Edição 534 do jornal O Notícias da Trofa

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Semanário | 31 de julho de 2015 | Nº 534 Ano 13 | Diretor Hermano Martins | 0,60 € PUB

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Faturas do lixo por pagar forçam AMAVE a levar Câmara da Trofa a tribunal //PÁG. 10

S. Romão em festa com restauro da Igreja //PÁG.20

Secretário de Estado elogia trabalho do Clube Slotcar //PÁG. 4

Obras no S. Pantaleão inauguradas

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Eurico Ferreira recupera máquina histórica pub


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O NOTÍCIAS DA TROFA 31 JULHO 2015

Atualidade

AEBA integra a rede de Entidades Prestadoras de Apoio Técnico

José Maria Moreira da Silva

CRÓNICA

s políticos No Convento de S. Francisco, em Santarém, a AEBA (Associação Empresarial do Bai- O zangões e pérfidos xo Ave) assinou um protocolo com o IEFP (Instituto de Emprego e Formação Profissional), para integrar a rede de Entidades Prestadoras de Apoio Técnico. ivemos numa sociedade de

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Representantes da AEBA foram a Santarém assinar protocolo com IEFP

Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) selecionou “75 entidades especializadas no domínio da prestação de serviços de apoio à estruturação de Projetos para a criação de empresas e microempresas” para integrar a rede de Entidades Prestadoras de Apoio Técnico (EPAT). A AEBA foi uma das selecionadas e, a 22 de julho, esteve em Santarém para assinar o protocolo com o IEFP. A rede EPAT, dinamizada “desde 2011 pelo IEFP”, é constituída por entidades privadas sem fins lucrativos ou autarquias locais que disponham de “serviços para promover o empreendedorismo, devidamente credenciadas para apoiar os des-

tinatários promotores de projetos de criação de empresas/micro negócios no âmbito do Programa de Apoio ao Empreendedorismo e à Criação do Próprio Emprego”. “A rede EPAT assume-se, numa lógica de proximidade aos promotores, como um suporte relevante e essencial nomeadamente na mitigação das fragilidades dos projetos de criação de emprego, quer numa fase antecedente à sua criação (incluindo o despiste de ideias de negócio com a potenciação das que se evidenciem), quer na fase de implementação das empresas, contribuindo para a sustentabilidade dos negócios”, avançou fonte da AEBA. O IEFP reconhece “a importância de reforçar as suas respostas às iniciativas de empregabilidade no âm-

bito das medidas e programas de empreendedorismo de que é organismo executor, promovendo uma ação integrada com as entidades especializadas neste domínio, de forma a estimular a criação de empresas, micro negócios sustentados e, consequentemente, potenciar o tecido empresarial local e regional”. Em 2015, estima-se que o investimento na rede EPAT represente “cerca de 1,1 milhões de euros e 3,3 milhões de euros em 2016, para um total de 2400 projetos abrangidos nos dois anos”, face às atuais medidas e programas de empreendedorismo da responsabilidade do IEFP, designadamente no âmbito do programa de apoio ao Empreendedorismo e à criação do Próprio Emprego e do Programa Investe Jovem.

As tradições do Coronado e de Vila do Conde vão ser mostradas ao público na próxima Mostra Internacional de Folclore, organizada pelo Grupo Danças e Cantares do Vale do Coronado e que está marcado para o dia

2 de agosto, na Quinta de S. Romão. A iniciativa vai contar com a presença de grupos folclóricos oriundos de Espanha, Bulgária e Eslovénia para animar todos os presentes. A World of Traditions in Coronado

2015 – Mostra Internacional de Folclore – promete virar os “holofotes” para a Vila, com uma iniciativa cultural de grande monta e que o grupo organizador pretende que seja um sucesso. D.M./C.V.

Patrícia P ereira

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Mostra Internacional de Folclore

35.º Festival Nacional de Folclore No próximo sábado, dia 1 de agosto, o Rancho Folclórico de S. Romão do Coronado, organiza a 35.º edição do Festival Nacional de Folclore. A tarde e a noite de sábado prometem ser animadas pelos grupos de

Ranchos participantes, como o Grupo de Danças e Cantares do Concelho de Monte Agraço, Agrupamento de Danças e Cantares da Póvoa da Isenta e o Rancho Folclórico de Vilar de Arca.

O festival terá início na Capela de S. Bartolomeu, em S. Romão do Coronado pelas 21.30 horas, mas já durante a tarde será feita a receção dos grupos na sede, o jantar convívio e o desfile dos grupos. D.M./C.V.

areias movediças, em que a espuma da propaganda política está embrulhada em chavões pré-fabricados nas centrais de informação e o próprio mundo da política está infestado de charlatões, de tagarelas, linguareiros, de hordas de mexeriqueiros, de engana-tolos, que prometem tudo e mais alguma coisa, cuja única vontade é seduzir o povo, para lhe arrancar o voto. É preciso fugir daqueles políticos simpáticos por fora, parecendo justos aos olhos do povo, mas por dentro estão cheios de imundice, repletos de hipocrisia e perversidade. É verdade que muitos políticos dominam muito bem a arte e os malabarismos, as argúcias e os enredos da retórica, têm uma mística ardente e arrebatada, exprimem-se por metáforas e interrogações apaixonadas, mas exaltam áridos discursos sem genuinidade e sem conteúdo, são um alfobre de trivialidades, utilizam argumentos frágeis e incoerentes, e os seus conhecimentos são vagos, não dominam os enredos do pensamento e não alcançam nenhuma profundidade, nem têm uma conclusão raciocinada própria nem um apriorismo dogmático, fazendo gala da sua persuasão e eloquência nas pérfidas congeminações infames e frívolas. Pensam ser o que não são. Subjugadas ao encanto das suas palavras elegantes, são muitas as pessoas que ainda se deixam enganar pelas patranhas destes políticos, que são zangões do bem falar, que conseguem enredar os seus ouvintes de tal maneira que os mais incautos acabam convencidos de que um elefante tem asas e voa. As artes do disfarce estão tão bem desenvolvidas que podemos estar certos de subestimar o número de «sacanas» que conhecemos na vida pública. São muitos os «sacanas» que são geniais, têm uma enorme capacidade de disfarçar a malevolência da sua natureza, deturpando os argumentos a seu favor, iludindo as pessoas com ideias caprichosas, são eloquentes e subtis, sendo preci-

so saber descodificar as suas mensagens, pois muitas são apócrifas, são falsas até ao «tutano». São políticos pior que falsos, são pérfidos e embebedam-nos de propaganda que não parece propaganda. Os políticos não se medem pelas suas palavras, mas pelas suas atitudes. As palavras ocas e falsas, que vão uivar nos nossos ouvidos e as ondas das promessas eleitorais irrealistas, deveriam desfazer-se na nossa indiferença, pois são muitos os políticos que tentam passar-nos um atestado de burrice, mas têm a sensibilidade social de um pedregulho. Discutir ideias ou comentá-las com seriedade é sempre mais difícil porque exige qualidades, que muitos políticos da atualidade não as tem, principalmente quando interpretam os antípodas daquilo que diziam lutar há muitos anos. Muitos políticos da nossa praça, quando eleitos gostam de afastar o povo das decisões e da democracia, para assim despolitizarem o seu “quintal” e fazerem livremente as suas negociatas, enriquecendo à custa do erário público. Infelizmente são muitos os políticos promíscuos, corruptos, que estão na política para se servirem, a si e aos seus familiares e amigos mais próximos. É quando a qualidade da política nasce raquítica e morre anã. Esta é uma consequência muito nefasta para a Cidadania, em que os eleitores cultivam, cada vez mais, um distanciamento irreverente em relação às instituições, com grave prejuízo para a Cidadania, mas também para a Democracia. É verdade que também existe uma enorme iliteracia no que respeita à Cidadania. É preciso que todos pratiquem a Cidadania, neste País heterogéneo. Felizmente, o país ainda tem alguns políticos, que prezam a sua palavra e honram os seus compromissos, são homens justos que estão na política em missão de serviço público. É a política com sentido, a política altamente nobre! moreira.da.silva@sapo.pt www.moreiradasilva.pt


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Atualidade

Derrame de mercúrio leva trabalhadores da BIAL ao hospital O derrame de mercúrio ocorreu numa das salas laboratoriais da empresa Bial, na manhã de segunda-feira, 27 de julho. Três colaboradores foram transportados para o Hospital por precaução. Patrícia P ereira

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m derrame de “cerca de cem gramas” de mercúrio num laboratório do edifício de Investigação e Desenvolvimento da empresa farmacêutica Bial, sediada em S. Mamede do Coronado, levou três colaboradores a serem transportados para a unidade de Vila Nova de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave. O alerta foi dado cerca das 10.30 horas e os Bombeiros Voluntários da Trofa seguiram para o local, tendo evacuado espaço onde se verificou o derrame. Os responsáveis pela empresa farmacêutica esclareceram, através de um comunicado entregue aos jornalistas, que foi detetado “um pequeno derrame de mercúrio circunscrito a uma sala laboratorial, cerca das 9 horas”, tendo sido automaticamente “acionado o Plano de Segurança Interno da Empresa”.

A Bial assegurou que não tinha havido um contacto direto deste metal tóxico com qualquer trabalhador, contudo, “três pessoas foram aconselhadas a ir ao hospital” por terem “antecedentes de problemas respiratórios”. Durante a tarde, os colaboradores tiveram alta hospitalar. A empresa informou ainda que “mantém isolada apenas a sala onde foi detetado o derrame até ser concluída a limpeza”. A empresa avançou que vai fazer “uma averiguação interna para perceber como ocorreu e o porquê deste incidente”. No local estiveram os Bombeiros Voluntários da Trofa com dez elementos e quatro viaturas, duas delas ambulâncias, uma ambulância do INEM, Suporte Imediato de Vida de Santo Tirso, Viatura Médica de Emergência e Reanimação do Hospital de S. João do Porto e a GNR da Trofa.

Três funcionários foram ao hospital por precaução

Estrada rebentada por conduta de água

Uma conduta de água rebentou na Estrada Nacional 104, junto ao Largo Costa Ferreira, em S. Martinho de Bougado, por volta das 17.25 horas de quarta-feira, 29 de julho. À medida que a água ia saindo do alcatrão, aumentava a dificuldade de utilizar uma das faixas de rodagem. Terá sido a pressão da água a “empolar” o alcatrão, abrindo fendas por onde a mesma saí. O trânsito esteve condicionado, tendo sido necessária a intervenção da Guarda Nacional Republicana da Trofa para regulá-lo. No local estiveram uma equipa de intervenção da Indaqua, a Polícia Municipal e a Prote-

ção Civil da Trofa. O NT questionou a Indaqua sobre esta situação, mas até à hora do fecho de edição não chegou qualquer resposta. O NT sabe que, durante a noite, a Indaqua procedeu à abertura do piso para avaliar a situação, tendo o mesmo sido tapado com paralelos. Recorde-se que recentemente a rua foi intervencionada, tendo sido pavimentada. Questionada pelo NT, a Indaqua fez saber, esta quinta-feira, que “a reparação da avaria encontra-se concluída, estando já reposto o normal fornecimento de água aos clientes”. P.P.


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O NOTÍCIAS DA TROFA 31 JULHO 2015

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S. Pantaleão com recinto melhorado

Junta de Freguesia do Muro inaugurou a 2.ª fase do projeto das obras de requalificação da zona envolvente à Capela de S. Pantaleão, a 27 de julho. Patrícia P ereira

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terra foi substituída por paralelos, dando dignidade ao espaço e às cerimónias religiosas. No dia de S. Pantaleão, a Junta de Freguesia do Muro inaugurou o recinto da Capela, após a conclusão da 2.ª fase do projeto das obras de requalificação do espaço. A iniciativa contou com a intervenção do professor Moutinho Duarte sobre o S. Pantaleão e marcou o início das festividades em honra de S. Cristóvão e S. Pantaleão. Seguiu-se a eucaristia em honra de S. Pantaleão e em memória

aos festeiros já falecidos, terminando com bolo e champanhe. O presidente da Junta de Freguesia do Muro, Carlos Martins, afirmou que “a energia desta empreitada foi do pároco” Rui Alves, que “meteu mãos à obra e fez casas de banho” e “requalificou a Capela de S. Pantaleão”. Para “não ficar atrás”, a Junta de Freguesia do Muro requalificou a zona envolvente, com os objetivos de “embelezar e dar dignidade ao espaço”, ao mesmo tempo que “afasta” a “má frequência”. Carlos Martins mencionou que este era “um projeto ansiado há mui-

Executivo da Junta satisfeito com obra que vem “dar dignidade ao espaço”

Executivo camarário comprometeu-se a inaugurar a terceira fase da obra em 2016

to tempo pelos murenses”, uma vez que o espaço se encontrava “degradado e todo em terra batida”. Com esta “inauguração simbólica”, o executivo pretende que, “a partir de agora”, as pessoas passem a frequentar a zona envolvente à Capela de S. Pantaleão.

Durante o discurso, Carlos Martins, em nome da Junta de Freguesia do Muro, desafiou o executivo camarário a apontar uma data para a inauguração da 3.ª e última fase da obra de S. Pantaleão, que passa por ligar o recinto à Estrada Nacional 318 e criar um anfiteatro. “O execu-

tivo camarário comprometeu-se, perante muita gente que estava presente, com a data de 2016. Vamos ver se é possível, eu acho que sim porque o projeto está feito, agora é só executar a obra. Havendo dinheiro as obras fazem-se”, reforçou.

Cultura, história e religião em destaque nas Festas do Senhor e São Tiago Festas do Senhor e São Tiago dinamizaram noites de 20 a 26 de julho. Bênção de uma imagem nova do padroeiro, exposição de pintura e procissões foram alguns dos momentos altos das festividades. Cátia Veloso

Era impossível ficar indiferente a tamanha obra de arte criada no cruzeiro em pleno Souto da Lagoa. Horas de empenho voluntário resultaram num arranjo floral que punha curiosos de todas as idades largos minutos a contemplá-lo na noite de sábado, 25 de julho. Mas este não foi o único motivo de interesse das festas do Senhor e São Tiago. Foram vários os momentos culturais e religiosos programados para fazer jus ao lema das festas: “Gratidão e homenagem”. O primeiro dia, 18 de julho, foi escolhido exatamente para assinalar os 261 anos em que bougadenses, sob orientação do abade de então, assinaram a escritura definitiva para a construção da Igreja Matriz arquitetada por Nicolau Nasoni. “Era e é um dever de gratidão a todos esses valorosos homens e mulheres que trabalharam, com certeza, sem receberem recompensa al-

guma e afincadamente durante algumas décadas para que hoje esse templo magnífico e opulento seja considerado um dos melhores ex-libris do nosso concelho”, assinalou António Costa, tesoureiro da Confraria do Senhor e São Tiago. A bênção de uma imagem nova do padroeiro São Tiago, uma réplica daquela que se encontra no altar-mor da igreja matriz e que servirá para andar nas procissões da paróquia, foi outro dos momentos altos da festa deste ano. A complementar as celebrações religiosas, cumpriram-se as habituais procissões no sábado e no domingo, além das eucaristias solenes. Já a vertente profana trouxe a Bougado muitas atividades culturais, desportivas e recreativas “para todos os gostos”, começando com a inauguração de uma exposição de pintura da trofense Helena Araújo. A noitada de sexta-feira ficou marcada pela atuação do grupo musical

Fado marcou a noite de sábado

famalicense Fammashow. No sábado, foi o fado que esteve em destaque. No sorteio realizado nas festas, os premiados foram: José Magalhães Moreira (1.º), Flor do Ave (2.º) e Bruno Pinto (3.º). Em nome da Confraria do Senhor

e São Tiago, António Costa agradeceu “a todos os bougadenses que contribuíram para o êxito das festas, alguns em particular que, além de darem o seu contributo financeiro, apoiaram na decoração da Igreja Matriz, andor e cruzeiro”. E, no fim,

deixou o pedido “a todos os bougadenses e autoridades civis para que estejam mais atentos à história da freguesia, porque Santiago de Bougado tem um grande património que deve ser explorado, valorizado e tratado com mais carinho”.


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Atualidade

Eurico Ferreira recupera máquina histórica inventada na Trofa

É considerada a “campeã do Mundo” no lote de máquinas de corte de madeira pelas características que tem. Foi inventada na Trofa, era fabricada na Mida e nas Máquinas Pinheiro nos anos 60 e, recentemente, Eurico Ferreira recuperou um exemplar para que seja “exposto” como património histórico do concelho. Cátia Veloso

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os anos 60, quando visitava a Mida e as Máquinas Pinheiro, Eurico Ferreira deslumbrava-se com a conceção de uma máquina de corte de madeira, que “tinha sido inventada por António Sampaio” e o primeiro exemplar criado “na oficina de Avelino de Sousa Reis”. As características da máquina faziam dela uma “campeã do Mundo” entre as concorrentes, uma vez que, por ter a estrutura em cimento, não desafinava nem cedia às temperaturas altas. E pelo que sabe, continua a distinguir-se “nos países quentes”. Já há algum tempo que este elemento histórico, ainda não valorizado no concelho, estava a intrigar Eurico Ferreira. Numa viagem à Sertã, a curiosidade passou a desafio: “Passei numa rotunda e vi a máquina lá exposta. Fui à loja de turismo local e perguntei qual era o significado da

máquina e um senhor respondeu-me que era uma homenagem à floresta. Eu disse que aquela máquina foi feita na minha terra e o senhor perguntou-me se eu era da Trofa. Aquilo mexeu comigo. Se na Sertã reconhecem a história da Trofa, por que é que a Trofa não reconhece a sua própria história?” Decidiu, por isso, pôr mãos à obra e partir à descoberta da máquina, num processo que não se revelou “pera doce”. “As que apareciam tinham o tronco em fundição e eu não queria. O que me interessava era conseguir uma das que tinham sido feitas em cimento. Um dia, em conversa com pessoas amigas, uma delas disse-me que um tio tinha uma máquina dessas”, contou. Conseguiu que o proprietário cedesse a máquina que, porém, estava incompleta, uma vez que “tinham roubado a mesa e o motor”. Logo se prontificou a falar com outras pesso-

Eurico Ferreira conseguiu recuperar uma máquina feita na Trofa e valorizada na indústria madeireira

as, que se disponibilizaram para oferecer os elementos em falta. Para a concluir, falta que um trolha “corrija alguns estragos no cimento” e, por fim, quando estiver pintada, poderá “ser exposta para a posteridade”.

“É esse o meu desejo e foi o que eu transmiti na última Assembleia Municipal”, confessou. Questionado sobre o que o motivou a recuperar este elemento histórico, o trofense foi perentório: “Trata-se da minha terra, te-

nho essa obrigação, assim como têm todos os trofenses. Temos de trabalhar todos juntos”. Concretizado este projeto, Eurico Ferreira deixou escapar que “tem outros” para a Trofa, mas, para já, ficam no segredo dos deuses.

Danças e Cantares de Santiago com Feira à Moda Antiga

Bar da comissão de festas muda-se para novo edifício A partir deste sábado, 1 de agosto, o bar da Comissão de Festas em honra de Nossa Senhora das Dores vai passar a funcionar no novo edifício construído, no âmbito do projeto de requalificação dos parques. Segundo Domingos Carneiro, presidente da Comissão de Festas, esta alteração aconteceu por a empresa Europa Ar Lindo ter “em-

prestado o edifício do bar para estas duas semanas”. No final das festas, o edifício será “novamente” devolvido à empresa. “A partir de sexta-feira, temos o edifício livre para poder levar os nossos equipamentos. Vamos funcionar da mesma forma como até agora”, garantiu. Aos sábados e domingos, o bar funciona das 14 às 23 horas, en-

quanto de segunda a sexta-feira o bar pode ser frequentado entre as 20.30 e as 23 horas. Já a 6 de agosto, pelas 21.30 horas, o bar vai ser palco de “surpresas”, como José Alberto Reis, que vai marcar presença “como amigo e não como cantor contratado, com o intuito de colaborar connosco”. P.P.

Vestidos à época, um grupo de comerciantes vai ocupar o Souto de Bairros, em Santiago de Bougado, para vender produtos hortícolas, vasos, velharias, doces caseiros e trabalhos manuais. Durante a tarde de 9 de agosto, o euro será “substituído” pelos reis, moeda usada no antigamente. Trata-se da Feira à Moda Antiga que o Grupo de Danças e Cantares de Santiago de Bougado vai organizar a 9 de agosto, no Souto de Bairros, em Santiago de Bougado, integrado no programa Bougado e Juventude em Festa promovido pela Junta de Freguesia. Elementos do Grupo e artesãos, que se associaram à iniciativa, vão trajar-se a rigor para vender vários artigos, recriando as feiras dos finais do século XIX e inícios do século XX. A Feira abre portas às 15horas. Além deste certame, o Grupo vai marcar presença no Bougado e Juventude em Festa com um stand durante os quatro dias, que terá uma tômbola com várias surpresas. Esta é mais uma forma de a associação “angariar verbas para as obras de restauro da sede”. “Era importante que conseguíssemos fazer as obras antes de mais um inverno, para que não deteriorasse todo o nosso material, fruto das nossas recolhas”, avançou fonte da direção. C.V.


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Assembleia Municipal anula assunção de dívida à AMAVE A Câmara Municipal da Trofa voltou atrás na assunção de dívida à Associação de Municípios do Vale do Ave (AMAVE), pelo serviço prestado pela SUMA, empresa de gestão de resíduos sólidos urbanos. O que está em causa, diz executivo, é o facto de, além dos 1,6 milhões de euros já assumidos, a SUMA ter vindo reclamar “mais 400 mil de juros”. Cátia Veloso

da sobre o assunto veio tarde e é insuficiente”. Os socialistas levantaram interrogações quanto ao apuramento do novo montante de dívida, de 700 mil euros. Já Carlos Martins, presidente independente da Junta de Freguesia do Muro, aprovou a revogação. “Uma empresa que deixa em crédito cinco milhões de euros e não pede o di-

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epois de aprovar em reunião de Câmara, a maioria PSD/ CDS-PP – assim como o presidente independente da Junta de Freguesia do Muro, Carlos Martins – validou, em Assembleia Municipal extraordinária, a revogação das deliberações da autarquia e Assembleia Municipal relativas à confissão e cessão parcelar de 1,6 milhões de euros de dívida à AMAVE, alusivos à prestação de serviços da SUMA, empresa de gestão de resíduos. Genericamente, o executivo municipal viu aprovada a proposta de recuar na assunção da dívida sobre a prestação de serviços de recolha de resíduos sólidos urbanos, o que deixa, de novo, a descoberto o diferendo entre a autarquia trofense e a AMAVE. Segundo António Azevedo,vice-presidente da autarquia, foi aceite a dívida de 1,6 milhões de euros – em que cerca de 327 mil se referem aos serviços prestados e um milhão e 274 mil a juros –, mediante “um acordo de pagamento faseado” com duração de “cinco anos, sem juros vencidos nem vincendos”, que “iniciava em junho de 2015”. O processo emperrou, disse o autarca, já depois das deliberações da Câmara e Assembleia Municipal. “Enviamos para a AMAVE o acordo para que assinasse, mas fomos surpreendidos, um mês depois, com a reivindicação da SUMA que queria mais 400 mil euros de juros. Não foi isso que acordamos, nem em conselho diretivo, nem em reu-

nheiro antes ou tem muito dinheiro ou tem um negócio muito muito rentável. Eu nunca deixaria a conta corrente de um cliente chegar a determinado valor. Os juros não podem ir a 30 por cento, há um teto máximo por lei. Há aqui alguém a meter dinheiro ao bolso. Se eles querem mais do que aquilo que vocês propuseram, é ir à justiça”, assinalou.

“Momento quente” da Assembleia Municipal

Paulo Queirós absteve-se na revogação da deliberação de assunção de dívida à AMAVE

nião de Câmara e Assembleia Municipal”, afirmou. A “ineficácia” da assunção de dívida, perante este novo cenário, justifica a proposta de revogação, adiantou António Azevedo. Apesar de ter aceitado o montante de dívida, o executivo municipal nunca se convenceu com o valor de juros imputado. Uma vez que o processo voltou à estaca zero, a autarquia tenciona agir judicialmente, assumindo como dívida 700 mil euros. Segundo António Azevedo, este valor justifica-se pela assunção de um volume de juros mais pequeno, tendo em conta “a participação do município na AMAVE, que é de seis por cento e não a 30 e tal por cento como estavam a faturar”.

Oposição abstém-se A CDU, representada por Paulo Queirós, absteve-se nesta proposta, uma vez que teve o mesmo sentido de voto aquando da deliberação. “Na votação da aceitação deste contrato e a assunção da dívida, questionamos sobre se seriam os montantes finais a pagar e se não haveria mais surpresas à frente. Na altura, não nos responderam, pensamos que seria postura do costume de não responder às nossas perguntas, mas reparamos que desta vez nem vossa excelência sabia se haveria lugar a mais pagamentos ou não”, afirmou. Também o grupo municipal do PS se absteve, por considerar que “apesar de todos os esforços do vice-presidente, a informação presta-

Segundo António Azevedo, o montante total de dívida da Trofa à AMAVE era de 5,5 milhões de euros, sendo que “três milhões já tinham sido pagos através do PAEL (Programa de Apoio à Economia Local)”, acionado pelo anterior executivo. A duração do serviço prestado e não faturado é que não é o mesmo para coligação PSD/CDS-PP e PS. Enquanto a primeira refere que o serviço reclamado é de 2007 a 2012, socialistas asseguram que a SUMA operou no concelho até 2010. Esta discórdia marcou um dos momentos “quentes” da Assembleia, com António Azevedo a perder a calma. “Vocês (PS) não pagaram porra nenhuma no anterior executivo, foi só empurrar com a barriga para a frente. É fácil dizer que se pagou (à AMAVE) porque estava no PAEL, mas o PAEL nós pagamo-lo, e são três milhões por ano. E o PRF (Plano de Reequilíbrio Financeiro), estávamos a pagar 6,5 por cento de juros, pelo empréstimo feito por eles (vereadores PS), mas nós conseguimos renegociar para 3,25 por cento”, afirmou. O autarca não se ficou por aqui e, relativamente à AMAVE, afirmou que o executivo anterior não fez acordo de dívida e “escondeu-a por causa das eleições”. Joana Lima, ex-presidente da Câmara Municipal, pediu a palavra para “defesa da honra” e lamentou “a forma como o senhor vice-presidente se dirige ao anterior executivo, dizendo mentiras numa linguagem que não é apropriada numa Assembleia Municipal”. “Relativamente ao juro que conseguimos para o PRF, de 6,5 por cento, na altura fizemos uma consulta ao mercado e o único banco que respondeu foi a Caixa Geral de Depósitos. Mais ninguém respondeu ao nosso pedido devido à situação financeira da Câmara”, justificou.

Não introdução de período antes da ordem do dia levanta discórdia Em reunião de comissão permanente, onde a presidente da Assembleia Municipal e os representantes dos agrupamentos políticos discutem temas relacionados com as sessões, Pedro Ortiga, do PS, apresentou uma recomendação para a introdução do Período de Antes da Ordem do Dia (PAOD) na sessão extraordinária da Assembleia, para permitir “debater temas importantes como fundos comunitários, obra do Parque das Azenhas e situações de conflito

entre este executivo camarário e as associações do concelho”. Segundo o socialista, “a recomendação foi aprovada por maioria, pelo PS e CDU, face à ausência do líder do grupo municipal do PSD”. Este assunto levantou discórdia e levou mesmo a pedir um parecer à Divisão Jurídica da Câmara Municipal da Trofa. Isabel Cruz, presidente da Assembleia Municipal, acabou por recusar a recomendação. “Para mim, o pa-

recer jurídico foi claro e inequívoco. A comissão permanente é um órgão consultivo da presidente da Assembleia e aos órgãos consultivos não cabe tomar deliberações”, afirmou, sem deixar de justificar: “Partilhei o meu entendimento daquilo que é uma Assembleia Extraordinária e que não era da opinião que fosse introduzido período de antes da ordem do dia”. Para Hélder Reis, do CDS-PP, que também não aprovou a introdução

do PAOD, nem sequer chegou a existir recomendação, porque “implica uma maioria de dois terços, o que não se verificou”. Na sessão foi ainda aprovada por maioria a atribuição de 50 mil euros da autarquia à União de Freguesias de Bougado, para a obra da Casa Mortuária de S. Martinho. A CDU absteve-se porque, segundo Paulo Queirós, considera “demasiado” o valor total da empreitada. A autarquia viu também aprovado,

por unanimidade, a atribuição de 68 mil euros à União de Freguesias de Alvarelhos e Guidões, para a requalificação viária da Rua de Felgueiras, em Alvarelhos. Aprovado foi, igualmente, a atribuição de 30 mil euros à mesma União de Freguesias para a remoção do lixo depositado nos estradões militares. O mesmo aconteceu com a atribuição de mais 32.500 euros à Junta de Freguesia do Muro para a obra na zona envolvente à Capela de S. Pantaleão. C.V.


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Entrevista a Domingos Bragança, presidente da Associação de Municípios do Vale do Ave

“A AMAVE é forçada a instaurar um processo judicial contra a Trofa” Em entrevista ao NT, Domingos Bragança, presidente da AMAVE, afirmou que o montante total da dívida da Trofa para com a associação é de mais de dois milhões de euros e que a fatura mais antiga que está por pagar data de 2002. Cátia Veloso

O Notícias da Trofa (NT). Qual a dívida total da Trofa à AMAVE? Domingos Bragança (DB): Neste momento, a dívida global do Município da Trofa para com a AMAVE é de 2.060.682,76 euros, não incluindo neste valor montantes em processamento e eventuais juros que terceiros imputem a esta Associação por serviços prestados ao Município da Trofa. NT: Chegou a haver entendimento entre a Câmara e a AMAVE acerca da dívida de 1,6 milhões de euros? Como foi desenvolvido o processo para a assunção desse compromisso por parte do Município? DB: Para que se perceba, é bom desde já distinguir da dívida global de 2.060.682,76 euros o seguinte: tal montante inclui 1,6 milhões de euros de dívida que a AMAVE contraiu, por conta do Município da Trofa, junto da empresa SUMA. O restante valor respeita a diversas tipologias de bens, serviços, etc. A SUMA foi a empresa que prestou serviços de gestão de resíduos no Vale do Ave até 2010. Prestou-o por via de um contrato que celebrou com a AMAVE representando esta Associação os Municípios neste processo. Portanto, a faturação da SUMA era endereçada à AMAVE e, depois, esta Associação endereçava a respetiva quota-parte a cada Município. Daí, a AMAVE contraía a dívida em nome dos Municípios que, num segundo momento, reembolsavam a Associação do respetivo débito. Ora, finda a concessão da SUMA, importava realizar uma conta final. Dessa conta final, resultaram valores em que havia concordância e outros cuja determinação foi alcançada em sede de Tribunal Arbitral. O valor global resultante, para conforto de todos os intervenientes, foi submetido à análise de uma entidade terceira: um Revisor Oficial de Contas. O serviço prestado pelo Revisor Oficial de Contas consistia em reaferir a dívida e distribuí-la pelos Municípios. Tal dívida, acrescida de juros entretanto vencidos, foi

então aceite por unanimidade pelo Conselho Diretivo da AMAVE, integrado também pelo Município da Trofa. O valor então calculado, aferido e aceite foi, relativamente ao Município da Trofa, de 2.751.012 €. Chegados a este ponto, foi pelo Conselho decidido realizar uma confissão e cessão parcelar de dívida a cada um dos Municípios, ou seja, cada Município, incluindo o da Trofa, formalizaria nas instâncias próprias um protocolo de acordo AMAVE/Município/SUMA com um plano de pagamentos que fixava o valor acordado sem encargos adicionais. Estamos neste momento em 31 de maio de 2012. O Município da Trofa não formalizou qualquer acordo até ao dia de hoje. Reconhecendo porém a dívida junto da AMAVE, o Município pagou entretanto a esta Associação o montante de 1.148.055 euros (2013/2014), com base nas deliberações havidas e das quais participou, com verbas do PAEL. Ficaram portanto em dívida 1.602.957 euros, simplificando, os 1,6 milhões de euros de que aqui se falam. Quanto a entendimentos, após reuniões, contactos e discussões mantidas entre a Associação, a SUMA e o Município, resultou que o Executivo Municipal deu por diversas vezes o dito pelo não dito, ou seja, os acordos chegaram a estar no papel, mas nunca em condições de serem outorgados pelas três partes. Muito embora a AMAVE se tenha sempre mostrado diligente, solidária e compreensiva para com a difícil situação em que se encontra o Município, este nunca foi capaz de demonstrar coerência para com as posições por si tomadas, sendo talvez o reflexo máximo disso mesmo a revogação da deliberação tomada sem a aprovação de uma outra que a subsituisse e plasmasse o acordado em sede de reuniões. NT: A que se referem os 400 mil euros que o executivo municipal refere que foi reclamado pela AMAVE? DB: A AMAVE simplesmente terá que imputar ao Município aquilo que a SUMA, por conta do

Domingos Bragança é o presidente da AMAVE

incumprimento deste, lhe cobrar. Recordo que o processo é tripartido: inclui a AMAVE, o Município da Trofa e a SUMA. Recordo também que o processo de fecho de contas data de 31 de maio de 2012. Agora, na presente data, esgotadas todas as possibilidades de acordo que se entendiam possíveis, a SUMA reclama juros moratórios. Pelas razões já amplamente expostas, a AMAVE terá que os endereçar ao Município da Trofa. Quando se fala de forma avulsa em 400 mil euros, convém pois enquadrá-los neste contexto, recordando de que se trata da aplicação da taxa de juro em vigor no tempo decorrido desde 31 de maio de 2012. E mais, haveria disposição por parte da SUMA em reduzir tais 400 mil para 120 mil, caso o Executivo da Trofa estivesse na disposição de aceitar outorgar um plano de pagamentos, diluindo tal quantia em prestações mensais até 2019. Aliás, posição aceite em sede de negociação, contudo depois desdita. NT: Que diligências vai a AMAVE tomar para dar seguimento ao processo? Quais os caminhos possíveis? DB: Dado que o Município da Trofa não assume as suas responsabilidades nesta matéria, a AMAVE é forçada a instaurar um processo judicial contra o Município

com vista a ser ressarcida de todos os prejuízos passados, presentes e futuros decorrentes desta situação. Caso não seja do conhecimento, por falta de cumprimento das suas obrigações para com a AMAVE, sobre esta Associação impende um processo de penhora instaurado pela SUMA, que resulta no congelamento de contas bancárias, de penhoras sobre receitas, arresto de bens, etc, que impossibilitam o normal funcionamento da AMAVE, pondo em risco ordenados de colaboradores, cumprimento de obrigações legais, pagamento de empréstimos (dos quais o Município da Trofa beneficia, etc).

Não obstante isto, a AMAVE enquanto entidade responsável, está sempre disponível a acolher uma solução de última hora, caso a mesma seja a contento das partes. NT: A que período diz respeito esta dívida da Câmara da Trofa? DB: Relativamente à SUMA, isto é, aos 1,6 milhões aqui em análise, este montante respeita ao período de 2007 a 31 de maio de 2012 (data de fecho de contas). Além disto e num contexto global, a dívida mais antiga que o Município da Trofa tem junto da AMAVE data de 2002.


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O NOTÍCIAS DA TROFA 31 JULHO 2015

Atualidade João Pedro Costa

CRÓNICA Junta de Freguesia de Bougado

em desacordo ortográfico!

J

PCP vai continuar a luta pela desagregação das freguesias Em visita ao concelho, a deputada Diana Ferreira reafirmou que o Partido Comunista Português (PCP) vai continuar a lutar pela desagregação de freguesias e pela vinda do metro até à Trofa. Patrícia P ereira

U

m ano e meio após a agregação da freguesia de Guidões a Alvarelhos, desde as eleições autárquicas de setembro de 2013, os guidoeneses mantém viva a sua luta pela recuperação da independência administrativa de Guidões. Para o efeito, foi criada uma Comissão de luta contra a extinção da freguesia de Guidões, que, em “abaixo-assinado, reuniu cerca de mil assinaturas a protestarem contra a extinção da sua freguesia”. A Assembleia de Freguesia de Guidões pronunciou-se, por “unanimidade”, contra esta agregação, assim como a Assembleia Municipal da Trofa, que não queria que nenhuma freguesia do concelho fosse agregada. Segundo os Projetos de Lei “Criação da Freguesia de Guidões” e “Criação da Freguesia de Alvarelhos” apresentados pelo Grupo Parlamentar do PCP, a extinção destas duas freguesias foram deliberadas “à revelia da opinião dos seus órgãos autárquicos”, sendo que agora se constata que a extinção de freguesias se traduziu “numa perda para os moradores da sua área territorial, além de um desgosto profundo e um atentado à história de séculos da sua existência”. Numa visita pelo concelho da Trofa, a deputada do PCP, Diana Ferreira, afirmou que os Proje-

tos de Lei de criação das freguesias foram “alvo de um golpe da parte do PS, PSD e CDS, que boicotaram tanto a discussão como a votação na Assembleia da República”, durante uma “conferência de líderes”, durante a “última semana desta legislatura”. “O que fica evidente também neste golpe que foi dado, que até acaba por ser dado de uma forma tremendamente antidemocrático, é que estão contra aquelas que são as vontades das populações, estando apostados em fazer a extinção das freguesias e a consequente extinção dos serviços públicos, prejudicando a qualidade de vida das populações”, explicou. Com esta visita à Trofa, Diana Ferreira pretende “reafirmar o compromisso do PCP continuar esta luta”, que “não está perdida só porque ainda não foi concretizada”, utilizando “todos os meios que tiverem disponíveis para que seja devolvida a cada uma das populações aquelas que são as suas freguesias”. “Estamos num sítio onde se vê um pano com a frase ‘Guidões livre e independente’, que fica bem claro aquela que é a vontade da população desta freguesia, que foi completamente atropelada por aqueles que têm sido os partidos políticos que há mais de 39 anos se alternam no poder e que têm feito um conjunto de medidas que tem atacado todos aqueles que

são os direitos dos trabalhadores e do povo, os direitos laborais e sociais e que têm ignorado completamente aquelas que são as vontades das populações”, reforçou. A deputada recordou que as “extinções de freguesias” foi “um processo desencadeado pelos partidos da troika”, com “o objetivo claro de extinguir todos os serviços públicos que lhes estão associados”, como “escolas, extensões de saúde e estações dos CTT (quando eram uma empresa pública) que estão organizadas em lógica de freguesia”. “Se os partidos afirmaram que fizeram isto mas que não é para mudar nada, então porque que se extinguiram as freguesias”, questionou. PCP vai lutar pela vinda do metro até à Trofa Outro compromisso que o PCP reassume é a luta pelo “prolongamento da linha do metro até à Trofa”, relembrando o projeto apresentado pelo partido e que foi “chumbado pelo PSD e CDS”. “Isto é um projeto que iremos voltar a propor na próxima legislatura. É uma tremenda injustiça, porque como nós costumamos dizer que ‘na Trofa ficaram sem pau nem bola’. Comboio foi e o metro não chegou. Há aqui um vazio e com responsabilidades nos três partidos”, terminou.

á vi de quase tudo na minha terra! Quase, disse eu, porque estou sempre à espera de ver mais uma novidade da imaginativa classe política que nos governa!... Desta feita, deparei-me com a pretensão de lançar um “novo” acordo ortográfico, com génese numa qualquer reunião do executivo da Junta de Freguesia de Bougado (JFB), conduzida por Luís Paulo e ao estilo “Luíspaules”, social-democrata, eleito pela coligação “Unidos pela Trofa”. Na inauguração da Casa Mortuária de S. Martinho de Bougado, promoveu um “agrado” ao seu amigo de partido e presidente da Câmara Municipal da Trofa, Sérgio Humberto, colocando numa das paredes uma placa com os seguintes dizeres: “Obra realizada pela Junta de Freguesia de Bougado (São Martinho e Santiago) com o apoio da Câmara Municipal da Trofa. Inaugurada pelo sua Exª. Dr. Sérgio Humberto (...) 03 de Julho de 2015”.

20 de novembro de 2014. Deixando agora os pormenores do “assim se escreve em bom português...”, mas que não devem passar em claro (até porque a placa lá continua!), vamos ao mais grave da cerimónia de inauguração e que certamente envergonhará qualquer bougadense que respeite as suas origens. O projeto, aprovado em Assembleia de Freguesia de “REQUALIFICAÇÃO E AMPLIAÇÃO”, deu origem a uma suposta “coisa nova”, segundo entendimento de “última hora” (pré-inauguração) do executivo da JFB que, em desrespeito com quem tinha decidido construir o anterior espaço, há mais de 30 anos (novidade à data), o já falecido Presidente da Junta Armindo Azevedo (socialista), supriu a placa que lá esteve colocada desde sempre! Falta de sensibilidade, falta de respeito, falta de vergonha, dou o termo à escolha ao leitor, mas é desta forma que classifico quem pretende apagar a memória da nossa terra, levando-me a acreditar que o único “pecado” do executivo que construiu inicialmente o espaço era ser socialista! Mais um exemplo da politiquice a que estamos habituados... Belo exemplo de “orgulho trofense” propagandeado em slogan durante a campanha eleitoral, do qual se espera arrependimento de quem cometeu semelhante barbaridade e atentado à memória coletiva, corrigindo a mentira histórica que agora lá está a ser contada. Afinal, quem vai ter o trabalho de corrigir a placa, para substituir o “Luíspaules”, sempre pode pendurar a outra (se não tiver sido destruída)... Por fim, espero que nos momentos mais difíceis, quem deste espaço precise, possa nele encontrar conforto, facto pelo qual termino, dando os parabéns ao executivo da JFB por ter aplicado bem os cerca de 150.000€ dos bougadenses, concebendo uma obra que olho e gosto! Parabéns também ao arquiteto que elaborou o projeto e à empresa de V.N. GAIA a quem foi entregue por Ajuste Direto a obra. http:// www.base.gov.pt/Base/pt/Pesquisa/ Contrato?a=1315265

Numa placa que pretende marcar para a posteridade o momento, fiquei atónito com a quantidade de erros ortográficos (ou não, se se confirmar o “desacordo” Luíspaules…!), em tão curto espaço de texto: a falta de um acento circunflexo no primeiro “a” de Câmara, a falta de uma pinta no segundo “i” de Municipal, a falta de concordância de género na palavra “pelo” e por fim o “Julho” escrito em letra maiúscula! Ufff... Nada que admire o comum do bougadense, pois “o que começa torto, termina torto” e já à data do lançamento da obra, outubro de 2014, um propagandístico outdoor “quase” maior que a própria obra que se pretendia construir dizia “Requalificação e Ampliação de Capela Mortuária”, quando o que se tratava era de uma “Casa Mortuária” (pois ser(Agradecimento ao cidadão trove todos os cidadãos, independen- fense José Azevedo pelo alerta no temente da religião), como aliás foi facebook e cedência da foto) abordado em artigo publicado em


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Banda de Música da Trofa estreia-se na Casa da Música

A Banda de Música da Trofa estreou-se no palco da Sala Suggia, na Casa da Música, no Porto, contando com uma plateia onde estiveram “cerca de 400 trofenses”.

A

tarde de domingo, 26 de julho, ficou marcada pelo concerto da Banda de Música da Trofa, no Encontro de Bandas Filarmónicas, na Casa de Música, um concerto que Luís Lima, presidente da banda, caracteriza como “de alto nível”. O encontro que teve início as 15 horas foi enaltecido por uma arruada, onde desfilaram todas as bandas, antes do concerto, que reuniu 1200 pessoas na plateia, entre elas, cerca de 400 trofenses. O facto de a entrada ser gratuita fez com que os bilhetes esgotassem num ápice. Inclusive, “muita gente teve de ir

embora, porque não tinha bilhete para entrar”, garantiu Luís Lima. O presidente da Banda sublinhou que este foi, de facto, um “concerto acima da média” e pelo qual a banda trofense já foi felicitada. “Recebi um email dos responsáveis da Casa da Música a elogiarem o maestro e a banda, porque de facto foi o melhor concerto de bandas filarmónicas”, salientou Luís Lima. O responsável garantiu que o sucesso do concerto e da própria banda é “fruto de oito anos de trabalho”. Para além da Banda de Música da Trofa, atuaram ainda as bandas de Golães da Sociedade Artística Musical Fafense e a Filarmónica Humanitária de Palmela.

foto: Daniel Reis

Diana Morgado Cátia Veloso

Festival do Folclórico da Trofa reúne cerca de 1500 pessoas

Primeiro ano de CineClube com “balanço positivo” Para comemorar o primeiro aniversário, o CineClube da Trofa organizou uma festa na noite de sexta-feira, 24 de julho, que contou com o apoio da Casa da Guiné-Bissau do Porto. “Apesar de todos os contratempos que encontramos, o balanço foi positivo”. É assim que Joaquim Azevedo, presidente do CineClube da Trofa, caracteriza o primeiro ano daquele que foi um projeto ambicionado em conjunto com o pai. A noite de sexta-feira, no indoor Mais Desporto, foi animada pelo Grupo de Danças Tradicionais da Casa da Guiné-Bissau do Porto e pela apresentação e exibição de um documentário, sobre o Kora, um

instrumento tradicional do país da África Ocidental. Joaquim Azevedo salientou que foi “um espetáculo inédito na Trofa” e garantiu que o CineClube da Trofa surpreendeu pela “boa adesão”. “Estamos quase a atingir o número de sócios pretendidos”, sublinhou. O evento ficou ainda marcado pela presença do Lions Clube da Trofa e do Lions Clube da Lusofonia. O CineClube da Trofa pretende continuar a dar cartas e conta já com eventos marcados para este ano e para o próximo, como o Festival Seis Continentes, que se realizará daqui a três meses, e o Festrofa, em 2016. D.M./C.V.

“Excecional” foi o adjetivo escolhido por Fernando Jesus, presidente do Rancho Folclórico da Trofa, para caracterizar o Festival Folclórico, decorrido no sábado, 25 de julho, no Parque da Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro. A iniciativa deste ano contou com a presença especial do Rancho da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental da Trofa (APPA-

CDM), que arrancou um ruidoso aplauso da plateia. Fernando Jesus adiantou que “foi uma excelente ideia” convidar a associação. “Falamos com as pessoas responsáveis, que aceitaram de imediato e ficaram muito felizes, foi uma coisa inédita e correu muito bem”, esclareceu o presidente. Além do anfitrião e da APPACDM, no Festival participaram ainda o Rancho Folclórico de Santa-

rém, o Rancho Folclórico e Etnográfico de Alfarelos, o Grupo Folclórico de Danças e Cantares de Alvarães e o Rancho Folclórico Nossa Senhora da Piedade de Melres. O evento, que segundo Fernando Jesus reuniu “cerca de 1500 pessoas”, deixou os anfitriões satisfeitos com o resultado. Fernando Jesus aproveitou para agradecer a todas as entidades envolvidas. D.M./C.V.


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População festeja restauro da Igreja de S. Romão

Metros de tapete, artisticamente ornamentado de flores de várias cores e odores, multiplicavam-se pelo caminho que liga a Capela de Santa Eulália à Igreja de S. Romão, na tarde de domingo, 26 de julho. Os padrões desenhados indicavam o caminho que o Bispo do Porto, D. António Francisco dos Santos, tinha de percorrer até ao recém-restaurado interior da Igreja. Cátia Veloso

da fé. E depois há uma afirmação do valor de uma comunidade cristã que está renovada, feliz e unida ao seu pároco e ao seu bispo”, acrescentou. Face à enchente que já se previa para assistir à eucaristia, a paróquia providenciou um sistema multimédia para que os que não conseguiram entrar na igreja, tivessem a mesma oportunidade de participar na celebração.

O

orgulho romanense pela concretização da obra estava estampado na decoração floral, onde se lia “Missão Cumprida”, e no sorriso das mais de mil pessoas que se associaram à festa de inauguração. O poeta não podia ter dito melhor: “Deus quer, o homem sonha e a obra nasce”. Cento e cinquenta e mil euros foi o investimento necessário para a profunda intervenção no interior da Igreja de S. Romão do Coronado, que contemplou a restauração do altar-mor, dos altares laterais, dos bancos e dos tetos, a requalificação da instalação elétrica e a pintura. Sem qualquer recurso financeiro antecipado, a paróquia, sob a batuta do padre Rui Alves, avançou com a obra e, em poucos meses, os fundos foram conseguidos, graças à generosidade da população e do apoio das instituições públicas locais. Na eucaristia presidida pelo bispo e que marcou a inauguração da obra, foram algumas as vezes que o pároco de S. Romão não conteve a emoção perante a concretização da obra e a demonstração de altruísmo da comunidade. “Babado” foi o adjetivo escolhido pelo sacerdote para descrever o sentimento que reinava naquele momento: “Estou muito feliz. Independentemente da nossa fé, do nosso partido, do nosso clube e das nossas opiniões, quando nos sentimos felizes daquilo que fazemos, e o melhor que podemos ter. É uma responsabilidade muito grande sentir que as pessoas estão a tirar de si para uma causa comum”. Depois da obra, Rui Alves de-

Mas a tarde ainda prometia. Até marchas populares em honra à obra e a S. Romão houve, fruto da união da população, que formou cortejos e “aperaltou-se” para cantar e dançar. Também o Rancho Folclórico de S. Romão se associou às comemorações, População uniu-se e preparou uma grande festa para assinalar restauro da Igreja seja que a “unidade” demonstrada balho social, com a união de todas com as marchas, com os tapetes, que também tiveram copela população “prossiga”, através as entidades, famílias e entidades, com a decoração e essa dimen- mes e bebes à discrição.

do caminho “que está a ser feito, e um trabalho cultural e criativo, são está ligada à nossa celebração com a presença de Deus”. Também D. António Francisco Santos, pela primeira vez em S. Romão do Coronado na função de bispo, se sensibilizou com a mostra de união da comunidade, “que se congregou para levar por diante este belo empreendimento da restauração da igreja matriz, realizando-o de uma maneira tão bela, profissional e competente e cumprindo a valorização do património”. “Sentimos que as pessoas estão felizes por terem levado por diante esta iniciativa. Há um tra-

Rosa Machado “Vim dar o meu contributo e achei fantástico o que se passou aqui. Serviu para unir as pessoas e ver que há quem trabalhe para a terra e conseguem atingir os objetivos a que são propostos”.

Padre Rui Alves “Eu sinto-me muito bem nas três paróquias que dirijo, mas o povo de S. Romão tem características que eu acho que estão muito próximas daquilo que eu sou. Eu considero-me uma pessoa bairrista, de luta e que acredita nos ideais, indo aos limites e em conjunto. Sozinhos, podemos chegar muito rápido a um sítio, mas juntos vamos muito mais longe”.


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Manuel Maia

“A igreja está muito linda. O povo contribuiu, porque é solidário. Com a idade que tenho, fiquei muito feliz por ter tido oportunidade de ver a obra. O senhor padre Rui é um homem disposto a tudo e está disponível a dar mais ainda para o que for preciso. A festa foi muito bonita, já vi muitas organizações, mas esta foi das melhores. Até tenho a minha filha e as minhas netas a participar”.


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Atualidade

Centro Social de S. Mamede nas Colónias Balneares D urante 15 dias, os utentes do Centro Social Paroquial de S. Mamede do Coronado participaram nas Colónias Balneares Seniores 2015, que decorreram na praia do Leixão, na Póvoa de Varzim. “Foram dias repletos de várias emoções, onde o nevoeiro não foi de maneira nenhuma um entrave para a diversão e para a boa disposição dos nossos utentes e colaboradores”, adiantou fonte do Centro Social. Os utentes participaram nas “aulas de zumba dinamizadas no passadiço da praia, confraternizaram com o jogador de futebol Hélder Postiga, fizeram caminhadas junto à praia; visitaram a lota de venda de peixe, a Biblioteca de Praia, a exposição de artesanato patente na Biblioteca e também a Igreja de S. José”, passeando ainda nas “ruas históricas da

Utentes divertiram-se na praia

Póvoa de Varzim”. Para assinalar o fim das Colónias Balneares, os “utentes das várias instituições” juntaram-se no Monte de Santa Eufémia, em Al-

varelhos, para “um almoço convívio com muita animação musical à mistura, para que todos juntos pudessem recordar estes dias de calor que partilharam em conjunto”. P.P.

26 de julho, resolveu viajar até Vila Real, para conhecer um pouco do em pleno Douro Vinhateiro. João Castro, um dos fundadores dos “Pelinhas” -

como são conhecidos os membros do grupo - , o passeio organizado e no qual participaram 20 pessoas, correu “excecionalmente bem”. D.M./C.V.

CRÓNICA

Personalidade Trofense...

H

Passeio dos “Pelinhas” ao Douro Vinhateiro

É um grupo de amigos que há já 30 anos se reúne para descobrir novos sítios e festejar a amizade que os une. No fim de semana de 25 e

Pedro Ortiga

oje deixo as notas políticas de lado para escrever sobre dois aspetos da “personalidade trofense” que tornam alguns (muitos) trofenses especiais. Sendo um Jovem comparado com muitos dos leitores deste Jornal, não me passa despercebido aquilo que mais aprecio num trofense. A capacidade de fazer as coisas mudar, lutar pelo que acreditam, não baixando os braços perante as dificuldades ou as afirmações: “não vale a pena”, “não vais mudar nada”. Nesta Terra, somos um povo acolhedor e empreendedor, sendo bem patente a força com que nos unimos quando as motivações o exigem. É sobre este tema que hoje me debruço. Souberam no passado “lutar” com pedras da calçada e pedaços do caminho-de-ferro para que fosse feita justiça ao clube da terra. Foram a Lisboa, contra tudo e contra todos, para trazer a autonomia administrativa do território. Na história mais recente alguns (muitos) ilustres trofenses são reconhecidos pelo empreendedorismo e a experiência profissional. É a este povo, generoso, solidário, que peço que se una hoje para apoiar financeiramente uma Associação que passa por momentos difíceis. Não me foi encomendado este apelo, nem defendo a caridade como forma de subsistência, mas defendo o reconhecimento do trabalho realizado e o direito de cada trofense poder realizar a sua inserção profissional, quer seja pessoa portadora de deficiência ou não. Obviamente, falo em apoiar a APPACDM da Trofa, porque apesar das diversas iniciativas já realizadas, sei que continuam com muitas dificuldades para prosseguir condignamente a sua missão, ou melhor, a NOSSA MISSÃO, de colaborar na criação de uma oportunidade para viver e trabalhar como cidadão, seja essa pessoa “normal” ou “especial”. Esta Associação para além de um papel insubstituível no associativismo trofense, mantêm ainda na

sua génese empreendedora, a preocupação ambiental, pelo que deixo aqui os seus contactos para que colaborem... com donativos financeiros que permitam manter o quadro de técnicos que dão corpo a esta Associação; ...ou com os vossos resíduos recicláveis (papel, plástico, vidro, esferovite, pilhas e óleos domésticos) para que sejam tratados na sua empresa de inserção, onde muitos jovens, seus utentes, estão a trabalhar. APPACDM Trofa Telf:25240906 0/252414066;Email:appacdmdatro fa@mail.telepac.pt O pouco que cada um de nós possa contribuir, será o muito que permitirá manter esta Associação na missão que tem desempenhado. Mas quando iniciei esta crónica, mencionei dois aspetos da “personalidade trofense”, e se um é motivo de orgulho, aquele que agora vos trago, torna-nos reféns de uma “aldeia com muitas casas”. Quando algum evento, que fuja do tradicional, acontece na Trofa, a primeira reação é de distanciamento. Refiro-me aos eventos solidários, cívicos ou culturais, que continuam a não fazer levantar do sofá a maioria dos trofenses. Na Trofa não existe nada, ouvimos nós muitas vezes. Perdoem-me a forma fria como o digo, mas por vezes também somos pobres de espírito. Quantos participaram nas caminhadas solidárias, nos eventos do Bikeforlife, nos concertos de sábado à noite na sede da “Nossa casa da Juventude”, nas Sextas com Vida ou nos Encontros Lusófonos? E muitos outros eventos realizados no Concelho da Trofa que ficam injustamente por mencionar. Para que esta “insatisfação” acabe de uma vez, apelo à participação ativa no que queremos que a Nossa Trofa nos ofereça, permitindo que novas iniciativas possam vingar e não tenhamos que nos deslocar para cidades vizinhas, para termos eventos de qualidade.

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Atualidade

Ajudar comendo

Sandes de porco no espeto e caldo verde valeram uma ação solidária no Clube Slotcar da Trofa, durante o dia de sábado, 25 de julho. Cátia Veloso

F

ace às grandes dificuldades que a Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) da Trofa atravessa atualmente, os membros do Clube Slotcar da Trofa decidiram “arregaçar” as mangas para ajudar. Cederam o porco no espeto e o caldo verde e as vendas reverteram totalmente para a instituição. Por outras palavras, “juntou-se a fome à vontade de comer”. Ao longo da tarde, muitas foram as pessoas que passaram na sede do Clube para saborear as “iguarias” preparadas, ao mesmo tempo que contribuíam para que a APPACDM consiga transpor os obstáculos financeiros que se agudizam. Segundo João Pedro Costa, presidente do Clube Slotcar da Trofa, a atividade solidária “estava enquadrada no plano de atividades” e a escolha recaiu na APPACDM por-

Rancho da APPACDM animou iniciativa

que “precisa de ajuda e que haja um foco sobre ela”. “Esta é uma atividade muito fácil de realizar, porque a partir do momento em que as associações estão no terreno, conseguem ar-

rastar alguma atenção sobre elas e projetar-se nos outros. Nessa perspetiva, sentimo-nos muito contentes, porque conseguimos chegar a algumas pessoas e fazer com que os jovens da APPACDM também

com a generosidade manifestada. “É uma demonstração de amizade, de valorização do trabalho e da estima que as pessoas têm pelos nossos utentes”, afirmou. Apesar das dificuldades sentidas, Conceição Leitão fala de “fé” para justificar a crença na resolução da “grande crise” que assolou a instituição. “Com os amigos que temos encontrado, vamos vencer de certeza”, asseverou. A diretora pedagógica não escondeu, porém, que a APPACDM “precisa de muita coisa”, mas apenas apela para que lhe seja concedido “aquilo a que tem direito”. “Não me quero alongar muito, mas esperamos que as pessoas reflitam e se aproximem de nós”, sublinhou. Para Conceição Leitão, “seria se sentissem felizes”, sublinhou. uma grande perda” para a Trofa Esta não é a primeira manifes- se a APPACDM deixasse de existação de apoio do movimento as- tir. Atualmente, a instituição apoia sociativo em torno da APPACDM. cerca de 75 utentes e tem mais de Conceição Leitão, diretora peda- 50 colaboradores. gógica, mostrou-se sensibilizada

Filipa Ferreira lidera Leo Clube da Trofa

Filipa Ferreira sucede a Simão Campos na presidência do Leo Clube da Trofa. Patrícia P ereira

Com o jantar do 36.º aniversário do Leo Clube da Trofa, terminou o mandato de Simão Campos enquanto presidente. A antiga direção, constituída ainda por Catarina Pedrosa, Miguel Cardoso e Filipa Ferreira, realizou “mais de 35 atividades”. Filipa Ferreira assumiu a responsabilidade de liderar o Leo Clube da Trofa no ano 2015/2016, juntamente com Bruno Soares (vice-presidente), Adriano Oliveira (tesoureiro) e Catarina Pedrosa (secretária), que têm “a grande responsabilidade de alcançar bons objetivos”. “Nesse sentido, o trabalho do Leo Clube da Trofa para 2015/2016 passa pela proximidade a toda a população trofense, com a realização de atividades

Nova direção tomou posse

nas diversas freguesias, com novas parcerias tendo em vista um maior impacto do Leo Clube junto da co-

munidade trofense”, avançou a presidente Filipa Ferreira. Assim, de 16 a 19 de julho, o Leo

Clube da Trofa esteve presente no BeLive, com um stand expositor, onde “esteve junto da população

juvenil, promovendo o Leonismo”. “Além da divulgação e angariação de potenciais dadores de sangue, o Leo Clube da Trofa cuidou da saúde dos trofenses que nos visitaram para rastreio à diabetes e hipertensão, de forma a esclarecer dúvidas e a aconselhar possíveis mudanças em hábitos de vida saudáveis. Com as nossas crianças, proporcionamos um momento de criatividade, com a realização de um desenho e a posterior exposição dos mesmos no stand”, contou, referindo que o “balanço foi bastante positivo pela participação e interação com a população”. O Leo Clube da Trofa define-se como “um movimento juvenil, apartidário, sem ligação a qualquer religião, sem fins lucrativos e que se insere na maior Organização Mundial de Serviço, os Lions Clubes”.


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Cultura

Alva sobe pela segunda vez ao palco do Sá da Bandeira Teatro Sá da Bandeira recebe pela 2ª vez a Alva - Academia de Dança, para mais um espetáculo de final de ano e que contou com a presença de cerca de 650 pessoas. Diana Morgado

P

ara encerrar mais um ano letivo, a Alva - Academia de Dança voltou ao Porto e aos palcos do Teatro Sá da Bandeira no domingo, dia 26 de junho, para mais um espetáculo que ao ritmo africano mostrou a dedicação e trabalho de todos os bailarinos.

Sílvia Cruz, responsável da Academia, garantiu que a preparação do espetáculo foi “uma loucura”, devido ao trabalho que exigiu e aos objetivos pedagógicos alcançados durante o ano e que foram aplicados na gala. “Este ano, queríamos fazer uma coisa diferente, então, reunimo-nos e pensamos em incorporar os passos tradicionais e a técnica das nossas danças

e num estilo que está na moda, que é o Afro”, esclareceu a professora. O local do espetáculo foi mais uma vez escolhido pela Academia, não só pelo conhecimento “das condições técnicas”, mas também pela

Os ritmos africanos marcaram espetáculo

tradicionalidade e imponência, elucidou Sílvia Cruz. Cerca de 650 pessoas estiveram presentes para assistir à atuação dos bailarinos, que se esforçaram para mostrar os conhecimentos adquiri-

dos ao longo do ano letivo. O espetáculo foi gravado em vídeo e está disponível para quem quiser adquirir, podendo contactar a TrofaTv ou “Os Clicks do Veloso”, através do Facebook.

Passos de Dança encerra ano letivo na Casa das Artes

“Cerca de 90 bailarinos” da Escola Passos de Dança apresentaram peça de ballet “O Corsário”, na Casa das Artes, em Vila Nova de Famalicão, na noite de quarta-feira, 29 de julho. Patrícia P ereira

N

um reino distante das arábias, vive-se um dia normal no mercado, quando surge um grupo de corsários à procura de tesouros. Um dos corsários, Conrad, apaixona-se por Medora, a melhor escrava de Isacc, que é vendida ao Marajá, príncipe do reino. Conrad rapta a sua amada do palácio real protegido e leva-a para uma ilha distante. Enraivecido, Marajá chama os piratas para a resgatarem, travando uma luta com os corsários. Com a derrota dos piratas, Conrad e Medora vivem o seu amor. Baseado no poema de Lord Byron, a história “O Corsário” foi o tema da peça de ballet apresentada pela Escola Passos de Dança na Casa das Artes, em Vila Nova de Famalicão, como forma de assinalar o final do ano letivo 2014/2015. Mas antes, o público foi surpreendido com um espetáculo dedicado “ao Cotton Club e ao Jazz no final dos anos 30, no final da 1.ª Guerra Mundial”. A professora responsável pela Escola Passos de Dança, Márcia Ferreira, afirmou que os “cerca de 90 bailarinos” trabalharam “muitas horas em prol deste espetáculo”, sendo o balan-

Espetáculo contou com atuação de cerca de 90 bailarinos

ço “muito positivo, porque os alunos estão muito satisfeitos e isso é que é o mais importante”. “Só quando vejo o vídeo é que tenho uma ideia mais crítica, mas para mim correu bem porque eles saem felizes e isso é o mais importante mesmo que haja pequenas falhas”, referiu, salientando as “muitas horas necessárias” para preparar um espetáculo destes, ensaiado em “dois meses e meio muito intensivos”. A partir do momento que terminaram as aulas escolares, Márcia Ferreira “intensificou os horários”, sendo que na “última semana, a maioria dos miúdos teve ensaios de ma-

nhã e à tarde, todos os dias”, o que é “muito intensivo, mas também gratificante para eles”. Prova disso é que os bailarinos “já começam a ter noção de muita coisa”. “É engraçado ver a evolução deles, porque quando estamos a montar o início do espetáculo e falta inspiração para terminar uma coreografia ou meia dúzia de passos, já vejo os mais pequenos a sugerir, o que é muito interessante”, acrescentou. Márcia Ferreira agradeceu “aos patrocinadores que apoiaram este espetáculo e que foram essenciais para que ele se realizasse”, assim como “aos pais e alunas por todo o empe-

nho e dedicação”. Professora completa 20 anos de carreira “A minha mãe costumava dizer que eu era professora de ballet e estudava nas horas vagas e não ao contrário”. Márcia Ferreira completa 20 anos de carreira e, no final do espetáculo, foi contemplada com um ramo com 20 rosas brancas. A professora recordou que “desde os sete/oito anos sempre disse que queria ser professora de ballet” e “sempre foi o sonho de vida”, tendo começado a “dar aulas muito cedo”. E apesar de todos os

“altos e baixos que todas as carreiras tenham”, Márcia Ferreira “não trocava por nada” esta profissão, por “poder transmitir algo a estas crianças e jovens e encaminhar alguns com futuro”. “Outros vieram ver o espetáculo, porque não estão comigo por ter as suas vidas ou então aqueles que já não estão connosco porque não podem, mas telefonam a perguntar se quero ajuda para o espetáculo. Isso para mim é o mais gratificante de tudo”, completou. Como “ponto mais alto” da sua carreira, Márcia Ferreira aponta Mariana Ribeiro que no próximo ano letivo fará o 3.º ano na Northern Ballet School, em Inglaterra, e “será a sua primeira bailarina profissional”. “Para mim é motivo de muito orgulho, mesmo que seja só uma para já”, salientou. Há oito anos na Trofa com a Escola Passos de Dança, Márcia mencionou que houve “uma progressão muito grande que foi batalhada”, tendo sido “difícil explicar a estes pais e à comunidade que a dança não é só muito boa física e artisticamente, como psicologicamente e ajuda-os a nível de vida, de espirito de grupo e de trabalho”.


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McDonald’s abre restaurante na Trofa

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Atualidade

McDonald’s inaugurou esta quinta-feira, 30 de julho, o primeiro restaurante na Trofa, localizado na EN14, junto à Rotunda do Professor e Conhecimento, em Santiago de Bougado. Patrícia P ereira

U

ma decoração contemporânea com um design moderno e apelativo. O McDonald’s chegou à Trofa e apresenta um restaurante com capacidade para “167 lugares sentados, dos quais 135 na sala e 32 na esplanada”. A inauguração do novo restaurante não passou despercebida às várias dezenas de pessoas, que assistiram ao evento no passeio. O restaurante que abriu esta sexta-feira é para Regina Alves, proprietária e franquiada da McDonald’s há 20 anos, um espaço “dedicado à família”. “É para mim um enorme orgulho poder integrar a comunidade trofense e trabalhar com uma equipa fantástica, totalmente empenhada e motivada”, sublinhou a proprietária dos McDonald’s de Famalicão, Paços de Ferreira, Penafiel e Trofa. Apadrinhar associações, não é novidade para a maior cadeia internacional de fast food e no concelho trofense não podia ser diferen-

te. O restaurante número 146, decidiu, depois de uma recolha de dados, que a Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental da Trofa (APPACDM) seria a apadrinhada. Durante a cerimónia de inauguração, o Rancho Folclórico da instituição, atuou, alegrando todos os presentes. “O apadrinhamento passa por uma parceria que nasce hoje e que vai continuar doravante, começou por um donativo simbólico, mas depois há muita coisa que podemos fazer ao longo dos anos”, salientou Regina Alves. Jo r ge Fe r r a z , d i r e t o r d a McDonald’s Portugal, admitiu que se sente “muito orgulhoso” com a abertura de mais um restaurante da cadeia com 60 anos e que não tem quaisquer dúvidas de que o McDonald’s da Trofa “vai ser um sucesso”. “Temos uma franquiada exemplar, que já demonstrou que consegue gerir restaurantes de uma forma extraordinária, com plena integração na sociedade”, enalteceu o diretor.

Restaurante tem cerca de 50 funcionários

Depois de cortada a fita de inauguração do espaço e içadas as bandeiras da marca e do concelho, o evento contou ainda com uma mostra de dança protagonizada pela

Alva Academia de Dança, seguindo-se o jantar oferecido a todos os convidados. O horário de funcionamento é das 11 às 23 horas, sendo que o McDri-

ve funciona das 11 à 1 hora de domingo a quinta-feira e das 11 às 2 horas de sexta-feira, sábado e vésperas de feriados.


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Região

Executivo tirsense preocupado com “eventual transferência” do Hospital de Santo Tirso Preocupada com o esvaziamento do Hospital de Santo Tirso e a sua transferência para a Santa Casa da Misericórdia, a Câmara Municipal de Santo Tirso reuniu-se com o Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Médio Ave, a 28 de julho. Patrícia P ereira

O

edil da Câmara Municipal de Santo Tirso, Joaquim Couto, e o vereador do pelouro de Saúde e Bem-estar, Alberto Costa, reuniram-se com o Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA) – constituído pelas unidades hospitalares de Santo Tirso e Vila Nova de Famalicão -, para se inteirarem sobre o processo de transferência do Hospital de Santo Tirso para a Santa Casa da Misericórdia local e o crescente esvaziamento da unidade hospitalar. Recorde-se que, a 16 de dezembro de 2014, foi anunciada a passagem do Hospital de Santo Tirso para a alçada da Santa Casa de Misericórdia, num processo que ainda não foi concluído. À saída da reunião, Joaquim Couto referiu que “se já estava preocupado, veio mais ainda”, porque o processo em curso da “transferência eventual do Hospital para a Misericórdia” está a decorrer “à revelia do Conselho da Administração” do CHMA e o autarca continua “sem informação sobre o desfecho desta negociação”, que está a decorrer entre “a União das Misericórdias, a Misericórdia de Santo Tirso e as autoridades superiores do Ministério

Joaquim Couto disse estar “preocupado” com processo de transferência do Hospital para a Misericórdia

da Saúde”. “É uma atitude política e até quase partidária do Governo, na medida em que a Câmara devia ter sido envolvida, como foi prometido pelo senhor ministro, e o próprio Conselho da Administração tem o dever de colaborar com os negociadores”, asseverou, informando que, na “semana passada”, dirigiu “uma carta ao senhor ministro protestando o facto de a Câmara não estar a

ser envolvida no processo de negociação da eventual transferência do Hospital para a Misericórdia”, mas que “não obteve resposta”. Ainda na semana passada, a Câmara Municipal de Santo Tirso emitiu um comunicado, onde denunciou uma série de problemas que a unidade hospitalar está a viver, como “a perda de valências e a transferência de vários equipamentos para o Hos-

pital de Famalicão”. Joaquim Couto falou sobre o assunto, referindo que há “degradação dos fundos pela política do Ministério de desinvestimento no Hospital de Santo Tirso, de sistemática desarticulação desta unidade componente do Centro Hospitalar, provavelmente para levar à conclusão final de que o Hospital não tem viabilidade no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e ser

entregue à Misericórdia”. “Entendemos que o Hospital deve estar no perímetro do SNS, que não deve continuar a diminuir as valências, mas antes pelo contrário deve aumentá-las para servir a população. Neste momento, Santo Tirso e Trofa representa cerca de 35 por cento da produtividade e do movimento hospitalar do CHMA, quando na realidade a população de Santo Tirso e Trofa representa 50 por cento”, enumerou como exemplo do “desequilíbrio que foi sendo sistematicamente introduzido negativamente para o lado de Santo Tirso e Trofa”. Para o edil tirsense, “uma gestão correta do SNS” passava pelo “equilíbrio das duas unidades hospitalares, quer em termos de produtividade, recursos humanos, quer em termos de ação concreta ao nível do SNS”. Por outro lado, na sua opinião, o facto de a unidade de Vila Nova de Famalicão estar sediada no distrito de Braga e a de Santo Tirso estar no Porto cria “dificuldades ao funcionamento do CHMA”, sendo que os “governos deviam de adaptar no território a evolução das populações e não fixar-se numa divisão administrativa distrital que é caduca, ultrapassada e que já não faz qualquer sentido”.

“Resistentes” do IPO abrilhantaram final do torneio “O Pai Já Vai” Há 28 anos, começou como um torneio de café e hoje é considerado um “torneio da cidade”. “O Pai Já Vai” foi a designação escolhida pelos mentores para a competição que nasceu no Ok Bar e que é já uma marca no panorama desportivo de Santo Tirso. Cátia Veloso

Este ano, foram 12 as equipas que participaram no torneio, que começou a 6 de julho e decorreu no complexo desportivo de Santo Tirso. Na final, que aconteceu a 25 de julho, a equipa J venceu por 4-2 a equipa G. Segundo João Moreira, um dos organizadores, uma das atrações deste evento é o sorteio “dos jogadores” que, depois, compõem as diferentes equipas em prova. “Assim, eles podem conhecer-se melhor e confraternizarem. Consideramos que é um torneio mais interessante, porque não existe em equipas feitas, fortalecendo o relacio-

mostraram disponibilidade em ajudar no que fosse possível. Conseguimos algo mais e se assim continuar, para o ano a dimensão do torneio será ainda maior”, frisou Ricardo Silva, outro dos elementos da organização. Antes da final, houve um jogo especial, com a presença dos “Resistentes” da ala pediátrica do Instituto Português de Oncologia do Porto. Na noite do mesmo dia, os participantes do torneio reuniram-se num jantar de confraternização, que juntou mais de uma centena de pessoas, Final do torneio marcada pela presença dos “Resistentes” do IPO do Porto seguindo-se o habitual cortejo pelas namento entre todas as pessoas, que é Graças ao apoio camarário e dos possível tornar o torneio mais aliciante. principais artérias da cidade. o nosso objetivo”, explicou. patrocinadores, como a Hermotor, foi “Houve pessoas que nos contactaram e


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Desporto

Trofense iniciou trabalhos com oito renovações e cinco reforços

Na época 2015/2016, a equipa sénior do Clube Desportivo Trofense vai disputar o Campeonato Nacional de Seniores, tendo começado os treinos na segunda-feira, 27 de julho. pa competitiva não devemos ter receio da série onde vamos ficar colocados”, referiu.

Plantel começou a trabalhar na segunda-feira Patrícia P ereira

V

ítor Oliveira assume o comando técnico do plantel sénior do Clube Desportivo Trofense, que, esta segunda-feira, começou os treinos com oito jogadores que transitam da época passada, cinco reforços, três ex-juniores, quatro atletas com contrato de formação e um conjunto de jogadores que estão a prestar provas. Os capitães Tiago e Hélder Sousa, Jorge Inocêncio, André Viana, Bruno Simões, Rogério, Bruno Chuca e Ricardo transitam da época passada, enquanto Jorge Batista (guarda-redes, ex-Freamunde), João Pedro (defesa esquerdo, ex-Famalicão), André

Gomes (ex-júnior do Rio Ave), Salvador (defesa central, ex-Sousense) e Nélson Sampaio (defesa central, ex-Felgueiras) são para já os reforços garantidos. Esta é a primeira época que Vítor Oliveira inicia como técnico principal e será acompanhado pelos adjuntos Luís Pinto, João Sales e Daniel Araújo (que acumulará as funções de treinador de guarda-redes do Departamento de Formação). “No passado cheguei a ser treinador principal, mas de forma transitória ou para terminar um projeto que havia. Este ano, as coisas passaram por mim e a direção deu-me essa confiança. A expectativa que temos é de contri-

buirmos para a sustentabilidade deste projeto, que sabemos que não é fácil, mas que não deixa de ser um desafio aliciante”, denotou. O técnico avançou que conseguiu reunir “um conjunto de jogadores bastante interessantes”, mas que “ainda não está completamente fechado”, estando a “tentar preencher cada posição com dois jogadores ao mesmo nível, para que possam lutar pelo lugar”. Vítor declarou que os objetivos estão “bem definidos” e que passam por “construir uma equipa competitiva, que tenha a capacidade de discutir as vitórias em qualquer um dos campos onde jogar,” e “tentar potenciar alguns jogadores para

conseguir mais-valias para o clube”. “Em termos classificativos é muito prematuro estar a definir, até porque ainda estamos numa fase muito embrionária do projeto”, completou. Os quatro jogadores com contrato de formação vão ser avaliados ao longo desta semana e se “preencherem os requisitos” e “forem solução, farão parte do plantel como outro jogador qualquer”. Vítor Oliveira considera a série B a mais aliciante para disputar o Campeonato Nacional de Seniores, por ser “claramente a mais forte de todas as séries a nível nacional”. “É um bom desafio para nós e se queremos realmente construir uma equi-

A Trofa está uma vez mais representada na Volta a Portugal Liberty Seguros, que está na estrada de 29 de julho a 9 de agosto. No prólogo da 77.ª edição, o trofense Daniel Silva foi o melhor corredor da Onda-Boavista, ao terminar os seis quilómetros em 21.º lugar, com o tempo de sete minutos e 47 segundos. A primeira etapa foi entre Pinhel e Bragança, numa extensão de 196,8 quilómetros, que Daniel Silva concluiu em cinco horas, dez minutos e quatro segundos, chegando no grupo da frente e terminando em 39.º lugar. A etapa foi vencida pelo espanhol Vicente Mateos, Ray Just Energy. P.P.

arquivo

Daniel Silva na Volta a Portugal em Bicicleta

Daniel Silva é o dorsal número 17 na Volta a Portugal deste ano

SDUQ quer época desportiva com “êxitos” Já Nuno Lima, gerente da Sociedade Desportiva Unipessoal por Quotas do (SDUQ) do Trofense, referiu que está a ser formado “um plantel”, marcado pela “a continuidade de oito jogadores” e potenciado com “mais reforços”, que devem chegar nos “próximo dias”. “O nosso objetivo é formar um grupo consistente, que nos dê garantias e confiança, para que possamos fazer uma época desportiva com êxitos. É prematuro estarmos a falar de objetivos concretos e bem definidos para a próxima época. Vamos deixar as coisas acontecerem com toda a naturalidade e formar a base do plantel para depois definirmos objetivos mais concretos”, avançou, garantindo que dada a “fase complicada do clube em termos financeiros”, a SDUQ será “rigorosa e o orçamento será ajustado às reais capacidades”. Apesar de a época já estar a ser preparada, Nuno Lima afirmou que ainda “existe a possibilidade” de criar uma SAD - Sociedade Anónima Desportiva. “Dia após dia, essa possibilidade está a ganhar contornos para que de facto possamos reunir condições para o fazer. Teremos que aguardar novos avanços dos potenciais investidores para avaliar se teremos condições de apresentar o projeto aos sócios”, terminou.


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Desporto

Daniel Dias vence Encontro Nacional

Torneio de futsal para ajudar os animais abandonados

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ngariar fundos para conseguir alimentar os cães e gatos abandonados, assim como pagar as despesas de veterinários foi o grande objetivo de Andreia Torres, voluntária da Associação Um Animal Um Amigo (AUAUA). Mobilizou toda a estrutura da associação e organizou um torneio de futsal no dia 26 de julho, no Yesindoor, em S. Martinho de Bougado, dividindo a competição em vários escalões, desde seniores masculinos e femininos, misto e crianças. O valor das inscrições revertia totalmente para a associação de defesa dos animais da

Trofa, que colabora com o canil municipal. A organização fez um balanço muito positivo da atividade e só espera que “venha o próximo torneio com o mesmo sucesso”. “Precisamos de mais iniciativas destas”, afiançou Sílvia Coutinho, responsável pela AUAUA. No torneio, a equipa Desportivo José Lopes foi a vencedora no escalão de seniores femininos, enquanto nos seniores masculinos foi a ADS Maia que triunfou. Nas equipas mistas, a Animafut subiu ao lugar mais alto do pódio, enquanto nas crianças foi a equipa Rolandinhos a 1.ª classificada. C.V.

O juvenil Daniel Dias, da Associação Cultural Desportiva de Ciclismo (ACDC) da Trofa, ficou em 1.º lugar da classificação geral do Encontro Nacional de Escolas de Ciclismo, que se realizou em Almeirim, nos dias 25 e 26 de julho. “Ao longo dos dois dias de convívio, aprendizagem, gincanas e corridas, estiveram presentes cerca de 600 participantes, entre os cinco e os 14 anos”, denotou fonte da associação trofense, acrescentando que a iniciativa “mobilizou toda a comunidade de ciclismo de formação português, de estrada e de BTT”. Na prova de contrarrelógio, Daniel Dias superou toda a concorrência ficando em 1.º lugar com “seis segundos de vantagem para o 2.º classificado”. No domingo, o juvenil “li-

mitou-se a controlar a prova, chegando integrado com o primeiro grupo, demonstrando, assim, já grande maturidade para a idade que tem”. P.P.

1.º Circuito de Obstáculos de BTT em Bairros A ACDC da Trofa vai organizar, integrado no Bougado e Juventude em Festa da Junta de Freguesia de Bougado, o 1.º Circuito de Obstáculos de BTT, a decorrer pelas 14.30 horas de 8 de agosto, no Souto de Bairros, em Santiago. Os interessados em participar devem inscrever-se na Junta de Freguesia de Bougado ou através do email geral@acdctrofa.pt. P.P.


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Atualidade

Agenda Dia 31 Até às 24 horas: Sextas Com Vida Dia 01 Festas em honra de S. Cristóvão e S. Pantaleão, no Muro 14 horas: Encontro de Concertinas e cantares ao desafio, no Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro 21.30 horas: Festival de folclore do Rancho Folclórico de S. Romão, junto à Capela de S. Bartolomeu Dia 02 Festas em honra de S. Cristóvão e S. Pantaleão, no Muro 14.30 horas: Festival Internacional de Folclore do Danças e Cantares do Vale do Coronado, na Quinta de S. Romão

Farmácias

Dia 31 Farmácia Moreira Padrão Dia 01 Farmácia de Ribeirão Dia 02 Farmácia Trofense Dia 03 Farmácia Barreto Dia 04 Farmácia Nova Dia 05 Farmácia Moreira Padrão Dia 06 Farmácia de Ribeirão Dia 07 Farmácia Trofense

Telefones úteis Bombeiros Voluntários Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Polícia Municipal da Trofa 252 428 109/10 Jornal O Notícias da Trofa 252 414 714 Centro de Saúde da Trofa 252 416 763 Centro de Saúde S. Romão 229 825 429

Santo Tirso dedica dia a avós e netos P ara promover o convívio entre gerações, a Câmara Municipal de Santo Tirso organizou um evento, que no domingo, 26 de julho, homenageou os avós. “É uma população que cada vez merece mais o nosso cuidado”, explicou Alberto Costa, vereador da Coesão Social, referindo-se aos seniores do concelho, num dia em que lhes foi dedicado um programa de animação cultural no Parque da Rabada. O objetivo da iniciativa foi comemorar o Dia dos Avós e dos Netos, numa atividade que “já faz parte da política” que o presidente Joaquim Couto “tem tentado implantar” no concelho, sublinhou Alberto Costa. A Missa Campal celebrada pelo Frei Pedro Fernandes iniciou o programa, seguindo-se a

atuação do Coro Santa Maria Madalena Ordem dos Dominicanos e a um almoço livre. O evento destacou-se em relação ao ano passado, devido às atuações de nomes bem conhecidos a nível nacional como

Necrologia

O sistema radicular das orquídeas

S. Martinho de Bougado Manuel Lucas da Silva Costa Faleceu no dia 26 de julho, com 72 anos. Casado com Ana Rosa Ferreira Dias Funerais realizados por Agência Funerária Trofense, Lda. Gerência de João Silva

Esmeriz Serafim Correia de Sá Faleceu no dia 23 de julho, com 81 anos. Viúvo de Maria da Conceição Ferreira Azevedo Lousado Fernando Rodrigues Moreira Faleceu no dia 25 de julho, com 84 anos. Viúvo de Maria Gomes de Azevedo Ribeirão Maria Inês Reis da Costa e Sá Machado Faleceu no dia 25 de julho, com 75 anos. Casada com Ilídio Moreira Machado Maria da Conceição Duarte Macedo Faleceu no dia 26 de julho, com 63 anos. Casada com Manuel Oliveira e Sá Funerais realizados por Funerária Ribeirense Paiva & Irmão, Lda.

Ficha Técnica

Missa Campal assistida por várias dezenas de pessoas

Grande parte das orquídeas são epífitas, isto é, vivem “agarradas” ao tronco de árvores e arbustos de maior porte, e que lhes servem de suporte sem, no entanto, lhes causar dano. Outras orquídeas, porém, são terrestres, possuindo raízes que penetram no solo, para dele retirarem o seu sustento. Mas, outras há que, curiosa e incrivelmente, crescem em lugares inóspitos, como encostas rochosas onde, aparentemente, não poderiam sobreviver, por falta de condições de matéria orgânica. O sistema radicular das orquídeas é diferente de outras plantas, pois é composto por várias camadas de tecidos esponjosos, denominado “velame”, e que cobre as verdadeiras raízes, protegendo-as da forte incidência direta da luz solar e “armazenando” a humidade em excesso, para mais tarde a fornecer às raízes. E, se ficamos fascinados com a variedade de cores e formas das mais variadas espécies de orquídeas, não deixamos, também, de ficar fascinados, e porque não perplexos, ao observar as suas raízes nuas ao ar livre, tentando compreender como podem obter o seu sustento. O velame é semelhante à epiderme e pode conter até 24 camadas de células que, por sua vez, possuem paredes grossas e fibrosas, e cuja ação principal é proteger as raízes de possíveis danos que venham do exterior. A camada externa do velame é formada por várias células

José Figueiras e Carlos Ribeiro, sem esquecer artistas locais como Serafim Ferreira. Para Alberto Costa o balanço foi positivo, denotando-se pela falta de cadeiras livres. O vereador da au-

alongadas que, à medida que amadurecem, vão morrendo; e também por células mais curtas, que permitem a absorção dos nutrientes necessários à planta. O velame é uma bainha esponjosa e esbranquiçada que envolve a raiz e que, quando molhado, absorve a água e, quando seco, serve de barreira e impedimento à transpiração das células internas e húmidas. Assim, podemos afirmar que o velame absorve a água e os nutrientes, para fornecer às raízes. Mas o velame, por vezes, apresenta vários “corpos fibrosos e esponjosos” denominados “tilosomas” e que são os responsáveis pelo impedimento da desidratação e pelo impedimento da entrada de agentes patogénicos nas raízes. Graças a modernos e potentes microscópios, tem sido feita pesquisa que regista a presença de hifas, vivas e mortas, bem como microorganismos e cristais de oxalato de cálcio nas células que compõem o velame de diversas espécies de orquídeas. Mas convém dizer que nem todas as orquídeas possuem tilosomas, e outras, embora sejam muito raras as exceções, e outras nem sequer possuem velame, tendo apenas uma fina camada celular sobre a raiz, como é o caso da “Govenia”. E, nas orquídeas epífitas, a ponta das raízes é verde quando exposta ao sol. E, dentro da cortiça da raiz madura é habitual existirem cloroplastos, que são células com clorofi-

tarquia tirsense enalteceu o facto de este tipo de atividade ser “uma aposta ganha” que visa a “melhoria da qualidade de vida dos munícipes”.

la, embora o velame oculte a sua cor verde. Nas orquídeas afilas (orquídeas sem folhas ou com muito pouco folhas) a fotossíntese processa-se na raiz, onde o velame tende a desaparecer da superfície superior da raiz, ficando apenas uma fina camada de velame na parte inferior. Apesar de ainda haver muito para estudar e pesquisar sobre as funções das raízes, para já podemos afirmar: Há uma diferença enorme entre as orquídeas terrestres e as epífitas. As orquídeas terrestres possuem raízes tuberóides (em forma de tubérculo), outras raízes carnosas, outras raízes com engrossamentos irregulares e outras ainda (embora raras, pois são aquelas cujo talo, folhas e flores desaparecem por completo após a floração) que ficam apenas com uma raiz tuberosa com uma gema que irá dar origem a um novo broto na época própria. E a terminar aqui fica uma curiosidade: é frequente observarmos nas coleções dos orquidófilos várias orquídeas epífitas, como é o caso das Laelias, Cattleyas e outras, com a sua vida restringida à área de um vaso de cerâmica. Orquídeas que, na sua vida selvagem, crescem agarradas aos troncos das árvores… E vemo-las “fugindo” do vaso, com as suas raízes em busca de uma liberdade que, outrora, os seus antepassados tiveram! E hoje fico por aqui. Jaime Vieira (paisagista e fitopatologista)

Diretor: Hermano Martins (T.E.774) Sub-diretora: Cátia Veloso (9699) Editor: O Notícias da Trofa Publicações Periódicas Lda. Publicidade: Maria dos Anjos Azevedo Redação: Patrícia Pereira (9687), Cátia Veloso (9699), Magda Machado de Araújo (TE1022) | Setor desportivo: Marco Monteiro (C.O. 744), Miguel Mascarenhas (C.O. 741) Colaboradores: Atanagildo Lobo, Jaime Toga, José Moreira da Silva (C.O. 864), João Pedro Costa, João Mendes | Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Cátia Veloso | Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda. | Assinatura anual: Continente: 22,50 euros; Extra europa: 88,50 euros; Europa: 69,50 euros; | Assinatura em formato digital PDF: 15 euros NIB: 0007 0605 0039952000684 | Avulso: 0,60 Euros | E-mail: jornal@onoticiasdatrofa.pt | Sede e Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax: 252 414 714 Propriedade: O Notícias da Trofa - Publicações Periódicas, Lda. NIF.: 506 529 002 Registo ICS: 124105 | Nº Exemplares: 5000 | Depósito legal: 324719/11 | ISSN 2183-4598 | Detentores de 50 % do capital ou mais: Magda Araújo | Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores e não veiculam obrigatoriamente a opinião da direção. O Notícias da Trofa respeita a opinião dos seus leitores e não pretende de modo algum ferir suscetibilidades. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.


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Atualidade

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Secretário de Estado visita Clube Slotcar da Trofa

Emídio Guerreiro elogiou a diversidade do Clube Slotcar da Trofa. O secretário de Estado esteve em visita à associação juvenil, na tarde de 24 de julho, no âmbito do Roteiro do Associativismo. Cátia Veloso

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oi a pilotar a grande velocidade que o secretário de Estado do Desporto e Juventude começou a visita no Clube Slotcar da Trofa. Emídio Guerreiro foi convidado a experimentar a modalidade que esteve na génese da associação e entusiasmou-se com o comando na mão. “Desde criança que não andava numa pista de carrinhos, mas o jeito ainda lá estava”, confessou o governante, já depois de conhecer a dinâmica da associação, a quem elogiou a variedade. “A história começa com um grupo de amigos que gosta de andar nas pistas e hoje é tudo isto, com bilhar, atividades sociais, como a parceria com a Cruz Vermelha. São várias as áreas em que intervém em poucos anos de existência”, sublinhou. Para os responsáveis do Clube Sloctar, a presença do secretário de Estado atesta a qualidade da associação. João Pedro Costa, presidente da coletividade, admitiu que o ano “tem sido muito bom”. “O clu-

be tem 11 anos de história e a vinda do senhor secretário de Estado é o somatório de todos os anos em que estamos integrados no Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) e sentir que, na altura, escolheram no distrito do Porto, o Clube Slotcar como uma das associações a visitar, para nós transforma-se num motivo de orgulho e alento para que o nosso trabalho continue”, asseverou. Sem deixar de sugerir à tutela “algumas medidas”, João Pedro Costa atestou que “a ligação da coletividade ao IPDJ está assegurada pelas estruturas do organismo do Estado”. “Os técnicos do IPDJ com Emídio Guerreiro experimentou a pista de slotcar quem trabalhamos são a garantia que este clube, independentemen- tem, pelo contrário, criam oportu- no e que programas mais se adete de quem quer que esteja em ter- nidades onde elas não existem, es- quam”, afirmou. mos institucionais, tem e terá con- tão presentes e trabalham muito”. Com este projeto, aditou Emídio tinuidade”, acrescentou. “As associações juvenis são um ele- Guerreiro, foi possível reabrir “proA visita à Trofa estava integra- mento muito forte para a consolida- gramas como as ‘Férias em Movida no Roteiro do Associativismo ção da coesão territorial e social do mento’, o ATL, os Campos de Férias que o secretário de Estado iniciou País. Este roteiro tem como primei- Internacionais e a formação para os em outubro de 2013. Através dele, ra missão, o reconhecimento desse dirigentes associativos”. “PercebeEmídio Guerreiro percebeu “que trabalho, assim como dá para per- mos que tínhamos de ir mais longe e os jovens de Norte a Sul não desis- cebermos o que se passa no terre- dentro da acomodação do Orçamen-

to de Estado, fomos investindo, aumentando o financiamento das atividades ao longo dos anos”, frisou. Antes de sair, Emídio Guerreiro prometeu voltar para participar na concentração anual de automóveis antigos e ainda ouviu o hino da associação, interpretado pelo grupo do concelho “61” e que adapta o refrão da canção da Trofa.


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