ESPECIAL FÉRIAS E TURISMO

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Grande Prémio Empresarial de Karting realiza-se a 14 de Setembro em Almeirim Amantes da velocidade ou simplesmente todos aqueles que queiram libertar o stress do dia-a-dia ao volante, podem juntar-se à XIV edição do Grande Prémio Empresarial de Karting da Nersant, que terá lugar no kartódromo de Almeirim, no próximo dia 14 de Setembro. As equipas participantes, que devem ser constituídas por 5 elementos, vão poder des-

frutar do evento, que proporciona agradáveis momentos de convívio e animação entre as diversas empresas da região em competição, ao mesmo tempo que cimenta o espírito de equipa e desenvolve estratégias de team building entre os diversos elementos de cada equipa. Cada equipa participante deve montar a sua própria estratégia, uma vez que a prova terá a duração

de seis horas, sem parar. As inscrições, limitadas a 20 equipas, devem ser feitas no site da Nersant, em www.nersant. pt e custam 300 euros por equipa. Para mais informações, os interessados devem contactar o Departamento de Associativismo, Marketing e Eventos da Nersant, através dos contactos dame@nersant.pt ou 249 839 500.

ECONOMIA

11de Julho de 2013

Especial Férias e Turismo

Ribatejo essencial para quem quer variar! Férias ou fins de semana em locais por descobrir e com todas as comodidades Se quer conforto o Ribatejo tem. Se quer aventura, também tem. Se suspira pela frescura e pela natureza a solução é o Ribatejo. E o Ribatejo tem património arquitectónico, história, tradição, divertimentos para todas as idades, gastronomia e vinhos premiados, cavalos, toiros bravos a pastar em liberdade, desportos náuticos, museus desconhecidos, grutas encantadas, um centro de ciência viva onde pode observar a incrível vida dos morcegos. Os agentes económicos ligados directa ou indirectamente ao turismo e lazer só pedem desculpa por não terem praias oceânicas com ondas de água salgada mas acreditam que isso não pesará muito na altura de escolher um destino para uns dias de férias ou um fim-de-semana. Ao fim de tantos anos de mar, talvez tenha chegada a hora de variar. Nesta edição, um grupo alarga-

do de empresários e autarcas dá a conhecer o que é praticamente desconhecido mesmo na região. Sabia que Santarém tem um complexo aquático ao nível dos melhores do género? E que na Golegã existe um chalé transformado em Museu que foi o primeiro estúdio de fotografia feito de raiz em todo o Mundo? Em plena Serra d’Aire pode passear a centenas de metros de profundidade nas grutas de Mira d’Aire e se fizer questão até pode casar-se lá mesmo, no interior da terra. Em Alcanena, junto à nascente do Alviela, pode observar a vida dos morcegos, no carsoscópio. Em Alpiarça existe uma jóia da museologia nacional. A Casa-Museu dos Patudos. No Entroncamento, capital do comboio, pode observar de perto as velhas locomotivas do início do caminho de ferro. Passe os olhos pelas páginas seguintes e comece a delinear um

programa com base nas sugestões que lhe apresentamos. Não se preocupe com alojamento ou refeições. Há de tudo para todos os gostos e para os mais diversos preços. Do mais sofisticado ao mais simples. Do tradicional ao mais moderno. O Ribatejo já foi província mas não é parvónia. Aqui a tradição vive mas deixa viver e respirar a modernidade. Se quiser ir deitar-se com as galinhas, dormir a ouvir grilos, cigarras e água nos regatos e acordar com o cantar do galo, o Ribatejo tem. Se quiser passar a noite num bar à conversa com os amigos ou numa discoteca aos saltos até se cansar, o Ribatejo também tem. E tem mil e uma festas populares em todas as cidades, vilas e aldeias. Recapitulando o aviso inicial. É tempo de conhecer algo mais do que conhece e repete ano após ano. Venha variar e depois conte-nos como foi.

Empresas e instituições que colaboram neste suplemento Câmara Municipal de Abrantes; Câmara Municipal de Alcanena; Câmara Municipal de Alpiarça; Câmara Municipal de Benavente; Câmara Municipal de Chamusca; Câmara Municipal do Entroncamento; Câmara Municipal da Golegã; Câmara Municipal de Tomar; Casa de Acolhimento Maria Odete Pereira Elias; Casa de Acolhimento de Anabela Raimundo; Casa dos Vargos; Centro de Ciência Viva do Alviela; Desmor; El Galego Scalabitano; Grutas de Mira D’Aire, SA; Happy Tur Agência de Viagens e Turismo, lda; Hotel Lusitano; Hotel Peregrinos de Fátima; Hotel Quinta das Pratas; Hotel Segredos de Vale Manso; Hotel Vitória; Lar e Repouso do Ribatejo; Nersant; Paulino Nunes & Martins, lda; Pneusol; Rodoviária do Tejo; Quinta da Anunciada Velha; Quinta da Feteira; Quinta dos Alámos; Quinta S. Gens; Residencial Lar da Minha Mãe; Restaurante Olhos d’Água; Scalabisport; Soprar Sorrisos, lda; Up Viagens; Viagrupos Agência de Viagens e Turismo;


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Faz falta um “quase nada” para que o Ribatejo passe a ter os turistas que merece Tirando o mar há de tudo para atrair visitantes, quer ao nível do património, da natureza e da gastronomia O que faz falta a nível do turismo do Ribatejo é a coordenação da oferta e a sua eicaz divulgação. A receita tem sido aplicada com assinalável sucesso em algumas regiões de Portugal que em termos de diversiicação e qualidade de produtos nem sequer são mais ricas. Neste especial reunimos algumas opiniões de pessoas atentas ao problema e que aproveitam para lembrar o que de melhor pode ser usufruído na região.

Uma terra branca chamada Chamusca situada entre a lezíria e a charneca Francisco Matias, vice-presidente da Câmara Municipal da Chamusca Dos miradouros da Chamusca avista-se o Tejo espraiando-se entre terras férteis e a charneca. A vila e todo o concelho convidam ao repouso e ao contacto com a natureza mas também possui um vasto património de igrejas e capelas, muitas das quais privadas e lugares com memória e tradição. “Temos para oferecer um turismo saudável, recheado de memórias e tradições e que passa por todas as freguesias do concelho”, refere Francisco Matias, vice-presidente da Câmara da Chamusca que aconselha a quem chega sem ideias definidas, um contacto com o posto de turismo. Esclarece que há três percursos turísticos distintos, embora delineados de forma muito informal: o circuito da borda de água, o circuito da terra branca e o circuito da charneca ribatejana, mais virado para o interior do concelho. Se no percurso que segue as linhas de água o visitante pode andar a pé ou de bicicleta, para ir até à Charneca tem que se deslocar de carro ou, preferencialmente, de mota. Encontrar uma escultura da autoria de Cutileiro, olhando do alto de um miradouro o Castelo de Almourol no meio do rio Tejo, é uma das muitas surpresas que o visitante pode desfrutar. Um vislumbre de toiros bravos ou de cavalos pastando livremente é outra atracção possível. No Verão, dando particular atenção aos jovens, a autarquia aposta na dinamização de actividades de ocupações de tempos livres (ATL’S) com passeios de BTT, passeios pedestres, caminhadas nocturnas de orien-

tação e natação, por exemplo. Os pais não ficam sem fazer nada enquanto os mais pequenos se divertem e, também para eles, foram criados programas turísticos que, em paralelo, resultam em diversão para toda a família. Ao longo do ano há momentos festivos que merecem atenção especial. No Natal, por exemplo, é realizado um presépio vivo que resulta numa criação fora do vulgar. Na Quarta-feira de Cinzas, o Jogo do Quartão e o Enterro do Galo são tradições populares que já atraem a curiosidade de muitos. A Semana da Ascensão é o cartão de visita da vila com diversão non-stop, apanha da espiga, actividades taurinas e gastronomia. “Quem quiser experimentar ser ribatejano é vir à Chamusca nessa altura”, explica Francisco Matias.


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Tomar não é só o Convento de Cristo, a Mata dos 7 Montes ou a festa dos Tabuleiros Carlos Carrão, presidente da Câmara Municipal de Tomar É sem hesitar que o presidente da Câmara Municipal de Tomar, Carlos Carrão, aconselha uma visita ao conjunto monumental constituído pelo Convento de Cristo e pelo Castelo Templário, considerado pela UNESCO como Património da Humanidade. Mas Tomar, cidade templária com o Rio Nabão a dividir a parte histórica da urbe moderna, tem muito mais para explorar. “Quem nos visita não deve perder a possibilidade de conhecer, o melhor possível, o Convento de Cristo, mas tem muito mais para fazer, a começar por um périplo pelo centro histórico, recheado de pormenores relevantes e património valioso como a Sinagoga e as igrejas de S. João Baptista e de Santa Maria do Olival”, sugere. Carlos Carrão considera ainda fundamental visitar os magníficos espaços verdes da cidade, nomeadamente a Mata dos Sete Montes e os jardins do Mouchão e da Várzea Pequena, junto ao rio Nabão, onde é igualmente “obrigatório” conhecer a célebre roda árabe. Fora do limite urbano, os visitantes podem usufruir da magnifica albufeira do Castelo do Bode, onde contemplam uma paisagem arrebatadora e podem praticar diversas actividades aquáticas e de aventura. Ao longo do concelho tem ainda património construído, belos recantos naturais, magníficos restaurantes e adegas de qualidade à espera da sua visita. Para além das visitas que podem ser feitas em qualquer altura do ano, a cidade

merece ser visitada em alturas de acontecimentos organizados, relacionados com a tradição e a gastronomia, dos quais se destaca o Congresso da Sopa, em Maio. A Festa dos Tabuleiros - a próxima realiza-se em 2015 - ou o Festival das Estátuas Vivas, que se realiza este ano entre 13 e 15 de Setembro. As inúmeras festas populares de Verão, o Festival dos Bons Sons, em Cem Soldos, por onde passam os mais representativos artistas da música portuguesa e o festival gastronómico do Feijão com Todos, aconselham a que seja dada uma atenção especial a Tomar ao longo de todo o ano.

Conhecer a biodiversidade de um território tipicamente ribatejano A proposta da Câmara Municipal de Benavente Jogar golfe num circuito reconhecido como um dos melhores da Europa, na zona de Santo Estêvão, dar passeios a cavalo e de charrete, fazer turismo natureza na Companhia das Lezírias, fazer uma caminhada ou um passeio de canoagem (programa Natura Convida) ou assistir a uma das muitas festas tradicionais são algumas das actividades turísticas que o concelho de Benavente oferece. Visitar o concelho de Benavente é aproveitar a elevada biodiversidade embrulhada em magníficas paisagens. Sendo um território tipicamente ribatejano, sente-se o ambiente criado pela imensa charneca, pelo toiro bravo e pela lezíria dos cavalos. O ex-libris do concelho a nível turístico é, sem dúvida, a riqueza ambiental que inclui uma área vastíssima de montado de sobro e de charneca em 160 quilómetros quadrados de zona protegida e uma grande parte de Reserva Natural do Estuário do Tejo”. A gastronomia é também de realçar. Os turistas podem visitar a pequena ermida de São Brás, na Barrosa, a Fonte do

Concelho de Samora Correia datada de 1758, a Igreja Matriz inaugurada em 1721 ou o Palácio do Infantado, um dos edifícios mais emblemáticos

de Samora Correia. Salienta-se ainda o pelourinho que foi erigido em 1516, o Convento de Jericó mandado construir por D.Luís, o edifício da câmara municipal, com a sua majestosa torre metálica ou o Museu Municipal instalado num palacete do Séc. XVIII.


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Oferta turística necessita de ser mais divulgada António Campos, presidente da Comissão Executiva da Nersant- Associação Empresarial da Região de Santarém “A região do Ribatejo tem potencialidades, alguns circuitos turísticos organizados mas a oferta turística necessita de ser mais divulgada junto do grande público. Há um enorme potencial mas falta fazer muita coisa ainda”, considera António Campos, presidente da Comissão Executiva da Associação Empresarial da Região de Santarém (Nersant). O responsável refere que tem notado alguns ensaios, por parte de autarquias, para atrair mais visitantes mas considera que deveria existir mais oferta hoteleira, tendo a expectativa que o próximo Quadro de Apoio Comunitário (20142020) contemple ajudas financeiras para quem pretende investir nessa área. “Sem unidades hoteleiras o turismo é mais pobre uma vez que as pessoas não vêm para ficar, para usufruir e explorar. Chegam e, no mesmo dia, partem”. António Campos considera que, especialmente, junto às margens do rio Tejo há um enorme potencial para ser explorado mas que a oferta turística - especialmente na área do fluvial e do património - necessita de ser mais dinâmica, mais estruturada e, reitera, divulgada. “As pessoas quando pensam em turismo pensam em outras regiões do país que não o Ribatejo apenas porque não existe uma oferta estruturada entre os vários pontos de interesse existentes. É esta a realidade”, opina. Para inverter a situação, o presidente da Comissão Executiva da Nersant divulga que esta associação empresarial está a

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“Existem poucos programas que vendam a região por dois ou três dias” Carlos Coutinho, administrador da DESMOR “Temos uma oferta turística diversificada na região mas a sua promoção está a ser feita de forma muito individualizada. A capital do Gótico em Santarém, o Convento de Cristo em Tomar, o Turismo Religioso em Fátima...a divulgação desta oferta devia ser mais agregada”. A opinião é de Carlos Coutinho, administrador da DESMOR, empresa pública municipal criada pela Câmara Municipal de Rio Maior com o objectivo de promover e gerir o fenómeno desportivo neste concelho, tendo ainda a seu cargo a gestão, manutenção e conservação de todo o Complexo Desportivo. Para o responsável, o turismo na região pode ser potencializado de modo a atrair não só um maior número de visitantes como levá-los a ficar durante alguns dias. “Apercebo-me que existe uma promoção pontual de alguns atractivos turísticos mas é feita de forma pouco concer-

trabalhar num portal onde os interessados podem verificar as rotas turísticas que existem - por exemplo, turismo fluvial, de aventura, gastronómico ou do património - com o objectivo de captar visitantes que permaneçam, pelo menos, alguns dias na região. “Se há mais visitantes, há mais riqueza. Temos que conseguir atrair pessoas para que visitem o Castelo de Almourol mas que também conheçam a nossa gastronomia e que, no dia seguinte, fiquem para visitar a Sinagoga e o Convento de Cristo”, exemplifica.

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tada”. Carlos Coutinho sente o problema do turismo uma vez que recebe muitos portugueses e estrangeiros no Complexo Desportivo de Rio Maior, que ali fazem a sua preparação de alto rendimento e considera que a Desmor é um veículo importante de divulgação da região no exterior.

Uma cidade que faz jus ao título de capital do comboio mas que tem mais para dar Qualquer visita ao Entroncamento implica uma visita ao Museu Nacional Ferroviário. Para além de ter como principal particularidade o facto de integrar o enorme complexo ferroviário da cidade, alberga o mais importante espólio da história do caminho-de-ferro em Portugal. Uma grande parte do acervo museológico ainda não está exposto mas o que já pode ser visto é suficiente para encantar todos os que se interessam por

comboios e pela ferrovia. O Parque Verde do Bonito é outro dos locais onde vale a pena passar algum tempo. Recentemente remodelado, serviu este ano de cenário às Festas da Cidade e de S. João. A cidade dispõe ainda de unidades hoteleiras de qualidade o lhe permite, a par da sua centralidade e fáceis acessos rodoviários servir de base para explorar outros pontos de interesse turístico da sub-região do Médio Tejo.


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“Alpiarça é um concelho no coração do Ribatejo que vale a pena visitar” Mário Pereira, presidente da Câmara de Alpiarça Um fim-de-semana em Alpiarça é o ideal para ficar a conhecer o concelho. A sugestão é dada pelo presidente da câmara municipal, Mário Pereira. A visita iniciava-se na Barragem dos Patudos, para usufruir o lugar ou praticar actividades como canoagem ou pesca desportiva. A manhã poderia terminar com uma caminhada até à Reserva Natural do Cavalo da Sorraia, na zona do Alto do Castelo - uma área com cerca de 40 hectares dedicada à preservação do cavalo ibérico ou cavalo do Sorraia que terá estado na origem das raças nacionais de Portugal (cavalo lusitano) e de Espanha (cavalo andaluz). No local são dadas aulas de equitação e há condições para um passeio a cavalo. Na parte da tarde, acompanhado por um guia, os visitantes podiam explorar as estações arqueológicas do Paleolítico e da Idade dos Metais onde foram recolhidos importantes achados arqueológicos do paleolítico inferior. As estações arqueológicas conhecidas são: Alto do Castelo, Cabeço da Bruxinha, Necrópole do Tanchoal, Necrópole do Meijão e Cabeço da Bruxa. Estas estações são consideradas Património Arqueológico Nacional. Essencialmente agrícola, Alpiarça é uma região vinícola por excelência e, por este motivo, o autarca recomenda a visita a uma das muitas casas agrícolas, onde se pode pernoitar. Aqui pode-se provar vinhos, fazer passeios de charrete ou contactar com o trabalho das fainas agrícolas consoante o momento do ano. Para o segundo dia, Mário Pereira sugere uma visita a algum património edificado no

centro da vila ou uma refrescante passagem pelas piscinas municipais que, durante o período balnear oferecem excelentes condições de fruição. A tarde seria passada no ex-libris do concelho: a Casa-Museu dos Patudos, um projecto do arquitecto Raul Lino, do início do século XX, com um acervo importante na pintura, escultura, tapeçaria e mobiliário. Os visitantes têm ainda uma oferta variada no âmbito do Turismo Ambiental e do Lazer com um acesso a vários equipamentos municipais tais como uma pista de ciclismo, uma nave desportiva ou uma pista coberta de atletismo. Visitas com data marcada que ainda podem ser feitas este ano são na altura do Festival do Melão (a quarta edição realiza-se já nos dias 27 e 28 de Julho) e no decurso das festas do concelho, de 7 a 15 de Setembro.

O irresistível charme do Turismo Equestre José Veiga Maltez, presidente da Câmara Municipal de Golegã Para o presidente da Câmara Municipal do Golegã, José Veiga Maltez, o seu concelho, é sinónimo de harmonia entre Homem e Natureza. Por isso deixa um concelho aos visitantes. “Deixem-se envolver pela nossa história, descubram a magia e o simbolismo próprios dos nossos espaços e lugares emblemáticos, plenos de tradições e costumes, assim como o património histórico-arquitectónico, que é um legado com futuro”. Quem passa pela Golegã pode contactar com o trabalho de muitos artesãos, artífices e artistas que promovem no dia-a-dia a sua imaginação, criatividade, habilidade e arte, repetindo formas e gestos que preservam uma identidade mas falar da Golegã é falar da Capital do Cavalo. É em redor deste belo animal que gravita toda uma indústria turística que inclui, nomeadamente a restauração, com unidades de topo e diferenciadas, o mesmo acontecendo em termos de alojamento com um Hotel de Charme e alojamento de qualidade ao nível de turismo rural e de habitação, preparados para receber mais de duas centenas de visitantes. Veiga Maltez refere que a autarquia tem vindo a apostar na especialização do Turismo Equestre - quer no Turismo a Cavalo ou no Turismo do Cavalo - e, por isso, quem visita a Golegã pode descobrir a natureza no seu estado puro, nomeadamente a reserva do Paul do Boquilobo, santuário ornitológico, única área portuguesa protegida integrada na Rede Mundial de Reservas da Biosfera pela UNESCO. É ainda aconselhável uma visita à Casa-Estúdio Carlos Rel-

vas, única no mundo pelo objectivo que a fez nascer no século XIX e hoje Imóvel de Interesse Público; uma visita à Matriz quinhentista, ex-líbris do manuelino rural ou ainda pelo Equuspolis, que acolhe o Museu Municipal onde está patente a obra de escultura, pintura e desenho de Mestre Martins Correia, um dos mais conceituados artistas portugueses contemporâneos. Em relação a eventos, o destaque vai para a Feira Nacional do Cavalo e Feira Internacional do Cavalo Lusitano que se realizam na altura do S. Martinho, em Novembro, desde 1571 mas a ExpoÉgua, a EquusGolegãTur e a Romaria a São Martinho são motivos para ir à Golegã ao longo do mês de Maio. Em Setembro, realiza-se o Concurso Internacional de Atrelagem de Tradição com os automóveis antigos e clássicos, assim como o “Olé Golegã!”, um espectáculo que merece ser vivido.


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“Rios, praias, história, cidade, aldeias, campo… Abrantes é muito mais” Maria do Céu Albuquerque, presidente da Câmara Municipal de Abrantes A presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque, começa por recomendar uma visita pelo centro histórico, onde é possível redescobrir o comércio tradicional e conhecer o património construído. A autarca dá especial destaque ao Castelo e às Igrejas de S. João e S. Vicente, classificadas como Património Nacional e ao Museu D. Lopo de Almeida mas não esquece as praças da cidade, pontuadas com um número significativo de conjuntos escultóricos. Também a Igreja da Misericórdia é uma referência, sendo que a sala do definitório ou os painéis de azulejos justificam a visita. Para quem viaja em família, Maria do Céu Albuquerque recomenda espaços de lazer e contemplação tais como o Parque Urbano de São Lourenço; o Aquapolis margem norte e margem sul; o Cais de acostagem de Rio de Moinhos ou a Praia fluvial de Aldeia do Mato. “É fundamental uma visita à Albufeira de Castelo de Bode, não só pela beleza paisagística mas também pela qualidade das infra-estruturas desportivas e de lazer”, acrescenta. Para quem pratica turismo activo ou de natureza, também é possível percorrer os Caminhos do Tejo ou a Grande Rota do Zêzere em BTT ou passeio pedestre. A gastronomia também merece destaque assim como produtos como o vinho, o azeite ou a doçaria de origem conventual, como a Palha de Abrantes e as tigeladas. “Em termos de certames, Abrantes tem

uma programação cultural e desportiva regular. Actualmente, está a decorrer até 14 de Julho, o Creative Camp e que junta em Abrantes mais de cem criativos em diferentes áreas, vídeo, música e arte. Entre os dias 23 e 25 de Agosto, uma produção do Fatias de Cá, “Alcácer Quibir” vai decorrer entre as duas margens do rio do Tejo e, entre 30 de Agosto e 1 de Setembro, tem lugar os Mercados do Tejo. Tudo isto pode ser consultado no portal do Turismo de Abrantes: www.turismo.cm-abrantes. pt. "Fazer turismo no Verão em Abrantes, é fazer turismo com tudo incluído: rios, praias, história, cidade, aldeias, campo… Abrantes é muito mais!”, declara.

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Junto do rio e da serra um concelho com um património a valorizar e a visitar

O gótico de Santarém e a gastronomia típica com a frescura do Complexo Aquático

Fernanda Asseiceira, presidente da Câmara Municipal de Alcanena

Luís Arrais, administrador executivo da empresa municipal “Viver Santarém”

Se levasse alguém por uma visita guiada ao seu concelho, a presidente da Câmara de Alcanena, Fernanda Asseiceira recomendaria, para quem gosta de turismo de natureza, uma visita à praia Fluvial dos Olhos de Água, dotada de boas infra-estruturas, tais como uma zona de actividades aquáticas, parque de merendas, campo de jogos ou um parque infantil. Muito perto, a oferta estende-se para o campo científico, com o Centro de Interpretação das Nascentes do Alviela (CINA), um espaço de ciência viva, dedicado à divulgação da consciência ecológica que proporciona um programa agradável para as famílias que têm filhos pequenos. Para quem gosta do contacto com a natureza no seu estado puro, a autarca recomenda um passeio pela Serra D’Aire e Candeeiros e também pela zona da Serra de Santo António, estando a autarquia a ultimar um roteiro de percursos pedestres que abrange a passagem por todas as freguesias. Ao nível do património cultural, o ex-libris do concelho é o Museu da Aguarela Roque Gameiro, em Minde, uma oportunidade de apreciar a obra de Alfredo Roque Gameiro e que surgiu por iniciativa dos seus familiares e conterrâneos admiradores da obra do grande Mestre da aguarela portuguesa. O Museu Etnográfico do Espinheiro ou o Museu da Boneca, no centro da vila de Alcanena, são outras opções. A autarca sublinha ainda a qualidade da gastronomia da região e o facto de existirem restaurantes por todo o concelho com uma boa relação qualidade-preço. Em termos de

Questionado sobre o que faria se, por um dia, vestisse o papel de guia turístico, o administrador da empresa “Viver Santarém” põe de lado a modéstia. “Preparava os visitantes para viverem o melhor dia das suas vidas”. Depois explica que escolhia o programa consoante os gostos particulares e a disponibilidade de cada um e colocava, em alternativa a um único dia, um fim de semana completo. Uma visita ao centro histórico é indispensável. “Temos o roteiro do Gótico, o do Maneirismo ou do Manuelino/Renascentista”, refere. E ao almoço não podia faltar a gastronomia típica da região num dos inúmeros restaurantes que a cidade tem. À hora do lanche uma prova de vinhos na Adega Cooperativa de Alcanhões, na Quinta da Ribeirinha ou na Quinta Monteiro de Matos. O jantar seria num dos restaurantes de qualidade do concelho mas numa freguesia rural. Para visitantes com filhos pequenos, Luís Arrais optaria por uma ida ao Complexo Aquático Municipal. E para mais adrenalina reservava-lhes um passeio a cavalo, um baptismo de voo no aeródromo ou uma experiência radical na parede de Escalada que existe na Nave Desportiva Municipal. Se o visitante fosse mais vocacionado para o património, levava-o a visitar os “monumentos fantásticos” que Santarém tem com uma passagem obrigatória pelo Santuário do Milagre na Igreja de Santo Estevão que, anualmente, recebe milhares de pessoas. Os túmulos góticos, as portas

certames, a par das muitas festividades que ocorrem em vários lugares do concelho especialmente nesta altura do ano, destaque para o Festival da Cachola e da Morcela (Novembro), o Festival do Chícharo na freguesia de Bugalhos, o Festival do Caracol ou o Festival das Comidas da Avó em Filhós, que valorizam a gastronomia tradicional. Para quem pretende passar um fim de semana no concelho de Alcanena, com um boa centralidade no país, também existe oferta hoteleira. Fernanda Asseiceira salienta ainda as comemorações dos 50 anos da elevação a vila da freguesia de Minde. No próximo dia 25 de Julho tem lugar o Festival Internacional de Folclore que costuma encher a Praça 8 de Maio e onde actuam, para além de ranchos locais, grupos etnográficos estrangeiros. “Temos junto do rio e da serra um concelho com um património a valorizar e a visitar”, convida.

do Sol - com aquela que é considerada a varanda com a mais bela vista do mundo o Algar do Pena, os Avieiros, o Museu Braamcamp Freire, a Casa Passos Canavarro são outros atractivos de Santarém que o gestor enumera. Para Luís Arrais, o ex-líbris da cidade consiste no seu conjunto monumental, que deve ser divulgado como um todo. As Festas e Romarias são às centenas, com destaque para a realização, já no próximo fim-de-semana da Festa do Marisco na Azóia de Cima. Luís Arrais deposita uma enorme confiança no património edificado de Santarém. “Dá-me vontade de dizer: Se não ficar satisfeito devolvemos o seu dinheiro mas direi apenas: Venha “sentir” Santarém”, convida.


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