Ficha de trabalho 3 – Inflação
Alimentos e petróleo levaram inflação para terreno negativo em 2104
O ano passado assistiu a uma taxa de inflação negativa de 0,3%, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Este valor, que contrasta com a previsão de 0% que o Governo apresentou no Orçamento do Estado (elaborado em Outubro), teve como principais agentes os bens alimentares não transformados (com destaque para as frutas e produtos hortícolas), e os produtos energéticos (combustíveis). Olhando para o indicador de inflação subjacente, que não contabiliza estas duas categorias de produtos, a taxa de variação do índice de preço no consumidor (IPC) sobe (embora pouco) para os 0,1%. “Em 2014 verificou-se um crescimento médio anual mais elevado dos serviços que o observado para os bens”, destaca o INE. No primeiro caso a taxa de variação média foi de 0,8% e, no segundo caso, chegou aos -1,1%. Os dados de 2014 ficaram completos com a divulgação, ontem, da taxa de Dezembro, que mostrou uma variação nula. Em declarações à Reuters, Filipe Garcia, economista da IMF, afirmou que os dados de Dezembro, “mês em que normalmente a inflação é positiva”, reflectem “o impacto dos preços da energia.” “Portugal fecha o ano com uma inflação média de -0,3%, bem abaixo das previsões institucionais e em terreno de deflação. O risco de essas previsões estarem incorrectas já era claro desde meados do ano, altura em que alertámos para o facto”, acrescentou. Já Teresa Gil, do gabinete de estudos do BPI, destacou que “os preços poderão ficar em valores negativos durante alguns meses” mas, para já, “dizer que estamos num cenário de