Jornal do Bicho Amigo, edição 01

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São Carlos, 19/06/2016 l

Ano 1 l Edição 01 l Distribuição gratuita l 8.000 exemplares

A arte de adestrar Conversamos com Eder, há 34 anos melhorando a relação entre cães e seus donos Lola, Eder e Kitty: treinamento faz convivência com pet melhorar muito e é indicado para qualquer raça

Esta edição mostra o Eder e também o ‘seu’ Enio, que tem 80 anos e cuida de mais de 210 animais. Você vai conhecer duas Paula Fernanda, que além da coincidência do nome, cuidam de animais “diferentões”. O 2º Pet Passseio foi um sucesso e aqui tem dezenas de fotos. Histórias de amor com a equoterapia e que o mercado de comida natural animal cresce a cada dia são destaques. Tem também a última moda em bem-estar animal: Pet care e um monte de fotos na Soci‘au’. Isso e muito mais nesta edição de número 1 do Jornal Bicho Amigo de São Carlos. Tenha uma boa leitura.


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Está circulando a edição número 01 do Jornal Bicho Amigo. E como vocês notarão, a acolhida em São Carlos foi boa. Conquistamos diversos colaboradores, que nos deram boas dicas de matérias, que faremos ao longo das edições. Novos anunciantes estão investindo, acreditando na circulação e no retorno que o jornal lhes dará. A coluna Soci‘au’ já são duas páginas. Muito obrigado, São Carlos, pela receptividade. Nesta edição nossa distribuição segue a mesma linha do número anterior - encarte no Primeira Página e distribuição nos pontos de maior circulação de gente na cidade -, mas com uma percentagem a ser distribuída nos semáforos da cidade. São 8 mil exemplares. Agradecimentos especiais para a “Cachorro Ajuda”, “Patrulha Animal”, Aline, Fernando, Dra. Anna, Lea Chapaval, Marcelo Hiene... e tantos outros, por acreditarem em nosso trabalho e se oferecerem para ajudar naquilo que for preciso. E claro, aos nossos patrocinadores. Obrigado. JORNAL BICHO AMIGO nº 01 de 19/06/2016 é uma publicação mensal da Editora Santa Rosa de Viterbo Redação: rua Santa Isabel, 250 - sala 2 Santa Isabel CEP: São Carlos-SP Fone (16) 3368 3435 Tiragem de 8 mil exemplares Distribuição gratuita Periodicidade mensal Circulação em São Carlos Próxima edição: 17/07/2016 Editor: André Moussa Mtb 34286 redacao@jornaldobichoamigo.com.br Comercial: Rodrigo Almeida cel.99340.8008 Roberta Ricci cel. 99762.7778 comercial@jornaldobichoamigo.com.br Freelancer: Marta Eliza Antonio Julião, Michael Dias Barbosa Colaboradores: Fernando Simões de Vicente e Aline Becaro Artigos assinados são responsabilidade de seus autores, não representando necessariamente a opinião do jornal.

Nesta edição: Adestramento melhora a relação entre cães e donos Página 07

Enio Malaquini Tudo por amor aos animais Página 09

O que você Na equoterapia, precisa saber cavalos auxiliam antes de ter uma na recuperação corn snake da saúde humana Página 15 Página 19

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Diferentões: histórias de quem tem um pet incomum Páginas 10 e 11 Haus Fenix: a casa do Pastor Alemão Página 21

A última moda em bem-estar animal Página 13 Cresce o mercado pet de comida natural Página 22 Soci‘au’ Páginas 28 e 29


ADOTAR É ADOTAR É TUDO DE BOM TUDO DE BOM

Gobi - filhotes, 6 meses, porte médio

Fred: castrado, vacinado e vermifugado. Porte médio-pequeno. Tem uns 4 anos

Jujuba: castrada e vermifugada. Tem mais ou menos 2 anos porte médio-pequeno

Udi - filhotes, 6 meses, porte médio

Farofa: filhote 6 meses, vermifugado, primeira dose de vacina. Dócil se dá bem com outros animais

Um destes aqui pode ser seu próximo amiguinho. Adote-o. Entre na página do facebook da PATRULHA ANIMAL DE SÃO CARLOS e demonstre seu interesse.

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Um destes aqui pode ser seu próximo amiguinho. Adote-o. Entre na página do facebook da CACHORRO AJUDA DE SÃO CARLOS e demonstre seu interesse.


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Adestramento melhora a relação entre cães e donos Procedimento é recomendado por veterinário e aprovado por quem convive com animais

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boa relação en tre cães e humanos tende a ficar ainda melhor quando o animal e seu comportamento são entendidos e não deduzidos por quem convive com ele. Mas, o que normalmente é uma simples questão de convivência e adaptação pode se transformar em problema e exigir a intervenção de profissionais. Nesses casos, a solução pode estar na orientação dos donos associada ao adestramento do pet. Buscar informação em veículos de comunicação como jornais, televisão e internet pode ser o primeiro passo, mas é um procedimento que tem suas limitações e riscos. Quem prefere terceirizar a missão de mudar o comportamento inadequado de um cachorro costuma recorrer a profissionais como Eder Lisboa, adestrador com 34 anos de experiência,

que atua por indicação e parceria com pet shops como o Pet Care. Pedagogo de formação, Lisboa explica que o grau de aproveitamento do adestramento é melhor quando feito assim que começam a aparecer os instintos, a partir do quarto ou sexto mês de vida do filhote. Segundo ele, todas as raças podem e devem passar pelo treinamento, que leva cerca de 6 meses para apresentar resultados, no caso de resposta aos comandos básicos. O trabalho é feito com foco no animal, levando em consideração su as caracter ísticas e particularidades. Uma análise do perfil da família também ajuda a compreender o que está causando conflito na relação homem/animal. A escolha equivocada da raça que mais se adapta ao ambiente pode ser a causa do problema. O

mesmo acontece quando humanos não impõem limites e acabam por estimular hábitos negativos nos cães. “ A socialização está normalmente ligada à saciedade e isso costu ma ser p ositiv o para o animal, mas nem tudo deve ser permitido”, afirma Lisboa. O veterinário José Augusto Franchin recomenda o adestramento a todos os clientes, especialmente quando observado comportamento incompatível – como no caso do cão que urina em qualquer lugar ou briga com outros durante um passeio – ou para os casos em que há mais de um animal em casa. Garante que a medida evita problemas futuros, melhora a convivência familiar e deixa o pet mais sociável e relaxado, sem que ele perca as características da raça. Concluída a fase de diagnóstico, tem início o

Eder Lisboa ensina comandos a rottweiler elogiado pelo comportamento

trabalho prático do adestramento. Eder Lisboa afirma que existem diferentes técnicas e lembra que o uso de mais ou menos energia no trato com o cão vai depender da resposta do animal. Ele reconhece que o trabalho é perigoso e que já se machucou, mas atribui os acidentes e cicatrizes a falhas pessoais. Acostumado, a trabalhar com raças conhecidos pelo temperamento agressivo, como pitbull e rottweiler, o treinador admite qu e já sen tiu medo, mas afirma que só r ecu sa tr ab alh o s quando entende que poderá haver rupturas no processo educativo, causando risco a terceiros. Lisboa afirma que

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cada animal, tem personalidade, índole e instinto próprios - e que não podem ser humanizados - e que o meio tem muito mais influência no comportamento do que as características inatas do cão. Por outro lado, garante que a técnica do adestramento consegue modificar um comportamento inadequado e que o animal reconhece e atend e a q uem tem uma postura dominante. “Falhas de obediência são raras e, normalmente, estão ligadas à questões do instinto”, assegura. Trab alh and o em uma residência onde vivem dois rottweilers, Elizangela Rodrigues dos Santos, diz que se sente

tranquila mesmo quando fica sozinha com os animais, ambos adestrados por Eder Lisboa. O empresário Kaic Parella, dono dos cães, também confia no trabalho. “Antes, não tinham comando. Com um mês já vi mudança”, garante. Q u em tamb ém está satisfeita é a administradora de empresas Roberta Beraldi, que tinha problemas para imp or limites e tr atav a como filhos um ciumento casal yorkshire. Com 3 meses de adestramento, já houve evolução. “Hoje eles são mais calmos, sabem a hora de latir e se compo rtam melhor. Aprendi que a educação deles começa pela gente.”


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Tudo por

amor aos animais Aposentado abre mão do próprio conforto para tratar bichos machucados e abandonados

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trabalho do ap o se n ta d o Enio Malaquini com os animais doentes e abandonados não é novidade, já que ele faz isso há mais de 30 anos na cidade de São Carlos. O que surpreende mesmo é a humildade deste homem, que aos 80 anos cuida praticamente sozinho de 90 cães e 130 gatos, abrindo mão do próprio conforto e sem se abalar com as dificuldades. As atividades na chácara onde vive com a esposa, no bairro Tangará, começam entre 5h e 6h, com as tarefas de limpeza e alimentação dos bichos, e pode se estender até tarde da noite, como ocorre em dias de comemorações e festas em que são usados fogos de artifício. O barulho assusta os animais

e Malaquini não se incomoda em ficar por perto para acalmá-los. Dar conta dos cuidados veterinários também não é problema. Ele garante manter tudo anotado para não se confundir com horários e medicações de uma lista tão ampla e variada de doenças e pacientes. Atender chamados para realizar novos resgates e conseguir recursos para alimentação são outra parte do desafio do aposentado, que usa o salário mínimo que recebe e ainda vende caixas d e p ap elão para completar o orçamento mensal, que ele prefere nem calcular de quanto é. Apesar de contar com a generosidade de algumas pessoas para cuidar dos bichos, ele enfrenta dificuldades e leva

Abrigos construídos por Enio Malaquini acolhem mais de 200 animais uma vida sem luxo. "Eu e minha esposa vivemos com uma cesta (básica) e tudo mais que consigo é para eles", revela. Malaquini caminha com agilidade pelos corredores estreitos do canil e gatil que ele próprio construiu apresentando alguns dos bichos pelo nome e recordando como foram parar ali. Em décadas de cuidados, já presencio u atro cidades como casos de pessoas que jogaram gasolina e depois atearam fogo em gatos, cães presos com

coleira de arame farpado e animais velhos, cegos e mutilados abandonado à própria sorte. Para o aposentado, sobra maldade e falta consciência entre os seres humanos que praticam tais atos. Apesar de já ter recebido elogios e mensagens de reconhecimento a seu trabalho de várias partes do Brasil e do mundo - como Bélgica, Estados Unidos e Japão -, Enio Malaquini já precisou provar que não faz nada errado em sua propriedade. "É tudo aprova-

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do pela prefeitura, certinho", garante. Mesmo tendo perdido uma vista durante o trabalho e gasto todo o dinheiro de uma indenização com os animais, ele garante que é muito feliz com o que faz e a vida que leva. Parar de trabalhar ou abandonar a missão de proteger os animais não estão nos planos do aposentado e o avanço da idade também não o preocupa. Ele acredita que os amigos continuarão tocando o trabalho mesmo quando ele não der

mais conta de fazê-lo e não teme nem mesmo a morte. "Eu morro, mas depois eu volto e continuo", diverte-se. Ao ser questionado sobre o tipo de ajuda que gostaria de receber, mais uma vez, a preocupação foi com os bichos. "Ração, para alimentá-los e tela para cercar a chácara, impedindo que, numa eventual fuga, eles possam chegar até a rua e serem atropelados". Contatos com Enio Malaquini podem ser feitos pelo telefone (16) 9 9157 6377.


Diferentões: histórias de quem tem um pet incomum Fotos de arquivos pessoais

A

estu d an te Paula Fer nanda de Andrade Leite, 20, e a pedagoga Paula Fernanda Antonietti, 25, tem muito mais do que o nome composto em comum. As duas jovens, que vivem em São Carlos, fizeram uma opção que não é mais comum na hora da escolha do animal de estimação. As histórias d o chinchila Rufus e do porco Olavo tomaram rumos diferentes, mas o amor que as donas têm pelos animais é de dar inveja a muito cão e gato por aí.

a relação das duplas fosse marcada por algumas surpresas. Natural de Leme, Paula Leite veio para São Carlos para estudar na UFSCar há cerca de três anos. Mesmo morando em república, sentia-se muito solitária no começo da vida acadêmica. Pr eo cu pad a, a mãe da estudante sugeriu que a filha adotasse um animal de estimação que não interferisse na rotina da casa compartilhad a e qu e pu d esse acompanhá-la por muitos anos.

Companheiros de verdade sempre têm historias pra contar A chegada dos bichinhos foi planejada e desejada por elas, fator importante para quem deseja adotar um pet diferente. A preparação, porém, não impediu que

Desde o princípio, o chinchila p areceu ser uma boa opção. A família encontrou um criador pela internet, acompanhou o nascimento e posteriormente foi conhecer

o paulistano Rufus Theodoro, hoje com 1 ano e 8 meses. O processo não ocorreu de um dia para o outro. "Nos preparamos por meses (antes de receber o pet). Ele ficou os primeiros meses na casa da minha mãe até eu entender como seria nossa convivência, Em março de 2015 eu o levei para morar comigo em São Carlos", conta. A presença de Rufus adaptou-se à rotina de Paula. O animal costuma passar o dia dormindo em sua gaiola, enquanto a jovem está na universidade, e sai à noite para correr e fazer suas escaladas e acrobacias. A alimentação é feita à base de ração, suplemento, alfafa e petiscos e os brinquedos de madeira servem para distrair e afiar os dentes, que não param de crescer. Segu nd o a estu dante, chinchilas são sensíveis ao calor, desconfiados com estranhos e apegados à rotina e ao

Paula Antonietti e Olavo: separação não diminuiu o amor ambiente. Por isso ela evita mudanças que possam assustar ou desestabilizar emocionalmente o bichinho e respeita a personalidade dele. "O Rufus odeia colo, mas adora ficar em cima de mim. É super agitado e apronta muito. O importante é você entender e respeitar o espaço deles como você gostaria de ser respeitado e entender

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que você tem um bichinho como companheiro e não como um brinquedo", afirma. Companheiros de verdade sempre têm historia pra contar e com Paula e Rufus não é diferente. A mais curiosa é sobre a primeira crise de soluços do pet, que deixou ambos assustado s. Enq uan to Ruf us chorava, a dona tentava,

sem sucesso, encontrar um veterinário que a ajudasse a entender o que estava acontecendo. Hoje, já sabendo lidar melhor com o animal de estimação, Paula é toda gratidão. "Eu amo demais o Rufus e sou muito grata a ele, que me ensinou coisas sobre o amor, o respeito, singularidade e me torna menos egoísta a cada dia".


Preparar a casa para a chegada de um animalzinho diferente pode ajudar a evitar surpresas De tanto ver imagens de porquinhos fofos na internet, Paula Antonietti e sua família decidiram adotar um. Já haviam visto na TV o quan to eles eram dóceis, carinhosos e inteligentes e não se importaram de viajar até São Ro qu e p ara b uscar o no vo amigo, à épo ca com 21 dias. As surpresas não demoraram a aparecer. "As primeiras noites não f o ram f áceis p or q u e nunca havíamos cuidado de um animal tão dependente", recorda-se a dona, que antes do porco teve experiência com tartar uga e calo psita. "Ele (Olavo) foi literalmente um bebê que peguei pr a cr iar. Passei noites em claro para que ele pudesse dormir. Ele acordava o tempo todo para fazer suas necessidades, e eu, percebendo qualquer movimento, levantava correndo pra

levá-lo no cantinho do banheiro, pois dormíamos em meu quarto", revela, desmistificando a ideia de que porcos são animais sujos e que cheiram mal. Olavo é fã de banho e deita para que a dona aplique hidratante e protetor em seu corpo. A rotina de Paula precisou se adaptar a do companheiro, que no início seguia horários regulares para café da manhã, almoço e jantar feito à base de ração e não lavagem - e ainda ingeria frutas e legumes nos intervalos para manter a dieta balanceada e não engord ar demais. No mais, a rotina seguia como a que se tem com qualquer outro pet: trocas de carinho, fotos, conversas e até algumas broncas em determinados momentos. Aos poucos, a família foi descobrindo que além de fofos, porcos

podem ser arteiros, geniosos e de personalidade forte. As mudanças começaram a ser notadas por volta dos 6 meses. "Ainda que continue um bebezão, ele se tornou adulto e alguns de seus hábitos mudaram, ficou até mais teimoso e arteiro do que era. Na verdade ficou mais difícil lidar com sua teimosia já que ficou mais forte e pesado", conta a pedagoga. Desd e então, Olavo, atualmente com 3 anos, vive na chácara da família, onde tem direito a água e comida à vontade, lama para hidratar a pele, frutas direto do pé, casinha de tijolos onde se protege de sol e chuva, palha de qualidade para dormir e muito espaço para correr e brincar. A sep aração f o i um momento doloroso. "Pensei que fosse morrer sem ele comigo todos os dias. Mas o es-

paço em casa tornou-se pequeno para ele e tive que começar a pensar no que seria melhor pra ele, e não pra mim", lamenta Paula, que alerta possíveis interessados para o risco de adquirir como mini um animal que po de crescer demais no futuro. A experiência com um pet diferente mudou a vida da pedagoga. Antes fã de bacon, ela não consome mais carne de porco e pensa em eliminar todas as outras do cardápio. Diz que o preconceito com o animal é fruto do desconhecimento e garante que porcos p o d em ser melh o r es amigos do homem tanto qu anto os cacho rro s. Para r esumir o amo r qu e sente, Paula cita uma frase, dedicada a Olavo. "Quando você chegou, eu não sabia o q ue fazer co m v o cê. Hoje eu não saberia o que fazer sem você".

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Paula Leite e Rufus: amor, travessuras e crises de soluço


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A última moda em bem-estar animal Espaço para lazer, socialização e prática de atividades físicas previne doenças físicas e comportamentais

O

s hábitos da vida moderna não colocam em risco apenas a saúde humana. O isolamento em ambientes pequenos e a falta de tempo para atividades físicas e de lazer podem afetar também a qualidade de vida dos animais. Nesse contexto, um conceito con h e cid o c o mo Day Care começa a ganhar mercado nas grand es cidades, propondo soluções que promovem o bem-estar dos cães e, consequentemente, tornando mais harmoniosa a convivência da família com o pet. Inaugurado há cerce de três meses na região central de São Carlos, o Espaço Pet Care of erece uma sér ie de serviços e tem no Day Care uma de suas grandes apostas. O ambiente especialmente desenvolvido para atender

às n ecessi d ad es d o s cães e a equipe diferenciada de profissionais garantem a excelência no atendimento. À primeira vista, o local parece um clube, com direito a piscina de água e de bolinhas, jardim sensorial, sala de exercícios e circuito de obstáculos. Ali, os animais não apenas se divertem, mas socializam co m o u t r o s, gas tam energia e praticam atividades físicas, tudo de forma supervisionada. O veterinário clínico José Augusto Costanzo Franchin explica que tudo isso é importante, po is o estresse p od e causar do en ças co mp o r tamen tais n o animal e a vida sedentária levá-lo a problemas físicos como a obesidade. Segundo ele, o ideal para que o pet tenha uma vida saudável seria oferecer, além do

passeio diário, uma atividade externa semanal, como u m passeio n a praça, além de promover brincadeiras variadas, como jogar bolinha, por exemplo. Quem não tem tempo para isso e está disposto a investir n a saú d e d o melh o r amigo acab a o ptan do pelo Day Care. De acordo com o veterinár io, o ideal é que cachorro frequente o ambiente até três vezes por semana. Num primeir o momento , o an imal p assa apen as meio período no ambiente. Depois de adaptado, pode ficar o dia todo. O s clien tes são separados por turmas, de acordo com o porte e as características. No caso de cães dóceis de pequeno porte, o Espaço Pet Care consegue atender até 8 animais no mesmo dia. O s d etalh es d o

Ambiente e equipe garantem a qualidade do atendimento ambiente revelam a preocupação com a saúde do cliente. No jardim sensorial por exemplo, as diferentes texturas do p iso e a escolha das plantas foram pensadas para aumentar a sensibilidade, e promover o relaxamento e bem-es-

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tar do visitante. Já as atividades na piscina e na esteira são acompanhadas por uma veterinária especializada em fisioterapia. Se desejar, o dono dos pets também encontra ali atendimento clínico e cirúrgico, acupuntura e banho e tosa.

SERVIÇO - O Espaço Pet Care está localizado na rua Padre Teixeira, 1666, no Centro, e funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h e aos sábados das 8h às 17h. Para mais informações, o interessado pode acessar a página Espaço Pet Care no Facebook ou ligar para os telefones (16) 3372 6705 ou (16) 3412 4623.


OPINIÃO

Ajude a diminuir a população de rua: castre seu animal de estimação

U

m dos maiores problemas que vivenciamos atualmente em relação a cães e gatos de estimação é o abandono e os maus tratos. Este problema vem sendo agravado pelo crescente aumento populacional, tanto dos animais de rua quanto daqueles que possuem um lar, mas cujos tutores não praticam a guarda responsável e acabam submetendo seus animais de estimação a cruzamentos totalmente desnecessários, gerando mais e mais animais. Mas quais seriam as soluções para este problema que vem causando cada vez mais sofrimento para milhares de cães e gatos em nossa cidade e no Brasil inteiro?

Uma das soluções viáveis que pode amenizar este problema seria a castração de cães e gatos (domésticos e de rua), evitando assim que estes animais continuem a se reproduzir e consequentemente ger ar mais e mais abandonos. Os animais podem ser castrados ainda filhotes, a partir dos dois meses de idade (chamada castração pediátrica) sem que haja interferência no seu desenvolvimento. As pesquisas disponíveis sobre os efeitos físicos e comportamentais de curto e de longo prazo da castração pré-pubescente em cães e gatos demonstram a ausência de qualquer resultado adver-

so. Com base nestas informações, a American Humane Association (Asso ciação Humanitár ia Americana) apoia esta prática como uma solução viável para a diminuição da superpopulação de animais de estimação e da tragédia decorrente da morte de muitos deles. A prática da esterilização precoce também é endossada pela American Veterinary Medical Association (Associação Veterinár ia Amer icana), pela American Animal Hospital Association (Associação de Clínicas Veterinárias Americana) e pela California Veterinary Medical Association (Associação Veterinária da Califórnia). Mas de

fato não é necessário aguardar o primeiro cio de sua cadela ou gata para ela ser castrada. Mas por que realmente castrar? Existem muitas pesquisas científicas na área que comprovam que machos e fêmeas, cães e gatos, castrados, possuem uma maior expectativa de vida. Fêmeas e machos castrados têm chances mínimas de desenv olver tu mo res quando tiverem mais idade. Como se a prevenção de doenças não bastasse, temos também a eliminação de todos aqueles sintomas do período reprodutivo (sim, machos também ficam incomodados nesse período!), como o sangramento, o inchaço da vulva, a gestação psicológica e a atração de machos pelas cachorras, além dos miados constantes, as tentativas de fuga e a inquietação típica das gatas. Seus animais de companhia ficam mais calmos e menos territorialistas quando castrados. Porém, apenas castrar não basta. É preciso

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antes de tu do educar. Educar a comunidade para a guarda responsável e para a necessidade de evitar que seus animais cruzem indiscriminadamente. Pois os resultados das ditas "cruzas de fundo de quintal" são desastrosos. A cada ano nascem milhares de cães e gatos provenientes destes cruzamentos, realizados sem critério algum e gerando animais sem raça definida, fora dos padrões físicos e comportamentais, doentes, com alterações genéticas e uma série de outros problemas. Muitos são abandonados à própria sorte nas ruas ainda filhotes ou morrem antes de conseguir um lar responsável. Os poucos que conseguem adotantes, raramente são entregues castrados, e acabam reproduzindo-se e gerando mais animais, alimentando ainda mais a realidade do abandono que parece não ter fim. Visualize que, uma cadela que venha a parir 10 filhotes, destes, oito voltarão às ruas, infelizmente.

A educação para a gu ard a r espo nsável e para a necessidade da castração de animais de companhia se faz então, cada vez mais urgente. O esclar ecimento acerca deste procedimento, mostrando que a castração vai além do controle populacional, garantindo mais saúde para o animal e tranquilidade para o tutor é de extrema importância. Muitos tutores relutam em castrar seus pets por inúmeros motivos, que devem ser sanados através de campanhas extenuantes de informação sobre o procedimento. Nos dias atuais, crise financeira, famílias mo rando em esp aços cada vez menores e o abandono exagerado de animais, a castração é um ato de amor para com o animal de co mpan hia além de um grande comprometimento com a causa animal. Lea Chapaval, Médica Veterinária, Ph.D.


O que você precisa saber antes de ter uma

corn snake V

ocê pode até não conhecê-la por esse nome, mas as corn snakes - ou cobras do milho, em uma tradução literal - são a escolha mais comum quando se tem a excêntrica ideia de adquirir um dos animais mais temidos do mundo animal como bicho de estimação: a cobra. A variedades de cores e padrões, a natureza dócil e nada agressiva, a ausência de veneno, a tolerância ao manuseio e o tamanho moderado (chegando, em média, a 1,5 metro de co mpr imento q uan do adultas) são características que, somadas, explicam a popularidade dessas cobrinhas. Mas, é claro, que a decisão de ter um animal exótico e que, em cativeiro, pode viver mais de 20 anos, envolve cuidado, estudo, gastos e dedicação. Antes de começar essa conversa é preciso, sempre, lembrar que animais silvestres e exóticos estão, no Brasil, submetidos a legislações específicas e aos cuidados dos órgãos públicos responsáveis. Possuir uma corn snake não é crime, mas você tem o dever de adquiri-la com um criador regularizado e que te forneça o devido registro do

animal. Dito isso, há algumas questões para se levar em conta antes de tomar a decisão de cuidar de uma cobra, não basta, apenas, o fascínio e ausência do medo comum à maioria das pessoas. Primeiramente, é preciso que essa decisão seja tomada levando em conta as pessoas do seu convívio, especialmente aquelas que moram na mesma casa que você. A fobia às cobras é coisa muito séria para muita gente e pode estar relacionada a traumas de infância ou construções sociais, como a forte associação, em diversas culturas e fés, da cobra a variadas entidades negativas. Se você e seus familiares e amigos estiv er em d e acordo sob re ter uma corn é o momento de passar em como ela afetará a sua rotina. A seu favor, corn snakes não exigem cuidados intensos no dia a dia, são animais extremamente independentes e, ainda que dóceis, nada carentes. Sua primeira preocupação será com a elaboração de um terrário, ou seja, o ambiente que a sua cobra passará a maior parte do tempo. Um bom terrário, conforme orientações do medico veterinário Eduar-

do Pasquini, 23, especialista em répteis e aves, é composto por um aquário, que tenha um comprimento equivalente ao da cobra quando adulta, "enriquecido" com galhos, folhagens, serragens, uma pedra aquecedora ou um tapete térmico (cobras são animais de 'sangue frio' e dependem do ambiente externo para regular sua temperatura interna) e um termômetro (controlando para que a temperatura do terrário permaneça entre 24º e 28º, nunca ultrapassando os 30º). É claro que tudo isso envolve um custo relativamente alto, tanto para adquirir como para manter. Além de passar a maior parte do tempo, o terrário também é o local que a sua corn snake irá se alimentar - e ai temos uma das questões mais delicadas sobre possuir o animal. Cobra são, invari-

avelmente, carnívoras. A opção mais acessível e nutricionalmente correta é

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alimentá-la com ratos e afins. Em outras palavras, o proprietário deve adquirir a presa em tamanho proporcional à sua cobra, recém-nascidos para filhotes até ratos de bom porte para adultos. Para a o ferta do alimento, Eduardo é contrário a um hábito comum entre proprietários, comprar ratinhos congelados: "Não concordo muito em comprar o camundongo congelado e oferecer pro ani-

mal, não tem a mesma função. O correto é dar o camundongo recém abatido - ou vivo". Dar o animal recém abatido é a opção segura e saudável, mas pode exigir que o proprietário "suje as mãos"; já oferecer ainda vivo pode ser uma experiência desnecessariamente estressante para a cobra, além de acabar por machucá-la. E ai, será que você está pronto para encarar esse desafio?


Pensa em um mais bonito que o outro. Por onde a gente olhava tinha um cachorro lindo. Foram centenas de inscritos que participaram do 2º Pet Passeio, promovido pela Ma-Lu Mania Pet Shop e Clube FM no domingo, 05 de junho. Nem o mau tempo espantou a multidão da avenida Getúlio Vargas. Com tudo muito organizado, quem participou ganhou muitos brindes, vales-compras e pôde ver várias exibições de cachorros adestrados. Confira alguns cliques do evento. Parabéns aos organizadores e que venha o 3º, 4º ...

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Muito mais que amigos Na equoterapia, cavalos auxiliam na promoção e recuperação da saúde humana Divulgação

Q

ue o cachorro é o melho r amigo do homem ninguém duvida, mas é com o cavalo que esta parceria se torna imbatível. Histórica, essa relação já foi contada inúmeras vezes, mas preserva o frescor da novidade quando os envolvidos são praticantes de equoterapia, onde as descobertas e avanços vão acontecendo a cada nova sessão. Em um centro dedicado a esta atividade, inaugurado em São Carlos há seis meses, a quarta-feira é o dia da semana mais aguardado. Durante toda a tarde, a área de 15.000 m², com lago, jardim e árvores frutíferas é palco de um encontro que vem dando certo há mais de dois mil anos, mas que só foi reconhecido como terapêutico pelo Conselho Federal de Medicina em 1997. De um lado, pessoas querendo mais qualidade de vida e saúde. De outros, animais preparados especialmente para esta importante missão. Idealizador do espaço, o veterinário João Vitor Ferreira Rosa Junior, explica além do conforto do ambiente, há uma preocupação especial o tra-

tamento dado aos quatro cavalos do centro. "Estes animais, quando não estão nas atividades da equoterapia, estão desenvolvendo atividades de condicionamento físico, que os mantêm sempre em boas condições musculares. São animais que cavalgam e auxiliam pessoas há vários anos, vivendo em cocheiras individuais com acesso a piquetes diariamente, ração balanceada e feno de boa qualidade", afirma. A equipe de profissionais - que inclui, além do próprio Rosa, um fisioterapeuta, uma psicopedagoga e fonoaudióloga, um terapeuta ocupacional, dois condutores e estagiários - completa um time que é especialista no que faz, outro ponto importante para que a terapia tenha sucesso. Recomendada em inúmeros casos - como para pessoas com deficiência e necessidades especiais, autismo, distúrbios mentais, paralisia cerebral, acidente vascular encefálico, depressão e dificuldades de aprendizagem, entre outros - a equoterapia também possui uma lista ampla de benefícios à saúde do praticante, ajudando no de-

Método foi reconhecido como terapêutico pela Medicina somente em 1997 senvolvimento de seu controle motor e postural, equilíbrio e capacidades funcionais, por exemplo. As sessões duram em média 30 minutos e não se limitam ao simples ato da montaria. De acordo com a equipe responsável pelo centro de equoterapia dirigido por Rosa Junior, todo o processo que envolve a aproximação, a carícia, a oferta de alimentos e escovação do animal, o contato com a

natureza e com a equipe técnica formam um ambiente que propicia a reabilitação, promovendo a socialização e melhorando a autoestima e a autoconfiança do praticante. Mais do que uma obrigação, as sessões, para muitos, são um aguardado momento de prazer. Se pudesse, o jovem Caiki, de 17 anos, certamente, prolongaria o tempo das sessões de equoterapia. "Ele adora! Às vezes, não quer nem des-

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cer do cavalo", conta o caldeireiro Evandro Rodrigues da Silva, pai do garoto que carrega sequelas de um erro médico, que sofreu quando tinha 7 anos de idade. A família constatou melhoras com apenas duas sessões da atividade, realizada pela primeira vez por quase três anos e depois interrompida. Como o menino cresceu, a terapia está sendo retomada, proporcionando melhoras principalmente em seu

equilíbrio e postura. Para a família, saber que Caiki gosta e se beneficia da equoterapia é um estímulo a mais na luta por sua recuperação. Para o jovem, que sempre gostou de animais, a escolha do companheiro de tratamento não poderia ter sido mais feliz. Para quem conhece a história da relação do homem com o cavalo, resta torcer para que, mais uma vez, todos os objetivos sejam plenamente alcançados.


Dermatologia Veterinária: uma especialidade ao seu alcance

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omo a pele é o ma ior ó rgão do organismo, acaba servindo de “espelho” para muitas doenças sistêmicas de cães e gatos tornando seu diagnóstico ainda mais complexo. E para complicar um pouco mais a situação dos animais acometidos, a maioria das doenças dermatológicas apresentam sintomas comuns, como a coceira, a vermelhidão e a queda de pelos. Talvez seja por todos esses motivos que especialistas nesta área, os chamados D ER MATÓLOGOS , têm sido cada vez mais procurados. Pesquisas recentes apontam que as doenças de pele constituem até

70% dos atendimentos em clínicas veterinárias de todo o mundo. Sendo os cães mais acometidos do que os gatos, as dermatopatiassão motivos de sofrimento progressivo para estes animais e fonte de angústia constante para seus tutores, ao se verem diante de quadros crônicos ou de difícil resolução. Por medo de um eventual contágio, alguns animais acabam sofrendo um isolamento familiar e “social” prejudicando a qualidade de vida de todos os envolvidos. Perguntas frequentes 1) Quais as doença s de pele ma is comuns em cães e gatos?

As dermatites alérgicas e as piodermitesb acterian as são , sem sombra de dúvida, as recor distas em aparecimento nos cães, seguidas das seborreias, doenças parasitárias, dermatoses autoimunes e das neoplasias. Já os felinos sofrem mais com as doenças parasitárias, fungicase as dermatites alérgicas. 2) Qual a diferença entre um clínico geral e um especialista? É muito difícil para um clínico geral dominar todas as especialidades disponíveis hoje em dia. O especialista destina seus estudos a uma área específica e atua como colaborador nas clínicas ve-

terinárias, solucionando os casos de maior complexidade. 3) Como atua um dermatólogo? Em se tratando de pele, tudo começa com uma boa história! Quanto mais detalhes sobre a vida daquele animal, maior a chance de se chegar ao diagnóstico. De posse dessas informações, o dermatólogo elabora suas suspeitas e realiza ele mesmo, os exames compro batór ios. Por esse motivo, o diagnóstico é mais rápido e preciso. 4) Como proceder nos casos crônicos? A principal questão

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a ser respo ndida é se aquele caso tem cura ou se tem controle. Nos casos de doenças crônicas ou mesmo incuráveis, o objetivo é se chegar a um tratamento mínimo de manutenção, capaz de devolver a qualidade de vida daquele paciente sem sobrecarga do organismo. Exames sanguíneos periódicos podem ser necessários. 5) Quais os tratamentos mais comuns? Hoje em dia temos bastante diversidade de tratamentos. Há uma infinidade de produtos tópicos, medicamentos orais, injetáveis, comerciais ou manipulados e até terapia com células-tronco. Al-

guns casos podem necessitar de cirurgias ou criocirurgia, que é a terapia através do congelamento da lesão. 6) O custo é alto? Os tu tor es escolhem o que querem ou podem gastar. Os tratamentos mais modernos costumam ter um preço mais elevado por serem específicos e com menos efeitos colaterais. É preciso deixar bem claro o que se esperar de cada tratamento para que se tome uma boa decisão.

Anna Karina Lima, médica veterinária, formada pela USP e dermatóloga há 11 anos


Haus Fenix: a casa do Pastor Alemão em São Carlos

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erry Lee, foi o astr o do f ilme K9. Rin-tin-tin o mais famoso. Rex e Max foram astros de séries televisivas. O que eles têm em comum? São todos pastores alemães, uma das três raças de cachorros mais inteligentes do mundo. Provável descendente de cães pastores do noroeste deste país europeu cruzados com lobos da região, o pastor alemão teve seu primeiro exemplar registrado no século XX, pelo aposentado da cavalaria alemã

chamado Max von Stephanitz. Propagandeados como mensageiros, batedores e car regado res, serviram ao exército alemão na Primeira Guerra Mundial, chamando a atenção dos exércitos inimigos, que levaram alguns exemplares consigo ao fim da guerra. É uma raça muito versátil, devotado, leal e fiel aos donos. Se dá bem com outros animais domésticos. Eles são cães calmos e f icam ainda mais calmos depois de adultos, acima de dois

Informações sobre o Pastor Alemão Raça: Pastor Alemão Nome de origem: Deutscher Schäferhund Origem: Alemanhã Porte: grande Finalidade: cão de guarda Facilidade de adestramento: alta Pelagem: brilhosa, lisa e curta Cores: preto, castanho, marrom, podendo ser de apenas uma cor ou bicolor. Altura: a fêmea fica entre 55 e 60 cm e o macho de 60 até 65 cm. Peso ideal: a fêmea vai de 22 a 32 kg e o macho varia entre 30 até 40 kg. Olhos: tamanho médio e de cor amêndoa. Cachorro para apartamento: não Expectativa de vida: entre 9 e 13 anos. Qualidades principais: atento e forte. Personalidade: independente e autoconfiante. Gosto por brincadeiras: Sim Amigável com outros cachorros: pouco Amigável com outros animais de estimação: pouco Amigável com estranhos: médio

anos de idade. Não é um cachorro medroso, adora receber carinho e elogios da família. É um cão vigilante e alerta e pode ser um pouco reservado com estranhos. Se não deseja tê-lo pra guarda, acostume-o desde cedo à presença de visitas e pessoas que ele não conheça. É muito atento e tem um olfato invejável, por isso é muito usado pela polícia, sendo até chamado de "cão policial". E São Carlos possui um canil especializado na raça pastor Alemão, o Haus Fenix. Instalado em uma área de mais de 10 mil metros quadrados, com baias limpíssimas, arejadas e espaçosas, sala de veterinária e um depósito de ração abastecido de Royal Canin, o canil espalha clientes satisfeitos por todo país. Segundo o administrador Waldomiro Rodrigues Junior, o Miro, os clientes podem escolher se o animal sai adestrado com os comandos basicos ou mais especificos como segurança e guarda de

residencias ou qualquer tipo de estabelecimento. "Damos toda assistência aos proprietários e garantimos nossos animais. Nossos filhotes vão com pedigree rosa (cachorros com o mais alto nível de qualidade)", disse Miro. O canil e a raça se transformaram em uma paixão para Waldomiro, hoje cursando Medicina

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Veterinaria. "O curso parece que me fez ficar mais perto deles", conta. Hoje o canil tem à disposição cinco filhotes para venda, mas vem mais por aí. "Estamos indo ao Rio Grande do Sul para levar uma de nossas matrizes para cruzar com um pastor recém chegado da Alemanha", conta Miro. Um trailer especial está sendo feito para le-

Miro com Ursus

var os cães para viagens mais longas. "Eles terão todo conforto, até mais que nós, que vamos no carro", diz Miro sorrindo. Para quem quiser conhecer um pouco mais da raça, fazer uma visita ao canil, entre em contato com o Waldomiro por e.mail ou telefone, que pode ser encontrado na internet através do site canilhausfenix.com.br.


Cresce o mercado pet de comida natural Dieta balanceada pode aumentar a expectativa de vida, mas preparo exige conhecimento; cursos são boa opção

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alimentação natural e seus benefícios conquistam um n úmero cada v ez maior de adeptos no universo pet. Preocupados com a saúde dos animais, os donos investem na busca por uma comida de melhor qualidade, aquecendo o mercado especializado em cursos e fornecimento de refeições diferenciadas. Mestre em Nutrição Animal, a médica veterinária Lea Chapaval, começou preparar comida natural em casa para garantir melhor qualidade de vida no processo de enve-

lhecimento de seus cães e gatos, mas logo viu a demanda aumentar. "Meus amigos começaram a pedir e eu comecei a fazer. Em 4 ou 5 meses, com a publicidade em cima do tema, não estava dando conta e chamei pessoas para me ajudar. Assim surgiu a MarmitaPet", explica. Atualmente, ela continu a r espon sáv el pela consultoria e balanceamento das dietas e pelas con su ltas, mas co nta com o apoio da chef de cozinha Fer Loayza no preparo dos alimentos e com a ajuda de Andreza

Balduíno. O perfil dos clientes é bastante diversificado. Há os que vão apenas para conhecer, os que querem uma dieta mais saudável para o pet e aqueles que possuem recomendações para dietas especiais, caso de animais com problemas cardíacos, h ep áticos, renais ou com algum tipo de alergia alimentar, por exemplo. Em todos os casos, o recomendado é que a troca alimentar sempre seja supervisionada por um veterinário, mesmo quando não há problema de saúde iden-

tificado. Antes de sair em busca de novidades para os melhores amigos, os donos precisam buscar informação. "É um mercado em ascensão, mas a alimentação deverá ser elaborada por um profissional (veterinário ou zootecnista) com especialização na área, pois a alimentação natural, para substituir a ração - que é um alimento completo sem sombra de dúvidas - deverá também ser muito bem balanceada para que não venha a prejudicar o animal ao inv és d e melho r su a vida", aler ta Lea. De

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acordo com revistas científicas, se corretamente elaborada, a dieta natural pode aumentar a expectativa do pet em 2 ou 3 anos. Cursos - O interesse por aprender mais sobre o preparo de comida natural para cães e gatos também tem aumentado, principalmente entre criadores, tutores e profissionais da área. Segu ndo Lea Chapaval, também atua como instrutora, qualquer pessoa pode fazer o curso, que é prático, individual, dura de 6 a 8 horas e ainda

oferece material didático. "O balanceamento é feito por mim e os ajustes, quando necessários - pois animais crescem, engordam, emagrecem, enjoam - também. Podemos ir até a casa do cliente ministrar o curso ou fazer em nossa cozinha. Como a demanda aumentou, estamos programando o primeiro curso teórico-prático para segunda quinzena de agosto deste ano", explica. In ter essado s p odem buscar outras informações na página "Natural Dog & Cat", no Facebook.


Como controlamos a raiva

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ma d as pr imeiras doenças conhecidas e diagnosticadas pela humanidade, a raiva atinge humanos e outros mamíferos, como lobos, morcegos, cachorros e gatos, desde a Idade Antiga. O vírus da raiva, o lyssavirus, é transmitido quando animais ou humanos sadios entram em contato com a saliva de animais infectados - normalmente por meio de mordidas e lamb id as em f er imen to s

abertos.Também chamada de rábia, a doença que, durante milhares de anos, foi a causa de incontáveis mortes cruéis ao redor do mundo, hoje está controlada em todos os continentes e erradicada em alguns países, como Inglaterra, País de Gales, Irlanda e Japão. Como age o vírus e quais os sintomas O lyssavirus, ao entrar no corpo de um ser humano ou de outro ma-

mífero, ataca os neurotransmissores e se move até o sistema nervoso central do animal. Os primeiros sintomas normalmente aparecem entre a primeira e a segunda semana, mas, em alguns casos, se passam meses sem que nada seja notado. Nos humano s, os principais sintomas são: febre, ansiedade, agitação, espasmos musculares, convulsões e hidrofobia, que causa a salivação em excesso. Nos

an imais de estimação raivosos, como cachorros e gatos, é possível notar mudanças de comportamento, agressividade, retração, perda de apetite e também salivação acima do comum. Quando a raiva manifesta seus sintomas, a morte é certa em quase todos os casos. História Apesar de seu longo período de existência, até o século XIX pouco se soube sobre causas e métodos de prevenção da raiva. Durante toda a Antiguidade e a Idade Média, teorias fantasiosas foram criadas em torno da doença. Acreditouse que lobos e cachorros infectados pela raiva estariam possuídos por entidades demoníacas ou amaldiçoados por deuses e astros. Na Europa da Baixa Idade Média, o cenário provocado pela raiva era tão grave que eram oferecidas recompensas para quem matasse os cães e lobos raivosos que invadiam as cidades. Os recursos utilizados para frear a rábia eram precários e, geralmente, a pessoa mordida por um animal infectado cauterizava o local do ferimento com ferro em brasa. Reais avanços no combate à raiva foram alcan çad o s ap en as

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quando o químico Louis Pasteur iniciou seus estudos sobre o assunto, em 1880. Cinco anos depois, Pasteur criou e testou com sucesso a vacina antirrábica que, na época, era aplicada em 21 d o ses, co m amo strad as cad a vez mais enfraquecidas do vírus. Em algumas décadas, a vacina se espalhou pelo mundo e se tornou mais eficiente tanto no méto do de ap licação quanto nos resultados. Atualmente, com a evolução e a disseminação da antirrábica, a raiva se tornou um doença controlada em quase todos os países do globo. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a raiva é a causa de cerca de 55 mil mortes por ano no mundo, com a esmagadora maioria dos casos concentrados no sudeste da Ásia e na África. No Brasil, os casos em humanos são raros e, quando ocorrem, normalmente são causados pelo contato com animais silvestres. É importante lembrar que, apesar da drástica redução da incidência da doença, a raiva ainda é uma doença mortal em praticamente todos os casos, tanto para humanos qu anto para

gatos, cachorros ou qualquer outro mamífero. Portanto, caso a vacinação não seja realizada preventivamente e também após o contato com um animal infectado, os danos podem ser fatais. Então, fica a lembrança: você e seu bicho amigo devem tomar todas as doses da antirrábica. Curiosidades Em 1998, o médico espanhol Juan Gómez Alonso teorizou sobre a relação entre raiva, vampiros e lobisomens. Em seu livro, Raiva: uma possível explicação para a lenda dos vampiros, Juan Gómez explica que as características de vampiros e lobisomens teriam sido inspiradas nos sintomas da raiva em animais e seres humanos, como agressividade, aumento da libido e salivação intensa. Outra grande semelhança é o modo de contágio: tanto a raiva quanto o vampirismo são transmitidos através de mordidas.


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Manipulação de Fórmulas Veterinárias

O

amor que desenvolvemos com nossos Pets evoluiu profundamente ao passar dos anos. O resultado disso é que a expectativa de vida de cães e gatos DOBROU nos últimos 30 anos. Muitas famílias assumem orgulhosamente seus animais como filhos, e investem mais no tempo que dedicam a eles, cuidados com alimentação, gastos com médicos veterinários, ba-

nhos, tosas, brinquedos, assessó rio s, med icamentos e fórmulas cosméticas. Justamente esse último ponto que evoluiu muito nesses últimos 10 anos. Surgiram as Farmácias de Manipulação Veterinária, segregadas de farmácias ‘‘humanas’’, mais especializadas, com profissionais com conhecimentos mais integrados, exclusivas em atendimento e tipo de formulação. O que melhorou então para os donos dos pets: Tipos de Fórmulas Hoje você consegue manipular uma fórmula em cápsulas (existe até uma cápsula de menor tamanho e específica para pets) com sabor de carne, frango, legumes, em xaropes de vários sabores salgados e doces (acredite, o mais pedido é de panetone), pasta oral flav orizad a, bisco ito,

além disso, tem os cremes, shampoos, condicionadores, lenções umedecidos para banho seco, Rímel clareador das manchas vermelhas causadas pela acidez das lagrimas e saliva e por aí vai. Economia Os preços das fórmulas ficam de verdade muito mais baixos. A economia é de 50% na maioria das vezes, sem perder a qualidade. As matérias-primas das indústr ias e das farmácias (sim, são os mesmos fornecedores que vendem o mesmo ativ o par a os dois) são em 90% das vezes importadas. Foi feito há pouco, análises de controle de qualidade de preparações veterinárias por farmácias exclusivas de diversos ativos em diversos estados brasileiros, e todos cumprindo com suas especificações. Existem fórmulas que até então só podiam

Biscoito veterinário em diversos sabores podem ser encontrados ser importadas, e agora são disponibilizadas por algumas farmácias veterinárias; É para o seu animal A qu an tidade, a dose de cada ativo, a forma farmacêutica, o sabor. Absolutamente tudo é feito só para o seu animal;

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Além disso, é possível associar diversas substâncias em uma mesma fó rmula, sem que você tenha que dar cinco comprimidos ao dia. Você também não precisa mais cortar um comprimido em quatro (estudos apontam que dificilmente o animal acaba recebendo a dose pre-

ten d ida qu an do isso acontece). Como exemplo em nossa cidade, foi com essa proposta que nasceu já há oito anos (completa esse mês) a Farmácia Calêndula Vet, que foi a 1ª Farmácia Veterinária do interior, a 3ª do estado de São Paulo e a 5ª do Brasil todo.


“Jimi, o Gato do Telhado” busca apoio para sua publicação Você pode colaborar para publicação do livro infantil, baseado em fatos reais e ilustrado em aquarela "Jimi - O Gato do Telhado" é o primeiro projeto autoral da ilustradora Renata Soares, da cidade de São Carlos - SP e une com beleza e talento duas de suas paixões: ilustrações lúdicas em aquarela e o carinho pelos animais, em especial, aqueles que não possuem um lar quentinho e amado para chamar de seu. Baseado na história do gato da autora, Jimi, o livro conta como o animalzinho apareceu de forma inu sitada em su a casa, foi adotado e teve um final feliz. A ideia é incentivar por meio do livro, a formação de pessoas empáticas pela cau-

sa dos animais abandonados e, fazer com que famílias abram as portas e o coração para a entrada dos animais de estimação. Para tanto, o livro trabalha de maneira divertida, leve e colorida, a história lúdica do gatinho Jimi. Indicado para crianças "Jimi - o Gato do Telhado" possui frases simples para aqueles pequenos que estão iniciando a leitura e é ilustrado com lindos desenhos que estimulam a imaginação e a criatividade. A intenção é que com a realização do primeiro exemplar do livro Jimi - O gato do telhado, a história tenha continui-

dade em outros títulos com a finalidade de aprofundar os temas: Adoção responsável, adaptação do animalzinho em seu novo lar, como cuidar bem do seu novo amigo e o afeto entre seres humanos e animais. A história - A aventura do gatinho Jimi começa com um pouco de desespero, pois ao cair do telhado e ficar preso no en canamen to de u ma casa, ele precisa manter a calma, respirar fundo e ouvir seu coração para encontrar a saída. Na história ele encontra uma saída e com ela um novo lar, cheio de amor e carinho. Se você achou legal essa ideia, e quer ajudar para que o projeto se concretize e alcance muitas crianças pelo mundo, basta acessar o Catarse e apoiar com doações que podem valer uma recompensa a ser escolhida. O prazo para chegar a meta de arrecadação de prévenda na plataforma Catarse é de 60 dias . Caso a meta seja alcançada você recebe sua recompensa em casa, mas se não for alcançada, todo dinheiro arrecadado será devolvido.

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Livro

Pug

Que o pug é uma das raças mais adoradas da atualidade não resta dúvidas. Suas feições particulares, a expressão triste e o comportamento dócil derretem corações, mas, além dessa fofura toda, existe uma história bem curiosa e uma das raças mais presentes nos livros de História. Os primeiros relatos sobre pugs remetem à China por volta de 1700 a.C., mas acredita-se que a raça chegou ao mundo ocidental apenas por volta do século XVI, trazidos da China para a Holanda pela Companhia das Índias, empresa que administrava negócios holandeses pela Ásia. Nos dois séculos seguintes o pug passou a se popularizar na França e, principalmente, na Inglaterra. Seu porte pequeno, seu temperamento dócil e seu comportamento sedentário - o nariz achatado dificulta a respiração e faz com que os pugs gostem pouco de atividades físicas - fizeram com que os pugs se tornassem extremamente populares entre as realezas europeias, virando o mais querido "cão de colo" das aristocracias - não é difícil encontrar pugs retratados em famosos quadros retratando reis e rainhas, príncipes e princesas. A lista de figuras históricas que tiveram seus pugs é grande: Josefina de Beauharnais, esposa de Napoleão Bonaparte, tinha um pug como seu fiel companheiro e, reza a lenda, ele não era muito chegado em Napoleão. Outro episódio conta que foi o latido de um pug (eles também são conhecidos por não latir sem motivo) que salvou o príncipe Guilherme de Orange de ser morto em um ataque surpresa de tropas espanholas!

O gato por dentro, William S. Burroughs Nos anos 50, nos Estados Unidos, surgiu um importante movimento artístico conhecido como geração beat. Eram artistas plásticos, músicos e escritores ligados ao jazz e à busca de fazer arte da maneira mais livre possível. Entre os nomes mais conhecidos ligados a esse movimento estão Jack Kerouac, Allen Ginsberg e o autor de" Gato por dentro", William S. Burroughs. Figura polêmica e excêntrica, Burroughs era um completo apaixonado por felinos e "O gato por dentro" é a obra na qual o autor se dedica a falar dessa sua grande paixão. No livro, que tem um pouco mais de 100 páginas, Burroughs conta histórias sobre os gatos que passaram por sua vida, como eles foram importantes em momentos difíceis e reflete sobre o espírito e a personalidade dos gatos. Mais que um livro, "O gato por dentro" é um texto de agradecimento e uma carta de amor de um grande escritor aos gatos da sua vida. Título O gato por dentro Editora L&PM Preço R$ 13,90

Filme Cão branco Quando a atriz Julie Sawyer (Christy McNichol) atropela acidentalmente um pastor alemão ela decide socorrer e adotar o animal, mas logo percebe que se trata de um "cão branco", ou seja, um cachorro treinado por um dono racista para atacar pessoas negras, a exemplo do que acontecia na África do Sul durante o apartheid. Ao invés de desistir do cão recém resgatado, Julie decide lutar por ele, levando-o a Keys (Paul Winfield), um adestrador negro que aceita a missão de reeducar o pastor alemão e provar que é possível ensinar novas lições a um cachorro velho. Dirigido pelo consagrado diretor americano Samuel Fuller, Cão Branco é um drama poderoso e um filme que se lança ao desafio de discutir a importante e delicada questão do racismo através da história de um cachorro, sua nova dona e um adestrador idealista.

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'Gatos são esnobes!'

Existe uma eterna batalha no mundo dos pets, uma discussão sem fim entre uma maioria apaixonada por cães e uma minoria que prefere os gatos. Nessa guerra não basta defender as qualidades do seu animal de estimação favorito, também é preciso dar aquela cutucada e falar mal do amigo alheio. No auge da controvérsia os argumentos para atacar os felinos costumam ser, convenhamos, sempre os mesmos: 'gatos são esnobes e interesseiros!', 'eles não ligam para os donos!', 'eles gostam da casa e não de você!', para citar alguns dos lugares-comuns que amantes dos felinos estão acostumados a ouvir. Para tirar essa questão a limpo conversamos com Antônio Paiva, 45 anos e veterinário experiente, que nos explicou que boa parte desses estereótipos só fazem sentido quando se equipara gatos e cachorros. "Se for comparar são animais bem diferentes. O gato é mais individualista e independente, vive melhor sozinho em relação ao cão", explica o veterinário. Porém, Paiva deixa claro, também, que os felinos podem ser ótimos companheiros e extremamente sociáveis, "Ele [o gato] reconhece o dono e pede carinho. Nao é, por si só, um animal independente. A pessoa chama e o gato vem, muitas vezes mais fácil que um cachorro". Então, canino ou felino, não tem por que comparar, ambos são ótimos companheiros, mas cada um ao seu modo. Veredito: MITO


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Théo e Lily tomando um sol neste friozinho

Milly

Céu

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Elizangela e Varros


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Belinha adorou a matéria do Benvindo

Kity

Zarah

Cristal

Jamal Malik Barion

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OPINIÃO

Adotei um pet filhote e agora o que fazer? Aline Becaro * Quando tomamos a decisão de ter um animal de estimação, seja ele cão ou gato, é importante que essa decisão seja tomada pela família toda. E que as pessoas tenham o con hecimento de que suas vidas mudarão daquele momento para frente. A vinda de um pet para casa traz muitas alegrias, mas também muito trabalho. Mudanças na vida e na casa serão necessári-

as para r eceb er este novo membro, por isso, TO DO S devem estar preparados. Eles vivem em média 10-15 anos e durante todo esse tempo o compromisso de cuidados e zelo será dos donos. P r i n c i p a l me n t e qu ando ado tad os ( ou comprados) pequenos, são muitas as reclamações: o filhote não para de chorar; ou ele faz muito xixi e cocô por todos

os lados; ele não que comer, etc. No início é isso mesmo, é praticamente "uma criança" que precisa de cuidados, atenção, orientação e paciência para apreender a rotina da família, as regras e convivência adequada. Nos primeiros dias eles tendem a chor ar muito mesmo, pois ficam desesperados quando estão sozinhos. As primeiras noites longe das mães

e irmãos podem ser difíceis. Eles precisam ser acostumados aos poucos a dormir sozinhos. Muitas vezes é melhor trazer para dormir perto de você e ir acostumando-os aos poucos a ficar sozinho. Para que ele seja educado toda obediência pode ser recompensada com carinho, petiscos e brinquedos. Lembrando que filhotes são fofos, lindos, porém eles crescem. Então escolha o animal adequado para sua família. Se morar em apartamento pense com carinho no espaço e tempo que tem para oferecer. E lembrem-se filhotes ADORAM MORDER as coisas, é a maneira de conhecer o mundo em sua volta. Então tudo que estiver ao alcance deles nessa jornada de aprendizado pode ser sim explorado (Diga-se de passagem: DESTRUÍDO): roupas, chinelos, óculos, papéis, sofás, cadeiras etc. Educar exige paciência e não AGRESSÃO. Outra parte muito importante são os cuidados veterinários. Esteja preparado para isso. Escolha um veterinário, se não tiver um, peça indicações. Solicite uma consulta se possível domicili-

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ar para evitar que o animal tenha contato com locais contaminados com doenças e outros animais doentes. Caso não seja possível, não o coloque no chão nos consultórios. Converse sobre os primeiros cuidados: Vermifugação, vacinação, banhos, alimentação e tudo mais necessário. E caso não seja castrado, pergunte sobre os benefícios e já se programe para castrá-lo assim que possível. A Vermifugação é o primeiro passo: o medicamento deve ser adequado para a idade e peso do animal. E deve ser feita sempre antes da vacinação. Animais doentes não PODEM e não DEVEM ser vacinados. Filhotes de cães por exemplo, para sua TOTAL proteção precisam seguir um esquema vacinal rigoroso, são 3 doses de vacinas (V10 ou V8 que previnem as principais doenças como a Parvovirose e a Cinomose) e por último a RAIVA. E todos os anos uma nova dose da V10 e raiva, devem ser dadas como reforço. Passeios são importantes e necessários, mas somente devem ser feitos depois de todas as doses de vacinas. E também sempre de coleira e guia

para que o cão (ou gato), não se perca, fuja ou se envolva em brigas ou mesmo possa ser atropelado. Usar plaquinha de identificação com o nome do cão e telefone dos donos é essencial nos dias de hoje. Isso facilita caso haja uma fuga, e que ele possa ser identificado e devolvido aos donos com segurança. A tendência é que com o aumento da idade, os animais fiquem mais calmos, maduros e educados. As alegrias serão as mesmas, a presença de um animal traz momentos inesquecíveis. É um amigo para a vida toda, por isso, respeite o tempo de aprendizado e a personalidade do seu animal. Saiba educá-lo com carinho e respeito. E nunca se esqueça de que um animal traz sim gastos e é sua responsabilidade cuidar. Se não estiver preparado para estas mudanças em sua vida não adote um animal para depois ter de deixá-lo ou abandoná-lo. Isso é crime!

* Aline Beca ro , 34, fa rmacêutica , faz parte da diretoria da ONG Cachorro Ajuda de São Carlos


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