Edição 14, julho / 1980

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tendências predominantes nas lutas

Na maior parte das intervenções vol tadas para a avaliação dos rumo s das lutas que hoje se desenvolvem no campo esteve presente a idéia da necessidade da unificação dessas lu tas, bem como da e xi s tência de en traves a essa unificação. Ao desta car um elemento de coerência na po lítica das classes dominantes, qual seja o de tentar "impedir que seja o que for,seja conquistado através da luta e da organização dos trab a lhadores", Carlos procurou mostrar que, por essa mesma razão, a s classes dominantes estavam igualmente preocupadas em" ... impedir que as várias mobilizações e organizações se unifiquem". "Dependendo da con juntura, a grosso modo, a gente p~ de pensar que existe um esforço con junto deles par~ impedir que se de essa unificação. A gente vi ve i sso hoje também". O que permite que o governo atue dessa meneira é "o rit mo desigual das lutas no campo", ~ que não o leva a ignorar que, "quan do um setor de determinada regiã~ consegue dinamizar, até pressionar e conquistar a vitória, essa vitó ria tem um efeito para esses traba lhadores, mas tem um efeito para o conjunto das lutas também. Tem um efeito de demonstração da possibi lidade da vitória e tem o efeito: também, às vezes, de afastar deter minados setores combativos de seta res mais atrasados". Uma das consequências

dessa

gualdade, principalmente da não ge neralização da luta pela terra, que "nós não estamos vivendp um processo social de luta pela RA c~ mo se viveu em 1964". Fundamentando essa afirmativa, assim argumentou: "Numa determinada região, a luta pe la terra não significa necessaria mente a luta pela RA, isso dependen do da consciência daquele camponês: daquele trabalhador agrícola. Poli tican~nte, socialmente, quando a u nifi~ação se dá é que a luta muda de qualidade. De modo geral, até a gora , a luta pela terra tem um ca ráter de resistência. Resistência s ignifica geralmente a luta contra a expulsão, que é a marca dominante da luta dos trabalhadores nos con flitos surgidos. Isso caracteriza claramente que não é uma luta pela RA, pelo caráter ofensivo que a lu ta pela RA deve ter; que ela coloca o conjunto da sociedade - na medida em que ela u ifica vários setores so ciais nacionalmente. Novos elemen tos - não que não tenham surgido an teriormente, mas estão surgindo ag~ ra - são as invasões". Aqui se cal~ c a para ele uma interrogação: "ate

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