O Jornalzão, edição 889 by O Jornalzão

Diretor Administrativo: André Nagib Moussa (Mtb 34286) - Editor: Victor Cervi (Mtb 11226) - Santa Rosa de Viterbo, 04/05/2013 - Ano 19 - N.º 889 - Semanal - Fone/Fax 3954 3289

Um duelo no centro da cidade, e uma mulher muito teimosa

Andrea Reis, a dentista que quer aliviar dores de cabeça

R$ 2,00

Casos de dengue aumentam 20% na semana Os casos estão pulverizados por toda a cidade, tendo uma incidência maior no Nosso Teto. Na semana passada eram 60, hoje são 72 casos.

PLACAR DA DENGUE

CASOS CONFIRMADOS

CASOS SUSPEITOS

Segundo ela (dir), revista especializada aceitou publicar pesquisa

Quebraram porta de farmácia e destruíram equipamentos

Perigo - Gado pasta na rotatória de entrada da cidade. o flagra foi registrado dia 1º de maio.

Ladrões armados roubam trator de fazenda Eles tinham revólveres, escopetas e espingardas

Solidariedade - No 1º de maio um garotinho caiu sozinho com sua bicicleta defronte a praça “Conde” e enroscou o pé entre as raias e o garfo da roda. Muitas pessoas correram para socorrer e só conseguiram soltar depois que apareceu uma caixa de ferramentas. O garoto fez um pequeno machucado no pé.

Pessoa idosa tem direito a receber mesmo sem contribuir, dizem advogadas

Mais de 98% da cana do município são colhidos mecanicamente

Mulher que foi atropelada diz que passa bem Polícia abre inquérito para apurar notícias sobre o fato

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GERAL

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Fim das queimadas?

Ibirá já colhe 98% da cana mecanicamente Pelo protocolo Agroambiental, assinado entre o governo es tadual, usinas e produtores de cana-de-açúcar, em 2017, a previs ão é que será a última safra com queima de cana nas áreas passíveis de colheita mecanizada. Segundo dados fornecidos pela ass essoria do grupo Usina da Pedra, que controla a usina Ibirá que fica em noss o município, atualmente 98,8% da cana própria é colhida mec anicamente. A Us ina da Pedra tem 97, 5% da cana própria c olhida mec anicamente Estes números não incluem a cana de fornec edores. A mecanização da colheita da cana-de-açúcar na s afra 2012/2013 atingiu 72,3% da área plantada na regiã o de Rib eirão Preto.Estes dados foram apresentados anteontem pelo Secretário de Es tado do Meio Ambiente, Bruno Covas (PSDB), durante a Agrishow.Os dados da Secretaria de Meio Ambiente do Estado, mostram que na região de Ribeirão Preto, o cres cimento da mecanização entre as s afras de 2006/2007 e a última safra foi de 55,48%. No Estado, o crescimento da mecanização foi de 112,2% no período. O proc es so de mecanização pas s ou de 34,2% em 2006/2007 para 72, 6 % na s afra 2 012/ 2013.De acordo com dados da Unica (União da Indús tria Canavieira) 87%

das empres as filiadas à entidade no Estado já fazem uso de máquinas para a colheita da cana. Na região de Ribeirão Preto este índice é de 94%. Falta pouco- - Para o coordenador regional de comunicação da Únic a em Ribeirão Preto, Sérgio Prado, a mecanização da colheita tem gerado um ganho muito grande para o setor, tanto ambiental como economicamente. "Hoje, as usinas já utilizam a palha da cana para geração de energia e no futuro até para a produção de etanol de segunda geração", explicou. Antes, a palha era queimada. Para o ambientalis ta e professor da USP de Ribeirão Preto, Marcelo Pereira de Souza, o fim das queimadas a partir de 2017 vai gerar ganho para a região, sobretudo com a recuperação do meio ambiente. "Hoje, mesmo com a queima controlada, é comum áreas de preservação serem atingidas e uma grande quantidade de animais morrem no meio dos canaviais", explicou.

Santa Terezinha aguarda asfalto em rua abandonada

"Lei dos servidores" fica na gaveta por enquanto O projeto do prefeito Cassinho que regulamenta o recebimento de benefícios pelos servidores municipais não foi lido na sessão da Câmara de segunda-feira como tinha informado o presidente da Casa, Luiz dos Reis Augusto, o Bode. O projeto do prefeito diz que com a regulamentação o número de faltas ao serviço com atestados médicos vai diminuir. Por outro lado, o sindicato dos servidores diz que o projeto deve ser melhor discutido e tinha marcado uma reunião com o prefeito. Se não houver manifestação o projeto pode ser lido na segunda-feira ou, por enquanto, ficar "na gaveta".

O bairro Santa Terezinha, que fica nos fundos do antigo Posto do Saracura sempre teve problemas com infra-estrutura, como falta de galerias pluviais, bueiros, e asfalto. O final da rua Vitório Gerardi, que se cruza com a rua Santa Terezinha, quase no final do bairro, ainda não tem asfalto, guias, galerias, bueiros e nem asfalto. São seis casas, dois quarteirões sem sarjeta e mato crescendo. Moradora procurou o Jornalzão esta semana para reclamar e pedir providências para resolver o problema. Mané Romeiro, 75 anos, que mora no bairro desde 1954, foi o primeiro morador diz que lutou muito para conseguir melhorias e que uma verba do deputado Arlindo Chinaglia destinada ao asfalto daquele trecho "foi desviada". Ele explica que a verba foi conseguida pelo vereador Bode e que a prefeitura diz que não asfaltou porque não tinha "galerias pluviais no local". Ontem, o vereador foi procurado pelao Jornalzão, mas estava em reunião e não falou sobre o assunto.

Veterinária quer a criação de setor de controle de zoonoses A veterinária Ana Rita Fonseca informou ontem que não surgiram novos casos de raiva animal na cidade depois que um caso foi registrado há duas semanas. Segundo ela, o foco dos morcegos possíveis transmissores de doença não foi localizado e isso dificulta o controle do mamíferos, porque a área é muito grande. Ela explica que com o aumento da área plantada da cana, as casas que serviam de pouso para os animais foram demolidas e eles se dispersaram. "É preciso a criação de uma diretoria de zoonoses para que possamos fazer o controle mais eficiente tanto da raiva animal como de outras doenças transmissíveis". Ela revela que a criação da ABA- Associação Bicho Amigo -foi o primeiro passo para isso, e que agora falta a criação do setor de zoonoses.

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CARTAS À REDAÇÃO

EDITORIAL Dengue - Os números de casos da dengue registrados na cidade já começam a preocupar porque estão aumentando a cada dia que passa. Ainda não se comparam à epidemia de anos passados, mas todos devem lutar para evitar a proliferação do mosquito transmissor. Comércio - O comércio da cidade está animado com a chegada do dia das mães no domingo, dia 12. Há muitas ofertas nas lojas, é só pesquisar que se encontra um bom presente e comprar no comércio local sem ir para Ribeirão Preto, por exemplo. Santa Rosa tem comércio diversificado e compete em preço e qualidade com qualquer loja de shopping, muitas vezes oferecendo preços mais baixos e qualidade superior. É só conferir. Boa noticia - O fim das queimadas de cana está próximo, para felicidade das donas de casas que sempre reclamaram das fagulhas que caem sobre as casas, quintais e roupas secando. Mas fica aqui uma pergunta - onde vão trabalhar as pessoas que vivem do corte manual da cana?

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Aviso aos Idosos Com a vigênc ia do Es tatuto do Idoso, foi garantido aos idos os com idade a partir de 65 anos, que não poss uam meios para prover s ua subsistência, nem tê-la provida por sua família, um benefíc io mensal no valor de 1 salário mínimo, excluindo-se da contagem da renda per capita familiar tantos os salários mínimos quantos forem os idos os da mesma família. Que fique claro, que não se trata de aposentadoria, mas, sim, de um amparo soc ial fornecido pelo Estado. As s im, importante esc larecer que o benefício em questão não exige c ontribuição previdenc iária anterior, como acontec e com a apos entadoria por

idade ou por tempo de contribuição. Es t e é o enten dimento da lei, corroborado e mantido pelo Egrégio Tribunal Regional Federal da 3ª Região, independente da negativa do INSS em pagá-lo. Para obtê-lo, é nec es sário formalizar um req uerim ento junto ao INSS, o qual é pode ser deferido ou não. Vale lembrar que a realização do requerimento, por parte do órgão designado, é obrigatória e independente do resultado ("s e o benefíc io vai ser concedido ou não"), haja vista que todo c idadão tem direito de pedir e obter resposta do Poder Públic o. Es te é o famoso direito de

petição previsto na Constituição Federal, em seu artigo 5°, inc iso XXXIV. Sendo concedido o benefício, o idos o passará a receber o valor de 1 s alário mínimo por mês. Caso o benefício seja negado, a melhor opção para o idoso é proc urar um advogado de sua confiança e militante da área previdenc iária, o qual poderá promover a ação competente para garantir o rec ebimento do benefíc io assistencial BCP/LOAS. Vale des tac ar que muitos benefícios negados administrativamente pelo INSS s ão c oncedidos pela Justiça, uma vez que o Poder Judiciário comtempla o correto e melhor entendimento da lei e, como a

lei garante este benefíc io ao idoso, acreditamos que os idosos não podem resignar-se diante da negativa do INSS. Ass im, orientamos para que façam valer os s eus direitos , e que no caso de dúvidas, ou de indeferimento do seu pedido de bene fíc io pe lo INSS, procurem um advogado militante na área previdenciária de sua confiança, ou até mes mo o plantão de ass istência judiciária da OAB local, que funciona de segunda à quinta - feira, das 9h às 11h.

Camila Ghizellini Carrieri e Giuliana Ghizellini Carrieri - Advogadas

EXPEDIENTE O JORNALZ ÃO é uma publ icação da edit ora Andr é Nagib Mous sa ME - Redação: rua C ondes sa Fi lomena Matarazzo, 95 - C ent ro Sant a R os a de Vit erbo-SP - CEP 14. 270-000 Fone/ fax : (16) 3954 3289 Us uári o Pap el Imun e: UP-08109/014 - Di retor Admin istrativo: André Nagi b M ous sa - Di retor de Redação: Victor C ervi - Free lancer - Romeu Antunes - Colaboradores: Ana Lígia, Padre Alex, Cl él ia Zanardo, S ergi nho Gomes, João de Bem, Mário Egidio e R ogéri o M os cardini Arte fi nal ista: Juni or - Contato Comercial: Joana Dobras Ti ragem: 3. 000 exemplares - Ci rculação: Sant a Rosa de Vit erbo Periodi ci dade: S em anal - R$ 2,00 por exem pl ar - E mail :ojornalzao@ojornalzao. com Impres são: Grafi sc, S ão Carlos. “ Art igos ass inados são de intei ra responsabil idade de s eus autores, não representando necessari ament e a opinião do j ornal .” O Jornalzão se reserva o direit o de res um ir cart as que considerar inadequadas ao es paço di sponí vel. O JO RNALZÃO É AFI LI ADO À AB RARJ

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OPINIÃO

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CRÔNICA & CONTEXTO por João de Bem

Educação também vem de berço

PARA "VELHOS", É MUITO CONFUSO! Sobre algumas coisas precisamos parametrizar para acomodar o particular entendimento sobre atitudes comportamentais. Vamos pela natureza - nesses tempos que viramos gente, nesta vida que veio ao mundo há mais de sessenta anos, animais e plantas, de lá pra cá, não evoluíram a ponto de modificarem o comportamento inerente a seu gênero no universo terrestre. Também não tiveram a aparência fisiologicamente modificada - continuam sem perder a identidade - o máximo que aconteceu foi a introdução de técnicas genéticas, com vistas a produtividade agropecuária - a clonagem, por exemplo, proporcionando vegetais mais produtivos e animais aperfeiçoados geneticamente objetivando maior produtividade em volume de proteína. Naquele tempo não se ouvia falar em inseminação artificial, banco de sêmens ou coisa parecida. Filhos de humanos tidos por uma mãe eram passíveis de serem de outro pai - mas nada poderia ser comprovado por exames de DNA. "Pular a cerca" era muito mais difícil. Essa coisa, muitas vezes, acabava em tragédia. No mundo vegetal - o máximo que víamos era o "enxerto" praticado por produtores de frutas. O cruzamento de animais era admitido, naturalmente ou propositadamente. O normal era homem e mulher se relacionarem como macho e fêmea - no casamento ou fora dele. O que não era normal: o relacionamento homossexual. Esse não seria passivamente admitido pela sociedade, mas se praticado podia ser tolerado, não sem uma forte dose de discriminação. O relacionamento afetivo/sexual entre seres do mesmo sexo é registrado historicamente desde muito tempo, mas nunca ficou tão ostensivo mudança de sexo via cirurgia, por exemplo - e nunca gerou tantos eventos conflitantes como nos dias de hoje. Um amontoado de leis aditivas na Constituição regulam relacionamentos homoafetivos, incluindo penalizações para agressivos heteroafetivos - qualquer atitude menos simpática pode ser interpretada como homofóbica e gerar processo. Os considerados "normais" vindos dos anos quarenta, a maioria está com dificuldade de se adaptar a situações inusitadas para eles, fora de parâmetros, quando veem publicamente indivíduos de mesmo sexo em atos libidinosos como se fossem de sexos opostos. Menos entende a legislação quando penaliza atos de mesma intenção praticados por um homem e uma mulher, publicamente. Esses atos são coibidos pela ação policial e no caso dos libidinosos homoafetivos não há proibição legal. Caso alguém interfira, é considerado homofóbico, passível de processo criminal. Difícil para "velhos" admitir um "update" em seus conceitos no relacionamento sexual que não seja o anatomicamente adequado, biblicamente consumado por Adão e Eva, lido e tido (a maçã e a serpente entram nessa metaforicamente) como "pecado original".

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Alexandre Cesar Ribeiro* Na maioria das vezes que converso com pais e outros familiares de crianças e adolescentes "problemáticos ", vem à tona a questão envolvendo "o que fazer?" com essas pessoas para conseguir mudar o seu comportamento. Os pais simplesmente alegam que não conseguem controlar os impulsos e as vontades de seus filhos, por mais novos e indefesos que sejam esses filhos. Os pais acabam satis fazendo as vontades dos filhos; criando verdadeiros "ditadores" (que só fazem aquilo que querem e que não respeitam as regras de convívio e não respeitam os direitos dos outros). É muito difícil a missão de educar uma pessoa, especialmente na atualidade. As informações (inclusive ruins) estão à disposição a qualquer pess oa e a qualquer hora. Criou-s e uma cultura altamente materialista nos meios de televisão, e as crianças querem tudo o que aparece; não aceitando negativas e não aceitando frustrações. Contudo, os pais nunca podem deixar que as

crianças comandem a vida da família. As crianças não têm maturidade e conhecimento suficientes para decidir onde ficar, a que horas dormir, o que comer, que roupas vestir, a que horas comer e tomar banho, em que es cola estudar, o que fazer com o horário livre das aulas, etc. Deixar que as crianças comandem suas vidas é o erro mais grave que um pai pode cometer. O s egundo erro (também igualmente grave) que não se deve cometer na educação das crianças é não dar bons exemplos. As crianças aprendem mais com exemplos do que com palavras. Se os pais falam palavras feias, não poderão exigir que a criança também não diga esse tipo de palavras . Se os pais não têm disciplina em suas obrigações, se não fazem suas refeições de forma correta e regular, se não têm horários para dormir, comer e tomar banho; não conseguirão fazer com que os filhos tenham essa disciplina. Se os pais falam de forma errada, falam em tom alto de

voz (gritam para falar), se não respeitam os mais velhos, se jogam lixo nas ruas, se se atrasam em seus compromis sos, se estacionam os carros em locais proibidos, se falam mal da vida alheia, s e ficam fazendo comentários depreciativos sobre a vida particular de outras pessoas; não conseguirão, jamais, criar filhos bem educados. Se quisermos ter filhos educados, que respeitam as pessoas e que saibam s e portar em locais públicos , na esc ola e no ambiente doméstico; devemos, bas icamente, dar o exemplo. Normalmente, crianças e adolescentes problemáticos são pessoas que tiveram pais que foram omissos ou que não davam o exemplo na educação dessas crianças e adolescentes. A educação (ao contrário do que muitos pensam) não tem base apenas na es c ola. A educ ação, como muitos dizem, "vem de berço". Não é algo que se compre com dinheiro, com livros, com bons professores, com viagens, com conforto e com presentes. Em regra, infelizmente, menores que praticam atos infracionais (crimes), geralmente, tiveram pais delinquentes, foram abandonados pelo pai ou pela mãe (ou por ambos), ou tiveram pais alcoólatras ou envolvidos com ilícitos,

pais que não trabalhavam, ou pais que não se preocupavam onde e com quem seus filhos estavam. Não estou dizendo que os pais devem ser carrascos ou que devem colocar regime de terror e de ameaças na criação dos filhos. O pai deve, antes de tudo, proc urar s er jus to com seu filho. Deve elogiálo e recompens á-lo pelas coisas boas, mas deve adverti-lo e corrigi-lo quando faz coisas erradas. O bom pai não é aquele que "defende" o filho em todas as hipóteses (pois, ao defender um filho "culpado", o pai estará premiando o filho por agir errado). O bom pai é aquele que orienta o filho, especialmente nos momentos ruins; é aquele que adverte das consequências do malfeito, que faz o filho pedir des culpas quando faz algo errado, que faz o filho devolver o objeto que pegou do amiguinho, que faz o filho devolver as coisas no lugar de onde foram retiradas, e que faz o filho limpar aquilo que sujou. A formação da pessoa é algo que se constrói aos poucos, desde a mais tenra idade. Desde pequeno, o s er humano olha e copia as atitudes dos pais e das demais pess oas que com ele convivem. A criança "testa" os pais, ao ver suas reações a determinadas condutas das crianças; e assim vão aprendendo o que é certo e o que é errado, e o que vale a pena fazer ou não. Pense niss o. Vale a pena procurar bem educar um filho. * Alexandre Cesar ribeiro é Juiz de Direito em Santa Rosa de Viterbo

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CHICO XAVIER Grupo Espírita “Bezerra de Menezes”

Na romagem da vida O homem, muita vez, na romagem da vida humana, é abordado por sucessos que lhe trazem o bem na forma de males e que, por isso mesmo, quase sempre não são imediatamente compreendidos. A morte súbita do ente amado... A incompreensão do amigo... A calúnia planejada... A deserção do companheiro... A visita da enfermidade... Entretanto, a Justiça Divina tudo provê, no momento oportuno, e ele acaba encontrando a felicidade onde lhe parecia existir tão-somente o infortúnio. Também inúmeros acontecimentos lhe assaltam a rota, ofertando-lhe o mal na forma de bens e que, por esse motivo, não se mostram entendidos com rapidez. A fortuna pervertida... A superestimação dos próprios valores... A fulguração da inteligência desorientada... O poder transviado... A embriaguez haurida no cálice da lisonja... Todavia, a verdade se incumbe de corrigir-lhe as percepções e, no momento oportuno, ele surpreende a presença da dor onde supunha identificar exclusivamente a alegria. Lembremo-nos, pois, de que os males e os bens no mundo nem sempre são bens e males perante as Leis da Vida e que, por isso, acerto e desacerto, derrocada e vitória dependem de você mesmo, em qualquer parte. André Luiz (Página extraída do livro "Ideal Espírita" - Psicografia de Chico Xavier)

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Documentário sobre obesidade infantil é apresentado a Diretores e professores No dia 29 de abril aconteceu no Centro Cultural de Santa Rosa de Viterbo a exibição do documentário "Muito Além do Peso" aos diretores, professores e coordenadores das escolas de ensino fundamental municipal. Estiveram presentes quarenta e cinco educadores, que inicialmente assistiram a explanação da nutricionista Denise Martinelli Bordignon sobre a importância das ações e estratégias para o combate da obesidade infantil no ambiente esc olar e de que maneira cada educador poderá iniciar o trabalho em toda cadeia alimentar. O documentário Muito Além do Peso disc ute por que 33% das crianças bras ileiras pesam mais do que deviam. As respostas envolvem as grandes corporações, o governo, os pais, as escolas e a publicidade. Com histórias reais e

alarmantes, o filme promove uma discussão sobre a obesidade infantil no Brasil, no mundo e afirma que a grade curricular deveria ser composta por escrita, aritmética, leitura e alimentação. Afirma que pela primeira vez na his tória da raça humana, crianças apresentam sintomas de doenças de adultos. Problemas de coração, respiração, depressão e diabetes tipo 2. Todos têm em sua base a obesidade. O trabalho teve continuidade no dia 30 com a apresentação do documentário aos funcionários do Setor de Alimentação e Nutrição, onde quarenta colaboradores estiveram presentes. Inicialmente, a nutricionista agradeceu a presença e enalteceu o trabalho desenvolvido que é de fundamental importânc ia para sua eficiência e eficácia. Explicou sobre a impor-

tância das visitas técnicas de outros municípios que tem como foco principal aprender o modelo de gestão executado. As atividades do setor são referências regional e estadual com convites para conferências e apresentações em diversos lugares para troca de experiências. A Nutricionista lançou um desafio quanto à mudança dos hábitos alimentares, envolvendo alunos, educadores, pais, co-

laboradores do setor de alimentação e nutrição escolar. Esta ação fará parte do projeto que está sendo desempenhado a partir de um idealismo comum, que é o resgate da vida produtiva, saudável e sustentável do ser humano. O laboratório de ideias foi finalizado com um saboroso lanche natural, bolinho de cenoura light e suco de laranja natural, oriundo da agricultura familiar.

Pessoal da Agrishow se hospeda em hotel da cidade Cerca de 30 pessoas, expositores da Agrishow que terminou ontem, ficaram hospedadas no Hotel Malim durante duas semanas e informaram que voltam no ano que vem, porque gostaram do local e observaram que fica mais em conta vir e ir para

Ribeirão Preto do que se hospedar num hotel daquela cidade. "A estrada é boa, não é tão longe e o preço é compensador", dizem eles . O atendente do hotel diz que os hospedes acabam fazendo propaganda da cidade "boca a boca" e isto aumenta

o interesse de outras empresas em enviar gente para Santa Rosa. "Como a cidade não é muito conhecida, as empresas imaginam que não tem hotel. Quando vem para cá, ficam surpresos, porque a cidade tem infraestrutura para receber com dois bons

hotéis de qualidade". Este ano o Itaipava Hotel não hospedou gente da Agrishow porque estava c om todos os quartos ocupados. "Nos anos anteriores, o hotel ficou lotado com pessoas que trabalhavam na Agrishow", informou a gerência.

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Andrea Reis, a dentista que quer aliviar dores de cabeça A santa-rosense Andrea Cândido dos Reis está envolvida em uma pesquisa cujo resultado pretendido é colaborar com a qualidade de vida das pessoas. Professora doutora do Departamento de Materiais Dentários e Prótese da Faculdade de Odontologia da USP, de Ribeirão Preto, ela está no grupo que há um ano e meio estuda as relações entre dois distúrbios: de ATM (Articulação Temporomandibular), e do sono A pesquisa começou com questionários aplicados a 420 pessoas (depuradas para 60 por fatores de exclusão, consumo de álcool, fumo, diabetes), cantores profissionais da região com média de 5 horas semanais de atividade, e experiência entre 2 e 10 anos. - Aplicamos os questionários para avaliar distúrbio do sono e de ATM. A primeira coisa que a gente des cobriu: quem tem um dos dois leva muito tempo para procurar socorro, até porque é cultural. O pai, mãe ou o marido falam, 'isso é frescura'. Segundo: poucos profissionais, especialistas, têm c ondições de avaliar isso e resolver. Outra coisa: os dois problemas estão relacionados. Eles podem aparecer isoladamente. Mas nesse grupo, quem tinha um, tinha também o outro, numa medida estatis tic amente significante. A doutora - que tem consultório em Santa Rosa, dá aulas na USP e canta no coral da Sinfônica de Ribeirão - explica: - A mandíbula é o único osso móvel da face, e ela só se movimenta porque todos os músculos do pescoço e da cabeça trabalham para isso. Todo esse con-

junto tem o nome de sistema estromatognátic o, começa no estômago e faz com que tudo se movimente. Esse sistema é responsável pela fala, movimentos mandibulares, pela deglutição, e até pela respiração. Se alguma coisa fica fora de lugar dentro deste complexo, graves problemas aparecem.

Pesquisa descobriu que distúrbios de ATM e do sono estão relacionados

- Quando a gente perde os dentes, ou quando tem u ma dis funç ão de stress, essa articulação começa a falhar. E como nessa artic ulação existe um monte de nervo, músc ulo, ligamento, a gente pode começar a ouvir zumbido no ouvido e ter dores de cabeça que podem ser insuportáveis. A pesquisa nasceu da tendência moderna de tratar pacientes de forma integrada, e da necessidade que têm os professores da USP de irem além de suas matérias específicas. - Todos nós professo-

O tenor Fernando Portari é tratado por ela em Santa Rosa

Andrea e suas auxiliares

res somos requisitados a ter mais de uma linha de pesquisa. A minha linha de pesquisa básica é cirurgia, implante, prótese. E a minha parte de extensão, na qual eu trabalho com qualidade de vida, é estudar a disfunção de ATM - ressalta a professora, e completa - Hoje, em todas as áreas de saúde, no que a ciência mais investe é em estudos que des envolvam estratégias para melhorar a qualidade de vida, porque a população está aumentando, fic ando mais velha. Participam do grupo de pesquisa, além de Andrea, o maestro Abel Rocha - diretor do Teatro Munici-

pal de São Paulo - uma fonoaudióloga, dois alunos da faculdade de odontologia, dois da medicina, uma mestranda em fonoaudiologia e uma doutoranda da área de música. - Ab el Roc ha é o maes tro que mais entende de ópera no país. Ele abriu as portas para nós de todos os coros profissionais do Brasil. Concluída a primeira parte do trabalho, o grupo enviou os res ultados para a revis ta científic a americana, Journal of Oral Reabilitation, que o aceitou. A matéria es tá em fase de revisão para entrar na fila de publicação.

Andrea se confes sa apaixonada por tudo que faz. - Meu c oração bate forte quando entro na sala de aula, em meu consultório ou no palco para cantar. A frente do seu consultório em Santa Rosa, que dirigiu por 13 anos , es tá agora seu marido, Leandro Jardel da Silva, que escolhe alguns cas os para ela tratar. O mais notório, entretanto, foi exceção: o cantor de ópera Fernando Portari que fazia tratamento no Rio, foi informado de que precisaria de uma reabilitação oral. Um professor da FORP ofereceu o trabalho para Andrea - Foi o maior presente de Deus. Quando soube que era o Fernando Portari, eu disse 'pronto, esse tratamento vai durar três anos e eu vou cobrar em aulas!'. Na boca de um cantor como ele, nada pode ficar fora de lugar, sustenta a dentista. - É uma cois a que demora anos até a gente reconstruir. Para um cantor desse porte o dente é um ins trumento. O Fernando Portari é o maior tenor brasileiro de todos os tempos salienta ela. O canto lírico é um

exercício violento. - O Pavarotti perdia dois quilos a cada apresentação - ressalta a dentista/ cantora. Ferna ndo Port ari, quando vem a Santa Rosa, passa um final de semana rec ebendo tratamento e dando aulas de canto à dentista. - Quando ele me dá aula, uma hora de canto forte, a gente não c anta músic a, a gente faz exercícios vocais. É de suar de escorrer, de tanta força que você faz, você faz força com músc ulo, faz força com diafragma. J á tive aulas com outros cantores, mas o dia que tive a primeira aula com ele, que é um cantor diferenciado, não via a hora em que meu marido chegasse em casa, de tão cans ada que fiquei!

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CLASSIFICADOS

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COLUNA GOSPEL por Rogério Moscardini

Tudo que é precioso Ao longo de minha vida, acumulei muitas coisas. Tenho caixas de coisas que foram importantes um dia, mas como o tempo, deixaram de empolgar. E como colecionador incorrigível, percebi que a empolgação está em procurar e obter uma nova peça para adicionar à coleção. Então, minha atenção se volta à caça do próximo item. Embora acumulemos muitas coisas que nos são importantes, muito poucas são realmente preciosas. De fato, ao longo do tempo aprendi que as coisas mais preciosas da vida não são as coisas materiais. Pelo contrário, as pessoas que me amaram e edificaram minha vida é que são preciosas. Quando meu coração diz: "Não sei o que faria sem elas" reconheço-as como deveras preciosas para mim. Então, quando Pedro se refere a Jesus como "... pedra angular, eleita e preciosa..." (1 Pedro 2:6), deve ressoar em nossos corações que Ele é verdadeiramente precioso - nosso bem mais valioso, acima de tudo e de todos. Onde estaríamos hoje sem a constante e infalível companhia de Sua presença fiel, orientação sábia e perfeita, paciência misericordiosa, conforto e repreensão transformadora? O que faríamos sem Ele? Não consigo nem imaginar! Jesus encabeça a lista de tudo que é precioso!

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Paulo Vanzolini deixa 'Cuitelinho' definitivamente órfã Dezess eis anos depois da morte de Antônio Carlos Xandó, faleceu, no último domingo, Paulo Vanzolini, aos 89 anos. Com isso, a música 'Cuitelinho' fic a definitivamente órfã. Xandó, boêmio inveterado que residiu em Santa Rosa assim que se aposentou, no final da década de 1960, disse aos amigos daqui que ' recolheu' cuitelinho em uma de suas andanças pelas barrancas do rio Paranapanema, e cantarolou a Paulo Vanzolini. Este repassou a Nara Leão que a apresentou a Milton Nas cimento, cuja gravação fez da c anção um c lás sic o da MPB. Pena branca e Xavantinho c uidaram de ratificar tal distinção.

- Só a primeira estrofe era de um tal Nhô Gustão, de quem Xandó aprendeu. As outras duas eu fiz - explicou, em um programa da T V Cultura-SP, o compos itor que também era zoólogo e referência no samba paulistano, dono de outros c lás s ic os c omo "Ronda", "Volta por Cima" e "Praça Clóvis". Xa ndó - q ue f oi agente fiscal de rendas do Estado - convidou, mais de uma vez, Vanzolini para vir a Santa Rosa s e hospedar em s ua c as a, ' beber um pouco' , mas este sempre recusou, alegando - c om sua conhecida ironia - que gostava de cidade grande e do meio do mato, mas não aprec iava cidades pe-

Xandó

Vanzolini

quenas. Certa vez a dupla se encontrou em Tambaú, na Semana Universitária (Seunit) em que Vanzolini pales t rou. O c ompos itor acertou na mosca ao ante-

cipar, aos estudantes que o cercavam, o que o fis cal aposentado diria quando se encontrass em: "Caboclo, vancê num presta, vancê tem ruga na testa e veneno no coração".

Shows e Folias de Reis na praça Francisco Matarazzo Começou ontem o XXVIII Encontro de Folias de Reis na Praça Francisco Matarazzo com show de Wellington e Evandro . Hoje tem show com Adauto e teatro com a peça A Farsa dos Opostos e amanhã, domingo, a partir das oito da manhã, começa o encontro com a participação de 40 Folias de Reis de cidades da região.

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Alunos da rede municipal devem receber “Cartão Livro” para gastar na Feira do Livro Os alunos da rede municipal de Santa Rosa de Viterbo podem receber um benefício já garantido aos colegas da rede estadual: um Cartão Livro no valor de R$ 18 para gastar na 13ª Feira do Livro que ocorre em Ribeirão Preto de 6 a 16 de junho. O projeto foi apresentado pela Fundação Feira do Livro na última sexta, dia 26, ao chefe do Executivo de Santa Rosa do Viterbo, Cas s io de As s is Cunha Neto, e a mais 12 prefeitos da região e seus representantes. Para que os alunos recebam o Cartão Livro, o prefeito deve enviar um projeto à Câmara. Cunha Neto disse que o projeto é muito bom. "Dá para implantar já. Aliás, vim acompanhado de dois vereadores e já tenho o apoio deles." A rede municipal de Santa Rosa tem 2.500 alunos. O Cartão Livro já está garantido para 54 mil estudantes da rede estadual de Ribeirão Preto e mais 20 mil das esc olas estaduais de Cravinhos, Altinópolis, Brodow ski, Batatais, Cajuru, Cássia dos Coqueiros,Luiz Antônio, Santa Rosa de Viterbo, São Simão, Santo Antônio da Alegria, Santa Cruz da Esperança, Serra Azul e Serrana. O incentivo à leitura também já é realidade para 20.534 crianças

Tratar 9291 7671

da rede municipal de Ribeirão, que recebem um Cartão Livrinho nominal de R$ 20 para gastar na feira. A presidente da Feira do Livro, Isabel Farias, ressaltou a importância de os prefeitos garantirem aos alunos das escolas municipais o mesmo benefício que os das esc olas estaduais vão receber. Dárcy Vera, prefeita de Ribeirão Preto, afirmou ser fundamental levar as crianças a se interessarem pela leitura e dis se que a experiência do Cartão Livrinho incentivou até as crianças de 3 e 4 anos da rede municipal a gostar de livros. "A Feira do Livro deixou de ser apenas de Ribeirão. Fico muito feliz de ver os alunos da região participarem, não só c omo visitantes, mas também com a oportunidade, através do Cartão Livro, de poder comprar um livro do seu gosto e assim começar o exercício da leitura", disse Dárcy. Sobre a 13ª edição da Feira do Livro - Os homenageados deste ano foram novamente escolhidos através de uma votação pública no site da Feira do Livro. São eles: Monteiro Lobato, Pedro Bandeira, Florestan Fernandes e, como autor da terra, Nelson Jacintho. A patronesse é a reitora da Universidade

de Ribeirão Preto, Elmara Bonini, e o país homenageado é a Alemanha. O grande protagonista da edição deste ano será o educador, profiss ional imprescindível no mundo do conhecimento. A Feira contará com uma programação especial dedicada ao profes s or com debates , workshops, palestras e mesas redondas. Pela primeira vez, os shows da Feira serão realizados no Parque Maurílio Biagi, que receberá também toda a programação infantil. O Espaço Kaiser terá atividades para os adolescentes e o Theatro Pedro II abrigará as conferências e encontros com escritores. A Feira também ocupará a Esplanada do Pedro II e a praça XV, além de ter atividades no Palace, na Biblioteca Padre Euclides, na As-

sociação Comercial e Industrial (ACI) e na faculdade Faap (Fundação Armando Alvares Penteado). A programação dos shows Dia 7/6 20h - Show de abertura: Banda Chavala Talhada 21h - Show principal: Baby do Brasil Dia 8/6 20h - Show de abertura: Gabriela França 21h - Show principal: Gilberto Gil Dia 14/6 20h - Show de abertura: Larissa Baq 21h - Show principal: Diogo Nogueira Dia 15/6 20h - Show de abertura: Quinteto ColoQuial 21h - Show principal: Elza Soares

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ESPECIAL

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Um duelo no centro da cidade, e uma mulher muito teimosa G

raças à imprens a, algumas tragédias que enlutaram famílias e abalaram o município ficaram re gistradas. Outras s obreviveram guardadas na memória de quem as vivenciou. A quarta reportagem de nossa série rememora quatro crimes, dois deles publicados em jornais, e outros dois contados de viva voz.

tia demais com o marido. E Arlindo s empre repetia, 'você larga de beber, você larga dessa teimosia... A rua seria a Prudente de Morais. A mulher diz que era bem menina na época (ela nasceu em 1921) e foi, como toda a cidade, ver a falecida. Não se lembra de que forma se deu o crime. Sabe apenas que depois de matar Dorvalina, Arlindo caiu no mundo.

Uma mulher de 91 anos, que prefere não se identific ar, c ontou esta seman a s o bre u m c r ime acontecido nos anos 20, na ár ea c ent ral de San ta Rosa. Ela c omeçou descrevendo as casas daque-

Espanhol enfezado jornal O Commercio, de 21 de outubro de 1914, publicou a seguinte matéria com o título: "Ass assinato: Segunda feira última deu-se, na fazenda S. Antônio, pertencente ao Sr. Delduque, um assassinato que muito impressionou os moradores da mesma. Ac hava-s e o mulato Antônio Cezário em palestra com alguns de seus amigos quando chegou o espanhol Francisco Gomez e lhe perguntou o que estava fazendo ali, ao que respondeu Antônio que não era da conta dele. Depois de forte discussão, Francisco sacou de uma garrucha e, com dois tiros, prostrou em terra Antônio, fugindo em seguida, vindo a pobre vítima falecer instantes depois. Avisada a políci para lá se dirigiu, em diligência, o sr. Delegado em exercício que, apesar de seus esforços,

Depois de forte discussão, Francisco sacou de uma garrucha e, com dois tiros, prostrou em terra Antônio

le tempo e seus moradores, até que s ua memória descobriu a fatalidade. - E lá embaixo morou um senhor chamado Arlindo, e a mulher, Dorvalina, que bebia muito. Segundo ela, Dorvalina bebia e teimava; discu-

não conseguiu capturar o criminoso. O corpo da pobre vítima foi transportado para esta c idade, sendo, depois de autopsiado, sepul-

Symfrônio, que tinha as mãos livres, puxando de uma faca virou-se, enterrando-a no umbigo de seu agressor tado no cemitério municipal." "Não gosto de ouvir indiretas!' Outra funesta notícia foi publicada pelo jornal A Gazeta, em 17 de agosto de 1916: "As dezess ete horas do dia 13 deste mês o sr. Ivo Fernandes Ribeiro, acompanhado de seus camaradas Vic ente Ros a e Symfrônio José Primo, regressava desta cidade à sua propriedade agrícola, e pouco distante da estação férrea, prosando a respeito de serviços, quando Symfrônio parou dizendo a Vicente Rosa que não gostava de ouvir indiretas, e, avançando, pegou-lhe pelos ombros, mas Symfrônio, que tinha as mãos livres, puxando de uma faca virou-se, enterrando-a no umbigo de seu agressor - conforme infor-

Na década em que Arlindo matou Dorvalina, a praça Guido era assim

mou-nos o Sr. Ivo - caindo ambos, e, em seguida a outras facadas, puxou da garrucha disparou diversos tiros no cadáver de sua vítima. Ato contínuo intimou o seu patrão a não chegar em sua casa sem que ele, criminoso, tirasse de lá a sua roupa e fugisse. Nisto apareceu o sr. cap. Julião Ribeiro Salgado, que regressava para sua fazenda, e o Sr. Ivo contou o ocorrido, pedindo-lhe para voltar e comunicar a polícia, no que foi atendido. À noite o colono Clemente compareceu à polícia trazendo o criminoso e entregando-o à autoridade". Italiano sacou mais

rápido - Pela mesma época o centro de Santa Rosa foi palco de um duelo nos moldes daqueles do velho oeste americano. O fato aconteceu por volta de 1915, e foi narrado por Mário Rangon que o reteve na memória. O prédio em que hoje está a Ótica Rangel, na praça Guido Maestrello, abrigou, entre os anos 50 e 70, o Café Único, de João Balbino de Lima, que antes exercera, no mesmo local, outro ofício que lhe valeu o apelido de João Barbeiro. Mas no começo do século XX funcionou ali a fábrica de mac arrão de Emílio Mus solim, movida pela energia de um cavalo: cavalo de verdade, e não HP,

já que a cidade ainda não dispunha de eletricidade. O sistema era o mesmo das velhas olarias: o animal circulava em torno da masseira, atrelado à vara que acionava a engrenagem, misturando água e farinha. O hoteleiro italiano, Pedro Stringuetti, es tacionou a charrete na porta da fábrica, desceu dela e segredou no ouvido do dono que estava na calçada: - Hoje eu morro matado ou fico criminoso. Esse homem quer me matar - e mostrou, disfarçadamente, a pessoa que chegara com ele na charrete. Minutos aflitos transcorreram até que Raphael, o nortista aboletado na charrete, chamou Pedro para irem embora, mas este relutou: - Então, se você não vai, é aqui mesmo - disse Raphael ao mesmo tempo em que fez o gesto de sacar uma arma. O italiano, que estava atento, sac ou primeiro, atirou e acertou o rosto do nortista, matandoo instantaneamente.

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AGENDA DO EMPRESÁRIO por Ângelo Eduardo Monici

A polêmica "PEC das domésticas" Aprovada pelo Senado garante a este trabalhador o direito, entre outras coisas, ao recolhimento do FGTS, recebimento de indenização em caso de demissão sem justa causa, salário-família e seguro-desemprego - esses itens ainda dependem de regulamentação. Também foi fixada a jornada máxima de trabalho, estabelecida em 08 (oito) horas diárias e 44 (quarenta e quatro) horas semanais. Na hipótese do serviço se prolongar para além desse período, eles também passam a ter direito ao recebimento de horas extras e também adicional noturno. Além destes direitos a PEC trouxe consigo muita polêmica, vez que, por tratar de uma situação tão próxima à realidade da classe média, não é difícil encontrarmos em nosso dia-a-dia defensores e opositores em relação à ampliação dos direitos trabalhistas dos domésticos. É certo que o labor doméstico no Brasil tem sua origem na triste herança escravagista, e baseou-se na exploração de ex-escravos que não conseguiam se inserir no mercado de trabalho ante a discriminação então existente. Passados mais de 100 anos da Lei Áurea, o retrato da sociedade brasileira ainda é pintado com resquícios de preconceito e na exploração de mão-de-obra, o que para muitos converge na privação de direitos dos empregados domésticos com o intuito de garantir o conforto da classe média. Todavia, em que pese essa ascendência histórica escravagista, o mercado de domésticos atualmente comporta grande parcela de obreiros, e com o aumento substancial do salário-mínimo nos últimos anos, os trabalhadores domésticos puderam ter acesso a diversos produtos e serviços que antes seria impossível de imaginar. O encarecimento da contratação, certamente irá diminuir tais postos de trabalho - causando demissões ante o alto custo de manutenção desse empregado, e aumentar a informalidade, vez que para "fugir" desta onerosidade, certamente alguns empregadores deixarão de assinar a CTPS do obreiro e de contribuir junto à previdência social, tentando de todas as formas mascarar o caro vínculo empregatício - sendo que as consequências da informalidade são nefastas para toda a sociedade. É preciso que o Brasil pense num modelo mais adequado à realidade e que atenda tanto empregados como empregadores domésticos. A legislação deve ser protecionista, mas não ao ponto de ceifar vagas de emprego. Ressaltamos que não é questão de tratar empregados diferentemente, mas sim os empregadores de forma desigual, já que um "lar" não pode ser equiparado a uma "empresa", cujo objetivo principal é a busca do lucro.

GERAL

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Família nega que mulher atropelada foi abandonada Familiares de dona Isabel Cristina Teodoro procuraram o Jornalzão ontem para informar que, apesar de ter sofrido um acidente grave há duas s emanas , está sendo c uidado pela avó, Conceição Aparecida da Silva, de 63 anos na rua Mato Grosso, num c ômodo dos fundos, que é de uma s obrinha, Elaine, que também informou ao Jornalzão que a tia passa bem e não foi abandonada. Isabel foi atropelada por um ônibus esc olar da prefeitura quando tentou atravessar a rua Alagoas com rua Mário Carneiro da Silva, o motorista não viu e ela foi arrastada um trec ho pelo

veículo. A PM constatou no local que ela tinha sofrido fratura na mandíbula e em Ribeirão Preto o quadro mostrou que ela tinha fraturado 4 vértebras e fraturado a mandíbula. Sentada à cabeceira da cama de solteiro da casa, ela conta que está bem e que os médicos acreditam que em três meses estará totalmente recuperada. "Quero sarar antes, prec iso trabalhar", diz ela animada, falando no c elular c om uma amiga. Os familiares chamaram o J ornalzão para negar informações que foram public adas no periódico "Folha Favorita" de ontem. Segundo eles a matéria está

equivocada. "Public aram que a gente estava sem assistência, e isso é mentira", diss eram os familiares. Na hora em que o Jornalzão chegou ao local o prefeito Cassinho, o vice Lê e o delegado Gonini Junior já estavam na casa conversando com a família, junto com a assistente social. Apoio - No local o prefeito informou que tem dado todo o apoio à família. O delegado Gonini Júnior a pedido do prefeito ac ompanhou a vis ita e anunciou que vai abrir inquérito policial para apurar as informações veiculadas no jornal "Folha Favorita"

sobre o fato, as quais dona Conceição, avó de Isabel, diz que não são verdadeiras " Eu liguei várias vezes para o Jornalzão para dizer a verdade, porque eu nunca falei aquilo que escreveram". Ela diz ainda que não autorizou a foto da neta na cama publicada pela periódico e não quis que o Jornalzão fizess e a foto da vítima. O delegado Gonini Junior diz que o periódico pode responder por c rimes da calúnia e difamação. Já o prefeito diz que vai denunciar o fato à Promotoria, pedir direito de respos ta e entrar com ação indenizatória contra o periódico por danos morais e injúria.

Vizinha reclama de mau cheiro e cachorro abandonado A dona a de casa Ivani Damas ceno, que mora no 127 da rua Pernambuco reclama que a casa vizinha a dela está abandonada, os inquilinos foram embora e o mau cheiro toma conta das redondezas. "Eles foram embora, deixaram lixo de cozinha jogado na área, o cano de água da pia vaza e também causa mau cheiro e,o que é pior, abandonaram o c ac horro fec hado na casa". Ela pedia providências da imobiliária que alu-

ga a casa, e na Vigilância Sanitária, que ficaram da resolver o problema. Outra moradora na mesma rua, na casa em frente, diz que o esgoto da vizinha do lado de cima está vazando e causando mau cheiro. Também foi reclamar, mas até ontem, o problema c ontinuava. Ontem, a Vigilância Sanitária foi ao local, levou o cachorro para a ABA, retirou o lixo da casa e notificou a imobiliária para tomar providências.

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POLÍCIA

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Ladrões ameaçam caseiro armados e roubam trator de fazenda Quatro ladrões armados e encapuzados roubaram um trator Mas sey Fergunson da Fazenda Bezerra já no município de Tambaú, perto de São Padro dos Morrinhos, na semana passada, depois que dominaram o feitor da fazenda e o prenderam no es c rit ório. Segu ndo o dono da fazenda, os ban-

didos que estavam armados c om dois revólveres 38, e escopeta, chegaram por volta das 7 e meia de noite, e ameaçaram o c aseiro, que estava carregando um pulverizador. Eles obrigaram o rapaz a desengatar o pulverizador e o prenderam no escritório, dizendo que ele deveria esperar umas duas horas

para s air depois que eles tivess em deixado a fazenda. Também disseram ao caseiro que estavam vigiando a fazenda fazia uns quatro dias. Ainda levaram o celular do cas eiro. Segundo o dono da fazenda, o trator deve valer 90 mil reais e até ontem não tinha sido recuperado e não havia pis tas dos bandidos.

Furtaram farmácia de madrugada no Teto Na quinta-feira de madrugada dois jovens arrombaram a porta da Farmais do Nos s o Teto, c om um guia de s arjeta, quebraram computadores e tentaram levar uma impress ora que abandona-

ram no "Montorão" porque um deles mac hucou a mão que s angrava muito e ele não c ons eguiu c ontinuar a caminhar segurando a máquina. Além da impres s ora levaram uma pequena quantidade

de dinheiro do caixa. A políc ia não tem pista dos ladrões , mas moradores do T eto dizem qu e os dois jovens, que es tavam encobertos pela c amis a na cabeça s ão conhecidos na redondeza.

Motoqueira atingida por carro na avenida Uma garota sofreu atropelamento na quintafe ira qua ndo des c ia a avenida Pres idente Vargas na altura da es c ola Vergínio Meloni quando o motoris ta de um c arro fez uma conversão e derrubou ela e a moto. Segundo os PM Sargento Adão e soldado Henrique que atenderam a ocorrênc ia, ela s ofreu esc oriações nas pernas e foi enc aminhada ao P.S.

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FALA NOSSO TETO

por Serginho Gomes

Árvores da avenida são podadas

Pedras serão usadas para calçamento

A prefeitura fez a poda das árvores da avenida Luíza Garcia Ribeiro. O serviço era uma reivindicação de vários moradores que vinham observando, com receio de acidente, a queda quase diária de galhos. No início do ano um comerciante estabelecido na avenida viu cair um galho sobre o para-brisa de um carro enquanto trafegava sentido centro-bairro. "Ficou muito bom, apesar de achar que deveriam podar mais os galhos que ficam espetados para cima. A avenida está "menos poluída" visualmente e a luz clareia mais a loja tanto de dia como de noite", disse um comerciante.

Alguns moradores do Franco Montoro estão se queixando de pedras colocadas pela Prefeitura na margem da rua Joaquina Custódia Ribeiro. "As crianças pegam pedras e jogam nos carros que estão passando, algum acidente pode vir a acontecer e cachorros estão usando o local como banheiro", afirmam Es sa semana, Dalila Verucc i, chefe da Habitação da prefeitura, informou que a Prefeitura irá construir calçada no loc al e as pedras fazem parte do material a ser us ado.

Gato "Laranjinha" sofre atentado por envenenamento O gato, "Laranjinha" de aproximadamente quatro anos de idade e raça indefinida, sofreu tentativa de assassinato por envenenamento, segundo a sua dona, Tauane de Cris Baltazar. Abalada com o fato, Tauane, que mora na rua José Hipólito Xavier, 256, diz que um vizinho a chamou dizendo que o gato estava passando mal em sua casa. O gato, que foi um presente do namorado da moça, era conhecido de todos na rua. "Quando cheguei ele estava babando, com os olhos virados e com dificuldade de respirar", disse ela. Ainda segundo Tauane, "Laranjinha" foi socorrido às pressas até a veterinária que medicou o animal e teria confirmado as suspeitas de envenenamento por chumbinho. "Ela aplicou uma injeção e ele vomitou umas escamas pretas parecidas com ponta de lápis". Para manter "Laranjinha" longe da mira do "assassino de gatos", que já teria matado vários deles naquela rua, segundo moradores, o felino está sendo mantido parte do tempo em amarrado numa coleira para se alimentar, enquanto se recupera do atentado contra sua vida. "Por qualquer real as pessoas compram chumbinho e fazem essa maldade e as lojas vendem, mesmo sendo ilegal", disse a jovem acariciando "Laranjinha", que posou para uma foto.

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Muro das "lamentações" O aguardado muro de arrimo das casas do Franco Montoro, muro que se tornou o motivo das "lamentações" dos mutuários daquelas casas, parece estar próximo da construção. Dalila Verucci, chefe da Habitação deu a seguinte informação essa semana: "Foi instalada a Licitação na modalidade concorrência pública sendo que, verificado a documentação de habilitação dos interessados, é aberto o prazo recursal. O processo será concluído até o final do mês de maio". Segundo ela, as obras devem começar em de junho,

Duzentos mil chegando Presente na final da comemoração do Dia do Trabalhador, evento realizado no Bosque Municipal, pela Prefeitura no dia primeiro de maio, o prefeito Cassinho disse em uma conversa informal, que a verba anunciada nos jornais da cidade no valor de duzentos mil reais, ainda não tem um destino final traçado: "Vamos aplicar essa verba da melhor maneira possível no querido bairro "Nosso Teto". Estamos estudando alguns projetos que logo revelaremos aos moradores", disse o prefeito.

Confirmado show de Diego e Ramón no bairro e várias outras atrações Uma fonte não oficial, confirmou o show da dupla Diego e Ramón, no próximo sábado, dia 11, na praça Zuleika de Melo M. Balbão. O show fará parte da comemoração dos 31 anos do bairro ocorrido no dia 21 do mês passado. A festa de aniversário começou a ser comemorada em 2008.. Segundo as informações, essa não será a única atração da festa. Haverá outros shows sertanejos, pagode e gospel, envolvendo artistas da cidade. A Banda Filarmônica Municipal também deverá se apresentar. No domingo terá a tradicional manhã de lazer que promete, além dos brinquedos para a criançada, muita prestação de serviço à população, esportes e saúde. O canil da Polícia Militar de Ribeirão Preto poderá participar do evento. Ontem um folheto oficial circulou no bairro confirmando as informações.

Mais uma lombada pronta Os moradores da rua Sebastião de Campos, na altura da praça Zuleika de Melo M. Balbão, pediram e receberam uma lombada naquele trecho da via. Apesar do protesto dos motoristas, a lombada segue firme no asfalto impedindo velocidade alta, que motivou o pedido dos moradores feito no Jornalzão e um abaixo assinado entre eles.

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