Edição 494

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24 de outubro de 2014 N.º 494 ano 12 | 0,60 euros | Semanário

Diretor Hermano Martins

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Atualidade pág. 3

Buscas no Rio Ave para encontrar homem Atualidade pág. 5

AMAVE vai agir judicialmente contra Câmara da Trofa Política pág. 6

Política págs 8 e 9

Executivo fez balanço de mandato Atualidade pág. 4

Passos Coelho confirma queda do projeto da variante Atualidade pág. 7

Mulher atropelada em estado grave


2 Atualidade

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AEBA promove debate sobre internacionalização “Valorizar a empresa, Valorizar a competitividade – EXPORTAR e INTERNACIONALIZAR”. Estes são os temas da iniciativa promovida pela Associação Empresarial do Baixo Ave (AEBA), no dia 4 de novembro. A sessão, que decorre no auditório da AEBA, tem como objetivo “aliar a teoria à prática conciliando a sabedoria e a experiência acumulada do já longo percurso percorrido”, sendo que “exportar” e “internacionalizar” são palavras de “ordem” em Portugal e uma necessidade “vital”

e “prioritária” para a economia nacional. A receção dos participantes é feita às 18 horas e, meia hora depois, o tema será abordado por José Manuel Fernandes, presidente do Grupo FREZITE e autor do livro “Caminhos do exportador”, com a moderação de Rodrigo Viana de Freitas, diretor geral da Central de Informação. Haverá ainda espaço para perguntas e respostas. A participação é gratuita mas sujeita a inscrição. Para mais informações consulte o endereço da AEBA: www.aeba.pt.

Hora atrasa-se este domingo A hora de inverno vai começar este domingo, dia 26 de outubro, devendo os relógios em Portugal ser atrasados 60 minutos em todo o País, de acordo com o Observatório Astronómico de Lisboa. Em Portugal continental e na Região Autónoma da Madeira, os relógios devem ser atrasados 60 minutos às 2 horas da madrugada de domingo, passando para a uma hora.

A mudança ocorre mais cedo na Região Autónoma dos Açores, onde, à uma hora da madrugada de domingo, os relógios deverão ser atrasados uma hora. A mudança da hora prende-se com a necessidade de não haver desfasamento solar, aproveitandose o melhor possível a luz nas diversas atividades e como vem acontecendo todos os anos, muda no último domingo de outubro.

Rancho Folclórico da Trofa Convocatória Afonso Paixão, na qualidade de Presidente da Assembleia Geral do Rancho Folclórico da Trofa, convoca todos os sócios do Rancho para a Assembleia Geral Ordinária, que se realizará este sábado, dia 25 de Outubro de 2014, pelas 21.30 horas, na sua sede, sita na Rua Urbanização da Barca, com a seguinte ordem de trabalhos: 1º- Análise e votação do relatório de atividades e contas do ano 2014; 2º- Análise e votação do plano de atividades e orçamento para o ano 2015; 3º- Eleição dos órgãos sociais para o ano 2015; 4º- Outros assuntos de interesse para o Grupo. Bougado, 20 de Outubro de 2014 O Presidente da Assembleia Geral Afonso Paixão (Dr.) Nota: Se na hora marcada não estiverem presentes pelo menos metade dos sócios, a Assembleia reunir-se-á meia hora mais tarde com qualquer número de associados.

24 de outubro de 2014

Agenda

Era bom, mas acabou-se Como era de esperar, a queda do império BES já está a afectar áreas estratégicas, com a PT a surgir como mais um caso (e grave) da promiscuidade capitalista e política que se foi construindo a partir do processo de privatizações iniciado nos governos de Cavaco Silva. Sendo a PT a maior empresa portuguesa, as repercussões na economia podem ser devastadoras. Numa época em que a Tecnologia de Informação é parte indispensável na vida das pessoas e empresas, um país sem os recursos necessários para dotar, cada vez mais freneticamente, o seu território das mais avançadas tecnologias, arrisca-se a ficar na cauda do pelotão (mais um) do desenvolvimento tecnológico, podendo criar deste modo um estigma difícil de apagar (num conhecido cartoon sobre estereótipos europeus, o português é representado a dar marteladas num computador...). O reino das privatizações e do mercado liberalizado começa sempre com o melhor dos mundos: livre concorrência, melhores serviços, preços mais competitivos e principalmente o bicho papão do Estado fora do caminho. Mas como a experiência nos tem dito, nada disto parece acontecer, como é bem visível, a título de exemplo, no preço dos combustíveis e na “conta da luz”. O caso da PT é paradigmático: numa primeira fase, os recursos construídos por todos é posto à disponibilidade de alguns, deixando o Estado sem voz nas decisões estratégicas e sem receitas a longo prazo (o encaixe da privatização nunca será o valor real da empresa); numa segunda fase, a empresa oferecerá dividendos estratosféricos (o risco é mínimo e o lucro máximo, pois o negócio está montado, os trabalhadores formados e os clientes angariados) passando de seguida para a função de Centro de Emprego para os políticos do Bloco Central de Interesses (PS, PSD e CDS); numa terceira fase, a que estamos a assistir, a empresa é vítima dos gestores medalhados e dos seus jogos de influências e favores, como foi visto no empréstimo de 900 milhões à famosa Rioforte. E agora? Agora parece que a empresa irá ser vendida a preço de saldo a um qualquer abutre. Consequências? As habituais: despedimentos, despedimentos e mais despedimentos - as famosas reestruturações. Na sua habitual forma habilidosa, o governo, pelo voz do Ministro da Economia, tentou associar e enfatizar o perigoso mundo da política e dos negócios, acusando de forma subliminar os governos socialistas e Ricardo Salgado. Todos sabemos que o governo PSD/CDS é cândido e celeste nestas negociatas e que tudo fará para assegurar o interesse do país e utilizará a Golden Share. Nem isto. A simbólica Golden Share foi logo exterminada mal a coligação tomou posse. Compete aos accionistas escolherem o caminho, palavra de Ministro. *** Os trofenses sentem na pele a política de privatizações impostas pelas políticas nefastas perpetuadas pelos sucessivos governos. Por isso é que pagam a água mais cara do país. Por isso é que num futuro próximo, com a concessão/privatização das linhas suburbanas da CP, os trofenses vão pagar mais pelos bilhetes de comboio. É este o reino prometido. (Por decisão pessoal, o autor do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico)

Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Magda Araújo, Cátia Veloso Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda, Assinatura anual: Continente: 22,50 euros; Extra europa: 88,50 euros; Europa: 69,50 euros; Assinatura em formato digital PDF: 15 euros NIB: 0007 0605 0039952000684 Avulso: 0,60 Euros E-mail: jornal@onoticiasdatrofa.pt Sede e Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c - 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax: 252

Dia 26 15 horas: S. Romão-Cruz - Inter Milheirós-Bougadense Dia 29 16 horas: Moreirense-Trofense Dia 31 19 horas: Festa do Halloween, na sede da Associação Cultural e Recreativa S. Pedro da Maganha Sextas Com Vida, comércio do centro da cidade da Trofa

Farmácias de Serviço Dia 24 Farmácia Moreira Padrão Dia 25 Farmácia de Ribeirão Dia 26 Farmácia Trofense Dia 27 Farmácia Barreto Dia 28 Farmácia Nova Dia 29 Farmácia Moreira Padrão Dia 30 Farmácia de Ribeirão Dia 31 Farmácia Trofense

Telefones úteis Bombeiros Voluntários da Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Polícia Municipal da Trofa 252 428 109/10 Jornal O Notícias da Trofa 252 414 714 Centro de Saúde da Trofa 252 416 763

Ficha Técnica Diretor: Hermano Martins (T.E.774) Sub-diretora: Cátia Veloso (9699) Editor: O Notícias da Trofa Publicações Periódicas Lda. Publicidade: Maria dos Anjos Azevedo Redação: Patrícia Pereira (9687), Cátia Veloso (9699) Setor desportivo: Marco Monteiro (C.O. 744), Miguel Mascarenhas (C.O. 741) Colaboradores: Atanagildo Lobo, Diana Azevedo, Jaime Toga, José Moreira da Silva (C.O. 864), Gualter Costa, João Mendes Fotografia: A.Costa,

Dia 25 21 horas: Concerto Warwi ckshire Choristers com os Meninos Cantores do Município da Trofa, na Igreja Matriz de Santiago de Bougado

414 714 Propriedade: O Notícias da Trofa - Publicações Periódicas, Lda. NIF.: 506 529 002 Registo ICS: 124105 | Nº Exemplares: 5000 Depósito legal: 324719/11 Detentores de 50 % do capital ou mais: Magda Araújo Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores e não veiculam obrigatoriamente a opinião da direção. O Notícias da Trofa respeita a opinião

dos seus leitores e não pretende de modo algum ferir suscetibilidades. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.

Centro de Saúde de S. Romão 229 825 429


Atualidade 3

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Buscas recomeçam na manhã desta sexta-feira

Homem desapareceu no Rio Ave Homem desapareceu da margem esquerda do Rio Ave, na Maganha, em Santiago de Bougado. Buscas, que se revelaram infrutíferas, foram suspensas às 19 horas e recomeçam esta sexta-feira, cerca das 9 horas, com reforço de elementos e meios. O relógio marcava as 11.50 horas desta quinta-feira, quando o alerta foi dado. Mário Peniche, proprietário de um terreno agrícola, na Maganha, Santiago de Bougado, situado ao lado do Restaurante Lina, “estava a mostrar uma lenha a um possível comprador” quando se apercebeu de “um casaco, uns óculos e um chapéu” ao lado. “Pensamos logo em suicídio”, afirmou. Mário Peniche adiantou ainda que “cerca das 11.30 horas a senhora do restaurante (Lina) viu o homem a dirigir-se para esta área”. Intrigado, o homem terá alertado as autoridades que acabaram por encontrar no bolso do casaco do desaparecido, um bilhete de identidade de um ho-

mem de 74 anos de idade, morador em Santiago de Antas, concelho de Vila Nova de Famalicão, um telemóvel e uma carta onde alegadamente se despede da vida. Os Bombeiros Voluntários da Trofa e a GNR patrulharam a margem do rio na esperança de encontrar o septuagenário mas, até ao momento, nem sinal. No local esteve também uma equipa de quatro mergulhadores dos Bombeiros Voluntários de Vila das Aves, Santo Tirso, que durante toda a tarde efetuaram buscas que acabaram por ser suspensas às 19 horas, “e serão retomadas amanhã por volta das 9 horas”. “Estamos a falar de uma área extensa com forte corrente do rio que pode ter arrastado o corpo para uma distância considerável”, explicou. João Pedro Goulart, comandante substituto da Corporação da Trofa, avançou ainda que “para amanhã vai ser necessário um reforço de meios quer ao nível das buscas subaquáticas com mais três equipas de mergulha-

Operações de busca duraram sete horas e são retomadas esta sexta-feira

dores de Vila das Aves e Vila do Conde, mais um barco.” Durante o dia desta sexta feira, as buscas “serão estendidas até a uma área considerada adequada face às condições da corrente do rio”. O Comandante informou ainda que durante toda a tarde teve no local “sete veículos, 18 bombeiros, um barco e uma equipa

de mergulhadores”. No local a acompanhar a operação de busca do desaparecido, esteve também o Comandante Operacional Municipal da Proteção Civil. Familiares reconheceram chaves do septuagenário Camilo Osório terá saído de Vila Nova de Famalicão, mais

precisamente de Santiago de Antas, alegadamente de táxi, dizendo que vinha almoçar à Trofa. Dois cunhados do desaparecido estiveram durante a tarde desta quinta-feira junto ao restaurante, na Maganha, e reconheceram as chaves que foram encontradas dentro do Rio Ave, junto ao local onde o homem terá desaparecido sem deixar rasto.

Duas mulheres feridas em acidente rodoviário Um choque entre duas viaturas ligeira de passageiros provocou dois feridos, ao início da tarde de sábado, no entroncamento entre a Rua Nossa Senhora de Fátima e a Travessa Rebelo Silva, em S. Martinho de Bougado. O acidente ocorreu quando a viatura que descia a Travessa chocou com o outro veículo, que se preparava para virar para a mesma via. Cerca das 12.30 horas, os Bombeiros Voluntários da Trofa receberam o alerta e para o lo-

Choque entre viaturas provocou estragos

cal enviaram seis elementos com duas ambulâncias e um veículo desencarcerador. Uma das condutoras, com cerca de 45 anos, foi imobilizada e transportada para a unidade de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA). A outra condutora também foi assistida pela equipa da ambulância de Suporte Imediato de Vida da unidade de Santo Tirso do CHMA. A Guarda Nacional Republicana esteve no local a registar a ocorrência. C.V. pub


4 Atualidade

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Derrame de ácido obriga a evacuação na Área de Serviço do Coronado da A3 Patrícia Pereira

Um camião-cisterna derramou ácido clorídrico na área de serviço do Coronado/Trofa, no sentido Porto-Braga da A3. Por precaução, o local foi evacuado e o acesso à área de serviço cortado. Por volta das 14 horas de terça-feira, 21 de outubro, um camionista ter-se-á apercebido que outro tentava controlar uma fuga do camião-cisterna, de matrícula espanhola, e tinha a pele irritada. Informou os responsáveis da área de serviço, que de imediato contactou as autoridades. Chegados ao local, os Bombeiros Voluntários da Trofa (BVT), apoiados por duas viaturas, aper-

ceberam-se que através de “um vedante” estava a ser derramado “ácido clorídrico” e, “por precaução, devido aos gases libertados por esta substância”, a área de serviço foi “encerrada”, por volta das 15.18 horas. A BRISA referiu, à Agência Lusa, que “os painéis de mensagem variável e informativos próximos do local” informavam do “encerramento ao público da área de serviço em causa” e que a cisterna do veículo teria cerca “38 mil litros”. Já Filipe Coutinho, comandante em exercício dos BVT, contou que o tanque de onde o líquido estava a verter teria “aproximadamente quatro mil litros”, tendo vertido “aproximadamente cem litros”. “Os bombeiros con-

seguiram controlar o derrame e centrá-lo junto à viatura. Não houve grande perigo porque conseguimos evitar que o líquido se alastrasse para os canais das águas. Se tivesse verificado o derrame do tanque central, as precauções de segurança teriam que ser outras e teríamos que isolar uma área de sensivelmente 300 metros”, explicou, enumerando que foi utilizado “biocal para tentar absorver e limitar o derrame”. Um outro camião-cisterna chegou ao local por volta das 16.15 horas e “fez a transfega do líquido que ainda restava”. A limpeza do líquido foi feita pela empresa EGEO, por uma equipa que veio de Estarreja, e que ficou concluída por volta das

Bombeiros da Trofa utilizaram biocal para absorver ácido

22 horas. A zona foi delimitada e a área de serviço foi reaberta, à exceção do parque de estacionamento de pesados. No local estiveram duas viaturas e seis homens dos Bombeiros Voluntários da Trofa, Bri-

gada de Trânsito da GNR e elementos da empresa BRISA e da Galp. Já esta quinta-feira, uma equipa esteve no local a verificar se o ácido entrou nas linhas de água.

Mulher atropelada em estado grave Uma mulher de cerca de 70 anos de idade foi esta quarta-feira atropelada, cerca das 9 horas, na Rua António Sousa, em Bougado, no cruzamento junto ao acesso à Santa Casa da Misericórdia da Trofa. Segundo o NT conseguiu apurar no local, a septuagenária estaria a atravessar a estrada que liga a Estrada Nacional 14 ao acesso ao Hospital da Trofa, quando foi colhida por uma automobilista, de 22 anos de idade, que conduzia um veículo de marca Opel Corsa. A mulher, de 70 anos e moradora em S. Martinho de Bougado, sofreu um traumatismo cranioencefálico grave, foi assistida pelos Bombeiros Voluntários da Trofa, pela tripulação da SIV Viatura de Suporte Imediato de Vida e pela equipa da Viatura Médica de Emergência e Reanimação de Vila Nova de Famalicão

Acidente ocorreu na Rua António Sousa, em Santiago de Bougado

e foi transportada para o Hospital de S. João no Porto. Já a condutora do veículo ligeiro foi transportada em estado de ansiedade para o Hospital da Trofa, onde foi assistida. Recorde-se que esta é uma das estradas mais movimentadas da cidade da Trofa, já que

permite o acesso de quem vem de Famalicão para Santo Tirso ou vice-versa, evitando a circulação pela rotunda do Catulo, e é uma das vias para se chegar à EB2/3 da Trofa, ao Hospital da Trofa entre outros locais de grande afluência de pessoas.

Empresa fica sem energia por furto de cabos Uma serração situada na Rua Central de Cedões, em Santiago de Bougado, ficou sem energia elétrica de 14 para 15 de ou-

tubro. Quando chegaram para trabalhar na empresa os trabalhadores não tinham energia elétrica e deram conta de que

teriam sido furtados cerca de 100 metros de cabo elétrico que originou o corte de energia. Não foi ainda apurado o valor do furto.

Busto e placa do falecido padre Armindo furtados A placa de homenagem da paróquia e o busto em honra de Armindo Gomes, falecido pároco de Santiago de Bougado, foram furtados por desconhecidos durante a madrugada de segundafeira, 20 de outubro. Tanto a placa como o busto foram inaugurados no dia 19 de outubro de 2012, no âmbito das comemorações dos 50 anos de sacerdócio na paróquia. P.P.

Furto em anexo na Rua dos Maias Desconhecidos furtaram do interior de um anexo, na Rua das Maias, em Santiago de Bougado, no dia 17 de outubro, entre as 8 e as 10 horas da manhã, uma bicicleta, vários acessórios metálicos de pichelaria e material elétrico no valor de cerca de 200 euros. As autoridades desconhecem para já os autores do furto.


Atualidade 5

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24 de outubro de 2014

AMAVE vai agir judicialmente contra Câmara Patrícia Pereira

Executivo da Câmara da Trofa pôs à votação saída da AMAVE. Presidente da associação vai responder com ação judicial a exigir pagamento da dívida do município. “A AMAVE é uma associação caduca, aquilo que pagamos são, anualmente, 57 mil euros, para custos com o pessoal”. A frase foi proferida durante a reunião de Câmara pelo presidente da autarquia trofense, Sérgio Humberto, no âmbito da votação da proposta de saída da AMAVE – Associação de Municípios do Vale do Ave. O autarca foi mais longe e afirmou que a AMAVE só “promove custos e não proveitos” e “não tem projetos para os novos quadros comunitários”. “A entidade só protege os funcionários e alguém que quer que o tempo volte para trás. Ou é o presidente à moda antiga que quer ter uma entidade de municípios do Vale do Ave para às vezes esconder as suas dívidas ou para colocar pessoas amigas nessas entidades”, atacou. Sérgio Humberto asseverou que a associação foi “proveitosa num passado relativamente longínquo” e quando “a Trofa passou a concelho”, por haver “projetos comuns nos antigos fundos comunitários”, mas que agora é necessário “colocar os esforços” na Área Metropolitana do Porto

(AMP), para se “impor na área territorial e das parcerias, nomeadamente nas candidaturas intermunicipais estarem muito focadas com a AMP”. Esta decisão mereceu um voto contra dos três vereadores eleitos pelo PS. A vereadora Joana Lima justificou o seu voto, com o facto de a AMAVE ter dado “muito ao município da Trofa”, enumerando que a Câmara tem “uma dívida enorme” para com a AMAVE e o que esta “fez durante anos para segurar a dívida da Câmara Municipal da Trofa (CMT)”. “Acho que tem que haver responsabilidade, solidariedade e por isso não podemos ter uma atitude diferente que não votar contra”, garantiu. Em comunicado enviado à comunicação social, o conselho diretivo da AMAVE informou que deliberou, na reunião de quartafeira, “acionar judicialmente o município da Trofa para cobrança de dívida, bem como acionar todos os meios disponíveis para evitar que o Município da Trofa escape às suas reais e verdadeiras responsabilidades e obrigações perante a AMAVE e seus associados”. Segundo a AMAVE, as declarações de Sérgio Humberto “não causam qualquer surpresa” e são “muito coerentes com aquela que tem sido a atitude do seu executivo”, uma vez que “o desconhecimento” que revela quanto aos proveitos que a AMAVE

traz ao concelho da Trofa, só pode ser resultado da “sistemática falta às reuniões dos órgãos sociais da associação”, que, das “sete reuniões” realizadas “se fez representar em todas”, só compareceu “numa” das “quatro” Assembleias Intermunicipais e “nunca compareceu” nos Conselhos Intermunicipais de Finanças. “Os inúmeros benefícios para o concelho da Trofa vão, direta ou indiretamente, desde a cartografia, para uma melhor gestão do território, passando pelo ambiente, graças ao sistema de abastecimento de água e saneamento, e ao sistema de recolha e tratamento de lixos, até aos serviços de resolução de problemas de consumo e endividamento dos seus munícipes, através de um Tribunal Arbitral, entre outros. Recorde-se, a título de exemplo, que foi através da AMAVE que se obteve financiamento para a construção de escolas no Vale do Ave, entre as quais a de S. Romão do Coronado”, pode lerse no comunicado. Em matéria de dívidas para com a AMAVE, a associação elenca “uma penhora que impende sobre esta associação, por causa da CMT insistir em não assumir uma dívida de serviços de cerca de 1,6 milhões de euros, parte dos mais de dois milhões que ainda deve à AMAVE, isto não obstante a competente sentença judicial, as certificações das contas por parte dos Revisores

Executivo reuniu esta quinta-feira

Oficiais, e pareceres jurídicos – inclusive do próprio Município”. PS reage à postura da Câmara para com a AMAVE Através de um comunicado enviado à comunicação social, o PS da Trofa mostrou-se “perplexo com mais uma atitude irresponsável e indigna do presidente da CMT, em que o comunicado da AMAVE é “uma autêntica repreensão pública ao executivo municipal que não dignifica a autarquia e que envergonha os trofenses”. Para o PS da Trofa, o comunicado da AMAVE “confirma as críticas de incapacidade, irresponsabilidade e incompetência que já havia dirigido ao presidente da Câmara Municipal da Trofa”. “Para poder apresentar uma redução de despesa propagandista, este executivo abdica de uma relação saudável com uma

instituição que proporciona inúmeros benefícios ao município, que ultrapassam largamente a receita investida e que se estendem à gestão do território, dos sistemas de abastecimento de água e saneamento, do sistema de recolha e tratamento de lixos, à mediação e apoio à resolução dos problemas de endividamento ou até à construção de infraestruturas, como a escola de S. Romão do Coronado. (…) Esta postura do presidente também revela uma falta de posicionamento estratégico e impossibilita que a autarquia obtenha uma posição negocial favorável para liquidar as verbas avultadas, superiores a dois milhões de euros, que a CMT deve à AMAVE”, avançou. Sendo “um assunto de tamanha importância”, o PS evoca a necessidade de “existir uma discussão pública alargada sobre o assunto”.

Aprovado orçamento para 2015 de 36 milhões de euros Na reunião de Câmara desta quinta-feira, 23 de outubro, foram aprovados com três abstenções dos vereadores eleitos pelo PS, o Plano Plurianual de Investimentos, Plano de Atividades Municipais, Orçamento e Grandes Opções do Plano para 2015. O edil trofense, Sérgio Humberto, referiu que houve “uma grande preocupação de ajustar o orçamento o mais possível à realidade”, uma vez que, “em média, o Município tem uma receita de cerca 20 milhões de euros”, propondo um orçamento “na ordem dos 36 milhões”. Quanto ao Plano Plurianual de Investimentos, o presidente afirmou que teve em conta “pontos que são determinantes e a coluna vertebral”, como “afastar rapidamente do linear da rutura financeira”, na educação “continuan-

do a apostar e a requalificar os espaços necessários e trabalhar em conjunto com os agrupamentos para que o serviço prestado aos alunos seja o desejável por todos”, a “aposta clara na juventude e no movimento associativo” e “o apoio à economia local, às industrias, às empresas e ao comércio”. Além disso, a autarquia vai “apostar no apoio social”, ajudando “mais no arrendamento das pessoas, a entregar rapidamente os apartamentos da habitação que não estão a ser utilizados” e a “adquirir cerca de 20 camas articuladas, 20 colchões antiescaras e cadeiras de rodas para colocar ao serviço das associações para disponibilizar gratuitamente às pessoas com necessidade”. O executivo promete continuar o trabalho que “já está a ser feito há algum tempo” nas “infraestruturas, obras e requalificação das estradas”, estando a “re-

pavimentar a EN318, no cruzamento da Carriça, a arranjar ruas em Alvarelhos e em S. Mamede do Coronado” e, “brevemente,” vai iniciar duas obras de requalificação, uma desde a Rua Abade Inácio Pimentel até à Rua Costa Ferreira, em frente ao Ciclo, e outra da “rotunda da Cêpa, na Abelheira, até à saída para Ervosa”. Durante a sessão foi ainda aprovada por unanimidade a Minuta de Protocolo a celebrar com a AEBA - Associação Empresarial do Baixo Ave, com vista à animação, promoção e dinamização do comércio tradicional no concelho da Trofa, na Quadra Natalícia de 2014, que prevê um valor de “dez mil euros mais IVA”, assim como a atribuição de um subsídio à AEBA no valor de “1610 euros” para, segundo Sérgio Humberto, “requalificar as suas instalações, nomeadamente o exterior, no espaço de domínio público-

privado, entre outras intervenções que vão ser feitas”. Também por unanimidade foi aprovada a minuta de Contrato de Subconcessão de Uso Privativo da Plataforma da Via da Linha do Minho, entre o Km 21,300 e o Km 23,700 a celebrar entre a REFER Património - Administração e Gestão Imobiliária, S.A. e o Município da Trofa. Segundo o presidente da Câmara, durante “25 anos” a autarquia vai gerir estes 2400 metros, entre a Cerealis e a “união da nova variante ferroviária”, que podem ser utilizados para uma ecopista e espaços de lazer. “Valor financeiro é zero, porque há um encontro de contas. Há uma renda que temos que pagar, mas em contrapartida também temos uma despesa”, explicou. O vereador eleito pelo PS, Magalhães Moreira, salientou que o espaço podia ser aproveitado

para “colocação dos divertimentos” das festas em honra de Nossa Senhora das Dores, pois assim “não estragava os parques”. Foi ainda colocada à votação a minuta de contrato de arrendamento relativo ao armazém na Travessa das Pateiras e denúncia do contrato de arrendamento relativo ao prédio urbano na Rua Vasco da Gama. O edil trofense explicou que o aluguer de “um novo espaço” é porque tem a necessidade de “um espaço maior para armazenar” o espólio etnográfico, de santeiros e industrial, assim como “umas máquinas já centenárias da fábrica da moagem”. O documento foi aprovado com três abstenções dos membros do PS, devido à denúncia do contrato de arrendamento, uma vez que, segundo Joana Lima, “Augusta Reis ofereceu o espólio na condição de alugar a casa para o ter”. P.P.


6 Política

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24 de outubro de 2014

A odisseia que é a Cátia Veloso

Muito se pode contar sobre o projeto da variante à EN 14, que há vários anos anda aos tropeções nos gabinetes autárquicos e ministeriais sem sair do papel.

Passos Coelho garante anúncio de solução para a EN14 “brevemente” Cátia Veloso

O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro em Ribeirão, concelho de Vila Nova de Famalicão, à saída da empresa de vestuário Salsa, na segunda-feira. Está “para breve” o anúncio de uma “solução” para o congestionamento da Estrada Nacional 14, que atravessa os concelhos da Maia, Trofa e Famalicão. Pedro Passos Coelho confirmou a queda do projeto da variante – como já tinha sido anunciado pelo NT em abril – por “não haver dinheiro”, ou seja, os 180 milhões de euros, para o executar. “O senhor Secretário de Estado das Infraestruturas irá, muito proximamente, anunciar todas as soluções quer no quadro dos fundos europeus que podem ser utilizados para este tipo de situação, quer no âmbito do plano de proximidade que as Estradas de Portugal irão apresentar. Tenho a certeza que este caso será um dos contemplados, agora vamos ver em que termos”, afirmou quando questionado pelos jornalistas.

Ficou por dizer que soluções estão em cima da mesa: uma alternativa à estrada ou uma intervenção na via, como consta do “Plano Estratégico de Transportes e Infraestruturas 3+” apresentado pelo Governo em abril e que estava orçada em 20 milhões de euros. Recorde-se que, esta última opção, foi rejeitada pelos autarcas dos três concelhos, que a consideraram “insuficiente” para as necessidades da região. Pedro Passos Coelho não deixou de lembrar o passado e as condições financeiras que existiram e que foram canalizadas para “fazer autoestradas que nunca mais acabam, sem que se pensasse neste tipo de estrangulamentos que são muito evidentes numa área fortemente industrializada e que precisava de ter bons acessos”. “A gente vê aí tanta autoestrada que está vazia e não tem utilizadores e depois vê que há áreas como estas que têm uma forte utilização e que são uma parte importante das nossas exportações, onde permanecem os estrangulamentos”, evidenciou. O autarca famalicense, Pau-

lo Cunha, que acompanhava o primeiro-ministro, sabe que as alternativas encontradas para travar o congestionamento da EN14 “não serão” o que a autarquia “sonhava” e também culpa as decisões do passado. “É importante fazer o julgamento da história e julgar aqueles por aquilo que não fizeram e podiam e deviam ter feito”, sentenciou. Por sua vez, o presidente da Câmara da Trofa, Sérgio Humberto, durante a apresentação do balanço do primeiro ano de mandato, que decorreu esta segunda-feira, diz que foi informado de que a alternativa será anunciada brevemente, estando a ser concertada entre “a Secretaria de Estado, as Estradas de Portugal e a CCDR-N (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte)”. Sublinhando que na EN 14 passam “mais de 30 mil veículos, diariamente, vinte por cento dos quais são pesados”, o edil da Trofa foi perentório: “Chama-lhe variante, chama-lhe alternativa, chama-lhe alguma coisa em alemão, chinês ou japonês, o que nós queremos é uma nova travessia sobre o Rio Ave e uma alternativa à estrada nacional”.

Odisseia: viagem cheia de aventuras e peripécias; série de acontecimentos anormais e variados. Adote a definição que quiser e associe-a à história da variante à Estrada Nacional 14. O projeto inicial previa a ligação do lugar de Chiolo (nó do Jumbo), na Maia, à Trofa e Vila Nova de Famalicão (nó da Cruz). Já muita (mesmo muita) tinta o assunto fez correr na comunicação social ao longo da última década, com promessas e garantias, dúvidas e certezas, avanços e recuos. Trata-se de um daqueles temas que poderiam mesmo figurar no livro do Guiness como um dos projetos que mais vezes entrou e saiu da gaveta…sem, no entanto, passar do papel. Na primeira década de governação concelhia na Trofa, o tema da variante ganhou projeção com declarações do então presidente da Câmara Municipal, Bernardino Vasconcelos. Em janeiro de 2007, em entrevista ao NT, o autarca falava dos graves problemas de congestionamento da EN14 e da necessidade de a variante “ser considerada no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) que encerra em 2013”, questão que, na altura, foi reivindicada pela Junta Metropolitana do Porto, facto que dava a Vasconcelos esperança de que o projeto estivesse concluído até ao fim desse quadro comunitário. Só que, nem um ano depois, surge uma das muitas contrariedades: o Ministério do Ambiente emite um parecer de desconformidade ao Estudo de Impacte Ambiental do projeto, já depois de uma alteração, face a um primeiro chumbo, em dezembro de 2006. A Estradas de Portugal (EP) contestou e, eis que, em maio de 2008 é publicado em Diário da República o lançamento do concurso para o estudo prévio da construção da variante. Anúncio feito aos quatro ventos, com pompa e circunstância, quer por autarquias, quer por

Governo, como passo decisivo para a concretização da obra. Foi apresentado um novo projeto, que contemplava uma nova travessia sobre o Rio Ave. São interessantes as declarações de Bernardino Vasconcelos, nessa circunstância: “Temos registado avanços significativos para que, finalmente, esta obra avance”. A propósito, corria o ano de 2008, quando Paulo Portas visitou o concelho da Trofa. Ainda a “lutar” para “ser poder”, o agora vice-primeiro-ministro disse aos militantes do CDS, na inauguração da sede do partido no concelho, que levaria a lista de reivindicações da população para “fazê-la ouvir em Lisboa”. Uma dessas reivindicações foi dita, a viva voz, pelo líder concelhio do CDS, na mesma noite: “A construção das variantes às EN 14 e 104 é urgente”. O calor da campanha eleitoral Já se sabe que, com a campanha eleitoral, os discursos acalorados fazem com que os desejos ganhem proporções de tal maneira consideráveis que se traçam horizontes mais ou menos (ir)reais. Que dizer do anúncio feito por Bernardino Vasconcelos estava o ano de 2009 (de eleições) a começar? Entre mui-


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variante à EN14

tos outros projetos – como o metro aliás – as variantes às estradas nacionais que atravessam o concelho estavam “em bom andamento” e iriam ser “uma realidade” naquele ano. O autarca dizia também, em entrevista ao NT, que o então ministro das Obras Públicas, Mário Lino, “garantiu” que “iria resolver esse

problema depressa e bem”. “Posso transmitir-vos que estas vão ser uma realidade pela forma como vejo trabalhar a EP, como vejo também a trabalhar em consonância connosco o Governo do País”, dizia. O assunto voltou à baila no “clímax” da campanha eleitoral. Disse, na altura, Bernardino Vas-

concelos que, segundo a EP, “o estudo prévio” estava “pronto” e seguiria para “a Agência Portuguesa do Ambiente para depois ser analisada pela sua comissão de análise”. Vieram as eleições, em setembro de 2009, e com elas uma nova governação. A socialista Joana Lima, nova presidente, também quis mostrar serviço e, em janeiro de 2010 anunciava, em exclusivo, que o estudo de impacte ambiental da variante à EN14 estava em discussão pública e o concurso seria lançado até ao final desse ano, por informação do secretário de Estado Paulo Campos, do governo do Partido Socialista. A euforia fez mesmo Joana Lima dizer que a “a variante é uma realidade”. Até uma data para a conclusão foi avançada: final de 2013. Mas, com a salvaguarda: “Se tudo correr como previsto”. O anúncio feito por Joana Lima, de tão exclusivo que foi, até causou mal-estar ao presidente da Câmara de Famalicão, Armindo Costa, que, desagradado por não ter sido tido nem achado no assunto, acusou a autarca de “oportunismo político” num tema que “nem sequer uma palheira mexeu”. Em resposta, Joana Lima puxou dos galões e afirmou que “enquanto autarca,

deputada na Assembleia da República e membro da Comissão de Obras Públicas”, acompanhou “muito de perto todo o processo, tendo inclusive, reunido diversas vezes, com responsáveis da EP e do Governo”. “Variante não vai sair do papel” Depois do entusiasmo, o silêncio. Durou quase um ano e meio e quem o quebrou foi Honório Novo, na altura deputado comunista que, em visita à Trofa resfriou os ânimos e disse que o projeto da variante não ia sair do papel: “Não vai avançar, porque os responsáveis políticos do PS e do PSD habituaram-se a prometer a mesma coisa na Trofa e a fazer o contrário em Lisboa, quer no Governo, quer na Assembleia da República”.

Meteram-se as eleições legislativas – vencidas pela coligação PSD/CDS – e mais um período de quase um ano e meio sem novidades. Mas, em outubro de 2012, os autarcas da Maia, Famalicão e Trofa decidem quebrar o silêncio e apelar para que a obra fosse incluída no Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central de 2013. Chegam mesmo a abdicar do projeto inicial de 200 milhões de euros para outro mais barato e, até, por troços. Do outro lado, em Lisboa, o Governo, como se diz na aldeia, “nem chiu nem miu”. Mais um período sem se abordar o assunto e mais um ato eleitoral nas autarquias. Culpas para aqui, promessas para ali, o assunto volta à atualidade como um dos projetos prementes para a Trofa. Sobre isso, todos os partidos estavam de acordo. O concelho elege um novo executivo, de coligação PSD/ CDS, a mesma do Governo, numa altura em que se encerra um quadro comunitário. Em abril deste ano, a Administração Central apresenta um estudo com as obras prioritárias e com potencial para receber verbas do QREN e sobre a EN14 sugere-se uma “intervenção” de cerca de 20 milhões. Animam-se as hostes, mas logo a União Europeia reage dizendo que não financia nem mais um quilómetro de estradas em Portugal e entre as justificações está a “não criação de emprego que alimenta as famílias no futuro”. Entre “sins e nãos”, a última declaração do primeiro-ministro Passos Coelho, na segunda-feira, em Vila Nova de Famalicão, dá apenas uma certeza: o projeto da variante cai, em detrimento de uma “solução” que ainda não se sabe qual e em que moldes será aplicada.


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Presidente da Câmara assegura que diminuiu Cátia Veloso

“Há um ano, a Trofa estava numa situação complicada, hoje encontra-se numa situação delicada”. A afirmação foi proferida por Sérgio Humberto, presidente da Câmara Municipal, durante a conferência de imprensa em que fez o balanço de um ano de mandato, na terça-feira. Sérgio Humberto anunciou que o município “está a caminho do equilíbrio financeiro” e que, no fim deste ano, vai apresentar um volume de dívida e compromissos de “61 milhões de euros, menos seis milhões que em 2013”. “É uma redução de dez por cento”, disse enquanto explicava que “cerca de 50 milhões” são imputados à Câmara Municipal (que absorveu as contas da empresa municipal TrofaPark) e os outros 11 milhões pertencem à Trofáguas e que “pela primeira vez, em 16 anos de concelho, a dívida começou a ser paga”. Com este resultado, segunpub

do o edil, foi possível convencer a DGAL (Direção Geral das Autarquias Locais) que a Trofa “não está a caminho da rutura financeira” e, por conseguinte, “não vai recorrer ao Fundo de Apoio Municipal (FAM)”. O trabalho para o “equilíbrio financeiro” consistiu na “diminuição das despesas com recursos humanos”, rubrica que Sérgio Humberto diz que vai reduzir “meio milhão de euros” até ao final do ano. Para 2015 a meta é “reduzir mais 200 mil euros” e “não pela via do despedimento, mas pela via da gestão rigorosa”, assegurou. Garantindo que as verbas do Programa de Apoio à Economia Local (PAEL) e Programa de Reequilíbrio Financeiro nada têm a ver com a redução da dívida, Sérgio Humberto elencou outras medidas levadas a cabo pelo executivo como a “renegociação da dívida” - os credores “foram perdoando, essencialmente, juros” –, a “redução das despesas de representação, comunicação, aquisição de bens e serviços e consumo de energia” e “diminui-

Sérgio Humberto disse que a Trofa “está numa situação delicada”

ção das rendas em cerca de um terço”. Outro dado anunciado foi o

prazo médio de pagamento aos fornecedores. Segundo o autarca, “em dezembro de 2012,

era de 492 dias”, no fim de junho deste ano “era de 168” e em dezembro será “de 132”. “Hoje, nós


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dívida e compromissos para 61 milhões pagamos aos fornecedores atempadamente, no máximo, a 30 dias. Em 2010 e 2011, o executivo deixou por pagar sete milhões de euros. Isso já foi liquidado e é esse o trabalho que temos de fazer”, frisou. Sobre o anterior executivo, Sérgio Humberto colocou em causa os resultados obtidos no plano financeiro: “O que adianta a Câmara ter um superavit, mas não transferir dinheiro para as empresas municipais, que aumentaram a dívida em milhões de euros?” Sérgio Humberto anunciou ainda que o executivo vai negociar com a Caixa Geral de Depósitos (CGD) a redução de juros de 6,9 para 3,7 por cento do empréstimo de 13 milhões e 700 mil euros contraído para o Plano de Reequilíbrio Financeiro, com o objetivo de “poupar cerca de 300 mil euros por ano”. “Se a CGD não aceitar, estamos disponíveis a abater rapidamente a este empréstimo para nos vermos livres deste encargo financeiro”, afiançou. O executivo de coligação PSD/CDS anunciou ainda que pretende negociar com a Resinorte uma dívida da Trofáguas de “2,5 milhões de euros”.

“Existiu um acordo de pagamento em 15 anos, em que as primeiras prestações eram de mil euros e as seguintes passariam para 25 mil. Pagou-se as primeiras e algumas de mil euros já não foram pagas. Nessa altura, a taxa de juro é de zero. Hoje, a Resinorte cobra-nos uma taxa de juro de 7,75 por cento. Nós propusemos pagar 2,1 milhões de euros na hora, mas com perdão de dois terços dos juros. Sabemos que a Resinorte não aceitou, porque estava disponível a prolongar o prazo de pagamento, mas nós não queremos isso, queremos resolver o problema”, frisou. Câmara perde ação em tribunal e paga três milhões Sérgio Humberto informou ainda que a autarquia perdeu uma ação em tribunal, que envolve o pagamento de três milhões de euros às empresas “FDO, DST e Amândio Silva e Sousa”. A verba, acrescentou, “entrou para a dívida efetiva da Câmara”. “Continuamos com três milhões e meio em provisões, que achamos que vamos resolver nos próximos tempos, nomeadamente, uma dívida que temos à

SUMA de três milhões e que estamos em negociações”, asseverou. Educação, Ação Social e apoio às empresas Sobre a ação do executivo no primeiro ano de mandato, o edil destacou também “o acordo que existiu entre a Savinor, Câmara, Águas do Noroeste, Trofáguas, Agência Portuguesa do Ambiente” para a erradicação dos maus cheiros decorrentes da atividade da empresa e que afetam parte da população do concelho. No plano educacional, “nunca um executivo teve um tratamento tão próximo” com os intervenientes, sublinhou, referindo-se aos concursos para as Atividades de Enriquecimento Curricular e a atribuição dos manuais escolares, que ficaram sob a alçada dos agrupamentos escolares. Na Ação Social, disse Sérgio Humberto, “triplicaram os cabazes aos mais desfavorecidos”, enquanto no apoio ao tecido empresarial “a Via Azul Simplifica estreitou os laços da Câmara com as empresas”.

Equilíbriofinanceiro “vaicontinuar” O trabalho com vista ao equilíbrio financeiro “vai continuar” no próximo ano, anunciou Sérgio Humberto, que elencou também a “aposta na educação, economia local, ação social e rede viária”. Sobre a última, o autarca afirmou que o executivo “não tem dinheiro” para requalificar algumas estradas e, por isso, “está a remendar”. Já no que respeita aos projetos anunciados como prioritários em campanha eleitoral, como a nova travessia sobre o Ave e a rotunda no cruzamento da Carriça, o presidente da Câmara referiu que “são para ser concretizados daqui a dois, três, quatro, cinco anos”. “Na rotunda da Carriça já foram desenvolvidos contactos com o proprietário dos terrenos”, evidenciou. Sobre a chegada do Metro até ao Muro, Sérgio Humberto “não” sabe para quando. “Há uma pessoa na Trofa que faz parte do Conselho de Administração da Metro e estou à espera que ela dê algumas novidades. Paralelamente a isso, tenho conversado com o presidente. Eu não prometi, aquilo que eu disse foi que eu ia lutar de uma forma acérrima para a vinda do metro até à Trofa”, frisou.

Trofa vai ter CasadoConhecimento O acordo foi feito com a Universidade do Minho e estará para breve a oficialização da Casa do Conhecimento, que terá dois polos na Trofa: a Casa da Cultura e o Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro. Esta valência permitirá “fazer formação, pósgraduações e, possivelmente, mestrados”, disse Sérgio Humberto. No concelho, também está prevista a instalação de “espaços do cidadão”.

PS faz balanço do primeiro ano de mandato do executivo “A ausência de uma estratégia para o concelho, a falta de capacidade interventiva e o desinvestimento na Educação, Ação Social e Cultura são notas dominantes deste primeiro ano de mandato”. É desta forma que Marco Ferreira, presidente da Comissão Política Concelhia (CPC) do Partido Socialista (PS), começa por fazer o balanço do primeiro ano de mandato do executivo PSD/CDS-PP na Câmara Municipal da Trofa. Num comunicado enviado à comunicação social, Marco Ferreira afirmou que “este executivo mostra um enorme vazio estratégico e uma total incapacidade para gerir os destinos da autarquia”, que é “personalizada pela falta de preparação e aptidão do presidente da Câmara Municipal (Sérgio Humberto) para lidar com

alguns dos mais importantes domínios de governação”. Para o presidente da concelhia “é preocupante esta ausência de estratégia” num momento em que a autarquia tem “melhores condições financeiras do que em momentos passados”, graças à “eficaz gestão financeira do anterior executivo do PS” que possibilite “a existência de uma folga orçamental que o atual executivo não tem sabido gerir”. Marco Ferreira disse ainda que o executivo “demitiu-se de privilegiar a educação das crianças e jovens”, anulando “a entrega gratuita dos manuais escolares a todos os alunos do primeiro ciclo” e, de “uma forma miserável”, colocou “os pais a pintar escolas, quando devia ser a Câmara a cuidar desses espaços”. “Os ajustes diretos que têm

sido feitos” preocupam o PS, que vai estar “muito atento perante esta súbita mudança de comportamento na gestão da Câmara”, devido “às dúvidas e falta de transparência nos processos”. O presidente atacou que a “oposição tem muito menos acesso à informação da Câmara e as respostas por parte do executivo municipal são escassas e insuficientes”, acrescentando que a “postura nas reuniões de Câmara e nas Assembleias Municipais” são de “conflito”, existindo “episódios grotescos no tratamento da oposição”. Além disso, assegura ser “espantoso que um presidente de Câmara se permita viver num clima permanente de campanha eleitoral”, existindo “promessas repetidas que não passam disso mesmo”. “Todos nos lembramos da empresa têx-

til que se instalaria na Trofa até ao verão e que recolhia currículos na própria Câmara, ou das estradas nacionais que seriam inteiramente requalificadas ainda no primeiro semestre de 2014. Do preço da água que iria baixar, e que afinal será aumentado nos próximos anos”, enumerou. Marco Ferreira defende “a mudança de discurso do atual presidente”, pois “é preciso que a Câmara Municipal passe da intriga política para a construção de uma estratégia sólida para o concelho”. “É impossível governar sem que haja uma estratégia clara para o concelho. O PS defende uma estratégia que passe pelo pagamento das dívidas da Câmara, principalmente aos pequenos e médios fornecedores, através de uma gestão rigorosa que diminua os gastos naquilo

que não é essencial. Mas esta estratégia tem de ser baseada em dois pilares fundamentais: Educação e Ação Social”, elencou. Com o “IMI a disparar em 2015”, o PS defende “formas de compensação das famílias num concelho fustigado pelos impostos” e quer “um município mais atento à inovação, à possibilidade de clusterização e ao apoio a startups”.


10 Dia de Todos os Santos

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24 de outubro de 2014

O culto de honrar os santos e fiéis defuntos Mês das Almas. É assim que novembro é conhecido na tradição católica, por estar relacionado com duas celebrações no início do mês: A celebração de Todos os Santos (um de novembro) e o Dia dos Fiéis Defuntos (dois de novembro). O Dia de Todos os Santos é um fenómeno internacional, para relembrar os fiéis que já partiram, conhecidos ou desconhecidos. A homenagem, acontece um pouco por todo o mundo, de formas diferentes. Segundo a Enciclopédia Ca-

tólica, o Dia de Todos os Santos destina-se a prestar “honra a todos os santos”. No século dois, começou a ser praticado por cristãos qua achavam que os seus mortos que tinham sido martirizados tinham ido para o céu, junto de Jesus Cristo. Oficialmente, a festa de Todos os Santos começou a ser celebrada no ano 610, com o Papa Bonifácio VI. Na altura, a celebração começou a dia 13 de maio e, mais tarde, o Papa Gregório III mudou o dia da celebração para um de novembro, véspera do Dia de Todos os Fiéis falecidos. pub

Comemorado no dia dois de novembro, o Dia dos Fiéis Defuntos é sobretudo destinado a dedicar as orações aos falecidos, especialmente aos entes queridos, que passam pelas chamas purgativas à espera da passagem da Igreja padecente (purgatório) para a Igreja Triunfante (Céu). Por essa razão, neste dia é celebrado não só a memória dos que partiram, como também

a vida eterna e ressurreição dos mortos. Apesar de o costume de rezar pelos mortos já vir desde o primeiro século, só a partir do século IV é que a Igreja oficializou a memória dos mortos na celebração da Santa Missa. Já no seguinte século, a igreja incluiu também o Dia dos Fiéis Defuntos. Foi o beneditino Santo Odi-

lon, abade do mosteiro de Cluny, localizado em Borgonha (França), quem inseriu nos monges o exercício de rezar todos os mortos, visto que havia também um dia em que se celebrava todos os santos. Só no século XII é que o dia dos Finados (dois de novembro) foi oficialmente estabelecido pela Igreja. Segundo a Igreja Católica, a Solenidade de Todos os Santos


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e a Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos é a celebração da “comunhão entre a Igreja do céu e a da terra” e, assim sendo, “de modo nenhum se interrompe a união dos que ainda caminham sobre a terra com os irmãos que adormeceram na paz de Cristo: mas antes, segundo a constante fé da Igreja, essa união é reforçada pela comunicação dos bens espirituais” (cf. nº 955 do CIC). Desta comunhão de bens espirituais beneficia também da intercessão dos santos: “Os bemaventurados, estando mais intimamente unidos com Cristo, consolidam mais firmemente a Igreja na santidade (…). Eles não cessam de interceder a nosso favor, diante de Deus, apresentando os méritos que na terra alcançaram, graças ao único Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, Nosso Senhor. A nossa fraqueza é assim grandemente ajudada pela sua solicitude fraterna (…). Assim também a comunhão com os santos nos une

a Cristo, de quem procedem, como de fonte e Cabeça, toda a graça e a própria vida do povo de Deus” (cf. nº 956-957 do CIC). Apesar destes dois dias se tratarem de comemorações distintas, em Portugal as pessoas aproveitam o Dia de Todos os Santos para visitarem os cemitérios e honrarem os entes queridos ao mesmo tempo que, festejam o Dia dos Fiéis Defuntos. Os rituais de enfeitar e limpar as campas repetem-se ao longo do dia, transportando consigo um “misto de saudade e esperança”, de familiares e amigos que já cá não estão. Este ano, nas paróquias em geral, e na Trofa, em particular, as celebrações do Dia de Fiéis Defuntos serão realizadas no seu próprio dia. Recorde-se que, depois do acordo entre o Governo e a Santa Sé, o Dia de Todos os Santos deixou de ser feriado em Portugal.

Oferecer flores

Além da vertente espiritual, as vendas de velas, flores e santos disparam nestas duas celebrações. No caso das flores, é uma das ofertas mais comuns e apreciadas, uma forma

elegante de agradecer ou homenagear alguém, neste caso, os que já cá não estão. Além disso, salvo raras exceções, oferecer flores é um gesto muito bem aceite na nossa sociedade. Dependendo a quem se destinam, é importante escolher o tipo de flores e a cor de acordo com a pessoa a que quer prestar homenagem. Por exemplo, a camélia branca significa beleza perfeita; a acácia, elegância; a espiga, crescimento e fertilidade; o jasmim, amabilidade; o lírio, majestade; a magnólia, simpatia; a margarida branca, inocência; a orquídea, beleza e perfeição. As rosas são uma das flores mais usuais. As brancas significam pureza e paz e as cor de rosa agradecimento e afeto. Já as vermelhas estão associadas ao amor e à paixão.

Jazigos e campas Também muitos emigrantes se deslocam a Portugal no Dia de Todos os Santos e Dia dos Finados para visitarem as campas dos familiares, nesta altura. Apesar de viverem fora, muitos asseguram querer ser enterrados no país onde nasceram. Além dos emigrantes, a preocupação do local e do jazigo onde vão ser enterrados é frequente na população. Muitos antecipam-se e compram jazigos, escolhem campas, e há até quem faça contratos de funerais em vida para, na hora da despedida, não sobrecarregarem os familiares. Para todas essas questões delicadas, as agências funerárias e as empresas especializadas na arte funerária são hoje indispensáveis. Apesar de ser um assunto que não agrada a todos, o que é certo é que, antes ou depois da morte, as pessoas veem-se obrigadas a escolher modelos de campas, seja em mármore, granito ou outros e acessórios diversos para manter a memória dos que vão.

Necrologia Santiago de Bougado Gonçalo Teixeira da Costa Faleceu no dia 16 de outubro, com 67 anos Casado com Laura Correia Covelinhas. Funerais realizados por Agência Funerária Trofense, Lda. Gerência de João Silva

Dia de Todos os Santos 11

Horários das celebrações do Dia de Todos os Santos (1 de novembro) e Dia dos Fiéis Defuntos (2 de novembro) Paróquia de S. Martinho de Bougado Sábado (1 de novembro) 08.30 horas – Missa na Igreja Matriz 16.30 horas – Missa na Igreja Nova 19 horas – Missa na Igreja Nova Domingo (2 de novembro) 08.30 horas – Missa na Igreja Matriz 10 horas – Missa na Capela de Mosteiró 11 horas – Missa na Igreja Nova 16 horas – Missa no cemitério Paróquia de Santiago de Bougado Sábado (1 de novembro) 16.30 horas – Igreja Matriz 20 horas – Missa na Igreja Matriz e procissão ao cemitério Domingo (2 de novembro) 8 horas - Capela da Srª do Desterro 9.30 horas - Capela da Srª da Livração 12 horas - Igreja Matriz 16 horas - Cemitério 17.30 horas - Capela de Srª da Alegria e S. Gens (não há eucaristia)

Paróquia do Muro Domingo (2 de novembro) 17 horas – Missa na Igreja do Muro e romagem ao cemitério Paróquia de S. Romão do Coronado Domingo (2 de novembro) 9 horas – Missa na Capela de S. Bartolomeu e romagem ao cemitério 11 horas – Celebração da palavra no cemitério de S. Romão (não se celebra missa pelo facto de a igreja estar em obras de restauro dos altares) Paróquia de S. Mamede do Coronado Domingo (2 de novembro) 15 horas – Missa na Igreja de S. Mamede e romagem ao cemitério Paróquias de Guidões, Alvarelhos e Covelas Até ao fecho da edição, as eucaristias não estavam calendarizadas


12 Atualidade

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24 de outubro de 2014

Escrever certo por linhas tortas

Desfolhada para não deixar cair tradição Cátia Veloso

A ACRABE promoveu uma desfolhada, na noite de sábado, 18 de outubro. A chuva e o vento de sábado de manhã colocaram em causa a realização da desfolhada programada pela Associação Cultural e Recreativa da Abelheira (ACRABE), mas as tréguas de S. Pedro deram ânimo aos responsáveis da direção da coletividade, que puseram mãos

à obra e foram para o campo cegar o milho e amontoá-lo ao lado da sede para o convívio. À noite, dezenas de pessoas juntaram-se à volta do milho para a desfolhada, ao som de concertinas, que brindaram os participantes com músicas populares. À parte, crianças corriam de um lado para o outro, num ambiente que fez esquecer os divertimentos tecnológicos de atualmente. Com a realização da desfolhada, a direção comandada por

Carlos Silva quer “manter a tradição” e promover o convívio entre as pessoas da aldeia. No fim, houve lanche para os participantes, sempre regado com uma caneca de vinho. Fogueira de S. Martinho a 15 de novembro A ACRABE já está a pensar na próxima atividade: o S. Martinho vai ser comemorado a 15 de novembro, com a habitual fogueira, onde serão servidas castanhas e vinho.

Meninos Cantores atuam com coro inglês Warwickshire Choristers é o nome do coro inglês que os Meninos Cantores do Município da Trofa acolhem este sábado, 25 de outubro. Num espetáculo partilhado, os dois coros vão poder mostrar algum do seu reportório, na Igre-

ja Matriz de Santiago de Bougado, às 21 horas. O coro inglês é composto por rapazes, dos oito aos 14 anos, e tem a direção de Garry Jones, contando já com um “vasto reportório”. Temas como “Morning Hymn

The Sound of Music, In memorian, Les Choristes – Bruno Coulais; Ipsa Te Cogat, Orlando di Lasso; Ave-maria, Josquin des Prez, fazem parte do programa, dos Warwickshire Choristers.

Noite de Halloween A Associação Recreativa de S. Pedro da Maganha, em Santiago de Bougado, promove no dia 31 de outubro uma festa de Halloween. As atividades iniciam às 19 horas com “uma degustação de

comida com sangue (cabidela)” e haverá também espaço para a tradicional queimada. O custo da entrada é de 10 “vassouras” (euros) e reverte a favor das obras da sede da associ-

ação. Os participantes devem ir fantasiados e inscrever-se até às 12 horas do dia 30 de outubro na tasquinha da associação ou pelos contactos: 919539454/ 918372235.

A expressão já é velha, mas está sempre a rejuvenescer! Portugal, de forma abstrata, e os portugueses, de forma concreta, estão a sofrer na pele as dificuldades que causam sofrimento e até mesmo angústia e a culpa de quem é? Do povo não é certamente, pois a História relembra-nos fases e factos que isenta sempre esta classe de qualquer tipo de culpa, até vinga unanimemente a expressão “que o povo é sempre soberano”. Assim, se a culpa não é do povo, que representa a maioria, então de quem é? Impõe-se que vá direto ao assunto prescindindo de rodeios: Claro que é de quem “saca” a legitimidade ao povo e se faz governo, utilizando um “chico espertismo saloio” que o faz tomar decisões certas por linhas tortas... O mundo debate-se com problemas ambientais, cada vez mais visíveis, e que começam a dar sinais de hipoteca do futuro da Humanidade (e o caso não está para brincadeiras), esta semana uma vaga de calor fora de tempo (30 graus num final de outubro!), depois de um verão frio e chuvoso, o que nos faz sentir com realidade as alterações climáticas. Extensas zonas do globo já estão carenciadas de água potável (facto que já acontece na Trofa). Agudizam-se os problemas higieno-sanitários em torno das cada vez maiores cidades, com extensos aglomerados populacionais, em perfeito contrassenso colonizador de séculos passados. Pelo respeito que merece o meu planeta e com a contribuição séria que os Portugueses podem e devem dar para a sua preservação, foi de forma incrédula que fiquei ao ouvir a explanação de uma das propostas para o Orçamento de Estado de 2015. O governo lança a Fiscalidade Verde, colocando um dos supra sumos da inteligência, na circunstância o Sr. Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Jorge Moreira da Silva (especialista internacional em alterações climáticas), a falar para o povo, julgando ele, que este ainda tem níveis de percepção da realidade do pré 25 de abril de 1974. Se não vejamos, o discurso do Sr. Dr., referiu-se a três novas medidas com vista à reforma da Fiscalidade Verde: 1ª nova taxa sobre o carbono, ou seja, os combustíveis (apenas o gasóleo e a gasolina, ficando de fora o combustível utilizado nos aviões! Porquê?) vão subir mais 0,01 cêntimo/litro, permitindo um aumento da receita em mais 95 milhões de euros; 2ª revisão da TGR (Taxa Gestão Resíduos) com um encaixe de receita de 25 milhões de euros; 3ª outra nova taxa de 0,10 cêntimos por cada saco plástico leve, ou seja, aqueles que as pessoas utilizam maioritariamente nos supermercados (ficam de fora todos os outros plásticos! Porquê?), e que no seu total sacarão ao povo mais 40 milhões de euros. Vamos à soma: 95 + 25 + 40 = 160 milhões de euros, que não resultam da preocupação ambiental do ministro que tutela o ambiente (o que torna a meu ver o caso grave), pois se assim fosse teria sido mais abrangente atingindo os “lobbys”. No seu discurso acrescentou ainda uma pitada de cinismo “o objetivo não é as pessoas pagarem o imposto, é reduzirem o consumo destes produtos”. Heróico mas falso, e com falta de cultura ministerial (pois devia defender o seu, que o ambiente bem precisa) rende-se à cultura numérica para “cobrar” e, para pagar a medida emblemática do Orçamento proposto: redução de 150 milhões de euros no IRS pago pelas famílias de baixos rendimentos. Chama-se a isto escrever certo por linhas tortas… Estou mesmo convencido que com este tipo de gente, o Sr. Ministro influenciou de forma direta o resultado da Taça de Portugal entre o Sporting e o F.C. Porto, pois com o nome “Fiscalidade Verde” os jogadores do Sporting pensaram que era um novo imposto para pagar o prémio do jogo!


Solidariedade13

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24 de outubro de 2014

Caixa de Sorrisos vai apoiar mil pessoas Para chegar às “mil pessoas” sinalizadas para este apoio, a delegação da Trofa procurou saber “junto dos organismos mais próximos da população quem eram as pessoas com mais carência e com mais necessidade”. Satisfeita com a “vitória deste projeto”, uma vez que, este ano, o apoio do FAC manifestouse “muito reduzido”, Daniela Esteves contou que “a candidatura de 2014 já seguiu”, estando “na expectativa” de “conseguir novamente algo do género”.

Patrícia Pereira

Delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa começou, esta segunda-feira, dia 20 de outubro, a implementar projeto vencedor da Missão Sorriso 2013. “Economize, divirta-se e sorria na cozinha”! Este é o título do livro de receitas que vai acompanhar o cabaz alimentar que a delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa vai entregar a “mil pessoas” do concelho da Trofa, no âmbito do projeto “Caixa de Sorrisos”, um dos vencedores da Missão Sorriso 2013. O projeto tem como objetivos o combate à pobreza e a melhoria da dieta alimentar dos agregados sinalizados. Nesse sentido, o projeto começou na segunda-feira com uma formação sobre confeção de receitas saudáveis e de poupança, ministradas pela delegação em parceria com o enfermeiro Paulo Martins. A segunda fase passa pela distribuição dos cabazes, que será constituído por “18 bens alimentares por pessoa”, contendo, entre outros, alimentos como água, azeite, arroz, óleo, salsichas, atum e leite.

Delegação da Trofa participa no peditório Missão Sorriso

Mil pessoas serão contempladas com 18 bens alimentares

Celestina Teixeira, uma das utentes que participou na formação, afirmou que é “sempre louvável” a dinamização destas ações, pois, “por muito que a gente pense que sabe tudo”, há “sempre que aprender” e “estas pequenas dicas” vão ajudar “a poupar mais um bocadinho”. Celestina lamentou que haja pessoas que procurem ajuda, mas que “quando querem ajudar e dar alguma coisa”, estas “não aparecem”. Já Paulo Martins sentia-se “lisonjeado” por ter sido convidado a “fazer um livro de receitas”, que tem ainda “alguns conse-

lhos” para “modificar aos poucos os seus hábitos de vida saudáveis”. “Às vezes, em vez de ter um prato cheio de massa com arroz e batatas, diminuir a esses hidratos de carbono e colocar só massa, só arroz ou só batatas. Devemos ter uma alimentação mais regrada e não muito excessiva”, explicou. O livro é constituído pela apresentação da roda dos alimentos, “alguns conselhos saudáveis” e “quatro receitas de sopas - fáceis de fazer mesmo para quem não sabe cozinhar” -, quatro receitas de arroz, de massa e de batata, em que “todas têm

Cruz Vermelha recebe cabaz de alimentos No âmbito da comemoração do Dia Mundial da Alimentação, as Clínicas Persona uniram-se à delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) num “gesto de solidariedade”, através da recolha de alimentos. Os alimentos doados à delegação da Trofa da CVP foram angariados na Clínica Persona da Maia, nos dias 7 e 17 de outubro. A forma “entusiasmada”, “dedicada”, “empenhada” e, ao mesmo tempo, “preocupada com o trabalho junto das pessoas que sofrem de algumas carências a nível alimentar” foram os principais motivos que levaram a empresa a doar esta recolha. Foram muito os clientes e parceiros da Clínica Persona que fizeram desta causa “um sucesso”. No total, foram recolhidos 254 quilos de alimentos que, foram entregues à Cruz Vermelha de diferentes delegações. “A nossa escolha não poderia ser mais correta, pois acreditamos que os alimen-

tos doados à Cruz Vermelha - delegação da Trofa, serão oferecidos a quem realmente necessita, ou seja, pessoas carenciadas”, afirma fonte da direção da Clínica Persona. É já habitual, a empresa realizar ações de cariz social e humanitário a fim de “apoiar associações que necessitam de ajuda para continuarem a auxiliar todas as pessoas que as procuram”. A iniciativa será “para repetir”. Daniela Esteves “agradece” e “congratula” o gesto, esperando que se “multiplique” e “contagie” outras empresas porque toda a ajuda é “bem-vinda”. “Pequenos gestos, que poderão parecer insignificantes à primeira vista, para a delegação da Trofa da CVP são sempre razão para sorrir, porque a criação de sinergias e pontes permitem ultrapassar barreiras e ajudar quem nos procura diariamente. Sentimos que este apoio é o reconhecimento pelo trabalho diário que realizamos para as pessoas do concelho da Trofa”, concluiu a presidente.

dois pratos de peixe e dois de carne, para a pessoa saber controlar e alternar melhor os pratos tanto ao almoço, como ao jantar”. “Dentro das receitas tem a quantidade necessária para cada pessoa, que chega, perfeitamente, se consumirmos inicialmente a sopa e se consumirmos depois aquela refeição certinha”, referiu. Para a presidente da delegação da Trofa da CVP, Daniela Esteves, foi “fundamental” incluir a formação no projeto, para que as pessoas percebam o que “é mesmo essencial” e saibam “gerir o orçamento familiar”.

A delegação da Trofa da CVP vai estar na loja Continente da Trofa para a “recolha de alimentos em prol de quem mais necessita”. A delegação pede o contributo “especialmente com leite, enlatados, cereais e massa”. A entrega dos alimentos pode ser feita entre as 9 e as 22 horas desta sexta-feira a domingo, 24 a 26 de outubro. “A sua ajuda nesta campanha de solidariedade é importante, porque com um pequeno gesto poderemos fazer toda a diferença para quem nos procura diariamente”, concluiu.


14 Atualidade

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Resinorte comemora 5.º aniversário

Resinorte trata os resíduos da Trofa, Santo Tirso e Famalicão

“Cinco anos de mão dada com o ambiente”. A Resinorte comemorou, na segunda-feira, dia 20 de outubro, o seu 5.º aniversário. Criada em 2009, a empresa “tratou e valorizou 1,9 milhões de toneladas de resíduos produzidos por aproximadamente um milhão de habitantes, o equivalente a cerca de 10 por cento da população portuguesa”. “Do total de resíduos tratados, 90 por cento são provenientes da recolha indiferenciada e apenas 10 por cento provenientes da recolha seletiva, que é também

efetuada pela Resinorte”, avançou a empresa em comunicado enviado à comunicação social. No documento, pode ainda ler-se que a “atividade de tratamento e valorização de resíduos, efetuada pela Resinorte, tem sido determinante na melhoria do ambiente no Norte Central, ao mesmo tempo que tem dado um significativo contributo à economia local”. Atualmente, a Resinorte dá emprego “a cerca de 250 trabalhadores, contribuindo assim ativamente para a empregabilidade e desenvolvimento sustentável da região”. A Resinorte, em

articulação com os Municípios, tem estado também particularmente “empenhada na formação e sensibilização da população por si servida, desenvolvendo diversas ações de formação, em especial junto dos jovens, neste caso também em pareceria com as escolas da região”. Apesar de ser “uma jovem empresa”, a Resinorte beneficia da “experiência herdada das empresas de cuja fusão resultou – REBAT, RESAT e RESIDOURO e sistemas multimunicipais que integrou - Associação de Municípios do Vale do Ave e Associação de Municípios do Vale do Douro Norte”. A Resinorte é a entidade responsável pela exploração e gestão do Sistema Multimunicipal de Triagem, Recolha, Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos do Norte Central, e encontra-se estruturada em quatro Unidades de Produção: Unidade de Produção de Boticas, Unidade de Produção de Celorico de Basto, Unidade de Produção de Lamego e Unidade de Produção de Riba de Ave, tratando os resíduos provenientes dos municípios da Trofa, Santo Tirso, Vila Nova de Famalicão, entre outros.

Liga Portuguesa organiza peditório nacional Patrícia Pereira

A Liga Portuguesa Contra o Cancro vai realizar o seu peditório nacional entre os dias 31 de outubro e 3 de novembro. “Contra o cancro, todos contam. Contamos consigo. Faça o seu donativo”. A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) está a organizar em “diversas áreas geográficas do país, de acordo com as orientações dos Núcleos Regionais da LPCC”, o peditório nacional, que “é uma das mais importantes ações de angariação de fundos”, uma vez que permite “dar continuidade aos diversos projetos que tem vindo a desenvolver e promover a luta contra o cancro”. A partir da próxima sexta-fei-

ra, 31 de outubro, “mais de 30 mil voluntários” vão estar pelas ruas, identificados com “um colete da instituição e com o cofre”. “Os voluntários estarão em locais distintos, como centros comerciais, igrejas, cemitérios, supermercados e principais ruas das cidades”, avançou fonte da Liga. O presidente da LPCC, Francisco Cavaleiro de Ferreira, frisou que o peditório “não é apenas uma recolha de fundos essencial para a atividade, mas também uma manifestação do envolvimento das pessoas nesta causa e da capacidade do povo português para dar e ajudar os outros”. O valor angariado destina-se “a financiar diversos projetos como o apoio ao doente oncológico e familiares, a Promoção da Educação para Saú-

de do público, o Programa Nacional de Rastreio do Cancro da Mama da LPCC, Cuidados Paliativos e/ou domiciliários, Apoio Psico-emocional, Investigação Científica e Formação de Profissionais de Saúde”. Com o intuito de alertar a população para a importância de contribuir para esta causa, a LPCC está a promover uma campanha que tem como mote “Contra o Cancro Todos Contam” conta com a participação e apoio de algumas caras conhecidas do grande público, como Mariza, Paulo Pires, Pauleta, Telma Monteiro e Ana Sofia Martins. Para mais informações, pode consultar o sítio oficial da Liga (www.ligacontracancro.pt) ou a página oficial do Facebook (www.facebook.com/ ligacontracancro).

24 de outubro de 2014

Contradições Orçamentais É interessante verificar que, no Orçamento de Estado para 2015 (OE15), o ministério mais fustigado pelos cortes seja o da Educação, que regista uma considerável redução de 11,3% face a 2014 (menos 704 milhões de euros), ao passo que o ministério que regista o maior aumento de verbas disponíveis seja o da Defesa, cujo orçamento aumenta em cerca de 39 milhões de euros. A questão da Educação é particularmente grave e contraditória: apesar dos inúmeros problemas com que o ministério se depara, a que se juntam os recentes casos de manifesta incompetência e, citando Nuno Crato, “experimentalismo” que levaram ao caos no processo de colocação dos professores, entre outros constrangimentos que marcaram o início do corrente ano lectivo, o Governo prepara-se também para aumentar as transferências para o ensino privado, ou seja, parte do bolo orçamental que o público irá perder acabará nas mãos de instituições privadas às quais nem qualquer aluno tem acesso, apesar dos vários milhões que todos os anos recebem do Estado, provenientes do erário público que a todos pertence. Paralelamente, e apesar do anúncio ficcional do Governo relativamente à redução da despesa, uma leitura do OE15 demonstra claramente que os consumos intermédios dos ministérios continuam a aumentar. A gravidade desta questão é tal que o próprio porta-voz não oficial do Governo, Marques Mendes, afirmou, no seu espaço de opinião na SIC, que “os consumos intermédios, as gorduras do Estado, aumentam mais 3%”, rematando com um esclarecedor “Os ministérios, de um modo geral, estão satisfeitos, gostam sempre de ter mais dinheiro para gastar”. Convém clarificar que foi a estes mesmos consumos intermédios (as famosas “gorduras”) que as tropas de Passos Coelho apontaram baterias no passado de oposição ao anterior Governo e que, entre outras rúbricas, dizem respeito a gastos com estudos, pareceres, consultadoria/assessoria ou telecomunicações. Custos que alimentam clientelas, algumas delas representadas na bancada da maioria no Parlamento. Tenham este dado em consideração da próxima vez que ouvirem falar em “reforma do Estado”, essa miragem que continua a assentar essencialmente no aumento de impostos às famílias e nos cortes em salários, pensões e prestações sociais. No passado dia 18 de Outubro, o jornalista Luís Pedro Nunes fez uma referência interessante às acusações de eleitoralismo que pendem sobre o OE15, afirmando que “o único eleitoralismo que me parece que este orçamento tem é dizer que não é eleitoralista, sendo que por isso é eleitoralista”. De facto, e à parte do conveniente mas residual aumento do salário mínimo, expectável e habitual em orçamentos pré-eleitorais, este orçamento não é eleitoralista. É um orçamento que agrava a pressão fiscal sobre os contribuintes, prejudicando ainda mais o consumo e a receita tributária, que corta severamente em áreas fundamentais como a Educação, Justiça ou a Agricultura, que diminui as prestações sociais e que, paradoxalmente, permite que as “gorduras” se continuem a acumular num Estado obeso para as clientelas e cada vez mais anémico para responder às necessidades reais dos portugueses. Um orçamento fiel a uma agenda ideológica de esvaziamento das funções do Estado que reduz o sector público à indigência, reforça a posição do capital e que, citando críticas de Passos Coelho ao Governo Sócrates em 2011, se esforça por “alienar participações como quem vende os anéis para ir buscar dinheiro”. Contradições que fazem pensar, não acham?


Região 15

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24 de outubro de 2014

Passos Coelho inaugura Espaço Famalicão Made IN Patrícia Pereira

Na inauguração do Espaço Famalicão Made IN, o primeiro-ministro afirmou que o concelho está na dianteira da competitividade. “Sabemos que estamos num dos concelhos com maior dinamismo económico do país o que significa que o propósito que a Câmara Municipal assume com a criação do Gabinete do Empreendedor só pode ser muito ambicioso”. O primeiro-ministro. Pedro Passos Coelho, esteve, esta segunda-feira, em Vila Nova de Famalicão, a inaugurar um novo espaço de apoio ao investimento – o Famalicão Made IN – e deixou grandes elogios à veia empreendedora do concelho. O primeiro-ministro apontou Famalicão como um exemplo para o país. “É muito importante que os que estão na dianteira da competitividade, como é o caso de Vila Nova de Famalicão, sejam um exemplo. Famalicão é um duplo exemplo porque tem conseguido um nível de competitividade e industrialização muito elevado e isso deve motivar

Pedro Passos Coelho elogiou dinamismo económico de Famalicão

muitos outros concelhos. Mas também porque partindo dessa posição não se acomoda e percebe que o futuro se está a inventar e a construir a cada minuto que passa”, denotou. No dia em que completou um

ano de mandato à frente dos destinos do município, o presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, fez um “balanço positivo” do trabalho feito à frente dos destinos do concelho, considerando o espaço Famalicão Made In

“uma valência fundamental para o desenvolvimento coletivo do município” e uma marca do concelho. “Queremos criar condições para que o nosso território seja um território atrativo. Temos que fazer marketing territorial,

porque hoje há competição saudável entre concelhos e esta competição é útil para o próprio país, e isso vai criar dinâmicas e estímulos que permite aos mais arrojados e competentes serem melhor sucedidos”, justificou. O presidente da Câmara Municipal aproveitou a presença do primeiro-ministro para indicar que “vivemos numa das regiões mais pobres do país”, e, nesse sentido, “esta região precisa de investimento público reprodutor, gerador de melhores condições”. Antes da inauguração do espaço, Pedro Passos Coelho e Paulo Cunha visitaram as instalações da empresa Salsa e conheceram a nova coleção, que está a ser ultimada. O responsável da empresa, Filipe Vila Nova, pediu ao primeiro-ministro para descerrar uma placa alusiva aos 20 anos da empresa, reconhecida pelos jeans inovadores, como é o caso da Push-Up (Wonder), da Push-In (Secret), da Hope/Maternity, da Sculpture, da Shape-Up e, mais recentemente, ER-GO, o fit 3D ergonómico para homem, e Mistery, os jeans que criam curvas.

Festival Novo Jornalismo arranca esta sexta-feira Promovido pela Câmara Municipal de Santo Tirso, a primeira edição do Festival Novo Jornalismo arranca esta sexta-feira (24 de outubro), na Fábrica de Santo Thyrso, e

vai debater os temas sobre o futuro dos media, os riscos da não ficção, a ética e a revolução digital. “Acredito que esta é uma

Grupo Danças e Cantares de Santiago de Bougado Convocatória António Fernando da Silva Moreira, na qualidade de Presidente da Assembleia Geral do Grupo Danças e Cantares de Santiago de Bougado, convoca todos os sócios do Grupo para a Assembleia Geral Extraordinária, que terá lugar no dia 8 de Novembro de 2014, com início pelas 21 horas, na sua sede, sita na Rua do Parque Desportivo, tendo como ponto único: - Eleição dos Corpos Sociais para o biénio 2015/2016 Bougado, 20 de Outubro de 2014 O Presidente da Assembleia Geral António Fernando da Silva Moreira Nota: As listas candidatas deverão ser entregues ao Presidente da Assembleia Geral até às vinte e uma horas, do mesmo dia.

oportunidade de Santo Tirso entrar na ronda dos grandes eventos culturais nacionais e internacionais, fazendo do Município um local de paragem obrigatória para os fãs da não ficção”, destaca o presidente da autarquia, Joaquim Couto, fundamentando que, no campo cultural, “uma Câmara Municipal não se deve divorciar do seu papel orientado e promotor de ações de interesse garantido para a comunidade”. A sessão de abertura será feita pelo presidente da Câmara Municipal, Joaquim Couto, às 21.30 horas desta sexta-feira (dia 24), seguindo-se a intervenção do jornalista Joaquim Furtado, figura “incontornável” do jornalismo português. Profissional de rádio e televisão, Joaquim Furtado foi diretor-coordenador das áreas de Informação e Programação da RTP e é autor da série documental A Guerra, sobre a guerra colonial portuguesa. Já no dia seguinte, às 14.30 horas, Joaquim Vieira, Miguel Pi-

nheiro e Rui Ramos discutirão a questão das “biografias não autorizadas”. Mais tarde, às 15.45 horas, Carlos Magno, Francisco José Viegas e Paulo Moura debaterão o tema “ética e deontologia na não-ficção”. David Dinis, Gustavo Sampaio e Ricardo Rodrigues tomam conta da questão “Internet – um passaporte para a desinformação?”, às 17 horas. Às 18h15 falar-se-á sobre o livro “A casa do grande jornalismo”, com a participação dos jornalistas Joana Pereira Bastos, Paulo Pena e Rita Garcia. O encerramento está marcado para as 21.30 horas, com a conferência do fotojornalista João Francisco Vilhena, sob o tema “Polaroides & Poemas - A Fotografia como salvação da Imprensa? O álbum de família e a memória”. Ainda no mesmo contexto, as escolas também foram envolvidas neste festival. Fernando Alvim, apresentador do progra-

ma 5 para a Meia-Noite, e Luís Henrique Pereira, jornalista da RTP, marcam presença nas escolas secundárias D. Dinis, Tomaz Pelayo, D. Afonso Henriques e no Instituto Nun’ Alvres para partilhar as suas experiências profissionais. “Esta é, sem dúvida, uma maneira de sensibilizarmos os mais novos para a área das letras, garantindo por um lado leitores mais exigentes e, por outro, cidadãos mais informados”, esclareceu Joaquim Couto. “O Festival Novo Jornalismo é ainda uma oportunidade de chamar grandes nomes do jornalismo e da literatura ao Município”. Segundo o edil tirsense, com esta iniciativa, quiseram também “envolver vários agentes locais, com a certeza de que a atividade cultural de um Município é também geradora de uma dinamização da economia local, nomeadamente do ponto de vista turístico”.


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24 de outubro de 2014

Resultados camadas jovens CD Trofense Juniores 2.ª Divisão Nacional – série A Fafe 1-1 Trofense (6.º lugar, 12 pontos) Próxima jornada (25/10 15H) Trofense-Desp. Aves Juvenis A 1.ª Divisão Distrital – série 2 Trofense 3-0 Rio Tinto (3.º lugar, 12 pontos) Próxima jornada (25/10 às 13H) Paços de Ferreira B-Trofense

Trofense vence e trava série de derrotas no campeonato Num jogo a contar para a 11ª jornada da Segunda Liga, o Trofense conseguiu voltar aos bons resultados depois de uma vitória por 1-0, face ao Sporting da Covilhã, que acabou reduzido a dez elementos. Foi com um golo solitário de Jairo, que, aos 30 minutos, após um canto de Dário, o Trofense marcou o único golo de uma partida jogada em casa, contemplando um resultado que marca o fim de quatro derrotas consecutivas. Antes, a melhor oportunidade de goleada foi desperdiçada por Kisito, ao deixar, após Diogo Freire estar batido e a baliza aberta, que a defesa trofense aliviasse, aos 16 minutos. A equipa da Trofa lutou e acabou o jogo a atacar com João Pedro a atirar por cima, já no período de compensação. Já o Covilhã, esteve muito perto do empate e, na segunda parte, protagonizou alguns bons lances de perigo como o remate ao poste de Elenilson aos 66 minutos. Com uma falta sobre João Pedro a dez minutos do fim, a equipa do Covilhã ficou com a tarefa dificultada quando Traquina viu vermelho direto. Recorde-se que o Trofense

não vencia desde a sexta jornada quando conseguiu um 2-1 em casa do Sporting de Braga B. Francisco Chaló, treinador do Sporting da Covilhã afirmou que, apesar do resultado, a equipa “precisa” e tem “capacidade para fazer muito mais”. “Foi um jogo em que alguns dos jogadores do Covilhã vieram provavelmente ainda ver um filme qualquer do Benfica porque não estiveram com a concentração devida porque isto era um jogo que nós perdemos por culpa própria porque os níveis de concentração foram muito baixos”. O treinador do Covilhã admitiu que os jogadores “não estiveram” ao seu melhor nível e, tentando alterar o “rumo dos acontecimentos”, não conseguiram. “Independentemente dos erros dos outros, nós perdemos por culpa própria porque ele, adversário não fez nada para vencer, mas nós hoje aqui oferecemos três pontos ao Trofense”, concluiu. Por sua vez, Porfírio Amorim, treinador do Trofense confessou que a equipa “sabia com quem ia jogar” por isso estava “bem preparada” para o adversário “muito forte”. “Se calhar cometemos dois/três erros defensivos deste jogo que numa ou noutra situação nos podia custar caro.

Acho que é uma vitória muito merecida e também pela forma como os jogadores se uniram, se solidarizaram e quiseram mostrar a toda a gente que somos uma verdadeira equipa apesar de, algumas vezes, não termos o discernimento que gostaríamos e que eu gostaria que a equipa tivesse, é natural, é uma equipa que não ganhava há muito tempo (…)”. O treinador reconheceu que poderiam ter sido mais “convincentes” mas ainda há alguma “falta de serenidade” a pairar na equipa, no entanto mostrou-se “muito satisfeito” com o desfecho desta jogada. Trofense segue em frente na Taça de Portugal Já no sábado, 18 de outubro, o Trofense venceu o Pedras Salgadas (Campeonato Nacional de Seniores), por 3-1, após prolongamento, seguindo para a quarta eliminatória da Taça de Portugal. O Pedras Salgadas foi o primeiro a pontuar por Baba, aos 35 minutos. O Trofense só conseguiu igualar na segunda parte, aos 78 minutos, por Simãozinho, e só no prolongamento é que chegou à vitória por João Pedro (100) e Dário (105).

Juvenis B 2.ª Divisão Distrital – série 4 Trofense 8-0 Águas Santas (1.º lugar, 9 pontos) Próxima jornada (26/10 09H) Escola Futebol 115-Trofense Iniciados A 1.ª Divisão Distrital – série 2 Aliança Gandra 1-3 Trofense (5.º lugar, 12 pontos) Próxima jornada (26/10 10H) Trofense-Gondomar Iniciados B 2.ª Divisão Distrital – série 7 Trofense 10-0 Bougadense (6.º lugar, 6 pontos) Próxima jornada (26/10 10H) S. Martinho-Trofense Infantis 11 1.ª Divisão Distrital – série 1 Trofense 1-0 Ermesinde (6.º lugar, 10 pontos) Próxima jornada (25/10 15H) D. Sandinenses-Trofense Infantis 7 sub 13 - Série 2 Cête 4-2 Trofense (8.º lugar, 0 pontos) Próxima jornada (25/10 16H30) Trofense-Padroense Infantis 7 sub 12 - Série 3 Ataense 0-10 Trofense (1.º lugar, 3 pontos) Próxima jornada (25/10 15H) Trofense-Alfenense

Sub 11 Série 8 Rio Ave 0-10 Trofense A (1.º lugar, 3 pontos) Próxima jornada (25/10 10H) Trofense-Rebordosa Série 6 Trofense B 0-6 Alfenense (7.º lugar, 0 pontos) Próxima jornada (25/10 às 9H30) Ringe-Trofense Série 9 Freamunde 7-1 Trofense C (9.º lugar, 0 pontos) Próxima jornada (25/10 11H) Trofense-Paços de Ferreira Sub 10 Série 5 Trofense 2-3 Boavista (7.º lugar, 0 pontos) Próxima jornada (25/10 09H) Ermesinde-Trofense AC Bougadense Juniores 2.ª Divisão Distrital – série 4 Bougadense 8-0 Leões Seroa (8.º lugar, 3 pontos) Próxima jornada – 26/10 Águias de Eiriz-Bougadense Juvenis B 2.ª Divisão Distrital – série 4 Macieira da Maia 4-0 Bougadense (5.º lugar, 4 pontos) Próxima jornada (26/10 9H) Bougadense-S. Pedro Fins Iniciados B 2.ª Divisão Distrital – série 7 Trofense 10-0 Bougadense (8.º lugar, 3 pontos) Próxima jornada (26/10 11H) Bougadense-Varzim FC S. Romão Juniores S. Pedro Fins 2-1 S. Romão (13.º lugar, 0 pontos) Próxima jornada (25/10 13H) Escola Futebol 115-S. Romão


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24 de outubro de 2014

Bougadense goleia e soma quarto jogo sem perder Cátia Veloso

O Bougadense venceu o Sobreirense por 4-1, com golos de Tó Maia e Luã. Equipa ainda não perdeu esta temporada e, por isso, está “tranquila e confiante”, garante treinador. O Atlético Clube Bougadense ocupa a vice-liderança da série 1 da 2.ª Divisão distrital de futebol ao fim de quatro jornadas. Na última, disputada no domingo, 19 de outubro, a formação liderada por Agostinho Lima goleou o Sobreirense por 4-1 e confirmou o bom início de época, ainda sem conhecer o sabor da derrota. A jogar em casa, a equipa de Bougado cedo mostrou superioridade diante do adversário, que revelou grandes dificuldades de adaptação ao relvado sintético, uma vez que joga em campo pelado. Aos dez minutos surgiu o primeiro golo, da autoria de Tó Maia, na sequência de um pontapé de canto cobrado por Luã. Não tardou para que a formação da casa se adiantasse, novamente, no marcador. Aos 18 minutos, Tó Maia foi servido por Saladas e, aproveitando a

desatenção da defesa contrária e do guarda-redes, atirou para o fundo das redes. A resposta do Sobreirense surgiu aos 29 minutos, com um remate forte de André que bateu na trave da baliza defendida por Garcia. Já perto do intervalo, o guardião bougadense brilhou com uma excelente defesa a remate de João Rocha, mas não conseguiu evitar o golo de Rafa, logo a seguir, na sequência de um remate forte à entrada da grande área. A etapa complementar não podia começar melhor para o Bougadense, já que na primeira jogada Luã conseguiu escapar na ala e, num cruzamento-remate, fez o 3-1, tranquilizando a equipa da casa e esmorecendo o adversário. O mesmo jogador podia ter feito melhor quando esteve cara a cara com o guarda-redes do Sobreirense, aos 58 minutos. Deslumbrado pela excelente posição, o avançado bougadense atirou ao lado. Acabou por se redimir um minuto volvido, na sequência de um livre em que surge sozinho e atira para o 4-1. Com o triunfo garantido, face à inoperância do opositor, o trei-

Luã festeja terceiro golo do Bougadense

nador do Bougadense fez entrar jogadores jovens para ganharem minutos de competição e, por pouco, não viu o filho, João Lima marcar de longe. A ilusão de ótica até fez quem estava no banco gritar golo, mas a bola saiu ao lado. Aos 79 minutos, Luã teve nos pés uma nova oportunidade para marcar, mas permitiu a defesa de Bragança. Já em tempo de descontos, Tiago, também do Bougadense, podia visar a bali-

za, mas atirou por cima. Agostinho Lima referiu que a arma da equipa foi “tirar a bola ao adversário e não dar-lhe espaço”. “Conseguimos fazê-los correr e cansá-los, circulando muito bem a bola. Tivemos várias situações de golo e eles só tiveram uma, num remate de fora da área. A equipa está confiante, tranquila e organizada”, frisou. Por sua vez, Tiago Pinto, técnico do Sobreirense, confirmou a dificuldade do grupo em adap-

tar-se ao sintético do Parque de Jogos da Ribeira. “Estivemos amorfos e receosos daquilo que o Bougadense podia fazer”, referiu, acrescentando que o adversário mereceu o resultado. No entanto, Tiago Pinto também não deixou de fazer um apontamento à equipa de arbitragem, devido ao julgamento de “lances capitais, que podiam ter mudado o rumo do jogo”, referindo-se a uma grande penalidade reclamada, mas não assinalada.

Pasteleira vence S. Romão por 7-1 Diana Azevedo

A “maldição dos sete” que o Futebol Clube S. Romão viveu a época passada foi reavivada no encontro com o Pasteleira, que se disputou no domingo, 19 de outubro. “Foi uma batalha muito injusta, pois as armas do adversário são de outro calibre”, admitiu o treinador Zé Manel. A pedido do Pasteleira, a quarta jornada foi antecipada para sábado, o que logo limitou o plantel do S. Romão, uma vez que muitos jogadores não puderam estar presentes por questões laborais. O Pasteleira é uma equipa de

grande traquejo, que já jogou em divisões superiores, mas isso não parece ter impressionado o adversário, que entrou bem em campo e até cerca dos 20 minutos conseguiu contrariar o jogo mais forte e rápido da casa, através de uma grande concentração defensiva, um bloco baixo e linhas bem fechadas. O Pasteleira era o favorito nesta partida e não quis desfazer-se do estatuto. Assim, insistiu em invadir a defesa romanense e, apesar de ter custado a causar desequilíbrio na mesma, acabou por conseguir avançar para a baliza dos forasteiros e finalizar várias vezes com êxito. O período dos 20 aos 35 minutos foi desolador para os homens de

S. Romão, que sofreram quatro golos. Algo perdidos e desmotivados com o resultado desequilibrado no marcador, os romanenses foram para o intervalo a pensar na urgência de dar uma reviravolta no jogo, aproveitando que o adversário tinha ficado reduzido a dez jogadores. O treinador do S. Romão ajustou o grupo a uma situação de superioridade numérica, para que pudesse avançar mais no terreno e ter maior agressividade ofensiva, no entanto a mestria do Pasteleira permitiu-lhe manter o equilíbrio e o foco nos golos. Desta forma, foi fácil marcar mais um golo nos primeiros minutos do segundo tempo.

Este foi um ponto de “saturação” para os visitantes, que com apenas dois suplentes acabaram por ceder ao desgaste físico e psicológico, tendo ainda sofrido outros dois golos até ao apito final. De salientar ainda o golo de honra que os romanenses conseguiram, numa jogada iniciada por Carlos Silva, pelo flanco esquerdo, seguido de cruzamento para a área, onde apareceu Paulo Silva para cabecear. O treinador Zé Manel confessou ao NT que apesar da vontade em trazer pontos para casa, “foi uma batalha muito injusta, pois as armas do adversário são de outro calibre”, valorizando a atitude da sua equipa.

Em relação às próximas jornadas, o treinador dos vermelhos e brancos tem boas expectativas, referindo os jogos realizados “com algumas das equipas favoritas da série”. “Quero acreditar que o nosso campeonato começa agora. Jogos como os de hoje são muito difíceis, é uma equipa com um treinador que já passou pelo Sporting e jogadores que já competiram na 1.ª e 2.ª Liga. Claramente não estão ao nível do futebol distrital”, frisou. O próximo encontro será em S. Romão do Coronado e o adversário o Sporting Cruz, ambicionando-se a primeira vitória que permita à equipa sair do último lugar.


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SOU A LUZ DO MUNDO

Covelas vence e sobe ao 1º. lugar A equipa sénior do Grupo Desportivo Covelas subiu ao 1.º lugar da 2.ª divisão distrital, depois de vencer o jogo frente ao Silva Escura, por 4-1. Os covelenses têm seis pontos, os mesmos que o 2.º classificado Santa Cruz. Neste sábado, dia 25 de outubro, pelas 20 horas, o Covelas recebe o Clube Nacional Montanhismo, no pavilhão gimnodesportivo da Escola Básica e Secundária do Coronado e Covelas (EBSCC). Resultado diferente teve a equipa sénior da Associação Recreativa Juventude do Muro (ARJM), que perdeu, por 31, com o Barranha, estando em 9.º lugar da série 1 da 1.ª divisão distrital, com três pontos. No sábado, pelas 20 horas, defronta o Miramar Império Vila Chã. Já a equipa júnior murense venceu o Gondomar Futsal por 3-0, conquistando o 2.º lugar da série 2 da 2.ª divisão distrital, com 12 pontos. Pelas 18 horas de sábado, desloca-se ao reduto de Retorta. Os iniciados do Centro Recreativo de Bougado (CRB) conquistaram os primeiros três pontos da 1.ª divisão distrital, ao vencer a Académica de Leça, por 3-2, en-

contrando-se em 11. º lugar da tabela. No domingo, pelas 10 horas, desloca-se ao campo de Fonte Moura. Os juvenis da mesma coletividade perderam frente às Escolas Modelos, por 31, estando em 11.º lugar da série 2 da 2.ª Divisão distrital. Pelas 19 horas de domingo, recebe o Retorta, no seu campo, em Santiago de Bougado. No mesmo campeonato, a Associação Recreativa Desportiva de Coronado (ARDC) empatou a zero com a Ordem, estando em 7.º lugar, com quatro pontos. Neste domingo, pelas 11 horas, recebe no ginásio da EBSCC a Vila Boa do Bispo. Já os benjamins do Futebol Clube S. Romão (FCSR) venceram a Ordem, por 3-1, estando na 4.ª posição, com nove pontos. Pelas 15 horas de sábado, os benjamins deslocam-se ao campo de Santa Cruz. Os juniores romanenses, a competir na Inter-Distrital, perderam por 9-0 com o Gondomar, estando em 10.º lugar. Pelas 17 horas de sábado, a equipa desloca-se ao reduto dos Restauradores Avintenses. P.P.

Trofense quer mínimos para os Jogos Olímpicos Rui Pedro Silva, a correr pelo Sport Lisboa e Benfica, já só pensa na Maratona do Porto, a decorrer a 2 de novembro. O “primeiro objetivo” do atleta trofense passa por “chegar ao fim”, uma vez que “não é fácil acabar uma maratona (42,195 quilómetros)”. O próximo passo é obter os mínimos para os Jogos Olímpicos do Brasil’2016. “Depois, rolar no grupo da frente e se vencer ou conseguir mínimos, melhor”, acrescentou Rui Pedro Silva, que apresenta como melhor marca 2:12,15 horas e correrá com o dorsal número um. Rui Pedro Silva pretende intrometerse no domínio queniano na prova, país que regista 10 triunfos em 10 edições, o último dos quais, em 2013, por Joash

Kipkoech Mutai (2:13,04 horas). “Tenho treinado para isso e, se não acontecer nada de impeditivo, penso que tal seja possível”, referiu, denotando que a parte final do percurso, a subir, é bastante seletiva, “mas é igual para todos os participantes”. A Maratona do Porto, que liga as cidades do Porto, Matosinhos e Vila Nova de Gaia, inclui ainda uma mini-maratona, uma distância de seis quilómetros, e uma Family Race, de 16 quilómetros. A organização, a cargo da RunPorto, conta já com “cerca de cinco mil inscritos para a maratona, oriundos de 47 países, e na totalidade das várias vertentes prevê superar os 10 mil participantes”. P.P.

Crede na Luz para que sejais filhos da Luz, eu vim ao mundo como Luz e boas novas para a salvação de Deus chegue a todas extremidades da terra pela Fé em mim. Deut. 18. 15, 18-19.IS.9.5-6.C.17.7.C.25.8-9.C.40.3-5,9.C41.27.C. 42.6.C. 49,6.Lu.2.25-32.C.3.4-6.C.19.8-10.JO.8.12.C.12.36, 44-46.AT.26.18. Eu sou o caminho a verdade a ressurreição e a vida eterna ninguém vai ao pai senão por mim, sou o único mediador entre Deus e os homens, não há outro caminho ou porta, não há outra verdade ou nome debaixo do céu que vos possa salvar sem mim nada podeis fazer, o pai não julga ninguém e deu ao filho todo o julgamento, quem tem o filho tem a vida eterna quem não tem, tem morte e fogo. JO.14.6.C.11.25-26.1Tim.2.5. AT.4.12.Mat.7.13-14.JO.15.5. C.5.21-23.C.3.34-36.Ap.1.18.C.20.11-15.SaL.2.7-12. Eu Jesus sou bom pastor único dos fiéis a Deus vinde a mim todos e vivereis sempre, eu sou vosso amigo ao dar a minha vida por todos vós, não há amor maior que este, digo-vos com toda a verdade, quem ouve e obedece às minhas palavras e crê no pai que me enviou tem vida eterna e não é julgado por ser filho da luz, e passou da morte para a vida, os filhos da luz são deuses todos filhos do altíssimo nunca morrerão e conhecerão o pai celeste e todos os céus na eternidade infinita. Felizes os filhos da luz pela fé em Jesus pela fé em mim Jo.10.11,16.Miq.5.3-4.Is.55.3-7.Ap.22.16.Mat.11. 28.Jo.5.24.Ap.20.6.C.7.9-10.Jo.15.10-15.C.11.2526.C.8.51.C.10.34.Salmos 82.6.Fil.3.20- 21.Mat.17.1-2.C.13. 43.Jer.31. 34.2 cor.12.1-4.Jo.12.36 C.20.24-29.AT.26.18. Vim libertar os presos da escuridão dos hipócritas que fazem orações e o bem á vistas das pessoas em busca de honra e glória uns dos outros rejeitando a glória de Deus.Is.42.6-7.Jo.8.31-32.1 cor.7.23.Jo.5.44. Mat.6.15.C.12.30 C.24.51. Vós filhos da luz sois a casa de Deus orai como eu orei e mandei.2 crô.2.5-6.Is.66.1-2 AT.17. 24.HE.3.6.Sal.101.6.Jo.14.23.C.12. 36. Mar.6.46 C.1.35.Mat. 8.19-22.C.14.23.C.6.6. Com todos os sacrifícios do corpo, e com tudo que há no mundo ninguém pode resgatar a alma das pessoas da morte, só o sacrifício de Jesus pode salvar pela fé nele.Sal.49.7- 8.C.50.3-6.OS.6.6.Mat.9. 13.HE.10.5-18,26-31.AT.8.18-24.EF.2.8.Mat.10.7-8, 28.C.7.22-23.2Pe.2.1-6.EZ.32.3-9.OS.7.12.Mar.13.19-20, 24-31.Is.51.6.SOF.3.8.2Pe.3.7-13. Os, que vêem outro caminho da vida eterna estão todos cegos por Jesus no meio do joio que semearam com satanás, fora do reino de Deus como cães, trocaram a verdade de Deus pela mentira, honram e adoram criaturas no lugar do criador.Is.42.6-8.EX.20.46.Jo.9.39.Mat.23.8- 12.C.20.25-28.C.5.17-18.C.13.3742.Ap.12.9.2Tes.2.9-12.Ga. 1.6-9.2cor. 11.13-14.Lu.11.2728.C.8.21.Ro.1.25.Ger.25.34-36.Is.56.10-11.Ap.22.1416.C.21.8.2Pe.2.1-3-Salmos 135.15-18.Mat.7.22-23.C.13. 42. Se crês de todo o coração podes ser batizado At.8.36-39.Mat.28.18-20.C.19.13-14.C18,2-3.Lu. 23.40-43.


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24 de outubro de 2014

Meia maratona de Famalicão com “mais de mil” inscritos Rua Santa Luzia 808, 4250-415 Porto. No caso da meia maratona, as inscrições realizadas até 31 de outubro têm um custo de 7,50 euros, entre um e 21 de novembro 10 euros, e as inscrições de última hora (28 e 29 de novembro) devem ser feitas na Casa do Território e custam 15 euros. Para a caminhada, até 31 de outubro, as inscrições custam três euros, de um a 21 de novembro cinco euros e as inscrições de última hora (28 e 29 de novembro) custam oito euros e devem ser efetuadas na Casa do Território. Um euro de cada inscrição reverte para uma instituição de solidariedade social. Das duas provas, a caminhada é destinada a todas as faixas etárias e não tem fins competitivos. Já a corrida, destina-se a atletas federados e não federados, nascidos em 1996 e anteriores.

As “diversas cores” dos equipamentos, a “alegria” e “fair-play” fizeram parte do Convívio Nacional de Abertura do Rugby Juvenil, realizado no domingo (19 de outubro) e onde a Escolinha de Rugby da Trofa marcou presença.

Nota de redação Na edição número 493 d’O Notícias da Trofa, no texto intitulado “Projeto prioritário em Covelas é alargamento do cemitério”, por lapso indicamos que o “protocolo, em termos de capital, ronda os 75 mil euros”, quando deveria dizer “protocolo, em termos de capital, ronda os 35 mil euros”.

Após o fim das atividades de verão, o início da época desportiva 2014/2015 da Escolinha de Rugby da Trofa foi marcado pela sua participação na festa de Abertura do Rugby Nacional, organizada pela Associação de Rugby

São “mais de mil” o número de inscritos registados para a primeira meia maratona de Vila Nova de Famalicão. Promovida pela Runporto, em parceria com a Câmara Municipal de Famalicão e a Associação de Atletismo de Braga, a primeira meia maratona de Famalicão realiza-se a 30 de novembro, numa corrida de 21 quilómetros que irá integrar uma caminhada de cinco, com partidas e chegadas no Parque de Estacionamento da Casa do Território, na Devesa. “A resposta dos famalicenses a este desafio tem sido muito positiva, o que nos leva a antever um enorme sucesso desportivo para esta prova”, refere o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Paulo Cunha. As inscrições, que terminam no final de outubro, podem ser efetuadas online em www.runp orto.com, nas Lojas Sport Zone e ainda na Loja do Corredor, sita na

Escolinha de Rugby iniciou época do Norte e pela Federação Portuguesa de Rugby. Foram “cerca de 250” os atletas que participaram na iniciativa que decorreu no Complexo Desportivo de Campanhã, representando 12 clubes dos escalões Sub-8/10/12. Com 26 atletas dos três escalões (Sub-8/10/12), a “Escolinha” da Trofa jogou com o Braga, Bairrada, Lousã, Escola de Rugby do Porto, Mortágua, Belenenses e Cercar-te. O “empenho”, a “disciplina” e o “número de ensaios” em equipa foram “conquistados em to-

dos os jogos”. Houve ainda uma atividade para treinar Formação Ordenada com o professor Henrique Rocha, responsável pelo departamento de formação da Federação Portuguesa de Rugby, onde os jogadores “enriqueceram” os conhecimentos. “A equipa dirigente da Escolinha sentiu orgulho, mais uma vez, em todos os atletas, amigos e pais que nos acompanham e nos ajudam nesta missão: Crescer e Educar através do Desporto”, lê-se em comunicado. pub


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24 de outubro de 2014

Noivíssima apresenta tendências para 2015 Patrícia Pereira

A Noivíssima marcou presença no Famalicão Noivos, que decorreu nos dias 18 e 19 de outubro, onde apresentou a coleção de 2015. Aproveitando a presença no Famalicão Noivos, a Noivíssima desvendou um bocadinho daquilo que será a coleção de noivas para o ano de 2015. Os vestidos de princesa voltam a ser tendência e, juntamente com o falso cai cai, atraiam muitas noivas. A coleção de 2015 já está disponível na loja Noivíssima, situada na Rua Conde S. Bento, no centro da cidade da Trofa, onde as noivas têm à sua disposição marcas conceituadas, como La Sposa, White One, Benjamin Roberts, Isonoivas, Blue, Aire, Modfrance, Miss Kelly, Tommy, Fara Sposa, Kelly Star, Maggie Sottero, Eddy K., Atelier Diagonal, Morilee e Cuore Bianco. Além dos vestidos de noiva, a Noivíssima também dis-

Noivíssima fez desfile no Famalicão Noivos

põe de coleção de noivo e de cerimónia. O noivo tem à disposição fatos das marcas Lucciano Rivieri, Torre, Giovani Valdi, Staccato, Do Rego & Novoa e Enzo Romano. Da coleção de cerimónia destaque para as mar-

cas Aire, Modfrance, Isonoivas, Nite Chic, Destino, Carmen Cara, Renata Arce, Sofie Martin, À Noiva, Bambola, Jade Couture e Mia Porpora. Ana Ferreira, da Noivíssima, contou que os “vestidos prince-

CARFAST distinguida como PME Líder 2014 Pela “qualidade do seu desempenho e perfil de risco”, o Turismo de Portugal, I.P., em parceria com o IAPMEI, atribuiu à CARFAST o Estatuto de PME Líder 2014. A CARFAST passa a integrar a “restrita lista de empresas que respeitam os critérios relativos ao estatuto de PME Líder”, sendo este “um reconhecimento público do sucesso da estratégia empresa-

rial e da importância do contributo da CARFAST para a economia nacional”. Para André Coroa, responsável da CARFAST, é com “orgulho” que partilha esta distinção com os colaboradores, clientes e todos os parceiros. “É uma motivação extra para trabalharmos e crescermos cada vez mais com o profissionalismo e a competência que nos caracterizam”, afirmou. P.P.

sa” e “muito delicados” voltam a ser tendência, com “ muito tule e volume”, mas contrariamente ao tão procurado estilo cai cai, esta coleção para 2015 é mais dedicada “ao chamado falso cai cai com transparências”. Apesar

de esta ser a tendência para o próximo ano, Ana Ferreira afirmou que a Noivíssima tem “todo o género de vestidos” para agradar à “noiva mais clássica” ou à que “gosta de um vestido de sereia”. Na busca pelo vestido perfeito, Ana Ferreira aconselha a noiva a “respeitar a sua personalidade e o seu gosto próprio”, assim como a “experimentar vários estilos para ver o que melhor se adequa ao seu corpo, porque muitas vezes aquilo que se idealiza pode não ser o que mais favorece”. Já quanto à participação no Famalicão Noivos, explicou que “é sempre bom” darem-se a conhecer “perto da porta, porque não são só as pessoas de longe que devem ver os desfiles e os modelos” que têm para apresentar. Ana Ferreira mencionou que “as pessoas estão a gostar dos artigos e a aderir” e que “as noivas procuram sempre vestidos bonitos sem serem muito caros”.


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