7 de novembro de 2014 N.º 496 ano 12 | 0,60 euros | Semanário
Diretor Hermano Martins
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Atualidade pág. 7
Empreiteiro deixa obra dos Parques Educação pág. 3
Cenfim: uma “máquina” de fazer empregos
Atualidade pág. 2
Entrevista págs. 9-12
Especial Automóveis & Motores
Desporto pág. 18
Já arrancou segunda edição da Liga de Empresas
Inês perdeu a luta contra o cancro
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7 de novembro de 2014
Inês perdeu a luta contra o cancro Cátia Veloso
“Aqueles que passam por nós, não vão sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós”. A mensagem, acompanhada por um desenho de um menino que olha o céu, surge na página de Facebook que serviu para a mãe de Inês Reis relatar a luta da jovem contra o cancro. “Raio de luz” foi a definição de Rosa Vilarinho para descrever a filha e é o mesmo que, desde a noite de segunda-feira, habita o céu. Inês perdeu a luta contra a doença, mas deixou um legado incomparável, um exemplo de coragem que sensibilizou milhares de pessoas e cuja determinação provocou um tsunami de emoções. A onda de solidariedade crescia todos os dias, não tinha credo, cor, nem género. Só havia lugar para boas vibrações, aquelas que faziam bater os corações solidários e neutralizavam qualquer mau pensamento relacionado com a doença. O “raio de luz” que é Inês jamais se apagará e iluminará a vida da mãe e de todos aqueles que com ela contactaram. O Notícias da Trofa foi um dos
Inês foi exemplo de coragem na luta contra o cancro
primeiros órgãos de comunicação a relatar a história de Inês, depois de alertado pelo provedor da Santa Casa da Misericórdia da Trofa. Rosa Vilarinho estava disposta a divulgar o caso da filha, quebrando o desejo de Inês, que não queria que ninguém soubesse que estava doente para não terem pena dela. Sem nunca contactarmos com a jovem, percebemos a sua força e determinação através das palavras da mãe, outro exemplo de amor incondicional, que canalizou todas as energias para ajudar Inês a ultrapassar este obstáculo.
Inês Reis descobriu, em 2012, que sofria de um carcinoma mioepitelial de partes moles da região lombar, um tumor raro, sobre o qual um médico norteamericano, que ajudou os colegas portugueses, referiu haver “29 casos em todo o mundo”. Foi submetida a uma cirurgia e radioterapia, mas descobriria, tempos depois, que o tumor tinha metastizado para o pulmão. Fez seis ciclos de quimioterapia e, apesar de os resultados dos exames seguintes terem sido animadores, o cancro voltou a ficar igual. Sem alternativa, a mãe de Inês
decidiu contactar uma clínica, Duderstadt, Alemanha, que desenvolve a imunoterapia, ao utilizar uma vacina de células dendríticas. Este tratamento foi criado no princípio biológico em que a ideia passa por reprogramar o sistema imunitário dos doentes oncológicos para que as células saudáveis matem as doentes. A história ganhou expressão, foi disseminada pelos concelhos da Trofa e Maia e foi motivo de várias iniciativas de solidariedade que angariaram fundos para Inês poder ser tratada na clínica, uma vez que os recursos financeiros da família escassearam. Em Duderstadt, o médico responsável confessou nunca ter contactado com um caso como o de Inês, mas aceitou tratá-la. Seguiram-se, graças ao apoio de conhecidos e anónimos, várias viagens à Alemanha que, porém, não foram suficientes para livrar Inês do tumor. Desde terça-feira que, no Facebook se multiplicam as mensagens de homenagem a esta menina-coragem, que inspirou milhares de pessoas e deixou uma marca pela lição de vida que protagonizou. O funeral realizou-se na manhã de quinta-feira, na Igreja de Custóias.
Lenços rosa alertam para luta contra o cancro da mama Patrícia Pereira
sível do corpo”, para que não fosse esquecida “a luta contra o cancro da mama”. Inicialmente, os dois enfer-
meiros foram confrontados com alguma “desconfiança” por parte das pessoas, uma vez que, hoje em dia, estas “não acreditam que
outros deem alguma coisa sem pedir algo monetário em troca”. “Conseguimos alertar a população para este problema e fazer com que cerca de duas centenas de pessoas usassem um lenço cor de rosa”, afirmou. Paulo Martins denotou que, “infelizmente, ainda se nota preconceito nos homens pelo uso do lenço cor de rosa”, mas recorda que, “infelizmente o cancro da mama também afeta o homem e, quando é diagnosticado, a taxa de mortalidade é muito superior à mulher”. Na opinião dos enfermeiros, a ação de sensibilização foi “um sucesso” e uma “bonita iniciativa”, acreditando que, “num futuro, será para voltar a repetir”.
Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Magda Araújo, Cátia Veloso Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda, Assinatura anual: Continente: 22,50 euros; Extra europa: 88,50 euros; Europa: 69,50 euros; Assinatura em formato digital PDF: 15 euros NIB: 0007 0605 0039952000684 Avulso: 0,60 Euros Email: jornal@onoticiasdatrofa.pt Sede e Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c - 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax:
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opinião da direção. O Notícias da Trofa respeita a opinião dos seus leitores e não pretende de modo algum ferir suscetibilidades. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.
Enfermeiro trofense sensibilizou a comunidade para a prevenção do cancro da mama. Colocar um lenço cor de rosa num local visível do corpo. Este foi o desafio lançado pelo enfermeiro Paulo Martins, que, juntamente com a enfermeira Sara Campos, promoveu uma ação de sensibilização dedicada à luta contra o cancro da mama. Ao longo da manhã do dia 31 de outubro, os dois enfermeiros sensibilizaram a população “para o problema e prevenção do cancro da mama”, pedindo apenas que as pessoas usassem um lenço cor de rosa num “local vi-
Enfermeiros desafiaram população a usar lenço cor de rosa
Ficha Técnica Diretor: Hermano Martins (T.E.774) Sub-diretora: Cátia Veloso (9699) Editor: O Notícias da Trofa Publicações Periódicas Lda. Publicidade: Maria dos Anjos Azevedo Redação: Patrícia Pereira (9687), Cátia Veloso (9699) Setor desportivo: Marco Monteiro (C.O. 744), Miguel Mascarenhas (C.O. 741) Colaboradores: Atanagildo Lobo, Diana Azevedo, Jaime Toga, José Moreira da Silva (C.O. 864), João Pedro Costa, Gualter Costa, João Mendes
Agenda Dia 08 21.30 horas: Grande Noite de fados, na tasquinha de S. Pedro da Maganha, em Santiago de Bougado Dia 09 15 horas: Trofense-Porto B - Roriz-F.C. S. Romão - A.C. Bougadense-Zebreirense
Farmácias de Serviço Dia 07 Farmácia Nova Dia 08 Farmácia Moreira Padrão Dia 09 Farmácia de Ribeirão Dia 10 Farmácia Trofense Dia 11 Farmácia Barreto Dia 12 Farmácia Nova Dia 13 Farmácia Moreira Padrão Dia 14 Farmácia de Ribeirão
Telefones úteis Bombeiros Voluntários da Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Polícia Municipal da Trofa 252 428 109/10 Jornal O Notícias da Trofa 252 414 714 Centro de Saúde da Trofa 252 416 763 Centro de Saúde de S. Romão 229 825 429 Acompanhe-nos em www.onoticiasdatrofa.pt facebook.com/onoticiasdatrofa TrofaTv www.trofa.tv MeoKanal: 808085
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Cenfim: uma “máquina” de fazer empregos Cátia Veloso
O Cenfim entregou diplomas aos alunos que concluíram com sucesso o percurso formativo e deu exemplos de pessoas que mudaram de vida para entrar no mercado de trabalho. Orlando, 40 anos, estava ligado à área da Banca, para a qual se formou e teve um percurso profissional satisfatório, até a crise financeira atingir o sistema bancário e pregar-lhe uma partida. O escritório de consultadoria que montou deixou de ser rentável e a cabeça de Orlando encheu-se de pontos de interrogação. O que fazer? Para onde ir? A única saída era “batalhar por alguma oportunidade” e foi o que fez. Deixou-se de cenários românticos e assentes em pensamentos ilusórios e decidiu arriscar numa formação que permitisse ingressar no mercado de trabalho. Começou aqui a ligação com o Cenfim - Centro de Formação Profissional da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica – da Trofa, onde se candidatou a um curso de soldador. Depois de concluir a formação, propôs um estágio numa empresa de metalomecânica, onde acabou por assinar contrato. “Foi um ano de esforço, mas valeu a pena”, afirmou, durante o testemunho que deu na cerimónia de entrega de diplomas promovida pelo Cenfim, no dia 30 de outubro. Tratou-se de um evento que visou reconhecer os jovens e adultos que concluíram com sucesso o percurso educativo/formativo qualificante e prestigiar o mérito de todos os parceiros do Centro de Formação. Também Afonso, 35 anos, viu no centro de formação uma via para mudar de vida. Profissional de marketing na área das telecomunicações, foi surpreendido pelo desemprego e, depois de um ano à procura de trabalho, aventurou-se no curso de CNC (Comando Numérico Computorizado).
“Na altura de começar as aulas, recebi uma proposta de trabalho bastante boa na minha área, mas nessa altura já tinha decidido que ia mudar de vida e arrisquei no curso. Foram dez meses bem passados, aprendi muito. Cumpri o meu trajeto e, no fim, o Cenfim cumpriu a sua promessa e colocou-me no mercado de trabalho. Estou empregado desde que saí e muito bem. A minha vida tem um novo rumo”, contou. Para António Luís, diretor do Cenfim, estes depoimentos “são representativos” de um grupo de pessoas que “foram ter a um beco sem saída” e que encontraram uma alternativa junto do Centro. “Nós ajudamos a estimular uma solução, pomo-los a andar de bicicleta, devagarinho, e, depois, eles com a sua ação e os empresários com encomendas permitem chegar a uma carreira profissional duradoura e à viabilidade das empresas”, afiançou. É que, do outro lado da moeda, está uma organização que, para crescer, precisa de recursos humanos qualificados. O exemplo foi dado com o testemunho de um empresário francês que “tinha dinheiro, máquinas e mercado”, mas não conseguia preencher o quadro de pessoal. Teve de recorrer ao Cenfim, que “foi uma das soluções para que o investimento feito por esta empresa de referência na construção de engrenagens para a indústria de competição tivesse 40 pessoas a trabalhar em Cête (Paredes), senão tinha ido embora com prejuízos na conta”, referiu António Luís. Do mesmo modo, outro empresário interveio para congratular-se pelo facto de “80 por cento” dos funcionários da fábrica que gere, e que vende máquinas para países da Europa e América Latina, terem sido formados no Cenfim. O Centro de Formação entregou diplomas a “200 alunos” que, “estavam desempregados” e, neste momento, “estão colocados” no mercado de trabalho. An-
Além da entrega de diplomas, cerimónia contou com palestra intitulada “Educação e formação 2020”
tónio Luís espera que a ligação com o Centro se mantenha do ponto de vista da “formação contínua”, condição necessária para acompanhar a “constante evolução da tecnologia”. “Temos muitas saídas profissionais, seja de serralharia, manutenção industrial, programação CNC, soldadores, mas para o curso de operador de máquinas de comandos numéricos, quanto mais se forma mais colocação tem. Mais de 90 por cento dos alunos que são formados aqui, estão colocados”, sublinhou.
processo “baseia-se nas qualificações duradouras dos ativos, que permitem, com estes meios, às indústrias responder aos desafios da internacionalização, da competitividade, do valor acrescentado, para ter margem para financiar e acolher profissionais qualificados e promover-lhes uma carreira que seja realizadora”, explicou António Luís. Uma das questões abordadas na palestra foi a concretização de mecanismos para a construção de um “Portugal atrativo em termos de captação de capital estrangeiro”. “Os órgãos
de poder local e regional devem envolver os atores seja para fazer instalação de um parque industrial, seja para reunir meios necessários para as empresas terem retorno do investimento feito no nosso país”, acrescentou. António Luís chamou ainda a atenção para o facto de “os quadros comunitários de apoio não darem resposta” a infraestruturas públicas de transporte, que permitam a deslocação das pessoas “numa altura de crise, em que as portagens e o custo de combustível são quase impossíveis para um desempregado”.
“Atores devem estar envolvidos na construção de um Portugal atrativo” A iniciativa do Cenfim contou ainda com uma palestra conduzida por Rui Monteiro, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), subordinada ao tema “Educação e formação 2020”. No mesmo espaço estiveram professores, alunos, empresários, técnicos do Centro de Emprego, técnicos da CCDR-N e representantes de centros tecnológicos e associativismo empresarial para discutir a ação e os passos a dar rumo ao crescimento sustentado da Economia. Esse pub
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Alunos participam na Seleção Nacional do Parlamento Europeu “O Partido Comunista Patrícia Pereira
Seis alunos do Agrupamento de Escolas da Trofa, acompanhados por duas professoras, estão a participar na Sessão de Seleção Nacional do Parlamento Europeu dos Jovens, em Braga. “Escolher sete alunos portugueses, de dez escolas secundárias do país, para representar Portugal na 78.ª Sessão Internacional do PEJ, em Izmir, na Turquia”, é o objetivo da 31.ª Sessão de Seleção Nacional do Parlamento Europeu dos Jovens, que está a decorrer desde esta quinta-feira, dia 6 de novembro, até domingo, em Braga. O Agrupamento de Escolas da Trofa está representado por “seis alunos, dois rapazes e quatro raparigas, acompanhados por duas professoras”. A escolha dos jovens a repre-
sentar o país na Europa baseiase no “trabalho realizado pelas oito comissões – cada uma constituída por oito a dez alunos e um chairperson –, que criam moções de resolução sobre tópicos da atualidade europeia, de acordo com competências parlamentares que lhes são atribuídas”. Durante cinco dias, todos os participantes têm a oportunidade de desenvolver aptidões transversais a várias áreas disciplinares e de se enriquecer curricular e pessoalmente. O foco do evento é a vertente educacional, através da promoção de um sentido de cidadania ativa e de princípios como a tolerância, compreensão, espírito crítico e respeito pela diversidade cultural. Re:generation, ou regeneração, é o tema da 31.ª edição da Sessão de Seleção Nacional. “Regeneração da Associação, numa fase de transição para o
Biénio 2014-16, regeneração dos seus eventos, aumentando a exigência académica e a participação internacional, e regeneração da cidadania europeia, refletindo sobre os seus tópicos mais prementes”, enumerou fonte da organização. Durante a sessão será ainda sublinhado “a importância de diálogo, com o “Re:” alusivo às respostas em correio eletrónico”. “Diálogo entre todos, enfatizando o diálogo inter-geracional, condição essencial para projetar um futuro mais justo, ponderado e sustentável. A regeneração da política externa europeia, da participação democrática, dos papéis de género, do turismo sustentável, das oportunidades de emprego, do desenvolvimento rural, da educação e da agenda digital europeia serão os assuntos versados num debate que se pretende dinâmico, plural e tolerante”, explicou.
Trofenses honram familiares falecidos No último fim de semana, a população da Trofa prestou uma homenagem aos seus entes já falecidos, inserida nas comemorações do Dia de Todos os Santos e do Dia dos Fiéis Defuntos. Os rituais de enfeitar e limpar as
campas repetiram-se ao longo do dia de sábado, 1 de novembro, transportando consigo um “misto de saudade e esperança”, de familiares e amigos que já cá não estão. Já no domingo, milhares de
pessoas assistiram à missa nos cemitérios, nas paróquias de S. Martinho ou em Santiago de Bougado, ou então fizeram uma romagem ao cemitério depois da eucaristia na igreja. P.P.
S. Martinho de Bougado Maria Armanda Rodrigues Moreira Faleceu no dia 30 de outubro, com 60 anos. Casada com Manuel Lima da Silva
Maria da Conceição de Sá Couto Reis Faleceu no dia 31 de outubro, com 90 anos. Viúva de Joaquim Pereira Serra
Necrologia S. Miguel do Couto – Santo Tirso Maria Fernanda Gomes da Silva Faleceu no dia 30 de outubro, com 61 anos. Viúva de Manuel Ferreira Gonçalves
Falecimentos realizados por Agência Funerária Trofense, Lda. Gerência de João Silva
acaba sempre por ter razão passados uns anos (Paulo Queirós)
Ao revisitar pergaminhos escritos do passado encontro um número deste jornal datado de 22 de novembro de 2012 onde Paulo Queirós, hoje membro da A.M. da Trofa e dirigente concelhio do PCP, num balanço aos 14 anos do concelho apresenta uma frase, que serviu de título à entrevista, que até poderia ser sábia, não fora ela uma mera constatação da realidade, não deixando de sagaz ser: «O Partido Comunista acaba sempre por ter razão passados uns anos.» De facto, ao longo dos últimos anos, muita gente interroga-se pela bondade da “integração europeia”, pela benignidade do “euro”, pela complacência da privatização dos setores estratégicos, como aconteceu com a EDP, PT, CTT e como ainda pretendem fazer com a água, a TAP, etc…, ou pela simples rendição à Troika e aos Mercados. É que em tudo, teve sempre a feroz oposição do PCP, que apontou sempre um caminho diferente: A intitulada alternativa política «patriótica e de esquerda». Esta passa pela renegociação da dívida pública, dos seus montantes juros e prazos, para que seja possível o desenvolvimento do País (só passado muito, muito tempo, surge o manifesto dos 74 a dizer o mesmo); passa pela promoção e valorização da produção nacional e a recuperação do controlo público da banca e do setor financeiro, dos setores e empresas estratégicas (já hoje muitos comentadores também defendem o mesmo); passa pelo aumento dos salários dos trabalhadores; pela defesa de serviços públicos e funções sociais do Estado, do direito à educação, à saúde, à proteção social; passa por uma política fiscal que reduza a carga sobre os trabalhadores e as pequenas e médias empresas e tribute pesadamente o grande capital, a especulação e os lucros e passa pelo repúdio da ditadura do euro e da UE, recuperando para Portugal a soberania económica, orçamental e monetária. Esta proposta reflete um certo conteúdo ideológico, é verdade, mas também revela um intenso patriotismo e assume a luta insubstituível contra a subordinação da política aos grandes interesses financeiros e económicos, que tem caracterizado os partidos do poder, a que alguns descontentes vêm depois a chamar mansamente de promiscuidade entre os políticos e as grandes empresas. Nesta parte, o PCP está muito à frente de qualquer outra força. É mais «moderno» e atual porque consegue, enquanto partido perspetivar o futuro, dando já as possibilidades de solução. O raciocínio é simples, mas límpido: o volume monstruoso da dívida pública e externa, em grande parte ilegítima, torna o seu pagamento insustentável e contrário a qualquer perspetiva de desenvolvimento; a qualquer altura, Portugal vai ter que renegociar a sua dívida pública e externa, mas quanto mais tarde o fizer, pior; a sujeição a uma moeda única que resulta contra os interesses nacionais, que beneficia o capital e as grandes potências, não consente crescimento e criação de emprego, e contribui, em grande parte, para a condição periférica e dependente de Portugal; o controlo privado da banca, tem sido e é, um bloqueio ao investimento produtivo, não passando de um instrumento da especulação e acumulação capitalista, um campo de putrefação e corrupção, com titânicos proveitos para os acionistas e desumanas perdas para o nosso povo. O BPN e agora o BES são bons exemplos. Se não se renegociar a dívida, se o país não se organizar para uma libertação da vassalagem ao euro, se não se reaver o controlo público da banca, nenhum dos grandes problemas nacionais se resolverá. Ora, no passado dia 15 de outubro, foi discutida e votada na Assembleia da República uma proposta do PCP apontando para a renegociação da dívida pública, para a preparação do País em função da libertação do euro e para a recuperação do controlo público da banca. Foi a primeira vez que uma iniciativa com este conteúdo e alcance teve lugar em Portugal. Claro que PS, PSD e CDS, votaram contra chumbando a proposta e o BE absteve-se num dos pontos cruciais (preparação do País para a libertação do euro). Mas para os que julgam que se tratou do fim de uma proposta, pode-se afirmar que foi somente o início de uma polémica que irá continuar e, é por estas razões que faz sentido a afirmação de Queirós de que «O Partido Comunista acaba sempre por ter razão passados uns anos.» Guidões, 5 de novembro de 2014
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Crónica ACeS
Celebramos o Dia Mundial da Criança Chegamos ao mês de novembro e celebramos o Dia Mundial da Criança. Caro leitor, não pense que nos enganamos, porque apesar de em Portugal se celebrar o Dia da Criança no dia 1 de junho, o dia oficial é o dia 20 de novembro. Esta é a data que a ONU reconhece como sendo o Dia Universal das Crianças, pois celebra a data que foi aprovada a Declaração dos Direitos da Criança em 1959 e a Convenção dos Direitos da Criança em 1989. Contudo, cada país estabelece a data efetiva da comemoração. Consideramos que a data é importante, porque permite celebrar um dia de fraternidade mundial, compreensão e promoção do bemestar das crianças. Com a criação deste dia, os estados-membros das Nações Unidas reconheceram às crianças, independentemente da raça, cor, sexo, religião e origem nacional ou social, o direito a: · Afeto, amor e compreensão; · Alimentação adequada; · Cuidados médicos; · Educação gratuita; · Proteção contra todas as formas de exploração; · Crescer num clima de paz e fraternidade universais. O Dia Mundial da Criança é muito importante para os direitos das crianças e para que estas tenham uma vida digna e feliz, no entanto, estes princípios devem estar presentes todos os dias, o que nem sempre se verifica. No âmbito do 25.º aniversário da Convenção sobre os Direitos da Criança, a UNICEF questiona: O mundo é hoje um lugar melhor para as crianças? A UNICEF responde: “sim! Uma criança nascida em 2014 tem hoje muito mais probabilidades de viver para além do seu quinto aniversário”. As crianças têm hoje muito mais hipóteses de frequentar o ensino primário do que em 1989 e o número de crianças entre os 5 e os 17 anos envolvidas em trabalho infantil baixou cerca de 1/3 desde 2000 (dados apresentados pela UNICEF). Mas a análise também mostra que os progressos passaram ao lado de milhões de crianças, particularmente as mais pobres, de minorias étnicas e das que vivem em zonas rurais. Milhões de crianças continuam a ser privadas de serviços essenciais que poderiam reduzir a sua vulnerabilidade a doenças e à subnutrição, proporcionar-lhes acesso a instalações de água e saneamento e dar-lhes oportunidade de obter uma educação de qualidade. Portugal atravessa momentos difíceis, onde a disparidade entre os agregados familiares de rendimento mais elevado e os de mais baixo rendimento tem vindo a aumentar, verificando-se que as crianças das famílias mais pobres têm taxas consideravelmente mais altas de mortalidade infantil e de atraso de crescimento, do que os seus pares mais ricos. Ao celebrarmos esta data devemos inspirar-nos a ambicionar e a contribuir para a construção de um mundo mais justo e feliz para todas as crianças, dando-lhes a esperança de um futuro melhor e mais risonho… Enfermeira Sandra Costa e Elsa Silva ACeS Grande Porto I – Santo Tirso/Trofa
Agrupamento do Coronado e Castro atribui diplomas Cátia Veloso
Os alunos que se destacaram nos resultados escolares no Agrupamento de Escolas do Coronado e Castro foram distinguidos com diplomas de mérito e excelência, numa cerimónia realizada no pavilhão desportivo da Escola Básica e Secundária, em S. Romão do Coronado. Foram atribuídos prémios relativos a dois anos letivos, de 2012 a 2014, de forma “a valorizar o trabalho dos alunos” e “incentivar para que continuem a esforçar-se para alcançarem melhores resultados”, explicou Renato Carneiro, diretor do Agrupamento. Tatiana, representante dos alunos do quadro de excelência do Agrupamento de Escolas, afirmou, perante uma plateia de centenas de pessoas, que “a excelência de um aluno não é uma condição de partida, fruto de classificações anteriores”, mas “uma forma de ser e de estar como estudante”. “O aluno de excelência tem quer ser exigente, primeiro consigo e depois com os outros, incluindo a escola. É o aluno que participa na vida da escola e que faz dessa participação instrumento do próprio desenvolvimento global como ser huma-
no. É o aluno que reconhece no esforço a condição inerente ao seu sucesso e que desenvolve de um modo responsável um trabalho sério e de rigor, num percurso de compromisso com o seu próprio futuro e com os que o rodeiam”, referiu. Ainda sem ter os resultados escolares nacionais, Renato Carneiro traça dois cenários no Agrupamento, no qual o rendimento escolar “não foi homogéneo”, havendo “situações boas e outras más”. “Não posso falar muito mais enquanto não tiver comparações com os resultados nacionais”, evidenciou. Mas nem só as boas notas foram motivo de reconhecimento. O comportamento cívico e a atitude positiva em ambiente escolar também foram destacados com a atribuição dos diplomas de valor. A cerimónia ficou também marcada pelo anúncio do prémio Bial, que vai valorizar o aluno que se distinguir pelos valores de entreajuda, solidariedade e res-
ponsabilidade social. Segundo Branco da Costa, representante da empresa farmacêutica, sediada em S. Mamede do Coronado, o prémio “será atribuído a um aluno em cada um dos anos letivos desde o 4.º até ao 12.º”. “Dos alunos que são selecionados para o prémio de mérito e de valor, haverá uma avaliação em conselho de turma, tendo em conta o sentido de responsabilidade, voluntarismo, etc. O prémio poderá ser pecuniário ou um voucher e será crescente, dos 150 a 300 euros, do 4.º ao 12.º ano”, explicou. Segundo Renato Carneiro, “a Bial é um dos parceiros do Agrupamento, que tem dado um contributo significativo”. “Estivemos a trabalhar no regulamento do prémio que é um contributo fundamental para o interesse dos miúdos, para os motivar”, salientou. O Agrupamento prepara-se agora para apresentar o projeto educativo, que será dado a conhecer à comunidade escolar no dia 24 de novembro.
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7 de novembro de 2014
É bom ou é mau? Os dados são da Comissão Europeia: reportando dados de 2012, Portugal está no “Top 6” dos países com menor Evasão Fiscal, apenas suplantado pelos países nórdicos: Finlândia, Dinamarca e Suécia, bem como Holanda e Luxemburgo! Um apertadíssimo sistema de controlo das empresas e dos particulares assente numa das mais sofisticadas bases de dados informática, alimentada pelas obrigações declarativas impostas pela lei, com penalizações elevadas para os infratores, coloca o estado português em posição privilegiada para que a economia paralela (com principal enfoque nos desvios de IVA), tenha descido de 14% para 8%, entre os anos de 2009 e 2012. Se a isto juntarmos as medidas lançadas em 2013, da obrigatoriedade de emissão de fatura (que até deu origem a sorteios de viaturas de alta cilindrada, medida ridícula, mas aceite por um
Exportação foi tema de seminário na AEBA Patrícia Pereira
Associação Empresarial do Baixo Ave (AEBA) promoveu um seminário dedicado à exportação e à internacionalização, na terça-feira, 4 de novembro, no auditório da sede. Exportar e internacionalizar foram as palavras de ordem da palestra promovida pela Associação Empresarial do Baixo Ave, que teve como orador José Manuel Fernandes, presidente do Grupo FREZITE, e a moderação de Rodrigo Viana de Freitas, diretor-geral da Central de Informação.
Para José Manuel Fernandes, também presidente da AEBA, foi “muito gratificante” ter tido “o salão cheio”, asseverando que a associação espera fazer, por ano, “seis seminários temáticos”. Baseando-se no livro que recentemente lançou - “Caminhos do Exportador - Estratégias de Internacionalização” -, José Manuel Fernandes afirmou que “as empresas que têm potencial exportador, ou que se adaptem mais facilmente, possam virar-se rapidamente para os mercados externos”, uma vez que esta é “uma necessidade absoluta”. O empresário frisou que “tudo
o que contenha atividades criativas e industriais” têm que ser viradas para o exterior, assim como os “novos projetos e startups” que estão a ser criadas pelos jovens. “Têm de aparecer programas governamentais na área do Ministério da Economia a fomentar e a ajudar os jovens a irem para o centro da Europa estagiar, irem para a Alemanha buscar estágios, irem fazer protocolos com universidades no centro da Europa e trazer conhecimento para Portugal, e aí formar as suas empresas”, enumerou. Em vez de “programazinhos simplórios”, José Manuel Fernandes sublinhou que é necessário “apoiar os jovens de uma maneira muito séria”, tendo o Portugal Ventures - organismo criado pela fusão de diversas capitais de risco -, “capacidade para fazer grande viragem e grandes modificações pelo apoio a jovens projetos”. “Há muitos jovens a formarem startups, mas que precisam de ajuda. E essa ajuda tem que ser feita de uma forma eficaz, que produza componente de capital, humano, de risco financeiro para os ajudar. Claro que uma análise correta e apoiada aos projetos válidos”, concluiu.
povo brando) e, da imposição de certificação prévia de guias de remessa para o transporte de mercadorias (único país no mundo com esta obrigação), faz prever que estamos a caminho de, já no final de 2014, entrarmos no “Top 3”, ultrapassando a Suécia e Luxemburgo e, a “ambicionarmos” sermos os líderes entre os 26 países da União Europeia! A notícia passou em claro nos meios de comunicação social portugueses, o que a meu ver é injusto e até me leva a desconfiar de que possa haver censura na informação! Era merecedor de ser “abertura de telejornais” e de uns tantos programas de debates televisivos, uma oportunidade que desmistificaria a ideia de que temos um alto índice de evasão fiscal, e ajudaria a aumentar a autoestima dos portugueses pois, ainda que forçados, estão a trabalhar neste esforço de salvação nacional, vencendo alemães, ingleses, franceses, italianos, espanhóis, entre todos os outros, bem mais “malandros” que nós! Afinal, já não é só com o Cristiano Ronaldo que somos os melhores do mundo! Também no controlo apertado dos cidadãos, quer no que ganham, quer no que consomem, também estamos entre os melhores do mundo! Mas isto é bom ou é mau? Diria prontamente que é bom! Se todos pagarmos um pouco, vivemos numa sociedade mais justa que no fundo tributa rendimento ou consumo de quem tem e pode gastar. Diria prontamente que é mau! Se me lembrar que atualmente um crime fiscal pode levar a penas de prisão que podem ser superiores a uma pena prevista para vários tipos de homicídio. Não é de loucos? Para fechar o artigo, deixo a minha tese: O país está bem pior do que o que se tem pintado (a começar pelo controlo da comunicação social), pois estes dados revelam taxativamente que não houve corte na despesa pública, mas sim aumento de receita, muito por via desta justa, mas desmesurada estratégia de sermos os melhores do mundo. O comum do cidadão/contribuinte, bem como as pequenas empresas já foram “espremidos” até ao limite e, com isso, as contas públicas têm sido equilibradas, mas este sucesso não tem andado a esconder as medidas verdadeiramente estruturais?
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7 de novembro de 2014
ABB deixa empreitadas do Parque das Azenhas e Senhora das Dores Patrícia Pereira
Quem passou no centro da cidade da Trofa, durante o dia 31 de outubro, reparou num maior rodopio na empreitada dos Parques Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro. A empresa ABB – Alexandre Barbosa Borges, um dos consórcios da empreitada, estava a desmontar todo o seu material para abandonar a obra, retirando também as placas de sinalização. Pelo centro da cidade muito se consta sobre o que se terá passado para que a empresa ABB tenha deixado a empreitada dos Parques Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro, assim como a obra do Parque das Azenhas. Nesse sentido, durante o período de intervenção do público na última reunião de câmara, esta quinta-feira, Luís Pinheiro afirmou que “o consórcio acabou” e que “a obra ficou entregue à Europa Ar-Lindo, que só não está insolvente porque meteram um recurso em tribunal para pagar a dívida de 78 milhões em 12 anos”. “E ainda por cima
fica com as obras do Parque das Azenhas. Que garantias tem que as obras vão andar?”, questionou ao executivo camarário. Luís Pinheiro quis ainda saber “por que é que não se conclui o Parque por zonas” para serem abertas ao público, como “a ABB transfere as obras do Parque das Azenhas” e “quando é que a Edilages termina a sua intervenção”. Sobre o consócio da empreitada dos Parques, o presidente da Câmara Municipal da Trofa, Sérgio Humberto, contou que recebeu “uma carta na segundafeira”, onde a “ABB cedia a sua posição à Europa Ar-Lindo e, se a Europa Ar-Lindo não tivesse capacidade para terminar as duas obras, a ABB ficava detentora dessa posição”. “Estamos a analisar isso juridicamente, se é possível, porque estamos a falar de um consórcio externo, agora a Câmara tem que aceitar ou dizer uma palavra disso”, acrescentou, declarando que na quinta e sexta-feira ia reunir-se com “o advogado”. O autarca denotou que “a intenção da Europa Ar-Lindo é ceder os créditos aos subemprei-
teiros, ou seja, ficar detentora de toda a obra, mas fazer a cedência parcial constante”. “Aquilo que é o grande volume vai fazer a cedência dos créditos, permitindo aos subempreiteiros ter a garantia de que recebem e atempadamente”, completou. Quanto à intervenção da Edilages, Sérgio Humberto elucidou que “está praticamente terminada” e com “uma execução de 95 por cento”, faltando apenas “pormenores”, como a “regularização do paralelo com o alcatrão, jardim e dois postes”. Os “autos de medição” que têm chegado à Câmara, emitidos pela Edilages, já estão “pagos” e foram remetidos para a Metro. “Já tentei várias vezes e de diversas formas com o presidente e com os técnicos, mas até agora não chegou absolutamente nada em termos de dinheiro”, adiantou. O edil trofense mostrou-se “preocupado” com a “manutenção dos Parques”, denotando que “é preciso muito cuidado” com o “tratamento e conservação daquela instalação”, para que “não fique tudo abandalhado”. Também questionado por Luís Pinheiro sobre a previsão
ABB esteve a retirar os contentores da obra na sexta-feira
para início e conclusão da obra do Parque das Azenhas, Sérgio Humberto respondeu que “há um ligeiro problema”, porque “a ABB e a Europa Ar-Lindo nunca assinaram o auto de suspensão”. “A Europa Ar-Lindo tem que apresentar rapidamente os documentos de habilitação, não o fazendo não podem assinar esse auto e reiniciar as obras”, concluiu, enumerando que a duração da obra já com trabalhos a mais é de “dois meses”. O NT tentou obter esclarecimentos da empresa ABB mas tal não foi possível em tempo útil. Recorde-se que a empreitada do Parque das Azenhas está
parada desde o início de 2014 e o prazo para a sua execução já foi ultrapassado. Com o inverno a chegar dificilmente as obras ficarão concluídas antes da primavera e o financiamento do QRENQuadro Estratégico de Referência Nacional terá de estar executado até final de junho 2015, sob pena de a Câmara da Trofa ser “obrigada” a devolver as verbas já recebidas. Também a empreitada do Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro, também financiada por fundos do QREN, tem prazo para terminar por força de encerramento do programa de financiamento.
tância para a população da Trofa, que representa uma melhoria profunda da qualidade de vida do município e região”. “Não posso subscrever com consciência. Conheço muito bem o problema da Savinor e não vejo ainda os méritos do acordo. Desafio o senhor presidente a adiar a atribuição deste galardão para daqui a dois anos, quando o acordo estiver firmado no terreno”, completou. Já a proposta de atribuição de título de “Cidadão Honorário” ao Secretário de Estado da Administração Interna, João Pinho de Almeida, foi recusada com quatro votos a favor e três contra, uma vez que não se registou “maioria qualificada”, ou seja, “dois terços”. Por unanimidade, foram aprovados os valores das Bolsas de Estudo para o ano letivo 2014/
15 e o Regulamento Concurso “Proteger a Floresta dos Incêndios”. Já com três abstenções dos membros socialistas, ficou aprovado por maioria os Instrumentos Previsionais de Gestão Económica e Financeira, para o exercício de 2015, da Trofáguas, Serviços Ambientais, E.M. e do Contrato-programa entre a Câmara Municipal da Trofa e a Trofáguas, Serviços Ambientais, E.M., para o exercício de 2015. Questionado por Manuel Silva sobre “qual o destino da Trofáguas”, Sérgio Humberto declarou que “se não der lucro este ano e para o ano, tem-se que encerrar obrigatoriamente”, sendo objetivo do executivo camarário de “tentar manter a Trofáguas”, caso contrário será “terrível para os cofres da Câmara”, porque vai ter que “encaixar a dívida de 11 milhões”.
Executivo aprova atribuição de galardões municipais Patrícia Pereira
Executivo da Câmara Municipal da Trofa reuniu-se, na manhã desta quinta-feira, dia 6 de novembro. Na última reunião de Câmara, o executivo aprovou, por unanimidade, a proposta de atribuição de galardões municipais, que
vai acontecer na sessão solene do 16.º aniversário do concelho da Trofa. Entre muitos, ficou aprovado por unanimidade a entrega de galardões a Alberto Carneiro, Guilherme Ramos, Júlio Paiva, Luís Portela, Rui Pedro Silva e Carlos Faria. Para Manuel Silva, membro do PS em substituição de Teresa Fernandes, “há um
nome que devia ficar associado e nunca ficou”, que é o de Branco Rodrigues, que “lançou o CENFIM na Trofa” e “construiu aquilo que o CENFIM é”. “Nunca vi nenhuma referência pública a este homem, que passou discreto e humilde e levou o CENFIM ao lugar onde está”, acrescentou. Já com a abstenção de Manuel Silva, ficou aprovada, por maioria, a atribuição de um galardão municipal a João Pedro Azevedo, presidente do conselho de administração da Savinor. Em justificação, Manuel Silva afirmou que “não se trata da pessoa em causa”, mas da “fundamentação”, uma vez que está escrito que “é atribuído pelo papel ativo e pelo empenho demonstrado na concretização do acordo histórico”, assim como pelo “momento de grande impor-
8 Atualidade
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7 de novembro de 2014
Trofense satisfeita com exposição O colorido das telas de Helena Araújo atraiu os visitantes do Parque da Devesa a entrar no imaginário das suas obras, que compunham a exposição de Acrílicos. O próprio espaço e o tempo proporcionaram a presença de muita gente e as bonitas pinturas causaram um enorme sucesso, deixando Helena Araújo agradecida por todo o apoio e carinho demonstrado em cada palavra que lhe foi dita. Durante os 41 dias em que a exposição esteve na Casa do Território, situada no Parque da Devesa, Helena Araújo recebeu a visita de vários familiares e amigos, assim como de outras pessoas entendidas da arte, que tiveram curiosidade de visitar uma obra pintada por uma jovem de apenas 15 anos. Os elogios e desejos de muita força para continuar não faltaram, até mesmo dos autarcas de Vila Nova de Famalicão, que se mostraram disponíveis para ajudar no que estivesse ao seu alcance para que a estudante famalicense não
Helena Araújo expôs na Casa do Território
desista do seu sonho. Além de ter vendido a maior parte dos seus trabalhos, a jovem, residente na Trofa, recebeu duas propostas: fazer trabalhos
com um designer e outro com um fotógrafo. Propostas que Helena encarou muito bem e com bastante desafio, por serem coisas diferentes. Futuramente, Helena
vai também expor em S. Martinho do Campo. Apenas não é possível fazê-lo de imediato, porque, como vendeu muito bem os seus trabalhos, a jovem tem
que trabalhar muito para aumentar o número de obras para preencher o espaço. Para 2015, a jovem trofense tem já um convite para expor na sua terra.
Noite das Bruxas encheu Centro Comercial da Vinha Comerciantes empenharam-se e prepararam uma noite “terrorífica” no Centro Comercial da Vinha. A chuva que caiu, inesperadamente, ao início da noite de sexta-feira e a trovoada que iluminou os céus da Trofa contribuíram para montar o cenário do Dia das Bruxas. As condições climatéricas provocaram uma inversão de tendência nas Sextas Com Vida, iniciativa dos comerciantes do dentro da cidade e fizeram com que o Centro Comercial da Vinha se enchesse de pessoas, ao contrário do que aconteceu na Rua Conde S. Bento, bem mais despida do que o habitual.
No interior do Centro, o Dia das Bruxas foi assinalado com um concurso de máscaras, que fez com que zombies, bruxas, fantasmas e monstros invadissem os corredores do espaço. Curiosas para saber o resultado do concurso, várias dezenas de pessoas reuniram-se para ouvir o veredito do júri. Para ajudar a tornar a noite mais terrorífica, um grupo do Alvadance protagonizou o enforcamento das bruxas e, posteriormente, brindou o público com uma atuação de dança. Satisfeitos com a adesão à iniciativa, os lojistas do Centro Comercial da Vinha, fizeram um balanço positivo. “O ano passado não tivemos tanta adesão. As pub
Centro Comercial da Vinha foi palco de um desfile de mascarados
pessoas que vieram desfilar vieram mais bem caracterizadas. A decoração está fantástica”, afirmou Susana Guerra, da loja Mística. Pelas características do estabelecimento, o Dia das Bruxas foi a oportunidade para a Mística explorar as Sextas Com Vida. “Nas outras edições, enquanto as outras lojas fazem desfiles, montras vivas, nós não conseguimos explorar muito. Mas desta vez, acho que conseguimos aproveitar bem”, assinalou.
Também Carla Caetano, responsável da loja Xegamais, mostrou-se satisfeita com o movimento no Centro, na noite de sexta-feira. “A chuva não impediu que as pessoas saíssem de casa. Este tipo de iniciativas faz com que o público que não frequenta o Centro conheça as lojas que existem, entre as quais novas que estão a abrir. É um incentivo ao comércio local”, frisou. Paralelamente, a administração do Centro Comercial da Vi-
nha aproveitou para assinalar o 19.º aniversário do espaço. Para Manuela Machado, da loja Prodoce-Dicas de Festa, a iniciativa, que contou com distribuição de bolo de aniversário, “foi muito bem conseguida”. “Temonos empenhado para que as pessoas entrem no Centro e visitem as lojas. Todos os comerciantes participaram, uns com oferta de prémios, outros na organização, porque o objetivo é o mesmo para todos, ou seja, cativar as pessoas”, concluiu.
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Mundo automóvel Ter um carro de sonho é desejo de muita gente. Mas, não basta ter carro, depois de o ter nas mãos é necessário cuidar e estimar, porque como tudo, precisa de manutenção. A fim de evitar problemas maiores, é importante fazer periodicamente a revisão do carro. Se não o cuidar, para além de comprometer a segurança do automóvel na estrada, o tempo de vida e o valor do equipamento pode diminuir. É obrigatório que seja feita a inspeção, no caso de automóvel ligeiro de passageiros, quatro anos após a data da primeira matrícula e, em seguida, de dois em dois anos até perfazer oito anos e,
depois, anualmente. Além disso, é importante criar o hábito de que não se deve levar o carro ao mecânico só quando aparecer algum defeito, fazendo revisões periódicas. Para além de uma verificação breve das condições de conservação da carroçaria e dos interiores, da verificação de eventuais perdas de fluídos e da existência de triângulo de pré-sinalização homologado e em funcionamento e do colete retrorrefletor, há um conjunto de verificações que podem ser feitas regularmente pelo condutor: a eficiência dos limpa parabrisas e de vidros partidos, a sinalização luminosa (mudança de direção, perigo, travagem, marcha atrás, chapa de matrícula, nevoeiro), as luzes de presença, médios e máximos, os pneus (relevo do piso com pelo menos 1,6 mm), espelhos retrovisores (superfície refletora, fixação e regulação) e o funcionamento correto
dos cintos de segurança. É necessário ainda ter atenção ao sistema elétrico do carro, que se não estiver a funcionar corretamente, pode comprometer o desempenho do veículo.
Jovem envolvido em despiste de motociclo
Jovem estaria a ultrapassar veículos quando se deu o acidente
Um condutor de um motociclo circulava no sentido Porto-Famalicão, quando, alegadamente, a ultrapassar outras viaturas colidiu com uma delas, cerca das 12.40 horas desta quarta-feira, na Rua D. Pedro V, em S. Martinho de Bougado. O condutor do motociclo, um jovem de 17 anos, sofreu escoriações e foi trans-
portado para a Unidade de Vila Nova de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave. A circulação na Estrada Nacional 14 esteve condicionada. No local estiveram os Bombeiros Voluntários da Trofa, assim como militares da Guarda Nacional Republicana. P.P.
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Pneus e alterações climáticas Numa altura em que as temperaturas mais baixas se começam a fazer sentir, é importante saber que com a queda da temperatura vem também a descida da pressão dos pneus. Manter uma pressão adequada é um procedimento importante que os condutores devem fazer pelos seus pneus. A pressão baixa provoca um desgaste na parte exterior do mesmo e, além disso, gera um aquecimento excessivo e pode reduzir a eficiência energética ao aumentar a re-
sistência à rodagem. As quatro zonas da borracha que estão em contacto com a estrada são necessárias para a aceleração, tração lateral e aderência de travagem. Com a evolução dos sistemas de assistência ao condutor, são cada vez mais comuns os monitores que indicam a pressão do pneu e alertam os condutores quando os níveis de pressão baixam significativamente. No aproximar do inverno voltam as chuvas, em algumas re-
giões do país neve, e as estradas começam a ficar cheias de
situações, é importante os condutores manterem firme a
A falta de contacto dos pneus com o asfalto pode originar o
água e escorregadias, o que aumenta o risco dos automóveis
direção do automóvel e evitar fazer mudanças bruscas da
descontrolo do veículo e provocar um acidente.
sofrerem aquaplaning. Nestas
direção ou pressionar os travões. pub
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Direitos dos condutores em caso de sinistro ou avaria do automóvel É daquelas situações que os condutores mais temem! De facto, ter um sinistro ou uma avaria no automóvel é uma grande “dor de cabeça” para qualquer condutor. Mas será que os lesados conhecem os seus direitos nestes casos? Para esclarecer algumas dúvidas sobre este assunto, que muitas questões levanta, seguem-se algumas informações úteis: - Em caso de sinistro, se o veículo ficar imobilizado, o lesado tem direito a um veículo de substituição, de características semelhantes, a partir da data em que o
segurador assuma a responsabilidade exclusiva pela indemnização dos danos resultantes do acidente; - Após ter conhecimento do sinistro, o segurador tem dois dias úteis para fazer o primeiro contacto com o lesado e marcar as peritagens; - Durante o período de análise da seguradora (dois dias úteis), o lesado pode alugar a título pessoal uma viatura de substituição, sendo, contudo, da sua responsabilidade as despesas incorridas com este aluguer. No entanto, e conforme previsto na alínea 5, do art. 42º do DecretoLei nº 291/2007 de 21 de agosto, o lesa-
Carfast situa-se junto à rotunda dos Bombeiros
do tem direito a ser “indemnizado, no excesso de despesas em que incorre com transporte, em consequência da imobilização do veículo durante o período em que não dispôs do veículo de substituição”. Isto significa que os condutores lesados não necessitam de ficar sem viatura durante o período de resposta do segurador, podendo recorrer ao aluguer de uma viatura durante este período e solicitando, posteriormente, o ressarcimento das despesas incorridas ao segurador; - No caso de perda total do veículo imobilizado, o segurador só tem de disponibilizar um veículo de substituição até ao momento em que coloque à disposição do lesado o pagamento da indemnização, sendo que o veículo de substituição deve ser imediatamente devolvido, caso contrário, o lesado pode ter de pagar pelo seu aluguer;
- Em caso de avaria, nas apólices que tenham subscrito esta cobertura, o lesado tem direito a um veículo de substituição (até três ocorrências por ano), sendo necessário, para isso, chamar sempre o reboque. Após dar entrada na oficina, é emitida uma declaração a informar a Assistência em viagem. Segundo André Coroa, administrador da CARFAST – Premium Rent-a-Car, “a maioria dos condutores desconhece os seus direitos nestas situações, em especial, o direito de recorrer ao aluguer de uma viatura imediatamente após a imobilização da sua e até obter resposta do segurador e marcação da peritagem (dois dias úteis), tendo posteriormente que solicitar ser ressarcido pelo segurador pelas despesas incorridas”.
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7 de novembro de 2014
Stands de automóveis Na hora de escolher o automóvel adequado, nem todos sabem o que querem. As dúvidas surgem, cada equipamento tem as suas funções específicas e o comprador, mais do que todos, sabe o fim a que se destina o automóvel e o uso que lhe quer dar. É na sequência destas questões, assim como na proposta mais aliciante entre preço e qualidade, que surgem os stands de automóveis. Entre novos e usados, os preços variam consoante a marca e as funcionalidades do equipamento. Ao mesmo tempo que pensamos na escolha mais acertada, pensamos também no stand que vamos eleger para nos aconselhar da melhor maneira sobre o modelo e a marca a escolher. É o feedback dos clientes, a qua-
lidade dos equipamentos e a forma como prestam auxílio ao cliente, que fazem de um stand de automóveis uma instituição de confiança. Alguns compradores portugueses utilizam a internet para obter mais informação, conhecer preços e características dos veículos para, no final, irem ao stand fazer a compra. Há alguns casos em que as compras, principalmente de usados, são efetuadas pela internet. Quer os veículos novos, quer os usados, têm uma garantia de dois anos, embora se possa acordar a redução daquele prazo até um mínimo de um ano no momento. Por lei, a partir da data de compra, todos os bens móveis têm dois anos de garantia, não é preciso nenhum documento
escrito a atestar a sua existência. Durante esse tempo, o vendedor ou o produtor estão obri-
gados a assegurar a qualidade dos bens, por isso, é importante guardar os recibos comprovativos da compra.
Se for detetado algum problema no veículo, terá que comunicá-lo ao vendedor no prazo máximo de 60 dias.
Conduzia com uma taxa de alcoolemia de 2,64 gramas Numa ação de fiscalização, um homem foi detido pelos militares da Guarda Nacional Republicana da Trofa, por conduzir
com uma taxa de 2.64 gramas de álcool por litro de sangue. O homem, que foi detido em S. Martinho de Bougado, pelas
4.30 horas desta quarta-feira, foi notificado para comparecer em tribunal. P.P.
Os efeitos do álcool na condução Já toda a gente sabe os perigos da condução sob efeito de álcool, mas o que é certo é que os acidentes repetem-se e esta é uma das causas frequentes. A capacidade sensorial face ao meio envolvente, a atenção e concentração, são seriamente afetadas com a ingestão não moderada da bebida. Com isto, o campo visual fica mais reduzido por distorção de imagem, o que provoca uma interpretação incorreta das distâncias e das velocidades, assim como a au-
dição. Também o tempo de recuperação após um encadeamento é maior, o que aliado ao estreitamento do campo visual, aumenta a probabilidade de acidente. Por isso, tome as precauções necessárias, se estiver no lugar do condutor e respeite as normas de segurança. Recorde-se que, se conduzir com uma taxa de álcool no sangue igual ou superior a 0,5g/L e inferior a 0,8g/L, é sancionado com coima de 250 a 1250 euros
e com a sanção acessória de inibição de conduzir de um a 12 meses. Se a taxa for igual ou superior a 0,8g/L e inferior a 1, 2 g/L será sancionado com coima de 500 a 2500 euros e com a sanção acessória de inibição de conduzir de dois a 24 meses. No caso de taxa igual ou superior a 1,2g/L, então será detido e punido com pena de prisão até um ano ou com pena de multa até 120 dias. Para os recém encartados a taxa máxima permitida é de 0,2g/L. pub
Atualidade13
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7 de novembro de 2014
Cruz Vermelha apoia mil pessoas com cabazes alimentares Patrícia Pereira
Desde o dia 20 de outubro que a Delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa está a implementar o projeto “Caixa de Sorrisos”, vencedor da Missão Sorriso 2013. Na terça-feira, a delegação começou a distribuir cabazes alimentares. Depois de uma formação sobre confeção de receitas saudáveis e de poupança, os mil beneficiários vão poder pôr em prática tudo o que aprenderam. A Delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) começou esta terça-feira a distribuir os cabazes alimentares às mil pessoas carenciadas do concelho da Trofa. Cada cabaz é constituído por “18 quilos de bens alimentares, entre outros, água, azeite, arroz, óleo, salsichas, atum e leite, assim como o livro de receitas, com dicas de poupança e receitas. Para Francisco Ferreira, um dos beneficiários, a formação foi “um bom exemplo para todas as pessoas, porque ensina como as pessoas devem poupar e a ter
Entrega dos cabazes alimentares vai decorrer no mês de novembro
uma alimentação saudável”. Utente da delegação “há quatro anos”, Francisco afirmou que “só tem a agradecer”, pois desde que pediu ajuda pela “primeira vez” foi “muito bem recebido” e a Cruz Vermelha tem-no “ajudado bastante na vida”. Outra das beneficiárias do projeto, Elisabete Duarte, apoiada “há muito tempo” pela dele-
gação trofense, contou que desde que veio dos Açores, terra natal, que a CVP a “tem ajudado muito” e sido “uma grande ajuda”. Em jeito de balanço, Daniela Esteves, presidente da Delegação da Trofa da CVP, referiu que a formação tem sido “um período muito positivo”, porque é “um momento de partilha, onde as
pessoas se libertam um bocadinho e contam mais das suas dificuldades e dúvidas”. “Acho que devemos incutir este hábito, de que venham a um espaço da delegação para que possam ouvir e partilhar as suas dúvidas”, acrescentou. A Delegação da Trofa já concorreu à edição 2014 da Missão Sorriso. Daniela Esteves explicou
que o projeto insere-se “no eixo da Luta Contra a Fome”, tratando-se de “uma majoração da resposta quer a este nível de apoio alimentar não confecionado, quer também da resposta da cantina social Porta de Sabores”. “Estou muito confiante com esta candidatura”, apontou.
Nova subconcessão hipoteca expansão do Metro Patrícia Pereira
A Comissão de Trabalhadores (CT) da Metro do Porto alertou que a expansão da rede de metro “fica hipotecada pelo prazo da nova subconcessão”, cujo concurso público está a decorrer. “Fica hipotecado pelo prazo da nova subconcessão – dez anos – o crescimento da rede de
metro ligeiro do Porto, uma vez que não foi devidamente salvaguardado que o vencedor do concurso tenha que operar uma rede maior do que a existente à data”. Em comunicado enviado à Agência Lusa, a CT adverte que, depois de ter consultado o caderno de encargos do concurso, parece que “vai acontecer um esvaziamento ainda maior das competências da empresa”. Nuno Ortigão, da CT, afirmou
que os acionistas da empresa, designadamente Área Metropolitana do Porto (AMP) e autarquias, “devem estar distraídos, porque o novo caderno de encargos não prevê qualquer hipótese de crescimento da rede”, mas determina que o novo subconcessionário apenas fique responsável pela operação da atual rede. Para a CT, isto demonstra que “não há sequer visão estratégica para dizer que uma futura expan-
são custará zero” em termos de operação, disse. “Isto é um contrassenso em relação às reivindicações que o Conselho Metropolitano do Porto (CmP) tem feito”, sustentou Nuno Ortigão, lembrando que os autarcas da AMP sempre defenderam que a concessão do serviço deve assentar em critérios com vista ao alargamento da rede. Na subconcessão apenas “não” está “a fiscalização e o fu-
nicular dos Guindais”, reduzindo “a Metro do Porto a uma empresa de fiscalização” de contratos. O prazo de entrega das propostas a concurso termina no dia 9 de dezembro. O Jornal de Notícias avançou que a Metro do Porto vai negociar com a Viaporto o prolongamento da atual concessão da operação da rede por mais seis meses, perante a impossibilidade de ter um novo operador a 1 de janeiro de 2015.
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7 de novembro de 2014
Trofenses em feira parisiense Várias empresas trofenses estão presentes na feira Midest, que se realiza desde esta terçafeira até sexta-feira, no Parc des expositions de Paris Nord Villepinte, em França. Falual - Construções Metalomecânicas, Mascasting, Metalotrofa - Serralharia Mecânica da Trofa LDA, Ruprec - Mecânica Precisão e Projectos, Tornitrofa, Trofinox, Santos Julios Metal Distendido e TSF - Metalúrgica de Precisão são as empresas que representam a Trofa na feira parisiense, com o intuito de expandir e alargar o seu leque de clientes. A Midest é uma “plataforma
O radicalismo que ameaça a Europa
Trofinox é uma das empresas presentes
global”, que pretende ser como “intercâmbio entre empreiteiros e subempreiteiros”. Nesta feira, pode encontrar empresas de di-
versas áreas, como soluções em metais, plásticos, eletrônicos, micro-tecnologia e serviços para a indústria. P.P.
Muro de Abrigo comemorou Dia do Idoso A Muro de Abrigo – Associação de Solidariedade Social do Muro, IPSS celebrou como habitualmente o Dia do Idoso. Foi possível proporcionar um almoço diferente aos idosos e um resto de dia com muita alegria e animação, onde as cantigas não faltaram. A Muro de Abrigo, nas respostas sociais que oferece, tem sempre como prioridade “o bemestar e a alegria do Idoso, contribuindo desta forma para um envelhecimento saudável”. “Envelhecer é sem dúvida uma Dádiva!”, afirmou fonte da instituição
Seniores tiveram um dia com muita alegria e animação
Muro faz tributo a Luís de Camões “Para tão longo amor, Tão curta a vida” é o título do tributo de poesia a Luís de Camões, protagonizado pela voz de Ivo Machado, guitarra de Carlos Carneiro e declamação de António Sousa.
Esta é uma iniciativa que a Junta de Freguesia do Muro vai promover para o dia 21 de novembro, pelas 21 horas, na Academia de Estudo 100 Problemas, situada na Rua José Moura Coutinho.
“Venha passar connosco um serão, onde a música e a poesia, de forma harmoniosa, nos deslumbram com algumas das enigmáticas palavras de Camões”, convida o executivo da Junta. P.P.
Noite de fados na tasquinha de S. Pedro da Maganha Para ajudar a Associação Recreativa S. Pedro da Maganha, António Moreira, voluntário trofense, vai organizar uma noite de fados neste sábado, 8 de novembro, na tasquinha da associação. António Ferreira, Fernando
Jorge, Joaquina Rodrigues e Olinda de Carvalho, acompanhados à viola por João Ferreira e à guitarra por Armindo Machado, são os nomes que vão levar o Património Imaterial da Humanidade à tasquinha de S. Pedro,
no lugar da Maganha, Santiago de Bougado. As inscrições para o jantar já estão abertas e custam dez euros. Os interessados podem contactar a organização através dos números de telemóvel 919539454 ou 916947493. C.V.
Fruto de permanentes escândalos de corrupção e diferentes outras formas de fraude, cresce na sociedade portuguesa e europeia em geral, um perigoso sentimento de aversão aos partidos políticos, com destaque para aqueles que compõem o arco da governação. Freeport, BPN, Portucale, submarinos, derrapagens sucessivas ou contratos de PPP’s caracterizados por governantes que assinam péssimos negócios para o Estado mas altamente lucrativos para empresas para as quais transitam após o seu mandato governativo são apenas alguns exemplos com o mesmo denominador comum: existe sempre um atual ou antigo governante do PS, PSD ou CDS envolvido. Sempre. A percepção destes esquemas pelo grande público, amplificada pela crescente velocidade com que a informação circula atualmente, está a causar danos irreparáveis nos partidos ditos moderados por essa Europa fora, que têm vindo a perder eleitorado, eleição após eleição. Paralelamente, assiste-se ao crescimento da extremadireita em estados como a França (FN) ou Reino Unido (UKIP), e da extrema-esquerda em países como a Grécia (Syriza) ou a Espanha (Podemos). Sondagens recentes indicam mesmo que a Frente Nacional e o Podemos são sérios candidatos a ganhar as próximas Legislativas nos seus países. Apesar da distância ideológica que os separa, todos estes partidos têm pelo menos duas bandeiras comuns que lhes garantem centenas de milhares de votos: são críticos ferozes da corrupção e opositores do projeto europeu. Perante estas movimentações no xadrez político europeu, seria expectável uma mudança radical de atitude por parte dos partidos do centro, não só numa lógica de manutenção do poder, essencial para a sua coesão, mas também pelo imperativo ético de reforçar a democracia, princípio basilar cada vez mais em causa pela ascensão dos extremistas, aqui com destaque para a extrema-direita cujo discurso é mais violento e persecutório, sendo que a questão da emigração é talvez a mais preocupante. A possibilidade destas forças ocuparem o poder em estados-chave no seio da UE é um risco real cujos danos poderão estilhaçar por completo tudo aquilo que foi feito até aqui. Mas essa mudança não está a acontecer. Os fantasmas do passado espreitam ao virar da esquina. Numa Europa que sofreu duas guerras devastadoras no último século, onde totalitarismos de esquerda e direita quase estrangularam toda e qualquer aspiração a uma sociedade aberta, plural e democrática, talvez tenha chegado a hora dos partidos moderados tomarem uma posição, sob pena de serem submetidos a uma pasokização (termo usado para descrever a queda de partidos moderados, inspirado na razia eleitoral sofrida pelos socialistas/sociais-democratas do PASOK, tradicional partido de governo grego que nas últimas Legislativas viu a sua representação parlamentar cair de 160 para 41 deputados), abrindo espaço a correntes mais radicais que ameaçam desintegrar uma Europa dilacerada pela crise financeira, pelo vazio de representatividade e, sobretudo, por uma preocupante crise de valores. É urgente que quem milita nestes partidos tome consciência desta realidade antes que seja tarde demais. Mas não é menos urgente que os europeus no geral deixem de se preocupar tanto com questões secundárias como o futebol ou os reality shows e façam a sua parte. A atual situação política da Europa é um convite ao radicalismo. Alguém quer voltar ao tempo dos partidos únicos?
Região 15
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7 de novembro de 2014
Santo Tirso vai ter Museu Internacional de Escultura “Temos de nos congratular porque os museus internacionais, afinal, não estão só em Nova Iorque, em Berlim nem em Paris. Também os há em Lisboa, no Porto e em Santo Tirso. Eu acho que isto é um salto civilizacional”. Estas foram as palavras do secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Castro de Almeida, na cerimónia de lançamento da primeira pedra do Museu Internacional de Escultura. Tem a assinatura de Siza Vieira e Souto Moura, o projeto da sede do Museu Internacional de Escultura Contemporânea, cuja primeira pedra foi lançada esta terça-feira, dia 4 de novembro. Alberto Carneiro, natural de S. Mamede do Coronado, vulto incontornável da Escultura internacional, é o responsável pelo museu. Além da construção do edifício sede do Museu Internacional de Escultura Contemporânea, a obra envolve também a requalificação do Museu Municipal Abade Pedrosa, na sequência de uma recandidatura feita pela Câmara Municipal de Santo Tirso,
no final do ano passado. Segundo o presidente da Câmara Municipal, Joaquim Couto, a autarquia “foi confrontada com a necessidade de reformular o projeto, sob pena de não ver o processo aprovado”. “Felizmente”, acrescenta, “conseguimos apresentar uma candidatura vencedora, entre mais de uma dezena que estavam a concorrer, permitindo avançar com um importante investimento para o município”. Uma das principais transformações no processo de candidatura prendeu-se com a opção de juntar os projetos de Souto de Moura e Siza Vieira, permitindo com esta medida concentrar recursos humanos e financeiros, tornando-o mais intenso e atrativo para o público. “Temos recursos naturais, paisagem e um conjunto de características que temos de fomentar e transportar ou promover a nível nacional e internacional. A cultura e o turismo são duas áreas importantíssimas quer em termos de emprego, quer no desenvolvimento”. Estas são duas áreas que Joaquim Couto considera “nobres”. São duas infraestruturas que “vão chamar pessoas a Santo Tirso e devemos complementar
FORAVE vê aprovados novos projetos europeus No início do ano letivo, a Escola Profissional Forave viu aprovadas as candidaturas realizadas à Agência Nacional Erasmus+ - Educação e Formação, no âmbito do novo programa europeu Erasmus+. “Bringing Europe Closer” é o título do projeto KA1 - School education staff mobility -, que vai permitir a “13 elementos do staff da escola a realizarem ações de formação em diversos países europeus e a partilharem as suas experiências com os alunos, colegas e com instituições e empresas locais”. Já o projeto KA2 - Strategic Partnerships for vocational education and training -, denominado “International Network of Technical Schools”, vai permitir à Forave trabalhar com universidades, empresas e instituições de formação de diversos países da Europa, com o objetivo de “criar uma rede europeia de ensino profissional e de colocação de estagiários”. Além destes novos projetos, a Forave continua a coordenar o projeto “Towards a brighter future: preventing dropping out in an inclusive school” e a trabalhar, em conjunto com a escola francesa Saint Pierre-Notre Dame de France-Sainte Marie, em “diversas atividades, estratégias e métodos inovadores que contrariem o abandono escolar”, afirmou fonte da instituição. Também o projeto “Encurtar distâncias na Europa”, realizado ao abrigo do programa Leonardo da Vinci – Mobilidade, terá continuidade e vai permitir que “oito alunos do terceiro ano dos cursos profissionais do nível IV realizem os seus estágios em Bordéus, França”. O projeto “The role of the third parties in vocational education” vai continuar a ser desenvolvido com a TEIA AMIGA Associação e com parceiros da Turquia, Grã-Bretanha, Polónia e Eslovénia, visando promover a participação de entidades consideradas, à priori, como externas à escola (associações, ONGs, empresas, universidades, organismos públicos, etc.) na formação profissional dos jovens, criando plataformas locais de formação e estágio onde todos serão parceiros efetivos.
Joaquim Couto e Castro Almeida lançaram primeira pedra
com mais programas atrativos ao concelho”, assim como pelo facto de o responsável do museu ser o professor Alberto Carneiro, um vulto da Escultura com projeção internacional. O autarca espera que as obras estejam concluídas até junho de 2015, sublinhando que espera que possa haver “uma dilação de prazo até final do próximo ano”. Castro de Almeida considerou que é necessário “apostar no que temos no país”. “O investimento nas pessoas, em capital humano” como prioritário, assim como “nos recursos locais onde avulta
o património natural e o património cultural que é uma marca de identidade muito importante do país e que mexe muito com o turismo, que felizmente está a crescer muito nesta região”, referiu. O secretário de Estado de Desenvolvimento Regional adiantou ainda que, “ao aproveitar os talentos gigantescos que tem na arquitetura em Portugal e que têm dimensão mundial” está mais uma vez, a “aproveitar e valorizar recursos locais” e, por isso, estava “muito satisfeito por ter estado associado a esta aplicação de fundos europeus que
vai valorizar estes território, criando riqueza”. Castro de Almeida adiantou ainda que o próximo quadro comunitário, Portugal 2020, só iniciará a execução em 2015, altura em que se encerra também o QREN- Quadro de Referência Estratégica Nacional, destacando, no entanto, que a “União Europeia ainda não deu como aprovados os Programas operacionais”, mas que espera que “já este mês possam ser abertos alguns avisos para novas candidaturas a coberto do Portugal 2020.” Carlos Duarte, vogal Executivo da Comissão Diretiva da ON2 – O Novo Norte, “tem expectativa que devido à qualidade do projeto, a obra, em si, seja um investimento bem sucedido, tal como aconteceu como a intervenção nas margens do Rio Ave, assim como a intervenção na Fábrica do Teles”. O vogal executivo referiu que “ao tentar valorizar o património natural e construído, ao promover cultura e indústrias criativas, estamos a potenciar o desenvolvimento social das comunidades e fazer com que estes equipamentos sejam ferramentas da valorização pessoal”, concluiu.
Alunos da CIOR refletem sobre questões sociais Finalistas da Escola Profissional Cior em palestra com Deolinda Machado, no dia 31 de outubro. Já entre os dias 12 e 17 de outubro, dois alunos estiveram pela Cróacia. A convite dos professores da Área de Integração da Escola Profissional CIOR, a famalicense Deolinda Machado, da comissão executiva Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP) Intersindical, esteve presente no estabelecimento de ensino para dar uma palestra, onde predominaram temas relacionados com “a precariedade, solidariedade, voluntariado, igualdade de oportunidades, diferenças salariais e desemprego”. “Todas estas questões emergentes na sociedade em que vivemos foram objeto de debate e de reflexão por parte dos alunos”, avançou fonte da escola, relativamente às “duas sessões” que Deolinda Machado orientou
e que foram destinadas “a alunos finalistas”. Durante a sessão, ficou “o incentivo aos jovens para se empenharem de forma pro ativa e consciente na construção duma sociedade mais justa, mais solidária e mais fraterna”. Já entre os dias 12 e 17 de outubro, “os dois melhores alunos do 10.º ano” dos cursos de Instalações Elétricas e Eletrónica, Automação e Comando, acompanhados por uma professora, participaram na quarta reunião de parceiros do projeto “Water - Every Drop Counts”, inserido no programa Comenius Parcerias Multilaterais. O encontro decorreu em Varazdin, na Croácia, e reuniu as escolas parceiras de Portugal, Bulgária, Roménia, Grécia e Espanha, tendo sido a Escola Secundária de Engenharia Electromecânica de Varazdin, a anfitriã. Segundo fonte da escola, os alunos apresentaram os trabalhos desenvolvidos nas escolas
de origem, participaram em workshops onde realizaram experiências com a água e conheceram a escola e os seus cursos. Os participantes contaram também com um programa cultural diversificado que incluiu uma visita guiada à cidade de Varazdin, uma visita às ruínas das termas Romanas de “Varazdinske Toplice”, bem como ao Museu termal e ao Parque natural “Plitvice Lakes”, que é Património da Humanidade desde 1971. “A participação em projetos desta natureza revelase uma mais-valia para o enriquecimento curricular dos cursos, contribuindo para o desenvolvimento pessoal e profissional dos jovens envolvidos, atuando simultaneamente como um fator de motivação dos alunos que, para participarem, devem demonstrar o seu valor e melhorar o seu desempenho escolar”, denotou fonte da escola.
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7 de novembro de 2014
Resultados das camadas jovens CD Trofense
Ricardo Carvalhal/Diário de Aveiro
Juvenis A 1.ª Divisão distrital – série 2 Trofense A 0-2 Gondomar (6.º lugar, 15 pontos) Próxima jornada 09/11 às 10 horas Lourenço Douro-Trofense
Trofense perde e mantém-se “lanterna vermelha” da 2.ª Liga Em Aveiro, o Trofense perdeu por 3-0 e somou a nona derrota na 2.ª Liga. Para o treinador da equipa da Trofa, o resultado é “completamente mentiroso”. Depois de ter empatado com o União da Madeira, no domingo, o Trofense voltou às derrotas na 2.ª Liga, na quarta-feira, diante do Beira-Mar. A formação de Aveiro foi irrepreensível e construiu a vitória cedo, com o tento de Edema, aos sete minutos, após abertura de Índio. A resposta do Trofense surgiu aos 25 minutos, pelos pés de Dario que, numa excelente posição dentro da pequena área, rematou às malhas laterais da baliza defendida por Márcio. Gorava-se uma oportunidade flagrante para empatar e mudar o rumo da partida. O segundo golo dos aveirenses, que estiveram mais concludentes no ataque, apareceu aos 53 minutos, por Edu, que se revelou numa escolha acertada do
treinador Jorge Neves que o lançou no ataque para render Nadson. Por sua vez, a equipa liderada por Porfírio Amorim assustou com um cabeceamento perigoso, mas sem efeitos no placard. Já perto do apito final, o Beira-Mar fechou a contagem em 30, com o golo do médio Anderson. Na análise ao jogo, Porfírio Amorim considerou o resultado “completamente mentiroso”, uma vez que “o Beira-Mar na primeira parte teve meio golo e aproveitou”, enquanto o Trofense dispôs de “quatro oportunidades e não marcou”. “Correr atrás é sempre difícil. Podíamos ter decidido melhor em algumas jogadas”, frisou. Já Jorge Neves, técnico do Beira-Mar, considera que a vitória “não oferece nenhuma dúvida”. “Não deixámos que o adversário criasse dificuldades, apesar de alguns períodos em que não estivemos ao nosso melhor nível. Mais audácia e o resultado poderia ser mais expressivo”, assinalou. Com 14 jogos realizados, o
Trofense ocupa o último lugar da 2.ª Liga, com 11 pontos, distribuídos por nove derrotas, dois empates e três triunfos. Virar o rumo dos acontecimentos parece estar difícil para o comando técnico que não tem conseguido fazer com que a equipa regresse aos resultados positivos com que surpreendeu a massa associativa no início da temporada. No domingo, em casa, o Trofense joga com o Futebol Clube do Porto B e terá uma oportunidade para se reconciliar com os triunfos e, eventualmente, com a massa associativa, que começa a exigir resultados a Porfírio Amorim. O jogo está marcado para as 15 horas. Camadas jovens apresentam-se aos adeptos Durante o intervalo do jogo com o FC Porto B, as dezenas de atletas que compõem as camadas jovens do Trofense vão desfilar no relvado para se apresentar aos adeptos.
Juvenis B 2.ª Divisão distrital – série 4 S. Pedro Fins 2-3 Trofense B (1.º lugar, 15 pontos) Próxima jornada 09/11 às 9 horas Trofense-Folgosa da Maia Iniciados A 1.ª Divisão distrital – série 2 FC Lagares 0-5 Trofense A (2.º lugar, 18 pontos) Próxima jornada 09/11 às 11 horas Trofense-Aves Iniciados B 1.ª Divisão distrital – série 7 Trofense B 1-2 Macieira Maia (7.º lugar, 6 pontos) Próxima jornada 09/11 às 11 horas Ringe-Trofense Infantis Fut. 11 1.ª Divisão distrital – série 1 Vilanovense 1-1 Trofense (6.ºlugar, 14 pontos) Próxima jornada 08/11 às 15 horas Trofense-Perosinho Infantis Fut. 7 Sub13 – Camp. Distrital Série 2 Vilar Pinheiro 6-1 Trofense (12.º lugar, 0 pontos) Próxima jornada 08/11 às 15 horas Trofense-S. Martinho Sub 12 Camp. Distrital - Série 3 FC Fânzeres 2-6 Trofense
(1.º lugar, 9 pontos) Próxima jornada 08/11 às 13.15 horas Trofense-Aves Sub 11 Camp. Distrital - Série 8 Estr. Fânzeres 0-9 Trofense A (1.º lugar, 9 pontos) Próxima jornada 08/11 às 9.30 horas Trofense-Aliança Gandra Camp. Distrital - Série 6 Trofense B 12-2 Pedrouços (7.º lugar, 3 pontos) Próxima jornada 08/11 às 9.30 horas Varzim-Trofense Camp. Distrital - Série 9 S. Martinho 2-5 Trofense C (5.º lugar, 3 pontos) Próxima jornada 08/11 às 10.30 horas Trofense-Lamoso Sub 10 Camp. Distrital - Série 5 Trofense 0-9 Rio Ave FC (9.º lugar, 0 pontos) Próxima jornada 08/11 às 11.30 horas Trofense-Alfenense
AC Bougadense Juvenis B 2.ª Divisão distrital – série 4 Bougadense 1-1 Varzim B (6.º lugar, 8 pontos) Iniciados B 1.ª Divisão distrital – série 7 UDS Roriz 7-6 Bougadense (9.º lugar, 3 pontos) FC S. Romão Juniores 2.ª Divisão distrital – série 3 S. Romão 1-4 Maia Lidador B (13.º lugar, 0 pontos)
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14 equipas na segunda edição da Liga de Empresas Arrancou a segunda edição da Liga de Empresas da Academia de Futebol da Louseira. Para a temporada de nove meses que começa, a competição conta com a participação de 14 equipas, uma evolução relativamente à edição de estreia. Além do campeonato, haverá também a Taça da Liga, outra novidade para esta época. Para Luís Cardoso, responsável pela Academia, o aumento do número de participantes “é sinal que o projeto foi recebido com agrado na Trofa e nos concelhos vizinhos” e vai ao encontro do objetivo da organização de garantir que, a cada edição, haja “um upgrade” que carimbe o selo de qualidade da competição. Para esse desígnio em muito contribuiu a celebração de uma “parceria estratégica” com a D’Accord e Carfast, patrocinadores, que “possibilitaram aumentar a oferta de prémios e brindes às empresas e diversificar as atividades desenvolvidas”, explicou Luís Cardoso. “Alargamos o número de colaboradores e de árbitros, alguns dos quais são de Santo Tirso e Famalicão. Nesses concelhos também se começa a falar da Liga de Empresas, o que nos enche de orgulho. De alguma forma, pretendemos que, no médio prazo, a Liga aumente e possa estender-se para outras zonas de fora do concelho da Trofa”, anun-
ciou. Os objetivos da Liga passam por “permitir às pessoas que trabalham nas empresas, que são clientes ou familiares passem um momento de convívio, através da competição”. “Aqui não se trata só do jogo, há o antes e o depois. Temos grupos que vêm para cá com uma ou duas horas de antecedência para ver jogos que estão a decorrer e a socializar e outros que, depois de jogarem, vão jantar juntos”, acrescentou. No passado fim de semana, cumpriu-se a primeira jornada, que contou com seis vitórias e um empate e 52 golos. A Skyphone é uma das estreantes da competição e começou com o pé esquerdo, ao perder com a F.Corse por 3-1. Carlos Costa, responsável da empresa, explicou que uma das razões que o fez aderir à Liga foi “promover a Skyphone, aliandoa ao desporto”. Quanto à organização, assinalou, “está excelente” e “só foi pena começar com uma derrota”. Em termos competitivos, o objetivo “é não ficar em último”. Já Hermano Silva, da F. Corse, afirmou que a meta da equipa “é repetir” o feito da edição passada, ou seja, “estar no pódio”. “Em termos gerais, queremos fazer um bom torneio e esperamos que ninguém se magoe”, sublinhou. Também a experimentar a competição pela primeira vez, a equipa da JPC Contabilidades
Equipas da Sanimaia e JPC Contabilidades defrontaram-se na 1.ª jornada
não conseguiu vencer na primeira ronda, permitindo o ascendente da repetente Sanimaia, que triunfou por 4-2. Diogo Fernandes, da JPC, considera a iniciativa “interessante” e a organização “bem constituída”. “As condições são boas, já estou habituado a jogar aqui”, frisou. Por sua vez, Adriano Sousa, a representar a Sanimaia, referiu que as expectativas da equipa passam pelo grupo “divertirse ao máximo, praticar desporto e conviver num ambiente diferente”. O campo da Louseira também foi elogiado: “Gostamos muito do espaço. É amplo, não temos nenhuma referência visual à volta e sentimo-nos bem”.
S. Romão fora da Taça Brali Diana Azevedo
O S. Romão não foi mais além do que a 3.ª jornada da Taça Brali, depois de ter perdido em casa com o Monte Córdova e, no domingo, no reduto do Raimonda. Segundo o treinador Zé Manel, foi um jogo onde “tudo aconteceu de mal”. A ansiedade para esta jornada era bem evidente no plantel romanense, para o qual a vitória era a única possibilidade para a permanência na disputa da Taça Brali. “Quando uma equipa está a precisar de vitórias para dar a volta por cima, tudo acontece de mal, e desta vez apareceu-nos uma equipa de arbitragem que me
levou ao limite de tolerância. O jogo começou a ficar definido logo no primeiros lances e depressa se percebeu o que iria acontecer”, definiu assim o jogo o treinador dos romanenses. Tal como referiu Zé Manel, os minutos iniciais fizeram prever o desfecho da partida, uma vez que aos 15 minutos o marcador já anunciava 2-0 a favor do Raimonda, com golos de Diogo Neto e Maomé. Cientes da dificuldade em virar o resultado, a equipa de S. Romão continuou a acreditar que poderia marcar golos e não cruzou os braços, no entanto a ambiguidade de critérios do trio de arbitragem dificultou a atuação dos forasteiros e sem conseguirem chegar à baliza do Raimonda, acabaram por sofrer
mais um golo, a caminho dos 40 minutos, por Tiago Castro. Ao intervalo, o resultado era um seguro 3-0 para a casa e pouco mais havia a fazer para o S. Romão. No entanto, o panorama conseguiu piorar, com as más decisões da arbitragem a levaram o treinador Zé Manel “ao limite de tolerância, o que terminou na sua expulsão”. Até ao apito final o Raimonda ainda conseguiu mais três golos em dez minutos. Primeiro foi Hugo Mendes aos 70 minutos, seguindo-se Rui Nunes e Ricardo Leão. Neste domingo, a equipa romanense visita o UDS Roriz, em Santo Tirso, para disputa da 6.ª jornada.
Nos restantes jogos, a Muroplaco bateu a Confeitaria Torres por 7-1, enquanto as Torneiras OFA triunfaram diante da Litel, por 5-3. O Aquaplace sofreu a derrota mais pesada da jornada:
11-2, frente à J. Miranda, enquanto a ACRABE/6 Dias venceu a Falual por quatro bolas a três. O empate da ronda aconteceu no jogo entre a Trofilétrica e a Dacar Automóveis (3-3).
Rui Pedro Silva foi 2.º na Maratona do Porto
“Não foi desta que venci a Maratona do Porto, mas cá estarei para o ano para voltar a tentar”. Foi desta forma que Rui Pedro Silva reagiu ao resultado obtido na prova realizada no domingo. O atleta natural da Trofa, a correr pelo Benfica, conseguiu melhorar a classificação de 2013 e foi 2.º, atrás do etíope Workneh Fikre Serbessa por 54 segundos. Rui Pedro Silva, que na edição anterior tinha ficado em 3.º lugar, não conseguiu, porém, melhorar o tempo como era seu intuito. Fez duas horas, 13 minutos e 54 segundos (mais 43 segundos que em 2013). “Tinha o objetivo de melhorar o meu resultado do ano passado e ir ao pódio. Não consegui o primeiro, mas melhorei a classificação. Foi uma boa prova”, afirmou aos jornalistas, no final da prova. Na página do Facebook, Rui Pedro Silva mostrou-se “muito contente” com a 2.ª posição alcançada, numa prova com “muito sofrimento à mistura”. O atleta anunciou intenção de se apresentar em melhor forma na próxima maratona, “lá para março ou abril” de 2015, até para alcançar os mínimos exigidos para carimbar presença nos Jogos Olímpicos. Na Maratona do Porto, mais cinco portugueses ficaram no top 10 da prova. No pódio feminino esteve Luísa Oliveira, estreante nesta distância, com um tempo de duas horas, quarenta minutos e 33 segundos, que a permitiu alcançar o 2.º lugar.
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7 de novembro de 2014
Escola de Futebol Clube Slotcar da Trofa nasce na Louseira Cátia Veloso
A Academia de Futebol da Louseira e o Clube Slotcar da Trofa juntaram-se para desenvolver um projeto que dizem “inovador”. A escola de futebol, para atletas dos seis aos 14 anos, deixa a competição em segundo plano e privilegia a aquisição de “valores e virtudes”. De equipamento novo, os 22 atletas entraram dentro de campo para fazer o que mais gostam: jogar futebol. Enquanto um grupo defrontou o Boavista, num encontro amigável, o outro, com atletas mais jovens limitou-se a treinar. O campo da Louseira, na Abelheira, S. Martinho de Bougado, é o palco do novo projeto da Academia da Louseira e do Clube Slotcar da Trofa. A parceria nasceu quando as intenções das duas entidades convergiram: a nova escola de futebol – que adotou o nome do Clube Slotcar da Trofa – é um hino à filosofia do “desporto para todos” e deixa a competição para segundo plano, preferindo alicerçar-se em “valores e virtudes” que contribuam para que jovens, dos seis aos 14 anos,
construam uma identidade socialmente aprovada. Luís Cardoso, responsável pela Academia, explicou que se trata de uma “escola alternativa ao modelo tradicional, que existe para privilegiar o desenvolvimento de competências para serem jogadores”. “Neste caso, pretendemos providenciar o desporto para todos, em que um menino que não tem tantas faculdades, mas que tem uma paixão tão grande como um talentoso, tenha espaço e possa viver essa paixão”, explicou. Os jogos que se realizarem têm uma componente “lúdica” e servem para promover o convívio dos jovens de diferentes escolas. Mesmo assim, salvaguardou, se um jovem “desenvolver aptidões” que o destaquem no futebol, a Academia “encaminhá-loá para clubes que trabalhem a esse nível”. Mas nem só de futebol se faz este projeto. Serão desenvolvidas outras atividades, como “caminhadas, visitas de estudo, campos de férias e ocupação de tempos livres”. No dia 15 de novembro, já está agendada uma palestra, na qual “uma psicóloga e um sociólogo vão dar algumas informações e transmitir conhe-
Escola de Futebol vai promover o desporto para todos
cimentos quer aos jovens como aos pais”. A acompanhar os jovens estão dois professores licenciados em Educação Física, que coordenam a escola. José António é um deles e, no sábado, ocupava-se do grupo mais novo, ensinando-o a desenvolver capacidades nos exercícios básicos. À TrofaTv e ao NT explicou que se trata de “um projeto inovador na Trofa” para “os miúdos que pretenderem jogar futebol e praticar atividade física, sem inserir-se em clubes que têm muitos treinos ao fim do dia”. “Através da nossa escola, os pais têm a oportunidade de deixar os seus filhos durante uma manhã junto
de pessoas qualificadas, num espaço de excelente qualidade”, sustentou. O projeto está traçado para não ultrapassar os 30 alunos, uma vez que, segundo José António, “para dar qualidade ao trabalho, a quantidade não pode ser exagerada”. João Pedro Costa, presidente do Clube Slotcar da Trofa, afirmou que este projeto encaixa na identidade da coletividade: “Queremos ser um clube eclético, pelo que, se podermos, aproveitamos todas as oportunidades para nos conjugarmos com bons projetos e promover a dinâmica entre diferentes secções e modalidades”. O presidente da coletividade
considera que a parceria para a criação da escola de futebol “faz todo o sentido”, uma vez que “o clube está virado para os mais novos”. “O futebol, desporto rei, acaba por ser uma modalidade em que podemos chegar ao maior número de pessoas e está inserido num projeto que esperamos diferenciador. Proliferam escolas de futebol pelo país, mas esta conta com uma dinâmica diferente, que está integrada no Clube Slotcar e permite que os jovens possam utilizar a nossa sede, em complemento com este espaço da Louseira, e desenvolver outras atividades”, evidenciou.
Futsal: S. Romão vence e divide liderança Dois a zero foi o resultado do jogo entre o Santana e o Futebol Clube S. Romão, a contar para a 1.ª divisão distrital, em seniores femininos. Com este resultado, as romanenses mantêm o 2.º lugar, com 15 pontos, os mesmos que o 1.º classificado, Águias Santa Marta. Este sábado, pelas 21 horas, o S. Romão recebe o Juventus Triana, no pavilhão gimnodesportivo da Escola Básica e Secundária de Coronado e Castro (EBSCC). Já os seniores do Grupo Desportivo de Covelas perderam com a Casa do Futebol Clube do Porto de Rio Tinto, por 4-1, em jogo da 2.ª divisão distrital. Os covelenses desceram ao 3.º lugar, com nove pontos, os mesmos que o 2. Lugar Juventude
Matosinhos e a um ponto do líder S. Roque. Na próxima jornada, a realizar-se pelas 20 horas deste sábado, o Covelas recebe o GACER, no pavilhão da EBSCC. Também os juniores da Associação Recreativa Juventude do Muro (ARJM), a competir na série 2 da 2.ª divisão distrital, perderam com o Juventus Triana, por 0-1. Em 7.º lugar, com 12 pontos, os murenses deslocamse ao campo de Aliviada, pelas 16 horas deste domingo. Pela margem mínima (0-1), também perderam os iniciados do Centro Recreativo de Bougado (CRB) frente ao Caxinas. Em 10.º lugar, com seis pontos, a formação de Bougado recebe, pelas 18 horas deste sábado, no seu campo de jogos, o Magrelos.
Já os juvenis do CRB, a competir na série 2 da 2.ª divisão distrital, venceram o Boavista, por 5-2, estando em 7.º lugar, com sete pontos. Na próxima jornada, o Bougado recebe o Aves, pelas 11 horas de domingo. No mesmo campeonato, os juvenis da Associação Recreativa Desportiva de Coronado (ARDC) ganharam ao Paredes, por 4-1, estando em 8.º lugar, com sete pontos. Na próxima jornada, a ARDC está de folga. Os benjamins do Futebol Clube S. Romão, da série 3 do campeonato distrital, perderam frente ao Rebordosa B, por 4-1. A equipa romanense está em 5.º lugar, com 12 pontos, e pelas 10.30 horas de domingo, joga com a Escolas Modelos. P.P.
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7 de novembro de 2014
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Espuma no Ribeiro de Lantemil O Ribeiro de Lantemil, em Santiago de Bougado, voltou a ser alvo de descargas ilegais. Na manhã desta quinta-feira, 6
de novembro, um manto branco foi avistado no ribeiro. A espuma invadiu os campos à sua volta, devido à força do vento.
O cenário das águas poluídas já se repete há vários anos.
Viatura despista-se na A3 Um veículo ligeiro de passageiros despistou-se ao quilómetro 21.2 da autoestrada número três, no sentido Porto-Braga, perto do nó de saída Trofa/Santo Tirso. Do acidente, que ocorreu cerca das 16.20 horas desta quintafeira, resultou um ferido, que foi transportado para a unidade de Vila Nova de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave. No local estiveram duas viaturas e quatro elementos dos Bombeiros Voluntários Tirsenses. P.P. pub inst