Revista Maranathá

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Revista

MARANATHÁ

''Somos todos chamados à santidade'' Papa Francisco

Edição de Outubro 2019


Revista Maranathá

Foto: Saulo Guglielmelli

Sumário

Vocação .............................................................3 Matéria Especial....................................4

Espiritualidade.......................................6 Afetividade e Sexualidade....................7

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A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO NA VIDA DA IGREJA

Vocação

Texto e foto: Adora Comunicação

Quando falamos em comunicação, nos referimos ao processo comunicacional e a toda e qualquer forma de transmissão de mensagens, conteúdos ou informações para outras pessoas.No mundo contemporâneo, falar da comunicação como espaço para se realizar a evangelização significa abordar, sobretudo, um contexto de sociedade que se transforma numa velocidade alucinada, marcado pelos avanços tecnológicos, principalmente pela era digital, que provoca mudanças sociais e de costumes. A Igreja, em sua missão evangelizadora, é chamada a comunicar Jesus Cristo, Senhor da Vida, nosso Salvador! Para comunicar essa Boa Notícia a pessoa que o faz precisa antes ser evangelizada e não apenas saber as técnicas da comunicação. Por isso, quando se trata da comunicação como caminho para evangelização, é necessário um olhar com maior sensibilidade para entende-la. Isso porque não comunicamos qualquer coisa e de qualquer maneira. Comunicamos a

experiência com Jesus Cristo, a paixão pelo evangelho e o amor pela verdade. O Apóstolo Paulo é uma referência na Igreja quando o assunto é comunicação. Com sua vida e suas atitudes de comunicador, ele nos ensina o quanto a comunicação é essencial para o conhecimento profundo de Jesus, a verdade encarnada. Paulo só foi um grande comunicador porque tinha firme sua experiência com o Senhor e o motivo de sua comunicação. O modo de agir de Paulo revela-nos a importância da prática comunicativa na Igreja: A comunicação é uma das necessidades básicas do ser humano. É por meio da comunicação verbal e não verbal que as pessoas interagem entre si e constroem a sociedade. Assim como não existem homens sem sociedade, também não existe sociedade sem comunicação. Ela é o fio condutor que perpassa pessoas, grupos sociais e instituições e

possibilita a construção do que chamamos de cultura. Evangelizar é comunicar. Paulo é o apóstolo que não se cansou de proclamar a “boa-notícia” de Jesus Cristo. não existe evangelização sem comunicação. Evangelizar implica necessariamente em comunicar. Até mesmo o testemunho de vida como ação evangelizadora é um pressuposto e também uma forma de comunicação. O ato de testemunhar é comunicar com a própria vivência a mensagem do Evangelho. Que a exemplo de São Paulo, tenhamos firme o sentido de nossa comunicação e tenhamos um só objetivo: chegar ao maior número de pessoas com a palavra de Deus.

“Somos membros uns dos outros” (Ef 4, 25)

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Matéria Especial

De Maria Rita a Irmã Dulce Texto: Vatican News

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aria Rita nasceu, em Salvador, Bahia, em 1914. Tinha 6 anos quando sua mãe faleceu. Aos 18, entrou para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, onde recebeu o nome de Dulce. Fundou a União dos Trabalhadores de São Francisco, um movimento operário cristão, e o hospital Santo Antônio. Irmã Dulce faleceu na capital baiana em 1992. Foi beatificada em 2011, durante o Pontificado de Bento XVI. O milagre que a levou à canonização é a cura milagrosa de José Maurício Bragança Moreira, que ficou cego por causa de um glaucoma grave. Ao sofrer de conjuntivite, colocou uma pequena imagem da Irmã Dulce sobre os olhos, pedindo a sua intercessão. Quando acordou, voltou a ver de novo. Foto: Pinterest

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Elevada à honra dos altares

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Texto: Vatican News celebração litúrgica com o rito da canonização reuniu cerca de 50 mil pessoas na Praça São Pedro. Com o “Anjo bom da Bahia”, foram canonizados também João Henrique Newman, Josefina Vannini, Maria Teresa Chiramel Mankidiyan, e Margarida Bays. A cerimônica teve início com o rito da canonização: o prefeito da Congregação das Causas dos Santos, Cardeal Angelo Becciu, acompanhado dos postuladores, foi o Santo Padre e pediu que se procedesse à canonização dos beatos. O Cardeal apresentou brevemente a biografia de cada um deles, que foram então declarados santos. Seguiu a ladainha dos santos e o Pontífice leu a fórmula de canonização.

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Espiritualidade

O Santo Rosário e por que ele é necessário Muitos santos atestam: o Rosário é a oração privada mais frutuosa e agradável que podemos oferecer a Deus. E essa é uma verdade permanente para todos os cristãos, seja qual for o estado de vida em que se encontrem. Texto: Padre Paulo Ricardo

O Rosário constitui um caminho espiritual riquíssimo, através do qual Deus nos quer conduzir a todos, pelas mãos de Maria Santíssima, à íntima união com Jesus Cristo, seu Filho encarnado. Por se encontrarem unidas nele as duas principais formas de oração — a vocal e a mental —, o Rosário permanece sempre um tesouro a descobrir, um

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convite constante que Nossa Senhora nos dirige para encontrarmos, com renovado entusiasmo, o segredo desta devoção que tanto agrada, mais do que todas as outras, o seu Imaculado Coração de Mãe.

''Rezai o terço todos os dias'' - Nossa Senhora

Foto: Danilo E. da Silva

Foto: Bianca R. Galvão


Afetividade e Sexualidade

O que é a castidade?

Se você tivesse um grande tesouro, e ele estivesse sob o risco de ser roubado, o que você faria? Foto: Cristine D. Bastos Fischer

Texto: André Botelho Começo esse texto chamando a atenção do leitor para que ele não confunda castidade com celibato. Esse é a continência sexual vivida pela causa do Reino de Deus. Já castidade é uma virtude que pode ser vivida em qualquer estado de vida, ou seja, como solteiro, casado e, inclusive, celibatário, religioso e padre. Esclarecido isso, entramos na questão. Se você tivesse um grande tesouro, e ele estivesse sob o risco de ser roubado, o que você faria? Com certeza, você o protegeria da melhor maneira possível. Aliás, hoje em dia, os bancos existem para isso. E qual é seu maior tesouro? É a capacidade de amar, ou seja, o dom de dar e receber amor. Essa é a grandeza suprema do ser humano. A liberdade tem seu sentido mais profundo quando somos capazes de exercer esse dom do amor. “A castidade é a energia espiritual que sabe defender o amor dos perigos do egoísmo e da agressividade, sabe promovê-lo para a sua mais plena realização” 1. A castidade, então, é a proteção, a defesa de nosso maior tesouro: o amor. Assim, a virtude da castidade não pode ser “entendida como uma virtude repressiva, mas, pelo contrário, como a transparência

e, ao mesmo tempo, a guarda de um dom recebido, precioso e rico, o dom do amor, em vista do dom de si que se realiza na vocação específica de cada um”. A capacidade de amar do ser humano vem do fato de Deus nos ter feito à Sua imagem e

semelhança. “‘Deus é amor’ (1Jo 4,8) e vive em si mesmo um mistério de comunhão pessoal de amor. Criando-a à sua imagem, Ele inscreve na humanidade do homem e da mulher a vocação, e, assim, a capacidade e a responsabilidade do amor e da comunhão. O amor é, portanto, a fundamental e originária vocação do ser humano”. Assim, o ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus, é “capaz de um tipo de amor superior: não o amor da concupiscência, que vê

só objetos com que satisfazer os próprios apetites, mas o amor de amizade e oblatividade, capaz de reconhecer e amar as pessoas por si mesmas”. Essa capacidade de amar se manifesta em nossa vida através da nossa sexualidade e afetividade. Contudo, pelo pecado original, nossa capacidade de amar ficou deformada pelo egoísmo e pela busca de satisfação própria (prazer), por um amor desordenado e irracional por si mesmo. Essas marcas nos impedem de viver o amor livre e puro. É justamente aí que entra a castidade: ela nos educa e liberta, devolvendo-nos a capacidade de amar livremente a Deus e aos homens com toda plenitude do nosso ser. Ordena toda a dinâmica da nossa afetividade e sexualidade para Deus, limpando-as dos desvios e da desordem do pecado (amor centrado em si mesmo: egoísmo e busca da própria satisfação – prazer) para que possamos viver o amor na sua dimensão mais pura e sublime que é a caridade: ofertar-se inteiramente para o bem do outro. “A pureza prepara a alma para o amor, e o amor confirma a alma na pureza”. - Cardeal H. Newman

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Oração á Santa Dulce dos Pobres Senhor nosso Deus, lembrados de vossa filha, a santa Dulce dos Pobres, cujo coração ardia de amor por vós e pelos irmãos, particularmente os pobres e excluídos, nós vos pedimos: dai-nos idêntico amor pelos necessitados; renovai nossa fé e nossa esperança e concedei-nos, a exemplo desta vossa filha, viver como irmãos, buscando diariamente a santidade, para sermos autênticos discípulos missionários de vosso filho Jesus. Amém.


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