1. Szymborska: afeto, inteligência, humor/ Colóquio Mulher&Poesia (UNIRIO/UFF) Olga Kempinska: participação pela ausência
Szymborska: afeto, inteligência, humor Colóquio Mulher&Poesia (UNIRIO/UFF) Olga Kempinska
“Os poetas levam a pior. Seu trabalho é irremediavelmente não fotogénico”
1. Definir poesia Uma vez que duas coletâneas de Szymborska foram publicadas no Brasil nos últimos anos, ambas contendo primorosas traduções de Ragina Przybycien, os leitores brasileiros já devem conhecer a instigante definição negativa da poesia no poema “Alguns gostam de poesia”, de 1993:
(...) mas o que é isso, poesia. Muita resposta vaga já foi dada a essa pergunta. Pois eu não sei e não sei e me agarro a isso como a uma tábua de salvação. (SZYMBORSKA, 2011, p. 91)
Em minha comunicação gostaria de desdobrar a renúncia à definição da poesia, debruçando-me sobre o trabalho crítico de Szymborska, que constituiu para a poeta um