OJORNAL 14/03/2010

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O JORNA L Maceió, domingo, 14 de março de 2010 | Ano XVI | Nº 87 | www.ojornalweb.com

V E L

ALAGOAS

|

Felipe Massa

Fórmula 1 O C

R$ 2,00

Rubens Barrichello

I

D A

Começa hoje a grande temporada

Bruno Senna

Lucas Di Grassi

D E Quatro brasileiros no Mundial

O Mundial de Fórmula 1 desta temporada começa hoje, às 9h, com o GP do Bahrein. A atração do circo é o retorno de Schumacher, que se afastou do automobilismo há três anos, mas decidiu aceitar a proposta da Mercedes. O Brasil conta com quatro pilotos no grid: Massa, Barrichello, Lucas Di Grassi e Bruno Senna. Esportes

SERTÃO

Delegacias fecham nos fins de semana Prédios das polícias Civil e Militar estão praticamente abandonados nos municípios sertanejos Carolina Sanches

As deficiências das delegacias no interior do Estado vão desde a falta de policiais à estrutura precária dos prédios. No Sertão, os problemas se agravam e há delegacias que fecham nos finais de semana. Outras ficam fechadas e o expediente é

Histórias sobre prédios antigos que arrepiam Páginas A9 e A10

Semas mapeia as regiões de vulnerabilidade Página A11

Os riscos de criar animais silvestres

Em Maravilha, a delegacia foi fechada e o delegado “dá expediente” em Ouro Branco Marco Antônio

Página A16

Habib’s abre primeira loja em Alagoas Página A21

Nesta edição são 316 ofertas de imóveis Classificados

MARÉS

Páginas A17 e A18

Justiça, MP, polícia e Defensoria: carência Representantes de setores do poder público admitiram a O JORNAL que, em Alagoas, faltam juízes de Direito, promotores de Justiça, delegados de polícia e defensores públicos para atender

à demanda no Estado. Eles acreditam que os serviços à população e os índices de impunidade seriam melhorados se o quadro de funcionários fosse incrementado. Página A3

TV

Pilar vai iniciar obras da rede de saneamento os próximos 30 dias, Pilar iniciará as obras de instalação da rede de saneamento básico. A orN dem de serviço será assinada na terça-feira, na festa de emancipação política da cidade. Nesta primeira etapa, as obras se concentrarão nas comunidades próximas à lagoa. Página A14

02h02.................................................................. 1.5 07h56 ................................................................. 0.3 14h53.................................................................. 1.5 20h21................................................................. -0.1

dado na cidade vizinha, deixando a população local desassistida. O JORNAL foi a Canapi, Mata Grande, Inhapi, Poço das Trincheiras e Maravilha, onde foram flagradas situações que comprovam a deficiência da polícia.

Nanda Costa fala da evolução de Soraia, da novela Viver a Vida

Lula Castello Branco

Grande mulher no Governo de AL

O JORNAL presta uma justa homenagem a Selma Britto, uma das maiores referências na música clássica alagoana. Páginas B1, B4 e B5

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O JORNAL

Opinião A2

Conceito de Política Nacional do Meio Ambiente “Somente quando nada se sabe a respeito da natureza é que nada se faz para preservá-la” Alder Flores Alder Flores, advogado, químico, esp. em Direito, Engenharia e Gestão Ambiental, auditor Ambiental O homem e a sociedade não se conformam em ficar confinados à pura análise e explicação do porque o meio ambiente é degradado ou destruído, o que não passaria de um exercício estéril e sem sentido, pois somente quando nada se sabe a respeito da natureza é que nada se faz para preservá-la, deixando-se tudo aos desígnios dos deuses. O conhecimento sobre o meio ambiente, porém, leva incansavelmente à ação para protegê-lo, se não ao cientista puro que a ele chegou, mas, pelo menos, à sociedade quando toma conhecimento daquele saber. Passa-se assim do ambientalismo positivo, em sentido estrito, para o ambientalismo normativo, aquele cuja inspiração é normatizar as relações do ser humano com os organismos e com todos os demais fatores naturais e sociais que compreendem seu ambiente, ou melhor, agir sobre os processos ambientais e com cada um dos demais, incluindo os aspectos econômicos, sociais, culturais e psicológicos peculiares ao homem. Não podemos perder de vista que as conclusões do ambientalismo normativo, quando formuladas, não são, ainda, necessariamente normas jurídicas, mas recomendações que poderão ou não converterem-se em normas jurídicas. De uma forma ou outra, sempre se doutrinou quanto à busca de um estado de harmonia entre o homem e o meio ambiente; à reorientação do uso da terra e de todos os bens, materiais e imateriais, que a constituem; em suma, quanto à organização das atividades dos homens de maneira a não agredir direta ou indiretamente o meio ambiente e assim utilizar, de forma racional, os recursos naturais (renováveis e não renováveis), sejam em suas linhas gerais, sejam quanto a detalhes daquela atividade. O ambientalismo normativo se divide em duas espécies na doutrina ambiental e na política ambiental. A doutrina ambiental deve ser entendida toda linha de pensamento voltada para uma melhor organização social das atividades humanas visando a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável. Em outras palavras, caracterizam-se por tentar definir os fundamentos da organização social no campo ambiental, ou seja, ter como objetivo estruturar as atividades humanas de modo a assegurar a implementação de um conjunto de valores tidos como essenciais à preservação do meio ambiente. Por outro lado, a política ambiental também prescreve recomendações, mas o faz de maneira menos abrangente e mais pragmática do que a doutrina. Em razão de que a política ambiental toma como ponto de partida um sistema de atividades humanas já definidas e aceito e, a partir daí, passa a enfocar as variáveis próprias ao seu funcionamento, sob a ótica de que algumas variáveis constituem objetivos e, outras, meios necessários para eles serem atingidos. Consequentemente, as suas recomendações revestem-se de maior tecnicismo e especificidade. Neste sentido, a política ambiental dispensase de rediscutir ou reavaliar o sistema de atividades humanas. A política ambiental o assume como um dado da realidade, como uma opção já realizada, e dentro do quadro institucional de cada uma fará as suas recomendações. Estas se destinam a alterar detalhes ou parcelas do sistema de atividade humanas, visando a preservação do meio ambiente sem lhes modificar os fundamentos e as linhas básicas de sua estrutura. De uma maneira geral, toda a legislação de conteúdo ambiental está imbuída de algum sentido de política ambiental, por estimular ou condicionar determinados objetivos, ainda quando dentro do qual se desenvolvam as atividades ambientais. Portanto, por política do meio ambiente deve ser entendido o conjunto de medidas tomadas pelo governo no sentido de influir e atuar nas decisões sobre as relações do ser humano com os organismos e com todos os demais fatores naturais e sociais que compreendem seu ambiente, visando a sua preservação.

Ética e política “As instituições fiscalizadoras estão agindo de forma competente e ágil” Jorge Vieira Jornalista Esta é uma temática das antigas e também uma das mais atuais para a humanidade. É uma questão de ordem internacional. No Brasil, no calor da conjunta e do sensacionalismo de determinadas mídias, tem se transformado em um debate estéril e moralista, encobrindo interesses políticos, ideológicos e econômicos. O tema invade os recantos do país, por todos os lugares encontra-se alguém comentando, esbravejando ou lamentando contra políticos, beneficiando amigos e familiares. O fato de nos últimos tempos aparecer tantas informações e casos de denúncias referentes a desvio do dinheiro público não significa que está havendo uma epidemia dos atuais políticos correndo atrás dos cofres públicos. Aqui não cabe nenhuma defesa, mas uma constatação: as instituições fiscalizadoras estão agindo de forma competente e ágil, com destaque para o Ministério Público, Polícia Federal e Receita Federal. Anteriormente, a corrupção ocorria, mas era colocada para debaixo do tapete, alimentando a impunidade. As instituições públicas encontravam-se presas aos ditames da ditadura militar e aos interesses do capital internacional. Com o processo de abertura política e participação da sociedade, com a organização e mobilização dos movimentos sociais e instituições da sociedade, a cobrança torna-se mais vigilante sobre os agentes públicos. Quanto à indignação da massa, é muito bom! Entretanto, insuficiente! Colocam-se algumas questões para a reflexão em busca de uma explicação. Analisando a realidade social brasileira, por um lado, parcela da população encontra-se ainda sem assistência mínima em educação, saúde, moradia, transporte e trabalho. Por outro lado, projetos na área social, como a reforma agrária e a demarcação das terras indígenas, ainda não foram realizados plenamente. A massa limita sua indignação ao bate-papo de botequim, esquina de ruas, calçadas e banco de praças. Até parece que tem prazer em conversar sobre o assunto, mas ou contenta-se com as ações institucionais ou se sentem impotentes diante do volume de denúncias. A realidade agrava-se com o conformismo diante dos fatos, a convivência e cumplicidade. Nesse contexto, é relevante destacar a necessidade da compreensão e formação sobre a ética como princípio. Aqui se encontra o cerne da questão: a ética deve ser tratada permanente em todo o seio da sociedade, desde a formação familiar, na escola, no trabalho e nas relações sociais. Não pode ser algo da conjuntura, que aparece quando os meios de comunicação veiculam fatos que contrariam os princípios éticos e cria comoção. A carência social de parcela da população e a ausência de formação sólida da sociedade possibilitam que a política se torne hereditária e negócio de grupos econômicos, desprovida de projeto de sociedade e de espírito público. O modelo que permeia o imaginário da maioria do povo brasileiro e exemplo de bem sucedido, é quem na vida burlou as leis, as regras morais e éticas. A luta pela construção de uma nova sociedade encontra-se a caminho. Requer de todos os segmentos, partindo dos organismos vivos da sociedade, a exemplo da CNBB, OAB, pastorais sociais, CEB’s, escolas e universidades, que fortaleçam a formação pela cidadania e o movimento pela ética na política.

Domingo, 14 de março de 2010 | www.ojornal-al.com.br | e-mail: opiniao@ojornal-al.com.br

Filme “trash” A carteirada marcou a semana que terminou. A confusão que envolveu policiais, sindicato, governo estadual e Ministério Público deixou sua marca negativa na imagem de Alagoas, até mesmo nacionalmente. Mesmo assim, sendo alvo de diversas críticas, a prática instituída há muito tempo na vida de alguns funcionários públicos não deve acabar após esse episódio. Assim como não tem prazo para terminar o uso de adesivos travestidos como credenciais oficiais – que dão direito ao acesso livre. O tal “benefício” de poder entrar em cinemas, espetáculos e casas de show mostrando apenas uma funcional está tão difundido que até mesmo uma delegada tentou entrar com as filhas no cinema recém-inaugurado. Para os padrões de Alagoas, essa ação seria algo normal, mas em nenhum momento se questionou que pessoa ganha mais de R$ 10 mil por mês, salário bem maior que o da maioria dos alagoanos – que não portam sequer carteiras assinadas, quanto mais as ditas funcionais.

Em um Estado pobre economicamente, a cultura do favorecimento de uma minoria apenas reforça a manutenção dessa situação. Afinal, um sistema de castas invisíveis é criado e coloca empresas e investidores como reféns daqueles que, na prática, deveriam defender direitos, pois estão inseridos na máquina pública. Policiais civis especialmente, pois se espera deles a investigação e o acompanhamento de processos – o que não tem sido a praxe em Alagoas. A prisão da gerente do Centerplex deixou uma marca triste para todos. Ela foi vítima do abuso de autoridade ao tentar impedir a carteirada, que depois viria a ser justificada com a desculpa de um pedido do Gecoc, que, vale ressaltar, nunca utilizou desses meios para concretizar suas operações. O episódio como um todo envergonhou alagoanos que trabalham e pagam suas contas, deixando exposta uma realidade que não tem menor a graça, e não serve nem para roteiro de filme “trash”.

Ponto de vista

San

Estatísticas de um vício mortal “O tabagismo continua a matar cerca de 200 mil brasileiros por ano, 228 por hora” João Lyra Ex-deputado federal

Tanto quanto o álcool ou qualquer outra droga, o fumo é um dos vícios de efeito devastador sobre a vida do homem. As estatísticas das instituições de saúde daqui e de cunho internacional equivalem mais aos resultados de uma guerra. Guerra silenciosa, mortal, cara, insensata, estúpida. As doenças ocasionadas pelo fumo matam cerca de cinco milhões de pessoas anualmente no mundo, número que deverá alcançar cerca de dez milhões em 2020, 70% das quais em países em desenvolvimento. Vale dizer que, hoje, o tabagismo mata mais do que a soma das mortes por Aids, cocaína, heroína, álcool, suicídios e acidentes de trânsito. Ainda em nível mundial, as doenças causadas pelo tabagismo são responsáveis por perdas da ordem de 200 bilhões de dólares, todos os anos. No Brasil, esse cenário dantesco não é diferente, em que pese algumas pesquisas indicarem sensível redução na quantidade de fumantes: eram 33% da população em 1989; vinte anos depois, 17%. Porém, a tragédia permanece com uma intensidade descomunal, porque o tabagismo continua a matar cerca de 200 mil brasileiros por ano, 228 por hora. E mais: de acordo com a Organização PanAmericana de Saúde (OPAS), o fumo é responsável por aproximadamente 30% das mortes por câncer no Brasil, 90% das mortes por câncer de pulmão, 25% das mortes por doenças coronarianas, 85% das mortes por doença pulmonar e 25% das mortes das mortes por derrame cerebral. Por essas razões, há quem afirme, jocosamente, que “fumar não é um hábito, é um óbito”, enquanto outros, em tom de crítica, não

mais se surpreendem ou se espantam com a poderosa máquina de fazer lucros dos fabricantes de cigarros: comandam legiões de compradores leais e lutam com todas as armas para a preservação dos seus mercados. Satisfeitíssimos, orgulham-se dos ganhos impressionantes em seus balanços e da cada vez maior influência política. O único problema é que os seus melhores clientes morrem um a um, todos os dias. A aprovação de PLS nº 315, de 2008, na Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania do Senado, que veda os fumódromos no País, soa como mais uma peça de importância vital no combate a esse vício mortal. Além de ressaltar os danos à saúde, lê-se nas justificativas do projeto que, entre as consequências do consumo de cigarro para os cofres públicos, estão os gastos com a Seguridade Social com o tratamento de suas vítimas; da Previdência Social com as aposentadorias precoces, derivadas de incapacitações e invalidez, e do Ministério da Saúde, através do Sistema Único da Saúde (SUS), com diagnósticos, assistência laboratorial, despesas com medicamentos e internações hospitalares. É natural que aquele PLS ainda sofra mudanças e aperfeiçoamentos antes de chegar ao plenário do Senado, contudo sua aprovação representará mais uma vitória na luta que o Brasil tem empreendido para reduzir, com maior ênfase e continuadamente, a mortalidade provocada pelo tabagismo em nosso País. Certamente, dados os interesses em jogo, o assunto suscita polêmicas das mais variadas naturezas, mas vedar os fumódromos constituirá um golpe fulminante no vício que mata 228 brasileiros por hora no Brasil.

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“Marketing político ou reinvenção da roda?”

Marcial Lima Professor As eleições se avizinham. Os que pleiteiam o Poder Executivo dão publicidade à elaboração de programas de governo. Nada mais necessário, pois a gestão pública não se dá aleatoriamente, ao sabor do acaso, do improviso diário. Salutar, portanto, evitar o voluntarismo daqueles que o jargão político denomina de criativos e bem-intencionados amigos de infância, de fiéis colaboradores ou de adesistas de última hora. Governos responsáveis se iniciam em diagnoses consistentes, apontando para prioridades circunstanciadas em eixos norteadores. Em meus arquivos, no entanto, constam exemplares de alguns desses programas: amarelecidos, frustrados, inúteis, nunca considerados, meros criatórios de ácaros. No entanto, desafeito a desencantos (mesmo porque, aos educadores, o que nos motiva é a esperança), relembro o que me foi dito em recente curso de atualização na área da Cultura: “O desafio essencial de quem cria e maneja políticas públicas talvez seja a gestão da ansiedade”. Assim, por mais apaixonados que sejam os que fazem o segmento cultural, não devem ignorar a concepção de uma estrutura organizacional, a necessidade de qualificação, a definição de métodos, a compreensão da lógica que move o poder. E “a lógica em Política Pública de Cultura deveria servir para estabelecer uma dinâmica igualitária de relacionamentos e oportunidades, refletindo demandas da própria sociedade”. Como serão concebidos esses programas? O ponto de partida será a ideologia da competência, com a militância, convicta de sua sapiência, ladeada por seus pares, supondo saber, exatamente, o que o povo precisa? E assim, messiânica, decidirá o que levar ao povo, como se o povo, incauto, não seja capaz de discernir o que quer? Ou reunir-se-ão artistas e intelectuais, para levantar um rol de sonhos e desejos, alinhados ao sabor do coração, de amores, ressentimentos ou desencantos, sem percepção de prioridades, sem definição de estratégias, desvinculados das demais ações de governo? Ou o caminho será convidar uma dezena de instituições reconhecidas por sua autoridade, e encomendar um documento bonito, refinado, que dignifique e faça jus à memória de nossos antepassados? Posso estar apenas conjeturando, movido por modelos anteriores por mim testemunhados; mas convém lembrar que os pressupostos básicos do programa prenunciado pelos candidatos já existem. Estão postos nas proposições, democraticamente levantadas nas diversas conferências públicas setoriais, municipais, estaduais e nacionais realizadas. Basta, apenas, serem retomadas. Precisamos, pois, irmos além do marketing político ou da mera reinvenção da roda. Cartas à Redação: opiniao@ojornal-al.com.br

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A ética das prioridades

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O JORNAL

Política

A3

Domingo, 14 de março de 2010 | www.ojornal-al.com.br | e-mail: politica@ojornal-al.com.br

Contexto politica@ojornal-al.com.br

FRENTE DE OPOSIÇÃO Está marcada para amanhã, a partir das 10 horas da manhã, no hotel Colonial, Jatiúca, a reunião dos indicados pelos partidos que integram a Frente de Oposição Pró Dilma e Pró Ronaldo Lessa para começar os trabalhos de discussão do plano de governo do grupo político. O formato do governo do presidente Lula será levado em consideração nos debates para a formulação do projeto, como já disseram lideranças partidárias que integram a Frente. Por volta das 11h30 da manhã, os participantes da reunião devem estar à disposição da imprensa, para perguntas.

EM BREVE A Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo do Comércio (Comcred) prevê abrir em 30 dias, no shopping Pátio Maceió, uma nova agência. O convênio que garantiu a expansão da instituição financeira foi firmado por Wilson Barreto, presidente da Comcred; José Gerardo Andrade, superintendente do Pátio Maceió; Robson Rodas, que também faz parte da superintendência; além de Verdi Barros e Biágio Faraco, integrantes da diretoria da Comcred.

Em AL, faltam juízes, promotores, delegados e defensores públicos Presidente do TJ defende necessidade de concurso público para magistratura Odilon Rios Repórter

Quem precisa do aparelho estatal em Alagoas, para fazer valer os seus direitos, enfrenta dificuldades que vão além de uma simples papelada mofando na repartição pública. E no interior do Estado, a situação ainda é pior: promotores e juizes são obrigados a acumular duas ou três comarcas porque não existe pessoal suficiente - nem de apoio - para oferecer o serviço a quem paga os impostos; há

delegados que passam um único dia da semana em uma cidade, porque correm outras duas, também por falta de outros delegados. A Defensoria Pública tem um único defensor para as 26 cidades do sertão. O JORNAL entrevistou os representantes dos defensores públicos, promotores, juizes e delegados. Todos admitem a falta de pessoal; todos admitem que precisam abrir concurso público. E eles acreditam que os serviços seriam bem melhores - garantindo até índices me-

nores de impunidade - se o quadro de funcionários fosse incrementado. A auto crítica veio da governadora Elisabeth Carvalho do Nascimento, presidente do Tribunal de Justiça e que assumiu o comando de Alagoas por cinco dias. De perto, sentiu as deficiências do TJ e de toda a aparelhagem estatal. “Precisamos de concurso, não há outro caminho”. Há três anos, o tribunal fez concurso para preencher 80 vagas; o “claro” (número de juizes faltando no Estado) ainda é de 40

pessoas. Mas, nenhum juiz trabalha sozinho. Precisa de gente de apoio: são 50 “claros” de servidores. “Oferecemos o serviço que temos ao cidadão”, afirmou a presidente do TJ, no início da semana, como governadora em exercício de Alagoas, sabendo que este serviço não é ideal. Quanto mais distante da capital, menos atrativo é ser juiz. Faltam magistrados em Palmeira dos Índios, União dos Palmares, Colônia de Leopoldina, São José da Laje, Arapiraca, Santana do Ipanema.

Lula Castello Branco

SAUDÁVEL Uma emenda aprovada no Orçamento 2010 chamou atenção: foi o valor de R$ 340 mil para ser repassado à Copamedh Assistência Médico Hospitalar – o mesmo plano de saúde dos servidores da Assembleia Legislativa.

LÁ E CÁ O governador estuda duas possibilidades para tentar barrar as mudanças feitas no Orçamento 2010. Ele pode recorrer ao Tribunal de Justiça ou ao Supremo Tribunal Federal. No primeiro caso, o processo pode ser mais célere.

DISPUTA Esquenta o clima na eleição pelo comando do biênio 2010/2012 do Conselho Regional de Odontologia em Alagoas. De um lado, a chapa encabeçada por Carlos Roberto Cerqueira de Meneses, o “Beto” e do outro a oposição liderada por Hildeberto Cordeiro Lins. A eleição acontece na terçafeira, das 9 horas da manhã às 18 horas, no Maceió Mar Hotel.

UFAL O Campus Sertão da Universidade Federal de Alagoal (Ufal) será inaugurado amanhã, a partir das 9 horas da manhã, em Delmiro Gouveia. Os mais de 500 alunos aprovados no último vestibular vão assistir aulas em uma escola. O evento promete reunir diversos políticos.

VERDE Abes, Braskem e Sindicato dos Jornalistas lançam na terça-feira a edição 2010 do Prêmio Octávio Brandão de Jornalismo Ambiental. Onde? Em um café da manhã, a partir das 8 horas, no Cinturão Verde, no Pontal.

DEBATE A pedido do deputado Judson Cabral (PT), a Assembleia Legislativa realiza amanhã, a partir das 15 horas, uma sessão especial para debater o projeto de lei que cria o “Programa Estadual de Organizações Sociais”, enviado pelo governador. O projeto tucano vem sendo alvo de acusações como a autorização da privatização do serviço público.

VICE Situação interessante da disputa na chapa de federais do PSB. Todos estão fazendo as contas pelo segundo lugar. Estão lá o deputado Givaldo Carimbão, o ex-prefeito Dino Apolinário, o ex-vereador Júlio Houly, o radialista Álvaro Guimarães e o empresário Domicio Silva.

LIBERAÇÃO Um projeto de lei apresentado pelo deputado Isnaldo Bulhões Júnior (PDT) assegura aos policiais militares e bombeiros uma licença para que possam exercer mandatos em entidades classistas. Atualmente, a lei não permite a licença para essas categorias.

NO PASSADO Por mais que o governo insista na Nota Fiscal Alagoana, nem de longe ela tem o apelo social que existia nos tempos do Cidadão Nota 10 - programa de arrecadação tributaria que fez sucesso no governo Ronaldo Lessa.

EXPRESSAS A Federação Alagoana de Futebol (FAF) emplacou R$ 200 mil em emendas parlamentares no Orçamento 2010. A Ceal já convocou 60 aprovados no último concurso realizado em janeiro. Começou pelos aprovados como auxiliar técnico – que serão testados em um curso prepatório. O prefeito afastado de São Luís do Quitunde, Jean Cordeiro (PP), ainda acredita que consegue reverter o quadro no Tribunal Superior Eleitoral. Os adesivos do vice-governador José Wanderley (PMDB) estão nas ruas, mas seu nome ainda não está confirmado como candidato este ano.

Lessa, da Adepol, diz que há delegados respondendo por três delegacias

Delegados falam de acúmulo de serviço E quanto aos delegados? Dados da Associação dos Delegados de Alagoas (Adepol) informam que existem 140 profissionais na ativa. Entre 20 e 25 destes estão aptos a se aposentar e podem fazê-lo a qualquer momento. Não há concurso à vista para substituir estes e mais 60 claros. “Há delegado respondendo por duas ou três delegacias. Há acúmulo de serviço nas delegacias e não tem como dar conta do expediente”, disse o presidente da Adepol, Antônio Carlos Lessa. “Em todas as áreas de Alagoas existe dificuldade por falta também de servidores. Há excesso de trabalho e poucos policiais para dar conta”, afirma. SEM QUADROS - O que prejudica as investigações? A perícia, repete o delegado. Não pela exigência legal, mas porque não há quadro suficiente de peritos e se não existe pessoal para dar conta da demanda, o tempo das investigações estica. “Não temos só um problema de segurança pública, mas temos uma série de problemas sociais que não são de atribuição da polícia. A violência está aumentando porque existe a certeza da impunidade. Mas a polícia está dando conta da sua parte. Só que se a Justiça não recebe o inquérito ou na Justiça não se leva adiante, o marginal vai continuar a praticar vários crimes”. E se o senhor tivesse um celular roubado, iria a delegacia denunciar o caso? Valeria a pena? Acha que teria o celular de volta? “Sempre existe esperança”. Por que? “É a importância de se registrar a ocorrência. Agora, um homicídio tem prioridade em relação ao roubo de um celular”. (O.R.)

Elisabeth Carvalho: “Precisamos de concursos. Não há outro caminho”

Defensores com 3,9 processos por dia Os defensores - advogados pagos pelo Estado para os cidadãos - também enfrentam carência de pessoal. O quê dizer de alguém que trabalha, ao mesmo tempo, em 26 cidades de Alagoas? Isso existe com o único defensor no Sertão, um problema explicado pelo defensor-geral, Eduardo Antônio de Campos Lopes: falta pessoal para atender a todos. Os números mostram o tamanho da importância dos defensores: em 2008, cada um atendeu 1.451 pessoas e ajuizou 336 ações. São 3,9 processos por dia, isso se os defensores emendarem finais de semana e feriados e não terem férias. Amaioria das ações é na área médica, para se conseguir remédios. Talvez o tamanho dos números da saúde pública ajude a explicar os reflexos na defensoria: 94% da população alagoana só tem um plano de saúde: o SUS. Quase todos- incluindo o interior- buscam socorro no Hospital Geral do Estado para atendimento. E quem não consegue nada, recorre a Defensoria Pública. Há histórias de defensores que montaram em carro para entrar em hospital, com uma pessoa doente, e evitar que ela fosse mais uma a morrer na fila de espera. Médicos e enfermeiros nunca negaram atendimento, neste tipo de estratégia. Apesar do aperto e dos escassos R$ 8,8 milhões pagos por ano, pelo Governo, para custear as atividades, o rendimento dos defensores públicos de Alagoas

é elogiado pela Associação Nacional dos Defensores Públicos: eles estão entre os 10 mais produtivos do Brasil. “Usamos a criatividade. Pedimos um farmacêutico para ajudar a separar as ações na área de saúde, evitando que entremos na Justiça e consigamos os medicamentos; dois postos da defensoria foram instalados em duas faculdades para melhorar a demanda”. Tudo isso para driblar a desvantagem: Alagoas precisaria de 110 defensores, mas só tem 72, por lei. Na prática, eles foram trabalhando, se aposentando, deixando as funções, mudando o destino. Sobraram 30. Ou melhor: 29. Um se aposenta em alguns meses. NÚMEROS - São 29 defensores para 62 comarcas. Maceió, a capital e disparada com a maior demanda, tem 20 deles. Sobram nove para o restante do Estado. Arapiraca fica com três; precisaria de 10. Assim é a lista do cobertor curto: Penedo e Palmeira não têm defensores; o Litoral Norte do Estado tem deficiências. Para tentar cobrir os pés, procuradores de autarquia ou advogados são contratados pelo Estado para suprir a carência ou quebrar o galho. São dez à disposição. Um deles é o do Sertão. A multiplicação de defensores não é tão eficiente. Eles desistiram de atender a ações de usucapião ou regularização fundiária. Descobriram que muitos imóveis

precisam ser regularizados; perceberam também que tinham nas mãos mil ações de usucapião, porque aceitaram, antes de desistir, receber estas ações. “Não temos uma equipe de engenheiros e arquitetos para fazer a avaliação”. Eles têm de escolher casos mais urgentes. Briga de vizinhos? Só se o caso for muito grave. Para facilitar o trabalho, há o convênio com as faculdades para contratação de 40 estagiários. Mas, ele não podem substituir os defensores. E como é índice de satisfação? “Fazemos pesquisas com as pessoas que procuram a defensoria: 90% delas acham o trabalham ótimo”, diz o defensor geral. “Aqui nós temos um dos maiores escritórios de advocacia de Alagoas”. O que precisam? “Além de mais defensores, um prédio novo e maior. Mas, isso já recebemos. O Já Mangabeiras será transferido ao shopping Maceió e ficaremos com o prédio. Vamos oferecer uma estrutura melhor”. O concurso está em andamento: 24 vagas estão sendo abertas. O cobertor vai crescendo. Só que isso implica em outro problema: mais defensores significam mais ações judiciais, com o Judiciário enfrentando dificuldade de pessoal. Uma situação para o futuro. Assim como os delegados: mais profissionais, mais inquéritos remetidos a Justiça, que tem menos pessoal. Ajustes para o tempo - e as instituições - resolverem. (O.R.)

Ministério Público tem 26 “claros” Há duas semanas, as equipes da Corregedoria Nacional do Ministério Público Estadual encerraram os trabalhos de inspeção no Ministério Público de Alagoas. Chegaram a uma conclusão, para um problema antigo: 26 claros de promotores no Estado. Porém, conforme disse a Procuradoria Geral de Justiça, não existe uma promotoria sem promotor porque o titular responde por mais de uma promotoria. O MPE informou que o pro-

curador-geral de Justiça, Eduardo Tavares, compreendendo a situação dos promotores, fez com que os integrantes do MPE trabalhassem em comarcas próximas umas das outras. Um membro do Ministério Público recebe R$ 3,7 mil a mais líquido, isso se acumular também a promotoria eleitoral na cidade. Há também diárias recebidas. O adicional recebido por promotor eleitoral é pago pela União. Mas, segundo informa a Procu-

radoria Geral de Justiça, o MPE conta com 153 promotores e procuradores. Até o final do ano, será realizado concurso público, o que foi garantido pelo procuradorgeral. É um pedido também da presidente do Tribunal de Justiça: concurso para mais juizes, mas também defensores, promotores e delegados. Para o MPE, está prevista a construção de um prédio dos promotores, que deve funcionar ao lado do fórum do Barro Duro. Ele deve custar R$ 3 milhões.

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Gilmar Mendes visita AL na próxima 6ª Presidente do CNJ e do STF instala Casa de Justiça e Cidadania em Maceió e em outras cidades do país Da Editoria de Política, com Agência CNJ

O presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, visitará três regiões do país, até o início do próximo mês, para instalar novas Casas de Justiça e Cidadania em cinco Estados. Alagoas está no roteiro. Maceió, assim como Salvador (BA) e Aracaju (SE), está entre as capitais que passam a contar, a partir da próxima sexta-feira, com uma unidade do programa, desenvolvido pelo CNJ, com o objetivo de aproximar a sociedade do Poder Judiciário na busca de soluções a questões locais, à prevenção e resolução de conflitos de interesse da comunidade, à promoção e proteção de direitos fundamentais e ao acesso à cultura e à Justiça. As informações são da Agência CNJ de Notícias, do site oficial do Conselho. Já no dia 22 deste mês, será a vez de Mogi Guaçu (SP) receber uma Casa de Justiça e Cidadania. E no dia 5 de abril, mais uma unidade do programa será instalada em Santa Catarina, que já conta com duas Casas funcionando em Florianópolis e Balneário Camboriú. De acordo com o conselheiro Jorge Hélio, a expectativa é que, até o final deste ano, no mínimo 20 Casas de Justiça e Cidadania estejam plenamente funcionando em todos os estados e no Distrito Federal. “Nossa preocupação é beneficiar a co-

munidade a partir da prestação de serviços tão importantes para os cidadãos brasileiros”, afirma o conselheiro, que integra a coordenação do programa. As últimas Casas de Justiça e Cidadania inauguradas pelo CNJ foram instaladas, na última segunda-feira, em São Luís (MA), Natal (RN) e Fortaleza (CE). Na capital cearense, a população já pode buscar atendimento, no Fórum Trabalhista Autran Nunes, em diferentes órgãos e entidades. “Como na Justiça Eleitoral, Defensoria Pública, Justiça do Trabalho, Procuradoria da Fazenda Pública, no Procon e no Sistema Nacional de Emprego”, explica o conselheiro Jorge Hélio, gestor da Casa de Cidadania de Fortaleza. Com as novas instalações nos estados de Alagoas, Sergipe, Bahia, São Paulo e Santa Catarina, a quantidade de Casas de Justiça e Cidadania instaladas chegará a 15 em todo o país. Instituídas pelo Conselho Nacional de Justiça e o Supremo Tribunal Federal (STF) em dezembro de 2008, as casas já foram instaladas em Natal (RN), São Luís (MA), Fortaleza (CE), Teresina (PI), Montes Claros (MG), Macapá (uma pelo CNJ e outra pela Justiça Federal), Florianópolis (SC), Balneário Camboriú (SC) e Boa Vista (RR). O programa é coordenado nacionalmente pelo CNJ e os tribunais de Justiça são responsáveis pela coordenação das ações no âmbito de suas jurisdições. A

Em 2009, ministro veio ao Estado 3 vezes O ministro Gilmar Mendes fez de Alagoas um dos seus principais roteiros no período em que presidiu o Supremo Tribunal Federal. No ano passado, ele esteve aqui durante três oportunidades. Participou de eventos da área jurídica, foi homenageado e também se envolveu em polêmicas. Na primeira visita, em abril, veio participar de um mutirão carcerário e se envolveu em uma grande polêmica ao criticar a forma como estava sendo conduzido o processo da Operação Taturana. Meses depois, Gilmar Mendes concederia liminar autorizando o retorno dos parlamentares, que estavam afasta-

dos de seus cargos. O ministro também veio à Alagoas em setembro para participar da abertura dos trabalhos da Semana Nacional de Conciliação. Nessa visita, foi homenageado com a Medalha da Ordem do Mérito Ministro Silvério Fernandes de Araújo Jorge, comenda concedida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 19ª Região. Já em dezembro, o presidente do STF veio ao Estado durante a solenidade de encerramento do Programa Integrar, do Conselho Nacional de Justiça. Ele também foi homenageado pelo Tribunal de Justiça de Alagoas com a comenda desembargador Moura Castro.

Nas visitas anterior que fez a Alagoas, ministro Gilmar Mendes participou de eventos da área jurídica, foi homenageado e se envolveu em polêmicas

ideia é criar uma rede integrada de serviços destinada a promover cidadania e a disseminar práticas voltadas ao fortalecimento da cultura jurídica no país. RECOMENDAÇÃO - No último dia 21 de janeiro, o Diário

Oficial da União publicou a Recomendação 26 do CNJ estabelecendo a instalação de Casas de Justiça e Cidadania por todos os tribunais de Justiça do país. Com o apoio de entidades voluntárias - a exemplo da Associação dos Magistrados Brasi-

leiros, da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho, da Ordem dos Advogados do Brasil, do Ministério Público, da Defensoria Pública e universidades - as Casas de Justiça e Cidadania oferecem à população acesso a serviços gra-

tuitos de capacitação profissional, educação e inserção social, como também a informações sobre serviços públicos, conhecimentos sobre cidadania, direito, saúde, assistência judiciária voluntária e mecanismos para a solução de conflitos.

Inspeção preventiva acha 30 falhas no TJ Bahia O retorno da Corregedoria Nacional de Justiça ao Judiciário baiano resultou na elaboração de um novo relatório que aponta falhas no funcionamento da Justiça local. A equipe da Corregedoria visitou novamente o Tribunal de Justiça da Bahia para verificar o cumprimento das determinações feitas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) na primeira inspeção no tribunal, realizada entre os dias 15 e 17 de outubro de 2008. O relatório aponta 30 problemas no funcionamento do Judiciário. Entre eles, está a falta de transparência na distribuição de processos, a desorganização nos cartórios de distribuição, o atraso no andamento dos processos, a falta de intimação das partes e a paralisação de milhares de processos criminais. A Corregedoria Nacional de Justiça informa que a medida adotada no TJ Bahia deve se repetir em outros estados, pois a inspeção pode ter continuidade. O relatório será enca-

minhado ao Ministério Públi- interessados. co do Estado da Bahia, ao Muitos processos estão Conselho Nacional de Justiça paralisados há mais de cinco e ao Tribunal de Contas da anos e os advogados não são União. intimados. Há também miTambém serão remetidas lhares de processos criminais cópias à Receita Federal, à paralisados e prescritos. NesProcuradoria da Fazenda se caso, a CorregedoNacional, Procuradoria do TJ Bahia inforria do Estado da Bahia mou que irá reativar e Procuradoria do os juizados especiais No Município da Bahia criminais e fará um para apuração das ir- Judiciário mutirão para julgar e regularidades fiscais. da Bahia, há arquivar os processos Os problemas apontajá prescritos. No caso dos na nova visita da processos dos atos infracionais Corregedoria foram parados há praticados por adoinformados à direção mais de lescentes, a equipe da do TJ Bahia e responCorregedoria do CNJ didos ou justificados cinco anos constatou também a pela Corregedoriaprescrição de inúmeGeral de Justiça da ros processos. Em sua resBahia. De acordo com posta, a Corregedoria da TJ o relatório, “há dezenas de Bahia informou que fará o milhares de petições aguar- arquivamento dos atos presdando juntada há vários critos ou daqueles relativos anos, sem qualquer controle às pessoas que atingiram 18 para que as mais antigas ou 21 anos. sejam juntadas com prioriO relatório da inspeção dade”. A inspeção verificou preventiva relata a falta de que muitos processos não controle no cumprimento de são remetidos ao juiz e ficam mandados de segurança peaguardando reclamações dos los oficiais de justiça. De

acordo com a inspeção, na cidade de Ilhéus houve a suspensão do passe livre para os oficiais de justiça, sendo que eles recebem apenas R$ 33 como ajuda de custo para o cumprimento de diligências. Outro problema demonstrado pela equipe da Corregedoria é a falta de controle na devolução dos processos. “Há notícia de processos que foram retirados de cartório há mais de um ano e não foram devolvidos”, diz o texto. A inspeção traz uma demonstração de todos os problemas detectados no Instituto Pedro Ribeiro de Administração Judiciária (Ipraj). O Corregedor Nacional de Justiça, ministro Gilson Dipp, determinou o fechamento da autarquia em agosto de 2009 por irregularidades no seu funcionamento. Atualmente há um projeto de lei em andamento na Assembleia Legislativa da Bahia que regulamenta a forma de extinção e transição das funções exercidas pela autarquia.

Morgana Richa diz que levantamento mais fiel de processos será possível

IV Jornada da Lei Maria da Penha O CNJ vai debater amanhã, a partir das 11 horas da manhã, em seu plenário, a aplicação da Lei 11.340/2006, a Lei Maria da Penha, que criou mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Para medir a efetividade da lei, o CNJ elaborou um Manual de Rotinas e Estruturação dos Juizados Especiais que será apresentado nesta segunda-feira e ficará disponível para receber sugestões dos juízes dos juizados especializados em violência doméstica e familiar por 30 dias. Faz parte do manual uma tabela processual unificada que vai garantir a uniformidade na coleta de informações sobre o andamento dos processos nos juizados. “Dessa forma, vai ser possível ter um levantamento mais detalhado e fiel sobre os processos, inclusive das eventuais condenações”, afirmou a conselheira Morgana Richa, que preside a Comissão de Acesso à Justiça

e Cidadania do CNJ. Esse é o tema da IV Jornada da Lei Maria da Penha que será aberta pelo corregedor Nacional de Justiça, ministro Gilson Dipp, no plenário do Conselho. O evento conta também com o apoio da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres e da Secretaria de Reforma do Judiciário, do Ministério da Justiça. LEI - Sancionada em 7 de agosto de 2006 pelo presidente Lula, a Lei 11.340/2006 introduziu avanços significativos no combate à violência contra a mulher. Alei aumentou o tempo de prisão dos agressores e eliminou o pagamento de cestas básicas como forma de punição. Outra medida importante com a edição da lei é o fato de que o agressor pode ser preso em flagrante ou ter sua prisão preventiva decretada. Aproteção às mulheres foi ampliada nos casos de violência física, psicológica, patrimonial, sexual e moral.

Corregedor Nacional de Justiça, conselheiro Gilson Dipp, determinou fechamento do Ipraj, autarquia do Judiciário baiano, por irregularidades

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DOAÇÕES DE CAMPANHA

Partidos devem abrir conta até o dia 19 Procedimento é diferente do que deve ser seguido por candidatos a cargos nas eleições deste ano e comitês financeiros Da Editoria de Política, com TSE

Os diretórios nacional, estadual ou distrital dos partidos que optarem por arrecadar recursos e aplicá-los nas campanhas eleitorais 2010 devem providenciar a abertura de conta bancária específica até o próximo dia 19. Este procedimento é diferente do que tem de ser seguido pelos candidatos e comitês financeiros, que só podem abrir a conta e arrecadar recursos após serem registrados na Justiça Eleitoral. O prazo está estabelecido na resolução de prestação de contas, pu-

blicada no último dia 4. As informações estão no site oficial do TSE na internet. Para abrir a conta, o diretório deve usar o CNPJ já existente, diferentemente dos candidatos e comitês, cujas contas bancárias serão vinculadas aos CNPJs que serão gerados após os seus registros na Justiça Eleitoral. Os registros, tanto dos candidatos quanto dos comitês, serão requeridos à Justiça Eleitoral após as convenções dos partidos, que podem ser realizadas entre 10 e 30 de junho. Aabertura de conta específica é obrigatória para todos os candidatos, inclusive os vices e

suplentes, para os comitês financeiros e para os partidos que optarem por arrecadar recursos e realizar gastos de campanha eleitoral. De acordo com a resolução, o uso de recursos que não se originem de contas específicas implicam a desaprovação da prestação de contas. Se ficar comprovado o abuso do poder econômico, o candidato terá o registro cancelado ou o diploma cassado, caso já tenha sido diplomado.

no Banco do Brasil ou em outra instituição financeira com carteira comercial reconhecida pelo Banco Central do Brasil. Os bancos são obrigados a acatar, no prazo de até 3 dias, o pedido de abertura de conta de qualquer comitê financeiro, partido político ou candidato escolhido em convenção, sendo proibido condicioná-la a depósito mínimo e a cobrança de taxas e/ou outras despesas de manutenção.

BANCOS - A resolução de prestação determina que a conta bancária específica deve ser aberta na Caixa Econômica Federal,

ARRECADAÇÃO - Para arrecadar recursos financeiros, que deverão transitar pela conta bancária específica, os diretórios na-

cionais requisitarão na página do TSE na internet a quantidade de números de recibos eleitorais e, após reservar a faixa numérica para uso próprio, deverão fornecer a numeração de recibos eleitorais aos seus diretórios regionais/distritais. De acordo com a resolução, os partidos são obrigados a discriminar a origem e a destinação dos recursos repassados a candidatos e a comitês financeiros, o que permite o cruzamento de dados na prestação de contas. EXTRATO - As instituições financeiras que procederam à aber-

tura de conta bancária específica para a campanha de 2010 terão de fornecer os extratos eletrônicos de todo o movimento financeiro à Justiça Eleitoral, para instrução dos processos de prestação de contas dos candidatos e dos comitês financeiros. As contas de candidatos, inclusive a vice e a suplentes, de comitês financeiros e de partidos políticos deverão ser prestadas à Justiça Eleitoral até 2 de novembro de 2010. O candidato que disputar o segundo turno deverá apresentar as contas referentes aos dois turnos até 30 de novembro deste ano.

Plenário do Supremo vai discutir processos relacionados com o que foi discutido em audiência pública sobre Saúde

ESTA SEMANA

PGR quer anular lei do RJ sobre juízes

STF vai julgar ações relacionadas à saúde O plenário do Supremo Tri- imprensa quando da realização bunal Federal inicia na próxima da audiência, Gilmar Mendes quarta-feira o julgamento dos explicou que a partir do debate processos relacionados com a os ministros poderão julgar os audiência pública sobre Saúde processos com mais base técnirealizada em maio de 2009 no ca sobre o setor da saúde, uma STF. Foram seis dias de debates vez que o entendimento do STF sobre o Sistema Único de Saúde vai orientar outros julgados no (SUS), com a participação de 49 país. “Quando um juiz dá uma especialistas, entre médicos, ges- liminar num determinado caso, tores e integrantes do Executivo, ele tem aquele caso, mas isso redo Congresso Nacional e do flete depois em milhares de Judiciário, além de representan- casos, e muitas vezes isso pode tes da sociedade civil. provocar alguma desorganizaNão será a primeira vez que ção no sistema, de modo que nós o Supremo julga processos de temos que olhar isso grande repercussão nacional como um todo. E vecom o apoio de informaja, todos nós estamos ções a partir de auinteressados, memdiências públicas. Asbros do Ministério sim foi com o julgaPúblico, membros da Audiência, mento sobre a conssociedade civil e os titucionalidade da próprios juízes”, afirque durou Lei de Biossegurança mou o presidente do seis dias, (Lei 1105/05), que STF. foi chamada permitiu a pesquisa Os processos recom células-tronco lacionados à audipelo embrionárias e o julência pública da sapresidente gamento que proibiu úde pretendem susdo STF a importação de pnepender determinaus usados para reções judiciais que venda no Brasil. As ordenaram a coberinformações estão no tura do SUS para a reasite oficial do STF na lização de cirurgias e tratamenInternet. tos médicos no exterior, fornecimento de medicamentos, suDEBATE - A audiência foi plementos alimentares, órteconvocada pelo presidente do ses e próteses, contratação de STF, ministro Gilmar Mendes, servidores de saúde e criação para subsidiar o julgamento de de vagas em UTI. diversos pedidos de suspensão São nove as ações que serão de segurança, de liminares e de julgadas na próxima quarta-feira tutelas antecipadas em tramita- com base nas informações obtição do Supremo Tribunal Fede- das a partir da audiência públiral. Segundo o ministro, “é im- ca sobre o Sistema Único de Saportante saber como decidir es- úde: os agravos regimentais nas sas questões de fornecimento de Suspensões de Tutela Antecipada medicamentos, de determinação (STA) 175, 211 e 278; nas Sussobre vagas em UTI, fila de trans- pensões de Segurança (SS) 3724, plante”. 2944, 2361, 3345, 3355 e na SusEm entrevista concedida à pensão de Liminar 47.

Gurgel diz que a lei do Rio de Janeiro sobre a magistratura “desafia os princípios unitários da Constituição

Recursos e Mandados de Segurança Ainda na quarta-feira, o Plenário analisa o Recurso Extraordinário (RE) 580264, que teve repercussão geral reconhecida. O RE, interposto pelo Grupo Hospitalar Conceição, de Porto Alegre, contesta decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul que considerou não ser imune à tributação por impostos estaduais sociedade de economia mista que atua na área de prestação de serviços de saúde. Há também quatro Mandados de Segurança (MS 24924; MS 25344; MS 24984; MS 25493) que questionam decreto do presidente da República que tornou propriedades privadas de interesse social para fins de reforma agrária. Está previsto ainda o retorno da ADI 3096, que discute o alcance do artigo 94 da Lei 10.741/03, que determina a aplicação dos procedimentos e benefícios previstos na Lei dos Juizados Especiais para os crimes cometidos contra idosos, cuja pena máxima seja menor que quatro anos. O julgamento desta ação foi interrompido com pedido de vista do ministro Ayres Britto.

A questão em julgamento é saber se o dispositivo beneficia as vítimas idosas que sofrem os crimes, que pelo procedimento sumário da Lei 9.099/95 conseguem ter a resolução mais breve de seus litígios, ou se o artigo questionado atende mais aos infratores que cometem crimes contra os idosos, que acabam sendo beneficiados com o que dispõe a Lei dos Juizados Especiais. AÇÃO PENAL - Na quinta-feira, volta à pauta do Supremo um recurso contra a decisão do STF que conservou o desmembramento do processo na Ação Penal (AP) 493, ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o senador Cícero Lucena (PSDB-PB). Julga também duas extradições (EXT 1170 e EXT 1146), a primeira de um argentino, acusado de integrar o sistema repressor durante o regime militar em seu país e preso para fins de extradição. A segunda é de um francês que já foi extraditado para seu país para cumprir prisão por tráfico de drogas,

mas recorreu da decisão. Sua defesa alega que o extraditando é sexagenário, está doente e não é um criminoso, a defesa alegou a prescrição do crime de tráfico de entorpecentes para impedir a extradição. Mas a tese foi descartada pela maioria dos ministros do Supremo. Por fim, estão previstas para serem julgadas cinco Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADI). Uma delas, a ADI 2416, foi ajuizada pelo Partido dos Trabalhadores (PT) contra do Distrito Federal que autoriza a venda direta a ocupantes de áreas públicas rurais. Outra é a ADI 2730, que contesta lei de Santa Catarina que institui o Programa de Assistência às Pessoas Portadoras da Doença Celíaca – enfermidade abdominal que impede a pessoa de consumir produtos que contenham glúten. ALei 12.385/02, de autoria da Assembleia Legislativa, estabelece que o programa deve ser implementado por intermédio das secretarias estaduais do Desenvolvimento Social e da Família; da Saúde e da Educação.

O procurador-geral da República, Roberto Monteiro Gurgel, ajuizou Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 4393) contra uma lei do Rio de Janeiro que disciplina a magistratura estadual (Lei 5.535/09). Gurgel entende que a lei estadual tem vício de inconstitucionalidade por usurpar a competência do Supremo Tribunal Federal de estabelecer as normas a serem seguidas por toda a magistratura, seja federal ou estadual, em todo o País. Essa iniciativa foi conferida ao STF pelo artigo 93 da Constituição, tendo, atualmente, a regulamentação pela Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Loman, LC 35/79). “A edição de lei ordinária estabelecendo regime jurídico-funcional específico para a magistratura de um estado desafia os princípios unitários estabelecidos pela Constituição”, sustenta o procurador-geral na ADI 4393. Para ele, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro usou o pretexto de disciplinar fatos funcionais dos magistrados para ingressar em matéria típica do estatuto da magistratura. Entre outros assuntos, a lei do Rio de Janeiro fala sobre o provimento inicial da carreira dos juízes, sobre os requisitos para ingresso na magistratura, o quinto constitucional, as promoções, remoções e permutas dos juízes, da investidura no cargo, dos auxílios aos ministros, licença, férias e afastamento, entre outros temas. A ação pede, em liminar, a suspensão da eficácia da Lei 5.535/09, até que o mérito da ADI seja julgado pelo Supremo.

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Reaplicação do exame custará R$ 1,3 milhão

Espírito Santo será denunciado na ONU por tortura em presídio

Agência Brasil

Caso vai ser apresentado amanhã perante o Conselho de Direitos Humanos

OAB

BRASÍLIA - Os custos para reaplicar a segunda fase da prova do Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que teria sido fraudada e por isso foi cancelada, deve ficar em torno de R$ 1,3 milhão. Aestimativa é da instituição responsável pela organização do exame, o Centro de Seleção e Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe/UnB). A Polícia Federal está investigando o suposto vazamento de questões do exame. A irregularidade foi detectada durante a aplicação da segunda fase da prova prático-profissional de direito penal, no último dia 28, em Osasco. De acordo com a OAB, um candidato escondia as questões em uma folha de papel encontrada em um livro de consulta. De acordo com o contrato, os custos relativos à reaplicação caberiam à instituição responsável pelo fato que motivou a anulação.

Enquanto a investigação não é concluída pela PF, o Cespe sugere que os valores sejam divididos igualmente entre o centro e a OAB. A Agência Brasil procurou a assessoria de imprensa da Ordem que disse que essa decisão ainda está “sob avaliação”. Entretanto, no anúncio da anulação da prova, o presidente da entidade, Ophir Cavalcante, disse que o Cespe deveria arcar com os prejuízos. A nova prova foi marcada para 11 de abril, mas há possibilidade de mudanças para que não haja choque com as datas de outros concursos públicos. O anúncio deve ser feito nesta segunda-feira. De acordo com nota divulgada pelo Cespe, o órgão propõe que a reaplicação “esteja sob sua inteira responsabilidade, ao contrário do que ocorre no processo atual do exame no qual todas as fases são realizadas em parceria pelas duas instituições”.

Ophir Cavalcante disse que Cespe deve arcar com custos de nova prova

BRASÍLIA - As organizações não governamentais Conectas e Justiça Global e o Conselho Estadual de Direitos Humanos do Espírito Santo pretendem apresentar nova denúncia de tortura ocorrida este ano em um presídio de Cariacica, no Espírito Santo, ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU). A denúncia será feita nesta segunda-feira, às 9h (horário de Brasília), em sessão paralela à reunião do conselho da ONU, que vai tratar das violações de direitos humanos ocorridas nos presídios do Espírito Santo. O conselho está reunido durante este mês em Genebra (Suíça). Segundo a diretora adjunta da Justiça Global, Sandra Carvalho, a denúncia é de “um caso de tortura gravíssima, flagrada na presença de uma juíza”. A diretora não informou o nome da vítima, mas garantiu que serão apresentadas em Genebra imagens do caso. A expectativa da diretora é que os relatores da ONU para tortura e execução primária assistam à apresentação de Bruno Souza, presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos do Espírito Santo; Oscar Vilhena, da Conectas; e Tamara Mello, da Justiça Global. Também estarão em Genebra o secretário de Justiça do estado, Ângelo Roncalli, e o diretor de Políticas Penitenciárias do Ministério da Justiça, André Luiz de Almeida e Cunha. Em entrevista à Agência Brasil na quarta-feira, Ângelo Roncalli disse que irá expor as medidas tomadas pelo gover-

Secretário de Justiça, Ângelo Roncalli também vai estar em Genebra para falar das ações do governo

no do estado para reverter a situação dos presídios. Segundo ele, o governo já entregou 16 novas unidades, está construindo três novos presídios (em Cariacica, Colatina e Vila Velha) e prepara a contração de mais oito obras. Roncalli diz que, até março do próximo ano, o estado terá criado 10.660 novas vagas em presídios. Desse total, 3,3 mil foram entregues no ano passado e 5,1 mil, este ano. A criação de vagas é crucial para diminuir a superlotação dos presídios e desativar unidades sem estrutura para manter os presos. Dados da própria Secretaria de Justiça projetam, no entanto, que em 2012 pode haver dé-

ficit de vagas nos presídios capixabas. Segundo o governo, entram no sistema prisional, por mês, 250 novas pessoas e apenas 50 saem. Para Roncalli, a “cultura de aprisionamento” é responsável pela superlotação. Roncalli acredita que é preciso mudar a lei penal. “Nós somos obrigados a receber presos, tendo vaga ou não tendo. Os delegados dizem o seguinte: ‘se a lei tipifica como crime, eu não posso deixar de prender’”, salientou. O diretor do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) do Ministério da Justiça, Airton Aloisio Michels, afirma que uma possível solução para o problema da superlotação pas-

sa pela revisão da lei, e levanta a hipótese de que a Justiça e o Ministério Público, em geral, excedam no número de pedidos de prisão provisória. “Está faltando sensibilidade para o excesso de prisões provisórias”, disse. O Espírito Santo tem atualmente cerca de 11 mil presos. Em 2002 eram menos de 3 mil. Airton Michels ressalta que o crescimento do número de pessoas presas não ocorreu apenas no estado. Segundo ele, o número de presos no Brasil passou de 148 mil em 1995 para 476 mil hoje. O Brasil é o quarto país em população carcerária, atrás dos Estados Unidos, da China e da Rússia.

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EUA denunciam restrições à internet Relatório divulgado na quinta-feira aborda situação dos direitos humanos durante o ano de 2009 em 194 países BBC Brasil WASHINGTON - O Departamento de Estado americano criticou diversos países por restringirem a liberdade de expressão na internet em

seu relatório anual sobre direitos humanos, divulgado na última quinta-feira. Segundo o documento, 2009 foi o ano em que mais pessoas ganharam maior acesso a informação sobre direitos

humanos por meio da internet, telefones celulares e outras tecnologias. “Ao mesmo tempo, foi o ano em que governos investiram mais tempo, dinheiro e atenção na busca de meios téc-

nicos e regulatórios para restringir a liberdade de expressão na internet e o fluxo de informações críticas”, diz o texto. “E para infringir os direitos de privacidade daqueles

que usam essas tecnologias”, afirma o documento, que traz dados sobre a situação dos direitos humanos em 194 países. Na apresentação do relatório, a secretária de Estado,

Hillary Clinton, disse que as novas tecnologias “se mostraram úteis tanto para os opressores quanto para os que lutam para expor as falhas e a covardia dos opressores”.

China, Irã e Venezuela são criticados Entre os países criticados está a China que, segundo o documento, “aumentou os esforços para monitorar o uso da internet, controlar o conteúdo, restringir informações, bloquear acesso a websites domésticos e estrangeiros, encorajar auto-censura e punir aqueles que violam as regulações”. O Departamento de Estado diz que o governo chinês empregou milhares de pessoas para monitorar as comunicações eletrônicas e várias vezes bloqueou o acesso a sites e a ferramentas de busca na internet, além de censurar emails. As críticas do governo americano à China não são novas. No início do ano, comentários da secretária de Estado, Hillary Clinton, de que a China restringe a liberdade na internet provocaram reclamações por parte do governo chinês, que disse que os Estados Unidos deveriam “parar de fazer acusações sem fundamento”.

O Irã também é criticado no documento, especialmente depois das eleições de junho, em que o presidente Mahmoud Ahmadinejad foi reeleito sob alegações de fraudes. O texto cita a violenta repressão às manifestações populares que se seguiram ao pleito. Segundo o relatório, antes das eleições e também nos protestos realizados em dezembro, o governo “bloqueou o acesso ao Facebook, ao Twitter e a outros sites de relacionamento”. A Coreia do Norte é criticada por “continuar a submeter seus cidadãos a controles rígidos em muitos aspectos de suas vidas” e por relatos de execuções extrajudiciais, desaparecimentos e prisões arbitrárias. “O governo conseguiu controlar virtualmente toda a informação: não há imprensa independente, o acesso a internet é limitado a altos oficiais e outras elites e a liberdade acadêmica é reprimida”, diz o documento.

HAITI O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, irá ao Haiti neste domingo para encontrar dirigentes nacionais e pessoas que continuam desabrigadas por causa do terremoto de janeiro. A exemplo de milhares de outros edifícios, a sede da ONU em Porto Príncipe desabou por causa do tremor de magnitude 7,0 ocorrido em 12 de janeiro. O di-

No capítulo destinado à Venezuela, o relatório afirma que “autoridades do governo, incluindo o presidente, usaram veículos de mídia controlado pelo governo para acusar proprietários e repórteres da mídia privada de fomentar campanhas de desestabilização e tentativas de golpe”. O texto cita outras formas de agressão contra a imprensa privada, como sanções administrativas, multas e ameaças de fechamento, “para prevenir ou responder a qualquer crítica contra o governo”. O documento também critica Cuba e diz que o governo “continua a negar a seus cidadãos os direitos humanos básicos”. Entre as violações listadas no relatório estão limitações à liberdade de expressão e de imprensa, restrições à livre associação e à liberdade religiosa e recusa em reconhecer grupos de direitos humanos e jornalistas independentes.

retor local da ONU, Hedi Annabi, morreu no incidente, assim como seu adjunto brasileiro. Ban, que nesta semana se mostrou comovido durante uma homenagem aos 101 funcionários da ONU mortos no terremoto, visitará Porto Príncipe, a capital, e se reunirá com o presidente René Préval e o primeiro-ministro Jean-Max Bellerive. Ele também vai se encontrar com dirigentes da Minustah, força militar da ONU comandada pelo Brasil.

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Os ares de antigamente do Palácio Floriano Peixoto inspiram “visões”

Thallysson Alves / Estagiário

Marco Antônio

Nos corredores do Edifício Brêda, o ar sombrio é resultado de fatos reais

No Museu Floriano Peixoto, as histórias têm personagens ilustres

MAL-ASSOMBRO

Mito e fato em histórias de arrepiar O imaginário, a lenda e algumas verdades se misturam e compõem a legenda de alguns prédios antigos de Maceió Gabriela Lapa Estagiária*

Uma infinidade de histórias cabe entre as quatro paredes dos prédios mais antigos de Maceió. Palco de grandes e, por vezes, turbulentos acontecimentos, eles resistem aos anos carregando consigo lembranças que, na linha entre o mito e o fato, estão até hoje na memória dos mais anti-

gos. Para os céticos, elas resultam da criatividade de quem viveu tempo suficiente para pincelar a realidade. Mas, quem acredita tanto quanto respeita, tem até medo de lembrar. São histórias de portas que batem, pianos que tocam e presenças sentidas na calada da noite, contadas e recontadas tantas vezes que já fazem parte da tradição popular e da identidade de cada lugar.

No Museu Palácio Floriano Peixoto (Mupa), na Praça dos Martírios, há quem diga que, ao cair da noite, outros visitantes aparecem para guardar os corredores da antiga residência do governador. “Há uns anos, depois das 18h, quando todo mundo já estava indo embora, alguns garçons ficaram para organizar a mesa que serviria para

um jantar com jornalistas”, conta Zoraide Silva, a governanta da ala residencial. “De repente eu vi uma mulher vestida de verde, sentada no sofá. Ela usava muitas jóias e um vestido rodado. Olhou para mim e disse que não queria ninguém estranho aqui”, lembra Zoraide, assustada. “Eu até fiz piada. Disse que não ficava mais sozinha à

noite por causa dos fantasmas, e no outro dia, ouvi uns barulhos esquisitos. Nunca mais brinco com isso”, garantiu. Outro episódio semelhante aconteceu com um dos funcionários responsáveis pela limpeza do museu. Rafael Soares, 48 anos, dorme em um dos quartos do primeiro andar duas vezes por semana e, assim como a colega, afirma existir um ar

diferente nos corredores do Palácio, depois que a noite chega. “No dia desse jantar, os garçons estavam arrumando a mesa do salão nobre. Eu saí por um instante e quando voltei, eles estavam recolhendo tudo para ir embora”, conta Rafael. “Perguntaram por um homem de preto que tinha vindo tocar o piano. Mas não havia ninguém lá”, conta.

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Atmosfera nostálgica incentiva histórias no Palácio Floriano Peixoto O piano é apenas uma das muitas peças de mobília antiga que decoram o salão do primeiro andar do Museu Palácio Floriano Peixoto. Quadros, cristaleiras e um sofá comprido, já muito restaurado, também resgatam o ambiente de décadas passadas, quando os governadores viviam ali. Somado a essa atmosfera nostálgica, o silêncio que toma

conta do andar contribui para criar um clima que alimenta os relatos assustadores. São os ouvidos de Rafael que recebem essas experiências vividas pelos companheiros de ofício. Tanto os funcionários internos do Museu como os vigias noturnos já dividiram com ele os medos e as incertezas sobre o que se passa entre aquelas pare-

des. Mas alguns, como José Severo de Oliveira, 82 anos, conhecido como “seu Palmeira”, fazem pouco caso das histórias. “É coisa de trancoso, de pescador”, diz ele, achando graça. Seu Palmeira trabalha há anos no Palácio e diz que nunca ouviu nem viu nada. Mas outros, como a governanta Zoraide, tremem só de pensar em falar

do que acontece. Rafael lembra que, certa vez, viu um homem de preto sentado no antigo gabinete, ao lado do salão de despacho. Outro funcionário, que o acompanha no pernoite, alguma vezes, já chegou a adormecer no salão e, ao acordar, encontrar o fantasma de um antigo governador, de bigodes, a observá-lo.

Em meio a tantos sentimentos, ele conta que, quando está sozinho, durante os pernoites no Museu, as histórias ganham mais vida. “Fica tudo muito frio, esquisito”, relata. “Segundas e sextas-feiras são os piores dias. Quase não consigo dormir”, afirma. Para o “seu Palmeira”, responsável pela restauração dos

móveis antigos, os relatos são fruto da imaginação dos colegas. Muito confiante no crédito dado apenas ao que está ao alcance dos velhos olhos, ele diz que é o medo quem cria visões e barulhos estranhos. “Quando escurece tudo aqui fica deserto. Se você sobe (as escadas) com medo, vê até o que não quer”, brinca. (G.L.)

Thallysson Alves / Estagiário

No Teatro Deodoro, lendas antecedem a construção

Hoje gradeadas, janelas do Brêda protagonizaram cenas macabras

Edifício Brêda: acontecimentos reais Mas nem todo prédio antigo é envolto por lendas desenhadas apenas na imaginação dos seus ocupantes. O edifício Brêda, no Centro de Maceió, é um dos integrantes desse roteiro assustador que tem suas histórias contadas a partir de tragédias verdadeiras. Inaugurado na década de 50, na condição de primeiro prédio comercial do Estado, o Brêda chamava atenção de toda a nata da sociedade alagoana. Mas com o tempo, e o número de andares, ele passou a atrair um grupo diferenciado de “freqüentadores”, cuja história de vida, literalmente, acabava no terraço. Com corredores estreitos e ar sombrio, por causa das paredes desnudas e acinzentadas, o Brêda, depois das 18h, é cenário típico para os mais diversos filmes de terror. Pouco tempo depois da inauguração, na época em que as largas janelas enfeitavam andar por andar sem telas ou grades, muitas foram as pessoas que, sem alarde, viram nelas, lá do alto, a solução para os seus problemas. O advogado Armando Lopes, que mantém uma sala no edifício há mais de 20 anos, conta que ninguém

percebia a movimentação do potencial suicida, até que o corpo era encontrado estatelado na calçada. “Em um dos casos, o choque foi tão grande que todo mundo no prédio ouviu o corpo bater no chão”, lembra ele. A repetição constante desses acontecimentos levou ao Brêda a fama de “prédio do suicídio”. Tal qual acontece no CCBI ou no Teatro Deodoro, existem relatos de pessoas que ouvem ruídos e batidas de portas e janelas. Mas a maioria não se intimida com o passado funesto do edifício, e o ocupa, como o advogado Armando, com bastante naturalidade. A expansão imobiliária da capital, que desviou as atenções do Centro para os bairros próximos à praia, tirou do Brêda o posto de mais disputado pelos grandes profissionais. Mas ainda assim, a fama das tragédias registradas pelas janelas resiste até hoje, mesmo depois que grades bem instaladas se encarregaram de manter afastados os aflitos, completando um cenário que vai perdurar ainda muito tempo nas mentes dos apaixonados pelo mistério. (G.L.) Marco Antônio

Depois de anos, edifício ainda é cenário de histórias arrepiantes

Ainda no Centro da cidade, outro prédio antigo também guarda histórias que oscilam entre o mistério e a imaginação . Palco de muitas encenações durante os últimos anos, o Teatro Deodoro tem entre suas paredes lembranças de acontecimentos que alimentam ainda mais o folclore assustador. À noite, o ambiente ermo é um prato cheio para histórias, sobretudo agora com as reformas em fase de finalização. Além do ruído do vento batendo nas plantas, apenas o miar dos gatos que rondam o prédio quebra o silêncio que impera com a saída dos trabalhadores. O diretor, Alexandre Holanda, lembra que as lendas em torno do teatro surgiram bem antes da sua construção. “No projeto original constava a edificação de uma igreja, mas de última hora, os responsáveis resolveram colocar o teatro”, conta ele. “Esse tipo de troca, naquela época, era novidade e até inaceitável. Por isso diziam que o lugar teria uma espécie de maldição”. Divertindo-se com as lembranças, Alexandre diz que nunca viu nem ouviu nada pelo lugar, mas tem na memória os relatos de muitos funcionários que trabalhavam até tarde na época de ouro do teatro. “Com o tempo, isso acaba virando lenda mesmo, fazendo parte da história do Deodoro”, avalia o diretor. Segundo ele, alguns episódios registrados no próprio teatro contribuem com a manutenção dos relatos. É o caso do incêndio que quase destruiu o prédio, em 1954, e de algumas figuras ilustres da Casa que, como contam os funcionários, de tanto apego à ela, permanecem em suas dependências até hoje. “Aqui, os fantasmas têm identidade”, brinca Alexandre Holanda. “Muita gente diz que ouve ruídos de pés caminhando, correntes se arrastando.

Marco Antônio

Projeto original previa uma igreja para local do Teatro Deodoro; motivo suficiente para o mal-assombro

Quando alguém tem coragem de averiguar, percebe que está tudo vazio”, diz. Dentre as figuras apegadas ao local, Alexandre se lembra de duas que estão nas mentes dos funcionários que ficam de guarda no prédio, sobretudo à noite. “Seu Cabral era um homem que gostava muito daqui, ele cuidava de tudo, tinha as chaves”,

conta o diretor. “Quando alguém ouve ou sente uma presença, já diz logo que só pode ser seu Cabral”. Linda Mascarenhas, a diva do teatro alagoano, também integra o grupo de visitantes noturnos. “Uma vez, um dos vigias veio lívido contar que tinha visto uma pessoa caminhando, e achava que era a Linda”, lembra Alexandre.

Mesmo sem nunca ter tido semelhante experiência, o diretor do Deodoro não desmente e nem faz piada de quem conta o que viu. “Acho que todo grande teatro tem casos assim. Faz parte dele”, avalia. “Além do mais, as pessoas chegam para contar o que se passou com tanto medo, passam tanta verdade... quem sabe?”, completa. (G.L)

Vizinhos funestos do CCBI inspiram “causos” Além dos “causos” alimentados por ambientes históricos, há os que surgem em lugares pouco atrativos mas não menos interessantes. No Centro de Ciências Biológicas (CCBI) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), a funesta vizinhança já rendeu muitas histórias contadas e recontadas pelos estudantes. Ao redor da Praça da Faculdade, o prédio divide espaço com o Instituto Médico Legal (IML), cemitérios e casas funerárias. Célio Fernando, professor de anatomia, convive nesse ambiente há 17 anos, e conta que já

ouviu muitos estudantes dividindo experiências envolvendo vozes e aparições pelo prédio. “A gente, que trabalha aqui, acaba se acostumando com os cadáveres e o clima pesado. Mas há estudantes que não conseguem nem chegar perto de um. Os que são espíritas dizem que eles sentem quando são manipulados”, lembra o professor. Na sala de aula, toda sorte de bandejas com membros dissecados e corpos inteiros à espera dos alunos tornam o ambiente ainda mais propício às histórias de mal-assombro. “No IML,

essa percepção é mais forte”, conta Célio. “Alguns funcionários, espíritas, dizem sentir a presença das pessoas que ficam lá”. José Cícero, que trabalha no setor de anatomia, lembra que uma mulher chegou a desmaiar de susto. “Ela vivia brincando com um anel de um corpo que estava aqui, pendido para ficar com ele. Um dia, disse que sentiu passar uma mão por sua cabeça, duas vezes. Ela desmaiou, teve que ser levada daqui pelo segurança. E no dia seguinte, pediu transferência para o campus do Tabuleiro do Martins”, conta

Cícero. Mas ele faz questão de lembrar que a maior parte dos relatos vêm mesmo embalada pela atmosfera mórbida do prédio. Os próprios estudantes brincam entre si, imitando vozes fantasmagóricas. Mesmo assim, o diaa-dia no CCBI é um desafio. “Na maior parte das aulas, preciso gastar tempo contando histórias leves para descontrair o ambiente”, diz o professor Célio Fernando. (G.L.) *Sob a supervisão da editoria de Cidades

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ASSISTÊNCIA SOCIAL

De portas abertas para a população Melhorar a vida das famílias carentes através de estudos, projetos e análises de perfil é a meta do município Valdete Calheiros Repórter

Um mapa da vulnerabilidade em Maceió para direcionar, de forma pontual, as ações da assistência social. Um trabalho minucioso, feito em parceria entre o município e a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) que tem como meta estabelecer uma

situação de gestão plena em assistência social na capital alagoana até o final deste ano. O trabalho desenvolvido pelo Núcleo Temático da Assistência Social (Nutas) da Ufal e os Centros de Referência de Assistência Social (Cras) da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) deve ficar pronto em junho, de acordo com o secretário mu-

Bolsa Família: benefício a 94 mil famílias O alcance do Bolsa Família, em Maceió deve aumentar em breve. Hoje, 79 mil famílias são beneficiadas pelo programa do governo federal, recebendo mensalmente uma média de R$ 100, o que totaliza a injeção de cerca de R$ 2 milhões de recursos federais em assistência social. Mas, para atender a meta Ministério do Desenvolvimento

Social e Combate, até o final deste ano, o número de benefícios deve corresponder a 94 mil famílias, segundo explicou a coordenadora do Programa Bolsa Família em Maceió, Taciana VelosoO aumento irá representar cerca de 10% de toda a população de Maceió”, adiantou a responsável pelo Bolsa Família na capital. (V.C.)

Cras são início da ação social em Maceió Francisco Araújo acredita que os Centros de Referência de Assistência Social (Cras) são a porta de entrada das famílias carentes de Maceió. “É a partir desses Centros que temos como garantir a assistência de alta complexidade e prestar um atendimento incisivo”. A diretoria de Proteção Social Básica da Semas, por meio da coordenação geral dos Cras, realizou uma reunião com as técnicas dos oito centros da capital. Os 50 assistentes sociais e psicólogas que integram os Cras de Maceió participaram

da reunião onde foram planejadas e apresentadas as principais ações a serem realizadas durante este ano. Cada um dos oito Cras de Maceió atende grupos de mulheres, crianças, adolescentes e idosos com atividades específicas voltadas à cada faixa etária. Além disso, são realizados cursos profissionalizantes para a comunidade. Nos Centros, a população também é atendida por meio dos Programas de Atenção Integral a Família (Paif), Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC). (V.C.)

nicipal de Assistência Social, Francisco Araújo. “Assistência Social não é a mesma coisa que assistencialismo. As ações da Semas são desenvolvidas de forma científica e somadas, por exemplo, às ações das áreas de saúde e educação. E o prefeito Cícero Almeida sabe da importância de uma política social de qualidade. Ele conhece isso na

pele, já que é uma pessoa que veio de uma família bastante humilde e está envolvido com as questões sociais. Francisco Araújo disse que a capacidade de atendimento da prefeitura de Maceió, através da Semas, é do tamanho da população da capital. “Basta apenas sermos provocados para assistirmos a rede de famílias e os in-

divíduos em situação de vulnerabilidade”, garantiu. O secretário municipal falou sobre a importância da pesquisa que irá traçar o perfil social de Maceió. Ele disse que os programas sociais existem e funcionam muito bem em Maceió. “A pesquisa de diagnóstico social de forma ampla, nos permitirá enfren-

tar as questões sociais e proporcionar às famílias que vivem em estado de vulnerabilidade social condições de vida digna, de forma particular. Ao concluir a pesquisa e de posse do mapeamento social, teremos condições de tomarmos um rumo diferente frente às questões sociais de Maceió”, adiantou.

Serviço móvel melhora atuação da secretaria Entre as novidades implantadas pela Semas para aprimorar a assistência na capital, está o serviço de manutenção da estrutura física dos programas sociais do órgão. Agora, a Secretaria dispõe de um serviço de assistência técnica volante, com uma equipe que realiza pequenos reparos e consertos, a fim de melhorar as condições de trabalho e atendimento aos usuários da Secretaria com maior agilidade. O carro visita, diariamente, os programas sociais e a equipe de manutenção formada por eletricista, pedreiro, encanador, ajudante de serviços gerais e pintor, resolvem os pequenos problemas na infraestrutura. Os profissionais avaliam os principais consertos a serem feitos e iniciam o trabalho de reparos e manutenção. Para o secretário municipal de Assistência Social, Francisco Araújo, a iniciativa pioneira proporciona inúmeros benefícios para a Semas e, consequentemente, para a população de Maceió.

Thallysson Alves / Estagiário

Secretário Francisco Araújo garante que capacidade de atendimento da Semas é do tamanho da população

“O atendimento móvel agiliza os serviços de reparos, consertos e pintura dos programas, melhorando assim o ambiente de trabalho e o atendimento aos usuários da assistência so-

cial”, explicou o secretário. CALL CENTER – Até o final deste mês, a Semas irá implantar um serviço de Call Center através de um número

gratuito. Através do serviço, a população de Maceió poderá denunciar qualquer ocorrência contra crianças e adolescentes. O serviço irá funcionar 24 horas por dia. (V.C.)

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Fotos: Marco Antônio

Além da beleza, a lagoa Manguaba é fonte de sobrevivência para centenas de pescadores no Pilar

Moradores que vivem no entorno da lagoa sofrem com a poluição e a qualidade da água cheia de lixo

Saneamento mudará cidade do Pilar Prestes a ter obras para projeto de esgotamento sanitário iniciadas, comunidade anseia pelas mudanças Da Editoria de Cidades O que muda em uma cidade depois da implantação de saneamento básico? “Muda tudo”, respondem em uníssono técnicos e especialistas da área. Então, partindo dessa premissa, a

vida dos 32 mil habitantes do município do Pilar, mudará drasticamente daqui a 30 dias. E o que é fundamental: mudará para melhor, pois as pessoas ganharão qualidade de vida através da instalação de uma rede de saneamento básico.

Tudo começará na próxima terça-feira, dia em que a cidade comemora 138 anos de Emancipação Política. O prefeito Oziel Barros aproveitará o glamour da data para oficializar o início de uma nova era: será anunciado que, a partir de agora, os pi-

larenses terão direito a saneamento básico. A ordem de serviço autorizando a obra será assinada neste dia e a previsão é de que os serviços comecem dentro de um mês. O diretor do departamento de Engenharia da Secretaria

Sonho é acalentado desde ano de 2005 “Desde 2005, estamos esperando isso. Quando acontecer será um sonho realizado. Vai mudar tudo. Mas mudar pra melhor, e isso é muito bom. O que a gente vê hoje são crianças doentes devido à poluição. E tem muita criança com verminose e barriga grande. É muita doença provocada por estes esgotos, que correm pelos canais e terminam chegando na nossa lagoa”, contou o presidente da Colônia Z-8, Josué Félix da Silva. O antigo sonho se transformará em realidade graças a uma emenda no Orçamento da União - de 2005 e no valor de R$ 2 milhões - de autoria do então deputado federal João Lyra. O engenheiro Marco Aleluia ressaltou que a expectativa é de que esta primeira etapa esteja concluída em seis meses. “Vamos acabar com as fossas sépticas e instalar um sistema de esgotamento sanitário”, comemora. Para isso, o primeiro passo a ser dado, segundo Marco Aleluia, é a construção de uma Estação de Tratamento, que ficará próxima à orla lagunar. Em seguida, será a vez do lançamento das redes de coleta de esgoto. GANHO NA SAÚDE - O diretor técnico do Instituto do Meio Ambiente (IMA), Gustavo Carvalho, confirmou que a implantação de uma rede de saneamento básico é um grande passo para o desenvolvimento de um município. “Saneamento básico é igual a esgotamento sanitário, abastecimento de água e drenagem urbana. Existe um bordão entre os técnicos da área, de que o serviço público de saúde lucra, pois há uma redução de investimento de R$ 4 a R$ 5, por cidadão, para as localidades saneadas”, contou Carvalho. Com o saneamento básico, há uma considerável redução nas doenças de veiculação hídricas, como cólera, verminose, esquistossomose, hepatite, febre tifóide e muitas outras. “É claro que a qualidade dá água na Lagoa Manguaba melhorará muito. Porém, é preciso que os municípios que cortam o Rio Paraíba e desaguam na lagoa – como Atalaia, Cajueiro, Capela e Paulo Jacinto - também invistam em saneamento”, disse o diretor técnico do IMA. De acordo com ele, o percentual de saneamento de Alagoas é de apenas 17%. O de Maceió fica em torno de 27%, mas a perspectiva é de que, a médio prazo, por conta das obras que estão sendo realizadas em alguns bairros da capital, suba para aproximadamente 40%.

Municipal de Infraestrutura de Pilar, Marco Aleluia, explicou que o investimento total para deixar toda cidade saneada é de R$ 10 milhões. No entanto, os serviços serão divididos em etapas. Nesta primeira, serão contemplados os bairros e as co-

munidades conhecidos como “Pilar Baixa”, que são justamente as localidades situadas próximas a Lagoa Manguaba, habitada basicamente por pescadores e marisqueiras. A estimativa é de que 4 mil pessoas sejam beneficiadas.

Emenda de JL garantiu verba inicial

Gustavo Carvalho: “Passo para desenvolvimento”

Aleluia: verba para início da obra já está garantida

“Todo tipo de lixo desce pelos canais” O presidente da Colônia Z8, Josué Félix da Silva, só acredita que o sonho se tornou realidade quando as obras de saneamento estiverem concluídas e, com isso, os cerca de 10 canais existentes no Pilar, que desaguam na lagoa, desapareçam. “O que a gente vê diariamente é um monte de lixo descendo pelas galerias dos canais

até a lagoa. Olha, tem de tudo: plástico, lata de refrigerante, pneu, animal morto, fezes, até lixo hospitalar. Dia desses, viram resto de parto, caroço, seringa, tudo por trás da galeria”, denunciou Josué. Outro indício de poluição lagunar fica por conta da produção de peixes da região. A “salgadeira” – local onde os pes-

cadores limpam, secam e armazenam o pescado - está aparentemente abandonada. No local, não há pescadores e sim fezes de animais e muita folhagem espalhada por todos os lados. “O peixe anda muito escasso. No verão de 2009, houve aproximadamente 20 mil bagres. Agora, não deu nem meio quilo”, contou Josué.

Uma emenda no Orça- minha intenção é fazer o mento da União, com recur- bem e ver o nosso trabalho sos da Fundação Nacional ser concretizado através de de Saúde (Funasa), em 2005, ações e obras que beneficiam de autoria do ex-deputado a população, especialmente federal João Lyra, está pos- quando sabemos que uma sibilitando a realização de obra como essa vai um sonho para os morabeneficiar e melhodores do Pilar: o rar a qualidade de início das obras de vida do cidadão pisaneamento básico larense, além de da cidade banhada proteger o meio “Minha pelas águas da Laambiente”, comeintenção é goa Manguaba, cuja morou João Lyra. assinatura para iní- fazer o bem e O ex-deputado cio dos trabalhos federal disse ainda ver nosso será feita na próxique pretende conma terça-feira, du- trabalho ser tribuir para a conrante solenidade concretizado” clusão de toda a em comemoração obra de saneamenaos 138 anos de to básico. “Por ora Emancipação Polísão R$ 2 milhões. tica do município. A obra toda custa em Para o ex-detorno de R$ 10 milhões, que putado federal João Lyra, eu pretendo ajudar. É motique estará presente à assi- vo de muita satisfação ver o natura, o momento é de fe- nosso trabalho dando resullicidade e realização. “A tados”, concluiu João Lyra.

Toda parte baixa da cidade será contemplada no projeto de saneamento: melhor qualidade de vida

Atualmente, o local onde os pescadores colocam os peixes para secar está abandonado: sem produto

Canais que cortam a cidade levam lixo para lagoa Manguaba

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Instituto vai acolher meninos e meninas Projeto do vereador Luiz Pedro pretende dar cidadania, esporte e lazer para crianças e adolescentes do Vergel Da editoria de Cidades Nos próximos meses, será inaugurado em Maceió um espaço para crianças e adolescentes, no Vergel do Lago. O Instituto Ozório Pereira da Silva é um projeto social do vereador Luiz Pedro da Silva e vai atender a 1.000 meninos e meninas. Quando estiver em pleno funcionamento, o instituto servirá como referência para crianças e adolescentes que moram nas imediações do Dique-Estrada, onde a ação de traficantes tem acabado com as perspectivas de vida de muitos meninos e meninas. O objetivo principal do projeto é oferecer a estes jovens condições de cidadania e afastálos do assédio das drogas. “Cresci neste bairro [Vergel] e hoje vejo filhos de amigos meus envolvidos com as drogas, desestruturando famílias que eu vi crescer. Isso me deixa muito triste, mas por outro lado, me encorajou a fazer algo mais sistemático em benefício destas crianças. Com este projeto, estou fazendo a minha parte para que esse mal das drogas não atinja outras famílias”, disse o vereador Luiz Pedro Estrategicamente, o instituto fica cravado no meio do problema. Neste momento, o projeto está na fase da terraplenagem do terreno onde será construído o espaço da cidadania. O instituto fica entre a Rua Campo Verde e Travessa Bom Sucesso, numa área que liga as duas artérias. No local, mora-

dores informaram que aquele trecho da rua estava sendo chamada de “fazenda da nóia”, devido à incidência de traficantes e usuários de drogas no local. Hoje, só alguns poucos moradores e operários trabalhando na terraplenagem são vistos no local. “Com esse projeto, vou realizar o sonho de centenas de mães que querem criar seus filhos decentemente”, afirmou o vereador. O objetivo maior do projeto é evitar que meninos e meninas com idades entre 13 e 18 anos sejam recrutados pelos traficantes, quer seja para atuar no tráfico de drogas ou para usá-las. “Sei que desta forma não vou acabar com o tráfico em Maceió. Esse mal está assolando as famílias, mas é preciso que cada pessoa preocupada com o problema faça a sua parte no processo. Eu estou fazendo a minha. Ficarei muito satisfeito quando o instituto estiver funcionando porque, assim, os meninos e meninas matriculados no projeto ficarão longe das drogas e do assédio dos traficantes”, afirmou o vereador. Os moradores estavam assustados com a grande quantidade de traficantes e usuários de drogas que freqüentavam a área. “Só o fato de acabar com essa farra dos traficantes neste terreno já nos deixa bem mais sossegados”, disse o morador José Sebastião dos Santos. Mas o projeto não visa apenas acabar com a “farra” dos traficantes e usuários.

Dona Miriam disse que o projeto é “uma bênção para a comunidade”

Lula Castello Branco

No Vergel do Lago, o terreno está sendo preparado para receber o instituto

Terreno está sendo preparado abrigar instituto Com recursos próprios, o vereador Luiz Pedro comprou o terreno e mandou derrubar algumas pequenas casas para limpar toda a área e preparála para receber as obras do instituto. No local, que mede 35 metros de frente por 100 de fundos, será construído um dos maiores projetos com o objetivo de afastar crianças e adolescentes das drogas e, para os casos de usuários, oferecer-lhe possibilidade de ressocialização. No instituto, vai funcionar um espaço para promover a cidadania para 1.000 crianças e adolescentes, com educação, esporte, cultura e lazer; resgaste e ressocialização de usuários de drogas; implantação do projeto patrulheiros mirins (escoteiros) e haverá ainda cursos profissionalizantes. “Assim, além de afastar esses jovens das drogas, eles serão cidadãos e terão condi-

Vereador Luiz Pedro disse que vai realizar o sonho de centenas de mães

ções de escolher uma profissão, através dos cursos oferecidos no instituto”, explicou o vereador Luiz Pedro. Na área física, o projeto prevê a construção de um ginásio de esportes coberto, salas para aulas de reforço escolar; piscina para a prática

natação esportiva e para lazer; consultório médico e odontológico e uma área de lazer para a comunidade nos fins de semana. “Este projeto também passa pela necessidade da participação da comunidade. Por isso, os moradores da região serão convidados a

participar desta iniciativa”, disse Luiz Pedro. Para ter acesso ao instituto, basta morar no bairro e estar devidamente matriculado na rede de ensino. “Os meninos e meninas cadastrados neste projeto precisam estar na escola. Esta é a senha para ter acesso às dependências e a todas as ações desenvolvidas no instituto”, explicou Luiz Pedro. A moradora Miriam da Silva Santos, de 77 anos, está satisfeita com o empreendimento social. “Nas conversa que tive com o Luizinho [vereador Luiz Pedro] disse a ele que não se preocupasse comigo. Minha casa vai ser derrubada para dar lugar a este projeto. O importante nisso tudo é que nossas crianças tenham um lugar seguro onde possam estudar e desenvolver ações de cidadania bem longe das drogas”, disse a moradora.

Próximo conjunto está com projeto adiantado “Luiz Pedro I” deu certo na Chã de Jaqueira e originou outro cinco conjuntos

Um construtor de casas populares Em Maceió, o vereador Luiz Pedro é reconhecido pela grande quantidade de casas que construiu para as pessoas carentes. Em seis conjuntos residenciais, foram construídas 5.010 unidades. Segundo cálculos dele, pelo menos 59 mil pessoas moram nos conjuntos. Sempre em regime de mutirão, as unidades foram construídas e entregues aos moradores. “Enquanto alguns políticos juntam dinheiro para comprar votos, eu junto dinheiro para comprar terrenos e construir casas para as pessoas que precisam de um lugar digno, limpo e seguro para mora”, disse o vereador. Ao todo, são seis conjuntos residenciais construídos em regime de mutirão. Ou seja, os próprios moradores participaram da construção de suas casas. Cada família cadastradas participou de dois dias de trabalho durante as obras. A participação foi de acordo com o que cada um sabia fazer. “Quem disse que não tinha nenhuma intimidade com a construção civil, trabalhou carregando tijolos e ajudando pedreiros, carpinteiros e pintores”, comentou o vereador. “A pessoa deve ter o entendimen-

to de que deve dar valor ao que está recebendo e isso é possível graças à participação de cada uma delas na construção dos conjuntos”, explicou o vereador Luiz Pedro. O projeto começou em 1994, quando foi construído o Conjunto Luiz Pedro I, na Chã de Jaqueira. Àquela época, o vereador estava dando início a um projeto que cresceria e se tornaria na maior iniciativa para se reduzir o déficit habitacional em Alagoas. “No programa ´Minha Casa, Minha Vida´, as pessoas pagam pelas casas. No nosso projeto, as pessoas trabalham na construção de suas casas, mas não pagam um centavo”, disse o vereador. No Conjunto Luiz Pedro I, também foram construídos uma igreja a sede do Instituto Luiz Pedro, onde há um campo de futebol e uma quadra poliesportiva para a comunidade. “Enquanto o menino está correndo atrás de uma bola, numa pelada, racha ou numa competição organizada, ele não terá tempo para pensar em drogas. Essa é a nossa principal satisfação”, afirmou. No Instituto, são atendidas todos os dias 300 pessoas.

O próximo empreendimento social do vereador Luiz Pedro na área de habitação é o Conjunto Residencial Luiz Pedro VII. O terreno já foi comprado e fica nas proximidades do Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares. Segundo o vereador, o conjunto terá 1.200 casas, com área construída medindo 5x10m e

terreno de 6x15m. No residencial, também terá um centro de treinamento com um campo de futebol nas medidas oficiais. O vereador também vai construir neste residencial uma igreja católica e outra evangélica. O conjunto terá ainda uma maternidade e cinco praças. “A cada conjunto que construo junto com o povo, vamos trazendo

novidades”, afirmou o vereador. O próximo passo do projeto do vereador Luiz Pedro é interiorizar suas ações. Ou seja, o vereador pretende construir conjuntos habitacionais nos municípios alagoanos. O primeiro a receber um residencial será Paulo Jacinto, terra natal do vereador. “Tenho uma gran-

de estima pelo povo de Paulo Jacinto, cidade onde nasci. Da mesma forma que tenho pelos meus vizinhos do Vergel do Lago, onde moro desde que saí de minha terra natal. E em geral, pelo povo de Maceió, principalmente aquelas pessoas que precisam de um lugar digno para morar”, afirmou o vereador Luiz Pedro.

Conjuntos residenciais construídos pelo vereador Luiz Pedro da Silva em Maceió - CONJUNTO LUIZ PEDRO I - Fica na Chã de Jaqueira - Tem 1.200 casas - Tem um colégio para 1.500 alunos - Posto médico - Dois poços artesianos - Associação de moradores - Três ônibus a serviço da comunidade - Instituto - Ginásio coberto e campo de futebol gramado e iluminado CONJUNTO LUIZ PEDRO II - Fica no bairro do Clima Bom - Tem 720 casas - Tem um colégio para 1.500 alunos - Posto médico - Associação de moradores - Mercado público (em projeto) - Poço artesiano

CONJUNTO LUIZ PEDRO III - Fica no Benedito Bentes - Tem 2.000 casas - Tem um colégio para 1.500 alunos - Posto médico (em projeto) - Associação de moradores - Quadra poliesportiva - Dois campos de futebol - Centro comercial - Fábrica de blocos - Balneário com área para shows - Igrejas - Poços artesianos CONJUNTO LUIZ PEDRO IV - Fica no Gama Lins - Tem 240 casas - Tem um colégio para 1.500 alunos - Centro social (em projeto) - Associação de moradores

CONJUNTO LUIZ PEDRO V -Fica na Chã de Jaqueira - Tem 250 casas - Quadra de esportes - Praças - Poço artesiano - Pavimentação e infraestrutura - segurança CONJUNTO LUIZ PEDRO VI - Fica no Sítio São Jorge - Tem 600 casas - Associação comunitária - Tem um colégio para 1.500 alunos - Posto médico (em projeto) - Área de lazer (em projeto) - Pavimentação e infraestrutura

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O perigo por trás da beleza Criar animais silvestres faz parte da cultura brasileira, mas muita gente desconhece os riscos de tirá-los do habitat Láyra Santa Rosa Repórter

A beleza intensa, as cores fortes das penas, o canto que chama atenção e a sensação de proximidade com a natureza. Estes são alguns dos motivos que fazem com que

inúmeras pessoas se interessem por criar pássaros. Só que, por trás de todo esse encantamento, se esconde um problema grave: as zoonoses, doenças altamente contagiosas que podem atingir o homem e, em casos mais extremos, levar até a morte.

Apesar de ser crime ambiental, é comum e já faz parte da cultura do brasileiro criar pássaros silvestres. Segundo dados do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), - uma espécie de hospital de bichos - do Instituto Brasileiro do Meio

Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), apenas em 2009 foram encaminhados para tratamento 4.880 animais, sendo que 70% desses, são pássaros das mais variadas espécies apreendidas em Feiras Livres, resgates ou entrega voluntária.

Um dado ainda mais preocupante é que a maioria desses bichos chegam com características de maus tratos e precisando de tratamento. “Quase todas as aves chegam com as asas quebradas, fome, sede e alto grau de estresse que faz com que

a imunidade do bicho baixe e apareçam algumas doenças. Eles chegam aqui e têm que ser vermifugados e desparasitados. É a nossa tentativa de evitar que fiquem doentes”, contou o médico veterinário do Cetas, Marius Belluci. Fotos: Lula Castello Branco

Muitos pássaros não podem voltar à natureza por estarem domesticados

Doenças podem ser fatais para o homem Com a imunidade baixa, os bichos acabam desenvolvendo doenças que jamais os atingiriam se tivessem ficado nas matas. Muito menos atingindo o homem. “A natureza dos pássaros é frágil e com essa mudança de ambiente e a forma de cuidados inadequadas no cativeiro eles acabam com resistência baixa. Não é comum todas as aves terem zoonoses, mas as doenças que podem ser desenvolvidas pode fazer o homem chegar a morte”, alertou Marius Belucci. “O problema é que essas doenças transmitidas pelas aves não são de conhecimento de todos e geralmente têm sintomas similares a outras doenças mais comuns. Quando são descobertas, às vezes, já não têm mais cura, como é o caso da psitacose que é uma doença infecciosa, resistente ao antibiótico convencional e parece com uma gripe ou pneumonia”. Para o chefe do Setor de Fauna do Ibama e do Cetas, Mário Daniel Moraes, falta conhecimento nas pessoas sobre

as zoonoses. “As pessoas não tem idéia do que podem levar para suas casas. É preciso que o homem aprenda que bicho tem que ser tratado como bicho, que os animais silvestres têm que ficar na mata. Só que a nossa cultura é diferente”, afirmou. A maioria desses animais levados para o Cetas são triados e podem ser liberados para soltura. No ano passado, 76% dos bichos apreendidos foram soltos, 18% morreram, 5% ficaram no Cetas e 6% foram encaminhado para a doação. “Esses animais que ficaram não tinha condição de serem introduzidos em seu habitat ou por estarem totalmente domesticados ou por terem lesões graves”, contou Mário Daniel. “O nosso trabalho é para que esses bichos possam ser introduzidos em seus habitats, mas temos casos graves inclusive de amputações que se soltarmos eles podem acabar mortos. O que fazemos é tentar a reprodução em cativeiro para que os filhotes possam ganhar a liberdade”. (L.S.R.)

Marius Belucci diz que natureza e imunidade dos pássaros são frágeis

Apreensões acontecem em feiras livres As feiras livres de Maceió são hoje os principais pontos de tráfico de animais silvestres. Cerca de 90% das apreensões realizadas pelo Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) ocorreram nos bairros da Levada, do Graciliano Ramos, do Jacintinho, além dos de Ponta Grossa, Pajuçara, Bebedouro e Benedito Bentes. “Trabalhamos com isso quase todos os dias. Basta passar pelas feiras livres que encontramos animais silvestres sendo vendidos. Esse ano, em apenas um dia, apreendemos cerca de 583 aves na Chã da Jaqueira, que vieram de Caruaru (PE) para serem negociadas em Alagoas”, contou o comandante do Batalhão de Polícia Ambiental, tenente-coronel Maxwell Santos. Segundo o militar, na maioria das ações, os vendedores ou traficantes de animais fogem assim que avistam a polícia. “Eles sabem que é crime e quando sabem que a polícia ta che-

gando, acabam fugindo, deixando gaiolas e animais para trás. Quando são presos pela primeira vez, pagam multa que varia de R$ 500 a R$ 5 mil reais, valor instituído pelo Ibama e são liberados. Se forem reincidentes é que ficam presos”, disse. Para o comandante do BPA é preciso que a cultura das pessoas mude para esse comércio ilegal acabar. “As pessoas têm a tradição de criar animais silvestres. Muitas ainda resistem ao fato de ser crime e continuam criando”, falou Maxwell Santos. O professor Isaac Albuquerque vai ainda mais longe e afirma que o tráfico de animais silvestres existe porque há compradores. “Infelizmente, essa tradição se mantém. Mas ela só existe porque há quem compre. Cada animal tem seu papel no equilíbrio do meio ambiente”, alega. “As aves atuam como agentes de polinização, ajudando a espalhar sementes de plantas”. (L.S.R.)

Outros têm a saúde debilitada e ficam sob cuidados veterinários

Animais silvestres apreendidos chegam ao Ibama em situação de risco

Pesquisa faz alerta para contágio de zoonoses

Mário Daniel: animais chegam com sinais de maus-tratos ao Ibama

As inúmeras doenças que podem ser transmitidas pelas aves silvestres viraram tema de um estudo feito pelo professor Isaac Albuquerque e pela aluna Luciana Medeiros, do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário Cesmac. A pesquisa, que foi divulgada recentemente, alerta para o risco do contágio das zoonoses que podem ser transmitidas aos seres humanos quando inseridas de forma irregular no ambiente doméstico. Durante alguns meses, professor e aluna fizeram um levantamento sobre o estado clínico das aves que foram apreendias no comércio ilegal. “A idéia do estudo foi analisar a situação das aves, tentar detectar quais doenças elas tra-

Aves vivem em situação de risco Na realização dos exames clínicos para a pesquisa, foi descoberto que 87% das aves que deram entrada no Ibama apresentaram comportamento estressado por causa das condições de transporte e falta de alimentação adequada, enquanto 5% delas estavam apáticas. Considerando o estado nutricional das aves, 6% estavam caquéticas, 38% magras, e 25% registraram pouca perda de peso. Cerca de 40% estavam desidratadas. Ainda no levantamento, Isaac Albuquerque: “Comércio ilegal existe porque há quem compre” 17% das aves apresentaram penas danificadas e 12% delas vezes o dono não associa a das, também conhecida como tiveram suas penas mutila- contaminação depois do con- Lista Vermelha da IUCN. “A situação é bem delicadas ou arrancadas – o que im- tato com o animal”. O professor do Cesmac da desses bichos. Durante a pediu o retorno imediato à natureza, já que os animais alerta ainda, para a questão pesquisa encontramos as aves perderam sua capacidade na- das limpezas de gaiolas que conhecidas como Bicudo, tural de voar. Foi verificado a maioria das pessoas acre- Pintassilgo-do-nordeste e ferimento nos bicos de 37% dita que estão sendo bem fei- Pintor-verdadeiro. São espédelas. Cerca de 5% dos ani- tas. “A limpeza nunca será to- cies que não encontramos mais apreendidos chegaram talmente perfeita.Noventa e mais em liberdade nas matas mortos no Cetas, enquanto nove por cento das pessoas e que estão sendo comercia8% deles morreram durante limpam as bandejas apenas lizadas ilegalmente nas feio processo de reabilitação. duas vezes por semana, tro- ras livres de Maceió”, afirMas, a maioria 81%, depois cam o jornal, a água, mas e os mou Issac Albuquerque. Para o médico veterinário, de receber tratamento ade- resíduos que ficam acumulaquado foi reintroduzida na dos nas gaiolas. Isso acaba falta consiência ambiental nas proliferando outras doenças pessoas que criam animais natureza. “As pessoas desconhecem e ninguém está livre de uma em cativeiro irregular. “Essas aves além de colocar em risco o risco que estão correndo contaminação”, explicou. Entre os animais preferi- a saúde do homem, ainda vão mantendo uma ave silvestre em casa. Esses animais, na dos pelos criadores ilegais acabar sumido da natureza. O maioria das vezes, escondem estão os papagaios, galo de homem faz um mal duplasintomas de doenças que pas- campina, sanhaço, saíra sete mente capturando esses anisam despercebidos pelo cores, papativa, sábia laranjei- mais. Falta consciência amhomem e quando o ser hu- ro, papacapim, bicudo, pin- biental nas pessoas”, disse. mano se dá conta, já está con- tor-verdadeiro, pintassilgo- “O melhor a se fazer no caso taminado”, falou Isaac do-nordeste e azulão. Dessas de quem gosta de aves silvesAlbuquerque. “As doenças espécies, pelo menos três, tres é plantar árvores frutífesão as mais diversificadas. As fazem parte da Lista Ver- ras em casa. Sem dúvida, mais comuns são as doenças melha da União Internacional esses animais vão chegar narespiratórias ou dermatoló- para a Conservação da Natu- turalmente e, livres dificilgicas, sem falar das infecções. reza e dos Recursos Naturais mente vão contrair doenças”. O problema é que muitas (IUCN) das espécies ameaça- (L.S.R.)

ziam e, após isso, divulgar para as pessoas terem conhecimento do risco que correm. Talvez assim, o interesse por esses animais diminuam”, disse o professor Isaac Albuquerque. De acordo com o médico veterinário, as situações adversas desde a captura, transporte e manejo desses animais são as principais causas para o desenvolvimento das zoonoses. Foi durante a pesquisa que eles descobriram que a maioria das aves silvestres chega ao Cetas com algum tipo de sintomas inespecíficos e com patologias de fácil transmissão para o ser humano. Esse contágio que pode ser feito por ingestão, inalação, e até mesmo transmitidos por mosquitos. (L.S.R.)

Tráfico de animais existe em todo o País De acordo com Isaac Albuquerque, existem vários tipos de traficantes em atuação no Brasil, entre os mais perigosos estão aqueles que são responsáveis pela captura dos bichos na natureza, passam para os atravessadores, que atuam como ponte entre os caçadores e o mercado. “Esses formam uma verdadeira rede de comércio ilegal que vende os animais brasileiros não penas no mercado interno como no externo, sobretudo em países da América do Norte e da Europa. Mas, há também os leigos que pegam os animais em seus habitats naturais e revende em feiras livres”, explica. O médico veterinário afirma ainda, que o país perde economicamente com o tráfico e com a destruição de seus recursos naturais. “Há uma estimativa de que o tráfico de animais silvestres movimente anualmente no mundo até US$ 20 bilhões. E a rica biodiversidade brasileira faz do país um dos principais focos dessa prática ilegal que precisa ser cada vez mais combatida pelos órgãos responsáveis”, completa.

Manejo errado: perigo às espécies

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Fotos: Carolina Sanches

No município de Mata Grande, prédio onde funciona a delegacia não tem identificação na fachada

Parte dos fundos da delegacia, parede possui vazamento de água e espaço acumula entulho e lixo

Delegacias têm estrutura precária Contingente reduzido e falta de infra-estrutura são problemas encontrados na região do Alto Sertão de AL Carolina Sanches Repórter

SUCURSAL – Falta de estrutura e de equipamentos de trabalho, superlotação e número de agentes reduzidos. Esses são apenas alguns dos problemas visivelmente presentes nas delegacias de Polícia Civil do Alto Sertão de Alagoas. Nos fins de semana, o número de delegacias é reduzido. Como o atendimento é feito apenas nos distritos policiais de plantão, quem precisa registrar uma ocorrência enfrenta dificuldade e encontra algumas delegacias sem condições de funcionar. A reportagem de O JORNAL esteve nos municípios de Canapi, Mata Grande, Inhapi,

Poço das Trincheiras e Maravilha, localizados no Alto Sertão do Estado, e flagrou situações como a de delegacias que precisam ser fechadas nos finais de semana ou quando é necessário que os agentes realizem diligências. Algumas delas não têm nem identificação na fachada e viaturas não saem do lugar por problemas mecânicos. Segundo informações apuradas pela equipe de reportagem, a falta de policiais suficientes é o maior problema para a segurança. Na maioria delas os policiais se revezam e número de dois a três por plantão. Quando o prédio abriga preso, eles fazem o trabalho de investigação e tomam conta dos detentos. APolícia Militar reforça a se-

gurança, mas o contingente também é pequeno e os postos policiais não possuem infra-estrutura adequada. Em Mata Grande, com aproximadamente 25 mil habitantes, cinco policiais se revezam para o trabalho. Diariamente fica um policial e um escrivão. O município fica a 50 quilômetros de Delmiro Gouveia, onde fica instalada a Delegacia Regional, responsável pelo plantão do final de semana. Afachada do prédio não tem identificação e dentro as instalações são precárias. Por causa disso, a delegacia deixou de receber presos. São paredes com infiltração, celas enferrujadas e, no quintal, um vazamento deixa água vazando todos os dias.

Entulhos e falta de pintura também são encontrados no prédio. O chefe de serviço da delegacia, Jaeldson de Souza, explicou que a equipe de Mata Grande também atende o município de Canapi. O delegado titular, Genilson Souza, assumiu há duas semanas. Ele respondia por Canapi e agora também acumula o distrito de Mata Grande. A proximidade da divisa com Pernambuco faz com que o município fique mais vulnerável com relação à segurança pública. No dia 2, o motorista de transporte escolar Manoel Kenedy Peixoto Barbosa, foi assassinado a tiros, por volta de 9h, no centro da cidade. Sem

viaturas, os agentes tiveram dificuldades para perseguir os bandidos. Os policiais usaram uma moto e um carro emprestado para tentar localizar os criminosos que fugiram em direção à cidade de Inajá, em Pernambuco, mas não obtiveram êxito. O caso revoltou moradores, que cobraram mais estrutura no policiamento do município. EMPENHO – O delegado titular de Mata Grande, Genilson Souza, assumiu a delegacia no dia do crime. Ele explicou que a viatura da delegacia estava passando por uma manutenção, em Maceió, e já retornou a delegacia. “A viatura estava pronta aguardando que man-

dassem buscar. Trabalho também em Inhapi e não tenho problemas no que diz respeito a viaturas”, afirmou. Souza explicou que, apesar da carência com relação à infraestrutura, desde que assumiu a delegacia de Canapi junto com a equipe tem conseguido encaminhar todos os inquéritos á Justiça e realizar o trabalho de forma que a população não fique prejudicada. “Nas duas delegacias a equipe é composta por dois agentes, um escrivão e o delegado. Mesmo com o número reduzido, em 2009 foram encaminhados 40 inquéritos à Justiça e um número maior de Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCOs)”, conta.

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Em Canapi, apesas das deficiências, delegacia encaminhou todos os inquéritos e TCOs à Justiça

Na delegacia de Mata Grande, celas estão sem condições de abrigar preso e sistema hidráulico é deficiente

Moradores cobram mais efetivo policial para a segurança nos municípios Moradores dos municípios visitados pela reportagem não esconderam o temor com o avanço da criminalidade e a falta de estrutura da polícia na região. O borracheiro Jorge Edson mora em Mata Grande. Ele conta que nos finais de semana a cidade fica mais desprotegida. “Vivemos aqui com uma constante sensação de insegurança. Outro dia um homem foi ferido em uma festa e o policiamento demorou a aparecer”, afirmou. No município de Maravilha, a delegacia e o posto da foram encontrados fechados. Os militares que faziam rondas no município contaram que fazem parte do efetivo de Ouro Branco e que atuam também em Maravilha. Eles contaram que a delegacia do local não funciona e as ocorrências são registradas em Ouro Branco. O plantão da delegacia de Ouro Branco funciona em Santana do Ipanema, distante cerca de 35 quilômetros, e no final de semana um agente fica no prédio que tem dois presos. Janio Veríssimo é de Maravilha e diz que quando alguém precisa fazer um Boletim de Ocorrência tem que procurar o município vizinho. “Acabamos nos acostumando a situação. Quando a pessoa precisa prestar uma queixa é um transtorno porque tem que se deslocar para

outra cidade”, disse. O presidente da Associação dos Delegados da Polícia Civil de Alagoas (Adepol), Antônio Carlos Lessa, disse que a entidade constatou as péssimas condições de trabalho nas delegacias do interior. Segundo ele, a situação de delegacias superlotadas e sem as mínimas condições de higiene não é só restrita a região do Alto Sertão, mas todo Estado. Lessa ressaltou que muitas delegacias no interior foram construídas há muito tempo e nunca passaram por reparos. Outras são instaladas em prédios alugados que não tem estrutura adequada para os trabalhos da polícia. CONCURSO – Para o presidente da Adepol, a falta de efetivo é um dos principais problemas existentes nas delegacias. Ele conta que a Adepol tem reivindicado a realização de concurso público há algum tempo, mas nunca recebeu resposta positiva do Governo do Estado. “Somente com o concurso público o problema da falta de efetivo será resolvido. O que vemos em algumas cidades são delegados que acumulam mais de um distrito e policiais que deixam de fazer o trabalho investigativo para tomar conta de presos”, expôs.

Projeto tenta abolir o uso do capacete Em muitos crimes que foram registrados no município de Mata Grande, os bandidos estavam em motos com capacetes cobrindo o rosto. Por causa desses índices, vereadores apresentaram um projeto para impedir o uso de capacetes no perímetro urbano do município. O assunto foi discutido no plenário da Câmara, semana passada. Segundo os vereadores, a proposta era que o motoqueiro ficasse sem utilizar o capacete na zona urbana e não poderia ultrapassar 20km/h. Os vereadores se reuniram na tarde da última quinta-feira (11), com o juiz de Mata Grande, Yulli Maia, o promotor Cláudio Teles, os delegados Genilson Souza e Walter Cunha; o prefeito do município, Jacob Brandão, e representantes da PM, para pedir uma portaria proibindo o equipamento obrigatório, que é determinação do Código de Transito Brasileiro (CTB). Ficou definido que o capacete permanece obrigatório no município. Para o delegado Genilson Souza, a medida não é a solução para que os crimes

deixem de ser cometidos. O juiz afirmou que, em um primeiro momento, não será necessário proibir o uso do capacete no município e sim buscar melhorar o efetivo policial. Ele citou como exemplo a criação de uma guarda municipal para reforçar o efetivo. Na ocasião, o prefeito do município informou que estuda a possibilidade de implantar um sistema de monitoramento de câmeras espalhadas na cidade e a reativação da guarda municipal. INHAPI – No município de Inhapi, uma lei municipal que veta o uso do capacete foi aprovada pelos vereadores em sessão na Câmara Municipal. O vereador Valter Elias da Silva foi quem indicou a proposta que torna não obrigatório o uso do capacete por motociclistas na cidade. Ele disse que há muito tempo tem observado o aumento de criminalidade envolvendo motoqueiros utilizando capacetes. A medida foi aprovada por unanimidade, mas só entrará em vigor se for sancionada pelo prefeito.

Postos da Polícia Militar também são deficientes. Na cidade de Maravilha, prédio onde também funciona a delegacia está fechado

Polícia Civil reconhece as dificuldades O delegado Maurício Henrique, diretor de Polícia Judiciária da Área-2 (DPJA-2), que também corresponde à região do Alto Sertão, reconhece que existem problemas estruturais e de falta de agentes para a região, mas diz que a Polícia Civil tem feito melhorias para amenizar o problema. “A Secretaria de Segurança Pública vem recom-

pondo os efetivos policiais e as viaturas que estão quebradas são levadas para a manutenção. O problema é que existe uma carência de policiais em todo Estado e, como a região do Alto Sertão é de difícil acesso, a situação é pior”, expôs o delegado Com relação a delegacia do município de Maravilha, que esta sem funcionar, o delegado

disse que esta ciente da situação e que o problema é a falta de efetivo. “O problema da carência de policiais acontece em todo Estado. Alguns delegados acumulam duas ou mais delegacias”, explicou. Maurício Henrique Duarte disse que a proximidade com a divisa de outros Estados também faz com que a região seja

mais vulnerável. “A carência existe, mas já foram feitas muitas melhorias na região. O trabalho nas delegacias é acompanhado pela secretaria que busca diminuir as carências. O que vemos hoje já mostra que a situação esta melhor. A perspectiva é que sejam enviadas novas viaturas para a região”, relata o delegado.

GARANTIA SAFRA

Alagoas atinge a meta de inscritos no Programa Federal Os cerca de 13 mil agricultores alagoanos que foram aprovados na homologação do Conselho de Agricultura de 38 municípios do Estado, têm até o próximo dia 31 de março para pagar a taxa de adesão ao Programa Garantia Safra de 2010, do Ministério do Desenvolvimento Agrário. O pequeno produtor que não pagar o boleto bancário emitido pela Caixa Econômica Federal, no valor de R$ 6, terá a inscrição considerada anulada pelo governo federal. A intenção do programa é que, após a efetivação do pagamento, o agricultor passe a ter uma segurança maior na sua atividade agrícola durante quatro meses. Isso porque eles serão beneficiados com uma bolsa de R$ 600, caso tenham perdas em sua

plantação. do mês de outubro de 2010. De acordo com José An- José Antonio adverte que o tônio dos Santos, coordena- governo federal só considedor estadual do Garantia ra safra perdida se for ocasioSafra, este não é um progra- nada por excesso de chuva ma que acomoda a real siou seca. tuação do agricultor, mas “O programa é que estimula para bem claro quando diz que o produtor trabaque o agricultor tem lhe ainda mais para Agricultores que trabalhar, pois se ter uma boa renda no que foram ele não plantar, não final do mês. Ainda o que colher. Com aprovados terá segundo o coordenaisso, não terá renda dor, não basta chegar têm até o para sobreviver duna Secretaria Muni- dia 31 para rante os meses de boa cipal de Agricultura Esse dinheipagar a taxa colheita. e dizer que a safra ro serve apenas para fracassou porque de adesão tranquilizar o agriculexiste uma fiscalizator e garantir a ele ção para verificar se uma segurança”, ressaltou. realmente isso aconEm Alagoas, apenas 38 teceu. municípios aderiram ao Para prever situações de Garantia Safra, entre eles prejuízos na safra, o agricul- estão: São José da Tapera, tor recebe a bolsa em quatro como 1.803 inscritos; Água parcelas de R$ 150, a contar Branca, com 887 seleciona-

dos, Piranhas, Santana do Ipanema, Pão de Açucar, Olho D’água das Flores e Inhapi. Segundo o coordenador do programa, a quantidade de agricultores por cidade é porporcional à população local. Conforme determinado na Lei Federal 10.420, só podem participar os agricultores pertencentes aos municípios do Agreste e do Semiárido que aderiram ao programa, que possuem renda de até um salário mínimo e meio, cultive em áreas não irrigadas e em até dez hectares. Além destes critérios, considerados de maior relevância para o Ministério, só são beneficiados os agricultores que plantam produtos da cultura de subsistência, ou seja, feijão, algodão, milho e arroz.

Delegado acredita que proibir uso de capacete não resolve problema

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Crimes ambientais são investigados Novas denúncias referentes a áreas do Litoral Norte estão sendo feitas aos órgãos competentes Fotos: Eduardo Almeida

Eduardo Almeida Repórter

MARAGOGI – A Operação Costa dos Corais, responsável pela maior apreensão de madeira ilegal do ano, sequer havia terminado quando o Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), o Instituto do Meio Ambiente (IMA) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) receberam novas denúncias sobre a prática de crimes ambientais no Litoral Norte do Estado. Extração de madeira nativa da Mata Atlântica, pesca predatória na Lagoa Manguaba, com a utilização de explosivos, e criação de aves silvestres são apontadas como os principais delitos cometidos na região e, agora, estão na mira dos órgãos de fiscalização. Embora não possa revelar o número exato de estabelecimentos comerciais que estão sendo investigados, o tenentecoronel Maxwell Santos, do BPA, garante que não são poucas as denúncias que chegam ao conhecimento do Batalhão. “Chegam novas informações todos os dias, esses crimes estão enraizados na cultura da população”, afirma, ao comentar que membros do serviço de inteligência da Polícia Militar realizam levantamentos nos municípios de Maragogi, Japaratinga, Matriz de Camaragibe e Porto Calvo – onde foram apreendidas cerca de 300 toras de madeira ilegal e quatro serrarias foram fechadas há pouco mais de uma semana. “Infelizmente, o Batalhão de Polícia Ambiental ainda conta com um número reduzido de policiais para combater esses delitos. No entanto, em parceria com o IMA e o Ibama, estamos intensificando as fiscalizações e, junto com o Ministério Público Estadual, apurando as denúncias. Quem for pego praticando algum crime ambiental deve ser punido exemplarmente. As madeireiras que compram e co-

Operação Costa dos Corais foi responsável pela maior apreensão deste ano

mercializam produtos ilegais, por exemplo, estão sendo interditadas e o proprietário, além de pagar multa aplicada pelo Ibama, ainda responde judicialmente pelo crime que está cometendo, podendo pegar até dois anos de detenção”, observa Maxwell Santos. Segundo o tenente-coronel, os resquícios de Mata Atlântica no litoral se tornaram alvo fáceis dos madeireiros, que retiram a madeira nativa sem que os donos das fazendas percebam. “Nem sempre os proprietários das terras têm conheci-

mento da retirada de madeira. Muitas vezes, também são pegos de surpresa. No entanto, temos como objetivo combater qualquer retirada ilegal. A origem dos produtos também está sendo investigada. Em assentamentos, é comum que sejam retiradas algumas toras de madeira para o consumo dos assentados, mas estamos investigando se está havendo a comercialização das toras”, explica. Apesar de admitir que o número de notificações de casos de crimes ambientais são crescentes em Alagoas, o presiden-

te do Instituto do Meio Ambiente, Adriano Jorge, garante que a prática tem diminuído no estado. Para ele, o elevado índice de notificações se deve aos trabalhos de fiscalização que o IMA, o BPA e o Ibama vêm desenvolvendo. “A população está mais consciente. O alto número se deve à atuação integrada dos órgão de combate, que têm sido implacáveis na fiscalização e identificado novos crimes”, afirma. Ainda de acordo com o presidente do IMA, a região Norte não é o local de maior

incidência de crimes ambientais no Estado. Adriano Jorge explica que a retirada de madeira da Caatinga, no Sertão, tem se tornado um problema frequente no interior. “A Caatinga está sendo devastada com a retirada da vegetação para comercialização. A madeira que antes era retirada pelo sertanejo para o próprio consumo, hoje virou um produto comercial. Lá, os números são bem superiores aos do Litoral Norte. No entanto, os casos do litoral ganham maior visibilidade”.

Para Adriano Jorge, o processo de globalização atropelou, não apenas em Alagoas, as políticas ambientais. “Somos obrigados a competir com as grandes potências mundiais, como os países de primeiro mundo, o que faz parte da população transgredir normas de conservação ambiental sem nenhuma culpa. Só através da conscientização é que conseguiremos preservar a natureza e evitar problemas como o aquecimento global e a extinção de espécies nativas”.

Tenente-coronel Maxwell reforça a necessidade da Educação Ambiental

Educação é apontada como alternativa Para combater crimes ambientais, o Batalhão de Polícia Ambiental, o Instituto do Meio Ambiente (IMA) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) estão apostando na educação ambiental. Técnicos dos órgãos estão percorrendo as comunidades dos municípios que apresentam maior índice de devastação, realizando um trabalho educativo com estudantes e com líderes comunitários. Aideia, segundo os idealizadores do projeto, é criar agentes multiplicadores, que repassem os conhecimentos sobre preservação. “Estão sendo transmitidos conhecimentos sobre ecologia e preservação ambiental nas escolas das cidades onde são deflagradas operações. Aconteceu em Porto Calvo e em Campestre há pouco mais de uma semana atrás. Queremos passar conhecimentos que muitas vezes não são passados pelo ensino regular. Também pretendemos atingir os pais dos alunos, principalmente os que praticam crimes ambientais. É necessário conscientizar a população para então cobrar respeito dela”, ressalta o tenentecoronel Maxwell Santos, do BPA.

De acordo com ele, o Batalhão, o IMA e o Ibama estão idealizando um projeto que formaria “agentes ambientais”. Caberiam a esses agentes os trabalhos educativos de preservação em todo o Estado. “Algumas pessoas agridem a natureza sem saber o que estão fazendo. Uma parcela da população se acostumou a transgredir a lei. Temos de suprir a carência de mais de trinta anos sem a noção de preservação. Com os agentes ambientais, que ainda não passa de um projeto, pretendemos modificar esta realidade”. Para o presidente do Instituto do Meio Ambiente, Adriano Jorge, é imprescindível a parceria entre BPA, IMA e Ibama no trabalho educativo. “Sem parcerias não há possibilidades de melhorias. Cada órgão desempenha uma função específica, que somadas trazem benefícios para a sociedade. Juntos, podemos desenvolver um trabalho forte, que reflete uma política de combate a crimes. Isso é fruto de um trabalho planejado, bem elaborado, o que leva tempo para ser construído”, ressalta o presidente.

Quantidade de madeira apreendida na região do Litoral Norte fez com que MPE intensificasse as ações de combate aos crimes

MPE promete fechar o cerco contra madeireiros Surpreso com a quantidade de madeira apreendida durante a Operação Costa dos Corais – mais de 300 toras ilegais nos municípios de Porto Calvo e Campestre -, o promotor de Justiça Sérgio Simões informou que o Ministério Público Estadual (MPE) pretende intensificar as ações de combate a crimes ambientais no interior do Estado. O promotor não descartou a possibilidade de novas operação, após a apuração de mais denúncias.

“O Ministério Público recebe denúncias diariamente relatando crimes ambientais, seja a extração de madeira ilegal, seja a pesca com explosivos. Para desencadear a Operação Costa dos Corais, nos articulamos com a Polícia Militar, com o IMA e com Ibama para fechar todos os estabelecimentos que comercializassem madeira ilegal. Aliás, eu tinha conhecimento deste comércio, mas não imaginava que a quantidade de madeira

fosse tão grande”, relata Simões. O promotor lembrou que os donos de madeiras que compram, armazenam ou comercializam produtos ilegais, ou seja, que não possuem nota fiscal que comprove sua origem, podem responder na Justiça por crime ambiental. “Apesar de ser considerado um crime de menor potencial ofensivo, o proprietário pode pegar até três anos de detenção. Além disso, fica obrigado a pagar uma multa lavrada

pelo Ibama”, observa. Sérgio Simões também destaca a parceria com os órgão de fiscalização, o que, para ele, tem resultado num trabalho eficaz. “Se estamos conseguindo bons resultados é porque trabalhamos de forma integrada. O Ministério Público Estadual ajuda a Polícia Militar, o IMA e o Ibama e eles nos ajudam também. É um trabalho recíproco, onde a natureza sai ganhando. Chega de tanta devastação”, conclui o promotor de Justiça.

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Arapiraca A20

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Lago da Perucaba atrai arapiraquenses Com um ano de inauguração, espaço de lazer se tornou um dos principais cartões postais da cidade Carolina Sanches Repórter

O Lago de Perucaba se tornou um dos cartões postais do município de Arapiraca. Inaugurado há um ano. A área de convívio urbano é dotada de calçadão, parque infantil, quadras poliesportivas, ciclovias, áreas com jardins, restauran-

te, barracas padronizadas, além da construção de um moderno pier. Como parte do projeto, o espaço recebeu um eixo viário com um quilômetro de extensão, incluindo a pavimentação da praça central e do calçadão. As obras do Lago da Perucaba tiveram recursos da ordem de R$ 20 milhões, através do Ministério das

Cidades. Os trabalhos começaram foram executados no período de dois anos, com o acompanhamento da Secretaria Municipal de Obras e Viação. Além das opções de lazer, o local possui a Indústria do Conhecimento - espaço construído em parceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi/AL). A Indústria do Conhecimento é um

centro multimídia, destinado a promover a inclusão digital e facilitar o acesso do trabalhador e sua família à informação e à leitura. A unidade é equipada com modernos computadores conectados a internet, salas de leitura e bibliotecas com livros, CDs, DVDs, gibis, jornais e revistas, além de títulos impressos e títu-

los de mídia eletrônica. Adona de casa Liliane Nunes mora próximo do lago e disse que sentia falta de uma área de lazer na região. “Hoje posso trazer meu filho para passear e brincar nos brinquedos. Antes esse lugar tinha muito mato e ficávamos com medo de passar por aki. Sem contar que agora temos um local para sair no final da

tarde e a noite”, relata. Algumas pessoas moram em outros bairros, mas visitam o lago para fazer caminhada no período da tarde de pela manhã. Este é o caso de Evangelina Dias Monteiro que disse que não fazia nenhuma atividade física e depois que o espaço foi inaugurado começou a fazer caminhada todos os dias. Fotos: Carolina Sanches

Espaço recebeu calçadão, quadra poliesportiva, parque infantil, ciclovias e barracas padronizadas

Área possui um eixo viário com um quilômetro de extensão, incluindo a pavimentação da Praça

Festa de São João levou milhares de pessoas para a área de lazer O Lago da Perucaba se tornou também um espaço para eventos do município. No ano passado, o “Arraiá de Arapiraca” reuniu mais de 30 atrações musicais, entre bandas de forró com renome nacional,

como também grupos musicais, de teatro e cantores regionais. As festividades juninas animaram comerciantes locais que decidiram investir na área de lazer. Hoje, o espaço possui

uma pizzaria e um bar. A perspectiva é que nos próximos dias seja inaugurada uma lanchonete e sorveteria. O gerente da pizzaria Mil Graus, Luciano Batista, explicou que o movimento tem sido

de acordo com a expectativa dos proprietários. “Aos poucos o movimento esta aumentando. As festas promovidas pela prefeitura ajudam a aumentar os clientes e nós também trabalhamos com muitas

reservas para eventos particulares”, conta. Para incentivar a instalação de estabelecimentos voltados para o lazer, a Prefeitura Municipal não cobra aluguel pelo espaço. “A isenção do aluguel

ajuda muito a fazer com que não tenhamos prejuízos mesmo que o movimento esteja mais fraco. Aos poucos as pessoas conhecem o local e o movimento aumenta de forma gradativa”, disse o gerente.

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Economia

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Habib’s chega a Alagoas em abril Casal de empresários investe R$1,2 milhão para abrir primeira loja da rede de fast food na orla de Jatiúca Iracema Ferro Ojornalweb.com

Mais uma rede de fast food está chegando a Maceió. Em um prédio de 594m², na galeria Passeio Stella Maris, orla de Jatiúca, o Habib’s terá sua primeira loja em Alagoas. O investimento, na ordem de R$ 1,2 milhões, é dos advogados Alexandre Noya e

Cecília Lessa e a inauguração acontece no dia 12 do próximo mês. A loja, que está em fase de acabamento é totalmente climatizada. O “carro-chefe” da rede é a bibsfiha de carne, que custa apenas R$0,49. Mas, o cardápio não se resume apenas aos quibes, esfihas, beirutes e pizzas, há o tabule, saladas especiais, charu-

to com folhas de repolho e muitas outras delícias da culinária árabe, como os doces à base de mel e nozes. O projeto do estabelecimento é assinado por um escritório de arquitetura ligado diretamente à central do Habib’s, em São Paulo, e foi incluído no valor pago pela franquia. Alexandre Noya aponta co-

mo diferencial desta loja um salão de festas, com 88 metros quadrados, climatizado, com brinquedos e o mais atrativo: não há taxa de aluguel do espaço. “O cliente agenda a festa e paga apenas a consumação. O uso do local é gratuito”, explica Alexandre Noya. Outro atrativo é o delivery de 28 minutos. “O cliente faz o

pedido e se a comida não for entregue em 28 minutos, o cliente não paga”, resume. Segundo Alexandre Noya, o restaurante vai gerar 250 empregos, sendo 100 diretos e 150 indiretos. Para preparar as iguarias e poder atender os clientes, os novos funcionários iniciaram, na última terça-feira, um treinamento no Serviço Nacional de

Aprendizagem Comercial (Senac). “Parte dos funcionários é de ex-alunos do Senac, que agora passam por um treinamento específico. Outra parte vem do Sine [Sistema Nacional de Empregos]. Fora que vamos disponibilizar estágios para quem faz cursos no Sine, como garçom, operador de caixa, cozinheiro, faxineiro”, frisa o empresário. Fotos: Marco Antônio

A rede exigiu que a primeira loja de Maceió fosse na orla marítima

As obras estão aceleradas para garantir a inauguração em abril

Conquistar franquia exigiu muita negociação

Alexandre e Cecília, planos para mais uma unidade em um shopping

Esta é a primeira vez que Alexandre Noya e Cecília Lessa se lançam no ramo empresarial. Segundo ele, em julho do ano passado, o casal esteve em uma feira de franquias em São Paulo e fez o primeiro contato com a rede Habib’s. “Conhecia a qualidade do produto. Sempre que viajava para Recife [PE] comia no Habib’s e acho um produto excelente com um preço muito acessível. Quando surgiu a possibilidade de montarmos uma loja pelo sistema de franquia, ficamos bastante ani-

mados, mesmo com o tempo longo de negociação, que durou mais de seis meses até passarmos pelo treinamento completo, que inclui uma prova, treinamento em lojas da rede e entrevistas, aceitarem o ponto que sugerimos, as inúmeras auditorias nas obras, mas acredito que está valendo à pena e teremos o retorno que esperamos”, ressalta o empresário. Noya afirma que a rede fez diversas exigências para a implantação da loja em Maceió, uma delas era que fosse instala-

da na orla marítima, o que dá mais visibilidade à marca. “Cumprimos esta exigência, mas ganhamos em troca a exclusividade. É que uma loja no shopping tem mais movimento, portanto maiores lucros. Na orla, teremos menos clientes, mas somos prioridade para a implantação de uma segunda loja em Maceió”, revela, lembrando que consultores da rede de franquia estão em Alagoas desde o inicio do processo, realizando auditoria completa da obra.

De acordo com um estudo de mercado feito pelo Habib’s em Alagoas, Maceió tem capacidade para três lojas da rede, este número garantiria a lucratividade média dos estabelecimentos de todo o País, que já somam 312 restaurantes. Ele não descarta a possibilidade de montar uma segunda loja num shopping da capital, mas somente em um prazo de seis meses a um ano depois da abertura da primeira. “É um prazo estabelecido pela rede”, justifica Noya.

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O Ceraqua vai possibilitar a transferência de tecnologia, o que vai ajudar a desenvolver a produção aquícola

Centro de Referência vai ajudar na revitalização do Velho Chico Equipamento será inaugurado na terça-feira com presença de ministro Na próxima terça feira, às 10h, o ministro da Pesca e Aquicultura, Altemir Gregolin, estará no município de Porto Real do Colégio, em Alagoas, a 170 quilômetros de Maceió, para inaugurar o Centro de Referência em Aquicultura e Recursos Pesqueiros do São Francisco (Ceraqua/SF). O empreendimento será fundamental para o desenvolvimento de pesquisas sobre a ictiofauna e para a revitalização da bacia do rio São Francisco. Além disso, será relevante para a transferência tecnológica visando o aumento da produção aquícola. Na oportunidade, Altemir Gregolin assinará o acordo de cooperação que viabilizará a gestão compartilhada da unidade. De forma inovadora, o centro será operado conjuntamente pela Codevasf, pela Embrapa e pela Universidade Federal de

Alagoas (UFAL). Já o comitê gestor do Ceraqua/SF incluirá representantes do Ministério da Pesca e Aquicultura e do governo de Alagoas. Implantado na antiga Estação de Piscicultura de Itiúba, o Ceraqua São Francisco será um dos mais modernos e bem equipados do País em sua área de atuação. O centro conta com laboratórios, biblioteca, auditório, sala de treinamento, unidade de reprodução induzida, incubatórios, viveiros, tanques e pequena fábrica de ração e de alimentos especiais para peixes. Ao todo, dispõe de 61 viveiros, com área total de 20,4 hectares. A construção do Ceraqua/SF exigiu recursos da ordem de R$ 7 milhões, dos quais quatro milhões provenientes da Codevasf/Ministério da Integração Nacional e três milhões provenientes do Ministério da Pesca e Aquicultura.

O ministro Gregolin vai assinar acordo para gestão compartilhada

Alevinos vão repovoar rio O centro de referência produzirá alevinos de espécies nativas para atender ao programa de repovoamento do rio São Francisco e às demandas de açudes públicos, lagoas e várzeas. Além disso, irá possibilitar a geração de trabalho e renda com a ampliação da atividade aquícola. Nos próximos dez anos, a estimativa é de que a piscicultura, apenas no baixo São Francisco, ocupe mais de seis mil hectares de lâmina d’água. Esta atividade irá gerar aproximadamente 1500 empregos diretos e 7.500 empregos indiretos na cadeia produtiva do pescado, com a produção de 75 mil toneladas anuais de pescado. Outros benefícios, como a atração de empresas, também podem ser esperados. Com extensão de 2.700 quilômetros, o São Francisco é o maior rio totalmente brasileiro. Ele nasce na Serra da Canastra, em Minas Gerais, e deságua na divisa de Sergipe e Alagoas. Passa por cinco estados, que incluem os citados e ainda Pernambuco e Bahia.

Ceraqua da Bacia do rio Parnaíba No dia 23 de março, o ministro Altemir Gregolin irá inaugurar outro estratégico Centro de Referência em Aquicultura e Recursos Pesqueiros, viabilizado também pela união de várias instituições. Será o Ceraqua da bacia do rio Parnaíba, localizado na região norte do Piauí, a 330 quilômetros da capital Teresina. A ser operado pela Embrapa, em parceria com a Codevasf, este centro dará suporte ao setor de pescado das águas interiores no Vale do Parnaíba. Entretanto, suas atividades também considerarão projetos voltados para a maricultura e a pesca artesanal litorânea.

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Declaração do Imposto de Renda pode gerar dúvidas e alguns problemas Para evitar erros, o ideal mesmo é estar bem informado quanto ao preenchimento e sobre o que declarar Diário do Nordeste reencher o formulário do software da declaração do Imposto de Renda nem sempre é uma das missões mais simples para alguns. O medo de estar sem alguns documentos ou fazer algo indevido aumenta o nível de tensão. Para tentar facilitar a vida dos contribuintes (pessoa física e jurídica), seguem algumas perguntas frequentes na hora de prestar contas com o fisco e o devido esclarecimento.

P

1) Tenho duas fontes pagadoras. Mas uma dela é isenta. Como proceder na hora da declaração de Renda? Posso omitir a fonte isenta? - Não pode omitir nenhuma fonte pagadora, já que os rendimentos, sejam tributáveis ou não, devem justificar possíveis variações patrimoniais. 2) Minha mãe é pensionista, mas eu sempre pago o plano de saúde dela. Posso colocá-la como minha dependente? O que é preciso para fazer isso? - Sim, pode colocá-la como dependente, desde que o rendimento de sua mãe não seja superior a R$ 17.215,08, independentemente de ser tributado ou não. Caso a declaração seja em conjunto, o titular deve informar os rendimentos e os bens e direitos do dependente, no caso a genitora. 3) Até quando é possível retificar a declaração? - Declaração retificadora só pode ser apresentada pela internet ou em disquete durante o prazo decadencial de 5 anos e desde que o contribuinte não esteja sob ação fiscal. Para retificar a declaração é necessário o número do recibo de entrega da declaração anteriormente apresentada. A declaração retificadora substitui integralmente a declaração anterior. A retificação para troca pela tributação, Completa para Simplificada, ou vice-versa, só pode ser feita até a data da entrega tempestiva da declaração, ou seja, até 30/04/2010. A figura Declaração simplificada é quando se usa o desconto simplificado. 4) Em que casos é melhor a declaração no modo simplificado e em que casos é melhor o completo? - O Programa Gerador de Declaração (PGD) informa qual a melhor opção para o contribuinte. O limite máximo para o desconto simplificado é de 20% do Rendimento Tributável, limitado a R$ 12.743,63. Caso as deduções admitidas pela legislação superem o valor acima, o desconto simplificado fica desinteressante. 5) Ganhei um prêmio de uma loteria federal. É preciso declará-la todo ano? - Deve declarar apenas no ano em que receber a premiação, no Quadro rendimento sujeito a tributação exclusivamente na fonte (tributação definitiva). Informar o rendimento líquido recebido, já deduzido do imposto retido. 6) Vendi um apartamento meu este ano. Esta transação também deve contar na minha declaração? - Sim. Caso haja o ganho de capital o contribuinte deverá utilizar o programa ganho de capital, disponível no site da Receita Federal do Brasil, objetivando apurar o imposto de renda sobre referido ganho de capital, o qual deverá recolhido até o final do mês subseqüente ao mês da venda ou recebimento. 7) Meu carro foi roubado. Mesmo assim devo declará-lo no IR? - Sim. Na declaração do ano em que ocorreu o furto ou roubo, o contribuinte deve informar no Quadro de Bens e Direitos, o valor constante na declaração do ano anterior na coluna 31/12/2008 e zerar na coluna 31/12/2009. Informar na

descrição do bem o motivo da baixa. Caso o contribuinte receba o seguro contra roubo, o referido valor deverá ser declarado com rendimento isento e não tributável. 8) Que tipo de penalidade existem para fraudadores da declaração do IR e para quem cometeu equívocos? - No caso de fraudes, conluio e sonegação, objetivando ocultar imposto, a Lei n° 8.137, de 1990, instituiu crime contra ordem tributária, definindo as penalidades pecuniárias e de privação de liberdade. Nesses casos, além da cobrança do imposto, incidirá multa de ofício que poderá chegar a 225% (duzentos e vinte e cinco por cento), além dos juros de mora. Na pessoa física, é multo comum a RFB aplicar essa penalidade quanto o contribuinte se utiliza de recibos médicos fraudulentos ou graciosos, objetivando reduzir a base de cálculo do imposto. No caso de equívocos ou irregularidades na declaração, a multa de ofício normalmente é de 75% (setenta e cinco por cento) sobre o imposto de renda pago a menor, além dos juros de mora. 9) O que significa a malha fina? - Malha fina é o cruzamento de dados entre o que o contribuinte declara e as informações que a Receita dispõe sobre o contribuinte por meio declarações, tais como: DIRF, DIMOB, DIMOF, DOI, entre outras informações disponíveis no banco de dados da RFB. Anualmente, a RFB cria critérios para apurar possíveis irregularidades nas declarações apresentadas. 10) Caindo uma vez na malha fina eu sempre irei cair? - Não. O contribuinte só cai na malha fina quando existem informações divergentes entre o que foi informado pelo contribuinte e os dados constantes na base de dados da Repartição. Mesmo não existindo divergências, a própria RFB cria anualmente critérios para análise da declaração. Exemplo: Caso o contribuinte declare despesas médicas elevadas em relação a seus rendimentos, há uma grande possibilidade de o contribuinte cair em malha fina para comprovação das despesas médicas. Outro exemplo: a Receita pode intimar o contribuinte a comprovar a guarda judicial, na forma disciplinada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, quando o contribuinte declara menor pobre. 11) Por que ao escolher parcelar o imposto devido, sempre há incidência de juros mais Selic? - O prazo limite de recolhimento do imposto sem acréscimos legais é até 30/04/2010. Caso haja parcelamento do débito incidirá a taxa de juros Selic, na forma determinada no art. 14, III, da Lei nº 9.250, de 1995. O contribuinte pode parcelar o imposto em até 8 (oito) quotas. 12) Como fazer o cálculo da parcela do IR devido com juros e Selic? - Aprimeira quota ou quota única não tem acréscimos. As demais quotas devem ser pagas até o último dia útil de cada mês, acrescidas de juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), acumulada mensalmente, calculados a partir da data prevista para a

entrega da declaração até o mês anterior ao do pagamento, e de 1% no mês do pagamento. 13) Por que algumas pessoas ganham um valor x em uma fonte e não pagam IR e outras com duas fontes e ganhando menos ou mesmo valor pagam? - O imposto de renda devido é apurado na Declaração de Ajuste Anual (DAA), em que se aplica a tabela progressiva anual, que corresponde a soma das tabelas mensais de retenções. O imposto devido é apurado sobre a base de cálculo do imposto, em que se incluem todos os rendimentos tributáveis, tenha uma ou mais fontes de renda. Muitas vezes o contribuinte tem uma só fonte de renda e não apura imposto a pagar na declaração, tendo em vista retenção de imposto na fonte, podendo, inclusive, gerar imposto a restituir. Por outro lado, existem casos que o contribuinte tem diversas fontes sem retenção, mas na DAA apura imposto devido e a pagar. 14) Meu cônjuge faz faculdade, mas quem paga sou eu. Como a despesa é com educação, posso declarar e deduzir do imposto de renda? - Na Declaração de Ajuste Anual, são dedutíveis os pagamentos de despesas com instrução do contribuinte e de seus dependentes, efetuados a estabelecimentos de ensino. Para as despesas com educação (ensino infantil , fundamental médio, técnico e superior, o que engloba graduação e pós graduação), o limite individual de dedução é de R$ 2.708,94, disponível somente no modelo completo. O modelo simplificado substitui as deduções previstas pela legislação tributária pelo desconto de 20% do valor dos rendimentos tributáveis na declaração, limitado a R$ 12.743,63. 15) Meu pai é viúvo e tem aposentadoria mínima do governo, tem alguns problemas de saúde que consome grande parte do seu benefício, eu tenho que pagar as despesas da casa dele, neste caso pode ser meu dependente? (Raimundo Célio Queirós Maia) - De acordo com o Regulamento do Imposto de Renda, podem ser dependentes para efeito do imposto de renda, os pais, avós e bisavós que, em 2009, tenham recebido rendimentos, tributáveis ou não, até R$ 17.215,08. Entretanto, os rendimentos do dependente devem ser somados com os rendimentos do declarante. Para efeito de dedução o limite por dependente é de R$ 1.730,40. 16) Gostaria de saber como faço a declaração do meu marido, visto que ele é estrangeiro e tem empresa aqui no Brasil? (Vitória) - A obrigação de declarar é exclusiva dos residentes no país. Se o investidor estrangeiro não possui visto de residência não está obrigado a fazer declaração no Brasil. 17) Como devo proceder para fazer a declaração de isento? - A partir do exercício de 2008, de acordo com a Instrução Normativa 864/2008, a DAI – Declaração Anual de Isento, não será mais exigida para o contribuinte desobrigado de apresentar a Declaração de Ajuste Anual.

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FALTA MÃO-DE-OBRA Quatro setores da atividade econômica, como comércio e construção civil, deverão ter dificuldades para encontrar mão de obra qualificada para preencher mais de 320 mil postos de trabalho este ano em todo o País. A estimativa é de um estudo divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Na construção civil, o déficit estimado é de 38 mil profissionais. Ainda segundo o Ipea, a maior dificuldade deverá se concentrar em estados das Regiões Sul e Sudeste, principalmente São Paulo e Rio de Janeiro. Alagoas já está sentindo os efeitos dessa problemática. Alguns construtores já estão tendo que transferir profissionais entre os canteiros, o que acaba freando o cronograma de obra de alguns empreendimentos. A escassez de mão de obra qualificada é considerada um "problema bom" por especialistas, fato que não acontece desde o milagre econômico dos anos 1970.

LOBBY Representantes de diversas entidades da construção civil iniciaram o lobby junto ao Congresso Nacional para que os parlamentares não votem a favor da proposta que reduz a jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanas e aumenta a hora extra de 50% para 75%.

REDUÇÃO DA JORNADA Dirigentes da construção civil visitaram os líderes dos partidos na Câmara dos Deputados, levando a posição do setor contrária à aprovação da redução da jornada. A sugestão é que "reduções de jornada sejam remetidas à negociação entre empregadores e trabalhadores, ao mesmo tempo em que sejam criados novos estímulos ao crescimento econômico, à geração de novos empregos, à qualificação profissional e à desoneração de tributos e encargos".

KITS ESCOLARES A Ademi-AL, em parceria com a FIEA/SESI, iniciou à distribuição de 5 mil Kits Escolares para os filhos dos trabalhadores das empresas associadas que aderiram à campanha. Os Kits são compostos por lápis, caderno e borracha. A campanha tem por objetivo ajudar os colaboradores nas despesas com a compra de material escolar para seus filhos. Participam da iniciativa as empresas V2, Teto, Borella, Telesil, R Pontes, Enengi, Contrato, Delman, Placic, Record e Penedo.

MÁ NOTÍCIA Uma parte dos brasileiros que aderirem ao programa Minha Casa, Minha Vida este ano devem receber menos subsídio do que quem aderiu em 2009. Outros poderão até ser excluídos por causa da decisão do governo de não reajustar a renda dos beneficiários de acordo com a correção do salário mínimo.

QUESTÃO DE CÁLCULO O programa tem como objetivo atender o público com renda entre zero e 10 salários mínimos. Este ano o governo decidiu usar o salário mínimo de 2009 (R$ 465) para calcular as faixas de renda dos beneficiários. Assim, muitos brasileiros vão mudar de faixa e até ultrapassar o teto de R$ 4.650, deixando de integrar o público do programa. Se houvesse atualização, o limite passaria para R$ 5.100.

PULANDO DE FAIXA A lei que criou o programa prevê três faixas de beneficiários: famílias com renda de até três salários mínimos mensais, de três a seis e de seis a dez. Quanto menor a renda, maior o subsídio. Assim, quem pular de faixa pode receber subsídio menor. A atualização das faixas de renda exigiria do governo um volume maior de recursos.

EM FOCO

O empresário Joaquim Santana foi um dos interlocutores da Ademi-AL na Conferência Municipal das Cidades. Em pauta, discussões ligadas ao desenvolvimento e ordenamento da cidade à luz do Estatuto das Cidades e do Plano Diretor de Maceió

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ENTREVISTA / LUIZ HENRIQUE TABOADA

“Famílias sustentam o mercado em 2010” m 2007, a Cipesa Engenharia teve 70% de suas ações adquiridas pela Gafisa, uma das maiores holding da construção civil nacional. Concluída a fusão, a nova controladora convidou o gaúcho Luiz Henrique Taboada para ser o diretor-presidente da Cipesa Empreendimentos Imobiliários para Alagoas e Sergipe. Durante 13 anos, Luiz Henrique trabalhou na área administrativa financeira da então Cipesa Engenharia. Foi ele o responsável por abrir a filial da construtora em São Paulo,

E

missão esta muito bem sucedida e que lhe valeu o convite. Com uma agitada rotina que inclui intermináveis voos na ponte aérea Maceió-Aracaju-São Paulo, Luiz Henrique Taboada está à frente de uma empresa que se encontra, hoje, em outro patamar de negócios. “Não dá mais para construir apenas um prédio de 24 pavimentos. Precisamos construir em escala e atender a um cliente cada vez mais exigente em termos de qualidade.” A espera de um voo para Aracaju Luiz Henrique concedeu a entrevista a seguir.

A aquisição da Cipesa pela Gafisa ocorreu nas vésperas da crise financeira que varreu o mundo em 2008. Hoje o Brasil já demonstra estar recuperado do “baque”, mas o mercado de imóveis em Maceió, como está? Eu diria que o clima deu uma melhorada. Ainda não está ótimo. Digo isso porque no nicho em que trabalhamos - com imóveis de médio e alto padrão - os investidores ainda estão retraídos. E por que digo que o clima mudou? No início do ano tivemos uma impressionante arrancada nas vendas do JTR (Jatiúca Trade Residence). Para se ter uma ideia, de janeiro a outubro de 2009 vendemos apenas 15 unidades. De outubro até agora foram nada menos que 90 apartamentos.

estão ficando escassos. Daqui a pouco vai faltar unidades de determinado padrão próximas ao mar. E para onde irão os investidores e as famílias? Para a Guaxuma, claro. As pessoas buscam qualidade de vida.

Se o investidor está reticente, quem está indo às compras? As famílias. Se eu pegar as 90 unidades do JTR comercializados neste final e início de ano, quatro ou cinco são investidores. A grande maioria são homens de negócios, empresários, executivos e profissionais que, sentindo-se mais seguro no emprego e em suas atividades, buscam investir em imóveis ou adquirir uma casa nova perto do mar e com mais qualidade de vida.

O Altavistta, por si só, já foi uma ousadia e tanto, não? Sim. É como disse. O setor às vezes espera que grandes empreendimentos sejam erguidos para que determinada área se expanda. Em breve aquela área terá uma série de serviços e outros projetos no entorno. Para 2010 ainda temos previsto um ou dois lançamentos de médio padrão.

Para a Cipesa, qual deve ser uma das principais marcas de 2010? Este ano será o período de conclusão de vários projetos, o principal deles é, claro, o JTR. Estamos falando do maior empreendimento residencial em construção em Alagoas, com 90 mil2 de área e à beira-mar. Também entregaremos o Fit Residence e a primeira etapa do Altavistta, condomínio horizontal erguido na parte alta da Barra de São Miguel e com uma belíssima vista para o mar.

O consumidor alagoano sabe quem é a Cipesa. A Diretor-presidente da Cipesa Empreendimentos, Luiz Henrique marca é muito forte. Mas, talvez, muitos ainda desconheAlgo mais tem motivado Taboada: ponte aérea entre Maceió, Aracaju e São Paulo çam a Gafisa... este público? A Gafisa é uma das emOutros fatores influen- ferentes das nossas. São em- gras do programa Minha Casa ciam, é claro. O fato de em- presas dirigidas pelos pró- Minha Vida, tudo isso depen- presas líderes no mercado de preendimentos como o JTR prios donos, algumas inclusi- dendo do mercado. O em- incorporação, com atuação naestarem quase prontos e pró- ve migraram do setor de obras preendimento será erguido na cional e foco em empreendiximos da entrega é um estí- públicas para o setor priva- Cruz das Almas com valores mentos residenciais de alta mulo e tanto. Tem ainda a do. Ou seja, o resultado que que giram entre 60mil e 130 qualidade, para todas as faixas de renda. Atuamos em 64 grande oferta de financiamen- uma empresa do porte da mil reais. cidades de 18 Estados difetos imobiliários, que chegam Gafisa tem para entregar aos a prazos elásticos de até 360 acionistas é diferente do paA Cipesa investiu na rentes. A holding reúne as meses e prestações na casa drão das demais que atuam aquisição de muitos terrenos marcas Gafisa, Tenda, Alphados 800 reais e tudo isso para no mercado devido ao seu na região da Guaxuma, mas, ville, Cipesa e Gafisa Vendas, morar à beira mar e em um próprio porte. As exigências assim como as demais cons- desfrutando de alta reputacomplexo que reúne lazer e passaram a ser muito maio- trutoras com interesse na ção de qualidade, consistência um diversificado leque de ser- res quando a Cipesa passou área, ainda não lançou ne- e profissionalismo perante poviços. para o controle da Gafisa. De nhum empreendimento. O tenciais compradores de imóveis, corretores, fato, não dá mais que está havenfinanciadores, Neste cenário para abrir vários do? proprietários de como fica o proTemos a incanteiros simul“No início do tâneos e cons- tenção de lançar terrenos e comgrama Minha “Temos o petidores. Casa, Minha ali um empreentruir um prédio ano tivemos projeto de um Vida? em com 24 unidades dimento Qual a área de É fato que o uma arrancada em cada um breve. O projeto residencial atuação de da Minha Casa, já está aprovado, deles. Temos que nas vendas do vertical Gafisa em todo o Minha Vida fazer grandes com legalização País? daqui não é o Jatiúca Trade empreendimen- ambiental e tudo em várias A Gafisa atua mesmo do Rio e tos, com VGV mais. A questão Residence etapas que como incorporaSão Paulo. Lá o (Valor Geral de é que se trata de dora com foco em valor gira os 200 (JTR). De Vendas) que um lugar novo, podem pode empreendimentos mil reais, aqui, gere condições em expansão, e janeiro a chegar a mil residenciais no para atrair o de dar retorno que com certeza segmento de cliente é preciso terá muitos inesperado pelo outubro de unidades, média, média-alta que fique entre acionista. Em re- v e s t i m e n t o s . dentro das e alta renda em 17 40 mil e 60 mil 2009 vendemos sumo, é preciso Acredito que nos estados com preço reais. No padrão construir em es- próximos dois apenas 15 regras do de venda unitário Cipesa, esse cala. A Cipesa anos a área vai unidades. De vai fazer menos deslanchar, prinvalor sobe para programa do superior a 200 mil reais. Já a Tenda 90 mil a 100 mil empreendimen- cipalmente por outubro até governo Minha atua também reais, o que tos a partir de causa de investicomo incorporaacaba, de certa agora foram 90 agora, mas com mentos como a Casa Minha dora com foco em forma, restrinapartamentos.” grande volume ampliação da AL Vida.” empreendimentos gindo o público101 e quem inde unidades. residenciais no alvo. vestir agora terá segmento popular, E por falar um ótimo retorcom preço de venda unitário É verdade que a Cipesa em projetos, o que a Cipesa no no seu investimento. entre 60 mil e 200 mil reais, com não mais pretende construir tem reservado para este ano? empreendimentos de menor Então Guaxuma está em uma estrutura de vendas de 32 Temos o projeto de um relojas organizadas em 7 escritórios porte? sidencial vertical, reunindo compasso de espera? A maioria das construto- várias torres, em várias etaNa parte baixa da cidade, regionais, além de empreendiras locais é de pequeno porte pas, que podem pode chegar na região da Ponta Verde, mentos distribuídos em 13 estae trabalham com margens di- a mil unidades, dentro das re- Pajuçara e Jatiúca, os terrenos dos e cerca de 64 cidades.

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Confira as promoções na Revista da TV

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B1 Lula Castello Branco

Uma história de amor e som Selma Britto, além de ser considerada uma das maiores referências na música clássica alagoana, tem importante papel como formadora de várias gerações de músicos e plateias e é responsável pela coordenação de uma engenhosa iniciativa: o projeto Concerto aos Domingos Páginas B4 e B5

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“Tocar piano é uma emoção tão grande que não sei descrever” Elô Baêta Repórter

o centro da ampla sala do seu apartamento, o piano de cauda repousa majestoso numa verdadeira atmosfera de louvor à arte. Mas, quando as mãos da pianista alagoana Selma Britto flutuam sobre as suas teclas, é vivenciada uma história de amor que já dura 65 anos. “Quando toco piano, é como se fizesse uma oração”, diz, deslizando os dedos no instrumento enquanto executa a Valsa de Brahms, seguida do Tango Brasileiro - uma das mais tradicionais peças musicais do repertório clássico brasileiro, do pianista, maestro e crítico de música paulista Alexandre Levy -, com a firmeza de quem PRIMEIRAS é considerada uma das maioNOTAS - Hoje com 71 res referências na músianos, Selma Britto tem ca clássica alagoana. com o piano uma rela“Tocar piano é uma emoção tão grande que “Quando ção quase que maternal, iniciada quando não sei descrever. Vai tão no fundo do íntimo toco piano, era uma criança de tirar notas que lhe dão a é como se apenas 6 anos, sendo possibilidade de apre- fizesse uma os seus primeiros passos dados sob a batusentar peças de grandes oração” ta da sua mãe, a tamnomes, de homenagear bém pianista e sua pricompositores após 200 meira professora de anos, que foram tão gepiano, Hilda Calheiros niais que as suas músiTeixeira; início considerado cas permaneceram. Sinto a eternidade de uma dimen- por ela como “abençoado” e são maior. O coração fala. É um que começava bem cedinho, agradecimento”, comenta a às 5h da matina. “Era uma pianista com toda a poesia pela hora sagrada sentar ao piano qual se deixa envolver ao exe- e tocá-lo todas as manhãs. Era cutar peças de grandes nomes o primeiro ofício do meu dia. Tive o privilégio de nascer em da música clássica. A voz serena e a visível mo- um lar cultural, não só em redéstia escondem não só uma lação à música, mas de uma cumplicidade de anos com o forma geral. A minha mãe já piano, como também um im- havia ganho medalha de ouro portante papel como formado- do Instituto Brasileiro de ra de várias gerações de músi- Música e também dava aulas cos e plateias, coordenando no IHGAL. O ambiente em uma engenhosa iniciativa: o que vivi foi mais que propíprojeto Concerto aos Domin- cio. Era comum, fazia parte do gos, realizado desde 2001, no meu dia-a-dia o contato conspalco do Instituto Histórico e tante com grandes músicos e Geográfico de Alagoas compositores, isso foi essen(IHGAL), instituição pela qual cial na minha formação”, desa pianista nutre um amor que taca. (E.B.) é expandido e ao mesmo temContinua na página B5. po guardado “a sete chaves”.

A

A pianista desliza os dedos no instrumento enquanto executa a Valsa de Brahms, seguida do Tango Brasileiro, de Alexandre Levy

“Tenho um carinho muito grande, um elo muito forte com a plateia do Instituto Histórico, de onde sou membro efetivo. Tenho um grande amor por essa instituição. Foi no seu palco onde pisei pela primeira vez, aos 12 anos, em uma audição de piano. Para mim, é mais do que prazeroso, é motivo de orgulho, coordenar um projeto como o Concerto aos Domingos, aberto a pessoas de todas as idades. Uma iniciativa de formação de plateias que deu certo, onde há intercâmbio profissional entre músicos daqui e de outros estados com apresentações diferenciadas e informações sobre as músicas que são executadas e os respectivos compositores”, conta a pianista alagoana.

Fotos: Lula Castello Branco

“Sinto a eternidade de uma dimensão maior. O coração fala. É um agradecimento” Selma Britto

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“Selma tem um importante papel na música instrumental de Alagoas” O berço da bagagem cultural e musical da pianista veio não só dos ares culturais do seu lar, mas sobretudo da definida por ela como a “época de ouro da arte” na Bahia, com a sua formação superior nos Seminários Livres de Música, da Universidade Federal da Bahia, tendo como professores grandes nomes da música clássica do Século XX, famosos na Europa e no resto do mundo, como o suíço Sebastian Benda e o maestro alemão H. J. Koellreutter, com os quais aprendeu o bê-a-bá da arte pianística, aliado a um universo sonoro de alta qualidade. “Recordo-me que, quando tinha 17 anos e estudava nesses seminários em Salvador, participei de uma apresentação que muito me marcou: eram três pianos de cauda e a Orquestra Sinfônica da Federal da Bahia no palco, num concerto de Mozart e Beethoven. Foi apoteótico. Uma grande experiência de aprendizado, de interpretação, de tirar o som do piano”, conta a pianista.

Desses conhecimentos vieram o reconhecimento e o respeito de toda a Alagoas ao seu nome na linha de frente da música clássica alagoana. “Selma tem um importante papel na música instrumental de Alagoas tanto como formadora de gerações de músicos como na elaboração de projetos artístico-culturais”, afirma a regente do Coral do Centro Federal de Educação Tecnológica de Alagoas (Coretfal), Fátima Menezes, que aplaude a pianista alagoana fazendo coro com a professora de Canto da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) Fátima de Brito. “Ela faz a diferença na história da música tanto em termos cultural quanto musical. Tem um grande preparo por ter sido aluna de grandes professores do Século XX com fama no Brasil e no mundo. Sem dúvida, ela carrega a bandeira da música clássica em Alagoas”. TRADIÇÃO - Já para o professor de Música da Ufal Eduardo Xavier, Selma é a con-

tinuação da tradição do piano em Alagoas. “Ela dá segmento à musicalidade dos pianistas do século passado e vem realizando um grande trabalho de divulgação da música com projetos como o Concerto aos Domingos, mas está devendo ao povo alagoano mais recitais”, afirma. O coro de aplausos à pianista alagoana também vem da sua importância como mestra na arte de tocar piano, sendo os seus ensinamentos formadores de muitas gerações de músicos no Estado, embasamento que hoje não mais é ofertado com aulas, mas com o acompanhamento musical de futuros e promissores nomes no cenário clássico alagoano, como o estudante de Canto da Ufal Bruno Sandes. “Recebo todo apoio e acompanhamento musical da Selma. Já tive a oportunidade de dividir o palco com ela na abertura do Concerto aos Domingos deste ano e em vários recitais que realizamos no Espaço Cultural. Ela é singu-

lar. Deu e continua dando uma contribuição essencial à música clássica alagoana. É uma exímia pianista, incrivelmente fantástica”, afirma o estudante. Apresentações em diversos palcos, dentro e fora do Estado, também consagram a artista, sobretudo quando vem acompanhada de outros instrumentistas, o que confessa ser uma de suas grandes paixões. “Dividir o palco com outros instrumentistas na chamada música de câmera, para mim, é um complemento admirável porque há um verdadeiro diálogo entre os instrumentos. É uma forma extraordinária de compartilhar a música. Devo a minha consagração em Alagoas às apresentações com outros músicos”, diz Britto, que já dividiu nos palcos a leveza e a sonoridade poéticas do seu piano com o violoncelo e a flauta de Miran Abs, com o maestro Almir Medeiros, com o violino de Jozélio Rocha, com o canto de Fátima de Britto e com tantos outros nomes da música alagoana. GRANDES NOMES - Por trás da paixão da musicista pelo piano há grandes nomes, que ela faz questão de ressaltar. Um deles é o do compositor clássico barroco considerado o “pai” dos compositores de todas as épocas: o alemão Bach. “Para mim, ele é acima do que se pode imaginar. Avançou muito, superando todos os outros compositores, apesar do período em que viveu”, justifica a artista, citando como outro ícone do clássico mundial o romântico polonês Chopin, para o qual escreveu um opúsculo publicado em 2001, intitulado Uma Homenagem a Chopin. No Brasil tira o chapéu, rendendo as suas palmas, para Villa Lobos, Camargo Guarnieri, Carlos Gomes, Chiquinha Gonzaga, Francisco Mignone e tantos outros. Com certificado de Pianista pela Ordem dos Músicos do Brasil e várias homenagens, dentre elas, a Medalha Comemorativa do 70º Aniversário do Teatro Deodoro e as comendas Desembargador Mário Guimarães, da Câmara Municipal; Jornalista Rodrigues de Gouveia, da Academia Maceioense de Letras; da Ordem do Mérito dos Palmares, sendo a mais recente delas a Comenda Nise da Silveira - com a qual foi agraciada no último dia 8 (Dia Internacional da Mulher) como uma das dez mulheres que mais contribuíram para o Estado, Selma Britto lamenta a ausência de um Conservatório de Música no Estado como local de expansão e de aprimoramento da música erudita. “Tocar piano deixou de ocupar um lugar de destaque na educação das jovens; ficou no passado. Aqui, em Alagoas, acredito que o desinteresse pela música erudita deve-se ao fato de não termos mais um Conservatório de Música, o que dificulta muito porque impede a expansão da música em toda a sua essência", afirma a pianista alagoana, tentando manter num presente firme e vivo, nos palcos e na vida, uma tradição que, com o seu nome, deixa de ser “coisa do passado”. (E.B.)

TV ABERTA EDUCATIVA 06h00 06h30 07h00 08h00 09h00 10h00 10h30 11h00 11h30 12h00 12h45 13h00 13h30 14h30

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Via Legal Brasil Eleitor Palavras de Vida A Santa Missa Viola Minha Viola A Turma do Pererê Poko Castelo Rá-Tim-Bum Janela Janelinha ABZ do Ziraldo Curta Criança Os Heróis da Praia Papo de Mãe Cultura Ponto a Ponto

Canal 3 15h00 16h00 16h30 17h00 18h00 18h30 19h00 20h00 21h00 22h30 23h00 00h45 01h45

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Stadium Assim que Funciona Expedições Ver TV De Lá pra Cá América Latina Tal Como Somos Som na Rural Conexão Roberto D'Ávila EsportVisão Arte com Sérgio Brito Cine Ibermédia Curta Brasil DOC TV

Canal 7

TV GAZETA 05h40 06h40 06h55 07h25 07h55 08h50 10h45 11h00 12h30 13h05 14h54

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Santa Missa Sagrado Gazeta Rural Pequenas Empresas Globo Rural Grande Prêmio do Bahrein de Fórmula 1 Sakhir / 57 voltas Auto Esporte Esporte Espetacular A Turma do Didi Temperatura Máxima Quarteto Fantástico Globo Notícia

14h57 - Domingão do Faustão 16h45 - Futebol 2009 - Campeonato Carioca: Botafogo x Olaria 19h00 - Domingão do Faustão 20h45 - Fantástico 23h10 - Big Brother Brasil 10 23h55 - Domingo Maior - Arrebentando em Nova York 01h28 - Flash Big Brother Brasil 10 01h34 - Sessão de Gala - Sleepers, A Vingança Adormecida

TV PAJUÇARA TV ALAGOAS A emissora não forneceu sua programação.

Canal 5

00h00 05h25 05h55 06h45 07h15 08h00 09h00 10h00

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IURD Bíblia em Foco Desenhos Bíblicos Nosso Tempo Desenhos Bíblicos Record Kiks Ponto de Luz Alagoas da Sorte

TV BANDEIRANTES Canal 38 07h00 08h30 15h45 16h30 19h00 21h00 21h30 22h30 23h25 23h30 00h30 01h00

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Info Fórmula Indy Band Esporte Clube Futebol 2010 Terceiro Tempo Videonews Força Secreta Mar Sem Fim: Viagem À Antártica De Olho na Copa Canal Livre Mundo Fashion Cine Band À Queima Roupa Vida Vitoriosa

Canal 11 11h00 11h30 12h30 17h00 20h30 00h00 01h00

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Informativo Cesmac Record Kids Tudo é Possível Domingo Espetacular Programa do Gugu Serie: A Mulher Biônica IURD

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RECADO

JetNews

“A maior felicidade é a certeza de sermos amados, apesar de sermos como somos” Elenilson Gomes

topnews@ojornal-al.com.br

Flashdrops DICAS NEWS Imagine a situação: você tem uma colega de trabalho que não se cansa em tentar saber sobre o salário de todo mundo, o preço das roupas, do aluguel, quanto fulana ou beltrana ganham de pensão do ex-marido... Você sabe como fazê-la entender que esses são assuntos particulares? Não?! para começar, alguns assuntos que começam com a letra D devem ser evitados quando se conhece bem o interlocutor: doença, dieta, depressão, diretrizes políticas, doutrinas religiosas e... Dinheiro. Ninguém tem nada o que saber quanto o outro ganha, o preço da plástica, da viagem de férias ou do presente dado a um amigo. Se sua colega voltar a fazer esse tipo de pergunta, responda sorrindo: Não é da sua conta!

KALINA JUCÁ

A querida Flávia Jucá Teixeira sempre deixa os eventos sociais, que acontecem em nossa cidade, ainda mais interessantes apenas com sua presença

Na última sexta-feira, a competente odontóloga Kalina Jucá recebeu uma atenção exra em razão de mais um niver que celebrava. Depois de uma dia intenso de trabalho, ela, o maridão Eugênio Jucá, seus filhos e alguns amigos foram celebrar a data no Massarela, jogando conversa fora e homenagenando este exemplo de mulher. Parabéns e mais felicidades em sua vida.

Os amigos Marcos e Onira Mello comemoram suas bodas ouro na sexta-feira, dia 19, com uma missa em ação de graças que será celebrada na Igreja de São Pedro. Em seguida, eles recepcionam seus convidados no Espaço Pierre Chalita. Os preparativos estão a mil por hora.

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Sabia que os órgãos também têm data comemorativa? Pois têm. Segunda-feira, dia 8, além de ser celebrado o Dia Internacional da Mulher também é comemorado o Dia Mundial do Rim. E a Santa Casa de Maceió realizou o primeiro transplante de rim dentro do projeto articulado pela Direção Médica, que visa realizar ao menos dois transplantes renais por mês. O primeiro alagoano "a ganhar vida nova", conforme definiu o próprio paciente, foi Ubiratan Vieira Cavalcante, 34 anos, morador de São Miguel dos Campos. Ele e o irmão, Ubirajara Cavalcante, 27 anos, doador do rim, permanecem recuperando-se bem na Unidade João Fireman.

Para quem não foi ontem, hoje é a última chance de se divertir com a comédia Decameron que invadiu o Teatro Gustavo Leite e vem rendendo bons comentários. Os atores, afiadíssimos, fazem valer o ingresso. A dica da coluna é ir, aproveitar o texto e relaxar. Afinal, amanhã é segundafeira e tudo volta à rotina.

FAX Dona de uma beleza marcante, a arquiteta

O nosso fax para envio de notícias: Valéria Cox foi um dos destaques num 4009-1960. recente nupcial realizado em nossa cidade

Que tal surpreender quem você gosta com um café da manhã bem caprichado? A dica d coluna é de um pudim que vai lhe render muitos elogios. Separe duas xícaras (chá) de açúcar cristal, cinco ovos, uma xícara (chá) de leite, uma xícara (chá) de requeijão e uma xícara (chá) de leite condensado. Em uma panela, aqueça o açúcar até obter um caramelo. Despeje-o em toda a forma. Reserve. Bata no liquidificador o leite, o requeijão, o leite condensado e os ovos até que fique homogêneo. Despeje na forma e leve para assar em banho-maria em forno a 180°C por cerca de 40 minutos. Desenforme o pudim assim que esfriar.

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LEILA & LUIZ MARCELO

Leila e Luiz com os pais da noiva, Martinha e Luiz Alberto Lopes

A Igreja de Santa Terezinha foi a testemunha da benção nupcial de Leila Lopes Ferreira e Luiz Marcelo Monteiro. Eles, que são filhos de dois dos casais que mais se destacam em nosso mundo social (Bebeto e Martha Lopes; e Marcel e Ângela Monteiro), agitara o nosso mundo social que se dirigiu em peso para o bairro do Farol e em seguida para o do Jaraguá, onde uma grande festa será realizada no Espaço Pierre Chalita que ganhou decór de Eva Amaral. A festa, aliás, ainda recebe elogios passados pouco mais de um mês de realizada pelo suntuoso jantar assinado pelo Buffet Favo de Mel, a delicada mesa de frios assinad por Yêda Rocha, Cecília Sá e Tatália Montenegro e sofisticação aplicada em cada detalhes. Aos recém casados, os nossos votos de muita felicidade. Aseguir alguns cliques feitos pela equipe de Chico Brandão.

Os noivos com suas sobrinhas, Laís e Cristóvam

Eugênio e Kalina Jucá, que aniversariou na última sexta-feira

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Serão lançadas, amanhã, a partir das 14 horas, as novidades que Paulinne Rezende trouxe para o Outono/Inverno de sua Dona Tetê. Nesta segunda-feira, a moda alagoana ganha novas cores e texturas. A loja fica ao lado da igreja são Pedro Ponta Verde.

DECAMERON

Acima, a entrada da noiva co seu pai; a baixo, Luiz Marcelo com seus pais, Marcel e Ângela Monteiro

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Apenas dez capitais brasileiras foram escolhidas para receber o projeto Parabólica Palmares e nos dias 18 e 19 de março, o Memorial à República, em Maceió, o recebe. A escolha foi feita a partir de pesquisa quantitativa em relação aos estados que mais apresentam propostas, mais buscam informação junto a Fundação Cultural Palmares (FCP) e se interessam por editais e seleção públicas. Salvador, Belo Horizonte, São Paulo, Macapá e Recife são outras cidades que também receberão esta ação. Assim como uma antena parabólica de TV e rádio, o projeto tenta captar informações vindas das mais diversas direções, trazendo-as ao centro da discussão. A casa é de vocês!

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Os coquetéis servidos no Restaurante Hibiscus estão se tornando itens obrigatórios para finais de semanas perfeitos. Com o sol e o mar de Ipioca como testemunhas, não é preciso mais nada. Ou melhor, só os petiscos da casa.

O astro Leonardo Dicaprio já arrancou suspiros de milhões de mulheres, mundo a fora. Em seu novo filme, Ilha do Medo, fruto da parceria do ator com o diretor Martin Scorsece, que já o escalou para outros três filmes ("Gangues de Nova York", "O Aviador" e "Os Infiltrados"), não é bem suspiros o que ele consegue tirar da platéia. Inspirado no livro "Paciente 67", o longa acompanha a investigação conduzida pelo DiCaprio, ue faz um detetive federal, e seu parceiro. A dupla é convocada para uma missão numa sombria ilha onde está o Hospital Psiquiátrico Ashecliffe, que recebe criminosos que sofrem de distúrbios mentais. Por aí vocês tiram. Mas se o medo é de sentir medo diminuir a vontade de ver a película, relaxem. O suspense é bom e vale a pena ficar com o coração um pouco acelerado. No Centerplex.

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Roberta e Paulo Patury

A empresária Márcia Maciel, com seu bom gosto irretocável, promete deixar o Outono/Inverno alagoano chiquérrimo, com a próxima coleção que logo mais desembarca em sua maison. Com o sucesso das coleções Primavera/Verão, podem aguardar por belas novidades.

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A banda Chiclete com Banana promete não deixar ninguém parado no show que realiza hoje, na cidade de Arapiraca. A apresentação acontece na casa de shows Espace. A partir das 21h. Ingressos no estande Viva Alagoas. Mais informações: (82) 3522-1213 e 3235-6950.

9 Verônica e José Agnaldo Araújo

Vick e Mauro Paiva

Mariângela e Zeu

Na terça-feira, às 8 horas, um café da manhçã será realizado no Cinturão verde da Brasken para o lançamento do Prêmio Octávio Brandão de Jornalismo Ambiental. Na ocasião serão apresentados o regulamento e a nova categoria, que irá premiar o melhor trabalho entre os estudantes de jornalismo.

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Os noivos com suas damas de honra

O casal de fotógrafos Chico e Gal Brandão

Henrique e Mirella Arruda

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Acontecendo... OUTONO/INVERNO Na última terça-feria, a estilista Martha Medeiros reuniu as mulheres mais chiques da cidade , em sua Maison M, para apresentar o que preparou para o Outono/Inverno 2010. Quem marcou presença no evento, que teve decoração assinada por Walmy Becho e inspirada na Páscoa, pode ver a evolução dos traços de Martinha. O glamour se instalou em cada peça que foram feitas para agradar gregas e troianas, esbanjando feminilidade. Para dar água na boca, percebam, na modelo ao lado, a riqueza de detalhes das peças da próxima temporada. Se as estrelas já clamam pelo nome de Martha Medeiros, agora elas terão que correr para garantir roupas deste quilate.

As peças da nova coleção Bob Store estão belíssimas. Vale a pena conferir!

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Janine Belo checa os detalhes para o seu jantar de noivado que acontecerá no próximo sábado, dia 20. O cenário escolhido pela empresária e organizadora de petit comitês seu noivo, o advogado Fred Barbosa foi a bela Praia do Francês.

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No próximo dia 25, o presidente da Câmara Municipal de Maceió, vereador Eduardo Holanda e a vereadora Tereza Nelma entragam o Título de Cidadã Honorária da Cidade de Maceió a presidenta do Tribunal de Justiça de Alagoas, desembargadora Elizabeth Carvalho Nascimento. A sessão acontecerá no Plenário da Câmara, às 10 horas.

O NIVER DE NINA ina de Omena Mendes Uchoa Vianna. ganhou uma mega festa para celebrar seus 15 anos. Acomemoração aconteceu no último dia 27 de fevereiro, no Espaço Pierre Chalita e contou o set list do Dj Peixe e da banda Cannibal para animar seus convidados. Eva Amaral caprichou no decor, utilizando móveis de Ricardo Cintra (Living) e de Camila e Bianca Uchôa (Locatto) para deixar os ambientes perfeitos. Chico Brandão registrou tudo e agora vocês conferem alguns cliques.

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Sofia Areccipo Marinho e Rafaella da Costa Barros estão frindo a toa com o sucesso da coleção Happy Hour, da designer Francesca Romana Diana. As mais chiques e antenadas acabam de adotar as jóias como acessórios imprescindíveis para dar um “up” em qualquer produção.

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A aniversariante com seus pais, Mamá Omena e Olímpio Vianna; abaixo, Nina com com o estilista Audifax Seabra, que assinou seu vestido

Os amigos Fábio e Helena Ferrário e Jaqueline e Luiz Romero Farias (abaixo), na festa de Nina

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Roteiro

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Artes plásticas Música Teatro Dança Cinema Literatura Artesanato

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Decameron - A comédia do sexo (foto) continua a ser apresentada hoje (20h), no Teatro Gustavo Leite (Centro Cultural e de Exposição Ruth Cardoso – Jaraguá). Grande sucesso na TV, o espetáculo ganhou uma adaptação para o teatro e percorre o país em turnê depois de ter estado no Rio de Janeiro e em São Paulo onde obteve grande aceitação da crítica e do público. Ingressos: R$ 50. Mais informações: (82) 3325-2373.

Hoje

Em Breve A Cia. Teatral Efigenia Arte Contemporânea, do Rio Janeiro, traz para Maceió o espetáculo “Ariano”, nos dias 20 e 21 de março, no Teatro Gustavo Leite, Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso (Jaraguá). A peça tem como inspiração a vida e a obra do escritor paraibano Ariano Suassuna e direção de Gustavo Falcão. Entrada gratuita mediante apresentação de cortesia que estará disponível no stand Sue Chamusca (Maceió Shopping) a partir do dia 15 de março (segunda-feira). Cada pessoa terá direito a duas cortesias. Mais informações: (82) 3235-5301.

“A Noite da Jovem Guarda” vai trazer Renato & seus Blue Caps ao palco do Clube da OAB (Jacarecica) no dia 19 de março, a partir das 22h. A Galeria Cesmac de Arte Fernando Lopes (R. Cônego Machado – Farol) vai ser inaugurada no dia próximo dia 17, às 19h30, com a exposição coletiva Alagoas: Raízes Imaginárias, com trabalhos de artistas alagoanos. A mostra faz um mapeamento do que foi produzido no século 20 e início do 21 que projetem a imagem dos bens culturais de Alagoas.

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Domingo, 14 de março de 2010 | www.ojornal-al.com.br | e-mail: reservas@ojornal-al.com.br

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O JORNAL

Espaço B2

B3

al.com.br | e-mail: ojornal@ojornal-al.com.br Domingo, 14 de março de 2010 | www.ojornal-a

UMAS POUCAS PALAVRAS

As lembranças sertanejas Espaço parece que vem se tornando território santanense, desde que o Marques Melo começou a escrever seus textos para nós. Agora, abrimos Espaço para mais uma santanense que rebusca suas lembranças e nos escreve sobre suas experiências de vida e da cidade. Acho interessante o grude que existe entre o acadêmico e seu local, entre a vida que se teve e a formação que se obtém. Lúcia é Mestra em Literatura pela Universidade Federal de Alagoas, um excelente curso. Será que ao voltar à Santana deixa de ser Lúcia de hoje para voltar a ser Lúcia de ontem? Essa pergunta aparentemente tola, gera uma segunda um pouco mais complexa: o que os tempos vão incorporando de tal forma que as lembranças são sempre renovadas? Espaço terá orgulho em publicar todo e qualquer texto que for apresentado sobre a vida que se viveu, sobre o que é passado e continua sendo rebuscado, a sensação do que se foi misturada à sensação do que se é. Todos temos o que falar, o que dizer, contar, remexer. Escreva meu amigo sobre sua experiência de vida e, na certa, acolheremos com muita honra e publicaremos depois de uma boa conversa entre nós. Espaço deseja, sobretudo neste ano, a memória alagoana. Escreva. Vamos ler a Lúcia. Agradecemos a colaboração do Grupo Agenda.

O que Lúcia faz

“Cada um tem sua história para contar e até chorar. Todos têm suas veredas: caminhos e riachinhos, ribeiras e ribeirinhas, para deles recordar. Lembrando que, em nosso sertão, veredas são caminhos e, no sertão de Minas Gerais, veredas são riachinhos. Mas, se tudo é sertão, todos os caminhos nos levam ao amor à terra querida e ao nosso povo”.

Maria Lúcia Nobre dos Santos nasceu em Santana do Ipanema/Alagoas. Graduada em Filosofia, com especialização e mestrado em Literatura Brasileira pela Universidade Federal de Alagoas, atuou como profissional da educação durante mais de 25 anos de magistério. A escritora Lúcia Nobre publicou livros em diversos gêneros, destacando-se O sonho de Alice, A filha do lodo, A arte rosa do popular ao erudito e Cotidiano entre palmas e arvoredos. É articulista, com textos publicados em revistas e jornais escritos e virtuais do Brasil.

Lúcia

A recomposição do comércio de Santana

Trapiazeiro Lúcia Nobre ra uma vez um grande e belo trapiazeiro de flores amarelas que sombreavam, com carinho, a bela casa das Lagoas. Trapiazeiro que parodiava o sol e encandeava a lua com sua beleza. Que maravilha poder ficar ali saboreando minha família. Meu avô, minha avó, minhas tias, meus tios, minhas primas e meus primos brincavam de ler. Cada um era leitor e também ouvinte, pois todos participavam da brincadeira. Ali, naquela sombra tranquila, curtíamos belos momentos de felicidade. E parece que adivinhávamos que tudo aquilo não era para sempre. Ou melhor, nem pensávamos nisso. Tudo se vivia de maneira natural e o tempo era tão pouco, pois só acontecia nos domingos. Morávamos cada um em seu lugar e só nos encontrávamos nesse dia. Nossos avós sabiam que domingo era o dia da visita de todos. Vindos de Santana do Ipanema, do Batatal, do Alto Bonito, do Olho D’água do Amaro. Com a alegria do reencontro, seríamos recebidos com carinho por nossos avós. Quem chegava atrasado já encontrava todos sentados embaixo do trapiazeiro, lendo e comentando a Bíblia ou outros livros. As crianças brincavam, mas antes passavam por lá para também contribuir com sua parcela de leitura. Vovô Pedrinho, vovó Angelina, sábios em amor para dar. Jamais esquecerei seus ensinamentos que marcaram minha existência. Tenho certeza de que toda felicidade que sinto em minha alma é o resultado do amor que deles recebi. Alguém pode achar que pais e avós devem educar severamente. Tenho a prova do contrário. Nossos avós tratavam todos amorosamente. O que muito me chamava atenção era a maneira dos tios conversarem com os sobrinhos. Havia um respeito recíproco. Uma admiração mútua. Lembro que tia Júlia gostava de me consultar sobre alguma música ou pedir para olhar alguma palavra desconhecida no dicionário. Assim como eu recebia com bom grado os ensinamentos de minha avó. Ela não aconselhava, contava casos com mensagens para cada situação. Eu entendia e amava. Benildo, meu primo, conta que os adultos gostavam de sua leitura e que era sempre um leitor constante nas reuniões da família, quase sempre embaixo do trapiazeiro, em domingos de sol, lá nas Lagoas. Saudades, muitas saudades, saudavelmente, pois só temos que agradecer os nossos felizes momentos que nos marcaram, positivamente, para sempre. Benedito, anjo querido, foi cedo e deixou muita ternura em meu coração. Costumo lembrar você como o bendito que veio em nome da paz e do amor. As crianças amavam os fins de semana em que estavam com a família das Lagoas do João Gomes. Vovô aparentava ser um senhor sisudo e severo. Na verdade, em sua época, os senhores avôs, em sua maioria, causavam até temor. Bigodes longos, vestidos seriamente, fala firme e autoritária. Ali nas Lagoas, entre avós, tios e primos, tínhamos a liberdade de sermos felizes.

E

Fazíamos fila para sermos abençoados. Depois da bênção, livres e soltos. Hoje, entre ruínas e recordações, bailam as lembranças do trapiazeiro abandonado. Esse que ofereceu sua sombra, o conforto da família reunida. Remorso inflama nossa alma ao sentir que o abandonamos quando ainda estava viçoso. Então, trapiazeiro, por que foi nos deixar partir para nunca mais voltar? Partimos para mundos distantes, enquanto ele morria pouco a pouco do mal da saudade. O seu consolo era saber que fora amado pelos familiares que o viram nascer, crescer e viver por muitos anos. Os iniciadores da família que cresceu, evoluiu e valorizou uma vida harmônica, vieram de Pernambuco, logo que se uniram em nome do amor. Pedro Pacífico e Angelina Amélia, jovens, ainda, resolveram construir suas vidas juntos. E o lugar escolhido foi Alagoas. A região campestre do Estado recebia, afetuosamente, aqueles que desejavam construir uma nova vida. Assim aconteceu. Pedro descendia de uma família de agricultores, lidava muito bem no trato com a lavoura. Desde cedo, adquiriu experiências e as levou na bagagem, de mãos dadas com sonhos e ideais. Embora jovem, passava o aprendizado que assimilara dos antepassados. Quando acontecia a falta d’água e, consequentemente, a seca, encontravam saídas práticas. Em época de chuva, acumulavam água em açudes que construíam. Armazenavam a lavoura colhida depois de separada para o consumo e para o comércio. Se acontecesse a falta de chuva, não havia problema para as famílias do sítio e para as que chegavam pedindo ajuda. Tanto Pedro como Angelina construíram sonhos idealizados. Ele na agricultura e ela com sua escola. Professora, muito bem exerceu essa profissão. A princípio, a família da noiva fora contra o casamento dos dois. Ele, um agricultor, homem da roça, um trabalhador enfrentando grandes dificuldades em um sertão árido e sem nenhuma estrutura. Ela, uma professora que estudou na cidade, poderia sonhar uma vida mais amena. O pai, um fazendeiro, a mãe, dona de casa, desejava à filha uma existência menos agressiva. Angelina poderia continuar os estudos na cidade. Nenhum argumento fez a jovem desistir de seu propósito. Tinha se formado professora e sua vontade poderia se concretizar. Nas Lagoas do João Gomes, faltava uma escola para as crianças ali residentes. Com ajuda do irmão de Pedro e esposa, foi construída uma escola para as crianças da região. Mesmo em terras íngremes, trabalhava-se com planejamento e tudo se multiplicava. Depois da escola instalada ao lado da residência que construíram, não faltaram crianças das regiões vizinhas. Angelina tornou-se uma professora querida. Ainda hoje, em 2010, alguns alunos que sobreviveram ao tempo falam com carinho da professora. Os irmãos Pedro Pacifico e João Clímaco formaram uma comunidade. Em conjunto, realizavam interesses em comum. A escola de Angelina contribuiu para que as crianças dali fossem alicerçadas e continuassem seus estudos em Santana.

Pedro e Angelina enraizaram-se em terras campestres alagoanas. Um dos filhos, Sebastião Pacífico, depois de emancipar-se economicamente da família, resolveu unir-se à bela Helena. O jovem das Lagoas enamora-se da menina do Batatal e, em comum acordo, decidem construir residência na cidade de Santana. O casal, que veio do sítio em direção à cidade, trabalhou duro para confirmar o sustento dos dez descendentes. Dificuldades normais para as famílias. O casal dedicava-se à família e priorizava a educação dos filhos. Ofereceu condições de estudo a todos. Trabalhava em companhia dos filhos. Um amor que deu certo. União que se transformou na grande família que é hoje. Torna-se até difícil contar entre netos e bisnetos. Com mania de revolução, eu não aceitava as normas do ensino vigente. Insistia em não decorar as lições. Daí as reprovações no ginasial. Enquanto colegas decoravam grandes textos de geografia e história, eu pensava, pensava e não estudava a lição. Meu interesse se concentrava em português, matemática, francês. Os livros da Biblioteca Municipal da cidade não eram suficientes. Eu lia todos e queria outras leituras. Os emprestados pelos amigos completavam minha leitura. O professor Ernande Brandão foi o principal fornecedor de bons títulos. Sim, mas por que não estudava as tarefas da escola? Foi assim até entender o significado de um diploma para continuar os estudos. As palavras do conterrâneo Siloé Tavares contribuíram para mais um alerta: “vai ficar a vida inteira vendendo cafezinho?”. Como filha mais velha, procurei conduzir meus irmãos a lugares que os levassem ao amor, à compreensão, sobretudo à dignidade. Todos trabalhavam com papai em horário diferente do colégio. Acordávamos bem cedo como Escultura era de costume. Cada um tomava é um dos o rumo que lhe era destinado. Já ícones da que não admitia o sistema escolar do ginasial, optei por trabacidade lhar com a família em tempo integral. Nosso trabalho exigianos tempo. Preferia liberar meus irmãos para o estudo, enquanto ficava trabalhando em nosso “Bar Comercial” (restaurante). Motivo de satisfação para os pais, presenciar o crescimento e a realização dos filhos como pessoas. Da união do casal, uma menina inquieta, queria modificar o mundo. Só não sabia como. Refletia sobre as palavras e desejava entender o seu sentido. Gostava de meditar, de ler, de

Ainda existe algum tempo para a conversa de calçada

cantar, de escrever e fazer versos imitando os clássicos. Ao ler versos de Camões, dedicou-se ao estudo da poesia. Meu pai, apaixonado por leitura, reunia, em um fiteiro, livros de religião sobre a vida dos Santos e alguns títulos que lhe interessavam. Lendo-os, adquiri o bom gosto da leitura. Entre seus livros, assinava revistas da Editora Vozes de Petrópolis/RJ. Eu me comunicava com a editora das revistas e, por algum tempo, participei como colaboradora da coluna de jovens. Chegou uma gráfica em Santana. Com euforia, dirigi-me a esta com alguns cadernos lotados de poesias. Saí dali decepcionada, o proprietário falou que não fazia aquele tipo de serviço. Mesmo pedindo que fizesse o orçamento, tirou-me de tempo e, com indelicadeza, repetiu o não. A ignorância do dono da gráfica não matou meus sonhos, atiçou a vontade de sair de Santana para realizá-los. Se nos ausentamos, alguns santanenses, foi para, mais tarde, contribuirmos com nossa parcela cultural, como fazemos agora. Estávamos ausentes fisicamente, mas ligados a todos os acontecimentos que engrandeciam nosso povo, nossa cidade. Santana, cidade pacata, sem diversões. Havia o cinema, porém os filmes eram sempre reprisados. O que fazer? Trabalhar e, nas horas vagas, ler, ler. Nunca gostei de Carnaval, esse tempo era muito bom para ficar só. Enquanto todos saíam, a leitura ficava mais agradável. Não quero dizer que negligenciava os amigos.

Sempre soube cativá-los e cultivá-los. Tendo meditado O Pequeno Príncipe na adolescência, acreditava que o amigo devia ser cativado e que o essencial era invisível aos olhos. Ajudou-me a compreender os vários temperamentos do ser humano. Olhando-o com o coração, não o julgando pela aparência. Saí de minha terra para cursar a Universidade. De primeira, passei no vestibular de Filosofia na UFAL. Deixei a família e os amigos e parti para novas conquistas. Ao inscrever-me para o vestibular, nem observei que não tinha onde morar em Maceió, mesmo assim, não podia desistir. Consegui vaga na Residência Universitária e passei no concurso para professora. Assim, sem grandes sacrifícios, obtive o título universitário. Os comerciantes de Santana sempre promoviam oportunidades para os jovens que desejavam trabalhar. Como o Ginásio Santana funcionava também à noite, os jovens podiam cumprir horário de trabalho durante o dia. Meninos da cidade e dos sítios vizinhos procuravam papai na busca de uma vaga de emprego. Muitas vezes, ficavam conosco, adquiriam senso de responsabilidade e, com isso, eram chamados para trabalhar em lojas, padarias, bancos da cidade. Assim aconteceu com vários garotos, uns até saíram da cidade capazes de assumir responsabilidades maiores. José Alves, menino ainda, fora levado pelo pai para conosco trabalhar. Na época, não havia lei que proibisse o trabalho infantil, no entanto, tínhamos consciência de que se tratava de um menor que precisava de ajuda. José cumpria sua função de aprendiz, assim como a de estudante que se preparava para a vida e ajudava a família, como desejava o pai. Na idade de trabalhar nas lojas da cidade, exerceu sua tarefa até ter

condições de construir o seu próprio negócio. José Alves e seu irmão iniciaram em sua terra, partiram e se realizaram em cidades maiores. Sempre nos visitaram em férias e agradeciam os tempos em que conviveram com nossa família. Riacho Camoxinga, sua ponte separa um bairro do outro. Todas as tardes, a casa da professora acolhia alguns jovens amantes da música. A belíssima residência de Dona Maroquita Bulhões, irmã do Padre Bulhões, fica no alto da ponte sobre o encontro do Riacho Camoxinga com o Rio Ipanema, local em que se abraçam, contendo uma água salobre. Leito quase sempre vazio, conformado por viver a maior parte de sua vida esperando receber o líquido precioso. O casarão destacava-se por sua beleza e por sua arquitetura antiga. Grandes salas, quartos, alpendres, varandas, jardins, capela, cozinha vastíssima. A mais bela sala era a do piano, piso todo coberto por tapete vermelho, belíssimos quadros nas paredes. E não era a sala em que os alunos, os coristas, cada um em sua especialidade; soltavam suas vozes, eufóricos, durante os ensaios. As aulas aconteciam ao som do harmônio em outro ambiente. Na primeira, segunda, terceira e quarta voz, eram manifestadas as vozes desses jovens, o orgulho da maestrina. Recebiam noção de música, de canto e, sobretudo, de senso de responsabilidade. O coral só se apresentava em dias festivos, geralmente, era convidado a se apresentar. Aquele casarão era curioso para todos. Quem não queria conhecê-lo? Os alunos, timidamente, só ficavam no lugar destinado aos ensaios até um dia em que a professora pediu a um dos sobrinhos, Demóstenes ou Crisóstenes, que mostrasse os lugares mais bonitos da casa aos alunos. Dona Maroquita tinha fama de aus-

tera, mas era a meiguice em pessoa quando os recebia. No fim da tarde, após os ensaios, eram servidos gostosos malcasados preparados por Bernadete, sobrinha da professora. Por baixo da ponte, chegávamos ao casarão. Era mais interessante atravessar o riacho que, como o rio, passava com fraca correnteza. A água que passeava levemente molhava os pés dos jovens, dando-lhes a sensação de liberdade. E que liberdade! Jovens, felizes, cantores. “Quem canta seus males espanta”. Futuros cidadãos conscientes e responsáveis. Aprenderam, desde cedo, a unir o útil ao agradável. Cantavam e cumpriam horários, compromissos. Sabiam também romper tabus, desprezavam a ponte, molhavam os pés nas águas mansas e frias do riacho. Os jovens eram selecionados por Dona Maroquita, que dizia a todos: “para fazer parte do grupo, terão de ser responsáveis, pontuais e assíduos, principalmente”. Outros jovens até tentavam participar do grupo, mas, pouco a pouco, se afastavam. Os que continuaram conquistaram a confiança da maestrina: João Neto, seresteiro nas noites de Santana, Madge, Renilde Silva, Lourdinha Azevedo, Lúcia Nobre... os frequentadores assíduos. Nas férias, sempre apareciam os que estudavam fora de Santana e participavam do nosso coral. Santana do Ipanema atual está tentando se realizar por meio de filhos conscientes, o essencial para que seu povo caminhe dignamente e seus jovens adquiram o necessário para uma realização profissional. O ideal é que os estudantes da época atual não tenham que se deslocar para outra cidade a procura de um grau a mais em sua vida escolar. Os santanenses unidos não negligenciam a conquista desse objetivo. Não é de agora que afastam as pedras que tentam impedir conquistas e realizações. Acredita-se que, se cada um oferecer sua contribuição, tudo será cumprido. Entre os santanenses, surgiram poetas e mais sertanejos poetas para confirmar as palavras do escritor mineiro João Guimarães Rosa, que diz: “para ser um bom poeta é preciso provir do sertão”. E diz ainda mais: “Goethe é um sertanejo, entende a alma humana”. Aqui entre nós, em nosso querido torrão, o que nos encanta é a nossa Santana dos nossos amores, onde nos deleitamos À sombra do umbuzeiro, com nossos casos e loas, contados e cantados por nossos poetas. O importante é que cada um tem o seu pé de serra para poetizar. Cada um tem sua história para contar e até chorar. Todos têm suas veredas: caminhos e riachinhos, ribeiras e ribeirinhas, para deles recordar. Lembrando que, em nosso sertão, veredas são caminhos e, no sertão de Minas Gerais, veredas são riachinhos. Mas, se tudo é sertão, todos os caminhos nos levam ao amor à terra querida e ao nosso povo. Os poetas, os escritores santanenses, valorizam recordar os fatos acontecidos no passado, sejam engraçados ou não. É o perpetuar da cultura. Mais uma contribuição para nosso patrimônio cultural, o poetizar dos fatos guardados na memória do santanense.


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Espaço Gourmet

“O Delicioso Risotto da Chef Walgra Mello” Walgra Mello C1

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ELISABETH

CARVALHO O Dinamismo da Nossa

Primeira

Governadora

TOK DÉCOR

Móveis ecologicamente

corretos

BOX FASHION

Ombros à mostra

Martha Medeiros em VOGA

Milão e Paris

na Semana de Moda

Copa do Mundo

Os novos uniformes da seleção canarinho

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Elisabeth Carvalho “ Lutar pelo bem-estar comum é uma tarefa gratificante” Por Flávia Barros

Ela tem aulas de guitarra é apaixonada por Blues, lê livros de arte, é fiel admiradora do cinema, teatro e da moda. Elisabeth Carvalho, nossa Primeira Governadora, cargo que recebeu com orgulho e emoção! Mulher dinâmica e conciliadora, ela não é só primeira no governo, é nossa também, primeira Juíza Desembargadora e primeira mulher Presidente do Tribunal de Justiça. Dra. Elisabeth no seu dia-a-dia além de trabalhar muito, prova disso, é que já deu os primeiros passos para a reabertura do Teatro Deodoro, com fortes promessas para estarmos usufruindo daquele maravilhoso palco, em junho. Ela também se permite relaxar em algumas horas, andando de bicicleta no quarteirão de casa, caindo, levantando e recomeçando quantas vezes forem necessárias, com a ajuda de sua irmã controla as coisas de casa. No supermercado já desistiram de pedirem as compras. Sua secretária vive reclamando que a Dra. Beth nunca traz o que a gente precisa, "sempre chego com livros, DVD, e CDs", exclama a magistrada. Estuda a Cabala em conseqüência do seu desejo de estar sempre aprendendo, "curiosidade, tanta gente fala dessa tal de Cabala que eu vou ler", expressa-se a Desembargadora. Sempre envolvida em causas sociais, através da ESMAL( Escola Superior da Magistratura de Alagoas, órgão que também é presidenta), realiza diversos seminários, dentre eles, neste mês da mulher, já recebeu professores de Portugal, para discutirem sobre o mercado de trabalho feminino, realizou diversos eventos culturais e tem alguns projetos para o futuro. Com a aquisição de uma Van Ducatto será implantado através do projeto "Cidadania de Justiça na Escola" uma biblioteca ambulante, levando para as comunidades o incentivo da leitura! Durante sua caminhada profissional, com muita satisfação, sentia-se recompensada quando resolvia os problemas lá no interior de Penedo, mesmo que ainda fossem de brigas por talheres de mesa! Mas um momento de grande pesar, foi quando indevidamente estampou a capa de um semanário local, com acusações ofensivas. Mas Dra. Elisabeth, está sempre voltada para o bem, exclui o que não tem benefício, e aconselha: "Força de vontade, e seguir exemplos de quem já fez e faz o bem é sempre o melhor caminho".

Em Voga

Desfile Martha Medeiros

Fotos: Chico Brandão

A coleção de Martha Medeiros desfilada no último dia 10, em sua Maison, trouxe cores em tons de azul jeans, peles, os pretos eternos e crus. A mulher Martha Medeiros é atemporal, segue seus desejos com muito conforto e prima pela exclusividade.www.marthamedeiros.com.br Rua Deputado José Lages,402 - Ponta Verde Maceió/AL Tel: (82) 3357 2221 Rua Dr. Melo Alves, 287 - Jardins -São Paulo/SP Tel: (11) 3062 7907 Créditos - Chico Brandão

EDITORA DE JORNAIS DE ALAGOAS LTDA www.ojornal-al.com.br ojornal@ojornal-al.com.br / veiculos@ojornal-al.com.br Diretor-Executivo Petronio Pereira petronio@ojornal-al.com.br Editor-Geral Deraldo Francisco deraldo@ojornal-al.com.br Diretora Comercial Eliane Pereira comercial@ojornal-al.com.br

Editores Igor Pereira igor93279039@hotmail.com salavip@ojornal-al.com.br Flávia Barros flavia.barros@hotmail.com salavip@ojornal-al.com.br

Colaboradores Produtora de moda Ana Brigida anabrigida1@hotmail.com

ENDEREÇO Av. Gustavo Paiva, 3771 - Mangabeiras Maceió -AL - CEP: 57037-280 ATENDIMENTO AO ASSINANTE (82) 4009-1919 CLASSIFICADOS (82) 4009-1970

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RISOTTO DO MAR INGREDIENTES RISOTTO:

Chef Walgra Mello

480g arroz arbório 20g cebola 20ml azeite 20ml vinho branco 30g manteiga 30g parmesão ralado PM alfavaca CALDO COZIMENTO: 2kg cabeça de camarão 200g cebola 200g cenoura 5g alho 100g salsão 20ml azeite de oliva 1 bouquet garni 1l leite de coco MARISCOS: 140g polvo cozido 160g lagosta limpa 160g camarão inteiros 60g vôngole 50g mexilhões c/ casca 40ml azeite de oliva 40ml vinho branco seco 200g tomate s/ pele 5g alho picado PM sal PM pimenta do reino

Walgra Mello é chef-consultora, formada pelo Institut Paul Bocuse, instituição internacionalmente renomada, pela qualidade na formação de profissionais nas áreas de gastronomia e hotelaria. A chef já emprestou sua criatividade para restaurantes estrelados pelo Guia Michelin,como o do Hotel Hitz, em Paris, Moulin de Loumarim, em Provence, no Calandre, em

FASE DE PREPARAÇÃO 1) CALDO: corte a cebola, salsão e a cenoura em mirepoix, prepare o bouquet garni ( salsinha, folha de louro, tomilho e folha de alho poró).Refogue as verduras , o alho e as cabeças de camarão no azeite. Molhe com 2L de água e o leite de coco, deixe cozinhar por 20minutos. Depois de pronto passe no chinois. 2) MARISCOS: em uma frigideira doure o alho e refogue os mariscos, na seqüência seguinte: polvo( previamente cozido), mexilhões com casca, vôngole c/ casca, em seguida acrescente o vinho e deixe ferver. Após a fervura ponha a lagosta, camarões inteiros e as tomates sem pele em cubos. Verifique o sal e pimenta do reino. Reserve. 3) RISOTTO: refogue a cebola no azeite, coloque o vinho e deixe evaporar. Em seguida, coloque o arroz e refogue por alguns minutos. Molhe, aos poucos, com a caldo de camarão em fervura, proceda o cozimento sempre mexendo para retirar ao máximo de amido do arroz. Quando o risotto estiver preste a sair do fogo, coloque os mariscos refogados( guardando os camarões e mexilhões), a manteiga gelada e o queijo parmesão ralado grosseiramente. Apague o fogo e coloque a alfavaca picada finamente. Sirva em prato fundo e disponha os mexilhões e camarões sobre o risotto.

Padova além de diversos outros mundo a fora... De volta ao Brasil criou o WM Gastronomia, um mix de culinária e arte. Hoje Walgra além de cuidar do seu WM, tem um lado professora especial, ela ministra aulas na Universidade Anhembi Morumbi e, também na área acadêmica, já contribuiu com a ONG Trilha Jovem.

Lançamentos

FASHION

com um pequeno pen drive na tampa, com fotos e informações detalhadas sobre o uniforme que será usado na Copa do Mundo, em junho deste ano. Detalhes como as frases "orgulho e amor", escondida atrás do brasão da CBF, e "nascido para jogar futebol", abaixo da gola, na parte interna, estão descritos nos arquivos contidos no aparelho.

E a seleção de preto? Você pode imaginar?

Se para uns o preto significa luto, de acordo com a empresa, a ideia de usar a cor foi uma maneira inovadora de criar um visual ainda mais amedrontador. O slogan da coleção explícita este propósito: "Se é o amarelo que eles temem, por esta eles não esperavam". As peças da coleção foram inspiradas nos uniformes de viagem, que serão usados pelo time do Brasil durante a Copa da África do Sul, e já podem ser encontradas na Nike Sportswear Store, em São Paulo (SP).

Ombros Estruturados

Para reforçar que a produção das camisetas da seleção brasileira de futebol foi feita com 8 garrafas pet, a Nike usou uma 9ª como embalagem. Em tecido fino e 15% mais leve do que a versão anterior, a nova peça amarela vem enrolada dentro da garrafa de plástico transparente com rótulo preto, a abertura foi posicionada com uma linha pontilhada. Ainda vem acompanhada

BOX

Walgra também sugere variedades de receitas em seu site WWW.wmgastronomia.com.br

Eles foram hit na moda nos anos 80, e ainda hoje fazem a diferença , estamos falando de ombros. No verão eles estavam à mostra, mas vale a pena continuar apostando, as ombreiras dão um up no look e os blazers com ar de básico entram na linha estruturada. Apareceram na maioria dos desfiles de inverno /2010 e apontam como forte tendência da estação. Alguns cuidados devem ser tomados para que a gente não seja "engolida" pelo paletó. Querem ver como um ombro pode melhorar ou piorar sua situação? Faça o teste e ouse!! Você quer dicas de moda? Consulte nossa personal

Ana Brigida Farias anabrigida1@hotmail.com

stylist

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TOK DÉCOR

Móveis ecologicamente corretos? O Tok Décor foi pesquisar para você. Por Aurea Dantas dantas.aurea@hotmail.com

Bancos Flor de Chita - Isabela Vecci

Este ano os decoradores mostram que a tendência de decoração de luxo, é apostar em materiais ecologicamente corretos, tecidos artesanais, além de tecidos finos em cores intensas. Não há nada mais chic no mercado que os móveis e objetos de decoração feitos em bambu, que deixaram o ambiente das casas de praia, e entraram com tudo nas salas de estar e quartos. Muito sofisticados também são as colchas, cortinas e tapetes artesanais, um pouco mais rústicos, e de cores mais intensas, estão fazendo muito sucesso quando utilizados em conjunto com materiais clássicos. Para decorar uma casa com requinte, sofisticação, beleza e luxo, nada melhor que realmente optar pela mescla desses produtos, que estão no auge, decorando as casas de celebridades, além de muitas damas da sociedade.

Cadeira em bambu pelo arquiteto Paulo Foggiato - Premiada no salão Casa Brasil 2009

Chita em estilo sofisticado Mesa de centro em pastilhas de bambu

Poltrona Glide de Sergio Fahrer -Em fibra de carbono, a mesma usada na fabricação de carros e aviões

Onde Encontrar: www.olx.com.br; www.orebrasil.com.br; www.waydesign.com.br

MILÃO

Semana de Moda Giorgio Armani Alexander McQueen Roberto Cavalli

Dolce & Gabbana

PARIS

Chanel

Givenchy

Pucci

Jonh Galliano

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