OJORNAL 27/03/2011

Exemplar de assinante

O JORNA L

Yvette Moura

Maceió, domingo, 27 de março de 2011 | Ano XVII | Nº 160 | www.ojornalweb.com

OSTRA

ALAGOAS

R$ 2,00

Cresce venda de verduras e frutas nas ruas Engana-se quem pensa que a profissão de vendedor de frutas e verduras está acabando. Apesar do desafio físico de empurrar um carrinho cheio de frutas todos os dias, a atividade cresce em Maceió.

Páginas A25 e A26

ASA pode ser o campeão do turno hoje

Exploração sustentável Na Barra de São Miguel, o cultivo de ostras garante a renda dos moradores da Palateia. Quem era catador de ostras agora é produtor. A pesca predatória já ameaçou o molusco, mas agora se pratica a exploração sustentável. Páginas A13 a A16

A rodada de hoje do Alagoano pode definir o campeão do turno e o segundo rebaixado. O ASAficará com a taça se vencer o Corinthians, no Nelsão, e se o Murici perder do Santa Rita, em Boca da Mata.

Esportes

FICHA LIMPA

Dúvidas jurídicas e mudanças na ALE Com entendimento sobre Lei do Ficha Limpa, outras decisões do Supremo podem alterar quadro político Páginas A3 e A4

Dois Lula Castello Branco

MPE suspeita das licenças de professores

O recomeço após a perda de um parente

Página A18

Páginas A9 e A10

Mata Atlântica: são 93% de devastação

Raio X da seleção

Suplemento

MARÉS 04h30.............................................. 0.9 10h24.............................................. 1.6 17h19.............................................. 0.7 23h45.............................................. 1.6

Hoje é Dia do Circo. O JORNAL foi buscar duas histórias desses artistas, exemplos de perseverança e amor à arte.

Uma delas é contada pelo Palhaço Pirulito.

Páginas B1, B2, B3, B7 e B8

Alinne Borges, um sucesso na Record

Grife de Mandela vai ajudar vítimas da Aids

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O JORNAL

Política A2

Pauta Geral pautageral@ojornal-al.com.br

SONHOS, PLANOS E FANTASIAS Agora como presidente municipal do PSDB, o secretário estadual de Infraestrutura, Marco Fireman, aparece como nome tucano para eleição de 2014. A especulação de sua candidatura em Maceió é apenas para encobrir a estratégia governista - que passa pelo apoio ao deputado federal Givaldo Carimbão (PSB). Neste momento, Fireman seria o vice ideal nos planos do Democratas, o que construiria uma chapa em 2012 com DEM, PSDB e PSB. No entanto, essa articulação frustraria outro secretário estadual que sonha em ficar com a vaga de vice na chapa governista na sucessão de Vilela.

FALTA GENTE 1 Assim que assumiu o comando da Secretaria de Defesa Social, Dário César Cavalcante tentou mudar o comando do Corpo de Bombeiros. No entanto, o oficial, que foi um dos responsáveis pela oxigenação do alto comando da PM, não conseguiu fazer nenhuma mudança na cúpula da outra corporação militar. Ele até pensou em promover um tenente-coronel, mas sentiu de perto que a movimentação não seria das mais fáceis – e que poderia incorrer no mesmo erro de dois anos atrás, quando Dalmo Sena chegou ao comando da tropa da Polícia Militar sem o apoio necessário.

FALTA GENTE 2 O secretário Dário César encontrou dificuldades em substituir o comandante agora acionado na Justiça, herdado da antiga gestão de Paulo Rubim. Nos Bombeiros são apenas seis coronéis. Um deles envolvido com o desvio de donativos, dois ligados ao ex-governador Ronaldo Lessa, um dito como casca-grossa (e odiado pela tropa) e outro que dispensou o convite para assumir. Sobrou mesmo para Neitônio Freitas, sempre apontado como ineficiente dentro do Palácio República dos Palmares.

ESTREMECIDO Não chamem os deputados Ricardo Nezinho (PTdoB) e Jeferson Morais (DEM) para mesma festa. Os dois estão em rota de colisão e trocando acusações depois do resultado da eleição para Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa.

“

Domingo, 27 de março de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: politica@ojornal-al.com.br

Projeto que regulamenta Gecoc será encaminhado à Assembleia Procurador-geral avalia que grupo vai ganhar mais força com aprovação de lei Gilson Monteiro Repórter

Esta semana, o Ministério Público Estadual encaminha para Assembleia Legislativa projeto de lei que regulamenta as atividades do Grupo de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc). Segundo o procurador-geral de Justiça, Eduardo Tavares, com a regulamentação, o grupo ganha mais força em sua atuação.

“O Gecoc atua hoje segundo o que é regulamentado pelo colégio de procuradores. Isso não significa nada de errado, está tudo dentro da legalidade. Mas sempre se fez necessário a instituição de uma lei, que dê esse suporte legal ao grupo. È um atividade que combate o crime organizado, ou seja, são investigações

complexas, e, quanto mais o Ministério Público se armar, legalmente falando, melhor será para o Gecoc, e consequentemente para a população”, avaliou Tavares.

“Enviaremos esse projeto que está sendo finalizado à Assembleia Legislativa, e, certamente, contaremos com o aval dos deputados e do governador ”, enfatizou. A lei que será encaminha ao Legislativo também amplia a composição do Gecoc, aumentando de três para seis integrantes. Um número maior de promotores permitirá uma ampliação do raio de alcance do Gecoc, que passará a agir em todo o Estado.

“Essa é uma das melhorias que teremos. O trabalho do Gecoc foi ganhando um

peso enorme no combate ao crime organizado no Estado, e é urgente essa ampliação das atividades, abrangendo todo o Estado. Demanda existe, e tentaremos, na medida do possível atendê-la”, disse o procurador-geral.

ENTENDA - O Gecoc foi criado em 2006, época em que grupos de combate a organizações criminosas surgiram em Alagoas e em todo o Brasil. O grupo atua em três frentes de combate ao crime organizado: tráfico, corrupção e crimes patrimoniais. “O Gecoc tem essa frente de trabalho, que são crimes que infelizmente maculam o nosso Estado, mas que o Ministério Público, como guardião da sociedade, tem feito seu trabalho por meio do Gecoc. E

com essa lei regulamentando o Grupo esse combate às organizações criminosas só tende a crescer ”, disse o procurador-geral.

MEMBROS - A criação de uma lei para regulamentar o Gecoc foi anunciada pelo chefe do Ministério Público, Eduardo Tavares, no início do mês, quando foi apresentada a nova composição do Grupo, depois da saída do promotor de Justiça Alfredo Gaspar de Mendonça. Desde então o comando do grupo passou para o promotor de Justiça Luiz Vasconcelos.

Também integram o Gecoc os promotores de Justiça Antonio dos Santos Filho e Hamilton Carneiro Júnior, único remanescente da formação anterior.

Grupo de combate à improbidade administrativa Enquanto executa mudanças no Gecoc, o procurador-geral Eduardo Tavares anuncia também a criação do Grupo de Combate aos Atos de Improbidade Administrativa (GCAIA). Anova equipe será comandada pelo promotor José Carlos Castro, que já comanda grupo com atribuição similar, o Núcleo de Defesa do Patrimônio Público do MPE. Com o status de grupo, os promotores terão um campo de

atuação maior, e mais força na aplicação da lei.

“Estamos criando esse grupo, que na verdade já está em atividade, que é o Núcleo de Defesa do Patrimônio Público, mas que ganha mais força com essa nova formatação, passando a atuar nos moldes do Gecoc, só que fiscalizando especificamente os atos de improbidade administrativa”, disse Tavares, em entre-

vista a O JORNAL. De maneira genérica, é classificado como ato de improbidade administrativa todo ato ilegal ou contrário aos princípios básicos da administração, cometido por agente público.

Tecnicamente pode ser entendida como a “corrupção administrativa”.

“Infelizmente o trato com a coisa pública nem sempre é feito da forma correta, como

manda a lei. A corrupção é cultural não apenas em nosso Estado, mas é inaceitável. O Ministério Público Estadual, como fiscal da população, guardião da lei, está fazendo a sua parte, criando esse grupo para fortalecer o combate à improbidade administrativa”, enfatizou o procurador de Justiça. O restante da equipe deve ser anunciado nos próximos dias. (G.M.)

Se deixarmos de lado a renovação política, acabou-se a moral para falar de sonhos, de ética, de um mundo mais justo e responsável com o meio ambiente. Podemos até continuar falando, mas soará falso, como voz metálica de robô”

Marina Silva, ex-senadora, sobre seu partido, o PV

TAREFA

O vereador Sílvio Camelo (PV) se mostrou muito bem articulado ao emplacar como líder governista na Câmara de Maceió. Ele foi a surpresa, já que outros nomes tentavam emplacar a função. Camelo agora tem uma tarefa pela frente: tenta diminuir o crescimento da bancada de oposição que já conta com seis vereadores.

CAFÉ

O senador Renan Calheiros (PMDB) participará, amanhã, de um café da manhã oferecido pela reitora da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Ana Dayse Rezende Dórea. O evento, no Museu Théo Brandão da Ufal, tem o objetivo de apresentar a nova estrutura da Universidade, seus planos de expansão e suas demandas.

É A VIA O deputado estadual Jeferson Morais começa, aos poucos, a aparecer como nome do DEM para sucessão de Cícero Almeida (PP). A eleição dele é vital para os planos políticos do vice-governador José Thomaz Nonô, presidente estadual do DEM, e que está de olho na eleição para o governo em 2014.

APARECENDO Mesmo que repita por diversas vezes que não pretende ser candidata, o nome da secretária municipal de Finanças, Marcilene Costa, é um dos que mais aparecem na corrida pela sucessão de Cícero Almeida na Prefeitura de Maceió.

DIRETAS Na estratégia de fortalecimento de novas lideranças, o PCdoB deu todo o gás para líder estudantil Cláudia Petuba comandar os protestos que fecharam a Fernandes Lima durante a semana.

A assessoria montada por Pinto de Luna para auxiliar na gestão da SMTT está batendo cabeça faz um certo tempo, muito até por inexperiência no setor.

As críticas começam a aumentar...

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Política

O JORNAL JORNA L A3

Domingo, 27 de março de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: politica@ojornal-al.com.br

Contexto Roberto Vilanova - bobvilanova@hotmail.com

GRANDE ACORDO O PDT está a um passo de se recompor com o prefeito Cícero Almeida. O vereador Paulo Corintho nega a reaproximação com o prefeito, mas o vereador Silvio Camelo foi incumbido da missão de atrair o PDT para a base aliada. É a primeira missão importante do novo líder do prefeito.

No acordo entram duas secretarias e mais o compromisso de Almeida de não atrapalhar a candidatura do ex-governador Ronaldo Lessa à sucessão dele (Almeida) em 2012.

Nos bastidores garante-se que o acordo está praticamente fechado e que o sinal mais evidente da reaproximação foi o “esquecimento do PDT” à rebeldia da vereadora Amilka Melo – que mandou retirar a assinatura para instalação da Comissão Especial de Inquérito, a “CEI do Lixo”.

O PDT, que havia “fechado questão” em favor da “CEI do Lixo”, optou por “esquecer” que a vereadora estava obrigada a apoiar a proposta.

O “esquecimento” foi entendido como gesto de boa vontade do PDT, o que abriu a brecha para a reaproximação. E, com a aproximação da eleição municipal de 2012, todos decidiram passar a borracha no passado.

Eles se comprometem a não mais olhar pelo retrovisor.

REAGE

PLANO

O deputado Antonio Albuquerque (PTdoB), que tem 15 dias para se defender da acusação de ser um dos mandantes do assassinato do cabo Gonçalves, considera a acusação “descabida”. Albuquerque foi acusado juntamente com o deputado João Beltrão e o ex-deputado Francisco Tenório.

Quem acusou os deputados Antonio Albuquerque e João Beltrão e Chico Tenório de terem mandado matar o cabo Gonçalves foi o ex-coronel Cavalcante.

Segundo Cavalcante, o plano foi traçado na fazenda do deputado Albuquerque, porque o cabo Gonçalves havia jurado matar João Beltrão.

NÃO TEM BASE Mas o deputado Antonio Albuquerque considera a acusação “uma aberração” e garante que não tem consistência.

SALVO

VETO

O senador Renan Calheiros (PMDB) garantiu ao prefeito Cícero Almeida (PP) que ele não será afastado do cargo e que “tudo vai passar”, ao se referir à denúncia do Ministério Público Estadual sobre irregularidades nos contratos para coleta do lixo.

A vereadora Heloísa Helena (PSOL) disse que o superintendente da SMTT, José Pinto de Luna, não foi à audiência pública para discutir a regulamentação do transporte de mototaxista e motoboy em Maceió porque o prefeito Cícero Almeida não deixou.

CONTROLE REMOTO – “Não deixe que coloquem uma coleira no seu pescoço” – alfinetou a vereadora Heloísa Helena, ao se referir à ausência de Pinto de Luna à audiência pública na Câmara.

RUIM

NEGOU

O capitão PM Rocha Lima bateu o recorde de punições de oficiais. A ficha dele encaminhada ao governo do Estado marca 97 dias de prisão, assim distribuídas: 18 dias de prisão em 1995; outros 4 dias em 1998, em 99 foram 60 dias e em 2004 mais 15 dias.

Foi esse recorde de prisão que motivou o recuo do governador Téo Vilela em atender ao pedido do deputado Dudu Holanda, para colocar o capitão Rocha Lima à disposição da Assembleia Legislativa.

Dudu insiste que o capitão está sendo perseguido.

Ficha Limpa: decisão do STF sobre lei cria cenário novo e conturbado Outras decisões, que devem sair do Supremo, podem mudar quadro político Yvette Moura

Alexandre H. Lino Repórter

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, na última semana, que a lei complementar 135/2010, a Lei do Ficha Limpa, não tem validade para as eleições de 2010.

Com isso, o deputado estadual João Beltrão (PRTB) ganha o direito de reassumir o mandato conquistado com pouco mais de 32 mil votos.

No entanto, a mudança cria um cenário novo e bastante conturbado, pois outras decisões que estão a cargo do STF podem mudar o quadro político e até mesmo a composição da Assembleia Legislativa. Um destes julgamentos diz respeito à propriedade da vaga conquistada na urna, se ela é do partido ou da coligação.

A outra, bem mais complexa, é a que define o princípio da retroatividade, segundo o qual a lei não pode retroagir para prejudicar o réu. O argumento tem consequências para a aplicabilidade da lei, que voltará a ser discutida antes das eleições de 2012.

Todos os políticos condenados foram sentenciados antes de 7 junho de 2010, data da publicação da nova lei. Portanto, escaparão impunes e poderão se candidatar.

Afinal, o texto da lei, que pretendia deixar inelegíveis, por oito anos, políticos condenados por crimes eleitorais ou de lavagem e de ocultação de bens e improbidade administrativa, só alcançará aqueles julgados e condenados em segunda instância (por tribunais) a partir desta data. Ou seja, a inelegibilidade não é sanção, mas condição. Isso quer dizer que as condições para que um cidadão se eleja podem ser alteradas até a próxima eleição, caso os legisladores queiram “remendar” as brechas deixadas agora.

Com decisão do STF sobre Lei do Ficha Limpa, João Beltrão deve assumir mandato de deputado estadual

O advogado Fábio Ferrario, especialista em Direito Eleitoral, achou acertada a decisão do Supremo. Para ele, e expectativa criada em cima da Ficha Limpa terminou atropelando princípios jurídicos seculares, como a irretroatividade, a segurança jurídica e a aplicação da lei no tempo do fato. Ele acredita que a lei ainda terá reflexos diretos na disputa de 2012. “Não poderia ser diferente, se quisessem (os ministros) manter o ordenamento jurídico e as garantias constitucionais. Chega a ser teratológico imaginar uma lei retroagindo para atingir determinado candidato”, afirmou.

Ferrario explicou que a Lei do Ficha Limpa criou situações inexplicáveis na última eleição, como a de um

candidato ser impedido de disputar por um erro cometido no passado. E neste intervalo de tempo, o determinado político, já teria cumprido dois ou três mandatos sem ser alvo de nenhuma condenação ou impedimento neste sentido. “Fora este problema existe uma deficiência na racionalidade em algumas penas aplicáveis.

Você imaginar que uma multa eleitoral pode deixar alguém de fora de uma eleição por quatro anos é muito desproporcional”, analisou.

O deputado João Beltrão foi barrado a partir de uma condenação no Tribunal de Contas da União (TCU) por falta da prestação de contas de convênios federais, no período em que ficou no comando da Secretaria Estadual do Tra-

balho, ainda nos anos 90. Mesmo assim, a posse dele deve demorar cerca de dois meses.

Até lá, ele deve continuar foragido, mas por outro delito, já que seu nome aparece como um dos mandantes do assassinato do Cabo Gonçalves, crime ocorrido em 1996.

A partir da diplomação, ele volta a ter o direito ao foro privilegiado e o processo termina sendo jogado mais para frente. Para o advogado Marcelo Brabo, responsável pela defesa do deputado, a diplomação deve acontecer em até 20 dias. A tentativa é fazer com que o processo seja julgado em bloco no STF com os demais que estão com o mérito da Ficha Limpa, como o que envolve os deputados federais Anthony Garotinho (PR-RJ) e Paulo Maluf (PP-SP).

Fotos: Lula Castello Branco/ Arquivo

NITROGLICERINA PURA O Ministério Público está com mais duas bombas contra o comando dos Bombeiros. Tratam-se de diárias e combustível, cujos gastos garantem duas voltas da tropa em torno do mundo.

ROMBO

GRANDE

O presidente da Associação dos Municípios Alagoanos, Abrahão Moura, disse que a defasagem entre o que o governo federal repassa e os municípios efetivamente gastam com o Programa de Saúde da Família (PSF) é de R$ 16 mil mensais.

De acordo com o presidente da AMA, Abrahão Moura, o governo federal manda R$ 9 mil, e o gasto dos municípios é de R$ 25 mil. “Com uma defasagem dessa, nenhum município em Alagoas tem condições de manter o PSF”, desabafou.

EM FILA INDIANA Dos 102 prefeitos alagoanos, 72 já garantiram presença na XIV Marcha dos Prefeitos em Brasília.

EXPRESSAS O senador Renan Calheiros disse que a sua presença no mesmo palanque do governador Téo Vilela não significava a reaproximação com o governo. “Estou aqui (no palanque) por Alagoas”, explicou.

A reunião da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) nesta segunda-feira será em Maragogi.

O entrevistado nesta terça-feira no “Conversa de Botequim”, apresentado pelo jornalista Plínio Lins, no Rapa Nui, será o deputado Joãozinho Pereira (PSDB).

Quarta-feira, 30, será realizada a Jornada Turística do Agreste, no auditório do Sebrae em Arapiraca, a partir das 8 horas.

A deputada federal Célia Rocha (PTB-AL) propôs a criação de uma subcomissão na Câmara só para tratar da agricultura familiar.

Fábio Ferrario disse que achou acertado o entendimento sobre a norma

Marcelo Brabo diz que diplomação de Beltrão deve ocorrer em 20 dias

Discussão sobre a irretroatividade Arquivo

Para o advogado Gustavo Ferreira, especialista em Direito Eleitoral, a grande discussão daqui para frente será feita a partir da irretroatividade da Lei do Ficha Limpa.

“Os deputados que foram os primeiros atingidos precisariam de uma bola de cristal”, afirmou, citando o exemplo dos deputados federais Jader Barbalho (PMDB) e Paulo Rocha (PT), ambos do Pará, e que foram vitoriosos nesta eleição. “Eles nunca saberiam que, no futuro, seriam alvo de uma outra lei, por isso renunciaram, pois naquele momento não existia sanção alguma para quem renunciava ao mandato”, disse. (A.H.L) (Continua na página A4)

Lei do Ficha Limpa: entenda A Lei do Ficha Limpa foi aprovada em maio do ano passado pelo Congresso e sancionada pelo então presidente Lula em 4 de junho de 2010. No mês seguinte, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ao analisar duas consultas, decidiu que as novas regras teriam validade para o pleito de outubro, porque a Ficha Limpa criou critérios de inelegibilidade sem alterar o processo eleitoral.

Gustavo Ferreira: “Primeiros atingidos precisariam de bola de cristal”

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Política

O JORNAL JORNA L

A4

Domingo, 27 de março de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: politica@ojornal-al.com.br

Com empate no STF ano passado, Roriz acabou desistindo de candidatura a governador do Distrito Federal

Alberto Sextafeira: “Não posso viver chorando o leite derramado; tenho convicção do prejuízo que sofri”

Em Alagoas, mudanças alcançaram dois integrantes da Assembleia No caso de Alagoas, as mudanças atingiram diretamente os então deputados Alberto Sextafeira (PSB) e João Beltrão, além do ex-governador Ronaldo Lessa (PDT). Eles tiveram as candidaturas barradas no Tribunal Regional Eleitoral. No caso de Lessa, ainda durante a campanha foi julgado no

TSE e absolvido com a alegação de que sua pena já teria sido cumprida, e com isso ele teria reconquistado os direitos políticos. A decisão saiu faltando apenas três dias para votação, o que fez o ex-governador alegar que sua eleição foi prejudicada.

No entanto, o pedetista dis-

putou e teve os votos validados.

Coisa que não aconteceu com os outros dois candidatos, que aguardaram sub judice o resultado da decisão do Supremo sobre recurso do ex-governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz, adiada pela ausência de um ministro que desempatasse o julgamento an-

terior, terminado em cinco a cinco.

No dia seguinte a esta sessão do Supremo, Roriz desistiu da candidatura ao governo do Estado.

Com o cenário criado pelo empate no plenário do STF, os votos obtidos pelos candidatos que tiveram os registros de candidatura indeferidos com base na Lei do Ficha

Limpa não foram somados ao resultado final da eleição, criando uma distorção no resultado eleitoral.

Para o ex-deputado Alberto Sextafeira, o momento agora é de aprender com o que aconteceu. “Não posso viver chorando o leite derramado. Tenho convicção do prejuízo que sofri, dos

momentos de angústia que passei”, afirmou. “Vou tirar uma grande lição deste episódio, afinal não é possível voltar no tempo ou reverter o que aconteceu comigo. Fui prejudicado, mas agora é hora de lavar alma e olhar para frente, com a cabeça erguida”, analisou.

Confronto direto por permanência no Legislativo alagoano Marco Antônio

REFORMA POLÍTICA

Sistema eleitoral entra na pauta da comissão na 3ª Agência Senado A Comissão de Reforma Política volta a se reunir na próxima terça-feira, às 18 horas, para decidir se incluirá no anteprojeto que apresentará ao Senado proposta de mudança no sistema eleitoral brasileiro. O tema foi discutido no último dia 22, mas, como não houve acordo, o presidente da comissão, Francisco Dornelles (PP-RJ), após consultar os demais integrantes do colegiado, resolveu adiar

a votação para a próxima terça-feira.

Voltam ao exame dos parlamentares as três propostas mais votadas na última reunião: voto proporcional em lista fechada, voto distrital misto em lista fechada e o “distritão”. O tema é polêmico e divide opiniões, mas Dornelles espera definir pelo menos uma posição majoritária entre os integrantes da comissão.

A reunião da próxima terça-feira foi inicialmente marcada para as 14 horas, mas,

em virtude da realização neste horário de homenagem em plenário ao ex-senador e exgovernador de São Paulo Mário Covas, falecido em 2001, a Comissão de Reforma Política se reunirá excepcionalmente às 18 horas.

Na próxima quinta-feira, a comissão realiza reunião para tratar de três temas que constam da pauta da reforma política no Senado: financiamento de campanha, candidatura avulsa e cláusula de barreira.

Partidos ainda não fecharam acordo Partidos do governo e da oposição se reuniram esta semana para discutir suas posições a respeito do sistema eleitoral a ser proposto pela Comissão de Reforma Política do Senado. Os partidos continuam com visões distintas sobre o melhor modelo a ser adotado.

O vice-presidente da República, Michel Temer, reuniuse com senadores do PMDB e do PP, integrantes do mesmo bloco no Senado, para tentar uniformizar a posição. Seu partido, segundo explicou, tende a apoiar o voto majoritário para a Câmara, o chamado distritão, tese que se assemelha à defendida pelo presidente da Comissão da Reforma Política, senador Francisco Dornelles.

Temer frisou que sua posição a favor do voto majoritário não é a posição oficial do PMDB nem a do governo, mas sim uma “meditação baseada no texto constitucional que diz que todo poder emana do povo”. Ele opinou, porém, que aqueles que têm a maioria, que recebem mais votos, é que devem ganhar o mandato.

O vice-presidente citou caso em que um candidato com 128 mil votos não foi eleito para a Câmara, em função do quociente eleitoral, enquanto outro com 275 votos garantiu uma cadeira na Câmara.

“O PMDB muito possivelmente definirá posição ou pela fórmula do voto majoritário puro, ou pelo voto majoritário amalgamado com outro sistema”, explicou. Com essa disposição de fundir propostas, o vice-presidente mencionou a possibilidade de

Temer diz que PMDB tende a apoiar voto majoritário para Câmara

atrair o PT, que apesar de ser da base do governo, defende a permanência do voto proporcional, modelo hoje em vigor, mas com lista fechada.[Seria] preciso amalgamar o majoritário com o voto em lista, assim penso que poderia trazer o PT”, opinou.

VOTO MISTO - Ao mesmo tempo em que PP e PMDB se reuniam, o PSDB discutia o tema com o candidato derrotado a Presidência, José Serra, para definir sua proposta. A decisão firmada é de que, para o sistema geral, a melhor opção é o distrital misto, metade sendo eleitos pela lista fechada do partido e a outra escolhendo nomes de um distrito.

“O sistema misto é o mais justo, pois permite que grandes nomes venham para o Congresso e ao mesmo tempo aproxima o eleito do eleitor”, disse o senador Aécio Neves (PSDB-MG).

José Serra defendeu ainda a adoção do sistema distrital nas eleições locais em municípios com mais de 200 mil eleitores. Pela proposta do tucano, os maiores municípios brasileiros seriam divididos em distritos e cada um destes elegeria um vereador. Ele afirmou que o Congresso pode promover a mudança por projeto de lei, sem a necessidade de mexer na Constituição Federal, o que tornaria possível a vigência já em 2012.

A possibilidade do retorno de João Beltrão à As_sembleia Legislativa fez com que dois deputados estaduais passassem a temer por seus mandatos. Pelo total de votos do ex-parlamentar, sua chegada implicaria a saída de Arnon Amélio (PRTB), terceiro colocado na coligação. Mas nesse ponto entra um complicador.

A Assembleia, ao dar posse a suplentes, toma por referência a vaga em jogo como sendo da coligação, no caso formada pelo PRTB, PTN e PV. O próprio STF, no entanto, decidiu, liminarmente, que a cadeira pertence ao partido, o que retiraria João Henrique Caldas (PTN) da cadeira.

Para JHC, a vaga é dele, independente até mesmo da questão de partido e coligação, pois ele assumiu o segundo lugar a partir do falecimento do deputado eleito Almir Lira (PRTB), em dezembro do ano passado. “Sou o dono da segunda vaga da coligação que elegeu dois. Não estou disputando nada além disso”, afirmou. Por outro lado, Amélio aponta que o Supremo está correto em destinar a vaga ao partido. “Faço parte do PRTB que elegeu dois deputados. Meu mandato pertence à legenda”, analisou.

O TRE, responsável pela nova totalização do resultado nas urnas, ainda não informou como e quando será refeita a contabilidade dos votos, mas ao que tudo indica será realizada caso a caso e levando em conta as decisões de instâncias superiores, como já tinha avisado o presidente da Corte, desembargador Estácio Gama de Lima.

Sem esquecer que uma nova contabilidade de votos pode até mesmo influir no resultado global da eleição, pois os 19 mil votos de Sextafeira podem mexer com o coeficiente que permitiu a vitória de quem ficou na linha de corte.

QUESTÃO POLÍTICA Para completar o quadro de incertezas, a Assembleia Legislativa passa a ter um pro-

Amélio garante que vai ficar na Assembleia porque mandato é do partido Marco Antônio

Caldas: “Sou o dono da segunda vaga da coligação que elegeu dois”

blema em mãos para administrar. Se o deputado Arnon Amélio permanecer como dono da segunda vaga da coligação, terá que permitir o acesso de suplentes por partido, o que faria, por exemplo, que o primeiro suplente de Maurício Tavares e Marcelo Victor, ambos do PTB, passasse a ser Hildon Fidélis,

o Castelo, com menos de mil votos, e do mesmo partido e não mais o ex-deputado Cícero Ferro (PMN), com pouco mais de 20 mil votos.

Por sinal, Ferro também está foragido, com mandado de prisão sob a acusação de mandante do assassinato do vereador de Delmiro Gouveia, Fernando Aldo, em 2007.

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O JORNAL

Nacional

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CÂNDIDO GODÓI

Gene explica alta incidência de gêmeos Pesquisa desmente participação do médico nazista Joseph Mengele ou da “água da fertilidade” no fenômeno IG Motivo de lendas que correram o mundo, o “mistério” dos gêmeos de Cândido Godói, município de sete mil habitantes localizado no noroeste do Rio Grande do Sul, ganhou uma explicação científica na manhã da última sexta-feira com a divulgação dos resultados de uma pesquisa cujos primeiros passos foram dados há 17 anos. Nem o médico nazista Josef Mengele nem a suposta “água da fertilidade” existente no município nem a mão de Deus teriam participação importante no fenômeno. Contrastando com as explicações populares, o responsável seria um gene presente nas mulheres da região, descoberta que pode ajudar gestantes do mundo inteiro.

Foi num salão paroquial lotado que a população de Cândido Godói ficou sabendo, em primeira mão, por que o município produz gêmeos em uma proporção dez vezes maior do que o normal. O evento, organizado pela prefeitura, teve direito a mestre de cerimônias, composição de mesa oficial, hinos nacional e municipal e longos discursos. “Estamos vivendo um momento histórico. O fenômeno dos gêmeos tem merecido diversas abordagens ao longo dos anos, entrecruzando ciência, len-

das populares e fé. Estamos escrevendo mais um de muitos capítulos que virão desta história”, exaltou o secretário de Educação, Cleudir Stürmer.

Tudo para ouvir o resultado do aguardado trabalho realizado por pesquisadoras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e do Hospital de Clínicas, ambas ligados ao Instituto Nacional de Genética Populacional (INaGeMP). Elas decidiram informar o resultado à população local antes de publicar as descobertas em uma revista científica.

Município de colonização alemã, Cândido Godói ficou conhecido como a “terra dos gêmeos” depois que as pesquisadoras Lavínia Schüler-Faccini e Úrsula Matte identificaram, no início dos anos 90, a alta incidência de gêmeos na comunidade de Linha São Pedro. A causa para tantos gêmeos em uma mesma localidade tem diversas versões no imaginário popular, desde a água do lajeado Dúvida, tida como fonte de fertilidade, até experimentos do médico nazista Josef Mengele, que morreu no Brasil e teria passado pela região nos anos 60.

O estudo foi retomado em abril de 2009, com novas tecnologias disponíveis e financiamento do CNPq. “Descobrimos duas coisas fundamentais: primeiro, que

Nelson ajuda o irmão Nestor com a gravata e insiste: “É obra divina”

Na plateia de moradores, irmãs gêmeas acompanham as explicações

Mengele não tem nada relacionado com o evento. Em segundo lugar, descobrimos um gene que está na população há muito tempo e que é, sim, um fator que aumenta muito a probabilidade de gêmeos”, resume Lavínia.

A equipe de pesquisadores levantou registros de batismo, montou árvores genealógicas, entrevistou mães, coletou material genético e até amostras das águas subterrâneas. A primeira conclusão foi de que o número de gêmeos nascidos manteve o padrão antes e depois da suposta passagem de Mengele pela região. Entre 1927 e 1958, 11 gêmeos nasceram na Linha São Pedro e 24 em outras localidades.

Entre 1959 e 2008, o número foi

com um único filho.

de 33 na comunidade “fértil” e 59 nas demais.

O fator preponderante, segundo o estudo, é a presença significativa da forma C de um gene da família p53 nas mães de gêmeos no município, que teria sido trazido pelos primeiros imigrantes, quase todos alemães, à região. Este gene oferece uma maior “proteção” à gravidez, o que favorece a gestação de gêmeos. Em uma pequena localidade como Linha São Pedro, com poucos moradores, o impacto foi grande. Os fatores ambientais, como a boa qualidade da água, proporcionam gestações saudáveis para as mães. A pesquisa estudou 42 mães de gêmeos e 101 mães que tiveram gestação

OLHARES DESCONFIADOS - A plateia escutou a apresentação com um olhar desconfiado, pela complexidade das informações. “Vocês explicaram cientificamente e foi difícil de entender”, levantou-se para dizer uma senhora. “Deixa eu tentar explicar com a linguagem do nosso povo”, socorreu um homem.

A professora Eunice Maria Schneider, mãe de um casal de gêmeos, gostou do que ouviu, mas mantém o pé atrás. “Eu até concordo com os resultados, fico admirada do empenho que tiveram”, afirma. No entanto, ela diz que não tem nenhum gêmeo na família e que foi só chegar na

Linha São Pedro para trabalhar que em três meses ficou grávida de gêmeos. “Até então, todo muito estava crente que seria por causa da água”, diz. Marta Freisleben, grávida de gêmeos, concorda.

“Todo mundo falava que era por causa da água”, comenta.

Os mais animados antes do encontro, desfilando com uma cuia de chimarrão “conhecida internacionalmente”, como eles afirmam, eram os irmãos Nelson Luiz e Norberto Carlos Riske, 65 anos, moradores de Santa Rosa.

A explicação científica não convenceu. “Isso é uma obra divina, nenhum homem consegue fazer”, dizia Nelson. Aopinião do irmão Norberto não era muito publicável.

PAPELEIRAS

POLÊMICA

Dedução de parceiro gay no IR volta à Justiça Congresso em Foco Eunice conta ter ficado grávida três meses depois de chegar à cidade

Origem do “fundador” será pesquisada De cabelo comprido amarrado sob o chapéu e misturando na fala os sotaques germânico da região e argentino dos tempos em que viveu no país vizinho, Ivo Ferreira dos Passos se apresentava aos jornalistas: “Bom dia, eu sou o descobridor”. Nascido na Linha São Pedro, ele é considerado o pioneiro na descoberta do caso na comunidade, ao lado do então vereador Ademar Rech e do professor José Lunkes.

“A história da odisséia que fiz ainda não foi contada”, reclama.

Nos anos 90, Ivo havia voltado para sua comunidade depois de interromper o curso de Geografia na universidade. Na casa do irmão, começou a desenvolver um minhocário. “Um dia, meu irmão comentou: ‘Tu viu quantos gêmeos têm aqui na região?’

Resolvi começar a contar”, relata.

A descoberta “oficial” do fenômeno data de 16 de outubro de 1993. Ivo e Ademar procuraram o jornalista Solano Reis, da vizinha Santa Rosa, para contar a história. Em parte, Ivo viu seu objetivo frustrado: “Queria que ele escrevesse sobre meu minhocário, mas a história dos gêmeos ofuscou”, conta ele.

No dia 6 de fevereiro do ano seguinte foi realizado o primeiro encontro de gêmeos, evento que acontece até hoje, a cada dois anos.

Procuradas pelos moradores, as pesquisadoras da UFRGS começaram a analisar o fenômeno.

Retomada em 2009, a primeira parte do trabalho foi apresentada nesta sexta, depois de anos de polêmicas que rodaram o mundo.

Aprincipal delas ocorreu depois da publicação de um livro em 2009 pelo jornalista argenti-

no Jorge Camarasa, que sustentava que Josef Mengele teria feito experimentos com mulheres da região. A tese nunca foi aceita pela população local, que sentia constrangida pela relação com o médico nazista. Felizmente, o estudo das pesquisadoras pôs fim na questão.

DESCOBERTA MUNDIAL - Se o mistério continua na boca do povo de Cândido Godói e as teorias se multipliquem, no campo da ciência as pesquisadoras festejam a descoberta que pode colaborar com estudos em diferentes partes do mundo. A pesquisa realizada no município é uma das primeiras que relacionam tal gene à fertilidade e à gestação de gêmeos.

“Talvez a população de Cândido Godoi possa ser muito importante para outras pessoas que queiram ter filhos, mas não conseguem”, destacou Lavínia.

Além de publicar o resultado desta etapa da pesquisa em revistas científicas internacionais, os pesquisadores devem continuar analisando o gene e outros fatores que contribuam para a incidência de gêmeos, como a própria qualidade da água – a pesquisa indicou que as mães de gêmeos bebiam mais água direto da fonte.

“Para algumas coisas ainda não há resposta”, comenta a pesquisadora. “Pode ser que a água extremamente pura seja um fator protetor da gestação”, explica.

Apesquisa também vai aprofundar os estudos sobre a colonização dos alemães na região, buscando identificar a origem do gene “fundador”.

Federal, Bruno Christiano Cardoso, passou o caso ao O Superior Tribunal de STJ, porque, segundo ele, um Justiça (STJ) devolveu à 20ª ato do ministro da Fazenda, Vara da Justiça Federal a po- Guido Mantega, só poderia lêmica da dedução do im- ser questionado naquele tribunal. Não foi o posto de renda para homosque avaliou o misexuais que declararem nistro do STJ Castro seus parceiros coMeira. Em sua decimo dependentes. são, ele afirmou Como revelou o STJ que as ações popuCongresso em Fodevolveu lares contra autorico, uma nota técdades não seguem nica da Câmara polêmica a regra do foro priª considerou ilegal a para a 20 vilegiado. inovação da ReceiVara da Desde o dia 1º ta Federal em perde março, a Receita mitir aos gays a reJustiça Federal começou a dução de tributos Federal receber as declaraa pagar com base ções de imposto de na inclusão de seus renda. A novidade parceiros como deé que os gays podem obter pendentes. Com isenções fiscais colocando base no estudo, deputados da Frente Parla- seus parceiros como depenmentar Evangélica foram ao dentes. O que a Nota Técnica 3/11 da Consultoria Judiciário.

Mas o juiz da 20ª Vara de Orçamento da Câmara

considerou ilegal. Para fazer isenções de imposto, é preciso consultar o Congresso, debater o assunto e fazer uma lei. Além disso, a Receita sequer fez previsão de impacto orçamentário da perda de tributos com essa regra de dedução.

A nota técnica ainda diz que não é possível colocar os casais homossexuais em condição semelhante às das famílias formadas por um homem e uma mulher. O artigo 226 da Constituição diz que a família tem proteção do Estado e a classifica como união estável entre um homem e uma mulher.

“A autoridade tributária não pode (...) se afastar da definição literal e de seus contornos constitucionais e legais para efeito da proteção do Estado”, afirma o estudo do consultor Francisco Lúcio Pereira Filho.

Deputado quer PEC do casamento A partir da nota, parlamentares e governo começaram a se mexer. A Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), que fez parecer avalizado por Guido Mantega e usado como base para a decisão da Receita, disse que agiu dentro da legalidade. “A interpretação dada pela PGFN (...) fundase principalmente em princípios constitucionais (em especial o que veda a discriminação de qualquer tipo, inclusive a de gênero) e em vários julgados proferidos pelo

Poder Judiciário”, informou o procurador-geral adjunto de Consultoria e Contencioso Tributário, Fabrício da Soller.

No Congresso, parlamentares da Frente Parlamentar Evangélica foram ao Judiciário para suspender a nova regra da declaração do imposto de renda.

Ao mesmo tempo, o deputado Jean Wyllys (PSOLRJ) apressou a coleta de assinaturas de sua Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para criar o casamento civil entre homossexuais.

Se a matéria virar realidade, o artigo 226 citado pela nota técnica deixará de restringir o conceito de família. Ele disse ao Congresso em Foco que a iniciativa dos colegas da Frente Evangélica não era poupar os cofres públicos mas agir contra o segmento homossexual.

O deputado ainda se uniu à senadora Marta Suplicy (PT-SP) e à deputada Manuela D’Ávila (PCdoBRS) para refundar a Frente Parlamentar dos Homossexuais.

Indústria dá sua sugestões ao Código Florestal O duelo entre cientistas e ruralistas na discussão sobre o novo Código Florestal tem mais um participante: o setor produtivo do papel.

Acompanhada de ONGs ambientalistas, a indústria papeleira apresentou na quintafeira uma contraproposta ao projeto do novo código, cujo relator foi o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP).

O documento, assinado por 30 empresas - incluindo as gigantes Suzano, Klabin e outras -, segue a linha do que estão propondo os cientistas para o novo código.

A ideia central é manter as chamadas APPs (áreas de preservação permanente), como no código que está em vigor, que é de 1965.

Isso significa não desmatar as margens de rios e córregos (até cinco metros de largura) e nem os topos de montanhas. As APPs seriam reduzidas se a proposta de Rebelo for aprovada na Câmara.

De acordo com José Luciano Penido, da Bracelpa (Associação Brasileira de Celulose e Papel), as definições sobre APPs não afetam o setor de papel, que, hoje, trabalha exclusivamente com áreas de reflorestamento.“O novo código não impactaria nosso setor.

Mas, se for aprovado, haverá um impacto ambiental”, diz.

“Essa discussão é puramente ambiental. De onde vem os polinizadores?”, completa Beto Mesquita, diretor do IBio (Instituto BioAtlântica), signatário do documento apresentado.

Mas, além da preocupação ambiental, o setor produtivo trouxe algo que poderia adoçar um pouco a discussão: a indústria quer incentivos econômicos aos imóveis rurais que não desmatarem.

Essa é a principal mudança em relação à proposta apresentada pelos cientistas.

O documento será agora encaminhado a integrantes da discussão do novo código na Câmara dos Deputados.

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O JORNAL

Opinião A6

A proteção do recurso natural – água “O número de usuários vem aumentando geometricamente ao longo dos anos” Alder Flores Advogado, químico, esp. em Direito, Engenharia e Gestão Ambiental, auditor Ambiental Dentre os recursos naturais que o homem dispõe, a água aparece como um dos mais importantes, sendo indispensável para a sua sobrevivência.

Em suas múltiplas atividades, o homem precisa da água. A utilização cada vez maior dos recursos hídricos tem resultado em problemas, não só de carência dos mesmos, como também de degradação de sua qualidade.

Assim, nos programas de usos múltiplos de recursos hídricos, devem ser considerados os aspectos relacionados com a quantidade necessária e a qualidade desejada dos mesmos.

A preocupação com a qualidade da água é relativamente recente.

Os projetos mais antigos de aproveitamento de recursos hídricos abordavam com maior ênfase o aspecto quantitativo, procurando garantir as vazões necessárias aos diversos usos previstos para os mesmos.

Com o crescimento populacional, acompanhado do desenvolvimento industrial e da intensificação de outras atividades humanas, resultando numa maior utilização dos recursos hídricos, o fator qualidade passou a ser importante.

Quase todos os usos que o homem faz da água resultam na produção de resíduos, os quais são novamente incorporados aos recursos hídricos, causando a sua poluição.

Por outro lado, certos usos são conflitantes, com algumas atividades causando problemas de modificações na qualidade da água, em prejuízo de outras.

Assim, a manutenção da qualidade necessária a um ou mais usos de determinado recurso hídrico é meta a ser alcançada em qualquer projeto que vise ao seu aproveitamento.

Os programas de aproveitamento de recursos hídricos devem, portanto, considerar a preservação da qualidade da água, de modo a possibilitar os usos determinados para a mesma.

A qualidade da água de um manancial, além dos seus usos, depende das atividades que se desenvolvem em suas margens.

Pode-se dizer que a mesma está intimamente relacionada com o uso que se faz do solo em seu redor.

Assim, em programas de preservação de recursos hídricos, devese considerar o todo – água e solo, de modo que os usos dos mesmos resultem no menor impacto possível sobre a qualidade do líquido.

O disciplinamento do uso e ocupação do solo da bacia hidrográfica é o meio mais eficiente de controle dos recursos hídricos que a integram.

Assim, em um programa de preservação de recursos hídricos, várias medidas devem ser adotadas considerando a bacia hidrográfica como um todo.

Outro aspecto importante diz respeito à outorga do direito de uso da água, sendo este o instrumento pelo qual o poder público atribui ao interessado, público ou privado, o direito de utilizar privativamente o recurso hídrico.

A necessidade de controlar o uso da água está intrinsecamente relacionada com a escassez do recurso. Dados indicam que do volume de água existente no planeta, 97% é de água salgada, 3% de água doce, 2,37% estão nas geleiras, 0,6% são de águas subterrâneas e 3% são de águas disponíveis. Outro fator agravante para os problemas da água é que, o seu volume sempre foi constante e o número de usuários vem aumentando geometricamente ao longo dos anos, sendo o seu uso cada vez mais degradante e poluidor prejudicando assim, sua qualidade. De acordo com a ONU no ano de 2025 teremos dois bilhões de sedentos em 48 países, a exemplo da Índia, da Espanha, do México, que em média atingirá 27% da população.

Finalizando, devo lembrar que os problemas ambientais atuais devem servir de lição para o homem. A natureza existe para ser utilizada. Porém, sua capacidade de ser alterada é limitada. O homem disporá sempre dos recursos naturais se usá-los de forma adequada, agindo como parte integrante da natureza e não como seu dono absoluto, pois a mesma quando agredida não se defende, se vinga.

A ascensão do Brasil no mundo “Estamos no rumo certo no que tange às políticas sociais” Renan Calheiros Senador e líder da bancada do PMDB A vinda do presidente norte-americano ao Brasil pode não ter apresentado resultados imediatos no comércio bilateral ou na redução de barreiras econômicas para produtos brasileiros ingressarem nos EUA. Tampouco conquistamos o firme apoio dos Estados Unidos para o ingresso do Brasil no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas. Mas a importância estratégica da visita é inquestionável.

No ápice da crise com a Líbia, a relevância da visita está menos nos acordos assinados e mais no que disse o presidente norte-americano. Barack Obama, em seu discurso no Rio de Janeiro, enalteceu a democracia e os programas sociais que reduziram a miséria no Brasil e ajudaram a distribuir renda.

As palavras de Obama convergem com a auto-estima brasileira e com a convicção de que estamos no rumo certo no que tange às políticas sociais. Ele mencionou os progressos obtidos pelo Brasil na última década e, em especial, citou a redução da pobreza e o fato de que a metade da população brasileira hoje está na classe média.

Este fenômeno, em grande parte, pode ser creditado ao crescimento da massa salarial nos últimos anos. O mais recente levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostrou que, em 2010, 89% das categorias na indústria, comércio e serviços tiveram aumento real de salário, ou seja, reajuste acima da inflação.

Esta é a maior proporção de negociações acima da inflação de toda a série histórica, iniciada em 1996. Após analisar os reajustes de 700 unidades, o Dieese concluiu que 96% delas conseguiram, pelo menos, repor a inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).

Ainda de acordo com Dieese, em 2010 houve queda no número de negociações com reajustes salariais insuficientes para repor a inflação. O comércio apresentou a maior proporção de negociações com ganhos reais nos salários em 2010, 96% do total do setor.

Indústria e serviços ficaram com 91% e 83% das negociações com aumento real, respectivamente.

A forte expansão dos salários, a política de aumentos reais para o salário mínimo e os programas de complementação de renda ajudaram a melhorar o quadro da economia brasileira rumo ao resgate social que a sociedade reclama há tempos. O êxito desta política vem obtendo reconhecimentos recorrentes.

Não por outro motivo o chefe da nação mais poderosa do planeta elogiou o Brasil em seu discurso de despedida no Rio de Janeiro: “Vocês são a prova de que justiça social e inclusão social podem ser melhor conquistadas por meio da liberdade e que a democracia é a maior parceira do progresso humano”.

Domingo, 27 de março de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: opiniao@ojornal-al.com.br

Prefeitos e PSF Os prefeitos alagoanos estão ameaçando descredenciamento do PSF [Programa Saúde da Família].

Eles alegam que os valores estão ficando insustentáveis para as contas dos municípios, que recebem entre R$ 6 mil e R$ 9 mil por cada equipe, mas que gastam cerca de R$ 30 mil para manutenção. Eles querem que o Ministério da Saúde apresente uma proposta de fortalecimento do programa e exigem que o governo federal aplique mais recursos e incluílos como receita fixa na área de saúde. Por outro lado, profissionais reclamam do congelamento dos salários e da falta de estrutura de trabalho.

Aqui vale uma reflexão bem mais profunda.

Nenhuma das três partes envolvidas está completamente com a razão. O Ministério da Saúde jogou a responsabilidade do atendimento de saúde para os prefeitos. No início, deu muita força financeira e praticamente subsidiou o programa. Com o tempo, foi deixando de lado e passando a responsabilidade para os prefeitos. Os gestores municipais, por outro lado,

acharam que o dinheiro federal era inesgotável e nunca se preocuparam em garantir condições de funcionamento. E é bem verdade que há certo tempo médicos, dentistas e enfermeiros que fazem corpomole no trabalho do PSF. O Programa de Saúde da Família é tido como uma das principais estratégias de reorganização dos serviços e de reorientação das práticas profissionais neste nível de assistência, promoção da saúde, prevenção de doenças e reabilitação. É ousado e diferente, pois atende na ponta do problema, ou seja, no cidadão, nas deficiências. Com isso, evitam-se gastos mais ampliados no futuro.

O PSF está irrigado em praticamente todos os municípios do País e é responsável, entre outras coisas, pela melhoria na expectativa de vida dos brasileiros. Agora, para resolver o impasse é preciso avaliar a responsabilidade tripartite do problema e redefinir responsabilidades. Só não é possível aceitar o fechamento do PSF.

Ponto de vista

San

Concursos públicos honestos “Permite que a administração recrute pessoas competentes” João Baptista Herkenhoff Livre-Docente da Universidade Federal do Espírito Santo, professor pesquisador da Faculdade Estácio de Sá de Vila Velha e escritor / jbherkenhoff@uol.com.br / www.jbherkenhoff.com.br A atual Constituição Federal estabelece que a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei (Artigo 37, inciso II).

A norma imperativa do concurso público não é um preceito acidental ou fortuito, dentro da Constituição, mas expressa valores éticos e jurídicos que a república deve consagrar.

Se a Constituição preceitua o concurso público para a entrada no serviço público, refere-se obviamente a concurso honesto. Concurso desonesto não é concurso, mas falsidade, engano, mentira, ludibrio, zombaria…

O ingresso no serviço público pela porta do concurso honesto é extremamente benéfico para o conjunto da sociedade, como tentaremos provar neste artigo.

Em primeiro lugar, os concursos sérios podem selecionar os candidatos mais bem preparados. A escolha dos melhores pretendentes para as vagas em disputa permite que a administração recrute pessoas competentes que vão realizar seu trabalho com discernimento e capacidade, o que não acontece quando o critério do mérito é substituído pelo critério do favoritismo.

Em segundo lugar, aqueles que são aprovados em concursos honestos não ficam devendo favor a ninguém. O preço desses favores, em muitas situações, é justamente descumprir os deveres inerentes ao cargo, servindo a interesses particulares escusos.

A terceira vantagem do concurso impoluto é o valor ético desta forma de recrutamento, já que traduz ideias fundamentais de justiça como igualdade de todos, sentido de cidadania, valor do estudo e do esforço, serviço público de qualidade como direito social.

A quarta vantagem dos concursos limpos é a contribuição que proporcionam para o avanço educacional do povo. Quem está convencido de que presta um concurso realizado dentro de padrões de seriedade estudará muito para esse concurso. O ato de prestar um concurso é sempre oportunidade de crescimento intelectual, aprimoramento espiritual, aprendizagem.

Nenhum jovem perde seu tempo fazendo concursos

quando estes estão isentos de burla.

A quinta vantagem dos concursos sem falcatruas é a lição que tais concursos ministram aos jovens, pois que instilam, na alma deles, a crença na retidão e desestimulam a opção pelo caminho da fraude como forma de vencer na vida.

A sexta vantagem dos concursos sem traficância é de natureza psicológica. Faz bem ao espírito buscar oportunidades pela rota do bem, e não pelos transvios das maracutaias.

Concursos sujos, com cartas marcadas, para proteger afilhados e parentes é deslavada forma de corrupção. Entretanto, com frequência, tem-se a falsa ideia de que isto é somente uma irregularidade porque corrupção é apenas tirar dinheiro dos cofres públicos, receber favores ou valores para trair deveres de ofício etc.

Eu diria que concursos ardilosos, infames, com cartas passadas debaixo da mesa prejudicam muito mais a coletividade do que eventuais investidas contra os cofres públicos. Os ataques ao erário podem ser estimados num valor financeiro determinado, ainda que esse valor seja às vezes muito alto. A entrada no serviço público pelos corredores do nepotismo traz malefícios muito superiores a qualquer cifra financeira, pois retira dos jovens, principalmente os desprotegidos, a esperança na conquista digna do futuro, introduz em cargos, mesmo vitalícios, pessoas despreparadas para o respectivo exercício e destroça a máquina pública.

Ainda que não tenhamos poder para corrigir todos os desmandos que ocorrem pelo Brasil afora, tenhamos pelo menos coragem para utilizar, com independência, a palavra, este dom que Deus deu aos homens e recusou aos animais, e com a palavra proclamar em alto e bom som, com todas as letras: concurso público desonesto é ato de indiscutível corrupção, quem promove concurso público desonesto é corrupto.

A palavra, por si só, não repõe a Ética no lugar que lhe cabe, mas é através da denúncia que se inicia o combate. Esse combate não tem possibilidade de êxito se for travado solitariamente. Demanda união, ações coletivas dos prejudicados com vistas a impugnar concursos maculados com o estigma do pistolão.

O JORNAL Diretor-Executivo Luciano Goes lucianogoes@ojornal-al.com.br Diretora Administrativo-Financeira Silvia Sacuno Editor-Geral Deraldo Francisco deraldo@ojornal-al.com.br

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Coordenador Editorial Voney Malta

“Não passamos da catalogação de desejos”.

Marcial Lima Professor

Nunca, antes, na história desta cidade, houve tanto clamor em defesa do carnaval. A Ufal realiza mais uma edição da série O Carnaval Que Nos Convém. Uma emissora radiofônica promove uma ampla mesa-redonda com os mais diversos segmentos interessados. O Fórum Permanente da Cultura trata do assunto.

Colunistas, em doses homeopáticas, aqui e ali, sempre levantam a questão. Cronistas das mais variadas estirpes põem seu talento em defesa da causa. No entanto, em termos práticos, caminha-se para trás.

Até o Concurso de Bois, acontecimento que motiva calorosa participação das diversas comunidades, após dois adiamentos, deixou de acontecer.

O costumeiro desfile dos filiados à União dos Blocos Carnavalescos teve o mesmo destino.

Busca-se justificativa transferindo a responsabilidade para o orçamento municipal, que não havia sido aprovado.

Isso é tudo? Ouso pensar que não, porquanto, se nossa municipalidade tivesse um projeto mínimo voltado para a cultura; se não tivéssemos o carnaval como um simples evento, e sim como resultado de um trabalho de ação cultural realizado durante todo o ano, com rubricas orçamentárias próprias, esse empecilho não aconteceria. Porém, como sonhar com isso se nos falta vontade política e amparo técnico? Como querer que o poder público evolua em seu modo de ser, se os envolvidos não fazem as palavras se transformarem em ação?

Somos pródigos no culto da magia simpática, essa categoria que nos leva a imaginar que a emissão do desejo traz o que almejamos. Somos prenhes em transferir responsabilidades; mestres em abandonar o ringue no primeiro assalto da luta. E por ser assim, quase nunca alcançamos a efetividade, quase sempre os movimentos não alcançam um mínimo efeito transformador.

Por atuarmos fragmentados, sem uma agenda estratégica mínima, não passamos da catalogação de desejos e, como tal, tudo vai às calendas gregas. Geramos natimortos, infelizmente.

Nos dias que antecederam o carnaval, tivemos alguns fatos interessantes. A repórter pautada para cobrir os preparativos do Baile Municipal dizia-se encantada com o “glamour” do evento. Outra profissional, ao ver o Pinto da Madrugada se aproximando, disse entusiasmada que a “pipoca” estava chegando. Um nobre vereador mostrava não ver diferença entre o Pinto e o MaceióFest. E, quase sempre, fala-se em “resgatar” o Carnaval de Maceió, como se o propósito fosse buscar fragmentos do passado. Com conceitos e objetivos equivocados dificilmente chegaremos a bom termo.

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Washington tem ruas monitoradas em 4D “Helicóptero virtual” sobrevoa a cidade e fornece informações sobre o número de carros e velocidade WASHINGTON - Enquanto o consumidor se acostuma com a tecnologia 3D, já começa a ser testado nos Estados Unidos o “helicóptero virtual”, projeto inédito desenvolvido em 4 dimensões. A nova dimensão representa o tempo real em que o programa atua, monitorando o trânsito de Washington a partir de uma animação do que realmente acontece na cidade. O software está em fase de testes no Laboratório do Centro de Tecnologia Avançada para Transporte (CATT) da Universidade de Maryland.

Com um controle nas mãos e os olhos vidrados numa tela de 55 polegadas, o engenheiro e diretor do laboratório, Michael Prack, 33 anos, lembra um adolescente jogando videogame.

Mas na verdade ele está “sobrevoando” virtualmente Washington, como se estivesse num helicóptero. A vista é uma animação das ruas, prédios e monu-

mentos da capital americana com carros, ônibus e caminhões passando em tempo real.

Sob um céu ensolarado, é possível ver o trânsito parado nas sinaleiras e um aviso de que a rua ao lado está em obras. Por cima da terra, os vagões do metrô se locomovem lentamente e os aviões aterrissam a todo o instante no aeroporto da cidade. “É como se nós tivéssemos um helicóptero com uma câmera, mas na verdade é uma animação criada a partir de diversas fontes de informação”, explica o engenheiro.

O software, que vem sendo desenvolvido há quatro anos, reproduz as informações de sensores espalhados pela cidade, que contabilizam o número de carros nas ruas, tamanho dos veículos e velocidade. Além disso, conta com dados instantâneos do Centro de Monitoramento de Trânsito local, GPS de empresas de transporte e cen-

Michael Prack, engenheiro e diretor do CATT, testa o helicóptero virtual

tros meteorológicos.

O projeto, amplamente financiado pelo governo federal, tem como objetivo ajudar no monitoramento do trânsito das principais cidades dos Estados

Unidos, mas também pode servir como ferramenta para agências de segurança, como ocorreu durante o desfile de posse do presidente Barak Obama, em janeiro de 2009. “AAgência

Federal de Monitoramento de Emergências (Fema) utilizou para fiscalizar a região do evento em tempo real”, afirma Prack.

Mas o engenheiro quer mesmo é que a tecnologia 4D esteja disponível para o consumidor comum, seja através da internet, celular ou GPS dos carros. “Meu sonho é que as pessoas possam consultar uma localidade através do programa antes de sair de casa, para se orientar e verificar em tempo real as condições do trânsito e do clima”, afirma.

Mas para que isto ocorra, ele admite que ainda há muitos ajustes a serem feitos. “O software funciona por aproximadamente uma hora e depois trava.

Temos que ficar reiniciando a toda hora. Mas estamos trabalhando para resolver isso”. Além disso, o programa por enquanto oferece apenas os mapas de Washington e cidades próximas.

“Queremos ampliar para o mundo inteiro”, diz.

SERIOUS GAMES - O projeto também faz parte de uma iniciativa cada vez mais comum de utilizar a tecnologia dos jogos de videogames para o uso em situações que não são de entretenimento, os chamados Serious Games.

Os programas inspirados em jogos estão sendo aplicados no treinamento de militares, cirurgiões, pilotos e até no ensino.

O CATT também está desenvolvendo um videogame que simula acidentes de trânsito para treinar profissionais de emergência e um controlador de tráfego aéreo 3D, que ajuda na visualização das rotas dos aviões.

O laboratório conta com professores e alunos de cursos como ciência da computaçao, engenharia e artes, e é reconhecido internacionalmente por inovar na área de visualização para a indústria do transporte.

PESQUISA DE GENES

Vida na Terra e Marte pode ter mesma origem IG

Crânio e presas foram encontrados às margens do rio Mapocho

Paleontólogo chileno Pablo Mansilla mede os dentes do fóssil

2 MILHÕES DE ANOS

Operários encontram fósseis de mastodonte em obra no Chile Pesquisadores divulgaram nesta sexta-feira a descoberta de fósseis de um mastodonte que teria vivido a mais de 2 milhões de anos no Chile. O crânio e as presas foram encontrados por operários que trabalhavam em uma obra junto do

rio Mapocho, em Padre Hurtaldo, nas proximidades da capital Santiago. As informações são do site do Daily Mail.

Após os trabalhadores perceberem os fósseis, paleontólogos foram chamados e escavaram o local. Segundo os espe-

cialistas, o crânio e as presas, com quase 4 m de comprimento, foram encontrados em perfeitas condições.

Adescoberta do mastodonte, com tamanho semelhante ao dos elefantes modernos, pode permitir aos cientistas co-

letar maiores informações sobre a origem do animal.

A maioria das escavações de mastodontes foram realizadas na América do Norte. No Chile, apenas alguns fragmentos haviam sido encontrados anteriormente.

Um grupo de cientistas americanos vem desenvolvendo um instrumento para analisar a possível existência de organismos vivos com genes comuns em Marte e na Terra, informou na quarta-feira o Massachusetts Institute of Technology (MIT).

Apesquisa, denominada “Busca de Genomas Extraterrestres” (SETG), é levada a cabo dentro do Departamento de Ciências Terrestres, Planetárias e Atmosféricas do MIT. As premissas das quais o estudo parte são que o clima na Terra e em Marte eram muito similares na origem do sistema solar, que várias rochas marcianas viajaram à Terra fruto do choque de asteroides e que evidências indicam que alguns micróbios podem sobreviver os milhões de anos de distância entre os dois planetas.

Além disso, segundo o MIT, a dinâmica orbital indica que é 100 vezes mais fácil viajar de Marte à Terra do que o contrário.

O resto da teoria, se for comprovada, levantaria a possibilidade de os seres humanos serem descendentes de organismos marcianos. O aparelho desen-

volvido pela equipe do MIT, capitaneado pelos pesquisadores Christopher Carr e Clarisa Lui, será desenvolvido para recolher amostras do solo marciano e isolar micróbios existentes ou restos de micróbios, para depois separar o material genético e analisar as sequências genéticas.

Posteriormente, estas seqüências seriam comparadas para buscar sinais de padrões quase universais entre todas as formas de vida conhecidas.

Embora reconheça que é uma pesquisa “a longo prazo”, Carr indicou que, já que “poderíamos estar relacionados com a vida em Marte, pelo menos deveríamos ir e ver se existe vida relacionada com a nossa”.

A equipe do MIT afirmou que pode levar cerca de dois anos para desenvolver o protótipo do SETG, mas que, uma vez desenvolvido, seria factível integrá-lo como uma broca em um veículo espacial de uma futura missão que viaje à superfície de Marte para recolher estas mostras.

Desde que os dois módulos Viking da Nasa aterrissaram em Marte em 1976, nunca mais foram enviados instrumentos à superfície marciana para buscar evidências de vida.

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Domingo, 27 de março de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: cidade@ojornal-al.com.br Larissa Fontes/Estagiári

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Jucileide mudou de casa, mas continua com medo dos bandidos

Uma das vítimas encontradas mortas na Ufal, Luana deixou uma filha ainda criança

O recomeço depois da perda Famílias contam como têm feito para sobreviver apesar da dor com a morte trágica e prematura de parentes Eduardo Almeida Repórter

Mais que elevar o número de mortos por crimes brutais, a violência urbana tem deixado feridas difíceis de cicatrizar. Os parentes das vítimas são obrigados a conviver com as dores da perda, com a sensação de insegurança e, em alguns casos, com a depressão. A religião e a psicologia são, comumente, os meios encontrados para superar os traumas e tentar retomar a rotina, mas apagar as marcas da criminalidade pode não ser tarefa fácil.

Mudança, literalmente, foi a palavra de ordem para a cabe-

leireira Delfina Gomes Ferreira, que teve a mãe e a filha assassinadas a pedradas no último dia 16, no Conjunto Carminha, no bairro do Benedito Bentes.

Um vizinho invadiu a casa das vítimas e executou a dona de casa Josefa Gomes Ferreira, 55 anos, e a neta dela, Amara Alice Estevam Gomes, de 5 anos. A Polícia Civil acredita que o acusado ainda estuprou a criança antes de executá-la.

A equipe de reportagem de O JORNAL voltou ao local do crime esta semana, mas foi informada por vizinhos da cabeleireira que ela havia deixado o local depois do assassinato brutal da mãe e da filha. O novo

destino não foi informado e o antigo lar, onde Delfina vivia com marido e filhos, está sendo demolido.

“Depois do crime, ela deixou a casa e foi passar uns dias com alguns amigos. Quando voltou, foi para buscar o que havia deixado e se mudar. É fácil entender o que ela fez, porque o inimigo morava na casa ao lado”, informou à reportagem a dona de casa Cirleide Rosana, referindo-se a Nivaldo Albuquerque Paes, que foi preso pela Polícia Civil no último dia 19 e apresentado como o responsável pela morte da dona de casa e da neta dela.

Duas filhas e o fim trágico da vida A dona de casa Jucileide de Oliveira Marques, assim como a cabeleireira Delfina, abandonou a casa e a vida que tinha no Conjunto Lucila Toledo, no Tabuleiro do Martins, após o assassinato de duas filhas. Os corpos das irmãs Fabiana e Luana de Oliveira Marques foram encontrados em um terreno da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) no último dia 9. O laudo técnico do Instituto de Criminalística constatou

que houve estupro antes do crime.

Ela contou que a vida da família foi completamente alterada após a morte. Além da mudança de endereço, a convivência com a neta – filha de Fabiana – foi restringida, depois que a menina passou a viver com a avó paterna. A dona de casa revelou ainda que teme que os assassinos das filhas façam algo contra ela e os outros seis filhos.

“A gente não sabe quem é

o inimigo nem como evitá-lo, mas teme que, a qualquer momento, mais alguém seja vítima da violência. O Lucila Toledo é conhecido pela criminalidade, mas ela nunca foi gratuita. Não sabemos o que provocou a morte das meninas. Nós não sabemos se elas fizeram alguma coisa. Hoje, mesmo após a mudança de endereço, convivemos com o medo de entrar para as estatísticas”, acrescentou a dona de casa. (E.A.)

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Domingo, 27 de março de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: cidade@ojornal-al.com.br Fabyane Almeida/Estagiária

A casa onde o capitão da PM Macário foi assassinado no dia do crime

Religião como subterfúgio da dor Para tentar superar a perda e retomar a rotina, os parentes das vítimas recorrem à religião e à espiritualidade. Pelo menos este foi o caminho escolhido por Maria Mercedes Macário, mãe do capitão da Polícia Militar Luacir Albuquerque Macário, que foi assassinado a tiros dentro de casa, no Pinheiro, durante suposta tentativa de assalto. Ela contou que, sem fé, seria impossível superar a perda e afirmou que pretende procurar apoio psicológico para superar o trauma.

“Como estou sob o efeito de medicamentos tranquilizantes, estou conseguindo me manter firme, mas tenho certeza que vou precisar de apoio psicológico. A fé em Deus é o outro pilar que vem me sustentando desde a morte do meu filho. Sem Deus, sei que não seria possível conviver com o vazio que ficou. As amizades também têm sido fundamentais. Meus amigos não me deixaram sozinha e diminuem o sofrimento da perda”, disse.

Mercedes disse que, apesar do grande sentimento de tristeza que a abateu, ela sabe que o filho cumpriu sua missão e deixou exemplos positivos para os que conviveram com ele.

“Meu filho semeou amor, verdade e lealdade, o que me deixa muito feliz. Asensação de perda é grande, mas espero que a morte dele desperte nas autoridades o sentimento de que algo está errado e tem que mudar. A lei tem que ser rígida com criminosos”. (E.A.)

Mãe lamenta falta de apoio do governo A dona de casa Jucileide de Oliveira Marques, mãe das irmãs encontradas mortas no Campus A. C. Simões Ufal, no último dia 9, explicou que gostaria de ter apoio psicológico, mas lembrou que a falta de recursos impede que ela tenha um tratamento adequado. Ela disse que não foi procurada pela Secretaria Municipal de Assistência Social, nem por nenhum outro órgão que oferecesse apoio.

“Infelizmente, quem não

tem dinheiro não tem como procurar apoio de psicólogo ou de nenhum outro profissional. Temos que superar a perda com as nossas próprias forças. Fica a lembrança e a indignação, porque não vemos os criminosos presos. Mas, não podemos fazer nada para mudar a estrutura que existe. É tentar mudar por conta própria e torcer para que nada aconteça com a gente a partir de agora”, expôs a dona de casa.

Apoio especializado para superar a dor A psicóloga Suzy Maurício afirma que, em geral, as pessoas não estão preparadas para lidar com a morte, seja ela de forma brutal ou não. Ela explica que a perda de parentes pode provocar reações distintas, como depressão, distúrbio do sono, stress, medo e desespero.

Mas ressalta que cada caso deve ser visto e analisado de forma isolada e lembra que cabe aos profissionais da área auxiliar os pacientes a superar o trauma.

“Embora a vida esteja lado a lado com a morte, as pessoas não estão preparadas para lidar com a perda de parentes próximos. E se

falamos de um crime brutal, o choque é ainda maior. Mas, cabe ao psicólogo auxiliar o paciente e ajudá-lo a encontrar uma forma de superar a perda. É preciso oferecer apoio especializado para que o familiar supere os traumas da violência e consiga retomar a rotina”, ponderou Susy Maurício.

A psicóloga explica que os parentes de vítimas de crimes brutais reagem de formas distintas. “A primeira reação é a negação, que vem seguida pela tristeza e até pela depressão. Por isso, a importância de oferecer a oportunidade de que o paciente fale e exponha o que

Jucileide contou que a sensação de insegurança foi o principal dano provocado pelo assassinato das filhas. “Imagine como é difícil conviver com a insegurança. Se, pelo menos, soubéssemos o que levou à morte, nós poderíamos evitar o erro. Mas nem isso sabemos”, ponderou.

A dona de casa lembrou que a filha mais nova, Luana, estava grávida quando foi morta. “Os bandidos não livram mais ninguém. Não sabemos quem será a próxima vítima”. (E.A.)

está sentindo. É necessário trabalhar os traumas e minimizar o sentimento de perda.

As feridas não cicatrizam. As pessoas se acostumam com a perda”, afirmou.

Conforme Suzy Maurício, cada pessoa reage de forma distinta durante o chamado estado de luto. “As pessoas têm peculiaridades e reagem de formas distintas após perdas, sejam elas de forma brutal ou não. O estado de luto de cada um deve ser respeitado, mas sempre levando-se em consideração que os parentes devem encontrar meios de superar a fragilidade após as perdas”, acrescentou a psicóloga. (E.A.) Marco Antônio

Sem valores: a violência banalizada Para a mãe do capitão da Polícia Militar Luacir Albuquerque Macário, a violência que assola o estado e, em particular, Maceió é fruto da perda de valores que a sociedade moderna enfrenta. “Faltam valores. Mais que combater a criminalidade, é necessário ensinar às crianças os valores da vida. Mostrar a bondade e, sobretudo, a importância da vida. Aviolência se tornou algo banal na sociedade dita moderna em que vivemos”, ponderou.

Ela informou que não nutre o sentimento de raiva pelos assassinos do seu filho, mas disse que tem pena dos algozes. “Os criminosos são vítimas de uma

sociedade violenta, onde as pessoas não têm oportunidade e migram para a marginalidade. É necessário que sejam criadas políticas públicas urgentes para reduzir à criminalidade. Não estou falando de políticas truculentas, mas de políticas sociais, que tirem os jovens da ociosidade”.

A mãe do militar lembrou da contradição que envolve a morte de um homem da lei. “O meu filho sempre combateu à criminalidade. Por onde passou, deixou um bom trabalho e atuou de forma exemplar. É contraditório que ele tenha sido mais uma vítima da violência que sempre combateu. Ele estava de

férias dentro de casa, o local que considerava mais seguro. Nós tivemos nosso lar invadido e uma pessoa próxima retirada brutalmente”.

A dona de casa Jucileide de Oliveira Marques afirmou que, apesar da forma brutal como as duas filhas foram mortas, ela não sente raiva dos criminosos.

“Raiva e ódio são sentimentos ruins, que não devem ser nutridos, porque fazem mal a nós mesmos”, explicou.

De acordo com Jucileide, a vontade de justiça e, ao mesmo tempo, o sentimento de impunidade prevalecem. “É como se nós lutássemos para a punição e ela não chegasse”. (E.A.)

Sensação de impunidade prevalece O sentimento da dona de casa é o mesmo de Antônio Luiz da Silva, pai do taxista Wagner Luiz da Silva, encontrado morto em um canavial de São Miguel dos Campos, na última quinta-feira. Ele explicou que não acredita que a polícia seja capaz de encontrar os assassinos de seu filho e disse que a

sensação de impunidade e insegurança prevalece.

O trabalhador rural contou que também não sente ódio pelos assassinos do filho, mas que sente pena. “O que eu gostaria que acontecesse é que eles fossem presos e punidos. Não consigo sentir ódio por eles, mesmo depois de terem tirado

o meu filho de perto de mim.

Infelizmente, o mundo está cheio de pessoas más, que estão dispostas a tirar a vida dos outros por qualquer preço. Mas não sei de quem é a culpa, se deles ou da falta de oportunidade que tiveram”, acrescentou o pai do taxista, que foi assassinado a tiros. (E.A.)

Fernando Caldas disse que muita gente busca na doutrina o conforto para superar a morte de parentes

Igreja oferece ajuda às famílias O pastor Jailson Teixeira afirma que, além da psicologia, a religião é uma dos meios encontrados pelos parentes de vítimas de crimes brutais para superar os traumas. Ele explica que a Igreja acolhe, diariamente, pessoas que passam por dificuldades e lembra que existe um setor especial que oferece atenção aos parentes das vítimas.

“Existe um setor de assistência social na Igreja que oferece auxílio financeiro e, principalmente, apoio psicológico aos parentes de vítimas de crimes. É necessário que essas

pessoas entendam que a morte faz parte de um processo natural da vida e que não é culpa de Deus as ações erradas dos homens, porque eles têm o livre arbítrio”, informou.

O espírita Fernando Caldas contou que, apesar do preconceito que existe contra o espiritismo, muitas pessoas buscam na doutrina o conforto para superar a morte de parentes. Ele explica que a religião tenta entender de forma racional a passagem da vida para a morte. “A passagem é natural e todos vão

passar por ela. Nós dispomos de palestras e de outros instrumentos que oferecem atendimento às pessoas que perderam parentes”.

A Igreja Católica informou que também oferece aconselhamento aos fiéis que perderam algum parente e que existem, inclusive, missas para vítimas da violência. A instituição informou ainda que apóia e promove atos que alertam sobre o crescimento da criminalidade e orienta os fiéis sobre a importância da tolerância para o convívio pacífico. (E.A.)

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Domingo, 27 de março de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: cidade@ojornal-al.com.br Fotos: Larissa Fontes

Para Vânia, quem só viaja em pé nos ônibus deveria ter preço tarifário diferenciado de quem vai sentado

A ineficiência do serviço de transporte público irrita Hildo, que desiste dos programas familiares

Benedito Bentes faz 25 anos em protesto Moradores do bairro se vestem de preto e pedem melhorias no transporte e mais segurança no maior bairro de Maceió Valdete Calheiros Repórter

O bairro do Benedito Bentes completou 25 anos na última sexta-feira. O dia 25 de março, entretanto, não foi de muitas festas. O aniversário do bairro mais populoso de Maceió foi marcado por um grande protesto realizado pelos moradores que, vestidos de preto, resolveram chamar a atenção do poder público

para o que eles dizem ser o maior problema do local: o serviço de transporte coletivo.

Pelas ruas do bairro essa é a reclamação mais ouvida. Populares e líderes comunitários citaram também a violência, a falta de opções de emprego e de qualificação para os jovens e os adultos, a falta de pracinhas com atrativos para os jovens, a pouca quantidade de escolas e creches, o inchaço habitacional, o lixo, os

Audiência pública vai cobrar melhorias A manicure Vânia dos Santos é outra moradora do Benedito Bentes insatisfeita com o serviço de ônibus. Ela disse que mora no bairro há alguns anos, mas nunca teve o prazer de ir ao trabalho sentada em um coletivo. “Pago a passagem para ir em pé. Acho até que quem vai em pé deveria pagar mais barato do que o passageiro que vai sentado”, opinou.

A insatisfação com o assunto é tanta que o prefeito comunitário do Benedito Bentes, Silvanio Barbosa, está organizando uma audiência pública no bairro. Ainda sem data marcada, os moradores irão recepcionar o prefeito de Maceió, Cícero Almeida, a Câmara de Vereadores e os órgãos relacionados ao assunto. A audiência pública poderá ser realizada ainda no mês de abril.

Durante a audiência pública, os moradores irão entregar aos representantes do poder público, o relatório da Caravana Popular do Benedito Bentes.

O documento é o resultado da caravana. Durante meses, voluntários foram às ruas do bairro ouvir dos moradores quais os problemas enfrentados pela população usuária de transporte coletivo.

A ação faz parte do levantamento feito pela própria população para detectar as falhas no serviço e apontar soluções. O relatório será entregue à Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT).

O prefeito comunitário do Benedito Bentes, Silvânio Barbosa, afirmou que o objetivo da caravana é auxiliar a SMTT a

melhorar a qualidade do transporte utilizado pela população.

“Por mês, cerca de um milhão de pessoas pegam ônibus no Benedito Bentes. São apenas 95 ônibus, dos quais seis são microônibus. Os veículos estão distribuídos em 11 linhas.

Temos 147 mil habitantes, 35 mil dos quais vivem nas grotas, e com a construção de novos conjuntos residenciais devemos ganhar, até o final deste ano, mais 30 mil novos moradores, um superaquecimento populacional que tende a agravar ainda mais o problema dos transportes urbanos no bairro”, contabilizou, ao acrescentar que são necessários, no mínimo, mais 30 ônibus para servir aos 26 conjuntos e 19 grotas do complexo que formam o bairro do Benedito Bentes.

Segundo Silvânio Barbosa, as linhas com o menor número de veículos são Benedito Bentes/Trapiche, Benedito Bentes/Gruta, Benedito Bentes/Jacintinho, Benedito Bentes/Farol e Benedito Bentes/Centro.

“Entre as principais queixas dos usuários de transporte coletivo do Benedito Bentes estão a pouca quantidade de ônibus, o tempo de espera nos pontos de ônibus, a falta de respeito por parte de alguns motoristas, a queda de usuários dos ônibus causada pela pressa de alguns motoristas em dar partida ao veículo, a demora em chegar ao destino em alguns casos a viagem do Centro ao Benedito Bentes pode durar até três horas e falta de infra-estrutura do terminal do bairro”, enumerou. (V.C.)

esgotos a céu aberto, a falta de escolas técnicas para preparar os jovens para a primeira experiência no mercado de trabalho, o aumento crescente da especulação imobiliária na região e até mesmo o fim dos campinhos de futebol como problemas vividos pelos habitantes.

No entanto, o serviço de ônibus coletivo foi a queixa mais frequente. Sem exceção, todas as pessoas entrevistadas criticaram

a cobertura do transporte local.

Para pegar ônibus os moradores fazem a integração no Terminal do Benedito Bentes.

De acordo com a população, isso provoca muita demora.

A sugestão é existir um terminal em cada conjunto do bairro e que os ônibus sigam direto para seus respectivos destinos.

O segurança Hildo Rodrigues apanha o ônibus diaria-

mente às cinco horas da manhã para poder chegar ao trabalho poucos antes das 8 horas no bairro de Ponta Verde. “É sempre essa rotina de segunda a sexta-feira.

Quando chega sábado, domingo ou feriado nem tenho coragem de apanhar ônibus no terminal para ir à praia ou passear com a minha família. Para evitar sofrer durante a folga do trabalho, prefiro fazer uma

farrinha na minha casa. É uma pena, porque às vezes, a mulher e os filhos cobram. Mas não há quem me faça pegar ônibus sem ser a obrigação do trabalho”, detalhou.

O segurança também reclamou da violência e da falta de opção de boas escolas para os três filhos. Todos estudam em Fernão Velho. Segundo o pai, é mais tranquilo e a educação é mais garantida.

Em relatório, moradores fazem exigências No relatório, a população cobra que os ônibus trafeguem com exclusividade na faixa a eles destinada na Avenida Fernandes Lima, pelo menos das 17 às 20 horas, e não-circulação de veículos de grande porte como caminhões na mesma via. “Tudo isso está no papel. É lei! Falta aplicá-la”, comentou Silvânio Barbosa. “Em março, a caravana terá completado 100 dias de coleta de informações passadas por mo-

radores de todos os conjuntos que fazem parte do Benedito Bentes”, frisou Silvânio Barbosa.

Além da precariedade do transporte coletivo, a população também reclamou da falta de sinalização vertical e horizontal na Avenida Cachoeira do Meirim. A via tem 25 Km e, segundo os moradores mais antigos, nunca foi recapeada ao longo desses 25 anos de criação do bairro.

SMTT – O assessor especial

de trânsito da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), José Nivaldo, reconheceu a deficiência do sistema de transporte coletivo que serve ao bairro e disse que alternativas estão sendo estudadas pelo órgão.

“Recebemos muitos pedidos para aumentarmos a quantidade de ônibus que servem ao local. Mas, ao contrário do que parece, a solução do problema não é simplesmente a

quantidade de coletivos. Colocar mais ônibus significa congestionar ainda mais o trânsito de Maceió. Acapital tem crescido muito ao longo dos últimos anos. O crescimento tem sido muito rápido e, infelizmente, alguns serviços como o de transporte coletivo não pode acompanhar o mesmo ritmo. Aumentar a frota de ônibus depende, por exemplo, de licitação, o que demanda tempo”, explicou. (V.C.)

Transporte público é uma das maiores queixas dos moradores do bairro

Com armas para defender o tráfico A violência é outro assunto recorrente. O Conjunto Carminha foi uma das áreas apontadas como a mais crítica no quesito violência. A dona de casa Maria Rosa dos Santos disse que adolescentes andam armados para defender o tráfico no local.

“Pessoas de dentro do presídio comandam a situação e ditam quem deve morrer ou continuar vivo”, contou.

Os moradores do Carminha associam o aumento da violência à falta de opções de lazer para os jovens. De acordo com a prefeitura comunitária do Benedito Bentes, existem no bairro 400 times de futebol. Em todo o bairro havia 26 campos.

Praticamente todos estão

sendo destruídos para dar espaços aos novos condomínios residenciais e conjuntos habitacionais que já estão em construção ou serão construídos em breve.

Conforme os cálculos da prefeitura comunitária, dentro dos próximos meses serão entregues mais 4.500 mil unidades habitacionais.

Três conjuntos habitacionais estão em construção e outros três estão para ser construídos em breve.

Bastante distante da especulação imobiliária e sem endereço residencial fixo, vive uma parcela da população do Benedito Bentes.

São os moradores de rua que, de acordo com o secre-

tário municipal de Assistência Social, Francisco Araújo, são em número de 69 moradores. Dezessete deles têm entre nove e 18 anos de idade. O secretário disse que esse número é bastante dinâmico. “Alguns vão rapidamente para casa de parentes no interior outros vão para bairros diferentes. É uma quantidade que sofre alterações diariamente. Uma coisa é certa, o Benedito Bentes tem características de cidade de interior, o que permite que a população ajude os moradores de rua. Coisa que não acontece, por exemplo, em um bairro prioritariamente comercial como o Farol. (V.C.)

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Fotos: Yvette Moura

Domingo, 26 de março de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: cidade@ojornal-al.com.br

O sustento que vem da lama Cultivo de ostras está mudando a vida dos moradores do pequeno povoado da Palatéia, na Barra de São Miguel Carolina Sanches Editora-adjunta de Cidades

anhada pela lagoa do Roteiro, a comunidade Palatéia, situada na Barra de São Miguel, no litoral sul de Alagoas, foi identificada pelo Fórum Dlis, do Programa de Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável, como um lugar propício ao cultivo de moluscos no litoral alagoano em novembro de 2002. Num passeio pelo mangue da lagoa do Roteiro, não é difícil perceber que a preservação na região é respeitada pela comunidade. Os moradores têm uma relação próxima com o ecossistema manguezal, que lhes oferece uma variedade de produtos que contribuem para sua subsistência, bem como para a geração de renda. Além do peixe e do caranguejo, amplamente explorados nos manguezais, a ostra coloca-se como uma alternativa para atender às necessidades nutricionais e se constitui em uma oportunidade de complementação de renda das famílias. E é na lagoa que está o maior banco de ostras do Estado. O cultivo do molusco tem garantido renda e vem trazendo desenvolvimento para a comunidade. Aos poucos, os moradores começam a deixar a condição de catadores para se transformar em produtores.

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A mudança na forma de cultivo

Ramalho: capacitação ambiental

O povoado da Palatéia conta com o apoio do Projeto do Cultivo de Ostras do Sebrae/AL. De acordo com o coordenador de projetos na unidade de agronegócios do Sebrae, Manoel Ramalho, desde 2002 são realizadas ações com produtores de ostra no Estado, mas no início eram isoladas. Em 2008 teve início um projeto que ampliou a atenção às comunidades.

O projeto ofereceu consultoria voltada ao associativismo, à implantação de estruturas de cultivo e à aplicação de técnicas de manejo. Nesse período

foram reorganizadas as quatro associações existentes no Estado – na Palatéia, em Coruripe, Ipioca e Passo de Camaragibe – e uma colônia em Porto de Pedras.

Ramalho conta que, inicialmente, os produtores trabalhavam com o extrativismo, ou seja, retiravam a ostra sem se preocupar em preservar a natureza.

“Alguns pontos prejudiciais ao cultivo e ao meio ambiente foram observados e, a partir disso, feitas as orientações e capacitações. A produção já existia antes do projeto, mas de

forma desorganizada, foi aí que veio a participação do Sebrae, que buscou mostrar à comunidade a importância do trabalho em grupo”, afirma.

Dentre os pontos que precisavam ser melhorados estava a mesa usada no criatório, que era de madeira, portanto, não ambientalmente correta devido a sua durabilidade, de pouco mais de um ano, e à reposição - muitos faziam a retirada do próprio mangue. “Orientamos os produtores para mostrar que o PVC é ideal porque não estraga e, se alguma parte for dani-

ficada, pode ser substituída. Aos poucos, as associações estão conseguindo trocar a madeira pelo PVC”, relata.

No caso da Palatéia, algumas mesas de PVC foram trocadas através de financiamento obtido pelos próprios produtores. A Agência Espanhola doou 40 mesas e, no final do ano passado, eles ganharam da Eletrobrás material para 250 mesas. Para os produtores conseguirem ter acesso aos financiamentos, foi preciso realizar

uma série de ações urgentes, tanto com os produtores quanto com a parte administrativa da associação, onde foram tratados aspectos como baixa escolaridade do grupo, produção e associativismo. Como o nível de escolaridade da comunidade era baixo, o Sebrae firmou convênio com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) para oferecer um ano do curso de alfabetização “Pescando Letras”. (C.S.)

A história de quem passou do trabalho predador à exploração sustentável Todos os dias, às seis horas da manhã, Manoel Cícero Rocha, de 50 anos, sai para o mangue em direção ao banco de ostras da Lagoa do Roteiro.

Ele só retorna quando a maré começa a subir. Há 25 anos, seu Cícero, como é conhecido na comunidade, trabalha com o cultivo

de mariscos e ostras.

O maricultor conta que antigamente, assim como a maioria dos moradores, trabalhava catando mariscos de forma predatória no mangue.

Ele lembra que quando foi morar na comunidade, que hoje abriga cerca de 90 famí-

lias, existiam poucas casas e não havia estrutura adequada.

O desenvolvimento do local começou mesmo com a criação de ostras. Seu Cícero relata ainda que, em 2002, houve uma grande diminuição do molusco devido à pesca predatória, mas que melhorou a renda ao adquirir capacitação técnica e equipamentos para ampliar a estrutura de produção.

O cultivo de ostras na Palatéia existe há mais de dez anos, mas foi através de parcerias que ele pôde se tornar u m ne-

gócio lucrativo. Parte da estrutura foi fornecida pela ONG Oceanus, que atuava junto a produtores do Estado. Ainda em 2004, seu Cícero era um dos 14 catadores de mariscos envolvidos nas ações do Sebrae em Alagoas e da ONG. Em julho de 2008, a Justiça determinou a suspensão das atividades da ONG. A condenação praticamente parou com a produção na Palatéia.

Por dificuldades no cultivo, em pouco tempo, 13 catadores desistiram. Foi então que seu Cícero continuou sozinho e sem perder a esperança de que o negócio iria dar certo.

Perseverante, ele corrigiu falhas na produção e passou a vender ostras na praia. O produtor permaneceu sozinho por um ano e oito meses na região, trabalhando de forma amadora e secundária.

Ele conta que trazia as cascas da ostra penduradas para chamar a atenção da comunidade, mas que não

havia interesse por parte dos moradores. Então, decidiu comprar um Fusca, ano 89, batizado de Herbert, para incentivar outras pessoas. Muitos ficaram motivados, principalmente quem havia abandonado o cultivo. Em setembro de 2005, mais de 30 famílias começaram a participar do projeto.

Com o aumento do número de produtores, foi preciso uma reorganização. “Fizemos uma reunião para dividir a área e criamos a associação. Com o apoio do Sebrae conseguimos crédito e ampliamos a produção”, relata Manoel Cícero, que também é presidente da Associação dos Ostreicultores da Palatéia.

Atualmente, 53 famílias retiram o sustento do cultivo das ostras. A produção dá suporte a mais duas famílias da comunidade. O banco de ostras conta com 380 mesas, que abrigam 900

ostras cada uma. Hoje, a produção fica entre oito e dez mil unidades por semana.

PARCERIAS - Muitos parceiros fazem parte do projeto, como o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Alagoas (Sebrae/AL), a Secretaria Estadual de Agricultura (Seagri), a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), o Ministério de Pesca e Aquicultura, a Universidade Federal de Alagoas (Ufal), a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento, o Instituto Ambiental Brasil Sustentável, o Banco do Nordeste do Brasil (BNB), o Instituto do Meio Ambiente (IMA) e a Prefeitura Municipal da Barra de São Miguel. (C.S.) Continua nas páginas A14, A15 e A16.

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Domingo, 27 de março de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: cidade@ojornal-al.com.br Fotos: Yvette Moura

Cultivo de ostra tem mudado a vida na comunidade da Palatéia

Localidade com potencial para o cultivo Segundo diagnóstico do setor de pesca e aquicultura de Alagoas, realizado pelo governo do Estado em parceria com a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento, a ostra figura como o terceiro molusco mais capturado no Estado, atrás apenas do maçunim e do sururu.

Os dados mais recentes da atividade são do Ibama (2006), que mostram que a produção alagoana foi de 95,8 toneladas naquele ano.

Pelo menos sete diferentes tipos de ostras são encontrados na lagoa do Roteiro. Antes, elas

eram identificadas pelos maricultores pelas cores. Com o apoio da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) foi feita a identificação dessas ostras, sendo duas delas consideradas ideais.

As espécies do mangue na Palatéia são do tipo “Crassostrea rhizophorae” e “Crassostrea brasiliana”. Essas duas são encontradas em regiões estuarinas de baixa e média salinidades.

Ambas as espécies são muito parecidas e é difícil a sua diferenciação. O cultivo utiliza a estrutura tipo mesa (suspensa), apropriada para as condições ambientais da região.

Maior parte da produção vai para PE Para os produtores do local, o associativismo foi o ingrediente que fortaleceu o negócio e uniu a comunidade. “A renda das famílias aumentou bastante depois da associação e do investimento no cultivo das ostras. Antes trabalhávamos de forma desorganizada e por conta própria. Agora, nós podemos ajudar uns aos outros, principalmente na hora de vender”, relata o morador José Nilo Marques de Souza, de 26 anos, que trabalha há 13 anos com o cultivo, que aprendeu com seu pai.

Uma ostra grande, de dez a 12 centímetros, é vendida na praia por R$ 10 a dúzia já pronta para o consumo. Se a ostra for menor, o preço também diminui. Mas, apesar de comercializada na praia, 90% da produção vai para Pernambuco ainda em estado bruto. O preço fica em torno de R$ 0,40 cada.

Quando o pedido é grande, a venda é feita pelos produtores através da associação.

“O trabalho com as ostras tem garantido a renda da minha família e estamos confiantes na melhoria do negócio. Por causa da renda já consegui trocar de carro e ajudar muitas pessoas”, relata Cícero. Com as ostras gerando emprego e renda, tem gente de olho grande nos moluscos. A associação teve até que contratar dois vigias, que recebem um salário mensal”, destaca Manoel Cícero.

O produtor fez questão de ressaltar que o cultivo no

manguezal agrega valor ao produto, sendo diferenciado.

Ele conta que já viajou para o Sul do País e visitou a produção de ostras em Santa Catarina. “Gostei das ostras, mas as que temos na Palatéia são melhores. Em Santa Catarina são ostras de laboratório, as nossas são naturais. As ostras do Sul foram introduzidas no habitat catarinense, diferentemente das da Palatéia, que são nativas”, diz.

DIFICULDADES – Enfrentar o sol intenso e trabalhar de acordo com a maré não são os maiores dos desafios enfrentados pelos ostreicultores da Palatéia. Segundo eles, a falta de mercado para compra da ostra faz com que eles vendam com preço menor a atravessadores de Pernambuco. “A ostra que vai para Pernambuco é bruta, sem tratamento, que é feito pelo comprador. Sabemos que o preço vendido é baixo, mas não temos alternativa para escoamento da produção”, relata Cícero.

As razões para isso, de acordo com os moradores, devem-se a um mercado ainda incipiente, situação explicada pela falta de hábito alimentar. “Precisamos de mais apoio dos governantes para fazer degustações e apresentar nosso produto aos consumidores. Também buscamos parcerias com hotéis e pousadas que se interessem pela venda da ostra”, observa o produtor. (C.S.)

No início, elas ficavam em coletores de diversos materiais e formas, principalmente de estruturas de plástico, como as garrafas pet. Quando saem dos coletores, as ostras vão para as mesas, onde acontece a maturação e a reprodução. Na Palatéia eram usadas mesas feitas de madeira, mas que estão sendo trocadas por estruturas de PVC. Cada uma mede, aproximadamente, três metros de comprimento e um metro de largura.

Nas mesas estão os travesseiros de cultivo, com o sistema de castigo – um sistema fixo submerso na maré cheia e fora

d’água na maré baixa, quando as famílias envolvidas aproveitam para o manejo das ostras.

“Essa forma de cultivo é a adequada para aquela localidade.

Quando a maré enche, a ostra fica submersa e, na maré seca, fica no sol, o que regula naturalmente, matando alguns parasitas”, explica Manoel Ramalho.

Regularmente, aproveitando a maré baixa, ocorre a limpeza das ostras, com a retirada de predadores, parasitas e incrustantes como caranguejos e caramujos. “Fazemos também a retirada das ostras que morreram e não podem ficar ocu-

pando espaço na mesa. O acompanhamento é muito importante para o sucesso do cultivo. Por isso, diariamente, visito o banco de ostras para fazer a limpeza”, afirma Manoel Cícero, enfatizando que a limpeza é um serviço fácil, que pode ser feito por qualquer pessoa e não causa danos a ninguém.

O molusco leva em torno de seis meses para ficar no ponto de consumo. Quando são retiradas das mesas, as ostras vão para a depuração, que é a remoção dos agentes contaminantes. Em Alagoas, como não existe uma depuradora, as ostras são colo-

cadas na praia, em local limpo, e lá permanecem por um a dois dias. Só depois disso é que são oferecidas para o consumo.

VIGILÂNCIA – A associação teve que contratar dois vigias para que as sementes (ostras pequenas que são cultivadas para reprodução) não fossem roubadas, como já aconteceu. Antes, os próprios produtores tomavam conta da área, mas o sistema de rodízio não deu certo, e eles precisaram colocar os vigias. Para isso, foi construída uma casinha em palafita, dentro da lagoa. (C.S.)

Associativismo fortaleceu o negócio e uniu os produtores

Crédito possibilita a aquisição de material Os produtores da Palatéia conseguiram financiamento através do BNB de Alagoas, por meio do Programa de Microcrédito Rural Produtivo Orientado, o Agroamigo, e do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf – Comum). Com o financiamento, os pescadores investiram na aquisição de mesas para a criação das ostras, além de barcos e outros apetrechos de pesca.

O gerente de negócios do Pronaf – Mini e Pequeno Produtor Rural do BNB, Diogo Vilela, informou que 27 famílias foram beneficiadas com um total de mais de R$ 44 mil, cerca de R$ 1,5 mil para cada.

“Fazemos o acompanhamento do projeto, e muitos pescadores já estão pagando as parcelas adiantadas. Alguns já pensam em renovar o crédito”, relata.

Vilela atribui o sucesso do financiamento ao acompanhamento feito nas comunidades. “Existe um envolvimento da Secretaria Estadual de Agricultura, que disponibiliza um profissional especializado para prestação de assessoria e acompanhamento técnico. No caso da Palatéia, uma engenheira de pesca acompanha os trabalhos, com suporte, repassando conhecimentos relacionados à exploração da atividade de

forma sustentável, aliando a prática pesqueira às diretrizes ambientais”, relata.

O gerente de negócios acredita no sucesso dos empreendimentos, considerando a boa aplicação do crédito e o histórico dos clientes. “Primamos não só por emprestar os recursos, mas pela qualidade do crédito. Eles estão aplicando de fato na atividade, e os resultados já falam por si”, comemora. (C.S.)

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Ostreicultura possibilita desenvolvimento de outros setores na Palatéia O fortalecimento da atividade na Palatéia propiciou o desenvolvimento de outros setores da comunidade. A Prefeitura Municipal, por exemplo, ajudou na implantação de creche, posto de saúde e biblioteca no povoado, o que representou ganhos nas áreas de Saúde e Educação. Para isso, foi necessário que técnicos conhecessem melhor a comunidade do ponto de vista socioeconômico, a fim de qualificar esses aspectos, o que serviu de subsídios para a elaboração de estratégias para contornar os problemas identificados.

“A prefeitura vem acompanhando a Palatéia há algum tempo e colaborando com as necessidades da região. Há nove meses foi criada a Secretaria de Meio Ambiente, que deu um maior suporte à população do entorno do mangue”, expôs a técnica ambiental Taciana Amorim, atual secretária de Meio Ambiente do município.

Segundo a secretária, um projeto elaborado por uma arquiteta da Ufal prevê a reorganização da comunidade. O projeto consiste em organizar as casas e reconstruir as que estão em local inadequado -

muito próximas do mangue. O saneamento do local também está previsto no projeto, bem como o calçamento da estrada que dá acesso ao povoado, com cerca de três quilômetros.

“Faltam alguns ajustes para que os recursos sejam liberados, mas estamos confiantes de que isso vai acontecer em breve e melhorar a vida da população”, observa.

As belezas naturais e o banco de ostras da Palatéia viraram destino turístico após a agência Gato do Mato dar início a passeios de barco no local.

Eles levam os turistas pela lagoa do Roteiro, seguem pela reserva ecológica de manguezais em canoas de pescadores nativos e fazem uma visita à fazenda de criação de ostras e à própria comunidade.

Para atrair mais turistas, os moradores pensam em abrir um pequeno restaurante na comunidade. “Já fazemos a degustação para os visitantes, mas seria interessante mostrar a variedade de pratos à base de ostra, desde ela crua até gratinada. O restaurante ia aumentar a renda e atrair muitos turistas, principalmente nos fins de semana”, observa Manoel Cícero. (C.S.)

Por causa do cultivo de ostras, comunidade ganhou creche, posto de saúde e biblioteca

Capacitações ajudam a beneficiar o produto

Secretária Taciana Amorim fala sobre projeto para comunidade

Além da mudança das mesas de madeira para PVC, o Sebrae orientou os produtores a aproveitar as cascas das ostras, que podem ser usadas para indústria de fármacos, fabricação de tijolos, adubação de jardineiras e artesanato. “A casca jogada fora pode atrair insetos e roedores.

Como em Alagoas os produtores

ainda não reaproveitam a casca, nós orientamos para que fosse enterrada, e isso está sendo feito”, relata o coordenador.

Também foi orientado pelo projeto que os vendedores do molusco na praia trabalhassem fardados e com a identificação da origem do produto comercializado. “Aostra da Palatéia passa

por uma análise da carne feita pela Ufal mensalmente, que atesta a qualidade. Quando eles trabalham fardados, o consumidor já sabe a procedência. Desde que as ostras começaram a ser analisadas, nunca foram registrados níveis que não permitissem o seu consumo”, expôs Ramalho.

Durante as capacitações, o produtor pôde aprender qual o melhor local para o cultivo e como as mesas devem ser colocadas. “Já está tudo pronto para que o local tenha o licenciamento ambiental. Já foi dada entrada no processo, que aguarda a autorização do IMAe da Semarh”, disse o coordenador. (C.S.)

Trabalho com respeito ao meio ambiente O cultivo de ostras do mangue é uma alternativa de produção sustentável para as comunidades litorâneas, mas, se não ocorrer de forma adequada, pode ser extremamente danoso ao meio ambiente. Na Palatéia, ao capacitar catadores de mariscos, as instituições reverteram dois quadros: a retirada de ostras dos mangues antes do tamanho ideal, o que prejudica a perpetuação da espécie; e o corte de vegetação do mangue para a retirada de madeira.

Para a secretária Taciana Amorim, diferentemente do extrativismo de ostras, que pode causar danos ao meio ambiente quando conduzido de forma predatória, o cultivo é uma atividade ambientalmente sustentável, que depende diretamente das condições ambientais satisfatórias oferecidas pelo ecossistema manguezal. “A atividade não depende somente da tecnologia e das condições ambientais, mas, em igual importância, das condições socioeconômicas em que as comunidades estão inseridas. Os próprios moradores precisam entender a importância de preservar o mangue”, alerta.

A secretária explicou que o mangue faz parte da Reserva Extrativista de Sustentabilidade do Roteiro e Barra de São Miguel. Ao todo são 760 hectares de mangue. “Trabalhamos em parceria com a escola e a associação para ensinar aos moradores daquela região o que é o mangue e qual a importância desse ecossistema para a vida da comunidade. Além disso,

promovemos o mutirão de limpeza do mangue de forma constante e com a ajuda dos moradores”, salienta.

Na localidade, os próprios maricultores promovem e denunciam qualquer atividade que venha a provocar qualquer degradação ambiental à região, pois precisam manter a qualidade da água para a garantia do mercado consumidor.

Manoel Cícero reforça que, “antes, o pescador não tinha a visão de que jogar dejetos na água e retirar madeira do mangue prejudicavam a natureza, e o poder público não promovia educação ambiental.

Quando a atividade de maricultura reforçou, tivemos mais orientação e agora nós mesmos fiscalizamos, pois sabemos que a degradação pode prejudicar toda a atividade”, comenta.

FISCALIZAÇÃO – Além de promover a educação ambiental, a Secretaria de Meio Ambiente promove a fiscalização para evitar o avanço e a ocupação da área do manguezal.

A ação também busca coibir a devastação do mangue, para isso fiscais promovem visitas constantes à região.

De acordo com o fiscal Vitalino Gonçalves, eles fazem visitas de surpresa e também orientam os moradores. “As pessoas já sabem que o local não pode ter mais casas e as que estão próximas do mangue terão que ser retiradas. Nada pode ser mais alterado para não comprometer o ecossistema”, afirma o fiscal. (C.S.)

Cascas das ostras são aproveitadas para outras finalidades, como fabricação de tijolos, adubação de jardineiras e confecção de artesanato

Falta de saneamento prejudica vida no manguezal Qualidade das águas fica prejudicada pela inexistência de saneamento

Mesmo com a preservação ambiental existente na Palatéia, a falta de saneamento no local prejudica a qualidade das águas, danificando, consequentemente, o ecossistema manguezal. “A falta de saneamento é um dos maiores problemas ambientais enfrentados pela comunidade.

Os moradores se esforçam na preservação do manguezal, mas o esgoto que sai das casas é um dos fatores que prejudicam o ecossistema.

Isso caba levando coliformes fecais para o mangue e prejudicando até o consumo da ostra, já que ela filtra o alimento da água”, aponta o oceanólogo Ricardo Nonô.

Ele destaca, ainda, que o crescimento da comunidade não vem acontecendo de

forma ordenada, já que muitas casas começaram a ser construídas e outras foram ampliadas. “Antes, o local era uma comunidade pequena, com poucas casas. Com as ostras, os moradores conseguiram uma renda melhor, atraindo outras pessoas para o local. As famílias também foram crescendo e aumentando as moradias”, aponta.

O projeto da Prefeitura Municipal prevê o saneamento do povoado, mas ainda não há prazo para ser colocado em prática. “É preciso pensar nesse ponto que, para mim, é um dos que mais prejudicam o local. Quando chove, a situação fica pior porque a água leva o esgoto para o mangue”, diz Ricardo Nonô. (C.S.)

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Ostras mortas são separadas em uma mesa até que sejam retiradas do mangue

Morte de ostras preocupa produtores Ostreicultores da Palatéia estão preocupados porque uma grande quantidade de ostras ainda sem madurar está, misteriosamente, morrendo.

“Desde o ano passado estamos registrando muitas mortes de ostras. É uma tristeza vir tirar as ostras das mesas e tomar conhecimento de que muitas estão mortas. Já procuramos a Ufal e a Secretaria Estadual de Agricultura para tentar descobrir qual o motivo do problema”, relata Manoel Cícero.

Uma das hipóteses, segundo o produtor, pode ser o cultivo de sururu muito próximo das

mesas. “Para catar o sururu, é preciso remexer muito a lama e isso pode estar prejudicando a água porque, quando a maré sobe, está diferente de quando não foi mexida”, observa.

O oceanólogo Ricardo Nonô informou que a Ufal já foi acionada para fazer algumas análises. Ele explicou que as mortes das ostras têm sido registradas em maior quantidade desde novembro do ano passado e que agora eles estão analisando o problema. “Aquantidade de ostras que está morrendo está fora do normal. O máximo registrado é de 20%, mas o que é observado na Palatéia é que isso está

chegando a 50% ou mais”, expôs.

Ricardo Nonô informou que é necessário que sejam feitas análises física, química e biológica da água, da ostra e do fitoplâncton, que é o alimento que o molusco filtra. “Com a ajuda da Ufal e do IMA vamos descobrir a causa das mortes e solucionar o problema. Apesar dessa perda, os produtores ainda conseguem garantir a renda das famílias.

Acredito que isso não seja motivo de desânimo; pelo contrário.

Vamos buscar resolver o problema e fazer com que a produção aumente cada vez mais”, acrescenta. (C.S.)

Sururu complementa a renda Há aproximadamente dois anos, a comunidade da Palatéia deu início ao cultivo do sururu como alternativa no período de baixa produção de ostras.

“Antes, não havia sururu por aqui; foi aparecendo aos poucos, bem próximo das mesas de ostras. Muitos se reproduzem nas próprias mesas, junto com as ostras. Foi muito interessante a forma com que o sururu aumentou por aqui”, relata Manoel Cícero.

Quem está aderindo ao novo cultivo garante que já consegue complementar a renda da família. É o caso do maricultor Lucival Santos Silva, de 26 anos. Ele conta que sempre trabalhou com ostras, mas que o sururu tem sido bem procu-

rado na região. “Vendemos na própria comunidade a pessoas que visitam o local. Muitas já sabem que comercializamos sururu e nos procuram para comprá-lo”.

Lucival disse que a comunidade consegue tirar uma média de 500 quilos de sururu por semana. O preço sai por R$ 6,00 o quilo. “Chego a vender dez quilos por dia; isso tem ajudado muito a minha família. Nossa proposta, agora, é ampliar o negócio e fazer com que ele seja tão lucrativo quanto o das ostras”, salienta.

Outro morador, José Nilo Marques de Souza, diz que também ficou impressionado com a quantidade de sururu que começou a aparecer na lagoa do

Roteiro. “Minha família, agora, trabalha com os dois cultivos.

Isso dá para ser feito sem que um prejudique o outro. Com a morte das ostras, o sururu não deixou a renda diminuir e se transformou em alternativa para os ostreicultores”, relata.

Segundo Ricardo Nonô, o sururu é uma boa alternativa, que tem ajudado a comunidade a complementar a renda, mas ele não pode ficar preso às ostras, como está sendo observado em algumas mesas de cultivo. “Muitas famílias já trabalham dividindo o cultivo das ostras com o do sururu. Até quando eles retiram o sururu das mesas, conseguem uma boa quantidade para venda”, observa o oceanólogo. (C.S.)

Depuradora vai alavancar cultivo Proposta é agregar valor ao produto Ostreicultores de todo o Estado se preparam para entrar em uma nova era em termos de qualidade no manejo e melhores condições de venda. Adepuradora que está sendo instalada no município de Coruripe deve melhorar o escoamento da ostra e certificar a produção. Quando totalmente equipada, a depuradora terá capacidade de processar o equivalente a sete mil ostras por hora.

De acordo com o superintendente de Desenvolvimento Agropecuário da Seagri, Edson Maruta, o trabalho de sustentabilidade na ostreicultura no Estado deu um importante passo em Alagoas graças à parceria com a Agência Espanhola,

que desenvolve, há quase dois anos, intercâmbio para a transferência de tecnologia nas áreas de pesca e aquicultura.

AAgência Espanhola firmou com o governo de Alagoas um extenso roteiro de visitas técnicas e identificação de áreas com potencial econômico na piscicultura, nas regiões do Baixo São Francisco, do Agreste e do Sertão. Os técnicos da agência conheceram projetos e empresas na área de cultivo de camarão marinho em água doce, indústrias de beneficiamento de pescado, laboratório de reprodução do pitu, pesqueiro do camarão sete-barbas, cultivo de ostras e unidades de filetamento e importação de peixes, além

de projetos de tanques-rede.

A proposta inicial era que a depuradora fosse instalada na Barra de São Miguel, mas, para isso, era preciso que o terreno ficasse localizado próximo à praia, o que não foi possível naquele município. Foi então que Coruripe ofereceu o local propício, e a depuradora pôde ser instalada. “Mesmo ficando em Coruripe, a depuradora vai atender a todo o Estado, principalmente a Palatéia, que tem a maior produção. Quando começar a funcionar, será emitido um selo de garantia, que vai agregar valor ao produto e facilitar a exportação”, afirma o coordenador do Sebrae, Manoel Ramalho. (C.S.)

O coordenador do Sebrae informou que a primeira etapa do projeto com os ostreicultores foi encerrada no final do ano passado, abrangendo orientações, capacitações e estudos técnicos. Ele relata que a próxima etapa será o fortalecimento da comercialização, que será possível graças à depuradora.

Para os ostreicultores da Palatéia, a depuradora significa mais oportunidades. “A depuradora vai fazer com que já tenhamos um produto pronto para venda e não precisemos comercializá-lo por um preço mais baixo”, comemora Manoel Cícero.

Já existe proposta de

transformar o projeto das ostras em Arranjo Produtivo Local (APL), mas ainda não foi confirmada. “Se o projeto se transformar em APL, será um ganho para os produtores porque poderá atrair mais parcerias e dar um suporte maior às comunidades”, completa Manoel Ramalho.

Segundo o oceanólogo Ricardo Nonô, o prédio para o funcionamento da depuradora já está pronto e alguns equipamentos já chegaram.

Faltam a montagem dos equipamentos e a capacitação das pessoas que vão trabalhar no local. “A depuradora vai fazer com que os produtores pos-

sam trabalhar no mercado com segurança. Isso vai influenciar também o aumento dos consumidores, que vão saber que a ostra comercializada passa por uma inspeção sanitária”, observa.

Antes que a depuradora comece a funcionar, a Seagri já trabalha na tentativa de agregar valor ao produto.

“Os produtores afirmam que um dos problemas enfrentado por eles é que a população ainda não conhece a ostra e, para que isso aconteça, é preciso certificação”, expôs Nonô, acrescentando que, com a depuradora, poderá haver expansão do mercado consumidor. (C.S.)

Cultivo de sururu próximo as ostras é alternativa para produtores

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MPE vai investigar licença de professores Pedidos para se ausentar das salas de aula por motivos de saúde chegam diariamente às direções das escolas Fabyane Almeida/Estagiária

Da Redação A polêmica em torno das licenças de saúde concedidas aos professores da rede pública estadual deve voltar a ser investigada pelo Ministério Público Estadual (MPE), que pediu à Secretaria de Estado da Educação um relatório com a quantidade de afastamentos concedidos. A solicitação foi feita após denúncia de que haviam profissionais afastados da sala de aula nas escolas estaduais e que continuavam trabalhando na rede privada.

A situação tem obrigado algumas unidades de ensino a substituírem os profissionais por monitores. No maior complexo educacional da América Latina, o Centro de Ensino e Pesquisas Aplicadas (Cepa), todos os dias a direção das escolas encaminham para a Gerência do Núcleo Regional de Gestão de Desenvolvimento de Pessoas, listas de professores e de pessoal da área administrativa que são afastados alegando motivos de saúde. Os pedidos vem causando problemas nas atividades, uma vez

que, há carência de pessoal.

Esta semana, a diretora do Cepa, Márcia Vieira e a diretora do Núcleo Regional de Gestão de Desenvolvimento de Pessoas, Dulcinéia Bezerra, se reuniram para discutir a solicitação das licenças e a providência de substituições por monitores. As duas afirmaram que esses encontros se tornaram uma rotina, uma vez que, não existe um dia em que os diretores não encaminhem cópias de licenças de saúde.

“No caso dos professores, apesar dos transtornos, a carên-

cia é suprida com os monitores, mas na área administrativa, nosso receio é que, futuramente, fiquemos com os serviços comprometidos”, disse a diretora do complexo, Márcia Vieira. Ela lembrou que o último concurso para auxiliar de serviços diversos e vigilantes ocorreu em 2002. “Não temos como substituir esse pessoal.

Não tem como contratarmos serviço terceirizado e não existe uma definição por parte do governo do Estado para realização de concurso público”, disse com preocupação.

Monitores não querem ir para escolas da periferia As solicitações de licença de saúde também são registradas na maioria das escolas da rede estadual. Na Ovídio Edgar, no Clima Bom, aproximadamente cinco professores estão fora da sala de aula. A velha forma de recorrer a monitores foi aplicada

pela diretora Mariluce Gomes, mas o resultado não foi satisfatório.

Localizada em uma área de difícil acesso, considerada violenta e que levou recentemente os estudantes a fazerem uma manifestação, interditando a Avenida Durval de Góes

Monteiro, os monitores se recusam a permanecer no quadro. Quem mais sofre são os alunos do período noturno que estão sem aula, principalmente nas matérias da área de exatas, porque não existe profissional.

A diretora afirmou que de-

veria ter uma lei que obrigasse aos monitores que se submeteram a seleção, a serem obrigados a lecionar nas escolas para que foram encaminhados.

Como não existe esse tipo de ação, eles se dão o direito de escolherem o local em que pretendem trabalhar.

Para Sinteal, pedidos de afastamento são justos Para a direção do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal) a questão das licenças de saúde volta à tona todas às vezes que há o anuncio de uma campanha salarial. “É para desviar o foco”, afirmou o secretário Jurídico da entidade, Jailton Souza.

Ele diz que, a exemplo de 2009 o Sinteal já solicitou ao

secretário de Estado da Educação, Rogério Teófilo, que faça uma investigação, para ver se a denúncia procede. “A licença não é concedida de forma aleatória, pois há uma junta médica, que é responsável pela concessão.

Se existe algum erro a culpa é da Junta Médica”, diz Jailton.

Segundo o secretário Ju-

rídico, há casos em que o trabalhador adoece devido a própria profissão, como os professores que se estressam, alguns apresentam Ler/Dort e outras situações. “O Sinteal exige a apresentação da relação, para que tome as medidas cabíveis, não concordamos com os que estão afastados e continuam prestando serviço na rede privada.

Queremos a relação, pois isso é ruim porque passa a impressão, que o professor não trabalha e causa descrédito a escola pública”, avaliou.

A carência de pessoal tende a se agravar na rede pública estadual. Este ano, cerca de quatro mil pessoas, de um quadro de nove mil trabalhadores, estão na relação para se aposentar.

Para Jailton Souza, assunto das licenças é para desviar foco do salário

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A insegurança dos universitários Estudantes denunciam que dois arrastões já aconteceram em parada de ônibus à noite este ano Fotos: Thallysson Alves / Estagiário

Thallysson Alves Estagiário

Muitos especulam sobre a vizinhança da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) em Maceió. Acusam as comunidades do entorno em ajudar no crescimento da violência dentro do território acadêmico.

Porém esquecem que os criminosos têm diversos meios para alcançar os estudantes, e que eles dificilmente são aqueles que usam o Campus A. C. Simões para encurtar o caminho de volta para casa.

Para os estudantes, o campus parece um território com menos leis. Não existe polícia.

Não existe terminal de ônibus.

E pior, não existe um local para atendimento médico. “Eu trabalho o dia todo. Saio da empresa cansada, entro em um ônibus lotado, para quando chegar aqui correr o risco de perder o dinheiro que eu batalhei o mês todo para conseguir.

Às vezes passo fome porque tenho medo de tirar dinheiro no caixa eletrônico do banco. É um abandono terrível que sofremos. Tanto que também tenho medo de me sentir mal, pois daqui que eu chegue a um hospital... O HU [Hospital Universitário] não tem emergência 24h; complicado”, disse a estudante de comunicação social Daniele Santos Soares, de 22 anos.

A estudante ainda aponta a carente vigilância nos prédios mais afastados da via principal. “Eu estudo em um bloco que fica muito escondido, por trás de prédios e árvores. O caminho para chegar nele está entre construções e mato. É um ambiente perfeito para alguém me assaltar ou praticar algo pior”, expôs antes de ela revelar que, durante toda a sua vida acadêmica, nunca presenciou uma ronda policial dentro da Ufal.

“Aqui, nós não estamos se-

guros nem de dia, e nem de noite. Todo mundo sabe que os seguranças que rondam o Campus são para proteger o patrimônio material. No máximo, eles conseguem intimidar um bandido que tente agir.

Para a Ufal, o importante são os equipamentos, e não os alunos”, afirmou o estudante de administração Euclides Paixão dos Santos Neto, de 21.

“Os seguranças se preocupam com coisas supérfluas. Um dia desses vieram reclamar porque meus amigos, e eu, passamos pela catraca da portaria, que está instalada, mas ainda não está em funcionamento.

Então respondi que eles deveriam atentar mais a segurança no campus, e não olhar essas besteiras. Foi quando, nervoso, um dos agentes respondeu que não é tarefa dele fazer isso; e eu rebati questionando sobre o que eles fazem aqui. São seis milhões gastos para isso?”, indignou-se o estudante.

Estudar na Ufal, principalmente à noite, virou sinônimo de superação dos medos e fuga da criminalidade

Sem policiamento, criminosos agem Heranças que prejudicam a segurança Muitas ocorrências acontecem dentro da Ufal e não são noticiadas. “Eu fui vítima de um arrastão no dia 22 de fevereiro, e meus amigos no dia seguinte. Nós aguardávamos o ônibus de nossa cidade, que nos levaria de volta para casa, quando fomos abordados pelos bandidos”, relatou a universitária Madalena Fernandes, 20.

Segundo a estudante, os criminosos se concentraram no canteiro central da Avenida Lourival Melo Mota sem que ninguém percebesse. “Até que eles se dividiram e agiram em pontos diferentes. Uns foram para o lado daqueles que seguem em direção ao posto da Polícia Rodoviária Federal, e outros para o lado oposto, justamente onde eu estava com mais algumas pessoas. Eles nos mandaram abandonar a bolsa no chão, mas a gente ficou sem saber o que fazer. Foi quando avistamos a nossa condução chegando. Então, corri e subi no ônibus,

com mais sete amigos. Um dos assaltantes veio atrás da gente e conseguiu entrar pela porta dianteira, mas o motorista jogou seu celular para fora do coletivo e, quando o assaltante foi buscar, acelerou”, recordou. “Depois escutamos uma zoada que pareceu tiro, mas não temos certeza”, destacou.

Ainda de acordo com Madalena Fernandes, do outro lado da avenida o assalto aconteceu em simultâneo. “Eu não posso informar, com certeza, como foi lá, pois eu desconheço as vítimas. No entanto, acredito que a ação foi semelhante a que aconteceu conosco. Isso foi por volta das 22h30, e suficiente para nos deixar mais temerosos em vir estudar”, entristeceu.

Foi o que aconteceu no dia seguinte. “Eu não sei dizer com detalhes, pois nesse dia eu não tive aula na Ufal, logo não estava presente. Soube por colegas meus que a ação aconteceu

por volta das 20h30 e foi semelhante ao dia anterior, quando eu estava presente. Os assaltantes vieram do Santos Dumont e, depois de um tempo, abordaram todos os que encontravam pela frente”, contou o universitário Genival Paulino, 29, que perdeu sua bolsa com celular, cartões de crédito, documentos e outros objetos.

“Nunca tinha presenciado isso aqui. Há anos vendo acarajé às margens da rodovia, em frente à universidade, e nunca vi tanto aperreio. Isso nos deixa com medo de estar aqui, mas como temos que garantir o sustendo de casa, nos arriscamos”, falou José Antônio dos Santos, 38. “Era para ter mais policiamento. Nos dias dos arrastões, não havia um policial por perto. Eles só vieram chegar dez minutos depois. Não flagraram nada e foram embora”, detalhou.

(T.A.)

Caso as reivindicações não sejam atendidas, comunidades sempre derrubarão os muros da universidade

Universidade pública murada?

O crescimento da violência dentro da Universidade deixou de ser novidade para a comunidade acadêmica. Segundo o doutor em psicologia, uma das edificações do Centro de Educação (CEDU), o mesmo invadido por assaltantes no início desse mês durante uma aula matutina, já teve todo seu equipamento roubado dias seguintes à inauguração.

“Os prédios não são funcionais. Eles não atendem a necessidade espacial e primordial. Por isso tanta dificuldade em serem mantidos”, argumentou Antônio Costa.

Para ele, a Ufal é patrimônio dos brasileiros, e por isso deve re-

ceber seu devido valor. “Não acredito que seja necessário construir muros. Eles impedem a comunidade de terem acesso a um conteúdo que também são deles.

O que precisamos é de policiais executando as rondas, que as opções de alimentação sejam diversificadas, uma maior preocupação com a comunidade acadêmica, e qualificação da estrutura, física e educacional”, aponta.

O professor defende, e a estudante Fernanda de Oliveira, 17, reintegra que a construção do muro é uma medida puramente paliativa. “É por isso que ele sempre é derrubado. Moro no Conjunto Gama Lins e preciso

buscar os ônibus que trafegam a universidade para ir à escola. O único ônibus que temos vai para o Centro, e já cheguei a esperá-lo duas horas. Não tem como a gente ficar na dependência de uma linha assim”, falou a estudante.

Para a estudante, não são os que precisam do acesso a Ufal os responsáveis pelo aumento da criminalidade no campus.

“Estamos tão cansados, depois de uma péssima viagem de ônibus, ou de tanto caminhar, que a única vontade é chegar logo em casa. Agora o mato, e a falta de um policiamento eficaz, além das soluções, considero, sim, as grandes causas do problema”, disse. (T.A.)

A Ditadura Militar foi um período da política brasileira em que os militares governaram o Brasil, de 1964 a 1985.

Caracterizou-se pela falta de democracia, supressão de direitos constitucionais, censura, perseguição política e repressão aos que eram contra o regime militar. Hoje ela está abolida, mas suas marcas ainda estão presentes, principalmente, nos ambientes dedicados a pensadores.

“A Ufal não foge dessa triste herança. Aconstrução de cada bloco é baseada nos ideais da Ditadura Militar, que pretendia dissipar os estudantes para enfraquecê-los. Para sermos objetivos, separaram os estudantes de humanas dos de saúde. Entre eles deixaram os de exatas, mais neutros. Então, se os estudantes de humanas mobilizassem

uma passeata contra os ideais militares, no meio do caminho eram neutralizados, antes de alcançarem os ‘doutores’, que os viam como rebeldes”, explicou o professor de administração, com doutorado em psicologia, Antônio Carlos Costa.

Para ele, o período da ditadura foi embora, mas as construções de novas edificações seguem a mesma ideia. “Hoje os estudantes de Comunicação Social estão isolados, os de Direito foram para o começo do campus, a fim de não saberem o que os estudantes de Sociologia, Psicologia e Filosofia pensam. A integração entre os acadêmicos foi destruída como eles [os ditadores] queriam, mas também fizeram à administração da universidade ficar complexa”, defende.

“Se os prédios fossem pró-

ximos, facilitava o trabalho dos seguranças. Os estudantes estariam mais seguros, os objetos ficariam mais a vista. E o investimento em segurança seria pontual, e mais barato. É ‘astronômica’a manutenção desse modelo de universidade. Mas tudo para os estudantes não ficarem reunidos”, lamenta o professor.

Para Antônio Costa, é imprescindível que a segurança na Ufal seja dedicada aos alunos e professores. “Tenho colegas que já pediram a um desses guardas patrimoniais para olhar seu carro, que havia quebrado, enquanto ia pedir socorro. Eles negaram a ajuda, alegando que a sua tarefa é cuidar do patrimônio da universidade. Isso é terrível, pois sem os pensadores a Ufal não existiria”, enfatizou.

(T.A.)

Polícia ainda não é vista na Ufal No dia seguinte ao primeiro arrastão, Genival Paulino disse que foi à delegacia fazer o Boletim de Ocorrência. E, no dia 24, o universitário lembra que encontrou uma guarnição da Polícia Militar estacionada na entrada da Universidade.

“Então fui com alguns colegas, e um vendedor de acarajé, até os policiais relatar o ocorrido. Eles nos garantiram que o policiamento do local está sendo reforçado, mas eu não estou muito confiante”, confidenciou.

De acordo com o tenentecoronel Gilmar Batinga, comandante de policiamento da capital, uma viatura da Polícia Militar (PM) está designada para ficar estacionada em frente à entrada da Ufal, no horário em que os estudantes saem, à noite, das aulas. Mas, conforme a reportagem de O JORNAL presenciou (foto), nenhuma esteve presente nessa quinta-feira, dia 24.

Questionado sobre a ausência, o tenente-coronel argumentou que a viatura precisou ser deslocada para estar em uma ocorrência.

“Infelizmente não é possível deixar uma guarnição diariamente, mas sempre que possível estaremos no local”, respondeu.

Questionada sobre os dois arrastões, a assessoria de comunicação da Ufal informa que desconhece a existência deles, mas supondo que tenha acontecido, a mesma indica ser um problema de polícia, pois o ce-

Estudantes convivem com o medo de enfrentarem outros arrastões

nário da ação dos bandidos que será viabilizada a consestá fora dos domínios do trução de um terminal de Campus A. C. Simões. Já ônibus em um terreno densobre a carência de um posto tro da universidapara atendimento médico de, além de dois aos estudantes, ninabrigos (em ambos guém da Ufal foi os sentidos da BRencontrado para 104), e a implantaprestar esclarecição de um correGilmar mentos. dor para transporBatinga diz Sobre a ausênte rodoviário. cia de um terminal Quanto às ronque, quando rodoviário que audas policiais dentro possível, os xilie no embarque da Ufal, a Secretaria policiais seguro dos estude Estado da Defesa dantes, a PrefeiSocial informou que estarão na tura de Maceió esfoi ordenado a PM Ufal tabeleceu – durano envio de policiais, te reunião, sextatodos os dias (mafeira, dia 25, entre nhã, tarde e noite), o prefeito Cícero para circular dentro do Almeida, a reitora campus, porém a abordagem Ana Dayse Dórea, só pode ser realizada no entorrepresentantes da Superin- no do território federal. Mas, tendência Municipal de conforme Gilmar Batinga, o taTransporte e Trânsito manho do efetivo não permite (SMTT) e Polícia Federal – a presença constante. (T.A.)

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METROPOLITAN

Empreendimento aquece mercado Investimento passa dos R$ 20 mi; pré-lançamento aconteceu com 40% de vendas antecipadas Carlos Alberto Jr. Repórter

Um empreendimento comercial ousado, mas fincado em tendências nacionais e principalmente no rápido crescimento de Arapiraca, está chegando e causando burburinho, até nos mais céticos.

Trata-se do Metropolitan, um arrojado projeto voltado para as áreas médica e comercial localizado no ponto mais valorizado da cidade, a Avenida Deputada Ceci Cunha.

Ao longo dos seus amplos 10 andares, o Metropolitan pretende atender às necessidades de quem deseja conforto, segurança, tecnologia, seja como empreendedor ou cliente. O planejamento do projeto envolveu o que há de mais moderno quando se fala em empreendimento vertical de comércio. Cinco andares serão destinados à área médica, enquanto os últimos cinco à comercial. O térreo será contemplado com um mix de lojas que vai de farmácia à loja conveniência.

Segundo o arquiteto responsável pela criação e desenvolvimento do projeto arquitetônico, o alagoano Paulo Gusmão, um dos mais conceituados nas regiões Norte e Nordeste, todos os itens foram analisados com a devida aten-

ção. “O estacionamento, por exemplo, terá segurança 24 horas todos os dias. Todo o espaço terá monitoramento eletrônico, elevadores de alta performance, gerador ‘full’, ou seja, nenhuma sala do prédio sentirá uma queda de energia”, explicou o arquiteto.

Para ele, a tendência de verticalização das cidades de porte médio e grande é fato em todo o Brasil. “Porém, somente há poucos anos, o Nordeste aderiu, se assim podemos dizer, a essa realidade. O cenário atual é muito favorável também em Arapiraca.

Desde o princípio estamos conectados às mudanças no mercado da cidade e, temos a certeza, de que este empreendimento será um divisor de águas para o crescimento da cidade”, afirmou.

O Metropolitan nem “nasceu” oficialmente e é sucesso de vendas. No final do mês passado, as empresas responsáveis pela concepção do projeto, Construtora Marroquin, Almeida Barros Imobiliária e o escritório do arquiteto Paulo Gusmão, promoveram no local onde será erguido o imponente edifício, um pré-lançamento voltado aos profissionais da área imobiliária e formadores de opinião, com 40% das salas vendidas antecipadamente.

Projeto inovador ficará situado num dos pontos mais valorizados de Arapiraca; expectativa é vender salas antes do término da obra

Empresários acreditam no sucesso do projeto

Cinco andares do edifício serão usados apenas pela área médica

O empresário Denisson de Almeida Barros, responsável pelas vendas do Metropolitan, por sinal natural de Arapiraca, é outro que aposta no sucesso do primeiro prédio comercial da cidade. “O Metropolitan, tenho certeza disso, é a ponta do ‘iceberg’desse crescimento verificado em Arapiraca nos últimos anos. Quando deixei Maceió, de volta a minha cidade cheguei a ser criticado pelos colegas cor-

retores, mas só sabe o que esta cidade vivencia no segmento imobiliário quando se está dentro do processo”, explicou.

Ainda na fase de concepção do projeto, as empresas envolvidas encomendaram uma pesquisa de mercado, onde vários pontos foram comprovados. “Estamos num momento único em nossa história. A crescente da cidade é notória. Como arapiraquense, quase bairrista – no bom

sentido -, tenho orgulho em dizer que moro numa cidade aponta pelo [Revista] Veja ano passado, como uma das 15 cidades brasileiras com maior índice de crescimento no País. E detalhe que não podemos esquecer: estamos em quarto lugar, a frente de cidades do Sul e do Sudeste”, analisa o empresário Denisson Barros.

“Contra fatos não há argumento”. Foi com esse dito popular que o diretor administra-

tivo da Almeida Barros Imobiliária, Sóstenes Oliveira, iniciou a entrevista. “Ainda me admira que pessoas olhem o crescimento de Arapiraca com ceticismo.

“Enquanto pessoas de fora, inclusive do Estado, acreditam, apostam e investem no crescimento da cidade; pessoas da terra preferem continuar olhando Arapiraca como uma mera cidade de interior”, pondera Sóstenes. (C.A.J.)

Arapiraca cresce e se renova com a verticalização de construções O crescimento da “Capital do Agreste” é fato notório nos últimos anos. Aliás, desde a sua fundação, que data de meados do Século XIX, o antigo povoado de Arapiraca só cresce. De 1924 para cá, analisando os fatos históricos – incluindo aí os sociais e econômicos -, a impressão que se tem é de uma terra onde tudo avança, e muito rápido.

Até bem pouco tempo, Arapiraca ainda era conhecida como a “Capital do Fumo”, título que teve sua importância entre as décadas de 60 e 70 do século passado.

Após um período de incertezas, as quais não impediram a continuidade do crescimento, nos anos 2000, a segunda maior cidade do

Estado, já é tratada como a “Metrópole do Futuro”.

A pesquisa encomendada apontou, entre diversos outros itens, que Arapiraca tem uma população, chamada pelo empresário Denisson Barros como flutuante, em torno de 750 mil pessoas, isso somando a região do Agreste alagoano, algumas próximas dos Estados de Sergipe e Pernambuco, além daqueles – muitos, por sinal -, que passam a semana trabalhando na cidade.

O comércio de Arapiraca sempre foi muito forte, a localização estratégica do município, praticamente na área central do Estado sempre ajudou, desde a época de povoado de Limoeiro de Anadia.

A Feira Livre da cidade, por exemplo, atraia milhares de pessoas desde sua criação, na década de 1940, segundo os relatos históricos.

Pode-se dizer que a cidade, apesar de jovem, está passando, nos últimos anos, por um processo de renovação. No campo imobiliário, Denisson Barros acredita que o avanço maior começou há cerca de três anos, com o lançamento pelo Governo Federal do programa “Minha Casa, Minha Vida”.

Desde então, a cidade teve que mudar ainda mais. “Arapiraca não estava preparada para um crescimento tão rápido. Não havia estrutura para mais casas.

Porém, graças aos novos investidores da construção civil - isso vale até para aqueles que investem sua poupança na construção de 10 casas, por exemplo -, a circulação de dinheiro na cidade aumentar ainda mais” explica o corretor de imóveis.

A construção civil é um dos componentes que mais ajudam na ampliação do número de empregos na cidade. O Metropolitan é um projeto grandioso em todos os sentidos. O investimento para construção está orçado em mais de R$ 20 milhões. “Falamos de uma obra que vai sair a preço de custo para os investidores. Todos os riscos foram, e continuarão sendo, minimizados para quem

está acreditando no projeto”, enfatiza Sóstenes Oliveira.

Os números são positivos, na visão dos empreendedores e daqueles que acreditam no projeto Metropolitan desde o início. A economia da cidade vai ser fortalecida, através também da criação de empregos. Com o início das obras, pelo menos 100 empregos diretos serão gerados de imediato. “Além desses, ao menos 400 outras vagas serão geradas indiretamente”, afirmou Sóstenes Oliveira.

Porém, uma das preocupações é com a mão de obra qualificada. A visão da Marroquin é priorizar o trabalho do pessoal da terra, assim como acontece em

outras obras da construtora espalhadas pelo Brasil, mas, como existem muitos empreendimentos residenciais em construção na cidade, a maioria pelo “Minha Casa, Minha Vida”, isso pode dificultar no começo, mas nada que venha a atrapalhar os prazos estabelecidos.

Aprevisão é de que o Metropolitan seja entregue em até 42 meses. Porém os responsáveis pela imobiliária Almeida Barros, com base em outros projetos realizados, com sucesso, pela Construtora Marroquin, há possibilidade de antecipação nesse prazo. (C.A.J.) Continua na página A22

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Localização é garantia de sucesso A dimensão do Metropoli- Só podemos adiantar que funtan extrapola os 4.200m2 de cionará 24 horas”, disse o arárea onde o prédio será ergui- quiteto. do. Localizado numa das áreas O hoje empresário Denisson mais valorizadas da capital, a Barros retornou a sua cidade antiga Avenida do Futuro, hoje natal com planos mais modesDeputada Ceci Cunha, que tos, com relação a sua antiga surgiu como um ponto resi- atividade de corretor de imódencial de classe média e foi veis. “Minha ideia era abrir um transformando-se num dispu- escritório, atender meus clientado ponto comercial, com es- tes, mas, desde o meu retorno, colas de idiomas, escolas, bou- tudo foi acontecendo tão rápitiques, escritórios comerciais, do, como tudo em Arapiraca, a entre diversos outros tipos de ponto de precisar amcomércios. pliar minha estrutura Segundo um dos física e humana e estar idealizadores do proje- Crescimento hoje participando da to Metropolitan Emprede um prode Arapiraca concepção sarial, juntamente com jeto como o Metropolipossibilita tan Empresarial”, frio empresário Mário Marroquin, o arquiteto sou. aluguéis Paulo Gusmão, Arapi- mais caros Para ele, o primeiraca tem, hoje, proporro edifício comercial sedo que os rá um divisor de águas cionalmente aluguel comercial mais caro do praticados na área empresarial da que o praticado em Ma- em Maceió cidade por todos os faceió. “Isso como consetores envolvidos. “A quência do forte crescivisão privilegiada de mento econômico da ciArapiraca, a localização, a tecdade nos últimos anos. Arapi- nologia e principalmente a aceiraca não é mais a terra do fumo, tação desde que começamos o é a terra do trabalho, do futu- planejamento”, explica Barros. ro. E nós estamos dando a nossa A partir da inauguração do colaboração para acelerar ainda Metropolitan Empresarial, uma mais isso”, frisou. nova empresa será criada uniJunto com o avanço social, camente para cuidar da admios problemas de ordem social, nistração do prédio, assim como como a violência, chegaram acontece em outros centros. com a mesma velocidade. E esse “Tudo passará a ser controlaponto foi uma das preocupa- do pelos proprietários das salas. ções durante a idealização do Nosso objetivo é que o emprojeto. Toda a área do futuro preendimento tenha o melhor edifício comercial terá seguran- gerenciamento possível, já que ça humana e eletrônica todos o trânsito de pessoas será inos dias. “O plano de seguran- tenso praticamente todos os ça está pronto, mas não pode- dias”, frisa o gerente adminismos entrar em detalhes ainda. trativo, Sóstenes Oliveira.

Modelo de sala empresarial possibilita decoração arrojada, vista privilegiada de parte da cidade; segurança e conforto num só lugar

Ele explicou, ainda, que, em comparação a outros tempos, mesmo apresentando lucratividade, qualquer empresa busca hoje a adequação de custos. Antes era comum uma

empresa ocupar grandes áreas na cidade.

“A chegada da verticalização da ocupação territorial comprova essa necessidade.

Antes era comum empresas

Sóstenes diz que ceticismo deve acabar em prol do crescimento

ocuparem grandes espaços físicos, até desnecessários em alguns casos, mas hoje já se vê em médios e grandes centros a adequação de espaço à real necessidade das empre-

sas. E quando isso está diretamente ligado à praticidade e à segurança, a tendência é de que funcione cada vez mais da melhor forma possível”, concluiu. (C.A.J.)

Denisson participa dos novos empreendimentos em Arapiraca

Empresários acreditam na cidade Areceptividade da população de Arapiraca a novidades, a novos conceitos, quer sejam comerciais, empresariais ou residenciais está levando o empresário e seus parceiros a apostarem em mais um projeto audacioso. Desta vez, a cidade será contemplada com o primeiro bairro totalmente planejado do Brasil.

Localizado numa das áreas que mais cresce e se valoriza na cidade, a região em torno do Lago da Perucaba, o novo bairro está todo montado e pronto para ser apresentado à população nos próximos meses. Aárea total é de 400 hectares e está começando a ser preparada para o início das obras do primeiro loteamento que terá 160 lotes, com áreas que variam de 650 a 700 m2 cada um.

“O bairro terá de tudo, desde escolas, faculdade, áreas de lazer, hospital, tudo planejado. O novo bairro de Arapiraca será o primeiro do Brasil em dimensão e concepção. Não existe nada igual. O que se assemelha é um projeto desenvolvido em Mossoró [RN]. Mas a ideia que será implementada em Arapiraca chega a ser revolucionária”, empolga-se Denisson.

Ele revela, ainda, que grandes empresas, desde faculdade particular até um conhecido showbar de Maceió, já fecharam a parceria com o empreendimento e abrirão suas respectivas extensões em Arapiraca.

“No caso da faculdade, foi necessidade de mercado a ampliação da sua estrutura física na cidade. Já o empresário do showbar disse que há anos está

de olho em Arapiraca, mas faltava o lugar certo. Agora encontrou e já se prepara para o investimento na cidade. O projeto contempla também um pier, uma escola de vela, área para construção de prédios residenciais, espaço para gastronomia, enfim, tudo o que um bairro necessita”, explica.

Segundo ele, a prefeitura municipal precisará tratar as águas do Lago da Perucaba, o que vai valorizar ainda mais aquele espaço que já se tornou um dos mais belos cartões postais da região do Agreste alagoano. Em breve haverá a inauguração do primeiro planetário do Estado, além da inauguração de algumas empresas nas imediações.

“No próximo mês, estaremos visitando o projeto de bairro projetado que está sendo implantado na cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte, outra cidade interiorana que está em crescimento constante nos últimos anos. Nossa ideia é assimilar melhor como é funcionamento prático, já que nosso projeto ainda não está finalizado, mas em fase de ajustes”, explicou.

BOSQUE - Em breve Arapiraca ganhará um novo espaço de lazer. Trata-se do Bosque das Arapiracas, fazendo uma alusão à árvore que deu origem ao nome da cidade. Com o avanço dos serviços de pavimentação asfáltica das avenidas Delmiro Gouveia e Fausto Joaquim Luciano, a equipe de técnicos e engenheiros da obra passaram a intensificar os trabalhos de

drenagem, compactação e preparação do terreno para o início da construção do lago artificial na área central do bosque.

Aarquiteta responsável pelo paisagismo do bosque, Tatiana Macedo, fez alguns ajustes ao projeto e no local serão construídos, além do lago artificial, um palco com oito lances de arquibancada em alvenaria, banheiros, calçadas, ciclovias, pistas para caminhadas e a implantação de três subestações de energia e dezenas de postes de iluminação com três pétalas cada um. Além disso, três mil mudas de árvores nativas e plantas ornamentais serão adquiridas para serem plantadas a partir do próximo mês de abril.

Ainda como parte do projeto, o Bosque das Arapiracas terá um Centro de Atividades Múltiplas e uma área para promoção de cursos relacionados à preservação ambiental, como marcenaria baseada em madeira reflorestada, paisagismo, jardinagem e até produção de ervas medicinais.

O projeto está incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC1) do governo federal e tem como principal objetivo a preservação e recuperação da nascente do Riacho Piauí, numa área de mais de 67 quilômetros quadrados, além de promover a melhoria urbana. A ideia principal da prefeitura é proteger o Vale do Riacho Piauí, que percorre toda área urbana da cidade, constituindo-se num importante corredor de transportes e de lazer para os moradores e visitantes. (C.A.J.)

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DIA DO CIRCO

Palhaços fazem festa em Arapiraca Profissionais do riso estão na cidade até hoje; Doutores da Alegria visitam crianças em hospital Carlos Alberto Jr. Repórter

ARAPIRACA- Hoje é comemorado o Dia do Circo. Pelo segundo ano consecutivo, a cidade de Arapiraca comemora, em alto estilo, a data. Desde segunda-feira, acontecem o Festival Gargalhada e o Encontro de Palhaços que reúnem não apenas os profissionais do riso, mas também atores, músicos, artistas plásticos, dançarinos e artistas de rua dos Estados da Bahia, Paraná, Minas Gerais, São Paulo, além, claro, dos alagoanos.

A iniciativa é da Companhia Teatral Turma do Biribinha, com apoio da Caçuá Produções. Os eventos tiveram abertura oficial na quinta-feira (24), com a chamada "Palhaceata" que saiu do Mercado do Artesanato, no Parque Ceci Cunha, percorrendo as principais ruas do Centro até a tenta central da repaginada Praça Luiz Pereira Lima, conhecida como Praça da Prefeitura, onde aconteceu uma apresentação da peça "Vira Lata: O Palhaço tá Solto!", protagonizada pelo artista Rodrigo Robleño, ex-integrante do Cirque du Soleil.

A "Palhaceata" atraiu uma multidão de pessoas durante seu percurso. Durante a apresentação da peça, no final do percurso, era nítida a alegria de adultos e crianças que lotaram o local.

"Sempre ouvi que rir é o melhor remédio. Agora eu tenho certeza. Espero que a gente possa rir ainda mais próximo ano", disse a estudante do Ensino Médio, Ana Clara Medeiros, de 15 anos, ainda tentando controlar o riso logo após a apresentação.

Na mesma quinta-feira, o Museu Zezito Guedes, localizado na Praça Luiz Pereira Lima, inaugurou a exposição intitulada

Palhaços, com peças variadas que integram o mundo do circo e daqueles que ganham a vida levando felicidade ao mundo. Aexposição abordará, até o dia 16 de abril, temas como a história do circo e a biografia de palhaços importantes do mundo circense, a exemplo de Carequinha, Piolin, Benjamim de Oliveira e Biribinha.

A mostra conta, ainda, com parte do acervo do artista circense de Belo Horizonte, Rodrigo Robleño, o Palhaço Vira-Lata, e também com parte do acervo da turma do Biribinha. Uma delas é um circo lambe-lambe, o qual, segundo Robleño é um dos 10 existentes no mundo inteiro.

A diretora do museu, Kika Tenório, esclarece que a visitação em grupo é permitida mediante agendamento prévio e o horário de funcionamento do museu é de segunda à sextafeira, no período das 8h ao meiodia e das 14h às 18h. Aos sábados, o período de visita é das 9h às 13h.

Aestudante de Serviço Social, Elaine Cristina, estava encantada com a exposição. "Aproveitei para fazer um trabalho para a faculdade. O tema me interessa.

Assisti as apresentações do ano passado e não perderei as deste ano. Muitas vezes as pessoas estão com problemas pessoais e esquecem todos eles vendo um palhaço na sua frente. Chega a elevar nossa autoestima", disse. ÚLTIMO DIA - O encerramento do festival está previsto para hoje, com a visita dos Doutores da Alegria ao Hospital Regional de Arapiraca, entre outras atividades artísticas e sociais.

No fim da tarde, a programação reserva a peça Castelo Biribibum e o espetáculo Reprises, com o grupo La Mínima, de São Paulo.

Espaço atraiu centenas de pessoas durante o Festival Gargalhada

“Palhasseata” atraiu de crianças a adultos às ruas do Centro

Biribinha é considerado patrimônio vivo Carolina Sanches Repórter

ARAPIRACA - "Jamais irei envelhecer porque estou imortalizado através da minha arte.

Sigo cumprindo uma missão que é de tornar as pessoas felizes e disseminar a arte do palhaço". Com essas palavras Teófanes Silveira consegue resumir seus 53 anos dedicados à arte, através do Palhaço Biribinha.

De família circense do interior baiano, Teófanes Silveira se apresentou no picadeiro pela primeira vez aos oito anos. Com a Turma do Biribinha - integrada por ele, por seus dois filhos Teófanes Silveira Junior e Nelson Alves da Silveira Neto e por Eugênio Talma - mantém a tradição do circo.

O artista nasceu dentro do circo em Jequié, na Bahia, e foi morar em Arapiraca há 40 anos.

Dos seis irmãos, três seguiram a carreira artística. Filho mais velho, ele iniciou sua aprendi-

zagem e estreou no circo-teatro, tendo seu pai como mestre, Nelson Silveira. Nelson exercia os papéis de diretor, ator e acrobata, mas foram as grandes atuações nos papéis cômicos que o fizeram ator cômico de palco e abriram caminho para que pisasse também o picadeiro, como palhaço, com o nome de "Palhaço Biriba". Quando Nelson faleceu, Teófanes herdou o nome de palhaço do pai.

Após alguns anos da morte de Nelson, que faleceu em 1977, o circo fechou e Biribinha ficou na cidade trabalhando de palhaço em festas de aniversário e em outros eventos. Sem estar muito contente com o trabalho em locais fechados, ele decidiu ficar apenas com o público e o picadeiro. A partir desse sonho iniciou um outro momento de sua produção enquanto palhaço que é o de trabalhar com espetáculos de rua. E desta forma Biribinha tem participado de festivais em todo Brasil com sua

trupe, "A Turma do Biribinha".

O grupo foi contemplado com o Prêmio Funarte Carequinha de Estímulo ao Circo, que visa apoiar artistas circenses a realizar projetos nas diversas regiões do país, como forma de promover, incentivar e democratizar as artes circenses no Brasil. É com orgulho que Biribinha relata que a arte do palhaço esta sendo seguida em sua família por quatro gerações. Ele, que herdou a profissão de seu pai, atua ao lado dos filhos e já percebe o interesse dos netos pela arte. "É muito gratificante ver que o trabalho que herdei do meu pai ainda vai permanecer por muitas gerações na família", expôs.

NA GLOBO - Um dos momentos mais emocionantes da carreira de Teófanes com certeza foi sua participação na novela global das seis horas, Araguaia.

A primeira aparição do Palhaço Biribinha aconteceu no dia 10 passado. O personagem inter-

pretado pelo artista arapiraquense é o palhaço Estripulia - amigo imaginário da jovem Madalena.

PATRIMÔNIO - Teófanes Silveira entrou no Livro do Patrimônio Vivo Alagoano. A honraria foi concedida pelo Conselho Estadual de Cultura, que aprovou o registro de Biribinha. Com isso, o artista passou a receber mensalmente uma ajuda financeira para apoiar sua produção cultural.

De acordo com o edital do Patrimônio Vivo Alagoano, é considerado como Patrimônio Vivo pessoa natural do Estado que detenha os conhecimentos ou as técnicas necessárias para a produção e para a preservação de aspectos da cultura tradicional ou popular de uma comunidade estabelecida em Alagoas nas áreas de: Danças e Folguedos, Literatura Oral e/ou Escrita, Gastronomia, Música, Teatro e Artesanato, dentre outras.

História do circo é ligada à figura do palhaço O Dia do Circo surgiu numa homenagem ao palhaço brasileiro Piolin, que nasceu nessa data, no ano de 1897, na cidade de Ribeirão Preto, em São Paulo.

Considerado por todos que o assistiram como um grande palhaço, se destacava pela enorme criatividade cômica e pela habilidade como ginasta e equilibrista. Seus contemporâneos diziam que ele era o pai de todos os que, de cara pintada e colarinho alto, sabiam fazer o povo rir.

A reportagem do O JORNALfez uma pesquisa para descobrir quando o circo teve seu surgimento. Porém é quase impossível determinar uma data específica de quando ou como as práticas circenses começaram.

Mas pode-se dizer que elas se iniciaram na China, onde foram encontradas pinturas de 5 mil anos, com figuras de acrobatas, contorcionistas e equilibristas.

Esses movimentos faziam parte dos exercícios de treinamento dos guerreiros e, aos poucos, a esses movimentos foram acrescentadas a graça e a harmonia.

A estrutura do circo como conhecemos hoje teve sua origem em Londres, na Inglaterra, por volta de 1770, através do oficial inglês da Cavalaria Britânica, Philip Astley. O oficial percebeu, no entanto, que só aquela atração de cunho militar não segurava o público e passou a incrementá-la com saltimbancos, equilibristas e palhaços.

O palhaço do lugar era um soldado, que entrava montado ao contrário e fazia mil peripécias. Era o próprio oficial Astley quem apresentava o show, vindo daí a figura do mestre de cerimônias NO BRASIL - A história do circo está muito ligada à trajetória dos ciganos no Brasil, uma vez que, na Europa do século dezoito, eles eram perseguidos.

Aqui, andando de cidade em cidade e mais à vontade em suas tendas, aproveitavam as festas religiosas para exibirem sua destreza com os cavalos e seu talento ilusionista.

Procuravam adaptar suas apresentações ao gosto do público de

cada localidade e o que não agradava era imediatamente tirado do programa.

Mas o circo com suas características itinerantes aparece no Brasil no final do Século XIX. Instalando-se nas periferias das cidades, visava às classes populares e tinha no palhaço o seu principal personagem.

Do sucesso dessa figura dependia, geralmente, o sucesso do circo. O palhaço brasileiro, por sua vez, adquiriu características próprias. Ao contrário do europeu, que se comunicava mais pela mímica, o brasileiro era falante, malandro, conquistador e possuía dons musicais: cantava ou tocava instrumentos. (C.A.J.)

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VENDEDOR DE HORTIFRUTI

Uma profissão que garimpa clientes Apesar das dificuldades, empurrando carrinhos, ambulantes se espalham pelas ruas da capital em busca de fregueses Elisana Tenório Repórter

O sol ainda não nasceu, mas os vendedores ambulantes de hortifruti já estão nas ruas de Maceió à procura de clientes que queiram comprar seus produtos. E, para que não passem despercebidos, eles, portando veículos motorizados ou empurrando carrinhos, usam e abusam de microfones e megafones. A maratona é

diária e longa - geralmente vai das 4h às 14h - mas produz resultados considerados satisfatórios: gera uma renda mensal entre 1 a 2 salários mínimos.

O faturamento é praticamente certo, afinal, apesar da expansão das grandes redes de varejo e da proliferação de mercadinhos e mercearias de bairro, os vendedores ambulantes também continuam em ascensão. Eles estão presentes em

todos os bairros da capital alagoana e possuem, em sua cartela de clientes fixos e esporádicos, integrantes de todas as camadas sociais.

Não há pesquisas ou estudos oficiais sobre o tema, mas os próprios clientes ressaltam que a segurança e a comodidade, aliados ao preço, são os fatores principais que não deixam as vendas caírem nem os fregueses irem embora.

Que o digam a dona de casa

Vandete Araújo e a comerciária Vera Lucia Tibúrcio. As duas só compram produtos de hortifruti nas portas de suas casas, localizadas no Trapiche da Barra e no Tabuleiro do Martins. Vandete diz que é cliente do vendedor de futas há 40 anos. Já Vera Lúcia, há apenas um ano, desde que casou. E o que acha disso? “Um excelente negócio”, afirma, rapidamente.

“Desde minha mocidade,

compro verduras e frutas na porta de casa. Aderi a este serviço desde que casei, pois não havia as facilidades de agora, quando há tantos supermercados à nossa disposição e facilidades para se chegar aos mercados e feiras livres. No entanto, fico pensando pra que ir até eles, se tenho tudo o que quero sendo oferecido na porta da minha casa, todos os dias. Por estas mercadorias, pago o mesmo

preço, tenho acesso a produtos fresquinhos e ainda economizo dinheiro de táxis ou de ônibus”, avalia D. Vandete.

Já a comerciaria Vera Lucia, que compra frutas e verduras na porta de casa todas as sextas-feiras, estima que desembolsa, semanalmente, ao seu José (o vendedor) de R$ 50,00 a R$ 100,00, dependendo do volume de compra. “A cada 15 dias, gasto mais, pois capricho nas frutas”, explica.

Wellington Soares: satisfação; nos planos para o futuro, um novo carro

Cotidiano pesado não espanta vendedores O faturamento mensal dos vendedores ambulantes de hortifruti gira em torno de 1 a 2 salários mínimos. No entanto, para conseguir este montante liquido, é necessário muito jogo de cintura, dom para negociação, iniciativa, disposição física, boa vontade e até mesmo carisma.

Tudo começa ainda no escuro, por volta das 3h da madrugada, quando grande parte dos ambulantes chega à Ceasa para comprar a mercadoria que será oferecida nos bairros de Maceió. A variedade de verduras, legumes e frutas é

imensa, assim como a quantidade que cada um leva.

O montante depende de dois fatores: do número de clientes fixos que cada um tem e do tipo de carro que possui, que vai desde o conhecido ‘carro de mão’, de variados tamanhos, a veículos motorizados.

“Gasto de R$ 200,00 a R$ 300,00 todos os dias nesta compra; depois, vou tentar ganhar meu dia e, graças a Deus, apesar das dificuldades, estou vivo para contar minhas histórias para quem quiser ouvir”, declarou Geraldo da Silva, 48 anos.

Frutas e verduras, da Ceasa para a porta de casa: profissão cresce

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Economia A26

Domingo, 27 de março de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: economia@ojornal-al.com.br

Para manter fregueses, trabalho sob sol ou chuva A próxima etapa é realizada nas ruas, quer chova ou faça sol, e basicamente se resume em garimpar clientes. Para garantir o dinheiro no bolso todos os dias, seu Geraldo faz o possível e, às vezes, até o impossível. Em quase 30 anos de profissão, ele já trabalhou muito doente, já deixou a mulher, também doente, sozinha em casa e já deixou os filhos trancados, porque não tinha alternativa.

“O ruim dessa profissão é que, se a gente não trabalhar, a gente não come. E, por ironia, onde há doença, há mais gasto.

Por isso é que são anos e anos de tantos sacrifícios. Mas, no geral, não tenho do que reclamar”, declara seu Geraldo, referindo-se ao fato de sempre ter sustentado a família com o dinheiro arrecadado da economia informal.

Para juntar dois salários mínimos ao mês, ele compra na Ceasa, diariamente, aproximadamente 200 quilos de raízes, frutas e verduras, e ruma em direção aos bairros do Poço, Ponta da Terra, Pajuçara, Ponta Verde e Jatiúca. Ele não tem ideia de quantos quilômetros percorre,

Fabyane Almeida

O desafio diário é atender fregueses e empurrar um pesado carrinho

mas confessa que se cansa bastante.

“Este carrinho pesa muito.

Além disso, o sol, o mormaço e até a chuva nos ‘enfada’. Apesar da luta diária ser pesada, estou satisfeito por não depender de ninguém para garantir o meu sustento e o da minha família”, afirma.

Praticamente o mesmo itinerário que seu Geraldo faz, também é realizado, todos os dias, pelo jovem Anisson Souza da

Silva, de 17 anos. Ele aderiu a profissão há apenas 8 meses.

Entrou no mercado de trabalho informal com o desejo de conseguir independência financeira. Até agora, apesar de já reconhecer o puxado rojão, diz não se arrepender. “É cansativo, mas vale a pena. Afinal, o mercado está muito fechado e, além do mais, é muito difícil entrar num emprego formal ganhando dois salários, o que é o que costumo apu-

rar aqui (nas vendas com frutas e verduras)”, declara Anisson.

E com a visão no futuro, ele já pensa em ampliar seu trabalho. “Quero juntar dinheiro para comprar um carro motorizado, como estou vendo muitos por aí, e, desta forma, aumentar meu estoque de produto e diminuir meu trabalho físico”, confessou, acrescentando que, atualmente, compra, diariamente, 150 quilos de mercadoria.

Ele também se prepara para contribuir como autônomo no Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). “A gente não pode apenas viver do presente. Quero ter uma velhice tranquila, por isso, vou começar a investir na minha aposentadoria”, ressalta o ambulante.

Anisson Souza da Silva confessa que não pretende mudar de ramo. Pelo contrário,o que quer, é investir, cada vez mais, no comércio informal de hortifruti.

“Comecei a trabalhar muito cedo. Já ajudei meu pai a vender confeito. Fui até office boy em farmácia, mas nunca cheguei a ganhar dois salários”, confessa, empolgado.

Ambulantes sonham com aposentadoria Não é exagero dizer que o vendedor Wellington Soares de Barros, 29 anos, encontra-se em outro patamar. Como alguns outros poucos vendedores, ele conseguiu comprar um carro motorizado e é com este veículo que percorre vários bairros localizados na parte alta da cidade – Pinheiro, Alto do Céu, Sanatório, Farol, Vila Saem e até Bebedouro – para vender frutas e verduras.

Todos os dias, ele chega pontualmente às 4h na Ceasa para comprar, em média, uma tonela-

da de mercadoria. Das 8h às 17h, ele consegue vender todo o montante para, no dia seguinte, recomeçar o serviço. Este ritual é realizado diariamente, sem direito a folga, desconto e 13º salário.

Apesar das dificuldades e restrições que a profissão impõe, Wellington também diz não ter do que reclamar. A cada dia, a quantidade de cliente fixo aumenta. Hoje, ele diz ter tanto cliente fixo, que, para facilitar a vida deles, incorporou a velha caderneta, onde anota os nomes dos fregueses - com os respec-

tivos endereços e compras realizadas- para, assim, possam pagar seus débitos mensalmente e no dia que for mais conveniente.

“Geralmente, recebo de R$ 300,00 a R$ 350,00, por mês, de cada um deles. Porém, gasto, em média R$ 500,00, por dia, na Ceasa. Além disso, se for colocar no papel meus gastos, a conta está repleta de itens. Além dos R$ 500,00 com mercadoria, pago uma diária de R$ 170,00, mais o café da manhã, ao rapaz que dirige o meu carro, e outros R$ 450,00, ao mês, para abastecer o

veículo”, conta.

Também, pensando no futuro,Wellington começou, há anos, a contribuir com o INSS. “Minha profissão é sagrada, pois é com ela que pago minhas contas, sustento minha família, enfim, tenho autonomia financeira. Porém, quero ter uma velhice sossegada”, argumentou.

Para o futuro? Ele pensa em comprar outro carro, e assim, dobrar, ou mesmo, triplicar as vendas. “O negócio é pensar grande”, resume o vendedor Wellington.

O JORNAL JORNA L

Economia

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Domingo, 27 de março de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: economia@ojornal-al.com.br

EspaçoConsumidor Thiago Gomes consumidor@ojornal-al.com.br 4009.1995 (no horário da tarde)

DEVOLVE, ELETROBRAS!

Troféu Lagoa Mar: marketing e divulgação para o turismo de AL Em sua 18ª edição, evento destaca a cidade de Piranhas, no Sertão Nide Lins

Agora os consumidores alagoanos podem acessar o site da Eletrobras Distribuição Alagoas (www.ceal.com.br) e consultar se têm direito a ressarcimento caso tenham pago duas vezes a mesma fatura ou se o valor da conta for maior que o normal. A verificação é feita por meio do link ‘Ressarcimento’, localizado no menu posicionado no canto esquerdo do portal da distribuidora.

O usuário deve acessar o espaço e clicar no link ao final do texto.

Abre-se um arquivo em PDF contendo a lista completa dos consumidores que podem receber o dinheiro de volta. Quem constar na relação precisa entrar em contato com as centrais de atendimento da Eletrobras, ou pelo call Center, pelo número gratuito 0800 082 0196, e solicitar a devolução. A empresa diz que essa é uma estratégia de aproximação e de acompanhamento das ações da distribuidora.

JUS À LEI Esta semana, a juíza Luciana Raposo, da 1ª Vara Cível da Capital, concedeu liminar favorável a uma cliente de plano de saúde local que teve cancelado o contrato por causa dos atrasos no pagamento das mensalidades. No processo, o advogado Reginaldo Paes usou a Lei 9.656/98 como parâmetro. O contrato só pode ser rescindido quando o atraso ultrapassar os 60 dias, nos últimos 12 meses, com a devida notificação ao cliente até o 50º dia, o que não ocorreu. A empresa ainda pode recorrer.

Preste atenção que esses 60 dias podem ser corridos ou não. Deve-se verificar a data do vencimento de sua mensalidade e evitar o acúmulo das parcelas.

CIGARRO Quarenta e quatro entidades ligadas ao Direito do Consumidor assinaram um manifesto para barrar as propagandas e as embalagens que tornam o cigarro mais atrativo. A proposta é inibir que sejam colocados atrativos ao produto, como aromatizantes e flavorizantes, a exemplo dos sabores de chocolate, baunilha, morango e menta.

Elas acreditam que seria um incentivo ainda maior ao vício para os iniciantes, sobretudo crianças e adolescentes.

As entidades desejam diminuir o impacto na saúde dos consumidores e evitar a iniciação. A carta aberta foi enviada à presidência da República, à Casa Civil, ao Ministério da Saúde, ao Senado e à Câmara dos Deputados.

RECALL Apenas com o número do chassi do carro, o consumidor poderá saber se há campanha nacional de recall do veículo. Desde o dia 17 de março, as consultas podem ser feitas no site do Departamento Nacional de Trânsito: http://denatran.serpro.gov.br/index2.htm. Saiba, entretanto, que o sistema somente lhe informará das campanhas a partir desta data. Preste atenção num fato. As chamadas que não forem atendidas pelos usuários constarão tanto no Renavan (Sistema de Registro Nacional de Veículos Automotores) como no Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV) o documento obrigatório do carro.

ACONTECEU - Foi divulgado nesta semana que vai ter reajuste anual na tabela de preços com base na cobrança de impostos sobre bebidas como cerveja e refrigerante.

- O reajuste da tabela neste ano ficará entre 10% e 20%.

Representantes do setor já disseram que haverá repasse ao consumidor.

- A Serasa informou que do total de cheques usados para pagamentos em fevereiro, 1,83% foram devolvidos por falta de fundos.

- Esse é o indicativo que estes consumidores ‘nadaram’ nas dívidas do final de ano, se comprometeram com os gastos nas férias e outras despesas do início de 2011.

- A coluna havia alertado para a contenção das despesas e deu dicas para quem pretendia economizar nesta época tão tendenciosa ao consumismo.

Procon Alagoas - Rua Dr. Cincinato Pinto, 503, no Centro da capital. Atendimento gratuito pelo número 151.

Mande sua denúncia, dica ou dúvida para a coluna Espaço Consumidor. Todos os domingos, em O JORNAL.

Tradicionalmente no mês de abril, Maceió é palco do Troféu Lagoa Mar, que este ano chega a sua 18ª edição. O evento organizado pela Revista Turismo & Negócios acontecerá no dia 2 de abril, no Centro de Convenções do Hotel Jatiúca. Além de homenagear personalidades, a iniciativa é considerada marketing promocional para os destinos turísticos de Alagoas.

Segundo o jornalista e editor da revista, Antônio Noya, cerca de 30 jornalistas especia-

lizados nas editorias de turismo e economia são convidados para cobrir o evento e ao mesmo tempo conhecer uma cidade do Estado. “O resultado do Troféu Lagoa Mar são reportagens de Alagoas publicadas em sites, jornais e revistas brasileiras, gerando cerca de R$ 1,8 milhão em mídia, sem custo nenhum para o Estado”, disse.

Para este ano a cidade de Piranhas, mas conhecida nacionalmente como “Lapinha do Sertão” e “berço da história do Nordeste” será o foco dos jornalistas convidados. A cidade

Jornalista Antonio Noya

alagoana que já foi cenário dos filmes “Bye, Bye, Brasil” e “Baile Perfumado” atualmente

é set para um super produção de TV: Cordel Encantado, próxima novela das 18h da Rede Globo. A primeira cena da novela será passada no município de Piranhas.

A cidade é um dos principais polos turísticos do sertão, com boa infraestrutura de pousadas, flats, e restaurantes, além de dispor de roteiro ecológico e cultural. Logo na chegada já é possível avistar o rio São Francisco e a pequena cidade com seu casario histórico colorido, a estação de trem inglesa, os monumentos da passagem dos séculos 20 e 21.

Anualmente a cidade de piranhas recebe 120 mil pessoas, que passeiam pelo rio São Francisco, visitam o Museu do Sertão, apreciam a gastronomia regional e contemplam o casario histórico da cidade, tombada como patrimônio historio nacional.

HOMENAGEADOS - “O Troféu Lagoa Mar ultrapassou fronteiras e passou a ser reconhecido internacionalmente por dirigentes de companhias aéreas, cadeias hoteleiras, agências de turismo, área governamental e pela mídia especializada que ano após ano nos prestigia”, disse o jornalista Antonio Noya, lembrando que o resultado imediato do evento é a divulgação de Alagoas nas principais mídias do País.Os cerca de 400 convidados serão brindados com várias passagens aéreas internacionais, oferta da TAM e Air Canada, além de diárias nos mais requintados resorts do Nordeste e no Rio Quente Resorts, em Caldas Nova – GO. Além de promover o destino de Piranhas, varias personalidades vão receber o Troféu Lagoa, com Teotônio Vilela Filho, governador do Estado de Alagoas; Chieko Aoki, presidente do Blue Tree Hotels; Guilherme Paulus, presidente da CVC; Humberto Gomes de Melo, provedor da Santa Casa de Maceió; Ruy Vieira, diretorpresidente da Conviver, Marta Rossi (Empreendimentos turísticos); Radisson Hotel Maceió; Operadora Turística Master; e Medalha Empresário Galba Accioly - José Carlos Maranhão, diretor do grupo Usina Santo Antônio.

A 18ª Troféu Lagoa Mar que acontecerá no dia 2 de abril, no Centro de Convenções do Hotel Jatiúca, tendo como mestre-de-cerimônias o jornalista global Carlos Monforte conta com o patrocínio da TAM e do Banco do Brasil e o apoio da Prefeitura de Maceió, do governo do Estado, do Sebrae, da Aeroturismo, da Air Canada, da joalheria Sophia Gifts e dos hotéis Ritz Lagoa da Anta, Jatiúca, Brisa Tower, Maceió Atlantic, Radisson e Tropicalis.

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Domingo, 27 de março de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: economia@ojornal-al.com.br

Para manter fregueses, trabalho sob sol ou chuva A próxima etapa é realizada nas ruas, quer chova ou faça sol, e basicamente se resume em garimpar clientes. Para garantir o dinheiro no bolso todos os dias, seu Geraldo faz o possível e, às vezes, até o impossível. Em quase 30 anos de profissão, ele já trabalhou muito doente, já deixou a mulher, também doente, sozinha em casa e já deixou os filhos trancados, porque não tinha alternativa.

“O ruim dessa profissão é que, se a gente não trabalhar, a gente não come. E, por ironia, onde há doença, há mais gasto.

Por isso é que são anos e anos de tantos sacrifícios. Mas, no geral, não tenho do que reclamar”, declara seu Geraldo, referindo-se ao fato de sempre ter sustentado a família com o dinheiro arrecadado da economia informal.

Para juntar dois salários mínimos ao mês, ele compra na Ceasa, diariamente, aproximadamente 200 quilos de raízes, frutas e verduras, e ruma em direção aos bairros do Poço, Ponta da Terra, Pajuçara, Ponta Verde e Jatiúca. Ele não tem ideia de quantos quilômetros percorre,

Fabyane Almeida

O desafio diário é atender fregueses e empurrar um pesado carrinho

mas confessa que se cansa bastante.

“Este carrinho pesa muito.

Além disso, o sol, o mormaço e até a chuva nos ‘enfada’. Apesar da luta diária ser pesada, estou satisfeito por não depender de ninguém para garantir o meu sustento e o da minha família”, afirma.

Praticamente o mesmo itinerário que seu Geraldo faz, também é realizado, todos os dias, pelo jovem Anisson Souza da

Silva, de 17 anos. Ele aderiu a profissão há apenas 8 meses.

Entrou no mercado de trabalho informal com o desejo de conseguir independência financeira. Até agora, apesar de já reconhecer o puxado rojão, diz não se arrepender. “É cansativo, mas vale a pena. Afinal, o mercado está muito fechado e, além do mais, é muito difícil entrar num emprego formal ganhando dois salários, o que é o que costumo apu-

rar aqui (nas vendas com frutas e verduras)”, declara Anisson.

E com a visão no futuro, ele já pensa em ampliar seu trabalho. “Quero juntar dinheiro para comprar um carro motorizado, como estou vendo muitos por aí, e, desta forma, aumentar meu estoque de produto e diminuir meu trabalho físico”, confessou, acrescentando que, atualmente, compra, diariamente, 150 quilos de mercadoria.

Ele também se prepara para contribuir como autônomo no Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). “A gente não pode apenas viver do presente. Quero ter uma velhice tranquila, por isso, vou começar a investir na minha aposentadoria”, ressalta o ambulante.

Anisson Souza da Silva confessa que não pretende mudar de ramo. Pelo contrário,o que quer, é investir, cada vez mais, no comércio informal de hortifruti.

“Comecei a trabalhar muito cedo. Já ajudei meu pai a vender confeito. Fui até office boy em farmácia, mas nunca cheguei a ganhar dois salários”, confessa, empolgado.

Ambulantes sonham com aposentadoria Não é exagero dizer que o vendedor Wellington Soares de Barros, 29 anos, encontra-se em outro patamar. Como alguns outros poucos vendedores, ele conseguiu comprar um carro motorizado e é com este veículo que percorre vários bairros localizados na parte alta da cidade – Pinheiro, Alto do Céu, Sanatório, Farol, Vila Saem e até Bebedouro – para vender frutas e verduras.

Todos os dias, ele chega pontualmente às 4h na Ceasa para comprar, em média, uma tonela-

da de mercadoria. Das 8h às 17h, ele consegue vender todo o montante para, no dia seguinte, recomeçar o serviço. Este ritual é realizado diariamente, sem direito a folga, desconto e 13º salário.

Apesar das dificuldades e restrições que a profissão impõe, Wellington também diz não ter do que reclamar. A cada dia, a quantidade de cliente fixo aumenta. Hoje, ele diz ter tanto cliente fixo, que, para facilitar a vida deles, incorporou a velha caderneta, onde anota os nomes dos fregueses - com os respec-

tivos endereços e compras realizadas- para, assim, possam pagar seus débitos mensalmente e no dia que for mais conveniente.

“Geralmente, recebo de R$ 300,00 a R$ 350,00, por mês, de cada um deles. Porém, gasto, em média R$ 500,00, por dia, na Ceasa. Além disso, se for colocar no papel meus gastos, a conta está repleta de itens. Além dos R$ 500,00 com mercadoria, pago uma diária de R$ 170,00, mais o café da manhã, ao rapaz que dirige o meu carro, e outros R$ 450,00, ao mês, para abastecer o

veículo”, conta.

Também, pensando no futuro,Wellington começou, há anos, a contribuir com o INSS. “Minha profissão é sagrada, pois é com ela que pago minhas contas, sustento minha família, enfim, tenho autonomia financeira. Porém, quero ter uma velhice sossegada”, argumentou.

Para o futuro? Ele pensa em comprar outro carro, e assim, dobrar, ou mesmo, triplicar as vendas. “O negócio é pensar grande”, resume o vendedor Wellington.

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Troféu Lagoa Mar: marketing e divulgação para o turismo de AL Em sua 18ª edição, evento destaca a cidade de Piranhas, no Sertão Nide Lins

Agora os consumidores alagoanos podem acessar o site da Eletrobras Distribuição Alagoas (www.ceal.com.br) e consultar se têm direito a ressarcimento caso tenham pago duas vezes a mesma fatura ou se o valor da conta for maior que o normal. A verificação é feita por meio do link ‘Ressarcimento’, localizado no menu posicionado no canto esquerdo do portal da distribuidora.

O usuário deve acessar o espaço e clicar no link ao final do texto.

Abre-se um arquivo em PDF contendo a lista completa dos consumidores que podem receber o dinheiro de volta. Quem constar na relação precisa entrar em contato com as centrais de atendimento da Eletrobras, ou pelo call Center, pelo número gratuito 0800 082 0196, e solicitar a devolução. A empresa diz que essa é uma estratégia de aproximação e de acompanhamento das ações da distribuidora.

JUS À LEI Esta semana, a juíza Luciana Raposo, da 1ª Vara Cível da Capital, concedeu liminar favorável a uma cliente de plano de saúde local que teve cancelado o contrato por causa dos atrasos no pagamento das mensalidades. No processo, o advogado Reginaldo Paes usou a Lei 9.656/98 como parâmetro. O contrato só pode ser rescindido quando o atraso ultrapassar os 60 dias, nos últimos 12 meses, com a devida notificação ao cliente até o 50º dia, o que não ocorreu. A empresa ainda pode recorrer.

Preste atenção que esses 60 dias podem ser corridos ou não. Deve-se verificar a data do vencimento de sua mensalidade e evitar o acúmulo das parcelas.

CIGARRO Quarenta e quatro entidades ligadas ao Direito do Consumidor assinaram um manifesto para barrar as propagandas e as embalagens que tornam o cigarro mais atrativo. A proposta é inibir que sejam colocados atrativos ao produto, como aromatizantes e flavorizantes, a exemplo dos sabores de chocolate, baunilha, morango e menta.

Elas acreditam que seria um incentivo ainda maior ao vício para os iniciantes, sobretudo crianças e adolescentes.

As entidades desejam diminuir o impacto na saúde dos consumidores e evitar a iniciação. A carta aberta foi enviada à presidência da República, à Casa Civil, ao Ministério da Saúde, ao Senado e à Câmara dos Deputados.

RECALL Apenas com o número do chassi do carro, o consumidor poderá saber se há campanha nacional de recall do veículo. Desde o dia 17 de março, as consultas podem ser feitas no site do Departamento Nacional de Trânsito: http://denatran.serpro.gov.br/index2.htm. Saiba, entretanto, que o sistema somente lhe informará das campanhas a partir desta data. Preste atenção num fato. As chamadas que não forem atendidas pelos usuários constarão tanto no Renavan (Sistema de Registro Nacional de Veículos Automotores) como no Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV) o documento obrigatório do carro.

ACONTECEU - Foi divulgado nesta semana que vai ter reajuste anual na tabela de preços com base na cobrança de impostos sobre bebidas como cerveja e refrigerante.

- O reajuste da tabela neste ano ficará entre 10% e 20%.

Representantes do setor já disseram que haverá repasse ao consumidor.

- A Serasa informou que do total de cheques usados para pagamentos em fevereiro, 1,83% foram devolvidos por falta de fundos.

- Esse é o indicativo que estes consumidores ‘nadaram’ nas dívidas do final de ano, se comprometeram com os gastos nas férias e outras despesas do início de 2011.

- A coluna havia alertado para a contenção das despesas e deu dicas para quem pretendia economizar nesta época tão tendenciosa ao consumismo.

Procon Alagoas - Rua Dr. Cincinato Pinto, 503, no Centro da capital. Atendimento gratuito pelo número 151.

Mande sua denúncia, dica ou dúvida para a coluna Espaço Consumidor. Todos os domingos, em O JORNAL.

Tradicionalmente no mês de abril, Maceió é palco do Troféu Lagoa Mar, que este ano chega a sua 18ª edição. O evento organizado pela Revista Turismo & Negócios acontecerá no dia 2 de abril, no Centro de Convenções do Hotel Jatiúca. Além de homenagear personalidades, a iniciativa é considerada marketing promocional para os destinos turísticos de Alagoas.

Segundo o jornalista e editor da revista, Antônio Noya, cerca de 30 jornalistas especia-

lizados nas editorias de turismo e economia são convidados para cobrir o evento e ao mesmo tempo conhecer uma cidade do Estado. “O resultado do Troféu Lagoa Mar são reportagens de Alagoas publicadas em sites, jornais e revistas brasileiras, gerando cerca de R$ 1,8 milhão em mídia, sem custo nenhum para o Estado”, disse.

Para este ano a cidade de Piranhas, mas conhecida nacionalmente como “Lapinha do Sertão” e “berço da história do Nordeste” será o foco dos jornalistas convidados. A cidade

Jornalista Antonio Noya

alagoana que já foi cenário dos filmes “Bye, Bye, Brasil” e “Baile Perfumado” atualmente

é set para um super produção de TV: Cordel Encantado, próxima novela das 18h da Rede Globo. A primeira cena da novela será passada no município de Piranhas.

A cidade é um dos principais polos turísticos do sertão, com boa infraestrutura de pousadas, flats, e restaurantes, além de dispor de roteiro ecológico e cultural. Logo na chegada já é possível avistar o rio São Francisco e a pequena cidade com seu casario histórico colorido, a estação de trem inglesa, os monumentos da passagem dos séculos 20 e 21.

Anualmente a cidade de piranhas recebe 120 mil pessoas, que passeiam pelo rio São Francisco, visitam o Museu do Sertão, apreciam a gastronomia regional e contemplam o casario histórico da cidade, tombada como patrimônio historio nacional.

HOMENAGEADOS - “O Troféu Lagoa Mar ultrapassou fronteiras e passou a ser reconhecido internacionalmente por dirigentes de companhias aéreas, cadeias hoteleiras, agências de turismo, área governamental e pela mídia especializada que ano após ano nos prestigia”, disse o jornalista Antonio Noya, lembrando que o resultado imediato do evento é a divulgação de Alagoas nas principais mídias do País.Os cerca de 400 convidados serão brindados com várias passagens aéreas internacionais, oferta da TAM e Air Canada, além de diárias nos mais requintados resorts do Nordeste e no Rio Quente Resorts, em Caldas Nova – GO. Além de promover o destino de Piranhas, varias personalidades vão receber o Troféu Lagoa, com Teotônio Vilela Filho, governador do Estado de Alagoas; Chieko Aoki, presidente do Blue Tree Hotels; Guilherme Paulus, presidente da CVC; Humberto Gomes de Melo, provedor da Santa Casa de Maceió; Ruy Vieira, diretorpresidente da Conviver, Marta Rossi (Empreendimentos turísticos); Radisson Hotel Maceió; Operadora Turística Master; e Medalha Empresário Galba Accioly - José Carlos Maranhão, diretor do grupo Usina Santo Antônio.

A 18ª Troféu Lagoa Mar que acontecerá no dia 2 de abril, no Centro de Convenções do Hotel Jatiúca, tendo como mestre-de-cerimônias o jornalista global Carlos Monforte conta com o patrocínio da TAM e do Banco do Brasil e o apoio da Prefeitura de Maceió, do governo do Estado, do Sebrae, da Aeroturismo, da Air Canada, da joalheria Sophia Gifts e dos hotéis Ritz Lagoa da Anta, Jatiúca, Brisa Tower, Maceió Atlantic, Radisson e Tropicalis.

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Imobiliário

Domingo, 27 de março de 2011 | www.ojornal-al.com.br | e-mail: imobiliario@ojornal-al.com.br

Rio abre ciclo de fóruns regionais dos profissionais corretores de imóveis Entre os dias 7 e 8 de abril, no Hotel Windsor Guanabara, na avenida Presidente Vargas, Centro da cidade, A Federação Nacional dos Corretores de Imóveis (Fenaci), juntamente com os Sindicatos de Corretores de Imóveis do Município do Rio de Janeiro, do Estado do Rio de Janeiro, e de Petrópolis, e em parceria com o Bradesco, Hedima e Icrea, dá início ao ciclo de Fóruns Regionais dos Profissionais Corretores Imóveis (FORECI), que será estendido à todas as regiões do País.

Os Fóruns Regionais dos Profissionais Corretores de Imóveis (FORECI's), servirão como base de um amplo esforço de se criar uma atuação unificada em caráter nacional para a categoria. Para atingir este fim, serão oferecidas palestras, cursos e debates com grandes expoentes do mercado imobiliário, em todas as suas pontas, que permitirão a criação de uma ponte sólida entre o regional e o global, possibilitando, efetivamente, aos corretores de imóveis brasileiros uma inserção no mercado imobiliário mundial.

As palestras oferecidas aos participantes do Fórum no Rio de Janeiro vão trazer temas de grande interesse para a categoria, disponibilizando conteúdo fundamental para a atualização em relação ao mercado. No dia 7 de abril, quinta-feira, haverá a primeira palestra, proferida por Otávio de Barros, economista-chefe do Bradesco cujo tema será "Perspectiva Econômicas"; na sequência teremos a palestra "Mercado Imobiliário Atual e Perspectivas", ministrada por João Crestana, presidente do Secovi-SP; e fechando primeiro dia de atividades do FORECI, teremos a palestra "A Comunicação e a Publicidade no Mercado Imobiliário", sob responsabilidade de Maurício Eugênio, publicitário e presidente do Grupo Eugênio, holding estruturada em 2006, a partir da Eugenio Marketing Imobiliário.

O segundo dia de realização do Fórum (8 de abril, sexta-feira), apresentará as seguintes palestras: "Qualificação

Profissional", a ser ministrada por Paulo Nathanael Pereira de Souza Reitor da UniSciesp, Universidade Corporativa do Sindicato dos Corretores de Imóveis no Estado de São Paulo; e, finalizando, a palestra Magna "Responsabilidade Civil do Corretor de Imóveis", que será proferida pelo desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Sylvio Capanema.

CURSO TRC - Ainda durante o segundo dia do Fórum, os participantes poderão realizar, concomitantemente, o curso de Transnational Referral Certification (TRC) - Seja um Corretor de Imóveis Internacional, que será ministrado pelo professor e CEO do Icrea (sigla em inglês para Consórcio Internacional de Associações Imobiliárias - EUA), Thijs Stoffer.

Referral é a palavra em inglês que pode ser traduzida por "indicação".

Você aprenderá como fazer e como receber indicações de clientes para negócios internacionais e participará do rateio dos honorários, ampliando suas possibilidades de negócios e de ganhos. O bem imóvel tem características locais, mas sua comercialização pode envolver clientes de qualquer parte do mundo.

Então, o curso de TRC promove a capacitação do profissional brasileiro para negociar em escala mundial, atendendo aos apelos da globalização do mercado, proporcionando ao corretor de imóveis a desenvolver habilidades e conhecer os procedimentos adequados para encontrar parceiros de indicação, combinar remunerações, ampliar normas de atendimento ao cliente, recorrer a processos de arbitragem para resolver qualquer questão em litígio, incluir as indicações internacionais em um plano de negócios, além de possibilitar a negociação de imóveis no exterior por meio de acesso a rede worldproper-

ties.com, responsável pela oferta de mais de 4 milhões de imóveis em todo o mundo.

Esse portal é a área de negócios imobiliários via Internet do ICREA, organização da qual o Secovi-SP e a Fenaci são seus representantes exclusivos para todo o Brasil. Mais do que habilitá-lo às transações com clientes internacionais, você receberá uma designação e terá seu nome incluído no diretório de profissionais certificados, consultado diariamente por seus colegas de 40 países participantes. Após a realização do curso, o participante receberá certificação internacional, expedida pelo Icrea.

rá apresentado ao mercado e aos corretores e corretoras de imóveis o Portal UNIMÓVEIS BRASIL, idealizado pela Fenaci em parceria com a Hedima, empresa espanhola dedicada ao E-Learning, ensino à distância, visando a qualificação profissional dos corretores de imóveis brasileiros. A apresentação será feita pelo presidente de Fenaci, Carlos Alberto de Azevedo, e pelo presidente da Hedima, D.Javier Diaz Sourroulle.

Benefícios de ser um profissional com certificação TRC Proporcionar um serviço essencial que resulta em cliente satisfeito; Clientes satisfeitos voltam quando precisam realizar mais negócios; Clientes satisfeitos dizem a seus amigos e familiares sobre você, gerando mais negócios; Você de destaca em seus negócios; Você recebe somente por indicar compradores ou vendedores que necessitam fazer negócios em outros mercados; Você recebe indicações qualificadas e em troca participa do rateio da comissão, ampliando sua possibilidade de ganhos de negócios; Você constrói reputação de sucesso e em conseqüência expande seus negócios, ganhando mais dinheiro.

PORTAL UNIMÓVEIS BRASIL - Ainda durante o segundo dia de realização do Fórum, se-

Sesi mostra preocupação das construtoras com colaboradores A cada anúncio dos vencedores, a empolgação. Empresários e trabalhadores das 14 empresas alagoanas reconhecidas com o Prêmio Sesi Qualidade no Trabalho (PSQT) 2010 festejaram juntos a conquista, durante a solenidade de entrega dos troféus e certificados que aconteceu nesta quinta-feira (17), na Casa da Indústria Napoleão Barbosa (Farol).

Na sua 14ª edição, o PSQT é um reconhecimento às empresas industriais por suas práticas de gestão e valorização dos colaboradores, com foco na inovação nos modelos de trabalho na perspectiva da sustentabilidade.

O empresário Alberto Cabús, 1° secretário da Federação das

Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea), representou o presidente da instituição e diretor regional do Serviço Social da Indústria (Sesi/AL), industrial José Carlos Lyra de Andrade, na solenidade.

Cabús afirmou que tem percebido a mudança de mentalidade em diversas unidades empresariais alagoanas, onde o lado humano passa a ser privilegiado com ações contínuas de responsabilidade socioambiental. "As empresas, além de produzir bens de consumo, têm o compromisso de melhorar a vida das pessoas, de ajudar a construir uma sociedade mais fraterna e mais humana", declarou.

A gerente da Unidade de

Responsabilidade Social Empresarial (Urse) do Sesi/ALe coordenadora estadual do Prêmio, Adriana Barreto Gomes, destacou a evolução do PSQT, que passou por várias avaliações e refinamentos nestes 14 anos. "Todos saem ganhando: os empresários e os trabalhadores", disse.

Segundo ela, foram mobilizadas 200 empresas em todo o Estado, das quais 34 se inscreveram no prêmio, 14 foram premiadas em primeiro e segundo lugares e quatro se classificaram para a etapa nacional, que acontecerá dia 5 de abril em São Paulo, durante o evento da Expo/HSM. Foram agraciadas as empresas Almeida Construções e Incorporações e Terraplanagem;

Cia. de Bebidas e Alimentos do São Francisco; Casal; Construtora Delman Sampaio; Construtora Placic; Copra Indústria Alimentícia; Algás; Glastec; Ibratin; Indústria e Comércio de Massas Trigo; Marroquim Engenharia; Moinho Motrisa; Plastec; e V2 Construções.

Asolenidade de premiação às melhores práticas de gestão teve a participação do superintendente do Sesi/AL, Walter Jucá; do superintendente executivo, Flávio Dória; do diretor regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai/AL), Marben Loureiro; de conselheiros e diretores da Fiea; e de representantes do Sebrae, das empresas e dos trabalhadores.

“Precisamos reduzir o tempo de aprovação” SÃO PAULO - Embora o crédito imobiliário esteja crescendo satisfatoriamente no Brasil, ainda há muitos desafios a serem enfrentados. Aafirmação é do presidente do Secovi-SP, João Crestana. "Hoje uma pessoa compra um carro de R$ 100 mil no Brasil e em quatro dias já está andando com ele pelas ruas, com o domumento de propriedade.

Mas uma pessoa que quer comprar uma casa de R$ 70 mil, ou seja, mais barata que o carro, se tiver muita sorte terá seu financiamento aprovado em dois meses", afirma.

Para o executivo, o setor imobiliário oferece muito mais segurança às instituições que emprestam dinheiro do que o automotivo, e por isso deveria ter concessões mais fáceis. "Os imóveis tem a vantagem de não poderem ser levados ao Paraguai

para serem vendidos no mercado paralelo. Então a garantia do mercado imobiliário é muito maior, mas ainda não encontramos uma maneira de, em uma ou duas semanas, a família que quer financiar um imóvel ter seu crédito aprovado e os documentos de posse totalmente formalizados".

Além disso, completa ele: "hoje temos tecnologia que nos permite fazer as coisas de forma mais rápida e barata e essa tecnologia precisa ser usada a favor do crédito imobiliário".

FONTES DE FINANCIMENTO - Crestana conta que atualmente há recursos suficientes no mercado para financiar o crédito imobiliário, mas o cenário pode mudar em alguns anos.

Fonte: msn dinheiro

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Dois

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Confira as promoções na Revista da TV

B1

Alessandra Vieira

Família Silva resiste bravamente e leva diversão e arte às classes populares

O espetáculo não pode parar No Dia do Circo, O JORNAL escolheu

Lula Castello Branco

dois exemplos de perseverança e amor ao circo: a vida da Família Silva, dona do África do Sul, cirquinho pernambucano de dois mastros recentemente montado em Maceió, que dribla com dignidade e alegria as dificuldades impostas ao artista circense; e o Palhaço Pirulito. Atualmente sem picadeiro, o palhaço que nunca desiste é o símbolo daqueles que acreditam que o circo é, sim, o melhor espetáculo da Terra Palhaço Pirulito não tem mais o seu circo, mas mantém o sonho de fazer sorrir

LEIA NAS PÁGINAS B2, B3, B7 E B8.

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B2

Fotos: Alessandra Vieira

Pai, mãe, filhos, sobrinhos e noras são responsáveis por tudo: desde a limpeza do espaço, infra-estrutura e montagem do circo até o espetáculo

Faces da lona PRINCIPAIS REIVINDICAÇÕES DA COMUNIDADE CIRCENSE

Alessandra Vieira Editora de Cultura

Entre as reivindicações da União Brasileira de Circos Itinerantes (UBCI) encaminhadas às autoridades governamentais estão o mapeamento e consolidação dos espaços destinados à montagem dos circos itinerantes e uma campanha de conscientização junto a prefeitos e Câmaras Municipais para melhor comunicação com a comunidade circense. Outro pleito é mais apoio à atividade, com a realização de festivais competitivos, mostras, seminários de circos itinerantes.

ida de artista circense não é fácil. Ao chegar a uma nova cidade ou bairro, é preciso cumprir exigências, superar preconceitos e conviver com a falta de ações simples que poderiam facilitar a rotina desse pessoal que traz nas veias a teimosia em manter viva essa tradição artística. Foi exatamente o que aconteceu com a Família Silva, do Circo África do Sul. Até a lona ser estendida, a montagem feita e o espetáculo poder começar na última sexta-feira, um longo caminho foi percorrido desde que a trupe pernambucana decidiu instalar o seu cirquinho de dois mastros no Sítio São Jorge, periferia de Maceió.

Brejeiro, bucólico, ligado à simplicidade, o África do Sul resiste e insiste bravamente em levar diversão e arte às classes populares. No circo, com pequena estrutura, a Família Silva, composta por 11 pessoas, trabalha como as famílias de antigamente. Pai, mãe, filhos, sobrinhos e noras são responsáveis por tudo, desde a infraestrutura e montagem do circo, até o espetáculo.

Desde a última terça-feira, após escolhido o local onde o picadeiro seria montado, todos se puseram a trabalhar. Por lei, era preciso pedir autorização ao proprietário do terreno, à Prefeitura, à Polícia Civil, alvará do Corpo de Bombeiros, da Vigilância Sanitária, além do pagamento das taxas de energia e água. Exigências justas e necessárias para manutenção da segurança, tanto do público, quanto da própria trupe. O problema é que nem sempre (quando feitos) esses pedidos são aceitos. Isso transforma a vida dos artistas de circo em uma eterna batalha contra a precariedade, o preconceito, a falta de leis ou do cumprimento delas.

Simplificando a questão, talvez tudo fosse resolvido se a regulamentação urbana previsse o circo como área de recreação, socialização, educação e entretenimento como são vistas as praças, os teatros, os ginásios, os zoológicos e parques.

“Exigem tudo de nós e não nos dão nada.

Não podemos abrir conta em banco porque não temos endereço. Não podemos ter previdência social porque não conseguimos pagar o INSS. Não temos carteira de trabalho porque artista de circo não é visto como uma profissão. Seremos amadores a vida inteira. Não podemos nos aposentar. É complicado até para fazermos o CPF e a carteira de identidade. Contamos com a boa vontade dos amigos que se dispõem a ceder o seu endereço”, desabafa a matriarca dos Silva, a ex-bailarina Jaciara, que na verdade se chama Maria do Socorro, tem 40 anos, filha e neta de circenses.

V

- Mapeamento e consolidação dos espaços destinados à montagem dos circos itinerantes - Campanha de conscientização junto a prefeitos e Câmaras Municipais para melhor comunicação com a comunidade circense, de acordo com modelo da lei que tramita em São Paulo - Mais apoio e fomentação na circulação dos circos itinerantes, com a realização de festivais competitivos, mostras, seminários de circos itinerantes - Regulamentação da formação em circo, respeitando a natureza desta arte e as questões relativas ao notório saber, bem como programa de intercâmbio internacional e bolsa de estudos para aperfeiçoamento de artistas em circo - Projeto para isenção de taxas de ISS para circos itinerantes - Unificação das normas para instalação e funcionamento de circos, que hoje variam de estado para estado, com a instituição de alvará de longa duração, pedido de ligação de energia e de água com taxas mais próprias - Negociação com a ECAD de taxas fixas para circos pequenos, médios e grandes - Projeto para legislação trabalhista: uma legislação especifica para os circos itinerantes - Legislação para uso de animais em espetáculos circenses - Subsídios e financiamentos de materiais específicos de circo, como lonas, caminhões, aparelhos, etc - Criação de programas para registro da memória do circo itinerante, por meio de projeto para criação do Museu do Circo Brasileiro - Projeto de documentação para reconhecimento do circo como patrimônio cultural brasileiro - Passaporte escolar único para os filhos de circense e estudantes de circo.

Modelo passaporte que poderá acompanhar o estudante de cidade em cidade, acabando com a burocracia das transferências escolares Fonte: www.ubci.com.br

Jaciara da Silva: “Não temos Carteira de Trabalho, porque artista de circo não é visto como uma profissão”

CONTINUA NAS PÁGINAS B3, B7 E B8.

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B3

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Seu Marinelson aponta para o trailer: “Essa é a minha casa”

Coisa de circo pequeno Fotos: Alessandra Vieira

Junto ao marido Marinelson, de 50 anos, Jaciara - que também é responsável pela bilheteria - administra o circo ao lado dos três filhos.

Márcio, o mais velho, tem 23 anos, e é a grande atração incorporando o Palhaço Ispigão. Mário, de 20 anos, é o apresentador. O caçula Marcos Alaô, de 17 anos, é equilibrista e malabarista e o primo Clécio, de 24 anos, é o engolidor de fogo. Ainda tem as bailarinas (as famosas rumbeiras) Viviane, 18; Ana Tacha Rocha, 19; e Lucicleide, 26. Ah! Não podemos esquecer o Bode Brito, que além de dar cabeçadas quando contrariado, pede aplausos, fica de joelhos e também é equilibrista. “Ele é uma verdadeira estrela”, conta Clécio enquanto faz Brito dar voltas em torno dele.

Ao aportar nas cidades do Nordeste, seja em bairros, povoados ou engenhos, a rotina diária da Família Silva começa cedo. O espaço tem que ser limpo, a tenda reparada, às vezes há ensaio, às vezes, não. “Depende muito. Nem sempre dá tempo de treinar porque, além de tudo, temos que divulgar o espetáculo também”, diz Marcos Alaô.

Ultimamente, o que mais vem aborrecendo Marinelson é que o Taxi Maluco, uma das atrações do espetáculo, está quebrado. “Teve que ficar em Riacho Doce, onde estávamos antes de vir pra cá. Mas, tenho fé que vamos resolver. Essa vida não é fácil, mas é a minha história, é raiz, não tem como fugir”, lamenta Marinelson contando que o pai, seu Nelson, de 80 anos, continua seguindo com o seu próprio circo em Pernambuco.

O espetáculo simples é vendido por modestos valores que vão de R$2 a R$4. No tablado, as atrações se revezam com a certeza de que fazer sorrir ainda é o melhor remédio para não deixar a tradição acabar. Daqui a oito ou 15 dias - vai depender do movimento - finda a temporada. O África do Sul vai partir. A desmontagem será feita.

Novos locais serão visitados; a alegria mudará de lugar... Coisa de circo pequeno. (A.V.)

CONTINUA NAS PÁGINAS B7 E B8.

Clécio e o Bode Brito: um engole fogo e o outro, além de dar cabeçadas, levanta a pata e agradece

TV ABERTA EDUCATIVA 06h00 06h30 07h00 08h00 09h00 10h15 10h30 11h00 11h30 12h00 12h45 13h00 13h30 14h00

-

Via Legal Brasil Eleitor Palavras de Vida Santa Missa Viola Minha Viola Curta Criança Esquadrão Sobre Rodas Castelo Rá-Tim-Bum Janela Janelinha ABZ do Ziraldo Curta Criança Um Menino Muito Maluquinho Catalendas Dango Balango

TV ALAGOAS 06h00 - Aventura Selvagem (Reprise) 07h00 - Pesca Alternativa 08h00 - Vrum 08h30 - Ganhe Mais Dinheiro com Jequiti 09h00 - Igreja Mundial 11h00 - Domingo Legal 15h00 - Eliana 19h00 - Roda a Roda Jequiti

Canal 3 14h30 15h00 16h00 17h00 18h00 18h30 19h00 20h00 21h00 22h30 23h00 00h45 01h45 02h45

-

TV Piá Stadium A'UWÊ Ver TV De Lá Pra Cá Cara e Coroa Papo de Mãe Conexão Roberto D'Ávila Esporte Visão Nova África Cine Ibermédia A Grande Música Dov TV Curta Brasil

Canal 5 19h45 - Programa Silvio Santos 00h00 - De Frente Com Gabi 01h00 - Série - Arquivo Morto // Cold Case 02h00 - Série - Desaparecidos // Without a Trace 03h00 - Série - Estética // Nip/Tuck 04h00 - Encerramento

TV GAZETA 05h35 06h36 06h47 07h15 07h50 08h45 09h20 09h50

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Santa Missa Sagrado Gazeta Rural Pequenas Empresas Globo Rural Auto Esporte Esporte Espetacular Futebol Amistoso da Seleção: Brasil x Escócia 12h00 - Central da Copa 12h30 - Esquenta!

Canal 7 13h50 15h45 18h00 21h00 23h25 00h15 01h50

Temperatura Máxima Taxi (Exibição em HD) Futebol 2011 Campeonato Carioca: Flamengo x Madureira - Domingão do Faustão - Fantástico - Big Brother Brasil 11 - Domingo Maior - Dupla Explosiva - Flash Big Brother Brasil 11

TV PAJUÇARA 01h15 05h25 05h55 06h45 07h15 08h00 09h00 10h00

-

IURD Bíblia em Foco Desenhos Bíblicos IURD - Nosso Tempo Desenhos Bíblicos Record Kids Ponto de Luz Alagoas da Sorte

TV BANDEIRANTES Canal 38 05h45 07h00 10h30 11h00 12h00 12h30 13h00 13h30 15h00 15h30 18h00 20h00 21h00

Canal 11 11h00 11h30 12h00 16h00 20h00 23h00

01h00 -

Informativo Cesmac Pajuçara 360º Tudo é Possível Programa do Gugu Domingo Espetacular Tela Máxima Desafio Mortal IURD

22h50 23h30 00h30 01h00 01h45 03h45

-

Espaço Vida Vitoriosa Infomerciais Brasil Caminhoneiro Infomerciais Auto+ Magazine UEFA Band Esporte Clube Fórmula Indy GOL o grande momento do futebol Campeonato Paulista Terceiro Tempo V.I.P. - Segurança Especial Domingo no Cinema Robocop: Destruição Total Acerto de Contas Canal Livre Mundo Fashion Show Business Cine Band Acima da Lei Espaço Vida Vitoriosa

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Roteiro

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Artes plásticas Música Teatro Dança Cinema Horóscopo Artesanato

alessandra@ojornal-al.com.br

Hoje

Em Breve

Música ao Vivo no Sesc Guaxuma (Rua Cel. Mário Saraiva, s/n, Guaxuma) com a banda Karinha Bakana, a partir das 13h. Ingressos: R$ 6 a R$ 15; gratuito para comerciários com carteira.

Eterna Magia vai se apresentar no Sesc Arapiraca (Rua Manoel Cazuza, s/n, Santa Edwiges – Arapiraca, AL) a partir das 12h. Ingressos: gratuito para comerciários com carteira do Sesc. Mais informações: 0800 284 2440 / (82) 3482-2400.

A Banda da Polícia Militar/AL vai se apresentar na praia de Pajuçara, a partir das 10h.

Aberto ao público.

O quarteto Malacada vai se apresentar no palco do Barroco Restaurante Bar (R. Sá e Albuquerque, 620, em Jaraguá - em frente a Receita Federal), dentro do projeto Quintal do Samba.

Quarta-feira O Prêmio Selma Bandeira vai homenagear grandes e expressivas mulheres de Alagoas, às 19h, no Centro Cultural Sesi (Pajuçara). Mais informações: (82) 9979-5959.

Edson Gomes (foto) chega, no dia 9 de abril, para um dia de reggae na Adepol. O cantor e compositor fará a festa junto ao som de Isaac Gomes, Marcelo Pedre e Alex Melo, além da banda Adama Rots. Ingressos à venda nas lojas Tchuk Jhones, Point Radical e Jameika e no estande Viva Alagoas. Mais informações: (82) 3226-7617.

Horóscopo ÁRIES (20 mar. a 20 abr.)

Não é um dia totalmente favorável para tratar de assuntos relacionados com dinheiro, mas muito bom para entabular negócios e obter novos conhecimentos profissionais, para serem postos em prática brevemente. Os astros indicam, pelo reforço da casa dois do seu mapa astral, muita energia e uma boa direção para os negócios.

LEÃO (22 jul. a 22 ago.)

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TOURO (21 abr. a 20 mai.)

Algumas perturbações passageiras em relação aos filhos estão previstas hoje. Aja com calma e autoconfiança, que tudo tende a dar certo.

Melhora da saúde e das chances gerais.

Seja mais ponderado. Indícios de ligeiras incompatibilidades com parentes ou amigos chegados.

VIRGEM (23 ago. a 22 set.)

Momento em que terá sucesso em tudo que está relacionado com o ensino e a educação de crianças, jovens e mesmo pessoas adultas. Forte tendência à especulação e muito sucesso nos negócios. Você passa por um bom período para mudança de residência ou emprego.

Dia que terá êxito em lugares de educação e ensino de jovens e crianças. Conseguirá também, ótimos resultados em novos empreendimentos, terá felicidade matrimonial, familiar e amorosa. Mente fértil e ótimas ideias.

SAGITÁRIO (22 nov. a 21 dez.)

CAPRICÓRNIO (22 dez. a 20 jan.)

Evite prejudicar sua saúde, não cometendo excessos na alimentação, e com bebidas alcoólicas. Não confie demais em subordinados e em estranhos. Todavia, o sucesso pessoal e a evolução da personalidade serão evidentes. Se cometeu algum erro, evite culpar-se ou lastimar o tempo perdido.

Neste dia, você poderá enfrentar alguns pequenos obstáculos e divergências inesperadas. Com o auxílio de amigos, parentes, colegas e vizinhos, poderá contorná-los. Evite atitudes agressivas. Deixe de lado o ciúme e espere notícias boas através de telegrama, carta ou visita de uma pessoa inesperada.

GÊMEOS (21 mai. a 20 jun.)

Dia em que poderá entrar em choque com pessoas do seu relacionamento. Por outro lado, o sucesso profissional e amoroso será evidente, bem como as chances de elevar-se socialmente. A posição dos astros indicam facilidades para as ocupações relacionadas com eletricidade, agricultura, máquinas, empregos municipais e posições de autoridade.

LIBRA (23 set. a 22 out.)

Sentimentalmente, este será um grande período. Procure aproveitá-lo do melhor modo possível. Vida afetiva e conjugal, favorecida. No que tange os negócios, poderá empreendê-los a qualquer momento.

Evite discussões por dívidas ou créditos.

AQUÁRIO (21 jan. a 20 fev.)

Período propício. Disposição física e mental favorecidas. O contato com pessoas da família, trará compensadoras vantagens, principalmente no que se refere a dinheiro ou a sua profissão. Neste dia, as suas imagens mentais estarão se concretizando.

CÂNCER (21 jun. a 21 jul.)

Muita disposição, otimismo e compreensão para com os outros. Assim estará você hoje que têm tudo para ser agradável. Mas evite estragar tudo isso por causa do ciúme e do orgulho pessoal exagerado.

Muita intensidade e disponibilidade para a recreação e um maior contato com a natureza só vai lhe fazer bem.

ESCORPIÃO (23 out. a 21 nov.)

Cuidado com prejuízos causados por empregados ou sócios.

Não realize o negócio que está pretendendo. Espere o dia de amanhã para concretizá-lo. Não abuse da saúde e não discuta com a pessoa amada. Você pode querer se questionar de modo involuntário sobre questões que lhe estejam causando ansiedade na alma.

PEIXES (21 fev. a 20 mar.)

Seja mais confiante em si mesmo, empreendedor e executivo que conseguirá melhores resultados neste dia. Todavia, a fase não será das melhores, principalmente no que se refere ao dinheiro e sua saúde.

O melhor que tem a fazer é recolher-se e ponderar sobre o que está errado, se de fato houver alguma coisa errada.

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B7 Alessandra Vieira

Alma mambembe SABENDO MAIS - A primeira escola de circo que se instalou no Brasil chamava-se Piolin, em São Paulo, montada no estádio do Pacaembu, em 1977. Uma homenagem a um dos maiores palhaços brasileiros de todos os tempos. Piolin, na verdade Abelardo Pinto, nasceu em Ribeirão Preto, São Paulo, em 27 de março de 1987. Em sua homenagem, a data do seu nascimento foi escolhida como o Dia do Circo.

Um dos mais queridos palhaços brasileiros, que na Semana de Arte Moderna, movimento artístico e literário realizado em fevereiro de 1922, foi reconhecido como exemplo de artista genuinamente brasileiro e popular. O nome Piolin surgiu durante um espetáculo beneficente em que contracenava com artistas espanhóis. Foi batizado de Piolin (barbante) por ser magro e ter as pernas compridas.

- Acredita-se que a origem do circo é chinesa, pois lá foram descobertas pinturas de cerca de cinco mil anos de acrobatas, contorcionistas e equilibristas.

Eram, na verdade, treinamentos para guerreiros, pois nelas eram exigidas muita força, flexibilidade e agilidade. Também foram encontrados indícios da arte circense nas pirâmides do Egito, na Grécia, na Índia e em Roma.

Com uma maquiagem simples e sem a tradicional roupa colorida, o Palhaço Ispigão é o típico palhaço brasileiro dos circos mambembes, capaz de arrancar do público estrondosas e alegres risadas com suas piadas e tiradas. “O palhaço é aquele que faz rir. É a arte mais difícil que existe da face da terra”, garante o rapaz por trás da fantasia.

Márcio Silva é a garantia de que o Circo África do Sul não vai parar tão cedo de armar a tenda. Entusiasta, afirma que “circo é cultura e a melhor diversão do mundo”.

Como os outros irmãos, Márcio estudou até o ensino médio e foi ainda mais longe. Prestou vestibular de Direito na Universidade Federal de Alagoas (Ufal) quando estava de passagem por aqui. Também fez cursos de computação, inglês e espanhol. “Nunca vou deixar essa vida, mas acho que me aprimorando, posso conseguir mais”, diz.

“Em comparação ao que os meus pais tinham quando casaram, hoje somos ricos. Eu e meus irmãos somos jovens, vamos crescer muito mais. Nosso objetivo agora é conseguir comprar um carro e um caminhão para não termos mais que alugar transporte para levar o circo”, conta.

“O que me deixa triste é o preconceito das pessoas.

Acham que quem é de circo é maconheiro, cachaceiro, ladrão. Somos pessoas trabalhadoras que amam a profissão”, fala.

Piada sem graça! (A.V.)

CONTINUA NA PÁGINA B8.

- A forma como conhecemos o circo, com picadeiro e lona, de forma arredondada, é a chamada forma moderna e tem origem na última década do século XVIII. Hoje em dia, além de malabarismo e contorcionismo, elementos da dança e do teatro foram incorporados ao circo. Registros históricos apontam que o circo brasileiro nasceu juntamente com a imigração dos ciganos, vindos da Europa.

Mas pouco a pouco o nosso circo foi tomando um rumo próprio e isso é constatado, principalmente, na figura do nosso palhaço. O palhaço europeu é essencialmente um mímico, enquanto o brasileiro é falante e bastante humorístico.

- Segundo pesquisadores, atualmente existem mais de 2.000 circos espalhados pelo Brasil, sendo aproximadamente 80 médios e grandes, com trapézio de vôos, animais e grande elenco. Estima-se um público anual de 25 milhões de espectadores. Entre os problemas enfrentados nos dias de hoje estão os terrenos caros e cidades que não permitem a montagem de circos, pois seus prefeitos temem a presença de "forasteiros".

- Estima-se que existam 2 mil circos no Brasil, 80 de grande e médio porte. Entre os principais problemas enfrentados, estão os custos altos de manutenção, a falta de terrenos e incentivos das autoridades e a ausência do público. Uma realidade triste para uma arte que já levou alegria a platéias do mundo inteiro.

A lona do África do Sul foi consertada para o dia da estreia

O GRANDE CIRCO MÍSTICO Jorge de Lima O médico de câmara da imperatriz Teresa Frederico Knieps resolveu que seu filho também fosse médico, mas o rapaz fazendo relações com a equilibrista Agnes, com ela se casou, fundando a dinastia de circo Knieps de que tanto se tem ocupado a imprensa.

Charlote, filha de Frederico, se casou com o clown, de que nasceram Marie e Oto. E Oto se casou com Lily Braun a grande deslocadora que tinha no ventre um santo tatuado.

A filha de Lily Braun - a tatuada no ventre quis entrar para um convento, mas Oto Frederico Knieps não atendeu, e Margarete continuou a dinastia do circo de que tanto se tem ocupado a imprensa.

Então, Margarete tatuou o corpo sofrendo muito por amor de Deus, pois gravou em sua pele rósea a Via-Sacra do Senhor dos Passos.

E nenhum tigre a ofendeu jamais; e o leão Nero que já havia comido dois ventríloquos, quando ela entrava nua pela jaula adentro, chorava como um recém-nascido.

Seu esposo - o trapezista Ludwig - nunca mais a pôde amar, pois as gravuras sagradas afastavam a pele dela o desejo dele.

Então, o boxeur Rudolf que era ateu e era homem fera derrubou Margarete e a violou.

Quando acabou, o ateu se converteu, morreu.

Margarete pariu duas meninas que são o prodígio do Grande Circo Knieps.

Mas o maior milagre são as suas virgindades em que os banqueiros e os homens de monóculo têm esbarrado; são as suas levitações que a platéia pensa ser truque; é a sua pureza em que ninguém acredita; são as suas mágicas que os simples dizem que há o diabo; mas as crianças crêem nelas, são seus fiéis, seus amigos, seus devotos.

Marie e Helene se apresentam nuas, dançam no arame e deslocam de tal forma os membros que parece que os membros não são delas.

A platéia bisa coxas, bisa seios, bisa sovacos.

Marie e Helene se repartem todas, se distribuem pelos homens cínicos, mas ninguém vê as almas que elas conservam puras.

E quando atiram os membros para a visão dos homens, atiram a alma para a visão de Deus.

Com a verdadeira história do grande circo Knieps muito pouco se tem ocupado a imprensa.

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B8

Lula Castello Branco

Mesmo sem o seu circo, o Palhaço Pirulito e suas fantasias de Batman e HomemAranha ainda fazem sucessos entre a garotada

A história de outro palhaço Venancio dos Anjos Teles é um profissional circense que foge do tradicional. Aos 38 anos, não possui, ao menos na aparência, perfil do típico palhaço dos velhos circos que faz parte do imaginário popular: cara pintada, barriga saliente e sapatos folgados.

Em busca de irreverência, o conhecido Palhaço Pirulito montou um guarda-roupa inspirado nos herois dos quadrinhos que o diferencia de qualquer outro palhaço. As fantasias de Batman e Homem Aranha costumam fazer sucessos entre a garotada.

Outra coisa que o distingue de outros circenses é que Pirulito é um palhaço sem circo. Depois de 20 anos, o Pirulito Circo Show, herdeiro do tradicional Circo Birinha, encerrou as atividades.

“A gente não tinha dinheiro para nada. Às vezes não sabíamos o que íamos comer no dia seguinte e não tínhamos como comprar coisa alguma”, lamenta.

O circo foi sendo desmontado aos poucos. “Chegou um momento em que meus irmãos não

agüentaram mais a barra e desistiram. Cada um seguiu seu rumo. Fiquei sozinho e agüentei até quando deu”, conta o palhaço que, finalmente um dia, se viu sem trupe, lona e arquibancada.

Contudo, é com perseverança, força de vontade e amor ao trabalho que o Palhaço Pirulito mantém a alegria e não desiste da tradição do circo. “Os desafios são muitos, mas o sentimento por estar fazendo o que se ama é incomparável. Eu posso estar com todos os problemas, com mil e uma dificuldades, mas quando eu entro no picadeiro e vejo o sorriso sincero das crianças, que às vezes não têm nem o que comer, é a coisa mais linda e mais gratificante. Meus problemas vão embora”, diz emocionado o palhaço. “Jamais vou desistir do circo. Minha família é toda de artistas circenses. Nasci dentro de um circo, lá fui criado e não penso em parar. Aconteça o que acontecer eu vou conseguir o meu circo de volta”. (A.V.)

Yvette Moura

Aos 81 anos, o palhaço Birinho continua arraigado no imaginário popular dos alagoanos. O pai de Venâncio e de mais 11 filhos fundou há 60 anos o circo que anos depois seria transformado no Circo Pirulito Show.

Hoje, alcoólatra, Birinho está longe do universo circense.

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Classificados

D1

Domingo, 27 de março de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: reservas@ojornal-al.com.br

APTO. VENDA CRUZ DAS ALMAS REF: 007 – CRUZ DAS ALMAS – 03 quartos sendo 01 reversível, 01 sala de estar/jantar, 02 banheiros, 01 cozinha, 01 área de serviço e 01 circulação. Área: 68,40m², 01 vaga de garagem. R$ 175.000,00 - TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343.

FAROL REF: 018 - FAROL - EDIFÍCIO JADE – 81,75m2 de área - 03 quartos sendo 01 suíte, varanda, sala para 2 ambientes, cozinha/apoio, WC social, hall de circulação, 1 vaga de garagem.

R$ 180.000,00 - TR. 93514440 /8811-8410 CRECI 343.

REF: 031 - FAROL 81,75M2 – Aptº com 03 quartos s/ 01 suíte, varanda, sala para 02 ambientes, cozinha/apoio, WC social, hall. Valor: R$ 170.000,00 TR 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343.

REF: 0119 - FAROL - Aptº com 116m². - 3 quartos, sendo 1 suíte, varanda, sala de estar/jantar, wc social, dependência completa de empregada, 2 vagas de garagem, R$ 350.000,00 - TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343.

VENDE-SE apto. no Farol, 3 qtos., s/1 ste. + dce. R$ 130 mil. Tr.: 9341-6222.

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Jatúca I - R$ 85.000,00 - Ac. Financiamento - sala, wc soc, 2 quartos, coz, serv.

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REF: 081 – PONTA VERDE - apartamento no 5º andar, com sala de estar para dois ambientes com varanda, sala de jantar, (04) quatro suítes, sendo (01) uma máster com closet e hidromassagem, lavabo, copa, cozinha, despensa, área de serviço, quarto de serviço e W.C. de serviço. 04 (quatro) vagas de garagem. Área: de 265,55m². R$ 1.445,00 - TR. 9351-4440 /8811-8410 - CRECI 343 REF: 083 – PONTA VERDE – COMPLETO DE ARMÁRIOS - Sala para 2 ambientes, 03 quartos sendo 01 suíte, varanda, circulação, WC social, cozinha, área de serviço e dependência completa de empregada. 02 vagas de garagens. Área: 106,00m². R$ 327.000,00.

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Guia de Serviços

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Classificados Domingo, 27 de marรงo de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: reservas@ojornal-al.com.br

O JORNAL JORNA L D3

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O JORNAL JORNA L

Classificados D4 REF: 096 – NA PARADISÍACA GARÇA TORTA – Seu Reveillon será inesquecível! Casa com 03 níveis.

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Domingo, 27 de março de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: reservas@ojornal-al.com.br REF: 0113 – COND. JARDIM EUROPA – Excelente casa nova c/ 250m². 04 quartos sendo 3 suítes, sala grande, WC social, cozinha, banheira de hidromassagem, dependência completa de empregada, garagem para 3 carros. Ligue! R$ 400.000,00. TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343.

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Apenas R$ 370.000,00 - TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343.

REF: 0123 – PINTANGUINHA - Próxima a garagem da Real Alagoas. Casa de 1º andar em fase final de construção. Com 297m², jardim, terraço, jardim de inverno, 02 salas, gabinete, 4 quartos sendo 3 suítes, terraço, sala de estar, sala de jantar, wc social, despensa, dependência completa de empregada, garagem p/ 2 carros. Apenas R$ 365.000,00 – Também aceito carro na negociação! TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343.

REF: 043 – PARIPUEIRA LOTEAMENTO ÁGUAS MANSAS – Casa com dois pavimentos, varanda, piscina, churrasqueira, sala de estar/jantar, cozinha, despensa, área de serviço, 03 suítes, sendo 01 reversível.

R$ 300.000,00 - TR. 93514440 /8811-8410 CRECI 343.

PONTA VERDE REF: 078 – PONTA VERDE, próxima à Igreja de São Pedro – Casa nascente, 2 salas de estar, jantar, 03 quartos sendo 02 suítes, wc social, cozinha, dep.

Completa de empregada, terraço, churrasqueira, piscina, 02 vagas de garagem.

Terreno 12 x 30. - R$ 550.000,00. TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343.

TABULEIRO REF: 090 – OPORTUNIDADE! Tabuleiro – Casa de esquina Vizinho ao AEROCLUB – Casa com 03 quartos, sendo 1 suíte, 2 salas grandes, gabinete, WC social, quintal. Apenas R$ 140.000,00 - Venha hoje mesmo conhecer! TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343 REF: 0116 – TABULEIRO - Condomínio Morada dos Palmares - Casa com varanda, 03 quartos sendo 1 suíte, gabinete, 02 salas, banheiro social, cozinha, dependência completa para empregada, garagem para 3 carros, jardim e quintal.

Próxima da antiga Cerâmica Santa Luzia. Área: 250m², s/ 220m² de área construída.

R$ 220.000,00 - TR 93514440 /8811-8410 CRECI 343 REF: 068 - TABULEIRO DO MARTINS – Próximo a Carajás. Casa totalmente nascente, com 3 Quartos, sendo 1 suíte, Jardim, piscina, garagem para 2 veículos, 1 sala para 2 ambientes, DCE, cozinha, área de serviço, banheiro social, quintal, 1 ponto comercial. Área: 140m2. Dá pra creditar? Olha só qual é o preço!

R$ 165.000,00. É sua! TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343.

SERRARIA REF: 020 - SERRARIA – PRÓXIMO AO ECO PARK – casa muito aconchegante, terreno medindo 24x36.

Solta nos 4 lados. Com piscina, 02 terraços, gabinete, sala de visita, sala de jantar, 05 quartos, sendo 02 suítes, com armários, 01 c/ closet 02 cozinhas uma com armários, DCE, bastante área verde, totalmente nascente, rua asfaltada e pouco movimentada. Excelente localização. R$ 450 mil.

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Motivo: Viagem. R$ 200 mil.

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Jatiuca Ed. Oregom - Sala c/ var, wc soc. 2 qtos. s/ 01 suite, cozinha, serviço, piscina, 2 elev, gerador.

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Aluguel de salas comerciais, no 13º andar cobertura com vista para o mar, no Ed. Empresarial Norcon, situado na Av. Comendador Gustavo Paiva, nº 2789, Mangabeiras, tratar com proprietário no tel. 9974-4421 (favor ligar no horário comercial).

FAROL REF: 0133 – POSTO DE COMBUSTÍVEIS NO FAROL – Todo reformado com tanques ecológicos, bombas novas, documentação toda regularizada TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343

JATIÚCA REF: 067 – MANDE O SEU ALUGUEL PRA PQP! HARMONY II - SALA COMERCIAL – Aqui você é o verdadeiro dono! Visite agora mesmo - Stella Maris.

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Esportes

O JORNAL JORNA L Domingo, 27 de março de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: esportes@ojornal-al.com.br

Luta pela sobrevivência CSA precisa vencer o CSE no Rei Pelé para não correr o risco de ser rebaixado hoje Marco Antônio

Corinthians-AL e ASA duelam no Nelsão PÁGINA A3

PÁGINAS 4 E 5

O JORNA L JORNAL

Esportes 2

Domingo, 27 de março de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: esportes@ojornal-al.com.br

BatePronto

O técnico Mano Menezes vai escalar Leandro Damião no ataque

Victor Mélo - jornalistavictor@gmail.com

ANÁLISE DA NOVA SELEÇÃO O técnico Mano Menezes ainda tenta dar uma identidade à seleção brasileira. Ele iniciou o trabalho durante uma entressafra de talentos. A velha-guarda, formada por Kaká, Roberto Carlos e os Ronaldos, deixou a nova geração passar, mas ela ainda não disse ao que veio. Tanto que apenas o lateral-esquerdo Marcelo é um dos protagonistas no futebol europeu jogando pelo Real Madrid. Os demais "brazucas" cumprem papéis de coadjuvantes.

Essa renovação é lenta e dolorosa. O seu lado mais frágil foi apresentado nas derrotas para Argentina e França nas últimas partidas disputadas pela seleção. Os resultados negativos fizeram Mano diminuir o processo de mudanças nas últimas convocações. Para o jogo de hoje, com a Escócia, por exemplo, as novidades parecem ter saído de um museu: Lúcio, Elano e Maicon. Figuras carimbadas nos tempos de Dunga, o zagueiro, o meio-campista e o lateral se juntam ao goleiro Julio César para dar suporte aos menos experientes. Desses, apenas Maicon não vai ser titular no jogo desta manhã em Londres. Daniel Alves está confirmado com a camisa 2, mas sabe que precisa mostrar serviço para não perder o posto para o rival da Inter de Milão.

Em alta, Marcelo ganhou o lugar de André Santos na esquerda e, se repetir as atuações no Real, deve "tatuar" o número 6 nas costas. Fechando o setor defensivo, Mano continua apostando no inquestionável Thiago Silva, titular absoluto do Milan.

A construção da nova seleção continua na fase inicial das obras no setor de meio-campo. A camisa 10, sem dúvida, espera a recuperação do meia Paulo Henrique Ganso, que está voltando aos gramados depois de uma séria lesão no joelho e, na próxima convocação, deve fazer parte do grupo. Enquanto ele não vem, Renato Augusto está sendo testado na armação. Os volantes de Mano são Ramires e Lucas, jogadores de muito potencial, mas que caíram de produção em relação às últimas temporadas. O primeiro, inclusive, precisa recuperar a confiança no Chelsea. Elano é um dos melhores terceiros-homens de meio-campo do futebol mundial. Ele desempenha como poucos a função de fechar espaços e avançar nas brechas deixadas pelo adversário, principalmente na faixa direita do campo.

Na frente, a aposta de Mano é Leandro Damião, de apenas 21 anos. A promessa do Inter entrou no grupo por causa da lesão de Pato e deve iniciar a partida como titular. Sua maior dificuldade vai ser jogar na função de centroavante ao lado do individualista Neymar, que tem um enorme talento, mas está longe de ser um bom parceiro. Invariavelmente, ele busca o drible ao invés do passe e poucas vezes aparece na linha de fundo, tudo o que um artilheiro não quer ao seu lado. O alagoano William José, por exemplo, sofreu com o garoto no Sul-Americano Sub-20. Neymar precisa evoluir muito no que diz respeito ao jogo coletivo para cumprir as profecias de que será um legítimo sucessor dos Ronaldos. Robinho já teve essa missão abortada.

CURTO-CIRCUITO Mano Menezes comanda hoje a seleção pela sexta vez.

Nas partidas anteriores, conquistou três vitórias, contra EUA, Irã e Ucrânia, e perdeu duas vezes, para argentinos e franceses.

A seleção vai disputar nesta manhã, a partir das 10h, a sétima partida no Emirates Stadium, em Londres. A praça esportiva já é chamada, inclusive, de casa europeia do escrete, que venceu quatro vezes por lá, empatou duas partidas e perdeu uma.

Para inglês ver Em Londres, seleção brasileira disputa hoje amistoso contra a Escócia Victor Mélo Editor de Esportes

O técnico Mano Menezes vai ter hoje a oportunidade de apagar a má impressão deixada pela seleção brasileira nos últimos dois amistosos. Diante de dois de seus mais tradicionais rivais, o Brasil foi derrotado por Argentina e França pelo mesmo placar: 1 x 0. Nesta manhã, a seleção enfrenta a Escócia, no Emirates Stadium, em Londres, às 10h (de Brasília).

Mano sabe que a pressão precisa ser aliviada antes da Copa América, principal compromisso da seleção na temporada, que vai ser disputada, entre os dias 1º e 24 de julho, na Argentina. "Estamos montando um novo grupo, mas estamos no caminho certo. Obviamente que todos esperamos uma boa atuação neste domingo e uma vitória contra a boa seleção da Escócia", declarou o técnico.

Para equilibrar o elenco, o treinador chamou os experientes Lúcio e Maicon, que estavam longe do escrete desde a eliminação na Copa do Mundo, contra a Holanda.

O zagueiro chegou para tentar corrigir alguns problemas do sistema defensivo. Assim, Lúcio fará a dupla com Thiago Silva. O jovem David Luiz vai para o banco de reservas.

Quem também volta à seleção é o atacante Neymar. Em fevereiro, ele estava disputando o Sul-Americano/Pré-Olímpico com time sub-20 e não enfrentou a França. Sem poder contar com Alexandre Pato e Nilmar, lesionados, Mano deve optar por Leandro Damião, convocado às pressas na semana passada.

Goleador do Inter, o jogador será testado hoje com a camisa 9.

Nos treinos, o treinador da seleção colocou Jadson no lugar de Renato Augusto, mas só deve promover essa alteração ao longo da partida. Por enquanto, Renato continua sendo o preferido para defender a famosa camisa 10.

TÁTICA - A seleção ganha muita força pelo lado direito com a nova escalação

de Mano. O lateral Daniel Alves, o volante Ramires, o meio-campista Elano e o meia Renato Augusto caem muito pelo setor, e, para não desequilibrar a equipe, Mano deve pedir a Daniel ficar mais na marcação, liberando o rápido e habilidoso Marcelo para encostar em Neymar pela esquerda. Leandro vai ser a referência na área.

INVICTO - O Brasil já enfrentou a Escócia nove vezes, e nunca perdeu. Foram sete vitórias e dois empates, com a seleção marcando 14 gols e sofrendo apenas três. Curiosamente, quatro desses confrontos foram disputados em Copas do Mundo. Nos Mundiais, o Brasil venceu o adversário três vezes (em 1982, 1990 e 1998) e empatou uma partida (em 1974).

GUIA DO TORCEDOR

X BRASIL: Julio Cesar, Daniel Alves, Lucio, Thiago Silva e Marcelo, Lucas, Ramires, Elano e Renato Augusto; Neymar e Leandro Damião. Técnico: Mano Menezes.

ESCÓCIA: Allan McGregor, Alan Hutton, Christophe Berra, Gary Caldwell e Steven Whittaker; James Morrison, Scott Brown, Charlie Adam, Barry Bannan e Kris Commons; Kenny Miller. Técnico: Craig Levein.

QUANDO: hoje / ONDE: Emirates Stadium, Londres (Inglaterra) / HORA: às 10h (de Brasília).

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Mais perto da taça Podendo conquistar hoje o 1º Turno, ASA enfrenta o Corinthians Alagoano no Nelsão Lula Castelo Branco/ Arquivo

Luciano Milano

Numa competição difícil como essa é motivo para comemorarmos, mas também de ficarmos mais focados contra o Corinthians,porque é um grande adversário e vai querer se reabilitar jogando dentro de casa", avaliou o técnico Vica.

Para a partida desta tarde, Vica não terá desfalques. Ele poderá contar com força máxima para tentar somar mais três pontos e dar um passo importante na briga pelo título. Anovidade entre os relacionados pode ser o meia Didira. Recuperado de uma ruptura na coxa desde o jogo contra o CSE, na 13ª rodada, ele desfalcou o ASAdesde então, mas foi liberado pelo departamento médico e entregue à parte física.

Repórter

Na avaliação de comissão técnica, jogadores e torcida, o ASA cresceu no momento certo na disputa pelo título de campeão do Turnão do Campeonato Alagoano. Avitória por goleada de 4x0 em cima do Santa Rita, na última quarta-feira à noite, em Arapiraca, foi a sexta seguida do time alvinegro. Desde a 11ª rodada, marcou 17 e sofreu somente 4 gols. Com a autoridade que os números lhe conferem, o ASA busca permanecer na liderança do Estadual - ou até mesmo conquistar o título se vencer e o Murici for derrotado - na partida desta tarde, contra o Corinthians-AL, às 15h15, no estádio Nelson Peixoto Feijó, na Via Expressa.

Ao lado do Murici, o time arapiraquense soma 36 pontos, tem o melhor ataque com 33 gols e a segunda defesa menos vazada, com 12.

Entretanto, supera o atual campeão alagoano porque tem uma vitória a mais que o concorrente. Mesmo com a vantagem somente por critérios, o técnico Vica comemorou o fato de

O ASA soma 36 pontos e está na liderança do Campeonato Estadual

assumir a liderança e depender somente dele para conquistar o título do Turnão. Mas disse que, mesmo com a sequência negativa de três derrotas do Corinthians, o confronto de logo mais à tarde será mais uma pedreira que seu time terá que superar.

"Vínhamos dizendo que o ASA

Timão-AL caiu de produção no Estadual O Corinthians liderou boa parte do Campeonato Alagoano desta temporada. Na 11ª rodada, o então técnico Lourival Santos deixou o comando do time, um dia antes da partida contra o CSA, no Nelsão, vencida por 1x0 pelo Timão da Via Expressa. Naquele mesmo dia, Roberval Davino assumiu o time, o atacante e um dos artilheiros do Estadual, Afonso, fez sua última partida na equipe, se transferindo para o Gamba Osaka, no Japão.

Depois desses fatos, o Timão venceu o Ipanema, perdeu para o Murici, bateu o Santa Rita, mas acabou perdendo duas seguidas, para CRB e Coruripe. O Timão terá os desfalques dos meio-campistas Jalles e Marco Antônio, além do atacante Zé Carlos.

(L.M.)

estava na briga pelo Turnão, o que aconteceu na última rodada. Fizemos nossa parte, conquistamos vitórias dentro e fora de casa e torcíamos para que o Murici pudesse tropeçar como aconteceu na quarta-feira. Mesmo com a vantagem por pontos, só dependemos de nossas forças para conquistar a primeira fase do Estadual.

CLASSIFICAÇÃO DO ALAGOANO 2011

CORINTHIANS - Tiago; Luciano Baiano, Selmo Lima, Ewerton e Cléber; Luan, Igor, Pio e Nélio; Fernando Henrique e Cassiano. Técnico Roberval Davino.

ASA - Daniel; Sérgio, Toninho, Ferreira e Chiquinho; Kal, Marcelo Costa, Marielson, Raul; Vitinha e Kaká. Técnico Vica.

ÚLTIMOS JOGOS DO TURNÃO

Pos. Time

PG

J

V

D

E

GP

GC

SG

1

ASA

36

16

12

4

0

33

13

20

2

Murici

36

16

11

2

3

29

11

17

Hoje

3

Corinthians

31

16

10

5

1

28

18

10

4

Coruripe

31

16

10

5

1

26

16

10

5

Sport

22

16

7

8

1

31

32

-1

15h15 - Corinthians x ASA 15h15 - Sport-AL x Coruripe 15h15 - Santa Rita x Murici 17h - CSA x CSE

6

CSE

19

16

5

7

4

22

26

-4

18ª rodada

7

CRB

18

16

5

8

3

21

26

-5

Sábado

8

Santa Rita

14

16

3

8

5

19

29

-10

9

CSA

13

16

4

11 1

17

27

-10

10

Ipanema

7

16

3

12 1

15

42

-27

Atualizada antes do jogo de ontem

17ª rodada

15h - Sport x Corinthians-AL 15h - CRB x CSA 15h - CSE x Santa Rita 15h - Coruripe x Ipanema 15h - Murici x ASA

Agremiação Sportiva Arapiraquense

ASA

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CSA

Temperatura máxima Correndo o risco de cair hoje, CSA precisa vencer o CSE no Estádio Rei Pelé Fotos: Marco Antônio

Victor Mélo Editor de Esportes

O CSA já perdeu o direito de desperdiçar pontos no Campeonato Alagoano. Com 13 pontos em 16 rodadas, o Azulão precisa vencer hoje o CSE, às 17h, no Rei Pelé, e o CRB, no próximo sábado, para manter as chances de escapar do rebaixamento.

Mas uma possibilidade remota tirou o sono dos jogadores e da comissão técnica do maior campeão alagoano nos dias quem antecederam essa partida. Se o CSA perder nesta tarde e o Santa Rita vencer o Murici, em Boca da Mata, o Azulão vai cair para a Segunda Divisão. "É uma possibilidade que nem cogitamos. O time vem numa crescente e tenho certeza de que vamos vencer os jogos que nos restam para deixar o CSA no seu devido lugar: a Primeira Divisão. Só dependemos de nossas forças", comentou o meia Dio, que gastou a bola no jogo de quarta-feira contra o Murici.

FATOR LINO - Pelo menos, a torcida azulina está um pouco mais confiante. Desde o retorno do técnico Lino, o time evoluiu na disputa e fez boas apresentações contra

GUIA DO TORCEDOR

X Quando: hoje Onde: Estádio Rei Pelé Hora: às 17h CSA - Anderson; Josuel, Igor, La Bamba e Rafael; Dinho (Duda), Levy, Adriano Silva e Dio; Alisson e Fagner.

Técnico: Lino.

CSE - Humberto; Dil, Jairo, Vitor e Peri; Fabinho, Elton, Alisson e Everton; Cicinho e Roni. Técnico: Elenílson Santos.

O meia Dio foi o grande destaque da partida da última quarta-feira entre CSE e Murici, no Estádio José Gomes da Costa

o Santa Rita e o Murici. No primeiro jogo, o Azulão venceu por 3 x 0 e, no segundo, empatou sem gols em Murici.

"Estamos fazendo um trabalho psicológico com esses atletas, que têm qualidade, mas sentiram a pressão por causa dos maus resul-

tados. Felizmente, o time está evoluindo. O nosso problema é a falta de tempo para a recuperação. Cada jogo do CSA é uma batalha, e isso aumenta a carga em cima dos jogadores. Neste domingo, já vamos fazer outra partida de vida ou morte contra o CSE. Mas, depois

do empate com o Murici, não temos escolha: é vencer ou vencer", comentou o técnico Lino, que trabalhou no Azulão durante toda a pré-temporada e foi demitido depois de perder o clássico da primeira rodada do Estadual para o CRB.

Tricolor está quase livre da degola Adversário de hoje do CSA, o CSE soma 19 pontos e quase não corre riscos de rebaixamento. O Tricolor chegou a liderar o Campeonato Alagoano entre a 3ª e a 5ª rodada, mas caiu muito de produção e ainda costuma sofrer fora de casa. Nesse Estadual, o time conquistou seis pontos no campo inimigo, nos empates contra o Murici, Santa Rita, além da vitória por 3 x 1 sobre o Ipanema. Na última quarta-feira, o CSE bateu o rebaixado Ipanema por 3 x 1, em Palmeira

dos Índios, e diminuiu a pressão sobre seus atletas.

Na fase dos jogos de ida, o Tricolor venceu o CSA por 1 x 0, no Estádio Juca Sampaio, numa partida muita contestada pelos dirigentes azulinos, que reclamaram da arbitragem por não ter marcado um suposto pênalti no atacante Tico Mineiro.

Depois de pegar o Azulão, o CSE fecha sua participação no Alagoano em Palmeira, sábado, contra o Santa Rita, que luta para

escapar da degola.

O técnico Elenilson Santos tem duas baixas para o jogo desta tarde: os meio-campistas Alemão e Palhinha estão suspensos; Alisson e Everton treinaram na última sexta-feira e devem, respectivamente, ser os substitutos. Humberto é o goleiro, com a defesa sendo formada por quatro jogadores: os laterais Dil e Peri, além dos zagueiros Jairo e Vitor. Na frente, Cicinho e Roni devem formar o ataque. (V.M.)

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Tico e Fábio Lima desfalcam o Azulão O técnico Lino tem duas baixas para a partida desta tarde.

Suspensos, o zagueiro Fábio Lima e o atacante Tico Mineiro estão fora de combate. Os substitutos devem ser La Bamba e Alisson, que volta a ficar à disposição da comissão técnica depois de cumprirem a automática. "Ainda não defini os titulares. Preciso esperar mais um pouco para estudar o adversário e buscar a melhor solução para a perda de Fábio Lima e Tico Mineiro, dois jogadores importantes para o nosso esquema.

Agora, é importante deixar claro que contamos com um grupo formado por atletas de qualidade.

Meu objetivo é deixar todos eles motivados para essa reta final", explicou.

Além de Alisson, o meio-

campista Levy também cumpriu suspensão e deve voltar ao time nesta tarde no lugar de Marcelo.

Com dois cartões, Rafael, Dinho, Bira e Adriano Silva precisam tomar cuidado para não perderem lugar na última rodada.

RIVAL - O CSA fecha sua participação no Turnão do Alagoano no próximo sábado, contra o rival CRB. Na fase dos jogos de ida, o Galo venceu o clássico por 2 x 0 e foi responsável pela queda do técnico Lino. Depois, o Azulão ainda trabalhou com mais três treinadores: Mário Tilico, Carlinhos Marechal (interino) e Edson Ferreira. Lino retornou ao Mutange há duas semanas, depois de rápida passagem pelo Potiguar-RN. (V.M.)

Lino já conquistou quatro pontos desde o seu retorno ao Mutange

Fora de casa, Murici joga hoje contra o Santa Rita O Murici tenta hoje retomar a liderança do Campeonato Alagoano.

Depois de empatar com o CSA por 0 x 0 e ver o ASA bater o Santa Rita por 4 x 0 na última quarta, o Alviverde perdeu o primeiro lugar por causa do número de vitórias. O atual campeão alagoano tem a mesma pontuação do Alvinegro, com 36 pontos em 16 partidas disputadas.

Para o jogo desta tarde, contra o Santa Rita, às 15h15, em Boca da Mata, o Murici conta com o retorno de quatro jogadores importantes. O lateral Alex, o zagueiro Sinval, o volante Gueba e o meia Gustavo já cumpriram suspensão e estão à disposição do técnico Gilmar Batista.

O time de Boca da Mata é o adversário direto do CSA na luta contra o rebaixamento. Com 14 pontos, um a mais do que o Azulão, o Santa precisa fazer valer o seu mando de campo para não entrar na zona do

rebaixamento na penúltima rodada do Turnão. Quarta-feira, o time levou uma goleada do ASA e entra em campo com a confiança abalada. A baixa é o zagueiro Rômulo, suspenso. Para se livrar da degola nesta tarde, o Santa Rita precisa vencer o jogo de hoje e torcer para o CSE bater o CSA no Rei Pelé. O time de Boca da Mata ainda enfrenta nesta fase do campeonato o CSE, na última rodada, em Palmeira dos Índios.

CONFRONTO DIRETO Depois de jogar em Boca da Mata, o Murici vai para o confronto direto com o ASA, no próximo sábado, no Estádio José Gomes da Costa.

"Tropeçamos no CSAna última quarta-feira, mas dependemos apenas de nossas forças para conquistar o Turnão. Para isso, não podemos mais bobear nesse jogo contra o Santa Rita e diante do ASA", comentou o presidente do Murici, Geraldão. (V.M.)

Técnico do Murici, Gilmar Batista conta com o retorno de atletas importantes

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CRB

Quero manter a escrita Sem perder para o CSA desde 2007, CRB inicia os preparativos para o clássico Lula Castelo Branco/ Arquivo

Victor Mélo Editor de Esportes

O CRB encerra sua participação no Campeonato Alagoano de 2011 no próximo sábado, contra o rival CSA, no Rei Pelé. A vantagem do Galo é contar com a maior parte das arquibancadas, já que é o mandante do clássico. Os jogadores também têm a responsabilidade de manter a escrita de quatro anos sem o time perder para seu maior adversário. A última derrota regatiana em jogos contra o Azulão foi registrada no dia 25 de fevereiro de 2007.

“O clássico é um campeonato à parte. Agora não vai ser diferente, mas estamos preparados para fazer um bom jogo e fechar nossa participação no Campeonato Alagoano de bem com a nossa torcida”, comentou o técnico Joãozinho Paulista.

Para o duelo, o treinador conta com o retorno do atacante Fernando Sá, que cumpriu suspensão automática na partida de ontem, contra o Ipanema, no Estádio Nelson Peixoto Feijó. Wallace deve voltar ao

banco de reservas.

O zagueiro Júnior, que ainda se recupera de uma virose, também não deve ser problema para o clássico. O jogador foi poupado nos treinos da semana passada e deve ser liberado pelo Departamento Médico já para os trabalhos de amanhã, na Pajuçara.

BOAS LEMBRANÇAS – A torcida do Galo só se animou nesse Estadual na primeira rodada, quando o time venceu o CSA por 2 x 0 e manteve a escrita no clássico. “Temos que trabalhar para manter esses números. Como todos sabem, esse é um jogo especial para nós e para eles e, certamente, vai mexer com o Estado nos próximos dias”, comentou Fernando.

O presidente do CRB, Marcos Barbosa, disse que vai esperar o desfecho do Campeonato Alagoano para iniciar o trabalho para a Série C do Brasileiro. “Não poderia ser diferente. Vamos nos concentrar no clássico e, depois - já que infelizmente não temos chances de classificação para as semi-

O técnico Joãozinho Paulista conhece bem o próximo adversário do Galo

finais -, vamos trabalhar forte para montar um time competitivo para a Série C”, comentou.

O diretor de futebol, Ednilton Lins, disse que o Galo só tem um objetivo na Terceira Divisão. “Nossa meta é recolocar o CRB na Série B do Brasileiro. Não vamos medir esfor-

Na quarta colocação, Coruripe tenta desbancar hoje o Sport em Atalaia Com duas baixas, o Coruripe vai encarar o Sport Santo Antônio hoje, às 15h15, no Estádio Luiz Pontes, em Atalaia. Ainda sonhando com o título do Turnão, o Hulk não conta com o goleiro Humberto, que sofreu uma lesão muscular na partida de quartafeira, diante do Corinthians-AL, e com o lateral Índio, também machucado. O técnico Celso Teixeira já avisou que Santos está confirmado no gol.

Com 31 pontos, o Coruripe tem chances muito remotas de conquistar o Primeiro Turno. Para isso, precisa golear nas partidas de hoje e do dia 2, contra o Ipanema, em casa, e torcer por derrotas de ASA e Murici nesta

tarde e um empate entre eles na última rodada da fase de classificação. O maior problema do Hulk é que o ASA tem dez gols de vantagem no saldo.

“Não é fácil, mas, se há possibilidades, vamos buscar. Se vencermos nossos jogos, temos grandes chances de ficar, pelo menos, com a segunda colocação”, comentou Celso.

O Sport estacionou nos 22 pontos e tem como única meta no Estadual garantir a quinta colocação. Quarta-feira, a equipe foi derrotada pelo CRB, por 1 x 0, no Estádio Rei Pelé. Já o Coruripe goleou o CorinthiansAL por 4 x 1 na 16ª rodada e está embalado. (V.M.)

ços nesse sentido”, prometeu.

A diretoria regatiana confirmou o técnico Joãozinho Paulista apenas para o Estadual, mas, dependendo das negociações, ele pode ser efetivado também para o Campeonato Brasileiro. Por enquanto, ninguém quer falar sobre o assunto.

AGENDA DE HOJE Amistosos

Paulista

10h - Brasil x Escócia

16h - São Paulo x Corinthians 18h30 - Ituano x Santos 18h30 - Botafogo-SP x Linense 18h30 - Ponte Preta x Paulista 18h30 - Americana x São Bernardo

Carioca 15h30 - América-RJ x Duque de Caxias 15h30 - Resende x Macaé 15h30 - Cabofriense x Americano-RJ 15h30 - Bangu x Volta Redonda 16h00 -Flamengo x Madureira 18h30 - Fluminense x Vasco

Mineiro 16h - Villa Nova-MG x Ipatinga-MG 16h - América-MG x Cruzeiro 18h - América-T.O. x Guarani-MG

Pernambucano 16h - Central x Sport 16h - Ypiranga-PE x Náutico 16h - Santa Cruz-PE x Porto-PE 16h - Cabense x Petrolina 16h - Salgueiro x Araripina 16h- Vitória-PE x América-PE

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No Flu, Souza diz que não tem medo do Vasco Na vitória sobre o América (MEX), pela Copa Libertadores, o alagoano Souza começou o jogo no meio de campo, mas terminou na lateral-direita depois da lesão de Mariano. No geral, fez boa partida e ganhou confiança para recuperar seu espaço entre os titulares. Às vésperas do clássico contra o Vasco, marcado para hoje, às 18h30, no Engenhão, Souza prevê um bom jogo, mas disse não temer o “Trem Bala da Colina”. Ele tem medo é de... Mariano.

“Assustar, não assusta. O time do Vasco está embalado, tem jogadores consagrados, mas em campo são 11 contra 11.

Quem marcar melhor vai se dar bem. Falar em assustar, não assusta. Só quem me assusta é o Mariano”, disse Souza, aos risos.

Pelo segundo dia seguido, Mariano, em tratamento de fisioterapia no joelho esquerdo, foi poupado na manhã de sextafeira nas Laranjeiras. No rápido treino tático comandado pelo auxiliar técnico Enderson Moreira, coube a Souza desem-

Rogério tem 99 gols na carreira e vai ser uma atração à parte no clássico desta tarde

penhar o papel de lateral-direito. Aprevisão é de que Mariano seja liberado nesta tarde, mas caso seja vetado, Souza se sente pronto para substituí-lo.

DÚVIDA NA COLINA O apoiador Diego Souza não treinou junto do elenco do Vasco, na manhã de sexta em São Januário, devido à uma gripe e inflamação na garganta. O jogador fez apenas exercícios na academia do clube e só jogará o clássico contra o Fluminense caso esteja melhor.

Apesar disso, o técnico Ricardo Gomes ainda tem esperanças de contar com o jogador, que para ele, fez uma boa estreia contra o Botafogo no último domingo.

“Foi apenas um jogo. Não foi novidade, o Diego é um jogador de qualidade. Joga em duas ou três posições. Contra o Botafogo jogou como atacante.

Apesar de ter 25 anos, ele consegue fazer com que jogue melhor quem estiver ao lado”, disse.

Marca histórica Goleiro Rogério Ceni busca hoje o 100 º gol contra o arquirrival Corinthians Maior goleiro artilheiro da história do futebol, Rogério Ceni pode alcançar a marca de cem gols na carreira contra o arquirrival Corinthians, hoje, às 16h, na Arena Barueri, pelo Paulistão. O capitão do São Paulo está a apenas um gol da façanha.

Guia do torcedor SÃO PAULO x CORINTHIANS Hoje, Arena Barueri, 16h SÃO PAULO - Problemas - Lucas (na seleção brasileira), Juan (terceiro cartão) Rogério, Rhodolfo, Alex Silva, Miranda e Júnior César; Ilsinho, Jean, Carlinhos Paraíba e Fernandinho; Marlos e Dagoberto.

Técnico: Paulo César Carpegiani.

CORINTHIANS - Problemas - Nenhum Júlio César, Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf e Paulinho; Dentinho, Morais e Jorge Henrique; Liédson.

Técnico: Tite.

ITUANO x SANTOS Hoje, Novelli Júnior, 18h30 ITUANO - Problemas - Nenhum - Marcelo Bonan, Ânderson Sales, Jackson, Rodrigão

e Alex Cazumba; Júnior Urso, Alemão, Adoniran e Leomir; Jéferson e Malaquias.

Técnico: Ruy Scarpino.

SANTOS - Problemas - Léo (sinusite), Pará (terceiro cartão), Alex Sandro (machucado), Durval (terceiro cartão), Zé Eduardo (terceiro cartão), Arouca (machucado), Elano (seleção brasileira), Neymar (seleção brasileira) - Time provável (4-2-3-1) - Rafael, Jonathan, Edu Dracena, e Bruno Rodrigo e Danilo; Adriano e Rodrigo Possebom; Felipe Ânderson, Paulo Henrique Ganso e Alan Patrick; Keirrison. Técnico: Marcelo Martelotte.

CAMPEONATO CARIOCA FLAMENGO x MADUREIRA Hoje, Macaé, às 16h FLAMENGO - Problemas - Renato (tercei-

“O gol é apenas uma consequência, eu quero é a vitória”, desconversa Rogério Ceni. O goleiro corintiano Júlio César, que diz ser fã de Ceni, afirma que não se importa em sofrer o 100º gol - desde que o Corinthians vença. “Seria vaidade de minha parte se ficasse pensando nisso

e não no time”, disse.

O São Paulo também joga para pôr fim ao tabu de mais de quatro anos sem vencer o Corinthians. Desde fevereiro de 2007, são sete vitórias do alvinegro e quatro empates. O tricolor pode reassumir o topo da tabela se vencer o líder Corinthians.

PRINCIPAIS JOGOS NACIONAIS

ro cartão), William (terceiro cartão) - Felipe, Leonardo Moura, David Braz, Wellinton e Egídio; Maldonado e Lorran; Galhardo, Thiago Neves e Ronaldinho Gaúcho; Wanderley. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

Souza e Éder Luís. Técnico: Ricardo Gomes.

FLUMINENSE x VASCO Hoje, Engenhão, 18h30

AMÉRICA - Problemas - Marcos Rocha (machucado), Leandro Ferreira (machucado), Micão (terceiro cartão) - Flávio, Marcos Rocha, Gabriel, Otávio e Jean Batista; Dudu, Leandro Ferreira, Irênio e Netinho; Luciano e Fábio Júnior. Técnico: Mauro Fernandes.

FLUMINENSE - Problemas - Leandro Eusébio (machucado), Carlinhos (machucado) Ricardo Berna, Mariano, Gum, Digão e Júlio César; Valencia, Diguinho, Deco e Conca; Fred e Émerson. Técnico: Enderson Moreira.

VASCO - Problemas - Ramon (suspenso pelo TJD), Fagner (machucado), Irrazábal (machucado) - Fernando Prass, Allan, Dedé, Anderson Martins e Márcio Careca; Rômulo, Eduardo Costa, Felipe e Bernardo; Diego

CAMPEONATO MINEIRO AMÉRICA x CRUZEIRO Hoje, Melão, em Varginha, 16h

CRUZEIRO - Problemas - Victorino (na seleção uruguaia), Henrique (na seleção brasileira) - Time problemas (3-4-3) - Fábio, Pablo, Gil, Léo e Gilberto; Leandro Guerreiro, Marquinhos Paraná, Roger e Montillo; Wallyson e Thiago Ribeiro. Técnico: Cuca.

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Mergulhadores exploram naufrágios em Alagoas

Viagem ao fundo do mar Mergulho esportivo conquista turistas e nativos em Alagoas Láyra Santa Rosa Repórter

Um misto de sentimentos.

Quem pratica mergulho autônomo pela primeira vez consegue passar em questão de minutos da euforia e do medo para sensações de prazer e descoberta.

Em Alagoas, o esporte, que é considerado radical, tem ganhado cada vez mais adeptos. Para aqueles gostam de unir exercícios físicos à natureza, esse é, sem dúvida, o esporte ideal.

Segundo o instrutor de mergulho, Luis Miguel Filipe, proprietário da escola Explorer Diving, depois da primeira submersão, as pessoas costumam mudar de vida. “Quem experimenta esse esporte passa a ter uma visão diferente da vida.

Mergulhar ajuda na concentra-

ção, alivia o estresse e ainda serve para fortalecer laços. Sem falar que é excelente para perder calorias”, contou o mergulhador, lembrando que, em uma hora de atividade no mar, é possível perder 900 calorias.

O mergulho autônomo é diferentemente do mergulho livre. É mais seguro. Ele consiste basicamente na prática de submergir total ou parcialmente utilizando os equipamentos de respiração (cilindros). Por ter consigo uma fonte de ar comprimido, o mergulhador pode permanecer mais tempo submerso do que nas técnicas da apnéia ou snorkeling, que exige retorno à superfície para respirar.

“As pessoas têm muito medo do mergulho, acham que não vão conseguir respirar dentro d’água, mas não é assim. Existem técnicas e um treinamento especifico

para garantir a segurança de quem mergulha. Só realizamos o mergulho quando sentimos que as pessoas estão prontas para isso”, disse Luis Miguel. “O mergulho autônomo é diferente do livre. Arespiração fica garantida, proporcionando que o mergulhador chegue a pontos mais profundos, aproveitando bem a natureza. Sem falar que pesquisas apontam que o risco de morte nesse esporte é de 0,4%”.

PONTOS DE MERGULHO: Alagoas é um Estado rico em praias perfeitas para o mergulho. Praia do Francês, Maragogi e Paripueira são as preferidas, devido à grande diversidade de vida marinha. Nesses trechos, o mergulho não ultrapassa os 12 metros de profundidade. Porém, os pontos preferidos

daqueles que já fizeram o curso básico são os naufrágios. No Estado, existem quatro que atraem turistas de toda a parte do Brasil.

“Dragão, Draguinha, Sequipe II e Itapagé são os pontos onde fazemos mergulhos embarcados.

São naufrágios que ficam distantes da costa cerca de duas horas de navegação e que já viraram pontos certos para mergulhadores, inclusive constam em sites nacionais. Alagoas é um ponto que gera interessa em todo o Brasil”, afirmou Luis Miguel.

“Esses naufrágios são maravilhosos. O Itapagé por exemplo fica em Lagoa Azeda. Ele é histórico, naufragou atingido por dois torpedos alemães e foi por isso que o Brasil entrou na Segunda Guerra. Sem falar que o casco está lá, inteiro”.

O que precisa para mergulho autônomo: Curso básico: duração de quatro dias, com aulas teóricas e práticas, que se dividem em submersão na piscina com todo o equipamento e quatro mergulhos no mar. Após esse curso existem as outras especialidades que são mergulho noturno, em naufrágio, em águas profundas e ainda o de fotografia de digital.

PREÇOS O “batismo” custa, em média, R$ 115 e é feito na praia do Francês, com agendamento prévio (o “batismo” não precisa do curso básico, qualquer pessoa pode fazer); O curso Básico custa, em média, R$ 785 e deixa o aluno apto para o mergulho autônomo sem a participação ativa dos instrutores, lembrando que o mergulho deve ser feito sempre em duplas. Maiores informações podem ser acessadas no site: http://www.explorerdiving.com.br/