força, intimidação, inibinem todo o município. Não pre- do o surgimento de qualquer cisaria ter milhões para estar liderança política. Então, essa em todos os bairros da capital. pessoa é sempre eleita, pois Haveria uma aproximação compõem uma coligação com entre o candidato e, se eleito, uma série de pessoas que tem se você não cumprir seus com- representatividade, que não promissos, você seria cobrado tem rejeição, que colhem ou-

tros votos saudáveis, que irão prática, teríamos uma minoria ajudá-lo a chegar sempre na de brasileiros, determinando o frente na coligação. Assim, uma que a maioria iria fazer, de acorliderança que tem representati- do com a capacidade de mobividade, autêntico, que tem boas lização. É preciso ainda que o idéias, uma ficha limpa, vai brasileiro respeite a democracia, pegar aqueles seis mil votos que que sinta que a democracia é teve para eleger um cacique po- importante. E, para isso, o lítico, que não tem espírito pú- Estado determinando o que é blico. É o que acontece hoje no importante e obrigando você a mais das vezes. Com a lista de- fazer isso. Ainda é o caminho, e finida, ou lista fechada, o par- não sei se algum dia será. tido vai ter que decidir essa lista Acredito muito no voto obrigaantes. Para saber quem chega na tório. Mesmo que consigamos frente não vai ser preciso espe- evoluir numa sociedade mais rar o resultado da votação. bem educada, mais culta, ainda Quem é o número um da lista? vamos precisar obrigar o brasiO eleitor já vai votar sabendo leiro a muita coisa. Foi preciso que quem será o eleito caso o obrigá-lo a usar o cinto de separtido consiga quociente para gurança, foi preciso obrigar a eleger um candidato. Quem vai não beber para dirigir, leis para dizer que o compavotar numa lista nheiro não pode tendo na cabeça um bater na compacacique político que nheira. A depentem grande rejeição? dência do Estado Acredito que isso polícia ainda é será um movimenmuito grande. to natural. As pesAinda é preciso que soas vão fugir desse crie uma fila ses candidatos, e os única para que se partidos terão que dê preferência aos buscar listas repreidosos, que se fiscasentativas. As cabelize, que se multe ças das listas terão para não estacionar que ser nomes forna vaga do defites, bem quistos, que “A classe ciente. O brasileiro agreguem. É uma ainda não tem cidaideia pode até não política teve dania suficiente dar certo, mas eu que engolir para discernir a imacredito. o ‘Ficha portância da democracia para a vida - O Brasil está Limpa’” dele. preparado para o voto facultativo? - A reforma política traz - Acho que ainda não. Aí é uma opinião isolada minha. Eu temas que futuramente podem acho que o Brasil não está pron- “prejudicar” o próprio legislato para o voto facultativo. Nós dor. Esse projeto deverá enfrenvemos problemas de países do tar resistências no Congresso? E primeiro mundo, como a a presidente eleita, Dilma Alemanha, onde o voto é facul- Rousseff (PT), enfrentará essa tativo e o desinteresse afastou pauta? - Esse enfrentamento, essa os alemães do processo político. O alemão se desinteressou força quem tem é a sociedade da política. O desinteresse é na- civil. O projeto da “Lei do Ficha tural, por diversos motivos. Hoje Limpa” [lei complementar nós já temos no Brasil esse gran- 135/2010] é um exemplo a ser de número de abstenções, num seguido. Foi o grande passo da processo obrigatório, imagine reforma política, feito pela ponum processo facultativo. Na pulação, que não passou pela

- O senhor está capitaneando também outro projeto, que é o Observatório da Corrupção. Como irá funcionar? - Olha, não adianta nada ter uma lei que diz que você não pode ser candidato se for condenado por um colegiado se você tem 80 processos e não tem nenhuma decisão de colegiado por conta dos processos estarem parados. Esse projeto do Observatório está pronto, estamos definindo uma data para lançamento. Será um canal de comunicação com a sociedade. E receberá informações sobre processos judiciais, ou administrativos, que apurem casos rumorosos de corrupção, improbidade administrativa, peculato, que estejam por aí pelo Judiciário, pelos tribunais de contas, tramitando sem uma definição. E que tenham tido repercussão, que chamaram a atenção da sociedade, como muitas operações da Polícia Federal, com políticos envolvidos, e nenhum julgamento. Então o Observatório se propõe a receber essas informações, apurá-las, ser o olho da sociedade no andamento desses processos. Monitorando a tramitação, se necessário fazer uma visita ao julgador para pedir celeridade. - Será então uma espécie de “lupa” nesses processos mais polêmicos? - Isso. Não vamos cobrar punição para ninguém. O observatório vai cobrar celeridade no julgamento desses casos, e vamos dar informação à sociedade no andamento desses processos. Não estamos aqui para condenar ou absolver ninguém. Precisamos colocar o olho da sociedade nesses processos. Não adianta o sujeito ter uma centena de processos e não ter nenhum deles julgado. Ou precisa ser julgado para que ele não dispute a eleição com aquela suspeita, ou precisa ser julgado para que, ou seja, absolvido e não reste suspeita sobre ele, ou condenado para que ele não dispute a eleição mais. Nesse complemento da Ficha Limpa precisamos agora que o Poder Judiciário faça a sua parte. - Mas isso remete a um problema maior, que é a morosidade da Justiça... - A gente sabe que o Poder Judiciário anda mais e melhor quando fiscalizado, quando cobrado. Muitas vezes, há processos que, por terem como partes os órgãos públicos, só têm motivação da parte que responde o processo. E a motivação dessas pessoas é mínima para querer o processo andando. É preciso colocar o olho da sociedade nesses processos. E o Observatório da Corrupção será o elo entre a sociedade e o Poder Judiciário. - Em Alagoas, isso poderá colocar os holofotes em processos como os oriundos das operações da Polícia Federal? - Exatamente, dando celeridade a processos como os instaurados pelas operações Gabiru, Taturana, Navalha, todas as operações e outros casos que a sociedade fica dizendo que não deram em nada. E, muitas vezes, não dá em nada porque ficam parados.

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ALERTA

Sudeste da Amazônia pode virar savana Pesquisadores do Brasil e Colômbia calculam redução na quantidade de chuvas capaz de desestabilizar floresta

Carlos Nobre, do INPE, pesquisa comportamento da Floresta Amazônica

EXTRADIÇÃO

Brasil celebra acordos para facilitar processos Agência Brasil Um acordo de cooperação firmado entre Brasil, Argentina, Espanha e Portugal vai facilitar os procedimentos de extradição. O secretário executivo do Ministério da Justiça, Rafael Favetti, disse que, além de garantir celeridade nos processos, o acordo também prevê a entrega temporária de pessoas que cometerem crimes no exterior, “ou seja, alguém que comete um crime fora do Brasil, responde pelo crime lá e depois volta sem ser extraditado. Isso revela uma profunda confiança entre os países”. O secretário-executivo disse ainda que o acordo multilateral também tem o objetivo de aprofundar e reforçar os mecanismos de combate coordenado à criminalidade e à impunidade. “O crime organizado não é limitado pelas fronteiras dos países, portanto, os países devem adotar medidas que respeitem os direitos mínimos da pessoa humana, mas consiga combater o crime organizado”. De acordo com Favetti, a ideia é fazer com que outros países que integram o Mercosul e a União Europeia adiram ao acordo. A assinatura do acordo ocorreu na última quarta-feira, em Santiago de Compostela, na Espanha. Durante o evento, os países também discutiram a inclusão de novos temas no âmbito da Conferência de Ministros da Justiça de Países Ibero-Americanos, como a informatização e a racionalização de procedimentos do sistema de Justiça e o combate à corrupção a partir da repressão à lavagem de dinheiro.

SAÚDE

Dependente tem direito de manter plano Agência Brasil As operadoras de planos de saúde estão proibidas de cancelar contratos de dependentes depois da morte do titular. É o que prevê norma da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), divulgada na última quinta-feira. De acordo com a ANS, algumas operadoras mantêm o atendimento aos dependentes por um período de três a cinco anos, sem cobrança de prestação, após a morte do titular – chamado remissão. Porém, depois desse prazo, as operadoras encerram o plano e os dependentes ficam sem cobertura assistencial. Pela norma da ANS, o dependente tem o direito de continuar com o plano depois do prazo de remissão e com as mesmas condições de contrato, pagando o valor da mensalidade estabelecido previamente. “O término da remissão não extingue o contrato de plano familiar, sendo assegurado aos dependentes já inscritos o direito à manutenção das mesmas condições contratuais, com a assunção das obrigações decorrentes, para os contratos firmados a qualquer tempo”, diz a súmula da agência. A operadora que descumprir a norma, está sujeita a pagamento de multa.

Uma sucessão de secas como a de 2010 seria capaz de transformar a porção sudeste da Amazônia em savana. Aconclusão é de uma dupla de pesquisadores do Brasil e da Colômbia, que calculou pela primeira vez qual é a redução na quantidade de chuvas necessária para desestabilizar a floresta. Como tudo o mais que envolve efeitos do aquecimento global sobre os ecossistemas, a conta não é simples e envolve várias interações. Mas Luis Fernando Salazar, da Universidade Industrial de Santander (na Colômbia), e Carlos Nobre, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), estimam que reduções de precipitação de 35% no sudeste da Amazônia e de 40% no nordeste bastariam para

ampliar a estação seca (o “verão” amazônico) para quatro meses, transformando a vegetação em savana. Num cenário futuro de aquecimento da Terra, no qual as temperaturas médias amazônicas subissem 4ºC, tal redução de chuvas é perfeitamente plausível. Basta lembrar que as secas prolongadas de 2005 e deste ano viram reduções tão grandes ou maiores do que essas. “É como se no futuro o que aconteceu neste ano de 2010 passe a ser o padrão”, disse Nobre. EFEITO CO2 - Em um estudo publicado no periódico científico “Geophysical Research Letters”, a dupla de pesquisadores usa um modelo computacional de clima e vegetação e

analisa a resposta da floresta a diferentes níveis de temperatura e precipitação. Mas, claro, num mundo aquecido não são apenas temperatura e chuva que variam: um dado que estudos do tipo ainda não haviam computado, é o efeito do CO2 a mais sobre a floresta. O gás carbônico, como qualquer criança sabe, é fundamental para a fotossíntese. Ao mesmo tempo em que ajudam a esquentar o planeta, as emissões humanas do gás fertilizam as plantas. O problema, conta Nobre, é que ninguém sabe qual é o efeito de fertilização do gás sobre a floresta amazônica.”O ponto de não-retorno depende do efeito de fertilização”, diz o pesquisador. “E os dados não nos permitem dizer que seja zero”.

Ele e Salazar, então, montaram três cenários de resposta da floresta: um com zero fertilização, outro no qual o efeito é 100% (também improvável) e um intermediário, com fertilização de 25%. No cenário intermediário, o aumento de temperatura de 4ºC e uma redução de 35% nas chuvas transformariam todo o sudeste amazônico numa savana empobrecida. O efeito é máximo no sudeste (sul do Pará, Tocantins e Mato Grosso) e mínimo no noroeste (Amazonas). “Lá chove quatro metros por ano, se cair para dois metros ainda dá para sustentar uma floresta”, diz Carlos Nobre. “Mesmo que a temperatura suba 7ºC, o efeito do CO2 compensaria esse aumento”, afirma o cientista.

Número de peixes-boi mortos chega a 300 O Batalhão Ambiental da Polícia Militar do Amazonas informou na sexta-feira que a matança de peixes-boi por caçadores está sem controle no Estado. Ao menos 300 animais foram mortos desde setembro, quando a seca se intensificou no Amazonas. Nesta época do ano, o animal busca refugio nos lagos. Com a estiagem, os lagos secaram. Os animais, que atingem 3 m de comprimento e pesam até 450 kg, se tornaram presas fáceis. O peixe-boi é considerado pelo Ipaam (Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas) o mamífero aquático mais ameaçado de extinção do Brasil. Sua caça é considera um crime ambiental. A polícia chegou ao número com base em depoimentos de agentes ambientais, que são ribeirinhos que trabalham voluntariamente na proteção dos animais e denunciaram a matança. Um dos relatos chegou na sexta-feira ao Inpa (Instituto Na-

Agentes do Batalhão Ambiental carregam peixe-boi encontrado morto

cional de Pesquisas da Amazônia). Segundo o instituto, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Piaguçu Purus (400 km de Manaus) os caçadores mataram ao menos 200 peixes-bois. “Isso significa dizer que são 30 toneladas de carne para comercializar. Isso é um caso de polí-

cia”, afirma o pesquisador Anselmo d’Affonseca. Conforme os depoimentos, no município de Silves (203 km de Manaus) 64 animais foram mortos. Treze animais morreram em Manacapuru (80 km da capital) e dois em Tefé (525 km da capital).

O comandante do Batalhão Ambiental, major Miguel Mouzinho Marinho, afirmou que três equipes foram deslocadas para os municípios de Silves, Codajás e Manacapuru. Ele disse que os policiais não têm como chegar à região do Piaguçu Purus por falta de navegabilidade dos rios. “Infelizmente perdemos o controle (da situação). A natureza levou anos para recuperar (a espécie) e agora ocorreu essa matança”, afirmou Marinho. Segundo o pesquisador do Inpa , passa bem um filhote de peixe-boi resgatado no lago do Ariaú, em Iranduba. O animal chegou ao Inpa na quarta-feira. É uma fêmea que tem dois anos de idade e 64 kg. “O caçador matou a mãe e o filhote não morreu porque os agentes ambientais o resgataram”, disse. A Reserva de Desenvolvimento Sustentável Piaguçu Purus é administrada pelo Ceuc (Centro Estadual de Unidades de Conservação). As famílias da reserva recebem R$ 50 do programa Bolsa Floresta, da Fundação Amazônia Sustentável.

POLÊMICA

MEC libera livro de Monteiro Lobato para uso em sala de aula Um clássico da literatura infantil quase foi banido das escolas públicas do país. Algumas frases que aparecem na história “Caçadas de Pedrinho”, de Monteiro Lobato, foram consideradas preconceituosas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). O ministro da Educação, Fernando Haddad, teve que intervir. Monteiro Lobato racista? Um professor da universidade de Brasília achou que sim. Considerou que no livro “Caçadas de Pedrinho” há preconceito racial contra a personagem Tia Anastácia, a empregada negra do Sítio do Pica-Pau Amarelo. Em um trecho, o autor diz que Tia Anastácia “tem carne preta”. Em outro, afirma “que trepou que nem uma macaca de carvão pelo mastro”. A Secretaria de Igualdade Racial concordou com a crítica. “As expressões que o livro contém são expressões de um conteúdo fortemente preconceituoso e que precisam de tratamento explicativo na sala de aula, para que não se ofenda a autoestima das crianças e dos leitores”, disse o ministro da Igualdade Racial, Eloi Ferreira de Araujo. O Conselho Nacional de Educação chegou a recomendar que o MEC deixasse de ado-

Clássico da literatura de 1933 teria uma abordagem preconceituosa

tar “Caçadas de Pedrinho” nas escolas públicas. O argumento era que ele desrespeita o critério usado na avaliação dos livros didáticos, de não ter preconceitos ou estereótipos.

A Academia Brasileira de Letras condenou o veto. “Aobra do Monteiro Lobato, depois de tantas décadas, sofrer esse tipo de avaliação, é completamente equivocada. A academia, na

linha das suas convicções democráticas, rejeita qualquer tipo de censura e entendeu a manifestação do conselho como uma forma de censura”, afirmou o presidente da ABL, Marcos Vinicios Vilaça. Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, não é o caso de tirar o livro das escolas. “Décadas se passaram. Expressões que não eram consideradas ofensivas, hoje são. Mas, em se tratando de Monteiro Lobato, de um clássico brasileiro da literatura infantil, nós só temos que contextualizar, advertir e orientar sobretudo o professor sobre como lidar com esse tipo de matéria em sala de aula”, disse. E o problema foi resolvido. O livro vai continuar na lista do MEC, mas, a partir de agora, com uma explicação sobre o contexto em que foi escrito. Algo parecido com o que uma edição já traz sobre a caça à onça. Aeditora deixa claro que a aventura aconteceu em uma época em que a espécie não estava ameaçada de extinção, nem os animais silvestres eram protegidos pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O clássico da literatura infantil “Caçadas de Pedrinho” foi publicado pela primeira vez em 1933.

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O JORNAL

Opinião A6

O novo governo e o meio ambiente “Vivo na expectativa de dias melhores para o nosso Estado” Alder Flores Alder Flores, advogado, químico, esp. em Direito, Engenharia e Gestão Ambiental, auditor Ambiental Com o fim do processo eleitoral que teve como resultado a reeleição do atual governador, várias situações em nosso Estado tendem a se acalmar, pelo menos momentaneamente, até que se comecem as especulações sobre as possíveis mudanças nos diversos escalões dos órgãos públicos. Este será mais um desafio que o governador terá que enfrentar, atender, não atender e superar as dificuldades que com certeza virão nestes próximos meses. Como funcionário público que sou desde 1981, lotado no Instituto do Meio Ambiente, muito embora licenciado atualmente, vivo na expectativa de dias melhores para o nosso Estado. Durante toda a minha vida pública direcionei meus esforços profissionais visando o desenvolvimento sustentável em nosso estado, em épocas de grandes dificuldades, quando o Estado iniciava a implementação da sua política ambiental, especificamente nos anos 80 até os meados dos anos 90. Estes tempos foram bastante difíceis, pois tudo era novo, e a questão ecológica ainda se via de forma incipiente no Brasil, principalmente no Nordeste. Vários acontecimentos tiveram que ocorrer para que atualmente os programas de parcerias com atividades poluidoras ou potencialmente poluidoras pudessem ser concretizados, e não pensem os menos desavisados que foi só com o aparecimento de legislações mais rígidas que estas parcerias aconteceram. A consciência ecológica, a mídia, o Ministério Público, as ONG’s e algumas classes empresariais foram determinantes para que se alcançassem uma melhoria na qualidade ambiental de nosso Estado, principalmente na área industrial, o que infelizmente ainda não se fez mostrar na área urbana, em especial nas questões atinentes ao esgotamento sanitário e aos resíduos sólidos urbanos. Para se ter uma idéia clara, dos 102 municípios alagoanos, apenas um tem um aterro sanitário, Maceió; os demais são lixões. Como venho dedicando há 30 anos os meus préstimos profissionais para as questões ligadas ao meio ambiente, quer seja como agente público ou como consultor, e como forma de aprimorar a gestão governamental futura em relação ao meio ambiente, apresento algumas sugestões colhidas ao longo desses anos: o estabelecimento do zoneamento ecológico e econômico do Estado, com a identificação de áreas para a implantação de projetos; fortalecimento do programa estadual de resíduos sólidos, pondo fim aos lixões; o estabelecimento de ações que visem à descentralização da gestão ambiental, fortalecendo e apoiando a criação de órgãos ambientais municipais; o gerenciamento das ações voltadas à implantação da Agenda 21; a implantação de ações estratégicas para o desenvolvimento do turismo sustentável; a criação de um programa de fomento à preservação ambiental com a geração de renda; estabelecimento de um programa para identificar organismos financiadores de projetos ambientais a nível nacional e internacional; criação de um programa de fortalecimento de novos diplomas legais, com a criação do Código Estadual de Meio Ambiente; aprimoramento do programa de recuperação das bacias hidrográficas do Estado; criação de um programa para o gerenciamento da qualidade do solo; estabelecimento de ações de fortalecimento para a preservação da biodiversidade alagoana, com ênfase à mata atlântica, caatinga, manguezal, zonas de transição e restinga; estabelecimento de um programa voltado à arborização nos centros urbanos; aprimoramento do programa de educação ambiental com os municípios. No entanto, estas e outras só poderão ser planejadas, efetivadas ou melhoradas se houver um estabelecimento de ações que visem o fortalecimento institucional dos órgãos ambientais do Estado, através de capacitação técnica e reaparelhamento, sem esquecer um tópico importante, que é a realização de um concurso público para estes órgãos, que não ocorre há pelo menos trinta anos, dificultando a formação de uma equipe técnica capacitada, pois a cada governo se faz mudanças, e não se cria técnicos de carreira. Estas sugestões visam apenas à proposição de ações direcionadas à melhoria da qualidade de vida das populações receptoras, devendo ser vistas como forma de contribuição, pois sou alagoano e desejo sempre o melhor para o nosso Estado, independentemente daquele que o governa, pois, embora licenciado, sou um funcionário efetivo do governo.

Cheque especial: câncer do sistema financeiro “Tem agiota cobrando taxas menores” Wenderson Wanzeller Atuário, consultor de crédito e cobrança e comentarista econômico da Rede Canção Nova Os banqueiros adoram. Alguns gerentes também. Tem banco que sequer permite abrir a conta se o cliente não autorizar a implantação. Quem já usou sabe o quanto é caro e difícil de se livrar. Definitivamente, o cheque especial é o câncer do sistema financeiro. Argumentos não faltam para se cobrar as maiores taxas de juros do planeta. Os bancos dizem que o risco é alto, que se trata de uma linha de crédito disponível em tempo integral, que o índice de inadimplência é elevado, etc. Estes argumentos até que valeram no passado. Agora, com o advindo das linhas de crédito pré-aprovadas, o risco do cheque especial é praticamente o mesmo do crédito pessoal. Quando um cheque especial é concedido, a instituição financeira é obrigada a provisionar recurso equivalente para uso do cliente. E por não haver uma previsão exata ou garantia de utilização, “justificavase” manter taxas elevadas por conta do custo do dinheiro alocado. Mas isso mudou faz tempo. Depois da pré-aprovação de limites com taxas menores e cuja formalização pode ser feita através de caixas automáticos ou internet, ficou tudo no mesmo nível. Existem duas grandes ferramentas para concessão e manutenção de crédito: credit scoring e behavior scoring. Em termos práticos, a primeira serve para analisar o risco do cliente e pré-aprovar os limites na abertura da conta. Já a segunda é utilizada para analisar o comportamento do cliente e definir sobre o cancelamento, manutenção, ou elevação dos créditos conforme vencimento dos limites pré-aprovados. Resumindo: o cliente é medido, pesado e tem o risco de crédito analisado e revisto o tempo todo. Quando alguém apresenta inadimplência bancária, torna-se devedor do crédito global utilizado. Essa história de que o risco do cheque especial é maior do que o crédito pessoal ficou no passado. Depois das ferramentas de crédito citadas, a análise é feita com base na capacidade de pagamento do correntista. A escolha do produto A ou B é mera formalidade. É imperativo que esta análise seja considerada para darmos início a uma equalização, para menor, das taxas de juros cobradas no Brasil. Ao afirmar que o cheque especial é o câncer do sistema financeiro, não me refiro apenas ao pobre correntista que paga juros de mais de 100% ao ano. Chamo a atenção para algo maior, ou seja, para a imagem do Brasil. É constrangedor termos níveis “agióticos” de juros. Isso é motivo de grande vergonha. A presidente eleita, Dilma Rousseff, ao conceder recente entrevista, disse que irá atuar no Banco Central para que a situação dos juros seja revista. A criação de um teto máximo para as taxas do cheque especial e dos cartões de crédito – como foi feito com o consignado –, poderia ser uma boa alternativa. E a Caixa Econômica, junto com o Banco do Brasil, teriam que ser os primeiros a dar exemplo. De preferência, antes mesmo da obrigação por força de normativo. O Brasil precisa melhorar a imagem. Tem agiota cobrando taxas menores do que as do cheque especial. Os bancos públicos, inclusive, praticam taxas acima dos 8% ao mês. Esse câncer precisa ser extraído e, junto com ele, a vergonha de termos os maiores juros bancários do planeta.

Domingo, 7 de novembro de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: opiniao@ojornal-al.com.br

Tribunal do tráfico A versão de que o vereador Genivaldo Barbosa, da cidade de Roteiro, pode ter sido vítima da ação do tráfico de drogas caiu como uma bomba. Hoje é forte a desconfiança da polícia de que o vereador foi morto porque enfrentou o tráfico. Ele foi julgado e condenado à morte pelo tribunal do “movimento”. Todos esperavam que o crime tivesse motivação política pelo fato de a vítima ser um vereador. O crime, inclusive, provocou o envio de tropas federais para a cidade durante as eleições de outubro. Mas, da forma com as investigações estão hoje, tudo indica que o vereador foi assassinado porque, num momento de descontrole, teria ameaçado um traficante com atuação no interior do Estado. O nome desse traficante está com a polícia, e o avançar dos trabalhos também mostrou que policiais militares participaram do crime. Nas investigações, chegou-se à informação de que um dos filhos do vereador é usuário de drogas e estaria “pendurado” junto aos traficantes. Ele teria

um débito muito alto com os traficantes e passou a ser ameaçado de morte. Na proteção ao filho, o vereador teria intercedido, retribuindo as ameaças feitas pelos criminosos. Se restar provado o caso de Roteiro, será mais uma comprovação do poder do tráfico de drogas em Alagoas. E que nem apenas usuários de drogas em débito com “movimento” são mortos em via pública. Na porta de casa, como aconteceu com o vereador. Todos os dias, a polícia alagoana prende traficantes e apreende drogas, e o crime não para de crescer no Estado. A impressão que se tem é que, quando se prende um traficante, nascem outros dez. E que, quando se apreende um quilo de crack, outros dez quilos são produzidos imediatamente. Os “abalos” que a polícia tem dado no crime parecem insuficientes para que a sociedade ao menos tenha a sensação de que viverá um dia no Estado livre da criminalidade, bem afastada do tráfico de drogas, sem riscos para a sua família.

Ponto de vista

San

Depois das eleições “Só a luta coletiva permite obter avanços” João Baptista Herkenhoff Livre-Docente da Universidade Federal do Espírito Santo, professor pesquisador da Faculdade Estácio de Sá de Vila Velha e escritor / jbherkenhoff@uol.com.br / www.jbherkenhoff.com.br Este artigo a ser publicado nos jornais, a partir de três de novembro, foi mandado para alguns dos veículos de comunicação na semana anterior, conforme critério combinado com os editores de Opinião. No dia em que este texto foi produzido, as pesquisas previam a vitória de um dos postulantes à Presidência. Contudo só a apuração dos votos é que definiria quem realmente obteve a preferência do eleitorado. Se as pesquisas fossem infalíveis, poderiam substituir a boca da urna, com economia de tempo e dinheiro. Como se portar o articulista em face desta situação? Como escrever o artigo, se não é profeta? Talvez a solução fosse cuidar das generalidades, abordar pontos apropriados indepentemente do resultado eleitoral. Foi o que tentei fazer, como o leitor verificará no correr do escrito. A primeira coisa a dizer, rigorosamente certa, é isto: o povo brasileiro foi vitorioso quando exerceu o direito de eleger o presidente da República. Esta franquia não foi dada ou concedida por quem quer que seja, foi conquistada pela opinião pública ao exigir “diretas já”, e foi consolidada com as sucessivas eleições presidenciais. A segunda palavra, também oportuna: a Democracia não se concretiza pelo exercício do voto apenas. Democracia é muito mais do que isso. É educação de boa qualidade, condições de saúde, habitação decente, segurança, vida digna para todos os brasileiros. Os dois candidatos prometeram satisfazer essas aspirações. É direito do povo cobrar de quem venceu o rigoroso cumprimento das promessas. A terceira palavra propõe o alargamento de um tópico referido no parágrafo anterior: habitação decente. Quem foi expulso dos espaços de razoável conforto, nas cidades, para as periferias? Quem foi condenado a conviver com o lixo? São pessoas sem nome e sem face, marginalizadas, não obstante detentoras da mesma substância espiritual que nos irmana. Esta situação tem de ser mudada. O governo federal, em aliança com governos estaduais e municipais, tem de assegurar morada sadia e confortável, ainda que simples, para todas as pessoas, para todas as famílias deste país. A quarta palavra é uma reflexão para todos nós, eleitores. Nosso dever de cidadão não se esgotou no ato de votar. É necessária a mobilização popular para fazer um balanço geral do nosso modelo democrático. Há vícios profundos, alguns deles históricos. Como prevenir e coibir a corrupção, por exemplo? Não será razoável exigir

que os tribunais de Contas sejam mais ativos? Se esses tribunais fossem vigilantes, onipresentes, não seria mais difícil a prática da corrupção? Corrupção sempre houve, disso não se tenha dúvida. Nos períodos ditatoriais houve igualmente corrupção, apenas não era denunciada por falta de liberdade de imprensa. Entretanto, o fato de ser a corrupção um pecado ancestral não deve conduzir a uma atitude de conformidade ou de condescendência. Corrupção é inaceitável, tem de ser extirpada da vida nacional. A quinta palavra que proponho como provocação é a de discutir a estrutura partidária. Partido tem de ter programa, compromissos. A existência de partidos tem de representar um leque de escolhas para o eleitorado. Do jeito que está atualmente, o sistema de partidos não cumpre sua finalidade. Não se trata de abolir os partidos, mas de chamá-los à ordem, um puxão de orelhas, destes que fazem acordar. Nossa sexta palavra quer acenar para o tema “discriminações contra a mulher”. Independente de ganhar o candidato homem, ou a candidata mulher, há muito para ser feito a fim de eliminar da vida brasileira as discriminações que relegam a mulher a um plano secundário dentro da sociedade. A luta pelo respeito à mulher, pela dignificação da mulher, não é uma luta isolada do tradicionalmente chamado sexo frágil. Todos os seres – homens e mulheres – têm alguém a que chamam de mãe. Basta isso – todos nascerem de uma mulher – para que os “direitos da mulher” sejam direitos que convoquem todas as pessoas para uma vigilância contínua. Nenhuma das empreitadas propostas neste texto alcançará efetivação através da luta individual. Só a luta coletiva permite obter avanços. Há situações concretas onde o cidadão tem de travar uma luta individual para conquistar seus direitos. Esta peleja solitária, que o cotidiano da vida exige, é penosa, longa e a possibilidade de chegar a bom termo é sempre menor. Porém, se uma situação específica convoca à luta individual, não devemos recuar diante dos obstáculos. Sempre que for possível, entretanto, devemos recorrer à luta coletiva. Para a luta coletiva a sociedade tem de aprender a organizar-se. Os pleitos confusos, atrapalhados, sem método, podem ser perdidos e aí geram desânimo. Celebremos as eleições presidenciais, merecem palmas e louvores, mas estejamos certos de que há veredas a percorrer. Que a realização deste certame eleitoral nacional seja convite para as rotas a serem ainda trilhadas.

O JORNAL Diretor-Executivo Sálvio de Taine Maciel salviomaciel@ojornal-al.com.br

Marcial Lima Professor

Há poucos dias perdemos a oportunidade de debater e reivindicar alterações no orçamento municipal de 2011. A frustração se deu: os gestores das secretarias de Finanças e de Planejamento lá estavam, os órgãos de comunicação também, mas, só cinco vereadores se fizeram presentes e a representação da sociedade civil, de tão rarefeita, não se impôs. Esperava-se a realização de uma Audiência Pública para apreciação da Lei Orçamentária Anual, a LOA, onde são discriminadas as receitas e despesas a serem executadas pelo Município, conforme previsto na Constituição Federal. Supúnhamos que, se o orçamento se realiza com recursos públicos oriundos dos impostos, se nele se definem obras e serviços para nosso bem estar, haveríamos de entender que é nosso direito e dever conhecêlo, opinando sobre ele, acompanhando sua realização. Pode-se perguntar: por que devemos “perder tempo com essas coisas”, se não somos políticos? Ora! stricto sensu podemos não ser, mas somos cidadãos. E como controlamos nossas despesas domésticas, porque temos consciência de quanto suor nos custa para supri-las, devemos, também, prezar pelo bom uso dos recursos públicos, que se traduzem em parte considerável de nosso salário, de igual modo suado, e, não poucas vezes, sofrido. Em 23.08.98, no artigo Participação Cidadã, com o governo municipal ensaiando a prática do Orçamento Participativo, dizíamos que os segmentos que se organizassem teriam maior força para defesa de seus interesses. E isso, creiam, acontece, embora nem sempre com a visibilidade necessária, pois alguns atuam em lobby, não afeitos aos rigores recomendados por Graciliano Ramos em seus relatórios de gestão, essencialmente pedagógicos. Na época, poucos observaram que nos municípios cujos fazeres artísticos foram incorporados como fatos essenciais para a qualidade de vida, os fóruns de cultura ganharam consistência, constituindo-se em espaços reais de articulação e troca, onde todos, unidos, não obstante suas diferenças, buscavam alternativas para definição de políticas públicas. Não falamos de instâncias de poder que se almejam deliberativas, com intervenção direta na coisa pública. Dizemos de grupos suprapartidários, cujo papel é criar operacionalidade para os processos de discussão, articulando os diversos setores da cultura e estimulando a criação de outras instâncias semelhantes. Entendemos que não podem ser considerados como solução para todos os problemas que enfrentamos, mas seu caráter articulador “viabiliza debates, atua no aumento da capacidade propositiva da sociedade”, transforma perorações e queixas em realizações concretas e fecundas. Cartas à Redação: opiniao@ojornal-al.com.br

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Mianmar realiza eleições após 20 anos Junta militar que governa o país desde 1962 é acusada de fraudar processo antes mesmo da votação de hoje Os mianmarenses votam neste domingo pela primeira vez desde 1990, mas não encontrarão na disputa a líder opositora Aung San Suu Kyi, que se encontra em prisão domiciliar e cujo partido boicotará as eleições. Cerca de 29 milhões de mianmarenses estão habilitados a designar o Parlamento nacional e as assembleias regionais, em uma eleição classificada de mascarada pelo Ocidente, mas que certos analistas consideram um primeiro passo, apesar de pequeno, para uma evolução do regime do general Than Shwe. Os dois principais partidos de oposição de Mianmar acusaram o partido da junta militar de já ter iniciado a organização de fraudes dois dias antes da votação. A Força Democrática Nacional (NDF) e o Partido Democrata (PD) acusaram os militares de terem começado a recolher votos de antemão ilegalmente.O PD reclamou em carta à Comissão Eleitoral. “Nós nos inteiramos que o Partido da Solidariedade e do Desenvolvimento da União

(USDP, pró-junta) tenta obter, junto com as autoridades dos distritos, votos de antemão, comprando ou ameaçando as pessoas”. Um total de 37 partidos disputa as 1.160 cadeiras em jogo. Mas dois terços dos candidatos representam duas formações próximas à junta, o Partido da Solidariedade e do Desenvolvimento da União (USDP), criado pelo regime, e o Partido da Unidade Nacional (NUP), ligado ao regime do general Ne Win, derrubado em 1988. Além disso, uma quarta parte das cadeiras está reservada aos militares em atividade. E inúmeros oficiais abandonaram o uniforme para se candidatar e contribuir para a mutação civil de fachada do regime. Nem os observadores nem os jornalistas estrangeiros foram convidados para as eleições. Segundo a revista Myanmar Times, a oposição tem dificuldades em encontrar voluntários para vigiar os colégios eleitorais. A tensão é perceptível com um poder que ameaça prender quem convocar o boicote das eleições. O jornal New Light of

Myanmar, que atua como portavoz da junta, estigmatizou os opositores que tentam “induzir ao erro os que marcham pelo caminho da democracia”. “Todo cidadão que quiser que a regra democrática prevaleça deve depositar sua cédula sem falta”. ONU - Além das críticas sobre uma campanha controlada, a ONU (Organização das Nações Unidas), Estados Unidos, a União Europeia e, inclusive, alguns países asiáticos, criticaram a ausência da Nobel da Paz Aung San Suu Kyi na disputa. A dissidente poderá ser libertada em alguns dias, depois de sete anos seguidos de prisão domiciliar e de passar 15 dos últimos 21 anos privada da liberdade. Mas parece mais isolada do que nunca depois da decisão de seu partido, a Liga Nacional pela Democracia (LND), de boicotar as eleições. ALND venceu as eleições de 1990, mas jamais pôde assumir o poder. A formação foi dissolvida depois de sua recusa em apresentar candidatos nessa votação, o que provocou a partida

de alguns de seus membros para um novo partido, a Força Democrática Nacional (NDF), que terá dificuldades para existir sem sua carismática “dama” de Yangoun. Suu Kyi, que tem uma grande popularidade, é, no entanto, alvo de críticas em Mianmar e no exterior. Nay Ye Ba Swe, filha de um ex-primeiro-ministro e membro do Partido Democrata, criticou a posição da líder. “Temos um grande respeito e uma grande admiração por ela porque se sacrificou por nosso país, pelo povo e é um ícone internacional. Mas achamos que, boicotando as eleições, penalizamos as vozes democráticas”. Aung Naing Oo, analista mianmarense exilado na Tailândia, também acha que a dissidente se isolou demais. “Jamais coloquei em dúvida sua integridade, sua honestidade, nem sua coragem. Mas sempre duvidei de sua estratégia. Não estou certo se tem alguma”. Os resultados das eleições serão publicados na próxima semana. O novo Parlamento designará um presidente, a primei-

Nobel da Paz, Suu Kyi é criticada por não participar da disputa

ra figura civil de um país dirigido por militares desde 1962. Alguns analistas esti-

mam que poderá ser o próprio general Than Shwe, atual homem forte da junta.

RELATÓRIO

Mundo árabe enfrentará escassez de água em 2015 O mundo árabe, uma das regiões mais secas do planeta, enfrentará uma grave escassez de água já a partir de 2015, prevê um relatório divulgado na quinta-feira. A partir de então, os árabes terão de sobreviver com menos de 500 metros cúbicos de água por ano, abaixo de um décimo da média mundial de mais de 6 mil metros cúbicos per capita, informou o relatório produzido pelo Fórum Árabe para Ambiente e Desenvolvimento (Afed, na sigla em inglês). “O mundo árabe já vive uma crise de água que apenas vai se agravar com a inação,” diz o relatório, acrescentando que o abastecimento per capita caiu para apenas um quarto dos níveis de 1960. O rápido crescimento da população pressionará ainda mais os recursos de água. De acordo com projeções da ONU (Organização das Nações Unidas), os árabes, que agora

somam quase 360 milhões, vão se multiplicar para quase 600 milhões até 2050. A mudança climática agravará a questão. Até o fim deste século, os países árabes poderão vivenciar uma queda de 25% nas chuvas e uma aumento de 25% nas taxas de evaporação, de acordo com modelos de mudança climática citados no relatório. “Como resultado, a agricultura abastecida pela chuva ficará ameaçada, com a estimativa que as colheitas médias sofram um declínio de 20%”, diz o documento. Treze países árabes estão entre as 19 nações com mais escassez de água do mundo. As pessoas de oito países árabes já têm de sobreviver com menos de 200 metros cúbicos por ano. “Sem mudanças fundamentais nas políticas e nas práticas, a situação vai se agravar, com ramificações sociais, políticas e econômicas

drásticas”, diz o relatório. As condições variam pela região, mas dentro de apenas cinco anos o Iraque e o Sudão passarão pelo teste da escassez de água, definido como mais de mil metros cúbicos anuais per capita, assumindo que o abastecimento vindo da Turquia e da Etiópia continue nos níveis atuais. A agricultura consome 85% do uso de água árabe, em comparação com a média mundial de 70%. A eficiência da irrigação é de apenas 30%, contra a média mundial de 45%. Mais de 43% do esgoto é descarregado sem qualquer tratamento nestes países, enquanto apenas 20% é reutilizado. Com 5% da população mundial, o mundo árabe tem apenas 1% da água doce, por isso vários países do Golfo Árabe dependem fortemente de água do mar dessalinizada - que representa mais de metade da capacidade de dessalinização do mundo.

A estátua de 3.400 anos mostra o faraó, que seria avô de Tutancâmon, sentado ao lado do deus Hórus

Estátua de Amenhotep III é encontrada em Luxor CAIRO - Arqueólogos encontraram em Luxor, no sul do Egito, parte de uma estátua de quase 3.400 anos que representa o faraó Amenhotep III, anunciou na quinta-feira o ministro egípcio de Antiguidades, Zahi Hawass. Aestátua mostra o faraó sentado ao lado do deus Hórus (Sol), com sua cabeça de falcão. Ame-

tade superior da estátua, em granito vermelho, foi descoberta no sítio do templo funerário de Amenhotep III, em Kom Al Hitan, no oeste de Luxor. “É um dos achados mais lindos feitos no sítio funerário” de Amenhotep III, disse Hawass. Os arqueólogos já haviam descoberto, no mês passado,

outra estátua do faraó Amenhotep III, de 3.000 mil anos, na mesma região. Amenhotep III, que reinou o Egito entre 1390 e 1352 a.C, foi pai de Akhenaton, um faraó que tentou impor uma reforma religiosa ao Egito, e avô de Tutancâmon, segundo análises de DNAde diversas múmias.

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MORADORES DE RUA

Polícia Federal poderá entrar no caso Cerca de 30 alagoanos já foram assassinados nas ruas sem que ninguém descubra o real motivo das execuções Deraldo Francisco Editor-Geral

O Ministério Público quer um delegado para cada caso; a cúpula da Polícia Civil admite o ingresso da Força Nacional nas investigações; a delegada que atua em 15 crimes já disse que está encontrando dificuldades nas investigações, principalmente porque as pessoas não falam e, por último, a Secretaria Municipal de Direitos Humanos enviou requerimento ao Ministério da Justiça pedindo a intervenção da Polícia Federal no caso. Ou seja, em Alagoas, já se entendeu que, sozinha, a Polícia Civil, por mais bem intencionada que esteja, não vai conseguir esclarecer os 31 crimes contra moradores de rua. Por enquanto, o que se tenta é evitar novas mortes e a saída encontrada pelas autoridades foi dobrar o número de vagas nos albergues de Maceió. As outras alternativas foram encontradas pelos próprios moradores de rua: um deles construiu uma casa numa árvore e outros quatro ou cinco preferem dormir na porta da Delegacia de Homicídios, no Santo Eduardo. O Projeto Guardião alega que, diante da dimensão que o problema ganhou, está cada vez mais difícil encontrar pessoas em situação de rua, em Maceió. Existe o medo mesmo entre aqueles que não têm en-

volvimento com drogas. Isso porque, segundo a própria polícia, e até mesmo o Ministério Público Estadual (MPE), as motivações para essas mortes são variadas e uma delas se refere ao acerto de contas do tráfico. Mas, para o Projeto Erê, que trabalha com crianças em situação de risco, é muito cômodo se falar em acerto de contas como desculpa para as mortes de moradores de rua. “Na área nobre de Maceió também há usuários de drogas e não se mata tanto quanto na periferia”, afirmou Átila Vieira, coordenador do Projeto Erê. De tão importante, o assunto foi discutido numa audiência pública, na última quinta-feira, na Câmara Municipal de Maceió. Poucos vereadores participaram, mas as entidades ligadas aos direitos humanos e as autoridades envolvidas no processo compareceram ao debate. As críticas foram carreadas para a Polícia Civil, acusada de lenta e imprecisa nas investigações. A delegada Rebecca Cordeiro, que representou o delegado-geral Marcílio Barenco na audiência, recebeu as críticas, mas saiu-se bem quando as recepcionou com humildade e pediu a colaboração da população e das instituições nas investigações. Sozinha, ela está com 15 casos de mortes de moradores de rua. Nas dis-

Larissa Fontes / Estagiária

Há menos de duas semanas, flanelinha conhecido como Cotó foi executado na Ponta Verde

cussões, as instituições não se entendem. A motivação para os crimes é o principal ponto de discórdia. O MPE, o Projeto Guardião e a Polícia Civil não acreditam em ação de grupo

de extermínio. A OAB, Projeto Erê e a Secretaria Municipal de Direitos Humanos apostam nesta hipótese. Independentemente do que motivou cada um dos cri-

mes de morte, todos – à exceção da Polícia Civil – concordam que as investigações andam a passos lentos, quase parando. “Nossa preocupação é que essa demora pro-

porcione outras mortes”, disse o coordenador do Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), Alfredo Gaspar de Mendonça Neto.

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Montenegro quer a PF investigando Esta semana, o Ministério da Justiça deve se pronunciar a respeito do pedido feito há 12 dias pelo secretário municipal de Direitos Humanos, Pedro Montenegro. Num documento com seis laudas, o secretário expôs a situação de Alagoas em relação aos assassinatos de moradores de rua, fez as suas críticas e pediu que o Departamento de Polícia Federal (DPF) entrasse nas investigações. “Minha solicitação foi para que isso ocorra sem prejuízo para os trabalhos da Polícia Civil de Alagoas”, disse Pedro Montenegro. No documento enviado ao Ministério da Justiça, o secretário fez uma análise do relatório elaborado pela Gerência de Estatística e Análise Criminal da Delegacia Geral da Polícia Civil de Alagoas. “Do jeito que as coisas estão, minha expectativa é que esses crimes fiquem impunes. O cenário é caótico, desolador. Não sei nem se devo chamar isso de investigação”, disse Pedro Montenegro em relação ao relatório da Polícia Civil sobre assassinatos de moradores de rua. O secretário fez duras críticas à situação como a maioria dos inquéritos policiais instaurados se encontra. Num total de 29 mortes, 21 trazem a expressão: “a investigar ”. “Com isso, a Polícia Civil está dizendo que ainda não deu início às investigações e isso é inadmissível”, disse Montenegro. Hoje, o secretário é o principal crítico da Polícia Civil no que se refere às investiga-

ções em torno das mortes de moradores de rua. Quando ocorreu a elaboração do relatório, os assassinatos do flanelinha “Cotó” e do guardador de carros “Timbalada” ainda não tinham ocorrido. No entanto, para o Gecoc, esses dois crimes têm relação entre si. Esses dois homicídios, inclusive, podem ser considerados completamente diferentes dos demais envolvendo moradores de rua como vítimas. A associação deles com o tráfico de drogas na área nobre de Maceió é muito forte. Montenegro contou que, em alguns casos, não há sequer a emissão do laudo cadavérico. “Essa peça é a constatação da morte. Ela é indispensável ao inquérito policial e não há muito o que fazer. A emissão do laudo é feita pelo médico-legista, uma vez que o corpo da vítima deu entrada no Instituto Médico Legal”, comentou. Pedro Montenegro criticou ainda o padrão de investigação da Polícia Civil alagoana. “É o pior do mundo. Não sei nem se devo chamar isso de investigação”, comentou. O secretário disse que, a partir da pressão feita pelos órgãos públicos e pela imprensa, é provável que a polícia apresente alguns resultados nos próximos dias. “Não quero que a polícia prenda qualquer pessoa e a apresente como um bode expiatório para mortes de morador de rua”, afirmou Montenegro. “Estou atento a isso também”, comentou. (D.F.)

Autoridades falam sobra motivação

“O padrão de investigação da polícia alagoana é o pior do mundo. Nem sei se devo chamar isso de investigação”. Pedro Montenegro Secretário municipal de Direitos Humanos.

“Se as vítimas fossem pessoas ricas, os casos seriam esclarecidos”. Átila Vieira Coordenador do Projeto Erê.

“Se a polícia investiga e esclarece um crime envolvendo uma pessoa rica, foi só porque a vítima era rica”. Rebecca Cordeiro Delegada de Homicídios

“Não podemos esperar para recolher mais um corpo de morador de rua na lata do lixo”. Alfredo Gaspar de Mendonça Neto Coordenador do Gecoc.

“MPE deve investigar a Polícia Civil” Mas o secretário Pedro Montenegro vai mais além nas críticas à Polícia Civil. Ele quer que, paralelo às investigações policiais sobre as mortes de moradores de rua, o Ministério Público investigue ainda a Polícia Civil alagoana. “Claro. O Ministério Público é o órgão de controle externo da atividade policial. Portanto, tem competência e a obrigação de investigar porque esses crimes não foram investigados como manda a legislação”, afirmou. Para Montenegro, alguém na instituição deve ser responsabilizado pelo fato de as investigações não terem avançado. “Se a autoridade policial alegar que faltou tempo, que requeira tempo. Se falta estrutura em sua delegacia, que o Governo do Estado dê condições para o andamento das investigações. O que não pode é continuar essa matança desenfreada e a gente só lamen-

tando uma morte após a outra”, afirmou. Segundo Montenegro, no relatório sobre o número de mortes de moradores de rua, há dois em que se refere ao matador como sendo “pessoa que tinha sido assaltada pelo morador de rua” ou “assassinado por popular, após furto”. “Nestes dois casos, a polícia fala da morte, da motivação, de quem seria o criminoso, mas não o prende nem apresenta seu nome. Isso não é investigar”, disse o secretário. Montenegro criticou ainda o fato de, em dois inquéritos que a polícia diz ter concluído, enviar o relatório à Justiça com os apelidos dos matadores: “Mussun” e “Boneca”. “A Justiça devolveu o inquérito porque precisa do nome completo e da qualificação do acusado. Não se trabalha com estes tipos apelidos”, disse o secretário. (D.F.)

“Esses crimes estão ocorrendo devido à guerra do tráfico”. Arnaldo Leite, Capela Coordenador do Projeto Guardião.

Quanto à motivação para os assassinatos de moradores de rua, as opiniões são divergentes. Em geral, ela varia entre questões pessoais, dívidas com o tráfico e outras que até ontem, mais de dez meses depois do primeiro assassinato, a polícia ainda não sabia a quê ou a quem atribuir. Há a desconfiança da existência de um grupo de extermínio formado por policiais civis e militares, ex-policiais e integrantes da milícia armada que trabalha no centro de Maceió contratados pelos donos de lojas. Neste caso, admite-se a possibilidade de alguns assassinatos estarem ligados a este grupo. No entanto, não há provas para justificar estas desconfianças. Para a Polícia Civil, não há nenhuma ação organizada contra os moradores de rua. Irritada com as críticas que vem recebendo e com a pressão da imprensa sobre seus ombros, a delegada Rebecca Cordeiro nega-se a falar sobre o assunto com os repórteres e, durante reunião no MPE negou-se a falar diante da presença de uma jornalista. O clima esquentou e a delegada ameaçou a se calar na reunião, até que a jornalista se retirou em respeito aos promotores do Gecoc. Adelegada não acredita em ação de grupo de extermínio. Quando as investigações estavam apenas no começo, ela descartou a hipótese de crime organizado e atribuiu os crimes às

desavenças pessoais e a problemas com o tráfico de drogas. Da mesma opinião é o coordenador do Projeto Guardião, Arnaldo Leite dos Santos, o Capela. Para ele, as mortes de moradores de rua em Maceió não têm nenhuma relação com ação de grupo de extermínio. “Acreditamos que esses crimes estão diretamente ligados ao tráfico de drogas”, comentou. Capela argumentou dizendo que a própria polícia atribuiu 80% do número de assassinatos ocorridos em Alagoas às ações do tráfico e que se isso acontece com quem tem endereço fixo, ocorre também com quem está nas ruas. “Acriminalidade cresce com quem tem uma casa para morar e cresce também com quem mora na rua”, afirmou. O coordenador do Projeto Erê, Átila Vieira, não foi claro quando, na audiência pública, tentou dar sua opinião sobre a motivação para estes crimes. Primeiro, ele falou o tempo todo em menores nas ruas e, na relação de mortos não há meninos. Depois, não fez a acusação com precisão quando quis atribuir o fenômeno às ações de um grupo de extermínio. Mas foi enfático quando disse que a Polícia Civil é célere para apurar crimes cujas vítimas são parentes de pessoas influentes no Estado, quando isso não acontece com os casos envolvendo vítimas pobres, pretas e prostitutas. (D.F.)

Prefeitura dobra vagas nos albergues O secretário municipal de Assistência Social, Francisco Araújo, disse que a sua contribuição, enquanto gestor, é acatar sugestão do Ministério Público e criar mais vagas nos albergues de Maceió. “Acatamos a ideia, concordamos com ela e vamos ampliar o número de vagas para pessoas que não têm onde pernoitar”, disse o secretário. Na verdade, na situação em que o caso se encontra hoje exige mais investigação policial para evitar impunidade. O promotor Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, coordenador do Gecoc, afirma que as autoridades devem agir o mais rápido possível para evitar novos crimes. “Não podemos esperar

para resgatar o corpo de mais um morador de rua na lata do lixo. Não precisamos esperar por mais corpos. Temos que agir rapidamente. Primeiro, proteger os que estão vivos e depois investigar com rigor os crimes que ocorreram para não deixar que reine a impunidade”, disse o promotor. No encontro que teve com as autoridades envolvidas neste caso, o promotor sugeriu ao delegado-geral, Marcílio Barenco, e à delegada Rebecca Cordeiro, a nomeação de um delegado especial para cada caso. Mas, para o MP, se um delegado assumir pelo menos dois casos já é o suficiente para tentar esclarecer. (D.F.)

Encontros e cobranças por soluções “O que podemos fazer é dobrar o número de vagas nos albergues”. Francisco Araújo Secretário municipal de Assistência Social.

Na próxima terça-feira, o presidente da OAB em Alagoas, Omar Coêlho de Mello, e o assessor especial da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, Ivair Augusto Alves dos Santos, se encontram com o procuradorgeral em exercício, Sérgio Jucá, e com o prefeito de Maceió, Cícero Almeida. Com o prefeito, os dois vão discutir a implantação de políticas públicas e programas sociais para moradores de rua. Com o MPE, será discutida novamente a situação das

investigações em torno dos assassinatos de moradores de rua. Na última sexta-feira, o governador Teotonio Vilela Filho determinou a direção-geral da Polícia Civil o reforço nas investigações dos assassinatos dos moradores de rua. O delegadogeral da Polícia Civil, Marcílio Barenco, apresentou ao governador as informações sobre o andamento das investigações e das medidas que estão sendo adotadas para o esclarecimento dos crimes. (D.F.)

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O caos nosso de cada dia Carros, ônibus, caminhões, bicicletas e até carroças nas ruas de Maceió; a “torre de babel” que não respeita regras nem limites Marco Antônio

Láyra Santa Rosa Repórter

Começo da manhã. O trânsito já fervilha nas principais vias de Maceió. Basta chegar perto das 8h, que as grandes filas de carros já se formam. A quantidade de semáforos e o número exagerado de veículos deixam a cidade num verdadeiro caos. Não adianta seguir por vias alternativas: o congestionamento está por toda a parte. A situação chegou ao extremo. Como se não bastasse a quantidade de carros nas ruas, os motoristas dão a impressão que estão numa competição para apontar quem é o mais apressado. Parece que estão todos atrasados e não importa quem esteja pela frente. É uma verdadeira guerra de nervos: carro competido por espaço com motos; motos driblando qualquer obstáculo, até ônibus e caminhões de cargas. Os caminhões, aliás, circulam por toda cidade, sem nenhuma limitação de horário. Já os pedestres ficam muitas vezes esquecidos, sem ter opção para atravessar ruas e avenidas. Outras vezes são eles quem enfrentam, sem mostrar a mínima cautela, a loucura do trânsito. Além deles, os ciclistas e até as carroças circulam livremente por qualquer avenida. O maceioense, sem dúvida, não está acostumado com a nova realidade de congestionamentos. É comum motoristas estressados, apressados e muitos, sem nenhuma educação. É justamente essa falta de respeito, comum no trânsito, que dá espaço para as manobras mais arriscadas possíveis. Basta observar a quantidade de

“trancões”, motoristas pela contramão e até em alta velocidade, em vias secundárias. O problema no trânsito não para por ai, vai além dos motoristas de carros e motocicletas, também atinge aos pedestres, usuários de ônibus e ci-

clistas. Quem precisa do transporte coletivo é obrigado a se deparar com a demora, superlotação e ainda, o risco de serem vítimas da violência. Os que estão a pé, nem se fala, encontram calçadas quebradas ou ocupadas pelos carros que

fazem de estacionamento, sendo obrigados a circular pelas ruas. E os ciclistas que precisam andar pelas ruas, não têm a segurança necessária das ciclovias. Diante de tantos problemas, que envolve desde falta de es-

trutura da cidade, crescimento desordenado da frota de veículos, problema nos coletivos, planejamento de trânsito, falta de ciclovias e de educação no trânsito, Maceió se transformou numa verdadeira “torre de babel”. Chegando em alguns

pontos a se tornar uma cidade sem lei. Basta não ter a presença de um guarda municipal fiscalizando, que as pessoas se aproveitam para cometer fazer qualquer coisa e, neste caso, quase sempre são imprudências.

Paciência, mesmo com experiência “Algumas soluções são paliativos” Yvette Moura

Andar em Maceió é, sem dúvida, um teste de paciência. Principalmente, se o horário escolhido for o de pico. Não importa qual a via escolhida, o difícil é encontrar uma que esteja livre para circular. O problema se repete por toda parte: na Ponta Verde, no Poço, no Farol, na Cambona ou na Serraria. Tudo se resume a uma palavra: congestionamento. Para os motoristas, basta perguntar sobre o trânsito na cidade e a resposta vem quase em uníssono: caos. A gestora de eventos, Flora Almeida, que dirige há 21 anos, comenta que o trânsito mudou muito nos últimos tempos. “O volume de veículos cresceu bastante nos últimos anos e se tornou um caos total. Meu percurso é normalmente entre a Via Expressa e avenida Durval de Góes Monteiro e Fernandes Lima, exatamente as mais congestionadas. O trânsito está insuportável. As pessoas não respeitam as outras, é um excesso de buzinas e imprudências”, comentou. Diante de tanto problema, a gestora de eventos conta que existem momento que o estresse no trânsito a atinge. “Eu xingo bastante quando acabo sendo vítima da imprudência dos outros. Outra coisa que me chateia é o trânsito lento. Tem horas que não aguento e o jeito é explodir. Dirigir em Maceió está difícil”, contou. “Nunca bati em ninguém, mas já fui vítima de outros motoristas. Já bateram no fundo do meu carro e já levei um trancão de um ônibus, que só não bateu porque subi na calçada. Mas, o pneus estouraram e foi um grande transtorno”, contou. O taxista Lourenço Barros de Aguiar também falou da situação crítica que estão as ruas da capital alagoana. “Faço ponto no Centro e andar por aqui é um desafio. O trânsito é desorganizado. Os carros estacionam nas ruas sem deixar espaço para os outros veículos

Flora é habilitada há 21 anos e diz que nunca esteve tão difícil dirigir

passarem. é uma verdadeira confusão, que se repete por toda Maceió. Nunca esteve tão complicado de dirigir por aqui”, desabafou o profissional que trabalha no trânsito. “Já foi o tempo em que existia horário para trânsito. Toda hora tem congestionamento em Maceió. Como trabalho no trânsito há dezessete anos, já estou acostumado e tento manter a calma sempre, se não for assim, fica complicado”, ensinou. Para Luiz Alberto Fragoso, que também é taxista, falam novas vias em Maceió e menos semáforos para diminuir os problemas nas vias. “A gente chega em cidades como Aracajú, que é menor que Maceió e encontra um monte de viadutos e pouco trânsito. Aqui em Maceió é o contrário. Por toda parte é congestionamento. Faltam vias. Sem falar na grande quantidade de semáforo. É estressante trabalhar no trânsito daqui. As vezes bate uma raiva dessa situação. O jeito é segurar a pancada e esperar para desestressar quando chegar casa”, falou. Também dividindo as tensões do trânsito, o motorista

profissional Ênio Cirilo, que trabalha numa empresa de comunicação, comenta sobre a dificuldade de circular pela cidade. “O trânsito está caótico. Principalmente no meu caso, que vivo nesse corre-corre da imprensa e tenho que ser rápido para não perder a informação. Preciso correr e acabo me deparando com o congestionamento por toda a parte. Por mais que corte por vias alternativas, sempre me deparo em trânsito. É difícil dirigir nessa cidade”, afirmou. Quando não está trabalhando, Ênio é um adepto da bicicleta. Ele conta, que muitas vezes, quando vai ao trabalho, prefere virar ciclista do que se arriscar a pegar um coletivo. “Quando vou ao trabalho de bicicleta demoro cerca de 20 minutos, se for de ônibus o tempo quase dobra. Além da demora para passar os coletivos, ainda tem o fato de ter o congestionamento comum de todas as manhãs. De bicicleta, corto caminho e num instante chego. Para mim é o meio mais rápido, diante desse caos que se transformou o trânsito de Maceió”, completou. (L.S.R.)

Yvette Moura

Os especialistas em transportes também apontam os problemas nas vias da capital alagoana, que culminam em grandes congestionamentos. O primeiro deles seria o aumento da frota de veículos, impulsionado pelas facilidades de aquisição. “Por mês, saem das lojas cerca de quatro mil carros. O que já era difícil de controlar, com esse aumento da frota piorou bastante. Sem falar que as pessoas não têm consciência da situação e andam sozinhas nos veículos. Andar nos transportes coletivos, se tornou fora de questão. Estamos chegando no momento de se fazer o transporte solidário, dando caronas e diminuindo um pouco o número de carros nas vias. Apesar de que isso não resolveria o problema, o que falta mesmo é planejamento”, justificou o professor universitário Antônio Facchinetti, especialista em transporte. Outro grande problema, segundo Facchinetti é em relação à falta de pesquisas, estudos e investimentos na área de trânsito em Maceió. “Não temos nenhum tipo de pesquisa no trânsito em nossos órgãos nem na Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), no Detran, no DER-AL ou no DNIT-AL, seja de acidentes, seja de volume de veículos, seja do crescimento da frota. Falta planejamento e estudos. Quando se precisam de dados, tudo é feito em poucos dias ou semanas e que não se tem como fazer sua projeção pois não existem sequências para analisar a situação. Sem dúvida, isso prejudica qualquer análise científica sobre o trânsito de Maceió”, afirmou o professor. Facchinetti colocou que essas obras feitas para melhorar o trânsito em Maceió são apenas para curto prazo. “Não adianta apenas fazer viadutos, contornos de quadra, que são todos projetos paliativos e

Fachinetti diz que faltam pesquisas e investimentos em Maceió

duram pouco tempo. A engenharia não acompanha o desenvolvimento das cidades. É preciso uma mudança no que diz respeito ao trânsito, com estudos e planejamentos específicos, coisas que pouco acontece”, falou. “É preciso investir em outras formas de transporte como o Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), que está numa situação que pode acabar não acontecendo; e também o investimento nos coletivos, trazendo para a capital, ônibus com qualidade, confortáveis, com uma melhora da frota e maior agilidade. Talvez essa situação minimizasse o problema”. O professor acredita, que para a melhorar o trânsito será necessário voltar aos velhos tempos. “Antigamente as pessoas usavam o transporte de massa. Eles tinham mais qualidade e eram mais ágeis. Hoje, não se tem como fazer isso, diante do descaso com a frota de ônibus e falta de outras al-

ternativas”, falou Facchinetti. “Infelizmente, os nossos governantes não incentivam outros tipos de transporte como as bicicletas, que poderiam ser outra opção, inclusive mais econômica. Porém, faltam ciclo faixas e ciclovias. Ciclistas e pedestres são esquecidos pelos nossos administradores”, lamentou. Facchineti completou dizendo que para melhorar o trânsito na cidade é preciso um trabalho de conscientização de todos. “Os motoristas precisam aprender, se educar, entender que as prioridades no trânsito são os pedestres, em primeiro lugar e os ciclistas logo em seguida. Se a nossa legislação fosse obedecida só com prioridade, redução na ultrapassagem e distância lateral, não haveriam mortes com ciclistas e pedestres no trânsito. A pressa de motoristas pode representar a morte de pedestres, ciclistas e deles mesmos”, completou.(L.S.R.)

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Lula Castello Branco

Motonetas: problema a preço popular Uma verdadeira febre. É exatamente isso que essas motonetas de até 50 cilindradas se tornaram dentro da cidade. Esse novo tipo de transporte, menos veloz do que as motocicletas, caiu no gosto popular e é vendida até em supermercados. Mais em conta do que as motos, mais velozes e com menos exigências para dirigilas, esse veículo ganha mais espaço nas ruas a cada dia. O problema é a falta de regulamentação. A maioria não tem placa. Os donos não utilizam equipamentos de segurança, como o mais básico de todos que é o capacete. Para completar, os motoristas não têm a mínima noção de trânsito, já que não é cobrada a carteira de habilitação para conduzi-las. É comum ver nas principais vias da capital alagoana, esses veículos se espremendo entre os carros, numa verdadeira guerra por espaço. Regulamentar esse tipo de transporte é responsabilidade da SMTT. Entretanto, diante de tantos outros trabalhos, esse acaba sendo deixado de lado.

“A SMTT não está tendo condições de licenciar esses veículos. São muitas outras questões de trânsito para se trabalhar na cidade, onde essas motonetas acabam sendo esquecidas. Porém, o Cetran, está tentando, junto ao Detran e à SMTT formalizar um acordo a regulamentação desses veículos”, explicou Sangreman Lessa. “Já sabemos que esse problema existe e que ele é sério. Existem muitas irregularidades cometidas por esses veículos, principalmente por que eles não respeitam as leis de trânsito. Não têm placa, não têm como serem punidos e acabam não cumprindo as leis”. O superintendente Municipal de Transporte e Trânsito, Jorge Coutinho, falou que a situação das motonetas está sendo analisada. “Estamos estudando a melhor maneira de fiscalizar essas ‘cinquentinhas’. Cabe a SMTT regulamentar e ao Detran emitir a carteira de habilitação. Estamos tentando moldar estratégias que possam inibir ou controlar a venda”, colocou. (L.S.R.) Lula Castello Branco

A Fernandes Lima e os eternos problemas da via mais movimentada

Carros, motos, ônibus e caminhões disputam espaço nas vias de Maceió

Maceió não foi projetada para ter tantos carros O presidente do Conselho Estadual de Trânsito (Cetran) José Sangreman Lessa, afirma que o problema que acontece em Maceió é reflexo de todas as cidades do país. “As arteriais diárias não estão mais comportando esse volume de carros. Isso acontece aqui e em todas as cidades do país. É preciso um trabalho de abertura de novas vias e avenidas, melhora do serviço público de transporte e a conscientização das pessoas em deixar seus veí-

Se uma rua travar, todas as outras vias da cidade param. Vamos fazer uma grande mudança naquela região para liberar as vias, forçando as pessoas a deixarem seus carros em casa ou usar estacionamentos. Vamos organizar aquela situação, onde será proibido parar veículos nas ruas, estendendo para o Jacintinho e Tabuleiro do Martins”, antecipou. Em relação à situação do transporte coletivo, bastante criticado por usuários e estudiosos do trânsito, Coutinho adiantou que em breve novas licitações devem ser feitas. “Afrota está passando por um processo licitação. Até o final do ano devem acontecer novas mudanças que vai melhorar a qualidade dos ônibus. Temos consciência que o problema existe e estamos tentando resolver”, adiantou. “Aidéia é aumentar a frota e quantidade de linhas, principalmente na área com maior fluxo. Além de querermos criar um transporte diferenciado, com mais qualidade. Com ar condicionado, bancos mais confortáveis, que possam fazer com que as pessoas voltem a usar os ônibus. É uma medida que deve acontecer em breve”. Jorge Coutinho completou dizendo que a melhora do trânsito também deve da conscientização do cidadãos. “A consciência no trânsito está precisando ser trabalhada e mudada. Hoje as pessoas são egoístas e individualistas. Em breve, devemos trabalhar uma forma de humanizar o trânsito, fazendo com que as pessoas entendam que é um problema de todos. Estamos tentando fazer a nossa parte, mas precisamos do apoio da população”, completou. (L.S.R.) Yvette Moura

Jorge Coutinho assegurou o aumento da frota e linhas de coletivos

Por toda a cidade o mais fácil de encontrar são os semáforos e os redutores de velocidade. A última grande mudança nesse sentido foi a montagem e funcionamento de uma lombada eletrônica na baixada da Avenida Rotary. A medida na via que é ponto comum de acidentes gerou bastante controvérsia, já que a velocidade permitida é de apenas 40Km. “Essa medida se baseia em análise técnica feita pelos técnicos da SMTT. Eu não concordo

Yvette Moura

Foco em investimento e planejamento Não tem como se falar de caos nas avenidas e vias de Maceió, sem ouvir a versão da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT). Afinal, ela é órgão gestor das vias municipais e responsável por todo o planejamento do trânsito na cidade. O superintendente da SMTT, Jorge Coutinho, falou detalhes sobre o problema e fez uma análise sobre o passado, presente e o futuro do trânsito maceioense. “Essa questão do trânsito começa com o crescimento da cidade. Uma migração da zona rural para a urbana, que inchou a cidade, criando bairros na zona canavieira sem nenhuma estrutura. Nada foi planejado pelo Poder Público. O problema começa por aí”, explicou. “Temos três corredores de transporte que são os principais pontos de congestionamentos: Mutange, Fernandes Lima e Via Expressa. Todo o fluxo de veículos passa por esses três lugares. Aoutra questão é que a cidade está crescendo e o congestionamento vai onde está o cidadão. Sabemos bem que é preciso investimento e planejamento”. O superintendente analisou a situação das principais vias da cidade e disse que estudos estão sendo feitos para tentar melhorar os problemas. “A Fernandes Lima e a Durval de Góes Monteiro são problemas crônicos, por não termos nenhuma alternativa de expansão. Pensamos em reduzir os canteiros e até de mudar os pontos de ônibus para do lado contrário, mas tudo depende de estudo. Podíamos optar pela desapropriação, mas além de depender da Justiça, ainda tem o gasto”, contou. “Temos ainda o problema no trânsito do Centro.

culos em casa. Hoje, trânsito é um problema social e educativo”, afirmou. De acordo com Sangreman Lessa, a capital alagoana não foi projetada para o trânsito de hoje. “Sinto que a SMTT vem tentando melhorar, mas existem problemas de recursos. Sem contar que numa hora a obra feita resolve o problema, mas como trânsito é muito dinâmico, pouco tempo depois está tudo congestionado”, disse.

Quando construída, a Avenida Jornalista Márcio Canuto ligará...

com a velocidade estabelecida, ela deveria ser no mínimo de 60Km/h para não causar transtornos no trânsito de veículos e atenderia aos moradores da região. O local é cheio de curvas e com declives com mais de 6% de inclinação o que não permite uma visibilidade boa nem de dia nem de noite. Dessa forma, pode acabar provocando acidentes entre veículos e com os pedestres que forem pegos desprevenidos”, falou Antônio Facchinetti. (L.S.R.) Yvette Moura

... a Avenida Rotary ao Barro Duro e vai melhorar acesso à região

Mudanças devem acontecer ao longo de 2011 O trânsito em Maceió deve passar por mudanças radicais até o final de 2011. O maceioense terá que se acostumar com novos viadutos, avenidas, ruas e até com a mudança no sentido de percurso em algumas vias por toda a cidade. As ações fazem parte do planejamento da SMTT e da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminfra), para minimizar o congestionamento na capital alagoana. “Estamos cheios de projetos, alguns já em andamento e outros sendo iniciados, que devem mudar a cara do trânsito em Maceió. Temos grandes obras que vão melhorar bastante o problema do congestionamento nas vias da capital”, falou o secretário de Mozart Amaral. “Vamos mexer no trânsito da parte baixa da cidade, modificando o sentindo de várias ruas e aproveitando outras que hoje não são tão utilizadas. Poço e Jatiúca devem passar por essas mudanças. Na parte alta da cidade ela também deve acontecer, mas com a criação de novas avenidas”. Entre as primeiras medidas para desafogar o trânsito na parte de Maceió, deverá ser inaugurado até abril, a Avenida Jornalista Márcio Canuto, que ligará a Rotary ao Barro Duro. “Assim que ela ficar pronta, o trânsito da Via Expressa e daquela região próxima ao Fórum que é bastante congestionada vai melhorar. A nossa idéia é que ela seja um grande giratório, onde os veículos seguirão num sentindo único. Tenho certeza que o trânsito vai melhorar bastante nessa área”,

Mudanças nas vias da capital devem acontecer durante o próximo ano: alterações positivas no trânsito

afirmou. “Mas essa via não deve parar por aí. Temos a idéia de criar, através dela, a LesteOeste II, que passará pelo Fórum e levará o trânsito para próximo do GBarbosa Praia, onde será construído um Shopping. Ainda está em estudo e negociação, mas esperamos poder realizar essa obra”, adiantou o secretário Para os moradores do Conjunto José Tenório, além da Ecovia Norte, que terá uma das vias passando pelo bairro, também será criado uma Avenida que levará o tráfego para próximo ao Sítio São Jorge. “Estamos com o projeto pronto. O terreno também já está

sendo negociado. Agora vamos precisar arrumar recursos para criar a Avenida que irá, sem dúvida, desafogar o trânsito naquela região e até da própria Fernandes Lima. Acredito que até o final do próximo ano, essa avenida esteja pronta. Será uma grande obra”, disse. “Essa será uma obra estruturante, assim como as outras que estamos fazendo. Esperamos em breve que o trânsito de Maceió passe por uma grande transformação. Não temos como mexer em Avenidas como a Fernandes Lima, mas fazemos outras vias alternativas para melhorar o trânsito na região”. Além dessas obras, Mozart

Amaral falou de projetos mais complexos como é o caso da obra do Vale do Reginaldo, que deve acontecer em 2011; a criação da Via Lagunar, que deverá melhorar o trânsito na região de Bebedouro, Cambona, Virgem dos Pobres e Mutange, inclusive com a construção de um viaduto. “A Via Lagunar será uma obra enorme. Queremos ampliar a área desde o Virgem dos Pobres até o Rio Novo. Aprimeira etapa será até o Riacho do Silva. Em relação ao viaduto da Cambona, a empresa que irá construir está sendo licitada e acredito que, em janeiro, devemos iniciar as obras”, garantiu. (L.S.R.)

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Universidades

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Turma da pesada

Obesidade atinge animais de estimação e pode gerar vários problemas de saúde Fabyane Almeida Estagiária*

Muitos cães e gatos que são considerados “fofinhos”, por estarem acima do peso, escondem por trás dessa aparência um mal que pode lhes trazer várias doenças. Esse sobrepeso dos animais, como é chamado pelos médicos veterinários, pode ter uma relação com o comportamento do dono. O excesso no consumo de calorias diárias pode gerar vários problemas de saúde aos bichos, tais como: altas taxas de colesterol e triglicerídeos, diabetes, hipertensão, dificuldades respiratórias, problemas no coração, nos ossos e até mesmo câncer. Para algumas raças, a obesidade é um fator decisivo na qualidade de vida dos pets, mas, mesmo assim, não é considerada pelos donos como uma consequência relevante. O sobrepeso animal pode ser decorrente da

ausência de exercícios físicos, ou, algumas vezes, ter relação com outros problemas de saúde, mas, na maior parte dos casos, o dono é quem acaba estimulando, sendo o único responsável pelos excessos alimentares. Segundo a médica veterinária Giovana Anderlini, o melhor alimento para cães e gatos é a ração, pois já vem balanceada com a quantidade específica de nutrientes para o dia. “As embalagens de ração informam a quantidade ideal, que varia de acordo com o porte, raça, peso e tamanho do animal”, disse. O correto é que os donos coloquem a ração e, após 30 minutos, retirem o que restou. Dessa forma, o animal está sendo condicionado e evitando uma futura obesidade. Mas, de acordo com a médica veterinária, não é isso que acontece na maioria das vezes. “O dono coloca a quantidade que ele acha necessário, e isso gera um excesso de ração para

o animal, ultrapassando as necessidades nutricionais”, explicou. Outro fator agravante é a falta de consciência dos proprietários, que dão vários petiscos para os animais durante o dia. “As pessoas costumam dar queijo, pão, carne. Mas esse tipo de alimento contém uma quantidade calórica muito alta para o organismo de um cão, já que o processo de digestão é diferente”, contou a veterinária. Apesar das diferenças metabólicas, homens e animais padecem do mesmo mal, o sedentarismo. Que também contribui para a obesidade. Muitos animais vivem em apartamento com seus donos, não caminham, não passeiam, não gastam energia. O animal acaba se acostumando a não se exercitar. Segundo Giovana Anderlini, os animais castrados têm mais tendência a ter problemas com o peso, pois, com a diminuição do metabolismo, acu-

mulam mais gordura. Hoje, as pessoas estão mais conscientes porque as consequências do sobrepeso são mais frequentes nos animais. “O ser humano tem problemas nas articulações, no coração. Assim acontece com os bichos, que acumulam gordura no fígado, podendo gerar doenças como a lipidose hepática. Já os cães que têm a coluna muito longa, raça Teckel, se estiverem obesos podem desenvolver hérnia de disco”, afirmou, dizendo que animais de qualquer raça podem ter artrites e artroses ocasionada pela sobrecarga das articulações. “Além dos problemas cardíacos. Aobesidade diminui a longevidade”. Os cães de grande porte vivem menos, pois envelhecem mais cedo devido ao peso e às complicações que são desencadeadas pela obesidade. *Sob a supervisão da Editoria de Cidades

Yvette Moura

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Ajuda deve partir do seio familiar Os cuidados com os pets devem começar a partir da mudança de hábito dos donos. Famílias onde todos têm a consciência da alimentação balanceada são mais propícias a ter um resultado favorável. Havendo crianças, estas devem ser orientadas a não oferecer doces, porque eles podem gerar problemas de pele e diarreia. “E, geralmente onde existem crianças, o tratamento dá mais certo porque elas fiscalizam os adultos da família e cobram que só ofereçam a ração. Mas tudo depende dos donos; mesmo aqueles que têm cães chantagistas não podem se comover. Eles têm que resistir e não dar a guloseima ao bichinho”, explica Giovana Anderlini. Para Patrícia Rocha, proprietária da cadela de raça Teckel chamada Dona, o sobrepeso está relacionado ao tipo de tratamento que o animal recebe no seio familiar. O responsável pela saúde e bem-estar do cão é o dono, que alimenta o pet. Sua cachorra Dona tem 12 anos, pesa 12 kg, mas o máximo seria 8 kg. Dona já fez regime orientado por médicas veterinárias, mas os pais de Patrícia não ajudam na dieta. “Meus pais dão tudo que ela quer; essa é a única solução para Dona não ficar deprimida com a minha ausência”,

disse. Acachorra fica sob os cuidados dos pais de Patrícia, recebendo tudo que deseja. Eles têm medo que Dona entre em depressão e, por isso, descontam na alimentação, prejudicando a saúde da cadela. Segundo Patrícia Rocha, as escadas da sua casa já foram adaptadas para que Dona não sofra em consequência da coluna. Ela já tomou a Obesity e não conseguiu emagrecer. Dona não faz nenhum tipo de caminhada porque a mãe de Patrícia tem medo que a cadela seja envenenada na rua, ou atacada por cães de grande porte que passeiam sem a focinheira. “Apartir dos 6 anos de idade, Dona passou a ter sobrepeso decorrente do castramento. O descontrole alimentar colabora para um ganho ainda maior do peso. Ela come muito pão com manteiga, carne e biscoito, além da ração. “Dona pede, e eles não resistem ao apelo, prejudicando o regime”, completou. Dona vai iniciar um trabalho com o fisioterapeuta, para ter uma vida melhor. Por causa do sobrepeso, seu fígado está com a taxa de gordura acima do normal. “Ela tem 12 anos, mas pode chegar a 20 anos se levar uma vida mais saudável”, avaliou Patrícia Rocha. (F.A.) Yvette Moura

Com 12 kg, Dona não caminha, não faz exercício e come o que quer

Fotos: Fabyane Almeida

Necessidade de exames de rotina Segundo Giovana Anderlini, se o sobrepeso for originário de alguma doença, é necessário identificar qual o tipo. No caso do hipotiroidismo, o cão tende a ficar um pouco acima do peso, mas é necessário corrigir esse distúrbio hormonal. “Sendo só alimentar, nós temos rações específicas para esse problema, desde a light, que é para uma perda de peso suave, até a Obesity, para a perda mais rigorosa. Além de tentarmos orientar o dono para seguir as prescrições”, falou a médica. A veterinária explicou que, inicialmente, é realizada uma avaliação para identificar a origem do sobrepeso, se há alterações patológicas, alimentares, falta de exercício ou se foi adquirido em decorrência de alguma doença. A maioria dos proprietários não resiste ao pedido do animal e compartilha tudo que come. O problema é que a comida caseira não é adaptada para os bichos. Já a ração é composta por todos os nutrientes necessários a um desenvolvimento normal, com vitaminas, minerais e carboidratos, tudo balanceado. “Aalimentação caseira pode gerar uma pelagem com a qualidade ruim, quebradiça, sem brilho, e gerar problemas articulares, fraturas com muita facilidade nos ossos, além de distúrbios oculares”, argumentou Giovana. “Durante um treinamento ou exercício, o cão pode ser gratificado com um ossinho, ou bifinho adequado, sem problema. Mas, a partir do momento em que é substituído por uma comida caseira, com sabor diferente, do paladar apropriado para o cão, isso sim atrapalha” reforçou. O espaço onde o animal vive também tem que ser adequado à raça e ao porte. “ Alguns animais precisam de lugar para correr. Tem gente que cria labradores em apartamentos; essa é uma raça muito ativa e necessita sair para passear”, completou. (F.A.)

Exercícios e cuidados com a alimentação

Joca é o “atleta” da família de Simone: só come ração, chupa gelo e, para caminhar, usa até sapatinho

Fitness, exercícios com bola e corridas são alternativas de fisioterapia para cães que têm sobrepeso

Joca é o exemplo de cachorro “atleta”: caminha três vezes ao dia e só come ração, chupa gelo e toma água. Todos esses cuidados, segundo Simone Góes, dona do cachorro, são para garantir o bem-estar do cão. “O Joca faz caminhada comigo três vezes ao dia, por um período de 40 minutos, no ritmo dele. Sempre anda de sapato para não machucar nem sujar o pé. Faço isso porque quero vê-lo bem, e quanto mais tempo estiver comigo, melhor”, disse. “Joca faz as mesmas coisas dos outros cachorros. Ele também pede comida quando estamos na mesa, mas aprendi que, se jogasse um jato de água, ele se afastava. Isso realmente funciona! Nos dias de chuva, não deixo de caminhar com ele; sempre levo para algum estacionamento coberto não deixamos de fazer o exercício”, completou Simone. A fisioterapia também faz parte do tratamento nos cães obesos, onde são realizados trabalhos de fitness, exercícios e corridas. Segundo Ana Carolina Pereira, médica veterinária e fisioterapeuta, a natação assistida é um dos exercícios mais importantes. “Trabalhar com a natação assistida nesses casos é fundamental. Entramos na água com o animal, damos o suporte e o tempo correto para a natação. Em outros estados há hidroesteira, ou esteira aquática. Nela, o cachorro fica andando dentro da água, é mais natural do que nadar e não tem o impacto do solo, da gravidade. Na água tudo fica mais leve”, disse a fisioterapeuta. CAMINHADAS - As caminhadas fora da água realizadas em gramado ou areia são necessárias para cães que já têm problemas na articulação. “São realizadas na areia, no gramado, no piso áspero, pois nesses

Ana: “Fisioterapia faz parte”

locais há o que chamamos de baixo impacto. Dessa forma, nós podemos obter um melhor resultado, sem prejudicar ainda mais a articulação”, explicou. O tratamento a laser, método usado para regenerar a articulação danificada, é um excelente antiflamatório e analgésico. De acordo com Ana Carolina Pereira, o tratamento do animal obeso varia de acordo com o objetivo e prazo para ser alcançado. ”O proprietário também ajuda, porque o trabalho do fisioterapeuta é apenas três dias na semana; nos outros dias é o dono quem realiza”. “Temos também os exercícios assistidos, onde fazemos os alongamentos, exercícios com bola e obstáculos. É sempre importante estar acompanhada do proprietário nas fisioterapias durante a sessão com duração de 1 hora. Existem exercícios que o animal responde mais com a presença do proprietário. Esse é um trabalho em conjunto com três pilares: o profissional, o proprietário e o animal”, completou Ana Pereira. (F.A.)

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Arapiraca

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ALTERNATIVA

Agreste aposta na produção de hortaliças Cultura cresceu 25% nos últimos dez anos; região se transformou em referência para o Estado Eduardo Almeida Repórter

ARAPIRACA - A cidade sempre foi conhecida pela monocultura do fumo, mas, com o declínio do setor nas duas últimas décadas, Arapiraca tem se destacado pelo cultivo de hortaliças. A produção cresceu cerca de 25% nos últimos dez anos e transformou o município em referência em Alagoas. Hoje, além de abastecer o mercado local, os produtores da cidade exportam os vegetais para os estados de Pernambuco, Sergipe e Bahia.

Para incentivar o cultivo, o Ministério da Integração Nacional e a Secretaria de Agricultura desenvolvem, desde o ano de 2003, o Projeto Cinturão Verde, que contempla dezenove comunidades e beneficia mais de 300 famílias. Os agricultores recebem assistência técnica e participam de capacitações para otimizar os recursos disponíveis e ampliar a área de produção, que está concentrada nas partes sul e leste do município. O secretário de Agricultura, Manoel Henrique Cavalcante, explica que a ideia de diversifi-

car as culturas e fortalecer a agricultura familiar surgiu no início dos anos 2000. Em 2001, foi realizado o levantamento sócioeconômico dos produtores. Em 2002, foram apresentados os dados, selecionados os trabalhadores rurais e elaborado o projeto. E, após a implantação, em 2003, foram realizadas capacitações com equipes técnicas. “Com o declínio da cultura fumageira, entre as décadas de 80 e 90, a produção de hortaliças ganhou espaço. Estima-se que, até o início dos anos 2000, o cultivo de vegetais representasse

apenas 5% de tudo o que era produzido pela agricultura. Hoje, calcula-se algo em torno de 30%. Um crescimento significativo para o prazo de dez anos. O Projeto Cinturão Verde é um dos responsáveis pelo aumento”, explicou Cavalcante. O crescimento do setor tornou Arapiraca auto-suficiente na produção de folhosas, como são denominados vegetais como alface, coentro, couve e cebolinha. No entanto, o município tem investido na diversificação dos produtos, com plantações de quiabo, berinjela e cebola. Outra apos-

ta dos agricultores é a produção de alimentos orgânicos, ou seja, que são cultivados sem a utilização de defensivos agrícolas para o combate de pragas. “O cultivo orgânico é uma tendência da atualidade, porque os consumidores buscam produtos saudáveis, que não ofereçam riscos à saúde. O projeto tem hoje 24 agricultores cadastrados. O número ainda é pequeno, se comparado ao total de trabalhadores que integram o Cinturão Verde, mas, aos poucos, estamos diminuindo o uso de agrotóxicos e conscientizando

tanto os agricultores como os consumidores”, acrescentou o secretário. Integram o Projeto Cinturão Verde as comunidades Boa Vista, Alazão, Batingas, Bálsamos, Furnas, Cajarana, Taquara, Laranjal, Ingazeira, Poço de Santana, Vila Bananeira, Piauí, Terra Fria, Flexeiras, Pau D’Arco, Gruta D’Água, Ingá, Bom Jardim e Cangandú. A Secretaria de Agricultura de Arapiraca não tem dados oficiais sobre a área de cultivo, mas, conforme técnicos da pasta, as plantações ocupam propriedades de pequeno e médio porte.

Fotos: Eduardo Almeida

Atravessadores elevam os preços

Folhosas substituem plantações de fumo ARAPIRACA - É num misto de saudosismo e orgulho que o agricultor Luís da Silva, de 43 anos, conta como abandonou as plantações de fumo para produzir folhosas no povoado Furnas, na zona rural de Arapiraca. “Era do fumo que tirava o sustento de minha família. Foi um choque ter que abandonar a cultura, mas há males que vem para o bem. Hoje, plantando hortaliças, consigo faturar bem mais e em um espaço de tempo menor”. Conforme o agricultor a desvalorização do fumo, durante as décadas de 80 e 90, obrigou ele e a família a procurar uma alternativa para sobrevivência. As facilidades para a produção e a localização do terreno foram os principais fatores que o levaram até a horticultura. “Como essa área é conhecida pelo volume de água no lençol freático e há muitos produtores de folhosas aqui, decidi apostar nessa cultura”, acrescentou. Aaposta de Luís da Silva deu certo e a plantação, que começou de forma modesta, hoje é comercializada em Arapiraca e em cidades vizinhas. “Eu vendo cerca de 1.500 pés de alface por semana, mais de 1.000 pés de cebolinha e cerca de 3.000 mil pés de coentro por mês. Os vegetais crescem rápido e o dinheiro está sempre gi-

rando. O tempo médio que cada variedade leva para ser comercializada é de 45 dias”, explicou. A agricultora Edvânia de Oliveira, de 21 anos, planta hortaliças há cerca de quatro anos e diz que a atividade gera, em média, R$ 1.200 por mês. Ela é auxiliada por outras duas pessoas, que recebem de acordo com as vendas. O marido de Edvânia é o responsável pela comercialização dos produtos, que são enviados para feiras livres e supermercados de Arapiraca e para a Central de Abastecimento de Alimentos de Maceió. “Além de ser mais lucrativo que o fumo, a comercialização de hortaliças tem a vantagem de dar retorno mais rápido. Nós plantamos e colhemos todas as semanas. Os produtos são distribuídos para supermercados e feiras livres de Arapiraca e de municípios do entorno”, informou a produtora rural. Edvânia explica que a estratégia adota por ela e pelo marido é investir nos produtos que têm maior demando no mercado. “Nós plantamos coentro, alface e salsa, porque têm mais saída. Apesar da concorrência, sempre há procura por esses produtos. O nosso diferencial é o fato de não utilizarmos defensivos”, conclui.

Plantações ocupam área conhecida como “Cinturão Verde” e partes sul e leste da cidade

Secretário afirma que plantações reprensentam 30% da produção agrícola de Arapiraca

ARAPIRACA - Apesar do crescimento na produção de hortaliças, os trabalhadores rurais da região Agreste enfrentam um problema antigo: os atravessadores. Eles escoam os produtos para supermercados e feiras livres e, conforme os próprios agricultores, são responsáveis pelas altas nos preços das mercadorias. Muitas vezes, a compra acontece durante o plantio, quando o valor dos produtos está até 500% abaixo do preço de mercado. “Eles [atravessadores] compram a mercadoria e revendem em grandes centros, como Maceió e Arapiraca. Um pé de alface, por exemplo, é vendido para o atravessador por R$ 0,20 ou R$ 0,30 e revendido por R$ 0,60 ou R$ 0,80. Aparentemente, isso significa pouco, mas estamos falando em mais de 1.500 pés. O lucro deles acaba sendo maior que o nosso, apesar de todo o gasto que temos”, explicou o produtor Luís da Silva, de 43 anos. A agricultora Edvânia de Oliveira, de 21 anos, afirma que, no seu caso, embora o atravessador fique com a maior parte dos lucros, ele é útil para o escoamento da produção. Ela conta que ficaria inviável para seu marido se deslocar para cidades do Agreste ou para Maceió, porque teria que empregar mais uma pessoa para cuidar da lavoura. “O atravessador é importante. Primeiro, porque ele compra a nossa produção e sabe onde vendê-la. Depois, porque não teríamos como percorrer municípios da região sem gastar com a contratação de outra pessoa ou ter despesas com alimentação, deslocamento e muito trabalho. Mas, se pudéssemos revender, nosso lucro dobraria ou triplicaria”, conclui a agricultora. O Secretário de Agricultura de Arapiraca, Manoel Henrique Cavalcante, diz que a prefeitura está tentando minimizar os impactos causados pelo atravessador. Ele explica que a secretaria tem realizado a Feira de Produtos Agroecológicos semanalmente e que tem facilitado a venda dos produtos em feiras livres e para supermercados.

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Arapiraca A16

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Colsultores Unimotos Suzuki Arapiraca comemoram sucessos de vendas

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Grand

Monde Por Aroldo Marques

E-mail: harold_marques@hotmail.com

Emmanuel Soares Nobre Junior, faz jus a empresa do seu pai campeã de vendas no mercado imobiliário

O Moto Clube Papa Léguas do Asfalto é o verdadeiro anfitrião na realização, que acontece desde o dia 5 com encerramento neste domingo dia 7 de novembro, a 6ª edição do Arapiraca Moto Fest, é um evento consagrado com destaque em nível nacional. De acordo como professor Jânio Melanias, que dêsde 1999 organiza o evento no Parque Ceci Cunha, este ano apresenta inúmeras atrações artísticas, culturais e esportivas, visando oferecer entretenimento e lazer aos visitantes e a comunidade que sempre prestigia a festa. Na programação constam exposições de equipamentos e acessórios modernos ligados ao mundo do motociclismo, shows de acrobacias, além de shows com artistas e bandas da terra como Lourenço, João Felipe, Nelsinho e o grupo Art Choro. "Haverá, também, shows com duas bandas de fora", disse Jânio Melanias, este ano o evento superou a expectativas o que tornou Arapiraca a capital do motociclismo. Parabéns Moto Clube Papa Léguas do Asfalto, que vem promovendo turismo em Arapiraca.

NOVO CORREDOR CULTURAL Revitalizada, humanizada e mo-

me. Não é mais Margarida Gonçalves e sim Margarida a Procópio, que fez parte da "República das Alagoas" na época de Fernando Collor na presidência da República.

derna assim está à nova Praça Luiz Pereira Lima, a popular Praça da Prefeitura que se constitui no novo cartão postal no centro da terra de Manoel André. Resta apenas à instalação da Banca do Argentino para dar aquele colorido especial, o espaço já está garantido conforme anunciou o prefeito Luciano Barbosa (PMDB), e será instalado dentro de 15 dias. O que se mais é admirado pelos transeuntes é o projeto paisagístico e a passarela tátil feita em especial para os deficientes visuais.

1º FESTIVAL DE COMÉDIA

Rir é o melhor remédio, quem não concorda? Para sair do marasmo e espairecer felicidade com boas gargalhadas o reA peça "As Coroas" terá reprise em dezembro médio é ir ao teatro assisno SESI Arapiraca, foto Altair Castro tir as peças teatrais que virão no formato de Fesmada. Talvez tivesse sido melhor a pretival de Comédia nos próximos dias 7, feitura ter se utilizado de um concurTEXAS PARTY 8 e 9 de dezembro, com a Cia Paraibana so pelo melhor projeto dos novos arBY MARCOS LEÃO de Teatro encenando as peças; As quitetos da cidade. Perdeu a chance de Coroas, Pastoril Profano "de Volta as nos surpreender... Onde está o novo? Para comemorar seus oito anos de Aulas" e Branca de Calvão e as Sete colunismo social e seu aniversário, o Nevinhas... Vamos viver de rir em hoMERCADO DO ARTESANATO "fervido" Marcos Leão está armando méricas gargalhadas. MUDOU DE NOME uma grande recepção em festa com o SOBRE "AS COROAS" tema country "Texas Party" onde os Pelo teor do texto veiculado nas convidados irão se inspirar na induemissoras de rádio de Arapiraca promentária do campo, da fazenda ou até Solteironas, encalhadas ou simduzido pela assessoria de imprensa do mesmo dos safáris, para eles o clássiplesmente vitalinas. Uma coisa é certa: município o Mercado cos jeans e xadrez e para elas os tons com exceção das convictas todas gostado Artesanato terra e nude ao colorido, extravaganriam de casar. de mudou tes acessórios em pedras e couro. Para A peça As Coroas com texto de de nocombinar com o astral de Marcos Leão Saulo Queiroz e Direção de Edílson é bom se jogar ao estilo saloon para Alves, conta a estória de três irbeber uma boa Raspafina de Lara mãs encalhadas, entre balzaAmorim, degustar as gulouseimas do quianas e cinquentonas , que Buffet Izabel Pinheiro... e aí os cowmoram juntas com a mãe boys e as cowgirls entrarão no clima viúva desde que nasceram. com o comando das picapes pelo DJ Com suas manias , virtudes Nando Quintela, a MPB de Júlio Uça e defeitos. Será o ápice do 1º e os hits com a cantora Irina Costa. Festival de Comédia em dePoxa! Será demais a noite do dia zembro no Sesi Arapiraca. 11 de novembro no Armazem Uzina. Marquinho arrasa! SOARES NOBRE Studio André Fon

6ª ARAPIRACA MOTO FEST

Agradecendo o excelente serviço da 1000 Graus Pizza, Harold posa ao lado do dinãmico staff que é Mil! ( foto Robert Fotografia)

AGRESTE NEWS.: OXÊNTE!

O requisitado coiffeur Zezinho Bananeira articula entra para politica

É uma pena que as obras foram apenas para replicar a estrutura existente no Ceci Cunha na praça da Prefeitura. Como a cidade investiu cerca de 411 mil Dólares (700 mil Reais) poderia ter tido um projeto bem superior, com uma ambientação paisagística que desse mais leveza e espaA promoter ço de descanso, além de equiDaniele Figueiredo pamentos mais úteis, já que locomotiva o Ceci Cunha possui uma aniversariante recebe concha acústica igual. Aracumprimentos mil piraca possui curso e estudantes de arquitetura no campus da UFAL, e com uma primeira turma já for-

Uma figura bastante expressiva no contexto social alagoano é o empresário Emmanuel Soares Nobre, bancário aposentado e atuante empresário do ramo imobiliário lidera na sua organização Soares Nobre com dez anos no mercado e nesse percurso já foram comercializados cerca de 10 mil imóveis em Alagoas. Para aguçar mais a curiosidade a Soares Nobre de janeiro até os dias de hoje já comercializou 2.500 imóveis, gerando mais de dois mil empregos diretos e cerca de dez mil indiretos e é responsável pelas vendas do Residencial Espace

em Arapiraca, colecionando sucesso de vendas. Emmanuel Soares Nobre, é um homem realizado por ser casado com Girlene de Omena Nobre e pais de três filhos, Emmanuel Junior, Emmanuelle Nobre e Lucas Nobre, todos os formandos em engenharia. Parabéns!!!

NIVER Quem aniversariou no último dia 4 de novembro foi a promoter locomotiva Daniela Figueiredo, que comemorou em petit comitê num luxuoso barzinho da capital alagoana... Entre poucos, mas bons amigos. Dani brindou sua idade nova com muita felicidade. Daqui especiais votos de sucesso. Parabéns!

PERFIL POLÍTICO O cabeleireiro Zezinho Bananeira sempre encantado com a política anda articulando seus redutos eleitorais para sair, mais uma vez, candidato a vereador nas eleições de 2012. Zezinho bananeira esteve "off" e muito triste com o falecimento de sua querida mãe... Superando essa fase o competente profissional, que é conhecido por ministrar o curso profissionalizante de novos cabeleireiros... Afirma que 2012 será seu ano de ser eleito vereador de Arapiraca. Studio André Fon

O colunista PopStar Marcos Leão ferve seu Texas Party... Ui!

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13º SALÁRIO

Pagar contas, investir ou comprar? Expectativa do setor varejista é que recursos sejam direcionados para novas compras e quitação de débitos Elisana Tenório Repórter

A perspectiva de receber o 13° salário está provocando um reboliço generalizado em integrantes de todas as camadas sociais. A maioria dos alagoanos se programa para aliviar, ou pelo menor amorte-

cer, às dívidas adquiridas no decorrer do ano. Porém, mais do que isso, as pessoas se planejam para ir as compras e, se o dinheiro sobrar, realizar um investimento ousado para mudar de vida. O que cada trabalhador maceioense fará com seu 13º salário só se saberá, de fato,

quando o e dezembro chegar e todo o montante do dinheiro for liberado. O momento atual é de especular, planejar e sonhar. Que o diga o funcionário público Marco Augusto da Silva, 41 anos, casado, pai de duas filhas adolescentes. Ele garante que economizará o mais que puder quan-

do estiver com o dinheiro em mãos. Se depender do planejamento de Marco Augusto, o 13° será direcionado para a matricula e o material escolar das filhas. “Estou calculando gastar em torno de R$ 2.200,00 com estas despesas. Ficarei sem dinheiro, mas não entrarei o ano novo endivi-

dado, como aconteceu este ano”, conta o funcionário público. Já o 13° de sua esposa - que também é servidora pública deverá ficar reservado para presentear familiares mais próximos e comprar uma roupa nova para cada filha. “Se for possível - isso vai depender do

que acontecerá daqui para frente - cada uma das meninas também ganhará um presente novo: a mais velha, um celular incrementado; e a mais nova, um laptop. Para estes presentes, contudo, iremos utilizar o cartão de crédito para parcelar as dívidas”, confessou Marcos Augusto. Yvette Moura

Comércio já registra elevação das vendas Apostando no 13° salário, ou seja, na tradição de presentear e comprar roupas e sapatos novos para as festas de fim de ano, o comércio varejista também se planeja para a data, que é considerada a melhor para o setor. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomercio) espera um aquecimento de cerca de 30% nas vendas, se for comparar com o índice deste mês. Os setores que mais deverão lucrar são calçados, vestuário, eletroeletrônico e brinquedos. Por conta disso, cada lojista já começou a criar estratégias de venda para incentivar as compras. Em uma rápida passadinha pelo calçadão do comércio ou nos shoppings centers localizados na cidade, já é possível observar o leque de promoções disponibilizadas: preços de avista com descontos de 5% a 10%; compras parceladas sem entrada e/ou em até 36 vezes. A aposentada Maria do Carmo Alencar, 61 anos, fez o contrário de Marcos Augusto. Ela nem sequer recebeu o 13°, mas já está com o dinheiro comprometido. Semana passada, dona Maria foi ao Centro, se encantou com as ofertas exibidas nas vitrines, não conseguiu segurar a vontade e terminou levando uma TV LCD, um DVD e um equipamento de som. Tudo foi comprado a longas prestações pelo crediário. Ao todo são 24 mensalidades de R$ 83,00 cada uma. “Não sei direito o valor total do que vou pagar, mas a gente parcela, né? O importante é se sentir feliz”, justifica. Ela passará os próximos dois anos pagando pelas recentes compras, mas confessa que não se arrependeu do que fez. “Tenho pouco tempo de vida; preciso aproveitar o máximo que puder ”, argumentou. (E.T.)

Nas ruas do centro de Maceió, a movimentação de consumidores tem crescido a cada dia

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Com recursos extras, Fecomércio/AL espera queda da inadimplência Além do incremento de 30% no volume de compras, o setor varejista também espera uma queda no índice de inadimplência. O consultor jurídico do Fecomércio, Fábio Guedes, estima que os atuais 3,6% caiam para 3%. “Já é tradição. Geralmente nesta época do ano acontece isso porque as pessoas reser-

vam parte do décimo para pagar dívidas”, ressaltou ele, acrescentando que o índice deverá voltar a subir entre março e abril do próximo ano. O aumento no índice das dívidas nos meses de março e abril também é reflexo das compras de final de ano e das despesas extras que sempre aparecem em janeiro, como é

o caso das matriculas, do material escolar e do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). “Daí, a importância de haver planejamento para que não aconteçam imprevistos indesejáveis”, orienta o economista Fábio Guedes. Foi exatamente isso que aconteceu com a autônoma

Maria Isabel Freitas, 35 anos. Ela possui três cartões de créditos e começou a utilizá-los simultaneamente mais do que a capacidade de endividamento permitido pelo seu orçamento. Resultado: a dívida virou uma bola de neve e tornou-se praticamente impagável. “Há mais de seis meses

que venho pagando o mínimo em dois deles. Em relação ao terceiro, pago bem mais que isso, mas, infelizmente, não consigo quitá-lo. Todos os meses, reservo 80% do meu salário para os cartões, corto despesas e, ainda assim, não consigo me livrar dos débitos, pois os juros são muito altos (geralmente ficam acima

de 12% ao mês)”, alega Maria Isabel. Ela contou que o problema começou no final de 2009, quando exagerou nas compras de final de ano. “Em seguida, fiz duas viagens e coloquei as despesas no cartão. Depois disso, as coisas só se agravaram”, disse a autônoma. (E.T.)

Os economistas lembram que no início do ano há sempre despesas extras, como compra do material escolar

Marco Antônio

Yvette Moura

Fábio Guedes, da Fecomércio: expectativa positiva para o setor

Luiz Cabral alerta para a necessidade de pesquisa sobre aplicações

Economista dá dicas de aplicação O fim do ano já bate à porta e o 13º salário vem para aliviar o bolso do cidadão. Pagar as dívidas, realizar um investimento ousado ou aplicar os recursos na poupança: qual o melhor destino para o dinheiro? O professor de Economia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Luiz Antônio Cabral, orienta as pessoas a tomar precaução e evitar gastos excessivos. “Durante o mês de janeiro, há gastos adicionais para a família. Por isso, é importante pensar nisso na hora das compras”, disse. Ele afirma que o dinheiro pode ser utilizado – pelo menos de forma parcial – para quitar ou amenizar débitos, sobretudo quando as dívidas são com cartões de crédito e/ou cheques especiais, já que os juros cobrados nessas modalidades são considerados muito altos. “É claro que a tendência do consumidor é gastar. Mas é muito importante botar tudo na ponta do lápis, calcular, para que se possa se livrar das dívidas”, frisou o economista. Na opinião do profissional, o perfil do trabalhador alagoano – formado, em sua maioria, por pessoas que ganham entre um e dois salários míni-

mos - não comporta investimentos em aplicações bancárias. A exceção fica por conta da caderneta de poupança, que é voltada para este público. “O valor pequeno do salário não permite nenhum investimento, já que o dinheiro é gasto com consumo. Para a faixa de renda básica, que é o caso deste público específico, a poupança é o investimento mais seguro. Para os demais, ou seja, para os que recebem acima de 5 salários e querem investir, é importante realizar pesquisa junto as instituições financeiras para verificar qual a aplicação mais rentável”, orienta Luiz Antônio Cabral. Para cada aplicação a curto prazo há uma modalidade diferente. Em todas elas, o consumidor precisa ficar com o dinheiro retido por, no mínimo, quatro meses. No entanto, a gerente de um banco privado localizado em Maceió, Ana Carla Lessa, afirma que o percentual de clientes em Maceió que utilizam o 13° salário para fazer este tipo de investimento ainda é muito baixo. “As pessoas utilizam o dinheiro para gastar. Não há perfil de investidor aqui”, assegura. (E.T.)

SITES AJUDAM A INVESTIR BEM O 13º COMOINVESTIR - Desenvolvido pela Associação Nacional dos Bancos de Investimento (ANBID), este portal tem como foco esclarecer ao usuário as vantagens de cada tipo de investimento, com dados sobre operação e desempenho. O site é dividido por tópicos como Mercado de ações, Fundo DI, Home Broker, entre outros, tudo descrito de forma didática para o investidor iniciante. Um extenso glossário, além de enquetes e notícias sobre o mercado financeiro, completam o serviço. BOVESPA - A BM&FBOVESPA (Bolsa de Valores de São Paulo) criou simuladores para ajudar os investidores e demais interessados a entender, na prática, como fun-

ciona o mercado de ações, derivativos e títulos públicos. Podem ser simuladas diversas operações, aplicando os conceitos básicos do mercado e mostrando como é o diaa-dia de uma bolsa. BANCO CENTRAL - Com um conteúdo totalmente didático, o site dá opções de simulação de investimentos levando em conta o panorama econômico do Brasil. O portal traz informações sobre moeda, índices da bolsa, bancos e consórcios, e apresenta de forma sucinta os primeiros passos da legislação financeira do país. PORTAL DO INVESTIDOR - O site, criado pelo Ministério da Fazenda em

parceria com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), possui vídeos com especialistas do mercado, testes e histórias, além de simuladores de investimentos. É organizado em quatro seções - investidor, acadêmico, jurídico e investidor estrangeiro -, feitas para atender aos diversos perfis de interesse. ICATU HARTFORD - Tem simulador de aposentadoria, investimentos futuros e orientação e benefício fiscal. Ele se originou da união do Grupo Icatu com o grupo norteamericano The Hartford. Mais que informações e dicas sobre o mercado financeiro, o site oferece mapa de desempenhos da bolsa e dos fundos em geral.

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FACULDADE

Classe C prioriza preço para escolher Ascensão social faz demanda por conhecimento aumentar no setor privado de ensino superior nos últimos 5 anos InfoMoney SÃO PAULO - A classe C está crescendo não apenas no que se refere ao consumo. O aumento da renda, a ampliação de formas facilitadas de financiamento e até o aumento do número de faculdades fizeram as portas do acesso à educação superior se abrirem aos jovens de baixa renda,

principalmente aos que pertencem à classe C. Colocar a educação como prioridade, para muitos desses jovens, significa melhorar suas chances no mercado de trabalho. Para a coordenadora de vestibular da Trevisan Escola de Negócios, Leticia Bechara, muitos alunos pensam que o fato de estarem no ensino superior já basta para

que as oportunidades no mercado apareçam. “O mero acesso ao ensino superior não garantirá qualidade de emprego”, afirma Leticia. “Um diploma não é sinônimo de ascensão”, reforça a coordenadora. Levantamento da Kantar Worldpanel mostra que a educação está em primeiro lugar na lista desse segmen-

to da população: 53%, se pudessem, aumentariam os gastos com esse quesito. Já pesquisa realizada pelo Ibope Mídia/Target Group Index mostra que 37% dos jovens da classe C pretendem ingressar em alguma faculdade. O que os números não mostram, porém, é que tamanha sede por entrar na uni-

versidade pode acabar se tornando uma armadilha para os jovens de classes econômicas em ascensão. Na maioria dos casos, esses alunos escolhem a faculdade pelo preço da mensalidade e não pela qualidade. “O diploma voltou a contar no mercado de trabalho”, acredita o diretor do cursinho da Poli, professor Gilberto Joseponi.

Para ele, o aluno da classe C prioriza o preço da mensalidade e a proximidade da instituição de sua casa ou trabalho. “Para eles, esse custobenefício é importante”, afirma. “Mas esse aluno esquece que o mundo do trabalho exigirá dele uma formação pessoal e de competências que a universidade não tem o papel de dar”.

Evite jogar seu diploma no lixo Embora o bolso seja prioridade para muitos estudantes, Joseponi acredita que a situação era ainda pior. “Eu percebo uma mudança. Há cinco anos, esses alunos queriam o diploma a baixo custo. Hoje, eles estão mais atentos à qualidade. Eles percebem que muitos amigos que priorizaram os preços, hoje, têm de voltar a estudar devido à baixa qualidade da faculdade que fizeram”, diz. Para não cair em ciladas que podem fazer com que, após quatro ou cinco anos, seu diploma valha pouco no mercado de trabalho, fique atento para outros critérios que vão além do bolso, sendo o da qualidade o mais importante. “Muitas faculdades abrem mão de matérias básicas”, alerta Leticia, da Trevisan. Ela aconselha os estudantes a ficarem de olho nos rankings preparados pelo MEC, como o Índice Geral de Cursos das Instituições (IGC) e a nota do Enade. “Outros critérios devem ser analisados nessa escolha também, como conhecer as es-

pecificidades do seu curso”, analisa Leticia. Ela dá como exemplo o curso de Direito: na hora de escolher a instituição, confira quantos alunos foram aprovados na prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). E se a instituição for considerada boa e, de fato, for inevitável, busque financiamentos para bancar o curso. “Infelizmente, muitos alunos que entram no ensino superior não têm conhecimento dos financiamentos estudantis oferecidos pelo governo e até por instituições financeiras, que proporcionam ao aluno estudar em uma faculdade com cursos mais conceituados no mercado”, avalia Leticia. A coordenadora também aconselha que os alunos visitem as instituições. “Visite a faculdade, veja o ela lhe oferece. Leve em conta o que ela pode lhe dar de diferencial para o mercado”, afirma. “O que importa é que você busque alternativas, para fazer valer a pena o tempo e o investimento”.

Nas salas de aula dos cursinhos e nos bancos das faculdades privadas, a presença de alunos pertencentes à nova classe média é cada vez maior

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Imobiliário

Imóveis.com Theodomiro Jr.

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PERGUNTA DO LEITOR Tenho alergia a mofo. Aluguei recentemente um imóvel e, depois de assinado o contrato, descobri que existe mofo em alguns ambientes. Não posso esperar por trabalhos de pintura. Gostaria de rescindir o contrato. É possível? (Eleanora Alves - comerciária) É possível romper o contrato quando, depois de alugado o apartamento e mobiliado, a inquilina descobre que o mesmo escondia mofo em armários? A inquilina tem a seu favor um pedido médico de mudança de local e quebra de contrato. Se os vícios eram ocultos, o cliente poderá entregar o imóvel sem ônus, argumentando a falta de condição de habitabilidade do imóvel. Caso contrário, se o problema era de fácil percepção, poderá ser entendido que a inquilina tinha conhecimento do problema e concordou com o estado do imóvel locado. Havendo laudo médico atestando a impossibilidade de permanência da locatária no imóvel, o contrato poderá ser rescindido, sem ônus, por motivo de força maior.

FINANCIAMENTO EM UMA HORA A imobiliária carioca Patrimóvel anunciou um sistema de financiamento imobiliário, que permitirá aos corretores fazer a avaliação do imóvel, a escrituração, o fechamento do contrato e a liberação de recursos. O CredPatrimóvel, parceria com o Itaú, permitirá a assinatura de contratos em apenas uma hora.

APENAS CPF Com o CredPatrimóvel, o cliente precisará apenas mostrar o CPF para efetivar o empréstimo. A novidade estará à disposição dos interessados a partir desta semana.

RITA DE CÁSSIA A construtora Rita de Cássia oferecerá um café da manhã, nesta segunda-feira, reunindo corretores, imprensa, representantes da Caixa Econômica e convidados para apresentar seu mais recentemente lançamento: o Edifício Horácio Ferreira.

HORÁCIO FERREIRA O Edifício Horácio Ferreira, localizado na Mangabeiras, traz apartamentos com três quartos, sendo duas suítes e até duas vagas de garagem. No quesito lazer, itens como piscina, playground, fitness, brinquedoteca, espaço gourmet, salão de festa, beauty center e sala de estudo com ambientes totalmente equipados.

MASTER ADEMI A comissão julgadora do Prêmio Master Ademi 2010 visitará as obras dos empreendimentos concorrentes nesta segunda e terça-feira. A festa será no Espaço Pierre Chalita nesta quinta-feira com toda a pompa e circunstância, inclusive com a presença da Seresta da Pitanguinha.

AGUARDEM NOVIDADES Está saindo do forno um novo empreendimento residencial que promete movimentar o mercado imobiliário. O problema é que este Colunista jurou de pé de junto que não anteciparia nem o empreendimento e nem a construtora. Fica a dica para que os investidores aguardem um pouco mais a novidade.

SOB SIGILO O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anuncia nos próximos dias um pacote de medidas para estimular o financiamento de longo prazo no País. Vamos aguardar. O assunto ainda é tratado sob sigilo.

EM FOCO

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Especialista lança roteiro para aquisição de imóvel Vinte documentos são necessários para uma transação segura Qual a melhor receita para se comprar um imóvel usado com segurança? Aresposta a essa pergunta pode evitar muita dor de cabeça. É o que o acha o especialista Rizzatto Nunes, doutor em Filosofia do Direito e autor de diversos livros sobre o direito do Consumidor “A melhor receita é a de que você nunca deve adquirir um imóvel sem os conselhos de um profissional especialista no assunto. Um advogado deve sempre deve ser consultado para analisar a documentação do imóvel e do vendedor.”, diz Rizzato. Antes de procurar o profissional, o interessado pode reunir as cerca de 20 certidões e documentos necessários para uma transação segura. Certidões pessoais do(s) vendedor(es) Deve ser obtidas as seguintes certidões em nome do(s) vendedor(es): - da Justiça Federal (Distribuidor do Fórum) - período de dez anos; - de Ações Cíveis (Distribuidor do Fórum) - dez anos; - das Ações da Fazenda Estadual (Distribuidor do Fórum) - dez anos; - das Ações da Fazenda Municipal (Distribuidor do Fórum) - dez anos; - das Ações de Família, em especial que certifiquem a capacidade Civil/Interdições/Curatelas (Distribuidor do Fórum) dez anos; - das Ações trabalhistas (Distribuidor do Fórum); - do Cartório de Protestos cinco anos; - da Dívida Ativa da União/Negativa do Imposto de Renda.

Local das certidões As certidões devem ser obtidas na cidade onde reside o vendedor e, também, na cidade onde está localizado o imóvel (caso o imóvel seja de local diverso da residência do vendedor). Se a pessoa residir em mais de uma cidade ou, por exemplo, residir numa cidade e tiver negócios em outra, as certidões devem ser obtidas em ambas as cidades. Se o vendedor for casado, as certidões devem ser obtidas, também, em nome do cônjuge. Se o imóvel pertencer a pessoa jurídica, as certidões devem também ser tiradas. (Ver abaixo o item sobre construtoras e imobiliárias) Onde obter certidões As certidões da Justiça Federal, das ações cíveis, das ações das Fazendas Estaduais e Municipais, das ações de Família, das ações trabalhistas e do Cartório de Protesto são obtidas diretamente nos respectivos Fóruns da Justiça Federal e Estadual. As certidões da Dívida Ativa devem ser obtidas nos postos da Receita Federal. O que dizem as certidões É pelo exame das certidões que você saberá se o vendedor pode mesmo vender o imóvel sem problema. Se as certidões forem negativas, isto significa que o(s) vendedor(es) não tem nenhum impedimento para a venda. Se elas forem positivas, isto é, se apresentarem alguma restrição, alguma ação ajuizada, protesto de título, etc., isso pode ser ou não ser impedimento

para a venda. Por isso, se as certidões apresentarem restrições, procure um advogado de confiança.

Investidor deve pedir a certidão vintenária e checar o condomínio Se você está planejando adquirir um imóvel usado e já checou as certidões pessoais do vendedor, chegou a hora de checar as certidões do imóvel. É o que orienta advogado e escritor Rizzatto Nunes. Prepare a caneta para aumentar a lista de documentos: Cartório de registro de imóveis Em relação ao imóvel, deve ser examinada a escritura re-

gistrada no Cartório de Registro de Imóveis e a Certidão Vintenária e Negativa de Ônus Reais do Imóvel. Essa certidão deve ser obtida no Cartório de Registro de Imóveis em que o imóvel seja registrado. Certidão negativa do IPTU ou INCRA Obtenha também a Certidão de Quitação Fiscal do imóvel - Certidão Negativa de Impostos Prediais. Se o imóvel for

urbano, a certidão deve ser obtida na Prefeitura e se for rural, no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária. Carnês do ano corrente e do anterior Além do item anterior, peça também os carnês quitados do ano em curso (o ano em que se está fazendo o negócio) e do ano imediatamente anterior, relativos ao Imposto Predial Territorial Urbano - IPTU

(Prefeitura) ou ao Imposto Territorial Rural (Incra). Despesas gerais Peça comprovantes atuais e pagos das despesas com água, luz, esgoto e gás (se encanado). Despesas de condomínio Em casos de apartamentos em condomínio, peça declaração do síndico do prédio atestando que não há atrasos nas despesas condominiais.

Registro da escritura do imóvel no cartório garante a posse do bem O presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil em Alagoas, Rafael Tavares, recebeu os documentos finais para a realização do XXIV Congresso Panamericano de Arquitetura, que acontecerá em Maceió em novembro de 2012. A homologação do congresso ocorreu em recente evento realizado na Colômbia, com a presença dos presidentes das entidades de arquitetura dos 42 países participantes.

Após checar os documentos do vendedor e do imóvel, o próximo passo é conhecer os instrumentos legais que garantem a segurança jurídica da compra, venda e, principalmente, posse do imóvel. Sem o registro da escritura em cartório, toda negociação irá por água baixo. Confira as últimas dicas do advogado Rizzatto Nunes. Promessa de Compra O compromisso é um documento usual firmado antes da escritura e a partir de sua assinatura as partes providen-

ciarão os documentos necessários. Após a obtenção dos documentos é feita a escritura. (Na internet é possível encontrar vários modelos). A escritura Depois dos documentos prontos e se não houver impedimentos (penhora, ações judiciais diversas etc.) deve ser feita a escritura no Cartório de Notas, normalmente indicado pelo comprador. O escrevente do Cartório é o responsável por lavrar a escritura, que será lida em voz alta perante vende-

dor(es) e comprador(es) antes de sua assinatura. A propriedade do imóvel é transmitida ao comprador com o registro da escritura no Cartório de Registro de Imóveis. Registro no Cartório de Registro de Imóveis Depois de assinada, o Cartório emite uma cópia da escritura que tem que ser levada ao Cartório de Registro de Imóveis (no qual o imóvel adquirido está matriculado) para registro. Esse é um serviço que muitos escreventes de Cartório

de Notas fazem, a pedido do comprador. O compromisso de compra e venda também pode ser registrado no Cartório de Registro de Imóveis. É mais garantido fazer o registro do compromisso, especialmente nos casos em que ainda correrá longo prazo para ser passada a escritura. “De todo modo, nunca deixe de fazer o registro da escritura no Cartório de Registro de Imóveis, pois, como falei, é ele que garante a propriedade do bem”, finalizou Rizzatto Nunes.

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Confira as promoções na Revista da TV

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EMBALADO PELO VELHO CHICO Barco, através do projeto O Museu no Balanço das Águas - Coleção Karandash, leva obras de artistas populares pelas cidades ribeirinhas de Alagoas e Sergipe PÁGINAS B2, B3, B7 E B8.

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Fotos: Nide Lins

Barco-museu mostra a cultura popular aos Barco-museu do O Museu no Balanço das Águas - Coleção Karandash transporta história e obras de artistas populares do rio São Francisco

Nide Lins Repórter

a proa das embarcações, a carranca com seus grandes e afiados dentes, um misto de homem e bicho, afugenta os maus espíritos que habitam o rio São Francisco. No barco Santa Maria, no lugar de uma cara assustadora, a figura de madeira exibe um largo e sincero sorriso e, ao invés de espantar as “figuras maléficas”, traz alegria para os ribeirinhos. Todo enfeitado e colorido, o Santa Maria atiça o imaginário dos moradores da região. Para as

N

crianças, os enfeites eram brinquedos; para os adultos, uma festa. A curiosa tripulação, formada por artistas, esculturas de animais, de marinheiros e de santos, bonecos de madeira, cadeiras, barquinhos, cataventos... Ao atracar, o mistério se desfaz: é o barco-museu do projeto O Museu no Balanço das Águas - Coleção Karandash transportando a história e as obras dos artistas populares do rio São Francisco. Na bagagem, a arte de seu Fernando, da Ilha do Ferro - falecido no ano passado. Conhecido mundo afora, mas desconhecido pelo seu próprio povo

Entre as peças que povoam o barco, diabos de Antônio e boneco de Aberaldo

ribeirinho, o artista foi o eleito da vez para mover o projeto pelas águas do Velho Chico. Durante 10 dias - de 23 de outubro a 2 de novembro -, o Santa Maria navegou pelo rio aportando nas cidades alagoanas de Pão de Açúcar, Belo Monte e Traipu e nas sergipanas Niterói, Porto da Folha e Gararu. Agora, a embarcação cultural está atracada no porto da Ilha do Ferro, na cidade de Pão Açúcar, à espera de visitantes. Além da exposição Fernando Rodrigues - O Guardião de Memórias, o barco levou a bordo para as comunidades ri-

ribeirinhos

beirinhas conhecerem outros exemplos da cultura popular, como as esculturas do artista Veio e de Resêndio e os cataventos do mestre Zezinho. Em cada parada, estudantes e moradores ribeirinhos ficavam encantados com a beleza do barco. Os jovens, além de conhecerem as obras dos artistas, também participaram de oficinas de pintura, desenho, escultura e instalações com arte-educadores e professores das escolas públicas das cidades banhadas pelo rio São Francisco. (N.L.) Continua nas páginas B3, B7 e B8.

Catavento do mestre Zezinho decora parte externa da embarcação

Imagem de Santo Antônio abençoa parte interna do barco Santa Maria

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Fotos: Nide Lins

Artista Aberaldo, mesmo se recuperando de um acidente de moto, acompanhou a viagem pelas cidades ribeirinhas para homenagear o mestre

Amigos e lembranças de seu Fernando A viagem cultural do barco-museu Santa Maria, sempre acompanhada pelas lentes do fotógrafo Juarez Cavalcanti, é fruto do projeto O Museu no Balanço das Águas - Coleção Karandash, uma realização da Galeria Karandash Arte Contemporânea, com o patrocínio do Programa BNB de Cultura Edição 2010, parceria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e apoio do Sebrae-AL, do Sesc-AL, da Secretaria de Estado da Cultura e das prefeituras de Pão de Açúcar, Belo Monte, Traipu, Porto da Folha e Gararu. “O barco-museu, além de possibilitar acesso às manifestações artísticas nas mais variadas linguagens, dentro da di-

versidade cultural, será um instrumento importante também na comunicação entre os povoados e os seus moradores, estreitando laços, revelando talentos e permitindo a troca de saberes, inclusive na proteção ambiental e na valorização patrimonial”, ressalta Maria Amélia, que assina o projeto com o também artista Dalton Costa. A bordo do barco, amigos do seu Fernando acompanharam todo o trajeto. Como o artista da Ilha do Ferro Aberaldo, que, mesmo se recuperando de um acidente de moto, acompanhou a viagem pelas cidades ribeirinhas para homenagear o mestre. “Guardo boas lembranças de seu Fernando. Ele adorava passear. Um dia reunimos um grupo

Presidente Lula através do olhar popular de seu Fernando Rodrigues

da Ilha do Ferro (Pão de Açúcar) para participar da Missa do Vaqueiro em Entremontes (Piranhas). A gente fez uma roupa de couro com desenhos para diferenciar o grupo e foi muito bonito. Ele era o mais animado”, lembra Aberaldo. O mestre Antônio Sandes, também da Ilha do Ferro, é outro tripulante que guarda boas lembranças do amigo. “Ele tinha muita criatividade. Olhava um galho de árvore e logo identificava a figura em que transformaria”, conta. Seu Fernando era mesmo um festeiro. Em uma de suas entrevistas, ele contou que fez a sua própria caneca (hoje acervo do barco-museu) para levar para festas, pois tinha medo de beber em copos contaminados.

Além de festas, ele gostava de pescar, lembra Antônio Sandes. “A gente pescava pitu com jererê no rio São Francisco, e ele fazia questão de ensinar a arte da pesca", diz o artesão, irmão de Aberaldo. Os irmãos Sandes aprenderam a esculpir madeira desde pequenos, influenciados pelo pai, que fabricava canoas de tolda e carros de boi. O artesão Evandro Sandes estava entusiasmado com o barco-museu. “Navegar pelo rio São Francisco é a nossa vida, mas é muito bom parar nas cidades para ensinar as crianças a criar desenhos e mostrar como fazemos os bichos de madeira”, conta Evandro. (N.L.) Continua nas páginas B7 e B8.

Caneca feita e usada por seu Fernando pertence ao acervo do barco

TV ABERTA EDUCATIVA 05h00 05h30 06h00 07h00 08h00 09h00 11h00 11h45 12h00 12h30 13h00 13h30 14h00

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Via Legal Brasil Eleitor Palavras de Vida Santa Missa Viola Minha Viola Campeonato Brasileiro Série C ABZ do Ziraldo Curta Criança Um Menino MuitoMaluquinho Catalendas Dango Balango TV Piá Stadium

TV ALAGOAS 05h00 06h00 07h00 07h30 08h00 10h00 14h00

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Aventura Selvagem (Reprise) Pesca Alternativa Vrum Ganhe Mais Dinheiro Com Jequiti Igreja Mundial Domingo Legal Eliana

Canal 3 15h00 16h00 17h00 17h30 18h00 19h00 20h00 21h30 22h30 23h50 00h50 01h50

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A'Uwê Ver TV De Lá Pra Cá Cara e Coroa Papo de Mãe Conexão Roberto D'Ávila EsportVisão Enem 2010 Cine Ibermédia A Grande Música DOC TV Curta Brasil

Canal 7

TV GAZETA 05h20 05h45 05h55 06h20 07h00 07h55 08h30 11h30 13h00

14h45 -

Santa Missa Sagrado Gazeta Rural Pequenas Empresas Globo Rural Auto Esporte Esporte Espetacular Os Caras de Pau Fórmula 1 GP do Brasil Domingão do Faustão

16h00 18h00 19h45 22h10 22h40 00h35 02h30 -

Futebol 2010 Campeonato Brasileiro: Avaí x Botafogo Domingão do Faustão Fantástico S.O.S Emergência Domingo Maior Sentinela Sessão de Gala A maldição da Flor Dourada Corujão

09h30 10h00 11h00 15h00 19h00 22h15 23h00 00h00

Conexão Alagoas da Sorte Tudo é Possível Programa do Gugu Domingo Espetacular A Fazenda Serie Heroes IURD

Canal 11

TV PAJUÇARA Canal 5 18h00 - Roda a Roda Jequiti 18h45 - Programa Silvio Santos 23h00 - De Frente Com Gabi 00h00 - Série - Arquivo Morto // Cold Case 01h00 - Série - Desaparecidos // Without a Trace 02h00 - Série - Estética // Nip/Tuck 03h00 - Encerramento

01h15 04h25 04h55 05h45 06h15 07h00 08h00 09h00

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O JORNAL

Espaço B4

B5

Domingo, 7 de novembro de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: ojornal@ojornal-al.com.br

UMAS POUCAS PALAVRAS

Arqueologia nas Alagoas, o material dos Palmares

Sávio de Almeida

Espaço deseja louvar a iniciativa tomada por Luana, ao entregar ao público de Alagoas uma parte de suas pesquisas; é assim que faz o intelectual público, aquele que dialoga com o povo. Ela partilhou conosco uma parte do que pensa, realizando uma revisão dos trabalhos arqueológicos feitos em Alagoas na área do Império. Deve ser dito que Alagoas pouco avançou neste campo, apesar das oportunidades acontecidas nas últimas décadas, mormente com a pesquisa na área de Xingó. Chegou a existir certo avanço na Universidade Federal de Alagoas, com pesquisas realizadas na Serra da Barriga e em fortim holandês; basicamente nada

se tem sobre o Xingó, tudo sendo capitaneado por Sergipe. Eu não entendo da legislação, mas parece-me que o material pertence à União e é supervisionado pelo IPHAN, estando sob a guarda da UFAL. De muito já deveria ter sido preparado um local digno para se colocar o que foi descoberto e de muito já se deveria ter publicado material sobre o que a UFAL produziu diretamente ou sob sua responsabilidade. Talvez seja a hora da Universidade Federal de Alagoas providenciar um projeto para a exibição dessas peças. Sem dúvida, junto com o IPHAM dará um belo retorno à comunidade. É preciso que se saiba

onde esta a peça, como está conservada e como pode e deve e onde ser exposta. Esta é uma sugestão que espero seja entendida e aceita pela UFAL. O caminho da arqueologia em Alagoas precisa ser refeito e o levantamento histórico feito pela Luna é um roteiro interessante e necessário. Espaço espera que a Universidade concorde, encaminhe os trabalhos de exposição do material do Zumbi, por si ou em parceria, a depender das posições do IPHAN. Evidentemente, uma sugestão jamais deve ser entendida como cobrança. Ainda há tempo de se dar um belo presente ao povo alagoano.

No imaginário popular, a figura do arqueólogo é frequentemente vinculada ao explorador aventureiro que se embrenha nos recantos mais inóspitos atrás de vestígios e tesouros de civilizações perdidas. No entanto, o trabalho do arqueólogo envolve um rigoroso procedimento metodológico e uma vasta discussão teórica. Tão importante quanto encontrar vestígios do homem do passado, é proceder a uma escavação adequada. Os dados sobre a escavação, tais quais a posição em que o objeto é encontrado, sua relação com outros vestígios e a profundidade em que ele estava depositado são fundamentais para se obter conhecimento arqueológico. Mas a rigidez sobre os procedimentos arqueológicos não foi sempre bem definida. Como qualquer outra ciência, a arqueologia tem também a sua

O que faz Luana Luana Teixeira é mestre em história cultural pela Universidade Federal de Santa Catarina. Desenvolveu pesquisas sobre história social e historiografia do século XIX. Atuou junto a comunidades remanescentes de quilombos e estuda a história dos quilombos no Brasil. Nos últimos dois anos vem desenvolvendo pesquisa em Alagoas sobre patrimônio arqueológico através do Programa de Especialização do Patrimônio/Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Também tem se dedicado à pesquisa sobre as igaçabas de Palmeira dos Índios e o Museu Xucurus.

história. E no início do desenvolvimento da arqueologia no Brasil, pesquisadores alagoanos tiveram participação importante.

Arqueologia em Alagoas no tempo do Império Luana Teixeira arqueologia é um sistema de conhecimento que busca compreender o homem e as sociedades do passado através da cultura material. A forma mais comum de estudo da cultura material do homem do passado é através dos objetos produzidos por ele. Estes são indicativos das relações sociais nas quais foram produzidos e apropriados. Uma taça de ouro, por exemplo, indica, pela forma, sua função básica de recipiente para beber e, pelo material caro de que é feita, uma determinada riqueza do proprietário (FUNARI, 2006, p. 33). No imaginário popular, a figura do arqueólogo é frequentemente vinculada ao explorador aventureiro que se embrenha nos recantos mais inóspitos atrás de vestígios e tesouros de civilizações perdidas. No entanto, o trabalho do arqueólogo envolve um rigoroso procedimento metodológico e uma vasta discussão teórica. Tão importante quanto encontrar vestígios do homem do passado, é proceder a uma escavação adequada. Os dados sobre a escavação, tais quais a posição em que o objeto é encontrado, sua relação com outros vestígios e a profundidade em que ele estava depositado são fundamentais para se obter conhecimento arqueológico. Mas a rigidez sobre os procedimentos arqueológicos não foi sempre bem definida. Como qualquer outra ciência, a arqueologia tem também a sua história. E no início do desenvolvimento da arqueologia no Brasil, pesquisadores alagoanos tiveram participação importante. Ao longo da história, vestígios materiais do passado despertaram o interesse dos homens. Na América, desde o início da colonização européia, resquícios da cultura material de seus primeiros habitantes chamaram a atenção de exploradores e colonizadores. O primeiro relato sobre estes vestígios conhecido na América Portuguesa foi feito em 1598, quando o capitão Feliciano Carvalho encontrou gravações rupestres no nordeste brasileiro, possivelmente na Paraíba. Desde então muitas outras notícias passaram a ser dadas por cronistas e viajantes. Mas foi a partir do século XIX que as pesquisas arqueológicas propriamente ditas começaram a se popularizar em todo o mundo, já sob os parâmetros científicos que aos poucos iam se consolidando nas sociedades ocidentais. Um dos fatos da época que maior fascínio exerceu sobre o tema foi a descoberta das ruínas da cidade de Tróia (Turquia), em 1871. O século XIX no Brasil foi marcado pelos esforços das elites intelectuais e políticas do país independente em inserir o Império (1821 – 1889) na tradição da civilização européia. Para tanto era necessário construir uma narrativa que associasse um passado glorioso à história do Brasil. Com esse objetivo, foi criado, no Rio de Janeiro, em 1839, o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB). Desde sua fundação, o IHGB dedicou-se a

A

D. Pedro II, Imperatriz D. Teresa Cristina e sua comitiva em visita ao Egito. Foto de 1871

Desenho no Sítio dos Riachos. Copiado em 1860

A EXPOSIÇÃO ANTROPOLÓGICA BRASILEIRA DE 1882 Inaugurada em julho de 1882, com a presença do imperador D. Pedro II reuniu grande quantidade de material arqueológico e etnográfico relacionado aos índios brasileiros. Mesclando as perspectivas evolucionistas e raciais que entravam em voga na época, a exposição exemplificou a construção de um discurso sobre as diferenças inatas da ‘raça’ humana. Exemplo maior desse posicionamento foi o fato de haver na exposição, entre milhares de “objetos”, um pequeno grupo de índios Botocudos “expostos ao vivo”, simbolizando, na proposta dos idealizadores da exposição, o estágio inferior que estes humanos se encontravam. Apesar de parecer revoltante aos olhos do observador do século XXI, estas idéias estavam em consonância com o desenvolvimento da ciência antropológica e arqueológica da época.

“coligir, metodizar, publicar ou arquivar os documentos necessários para a história e geografia do Império do Brasil” (RIHGB, 1839). Para esse propósito, a arqueologia desempenhou importante papel “como auxiliar na construção simbólica da nação” (LANGER, 2001, p. 9). Sintomáticas dessa importância são as viagens que D. Pedro II, Imperador do Brasil e patrono do IHGB, fez por todo o mundo em locais significativos para a arqueologia, como o Egito e a própria Tróia, onde chegou a acompanhar as escavações. Em Alagoas, a atenção sobre o assunto foi aguçada na década de 1860. O presidente da província, Moreira Barros, e o engenheiro Karl Krauss, em viagem ao sertão identificaram inscrições feitas em rochas no leito do riacho da Água Morta (em Olho d’Água do Casado). Na mesma época, nas margens do rio Ipanema, C. H. Williams registrou pinturas rupestres feitas com pigmento vermelho. Durante sua viagem de canoa do Rio das Velhas à foz do São Francisco, em 1867, Richard Burton também registrou pinturas rupestres na margem do grande rio e, em seu diário de viagem, publicou os desenhos feitos por Krauss e Williams (BURTON, 1977). Esses desenhos são deveras importantes, permitindo, associar o sítio do riacho da Água Morta descoberto por Krauss, com o sítio arqueológico identificado já no fim do século XX pela equipe de pesquisas arqueológicas do Museu de Arqueologia da Universidade Federal de Sergipe, que ficou conhecido como sítio Riacho.

Ainda na década de 1860, buscando implementar os mesmos princípios que levaram à fundação do IHGB, foram criadas três instituições de caráter semelhante nas províncias de Pernambuco, Rio Grande do Sul e Alagoas. A criação do Instituto Arqueológico e Geográfico Alagoano, em 1869, deu um impulso definitivo ao interesse pelos vestígios arqueológicos na província. No entanto, destaca-se que os fundadores do instituto alagoano (seguindo o modelo pernambucano), optaram por enfatizar o caráter arqueológico no próprio nome da instituição. Essa intenção é bastante evidente já na primeira revista do Instituto Alagoano, publicada três anos após sua fundação. No único artigo desse primeiro número, denominado Crônica do Penedo, ao tratar dos principais fatos históricos da cidade, o autor destaca a descoberta de vestígios arqueológicos do Forte Maurício, antiga fortificação construída durante a ocupação holandesa do povoado (século XVII). Em menção ao quilombo dos Palmares (contemporâneo a ocupação holandesa), também destaca os vestígios da cultura material do grande quilombo. Já as atas das sessões do instituto de 1870 publicadas nesse número registram muitos oferecimentos de vestígios arqueológicos para seu acervo. As ofertas de objetos encontrados no solo alagoano, bem como de vestígios arqueológicos de outras regiões do Império, seguiram sendo freqüentes. Alguns desses objetos podem ainda hoje serem observados no Museu do Instituto Histórico e

Desenhos de C.H. Williams

O MUSEU NACIONAL Fundado por D. João VI em 1818, fez parte do projeto de florescimento cultural que acompanhou a chegada da família real ao Brasil. Durante o segundo reinado, transformou-se no mais importante centro de História Natural e Ciências Humanas da América do Sul. Com o fim o Império foi transferido para a outrora residência oficial do Imperador, a Quinta da Boa Vista. Em 1946 integrou-se a estrutura acadêmica da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Hoje comporta cursos de pós-graduação e é aberto ao público.

Geográfico de Alagoas. Mas não foi apenas por reunir objetos fortuitamente descobertos que o Instituo Alagoano destacou-se no contexto das pesquisas arqueológicas do século XIX. No interior da província foi realizada uma expedição arqueológica sistemática coordenada por dois intelectuais e correspondentes do Instituto Alagoano, João Francisco Duarte e Nicodemus de Souza Moreira Jobim. Tudo começou em julho de 1873, quando foi noticiada com destaque no jornal O Liberal, de Maceió, a descoberta de igaçabas (urnas funerárias), no sítio Taquara, lugar conhecido como Chã das Cajazeiras, em Anadia (atual Limoeiro de Anadia). Segundo a notícia, desde os anos 1840 já haviam sido encontrados no sítio vestígios de antiga habitação e cemitério indígena. Em 1873, o proprietário descobriu novos resquícios da cultura material indígena ao derrubar matos para plantar algodão. Naquele mesmo mês de julho, Nicodemus Jobim enviou ao Instituto uma carta acompanhada de quatro rodas de fuso (objetos utilizados para fiar) retiradas do sítio e a questão tornou-se ordem do dia na sessão do Instituto Alagoano. Ficou deliberado que Duarte e Jobim, moradores próximos ao sítio Taquara, deveriam proceder a pesquisas e enviar os objetos encontrados ao museu do instituto (RIAGAL, 1873). Com muita dificuldade e enfrentando uma série de entraves, como aquele causado pelo proprietário do terreno, que não permitiu nenhum tipo de intervenção sobre sua plantação, foi feita a pesquisa. Auxiliado por

26 pessoas, e utilizando-se de um método que consistia em enterrar um espeto de ferro aleatoriamente ao longo da área, até que houvesse resistência a uma profundidade regular de mais ou menos três palmos, os correspondentes do Instituto Alagoano contaram ter encontrado 73 igaçabas com tampa. Além de identificar um cemitério indígena, os pesquisadores, demonstrando conhecimento arqueológico, também propuseram a existência de um antigo aldeamento na localidade. Além disso, como haviam descoberto um machado de ferro no mesmo nível em que estavam enterradas as igaçabas, deduziram que aquele cemitério seria do tempo do contato com os europeus. É notável que Duarte e Jobim não tenham se limitado a apenas recolher os objetos, concentrando Homenagem de Espaço a Ladislau Neto sua importância em sua aparência estética, como era comum na época. A Arqueologia Brasileira’. Landislau partir da pesquisa de campo, da utili- Netto esteve envolvido em inúmeras zação de um método, da observação polêmicas durante sua carreira. Muitas da disposição dos vestígios e da asso- de suas afirmações sobre a ocupação ciação entre estes eles se arriscaram a humana do Brasil foram veementeinterpretações típicas de arqueólogos. mente refutadas, como, por exemplo, a Durante o século XIX, foram muito hipótese de que as inscrições rupestres poucos os intelectuais brasileiros que nos rochedos brasileiros seriam uma realizaram semelhante trabalho de prova da ocupação fenícia no contipesquisa e interpretação. nente antes de Colombo. Foi inclusive Um deles foi o biólogo-evolu- acusado de ter falsificado um docucionista alagoano Ladislau Netto. mento que supostamente provava essa Figura extremamente controversa das filiação. Apesar das polêmicas que o últimas décadas do Império, Ladislau cercaram, sua atuação em prol da pesfoi diretor do Museu Nacional, no Rio quisa arqueológica durante sua perde Janeiro, entre 1874 e 1893. Os esfor- manência no Museu Nacional foi funços de Ladislau Netto em desvendar damental para o desenvolvimento da os mistérios que cercavam a cultura arqueologia na época. E a presença de material depositada no solo do um alagoano na direção da mais presImpério lhe legaram o título de ‘Pai da tigiosa instituição científica da época

influenciou a pesquisa arqueológica aqui na província. O “Dr. Ladislau Netto” foi sócio honorário do Instituto Arqueológico e Geográfico Alagoano desde sua fundação. Em 1870 ele era diretor interino do Museu Nacional. Ao saber das descobertas arqueológicas do sítio Taquara, o Museu Nacional, através do Ministério da Agricultura (a quem estava vinculado), solicitou que alguns dos ossos encontrados fossem remetidos a essa instituição. O interesse dos pesquisadores do Museu Nacional centrava-se nas ossadas, pois a antropologia física era a tônica das pesquisas na época (ABREU, 2005). A solicitação foi cumprida e em novembro de 1874 foi enviado ao Museu Nacional uma urna grande com ossada humana, uma urna pequena, uma cunha de pedra e 20 elos de ossos para ornatos encontrados dentro da urna. Oito anos depois, Ladislau Netto organizou a memorável Exposição Antropológica de 1882. A exposição foi composta de oito salas, nas quais estavam expostos objetos arqueológicos e etnográficos. Em cinco delas havia material cedido ou emprestado pelo Instituto Arqueológico e Geográfico Alagoano. Não apenas os vestígios retirados da escavação no sítio Taquara estavam presentes. Objetos arqueológicos pertencentes ao Instituto Alagoano provenientes das regiões norte e centro-oeste do Brasil também fizeram parte da exposição. Junto às peças de particulares (algumas cedidas pelo próprio Imperador) e àquelas sob guarda dos três reconhecidos centros de pesquisas arqueológicas da época

(o Museu Nacional, o Museu Paraense e o Museu Paranaense), a presença do Instituto Alagoano demonstra a importância que a instituição teve no cenário arqueológico da época. Apesar de valorizar o destaque que as pesquisas arqueológicas alcançaram em Alagoas no século XIX, é necessário também evidenciar as conseqüências da relação direta entre os membros do Instituto Alagoano e projeto imperial de construir uma narrativa histórica. O novo país, que no início do século XIX tornou-se independente, precisava ter uma história própria, uma história nacional. Herdeiros da cultura européia, estes homens buscavam construir uma narrativa que inserisse a nação numa tradição ocidental de civilização. Nesse sentido, a crença de que sob o solo do Brasil poderiam ser encontrados vestígios de civilizações antigas acompanhou os primeiros desenvolvimentos da arqueologia no Brasil. No princípio, os pesquisadores sonhavam em encontrar uma Tróia nos trópicos. No entanto, quando os fracassos em encontrar ruínas monumentais esfriaram os ânimos das buscas, os esforços arqueológicos se moveram para outra questão: afirmar quão diferentes eram os índios e os homens brancos. No contexto do século XIX, a arqueologia foi usada para se afirmar a suposta diferença inata entre os seres humanos, por exemplo, através do estudo de crânios escavados nas pesquisas arqueológicas (craniometria). Novamente destacaram-se as pesquisas realizadas no Museu Nacional. Trabalhos e publicações importantes foram desenvolvidas pela instituição e

Ladislau Netto, seu diretor, foi um dos principais defensores da diferença entre raças. Apesar de completamente equivocados, por muito tempo estes estudos foram tomados como verdadeiros. Isso por que, naquele tempo, produzir conhecimento sobre os povos indígenas era também parte de uma geoestratégia do Estado Imperial, num projeto que destinava àqueles apenas duas opções: a submissão ou o extermínio (FERREIRA, 2002). Afirmar ‘cientificamente’ que os povos indígenas eram inferiores aos europeus foi uma importante justificativa ideológica deste processo. Em 1889, com a queda do Império não ocorreu apenas o fracasso de seu projeto político, mas também da concepção de História que realizava sua legitimação e sua identidade (LANGER, 2001). Nos primeiros anos da República, o estudo das raízes mais distantes do povo brasileiro é superado pelo foco no seu futuro. Por isso, o interesse pela pré-história e pela arqueologia diminuem consideravelmente em todo o Brasil e também em Alagoas. Entre o fim do império e os anos 1950 muito pouco se produziu em

arqueologia no Brasil, sendo que um dos poucos lugares de produção foi o Museu Nacional. Mas o vínculo que ligava o Instituto Alagoano diretamente ao museu foi minguando após a proclamação da república, com a perda de prestígio de Ladislau Netto (monarquista convicto e amigo íntimo de Dom Pedro II) e sua morte em 1894. Não só o interesse arqueológico, mas o próprio Instituto Alagoano foi muito afetado pela queda da coroa, pois era uma instituição fortemente enraizada na política do Império. Sintomático dessa relação é a diminuição drástica das publicações da sua revista após 1889, e dos assuntos relacionados à arqueologia em suas páginas. Apesar da fase instável no início do século XX, o instituto subsiste. Mas, demonstrando que seus interesses já não eram os mesmo, em 1932, ele é renomeado para Instituto Histórico de Alagoas e em 1972 passa ter sua atual nomeação, Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas. Hoje com outros problemas, outros métodos e outras visões, profissionais de arqueologia persistem trabalhando para que a pesquisa arqueológica se desenvolva em Alagoas.

BIBLIOGRAFIA ABREU, Regina. “Museus etnográficos e práticas de colecionamento: antropofagia dos sentidos”. Revista do Patrimônio, v. 31, 100-125, 2005. BURTON, Richard. Viagem de canoa de Sabará ao Oceano Atlântico. Belo Horizonte: Ed. Itatiaia, 1977. FERREIRA, Lúcio Menezes. Vestígios de civilização: a arqueologia no Brasil Imperial (18381877). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Dissertação de Mestrado, Universidade Estadual de São Paulo, Campinas, 2002. Disponível no sítio: http://www.unicamp.br/bc/. FUNARI, Pedro Paulo. Arqueologia. São Paulo: Contexto, 2006. LANGER, Johnni. Ruínas e Mito: a Arqueologia no Brasil Império (1840-1889). Programa de Pós-Graduação em História, Tese de Doutorado, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2001. Disponível no sítio www.dominiopublico.gov.br. RIAGAL. Revista do Instituto Arqueológico e Geográfico Alagoano. Maceió, v. 1, n. 4, 1873. RIHGB. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, n. 1, v.1, 1839. Disponível em: http://www.ihgb.org.br/rihgb.php?s=19.


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UMAS POUCAS PALAVRAS

Arqueologia nas Alagoas, o material dos Palmares

Sávio de Almeida

Espaço deseja louvar a iniciativa tomada por Luana, ao entregar ao público de Alagoas uma parte de suas pesquisas; é assim que faz o intelectual público, aquele que dialoga com o povo. Ela partilhou conosco uma parte do que pensa, realizando uma revisão dos trabalhos arqueológicos feitos em Alagoas na área do Império. Deve ser dito que Alagoas pouco avançou neste campo, apesar das oportunidades acontecidas nas últimas décadas, mormente com a pesquisa na área de Xingó. Chegou a existir certo avanço na Universidade Federal de Alagoas, com pesquisas realizadas na Serra da Barriga e em fortim holandês; basicamente nada

se tem sobre o Xingó, tudo sendo capitaneado por Sergipe. Eu não entendo da legislação, mas parece-me que o material pertence à União e é supervisionado pelo IPHAN, estando sob a guarda da UFAL. De muito já deveria ter sido preparado um local digno para se colocar o que foi descoberto e de muito já se deveria ter publicado material sobre o que a UFAL produziu diretamente ou sob sua responsabilidade. Talvez seja a hora da Universidade Federal de Alagoas providenciar um projeto para a exibição dessas peças. Sem dúvida, junto com o IPHAM dará um belo retorno à comunidade. É preciso que se saiba

onde esta a peça, como está conservada e como pode e deve e onde ser exposta. Esta é uma sugestão que espero seja entendida e aceita pela UFAL. O caminho da arqueologia em Alagoas precisa ser refeito e o levantamento histórico feito pela Luna é um roteiro interessante e necessário. Espaço espera que a Universidade concorde, encaminhe os trabalhos de exposição do material do Zumbi, por si ou em parceria, a depender das posições do IPHAN. Evidentemente, uma sugestão jamais deve ser entendida como cobrança. Ainda há tempo de se dar um belo presente ao povo alagoano.

No imaginário popular, a figura do arqueólogo é frequentemente vinculada ao explorador aventureiro que se embrenha nos recantos mais inóspitos atrás de vestígios e tesouros de civilizações perdidas. No entanto, o trabalho do arqueólogo envolve um rigoroso procedimento metodológico e uma vasta discussão teórica. Tão importante quanto encontrar vestígios do homem do passado, é proceder a uma escavação adequada. Os dados sobre a escavação, tais quais a posição em que o objeto é encontrado, sua relação com outros vestígios e a profundidade em que ele estava depositado são fundamentais para se obter conhecimento arqueológico. Mas a rigidez sobre os procedimentos arqueológicos não foi sempre bem definida. Como qualquer outra ciência, a arqueologia tem também a sua

O que faz Luana Luana Teixeira é mestre em história cultural pela Universidade Federal de Santa Catarina. Desenvolveu pesquisas sobre história social e historiografia do século XIX. Atuou junto a comunidades remanescentes de quilombos e estuda a história dos quilombos no Brasil. Nos últimos dois anos vem desenvolvendo pesquisa em Alagoas sobre patrimônio arqueológico através do Programa de Especialização do Patrimônio/Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Também tem se dedicado à pesquisa sobre as igaçabas de Palmeira dos Índios e o Museu Xucurus.

história. E no início do desenvolvimento da arqueologia no Brasil, pesquisadores alagoanos tiveram participação importante.

Arqueologia em Alagoas no tempo do Império Luana Teixeira arqueologia é um sistema de conhecimento que busca compreender o homem e as sociedades do passado através da cultura material. A forma mais comum de estudo da cultura material do homem do passado é através dos objetos produzidos por ele. Estes são indicativos das relações sociais nas quais foram produzidos e apropriados. Uma taça de ouro, por exemplo, indica, pela forma, sua função básica de recipiente para beber e, pelo material caro de que é feita, uma determinada riqueza do proprietário (FUNARI, 2006, p. 33). No imaginário popular, a figura do arqueólogo é frequentemente vinculada ao explorador aventureiro que se embrenha nos recantos mais inóspitos atrás de vestígios e tesouros de civilizações perdidas. No entanto, o trabalho do arqueólogo envolve um rigoroso procedimento metodológico e uma vasta discussão teórica. Tão importante quanto encontrar vestígios do homem do passado, é proceder a uma escavação adequada. Os dados sobre a escavação, tais quais a posição em que o objeto é encontrado, sua relação com outros vestígios e a profundidade em que ele estava depositado são fundamentais para se obter conhecimento arqueológico. Mas a rigidez sobre os procedimentos arqueológicos não foi sempre bem definida. Como qualquer outra ciência, a arqueologia tem também a sua história. E no início do desenvolvimento da arqueologia no Brasil, pesquisadores alagoanos tiveram participação importante. Ao longo da história, vestígios materiais do passado despertaram o interesse dos homens. Na América, desde o início da colonização européia, resquícios da cultura material de seus primeiros habitantes chamaram a atenção de exploradores e colonizadores. O primeiro relato sobre estes vestígios conhecido na América Portuguesa foi feito em 1598, quando o capitão Feliciano Carvalho encontrou gravações rupestres no nordeste brasileiro, possivelmente na Paraíba. Desde então muitas outras notícias passaram a ser dadas por cronistas e viajantes. Mas foi a partir do século XIX que as pesquisas arqueológicas propriamente ditas começaram a se popularizar em todo o mundo, já sob os parâmetros científicos que aos poucos iam se consolidando nas sociedades ocidentais. Um dos fatos da época que maior fascínio exerceu sobre o tema foi a descoberta das ruínas da cidade de Tróia (Turquia), em 1871. O século XIX no Brasil foi marcado pelos esforços das elites intelectuais e políticas do país independente em inserir o Império (1821 – 1889) na tradição da civilização européia. Para tanto era necessário construir uma narrativa que associasse um passado glorioso à história do Brasil. Com esse objetivo, foi criado, no Rio de Janeiro, em 1839, o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB). Desde sua fundação, o IHGB dedicou-se a

A

D. Pedro II, Imperatriz D. Teresa Cristina e sua comitiva em visita ao Egito. Foto de 1871

Desenho no Sítio dos Riachos. Copiado em 1860

A EXPOSIÇÃO ANTROPOLÓGICA BRASILEIRA DE 1882 Inaugurada em julho de 1882, com a presença do imperador D. Pedro II reuniu grande quantidade de material arqueológico e etnográfico relacionado aos índios brasileiros. Mesclando as perspectivas evolucionistas e raciais que entravam em voga na época, a exposição exemplificou a construção de um discurso sobre as diferenças inatas da ‘raça’ humana. Exemplo maior desse posicionamento foi o fato de haver na exposição, entre milhares de “objetos”, um pequeno grupo de índios Botocudos “expostos ao vivo”, simbolizando, na proposta dos idealizadores da exposição, o estágio inferior que estes humanos se encontravam. Apesar de parecer revoltante aos olhos do observador do século XXI, estas idéias estavam em consonância com o desenvolvimento da ciência antropológica e arqueológica da época.

“coligir, metodizar, publicar ou arquivar os documentos necessários para a história e geografia do Império do Brasil” (RIHGB, 1839). Para esse propósito, a arqueologia desempenhou importante papel “como auxiliar na construção simbólica da nação” (LANGER, 2001, p. 9). Sintomáticas dessa importância são as viagens que D. Pedro II, Imperador do Brasil e patrono do IHGB, fez por todo o mundo em locais significativos para a arqueologia, como o Egito e a própria Tróia, onde chegou a acompanhar as escavações. Em Alagoas, a atenção sobre o assunto foi aguçada na década de 1860. O presidente da província, Moreira Barros, e o engenheiro Karl Krauss, em viagem ao sertão identificaram inscrições feitas em rochas no leito do riacho da Água Morta (em Olho d’Água do Casado). Na mesma época, nas margens do rio Ipanema, C. H. Williams registrou pinturas rupestres feitas com pigmento vermelho. Durante sua viagem de canoa do Rio das Velhas à foz do São Francisco, em 1867, Richard Burton também registrou pinturas rupestres na margem do grande rio e, em seu diário de viagem, publicou os desenhos feitos por Krauss e Williams (BURTON, 1977). Esses desenhos são deveras importantes, permitindo, associar o sítio do riacho da Água Morta descoberto por Krauss, com o sítio arqueológico identificado já no fim do século XX pela equipe de pesquisas arqueológicas do Museu de Arqueologia da Universidade Federal de Sergipe, que ficou conhecido como sítio Riacho.

Ainda na década de 1860, buscando implementar os mesmos princípios que levaram à fundação do IHGB, foram criadas três instituições de caráter semelhante nas províncias de Pernambuco, Rio Grande do Sul e Alagoas. A criação do Instituto Arqueológico e Geográfico Alagoano, em 1869, deu um impulso definitivo ao interesse pelos vestígios arqueológicos na província. No entanto, destaca-se que os fundadores do instituto alagoano (seguindo o modelo pernambucano), optaram por enfatizar o caráter arqueológico no próprio nome da instituição. Essa intenção é bastante evidente já na primeira revista do Instituto Alagoano, publicada três anos após sua fundação. No único artigo desse primeiro número, denominado Crônica do Penedo, ao tratar dos principais fatos históricos da cidade, o autor destaca a descoberta de vestígios arqueológicos do Forte Maurício, antiga fortificação construída durante a ocupação holandesa do povoado (século XVII). Em menção ao quilombo dos Palmares (contemporâneo a ocupação holandesa), também destaca os vestígios da cultura material do grande quilombo. Já as atas das sessões do instituto de 1870 publicadas nesse número registram muitos oferecimentos de vestígios arqueológicos para seu acervo. As ofertas de objetos encontrados no solo alagoano, bem como de vestígios arqueológicos de outras regiões do Império, seguiram sendo freqüentes. Alguns desses objetos podem ainda hoje serem observados no Museu do Instituto Histórico e

Desenhos de C.H. Williams

O MUSEU NACIONAL Fundado por D. João VI em 1818, fez parte do projeto de florescimento cultural que acompanhou a chegada da família real ao Brasil. Durante o segundo reinado, transformou-se no mais importante centro de História Natural e Ciências Humanas da América do Sul. Com o fim o Império foi transferido para a outrora residência oficial do Imperador, a Quinta da Boa Vista. Em 1946 integrou-se a estrutura acadêmica da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Hoje comporta cursos de pós-graduação e é aberto ao público.

Geográfico de Alagoas. Mas não foi apenas por reunir objetos fortuitamente descobertos que o Instituo Alagoano destacou-se no contexto das pesquisas arqueológicas do século XIX. No interior da província foi realizada uma expedição arqueológica sistemática coordenada por dois intelectuais e correspondentes do Instituto Alagoano, João Francisco Duarte e Nicodemus de Souza Moreira Jobim. Tudo começou em julho de 1873, quando foi noticiada com destaque no jornal O Liberal, de Maceió, a descoberta de igaçabas (urnas funerárias), no sítio Taquara, lugar conhecido como Chã das Cajazeiras, em Anadia (atual Limoeiro de Anadia). Segundo a notícia, desde os anos 1840 já haviam sido encontrados no sítio vestígios de antiga habitação e cemitério indígena. Em 1873, o proprietário descobriu novos resquícios da cultura material indígena ao derrubar matos para plantar algodão. Naquele mesmo mês de julho, Nicodemus Jobim enviou ao Instituto uma carta acompanhada de quatro rodas de fuso (objetos utilizados para fiar) retiradas do sítio e a questão tornou-se ordem do dia na sessão do Instituto Alagoano. Ficou deliberado que Duarte e Jobim, moradores próximos ao sítio Taquara, deveriam proceder a pesquisas e enviar os objetos encontrados ao museu do instituto (RIAGAL, 1873). Com muita dificuldade e enfrentando uma série de entraves, como aquele causado pelo proprietário do terreno, que não permitiu nenhum tipo de intervenção sobre sua plantação, foi feita a pesquisa. Auxiliado por

26 pessoas, e utilizando-se de um método que consistia em enterrar um espeto de ferro aleatoriamente ao longo da área, até que houvesse resistência a uma profundidade regular de mais ou menos três palmos, os correspondentes do Instituto Alagoano contaram ter encontrado 73 igaçabas com tampa. Além de identificar um cemitério indígena, os pesquisadores, demonstrando conhecimento arqueológico, também propuseram a existência de um antigo aldeamento na localidade. Além disso, como haviam descoberto um machado de ferro no mesmo nível em que estavam enterradas as igaçabas, deduziram que aquele cemitério seria do tempo do contato com os europeus. É notável que Duarte e Jobim não tenham se limitado a apenas recolher os objetos, concentrando Homenagem de Espaço a Ladislau Neto sua importância em sua aparência estética, como era comum na época. A Arqueologia Brasileira’. Landislau partir da pesquisa de campo, da utili- Netto esteve envolvido em inúmeras zação de um método, da observação polêmicas durante sua carreira. Muitas da disposição dos vestígios e da asso- de suas afirmações sobre a ocupação ciação entre estes eles se arriscaram a humana do Brasil foram veementeinterpretações típicas de arqueólogos. mente refutadas, como, por exemplo, a Durante o século XIX, foram muito hipótese de que as inscrições rupestres poucos os intelectuais brasileiros que nos rochedos brasileiros seriam uma realizaram semelhante trabalho de prova da ocupação fenícia no contipesquisa e interpretação. nente antes de Colombo. Foi inclusive Um deles foi o biólogo-evolu- acusado de ter falsificado um docucionista alagoano Ladislau Netto. mento que supostamente provava essa Figura extremamente controversa das filiação. Apesar das polêmicas que o últimas décadas do Império, Ladislau cercaram, sua atuação em prol da pesfoi diretor do Museu Nacional, no Rio quisa arqueológica durante sua perde Janeiro, entre 1874 e 1893. Os esfor- manência no Museu Nacional foi funços de Ladislau Netto em desvendar damental para o desenvolvimento da os mistérios que cercavam a cultura arqueologia na época. E a presença de material depositada no solo do um alagoano na direção da mais presImpério lhe legaram o título de ‘Pai da tigiosa instituição científica da época

influenciou a pesquisa arqueológica aqui na província. O “Dr. Ladislau Netto” foi sócio honorário do Instituto Arqueológico e Geográfico Alagoano desde sua fundação. Em 1870 ele era diretor interino do Museu Nacional. Ao saber das descobertas arqueológicas do sítio Taquara, o Museu Nacional, através do Ministério da Agricultura (a quem estava vinculado), solicitou que alguns dos ossos encontrados fossem remetidos a essa instituição. O interesse dos pesquisadores do Museu Nacional centrava-se nas ossadas, pois a antropologia física era a tônica das pesquisas na época (ABREU, 2005). A solicitação foi cumprida e em novembro de 1874 foi enviado ao Museu Nacional uma urna grande com ossada humana, uma urna pequena, uma cunha de pedra e 20 elos de ossos para ornatos encontrados dentro da urna. Oito anos depois, Ladislau Netto organizou a memorável Exposição Antropológica de 1882. A exposição foi composta de oito salas, nas quais estavam expostos objetos arqueológicos e etnográficos. Em cinco delas havia material cedido ou emprestado pelo Instituto Arqueológico e Geográfico Alagoano. Não apenas os vestígios retirados da escavação no sítio Taquara estavam presentes. Objetos arqueológicos pertencentes ao Instituto Alagoano provenientes das regiões norte e centro-oeste do Brasil também fizeram parte da exposição. Junto às peças de particulares (algumas cedidas pelo próprio Imperador) e àquelas sob guarda dos três reconhecidos centros de pesquisas arqueológicas da época

(o Museu Nacional, o Museu Paraense e o Museu Paranaense), a presença do Instituto Alagoano demonstra a importância que a instituição teve no cenário arqueológico da época. Apesar de valorizar o destaque que as pesquisas arqueológicas alcançaram em Alagoas no século XIX, é necessário também evidenciar as conseqüências da relação direta entre os membros do Instituto Alagoano e projeto imperial de construir uma narrativa histórica. O novo país, que no início do século XIX tornou-se independente, precisava ter uma história própria, uma história nacional. Herdeiros da cultura européia, estes homens buscavam construir uma narrativa que inserisse a nação numa tradição ocidental de civilização. Nesse sentido, a crença de que sob o solo do Brasil poderiam ser encontrados vestígios de civilizações antigas acompanhou os primeiros desenvolvimentos da arqueologia no Brasil. No princípio, os pesquisadores sonhavam em encontrar uma Tróia nos trópicos. No entanto, quando os fracassos em encontrar ruínas monumentais esfriaram os ânimos das buscas, os esforços arqueológicos se moveram para outra questão: afirmar quão diferentes eram os índios e os homens brancos. No contexto do século XIX, a arqueologia foi usada para se afirmar a suposta diferença inata entre os seres humanos, por exemplo, através do estudo de crânios escavados nas pesquisas arqueológicas (craniometria). Novamente destacaram-se as pesquisas realizadas no Museu Nacional. Trabalhos e publicações importantes foram desenvolvidas pela instituição e

Ladislau Netto, seu diretor, foi um dos principais defensores da diferença entre raças. Apesar de completamente equivocados, por muito tempo estes estudos foram tomados como verdadeiros. Isso por que, naquele tempo, produzir conhecimento sobre os povos indígenas era também parte de uma geoestratégia do Estado Imperial, num projeto que destinava àqueles apenas duas opções: a submissão ou o extermínio (FERREIRA, 2002). Afirmar ‘cientificamente’ que os povos indígenas eram inferiores aos europeus foi uma importante justificativa ideológica deste processo. Em 1889, com a queda do Império não ocorreu apenas o fracasso de seu projeto político, mas também da concepção de História que realizava sua legitimação e sua identidade (LANGER, 2001). Nos primeiros anos da República, o estudo das raízes mais distantes do povo brasileiro é superado pelo foco no seu futuro. Por isso, o interesse pela pré-história e pela arqueologia diminuem consideravelmente em todo o Brasil e também em Alagoas. Entre o fim do império e os anos 1950 muito pouco se produziu em

arqueologia no Brasil, sendo que um dos poucos lugares de produção foi o Museu Nacional. Mas o vínculo que ligava o Instituto Alagoano diretamente ao museu foi minguando após a proclamação da república, com a perda de prestígio de Ladislau Netto (monarquista convicto e amigo íntimo de Dom Pedro II) e sua morte em 1894. Não só o interesse arqueológico, mas o próprio Instituto Alagoano foi muito afetado pela queda da coroa, pois era uma instituição fortemente enraizada na política do Império. Sintomático dessa relação é a diminuição drástica das publicações da sua revista após 1889, e dos assuntos relacionados à arqueologia em suas páginas. Apesar da fase instável no início do século XX, o instituto subsiste. Mas, demonstrando que seus interesses já não eram os mesmo, em 1932, ele é renomeado para Instituto Histórico de Alagoas e em 1972 passa ter sua atual nomeação, Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas. Hoje com outros problemas, outros métodos e outras visões, profissionais de arqueologia persistem trabalhando para que a pesquisa arqueológica se desenvolva em Alagoas.

BIBLIOGRAFIA ABREU, Regina. “Museus etnográficos e práticas de colecionamento: antropofagia dos sentidos”. Revista do Patrimônio, v. 31, 100-125, 2005. BURTON, Richard. Viagem de canoa de Sabará ao Oceano Atlântico. Belo Horizonte: Ed. Itatiaia, 1977. FERREIRA, Lúcio Menezes. Vestígios de civilização: a arqueologia no Brasil Imperial (18381877). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Dissertação de Mestrado, Universidade Estadual de São Paulo, Campinas, 2002. Disponível no sítio: http://www.unicamp.br/bc/. FUNARI, Pedro Paulo. Arqueologia. São Paulo: Contexto, 2006. LANGER, Johnni. Ruínas e Mito: a Arqueologia no Brasil Império (1840-1889). Programa de Pós-Graduação em História, Tese de Doutorado, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2001. Disponível no sítio www.dominiopublico.gov.br. RIAGAL. Revista do Instituto Arqueológico e Geográfico Alagoano. Maceió, v. 1, n. 4, 1873. RIHGB. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, n. 1, v.1, 1839. Disponível em: http://www.ihgb.org.br/rihgb.php?s=19.


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Roteiro

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Artes plásticas Música Teatro Dança Cinema Literatura Artesanato

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Hoje

Divulgação

Alagoas será palco, de 7 a 14 deste mês, de mais uma edição do Festival Nordeste Cantat Internacional (foto). Este ano homenageando o cantor e compositor Noel Rosa, a 12ª edição do evento percorrerá as cidades de Arapiraca, Coqueiro Seco, Coruripe, Delmiro Gouveia, Maragogi, Marechal Deodoro, Penedo, Pilar, Piranhas, Porto Calvo, União dos Palmares e Viçosa, levando oficinas e apresentações de coros do Estado, do País e de outros países. Durante o XII Nordeste Cantat será realizado, ainda, o II Seminário de Música Coral, com oficinas sobre técnica vocal, regência coral, direção cênica, expressão corporal e montagem de espetáculos, com prêmios aos participantes do festival e à comunidade em geral. Mais informações: (82) 8837-5011.

Terça-feira Com tônica na qualidade de vida da terceira idade será realizada a 14ª edição do Ciclo de Palestras e Vivências para a Terceira Idade. Aberto aos profissionais da área e à sociedade, o evento acontece no período de 9 a 12 deste mês, nos Sesc Poço e Guaxuma, e contará com o minicurso Capacitação em Trabalho Social com Idosos, com palestras da especialista em Psicologia Médica e em Saúde e Envelhecimento Dulcinéa da Mata e da mestra em Sexologia e especialista em Envelhecimento e Saúde do Idoso Ana Cristina Nunes. Durante o ciclo serão realizadas ainda mesas-redondas, oficinas, além de apresentações dos grupos de convivência do Sesc, exposição e venda de trabalhos manuais feitos pelos idosos e encenação da peça Maria e suas tantas. Inscrições gratuitas. Mais informações: 0800 284 2440 / (82)2123-2415.

Quarta-feira O antropólogo Edgard de Assis Carvalho, coordenador da cátedra itinerante Unesco Edgar Morin, realiza conferência na tarde do dia 10 deste mês, no auditório da Biblioteca Central da Ufal. A conferência integra a programação do III Seminário de Internacionalização da Ufal – Cultura, Memória, Globalização. A partir das 9h30, o evento apresenta conferência com Jaime Antunes da Silva, diretor do Arquivo Nacional, que vai apresentar o tema Arquivo e Memória – Uma Perspectiva Internacional. A entrada gratuita e as inscrições já estão abertas pelo site www.ufal.edu.br/asi.

Quinta-feira Abertura da exposição de pinturas PMGCA Diálogos Latinoamericanos: Mario Enrique Gonzalez Marlez/Argentina e Marcos Aurélio/Brasil, às 19h, no Museu Théo Brandão (Av. da Paz, 1490 - Maceió). A exposição traz para Alagoas o artista plástico argentino Marlez, renomado por retratar temas brasilianistas em suas pinturas. Ao lado de Marlez, a exposição faz um resgate da obra do pintor alagoano Marcos Aurélio.

Sexta-feira O cantor Guilherme Arantes vem a Maceió com seus sucessos para emocionar o público às 22h30, na Renaissance Festas (Ponta Verde – Maceió). Abertura musical com o cantor e compositor Mannú (violão e voz) e Miran Aby´s (violoncelo). Ingressos: R$ 300 (mesas p/ 4 pessoas) a venda de Cia das Havaianas (Maceió Shopping). Mais informações: (82) 3235-4280 / 9979-5959.

Em Breve O novo livro da dupla Douglas Apratto e Cármen Dantas será lançado no dia 2 de dezembro, no Museu Floriano Peixoto (Mupa). Alagoas de Pierre Verger traz fotos do fotógrafo francês e informações sobre a sua passagem por aqui.


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B7 Fotos: Nide Lins

Oficinas: contato com arte

Edilene Silva, Luciene Silva, Mariana Samile e Madlei Susana participaram da oficina de desenho e pintura acompanhadas por monitores

A arte-educadora Rejeny Rocha é apaixonada pelo rio São Francisco e entusiasta do projeto O Museu no Balanço das Águas - Coleção Karandash. Sua tarefa no projeto é incentivar os jovens a desenvolver a criatividade através da pintura e do desenho. “Nos desenhos e pinturas, a maioria das crianças e jovens do Velho Chico retratou o cotidiano, o rio, o barco, a capela, o pescador, a escola, e alguns até desenharam os barcos. Essa identidade cultural do rio com os jovens ajuda a valorizar a sua cidade e a sua cultura”, diz Rejeny. Uma cena que impressionou Rejeny foi a alegria das

crianças da Ilha do Ouro, em Porto da Folha (Sergipe). “O povoado não estava no roteiro do barco-museu, mas elas ficaram muito felizes com a chegada do barco. Foi a melhor oficina”, revela Rejeny. José Wilson, de 12 anos, não estuda e não quis revelar o motivo, mas, sorridente, mostra a sua bolsa com o desenho do Rio São Francisco na cidade de Traipu. Ele adora nadar, pescar e jogar bola no Velho Chico. “O barco é lindo e agora sei quem é o seu Fernando”, diz o jovem, encantado com a experiência da oficina. Edilene Silva, de 11 anos;

Luciene Silva, 7; Mariana Samile, 4; e Madlei Susana, de 6 anos, também participaram da oficina. “Pediram para a gente imaginar para onde queríamos viajar. Vamos entrar no barco e fingir que vamos para Maceió, Arapiraca, Lagoa Primeira e Girau do Ponciano”, brincam. Cerca de 900 jovens e crianças de cinco cidades alagoanas e sergipanas participaram das oficinas de pintura, desenho e escultura. Nas oficinas, cada criança ganhava uma bolsa de tecido cru para criar e pintar o seu próprio desenho e depois visitava o barco-museu como se fossem viajar. (N.L.)

José Wilson mostra a sua bolsa com desenho do rio: “O barco é lindo e agora sei quem é o seu Fernando”

Luciene, Edilene, Adriana e Marisa participaram das oficinas e “viajaram” no barco-museu em Traipu

VISITANTES Deivison Arnaldo da Silva (foto acima) visitou o barco e gostou do que viu. “Achei importante porque divulga a arte de outros artistas. Eu só conhecia o artesanato de um artista aqui de Traipu. Agora eu sei como é a arte de Pão de Açúcar. O barco trouxe a cultura de outro lugar para perto da gente”, disse entusiasmado o barqueiro que trabalha no rio. Continua na página B8.

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B8

Fotos: Nide Lins

Maria Amélia, Rejeny, Juarez e Dalton: os navegantes culturais do barco-museu

Barco-museu,

um sonho de

Maria Amélia

e Dalton da Costa

Uma embarcação típica do rio São Francisco para abrigar o acervo dos artistas populares da Galeria Karandasch, com o objetivo de promover os talentos da cultura da região do Baixo São Francisco junto as suas comunidades ribeirinhas, é o principal foco do projeto Museu no Balanço das Águas. O projeto nasceu do sonho dos artistas plásticos Maria Amélia e Dalton da Costa, da Galeria Karandasch, que tem um dos maiores acervos de cultura popular do Baixo São Francisco. “Observamos que o seu Fernando ficou famoso no Brasil e no mundo com seus bancos de madeira, mas muita gente da Ilha do Ferro não tinha ideia da sua importância no design popular. O projeto nasceu para mostrar às comunidades ribeirinhas que esses homens e mulheres simples são respeitados e admirados no mundo e, assim, incentivar e descobrir novos talentos”, disse Amélia O projeto, aprovado no ano passado através de Edital do Programa BNB/BNDS de Cultura - Edição 2010 - (parceria entre o Banco do Nordeste e o Banco Nacional do Desenvolvimento Social) garantiu os recursos de R$ 99.938,72 para aquisição e reforma do barco, para o acervo e para a exposição do seu Fernando, da Ilha do Ferro. A contrapartida foram as oficinas realizadas nos municípios de Alagoas e Sergipe. “O Museu no Balanço das Águas quer tirar do anonima-

to os artistas populares das cidades ribeirinhas”, reforça Amélia. Agora, o barco-museu do projeto O Museu no Balanço das Águas - Coleção Karandash está ancorado no porto da Ilha do Ferro, aguardando sua visita e novas parcerias para continuar navegando pelo Velho Chico divulgando a sua gente talentosa. HISTÓRIA - O Museu no Balanço das Águas: Arte Popular Itinerante pelo Rio São Francisco foi o primeiro projeto piloto da Karandash, também aprovado pelo Programa BNB de Cultura, em 2008, no valor de R$ 40 mil. O barcomuseu não era permanente e visitou os povoados Ilha do Ferro, na cidade de Pão de Açúcar, e Entremontes, em Piranhas. Na embarcação, os ribeirinhos tiveram oportunidade de conhecer, admirar e reconhecer o valor cultural da arte produzida por homens e mulheres de vida simples e muito talento. Também foram organizadas oficinas de arte-educação para alunos da rede pública de educação de 8 a 14 anos. Sobre a galeria - No ano de 1985, Amélia e Dalton criaram a Galeria Karandasch, no Centro de Maceió, ainda valorizado na época. "Era uma vitrine para a arte contemporânea, com exposições. Depois resolvemos abrir para todo tipo de arte. Hoje, a galeria tem outra cara. É a vitrine da cultura popular de Alagoas e do Nordeste também", ressalta Amélia. (N.L.)

Pintura de Nossa Senhora: referência ao nome do barco

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Classificados

D1

Domingo, 7 de novembro de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: reservas@ojornal-al.com.br

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O JORNAL JORNA L

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TERRENOS

Guia de Serviços

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Classificados Domingo, 7 de novembro de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: reservas@ojornal-al.com.br

O JORNAL JORNA L D3

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O JORNAL JORNA L

Classificados D4

Domingo, 7 de novembro de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: reservas@ojornal-al.com.br REF: 015 - PONTA VERDE – BL - Por trás do Hotel Ponta Verde. Vendo apto em construção. Entrega: Outubro 2010. Com 140m² área útil contendo: Sala de visita, sala de jantar, com varandão, gabinete, 03 quartos sendo 02 suítes, Cozinha, Wc social, dependência completa empregada, 03 vagas. Prédio com salão de festas, playground, piscina, churrasqueira. R$ 530 mil. Excelente localização. Tr. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343.

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Vai sair faísca Embalados, São Paulo e Corinthians prometem grande clássico nesta tarde Na última semana, os resultados de São Paulo e Corinthians contribuíram para uma grande expectativa para o Majestoso. O clássico de hoje, às 16h (de Alagoas), no Morumbi, tem muita coisa em jogo para ambos os time. O Timão briga título enquanto o Tricolor ainda sonha com a Libertadores. Com a vitória contra o Cruzeiro, o São Paulo entrou de vez na briga por uma vaga na competição sul-americana e vem para o seu segundo duelo decisivo da semana. Com 50 pontos, são apenas quatro de diferença para o quarto colocado Botafogo e a vitória é praticamente uma obrigação para os tricolores. Mesmo sabendo que se trata de um clássico, o Sampa quer fazer valer o seu mando de jogo com a força da torcida. Com apenas 5% de corintianos, a promessa é de que os são-paulinos lotem o Morumbi. Para Carpegiani agora não é mais hora para errar, já que a medida que o campeonato vai acabando, mais difícil fica chegar no G4. “Pode ocorrer (tropeço), como ocorreu contra o Ceará, é natural de jogo. A margem de erro se estreitou, não temos escolha ao não ser buscar a vitória. O Corinthians não é nosso adversário direto, mas estamos buscando a Libertadores. São três times que estão lá em cima, estamos brigando um pouco mais com o Cruzeiro, mas até o empa-

Corinthians ainda luta pelo título

te fica ruim, todo mundo está em situação incômoda”, analisou. Para o Majestoso, o treinador do Sampa terá problemas para escalar sua equipe. Carlinhos Paraíba e Richarlyson estão suspensos e Carpegiani ainda não decidiu seus substitutos. Durante o treino fechado desta sexta-feira, o técnico experimentou algumas opções, mas não gostou do que viu. Atendência é que Carpegiani mantenha a dúvida até o domingo. Pelo lado alvinegro, apesar de toda a rivalidade e a importância da partida, a o discurso é de evitar polêmicas. Após Tite,

Ronaldo e William classificarem o jogo apenas como mais um no campeonato, Roberto Carlos também evitou provocações. “Que seja um grande jogo, que não tenha violência e que o melhor saia vitorioso. Não temos de entrar em polêmica agora. Teve época que eu era de entrar nessa de briguinha, provocação, mas hoje não sou mais disso. Espero que o clássico tenha muitos gols, porque é disso que o torcedor gosta”, disse veterano lateral. Com dez partidas de invencibilidade ante o rival, o Corinthians chega embalado, li-

derado por Ronaldo. Na vitória por 4 x 0 sobre o Avaí, o Fenômeno balançou as redes duas vezes e já garantiu que vai para o “sacríficio”, em sua quinta partida consecutiva. Outro corintiano muito querido pela torcida que deve aparecer na partida é Dentinho. Mesmo que não inicie o Majestoso, o jovem atacante deve entrar no decorrer do jogo, assim como aconteceu diante do Avaí e os corintianos foram ao delírio. Embalados, Corinthians e São Paulo prometem um Majestoso de arrepiar neste domingo!

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O JORNAL JORNA L Domingo, 7 de novembro de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: esportes@ojornal-al.com.br

Botafogo pega hoje o Avaí No Botafogo, o técnico Joel Santana parece ter acostumado com as muitas lesões que seus jogadores tiveram ao longo da temporada. Mesmo com todas as adversidades, o treinador se mantém otimista na escalação de Marcelo Cordeiro, Somália e Márcio Rosário no jogo de hoje, às 16h (de Alagoas), contra o Avaí. Apesar de estarem em processo de recuperação, todos viajarão para Florianópolis, totalizando em 23 atletas à delegação alvinegra. “Dos três jogadores, o Cordeiro é que tem mais chances de jogar. Depois o Somália e por incrível que pareça, o Rosário é o que mais preocupa. Mas, vamos ver como estarão antes do jogo”, analisou Joel. O volante Leandro Guereiro foi poupado da atividade realizada em General Severiano.

Últimas voltas GP do Brasil pode definir hoje o novo campeão de Fórmula 1 Página 3


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BatePronto Victor Mélo - jornalistavictor@gmail.com

Dom

Contagem regressiva CSA intensifica o trabalho para o jogo do dia 17 contra o ABC

A LENDA DE SENNA É impossível não lembrar de Ayrton Senna da Silva nos dias de Grande Prêmio do Brasil. Neste ano, perto do lançamento oficial do filme sobre sua vida no País, essas memórias pedem passagem com a ênfase da década de 90. Falar de Senna é fácil. Máximo ídolo esportivo da minha geração, ele conseguiu ser maior que a própria Fórmula 1. Seus pegas com Mansell, Prost e Piquet povoaram a infância de gente que, como eu, aprenderam a vencer vendo na pista aquele mítico McLaren número 1. Obcecado por vitórias, o brasileiro era a personificação das palavras talento e persistência. Nas corridas, mesmo quando o carro estava bem abaixo de seus maiores rivais, Senna precisava apenas de alguns pingos de chuva para vestir sua capa e seu elmo e partir, destemido, para tirar a vitória de mãos impuras. Nas primeiras curvas, já percebíamos que o sucesso era iminente. O piloto também incorporou como poucos atletas o ideal patriota. Num período em que manifestações ufanistas lembravam o cinza da Ditadura, ele desbravou o mundo com a bandeira nacional nas mãos e espalhou orgulho em sua nação. Valente, Senna não se intimidou com as politicagens da Federação Internacional de Automobilismo e nunca se curvou aos donos do circo. Dialogou com ótimos coadjuvantes e foi soberano num tempo em que a Fórmula 1 se consolidava como um esporte de elite e de massas. No futuro, ao certo, quem não teve a oportunidade de acompanhar os feitos de Senna pode observar os números frios de sua carreira e considerá-lo apenas um grande campeão, como outro qualquer. Cabe a nós, privilegiados, buscar suas ultrapassagens mágicas na primeira gaveta da lembrança e, com a voz impostada, tentar explicar sua lenda. Dentre os incríveis feitos do brasileiro, destaco a primeira vitória no País. Ele já havia conquistado dois de seus três títulos mundiais, mas era desafiado pelo destino a não vencer em casa. Obstáculos improváveis o tiravam da liderança nas corridas no Brasil, talvez até para preservar a glória aos últimos capítulos. Em 1991, Senna defendia a primeira colocação em Interlagos com grandes chances de triunfo, mas, a sete voltas do fim, o carro parecia não querer aceitar seus comandos. As marchas foram travando em sequência e, em pouco tempo, lhe restou tão-somente a sexta. Ricardo Patrese, da Williams, que estava a mais de 30 segundos do brasileiro, tirava a diferença com imensa facilidade e se aproximava em compasso de abordagem. Senna segurava o carro como se domasse um touro insano. As dores se multiplicavam pelo seu corpo e, assim como as marchas, os músculos se recusavam a responder. Para aumentar a dificuldade, a chuva decidiu cair no circuito e a sua velha Mclaren insistia em sair da pista. O piloto não aceitava. As voltas foram sendo vencidas com imenso esforço e, após a bandeirada final, Senna mal tinha forças para erguer a sua bandeira, símbolo máximo de suas conquistas. A imagem do ídolo no pódio, cambaleante, mas triunfal, está entre as cenas mais marcantes da história do esporte. O seu contraste veio dois anos depois, com a segunda vitória do brasileiro em Interlagos. Depois de pulverizar o favoritismo das Williams de Alain Prost e Damon Hill, Senna fechou a prova no Brasil em primeiro lugar e foi saudado, ainda na pista, por uma multidão enlouquecida. Foi o contato mais próximo do herói com seu povo nos 21 anos de sua carreira. Para fechar sua saga no País, saiu do carro ainda no meio de seus seguidores com os braços erguidos e ungiu a nação com a glória alcançada.

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Victor Mélo Editor de Esportes

O CSA iniciou a contagem regressiva para voltar ao Nordestão. Depois de fazer a festa com a conquista do título da Segunda Divisão doAlagoano, os jogadores consideram a competição regional a cereja do bolo. E as chances de conquista não podem ser desprezadas. Ao contrário da maioria de seus adversários, o Azulão levou a competição a sério e ocupa a segunda colocação na tabela, com 25 pontos, dois a menos que o líder ABC. Coincidentemente, os dois clubes vão se enfrentar na úl-

tima rodada da fase de classificação, dia 17, no Estádio Rei Pelé. “Avitória nesse jogo é importante porque nos dará a liderança da fase de grupos e, consequentemente, a vantagem de decidir a semifinal e a possível final ao lado de nossa torcida, em Maceió. Por isso, estamos aumentando a carga de trabalho nesses dias para que o time esteja bem técnica e fisicamente no dia 17”, comentou o técnico Lino. O CSA disputou 13 partidas na competição, vencendo sete, empatando quatro e perdendo duas. O ataque azulino marcou 26 gols e a defesa sofreu 19, saldo de sete.

Se a competição terminasse antes da última rodada, os classificados para as semifinais seriam o ABC, o CSA, o Bahia e o Vitória. O adversário do Azulão na semifinal seria o Bahia, que já tem 14 jogos e encerrou sua participação na primeira fase. DESPEDIDA - Os atacantes Jonatas e Paulinho Macaíba e o zagueiro Toninho não fazem parte dos planos do técnico Lino para o Nordestão. O primeiro pediu para ser dispensado e os outros dois defenderam a camisa de outros clubes na competição e não foram inscritos pelo CSA. Marco Antônio

O técnico Lino reuniu a tropa na semana passada e traçou os planos para a partida do dia 17

Proposta de tabela do Nordestão ALiga do Nordeste já divulgou as informações sobre a Competição Regional da próxima temporada. A proposta que vai ser ainda analisada pelos clubes é de que o campeonato seja disputado a partir de janeiro, concorrendo com os Estaduais. Pela fórmula da Liga, o Nordestão vai começar no dia 16 de janeiro e terminar no dia 27 de fevereiro, tendo, no total, 11 datas. Um ponto importante da competição que se difere da

deste ano é a primeira fase. Os 16 clubes vão ser divididos em dois grupos de oito, com os dois primeiros colocados de cada chave passando para as semifinais. O último colocado vai ser rebaixado para a segunda divisão do campeonato, que será disputada a partir de maio. O critério de seleção para a Segundona vai ser o Estadual, com os dois melhores colocados, que não estejam na elite, garantindo sua participação.

Apenas o campeão será promovido à Primeira Divisão. FAF - O Presidente da Federação Alagoana de Futebol, Gustavo Feijó, disse que, se for disputado mesmo junto com os estaduais, o Nordestão não vai atrapalhar. “Os clubes precisam de recursos e, pelo menos, o dinheiro do Regional vai ajudar os times para a formação de bons elencos no Estadual”, comentou. (V.M.)

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PRUDENTE x GOIÁS Hoje, Prudentão, 16h

Guia do torcedor

PRUDENTE - Problemas - Marcelo Oliveira (machucado), Rodrigo Mancha (machucado), Giovanni (renovando contrato) - Time provável (4-3-1-2) - Sidnei, João Vítor, Ânderson Luís, Leonardo e Diego; Ânderson Pedra, Roberto, Rhayner e Adriano Pimenta; Wesley e Wanderley. Técnico: Fábio Giuntini.

GOIÁS - Problemas - Amaral (terceiro cartão), Marcão (terceiro cartão) - Time provável (3-4-1-2) - Harlei, Ernando, Rafael Tolói e Valmir Lucas; Douglas, Wellington Monteiro, Jonílson e Marcelo Costa; Jones; Felipe e Rafael Moura. Técnico: Jorginho.

ARBITRAGEM - Pablo dos Santos Alves (RJ); José Ricardo Linhares, Adaílson Alves Pereira. Equipe 1º Fluminense 2º Corinthians 3º Cruzeiro 4º Botafogo 5º Santos 6º Internacional 7º São Paulo 8º Atlético-PR 9º Grêmio 10º Palmeiras 11º Vasco 12º Ceará 13º Flamengo 14º Vitória 15º Atlético-GO 16º Guarani 17º Atlético-MG 18º Avaí 19º Goiás 20º G.Prudente

PG 58 57 57 54 50 50 50 50 50 47 45 44 40 38 36 36 35 33 31 24

J 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33

V 16 16 16 13 14 14 14 14 13 11 10 10 8 9 10 8 10 8 8 6

E 10 9 9 15 8 8 8 8 11 14 15 14 16 11 6 12 5 9 7 9

D 7 8 8 5 11 11 11 11 9 8 8 9 9 13 17 13 18 16 18 18

GP 53 58 45 48 55 38 47 37 54 39 39 30 37 39 45 31 41 40 36 32

GC 33 39 34 34 44 34 46 40 41 34 38 33 36 44 51 45 56 53 55 54

SG 20 19 11 14 11 4 1 -3 13 5 1 -3 1 -5 -6 -14 -15 -13 -19 -22

Atualizada antes dos jogos de ontem

AGENDA DO BRASILEIRÃO 34ª RODADA Hoje

36ª RODADA 21/11

16h São Paulo x Corinthians 16h Prudente x Goiás Prudentão 16h Vitória x Cruzeiro 16h Avaí x Botafogo 18h30 Palmeiras x Guarani 18h30 Flamengo x Atlético-PR 18h30 Fluminense x Vasco

São Paulo x Fluminense Palmeiras x Atlético-MG Flamengo x Guarani Botafogo x Internacional Prudente x Ceará Cruzeiro x Vasco Grêmio x Atlético-PR Goiás x Santos Vitória x Corinthians Avaí x Atlético-GO

35ª RODADA

37ª RODADA - 28/11

10/11

Corinthians x Vasco Palmeiras x Fluminense Flamengo x Cruzeiro Botafogo x Prudente Guarani x Grêmio Atlético-MG x Goiás Internacional x Vitória Atlético-GO x São Paulo Ceará x Atlético-PR Avaí x Santos

20h50 Ceará x Botafogo 13/11 18h30 Corinthians x Cruzeiro 18h30 Santos x Grêmio 18h30 Atlético-MG x Flamengo 14/11 16h Vasco x São Paulo 16h Guarani x Vitória 16h Internacional x Avaí 16h Atlético-GO x Palmeiras 18h30 Fluminense x Goiás 18h30 Atlético-PR x Prudente

38ª RODADA - 05/12 15h São Paulo x Atlético-MG 15h Santos x Flamengo 15h Vasco x Ceará 15h Fluminense x Guarani 15h Prudente x Internacional 15h Cruzeiro x Palmeiras 15h Grêmio x Botafogo 15h Goiás x Corinthians 15h Vitória x Atlético-GO 15h Atlético-PR x Avaí

% 59% 58% 58% 55% 51% 51% 51% 51% 51% 47% 45% 44% 40% 38% 36% 36% 35% 33% 31% 27%

SÃO PAULO x CORINTHIANS Hoje, Morumbi, 16h SÃO PAULO - Problemas - Carlinhos Paraíba (terceiro cartão), Jorge Wágner (machucado), Richarlyson (suspenso) - Time provável (4-2-3-1) - Rogério, Jean, Alex Silva, Miranda e Richarlyson (Diogo); Casemiro e Rodrigo Souto; Lucas, Fernandão e Dagoberto; Ricardo Oliveira. Técnico: Paulo César Carpegiani.

CORINTHIANS - Problemas - Jorge Henrique (machucado), Paulo André (machucado) - Time provável (4-31-2) - Júlio César, Alessandro, Chicão, William e Roberto Carlos; Ralf, Elias, Jucilei e Bruno César; Dentinho e Ronaldo. Técnico: Tite.

Na pista de Sampa Cinco pilotos lutam pelo título no Grande Prêmio do Brasil Victor Mélo Editor de Esportes

ARBITRAGEM - Carlos Eugênio Simon (RS), Altemir Hausmann, Carlos Berkenbrock

VITÓRIA x CRUZEIRO Hoje, Barradão, 16h VITÓRIA - Problemas - Wallace (machucado), ÂnderCRUZEIRO - Problemas - Fabrício (terceiro cartão), son Martins (terceiro cartão), Thiago Martinelli (expul- Wellington Paulista (machucado), Caçapa (machucaso), Reniê (machucado), Neto Coruja (terceiro cartão), do) - Time provável (4-3-1-2) - Fábio, Jonathan, Léo, Júnior (terceiro cartão) - Time provável (4-2-3-1) Edcarlos e Diego Renan; Henrique, Marquinhos Paraná, Viáfara, Nino, Jonas, Gabriel Paulista e Egídio; Uellinton, Gilberto e Montillo; Thiago Ribeiro e Robert. Técnico: Ricardo Conceição; Bida, Ramon e Elkesson; Adaílton. Cuca. Técnico: Antônio Lopes. ARBITRAGEM - Paulo Henrique Godói Bezerra (SC); Kléber Lúcio Gil, Marco Antônio Martins.

AVAÍ x BOTAFOGO Hoje, Ressacada, 16h AVAÍ - Problemas - Émerson (expulso), Robinho (expulso), BOTAFOGO - Problemas - Marcelo Cordeiro (machuVandinho (terceiro cartão), Rafael (machucado), cado, dúvida), Márcio Rozário (machucado, dúvida), Marcinho Guerreiro (machucado), Roberto (machucaSomália (machucado, dúvida) - Jéferson, Antônio Carlos, do, dúvida), Marcelinho (machucado, dúvida), Leandro Leandro Guerreiro e Danny Morais; Alessandro, Fahel, Bonfim (machucado) - Time provável (3-4-1-2) - Zé Marcelo Mattos e Caio; Lúcio Flávio; Jóbson e Loco Carlos, Léo San, Bruno e Émerson Nunes; Patric, Diogo Abreu. Técnico: Joel Santana. Orlando, Rudinei e Eltinho; Caio e Davi; Laércio. Técnico: Vágner Benazzi. ARBITRAGEM - Sálvio Spínola (SP); Marcelo Carvalho Van Gasse, Vicente Romano Neto.

FLUMINENSE x VASCO Hoje, Engenhão, 18h30 FLUMINENSE - Problemas - Fernando Henrique (machucado), Diguinho (terceiro cartão), Émerson (machucado), Washington (machucado, dúvida), Fred (machucado, dúvida), Deco (machucado) - Time provável (4-2-3-1) - Ricardo Berna, Mariano, Gum, Leandro Eusébio e Carlinhos; Valencia e Fernando Bob; Tartá, Conca e Marquinho; Rodriguinho. Técnico: Muricy Ramalho.

VASCO - Problemas - Zé Roberto (terceiro cartão), Felipe Bastos (machucado), Éder Luís (machucado, dúvida) - Time provável (4-3-1-2) - Fernando Prass, Fagner, Cesinha, Dedé e Max; Jumar, Rafael Carioca, Rômulo e Felipe; Nunes e Rafael Coelho. Técnico: Paulo César Gusmão.

ARBITRAGEM - Péricles Bassols (RJ); Rodrigo Pereira Joia, Ricardo de Almeida.

PALMEIRAS x GUARANI Hoje, Arena Barueri, 18h30 PALMEIRAS - Problemas - Marcos (machucado), Maurício Ramos (machucado, dúvida), Valdivia (machucado) Time possível (4-2-3-1) - Mas Felipão disse que vai poupar vários jogadores - Deola, Márcio Araújo, Danilo, Fabrício e Gabriel Silva; Edinho e Marcos Assunção; Tinga, Lincoln e Luan; Kléber. Técnico: Luiz Felipe.

GUARANI - Problemas - Douglas (machucado), Vítor Júnior (machucado), Fabão (machucado), Fabiano (machucado), Mazola (machucado, dúvida), Márcio Careca (terceiro cartão), Maycon (terceiro cartão) - Time provável - Émerson, Rodrigo Heffner, Aílson, Aislan e Moreno; Renan, Paulo Roberto; Reinaldo, Baiano e Preto; Mazola. Técnico: Vágner Mancini.

altando duas corridas para o término do Mundial de Fórmula 1, a disputa está aberta para cinco pilotos. Com 230 pontos, o espanhol Fernando Alonso, da Ferrari, lidera o Mundial, com 11 pontos de vantagem sobre o segundo colocado, o australiano Mark Webber, da Red Bull. Também na briga pela taça, o inglês Lewis Hamilton, McLaren, com 210 pontos, o alemão Sebastian Vettel, da Red Bull, com 206, e o inglês Jenson Button, da McLaren, com 189, torcem pela derrapada dos ponteiros. Hoje, essa batalha acirrada pela honraria mais importante do automobilismo vai ser travada em Interlagos, às 13h (de Alagoas), no Grande Prêmio do Brasil. Como a vitória vale 25 pontos, os quatro pilotos sabem que não podem errar nesse momento decisivo. Alonso vive a sua melhor fase na temporada. Depois de chegar a ser desenganado no Mundial por alguns críticos de F-1, ele arrancou na competição a partir do GP da Hungria. Nessa corrida, ele foi beneficiado pela equipe, que pediu ao brasileiro Felipe Massa para deixá-lo ultrapassar. Depois das confusões de Budapeste, Massa se apagou na competição e Alonso colecionou triunfos, vencendo ainda na Itália, em Cingapura e na Coreia. O espanhol foi o piloto que mais venceu na temporada, batendo os rivais cinco vezes. O segundo que mais venceu foi justamente o vice-líder, Mark Webber, com quatro triunfos.

F

ARBITRAGEM - Guilherme Cereta de Lima (SP); Rogério Pablo Zanardo, Junivan Rodrigues de Souza.

FLAMENGO x ATLÉTICO PARANAENSE Hoje, Raulino de Oliveira, 18h30 FLAMENGO - Problemas - Kléberson (machucado), Petkovic (machucado) - Time provável (4-3-1-2) - Marcelo Lomba, Leonardo Moura, Wellinton, Ronaldo Angelim e Juan; Maldonado, Williams, Renato e Diogo; Diego Maurício e Deivid. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

ATLÉTICO PARANAENSE - Problemas - Rhodolfo (machucado), Maykon Leite (machucado), Branquinho (machucado), Élder Granja (machucado) - Time provável (4-23-1) - Neto, Wágner Diniz, Manoel, Rafael Santos e Paulinho; Chico e Vítor; Guerrón, Paulo Baier e Netinho; Nieto. Técnico: Sérgio Soares.

ARBITRAGEM - José Henrique de Carvalho (SP); Émerson Augusto de Carvalho, Márcia Lopes Caetano.

Hamilton, Alonso, Webber, Button e Vettel brigam pelo título em Interlagos

FECHANDO A CONTA – Alonso pode, inclusive, ser campeão no Brasil. Para isso, ele precisa vencer a prova desta tarde e torcer para que Webber fique, no máximo, na quinta colocação. Se terminar no segundo posto, o espanhol levantará a taça se Hamilton não subir ao pódio e Webber acabar a prova em oitavo lugar. Nesse cenário, Vettel também não poderá vencer a corrida.

Alonso ironiza igualdade dentro da RBR

MUNDIAL DE FÓRMULA 1 P 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

Piloto Fernando Alonso» Mark Webber» Lewis Hamilton» Sebastian Vettel» Jenson Button» Felipe Massa» Robert Kubica» Nico Rosberg» Michael Schumacher» Rubens Barrichello» Adrian Sutil» Kamui Kobayashi» Vitantonio Liuzzi» Vitaly Petrov» Nico Hulkenberg» Sebastien Buemi» Pedro de la Rosa» Nick Heidfeld» Jaime Alguersuari» Heikki Kovalainen»

Equipe Ferrari» Red Bull» McLaren» Red Bull» McLaren» Ferrari» Renault» Mercedes» Mercedes» Williams» Force India» BMW Sauber» Force India» Renault» Williams» Toro Rosso» BMW Sauber» BMW Sauber» Toro Rosso» Lotus Racing»

Pontos 231 220 210 206 189 143 124 122 66 47 47 31 21 19 18 8 6 6 3 0

SÃO PAULO -Fernando Alonso, da Ferrari, ironizou a política da Red Bull de não privilegiar nenhum de seus dois pilotos na reta final do campeonato e deixá-los disputar livremente. O espanhol está na liderança da competição com 11 pontos de diferença para Mark Webber e 25 pontos de vantagem para Sebastian Vettel. “Estamos concentrados no nosso objetivo e não no que fazem os nossos rivais. Acredito que Horner (chefe da Red Bull) tem ideias muito claras sobre a igualdade na equipe. Tomara que continue assim”, disse em entre-

vista ao jornal espanhol “El País”. Alonso também falou que o objetivo neste final de semana do GP do Brasil é conseguir terminar à frente do australiano da Red Bull e levar uma boa vantagem para a última prova. “Se conseguirmos sair de Interlagos com mais de 11 pontos de vantagem sobre o segundo colocado, já será um grande rsultado, ficaríamos muito bem. O importante é terminar à frente de Webber. Mas o fundamental é terminar a corrida e conseguir o máximo de pontos e, se possível, um pódio”, completou.

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ENTREVISTA/VICA

Não quero sair Luciano Milano Repórter

os 49 anos, ele vive sua melhor fase como treinador de futebol. Desde 2008 à frente do comando técnico do ASA, o paulista de Araraquara José Luiz Mauro, o Vica, conseguiu o que muitos colegas de profissão almejam, mas poucos alcançaram: permanecer há dois anos e meio no comando de um time. Campeão brasileiro como jogador, pelo Fluminense em 1984, além de tricampeão carioca pelo mesmo Flu em 1985, Vica sagrou-se campeão alagoano pelo ASA em 2009, vice estadual nesta temporada e é um dos responsáveis diretos pelas maiores conquistas do Alvinegro até agora - o

A

vice-campeonato brasileiro da Série C e acesso para a Segunda Divisão do País no ano passado. Na última quinta-feira, Vica conversou com O JORNAL e falou sobre seu futuro no clube e especulações sobre outras agremiações tentarem tirá-lo de Arapiraca. De acordo com o treinador, o interesse pela sua permanência em 2011 é mútuo. Entretanto, ele lembrou que a Série B ainda está em andamento e que é possível iniciar uma negociação com o clube arapiraquense antes do fim da competição. Já com outra equipe, falar em contrato só seria possível quando se encerrar a Segunda Divisão. Com a saída de Vadão, revela o técnico, pessoas ligadas à Portuguesa paulista tentaram contratá-lo. Sondagens

como do Santa Cruz não passaram de especulação. No bate-papo, Vica também falou sobre a boa campanha do ASA na Série B e avisou que o clube caminha para ser um dos grandes do Brasil. O treinador da equipe arapiraquense atribuiu a organização e os pés no chão da diretoria à grande fase que vive o ASA em campo. Há uma semana, o clube adquiriu um terreno que tem 12 tarefas, no povoado de Bananeiras, zona rural de Arapiraca, onde será construído o Centro de Treinamento. Vica agradece as referências ao seu trabalho no Alvinegro, mas registra a parceria que tem com toda a diretoria: “Pensamos muito parecido e isso tem facilitado as coisas”, diz. Confira a entrevista exclusiva.

- Futuro no ASA - É verdade que começaram a aparecer clubes, como a Portuguesa, interessados no meu trabalho. Mas isso já aconteceu no ano passado, como se tornou público. Ainda nesta Série B, pessoas ligadas ao clube paulista ligaram para mim, depois que o Vadão (Oswaldo Álvares) foi demitido. Mas sempre deixei claro que só sairia do ASA após o término do contrato, e que o presidente José de Oliveira seria o primeiro a ser comunicado. Preciso agir com o clube como ele procede comigo. Porém, não há nada oficial. Após o fim da Série B, no dia 27 de novembro, passarei a definir meu futuro. - Interesse em permanecer - Claro que sim. Aqui no ASA, só tive sucesso e felicidade. É claro que houve momentos difíceis, derrotas e fases complicadas. Mas não posso reclamar: fui campeão e viceestadual, além de vice-brasileiro da Série C, e, o mais significativo, o acesso à Série B do futebol brasileiro. Portanto, a prioridade será do ASA na hora de negociar. Com o clube, os contatos podem começar antes do fim da Série B. Tanto eu tenho vontade de ficar, como o ASA pretende que eu fique. Então...

do futebol brasileiro. Meu objetivo é fazer parte desse projeto.

- Dinheiro fará diferença - Não posso ser hipócrita e dizer que se aparecer uma proposta financeira alta, bem acima do que o ASA pode pagar, minha saída seria dada como certa. Porém, sempre converso com o Zé da Danco e sei que o ASA tem um projeto para ser um grande clube

- Projeto Série A - O projeto do ASA é melhorar a estrutura, ter Centro de Treinamento, local para treinar e poder também trabalhar a base do time. Hoje, seria complicado falar em subir para Série Aporque sabemos das dificuldades e necessidades que se tem para dispu-

tar a Primeira Divisão do Brasil. Mas, com tudo bem estruturado, por que não pensar em ascensão? - CT - Vi o projeto do CT, vi o terreno e, modestamente, participei da confecção de tudo isso, também dando ideia para a diretoria. Veja como são as coisas. Hoje, o ASA é con-

siderado um clube de pequeno porte, mas terá um Centro de Treinamento, coisa que grandes clubes do Brasil como Flamengo e Fluminense não possuem. Com a organização e pés no chão da diretoria, o ASA caminha para ser um grande clube do futebol brasileiro, disso ninguém tenha dúvida. Ter um local para treinar e formar jogadores é importante para mim ou qualquer outro treinador que vir para o ASA. Aqui, aprende-

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Fotos: Marco Antônio

ENTREVISTA/VICA

Não quero sair

Vica disse que foi sondado pela Portugesa

VICA NO ASA Jogos: 123 Vitórias: 60 Empates: 24 Derrotas: 39 Aproveitamento: 55,28% Campeonato Alagoano 2009 – 26 jogos, 51pontos, 16 vitórias, 3 empates e 7 derrrotas

Luciano Milano Repórter

os 49 anos, ele vive sua melhor fase como treinador de futebol. Desde 2008 à frente do comando técnico do ASA, o paulista de Araraquara José Luiz Mauro, o Vica, conseguiu o que muitos colegas de profissão almejam, mas poucos alcançaram: permanecer há dois anos e meio no comando de um time. Campeão brasileiro como jogador, pelo Fluminense em 1984, além de tricampeão carioca pelo mesmo Flu em 1985, Vica sagrou-se campeão alagoano pelo ASA em 2009, vice estadual nesta temporada e é um dos responsáveis diretos pelas maiores conquistas do Alvinegro até agora - o

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vice-campeonato brasileiro da Série C e acesso para a Segunda Divisão do País no ano passado. Na última quinta-feira, Vica conversou com O JORNAL e falou sobre seu futuro no clube e especulações sobre outras agremiações tentarem tirá-lo de Arapiraca. De acordo com o treinador, o interesse pela sua permanência em 2011 é mútuo. Entretanto, ele lembrou que a Série B ainda está em andamento e que é possível iniciar uma negociação com o clube arapiraquense antes do fim da competição. Já com outra equipe, falar em contrato só seria possível quando se encerrar a Segunda Divisão. Com a saída de Vadão, revela o técnico, pessoas ligadas à Portuguesa paulista tentaram contratá-lo. Sondagens

como do Santa Cruz não passaram de especulação. No bate-papo, Vica também falou sobre a boa campanha do ASA na Série B e avisou que o clube caminha para ser um dos grandes do Brasil. O treinador da equipe arapiraquense atribuiu a organização e os pés no chão da diretoria à grande fase que vive o ASA em campo. Há uma semana, o clube adquiriu um terreno que tem 12 tarefas, no povoado de Bananeiras, zona rural de Arapiraca, onde será construído o Centro de Treinamento. Vica agradece as referências ao seu trabalho no Alvinegro, mas registra a parceria que tem com toda a diretoria: “Pensamos muito parecido e isso tem facilitado as coisas”, diz. Confira a entrevista exclusiva.

- Futuro no ASA - É verdade que começaram a aparecer clubes, como a Portuguesa, interessados no meu trabalho. Mas isso já aconteceu no ano passado, como se tornou público. Ainda nesta Série B, pessoas ligadas ao clube paulista ligaram para mim, depois que o Vadão (Oswaldo Álvares) foi demitido. Mas sempre deixei claro que só sairia do ASA após o término do contrato, e que o presidente José de Oliveira seria o primeiro a ser comunicado. Preciso agir com o clube como ele procede comigo. Porém, não há nada oficial. Após o fim da Série B, no dia 27 de novembro, passarei a definir meu futuro.

Campeonato Alagoano 2010 – 24 jogos, 44 pontos, 13 vitórias, 5 emp. e 6 der. Série C 2008 – 18 jogos, 31 pontos, 9 vitórias, 4 empates e 5 derrotas Série C 2009 – 14 jogos, 22 pontos, 6 vitórias, 4 empates e 4 derrotas Série B 2010 (até o jogo do Santo André na última terça-feira) – 33 jogos, 45 pontos, 14 vitórias, 3 empates e 16 derrotas Copa do Brasil 2009 – 2 jogos e 2 empates Copa do Brasil 2010 – 4 jogos, 3 empates e 1 derrota Amistosos 2009 – 1 jogo e 1 vitória Amistosos 2010 – 1 jogo e 1 vitória

mos que se não tiver uma estrutura, mesmo modesta, nunca haverá crescimento. - Apoio da diretoria - Existe uma parceria, uma identificação muito grande entre o que eu penso e o que enxerga a diretoria sobre futebol. Fico lisonjeado quando falam do meu trabalho, mas tudo de bom que aconteceu no ASAaté agora é fruto dessa união que vem desde 2008. O ASA tem feito a diferença porque a maneira de administrar nenhum outro clube aqui no Brasil possui. Além do mais, eu e o presidente Zé da Danco e os demais membros da diretoria pensamos muito parecido. Exemplo disso é que inúmeras vezes perdemos jogos, a pressão da imprensa e parte da torcida pediu minha cabeça, mas a diretoria agiu com profissionalismo e não desfez o projeto. Aqui salário é pago em dia e não se faz loucura de nenhum tipo. O jogador hoje quer vir atuar no ASA porque sabe que vai receber.

- Interesse em permanecer - Claro que sim. Aqui no ASA, só tive sucesso e felicidade. É claro que houve momentos difíceis, derrotas e fases complicadas. Mas não posso reclamar: fui campeão e viceestadual, além de vice-brasileiro da Série C, e, o mais significativo, o acesso à Série B do futebol brasileiro. Portanto, a prioridade será do ASA na hora de negociar. Com o clube, os contatos podem começar antes do fim da Série B. Tanto eu tenho vontade de ficar, como o ASA pretende que eu fique. Então...

do futebol brasileiro. Meu objetivo é fazer parte desse projeto.

- Dinheiro fará diferença - Não posso ser hipócrita e dizer que se aparecer uma proposta financeira alta, bem acima do que o ASA pode pagar, minha saída seria dada como certa. Porém, sempre converso com o Zé da Danco e sei que o ASA tem um projeto para ser um grande clube

- Projeto Série A - O projeto do ASA é melhorar a estrutura, ter Centro de Treinamento, local para treinar e poder também trabalhar a base do time. Hoje, seria complicado falar em subir para Série Aporque sabemos das dificuldades e necessidades que se tem para dispu-

tar a Primeira Divisão do Brasil. Mas, com tudo bem estruturado, por que não pensar em ascensão? - CT - Vi o projeto do CT, vi o terreno e, modestamente, participei da confecção de tudo isso, também dando ideia para a diretoria. Veja como são as coisas. Hoje, o ASA é con-

siderado um clube de pequeno porte, mas terá um Centro de Treinamento, coisa que grandes clubes do Brasil como Flamengo e Fluminense não possuem. Com a organização e pés no chão da diretoria, o ASA caminha para ser um grande clube do futebol brasileiro, disso ninguém tenha dúvida. Ter um local para treinar e formar jogadores é importante para mim ou qualquer outro treinador que vir para o ASA. Aqui, aprende-

- Boa campanha na Série B - Em determinada altura da competição, o time não se acertava e acumulou uma seqüência ruim sem vencer. Parte da imprensa e poucos torcedores acabaram pedindo a minha saída. Mas a diretoria foi coerente e manteve a comissão técnica porque sabe que futebol não se faz mandando embora dez jogadores, trazendo 20 e trocando de técnico no meio da competição. Será que o ASA estaria longe do risco de rebaixamento se tudo fosse desfeito como queriam alguns? Acredito que não.

- Vica, o centralizador - Cada um tem sua maneira de trabalhar, e eu não abro mão de participar do dia-adia do clube que comando. Depois do presidente e do gerente de futebol, eu sou o responsável. Para que tudo saia como deve ser, supervisiono sim a rouparia, a concentração, porque quero tudo dentro da normalidade para ter e dar tranqüilidade aos atletas. Mas algumas pessoas não engolem isso porque não deixamos ninguém de fora dar palpite. No ASA, nunca nenhum diretor me disse quem escalar ou deixar de mandar a campo. Se perde, eles me chamam e perguntam o que aconteceu. Faço mais do que minha função de técnico porque gosto do clube e tenho a confiança da diretoria. - “Problema” Ciel - Nós do ASA temos feito o que está ao nosso alcance para ajudar o Ciel. Um grande jogador, um cara que tem um poder de finalização incrível, que poucos jogadores do Brasil possuem. Tem sido muito importante na nossa campanha. Infelizmente, o Ciel tem um extracampo muito ruim, o que compromete a carreira dele. Todos sabem que ele tem esse problema (alcoolismo) e nós ajudamos da maneira que podemos. Nesta semana, o irmão dele, o Nildo, que também jogou futebol, deve vir a Arapiraca para dar uma força. A mulher dele, o presidente José Oliveira e os outros diretores têm procurado auxiliar. Estamos sempre na torcida para que ele consiga se livrar disso. O Ciel fica com a gente até o fim da Série B.

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PRUDENTE - Problemas - Marcelo Oliveira (machucado), Rodrigo Mancha (machucado), Giovanni (renovando contrato) - Time provável (4-3-1-2) - Sidnei, João Vítor, Ânderson Luís, Leonardo e Diego; Ânderson Pedra, Roberto, Rhayner e Adriano Pimenta; Wesley e Wanderley. Técnico: Fábio Giuntini.

GOIÁS - Problemas - Amaral (terceiro cartão), Marcão (terceiro cartão) - Time provável (3-4-1-2) - Harlei, Ernando, Rafael Tolói e Valmir Lucas; Douglas, Wellington Monteiro, Jonílson e Marcelo Costa; Jones; Felipe e Rafael Moura. Técnico: Jorginho.

ARBITRAGEM - Pablo dos Santos Alves (RJ); José Ricardo Linhares, Adaílson Alves Pereira. Equipe 1º Fluminense 2º Corinthians 3º Cruzeiro 4º Botafogo 5º Santos 6º Internacional 7º São Paulo 8º Atlético-PR 9º Grêmio 10º Palmeiras 11º Vasco 12º Ceará 13º Flamengo 14º Vitória 15º Atlético-GO 16º Guarani 17º Atlético-MG 18º Avaí 19º Goiás 20º G.Prudente

PG 58 57 57 54 50 50 50 50 50 47 45 44 40 38 36 36 35 33 31 24

J 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33

V 16 16 16 13 14 14 14 14 13 11 10 10 8 9 10 8 10 8 8 6

E 10 9 9 15 8 8 8 8 11 14 15 14 16 11 6 12 5 9 7 9

D 7 8 8 5 11 11 11 11 9 8 8 9 9 13 17 13 18 16 18 18

GP 53 58 45 48 55 38 47 37 54 39 39 30 37 39 45 31 41 40 36 32

GC 33 39 34 34 44 34 46 40 41 34 38 33 36 44 51 45 56 53 55 54

SG 20 19 11 14 11 4 1 -3 13 5 1 -3 1 -5 -6 -14 -15 -13 -19 -22

Atualizada antes dos jogos de ontem

AGENDA DO BRASILEIRÃO 34ª RODADA Hoje

36ª RODADA 21/11

16h São Paulo x Corinthians 16h Prudente x Goiás Prudentão 16h Vitória x Cruzeiro 16h Avaí x Botafogo 18h30 Palmeiras x Guarani 18h30 Flamengo x Atlético-PR 18h30 Fluminense x Vasco

São Paulo x Fluminense Palmeiras x Atlético-MG Flamengo x Guarani Botafogo x Internacional Prudente x Ceará Cruzeiro x Vasco Grêmio x Atlético-PR Goiás x Santos Vitória x Corinthians Avaí x Atlético-GO

35ª RODADA

37ª RODADA - 28/11

10/11

Corinthians x Vasco Palmeiras x Fluminense Flamengo x Cruzeiro Botafogo x Prudente Guarani x Grêmio Atlético-MG x Goiás Internacional x Vitória Atlético-GO x São Paulo Ceará x Atlético-PR Avaí x Santos

20h50 Ceará x Botafogo 13/11 18h30 Corinthians x Cruzeiro 18h30 Santos x Grêmio 18h30 Atlético-MG x Flamengo 14/11 16h Vasco x São Paulo 16h Guarani x Vitória 16h Internacional x Avaí 16h Atlético-GO x Palmeiras 18h30 Fluminense x Goiás 18h30 Atlético-PR x Prudente

38ª RODADA - 05/12 15h São Paulo x Atlético-MG 15h Santos x Flamengo 15h Vasco x Ceará 15h Fluminense x Guarani 15h Prudente x Internacional 15h Cruzeiro x Palmeiras 15h Grêmio x Botafogo 15h Goiás x Corinthians 15h Vitória x Atlético-GO 15h Atlético-PR x Avaí

% 59% 58% 58% 55% 51% 51% 51% 51% 51% 47% 45% 44% 40% 38% 36% 36% 35% 33% 31% 27%

SÃO PAULO x CORINTHIANS Hoje, Morumbi, 16h SÃO PAULO - Problemas - Carlinhos Paraíba (terceiro cartão), Jorge Wágner (machucado), Richarlyson (suspenso) - Time provável (4-2-3-1) - Rogério, Jean, Alex Silva, Miranda e Richarlyson (Diogo); Casemiro e Rodrigo Souto; Lucas, Fernandão e Dagoberto; Ricardo Oliveira. Técnico: Paulo César Carpegiani.

CORINTHIANS - Problemas - Jorge Henrique (machucado), Paulo André (machucado) - Time provável (4-31-2) - Júlio César, Alessandro, Chicão, William e Roberto Carlos; Ralf, Elias, Jucilei e Bruno César; Dentinho e Ronaldo. Técnico: Tite.

N

C

Vic

Edi

ARBITRAGEM - Carlos Eugênio Simon (RS), Altemir Hausmann, Carlos Berkenbrock

VITÓRIA x CRUZEIRO Hoje, Barradão, 16h VITÓRIA - Problemas - Wallace (machucado), ÂnderCRUZEIRO - Problemas - Fabrício (terceiro cartão), son Martins (terceiro cartão), Thiago Martinelli (expul- Wellington Paulista (machucado), Caçapa (machucaso), Reniê (machucado), Neto Coruja (terceiro cartão), do) - Time provável (4-3-1-2) - Fábio, Jonathan, Léo, Júnior (terceiro cartão) - Time provável (4-2-3-1) Edcarlos e Diego Renan; Henrique, Marquinhos Paraná, Viáfara, Nino, Jonas, Gabriel Paulista e Egídio; Uellinton, Gilberto e Montillo; Thiago Ribeiro e Robert. Técnico: Ricardo Conceição; Bida, Ramon e Elkesson; Adaílton. Cuca. Técnico: Antônio Lopes. ARBITRAGEM - Paulo Henrique Godói Bezerra (SC); Kléber Lúcio Gil, Marco Antônio Martins.

AVAÍ x BOTAFOGO Hoje, Ressacada, 16h AVAÍ - Problemas - Émerson (expulso), Robinho (expulso), BOTAFOGO - Problemas - Marcelo Cordeiro (machuVandinho (terceiro cartão), Rafael (machucado), cado, dúvida), Márcio Rozário (machucado, dúvida), Marcinho Guerreiro (machucado), Roberto (machucaSomália (machucado, dúvida) - Jéferson, Antônio Carlos, do, dúvida), Marcelinho (machucado, dúvida), Leandro Leandro Guerreiro e Danny Morais; Alessandro, Fahel, Bonfim (machucado) - Time provável (3-4-1-2) - Zé Marcelo Mattos e Caio; Lúcio Flávio; Jóbson e Loco Carlos, Léo San, Bruno e Émerson Nunes; Patric, Diogo Abreu. Técnico: Joel Santana. Orlando, Rudinei e Eltinho; Caio e Davi; Laércio. Técnico: Vágner Benazzi. ARBITRAGEM - Sálvio Spínola (SP); Marcelo Carvalho Van Gasse, Vicente Romano Neto.

FLUMINENSE x VASCO Hoje, Engenhão, 18h30 FLUMINENSE - Problemas - Fernando Henrique (machucado), Diguinho (terceiro cartão), Émerson (machucado), Washington (machucado, dúvida), Fred (machucado, dúvida), Deco (machucado) - Time provável (4-2-3-1) - Ricardo Berna, Mariano, Gum, Leandro Eusébio e Carlinhos; Valencia e Fernando Bob; Tartá, Conca e Marquinho; Rodriguinho. Técnico: Muricy Ramalho.

VASCO - Problemas - Zé Roberto (terceiro cartão), Felipe Bastos (machucado), Éder Luís (machucado, dúvida) - Time provável (4-3-1-2) - Fernando Prass, Fagner, Cesinha, Dedé e Max; Jumar, Rafael Carioca, Rômulo e Felipe; Nunes e Rafael Coelho. Técnico: Paulo César Gusmão.

ARBITRAGEM - Péricles Bassols (RJ); Rodrigo Pereira Joia, Ricardo de Almeida.

PALMEIRAS x GUARANI Hoje, Arena Barueri, 18h30 PALMEIRAS - Problemas - Marcos (machucado), Maurício Ramos (machucado, dúvida), Valdivia (machucado) Time possível (4-2-3-1) - Mas Felipão disse que vai poupar vários jogadores - Deola, Márcio Araújo, Danilo, Fabrício e Gabriel Silva; Edinho e Marcos Assunção; Tinga, Lincoln e Luan; Kléber. Técnico: Luiz Felipe.

GUARANI - Problemas - Douglas (machucado), Vítor Júnior (machucado), Fabão (machucado), Fabiano (machucado), Mazola (machucado, dúvida), Márcio Careca (terceiro cartão), Maycon (terceiro cartão) - Time provável - Émerson, Rodrigo Heffner, Aílson, Aislan e Moreno; Renan, Paulo Roberto; Reinaldo, Baiano e Preto; Mazola. Técnico: Vágner Mancini.

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ARBITRAGEM - Guilherme Cereta de Lima (SP); Rogério Pablo Zanardo, Junivan Rodrigues de Souza.

FLAMENGO x ATLÉTICO PARANAENSE Hoje, Raulino de Oliveira, 18h30 FLAMENGO - Problemas - Kléberson (machucado), Petkovic (machucado) - Time provável (4-3-1-2) - Marcelo Lomba, Leonardo Moura, Wellinton, Ronaldo Angelim e Juan; Maldonado, Williams, Renato e Diogo; Diego Maurício e Deivid. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

ATLÉTICO PARANAENSE - Problemas - Rhodolfo (machucado), Maykon Leite (machucado), Branquinho (machucado), Élder Granja (machucado) - Time provável (4-23-1) - Neto, Wágner Diniz, Manoel, Rafael Santos e Paulinho; Chico e Vítor; Guerrón, Paulo Baier e Netinho; Nieto. Técnico: Sérgio Soares.

ARBITRAGEM - José Henrique de Carvalho (SP); Émerson Augusto de Carvalho, Márcia Lopes Caetano.

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BatePronto Victor Mélo - jornalistavictor@gmail.com

Contagem regressiva CSA intensifica o trabalho para o jogo do dia 17 contra o ABC

A LENDA DE SENNA É impossível não lembrar de Ayrton Senna da Silva nos dias de Grande Prêmio do Brasil. Neste ano, perto do lançamento oficial do filme sobre sua vida no País, essas memórias pedem passagem com a ênfase da década de 90. Falar de Senna é fácil. Máximo ídolo esportivo da minha geração, ele conseguiu ser maior que a própria Fórmula 1. Seus pegas com Mansell, Prost e Piquet povoaram a infância de gente que, como eu, aprenderam a vencer vendo na pista aquele mítico McLaren número 1. Obcecado por vitórias, o brasileiro era a personificação das palavras talento e persistência. Nas corridas, mesmo quando o carro estava bem abaixo de seus maiores rivais, Senna precisava apenas de alguns pingos de chuva para vestir sua capa e seu elmo e partir, destemido, para tirar a vitória de mãos impuras. Nas primeiras curvas, já percebíamos que o sucesso era iminente. O piloto também incorporou como poucos atletas o ideal patriota. Num período em que manifestações ufanistas lembravam o cinza da Ditadura, ele desbravou o mundo com a bandeira nacional nas mãos e espalhou orgulho em sua nação. Valente, Senna não se intimidou com as politicagens da Federação Internacional de Automobilismo e nunca se curvou aos donos do circo. Dialogou com ótimos coadjuvantes e foi soberano num tempo em que a Fórmula 1 se consolidava como um esporte de elite e de massas. No futuro, ao certo, quem não teve a oportunidade de acompanhar os feitos de Senna pode observar os números frios de sua carreira e considerá-lo apenas um grande campeão, como outro qualquer. Cabe a nós, privilegiados, buscar suas ultrapassagens mágicas na primeira gaveta da lembrança e, com a voz impostada, tentar explicar sua lenda. Dentre os incríveis feitos do brasileiro, destaco a primeira vitória no País. Ele já havia conquistado dois de seus três títulos mundiais, mas era desafiado pelo destino a não vencer em casa. Obstáculos improváveis o tiravam da liderança nas corridas no Brasil, talvez até para preservar a glória aos últimos capítulos. Em 1991, Senna defendia a primeira colocação em Interlagos com grandes chances de triunfo, mas, a sete voltas do fim, o carro parecia não querer aceitar seus comandos. As marchas foram travando em sequência e, em pouco tempo, lhe restou tão-somente a sexta. Ricardo Patrese, da Williams, que estava a mais de 30 segundos do brasileiro, tirava a diferença com imensa facilidade e se aproximava em compasso de abordagem. Senna segurava o carro como se domasse um touro insano. As dores se multiplicavam pelo seu corpo e, assim como as marchas, os músculos se recusavam a responder. Para aumentar a dificuldade, a chuva decidiu cair no circuito e a sua velha Mclaren insistia em sair da pista. O piloto não aceitava. As voltas foram sendo vencidas com imenso esforço e, após a bandeirada final, Senna mal tinha forças para erguer a sua bandeira, símbolo máximo de suas conquistas. A imagem do ídolo no pódio, cambaleante, mas triunfal, está entre as cenas mais marcantes da história do esporte. O seu contraste veio dois anos depois, com a segunda vitória do brasileiro em Interlagos. Depois de pulverizar o favoritismo das Williams de Alain Prost e Damon Hill, Senna fechou a prova no Brasil em primeiro lugar e foi saudado, ainda na pista, por uma multidão enlouquecida. Foi o contato mais próximo do herói com seu povo nos 21 anos de sua carreira. Para fechar sua saga no País, saiu do carro ainda no meio de seus seguidores com os braços erguidos e ungiu a nação com a glória alcançada.

Victor Mélo Editor de Esportes

O CSA iniciou a contagem regressiva para voltar ao Nordestão. Depois de fazer a festa com a conquista do título da Segunda Divisão doAlagoano, os jogadores consideram a competição regional a cereja do bolo. E as chances de conquista não podem ser desprezadas. Ao contrário da maioria de seus adversários, o Azulão levou a competição a sério e ocupa a segunda colocação na tabela, com 25 pontos, dois a menos que o líder ABC. Coincidentemente, os dois clubes vão se enfrentar na úl-

tima rodada da fase de classificação, dia 17, no Estádio Rei Pelé. “Avitória nesse jogo é importante porque nos dará a liderança da fase de grupos e, consequentemente, a vantagem de decidir a semifinal e a possível final ao lado de nossa torcida, em Maceió. Por isso, estamos aumentando a carga de trabalho nesses dias para que o time esteja bem técnica e fisicamente no dia 17”, comentou o técnico Lino. O CSA disputou 13 partidas na competição, vencendo sete, empatando quatro e perdendo duas. O ataque azulino marcou 26 gols e a defesa sofreu 19, saldo de sete.

Se a competição terminasse antes da última rodada, os classificados para as semifinais seriam o ABC, o CSA, o Bahia e o Vitória. O adversário do Azulão na semifinal seria o Bahia, que já tem 14 jogos e encerrou sua participação na primeira fase. DESPEDIDA - Os atacantes Jonatas e Paulinho Macaíba e o zagueiro Toninho não fazem parte dos planos do técnico Lino para o Nordestão. O primeiro pediu para ser dispensado e os outros dois defenderam a camisa de outros clubes na competição e não foram inscritos pelo CSA. Marco Antônio

O técnico Lino reuniu a tropa na semana passada e traçou os planos para a partida do dia 17

Proposta de tabela do Nordestão ALiga do Nordeste já divulgou as informações sobre a Competição Regional da próxima temporada. A proposta que vai ser ainda analisada pelos clubes é de que o campeonato seja disputado a partir de janeiro, concorrendo com os Estaduais. Pela fórmula da Liga, o Nordestão vai começar no dia 16 de janeiro e terminar no dia 27 de fevereiro, tendo, no total, 11 datas. Um ponto importante da competição que se difere da

deste ano é a primeira fase. Os 16 clubes vão ser divididos em dois grupos de oito, com os dois primeiros colocados de cada chave passando para as semifinais. O último colocado vai ser rebaixado para a segunda divisão do campeonato, que será disputada a partir de maio. O critério de seleção para a Segundona vai ser o Estadual, com os dois melhores colocados, que não estejam na elite, garantindo sua participação.

Apenas o campeão será promovido à Primeira Divisão. FAF - O Presidente da Federação Alagoana de Futebol, Gustavo Feijó, disse que, se for disputado mesmo junto com os estaduais, o Nordestão não vai atrapalhar. “Os clubes precisam de recursos e, pelo menos, o dinheiro do Regional vai ajudar os times para a formação de bons elencos no Estadual”, comentou. (V.M.)

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Melhor esperar Muricy faz mistério e deixa dúvida no ataque do Fluminense para jogo contra o Vasco A escalação do ataque do Fluminense é a grande dúvida deixada no ar pelo técnico Muricy Ramalho para o confronto com o Vasco, clássico marcado para hoje às 18h30 (de Brasília), pelo Campeonato Brasileiro. Tentando manter o mistério, ele preferiu não confirmar se Washington estará em campo e também não quis bancar a ausência de Fred. “Temos tempo para definir a equipe e confio em todos os jogadores do elenco. O Fred foi preservado do coletivo dos reservas na sexta-feira para soltar a musculatura. Em relação ao Washington, somente o tempo vai definir”, afirmou o comandante. Caso Washington seja liberado, ele vai formar dupla com Tartá. Senão, Rodriguinho assumirá a condição de titular. No meio-campo nenhuma surpresa. Sem os volantes Diogo, vetado por conta de uma lesão no joelho direito, e Diguinho, que vai ter que cumprir suspensão por conta do terceiro cartão amarelo recebido no empate sem gols com o Internacional, Muricy Ramalho terá Fernando Bob e o colombiano Valencia na proteção aos zagueiros. Apesar disso, eles não preferem contar com a escalação por antecipação. “Ainda é muito cedo para saber se jogarei ou não nesta partida contra o Vasco. Ficarei feliz se o Muricy optar por mim, certamente darei o meu melhor como sempre faço, até porque sei da importância deste jogo para nosso time. A

Flu e Vasco empataram por 2 x 2 no Primeiro Turno

responsabilidade é muito grande, mas a nossa entrega nos ajudará nesta fase importante”, disse Valencia. Na atividade de sexta, enquanto os titulares faziam um treino leve, os reservas partici-

param de um coletivo contra a equipe sub-23. O destaque foi o volante Belletti, autor de um golaço de fora da área. O meia Deco, que se recupera de uma lesão na coxa direita, reforçou a musculatura e deverá ficar à dis-

posição de Muricy já na próxima semana. Pelo que se acompanhou do treino do Fluminense nesta sextafeira, a provável escalação para o clássico de domingo é: Ricardo Berna, Mariano, Gum, Leandro

Euzébio e Carlinhos; Fernando Bob, Valencia, Marquinho e Darío Conca; Tartá e Washington (Rodriguinho). Neste sábado o elenco participa de um recreativo e depois começa o período de concentração.

PC não conta com Zé Roberto e pode perder Éder Luís O próximo compromisso do Vasco no Campeonato Brasileiro será o clássico contra o Fluminense, hoje, no Engenhão. Paulo César Gusmão não poderá contar com o atacante Zé Roberto, que recebeu o terceiro

cartão amarelo contra o Grêmio Prudente e terá que cumprir suspensão. Éder Luís, com dores na coxa direita, também deverá ficar de fora. Com isso, a dupla de ataque será composta por Jonathan e Nunes.

Na sexta-feira, o elenco se reapresentou e realizou um trabalho regenerativo. Existe uma preocupação em relação ao estado físico de alguns jogadores, que passaram mal antes do confronto com o Grêmio Prudente. O

goleiro Fernando Prass, o zagueiro Dedé, o lateral Max, os volantes Rômulo e Rafael Carioca e o atacante Rafael Coelho sofreram com uma indisposição estomacal e por muito pouco não acabaram ficando fora.

A situação chegou a ser considerada desesperadora, pois Rafael Carioca e Rafael Coelho tiveram que ser substituídos. O Cruzmaltino soma 45 pontos e praticamente cumpre tabela no Brasileirão.

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Vai sair faísca Embalados, São Paulo e Corinthians prometem grande clássico nesta tarde Na última semana, os resultados de São Paulo e Corinthians contribuíram para uma grande expectativa para o Majestoso. O clássico de hoje, às 16h (de Alagoas), no Morumbi, tem muita coisa em jogo para ambos os time. O Timão briga título enquanto o Tricolor ainda sonha com a Libertadores. Com a vitória contra o Cruzeiro, o São Paulo entrou de vez na briga por uma vaga na competição sul-americana e vem para o seu segundo duelo decisivo da semana. Com 50 pontos, são apenas quatro de diferença para o quarto colocado Botafogo e a vitória é praticamente uma obrigação para os tricolores. Mesmo sabendo que se trata de um clássico, o Sampa quer fazer valer o seu mando de jogo com a força da torcida. Com apenas 5% de corintianos, a promessa é de que os são-paulinos lotem o Morumbi. Para Carpegiani agora não é mais hora para errar, já que a medida que o campeonato vai acabando, mais difícil fica chegar no G4. “Pode ocorrer (tropeço), como ocorreu contra o Ceará, é natural de jogo. A margem de erro se estreitou, não temos escolha ao não ser buscar a vitória. O Corinthians não é nosso adversário direto, mas estamos buscando a Libertadores. São três times que estão lá em cima, estamos brigando um pouco mais com o Cruzeiro, mas até o empa-

Corinthians ainda luta pelo título

te fica ruim, todo mundo está em situação incômoda”, analisou. Para o Majestoso, o treinador do Sampa terá problemas para escalar sua equipe. Carlinhos Paraíba e Richarlyson estão suspensos e Carpegiani ainda não decidiu seus substitutos. Durante o treino fechado desta sexta-feira, o técnico experimentou algumas opções, mas não gostou do que viu. Atendência é que Carpegiani mantenha a dúvida até o domingo. Pelo lado alvinegro, apesar de toda a rivalidade e a importância da partida, a o discurso é de evitar polêmicas. Após Tite,

Ronaldo e William classificarem o jogo apenas como mais um no campeonato, Roberto Carlos também evitou provocações. “Que seja um grande jogo, que não tenha violência e que o melhor saia vitorioso. Não temos de entrar em polêmica agora. Teve época que eu era de entrar nessa de briguinha, provocação, mas hoje não sou mais disso. Espero que o clássico tenha muitos gols, porque é disso que o torcedor gosta”, disse veterano lateral. Com dez partidas de invencibilidade ante o rival, o Corinthians chega embalado, li-

derado por Ronaldo. Na vitória por 4 x 0 sobre o Avaí, o Fenômeno balançou as redes duas vezes e já garantiu que vai para o “sacríficio”, em sua quinta partida consecutiva. Outro corintiano muito querido pela torcida que deve aparecer na partida é Dentinho. Mesmo que não inicie o Majestoso, o jovem atacante deve entrar no decorrer do jogo, assim como aconteceu diante do Avaí e os corintianos foram ao delírio. Embalados, Corinthians e São Paulo prometem um Majestoso de arrepiar neste domingo!

FLORIANÓPOLIS

Botafogo pega hoje o Avaí No Botafogo, o técnico Joel Santana parece ter acostumado com as muitas lesões que seus jogadores tiveram ao longo da temporada. Mesmo com todas as adversidades, o treinador se mantém otimista na escalação de Marcelo Cordeiro, Somália e Márcio Rosário no jogo de hoje, às 16h (de Alagoas), contra o Avaí. Apesar de estarem em processo de recuperação, todos viajarão para Florianópolis, totalizando em 23 atletas à delegação alvinegra. “Dos três jogadores, o Cordeiro é que tem mais chances de jogar. Depois o Somália e por incrível que pareça, o Rosário é o que mais preocupa. Mas, vamos ver como estarão antes do jogo”, analisou Joel. O volante Leandro Guereiro foi poupado da atividade realizada em General Severiano.

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Maceió, domingo, 7 de novembro de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: jornaltv@ojornal-al.com.br Luiza Dantas/CZN

Paola Oliveira, Bruna Linzmeyer e Letícia Spiller estão no elenco do seriado

Globo estreia dia 11 seriado "Afinal, o Que Querem as Mulheres?"

Páginas 6 e 7


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"Eu passo aqui e o pessoal da Comlurb chama: 'Seu Neylaaa!'".

Ney Latorraca, o Dr. Solano de "S.O.S. Emergência", dizendo que se diverte quando as pessoas o chamam de Neyla nas ruas (Revista "Quem")

"Lá em casa, sem chance".

Daniel de Oliveira, o Agnello de "Passione", quando perguntado como reagiria se sua mulher, a atriz Vanessa Giácomo, desse uma de Stela, papel de Maitê Proença, que traiu o marido com vários rapazes ao longo da trama (Revista "Quem").

"Se falta luz em casa e eu estou sem uma vela ou lanterna, a coisa fica feia". Juliana Alves, a Clotilde de "Ti-Ti-Ti", confessando ter medo de escuro ("ego.com.br").

"Será que meu peito vai cair? Será que minha barriga vai voltar para o lugar". Juliana Paes, grávida de oito meses, relatando alguns medos que têm (Revista "IstoÉ Gente")

"Quero ser gostosa, cansei de ser bacaninha".

Maria Ribeiro, que viveu a Marilia de "Poder Paralelo", da Record, em ensaio sensual para a revista "Trip", mostrando que agora pretende explorar mais seus atributos físicos.

"Não entendemos porque essa nota maldosa foi divulgada".

Cleo Pires, a Estela de "Araguaia", em comunicado enviado à imprensa, negando suposto clima ruim com Eva Wilma nas gravações da novela.

"Nem fiz pipi, nem tomei uma aguinha".

A apresentadora Hebe Camargo, ansiosa e emocionada, antes de entrar no palco do Credicard Hall, onde gravou o primeiro DVD de sua carreira (Revista "Quem").

"Não posso ficar elogiando o Robert Pattinson, por exemplo". Sabrina Sato, apresentadora do "Pânico na TV", da RedeTV!, revelando como lida com o ciúme do namorado (Revista "IstoÉ Gente").

"Acho a vida de Desiré tão mais interessante".

Mayana Neiva, ao comparar sua vida com a de sua personagem em "Ti-Ti-Ti" ("ego.com.br").

"Saio sempre cansada". "Não digo que nunca vou fazer".

Milena Toscano (foto), a Manuela de "Araguaia", não descartando a possibilidade de fazer um ensaio nu (Jornal "O Dia").

"Elas acreditam que Camila é uma Barbie".

Maria Helena Chira, a Camila de "Ti-Ti-Ti", explicando a repercussão positiva de sua personagem junto ao público infantil (Jornal "O Dia").

Vera Holtz, a Candê de "Passione", dizendo como se sente quando faz cenas de briga com Daisy Lúcidi, que vive a Valentina na trama (Jornal "O Dia").

"Sabia que seria tarde. Então, me preparei para isso. Me cuidei muito. Estou bombando aos 43 anos".

Alexandra Richter, a Jaqueline de "Passione", dizendo que tinha a intuição de que o sucesso viria tarde, mas viria ("ego.com.br").

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PERSONAGEM DA SEMANA

André de Biasi analisa as dificuldades de interpretar o político analfabeto em Ribeirão do Tempo Por Natalia Palmeira PopTevê

Interpretar o atrapalhado Ari Jumento de "Ribeirão do Tempo" não é uma tarefa fácil para André de Biasi. Na pele do prefeito semi-analfabeto, o ator tenta fazer um personagem naturalmente engraçado, sem ser cômico. "A comédia já está na roupagem e no jeito que ele fala. Tenho de fazer natural para não ficar caricato", explica. A principal referência para compor o personagem era o Odorico Paragaçu, interpretado por Paulo Gracindo em "O Bem Amado". Por isso, quando recebeu o convite, André ficou receoso com o novo trabalho. "Como o Odorico fez tanto sucesso, obviamente a comparação é inevitável. Eu pensei, não sou o Gracindo, sou o André. Era impossível fazer aquela interpretação", ressalta ele, que procurou dar um ar ingênuo para o personagem. Encontrar o visual ideal para o prefeito também foi motivo de preocupação para André. Ele deixou a barba e o cabelo crescerem e foi tirando aos poucos. "Experimentei milhares de óculos. Depois a roupa. Primeiro, fiquei muito sofisticado. Parecia o Sean Connery. Depois brega demais. Demorou até acharmos esse meio termo", lembra, entre risos. De bigode, suspensórios e chapéu de palha, André não parece em nada com o surfista Lula da série "Armação Ilimitada". Mas o personagem, no entanto, ficou marcado na carreira do ator. E até hoje – 25 anos depois de dar vida ao papel –, ele ainda é lembrado pelo trabalho quando sai às ruas. "Isso me dá felicidade. É um orgulho. Quando eu, Kadu, Jonas e Andréa nos encontramos, comentamos que já se passou tanto tempo e as pessoas não esquecem. É impressionante!", destaca. P – Ao longo de sua carreira, você interpretou tipos mais leves e bem humorados. Você se identifica mais com esse gênero? R – Não gosto de fazer drama. Eu sou muito sensível, absorvo muito. Gosto de ação, de aventura. Acho que sou bom nisso. Mas se eu interpretar um matador, um assassino bem do mau, vou fazer muito bem. Antes de morrer vou fazer um desses. Vou correr atrás e pedir para interpretar um personagem assim. P – O Ari Jumento é o papel mais

diferente dos que você já interpretou na televisão. O que mais te chamou a atenção nele? R – Ele tem muitas facetas encantadoras. E depois, é um tipo bem característico da cultura brasileira. Ele conseguiu chegar à prefeitura sendo analfabeto. Considero o personagem o mais genial e o melhor que já fiz. P – Como é um personagem engraçado, de que maneira você encontrou o tom sem cair no exagero? R – Eu fiquei com medo quando me deram o Ari Jumento, porque a re-

ferência que tinha era do Odorico Paraguaçu, que o Paulo Grassindo interpretou brilhantemente em "O Bem Amado". É muito difícil, porque se passar do tom um pouco, fica inverossímil, caricato, beirando o ridículo. Então, tento fazer com verdade, emprestando uma certa inocência. Se eu tentasse fazer de forma cômica não ia soar verdadeiro. Iam dizer: lá vem o palhaço. P – Fazem 25 anos que você interpretou o Lula de "Armação Ilimitada" e até hoje ainda é lembrado pelo personagem. Alguma vez você se preocu-

pou em ficar marcado e isso atrapalhar a sua carreira? R – Nunca! O que o ator tem de se preocupar é em escolher bons personagens e fazê-los muito bem, com amor. Acho que o Lula só vai ficar para trás quando eu morrer. Quando saio nas ruas, as pessoas dizem "olha o Juba e Lula aí". O que me impressiona é que isso não sai da mente das pessoas. Principalmente para aqueles da minha geração. Eles me veem e é uma conexão direta com os anos 80, com aquele momento da vida deles. É uma referência muito boa.

ANIVERSÁRIOS DA SEMANA DE 7 A 13 DE NOVEMBRO 7/11 - Dudu Azevedo, 32 anos, e Ana Maria Moretzsohn, 63 anos. 8/11 - Herson Capri, 58 anos. 9/11 - Maria Ribeiro, 35 anos, Anderson Muller, 41 anos, e Hubert, 51 anos. Nesta data, há 23 anos, foi ao ar o primeiro capítulo da novela "Sassaricando", escrita por Sílvio de Abreu, na Globo. Após ficar viúvo e começar uma nova vida, Aparício Varella, personagem

do protagonista Paulo Autran, resolve mudar. De marido devotado e submisso à esposa, passa a namorar três amigas de uma só vez. São elas: Rebecca, vivida por Tônia Carrero, Leonora, interpretada por Irene Ravache, e Penélope, personagem de Eva Wilma. Atrama também destacou o trabalho de Claudia Raia como Tancinha. Ela, para ajudar a mãe, ia para a feira vender frutas e ficou marcada pelo bordão "me tô divididinha". Maitê Proença,

Edson Celulari, Angelina Muniz e Alexandre Frota, entre outros, faziam parte do elenco. 10/11 - Jackeline Petkovic, 30 anos, Ângelo Paes Leme, 37 anos, Marcelo Tas, 51 anos, e Myrian Rios, 52 anos. 11/11 - Alexandre Garcia, 69 anos. 12/11 - Reynaldo Gianecchini, 38 anos. 13/11 - Luís Melo, 53 anos.


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MAPA DA MINA Por Natalia Palmeira

CINCO DÉCADAS

PROJETO VERÃO

NA COLA DA BANDA

(Globo, dom, 20:45 h)

(MTV, ter, 23:30 h)

(MTV, qua, 21 h)

Bruno Garcia estreia o quadro "Cladestinos, a Vida Real", no Fantástico. O programa vai mostrar a história dos atores que estão no elenco da série "Clandestinos, o Sonho Começou". Bruno Garcia viajou por São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Distrito Federal, Bahia e Pernambuco para conhecer de perto o dia a dia dos atores, antes de eles serem selecionados para o grupo que faz parte do programa.

No "Viva!MTV", Marina Person conversa sobre boa forma e mudança de hábitos com a "VJ" que mais "puxa ferro" da emissora: Penélope Nova. O programa mostra ainda as vantagens do “kettlebell”, a aula que promete esculpir o corpo.

A partir desta quarta, a MTV vai acompanhar o dia a dia da banda Restart. A série possui seis episódios e exibirá dois por semana. O primeiro capítulo mostra o lançamento do caderno da banda e uma sessão de fotos.

DÚVIDA CRUEL CARIOQUICES

(Globo, qui, 23:30 h)

(Globo, ter, 22:30 h)

BRINCADEIRAS (TV Brasil, dom, 12 h) No "ABZ do Ziraldo", terá uma entrevista com Fernanda Oliva, da ONG Praticável, criadora da Trupe Leitores da Felicidade. O programa também recebe os cantores Janaina Rita e Leonardo Lois, do Tinkun-tá, e a ilustradora de livros infantis Mariana Massarani.

O novo episódio de "As Cariocas", "A Invejosa de Ipanema", vai contar com a participação de Fiorella Matheis. A apresentadora do "Video Show" interpreta Carla, a noiva de Chiquinho, vivido por Rafael Primot. A protagonista do novo episódio será Fernanda Torres.

Nesta quinta, estreia "Afinal, O que Querem as Mulheres?". A série conta a história do escritor e psicólogo André, de Michel Melamed. Ele é obcecado por responder a pergunta formulada, e nunca elucidada, por Sigmund Freud. A pesquisa acaba com seu casamento com Lívia, de Paola Oliveira. Letícia Spiller, Maria Fernanda Cândido e Letícia Sabatella, entre outros, fazem parte do elenco.

VERDADE OU MENTIRA CONVIDADOS

LENTE DE AUMENTO

(TV Brasil, sab, 19 h)

(MTV, seg, 21 h) No "Rockgol", Paulo Bonfá e Marco Bianchi recebem Murilo Endres, o melhor jogador de vôlei do último Campeonato Mundial. Além disso, o programa conta com a participação de Japinha, baterista do CPM22, que está lançando seu novo CD.

(Globo, sex, 23:05 h) Os mitos brasileiros são o foco do "Almanaque Brasil". O público vai saber quem são os maiores mentirosos e fazer um passeio imperdível no bonde da história. Tom Zé vai comandar o quadro "Cantos do Brasil" e as aventuras de Amyr Klink na pauta do "Papo Cabeça".

Bruno Mazzeo, Fábio Porchat, Gregório Duvivier, Fabiula Nascimento, Débora Lamm e Renata Castro Barbosa fazem da rotina do dia a dia situações engraçadas, no novo episódio de "Junto & Misturado".

Rapidinhas # A MTV vai transmitir, ao vivo, o "EMA 2010". Este ano, a premiação de música da MTV Europa acontece em Madri, na Espanha. (MTV, dom, 18 h)

# O "Brasilianas.org" discute o tema da inclusão digital e as políticas existentes direcionadas para esta questão. (TV Brasil, seg, 22 h)

# A Globo exibe a nova rodada do Campeonato Brasileiro. O Avaí enfrenta o Botafogo. (Globo, dom, 17 h)

# A fauna, flora, formações geológicas e recursos hídricos do sudeste de Minas Gerais são o tema do próximo "Expedições". (TV Brasil, ter, 19:30 h)

# Em "O Formigueiro" desta semana, Marco Luque recebe o cantor Latino, que conta um pouco de sua trajetória musical. (Band, 20:30) # Luciana Gimenez e Wesley Sathler apresentam o quadro "A Patroa é um Avião". Uma equipe de profissionais entra em ação para mudar o visual de mais uma convidada. (RedeTV!, qua, 22:10 h)

# O Palmeira enfrenta o Atlético nesta quarta. O jogo faz parte da Copa Sul América 2010. (Globo, qua, 21:30 h) # O "Cozinha Brasil" visita a festa da linguiça em Chapecó, em Santa Catarina. (TV Brasil, sab, 14:30 h)


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EM FOCO

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No ar em Passione, Mariana Ximenes gosta de entender as transições de seu papel Por Luana Borges PopTevê

Para Mariana Ximenes, dar vida a Clara de "Passione" significa estar em constante mudança no que diz respeito à interpretação. Afinal, a atriz precisa entender as nuances da personagem, que passou a maior parte da trama como vilã. Mas agora chega a demonstrar traços de mocinha: trabalha honestamente e parece, finalmente, gostar do homem que tanto maltratou, o "buona gente" Totó, de Tony Ramos. "Isso é muito rico para mim. Fazer uma vilã, que faz maldades, mas ao mesmo tempo é humanizada, dá uma gama maior de possibilidades", explica. Para traçar o perfil psicológico do papel, Mariana conta com o auxílio de sua psicanalista, Kátia Achcar. Há seis anos, a atriz se consulta com a profissional, que lhe ajuda em todas as suas personagens desde então. "A partir disso, faço a composição junto com o texto, com os diretores e com a figurinista", revela. Entender a maneira como Clara se veste, aliás, foi um fator importante no processo de criação. Ainda mais porque a personagem passou por várias fases de roupa. No início, era enfermeira. Quando ainda namorava Fred, de Reynaldo Gianecchini, era "bagaceira" e sem dinheiro. Por isso, não poderia usar roupas de marca. Na Itália, vestia peças mais adequadas ao clima local. Ao mesmo tempo, Clara estava enganando Totó, mas ele deveria se apaixonar por ela. "Como esse homem viril, do campo e vivido, vai gostar da Clara? Tudo é parte de um raciocínio de composição de personagem que ajuda", ressalta. Mariana também teve de extravasar um lado sensual e escrachado - características bem fortes do papel. Por isso, em várias cenas, a atriz apareceu com pouca roupa. "Levo isso tranquilamente. É mais um artifício", pon-

dera ela, que também teve como referências os filmes protagonizados por Bette Davis e Brigitte Bardot. "Para ter a intensidade da Bette Davis e a sensualidade da Brigitte Bardot", destaca. Pelo visto, o público, de uma maneira geral, não se incomodou com as maldades que Clara fez. Tanto que o que Mariana mais escuta as pessoas dizerem é que sua personagem tem de ficar com Totó no final da novela. Além disso, muitos colocam a culpa do caráter duvidoso de Clara em sua avó, Valentina, de Daisy Lúcidi. Afinal, a megera explorou a neta sexualmente. "É tão curioso, todo mundo me diz isso. É como se fosse uma justificativa. Eu, como intérprete, acho que nada justifica as atitudes que meu papel teve", opina. Para Mariana, a repercussão positiva, no entanto, não significa que as pessoas torçam mais pelos vilões. Ela acredita que a história tenha deixado elementos que façam o público ter simpatia por sua personagem. "A Clara tem um laço forte com a irmã. Além disso, planejou matar o Totó, mas não teve coragem. Acho que isso tudo vai entrando na cabeça das pessoas", acredita. Encarando sua primeira vilã na tevê, Mariana lembra que a vontade de ser atriz veio cedo, aos 6 anos. "Só não sabia como ia fazer porque não tenho nenhum parente ator", recorda, aos risos. Sem nunca pensar em seguir outra profissão, a simpática atriz, então, começou a fazer teatro e algumas campanhas publicitárias. Hoje, com 11 novelas no currículo, construiu também uma carreira no cinema. Entre os filmes em que atuou, estão "Quincas Berro D’Água", de Sérgio Machado, "A Máquina", de João Falcão, e "O Invasor", de Beto Brant, entre outros. "'O Invasor' foi especial porque foi quando ganhei meu primeiro prêmio no cinema", diz ela, que pretende voltar aos palcos quando "Passione" chegar ao fim. "Estou louca para fazer teatro", frisa.


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PRIMEIRA MÃO

Afinal, o Que Querem as Mulheres? sugere respostas a Freud Por Gabriel Sobreira PopTevê

O seriado "Afinal, o Que Querem as Mulheres?", da Globo, retrata mulheres que desejam o respeito e o comando da própria vida. Uma tarefa nada fácil para responder uma questão proferida pelo pai da psicanálise, Sigmund Freud. A produção, que é escrita por João Paulo Cuenca, com coautoria de Cecília Giannetti e Michel Melamed e texto final do diretor Luiz Fernando Carvalho, não tem compromisso com uma resposta, mas assume a posição de oferecer algumas sugestões aos homens e também mulheres que jamais elucidaram este questionamento. "Se tivesse de resumir este seriado em uma frase, diria: a tragédia de um homem ridículo! 'Afinal, o Que Querem as Mulheres?' conta a travessia patética de um homem em relação aos seus objetos de desejo, ao amor, aos afetos e a uma espécie de visão do feminino que parece o devorar sempre", afirma o diretor do seriado que estreia dia 11. A partir da ideia original de Luiz Fernando Carvalho, o seriado narra as complicações vividas pelo escritor e psicólogo André Newmann, interpretado por Michel Melamed. "Aprendi muito com ele, especialmente sobre rigor e afeto com o trabalho", derrete-se o ator referindo-se à parceria com o diretor . O personagem é um obcecado por responder a famosa pergunta de Freud. Seu fascínio, ou curiosidade, para entender os meandros da mente feminina não se exaurem. Ele chega a frequentar desde salões de beleza, "sex shops" e clubes em busca dos mais diferentes depoimentos femininos para concluir a pesquisa para sua tese de doutorado. "Esta pergunta só restringe a mag-

nitude que é a alma feminina", analisa o ator Osmar Prado, que vive o orientador-psicanalista Dr. Klein e paralelamente o radialista Amâncio Flores. A luta entre o que é real e imaginário se confunde na mente do personagem protagonista, André. Para ele, o próprio psicanalista por vezes transfigura na imagem de Freud bem na sua frente. Outra hora, ele vê claramente um boneco fiel à imagem do famoso médico e psicanalista austríaco. Para fazer este devaneio do personagem vivido por Michel Melamed ser real foi preciso um boneco de verdade, medindo 40 centímetros, com esqueleto articulado e expressões alteradas por peças: 10 testas, 21 bocas, por exemplo. Destaque para os fios naturais no cabelo, barba, sobrancelha e bigode. Tanto empenho do jovem escritor resulta no afastamento dele de sua amada Lívia Monteiro, personagem de Paola Oliveira. Ela é uma artista plástica que vive com o psicanalista há cinco anos, mas isso faz com que ela perceba que ele nada entende sobre os seus desejos. No meio a isso tudo entra Monique, papel de Maria Fernanda Cândido, que é uma intelectual que não perde tempo buscando o que o ser humano chama de felicidade. "O ser humano é insatisfeito por natureza. Isso jamais vai mudar", decreta a atriz. Mistura-se a isso o carismático bairro de Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, câmaras em alta definição, decoração "kitsch", detalhes de 'pop art' e iluminação inspirada em cores vibrantes – verde, azul, "pink". Essas eram algumas das preocupações do diretor Luiz Fernando Carvalho em traduzir o universo de André Newmann e suas mulheres. Sobre uma possível resposta ou consolo para a inquietação do personagem-protagonista, o diretor é pontual. "André vencerá a si mesmo e, pegando na mão de Simone de Beauvoir, poderia até nos dizer: 'Querer-se livre é também querer livres os outros", conceitua.

Quem é Quem em "Afinal, o Que Querem as Mulheres?" André Newmann (Michel Melamed) – Escritor e está terminando sua tese de doutorado em Psicologia, que pretende responder a pergunta freudiana "Afinal, o que querem as mulheres?". Com senso de humor muito próprio, o psicólogo mistura a pesquisa à sua própria vida. Lívia Moreira (Paola Oliveira) - Artista plástica e namorada de André há cinco anos. Inteligente e equilibrada, tem um temperamento discretamente romântico, mas não costuma discutir a relação. Apesar de ser doce, é uma mulher decidida.

Romeu (Tarcísio Meira) - Pai de André. É um "cowboy" das antigas que abandonou a família há mais de 20 anos e volta para procurar o filho tentando uma reaproximação. Dr. Klein (Osmar Prado) - Psicanalista e orientador da tese de André. Acredita no potencial de seu aluno, porém algumas vezes se arrepende de tê-lo aceito, pois ele insiste que não tem pior cientista no mundo quanto um homem quando está apaixonado.

Tatiana Dovichenko (Bruna Linzmeyer) - É uma ninfeta lindíssima que desnorteia os sentidos de André, a quem se declara à primeira vista. O escritor não resiste aos encantos dessa russinha maluca que lida com seus desejos com a mesma liberdade e alegria de uma criança.

Jonas (Dan Stulbach) - "Marchand" de Lívia, ele é o clichê do "homem-perfeito". Sabe cozinhar, fala russo, canta e toca violão, gosta de conversar e tem uma vasta cultura sobre tudo. Entende de vinho e prepara crepes enquanto ouve um CD de uma tribo africana extinta e discorre sobre artes plásticas.

Celeste (Vera Fischer) - Amãe de André é uma personagem arquetípica que se desdobra em diversas facetas: a mãe judia e zelosa; a mãe "socialite" despojada; a mãe sarada que malha com maiô e calça de "lycra" acompanhada de dois "personal trainers" parrudos.

Sophia (Letícia Spiller) - Mulher com alma colorida de uma menina e é com ela que André vai se envolver quando estiver mais maduro. Despojada e amante da liberdade, Sophia já viajou pelo mundo e não tem vergonha de assumir quem é.

Noemi (Eliane Giardini)- É uma professora feminista. Seu discurso rígido e sua atmosfera militarista não aplacam, contudo, sua sexualidade e exuberância.

Don Carlo (Carlos Manga) - É um conde italiano que, mesmo decadente, não perde a nobreza. É o namorado de Celeste.

Monique (Maria Fernanda Cândido) Intelectual que foge do casamento e que considera a leitura do feminino feita por Freud ultrapassada. Para ela, estas mulheres histéricas, que não sabiam dar nome à sua sexualidade e aos seus sofrimentos, supostamente não existem mais. Laura (Alessandra Colassanti) - Escritora no início da carreira. Apoia André em todas as circunstâncias, mas no fundo sofre com o entra-e-sai de mulheres na vida do psicólogo, pois é apaixonada por ele. Zing (Rodrigo Pandolfo) - Grande amigo de André. Ele é um ousado estilista que faz sucesso com seus desfiles excêntricos, como a coleção de roupas feitas de moedas e notas. Gisele (Elizabeth Perfoll) - Modelo que tem um discurso liberal contrário a uma relação monogâmica que dure por toda vida. Seu maior medo é de ser tratada como uma mulher qualquer. Simone (Letícia Isnard) - Trabalha como recepcionista no luxuoso hotel onde André vive por um tempo. Sua eficiência é tanta que consegue satisfazer seus desejos, sem jamais abandonar o "headset" telefônico com que atende os hóspedes.


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Bruna Linzmeyer, Luiz Fernando Carvalho,Paola Oliveira, Letícia Sabatella e Michel Melamed Luiza Dantas/CZN

Luiza Dantas/CZN

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Rodrigo Santoro, Bruna Linzmeyer e Michel Melamed Divulgação

Carlos Manga e Vera Fisher Divulgação

Michel Melamed e Paola Oliveira

Lavínia Vlasak e Osmar Prado Divulgação

Michel Melamed e Letícia Spiller

Paola Oliveira e Dan Stulbach


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TV POP

SEM EXAGEROS - Os cabelos claríssimos e os olhos azuis, à primeira vista, dão um ar de "patricinha" para Maria Helena Chira. Na pele da Camila de "Ti-Ti-Ti", a atriz pode ser vista bem arrumada, com muitas bijuterias e um jeitinho "fresco". Mas, longe da ficção, Maria Helena encara uma linha básica. "Acho lindo o figurino da personagem, mas sou mais tranquila. Prefiro jeans e camiseta básica", garante ela, que das roupas de Camila só aproveitaria algumas peças. "Nunca usaria um conjunto completo. Talvez só um casaco ou o sapato", destaca. CEGONHA - Desde que ficou grávida, Rosana Jatobá aderiu a uma nova rotina. Agora, as atenções da jornalista vão além do meio ambiente e alterações climáticas. Aos seis meses de gravidez, ela já prepara o quarto dos gêmeos, que será em tons de bege e motivos de princesa e anjo. Com relação à alimentação, Rosana está tomando alguns cuidados. Por recomendação médica, ela voltou a comer carne, hábito que havia abandonado há dois anos. Lara e Benjamim foram os nomes escolhidos para o casal que espera. DIRETO DAS OITO - "Passione" ainda nem chegou na sua reta final e Cauã Reymond já está escalado para uma próxima novela. O intérprete do ciclista Danilo fará um herói sertanejo na próxima trama das seis. Bruno Gagliasso também foi escolhido para integrar o elenco. Depois de se despedir do italiano bígamo, Bruno vai encarar um vilão no folhetim escrito por Duca Rachid e Thelma Guedes. A substituta de "Araguaia" ainda não tem nome definido, mas será ambientada entre 1920 e 1930.

ESPECIAL - Um grupo de humoristas não poderia ilustrar melhor o tema da nova campanha da Hering: alegria. Marco Luque, Ingrid Guimarães, Maria Paula e Lúcio Mauro Filho foram os eleitos para estrelar "O Câncer de Mama no Alvo da Moda". "Eu nunca tinha feito uma campanha de moda. No começo, fiquei meio preocupado, já que eu não sou modelo", revela Luque, que se divertiu durante o ensaio de fotos ao lado dos outros artistas. NOVO FOCO - Há dois anos longe da tevê, desde que trabalhou em "Caminhos do Coração", da Record, Rafaela Mandelli se prepara para voltar ao ar. A atriz já está gravando as cenas de "Sansão e Dalila", nova minissérie da emissora. Na história bíblica, ela será Ieda, esposa do personagem título. Para o papel, Rafaela colocou aplique nos cabelos e ainda aprendeu a fazer pães, um dos costumes da época.

LUZ, CÂMARA, AÇÃO! - "Insensato Coração" só estreia em janeiro, mas as gravações já estão a todo vapor. No último mês, parte do elenco da próxima novela das oito foi até Florianópolis para fazer as primeiras cenas. "Escolhemos a cidade porque é um lugar lindo e de ótimo astral, assim como várias outras do nosso país", justifica o autor, Gilberto Braga. Apesar da locação, a trama vai se passar no Rio de Janeiro, mas os 60 primeiros capítulos mostrarão a família central da história morando na capital catarinense. "Trabalhar em Florianópolis foi prazeroso. Fiquei muito feliz com o resultado. Acredito que estamos levando conosco um pouco da beleza desta região", garante o diretor, Denis Carvalho.

PARA TEVÊ - Depois de fazer sucesso no filme "O Divã", Lília Cabral vai voltar a interpretar Mercedes. Só que, dessa vez, na televisão. No ano que vem, a Globo vai transformar o longa em série. As primeiras cenas serão gravadas em Nova Iorque, em dezembro, quando as temperaturas estão bem baixas. A produção terá oito episódios e vai entrar em fase de testes para escolher o ator que vai dar vida ao namorado da protagonista.

NOVO VISUAL - Com o fim de "Separação?!", Rita Elmôr deu adeus aos cabelos longos e franja. Isso porque a intérprete da bipolar Anete vai fazer uma participação no filme "Cilada.com". De madeixas curtas, a atriz vai viver uma das mulheres do personagem de Bruno Mazzeo. Rita filmou em diversos bairros do Rio de Janeiro, como Santa Teresa e Alto da Boa Vista.

BOA DE GARFO - Ellen Roche é daquelas mulheres que nasceram com a genética abençoada: a de quem come e não engorda. A atriz sempre chamou atenção pela curvas no lugar e, por incrível que pareça, o resultado não é fruto de dietas radicais. A loura não resiste a um chocolate. Mas, para compensar, ela prefere os meio amargos, com 70% de cacau e menos açúcar. Além disso, Ellen procura comer de maneira balanceada, com muitas frutas, verduras e legumes.


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A SEMANA DAS NOVELAS MALHAÇÃO - Rede Globo - 17h15 Segunda (08/11) - Pedro enfrenta Fausto na porta do colégio, quando Lurdes chega. Fausto ofende Pedro e Lurdes passa mal. Fausto insiste em levar a mãe de Pedro para o hospital, mas ela não aceita. Lurdes desmaia e os filhos se desesperam. Catarina fica sabendo do incidente e liga para a mãe, pedindo que atenda Lurdes no hospital. Lúcio diz a Ângela que sabe que ela é a autora do blog que ofende a família de Catarina. Catarina chega ao hospital para apoiar Pedro e Theo.

Terça (09/11) - Pedro e Theo temem perder a mãe. Cláudia tranquiliza Pedro, que é confortado por Catarina. Roberto explica a Lurdes que ela tem pressão alta e que precisa de acompanhamento médico. Júlia afirma a Arthur que não mentirá para ninguém sobre sua gravidez ou a paternidade da criança. Arthur não é o pai do filho que Julia está esperando. Fausto conversa com Luiza sobre o blog e afirma que quer colocar Pedro na cadeia.

Quarta (10/11) - Pedro e Catarina namoram. Júlia não consegue contar para Antônio o nome do pai de seu filho antes de falar com Fred. Lurdes reclama da família de Catarina para Roberto e Geraldo defende Cláudia. Pedro e Catarina combinam de se encontrar na Caldeira depois da aula e Ângela ouve a conversa. Dodói incentiva Maicon a se controlar e ser firme com Babi. Ângela chama Fred para conversar. Pedro e Catarina se encontram na Caldeira e Fred flagra os dois.

Quinta (11/11) - Fred discute com Catarina e Pedro tenta defendê-la. Babi pede para Maicon acompanhá-la até o subúrbio e ele a despreza. Fred conta que flagrou Catarina e Pedro namorando e Lúcio o incentiva a contar para Fausto que a irmã está correndo perigo. Maicon afirma para Dodói que vai destratar Babi. Júlia aborda Fred depois que ele se despede de Laura, eles discutem e ela passa mal. Júlia conta para Fred sobre a gravidez e Cláudia ouve a revelação.

Sexta (12/11) - Cláudia apoia Júlia. Catarina teme perder Pedro, mas ele afirma que eles não vão se separar. Cláudia e Fred contam para Catarina e Duda que ele será pai e elas apóiam o irmão. Fausto ofende Fred ao saber da gravidez de Júlia. Maicon e Babi dormem dentro do carro. Lúcio respira aliviado ao descobrir que Fred não se lembrou de nada que aconteceu no dia da festa, mesmo depois de saber que vai ser pai.

ARAGUAIA - Rede Globo - 18h Segunda (08/11) - Estela decide procurar Mariquita. Max avisa que eles terão um convidado ilustre para o jantar e pede para Amélia organizar um banquete. Estela ouve Mariquita chamar Beatriz de Pierina e fica desconfiada. Amélia acerta com Pérola e Lurdinha o cardápio para o jantar. Ametista e Safira fingem acreditar nas palavras de Neca e começam um suposto namoro com ele. Pimpinela desconfia da facilidade com que Ametista e Safira aceitaram as investidas de Neca. Estela pede para conversar com Beatriz.

Terça (09/11) - Estela tenta confirmar com Beatriz que ela é a mãe de Solano. Amélia confidencia a Pérola que seu casamento está desgastado e que ela só permanece com Max por causa dos filhos. Glorinha fica chateada ao saber que Neca está namorando. Max acerta com Vitor seu plano para o rapaz reconquistar Manuela. Estela incentiva Solano a ficar contra Manuela e Mariquita a repreende. Bruno ameaça contar para Janaína sobre o envolvimento de Nancy com seu pai se a tia não revelar sua armação.

Quarta (10/11) - Nancy conta a Janaína sobre sua armação para separá-la de Fred. Max liga e avisa Manuela que não vai encontrá-la, quando Vitor a surpreende. Solano estranha o jeito de Manuela ao telefone e Estela percebe. Vitor esconde o celular de Manuela no quarto. Amélia cede às investidas de Max. Solano liga para o celular de Manuela. Manuela liga para estância, mas Estela deixa o telefone fora do gancho de propósito. Nancy destrata Pimpinela, que reage. Solano liga para o quarto de Manuela e Vitor atende.

Quinta (11/11) - Solano e Manuela se desentendem. Terezinha tem uma ideia para Bruno unir Janaína e Fred. Neca se exibe na praia para Ametista, Safira e Esmeralda. Max fica radiante ao saber que seu plano com Vitor deu certo. Amélia se incomoda ao saber que Vitor foi para Goiânia atrás de Manuela. Amélia repreende Vitor por ter feito com que Manuela e Solano brigassem. Estela tenta consolar Solano. Solano devolve o amuleto para Terê. O domador se encontra com Beatriz.

Sexta (12/11) - Terê percebe o nervosismo de Beatriz ao falar com Solano. Vitor nega para Amélia que tenha armado um plano com Max para atrapalhar o namoro de Manuela. Mamed fica abatido ao saber do namoro de Janaína e Fred. Solano cogita a ideia de ir embora do Araguaia e Estela aprova. Ametista confessa para a mãe que está gostando de Neca. Vitor fica arrasado por ter perdido seu frigorífico. Manuela elogia Vitor e critica Solano. Manuela pergunta a Vitor se ele armou o encontro com ela em Goiânia.

Sábado (13/11) - Vitor confirma seu plano para Manuela, mas não confirma a participação de Max. Mariquita estranha quando tenta fazer uma receita do caderno de Antoninha e encontra escritos sobre a maldição. Terê afirma a Pimpinela que vai reerguer o circo. Manuela não consegue se concentrar no trabalho. Ela decide ir ao frigorífico e liga para Vitor. Solano reclama com Terê por acreditar que ela colocou o amuleto em sua gaveta. Terê exige que Solano leia o caderno de Antoninha antes de tirar qualquer conclusão.

Sexta (12/11) - Edgar e Bruna visitam Gustavo, que pergunta por Marcela. Marcela acerta seu casamento com Renato para salvar a Moda Brasil. Chico briga com Ariclenes por causa de Nicole. Ariclenes conta que beijou Nicole por causa do batom e Chico o perdoa. Marta invade a casa de Jacques e ofende Pedro. Giancarlo comunica Suzana e sua equipe que desistiu fechar a Moda Brasil. Ariclenes pede para Rony refazer o croqui do vestido de Linda e ele exige ver Valentim.

Sábado (13/11) - Edgar pressiona Marcela a dizer se esteve com Giancarlo e ela mente. Marcela conta para Bruna que se casará com Renato. Luísa sugere que há algo por trás da decisão de Giancarlo de manter a Moda Brasil e deixa Edgar intrigado. Ariclenes fica ainda mais confuso com o croqui de Rony e resolve visitar Cecília. Bruna surge na mansão de Giancarlo e discute com ele. Olga queima o boneco de Valentim e, em choque, Cecília lembra de seu passado. Edgar descobre que Marcela aceitou se casar com Renato.

Sexta (12/11) - Diogo afirma que fará qualquer coisa por Clara, mas ela não aceita ficar com ele. Agostina implora pelo perdão de Berilo. Diana descobre que o estranho que a abordou na porta de casa é seu irmão André. Melina procura Mauro, mas ele a dispensa. Olga fica cismada com o comportamento de Diogo ao falar de Clara. Agnello afirma que precisa falar com Stela e invade o prédio dela. Bete e Mauro se desesperam ao constatar que não têm dinheiro para pagar a dívida da metalúrgica.

Sábado (13/11) - Diogo pede para Totó se divorciar de Clara. Fred convence Melina a não vender suas ações. Sinval conforta Stela e eles pensam em Danilo. Alfredo garante a Kelly que vai esperá-la sair do abrigo para que possam ficar juntos. Fred fica feliz ao ouvir Totó dizer que eles não precisam das ações de Melina para salvar a metalúrgica. Berilo se desespera ao ver que suas esposas foram embora. Fátima pede Sinval em casamento. Clara se declara para Totó e os dois se beijam.

TI-TI-TI Segunda (08/11) - Alex avisa a Luísa que Giancarlo é o novo dono da Editora. Jorgito e Desirée se reconciliam. Desirée exige que Jorgito se alie a ela para dar uma lição em Amanda. Breno pede Rebeca em casamento e Gino ouve. Giancarlo vai à casa de Gustavo e usa o controle da Editora para pressionar Marcela a se casar com Renato. As clientes de Jacques ameaçam destruir o ateliê, entram e quebram tudo. Marcela se comove com o perdão de Bruna. Edgar descobre que Giancarlo está chantageando sua família.

Terça (09/11) - Marcela rejeita Renato, mas ele implora por uma nova chance. Jaqueline aparece no noticiário da tevê tentando se jogar do viaduto. Clotilde tem uma ideia e decide se aproveitar de Jaqueline para salvar o ateliê. Mesmo contrariado, Jacques tenta convencer Jaqueline a desistir de pular do viaduto e ela exige que o estilista a peça em casamento. Jacques aceita, salva a vida dela e vira herói. Giancarlo assume a Editora e anuncia o fechamento da Moda Brasil.

Quarta (10/11) - Giancarlo demite toda a equipe da Moda Brasil e Suzana decide procurar Gustavo. Marcela nota que Bruna está mais receptiva e tenta convencêla a perdoar Julinho. Suzana revela que Giancarlo deixou toda sua equipe desempregada e Marcela se sente culpada. Ariclenes encontra Suzana arrasada e tenta confortá-la. Edgar demonstra descontrole emocional e Luísa comemora. As clientes voltam ao ateliê de Jacques e prometem recuperar tudo o que destruíram. Rebeca diz a Breno que aceita seu pedido de casamento.

Quinta (11/11) - Luísa conta que Gustavo teve um infarto e Graça conclui que foi por causa da falência da Editora. Ariclenes conta para Suzana que vai lançar um batom, mas não revela o segredo do produto. Eduardo se informa sobre o estado de saúde de Gustavo e procura Bruna e Edgar. Jaqueline propõe a Jacques que eles fiquem noivos na reinauguração do ateliê. Luísa percebe o abatimento de Marcela e procura assustá-la ainda mais. Nicole passa o batom de Valentim para agradar Chico, mas é Ariclenes quem a beija. Marcela procura Renato e diz que aceita se casar com ele.

PASSIONE - Rede Globo - 21h Segunda (08/11) - Melina insiste para Diana desistir do casamento. Mauro liga para Diana, que é impedida por Melina de atendêlo. Bete e Gerson contam para a estilista que Diana sumiu e Fred desconfia do comportamento da esposa. Diana conta para Cris sobre a chantagem de Melina. Sinval exige que Agnello se afaste de sua mãe. Gerson revela para Bete que descobriu que o álibi de Fred sobre a morte de Saulo é falso. Mauro vai à casa de Cris para falar com Diana.

Terça (09/11) - Diana simula estar confusa quanto aos seus sentimentos por Mauro. Totó fica sensibilizado ao ver que Clara arrumou sua casa e cozinhou para ele antes de ir trabalhar. Olga aconselha Diogo a não se apaixonar por Clara. Diana pede demissão e Laura fica inconformada. Fred exige saber o que Melina fez contra Diana. Gerson leva Fátima para passear e ela convence Felícia a ir com eles. Sinval e Lorena exigem que Stela saia de casa caso escolha ficar com Agnello. Bete acusa Fred de ter assassinado Saulo.

Quarta (10/11) - Bete confronta Fred, que não se intimida com as acusações. Candê implora para que Fátima não tente unir Felícia e Gerson. Stela decide se afastar de Agnello. Fred pensa na noite do assassinato de Saulo e se preocupa com a ameaça que Melina lhe faz. Totó pensa no que Fátima falou sobre o passeio com seus pais e fica angustiado. Melina procura Diana, que a enfrenta. Mauro chega à casa de Cris. Gemma chega à casa de Totó e fica furiosa ao encontrar Clara.

Quinta (11/11) - Diogo confessa a Talarico que está com ciúmes de Clara com Totó. Gemma deixa a casa de Totó e afirma que só vai voltar quando Clara sair. Melina comenta com Fred sobre o nervosismo de Myrna ao depor sobre a morte de Noronha. Gerson consola Mauro e o chama para morar novamente na mansão. Gerson conta sobre Fátima para o psicanalista. Mauro volta para a mansão. Gemma se surpreende ao saber que Fátima é filha de Gerson. Diana é abordada por um sujeito estranho ao sair de casa. Diogo beija Clara.

RIBEIRÃO DO TEMPO - Record - 22h00 Segunda (08/11) - Mário e Joca lembram das travessuras que aprontavam quando eram estudantes. Joca diz ao amigo que está precisando de uma arma. Léia diz a Flores que está aflita, pois querem matar Joca. Em reunião com Bruno, Teixeira e mais três executivos, Arminda avisa que foi marcada a audiência pública para a discussão do resort. Tito conta a Filomena que está tudo certo no banco. Alguns dias se passam. Karina vê o convite de casamento de Tito e Filomena e briga com a mãe por ela ter escondido o convite.

Terça (09/11) - Filó confessa a Arminda que está nervosa com o casamento e a agradece pela ajuda na organização da festa. Karina diz a Célia que a união de Tito e Filomena é uma farsa. Filó faz uma despedida de solteira no Agito e leva Diana. Motivado pelo manifesto do Comando Invisível, André sugere a Sérgio que eles façam uma manifestação na praça no dia da audiência. Clorís fica assustada ao ver a primeira página do jornal. Filomena, já maquiada e com o cabelo pronto, se prepara para colocar o vestido.

Quarta (10/11) - Iara lê o jornal, que traz na primeira página a manchete ?Conto de fadas ou golpe do baú??. Clorís mostra a Folha da Corredeira para Tito, que fica furioso. Bruno sugere a Teixeira que eles traduzam o artigo e enviem para a Europa para a diretoria ver o que Arminda vem apoiando. Flores encontra Clorís próximo ao solar e vai com ela ao casamento. Sônia sai de casa e Cardoso a segue. Querêncio e Filomena entram no solar e param diante da juíza.

Quinta (11/11) - Filomena e Tito ficam diante da juíza, que fala sobre a importância do casamento. Eles colocam as alianças um no outro. A juíza declara o casamento. Karina esbarra em uma jarra de vinho e chama a atenção de todos. Karina faz um brinde ao casal, elegante, mas venenosa. Zuleide ampara Karina, que não se contém e chora. Arminda pega o buquê de Filomena e sorri sem jeito. Nicolau se empolga e anuncia que, em breve, vai se casar com a executiva. Joca quase desmaia.

Sexta (12/11) - Tito e Filó entram no carro sob uma chuva de arroz. Os dois se beijam com paixão. A festa acabou e Nicolau fica recostado no sofá. Arminda pede para o senador ir embora. Bruno confessa a Célia que Arminda vai ficar mais poderosa se casar com Nicolau. Filó pede para Tito levá-la no colo até o quarto. Arminda lembra de Nicolau anunciando o casamento deles e joga um objeto contra a parede. Joca, bêbado, afirma que não vai amar nunca mais.

Os resumos dos capítulos de todas as novelas são de responsabilidade de cada emissora – Os capítulos que vão ao ar estão sujeitos a eventuais reedições.


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Jornal da TV 10

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FILMES DA SEMANA DOMINGO, 7/11

SEGUNDA, 8/11

À Queima Roupa (Band, 21:30 h) Family of Cops, de Ted Kotcheff. Com Charles Bronson, Angela Featherstone e Sebastian Spence. EUA, 1995, cor, 91 min. Classificação Etária: 14 anos. Ação – A família inteira do chefe de polícia de Milwaukee, Paul Fein, se vê envolvida em uma rede de intrigas e crimes, quando a filha mais nova é acusada de assassinar um homem de negócios multimilionário.

S.O.S. do Amor (Globo, 16:05 h) Lovewrecked, de Randal Kleiser. Com Amanda Bynes, Chris Carmack e Jonathan Bennett. EUA, 2005, cor, 89 min. A emissora não informou a classificação etária. Comédia – Jenny só tem olhos para Jason Masters, o maior astro de rock do mundo. Para ficar perto dele, vai trabalhar em um hotel no Caribe. Durante uma festa em um navio pirata, os dois caem no mar e vão parar do outro lado da ilha. A princípio eles acham que estão perdidos. Quando descobre que estão a salvo, ela age como se não soubesse para conquistar o amor de seu ídolo, mas seu plano acaba criando muitas situações inesperadas.

Garage Olimpo (TV Brasil, 23 h) Garage Olimpo, de Marco Bechis. Com Antonela Costa, Carlos Echevarría e Pablo Razuk. Argentina, 1999, cor, 111 min. Classificação Etária: 18 anos. Drama – Na época da ditadura militar, na Argentina, um agente secreto da polícia leva uma vida dupla: torturador de prisioneiros e um dedicado cidadão. Um dia, sua namorada, uma jovem professora e militante de esquerda, é presa e torturada num centro clandestino de detenção conhecido como Garage Olimpo. Mesmo estando apaixonado, ele não consegue salvá-la de seu destino fatal. Sentinela (Globo, 23:40 h) The Sentinel, de Clark Johnson. Com Michael Douglas, Kiefer Sutherland e Kim Basinger. EUA, 2006, cor, 98 min. A emissora não informou a classificação etária. Suspense – O agente do serviço secreto da Casa Branca mantém um caso com a primeira-dama e é acusado de traição. Para limpar seu nome, precisa investigar sozinho a morte suspeita de um colega de trabalho. Ele descobre que a conspiração vai muito além do que imaginava e precisa conseguir provas para salvar sua reputação e a vida do presidente. A Maldição da Flor Dourada (Globo, 01:35 h) Curse Of The Golden Flower, de Zhang Yimou. Com Chow Yun-Fat, Gong Li e Jay Chou. China, 2006, cor, 108 min. A emissora não informou a classificação etária. Ação – Na véspera do festival do Crisântemo, as relações da família real se agitam com o inesperado regresso do imperador para as festividades. Ele mantém uma relação fria com a imperatriz. Ela, por sua vez, vive um romance ilícito com o enteado, o príncipe coroado, que se sente prisioneiro e sonha em escapar do palácio com a jovem que ama secretamente. Vampiros – A Conversão (Band, 01:45 h) Vampires: The Turning, de Marty Weiss. Com Colin Egglesfield, Stephanie Chao, Roger Yuan. EUA, 2005, cor, 84 min. Classificação Etária: 14 anos. Terror – Por 800 anos, dois exércitos de vampiros lutaram até a morte nas sombras das exóticas noites da Tailândia. Subitamente, presos nesse mundo assustador, encontram-se dois turistas americanos, Amanda, sequestrada por Niran e transformada em escrava, e Connor, o namorado da moça, desesperado para salvar sua alma.

Força de Ataque (Globo, 22 h) Attack Force, de Michael Keusch. Com Steven Seagal, Lisa Lovbrand e David Kennedy. EUA, 2007, cor, 113 min. A emissora não informou a classificação etária. Aventura – Um agente perde a equipe em ataque brutal e começa a investigar as circunstâncias suspeitas dessas mortes. Logo, descobre uma operação militar secreta e acaba virando alvo de uma gangue de narcotráfico, que parece ser financiada por um setor nada oficial das Forças Armadas Americanas.

TERÇA, 9/11 Kart Racer – Alta Velocidade (Globo, 16 h) Kart Racer, de Stuart Gillard. Com Randy Quaid, Will Rothhaar e Jennifer Wigmore. Alemanha/Canadá, 2003, cor, 93 min. Aemissora não informou a classificação etária. Comédia – A relação entre o garoto Watt e seu pai viúvo não anda muito boa. Eles parecem viver em mundos diferentes. Praticamente não existe diálogo e a vida se torna muito difícil para o jovem adolescente. Existe, porém, uma possibilidade de mudar tudo: Watts decide competir na importante corrida da Federação Internacional de Kart, exatamente na mesma categoria onde seu pai foi campeão anos atrás.

música que começou a compor ainda pequena. Uma noite, uma misteriosa voz masculina a acompanha enquanto ela toca a melodia. Isso pode mudar seu destino. Lenda Urbana (ou "Um Presente Para Helen", opção do Intercine) (Globo, 2 h) Urban Legend, de Jamie Blanks. Com Jared Leto, Alicia Witt e Rebecca Gayheart. EUA, 1998, cor, 100 min. A emissora não informou a classificação etária. Suspense – Uma série de crimes inspirados em assassinatos do passado assola uma cidade nos Estados Unidos. Quando Natalie inicia uma investigação de um antigo crime, ela acidentalmente entra na mira do maníaco homicida. Um Presente Para Helen (ou "Lenda Urbana", opção do Intercine) (Globo, 2 h) Raising Helen, de Garry Marshall. Com Kate Hudson, John Corbett e Joan Cusack. EUA, 2004, cor, 100 min. A emissora não informou a classificação etária. Comédia – Em Nova Iorque, Helen Harris tem o emprego de seus sonhos em uma grande agência de modelos. Sua carreira está em ascensão. Ela passa os dias em desfiles de moda e as noites se divertindo nas discotecas. Porém, sua vida sofre uma enorme transformação quando sua irmã e seu cunhado morrem e ela fica responsável pelos três sobrinhos.

QUINTA, 11/11 Didi, O Cupido Trapalhão (Globo, 16 h) Didi, O Cupido Trapalhão, de Paulo Aragão e Alexandre Boury. Com Renato Aragão, Daniel e Jackeline Petkovic. EUA, 2004, cor, 87 min. A emissora não informou a classificação etária. Comédia – Após atazanar a vida de Deus, o anjo Didi é enviado a Terra com uma missão: fazer um casal se apaixonar, para poder então retornar ao Céu. Porém, o casal escolhido dará muito trabalho ao recém-empossado cupido.

QUARTA, 10/11

Perigo Iminente (ou "Linhas Cruzadas", opção do Intercine) (Globo, 2 h) Imminent Danger, de Catherine Cyran. Com Connie Sellecca, Matt Mccoy e Brent Hinkley. EUA, 1999, cor, 104 min. A emissora não informou a classificação etária. Suspense – Uma especialista em esportes radicais leva seus dois filhos e o namorado em um passeio de bote pelas corredeiras. No trajeto, encontram um presidiário ferido e decidem ajudar. Mais tarde, os comparsas do prisioneiro os rendem e exigem saber onde o ferido deixou o dinheiro. A família passa a viver momentos de tensão, lutando por suas vidas.

American Mall (Globo, 15:55 h) The American Mall, de Stuart Gillard. Com Nina Dobrev, Rob Mayes e Autumn Reeser. EUA, 2008, cor, 89 min. A emissora não informou a classificação etária. Comédia – Uma garota muito talentosa e sua mãe, dona de uma loja de instrumentos musicais, estão cheias de dívidas e mal conseguem pagar o aluguel. A jovem toca piano no shopping onde fica a loja para ganhar dinheiro e tenta terminar uma

Linhas Cruzadas (ou "Perigo Iminente", opção do Intercine) (Globo, 2 h) Hanging Up, de Diane Keaton. Com Meg Ryan, Diane Keaton e Lisa Kudrow. EUA, 1999, cor, 104 min. A emissora não informou a classificação etária. Drama – Três irmãs vivenciam uma relação intensa de amor e ódio com o telefone. Tudo parece ganhar um novo sentido, quando elas descobrem que o afetuoso pai está prestes a morrer.

Garantia de Morte (SBT, 23:10 h) Death Warrant, de Deran Sarafian. Com Jean-Claude Van Damme, Robert Guillaume e Cynthia Gibb. EUA, 1990, cor, 89 min. Classificação Etária: 12 Anos. Ação – O detetive Louis Burke é especializado em missões secretas. Disfarçado, ele passa a conviver com perigosos prisioneiros para investigar estranhas mortes. No entanto, as coisas pioram quando seu disfarce é descoberto.

SEXTA, 8/10 Ghost – Do Outro Lado da Vida (Globo, 15:35 h) Ghost, de Jerry Zucker. Com Patrick Swayze, Demi Moore e Whoopi Goldberg. EUA, 1990, cor, 97 min. A emissora não informou a classificação etária. Romance – O espírito de um jovem executivo quer se comunicar com sua noiva. Para isso, ele fala com uma médium, que apesar de muito atrapalhada, é sua única possibilidade de contato com a Terra. Um Passaporte Húngaro (TV Brasil, 22 h) Um Passaporte Húngaro, de Sandra Kogut. Elenco não informado. Brasil, 2001, cor, 89 min. Classificação Etária: Livre. Documentário – A requisição de passaporte de uma família estrangeira é a chave para uma investigação sobre identidade, nacionalidade e herança cultural. O Apocalipse (SBT, 23:30 h) 10.5 Apocalypse, de John Lafia. Com Kim Delaney, Dean Cain e David Cubitt. EUA, 2006, cor, 169 min. Classificação Etária: 14 anos. Drama – O país se depara com um abalo sísmico na Costa Oeste dos Estados Unidos. Os especialistas concluem que a movimentação das placas tectônicas poderia abrir uma falha geológica no Texas. Isso implica em uma ameaça sem precedentes, pois, nesta área, além de duas grandes usinas atômicas, vivem milhões de pessoas. Minority Report – A Nova Lei (ou "A Luta Pela Esperança", opção do Intercine) (Globo, 2 h) Minority Report, de Steven Spielberg. Com Tom Cruise, Samantha Morton e Lois Smith. EUA, 2002, cor, 104 min. A emissora não informou a classificação etária. Suspense – Em 2054, Washington é uma cidade sem assassinatos graças a uma unidade de elite de justiça, a Pré-Crime, que combate crimes que ainda não aconteceram, a partir de informações obtidas com três paranormais. Os métodos da instituição são questionados quando John, chefe da unidade especial, é acusado de um crime que ainda não cometeu. Sem meios de se defender, John se torna um fugitivo de seus próprios colegas. A Luta Pela Esperança (ou "Minority Report – A Nova Lei", opção do Intercine) (Globo, 2 h) Cinderella Man, de Ron Howard. Com Russell Crowe, Renée Zellweger e Paul Giamatti. EUA, 2005, cor, 104 min. A emissora não informou a classificação etária. Drama – Inspirada na vida do lendário meio-pesado Jim Braddock, antigo prodígio do boxe obrigado a se aposentar depois de várias derrotas. Quando o país entra nos anos negros da grande depressão, Jim aceita viver de bicos para sustentar mulher e os filhos, mas nunca sem aposentar seu sonho de voltar ao pugilismo. Graças a um cancelamento de última hora, Jim se vê de volta ao ringue, com a oportunidade de enfrentar o número dois do boxe.


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11 Luiza Dantas/CZN

NOME PRÓPRIO

Daniela Carvalho marca sua estreia na tevê como protagonista de Malhação Por Luana Borges PopTevê

A persistência faz parte das características de Daniela Carvalho. Por pouco, a intérprete da Catarina de "Malhação" não consegue o papel de protagonista da produção há três anos. Na época, ela chegou à final do concurso, promovido pelo "Caldeirão do Huck", que elegeria o novo casal principal da trama. Porém, o diretor Ricardo Waddington preferiu escolher dois meninos e deixá-la de fora. "Fiquei muito triste como qualquer pessoa que não passou nas outras etapas. Mas você tem de aceitar, levantar a cabeça e continuar a luta", filosofa. Apesar da recusa, Daniela não parou de tentar. Depois da visibilidade que a competição lhe deu, conseguiu entrar para a Oficina de Atores da Globo. Aproveitou, então, para participar de mais testes e fez algumas participações em "Tudo Novo de Novo", "Faça Sua História" e na própria "Malhação". Até que surgiu o teste para a atual temporada da novela e ela, finalmente, conseguiu uma personagem do início ao fim de uma produção. "Fiquei feliz e muito agradecida. Agora está na hora de eu me dedicar e fazer valer a pena", planeja. É com a mesma animação que Daniela fala sobre seu papel. Ainda mais porque, na história, Catarina não faz o tipo mocinha previsível. "Minha personagem não é muito frágil e nem sofredora. Ela tem até um certo nariz empinado", explica. Em "Malhação", Catarina se divide entre as tarefas domésticas – como orientar a empregada em casa, fazer compras e ajudar os irmãos com os estudos – e as atividades de uma adolescente normal: sair com as amigas, ir a festas e namorar. Mas como toda mocinha que se preze, Catarina vive às turras com o menino que gosta, Pedro, interpretado por Bruno Gissoni. Por isso mesmo, Daniela buscou referências nos personagens Catarina e Petruchio, vividos, respec-

tivamente, por Adriana Esteves e Eduardo Moscovis em "O Cravo e A Rosa". "É uma comédia romântica, mas tem aquilo de 'eu não quero estar apaixonada por você, mas no fundo estou'", destaca a atriz, que também teve algumas conversas com o autor Emanuel Jacobina para entender melhor as intenções de Catarina. O novo trabalho trouxe mudanças para a vida de Daniela. Quando soube que havia sido aprovada para viver a Catarina na ficção, teve de arrumar as malas e se mudar de São Paulo para o Rio de Janeiro. Mas isso a atriz tirou de letra. Afinal, saiu da casa dos pais aos 17 anos e já tinha morado no Rio por causa da Oficina. "Estou acostumada com mudanças bruscas", constata. Porém, mesmo com a facilidade de adaptação, Daniela confessa que, às vezes, a saudade bate. "Ficar muito tempo longe começa a me fazer um pouco mal. Preciso ir lá para renovar minha força", revela a atriz, de 24 anos. Mas o ritmo de gravação é tão intenso – de segunda a sábado – que ela quase não para quieta. Tanto que não consegue encaixar qualquer outra atividade em sua rotina. "Não tem como ter horário certo", conta. O jeito mais reservado e caseiro faz com que Daniela tenha contato com os fãs de "Malhação" muito mais pela internet do que pessoalmente. "Não saio muito", diz. Mas o Twitter tem sido uma boa ferramenta para ficar sabendo o que o público acha de seu trabalho. E, apesar de não ser uma grande apreciadora do microblog, ela tenta responder todas as mensagens que recebe. "As pessoas dizem que a temperatura do casal está legal e que estão gostando", relata. "Fiz uma conta no Twitter mais para responder as perguntas. Como tem pouca gente, dá para fazer isso", frisa ela, que prefere não se preocupar com o que vai acontecer depois que a temporada de "Malhação" chegar ao fim. "Tem de ser um dia de cada vez. Vou fazer uma coisa bem feita aqui para merecer uma boa depois", torce.


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