Jornal Bicho Amigo, edição 06, dezembro 2016

São Carlos, Dezembro de 2016 l

Ano 1 l Edição 06 l Distribuição gratuita l 8.000 exemplares

Isaque e Sofia são as paixões de estudante de biologia Vitor Almeida - JBA

Nesta edição mostramos o André Luiz, apaixonado por aves de rapina. Tem também a Toninha Adão, e sua história de amor pelos animais. Se você gosta de cachorro, de gato, de coelho, de peixe, tem matérias interessantes. Mas tem notícia triste, como a morte do “Benvindo das Pombas”, personagem da história de São Carlos. E uma novidade: você pode denunciar maus tratos aos animais pela internet e anonimamente, e ainda acompanha o andamento da denúncia.

Esta é a última edição do ano, e que este seja o primeiro ano de muitos. Escreva pra nós, sugerindo, criticando, ... Tenha uma boa leitura.

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ESPAÇO DO LEITOR Dica de matéria Olá, tudo bem com vocês? Virei fã deste jornal porque ele traz matérias interessantes, bem escritas e também porque abre espaço para que a gente coloque fotos dos nossos bichinhos. Queria pedir que vocês fizesses uma matéria com a Toninha, que é uma mulher batalhadora na cidade em cuidar de animais abandonados. Inclusive o meu “Ximu” foi adotado dela. Muito obrigada.

Helenice D. Oliveira Nota da redação: Curiosamente no dia que seu e.mail chegou a gente estava entrevistando a Toninha, cuja matéria publicamos nesta edição. Muito obrigado pela participação.

Sugestão

JORNAL BICHO AMIGO nº 06, de dezembro de 2016, é uma publicação mensal da Editora Bicho Amigo Tiragem de 8 mil exemplares Distribuição gratuita Periodicidade mensal Circulação em São Carlos Próxima edição: 29/01/2017 Editor: André Moussa Mtb 34286 - cel. 99164.4623 redacao@jornaldobichoamigo.com.br Comercial: Rodrigo Almeida cel.99340.8008 comercial@jornaldobichoamigo.com.br Freelancer: Vitor Almeida e Michael Dias Barbosa Colaboradores: Aline Becaro Artigos assinados são responsabilidade de seus autores, não representando necessariamente a opinião do jornal.

Boa noite. Através desta parabenizo a toda equipe do jornal Bicho Amigo pelo excelente trabalho que vem desenvolvendo em São Carlos na defesa dos animais. Gostaria de sugerir que vocês fizessem uma assinatura do jornal para que a gente recebesse todas as edições em casa, mesmo se isso tivesse um custo adicional, que eu não me importaria em pagar.

Continuem este belo trabalho que vocês desenvolvem .

Ricardo Barbosa Nota da redação: A gente pensa sim, em fazer assinaturas, mas por enquanto não.

Quem sabe num futuro próximo. Muito obrigado pela participação.

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Não gostei Não gostei das fotos de dois pitbull que vi em edição passada deste jornal. Tudo bem que pela matéria os animais parecem ser muito bem tratados e etc, mas as fotos achei meio chocantes.

Lu ma Nota da redação: Podemos garantir que o que vimos foi que os animais são muito bem tratados, não sofrem nenhum tipo de tortura, são extremamente dóceis , enfim, muito bem cuidados. É que eles são fortes mesmo, por natureza, mas ali não há nenhum mal trato, viu, Luma?

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Já pensou em ter duas aves de rapina em sua própria casa?

Um estudante de São Carlos realizou esse sonho Um jovem são-carlense aficionado por animais silvestres e histórias fantasiosas de aventuras realizou o sonho de muitos fãs de Harry Potter - série de livros escritos pela autora britânica J.K. Rowling e adaptados ao cinema. André Luiz de Santi, 20 anos, estudante de biologia na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), comprou uma coruja há pouco mais de ano. O interesse de André po r co rujas, no entant o, surgiu antes mesmo do lançamento dos romances protagoni zados pelo menino bruxo: "eu gosto muito de Harry Potter e de outras histórias mágicas e, por isso, quis ter uma coruja. Mas eu também sempre tive afeto por corujas porque elas simbolizam a inteligência e a sabedoria. É um animal que me cativa". Sofia, como é chamada a ave do estudante, é uma coruja suindara (Tyto furcata), po pularmente conhecida como coruja-das-torres e coruja-daigreja. Essa espécie é uma das mais comuns no território brasileiro e pode ser encontrada em t odos os continentes do mundo, exceto na Antártida. A suindara mede em torno de 36

centímetros, com envergadura entre 75 e 110 centímetros e peso máximo de 700 gramas.

No último mês de novembro, André de Santi adquiriu também um falcão de coleira (Falco femoralis), que se chama Isaque e ainda está nos primeiros meses de vida. O fal cão de coleira é uma espécie distribuída por grande parte do continente americano e tem uns dos voos mais velozes do mundo. André esclareceu que os dois animais não podem ficar soltos no mesmo ambiente, para evitar o combate entre os dois e até a mort e de al gum deles.

Ambos os animais se alimentam basicamente de roedores mortos e fazem três refeições diárias. Alguns exercí ci os de falcoari a, para t reinamento de voo também são praticados diariamente, assim como caminhadas pela rua - sempre preso s a uma corda qu e o dono segura para evitar fugas. Os hábitos do falcão são diurnos e os da coruja noturnos, portanto, todas as atividades desempenhadas com os animais são em horários opostos.

Segundo André de Santi,

De Santi com o falcão Isaque e a coruja Sofia são necessários tempo disponível e recursos financeiros consideráveis para cuidar de aves de rapina como Sofia e Isaque.

Como a coruja-dastorres e o falcão de coleira são aves que integram a fauna silvestre do Brasil, a comercialização desses animais só é legal se realizada por criadouros reconhecidos e autorizados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente. Aves regu lamentadas sempre são vendidas com

anilhas acopladas a um dos pés e acompanhadas de nota fiscal. André de Santi, que comprou sua coruja e seu falcão em criadouros legalizados em Uberlândia (MG) e Patrocínio (MG), conta que o compo rtamento de Sofia o encantou: "eu me surpreendi com a maneira com que a coruja se apegou a mim. O criador me disse que a coruja normalmente não desenvolve afeto por uma pessoa específica. A minha coruja ficou doente, pegou pneumonia e eu cuidei muito dela. Acho que por isso a Sofia ficou tão apegada a mim". Antes mesmo da oficialização da

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compra, o criador autorizado explica ao futuro dono todas as circunstâncias e condições necessários para o cuidado dos bichinhos, para garantir que o comprador esteja ciente de toda a sua responsabilidade.

O estudante de biologia revela que, graças ao seu aprendi zado no curso de graduação, ele desco briu um equívoco cometido pelo criador no momento da venda de Sophia. A coruja lhe foi entregue como macho: "através dos estudos da biologia, eu desconfiei pelo tamanho, peso e coloração que era uma coruja fêmea.

Eu levei a uma veterinária, fiz o exame de sexagem e descobri que realmente era uma fêmea". André de Santi, que também é apaixonado por outras aves como a harpia e a águia real, justifica esse fascíni o: "eu até gosto de animais domésticos como gatos e cachorros, mas os animais silvestres apontam algo diferente para mim, é especial. Eu gosto muito de natureza, mato, florestas. Como eu estudo biologia, eu já conheço um po uco sobre o comport amento dos animais Eu optei por esse curso para ter esse contato direto com esses bichos".

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Verdade ou mito: leite para gatos Você conhece essa: a única coisa que Tom gosta (quase) tanto quanto perseguir Jerry é de uma boa tigela de leite. Está nos desenhos animados, no cinema, na cultura popular e em vídeos fofinhos que de vez em quando aparecem nas suas redes sociais. Poucos animais são tão associados ao leite quanto os gatos. Porém, para vari ar, esse é mais um caso em que nem tudo é como parece.

Vamos então do geral para o específico: o homem é o úni co mamífero que continua a tomar leite após a infância. Todos os demais passam pelo processo de desmame após a primeira infância e não voltam ao leite como alimento e isso tem um motivo muito simples, quando adultos nós, mamíferos, desenvolvemos intolerância a lactose, inclusive humano s. No Brasi l, por

exemplo , estima-se que 40% dos adultos possuem algum nível de incapacidade de produzir a lactase - a enzima que transforme lactose em glicose e galactose. Na prática, o leite e seus derivados estão tão presentes na nossa alimentação que apenas lidamos com o efeito dessa intolerância, às vezes sequer sabendo que diversos problemas gastrointestinais decorrem dessa condição, que vai se tornando cada vez mai s grave conforme envelhecemos.

Entre japoneses e indígenas americanos, por exemplo, a intolerância atinge praticamente a totalidade da população.

Aí está um ponto comum entre médicos, biólogo s e demais estu diosos afins: tomar leite, após adulto, não é algo que possamos chamar de natural e o mesmo vale para os felinos - a

maioria absoluta dos gatos possuem quantidade da lactase inferiores às necessárias para a digestão do leite.

A consequência de dar leite ao seu gatinho passa por fortes de diarréias, flatulência excessiva e outros problemas intestinais.

Essas i nformaçõ es podem te surpreender caso você dê o leite de vaca ao seu amigo felino e não observe nenhuma reação. A explicação é simples, o seu gato faz parte de uma minoria de felino s que não possuem a intolerância. Todavia, vale adicionar que, mesmo nesse caso, você não tem muitos bons motivos para continuar dando leite ao seu gato, já que o alimento não traz benefícios à dieta do animal.

Agora, se você passar pela situação de cuidar de um jovem filhote que por qualquer motivo não tem o

leite materno a disposição vale lembrar que o mercado de produtos veterinários já possui, atualmente, leites industrializados que imitam os nutrientes presentes no leite da mamãe gata, se aproximando muito mais das ne-

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cessidades do seu gatinho que o leite de outros tipos seja de vaca, cabra ou soja.

Por fim, não custa falar: uma boa ração já possui os nutrientes necessários para o seu bichano e, caso você deseje adot ar

uma dieta natural, é sempre necessário conversar com o seu médico veterinário de confiança, assi m co mo qualquer grande decisão na dieta de pets. Nada de confiar em desenho animado, hein!

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"Ainda existe grande interesse em cães de raça pura" O Bicho Amigo conversou com Guido Pavoi, diretor de um dos mais importantes "kennel clubes" do interior paulista Da primeira exposição de raças de cachorros, em 1859, na Inglaterra, até hoje, os "kennel clubs" - algo como "clubes de canil", em uma tradução ao pé da letra - se tornaram o lugar cativo para apaixo nados por cães e cinologia (o estudo de raças) se encontrarem, conquistarem certificados nacionais e internacionais para seus animais e trocarem as mais diversas experiências. Hoje, a busca pela manutenção de exemplares 'puros' de raças encontra seus apaixonados e seus de-

tratores. A reportagem do Bicho Amigo conversou com Guido Pavoi, diretor do Bauru Kennel Clube, um dos mais ativos e respeitados clubes de raça do interior paulista.

Bicho Amigo: Como é, hoje, a atividade de um Kennel Clube? Existe grande interesse e procura? Qual o funcionamento básico da estrutura administrativa e de programação do BKC? Guido Pavoi: Chamado pelos mais velhos como cartório de registros de cães

de raças puras, além de incentivar a criação pelo padrão que é determinado pelo país de origem da raça.

Além de organizar exposições de estrutura e beleza na cidade, para poder divulgar mais ainda os cães de raça pura.

Ho je, ainda, existe grande interesse em cães de raça pura e, com isso, o interesse na documentação que comprove a origem dos cães ainda é grande.

BA: Atualmente a cultura cinóloga tem muitos opositores, especialmente entre ONG's e movimentos

sociais, com muitas das raças - os pugs, por exemplo - sendo vistas como maldade e perpetuação de características negativas. Também cresce cada vez mais iniciativas que procuram incentivar a adoção e a desvalorização do estudo e valorização das raças. Como o senhor vê esse panorama?

O espaço dos kennel clubs sente essa tendência?

GP: É difícil conciliar todos os criadores. Quem determina o padrão da raça é o país de origem da mesma. No caso do Brasil temos o Fila Brasileiro e o Terrier Brasileiro (Fox Pau-

listinha), além de algumas tentativas de misturas de raças (...). Eu criei Rottweiler, uma raça originária da Alemanha, no caso lá não se corta mais o rabo dos cães, o que eu particularmente acho correto. Pessoalmente concordo com algumas e discordo de outras.

Sobre muitos pontos fica no final a opção do criador, não a determinação do clube (...)

Eu gost o mu ito de Buldogue, mas nunca cruzaria, pois é necessário cesariana e depois colocar os filhotes na fêmea para mamar e normalmente tem que fazer inseminação com o macho, pois, ele dificilmente monta a cadela.

BA: Como o Sr. vê, de maneira geral, o atual momento das exposições, kennel clubs e da cinologia hoje no Brasil.

GP: Nas exposições são fornecidas titu lações para o s cães, tais como, campeão brasileiro, campeão panamericano, campeão internacional etc. Na mi nha vida de exposit or nunca apresentei meu cão da raça Rottweiler em exposições internacionais, mas

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o mesmo chegou a obter o título de campeão brasileiro, grande campeão brasileiro e ganhou três BIS (Best in Show, que é o melhor cão da exposição entre todas as raças), sendo uma vez no estado Paraná e duas no estado de São Paulo. No caso do meu cão, para que ele pudesse se tornar um grande vencedor nacional, faltou um BIS em um terceiro estado, sendo muito difícil e dispendioso para conseguir tal façanha, pois, às vezes, é necessário viajar mais de mil quilômetros para outro estado para conseguir essa colocação e nem sempre se consegue, tendo que ir outra vezes.

As exposições em si, tiveram, nos últimos anos, uma diminuição dos cães inscritos e isso, creio eu, seja devido a crise no nosso país.Já o registro de cães de raça teve um pequeno crescimento , o que demonstra o interesse maior das pessoas na certificação da pureza de seu cão.

O Bauru Kennel Clube funciona de segunda à sexta-feira das 0 8h00 às 11 h00 e das 15 h00 às 18h00. Telefone de contato é o (1 4) 3 222 -743 7. bkcalternativo@hotmail.com

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Saiba como cuidar de seus peixes e conheça as novidades no ramo do aquarismo O jornal Bicho Amigo dedica essa matéria aos nossos leitores que criam e amam os peixes. Sabemos que algumas dúvidas são recorrent es e vamos aj udá-l os a entender um pouco mais sobre o funcionamento dos aquários e sobre os cuidados que devemos ter com os peixes.

O exercício de criá-los em aquários, lagos artificiais e tanques, com fi nalidades ornamentais e até mesmo de estudo, é denominado aquarismo. Essa prática é uma antiga tradição chinesa, que também se desenvolveu na Europa e foi realmente difundida no Brasil a partir do início do século passado. Nas últimas décadas, surgiram novas alternativas no ramo, principalmente no que tange às melhorias na qualidade de vida dos peixes criados em aqu ários. Para conhecermos mel hor a área, conversamos com Percival de Mel l o, aqu ari st a há 3 0 anos e proprietário da loja AquaTerra, na ci dade de São Carlos.

Qu ando se deci de comprar um aquário é fundamental analisar o espaço

no qual o recipiente será inserido e considerar o tempo que será invest ido no cu idado com o s pei xes.

"Se o aquarista quiser um aquário de fácil manutenção e pouco trabalho, ele pode fazer a opção por um aquário individual, de água doce, com peixes tipo betta. Um aqu ári o de porte pequeno, que não necessita de filtragem e oxigenação", explica Percival de Mello. Os aquários de água doce, por sinal, são os mais indicados para os iniciantes, aqueles que ainda não estão habituados com a criação de peixes: "esses aquários são os mais procurados por serem mais simples e terem cust os mais baixos. Normal mente, quem se inicia no aquarismo começa com aquários de água doce, para adquirir conhecimentos básicos", acrescenta Percival. Além dos bett as, o s ki nguio s - ou peixes-japo neses, co mo também são conhecidos são frequentemente escolhidos para esse modelo de aquário, mas essa espécie exige mais espaço e sistema de filtragem. Por outro lado, os aquários de água salgada requerem maiores

esforços, recursos fi nanceiros e entendimento do assunt o. Algu ns parâmetros, co mo sal inidade e quantidade de cálcio e magnésio, devem ser respeitados e testes devem ser realizados com frequ ência.

Trocas parci ai s de águ a também precisam ser praticadas regularmente. A tradicional donzela, o yellow tang e o pércula - popularizado em t odo o mundo após o filme Procurando Nemo - são os peixes mais requisitados para aquários marinhos.

Perguntado sobre os erros cometidos pelos criadores de peixes, Percival de Mello elencou a falta do uso de anticloro e o convívio entre peixes incompatíveis como os equívocos mai s corriqu ei ros.

Como a água tratada comprada pel os aqu arist as é clo rada, a ut il ização do anticloro é essencial e sempre se deve o bservar o perfil dos peixes antes de colocá-los em um mesmo aquário. "As pessoas que não co nhecem sobre a compatibilidade dos peixes podem acabar co locando peixes com ph e compor-

tamentos di ferentes ju ntos. Isso é comum e gera problemas de mortalidade.

Cada peixe exige u m ph específico. Um cicl ídeo, por exemplo, exige a água alcalina e existem peixes de água ácida e neutra também", destaca Percival.

Atu al ment e, co m a evolução do aquarismo e das técnicas relacionadas à área, é possível colocar em prática algumas possi-

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bilidades inimagináveis há algumas décadas. Os aquári os de água doce co m plantas naturais são t endência e demandam u m zelo especial com a iluminação e com a aplicação correta do subst rato fértil, para garantir a saúde das pl ant as e afastar o s problemas co m algas. O que existe de mais moderno no mercado aquarista é o aquário pl ug and pl ay, que pode ser colocado em

diversos ambientes: "é vendido completamente montado. Basicamente tudo o que é necessário já está inclu í do . Você enche de água, liga na tomada e já está funcionando, com iluminação, sistema de filtragem integrado etc.", afirma Percival de Mello, que completa: "a facilidade de manutenção é imensa. Podemos dar uma qualidade de vida muit o maior aos peixes".

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Você sabe o que é 'imprinting'?

Ou: porque seu cãozinho deve ir para sua casa desmamado e gansos acham que a primeira coisa que eles veem na vida é mamãe A era da inte rnet trouxe consigo a cultura do meme e da viralização, e entre os campeões de audiência estão sempre eles, os filho te s. É uma verdade quase universal: todo mundo gosta de filhotes. F ilhotes sã o ótimo s e inc rive lmente fofos. Todos eles.

Cá para o mundo do s pets isso tem uma c onse quência natural; na hora de adquirir um novo bic hinho nada mais comum do que querer tê-lo o ma is jo ve m possíve l, para poder curtir intensa me nte os prime iros meses de vida e crescimento. Certo?

Konrad Lorenz e a etologia Entre os anos 1960 e 1970 um zoólogo austríaco foi um dos fundadores da disciplina voltada ao estu do do compo rt amento animal, a etologia. Lorenz, que em 1973 foi agraciado com o Nobel de Fisiologia ou Medicina, realizou um experimento em que ele "se

apre se nt ou " co mo mãe de uma ninhada de filhotes de gansos. Em ou tras palavras, o primeiro ser que os animais tiveram co ntato após o nasci ment o foi Lo renz.

Ao crescerem esses gansos continuaram a ter no cientista austríaco seu referenci al materno, segu indo -o mesmo após atingirem idade adulta. De fato, aqueles gansos não se viam como semelhantes a outros gansos, mas sim a Lorenz.

Esses e outros estudos levaram à teoria do imprint ing, que poderia ser traduzido em portu gu ês para algo como "estampagem", um carimbo que é recebido pela ave logo ao nascer. A continuação desses estudos etológicos revelaram que é nas aves que esse processo se revela de maneira mai s int ensa e marcada - outras experiên-

cias revelaram que esses animais podem, inclusive, ter como referencial materno o bj eto s inani mado s, como um balão -, enquanto mamíferos, por sua vez, passam por um processo mais difuso e espalhado ao longo dos primeiros meses de vida - não basta, claro, que o primeiro contato de um cachorro seja com um elefante para que ele acredite ser um elefante. Os estudos revelaram, ainda, que esse processo se dá de maneira muito mais rústica,

por exemplo, entre répteis, peixes e anfíbios, indo de encontro com a ideia de que o "imprinting" se dá em um estágio avançado da evolução animal. Isso também ajuda-nos a entender por que são mamíferos e aves os pets mais populares.

A etologia moderna indica que o que somos é a soma do que está marcado do nosso código genético - uma ave sempre irá, naturalmente aprender a voar, enqu ant o seres humanos possuem uma tendência in-

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trínseca a desenvolver linguagens - com os comportamentos adquiridos ao longo da nossa existência. Entre esses comportamentos adquiridos o imprinting se diferencia dos demais pela sua força e por não cobrar nada em troca, como estímu lo s po sit ivos. Sabe aquela história sobre cães que mesmo maltratados por seus donos continuam fiéis a eles? Pois é, um cão pode "transferir" seu imprint para aquele que ele vê como dono e protetor e é

muito difícil de desfazê-lo.

Então, antes de querer receber o seu filhote o mais jovem possível pense qu e passar o s primei ro s meses de vida junto à mãe e irmãos é uma etapa importantíssima para que seu futuro amigo se entenda e se reconheça, afinal, como um cão. Agressividade exacerbada com outros cães e co mpo rtamentos sexuais fora da curva com humanos são, em muitos casos, fruto de um imprinting mal realizado.

O que você precisa saber antes de ter um

COELHO Em 2015 o portal G1 conversou com criadores de coelhos para a venda doméstica e descobri u que, em média, as vendas duplicam no mês que antecede as festividades da páscoa.

A história mais comum é so bre pais at endendo as vontades dos filhos. Infelizmente, como é comum quando a conversa é sobre animais exóticos, o nível de abandono é alto ainda nos pri meiros meses apó s a compra do novo animalzinho. Soma-se a isso o fato

que o coelho se encontra na lista de animais exóticos de venda livre do Ibama. Em outras palavras, isso significa qu e ter um coelho como pet é tão burocrático quanto ter um gato ou um cachorro: basta comprar.

Para al ém daqueles que acabam não adaptando aos peludos existe um grande número de donos apaixonados que trocam experiências e fotos em locais como o grupo "Coelhovers Brasil" no Facebook, que conta com aproximadamen-

te 4 mil entusiastas de ter o icô nico mamífero co mo pet. Foi atrás desse grupo que conhecemos Raqu el Simionato, 21, estudante de veterinária da Universidade de São Paulo. Raquel acabou dona de Maracujá, um coelhão de dois anos e meio e quase sete quilos após estagiar no ramo da cunicultura (a produção de coelhos para abate), onde atuava na garantia do bem-estar do animal e na redução do estresse e da dor, quem conta é a própria Raquel, "En-

quanto a maior parte dos coelhos era branco de olhos vermelhos, um dos filhotes nasceu pretinho dos olhos azuis-acinzentados e se apegou demais a mim, sempre vinha no meu colo. Três meses se passaram e chegou a hora de ele ser abatido. Tentei adotá-lo, comprá-lo (..) Até que fui falar com o Prefeito do campus da universidade e pedi a ele que me ajudasse, permitindo a venda daquele coelho pra mim - e ele permitiu!"

Já Eloisa Previatto,

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30, terapeuta ocupacional, realizou o sonho de infância de ter um coelho quando adotou, há cinco anos, o Chantill y. Ent re os recei os de quem considera ter o ani mal está a fama de serem arteiros e territorialistas, "Eles são mesmo [arteiros], mas tudo é uma questão de paciência e convivência no dia a dia para entender suas vontades e seus limites (...) Eu t enho mai s do i s cães e eles todos vivem bem juntos em um apartamento",

explica Eloisa.

Raquel explicou, também, que a alimentação ideal para um coelho deve ser dar, majori tari amente (85%), por feno, com 10% de verduras e apenas 5% de ração. Quanto às restrições alimentares, Raquel destaca que não se deve dar alface, repolho ou acelga aos animais, já que essas são verduras que podem, facimente, ocasionar indigestão, diarreia, desidratação e, em casos extremos, levá-los a óbito.

Outro alerta da estudante de medicina veterinária é em relação às consultas médicas, "as pesso as não costumam levá-los ao veterinário com frequência, só em casos de vida ou morte e os coelhos acabam morrendo novos até. O ideal é levarmos uma vez ao ano para uma consulta de rotina", explica.

No ssa repo rtagem co nverso u ai nda co m Manu Öberg Bri nço, 20, estudante e dona orgulhosa de co el ho s desde o s qu at ro ano s de i dade qu ando recebeu sua primeira coelha, qu e viveu por sete anos. Ao 18, dois anos atrás, decidiu voltar a cu idar de u m co el ho

quando adquiriu a Baunilha e, ano passado, adotou outro. Como não poderia deixar de ser, os dois animais foram castrados lembre-se que a gestação de uma coelha dura cerca de u m mês e a fêmea po de, no rmal ment e, t er at é 1 4 fi l ho t es de u ma ú ni ca vez. A cast ração , al ém de assegu rar qu e você não vai chegar em casa e encontrar uma dúzia de coelhinhos, também ajuda com questões comportamentais, deixando os animais mais tranquilos.

Manu nos contou um pouco sobre a experiência de cuidar desses animaizinhos, "pesqui se mu it o, pois eles [os coelhos] dão

Cantil

mais trabalho do que um cachorro ou um gato, por trabalho eu digo: não emitem sons, como um latido, ou sej a, po demos pisar sem querer; a alimentação é bem controlada, pois podem ter problemas intestinais que levam ao óbito e

eles não se famil iari zam mui to com crianças, por terem uma personalidade um pou co mais fechada (...) e geral mente as pessoas não ensinam a manusear um coelho. Por exemplo, jamais pegar um coelho pelas orelhas!", explica

Baunilha

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a estudante.

Se existe um consenso absoluto entre as três donas de coelho - além do amor pelos seus bichinhos - é que coelho se cria solto, e não em uma gaiola. Manu, Eloisa e Raquel endossam a opinião de que criar coelhos

diuturnament e presos estressa o animal e configura maus tratos. Do contrário, coelhos devem ser criados soltos - ainda que sejam presos, para a própria segurança, durante a madrugada -, com paciência, cuidado e muito carinho.

Chantilly

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Toninha Adão, uma história de devoção a cães e gatos em São Carlos Antônia Adão é um símbolo de amor e dedicação aos animais na cidade de São Carlos. Militante na luta pelos direitos dos animais na Cidade Sorriso desde a década de 1980, "Toninha dos cacho rros", como prefere ser chamada, cuida atualmente de cerca de 50 cães e 20 gatos em sua própria casa. Todo esse carinho com os bichinhos começou em 1962, em São Paulo. À época, centenas de gatos habitavam uma praça localizada em um bai rro nobre da capital paulista e seriam retirados do local, sem um destino definido.

"Eu nunca havia me envolvido com animais, mas uma amiga me disse que talvez até matassem os gatos. Nós duas e mais umas cinco ou sei s pessoas fomo s falar com o governador de São Paulo para arrumarmos um destino para os gatos e, depois de bastante conversas e brigas, nós conseguimos", lembra Toninha. Nas décadas seguintes, a afinidade com os bi chos cresceu e Antônia, mesmo morando em um apartamento, adotou vários gatos e cachorros e

acumulou inúmeros problemas com os vizinhos. Foi aí que surgiu a ideia de voltar ao interior, já que Toninha nasceu e mo rou em Araraquara, em sua difícil infância.

Recém-chegada a São Carlos, Toninha, que apesar de nunca ter de fato exercido a profissão é formada em direito, se deparou com uma realidade brutal, as carrocinhas: "eu cheguei aqui em 1985 e a situação era muito precári a, tinha até carrocinha, que pegava os bichos nas ruas. Eu fiquei sabendo e comecei a correr atrás da carrocinha para abrir as portas para os animai s saírem. Um dia, o motorista da carrocinha até me bateu porque eu soltei os bichos". Então, decidida a dedicar seu tempo e esforços aos animais, Antônia foi trabalhar na União Internacional Protetora dos Animais (UIPA) de São Carlos.

Ela recorda de suas madrugadas passadas em claro, para pedir comida para os bichinhos nos restaurantes da cidade. Após algumas trocas de funcionários e discordâncias ideológicas, An-

tônia Adão, funcionária pública concursada, foi transferida para a secretaria da saúde e levou todos os animais da UIPA - mais de 200 cachorros e gatos - para a sua casa. "Eu trabalhava dia e noite na área da saúde, fazia muitas horas extras, tudo por causa dos meus bichos. Nos finais de semana, eu trabalhava em um boteco para ganhar mais dinheiro. Então, eu conseguia ganhar razoavelmente bem e sust entar os ani mais", conta Toninha.

acessíveis. Antô nia, hoje com 74 anos, promete cobrar das autoridades públicas melhorias na área e, no mês de novembro, com a colaboração da amiga Cláudia, lançou uma campanha online para arrecadar fundos que serão investidos no cuidado de seus gatos e cachorros. "Eu pleiteio coisas

Com os passar dos anos, vieram os problemas de saúde, a aposentadoria e a consequente diminuição dos recursos financeiros.

Incluindo a alimentação, higiene, medicamentos e procedimentos cirúrgicos dos animais, Antônia tem, atual ment e, gast os mensais maiores do que seu salário e precisa do auxílio de alguns amigos para manter seus animaizinhos com a saúde em dia. Ela considera que os serviços oferecidos pela prefeitura aos bichinhos deveriam ser expandidos e ter preços mais

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para os bichos, para mim eu não quero nada. Se eu arrumar apoio para os animais, eu consigo viver com minha aposentadoria", assegura Toninha, que também aceita doações de ração e outros produtos necessários aos animais. Antônia sofreu graves traumas durante a infância e adolescência

e acredita que seu enorme carinho pelos animais seja decorrência desse período triste de sua vida: "as pessoas me decepci onaram muito, talvez por isso eu tenha me apegado tanto aos animais", e completa: "minha vida não teria objetivo sem os bichos. É um amor incondicional".

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O que diz o código de ética dos veterinários?

A medicina veterinária, tal qual a maioria das profissões de nível superior, é rigorosamente regulamentada. No Brasil, o que um veterinário pode ou não pode fazer é regido pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), que possui uma organização em cada estado da Federação, os Conselhos Regionais (CRMV).

Em fevereiro desse ano um caso levantou polêmica: o CRMV-SP proibiu o médico veterinário Ricardo Ferh Camargo de oferecer consultas gratuitas na sua própria clínica veterinária. Segundo o Conselho, Camargo desrespeitou o artigo 21 do código de ética da profissão: "(...) ao médico veterinário não é permitida a prestação de serviços gratuitos ou por preços abaixo dos usualmente praticados, exceto em caso de pesquisa, ensino ou de utilidade pública."; ou seja, no entendimento do CRMV-SP não se tratava de um serviço de utilidade pública a prestação gratuita de serviço médico-veterinário para animais de famílias carentes e que só poderia ser realizado caso o veterinário

fosse filiado a alguma ONG ou entidade afim.

O caso, à época, levant ou um amplo debate sobre a validade dos códigos de ética e conduta que, em muitos casos, proíbem condutas que não são cerceadas pela própria Constituição Federal e chegou, inclusive, a levar à realização de u m abaixo -assinado a favor do médico e manifestações favoráveis de políticos, como o deputado estadual Cauê Macri, do PSDB paulista, que cobrou explicações do Conselho. O caso acabou indo à justiça e tendo resultado favorável a Ricardo, uma vez que se entendeu que as leis gerais se sobrepõe às determinações dos conselhos.

argola usada para identificação de aves compradas legalmente) ou, então, animais domésticos que não possuem venda permitida no país pelo Ibama.

Para falar sobre o assunto a reportagem do Bicho Amigo conversou Fausto Faleiros, assessor jurídico do CRMV-SP, que explicou que o médico veterinário tem, sim, um compro-

Arte: Victor Harabura, ilustrador e artista plástico

Médicos veterinários denunciam?

Outro ponto sensível ao código de ético diz respeito à postura que os profissionais devem tomar em situações comuns ao dia a dia da atividade, como, por exemplo, se deparar com pacientes que levam a eles animais silvestres claramente ilegais, como aves nativas sem a anilha (espécie de

misso com o sigilo profissional, mas que há exceções à regra, "O veterinári o é obrigado a atender por uma questão profissional (..) o nosso código de ética estabelece que o veterinário tem que guardar sigilo profissional. Nesse caso, a despeito dele ter, há uma ressalva

no próprio código, que é que quando os fatos interessam ao bem comum, à saúde pública ou ao meio ambiente o veterinário não está obrigado a guardar", explica Fausto.

O artigo que o assessor jurídico se refere é o 16º do código em seu quinto

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parágrafo. Em outras palavras isso significa que cabe ao próprio profissional veterinário decidir pela denúncia, ou não, nesses casos.

Assim, quem adquire um animal ilegalmente se coloca frente ao risco de sofrer denúncias por parte dos profissionais veterinários. Mais

claramente, no caso de mau s tratos, o médi co tem a obrigação de proceder com a denúnci a, conforme o segundo artigo, "Denunciar às autoridades competentes qualquer forma de agressão aos animais e ao seu ambiente", diz o texto.

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Atenção: Essa é uma história real que pode estar se repetindo com seu cão Nessa edição apresentaremo s a hi stória do Toby*, um cãozinho da raça Maltês com 8 anos de idade que apresentava t osse seca e cansaço fácil nos últimos 30 dias. Após a realização da avaliação cardíaca, veio o diagnóstico: Toby sofre de uma doença degenerativa da válvula mitral (endocardiose). O exame ecocardiográfico (popularmente conhecido como "ultrassom do coração") revelou um aumento severo e generalizado do co ração, além da presença de alguns agravantes que eram consequência da evolução da doença. Isso significa que, apesar do excelente estado geral do Toby, com sinais clínicos leves e esporádicos, o comprometimento cardíaco era grave!

A doença degenerativa na válvula mitral é de longe a doença cardíaca mais comum nos cães. Ela acomete principalmente cães de pequeno porte (Poodle, Maltês, Yo rkshire, Shi hTzu, Lhasa Apso, entre outros), mesmo aqueles sem raça definida. Mas vale lembrar que algu ns cães de médio a grande porte também podem ser acometidos.

Por falar deles, existem outras doenças cardíacas ainda mais graves que podem

acometer esses cães, mas isso fica para uma próxima ocasião.

A degeneração valvular costuma acometer cães a partir dos 7 anos, tornando-se cada vez mais frequ ente, à medida que os cães vão ficando mais velhi nhos. Para se ter uma ideia da sua importância, estima-se que até 85% dos cães com mais de 13 anos possam ser acometidos.

Esse número é assustador, não é?

Quando a enfermidade evolui, alguns sinais podem ser observados: tosse, cansaço fácil , perda de peso, aumento abdominal repentino, desmaios e dificuldade respiratória. Geralmente essa doença progride lentamente durante meses ou mesmo anos. Mas conforme foi dito, o Toby apresentava tosse e cansaço há apenas 1 mês. Se a evolução da doença costuma ser lenta, por que a doença j á era grave em tão pouco tempo de evolução?

A resposta é simples e reveladora: o organismo se adapta à disfunção cardíaca, de modo que os animais passam por longos períodos sem manifestar esses sinais.

Muit as vezes, quando os sinais clínicos são manifestados, a doença já está bas-

tante avançada. Infelizmente, esse foi o caso do Toby.

Apesar de não existir cura definiti va para esse problema, existem medicamentos que possibilitam a melhora dos sinais clínicos além de proporcionar maior longevidade aos nossos amigos, retardando a evolução da enfermidade. Mas saiba que quanto mais cedo a doença for descoberta, maiores são as chances de se obter melhores resultados com o tratamento, garantindo mais qualidade e sobrevida para seu pet. E quem não quer ver seu melhor amigo feliz e vivendo por mais tempo ao seu lado?

E quant o ao Toby?

Após a realização da avaliação clínica e dos exames adequados, tivemos condições de tratá-lo da maneira mais apropriada. Felizmente, apesar da gravidade da doença, hoje o Toby está ótimo! As crises de tosse estão bem menos frequentes e ele leva uma vida normal. A partir de agora, ele será acompanhado regularmente, para que seu tratamento possa ser ajustado sempre que necessário.

Não espere que os sinais clínicos apareçam, pois as consequências já podem ser graves. A realização de avaliações preventivas pode

O ecocardiograma permite determinar a gravidade da doença cardíaca e instituir o tratamento mais indicado para cada paciente. Devido à doença degenerativa da válvula mitral, observa-se retorno de sangue do ventrículo para o átrio esquerdo

permitir o diagnóstico precoce de possí veis alt erações cardíacas, garantindo mais qualidade e sobrevida para seu pet. Se seu cão tem mais que 7 anos, está na hora de passar por avaliações anuais ("check-up")! E caso esses sinais já tenham se manifestado, uma avaliação cardíaca adequada, incluindo a realização de exames de sangue, raio-X, eletro e ecocardiograma, é es-

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sencial para determinar em qual estágio a doença se apresenta, permitindo estabelecer o tratamento mais indicado para ele. Converse com seu veterinário ou entre em contato conosco pelo WhatsApp (16) 997729005. * Baseado em uma história real. Toby é um no me fic tíc io cria do para evitar a exposição do pac iente.

Fernando Azadinho Rosa, CRMV/SP 23.740. Médico Veterinário formado pela Universidade Estadual Paulis ta (UNESP/Ar açatuba).

Residência em Clínica Médica de Pequenos Animais e Mestrado em Ciência Animal (UNESP/Araçatuba). Doutorado em Clínica Médica Veterinária (Ênfase em cardiologia) pela UNESP/Jaboticabal com período na Universidade Estadua l da Louisia na (LSU/Baton Rouge, EUA).

Gatos que se coçam: um grande desafio

J

á discorremos em edições anteriores sobre o prurido (coceira) em cães e todas as dificuldades que envolvem esse sintoma. Mas quando o assunto é coceira em gatos, a questão se torna ainda mais desafiadora.

O problema pode ter início na simples identificação do prurido. Isso porque os fel inos qu e se coçam geralmente os fazem através de lambidas corporais frequentes, mordiscadelas e arrancamentos dos pelos ao invés da tradicional coceira co m as pat as, típi ca dos cães. Esses hábitos tendem a ser interpretados por seus tutores como "higiene exagerada" protelando a identificação de uma doença pruriginosa.

Os gatos também evitam se coçar na frente de sua família, e o faz nos cantinhos, embaixo dos móveis ou no período noturno, quando todos dormem.

Os tutores só notam que há algo errado quando o felino passa a apresentar falhas na pelagem, vermelhidão ou feridas de aparecimento súbito.

Se a coceira for intensa, devido às suas garras afiadas, o auto traumatismo pode ser bastant e ext enso e pro fundo , ocasionando sangramentos e infecçõ es bacteria-

nas secundárias.

Passado o desafio do diagnóstico inicial, instituir um trat amento adequ ado infelizmente não é menos complicado. Gatos são difíceis para serem medicados, não aceitam comprimidos e cospem as soluções.

Além disso, nem sempre há medicação injetável disponível para essa espécie.

Como os felinos se lambem, os remédios tópicos são cont ra indicados pelo risco de intoxicação.

Prescrever banhos terapêuticos é uma loteria e a maioria dos proprietários se re-

cusa a fazê-l os. Por fim, apelar para o uso de colar elisabetano pode acarretar em revolta e muita "greve de fome" por parte dos bichanos.

O leitor deve achar que então não há solução, mas na verdade, lidar com a coceira felina é uma arte que mistura cautela, conhecimento e paciência!

O prurido em gatos pode ser causado por uma diversidade de parasitas. É preciso conhecê-los para diagnosticar corretamente.

Saber identificá-los é essencial para um adequado exame dermatológico, garantindo rapidez e especificidade no tratamento.

Uma mesma doença pode ocasionar feridas de aspect os variados em indivíduos diferentes, sendo necessário conhecer todos os padrões lesionais nesta

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espécie. Há doenças consideradas raras que, dependendo da regi ão , podem ser comuns. E há doenças comuns que são negli genciadas, causando

quadros graves.

O Médico Veterinário não deve esquecer que gatos de apartamento levam vidas diferentes daqueles de vida livre e que isso faz toda a diferença no momento de se eleger as hipóteses diagnósticas. E que evidentemente há alternativas terapêuticas. A atualização de conhecimento nos dá acesso a drogas pouco utilizadas pela maioria dos clínicos gerais ou nos oferece formulações adaptadas.

O desafio passa a ser estimulante para quem entende e gosta do assunto.

Procure um dermatólogo veterinário!

Morreu o

Benvindo das Pombas, personagem de São Carlos Faleceu no último 23 de novembro o Benvindo Rafael Girro, o “Benvindo das Pombas”, personagem que faz parte da história de São Carlos. Aos 73 anos, Benvindo lutava há tempos contra problemas de saúde. Benvindo era um dos maiores exemplos de amor aos animais na cidade de São Carlos. Funcionário público aposentado, elepassou mais de 30 anos cuidando dos pombos da praça Coronel Salles. Ultimamente ele passava os dias em casa, no bairro Vila Isabel, ao lado de sua cuidadora e de quatro cadelas. Benvindo foi personagem da edição zero do BICHO AMIGO.

Como uma singela homenagem a este homem que faz parte da história de São Carlos, transcrevemos abaixo a matéria feita com ele em maio deste ano

U

m dos maiores exempl os de amor aos animais na cidade de São Carlos é dado pelo funcionário público aposentado Benvindo Raphael Girro, 73. Depois de passar mais de 30 anos cuidando dos pombos da praça Coronel Salles, ele passa os dias em casa, no bairro Vila Isabel, ao lado de sua cuidadora e de quatro cadelas. Apesar dos problemas de saúde, o anão, que ficou conhecido como o "Homem das Pombas" mostra-se ainda bastante lúcido e grato aos bichos . "É melhor viver no meio de animal do que da maldade do ser humano", afirma.

A história de Benvindo começa por volta de 196 9, quando t rabalhava como engraxate na praça localizada no centro da ci-

dade e, por amor, começou a alimentar alguns pombos que havia no local. Um padre franciscano presenciou a cena e sugeriu que Benvindo assoviasse enquanto colocava o milho, a fim de chamar os animais, como fizera São Francisco. A técnica deu certo e a quantidade de aves só fez aumentar, atraindo a atenção das pessoas.

Benvindo, os pombos e a praça viraram uma espécie de atração turística, já que muitas famílias iam ao local para vê-los e tirar fotografias com eles. A fama rendeu um convite do prefeito de Ribeirão Preto à época para que o engraxate fosse cuidar de um importante espaço público daquela cidade: a Praça XV de Novembro. Temendo perder o cidadão famoso , o então prefeito de São Car-

los, José Bento Carlos Amaral, o contratou para a função que ele exerceu até ser aposentado por invalidez.

O auge da fama de Benvindo ocorreu em 1971, quando mereceu destaque num programa de televisão apresentado por ninguém menos do que Sílvio Santos. "Se eu não tivesse ficado doente, estaria lá, fazendo a mesma coisa até hoje", comenta.

Após sofrer dois infartos, equilibrado em muletas e driblando as dores provocadas por problemas no nervo ciático, restou-lhe dedicar seu amor à Bibi, Hana, Filó e Faísca - duas poodle e duas viralatas pouco aco stumadas e nada à vontade diante das câmeras fotográficas - que cria na casa simples, mantida com sua aposentadoria. A história do Homem das Pombas,

Matéria exclusiva publicada pelo BICHO AMIGO em maio deste ano

tido como um personagem folclórico da cidade, já foi retratada em vídeo, livro e várias matérias de jornal, revista e site. As últimas, revelam um Benvindo chateado por ter sido esquecido e precisando de apoio financeiro. Ele garante que não falta comida na mesa, mas confessa que sofre na hora de sair de casa. Sem carro e com dificuldades para se

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locomover, ele depende de ajuda quando precisa, por exemplo, ir a uma consulta médica ou a uma farmácia.

Divorciado e pai de um casal de filhos, Benvindo conserva a simpatia e demonstra poucos arrependimentos sobre a vida que levou. Diz que o contato com os pombos não trouxeram nenhuma doença e revela, aos risos, que teve sua fase de excessos de

feijoada e cachaça.

Lúcido, Benvindo aproveita a oportunidade de dar mais uma entrevista para deixar uma mensagem.

"Pensamos melhor do que os animais, no entanto, agimos pior do que eles."

Quem quiser oferecer algum tipo de auxílio a Benvindo Girro pode entrar em contato com ele através do telefone 3032 3123.

Vaquejada, a tradição Vaquejada, tradição contra o bomasenso

contra o bom senso * Dr. Paulo Cesar Gracia Bernardo Filho

Em um país de dimensões continentais, a diversidade cultural é um patrimônio da nação, bem esse tutelado pela constituição de 1988 devendo o estado proteger e assegurar as manifestações culturais populares, indígenas e afro brasileiras nos termos do artigo 215 da Constituição F ederal.

Durante a segunda metade do século XX a atividade conhecida como vaquejada ganhou espaço como modalidade esportiva dentro de rodeios e festas típicas. O "esporte" é praticado em duplas e tem como objetivo a derrubada do boi.

Enquanto um dos cavaleiros encurrala o animal que tenta desparamente fugir, o

companheiro puxa a calda do bovino até efetuar a derrubada por completo.

Nos últimos anos se iniciou uma batalha para o fim dessa atividade que evidentemente é nociva aos animais. Segundo ativistas e especialistas a prática da vaquejada implica em maus tratos de filhotes de bois e animais jovens. Para que el es co rram pelo s quase 100 metros de pista são utili zado s inst ru ment os de choque e aplicadas surras continuas, gerando assim o desespero necessário para que o animal tente correr o mais rápido po ssível . A queda é realizada puxando a calda do animal, causando assim dor suficient e

para que o animal não consiga ficar em pé.

Visando a proteção da atividade "esportiva" o estado do Ceará possuía lei própria (Lei nº 15.299/13) essa que regulamentava de forma absolutamente simplória e grotesca em seis art igos as normas para a realização de eventos de tal modalidade. Após anos de pressão, finalmente a discussão chegou ao STF, que em 06 de outubro deste ano determinou a inconstitucionalidade da lei com base no artigo 225 da Constituição Federal, visto que a pratica da vaquejada submete animais a crueldade. É obvio e incontestá-

vel que a vaquejada movimenta cifras elevadas com a realização de eventos, comércio de animais e empregos indiretos. Por infeliz obra do destino a vaquejada é realizada no Brasil, país onde o poder legislativo usa cifras como "oxigênio" e a motivação para criação e aprovação de leis não tem qualquer embasamento na opinião pública, mas sim em interesses financeiros.

Um projeto de Lei de autoria do deputado Capitão Augusto do PR de São Paulo determina que a atividade da vaquejada, rodeios e similares sejam considera-

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do s patri mônio cult ural, passando assim a possuir respaldo constitucional. O site do senado realiza pesquisa de opi nião pública sobre todos os projetos de lei em votação, 74.2% das pessoas são contra a aprovação do projeto.

O mais impressionante não é o simples fato de um projeto como esse ter sido criado, mas sim o fato de ter sido votado e aprovado tanto na câmara como no senado mesmo após a * Dr. Paulo Cesar Gracia Bernardo Filho é sócio do Gracia Bernardo Filho Advogados, pós graduado em direito penal e direito processual penal, atuante na justiça criminal e ativista da causa animal. Atua há alguns anos de forma pro bono em causas criminais que existam interesse ou defesa dos animais.

decisão do STF que considerou a vaquejada inconstitucional, tal qual mesmo contra a vontade pública.

Eventos como esse deixam evidente que a vontade do povo pouco importa para o poder legislativo, o interesse dos representantes está e sempre esteve no "oxigênio" que os projetos podem gerar. De qualquer forma a palavra final será do STF, esse que como guardião da Constituição já se manifestou contra as atrocidades da vaquejada.

NUTRACÊUTICOS PARA CÃES E GATOS

Todo animal precisa de suplementação de Nutracêuticos?

No geral, medi ante orientação do profissional são manipuladas fórmulas contendo alguns nutracêuticos adicionais que não são disponíveis na alimentação ou são encontrados em baixas quantidades, e, dessa forma, pode-se auxiliar um animal idoso, uma prenhes, filhotes, animais com algumas condições específicas e algumas raças com predisposição ao desenvolvimento de doenças.

N

a verda de os animais já fazem uso de diversos deles sem nem percebe rmos. As raç ões contêm div erso s nutrac êuticos (vitaminas, minerais, enzimas, gorduras "boas") e muitas são enriquecidas com outros. Deve-se sempre evitar pesquisar na internet o que devemos dar para nossos cães ou gatos, po is e xistem muitas informaçõ es que não são baseadas em evidências científicas, então o ideal é procurar um médico vete riná rio especia liza do para que haja uma orientação adequada em seu uso.

Essas formu laçõ es que manipul amos podem ser em cápsulas, xaropes e et c, mas u sualmente são manipuladas em sachês ou líquidos para mistura na alimentação ou biscoitos veterinários flavorizados.

Abai xo li st aremos alguns nutracêuticos com seus principais efeitos benéficos para o organismo de Pet's.

P roblemas Hepáticos: Animais com problemas hepáticos possu em muitas vezes baixa absorção de algumas vitaminas.

Mediante avaliação caso a caso é recomendada algumas vezes suplementação das Vitaminas E (proteção contra radicais livres e da-

nos no fígado) e K (sua falta pode gerar pro blemas de coagulação).

P roblemas Cardíacos: Em gatos têm sido relatado que alguns desses problemas podem ocorrer po r fal ta do ami no áci do Taurina, que ajuda a proteger o mio cárdio. Já em cães a falta de Carnitina, ou tro ami no ácido , po de afetar o coração, pois ela aj uda no t ranspo rt e do s ácidos graxos. Nos animais com essas condições ainda é importante uma suplementação de Ômegas (DHA e EPA).

Sa charomyc es c ereviseae: É um tipo de levedu ra mu it o conheci da nos diais atuais, pois são extremament e ri cas em proteínas, diversos minerais, aminoácidos e vitaminas. Pode enriquecer o alimento do animal, além de ajudar a aumentar a imunidade e equilibrar a microbiota intestinal.

F rutoOlig oS ac arídeos: Prebiótico que melhora a digestibili dade e benefi ci a o cresci ment o da "boa" microbiota no intest ino.

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VERÃO

Como cuidar dos animais nos dias mais quentes Antes mesmo da chegada oficial do verão, as altas temperaturas já estacionaram nas cidades do Norte de Minas. Com os dias quentes e abafados, usamos roupas leves, banhos frios e bebidas geladas, que ajudam a aliviar a sensação de calor. Mas imagine se não conseguíssemos suar, mesmo com o corpo quente, e estivéssemos cobertos por um casaco de pelos durante todo o dia? Essa realidade faz parte da vi da dos cães e gatos, por isso os animais merecem atenção redobrada durante esses dias desconfortáveis.

A veterinária Cláudia Pormann explica que os cães e gatos não possuem glândulas de suor, ou seja, não suam como os humanos. “O suor faz a temperatura do corpo cair para as pessoas. Os cachorros fazem isso através da língua, por isso ficam de boca aberta e ofegantes o tempo todo”. É justamente por pre-

cisar da língua para se manterem menos quentes que o uso de focinheira pode prejudicar a saúde dos cachorros. A veterinária explica que os modelos muito curtos podem impedi-los de por a língua para fora, então as mais compridas são mais indicadas.

Com a dificuldade de regular a temperatura, dá para imaginar como é difícil para os animais passarem por estes dias de calor.

Os mais peludos, adaptados a invernos rigorosos, têm, além da pelagem, uma camada de gordura para se protegerem do frio, conforme esclarece Cláudia.

“Os cães mais peludos precisam ser tosados neste calor. Raças como poodle, shi tzu e yorkshire têm o crescimento de pelo muito rápido, não justifica os tutores quererem evitar a tosa.

Já o chow chow é uma raça que o ciclo do pelo despende um tempo maior. Demora um ano e seis meses para crescer. Ainda assim, ele

precisa passar por uma tosa, ainda que não tão curta”, afirma a veterinária.

Ela faz uma alerta em rel ação aos horários dos passeios com os animais.

As patas podem se queimar no asfalto ou calçamentos muito quentes, por isso sair co m el es durante tardes quentes pode ser uma ideia ruim. “O ideal é escolher as primeiras ou últimas horas do dia para sair com os animais. Um bom termômetro para saber se a temperatura do chão está adequada é pisar descalço com os próprios pés. Se estiver quente demais para a pele humana, para os cachorros e gatos também vai estar”, orienta.

A hidratação também é indispensável. A veterinária afirma que o mais importante é manter a água sempre fresca. E dá até para oferecer um gelo de vez em quando. “Umas pedrinhas de gelo na água pode fazer bem, e dei xá-l os brincar com elas às vezes também não tem problema”.

Denúncia de crimes contra animais já está disponível na internet Denunciante pode informar os dados pessoais ou registrar a ocorrência de forma anônima

Tela inicial da página da DEPA na Internet A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo lançou, nesta quarta-feira (7), a Depa (Delegacia Eletrônica de Proteção Animal) para receber denúncias de maus tratos e abusos contra animais pela internet.

Para denunciar, a pessoa deve clicar no campo "Delegacia Eletrônica" na página inicial do site da SSP-SP e selecionar "Depa - Proteção Animal".

No sistema, o denunciante deve preencher os dados pessoais, mas pode optar por registrar de forma anônima.

A notificação do crime deve conter data e hora aproximada do fato, o endereço completo e o nome ou apelido do suspeito do delito, se houver.

A classificação dos animais será preenchida de acordo com as espécies, como cão, gato, pássaro etc. Também será possível informar o porte do animal. Todas as características fornecidas irão auxiliar a apuração policial.

Além dessas alternativas, o interessado pode comunicar modelo e placa de possíveis veículos envolvidos.

Durante a comunicação do crime, o denunciante deverá elaborar um breve relato da ocorrência e poderá anexar fotos ou vídeos, ou até apontar um endereço de página da internet, caso o próprio autor divulgue o fato.

As queixas serão encaminhadas para investigação nas delegacias responsáveis pela região onde o crime aconteceu.

O denunciante poderá ainda acompanhar a denúncia e saber as medidas tomadas.

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FILME: SING - Quem canta seus males espanta

Dálmata

Essa é para levar a criançada ao cinema.

Estreia, no próximo dia 22, nos cinemas de todo o Brasil, a animação SING - Quem canta seus males espanta, passada em um mundo quase como o nosso, mas onde quem manda são os animais. Na trama, dirigida pelo inglês Garth Jennings (de O guia do mochileiro das galáxias), um panda vê seu teatro à beira da falência quando decide promover o maior concurso de canto que o mundo (animal) já viu. Na disputa estão um rato, uma elefoa com medo de palco, uma leitoa mãe de 25 filhotes, um jovem gorila vindo de uma família de gângsters e uma hedgehog punk. No elenco original de dubladores estão estrelas como Scarlett Johansson e Matthew McConaughey; por aqui teremos, entre outros, Wanessa Camargo e Sandy nos papéis principais.

LIVRO: Cemitério, Stephen King Título Cemitério Editora Objetiva Preço R$ 39,90 O americano Stephen King é, sem dúvidas, um dos escritores mais conhecidos e prolíficos da nossa época, sendo conhecido por muitos como "mestre do suspense".

Obras famosas de King incluem livros como O Iluminado, Carrie e À espera de um milagre, todos levados às telonas do cinema com bastante sucesso. Em 1983 King lançou seu nono romance, Cemitério. A história reúne vários dos elementos mais típicos da obra do autor: uma família espera recomeçar a vida na tranquilidade de um cidadezinha do interior, no caso Ludlow, no Maine (estado natal do escritor). Lá a família descobre que vive próximo ao "semitério" - como foi escrito nas placas - de pets local, ou seja, um lugar que há décadas serve para as crianças da região enterrarem seus bichinhos de estimação.

As coisas começam a ficar sinistras quando Church, o gato da família, é morto atropelado e Louis, o pai, decide enterrá-lo na parte de trás do cemitério de pets, um antigo cemitério indígena que segundo lendas locais pode trazer seres de volta à vida.

Foi em 1996 que a Disney lançou o filme live-action - ou seja, atuado por atores de carne e osso - de 101 Dálmatas, com as estrelas Jeff Daniels e Glenn Close. Antes disso, num distante 1961, a mesma Disney lançara a animação que contava a história da gangue de cachorros pintadas contra a vilã Cruela de Vil e que foi lançada no Brasil, à época, com o título de A Guerra dos Dálmatas. Sucessos estrondosos de bilheteria, ambos os filmes causaram, nos seus anos de lançamento, um efeito muito conhecido: jogaram os dálmatas na crista da onda. Também muito conhecido são os riscos de se comprar um animal motivado mais pela última moda do que por uma pesquisa cuidadoso e uma bem pensada.

Uma pesquisa rápida atrás da história por trás desses simpáticos cãezinhos manchados leva, em um primeiro momento, a uma resposta fácil, porém enganosa. O nome dálmata remonta à região da Dalmácia, antiga Iugoslávia e que hoje ocupa, majoritariamente, território croata. Outra teoria menos popular indica que o nome se relaciona à Dinamarca, onde, inclusive, o dálmata é extremamente popular.

O problema é que a polêmica não fica por aí. Quando olhamos para a vasta literatura dos tempos antigos sobre cães podemos encontrar descrições de animais 'brancos com manchas pretas' na Grécia e no Egito antigos. Além disso, já por volta do começo do século XX os dálmatas eram usados na Inglaterra como cães de carruagem, cercando e protegendo cavalos, inclusive carros do corpo de bombeiros local - e foi assim que esses belos e atléticos animais se tornaram os cães oficiais de bombeiros no mundo inteiro.

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Aqui em cima é o BIDU, tirando um cochilo.

O Gato lindo é o Romeu.

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