Edição 590 do Jornal O Notícias da Trofa

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Semanário | 30 de setembro de 2016 | Nº 590 Ano 14 | Diretor Hermano Martins | 0,60 €

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Jovem de Santiago em missão solidária em Cabo Verde

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Mulher acusada de assalto violento ao “ex”

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Governo prepara “alternativa” à linha do metro //PÁG. 5

Trombonista vence prémio da União Europeia

Ferido grave em acidente na EN 318

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Bernardino Vasconcelos homenageado pelo PSD pub

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2.º melhor português na Maratona de Berlim é de Guidões

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Freguesias vão ser questionadas sobre a agregação


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O NOTÍCIAS DA TROFA 30 SETEMBRO 2016

Atualidade

Freguesias questionadas sobre reforma administrativa Freguesias vão ser consultadas “para aferir os resultados da reorganização” e de “quais são as vantagens ou desvantagens por terem sido objeto de agregação”. Cátia Veloso

“H

á disponibilidade (do Governo) para corrigir situações que não tenham tido em conta os verdadeiros interesses das populações”. Foi desta forma que Maria da Luz Rosinha, deputada do Partido Socialista, se referiu ao processo de reorganização administrativa, que voltou à ordem do dia depois de, no dia 23 de setembro, ter sido anunciado, numa audição parlamentar, que municípios e freguesias vão ser consultados “para aferir os resultados da reorganização, quais são as vantagens ou desvantagens por terem sido objeto de agregação, ou até por não terem sido objeto de agregação” e que critérios “deveriam ter sido encontrados aquando da reforma administrativa”. Filipa Mourão da Fonseca, chefe de gabinete do secretário de Estado das Autarquias Locais, é a coordenadora do grupo técnico que foi criado para definir critérios de avaliação da reorganização do território das freguesias e informou que os questionários serão enviados aos órgãos municipais “antes do início de outubro” e podem decorrer “até 15 de outubro”. A consulta às autarquias, num processo que conta com a participação da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e da Associação Nacional de Freguesias (Anafre), vai ser feita através dos serviços da Direção-Geral das Autarquias Locais. Filipa Fonseca deu ainda conta que os inquéritos serão dirigidos “aos presidentes dos órgãos executivos, pedindo informação sobre quem respondeu, mas deixando ao critério deles se consultam a assembleia”. Mas esta possibilida-

Arguidos por tráfico de droga na Trofa Quarenta pessoas foram acusadas pelo Ministério Público devido ao tráfico e venda de estupefacientes na zona da Trofa, Vila Nova de Famalicão, Santo Tirso e Porto. Segundo informação publicada na página da Procuradoria Geral Distrital do Porto, “os factos, que sucederam de 2014 a 2015, reportam-se à atividade de seis redes de tráfico de estupefacientes”. Dos 40 ar-

guidos, 34 foram acusados de “um crime de tráfico de estupefacientes agravado”, seis de “ um crime de tráfico de estupefacientes” e nove de “um crime de detenção ilegal de arma”. Alegadamente, os indivíduos distribuíam heroína e cocaína “a pequenos traficantes e consumidores”. Treze dos arguidos aguardam julgamento em prisão preventiva. L.O./C.V.

CHMA com plataforma de partilha de informação e imagens médicas Freguesias vão ser ouvidas sobre vantagens e desvantagens da agregração

de de não consulta aos órgãos deliberativos preocupa Maria da Luz Rosinha, que considera importante que “não volte a acontecer um procedimento que é alheio à vontade direta dos interessados e que possa, numa tentativa de correção, vir a originar outros problemas”. Este anúncio foi feito durante uma audição do grupo de trabalho parlamentar para analisar as propostas de lei do Partido Comunista Português (PCP) e do Bloco de Esquerda (BE), que propõem a reposição de freguesias antes das eleições autárquicas de 2017, e de uma resolução do Partido Socialista que sugere uma avaliação após o sufrágio, em consonância com o defendido pelo Governo. O BE quer que seja “instituído um processo extraordinário e célere de restauração de freguesias, dando-se voz aos órgãos das autarquias locais e às populações” através de referendos locais. Para os bloquistas, a reforma administrativa realizada em 2013 “conduziu a muitas dificuldades a nível territorial, nomeadamente nas freguesias”, referiu o deputado João Vas-

concelos. Já para o PCP, deve haver debates e decisões locais, num prazo de 45 dias, para “soluções diversas” ou “simples reposição” de freguesias, uma vez que a reforma só deve ser aplicada nos casos onde houve consenso “em ambos os órgãos deliberativos autárquicos”. O PSD e o CDS-PP não estiveram presentes na audição parlamentar devido a outros compromissos, justificou o social-democrata Jorge Paulo Oliveira, coordenador do grupo de trabalho da Reorganização Territorial das Freguesias. A reforma no concelho da Trofa Em 2013, a reforma administrativa reduziu o número de freguesias de 4259 para 3092, em Portugal. Na Trofa, houve a fusão das freguesias de Bougado – S. Martinho e Santiago -, do Coronado – S. Romão e S. Mamede - e de Alvarelhos e Guidões. Mantiveram-se autónomas as freguesias do Muro e de Covelas. Na discussão sobre a reforma administrativa, em 2011, a Assembleia de Freguesia de S. Martinho de Bougado aprovou uma proposta contra a fusão, assim como as assembleias de freguesia de S. Mamede do Coronado e Guidões. Já em Santiago de Bougado realizou-se uma sessão pública, onde a maioria manifestou-se contra a fusão com S. Martinho.

Há oito instituições nacionais de saúde que conseguem partilhar informação e imagens médicas através da Plataforma de Dados de Saúde (PDS). O Centro Hospitalar do Médio Ave é uma das oito instituições pioneiras na aplicação desta plataforma que permite a optimização de recursos e maior eficiência.

A PDS permite consultar o processo clínico do utente em qualquer ponto do país (acessível a qualquer profissional de saúde autorizado), como por exemplo a consulta de relatórios de notas de alta, Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica (MCDT), aceder a exames que recorram a imagens médicas, como raio-X, TAC, ressonância magnética ou ecografias. Assim, a PDS permite reduzir a duplicação de registos e evitar repetições de MCDT, o que resulta numa poupança significativa de tempo e custos do Serviço Nacional de Saúde. L.O./C.V.

Correio do Leitor Sua Exca o Senhor Burro Certo dia um grande burro Nem que chegue a presidente Com tamanha heroína Não mistures a poesia Quis comparar um político Que para ti é culto desconhecido Com a nobre poesia Quando falares em poetas Um ladrão não deixa de ser ladrão Levanta-te… Só por dizer poesia Põe-te em sentido Só um burro mostra que é burro Deus livre a poesia desta gente Ao dizer tal heresia Deixem-nos zurrar Mas como diz o ditado Com a sua sabedoria Um burro nunca deixa de ser burro Não cabe nunca na nossa cultura Mesmo sendo deputado Quem insulta a poesia Vozes de burro A poesia é cultura Não chegam ao céu Que se vive lés a lés Embora se ouçam muitas A cultura de muito burro Cá na terra É uma carroça É o que diz toda a gente Puxada por quem tu és Porque um burro Nunca deixa de ser burro António Moreira


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Atualidade

Dois feridos em aparatoso acidente na A3

Um acidente rodoviário, na manhã de quinta-feira, 29 de setembro, na entrada do nó Santo Tirso/Trofa da A3, feriu duas pessoas. Patrícia P ereira

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Mulheres feridas em colisão na EN 104 Duas pessoas ficaram feridas na sequência de uma colisão entre dois automóveis, na Estrada Nacional 104, no cruzamento junto da Farmácia Trofense, em S. Martinho de Bougado, cerca das 7 horas de domingo, 25 de setembro. Ao que o NT conseguiu apurar, um automóvel saía da Avenida de Paradela e a outra viatura circulava na Estrada Nacional quando se deu o embate. Um dos automóveis aca-

bou por virar. Duas mulheres, de 42 e 52 anos, foram assistidas pelos Bombeiros Voluntários da Trofa, que se deslocaram para o local com duas ambulâncias e nove elementos. As vítimas, com ferimentos ligeiros, foram transportadas para a unidade de Vila Nova de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave. A GNR também esteve no local a registar a ocorrência. C.V.

ois feridos foram o resultado de um aparatoso acidente que ocorreu ao quilómetro 21 da Autoestrada número 3 (A3), junto à entrada do nó Santo Tirso/Trofa. O acidente envolveu uma viatura ligeira de passageiros, de matrícula espanhola, e uma viatura de mercadorias, que circulavam no sentido Porto-Braga. O veículo de passageiros embateu nos rails o que, segundo Emanuel Santos, 2.º comandante dos Bombeiros Voluntários de Ermesinde, constituiu “a principal dificuldade” na prestação do socorro. À chegada ao local, os bombeiros encontraram “duas viaturas embatidas sobre os rails de separação da A3, com uma vítima encarcerada”. O condutor da viatura de mercadorias, de 35 anos, foi transportado para o Hospital de S. João, no Porto. Um dos ocupantes do veícu-

Viatura foi contra os rails

lo de passageiros, de 68 anos, também foi transportado para esta unidade hospitalar em “estado grave”, com “trauma na face” e nos membros inferiores, segundo adiantou fonte do INEM. O alerta surgiu pelas 10.25 horas de quinta-feira e para o teatro de operações foram mobilizados 21 elementos dos Bombeiros Voluntá-

rios de Ermesinde, da Trofa e de Famalicão, apoiados com quatro ambulâncias e duas viaturas de desencarceramento. No local esteve ainda a equipa da Viatura Médica de Emergência e Reanimação do Hospital de S. João, a Brigada de Trânsito da GNR e meios da concessionária da autoestrada. pub


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O NOTÍCIAS DA TROFA 30 SETEMBRO 2016

Atualidade

Eu não brinco com a segurança e tu?

De 26 a 30 de setembro, o Agrupamento dos Centros de Saúde de Santo Tirso/Trofa promove uma iniciativa para “sensibilizar a comunidade” para “a segurança rodoviária das crianças e jovens”. Patrícia P ereira

prio transporte”. A diretora afirmou que, “muitas das vezes”, os familiares acabam por não cumprir as regras de transporte de crianças, ao caírem naquela “tentação” de estarem “com pressa” ou de “ser rápida” a viagem de carro. E no caso de ocorrer um acidente, esse descuido pode ser fatal ou até mesmo deixar marcas para a vida. “Estamos a tentar mais uma vez criar um alerta da importância de transportarmos bem as nossas crianças e de sermos bons condutores e peões”, completou.

“E

u não brinco com a segurança”. O lema, que marca a semana de 26 a 30 de setembro, foi entoado por todos os alunos das escolas básicas do concelho e pretende marcar o início das várias atividades que o Agrupamento dos Centros de Saúde (ACeS) de Santo Tirso/Trofa vai promover ao longo do ano letivo 2016/2017. O objetivo é simples: “sensibilizar a comunidade do concelho para a segurança rodoviária das crianças e jovens”. Assim, ao longo da semana, os alunos receberam pulseiras com o slogan “Eu não brinco com a segurança”, assim como um folheto informativo dirigido aos encarregados de educação. Paralelamente, decorreram ações de sensibilização junto dos estabelecimentos de ensino, em parceria com os elementos da Secção de Programas Especiais Escola Segura da GNR, onde os encarregados de educação foram abordados na tentativa de “reforçar as boas práticas” e de “corrigir e chamar a atenção para aquilo que não deve ser feito”, adiantou Ana Tato, diretora executiva do ACeS Santo Tirso/Trofa. As crianças já têm a lição estudada e quando se fala em prevenção ro-

Sabia que… Projeto visa sensibilizar comunidade para a segurança rodoviária de crianças e jovens

doviária, alertam para a necessidade de utilização do cinto de segurança e da “cadeirinha”. A “lição” também será transmitida a toda a população, com a conferência “Circular em segurança é a minha escolha”, a decorrer pelas 21 horas desta sexta-feira, 30 de setembro, no auditório de Santiago da Junta de Freguesia de Bougado. Sob a moderação da diretora executiva do ACeS Santo Tirso/ Trofa, a sessão terá como oradores o capitão Flávio Sá, comandante do

Destacamento de Santo Tirso/Trofa da GNR, que abordará a sinistralidade rodoviária nos dois concelhos em 2015, e Helena Sacadura Botte, da Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI), que falará sobre a prevenção rodoviária nas crianças e jovens. A iniciativa “Eu não brinco com a segurança” insere-se no âmbito do Projeto Crescer em Segurança, desenvolvido em parceria com a Câmara Municipal da Trofa, os agru-

pamentos de escolas da Trofa e de Coronado e Castro, a Federação das Associações de Pais do concelho da Trofa e da Secção de Programas Especiais Escola Segura da GNR. Ana Tato frisou que “uma das principais causas de morte e ferimento são os acidentes domésticos e rodoviários”, sendo que estes últimos “criam um prejuízo muito grande” e, “muitas das vezes”, acontecem “pelo incumprimento das regras básicas do trânsito e no caso das crianças do pró-

Segundo a Direção Geral da Saúde, a mortalidade infantil por acidentes de viação continua a ser a maior causa de morte e de incapacidade na infância e na adolescência. Já a Associação para a Promoção da Segurança Infantil adiantou, em 2010, que nos últimos 12 anos as mortes por acidentes rodoviários diminuíram 73 por cento. No entanto, no triénio 2010/2012, todos os dias 12 crianças sofreram um acidente de viação.

APPACDM celebra Dia do Turismo com visitas guiadas No Dia Mundial do Turismo, assinalado na terça-feira, 27 de setembro, os utentes da APPACDM da Trofa fizeram visitas à Azenha do Portela e à Reislândia. Patrícia P ereira

As portas da Reislândia tornaram-se a abrir para receber a visita dos utentes da APPACDM (Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental) da Trofa. Uma visita integrada no Dia Mundial do Turismo, que, este ano, foi dedicada ao tema “Turismo para Todos – Promover a Acessibilidade Universal”, por determinação da Organização Mundial do Turismo. E é nesse sentido que surge o convite aos utentes da APPACDM da Trofa, pela autarquia trofense, para passarem uma manhã diferente, que incluiu ainda uma visita guiada à Azenha do Portela, em

Bairros, Santiago de Bougado, e a visualização do documentário “Património à Prova de Água: Apontamento para a Salvaguarda das Azenhas e Açudes nas Margens do Rio Ave – Vila Nova de Famalicão/Trofa” e “A Produção da Arte Sacra no Vale do Coronado”. Segundo Conceição Leitão, diretora pedagógica da APPACDM da Trofa, esta manhã foi “muito interessante”, porque visitaram “lugares que nos reportam ao passado e à história do nosso povo”. Já a visita à Reislândia levou-os “a outras regiões e até do mundo”, que foi “muito interessante” e “pode Utentes da APPACDM visitaram Reislândia, de Eduardo Reis inspirar para o colecionismo”. “Estamos satisfeitos e damos graças eles apreciam e é sempre bom sair- e contactarmos com outras pesso- as pessoas que se envolveram” nesa Deus por isto acontecer, porque mos fora dos muros da associação as”, afirmou, agradecendo “a todas ta atividade.


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Atualidade

Trombonista trofense vence Prémio da União Europeia O trombonista Marco Rodrigues recebeu o Prémio da União Europeia das Competições Musicais de Jovens, no final do concerto do 6.º Festival Jovens Músicos que decorreu na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. Patrícia P ereira

“N

ão estava à espera de receber este prémio. Para mim, foi uma grande surpresa”. Foi desta forma que Marco Rodrigues, de S. Martinho de Bougado, reagiu ao facto de ter sido galardoado com o EMCY - Prémio da União Europeia das Competições Musicais de Jovens. O prémio foi entregue no final do concerto dedicado aos “laureados de todas as categorias”, que fechou, na noite de sábado, 24 de setembro, o primeiro dia do 6.º Festival Jovens Músicos, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. O prémio é atribuído para a sua formação como músico, incluindo “masterclasses e recitais na Europa isento de despesas”. Quanto ao concerto com a Orquestra Gulbenkian, sob a direção de Olvaldo Ferreira, Marco considerou que este foi, “sem dúvida, um momento inesquecível” e aquele que o “marcou mais como músico”. “O objetivo era apresentar-me bem com a Orquestra e fazer com que o público gostasse de me ouvir.

Marco Rodrigues venceu Prémio da União Europeia das Competições Musicais

O prémio seria apenas um acréscimo”, contou, mencionando que conquistar o prémio foi “um momento muito emocionante”, onde se sentiu “verdadeiramente recompensado”. Para o trombonista, este concerto significou “muito” para si, uma vez que se sentia “feliz e ansioso” por “tocar para a televisão” e, assim, “toda a gente, desde amigos, família, músicos de grande nome nacional”, ia poder ouvi-lo a fazer o que mais gosta. “Por outro lado, isso arrecadava uma grande responsabili-

dade, pois num concerto de laureados a parte mais difícil é mostrar que merecemos ficar com o 1.º lugar”, declarou. Na sua apresentação da Ballade para Trombone, de Frank Martin, Marco sentiu-se “mesmo muito bem” e referiu que “a acústica da sala proporciona um grande conforto ao solista e a Orquestra tocava muito bem”. “O público teve muito respeito pelos solistas e tudo isso resultou para que todos nos sentíssemos muito bem a tocar”, terminou.

Diogo João Costa de Oliveira é aluno do 11.º ano da Escola Secundária da Trofa e um ‘ás’ da física. O jovem representou a escola da Trofa nas Olimpíadas Nacionais de Física, na Universidade de Coimbra, conseguindo, depois de rigorosas provas de Física teórica e laboratorial, um lugar entre os dez melhores, uma menção honrosa e entrada direta na Escola de Quark- Projeto Quark. O projeto a que o estudante teve acesso é uma iniciativa do Departamento de Física da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, com o objetivo de promover a Física junto dos jovens, através de uma escola para estudança na inauguração. Mas não foram tes do 11.º e 12.º anos do país, com os únicos. Os Meninos Cantores do formação à distância (Fórum QuaMunicípio da Trofa (MCMT) estive- rk) e presencial. Durante seis meses, entre janeiro ram na cidade Invicta e abrilhantaram a sessão com as suas vozes inconfundíveis. As mesmas vozes que se fizeram ouvir no domingo, 25 de setembro, no Mosteiro de Alcobaça, num concerto integrado nas Jornadas Europeias do Património. A convite da Direção Geral do Património Cultural, a atuação no Mosteiro foi “uma honra muito grande”, referiu Antónia Serra, a maestrina do coro. Os MCMT mostraram ser multifacetados e contemplaram os presentes com diferentes géneros musicais, desde o jazz à música sacra. Ainda estamos em 2016 mas já há datas marcadas para 2017, nomeadamente quatro concertos na Casa da Música, no Porto. Um ano que vai começar em grande para o coro da Trofa. L.O./C.V.

Valores trofenses na inauguração da Loja de Turismo do Porto

No Dia Mundial do Turismo, a 27 de setembro, a Turismo do Porto e Norte de Portugal inaugurou a Porto Welcome Center, a Loja Interativa de Turismo do Porto, localizada em frente à estação de comboios de S. Bento. Além do secretário de Esta-

do das Comunidades, José Luís Carneiro, marcaram presença no evento alguns talentos trofenses. Micaela Oliveira apresentou alguns modelos da sua coleção. Além da estilista, também o cabeleireiro trofense, Carlos Veloso, marcou presen-

Trofense brilha nas Olimpíadas de Física e junho de 2017, o aluno da Secundária da Trofa “terá aulas de Física presenciais, no último fim de semana de cada mês, na escola de Quark, a decorrer na Universidade de Coimbra”, informou fonte da escola. Em junho, os conhecimentos de Diogo voltam a ser testados numa prova teórica e outra prática. Se for bem sucedido, Diogo pode partir para uma grande aventura e representar a Trofa e Portugal nas Olimpíadas Internacionais de Física, na Indonésia, em julho de 2017, ou nas Olimpíadas Ibero-Americanas, em setembro, na Colômbia. Para que a passagem à competição internacional seja uma realidade cada vez mais próxima, a professora de Física da Escola Secundária da Trofa, Alice Campos, acompanhará de perto todo o processo. L.O./C.V. pub


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O NOTÍCIAS DA TROFA 30 SETEMBRO 2016

Atualidade

REN atribui 10 mil euros a Junta de Freguesia

A atribuição de uma verba de dez mil euros pela REN e o cemitério foram alguns dos pontos em destaque na Assembleia de Freguesia de Covelas, que decorreu na terça-feira, 27 de setembro. Patrícia P ereira

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Junta de Freguesia de Covelas foi contemplada com “dez mil euros”, por parte da REN (Redes Energéticas Nacionais). O anúncio foi feito na Assembleia de Freguesia pelo presidente da Junta, Feliciano Castro, que referiu que a verba será “para arranjos de alguns caminhos onde andaram máquinas e fizeram mais estragos”. A REN decidiu atribuir este valor à Junta de Freguesia depois de o executivo ter demonstrado, “por escrito”, que Covelas foi “uma das que teve mais extensão de passagem das linhas de alta tensão”. “Há promessas de sermos contemplados com mais alguma coisa, mas ainda não há nada em concreto”, adiantou ainda. A atribuição desta verba motivou a revisão orçamental da receita e despesa, que foi a votação nesta sessão e aprovada por unanimidade. Outro dos assuntos em destaque foi o cemitério, que já tem “pareceres e um projeto”. Quando o executivo começou “a ver valores para sustentar os muros ao existente”, o orçamento “disparou para valores muito altos”. E uma vez que “Cove-

las é uma freguesia pequena”, que “não tem receitas próprias”, estando “à espera de um subsídio que a Câmara possa dar”, o executivo está a equacionar “seguir uma ideia” que lhe deram, que passa por “prolongar o cemitério existente”, permitindo “criar cerca de 50 campas”. Feliciano Castro asseverou que têm “uma alteração do projeto já para essa fase”, tendo que “pedir um orçamento para a obra toda, inclusivamente já para fazer as fundações”. “Parece que não, são à volta de 300 euros por cada (fundação), são logo 15 mil euros para fazer as fundações. São valores que com o resto, a verba avança bastante. A coisa tem-se atrasado um bocado, mas vamos ver se as coisas começam a ficar definidas para avançar de vez”, frisou. O presidente informou ainda que a Junta “cedeu um espaço” à Santa Casa da Misericórdia para “poder atender pessoas” e daí as placas da Santa Casa da Misericórdia e Segurança Social que estão “à entrada frontal da Junta”. Feliciano Castro adiantou que quando estiver definido os dias em vai que funcionar o serviço, informará. Já no período de intervenção do

Presidente da Junta anunciou que a REN vai atribuir verba para arranjos de alguns caminhos

público, Joaquim Marques quis saber “para quando está prevista a pavimentação da Rua dos Campos”, considerando que “paga muito” por “uma rua em terra”. O presidente da Junta afirmou que a “vontade é muita de fazer aquela rua e há a promessa de a fazer”, mas “a extensão é grande” e o “orçamento ultrapassa os 15 mil euros”. “Em recebimentos anuais da Câmara Municipal para pavimentação de ruas e tudo são à volta de 35 mil euros. Não podemos fazer muita coisa com esse valor. Fazendo uma rua dessas

vai logo metade desse valor. Mas é lógico que toda a gente tem direito a uma rua em paralelo e asfalto e sei que há muitos anos estão nessa situação”, referiu, mantendo a “promessa” de a fazer, mas “não este ano ou assim”. Já António Martins questionou “quando” é que a paragem de autocarros em frente à Junta de Freguesia “vai ser ampliada”, uma vez que esta agrega “o maior fluxo” de passageiros na freguesia e, “por duas vezes”, já viu “as crianças irem molhadinhas para a escola de S. Ro-

mão”. O covelense sugere que a ampliação seja feita “em comprimento” ou então que seja “colocado um abrigo” no parque de estacionamento da Junta. Feliciano Castro “regista a sua ideia”, mencionando que a paragem tem “o tamanho normal”, mas que vão ver “a possibilidade de a aumentar”. “Aqui nota-se um bocado de manhã, porque junta muito pessoal uma vez que a camioneta vem da Trofa. Se a camioneta desse uma volta (pela freguesia), não juntava tantas crianças no mesmo sítio”, terminou.

Repavimentar… mas não tudo

Já há esboço da Rotunda Fernando Moreira Foi em abril de 2014 que a Assembleia de Freguesia de Covelas aprovou, com votos favoráveis da maioria PSD/CDS-PP e abstenções do PS, a atribuição do nome de Fernando Moreira, ex-presidente da Junta, à atual Rotunda dos Cinco Caminhos. A proposta foi feita por um cidadão, Rui Silva, através de email, que considerou que os covelenses “devem prestar homenagem ao homem que tanto lutou e fez pela freguesia”, sugerindo ainda que, posteriormente, na mesma rotunda seja colocado “um busto ou uma estátua” do antigo autarca, que governou de 1983 a 2013. Mais de dois anos depois, a Junta de Freguesia de Covelas “já tem o esboço do projeto” de requalificação da rotunda, que foi “feito pela Câmara” Municipal da Trofa, estando “numa fase de pedir orçamentos”.

É difícil acreditar, mas a prova do caricato permanece há vários dias e não há previsões para que desapareça. Em Covelas, na Rua do Outeiral, meia dúzia de metros de piso estão por pavimentar há mais de um mês. O local, que foi intervencionado devido a obras de saneamento da empresa Águas do Norte, foi alvo de reposição de piso, mas não a cem por cento. Um cenário que pode até dar vontade de rir à primeira vista, mas que dá muitas dores de cabeça a todos os que têm de utilizar aquela rua. O assunto foi abordado por Feliciano Castro, presidente da Junta de Freguesia de Covelas, na sessão da Assembleia de Freguesia, de 26 de setembro. Segundo o autarca, “a Águas do Norte contratou uma empresa que tem falhado com os acordos”. “Desde o início, há atrasos a fechar valas e, agora, temos alguns bocados que faltam pavimentar, mas os homens abandonaram a obra e têm as máquinas encostadas. O último email que recebemos da Câmara foi de uma promessa da Águas

Poucos metros da rua estão por pavimentar

do Norte de que a empresa se comprometeu que quando viesse ia pavimentar tudo de vez e não abandonava as obras. Não cumpriram com o que prometeram, taparam alguns bocados, abandonaram e até agora não regressaram”, acrescentou. Feliciano Castro afirmou ainda

que “as coisas não começaram a correr bem e vão continuar a não correr”, porque “além da questão do pavimento”, há “falta de ligação do saneamento na zona do Outeiral e uma parte de Querelêdo que também não vai poder ligar”. C.V./P.P.


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Atualidade

Bernardino Vasconcelos dá nome a sala na sede do PSD da Trofa

Comissão Política Concelhia do PSD Trofa homenageou Bernardino Vasconcelos, primeiro presidente da Câmara Municipal da Trofa falecido há um ano.

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ez a 7 de setembro um ano do falecimento do primeiro presidente da Câmara Municipal da Trofa, Bernardino Vasconcelos. O social-democrata, uma das principais figuras da história do concelho, mereceu uma homenagem do partido que representou no fim de semana. A Comissão Política Concelhia do Partido Social Democrata (PSD) da Trofa deu o nome do antigo autarca às Jornadas Políticas e a uma das salas da sede do partido, situada na Rua Camilo Castelo Branco. A primeira conferência das jornadas foi, inclusive, dedicada a Bernardino Vasconcelos. Foram recordadas muitas histórias da ação humana e política do também pediatra, algumas contadas pelo “braço direito” no executivo camarário, António Pontes, e que podem ser vistas num vídeo publicado pelo PSD Trofa nas redes sociais. O ex-autarca lembrou o carinho que as pessoas nutriam por Vasconcelos, devido ao trato “atencioso e cuidado” que privilegiava no relacionamento com as pessoas. “Ele tinha uma grande sensibilidade do ponto de vista social, não lhe faltava uma pa-

lavra de ajuda e de incentivo para todos aqueles que se abeiravam dele. Tinha uma grande ligação com as pessoas”, frisou. António Pontes destacou ainda “a enorme capacidade de trabalho” de Bernardino Vasconcelos no exercício de funções, assim como “o empenhamento nas causas que abraçava”, como foi a criação do concelho da Trofa. “Lutava incansavelmente até atingir o objetivo”, acrescentou. O ex-vice-presidente da Câmara Municipal da Trofa não deixou de relembrar as causas políticas que o executivo municipal liderado por Bernardino Vasconcelos abraçou, como o investimento na rede de abastecimento de água e saneamento e no melhoramento do parque escolar e da rede viária. Os últimos anos no exercício de funções foram dedicados a pensar no “salto qualitativo” do concelho, com projetos como “o pavilhão gimnodesportivo de S. Romão”, a academia municipal “Aqua- Sala Bernardino Vasconcelos em memória do serviço prestado ao partido pelo antigo autarca place, a requalificação dos parques e o Parque das Azenhas”. cida pela homenagem feita pela Comissão Po- PSD Trofa que, até ao fecho de edição, não Contactado pelo NT, Tiago Vasconcelos, fi- lítica Concelhia do PSD Trofa”. atendeu as chamadas telefónicas nem responlho do antigo presidente da Câmara Municipal O NT tentou contactar Alberto Fonseca, deu à mensagem escrita e ao email enviados da Trofa, afirmou que a família “fica reconhe- presidente da Comissão Política Concelhia do a explicar o motivo do contacto. facebook PSD Trofs

Cátia Veloso

Nota de redação

NT não foi informado da realização das Jornadas

Foi com espanto que a equipa do jornal O Notícias da Trofa foi abordada por militantes do Partido Social Democrata que notaram a ausência de uma equipa de reportagem deste órgão de comunicação social nas Jornadas Bernardino Vasconcelos. Na verdade, a nossa ausência explica-se pelo facto de não termos tido conhecimento da realização desta iniciativa. Não recebemos nenhuma informação por parte da Comissão Política Concelhia (CPC) do PSD Trofa. Depois de alertados para o acontecimento, tentamos contactar o presidente da CPC, Alberto Fonseca, que não atendeu a nenhuma das chamadas nem respondeu à mensagem escrita que enviamos, explicando o motivo dos nossos contactos. Aliás, esta não é a primeira vez que somos “esquecidos” pela CPC do PSD Trofa. Este acontecimento segue-se a um outro, em que tentamos, por várias vias (telefone, email e redes sociais) chegar à fala com o presidente

da CPC, Alberto Fonseca, ou com alguém que o representasse, para obtermos declarações, sobre o anúncio do ministro Matos Fernandes de não construir a linha do Metro até à Trofa. A este propósito, o PSD Trofa fez, mais tarde, sair um comunicado que não enviou ao jornal O Notícias da Trofa. Consideramos que os mais prejudicados por estas “omissões” são os trofenses. Consideramos ainda que omitir a homenagem a Bernardino Vasconcelos, impedindo os trofenses de saberem deste acontecimento, é uma falta de respeito para com a memória deste que, no exercício de funções como presidente da Câmara Municipal da Trofa (eleito pelo PSD), sempre teve uma postura institucional exemplar para com o jornal O Notícias da Trofa. O diretor de informação Hermano Martins

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O NOTÍCIAS DA TROFA 30 SETEMBRO 2016

Atualidade A celebrar 40 anos, bombeiros procuram donativos e sócios

“Os bombeiros são a alma da população da Trofa”

PCP questiona Governo sobre estado das pontes do Muro

Quatro décadas de existência dos Bombeiros Voluntários da Trofa merece um even- Os deputados do PCP enviaram, a 25 de setembro, um to à altura, não fossem os primeiros de quem nos lembramos quando precisamos de requerimento ao Governo a questioná-lo sobre o estado das pontes que atravessam o canal da antiga linha de ajuda. A 1 e 2 de outubro, há festa no quartel dos Bombeiros trofenses. comboio, no Muro. Patrícia P ereira

Aniversário dos Bombeiros vai ficar marcado pela bênção de novas viaturas L iliana Oliveira Cátia Veloso

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á 40 anos, na Trofa, “um grupo de homens comprou uma ambulância ainda sem a certeza de que uma corporação pudesse ser criada”. Quarenta anos depois a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa (AHBVT) celebra mais um aniversário. Tudo começou com aquela aquisição, à qual se seguiu “a luta, durante anos, para se criar a Associação Humanitária, mas ela está aí e está viva”, afirmou o presidente da AHBVT, Manuel Dias. Por isso é tempo de celebrar. As comemorações do aniversário começam na Igreja Nova de S. Martinho de Bougado, pelas 19 horas de 1 de outubro, com a celebração de uma missa. Depois, há uma noite de fados, no salão polivalente da Associação Humanitária, com a participação de Paula Canossa, Fernando Jorge, Francisco Moreira e Adriana Paquete, acompanhados à guitarra por Manuel Soares e à viola por José Costa Pereira. No dia seguinte, pelas 9.30 horas, as comemorações começam com hastear das bandeiras e com uma homenagem aos bombeiros e membros dos órgãos sociais falecidos, na Rotunda do Bombeiro. Às

10.30 horas, com a presença do secretário de Estado da Administração Interna (Jorge Gomes), vão ser benzidas as novas viaturas, oferecidas pela família de Eurico Ferreira e pelo Município da Trofa, a quem Manuel Dias aproveitou para agradecer, e logo depois tem início a sessão solene, no salão da Associação Humanitária, com a presença do secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, à qual se segue o desfile motorizado e apeado. À tarde, a partir das 14.30 horas, a música volta a fazer parte da festa. Nelo Silva, Neno, Tiago Maroto, Nuno Portugal, Maria do Sameiro, Rui Nova e Ana Oliveira, Carlos Ribeiro e Costinha são alguns dos nomes que quiseram fazer parte das comemorações do 40.º aniversário da AHBVT. Manuel Dias quis ainda agradecer a Cristina Lima pelo empenho na organização da parte lúdica das festividades, nomeadamente dos dois espetáculos. As entradas nos espetáculos são gratuitas, mas os bombeiros contam com o apoio monetário da população. “É nossa intenção por uma caixa e se as pessoas entenderem que querem oferecer monetariamente alguma coisa a Associação fica grata”, avançou Manuel Dias,

mencionando que “a campanha incide mais em arranjar sócios para fazer face às despesas mensais e para ajudar, eventualmente, aqueles que têm mais dificuldades financeiras e que às vezes não têm dinheiro para pagar o transporte”. A verba que possam angariar vai ajudar os soldados da paz a “comprar algum equipamento”. “Temos um carro que estava para ser abatido, mas chegamos à conclusão que ele podia ser recuperado e esperamos no dia do aniversário poder reinaugurá-lo”. O veículo em questão passou a ter “cabine dupla e isso custa à volta de 15 mil euros, sendo que é a Associação a suportar o valor”. Além disso, outros gastos estão em causa, “como os dos incêndios, os próprios carros que têm um desgaste rápido, porque saem todos os dias, ou a conservação do quartel”, exemplificou o presidente da Associação Humanitária. Assim, “se a população contribuir é mais fácil gerir a casa e ter melhores condições para ajudar”. “Eu da população espero tudo e espero que saibam que os bombeiros são a alma da população da Trofa, porque estão sempre disponíveis”, afirmou o dirigente, que “gostava muito de ver o salão cheio” para ajudar uma Associação, “que é para todos”.

Em 2002 foi desativada a linha de comboio com a promessa da construção do metro até à Trofa. Uma promessa que passados 14 anos não se concretizou. Através de “contactos com as populações e de visitas ao local”, o Grupo Parlamentar do Partido Comunista Português (PCP) teve conhecimento da “imensa preocupação pelo estado em que se encontram as pontes que atravessam o canal da antiga linha de comboio”, pois, afirma, “nunca houve nenhuma intervenção no canal da antiga linha de comboio, para além do levantamento dos carris, pelo que as condições estruturais das pontes que o atravessam se têm vindo a degradar perigosamente”. Por essa razão, os deputados Ana Virgínia Pereira, Diana Ferreira e Jorge Machado enviaram um requerimento aos ministérios do Planeamento e Infraestruturas, do Ambiente e da Saúde, que teve como assunto “Necessidade de intervenção urgente no canal da antiga linha do comboio, no Muro, Trofa”. No documento, os deputados referem que as “duas pontes que cruzam o canal da linha na zona da Carriça, na EN 14, e a ponte situada atrás do cemitério do Muro apresentam fissuras nas junções, infiltrações de água nos pilares que podem levar a um desmoronamento das referidas pontes, pon-

do em risco a segurança das populações que as utilizam diariamente”. “Para além de questão da segurança, verifica-se, ainda, uma forte ameaça de saúde pública, devida à escorrência de águas residuais, que correm ao longo do canal, junto de habitações, e que transportam dejetos humanos e animais, com origem em vacarias que existem na vizinhança”, mencionam. Tendo em conta estes fatores, o Grupo Parlamentar “reforça a necessidade de uma intervenção urgente no canal da antiga linha do comboio”, na freguesia do Muro, “tanto pelo risco de segurança como de saúde pública das populações, já de si tão afetadas na sua mobilidade, pelo levantamento dos carris do comboio, sem a sua prometida, e sempre adiada, substituição pelo metro”. O Grupo Parlamentar questionou ainda se o Governo “conhece a situação descrita”, “como avalia a probabilidade de desmoronamento das pontes sobre o canal da antiga linha do comboio”, se “tem conhecimento do problema de saúde pública existente nesta zona - escorrência de águas residuais com dejetos humanos e animais, junto às habitações” – e “como tenciona resolver estas questões, de forma a garantir a segurança e a saúde pública das populações residentes junto do canal da antiga linha do comboio, na zona do Muro”. pub


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30 SETEMBRO 2016 O NOTÍCIAS DA TROFA

Jaime Toga

CRÓNICA Ainda (e sempre) o Metro para a Trofa Há muito tempo – há tempo demais – que se vão sucedendo notícias sobre o Metro para a Trofa. São notícias que prometem a construção da linha até à Trofa. Depois são notícias a dizer que já não se constrói. Às vezes aparecem outras a dizer que é melhor estudar o assunto. Mas ao longo de todos estes anos foram sendo tomadas opções que não serviram os interesses da população da Trofa. Primeiro porque permitiram o fim do serviço de comboio sem uma perspectiva real de ter o Metro. Depois porque foram sendo construídas outras ligações e anunciadas novas linhas, secundarizando sempre a ligação à Trofa. Recentemente consegui-se dar um passo importante no plano político: por iniciativa do PCP, a Assembleia da República aprovou por unanimidade uma resolução que apontava para que se iniciasse “até ao final de 2017, a construção da ligação do Instituto Universitário da Maia (ISMAI) à Trofa”. Apesar desta aprovação unânime, não desapareceram os contestatários. E, dias depois, veio o ministro que tutela a área dizer que não construia a ligação. Na Trofa surgiram logo reações de indignação dos que sempre lutaram pelo Metro, mas também daqueles que só defendem o Metro quando lhes dá jeito. Na passada terça-feira o ministro foi à comissão parlamentar, em audiência. Aproveitando a presença do Ministro, os deputados comunistas questionaram-no sobre o Metro para a Trofa, tendo o governante reafirmado a sua vontade de não construir a ligação. Mas avançou com uma nova informação, que julgo ser desconhecida da maior parte da população: o Governo está a procurar soluções alternativas em colaboração com a Câmara Municipal da Trofa. Ou seja, o Presidente da Câmara que garantiu em campanha eleitoral (sob palavra de honra, ao que me disseram) que o Metro dentro de meses chegaria ao Muro, está agora a negociar com o governo a forma de matar de vez a justa aspiração da Trofa a ser servida pelo Metro. Percebe-se melhor agora a forma como a Câmara se comportou na demolição da ponte da Peça Má. Percebe-se também que o presidente da Câmara não tem obra para mostrar e estará a negociar com o governo umas migalhas para poder fazer uns floreados em vésperas de eleições.

Mas não se pode perceber nem aceitar que a maioria PSD/CDS que governa a Câmara seja conivente com este atentado ao desenvolvimento, à mobilidade e qualidade de vida de todos os que vivem e trabalham na Trofa. Também não se pode perceber nem aceitar que o governo do PS não se assuma como “pessoa de bem” e falte ao compromisso que o Estado tem com esta terra. A Trofa tem direito a ter o Metro! Mas também tem direito a exigir que o governo a compense por tantos anos (mais de 14!!!) de espera. Uma Câmara que assumisse as suas reais responsabilidades não ajoelhava perante o governo, defenderia a Trofa e os trofenses, esclarecia e mobilizava a população na defesa do desenvolvimento da nossa terra. Há muito que está claro que nem o PS nem o PSD/CDS querem o Metro para a Trofa. A prática dos vários governos tem-no demonstrado. No passado também houve situações semelhantes. Por exemplo, quando não queria construir o novo trajecto e a nova estação de comboio. Aí, tal como na criação do concelho, autarcas e população mobilizaram-se, lutaram e ganharam. Agora parece que estamos perante autarcas que têm medo de esclarecer e de envolver as pessoas na defesa da sua terra. Porque será? Eles não querem, mas nós lutaremos até conseguir! Chegados a este ponto, não há meio termo. É hora de definições e para tal era bom que o presidente da Câmara clarificasse duas questões: É verdade que a Câmara PSD/CDS está a negociar com o governo PS formas de não trazer o Metro até à Trofa? Porquê que a Câmara faz isto nas costas dos Trofenses? Mas o processo não acabou e ainda é possível lutar pelo Metro para a Trofa. Foi com esta convicção que, logo após as declarações do ministro na Assembleia da República, o PCP apresentou um requerimento solicitando uma audiência do Ministro para discutir a expansão da rede até à Trofa, face às dúvidas lançadas pelo ministro e à justificada apreensão nas populações afetadas. O PCP continua do lado que sempre esteve: do lado da Trofa e da sua população, na defesa do Metro e do direito à mobilidade e à qualidade de vida. Já os outros...

Governo prepara “alternativa” para a linha do metro

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Atualidade

Matos Fernandes não adiantou pormenores sobre “alternativa” à construção do metro

Na audição do Ministro do Ambiente, Matos Fernandes, na quarta-feira, 28 de setembro, os grupos parlamentares do PSD e do PCP questionaram-no sobre a extensão da linha do metro até à Trofa. Cátia Veloso

“P

or que razão não lança o concurso de prolongamento da obra do metro ISMAI-Muro?” Esta foi a questão deixada por Emília Santos, deputada eleita pelo PSD, ao ministro do Ambiente, Matos Fernandes, durante a audição de quarta-feira, 28 de setembro. Em nota de imprensa, o Grupo Parlamentar do PSD afirma que o ministro “não pode dizer que é preciso elaborar projetos e lançar concursos públicos”, pois há “diversos troços que já têm projetos aprovados e até financiamento”, referindo os casos da linha de Gondomar e da linha ISMAI-Muro (Trofa). Para a deputada era “importante” que o ministro do Ambiente “se retrate nesta matéria”, uma vez que tem “ouvido em surdina que o Governo tem em mãos uma solução que passaria pela pavimentação do canal e a sua conversão num corredor exclusivo de transportes públicos”. “Esta alternativa está de facto em cima da mesa?”, questionou. Em resposta, Matos Fernandes afirmou que “a procura daquela linha (ISMAI-Trofa) não toma mais do que quatro por cento da oferta, o que representa um prejuízo de 750 mil euros anuais”. Além disso, o ministro “não” consegue “juntar-

-se” ao projeto de resolução aprovado por unanimidade pela Assembleia da República, a 7 de julho, que recomenda ao Governo que “a construção da ligação do ISMAI à Trofa, enquadrada no prolongamento da Linha C (Verde) do metro do Porto, inicie até ao final de 2017”. Por essa razão, está “a trabalhar numa solução alternativa”, que ainda “não pode anunciar, até por respeito ao senhor presidente da Câmara da Trofa (Sérgio Humberto), com quem tem sido trabalhada”. Matos Fernandes declarou que “não havia financiamento algum assegurado para esta empreitada” e que “o anterior presidente” da (CCDR-N - Comissão de Desenvolvimento Regional do Norte) lhe terá dito que “se soubesse que era cerca de 30 milhões de euros nunca teria assinado aquele protocolo, porque pensava que era de 11 (milhões)”. Recorde-se que foi assinado um protocolo de cooperação entre as autarquias da Trofa e Maia, CCDR-N e a Metro do Porto e homologado pelo então secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, que proponha um projeto “low cost” orçado em “cerca de 36,7 milhões de euros”, em que os municípios se comprometiam a assegurar o investimento necessário, 19 milhões de euros (Maia) e

18 milhões de euros (Trofa), abdicando inclusive de parte de fundos comunitários. Também o Grupo Parlamentar do Partido Comunista Português (PCP) questionou o Ministro sobre “o cumprimento da Resolução n.º 149/2016”, que “determinava, entre outras recomendações, que se iniciasse ‘até ao final de 2017, a construção da ligação do Instituto Universitário da Maia (ISMAI) à Trofa’”. Em nota de imprensa, o PCP reafirma “a necessidade de cumprir as recomendações da Assembleia da República, designadamente no que diz respeito ao prolongamento da linha do metro até à Trofa”, reiterando ainda “o seu compromisso de se continuar a bater por este objetivo, relembrando que a população da Trofa viu a sua linha de comboio ser encerrada há 14 anos com a promessa de abertura de uma linha de metro”. Nesse seguimento e considerando “a necessidade de se tomarem medidas urgentes”, o Grupo Parlamentar do PCP apresentou “um requerimento, aprovado por unanimidade”, solicitando uma audição ao ministro do Ambiente, sobre a situação dos transportes públicos, que, entre os vários pontos, encontra-se “especificamente sobre a Trofa”.


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O NOTÍCIAS DA TROFA 30 SETEMBRO 2016

Atualidade

Gala da AEBA com apelos ao futuro e homenage

A Associação Empresarial do Baixo Ave promoveu uma gala comemorativa dos 16 anos de existência. Noite ficou marcada por apelos à competitividade e pela homenagem às empresas associadas há 10 e 15 anos e às que conquistaram o estatuto de PME Excelência. Cátia Veloso

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lhar para o futuro e não perder de vista “a janela de oportunidade” que está a surgir com a “4.ª revolução” foi um dos desafios lançados durante a gala que assinalou 16 anos de existência da Associação Empresarial do Baixo Ave (AEBA). O tema foi comum nos discursos do presidente da AEBA e no do ministro da Economia, o convidado de honra da iniciativa, que juntou mais de 200 pessoas na Quinta da Alegria. Manuel Caldeira Cabral fez saber que “a Indústria 4.0 já está a entrar de forma muito abrangente em todas as empresas fornecedoras de indústrias como os setores automóvel, das máquinas e dos instrumentos de precisão”. O governante defendeu que “quem entrar primeiro pode subir na cadeia de valor” e “quem se atrasar e não perceber que este comboio está a passar a grande velocidade, vai ficar de fora”. “Por isso, lançamos um programa em que ouvimos empresas, tanto as multinacionais como as PME, start up e tradicionais. Há ótimas oportunidades que podem ser criadas e o mais interessante é, por exemplo, ir a Milão e ver a indústria do calçado a fazer já aplicações de Indústria 4.0”, esclareceu. “Resposta rápida, qualidade garantida e

produtos diferenciados” são os trunfos desta nova era industrial, sublinhou Caldeira Cabral, que aconselhou ainda as empresas “a não terem a ilusão” de que conseguirão “ganhos de competitividade” com uma “política de baixos salários”. Já José Manuel Fernandes considera que a Indústria 4.0 “assume-se como um desafio a cada uma das áreas de atividade” e “gera oportunidades para criar novas empresas e novos projetos empresariais”. Variante e metro como motores da economia Mas este não foi o único assunto em destaque da noite. José Manuel Fernandes não deixou passar a oportunidade e falou de assuntos há muito adiados pelo Governo para esgrimir argumentos na “ótica empresarial”. A variante à estrada Nacional 14 foi uma delas: “Sabemos que a solução está desenhada, falta implementá-la, mas o mais recente adiamento foi dececionante. Só esperamos que não apareça mais como prioritário uma nova saída ou entrada na A1, com investimentos de milhões, para ninguém passar lá, porque foi resultado do lobby de alguém muito importante e não da razão” E o metro também é, segundo o presiden-

AEBA comemorou 16 anos de existência

te da AEBA, um trunfo para a economia regional, porque “reduz custos, tem segurança e diminui as emissões de gases de carbono”. “Acabar de construir a linha do metro até à Trofa vai reduzir substancialmente a dependência de viatura própria para o acesso ao trabalho que é, já por si, uma fortíssima razão e um in-

vestimento rentável para o Estado”, justificou. Mas sobre estes assuntos, nem uma palavra de Manuel Caldeira Cabral, que se limitou a falar de medidas governamentais de apoio às empresas, como o programa de fundos comunitários e o Capacitar, que disponibiliza novos instrumentos de financiamento.

Prémios COTEC premeiam inovação de empresas e produtos A noite ficou ainda marcada pela apresentação dos Prémios COTEC Baixo Ave, que a AEBA vai atribuir a empresas e produtos inovadores. Jorge Portugal, diretor-geral da COTEC Portugal, afirmou que as distinções que

serão atribuídas de forma intercalada visam “premiar os empresários que apostam na inovação e materializam-na em competitividade, exportações e valor” e também “servirão para estimular os outros pelo exemplo”.

Incubadora de empresas na Trofa José Manuel Fernandes anunciou ainda que para breve entrará em funcionamento uma incubadora empresarial no concelho da Trofa, que estará “de braços abertos a todo o tipo de projetos, de qualquer perfil em idade e for-

mação de empreendedores”. “Após um período de teste, pode atingir outros espaços e parcerias devido a um modelo inovador que vamos implementar com práticas de co-working space”, explicou.

José Manuel Fernandes anunciou criação de incubadora de empresas no concelho


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30 SETEMBRO 2016 O NOTÍCIAS DA TROFA

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Atualidade

em aos associados

Associados da AEBA há 15 anos

Empresas associadas homenageadas Antes do corte do bolo e da tradicional canção de parabéns, a gala também teve um momento de homenagem às empresas associadas com ligação de 10 e 15 anos à AEBA e às empresas com estatuto

de PME Excelência. A empresa detentora do jornal O Notícias da Trofa foi uma das agraciadas com a distinção pelos 10 anos de ligação à AEBA recebido pela gerente Magda Araújo. A Tro-

faTv, por sua vez, também ficou ligada a esta gala pela produção do vídeo institucional que foi transmitido para as mais de 200 pessoas presentes.

Magda Araújo, gerente da empresa O Notícias da Trofa, recebe distinção Associados da AEBA há 10 anos pub

Empresas PME Excelência distinguidas pub


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O NOTÍCIAS DA TROFA 30 SETEMBRO 2016

Atualidade

Já começaram as obras na Casa Paroquial de S. José O início de setembro fica marcado pelo arranque de obras de recuperação da Casa Paroquial de S. José, em S. Mamede do Coronado. Pároco espera inaugurar obra a 15 de janeiro de 2017. Patrícia P ereira

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união dos mamedenses aliou-se à necessidade de intervir na Casa Paroquial de S. José. O estaleiro começou a ser montado no início do mês de setembro, com as obras de recuperação a iniciar a 9. O desejo do pároco de S. Mamede do Coronado, Rui Alves, é que a obra seja inaugurada no “Dia de Santo Amaro”, a 15 de janeiro de 2017. Em entrevista ao NT, o padre Rui Alves afirmou que se trata de uma “obra de recuperação de um edifício que tem mais de 50 anos”, que está orçada em “112 mil euros mais IVA”. A empreitada está dividida em duas fases, com a primeira a ser destinada ao salão paroquial. “Não havia saneamento, canalização de águas pluviais e um conjunto de situações que não existiam e que com o decorrer do tempo se foram degradando e que era fundamental fazer uma intervenção”, recordou. Depois de ver o que era “necessário intervir no salão”, o Conselho Económico da Paróquia de S. Mamede do Coronado, com o apoio da Comissão de Infraestruturas da Diocese, elaborou o caderno de encargos e o projeto e pediu “vários orçamentos”, tendo optado por uma empresa de “Vila Nova de Famalicão”. O pároco referiu que a estrutura do edifício “não será alterada” mas sim “melhorada” e que será colocado um “telhado e instalação elétrica completamente novos”. A empreitada conta ainda com a “colocação de capoto”, pintura, “alteração das casas de banho”,

saneamento e “palco e camarins”. Desde o início do ano que a paróquia promoveu iniciativas de angariação de fundos para as obras da Casa Paroquial de S. José, tendo angariado, “até ao momento, cerca de 170 mil euros”. O pároco acredita que a verba é “mais do que suficiente”, mas salientou que “pode haver surpresas no decorrer da obra e que acresce sempre o valor”. Contudo, Rui Alves asseverou que serão “necessárias mais verbas” para a 2.ª fase da empreitada, que será a “reconstrução” da residência paroquial. O sacerdote adiantou que é “necessária uma intervenção de fundo”, havendo já “uma ideia” do que o Conselho Económico da Paróquia de S. Mamede do Coronado pretende: uma casa “simples, o mais económica possível, com as devidas condições, com aquilo que uma casa deve ter” e “sem exageros”. “O meu grande desejo era que no dia 15 de janeiro de 2017 não só inaugurássemos a requalificação da Casa Paroquial de S. José, mas também lançássemos a primeira pedra da casa paroquial de S. Mamede do Coronado”, enfatizou. Rui Alves mencionou que será necessário “mais verbas e empenho e de continuarem a trabalhar para terem o dinheiro e concluírem a obra da casa paroquial”. Nesse sentido, o padre pede “ao povo de S. Mamede para continuar a acreditar nesta obra que é de todos”. “Um obrigado muito grande ao povo de S. Mamede que tem sido inexcedível no que ao empenho diz respeito para que efetivamente estas duas obras sejam uma realidade”, terminou.

Concertinas animaram Santa Eufémia

Centenas de pessoas assistiram, em Alvarelhos, ao já habitual Encontro de Tocadores de Concertina e Cantares ao Desafio, que se realizou no sábado, 24 de setembro. Esta é uma tradição que se mantém ao longo dos anos, uma semana depois da “Santa Eufé-

mia Grande”. Vindos de vários pontos do norte do país, foram muitos os grupos que subiram ao palco da festa de Santa Eufémia para animar o público ao som das suas concertinas, num encontro informal mas muito animado.

Comissão de Festas de Nossa Senhora das Dores organizou jantar-convívio A Comissão de Festas de Nossa Senhora das Dores organizou na sexta-feira, 23 de setembro, um jantar convívio para juntar à mesa todos os elementos que durante o ano contribuíram para o sucesso da festa em honra de Nossa Senhora das Dores, este ano organizada

pelo lugar da Abelheira. De forma a eternizar o jubileu dos 250 anos da construção da Capela da padroeira foi entregue uma lembrança a cada elemento, tratando-se de uma réplica em inox da parte frontal da Capela de Nossa Senhora das Dores. L.O./C.V.


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30 SETEMBRO 2016 O NOTÍCIAS DA TROFA

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Trofenses Fantásticos

Trofense em missão solidária em Cabo Verde “Preciso de ti para ser eu” é uma frase de José Luís Nunes Martins que encaixa na perfeição na vida da trofense Ana Luís Reis. A 10 de setembro, a jovem farmacêutica embarcou numa das maiores aventuras da sua vida e viajou para Cabo Verde para “ser feliz por fazer feliz”. L iliana Oliveira Cátia Veloso

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projeto Vive Cabo Verde, desenvolvido pela Associação Ser+ Dar+, incentiva o voluntariado de intercâmbio pela valorização e educação em Cabo Verde e foi esta viagem que Ana Luís Reis quis partilhar com O Notícias da Trofa. Uma semana para ajudar a mudar vidas. Foi com esta missão que um grupo de voluntários portugueses desembarcou a 10 de setembro em Cabo Verde. Boavista e S. Vicente foram a sua casa durante sete dias. Depois de descer as escadas do avião e encarar a dura e diferente realidade que os seus olhos testemunhavam, Ana Luís Reis foi invadida por um misto de emoções, “uma tristeza por ver as construções tão degradadas e uma alegria por estar a iluminar o dia daquela gente”. O grupo, composto por farmacêuticos, terapeutas ocupacionais e da fala e fisioterapeutas, partiu com “o objetivo de ajudar crianças, famílias, escolas e bairros carenciados”. Durante a estadia por solo africano, os voluntários trabalharam essencialmente o campo da saúde. Deram “formação a monitores, professores e adultos de hábitos de higiene, primeiros socorros, tratamento de picadas, queimaduras, uso do preservativo, reconhecimento de sintomas de AVC e melhor alimentação”, relatou Ana Luís Reis. Mas não se ficaram por aqui. Houve ainda tempo para pôr em prática “atividades didácticas com as crianças, no âmbito da higiene pessoal e da criatividade, com pinturas e desenhos, e dar consultas à população”. Também o Centro de Dia foi alvo desta intervenção voluntária, com atividades para idosos e auxílio na medicação.

Voluntários angariam produtos

Algumas crianças com paralisia cerebral estavam já referenciadas e a equipa visitou-as no sentido de “auxiliar os familiares a lidar com a criança”, com o intuito de ajustar a medicação, ajudar com estratégias não medicamentosas, melhorar a alimentação e a postura da criança. Kleidson, de 9 anos, é exemplo disso. O menino viu a sua vida melhorar com a chegada deste grupo de portugueses. Com diagnóstico de paralisia cerebral, epilepsia e outras complicações associadas às alterações neurológicas severas e progressivas, os voluntários, com o apoio da Associação Portuguesa de Celíacos, conseguiram vários tipos de bolachas, papas, cereais sem glúten, fraldas, medicação e outros alimentos que vão permitir a Kleidson ter uma vida melhor. A Associação conseguiu ainda devolver o sorriso a um menino, dando-lhe a oportunidade de ouvir os sons da vida através de um aparelho auditivo. Do lado de lá, onde tudo parece distante e inacessível, há falta de muitas coisas, mas sobretudo de amor. “As crianças são muito carentes. Tudo o que querem é um colo, dar a mão ou um abraço, ter um pequeno brinquedo ou um lápis de cor para pintar”, descreveu a voluntária, que afirma que os meninos cabo verdianos ficaram “eufóricos com a presença da equipa”, que foi brindada com “café cabo verdiano e uma festa de despedida”. “Ainda hoje recebemos mensagens de agradecimento e saudade”, realça Ana Luís Reis. Numa viagem com uma carga emocional desta dimensão, há coisas que não mais saem da memória muito menos do coração. Para a trofense, “a falta de água corrente nas casas de banho, as instalações de uma das escolas e o facto de imensas crianças

um pouquinho a vida destas pessoas”. No regresso a casa, o sentimento é misto. Se por um lado “todas as atividades foram muito bem sucedidas”, por outro lado “ficou muito por fazer, muitas pessoas para ver e acarinhar”. Na bagagem trouxe “muitos contactos e parcerias para que, dentro do possível, a ajuda continue a ser feita de cá”, explicou Ana Luís Reis. “O contacto com esta realidade traz um crescimento pessoal que pode ser transposto para a vida”, realçou a voluntária que considera que “a adaptação ao local e às pessoas, incluindo aos voluntários, é um desafio”. Os interessados no projeto devem seguir o grupo do Facebook “Projeto VIVE Cabo Verde” e estar atentos à abertura de candidaturas para uma nova missão. Depois devem enAna Luís Reis integra projeto Vive Cabo Verde viar o Curriculum Vitae e esperar dormirem num único colchão” fo- as malas e embarcar. Começou aqui que lhes seja dada a passagem para ram aspetos que não mais esqueceu. a aventura de Ana Luís Reis, que viu embarcar na próxima aventura. Para Mas a tal festa surpresa antes do no projeto “uma oportunidade de a farmacêutica esta foi uma experiadeus marcou Ana Luís Reis. “En- ajudar crianças e adultos, num local ência “muito gratificante e que vaquanto fazíamos as atividades, eles desfavorecido, onde os cuidados de leu muito a pena”. Ana Luís Reis refizeram bolos e bolachas típicas de higiene e saúde falham”. A farma- gressou a Portugal a 17 de setembro Cabo Verde. Pedimos para não faze- cêutica viu nesta missão “um desafio” com uma mala repleta de recordarem, porque sabíamos as dificulda- por “contactar com realidades muito ções e o coração cheio por “ser feliz des deles, mas era um orgulho para distintas das nossas e por melhorar por fazer feliz”. eles retribuir dessa forma”, explicou a farmacêutica. Voluntários angariaram produtos que encheram dois contentores Mas esta missão começou a ser desenhada muitos meses antes de os voluntários aterrarem em Cabo Verde. Desde fevereiro que Ana Luís Reis preparava a sua partida. “Cada voluntário fez uma ação, como por exemplo um almoço solidário, uma caminhada ou um sorteio, onde as pessoas pagavam um valor simbólico, que revertia a favor da Associação”, explicou a farmacêutica. “Também foram pedidos donativos em produtos a empresas, como fraldas, escovas de dentes, livros ou material de farmácia”, acrescentou. No caso de Ana Luís Reis, em dois dias conseguiu angariar “imensos sacos com roupas, brinquedos, calçado e livros”. Uma onda de solidariedade que permitiu levar para Cabo Verde “dois contentores de 20 pés, inclusive mobília para um infantário inteiro e muitas camas”. “É imenso”, considerou a voluntária. “Ser feliz por fazer feliz” Ana Luís Reis começou esta aventura por incentivo de uma amiga. Candidatou-se e surgiu um segundo grupo, que permitiu à trofense fazer


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O NOTÍCIAS DA TROFA 30 SETEMBRO 2016

Atualidade

Projeto vencedor do OPJ’15 com ensino musical gratuito e qualificado

Percutindo Trofa arranca a 3 de outubro O

projeto “Percutindo Trofa”, da Associação Musical e Cultural da Trofa, foi um dos vencedores da edição 2015 do Orçamento Participativo Jovem da Trofa, criado em novembro de 2010 pela Câmara Municipal com o objetivo “dos jovens participar na definição das prioridades do orçamento municipal”. “Percutindo Trofa” arranca a 3 de outubro e abrange pessoas, literalmente, dos oito aos 80, já que a partir dos oito anos de idade qualquer pessoa pode inscrever-se. “É um projeto de percussão Orff, ministrado segundo a base de pedagogia de Wuytack”, esclareceu a diretora

pedagógica da Associação, Cândida Oliveira. Os 17.500 euros que a vitória no OPJ rendeu serviram para adquirir “instrumentos de percussão”, sendo ainda selecionado um professor “com base na formação que tem em pedagogia musical de Wuytack”, declarou Cândida Oliveira A diretora acredita que “as pessoas vão aderir” ao projeto, uma vez que “a ideia de Orquestra Orff é muito utilizada no mundo inteiro”, mas em Portugal apenas “existe uma Orquestra Orff, que é a do Porto”. “Há pontualmente alguns grupos que se juntam para fazer música Orff”, por isso o grupo que se vai

formar na Trofa vai ser “praticamente pioneiro” e vai permitir às pessoas “aprender de forma gratuita e qualificada”. Os ensaios vão ser às quartas-feiras, entre as 19 e as 20 horas, nas instalações da Associação Musical e Cultural da Trofa, na Rua Dr. António Cruz, n.º17, na Trofa. Para se inscreverem, os interessados devem contactar a Associação através do 918 130 941 ou 914 699 500, da página do Facebook (Percutindo Trofa) ou do e-mail: percutindotrofa.emat@gmail.com. Para mais informações podem deslocar-se às instalações da Associação aos sábados de manhã, entre as 9.30 e as 12 horas. L.O./C.V.

EMAT comemora Dia da Música e aniversário em concerto Já vem sendo habitual a Escola de Música e Artes da Trofa presentear os trofenses com um concerto nas comemorações do Dia Mundial da Música. Este ano não é exceção. Esta sexta-feira, 30 de setembro, os alunos da EMAT atuam às 21.30 horas, no salão paroquial da Igreja de S. Martinho. “O Dia Mundial da Música vai ser assinalado com a partici-

pação dos alunos e também dos professores, por isso será um concerto dedicado aos pais mas também aos alunos”, avançou Cândida Oliveira, diretora pedagógica da EMAT. Mas os motivos para celebrar são a dobrar. O concerto servirá também para assinalar o terceiro ano de existência da Escola de Música e Artes da Trofa. “Estamos a come-

çar muito bem o terceiro ano. Temos muitos alunos novos, que, no fundo, é o reconhecimento do nosso trabalho”, afirmou a diretora pedagógica. Mas se foram muitos os que entraram também foram muitos os que saíram para “ir estudar música profissionalmente”. “Para nós isso é fantástico e deixa-nos muito contentes”, concluiu Cândida Oliveira.

Rota de Água para ajudar nas festas do S. Martinho da Biqueira A Rota da Água já vai na sua quarta edição e desta vez teve um cariz solidário. O objetivo era ajudar a comissão de festas do S. Martinho da Biqueira e o balanço “é muito positivo”. A caminhada de dez quilómetros que se realizou no domingo, 25 de setembro, promovida pela comissão de festas e pela Associação para a Proteção do Vale do Coronado (APVC), tinha duplo objetivo: “angariar verbas para o S. Martinho da Biqueira (a acontecer em novembro) e (re)conhecer o Património da Água do Coronado”. O percurso incluiu alguns pontos de interesse locais, nomeadamente “os Tanques do Casal e de Mendões, a Poça do Barro, o Engenho da Cegonheira, o Ribeiro da Mamoa, os Tanques do Covelo, o Fontenário de Vila, as Poças Velha e Nova”. Foram ainda promovidas “três palestras sobre pa-

Memórias e Histórias da Trofa por José Pedro Maia Reis

O teatro nos Bougados

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grande maioria da população trofense cresceu com a ideia que o primeiro teatro na Trofa seria o conhecido Teatro Alves da Cunha, atualmente a Casa do Futebol Clube do Porto. A ausência de estudo fez com que se instalasse essa ideia, contudo, antes da transformação de uns velhos fornos de cal, em teatro, ocorreram espetáculos anos antes, no topo do Parque N. S. das Dores, próximo à avenida que segue para Mosteiró, Covelas e o Coronado. A data da possível construção do teatro não foi encontrada, mas, em Santiago de Bougado em junho de 1934 construía-se uma casa de espetáculos do mesmo formato da existente em S. Martinho, que teria o seu espetáculo inaugural no dia 10 de junho de 1934 com a peça “As Rossas de Nossa Senhora”. Esteve mais de um mês em exibição e o espetáculo seguinte seria a comédia “Julgamento no Samouco”. O grupo de atores que atuava naquela sala eram membros do Grupo Dramático de Bairros, todos amadores e encenados por Dr. Avelino Moreira Padrão. Também em S. M. Bougado aproximadamente uma década antes terá existido também um grupo denominado o Grupo Dramático Trofense. A sala de espetáculos em S. M. Bougado recebeu inúmeros grupos

de artistas e até um famoso faquir que já tinha atuado nas grandes salas de espetáculo do Porto e Lisboa. As instalações de ambas as salas de espetáculo eram bastante rudimentares, ocorrendo bailes e teatros para recolher fundos, uma importante fonte de receita para o jornal “O Trofense” que dava os seus primeiros passos. Na 4.ª feira de Cinzas, um funcionário dos caminhos de ferro, viu labaredas e deu o alerta de incêndio. A falta de bombeiros na Trofa e de meios de comunicação, não havia telefones na Trofa, dificultaram o socorro, acorreram ao incêndio os bombeiros de Santo Tirso e de Famalicão que se limitaram a operações de rescaldo devido à sua chegada tardia. Nos meses seguintes, uma campanha para a obtenção de fundos para a reconstrução do edifício de S. M. Bougado, o proprietário Alfredo Guedes Machado estava com dificuldades em recuperar o imóvel e a pouca aderência ao pedido financeiro fez com que a Trofa perdesse um dos poucos divertimentos que tinha até à transformação dos antigos fornos de cal em teatro, batizado após a atuação do famoso ator à época Alves da Cunha nascido em 1889, com o seu nome naquele espaço.

SMED FEST este fim de semana

Caminhada Rota da Água teve cariz solidário

trimónio, biodiversidade e ruralidade” e uma visita guiada pelo artista plástico da terra, De Velasco, que, a propósito das exposições da Zurra – Festa do Burro, explorou a relação entre arte, natureza e ruralidade. No final, na Biqueira, os participantes puderam medir a sua hipertensão arterial. Depois do almoço, a tarde foi de convívio e a anima-

ção esteve a cargo de Sérgio e Hugo. Recorde-se que, até 16 de outubro, a APVC está a promover gratuitamente visitas guiadas à secção de Arte Ecológica/LandArt da Zurra 2016. Para participar deve inscrever-se através do e-mail valedocoronado@gmail.com ou do Facebook da APVC www.facebook.com/valedocoronado. L.O./C.V.

Mr. Miyagi, Lazy&Dekor, Sentido Único, Double, Granada, We Bless This Mess, Capitão Gancho, GoBabyGo e The Black Wizards são alguns dos 15 nomes que vão marcar presença na sexta edição do SMED FEST. Para João Rui Pereira, responsável pela produção do evento, “o foco é a boa música, dando a conhecer o que de bom se faz em Portugal, essencialmente bandas do norte do país”. Esta sexta e sábado, 30 de setembro e 1 de outubro, a Quinta de S. Romão, no Coronado, vai receber o evento organizado pela Quebra Sentidos Associação Cultural e Caixa Cartão. João Rui Pereira disse ao jornal O Notícias da Trofa que as expectativas “são boas”. “Estamos a contar com bastante gente, temos um bom cartaz e o espaço é bonito”, acrescentou. Pela primeira vez o evento localiza-se num espaço ao ar livre, que conta com uma área reservada a campistas. No recinto, localizado a 200 metros da estação de comboios de S. Romão do Coronado, além dos palcos que vão receber os concertos, haverá também um skatepark. No primeiro dia do evento as portas abrem às 20 horas e no segundo às 14 horas. O passe-geral, com um custo de oito euros, já pode ser adquirido em https://liveeventticketing.com/event/view/ smed-fest, Smed Museu, Esad Matosinhos e AE ESAD. Os bilhetes diários são adquiridos no local do evento, entre as 20 e a 1 hora desta sexta-feira e entre as 14 e a 1 hora de sábado. L.O./C.V.


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30 SETEMBRO 2016 O NOTÍCIAS DA TROFA

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Desporto

2.º melhor português na Maratona de Berlim é de Guidões Na Maratona de Berlim, o segundo melhor português classificado é do concelho da Trofa, mais precisamente de Guidões. Bruno Ferreira cumpriu o sonho de participar naquela que é considerada a mais importante prova do mundo daquela distância. Cátia Veloso

Trofenses no Vizela Racing Festival Durante dois dias, o concelho recebeu o Vizela Racing Festival/ Adruzilo Lopes, nos dias 24 e 25 de setembro. Uma prova que contou com “uma especial citadina noturna”, uma “Especial em Linha/ Monte da Garrafinha” e uma Especial Citadina. Em prova estiveram seis equipas trofenses. Ao volante do BMW E36 325l, a dupla Filipe Moreira e Nuno Costa, do TALHO 2005/CSJ team racing, classificou-se em 4.º lugar da classe 11, tendo ficado em 11.º na classificação geral. Já Paula Sousa,

navegada por Cátia Esteves, estava a liderar a classe feminina, quando, por “motivos de força maior, foi penalizada e consequentemente desclassificada”, contou a equipa. Na prova competiram ainda Pedro Freitas, ao volante de um BMW E36 325l, Nuno Freitas, navegado por Jorge Moreira, também ao volante de um BMW E36 325l, Fernando Freitas, navegado por Diogo Freitas, ao volante de um Fiat Punto, e Cláudio Santos, navegado por Marta Cabral, ao volante de um Mini 1000. P.P.

A

s expectativas para a prestação na Maratona de Berlim, que aconteceu no dia 25 de setembro, eram “bastante elevadas”, uma vez que Bruno Ferreira preparou-se durante “três meses”, percorrendo “muitas centenas quilómetros”. Na prova, tudo corria bem até aos 34 quilómetros, momento em que o atleta quebrou fisicamente. “Inicialmente, corria tudo de feição, com passagens dentro do planeado e a sentir-me confortável, 34 minutos aos dez quilómetros, uma hora e 12 minutos à meia maratona e uma hora e 42 minutos aos 30 quilómetros, que me levava para a marca que tinha idealizado, que se situava nas duas horas e 24 minutos no final. Só que, a partir do quilómetro 34, as sensações começaram a não ser as melhores e os últimos dois quilómetros foram de puro sofrimento, o que hipotecou por completo a marca pretendida”, contou em declarações ao NT. O atleta terminou a prova com duas horas e 33 minutos, sendo o segundo português a cortar a meta e conquistando o 117.º lugar na classificação geral. “O resultado não me deixa totalmente satisfeito, porque estava muito bem preparado, mas aqueles últimos quilómetros hipotecaram a possibilidade de, por um lado, ser o melhor português, pois le-

Bruno Ferreira participou naquela que é considerada a mais importante maratona do mundo

vava cerca de dois minutos de vantagem sobre ele ao quilómetro e, por outra, a entrada no top 50”, relatou. Bruno Ferreira iniciou-se no atletismo aos 13 anos no Ginásio da Trofa, coletividade que representou até ao escalão de júnior. Mudou-se para o Maia Atlético Clube, conseguindo ser um dos pré-selecionados para o Europeu de Corta-Mato de sub-23, mas “um problema de saúde” retirou-lhe a possibilidade de representar as cores lusas. “Esse mesmo problema, rabdomiólise, obrigou-me a abandonar a modalidade”, contou o atleta, que não se deu por vencido e regressou seis anos mais tarde. O

regresso não foi fácil e ficou marcado por “algumas lesões complicadas, próprias de quem esteve sem treinar”, mas, aos poucos, os resultados “foram surgindo”. Atualmente, representa o São João da Serra, associação de Vila Nova de Gaia, pela qual se sagrou campeão regional de estrada, corta-mato curto e longo. As ambições para o futuro são contidas, uma vez que Bruno Ferreira tem de “conciliar um trabalho exigente em termos de horário, com a família e os treinos”. “Os objetivos vão passar pelas longas distâncias e por novos desafios, pois é aí que me sinto realizado”, concluiu.

Pedro Teixeira no Mundial de Estrada O ciclista Pedro Teixeira, da Associação Cultural Desportiva de Ciclismo da Trofa, foi um dos nove corredores convocados pelo selecionador nacional de estrada, José Poeira, para representar a Seleção Nacional/Liberty Seguros no Campeonato do Mundo de Estrada, que se realiza entre os dias 10 e 16 de outubro, em Doha, Catar. Será pelas 11.15 horas (horas Portugal Continental) do dia 14 de outubro, que terá início a prova de Fundo em Juniores, no percurso de 135,5 quilómetros. Segundo nota de imprensa da Federação Portuguesa de Ciclismo, as provas ficam marcadas pelo “terreno plano e pelo calor intenso, esperando-se temperaturas entre os 30º C e os 40 º C”, sen-

do que se houver vento poderá “ser um adversário de peso”. “Este tipo de percurso a este nível competitivo será uma novidade para a maior parte dos juniores e sub-23, mas é im-

portante para o seu desenvolvimento que passem por esta experiência, tentando estar o mais próximo possível da frente”, afirmou o selecionador nacional. P.P. pub


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O NOTÍCIAS DA TROFA 30 SETEMBRO 2016

Desporto

Taça de Portugal com festa de golos na Trofa À primeira vista, parece que o Trofense teve tarefa fácil na receção ao Beira-Mar, na segunda eliminatória da Taça de Portugal. Mas antes dos seis golos, a formação aveirense esteve a vencer durante mais de 35 minutos. Cátia Veloso

O

Clube Desportivo Trofense goleou o Beira-Mar por 6-1 em jogo da Taça de Portugal, mas apesar do resultado dilatado, teve de trabalhar muito para conseguir sair vencedor. A formação aveirense, que milita nos campeonatos distritais, esteve a vencer durante mais de meia hora, após falha defensiva aproveitada por Pirata que, nas alturas, no coração da área adversária, cabeceou para o primeiro golo da partida, aos 20 minutos. O Trofense, que tinha assumido desde cedo o domínio do jogo, viu-se a perder, mas mesmo assim continuou com grande toada ofensiva. A ineficácia, porém, marcou a primeira parte, já que foram várias as oportunidades desperdiçadas pelos jogadores da Trofa. Firmino foi um dos mais ativos no ataque, estando perto de conseguir o primeiro golo com um remate à meia volta que obrigou Diogo Melo a defesa difícil. Na recarga, Pedro Matos atirou às malhas laterais. Noutra ocasião, Firmino testou, de novo, os reflexos do guardião adversário e, mais uma vez, Diogo Melo respondeu à altura, com uma exce-

lente estirada ao remate do avançado trofense. Já depois do intervalo, o Trofense chegou ao empate, por intermédio de André Viana, após cruzamento de Hélder Sousa e um corte incompleto do defesa aveirense. Quatro minutos volvidos, a reviravolta consumou-se com o tento de Alexandre Garcia, após mau atraso de um adversário. A formação da casa continuou a não dar tréguas ao opositor e a manter a postura ofensiva, que continuou a dar frutos. Após ver um golo anulado por suposto fora de jogo, o avançado Pedro Matos sofreu grande penalidade, na sequência de uma falta de Diogo Melo, e permitiu que a equipa voltasse a marcar. Hélder Sousa cobrou o castigo máximo e fez o 3-1. Sem argumentos, o Beira-Mar continuou a ser penalizado pelas facilidades concedidas no setor mais recuado. Aos 76 e 87 minutos, Firmino viu premiada a excelente exibição com dois golos. O primeiro, de cabeça, e o segundo num remate rasteiro após assistência de Mika. Já nos “descontos”, Anthony Carter fez um dos golos mais bonitos da tarde, através de um livre direto, sem hipóteses de defesa para Diogo Melo.

Bruno Ferreira - Treinador do CD Trofense

“Tivemos que ir atrás do resultado. A equipa acabou por conseguir manter o volume de jogo ofensivo que até ao golo sofrido já havia apresentado. Conseguimos manter a mesma dinâmica e atitude e isso foi determinante. No intervalo, ao falar com os jogadores senti crença e capacidade para dar a volta ao resultado. Felizmente, foi o que aconteceu. Empatamos e conseguimos, pouco tempo depois, fazer o segundo golo. O facto de a equipa ter mantido os níveis de agressividade e volume de jogo ofensivo acabou por ajudar a que conseguíssemos fazer mais golos. A partir do terceiro golo matamos o jogo. Agora temos que fechar esta gaveta e abrirmos outra e esta, sim, é para nós a mais importante. Temos uma deslocação à Madeira para defrontar uma equipa que é candidata. Vamos encontrar uma Camacha ferida pelos últimos resultados e convém aumentar os níveis de alerta, porque este é um jogo de extrema importância e no qual só podemos pensar nos três pontos”.

José Alexandre Silva - Treinador do Beira-Mar

“O Trofense teve mais ataque, mais bola, nós fizemos golo na primeira oportunidade que tivemos, fomos eficazes. Ao intervalo, ganhávamos 1-0 e em termos táticos estávamos bem. Na segunda parte, os lances que ditam a história são o golo do empate e o segundo golo. Com a lesão do Magno, não conseguimos fazer substituição a tempo e, com menos um, o Trofense aproveitou e com um cruzamento do lado esquerdo, a bola entrou. Depois, oferecemos o segundo golo num mau atraso. A certa altura, tinha duas soluções, ou levávamos uma derrota por 3-1 para casa ou acreditávamos que desequilibrando a equipa podíamos ir em busca de qualquer coisa, uma bola parada ou de um lance de contra-ataque, e tirávamos um médio e metíamos um segundo ponta de lança. Aí, estávamos a correr riscos. As coisas podiam correr muito bem e causar uma complicação ao adversário, marcar um golo e entrar no jogo ou podem correr mal e levar 6-1. Foi o que aconteceu. É um resultado pesado que não merecemos”

Trofense defronta Setúbal na 3.ª eliminatória Na terceira eliminatória da Taça de Portugal, o Trofense recebe o Vitória de Setúbal, ditou o sorteio realizado esta quinta-feira. Os jogos estão marcados para 16 de outubro.

Aprovação do PER em stand by

Resultados Camadas Jovens Clube Desportivo Trofense

A aprovação do Processo Especial de Revitalização da SDUQ do Clube Desportivo Trofense está dependente do voto da Segurança Social. Patrícia P ereira Hermano M artins

O Processo Especial de Revitalização (PER) da Sociedade Desportiva Unipessoal por Quotas (SDUQ) do Clube Desportivo Trofense esteve em votação no Tribunal de Santo Tirso, pelas 14 horas de quinta-feira, 29 de setembro. O valor total do PER é de 500 336,67 euros. Na sessão, todos os jogadores presentes votaram contra, à exceção do representante do jogador Tiago Pires, das Finanças, Liga de Clubes,

empresas e da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa que votaram favoravelmente. Mas a aprovação do PER ficou em stand by, devido à ausência de voto da Segurança Social, que representa cerca de 26 por cento, e que nos próximos cinco dias úteis fará chegar a sua votação por escrito. Já na votação que ocorreu há três meses, em que o Processo de Revitalização não foi aprovado, a Segurança Social votou favoravelmente. Caso mantenha o mesmo sentido de voto,

o PER terá cerca de 88 por cento dos votos favoráveis. Este Processo de Revitalização não prevê um perdão de dívida, mas dos juros aos fornecedores, sendo que o pagamento será feito em prestações. Segundo o advogado da SDUQ do Trofense, a dívida às Finanças será paga em 135 prestações e à Segurança Social em 150 prestações. Aos restantes credores será pago em 72 prestações, representando um encargo mensal de cerca de dois mil euros, com um período de carência de um ano.

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Juniores 1.ª divisão distrital – série 2 Fânzeres 1-7 Trofense (3.º lugar, 6 pontos) Próxima jornada - 01/10 às 16.30 horas Aliados Lordelo-Trofense Juvenis A 1.ª divisão distrital – série 2 Trofense 0-1 Freamunde (9.º lugar, 3 pontos) Próxima jornada - 02/10 às 10 horas Penafiel-Trofense Iniciados A 1.ª divisão distrital – série 2 Trofense 0-1 Calçada (8.º lugar, 3 pontos) Próxima jornada - 02/10 às 10 horas S. Martinho-Trofense Infantis 11 1.ª divisão distrital – série 2 Trofense 2-1 FC Penafiel (6.º lugar, 3 pontos) Próxima jornada - 01/10 às 13 horas Paços de Ferreira-Trofense


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30 SETEMBRO 2016 O NOTÍCIAS DA TROFA

Torneio Trofense 66 homenageia Tiago

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Desporto

Trofense 66 é um torneio 3x3 que pretende homenagear Tiago Pereira, capitão do Trofense que na época passada terminou a sua carreira. O torneio realiza-se entre as 9 e as 12 horas do dia 5 de outubro, no complexo desportivo em Paradela.

“Q

ueremos que todos os jovens do Trofense e do concelho sintam o carisma do Tiago e que o vejam como um exemplo de futebolista e de pessoa.” Segundo Jorge Maia, coordenador do Departamento de Formação do Clube Desportivo Trofense, este é o objetivo do Torneio Trofense 66, que estão a promover para o dia 5 de outubro. Com a realização do Torneio, o Departamento de Formação pretende “homenagear o Grande Capitão do CDT

que, como todos sabem, foi formado no Clube e atingiu o mais alto rendimento”. “É para nós um privilégio poder ter connosco alguém tão importante e marcante como o Tiago”, completou. E foi “no 3x3” que encontraram “a melhor homenagem para ele”, uma vez que “sempre foi um jogador para jogar, lutar, criar, competir e deixar tudo no jogo”. E é isso que o Departamento de Formação almeja para “os jovens”. “É um desafio que lan-

çamos aos nossos jovens jogadores, formarem uma equipa com os seus amigos do futebol de rua, da escola ou do grupo com quem brincam, de forma a competirem e procurarem no Tiago um modelo de jogador competitivo”, explicou. O Torneio Trofense 66 destina-se a “todas as crianças entre os sete e os 12 anos”, que “gostem de um bom desafio, de competir e de jogar”. Para formar uma equipa basta formar “um grupo de três” jovens,

com “a obrigatoriedade de ter um jogador do Departamento de Formação do Trofense”. “Queremos mobilizar os nossos jovens a terem iniciativa/autonomia, de forma a constituírem a sua própria equipa. Pretendemos trazer cada vez mais crianças para o futebol e mostrar que brincar a jogar futebol é muito divertido e conseguimos inserir a competição como mais uma ferramenta no nosso processo formativo. Temos a certeza que no final os jovens vão per-

ceber que juntos conseguem brincar, competir e aprender”, ressalvou. Recorde-se que esta época, o Trofense vai competir com “11 equipas nos cinco escalões”, tendo ainda “quatro equipas” na Escola de Futebol Trofintas a participarem nos encontros organizados pela Associação Portuguesa de Escolas de Futebol. São “cerca de 220 atletas dos quatro aos 19 anos”, adiantou o coordenador.

Bougadense lidera grupo da Taça Brali Em jogo para a Taça Brali, o Bougadense venceu o Balasar, por 1-3. Na próxima jornada, basta um empate frente ao Castêlo da Maia para avançar para as eliminatórias. Patrícia P ereira

O Atlético Clube Bougadense foi a Balasar buscar mais três pontos que o permitem liderar o Grupo 4 da Taça Brali. Na 2.ª jornada, que decorreu no domingo, 25 de setembro, o Bougadense venceu por 1-3 o Balasar, com golos apontados por Es-

querdinha, Tó Maia e Pontes. Com esta vitória, o Bougadense cimenta o 1.º lugar do Grupo 4 da Taça Brali, com seis pontos, a dois do 2.º classificado, Castêlo da Maia, e a cinco do 3.º (Águas Santas). Na análise à partida, Agostinho Lima, treinador do Bougadense, afirmou que este foi “um jogo tra-

dicionalmente difícil”, num “campo pelado”, em que tiveram que “jogar de maneira totalmente diferente do que estão habituados”. “Mas a equipa adaptou-se bem com a organização, com a agressividade em todos os lances e conseguimos fazer um grande jogo e bater uma equipa que ainda o ano passado estava a jogar

a divisão de honra”, denotou, mencionando que a formação de Santiago de Bougado foi “claramente superior e teve várias oportunidades para fazer golo”. Este domingo, 2 de outubro, o Bougadense desloca-se ao reduto do Castêlo da Maia, pelas 16 horas, bastando o empate para seguir para

a 2.ª fase da Taça Brali, em que os jogos são eliminatórios e disputam-se à quarta-feira. O técnico assegura que as expectativas iniciais eram a de fazer “três bons jogos para servir de preparação para começar o campeonato e não com o objetivo de ganhar a taça”, mas que agora vão “lutar até ao fim”.

Escola de Atletismo com “bons resultados” em Felgueiras A Escola de Atletismo da Trofa esteve representada no 4.º Torneio de Atletismo de Rua Cidade de Felgueiras, que se realizou no sábado, 24 de setembro. Patrícia P ereira

“Bons resultados”. É assim que a Escola de Atletismo da Trofa classifica a sua participação no Torneio de Atletismo de Rua da Cidade de Felgueiras. Em Benjamins A, Isabel Martins foi 1.ª classificada no Lançamento do Vortex e em Velocidade 30+30 metros, tendo ficado em 2.º lugar no Penta Salto. Já Carolina Martins foi 11.ª no Lançamento do Vortex, 12.ª na Velocidade 30+30 metros e 13.ª no Penta

Salto, enquanto Mariana Sá ficou em 10.º na Velocidade 30+30 metros, 11.º no Penta Salto e 14.º no Lançamento do Vortex. Pelo mesmo escalão competiram Bruno Sá (2.º no Penta Salto, 3.º em Velocidade 30+30 metros e 24.º no Lançamento do Vortex), Pedro Arantes (4.º em Velocidade 30+30 metros, 11.º no Penta Salto e 13.º no Lançamento do Vortex), Afonso Oliveira (7.º em Velocidade 30+30 metros, 10.º no Lançamento do Vortex e 14.º no Penta Salto), Henri-

António Neto na Meia Maratona do Dão O atleta que corre pela Trifitrofa, António Neto, participou na 3.ª Meia Maratona do Dão, que se realizou no domingo, 25 de setembro, em Viseu. Em Veteranos M60, António Neto foi o 9.º a terminar os 21 quilómetros. Na Meia Maratona do Dão participaram 592 atletas. P.P.

que Costa (18.º no Penta Salto, 20.º em Velocidade 30+30 metros e 22.º no Lançamento do Vortex) e Denis Tsybriuskyy (25.º no Penta Salto, 26.º no Lançamento do Vortex e em Velocidade 30+30 metros). Em Benjamins B, Mariana Costa foi 2.ª classificada no Penta Salto, 7.ª no Lançamento do Vortex e 10.ª em Velocidade 30+30 metros, enquanto Inês Martins foi 5.ª em Penta Salto, 8.ª em Velocidade 30+30 metros e 14.ª no Lançamento do Vortex, Vânia Sousa foi 8.ª em Lançamento do Vortex, 14.ª no Penta Salto e 18.ª em Velocidade 30+30 metros. Neste escalão competiram ainda Joana Moreira (19.º em Velocidade 30+30 metros, 24.º em Penta Salto e 25.º em Lançamento do Vortex), Miguel Santos (9.º no Lançamento do Vortex, 13.º no Penta Salto e 14.º em Velocidade 30+30 metros) e Luís Oliveira (6.º no Lançamento do Vortex, 12.º em Velocidade 30+30 metros e 14.º no Penta Salto). Também em Infantis, a Escola de

Atletismo conseguiu alguns pódios. Sofia Santos foi a 2.ª classificada em Penta Salto e Lançamento do Peso, tendo ficado em 4.º lugar no Vai/Vem com Barreiras, enquanto Ana Mota ficou em 3.º no Penta Salto, 4.º no Lançamento do Peso e 5.º no Vai/Vem com Barreiras e Rúben Pinto foi 2.º no Vai/Vem com Barreiras, 5.º no Penta Salto e 6.º no Lançamento do Peso. Neste escalão participaram ainda Joana Martins (7.º no Lançamento do Peso, 8.º no Vai/Vem com Barreiras e 10.º no Penta Salto), Beatriz Maia (6.º no Lançamento do Peso, 8.º no Penta Salto e 10.º no Vai/Vem com Barreiras) e Nuno Costa (14.º no Vai/ Vem com Barreiras, 15.º no Lançamento do Peso e 16.º no Penta Salto). Em Iniciados, a melhor classificada foi Sandra Sá com o 3.º lugar no Penta Salto, tendo ainda participado no Lançamento do Peso (4.º) e Velocidade 40+40 metros (6.º). Participaram ainda Mónica Rodrigues (7.º em Velocidade 40+40 metros,

9.º no Penta Salto e 14.º no Lançamento do Peso), Diana Rodrigues (9.ª em Velocidade 40+40 metros, 11.ª em Penta Salto e 15.ª em Lançamento do Peso), João Abreu (7.º no Penta Salto, 8.º no Lançamento do Peso e 9.º em Velocidade 40+40 metros) e Ricardo Dias (12.º em Penta Salto, 13.º no Lançamento do Peso e 14.º em Velocidade 40+40 metros). Na prova de Estafetas, a Escola de Atletismo ficou em 1.º lugar em Benjamins (Bruno Sá, Isabel Martins, Afonso Oliveira, Mariana Sá e Pedro Arantes), em 2.º lugar em Infantis (Ana Mota, Rúben Pinto, Joana Martins, Nuno Costa e Sofia Santos), em 3.º lugar em Benjamins B (Vânia Sousa, Luís Oliveira, Mariana Costa, Miguel Santos e Inês Martins) e em Iniciados (Mónica Rodrigues, Ricardo Dias, Diana Rodrigues, João Abreu e Sandra Sá) e em 4.º lugar em Extra (Beatriz Maia, Henrique Costa, Joana Moreira, Denis Tsybriuskyy e Carolina Martins).


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O NOTÍCIAS DA TROFA 30 SETEMBRO 2016

Desporto

Vigorosa com 50 jovens a praticar basquetebol Associação Cultural e Recreativa Vigorosa vai ter quatro equipas a competir na 1.ª Divisão da Associação de Basquetebol do Porto. Cátia Veloso

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pontaria já estar a ser afinada e os cestos preparados para afundanços e triplos que levem a Vigorosa ao sucesso na nova temporada. A coletividade trofense apresentou as quatro equipas que vão competir em 2016/2017, com uma tarde recheada de basquetebol no pavilhão desportivo da Escola Básica e Secundária do Coronado e Castro, em S. Romão, na tarde de sábado, 24 de setembro. Diana Ribeiro é a coordenadora da modalidade e ao NT revelou as expectativas traçadas para a época. A equipa de sub-16 masculina é, segundo a treinadora, “bastante boa”, pelo que o objetivo “é chegar à final, como aconteceu há dois anos”. Já a equipa sub-14 masculina “tem crescido, apesar de o ano passado não ter conseguido bons resultados”,

enquanto a formação sub-19 feminina “tem feito uma campanha extraordinária”. “Temos cada vez mais meninas a integrar o nosso projeto, o que nos orgulha. Elas estão muito preparadas para esta nova época”, afiançou. Esta temporada marca ainda o regresso da equipa sub-18 masculina, graças “à vontade dos jogadores” em regressar à competição. Para Diana Ribeiro, “só se pode esperar o melhor para a modalidade”. Todos os escalões vão competir na 1.ª Divisão da Associação de Basquetebol do Porto. Depois, só o 1.º clube de cada grupo tem passagem garantida à fase interassociações. Quem não conseguir, disputa a 2.ª Divisão e é aí que reside o objetivo da Vigorosa, anunciou Diana Ribeiro: “Chegar à final”. Atualmente, a Vigorosa tem cerca de 50 jovens a praticar a moda-

Vigorosa vai ter quatro equipas em competição

lidade. “Temos crescido principalmente nos minis, pois têm aparecido muitos meninos para jogar em S. Romão. Penso que a divulgação, em que estamos a trabalhar imenso, está a dar frutos. Temos miúdos dos seis aos 18 anos”, frisou. O corpo técnico é praticamen-

CR Bougado cria equipa de juniores Centro Recreativo Bougado está a cimentar escola de futsal. Esta temporada abriu o escalão de juniores, com jogadores que transitaram do escalão de juvenis da época passada e outros que abandonaram o futebol e abraçaram uma nova modalidade. Cátia Veloso

Depois de uma temporada bem sucedida, em que conseguiram sagrar-se campeões de série da 2.ª Divisão da Associação de Futebol do Porto em juvenis, treinador e cinco jogadores do Centro Recreativo Bougado abraçaram um novo desafio no escalão de juniores. Deixaram a equipa anterior na 1.ª Divisão distrital e começaram uma nova aventura desportiva na série 2 da 2.ª Divisão distrital de juniores, representando a única associação da Trofa na competição. O técnico, Fábio Ferreira, contou ao NT que, “em termos de dificuldades, esta temporada será muito mais exigente que a anterior, pois o campeonato de juniores gera mais competitividade do que os juvenis”. O plantel conta com cinco jogadores que subiram de escalão e com outros tantos que entraram na equipa, alguns oriundos do futebol (Clube Desportivo Trofense) e outros de associações como a Associação Recreativa Juventude do Muro, que em 2015/2016 se sagrou campeã de sé-

Equipa vai militar na série 2 da 2.ª Divisão da Associação de Futebol do Porto

rie e subiu de divisão, mas esta época não inscreveu equipa. “Temos de os integrar da melhor maneira, até porque alguns são novos no futsal. As expectativas passam por fazer um campeonato seguro e tentar andar o mais acima possível na tabela classificativa, tentando ainda criar condições aos atletas para a entrada na equipa sénior”, sublinhou o treinador.

O campeonato nem começou de feição. No sábado, na viagem ao reduto da Casa do Futebol Clube do Porto de Rio Tinto, a formação bougadense averbou uma derrota por 4-3. Na próxima jornada, que se realiza pelas 21 horas desta sexta-feira, 30 de setembro, recebe o Estrelas Susanenses, no pavilhão em Cidai, Santiago de Bougado.

te formado por mulheres, também elas jovens, mas com intenções bem definidas quanto ao projeto que ergueram e que sobrevive com mais vontade do que dinheiro, com olho num futuro risonho. “Somos limitados, porque somos um clube pequeno, mas estamos a crescer e va-

mos conseguindo, de ano para ano, dar melhores condições aos atletas”, asseverou Diana Ribeiro. Depois dos jogos de apresentação, as equipas voltaram a ser apresentadas, desta vez num convívio no Clube Slotcar, na cidade da Trofa.

S. Romão com captações para preencher plantel sénior feminino de futsal Depois de três épocas bem sucedidas nos campeonatos federados da Associação de Futebol do Porto (AFP), onde conseguiu o 2.º lugar na 2.ª Divisão, em 2013/2014, e o 3.º lugar na 1.ª Divisão nas duas épocas posteriores, a equipa sénior feminina do Futebol Clube S. Romão passa por grandes dificuldades no início desta temporada. A saída da equipa técnica e de quase todas as atletas que formavam o plantel – só uma ficou – provocou “muitas indefinições” e deu ao novo treinador, Vítor Ferreira, uma tarefa complicada. “A nossa pré-época foi passada a observar e a tentar contratar jogadoras”, afirmou o técnico em declarações ao NT, que aceitou o convite de treinar a equipa depois de ter sido “contactado pelo presidente para iniciar um novo ciclo no clube”. A época “começou a ser preparada muito tarde” e ainda assim, já com o campeonato a decorrer, o plantel está muito desfalcado. Espelho disso foi o que aconteceu no jogo da 2.ª jornada da 1.ª Divisão da AFP, em casa, diante do Póvoa Futsal. A equipa jogou com duas atletas lesionadas, que se ressentiram na segunda parte, e uma outra também se magoou, ficando apenas duas atletas em campo. Dada a inferioridade

numérica, o árbitro acabou por dar como terminado o jogo, quando estava 0-5, a favor das poveiras. “Ainda necessitamos de quatro ou cinco jogadoras. Não será fácil encontrá-las nesta altura da época, mas pode ser que ainda apareçam algumas nos treinos de captações que estamos a realizar”, afiançou o treinador. Face a estas contrariedades, Vítor Ferreira antevê “uma época bastante difícil” e o objetivo passa por “alcançar a manutenção o mais rápido possível”. Vítor Ferreira é treinador de futsal há oito anos. Teve várias experiências com equipas femininas da Associação de Futebol de Braga, mas também já treinou a equipa masculina da Associação Recreativa Juventude do Muro, no campeonato da 1.ª Divisão da Associação de Futebol do Porto. Treinos de captação Os treinos de captação para preencher o plantel sénior feminino do FC S. Romão realizam-se nos dias 4 e 6 de outubro, às 21 horas, no pavilhão desportivo da Escola Básica e Secundária do Coronado e Castro, em S. Romão do Coronado.


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Agenda

Dia 30 20 horas: Smed Fest, na Quinta de S. Romão 21 horas: Conferência “Circular em segurança, é a minha escolha”, no auditório do polo de Santiago da Junta de Freguesia de Bougado 21.30 horas: Assembleia Municipal da Trofa, no polivalente da EB1 Feira Nova

Dia 01 15 horas: Inauguração da exposição comemorativa do nascimento do chefe Carlos Campos, na Casa da Cultura 21.30 horas: Noite de fados, salão polivalente dos Bombeiros Voluntários da Trofa Dia 02 10.45 horas: Sessão solene do 40.º aniversário da Associação Humanitária dos B.V.T., no salão nobre 15 horas: Espetáculo de variedades, no salão polivalente dos Bombeiros Voluntários da Trofa

Farmácias

Dia 30 Farmácia Trofense Dia 01 de outubro Farmácia Barreto Dia 02 Farmácia Nova Dia 03 Farmácia Moreira Padrão Dia 04 Farmácia Ribeirão Dia 05 Farmácia Trofense Dia 06 Farmácia Barreto Dia 07 Farmácia Nova

Necrologia S. Martinho de Bougado Deolinda Fernanda Soares da Cunha. Faleceu no dia 24 de setembro, com 72 anos. Casada com Américo Gomes de Azevedo Funeral realizado por Agência Funerária Trofense, Lda. Gerência de João Silva

Telefones úteis Bombeiros Voluntários Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Polícia Municipal da Trofa 252 428 109/10 Jornal O Notícias da Trofa 252 414 714 Centro de Saúde da Trofa 252 416 763 Centro de Saúde S. Romão 229 825 429 Centro de Saúde Alvarelhos 229 867 060

30 SETEMBRO 2016 O NOTÍCIAS DA TROFA

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Atualidade Iniciados do Bougado iniciam época a vencer A equipa de iniciados masculinos do Centro Recreativo Bougado começou o campeonato da série 2 da 2.ª Divisão da Associação de Futebol do Porto (AFP) com o “pé direito”. Os “pupilos” bougadenses conseguiram vencer, fora de portas, o Ardegães, por 5-6, depois de ter dado uma parte de avanço ao adversário. Depois dos primeiros três pontos conquistados, a equipa vai tentar dar sequência aos triunfos na receção ao Rebordosafut CD, este fim de semana. Já a formação de juvenis da mesma coletividade não foi além de um

empate caseiro a uma bola com o ADC Santa Isabel, na 3.ª jornada da 1.ª Divisão da AFP. Com quatro pontos, a equipa bougadense viaja, na próxima ronda, ao reduto do Modicus Sandim. Menos sorte teve a equipa de juniores do CR Bougado, que se estreou com uma derrota na série 2 da 2.ª Divisão da AFP, diante da Casa do Futebol Clube do Porto de Rio Tinto por 4-3. Na sexta-feira, pelas 20 horas, a formação de Bougado recebe o Estrelas Susanenses. No escalão de seniores femininos,

a equipa do Futebol Clube S. Romão perdeu com o CDC Santana, na 3.ª jornada da 1.ª Divisão da AFP. A formação romanense ainda não pontuou esta temporada e no próximo jogo recebe a Juventus Triana. Já o sorteio da Taça de Portugal de futsal feminino ditou que a equipa do FC S. Romão vai receber o GD Gafanha, que milita no Campeonato Distrital da Associação de Futebol de Aveiro. O jogo da 1.ª eliminatória está agendado para 29 de outubro. Em benjamins, na série 2 da 1.ª fase do Campeonato Distrital, o S.

Pedro Ortiga Trofa perde mais uma parte da sua história. E qual História? - Parte IV Após ter escrito em edições anteriores desta crónica sobre o processo que culminou na demolição da Ponte da Peça Má no passado dia 2 de setembro, sem que fosse promovida qualquer análise ou discussão pública dos tão evocados estudos e pareceres, conforme COMPROMISSO e PALAVRA DADA. E, existindo documentação, já solicitada aos órgãos competentes pelos canais próprios, e que por razões que se desconhecem e que se estranha, ainda não foram divulgados para uma correta e rigorosa análise que permita tornar público e transparente as bases com que se tomou tal decisão. Na certeza, contudo, que por força de lei, com muita insistência e resiliência é certo, esses documentos terão que acabar por vir a público. Não é fácil compreender a demora em disponibilizar documentos que supostamente já foram produzidos no passado e que serviram de base à decisão, dado que não se pretende com este pedido a produção de nova fundamentação, dado que esta já vêm no seguimento do facto consumado. Assim e até à disponibilização da documentação que permita a todos os Trofenses, defensores da manutenção da ponte ou da sua demolição, tomar consciência fundamentada daquela que podia ser a melhor decisão, remeto novos comentários para o futuro próximo. Mas, na minha primeira crónica Ficha Técnica

sobre este tema, mencionei que iria numa crónica futura apontar alguns dos vários documentos mencionado pelos que defendem a manutenção da Ponte da Peça Má, mesmo que hoje tal já não seja possível concretizar. Na wikipédia podemos encontrar a seguinte menção: «A linha entre a Senhora da Hora e Trofa foi construída pelo empreiteiro francês André Borie, que se celebrizou pela construção da linha internacional de Tende, de Cuneo a Nice. (…) A cerimónia oficial de inauguração deste troço e do Túnel da Trindade deu-se no dia 14 de Março, com a presença de várias individualidades do estado e dos caminhos de ferro, incluindo o presidente da república, Óscar Carmona, e vários embaixadores;(…)» Na gazeta dos Caminhos de Ferro de 16 de Março de 1932, é possível ler o relato da “Visita do Chefe de Estado ao Norte e a inauguração do túnel da Trindade e Linha da Senhora da Hora à Trofa”, onde perante um relato minucioso e muito extenso, se vive a importância da história traçada nessa data, não resistindo a transcrever-vos breves parágrafos: «(…) COMO FOI INAUGURADA A NOVA LINHA DA SENHORA DA HORA Á TROFA: (…) Aos catorze dias do mês de Março de 1932, pelas catorze horas, nesta estação da Senhora da Hora, foi solenemente inaugurada por S. Exª o Presidente da República, sendo ministro do Comércio e Comunicações o

Romão foi derrotado pela ADCR Caxinas por 0-32. Em seniores masculinos, cumpriu-se a 1.ª jornada da Taça da AFP. No grupo 10, o CR Bougado empatou a três bolas com o ACD Mindelo, enquanto o Grupo Desportivo Covelas perdeu com o Labruge por 6-3. Este fim de semana, CR Bougado e GD Covelas defrontam-se para a 2.ª jornada da competição. Já no Grupo 15, o FC S. Romão perdeu por 3-1, no reduto do AD Penafiel. Na próxima ronda, recebe o Vila Verde.

CRÓNICA

Exmo. Sr. Dr. João Antunes Guimarães e Diretor Geral de Caminhos de Ferro o Exmo. Sr. Eng. Alvaro de Sousa Rego, a linha férrea da Senhora da Hora á Trofa,(…) Terminada a cerimonia inaugural, procedeu ainda á cerimónia do corte da fita colocada á largura da linha e no inicio desta, tomando em seguida, de novo o comboio que se poz em marcha pela nova linha em direcção à Trofa. (…) As pessoas de maior cotação da localidade associam-se às homenagens ao Chefe de Estado, ministros e sua comitiva e ao sr. Eduardo Plácido a quem certa individualidade o nota magro e cançado do tanto que tem trabalhado em prol dos progressos ferroviários do Norte. Muro, pequeno apeadeiro conhecido por S. Cristovão do Muro, onde os sinos da igreja repicam festivamente anunciando ao seu povo o grande melhoramento para a região. O Asilo do Terço com a sua banda faz a guarda de honra. Há aclamações delirantes. Na ponte que existe entre os lugares

de Poça Má e da Serra, sobre a estrada de Braga, o sr. Ministro do Comércio apeia-se para descerrar uma lápide comemorativa da inauguração desta obra de arte. Há mais aclamações, palmas, vivas e bastantes foguetes. E o comboio segue. Bougado e finalmente Trofa, extremo da linha inaugurada cuja estação se apresenta ricamente decorada com colchas de damasco. O comboio pouco demorou e o Chefe do Estado e ministros são aclamadíssimos pela multidão enorme que enche a estação. (…)» Pois bem, muito mais podia escrever, mas cada um saberá reconhecer se esta também é a História da Trofa e se essa obra de arte era ou não importante, ao ponto de ser alvo de paragem obrigatória para descerrar uma lápide. Pena é que a história só seja apreciada após o desaparecimento de muitos dos seus símbolos, e acreditem que na Trofa já poucos existem.

Diretor: Hermano Martins (T.E.774) Sub-diretora: Cátia Veloso (9699) Editor: O Notícias da Trofa Publicações Periódicas Lda. Redação: Patrícia Pereira (9687), Cátia Veloso (9699), Magda Machado de Araújo (TE1022) , Liliana Oliveira| Setor desportivo: Marco Monteiro (C.O. 744), Miguel Mascarenhas (C.O. 741) Colaboradores: Atanagildo Lobo, Jaime Toga, José Moreira da Silva (C.O. 864), João Pedro Costa, João Mendes | Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Cátia Veloso | Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda. | Assinatura anual: Continente: 22,50 euros; Extra europa: 88,50 euros; Europa: 69,50 euros; | Assinatura em formato digital PDF: 15 euros NIB: 0007 0605 0039952000684 | Avulso: 0,60 Euros | E-mail: jornal@onoticiasdatrofa.pt | Sede e Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax: 252 414 714 Propriedade: O Notícias da Trofa - Publicações Periódicas, Lda. NIF.: 506 529 002 Registo ICS: 124105 | Nº Exemplares: 5000 | Depósito legal: 324719/11 | ISSN 2183-4598 | Detentores de 50 % do capital ou mais: Magda Araújo | Estatuto Editorial pode ser consultado em www.onoticiasdatrofa.pt | Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores e não veiculam obrigatoriamente a opinião da direção. O Notícias da Trofa respeita a opinião dos seus leitores e não pretende de modo algum ferir suscetibilidades. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.


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Atualidade

FALUAL especializa-se no fabrico de elétrodos revestidos para soldadura elétrica

A FusionPoint é a mais recente unidade fabril da divisão de soldadura da Falual Metalomecânica SA. Recentemente instalada em Santiago de Bougado no Concelho da Trofa, a produção de elétrodos revestidos constitui o “core business” desta nova unidade fabril.

O

s elétrodos revestidos são consumíveis que integram um dos processos de soldadura eléctrica por fusão e com aplicabilidade em variadíssimos tipos de indústria. São constituídos por um núcleo ou alma (varetas) que permite a passagem de corrente eléctrica e o fornecimento de metal de adição, e o revestimento que tem como características as funções eléctrica, física e mecânica e ainda a metalúrgica. Sendo todo o processo produtivo criado e desenvolvido em Portugal. Num mercado cada vez mais global, pleno de desafios e onde é necessário ser-se extremamente competitivo, a Fusion Point terá como enfoque inicial a internacionalização para os mercados europeu e africano. Segundo António Conceição, diretor-geral da divisão de soldadura, a Falual, ao interessar-se pelo fabrico de elétrodos, “procurou uma empresa com conhecimentos técnicos e know how” na fabricação destes consumíveis para segmentos especiais. “A FusionPoint, detentora

dessa experiência, constituiu uma garantia através da sua equipa com técnicos especializados e uma vasta gama de elétrodos”. Um dos trunfos da FusionPoint é a capacidade de liderar todos os processos de fabricação de elétrodos “sem necessidade em adquirir massas pré-misturadas a outras empresas”, procurando directamente a matéria-prima a fornecedores internacionais que “garantam a melhor qualidade a um preço competitivo”, explicou António Conceição. O outro é o atendimento personalizado e capacidade técnica no aconselhamento a clientes. Com a aquisição de equipamento tecnologicamente evoluído e na vanguarda da produção deste tipo de consumíveis, a empresa tem construído os alicerces necessários para entrada no mercado global. Além de produtos de marca própria, a empresa já opera para outros distribuidores. Depois de uma fase experimental, a FusionPoint iniciou atividade em junho e conta, atualmente, com nove colaboradores.

FusionPoint é a mais recente unidade fabril da divisão de soldadura da Falual

A constituição dos eléctrodos? Os eléctrodos revestidos são constituídos por uma alma metálica circundada de um revestimento constituído por produtos químicos metálicos e não metálicos. O revestimento tem um papel preponderante ao influenciar as características do metal depositado, a operacionalidade do eléctrodo. As reacções químicas desenvolvidas du-

rante a fusão do eléctrodo são de relevância extrema e de elevada complexidade. O elétrodo revestido é um dos processos mais versáteis de soldadura da indústria usado no mundo inteiro e nos países mais avançados conta com aproximadamente 60 por cento do metal depositado através deste processo. A FusionPoint produz diferen-

tes tipos de elétrodos especiais, como os que servem para a soldadura dos aços ao carbono e de baixa liga, aços inoxidáveis, níquel e suas ligas, ferro fundido, metais não ferrosos e refratários. Fabrica ainda elétrodos para cortar e chanfrar e para revestimentos protetores. A produção obedece aos critérios e normas internacionais de soldadura.

Suspeita de preparar assalto a casa do “ex” por “vingança” Um casal, que foi indicado pela “prática de roubo com arma de fogo” numa residência em Alvarelhos, foi ouvido, na terça-feira, 27 de setembro, em primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Matosinhos, onde lhe foi aplicada, como medida de coação, apresentações periódicas às autoridades policiais. Os detidos, uma mulher de 28 anos e um homem de 35 anos residentes em Matosinhos, estão proibidos, pelo juiz, de contactar com o casal assaltado. O caso remonta ao dia “11 de agosto”. Segundo comunicado da Polícia Judiciária (PJ), os suspeitos terão abordado os residentes na habitação, “cerca das 20.30 horas”, e, “sob coação, violentas agressões e ameaça do uso de arma de fogo, apoderaram-se dos bens e valores na sua posse, designadamente dinheiro, re-

lógios, um computador portátil, artigos em ouro e outros objetos de cariz pessoal”. No âmbito das diligências de investigação, a PJ apurou que “a detida teve um relacionamento afetivo com o arrendatário da habitação roubada, tendo essa relação terminado de forma conturbada, alegadamente com agressões mútuas”. Como forma de “se vingar”, a detida em “concertação com mais dois indivíduos, um dos quais também agora detido, planearam e executaram o crime em causa que, além dos bens roubados, provocou lesões aos ofendidos que necessitaram de assistência hospitalar”. A mulher era “empregada de limpeza” e o homem “pasteleiro” e tinha “antecedentes criminais por crimes contra a propriedade pelos quais cumpriu pena de prisão”. P.P.

Ferido grave em despiste na EN 318 Um homem ficou gravemente ferido na sequência de um despiste na noite desta quinta-feira, na Estrada Nacional 318. A vítima conduzia uma viatura todo o terreno, no sentido Guilhabreu-Muro, junto à antiga Betopal, quando se despistou e embateu con-

tra uma parede, ficando encarcerado. Os Bombeiros Voluntários da Trofa, com sete elementos, uma ambulância e um veículo de desencarceramento, prestaram socorro ao homem e, mais tarde, chegou ainda o apoio da equipa da Viatura Médica de Emergên-

cia e Reanimação do Hospital Pedro Hispano, para onde foi levado. No local estiveram ainda sete elementos dos Bombeiros Voluntários de Vila do Conde, com uma ambulância e um veículo de desencarceramento. C.V./H.M.


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