Semanário | 12 de junho de 2015 | Nº 527 Ano 13 | Diretor Hermano Martins | 0,60 € PUB
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//PÁGs 10 e 11
Procissão une Santiago a S. Martinho
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Coronado vai atrair turistas com parque de autocaravanismo
Eurico Ferreira recebe Comenda de Mérito Empresarial //PÁGs. 4 e 5 //PÁG. 15
Padre Alberto esteve com Papa Francisco
Ex-presidentes da câmara arguidos Julgamento de Joana Lima começou dia 8 Bernardino Vasconcelos é julgado em outubro pub pub
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O NOTÍCIAS DA TROFA 12 JUNHO 2015
Atualidade
Correio do Leitor A Trofa sufoca-me... (Parte um)
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Caminhada solidária para apoiar APPACDM
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os dois aos 80 anos. Não houve limite de idade para ajudar e, por isso, muitos foram os que participaram na caminhada solidária a favor da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental da Trofa, que decorreu na quarta-feira, 10 de junho. Rosa Araújo, um dos elementos da organização, não se mostrou surpreendida com a elevada adesão à iniciativa, uma vez que “o objetivo era ajudar a única instituição do concelho que apoia jovens com incapacidades, através da recolha de verbas que contribuam para colmatar as dificuldades financeiras que a afetam atualmente”. Mas se a adesão foi positiva, a forma como decorreu a caminhada mereceu o reparo de Rosa Araújo: “Lamento profundamente que a Câmara não tenha autorizado a utilização do Parque Nos-
sa Senhora das Dores e Lima Carneiro para fazermos a concentração para a caminhada, quando já lá se realizaram imensas iniciativas. Foram feitos todos os procedimentos legais, a instituição entregou todos os pedidos que a Câmara obriga, tínhamos o aval da GNR e foi pedida a utilização do espaço público”. Rosa Araújo contou que “para prevenir acidentes, alguns participantes voluntariaram-se para vestir os coletes refletores”. “Conseguimos realizar a caminhada com sucesso, sem problemas. Gostaria de agradecer a todos os participantes que protagonizaram uma manhã muito solidária”, sublinhou. Já Conceição Leitão, diretora pedagógica da APPACDM, agradeceu “a todos os que se associaram, pela forma harmoniosa como a iniciativa decorreu”. pub
esolvi escrever este texto depois de chegado a um fim-de-semana ouvir dizer uma jovem por acaso trofense dizer: a Trofa sufoca-me!... Acontece que esmiuçada a conversa, verifico que a revolta para com esta terra que tanto ansiou ser concelho para ser diferente, afinal está talvez até bem pior, ou pelo menos não evoluiu nada no sentido das pretensões tanto almejadas por muitos e bons trofenses. Para melhor se perceber que pretendo transmitir nesta exposição de pensamento, desde já que fique claro que sou totalmente a favor da vinda do Metro até à Trofa. Todos mas todos mesmo ganharíamos muito com isso. Desde logo a própria cidade e o concelho, mas também os trabalhadores e os estudantes, para além das pessoas que de um modo geral passariam a ter mais uma alternativa moderna e fácil de transporte para muitos outros locais. Pelo que tenho lido e visto, bem como também pelo que se tem divulgado, não me parece que esta “obra de referência” venha algum dia a ser construída, pelo que até vou rimar dizendo “que pelo andar da carruagem isto é cada vez mais uma miragem” Clarinha e compreendida a minha posição pessoal, passo agora para os meus assuntos e por isso digo que é legítimo sonhar que um dia esta Trofa será um local aprazível e bom para viver... hoje esta Trofa não interessa a ninguém. Os jovens fogem dela a toda a hora e momento e convenhamos com toda a razão. Que existe nesta Trofa de normal como nas outras localidades para eles? NADA, NADA, NADA. Mas, não fogem dos concelhos vizinhos e porquê, talvez porque alguém ou “alguém” se lembrou um dia que para fixar e ou chamar a juventude teria de haver espaços e locais adaptados e convenientes aos mesmos... Porto, Santo Tirso, Maia, Vila Nova de Famalicão, Póvoa de Varzim e Vila do Conde só para falar nestas localidades circundantes cuja oferta é realmente abundante e até interessante. Deixamos que nos tirassem o Metro e pouco fizemos dada a pacatez deste povo, mas nem por isso tomamos qualquer posição ao “masmarracho” de pó, terra e lixo que ficou na zona nobre e central da Trofa. Em poucas palavras tentarei dar um belo exemplo de como com a vontade política, a garra, a iniciativa, o empreendedorismo, a engenharia financeira, o bom senso e o interesse pelo futuro da nossa terra, poderíamos mudar a face desta localidade que todos hipocritamente dizemos gostar muito, assim houvesse ou haja essa vontade... Vamos ter um Parque Nossa Senhora das Dores requalificado e renovado brevemente e finalmente.
Vamos ter um Parque da Azenhas requalificado ou reconstruido brevemente, obra que um dia todos iremos dar o devido valor pois esta acompanha o rio que poderia e deveria ser um elemento de valorização da nossa terra. Temos como já referi, o maior espaço certamente disponível na Trofa, o espaço da antiga linha de caminho de ferro que passava no Parque N. S. das Dores/ Dr. Lima Carneiro e cortando/ atravessando S. Martinho de Bougado se dirigia até ao rio... afinal o mesmo nosso rio que também já referi. “Ok” eu sei que estou a meter a Refer neste assunto, mas esse parece o mal menor... Aqui entra a grande ideia. Porque não fazer uma ligação entre o Parque N. S. das Dores e o Parque das Azenhas através deste espaço? Muito evoluída certamente esta ideia? E mais já imaginaram e sonharam que esta possível nova Avenida/Alameda que eu apelidaria de “Avenida da Juventude” ou “Alameda da Antiga Estação” ou até “Alameda do Futuro”, poderia vir a ser o espaço mais belo e mais útil do concelho e até dos concelhos limítrofes? Já imaginaram um ajardinamento digno ao longo deste espaço todo? Todos falamos e berramos com o ambiente... ora aqui estava um bom espaço ambiental e verde. E porque não uma ciclovia ao longo deste percurso? Porque não espaços pedonais e pistas? Porque não espaços para desporto ao ar livre, jardins e parques infantis? E porque não espaços dignos para os idosos poderem passear, descansar, divertir e saborear a natureza, viverem felizes e satisfeitos na sua terra? Porque não aproveitar e antiga estação para uma bela “Casa de Chá”, Café ou Snack-Bar? Porque não aproveitar este espaço à volta da antiga estação para fomentar e permitir construção e ou requalificação dos espaços para aberturas de pequenos bares/cafés para a Juventude, porque não à zona envolvente da antiga estação e já com os bares/cafetarias/pastelarias (caso da Régua), e porque da Juventude se trata porque não aproveitar as antigas instalações da fabrica “RAFIA” espaço atualmente bastante degradado e até perigoso para os jovens, para requalificar e instalar a “Casa da Juventude”? Porque não aproveitar esta mesma fábrica para instalar também o “Museu Nossa Senhora das Dores”, agora ainda mais porque se aproximam os 250 anos destas festividades algo impar no concelho. Queremos ou não queremos que os nossos jovens fiquem no concelho? Queremos ou não queremos fomentar o Turismo inexistente neste concelho? Mas este enquadramento poderia
ser conjugado e complementado com uma outra situação. A famosa Rua Conde S. Bento, pretérito polo comercial da nossa terra, também se cruza com este espaço (neste momento até está um entroncamento deveras nojento...) que pretendíamos ser de sonho. Não estaria chegado o momento de fechar esta mesma rua ao transito? Todas as grandes cidades têm ruas sem movimento automóvel, porque não esta? Esta rua morre todos os dias um pouco e em nome de quê? Do comércio local? Treta, treta. A Câmara deverá ter mais cuidado ao autorizar a abertura de certo tipo de estabelecimentos lá, por exemplo destinar espaços a esplanadas, cafés, pastelarias, tentar uma grande loja/marca para charneira de movimento? Já imaginaram o que a Trofa ganharia e aquela rua também com uma loja tipo FNAC? Tipo ZARA... tipo uma marca qualquer de peso? Já imaginaram esta rua sem movimento a desembocar na ”Avenida dos Sonhos”, não ficariam todos os comerciantes a ganhar muito mais? Não se ganharia mais cidade? Não se ganharia mais comércio? Mais economia concelhia? Mais turismo? Mais condições de vida? Isto não seria a injeção que todos querem dar ao comércio local, mas ao mesmo tempo todos fogem da realidade em nome de NADA... Já agora e porque é uma realidade já imaginaram o enquadramento da Igreja Matriz neste espaço com um grande e monumental escadario lateral para a futura avenida? E do lado contrário o Museu N. S. das Dores que a Trofa merece ter e que já muitas vezes falei? E porque vai sendo uma tradição na Trofa as “passagens de modelos”, já imaginaram aproveitar o “passadiço” com cobertura da antiga linha ou via estreita para uma “passerelle”, obvio com a respectiva requalificação e restauração, fomentando esta área tão queria dos trofenses e das suas empresas, indústrias e estilistas... E duma forma bombástica não poderíamos sonhar neste enquadramento total no lado direito da alameda e por trás da “Casa de Chá” na extensão até Escola Napoleão Sousa Marques, com os futuros “Paços do Concelho? Lindo, seria belo uma nova cidade e uma nova identidade, “O FUTURO” esse sim passaria por aqui… Este sonho é meu, é teu e será nosso assim o queiramos… isto não é um sonho, isto será mais uma visualização do futuro!... Com estas ideias todas algumas malucas, outras que todos vão dizer que já tiveram, mas não divulgaram, talvez um dia eu ouvisse novamente a jovem dizer... agora sim a Trofa já não me sufoca... Mário Moreira
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12 JUNHO 2015 O NOTÍCIAS DA TROFA
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Atualidade
Coronado inaugurou parque de autocaravanas
A Junta de Freguesia do Coronado inaugurou um parque de autocaravanas na Quinta de S. Romão. Mentores consideram que o projeto vai trazer muitos turistas. devido à proximidade à cidade do Porto. Cátia Veloso
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ale tanto como um T2 e é a menina dos olhos de Joaquim Ferreira. O mamedense é um amante das autocaravanas e, desde 6 de junho, conta com uma estação de serviço para a sua Fiat bem perto de casa. A ideia surgiu-lhe há uns anos e foi transmitida em jeito de desafio ao então presidente da Junta de S. Mamede José Ferreira. Agora a liderar a Vila do Coronado, o autarca viu na Quinta de S. Romão o local ideal para realizar o projeto, que foi inaugurado perante a presença de mais de duas centenas de autocaravanistas. As obras, segundo José Ferreira, tiveram um custo “irrisório”, na ordem dos “500 ou 600 euros” e contemplaram “a construção de uma plataforma em cimento com escoamento de águas pluviais e sanitárias para a rede de esgotos e a criação de três pontos de luz para autocaravanas que ainda não são autossuficientes”. O resto, a Natureza encarrega-se de proporcionar, graças ao grande espaço verde existente na Quinta, com diversas árvores existentes. Para o autarca, o custo da obra é
inversamente proporcional ao impacto que esta pode causar na freguesia. “Nestes dois dias (5 e 6 de junho), já pudemos constatar a dinâmica que os autocaravanistas trouxeram ao comércio local e à restauração. Esperamos um movimento constante, porque o autocaravanista, como tem mobilidade, é um turista que se desloca durante todo o ano. Estamos a contar que a nossa Vila seja visitada por muita gente de dentro e fora do país”, sublinhou. O dia ficou também marcado pelo anúncio de um encontro de autocaravanas no próximo ano no Coronado.
Projeto foi inaugurado a 6 de junho
ravanas e só não foram mais, porque havia “um evento a decorrer em paralelo”, explicou o presidente o Grupo Autocaravanista Português. Joaquim Mendes considera que o Coronado só tem a ganhar com este projeto: “O turismo não é só hotelaria. Há outras vertentes, como o turismo itinerante, do qual ainda muita gente desconhece as capacidades financeiras. A curto prazo, esta pequena inAs coordenadas GPS da esfraestrutura irá transpor todo o investação de serviço (41.27788709 timento feito”. 66517, -8.549718260765076) A proximidade do local à estação vão estar disponíveis, online. de comboios é uma das grandes poEstação de serviço mais próxima do Porto Na Quinta de S. Romão mora agora a terceira estação de serviço gratuita no distrito do Porto – as outras estão em Penafiel e Paredes - e a que está mais perto da cidade Invicta. A inauguração contou com quase 70 autoca-
tencialidades. “Este parque tem área fechada, o que dá total segurança aos autocaravanistas, mesmo aos estrangeiros que quiserem visitar toda a re-
gião do Grande Porto. Através da linha ferroviária podem visitar vários pontos históricos e permanecer no Coronado por dois ou três dias”, explanou.
Um autocaravanista de S. Mamede e do mundo
Conhece França “a palmo”, Espanha “nem se fala” e já passou por Inglaterra e Itália. Para o ano, o destino já está traçado: Marrocos. Joaquim Ferreira, natural de S. Mamede do Coronado e emigrante por 52 anos em França, vê na autocaravana outra casa, na qual se sente “livre”. O segredo do autocaravanismo mora mesmo na mobilidade: “Hoje posso estar na Itália e amanhã em Marrocos, com todas as condições. As autocaravanas custam, atualmente, tanto como uma casa e eu já tenho três. Sou reformado e muito doente, mas antes de ir para o outro mundo quero ver se conheço mais um pouco deste”.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 12 JUNHO 2015
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Ex-autarcas do PSD Trofa julgados a 14 de outubro
O julgamento de Bernardino Vasconcelos, António Pontes, Jaime Moreira e João Sá, respetivamente presidente e vereadores da Câmara Municipal da Trofa nos mandatos 2001/2005 e 2005/2009, agendado para final de maio, foi adiado para 14 de outubro e vai decorrer no Tribunal de Matosinhos. Hermano M artins
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ex-presidente da Câmara Bernardino Vasconcelos foi constituído arguido por oito crimes de falsificação agravada e outros tantos de abuso de poder. A acusação resultou de um inquérito da Procuradoria-Geral da República através do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) que, mediante uma denúncia anónima, investigou a natureza de empreitadas realizadas pelo executivo camarário entre 2001 e 2005 e entre 2004 e 2006. Recorde-se que, de acordo com o documento do DCIAP que o NT teve acesso, em causa está a alegada entrega de oito obras a empreiteiros “sem acautelar a realização dos procedimentos pré-contratuais exigidos por lei”. No âmbito desta investigação, os quatro ex-autarcas da Trofa foram constituídos arguidos, assim como funcionários da autarquia. Cinco empresários de construção civil estão acusados pelo De-
partamento Central de Investigação e Ação Penal pela viciação de oito concursos respeitantes a obras feitas no município, entre 2001 e 2009, período em que Bernardino Vasconcelos liderava a autarquia. Em causa estão crimes de falsificação agravada e de abuso de poder, segundo a acusação, deduzida em julho de 2012. O julgamento foi marcado para final de maio, mas ficou agora adiado para 14 de outubro. No total, foram autorizadas obras de quase um milhão de euros que “começaram (e por vezes acabaram) antes de ter sido promovido o respetivo concurso”, refere a acusação. E, portanto, “os atos e formalidades do concurso, contratos e demais elementos relativos à fiscalização e execução das obras [...] não correspondem à realidade dos factos”, defende o Ministério Público, sus- Bernardino Vasconcelos é acusado de oito crimes de falsificação agravada e outros tantos de abuso de poder tentado tanto nos documentos recolhidos como nos 14 interrogatórios tizadas era efetuado sem suporte ticias, “o caso do Pavilhão GimDe acordo com o DN, “o Minisefetuados durante a investigação. contratual entre as empresas adju- nodesportivo de S. Romão do Co- tério Público não tem qualquer dúPor outro lado, “o comprometi- dicatárias e o Município da Trofa”. ronado é exemplar”. No final de vida em afirmar que Bernardino mento das verbas necessárias ao 2003, quando foi inaugurado, “en- Vasconcelos e o chefe da Divisão pagamento dessas obras já concreFracionamento ilegal contravam-se praticamente finali- das Obras Municipais assumiram de despesa zados os trabalhos de arranjos exte- despesa pública, entregando e auriores”. No entanto, foi só nessa al- torizando a realização de obras a Mas estas não são as únicas irre- tura que o ex-chefe de Divisão das empresas por eles escolhidas, sem gularidades em causa. Acresce que Obras Municipais “contactou pes- acautelar devidamente os proce“era efetuado um fracionamento ile- soalmente” Manuel António, sócio- dimentos pré-contratuais imposgal do valor da despesa inerente ao -gerente da empresa Socotir, res- tos por lei”. conjunto da obra que se pretendia ponsável pelas obras do pavilhão, Com os concursos lançados “já executar em ordem a conceberem- pedindo orçamento para as obras com as obras em curso ou mesmo -se ficticiamente duas empreitadas, dos arranjos exteriores. terminadas, os documentos que de menor valor e, desse modo, eviOra, só em 23 de julho de 2004 fazem parte dos procedimentos tar o constrangimento de ter de se foi aberto o procedimento para lan- dos concursos analisados contêm realizar um concurso público”. Re- çamento do concurso público li- e transmitem ordens hierárquicas corde-se que, quando os concursos mitado, no âmbito do qual foram com informações contrárias à reaforam lançados, a legislação obri- convidadas cinco empresas. To- lidade física das respetivas obras”, gava ao lançamento de concursos das apresentaram propostas - mais criando “uma capa de aparência públicos quando as verbas envolvi- de seis meses após a conclusão de legalidade”. “Porém, todos esdas eram superiores a 125 mil eu- dos trabalhos, recorde-se - tendo a ses documentos são absolutamente ros. Em quatro dos oito casos in- obra sido adjudicada à Socotir a 13 falsos”, conclui a acusação. vestigados poderá ter-se verifica- de outubro do mesmo ano, “por ter O processo teve origem numa do esta situação. apresentado a proposta formalmen- denúncia anónima do “MovimenDe acordo com o Diário de No- te mais vantajosa”, nota a acusação. to pela Justiça na Trofa” e começou por ser investigado pela Inspeção-Geral da Administração Local (IGAL). E das 17 obras denunciadas, a IGAL reuniu provas relativas a oito: arranjos exteriores do Pavilhão Gimnodesportivo de S. Romão de Coronado, construção e remodelação da Escola de Fonteleite, pavimentação do cemitério de Guidões, repavimentação dos arruamentos da Urbanização da Barca, retificação e pavimentação da Rua da Venda Velha, arranjo urbanístico do Largo dos Correios e Requalificação e beneficiação da Rua das Pateiras e da Avenida das Pateiras.
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12 JUNHO 2015 O NOTÍCIAS DA TROFA
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Atualidade
Julgamento da ex-presidente da Trofa já começou
A ex-presidente da Câmara da Trofa, Joana Lima, eleita pelo PS, começou esta semana a ser julgada no Tribunal de Matosinhos, por “abuso de poder e participação económica em negócio”, mas negou a prática dos crimes. Durante o seu mandato, alegou, “reduziu para menos de metade os gastos com a reparação de automóveis e aquisição de flores de acordo com os valores comparativos tornados públicos”. Hermano M artins
A
acusação salienta que a arguida que, entre 2009 e 2013, liderou esta autarquia do distrito do Porto, entregou as reparações e revisões dos automóveis do município, por ajuste direto simplificado, a uma oficina que é propriedade do companheiro de uma sua sobrinha. Além disso, o Ministério Público (MP) refere que a ex-autarca cedeu à irmã o fornecimento de flores ao município para eventos e datas festivas. Os gastos da autarquia da Trofa, segundo alegou a defesa citada pelo JN, “diminuíram no mandato de Joana Lima, quando comparados os valores gastos enquanto o Social Democrata Bernardino Vasconcelos foi presidente da Câmara, no mandato 2005/2009”. De acordo com aquele jornal, a Câmara da Trofa gastou com Joana Lima como presidente “150 mil euros em reparações de viaturas (70 mil euros dos quais pagos durante quatro anos a uma empresa de mecânica)”, quando no mandato anterior liderado por Bernardino Vasconcelos “os gastos ascende-
Joana Lima alegou que os gastos da autarquia, entre 2009 e 2013, diminuíram quando comparados com o mandato de Vasconcelos
ram em quatro anos a 330 mil euros”. Já no que diz respeito aos gastos com flores, no mandato de Joana Lima (quatro anos), “foram cerca de 3995 euros, enquanto no mandato de Bernardino Vasconcelos gastaram-se cerca de 16.400 euros”. Já no que diz respeito a outro caso, diz a acusação que, “enquanto presidente do conselho de administração de uma empresa pública municipal,
Trofapark, juntamente com outro arguido que era administrador executivo desta empresa, a ex-autarca entregou a exploração do bar do complexo das piscinas municipais a um trofense, Agostinho Lima, também arguido, o qual, de 2 de dezembro de 2010 a 1 de abril de 2012, não pagou qualquer renda pela exploração do espaço comercial, nem liquidou qualquer despesa relativa aos forne-
cimentos de água, eletricidade e gás, despesas suportadas integralmente pela empresa municipal”. Na primeira audiência de julgamento, Joana Lima negou todas as acusações, afirmando que acima de tudo defendeu “sempre o interesse público”. Com estas contratações, a Câmara Municipal da Trofa “diminuiu para metade os valores gastos em mecânico e para um quarto dos
valores gastos em flores”, tendo a defesa da arguida “entregue documentos que demonstram esta diminuição”. Ainda de acordo com a defesa, a autarquia da Trofa “comprou e contratou a mesma tipologia de serviços a outros fornecedores”. Em relação ao contrato de arrendamento do bar do Aquaplace, os arguidos, através da defesa, “entregaram documentos que demostraram que Agostinho Lima não tem nenhum valor por liquidar e que o negócio não lhe foi vantajoso”. A defesa invocou ainda que “Agostino lima pagava 500 euros de renda mensalmente, adiantando que atualmente o bar do Aquaplace está a ser explorado por outra entidade com um contrato de cem euros mensais, com despesas de luz e água a cargo do Aquaplace”. Juntamente com Joana Lima, o MP acusou mais dois arguidos - o administrador executivo da empresa municipal Paulo Ferreira do Amaral e Agostinho Lima de, em coautoria, praticarem um crime de participação económica em negócio. A próxima audiência está já marcada para a próxima semana.
Investigação ao acidente no Rali Sprint de Guimarães quase concluída
A investigação ao acidente no Rali Sprint de Guimarães, a 7 de setembro do ano passado, que vitimou mulher e filho de piloto da Trofa, está quase concluída. Segundo o JN, o relatório pericial aponta “falhas à adaptação das rodas do Renault Clio como um dos motivos para o acidente, não descartando a hipótese de negligência”. Sara A raújo Cátia Veloso
As conclusões mecânicas e técnicas do relatório pericial do veículo dão especial destaque para falhas à forma como o eixo traseiro foi alargado em ambas as rodas. De acordo com fonte próxima do processo, “esta adaptação é uma técnica conhecida por pilotos e mecânicos, como ‘espaçadores’”. “Trata-se de inserir uma peça, em forma de anel, junto ao disco da roda de forma a que esta fique mais saliente, assim o Renault Clio de Hélder Macedo conseguia derrapar e fazer melhor as curvas”, acrescentou. De acordo com informação avançada pelo JN, “a alteração fez com que a força resultante da fricção do andamento passasse a ser exercida no bloco de suporte, causando folga
nos parafusos”. O mesmo relatório acrescenta que o alargamento foi de quase cinco centímetros, uma medida “pouco aconselhável”. Recorde-se que o despiste deu-se depois da meta, numa subida em zona de abrandamento. Sabe-se agora que o veículo perdeu a roda traseira do lado esquerdo antes de bater nas bermas dos dois lados e ter colhido oito pessoas, causando três vítimas mortais, Maria Cândida Fernandes de 48 anos e o seu filho, Adriano Fernandes Maia, de 8 anos, de Santiago de Bougado, concelho da Trofa, e ainda Bruno Filipe Lopes, de 13 anos, de Vizela. O Ministério Público também investigou o estado da via, as condições climatéricas e inquiriu testemunhas, mas ao que tudo indica, o alargamento do eixo vai ser a principal razão apontada para o despiste.
No âmbito desta investigação, o Ministério Público pode inferir acusação contra quem entenda ter tido responsabilidades na adaptação do carro ou arquivar o processo. Caso haja acusação, as famílias podem avançar com um pedido de indemnização cível. O JN adianta ainda que “sabe que o despacho pode resultar em acusação de três crimes de homicídio por negligência, cuja pena máxima pode atingir os cinco anos de prisão em cada um deles, caso se entenda que houve negligência grosseira”. Paralelamente, decorreu a investigação da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting, que concluiu que “não se detetou nenhuma falha de organização ou segurança na prova”. Em abril, a mesma Federação instituiu um processo disciplinar a Augusto Lopes, presidente do
colégio de comissários desportivos daquela prova, com base em “factos apurados pela Comissão de Inquérito ao acidente”. Desconhecendo-se os factos em causa, cabe ao colégio de comissários verificar todos os aspetos da prova.
Desde setembro que o Motor Clube de Guimarães continua com a atividade suspensa, por vontade da direção, que resolveu parar as provas devido “ao grave acidente que marcou de forma dramática o Rali Sprint de Guimarães”.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 12 JUNHO 2015
Atualidade
Nova “nega” do Parlamento à construção do metro da Trofa
Atanagildo Lobo
Na madrugada de 5 de junho, um autocarro com cerca de meia centena de trofenses, a maioria residente na freguesia do Muro, rumou a Lisboa para reivindicar a construção da linha do Metro. Regressou à Trofa com resposta negativa dos deputados Isto vai meus amigos, isto vai que sustentam o Governo. De um poema de Ary
O
Trofenses rumaram a Lisboa, mas viram deputados do PSD e CDS reprovar construção do Metro até ao primeiro semestre de 2016 Cátia Veloso
E
m menor número, mas movidos pela esperança que teima a resistir, os trofenses voltaram a rumar a Lisboa para apelar aos deputados da Assembleia da República a viabilização da proposta do Partido Comunista Português (PCP) para a construção da linha de metro ISMAI-Trofa até ao primeiro semestre de 2016. Voltaram para a Trofa com a resposta negativa dos deputados dos partidos que sustentam o Governo, o PSD e o CDS, e com a abstenção do PS. “Venho muito descontente por aquilo que vi. Sabe o que eu lhe digo? Aquilo (Parlamento) é tudo uma máfia e acho que não torno a lá ir, porque vê-se nitidamente que eles só estão lá para votar contra nós”, desabafou Maria Sousa, mal saiu do autocarro que os trouxe, de volta, à freguesia do Muro. Embalada, Clara Costa atirou: “Estão a brincar connosco. A única coisa que tínhamos no Muro era o comboio. Agora, nem comboio nem metro. Somos uns desgraçadinhos”. Apesar de reconhecer que as pessoas estão a ficar “desiludidas e desanimadas”, Clara é daquelas que não vai desistir. “Foi a segunda vez que fui a Lisboa, mas irei a terceira e a quarta se for preciso”, garantiu. Também indignada com o que assistiu na Assembleia da República, Odete Madureira considera que o que se passou foi “uma palhaçada”. “Tenho pena que os nossos filhos acreditem neste Governo que não presta. Brinca com o sentimento das pessoas”, asseverou.
Apesar de “recear” o desfecho que se confirmou, os elementos do PCP tinham esperança que o dia 5 de junho marcasse a evolução do processo. “O governo vem dizendo nos últimos tempos que a crise já foi ultrapassada e que já tem algum dinheiro nos cofres e, por isso mesmo, os critérios que ele utilizava para não fazer a obra tinham sido ultrapassados. Foi por isso que o nosso Grupo Parlamentar achou por bem voltar a apresentar o projeto de resolução acerca do metro da Trofa, que mais não é do que fazer cumprir aquilo que foi aprovado em 2012, tendo apenas acrescentado um prazo para que isso fosse cumprido”, explicou Paulo Queirós, da secção do PCP da Trofa, que viajou com a população. O comunista acrescentou que o prazo “podia ser negociado”, mas “ninguém fez nenhum comentário” sobre o mesmo. PSD Trofa considera que foi dado “um passo em frente” Em comunicado, o PSD da Trofa afirmou que foi dado “um passo em frente”, uma vez que “os deputados do Distrito do Porto do Partido Social Democrata garantiram que não se realiza mais nenhuma obra do Metro no País sem a construção da linha do metro até ao Muro” e que o compromisso “é subscrito pelo secretário de Estado dos Transportes e pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR)”. “A votação dos deputados da coligação no projeto de resolução subscrito pelo Partido Comunista demonstrou responsabilidade e respei-
to pelos Murenses, pelos Trofenses. Seria mais fácil adotar uma atitude eleitoralista, votando a favor do mesmo sabendo que o prazo apresentado no referido projeto não era exequível. A aprovação deste projeto seria uma irresponsabilidade pois é público que seria impossível cumpri-lo”, pode ler-se ainda no comunicado. Esta tomada de posição não agradou aos murenses. “Que passo em frente? Eu queria era que o presidente (da Câmara) tivesse ido connosco. Estou muito descontente e na próxima vez não tem os nossos votos. Pode crer que, por mim, nas próximas eleições, ganhava o PCP na Câmara e na Junta”, afirmou Maria Sousa. Odete Madureira também apontou o dedo ao presidente, Sérgio Humberto: “Gostava que ele viesse ter connosco e dissesse qual foi o passo que nós demos. Não demos passo nenhum para a frente, mas, sim para trás, muitos para trás, porque nós fomos para Lisboa sem saber de nada e viemos a saber muito menos”. Paulo Queirós apelidou o comunicado dos sociais-democratas como “treta”. “Houve deputados de partidos que sustentam o Governo que votaram contra o projeto de resolução e que, na Trofa, garantiram que o metro vinha neste mandato. Não há Metro, porque o PSD e o CDS não querem”, sublinhou. Paulo Queirós garantiu também que a reivindicação não acabou: “Os Murenses e os Trofenses são gente que luta até ao fim.
s tempos mudaram. O medo grassa. O povo encolhe-se. A miséria espalha-se. E eu... também estava receoso. Nestes tempos... encher uma avenida da liberdade, do marquês até aos restauradores, em Lisboa, não é fácil. Por isso questionei-me se era boa estratégia, questionei o PCP e a CDU sobre o êxito? Duvidei... mas, «um passo atrás são sempre dois em frente/e um povo verdadeiro não se trai/não quer gente mais gente que outra gente», e foi um sucesso. No dizer de Luís Pedro Nunes, no «eixo do mal», uma vitória por dez a zero. Na comunicação social reside o silêncio, a omissão. Uma coisa dos partidos do centrão ou da direita é repetida à exaustão. Uma manifestação da CDU com mais de 100.000 pessoas já não é notícia no dia seguinte, nem merece qualquer palavra dos comentadores. Por isso também estas palavras, para que o povo trofense saiba que aconteceu. Lá foi o autocarro do nosso concelho com os 55 trofenses que participaram nessa maré cheia de gente «a força do povo» promovida pela CDU. As nossas palavras de ordem juntaram-se às outras, sem esquecer as nossas específicas alusões ao metro, cujo chumbo na AR dos partidos da maioria acontecera no dia anterior, mais uma vez, perante a proposta de resolução do PCP, ao roubo das freguesias e ao desbaratar do património com esta privatização descarada e maldosa da TAP. Só quando nos aproximamos dos Restauradores nos apercebemos da grandiosidade da manifestação ao olhar para trás e constatar a avenida transbordante de ativistas e simpatizantes da CDU. «Isto vai meus amigos isto vai» e, paulatinamente, caprichosamente, alegremente, se ia enchendo a praça, onde se concluía mais
CRÓNICA
uma jornada, mais uma luta que seria o princípio da próxima pois «o que é preciso é ter sempre presente/que o presente é um tempo que se vai/e o futuro é o tempo resistente». A coligação de direita nada tem a oferecer aos portugueses. Apenas a continuação da austeridade, o agravamento das leis do trabalho, a baixa do valor do trabalho, das pensões e das reforma, o fim do tratamento de muitos doentes por razões económicas e o desmantelamento do serviço nacional de saúde... ou seja... mais pobreza. Infelizmente o PS trilhará o mesmo caminho... com mais moderação... de forma mais contida... mas transportar-nos-á para mesma estação. As bandeiras, as faixas e os estandartes que desciam no passado sábado a avenida da liberdade transportavam a confiança da alternativa, o vermelho da luta, o verde da esperança e o azul da harmonia e da paz. As gargantas roucas gritavam os valores conquistados em Abril que nos deram uma vida melhor e a possibilidade da luta. E os punhos levantados expressavam a mudança, o querer que «depois da tempestade há a bonança/que é verde como a cor que tem a esperança/quando a água de Abril sobre nós cai. No regresso carregávamos a força, a coragem e a vontade de lutar, mas também a certeza de que temos um país que vale a pena e um povo que tem todas as condições para triunfar contra todas as «inevitabilidades». Ultrapassaremos as amarguras, as dificuldades com trabalho, perseverança, com justiça e uma equitativa repartição da riqueza (sem isto nada se consegue). Daremos a volta ao resultado, recuperaremos a soberania nacional e faremos um Portugal para os portugueses. «O que é preciso é termos confiança / se fizermos de maio a nossa lança / isto vai meus amigos isto vai.».
Nota de retificação Na edição 526 do NT, no texto “Marchas e Zé Amaro encabeçam cartaz do S. João em Guidões”, foi referido que Otília Gonçalves liderava a Comissão de Festas, quando na realidade é apenas um dos elementos da mesma.
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12 JUNHO 2015 O NOTÍCIAS DA TROFA
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Atualidade
Municípios da AMP descontentes com verbas do Portugal 2020
João Mendes
CRÓNICA 12.580 euros em guarda-sóis
pouco transparentes
N
o admirável mundo novo dos ajustes directos, uma novidade surgiu na passada semana. Quiçá empenhado numa política de maior transparência, o executivo camarário celebrou a 1 de Junho um novo contrato para a “Aquisição de Guarda-Sóis para o Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro” com a empresa Brasolar, Lda. no valor de 12.580,00€, contrato esse que, à semelhança do que vem sendo habitual, não foi disponibilizado na plataforma governamental Base, tendo sido substituído por uma declaração na qual o presidente Sérgio Humberto informa, socorrendo-se de dispositivos legais, que “o procedimento fica dispensado da redução a contrato escrito”. Interessante que, noutras ocasiões, ajustes directos de igual complexidade e até de menor valor tenham visto os respectivos contractos tornados públicos. Desta vez, estranhamente, o contracto – se é que existiu lugar ao mesmo – foi pura e simplesmente descartado e substituído pela dita declaração que citei e que o caro leitor poderá encontrar na íntegra seguindo a ligação http://www.base.gov. pt/base2/rest/documentos/115026. Que motivo terá levado os nossos responsáveis políticos a cortar com a regra e a abrir uma excepção que configura, em termos práticos, uma ocultação dos termos contratuais, vedando o acesso ao cidadão comum? Haverá aqui alguma coisa a esconder? Ficamos portanto a saber que existe um contrato por ajuste directo para a aquisição de guarda-sóis para a obra dos parques, relativamente ao qual não nos é revelada informação a que habitualmente temos acesso. Estando-nos então vedado a acesso a essa informação, olhemos para esta aquisição: 12.580,00€ em guarda-sóis.
Não tendo eu qualquer conhecimento na área dos equipamentos de protecção contra as radiações ultravioleta, é-me no entanto possível apresentar aqui alguma matemática. Como o acesso ao contrato nos foi vedado, não dispomos de informação sobre quantos guarda-sóis foram adquiridos neste processo. Se assumirmos que se trataram de 100 unidades, cada guarda-sol terá o custo de 125,80€. Caso tenham sido 50, o custo unitário sobe para os 251,60€. Se estivermos a falar de 10 unidades, então teremos com certeza uns belos guarda-sóis de última geração, pelo menos a julgar pelo preço de 1.258,00€ cada. Infelizmente, e porque a informação está apenas acessível à cúpula do poder local, todos estes valores não passam do campo de uma especulação que nos é permitida fazer já que os 12.580,00€ gastos neste ajuste directo opaco são de todos nós. Ficarei portanto a aguardar, com expectativa, e após algumas inaugurações antecipadas e parciais, que me remetem para um passado não muito distante em que as hoje tão silenciosas hostes do PSD e do CDS-PP criticavam o PS por fazer com a inauguração do Parque das Azenhas mais ou menos o mesmo que o executivo Sérgio Humberto está a fazer com a inauguração da obra dos parques Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro, pelo dia em que a verdadeira inauguração desta obra aconteça, dia em que poderemos finalmente conhecer estes controversos guarda-sóis enquanto desfrutamos de uma festa que, a julgar pelos mais de 60 mil euros envolvidos, será com certeza algo épico que tão cedo não sairá da nossa memória colectiva. Até lá, faço votos que o executivo regresse à boa prática de transparência que reside na revelação objectiva dos pressupostos dessa prática tão sua que são os ajustes directos.
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Os 17 municípios da Área Metropolitana do Porto não vão ter mais do que 60 milhões de euros para investir nas obras das escolas. A verba representa 36 por cento do total destinado à região Norte, mas fica muito aquém dos “400 milhões que as câmaras indicaram numa listagem feita há um ano”. Trofa não revelou quais os projetos que pretende ver financiados por fundos comunitários. Hermano M artins
A
informação é avançada pelo Jornal Público que adianta ainda que, “contrariando o que ficara combinado, o Governo fez já este ano a sua própria lista, sem explicar os critérios, e a metodologia não agradou, de todo, aos autarcas, que a vão alterar”. O Governo tinha definido um conjunto de regras para a definição de projetos a apoiar pelo Portugal 2020, que estão sujeitas a um mapeamento prévio, a aprovar pela Comissão Europeia (CE). E no caso de uma área como a Educação, estava previsto que a Área Metropolitana do Porto (como outra associação de municípios), elaborasse uma proposta concreta, com custos associados a cada intervenção. Em vez disso, e a poucos dias do prazo para a entrega da lista de obras, “o Conselho Metropolitano recebeu uma lista elaborada pela Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares (Dgeste), que distribui já 36,5 milhões de euros por 15 escolas de dez concelhos”, adianta o diário. A situação terá causado “acesa discussão no conselho metropolitano de sexta-feira, 5 de junho”. A Dgeste pretende usar boa parte dos fundos destinados à Área Metropolitana do Porto para intervenções em escolas que tutela (as escolhidas são quase todas EB 2/3 ou secundárias). Mas também
porque os autarcas, conhecedores do terreno, discordam da prioridade ou dos valores atribuídos a vários estabelecimentos. As críticas surgiram do presidente da Câmara de Valongo, José Manuel Ribeiro, que não encontrou, nesta metodologia, “um critério de defesa da escola pública, que privilegiasse a melhoria das condições nas escolas com piores resultados”. Numa reunião presidida pelo autarca de Santo Tirso, Joaquim Couto, devido à ausência de Hermínio Loureiro, o tema gerou uma discussão demorada, mas os autarcas presentes conseguiram chegar a um consenso. A lista da Dgeste “foi aprovada por causa dos prazos apertados, mas foi avaliada por todos os municípios, que podem indicar alterações que não interfiram com os valores atribuídos. Vão ser ainda acrescentados investimentos, no valor de 20,5 milhões de euros, a dividir pelos sete municípios não abrangidos por esta primeira lista”. Ainda de acordo com informação do público, “todos concordaram que Gaia, dada a dimensão da sua população escolar, deve ter direito a um reforço de três milhões, com o qual se alcançam os 60 milhões a que a AMP tem direito”. Contactado o Gabinete de Comunicação da AMP para facultar mais dados sobre esta matéria, adiantou que “o Pacto de Desenvolvimento e Coesão Territorial AMP 2020 (PDCT), que engloba
as propostas dos 17 municípios, foi discutido em dois Conselhos Metropolitanos (CmP)”. De acordo com a mesma fonte, “o PDCT que a AMP submeteu reivindica 79 milhões de euros dos fundos para a região Norte, distribuídos por quatro linhas orientadoras: eficiência energética (36 milhões), tecnologias de informação (11,6 milhões), educação (24,7 milhões) e inclusão social (7 milhões)”. Sobre o novo quadro comunitário, que prevê a contratualização direta de verbas com os municípios, “Hermínio Loureiro não escondeu, no CmP de 30 de abril, o descontento e a desilusão face aos montantes disponíveis, tendo sublinhado que os autarcas são bons executores e que podem ter mais ferramentas, assim como como verbas para gerir”. Tendo apresentado no PDCT projetos que a AMP considera ambiciosos e direcionados para os problemas da região norte, o Pacto vai agora ser negociado pela AMP junto da CCDRN – Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Norte. Contactada via email, a Câmara Municipal da Trofa não respondeu às questões formuladas sobre quais os projetos que quer ver realizados no concelho e que apresentou à AMP para serem financiados por fundos do novo quadro Portugal 2020.
Comunicado Alerta para possível burla A Delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa informa que não se encontra a realizar peditórios porta a porta na comunidade trofense alertando para a potencial burla que poderá estar a ocorrer. Informamos que todos os eventos de angariação de alimentos e de fundos para esta delegação são previamente dados a conhecer à comunidade através dos meios de comunicação social estando os intervenientes devidamente credenciados. Aproveitamos o momento para informar a comunidade que estaremos presentes no fim de semana de 20 e 21 de junho na loja Pingo Doce de Santiago de Bougado numa nova ação de recolha de alimentos sensibilizando, desde já, toda a comunidade a juntar-se a esta causa. A direção da delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa
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O NOTÍCIAS DA TROFA 12 JUNHO 2015
Atualidade
João Pedro Goulart assume comando dos Bombeiros João Pedro Goulart tomou posse, na sexta-feira, como comandante do corpo de Bombeiros da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa. Ema Guimarães Hermano M artins
J
oão Pedro Goulart volta a comandar o corpo de Bombeiros Voluntários da Trofa, dois anos depois de não ter sido renovada a comissão de serviço para se manter no comando da corporação da Trofa. A cerimónia solene de tomada de posse de João Pedro Goulart teve lugar no Salão Nobre da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa (AHBVT) na sexta-feira, dia 5 de junho. Até à data era Filipe Coutinho quem comandava o corpo de bombeiros da Trofa, exercendo interinamente funções, depois da sua própria demissão, por ser o bombeiro mais graduado para liderar a corporação. Bombeiro voluntário desde 1988, João Goulart volta a ocupar o lugar de Comandante da Corporação trofense com uma missão que passa, segundo o próprio, por “man-
ter uma gestão operacional, equilibrada, com o objetivo da sustentabilidade da corporação e da associação em si”. “É um desafio que se põe face ao perfil que se vem desenhando do bombeiro da atualidade e daquilo que se espera enquanto agente de proteção e socorro, enquanto técnico de socorrismo para o futuro”. Foram estas as primeiras palavras de João Goulart sobre o seu regresso às funções de comandante. Para Manuel Dias, presidente da Associação Humanitária, era impensável que “alguém viesse de fora do comando para tomar conta do corpo de bombeiros”. Considerando ser um risco elevado, já que dentro da Associação existem pessoas “com muita capacidade”, dando o exemplo de João Pedro Goulart. A máxima defendida por Manuel Dias de “aproveitar” as capacidades dos elementos que compõem o corpo de bombeiros é também defendida por João Goulart. “Há uma filosofia que nesta casa sem-
João Pedro Goulart volta a comandar o corpo de Bombeiros Voluntários da Trofa
pre reinou que é o comandante não vem de fora, é oriundo, é interno, é oriundo da estrutura. Os elementos do comando também serão oriundos da estrutura” afirmou João Goulart quando questionado sobre a escolha do segundo comandante. Na cerimónia de tomada de pos-
se, Manuel Dias referiu ainda a candidatura ao Portugal 2020 para a realização de obras no quartel. Com vista à melhoria das condições dos balneários dos bombeiros, Manuel Dias assegurou que se candidatura for aceite serão comprados cacifos maiores para
os soldados da paz da Trofa “puderem guardar os seus pertences”. O presidente da AHBVT salientou que o bem-estar dos bombeiros é uma prioridade já que “se tiverem boas condições, mais rapidamente correspondem às necessidades das nossas populações”.
Bombeiros chamados para resgatar Gineta Chama-se Gineta é um animal predador, carnívoro e não é permitido o seu abate em Portugal. Um destes animais teve de ser resgatado na tarde desta quinta-feira pelos Bombeiros Voluntários da Trofa de uma fundação, com cerca de quatro metro de profundidade numa obra em Lantemil, Santiago de Bougado. Eram cerca de 17.15 horas quando o alerta chegou ao quartel dos bombeiros atrevas dos trabalhadores que se encontravam na obra. A Gineta tinha caído no buraco e não conseguia sair sozinha daquele local. Dois elementos da corporação da Trofa com recurso a uma escada desceram ao fundo da perfuração para resgatar o animal que estava assustado e enrolado num dos cantos.
Apesar das tentativas para conseguir capturar o animal para depois o devolver ao seu habitat as tentativas tornaram-se infrutíferas mas a Gineta aproveitando a escada acabou por sozinha conseguir trepar e fugiu para parte incerta. A Gineta tem o tamanho de um gato doméstico, tem corpo alongado,patas curtas e cauda espessa e longa. O pelo
é de cor cinzenta com manchas escuras que tendem a ter uma orientação longitudinal. No centro do dorso essa manchas formam uma linha continua. A cauda é composta por oito a dez anéis escuros. O seu focinho é pontiagudo, de cor branca com duas manchas escuras de cada lado. Veja o vídeo em facebook.com/onoticiasdatrofa
Incêndio no Coronado e em Valdeirigo Três alunos da Escola Básica e Secundária do Coronado e Covelas terão ateado fogo, numa pequena área, na rua de acesso à empresa Socitrel, em S. Romao do Coronado. O alerta foi dado aos Bombeiros Voluntários da Trofa cerca das 14,30 horas e foi rapidamente debelado. A Guarda
Nacional republicana da Trofa esteve no local para identificar os jovens assim como para identificar os pais. Já cerca das 14,40 horas os Bombeiros da Trofa foram chamados para combater as chamas numa zona de pinhal e mata em Valdeirigo, na freguesia de Bougado.
No combate às chamas que destruíram cerca de um hectare de área estiveram três viaturas dos Bombeiros da Trofa, uma dos Bombeiros Tirsenses num total de sete homens e tiveram ainda o apoio de um helicóptero.
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12 JUNHO 2015 O NOTÍCIAS DA TROFA
Festa de final de ano letivo no Agrupamento de Escolas da Trofa
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Atualidade
Pelo segundo ano consecutivo, as associações de pais da Escola Secundária da Trofa e da EB 2/3 Professor Napoleão Sousa Marques juntaram-se para promover uma grande festa de final de ano aos alunos, a 5 de junho. Cátia Veloso Hermano M artins
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ma vez que a Escola Secundária ainda está em obras, fruto do projeto de requalificação levado a cabo pela empresa Parque Escolar, as associações de pais da Escola Secundária e da Escola Básica 2/3 Professor Napoleão Sousa Marques decidiram repetir a festa de final de ano letivo no polidesportivo do segundo estabelecimento de ensino. “Decidimos fazer esta realização em conjunto para dar uma nota de unidade das associações de pais”, salientou o presidente da Associação de Pais da Escola Secundária da Trofa (APEST), Edgar Silva, que anunciou a intenção de “manter” a atividade, também com a participação das escolas básicas do 1.º ciclo
Ainda com as obras a decorrer na Escola Secundária, a Associação de Pais tem já diligenciado atividades para que os encarregados de educação conheçam o projeto. “Levamos os pais à escola para fazer uma espécie de pré-inauguração, numa visita de charme para também mostrarmos aos pais dos alunos da EB 2/3, as condições que agora existem no estabelecimento”, explicou Edgar Silva. Os alunos foram os protagonistas da festa, com atuações de danFesta juntou alunos do Agrupamento de Escolas da Trofa ça e um musical, a que se seguido Agrupamento de Escolas da Tro- nal de unidade”, asseverou. de surgirem em duplicado, são apli- ram um espetáculo musical e a fesfa, que abrange os estabelecimentos Paulo Melro, presidente da Asso- cados numa festa melhor. Assim, ta das cores. No próximo ano, está de Santiago e S. Martinho de Bou- ciação de Pais da Escola Básica 2/3 conseguimos proporcionar um es- previsto que seja a vez da Escola gado. “Não queremos que estas dei- Professor Napoleão Sousa Marques, petáculo mais completo, o que cada Secundária, já com as obras conxem de ter as suas festas, mas que evidenciou a poupança de recursos associação, por si, não conseguiria cluídas, a receber a festa de final participem também nesta, num si- financeiros. “Há custos que, em vez fazer”, explanou. do ano letivo.
Festa da Escola de Feira Nova protagonizada pelas crianças A música e a ginástica acrobática marcaram a festa de final de ano letivo da Escola Básica de Feira Nova, no Coronado, na terça-feira, 9 de junho. “Mais de 300 pessoas” assistiram aos espetáculos protagonizados pelas crianças, desde o jardim de infância ao 4.º ano. “Todas as crianças colaboraram
e fizeram um espetáculo lindíssimo para os pais. Tivemos uma atuação de música, no qual os meninos cantaram em inglês, e de ginástica acrobática ensaiado pelo professor das Atividades de Enriquecimento Curricular”, contou Marta Alves, presidente da Associação de Pais. C.V.
Universidade Sénior de Rotary promove Festa de Final do Ano A Universidade Sénior de Rotary da Trofa vai realizar uma festa de encerramento do ano letivo 2014/2015, no dia 12 de junho, pelas 21 horas, no salão Polivalente da Associação Humanitária Bombeiros da Trofa. Este evento tem como principal objetivo promover alegria e bem-estar entre alunos
e famílias, mas também fazer com que haja mais conhecimento da Universidade Sénior do Rotary da Trofa. Na Universidade, os seniores têm oportunidade de frequentar diversas disciplinas para adquirirem novos conhecimentos, saber partilhar e conviver com aprendizagem.
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Atualidade
Procissão do Corpo de Deus uniu Santiago a S. Martinho
Nem o sol, nem o calor, nem mesmo a escassez de flores detiveram os paroquianos de Santiago e S. Martinho de Bougado de construir com pétalas, relva e várias plantas um tapete com vários quilómetros de comprimento para ligar as duas paróquias. A procissão do Corpo de Deus saiu à rua no domingo e nem mesmo o convite para um dia de praia demoveu centenas de fiéis. M agda M achado de A raújo Hermano M artins
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ilhares de pétalas de todas as cores, quilómetros de tapete meticulosamente desenhado no chão das Ruas de Santiago e S. Martinho de Bougado, fruto do trabalho de muitos paroquianos, serviu de cenário para a procissão que ligou a Igreja Matriz de Santiago de Bougado à Capela de Nossa Senhora das Dores. Debaixo de um calor abrasador, a procissão do Corpo de Deus partiu às 17.30 horas da paróquia de Santiago, rumo à de S. Martinho, num esforço de união entre
as duas comunidades. Este é o segundo ano que se realiza a procissão entre as duas paróquias e Luciano Lagoa, vigário e pároco de S. Martinho, adiantou que os fiéis “aceitaram o desafio lançado pelos párocos”. A procissão que ligou a Igreja Matriz de Santiago à Capela Nossa Senhora das Dores foi um dos momentos altos das celebrações e juntou várias centenas de pessoas. Para Luciano Lagoa, foi bom sentir que “a boa-vontade e o dinamismo ainda se conservam no povo cristão, particularmente no que respeita à festa do Corpo de Deus”. Já Bruno Ferreira quis deixar
“um profundo agradecimento às pessoas que deram o corpo, a cara, o trabalho, desde as que estiveram ligadas aos tapetes e flores, mas também aos estandartes, à preparação dos espaços, ao grupos da liturgia e confrarias”. “Foi um momento alto na comunidade e uma manifestação de fé lindíssima e profunda”, acrescentou.
Para os párocos, a comunhão entre Santiago e S. Martinho faz sentido em circunstâncias como esta. Luciano Lagoa sublinha a “manifestação da universalidade da Igreja” que ficou patente, enquanto Bruno Ferreira evidenciou o “trabalho meritório” das duas comunidades, que “deram o testemunho de uma Igreja unida”.
Depois da procissão, o espaço renovado do Parque Nossa Senhora das Dores em frente à capela foi palco de uma missa campal. As celebrações do Dia do Corpo de Deus ficaram ainda marcadas pela adoração eucarística com exposição do Santíssimo Sacramento e pela cerimónia de Canto de Vésperas Solenes.
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Atualidade
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O NOTÍCIAS DA TROFA 12 JUNHO 2015
Atualidade
Investigadores procuram Nasoni na cripta dos Clérigos Ossadas do projetista da Igreja de Santiago de Bougado estão a ser procuradas nos Clérigos
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nvestigadores que trabalham na cripta da Igreja dos Clérigos pretendem descobrir se é no Porto que está sepultado Nicolau Nasoni. Passados 242 anos do falecimento de Nicolau Nasoni, o arquiteto italiano, autor do projeto da Igreja Matriz de Santiago de Bougado, no concelho da Trofa, o Departamento de Ciência Viva da Universidade de Coimbra, pretende descobrir se é nos Clérigos que um dos mestres da arquitetura mun-
dial está sepultado. Existem mais de 20 sepulturas, 15 já foram analisadas e quatro delas correspondem ao perfil do arquiteto italiano. Os investigadores baseiam-se na idade e na roupa que são fatores a ser agora analisados meticulosamente. Eugénia Cunha, coordenadora do projeto declarou que entre as 15 sepulturas, existem, homens, mulheres, adolescentes, crianças e até um bebé com 28 semanas de gestação. A Igreja Matriz de Santiago de
Bougado, situada no Souto de Lagoa, em Santiago de Bougado, foi projetada por Nicolau Nasoni e classificada como Imóvel de Interesse Público e foi mandada construir em 1754 a expensas de D. Diogo Mourato, Bispo de Miranda que aqui havia sido abade. No interior destaca-se a boa qualidade dos altares de talha dourada em estilo rococó e o órgão ibérico do século XIX, construído pelo mestre organeiro Manuel de Sá Couto. D.M./C.V.
Padre Xavier celebra Bodas de Prata Sacerdotais A festa das Bodas de Prata Sacerdotais do padre Xavier Dias está marcada para dia 14 de junho com uma a missa que vai ter lugar às 11 horas na Igreja Nova de S. Martinho de Bougado, na Trofa. Depois da missa haverá um al-
moço convívio no quartel dos bombeiros. Xavier Dias chegou de Moçambique e nas próximas semanas encontra-se na comunidade paroquial até à celebração das suas Bodas de Prata. A.F./C.V.
Mostra de Etnografia em Cidai “Dar voz ao passado” é o nome da mostra de etnografia que o Grupo Danças e Cantares de Santiago de Bougado vai promover no dia 21 de junho, a partir das 15.30 horas. A iniciativa, que visa “recordar retalhos da vida dos nossos antepassados”, será realizada “na casa de Guilhermina e Joaquim
Torres”, no largo Manuel Canejo, junto à imagem de Nossa Senhora de Fátima, em Cidai, Santiago de Bougado. Durante a iniciativa, será retratada a chegada do moinho, a ida da mulher à fonte para buscar água, a chegada das lavadeiras do rio, a ida à feira, a vinda da romaria, entre outros. C.V.
Acidente na Avenida de Mosteirô
As alterações ao trânsito introduzidas na Avenida de Mosteirô, junto ao Parque Dr. Lima Carneiro, têm sido a causa de vários acidentes de viação. Esta segunda-feira, registou-se mais uma colisão entre dois veículos ligeiros.
A falta de sinalização no sentido Covelas /Trofa que indique aos condutores que se aproximam de uma estrada com prioridade, poderá ser uma das causas para a frequência destes acidentes.
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12 JUNHO 2015 O NOTÍCIAS DA TROFA
Eurico Ferreira é Comendador da Ordem de Mérito Empresarial
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Trofenses fantásticos
É da Trofa, terra onde nasceu, cresceu, formou família e fez “fortuna”. Foi esta quarta-feira reconhecido pelo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, sendo-lhe entregue a distinção de Comendador da Ordem de Mérito Empresarial – Classe de Mérito Industrial. Mantém-se ativo apesar dos 80 anos de idade e, além de muitas outras instituições que apoia, faz parte da direção dos Bombeiros Voluntários da Trofa. M agda M achado
E
de
A raújo
urico Manuel da Silva Ferreira foi reconhecido no Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas pelo Presidente da República como Comendador da Ordem de Mérito Empresarial – Classe de Mérito Industrial. “Eu estava no Porto quando recebi uma chamada da Presidência da República a dar conta de que eu iria ser homenageado através da atribuição de uma comenda, pelo senhor Presidente da República. Fiquei muito admirado e surpreendido, pois não contava receber tal distinção. Questionaram-me se eu estava disponível para a ir receber a Lamego e eu aceitei com muita honra”, garantiu Eurico Ferreira em entrevista ao NT. “Faço pelo meu próximo, porque posso melhor que a outra pessoa e tenho-me esforçado por ajudar dentro das minhas possibilidades e se todos fizéssemos um pouco, tudo seria melhor”, afirmou, sem deixar de frisar que o que faz “é por gosto e não à espera de contrapartidas”. Além de apoiar os Bombeiros Voluntários da Trofa e muitas outras instituições da Trofa e de outros locais, o empresário tem também apoiado ações de solidariedade e projetos em África e instituiu na Escola Secundária da Trofa um prémio de mérito, em dinheiro que é atribuído aos melhores alunos.
Esta distinção é, para Eurico Ferreira, uma forma “de reconhecer o trabalho e o mérito dos jovens e de os incentivar a chegar mais longe e a serem sempre os melhores”. O grupo PROEF, que nasceu depois da expansão da empresa Eurico Ferreira, está implantado em Portugal, Espanha, França, Alemanha, Malta, Angola, Moçambique, África do Sul e Colômbia. Foram dezenas de anos a trabalhar “de sol a sol” para conseguir criar o grupo que hoje detém e do qual é fundador. Eurico Ferreira, filho de Guilhermina e Joaquim, nasceu a 26 de outubro de 1934, no lugar da Esprela e começou a trabalhar aos dez anos. A 2 de janeiro de 1964, Eurico Ferreira abriu a sua própria empresa na área da montagem de sistemas eletricidade, numa dependência de uma casa, com cerca de 15 metros quadrados, onde iniciou atividade por conta própria, tendo o seu pai “como único funcionário”, contou ao NT o empresário. Já no início da década de 70, Eurico Ferreira começou a fazer trabalhos de eletrificação de loteamentos: “Dei início aos trabalhos para os serviços municipalizados da Câmara de Santo Tirso, para a elétrica de Famalicão entre muitas empresas. A EDP foi outra grande empresa com quem, logo a seguir à nacionalização, comecei a traba-
Distinção aconteceu esta quarta-feira, em Lamego
Eurico Ferreira foi reconhecido pelo Presidente da República com a Comenda da Ordem de Mérito Empresarial
lhar na construção e manutenção de redes elétricas”. A empresa foi crescendo, alargando o leque de serviços a prestar, fazendo crescer o número dos seus trabalhadores, que neste momento são cerca de 1400. “Há alguns anos, quando atingi o número 50 de funcionários pensava que tinha já atingido o limite de crescimento”, confidenciou o empresário. Eurico Ferreira reconhece a importância do trabalho desenvolvido quer pelas suas filhas quer pelos genros que foram “um apoio
imprescindível para que a empresa seja hoje da dimensão que é e tenha esta projeção”. “Tive sorte com as minhas três filhas e com os meus genros”, confidenciou o empresá-
rio que adiantou ainda esperar que os netos “sigam as pisadas dos avós e dos pais e deem continuidade ao trabalho de tantos anos”, concluiu.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 12 JUNHO 2015
Atualidade
Clube Slotcar com novo projeto musical
“Lotação esgotada” Workshop de Agricultura Biológica no Coronado
“Abrir o palco da área exterior do Clube Slotcar da Trofa a músicos locais, promovendo o seu trabalho e proporcionando aos frequentadores do espaço um cartaz musical rico na sua variedade” é a base do projeto “Slotcar Sounds”.
Workshop foi promovido pela APVC
A Associação para a Proteção do Vale do Coronado (APVC), realizou a 2ª edição da ação de formação em Agricultura Biológica, 6 de junho, no Coronado que contou com dezoito formandos, número superior às vagas inicialmente disponíveis. The Cover Van foi o grupo que deu início ao “Slotcar Sounds” Juliana Moreira Cátia Veloso
“A
ideia surgiu em contexto de reunião de direção do Clube Slotcar da Trofa, na qual debatíamos atividades através das quais pudéssemos dinamizar as instalações da nossa sede durante o período do Verão e ao mesmo tempo promover a vertente mais cultural da associação”, conta João Mendes, membro da direção da coletividade. O Slotcar Sounds teve início no passado sábado, dia 6 de junho e contou com a presença dos The
Cover Van. A estreia deste projeto correu como expectável “com casa cheia” e com um “feedback dos presentes muito positivo”. “ O objetivo é criar um espaço de entretenimento para as noites quentes de Verão que se avizinham, ao mesmo tempo que abrimos o palco do Clube Slotcar da Trofa a diferentes projetos musicais, essencialmente locais, que lhes permita apresentar o seu trabalho e ao mesmo tempo proporcionar bons momentos de animação aos nossos frequentadores”, frisou. O próximo espetáculo do Slotcar Sounds é já esta sexta feira, dia 12
de junho, com a festa de final de ano da Escola Secundária da Trofa que terá ínicio pelas 18 horas e contará com a participação de vários Dj’s. “Aproveito para reforçar o convite a todos aqueles que nos leem para que se juntem a nós, nas instalações do Clube junto ao Aquaplace. O espaço exterior está muito agradável, a oferta musical será variada e não apenas focada em um ou dois estilos musicais mainstream e o local, de fácil acesso, dispõe de amplo estacionamento. Motivos mais que suficientes para estarmos muito confiantes quando ao sucesso deste projeto”.
Livro “Inocência das Facas” reverte a favor da Cruz Vermelha A Cruz Vermelha Portuguesa Delegação da Trofa vai apresentar o livro “Inocência das Facas ” no dia 14 de junho, pelas 19 horas no Cine-Teatro Almeida Garrett, na Póvoa de Varzim. O lançamento do livro está relacionado com a temática da violência, é uma obra que mostra a construção de um mundo mais civilizado e habitável. O livro abre com um texto de José Saramago que David Pintor ilustra, e este é o modelo que acompanha toda a obra, que se desenvolve em pares. Presentes no lançamento vão es-
tar escritores e ilustradores sendo eles, Filipa Leal e João Vaz de Carvalho, Raquel Patriarca e Cristina Valadas, Manuela Costa Ribeiro e Anabela Dias, Marta Bernardes e Marta Madureira, Manuel Jorge Marmelo e Evelina Oliveira, Adélia Carvalho e Patrícia Figueiredo, Valter Hugo Mãe e Teresa Lima, Inês Fonseca Santos e Alex Gozblau, Emílio Remelhe e Gémeo Luís, Álvaro Magalhães e Maria Remédio e Afonso Cruz. O encontro passa por mostrar episódios relacionados com: casos de todos os dias e de muitas vidas; encontros de sensibilidades de es-
critores e ilustradores, de palavras e imagens que sugerem gestos e comportamentos, vidas interiores, o calor ou o frio dos sentimentos, dos objetos e dos espaços de personagens, de pessoas (e de animais) em que o leitor se (re)vê ou reconhece o mundo que o rodeia. O livro tem um custo de 10 euros e todo o valor angariado na venda reverte na totalidade para a Cruz Vermelha Portuguesa, Delegação da Trofa e acolheu já o apoio das autarquias do Porto, de Vila Nova de Famalicão e agora da Póvoa de Varzim. A.F./C.V.
Segundo a formadora, Atimati, agricultora biológica há mais de 30 anos e guardiã de sementes, o workshop “correu muito bem” e contou com “algumas novidades”. Durante esta formação foi abordada a importância do tipo de alimentação que hoje em dia está a “causar quase todas as doenças modernas, como cancro e ataques cardíacos fulminantes”. Também identificaram algumas plantas selvagens úteis “para a agricultura como para a nossa alimentação”. Recorda-se que no workshop foram abordados temas como a produção de caldas vegetais para bio-fertilização, fungicidas e pesticidas e ainda oferecidas sementes raras, como a courgete branca, rara em Portugal, sementes de Rubia tinctoria (granza) e Isactis tinctoria (pastel), plantas que servem para tingir lãs. Atimati, levou ainda sementes de Nigela sativa (cominhos pretos), “uma erva pouco conhecida no país que serve para aromatizar sobretudo bolos e pão”. Para além de aromatizar, o óleo desta planta ajuda “a
matar células cancerosas” sem prejudicar as “células saudáveis”, um problema ainda sem solução, da quimioterapia. Cada vez mais, a agricultura biológica está a crescer em Portugal, como no resto do mundo, e segundo a formadora “o uso de adubos sintéticos está a provocar o aparecimento de novas pragas e doenças nas nossas culturas”. Hoje em dia, começa-se a perceber que os alimentos criados com adubos e pesticidas apenas resultam em “estarmos cada vez mais doentes, obesos e mal alimentados”. A agricultora biológica afirmou que as “plantas doentes e fracas, apesar de produzirem muito, não nos alimentam, apenas nos enchem” e que “felizmente, os novos agricultores, já estão bem mais informados e não se deixam encantar por lucro fácil a curto prazo e desgraça a longo prazo”. Esta iniciativa tem como objetivo explicar o método de produção biológica, com indicação de práticas amigas do ambiente. S.A./ C.V.
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Atualidade
Padre Alberto em Roma com Papa Francisco
Alberto Vieira é bem conhecido de todos no concelho da Trofa. Missionário Comboniano, há 34 anos fez os votos de consagração, natural da freguesia de Santiago de Bougado, na Trofa, está de volta a Portugal depois de muitos anos em missão em Moçambique. No início de junho, esteve em Roma, onde se encontrou com o Papa Francisco. M agda M achado
de
A raújo
“F
oi como se eu tivesse saído da realidade”. Esta foi a forma que o Padre Alberto Vieira encontrou para definir como se sentiu ao encontrar-se “cara a cara” com o Papa Francisco, durante uma viagem a Roma. “Ele (Papa) entrou exatamente pela porta junto a mim, eu estava na primeira fila e quando abriram a porta e veio o Papa senti aquela sensação de ele vir ao meu encontro. E então depois, essa sensação de estar diante de um homem de Deus permaneceu durante todo o tempo, seja da sua intervenção que ele fez, numa receção muito bonita sobre a missão, porque todos os que lá estávamos éramos responsáveis a nível mundial das obras missionárias”. Alberto Vieira adiantou ainda que no final do encontro foi ter com o Papa, pois levou “umas pagelas que queria que o Papa abençoasse para dar aos amigos”. “Falei-lhe da missão que tinha estado durante 25 anos em Moçambique”, relatou. Classificando o Papa Francisco como “um homem muito acessível, duma simplicidade ímpar e a sorrir para todos” e “um homem verdadeiramente profeta, porque é capaz de intervir nas situações concretas, sejam políticas, para a igreja, para o mundo ou para a ecologia”. “Demonstrou ser um homem ao serviço da nova huma-
nidade”, sublinhou. Alberto Vieira vai ficar um ano em Famalicão Regressou de Moçambique no verão passado para fazer “um ano sabático”, uma vez que “há já 15 anos que não parava para rezar, para meditar e para fazer avaliação da vida missionária”. “Até ao Natal estive em Paris, onde tinha feito a minha especialização no final da década de 80, que terminei já depois de ser padre e estive lá a rever algumas matérias que tinha já estudado. Depois fui para Roma e participei num curso durante alguns meses, com outros colegas de todo o Mundo, da América, da África e, sobretudo, da Europa e que estamos a trabalhar nas missões”, contou. A 29 junho, o padre Alberto Vieira completa 34 anos de consagração missionária comboniana que considera “como um dom de Deus”. “Para mim e para os outros. Para os outros, através da minha atividade e entrega aos irmãos por amor de Deus, segundo o carisma de Daniel Comboni e para mim porque a diversidade das culturas de pessoas de situações históricas de continentes onde me encontrei, porque estive também um ano na América Latina, além de ter estado tantíssimos em África em Moçambique e aqui na Europa. Tudo isto é um enriquecimento único que eu não teria se não
Alberto Vieira encontrou-se com Papa Francisco
tivesse verdadeiramente assumido e colhido o dom que Deus me fez; chamava-me a viver a vocação missionária comboniana. Alberto Vieira fez uma retrospetiva da sua vida missionária, que teve “momentos muitíssimo importantes, alguns muito dolorosos como o tempo da guerra em Moçambique”, com “marcas” que não esquecerá, mas que considera como “um dom de Deus”, porque “é um modo também no sofrimento de podermos sentir, viver e ser com e para o povo”. “Ao comemorar os 34 anos olhei para trás e vi que tudo é graça e que tudo foi dom aquilo que o Senhor me deu”, adiantou. “Agora vou ficar por cá. Estive em Moçambique nos últimos oito anos, fiz um ano sabático e agora fui destinado aqui ao seminá-
rio de Famalicão, onde tinha trabalhado alguns anos até ao momento de partir para Moçambique em 2006. Tinha ido na primeira vez em 1989, depois vim e estive alguns anos em Famalicão e em 2006 regressei a Moçambique. Estou em Famalicão para continuar o trabalho seminário de animação missionária e vocacional, procurando que o espírito missionário da nossa igreja local portuguesa em Portugal em geral, mas em particular na Sé de Braga e nas nossas paróquias de S. Martinho e Santiago de Bougado se mantenha este espírito missionário. É para isso que eu agora vou ficar aqui no seminário de Famalicão”, explicou o sacerdote. Alberto Vieira sente-se acarinhado na Trofa onde tem família e muitos amigos, que “estão sem-
pre em sintonia e comunhão com o serviço missionário e manifestam-no de tantas maneiras, com um sorriso, até na missa ou ainda no passado domingo na procissão ao passar por tanta gente que me estava a rever depois destes meses ausente e então a preocupação em querer saudar-me a querer dizer-me um olá são sinais do carinho e de amizade”. “Não posso nunca deixar de ter presente estas pessoas e agradecer ao senhor por ser de uma terra tão boa como a Trofa”, assinalou. Alberto Vieira deixou ainda um desafio: “Quero aproveitar para convidar todos os leitores do nosso jornal a visitar o nosso seminário, porque a nossa casa está sempre aberta, para acolher a todos tal como nos ensina o Papa Francisco” concluiu.
Aulas de zumba para apoiar Cruz Vermelha “A presença, o dinamismo, a mensagem que passa, o exercício físico em si e o alertar para algumas problemáticas” foram alguns dos pontos apontados por Daniela Esteves, presidente da Cruz Vermelha - Delegação da Trofa, para elogiar a nova atividade das manhãs de domingo do Clube Slotcar da Trofa. A decorrer durante todo o mês de junho, as aulas de zumba fitness nas manhãs de domingo do Clube Slotcar da Trofa, têm como objetivo a dinamização da sede da coletividade bem como o apelo à angariação de géneros alimentares para ajudar a Cruz Vermelha da Trofa. No domingo, 7 de junho, para
além da aula de zumba, os participantes contaram com a presença de André NO, músico trofense, que garantiu um aquecimento com ritmos musicais, bem como a participação de Paulo Martins, enfermeiro, que através da Cruz Vermelha, veio alertar para alguns cuidados que são necessários na alimentação. “A missão da Cruz Vermelha é muito ampla e nós também devemos alertar para problemáticas, falar sobre hábitos de vida saudáveis, sobre a proteção solar e sobre cuidados de saúde. Tínhamos de dar o nos- Aulas servem para angariar alimentos para a Cruz Vermelha so contributo, através de um pro- casse mais enriquecida”, afirmou da Trofa da Cruz Vermelha “o fissional, a quem desde agradeço, Daniela Esteves. balanço é positivo” e “iniciativas e que permitiu que a atividade fiPara a presidente da delegação como estas serão o início de uma
forte parceria entre esta instituição e outras”. J.M./C.V.
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Desporto
Bougadense disputa 3.º lugar da 2.ª Divisão com Nevogilde
Findo o campeonato da 2.ª Divisão distrital, os treinadores do Bougadense e o S. Romão fizeram o balanço da prestação das equipas. Cátia Veloso
O
Atlético Clube Bougadense vai defrontar a 21 de junho o Nevogilde, num jogo de apuramento do 3.º e 4.º lugar da 2.ª Divisão da Associação de Futebol do Porto. A partida está marcada para as 15 horas e será realizado no Estádio Comendador Abílio Ferreira de Oliveira, em S. Martinho do Campo, Santo Tirso. Este jogo marcará o encerramento da temporada da equipa que, terminou o campeonato com uma vitória diante o Toda-a-prova por 2-3. Vinte e cinco vitórias, seis empates e três derrotas marcaram o trajeto da equipa que garantiu o 2.º lugar, com 81 pontos, marcando 93 golos e sofrendo 29. O início do campeonato foi o período mais difícil para o treinador Agostinho Lima, que abraçou um projeto arriscado, mas que se revelou vencedor. “Fiz um grupo composto, na sua maioria, por jovens da terra que estavam sem jogar e que não tinham capacidade para jogar noutros clubes devido à distância. Alguns já estavam há quatro e cinco anos sem competir, outros não estavam habituados a jogar em campos pelados e outros ainda que nunca tinham jogado em campeonatos do
escalão de seniores. Foi uma experiência completamente diferente para eles”, contou em declarações ao NT. Se inicialmente o objetivo era ficar nos cinco primeiros lugares, com o desenrolar do campeonato os resultados davam sinais de que era possível sonhar com mais. “Quando nos apoderamos do 2.º lugar, fizemos questão de nunca mais sair dessa posição”, afiançou o técnico. O facto de não haver ordenados, mas apenas prémios de jogo, que “estiveram sempre em dia”, facilitou o trabalho de Agostinho Lima: “Como não havia valores em atraso, tornou-se mais fácil gerir o balneário, porque o grupo manteve-se unido em prol do objetivo”. Para a próxima época na 1.ª Divi-
são distrital, o treinador espera “ficar com o máximo de jogadores do plantel e fazer alguns ajustes”, decorrentes da possível saída de atletas que “já foram aliciados por outros clubes”. “Vamos querer andar nos cinco primeiros lugares e, por que não, subir novamente. O objetivo é ganhar todos os jogos”, concluiu. S. Romão acaba em 14.º lugar Já o Futebol Clube S. Romão acabou o campeonato em 14.º lugar, com 33 pontos, distribuídos por dez triunfos, três empates e 21 derrotas. Na última jornada, a formação romanense perdeu com o Monte Córdova por 3-1, numa partida decisiva para os tirsenses, que ainda almejam por um lugar na 1.ª Divisão.
S. Romão somou dez vitórias, três empates e 21 derrotas
Bougadense acabou no 2.º lugar da série 1 da 2.ª Divisão, com 81 pontos
Quanto ao “goal average”, o S. Romão apresenta um saldo negativo, devido ao elevado número de golos sofridos (84) em relação aos golos marcados (56). Em entrevista ao NT, Toni, treinador que tomou conta do clube romanense na parte final do campeonato, afirmou que “quando se pega numa equipa numa altura como aquela, as probabilidades das coisas não correrem bem são muito grandes”, mas “neste caso, não aconteceu assim”. “Conseguimos fazer uma avaliação rápida das necessidades do coletivo e do potencial dos atletas e em função disso construímos uma identidade e corresponder àquilo que a direção nos pediu. A equipa apresentou qualidade, fez bons resultados, há um e outro jogo menos positivo
como com o Bougadense e o Fânzeres, mas na generalidade quando não ganhamos demos boa imagem. Fizemos uma boa ponta final, em que não só recuperamos os pontos que perdemos para outras equipas como também ultrapassamos algumas na tabela classificativa”, frisou. Toni mostrou vontade de continuar a treinar o S. Romão, mas espera que “haja um projeto mais ambicioso, com outro tipo de condições e de recursos humanos”. “Gostaríamos de algo que pudesse testar a nossa competência, com um pouco mais de organização. No S. Romão, fazemos isto quase por amizade e bairrismo, porque esta época fizemos de treinadores, psicólogos, gestor de recursos e até de diretores”, contou.
Bougadense promove Torneio Summer Cup Uma das operações de charme do novo departamento de formação do Atlético Clube Bougadense começou no dia 6 de junho com o Summer Cup. O torneio prolonga-se até julho, aos fins de semana, e foi anunciada a participação de 175 equipas e cerca de 2500 atletas. O primeiro escalão a entrar em ação foi o de benjamins sub-10 e foi representado por equipas da Trofa e de outros concelhos. Jorge
Almeida explicou que vão ser realizados mais cinco torneios, que vão abranger os escalões desde os benjamins aos juniores. Com um projeto ambicioso, o departamento de formação iniciou as captações a 1 de junho. “Tivemos muitos atletas a chegar de outros clubes, essencialmente da Trofa e do futsal”, contou. Criar uma academia de futebol que abranja todos os escalões de formação, incluindo juniores e se-
niores femininos é o objetivo de Jorge Almeida. “Precisamos de dinamizar todo este complexo. Este ano é de arranque e encontrar um caminho certo para a formação. Esta época vamos apostar na subida da equipa de juniores masculinos. Quanto ao futebol feminino, uma equipa é certa, que é o o escalão sénior, e outra está com captações abertas”, afiançou.
Benjamins B foram os primeiros em ação no Parque de Jogos da Ribeira
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12 JUNHO 2015 O NOTÍCIAS DA TROFA
Atletas da Trofa em destaque
Atletas do Ginásio destacaram-se em prova
O Ginásio da Trofa participou no 10.º Grande Prémio de Atletismo, no dia 7 de junho, nas Caldas das Taipas, que contou com vários escalões e diferentes distâncias percorridas. Foram vários os atletas que representaram a associação entre os quais Tiago Silva, 1.º classificado nos dez mil metros em juniores masculinos, Elsa Maia 2.ª classificada nos quatro mil metros em Juniores Femininos e Tetyana Cavrysyuk nos mil metros em Infantis Femininos, Sandra Sá 3.ª classificada nos dois mil metros em Iniciadas Femininos e João Ferreira classificado em 9.º lugar em Seniores Masculinos aos dez mil metros. Já o Atlético Clube Bougadense participou no 6.º Grande Prémio Bernardino Machado em Famalicão, os atletas Juniores representantes foram Luís Campos que
conquistou o 3.º lugar e Fábio Rodrigues ficou em 7.º lugar. Nas provas de atletismo das Trofiadas, a atleta Tatiana Soares ficou em 1.º lugar sagrando-se campeã no escalão B e Mariana Costa ficou em 2.º lugar como vice campeã. Atleta da Trifitrofa em duas competições António Neto, atleta da Trifitrofa, esteve presente no Grande Prémio Bernardino Machado, no sábado, 6 de junho. Entre 886 atletas, o atleta cumpriu os dez quilómetros e classificou-se no 9.º lugar, no escalão de veteranos M55. Também no feriado, dia 10, António Neto esteve no Grande Prémio de Mira, onde concluiu os mais de sete quilómetros no 11.º lugar, em veteranos M55. A.F./C.V.
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Desporto Bilhar
Clube Slotcar na luta pelo título de campeão nacional de pool Juliana Moreira Cátia Veloso
“A
moral da equipa está elevada e como grupo unido que somos, vamos mais uma vez, entrar na Fase Intermédia com o objetivo de sermos uma das oito equipas apuradas para discutir o título de Campeão Nacional de Pool Português”, afirmou Pedro Forte, diretor desportivo, após o sorteio que ditou o Sporting Clube de Portugal como sendo o primeiro adversário do Clube Slotcar da Trofa no próximo dia 19 de junho. “O facto de o primeiro jogo ser com o Sporting CP ilustra o envolvimen-
to dos grandes clubes na modali- “equipa reagiu bem” ao facto de o dade como sejam o caso do Ben- primeiro jogo ser contra o Sporfica e da Académica”. ting Clube de Portugal. “TrataOs jogos para apurar o campeão -se de um adversário de excelennacional de pool português terão te qualidade, assim como todas como palco a cidade de Coimbra as equipas que lá estão, pois ese vão realizar-se entre os dias 19 tão efetivamente os melhores dos e 21 de junho. Num total de 32 melhores, junto dos quais o Cluequipas em competição, apenas be Slotcar da Trofa já faz parte oito serão apuradas para a fase por mérito próprio e o adversário seguinte em sistema de duplo KO. também estará convicto de que irá “Após serem apuradas as oito equi- encontrar uma equipa com garra pas, passarão a jogar num sistema e vontade para vencer”. de todos contra todos para apurar “Convicto das limitações”, Rogéo campeão nacional de pool”, ex- rio Oliveira afirma que o CLube plicou Pedro Forte. Slotcar vai “disputar os jogos até Para Rogério Oliveira, capi- ao fim com o objetivo único de tratão do Clube Slotcar da Trofa, a zer o título nacional para a Trofa.”
Núcleo do Sporting da Trofa perde campeonato em Santo Tirso A 14.ª e última jornada do Campeonato Concelhio Futsal feminino de Santo Tirso colocou frente a frente o Núcleo Sporting da Trofa e o ACD Lamelas, no sábado, 6 de junho, no Pavilhão de Rebordões. Equipa trofense perdeu 1-0 e a oportunidade de se sagrar campeã. Sara A raújo Cátia Veloso
Depois de ter vencido a Taça concelhia de Santo Tirso, a equipa sénior feminina do Núcleo do Sporting da Trofa não foi feliz na derradeira jornada do campeonato. À entrada para o jogo, a formação trofense e o adversário, Associação Cultural e Desportiva de Lamelas, dividiam a liderança com 29 pontos e caso empatassem podiam ver o Tarrio A vencer o campeonato, uma vez que a vitória lhe dava 30 pontos, aos quais se conjugava a vantagem em confronto direto com as duas equipas.
Num jogo nem sempre bem jogado, mas com claques incansáveis no apoio às equipas, acabou por ser o Lamelas superior ao conseguir marcar o único golo da partida, a dois minutos do fim, já depois de ter acertado no poste. Para o treinador do Núcleo Sporting da Trofa, Pedro Andrade, “foi um jogo bem disputado”. “Tanto uma equipa como outra que marcasse ganhava o jogo. Foi o que aconteceu mesmo a acabar. Dou os parabéns ao Lamelas pelo jogo que fez e por ter sido campeão”, referiu. Durante o campeonato, o clube trofense perdeu os dois primeiros jogos, no entanto, recuperou mui-
to bem nos restantes, mesmo tendo jogado sempre “fora de portas” e não beneficiando do fator “casa”. Para Pedro Andrade, foi um “bom campeonato” e uma época onde nem tudo correu mal, uma vez que arrecadou a taça concelhia. Agora, as atenções estão viradas para a Super Taça, que vai disputar com o Lamelas. Já para o treinador da outra formação, Paulo Monteiro, “quando o campeonato é decidido no último jogo é muito complicado”, mas também “mais gratificante”. O técnico não deixou de assinalar que, esta temporada, o campeonato “foi mais competitivo em relação aos outros
Equipa da Trofa sofreu golo a dois minutos do fim
anos” e muito deve-se à entrada das duas equipas da Trofa – Núcleo do Sporting da Trofa e Gui-
dões Futebol Clube – que “vieram dar mais valor à competição”.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 12 JUNHO 2015
Desporto
Iniciados A do Trofense fazem festa Com os cabelos pintados de azul e vermelho, cores do clube, os atletas iniciados do Trofense entram em campo para o jogo de consagração do apuramento de campeão, realizado domingo, 7 de junho, no Complexo do Clube Desportivo Trofense.
Sara A raújo Cátia Veloso
J
á com a subida garantida depois do triunfo frente ao Padroense, a equipa de iniciados A do Trofense venceu o último jogo do apuramento de campeão frente Freamude, por 1-0, somando o total de 14 pontos, sem derrotas. A formação trofense foi a única com um feito alcançado pelo departamento de formação do clube, ao contrário dos juniores que na próxima temporada regressam aos esca-
lões distritais e os juvenis que, embora disputassem a fase de apuramento de campeão, falharam a subida de divisão. Os iniciados regressam assim aos campeonatos nacionais, onde vão defrontar clubes com ampla experiência na formação. Para o treinador, António Bento, esta conquista é “saborosa” e mostra “o valor do departamento e sobretudo da equipa”. “Não chega só ter valor, é preciso trabalhar como equipa e estes jovens sabem isso e mostraram-no ao longo desta fase final. São uns justos vencedores”, declarou. António Ben-
to disse ainda que, no início, a subida era um objetivo difícil, chegados à fase final, atletas e equipa técnica definiram que esta “não era para jogar, era para ganhar”. Manuel Wilson, responsável pelo departamento de formação, deu “os parabéns” aos atletas iniciados, sublinhando a capacidade para “terminar a fase final sem derrotas”. “Este feito representa o trabalho feito ao longo das épocas, graças ao esforço de atletas, equipa técnica, diretores, patrocinadores e todas as pessoas que apoiam e colaboram com o clube”, finalizou. pub
Ex-jogadores da formação do Trofense em convívio A tarde de sábado, 6 de junho, foi passada de forma diferente para 25 ex-jogadores da formação do Trofense, dois ex-treinadores e um antigo dirigente. Mário Roriz e Luís Cardoso organizaram o 11.º encontro de antigos atletas da formação do emblema trofense, que se realizou em ambiente de sã camaradagem no Estádio. Os organizadores pretendem “alargar este convívio e alcançar no próximo ano um número significativo de presenças, que es-
pelhe de facto a importância que o clube exerce no processo de formação e educação dos jovens trofenses ajudando-os a crescer quer como homens quer como atletas”. Na iniciativa marcaram presença o atual capitão da equipa sénior, Tiago, e Gaspar, atleta retirado dos relvados e que foi formado no Trofense. Todo o grupo desejou “as melhoras” a Pedro Silva, que “se lesionou com alguma gravidade no decorrer do jogo”. C.V.
Terminou Liga de Futebol 7 na Louseira A liga de Futebol 7 – D`accord/Carfast organizada pela Academia de Futebol da Louseira, já terminou a sua 2.ª edição. A Torneiras OFA conquistou o 1.º lugar com 34 pontos , em 2.º lugar destacou-se ACRABE/6 dias com 32 pontos, 3.º lugar J.Miranda com 25 pontos , 4.º lugar Litel com 22 pontos e em 5.º lugar MuroPlaco com 20 pontos. Luís Cardoso, responsável pela Academia de Futebol da Louseira, fez um balanço “extremamente positivo”, uma vez que a Liga foi “extraordinária” em termos competitivos, com “jogos de futebol muito bem jogados e, inclusivamente, com muitas pessoas
a assistir”, que disseram que sentiam mais prazer de ver um jogo desta Liga do que de ligas profissionais”. “O aspeto disciplinar, que é a nossa bandeira, foi exemplar e sublime graças a Deus, às equipas, às empresas e ao trabalho feito pelos treinadores e dirigentes, que conseguiram manter sempre um rigor muito grande”, mencionou. O responsável asseverou que já tiveram “equipas que os procuraram” para ver “o enquadramento” que têm, vendo “uma oportunidade de colocar grupos de amigos ou de empregados das suas empresas num ambiente social e muito agradável para a prática desportiva e para a socialização”. A.F./C.V.
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Atualidade
Agenda Dia 13
João Pedro Costa
9-12.30 horas: Colheita de sangue, na ASCOR, em S. Romão do Coronado Dia 14 9 horas: Trofintas Cup, no Estádio do Clube Desportivo do Trofense 11 horas: Bodas de Prata sacerdotais do Padre Xavier Dias, na Igreja Nova de S. Martinho de Bougado 19 horas: Apresentação do livro “A Inocência das Facas”, no Cine-Teatro Almeida Garrett, na Póvoa de Varzim
Necrologia S. Martinho de Bougado Emília da Costa Dias e Silva Faleceu no dia 5 de junho, com 89 anos Viúva de António Martins Pereira Santiago de Bougado Maria Ferreira da Costa Faleceu no dia 9 de junho, com 89 anos Viúva de Albino Dias da Costa
Funerais realizados por Agência Funerária Trofense, Lda. Gerência de João Silva
Farmácias de serviço Dia 12 Farmácia Ribeirão Dia 13 Farmácia Trofense Dia 14 Farmácia Barreto Dia 15 Farmácia Nova Dia 16 Farmácia Moreira Padrão Dia 17 Farmácia Ribeirão Dia 18 Farmácia Trofense Dia 19 Farmácia Barreto
Telefones úteis Bombeiros Voluntários Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Polícia Municipal da Trofa 252 428 109/10 Jornal O Notícias da Trofa 252 414 714 Centro de Saúde da Trofa 252 416 763 Centro de Saúde S. Romão 229 825 429
A solução para o Clube Desportivo Trofense Está Dentro do próprio Clube Desportivo Trofense
O
problema atual do Clube Desportivo Trofense é de cariz financeiro a que se junta a falta de estratégia, muito marcado por uma permanência fogaz na 1ª divisão do futebol profissional, sem que tivessem sido pensadas fontes de financiamento alternativas, desde logo, em respeito por uma estratégia de continuidade e de autonomia financeira. Recorde-se a época de 2005/06 (já lá vão 10 anos) em que a direção, liderada por José Leitão, viu-se forçada a tomar a decisão de, por falta de financiamento, tornar o Clube amador (só treinavam ao final do dia). Nesse ano, os resultados apareceram, graças a uma excelente época protagonizada pelo técnico Daniel Ramos e uma excelente equipa de profissionais que conduziram o CD Trofense, surpreendentemente, à Liga de Honra. Um acaso que se viria a revelar catastrófico...! Rui Silva tomou o lugar de José Leitão e iniciou um processo de profissionalização de toda a estrutura, injetando milhões do seu bolso que permitiu a manutenção, na época de 2006/07, a que se seguiu a subida ao escalão máximo do futebol na época de 2007/08. A ascensão meteórica impôs melhorias no seu estádio de futebol, concretizadas de forma rápida, e que visavam cumprir obrigações emergentes do novo estatuto “de equipa do futebol profissional”, um novo terreno de jogo, balneários e gabinetes, excelentes condições para a imprensa, a que se juntaram bancadas para cerca de 6.000 lugares sentados! A política de tijolo apressadamente pensada não contemplou por exemplo a abertura de um restaurante por baixo da bancada face à EN14 para garantir financiamento, ou a abertura da coletividade a novas modalidades para aproveitar e dinamizar o estádio, entre jogos, exFicha Técnica
Diretor: Hermano Martins (T.E.774) Sub-diretora: Cátia Veloso (9699) Editor: O Notícias da Trofa Publicações Periódicas Lda. Publicidade: Maria dos Anjos Azevedo Redação: Patrícia Pereira (9687), Cátia Veloso (9699), Magda Machado de Araújo (TE1022) | Setor desportivo: Marco Monteiro (C.O. 744), Miguel Mascarenhas (C.O. 741) Colaboradores: Atanagildo Lobo, Diana Azevedo, Jaime Toga, José Moreira da Silva (C.O. 864), João Pedro Costa,
CRÓNICA pandindo assim o conceito de identidade, entre outras mais que se poderiam elencar! A aquisição dos terrenos Paradela (por usucapião) e a melhoria do complexo, foi mais um investimento e um esforço nesse caso, e a meu ver, acertada, que trouxeram expansão e melhores condições para a grande parte dos atletas, os da formação, mas que, no entanto, nunca beneficiaram de um aposta clara no seu aproveitamento, contando-se pelos dedos os que serviram na equipa principal. Muitas oscilações na participação na prova maior do futebol português, onde na época 2008/09 desceu “por um ponto”, a que se seguiu a época de 2009/10 onde não subiu, novamente “por um ponto” e que podia ter trazido um desfecho diferente a esta aventura, ditou a retirada de Rui Silva e a consolidação de um passivo superior a 6 milhões e 750 mil euros! O regresso de José Leitão à liderança, numa altura em que o Clube em Assembleia-geral se preparava para deliberar o “encerramento de portas”, por entre muita emoção de todos os presentes e coragem de um grupo de entusiastas que a ele se juntaram, evitou o pior! Ficou assim formada uma Comissão Administrativa, que garantiu a participação nos campeonatos profissionais da época de 2010/11, onde conseguiu uma inesperada manutenção. Apareceu então a “tábua de salvação”, a viabilização e restruturação pela via de apresentação de um PER (Plano Especial de Revitalização). A ideia iniciada pela equipa de José Leitão (e terminada por Paulo Melro), que conduziu os destinos da coletividade na época de 2011/12, sempre com Rui Silva por perto! O plano apresentado, acabou por convencer os credores e foi mesmo aprovado, passando a dívida a cifrar-se nos 2 milhões e 700 mil euros (60% de perdão). E assim foi “jogada” a 2ª Liga, sob a presidência de Paulo Melro na época desportiva 2012/13, 2013/14 e 2014/15, onde o infortúnio atirou o Clube, novamente para os campeonatos de futebol amador, onde as re-
ceitas são diminutas. A dívida ao invés de diminuir, aumentou e o incumprimento passou novamente a ser a tónica dominante onde os ordenados em atraso dos jogadores marcam a voz do descontentamento e tornam o futuro muito indefinido. As prestações do PER (para liquidar os 2,7 milhões), está prestes a iniciar-se... Esta é a história, e agora quais as soluções? A meu ver, a Câmara Municipal da Trofa desempenha um papel fulcral em todo este processo. Não pode nem deve estar alheia de todo este processo. Em primeiro lugar, porque a formação do CD Trofense tem mais de 300 atletas jovens, quase na sua totalidade residentes no concelho. Em segundo lugar, porque se protocolou 135.000 euros, em julho de 2014, deverá “defender” este seu investimento estratégico sendo assim coerente nas suas opções. Em terceiro lugar, porque os problemas do CD Trofense, direta ou indiretamente, afetam todos os trofenses – os que gostam do Clube por paixão, os que lá jogam por desporto, os que têm os seus filhos em formação, e se mais não for se a relva não for pisado por atletas, rapidamente se transformam as estruturas em mais um “elefante branco” para a Trofa! Poderá sempre optar-se por “empurrar com a barriga para a frente”, ou seja, agora as inscrições já não são na Liga de Clubes, por força da descida de divisão, mas na Federação Portuguesa de Futebol e, como tal, sempre é possível inscrever alguns atletas e “continuamos ligados ao tubo de oxigénio”... NA MINHA OPINIÃO, a solução para o Clube Desportivo Trofense, está dentro do próprio Clube Desportivo Trofense! É possível criar uma nova associação, com um novo número de contribuinte, que garanta a estabilidade da maior estrutura de formação desportiva da Trofa, seria então a (re) fundação do “CD Trofense 1930”, sem dívidas e que poderia competir já na próxima época, 2015/16, inscrita na última divisão de cada um dos escalões. Desta forma, a Câmara Mu-
nicipal da Trofa, e bem, poderia celebrar novamente um Contrato-Programa, mas sem excessos ou loucuras, em defesa dos dinheiros e interesses públicos. Um critério claro assente no número de atletas e no número de ações promovidas, com aplicabilidade a todas as associações do Concelho, tornaria o processo transparente e justo. Seria possível esta nova coletividade aspirar à aquisição dos bens desportivos porque, estou certo, mais dia, menos dia, irão a hasta pública (venda de bens penhorados). Por agora, era possível celebrar um contrato de cedência parcial dos espaços desportivos, por exemplo por 10 anos (campos de futebol, balneários, etc.), já que a direção atual é soberana e pode outorgar como tal (assim haja vontade), o que poderia permitir ao departamento de formação manter o emblema do trofense com a dignidade que sempre se lhe reconheceu e que a Trofa merece! A legitimidade estava assim garantida, a Câmara da Trofa por via desta “nova” coletividade poderia dar assim seguimento ao apoio às populações, que está obrigada a fazer por lei, fomentando o desporto e os hábitos de vida saudável no Concelho. Resolvia-se assim o problema por antecipação, já que, se o atual CD Trofense persistir no incumprimento depois, já é tarde…! Aliás, já pode ser tarde, esta era a solução que deveria ter sido adotada há mais tempo até porque, dessa forma, já teríamos ascendido algumas divisões e não tinha havido desperdícios! Não há aqui nenhum crime, desde que não se misture as duas realidades o Clube “bom” e o Clube “mau” aliás o exemplo vem do próprio Estado que dividiu o banco “BES” e o “Novo Banco” em nome dos mais altos interesses do Estado português e dos seus cidadãos. O que está aqui em causa são os mais altos interesses da Trofa e pede-se, aos eleitos, que antecipem soluções e trabalhem com competência para que elas sejam uma realidade. Força Clube Desportivo Trofense, a tua história não pode ficar por aqui!
João Mendes Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Cátia Veloso | Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda. Assinatura anual: Continente: 22,50 euros; Extra europa: 88,50 euros; Europa: 69,50 euros; Assinatura em formato digital PDF: 15 euros NIB: 0007 0605 0039952000684 Avulso: 0,60 Euros | E-mail: jornal@onoticiasdatrofa.pt
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20 O NOTÍCIAS DA TROFA 12 JUNHO 2015 20 O NOTÍCIAS DA TROFA 12 JUNHO 2015
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Atualidade
Paraclínica: Há uma década a cuidar do sorriso dos trofenses
Dois mil e quinze é o ano que marca o 10.º aniversário da Paraclínica, que privilegia a relação de proximidade com os pacientes, garantindo um atendimento personalizado, com os equipamentos e tratamentos mais sofisticados. Cátia Veloso
-estar do paciente, os clínicos “tentam sempre envolver os utentes no tratamento, apresentando-lhes todas as opções, pois um paciente informado é um paciente motivado para alterar os maus hábitos que levaram à necessidade de tratamento”, explicou Ivone Machado.
C
om dez anos de experiência, os responsáveis da Paraclínica estão certos que as pessoas estão cada vez mais preocupadas com a saúde oral. Esta tendência explica-se pela “maior noção da importância” para “o bem-estar geral”, sem esquecer que contribui ainda para a estética e conforto emocional. São estas as bases da atividade da Paraclínica, que está localizada em Paradela, S. Martinho de Bougado, e ao longo dos anos tem conseguido afirmar-se na área graças ao atendimento personalizado apoiado pelas melhores técnicas de tratamento e equipamentos avançados. “Temos mantido um equilíbrio entre pacientes antigos e novos, apostando na inovação e na qualidade e procurando que exista uma relação de proximidade. Queremos que os pacientes sintam que usufruem de um tratamento de qualidade e, simultaneamente, de uma genuína preocupação com a sua saúde por parte dos profissionais”, afirmou Ivone Machado, responsável da clínica.
“As pessoas têm perdido o medo de ir ao dentista”
Paraclínica tem serviço de medicina dentária e trabalha ainda nas áreas da podologia, nutrição, psicologia, entre outros
Com um serviço de medicina dentária completo – tratamentos generalistas, ortodontia, implantologia, prótese fixa e removível -, a Paraclínica aposta em equipamentos que facilitam a experiência de tratamento como a anestesia eletrónica Quicksleeper, que permite combinar menor dormência e mais conforto com maior po-
tência anestésica e a sedação consciente através do sistema Livopan, numa resposta efetiva a uma das maiores preocupações dos doentes, que é a dor. Sem nunca esquecer a responsabilidade social, a Paraclínica está inserida no Programa de Intervenção Precoce do Cancro Oral, assim como trabalha com o “Cheque
Dentista”, permitindo ainda “facilidades de pagamento, tendo para o efeito uma parceria com uma instituição de crédito”. Num serviço abrangente, a Paraclínica disponibiliza ainda serviços de podologia, nutrição, psicologia, terapia da fala e testes auditivos e de intolerância alimentar. Sempre preocupados com o bem-
Ainda há quem alimente o medo de ir ao dentista, mas os tempos estão a mudar. Segundo Ivone Machado, “na generalidade, as pessoas têm perdido o medo de ir ao médico dentista”. “Hoje, a Medicina Dentária é muito diferente do passado e isso reflete-se nas pessoas, que cada vez mais confiam no médico e vão às consultas com naturalidade, inclusive muitas crianças já não partilham dos medos que os seus pais têm em relação aos tratamentos. De um modo geral, os pacientes estão mais informados, motivados e atentos à higiene oral e estética do sorriso. A abordagem da saúde oral a nível da saúde pública e principalmente a nível das escolas tem dado frutos”, considerou.
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