O Noticias da Trofa 773

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Quinzenário | Diretor Hermano Martins 22 de setembro de 2022 | N.º 773 | Ano 19 | P.V.P. 0,80 € PJ DETEVE SUSPEITO DE SEGURANÇAINCENDIARSOCIALDATROFA Pág. 9 Pág. 8Pág. 2 DAENCERRAVAImINISTROAVALIARmENTOmATERNIDADEDEFAmALICãOmISERICóR DIA CONSTRóI CENTRO DE hEmODIáLISE E CREChE Pág. 3 Aulas começaram para quase 4000 alunos

Saúde

Ministro da Saúde avalia documento que coloca hipótese de

Cantinho da Saúde

Doença hemorroidária: as causas e a importância do bom diagnóstico

Farmácia Nova Dia 23

Farmácia Moreira Padrão Dia 24

A notícia é avançada pela Re nascença e dá conta de que se encontra fechado o documen to da Comissão para a Reforma das Maternidades, que propõe a concentração de serviços e fecho de unidades, como a maternida de de Vila Nova de Famalicão.

Citado pela Renascença, Dio go Ayres Campos, coordenador da Comissão, referiu que o do cumento considera a "concentra ção de recursos em relação às urgências e blocos de partos nal gumas maternidades”, tendo em conta critérios como "número de partos", mas também "as acessi bilidades das populações" e "as distâncias entre maternidades".

A de Vila Nova de Famalicão, por exemplo, faz menos de mil partos por ano e está a cerca de 25 quilómetros do Hospital de Braga e do da Póvoa de Varzim e a mais de 30 quilómetros do Hospital Pedro Hispano.

maternidadeencerrardeFamalicãoosoutrosserviçosquesãoprestadosàpopulaçãoquenãotemavercomurgêncianemblocodepartos”,explicouàRenascença.OdocumentodaComissãoparaaReformadasMaternidadessegueagoraparaoministrodaSaúde,ManuelPizarro,queovaiavaliar.AmaternidadedeVilaNovadeFamalicãofazpartedoCentroHospitalardoMédioAveeserveaspopulaçõesdosconcelhosdeFamalicão,SantoTirsoeTrofa.Recorde-seque,emoutubrode2020,entrouemfuncionamentoClínicadaMulheredaCriança,quefoiconstruídanaantigaáreadasurgênciasdoHospitaldeFamalicão,concentrandooscuidadosdesaúdeprestadosnasáreasdapediatria,ginecologiaeobstetrícia,permitindoqueosutentesrecebamtratamentosementraremnaáreahospitalar.Comuminvestimentoglobalnaordemdo300mileuros,ainfraestruturafoiresultadodeumaparceriaentreaadministraçãodohospital,aautarquiafamalicenseeasociedadecivilfamalicense.ACâmaraMu

Diogo Ayres Campos refere ainda a "possibilidade de ter mos na mesma cuidados obsté tricos e ginecológicos nos hos pitais que estão neste momento a funcionar, mas o atendimento de urgência e o apoio da sala de partos, porque na urgência está sempre ligada à sala de partos”.

“É uma característica específi ca da obstetrícia essa urgência e sala de partos poderem ser con centradas noutras instituições ao lado, mas manter na mesma

nicipal garantiu 50% do finan ciamento e ajudou a mobilizar a sociedade civil para o projeto que, ao abrigo do mecenato, ga rantiu a outra metade do inves timento realizado.

A doença hemorroidária surge quando existe um crescimento anormal das hemorroidas, que sangram, doem ou inflamam.

Segundo Guilherme Macha do, professor de gastroentero logia na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, cita do pelo site Viral, esta patologia é provocada pela temperatura elevada na zona pélvica durante longos períodos de tempo ou en tão pela ocorrência de traumatis mos, associados à prática de ci clismo, equitação ou outro tipo de desporto em que o atleta es teja em cima de estruturas que possam provocar fricção e au mento de temperatura. Nas mu lheres, há possibilidade de sofre rem desta doença devido a uma congestão pélvica em determina das fases do ciclo menstrual ou a um aumento da pressão abdo minal durante a gravidez.

Antes de o doente avançar para qualquer tratamento, é premen

te que o diagnóstico seja feito por um especialista. “Por vezes, as pessoas presumem que um pequeno sangramento ou uma sensação ao nível do canal anal possa ter a ver com doença he morroidária, mas pode não ser. Interessa ter a certeza absoluta”, sublinhou o médico, sublinhan do que há medicação e proce dimentos técnicos para o trata mento desta patologia e “só em circunstâncias especiais pode ser necessário uma cirurgia”.

Segundo um documento pu blicado pela Revista Portugue sa de Coloproctologia, está es timado que “5% da população apresenta pelo menos um episó dio de doença hemorroidária du rante a vida e que até 50% dos indivíduos após a quinta déca da de vida, recebe pelo menos uma modalidade de tratamento para a mesma. Destes, entre 10 a 20% podem necessitar de tra tamento cirúrgico.

Farmácia de Ribeirão Dia 25

Farmácia Trofense Dia 26

Farmácia Barreto Dia 27

Farmácia Nova Dia 28

Farmácia Moreira Padrão Dia 29

Farmácia de Ribeirão Dia 30

Farmácia Trofense Dia 1

Farmácia Barreto Dia 2

Farmácia Nova Dia 3

Farmácia Moreira Padrão Dia 4

Farmácia de Ribeirão Dia 5

Farmácia de Ribeirão Dia 6 Farmácia Barreto

TelefonesFarmáciasúteisDia22

Bombeiros Voluntários Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180

Centro de Saúde da Trofa 252 416 763//252 415 520

Centro de Saúde S. Romão 229 825 429

Centro de Saúde Alvarelhos 229 867 060

Ficha técnica: Diretor: Hermano Martins Sub-diretora: Cátia Veloso Editor: We do com unipessoal, Lda. Redação: Cátia Veloso, Magda Ma chado de Araújo Colaboradores: An tónio Costa, José Manuel Cunha, João Mendes, José Pedro Reis, Moutinho Duarte, José Calheiros | Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O.865) Composição: Magda Araújo | Impressão: Gráfica do Diário do Mi nho, Lda. Rua de S. Brás, n.º 1 Gualtar, Braga| Assinatura anual: Continente: 20 euros; Extra europa: 45 euros; Eu ropa: 35 euros; | Assinatura em for mato digital PDF: 15 euros IBAN: PT50 0007 0605 0039952000684

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2 NT 22 de setembro de 2022 Meteorologia
IPMAfonte:

Centro de hemodiálise e creche avançam na cidade

Com um horizonte de inves timentos a superar os seis mi lhões de euros, a provedoria da Santa Casa da Misericór dia da Trofa prepara-se para melhorar as instalações em S. Martinho de Bougado e erguer projetos de que o concelho ca rece. CÁtiA VelOSO

Num terreno situado junto à rotunda com a escultura “Famí lia”, na nova Distribuidora XXI, em S. Martinho de Bougado, vai nascer um centro de hemodiálise.

A Santa Casa da Misericórdia as sumiu o investimento, que ron dará os dois milhões de euros e dará ao concelho uma valência atualmente inexistente.

Segundo o vice-provedor Jú lio Paiva, este projeto “era uma das grandes ambições, primeiro para potenciar a sustentabilida de financeira da instituição e de pois porque há muitos trofenses que vão fazer tratamentos para fora do concelho”.

O centro vai ser construído no terreno da “antiga casa da Assunção”, como era conhecida. “Tinhamos outros terrenos onde o podíamos construir, nomeada mente em Alvarelhos, mas opta mos por instalar esta valência na cidade, por causa da centralida de”, justificou.

Recentemente, a Misericórdia assinou acordo de parceria com a Diaverum, empresa que vai gerir o centro, com capacidade para “20 utentes”. “O acordo que

temos é que dentro de 24 meses o edifício estará pronto para po dermos tratar do licenciamento e consequente entrada em fun cionamento”.Masoplano de investimen tos da instituição não se resu me a este projeto. Junto às prin cipais instalações, em S. Marti nho de Bougado, vai ser cons truída uma creche, com capaci dade para acolher 50 crianças.

O provedor Alfredo Gomes re vela que esta é a resposta da ins tituição à “enorme carência” que

existe, atualmente, no panora ma concelhio. Júlio Paiva com plementa a ideia, referindo, que a nova estrutura “não será sufi ciente para cobrir, integralmen te, a atual procura”.

“A ideia era descentralizar este serviço, construindo a creche em Alvarelhos – e não está fora de hipótese -, mas no centro da Tro fa há muitos jovens casais que não têm onde deixar os filhos”.

Alvarelhos não receberá a cre che, mas não ficará sem nenhum investimento. Metade do finan

ciamento da Misericórdia para esta revolução no apoio à co munidade vai canalizar-se na quela freguesia, com o novo lar residencial. “O orçamento ultra passará os três milhões de euros. Candidatamos o projeto a fun dos do Plano de Recuperação e Resiliência de um milhão, sete centos e setenta mil euros e tam bém teremos apoio da Câmara Municipal da Trofa, que canali zará o subsídio que estava pre visto para o Centro Comunitá rio de Alvarelhos”, explicou Jú lioOPaiva.larresidencial terá capacida de para 60 utentes e enquanto os serviços de cozinha e lavandaria estarão centralizados nas atuais instalações, as características de acolhimento serão “muito inova doras”. “Todos os quartos terão acesso ao exterior, os quartos duplos terão divisões e as casas de banho, apesar de partilhadas, terão dois acessos, para privile giar a privacidade de cada uten te. O edifício será feito para pri vilegiar o contacto com a Natu reza. Como temos uma parte vi rada para o pinhal, aproveitamos para criar jardins terapêuticos. A ideia é darmos aos utentes a sen sação de que estão em casa, con tando com todo o apoio neces sário”, detalhou o vice-provedor.

Atuaistambéminstalaçõesvãosofrerobras

Já no espaço onde são aco lhidos, atualmente, cerca de 110 utentes em lar residencial e 150 em apoio domiciliário, as melhorias também estão emSegundomarcha.Alfredo Gomes, as duas novas residências vão ser ligadas através de uma estrutu ra pedonal e o antigo lar Ima culada Conceição será demoli do para privilegiar a vista para o rio e dar lugar a um salão multiusos e um espaço de cul to religioso. Os jardins também vão sofrer alterações para faci litar a mobilidade.

No futuro, a instituição tam bém quer “alargar o serviço de apoio domiciliário”, porque, sa lientou Júlio Paiva, “há muitas pessoas que querem ficar nas suas casas até ao final da vida”. “Nós queremos chegar a todos os que precisarem de ajuda”.

À responsabilidade de dar à comunidade o que ela precisa, a instituição procura, igual mente, assegurar a sustenta bilidade financeira que lhe ga ranta manter os padrões de qualidade.

“Eu tomei posse em 2020 e ainda tenho mais dois anos pela frente, mas estamos com mui ta vitalidade e com projetos para executar entre dois a qua tro anos”.

Alfredo Gomes, Provedor da Santa Casa da Misericórdia da Trofa

“A eficiência energética é uma das nossas preocupações. Que remos que os edifícios que va mos construir tenham o menor custo possível no consumo ener gético, por isso a creche, o salão multiusos e sala de oração vão ser feitos tendo em conta esse as peto, num patamar que tornará a Santa Casa da Misericórdia diferenciadora a nível nacional”.

Santa Casa da Misericórdia avança com investimentos de 6 milhões
3NT22 de setembro de 2022 AtuAlidAde
ObrAS de mlehOrAmentO dO AtuAl lAr reSidenCiAl VãO priVilegiAr ViStA pArA O riO CreChe VAi ter CApACidAde pArA 50 CriAnçAS

AtuAlidAde

VMER com taxa de operacionalidade de 99,5% de janeiro a julhonumtotal

A Viatura Médica de Emergência e Rea nimação (VMER) do Centro Hospitalar do Médio Ave registou, entre janeiro e ju lho deste ano, uma taxa de operacionali dade de 99,5%.

Os dados são fornecidos pela entidade hospitalar, que complementa que duran te esse período, o veículo só esteve ino peracional “durante 25 minutos, sobre tudo por questões mecânicas/logísticas”.

“Este desempenho confirma os resul tados obtidos em anos anteriores: desde agosto de 2018 que a VMER não regis ta qualquer turno completo de inopera cionalidade. Durante todo o ano de 2021, apesar das dificuldades provocadas pela Covid-19, que infetou e isolou muitos profissionais, a VMER só esteve inope racional por falta de recursos humanos

de cerca de 16 horas”, refere o CHMA em comunicado.

Por dia, a VMER é acionada “em média, entre quatro e cinco vezes”. O ano passa do foi ativada “1546” vezes, 85% das quais para os concelhos de Vila Nova de Fama licão, Santo Tirso e Trofa. Desde que está a operar no CHMA, a VMER já foi soli citada para “cerca de 23 mil” ocorrências.

“A operacionalidade da VMER é um im portante fator de segurança para as po pulações”, destacou o CHMA, explicando que as equipas que a compõem, “consti tuídas por médico e enfermeiro, cumprem ao longo do ano programas exigentes de formação e treino para poderem propor cionar um atendimento rápido e altamen te qualificado nas emergências de saúde para que são solicitadas”.

Fórumpromovesobresegurançadodoenteconciliaçãoterapêutica,assim

O Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Santo Tirso/Trofa promove, esta sexta-feira, 23 de setembro, o 1.º Fórum da Segurança do Doente.

A iniciativa, destinada a profissionais de saúde e utentes, tem lugar na Fábri ca de Santo Thyrso e é dividida por qua tro “mesas redondas”, que abordarão so bre medicação segura e desafios da re

como sobre “Comunicação e Segurança do Doente”, o “Envolvimento do Utente na Segurança do Doente” e a “Certificação da Qualidade e Segurança do Doente”.

A sessão de encerramento está previs ta para as 17h30, com a intervenção do diretor executivo do ACES Santo Tirso/ Trofa, Nuno Carvalho.

donos dA rAzão José Calheiros

escritA com norte

- O Pai Natal não existe. – diz-me, arrogante, como se eu fosse burro.

- Existe, existe! – respondo, incrédulo.

- Tu é que és burro! – diz-me aquele pirralho.

- Não! Tu é que és burro.

- Tu é que és!Seu nabo!

- Se eu sou nabo, tu és burro e nabo!

Enquanto nos gladiávamos com palavras, os corpos iam-se aproximando.

- Tu é que és burro e nabo!

- Seu burr…

E os corpos encostam-se e a gadulha começa!

Em criança era assim, que no recreio da escola decidíamos quem tinha ra zão. Sem a arte do argumento, quem tinha razão era o mais forte, ou mais gor do…eu, nesse tempo, tinha a vantagem do peso sobre os outros meninos e qua se sempre tinha razão, como nesse dia! O Miguel, ao sentir os meus quilos de chicha, voltou a acreditar no Pai Natal.

Apesar de ser por volta desta altura que começámos a ter as nossas tendên cias profissionais, e a escolha recaía, invariavelmente, sobre ser piloto de rallye, jogador da bola, polícia, bombeiro, eu cá queria ser alpinista, fruto do encanto de um programa que dava aos sábados à tarde, que se chamava, “A conquista do Everest”, e conheci um miúdo que queria ser palhaço, mas o que todos, in conscientemente, queríamos, era simplesmente...ter razão!

Era de prever, que com o tempo, o caminho estreito e correcto para a busca da razão fosse encontrado…mas ao que parece, continua desconhecido. Para o Miguel, isso pouco importa, porque aquela lição na primária fez-lhe encontrar a ilusão de ter razão, não defendendo nada, apenas descredibilizando os outros …é agora um importante líder parlamentar e continua a acreditar no Pai Natal!

Mas passados muitos anos, eu e uma grande maioria, que já não acreditamos no Pai Natal, continuamos a rondar a Razão, usando fórmulas, quase, ou tão infantis, como as usadas em criança. Há quem A puxe para si, falando mais alto e por cima dos outros ou diminuindo-os nas suas capacidades físicas (esta é a minha fórmula preferida e ontem fiz uso dela).

Estava num jogo de bola, e vendo o caso mal parado, quando sofro uma fal ta a meio-campo, peço penalty. Perante a gargalhada do adversário, chamei-os de cegos…e convenci-os disso! O penalty foi marcado, mas, com razão, fiquei chateado com a falta de seriedade do adversário.

Para me animar, um amigo de equipa, diz-me, “No fim vou levar-te a um sítio!”. Arrancámos e andámos muito, não sei o nome do local, mas era bem longe da Trofa e completamente estranho. À entrada do edifício, por cima da porta, uma faixa com a inscrição “Speed Dating com a Razão”, que não deixava dú vidas de que não estava num restaurante…que pena, estava cheio de fome. En tro e rapidamente me apercebo de que a sala está cheia, vou passando os olhos pelas caras e conheço muitas delas, principalmente do Facebook, que se indig nam ferozmente nas redes sociais com qualquer contrariedade como se isso lhes valesse a Razão…deixei-me estar num cantinho.

Os encontros, apesar de rápidos, fizeram-me esperar muito tempo. Fui o úl timo a entrar na sala onde iria ter a minha hipótese com a Razão. Sentei-me e Ela olhava para mim sem nenhum tipo de cansaço na expressão, ao contrário de mim, e olhava-me serena e firme. Tentei disfarçar a insegurança e lancei um olhar sensual, treinado em casa desde há muito tempo, e uma pose igualmente fabricada, cujo binómio julgo irresistível! Ela fez um sorriso triste, aperceben do-se da falsidade da pose, e de seguida fechou-o...de expressão imóvel cai-lhe uma lágrima pelo rosto. Percebi que aquela lágrima não era por mim, mas por todos os que lá passaram e não a conseguiram seduzir!

Saio da sala. Ao fechar a porta volto a olhá-la...e vejo-a abraçada à Raciona lidade.Vim

embora a pensar se os outros teriam visto o mesmo que eu!

4 NT 22 de setembro de 2022
ACES

FolhA liberAl

Foi apresentado, há pouco mais de duas semanas, o pacote de apoios de combate à inflação “Famílias Primeiro” e rapidamente percebe mos que esse pacote está praticamente vazio. As medidas adotadas pelo governo são uma mão cheia de nada, são umas meras migalhas que não ajudam, verdadeiramente, quase ninguém.

Mais uma vez o governo pensou, que distribuindo umas esmolas iria contentar a opinião pública, porque, costuma dizer o povo, “é melhor isto que nada”. E desta vez o governo distribuiu por muitos. Distribuiu pouco, mas por muitos.

Mas afinal porque será que o governo foi tão poupado nas “aju das”? É curioso, porque esta é a versão dois, do mesmo governo que quando chegou ao poder deu tudo a toda a gente, que anda há anos a dizer que acabou a austeridade, a dizer que “as vacas voam”. A res posta é que não há dinheiro…

Andaram anos a mentir e agora é impossível continuar a mentira, porque a realidade se impôs. Durante anos não trataram de fazer ne nhuma reforma, não trataram de diminuir a dívida pública, prome teram tudo a todos e agora chegaram à conclusão de que não há di nheiro! Mesmo com valores recorde de receita fiscal, não há dinhei ro! Nem vai haver, enquanto continuarmos a gastar mal.

Gastamos milhares de milhões em empresas, só porque sim, como por exemplo na TAP e ficamos com um buraco sem fundo. A Ale manha também resgatou a “sua” Lufthansa tal como fizemos com a TAP, a diferença é que o governo alemão já vendeu as quotas com que ficou e no final ganhou 760 milhões de euros com a operação.

Neste mesmo pacote, vemos a forma errada como o governo des barata o dinheiro dos contribuintes. A baixa do Iva da eletricidade é uma medida inacreditável. O governo diz que a medida custará 67,5 milhões de euros, e a “poupança” para os consumidores será insigni ficante. Gastamos uma fortuna sem ninguém ter nenhum benefício.

E porquê dar 50 euros a todos os filhos? Quanto custará essa me dida? Alguém ficará significativamente melhor com 50€? Porque é que não se dá só a quem verdadeiramente precisa? E se dá alguma coisa que se veja, que faça a diferença. Quanto aos reformados, felizmente, toda a gente percebeu o truque, mas o governo não tinha, agora, outra opção, porque se cumprisse a lei, as contas da segurança social entrariam em défice já no final desta década. Não é a primeira vez que o governo não a cumpre. Em anos anteriores deu aumentos extraordinários de pensões quando a lei não o previa. É pena porque as leis deviam ser para se cumprir!

Na verdade, este pacote do governo é muito “poucochinho”, como “poucochinho” seria qualquer outro neste momento, já que os tem pos estão muito difíceis. A inflação é um mal que atinge todos, e as sociada a juros mais altos vai trazer muitos problemas. Nenhum go verno poderá fazer o que seria preciso neste momento, porque isso é impossível, e na verdade nem é recomendável! O que o governo po dia, e devia fazer, era dizer a verdade aos portugueses, prepará-los para os dias difíceis que se adivinham, fazer as reformas que se im põem, pôr este país a crescer, gastando melhor, com mais critério para poder cobrar menos impostos e assim manter cá os melhor for mados, os mais criativos, os mais inteligentes, os que gostariam de viver num Portugal melhor.

Portugal tem que fazer reformas profundas. Estamos constante mente a ouvir falar de problemas estruturais, na saúde, na educa ção, no ordenamento do território, nos tribunais, nas polícias etc, etc.

Enquanto não fizermos reformas profundas que acabem com es tes problemas estruturais, vamos sempre viver em austeridade, com este ou com outro governo qualquer, quer digam a verdade ou nos tentem enganar.

diamantino.costa@hotmail.com

“Estamos de volta”. Foi desta forma que o presidente da Jun ta de Freguesia, José Fernan do Martins, quis assinalar o re gresso das habituais atividades no Muro. A tradição voltou a encher o Largo da Serra para a desfolhada à moda antiga, na qual participaram várias deze nas de pessoas.

de pegar nas canas de milho e retirar as espigas, ora amontoa das em baldes ou cestos de verga.

Aos pais e avós juntaram-se à volta do monte de milho muitas crianças, facto enaltecido pelo presidente da Junta de Fregue sia. “Notou-se a vontade de os avós trazerem os mais novos para lhes mostrar como é que eram as desfolhadas de antiga mente e isso enche-nos de orgu lho, porque vai ao encontro da nossa intenção de perpetuar esta tradição”, sublinhou.

Para animar a noite, estiveram elementos do Rancho Folclórico de Alvarelhos, que deram ao ri tual um colorido especial com al

guns cantares de outros tempos, e o grupo Sons d'Outrora, que animaram o recinto já durante ao período de repasto. Em mais um argumento para prolongar o convívio, a Junta de Freguesia montou uma praça de alimenta ção, onde ofereceu bifanas e cal do verde.

Depois da desfolhada, a au tarquia prepara-se para reto mar “outras atividades habi tuais”, como a festa de Natal e, para 2023, a Festa de Rua, even to que, frisou José Fernando Martins, “também caracteriza, e muito, aquilo de bom que se faz na freguesia do Muro”. C.V.

“É um orgulho termos, nova mente, o Largo da Serra cheio depois de dois anos de pandemia, em que estivemos impedidos de viver esta atividade. É bom ver as pessoas a conviver e não es quecer de continuar a promover estas tradições”, sublinhou o au tarca, que também não se Desfolhadacoibiu à moda antiga voltou a juntar comunidade do Muro

Bicicletada junta 50 amantes das duas rodas

O Clube de Cicloturismo da Trofa foi o responsável por guiar a edição de setembro de 2022 da Bicicletada Trofense. Com a par ticipação de cerca de 50 amantes das duas rodas, a iniciativa con tou com um passeio pelo conce

lho da Trofa, em trajeto urbano, rural e florestal de 20 quilóme tros, nível fácil e baixa velocida de, e com um lanche-convívio a meio do percurso.

A Bicicletada Trofense reali za-se no primeiro domingo de

cada mês, com partida às 09h15 e segundo os promotores é ideal para toda a família. É só apare cer no Parque Nossa Senhora das Dores. O trajeto fica, todos os meses, a cargo de um grupo diferente.

AusteridAde! triste sinA, A nossA. Diamantino Costa
5NT22 de setembro de 2022 AtuAlidAde
PAsseios Acontecem todos os meses no Primeiro domingo

AtuAlidAde

Ângela Moreira recandidata à Estrutura Concelhia das Mulheres

SocialistasÁrvoreedaPoesiaeo

Ângela Moreira apresentou, a 17 de se tembro, a recandidatura à Estrutura Con celhia das Mulheres Socialistas - Igualda de e Direitos da Trofa (MS-Trofa).

No auditório da Junta de Freguesia de Bougado, em S. Martinho, a socialista de 37 anos contou com o apoio de dezenas de militantes, a quem garantiu ter con seguido “afirmar e credibilizar” a estru tura. “Volvidos dois anos, deixamos uma marca de proximidade, lealdade, trabalho e envolvimento profundo com todas as estruturas locais do Partido Socialista e na sociedade civil”, referiu a bougadense. No mandato liderado por Ângela Mo reira, a estrutura concelhia de MS-Tro fa realizou várias iniciativas solidárias, como “a confeção e entrega de máscaras, apanha de fruta e recolha de produtos de higiene pessoal para doar a associações do concelho”. “Participamos em ativida des de movimentos cívicos, assinalamos o Dia Internacional da Mulher, o Dia da

25 de Abril, data em que homenageamos os militantes do Partido Socialista mais antigos do con celho. Apostamos ainda na formação e na publicação de artigos como forma de empoderamento das mulheres trofenses”, acrescentou.Paraumsegundo mandato, Ângela Mo reira propõe-se a motivar mais mulheres na vida política e a ajudar o Partido So cialista “a fazer política com respeito, se riedade e responsabilidade”. “Vamos con tinuar a mostrar que o que nos move é a Trofa, os trofenses e os seus interesses”.

Ângela Moreira afirma ainda que o pro jeto que tem como slogan “Junt@s Avan çamos” visa contribuir para construir “uma sociedade mais justa, igualitária, so lidária e baseada nos valores socialistas”.

As eleições decorrem a 8 de outubro em todas as concelhias do distrito do Porto, data em que serão também eleitos os ór gãos das secções e concelhias do partido.

JoãoMendes CRÓNICA

Cerca de 200 escuteiros vão estar reunidos no próximo sábado, 24 de setembro, no Scout In. O evento conta com a participação dos agrupamentos da Trofa, San tiago de Bougado, S. Romão do Coronado e Alvarelhos, que participarão em várias atividades a decorrer pela cidade, como no Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro, Alameda da Estação, Aquaplace e sede do Agrupamento 94 da Trofa. A cerimónia de receção dos participantes está marcada para as 09h00, seguindo -se os Jogos da Cidade. Ao final da tarde, decorre uma eucaristia campal, no Par que Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro.

Agora que já passou quase um mês do encerramento das Festas em Honra de Nossa Senhora das Dores deste ano, e que as luzes se apagaram, na esperança de se reacenderem no próximo ano, parece-me fundamental que todos os tro fenses que valorizam e amam as Festas, e tudo o que elas representam, não só no plano religioso, mas também no panorama cultural, social e patrimonial desta que é a mais longa e relevante tradição da freguesia de São Martinho de Bougado – perdoem-me a imprecisão técnica, mas sou um daqueles saudosis tas que se recusa a aceitar a nova geografia concelhia imposta desde Lisboa –e do próprio concelho da Trofa, iniciem uma profunda reflexão sobre o futu ro das Festas. Se me permitem, aqui vão os meus cinco tostões sobre o tema.

Em sede própria, mais concretamente numa das reuniões alargadas a todos os que se juntaram para organizar as Festas deste ano, defendi, à imagem da quilo que acontece com outras festas noutras paragens, ser fundamental que as Festas em Honra de Nossa Senhora das Dores começassem a ser pensadas e trabalhadas logo em Setembro, imediatamente após a realização das mesmas. Que existisse, por assim dizer, uma passagem de testemunho entre comissões, numa lógica de partilha de conhecimentos, contactos, experiências e práticas para que, ao invés de recomeçar tudo de novo, fosse possível trabalhar em con tinuidade, aproveitando aquilo que foi bem feito, acrescentando o que de me lhor a nova comissão possa trazer.

Trabalhar em continuidade poderá ser a solução para um dos grandes pro blemas sentidos este ano, que foi a dificuldade de constituir, atempadamente, uma comissão, com todas as consequências que isso trouxe, pese embora os constantes apelos da paróquia, na pessoa do padre Luciano. Trabalhar em con tinuidade permitirá também pressionar a constituição de uma comissão logo em Setembro, para discutir, de forma antecipada, toda a organização macro das Festas, contribuindo para que, no início do ano seguinte, todas as equipas estejam já perfeitamente definidas, com tarefas a atribuições bem delineadas, prontas para trabalhar. Planear, pensar a longo prazo, mais ainda num cená rio em que, a nível dos fundos necessários para organizar o certame, se come ça sempre da estaca zero, parece-me indispensável para que tudo se desenrole da forma mais produtiva possível.

Outra dimensão que me parece fundamental abordar é a questão das comis sões. Se Finzes, Padrão, Castêlo e Bairro da Capela, zonas de elevada densida de populacional, tiveram enormes dificuldades para constituir uma comissão, obrigando à “importação” de bougadenses de outros lugares, antevejo iguais ou ainda mais profundas dificuldades para a mesma missão no futuro, em lu gares mais pequenos com pouca população. Aliás, isso foi bem visível nas difi culdades sentidas por alguns lugares na organização para a construção dos an dores deste ano – tarefa fora da esfera da comissão, mas que a obrigou a rea gir – com casos de andores que estiveram próximos de não conseguir integrar a procissão por falta de voluntários e fundos.

Uma solução para este problema poderá estar na junta de freguesia, ou na própria autarquia, que poderão, no futuro, assumir um papel mais activo na organização, logística e financiamento das Festas. Como de resto acontece em concelhos vizinhos. É preciso ter em consideração que o bairrismo trofense já não é o que era, e isso ficou muito claro este ano, situação para a qual muito tem contribuído a crescente condição de “dormitório” do Porto, com uma lar ga fatia da população actual que apenas cá dorme, sem uma ligação emocional ou afectiva às nossas raízes e tradições. O que de resto é normal e não exclu sivo do nosso concelho.

Contudo, o planeamento antecipado das Festas, que me parece ser a chave para parte significativa dos seus problemas actuais, poderá contribuir, decisi vamente, para contornar ou pelo menos minimizar esses problemas. Em todo o caso, seja qual for a solução, é fundamental que se inicie uma reflexão séria sobre o futuro das Festas em Honra de Nossa Senhora das Dores, uma tradi ção com mais 250 anos que enfrenta, objectivamente, a extinção.

Sobre o futuro dAS feStAS em HonrA de noSSA SenHorA dAS doreS
6 NT 22 de setembro de 2022
Scout In junta 200 escuteiros na cidade

José MemóriasMaiaPedroReiseHistórias

da Trofa

A devoção de um ou mais santos sempre foi uma das imagens da cultura popular, com alguns desses fenómenos a ocorrer há cente nas de anos, o que os tornam, inclusivamente, referências da cultu ra popular na atualidade.

O “processo” de devoções não é estanque, muito pelo contrário, pode sofrer variações profundas consoante a vontade, disponibilida de e até mesmo fruto de algum milagre produzido. Na história do concelho da Trofa várias foram as festas, capelas, ou outros eventos/ equipamentos que foram perdendo relevância ou até mesmo o opos to, alterando os processos de culto.

Assistimos por exemplo, em Alvarelhos, ou em Nossa Senhora da Assunção de Alvarelhos, uma crença a S. António, S. Caetano, S. Se bastião, Nossa Senhora do Rosário, enquanto em Covelas, por incrí vel que pareça, tinham primazia S. Martinho, S. José, S. Sebastião e Nossa Senhora da Neves. A pergunta que se coloca é: e o S. Gonçalo?

Assume-se a assistência de uma Confraria do Santíssimo Sacra mento, a única aliás, sem grandes referências à sua atividade na do cumentação histórica, podendo ter uma atividade limitada em virtu de, continuando a alimentar o campo da possibilidade e da especu lação, os seus fracos recursos.

Mas, sobre S. Gonçalo, sim, já existia a sua “pequena” capela, sendo a sua festa realizada a 28 de janeiro, sendo a festa com data mais pre coce no calendário civil, enquanto a mais tardia quase que era para Guidões, porque ocorria concretamente em devoção a Santa Bárba ra que estava também instalada dentro da freguesia e ocorria somen te no dia 4 de dezembro.

Embora exista também a Capela de Nossa Senhora das Graças que alguns tentam afirmar que é a atual capela de Santa Luzia que se lo calizava segundo as informações da época no local da Trofa.

Na própria sede de concelho, as festividades em honra de S. Mar tinho eram bastante intensas com uma forte devoção, realizando-se inclusivamente em dois dias, 10 e 11 de novembro, uma festividade que praticamente não perdurou para a atualidade…

Atendendo a tudo que foi enumerado no início do texto, surgem vários exemplos que comprovam que a devoção é como outra prá tica do ser Humano, por vezes baseada em vontades momentâneas, surpresas e que, por vezes, não vinga, perdendo-se no tempo e tor nando-se memória.

Um elemento profundo da identidade dos trofenses e da sua comu nidade, a sua história religiosa e sua devoção.

A Câmara Municipal de Vigo venceu os prémios da Semana Espanhola da Mobilidade Sus tentável (Prémios SEMS), na ca tegoria de municípios com mais de cem mil habitantes, pela liga ção pedonal entre as ruas Sera fín Avendaño e Vía Norte, atra vés do projeto “Halo”.

Esta estrutura nasceu de um concurso de ideias lançado pelo município e tem assinatura tro fense. O NOARQ, atelier de ar quitetura do trofense José Car los Oliveira, faz parte do con sórcio que elaborou o projeto de arquitetura desta obra com do tação orçamental de 7,2 milhões de euros e que se caracteriza por ter cerca de 50 metros de altu ra, dois elevadores, e uma auréo la no topo, que serve de miradou ro. Com cerca de cem metros de diâmetro, esta estrutura servirá para ligar a zona baixa da cidade, onde vivem cerca de 40 mil pes soas, com a zona alta, onde resi dem cerca de 70 mil.

Em outubro de 2021, ficou a saber-se que o atelier integra o consórcio que apresentou a me lhor proposta para a construção da nova ponte que vai ligar o Por to e Vila Nova Gaia.

Recorde-se que José Carlos Oli veira foi o responsável pelo pro jeto de arquitetura dos paços do concelho da Trofa, que estão em fase final de construção.

O trabalho da NOARQ tem dado nas vistas, com a obten ção de vários prémios. Em 2021, em novo concurso de ideias, mas para desenhar as futuras piscinas ao ar livre da praia da Concha -Compostela, Vilagarcía, o atelier de José Carlos Oliveira, em con sórcio com a AM2, venceu com a proposta “A Q U A V A I”. A NOARQ esteve também entre os vencedores do Architecture Mas terPrize 2020 (AMP), Elevador-miradouroconcursodaNOARQvenceprémiodesustentabilidadeemEspanhaquepremeiaprojetosnasáreasdearquitetura,designdeinterioresearquiteturapaisagísticaàescalaglobal,comaQSTHouse,umprojetoprivadosituadoemSantoTirso,deunasvistas,triunfandonacategoriaRestoration&Renovatione(restauraçãoerenovação).

Os Prémios SEMS foram or ganizados pelos ministérios es panhóis da Transição Ecológi

ca e Desafio Demográfico e dos Transportes, Mobilidade e Agen daAbelUrbana.Caballero, autarca de Vigo, agradeceu aos dois ministérios o reconhecimento “pelo estímu lo que representam estas formas de mobilidade sustentável, emis sões zero e uso de energia reno vável” e que implica uma “mu dança revolucionária” na socie dade atual e futura.

Sobre o projeto, o arquiteto explicou ao NT, em fevereiro de 2021, que “os elevadores públi cos pertencem ao restrito conjun to de objetos transformadores da paisagem urbana”, que, “além do avanço civilizacional que repre sentam para o dia a dia das po pulações”, servem como “landma rks (pontos de referência)”.

Manuel Alves estreia-se com duplo pódio na GT3 Cup

Para mais tarde recordar. Pilo tar um potente Porsche 997 GT3 Cup numa pista internacional é o sonho de qualquer jovem pilo to de velocidade. Manuel Alves concretizou esse sonho, no pas sado fim de semana, e logo com dois pódios à geral no circuito de Jerez de la Frontera, num mo mento especial que dedicou ao tio, Paulo Alves.

As vitórias no Karting, no Kia GT Cup, nos TCR, e o título de campeão nacional de Velocida

de 1300 ANPAC foram a melhor 'escola' para esta passagem de Manuel Alves para os GT, ape sar de o jovem piloto de 19 anos só ter experimentado o 997 GT3 Cup da Q, horas antes da prova.

Contudo, Manuel Alves sur preendeu tudo e todos ao con seguir logo o 2.º lugar à geral na primeira corrida do fim de se mana, repetindo depois o pódio (3.º lugar) na Corrida 2.

“Foi uma experiência que nun ca irei esquecer e tenho de agra

decer à QF, pela oportunidade que me deu, ao Carlos Daniel e aos meus pais”, realçou Manuel Alves. “Adorei descobrir o Pors che, um verdadeiro carro de cor ridas, com caixa sequencial, que eu nunca tinha utilizado. Só co nhecia mesmo a pista, pois ti nha ganhado a minha catego ria em Jerez quando corri aqui de TCR. As corridas foram fan tásticas e foi um sonho subir ao pódio na minha estreia nos GT. Dedico este resultado ao meu tio,

que estará sempre comigo para o resto da minha carreira e da

minha vida”, afirmou o promis sor piloto português.

devoção no século Xviii em terrAs dA trofA
H alo venceu prémio de sustentabilidade m anuel a lves estreou se a correr um G t 3
7NT22 de setembro de 2022 AtuAlidAde

Escolas do concelho abriram com mais de 3900 alunos

Começou, esta semana, mais um ano escolar. No concelho da Trofa, as escolas dos agru pamentos da Trofa e Coronado e Castro acolhem 3956 alunos, número que revela uma ligei ra queda de inscrições relati vamente ao ano letivo passa do. CÁtiA VelOSO

Do pré-escolar ao Ensino Se cundário, em ensino regular e profissional, quase quatro mil crianças e jovens iniciaram mais uma etapa educativa na segunda -feira, 19 de setembro.

Tendo em conta os números cedidos ao NT pelos diretores do agrupamento, nota-se uma ligeira descida de alunos relati vamente ao ano letivo transato.

Para 2022/2023, haverá 3956 es tudantes a frequentar as escolas do concelho, menos 70 que em setembro de 2021.

Do todo concelhio, 60% dos alunos estão inscritos no Agru pamento de Escolas da Trofa. O diretor Paulino Macedo revela que houve um aumento significa tivo de inscrições para o ensino pré-escolar, com 15 turmas cons tituídas. Considerando o ano le tivo passado, registou-se, igual mente, um incremento de alunos no 1.º ciclo (de 596 para 616), no 2.º ciclo (de 337 para 378), do 3.º ciclo (de 559 para 566) e no En sino Secundário regular (de 388 para 403). Só o Ensino Secun dário Profissional sofreu uma di minuição de alunos inscritos, de 170 para Segundo124.Paulino Macedo, este ano letivo foram ainda abertas uma turma no Curso de Educa ção e Formação, três no curso de

Português Língua de Acolhimen to e duas no Curso de Educação e Formação de Adultos.

Já o Agrupamento de Escolas do Coronado e Castro registou uma “ligeira” diminuição do nú mero global de alunos, traduzi dos no pré-escolar (de 301 para

288) e no 2.º ciclo (de 274 para 249). Enquanto o Ensino Se cundário mantém o mesmo nú mero de alunos (93), o 1-º ciclo teve um aumento de 492 para 505, enquanto o 3.º ciclo sofreu um ligeiro incremento de 400 para 406.

94 alunos do Agrupamento da Trofa colocados no Superior

Enquanto o Agrupamento de Escolas do Coronado e Castro não conseguiu, ainda, fazer “o apuramento dos dados”, o da Tro fa revelou que, dos 108 alunos que apresentaram candidatura ao Ensino Superior, 94 foram colocados na 1.ª fase, menos 12 que o ano letivo Contabilidadepassado.eAdministração e Engenharia Informática e Computação, com cinco alunos cada, foram os cursos com mais colocados, seguindo-se Engenharia Mecânica, Gestão e Psicolo gia, com quatro colocados cada.

A Universidade do Minho foi a instituição que recebeu mais alunos da Trofa, 16, e logo atrás surge a Faculdade de Engenha ria da Universidade do Porto, com 15.

Escola do Futuro em debate na Trofa

"Debater a Escola do Futuro" é o mote deixado pela delega ção da Trofa da Cruz Verme lha Portuguesa para 24 de se tembro (sábado), em mais uma sessão do Ciclo de Conferências, que decorre no Auditório Tomé Carvalho, na sede da instituição. A entrada é gratuita.

A iniciativa tem início marca do para as 10h30 e terá como oradoras Juliana Miranda, en fermeira e blogger, Patrícia Martins, especialista em Psi cologia Escolar e da Escola, e Sandra Pinheiro, licenciada em

Matemática."Aolongodos

anos, a área da educação sofreu inúmeras al terações, incluindo no que res peita à perceção e à inclusão de todo e qualquer aluno no con texto escolar. A inclusão de to das as crianças nas escolas é um processo que tem vindo a decor rer ao longo dos anos, cujo obje tivo é responder de forma clara e eficaz à diversidade e ao suces so educativo de todos os alunos. Encontra-se em vigor em Portu gal o Decreto-Lei 54/2018 que enfatiza a inclusão de todos os

alunos e pretende dar resposta às diversidades das necessidades e potencialidades de todos e de cada um dos alunos, sendo to dos considerados como impor tantes e iguais. Mas será que na prática isto funciona? Será que resulta? Será suficiente? Será que caminhamos para uma es cola diferente? Como será a es cola no Futuro? Pretendemos dar resposta a estas e a outras questões no próximo Ciclo de Conferências", anunciou a de legação.

Segundo Renato Carneiro, di retor do Agrupamento, a “Escola Básica de Vila vai abrir mais uma sala no pré-escolar, uma vez que há crianças em lista de espera”.

No que diz respeito às infraes truturas, no Agrupamento de Es colas da Trofa a alteração mais significativa afeta os alunos da EB1 do Paranho, que foram des locados para a EB 2/3 Professor Napoleão Sousa Marques, para que o edifício seja alvo de obras de fundo. Esta escola, confirma Paulino Macedo, “precisa de uma intervenção urgente”. Esta é, po rém, “a exceção”. “O parque es colar do Agrupamento tem ex celentes condições físicas”, ates tou o diretor.

No Agrupamento de Escolas do Coronado e Castro, “não há deslocação de alunos entre esco las e mantêm-se as mesmas insta lações”, estando apenas “a decor rer algumas reparações”.

Sobre as Atividades Extracur riculares (AEC), vive-se senti mentos diferentes nos dois agru pamentos. Enquanto Renato Car neiro assegura que “os técnicos estão contratados e as ativida des começaram na segunda-fei ra”, Paulino Macedo reconhece que “as dificuldades são recor rentes”. “Horários muito reduzi dos e ao fim da tarde não são ape tecíveis. Vamos fazendo o possí vel por arranjar soluções”, frisou. Problemas também existem na contratação de pessoal não do cente. Ambos os diretores admi tem “falhas”, que, esperam, pos sam ser supridas. “Se for cum prido o rácio estabelecido cen tralmente, o número de assis tentes operacionais é manifes tamente muito pouco para a di mensão das escolas e das suas necessidades. A Câmara Muni cipal tem-se socorrido dos pro gramas do Instituto de Empre go e Formação Profissional (CEI e CEI+) para minimizar as difi culdades. Aguardamos a coloca ção de alguns funcionários”, afir mou Paulino Macedo, que tam bém sublinha a “falta de profes sores”, essencialmente justifica da pela “baixa médica” de alguns, aos quais o Agrupamento aguar da a Aindasubstituição.assim,Paulino Macedo afirma, perentoriamente, que “o Agrupamento de Escolas da Tro fa está bem e recomenda-se”, gra ças a “um bom grupo de profes sores, assistentes técnicos e assis tentes operacionais, que no seu dia a dia muito fazem para en grandecer ainda mais a imagem do Agrupamento”.

O tradicional Convívio de Ex-Combatentes da Trofa acontece, este ano, a 22 de outubro. A realizar-se há 33 anos, este even to inicia, como habitual, com a concentração da Rotunda do Ex -Combatente, às 11h00, para deposição de coroa de flores em ho menagem a todos os serviram Portugal no Ultramar. Segue-se a romagem ao cemitério para honrar todos os combatentes do con celho já falecidos e o almoço-convívio, que tem lugar na sede do Rancho das Lavradeiras da Trofa.

As inscrições estão abertas e podem ser feitas na Sede dos Com batentes, situada no Centro Comercial da Vinha, ou através de contacto telefónico, para o número 919469602.

Inscrições abertas para convívio de ex-combatentes
Houve uma ligeira quebra do número de alunos inscritos
8 NT 22 de setembro de 2022 AtuAlidAde

PJ deteve suspeito de incendiar gabinete da Segurança Social

O engenho inflamável en contrado deu indícios às au toridades de que o incêndio num gabinete da Segurança Social, na tarde de 11 de se tembro, não tinha sido um acidente. Dias depois, a PJ de teve um suspeito.

O crime terá sido cometido num “aparente quadro depres sivo” e a dimensão dos estragos não tão elevada devido ao “aler ta” dado pelos populares. Ainda assim, o engenho inflamável ati rado para o interior de um dos gabinetes da Segurança Social, em Santiago de Bougado, deu origem a um incêndio que des truiu uma resma de papel.

O incidente aconteceu na tar de de 11 de setembro. Cerca das 16h00, os Bombeiros Voluntá rios da Trofa foram chamados para combater um incêndio no edifício onde funciona a Segu rança Social e o polo de San tiago de Bougado da Junta de Freguesia. Duas viaturas e oito

elementos saíram do quartel e à chegada ao local depararam -se “com uma resma de papéis a arder”, que logo foi apagada.

“A GNR da Trofa está no local para averiguar as circunstâncias do fogo”, afirmou, naquela tarde, Pedro Oliveira, chefe dos Bom beiros Voluntários da Trofa.

Apurou-se, entretanto, que no local foi encontrada uma gar rafa com substância inflamá vel, derramada no chão, junto a pedras, que alegadamente fo ram utilizadas para partir o vi dro da janela do gabinete. Face a este cenário, a Polícia Judiciária foi chamada a investigar, tendo anunciado, a 16 de setembro, a detenção de um homem de 56 anos, suspeito de ter sido o au tor do incêndio.

Em comunicado, a PJ refere que “o fogo terá sido provoca do pelo arguido, com recurso a engenho incendiário, num apa rente quadro depressivo, tendo a progressão do incêndio sido limitada pelo alerta de alguns

populares que permitiu a inter venção dos bombeiros e extin ção daquele”.

O suspeito não tem antece dentes criminais e foi presente a Tribunal para primeiro inter

rogatório. Foi-lhe aplicada como medida de coação apresentações periódicas no posto da GNR.

Aniversário dos Bombeiros a 1 de outubro com bênção de nova viatura

Em 2022, a Associação Humanitá ria dos Bombeiros Voluntários da Trofa cumpre 46 anos de atividade. As come morações estão marcadas para 1 de ou tubro, data em que também se assinala rá o Dia Municipal do Bombeiro, e tem como pontos altos a bênção de uma nova viatura, a sessão solene e o desfile apea do e motorizado.

O programa comemorativo inicia com

o hastear das bandeiras, às 15h00, junto ao quartel, seguindo-se uma romagem até à Rotunda do Bombeiro, para uma ho menagem aos soldados da paz, dirigen tes e sócios da Associação Humanitária falecidos. Após a bênção da nova viatu ra, agendada para as 16h00, realiza-se a habitual sessão solene no salão nobre da Associação, e, no fim, há desfile apeado e motorizado dos bombeiros.

P ronta intervenção dos bombeiros evitou danos maiores
9NT22 de setembro de 2022 AtuAlidAde

Desporto

LOCAL Estádio da Madeira ÁRBITRO Ricardo Baixinho (AF Lisboa)

NACIONAL Daniel Guimarães; João Aurélio, Rafael Vieira, Clayton Sam paio, André Sousa (Rúben Macedo, 66’), Vladan Danilovic, Sérgio Ma rakis (Gustavo Silva, 56’), Luís Es teves (Wallisson Bahia, 55’), Zé Manuel (Carlos Daniel, 79’), Dudu (Juan Calero, 79’) e Witi Quembo

Treinador: Filipe Cândido

TROFENSE Miguel Santos, Tia go Manso, Marcos Valente (Rúben Pereira, 78’), Caio Marcelo, Pablo Maldini, Martim Maia (Vilson Ca leir, 64’), Vasco Rocha, Beni Muken di, Youcef Bechou (Eduardo Shürr le, 46’), Stevy Okitokandjo (Welves, 78’) e Djalma (Henrique Pachu, 78’)

Treinador: Bruno China

AMARELOS Pablo Maldini (17’), Martim Maia (34’), Stevy Oki tokandjo (48’) e Miguel Santos (84’) AO INTERVALO: 0-1

GOLOS: Stevy Okitokandjo (41’, g.p.)

A chicotada psicológica sur tiu, de novo, efeito. Após a saí da de Sérgio Machado do co mando técnico, ao fim de cin co jogos sem ganhar – um em pate e quatro derrotas -, o Clu be desportivo Trofense voltou a saborear um triunfo para o campeonato, diante do Na cional, por 0-1, já com Bru no China a orientar a equipa.

Após uma semana de trabalho, o treinador fez várias alterações relativamente ao “onze” apresen tado pela formação da Trofa na jornada anterior, fazendo regres

Efeitos da chicotada valem vitória inédita na Choupana

1 Moreirense 19 Vilafranquense Porto B Estrela Amadora Penafiel Leixões Feirense ROFENSE Académico Viseu 06 06 05 Oliveirense 05 Covilhã 05 Torreense Viseu 2-0 Mafra B 4-0 Covilhã 1-1 Moreirense Porto B 2-0 Torreense - UD Oliveirense 3-1 B SAD 2-1 Vilafranquense Amadora 2-2 Leixões

sar o capitão Vasco Rocha à titu laridade e colocando, igualmen te, Martim Maia, Caio Marcelo, Pablo Maldini e Okitokandjo de início. Rúben Pereira, Bandaogo, Schürrle e Henrique Pachu, titu lares frente ao Moreirense, esti veram no banco, enquanto Si mão Martins não alinhou na lis ta de convocados.

Na Choupana, onde nunca ti nha vencido, o Trofense mos trou que vinha com vontade de inverter a improdutiva série de resultados que havia coleciona do nas cinco jornadas anterio res, contribuindo para 45 mi nutos de um confronto de fute bol de qualidade.

A cereja para embelezar o bolo apareceu em forma de golo, aos

41 minutos, na seqência de uma grande penalidade, habilmente convertida por Okitokandjo, que se tornou o goleador da equipa e responsável por metade dos ten tos conseguidos até agora pela formação da Trofa.

Depois do intervalo, o futebol continuou interessante, mas o marcador não mais sofreu alte ração, muito por culpa do desa certo de Martim Maia que, iso lado, podia ter marcado, e pela competência do guardião Mi guel Santos, que susteve, com competência, a pressão final do Nacional.Umanota

para a lesão arre piante do central Marcos Valen te, que teve de sair de maca, e para o facto de o clube da Trofa ter saído da jornada sem sofrer golos, a primeira vez esta época.

Bruno China: “Organizados e equilibrados”

Com “quatro dias de traba lho”, Bruno China sentia que “era muito difícil exigir mais” aos jogadores. “Além do resul tado, quero realçar o espírito que o grupo demonstrou. Con seguimos vencer onde o Trofense nunca tinha conseguido”, assina lou o técnico, que revelou como fator de sucesso o facto de os jo gadores terem sido “organizados e equilibrados”.Estaéaprimeira experiência de Bruno China a treinar na 2.ª

Liga. O antigo médio de 40 anos, que tem um passado futebolís tico muito ligado ao Leixões –mas também com passagens pelo Maiorca (Espanha), Académica, Rio Ave e Belenenses – treinou o Felgueiras a época passada, ten do levado a equipa à Fase de Su bida da Liga 3, sem sucesso. Na ainda curta carreira como trei nador conta passagens pelos sub23 do Leixões (2019/2020), na Liga Revelação, e pelo Espinho (2020/2021), que ajudou a man ter no Campeonato de Portugal.

Paragem de duas semanas e Taça de Portugal a seguir

Com sete pontos, o Trofen se subiu ao 12.º lugar e procu ra agora consolidar as ideias do treinador Bruno China num pe ríodo de duas semanas de para

gem de competição. O próximo jogo acontece a 2 de outubro e vale para a 2.ª eliminatória da Taça de Portugal. O Trofense desloca-se ao terreno do Coru chense, da Série C do Campeo nato de Portugal. Esta equipa es treou-se a perder no campeona to, no domingo, diante do Ma rinhense, por 2-1.

Bruno China estreia se a treinar equipa na 2.ª M iguel S anto S e S teve e M grande plano na baliza
10 NT 22 de setembro de 2022
0 1 LIGA PORTuGAL SABSEG CLASSIFICAçãO
2 Farense 15 3
15 4 Tondela 13 5 FC
13 6
11 7 FC
10 8 Benfica B 09 9
08 10
07 11 Mafra 07 12 T
07 13
14 Nacional
15 B Sad
*16 UD
**17 SC
**18
04 8.ª Trofense-FeirensejORNAdA(10/1018H00) UD Oliveirense-Benfica B Vilafranquense-FC Penafiel CD Covilhã-AcadémicoMafra-TondelaViseuBSAD-FarenseLeixões-FCPortoBTorreense-Est.AmadoraMoreirense-Nacional 7.ª NacionaljORNAdA0-1Trofense Académico
Benfica
Penafiel
FC
Feirense
Tondela
Farense
Est.
* playoff despromoção ** despromoção
CÁtIA VeLoso
Liga

1.ª/18.ª jornada S. Romão-Leões da Seroa

2.ª/19.ª jornada AD Rejofos-S. Romão

3.ª/20.ª jornada S. Romão-AJM Lamoso

4.ª/21.ª jornada Vilar Pinheiro-S. Romão

5.ª/22.ª jornada S. Romão-Campo Lírio

6.ª/23.ª jornada Monte Córdova-S. Romão

7.ª/24.ª jornada

S. Romão-Escola Futebol 115

8.ª/25.ª jornada Freamunde B-S. Romão

9.ª/26.ª jornada S. Romão-Rio Ave B

10.ª/27.ª jornada

Mocidade Sangemil-S. Romão

11.ª/28.ª jornada S. Romão-Sobrado B

12.ª/29.ª jornada Cristelo-S. Romão

13.ª/30.ª jornada

1.º Maio Figueiró-S. Romão

14.ª/31.ª jornada S. Romão-Frazão

15.ª/32.ª jornada S. Pedro Fins-S. Romão

16.ª/33.ª jornada S. Romão-Raimonda

17.ª/34.ª jornada Codessos-S. Romão

2.ª parte de bom nível permite “cambalhota” e três pontos

fo número um da época na Di visão de Honra da Associação de Futebol do Porto (AFP), diante do SC Castêlo da Maia, por 2-3.

João Pedro, Zezinho e Neto foram os autores dos golos que valeram três saborosos pontos à formação de Santiago de Bou gado, garantidos já nos últimos minutos da partida.

Para este resultado valeu a per formance da equipa na segunda parte, depois de, praticamente, ter entrado a perder. A emoção foi uma constante no jogo e isso percebeu-se ainda na primeira etapa, quando, após o empate feito pelo Bougadense, a equipa da casa conseguiu colocar-se, de novo, a vencer.

A palestra do treinador Hél -der Nunes no descanso pare

ce ter despertado os jogadores que ressugiram em campo com muita intensidade, conseguindo o empate, num grande remate de Zezinho. Já dentro dos últimos

dez minutos, o Bougadense con soma a “cambalhota” no marca dor, assinada por Neto.

“Fizemos uma segunda parte de grande nível, com muita intensi

FC S. Romão inicia época motivado e com sintético no pensamento

Depois da turbulência vivida nos últimos anos, que o afas tou dos campeonatos federados, o Futebol Clube S. Romão está a escrever uma nova página da sua história. Três épocas cum pridas no campeonato de fute bol de 11 do INATEL chegou a hora de voltar a ver a coletivida de da vila do Coronado no lote dos que vão disputar o último escalão da Associação de Fute bol do Porto.

Com uma equipa jovem e a ambientar-se à exigência de um campeonato federado, o ex-joga dor profissional Gaspar Azeve do avança para a segunda épo ca como um timoneiro sem am bições desmedidas. “Não quere mos ser campeões de nada, va mos percebendo do que somos capazes jogo a jogo. O ano pas sado foi o ano menos um, este é o ano zero”, sublinhou Gaspar Azevedo, em entrevista ao NT, no sábado, 17 de setembro, dia em que a equipa se apresentou à massa associativa, numa vitó ria por 2-1 diante do Maia Li dador, em jogo amigável.

Os dirigentes romanenses tra çam as metas a alcançar em pro

porção com as condições que dis põem. O desejo é continuar a su bir patamares, mas há que, pri meiro, ver o pelado do Campo de Futebol de S. Mamede do Coro nado ganhar cor com a coloca ção de um relvado sintético. Se Gaspar Azevedo avança que “a Câmara já o garantiu” na próxi ma temporada, presidente e vice -presidente do clube reiteram que, sem apoios externos, o projeto continuará a ser uma miragem.

“A expectativa é que a Câma ra Municipal nos possa ajudar. Também estamos a tentar recor

rer a alguns apoios da Federa ção Portuguesa de Futebol e do Instituto Português do Despor to e Juvenutde, porque o sinté tico é condição obrigatória para o clube continuar a crescer. Por exemplo, queremos futebol fe minino e equipas de formação, mas sem relvado sintético nunca conseguiremos”, atestou Ricardo Silva, presidente da coletividade.

Para complementar esse inves timento, o clube já iniciou a obra de construção de novos balneá rios. É um esforço que tem sido feito com a ajuda “de muitas pes

dade, que permitiu dar a camba lhota ao jogo. Foram 45 minu tos em que o adversário, prati camente, não construiu um lan ce de perigo perto da nossa ba liza”, sublinhou o treinador, em declarações ao NT.

Hélder Nunes considera que o resultado não pode sofrer con testação e realça “a motivação e força de vontade” demonstradas pelos jogadores do Bougadense, principalmente após o intervalo.

Com quatro pontos, o Bou gadense está em 4.º lugar, com menos um jogo, e no próximo domingo, 25 de setembro, às 17h00, defronta o AC Milhei rós, equipa que ainda não pon tuou na série 1 da Divisão de Honra da AFP.

soas que merecem todo o agrade cimento”, ressalvou o vice-presi dente, Filipe Ferreira, que espera “contar com muita gente a ver os jogos do S. Romão” esta época.

A equipa romanense estreia-se no campeonato este sábado, 24 de setembro, às 17h00, e recebe o Leões da Seroa.

Além do futebol, o S. Romão alimenta uma estrutura de fut sal federado que, atualmente, sustenta “seis equipas”, com “87 atletas”. “Nos seniores, criamos um projeto para tentar subir de divisão”, revelou Ricardo Silva.

CalenDário fC s roMão B ougadense virou o resultado na 2.ª parte s r omão vai disputar a 2.ª d ivisão da a F p
11NT22 de setembro de 2022 Desporto Depois de um empate a come çar e do adiamento do primeiro jogo em casa, o Atlético Clube Bougadense arrecadou o triun Divisão honra afp - série 1 ClassifiCação 1 Inter Milheirós 09 2 Lavrense 09 3 Leça Balio 06 4 BougaDense 04 5 Custóias 04 6 CA Rio Tinto 03 7 SC Castêlo Maia 03 8 Perosinho 01 9 Serzedo 01 10 AC Milheirós 00 4.ª Bougadense-jornaDaaCMilheirós(25/0917h00) CA Rio Tinto- SC Castêlo Maia InterPerosinho-CustóiasSerzedo-LavrenseMilheirós-LeçaBalio 3.ª jornaDa sC Castêlo Maia 2-3 Bougadense Lavrense 2-1 AC Milheirós Leça do Balio 1-0 CA Rio Tinto Serzedo 1-1 Perosinho Custóias 1-2 Inter Milheirós AC Bougadense

Futsal federado

No arranque da Divisão de Elite da Associação de Futebol do Porto, o Centro Recreativo Bougado derrotou a ADR S. Pe dro de Fins por 1-0, no sábado, dia 17 de setembro.

Rúben Costa fez o único golo da partida ao 23.º minuto de jogo, materializando a superio ridade da formação bougadense.

Depois deste resultado, o CR Bougado junta-se ao lote dos que venceram na 1.ª ronda, so mando os primeiros três pon tos na série 1.

Em declarações ao NT, Fá bio Ferreira, técnico da forma ção bougadense, sublinhou que este resultado foi “mais que jus to”. Uma vitória que “só se tor nou sofrida devido às oportu nidades de golo

“Defensivamente,desperdiçadas”.fomosmuitocompetentesnosdiferentesmoCRBougado com arranque positivo

mentos do jogo e poucas opor tunidades concedemos. Isso também foi fruto da postura dos atletas, ao nível da Divisão

que disputam. Sabemos as difi culdades que teremos, mas são três pontos motivadores para nós”, acrescentou.

Na próxima jornada, o CR Bougado joga fora frente ao Ju ventude Gaia, enquanto o S. Pe dro de Fins recebe a ADC Santa

DiviSão elite AFP - Série 1

1.ª jornADA

Cr Bougado 1-0 S. Pedro Fins

GDR Retorta 2-4 Cohaemato

Santa Isabel 5-4 Estrelas Susanenses

Vila Futsal (adiado) Juventude Gaia

ClASSiFiCAção

1 Cohaemato 03

2 Santa Isabel 03

3 Cr BougADo 03

4 Juventude Gaia 00

5 Vila Futsal 00

6 Estrelas Susanenses 00

7 ADR S. Pedro Fins 00

8 GDR Retorta 00

2.ª jornADA

juventude gaia-Cr Bougado

ADR S. Pedro Fins-Santa Isabel

Estrelas Susanenses-GDR Retorta Cohaemato-Vila Futsal

Isabel. Nos outros jogos da série, a Cohaemato recebe o Vila Fut sal e o Estrelas Susanenses é an fitrião diante do GDR Retorta.

Trofa com forte representação nos campeonatos distritais

São 11, divididas por qua tro associações trofenses, as equipas dos diferentes esca lões de formação, que foram a sorteio para os campeona tos de futsal da Associação de Futebol do Porto.

Nos juniores (sub-19), o CR Bougado foi apanhado de sur presa com a proibição da uti lização dos atletas sub-20 (até esta época podiam ser utiliza dos três por jogo) e perdeu as sim quatro atletas. Contudo, deverá conseguir reconstruir o plantel a tempo de o campeona to começar. O CRB foi sortea do na série 3, e terá como ad versário, na primeira jornada, o JD Guifonense.

A outra equipa a participar no campeonato de juniores é o FC S. Romão que, na série 2, defronta na jornada inaugural o USC Paredes.

Nos juvenis (sub-17), as equipas voltam a repetir-se e, de novo, em séries diferentes. Na série 1, os romanenses es treiam-se em Matosinhos, fren te à ARCD Junqueira, enquanto os bougadenses, defrontam, na jornada inaugural da série 3, o AD Penafiel.

Já em iniciados (sub-15), a formação de S. Romão repe te a presença e inicia a partici pação na série 4, frente ao ASS Amanhã da Criança. Já na sé rie 1, destaca-se o regresso do GCR Alvarelhos às provas dis

tritais. A formação trofense es treia-se no terreno do ARC Al pendorada.Nosinfantis (sub-13), temos o que será, certamente, o cam peonato mais emotivo, com quatro equipas da Trofa a dis putarem a mesma série. Os re petentes do escalão, Bougado e S. Romão, começam com Vila Futsal e SC Canidelo, respeti vamente, enquanto o GCR Al

varelhos inicia a prova com o ARC Modivas.

A outra equipa trofense, o Guidões FC, que se inscre ve pela primeira vez com uma equipa da formação, ainda não tem confirmada a presença no campeonato de infantis, pois está ainda a tentar recrutar jo vens. Os guidoenses têm, no en tanto, a estreia marcada para a receção ao ADCR Caxinas.

Por fim, também o escalão de benjamins (sub-11) terá, esta época, presença trofense com o Alvarelhos a disputar a série 3. A estreia da equipa alvare lhense está marcada para a se gunda jornada, pois na primei ra cumpre folga.

O arranque da 1.ª fase das di ferentes competições está mar cado para os fins de semana de 7 e 8 e 15 e 16 de outubro.

equipa
12 NT 22 de setembro de 2022
Desporto
começou campeonato com triunfoconcelho representaDo por mais De uma Dezena De equipas

MEMORIAR

I Justificação - Tomo I

No princípio do século XVIII, o Padre Luiz Cardoso, da Congregação do Oratório de Lisboa, reuniu um vas tíssimo conjunto de informações constituídas pelas res postas ao questionário por ele elaborado e distribuído pelas paróquias com o objectivo de executar um “DIC CIONARIO GEOGRAFICO OU NOTICIAS HISTORI CAS DE TODAS AS CIDADES, VILLAS, LUGARES, E ALDEAS, RIOS, RIBEIROS, E SERRAS DOS REYNOS DE PORTUGAL, E ALGARVE, com todas as cousas raras, que nelles se encontrão, assim antigas, como modernas, que escreve, e offerece Ao Muito Alto, e Muito Poderoso Rey D. João V Nosso Senhor o P. Luiz Cardoso, Da Congregação do Oratório de Lisboa, Academia Real do Numero da His toria Portugueza”

Deste trabalho resta dois Tomos, o primeiro publica do em 1747, referente à letra A, e o segundo em 1752, correspondendo às letras B e C. A restante informa ção perdeu-se no terramoto de 1 de Novembro de 1755.

O Padre Luiz Cardoso, sobrevivendo ao terramoto e perante a perda da restante informação, refez o inqué rito, acrescentando as perdas provocadas pelo terramo to. O inquérito foi distribuído pelas paróquias em 1758 e as respostas foram reunidas, e, por morte do promo vedor, foram legadas à Livraria do Real Paço das Ne cessidades, por vontade do próprio.

Embora encadernadas, veio a verificar-se a perda de algumas respostas e, hoje em dia, podemos consultar na Biblioteca Nacional, em formato digital, os dois Tomos.

Nesta sinopse da evolução das memórias das nossas paróquias pretendo justificar as crónicas que darei aos leitores do “O Notícias da Trofa”, começando por trans crever do “DICCIONARIO” as paróquias de Alvarelhos, Bougados, Coronados e Covelas, serra de Alvarelhos, os rio Ave e Covelas.

Do Tomo I reproduzo a freguesia de Alvarelhos, a ser ra com o mesmo nome e o rio Ave: AlvArelhos Freguesia na Provincia de Entre Dou ro e Minho, Bispado e Termo da Cidade do Porto, Comarca Eclesiastica, e concelho da Maya. Tem cento quarenta e tres fogos, e dez lugares, a saber: Grova, Valle, Crasto, Sá, Ri beiro, Gesta, Sidoy, Guidoens, Casaes, e, Alvarelhos, donde toma o nome a Freguesia, cujos os moradores são caseiros D. João Diogo de Ataide, Conde de Alva, Donatario do Re guengo desta Comarca da Maya. Acha-se esta fundada en tre dous montes, chamado hum serra de Alvarelhos, e fica para Nascente, e outra o monte de S. Marçal, e S. Marti nho, para Poente, com vista larga, e desembaraçada de toda a parte de mar, e teria.

A Igreja Paroquial de huma só nave, está fundada no meyo da Freguesia he seu Orago Nossa Senhora da Assumpção; tem quatro Altares, o principal onde está o Santissimo Sa cramento, e a Imagem da Senhora Padroeira, o de S. Cae tano, o de Christo Crucificado, a que chamão das Almas e o de S. Isabel. Tem cinco Irmandades, a do Santissimo, a do Subsino, a de Santa Isabel, a de S. Caetano, e a das Almas.

O Paroco he Vigario, apresentado pelas Religiosas de S. Bento de Vairão, ás, quaes pretencem os dízimos, e tem vin te mil reis de côngrua.

Há dentro desta Freguesia cinco Ermidas, que são; a de S. Roque, S. Barnabé, S. Martinho, S. Marçalo, e Santa Eufé

mia. Festeja-se esta no terceiro Domingo de Setembro com muito concurso de gente, não só da Cidade do Porto, e su búrbios, mas de todo Concelho da Maya, e outros.

Milho grosso he o fruto, que em mayor abundancia reco lhem os moradores desta terra, que está sugeita a Justiça da Cidade do Porto.

Há nesta Freguesia hum pequeno regato sem nome, que vem da Freguesia de S. Christovão do Muro. Tem aqui nove moinhos, que trabalham só de Inverno. Fertiliza os campos por onde passa, e vay acabar no rio Ave.

serrA de AlvArelhos Serra pequena, assim cha mada de Alvarelhos, em cujos limites fica, na Provincia de Entre Douro e Minho, Bispado do Porto. Tem de comprido de Norte a Sul mey légoa, e de Nascente a Poente meio quar to de légoa. He de temperamento calido, e coberta de mato razo, de que se aproveitão os moradores para a agricultura de suas terras, e pastagem dos gados, que são miúdos, de lãa, pello. Cria alguma caça rasteira, de coelhos, lebres, e perdizes.

rio Ave Ave, Rio assim chamado, ou pela grande ligei reza de seu curso, ou pelas muitas de diferentes espécies, que se crião nas suas aprasiveis ribeiras. Nasce na Provincia de Entre Douro e Minho, e no Bispado do Porto, no sito cha mado Pé de Cão, nas vertentes da serra da Cabreira. No seu principio não he muy caudaloso, mas notavelmente inquie to, e ruidoso, por correr entre penedia crespa, e composta da mesma serra, que fica quatro para cinco léguas distante da Vila de Guimarães. Lança-se do Nordeste ao sudoeste, e em distancia de poucas léguas da sua fonte toma mayores forças com muitas aguas de outros rios, que começa a ir recolhendo em si, sendo o primeiro o rio Fafe, que nasce acima de Gui marães, e o Selho, que metendo-se por baixo de huma gran de rocha em hum fundo sumidouro, a que os moradores da quela Vila chamão Sumes, se vay a incorporar com elle, de pois de ter caminhado quasi légua e meya pela parte Norte. Recolhe tambem o Vizella, que he mayor dos que nelle então, pouco mais de duas léguas abaixo de Guimarães, no sitio a que vulgarmente chamão de entre ambas Aves pela parte

Sul, o Pé, ou Pelle, o Landim, o Covelas, o Pombeiro, o Ri beiro da Aldea, e o Deste, ou Aleste, que tem a sua origem acima de Braga, e se mete no Ave junto a Villa do Conde, affastado quasi meia légua para a parte Norte. Morre o Ave no mar Oceano, onde entra carregado de aguas, entre Villa do Conde, e Azurara, e pois de ter andado mais de quartoze léguas desde a sua fonte. Em toda esta distancia tem o Ave seis pontes de pedraria: a primeira he chamada S. João, en tre Braga e Guimarães: a terceira de Cerva de huma légua abaixo desta Villa: quarta he ponte Nova: a quinta a de La goncinhos, que com este titulo se venera naquelle sitio; e a sexta, que vence a todas as obras, e na grandeza he a cha mão ponte de Ave. Passa o Ave pelos lugares da Retorta, Tou gues, Macieira, Fornelo, Guidoens, Trofa, Santiago, S. Mar tinho de Bougado, e Ribadave. Tem duas Barcasde passagem, huma no logar da Trofa, e outra entre as duas Grandes Vi llas de Azurara, e Villa do Conde, posta pelo Senado da Ca mara da mesma Villa, mas o rendimento della he das Reli giosas desta Villa, as quaes se tem por varias vezes opposto ao intento dos povos, que pretendem fabricar naquelle sitio, com o fundamento de ser alli mais necessário para a comu nicação dos Lugares vizinhos. He o rio Ave navegável, e ca paz, não so de lanchas de pescar, que sahem até o mar alto, mas de caravellas de setubal, e de alguns navios de menos porte, que em bastante numero, assim Portuguezes, como Es trangeiros vão negociar com os moradores de Villa de Conde, e Azurara, donde não passam por causa de um grande açu de, que alli se fabricou para dois moinhos, ou azenhas, das quaes a parte direita era da Casa de Villa Real, hoje he da casa de Fervença, e da parte esquerda pertence as religio sas de Vlla do Conde. He este ro muito abundante de peixe de differentes espécies, principalmente de lampreias, saveis, barbos, trutas, relhos, escallos, e de bogas, que são as mais celebradas de todo Minho, assim na grandeza como no sa bor. As suas ribeiras são quasi todas cultivadas, e em mui tas partes assombradas de muito, e muito antigo arvoreo, que as faz sumamente aprasiveis, e deleitosas. Ptlomeu chama a este rio Avus, e lhe da a primesia a muitos outros da Lu sitania, assim pela abundancia, e qualidade das suas aguas, e diz, que corre a villa da famosa cidade da Cinania, e sem duvida a que hoje se vem humas escassas reliquias, no sitio a que aquelles povos, com pouca corrupção, dão o nome de Citanea, das qual trataremos largamente no seu lugar.

Deste registo podemos conhecer a freguesia no contex to religioso, geográfico, a serra, a nascente e o pequeno ribeiro que hoje conhecemos como a ribeira da Aldeia.

Do rio Ave, com uma descrição sintetizada, mas bem estruturada, permite-nos conhecer uma realidade inso fismável da sua beleza e encanto e no seu correr plácido desde a Cabreira à foz entre Azurara e Vila do Conde. Este recebe muitos afluentes de que sublinho o rio Co velas, erradamente conhecido como rio Trofa, que na próxima crónica será transcrito.

Recordo ainda as suas travessias, pontes e barcas, que destaco a Ponte da Lagoncinha e a Barca da Trofa.

Advirto os leitores que esta transcrição tem como ob jectivo dar a conhecer a realidade de um passado não muito distante e despertar a curiosidade para história e a memória que nos prende a esta terra.

Igreja ParoquIal de alvarelhos
13NT22 de setembro de 2022

Mais de 100 pessoas já trabalham na Airbus em Santo Tirso

Depois de sobrevoar o país, o universo Airbus decidiu ater rar em solo português e concre tamente em Santo Tirso, onde instalou, em 2020, uma fábrica que é hoje responsável pelo fa brico de estruturas utilizadas na construção de aviões das famí lias A320 e A350.

Em laboração há dois anos, a Airbus Atlantic Portugal, que entrou no município com a marca Stelia, foi inaugurada na quarta-feira, 15 de setembro, pelo primeiro-ministro Antó nio Costa, numa cerimónia em que o tónico já foi a expansão da“Iniciámosfábrica. a construção do edifício em 2020 e, no mesmo ano, lançámos as nossas ativida des de produção industrial em instalações provisórias, apesar do contexto global de pande mia. Já temos, atualmente, cerca de cem funcionários, 150 pre vistos até ao final do ano, o que significa mais de 250 funcioná rios qualificados muito em bre ve”, referiu Cedric Gautier, ad ministrador Airbus Atlantic. Além do incremento de recur

sos humanos, também as insta lações físicas vão sofrer um au mento, já que a empresa adqui riu um terreno adjacente à atual fábrica, na zona industrial da Ermida.Sobre a “escolha de Santo Tir so” para instalar a unidade, ex plicou Cedric Gautier, “foi de terminada pelo seu ecossistema dinâmico, pela sua competitivi dade, pelas suas soluções logísti cas (marítima, aérea e rodoviá ria), pelo seu espírito empreen dedor, pela vitalidade na área da empregabilidade e pelas suas ca pacidades de formação”.

E no que respeita à formação, o administrador do gigante da aviação elogiou o trabalho que tem sido feito pelo CENFIM da Trofa, que considera um “ativo fundamental” para “garantir o desenvolvimento das compe tências necessárias” dos traba lhadores, muitos deles também oriundos do concelho da Tro fa. “Os empregos na área aero náutica são altamente qualifica dos e exigem qualificação téc nica. O recrutamento e a for mação das nossas equipas são

da maior importância para res ponder aos desafios desta uni dade de produção. O CENFIM, mas também as Universidades, ao ministrarem cursos no se tor da aeronáutica, contribuirão para atrair recursos motivados e, assim, permitir o crescimen

to deste projeto”, acrescentou. Os elogios ao centro de for mação profissional continuou pela boca do primeiro-minis tro, que sublinhou o contributo “extraordinário” feito na “for mação específica e especializa da para um trabalho altamente

qualificado”. Apesar da crise que a aviação atravessou nos anos de pande mia, a Airbus não desacelerou o investimento de 40 milhões de euros em Santo Tirso, fac to também ressalvado por An tónio Costa.

S.Martinho de Bougado

Albina Matos da Cunha Faleceu a 18 de setembro com 89 anos.

Casada com Mário da Cos ta Oliveira

AgênciA FuneráriA TroFense, LdA

Lousado - V.N.Famalicão

Agostinho Santos Pereira Faleceu a 15 de setembro com 58 anos.

Irmão do Sr. Pereira Mar morista

AgênciA FuneráriA TroFense, LdA

S. Martinho de Bougado

Maria Manuela da Silva CostaFaleceu a 14 de setembro com 76 anos. Casada com José Gonçalves da Silva

AgênciA FuneráriA TroFense, LdA

S. Martinho de Bougado

NecrologiaJoséManueldeOliveiraMirandaFaleceua13desetembrocom73anos

AgênciA FuneráriA TroFense, LdA

Ribeirão - V.N.Famalicão

Ermelinda Rosa Pinto Faleceu a 15 de setembro com 89 anos

Viúva de Manuel Ferrei ra Neves

FuneráriA ribeirense - PAivA & irmão, LdA

Ribeirão - V.N.Famalicão

Alcino Ferreira dos Santos

Faleceu a 14 de setembro com 68 anos

FuneráriA ribeirense - PAivA & irmão, LdA

Santiago de Bougado

Maria Conceição Ferrei ra FaleceuNevesa 14 de setembro com 91 anos. Viúva de Ma nuel da Costa Araújo

FuneráriA ribeirense - PAivA & irmão, LdA

Esmeriz - V.N.Famalicão

JoséMigueldeOliveiraVale Faleceu a 12 de setembro com 51 anos

Casado com Noémia Araú jo Lima

FuneráriA ribeirense - PAivA & irmão, LdA

Ribeirão - V.N.Famalicão

Zulmira Maia de Sá Reis Faleceu a 10 de setembro com 77 anos.

Casada com Celestino Aze vedo Gomes

FuneráriA ribeirense - PAivA & irmão, LdA

Ribeirão - V.N.Famalicão

Elvira da Silva Campos Faleceu a 18 de setembro com 92 anos Viúva de Manuel Silva Aze vedo

FuneráriA ribeirense - PAivA & irmão, LdA

Paulino Pereira da Silva Faleceu a 12 de setembro com 82 anos.

Viúvo de Maria Fernanda Azevedo Rebelo

Guidões rochA FuneráriAs, LdA

Mário Maia da Silva Faleceu a 19 de setembro com 75 anos. Genro do falecido Manuel da Gracinha S.Martinho de Bougado AgênciA FuneráriA TroFense, LdA

PRimeiRo ministRo elogiou contRibuto do cenFim na FoRmação dos tRabalhadoRes da aiRbus
14 NT 22 de setembro de 2022 Região

7SudokudiferençasEnigma

Usa 8 oitos os sinais adição cação número

Soluções da edição passada

*

Na estante...

Uma mulher, cujo nome desco nhecemos, vai trabalhar como in térprete para o Tribunal Inter nacional de Haia, e ao longo da história vai ser testada a maneira como vive as questões do poder, do amor e da violência. Tanto na intimidade como na vida profis sional, a voragem de dúvida e dor, a par da busca pela verdade, acaba por levá-la a uma certa libertação IntImIdades (Quetzal) KatIe KItamuRa

e à descoberta do sentido que busca para a sua existência.

O nOvO teRRItóRIO selvagem (BeRtRand edIt.)

DIANE COOK

Agnes, a filha de 5 anos de Bea, definha lentamente debaixo de um manto de smog e da poluição generalizada de uma metrópole hiperdesenvolvida que a maioria da população agora chama casa. Permanecer na cidade será o fim de Agnes, pelo que resta apenas uma solução: o Estado Selvagem, o último resquício de terra intocada e protegida interdita a humanos. Até ago ra. Uma visão distópica do mundo, explora, por um lado, o desdém do ser humano pela natureza e, por outro, a imensidão do amor de uma mãe.

nunCa FIQues Onde JÁ nãO estÁs (alma dOs lIvROs) manuel Clemente

Não é um guia com soluções mi lagrosas nem métodos infalíveis. É antes uma travessia pelo nosso in terior, pelas questões que nos in quietam e pelos bloqueios que nos impedem de viver em paz. Uma partilha profunda e sincera que nos permite tomar consciência das mudanças que precisamos de fazer.

HORIzOntes (BeRtRand edIt.)

James PusKett

É uma história da ciência como nunca a lemos – uma narrativa que nos fala de heróis esquecidos, cientistas, investigadores e sábios não ocidentais postos à margem –, que nos leva para lá do cânone ocidental e prova que as maiores descobertas vieram sempre do intercâmbio de ideias entre dife rentes culturas de todo o mundo.

a Ágata tem CIúmes (BeRtRand edIt.) anna PIgnataRO

A Ágata acha a sua prima Melanie o máximo. Em casa e no infantá rio, todos concordam com ela. En tão, porque é que a Ágata tem uma sensação estranha na barriga que parece estar a ficar cada vez mais

forte? Indicado para ser lido nos infantários, bem como em casa, uma vez que aborda os medos comuns a estas idades, este livro é candidato ao Prémio de Literatura Infantil da Associação Australiana de Terapia Familiar. Uma história sobre compreender o outro e superar o ciúme.

Espaço de cultura

“DebaterConferênciaTROFAaEscolado

Futuro”

24 de setembro | 10h30 | Au ditório Tomé Carvalho, Cruz Vermelha | Entrada livre

“NaExposiçãoPeledas Pedras Velhas” Paulo de Tarso

Até 30 de setembro | Casa da Cultura da Trofa | Entrada li vre | Horário: segunda a sexta, das 09h00 às 17h00, sábado, das 13h00 às 18h00.

Exposição “Encontro-te”coletiva

Até 30 de setembro | Auditó rio Tomé Carvalho, Cruz Ver melha Trofa | Entrada livre

VN FAMAlICÃO

“Etnográphica:Exposição As voltas do linho”

24 de setembro a 2 de outu bro | Salão de Eventos da Jun ta de Freguesia de Cavalões | Entrada livre até à lotação do espaço

Festival de Teatro Amador da Associação Cultural de “HajaVermoimluz”

24 de setembro | 21h30 | Salão Paroquial de Vermoim | Clas sificação: M/6 | Entrada livre

“KRONOS IN MEMORIAM”

1 de outubro | 21h30 | Salão Paroquial de Vermoim | Clas sificação: M/6 | Entrada livre

bro a 2 de outubro: 10h00 | Concurso de Gado (29 de set, 15h00), Gala Equestre (1 de out, 22h30), Desfolhada mi nhota (2 de out, 19h00)

“Olhares”ExposiçãoCarlosCorreia

1 de outubro a 19 de novem bro | Centro Cultural Muni cipal de Vila das Aves | En trada livre | Horário: segun da a sexta-feira, das 09h00 às 17h30, sábados, das 14h30 às18h30

VIlA DO CONDE

Família Concerto lEITURAS AMOSTR

1 de outubro | 21h30 | Teatro Municipal de Vila do Conde | Bilhete: 5€ (bol.pt)

MAIA

Feira Grande S. Miguel 29 de setembro a 2 de outu bro | Praça Mouzinho de Al buquerque e Praça D. Ma ria II | Entrada livre | Horá rio de abertura: 29 de setem bro: 08h00; de 30 de setem

Festival de Música Folk da Maia 23 e 24 de setembro | Par que da Cidade Desportiva da Maia | Entrada livre | Dia 23: Amara Quartet (18h30), Uxu Kalhus (21h30). Dia 24: Sei va (18h00), Arrefole (21h30)

15NT22 de setembro de 2022
Enigma
e
de
(+), subtração (-) e multipli
(x) até chegar ao
1000 exato. *** Sendo x o número de netos do vovô Severino, e y a quantia que ele separou para presenteá-los, te mos o seguinte sistema: 12x + 60 = y | 15x = y + 6 Substituindo y na segunda equação temos: 15x = (12x + 60) + 6 | 15x - 12x = 60 + 6 | 3x = 66 x=22 O vovô Severino tem 22 netos!
dIveRsOs

Religião

Santa Eufémia em festa

Depois do fim de semana “grande” da Santa Eufémia, a festa no monte situado em Al varelhos não acaba. No pró ximo sábado há cantares ao desafio, enquanto o folclore preenche a tarde de domingo.

O Monte de Santa Eufémia en cheu-se de peregrinos no passa do fim de semana para mais uma romaria. Com um programa sub til e tradicional, a festa faz-se, es sencialmente, no chamado “do mingo grande da Santa Eufémia”, quando milhares de romeiros en chem as imediações do monte si tuado em Alvarelhos para com prar no comércio ambulante ou

São Miguel

Miguel (em latim Michael) é um arcanjo, nas doutrinas reli giosas judaicas, cristãs e islâmi cas. Os católicos, anglicanos, or todoxos e luteranos referem-se a ele como Arcanjo Miguel, ou simplesmente Miguel.

Em hebraico, Miguel signifi ca “ aquele que é similar a Deus” ( Mi “quem” Kha” Como”, Ei “Deus”, o que é tradicionalmente interpretado como uma pergun ta retórica”Quem como Deus?” em latim (Quis ut Deus), para a qual se espera uma resposta ne gativa, o que implica que nin guém é como Deus. Assim, Mi guel é interpretado como um símbolo de humildade peran teEsteDeus.“Arcanjo”(São Miguel), juntamente com São Rafael, e São Gabriel, é um dos princi pais desta hierarquia angélica, tendo atingido tal importância que os três adquiriram o esta tuto de Santos. São Miguel cos tuma ser representado como um

comer e beber em convívios es pontâneos.Esteano, a noitada de sábado foi animada pelo grupo Alvora da Musical e segunda-feira a fes ta fez-se com a Banda de Músi ca da Trofa e Banda de Arcos de Valdevez.

No próximo fim de semana, 24 e 25 de setembro, há mais anima ção para quem visitar o Monte de Santa Eufémia. O tradicional festival de concertinas e cantares ao desafio ocupa o programa de sábado, a partir das 15h00, com 11 cantadores e dois tocadores.

No domingo, dia 25, o folclore é rei, com o 47.º festival, em que participam o Grupo de Danças

Arcanjohomemdotadodeasas,

protegi do por uma armadura,- ou en vergando vestes litúrgicas, como a túnica, a estola e o pluvial- e empunhando uma lança ou uma espada com os quais subjuga o Demónio que pode aparecer sob a forma de serpente ou de dra gão. A presença do dragão é ins

e Cantares de Ponte de Lima, o Grupo de Santa Marta de Portu zelo (Viana do Castelo), o Grupo

pirada no Livro da Apocalipse, que menciona este arcanjo como aquele que liderou os demais an jos na luta para lançar o Demó nio (Lúcifer) no Inferno.

A igreja e os seus crentes re correm ao auxílio daquele que sempre se mostrou seu protec tor. As intervenções de São Mi guel em favor do Povo de Deus, quer no Antigo quer no Novo Testamento, motivaram sempre da parte da Igreja uma especial veneração a este arcanjo consi derando e honrando o seu culto.

Em documentos oficiais da Igreja, São Miguel é honrado como protector e guarda e como patrono dos agonizantes, que o invocam como uma espécie de advogado de defesa na vida e na hora da morte.

A liturgia da festa do dia 29 de setembro, agrupa os três arcan jos na mesma data: São Miguel, São Gabriel e São Rafael, que ou trora se celebravam cada um em seu dia. ANTÓNio CoSTA

Folclórico de S. Miguel de Crei xomil (Guimarães) e o Rancho Folclórico de Gens (Gondomar).

O evento tem início pelas 14h00. Neste mesmo dia, há eucaristia às 11h00, no santuário.

16 22 de setembro de 2022NT
FeSTA pRoloNgA Se pelo pRÓximo Fim de SemANA

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