Edição 536 do jornal O Notícias da Trofa

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Semanário | 14 de agosto de 2015 | Nº 536 Ano 13 | Diretor Hermano Martins | 0,60 € PUB

//PÁGs. 10-14

Devoção à Senhora das Dores atrai fiéis

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Foto: Manuel Veloso

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//PÁGs. 18 e 19

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Obras da Secundária concluídas //PÁGs. 8 e 9

Coronado ConVida “Fui vítima de de 29 de agosto uma campanha a 6 de setembro do pior que se Santa Eulália enche pode imaginar” ruas de S. Romão

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O NOTÍCIAS DA TROFA 14 AGOSTO 2015

Atualidade

Festival de Folclore em Alvarelhos

Alvarelhos recebeu no sábado, 8 de agosto, a 18.ª edição do Festival de Folclore, reunindo “cerca de 500 pessoas”.

Rancho de Alvarelhos promoveu 18.º festival

los, que animaram e mantiveram a boa disposição do público. O festival, que se realiza há 18 anos, “superou todas as expectativas”, reunindo “cerca de 500 pessoas” na assistência, apontou Rui Costa. Para o presidente, a maior dificuldade para concretizar este tipo de certame é “a nível financeiro”, visto que o Rancho Folclórico de Alvarelhos “depende de verbas e donativos cedidos por empresas e anónimos”. “Tínhamos lá o bar a funcionar para o público, com o objetivo de angariar mais verbas para fazer face às despesas que este tipo de de deu início à 18.ª edição do festi- evento acarreta”, realçou. val, seguindo-se o jantar convívio e O responsável pelo Rancho Folo desfile dos ranchos desde a Igreja clórico de Alvarelhos promete que Matriz até ao local da atuação. Este o grupo vai continuar a melhorar e ano, Alvarelhos recebeu o Rancho a inovar e aproveitou para agradeFolclórico da Associação Cultural e cer a todas as empresas e anónimos Recreativa de Cabreiros, de Braga, que cooperaram, quer a nível moneo Rancho Folclórico de Boelhe, de tário, quer a nível logístico, para que Penafiel, e o Rancho Folclórico da se concretizasse Festival de FolcloCasa do Povo de Martim, de Barce- re de Alvarelhos.

Lobitos de Alvarelhos em ilha açoriana

Os Lobitos do Agrupamento de Escutas 1283 de Alvarelhos, do Núcleo Norte, realizaram a sua “Grancho que quem ia com o inde Caçada” no Concelho do Nordestuito de ver folclore, saiu te, Ilha de S. Miguel (Açores). Ducompletamente agradado”. Foi asrante três dias de julho, os “grandes sim que Rui Costa, presidente do pequenos escutas” visitaram “todos Rancho Folclórico de Alvarelhos, os locais emblemáticos e belíssimos caracterizou o festival na freguedaquela ilha, tornando, ainda mais sia. A receção aos grupos convidapróxima, a sua relação com a natudos na sede da Junta durante a tarreza”, tendo em conta que “o Lobito protege a natureza e os animais”. A aventura pela ilha açoriana teve a interação dos elementos do Agrupamento anfitrião e com a realizaA Orquestra Ritmos Ligeiros volta a atuar com Rui Nova, na noite de 18 de agosto, num ção de várias atividades ligadas à natureza, como “um raid de oito espetáculo comemorativo dos 30 anos de carreira do cantor. quilómetros, provas aquáticas e o Depois do primeiro concerto “My ção do maestro trofense e com a par- teza, juntando o que nós temos feito reconhecimento de alguns elemenWay”, apresentado em janeiro no Ca- ticipação do pianista Joaquim Bento, com as vozes, só pode dar um gran- tos que compõe a fauna e a flora local”. “Para a maioria dos 13 particisino da Póvoa, é agora a vez do Ci- vai apresentar grandes temas da mú- de espetáculo”, apontou o maestro. No espetáculo vão participar tamne-Teatro Garrett, também na Póvoa sica internacional, de artistas como de Varzim, receber no palco a orques- Beatles, Frank Sinatra, Roberto Car- bém alguns artistas com que Rui tra trofense e o cantor Rui Nova, que los e Elvis Presley. Também vão soar Nova partilhará palco, como Noé está a comemorar três décadas de car- neste concerto “grandes temas portu- Gavina, Manuel Moura, Adriana Pareira. O maestro Vítor Sousa garan- gueses da Eurovisão, como ‘Playba- quete, André Pereira, Cristiana e aintiu ao NT que este é “um espetáculo ck’, de Carlos Paião, e ‘Conquistador’, da duas artistas da Orquestra Ritmos que agrada a toda a gente” e que atrai dos Da Vinci”, esclareceu Vítor Sousa. Ligeiros que, para além do coro, vão A Associação Um Animal Um miúdos e graúdos, pelo que são espe- “Esperamos um grande espetácu- atuar como solistas. As entradas para lo como foi o do Casino, aliás, a casa o concerto “My Way” têm o valor de Amigo (AUAUA) está a organizar radas centenas de pessoas. Mantendo o seu perfil, o espetáculo, já está a ficar cheia. Como orquestra, dez euros e encontram-se à venda no um evento solidário com o objetique está a ser apresentado em circui- estamos a trabalhar muito bem, va- Cine-Teatro Garret e na bilheteira on- vo de “ajudar os animais” da assoto nacional e que conta com a orienta- mos dar o nosso melhor e com cer- line. D.M./C.V. Diana Morgado Cátia Veloso

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Ritmos Ligeiros volta a atuar com Rui Nova

pantes, esta aventura foi a oportunidade de conhecerem e vivenciarem a experiência de uma viagem aérea, o que a tornou ainda mais emocionante. O apoio dos pais, do chefe de Agrupamento e da comunidade em geral foram determinantes para o sucesso da atividade e sem eles não era possível atingir o máximo do seu esplendor”, avançou fonte do Agrupamento de Alvarelhos, adiantando que contou ainda com “o apoio” e “generosidade” de “alguns empresários”. Os dirigentes desta secção estão “muito orgulhosos pelo sucesso desta atividade”, que, segundo contam, foi preparada com “muita dedicação e, sobretudo, pelo empenho e dedicação que os elementos que compõem a Alcateia nutrem”. P.P.

AUAUA com passeio de BTT e caminhada solidária ciação, sendo que “os valores apurados são para ajudar a pagar tratamentos e comprar comida, medicamentos e todos os mantimentos necessários para os animais”. Assim, a 27 de setembro, decorre uma caminhada solidário e um passeio de BTT, a sair das 9 horas do Canil da Trofa. As inscrições decorrem até 15 de setembro e têm um custo de “3,50 euros”. Para isso, deve enviar um email ou inscrever-se na sede da associação com o nome e data de nascimento para btt_caminhada.auaua@hotmail. com. No final há “oferta de brindes e lanche”. A caminhada é “guiada” e “não tem seguro”. O participante pode levar o seu cão, mas o “uso de trela é obrigatório”. O passeio de BTT é “guiado”, “sem marcações e sem seguro”, sendo “obrigatório o uso de capacete”. P.P.


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Atualidade

Águas de saneamento despejadas no Areeiro

O Rio Ave foi pintado de negro das águas residuais provenientes da rede de saneamento, durante a manhã de quarta-feira, 12 de agosto. AdNorte realçou “o défice de sensibilização da população com vista à adoção de comportamentos que sejam menos potenciadores de ocorrências desta natureza”.

Àgua negra escorreu para o Rio Ave Patrícia P ereira Cátia Veloso

“A

s pessoas vêm aqui e podiam ter um rio de água limpinha para tomar um banho, mas não. Eles se vêm lavados, saem daqui a cheirar mal”. O desabafo é de um morador em Bairros, Santiago de Bougado, - que preferiu não se identificar -, que alertou o NT para as águas residuais provenientes de uma caixa do sistema de saneamento, que escorreram durante várias horas pelo Areeiro de Bairros, encaminhando-se depois para o Rio Ave. Esta não foi a primeira, nem a segunda e certamente que não será a última vez que o Rio

Ave de situações como esta. Na quarta-feira, 12 de agosto, a situação repetiu-se com o ar praticamente irrespirável e um rego de água negra corria pelo Areeiro. Nessa tarde, a Associação de Defesa do Ambiente e Património (ADAPTA) da Trofa denunciou na sua página oficial do Facebook esta situação, que considera ser um “atentado ambiental”. “Dada a recorrência deste atentado ambiental por incompetência da entidade responsável pelo bom funcionamento das condutas (Águas do Noroeste) estamos na iminência de ter um novo afluente do Rio Ave. Com as condutas totalmente entupidas, por evidente falta de manutenção, é ver um

rio de águas residuais altamente poluentes a escorrerem para um rio já dele massacrado”, denunciou, questionando “até quando se vai ver este atentado” e o que fazem “as autoridades competentes em relação a este problema recorrente”. Questionada pelo NT, a AdNorte (Águas do Norte) esclareceu que foram “confrontados, ao início da manhã do dia 12, com uma avaria grave na obra de entrada da ETAR de Agra, cuja exploração se encontra a cargo da TRATAVE - Tratamento de Águas Residuais do Ave, S.A. que levou à paragem total dos equipamentos de elevação inicial”. “A equipa de manutenção da entidade responsável pela exploração da referida estação de tratamento atuou pronta e diligentemente, tendo conseguido corrigir o problema e repor a normalidade cerca de três horas após a sua deteção”, adiantou. Segundo a AdNorte, durante este período foi “mobilizada a totalidade da capacidade de armazenamento de águas residuais na rede intercetora por forma a evitar qualquer des-

carga de efluente não tratado para o meio hídrico recetor, o que acabou por não se conseguir”. “Lamentavelmente, no mesmo dia, ao início da tarde, verificou-se também a obstrução parcial do intercetor gravítico de Bairros, motivada pela acumulação de resíduos grosseiros na travessia do rio Ave, junto à Azenha de Bairros. Esta segunda avaria foi-nos comunicada pelo SEPNA, tendo sido corrigida no imediato”, referiu, informando que os casos acima referidos “foram de imediato reportados à autoridade ambiental”. A AdNorte tem “consciência de que, independentemente do nível de intervenção da empresa, jamais vão conseguir erradicar toda e qualquer avaria ou incidente decorrente de utilização menos adequada das infraestruturas”, em “particular no que se refere às recorrentes obstruções da travessia de Bairros”, onde, segundo a empresa, “é notório o défice de sensibilização da população com vista à adoção de comportamentos que sejam menos potenciadores de ocorrências desta natureza”.

Pessoas estavam junto ao rio no mesmo dia em que águas residuais escorreram para lá

Pontilhão já foi demolido pub

O pontilhão junto à Escola Básica 2/3 Professor Napoleão Sousa Marques foi demolido na tarde de quinta-feira, 13 de agosto. Já há quase cinco anos que não passam com-

boios no antigo canal da via-férrea, no centro da cidade, após a abertura da nova estação em Paradela. A última viagem simbólica na antiga linha decorreu a 14 de agosto de 2010.


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Atualidade

Miguel 7 Estacas já foi operado mas continua em coma

O comediante da Trofa sofreu um grave acidente ao terminar a corrida da 7.ª edição do Laúndos em Movimento, na Póvoa de Varzim, a 9 de agosto. Miguel 7 Estacas já foi operado, mas continua em “coma induzido”. Patrícia P ereira

M

iguel 7 Estacas acompanhou João Seabra, padrinho da 7.ª edição do Laúndos em Movimento. Decidiram descer o monte de S. Félix, em Laúndos, na Póvoa de Varzim, quando, na última curva, o carro artesanal onde seguiam se despistou. O capacete de Miguel 7 Estacas soltou-se e o comediante da Trofa sofreu ferimentos graves na cabeça e face, enquanto João Seabra saiu ileso do acidente. Segundo fonte próxima do comediante, este sofreu “várias lesões na face, não havendo lesões na coluna cervical ou sequelas ao nível neurológico”. No comunicado publicado na página oficial pode ler-se que Miguel foi submetido a “uma cirurgia” na manhã de terça-feira, no Hospital de S. João do Porto, onde está internado. A operação correu “dentro das expectativas da equipa clínica e permitiu uma melhor avaliação do

seu estado e condição”, no entanto “ainda não é possível definir” o seu estado de saúde. “O Miguel continua em coma induzido, pois é uma forma de garantir o seu estado vital estabilizado e sem falhas bem como evitar dores. O prognóstico é muito reservado, porque a equipa clínica ainda não tem informação suficiente para poder certificar alguns detalhes. Este processo é muito demorado quer na avaliação correta e completa, quer nas intervenções que serão possíveis, pelo que as notícias de boa evolução não são tão rápidas como desejamos”, informou. Através do comunicado, é ainda adiantado que tem havido “um calor e proximidade muito grande pelos outros grandes artistas que se têm manifestado quer na página quer em privado, o que mostra quão o Miguel é apreciado e acarinhado como pessoa e como artista”. “Não esquecemos ainda João Seabra que presenciou tudo ao lado do Mi-

Acidente aconteceu na última curva do percurso

guel e que merece também o nosso apoio neste momento difícil”, denotou, agradecendo “a enorme onda de carinho” que tem sido “manifestado quer pelas mensagens privadas, par-

tilhas, mensagens no Facebook, fotos”, entre outros. São às centenas as mensagens de apoio endereçadas ao comediante, que saltou para a ribalta no progra-

ma da SIC “Levanta-te e Ri” e que, atualmente, participa no 5 para a Meia-Noite, tendo-se notabilizado com personagens como o “Sr. Limpinho”.


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Edifício da GNR precisa de ser “requalificado e reorganizado” Uma delegação da CDU (Coligação Democrática Unitária) visitou as instalações da GNR da Trofa, quarta-feira, 12 de agosto, com o intuito de conhecer as condições de trabalho e de funcionamento do posto. Patrícia P ereira

C

om vista a “conhecer a realidade concreta dos diferentes serviços públicos e dos problemas das populações do distrito”, o deputado Jorge Machado, Jaime Toga (PCP) e Paulo Queirós (eleito da CDU na Assembleia Municipal da Trofa) reuniram-se com o comando do posto da Trofa e o comando territorial da Guarda Nacional Republicana, para “aprofundar o conhecimento relativamente às condições e funcionamento do posto da GNR da Trofa”, tendo “confirmado algumas das suas preocupações”. Como primeiro aspeto, Jorge Machado destacou “a grande valorização do esforço que estes militares da GNR desempenham naquilo que é o serviço fundamental para as pessoas no acesso ao policiamento e às questões da segurança, que são muito sentidas pelas populações”. Já o segundo aspeto passa pela “necessidade da melhoria concreta das condições de trabalho destes agentes, com problemas de diferentes natureza que se colocam na Trofa como em todo o país”. “Os trabalhadores da administração pública em geral tiveram um grande corte nos salários, o que é uma profunda injustiça levada a cabo por este Governo PSD CDS/ PP”, declarou. Outras “questões concretas” são “os postos e as condições de trabalho que precisavam de ser melhorados”, ficando registado “o proble-

ma premente que é o edifício e a necessidade da sua requalificação, recuperação e reorganização dos espaços”. “Fica notório que é um problema que precisa de ser ultrapassado e que não deixaremos de intervir no futuro”, referiu. A “nível nacional”, Jorge Machado sente “um bocado por toda a GNR e PSP que há falta de efetivo a nível nacional”, sendo “um problema que não tem vindo a ser ultrapassado” e que “continua com as restrições nas admissões que Para promover ações de vigilância de protêm sido levadas a cabo”, havendo ainda “fal- ximidade, o destacamento da Guarda Naciota de meios de condições de trabalho, nomea- nal Republicana de Santo Tirso, que gere o damente de informática e de acessos aos equi- posto da Trofa, está a fazer o patrulhamenpamentos, que são transversais”. Já Jaime Toga reconheceu “o papel e a resposta que os efetivos da GNR na Trofa têm conseguido assegurar”, sendo assumido, “quer por parte do comando do Porto quer do comando do Destacamento, de que o reforço dos efetivos permitia também o reforço da presença e da segurança das populações”. “Entendemos que é essencial o papel da prevenção e da presença da GNR, que leva à dissuasão e de incutir um sentimento de segurança nas populações”, salientou, assegurando que estas necessidades “não significam que a GNR não tenha condições de dar resposta aos problemas que existam na Trofa ou que estejam perante qualquer situação de alarme, mas o reconhecimento quer da nossa parte quer da parte da GNR, de que o reforço de efetivos contribuiria para o reforço de segurança no concelho”.

GNR faz patrulhamento de bicicleta

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to de bicicleta. Na terça-feira de manhã, dois militares patrulharam a cidade em duas rodas, numa iniciativa pouco vista neste destacamento. C.V.


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Coronado ConVida de 29 de agosto a 6 de setembro

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O Largo do Espírito Santo, em S. Mamede, vai receber mais uma edição do Coronado ConVida. O evento tem “cariz solidário” e um programa musical “diversificado”, com grandes nomes da música portuguesa. Cátia Veloso

ra que, em termos culturais, há motivos de sobra para não faltar à chamada, note-se também que haverá tasquinhas preparadas a servir aos visitantes iguarias tradicionais de “comer e chorar por mais”.

O

s guarda-chuvas já estão a colorir o céu da Rua dos Descobrimentos, em S. Romão do Coronado, numa ação de promoção ao Coronado ConVida, que decorre de 29 de agosto a 6 de setembro, no Largo do Espírito Santo, em S. Mamede. A “operação de charme” foi, pela primeira vez, utilizada em território mamedense o ano passado mas, desta vez, a Junta de Freguesia, promotora do evento, quis também “sensibilizar” a população de S Romão. “O conceito do Coronado ConVida foi pensado para aquele local (Largo do Espírito Santo), mas queremos chamar toda a população da freguesia”, contou o presidente José Ferreira, em declarações ao NT. E face à nova realidade fruto da agregação de S. Romão e S. Mamede, o executivo do Coronado viu-se obrigado a estender a duração do certame, que pretende ser uma mostra do que de melhor existe em ter-

Solidariedade associada ao evento Este ano, a organização decidiu associar ao Coronado ConVida uma

Ação de promoção da iniciativa numa das ruas de S. Romão

mos associativos, artesanais e gastronómicos na freguesia. Este ano terá nove dias, sendo que de 29 de agosto a 3 de setembro, os 19 stands estarão disponíveis para as associações do Coronado e de 4 a 6 os lugares estarão disponíveis para os artesãos. “Foi a forma mais equilibrada e racional para servir toda a gente”, afirmou o autarca. Uma das novidades deste ano é

a “não participação da rádio” num dos dias do evento, que será substituída por “um programa musical diversificado, não perdendo a qualidade criada ao longo dos anos”. Estão confirmados vários artistas bem cohecidos do público, como Expresso 86, Neno, Costinha, Carlos Ribeiro, Folc’dave, Tiago Maroto, o grupo Albatroz, entre muitos outros. E se a Junta de Freguesia assegu-

ação solidária. Por isso, ao longo do evento, os visitantes são convidados a levar, voluntariamente, bens alimentares que deverão entregar no stand da Junta de Freguesia. “Queremos que esta iniciativa crie uma onda solidária. Os alimentos angariados serão depois entregues às associações de cariz social da freguesia, para que possam distribuir cabazes pelas famílias mais necessitadas”, afiançou José Ferreira.

Estatuto de Capital da Vassoura Outra das ações de promoção ao Coronado ConVida foi feita com vassouras, que foram colocadas no largo junto à estação ferroviária de S. Romão do Coronado. No entanto, algumas ficaram lá pouco tempo, porque “foram roubadas”. “Retiramos as restantes, que serão recolocadas em circunstâncias diferentes”, contou José Ferreira. Além de promover o evento, o executivo do Coronado pretende destacar a importância da vassoura na economia da freguesia. “Existem algumas indústrias que estão em plena laboração e S. Romão é conhecida pela arte da vassoura. Queremos divulgá-la e atrair algum turismo, por isso vamos requerer o estado de Capital da Vassoura para a Vila”, explicou. pub


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Entrevista

“Fui vítima de uma campanha do pior que se pode imaginar” Foi em casa, na Trofa, que Joana Lima recebeu O Notícias da Trofa e a TrofaTv para a primeira grande entrevista depois da derrota das eleições autárquicas de setembro de 2013. Mesmo em recuperação de uma cirurgia, a socialista não se coibiu de responder a todas as questões sobre os grandes projetos do concelho, o processo em tribunal de que foi absolvida e a atual gestão camarária. E respondeu à pergunta sobre se tenciona recandidatar-se à Câmara Municipal. Cátia Veloso

NT: Esta é a primeira grande entrevista que dá depois das eleições autárquicas de 2013. O que acha que falhou na sua estratégia governativa para perder as eleições? JL: Houve um conjunto de fatores que nos levaram a perder as eleições autárquicas de 2013, mas o mais claro foi, sem dúvida, a coligação PSD/CDS-PP. Em 2009, o CDS acabou por ter cerca de 1500 votos, numa altura em que a direita estava a ser derrotada. O concelho da Trofa é mais colado à direita e nós fomos uma mais-valia para o PS, ganhando por 600 votos. Em 2013, o CDS e o PSD entenderam que, para derrotar o PS, seria melhor coligarem-se. Neste caso, não houve a mais-valia dos candidatos, mas sim dos votos da direita contra uma esquerda que estava completamente dividida, porque o BE apresentou candidatura à Trofa pela primeira vez, houve uma candidatura de independentes que, quer queiramos, quer não, penaliza sempre quem está no poder, e o PCP conseguiu o dobro dos votos em relação a 2009. Depois, é claro, fui vítima de uma campanha do pior que se pode imaginar, desde panfletos anónimos com as maiores barbaridades e mentiras e com gente com responsabilidade a dar a cara. Não esqueço, numa última entrevista em plena campanha eleitoral, que o atual vice-presidente da Câmara disse que eu era uma desavergonhada. Criaram um jornal só para fazer campanha, que se quis mostrar isento, mas sempre a levar ao colo a coligação Unidos pela Trofa. Mas as mentiras proliferaram. Lembro-me que a primeira foi que eu tinha um Audi Q7 e começou daí, com a JSD nas redes sociais a inventar. Eu até podia ter, não havia nenhum problema, mas não tinha, não tive e não tenho um Q7. NT: E a casa em Braga de que também se fala? JL: Não há alma na Trofa que, tanto para o bem como para o mal, ache que eu não tenho uma casa em Braga. Sou muitas vezes abordada com essa pergunta, mas eu não tenho casa em Braga nem em lado nenhum, a não ser esta, que sempre tive, na Rua Adriano Fernandes, na Trofa. Tudo isto ganhou dimensões que era impossível travar e eu nunca quis ir ao jogo do adversário, cobarde e anónimo, porque eu não sou desse estilo

e, por isso, não quis vir desmentir. Eu sentia que, dia a dia, estava a ser prejudicada por esses panfletos anónimos, pela Polícia Judiciária, que fez buscas à minha casa e à Câmara, fazendo um show off na comunicação social e o que é que deu? Zero, nem arguida nesse processo fui, porque não havia nada. Foi muito penoso para mim e para a minha família. Mas, na sociedade civil, uns ainda entenderam que era uma cabala política, mas eu senti que muitos estavam a ir na onda da maledicência e do quanto pior melhor e o melhor era dizer mal, porque afinal, e como se diz, a Joana Lima estava igual aos outros políticos. NT: Também se falou muito das amizades que tinha com pessoas de Braga. JL: Sim, ainda hoje tenho amizades com pessoas de Braga, do Porto e de todo o País, porque sou uma pessoa que me relaciono bem e isso foi muito importante para a gestão da Câmara. Elementos do Governo, do PSD e do CDS, ficaram tristes por eu ter perdido as eleições. Porquê? Porque eu pauto por ser educada e uma pessoa de bem e o que dizem para aí na surdina, na boca pequena e no panfleto anónimo eu queria que dissessem abertamente sobre o que quer que fosse relativamente à minha pessoa e conduta. NT: Foi ainda alvo de algumas acusações por parte deste executivo camarário de gastos desnecessários com cartão de crédito da Câmara Municipal. Quer tecer algum comentário sobre isso? JL: Também foi uma matéria muito abordada pelas pessoas na rua, que eu podia ter falado para me defender mas, mais uma vez, não quis ir a jogo com a política da maledicência, mas já que me fez essa pergunta eu digo-lhe o que se passou. Antes da Lei dos Compromissos de 2012, a presidente de Câmara tinha um cartão de crédito para pagar despesas ao serviço da autarquia. Nós tivemos muitas dificuldades na gestão da Câmara, que estava um caos, e para a colocar no sítio e para hoje poderem tirar algum partido do que foi feito no tempo da Joana Lima e dos seus colaboradores, eu ia muitas vezes a Lisboa reunir com os ministros, com os secretários de Estado, com o Tribunal

de Contas e com a Caixa Geral de Depósitos. Quantas vezes não fui à Caixa Geral de Depósitos para nos pôr dinheiro na conta da TrofaPark, para poder pagar aos funcionários, porque não podíamos transferir dinheiro da Câmara para a empresa, porque o contrato-programa não estava aprovado? Eu fui acusada que gastava, ao serviço da Câmara dois mil euros por mês com cartão de crédito. O senhor presidente disse isto com todas as letras várias vezes, há gravações e há jornais que publicaram... NT: Inclusive, numa reunião de Câmara, pediu esses extratos. JL: Que só me foram concedidos passado um ano, depois de eu dizer que fui ao banco e que os tinha em minha posse e, numa conversa privada, o senhor presidente da Câmara bateu-me com as mãos nas costas e disse “não foram dois mil euros, foram cerca de 500 euros por mês”. E eu digo que não foram 500, mas sim cerca de 300 euros por mês, em média, que se gastou com o cartão de crédito no meu mandato, para encontrar as melhores soluções para gerirmos o nosso município. O senhor presidente diz muita coisa pela boca fora, gosta de inventar, mas isto é faltar à verdade aos trofenses, como faltou sobre muitas coisas na campanha eleitoral. Isto não é um bom princípio para um presidente da Câmara. NT: Outro dos assuntos que deu muito que falar foram as obras dos Parques. Por que é que decidiu pegar no projeto? JL: Quando chegamos à Câmara, havia em curso o Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), que durava até 2013. A Câmara da Trofa, pela liderança do Dr. Bernardino Vasconcelos, candidatou-se à Regeneração Urbana para fazer obras nos Parques Dr. Lima Carneiro e Senhora das Dores. Havia um pequeno projeto não acabado, mas com alguns traços que nós alteramos completamente, por exemplo, os edifícios que estavam previstos em frente à Estrada Nacional 14, decidimos colocá-los em frente à Rua Abade Joaquim José Pedrosa, com uma parte superior do edifício em que esbatesse completamente o cimento e nascesse ali um novo jardim, de modo a que quem está junto

Foi em casa, na Trofa, que Joana Lima deu entrevista ao NT

da capela consiga ter uma visão quase plana do parque. Assinamos os contratos de financiamento com a CCDR-N (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte) e tivemos vários constrangimentos, um dos quais o canal de ligação dos parques, que depois foi executado pela Câmara Municipal, mas todo pago pela Metro do Porto. A obra foi lançada na pior fase do ponto de vista eleitoral e na altura que nós devíamos estar com a obra ou mais avançada ou ainda não começada. Estávamos com o grande buraco do parque de estacionamento e as árvores tinham sido derrubadas dois ou três meses antes. Tudo o que eu e o meu executivo fizemos foi sempre pensando no que era melhor para a Trofa e nunca pensando se eu ia ou não ganhar as eleições. Os timings eram muito apertados, os prazos estavam a resvalar e eu tinha a consciência que podíamos perder alguma comparticipação dos fundos comunitários. Esta obra nasceu de uma candidatura de cerca de dez milhões de euros, em que a comparticipação é de 85 por cento, e já deveria estar terminada há muito tempo. Dois anos passados com este executivo, ainda não foi terminada e não me venham dizer como o presidente disse durante muito tempo, que o empreiteiro era falido. Não, o empreiteiro não é falido, porque continua a fazer a obra. Quando lhe foi feito o contrato, o empreiteiro estava em condições, apresentou todos os documentos necessários para poder ganhar a obra, foi a proposta de um júri e foi adjudicado em reunião de Câmara. NT: Também muito se falou dessa

adjudicação... JL: Tanto falam, tanto mentem, mas há uma coisa que quero deixar claro. A Joana Lima não se mete e só faz a obra depois de o júri abrir proposta, de se adjudicar e de se fazer contrato. Não se fazem as obras antes dos contratos. Fez-se tudo na legalidade e fico muito contente que a obra tenha ido para a frente e se isso foi uma das causas da minha derrota, eu não me importo, porque a obra esta aí. Hoje, as pessoas que tanto mal diziam da obra calaram-se. E ainda há muita gente, sem conotação política, que entendia que a obra estava mal e agora são os primeiros a passar por mim a dar-me os parabéns e a dizer que a obra está muito bonita e que ainda bem que avancei com a obra. NT: O aterro do canal do metro foi uma decisão difícil? JL: Tivemos que ir um bocadinho à boleia do que o Governo nos foi dando. O primeiro projeto era de seis milhões de euros, porque ia ficar com todas as infraestruturas do metro e, ainda no tempo do PS, mas depois começaram a baixar o investimento até que chegou aos 900 mil euros e, até pelos vistos, a obra fica pelos 600 mil euros. Eu já vejo ali muitas lacunas e possivelmente vamos ter ali um problema com a obra, que não tem nada a ver com fundos comunitários e que não pode ser comparticipada, pois foi financiada a cem por cento pela Metro do Porto (MP). Sou administradora não executiva da MP e sei que todas as faturas foram pagas até dezembro de 2014. Mas toda a obra dos parques é do PS, da Joana Lima e do seu executivo e vai ficar, para sempre, marcada nos trofenses.


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Entrevista NT: Ainda sobre o canal, houve polémica, porque muita gente dizia que, ao assumir essa obra, o metro da Trofa estaria hipotecado. JL: O que me disseram foi que o metro se ia desenvolver, mas pior que isso é já estarem a pensar numa ecopista sem haver, por parte do Governo, uma decisão mais confirmada de que o metro vem à Trofa. Todos prometemos o metro, os vários governos, os vários executivos camarários, uns trabalharam mais, outros trabalharam menos, uns têm mais aceitação, outros têm menos e há um conjunto de situações que nós conseguimos para a Trofa, quer no Governo quer na Câmara socialista, mas o canal está sim, é provisório e espero que rapidamente o metro venha à Trofa. NT: Outro dos grandes projetos foi o Parque das Azenhas. Na semana antes das eleições, foi acusada de ter aberto o percurso antes de a obra estar concluída. Acho que isso contribuiu para a sua derrota eleitoral? JL: A abertura do percurso não me parece que tenha contribuído, só que a seguir tivemos uma semana de muita chuva, o que causou alguns estragos e, lá está, as mesmas pessoas que me criticavam, através das redes sociais e de fotografias que distribuíram aí no Catulo, mostraram pequenas zonas afetadas. Eu inaugurei cerca de um quilómetro de percurso, completamente estanque do resto da obra e que não punha em causa a segurança das pessoas. Não vou dizer que não pensei que aquilo seria uma mais-valia eleitoral, mas a intenção principal tinha a ver com a utilização do espaço. Estávamos a terminar um período de verão e ainda tínhamos o outono e eu gostaria que os trofenses pudessem utilizar aquele espaço dois ou três meses antes de virem as cheias. E foi um sucesso. Lembro-me bem que os trofenses ficaram satisfeitos, havia muita gente na inauguração e pelo facto de ser um sucesso é que houve as tais críticas pela parte dos anónimos, dos cobardes e da JSD. Certo é que essa obra, no dia 3 de janeiro de 2014, sofreu alguma destruição da parte que estava construída e da que não estava e a obra parou. Porquê? Não venham dizer que é um empreiteiro falido, como ele se quer referir à empresa Europa Ar-Lindo. A obra foi entregue à ABB e, que eu saiba, é uma grande empresa, por isso não sei por que é que a obra não está a andar para a frente. O que eu sei é que estão em causa os fundos comunitários. Continua a haver incompetência e inoperância por parte deste executivo relativamente a essa obra. Está lá tudo abandonado, tudo sujo e a erva a crescer. Eu vou lá muitas vezes caminhar, porque é um espaço de que eu gosto muito e fico também muito satis-

Joana Lima está “preocupada” com possível perda de fundos comunitários

feita por ser um projeto do executivo do PS, que nasceu de uma candidatura apresentada pelo Dr. Bernardino e que eu entendi que estava num bom caminho, por isso levei a cabo com todas as dificuldades que já falamos. NT: E decidiu avançar com um projeto mesmo sendo expectável que o leito do rio subisse na altura do inverno? JL: Havia um conjunto de pareceres, nomeadamente da Administração Regional Hidrográfica, da CCDR-N e dos técnicos da Câmara. Na altura, o arquiteto Charro, que hoje é diretor de departamento nomeado por este executivo, era o responsável e muitas vezes ele disse que não corria perigo nenhum. Eu sou política, não sou técnica e com o que os técnicos me diziam, com pareceres de instituições tão respeitáveis, eu não podia pôr em causa. A obra foi para a frente e, mesmo com a subida do leito, só ficou destruída parcialmente, porque a obra não estava acabada. Onde estava acabada, houve um problema de drenagem de águas que não estava contemplado no projeto e que os técnicos deviam ter acautelado. Entretanto, os trabalhos a mais foram à aprovação em reunião de câmara em maio ou junho de 2014 e só passado um ano é que voltaram ao contrato. Não houve um passo, este ano, relativamente ao avanço desta obra. Não acredito que a CCDR-N vá manter os 85 por cento da comparticipação e isto vai ficar muito caro aos trofenses. Não me venham dizer que a culpa é dos empreiteiros, porque se os empreiteiros não estão a cumprir o contrato, há meios para os fazer cumprir ou de cessar o contrato e virem outros. Tem a ver com a inoperância e com a incompetência que este executivo está a demonstrar. NT: E o que se está a passar no Parque da Srª das Dores em termos de receções de obra? JL: Pequenos pontos da obra são rececionados e eu tenho muitas dúvidas se há toda a documentação e todo o procedimento feito legalmente na Câmara. Ainda no domingo à noite, o parque infantil, que está muito bo-

nito, estava cheio de crianças a brincar, mas sem uma luz, porque o parque não está acabado. As festas têm de se fazer e eu quero dar os parabéns ao esforço que esta Comissão de Festas tem feito, porque o presidente da comissão, numa entrevista que deu, disse que tinha sido prometido que tudo ia estar pronto para fazer as festas, mas por que é que as diversões e as barracas não estão no canal? Tem que se aproveitar o que há de bom na Trofa. E a obra não se termina? O que é que o senhor presidente fez para exigir que a obra termine a tempo e horas?

quatro mil euros no mesmo período de tempo. Se eu quisesse beneficiar a minha irmã, não era com esta política de redução. Relativamente às oficinas, é preciso ver bem as faturas do meu mandato e avaliar bem as do passado, sobre como se faturava, o que é que se faturava e depois percebem também bem por que é que eu tinha de ter uma pessoa da minha confiança nas oficinas. Eram cerca de dez oficinas a trabalhar para a Câmara e tem haver uma mais disponível para resolver os problemas pontuais. Gastamos menos 150 mil euros nos quatro anos, enquanto se gastou 330 mil euros no mandato anterior. Foi um processo muito penoso para mim e para a minha família, principalmente para os meus filhos que me pedem para sair da política, por causa da maledicência. Quem a faz não percebe que está a prejudicar todos os políticos, só que a mim não conseguem porque eu fiz um trabalho sério com a população e com o desenvolvimento da Trofa. E a verdade veio ao de cima, foi a absolvição.

NT: Durante o seu mandato afirmou que queria regularizar as contas da Câmara e apresentou alguns resultados positivos. Pela experiência que teve, considera possíveis os NT: Ele culpa o empreiteiro pelo resultados apresentados pelo atuatraso. JL: Se acusa o empreiteiro, al executivo municipal? JL: Sinceque tome medidas necessárias para ramente, acho que ninguém percedeixar de o acusar. be o que está escrito no infomail da autarquia relativamente à poupança NT: Já falou de panfletos anóni- que foi feita (quase oito milhões de mos, mas também foi alvo de uma euros). É impossível poupar esse dicarta anónima dirigida à Polícia nheiro e nós também sabemos como Judiciária que provocou a abertu- é que eles fizeram para apresentar as ra do processo do qual foi absolvi- contas. Contabilizaram a receita de da, mas cuja acusação incidia, por impostos de dois anos (2015 e 2016) exemplo, no alegado favorecimen- e ao fazê-lo há de sobrar aquele que to à sua irmã. JL: Foi uma denún- ainda não foi gasto. E daí haver esse cia de uma carta anónima que aca- resultado tão positivo. Isso é tudo um bou por dar origem a este processo embuste, é tudo trapacice para ver se em que fui acusada e, mais tarde, ab- enganam as pessoas, mas já não ensolvida, no dia 15 de julho, sem ne- ganam ninguém. Já se sente muita nhuma advertência nem tão pouco o contestação pela falta de cultura deMinistério Público pedir alguma ad- mocrática e de respeito pelas pessovertência relativamente à conduta e à as. Fui vereadora no mandato do Dr. postura que eu tive enquanto gestora Bernardino, sou novamente e nunca na Câmara Municipal. Eu não benefi- tivemos reuniões de Câmara tão aciciei ninguém. Há uma coisa que ficou catadas, com tão mal-estar, com arclara na absolvição, que eu beneficiei rogância, prepotência e má-educação. o município da Trofa. E os valores Senti que, no início deste mandasão bem claros. Inito, havia algucialmente, eu não saOs meus filhos pe- mas pessoas com bia que a minha irmã dem-me para sair responsabilidaestava a fazer fornecide política neste mento para a Câmara, da política, por causa concelho, e refiporque o meu gabinero-me ao execuda maledicência” te é que tratava dessas tivo, que tinham coisas. O que eu disse a todos os ser- expectativa de que eu não assumisviços da Câmara é que tinha de haver se o meu lugar como vereadora. Mas muita poupança e redução das despe- enganaram-se. Fui eleita pelos trofensas correntes. E este foi um caso con- ses, estou ali em representação dessas creto. No último mandato do Dr. Ber- pessoas e estarei até ao fim, a não ser nardino Vasconcelos, a Câmara gas- que o meu partido entenda que é metou cerca de 17 mil euros em flores lhor eu suspender, renunciar ou que, na Câmara e nós gastamos cerca de por algum motivo de força maior, te-

nha de sair mais cedo da vereação, senão, vão-me ter ali na defesa dos interesses do concelho. NT: Mudava alguma coisa na sua governação? JL: Tenho pensado muito nisso e é óbvio que há coisas que eu mudaria. Mudaria alguns funcionários. NT: E estaria em condições para se recandidatar à Câmara? JL: Ainda é muito cedo, ainda muita água vai correr debaixo da ponte, muito trabalho há para fazer, muita oposição há para fazer. Não está nos meus planos, de maneira nenhuma, mas o bichinho corre cá dentro e tenho muita gente que gostaria que eu fosse, disso não tenho dúvida nenhuma. Para já não está nos meus planos, tenho outros planos mais perto ainda para concretizar. Logo se vê.

“A Trofa é respeitada pelo PS”

N.T: Está na da lista do PS do distrito para fazer parte da Assembleia da República. Apesar desta derrota eleitoral, o PS dá-lhe aqui um voto de confiança. J.L: É claro que nós perdemos as eleições e isto foi mau para o PS no distrito, mas eu sou respeitada quer a nível distrital, quer a nível nacional. A Trofa é respeitada e por isso temos três pessoas na lista, eu no lugar de eleição (16), a Teresa Fernandes numa zona de crescimento e num lugar inatingível o Carlos Portela. Coisa que eu não vejo da parte da direita. Mesmo com a união dos dois partidos, eu não tenho conhecimento de algum elemento da Trofa nas listas do PSD e CDS, o que é um desrespeito pelo concelho. O meu partido não só respeitou a Joana Lima, como também reconhece o interesse que a Trofa tem no panorama nacional do PS e isso honra-me. Espero que os trofenses vejam isso e que votem em massa. NT: Caso seja eleita deputada, vai defender algum projeto em concreto, para a Trofa? JL: Espero manter-me na linha da frente na defesa do metro à Trofa, que é um projeto que nós devemos sempre defender, assim como as variantes. E quanto à circular da Trofa quero deixar claro que, se o PS voltar a ser poder, quer na Câmara, quer ao nível do Governo, irei fazer de tudo para que não passe naquela zona urbana e de excelência que nós temos que é a Avenida 19 de Novembro (Rua Cesário Verde) e que se altere de forma a manter-se o mesmo traçado da variante, com afinações e com reduções no perfil de via, para que fique mais barata.


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Senhora das Dores continua a ser refúgio dos fiéis Continua de pedra e cal a relação de fé que os trofenses nutrem pela Nossa Senhora das Dores. As festas já começaram, mas o ponto alto, a majestosa procissão, realiza-se este domingo, a partir das 17 horas. O pároco de S. Martinho contou ao NT como está a ser preparada. Cátia Veloso

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á uma ligação profunda dos trofenses a Nossa Senhora das Dores. O apego é transversal, mas é mais notório, até por questões geográficas, à população de S. Martinho de Bougado, que lhe guarda um lugar especial no coração. A manifestação de fé é mais intensa em agosto, nas celebrações em honra da santa, altura em que, de ma-

nhã à noite, a Capela enche-se de peregrinos que lhe vão pedir força para ultrapassar as provações da vida. Esta relação de proximidade explica-se pela própria simbologia de Nossa Senhora das Dores, que evoca a “própria condição humana, sujeita ao sofrimento e às dificuldades” do dia a dia. A sua imagem, caracterizada pelas lágrimas, postura, manto e espadas cravadas no coração, surge como algo próximo da realidade

humana e não como figura seráfica, como se fosse um anjo. “Isso faz com que se identifique muito com as pessoas, como alguém que partilha das nossas dores e problemas e que nos tenta dizer que, assim como ela soube superar as suas dificuldades, também nós podemos ultrapassar as nossas”, explicou Luciano Lagoa, pároco de S. Martinho de Bougado. Na semana grande das celebrações, o sacerdote apela a que os fiéis “apreciem o esforço da Comissão de Festas” e usufruam do aspeto lúdico da romaria, mas “não deixem de lado a vida espiritual”. “Passem pela Capela e rezem a Nossa Senhora que, de certeza, sairão de coração cheio”, apelou. As comemorações religiosas já começaram com a procissão de velas, na noite de 8 de agosto e prosseguem com o septenário durante a semana e a eucaristia solene, ao meio dia de domingo, 16 de agosto. O ponto alto das festas acontece a partir das 17 horas de domingo, com a majestosa procissão com os dez andores de vários metros de altura e que representam as aldeias de S. Martinho de Bougado. Para esta ocasião, está confirmada a presença do bispo do Porto, D. António Francisco dos Santos, que presidirá à eucaristia solene e à procissão, e cuja presença é “uma honra”, assinalou Luciano Lagoa. “É sinal que estas festas alcançaram uma dimensão considerável”, acrescentou.

Luciano Lagoa espera que as pessoas “não deixem de lado a vida espiritual” nas festas

Já uma das inovações é o “evangelho ao vivo” que os “cerca de 150” figurantes vão representar na procissão. “Quem estiver a ver a procissão vai perceber a sequência da história de Jesus, desde o seu nascimento, passando pela infância, vida pública e acabando na morte e eterna ressurreição”, explicou. Apesar de não ser como antigamente, que as pessoas gladiavam-se para ocupar os lugares como figurantes, o pároco assinalou a “boa adesão” dos fiéis: “As figuras principais estão acauteladas, mas ainda há lugar para quem ainda quiser participar”. O mesmo acontece com quem transporta os enormes andores, desde há alguns anos com a ajuda de carrinhos de madeira. “Houve uma altura, na Guerra Colonial, em que todos queriam pegar nos andores, em virtude de promessas, para pedir proteção à Senhora. Agora são muitas menos,

mas ainda há voluntários que mantêm a vontade de os transportar”, contou. O facto de as obras nos Parques Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro ainda não estarem concluídas faz com que, à semelhança do ano passado, continuem a existir “condicionantes” na preparação das celebrações religiosas. “A procissão sofre alguns constrangimentos, porque continuamos numa fase experimental para perceber como se irá realizar daqui para a frente”, adiantou Luciano Lagoa. Para o sacerdote, é necessário que, neste “período experimental”, se “procure as melhores soluções” para a festa. “Há algumas coisas que vão estar atrapalhadas, mas com boa vontade chegaremos a uma estabilização quanto ao terreiro das festas, ao sítio para os divertimentos e ao percurso para a procissão”, sublinhou.


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Procissão da Senhora das Dores não dá volta à Capela

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Atualidade

Um dos momentos mais esperados da festa em honra de Nossa Senhora das Dores é a procissão deste domingo, 16 de agosto, pelas 17 horas. Patrícia P ereira

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al como tem acontecido nos últimos anos, o percurso da procissão em honra de Nossa Senhora das Dores foi alterado. A procissão sai da Igreja Matriz em direção à Capela de Nossa Senhora das Dores pela Rua Conde S. Bento, passando pela frente, lateral e traseira da Capela, saindo por um caminho criado junto ao parque infantil e retomando a Rua Conde S. Bento. Além de não passar pela Rua Camilo Castelo Branco, a procissão não vai dar a tradicional volta à Capela. O responsável da Comissão de Festas pela vertente religiosa, Albino Monteiro, apela que as pessoas “colaborem na passagem da procissão” e para que haja “muito respeito e dignidade, porque também vem o pálio com o Santíssimo Sacramento”. “Era bom que os trofenses aderissem para receber quem nos visita, para que as pes-

soas saibam que sabemos receber e acarinhar, com sentido religioso que estas festas merecem”, apelou. A Comissão de Festas está envolvida no “grande dia da festa, que é o domingo” que, segundo Albino Monteiro, está a ser preparado com “muito empenho e dedicação”. “(A procissão) é a grande aposta desta Comissão, porque a festa é em honra a Nossa Senhora das Dores e nunca podemos descurar esta parte religiosa que é muito importante. Estamos empenhados para que tudo corra bem”, referiu, declarando que o Bispo do Porto, D. António Francisco dos Santos, vai presidir à missa solene das 12 horas e à procissão. O início das atividades religiosas das festas em honra de Nossa Senhora das Dores ficou marcado pela procissão de velas, na noite de sábado, 8 de agosto. Coube aos elementos da Fraternidade Nun’Álvares de S. Martinho de Bougado carregar o andor de Nos-

Albino Monteiro é o responsável da Comissão de Festas pela vertente religiosa

sa Senhora das Dores, que saiu da Igreja Matriz em direção à Capela, acompanhado de várias centenas de pessoas. Segundo Albino Mon-

teiro, a procissão de velas “correu bem” e contou com “muita gente”. De domingo a sexta-feira decorreu o septenário em honra de Nos-

sa Senhora das Dores. O início do septenário marcou o fim das eucaristias das 15.30 horas na Capela.


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Atualidade

Milhares nas Festas da Senhora das Dores

As festas em honra de Nossa Senhora das Dores, este ano a cargo da aldeia de Paradela, atraem milhares de pessoas aos Parques. Patrícia P ereira

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azul, do manto de Nossa Senhora das Dores, é a cor predominante da iluminação das festas em honra da Santa, que terminam a 18 de agosto. Tal como tem sido habitual, as rotundas da cidade da Trofa estão iluminadas com a imagem de Nossa Senhora das Dores e com letras a dourado. A Capela também foi iluminada pelo azul, assim como a Igreja Matriz de S. Martinho. Com a recente abertura do parque infantil, este voltou a receber as figuras desenhadas através das luzes. No que toca à animação, foi com música tradicional portuguesa que começou a semana grande das Festas em honra de Nossa Senhora das Dores, que termina na terça-feira, 18 de agosto, com o cortejo de várias aldeias. O Conjunto Típico do Val animou a noite de 8 de agosto,

Santamaria animou a noite de quinta-feira

após a procissão de velas, que juntou muitas pessoas. Na tarde de 9 de agosto, o folclore foi o rei, com um festival que juntou o Rancho Folclórico e Recreativo de Cando-

so (Guimarães), Rancho Folclórico da Casa do Povo de Souselo (Cinfães), Rancho Folclórico do Povo de Leomil (Viseu), Grupo Folclórico e Etnográfico de Granja do Ulmelro (Soure) e Grupo Folclórico e Etnográfico de Arzila (Coimbra). Para fechar a noite, houve um “grande concerto” da banda Som Brasil em

Trio Elétrico. A música tradicional portuguesa voltou na noite de segunda-feira, com a atuação dos Sons e Cantares do Ave. Na noite seguinte, a música ligeira e romântica de Rui Bandeira atraiu centenas de pessoas, que acompanharam o cantor nas músicas “Loucura de Amor” e “Coração Esquecido”, en-

Recinto das festas tem contado com muito público

tre muitas outras. Como já manda a “tradição”, a noite de quarta-feira é dedicada ao concerto da Banda de Música da Trofa, que volta a atuar no sábado, a partir das 14.30 horas, juntamente com a Banda de Música de Esposende e no domingo, a partir das 9.30 horas, com a Banda de Música de Famalicão. Já na noite seguinte, Santamaria apresentou o mais recente single “És tudo” e os já conhecidos “Eu sei, tu és”, “Vou entrar no teu olhar”, “Eu sem ti”, “Ritmo da Magia”, entre outros. Outro dos cabeças do cartaz são Os Anjos, que atuam pelas 22 horas desta sexta-feira, com o novo single “É o amor”. Mas as festas só terminam na terça-feira, 18 de agosto, com o “cortejo das várias aldeias”. Mas antes, na segunda-feira, o dia é dedicado à Feira das Sementes, com a atuação das bandas de música da Trofa e dos Amigos da Branca. Fique com alguns dos momentos das festas de Nossa Senhora das Dores 2015, ilustrados em fotografias:


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Atualidade

Rui Bandeira

Banda de Música da Trofa

Procissão de velas

Festival de Folclore

José Alberto Reis

Procissão de velas

Som Brasil

Conjunto Típico do Val

Esplanada do Bar da Comissão sempre cheia pub


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Atualidade arquivo

João Pedro Costa

CRÓNICA PARQUE NOSSA SENHORA DAS DORES - “7 PECADOS MORTAIS”

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Procissão de Nossa Senhora das Dores

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procissão em honra de Nossa Senhora das Dores é o ponto alto das festas e que atrai milhares de pessoas ao centro da cidade, por a considerarem única no país pela imponência dos andores e pela quantidade de figurantes bíblicos. Tal como em anos anteriores, pelas 17 horas deste domingo, 16 de agosto, a procissão sai da Igreja Matriz em direção à Capela de Nossa Senhora das Dores. Com o auxílio dos carrinhos, mais de uma dezena de homens transporta cada um dos dez imponentes andores com mais de dez metros de altura e que podem chegar aos 650 quilos, sustentados por quilos de alfinetes e centenas de metros de tecido. Entre cada andor, que re-

presenta as aldeias da Paróquia de S. Martinho de Bougado, seguem “entre 150 e 200” figurantes, que ilustram momentos bíblicos. Um dos momentos mais emocionantes da procissão acontece quando o andor de Nossa Senhora das Dores passa em frente à Capela e é agraciado com pétalas de flores atiradas da varanda da Capela. Nos últimos dois anos, este gesto não tem acontecido. Falta saber se este ano a tradição vai regressar ou se continuará suspensa. O ano passado, o andor de S. José, do lugar de Finzes, cumpriu a tradição, ao ser carregado por 16 homens e sem o auxílio do carrinho, tal como acontecia no passado. P.P.

m dos poucos ex-líbris da Trofa é o Parque Nª Srª das Dores. Gerações atrás de gerações de trofenses viram o seu aspeto alterado gradualmente ao longo de décadas, em nome do “progresso”, sendo que, a mais radical teve a sua génese em 2007 e foi protagonizada por opção do executivo social-democrata, liderado por Bernardino Vasconcelos querendo o destino que o seu “discípulo”, Sérgio Humberto o fosse inaugurar. A pergunta que se impõe, numa altura em que se sucedem múltiplas festas de inaugurações, de uma obra orçada em cerca de seis milhões e meio de euros (http://www.base.gov.pt/Base/pt/Pesquisa/Contrato?a=706237) é qual o real valor do renovado parque, para os trofenses, e a sua sustentabilidade futura? Em termos estéticos, e olhando numa ótica urbanística simples, direi que gosto – o parque é bonito e acredito que, quando estiver mais arborizado ainda ficará mais agradável! Em termos funcionais, o arrastar do processo (2007-2015) e a incapacidade de negociação, quer do executivo socialista, liderado por Joana Lima que apenas conseguiu, ao projeto inicial, alterar a localização do edifício que inicialmente estava previsto para a face da EN14 (em frente ao centro comercial D. Pedro V), passando-o para a parte lateral, aliado à passividade evidenciada pelo atual executivo, liderado por Sérgio Humberto, que se limita a executar atos de mera gestão, faz com que a meu ver a obra esteja condenada por “7 pecados mortais”: 1º - Sendo o Parque Nª Srª das Dores construído à volta de uma capela e dele fazendo parte integrante não foram devidamente acauteladas as históricas e grandiosas festas em sua honra! Se, na parte profana sempre se poderá ocupar alguns terrenos contíguos para os “carrosséis” mas que, certamente, tirarão envolvência ao certame, já no que ao religioso diz respeito estão criadas dificuldades (desnecessárias)! A receção da procissão, para a qual falta dignidade, à passagem dos tradicionais andores é a primeira grande evidência. 2º – Foi designado de “Concha Acústica” o espaço destinado a espetáculos. Uma concha com forma retangular colocada ao ar livre?! Se a essência de ser “Concha” tem como objetivo facilitar a comunicação entre os elementos em palco, garantindo uma melhor qualidade e propagação do som, porque foi designada de “Concha” quando o que se vê construído não passa de um palco? A sua localização de forma permanente, em frente à porta principal da capela (quando há mais espaço), parece-me desajustado e, uma vez mais, relega a capela, principal “emblema”, para segundo plano! 3º – O sistema de iluminação de todo o Parque é inteiramente composto por lâmpadas florescentes, descartando por completo a tecnologia led. Os argumentos de que “o projeto é de 2007, e dado que é financiado por fundos comunitários, tem de ser respeitado na íntegra o que inicialmente foi apresentado”, quanto a mim não colhe, pois se foi possível deslocar o edifício da parte da frente para uma parte lateral acho impossível que um mero sistema de lâmpadas não pudesse ser alterado! Terá alguém estado distraído com o avanço da tecnologia e esquecido que

era responsável por este projeto? Não sei, apenas fico com a certeza que o custo energético será enorme (o quadruplo do desejado) e desajustado às dificuldades vividas atualmente. 4º – O edifício principal é sustentado por enormes barras de ferro, que dada a sua arquitetura, estão expostos ao tempo e às suas intempéries. Essas barras deveriam ser muito bem galvanizadas garantindo menores manutenções (pintura) e durabilidade do edifício para lá de meia dúzia de décadas (não confundir com as entradas, ao “estilo ferrugem”, que são de embelezamento e que levam um tratamento adequado). A julgar pelo estado das barras de ferro fica a dúvida, passaram estas barras pela galvanização? A ver vamos, mas confesso-me preocupado! 5º – O aspeto mamarracho das casas de banho a ferir de morte a vista sobre a capela e de todo o Parque Nª Srª das Dores, revelador da falta de imaginação de quem projetou o parque, e que não endereça aos que passam na estrada um convite à paragem! Outros atropelos do que prometia ser um espaço completamente harmónico sucedem-se numa visita mais atenta ao recinto. 6º – A zona desportiva com a colocação de tabelas para basquetebol, mesmo face à estrada nacional, que coloca em perigo quem vá a correr atrás de uma bola perdida e dos próprios veículos em circulação! Mas, ainda mais estranho, num desporto cuja uma das essências é bater com a bola no chão, foi colocado um piso em paralelos! Já a zona do parque infantil está despido de árvores, e o argumento de que “as arvores vão crescer”, não me convence – as crianças querem lá brincar com condições, pelo que não deveriam ter de esperar pelos próximos anos...! Penso que, neste espaço, deveriam ter sido colocadas desde o início árvores de grande porte, para garantir a existência de sombras. 7º – O estacionamento subterrâneo com acessos estreitos, ao estilo bunker, que não acredito vá ser massivamente utilizado pelos trofenses não só por questões de hábito, mas também pela completa desarmonia deste espaço ao resto da cidade. Por exemplo a falta de um acesso a meio da rua Conde de S. Bento, em frente ao Centro Comercial da Vinha, que facilitaria o acesso dos peões às poucas zonas comerciais que nos restam. Ainda a privação de entradas mais largas, condiciona a recolha de veículos de maior porte, até os que estão ao serviço da Câmara Municipal da Trofa (recolhidos em espaços alugados). Termino com a lembrança do tempo de privação do espaço por parte dos trofenses, de uma obra que prometeu ser “tudo para nós” e onde foram gastos cerca de 6 milhões e meio de euros. Passaram 8 anos, o projeto apresenta erros crassos e com os quais teremos de conviver nos próximos “50 anos” mas, surpreendentemente, é defendido por alguns como sendo uma obra fantástica representativa do tal “Orgulho Trofense”! Um projeto transversal a governos PS e PSD, não há responsáveis políticos, não há responsáveis técnicos e até me parece que estão todos convidados para as centenas de iniciativas de “inauguração” que lá estão a acontecer... Viva a Trofa! Votos de boas férias para todos.


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Festas de Santa Eulália enchem ruas de S. Romão Apesar do calor, centenas de pessoas reuniram-se para a celebração das Festas de Santa Eulália e para participar na procissão. Comissão de festas satisfeita com “sucesso” das atividades programadas de 7 a 9 agosto. Diana Morgado Cátia Veloso

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oi um dos dias mais quentes do concelho da Trofa neste verão, mas nem a temperatura elevada demoveu as centenas de pessoas que saíram à rua para participar na procissão em honra a Santa Eulália. O cortejo litúrgico, presidido pelo pároco Rui Alves, saiu da Igreja de S. Romão do Coronado com 16 andores, em clima de grande so-

lenidade e com a participação das forças vivas da freguesia. O acontecimento satisfez a comissão de festas liderada por Domingos Araújo. “Acho que estamos todos de parabéns por aquilo que fizemos. O senhor padre, Rui Alves, ficou muito contente, porque foi um sucesso”, afirmou em declarações ao NT. Com um orçamento menor que o habitual, a rondar os 20 mil euros, a festa que levou qua-

Procissão realizou-se sob temperaturas muito elevadas

se cinco meses a ser preparada, superou todas as expectativas da organização, não só pela adesão do público como também pela qualidade dos espetáculos. Depois das atuações da Associação Recreativa e Desportiva do Coronado e do grupo de Amigos da Concertina da Maia, na sexta-feira, o grupo Juventude em Força, de S. Mamede

do Coronado, percorreu as ruas da freguesia durante a alvorada de sábado, deixando a noite reservada para Tiago Maroto e a sua banda. Os três dias de festas são, segundo Domingos Araújo, resultado de muito trabalho e do apoio da população que, além da presença, cooperou com a comissão de festas através de donativos.


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Atualidade

Artista do Coronado expõe desenhos e pinturas A utodidata e um “sentimental pela arte”. É assim que José Costa Pinto, morador no Coronado, se assume perante o desenho e a pintura. A paixão nasceu ainda em criança, na 3.ª classe. A primeira gravura que fez retratava Luís de Camões e, a partir daí, não mais parou. Os professores pediam determinados trabalhos, mas José Pinto acabava por “distorcer” as indicações, apresentando trabalhos “completamente diferentes do que pediam”. Um professor, mais tarde, aconselhou-o: “Disse-me para ir para Belas-Artes, porque eu distorcia os trabalhos, que ficavam mais engraçados do que os que ele pedira”. Continuou a alimentar o gosto pela arte, utilizando vários materiais: tinta-da-china, tela, azulejos e gesso. Os temas são variados e não seguem nenhum fio condutor, mas acompanham os estados de espírito de José Costa Pinto. Parte do portefólio deste artista está, agora, em exposição no salão nobre da Jun-

ORDEM DE TRABALHOS 1º.- Deliberar sobre o novo Compromisso da Santa Casa da Misericórdia da Trofa determinado pelo Decreto-lei nº172-A/2014, actualizado pela Lei nº76/2015, de 28 de Julho. José Pinto tem obras expostas na Junta de Freguesia do Coronado, em S. Romão

ta de Freguesia do Coronado até 31 de agosto. A inauguração aconteceu na tarde de segunda-feira, 10 de agosto. O presidente da Junta de Freguesia, José Ferreira, explicou que o apoio dado ao artista “era merecido”, uma vez que José Pinto “é uma pessoa

sempre disponível para ajudar”, dando o exemplo da colaboração dada na Associação de Solidariedade Social do Coronado (ASCOR). “A Junta está disposta a apoiar e divulgar as qualidades que temos na freguesia”, assinalou. C.V.

Nos dias 5, 6 e 21 de setembro, a freguesia de Santiago de Bougado recebe as festas em honra de S. Gens de Cidai e muitos romeiros devotos. A tradição da festa religiosa, que se prolonga há mais de 60 anos, e que inclui a peregrinação e missa de S. Gens. No domingo, 6 de agosto, a manhã começa com uma missa, seguindo-se a peregrinação do facho até ao santuário e como o dia é dedicado a S. Gens, pelas 11.30 horas decorre a missa solene. É também durante a tarde de domingo, que se realiza o Festival de Folclore Bougado 2015, promovido pelo

EDITAL Eu, Manuel da Silva Pontes, presidente da Assembleia Geral da Santa Casa da Misericórdia da Trofa, convoco os Irmãos desta Irmandade a reunirem em Assembleia Geral Extraordinária a realizar no próximo dia 02 de Setembro de 2015, pelas 20.00 horas, nas instalações desta Santa Casa sitas na Rua António de Sousa Reis, 259, Finzes, nesta cidade da Trofa.

Cidai prepara-se para receber Festa de S. Gens Diana Morgado Cátia Veloso

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Grupo de Danças e Cantares de Santiago de Bougado e que, além do anfitrião, conta com a atuação do Grupo Folclórico e Etnográfico da Associação Recreativa e Cultural de Cova do Ouro e Serra da Rocha, de Coimbra, do Grupo Folclórico de Santa Cruz de Vila Meã, de Amarante, do Rancho Folclórico Recreativo e Cultural “As Florinhas de Rio Meão”, de Santa Maria da Feira, e do Rancho Folclórico da Associação Cultural e Recreativa Conde, de Guimarães. Já há al-

guns anos que o festival se realiza durante as festas de S. Gens, fruto da parceria estabelecida entre a comissão de festas e o Grupo de Danças e Cantares de Santiago de Bougado, para “encurtar as despesas” e animar todos os presentes, esclareceu Manuel Ramalho, responsável pela organização das festas. Mas antes, o dia 5 de setembro é dedicado a Nossa Senhora da Alegria, celebrando-se uma missa solenizada. No dia 21, Dia da Gente do Mar, são esperados muitos peregrinos e cerca de “30 a 40 autocarros, cheios de pessoas de várias zonas do País que se mobilizam até ao Monte de S. Gens, quer seja para cumprir promessa ou simplesmente por fé”, adiantou o responsável. Manuel Ramalho realçou o facto de a comissão de festas não ter praticamente despesas a organizar o certame, sendo que as únicas verbas gastas são canalizadas nas obras de requalificação do espaço para receber cada vez melhor os romeiros e peregrinos.

2º.- Proclamar Irmãos Honorários sob proposta da Mesa Administrativa. 3º.- Deliberar proceder com os restantes interessados à partilha da fracção autónoma designada pela letra “R”, destinada a habitação, que faz parte do prédio urbano situado na Rua da Aldeia Nova, da freguesia de Lousado, concelho de Vila Nova de Famalicão, recebida por legado da utente Justina da Silva Oliveira Monteiro, já falecida, de forma a ser adjudicado um terço indiviso desta mesma fracção à Santa Casa da Misericórdia. 4º.- Deliberar proceder à venda do terço indiviso desta mesma fracção autónoma que for adjudicada nessa partilha à Santa Casa da Misericórdia a terceiro. 5º.- Deliberar sobre a alteração da morada da sede, na sequência da mudança da entrada principal. 6º.- Tratar de outros assuntos de interesse para a Misericórdia. Se no dia e hora acima designada não se verificar a presença da maioria legal, a reunião terá lugar uma hora depois, ou seja, 21.00 horas, com qualquer número de Irmãos. Trofa, 06 de Agosto de 2015. O Presidente da Assembleia Geral (Manuel da Silva Pontes) Nota: Encontra-se disponível nos Serviços Administrativos cópia do Compromisso para consulta. Serão ainda disponibilizados exemplares por e-mail ou junto do Serviços Administrativos aos irmãos que o solicitem.


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14 AGOSTO 2015 O NOTÍCIAS DA TROFA

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Atualidade

Bougado em Festa animou juventude e exaltou tradições

A Junta de Freguesia de Bougado organizou mais uma edição do Bougado e Juventude em Festa, de 6 a 9 de agosto. Festa das Cores e Concurso do Melão foram os pontos altos do certame. da Maganha também deram colorido especial à festa, com a indumentária e coreografia características. Depois, o tradicional Concurso do Melão pôs o júri a provar 26 exemplares de casca de carvalho. De entre os 14 participantes, Manuel Costa destacou-se por ter o melão que reuniu maior pontuação do júri. Em jeito de balanço, Luís Paulo, presidente da Junta de Freguesia de Bougado, afirmou que o cer-

tame “correu muito bem” e abrangeu “vários públicos”, com os dias divididos por temas. Para o autarca, foi especial “ver a mobilização da juventude” e a tradição exaltada “na Festa do Melão”. No entanto, o autarca considera que os moldes da iniciativa devem ser “repensados”. “Vamos fazer algumas mudanças, temos algumas ideias, que ainda estamos a marinar, mas no próximo ano teremos novidades”, anunciou.

Festa das Cores animou juventude Cátia Veloso Patrícia P ereira

O

pó colorido voltou a pintar a noite no Souto de Bairros e todos aqueles que participaram na Festa das Cores. A iniciativa repetiu-se no Bougado e Juventude em Festa, na noite de 7 de agosto, e atraiu uma multidão, essencialmente jovem, mas outros, de fai-

xas etárias mais elevadas, também entraram na brincadeira. No dia anterior, o evento tinha começado com uma noite de comédia e no sábado a noite foi dedicada à moda e ao comércio local, com um desfile protagonizado por várias lojas sediadas na freguesia. No domingo, as tradições estiveram em destaque, primeiro com a

Feira à Moda Antiga, promovida pelo Grupo de Danças e Cantares de Santiago de Bougado. Fruta da época, legumes, galinhas, rendas e outros artigos a fazer lembrar os tempos de outrora estiveram à venda no Souto de Bairros por componentes do Grupo, também eles vestidos tal como a ocasião exigia. As marchas populares de S. Pedro

Concurso do Melão teve 26 exemplares de casca de carvalho


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O NOTÍCIAS DA TROFA 14 AGOSTO 2015

Atualidade

Obras na Escola Secundária concluídas A Escola Secundária da Trofa está em pleno para receber o próximo ano letivo, após estarem concluídas as obras de requalificação, que duraram quase cinco anos. A inauguração ainda não tem data prevista. Patrícia P ereira

A

previsão para o decorrer das obras de requalificação era de 18 meses, mas só passados quase 60 meses, em que estão incluídos os quase três anos de suspensão, é que estão concluídas. A Escola Secundária da Trofa está “em pleno funcionamento para o próximo ano letivo”, que vai receber “cerca de 1200 alunos”. Recorde-se que as obras de requalificação iniciaram-se em novembro de 2010 e passado um ano foram suspensas pela Parque Escolar, tendo apenas sido retomadas em julho de 2014. Numa visita guiada ao NT e TrofaTv, Paulino Macedo, diretor do Agrupamento de Escolas da Trofa, afirmou que faltam “alguns retoques em termos de funcionalidades chaves de algum equipamento de salas”, mas como “o grosso das obras está”, a direção “já assinou a ata da receção das instalações”. A Secundária da Trofa está “em pleno para o próximo ano letivo”, faltando a inauguração, que “é organizada pela Parque Escolar com o empreiteiro”. Ser a “única” escola secundária no concelho confere, segundo o diretor, “importância e valor”. E “a imponência” do estabelecimento torna-a “uma escola importante e que tem que ser rentabilizada”. As principais valências passam pelo pavilhão de educação física que tem “condições excelentes para a prática desportiva”, as instalações dos laboratórios que são “cinco estrelas, faltando alguns equipas para a prática do dia a dia”, e as salas de aula são “excelentes” e tem “condições acústicas e de climatização”. “Faltam as

Empreitada esteve três anos suspensa, mas no próximo ano letivo os alunos já usufruirão da nova escola em pleno

mesas, as cadeiras e o vídeo-projetor, que não estavam contempladas nesta empreitada. Já pedimos à DGEstE (Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares), à Parque Escolar e até ao Ministério da Educação para que as salas de aula sejam equipadas com esses materiais”, completou. Há poucos meses, a Associação de Pais foi visitar a Escola Secundária da Trofa, tendo saído, segundo Paulino Macedo, de “sorriso largo” com aquilo que viram. O diretor asseverou que “quem tiver oportunidade de conhecer estas instalações fica agradado, aos olhos, pela imponência e pelas salas de aula, corredor e interiores”. “Os comentários que ouvi foram excelentes e de contentamento”, referiu, complementando que houve quem dissesse até que enfim que as obras da Secundária terminaram e bem”. 7.º ano transferido para a Secundária

Numa “fase inicial”, a direção do têm prosseguido os seus estudos a Agrupamento de Escolas da Trofa nível secundário fora do concelho ponderou a transferência de “todo da Trofa. Na transição do 9.º para o 3.º ciclo” para a Escola Secundá- o 10.º ano, Paulino Macedo referiu ria da Trofa, mas “dada alguma ne- que “está a acontecer um fenómecessidade de reponderar” optou-se no que precisam de estudar”, pois, por trazer “só o 7.º ano”. Em ter- “previsivelmente, todos os alunos mos de salas de aulas, Paulo Mace- do concelho deviam de vir para a do garante que “está tudo pondera- única secundária”. No entanto, os do” e que tem “capacidade de ins- alunos de S. Romão e de Alvaretalação de todas as turmas”. Tam- lhos que transitam do 9.º para o 10.º bém em “termos de desenvolvi- ano de S. Romão e de Alvarelhos mento curricular não haverá gran- “estão a fugir para a Maia e Santo des alterações já que os professores Tirso”. “Só uma minoria, um terço, e o currículo são os mesmos”. “Se é que vem para a Escola Secundáhouver necessidade de fazermos ria. Sei que o INA está a fazer uma ajustamentos, pontualmente, caso campanha muito forte de angariaa caso, teremos ocasião e oportuni- ção de alunos. Claro que alguns dade de repensar nisso a qualquer dos nossos também saem, mas eninstante”, declarou. tre o deve e o haver as coisas equilibram-se”, adiantou. “Alunos de S. Romão O diretor assegurou que a See Alvarelhos ‘fogem’ muito cundária tem “uma oferta bastanda Secundária da Trofa” te vasta”, com “quatro cursos proO diretor do Agrupamento espe- fissionais”. Contudo, “não têm quara que a conclusão das obras seja tro turmas completas em termos de um chamariz para os jovens que alunos”, tendo que “constituir ape-

Escola Básica Integrada de Bougado “não faz sentido” A Carta Educativa de 2006 previa a construção da Escola Básica Integrada em Santiago de Bougado (entre Lagoa e Cidai) para o jardim de infância, 1.º, 2.º e 3.º ciclos. “Neste momento”, para Paulino Macedo “não faz sentido construí-la de raiz”, porque “não tem expectativas de ter alunos suficientes para ocupar a Napoleão Sousa Marques, a de Paranho, de Paradela, Finzes, Bairros e Lagoa”. “Na próxima década não vamos ter alunos para essas escolas todas, mas de ponto de vista político uma escola em S. Martinho e outra em Santiago podia fazer sentido, mas com a união das freguesias também já deixa de ser tão importante, já que fizemos uma só freguesia e um só agrupamento”, frisou, referindo que, contudo, “está cá para aceitar aquilo que a classe política produzir a esse propósito”.


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Atualidade

Pavilhão desportivo

nas duas turmas”. “Não sei se têm melhores condições de transportes, por exemplo na Maia e Santo Tirso, ou até da proximidade”, interrogou-se. Além deste “fenómeno”, Paulino Macedo acrescentou que está a haver “falta de frequência de cerca de cem alunos por ano”, sendo que no “próximo ano vão ter menos de cerca de 350 alunos”. Em 2012/2013, o Agrupamento de Escolas da Trofa “tinha 3200 alunos” e no próximo prevê-se “cerca de 2900 alunos”. “Não porque eles saiam da Secundária ou não transitem do 9.º ano

para a secundária, mas porque na origem já não entram na frequência”, explicou. Não vão fechar escolas do 1.º ciclo Relativamente às escolas do 1.º ciclo, tanto quanto Paulino Macedo sabe só a da Esprela é que tem amianto e precisa que seja retirado. Além disso, há “outras dificuldades, problemas e necessidades de intervenção que já foram apresentadas, inventariadas e enviadas quer para a Câmara Municipal quer para a Junta de Freguesia e que é

necessário olhar com outros olhos”. Como exemplo, o diretor enumerou as “portas que não abrem, as janelas que não fecham, a humidade que entra e claraboias que estão danificadas”. Quando questionado sobre a possibilidade de alguma escola primária fechar nos próximos tempos, Paulino Macedo acredita que isso não vá acontecer, pois se “quiserem ser rigorosos em termos de cumprimento da lei, a escola só fecha quando tiver menos de 21 alunos e na Trofa vão ter sempre 21 alunos nas escolas”. O diretor garante que é necessário fazer “um trabalho de planificação a longo prazo daquilo que é a carta educativa na cidade da Trofa”, uma vez que se apresenta “completamente desajustada à nossa realidade”. “Com tempo, precisamos de ponderar a colocação de alunos para que não tenhamos necessidade, como este ano acontece, de fazer turmas mistas em várias escolas do nosso Agrupamento”, exemplificou, referindo que esta planificação tem que ser “pensada não só pelos dirigentes dos agrupamentos, mas pelo executivo camarário, classe política e associações de pais”, de forma a “congregar vontades e tomar uma decisão que seja a longo prazo e não uma decisão para amanhã”.

Escola Napoleão Sousa Marques “nunca teve uma intervenção de fundo” Na EB 2/3 Professor Napoleão Sousa Marques, o diretor do Agrupamento afirmou que “não é só o amianto que o preocupa”, mas “outras necessidades” existentes, recordando que o estabelecimento, inaugurado “em 1982/83”, “nunca teve uma intervenção de fundo”. Sendo “uma escola que no verão é quente e no inverno fria”, uma “associação de pais dos anos 80 instalou aquecedores de pouco aquecimento e de grande consumo” e outra “associação de pais colocou ventoinhas para fazer o arejamento das salas, durante o verão”. Paulino Macedo assegura que a escola é “funcional, acolhedora e tem as condições mínimas para trabalhar devido à manutenção regular” que é feita, mas que é necessário “uma série de necessidades”, como “serem requalificadas as janelas, as paredes, as portas, as casas de banho e os balneários”. O diretor recordou que “há dois anos” foi “retirado o amianto dos corredores”, mas que “ainda existe em cima dos pavilhões”, mas “mais longe do contacto com os alunos”. No entanto, “é preciso um projeto bastante mais amplo de requalificação da escola para serem retiradas todas essas placas que dizem que contem amianto”. O Agrupamento “não tem informação formal e oficial” de que a Escola esteja “na lista prioritária do Governo” para a retirada das placas de fibrocimento, mas “informalmente” vai sendo notificado de que “faz parte das 50 escolas prioritárias em termos de intervenção”. “Projetos de requalificação ainda não os vi, nem me disseram que tivessem sido apresentados”, completou.

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20 O NOTÍCIAS DA TROFA 14 AGOSTO 2015

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Desporto

RallySpirit promete fazer reviver as emoções do passado… no presente

Campeões de outrora aceleram no Coronado Já estão confirmadas algumas “máquinas” que fizeram campeões nos ralis das últimas 40 décadas. O RallySpirit é uma iniciativa inédita no País e realiza-se no Coronado, a 31 de outubro. Cátia Veloso

É

apaixonado pelos carros, acompanha o desporto motorizado há muitos anos e tem saudades de ver antigas máquinas que fizeram campeões nas décadas de 70, 80 e 90? Então prepare-se para as voltar a ver a acelerar nas serras de Vilar de Luz, no Coronado, e de Covelas, a 31 de outubro. Pela primeira vez em Portugal, realiza-se um rali que reunirá os carros e pilotos mais emblemáticos da história do automobilismo dos últimos 40 anos. Deste tipo realizam-se por toda a Europa competições do tipo, como o RallyLegend e o Eifel Rally Festival. A organização é da Xicane – organiza provas como o Motorshow Porto – e conta com a parceria da Junta de Freguesia do Coronado e do Clube Automóvel de Santo Tirso (CAST). A prova está já calendarizada pela Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting e tem carácter de exclusividade, uma vez que as inscrições serão feitas por convite e por candidatura (sujeita a aprovação), até um máximo de 50 equipas. Terá como centro nevrálgico a estação ferroviária de S. Romão do Coronado e contará com seis provas especiais ou duas classificativas – S. Romão do Coronado (8,20 quilómetros) e Serra (6,65 quilómetros) - que se repetirão por três vezes, perfazendo perto de 50 quiló-

metros disputados ao cronómetro, a que correspondem cerca de 80 quilómetros de percurso total. José Ferreira, presidente da Junta de Freguesia do Coronado, afirmou que “este rally está a despertar muita curiosidade pela ousadia e pelo facto de ser um acontecimento inédito no desporto automóvel nacional”. “Enquanto Junta de Freguesia, estamos empenhados na realização desta prova para que, mais uma vez, estejam reunidas condições para atrairmos turistas à Vila do Coronado. Estou convencido que assim será e que iremos receber muita gente de fora”, sublinhou o autarca. Recorde-se que, em 2014, as ruas do Coronado foram palco do Rali dos Patrocinadores. Desta vez, a prova tem outros moldes e será afastada do centro urbano, privilegiando a montanha. “Que seja a primeira de muitas edições” A Xicane tinha intenção de avançar com uma iniciativa deste tipo “há sete anos”, mas só agora se reuniram condições para a realizar. “Tal como apoiou o último rali que recebeu o ano passado, a Junta de Freguesia dispôs meios logísticos e angariação de parceiros que apoiarão financeiramente a prova”, explicou Pedro Ortigão, responsável pela Xicane, a propósito da parceria com o executivo do Coronado. E por ter

“assumido o risco” de “avançar com a primeira edição” do RallySpirit, a freguesia merece o “compromisso ético” da entidade promotora de que “a prova estará sempre centralizada no Coronado nos próximos anos”. “Nunca abandonaremos quem nos apoiou no início”, sublinhou Pedro Ortigão. O responsável admitiu a dificuldade de se promover uma competição com estas características, uma vez que envolve a participação de carros “que é difícil trazer à rua”, pelo “valor patrimonial e sentimental que têm para os colecionadores e proprietários”. Mesmo assim, já há confirmações (ver caixa) da participação de máquinas que fizeram furor noutros tempos e até “há já contactos com o estrangeiro”, divulgou Carlos Guimarães, presidente do CAST. “Acho que é a primeira vez que um rali começa a ser falado tão cedo. Está a movimentar muitas pessoas, inclusive pilotos”, afiançou. A organização quer que o rali “seja idêntico aos que se realizavam nas últimas décadas” e por isso o troço também foi a pensar nisso, “tendo diferenças de piso”. O RallySpirit terá ainda um espaço especial para que o público contacte com os pilotos e está a ser estudada a possibilidade de “deslocá-lo de autocarro do centro nevrálgico ao local das provas especiais”.

DR

“Máquinas” já confirmadas Passou pelo Campeonato Mundial de Ralis de Grupo N, em 1992, e um ano antes tinha acelerado no Campeonato Nacional de Ralis. O Ford Sierra RS Cosworth 4-4 foi uma das presenças confirmadas pela organização do RallySpirit. O mesmo se pode dizer da “Qatrelle”, um Renaul 4GTL, que participou e, dez ralis do WRC. Será pilotado por Pinto dos Santos. Já Hélder e Filipe Oliveira vão levar um Lancia Delta Integrale 16 V, que pertenceu à equipa italiana Martini Racing e que, no passado, foi guiado pelo tetracampeão do Mundo de Ralis, Juha Kankkunen. O RallySpirit vai ainda ter nos trilhos do Coronado o Ford Escort MK II de Gonçalo Figueiroa.

Trofense perde nos penáltis o Troféu Cidade de Santo Tirso

Foi nas grandes penalidades que o Trofense saiu derrotado do jogo do 2.º Troféu Cidade Santo Tirso, que assinalou a apresentação da equipa sénior do Tirsense, na tarde de 8 de agosto. A formação da Trofa, ainda numa

fase inicial de preparação, esteve a vencer por 1-0, com golo de Salvador, mas a segundos do fim do tempo regulamentar, uma grande penalidade possibilitou ao Tirsense empatar e levar a partida para a lotaria dos penáltis. Aí, foram os “jesuítas”

que se destacaram, vencendo por 3-2. Em declarações ao NT, Vítor Oliveira, treinador do Trofense, afirmou que “apesar de ainda estar numa fase de crescimento”, a equipa “já se apresentou a um nível bastante aceitável”. “Tivemos algumas dificuldades na primeira parte, depois conseguimos corrigir e obrigar o Tirsense jogar mais direto, pelo que penso que acabamos por cima”, postulou. O técnico valorizou o esforço dos atletas na preparação para a nova temporada: “Eles estão a trabalhar bem e com intensidade. Dentro daquilo que tínhamos planeado, tudo está a correr dentro do previsto. Com o tempo, a equipa vai crescer do ponto de vista ofensivo, uma vez que a preparação inicial foi organizar a equipa defensivamente para que, não sofrendo golos, ser mais fácil ganhar”. O clube informou, esta

quarta-feira, que o jogo de apresentação aos sócios, agendado para o dia 15 de agosto, foi cancelado “devido à desistência da equipa adversária”. Durante esta semana, o clube anunciou a chegada de novos reforços. Ricardinho, de 21 anos, é mé-

dio ofensivo e ruma do Nogueirense para a Trofa. Já Zé Domingos, ex-júnior do Rio Ave, com 19 anos, vem reforçar o setor ofensivo. Ailton, avançado cabo-verdiano de 19 anos, chega por empréstimo do SC Braga. C.V.


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14 AGOSTO 2015 O NOTÍCIAS DA TROFA

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22 O NOTÍCIAS DA TROFA 14 AGOSTO 2015

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Desporto

Trofenses na Volta a Portugal

A correr, a massajar ou a vestir os campeões de cada etapa, o concelho da Trofa esteve representado na 77.ª Volta a Portugal em Bicicleta, que terminou a 9 de agosto com a consagração do bicampeão Gustavo Veloso. Patrícia P ereira Cátia Veloso

“N

ão é uma classificação que me deixa satisfeito”. O ciclista trofense Daniel Silva, da Rádio Popular Boavista, não ficou satisfeito com o 8.º lugar da geral inA 15 de dezembro de 2012, Celesdividual que obteve na 77.ª Volta a tino Pinho, morador em S. Mamede Portugal em Bicicleta, que termido Coronado, anunciou o fim da sua nou no domingo, 9 de agosto, com carreira de ciclista profissional, após a consagração de Gustavo Veloso se ter sagrado bicampeão nacional e como bicampeão. O ciclista trofenvencedor da primeira Taça de Portuse ambicionava um lugar mais alto gal de ciclocrosse, deixando no ar a no pódio, por ser uma participação hipótese de continuar ligado à moem que se sentia “mais forte”. dalidade. “Dois anos” depois de esAo ficar “doente” no dia de des- Daniel Silva voltou a estar no Top 10 da competição tar afastado da modalidade, o trocanso, para Daniel foi “difícil amEsta situação refletiu-se no con- queda na última etapa a três voltas fense foi convidado para fazer parbicionar um lugar melhor no top10”. trarrelógio, que na sua opinião foi do fim”, denotou. te da equipa técnica da então OFM“Os últimos três dias da Volta foram Para Daniel Silva foi “totalmen- -Quinta da Lixa, agora W52/Quinum martírio para mim. Estava com “mediano” – ficando em 24.º lugar tantas dores musculares que impe- a 2:14 minutos de Gustavo Veloso -, te legítimo” a equipa ter escolhi- ta da Lixa, sendo responsável por pois “esperava subir alguns lugares do Rui Sousa como chefe de fila, “massajar” o espanhol Gustavo Vediam-me de realizar as tarefas mais simples como vestir-me ou calçar- na classificação e isso não aconte- uma vez que foi 2.º classificado no loso, Delio Fernández e Samuel Calceu”. “Para piorar ainda sofro uma ano passado. deira. Mas antes, Celestino Pinho ti-me”, enumerou. foto: Patrícia Nunes

Celestino Pinho “trata das pernas” do bicampeão Gustavo Veloso nha sido convidado para fazer parte de “uma equipa estrangeira”, sendo que “à última da hora o projeto acabou por não arrancar”. “Aceitei por ser uma equipa que já tinha ganho a Volta a Portugal e por continuar a ser a melhor equipa nacional. Estou muito contente, porque acima de tudo é uma família”, afirmou. O ex-ciclista profissional asseverou que a “experiência tem corrido muito bem” e o facto de “ter corrido muitos anos e de ter feito algumas Voltas a Portugal, tornou tudo mais fácil”, desde o “trabalho e a ligação com os ciclistas”, com quem correu e tem “amizade de anos anteriores”.

Afonso Azevedo “veste” os vencedores da Volta Foi protagonista da Volta a Portugal em Bi- pa e que usam no dia seguinte. cicleta enquanto ciclista e agora é um dos resAfonso Azevedo contou que a aventura está ponsáveis por vestir os vencedores de cada ca- “a correr bastante bem”, sendo que a Volta a tegoria. Afonso Azevedo, natural de Santiago Portugal em Bicicleta é “aproveitada ao máde Bougado, fez parte da equipa vencedora da ximo”, por ser “a monta e o que lhes dá mais Volta a Portugal em 2007 e no ano seguinte visibilidade por causa dos media”, tendo tido optou por “deixar de competir”. “Em 2010”, o “bastante aceitação” desde que começaram a também ex-ciclista Pedro Cardoso, responsá- colaborar com a prova e notado “um acréscivel pela empresa, convidou-o “a ingressar nes- mo na nossa empresa”. ta aventura que é a Pacto”. “Em 2010, 2011 e A Pacto é responsável por fornecer três das 2012, as coisas foram correndo bastante bem seis equipas portuguesas profissionais: W52/ e entretanto entramos na Volta a Portugal a Quinta da Lixa, Louletano-Ray Justa Energy e convite do diretor Joaquim Gomes”, contou, Team Tavira. Por essa razão, é com “um poureferindo que, “há três anos”, que são os res- co mais de orgulho” que equipam a “equipa ponsáveis por confecionarem as camisolas que vencedora da Volta a Portugal e a mais forte”. os vencedores de cada categoria recebem nas O bougadense assegura que o facto de tecerimónias protocolares no final de cada eta- rem estado “ligados ao ciclismo há vários anos”

DR

Afonso Azevedo (à direita) foi ciclista e agora veste os vencedores da Volta

e de terem sido “ciclistas profissionais” deu- sário informa-os automaticamente quem são -lhes “alguma sensibilidade nas questões de os respetivos líderes” e, até à cerimónia procompreender aquilo que o atleta necessita”. tocolar, têm “cerca de cinco minutos, depenComo exemplo apontou “os calções” que têm dendo do tempo televisivo, para fazer a estamque ser uma peça “confortável e de ter uma pagem imediata do nome da equipa”. “Não saboa proteção”, uma vez que “está muitas ho- bemos que equipa ganha, mas temos que ter ras em contacto com o selim da bicicleta”. A tudo preparado para que quando o colégio de escolha de “tecidos mais frescos” também é comissários nos informar dos respetivos lífundamental, uma vez que “em agosto estão deres fazermos a estampagem no momento 30º e muitos graus” e quando a “época come- para estar tudo pronto para a cerimónia proça em fevereiro estão 10º graus”. tocolar”, salientou. Os responsáveis acompanham as partidas Afonso recordou uma situação que ocorreu, e chegadas da Volta a Portugal, levando con- este ano, durante a Volta a Portugal, quando sigo “sempre à volta de 150 a 200 camisolas”. “a um minuto da cerimónia protocolar tiveram Como “não sabem quem são os atletas que que retificar” a camisola do líder da juventude, vão vestir as camisolas no final de cada etapa”, uma vez que o colégio de comissários tinhatêm de reserva “sensivelmente 11 camisolas -os informado de que era “um ciclista italiados tamanhos XS, M e L”, sendo que “dificil- no”, mas ao “confirmar pelas câmaras constamente algum atleta gaste o L ou até o M, por- ram que afinal não foi esse atleta” que ganhou. que nesta altura estão muito magros”. A final “A camisola já estava pronta para a cerimónia da etapa é a de “mais stress”, porque “após os protocolar, mas tivemos que fazer tudo de atletas cortarem a meta, o colégio do comis- novo outra vez. Deu para emendar”, recordou.


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14 AGOSTO 2015 O NOTÍCIAS DA TROFA

Atualidade

Agenda

Dia 31 Dia 14 22 horas: Anjos, nos Parques Nª Srª das Dores e Dr Lima Carneiro Dia 15 14.30 horas: Concertos das bandas de música da Trofa e de Esposende, nos Parques Nossa Senhora das Dores e Dr Lima Carneiro 17 horas: Procissão em honra de Nossa Senhora das Dores, da Igreja Matriz Dia 29 Coronado ConVida até ao dia 6 set. Dia 30 Trofense-Felgueiras Dia 05 de setembro 9-12.30 horas: Colheita de sangue, no salão polivalente dos BV Trofa 18 horas: Missa solenizada a Nossa Senhora da Alegria, em S. Gens Dia 06 10.45 horas: Peregrinação do Facho até ao Santuário, seguida de missa solene em louvor de S. Gens 16 horas: Festival de Folclore “Bougado 2015”, no adro da Capela de S. Gens

Farmácias

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José Maria Moreira da Silva

CRÓNICA

Não hipotecar o futuro dos portugueses, com aventuras do passado

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Nasceu a Escola de Atletismo da Trofa Em setembro, a Escola de Atletismo da Trofa começa a atividade desportiva. A nova coletividade nasceu por iniciativa de António Costa, Pedro Sá e outras 12 pessoas que estavam ligadas à secção de atletismo do Bougadense. Cátia Veloso

período de férias (para quem tem a sorte de as poder gozar) é o período de descanso anual da esmagadora maioria dos portugueses e não é desejável qualquer tipo de apoquentação, seja trabalho, estudos ou até política, como atestam inúmeros e variados estudos científicos, que muito têm contribuído para conferir provas empíricas que suportam este argumento. Este ano, no período de férias, os portugueses vão ser apoquentados pelos políticos, nos locais do costume, a tentarem convencer-nos que merecem o nosso voto. No período de férias dos políticos é usado o conceito anglo-saxónico silly season, que este ano não vai acontecer, provocado pela campanha eleitoral, para as eleições legislativas, que se vão realizar no dia 4 de outubro de 2015.Para os políticos nos convencerem, vai haver uma intensidade informativa nos media, e as tradicionais visitas dos políticos às empresas, às feiras e mercados, aos comícios, aos almoços e jantares, ou seja, onde está o povo. Como chegou ao fim mais uma legislatura, vão ser precisos momentos de introspeção, pois é tempo de refletirmos sobre o atual estado do país e compará-lo com o estado em que o governo anterior o deixou, em conjunto com alguns dos nossos mais complexos desafios, que os tempos atuais, e futuros exigem. Depois é preciso decidir, quem merece o nosso voto, em quem vamos votar e, depois, ação: ir mesmo votar. É assim, para quem vive em democracia, é assim no nosso país. E que bom que é, que assim seja! Tivemos um governo que governou uma legislatura até ao final, mesmo tendo de governar com uma intervenção externa (a vinda da «troika», solicitada pelo governo anterior), de suportar as maiores contestações de rua, de ter tido a maior quantidade de pedidos para marcação de eleições antecipadas, a maior quantidade de greves, a maior quantidade de intervenções do Tribunal Constitucional e a maior quantidade de comentadores, que todas as semanas se «atiravam» contra o governo, mesmo aqueles comentadores militantes, ou simpatizantes, dos partidos da coligação que governa o país. É coisa rara em Portugal, mas as legislaturas são para ser cumpridas até ao fim (este governo conseguiu esse feito histórico, mesmo perante os condicionalismos acima citados), e depois as eleições são o julgamento democrático dos partidos do poder, mas também da oposição! É assim

em democracia! É preciso mergulhar fundo nas nossas memórias e guiado por elas, vamos tentar analisar o que se passa, e passou, com os partidos da coligação que governou o país nos últimos quatro anos e a oposição, principalmente o maior partido da oposição, que governou anteriormente, seis longos anos. Os partidos do poder, fizeram um trabalho difícil, governaram numa conjuntura desfavorável, com o país deprimido, frágil e vulnerável, endividado, com os cofres vazios e a «troika» cá dentro, que «obrigou» o governo a cumprir um duro memorando de ajustamento (veja-se o que se está a passar com a Grécia), para além de ter recebido um país em recessão. Foi a herança que o governo anterior deixou, e Portugal deu a volta possível, à custa dos partidos que apoiaram o governo e dos portugueses. Mesmo assim, os partidos da coligação que nos governaram nos últimos quatro anos, estão comprometidos em fazer de Portugal um país melhor. Têm a chave do futuro! O que assistimos no maior partido da oposição, com a sua falta de credibilidade, mais não é do que um tear de ilusões perigosas, de destravados populismos, de intrigas, ódios e vinganças, que se vão urdindo no Rato, em virtude da maré de mais uma derrota que se avizinha e forçado a viver no tempo, com um passado comprometido com a história e a péssima governação «socratista», tendo um presente desordenado e atormentado com as sondagens, que não descolam e um futuro incerto, preso às suas incertas e erradas escolhas. Está a ver o chão fugir-lhe debaixo dos pés. Não podemos, nem devemos, hipotecar o futuro dos portugueses, com aventuras do passado, depois de termos sobrevivido, mais uma vez, aos desvarios de uma esquerda com laivos de esclerose, que muito mal fez ao nosso país. O presente não é mais que um voo veloz até às eleições, entre um passado que todos nós conhecemos e vivemos e um futuro que se antevê provido de sonho e esperança num país moderno, humanista, próspero, inclusivo, solidário e equilibrado, entre o desenvolvimento económico e a sustentabilidade ambiental. Esperança é a certeza de que algo faz sentido, e no ato de votar vai estar nas nossas mãos o futuro de Portugal. Façamos um exercício de memória não seletiva!

Entretanto, o início da atividaDia 14 Dia 28 de da Escola de Atletismo está Nova Barreto ivergências” com a dire- previsto para “setembro”, com Dia 15 Dia 29 ção do Bougadense fi- treinos na zona envolvente ao Nova Nova zeram com que António Costa e Edifício Nova Trofa, em BouDia 16 Dia 30 Pedro Sá, da secção de atletismo, gado. No futuro, os responsáveis Ribeirão Moreira Padrão “batessem com a porta” no clube pretendem celebrar um protocoDia 17 Dia 31 e tomassem a iniciativa de criar lo de utilização de espaço “numa Trofense Ribeirão um projeto autónomo. Foi assim escola ou pavilhão”. Dia 18 Dia 01 que nasceu a Escola de Atletismo Os responsáveis da EAT conBarreto Trofense da Trofa (EAT), que se pretende fiam que os cerca de 30 atletas Dia 19 Dia 02 afirmar como estandarte da mo- que representavam o BougadenNova Barreto dalidade no concelho. “Quando se – e que representarão até ouDia 20 Dia 03 a secção de atletismo nasceu no tubro, altura do defeso da modaMoreira Padrão Nova Bougadense, ficou acordado que lidade – vão acompanhá-los. “Já Dia 21 Dia 04 o clube inscrevia a equipa e ce- estão connosco há cinco anos, já Ribeirão Moreira Padrão dia-nos as instalações e que os desde a altura em que estávamos Dia 22 Dia 05 subsídios relativos à modalidade na ACR Vigorosa”, sublinhou Trofense Ribeirão ficariam para o clube, em virtu- Pedro Sá. No entanto, todos os Dia 23 Dia 06 de dessas despesas. No primeiro interessados em ingressar na EsBarreto Trofense ano tudo correu bem, mas no se- cola podem fazê-lo. “Basta conDia 24 Dia 07 gundo disseram-nos que já não tactar-nos através dos meios que Nova Barreto havia dinheiro para inscrever a disponibilizaremos nas escolas e Dia 25 Dia 08 equipa. A verba do subsídio da locais públicos”, explicou. Moreira Padrão Nova Câmara que nos cabia para fa- “Continuar a formar atletas e Dia 26 Dia 09 zer face à inscrição não nos foi representar o concelho” são os Ribeirão Moreira Padrão entregue e outras verbas que se- principais objetivos do projeto. Dia 27 Dia 10 riam para o atletismo foram para António Costa atesta a qualidade Trofense Ribeirão o futebol. Foi então que decidi- reconhecida ao trabalho desenmos arrancar com um projeto só volvido: “No Metting da Maia, Telefones úteis nosso”, explicou Pedro Sá. evento muito divulgado, tiveContactado pelo NT, Hilário mos atletas que foram convidaBombeiros Voluntários Trofa Duque confirmou ao NT que o dos a participar”. Pedro Sá com252 400 700 Bougadense vai deixar de ter sec- plementou com o facto de terem GNR da Trofa ção de atletismo, mas sobre as conseguido fazer do Bougaden252 499 180 “divergências” com os responsá- se “o único clube da Trofa a comPolícia Municipal da Trofa veis da modalidade não quis te- petir como equipa em apuramenmoreira.da.silva@sapo.pt 252 428 109/10 cer qualquer comentário. tos nacionais em pista coberta”. www.moreiradasilva.pt Jornal O Notícias da Trofa Ficha Técnica 252 414 714 Diretor: Hermano Martins (T.E.774) Sub-diretora: Cátia Veloso (9699) Editor: O Notícias da Trofa Publicações Periódicas Lda. Publicidade: Maria dos Anjos Azevedo Redação: Patrícia Pereira (9687), Cátia Veloso (9699), Magda Machado de AraúCentro de Saúde da Trofa jo (TE1022) | Setor desportivo: Marco Monteiro (C.O. 744), Miguel Mascarenhas (C.O. 741) Colaboradores: Atanagildo Lobo, Jaime Toga, José Moreira da Silva (C.O. 864), João Pedro Costa, João Mendes | Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Cátia Veloso | Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda. | Assinatura anual: Continente: 22,50 euros; Extra europa: 88,50 euros; Europa: 69,50 euros; | Assinatura em formato digital PDF: 15 euros NIB: 0007 0605 252 416 763 0039952000684 | Avulso: 0,60 Euros | E-mail: jornal@onoticiasdatrofa.pt | Sede e Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax: 252 414 714 Propriedade: O Notícias da Trofa - Publicações Periódicas, Lda. NIF.: 506 529 002 Registo ICS: 124105 | Nº Exemplares: 5000 | Depósito legal: 324719/11 | ISSN 2183-4598 | Detentores de 50 % do capital ou mais: Magda Araújo | Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira resCentro de Saúde S. Romão ponsabilidade dos seus subscritores e não veiculam obrigatoriamente a opinião da direção. O Notícias da Trofa respeita a opinião dos seus leitores e não pretende de modo algum ferir suscetibilidades. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal es229 825 429 tão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.

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24 O NOTÍCIAS DA TROFA 14 AGOSTO 2015

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