Apresentação Lúcia Xavier1 e Katia Maia2
“Quando a mulher negra se movimenta, toda a estrutura da sociedade se movimenta com ela” Angela Davis3
Esta publicação foi elaborada por Criola e Oxfam Brasil em parceira com Ação Educativa, FASE – Federação de Órgãos para Assistência Social, Ibase – Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas, Inesc – Instituto de Estudos Socioeconômicos e Instituto Pólis, bem como com um conjunto de jovens mulheres negras, articuladas nos denominados Hubs das Pretas, e ciberativistas, que participaram da Rede Ciberativista. Os Hubs das Pretas e a Rede Ciberativista foram constituídos no âmbito do projeto Mulheres Negras Fortalecidas na Luta contra o Machismo e o Sexismo, executado entre 2016 e 2018 por meio de financiamento da Magna Carta Fund for Human Rights and Democracy – UK Government, via Embaixada Britânica no Brasil. Os artigos aqui apresentados resultam de experiências compartilhadas por e com mulheres negras sobre suas vivências a partir de diferentes esferas e realidades que, de alguma forma, atravessaram o projeto. Em busca de enriquecimento teórico e metodológico, relatamos também reflexões das organizações parceiras sobre a importância dessa iniciativa e questões que envolvem a luta antirracista e antissexista no campo das organizações da sociedade civil brasileira. Do ponto de vista da experimentação, o projeto desponta como um celeiro de inovação em metodologias, seja para pensar incidência política num contex1 Coordenadora-geral de Criola. 2 Diretora executiva da Oxfam Brasil. 3 Angela Davis é filósofa. A fala foi proferida durante palestra na Conferência Atravessando o Tempo e Construindo o Futuro da Luta contra o Racismo, em 26/7/2017, na UFBA/FRB, numa ação com a Odara Instituto da Mulher Negra.
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