Edição 544 do jornal O Notícias da Trofa

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Semanário | 30 de outubro de 2015 | Nº 544 Ano 13 | Diretor Hermano Martins | 0,60 € PUB

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Restos de caixão encontrados na antiga linha de comboio //PÁG. 4

Moradores reclamam saneamento em rua de S. Romão

Entrevista ao capitão do CD Trofense

//PÁGs. 14 e 15

//PÁGs. 9-15

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Edifícios em ruínas “Os mais novos perguntam-me preocupam população como é que corro o jogo todo” pub


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O NOTÍCIAS DA TROFA 30 OUTUBRO 2015

Atualidade

Corpo encontrado no Rio Ave Foi encontrado um corpo no Rio Ave, junto ao lugar do “Estreu”, em Finzes, em S. Martinho de Bougado. Trata-se do corpo de Paulo Araújo, de Vila Nova de Famalicão, que estava desaparecido desde o dia 19 de outubro. Patrícia P ereira

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oaquim Carneiro estava “a passear com a esposa e o cão” pelo Parque das Azenhas, quando, na zona conhecida por “Estreu”, em Finzes, reparou que “um indivíduo estava a olhar para a água” e chamou a sua atenção para “um remoinho”. Joaquim ainda pensou que “pudesse ser um cano”, mas quando se aproximou viu “um corpo” a “cerca de dois metros da margem”. Eram cerca das 17.15 horas de 23 de outubro, quando Joaquim, “sem querer alarmar” quem passava, ligou para a Guarda Nacional Republicana (GNR) da Trofa, que “alertou os Bombeiros” Voluntários da Trofa. “Mal a GNR chegou, o corpo começou a deslizar até onde o apanharam”, contou. O corpo encontrado é o de Paulo Araújo, o homem de 42 anos que estava desaparecido desde a madrugada de 19 de outubro. A Polícia Judiciária também es-

Curto circuito provoca incêndio Corpo foi recolhido pelos Bombeiros Voluntários da Trofa

teve no local, tendo chegado depois das 19 horas. Recorde-se que desde o dia 19 de outubro, decorreram buscas nas margens e no Rio Ave, depois de se ter encontrado a viatura, casaco e carteira de Paulo Araújo junto à ponte da EN14. Até ao dia 20 de outubro, participaram nas buscas os mergulhadores

dos Bombeiros Famalicenses e dos Bombeiros Voluntários de Valongo, com o apoio do barco e elementos dos Bombeiros Voluntários da Trofa. As buscas foram suspensas no rio, mas continuaram no terreno, a cargo da Guarda Nacional Republicana (GNR) de Vila Nova de Famalicão e pelo Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS).

Avaliação de impacte ambiental da Mecanarte em consulta pública Está a decorrer até 10 de novembro a consulta pública da avaliação de impacte ambiental da unidade industrial da Mecanarte – Metalúrgica de Lagoa, localizada em Santiago de Bougado. Segundo a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, que lançou a consulta pública, “o licenciamento em cau-

sa prende-se com uma linha de tratamento de superfície, instalada em 2000, destinada ao revestimento de alguns dos produtos fabricados, de forma a conferir-lhes uma maior resistência à corrosão”. “Com uma capacidade instalada de 43 metros cúbicos, no que concerne ao volume das cubas utilizadas no tratamento, a unidade encontra-se agora sujeita

a licenciamento ambiental uma vez que é ultrapassado o limiar de 30 metros cúbicos definido na legislação como o valor a partir do qual se aplica este regime legal”, explicou. A Mecanarte emprega cerca de 120 pessoas e está no top 15 de produtores europeus de rodas e rodízios. A exportação representa quarenta e cinco por cento da produção. C.V.

“Várias explosões” na casa número 33 da Rua Comendador José Ferreira Thedim, em S. Mamede do Coronado, alertaram Ricardo Santos, por volta das 14 horas de quarta-feira, 28 de outubro. A trabalhar numa oficina mecânica perto da habitação, Ricardo Santos dirigiu-se à casa “com o extintor” e ao “detetar que estava em chamas” chamou os Bombeiros Voluntários da Trofa. “Já tinha chamas bastante grandes. Com o extintor conse-

gui apagá-las, se não, neste momento, a casa estaria a arder quase toda”, declarou. Os Bombeiros Voluntários da Trofa estiveram no local, com quatro homens apoiados num veículo, tendo sido necessário ventilar a casa. A Guarda Nacional Republicana da Trofa registou a ocorrência. O incêndio terá surgido no hall de entrada, onde “um homem estava a fazer alguns serviços no contador”, contou Ricardo. P.P.

Proteção Civil promove exercício público nacional No dia 6 de novembro, às 11.06 horas, está convidado para participar no exercício nacional “A Terra Treme”, promovido pela Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC). A ação pública visa a preparação para o risco sísmico e à prática

dos três gestos básicos de proteção em caso de abalo. À hora marcada, qualquer cidadão, individualmente ou em grupo, onde estiver, deve baixar-se de joelhos, proteger a cabeça e o pescoço com os braços e mãos e procurar abrigar-se, preferencialmente debaixo de uma mesa resistente. Depois, deve aguardar, até que a terra pare de tremer. O exercício de simulação tem a duração de um minuto. Segundo a ANPC, “a iniciativa enquadra-se nos objetivos da Estratégia Internacional para a Redução de Catástrofes das Nações Unidas e nas ações que assinalam os 260 anos do sismo de 1755, pretendendo envolver as diferentes comunidades na preparação para o risco sísmico”. A promotora do exercício público pretende ainda que este sirva de mote para a discussão e aprendizagem sobre como agir antes, durante e após um sismo, destacando a importância da escola para a construção de uma cidadania ativa em matéria de proteção e segurança. Mais informações e dados adicionais em www.aterratreme.pt. C.V.


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Atualidade

Crucifixos e tábuas de caixão abandonados junto à estação Tábuas de caixão, restos de sepultura e crucifixos foram descobertos na antiga linha de comboios da Trofa, junto à Ráfia. Freguesia, “os restos da sepultura encontrados não são dos cemitérios da freguesia de Bougado”. No entanto, os detritos foram recolhidos e “depositados em local próprio” pelos funcionário da Junta de Bougado. “Bruno Oliveira” recordou que “na tarde dos dias 22 ou 23 de outubro”, viu “uma carrinha branca de caixa aberta” naquela zona. A testemunha relatou que o condutor da carrinha branca “era um homem, calvo e com Restos de uma campa e urna estavam depositados na antiga linha de comboio

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stava a passear com a esposa pela zona envolvente à antiga estação de comboios da Trofa, para lhe contar a história daquele local, quando se deparou com “mármore, dois crucifixos, três tabuas de caixão e uma pega” . Incrédulo com esta situação, que aconteceu por volta das 17.30 horas de terça-feira, 27 de outubro, Bruno Oliveira, nome fictício do homem que prefere não ser identificado publicamente, dirigiu-se à “Junta de Freguesia de Bougado para dar conhecimento” e esta “mandou um funcionário tapar aquilo”. “Hoje (manhã de quarta-feira), vim verificar se estava tudo em ordem e vi que estava tudo decomposto outra vez, estando à vista um saco preto, que não se

sabe o que está lá dentro. Quando falei com a Junta, disseram-me que iam tomar providências para remover aquilo”, contou. No entanto, qual não foi o seu espanto quando encontrou de novo os resíduos do cemitério e decidiu alertar a comunicação social. A Guarda Nacional Republicana da Trofa foi alertada por volta das 10.30 horas de quarta-feira, para tomar conta da ocorrência. O presidente da Junta de Freguesia de Bougado, Luís Paulo, e Amândio Couto, elemento do executivo, foram chamados, assim como o funcionário do cemitério de S. Martinho de Bougado, para tentar identificar a proveniência dos detritos. Segundo o presidente da Junta de

cerca de 40 anos, que numa carrinha de marca Mazda terá descarregado os restos da sepultura”. Cabe agora à Guarda Nacional Republicana da Trofa identificar o infrator. “Bruno Oliveira” espera que “futuramente não venha” a encontrar “resíduos num local como este frequentado diariamente por crianças”, e que está a apenas alguns metros da EB 2/3 Professor Napoleão Sousa Marques.


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Atualidade

Moradores reclamam saneamento em rua de S. Romão

João Mendes

CRÓNICA A

renovação democrática e a radicalização da direita portuguesa

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Moradoras não sabem por é que a Rua Camilo Castelo Branco não foi contemplada nas obras de instalação da rede de saneamento

Os moradores da Rua Camilo Castelo Branco, em S. Romão do Coronado, estão revoltados pelo facto de a sua rua - com oito casas e três terrenos – ficar de fora do projeto de saneamento. Patrícia P ereira

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ndignados”. Este é o estado de espírito dos moradores da Rua/Praceta Camilo Castelo Branco, em S. Romão do Coronado, devido à “não inclusão desta rua no projeto de saneamento que está a ser executado”, na rua perpendicular, a Rua das Carvoeiras. A 24 de agosto, os 17 moradores subscreveram um abaixo-assinado, que foi enviado ao presidente da Câmara Municipal da Trofa, Sérgio Humberto, a solicitar “informação/ esclarecimento sobre a não abrangência desta rua no projeto de saneamento”. “Estamos, como devem compreender, indignados com esta situação, porque achamos que todos nós pagamos os nossos impostos e por isso deveremos ter, além desta obrigação, os mesmos direitos que todos os outros cidadãos desta freguesia, como água e saneamento”, podia ler-se no documento, onde referiram que esta “não inclusão” seria “um lapso” e que “aguardam a devida retificação”. Conceição Tedim, Isaura Gonçalves, Glória Reis e Manuela Silva são algumas das moradoras desconten-

tes com esta situação, uma vez que “não sabem o porquê” de o saneamento não ser instalado na sua rua. “Não sei o porquê de ficarmos excluídos do saneamento. Temos várias vivendas e estamos numa baixa, vemo-nos desesperadas no inverno com as fossas cheias. Acho que não faz sentido o projeto que fizeram”, referiu Conceição Tedim. Já Manuela Silva declarou que a resposta da Câmara Municipal da Trofa foi que tinham “pegado no projeto que já estava do tempo de Santo Tirso e não confirmaram as casas e as ruas que haviam”. “Como é que passa um projeto de uma câmara para outra e não se confirma nada? Isso é uma irresponsabilidade. Já no tempo de Santo Tirso existia casas aqui”, referiu, acrescentando que o autarca “Sérgio (Humberto) disse que o projeto não tinha nada a ver com a Câmara da Trofa, porque já vinha da Câmara de Santo Tirso e a Águas do Norte pegaram assim”. Manuela Silva asseverou ainda que “era a Câmara da Trofa que deveria ter verificado e passado o projeto em condições para a Águas do Norte”. “Não faz sentido eles andarem na rua ali em cima e não virem

a esta rua. Disseram que vão analisar e que, se calhar, vão fazê-lo em 2016. Então se estão a passar agora e não fazem, que têm a oportunidade, acha que depois vão passar e vão pôr aqui? Claro que não. Isso é atirar areia para os olhos”, terminou. Saneamento em 2016 O NT solicitou à autarquia, por escrito, um pedido de esclarecimento sobre esta situação, mas, tal como tem acontecido, não obteve qualquer esclarecimento. Já na Assembleia Municipal, a 24 de setembro, Sérgio Humberto, declarou que tentou “sensibilizar esta administração da Águas do Norte, mostrando o abaixo-assinado, a preocupação e as plantas, para ser incluída, se possível, ainda nesta empreitada”. O autarca declarou ainda que “a realização dessas obras necessárias para essa rua” ficará num “próximo plano de investimentos, o mais urgente possível”, tendo a Águas do Norte “garantido que seria já em 2016”. O NT também soliciou um esclarecimento à Águas do Norte, mas até ao fecho de edição não recebeu qualquer resposta.

ivemos tempos excepcionais. Os portugueses foram às urnas e da sua decisão soberana resultou uma configuração parlamentar que relegou a coligação PSD/CDS-PP para uma situação minoritária no seio de uma Assembleia da República (AR) onde os partidos de esquerda, que apresentaram ao eleitorado programas políticos que rejeitam a orientação política seguida pelo governo que agora cessa funções, se encontram numa posição maioritária. Apesar de não terem par tido para o combate eleitoral coligados (tal como aconteceu com PSD e CDS-PP em 2011), PS, BE e CDU empreenderam esforços para obter um entendimento que lhes permita criar uma alternativa de governo, uma opção legítima e legal que nada tem de extraordinário – é, aliás, prática comum em muitos estados europeus onde nem sempre a força mais votada governa – com a excepção de tal cenário representar um momento histórico na nossa democracia. Pela primeira vez, a possibilidade de convergência entre os partidos de esquerda é real. E essa realidade representa o fim de décadas de hostilidade, algo que, do ponto de vista da vitalidade do sistema democrático, só pode ser encarado como uma boa notícia, principalmente para todos aqueles que, durante tantos anos, barafustaram com os comunistas por estes aparentemente apenas quererem ser oposição e protesto e nunca parte da solução. Naturalmente, nem todos estão satisfeitos com a actual situação, o que se compreende. A democracia não é, nunca foi e nunca será o sistema da unanimidade. O que não se compreende é processo acelerado de radicalização de parte substancial da direita nacional, sempre preparada para apontar o dedo aos partidos à esquerda do PS pelo seu radicalismo, que nos vem brindado com episódios bizarros que em nada abonam a seu

favor. Como se adopção de uma versão adulterada do liberalismo selvagem, que colocou definitivamente a social-democracia e a democracia-cristã numa gaveta não fosse já suficiente, assistimos hoje a ascensão de um discurso assente numa lógica demagógica, que se vem cristalizando nas últimas semanas com acusações que roçam o fanatismo como a apologia do golpe de Estado ou da ditadura de esquerda, e golpes baixos e mesquinhos como o ressuscitar do fantasma da pedofilia quando Ferro Rodrigues foi eleito presidente da AR. Nem o abuso de menores escapa à instrumentalização. Nesta linha, é interessante verificar que as mesmas pessoas que gritam em plenos pulmões que a coligação deve governar porque obteve mais votos, tenham negado com veemência a eleição de Ferro Rodrigues, escolhido como reza a lei com o voto da maioria dos deputados eleitos. Quebrou-se uma tradição, ouviu-se por aí. Tradição? Mas desde quando é que Portugal é governado pela tradição? Portugal é um estado de direito e os processos eleitorais estão plasmados na lei. É no voto dos portugueses, não em tradições ou no interesse dos partidos, que reside a nossa soberania. Porém, a escolha do governo não é um processo tão linear. Os portugueses votam em deputados, não em primeiros-ministros, e diz a lei que compete ao Parlamento decidir quem governa. Independentemente de qualquer discurso sectário de um Presidente da República radical e da escolha, legítima, de indigitar Pedro Passos Coelho. Mas a possibilidade de haver uma alternativa ao liberalismo radical e à austeridade que tomaram o país de assalto está a assustar o regime e os seus apaniguados. E sem poder e lugares para distribuir, a influência desvanece e o radicalismo emerge. Não admira, portanto, que tenha chegado a isto.

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30 OUTUBRO 2015 O NOTÍCIAS DA TROFA

Edifícios em ruínas no centro da cidade preocupam moradores

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Atualidade

Edifícios em ruínas em plena cidade da Trofa estão a preocupar moradores, que alertam para a falta de segurança. Cátia Veloso

“É

melhor prevenir do que esperar por uma desgraça”. O alerta é do trofense Artur Araújo, que teme o desabamento de um edifício em ruínas na Rua D. Pedro V, em frente ao Centro Comercial da Vinha, entre uma loja e um prédio. Outrora ocupado pelo conhecido “Moisés”, o edifício sofreu com os anos e a falta de manutenção. Sem grande parte do telhado, restam algumas telhas que estão na iminência de cair para o passeio, utilizado diariamente por dezenas de pessoas. Narciso Ortiga, morador no prédio contíguo à casa devoluta, atira: “O edifício está completamente podre. Espero que nenhuma telha caia em cima de alguém. E a própria fachada está em risco de cair, porque não tem qualquer suporte. Num dia em que as condições climatéricas forem adversas, a estrutura pode mesmo cair”. Paredes meias com esta “carcaça”, existe um outro edifício, utilizado em tempos pelo conhecido Carvalho “garageiro”, que se tornou, segundo Artur e Narciso, “num WC

público”. “O cheiro é nauseabundo”, complementa o primeiro. O lixo amontoa-se junto à entrada e mistura-se com a densa vegetação que tomou conta de um armazém contíguo, onde atualmente está instalada uma loja de utilidades. Tal cenário tem sido “habitat” ideal para roedores e outros animais disseminadores de doenças. O proprietário do armazém contíguo aos edifícios devolutos, Joachim Pinheiro, lamenta “as desinfestações” que os seus inquilinos têm de fazer “regularmente” e até mesmo ele, que vive num prédio ao lado, tem de combater a praga de ratos que teima a persistir. “No meu prédio, também já apareceram ratos no terceiro andar”, afiançou Narciso Ortiga. Joachim Pinheiro, que se diz “preocupado” com “a saúde e segurança pública”, assegurou que “há dois anos” fez “uma reclamação à Câmara Municipal” e que “o proprietário do edifício em ruínas só fez limpeza num dos lados do edifício”. “Depois nunca mais veio. Fizemos mais duas participações na Câmara e disseram-me que iam tomar providências, mas até à data de hoje não acon-

Densa vegetação é habitat ideal para disseminação de ratos

teceu nada”, contou. Artur Araújo afirmou ainda que “há uns meses apareceram pessoas a fazer medições ao edifício, mas continuou tudo na mesma”, lamentando que aquela situação “suje a imagem da avenida principal” da cidade. Em setembro, depois de ser questionado por um cidadão na Assembleia Municipal, o presidente da Câmara Municipal, Sérgio Humberto, afirmou que a autarquia “já mandou ‘enne’ de informações para proprietários de casas de todo o concelho e espaços verdes para que façam a limpeza, principalmente no verão, devido à bicharada e ao risco de in-

cêndio”. “Muitos deles fazem a limO NT questionou a autarquia sopeza, mas outros não”, afirmou, dan- bre que medidas tomou junto do prodo como exemplo os edifícios degra- prietário para resolver este problema, dados da Rua D. Pedro V. mas não obteve resposta.

Edifícios estão em ruínas em plena Rua D. Pedro V

Trofa candidata-se a fundos comunitários para reabilitar zona envolvente à antiga estação

Autarquia apresentou candidatura a fundos comunitários para reabilitar antiga linha

Não é só este o edifício que está em ruínas na cidade. Ao lado da modernidade dos requalificados parques Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro, atrofia um quarteirão que outrora foi porta de entrada para o desenvolvimento da Trofa. A zona envolvente à antiga estação de comboios é quase um deserto no meio da cidade, com os edifícios a definhar com o tempo. Bem perto, coabitam outras estruturas, tomadas pelo abandono e utilizadas pelos jovens para praticar atos de

vandalismo. A antiga fábrica Abílio Lima, edificada ao lado da igreja matriz de S. Martinho de Bougado, é um dos exemplos. Frequentada diariamente por jovens, que a intitularam de “fábrica do sexo”, é usada por grupos que se organizam para grafitar e cometer pequenos delitos. No início do ano, um jovem sofreu ferimentos no interior daquele edifício, devido a uma queda do telhado. Questionada pelo NT sobre que estratégia tem para a reabilitação urbana da cidade, o executivo da Câ-

mara Municipal não respondeu. No a ExpoTrofa e as festas de Nossa Se- Sérgio Humberto, presidente da auentanto, o Jornal de Notícias publi- nhora das Dores, adiantou ao diário tarquia da Trofa. cou na segunda-feira que a autarquia apresentou uma candidatura a fundos comunitários para um projeto de 2,8 milhões de euros para a primeira fase de requalificação da zona envolvente à antiga estação de comboio. O projeto, que segundo o JN está inserido no Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU) do concelho, prevê a recuperação do antigo edifício da estação e de um armazém de madeira, assim como do quarteirão existente nas traseiras, na Rua Américo Moreira da Silva. A intervenção será feita numa extensão de 2,4 quilómetros entre o Hospital Privado da Trofa e os parques Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro. Ainda segundo o JN, o projeto contempla uma ciclovia e circuito pedonal. Após a concretização da empreitada, a zona envolvente à antiga estação servirá para se realizar


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O NOTÍCIAS DA TROFA 30 OUTUBRO 2015

Atualidade

Antigos vereadores da Câmara da Trofa em julgamento Antigos vereadores do PSD da Câmara Municipal da Trofa, entre os mandatos 2001 e 2009, estão a ser julgados por crimes de falsificação agravada e abuso de poder. Patrícia P ereira Cátia Veloso

O

julgamento do processo da alegada entrega de oito obras a empreiteiros “sem acautelar a realização dos procedimentos pré-contratuais exigidos por lei”, já está em fase de audição das testemunhas. O caso, que envolvia o ex-presidente da Câmara Municipal da Trofa (CMT), Bernardino Vasconcelos - constituído arguido por oito crimes de falsificação agravada e outros tantos de abuso de poder - , que faleceu a 7 de setembro, tem como outros arguidos os antigos vereadores do PSD, António Pontes, Jaime Moreira e João Sá, nos mandatos entre 2001 e 2009, e ainda quatro funcionários da Câmara Municipal da Trofa e cinco empreiteiros. A acusação resultou de um inquérito da Procuradoria-Geral da República através do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) que, diante de uma denúncia anónima, investigou a natureza de empreitadas realizadas pelo executivo camarário, entre 2004 e 2006. A investigação concluiu que “em todas as situações, as obras da CMT começaram (e por vezes acabaram) antes de ter sido promovido o respetivo concurso” para “prejuízo não só aos empresários preteridos no concurso como àqueles que nem sequer se puderam candidatar à empreitada como, particularmente, ao próprio Estado”. O vereador António Pontes está acusado de oito crimes de falsificação agravada e oito de abuso de poder, assim como o vereador Jaime Moreira com três crimes de falsificação agravada e três de abuso de poder e João Sá (vereador até 2005) com um crime de falsificação agravada e um de abuso de poder. No lote dos acusados estão ainda quatro funcionários da Câmara da Trofa e cinco empreiteiros. De acordo com o documento, havia mais dois suspeitos, mas os casos acabaram

Processo incide sobre empreitadas realizadas entre 2004 e 2006, pelo executivo PSD

arquivados devido ao seu falecimento, como aconteceu com Bernardino Vasconcelos. O DCIAP afirma que todos os documentos dos processos concursais camarários que “eram elaborados para conformar juridicamente a justificação das operações financeiras necessárias para o pagamento das obras” são “falsos”. No documento pode ler-se ainda que “todos os arguidos atuaram de modo livre, voluntário e consciente, conhecendo a reprovabilidade dos seus comportamentos” e “tinham perfeito conhecimento de que, com a sua conduta, causavam evidentes prejuízos ao Estado Português” e que “abalavam a verdade intrínseca que os documentos devem merecer para a generalidade das pessoas públicas e privadas”. Obras concluídas sem procedimento aberto Uma das empreitadas investigadas foi o arranjo exterior do pavilhão desportivo municipal de S. Romão do Coronado. O DCIAP concluiu que a autarquia “concebeu um processo de concurso limitado sem publicação de anúncio para a realização da empreitada” num dia “anterior a 23 de julho de 2004”, data em que o procedimento terá sido aberto. A obra acabou por ser adjudicada e “a fim de evitar fazer um concurso público, em 8 de novembro de 2004, foi celebrado o respetivo contrato formal no valor de 124.786,27 euros e em 28 de julho de 2005 foi celebrado um contra-

to adicional relativo a ‘trabalhos a mais’ no valor de 30.237,42 euros”. Para além de concluir que as obras “decorreram, na sua totalidade, antes de aberto o procedimento”, a investigação aponta para outra ilegalidade já que o valor do primeiro contrato, por ultrapassar os 124.699,47 euros, obriga à realização do concurso público ou limitado com publicação de anúncio. “Conhecendo-se, à partida, o valor total da adjudicação uma vez que as obras se encontravam realizadas, verifica-se que se optou deliberadamente por organizar à posteriori um tipo de concurso não conforme com o mais solene exigível, simulando-se, por isso a realização de trabalhos a mais, de forma a poder organizar um concurso limitado, sem publicação de anúncio, limitando a participação à empresa convidada”, pode ler-se no documento do DCIAP. Entre as empreitadas investigadas está ainda a ampliação e requalificação da escola de Fonteleite, em S. Romão do Coronado, a pavimentação do cemitério de Guidões, a retificação e pavimentação da rua da Venda Velha, na freguesia do Muro, realização das obras de requalificação da Rua das Pateiras e Avenida das Pateiras, em Santiago de Bougado, as obras de repavimentação dos arruamentos da Urbanização da Barca, em S. Martinho de Bougado, e o arranjo urbanístico do Largo dos Correios em S. Romão do Coronado.

Noite de música ao vivo no Muro Com o objetivo de animar a noite de sábado, 31 de atuou na FNAC, será o convidado especial para animar outubro, a Associação Recreativa de Juventude do todos os presentes com “grandes temas”. O concerto Muro (ARJ Muro) está a promover uma noite de mú- “intimista” vai ser realizado na sede da ARJ Muro, junsica ao vivo. Daniel Monteiro, cantor solista que já to ao edifício da Junta, e é de entrada livre.

João Pedro Costa

CRÓNICA Portugal é dos portugueses

P

ortugal, uma jovem democracia de 40 anos, nascida do 25 de abril de 1974, está com profundas e rápidas alterações, desencadeadas em torno do “processo legislativo” de 4 de outubro. Um novo posicionamento partidário, mais assente em acordos e interesses do que em bases ideológicas claras, estranhamente suportados por argumentos tendenciosos, protagonizados por uma classe política medíocre, já desgastada, comprometida com interesses que não são o dos cidadãos, impulsionam o romper de “velhos acordos” que fazem ruir o “arco da governação” – nada será como dantes... A história eleitoral recente, legislativas de 2011, marcou o fim de um ciclo na política portuguesa, com PSD e PS ao centro, na disputa do tradicional eleitorado indeciso, mas que lhes era fiel, o CDS à direita, com um discurso renovado de abandono do ceticismo pela moeda única enquanto, à esquerda, a jovem força do Bloco de Esquerda reforçava a sua presença ladeado pelo PCP em contraciclo com a tendência de decadência dos comunistas na Europa. A formação de Governo (2011-2015) aproximou o PSD de Passos Coelho e CDS de Paulo Portas, motivados pela correlação de forças (número de deputados). Os tempos eram de austeridade, imposta pela “troika”, que castigava os portugueses pelos excessos cometidos, por vários governos. Os políticos passaram a ter uma nova forma de controlar as pessoas, o medo. Para tudo era o medo da “troika” que disfarçava os constantes sinais de falta de carácter e dúbia conduta, ora os submarinos do “irrevogável” Portas, ora a falta de entrega de IRS e de descontos à Segurança Social de Passos Coelho. No Parlamento, 4 anos de “ditadura” da maioria em nome da austeridade, permanentemente silenciando a oposição, mesmo quando se falava de opções (dentro da própria austeridade). O clima foi claro “eu quero, eu posso e eu mando” em claro resgate da democracia. O escândalo da prisão de José Sócrates fez manchetes nos jornais, e dava evidências de que alguma coisa nova se estava a apoderar dos corredores do poder... Chegaram as legislativas de 2015. Os estrategas partidários estavam conscientes que os partidos do poder cometeram excessos e ultrapassaram o admissível, só uma estratégia arrojada poderia contrariar os dados das sondagens que teimavam fixar o PS à frente do PSD. Havia

uma necessidade de esconder as siglas e os emblemas dos partidos e somar votos de forma meramente aritmética, “PàF” o nome da coligação pré-eleitoral que uniu CDS e PSD, que abandonou a social-democracia e se converteu às políticas de direita. A distância entre uma “nova” direita que queria chegar à frente, somando mais deputados, para ganhar o direito da formação de governo foi distanciando a possibilidade de entendimento ao centro, da forma que os portugueses sempre foram habituados – a tal tradição, que se começou a romper. À esquerda, os sinais de aproximação já se tinham feito sentir, o abandono por parte do PS de António Costa dos investimentos públicos megalómanos, em que assentavam as políticas de José Sócrates. O PCP a alterar o seu discurso de “saída do euro para estudar-se uma necessidade de saída do euro” (o que é completamente diferente) e o Bloco de Esquerda, com uma maturidade assinalável, de um partido unido sob a voz clara de uma emergente Catarina Martins. O clima ameno dos debates televisivos entre as forças de esquerda era o prenúncio de convergência. Em nenhum momento ficou fechada a possibilidade de um entendimento pós eleitoral, facto que nunca antes tinha acontecido. O denominador comum era claro “contrariar a austeridade e as políticas preconizadas pela direita”. António Costa foi até mais longe, predestinou o chumbo a um orçamento de estado para 2016, apresentado pela direita, mesmo sem o conhecer! O entendimento para uma solução governativa entre a Coligação “PàF” e o PS, estava definitivamente posta de lado pelo rumo dos acontecimentos! O excessivo protagonismo, assumido por uma pequena força política, o CDS, que vale pouco mais de 5% do eleitorado português, e que ganhou direito a apresentar-se lado a lado com o PSD para negociar com o PS, tornou impossível um entendimento “ao centro”. Para aumentar as profundas divisões que todo este processo impôs ao povo português, extremando os conceitos de direita e esquerda, acrescentou o Presidente da República Portuguesa, Aníbal Cavaco Silva, na sua pronúncia ao país para a formação do governo, ao intempestivamente assumir o papel de “velho do restelo”, diabolizando Bloco de Esquerda e PCP, mostrando-se incapaz de fazer uma leitura da expressão de votos de um milhão de portugueses, que disseram sim ao acesso de outras forças partidárias a soluções governativas! A democracia está mais participativa com os portugueses mais interventivos - Portugal mudou!


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30 OUTUBRO 2015 O NOTÍCIAS DA TROFA

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Atualidade

Homenagem póstuma ao padre Joaquim Ribeiro De forma a assinalar o 10.º aniversário da morte do padre Joaquim Ribeiro, decorreu uma eucaristia evocativa na Igreja Nova, na manhã de 25 de outubro, seguida do descerramento da placa toponímica da Rua Padre Joaquim Ribeiro. Patrícia P ereira

“V

ivi com ele (padre Joaquim Ribeiro) 37 anos e acompanhei todo o seu trabalho com muitas alegrias, muitas tristezas e, às vezes, com muitas lagrimas”. Foi num misto de “alegria com saudade” que Elvira Ribeiro, irmã de Joaquim Ribeiro – padre da Paróquia de S. Martinho de Bougado -, assistiu à homenagem e reconhecimento do antigo pároco, com a atribuição da toponímica Rua Padre Joaquim Ribeiro à via que liga a Rotunda dos Escuteiros – junto à estação de comboios da Trofa – à Rotunda dos Ex-Combatentes do Ultramar. Também o irmão António Ribeiro estava emocionado com esta homenagem, que, na sua opinião, se tratou de um “reconhecimento do padre e do homem que se entregou à fé em Cristo e à Trofa”. A cerimónia do descerramento da placa toponímica foi antecedida por uma Eucaristia Evocativa do 10.º aniversário da morte do Padre Joaquim Ribeiro, na Igreja Nova, que faleceu a 20 de outubro de 2005.

Irmãos estavam emocionados com reconhecimento

Para Luciano Lagoa, pároco de S. Martinho de Bougado, esta homenagem é da “mais elementar justiça ao padre Ribeiro”, que esteve na paróquia “durante 30 anos” e do qual “nasceram obras de vulto”, como “a Igreja Nova” e o “Lar de Idosos Padre Joaquim Ribeiro”. “Agradeço a todas as entidades públicas que agora também perpetuaram a memória do padre Ribeiro com esta rua, que tem tudo a ver com a sua vida. O terreno que passa defronte (da rua) foi ele que comprou, assim como a

Igreja e o Lar foram obras do padre Ribeiro”, declarou. O pároco referiu que “não podem deixar de reconhecer todos aqueles que foram os servidores da paróquia”, sendo que o “padre Ribeiro marcou profundamente a vida dos paroquianos”. “Quando vim para cá pude notar uma marca muito grande no dinamismo da catequese, grupo de jovens e dos vários movimentos litúrgicos que fazem parte da vida da igreja. A comunidade faz-se também das vidas que vão passando por

elas e neste caso o padre Ribeiro, de uma maneira muito especial, foi uma pessoa marcante na vida desta comunidade”, acrescentou. Vida e obra do padre Durante a cerimónia do descerramento da placa toponímica, coube a Cândido Pinheiro, elemento do Conselho Económico Fábrica da Igreja, enumerar a vida e obra do padre Joaquim Ribeiro, um desafio que aceitou por ter sido “um dos

que acompanhou, desde a primeira hora, o projeto da Igreja Nova e lar de apoio à terceira idade”. No seu discurso, Cândido Pinheiro referiu que Joaquim Ribeiro dedicou a sua “vida de alma e coração a esta paróquia e seus paroquianos”, tendo “sempre procurado o bem-estar e felicidade do seu rebanho” e “ajudado e acompanhado o crescimento de vários movimentos, em particular, na área da família”. “Durante a sua vida desempenhou um papel muito importante na vida pastoral, como a sua dedicação à catequese, promovendo e ajudando vários grupos, fermentando o crescimento das famílias, no acompanhamento dos jovens casais, dos grupos de Centro de Preparação para o Matrimónio, das equipas de Nossa Senhora, Pastoral Familiar e outros movimentos. No setor litúrgico, ajudou e acompanhou na formação de leitores, acólitos, ministros extraordinários da comunhão e cantores, facilitando e acompanhando nas deslocações para as várias formações, como estadias em Fátima”, terminou.

Cruz Vermelha distribuiu apoio alimentar a 163 famílias O Fundo Europeu de Apoio aos Carenciados é cada vez “mais desequilibrado”. Quem o diz é Daniela Esteves, presidente da delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa, que alerta para as quantidades “desajustadas” dos bens alimentares.

Bens alimentares foram distribuídos pela Cruz Vermelha Cátia Veloso

“Dois meses” é o tempo que devem durar os cabazes alimentares provenientes do Fundo Europeu de Apoio aos Carenciados (FEAC), que foram distribuídos, esta semana, pela delegação da Trofa da Cruz Vermelha. Ao longo dos anos, este era um apoio “primordial” para as famílias, mas tornou-se num “complemento” à atuação da delegação face à “diminuição de bens” e “descaracterização” das necessidades, alertou a presidente Daniela Esteves. “Por exemplo, recebemos um agregado

familiar com cinco pessoas, que levou seis pacotes de arroz e 39 latas de salsichas. Continuamos a assistir a uma forma desajustada da entrega dos bens alimentares, quando estes devem servir para um ano”, explicou em declarações ao NT. Este ano, 163 agregados familiares – 463 pessoas – foram contemplados com o FEAC, menos 28 (106 pessoas) que em 2014. Esta redução, alertou Daniela Esteves, “não quer dizer que há menos necessidade”, mas explica-se pelo “curto período” que as famílias tiveram para constituir o processo. “Os agregados só

tiveram um mês para entregarem as candidaturas e muitos não se conseguiram organizar para cumprir o prazo, acabando por não serem contemplados. Consideramos que estão em lista de espera, mas não temos uma confirmação sobre o que irá suceder”, afiançou Daniela Esteves. A presidente da delegação da Cruz Vermelha afirmou que, face à diminuição da quantidade de bens disponibilizados à família, o FEAC “passou de um apoio de primeira linha para um secundário ou terciário”, sendo suplantado pelos apoios alimentares de emergência e pela cantina social. “Uma vez que o pedido para o FEAC é feito em março e os bens só são entregues em finais de outubro, verificamos que as famílias passam a dirigir-se à delegação com mais regularidade a pedir ajuda. Os apoios de emergência tornaram-se regulares e a cantina social tem aumentado, substancialmente, o número de refeições”, explicou. Face a este cenário, a Cruz Vermelha “tem conseguido responder à

crescente necessidade das famílias”. “Até à data, não há nenhum pedido que, sendo elegível, não tenha sido atendido”, afirmou Daniela Esteves. Para fazer a distribuição deste apoio, a Cruz Vermelha contou com o apoio da sociedade civil. Daniela Esteves agradeceu “a todos os voluntários que organizaram os cabazes, à empresa Transmaia que fez o transporte dos alimentos e à dona Isabel que concedeu o espaço” para fazer a entrega.

O que é o FEAC? O Fundo Europeu Apoio aos Carenciados (FEAC) é uma ação anualmente promovida pela Comissão Europeia, que adota um plano de atribuição de recursos aos Estados-Membros. A delegação da Trofa da Cruz Vermelha participa apenas como “distribuidora” dos cabazes alimentares.


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O NOTÍCIAS DA TROFA 30 OUTUBRO 2015

Atualidade

Escola de Música apresenta-se aos jovens

Júlio Torcato apresenta “Tríptico” no Portugal Fashion N egro, azul-marinho, cinzento e cru. Estas são as cores, que, por transpirarem minimalismo, foram escolhidas para a coleção que Júlio Torcato apresentou na 20.ª edição do Portugal Fashion. O desfile do designer trofense, realizou-se no Coliseu do Porto, “casa natal” do evento. Júlio Torcato apresentou a sua coleção Primavera/Verão 2016, intitulada “Tríptico”, rodeado de amigos, alguns dos quais desfilaram mespub

mo as “peças-chave”. Miguel Viana, cabeleireiro, Vera Deus, ex- manequim, e Nélson Vieira, stylist, aceitaram o desafio do designer e deram a cara pela “coleção”. “A Tríptico é composta por três estilos dentro de um conceito que é a marca Júlio Torcato. Cada um era personificado por uma individualidade ligada à moda, os quais considerei ideais para interpretar o estilo mais alternativo e fashion da marca”, afiançou o trofense, em declarações ao NT. Entre

os muitos coordenados minimalistas compostos por “tecidos de fibras naturais, algodão, linho e alguns tecidos técnicos”, Júlio Torcato marcou, também, o Portugal Fashion Celebration com a apresentação de uma linha de mulher. “As peças chave, em mulher, são todas. De todos os coordenados em homem, penso que são precisamente as dos convidados, do Miguel Viana e do Nelson Viera”, explicou.

A catequese para os jovens de Santiago de Bougado teve moldes diferentes do habitual, no dia 24 de outubro. Os instrumentos musicais fizeram parte das sessões, graças a uma ação de divulgação da Escola de Música e Artes da Trofa (EMAT). Elementos da EMAT deram a oportunidade às crianças de contactarem com alguns instrumentos musicais e deram a conhecer a atividade da Escola, que está a iniciar o ano letivo. Segundo Cândida Oliveira, diretora pedagógica da EMAT, as crianças do 1.º, 2.º, 3.º e 4.º ano foram os que se mostraram mais entusiasmadas com alguns instrumentos. “Toda a gente conhece um piano e uma guitarra, mas um fagote, para alguns, é uma novidade”, contou, em declarações ao NT.

No final da missa que se seguiu à catequese, houve um pequeno momento musical com a colaboração de todos os professores da Escola de Música. Esta ação de promoção da EMAT prolongou-se no domingo, com um “Open Day” (dia aberto) nas instalações da escola, onde as crianças interessadas puderam experimentar os instrumentos e ficar mais familiarizadas com a música. “Este ano, decidimos fazer o Open Day em outubro, para dar a oportunidade às pessoas que ainda não conhecem a escola de apanharem o início do ano letivo. Com estas iniciativas queremos chegar a mais pessoas, uma vez que continuamos a achar que ainda há muita gente na Trofa que não conhece a Escola”, salientou Cândida Oliveira.


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30 OUTUBRO 2015 O NOTÍCIAS DA TROFA

Atualidade

Fadista Paula Canossa dá voz pelos “patudos”

Paula Canossa associou-se à causa da AUAUA

O restaurante “Os Braguinhas” vai ser palco de uma Noite de Fados Solidária, a 6 de novembro. A iniciativa, promovida pela Associação Um Animal Um Amigo (AUAUA), tem como objetivo angariar fundos para a associação e proporcionar uma boa noite de fados a todos os presentes. Paula Canossa é a fadista trofense que promete “cantar e encantar” e garante que a iniciativa “é uma oportunidade” para as pessoas passarem uma noite “diferente e contribuir para uma boa causa”. “Espero que corra bem. Apelo às pessoas para saírem de casa, ouvirem boa música e jantarem num dos muitos bons restaurantes que temos na Trofa”, enalteceu a fadista. Paula Canossa será acompanhada por Francisco Vieira à guitarra portuguesa e João Martins na viola. A fadista trofense afiançou que “não existem muitas iniciativas destas” no concelho, aproveitando para destacar

que a AUAUA necessita de “fundos” para ajudar aqueles que “em período de crise” estão menos “protegidos”, como é o caso dos animais. “Estas iniciativas são de louvar e apoiar, pois faltam apoios e a situação financeira das famílias não são neste momento as melhores. Ainda bem que existem exceções e que há sempre alguém pronto a ajudar”, apontou a fadista que já não atuava na Trofa desde o lançamento do seu trabalho discográfico, em 2013. A trofense mostra assim a sua veia solidária, dando a sua voz ao evento. “Nada mais natural do que ajudar esta instituição que tanto tem feito em prol dos nossos patudos”, referiu. A Noite de Fados Solidária tem um custo de 15 euros por pessoa com jantar de carne ou peixe incluído, vinho, água ou refrigerante e ainda café e sobremesa. Para efetuar a sua reserva contacte, 911 010 447.

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Pais angariam fundos para alunos da Passos de Dança São dezoito os pais que se uniram com um objetivo bem definido: angariar verbas que permitam ajudar a financiar a participação dos bailarinos em provas nacionais e internacionais. A primeira iniciativa, a 23 de outubro, consistiu num convívio entre crianças e adolescentes “com a realização de atividades na escola, que terminaram com um jantar”. A atividade juntou “mais de 80 crianças”, proporcionando-lhes momentos de “alegria e boa disposição”. No domingo, teve lugar na Praceta Monge Pedro uma “mega” aula de Zumba com a professora Sara Mota, da Escola Passos de Dança. A aula con-

tou com a participação de cerca de 60 pessoas. Pedro Silva, representante do grupo de pais, garantiu que as duas iniciativas promovidas “foram um sucesso”, acrescentando que as pessoas entenderam “os objetivos”. “Sabemos o caminho que temos de percorrer para atingir os nossos objetivos e iremos continuar a trabalhar com afinco para isso se concretizar”, afiançou o representante. O grupo de pais já tem “em cima da mesa” outras iniciativas com o mesmo propósito, como uma “Feira da Sopas/Magusto, o cantar das janeiras, o sorteio de um cabaz de natal, a realização de caminhadas”,

entre muitas outras. “Engrandece-nos o facto de nós, pais, podermos estar a trabalhar em prol dos sonhos dos nossos filhos e, desta forma, poder contribuir para que os mesmos se possam sentir mais realizados e felizes”, explicou Pedro Silva. O representante, em conversa com NT, aproveitou para agradecer e felicitar o trabalho desenvolvido por todos os pais e alunos “que cativaram irmãos, primos, amigos ou familiares para estarem com eles nas atividades que decorreram na escola” e à Escola Passos de Dança e respetivas professoras pelo trabalho que desempenham.

Desfolhada revive tradições de outrora O Rancho Folclórico Divino Espírito Santo promoveu a 3.ª edição da desfolhada “Tradição do Povo”, que decorreu na noite de 24 de outubro. Patrícia P ereira

Um grupo vindo da Trofa e outro de Matosinhos encontraram-se na eira da casa de Vilar, junto à Capela do Divino Espírito Santo, em S. Mamede do Coronado, para juntos desfolharem o milho. E para alegrar o trabalho numa noite, que ameaçava de chuva, os trabalhadores entoavam alegres cantares e os mais novos aproveitavam para meter conversa com as raparigas novas. A descoberta do milho rei (espiga vermelha) por uma criança foi um momento de grande alegria, com a menina a percorrer a roda e a ser cumprimentada por todos. E para terminar um trabalho na eira, nada melhor do que os cantares e dançares, seguido de um lanche. Foi em ambiente de festa que decorreu a 3.ª edição da desfolhada “Tradição do Povo”, que o Rancho Folclórico do Divino Espírito San-

to promoveu na eira da Casa de Vilar e contou com a participação do Rancho Folclórico S. Tiago, de Custóias, em Matosinhos. O evento contou ainda com uma atuação dos dois grupos, que desafiaram o público presente a dar um passinho de dança. O presidente do Rancho Folclórico do Divino Espírito Santo, Carlos Ferreira, lamentou que as condições meteorológicas não tivessem permitido apresentar um quadro etnográfico que tinham preparado, que passava por “chamar da eira pelos vizinhos para virem ajudar na desfolhada” e os “labradores de outras casas” apareciam. “Mas devido ao tempo não foi possível, porque os campos estavam muito enlameados e as pessoas estragavam os trajes”, acrescentou. Apesar de a desfolhada já ir na 3.ª edição, este foi “o primeiro ano” em que “respeitaram as tradições de S. Mamede” e organizaram o evento

no “sítio correto”, agradecendo “aos proprietários” que cederam o espaço. “Era assim que se vivia em S. Mamede. O povo vinha do campo para a eira desfolhar o milho e onde se divertia, dançava e no final tinha um lanche. A cultura é isto mesmo. O folclore é a alegria, diversão e o tentar fazer o dia a dia”, referiu. Até ao final do ano, o Rancho Folclórico tem “três atuações agendadas” e a 2 de janeiro de 2016 promove o Encontro Cantares ao Menino, que vai contar com a participação de cinco grupos/ranchos folclóricos. Já em julho de 2016, vai participar no Festival Internacional de Desfolhada decorreu na eira da casa de Vilar, junto à Capela do Divino Espírito Santo Folclore, em Santa Marta de Aguião. que nos põem e acho muito bem, escola de Mendões, “os conselheiporque demonstram como eram os ros técnicos” da Federação, que vão Espírito Santo quer federar-se nossos antepassados e temos que fa- avaliar as “várias recolhas” efetuaEste cuidado na organização da zer uma coisa que era vivida e não das, como “cânticos, danças, histódesfolhada está relacionado com a ‘aldrabar’”, explicou. rias, brincadeiras e várias situações”, intenção da direção do Rancho Fol- “Em breve”, o Rancho Folclórico de forma a “demonstrar que aquilo clórico de aderir à Federação do Fol- do Divino Espírito Santo vai rece- que fazem era aquilo que realmenclore Português. “São exigências ber na sua sede, situada na antiga te era em S. Mamede”.


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Atualidade

Coronado pronto para “acelerar” no RallySpirit N os dias 30 e 31 de outubro, a Vila do Coronado recebe alguns dos mais emblemáticos automóveis do panorama nacional e internacional para a 1.ª edição do RallySpirit – Altronix. Nomes como Lancia Delta Integrale 16v, Toyota Celica Turbo 4 WD ou Ford Escort RS1800 suscitam-lhe alguma memória? Estes são apenas três dos cinquenta carros lendários que vão estar presentes na primeira edição do RallySpirit – Altronix, que decorre já este fim de semana na Vila do Coronado. Com o objetivo de trazer adrenalina e milhares de espectadores à freguesia, a competição, - organizada pela Xikane, com a colaboração do Clube Automóvel de Santo Tirso (CAST) e da Junta de Freguesia do Coronado, - une o passado e o presente com a realização de dois ralis diferentes, o RallySpirit Históricos e

Percurso “cheio” de adrenalina o RallySpirit Contemporâneos. O RallySpirit - Altronix, que se inicia esta sexta-feira, pelas 22 horas, com uma cerimónia de partida simbólica em S. Romão do Coronado, tem um esquema de prova “extremamente compacto”. Já no dia seguinte, sábado, a competição inicia-se pelas 11 horas e conta com “seis provas especiais”, com duas classificativas: S. Romão do Coronado (8,02 quilómetros) e Serra (6,65 quilómetros) “repetidas três vezes”.

Para Pedro Ortigão, responsável pela Xikane, a “ideia” de colocar os “carros míticos em competição” já existia, apenas ainda não tinha sido aplicada em Portugal. O responsável garante que o apoio da Junta de Freguesia do Coronado foi “fundamental” para a concretização da prova. “Tudo se proporcionou com a Vila do Coronado, que nos apoiou incondicionalmente neste projeto”, explicou Pedro Ortigão.

Conhece a Vila do Coronado? Com mais de nove mil habitantes, a Vila do Coronado é a segunda maior freguesia do concelho da Trofa com cerca de 9,77 quilómetros quadrados de área. É considerada Vila desde 1997 e foi constituída freguesia “no âmbito de uma reforma administrativa nacional, pela agregação das antigas freguesias de S. Romão do Coronado e S. Mamede do Coronado”. A Junta de

Freguesia do Coronado é conhecida e reconhecida pela Arte Sacra, pelas romarias, pelas vassouras e pelas variadas atividades que ali se desenrolam, como o Coronado ConVida, evento de índole cultural e associativo, e outras ligadas ao desporto como a Rota da Arte Sacra em BTT e agora o RallySpirit – Altronix. O setor associativo está fortemente vincado na Vila do Coronado,

que conta com associações como o Futebol Clube de S. Romão, a Associação Recreativa e Desportiva do Coronado, o Rancho do Divino Espírito Santo, Rancho Folclórico de S. Romão, Grupo de Danças e Cantares do Vale do Coronado, o grupo de BTT “Us Preguissas”, a União de Ciclismo do Coronado, a Associação de Solidariedade social Gota D’Água, Agrupamento de Escuteiros de S. Romão, a Associação de Solidariedade Social do Coronado (ASCOR) e a Sociedade Columbófila de S. Romão do Coronado.

O RallySpirit – Altronix conta com duas classificativas, a primeira denominada, “S. Romão do Coronado” com 8,02 quilómetros e a segunda denominada “Serra” com 6,65 quilómetros. O percurso da classificativa de 8,02 quilómetros começa junto ao Centro de Saúde de S. Romão do Coronado, passando, seguidamente, em frente à Junta de Freguesia de Covelas e, mais adiante, os pilotos vão passar pela Capela de S. Gonçalo. Depois de “subir” pela Serra até ao Lar do Emigrante, o percurso termina próximo ao aterro de Santa Cristina do Couto. O percurso de 6,65 quilómetros começa próximo das antigas instalações da Fábrica Abel Alves de Figueiredo e termina no Aeródromo Vilar da Luz. Ambas as classificativas são repetidas por três vezes, “que perfazem perto de 45 quilómetros disputados ao cronómetro, a que correspondem cerca de 87,16 quilómetros de percurso total”.


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O NOTÍCIAS DA TROFA 30 OUTUBRO 2015

Desporto

Esta é uma prova de “campeões” A

pesar de serem atrativos e carismáticos, os carros que vão participar na primeira edição do RallySpirit – Altronix não andam sozinhos. A prova vai reunir uma coletânea de campeões que se mostram preparados para colocar “o pé no pedal” e acelerar a fundo pelas ruas do Coronado. Falamos com quatro dos pilotos que vão participar na primeira edição do RallySpirit- Altronix e todos apontam que esta vai ser uma grande prova. Nos dias 30 e 31 de outubro, alguns dos melhores pilotos do panorama automobilístico nacional vão estar presentes neste rally e prometem dar um “grande espetáculo” a todo o público. A primeira edição do RallySpirit conta com a presença de um piloto trofense, Paulo Azevedo, ex-campeão Nacional de Clássicos Ralis, que vai conduzir o seu mítico Ford Escort RS1600. Paulo explicou ao NT que é “sempre agradável” voltar a fazer aquilo que “durante muitos anos” fez. “Vou ver pessoas que já não vejo há muito tempo e acho que vai ser muito interessante voltar

Alexandre Camacho

a recordar e voltar a correr”, afiançou o também professor universitário. Paulo Azevedo confessou que os seus objetivos passam por se divertir e conviver com os outros pilotos e garantiu que vai ser um “grande espetáculo”. “É uma oportunidade de ver máquinas e pilotos de outros tempos, portanto, são carros que não se vêem todos os dias em corridas e trazem muita emoção ao público pela forma de condução”, apontou. Bernardo Sousa, natural do Funchal, foi campeão nacional de Ralis em 2009 e vai ser o piloto oficial do RallySpirit. O piloto, que vive em Lisboa desde 2002, vai competir com o seu Mitsubishi Lancer Evolution 9 no Rally Contemporâneos e acredita que a prova “vai ser um sucesso”. “Espero contribuir para o sucesso da prova e que daqui a alguns anos, esta possa ser uma prova reconhecida internacionalmente”, enalteceu Bernardo Sousa. Também natural do Funchal é Alexandre Camacho, atual campeão de Ralis da Madeira, que vai competir ao volante de um Porsche 997 GT3. Para o piloto madeirense é uma “sa-

tisfação” participar num rally onde vão estar alguns dos “carros mais marcantes da história”. Alexandre confessou que lamenta apenas chegar esta sexta-feira à tarde, porque não terá “tanto tempo para treinar”. “Espera-se que seja um rally muito competitivo e um espetáculo para o público que vai assistir”, afiançou. Joaquim Bernardes é outro dos pilotos do lote de “campeões” que invadem este fim de sema- Bernardo Sousa na o Coronado e garante que ficou o “sucesso” desta primeira edição “muito contente” por ser convidado permitindo que as pessoas saiam à a participar na competição. O piloto apontou que o seu objetivo principal é “começar e terminar” a prova e “dar o melhor espetáculo possível”. “Este rally serve precisamente para juntar os melhores pilotos nacionais e é uma prova que envolve muito entusiasmo. O espetáculo é garantido, porque o público sente esse entusiasmo”, enalteceu o atual campeão nacional de Clássicos Ralis. Joaquim Azevedo vai com- Paulo Azevedo petir com um VW Golf GTI e vai ceder um VW Golf GTI, equivalente ao seu, para uma das duplas de “maiores sucessos dos anos 80, 90 e primeira década de 2000 e ex-dupla da equipa oficial Renault Portugal – Pedro Azeredo e Carlos Magalhães”. Todos os atletas destacaram a grande dimensão do RallySpirit – Altronix e apontaram o possível “crescimento” que a prova pode ter ao longo dos anos. “É um rally que no próximo ano tem potencial para contar com pilotos estrangeiros e grandes carros e grandes máquinas que participaram em rallys do passado”, referiu Joaquim Bernardes. Os quatro “campeões” esperam que S. Pedro contribua para Joaquim Bernardes

rua para assistir ao tão prometido espetáculo.

Presidente da Junta convicto que Rally vai ser “um sucesso” José Ferreira, presidente da Junta de Freguesia do Coronado, realçou que a prova se destaca no panorama nacional automobilístico, por ser “original e diferente”. “Estou convencido que esta prova vai ser um sucesso, porque no fundo aquilo que nos move enquanto Junta de Freguesia é atrair e criar referências na nossa freguesia”, afirmou. O presidente explicou que a Junta de Freguesia decidiu aceitar o desafio de colaborar com a empresa Xikane e com o Clube Automóvel de Santo Tirso (CAST) na realização de uma prova com esta dimensão com o objetivo de “criar José Ferreira considera que iniciativa pode “criar referências” no Coronado referências” no Coronado. “Não foi perante grandes profissionais, gen- tizasse”, enalteceu José Ferreira. uma tarefa fácil, também se fosse te muito competente que contribuiu O presidente aproveitou o evento fácil qualquer um faria, mas estou para que esta iniciativa se concre- da apresentação da iniciativa para

elogiar, louvar e agradecer a todas as entidades e pessoas que fizeram parte da organização do RallySpirit – Altronix e que contribuiu para que ganhasse “confiança” e vontade de realizar a segunda edição, já no próximo ano. “Estou satisfeito com esta prova pelo patamar e o nível que já atingiu e sobretudo satisfeito com as pessoas que estão ligadas à iniciativa. São excelentes profissionais, gente muito responsável e sobretudo gente que sabe aquilo que faz e isso deu-nos imensa confiança”, afiançou. Sobre a prova, o presidente considera que o simples facto de reunir automóveis “campeões nacionais e mundiais”, assim como alguns dos melhores pilotos do panorama au-

tomobilístico português “é um ingrediente aliciante” que pode trazer milhares de pessoas ao Coronado, se S. Pedro cooperar. “Está aqui um motivo para que gente de fora nos visite e acompanhe o que vai acontecendo aqui na freguesia”, apontou José Ferreira. A primeira edição do RallySpirit vai contar com uma presença de destaque, Emídio Guerreiro, secretário de Estado do Desporto e da Juventude, que vai fazer parte da iniciativa que invade o Coronado como co-piloto do presidente da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting, Manuel Mello Breyner, ex-piloto oficial da Renault nos ralis.


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Académica de Coimbra é o próximo adversário na Taça

30 OUTUBRO 2015 O NOTÍCIAS DA TROFA

Fafe derrota Trofense

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Desporto

O Clube Desportivo Trofense perdeu com a Associação Desportiva de Fafe, por 0-1, na 7.ª jornada da série B do Campeonato Nacional de Seniores. Cátia Veloso

U

m golo de Ferrinho, aos 25 minutos, bastou para o Fafe A Académica de Coimbra é o sair da Trofa com três pontos, que próximo adversário do Trofense na o colocaram na liderança, com 17 Taça de Portugal. É o primeiro ad- pontos. Por sua vez, a formação da versário da 1.ª Liga, que a formação Trofa fez o pior jogo em casa desda Trofa encontra na competição. de o início do campeonato, produO jogo da 4.ª eliminatória reali- zindo pouco para merecer mais do za-se na Trofa e está marcado para que o desaire. 22 de novembro, mas poderá sofrer O Fafe entrou mais perigoso, com alteração. o avançado Alan Júnior a protagoPara chegar a esta fase da Taça, o nizar a maior parte das investidas Trofense venceu Sobrado, Atlético e ofensivas. No entanto, Jorge BapSanta Clara. tista venceu sempre o duelo com este jogador, não conseguindo fazer o mesmo ao remate espontâneo de Ferrinho, aos 25 minutos. E nem mesmo a expulsão de Zé Diogo, na primeira parte e que deixou o Fafe com dez elementos, contribuiu para que o Trofense fosse mais esclarecido no ataque. Antes, Onyeka e Bruno Simões tinham rematado ao lado. Na etapa complementar, apesar de mais presente no último reduto do adversário, a formação da Trofa mostrou muita pre-

Onyeka não concretizou em golo nenhuma oportunidade que dispôs

cipitação e pouca clarividência. A melhor oportunidade para o empate surgiu depois de um cabeceamento de Hélder Sousa que obrigou José Williams a um corte perigoso que quase dava autogolo. Vítor Oliveira, treinador do Trofense, considerou o resultado “justo”, uma vez que “mesmo a jogar contra dez”, a equipa “não se conseguiu impor” e “criou poucas situações de golo”. Por sua vez, Agostinho Bento, técnico do Fafe, considerou que a equipa “foi nitidamente superior ao Trofense”. “Disse aos meus jogado-

res antes de começar o jogo que o tempo jogaria sempre a nosso favor, porque o Trofense é que precisava de ganhar a todo o custo, mas a nossa equipa, fruto da ambição e sobretudo da determinação, procurou sempre fazer o golo mais cedo que o adversário e conseguiu e mesmo com o 0-1 conseguiu controlar completamente o jogo até à expulsão. Sabíamos que o Trofense não é uma equipa que procure jogar muito direto e procura circular a bola, mas também sabíamos que possivelmente poderiam ter alguma falta de profundidade e foi o que acon-

teceu”, frisou. Ao fim de sete jogos, o Trofense ocupa o 7.º lugar, com sete pontos, os mesmos que o Torcatense. Com seis está o Mondinense e o último lugar é ocupado pelo Varzim B, que tem um ponto. A Oliveirense e o Arões são os adversários acima da tabela mais próximos do Trofense, com dez pontos, seguidos de S. Martinho (12 pontos), Vizela (14), Felgueiras (16) e Fafe (17). No domingo, o Trofense desloca-se ao reduto do Mondinense. pub pub


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O NOTÍCIAS DA TROFA 30 OUTUBRO 2015

Trofenses Fantásticos Entrevista ao capitão do Clube Desportivo Trofense

“Os mais novos perguntam-me como é que, aos 40 anos, consigo correr o jogo todo” Para os adversários, Tiago é o “ranhoso em campo”. A expressão em nada tem que ver com problemas relacionados com secreções nasais, mas é uma metáfora por ser “extremamente chato” com os adversários. A personalidade dentro das quatro linhas valeu-lhe essa fama, mas também contribuiu para os êxitos que conquistou e a carreira que construiu. Depois de ter passado por vários clubes em Portugal e Espanha, o atleta de 40 anos está a cumprir a sétima época consecutiva no Trofense, onde quer “pendurar chuteiras”. Sente-se comodamente e prepare-se para ler uma história com mais de 20 anos de futebol. Cátia Veloso

T

iago César Moreira Pereira nasceu a 4 de julho de 1975 e conta mais de metade da vida como jogador de futebol profissional. Assim como começa a história de todos os astros do futebol, o primeiro contacto de Tiago com a modalidade foi feito em criança. Na Rua Raúl Brandão, no lugar do Castêlo, em S. Martinho de Bougado, juntava-se com os amigos e jogava horas. Depois, surgiu a oportunidade de vestir a camisola do Trofense. Os treinos, nas camadas jovens, faziam-se não só no estádio – ainda pelado – mas também noutros campos, em Santiago de Bougado ou S. Mamede do Coronado e até “na rua, em frente à Preh”. “Andávamos sempre com a casa às costas, mas nem pensávamos nisso. Só queríamos era jogar e divertirmo-nos”, conta numa entrevista realizada numa divisão de sua casa que serve de museu pessoal e onde estão expostas fotografias em todos os clubes por onde passou e os troféus que colecionou ao longo de 22 anos de profissão. A personalidade que construiu como jogador cedo começou a dar nas vistas. Ainda júnior, com 17 anos, foi chamado pelo treinador Edmundo Duarte a integrar o plantel sénior, que militava na 2.ª Divisão B. “Comecei logo a jogar e fiz um bom campeonato. Não me posso esquecer da colaboração dos mais velhos, como o Ferreira, atual responsável dos equipamentos da equipa, do Renato Pontes, do Amorim e do Pedro”, recorda.

Tiago tem “carinho especial” pelo Boavista

A boa prestação ao serviço da equipa principal do Trofense não tardou a ser notada por outros clubes. Futebol Clube Famalicão e Vitória de Guimarães, ambos da 1.ª Liga, disputaram o médio, que acabou por optar por aquele que lhe dava “garantias” de “permanecer no plantel”. Assinou com a formação famalicense e foi por ela que se estreou no principal escalão de futebol português, no Estádio das Antas, num empate a zero com o Futebol Clube do Porto. Tinha 18 anos. “Estava a concretizar o meu sonho”, conta. O medo de aterrar na Madeira e o salto para a Luz A primeira época em Famalicão ficou marcada pela descida à 2.ª Liga. A ligação com o clube prolongou-se por mais uma temporada até o treinador Raúl Águas, acabado de chegar ao Marítimo, querer que o médio voasse também para a Madeira. “Como o Famalicão fazia treinos em conjunto com o Paços de Ferreira, treinado na altura pelo Raúl, ele conhecia-me, daí ter apostado em mim”, explicou. Apesar de “nunca ter pensado em desistir”, a adaptação à ilha “não foi fácil”, devido à distância “para a família e para a terra”. A ajuda de jogadores mais experientes acabou por ser essencial para cumprir duas temporadas ao melhor nível, em que assumiu o estatuto de “titular indiscutível” e ganhou o carinho da massa associativa. A ligação com o clube madeirense

Até agora, Tiago fez mais de 650 jogos oficiais

teve um fim inesperado. Com salários em atraso, Tiago optou pela rescisão por justa causa, alegando também “o receio de aterrar na Madeira”. “Eu costumo dizer que, na altura, a pista do aeroporto ainda era muito curta”, atirou, em risos, afirmando que “ainda hoje”, em campos de adversários, várias pessoas tentam desestabilizá-lo, gritando que o médio tem medo de andar de avião. Terminado o vínculo com o Marítimo, Tiago não esteve mais de dois meses parado. “Sugiram algumas possibilidades e uma delas foi o Benfica, através do Manuel José, com quem já tinha trabalhado na Madeira. Não olhei para trás. Apesar de na altura estar numa fase instável, o Benfica é um clube com história e grandeza”, contou. A estreia de Tiago pelas “águias” foi logo na vitória por 1-0 no dérbi com o Sporting, corria o ano de 1997. “Curioso que, ainda há dias, vi esse jogo na RTP Memória. Sim, eu já apareço na RTP Memória”, disse, entre gargalhadas. Conseguiu ganhar um lugar na equipa até chegar o técnico escocês Graeme Souness. “Nunca mais me vou esquecer. Acabei a época (1997/98) em grande. Um mês antes, tínhamos vencido 4-1 em Alvalade e eu fiz um grande jogo e nessa semana, um jornalista questionou o Souness sobre a minha prestação e ele disse que eu era útil em qualquer

equipa. Para meu espanto, no início da temporada seguinte, quando fazíamos estágio na Áustria, vieram-me dizer que eu era jovem, que precisava de rodar e que, por isso, ia ser emprestado. Foi um momento marcante para mim e ainda mais se tornou quando soube que sócios importan-

tes do Benfica fizeram um abaixo-assinado para eu não sair”, referiu. Tiago considera que foi vítima de lobby, uma vez que, na mesma altura, em que o clube era gerido por Vale e Azevedo, chegaram à Luz vários jogadores britânicos.

A ida para a Espanha e o início da relação com a U. Leiria Tiago foi emprestado ao Rayo Vallecano que lutou pela subida à 1.ª Divisão espanhola. Diz o médio que, na altura, o segundo escalão naquele país se assemelhava à 1.ª Liga portuguesa, pois teve como adversários Atlético de Madrid, Sevilha e Bétis. A equipa conseguiu o play-off de subida e diante do Extremadura venceu, nas duas mãos, por 2-0. “No segundo jogo, tínhamos 75 mil pessoas no estádio e eu marquei um grande golo. São momentos inesquecíveis”, recordou. A estadia por Espanha estendeu-se por mais uma época, desta vez no Tenerife, onde não conseguiu repetir o feito de subir de divisão. Regressou a Portugal, graças a Manuel José que, mais uma vez, depositou confiança no médio. Assinou pela União de Leiria e lá passou “dois anos fantásticos”, o segundo dos quais já sob a orientação de José Mourinho que, no ano seguinte o levou para o Futebol Clube do Porto. Foi a envergar a camisola dos “dragões” que Tiago conquistou os troféus mais importantes da carreira: Taça Uefa, dois Campeonatos Nacionais, uma Taça de Portugal e Supertaça. Mas no Porto, o médio nunca agarrou lugar e por isso não colocou “entraves” quando, a meio da época, o Leiria mostrou disponibilidade em ceder Maciel para Mourinho, desde que Tiago viesse em troca. Ficou até ao fim da temporada 2003/2004, para depois regressar ao Porto, não para envergar a camisola do “dragão”, mas para representar a “pantera”, às ordens de Jaime Pacheco. Ainda hoje, admite, “nutre uma simpatia especial” pelo Boavista, onde esteve até 2006/2007.


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Trofenses Fantásticos

O regresso à Trofa

Tiago está no Trofense pela sétima temporada consecutiva

As duas épocas seguintes foram passadas em Leiria, antes do regresso ao Trofense. Na segunda, Tiago já se tinha “oferecido” ao clube da Trofa, com o objetivo de cumprir o desejo de acabar a carreira no clube onde nasceu para o futebol. “Na altura, o Trofense conseguiu subir à 1.ª Liga e eu sentia que podia dar o meu contributo, mas não se proporcionou”, contou. Sem ressentimentos, Tiago viria a regressar ao emblema da Trofa na temporada seguinte, já na 2.ª Liga. Já “trintão”, o jogador tinha o objetivo “de jogar mais três épocas”, mas a verdade é que já se passaram sete. “Não é muito vulgar competir com a minha idade e da forma como eu me entrego ao jogo. Às vezes, os jovens da equipa perguntam-me como consigo correr o jogo todo, mas a ver-

dade é que ainda me sinto motivado, faço o que gosto no clube da minha terra e ainda me sinto com condições físicas e psicológicas”. Sem falsas modéstias, Tiago sente que “ainda tinha capacidade de competir a outro nível”, mas está de corpo e alma no Trofense, num campeonato “completamente diferente do que estava habituado”. “Se fosse noutro clube, não me sujeitava a tanta coisa que estou a passar esta época”, atira. O médio confirmou que abdicou de salário esta temporada e só não colocou um ponto final na carreira na época que passou, porque sentiu que “não merecia” e que tinha o dever de ajudar o clube, acabado de cair no Campeonato Nacional de Seniores.

“Custa-me ver pessoas a acusar jogadores de só quererem dinheiro e não têm a noção, ou não querem ter, que há lá jovens que viram no CNS uma oportunidade para aparecer e só ganham para pagar a gasolina. As

pessoas têm de perceber que, hoje, o Trofense vive numa realidade completamente diferente de há alguns anos e por isso faço um apelo para que sejam compreensivas”, frisou.

“Há jogadores que só ganham Uma carreira onde só faltou a Seleção A para pagar a gasolina” que usou na Taça Uefa tem um grande significado. No entanto, mais especiais são os quadros com fotografias por onde passou, oferecidos pelo avô, já falecido. E numa carreira recheada de êxitos, onde estão incluídas algumas internacionalizações na Seleção sub-21, só faltou mesmo a Seleção A. “Na altura, o leque de jogadores era enorme e era muito difícil chegar lá. Hoje, sem desmerecer os atletas, é muito mais fácil chegar à seleção”, defendeu. Apesar do mau feitio dentro de Quando “pendurar as chuteiras”, campo, Tiago fez “grandes amigos” Tiago quer continuar “ligado ao funo futebol. E até aquele contra quem tebol”. mais gozo lhe dava jogar se tornou num companheiro. “Eu e o Paulinho Santos estávamos sempre pe669 jogos oficiais gados e o ambiente entre nós era de cortar à faca. Depois, fui encontrá- 234 jogos oficiais com -lo como colega no FC Porto e fica- a camisola do Trofense mos amigos”, recordou. Já o treinador por quem tem um “carinho es- 16 golos pecial” é Manuel José. A rudeza em jogo valeu-lhe uma Troféus falsa fama junto dos adversários, conta. “Quando assinava por outro D oi s c a mp e on ato s clube, os jogadores ficavam de pé atrás pelo tipo de pessoa que eu era nacionais 2002/2003 e a jogar. Só depois de me conhece- 2003/2004 (FC Porto) rem é que me vinham dizer que nun- Taça Uefa 2002/2003 ca pensavam que eu, fora de campo, (FC Porto) era completamente diferente”. Na sala onde guarda todas as re- Ta ç a d e P o r t u g a l cordações – tem quatro capas onde 2002/2003 (FC Porto) estão organizados todos os recortes Supertaça 2003 (FC de jornais sobre a carreira – Tiago admite que a medalha e camisola Porto)

Perante a atual situação do Trofense, que não está a ter uma boa prestação no Campeonato Nacional de Seniores (CNS), Tiago manifestou-se “triste” com alguns comentários que surgem “nas redes sociais”.


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Desporto

Líder da série derrota Bougadense

Resultados Camadas jovens Atlético Clube Bougadense

O líder Águias de Eiriz venceu o Atlético Clube Bougado, por 1-0, em jogo a contar para a 5.ª jornada da série 2 da 1.ª Divisão distrital, no dia 25 de outubro. Patrícia P ereira

U

m golo de Miguel permitiu ao líder Águias de Eiriz somar os três pontos e cimentar-se no 1.º lugar da série 2 da 1.ª divisão distrital. Mas foi o Atlético Clube Bougadense que jogou mais e melhor, falhando na finalização. O técnico do Bougadense, Agostinho Lima, confirmou que “só o resultado foi negativo”, porque em “termos de prestação, atitude e organização” a formação de Santiago foi “fantástica e os jogadores verdadeiros campeões”. “Quando assim é, é de lamentar o resultado, porque não há nada a apontar aos jogadores que fizeram tudo. Só pecamos na finalização, mas também por culpa do adversário, que se meteu lá atrás e não cedeu espaço”, completou O golo surgiu aos 22 minutos, através da marcação de um canto, com a equipa forasteira a aproveitar “a desatenção de um jogador” do Bougadense para fazer golo. Mas, a

Juvenis A 2.ª Divisão Distrital – série 9 Bougadense 4-3 FC Lagares (4º. lugar, 6 pontos) Próxima jornada 01/11 às 10 horas Barrosas-Bougadense

Equipa do Bougadense não evitou desaire

partir daí, foi a equipa da casa quem “tomou conta do jogo”, que “foi superiormente dominado” pelo Bougadense, que acabou “a jogar com quatro avançados e três defesas”. “Foi o único senão da nossa equipa. De resto estivemos muito bem e ao nível de outros tempos. Os jogadores mereciam outro resultado”, mencionou. A formação de Santiago, que está em 13.º lugar com quatro anos, des-

loca-se ao reduto do Melres, pelas 15 horas deste domingo, 1 de novembro. Agostinho Lima declarou que “vai ser um jogo de pontapé para a frente, num campo pelado e característico”. Devido às condições meteorológicas, o treinador assegura que “não vai ser fácil jogar”, mas aque a equipa vai “tentar dar o máximo e trazer a vitória”.

FC S. Romão sai derrotado de Ferreira O Futebol Clube S. Romão perdeu, na tarde de sábado, 24 de outubro, em casa do Ferreira, por 3-0.

foto: Diogo Sousa

Patrícia P ereira

Carlos (14 minutos), Nélson (33 minutos) e Pacheco (67 minutos) foram os sentenciadores da derrota do Futebol Clube S. Romão, que saiu derrotado do reduto do Ferreira, em encontro da 4.ª jornada da série 2 da 2.ª Divisão Distrital. O técnico romanense, Arménio Sousa, afirmou que este foi “um jogo atípico” e que “não tiveram a capacidade para corrigir o que estava mal e melhorar na segunda parte o resultado”, uma vez que “a equipa já estava animicamente mais abaixo”. “Por vezes não conseguimos controlar alguma ansiedade que os jogadores têm e acabamos por sofrer golos que numa ou outra situação não aconteceriam”, completou. O S. Romão, que está em 11.º lugar com três pontos, recebe pelas 15 horas deste domingo, 1 de novembro, o Estrelas de Fânzeres, “um ad-

Juniores 2.ª Divisão Distrital – série 4 Bougadense 3-0 Esc. Fut. 115 (1.º lugar, 9 pontos) Próxima jornada 31/10 às 15 horas Nogueirense-Bougadense

Romanenses foram derrotados por 3-0

versário que já conhecem” da Taça Brali. O treinador referiu que esta é “uma equipa muito bem montada para campos pequenos”, estando “a preparar, e com o máximo de cuidado”, a equipa para que “não seja “surpreendida como foi no jogo da

Taça Brali”. “A equipa sabe o que tem que corrigir e quais os pontos fracos do adversário. Estamos a trabalhar para que, além de não sermos surpreendidos, podermos ter um resultado positivo”, terminou.

Juvenis B 2.ª Divisão Distrital – série 6 Bougadense 0-6 Senhora da Hora (9.º lugar, 3 pontos) Próxima jornada 01/11 às 9 horas AMCH Ringe-Bougadense Iniciados 2.ª Divisão Distrital – série 8 Sobrado 0-1 Bougadense (3.º lugar, 6 pontos) Próxima jornada 01/11 às 10 horas Bougadense-Tirsense Infantis 2.ª Divisão Distrital – série 3 Varzim B 4-0 Bougadense (11.º lugar, 0 pontos) Próxima jornada 31/10 às 15 horas Bougadense-Moc. Sangemil Benjamins – Fut.7 Camp. Distrital – série 3 Bougadense 0-9 Trofense (13.º lugar, o pontos) Próxima jornada 31/10 às 9 horas S. Martinho-Bougadense

Próxima jornada 01/11 às 10 horas Varzim-Trofense Iniciados A Camp. Nacional – série B Trofense 1-1 Varzim (9.º lugar, 4 pontos) Próxima jornada 01/11 às 11 horas FC Porto-Trofense Iniciados B Camp. Distrital – série 2 Col. Ermesinde 1-0 Trofense (4.º lugar, 6 pontos) Próxima jornada 01/11 às 11 horas Trofense-Salgueiros Infantis 1.ª Divisão Distrital – série 1 Col. Ermesinde 1-0 Trofense (11.º lugar, 6 pontos) Próxima jornada 31/10 às 13.15 horas Trofense-Coimbrões Benjamins – Fut.7 Camp. Distrital – série 3 Bougadense 0-9 Trofense (1.º lugar, 3 pontos) Próxima jornada 07/11 Trofense-S. Martinho Fut. 7 Sub11 Camp. Distrital – série 6 Desp. Aves 1-2 Trofense (3.º lugar, 3 pontos) Próxima jornada 31/10 Trofense-Freamunde

Clube Desportivo Trofense

Fut. 7 Sub12 Camp. Distrital – série 4 Trofense 3-0 Col. Ermesinde (4.º lugar, 3 pontos) Próxima jornada 31/10 às 15 horas Rio Tinto-Trofense

Juniores 1.ª Divisão Distrital – série 2 Amarante 2-3 Trofense (3.º lugar, 12 pontos) Próxima jornada 31/10 às 15 horas Trofense-Gondomar

Fut.7 Sub10 Camp. Distrital – série 4 Pedrouços 3-4 Trofense (4.º lugar, 6 pontos) Próxima jornada 31/10 Castêlo da Maia-Trofense

Juvenis A 1.ª Divisão Distrital – série 2 Penafiel 1-2 Trofense (9.º lugar, 7 pontos) Próxima jornada 01/11 às 9 horas Trofense-Paços de Ferreira

Futebol Clube S. Romão

Juvenis B 2.ª Divisão Distrital – série 6 Trofense 4-0 Salgueiros 08 (1.º lugar, 9 pontos)

Juniores 2.ª Divisão Distrital – série 4 Gondim-Maia 7-0 S. Romão (11.º lugar, 0 pontos) Próxima jornada 07/11 às 15 horas S. Romão-AMCh Ringe


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Desporto Futsal federado

Basquetebol

Equipa Sub-16 da Vigorosa vence CLIP A equipa masculina sub-16 da Associação Cultural e Recreativa Vigorosa venceu na 3.ª jornada da 1.ª fase do Grupo B2 do campeonato distrital. A formação da Trofa bateu o CLIP por 44-55 e soma agora quatro pontos. Já em jornada dupla a contar para a 1.ª Fase do Grupo C do campeonato distrital, a equipa masculina de sub-14 da Vigorosa não conseguiu triunfar. No confronto com o Académico A, a formação da Trofa perdeu por 16-118 e com o Dragon Force A averbou um desaire por 92-24. Com quatro jogos realizados, a equipa da Vigorosa ainda não conquistou nenhum triunfo. C.V. pub

Equipa feminina do S. Romão vence e segue em frente na Taça de Portugal

Com o triunfo por 3-0 diante do Figueiredo, equipa da Associação de Futebol de Braga, a formação sénior feminina do Futebol Clube S. Romão garantiu a passagem à próxima eliminatória da Taça de Portugal. Por militar na 1.ª Divisão distrital, a equipa romanense fez parte do lote de participantes na 1.ª eliminatória da Taça. Em balanço ao jogo, a treinadora Sandra Dias afirmou que “a equipa estava um pouco apreensiva, pois não sabia muito acerca do adversário”, mas “entrou bem no jogo, pressionante e a circular rápido a bola, chegando ao golo com naturalidade”, pelos pés de Rita. Ainda antes do intervalo, o S. Romão ampliou a vantagem, por intermédio de Té, e já na etapa complementar fechou a contagem numa boa jogada coletiva finalizada por Sofia. Enquanto o sorteio da 2.ª eliminatória não sai, a equipa romanense

ocupa-se do campeonato da 1.ª Divisão da Associação de Futebol do Porto, que lidera e para o qual cumpre a próxima jornada no domingo, diante da Juventus Triana. Relativamente aos campeonatos distritais, os juniores da Associação Recreativa Juventude do Muro conseguiu uma vitória folgada frente ao Gondomar Futsal por 5-0, em jogo a contar para a 3.ª ronda da série 2 da 2.ª Divisão distrital. Com nove pontos, a formação murense lidera e na próxima partida tem encontro marcado com a Ordem. Em seniores masculinos, o Grupo Desportivo Covelas venceu, em casa, o Carvalheiras por 3-1, na 3.ª jornada da série 2 da 1.ª Divisão distrital, assumindo o 3.º lugar, com sete pontos. A Casa do FC Porto de Rio Tinto é o próximo adversário. No mesmo campeonato, a Associação Recreativa Juventude do Muro perdeu

diante do ARC Moinhos por 3-1 e ainda não somou pontos esta época. Na jornada que se segue, a equipa recebe o Núcleo CR Valongo, pelas 22 horas de sexta-feira, 30 de outubro, no pavilhão desportivo da Escola Básica e Secundária do Coronado e Castro, em S. Romão do Coronado. Quem também ainda pontuou foi a equipa júnior feminina do S. Romão que, na 3.ª jornada, sofreu uma pesada derrota por 0-10 frente à Juventus Triana, na 3.ª jornada do campeonato interdistrital. No próximo jogo, defronta os Restauradores Avintenses, que lideram a tabela classificativa. No escalão de juvenis masculinos, o Centro Recreativo Bougado venceu o Penafiel por 5-2 e com dez pontos ocupa o 6.º posto da série 3 da 2.ª Divisão distrital, ao fim de cinco jornadas. O líder, ARC Moinhos, é o adversário que se segue.

Na mesma coletividade, a equipa de iniciados, a militar na série 2 da 2.ª Divisão distrital, perdeu com as Estrelas Susanenses por 1-3, mantendo o último posto, sem pontos, quando estão cumpridas três jornadas. No próximo fim de semana, a formação bougadense viaja ao reduto do Rebordosafut. Na 3.ª jornada da série 1 da 2.ª Divisão distrital, os iniciados do S. Romão perderam com o Póvoa Futsal por 10-0, ocupam o 8.º lugar, com quatro pontos, e no próximo jogo defronta os Restauradores Brás Oleiro. Por sua vez, os benjamins do mesmo clube foram derrotados pelo Rebordosafut por 10-2, na 3.ª ronda da série 3 do campeonato distrital. No domingo, pelas 11 horas, no pavilhão desportivo da Escola Básica e Secundária do Coronado e Castro, a formação romanense defronta as Escolas Modelos. C.V.


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Desporto

Marisa Barros e Catarina Ribeiro Deolinda Oliveira vence na Corrida e Caminhada Solidária prova em Famalicão Até 10 de novembro pode inscrever-se na 1.ª edição da Corrida e Caminhada Solidária do Ave e correr/caminhar ao lado de atletas de renome, como Marisa Barros e Catarina Ribeiro.

“P

elo menos três mil participantes”. É para este número que, segundo a Associação Empresarial do Baixo Ave (AEBA), a organização está a “trabalhar conjuntamente” para “garantir entre atletas e todos quantos promovam hábitos de vida saudável, pratiquem este desporto e tenham preocupações solidárias”. O Grupo PROEF, a empresa ODLO e a AEBA estão a organizar a 1.ª Corrida e Caminhada Solidária do Ave, que se realiza pelas 10 horas de 15 novembro de 2015, com partida e chegada dos Parques Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro. Vai ser a correr ou a caminhar que os inscritos podem participar e ajudar a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa, a Associação de Solidariedade e Ação Social de Santo Tirso e as Conferên-

cias de S. Vicente de Paulo, através da “angariação de fundos”. As atletas Marisa Barros e Catarina Ribeiro “já confirmaram a sua presença” nesta iniciativa, havendo “mais nomes de destaque que anunciaram que vão fazer a sua inscrição”. Marisa Barros é especialista em maratonas, com presenças nos Jogos Olímpicos de Beijing (2008) e de Londres (2012), e campeã das maratonas do Porto (2007) e de Sevilha (2009). Já Catarina Ribeiro é campeã nacional de Juniores de Pista Ar Livre (3000mts), de Sub23 de Corta Mato Curto, de Pista Coberta (3000m), de Corta-Mato Curto e de por duas vezes de Sub23 de Pista Ar Livre. Se também quiser fazer parte desta iniciativa, que é constituída por uma corrida com a distância de dez quilómetros e uma caminhada de

cinco quilómetros, pode fazer a sua inscrição online até 10 de novembro em www.desportave.pt/1a-corrida-e-caminhada-do-ave-trofa/, ou até 14 de novembro nos locais das entidades organizadoras. Pode ainda efetuar a sua inscrição presencialmente no dia da prova, até às 9 horas. A inscrição na caminhada tem um custo de “três euros” e o na corrida de “cinco euros”. O levantamento de dorsais realiza-se entre as 15 e as 20 horas de 13 de novembro e entre as 10 e as 18 horas de 14 de novembro, nos Bombeiros Voluntários da Trofa, ou no dia da prova, entre as 8.30 e as 9.30 horas, junto à partida. Para fazer o levantamento do dorsal ou t-shirt terá que apresentar “o comprovativo de inscrição e documento de identificação pessoal”.

Deolinda Oliveira venceu a prova de 15 quilómetros do 3.º Trail de Santa Catarina, em Vila Nova de Famalicão, no sábado, 24 de outubro. A atleta veterana da Escola de Atletismo da Trofa (EAT) cumpriu a prova com o tempo de uma hora e 48 segundos. No dia 18 de outubro, na 4.ª Corrida Popular de Pousada de Saramagos, também em Famalicão, a EAT conquistou o 1.º lugar coletivo em benjamins femininos, com Mariana Costa (2.ª classificada), Tatiana Soares (3.ª), Inês Martins (4.ª) e Carla Alves (5.ª), e em populares femininos, com Deolinda Oliveira (3.ª), Catarina Ribeiro (4.ª) e Goreti Sá (8.ª). Participaram ainda Isabel Martins (5.ª), em benjamins A, Rúben Pinto (5.º) e Luís Oliveira (9.º), em benjamins B, Sofia Santos (5.ª), Joana Martins (6.ª), Beatriz Maia (7.ª) e Ana Mota (8.ª), em infantis, João Abreu (6.º), em iniciados, e Daniela Pontes (3.ª), em juvenis.

Já no Grande Prémio de Atletismo de Mozinho, em Penafiel, Deolinda Oliveira venceu no escalão de veteranos femininos, Alice Oliveira foi 2.ª classificada, em iniciados, e Catarina Ribeiro e Jéssica Pinto terminaram em 2.º e 3.º lugares, respetivamente, em juniores. A EAT vai marcar presença no 3.º Corta Mato Roda dos Ventos, que se realiza em Oliveira Santa Maria, concelho de Famalicão, no sábado, 31 de outubro. António Neto participou na 2.ª Corrida de Vila do Conde O atleta da Trifitrofa, António Neto, participou a 25 de outubro na 2.ª edição da Corrida de Vila do Conde de 10 quilómetros. Entre 1049 atletas António Neto conquistou um honroso 14.º lugar na categoria de Veteranos M55. C.V.


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Agenda Dia 30 22 horas: Partida simbólica do Rally Spirit, da estação de comboios de S. Romão do Coronado Dia 31 11 horas: Início do Rally Spirit, da estação de comboios de S. Romão 14 horas: Visita ao percurso pelo território de Santo Tirso/ Trofa, desde a Fábrica de Santo Thyrso 22 horas: Noite de música ao vivo, na sede da Associação Recreativa Juventude do Muro Dia 1 15 horas: Melres-Bougadense 15 horas: S. Romão-Estrelas Fânzeres 15 horas: Mondinense-Trofense

Farmácias Dia 30 Farmácia Ribeirão Dia 31 Farmácia Trofense Dia 1 Farmácia Barreto Dia 2 Farmácia Nova Dia 3 Farmácia Moreira Padrão Dia 4 Farmácia Ribeirão Dia 5 Farmácia Trofense Dia 6 Farmácia Barreto

Telefones úteis Bombeiros Voluntários Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Polícia Municipal da Trofa 252 428 109/10 Jornal O Notícias da Trofa 252 414 714 Centro de Saúde da Trofa 252 416 763 Centro de Saúde S. Romão 229 825 429

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Atualidade

Crónica 3 de novembro é Dia da Dona de Casa

Donas de casa desesperadas? Não, bem resolvidas

De chinelos, avental e a cheirar a comida. Este é um dos estereótipos associados às donas de casa. Mas a realidade está longe de ser tão redutora e o NT comprovou-o com a entrevista a três mulheres que optaram por viver para a família e não ter atividade profissional. Cátia Veloso

“N

ão me chames doméstica”. Esta foi uma das “exigências” feitas por Evangelina, quando a desafiei a uma entrevista sobre a opção de vida de ser dona de casa. Esta abordagem fez-me perceber que o dogma sobre este modo de vida ainda está bem patente na sociedade. Estava dado o ponto de partida para o objetivo de perceber que motivações, desafios e vantagens existem por viver para a família, prescindindo de uma atividade profissional. Evangelina aceitou sem reservas, assim como Susana e Marília. A entrevista decorreu num café, em formato conversa e num ambiente descontraído. Quando chego, já Susana, Evangelina e Marília tinham tomado café e iniciado o tema. Percebo que falam da falta de reconhecimento do Estado para estabelecer o estatuto de dona de casa. Susana lança uma “acha para a fogueira”: “Na Noruega e na Dinamarca, está em cima da mesa a criação de estatuto de dona de casa, com ordenado e respetivos descontos. Por que é que aqui não fazem o mesmo? Nós não temos nenhuma garantia de futuro a esse nível”.

Mas a marginalização começa ver-me agora? É assim que eu ando a casa sem disposição quando eu na sociedade e na instituição do em casa. E lá em casa também há até precisava de falar e desabafar”, Dia da Dona de Casa. Evangelina a regra de que os pijamas tiram-se conta Evangelina. defende que “quando esse dia dei- mal se sai da cama”. Desengane-se quem pensa que xar de existir, as donas de casa coMarília é a que a menos preo- a televisão é a melhor amiga desmeçam a ser valorizadas”. E o mes- cupada se mostra com a ideia que tas mulheres. Além dos noticiámo defende para o Dia da Mulher. ainda prevalece na sociedade so- rios, Susana, Marília e Evangeli“Esses dias só servem para perpe- bre as donas de casa. “A nível so- na rejeitam acompanhar novelas e tuar a discriminação e a diferen- cial não me sinto marginalizada, preferem ter outras atividades paça”, argumenta. porque não valorizo. Na vida, ten- ralelas. Susana pratica tai-chi, faz Há um episódio que Evangelina to reger-me por determinados va- ginástica através de aulas em vírecorda e que envolveu a filha mais lores que tenho e pela minha cons- deo que encontra no Youtube e, renova: “Um dia, ela chegou a casa ciência e perante a sociedade onde centemente, inscreveu-se num curda escola e perguntou-me por que estou inserida, considero-me uma so de alemão, uma vez que a filha é que todas as mães tinham um tra- pessoa válida”. mais velha foi estudar para o país balho e eu não e que tinha vergoMas não cabe às donas de casa germânico. nha de dizer que eu estava em casa. contribuir para a desmistificação Já Evangelina adora ler e parEu fi-la ver que não devia ter ver- deste modo de vida? “Para mim, ticipar num concurso de enigmas gonha, mas sim orgulho”. Marília contribuir é não valorizar o mito dinamizado pelo jornal Público. concorda e complementa: “Exata- que está instalado. Na minha con- “Ganhei tempo para ler e tornarmente, é que os nossos filhos tive- dição, considero que estou a con- -me numa pessoa mais culta”, afirram-nos mais disponíveis e a acom- tribuir de forma construtiva para ma depois de 20 anos sem ocupapanhá-los a todo o momento”. uma sociedade melhor, porque a ção profissional, opção que tomou Já Susana aborda o tema com os família é um dos pilares da socie- com o nascimento da segunda filha. estereótipos. Causa-lhe “alergia” dade e eu vivo para a minha”, resOs filhos foram aliás o motias frases feitas de que as donas de pondeu Marília. vo que levaram as três mulheres a casa “não fazem nada” e por isso As três mulheres apelidam-se abandonar as profissões e a dedi“férias” não é expressão que lhes as- “bombeiras” da família, que as con- carem-se à família. Para a tomada sista. “Eu levanto-me às 6.45 horas voca sempre que um imprevisto de decisão, reconhecem que é ese deito-me muitas vezes depois da acontece. Disponibilidade é ponto sencial o apoio dos maridos e a esmeia-noite”, frisa. Já no que toca assente nestas mulheres que, aler- tabilidade financeira, por isso, senao aspeto visual, também contesta: tam, também precisam da atenção tem-se “privilegiadas”. “Não, as donas de casa não andam de quem gostam. “Às vezes, o meu todas de chinelo e avental. Está a marido e os meus filhos chegam

Trofa e UP na promoção da empregabilidade Com o objetivo de ajudar os estudantes da Universidade do Porto a integrarem-se no mercado de trabalho, a instituição de ensino promove, com 15 autarquias da região norte, o já apelidado de “Plano de Emprego para os Estudantes”. A parceria com as várias autarquias promove a integração de jovens qualificados no mercado de trabalho “ao articular com as empresas dos concelhos a realização de estágios profissionais”, promovendo também a empregabilidade e satisfazendo as necessidades Ficha Técnica

das empresas que procuram jovens com formação superior. Com este protocolo, as autarquias mostram-se também disponíveis para realizar, “dentro das suas necessidades e possibilidades, estágios profissionais para os recém-licenciados” da Universidade do Porto. Num futuro próximo, o objetivo da Universidade é expandir a parceria também a empresas que queiram acolher estudantes universitários. Os municípios da Trofa, Famalicão, Felgueiras, Gondomar, Marco de Canaveses, Matosinhos, Ponte da

Barca, Porto, São João da Madeira, Santo Tirso, Sever do Vouga, Viana do Castelo, Vila do Conde, Vila Nova de Gaia e Vila Verde foram os primeiros parceiros deste pro-

jeto de apoio à empregabilidade que foi rubricado, a 19 de outubro, no salão nobre da Reitoria da Universidade do Porto e contou com a presença do reitor da instituição e

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Diretor: Hermano Martins (T.E.774) Sub-diretora: Cátia Veloso (9699) Editor: O Notícias da Trofa Publicações Periódicas Lda. Publicidade: Maria dos Anjos Azevedo Redação: Patrícia Pereira (9687), Cátia Veloso (9699), Magda Machado de Araújo (TE1022) | Setor desportivo: Marco Monteiro (C.O. 744), Miguel Mascarenhas (C.O. 741) Colaboradores: Atanagildo Lobo, Jaime Toga, José Moreira da Silva (C.O. 864), João Pedro Costa, João Mendes | Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Cátia Veloso | Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda. | Assinatura anual: Continente: 22,50 euros; Extra europa: 88,50 euros; Europa: 69,50 euros; | Assinatura em formato digital PDF: 15 euros NIB: 0007 0605 0039952000684 | Avulso: 0,60 Euros | E-mail: jornal@onoticiasdatrofa.pt | Sede e Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax: 252 414 714 Propriedade: O Notícias da Trofa - Publicações Periódicas, Lda. NIF.: 506 529 002 Registo ICS: 124105 | Nº Exemplares: 5000 | Depósito legal: 324719/11 | ISSN 2183-4598 | Detentores de 50 % do capital ou mais: Magda Araújo | Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores e não veiculam obrigatoriamente a opinião da direção. O Notícias da Trofa respeita a opinião dos seus leitores e não pretende de modo algum ferir suscetibilidades. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.


20 O NOTÍCIAS DA TROFA 30 OUTUBRO 2015 20 O NOTÍCIAS DA TROFA 30 OUTUBRO 2015

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Atualidade

Clínica AMD Saúde quer “melhorar qualidade de vida” dos trofenses A clínica AMD Saúde abriu portas no edifício O Navegador, na Rua Infante D. Henrique, em S. Martinho de Bougado, a 24 de outubro.

C

om uma equipa “especiali- garida Mesquita (nutrição) e Isidozada e multidisciplinar”, a ra Martins (Intervenção Educativa). AMD Saúde dedica-se às áreas da “(Os serviços) são para todas as idaPsicologia, Neuropsicologia, Ge- des e para qualquer pessoa, princirontopsicologia, Psicopedagogia, palmente para quem tenha dificulTerapia da Fala, Nutrição e Terapia dades. Não pretendemos ter apenas Ocupacional. crianças e adolescentes, mas tamA sócia-gerente Maria Dias afir- bém acolher idosos e desenvolver mou que a AMD Saúde pretende competências cognitivas”, adiantou. “prestar serviços na zona da TroAlém destas vertentes, a AMD fa, não exclusivamente na sua sede, Saúde aposta no “apoio educativo mas em vários locais públicos, des- especializado”, que vai ser trabade que estejam disponíveis para lhado “em parceria com a parte clíos acolher”. Nesse sentido, Maria nica”. Segundo Arminda Martins, Dias contou que vão ser feitas “vá- também sócia-gerente, “os diagrias parcerias com outras entidades”, nósticos das necessidades dos estulevando assim “a terapia até junto dantes” vão ser feitos em colaboradaqueles que mais precisam, mini- ção com psicólogos e terapeutas da tados possíveis”, referiu. mizando até custos para quem está fala, sendo que depois há “a parte A psicóloga Teresa Souto frisou mais longe”. do apoio educativo especializado”. que a ideia deste projeto passa por A equipa médica da AMD Saúde “Vamos trabalhar necessidades es- “trabalharem para melhorar a quaé constituída por Ângela Leite (dire- peciais dos utentes e trabalhar nes- lidade de vida das pessoas”. “A intora clínica e psicóloga), Pedro Sou- ta multidisciplinaridade e nesta li- trodução da psicologia ligada aos sa (médico), Teresa Souto (psicólo- gação com a parte clinica, para em seniores e da neuropsicologia tem ga), Maria Dias (psicóloga), Patrícia conjunto levarmos o projeto a bom muito a ver com isso, ou seja, com Carvalho (Terapeuta da Fala). Mar- porto e termos os melhores resul- a possibilidade de fazer despistes

precoces e alterações que começam a atingir as pessoas nas faixas dos 40 anos e onde sabemos que uma avaliação muito bem-feita e rigorosa e um plano de intervenção adequado vai dar maior tempo e com a maior qualidade de vida”, explicou. Teresa Souto mencionou que este projeto “entra em áreas que são no-

vas também no mundo da saúde”, sendo que “a ideia” passa por “abrir um bocadinho também esta perspetiva à população de que não é preciso ter noção de que alguma coisa corre muito mal connosco para pensar falar com alguém da psicologia, psiquiatria ou neurologia”.

Orçamento de 34,7 milhões aprovado em reunião de Câmara Na reunião de Câmara desta quinta-feira, gados familiares carenciados. 29 de outubro, o plano de atividades e orçaNo orçamento, a despesa corrente cifra-se mento para o próximo ano, a rondar os 34,7 nos 18,9 milhões de euros, enquanto a de camilhões de euros, foram aprovados com vo- pital é de cerca de 15 milhões. tos favoráveis do executivo PSD/CDS-PP, e Na rubrica “funções sociais”, que inclui com a abstenção dos vereadores do PS. educação, habitação e serviços, estão insEnquanto os eleitos da coligação defendem critos oito milhões de euros, enquanto na de que a Câmara “está a ajustar o orçamento à “funções económicas”, que inclui eficiência realidade” e a “reduzir a despesa e a dívida”, energética e rede viária, o valor a investir os socialistas consideram que o plano de ati- será de 3,7 milhões. vidades “é errático”, porque “vai depender Antes da reunião, a comissão política conem grande parte” da aprovação de candida- celhia do Partido Socialista da Trofa critituras a fundos comunitários. Magalhães Mo- cou o documento apresentado pelo executireira (PS) lamenta que “tudo esteja em fase vo, relativo “às linhas gerais do orçamento embrionária”, duvidando que projetos como de 2016”. Em comunicado, a concelhia soa reabilitação urbana da zona envolvente à cialista afirmava que “ou o executivo muniantiga estação de comboios “sejam facilmen- cipal não quis partilhar com a oposição as te concretizáveis a curto prazo”. “Neste mo- suas linhas gerais ou, em alternativa, não mento os grandes projetos que existiam (re- apresenta qualquer visão estratégica para o qualificação dos parques Nossa Senhora das concelho”, afirmaram os socialistas, em coDores/Dr. Lima Carneiro e Azenhas) ficam municado, no qual também referem que “a em princípio prontos no final do ano e não há reunião obrigatória por lei” para o executià vista nada para o ano que vem”, salientou. vo ouvir “os partidos da oposição relativaO PS defende que uma das prioridades do mente ao orçamento” só foi marcada “após” concelho deve ser a ação social, através da estes “em sede de Comissão Permanente da ativação da plataforma Trofa Solidária, que Assembleia Municipal, terem alertado para a “apesar de já ter sido apresentado duas vezes necessidade da realização da mesma”. ainda não está no terreno”, por faltar “articuQuestionado pelo NT sobre a marcação lação entre a câmara e as instituições”. da data da reunião, o executivo municipal Magalhães Moreira defendeu ainda o refor- não respondeu. ço no apoio ao arrendamento junto de agreC.V.


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