Semanário | 28 de setembro de 2017 | Nº 640 Ano 15 | Diretor Hermano Martins | 0,70 €
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Faltam passeios na rua da feira
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Fernando Sá e Amadeu Dias debateram projetos para a Trofa Sérgio Humberto não marcou presença
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Candidatos à Assembleia Municipal em entrevista pub
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O NOTÍCIAS DA TROFA 28 SETEMBRO 2017
Atualidade
Orfeão homenageou António Castro
Jorge Machado, presidente do Orfeão de Santhyago, revelou ao jornal O Notícias da Trofa, que “já há bastantes anos que o Orfeão se sentia na obrigação de prestar uma homenagem ao casal Castro, na pessoa do senhor Castro, por tudo o que fez pelo Orfeão”. “Por várias vezes que tentamos fazer e ele não aceitava. Agora, fizemos o jantar, sem lhe dizer nada, e ele veio sem saber e não deu para dizer que não”, explicou. Bastante surpreendido, António Castro afirmou que “não contava nada com isto”. “Se eu sabia o que ia acontecer tinha arranjado uma desculpa e não tinha vindo. Foram extremamente simpáticos, mas eu não gosto muito, porque não está na minha maneira de ser. Tudo aquilo que a gente faz é obrigação nossa, não tem de ser reconhecido”, apontou. António Castro pertenceu ao Orfeão de Santhyago “durante quase 40 anos”, “a cantar ou na direAntónio Castro foi homenageado pelo seu trabalho no Orfeão ção”, e, para Jorge Machado, “é feão de Santhyago, foi homena- uma pessoa que faz sempre falta, e forma a agradecer “tudo geado num jantar surpresa, a 22 porque fazia sempre alguma coio que fez e ensinou”, António Cas- de setembro, na Petisqueira de sa pelo Orfeão”. tro, presidente honorário do Or- Finzes, na Trofa. A.M./A.C.
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Necrologia S. Martinho de Bougado Maria Eduarda Fernandes de Campos Costa Faleceu no dia 19 de setembro, com 63 anos Casada com Sisenando Lima da Costa
Joaquim dos Santos Sampaio Faleceu no dia 26 de setembro, com 84 anos Viúvo de Maria Alice Ferreira Lopes S. Martinho de Bougado Ribeirão Ilídio Gonçalves de Freitas
Faleceu no dia 24 de setembro, com 93 anos Viúvo de Maria Oliveira dos Santos Funerais realizados pela Agência Funerária Trofense, Lda Gerência de João Silva
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Cruz Vermelha cria consultas de orientação vocacional e de psicologia Consultas de orientação vocacional e consultas de psicologia é o novo projeto da Delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa. Carla Lima, coordenadora da Delegação da Trofa da CVP, referiu ao jornal O Notícias da Trofa que “esta é mais uma resposta” da associação “para resolver algumas necessidades” da comunidade, como o facto de “não haver acompanhamento para crianças e adultos, a título gratuito”. “Aqui no concelho da Trofa, sem ser as psicólogas escolares, não há esse acompanhamento. Nós sentimos que para os adultos e mesmo para os jovens que não estejam em idades escolares não há esse tipo de ajuda”, salientou. Pub
As consultas destinam-se apenas “a pessoas com necessidades financeiras”, para que “não haja uma concorrência desleal” e decorrem todos os sábados, entre as 9 e as 19 horas. Raquel Andrade é a psicóloga clínica que vai dar as consultas, na sede da Delegação da Trofa da CVP, no Largo do Cruzeiro, edifício Parque Camélias, loja n.º7, na Trofa. Este novo projeto começou a 23 de setembro e os interessados devem agendar uma consulta, sendo que a inscrição tem o “custo de cinco euros, para as pessoas se comprometerem e não faltarem”. A marcação deve ser feita através do número de telefone 252 419 083. A.M./P.P.
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28 SETEMBRO 2017 O NOTÍCIAS DA TROFA
Lavradeiras da Trofa reviveram desfolhada à moda antiga
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Atualidade
O cenário remontava para os tempos dos nossos antepassados. A Casa da Lavandeira, em Guidões, foi palco de uma Desfolhada Tradicional, organizada pelo Rancho das Lavradeiras da Trofa, no sábado, 23 de setembro. PATRÍCIA PEREIRA/A.COSTA
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-se que “não se perca esta tradiserão começou com um jan- ção”, uma vez que “já não há destar, onde os convidados tinham à folhadas” como antigamente e, por sua disposição pataniscas, moelas, isso, o Rancho tem “a obrigação de sardinhas fritas, farinheira, broa e manter as tradições da nossa terazeitonas, seguido de grelhados ra”. “Esta é uma delas e nós não a mistos, acompanhados de arroz deixaremos morrer. Viemos para de feijão vermelho ou de tomate. Guidões, porque é onde ainda teNo final, o Rancho das Lavradeiras mos melhores condições. É uma da Trofa protagonizou uma ence- casa de lavoura característica, com nação de uma desfolhada à moda traça, agradável e onde se enquaantiga, terminando com música dra perfeitamente esta desfolhapopular portuguesa com o grupo da”, justificou. A iniciativa tinha “associada uma Sons e Cantares d’ Outrora. O presidente da associação, Luís questão de receita”, uma vez que Elias, afirmou que com a realiza- “as pessoas pagaram pelo jantar”. ção desta encenação pretende- “Mas o fundamental e a razão de
ser (desta desfolhada), é manter anos”, frisou. “a pensar também fazer a matança os usos e os costumes para que Luís Elias adiantou ainda que, do porco, que também era um ato não se percam no decorrer dos “no início do ano”, o Rancho está tradicional das casas de lavoura”.
200 caminharam pela Muro de Abrigo
Junta do Muro promoveu desfolhada
Muitas pessoas aceitaram o convite para jantar e assistir à desfolhada
Desde os mais pequenos aos mais velhos, muitos foram os que se juntaram à volta de um monte de milho para retirar a espiga, ao som de música popular. PATRÍCIA PEREIRA/A.COSTA Caminhada angariou “mil euros” para a construção do Centro de Dia
O lugar do Campinho, na freguesia do Muro, foi o ponto de partida para uma caminhada solidária, onde o objetivo era ajudar a Associação Muro de Abrigo. “Duzentas pessoas” mostraram a sua solidariedade e participaram na iniciativa, cuja verba revertia para a construção do Centro de Dia. Fátima Silva, presidente da Associação Muro de Abrigo, afirmou ao jornal O Notícias da Trofa que conseguiram angariar “mil euros” e que a associação está a “precisar muito de fundos”. “Estamos na segunda fase da construção do centro de dia da Muro de Abri-
go e estamos a precisar muito de fundos”, salientou. Para a construção do Centro de Dia ainda é preciso “muito dinheiro”, sendo que agora a associação vai fazer “o porta a porta e a abordagem às empresas”, ao mesmo tempo que vai continuar a organizar eventos solidários, como o jantar de S. Martinho. Fátima Silva aproveitou a oportunidade para “agradecer a todos os que participaram, porque é uma boa forma de ser solidário e, ao mesmo tempo, praticar desporto”. A.M./P.P.
Foi assim que decorreu a 12.ª denotou. desfolhada tradicional da Junta O presidente referiu que esta é de Freguesia do Muro, promovida “uma iniciativa de muito baixo cusna noite de sábado, 23 de setem- to, mas que a população gosta”. bro. Um serão onde não faltou a música popular, o tradicional merendeiro e a atuação do Rancho Folclórico de Alvarelhos. Carlos Martins, presidente da Junta de Freguesia do Muro, recordou que a desfolhada surgiu há 12 anos, através de “uma iniciativa de duas murenses, que queriam reviver e revitalizar esta tradição”, de forma a também “mostrar às gerações mais novas de onde é que vem o milho e como se fazia antigamente”. “Isto é como um livro de histórias, aprender o que era o passado, mas ao vivo”,
Este ano, devido “à realização da Santa Eufémia”, mencionou, a desfolhada foi promovida “um pouco mais tarde”.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 28 SETEMBRO 2017
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Atualidade
Sessão sobre infeções urinárias junta mais de 20 pessoas que a masculina e, consequentemente, mais fácil de ser afetada pelas bactérias que atingem a bexiga”. A maioria das infeções tem como causa bactérias, mas podem também ser causadas por fungos. Ardor ou dificuldade em urinar, dores na bexiga, costas e no baixo ventre, urinar frequentemente e tensão arterial elevada são alguns dos sintomas que pode indicar que está com uma infeção urinária. Contudo, este problema pode ser evitado, passando o papel higiénico de frente para trás, usando gel íntimo com PH neutro e bebendo bastante água. Na origem podem estar causas como gravidez, diabetes, obstrução uri“Mais de 20 mulheres” participaram na sessão de esclarecimento nária, hábitos de higiene inadeUm workshop sobre infeções urinárias e incontinência urinária foi a proposta da Delegação quados ou infeções sexualmente da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa, para o dia 25 de setembro. “Mais de 20 pessoas” mar- transmissíveis. Também a incontinência urinácaram presença e esclareceram as dúvidas sobre os temas. ANA MIRANDA/PATRÍCIA PEREIRA ria foi debatida, com o sentido podem fazer para as infeções uri- tra (uretrite), da bexiga (cistite) ou de explicar que pode “afetar hofarmacêutica Joana Amo- nárias e a incontinência urinária. do rim (pielonefrite). Foi explicado mens e mulheres, independenterim, tendo em consideração que Assim, foi possível perceber que que “devido à fisionomia feminina mente da idade”, sendo causadas, ainda é um assunto tabu, deu al- a incontinência urinária que afeta esta é mais comum nas mulheres por exemplo, por infeções urináguns esclarecimentos de questões os órgãos do trato urinário, poden- do que nos homens, atendendo rias ou vaginais, efeitos colaterais e exemplos de exercícios que se do ser dividida em infeções da ure- a que a uretra feminina é menor de medicamentos, fraqueza de al-
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guns músculos e excesso de peso. A farmacêutica explicou, ainda, que existem vários tipos de incontinência, sendo os mais comuns a incontinência de esforço, quando a urina vaza durante a realização de exercício físico ou tosse, a incontinência de urgência, onde a pessoa não aguenta até ir ao WC e a incontinência funcional, mais comum no caso de idosos com dificuldade de locomoção. A iniciativa inseriu-se no projeto dos Contratos Locais de Desenvolvimento Social (CLDS) Trofa 3G. Já para o próximo dia 2 de outubro, no âmbito do mesmo projeto, a Delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa está a preparar uma sessão sobre a “importância da saúde visual”, com o formador Filipe Martins da Visão Oculista da Trofa. A sessão decorre, às 15 horas, no Espaço CLDS, no Centro Comercial da Vinha, loja n.º 25, na Trofa. Os interessados em participar devem contactar a organização através do número de telefone 252 419 083 ou da página de Facebook Trofa 3G.
Faltam passeios na Rua do Padrão Foram gastos quase 300 mil euros para construir passeios, criar lugares de estacionamento e repavimentar a via, mas os passeios não chegaram para toda a Rua do Padrão. As máquinas trabalham a todo agosto de 2017. E que deveria ter o vapor na Rua do Padrão (aces- ficado concluída 30 dias depois. so à feira e mercado da Trofa) em Valores somados a obra desSantiago de Bougado mas não vão ta rua do Padrão, fracionada conseguir cumprir o prazo esta- em duas adjudicações, soma já belecido de 120 dias para execu- 280.877,41 euros acrescidos de iva tar a obra. A empreitada que está ou seja 297.730,05 euros. a ser levada pela Câmara da Trofa Com os prazos de obra já ultrafoi contratada a 5 de maio de 2017 passados e a apenas cinco dias e deveria ter ficado concluída 120 das eleições autárquicas, fomos dias depois ou seja a 4 de setem- confirmar o estado das obras de bro. Por esta obra, a Câmara terá uma rua muito movimentada diaa pagar 208.552,41 euros acresci- riamente não só para acesso à feidos de IVA à taxa legal em vigor, ra e Mercado mas também à zona para serem executadas obras de industrial do Vau, onde estão insrevitalização da rua e do largo do taladas muitas empresas que diaPadrão, de acordo com o contra- riamente recebem veiculos pesato assinado pelo presidente da Câ- dos de mercadorias e que há mais mara da Trofa, Sérgio Humberto, e de quatro meses passam por um publicado no portal base.gov.pt. verdadeiro calvário para chegar Mas no mesmo portal consta às empresas. Apesar da requalificação, não existem passeios em toda a rua uma outra obra adjudicada à mesEm alguns pontos a Rua do Pama empresa, Edilages, por ajuste drão foi alargada e construidos passeios simplesmente não foram mara Municipal da Trofa cedeu a direto, no valor de 72.325 euros passeios desde a EN104 que es- construídos. particulares o terreno desta traacrescidos de IVA, para demoli- barram a meio da rua, dos dois laMas o mais caricato nesta obra vessa e construiu no seu lugar noção e construção de passeios e dos da via, nas paredes dos terre- é mesmo o desaparecimento da vos muros. estacionamento, para a mesma nos lá existentes e do meio da rua Travessa do Padrão que simplesProcuramos ainda os lugares de Rua do Padrão, assinado em 16 de até junto ao acesso e mercado os mente deixou de existir, pois a Câ- estacionamento alegadamente
construídos com estas duas empreitadas mas contam-se pelos dedos de uma mão os lugares disponíveis para estacionar.
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28 SETEMBRO 2017 O NOTÍCIAS DA TROFA
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Atualidade
João Mendes
CRÓNICA
Sérgio Humberto perdeu o meu voto Eu não voto Sérgio Humberto porque me recuso a deixar enganar por papas e bolos. Deixo esses artifícios para os tolos, porque preciso de mais do que alcatrão e uma ou duas obras de referência para decidir a quem “emprestar” o meu voto. Porque qualquer autarca, novo ou velho, licenciado em Coimbra ou na Universidade da Vida, de esquerda ou de direita, consegue fazer obras na via pública, construir passeios, fazer duas dezenas de eventos e uma obra de grandes dimensões a poucos meses das eleições seguintes. Apesar de uma importante obra como a Alameda da Estação, de um grande evento como é o caso do Belive ou de várias outras medidas e iniciativas que marcaram positivamente o trabalho deste executivo, nada do que foi feito carece de um qualquer Einstein para se materializar. Qualquer autarca poderia ter feito o mesmo, qualquer podia fazer melhor. Ou pior, claro. Mas é para isso que lhes pagamos – e muito bem, que o salário de Sérgio Humberto, acrescido de ajudas de custo, vai para lá dos 4 mil euros, um valor muito acima da média portuguesa, ao nível de quadros de topo de grandes empresas privadas – e ninguém lhes pediu, a Sérgio Humberto como a qualquer autarca, para abdicarem do que quer que seja para servir como presidentes de câmara. Se se colocam nessa posição, fazem-no de livre vontade e estão lá para trabalhar. Mas não estão lá para abusar do seu poder, para violar liberdades fundamentais ou para usar dinheiro dos cofres públicos em seu benefício e dos seus. Não estão lá para mentir nem para desrespeitar compromissos assumidos com os seus munícipes. Não estão lá para se articularem com jornais de propaganda ou outros
meios cobardes e encapotados de fazer política rasteira, enganando a população. Não estão lá para distribuir tachos e promoções a amigos, familiares e companheiros de partido. Não estão lá para insultar quem com eles não concorda. Não estão lá para mandar emigrar quem não partilha da sua visão. Estão lá, repito, para trabalhar. É para isso que lhes pagamos. Não para se comportarem com tiranos autoritários. Em 2013, saturado de quatro anos de governação socialista, e particularmente irritado com a encenação eleitoralista em torno da inauguração do Parque das Azenhas, decidi “emprestar” o meu voto ao candidato Sérgio Humberto e à sua equipa. Achei que tinham feito uma campanha interessante, com mais conteúdo e objectividade que os seus adversários, gostei de ver a renovação levada a cabo nas diferentes listas, nomeadamente o afastamento da esmagadora maioria dos “dinossauros” da era Bernardino Vasconcelos e, sobretudo, acreditei que Sérgio Humberto seria um autarca diferente. Acreditei na utilidade do meu voto para o ajudar a depor um regime esgotado, rumo a uma nova era na política local. Quatro anos volvidos, e depois de ter assistido a todas as coisas para as quais não lhe pagamos e que já descrevi em cima, olho para a campanha de Sérgio Humberto e o que vejo? Vejo o oposto do que vi há 4anos. Vejo churrascos, bandeirinhas a abanar, discursos manipuladores e zero propostas. Vejo um autarca que se recusa a debater com os seus adversários, escondendo-se por trás de um comunicado patético e cobarde. Vejo “dinossauros” a regressar. Vejo um vazio imenso. Um vazio que não me chega, aliado a uma liderança autoritária e vingativa. Não me voltam a enganar.
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PS acompanha estudantes no percurso até à faculdade
triais e de serviços, podendo vir a ter conexões com serviços congéneres vizinhos”, pode ler-se no documento.
Amadeu Dias acompanhou dois estudantes
Quatro equipas de candidatos socialistas à Câmara Municipal da Trofa, liderada por Amadeu Dias, acompanharam jovens estudantes nas suas deslocações às universidades, para ver de perto as dificuldades que os trofenses sentem com as deslocações diárias. PATRÍCIA PEREIRA/LILIANA OLIVEIRA
A
ção da Trofa, e o metro até ao IPO. segunda-feira, dia 25 de se- Percurso mais rápido teve Rúben tembro, começou cedo para Ama- Costa, que, acompanhado de Mideu Dias, candidato do PS à pre- guel Tato Diogo, candidato a vicesidência da Câmara Municipal da -presidente da Câmara Municipal Trofa, que acompanhou o percur- da Trofa, demorou uma hora e 59 so de Daniel Moreira e de Pedro minutos a chegar à Faculdade de Castro até ao Instituto Superior Direito da Universidade do Porto, de Contabilidade e Administração utilizando o comboio, a partir da do Porto (ISCAP), apanhando o estação da Trofa, e depois de uma comboio da estação da Trofa até caminhada de 25 minutos. S. Bento, no Porto, onde apanhou Com esta iniciativa, Amadeu o metro, terminando com uma ca- Dias pretendia “ver de perto as diminhada até à universidade. Fo- ficuldades que os trofenses senram duas horas e 33 minutos, des- tem com as deslocações diárias”. de que Daniel Moreira acordou até “Aproveitei a viagem para conversar com eles e para lhes asseguchegar à faculdade. Já os candidatos a vereado- rar que terão um modelo de transres, Rosária Carvalho e Lino Maia, portes urbanos que permitirá que acompanharam Jorge Gonçalves poupem algum tempo diariamene Tiago Fonteboa, que demoraram te”, garantiu. duas horas e 38 minutos a chegar A criação de um modelo urbaà faculdade, utilizando o autocar- no de transportes – Transportes ro até ao ISMAI, onde apanharam Urbanos da Trofa – é “uma priorio metro até ao Hospital de S. João. dade” para o candidato socialisTambém Renata Pereira, acom- ta e “uma medida” que integra o panhada de Ana Sá e Lina Felizar- programa eleitoral Uma Trofa de do Silva, candidatas a vereadoras, Todos. “Criar um serviço municidemorou duas horas e 45 minutos pal de transportes urbanos rodopara chegar ao Instituto Superior viários que assegure a ligação perde Engenharia, depois de ter utili- manente entre as freguesias e que zado o comboio, a partir da esta- as ligue às principais zonas indus-
PS promove debate sobre mobilidade Já à noite, a candidatura de Amadeu Dias promoveu um debate sobre mobilidade, que teve como convidado Adriano Sousa, vereador da Câmara Municipal de Vila Real, que apresentou o modelo de transportes urbanos que implementou no concelho vila-realense. “A estratégia é um sucesso e, por isso, o convidamos a estar na Trofa”, adiantou a candidatura socialista. Durante a sua intervenção, o vereador apontou sobre a necessidade de “fazer estudos de procura nas zonas de residências, nos equipamentos e serviços e nos grandes polos”. “A questão da localização das paragens é fundamental, onde são localizadas, com afastamentos na ordem dos 400 metros, para cumprir razoavelmente todo o território espacial”, explicou Adriano Sousa, focando também a necessidade da cobertura de “levar transportes onde viajam pessoas” e da “distância do percurso”, que considera “fundamental”. Para captar “clientes”, o vereador acha essencial “oferecer conforto e segurança, através de veículos novos com designer moderno, com ar condicionado e aquecimento”. O convidado dos socialistas frisou ainda que “a questão dos transportes, da mobilidade e do ordenamento do território é mais uma mudança de hábitos e comportamentos do que do resto”. Adriano Sousa está convencido que a implementação de um sistema de Transportes Urbanos trofense pode acontecer dentro de “dois anos a dois anos e meio”, já que têm a facilidade de “ver outros exemplos e transportá-los para a Trofa”. Quanto àquilo que testemunha em Vila Real, Adriano Sousa deixou, na Trofa, a certeza de que “se não fossem os transportes urbanos haveria graves problemas de tráfego” no concelho vila-realense. “Foi uma coisa boa que aconteceu às pessoas de Vila Real”, garantiu.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 28 SETEMBRO 2017
Política
Socialistas juntam-se em almoço por uma “Trofa de Todos”
Ricardo Garcia
Autárquicas
CRÓNICA
Por estes dias, não há ninguém Finalmente a Trofa. Destaqueque não se aperceba que as elei- mos o culto da personalidade do ções autárquicas estão à porta. No primeiro candidato à Câmara Mumeu percurso casa/trabalho vou nicipal da coligação PSD/CDS-PP assistindo às várias dinâmicas nos “Unidos pela Trofa”. Ele é vê-lo enconcelhos que atravesso. tre os velhinhos, a brincar com as Vamos começar pela Maia. Aqui, crianças, a falar, como se estivesPS e PSD/CDS-PP optam por ca- se interessado, com um operário minhos diferentes mas que se ou a fotografia que parece saída cruzam. O PS opta pelo candida- de um livro de catequese do Sérto com apelido aristocrata onde o gio Humberto com uma família. E que salta à vista é o apelido: Vie- tudo com um sorriso à Hollywood. ra de Carvalho. Neste caso é o fi- Além disso, depois da campanha, lho do ex-presidente, figura de re- os fotógrafos bem podem colocar ferência da direita na Maia, já fale- as fotografias num banco de imacido, mas que parece pairar sobre gens e esperar que uma qualquer a cabeça dos maiatos, entrando marca de dentífricos ou algum seem campo a política mística. Aqui guro de saúde as compre. E poraté podia ser o primo em 5º grau, quê esta estratégia? Para esconder desde que tivesse o apelido. A co- que este concelho neste momenAlmoço de apoio contou com a participação de “centenas” de pessoas ligação “Maia em primeiro” for- to é governado avulso. Obras avulNa corrida às eleições autárquicas de 1 de outubro, o Partido Socialista da Trofa tem procu- mada pelo PSD/CDS-PP opta por so sem qualquer tipo de ideia do rado apresentar as suas ideias aos trofenses. Primeiro o comício passou pelo Parque Nossa Se- dar quase o mesmo destaque aos que é o urbanismo, cultura avulnhora das Dores e Dr. Lima Carneiro, no sábado, contando com a atuação de Zé Amaro, e, no primeiros candidatos da Lista à so com incitativas inconsequendomingo, 25 de setembro, houve um almoço de apoio aos socialistas, em S. Martinho de Bou- Câmara e à Assembleia Munici- tes (ainda se lembram do Festival pal. Porquê? Simplesmente por- de Cinema?). É um projecto feito gado. LILIANA OLIVEIRA/ PATRÍCIA PEREIRA que o actual presidente atingiu de mantas de retalho e que quem apoiantes, amigos, simpatizantes ma eleitoral do Partido Socialista, os 3 mandatos e não se pode can- ousa criticar corre sérios riscos de entenas de pessoas” mar- e militantes” marcaram presença entre os quais o compromisso de didatar, pelo menos nesta eleição. ver a sua vida privada e profissiocaram presença na noite de sába- no momento de apoio à candida- “baixar o IMI e o preço da água”, de Não sendo o primeiro presidente nal devassada, como é possível obdo para demonstrar o seu apoio tura socialista. A acompanhar os “repor a justiça na Educação”, sen- de câmara a transitar para as lis- servar nas assembleias municipais. ao candidato do PS à Câmara Mu- candidatos esteve Ivan Gonçal- do que “todos os jovens alunos te- tas da Assembleia Municipal, dá *** nicipal da Trofa, Amadeu Dias, aos ves, secretário-geral da Juventu- rão os livros gratuitos”, a criação a ideia de que pretende transmitir da “bolsa de medicamentos” ou a seguinte mensagem: “não cries Sobre as tensões na península candidatos a vereadores, às as- de Socialista. sembleias de freguesia e à AssemNo seu discurso, o candidato de “um modelo exemplar de trans- ilusões, porque na verdade ainda coreana, talvez se deva virar o tableia Municipal. Além desses, mar- à Câmara da Trofa realçou o em- portes, que sirva todos os trofen- continuo a mandar e só tenho de buleiro e verificar que provavelcou presença no evento João Ga- penho do PS em “servir e mudar ses”. Além disso, se for eleito, o esperar quatro anos para regres- mente estamos perante uma guerlamba, deputado à Assembleia da a Trofa”, destacando o rigor nas socialista, que defende “a trans- sar”. Em Matosinhos vive-se uma ra económica de larga escala. Um República. medidas apresentadas. “Somos parência e a prestação de contas”, luta fratricida, com o ressurgimen- dos temas económicos da campaEmpenhados em “construir jovens, menos jovens, professo- vai lançar a iniciativa “Presidente to do dinossauro Narciso Miranda, nha de Trump foram as relações uma Trofa de Todos”, os socialis- res, médicos, reformados, operá- por um dia”, apostar na cultura e entrando aqui a predestinação, económicas dos Estados Unidos tas voltaram a reunir-se no do- rios, estudantes, desempregados, no desporto e aproximar “as es- dando a entender que é o candi- com a China, visando principalmingo, num almoço de apoio “aos porque ‘Uma Trofa de Todos’ faz- colas às empresas para que os jo- dato escolhido por deuses ances- mente as trocas comerciais. 172 candidatos” do partido às elei- -se com todos”, enalteceu. “Va- vens não tenham que sair da Tro- trais. Também podemos encaixar Imaginemos um conflito envolções de domingo. Um número de mos honrar compromissos. Comi- fa”. “Temos medidas para todos, neste caso a candidatura do Ma- vendo directamente as três prielementos que, adiantou Ama- go não há promessas”, acrescen- mas, acima de tudo, temos pala- jor Valentim Loureiro a Gondomar, meiras economias mundiais (EUA, deu Dias, “é o maior de sempre tou o candidato. vra! Não olhem com desconfian- que tem como todo um programa China e Japão) com a Rússia a obna Trofa”. Amadeu relembrou algumas das ça. Sintam este compromisso”, as- a frase “o presidente voltou”. servar da janela. Mais uma vez, “centenas de medidas apresentadas no progra- severou Amadeu Dias.
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A Deus o que é de Deus, a César o que é de César Em setembro de 2005 os membros da fábrica da igreja de Alvarelhos publicaram um comunicado repudiando um cartaz dos candidatos à junta de freguesia de Alvarelhos pelo CDS-PP por nele estar impresso com destaque a imagem da igreja de Alvarelhos. Em 2017 a igreja surge azulada em tudo o que é cartaz da coliga-
ção mas, desta vez, a bênção do pároco parece garantida. Aliás, não só a igreja azulada é usada e abusada como material de propaganda, como o próprio pároco se transformou num mandatário político-eclesial da candidatura do PSD/CDS. Há pouco mais de uma semana, o pároco entendeu usar o seu espaço de opinião num boletim de infor-
mação da câmara municipal para za. Considero injusto que não abdi- dos ao seu interesse partidário e cerlouvar autarcas do PSD/CDS. Num que de usar o seu lugar como padre ram fileiras contra a derrota que se tom bajulador, injustificado, servi- para mostrar o seu partido. Agitar a começa a antever. “A Deus o que é çal! Quem mandatou o padre, o pá- sua bandeira do PSD/CDS em nome de Deus, a César o que é de César”. roco José Ramos, para tal incum- da igreja ofende os católicos. Os Assim terminava o comunicado de bência? Porque é usado o seu lugar tempos da proximidade promíscua 2005. Assim reafirmo aqui neste arna Igreja, servo de Deus, para tal ser- da igreja com a política ficaram com tigo. Porque a nossa igreja não é azul “a outra senhora”. Em 2005 a ofensa nem laranja. A nossa igreja é da cor viço partidário? Um padre, para ser padre, assu- foi generalizada. Em 2017 desapare- da fé dos alvarelhenses! me os votos de castidade, de pobre- ceram os indignados que ficam uniAndré Silva
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Correio do leitor
Atanagildo Lobo
Votar é um direito que nos assiste! CRÓNICA
“é mais fácil a um camelo passar pelo orifício duma agulha, do que entrar um rico no reino de Deus!” Jesus Cristo
Chegado em 17.9.17 das vindimas nos, deveriam debater essas coisas – foi responsável, durante 4 anos em Arcos de Valdevez, onde já há di- do mundo, da terra e, claro está, da por uma política feroz de empoversos anos ofereço a minha parca política. Pelo respeito que granjeou brecimento, onde os ricos ficaram ajuda a amigos de longa data con- entre os seus paroquianos e não pa- mais ricos e os pobres mais pobres. fesso-me surpreendido, ao atua- roquianos, onde me incluo, entre A “Geringonça” restituiu a dignidalizar-me pela leitura dos periódi- crentes e não crentes, onde tam- de ao povo português, devolvencos locais, por um artigo da auto- bém me insiro, com as suas vestes do salários e pensões (aumentaria do Sr. Padre Ramos, no CT de 8 de padre não deveria tomar parti- das extraordinariamente em agosde setembro último. Não por tecer do publicamente. É, além de tudo to), feriados, inclusive dois religioas considerações que faz à pessoa mais, uma questão de bom senso, sos, aumentando o salário mínimo, devolvendo outros direitos sociais. em causa, o presidente da junta da de equilíbrio. Também na nossa autarquia foram Mas passemos ao conteúdo, pois união de freguesias de Alvarelhos e feitas opções. No imediato, até ponão quero desertar do confronto Guidões e atual candidato de uma dem ser julgadas positivamenpolítico. Sucintamente, o Sr. Padre força politica ao mesmo órgão aute, mas no futuro, serão…? GastaRamos elogia o atual presidente tárquico, mas por utilizar a sua rouram-se milhões em obras centrada união e candidato partidário a pagem de clérigo para o fazer. Poderia expor esse seu juízo após o presidente por mais 4 anos, repro- lizadas na sede do concelho, quaato eleitoral. E jamais o concretiza- duzindo um texto de Daniel Silva se sempre de ostentação. E o inria utilizando as suas vestes de cura, e atribuiu-lhe uma «simplicidade terior e as freguesias, receberam assinando como padre, utilizando ímpar» e uma «humildade inigua- igual fatia? E na freguesia? Porque a sua própria história de sacerdo- lável». Para enaltecer ou demons- razão se centralizam todos os servite. Um padre, supostamente, repre- trar estas prerrogativas refere o ços no centro de Alvarelhos, havensenta Deus e a Igreja. Deve tratar as facto de o ver constantemente ao do iguais condições para alguns desuas “ovelhas” da mesma forma e volante da carrinha ou do trator, a les funcionarem em Guidões? Não não tomar partido por uma contra regar ou a podar junto com os fun- estamos a prejudicar os que vivem outras. Jesus, quando perguntado cionários e estar presente em to- mais afastados? Estes não ficam se se deveria ou não pagar o tributo dos os funerais. Ora, com todo o mais pobres? Dos orçamentos não de cabeça a César, imposto que os respeito pela posição do Sr. Padre vão 75% para Alvarelhos e apenas judeus suportavam mal e os zelotas Ramos, e este apreço e estima são 25% para Guidões? Isto não é aproproclamavam o seu não pagamen- augustos, sabe-o bem o Sr. Padre, fundar diferenças, criar clivagens? to, enuncia que se deve restituir a quem me conhece e quem comigo Será justo realizar obras de paviCésar o que é de César e a Deus o lida, estamos no domínio do terre- mentação em certas ruas dotanque é de Deus, ou seja, a cada um o no, da política. O Sr. Lino Maia, pes- do-as de bom asfalto e noutras, leque lhe pertence. Se a moeda utili- soa sobre a qual também me incli- vantar e voltar a colocar-se o meszada – o denário – exibe a imagem no educadamente e que me mere- mo paralelo, ficando mais liso o pade César e o povo aceitou essa moe- ce toda a consideração, representa vimento de momento, mas sem dar da, aprovou a obrigação de lhe pa- politicamente uma força partidá- garantias de grande futuro? E a esgar o tributo. Mas mantém-se o de- ria que concorre às eleições autár- pinha dorsal que liga o Bicho à Carver de prestar a Deus o que lhe é de- quicas. O seu trabalho nos últimos riça não continua por alargar e pavido. Não há colisão nem conflito 4 anos foi político. Laborar nos jar- vimentar? E quando se passa a dar entre os direitos e a esfera de Cé- dins e nos canteiros, é mostrar po- condições de segurança aos peões? sar e os direitos e a esfera de Deus, lítica, porque os jardins e os cantei- E não se continuou a gastar na fredesde que apartados. Uma clara re- ros são coisa pública e ele é presi- guesia desnecessariamente no moferência à separação do que é pú- dente. Se não fosse, o Sr. Padre vê- mento em que PSD/CDS/Passos/ blico, civil, mundano, do que é re- -lo-ia nessas funções? Se pavimen- Portas no poder, retiravam direiligioso e sagrado. Por isso os páro- tou uma rua e não a outra, foi uma tos, salários, reformas e pensões? cos não deveriam tomar partido opção política. Entre parêntesis, se Por exemplo, no “embelezamenno exercício das suas indumentá- o Sr. Padre aqui estivesse após o 25 to” das rotundas da Santa Eufémia, rias eclesiásticas, podendo-o fazer de Abril, repararia nos meus amigos onde se estouraram alguns milhaenquanto homens. Expõe o Sr. Pa- Arnaldo Ferreira, já falecido, e Aires res de euros? Todas esta politicas, dre Ramos: «alguns dos nossos lei- Maia (da comissão administrativa), nacionais e locais, criaram mais astores, me acusarão de vir para aqui de galochas, todos os dias, no fim simetrias, mais desigualdades, que intrometer-me em assuntos políti- das suas profissões, a trabalhar nas é o mesmo que dizer, mais pobres cos. Mas não…. Quis apenas…enal- ruas, nas valetas…na coisa públi- e mais ricos. Intrometendo-se a retecer um homem…». Sabe bem o Sr. ca, sem qualquer ordenado ou re- ligião nisto, são um pouco contra Padre, conscientemente, porque é muneração. O que agora não suce- o cristianismo. É só lembrar as pointeligente, que o que escreveu e o de. Admiraria o povo de Guidões a sições de Jesus sobre o perigo das momento e circunstâncias em que transformar o campo da bola, a ele- riquezas quando disse que «é mais escreveu, foi claramente professar trificar o lugar de Vilar, a repor os vi- fácil a um camelo passar pelo orifício duma agulha, do que entrar um uma opção política, apoiar uma fac- dros na escola, etc. rico no Reino de Deus!». A força política a que Lino Maia ção. Não sejamos hipócritas. Só os Guidões, 19/09/2017 pertence e que apoia – PSD/CDS homens e as mulheres, seres terre-
No próximo dia 1 de outubro, o povo português vai votar uma vez mais, para escolher os candidatos Autárquicos em plena Liberdade. O frenesim dos comícios, arruadas e jantaradas são vastos, todos os partidos prosternam-se em apresentar mais e melhor como sempre o fizeram. As promessas são imensas, mas os milagres são muito reduzidos, falta fazer-se política sincera, válida e não de demagogia constante. Aqui se poderia dizer “que muitos são chamados, mas poucos escolhidos”, isto é, ainda existem bons políticos, mas em pequena proporção, logo o povo opta pela abstenção, apresenta o cartão vermelho como penalização, não acreditam nada nos políticos. As boas políticas só se defendem, se houver compromissos de honestidade, rigor e coesão recíproca no bem-estar do povo, com projetos de sustentabilidade e de serviço continuado. As nossas Câmaras e Freguesias só ganham relevância comunitária, com proteção social, cultural e criativadade. Não podemos, nem devemos, descansar na tranquilidade irresponsável, o exercício da cidadania não é esperar pelos outros para agir pelo bem comum. Votar é um dever, mas a classe política tem de dar mais e melhor pelos cidadãos, sem distinção de raça ou credo, mostrando caminhos, revelando esperanças, sem definir limites à liberdade proposição, realização e crítica. É o envolvimento na vida da comunidade que sustenta e contribui para a produção de conhecimento, para a responsabilização, partilha de culturas e o desenvolvimento da identidade das pessoas, que são o melhor da sociedade. O povo não pode nem deve ser personagens convencidas ou desrespeitadas, mas sim relevantes da consciência coletiva, na promoção de espaços sociais e culturais de encontro, no fascínio de vivência em comunidade sustentada. Devem florescer novas práticas políticas para a governação das Autarquias Locais e dos Governos, descentralizar poderes mais que justos. Estes devem estar ao serviço de todos e, não de políti-
cas injustas. Temos assistido, ao longo do tempo, a fúrias de inaugurações, em que se passa a imagem de tudo para os cidadãos mas nada com eles, com obras sem serem pensadas, definidas prioridades e sustentabilidade no futuro, que hipoteca a vivência dos vindouros que irão carregar o pesado fardo que vamos deixar infelizmente. Vivemos um tempo imensamente conturbado local e mundial. As boas práticas e a defesa efetiva das competências de funcionamento dos órgãos de soberania, devem estar sempre ao serviço dos cidadãos e das minorias, enriquecendo o poder local e o país. Os Serviços Municipalizados devem assumir o bom funcionamento de todos os recursos e não desbaratar, entregando a privados sem escrúpulos, que esfolam os consumidores com altos preços na fatura. Apesar destes negativos existem felizmente várias Autarquias que colaboram com os seus munícipes. As campanhas eleitorais deviam ser dinâmicas, afirmativas, claras, feitas por pessoas convictas, organizadas e de bom senso. Políticos que governassem com afinco, favorecendo o povo e a Pátria e não a favor dos seus interesses pessoais. Enquanto assim for, a maioria dos votantes estão de costas invertidas para estas negativas políticas que já cansam há imenso tempo. Basta de compadrios, suborno e corrupção. O país necessita de vozes ásperas, firmes, estadistas dignos, que inquietem os poderes instalados que são uma nódoa na Democracia. Apesar de todas estas contrariedades, devemos comparecer nas mesas de voto, defender um direito de Liberdade que nos assiste. A abstenção não é solução! Votar nem que seja em branco, porque desistir é torcer. Quantos povos no Mundo gostariam de usufruir estes direitos consagrados, apenas têm ditadura, escravatura, fome, miséria de toda a espécie, a sucumbir sem os Direitos Humanos… Trofa, 16 de Setembro de 2017 Firmino Santos
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O NOTÍCIAS DA TROFA 28 SETEMBRO 2017
Política Entrevista a Paulo Queirós, candidato da CDU à Assembleia Municipal da Trofa
“Sinto que é premente a existência de uma voz que não seja alinhada com o poder” Caso seja eleito presidente da Assembleia Municipal da Trofa, Paulo Queirós pretende que as sessões sejam públicas, transmitidas ao vivo e realizadas em diversos pontos do concelho. O Notícias da Trofa (NT): Por que se candidata à Assembleia Municipal da Trofa? Paulo Queirós (PQ): Aceitei a candidatura à Assembleia Municipal da Trofa, pois senti que a minha experiência nesta Assembleia poderia potenciar uma melhor participação, porque sinto que é ainda mais premente a existência de uma voz que não esteja alinhada com o poder, nem que tenha ligações a anteriores poderes. Que seja livre e independente, que lute apenas por dar voz aos que menos têm oportunidade de ser ouvidos. Porque sinto que, com a ajuda dos meus camaradas, posso ser
essa voz, muitas vezes incómoda, que levanta problemas que de outra maneira não seriam discutidos na Assembleia Municipal.
assembleias. Demonstrar isenção e aceitar as diferentes opiniões sem julgamentos de carácter e valor.
NT: Quais as propostas que apresenta para o mandato? PQ: Os poderes do presidente da AM são limitados. No entanto, gostaria que as Assembleias fossem efetivamente públicas e transmitidas ao vivo. Manter a realização de Assembleias Municipais em diversos pontos do concelho, tendo em conta a mações mais relevantes e as atas limitação técnica e de pessoal exis- das Assembleias realizadas. Disponibilizar a documentação aos eleitentes. Apresentar uma proposta de or- tos o mais rapidamente possível, çamento para o funcionamento das sem esperar pela limitação legal. Criar local de trabalho para os AM, que não limite a sua atuação. Ser um verdadeiro órgão fisca- Grupos Municipais poderem prepalizador das atividades municipais, rar condignamente as Assembleias. procurando que o executivo seja NT: De que forma pretende atrair mais transparente e colaborante os cidadãos para participarem nas com as oposições. Partilhar em sítio próprio as infor- assembleias?
NT: Considera importante que na Câmara e na Assembleia Municipal seja a maioria do mesmo partido ou movimento político? Porquê? PQ: De maneira nenhuma. O mais importante é que se aceite as regras democráticas, que se valorize o interesse do concelho e que as decisões sejam tomadas, tendo em conta o desenvolvimento concelhio e das populações e não os interesses políticos ou partidários. Ainda que eventualmente essas maiorias sejam atingidas, o que importa é que não se tenha tiques de prepotência, falta de isenção e arrogância. De salientar que, com uma maioria do mesmo partido nos dois órgãos, torna-se ainda mais difícil o trabalho da oposição.
PQ: Divulgando as convocatórias por todo o concelho, nas redes sociais e nos órgãos locais de informação, atempadamente. Não constrangendo a participação dos munícipes, procurando valorizar a sua participação cívica. Realizar ações de sensibilização para a cidadania nas escolas, promovendo a participação juvenil. Procurar envolver a comunidade associativa na participação das
Entrevista a Isabel Cruz, candidata do PSD/CDS-PP à Assembleia Municipal da Trofa
“Desenvolver um trabalho em prol de uma Assembleia mais próxima dos cidadãos” Caso seja reeleita presidente da Assembleia Municipal da Trofa, Isabel Cruz pretende descentralizar as assembleias, desmaterializar a documentação e transmitir as sessões. O Notícias da Trofa (NT): Por que se candidata à Assembleia Municipal (AM) da Trofa? Isabel Cruz (IC): Recandidato-me à AM desprendida de qualquer interesse pessoal ou material, unicamente pela Trofa e pelos trofenses! Candidato-me pela Coligação Unidos pela Trofa, porque reconheço na Câmara Municipal, Sérgio Humberto, a competência, seriedade, proximidade, capacidade de escutar para melhor decidir, qualidades que se exigem a quem assume tão grande responsabilidade – presidir o nosso município. Acredito ser possível desenvolver um trabalho em prol de uma AM mais próxima dos cidadãos, capaz de demonstrar a sua importância, afirmando-se uma verdadeira casa da democracia local,
da tolerância, da formação cívica e da defesa dos interesses dos trofenses! NT: Quais as propostas que apresenta para o mandato? IC: Pretendo manter a dignificação do espaço físico para o trabalho da AM, a descentralização das assembleias municipais, a desmaterialização da documentação da AM e a transmissão das assembleias municipais. Pugnar pela dignidade da AM, manter a exigência e o rigor na fiscalização do executivo municipal, defendendo a prestação de contas e a exigência da qualidade. Pretendo uma maior autonomização da AM com iniciativas próprias, como, por exemplo, chamar a si as comemorações do Dia do Município e as comemorações do 25 de Abril, não abdicando assim das suas competências, abandonando as práticas continuadas e introduzindo uma maior dinâmica, através de um plano de atividades próprio consubstanciado no seu orçamento.
NT: De que forma pretende É importante que, volvidas as atrair os cidadãos para particieleições e uma vez constituída a parem nas assembleias? AM, que todos os eleitos respeiIC: Manter a prática da descentem e aceitem a vontade demotralização das assembleias mucrática dos trofenses e aceitem nicipais numa política de proxique o projeto que vai ser execumidade dos munícipes de todo o tado é o projeto escrutinado nas concelho. urnas! Sem este respeito iremos - Pautar a minha conduta pelo ripassar quatro anos a discutir e a gor e respeito pela casa da demodesconstruir! cracia. Os trofenses não gostam Acredito que se houver esta culdo discurso crispado que se utilitura democrática será possível za nas assembleias. unir as forças políticas, sem proOs trofenses têm de ser mais sotagonismos, em torno da defesa lidários, independentemente das dos interesses dos trofenses. Precores partidárias devem priorizar reconciliação dos trofenses com cisamos de nos unir para exigiros interesses da Trofa. A constru- os políticos locais, o reforço da es- mos em conjunto, junto do poder ção de consensos em torno das perança e da confiança, potencia- central, a variante à nacional 14, a grandes causas será para mim rá sem dúvida a sua participação. reposição da mobilidade no conuma prioridade. Quando atingircelho que nos foi retirada com a mos este objectivo os trofenses NT: Considera importante que falsa promessa da vinda do metro. estarão presentes. na Câmara e na Assembleia MuMais do que a maioria do mesmo - Manter a exigência e o rigor na nicipal seja a maioria do mesmo partido importa que quem for eleifiscalização do executivo munici- partido ou movimento político? to, seja de que partido for, vista a pal pugnando pela prestação de Porquê? camisola da Trofa no respeito por contas e pela exigência da quaIC: Importa que os membros da todos os que os elegeram! São os lidade. AM, após as eleições, coloquem trofenses que farão a escolha, voÀ medida que o concelho se de- em primeiro lugar a Trofa e não as tando naqueles que consideram senvolve e os trofenses recupe- guerras partidárias, que não nos mais capazes para levarem a bom ram o orgulho no seu concelho! A levam a lado nenhum. porto o futuro do nosso concelho!
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28 SETEMBRO 2017 O NOTÍCIAS DA TROFA
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Política Entrevista a Luís Cameirão, candidato do PS à Assembleia Municipal da Trofa
“Empenhar-me-ei em atrair os trofenses a uma maior participação na Assembleia Municipal”
Luís Cameirão candidata-se à Assembleia Municipal da Trofa, com o objetivo de defender o bem-comum dos trofenses. O Notícias da Trofa (NT): Por que se candidata à Assembleia Municipal (AM) da Trofa? Luís Cameirão (LC): A minha candidatura a presidente da AM da Trofa não é um projeto pessoal, resulta do convite da CPC da Trofa e da direção nacional do PS, que reconheceram em mim uma personali-
dade capaz de ajudar a melhorar a mas de interesse para o concelho. vida dos trofenses. A Trofa faz parte de uma realidade A AM é o principal órgão de deba- política e geográfica mais alargada te político na Trofa. Entendo que a e, como tal, integra diversas estruminha experiência política, asso- turas, como sejam a AM do Porto e ciativa e como advogado me con- a Associação de Municípios do Vale ferem qualidades para dirigir a AM. do Ave, onde a AM e o seu presidenNa minha vida pessoal e profissio- te deverão ter uma voz importante nal, procurei sempre ser um conci- na defesa dos interesses da Trofa. liador. Esta forma de ser e de estar É indispensável evitar situações poderá conduzir à eliminação de do passado, em que nestes órgãos conflitos espúrios e sem sentido na se tomaram decisões nocivas para AM e melhorar a qualidade do tra- os interesses do nosso concelho. balho desenvolvido. O debate polí- Questões como o abastecimentico deve fazer-se sempre com ele- to de água, a supressão da linha vação, combatendo as arrogâncias de caminho de ferro, são exeme centrando naquilo que verdadei- plos disso. ramente importa, as pessoas. A Trofa viu nascer neste território empresas, geradoras de emprego NT: Quais as propostas que e riqueza. É sabido que nestes dias apresenta para o mandato? o concelho da Trofa está longe de LC: O projeto do PS é único, em representar uma realidade amiga que todos os órgãos municipais do investimento e emprego. Esta perseguem um único objetivo. Me- é uma realidade que urge inverter. lhorar as condições de vida dos tro- Projetos como os que integram o fenses, tornar a Trofa num conce- programa do PS para a área ecolho em que dê gosto estudar, tra- nómica – área de localização inbalhar e viver. Eu próprio também dustrial e parque empresarial terterei sempre em mente estes ob- ciário - têm de contar um suporte jetivos. na AM onde procurarei a obtenção Entendo que a AM poderá desen- de consensos alargados. volver uma importante atividade de reflexão sobre os grandes teNT: De que forma pretende
Saiba onde votar
Este domingo, dia 1 de outu- Freguesia. Pode ainda ligar para bro, os eleitores vão escolher os a Linha de Apoio ao Eleitor, atraórgãos autárquicos que durante vés do 808 206 206, que tem um os próximos quatro anos, vão ad- custo de chamada local, ou ainministrar as freguesias e conce- da enviar uma SMS grátis para o lhos do país. 3838. Na mensagem deve escreSaiba qual o seu número de elei- ver RE (espaço), colocar o seu nútor e onde pode votar. Pode con- mero de identificação civil (espasultar o Portal do Recenseamen- ço) e a data de nascimento, no forto (www.recenseamento.mai.gov. mato ano, mês e dia. Por exemplo, pt) ou dirigir-se à sua Junta de RE 12345678 19750602.
atrair os cidadãos para participaNT: Considera importante que rem nas assembleias? na Câmara e na AM seja a maioria LC: Sem querer entrar na crítica do mesmo partido ou movimento fácil, encontro na Trofa um senti- político? Porquê? mento generalizado de que a AM LC: A candidatura do PS, liderase caracteriza por uma excessiva da por Amadeu Dias, apresenta-se crispação, onde não são raros os a estas eleições com um programa casos em que a arrogância mar- sólido, dotado de um poderoso ímcou o desenvolvimento dos tra- peto transformador que pretende balhos. Os trofenses não elegem levar o concelho da Trofa para a óros seus representantes para que bita dos municípios mais desenvolestes se entretenham em discus- vidos e onde a qualidade de vida sões inúteis. O único interesse a seja uma marca. defender na AM é o bem comum Este ímpeto transformador, para dos trofenses. ser concretizado, necessita de um Verifica-se também que o perío- grande apoio eleitoral que, esdo do público não tem merecido o tou certo, os trofenses nos darão melhor tratamento, entre supos- e necessita de um apoio político tas questões colocadas pelo pú- sólido na AM. Ter este apoio sóliblico que mais não são do que in- do não significa silenciar ninguém, tervenções apologéticas em favor nem deixar de escutar todos, mas de alguém e verdadeiras questões é vital para que o programa transcolocadas pelos trofenses ao exe- formador possa ser levado a cabo, cutivo em que este se limita a não para bem do concelho. responder. Os trofenses, na sua sabedoria, Enquanto presidente da AM, em- não deixarão de escolher um propenhar-me-ei em atrair os trofen- grama que lhes é integralmente ses a uma maior participação. Na- dirigido e cujo único propósito é turalmente que a manutenção das melhorar a sua qualidade de vida. assembleias descentralizadas, o Saberão também que uma maiorecurso aos meios tecnológicos ria sólida na AM constitui uma alapara transmissão dos trabalhos es- vanca indispensável à boa executarão também nas preocupações. ção do programa do PS.
Sérgio Humberto falta ao debate autárquico O candidato da coligação Unidos pela Trofa (PSD/CDS-PP), Sérgio Humberto, faltou ao debate organizado pela TrofaTV, que colocou frente a frente os candidatos à presidência da Câmara Municipal da Trofa. Sérgio Humberto não só não apareceu ao debate, como não respondeu ao convite que lhe foi endereçado pela TrofaTV e pelo jornal O Notícias da Trofa. Assim a cadeira destinada ao candidato da coligação Unidos pela Trofa ficou vazia e por conhecer ficaram as propostas que tem para apresentar aos trofenses para o mandato, caso venha a vencer as eleições do dia 1 de outubro. Ao debate compareceram Fernando Sá da Coligação Democrática Unitária (CDU) e Amadeu Dias do Partido Socialista (PS), que, durante cerca de uma hora
e meia, apresentaram e discutiram as propostas e compromissos que querem implementar no
concelho da Trofa, caso vençam as eleições do próximo domingo.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 28 SETEMBRO 2017
Política
Fernando Sá e Amadeu Dias discutem projetos para a Trofa
Fernando Sá, candidato da CDU, e Amadeu Dias, candidato do PS, aceitaram o convite do jornal O Notícias da Trofa e da TrofaTV e participaram no debate autárquico, onde apresentaram os seus programas eleitorais e discutiram os projetos para o concelho da Trofa. O debate pode ser visto na íntegra na TrofaTV.
Por que se candidata à presidência da Câmara Municipal da Trofa? Fernando Sá (FS): Entendo que este é um momento de viragem para o concelho e em que todos podemos fazer a diferença na vida dos trofenses. Espero que os trofenses considerem que o projeto que apresentamos é aglutinador, de todas as vontades e que podemos fazer essa transformação na vida dos trofenses. Amadeu Dias (AD): O que temos vindo a fazer nos últimos meses demonstra bem o que queremos para o futuro da Trofa. Uma Trofa de todos e com mais qualidade de vida. Foi esse o propósito pelo qual aceitei o convite do PS para encabeçar a candidatura à Câmara Municipal da Trofa e acredito que as nossas medidas, viradas para as famílias e para as pessoas, trarão mais qualidade de vida. Caso seja eleito, o que vai mudar em relação à atual gestão autárquica? AD: A Trofa tem que ser um concelho ainda mais transparente, em que os trofenses estejam a par de tudo o que acontece na Câmara Municipal da Trofa. O respeito é importante para que todas as entidades e pessoas se sintam respeitadas, independentemente da sua cor política ou das suas preferências. Proximidade aos eleitores e às decisões que são tomadas na Câmara Municipal da Trofa, porque queremos que toda a gente se sinta envolvida neste projeto que levará, acredito eu, a que a Trofa tenha mais qualidade de vida nos próximos anos. FS: Mudaria a gestão autárquica que tem sido um pouco autista e focada nos objetivos que o executivo camarário tem, não ouvindo a população. Para nós, é essencial que se ouça a população e integrar todos os trofenses nesta mu-
dança, que necessitamos no nosso concelho.
quatro anos, vimos um aumento brutal da receita da Câmara Municipal, através destes impostos. No A Trofa é um concelho com os período em que o PS esteve à frenimpostos no máximo e com a te da autarquia, com graves conságua mais cara do país. Que me- trangimentos financeiros, fizemos didas vai tomar para aliviar o es- um saneamento financeiro e criaforço financeiro das famílias tro- mos condições para que hoje a Câfenses? mara pudesse estar fora deste proFS: Nós apresentamos um proje- grama. A receita durante o mandato em que queremos que a Câmara to do PS foi de 24 milhões de euseja amiga das famílias e que crie ros e, neste mandato, já está quaa possibilidade de, ao sairmos do se nos 38 milhões de euros. São 14 PAEL (Programa de Apoio à Eco- milhões de euros e 14 milhões de nomia Local), aliviar os impostos razões que nós temos para baixar às famílias, para que elas tenham os impostos aos trofenses. um alívio no seu orçamento. Só através da dinamização do nosso FS: É necessário não só reduzir o comércio local e de tornar o nos- IMI, como todos os outros imposso Município mais amigo das famí- tos que afetam as famílias e as emlias, baixando os impostos, apoian- presas do concelho. Todos nós sado as famílias nas escolas, com bemos as razões porque entramos oferta dos manuais escolares do no PAEL, mas sabemos que estare1.º e 2.º ciclo e a criação da habita- mos disponíveis para construir soção social, podemos fixar as famí- luções que nos encaminhem para lias no nosso concelho e criar con- fora do PAEL e para um saneamendições para que elas contribuam to financeiro, em que a Câmara dispara a dinamização do comércio ponha de incentivos à fixação de local e também para que tenham mais famílias e de empresas. Emmais qualidade de vida. presas que tenham emprego com direitos e salários que permitam AD: O principal compromisso do às famílias ter qualidade de vida PS vai de encontro às necessida- no nosso concelho. As finanças des dos trofenses. Fizemos, diaria- são muito importantes para a Câmente, esse trabalho no terreno e mara, mas mais importante ainda não houve um cidadão que não se é que essas sejam tratadas de forqueixasse daquilo que paga de IMI ma cuidada, transparente e que (Imposto Municipal sobre Imóveis), contribua para a qualidade de vida do preço da água, do saneamento das famílias. e resíduos. Vamos baixar o IMI, o preço da água e das outras taxas, Relativamente à descida do preporque é aquilo que vai trazer mais ço da água, como vai conseguir a qualidade de vida aos cidadãos. Ao redução da tarifa? pouparem, depois podem investir FS: O Município já tem intervido naquilo que são as prioridades de na descida da tarifa da água, se cada família. Vamos começar logo não estaríamos todos a pagar um por baixar os impostos. preço ainda mais alto. Atualmente, a Câmara já atribui uma verba, Apresenta como proposta a re- através do contrato que tem com dução do IMI. Uma vez que o Mu- a Indaqua, para baixar ainda mais nicípio da Trofa está ao abrigo a tarifa das águas para as famílias. do PAEL, como é que o preten- Contudo, a autarquia deve ter um de fazer? papel mais ativo, para que não se AD: O histórico do PAEL e a for- aumente ainda mais as tarifas da ma como nós tivemos que aderir a água. Cremos que deve ter direiesse programa foi devido à dificul- to a usufruir de parte do subscridade que existia a nível financeiro to que vem com a conta da água, nos anos em que foram assolados onde deve ser dada a informação à pela crise económico-financeira, população e às empresas, por forem 2012/2013. Neste momento, já ma a terem políticas de utilização deveríamos ter abandonado este mais racional da água, a poderem programa e esse é o primeiro pas- economizar mais água, não só peso que vamos fazer. Vamos recor- los recursos financeiros que estão rer, outra vez, a uma auscultação a esbanjar, mas também pelo redo sistema financeiro e procurar as curso vital que é a água para todos. melhores soluções, para que a au- Ao fazer uma política educacional e tarquia baixe os impostos. Nestes informativa na fatura da água, aju-
dar as famílias e as empresas a reduzir os seus consumos.
AD: Nós temos que verificar o esforço que foi feito pela autarquia ao longo dos anos. Mas esse esforço é insuficiente e eu não estou satisfeito. Sabemos que a Indaqua está recetiva a uma renegociação do contrato, mas isso faz-se com respeito pelas entidades. Não é ameaçando rasgar contratos e depois não o fazendo. É, acima de tudo, sentarmo-nos à mesa e mostrarmos, por A mais B, que aquilo que foi celebrado no passado não está a ser cumprido, porque não estamos a fazer as ligações que eram necessárias para os valores que estão a ser praticados no concelho. Paços de Ferreira tinha a água mais cara do país e conse-
guiu, com uma negociação dura e firme, reduzir para 50 por cento o custo do preço da água. A primeira medida que tomaremos é sentarmo-nos à mesa e sensibilizar a Indaqua para a necessidade de, pelo menos, trazer o preço da água para os patamares médios que são praticados nos concelhos vizinhos. E se não chegar a acordo com a Indaqua? AD: É evidente que isso acarretará outros encargos para a autarquia, mas a subsidiação é uma possibilidade. Nestes últimos anos, a Câmara Municipal da Trofa arrecadou em impostos cerca de 14 milhões de
euros. Há obra visível que justifique este valor? AD: No ano 2013, o último em que o PS esteve na autarquia, foi, curiosamente, o ano em que houve mais investimento em obra/infraestruturas no nosso concelho. Requalificamos cinco escolas primárias, arrancamos e deixamos a obra do Parque das Azenhas quase toda paga e arrancamos o Parque Nossa Senhora das Dores. Ou seja, o grosso do investimento foi feito em 2013. O que vemos, de ano para ano, foi esse investimento sendo feito com menor verba por parte da autarquia e o que nós encontramos, hoje em dia, é uma grande intervenção na Alameda e pouco mais. FS: Houve uma evolução da au-
tarquia nestes quatro anos. Contudo, essa evolução seria muito mais positiva para todos os trofenses, se tivessem tido em conta as opções e os contributos positivos que a CDU deu na Assembleia Municipal. Iremos continuar a dar o nosso contributo positivo, porque nós estamos com as pessoas diariamente, não só em altura de campanha, e sabemos exatamente aquilo que as pessoas precisam em cada uma das freguesias do concelho. Aquilo que nos é transmitido é que há um investimento enorme em S. Martinho e em Santiago e nas outras freguesias do concelho não se tem verificado esse investimento. São freguesias que necessitam desse investimento e, que, como todas as
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28 SETEMBRO 2017 O NOTÍCIAS DA TROFA
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Política outras, contribuem para o orça- concelho da Trofa. Mas, neste mo- tegrante daquilo que são os inves- mica que um executivo consiga im- sonalizados para cada um desses mento da Câmara Municipal. Deve mento, nós temos que procurar so- timentos da autarquia. Seduzi-los plementar, dos recursos e dos co- idosos, mediante as suas capaciser dada uma atenção mais focada luções. Aqueles compromissos que para participarem, aumentando laboradores da Câmara Municipal dades. A autarquia tem, nos seus a essas freguesias e devemos ter nós assumimos perante os trofen- não só o orçamento, mas criar um da Trofa. Há algumas modalidades, quadros, pessoas capazes disso. É muito mais obras nessas fregue- ses são aqueles que nós acredita- OPJ em que haja diferentes áreas, como, por exemplo, jogar às cartas, uma questão de pôr esses recursos sias, contribuindo, também, para mos que vão voltar a fazer as pes- para que eles possam sentir que às damas e à malha, que são jogos ao serviço da população. que tenham uma economia mui- soas acreditarem que vale a pena são verdadeiramente ouvidos nas tradicionais que os idosos dão muito mais dinâmica, levando equipa- voltarem à Trofa e, os que já cá es- escolhas que depois a autarquia to valor. O Parque Nossa Senhora No que diz respeito à educação, mentos que são centrais para es- tão, a continuarem cá. Como redu- implementa. Envolver os jovens das Dores possibilita a prática des- quais as medidas a implementar sas freguesias. zir o IMI e o preço da água, ofere- na prática do desporto, na cultu- sas modalidadse, bastando que para facilitar o acesso de crianças cer os manuais escolares às crian- ra e na promoção dos nossos ta- os recursos da Câmara Municipal e jovens de todos os estratos soEntre 2011 e 2016, estima-se ças do 2.º ciclo, criar a Bolsa de Me- lentos é um grande mote da nos- da Trofa estejam atentos e imple- ciais ao ensino? que o Município da Trofa tenha dicamentos, criar e implementar sa candidatura. Na área do despor- mentem este tipo de dinâmica. Mas FS: Nós acreditamos que a escoperdido cerca de 13 por cento de um modelo de transportes urba- to, nós temos o exemplo de Daniel também temos no Aquaplace res- laridade obrigatória deve corresjovens adultos, segundo dados nos para a Trofa e criar uma agen- Silva e de Rui Pedro Silva, que ti- posta, como a hidroginástica para ponder ao apoio para que o ensipublicados pelo Instituto Nacio- da cultural e desportiva, que faça veram que abandonar o concelho os nossos idosos. Nós temos que no seja totalmente gratuito e, asnal de Estatística. De que forma com que os jovens sintam que há da Trofa, a sua área de residência, perceber que é uma nova dinâmi- sim, contribuir para a redução do pretendem atrair as pessoas, so- razões para ficarem na Trofa. para poderem praticar as suas mo- ca que tem que entrar e vigorar na abandono escolar. Como sabemos, bretudo as mais jovens, a fixar-se Em relação ao emprego, nós te- dalidades. Hoje em dia, são embai- Trofa e nas freguesias, complemen- os manuais e todo o material escono concelho? mos que, definitivamente, criar si- xadores dos seus concelhos e das tando o apoio que é dado às fre- lar representam uma fatia do orçaFS: Como sabemos, a crise finan- nergias entre as escolas e as em- modalidades e a Trofa não foi ca- guesias. Nós temos que saber de- mento das famílias muito grande e ceira e as políticas do nosso Gover- presas. Fazer com que os jovens paz de os segurar dentro de por- legar as competências e, acima de queremos aliviar as famílias nesse no central promoveram, incenti- percebam o que é que o tecido em- tas. Políticas de juventude passam tudo, ver quais são as reais neces- sentido. Propomos que todo esse varam e convidaram os nossos jo- presarial da Trofa oferece, para que por criar espaços condignos, apro- sidades, independentemente, da material seja disponibilizado para vens e as famílias a abandonarem também eles estejam a par da sua veitar e requalificar os complexos cor política das freguesias. todas as crianças do 1.º ciclo e, logo o concelho e o país. Nós acredita- própria carreira na escola. A sua desportivos e todo um novo modeque seja possível, alargar essa ofermos que os trofenses podem, de- formação académica deve ser tam- lo que nós queremos implementar FS: Sabemos que os seniores do ta ao 2.º ciclo e, posteriormente, ao vem e merecem ser felizes na sua bém um pouco apontada para o na Trofa, para que eles saibam que nosso concelho têm uma necessi- 3.º ciclo. Não é uma ideia populisterra, que tanto amam como nós. que são as respostas e as necessi- nós contamos com eles. dade de transporte das freguesias ta, mas que sabemos que é possída periferia para o centro, quer vel fazer. FS: Reabilitar os equipamen- para resolver situações da sua vida Há um papel muito importante tos desportivos das freguesias e, pessoal, quer para poderem convi- que a autarquia deve ter no seu reo mais importante ainda, era a ver com outros idosos. Devem ser lacionamento com todas as assocriação de um pavilhão municipal, dinamizadas atividades para en- ciações de pais, apoiando-as em que pudesse dar condições para volver os seniores nos equipamen- todas as suas atividades. As assoque todos os jovens pratiquem os tos do concelho, como o Centro Co- ciações de pais têm uma relação mais variados desportos, com bal- munitário que está na sede, e exis- muito mais próxima das necessineários, horários acessíveis e com tir espaços nas freguesias, em que dades das escolas e das crianças pessoal habilitado para fazer o de- eles possam conviver. Também que as frequentam e, através desvido acompanhamento, para prati- queremos levar os nossos seniores se apoio, poderemos atingir objecarem os desportos com os cuida- às escolas, pois só através da convi- tivos académicos muito grandes dos que toda a prática de despor- vência com os jovens e as crianças para as nossas crianças e jovens. to deve ter. das nossas escolas podemos preAD: O PS já assumiu o comproTambém apoiamos o OPJ. Acima venir a depressão e o isolamento de tudo, as nossas candidaturas à que muitos dos nossos idosos têm. misso de oferecer os manuais esCâmara e às freguesias já apresen- Através dessa relação com as crian- colares ao 2.º ciclo. Fizemos as contam muitos jovens, porque quere- ças e os jovens, transmitindo todos tas necessárias e estamos em conmos trazê-los para a vida política, os seus conhecimentos de vida, a dições de garantir que isso entrapara que eles próprios tomem nas vivência de outros tempos e a ca- rá em vigor. Depois, tudo passará suas mãos o futuro das suas vidas. pacidade que eles tiveram de en- pela delegação de competências entre a autarquia, que já vem da Sabemos que é através da política frentar as dificuldades. que podem ser implementadas as Em relação ao desporto sénior, descentralização do poder do Gomudanças do concelho e, com as gostaríamos que a Câmara tives- verno central, e os agrupamentos. suas ideias e dinamismo, os jovens se um papel mais incentivador de Estamos a falar de um programa Só através de políticas que possam dades que o concelho da Trofa tem podem trazer, na primeira pessoa, criar várias equipas de desporto, de acompanhamento aos nossos fixar as famílias no nosso concelho, para oferecer. Um modelo virado essas ideias para a gestão da au- em que os seniores participassem alunos, seja nas refeições escolares como baixar os impostos, promo- entre a proximidade de todos os ór- tarquia e das freguesias. ativamente e com atividades na- ou no transporte escolar, onde os ver o apoio à Educação, promover gãos decisores do concelho da Trocionais, que existem com outras TuT (Transportes Urbanos da Troa habitação social e ter esse cui- fa, em que as pessoas saibam onde AD: Temos a acrescentar uma câmaras. Sabemos que há vários fa) também poderão dar uma resdado e essa relação de proximida- se podem deslocar e que a Trofa medida que é elaborar o Plano Mu- idosos que estão interessados em posta mais assertiva e alargada a de com as pessoas, é possível fi- tem condições atrativas para im- nicipal de Juventude, integrando jogar boccia, que é uma atividade todos os ciclos de ensino. O papel xar as famílias no nosso concelho e plementarem o seu estilo de vida. as associações no desenvolvimen- muito rica para os idosos e da qual das AEC (Atividades de Enriquecitambém trazer empresas, que proto do projeto educativo e juvenil do gostam muito, e gostaríamos que a mento Curricular) é cada vez mais movam emprego para essas mesQuais as políticas de juventude concelho da Trofa. O Plano Muni- Câmara disponibilizasse transpor- fundamental e, por isso, é necesmas famílias, que, se não tiverem que pretende implementar caso cipal de Juventude partirá muito te para que pudessem participar, sário promover novas atividades e dar um acompanhamento necescá emprego, também não se po- vença as eleições do dia 1 de ou- também do apoio e das sugestões pelo país, nesses torneios. derão fixar. tubro? que as nossas associações e coletiNós temos vários equipamen- sário aos alunos. AD: Nós temos um modelo que vidades nos queiram trazer. tos em Bairros, no Parque Dr. Lima A saúde é um pilar fundamenAD: Eu vou concordar com a par- poderia estar a funcionar muito Carneiro e também nas freguesias, te inicial da resposta do Fernando. melhor, que é o Orçamento PartiFalou-se muito em desporto onde os seniores poderiam exercer tal e como é sabido, no concelho É evidente que o anterior Governo, cipativo Jovem (OPJ). Nós temos para a juventude e para os senio- a sua atividade física. Contudo, era da Trofa há falta de médicos de faatravés de Passos Coelho, convi- que reforçar o orçamento, trazer res há alguma medida que apre- necessário que tivesse um técnico/ mília e o Centro de Saúde da cidadou os portugueses a abandonar os jovens para a esfera das deci- sentem? professor presente, para poder ela- de não tem capacidade para proo país e isso refletiu-se também no sões, para que se sintam parte inAD: Isto depende muito da dinâ- borar um plano de exercícios per- porcionar boas condições atendi-
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Política mento aos utentes. Está em construção o Centro de Saúde de Santiago de Bougado, mas as obras estão praticamente paradas. O que vai fazer relativamente a esta situação? AD: Nós temos conhecimento que o Governo já lançou a obra e, neste momento, o processo está a ser reavaliado. Nós estamos em permanente contacto para perceber em que ponto é que está o decorrer da obra, mas faremos, acima de tudo, todas as pressões políticas próximas do Governo e contamos com todas as forças vivas e políticas do concelho da Trofa e depois na Assembleia da República, para que seja um processo mais célere, para que os trofenses tenham mais qualidade de vida. Eu estou muito à vontade na Saúde, porque temos na nossa equipa duas pessoas muito queridas nessa área, o João Azevedo e Lina Felizardo, uma na área da Nutrição e um médico de família que estará certamente atento a todas as necessidades. É importante implementar novos hábitos e, acima de tudo, saudáveis no nosso concelho. A Trofa já deveria ter há muito um Plano Municipal de Saúde. Nós temos que agregar todas as entidades, seja os centros de saúde ou o Hospital Privado da Trofa, e com a autarquia desenvolver os esforços e articular uma estratégia.
rará em torno deste Plano Municipal de Saúde e tenho a certeza que aí a competência será atribuída também ao modelo que definirmos, porque os nossos concelhos vizinhos já o praticam. Basta estarmos atualizados e ao lado da inovação, para conseguir dar resposta nessa área também. Acrescentar também os rastreios, que é importante que sejam feitos, também fora do centro de saúde, descentralizando-os nas freguesias e nas escolas.
cial e isso acarretaria mais despesa para a autarquia. Já há uma instituição social que apoia o pagamento dos medicamentos aos idosos, que não têm possibilidade de os adquirir, através de um acordo com uma farmácia. Esse mesmo pagamento deve ser feito de uma forma generalizada por todo o concelho e pelas várias farmácias que existem no concelho. Relativamente à Cultura e Turismo quais os projetos que pretende implementar ao longo dos quatro anos de mandato? FS: Gostaríamos de ver dinamizado, novamente, a poesia nos cafés e de ver muito mais dinamizado o Prémio Matilde Rosa Araújo. Que este Prémio fosse integrado numa produção de contos infantis e que fosse publicado, anualmente, um compêndio dos contributos das crianças do concelho. Envolver mais as crianças nesse percurso e dinamizá-lo para que houvesse mais escritores locais a exporem as suas obras e a tornarem-se muito mais conhecidos. Todas as artes merecem um apoio mais cuidado da nossa autarquia, que deve ser muito bem equacionado e deve ser feito de uma forma transparente e universal.
O PS tem no seu programa eleitoral criar uma Bolsa de Medicamentos. Em que consiste esta medida e como a vai financiar. Qual o valor a investir? AD: A Bolsa de Medicamentos é um dos nossos compromissos, porque, enquanto houver um trofense que não pode levar todos os medicamentos, o trabalho de um presidente de Câmara não está feito. Em vez de gastarmos, por exemplo, 60 mil euros num modelo de cinema que foi uma aposta falhada ou 20 mil euros num ajuste direto na aquisição de guarda-sóis, nós temos que operacionalizar e acertarmos as nossas prioridades. A medicação para os idosos é uma prioridade e uma questão de escolha política. Eu posso já avançar que rondará um orçamento anual de cerca AD: Na Cultura, nós temos que de 200 mil euros. Seremos rigoro- implementar uma nova agenda sos e será algo que faremos dentro cultural, que agregue associações. FS: É urgente a aplicação do Pla- da Câmara Municipal da Trofa, em Acima de tudo, que a autarquia a no de Saúde na autarquia. Nós de- articulação com todas as equipas delegue nas associações, depois fendemos a construção imediata e delegações da Ação Social, que de reunir e de implementar o novo do Centro de Saúde, mas também já vão fazendo esse percurso no modelo de uma agenda cultural, a aplicação de mais valências no terreno, para trazerem, até nós, as em que a autarquia apoia a assojá existente. A disponibilidade dos pessoas com mais necessidades e ciação e esta promova as suas atimédicos para o nosso concelho carenciadas. vidades em prol dos trofenses. Nós prende-se, como sabemos, pelas temos que ter uma agenda cultuquestões dos impostos e de se puComo é que chegaram a esse ral itinerante, que vá a todas as frederem fixar cá. Só através da atra- valor? guesias. Isso começará com o aprotividade do nosso concelho para viAD: Foi fácil. Foi fazer uma aus- veitamento dos talentos que nós rem e trazerem a sua família é que cultação aos concelhos vizinhos, temos no concelho da Trofa. São poderemos ter mais médicos de que têm mais ou menos a nossa muitos os jovens e menos jovens, família no concelho. Defendemos densidade populacional e com os nas diferentes áreas, que têm tauma política de Saúde que traga índices que temos nas faixas etá- lento natural. Falta que a Câmara para o nosso concelho técnicos de rias, desde o valor socioeconómico dê esse devido espaço. Queremos saúde habilitados e o próprio Cen- e apoios que a ação social vai dan- trazer para a Trofa um mix entre tro de Saúde devia ter um papel do, cruzar com os dados da ação o que de bom existe no concelho, mais ativo na nossa comunidade. social e ver no histórico, mais ou que são os nossos talentos, e um menos, que vai balizar entre os 150 grande artista. Por exemplo, numa Há muitas vacinas que não são mil a 250 mil euros. exposição de arte, trazermos os financiadas pelo Serviço Nacional nossos talentos e alguém que faça de Saúde por não estarem no PlaFernando concorda com a im- encher uma sala de exposições. Teno Nacional de Vacinação. Equa- plementação de uma medida nho a certeza que esse é um pasciona ser a Câmara Municipal da destas? so para que eles também subam o Trofa a financiar algumas delas? FS: A necessidade da implemen- seu patamar, sejam reconhecidos, FS: Está no nosso programa fi- tação desta medida é a constata- as pessoas vejam os talentos e os nanciar as vacinas que não são ção de que a nossa rede local de contactem e, daqui a uns anos, são comparticipadas. Só através de apoio à ação social não está a fun- eles os grandes artistas. uma vacinação eficiente podem cionar em pleno. A autarquia poTemos também uma nova ideia ser reduzidas despesas de saúde deria despender dessa verba e fa- que é a aldeia-atelier, que passa e também serem evitadas muitas zer o pagamento desses medica- por trazer e criar condições para complicações de saúde futuras mentos. A autarquia não pode re- que grandes artistas passem tempara a população. ceber financiamento da Seguran- poradas no concelho da Trofa, poAD: O que assumi é que tudo gi- ça Social neste papel da ação so- dendo mostrar o seu trabalho e
nós só temos que lhes facultar a habitação e, principalmente, as refeições. É um modelo que é praticado, principalmente nos países a norte da Europa, e que funciona bem. O Turismo pode e deve ser muito mais potenciado no concelho. Não faltam igrejas e capelas capazes de trazer uma nova dinâmica ao concelho da Trofa. Abarcar com o posto de turismo uma rota, em que as pessoas saiam do Parque Nossa Senhora das Dores e possam percorrer todos os monumentos religiosos do nosso concelho. Há também um turismo gastronómico que pode ser potenciado, aliando o trilho religioso à gastronomia, que será, sem dúvida, um dos trunfos que nós temos para os próximos anos. Quais são os principais problemas que prejudicam o desenvolvimento empresarial do concelho? AD: As acessibilidades ao nosso concelho impossibilitam também o desenvolvimento do nosso tecido empresarial. Temos que implementar rapidamente uma solução da área de localização empresarial, porque, dia após dia, vamos perdendo competitividade e empresas. E quando perdemos empresas, estamos cada vez mais perto de perder famílias, que, vendo o que os outros concelhos oferecem, também estão mais tentadas a deixar-nos. Temos que garantir novas soluções. FS: É claro que as acessibilidades são um fator importante. Está na hora de todos assumirmos esse compromisso de defender melhores acessibilidades e a construção da variante. Estarmos a construir a variante da maneira que está projetada é estarmos a desviar trânsito que passa no centro do concelho para uma área residencial, para onde vamos transpor muita poluição sonora e atmosférica. A varian-
te, propriamente dita, seria mais entre a zona de Ribeirão, passando junto à Frezite, numa área onde não traria mais constrangimentos à população e que serviria as empresas do concelho. Todos defendemos o metro e fomos à Assembleia da República, onde todos os partidos votaram por unanimidade o projeto de resolução do PCP. É necessário assumir esse compromisso no concelho, defender o metro e a variante e exercer pressão em Lisboa. Ambos referem a falta de acessibilidades. Que iniciativas pretendem levar a cabo para melhorar o tráfego rodoviário? AD: Nós temos que olhar para o território do concelho da Trofa e criar soluções, nomeadamente vias municipais, que podem ser repavimentadas, requalificadas e reutilizadas. Nós temos uma via municipal que atravessa Guidões, Alvarelhos e Muro, que, em sinergia também com as empresas, pode ser feita para que, pelo menos os camiões, se possam desviar das estradas nacionais. Mas também temos um estradão do lado do Coronado e que vem desaguar a Santiago de Bougado, que está em péssimo estado e que, por isso, não é muito utilizado. As empreitadas mais a sul e a norte do concelho da nova variante já estão no terreno. Mas tenho de concordar com o Fernando que a alternativa pela Avenida 19 de Novembro não é uma solução para o concelho da Trofa, porque vai tirar fluxo da Rotunda do Catulo e criar uma nova centralidade que em nada beneficia, porque temos ali uma grande densidade populacional, um grande movimento de habitação urbana e também uma escola. Mas, acima de tudo, temos de apresentar um modelo de transportes urbanos. Acredita que o metro, um dia,
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Política
Para além disso, temos que apoiar ainda mais o CENFIM e outros cursos profissionais das escolas, para formar os jovens e trazer mais- valia a essas mesmas empresas.
vai chegar à Trofa? AD: Acredito piamente nisso, mas sei que, neste momento, todos estão fartos de promessas. Assumo, perante os trofenses, que estarei na linha da frente e contarei, evidentemente, com todas as forças políticas e forças vivas do concelho da Trofa para fazer o lobby necessário para que o Governo e as entidades europeias percebam da falha que estão a cometer com a população da Trofa. FS: É nosso projeto aglutinar todas as forças para que se consiga trazer o metro e a variante para a Trofa, que vão resolver os problemas e os constrangimentos das famílias e empresas. O cruzamento da Carriça também é um projeto que temos que trabalhar todos com afinco e em uníssono, para que seja uma realidade. E o que pretende fazer, caso seja eleito, para sensibilizar o Governo para a urgência desta variante à EN 14? FS: Pretendo demonstrar que a população da Trofa está unida em torno desses objetivos, através de uma grande manifestação de todos os trofenses, na sede do concelho, a pedir essas mesmas obras e, se necessário for, iremos a Lisboa pedir essas mesmas obras. AD: Acho que há aqui alguma confusão. Efetivamente, o Pedro Passos Coelho lançou algo que nunca existiu, porque nem um concurso estava a ser viabilizado e nada estava em cima da mesa. Neste momento, sabemos que a empreitada já está a decorrer. Por isso, são questões diferentes. Mas há uma coisa em que tenho de concordar com o Fernando. Enquanto não virmos a obra no terreno e edificada é evidente que temos que continuar nessa pressão.
A falta de acessibilidades é uma das razões que leva as empresas a sair do concelho da Trofa. Quais os apoios e benefícios que pretende conceder às empresas que se fixem ou façam investimentos no concelho da Trofa? AD: Já apresentei duas das soluções internas que podemos potenciar, até para que as acessibilidades às empresas sejam mais facilitadas, principalmente, por parte dos veículos pesados. Também já apresentamos como compromisso descer o IMI, que também será um incentivo para as nossas empresas. Aquilo que nos falam, muitas vezes, além da área de localização empresarial, é que a burocracia deve ser mais célere no concelho da Trofa, com um balcão que preste a devida atenção e, acima de tudo, rapidez no ato de desburocratizar todo o processo de instalação de uma empresa no concelho da Trofa. Isso é fundamental para que os empresários se sintam atraídos pelo nosso concelho. Depois tudo será encadeado com as medidas que melhoram a qualidade de vida dos trofenses. FS: Ao sair do PAEL, que todas as empresas possam usufruir dessa redução do IMI e de todos os outros impostos, isentar de Derrama todos os pequenos negócios, micro e pequenas empresas que faturem até 150 mil euros por ano, criar uma rede de transportes urbanos que sirva as áreas industriais, para diminuir o tráfego nas nossas estradas, tornando essa mobilidade muito mais sustentada e com horários que sirvam os turnos que as empresas laboram e tornar o Município atrativo à fixação de mais pequenas e médias empresas. Sabemos que as grandes empresas que estão no concelho têm a necessidade de escoar os seus produtos, através da criação da variante e do descongestionamento da Carriça.
tarquia dispõe. As nossas soluções de mobilidade passam também pela gestão de transporte, em que os vários players sejam convidados a efetuar uma rede de transportes integrada, que passem pelas áreas industriais, com horários que permitam aos trabalhadores poderem utilizar essa rede.
AD: A edificação dos Paços do Concelho é fundamental para o desenvolvimento do nosso concelho, porque ao aglomerar todos os serviços fará com que a qualidade de vida melhore, que os trofenses não tenham que se deslocar de serviço em serviço e de balcão em balcão para resolverem os seus problemas. Mas isto passa por um estudo rigoroso e transparente, envolvendo as pessoas. Se assumimos perante os trofenses que queremos que todas as forças vivas e todos os partidos políticos se envolvam na definição da localização dos Paços do Concelho, é isso que vamos fazer. É preciso rapidamente termos um auditório municipal e uma biblioteca municipal, que são infraestruturas fundamentais para o desenvolvimento do nosso concelho. Não esquecer também que é preciso fazer mais e continuar atento à rede viária. Temos que continuar dia a dia e, através da delegação de competências com as juntas de freguesia, a tomar conta da rede viária, que é uma infraestrutura que possibilita e muito a melhoria da nossa qualidade de vida.
O concelho da Trofa tem o privilégio de estar bem localizado geograficamente. Contudo, o concelho não tem uma grande oferta de meios de transporte, para fazer a ligação entre as freguesias assim AD: Há efetivamente muita pocomo para os concelhos vizinhos. pulação com necessidade deste Quais são as suas propostas para transporte. O terreno e o dia a dia resolver este problema? dizem-nos que não são pequenos AD: Já apresentamos o mode- grupos. É preciso dar essa resposlo de transportes urbanos da Tro- ta e é, por isso, que nós temos duas fa, porque é uma necessidade evi- soluções. Temos que perceber dente que temos no nosso conce- bem qual é o número, o horário e lho. Precisamos de ligar as fregue- a necessidade de cada pessoa e aí sias ao centro do concelho e umas gerir, consoante aquilo que forem às outras. As pessoas precisam de os nossos compromissos na autarsoluções de transporte coletivo, quia. É preciso estarmos conscienque sejam mais amigas do meio tes que o modelo de transportes ambiente, e que passam por duas urbanos não se cria e nem se faz de opções: Ou uma municipalização um dia para o outro e que acarreta dos serviços de transportes urba- custos elevadíssimos para a autarnos, em que a frota será da autar- quia. Temos que ser responsáveis quia, ou abrir um concurso numa a gerir o nosso dinheiro e daí esparceria público-privada, ajudan- tarmos a apresentar dois modelos. do com os horários e as paragens, Nós não estamos de antemão a didelineando todo um trajeto e a fre- zer que vamos recorrer a uma parquência desse desenrolar do per- ceria público-privada. Agora é evicurso, que sirva as necessidades dente que temos que ser rigorosos Em termos de reabilitação urdas pessoas. Não podemos esque- e transparentes com o compromiscer que a educação e o tecido em- so que assumimos com as pessoas. bana e tendo em conta os benefícios atribuídos pelo Governo para presarial precisam desta resposta e de estarem ligados com o transFS: Nós temos conhecimento a reabilitação das áreas abrangiporte urbano, que facilite o dia a que existem jovens que vêm da das pelas ARU (Áreas de Reabilidia de todas as pessoas do conce- universidade e do seu trabalho e tação Urbana), considera imporlho da Trofa. que chegam à Trofa a partir das tante que a Câmara da Trofa crie 19.30 horas e não têm transporte mais áreas em todas as freguesias, FS: Nós temos todo um proje- para as freguesias. São pequenos para possibilitar a reabilitação de to de mobilidade sustentada para grupos que temos conhecimento. Imóveis degradados? AD: Sem dúvida. É algo que nós o concelho. Claro que não assen- Nós somos acérrimos defensores ta neste modelo de parcerias pú- da linha ferroviária e vamos às vá- queremos e estaremos atentos a blico-privadas. Achamos que um rias estações que utilizamos dia- esses apoios. É incompreensível sistema integrado de transporte riamente. Na estação de Covelas, como é que o Coronado foi esquedeve ser possível e deve ser dina- vemos a necessidade das pessoas cido nesta matéria. Nós temos que mizado pela autarquia. Na página que chegam à estação e necessi- aproveitar esta disponibilização da autarquia vemos informação tam de transporte para as várias de fundos e candidaturas para dar aos táxis e aos horários, mas deve aldeias. Em S. Romão existe o mes- respostas às necessidades das nosser disponibilizada pela autarquia mo e na Trofa existe a necessidade sas freguesias. uma rede integrada de transportes. de transporte para as freguesias. FS: Nós entendemos que o exeNão precisamos de investimen- Sabemos que foram suprimidos tos megalómanos, porque às ve- dois horários da Transdev, o auto- cutivo irá ser sensível a esta queszes são pequenos grupos de pes- carro que faz o serviço do metro, e tão e estaremos disponíveis para soas que precisam de se deslocar que os jovens sentem a necessida- trabalhar nesse sentido. O nosda periferia para a sede do conce- de de, muitas vezes, terem de sair so património arquitetónico não lho. Queremos uma rede integra- às 9 horas ou mais cedo para esta- se situa apenas na sede do conceda de transportes, com pequenas rem às 14 horas nos locais que ne- lho, mas em todas as freguesias. viaturas de nove ou 36 lugares, al- cessitam. No imediato são peque- Temos edificações já de 1800 e de gumas que já são da Câmara Muni- nos grupos, mas se essa solução for 1600, que merecem ser requalificacipal, e que podem e devem estar disponibilizada serão muitas mais das e que constituem um património arquitetónico e histórico, que ao serviço da população nos horá- pessoas a utilizar. devem ser estudadas. Esta é uma rios que são necessários. Os nossos idosos precisam de se deslocar Em termos de infraestruturas, oportunidade dessas infraestrutupara a sede do concelho para ace- quais as principais necessidades ras serem requalificadas a um custo que seja possível. Muitas vezes, der a equipamentos vitais, como do concelho da Trofa? também para conviverem com ouFS: Construir a sede dos Paços os imóveis estão votados ao abantros idosos. Pretendemos que esse do Concelho, o pavilhão munici- dono, porque os seus proprietários transporte seja feito de forma gra- pal e terminar o Centro de Saúde não têm meios capazes para efetituita pela autarquia, através da dis- são as nossas prioridades a nível var essas obras. ponibilização dos meios que a au- de infraestruturas para o concelho.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 28 SETEMBRO 2017
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Atualidade “Os titulares de cargos políticos deveriam estar mais preocupados com atitudes arbitrárias que geram abusos de poder.”
Com o espírito de grupo iremos longe
O Clube Slotcar da Trofa lança mais duas atividades: o futsal sénior federado e uma companhia de teatro juvenil, reforçando assim o ecletismo que o tem caracterizado. O Notícias da Trofa entrevistou o presidente do Clube, João Pedro Costa, em vésperas de terminar o seu mandato à frente dos destinos da coletividade.
rior: atividades solidárias, em especial a caminhada a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro, o Raid fotográfico com exposições de fotografia, as atividades de videojogos com a realização de Lan-partys. Mantêm-se, ainda, o futebol de formação na Academia da Louseira, o bilhar federado e a reedição do ciclo de conferências “O sentido da vida”. A sede, que serve de suporte a algumas atividades, continuará a ser dinamizada com a presença das bandas de garagem para animar os finais de semana onde temos muitos jovens a dar reforço à identidade do Slotcar.
NT: O Clube Slotcar da Trofa tem apresentado um leque de atividades diversificadas. Que novidades estão previstas para os próximos tempos? João Pedro: A grande novidade do Clube Slotcar da Trofa contiNT: Atividades emblemáticas, nuará a ser a constante afirmação como as 24 Horas do Slotcar da João Pedro Costa termina mandato em outubro da sua identidade, mesmo com Trofa, ou, mais recentemente, o toda a conjuntura adversa que te- concurso de bandas de garagem João Pedro: A pergunta deve tcar da Trofa vem sendo tratado nas para pôr os projetos em anmos tido à nossa volta, mantemo- não se realizaram no último ano. ser colocada de outra forma, o por este executivo camarário — é damento e dar-lhes algum equilí-nos fiéis aos nossos princípios e Porquê? que era o espaço do bar do Aqua- que quem não deve não teme. brio, a tal estrutura imprescindíJoão Pedro: Tudo por uma ques- place antes da chegada do Clube com um ADN juvenil muito vincavel em qualquer organização. Ter do. O facto de sermos uma asso- tão de equilíbrio financeiro da as- Slotcar da Trofa? NT: Com tantas adversidades, uma coordenadora que desempeciação juvenil, integrada no Insti- sociação, são projetos muito disAs pessoas não são estúpidas e qual é a fórmula para aglutinar nha as funções na perfeição é funtuto Português do Desporto e Ju- pendiosos. Temos de fazer opções sabem distinguir o boato da reali- tanta gente em torno do projeto damental para a ligação de setoventude, obriga-nos a ser diferen- num orçamento anual muito bai- dade. Trouxemos inovação e vida Clube Slotcar da Trofa? res. A direção é composta ainda tes, a querer sempre mais e me- xo, onde os constrangimentos fi- a um espaço envelhecido e morto. João Pedro: Não há propria- por 19 membros, sendo que em lhor! Por isso vamos continuar a nanceiros são elevados. Se lhe disO processo para lá estarmos é mente uma fórmula. Penso que o média temos 14, 15 presenças em ser transversais nas nossas ações, ser que o orçamento disponível público, porque de um concur- importante é fazermos uma pro- cada uma das reuniões mensais, o indo desde o desportivo ao cultu- para tudo o que realizamos ron- so público se tratou. Somos, por posta clara dos objetivos que pre- que torna o passa a palavra muiral, sem nunca esquecer o social. da os 50 mil euros por ano, fala- isso, a terceira entidade a explo- tendemos atingir com cada uma to mais fácil. De novo, no campo desporti- mos do milagre da multiplicação. rar aquele espaço, mas com uma das ações. Depois, transmitirvo, o futsal sénior federado onde O facto de nos terem sido cor- diferença dos que nos antecede- mos que no movimento associaNT: O João Pedro já deixou claapresentamos um projeto muito tados os apoios municipais, há já ram, investimos 35 mil euros com tivo trabalhamos de graça, logo ro que discorda das políticas do bairrista, já que a maioria dos atle- quase dois anos, causa os seus es- fundos próprios. Só assim pode- só nos devemos envolver em tare- atual executivo na área do assotas e equipa técnica são da Tro- tragos, o que é pena porque, além mos fazer a diferença e sem pre- fas de que verdadeiramente gos- ciativismo, onde o clube está infa. Acredito que com o espírito de do Clube, sai a perder a comuni- cisarmos de dinheiro público. Não tamos, disfrutando assim do lazer serido, nomeadamente na atrigrupo que está dade. Concen- devemos nada a ninguém e temos que deve ser a integração no mo- buição de verbas. Foi isso que es“Será objeto de participa- tramo-nos sem- muito orgulho na nossa condu- vimento associativo. Importante teve na origem do mal-estar com criado iremos longe. Depois, ção ao Ministério Público, pre naquilo que ta e na forma como trabalhamos ainda é o compromisso que tem a Câmara Municipal? na área cultu- para averiguar dos ilícitos dominamos e para o bem da comunidade, que de ser forte, quem não pode ou João Pedro: Confesso que por ral, vamos aso que não dotanto gostamos de servir. É tudo não quer fazer algo deve deixar vezes tenho alguma dificuldade no modo como o sistir ao nasciminamos pro- tão transparente que até coloca- claro, para que o grupo se possa em perceber a conduta dos resClube Slotcar da Trofa mento de uma curamos desva- mos na sede do Slotcar um dos- organizar. Com clareza, alegria e ponsáveis pelo município. Até vem sendo tratado por companhia de lorizar, se não sier com todo o processo de can- compromisso, é só somarmos as meados de 2015 diria que o relateatro juvenil, partes e concre- cionamento era normal, apesar este executivo camarário há apoios finan- didatura para ser consul“O tempo de também com ceiros há vida e tada pelos nossos assode algum mal-estar entre as par— é que quem não deve trabalho gratuito tizar projetos. muita gente da vontade de tra- ciados, se alguém o quiser tes quando os questionava sobre não teme.” de todos os Trofa envolvida. balhar, procu- ver é só chegar lá e pedir NT: Mas a par- a repartição de verbas, destinadas que se envolvem te f inanceira no orçamento da Câmara MuniciO segundo livro do Trofi será igual- ramos, por isso, criar novas rela- que lhe será prontamenmente uma realidade e contará ções com a comunidade. Do diálo- te exibido. no associativismo é como se ultra- pal para o desenvolvimento do ascom mais uma grande parceria, go aparecem, assim, novas ideias, Tendo sido veiculado passa, o dinhei- sociativismo desportivo, recreatiuma fortuna, as histórias já estão escritas e o li- novos métodos e os resultados es- pelo Município de que ro é sempre im- vo, cultural e social e o que me pasó tem é que vro está já em fase de ilustrações. tão à vista, como diz o ditado, “a não pagamos gás, e nem portante? recia ser alvo de uma grosseira arser bem gerido.” João Pedro: bitrariedade na interpretação do Nas iniciativas promovidas pela necessidade aguça o engenho.” gás temos ligado, de que Câmara Municipal da Trofa contiMesmo estes projetos que es- não pagamos água e os Com a clareza plasmado nos regulamentos. Exisnuaremos a marcar presença ati- tão adormecidos, daqui a nada, consumos estão liquidados, ou de que falei, não há dinheiro, o or- tir uma coletividade, em 2014, a va na festa da juventude “BeLive”, voltam, por sabermos que as res- de que não pagamos alguma fa- çamento é mesmo só de 50 mil eu- quem foi atribuído 135 mil euros, nos jogos juvenis “Trofíadas” e nos ponsabilidades deste grupo e des- tura de eletricidade são tudo im- ros por ano, agora com organiza- deixando todas as outras coletivicampeonatos de veteranos de Fu- te Clube são enormes. putações falsas e, como tal, serão ção podemos ser muito fortes. O dades com uma fatia de apenas 35 tebol Popular, entre outros onde apreciadas pelo tribunal. Aliás, a tempo de trabalho gratuito de to- por cento do disponível pareceufaça sentido a nossa presença. NT: A presença nas instalações propósito, esta matéria será ob- dos os que se envolvem no asso- -me estranho! Depois, tudo o resto, e no essen- do Aquaplace tem sido determi- jeto de participação ao Ministé- ciativismo é uma fortuna, só tem Tal apoio, para além de injuscial, será novamente replicado do nante nesta afirmação do Clube rio Público, para averiguar dos ilí- é que ser bem gerido. O valor do to, é ilegal, e por muito que todos plano de atividades do ano ante- Slotcar da Trofa? citos no modo como o Clube Slo- orçamento que referi serve ape- possamos gostar dessa coletivida-
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28 SETEMBRO 2017 O NOTÍCIAS DA TROFA
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Atualidade de, dado a sua história, a realidade é que se tratava de uma estrutura frágil, estando mesmo com a categoria de insolvente, com dívidas ao Estado de há mais de uma década e numa situação de PER, tentativa de recuperação, factos, aliás, do domínio público. Por outro lado, a argumentação de que tais verbas se destinavam ao apoio à formação, desse ano, ainda acendeu mais o meu descontentamento e desconfianças, tanto mais que as manifestações públicas, por parte de dirigentes da formação, indicavam que no departamento pouco ou nada tinha mudado. Para quem se dedica há mais de uma década ao serviço do associativismo, em particular do associativismo jovem, onde os recursos são poucos e a aposta deveria ser redobrada, fiquei desiludido! Quem está no terreno e assume responsabilidades é que sente. Como diz o ditado “Quem não se sente, não é filho de boa gente” e no verão de 2015 manifestei-me publicamente sobre o caso, contando, em simultâneo, as minhas inquietações às autoridades que me parecem competentes para investigar estes casos, afinal vivemos num estado de direito. Tal era um imperativo de consciên-
Resultados Departamento de Formação Clube Desportivo Trofense Juniores 1.ª Divisão Distrital – Série 2 Trofense 2-2 Lousada (5.º lugar, 4 pontos) Próxima jornada 30/09 às 17.30 horas Aliança de Gandra-Trofense Juvenis A 1.ª Divisão Distrital – Série 2 Tirsense 1-2 Trofense (6.º lugar, 6 pontos) Próxima jornada 30/09 às 11 horas Trofense-Desp.Aves Iniciados A 1.ª Divisão Distrital – Série 2 Trofense 1-3 Desp. Aves (11.º lugar, 1 ponto) Próxima jornada 30/09 às 11 horas Tirsense-Trofense Infantis 11 1.ª Divisão Distrital – Série 2 Trofense 3-1 Paredes (1.º lugar, 6 pontos) Próxima jornada 30/09 às 13 horas FC Felgueiras 1932-Trofense
cia e decidi fazê-lo a título pes- tado de direito, com regras claras soal. A partir daí, os responsáveis para que o público se relacione municipais começaram a confun- com o privado, não pode ser ao dir tudo, confundindo o cidadão estilo da república das bananas! João Pedro com o presidente do Não me parece lógico que posClube Slotcar da Trofa, passando sa ter sido atribuído a um clube o Clube que presido a ser vítima de futebol mais do que foi entrede perseguição e de danos quer gue aos bombeiros, ou até o que financeiros, quer ao nível do seu o presidente da junta de freguesia bom nome! do Muro teve para administrar duProcuro ser sempre coerente e rante esse ano de 2014. responsável, quer nas minhas afirEstranho, igualmente, depois mações quer nos meus atos, e a da minha denúncia, nada mais ter este propósito solicitei, e foi acei- sido atribuído ao Clube Desporte pelo juiz, a minha constituição tivo Trofense, nos anos de 2015, como assistente do processo. As- 2016 e 2017. sim, poderei colaborar no apuraClaro está que ao afirmar que o mento e esclarecimento da ver- Município favoreceu o Clube Desdade em abono da transparência portivo Trofense, não é de estrae credibilização da Administra- nhar que o modus operandi de ção Pública. arbitrariedades se tenha repliÉ um processo do Golias contra cado, que sentimos ser um deso David, é preciso dar tempo ao vio ou abuso da função de govertempo. Os titulares de cargos po- nar este concelho, não atribuindo líticos deveriam estar mais preo- quaisquer apoios ao Clube Slotcupados com atitudes arbitrárias car da Trofa, em 2016 e 2017, isso que geram abusos de poder. é confundir tudo, arrasar as normas porque se deve reger qualNT: A estrutura a que se refere quer município, na qualidade de é o Clube Desportivo Trofense? E primeiro guardião dos interesses em que se consubstanciam essas dos munícipes, e é perseguição perseguições? porque além de prejudicar o CluJoão Pedro: Sim, já o afirmei pu- be Slotcar da Trofa, compromete blicamente. Embora é importante todo o desenvolvimento integraseparar a paixão pelo Clube dos do do concelho. atos que são praticados em seu nome ou a coberto deste. Sou sóNT: O João Pedro tinha refericio do Clube Desportivo Trofense, do, há 3 anos, que seria o último com quotas em dia, e quero mui- mandato, que acabará no próxito que ele recupere a dignidade mo mês de outubro, mantém-se que merece e que os trofenses se ou será candidato? orgulhavam, mas não pode ser a João Pedro: O meu desafio, que qualquer custo, utilizando o di- penso ser o mais importante no dinheiro público. rigismo associativo, foi criar uma Vivemos em sociedade, num es- estrutura que não esteja depen-
Clube investiu 35 mil euros na recuperação do bar do Aquaplace
dente de pessoas, e por isso não está dependente de mim, está antes unida em torno de um projeto e de um conjunto de ideias claras, de princípios, e acima de tudo, de valores. O Clube Slotcar da Trofa é um clube juvenil, com excelentes dirigentes lá formados e já muito experientes, vai tornar-se um caso sério na Trofa e na região. Estou certo de que aparecerão candidatos para renovarem e reforçarem o espírito, dando azo a uma obrigação de um clube juvenil, privilegiar o dirigismo dos mais novos. Devo, por isso, dar o exemplo e dar o meu lugar aos mais novos. NT: O nome do João Pedro Costa foi muito veiculado, de que poderia ser candidato à Câmara da Trofa. Teve algum fundo de verdade ou é algo com o que se possa contar nos próximos tempos? João Pedro: Nunca ninguém me
ouviu dizer que estava disponível para o exercício de qualquer cargo político, nem nunca manifestei tal ambição. Ainda não senti vontade de servir a comunidade dessa forma, além de ser muito apaixonado pela minha profissão, sinto-me realizado e isso basta-me. De facto, muitas pessoas me incentivaram para tal, pessoas a quem desde já agradeço, mas prefiro, por agora, continuar a ter tempo para estar muito próximo da minha família, depois, nos tempos vagos, dar um pouco de mim à comunidade, fazendo voluntariado nas valências e associações locais em que participo, expressando-me livremente em conversas ou em crónicas. Sou trofense de pleno direito, que está interessado na sua terra, no seu desenvolvimento e na qualidade de vida que esta pode e deve proporcionar a todos, os que aqui residem e que aqui se deslocam.
Trofense eliminado da Taça
O CD Trofense recebeu o SU Sintrense, em jogo a contar para a 2.ª eliminatória da Taça de Portugal. Um golo ao minuto 69 de Siaka Bamba ditou o afastamento da equipa da Trofa da competição. LILIANA OLIVEIRA/ HERMANO MARTINS No futebol quem marca vence e foi assim no jogo que colocou frente a frente o Trofense e o Sintrense. Com oportunidades de golo para as duas equipas, foi o Sintrense quem acabou por levar para casa a passagem à próxima fase. O Sintrense entrou a pressionar e Luís Eloi rematou à figura de Rodolfo Barata, que cedeu canto. E é novamente o guardião da Trofa a negar o golo à equipa de Sintra, que rematou de fora da área. Depois foi a vez do camisola 31 do Trofense, Bernardo, atirar por cima. O Sintrense voltou a criar perigo, com uma jogada que terminou com Rui Varela a rematar para a defesa de Rodolfo. A equipa de Sintra insistiu, com Pipas a atirar por cima
com um pontapé de bicicleta. Pipas protagonizou de novo uma lance de perigo, mas Rodolfo Barata negou, uma vez mais, o golo ao Sintrense. O Trofense regressou do balneário mais decidido e a criar mais oportunidades de golo. Carter reclamou de uma falta dentro da área, mas o árbitro da partida, Helder Lamas, nada assinalou. Bernardo rematou de longe, mas por cima e, como diz o ditado, no futebol quem não marca, sofre, o Sintrense marcou ao minuto 69. Depois de um livre marcado por Carlos Alves para a cabeça de Siaka Bamba a bola ainda bateu no poste, mas só parou no fundo das redes da baliza trofense.
Carter e Bernardo ainda tenta- da Taça são sempre imprevisíveis”. ram a sorte mas falharam o alvo. O Apesar de estarem “tristes”, denocamisola 99, Carter, voltou a quei- tou, ganha “quem marca e quem xar-se de uma falta dentro da área, não marca fica pelo caminho”. mas o árbitro mandou seguir a parCarlos Simões, técnico do SU Sintida. O mesmo jogador ainda ten- trense, considerou que foi a sua tou dois remates, mas o guardião equipa “que mais teve perto da basintrense negou o golo ao Trofen- liza adversária e que de uma forma se. Já perto do apito final, Diogo Sil- mais clara e objetiva esteve mais va ainda tentou igualar o marcador, perto de fazer o golo”. mas a bola saiu ao lado. Fernando Mira está agora totalPara o técnico do Trofense, Fer- mente concentrado no Campeonando Mira, “a primeira parte foi nato e vê-se “obrigado a mexer na completamente dividida pelas equipa” para o jogo frente ao Cesaduas equipas”, já na etapa comple- rense, depois da lesão gravíssima mentar viu-se “um Trofense muito de Diogo Melo na última jornada. A personalizado e a dominar”. Ape- partida, a contar para a Série B do sar das “várias situações de golo, Campeonato de Portugal, tem inínão conseguimos marcar”, lamen- cio marcado para as 15 horas destou, mencionando que “os jogos te sábado, em Oliveira de Azeméis.
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O NOTÍCIAS DA TROFA 28 SETEMBRO 2017
Desporto
Apresentação da Equipa Sénior de Futsal Federado do Clube Slotcar da Trofa
A equipa de Futsal do Clube Slotcar da Trofa apresentou-se, a 22 de outubro, no Pavilhão de S. Romão do Coronado. TÂNIA QUINTAS/HERMANO MARTINS
A
ideia da criação de uma equipa de futsal federado era algo que João Pedro Costa, presidente do Clube Slotcar, ansiava há muito tempo. E foi a amizade duradoura que mantém com Marco Balela, treinador da equipa federada, que fez com que este projeto se concretizasse este ano. João Pedro Costa “ia acompanhando algum movimento de alguns jogadores da Trofa”, que jogavam fora do concelho, “noutros clubes” e, assim, “surgiu a oportunidade de conseguir concentrar em torno do Clube Slotcar da Trofa todos aqueles atletas, e outros que se vieram juntar”, conseguindo, deste modo, que esses jogadores trofenses pudessem jogar na Trofa. A equipa técnica foi a primeira a ser definida, como explicou o presidente. A “partir daí, os jogadores foram sendo escolhidos, conforme os objetivos”, mas também “pelas amizades”, pois “neste tipo de grupos a amizade que se gera e que existe entre eles é mesmo muito importante”. Marco Balela foi o escolhido para treinar a Equipa Sénior de Futsal Federado do Clube e, prontamente, aceitou o convite. Para além da referida amizade com o presidente, o facto de ir com alguns do seus jogadores para outro clube “não seria a melhor opção”, como o próprio reconheceu. Apesar de estar consciente da dificuldade que “todas as equipas” demonstram nas primeiras épocas, afirmou que a equipa do Slotcar tem “qualidade” e que os jogadores “inventarão magia e muitas vitórias por esses campos fora”. O presidente confessou que “as expectativas são altas” e espera que “o clube suba de divisão”. No entanto, referiu, a “fasquia não está colocada muito alta por parte da direção do clube, já que o mais importan-
Equipa sénior federada vai competir na 2.ª Divisão da Associação de Futsal do Porto
te é que todos se “divirtam e levem longe o nome da Trofa”. Os jogadores, por sua vez, ao integrarem o plantel apoiaram as ideias e objetivos do treinador e do presidente e demonstram-se expectantes para a época que se avizinha. Vítor Hugo, um dos capitães desta equipa, tenta transmitir aos colegas “confiança e vontade de vencer”, incutindo-lhes o espírito que têm de “entrar sempre para vencer”. O capitão salienta, ainda, a união deste grupo, que apelida de “fantástico” e “animado”. “Não tendo dúvidas que darão muitas alegrias ao Slotcar”, acrescentou. A Equipa de Futsal Sénior Federado teve como adversário neste jogo de apresentação os Veteranos do Clube Slotcar da Trofa e para José Carlos, treinador e jogador dos Veteranos, este jogo foi “um convívio”, pois pertencem todos ao mesmo Clube. Em relação a estes jogadores mais jovens, está convencido que “vão fazer uma excelente época”. No que toca aos veteranos, o objetivo mantêm-se o mesmo: “vencer todas as provas” e serem “campeões novamente”.
João Pedro Costa está cada vez mais certo que “o bichinho pelo futsal está dentro do Clube Slotcar da Trofa” e que “há realmente muitas pessoas que gostam da modalidade”. E, estando o Clube com uma presença cada vez mais afirmativa na Trofa, é importante que os princípios do clube continuem os mesmos, como, aliás, referiu o presidente, desejando ter “um movimento associativo puro”, no que diz respeito ao “relacio-
namento das pessoas umas com as outras”. João Pedro Costa concretiza, referindo que “o Futebol é uma das muitas atividades que o clube pode proporcionar à comunidade”. A equipa sénior vai competir na 2.ª Divisão da Associação de Futsal do Porto. Já esta sexta-feira, a equipa federada vai defrontar a 1.ª fase de grupos da Taça Distrital e terá como adversário o FC S. Romão.
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28 SETEMBRO 2017 O NOTÍCIAS DA TROFA
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Atualidade CÉUS É DESCANSO, ALEGRIA E MÚSICA Todos pecaram, para Deus todos estão mortos Romanos5.12 Mateus8.21-22.Para destruir a morte para sempre, Deus enviou ao mundo João3.3436 a sua grande salvação, a vida eterna por fé no seu amado filho, ajudante em todas as suas obras que disse Eis-me aqui, envia-me, vai, meu povo saberá o meu nome aqui estou sou eu, vinde a mim todos e achareis descanso e alegria eterna nos céus Isaías6.8C.25.8-9C.49.6C.52.6 Mateus11.2-6,28-29 Provérbios8.22-36. Páscoa Libertação do povo de Israel do Egito, e dos pecados dos crentes Fieis a Jesus, na cruz Cristo deu a sua vida por amor aos seus Fieis João10.1011,15-18 C.15.12-14 Mateus20.28. No sangue e morte de Jesus foram branqueadas as almas, corpo do espírito, e mortos todos os pecados de todos que põem a palavra de Deus em prática Daniel12.10 Apocalipse3.5C.6.9.11C.7.14.1T essalonicenses.5.23.1Pedro2.24 Lucas 11.27-28 C.8.19-21 Oseias13.14. Da morte, Jesus ressuscitou o seu corpo, e foi visto por crentes e descrentes João10.17-18 C.11.25C.20.24-29 Atos9.15 Apocalipse1.16-18 Oseias13.14. Por Jesus os mortos mesmo podres vivem Mateus8.21-22 João5.24.C 11.14-48 Oseias13.14. Nas provas os Fiés a Jesus nunca morrem, a obra de Deus está com eles Mateus22.3-39C.10.37-39C.5.10-12 Atos.5.40 - 42João6.29C.8.51C.11.26Mate us26.26-28 Hebreus 10.11-17. Corpo no pó, alma espírito e obras seguem com eles para o descanso eterno do pai celeste nas muitas moradas nos céus, ao som de música com toda alegria cantam louvores e glória a quem os salvou João143,23 Apocalipse14.13C.15.2-4C.7.9- 12C.3.21 Salmos 95.11.101.6.103.18-19.132.12-14. Só não é feliz, quem vê a mentira e não teme Deus Fogo João 9.39 Deuteronómio4.24.2Tessalonicens es.2.10-12 Apocalipse 22.15-16C.21.8C.20.11.15 Mateus13.41-42 Isaías33.12. Dos céus voltam neste século com o Rei juiz e todos os anjos julgar o mundo Salmo50.3-6 Zacarias14.5.1Corintios6.2 Mateus25.31-46 C.13.41-43 Daniel12.2-3C.7.18. Natal além do natural, só Deus é pai disse Jesus fazem de mim comilão e bebedor Mateus44C.11.19 Apocalipse12.9C.6.16-17 Sofonias1.1418C.3.8 Ezequiel 32.3-8. No espírito ao que tem muito, mais terá, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado, na Fé os frios estão mortos, os mornos são vomitados da boca de Deus, não entrarão no meu descanso Mateus13.10-12C.8.2122C.10.37 Apocalipse 13.15-18C.3.16 Salmo95.11.
Edição N.º 640 - Data de publicação: 28 de setembro de 2017 Tribunal Judicial da Comarca do Porto Juízo Local Cível de Santo Tirso – Juiz 1 Rua Dr. José Cardoso de Miranda, 126 -1.º 4780-451 Santo Tirso Telef: 252808120 Fax: 252089638 Mail: stotirso@tribunais.org.pt
ANÚNCIO Processo: 2704/17.0T8STS Interdição/Inabilitação Referência: 385046390 Data: 22-09-2017 Requerente: António da Silva Pinheiro Requerido: Maria José Alves dos Santos A Mmº Juiz de Direito Dra. Sónia Maria Pinto Vaz, do Juízo Local Cível de Santo Tirso – Juiz 1 – Tribunal Judicial Comarca do Porto: Faz saber que Faz-se saber que foi distribuída neste tribunal, a ação de Interdição/ Inabilitação em que é requerido Maria José Alves dos Santos, com residência em domicílio: Rua Padre António Vieira, Nº 110, 4785-385 Trofa, para efeito de ser decretada a sua interdição por anomalia psíquica. A Juiz de Direiro, Dr(a). Sónia Marisa Pinto Vaz A Oficial de Justiça, Glória Almeida
CONVOCATÓRIA Mário Rui de Sousa Rodrigues Costa, na qualidade de presidente da Assembleia-Geral do Clube Slotcar da Trofa, vem por este meio informar que, de acordo com os estatutos da associação, irá promover eleições dos novos Órgãos Sociais para o mandato do triénio 2017/2020. Neste contexto, convido a uma presença ativa dos associados neste momento importante da vida da coletividade, fixando o período para entrega de listas até ao dia 18 de outubro, às 24 horas. Será na sede social, sito na Rua António Sá Couto de Araújo, freguesia de Bougado, 4785-409 Trofa (instalações do Aquaplace) que se desenvolverá o ato eleitoral no dia 30 de outubro (segunda-feira), entre as 19 e as 21 horas. Toda a informação acerca das listas admitidas ao ato eleitoral serão afixadas na sede da associação. Informa-se ainda que terão acesso a participar no ato eleitoral os associados que exibam quotizações em dia. Trofa, 22 de setembro de 2017 Mário Rui de Sousa Rodrigues Costa
ACDC Trofa
Assembleia Geral Convocatória Convocam-se os sócios desta associação para uma assembleia geral a realizar no próximo dia 13 de de Outubro pelas 21 horas na sede desta associação. Ordem de trabalhos Ponto 1 – Apresentação de contas até à presente data Ponto 2 – Cooptação de associados para reposição de elementos dos orgãos sociais que pediram a demissão. Ponto 3 – Outros assuntos de interesse para a coletividade. Se até à hora marcada não estiverem presentes a maioria dos associados, a assembleia terá início 30 minutos depois com qualquer n.º de associados. Trofa, 27 de Setembro de 2017 O presidente da mesa da assembleia José Gregório Torres
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O NOTÍCIAS DA TROFA 28 SETEMBRO 2017
Desporto
Rui Ferreira volta Pilotos da Trofa no Vizela Rancing Festival a ser convocado para a Seleção
João Gomes e Jorge Martins participaram ao volante de um Subaru
Atleta foi convocado para participar num estágio na Seleção Nacional
Depois de ter sido convocado para um estágio de observação na Seleção Nacional sub-15, em dezembro de 2016, Rui Pedro Ferreira voltou a ser convocado para um estágio de preparação. O treinador nacional Emílio Peixe convocou o jogador trofense a participar num estágio da Sele-
ção Nacional sub-16, de 25 a 27 de setembro. Rui Ferreira transitou das camadas jovens do Clube Desportivo Trofense para o Vitória Sport Clube e esta época está a representar as cores do Futebol Clube do Porto. A.M./P.P.
Cinco equipas de pilotos do concelho da Trofa participaram no Vizela Racing Festival, promovida pelo piloto vizelense Adruzilo Lopes. A iniciativa realizou-se no fim de semana, dias 23 e 24 de setembro, no Espaço Multiusos de Vizela. Ao volante de um BMW E36 325I, a dupla Nuno Freitas/Jorge Moreira conquistou o 1.º lugar da classe X2, enquanto a dupla Pedro Freitas/Fábio Silva ficou em 3.º lugar,
Pub
Gomes, num Subaru, e Filipa Azevedo e Helena Maia, num Ford. De destacar a estreia da dupla Saul Costa e Pedro Costa, ao volante de um BMW. Com apenas 18 anos, Saul Costa foi o piloto mais novo em pista. Apesar de estar bem posicionado na classificação, tendo estado em 1.º lugar na classe X314, o jovem piloto foi “forçado a abandonar o rali”, por ter “partido a transmissão” do seu veículo na “quinta e última PEC”. P.P.
na mesma categoria. Participaram ainda Jorge Martins e João
Saul Costa foi o piloto mais novo em prova