Edição 591 do jornal O Noticias da Trofa

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Semanário | 7 de outubro de 2016 | Nº 591 Ano 14 | Diretor Hermano Martins | 0,60 €

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Demolição da Ponte da Peça Má dominou Assembleia Municipal //PÁG. 15

Escuteiros homenageiam chefe Carlos Campos

AHBVT há 40 anos a proteger vidas //PÁG. 16

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Alteração de nome de rua gera polémica em Guidões //PÁG. 7

Junta vai construir passeios na rua do Horizonte pub

Gala do Desporto reconheceu mérito trofense


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O NOTÍCIAS DA TROFA 7 OUTUBRO 2016

Atualidade

ASCOR celebra Dia do Idoso com uma centena de crianças N o dia 3 de outubro, a Associação de Solidariedade Social do Coronado (ASCOR) celebrou o Dia Internacional do Idoso. A celebração contou com uma centena de crianças da pré-escola e do 1.º ciclo da Escola Básica da Portela. O convívio serviu para sensibilizar os mais novos para a importância da geração mais velha, num momento de afetos e emoções entre estas gerações. Num dia repleto de partilha, abraços e cânticos, as crianças reconheceram que estas pessoas é que têm “a sabedoria da vida”. Os mais pequenos entregaram ainda uma flor individual a cada idoso, assim como um quadro feito por eles para recordação. A.M./C.V.

Crianças conviveram com utentes da ASCOR

Trofenses solidários com a “Pequena Grande Guerreira” A “Pequena Grande Guerreira”, Vera, tem apenas três anos e já trava a maior batalha da sua vida. Mas não está sozinha. Com ela, nesta luta contra o cancro, além da família, estão também muitos anónimos que têm participado nas diversas iniciativas que têm sido organizadas para angariação de fundos. Os trofenses associaram-se a este caso. Depois da caminhada solidária desde o Muro até Vila do Conde, surgiu outra caminhada. Desta vez o destino era Ermesinde e a caminhada partiu, a 2 de outubro, de S. Romão do Coronado. O sol brilhou e partilhou o protagonismo com a pequena Vera, que também marcou presença. No final, Neuza Oliveira, mãe da menina, usou a página de apoio à filha no Facebook (“Vera a Pequena Grande Guerreira”), que ela própria criou, para agradecer: “Quero agradecer a todos os presentes e a todas as pessoas que, de uma ou de outra forma, tornaram este dia especial, sem vocês nada era possível”. A fé move montanhas e enquan-

Trofenses abraçam causa pela Vera

to se acredita o impossível vai acontecendo e tornando-se possível. Residente em Águas Longas, na Maia, Vera sofre de leucemia linfoblástica aguda de alto risco. De há um ano e meio para cá, a menina tem estado sujeita a tratamentos de quimioterapia, “oferecidos pelo IPO”, contou a mãe ao NT, adiantando ainda que Vera “está a responder bem à

quimioterapia” e, por isso, se tudo permanecer assim, “não será necessário o transplante de medula óssea”. Neuza tem mais quatro filhas, mas com a doença de Vera viu-se obrigada a “deixar de trabalhar” e precisa de ajuda para “manter a casa e pôr comida em casa”. Os contributos que tem recebido têm servido para “pagaR as despesas da casa”. Os eventos vão-se repercutindo e o próximo é no dia 22 de outubro, com uma festa da francesinha, em Cinfães. Para ajudar a pequena Vera pode ainda utilizar o IBAN: PT50 0035 0284 00043468300 94, de uma conta em nome de Vera Alexandra Coelho Oliveira. L.O./C.V.

Atanagildo Lobo

CRÓNICA

Uma boa e justa gestão autárquica não se vê apenas nas grandes obras. Também se revê nas pequenas decisões, desde que justas sejam.

O

regime jurídico das autarquias locais aprovado pela lei n.º 75/2013, de 12 de Setembro diz na alínea ss) do n.º 1 do art.º 33.º pertencer à Câmara Municipal a competência para «estabelecer a denominação das ruas e praças das localidades e das povoações, após parecer da correspondente junta de freguesia». Vem isto a propósito de recentemente a Junta de Freguesia da União de Freguesias de Alvarelhos e Guidões ter apresentado uma proposta à Câmara Municipal para se mudar em Guidões a denominação da Rua da Indústria para Rua Irmãos Silva. Não sei se esta proposta corresponde ao dito parecer a que a lei se refere. O presidente de junta quando questionado na última assembleia de freguesia em 29.09.2016, respondeu negativamente, dizendo que quando fosse ouvido referiria os reparos que naquela assembleia de freguesia escutara e registara. Não pondo em causa a palavra do Sr. Presidente, por mera cautela e dever de quem acompanhou de perto os trabalhos que conduziram à Toponímia de Guidões, sinto-me na obrigação de relatar em traços largos a seguinte matéria: Até Setembro de 1989 as ruas em Guidões não tinham nome. Apenas existiam as velhas denominações dos lugares ou aldeias que compunham a freguesia. Por deliberação da Assembleia de Freguesia de Guidões de 16/09/1988 foi constituída uma comissão toponímica composta por José da Silva Maia, presidente da assembleia de freguesia, José Sousa Torres, vogal da junta de freguesia, José Modesto, membro da assembleia de freguesia e dois cidadãos eleitores, Agostinho Ferreira Lopes e Augusto Lobo. Esta comissão realizou o trabalho que lhe foi proposto em um ano e em 23 de Setembro de 1989 aprovou a ata final com toda a Toponímia onde todas as denominações das ruas foram aprovadas por unanimidade com a exceção das ruas S. João Baptista, do Cerro, do Outeiro e Avenida dos Cruzeiros, estas aprovadas por maioria. À escolha da toponímia de Guidões presidiram dois princípios fundamentais adotados na referida ata pela Comissão Toponímica, outorga que foi reiterada pela Assembleia de Freguesia de Guidões realizada para esse efeito em 30 de Setembro de 1989. O principio de «que se procurasse, dentro do limite do possível, não descaracterizar a freguesia» respeitando-se a tradição e o principio de «que à Toponímia de Guidões se não desse qual-

quer nome de pessoa viva». Esta ultima matéria ora trazida à colação o presidente da junta desconhecia, porque assim quis, pois não lhe faltaria informação caso estivesse interessado e diligenciasse nesse sentido. É este principio de que «à Toponímia de Guidões se não desse qualquer nome de pessoa viva», por um lado, o respeito pelo princípio democrático de uma matéria aprovada pelos legítimos representantes do povo de Guidões – a sua A.F. de 1989, por outro, e, finalmente, o respeito pelas pessoas, vivas e mortas, que assim decidiram, quer na Comissão Toponímica, quer na dita Assembleia de freguesia, que justificam este apelo aos representantes da C. M. Trofa a ponderarem e levarem em linha de conta os princípios que suportaram a Toponímia de Guidões, que foi aprovada por unanimidade com votos de louvor apresentados pelos próprios deputados da oposição António Ramos Alves de Álvaro Pereira Serra. Lembro-me bem do debate. Segundo a Comissão Toponímica, o aludido princípio afastava possíveis injustiças e rivalidades. Estando vivos, poderia um cidadão entender ser tão ou mais merecedor que outro para figurar na Toponímia. Com a aplicação daquele princípio, já não haveria rivalidades e invejas desnecessárias. Por outro lado, enquanto a pessoa é viva, não se sabe o que ocorrerá no futuro, uma vez que o comportamento dessa pessoa pode vir a desmerecer a referência no topónimo do arruamento. Nada tenho em termos pessoais contra os Irmãos Silva, mas obviamente me parece que a pretensão da JF ou da CM poderá preencher as objeções que constitui o princípio acima mencionado. Ao atribuir a denominação a uma rua um nome de pessoa viva, estará manifestamente, no mínimo, a produzir forte injustiça, pois existem na freguesia outras pessoas vivas e mortas, dignas do mesmo ou superior relevo para o efeito. É só estudar a história de Guidões. Além disso, está a postergar uma decisão democrática aprovada por unanimidade pela Assembleia de Freguesia de Guidões de 30 de Setembro de 1989. E não se sabe o que vai acontecer no futuro? Andou mal a Junta de Freguesia. Esperemos que a Câmara Municipal reponha a justiça e a democracia. Uma boa e justa gestão autárquica não se vê apenas nas grandes obras. Também se revê nas pequenas decisões, desde que justas sejam.


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Atualidade

Ferido grave em choque Ficou sem travões entre mota e automóvel e chocou contra homem de 72 anos ficou ferido com gravidade na sequência de um acidente entre habitação em Guidões Um um automóvel e uma mota, na Estrada Nacional 104.

Alegadamente, viatura ficou sem travões

Uma mulher sofreu ferimentos depois de a viatura ligeira de mercadorias que conduzia ter, alegadamente, ficado sem travões e chocado contra a parede de uma habitação junto da rotunda perto da Igreja de Guidões, cerca das 18.45 horas de terça-feira, 4 de outubro. A vítima descia a rua Bernardino Fran-

cisco Areal, onde está localizada a papelaria Clip, quando terá ficado sem travões, atravessando a rotunda e colidindo com a parede. Assistida pelos Bombeiros Voluntários da Trofa, a mulher de 47 anos foi transportada para a unidade de Vila Nova de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave. C.V.

Acidente aconteceu em Bairros, Santiago de Bougado Cátia Veloso Hermano M artins

Judiciária detém P suposto elemento de gangue que roubou na Trofa

assavam poucos minutos do meio-dia de segunda-feira, 3 de outubro, quando a Estrada Nacional 104 foi palco de um acidente que envolveu uma motorizada e uma viatura ligeira de passageiros. Ao que o NT conseguiu apurar, o automóvel Opel Corsa, que circulava no sentido Trofa-Vila Conde, co-

A Polícia Judiciária (PJ) deteve um indivíduo suspeito de integrar um gangue que cometeu mais de uma dezena de crimes de roubo e furto de viaturas nos concelhos da Trofa, Santo Tirso, Vila Nova de Famalicão, Vila do Conde e Maia. Cinco homens e uma mulher já tinham sido detidos, em agosto, na sequência de uma investigação levada a cabo pela PJ. Este novo elemento, de 19 anos, sem ocupação la-

boral nem antecendentes criminais, pode ser “coautor de vários crimes de roubo à mão armada a postos de abastecimento de combustíveis e estabelecimentos de restauração”, comunicou fonte da PJ. Sobre eles recaem a suspeita de vários delitos perpretados, incluindo roubo agravado, furto, dano, posse de armas proibidas e condução sem habilitação legal, ocorridos desde o início do ano no Norte do País. C.V.

meçou a manobra de virar para uma rua contígua ao Restaurante Flor do Ave, em Bairros, Santiago de Bougado, quando chocou contra uma motorizada que circulava no sentido contrário. O motociclista, de 72 anos e residente na Trofa, sofreu ferimentos graves, nomeadamente fraturas na costela, e foi transportado pelos Bombeiros Voluntários da Tro-

fa para a unidade de Vila Nova de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA). Na prestação do socorro esteve ainda a equipa da ambulância de Suporte Imediato de Vida da unidade de Santo Tirso do CHMA. O condutor do automóvel não sofreu ferimentos. A Guarda Nacional Republicana registou a ocorrência.

Ferido em colisão na EN14

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Condutor da scooter sofreu ferimentos

Um condutor de uma scooter sofreu ferimentos ligeiros, num acidente que ocorreu na Estrada Nacional 14, na Rua D. Pedro V, por volta das 14.05 horas de terça-feira, 4 de outubro. Segundo testemunhas no local, o condutor de uma viatura, que seguia

em direção ao Porto na Rua D. Pedro V, terá sido surpreendido pela scooter que entrava na faixa de rodagem, vinda da Rua Dr. António Augusto Pires de Lima. A viatura terá chocado com a scooter, levando à queda do seu condutor, um homem com 82 anos de idade, residen-

te na Maia. O socorro foi prestado por dois elementos dos Bombeiros Voluntários da Trofa, apoiados por uma ambulância, que o transportaram para a unidade de Vila Nova de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave. P.P.


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Atualidade

Demolição da Ponte da Peça Má dominou Assembleia Municipal

Já se previa uma sessão “quente” da Assembleia Municipal (AM) da Trofa, devido às muitas opiniões que foram surgindo sobre a condução do processo da demolição da Ponte da Peça Má, que aconteceu na noite de 2 de setembro. Patrícia P ereira

O

s membros da Assembleia de Freguesia do Muro disseram, na sessão de 20 de setembro, estarem dispostos a não deixar cair no esquecimento este assunto, que queriam vê-lo abordado na AM. E foi. A presidente da Assembleia Municipal, Isabel Cruz, informou ter recebido da Assembleia de Freguesia do Muro, “antes de iniciar” a sessão, “uma missiva” com “a sua posição sobre a demolição da ponte de Peça Má”. O documento não foi lido, apesar de tal ter sido pedido, mas o NT sabe que se trata do voto de repúdio, aprovado por unanimidade, “pela atuação da Câmara Municipal”, que esteve em silêncio até poucas horas antes da demolição, quando o assunto veio para a praça pública devido à publicação de um anúncio de corte de estrada no Jornal de Notícias. O grupo municipal do PS também não quis deixar passar em bran-

co esta situação e, através de Pedro Ortiga, apresentou um voto de protesto pelo “processo de demolição da Ponte da Peça Má”, onde afirma que o “executivo da Câmara Municipal da Trofa, na pessoa do Sr. presidente, desrespeitou todo o órgão desta Assembleia, bem como os seus membros, legítimos representantes da população trofense, contrariando a sua própria palavra, que assim deixa de ser confiável”. No voto de protesto, os socialistas asseguram ainda que “se permitiu por omissão de debate público, imputável a este executivo, a verdadeira avaliação do interesse arquitetónico, paisagístico, cultural e funcional desta ‘obra de arte’, resguardando-se na propriedade de terceiros, para não defender e preservar o património, competência das autarquias locais”. Além disso, os socialistas querem que “este procedimento absolutamente incorreto e desrespeitador, seja alvo de reconhecimento pelo executivo, fazendo jus a que

nenhuma situação similar no futuro possa ocorrer de igual forma”. A discussão do ponto foi aprovada e uma das intervenções mais esperadas era a de Carlos Martins, presidente da Junta de Freguesia do Muro, uma vez que a sua Assembleia de Freguesia aprovou um voto de repúdio para esta atuação. No entanto, o autarca do Muro apenas interveio para declarar que “antes de votar a favor, contra ou abster-se” neste voto de protesto, “gostaria de ouvir” o edil trofense, que “com certeza terá algo a dizer sobre isto”. “Em consciência não posso estar a votar uma proposta, em que ainda não ouvi o contraditório. Pode, por exemplo, dizer que só soube às 23 horas de sexta-feira ou coisa do género”, adiantou. Recorde-se que na Assembleia de Freguesia do Muro, a 20 de setembro, Carlos Martins afirmou que, um dia antes da queda da ponte, “o presidente (Sérgio Humberto) disse que a ponte ia ser demolida, mas não

Assembleia realizou-se em S. Mamede

quando”, tendoconfirmado, telefonicamente, que a destruição ia acontecer naquele fim de semana. Já Paulo Queirós, pela CDU, acredita que Sérgio Humberto “sabia disto antecipadamente, porque não acredita que alguém com os conhecimentos dele fosse apanhado de surpresa por uma decisão destas”. O membro da CDU afirmou ainda que, pior do que a queda da ponte foi a forma como “o processo foi conduzido, fazendo que a população tenha

sentido que foi ultrapassada”. Por sua vez, por “confiar” no edil trofense, a presidente da Assembleia Municipal declarou que “não pode votar um documento que diz que não há confiança no presidente da Câmara”. O voto de protesto acabou por ser rejeitado pelos votos contra do PSD, com as abstenções do CDS e Carlos Martins, presidente da Junta de Freguesia do Muro, e votos favoráveis do PS e CDU.

Assembleia aprova congratulação a atletas

Governo investe 2,5 milhões na EB 2/3

Na Assembleia Municipal da Trofa, a bancada municipal do Partido Socialista (PS) propôs a aprovação de “um voto de Congratulação aos atletas trofenses Vanessa Soares, Vera Soares, Daniel Silva e Rui Pedro Silva”, por serem “verdadeiros vencedores e que levam longe o nome da Trofa e o espírito lutador deste povo”. Os votos foram aprovados pela unanimidade dos presentes. Na fundamentação das propostas, os socialistas recordam que Vanes-

A Câmara Trofa assinou o Acordo de Colaboração com o Ministério da Educação, a 30 de setembro, para a “requalificação e modernização da EB 2/3 Prof. Napoleão Sousa Marques”, em S. Martinho de Bougado. O anúncio foi feito na página oficial do Facebook do Município, onde é mencionado que o acordo representa “um investimento de 2,5 milhões de euros para requalificar de forma profunda aquele estabelecimento de ensino”. O documento, que resulta de “um trabalho de negociação” da autar-

sa Soares e Vera Soares conquistaram, respetivamente, a medalha de ouro e de bronze, no Campeonato do Mundo de Kickboxing, que se realizou em Dublin. “Mérito da Vanessa, da Vera, da sua família, do projeto de inclusão pela prática do desporto Cross Stars, da Delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa, dos seus treinadores Nádia Barbosa e Luís Ferreira e de todos os que contribuíram para que estas duas atletas se tornassem verdadeiras campeãs”, justificam.

Já Daniel Silva conseguiu “um dos maiores feitos de um atleta trofense”, ao alcançar o pódio na classificação geral da Volta a Portugal em bicicleta deste ano. Quanto a Rui Pedro Silva, a bancada enunciou que é “um dos principais nomes da maratona em Portugal”, tendo realizado a sua participação nos Jogos Olímpicos, terminando a sua prova com “um enorme espírito de sacrifício e mostrando a essência de um grande vencedor”. P.P.

quia, foi rubricado pelo ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues. Recorde-se que na abertura oficial do ano letivo escolar, a 13 de setembro, Sérgio Humberto informou que a autarquia estava “a planear uma obra na EB 2/3”. Um projeto que, garantiu, “vai superar os dois milhões de euros de investimento” e, como se trata de “um concurso público”, só “depois das férias da Páscoa” é que vão estar, “a qualquer altura, em condições de avançar com a obra”. P.P.

Assembleia aprova impostos Depois de terem sido aprovadas por unanimidade na reunião de Câmara a 15 de setembro, as taxas municipais foram apresentadas na sessão da Assembleia Municipal da Trofa, que se realizou a 30 de setembro. Enquanto as taxas municipais relativas à derrama (1,5 por cento) e ao IRS (cinco por cento) mantém-se no máximo, o Imposto Munici-

pal sobre Imóveis (IMI) apresenta uma descida da taxa em 0,05 por cento. Ou seja, em 2017, a tributação do IMI vai descer de 0,5 para 0,45 por cento, representando um decréscimo de “dez por cento” no valor que os trofenses vão ter de pagar pelos prédios urbanos. Por exemplo, se antes pagava 500 euros de IMI por ano, em 2017 vai pagar 450 euros (menos dez por cento).

A participação variável no IRS foi aprovada por unanimidade, enquanto o lançamento de Derrama e a fixação da taxa do IMI foram aprovados com o voto contra da CDU e a taxa municipal de direitos de passagem foi aprovada por maioria com os votos contra da CDU e de Carlos Martins, presidente da Junta de Freguesia do Muro. P.P.


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Assunto da Ponte é “politiquice”

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Atualidade

“Depois de ali ter deixado de passar o comboio e de a mesma não fazer parte do projeto (da ligação do metro até à Trofa), nada justificava que ali se mantivesse”. Esta foi a razão dada por Alberto Fontes, eleito pelo PSD, durante a Assembleia Municipal, para a demolição da Ponte da Peça Má. Patrícia P ereira

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lberto Fontes referiu ainda que “a continuar” podia-se dizer que era “uma ponte má”, porque, “sem qualquer outra utilidade, sem arte, sem história, descontextualizada e inútil, era apenas e só um perigo e um estorvo”. O social-democrata afirmou ainda “não compreender como havia quem defendesse a sua permanência”, uma vez que “não era antiga” e o facto de ser “em arco não lhe conferia nenhum estatuto especial”. Para Alberto Fontes, a ponte já tinha “cumprido bem a sua missão” de “unir margens”, mas que agora “não passava de uma barreira, que apenas servia para alguns, felizmente para poucos fazerem política, choramingando pelos cantos, que nem carpideiras num velório de um defunto vulgar”. Invocando Antoine Laurent Lavoisier, que dizia que “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”, o membro social-democrata mencionou que a queda da ponte da Peça Má transformou-se “em progresso e em futuro”. “A ponte não

faz falta nenhuma à Trofa”, frisou. Por outro lado, Hélder Reis (CDS) apresentou “um motivo de tristeza”, por “apenas” ter tido conhecimento da “notícia pelos jornais no dia imediatamente anterior”, quando na Assembleia Municipal, “em diversas ocasiões, se discutiu a demolição ou manutenção da ponte, inclusive com o contributo incansável e abnegável de ilustres conterrâneos”. Com a demolição da ponte, para o membro ficou “um amargo de boca”, uma vez que “existia o compromisso de criação de uma comissão de estudo e acompanhamento do processo assumido perante todos os munícipes”, quando a “decisão nunca lhes pertenceu mas apenas à Metro do Porto”, traduzindo “algum desfraldar de expectativas dos trofenses”. Existe ainda “um sentimento de tristeza pelo simbolismo dado à situação”, uma vez que, segundo Hélder Reis, a Metro do Porto “decidiu esbofetear os trofenses na sua dignidade e orgulho, destruindo não só a edificação, mas também o sonho da obra”. “Não é menos verdade que a sua proprietária tomou uma deci-

são unilateral e impô-la aos trofenses, o que por arrasto traz outro motivo de tristeza, o completo e deplorado respeito das instituições e poder central face à Trofa”, completou. Já Alberto Fonseca (PSD) afirmou ser “sensível” à “ligação afetiva que muitas pessoas manifestaram pela ponte” e “àqueles que utilizavam a ponte para a prática de BTT e que não o poderão fazer mais”, mas que é “ainda mais sensível à segurança das pessoas”. O social-democrata referiu ainda que o PS Trofa “se insurgiu contra a demolição da ponte” por ser “um monumento nacional ou regional de elevado valor arquitetónico ou patrimonial”, não entendendo o “motivo” por não a terem proposto como “de interesse municipal ou mesmo nacional em sede de revisão de PDM (Plano Diretor Municipal)”. E nesse sentido, deixou no ar a dúvida sobre “o motivo” do executivo liderado por Joana Lima de “não ter aceite” a “doação da ponte ao município”, proposta pela Metro do Porto “em 2012, em alternativa à sua demolição”. Baseando-se em “vários estudos

aprovados”, Alberto Fonseca asseverou que “a ponte era maioritariamente construída em cimento não tendo qualquer valor histórico, patrimonial, digno de destaque”. “Caso tivesse, o Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico nunca permitiria a sua demolição”, justificou. Para clarificar o que tinha sido dito por Alberto Fonseca, o socialista Pedro Ortiga citou “a missiva” de 2012 enviada pela Metro do Porto à autarquia trofense, onde informava da “instabilidade nas guardas de segurança e nos materiais de recobrimento da passagem inferior motivada pelos sucessivos impactos de veículos com altura elevada”, o que podia “comprometer a segurança” dos utentes da EN14. Por essa razão, a Metro do Porto propôs “demolir a obra de arte ou executar trabalhos de estabilização das guardas e do material de recobrimento”. Pedro Ortiga recordou que a então presidente Joana Lima “encetou diligências” e reuniu-se com “o professor Moutinho Duarte para avaliar o interesse ou não” da ponte e “consul-

tou na altura o presidente da ADAPTA”. “A prova de que o assunto foi cabalmente explicado é que ela não foi demolida naquela altura”, frisou. Relativamente a este assunto, o presidente da Câmara Municipal da Trofa, Sérgio Humberto, fez suas “as palavras de Alberto Fonseca, porque são claras e já toda a gente percebeu a politiquice ou a tentativa de politiquice que foi lançada”. Tendo em conta esta afirmação, o socialista Pedro Ortiga questionou o autarca do “porquê” de os estudos que foram solicitados “já há mais de 15 dias pelos vereadores da oposição ainda não terem sido facultados”, deixando “a dúvida no ar”. “É pegar nos pareceres e na documentação que fundamenta a demolição e torná-la pública. Se ela tem esta validade inequívoca não há dificuldade. O estatuto da oposição prevê dez dias, já lá vão 15 e continuam os documentos sem serem disponibilizados. Nós não afirmamos uma coisa e fazemos outra, porque no que à ponte se refere, connosco ela não caiu”, terminou.

Entrega pedra da ponte a Sérgio Humberto

Margarida Pinto entregou pedra da ponte demolida ao presidente da Câmara

No período de intervenção do público, a demolição da ponte da Peça Má foi novamente trazida à discussão, pela voz da murense Margarida Pinto, que “não compreende como o processo foi feito” e como “um símbolo, um ponto de referência ou quiçá um ex-libris foi assim tratado”. Mesmo sabendo que o processo é da responsabilidade da Metro do Porto, Margarida Pinto “não en-

tende” como o edil trofense “optou pela autorização da sua demolição”, pedindo que “explicasse essa tomada de decisão”. A murense recordou que a Assembleia de Freguesia do Muro foi “toda contra a demolição da Ponte da Peça Má” e, por isso, questionou o autarca “para que servem as decisões de um órgão democraticamente eleito”, se “só se tem em conta reputados es-

pecialistas e estudiosos da Metro do Porto que só está preocupada com os números”. Margarida questionou ainda o “porquê” de as “reações contra a demolição da Ponte da Peça Má, há nove anos” tomada pela ADAPTA “não serviu todos os executivos até então”, levando-os a “prepararem-se e a protegerem aquela construção?” “Porquê que apesar da presença e insistência em Assembleias Municipais de pessoas como o Comendador Eurico Ferreira, disponíveis em demonstrar soluções para a resolução da segurança de todos, não foi suficiente? Ou pelo menos um mote para o início de uma solução com viabilidade? Onde estão os estudos que dizem que a Ponte da Peça Má não tem interesse patrimonial e histórico? Onde está o referendo à população, prometido pelo presidente da Câmara da Trofa em Assembleia Municipal”, questionou ainda. E uma vez que a justificação dada para a demolição da ponte foi “a segurança rodoviária”, Margarida Pinto espera que a Câmara Municipal “‘esteja atenta’ aos riscos que já se verificam, passadas duas semanas

após a demolição”, com o “cair de terra no asfalto”. Concluindo a sua intervenção, Margarida “brindou modestamente” o presidente da Câmara com uma “pedra que veio das ruínas da Ponte da Peça Má”, esperando que “a sua memória não se apague sobre o que disse na última Assembleia Municipal: Hoje estamos cá e amanhã não

estamos e, portanto, temos um legado para deixar”. Não respondendo às muitas questões colocadas pela murense, Sérgio Humberto afirmou que “encara” a pedra para a construção do “castelo da Trofa para que cada vez seja mais forte, mais desenvolvido, mais próspero e que proporcione mais qualidade de vida a todos”.


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O NOTÍCIAS DA TROFA 7 OUTUBRO 2016

Atualidade

Alteração de nome de rua gera polémica A bancada socialista da Assembleia de Freguesia de Alvarelhos e Guidões “não concorda” com a condução do processo da alteração do nome da Rua da Indústria para Irmãos Silva, em Guidões. Sessão decorreu a 29 de setembro, em Alvarelhos. Patrícia P ereira

menos em sessão pública”. O tema tornou a surgir no período de intervenção do público, por Atanagildo Lobo, que também fez referência aos princípios estabelecidos pela comissão toponímica de 1989, que foram aprovados “por unanimidade na Assembleia de Freguesia de 30 de dezembro de 1989”, com “votos de louvor”. O guidoense referiu que os mesmos foram criados por “determinados fatores, como “possíveis injustiças” que pudessem surgir. “Quando se dá um nome a uma pessoa viva corre-se o risco de cometer uma injustiça com outra pessoa viva. Porque se alguma merece outra pode merecer”, justificou. “Não” conhecendo “o que fundamenta a vontade de se atribuir a uma rua o nome dos Irmãos Silva”, Atanagildo Lobo declarou que “se for pelo empreendedorismo” e pelas

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aprovação pelo executivo da Junta de Freguesia de Alvarelhos e Guidões, em sede de reunião, do encaminhamento para a Câmara Municipal da Trofa, de um pedido de alteração do nome da Rua da Indústria, em Guidões, para Rua dos Irmãos Silva, levou Rosária Carvalho (PS) recuar no tempo e relembrar à Assembleia da existência de “uma ata” elaborada por “uma comissão toponímica” de Guidões, em “1989”. A comissão, constituída pelo “presidente da Assembleia da época, por um tesoureiro da Junta, por um deputado da Assembleia de Freguesia e por dois cidadãos eleitores”, estabeleceu “dois princípios para a elaboração da toponímica em Guidões”: “não dar qualquer nome de pessoa viva e que se procurasse, dentro do limite possível, não descaracterizar a freguesia, procurando respeitar a tradição”. Tanto os princípios como a toponímica de Guidões foram “aprovados” pela Assembleia de Freguesia da época e a ata guardada “numa pasta designada toponímia”.

Assembleia reuniu-se a 29 de setembro

Depois deste enquadramento, a socialista afirmou que, para si, o executivo de Junta teve “uma atitude prepotente e com total falta de democracia” ao solicitar esta alteração “sem consultar esta assembleia”. “Nós, assembleia e executivo de Junta, estamos aqui de passagem, mas Guidões já existia antes deste executivo e desta assembleia e vai continuar a existir depois”, completou, questionando o “porquê de não ouvir também alguns elementos que fo-

Grupo Danças e Cantares Santiago de Bougado CONVOCATÓRIA António Fernando da Silva Moreira, na qualidade de Presidente da Assembleia Geral do Grupo Danças e Cantares Santiago de Bougado, convoca todos os sócios do Grupo para a Assembleia Geral Ordinária, que se realizará no dia 8 de Outubro de 2016, pelas 21.30 horas, na sua sede, sita na Rua do Parque Desportivo, com a seguinte ordem de trabalhos: 1º - Análise e votação do relatório de atividades e contas do ano 2016; 2º - Apresentação de listas para Nova Direção do Grupo; 3º - Outros assuntos de interesse para o Grupo. Bougado, 24 de Setembro de 2016 O Presidente da Assembleia Geral António Fernando da Silva Moreira

“empresas”, porque é que “não se há de dar um nome a uma rua de Jaime Dias ou Metais Jaime Dias, a outra rua Pirotecnia do Ave ou ao senhor Américo Maia”. Adelino Maia salientou que foi “uma pessoa do Bicho” que sugeriu esta alteração, que foi enviada para a Câmara Municipal da Trofa, que “está a estudar isso”. O autarca é da opinião que “as pessoas deviam ser agraciadas enquanto vivas”, mas se em Guidões existe esse critério “não se vai abrir exceções”. Por essa razão, quando a Câmara pedir o parecer do executivo da Junta vão dizer que a alteração “não é muito aceite”. “Nós respeitamos Guidões. Era para bem de Guidões, porque o homem é de Guidões e quem deu a ideia é de Guidões. Agora se existe isso, nós não estamos para complicar”, terminou.

ram os responsáveis pela definição destes princípios, que, com certeza, terão motivos válidos que possamos ouvir nesta assembleia”. Rosária Carvalho frisou que, para si, “não está em causa a quem é atribuída” a toponímia da rua, mas “a prepotência total, de nem sequer ouvir, independentemente de ser ou não obrigado legalmente”. Em resposta, Adelino Maia, presidente de Junta, contou que foi um morador de Guidões que lhe sugeriu que os Irmãos Silva “mereciam alguma coisa”, tendo mesmo “suQuestionado por Vítor Rocha (PS), o presidente da Junta, Adelino Maia, gerido a Rua da Indústria”. O au- informou que a criação de uma rua nos terrenos do Valagão é “uma necestarca frisou que é a “Câmara (Mu- sidade como pão para a boca para tirar o trânsito da Igreja (Paroquial de nicipal) que decide”, mas que pode Alvarelhos)”. Depois de conseguir “negociar” com os dois proprietários do “alertar que a assembleia não vê com terreno, o autarca encontrou uma adversidade nos “Caulinos”, com quem muitos bons olhos, porque em vivos “não conseguiu” negociar. Foi então que decidiu negociar com eles com não estão habituados a dar nome a “uma rua que está à frente, que vai dar à urbanização do Sanguinhal”, fininguém”. cando ainda “uma parte” que dá para “fazer saída da rua”. “Agora a CâNa sua intervenção seguinte, Ro- mara vai ter que dar a mão, porque uma rua daquelas fica caro”, frisou. sária Carvalho salientou que “esta Com a criação desta nova rua, o executivo da Junta quer “criar conassembleia não está contra a deci- dições para que as pessoas possam passear à noite e os peões andem lisão”, mas que “a bancada do PS está vres de perigo”. A rua será feita nos “dois sentidos para aliviar o estreicontra a condução de todo o proces- to da beira da Igreja”. A Rua do Cruzeiro passa a ser de “sentido único”, so”, porque, pelo que sabe, o autar- de Guidões ao Muro. ca “não ouviu esta assembleia, pelo

Junta quer rua para tirar trânsito junto à Igreja de Alvarelhos

CHMA assinala Dia da Saúde Mental com debate e aconselhamento aos utentes O Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA) vai assinalar o Dia Mundial da Saúde Mental, a 10 de outubro, com duas atividades a realizarem-se em Vila Nova de Famalicão. Uma delas é um debate, que tem lugar na Casa das Artes, no qual será exibido um filme, “Pára-me de Repente o Pensamento”, que será comentado por Manuel Matos, antigo diretor do serviço de Psiquiatria do Centro Hospitalar do Médio Ave. “Saúde Mental: Um Olhar Interdisciplinar” é o tema do debate da tarde, com a interven-

ção de vários especialistas. O CHMA vai ainda realizar uma atividade na área da Consulta Externa da unidade de Vila Nova de Famalicão, com o objetivo de “esclarecer os utentes sobre questões relacionadas com a doença mental e informar sobre as diferentes doenças psiquiátricas”. “O Serviço de Saúde Mental do CHMA foi recentemente considerado como Good practice no documento internacional ‘Joint Action on Mental Health and Well-being’

de 2016, que avaliou a prestação de cuidados na comunidade, e que vem reforçar a qualidade do Centro Hospitalar do Médio Ave nesta área”, referiu fonte do Centro Hospitalar. O Dia Mundial da Saúde Mental vai ser assinalado pela primeira vez no CHMA, que, a partir de agora, pretende “um projeto de continuidade e proximidade com os utentes que anualmente seja alternado entre as duas unidades hospitalares de Santo Tirso e de Vila Nova de Famalicão”. C.V.


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7 OUTUBRO 2016 O NOTÍCIAS DA TROFA

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Atualidade

Junta vai construir passeios na Rua do Horizonte

Foi aprovado na Assembleia de Freguesia do Coronado, no dia 29 de setembro, um contrato interadministrativo de delegação de competências entre a Câmara Municipal e a Junta de Freguesia para a construção de passeios na Rua do Horizonte, em S. Romão. Cátia Veloso

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um investimento de mais de 32 mil euros, a Junta de Freguesia do Coronado vai avançar com o melhoramento da Rua do Horizonte, em S. Romão do Coronado. A empreitada, que motivou um contrato interadministrativo de delegação de competências entre a Câmara Municipal e o executivo do Coronado, visa a construção de passeios entre a Quinta de S. Romão e o posto de abastecimento de combustíveis da Cepsa. José Ferreira, presidente da Junta de Freguesia, explicou na sessão da Assembleia de Freguesia que se trata de uma “necessidade” para “garantir segurança a quem passa a pé nesta rua”, sendo que aquela zona “tem muitas casas”. “É uma reivindicação antiga”, justificou o autarca, que considera estarem agora “reunidas as condições para se realizar este investimento”, que contempla a construção de estruturas para o escoamento de águas pluviais. A verba é atribuída pela autarquia, enquanto à Junta de Freguesia cabe responsabilizar-se pela execução da obra. Adriano Vasconcelos, elemento da Assembleia de Freguesia eleito pela coligação Unidos Pela Trofa (PSD/CDS-PP) considerou que o valor do investimento é “muito pouco dinheiro”. José Ferreira respondeu que “é a vantagem de ser a Jun-

ta a contratar”. O contrato interadministrativo foi aprovado por unanimidade na Assembleia de Freguesia. Já na Assembleia Municipal, que se realizou em S. Mamede do Coronado, no dia 30 de setembro, este contrato também mereceu a unanimidade dos elementos eleitos. A Câmara Municipal “delegou” na Junta esta empreitada, uma vez que, segundo o vice-presidente António Azevedo, “fazem mais rápido, estão mais atentos e fiscalizam melhor”. Já José Ferreira, presidente da Junta de Freguesia do Coronado, frisou que esta empreitada “melhora Executivo aprovou contrato interadministrativo para construção de passeios na Rua do Horizonte significativamente a segurança para quem circula na EN 318”. neficiado muito o comércio local”. das a cabo nos cemitérios, aconseCasa Mortuária Ricardo Santos interveio ainda lhando ainda “atenção para o horávai ser requalificada Intervenções nos cemitérios para questionar o motivo pelo qual rio de funcionamento” destes locais. “para dignificá-los” no mesmo local onde será construíJosé Ferreira respondeu que as A Assembleia Municipal da TroNa sessão da Assembleia de Fre- do o parque infantil, na Urbanização obras explicam-se pelo facto de fa aprovou ainda um pedido de guesia, Ricardo Santos, elemento do Casal, em S. Mamede do Coro- “não se poder sepultar ninguém em apoio financeiro para as obras de eleito pelo PSD/CDS-PP, quis saber nado, também nascerá o outro par- campas rasas, sem fundações”, re- requalificação da casa mortuária se, a propósito da estação de serviço que geriátrico da freguesia (o pri- conhecendo que estas intervenções de S. Romão, que foram aprovade autocaravanas instalada na Quin- meiro foi instalado na Quinta de S. são aquelas que “nenhum executi- dos por unanimidade. ta de S. Romão, “não será possível Romão), afirmando ser “apologista vo quer fazer”. “Podíamos continuNessa sessão, José Ferreira exrentabilizá-la”, uma vez que esta, da descentralização”. ar como até agora, a fazer de conta plicou que se trata de “um edifício atualmente, é de acesso livre, sugeO presidente do executivo discor- que está tudo bem, mas defendemos construído há oito anos”, mas que rindo ainda a colocação de um vigi- da desta posição, porque, justificou, que estes lugares têm de ter digni- tem “problemas estruturais profunlante para zelar pelo espaço. trata-se de estruturas com públicos dade”, acrescentou. dos”, sendo que, “cada vez que choAcerca deste assunto, José Ferrei- diferentes – “um é destinado para as Quanto ao horário de funciona- via, entrava água dentro do edifíra fez saber que, em conjunto com o crianças e o outro para os adultos” – mento, o autarca reconheceu que o cio”. A empreitada passa por “uma executivo, está “a pensar numa al- e que “estão muito bem enquadra- executivo “não tem conseguido uni- intervenção profunda”, desde “reternativa que não traga custos para dos, num espaço muito agradável”. formidade”, mas garantiu que esta vesti-la a capoto, tela e interiores”, a Junta e que seja uma mais-valia” No período de intervenção do situação será debelada com a colo- num “investimento de 18 mil eupara aquela estrutura que, para o au- público, João Santos questionou as cação de um sistema de “abertura e ros, em que a Câmara comparticitarca, regista “uma taxa de ocupa- motivações da Junta de Freguesia fecho automático das portas, como pa em 50 por cento”. P.P. ção muito significativa” e “tem be- para as obras que estão a ser leva- já existe em muitos outros locais”.

Requalificação na EN 318 começa esta semana Na sessão da Assembleia Municipal da Trofa, Alvarim Oliveira, eleito pelo PSD, referiu que, embora a Estrada Nacional (EN) 318 esteja “em muito pior estado do que a EN 104, as obras “já iniciaram na 104 e na 318 não”. E tendo em conta “o estado de uma e outra via”, o social-democrata quis saber se “não seria expectável começar pela 318, que também é uma via muitíssimo

movimentada”. Quanto à prioridade de cada requalificação, o presidente da Câmara Municipal da Trofa, Sérgio Humberto, declarou que há “sempre duas visões”, pois “para quem passa na 318 é esta a mais importante e a mais estragada e para quem passa na 104 todos os dias, nomeadamente entre a Rotunda do Ex-combatente e a Saner, é essa

Atualize a sua assinatura

a que está mais estragada e aque- de a zona industrial do Soeiro, em lor global de um milhão de euros. la em que é mais urgente a inter- S. Mamede, até S. Romão, num vaP.P. venção”. “Os números são claros. Na 104, nomeadamente naquele percurso em direção à autoestrada, o tráfego médio diário é de 22 mil viaturas e na 318 é entre cinco a sete mil viaturas”, completou. O autarca adiantou que “tentou que a empreitada acontecesse nos dois locais ao mesmo tempo”, mas tal “não foi possível”. Contudo, o empreiteiro Amândio Carvalho transmitiu-lhe que “na próxima semana” a empreitada vai “estar no terreno, começando do lado do cruzamento da Carriça”. Recorde-se que na Assembleia Municipal de 26 de abril, foi aprovada por unanimidade a requalificação, com “betão betuminoso”, de parte da EN 104 e da EN 318, des-


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Atualidade

Fábrica de spas emprega 20 pessoas na Trofa H á 10 anos no mercado europeu, a empresa sediada na Suiça, Volition Spas, chegou a Portugal e escolheu a Trofa para se instalar. O primeiro dia de outubro foi a data escolhida para abrir, pela primeira vez, as portas da unidade fabril ao público. Ainda agora se instalaram e já têm um marco a assinalar. Os seis mil metros quadrados fazem do espaço trofense a maior unidade de produção de spas da Europa ocidental. A Volition produz, por ano, 500 spas. Flavien Guiet, fundador e presidente da Volition Spas, fala em “razões estruturais” para ter escolhido fazer da Trofa a sua ‘casa’ em Portugal, uma vez que considera o espaço que acolhe a Volition “extraordinário”. Mas não só. O Aeroporto Francisco Sá Carneiro e a proximidade ao Porto foram também motivos que fizeram o presidente da empresa querer instalar-se por cá. A Volition surgiu da vontade e espírito de Flavien Guiet, que agora fabrica “aparelhos de hidromassagem e bem-estar, que po-

Volition instalou unidade na Trofa

dem ser utilizados para fins médicos e terapêuticos, mas são essencialmente aparelhos de relaxamento”, explicou o fundador. Na visita às novas instalações da empresa participaram especialistas internacionais que acompanharam a explicação de todo o processo

de produção de spas. Um processo bas de água, painéis e quadro eleque, de uma forma muito simples, trónico, passa-se ao teste de água vai desde a placa de acrílico à ter- e, finalmente, à montagem exterior. moformagem, ao reforço com fibra A nova unidade de produção envolde vidro, passando pelo corte para veu “um investimento de um miter uma estrutura perfeita. Depois, lhão de euros” e já deu emprego a adicionam-se os tubos, monta-se a “20 pessoas”. Mas Flavien Guiet esestrutura de madeira com as bom- pera chegar aos “300 funcionários”.

Micaela Oliveira assina vestidos do SL Benfica As noivas benfiquistas já se podem equipar a rigor para o dia do seu casamento. O Sport Lisboa e Benfica acaba de apresentar uma coleção de vestidos de noiva, com assinatura da trofense Micaela Oliveira. No total, são 24 vestidos para todos os gostos. Rendas, transparências, tules, organzas, com penas, pedras preciosas e alguns incluem até o emblema do clube da Luz. Os vestidos podem custar entre dois a dez mil euros. Em declarações à TVI, Micaela Oliveira explicou que “todos os interiores são vermelhos, o que dá ao vestido de noiva alguma irreverência”. Do tradicional branco ao atrevido vermelho, cada noiva tem à sua escolha uma peça única. A coleção engloba também vestidos de cerimónia e peças para criança, todos com o toque da estilista da Trofa. L.O./C.V.

Vestidos podem custar entre dois a dez mil euros

Jovem da Trofa participa no The Voice Já não é a primeira vez que Iven Reis tenta a sorte em programas de talentos para conseguir vingar na música. Depois de Ídolos, o jovem da Trofa aventurou-se no The Voice, mas não foi sozinho. Levou Sérgio Hash e com ele fez uma dupla que animou o público que assistiu à prova cega do programa. Apesar de ter contagiado os espectadores

com a música “Shut up and dance” dos Walk the Moon, Iven e Sérgio não conseguiram que nenhum dos jurados virasse a cadeira, ficando pelo caminho na competição. Esta é mais uma experiência televisiva do jovem trofense, que é animador musical e muito conhecido na região, pelas atuações que protagoniza em vários eventos. C.V.

The Voice

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Iven cantou com Sérgio Hash


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PS tenta novamente discutir desagregação e mais uma vez coligação rejeita

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Na Assembleia de Freguesia de Bougado, a 29 de setembro, eleitos pelo PS tentaram, de novo, discutir moção que defende desagregação de Santiago e S. Martinho. Coligação rejeitou mais uma vez. Presidente reconhece que zona da Junta de Santiago está “pobre e sem vida”.

O

grupo eleito pelo Partido Socialista na Assembleia de Freguesia de Bougado não desiste da discussão sobre a desagregação de freguesias. Pela terceira vez foi apresentada uma proposta para debater uma moção que defende a desagregação de Santiago e S. Martinho e mais uma vez os membros eleitos pela coligação Unidos Pela Trofa (PSD/CDS-PP) recusaram-se a debater o assunto. Apesar de o ponto não ter sido incluído na ordem de trabalhos da Assembleia de Freguesia, devido aos sete votos contra de elementos da coligação, muito se disse sobre este assunto. José Pedro Reis, eleito pelo PSD/CDS-PP, defende que “a reforma administrativa era necessária” para “adaptar a governação à realidade” e acusa “alguns autarcas, na tentativa de agradar os eleitores”, de manter os registos populistas, acabando por sacudir a responsabilidade de decidir em assembleia municipal”. “Temiam o fim das freguesias, das tradições e, afinal, praticamente tudo se manteve e as mudanças que ocorreram, na globalidade, foram positivas e bem aceites”, argumentou, dando como exemplos o facto de “os dois polos de governação distarem três quilómetros” e de a união de freguesias “dado o atual financiamento, ter maior capacidade de investimento para obras essenciais à população e que, separadas, muito dificilmente conseguiriam realizar”. Por sua vez, Maria Emília Cardoso, também eleita pelo PSD/CDS-PP, rei-

terou que nas outras ocasiões a proposta foi rejeitada pelo facto de os elementos da coligação entenderem “extemporâneo” discutir o assunto, sustentando-se em declarações do ministro da tutela, Eduardo Cabrita, que “vai avaliar o mapa de freguesias mas não o vai rever” e “apenas depois das autárquicas de 2017”. Maria Emília Cardoso afirmou ainda que os elementos socialistas insistem neste assunto na “ânsia de querer mostrar que estão deveras preocupados com as populações de Bougado”. “Cometem o grave erro de falar em nome de uma população, que se tem mostrado serena e confiante neste executivo de junta”, acrescentou. Este argumento foi refutado por Vera Araújo, eleita pelo PS e a face da moção, que afirmou: “Podem estar descansados que eu não quero ser presidente de Junta. Nunca quis e não serei de certeza absoluta”. Vera Araújo contrariou ainda a versão de Maria Emília Cardoso sobre o timing da discussão, fundamentando que “foi criado um grupo técnico que pretende ouvir as juntas de freguesia e os municípios sobre a agregação até 15 de outubro”. E questionou o presidente da Junta de Freguesia, Luís Paulo, sobre “como é que vai dar a resposta ao grupo técnico”. “Pretende chamar os elementos da Assembleia de Freguesia ou fazer uma assembleia popular como se fez em novembro de 2011 em Santiago de Bougado?”, questionou. Luís Paulo respondeu que “não é possível” ter de decidir “até 15 de ou-

tubro”, tendo que “ouvir a população”. Mais tarde, em resposta a Manuel Silva, que interveio no período de intervenção do público, Luís Paulo escusou-se a dizer que posição tem acerca da agregação de freguesias. “Para nós já não existe a questão de fazer obra em Santiago ou em S. Martinho”, respondeu o autarca que afirmou que o executivo que lidera “não trabalha na base de uma possível alteração”. Manuel Silva apelou ao presidente da Assembleia de Freguesia, Vítor Martins, que agende uma sessão para que os membros discutam o assunto, sob pena de “Bougado não lhes perdoar se não o fizer”. À acusação dos elementos da coligação de que o PS não se pronunciou sobre a agregação de Santiago e S. Martinho, o socialista Daniel Lourenço respondeu que “este assunto foi levado à Assembleia Municipal e a reforma foi claramente rejeitada”, até porque “uma das obrigações era juntar S. Martinho e Santiago”. “A freguesia de S. Martinho é três vezes maior do que Santiago. Acham que Santiago vai ter alguma vez uma distribuição de fundos equitativa? Claro que não vai. Nos próximos anos, vai sair prejudicado”, postulou. Obras no terreno da nova Casa Mortuária de Santiago Dia 6 de outubro. Esta foi a data avançada pelo presidente da Junta de Freguesia para o início das obras de preparação para a construção da Casa Mortuária de Santiago de Bou-

Opisição não desiste da desagregação

gado, que contemplam “ampliação do cemitério e colocação de ossários”. “Já foram feitos dois furos artesianos, assim como a delimitação do terreno da família Cruz. Já lá gastamos 50 mil euros, a acrescer 150 mil, já foram lá gastos cerca de 200 mil euros”, informando que a casa mortuária não vai ficar pronta neste mandato porque a Junta não tem dinheiro. A Assembleia de Freguesia ficou ainda marcada por um “bate boca” entre presidente de Junta e Mário Moreira, elemento eleito pelo PS, que acusou o executivo pela forma como tem governado o território de Bougado. “Ruas sujas e com buracos, jardins não temos, em vez de flores temos ervas daninhas, prédios devolutos que apresentam perigos para a população nem sequer estão protegidos”, atirou. Em resposta, Luís Paulo acusou Mário Moreira de ter “um discurso feiinho” e de “não ter feito o trabalho de casa”. “Cruzar os braços?

Este executivo? Está enganado”, afirmou o autarca que deu como exemplos “os jardins do Souto da Lagoa”, a intervenção feita “no Moinho da Abelheira” e “as constantes pavimentações” de arruamentos. “Continuamos a trabalhar para o bem comum e resiliência não vai faltar”, acrescentou. O presidente da Junta aproveitou ainda a sessão para dar conta de que o centro de atendimento permanente do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) passou para o polo de Santiago da Junta de Freguesia. “Foi um acordo muito positivo porque aquela zona está pobre, sem vida e o IEFP vai dar movimento”, afirmou. Esta declaração foi aproveitada para Vera Araújo, defensora da desagregação de Santiago e S. Martinho, usar como trunfo: “Então concorda que está morta aquela zona”. Apesar de negar no início, Luís Paulo reconheceu que “o Souto da Lagoa está envelhecido”.

Paraquedistas do Ultramar na Trofa CVP da Trofa promove recolha alimentar

Há marcas que nem o tempo cura e memórias que a vida não apaga. Com o intuito de relembrar os tempos do Ultramar e de homenagear aqueles que estiveram na linha da frente desta guerra, os paraquedistas da 3.ª Companhia de alunos de 1973 da Escola de Tropas Paraquedistas de Tancos, que está a come-

morar o seu 43.º aniversário, voltam a reunir-se. Desta vez, é a cidade da Trofa a acolher o 20.º encontro dos ex-combatentes. O encontro dá-se às 10 horas deste sábado, 8 de outubro, na estação de comboios da Trofa. Uma hora depois, está prevista uma homenagem aos ex-combatentes, na rotunda que

homenageia os homens do Ultramar na Trofa, junto à Escola do Cenfim. Segue-se uma sessão fotográfica no Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro. Às 13 horas, os paraquedistas da 3ª Companhia de Alunos de 1973 juntam-se para conviver e partilhar memórias ao almoço. L.O./C.V.

Recolha de sangue na Eurico Ferreira Este sábado, 8 de outubro, vai decorrer nas instalações da empresa Eurico Ferreira S.A., na Trofa, entre as 9 e as 12.30 horas,

uma recolha de sangue. O mo- informações pode contactar o 252 mento poderá também ser oportu- 400 610 ou o e-mail sustentabilino para a angariação de novos da- daderoef.com. dores de medula óssea. Para mais

Leite, feijão, cereais, pasta dos dentes ou champô são alguns dos bens com que pode contribuir este fim de semana, de 7 a 9 de outubro, para a recolha alimentar que a Delegação da Trofa da Cruz Vermelha

Portuguesa vai levar a cabo, no Continente da Trofa. A recolha permite manter em funcionamento a cantina social e dar resposta aos apoios de emergência, por isso toda a ajuda é precisa e benvinda.


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Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa

Há 40 anos a proteger vidas

Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa comemorou, a 1 e 2 de outubro, o seu 40.º aniversário. Patrícia P ereira

“O

s Bombeiros Voluntários da Trofa (BVT) são, no mais genuíno sentido da palavra, verdadeiros heróis trofenses, não só agora, perante o cenário que se apoderou do nosso concelho e que cobriu os céus da Trofa de nuvens negras, mas durante todo o ano a acudir emergências, a ir a socorro de quem precisa e sempre em alerta e preparados para o que der e vier”. Foi com um excerto de um artigo de João Mendes sobre “Os Nossos Heróis” que Manuel Dias, presidente da Associação Humanitária dos BVT, sintetizou o “muito trabalho” que os soldados da paz tiveram neste ano, em que a Associação comemora o seu 40.º aniversário. E, tal como o autor prossegue na sua crónica, “acontece que os bombeiros precisam da nossa ajuda, tal como, a qualquer momento, poderemos precisar da ajuda deles”. E daí a importância de nos tornarmos sócios da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa (AHBVT). A intervenção de Manuel Dias surge na sessão solene do 40.º aniversário, que ficou marcada pelas condecorações com medalhas de assiduidade e bons serviços, pela homena-

gem a todos os que passaram pelo quadro de comando desta associação, com o descerrar dos retratos dos sócios beneméritos Júlio Paiva e Dina Ferreira e pela atribuição da medalha de coragem e abnegação à bombeira Susana Cruz, por ter “arriscado a sua própria vida ao lançar-se ao mar e ter salvo uma mulher de nacionalidade espanhola que se afogou”. Mas antes, houve uma homenagem aos bombeiros e membros dos órgãos sociais falecidos, na Rotunda do Bombeiro, bem como a bênção das duas novas ambulâncias de transporte de doentes e um veículo ligeiro de combate a incêndios. No seu discurso, Manuel Dias afirmou que “40 anos se passaram num abrir e fechar de olhos, no entanto neste espaço de tempo muita coisa aconteceu”. O presidente adiantou estar “muito feliz e agradecido à população trofense, que tem colaborado sempre com os bombeiros”. Este ano, as comemorações estenderam-se por dois dias. No sábado decorreu a missa na Igreja Nova e uma noite de fados no salão polivalente da associação. Já no domingo, além das habituais cerimónias, realizou-se um espetáculo de variedades.

Corporação comemorou 40 anos de existência

12 inscritos na campanha de recrutamento para bombeiros “Com o que temos e nos vão pondo ao dispor, dependerá o nosso socorro mais ou menos técnico, mais eficaz ou menos eficaz”. Foi desta forma que João Pedro Goulart, comandante dos Bombeiros Voluntários da Trofa, fez ver que o socorro que é prestado depende do “investimento” que é feito pelo “Governo, poder central, o poder local e povo”. Neste momento, os BVT estão com uma campanha de recrutamento de jovens, que pretendam “prestar o serviço à causa do voluntariado, exercendo essa missão nos corpos de

bombeiros”. No final do mês de outubro, João Pedro Goulart espera “iniciar o curso de instrução inicial para bombeiro”, que neste momento conta com “12 inscrições”. O comandante não desmente a possibilidade de existirem bombeiros de outras corporações que estejam “a pedir transferência”, confirmando que, “contando que cumpram aquilo que são as suas obrigações e os seus deveres”, vão aceitar “todos aqueles que queiram pedir a transferência”. No ativo, os Bombeiros da Trofa têm “71” elementos.

Secretário de Estado anuncia 55 milhões Presente no aniversário, o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, mencionou que o “ato heroico” da bombeira Susana “deve ser reconhecido por todos nós”, revendo nela “todos os bombeiros que todos os dias fazem exatamente isso”. E é por essa razão que Jorge Gomes pretende contribuir para “dar melhores condições às mulheres e aos homens”, tendo estado a trabalhar para arranjar dinheiro para “investir na Proteção Civil. O secretário de Estado recordou o “concurso para requalificações de instalações de quartéis com sete milhões de euros”, em que foram aprovados “três” e chumbados “47”. Com os “3,2 milhões de euros” que sobrou do concurso, Jorge Gomes foi a Bruxelas “explicar que este valor não era nada para a Proteção Civil”, vindo de lá com “15 milhões de

euros”. Atualmente, conta com “55 milhões de euros para investir na Proteção Civil”, tendo “esperança” que nestes “caiba uma candidatura que está por lá meia perdida e que parece que é da Trofa”. O presidente da Associação Humanitária, Manuel Dias, adiantou que com a candidatura, que está avaliada em “265 mil euros”, pretende fazer “uma nova oficina”, porque a atual “está desatualizada”, a “cobertura do telhado, ampliar os balneários femininos e masculinos, que já estão a ser curtos, tentar por tijoleira na cave e um elevador de acesso ao salão nobre”. Manuel Dias avançou ainda ter a promessa de que se o Governo comparticipar na obra em “95 por cento” a Câmara Municipal “ajuda com o resto”.


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Sofia Matos é candidata à distrital da JSD

José Maria Moreira da Silva

Sofia Matos, presidente da JSD Trofa, apresentou, no decorrer do ConCRÓNICA selho Distrital do Porto da JSD, que se realizou em Felgueiras a 3 de outubro, a sua candidatura à presidência da JSD Distrital do Porto. “Por- O fascismo é filho do marxismo. Será mesmo? to Interventivo”, sob o lema “Força, União, Ação”, é o nome do projeescritor português da atualidade que abalou todo o mundo. É neste período mais lido em todo o mundo é o Jor- que começa o segundo livro desta saga “O to que a candidata da Trofa tem para apresentar.

Sofia Matos apresentou candidatura à distrital da JSD L iliana Oliveira Cátia Veloso

S

ofia Matos afirmou que a sua candidatura ao lugar de presidente da JSD do distrito do Porto surge de algumas situações “das quais não devemos alhear-nos”. “Os jovens enfrentam hoje em dia alguns problemas ligados, particularmente, ao desemprego têm algumas dificuldades económicas, nomeadamente no acesso ao ensino superior”, e as juventudes partidárias são “o primeiro passo que todos devemos dar no sentido da participação cívica e política”, afirmou Sofia Matos, adiantando que está “a construir a moção de estratégia global que será o resultado das ideias de todos aqueles que fazem parte das concelhias do distrito”. Uma estratégia que tem por base cinco linhas orientadoras: “educação, por mais e melhor educação; o comba-

te ao desemprego e a transformação da economia; fazer um acordo geracional que sirva todas as gerações; assumir as responsabilidades, como distrital, no país e na Europa e concretizar a regionalização, para desenvolver o potencial de todo o território”. A presidente da JSD Trofa acha que “a regionalização tem sido sucessivamente bloqueada e que o norte deve estar disponível para ser uma região-piloto”, sendo função da JSD “trabalhar em prol desse mesmo desígnio”. “Porto Interventivo” é o projeto que Sofia Matos apresenta e que pretende alcançar “mais protagonismo na definição das ideias políticas em cada um dos concelhos e no distrito”. “Queremos que este seja um projeto interventivo, porque estamos a fazer um esforço de aproximação às organizações da sociedade civil, independentemente das ideologias destas organizações. Queremos aproximar-nos dos jovens e chamá-los à discussão e, mais do que isso, queremos mesmo envolvê-los nas decisões e queremos fazer oposição a um Governo que, na nossa opinião, está absolutamente viciado nas facilidades e alheio à realidade do país”, contou ao NT a candidata, que quer “impor convicções”, porque acredita que tem “uma palavra a dizer no processo político”. “A força das nossas ideias é capaz de provocar mudanças positivas”, acrescentou. “Queremos uma JSD sem complexos, que não seja envergonhada e que não tenha pudor de dar a cara e de defender as suas ideias publicamente”, concluiu Sofia Matos. Se for eleita presidente da JSD Distrital do Porto, a JSD Trofa “vai passar por um período de eleições”, um procedimento que Sofia Matos antevê “tranquilo, maduro e que estará pronto para enfrentar as próximas eleições autárquicas”.

O

nalista da RTP – Rádio e Televisão de Portugal e Professor Universitário, José Rodrigues dos Santos. Na sua atividade profissional de Jornalista é um dos mais premiados repórteres portugueses e galardoado pelo Clube Português de Imprensa e pela CNN. Como escritor, em 2016 foi considerado o melhor escritor português. José Rodrigues dos Santos tem as suas atividades profissionais e consegue ser um dos jornalistas mais influentes para as novas gerações, no panorama informativo nacional e é, simultaneamente, um dos mais fecundos escritores da atualidade. Para além das 15 obras de ficção, ainda tem mais 7 livros de Ensaio, num total de 22 livros editados. É muita obra, para quem só publica livros há cerca de década e meia, só tem 52 anos de idade (nasceu a 1 de abril de 1964) e não se assume como um escritor profissional, mas tornou-se dos escritores portugueses contemporâneos a alcançar maior número de edições com livros que venderam mais de cem mil exemplares cada. O seu romance de estreia tem o título “A Ilha das Trevas” e foi publicado em 2002, pela Gradiva, a sua Editora de sempre. Neste último livro de ficção “O Pavilhão Púrpura” (2016) e no anterior “As Flores de Lótus” (2015), José Rodrigues dos Santos pretende transformá-los numa trilogia. Portanto, já se sabe que para o ano (2017) sairá mais um livro de ficção “o Reino do Meio” a concluir a trilogia. A unidade temática desta saga são quatro histórias; quatro famílias; quatro destinos. Escritor de uma prosa lúcida e poderosa, ninguém nega a sua capacidade de investigação para colocar nas suas ficções, faz-nos embarcar com ele e com figuras históricas como Salazar e Mao Tsé-Tung numa viagem empolgante que nos leva de Lisboa a Tóquio, de Irkutsk (na Sibéria-Rússia) a Changsha (na província de Hunan-China), do comunismo ao fascismo. No livro “As Flores de Lótus”, o primeiro livro publicado da trilogia, embora seja um romance deveria ser lido por todos aqueles que gostam das questões ideológicas e políticas, pois tem muita investigação à mistura sobre Ciência Política e consegue «sentar na mesma mesa» os primeiros e grandes ideólogos comunistas, socialistas e fascistas tentando mostrar ao leitor que é tudo «farinha do mesmo saco». Este seu primeiro livro percorre os primórdios da Revolução de Outubro, na Rússia, e as suas atrocidades. Passa pela Revolução Comunista na China e as suas horrorosas crueldades e entra no âmago da tomada do poder em Itália, por Mussolini e da chegada ao poder em Portugal, de Salazar, terminando na “Depressão”, a grande crise financeira americana de 1929,

Pavilhão Púrpura”. As afirmações são extraordinariamente controversas, mas o mais interessante é que nenhum político ou partido político veio a terreiro contestá-lo ou atacá-lo, como já o fizeram noutras ocasiões, por questões menores. Foi distração ou quem cala consente? No referido livro “As Flores de Lótus”, também demonstra até à exaustão, como é que a formação das ideias comunistas e socialistas são a mesma ideologia; são originalmente a mesma coisa, têm o mesmo fim e o que difere é apenas a forma de atingir o poder. Quer uma quer a outra têm o mesmo objetivo comum, que é o fim das classes. Tudo o resto é igual. Assim o atestam as teorias de Hegel, Feuerbach, Hess, Engels e Marx. O marxista francês Georges Sorel, tal como outros marxistas, desmentiram Marx e Engels, pois constataram que o capitalismo não desembocou na revolução proletária prevista por eles. Enquanto o russo Lenine se opõe ao parlamentarismo defendendo a criação de uma elite que acicate as massas e faça uso da violência para provocar a revolução, o italiano Benito Mussolini insistiu durante algum tempo que Engels e Marx tinham razão e que era preciso confiar na luta de classes. Por isso é que o autor refere que o fascismo é filho do marxismo. Será mesmo? Para mim, os “ismos” merecem-me aberta aversão. O escritor apresenta o exemplo de Mussolini, que atinge o poder através de eleições à frente do Partido Socialista Italiano (19011914), que depois o transforma em Partido Nacional Fascista, em 1922, mas também apresenta o exemplo de Ikki Kita, o intelectual japonês defensor de uma espécie de socialismo nacionalista ou nacional-socialismo, que em tempos tinha sido um grande entusiasta da revolução republicana chinesa, mas foi o fundador do Yuzonsha (1920), uma organização ultranacionalista que advogava um estado autoritário. Estas afirmações do autor são suportadas pelas ideias de filósofos da época, ou mesmo antigos, como Platão que não acreditava na democracia, ao contrário de Aristóteles, e outros filósofos gregos antigos, que eram defensores do sistema democrático. São umas excelentes análises, não só do autor do livro, mas também de estudiosos de então, para proporcionar bons debates em agradáveis tertúlias, que infelizmente deixaram de existir! De vez em quando é bom olharmos, discutirmos e analisarmos a história, para projetarmos o futuro! moreira.da.silva@sapo.pt www.moreiradasilva.pt


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7 OUTUBRO 2016 O NOTÍCIAS DA TROFA

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Cultura

Meninos Cantores a (en)cantar há 17 anos Os Meninos Cantores do Município da Trofa celebraram 17 anos a cantar, na tarde de sábado, 1 de outubro, na Casa da Cultura. Patrícia P ereira

“M

ostra o teu canto, Trofa de verdade, em cada cidadão tens o teu muro, mostra o teu canto, Trofa de verdade, que o teu canto há de ser eterno. Porque nasce de ti, um povo maduro”. O hino Trofa 10 Anos fez parte do repertório do miniconcerto comemorativo do 17.º aniversário dos Meninos Cantores do Município da Trofa. A maestrina Antónia Serra afirmou que cantam “este hino há alguns anos”, tendo achado “oportuno cantá-lo novamente”, uma vez que estão “a chegar aos 18 anos” e porque os pequenos músicos “gostam muito de o cantar”. “Acho que tudo que diz o hino é o futuro deles”, frisou. Quanto aos 17 anos de existência dos Meninos Cantores, Antónia Serra declarou que o “saldo é altamente positivo”. Apesar de “às vezes” pensar que “não há muito mais a fazer”, a maestrina já se convenceu que “há sempre muito mais a fazer”, porque “todos os anos as crianças são novas e todos os anos levanta a fasquia”.

Atualmente, o coro, que é composto por “45” elementos, está a trabalhar num “grande projeto”, baseado nas composições de “Benjamin Britten”. Outra das novidades, é que os Meninos Cantores vão “abrir o ano em Inglaterra, na Casa da Música”, com “quatro concertos pedagógicos”, a “20 e 21 de janeiro”. O coro vai ainda estar presente no “Mosteiro da Batalha”, no “primeiro domingo de dezembro”, e no “Convento de Cristo”, integrado numa “série de visitas cantadas”, promovidas pela Direção Geral do Património Cultural. Para a maestrina, o “ponto alto das comemorações” do 17.º aniversário é a exposição de fotografia “Rostos” da autoria de Carla Barroso Coelho, “mãe de uma menina do coro”, que os “acompanhou ao longo de um ano”. A exposição foi inaugurada no sábado e vai estar patente na Casa da Cultura da Trofa até ao dia 31 de outubro. Fotógrafa de profissão, Carla Barroso Coelho juntou o gosto pela fotografia com a admiração pelo trabalho dos Meninos Cantores. Esta

Aniversário comemorado com exposição de fotografia

exposição é, segundo a autora, um “presente” seu para o coro e uma forma de “dá-los a conhecer”. A exposição tem expostos alguns rostos dos jovens músicos e está acompa-

nhada por um ecrã por onde passam “154 fotografias, escolhidas das cerca de cinco mil” tiradas. “Adorei o projeto da Antónia e quando ouvi os Meninos pela primeira vez fiquei

boquiaberta. Quem não conhece os Meninos tem que os conhecer, são fantásticos e estão ao nível de qualquer grupo mundial. São fabulosos”, mencionou. pub


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Atualidade

SMED Fest pela primeira vez ao ar livre

A sexta edição do SMED Fest realizou-se pela primeira vez ao ar livre. O festival decorreu a 30 de setembro e 1 de outubro, na Quinta de S. Romão, e contou com vários artistas. A organização espera que nos próximos anos o evento se torne ainda melhor. A na Miranda Cátia Veloso

A

Quinta de S. Romão, no Coronado, recebeu a sexta edição do SMED Fest, que se realizou pela primeira vez ao ar livre. O festival decorreu a 30 de setembro e 1 de outubro e contou com 15 nomes, como Mr. Miyagi, Capitão Gancho e Sentido Único. Segundo os responsáveis André Dias, da Associação Caixa Cartão, e João Pereira, vice-presidente da Associação Quebra Sentidos, esta edição contou com muitas bandas, muito público e boa música. Para André Dias, a edição “trouxe algo de novo ao SMED Fest, primeiro pelo espaço, depois teve muito mais bandas do que o que costuma ter e atraiu todo o tipo de público”. Para além dos espaços musicais, o recinto tinha ainda um skatepark e uma zona reservada a campistas. Apesar do risco de mau tempo, “o espaço compensa tudo e o ambiente é logo diferente”, acrescentou An-

Azenhas do Ave em exposição

As Azenhas do Ave, localizadas na Trofa, Famalicão, Santo Tirso e Vila do Conde, vão estar em evidência na 5.ª edição da exposição “Património à prova de água: apontamento para a salvaguarda das azenhas e açudes nas margens do rio Ave”, que decorre durante o mês de outubro, no Centro de Pedagogia Ambiental da Câmara Municipal de Vila do Conde, no âmbito da iniciativa “Memórias no Centro da Festa”. A mostra conta com fotografias antigas e atuais, desenhos de levantamento arquitetónico, e desenhos técnicos e rigorosos dos exemplares localizados em Vila do Conde e um mapa ortofotométrico, que localiza as Azenhas ao longo do rio Ave. Além disso, pode ainda ver a produção de farinha num engenho tradicional de moagem, com um vídeo realizado na Azenha de Bairros. O trabalho resulta de uma investigação de doutoramento de Bruno Matos, soSMED Fest realizou-se na Quinta de S. Romão bre o património constituído pelas dré Dias. No primeiro dia, as portas gi, à meia noite. deverá ser no mesmo local, na Quin- Azenhas do Ave, e pretende susciabriram às 20 horas e encerraram às A organização espera que no pró- ta de S. Romão, a 200 metros da es- tar a reflexão sobre a preservação 00.15 horas com Granada. No últi- ximo ano o SMED Fest possa “dar tação de comboios de S. Romão do e valorização do património da remo dia, o recinto abriu às 14 horas e um salto e o que correu mal possa Coronado, num festival com algu- gião do Ave. L.O./C.V. o último concerto foi de Mr. Miya- ser melhorado”. A próxima edição mas melhorias e mais qualidade.

ACeS alerta para segurança rodoviária das crianças Nem sempre a cadeira e o cinto são, exclusivamente, sinónimo de segurança. De 26 a 30 de setembro, o Agrupamento de Centros de Saúde (ACeS) de Santo Tirso/ Trofa chamaram a atenção da comunidade para a segurança rodoviária das crianças, através da iniciativa “Eu não brinco com a segurança”, integrada no Projeto Crescer em Segurança. Esta semana foi “o pontapé de saída para um ano de trabalho”, já que a iniciativa, bem como a segurança das crianças, deve ser uma prática diária. Uma das atividades decorreu na sexta-feira, dia 30 de setembro, no auditório de Santiago da Junta de Freguesia de Bougado. A conferência “Circular em segurança é a minha escolha”, moderada pela diretora executiva do ACeS Santo Tirso/ Trofa, Ana Tato, contou com a participação de Flávio Sá, comandante do Destacamento de Santo Tirso/ Trofa da GNR, e Helena Sacadura Botte, da Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI). O momento foi de alerta essencialmente para o “transporte das crianças da forma correta dentro dos carros”, uma vez que “muitas das vezes os pais

Palestra realizou-se com a presença dos parceiros

têm as cadeirinhas, mas, por exemplo, os avós não têm” e o transporte das crianças deve incluir “uma cadeira adequada ao seu tamanho e o uso do cinto de segurança, seja para uma viagem de dez quilómetros ou de cem metros”, explicou Ana Tato. O projeto começou com um desafio lançado pela Direção Geral de Saúde, há três anos, e conta com a colaboração de muitos parceiros, entre eles a Federação das Associações de Pais (FAP), que, segundo a diretora executiva do ACeS, “tem sido um motor, ao dinamizar todos os pais para esta situação”. Embora o transporte de crianças pareça algo absoluta-

mente simples, há muito que se lhe diga. Por exemplo, alertou Ana Tato, “ainda hoje as enfermeiras vão vendo crianças que vêm na cadeira, e eventualmente até com o cinto de segurança, mas trazem a mochila nas costas. Isto retira qualquer tipo de eficácia à proteção que a cadeirinha dá”. Depois desta semana de atividades, vai dar-se continuidade ao “trabalho feito à porta das escolas e nos centros de saúde, de forma a sensibilizar cada vez mais pais”, adiantou a diretora. Sobre o projeto, Ana Tato afirmou que “tem sido muito bem acolhido pela população, pelas escolas e pela GNR”. L.O./C.V.


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Atualidade

Escuteiros homenageiam chefe Carlos Campos

A Casa da Cultura acolhe, até 29 de outubro, uma exposição comemorativa do centenário do nascimento do chefe Carlos Campos, uma das figuras maiores do escutismo no concelho. Cátia Veloso A. Costa

C

onta a família que Carlos Campos passava mais tempo nos escuteiros do que em casa. O interesse pela vida ao ar livre, o gosto pela Natureza e património sempre fez bater o coração do eterno “chefe” que ajudou a fundar os agrupamentos de escuteiros de S. Martinho e Santiago de Bougado. O trabalho desenvolvido em prol do escutismo não foi esquecido por aqueles que contactaram com ele e que quiseram, no centenário do nascimento, prestar-lhe uma homenagem. Com a ajuda da família, os chefes dos dois agrupamentos de escuteiros de Bougado promoveram uma tarde que incluiu a inauguração de uma exposição que conta a história de uma vida dedicada ao escutismo, na Casa da Cultura, e que está patente até 29 de outubro. Carlos Martins Macedo Campos nasceu a 3 de outubro de 1916 e em 1934 fez promessa de dirigente do Agrupamento 94, que nasceu em S. Martinho de Bougado. Mais tarde, ajudou a fundar o Agrupamento 447, em Santiago de Bougado, tendo desempenhado vários cargos. Recebeu um louvor regional, a Cruz de Agradecimento e a Cruz de Mérito de 1.ª Classe.

David Ramos, neto mais velho de Carlos Campos, relembra o avô como uma pessoa “que sempre gostou de ajudar”. “Era um benemérito da freguesia”, salientou, sem deixar de frisar que “a família sente-se agradecida pela homenagem”. Uma das histórias que mais ouviu do avô foi “quando foi a uma reunião em Lisboa e levantou-se da mesa e disse que podia ajudar os peregrinos de Fátima, desde que lhe dessem as viaturas, que assim iria com os outros escuteiros dar assistência”. Já a filha, Ester Campos, fez questão de enfrentar as dores de coluna que a afetam para marcar presença naquela cerimónia de reconhecimento ao pai. “Ele passava muito tempo nos escuteiros e nós respeitávamos porque era lá que ele era feliz”, contou. Júlio Lima e Manuel Couto fizeram parte da equipa de Carlos Campos para a formação do Agrupamento de Escuteiros de Santiago. Júlio recordou ao NT a dificuldade de ter o aval das entidades superiores e de como os obstáculos foram ultrapassados com a ajuda do chefe Campos. “Foi um grande homem, pela sua iniciativa”, sustentou. Já Manuel Couto lembra “o entusiasmo” com que viveu, em conjunto com Júlio e Car-

Homenagem incluiu romagem ao cemitério

los, a experiência de fundar o Agrupamento. “O dinheiro foi dado pelo doutor Sebastião Cruz. Foram 40 contos que há 40 anos representavam muito dinheiro”, relatou. Joaquim Carneiro, chefe do Agrupamento 94 de S. Martinho de Bougado, explicou que a homenagem foi pensada “há algum tempo”, mas fazia sentido “fazê-la no centenário de nascimento do chefe Carlos Campos”. “Uma pessoa que nos é muito querida e por quem temos uma dívida de gratidão. Se existimos e es-

Atividades cor de rosa para sensibilizar para o cancro da mama

tamos aqui é porque foi ele os outros fundadores – Napoleão Sousa Marques, António Campos e padre Alberto Pinheiro Machado - que tiveram muita coragem e foram empreendedores do associativismo na nossa terra”, sustentou. Para Luís Neves, chefe do Agrupamento 447 de Santiago de Bougado, este reconhecimento trata-se de um “agradecimento pelo trabalho que ele fez de livre vontade em prol da juventude, mostrando à comunidade a gratidão por tudo o que

desenvolveu”. “Ficamos muito felizes porque a família acolheu muito bem esta ideia e até contribuiu com artigos pessoais para a exposição”, frisou. A homenagem ficou ainda marcada por uma eucaristia em memória de Carlos Campos, seguida de uma romagem ao cemitério de Santiago de Bougado, por um convívio entre escuteiros e familiares, na sede do Agrupamento 94 e por uma tertúlia que debateu o escutismo.

Rancho de S. Romão promove desfolhada no sábado O Rancho Folclórico de S. Romão do Coronado vai promover uma desfolhada à moda antiga na noite de sábado, 8 de outubro, na sede do Rancho Folclórico. O artista musical Pedro Quina vai animar a festa que tem entrada livre. Ao longo da noite, do bar do Rancho sairão petiscos e bom vinho. C.V.

O mês de outubro tem a ele associada uma cor: rosa. Tudo começou na década de 90, com um movimento internacional a promover ações de sensibilização para um pro- Rancho do Divino Espírito Santo blema que afeta muitas mulheres no mundo: o cancro da mama. promove desfolhada em S. Mamede L iliana Oliveira Cátia Veloso

O cancro da mama é o tumor maligno que mais afeta as mulheres. Na Europa Ocidental, em cada cem mil habitantes 90 casos são detetados. Em Portugal, os números são semelhantes. Depois dos 50 anos de idade, o risco aumenta, passando a 200 casos por cada cem mil habitantes. O laço cor de rosa é o símbolo que identifica a temática e que integra as várias atividades organizadas. Em Vila Nova de Famalicão, o slogan “Saiba o que lhe vai no peito” é o mote para uma caminhada e um jantar, organizados pela Associação de Volunta-

riado Hospitalar de Vila Nova de Famalicão. A “Caminhada Rosa” parte este sábado, 8 de outubro, às 9.30 horas, da unidade hospitalar de Famalicão, com destino ao Parque da Devesa. Já o “Jantar Rosa” tem lugar no Centro Pastoral Santo Adrião, a 28 de outubro. Para se inscrever pode recorrer ao e-mail voluntariado.hfamalicao@chma. min-saude.pt ou ao 913544900/ 911141498. Santo Tirso também se junta à causa. A Liga dos Amigos do Hospital de Santo Tirso também vai promover, a 9 de outubro, uma “Caminhada Rosa”. Com um donativo de três euros, as inscrições

podem ser feitas junto da Liga dos Amigos do Hospital de Santo Tirso, na Junta da União de Freguesias de Santo Tirso, Couto (S. Miguel e Santa Cristina) e Burgães ou no Café do Rio. O ponto de encontro é na Praça do Município, às 9 horas, e está programada uma aula de ginástica para o aquecimento. Às 10 horas, a caminhada parte em direção ao Parque Urbano da Rabada e, às 11 horas, há uma largada de balões, um sorteio de vouchers para mamografias e ecografias, uma aula de zumba e um lanche. A organização da atividade oferece um saco, uma t-shirt, água e um balão rosa.

A Casa de Vilar, junto à Capela do Divino Espírito Santo, em S. Mamede do Coronado, volta a ser palco de uma desfolhada, no dia 15 de outubro, pelas 21 horas. Para manter viva a tradição, o Rancho Folclórico do Divino Espírito Santo faz questão de promover esta atividade, que vai na quarta edição. Quem quiser “descamisar” as espigas e, quem sabe, espalhar beijos e abraços pela descoberta do milho-rei, pode participar na atividade, que tem entrada livre. Para animar a noite, haverá a atuação do Rancho da “casa” e do Rancho Folclórico S. Cosme de Gemunde, da Maia. C.V.

Rancho Etnográfico de Santiago de Bougado faz “Desfolhada à Moda Antiga” “Desfolhada à Moda Antiga” é uma iniciativa promovida pelo Rancho Etnográfico de Santiago de Bougado, que se realiza este sábado, 8 de outubro, às 21.30 horas. O evento terá como grupo convidado o Rancho Regional de S. Salvador da Folgosa e será junto à Capela de Santa Luzia, na Trofa Velha. A.M./C.V.


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Desporto

Gala do Desporto reconheceu mérito trofense

Gala de Desporto da Trofa premiou os trofenses que mais se distinguiram na área desportiva durante o último ano, na noite de sábado, 1 de outubro. Patrícia P ereira

D

o atletismo à dança, passando pelo ciclismo, futebol, kickboxing e automobilismo. Atletas, treinadores, dirigentes, equipas e clubes. Ninguém ficou de fora da Gala do Desporto da Trofa, que pretendia “reconhecer o mérito, a excelência, a continuidade e o talento de dezenas de trofenses”, que se destacaram na área desportiva na época passada. No total foram reconhecidos 56 trofenses com o Troféu Orgulho Trofense – Mérito Desportivo. O projeto Cross Stars – Inclusão Pelo Desporto, da Delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa e da Escola Life Combat, assim como vários atletas e treinadores foram distinguidos com este troféu. Para a treinadora Nádia Barbosa, este foi “um reconhecimento de um esforço” que já tem vindo a ser feito “há muitos anos”, com “a aposta na juventude” desde que começaram com este projeto na Trofa. “Apesar de temos tidos vários títulos

ao longo dos anos, este ano tivemos um título mundial”, destacou, mencionando que, desta forma, há “sempre uma esperança” que as pessoas vejam que esta é “uma modalidade que vale a pena apostar, que traz resultados e que leva o nome dos patrocinadores bem longe”. Também Rui Pedro Silva, que já participou por três vezes nos Jogos Olímpicos, foi distinguido com o Troféu Orgulho Trofense, o que, para si, é “um reconhecimento da sua cidade”, que “agradece muito e é sempre um orgulho vir cá receber este prémio”. Foi ainda atribuído o Troféu Orgulho Trofense – Carreira Desportiva a Tiago Pereira, que na época passada terminou o seu percurso como futebolista no Clube Desportivo Trofense, pela sua “carreira desportiva consistente e duradoura”. Para Tiago Pereira esta distinção é “algo de especial e de gratificante”, pois foram “23 anos de futebol profissional a um nível muito alto”, no qual representou “grandes clubes”.

O ex-jogador “gostaria de partilhar” este troféu com “o futebol, todos os clubes, estruturas, equipas técnicas, funcionários, dirigentes, colegas de equipa, sócios e simpatizantes, porque sem eles não fazia a carreira que fez”. Tiago deixou ainda “uma palavra de apreço aos seus amigos mais próximos e à sua família, em espe-

cial aos seus pais, à sua irmã e filha, Maria João, que sempre tiveram consigo e deram todo o apoio necessário ao longo destes anos”. Em jeito de mensagem para os mais jovens, Tiago confessou que “não era um craque”, mas tinha “outros valores que talvez outros colegas superiores a si na qualidade não

Paulo Vilas Boas Sandro Eusébio Bruno Oliveira Carina Semchenko Miguel Silva Areal Marco António Pinto Luís Miguel Serra Flávia Teixeira Gomes Miguel Lima Moreira Cláudia Lima Moreira Fernando Araújo Santos Artur Pasechnik Américo Andrade Mário Carneiro André Serra João Pereira Rafael Arantes de Sousa Tiago André Costa Hugo Ferreira Daniela Oliveira Bruno Gouveia Diana Carvalho Vera Soares Vanessa Sofia Soares Nádia Barbosa Escola Lifecombat, José Miguel Cardoso Rui Pedro Silva Troféu Orgulho Trofense Carreira Desportiva Tiago Pereira

Dionísio e Diogo Moreira

João Sinval

CM Trofa

Anita Campos Ana Luís Gomes Joana Carvalhal Mariana Gomes Ana Campos Mariana Ribeiro Escolinha de Rugby da Trofa (equipa de Sub14) Escola de Atletismo da Trofa João Sinval Rui Azevedo Equipa de Juniores (Futsal) da ARJ Muro Equipa de Juvenis (Futsal) do CR Bougado Fábio Moura Cláudia Campos Asas de Rindo João Cunha Beatriz Sousa Martins Pedro Teixeira Daniel Dias Paulo Sousa Virgílio Pinto Bernardino Leal Hélder Dias André Ferreira Dionísio Moreira Diogo Moreira Nuno Santos Daniel Silva

CM Trofa

Troféu Orgulho Trofense Mérito Desportivo

Virgílio Pinto

Rui Azevedo

Escola de Atletismo da Trofa

Fábio Moura

tinham”. Por isso, Tiago mencionou que “não chega só ser um bom jogador”, mas que “é preciso, acima de tudo, ter carácter, ambição, vontade e humildade”. “Se tiverem esses valores, em qualquer modalidade e na vida vão alcançar os seus objetivos”, terminou.


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CM Trofa

Desporto

Tiago Pereira

Beatriz Martins e João Cunha

Hélder Dias, André Moreira e Bernardino Leal

Alunas da Passos de Dança

CM Trofa

Cláudia Campos

Pedro Teixeira

Juvenis de futsal CR Bougado

Paulo Vilas Boas

Rui Pedro Silva

Sub-14 da Escolinha de Rugby da Trofa

Juniores de futsal da ARJ Muro


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Desporto

Trofense perde na Madeira N

ão está fácil a tarefa do Clube Desportivo Trofense na série B do Campeonato de Portugal. Depois de um triunfo motivador na Taça de Portugal, com a goleada ao Beira-Mar, a formação treinada por Bruno Pereira viajou à Madeira em busca da primeira vitória para o campeonato diante do Camacha, mas não conseguiu somar pontos, perdendo por 2-1. Apesar de ter

apresentado argumentos para marcar, a falta de eficácia na primeira parte foi penalizada pelos dois golos do Camacha, já na etapa complementar. O primeiro golo insular aconteceu aos 47 minutos, por intermédio de David Macieira. O Trofense ainda conseguiu relançar a partida, com o tento do empate assinado por Ricardo Fernandes, que aproveitou a defesa incompleta

de Marco Jesus ao remate de Hélder Sousa, aos 53 minutos. O empate, porém, foi “sol de pouca dura”, já que aos 59 minutos, Roberto Silva devolveu a vantagem ao Camacha, que desta forma conseguiu o segundo triunfo da época. Por sua vez, ao fim de cinco jornadas, o Trofense ainda não sabe o que é vencer no campeonato. Ocupa o penúltimo lugar da tabela clas-

Resultados Departamento de Formação sificativa, com três pontos obtidos em outros tantos empates. Na próxima jornada, o Trofense recebe o Caniçal, outra equipa madeirense que ocupa o 2.º lugar, com dez pontos. O jogo realiza-se às 15 horas. O Marítimo B é líder, com 11 pontos. C.V.

Pedro Matos estreou-se na convocatória da Seleção Sub-20 Pedro Matos estreou-se entre os convocados para o estágio da Seleção Nacional de Sub-20. O treinador Emílio Peixe chamou o avançado do Clube Desportivo Trofense que, com Leandro Antunes – do SC Braga -, foi uma das surpresas da convocatória para o primeiro estágio de observação da época. O jogador esteve na concentração da equipa em Rio Maior e, no último dia, na Cidade do Futebol, com treinos que podem dar já algumas indicações a Emílio Peixe para preparar o Mundial de 2017, que se realiza na Coreia do Sul entre 20 de maio e 11 de junho. Em declarações ao NT, Pedro Matos afirmou que ficou surpreendi-

do com a chamada do selecionador. “Quando soube que tinha sido convocado fiquei sem palavras. Não estava nada à espera”, contou. No entanto, o jogador sente que esta experiência é sinal de que “o trabalho realizado ao longo destes anos finalmente deu frutos”. “Tem sido muito bom treinar com colegas que eram referências para mim. Também nunca tinha trabalhado com o Emílio Peixe e é recompensador ter mais uma pessoa a ajudar-nos no nosso desenvolvimento”, explicou. Pedro Matos sentiu-se “muito bem” nos treinos, confessou que “é Pedro Matos (2.º à direita) estreou-se num estágio da Seleção um orgulho” vestir a camisola das Quinas e não tem dúvidas de que dial do escalão “se trabalhar bem”. nador confiou em mim”, sustenpode ser “uma opção” para o Mun- “Se estou aqui é porque o selecio- tou. C.V.

Aprovado Processo de Revitalização Bougadense da SDUQ do Trofense segue em frente Foi aprovado o Processo Especial de Revitalização da SDUQ do Clube na Taça Brali Desportivo Trofense, que começa a ser pago em outubro deste ano. Direção apela ao apoio dos trofenses.

Devido à ausência de voto da Segurança Social, a aprovação do Processo Especial de Revitalização (PER) da Sociedade Desportiva Unipessoal por Quotas (SDUQ) do Clube Desportivo Trofense ficou em suspenso. Na segunda-feira, 3 de outubro, o clube foi informado do voto positivo da Segurança Social, tendo por isso o PER sido aprovado com cerca de 88 por cento dos votos Recorde-se que na sessão do dia 29 de setembro, que decorreu no Tribunal de Santo Tirso, todos os jogadores presentes votaram contra, à exceção do representante do jogador Tiago Pires, das Finanças, Liga de Clubes, empresas e da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa que votaram favoravelmente. O Processo de Revitalização, num total de 500 336,67 euros, não prevê um perdão de dívida, mas dos juros aos fornecedores, sendo que o pagamento será feito em prestações. Segundo o advogado da SDUQ do Trofense,

a dívida às Finanças será paga em 135 prestações e à Segurança Social em 150 prestações. Aos restantes credores será paga em 72 prestações, representando um encargo mensal de cerca de dois mil euros, com um período de carência de um ano. Para Luís Lima, presidente do Clube Desportivo Trofense, esta foi “uma vitória” para o clube, porque, se fosse “chumbado a segunda vez iria ser um caso muito grave para o presente e futuro do clube, porque era extinta a SDUQ, criando problemas com o futebol profissional”. Agora, o presidente apela que “os trofenses e empresários se unam para apoiar o clube”, para que “não feche as portas”. Luís Lima adiantou ainda que o PER vai começar a ser pago “este mês” às Finanças e à Segurança Social, num encargo mensal de cerca de “dois mil euros”. Aos restantes credores começa a ser pago “em outubro de 2017”. O pagamento da dívida será feito “em sete anos sem juros”, contou ainda. P.P.

O Atlético Clube Bougadense ficou apurado para a próxima fase da Taça Brali, da Assciação de Futebol do Porto, depois de empatar a zero bolas com o Castêlo da Maia. A formação de Bougado conseguiu, ao fim de três jornadas, arrecadar sete pontos, mais dois que o adversário. Para o treinador, Agostinho Lima, esta partida “deu para colocar alguns jogadores que estavam a ser menos utilizados na pré-época e que deram garantias para o futuro”. “Portaram-se muito bem. Estivemos por cima do jogo e fomos a equipa que teve mais oportunidades de golo”, afirmou. Apesar de a passagem à segunda fase não ter sido um objetivo traçado, o técnico garantiu que, agora, “é continuar a luta”. Mas antes, a concentração estará no campeonato que começa no domingo. A competição é outra e por isso os objetivos são bem mais ambiciosos. Cumpre-se a primeira jornada da série 1 da 1.ª Divisão da Associação de Futebol do Porto e o primeiro adversário do Bougadense é o Gulpilhares, que joga em casa. O jogo começa às 16 horas. “As equipas são mais equilibradas, mais do nosso nível. Vamos tentar ganhar todos os jogos, mas o que podemos garantir é que vamos dar o máximo em cada jornada”, assegurou. C.V.

Atlético Clube Bougadense Juniores 2.ª divisão distrital – série 4 Bougadense 3-2 Balasar (4.º lugar, 3 pontos) Próxima jornada - 08/10 às 16 horas Macieira da Maia-Bougadense Juvenis B 2.ª divisão distrital – série 6 Bougadense 0-0 Trofense (8.º lugar, 1 ponto) Próxima jornada - 09/10 às 9 horas FC Pedras Rubras-Bougadense Iniciados 2.ª divisão distrital – série 5 Castêlo da Maia 3-0 Bougadense (8.º lugar, 0 pontos) Próxima jornada - 16/10 às 11 horas Bougadense-Mocidade Sangemil Infantis 2.ª divisão distrital – série 3 Pedras Rubras 5-0 Bougadense (12.º lugar, 0 pontos) Próxima jornada - 08/10 às 16 horas Bougadense-Infesta Clube Desportivo Trofense Juniores 1.ª divisão distrital – série 2 Aliados FC Lordelo 1-2 Trofense (3.º lugar, 9 pontos) Próxima jornada - 08/10 às 16.30 horas Trofense-Felgueiras 1932 Juvenis A 1.º divisão distrital – série 2 Trofense 3-0 FC Lixa (8.º lugar, 6 pontos) Próxima jornada - 08/10 às 14.30 horas Trofense-Rebordosa Juvenis B 2.º divisão distrital – série 6 Bougadense 0-0 Trofense (7.º lugar, 1 ponto) Próxima jornada - 08/10 às 13 horas Trofense-Leça Iniciados 1.º divisão distrital – série 2 AR S. Martinho 1-0 Trofense (12.º lugar, 3 pontos) Próxima jornada - 09/10 às 9 horas Trofense-Desp. Aves Iniciados B 2.º divisão distrital – série 2 Sousense 4-0 Trofense (8.º lugar, o pontos) Próxima jornada - 09/10 às 11 horas Trofense-Infesta Infantis 11 1.º divisão distrital – série 2 Trofense 3-1 Paredes (6.º lugar, 6 pontos) Próxima jornada - 08/10 às 14 horas Calçada-Trofense Futebol Clube S. Romão Juniores 2.ª divisão distrital – série 4 S. Romão 1-5 Macieira da Maia (11.º lugar, 0 pontos) Próxima jornada 08/10 às 13 horas Gondim-Maia-S. Romão


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Agenda

Dia 08 9-12.30 horas: Colheita de sangue, na empresa Eurico Ferreira 10 horas: Palestra “Amamentação como chave para o desenvolvimento sustentável”, no auditório Fórum Trofa XXI 16 horas: Aula de Karaté do Dojo Murakami da ARJ Muro, no ginásio 21 horas: Desfolhada do Rancho Folclórico de S. Romão, na sede 21.30 horas: Desfolhada do Rancho Etnográfico de Santiago de Bougado, junto à Capela de Santa Luzia Dia 09 15 horas: Trofense-Caniçal 16 horas: Gulpilhares-Bougadense

Farmácias Dia 07 Farmácia Nova Dia 08 Farmácia Moreira Padrão Dia 09 Farmácia Ribeirão Dia 10 Farmácia Trofense Dia 11 Farmácia Barreto Dia 12 Farmácia Nova Dia 13 Farmácia Moreira Padrão Dia 14 Farmácia Ribeirão

Necrologia S. Martinho de Bougado Américo Ferreira da Silva Faleceu no dia 1 de outubro, com 72 anos. Solteiro Abel Freitas dos Santos Faleceu no dia 29 de setembro, com 42 anos Casado com Maria Olinda Martins Pereira Funerais realizados pela Agência Funerária Trofense, Lda, Gerência de João Silva

Telefones úteis Bombeiros Voluntários Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Polícia Municipal da Trofa 252 428 109/10 Jornal O Notícias da Trofa 252 414 714 Centro de Saúde da Trofa 252 416 763 Centro de Saúde S. Romão 229 825 429 Centro de Saúde Alvarelhos 229 867 060

7 OUTUBRO 2016 O NOTÍCIAS DA TROFA

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Desporto

Futsal federado

Juniores do S. Romão vencem na estreia A equipa júnior feminina do Futebol Clube S. Romão estreou-se no campeonato interdistrital de futsal com uma vitória. No terreno do Lusitânia de Lourosa, as romanenses venceram por 1-2, em jogo a contar para a segunda jornada. Esta sexta-feira, a equipa cumpre a partida de atraso da ronda inaugural com a receção ao Modicus Sandim e no dia seguinte defronta a Casa do FC Porto de Rio Tinto, também no pavilhão desportivo da Escola Básica e Secundária do Coronado e Castro, em S. Romão. Quem também teve uma jornada vitoriosa foi a equipa de iniciados do Centro Recreativo de Bougado. Em jogo da 2.ª jornada da série 2 da 2.ª Divisão da Associação de Futebol do Porto (AFP), os bougadenses golearam o Rebordosafut por 7-3, somando seis pontos. A Associação Desportiva e Cultural O Amador é

a próxima adversária. Na última jornada da 1.ª Fase da Taça Sénior da AFP, Centro Recreativo de Bougado, Grupo Desportivo de Covelas e Futebol Clube S. Romão foram eliminados. No Grupo 10, o CR Bougado perdeu com o Labruge por 3-2, sendo relegado para o 2.º lugar, enquanto o GD Covelas venceu o ACD Mindelo por 4-1, acabando na 3.ª posição. No Grupo 15, o FC S. Romão foi goleado pela Urbanização de Areias por 10-0, ficando em último lugar, com um ponto. As atenções destas equipas viram-se agora para os campeonatos. Na série 2 da 1.ª Divisão da AFP, CR Bougado e GD Covelas defrontam-se na 1.ª jornada, que está marcada para as 19 horas de sábado, 8 de outubro, no pavilhão da coletividade bougadense. Já o FC S. Romão, na 2.ª Divisão

da AFP, recebe o Luso Académico pelas 21 horas de sábado, no pavilhão desportivo da Escola Básica e Secundária do Coronado e Castro, em S. Romão. A equipa sénior feminina do FC S. Romão perdeu com a Juventus Triana por 1-5, na 4.ª jornada da 1.ª Divisão da AFP, e ainda não pontuou esta temporada. Na próxima jornada, viaja ao reduto do Alfenense. Na mesma situação está a equipa de juniores masculinos do CR Bougado, que somou a terceira derrota em outras tantas jornadas na série 2 da 2.ª Divisão da AFP. Depois de ter perdido com o Estrelas Susanenses no fim de semana, a formação bougadense viajou ao reduto do Aliviada, no feriado, e averbou um desaire de 4-3. No sábado, recebe o Penafiel. A equipa de juvenis da mesma coletividade perdeu com o Modicus Sandim por 6-1 e com o Retorta por

1-3, na 1.ª Divisão da AFP, somando quatro pontos ao fim de cinco jornadas. Na próxima ronda, defronta a Cohaemato. Na série 2 da 2.ª Divisão do mesmo escalão, o FC S. Romão foi batido pela Ordem por 12-0 e pelo Vale do Ave por 8-1. Ainda sem pontuar, a equipa tem encontro marcado com o Estrelas Susanenses na próxima jornada. Na 2.ª jornada da série 2 da 2.ª Divisão da AFP de infantis, o FC S. Romão perdeu com o Teibas por 4-3. O Restauradores Brás Oleiro é o adversário que se segue. Já a formação de benjamins da mesma coletividade perdeu com o Académico de Pedras Rubras por 22-0, na 2.ª jornada da série 2 da 1.ª Fase do Campeonato Distrital. Na próxima ronda, defronta a Cohaemato. C.V.

Dojo Murakami promove aula aberta este sábado “A sua presença é importante. Participe e traga familiares e amigos”. O apelo foi deixado pelo sensei Ferreira, responsável pelo Dojo Murakami, que vai organizar uma aula especial de karaté no ginásio da Associação Recreativa Juventude do Muro, este sábado, 8 de outubro, a partir das 16 horas. A iniciativa visa divulgar a atividade do Dojo e promover o convívio através do desporto. A época do Murakami já come-

çou e as aulas realizam-se às segundas, quartas e sextas-feiras, das 19.15 às 21 horas. Há ainda intenção de iniciar um novo horário, às quintas-feiras, das 15 às 16.30 horas. Os interessados neste horário devem contactar o 911 102 689 ou enviar email para senseiferreira@ sapo.pt. Os mesmos contactos servem para aqueles que quiserem integrar a equipa do Dojo Murakami ou esclarecer dúvidas. C.V.

Dojo Murakami vai promover aula aberta

Basquetebol Resultados 1.ª Divisão Distrital Sub-19 Feminino Guifões SC 97-29 ACR Vigorosa ACR Vigorosa 20-0 Lousada A.C. 1.ª Divisão Distrital Sub-14 Masculino NCR Valongo 12-54 ACR Vigorosa

(Oficialmente os dois pontos foram para o Valongo pois o Vigorosa não apresentou o número mínimo de atletas estabelecido para este escalão.)

Ficha Técnica

Diretor: Hermano Martins (T.E.774) Sub-diretora: Cátia Veloso (9699) Editor: O Notícias da Trofa Publicações Periódicas Lda. Redação: Patrícia Pereira (9687), Cátia Veloso (9699), Magda Machado de Araújo (TE1022) , Liliana Oliveira| Setor desportivo: Marco Monteiro (C.O. 744), Miguel Mascarenhas (C.O. 741) Colaboradores: Atanagildo Lobo, Jaime Toga, José Moreira da Silva (C.O. 864), João Pedro Costa, João Mendes | Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Cátia Veloso | Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda. | Assinatura anual: Continente: 22,50 euros; Extra europa: 88,50 euros; Europa: 69,50 euros; | Assinatura em formato digital PDF: 15 euros NIB: 0007 0605 0039952000684 | Avulso: 0,60 Euros | E-mail: jornal@onoticiasdatrofa.pt | Sede e Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax: 252 414 714 Propriedade: O Notícias da Trofa - Publicações Periódicas, Lda. NIF.: 506 529 002 Registo ICS: 124105 | Nº Exemplares: 5000 | Depósito legal: 324719/11 | ISSN 2183-4598 | Detentores de 50 % do capital ou mais: Magda Araújo | Estatuto Editorial pode ser consultado em www.onoticiasdatrofa.pt | Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores e não veiculam obrigatoriamente a opinião da direção. O Notícias da Trofa respeita a opinião dos seus leitores e não pretende de modo algum ferir suscetibilidades. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.


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Desporto

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Crianças divertem-se a jogar futebol no feriado O Trofense aproveitou a manhã do feriado para promover um torneio de futebol para os mais novos. CÁTIA VELOSO

A

ideia era que cada atleta do Trofintas convidasse dois colegas na escola para participar no Torneio 3x3 que o Clube Desportivo Trofense preparou para a manhã do feriado de 5 de outubro. O desafio foi bem acolhido pelos jogadores, que conseguiram juntar cerca de 130 crianças no complexo desportivo de Paradela para jogar futebol. Pedro Santos foi um deles. Na escola convidou “o Leo e o Diogo” por considerar que eram “bons jogadores”. “Foi um grande desafio participar num torneio com estas equipas todas, mas acho que esti- Crianças divertiram-se em torneio 3x3 vemos bem”, afirmou o jovem na entrevista ao NT e à TrofaTv. mas como muitos não tinham pos- diam ganhar, mas dentro do previsTambém Nuno Costa, jogador da sibilidade de vir, a escolha ficou to correu bem. Foi uma manhã bem formação do Trofense, traçou bem fácil. Arranjei dois colegas e eles passada”, acrescentou. o objetivo para o torneio: “Cheguei aceitaram”. Também Martim Ribeiro ficou à escola e fui perguntar quem gosNuno e os amigos acabaram por responsável por convidar dois amitava de jogar e depois disso sele- “ficar pelo caminho”, mas o jogador gos. Também foi na escola que “ancionei o que achava melhor, não bem sabe que “isso faz parte” e o gariou” os colegas de equipa, por só por jogar futebol mas também importante foi “que todos se diver- estes “gostarem de futebol, serem pela amizade. Uma pessoa a es- tissem”. “Acho que é uma boa ini- bons jogadores e terem técnica”. colher tem sempre de pensar bem, ciativa. É óbvio que nem todos po- “Divertimo-nos porque fizemos di-

versos jogos contra equipas diferentes”, assinalou. Juntar atletas da formação e crianças que não estão ligadas ao clube para jogar futebol foi o objetivo do departamento de formação do Trofense com o Torneio 66, em homenagem ao ex-capitão da equipa sénior, Tiago Pereira. “Aproveitamos o feriado e promo-

vemos esta iniciativa de fazer com que os jogadores convidassem amigos que pudessem divertir-se e conhecer as condições do clube”, explicou Pedro Carvalho, elemento da direção do Trofense. As expectativas foram superadas, pelo que a repetição do Torneio no próximo ano é uma séria possibilidade. Segundo Pedro Carvalho, em competição estiveram “38 equipas” divididas por quatro escalões: sub9, sub-10, sub-11 e sub-12. Mochilas, bolas autografadas por Tiago, carregadores portáteis e telemóveis foram os prémios atribuídos às melhores equipas. Afastado dos relvados, mas a manter uma “ligação” com o clube, Tiago Pereira mostrou-se “orgulhoso” pelo convite para apadrinhar o Torneio. “É uma grande satisfação sentir o reconhecimento que os miúdos têm por mim e pelo meu passado no Trofense. Já tive a idade deles e era sempre uma satisfação quando via alguém ligado ao futebol sénior”, afiançou o ex-capitão trofense. pub


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