Edição 670 do Jornal O Noticias da Trofa

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Quinzenário | 24de maio de 2018 | Nº 670 Ano 15 | Diretor Hermano Martins | 0,70 €

Bombeiros salvam mulher no rio Ave

10 Atualidade 9 Polícia

8 Polícia

Assalto à mão armada em s.romão

12 e 13 Reportagem

Os anjos de farda

entrevista a cinco enfermeiros

ameaçada através de fotos intimas partilhadas no facebook pub pub


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O NOTÍCIAS DA TROFA 24 MAIO 2018

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Inês Torcato vestiu portuguesas na Eurovisão Há duas semanas, Portugal virou as atenções para o Festival da Eurovisão. Muitas eram as expectativas sobre como o país se sairia na organização do maior evento musical do Mundo e se a dupla portuguesa escolhida para cantar arrebataria os corações do júri e público ao som de “Jardim”. Isaura e Cláudia Pascoal acabaram por não convencer na música, mas deram muito nas vistas com os looks que apresentaram. É que a Eurovisão é muito mais do que música. Além da performance das quatro apresentadores do festival, muito se falou dos looks de todos os intervenientes e, nesse capítulo, Portugal esteve no top. Isaura e Cláudia surgiram no palco vestidas de tons escuros, mas as peças criadas pela trofense Inês Torcato têm muito mais significado. Em discurso direto no NT, a jovem designer explica todos os pormenores dos outfits. CÁTIA VELOSO “Inicialmente, quando surgiu o convite por parte do stylist da Isaura e da Cláudia, falei com ele e com a Isaura para me darem um briefing com algumas ideias gerais daquilo que pretendiam. E eu apresentei várias propostas para cada uma delas. E as escolhidas saíram desses esboços. Eu inspirei-me na personalidade de cada uma delas, naquilo que senti que as representava como pessoa e associei àquilo que também me representa como designer e àquilo que gosto de fazer. A Cláudia usa sete tecidos diferentes. Tem um corpete/body em denim preto com acabamento encerado e um casaco/vestido com várias camadas e sobreposições de materiais que criam textura e transparência: mousselines preta e azul, organza preta, mousseline preta com plissado fino, mousseline preta com plissado de machos, mousseline azul plissada com estampado preto e, por fim, uma renda azul. A Isaura usa umas calças justas no mesmo denim preto com acabamento encerado do corpete da Cláudia, uma t-shirt com uma camada opaca e duas com comprimentos assimétricos em transparência de mousseline preta, comum também ao vestido da Cláudia, e, por fim, um blazer desconstruído, comprido e de manga curta com duas camadas de cetim preto e azul marinho. Todos os materiais têm texturas e brilhos distintos. O preto foi um pedido inicial que me fizeram. Num evento como este, tudo está planeado há meses e já existia todo um conceito de cenário de palco e planos de câmara estudados. Como o início da canção é muito intimista, os planos de câmara iam ser fechados sobre o rosto da Cláudia e o ambiente escuro. A ideia seria a roupa passar quase despercebida nesse momento, para o olho do público se concentrar na expressão dela. Até porque o cabelo também já tem muita força. Portanto, a parte de cima do vestido teria obrigatoriamente de ser preta. Depois, a intenção era surpreender quando o plano abrisse e se visse o

Dupla portuguesa foi vestida pela trofense I nês Torcato vestido completo, daí a inclusão do azul, a renda que aparece em transparência e a cauda de quase três metros. Mantive também a Isaura dentro dos mesmos tons, apenas por opção estética da minha parte, pois gosto muito de jogos de texturas e da combinação de azul com preto. Aliás, fiquei mesmo muito contente com o resultado do casaco dela. (A experiência na Eurovisão) foi ótima em termos de projeção, claro, mas também foi uma experiência incrível enquanto profissional e enquanto pessoa. Estava com uma equipa de trabalho fantástica, desde a RTP, a Eurovisão e a Universal até aos stylists, maquilhadores, cabeleireiros, etc. E também foi muito bonito ver as equipas dos outros países a trabalhar e conversar com alguns. Para não falar da honra enorme que foi ver o Jean Paul Gaultier, que estava a vestir os representantes de França. E, depois, também ver um artigo que analisava os países mais bem vestidos da Eurovisão e França estar em primeiro e Portugal em segundo. É uma honra muito grande mesmo estar a seguir a um nome tão grande da moda no mundo inteiro como o Gaultier...”.

Memórias e Histórias da Trofa por José Pedro Maia Reis

Inauguração da farmácia do Coronado em 1928 A existência de farmácia numa localidade sempre foi sinónimo de progresso, um progresso social e económico, atendendo a que as farmácias se localizavam nos grandes centros. Não ignorando que muitas das vezes o farmacêutico tinha um importante local na hierarquia social da sua terra, porque em muitos casos ele era o único profissional da área da saúde que as pessoas tinham contacto, gozando de enorme respeito e prestígio. Uma população superior a mil habitantes, gozando da proximidade à linha de comboio, S. Romão do Coronado foi sempre um dos polos de maior desenvolvimento no concelho da Trofa, perdendo, contudo, em número de habitantes nesta fase para S. Mamede do Coronado. No dia 1 de outubro de 1928 viu ser inaugurada a sua farmácia que tinha na direção a D. Maria Vitória Lapa Barreiros, licenciada em Farmacopeia. Uma farmácia que era descrita como sendo bastante organizada, muito limpa e possuidora de um laboratório para fazer vários medicamentos, os ditos “manipulados”. Bons indicadores para perceber a dimensão da farmácia. A diretora técnica D. Maria Vitória tinha uma larga experiência profissional, tendo sido farmacêutica numa das farmácias mais reconhecidas do Porto e iria aplicar os seus conhecimentos ao serviço da população.1 Existia também no respeitante a profissionais da área da saúde, não sabendo se à data da inauguração ainda se mantinha, atendendo a que era notícia no final do ano de 1912 um médico com consultório em S. Romão, que tinha sido nomeado presidente da Câmara de Santo Tirso, chamava-se Mendes Leal. Certamente dos primeiros a exercer medicina na freguesia. 2 A farmácia de S. Romão ficava anexa ao Hotel de S. Romão, importante ponto de desenvolvimento da freguesia. A vida social gravitava em torno do Largo da Estação. Apesar de ser uma freguesia desenvolvida ainda havia falta de luz elétrica no Coronado, com a população a fazer pressão para que a luz se tornasse uma realidade, sendo existente em S. Martinho de Bougado com apenas 15 lâmpadas elétricas.3 Era necessário que o investimento público não ficasse para trás e acompanhasse o investimento privado com o surgimento de várias valências sociais. “Farmácia em S. Romão” Ecos da Trofa, outubro 2, 1928 “Nomeação de Mendes Leal” Jornal de Santo Tirso, dezembro 5, 1912 3 “Povo reclama luz para o Coronado” Ecos da Trofa, Junho 6, 1928

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Previsão meteorológica de 24 de maio a 1 de junho


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Secundária da Trofa aposta em curso de comércio A Escola Secundária da Trofa foi palco de uma mostra de cursos profissionais, a 18 de maio, com o “objetivo de divulgar, aos alunos que no próximo ano vão frequentar o secundário, a oferta formativa” e, simultaneamente, dar “voz ativa aos que estão a frequentar os cursos profissionais”. LILIANA OLIVEIRA

Alegria na receção ao Trofi O Trofi, tigre mascote do Clube Slotcar, arranca sorrisos por onde passa e durante estes dias tem recolhido muitos na visita que tem feito às escolas do concelho. E qual o motivo deste périplo? Apresentar aos meninos o segundo livro com novas aventuras vividas na Trofa. E o que é que o Trofi tem para contar? “Sobre o parque das azenhas e (a importância de) ajudar o ambiente”, respondeu Lucas Postiga, aluno da Escola Básica de Paradela. O menino, que explicou que gosta do Trofi porque “ele ajuda os outros”, recordou ainda que dessa história a mascote apelava “à reciclagem” e que os ecopontos azuis servem “para o papel e cartão”, os verdes para “o vidro” e os amarelos para “o plástico e o metal”. Este é um dos ensinamentos do novo projeto literário do Clube Slotcar da Trofa, que está a ser recebido com muito carinho, tal como eram as expectativas da coletividade. “Tem sido fantástico ver a alegria das crianças ao ouvirem as histórias do Trofi”, confessou o presidente da associação, André Coroa, que explicou a continuidade do projeto pela componente “educativa”. “Também faz parte da nossa missão contribuir para um mundo melhor”, sublinhou. Outro dos objetivos do livro é o contributo para a divulgação das forças vivas do concelho, como os escuteiros, que também entram numa das aventuras do Trofi. Os 3500 livros impressos do segundo volume das Histórias do Trofi ainda não estão todos distribuídos e o Clube Slotcar já pensa no terceiro projeto literário. André Coroa levantou uma ponta do véu e anunciou que a obra já terá a participação “da namorada do Trofi”.

Instituições solicitam presença do Trofi O sucesso do projeto literário é tal que desde o lançamento do livro que o Clube tem recebido vários pedidos de instituições para também elas receberem a visita do Trofi. E todas receberam uma resposta positiva, porque segundo André Coroa, “não há distinção entre público e privado” e “todas as crianças merecem ver o Trofi e receber o livro”. C.V.

CITAÇÃO

“O Trofi é uma referência para as crianças. Elas adoram-no, porque

vem sempre contar algo muito importante, como o ambiente, o saber estar em sociedade e cuidar dos outros. Para eles, é sempre muito bom ouvirem essas histórias. Já o ano passado, com o primeiro livro, mostraram muito entusiasmo depois de o lerem, na sala de aula falaram muito das histórias do Trofi . Júlia Macedo, professora da EB1 e JI de Paradela

“O ensino profissional é uma aposta do poder político e é objetivo que cerca de metade dos alunos inscritos no secundário sigam essa via”, no entanto, e embora se trabalhem estes cursos “há muitos anos” na Escola Secundária da Trofa”, não se chega aos “50 por cento”. Técnico de Desporto, Auxiliar de Saúde, Técnico de Gestão, Instalação de Equipamentos Informáticos, Animador Sociocultural e, a estrear-se este ano, Técnico de Comércio. São estas as opções da via profissional que a Secundária da Trofa tem para oferecer aos estudantes. Segundo Fátima Maia, coordenadora do ensino profissional da Escola Secundária da Trofa, esta nova aposta prende-se com as necessidades do mer-

Trofa Car Fest para ajudar canil e

AUAUA

A 2.ª edição do Trofa Car Fest chega este domingo, 27 de maio, com cariz solidário. O objetivo é ajudar a associação AUAUA e o Canil Municipal, por isso todos são convidados a contribuir com alimentação, medicamentos, produtos de higiene, entre outros. Este Tunning Show arranca às 13 horas, na Rua do Padrão, em Santiago de Bougado. Às 13.30 horas iniciam-se as inscrições e, meia hora depois, há uma exposição de carros. O Car Limbo realiza-se às 16.30 horas e uma hora depois são conhecidos os vencedores, sendo que a entrega de prémios está prevista para as 18 horas. L.O.

Curso técnico de saúde está entre as preferências dos alunos cado e com as taxas de sucesso ao nível da empregabilidade, “não só na Trofa como na Área Metropolitana do Porto”. O novo curso agradou aos estudantes que, segundo a coordenadora, se mostraram “muito interessados”. Técnico de Saúde “é uma das turmas que fica completa mais rapidamente e que está a funcionar muito bem”, graças às parcerias, que permite aos alunos conseguir “o estágio com muita facilidade e muitos ficam nas instituições onde estagiaram”, adiantou a docente. Depois é a área de desporto a mais solicitada, mas é no cur-

so de gestão que mais alunos seguem para o ensino superior. O contacto com a matriz do curso, as saídas profissionais e os dados da empregabilidade são as primeiras curiosidades que os estudantes quiseram ver esclarecidas. Para Fátima Maia, os cursos profissionais são importantes para que os estudantes consigam “contactar com o mundo do trabalho, o que é interessante para os que pretendem ter um ensino mais prático, e, por outro lado, para aqueles que querem seguir, cada vez há mais oferta e facilidade em aceder ao ensino superior”. pub


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Ricardo Gomes ordenado

José Maria Moreira da Silva CRÓNICA

Um obrigado ao voluntariado que não é louvado, não é noticiado, nem é pago!

R icardo Gomes foi ordenado padre missionário pelo bispo auxiliar do Porto

Depois de Alberto Vieira e Xavier Dias, Ricardo Gomes é mais um trofense, ligado aos Missionários Combonianos, a seguir o caminho de Deus. O jovem foi ordenado padre, a 12 de maio, por D. António Augusto, bispo auxiliar da Diocese do Porto. No dia seguinte celebrou a sua primeira missa, na Igreja Nova de S. Martinho de Bougado. LILIANA OLIVEIRA/ ANTÓNIO COSTA

O dia 12 de maio marca a vida religiosa de Ricardo Gomes. O dia em que se tornou padre, foi de festa na Trofa. A Igreja Nova de S.Martinho de Bougado encheu-se de familiares, amigos e paroquianos que quiseram ver a ordenação sacerdotal do filho da terra. “É difícil encontrar palavras para descrever a alegria de viver este dia juntamente com a minha família e tantas pessoas que quiseram estar presentes”, afirmou o agora padre Ricardo Gomes. O trofense recordou que a “experiência em missão, na África do Sul”, lhe deu “a possibilidade de tocar uma realidade muito forte a nível de pobreza e do sofrimento das pessoas”. “Acho que quando um jovem se deixa interpelar e tem esta oportunidade de conhecer uma realidade diferente da sua, penso que é capaz de ir ao encontro do mais pobre e abandonado. Foi aquilo que eu procurei fazer e aquilo que quero continuar a fazer na minha vida, agora como padre, partilhar com os outros esta alegria em ser padre e missionário”, afirmou. Para o bispo auxiliar do Porto, D. António Augusto, “a ordenação de um padre é sempre um momento marcante na vida da terra, um motivo de orgulho ou, pelo menos, um sinal de que há gente com fé e com disponibilida-

de para abraçar estas causas”. O bispo considera ainda um motivo de alegria para a igreja e um “sinal de que há jovens que sentem este apelo de Deus e, tratando-se de um padre ligado ao instituto missionário, é também sinal de que há aqui uma especial sensibilidade, cuidado e atenção relativamente às missões em geral”. Há 13 anos que os Missionários Combonianos do Coração de Jesus não viam ninguém ser ordenado padre e para José Vieira, provincial dos Missionários Combonianos do Coração de Jesus, “ver um colega ordenado para ser padre missionário é sempre uma alegria muito grande”. “Há uma relação muito forte entre os Combonianos e a Trofa”, disse referindo-se aos três sacerdotes trofenses que integram os Missionários. O agora sacerdote pertence aos Missionários Combonianos do Coração de Jesus e em 2005, entrou no Seminário menor, em Viseu. Depois, estudou Teologia na Universidade Católica Portuguesa no Porto, terminando os seus estudos na Faculdade de Teologia de Jesuítas de Nápoles, em Itália, onde esteve durante quatro anos e onde teve uma experiência pastoral numa paróquia italiana. A 14 de setembro de 2016, Ricardo Gomes chegou à Paróquia de Maria Assunta de Acornhoek, na África de Sul, destinado a fazer serviço missionário e onde realizou os seus votos perpétuos e recebeu o diaconado, a 4 e 5 de novembro de 2017. Permaneceu por cá até janeiro de 2018. A 12 de maio iniciou o seu caminho como padre e celebrou a sua primeira missa às 11 horas do dia 13 de maio, na Igreja Nova de S. Martinho de Bougado. Agora, agradece “ao Senhor pelo presente” que recebeu e pede-lhe “que o continue a abençoar e a ajudar a caminhar nesta missão que lhe confiou”.

Caminhada solidária pela Muro de Abrigo “Passo a passo será mais fácil de concretizar o nosso sonho”. Este é o lema da associação Muro de Abrigo, que está a organizar uma caminhada solidária para a manhã do dia 3 de junho. A atividade tem início pelas 9 horas, a partir do lugar de Campinho, na freguesia do Muro, mas antes da caminhada há aquecimento, com uma aula de zumba. Fátima Silva, presidente da associação Muro de Abrigo, adiantou que o objetivo desta caminhada solidária é “angariar fundos para acabar a construção” da nova sede, localizada na Urbanização do Campinho. A inscrição tem um custo de “cinco euros, que inclui lanche e boné”, e pode ser feita na Junta de Freguesia do Muro ou na associação Muro de Abrigo, através do email murodeabrigo@gmail.com, do número 229 863 333 ou do contacto de Fátima Silva (966 858 394). P.P.

O voluntariado é uma participação livre, desinteressada, responsável e ativa dos cidadãos na vida das comunidades, que se traduz numa relação solidária para com o próximo e na participação de soluções para a melhoria da qualidade de vida de toda a comunidade. Sem receber qualquer contrapartida pela sua entrega aos outros e à sociedade. O voluntariado rege-se pelos princípios da solidariedade, da participação, da cooperação, da complementaridade, da convergência e da gratuitidade. Ser voluntário é ser útil, deliberadamente, sem esperar recompensas. O voluntário não é remunerado pelo exercício de voluntariado. Ser voluntário é, tantas vezes, uma bênção inesperada para quem beneficia e isto é a maior recompensa do seu trabalho e não qualquer valor material, pois não é a ambição, nem a busca de riqueza material ou notoriedade que move os voluntários. Eles são movidos pelo ideal de fazer bem, pela vontade de ajudar, pela procura de riqueza emocional e pela certeza de poderem dar um contributo para a construção de um futuro diferente e melhor, fazendo assim a diferença. O voluntário é um indivíduo que se compromete, de acordo com as suas aptidões, a desenvolver ações de voluntariado, no seu tempo livre, em prol das pessoas, sem olhar a quem para fazer o bem. Por isso é que são tantas as vezes que o voluntário deixa a sua família para socorrer alguém, para salvar desconhecidos, para proteger pessoas e patrimónios, para ajudar os mais carenciados, para estar ao serviço dos mais frágeis da sociedade. O voluntariado tem sido uma das formas mais eficazes para que seja colmatado o fraco investimento governamental em áreas como a ação social, ambiente, educação, saúde, desporto e lazer. E mesmo assim, o voluntariado tem sido tão maltratado, ou até mesmo enxovalhado por alguns poderes púbicos, mas também por muitos elementos da sociedade. São estes os verdadeiros voluntários que cumprem a missão de voluntariado, neste país onde são poucos os que se preocupam com o seu semelhante. Talvez por isso mesmo, não aparecem nas primeiras páginas dos jornais, nem merecem um louvor de certos políticos de pacotilha, que mais facilmente apresentam votos de louvor a "voluntários" que de voluntários pouco ou nada têm, a não ser receber voluntariamente verbas muitas vezes chorudas pelo seu serviço de "voluntariado". Um bem-haja aos verdadeiros e puros voluntários, que cumprem a nobre missão de voluntariado, ao serviço dos bombeiros, das misericórdias, das IPSS, das associações culturais, recreativas, desportivas e outras, sem nada receber em troca. Um sentido obrigado ao voluntariado que não é louvado, não é noticiado, nem é pago! moreira.da.silva@sapo.pt www.moreiradasilva.pt


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Procissão marcou festa do Divino Espírito Santo A procissão solene foi “o ponto alto” das festas em honra do Divino Espírito Santo, que se realizou de 18 a 21 de maio, em S. Mamede do Coronado. PATRÍCIA PEREIRA

O presidente da comissão de festas, Vasco Coelho, afirmou que a procissão envolveu “várias centenas de pessoas”, desde os andores, estandartes, grupos paroquiais, figurantes e os 27 jovens que celebraram a sua Profissão de Fé. Para Vasco Coelho, a procissão em honra do Divino Espírito Santo “é o orgulho da comunidade de S. Mamede do Coronado, tendo a comissão de festas conseguido “cativar todas estas pessoas a participar e daí que o balanço tenha sido um sucesso a todos os níveis”. A lém da vertente religiosa, onde não faltou a coroação das crianças, o programa estava “recheado” de momentos musicais, como a atuação do grupo “I Am

Dance”, o espetáculo JuntAmigo, um festival folclórico, os espetáculos Ricardo & Henrique e Johnny Abreu e sessões de fogo de artifício. Para a angariação de fundos, a comissão de festas promoveu diferentes iniciativas, mas Vasco Coelho destacou que “a maior fatia está nos donativos” da comunidade e particulares. O presidente da comissão, constituída por “15” pais dos jovens do 5.º ano da catequese, fez um balanço “extremamente positivo” destas festividades, que teve “uma adesão excecional”, quer à parte religiosa, como profana. “Este foi um ano em que a comunidade se envolveu e fez tudo para que as festas decorressem pelo melhor”, salientou. Já Rui Alves, pároco de S. Mamede do Coronado, deixou “uma palavra de agradecimento muito grande a todas as pessoas de S. Mamede que contribuíram e colaboraram para que mais uma vez se realizasse com tanto brio as festas do Divino Espírito San-

27 jovens celebraram profissão de fé to”, salientando “o trabalho e “sem dúvida, o momento maior e empenho da comissão de fes- mais visível da organização, do tas”, que lutou para que se tives- brio, da dedicação e empenho sem “umas festas com tanta hon- do povo de S. Mamede, que, mais uma vez, mostrou o quão bem ra e dignidade”. Para o pároco, a procissão foi, sabe organizar, rezar na praça

Profissão de Fé em dia de Nossa Senhora de Fátima

Jovens celebraram P rofissão de F é no dia 13 de maio A Paróquia de S. Romão do Coronado cumpriu a tradição de celebrar a Profissão de Fé no dia 13 de maio, dedicado à Nossa Senhora de Fátima. Neste dia realizou-se a missa em honra de Nossa Senhora de Fátima, com a celebração da Profissão de Fé de cerca 27 jovens. De tarde houve a procissão, com cerca de três quilómetros, no qual participaram a Fanfarra Particular de Gondomar, os estandartes da Paróquia, figurantes bíblicos e os jovens que cumpriram a Profissão de Fé, seguida do andor de Nossa Senhora de Fátima. A Associação Banda de Música de Moreira (Maia) animou este dia. P.P.

pública e mostrar a sua fé num contexto de procissão, como foi o caso”. “Enquanto pároco sinto-me de coração cheio ao ver uma comunidade tão envolvida”, frisou. pub


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Paróquia celebrou bodas matrimoniais

Bougadenses mantêm viva tradição do Espírito Santo Casais celebraram bodas na eucaristia das 11 horas, no domingo

A Paróquia de S. Martinho de Bougado celebrou as bodas de prata, ouro e diamante dos casais que, ao longo deste ano, completem 25, 50 ou 60 anos de matrimónio. PATRÍCIA PEREIRA/A.COSTA

A comemoração das bodas realizou-se na eucaristia das 11 horas de domingo, 20 de maio, na Igreja Nova, onde também se celebrou os dez anos de matrimónio. Luciano Lagoa, pároco de S. Martinho de Bougado, afirmou que esta é “sempre uma data muito importante para a comunidade”, sendo “uma ocasião para lembrar este projeto familiar que começou nas várias famílias e que é muito importante

para a sociedade”. “A sociedade célula familiar é um lugar fundanão vive sem família. Nós acre- mental de crescimento da própria ditamos que Deus está presente sociedade”. Para o pároco, “justifica-se cepara as famílias e as vai ajudando a levar por diante as suas ta- lebrar cada vez mais” estas datas, refas, a ultrapassar as dificulda- uma vez que “numa sociedade, des e, por isso mesmo, celebrar às vezes, estes valores são pos10, 25, 50 ou 60 anos de matrimó- tos em causa” e é preciso “mosnio é também celebrar esta união trar que a vida familiar não são e esta aliança de Deus com os es- só divórcios ou separações, mas posos e, ao mesmo tempo, dizer também são vidas conseguidas”. à sociedade de hoje que vale a “No meio das dificuldades, dos pena continuar a apostar nesta trabalhos, de lutas e de sacrifícios, que também é preciso farealidade familiar”, completou. Apesar de esta realidade ser zer, a vida da nossa sociedade é “muitas vezes posta em causa até feita também de casos conseguipelas gerações mais novas”, o dos de amor, dedicação, sacrifípadre Luciano Lagoa referiu que cio e de um projeto que vai sen“continua a valer a pena apostar do construído e concluído com na vida familiar, na realização base no amor que os casais têm dos desígnios de Deus ao nível da entre si e que também Deus tem família e numa sociedade onde a por eles”, concluiu.

Cinquenta dias após a Páscoa, os cristãos celebram a vinda do Espírito Santo sobre Maria e os apóstolos. Esta é uma tradição que ainda se mantém nos dias de hoje e na paróquia de S. Martinho de Bougado é assinalada na Capela de Nossa Senhora das Dores. A festa do Divino Espírito Santo é da responsabilidade da Comissão de Festas em honra do Divino Espírito Santo e Nossa Senhora das Dores, este ano a cargo da aldeia de Gandra. No domingo, 20 de maio, decorreu a eucaristia seguida da Coroação da Imagem do Espírito Santo. A família dá nove voltas à Capela e, em cada três, é coroada com a Imagem. Neste dia há ainda a tradição da feira da cereja. Além disso, assistiu-se à atuação da Orquestra Ritmos Ligeiros, no Parque de Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro. Jorge Silva, presidente da Comissão de Festas, fez um balanço “positivo” da festividade, apesar de se ter notado a presença de menos pessoas pela existência de “mais eventos ao mesmo tempo”. No entanto, enalteceu, “estava a decorrer a Feira do Livro que também trouxe muita gente ao parque”. A Comissão de Festas prepara já as próximas iniciativas e para a altura da ExpoTrofa, para a qual reservam algumas surpresas, está a ser organizado um Trail. O ExpoTrofa Trail Runner 2018 sai à estrada a 15 de julho. A prova inclui um trail curto e um longo e ainda uma caminhada. As inscrições abrem em breve e terão um valor simbólico, que reverte a favor das festas de Nossa Senhora das Dores. Para mais informações pode contactar a Comissão de Festas. L.O.

Eutanásia foi tema de debate em Santiago A poucos dias do Parlamento votar vários projetos de lei sobre a legalização da morte assistida, o grupo da Pastoral da Saúde e da Família de Santiago de Bougado promoveu um debate sobre a “Eutanásia: o que está em jogo?”.

paliativos do Hospital de São João, no Porto. Um inquérito desenvolvido pela Plataforma Pensar e Debater junto de 624 portugueses mostra que “75 por cento defende que deve ser dada primazia ao investimento nos cuidados paliativos e apenas 17 por cento elege a legalização da eutanásia como prioritária”. LILIANA OLIVEIRA Em Santiago de Bougado, as dúIntegrado nas comemorações vidas foram muitas e a noite foi esda Semana da Vida, a 19 de maio, clarecedora. Eduardo Carqueja, o salão paroquial de Santiago de cuja função passa por “acompaBougado quase lotou para ouvir nhar os doentes até ao fim”, conEduardo Carquejo, psicólogo clí- sidera estas “iniciativas muito lounico e doutorado em Bioética, e a váveis para que as pessoas fiquem enfermeira Cátia Ferreira, ambos esclarecidas e decidam bem”. “É membros da equipa de cuidados uma forma de poder ajudar as pes-

soas a terem uma melhor qualidade de vida”, afirmou. Francisco Lima da Pastoral da Saúde e da Família explicou que o objetivo da tertúlia era “sensibilizar” a população. “As pessoas interessam-se porque são coisas que passam por elas e que deixam marcas”, acrescentou. Bruno Ferreira, pároco de Santiago de Bougado, considera este tema “oportuno para ser debatido”. “O ponto de vista coincide muito com o ponto de vista cristão do entendimento da vida humana”, esclareceu o sacerdote, para quem “é bom haver tempo de diálogo, debate e esclarecimento”. I niciativa da Pastoral da Saúde e da Família encheu salão paroquial


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Workshop inspirou empresários a apoiar projetos sociais

João Mendes CRÓNICA

A Máquina da propaganda Parte VIII: Frete e Ajustes Directos No capítulo anterior deste conjunto de textos, que hoje chega ao seu oitavo capítulo, escrevi sobre o ajuste directo celebrado entre a CM da Trofa e a empresa Flexisílaba Publicações, Lda., uma empresa gerida por duas pessoas que, meses antes, tinham integrado a equipa de assessoria de comunicação da coligação PSD/ CDS-PP para as Autárquicas de 2013, bem como o staff do Correio da Trofa, jornal criado pelas tropas eleitorais de Sérgio Humberto. Uma empresa criada precisamente para comprar o Correio da Trofa, sem que nada de relevante na estrutura e na linha editorial do jornal mudasse. Porém, este não foi o único contrato por ajuste directo que assinado entre o executivo Sérgio Humberto e antigos funcionários do Correio da Trofa, eram eles ainda colaboradores do quinzenário caído em desgraça, mas que ainda respira, ligado às máquinas, no Facebook. Falo-vos do caso de Ana Soares, designer do Correio da Trofa desde a sua criação e escolha arbitrária do executivo camarário para tratar do design do Cinetrofa, um festival de cinema flop que serviu apenas para encher os bolsos de uns quantos amigos de pessoas no poder. Entretanto, no planeta encantado das coincidências por ajuste directo, surgiu no radar do executivo a empresa ANP SOARES, SOCIEDADE UNIPESSOAL, LDA, propriedade da mesma Ana Soares que trabalhou no Correio da Trofa e no Cinetrofa, e que, do nada, sem concurso publico como é apanágio da era Sérgio Humberto, conseguiu dois contratos com a autarquia, por ajuste directo, no espaço de 22 dias. O primeiro, com data de 20 de Novembro de 2014 e um valor de 26.304,00€ + IVA (32.353,92€), diz respeito à “Aquisição de serviços para a divulgação e publicidade de promoção de ações no âmbito da operação 4 – apoio e ação social, promoção de saúde e desporto”. O segundo, de 12 de Dezembro do mesmo ano, no valor de 27.400,00€ + IVA (33.702,00€), refere-se à “Aquisição de serviços de publicidade e divulgação do parque das azenhas (desdobrável informativo, livro fauna e flora, exposição permanente – água e biodiversidade, filmes – adultos e crianças, conceção e produção de outdoors)”. Em suma, o executivo camarário escolheu, sem concursos públicos ou margem para que outros designers trofenses ou empresas locais pudessem lutar por este serviço, uma pessoa que trabalhou na sua campanha eleitoral para lhe entregar, de mão beijada, dois serviços que totalizam 66.055,92€. Sim, é promiscuo. E só não vê quem não quer. Lembrem-se disto da próxima vez que ouvirem o autarca Sérgio Humberto em comícios a dizer que consigo as oportunidades serão para todos. Não são. Os seus amigos e colegas de partido continuam a ter mais oportunidades que os restantes. A factura dos ajustes directos para os amigalhaços do Correio da Trofa, considerando o ajuste directo à Flexisílaba e os dois ajustes directos com a empresa da designer do Correio da Trofa ascende assim a 90 mil euros. São 90 mil euros que saem dos cofres públicos, do dinheiro dos nossos impostos, para serem entregues, sem respeito por questões concorrenciais, a pessoas que ajudaram o executivo Sérgio Humberto a chegar ao poder. Porém, a factura total associada ao jornal do regime é bem maior, porque inclui anos de publicidade e outros serviços indirectamente a ele ligados, aos quais iremos no futuro. Não admira os fretes que o jornal fazia, quando ainda respirava em algumas bancas locais. Não admira que tenha sido usado por dirigentes do PSD para guerras pessoais, mentiras e enxovalhamento de pessoas incómodas, como aconteceu com um escrito cobarde e desonesto que a dirigente do PSD Maria Emília Cardoso me dedicou na edição do Correio da Trofa que antecedeu as Autárquicas de 2017. Lá chegaremos.

Responsabilidade social. Foi este o mote para o workshop “A Responsabilidade Social, a Sanimaia e a Escolinha de Rugby da Trofa… Quem resiste a apoiar este projeto?”, promovido pela AEBA – Associação Empresarial do Baixo Ave-, no âmbito do projeto Trofa 3G, a 14 de maio, nas instalações da Sanimaia. Helena Maia, CEO da Sanimaia, deu o seu testemunho aos “cerca de 20 participantes”, abordando o vínculo da empresa à Escolinha de Rugby da Trofa, que tem como objetivo “a representação e a defesa dos direitos dos jovens e das crianças na área da integração social”. “A ligação da Sanimaia a práticas de responsabilidade Social é algo que faz parte de nós, sempre tivemos ligação com diversas instituições, para além da Escolinha de Rugby da Trofa”, afirmou Helena Maia. No debate moderado pelo vice-presidente da AEBA, João Luís

L igação da Sanimaia à E scolinha de Rugby foi dada como exemplo de Sousa, Daniela Vieira e Ricardo Costa, fundadores da Escolinha de Rugby, falaram de dificuldades e benefícios do projeto para os atletas, famílias e comunidade. “Na Escolinha usamos a prática do Rugby e a sua conduta para promover a educação, a saúde e o desporto”, explicou Ri-

cardo Costa. O momento serviu de inspiração para que os “empresários presentes se juntassem no apoio a este projeto de caráter educativo e social, para que o mesmo possa crescer ainda mais e beneficiar mais famílias e a comunidade”, adiantou fonte da AEBA. L.O.

Caminhar pelas festas de S. Bartolomeu “Caminhar para ajudar” é o lema da primeira caminhada organizada pela comissão de festas de S. Bartolomeu, com o intuito de angariar verbas. A atividade está marcada para as 9 horas deste domingo, 27 de maio, com início na Capela de S. Bartolomeu, em S. Romão do Coronado. Com

uma distância de “oito quilómetros”, a caminhada vai percorrer as “ruas e vielas de S. Romão do Coronado”. Mas antes, há uma aula de aquecimento com Diana Azevedo. No final há ainda um almoço, que inclui um prato de feijoada, bebida e café. As inscrições devem ser feitas

na tasquinha da comissão de festas ou através do email sao.bartolomeu@outlook.com, onde deve indicar o nome, idade e se escolhe a opção caminhada ou caminhada e almoço. A inscrição na caminhada e almoço tem um custo de “oito euros”, mas se for apenas caminhar é de “três euros”. P.P.

Teatro para ajudar o Rancho a reparar o telhado da sede “Ricas Viúvas” é o nome da comédia que vai subir ao palco do Salão Paroquial de Alvarelhos, pelas 21 horas de 2 de junho. Os atores vêm de Gondim para uma peça de teatro de cariz solidário, uma vez que a verba angariada será para ajudar o Rancho Folclórico de Alvarelhos a reparar o “telhado da sede, que necessita urgentemente de obras”, disse ao jornal O Notícias da Trofa Emília Couto, da coletividade. As expectativas, adiantou, “são boas, embora ainda não tenha muita adesão do público”. Os bilhetes, com o custo de dois euros, podem ser adquiridos na sede do Rancho ou junto dos elemen-

tos da direção. Centrada em três personagens, a história desenrola-se num largo com um quadro da Ana Rosa, à porta da tasca da personagem falecida. O viúvo de Ana Rosa, Hilário, a empregada Tina e a sua filha Gabriela procuram o dinheiro que a viúva escondeu para subir

na vida. Hilário é disputado por várias viúvas da vila, que proporcionam momentos de diversão e muita alegria, demonstrando dois mundos: a comunidade portuguesa e a comunidade de etnia cigana. Característico do Teatro Popular, o fado marca várias cenas da história. L.O.


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O NOTÍCIAS DA TROFA 24 MAIO 2018

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Atualidade

Assalto à mão armada em S. Romão Inicialmente, assaltaram um posto de abastecimento e um supermercado em Paredes e, depois, seguiram para S. Romão do Coronado, onde roubaram ouro, prata e relógios na Ourivesaria da Estação. Grupo criminoso provocou o pânico quando surgiu de cara tapada e com armas de fogo. CÁTIA VELOSO/HERMANO MARTINS Já se perdeu a conta as vezes que a Ourivesaria da Estação, em S. Romão do Coronado, foi alvo dos amigos do alheio. A última aconteceu a 16 de maio, em plena luz do dia, e nem o facto de a esplanada da pastelaria ao lado estar cheia impediu que os ladrões consumassem o roubo. Cerca das 15.30 horas, o grupo de quatro indivíduos de cara tapada com máscaras e armados surgiu num Mini Cooper cinza metálico, que parou em frente à ourivesaria. Enquanto um ficou no carro, dois entraram na loja e outro ficou no exterior. O que ficou a vigiar ameaçou os clientes da pastelaria, que fugiram em pânico para o interior do estabelecimento. Já na ourivesaria, os ladrões, munidos de uma arma de fogo, abordaram os proprietários com violência, partindo a porta de vidro e as montras, levando conjuntos de prata e de ouro e uma quantidade indeterminada de relógios, cujo valor patrimonial é muito elevado. Segundo testemunhas, o assalto não terá demorado “mais de três minutos”. À saída, os ladrões depararam-se com um automóvel que parou em frente à pastelaria. Quem o conduzia era Fernando Soares, que estava a deixar o filho naquele local. “Eu vi o carro estacionado e um tipo cá fora com um extintor na mão, mas nunca pensei que era um assalto. Nisto, o tipo veio na nossa direção e gritou 'baza, baza' e mandou-me virar para o estacionamento da estação, mas eu que já tinha o carro desligado até deixei cair a chave ao chão, e então ele mandou com o pó do extintor para mim e para o meu filho e deu uma patada na porta do meu carro. Depois, correu para o carro e eles arrancaram”, contou ao NT e à TrofaTv. O ladrão terá lançado o pó quando se apercebeu que o filho de Fernando, Pedro Soares, tentou sair do carro. O jovem foi uma das pessoas que foram assistidas, no local, pelos Bombeiros Voluntários da Trofa devido ao pó que lhe entrou nos olhos. A dona da ourivesaria e a da garrafeira ao lado também receberam assistência.

LILIANA OLIVEIRA

Segundo nota publicada no site da Procuradoria-Geral Distrital do Porto, a 17 de maio, entre 2006 e 2012, seis dos arguidos “implementaram um esquema de aquisição de resíduos metálicos de proveniência ilícita, nomeadamente cobre, ferro, aço, inox e alumínio”, a pretexto da “exploração de uma sucata, na Trofa, sob a forma de sociedade comercial, esta também arguida”. O esquema era sustentado por

L iterária mente César Alves

O Egoísmo Bom

A ssalto foi perpetrado em plena luz do dia A Polícia Judiciária (PJ) esteve no local a recolher indícios do assalto e a interrogar as testemunhas. O sistema de videovigilância registou o assalto e poderá ser um elemento de prova importante para a investigação. As autoridades colocam em hipótese que o grupo que assaltou em S. Romão seja o mesmo que horas antes tinha assaltado um posto de abastecimento em Paredes.

GNR da Trofa obrigada a solicitar apoio de Alfena Segundo testemunhas, a Guarda Nacional Republicana demorou cerca de meia hora a chegar ao local após o alerta. Ao que o NT apurou, os militares do posto da Trofa estavam noutra ação, pelo que houve necessidade de solicitar apoio ao posto de Alfena. Atualmente, o posto da GNR da Trofa conta com 29 elementos, estando ao serviço efetivo 25 militares. Outrora, o posto chegou a ter 38. Tem sido recorrente ver militares de outros postos a prestar apoio ao posto da Trofa, como aconteceu no corte da rua da Ribeira, em Santiago de Bougado, a 23 de abril, quando houve uma fuga de gás.

Acusados furtaram material e usaram sucata na Trofa Dezoito arguidos foram acusados pelo Ministério Público pelos crimes de associação criminosa, burla, recetação, furto qualificado e descaminho e detenção ilegal de arma. Parte dos indivíduos usavam uma sucata na Trofa para “um esquema de aquisição de resíduos metálicos de proveniência ilícita”.

Crónica

materiais obtidos de “modo ilícito”, nomeadamente “veículos automóveis -que eram desmantelados-, tampas de saneamento, cobre e material ferroso de caminhos de ferro, levados para a sucata, usando os serviços de uma transportadora, sociedade comercial também explorada pelos arguidos e também acusada”. Outros sete arguidos, do mesmo ramo, exploravam uma sucata em Vila Nova de Famalicão, sob forma de sociedade comercial, também arguida, e obtinham “materiais metálicos de modo ilícito, encaminhando-os para a da Trofa”. Os 18 arguidos, três dos quais pessoas coletivas, foram acusados pelo MP no Departamento de Investigação e Ação Penal da Comarca do Porto, a 30 de abril deste ano. No total, 16 responderam pelo crime de associação criminosa, sete de burla qualificada, 13 de recetação, dois por furto qualificado e um por descaminho e detenção ilegal de arma.

Se na semana passada falei dos defeitos do egoísmo, sobretudo naquilo que é a vida das relações humanas, esta semana apraz-me louvar-lhe os méritos pois, como tudo na vida, assim acredito, o equilíbrio é o conceito fundamental a partir do qual devemos ver o mundo. Há uma questão interessante e permanente a levantar sobre aquilo que são as nossas vidas individuais: é que são nossas. E isto parece um dado adquirido e irrelevante mas que, se formos analisar a fundo, não o é. E não o é porque permitimos vezes sem conta que outras pessoas e outras situações que são extra às nossas vidas, interfiram com aquilo que é o nosso curso natural. Todos nós já passamos por uma situação dessas. Seja na vida profissional, em que grande parte dos casos nos obriga a prestarmos satisfações a alguém, vivendo em função de decisões tomadas por outrem na procura por uma recompensação (financeira) que transmite uma sensação ilusória de controlo, seja na vida pessoal, em que várias vezes nos vemos impelidos a viver em função de uma outra pessoa, seja de um parceiro, de um amigo, ou dos próprios pais. A questão mais flagrante, porque mais comum, será talvez a da escolha do percurso universitário a um aluno acabado de sair do ensino secundário. Muitas vezes, este percurso é decidido pelos pais, pois estes, sem qualquer tipo de maldade, pensam saber melhor que os próprios filhos qual o rumo que a vida destes deve tomar. Esta ideia poderá ter algumas virtudes teóricas, mas na prática, não funciona. Porque a culpa de todos os percalços que esse percurso apresentar, será imputada, mesmo que de forma inconsciente, aos verdadeiros decisores, que foram os pais. Ou seja, existirá, não só, uma desresponsabilização por parte do filho, como também uma eterna frustração, se for o caso, por não ter podido escolher o seu próprio caminho. A pressão exterior é uma situação normal do nosso quotidiano, pois vemos vezes sem conta as pessoas a tomarem comportamentos de manada, seguindo o carreiro de todos os outros, só para não se sentirem de parte, diferentes, ou motivo de conversa por parte do resto da manada. Esta pressão social está presente em todos os nossos dias e, quando acordamos para esta situação e começamos a perceber que, realmente, a nossa vida deixou de ser nossa, algures pelo caminho, ficamos com uma sensação de frustração. E vivemos um clima pessoalmente pesado, pois na fase de transição, se queremos ter a liberdade de decidir e escolher, a verdade é que continuamos a trazer connosco aquilo que foi a norma de toda a nossa vida. Nessa altura, é importante respeitar aquilo que sentimos. Trazermos a nossa vida novamente até nós, fazer dela nossa novamente. Ou seja, tomar as rédeas do nosso caminho e não deixar que as opiniões dos outros nos possam influenciar, pelo menos de forma negativa. Teremos sempre de conviver com os outros e procurar aconselhamento naqueles aos quais reconhecemos maior competência é uma ferramenta que devemos procurar nunca perder. No entanto, devemos sempre ser senhores das nossas decisões, e ter a coragem e consciência de seguir os caminhos que entendemos serem os nossos, assumindo as suas virtudes e as suas consequências. É aí que o egoísmo é bom. Literariamente, estamos conversados.


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Violador persegue e ameaça vítima Em meados de 2017, uma jovem de 17 anos, a residir com familiares no Porto, terá sido violada por um vizinho. Depois de apresentar queixa, a vítima mudou-se com a família para Santiago de Bougado e, recentemente, foi novamente importunada pelo violador, que descobriu a nova residência da jovem. Segundo a queixa que foi apresentada no posto da GNR da Trofa, o indivíduo perseguia e ameaçava a jovem e os familiares. As autoridades estão a investigar o caso. C.V./H.M.

Entram em habitação e furtam ouro e moedas de coleção Os larápios terão entrado por uma porta que, alegadamente, estaria aberta. Já no interior da residência, aproveitaram a ausência dos proprietários para aceder a cofres que existiam numa das divisões e apropriar-se de diversas peças em ouro e moedas de coleção. O furto ocorreu na Rua 16 de Maio, em Santiago de Bougado, na noite de 14 para 15 de maio. Momentos depois, militares da Guarda Nacional Republicana identificaram quatro indivíduos, que estavam nas proximidades da moradia, mas não conseguiram confirmar se se tratavam dos autores do crime. A investigação prossegue. A GNR registou outro furto, de baterias de um veículo pesado de mercadorias, que ocorreu na noite de 19 de maio. A viatura estava estacionada na Travessa das Indústrias, em Santiago de Bougado. Já em S. Mamede do Coronado, as autoridades foram alertadas para um furto de um ciclomotor, que estava estacionado na garagem de uma residência. O crime ocorreu na noite de 17 para 18 de maio. C.V.

Mulher ferida após roubo por esticão O caso aconteceu ao início da noite de terça-feira, 22 de maio. Uma mulher de 78 anos encontrava-se na Travessa de Santo António, em S. Mamede do Coronado, quando foi vítima de roubo por esticão. O larápio arrancou-lhe um cordão de ouro, que fez com que a vítima caísse no chão. A mulher, que sofreu ferimentos no pescoço e no corpo, necessitou de ser assistida pelos Bombeiros Voluntários da Trofa, sendo posteriormente transportada para a unidade de Vila Nova de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave. A GNR da Trofa tomou conta da ocorrência. C.V./H.M.

Ecopontos arderam em duas freguesias na mesma noite Cerca das 23.30 horas de terça-feira, 22 de maio, os Bombeiros Voluntários da Trofa foram chamados para apagar as chamas que deflagraram nos ecopontos junto ao Intermarché, na Rua das Indústrias, em Bougado. Vinte minutos depois, os soldados da paz, que ainda estavam a terminar as operações de rescaldo, foram acionados para um novo incêndio em ecopontos, na Rua da Bela Vista, em S. Mamede do Coronado. No combate às chamas estiveram três elementos da corporação, apoiados por uma viatura. C.V./H.M.

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Polícia

Ameaçada através de fotos íntimas que partilharam no Facebook À Guarda Nacional Republicana da Trofa chegou a denúncia de uma jovem de 17 anos que está a ser ameaçada por desconhecidos, através de uma conta falsa de Facebook, que contém fotografias suas nua. Segundo a queixa, a rapariga terá enviado fotos íntimas para o namorado, que terão sido intercetadas por terceiros, que criaram um perfil falso naquela rede social, contendo essas imagens. Através de mensagem por esse perfil, a rapariga foi ameaçada de que se não enviasse mais fotografias, outras seriam tornadas públicas. A GNR da Trofa tomou conta da ocorrência e o caso passou para a alçada da Polícia Judiciária, que investiga o crime de devassa da vida privada por meio informático e divulgação ilícita de imagens.

Jovem foi ameaçada através de fotografias íntimas

jovens vítimas de partilhas de fo- através da explicação “das consetografias, vídeos ou mensagens quências do sexting, incentivande texto de índole íntima, que pu- do-os a pensar e a analisar cada seram em causa a sua reputação. elemento que publicam na InterPara evitar ser apanhado nes- net ou que enviam através de disSexting ta “teia” criminosa, que se apro- positivos móveis”. A GNR aconselha ainda a “não pria de fotografias comprometeComo este caso existem muitos doras ou dados pessoais, a GNR partilhar as passwords de acesso outros por todo o mundo. Com a aconselha cuidados redobrados. com ninguém”, adotando também banalização da internet, os riscos “Após partilhar uma fotografia, fil- “o hábito de as alterar regularmeninerentes à reserva de dados pri- me ou qualquer conteúdo na in- te”. “Tenha cuidado com as inforvados nos aparelhos informáticos ternet, não controla quem a vê e o mações pessoais que publica na aumentaram exponencialmente. que cada pessoa pode fazer com Internet, ou com quem as partiAo longo do tempo, o termo ela”, alerta a autoridade, que tam- lha. Lembre-se que podem exis“sexting” foi-se banalizando pelo bém destaca o papel importante tir pessoas mal-intencionadas”, aumento do número de casos de dos pais na segurança dos filhos, alerta ainda a Guarda. C.V./H.M.

Homem suspeito de atropelar propositadamente ficou preso Um alegado desentendimento luntários da Trofa e apresentava no trânsito estará na origem de fratura na bacia. O homem acabou um atropelamento ocorrido a 27 por ser transportado para a unidade abril, em S. Romão do Coro- de de Vila Nova de Famalicão do nado. O caso ocorreu cerca das Centro Hospitalar do Médio Ave, 12.30 horas na Avenida Luís de tendo sido posteriormente transfeCamões e, segundo a Polícia Ju- rido para o Hospital de S. João, no diciária (PJ), que deteve o alega- Porto. Segundo a PJ, encontra-se, do agressor, “aproveitando o fac- desde então, em estado de coma. to de o ofendido ter saído da sua O homem ferido é morador na viatura, o suspeito terá dirigido Póvoa de Varzim e naquele dia esintencionalmente o seu veículo taria de visita aos pais, residentes na direção daquele, atingindo-o em S. Romão do Coronado. com gravidade e colocando-se O suposto agressor, de 34 anos, de imediato em fuga”. O suspei- de Santo Tirso, é feirante e foi deto ficou preso preventivamente, tido pelo crime de homicídio na depois de interrogatório judicial. forma tentada. Segundo a PJ, tem A vítima, um homem de 29 anos, “antecedentes criminais pela prátifoi assistida pelos Bombeiros Vo- ca de crimes de ofensas à integri-

dade física qualificada e de resistência e coação sobre funcionário”. Aquando do atropelamento, a Guarda Nacional Republicana da Trofa esteve no local a registar a ocorrência, mas o caso passou para a alçada da PJ por se tratar de uma tentativa de homicídio. C.V./H.M.

A VÍTIMA Nuno Rodrigues, de 29 anos, está em coma induzido desde o final de abril e segundo a PJ ainda corre perigo de vida. O homem foi pai de um menino, no dia 12 de maio.


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Bombeiros salvam mulher no Rio Ave Os Bombeiros Voluntários da Trofa salvaram uma mulher de 56 anos, que se atirou ao Rio Ave, no lugar da Barca, em S. Martinho de Bougado. PATRÍCIA PEREIRA

Tudo aconteceu ao final da tarde de terça-feira, 22 de maio. Ao que o NT apurou no local, a mulher ter-se-á atirado ao rio quando estava junto ao vigilante do Parque das Azenhas, que contactou de imediato a Polícia Municipal da Trofa, que, por sua vez, accionou os meios de socorro. Carlos Cadilhe, oficial dos Bombeiros Voluntários da Trofa, declarou que recebeu o alerta para “um afogamento no Rio Ave” pelas “17.50” horas. Quando chegaram ao local, encontraram uma mulher “a flutuar e com sinais de vida”. “Procedemos à retirada da vítima do rio e depois estabelecemos os primeiros cuidados pré-hospitalares dentro da ambulância, onde foi considerada um ferido grave”, completou.

A vítima, com sinais de “hipotermia pelo tempo exposto na água”, foi transportada para o Hospital de S. João, no Porto, com o acompanhamento da viatura médica de emergência e reanimação (VMER) desta unidade hospitalar. Carlos Cadilhe referiu que “as principais dificuldades” deste socorro foram “a nível de acesso”, pois, apesar de existir “alguns pontos de fácil acesso para chegar junto ao rio”, foi “um bocadinho complicado” chegar ao “ponto” onde a senhora estava. A prestar socorro estiveram “um total de 18 operacionais”, apoiados por três veículos dos Bombeiros da Trofa, a equipa do Suporte Imediato de Vida da unidade de Santo Tirso do Centro Hospitalar do Médio Ave e a VMER do Hospital de S. João. Paulo Gomes foi o bombeiro que salvou a mulher A mulher, natural de Santiago de Bougado, foi salva por um bombeiro da corporação da Tro-

Salvamento aconteceu na tarde de terça-feira

Paulo Gomes entrou no rio

fa. Paulo Gomes foi o primeiro a entrar dentro de água e, com recurso a uma boia, nadou “contra a corrente” para conseguir “apanhar a mulher” e tirá-la do Rio Ave. O soldado da paz afirmou que “as dificuldades foram bastantes”, uma vez que a vítima “estava con-

tra a corrente”. “Em 29 anos de bombeiro, é a primeira vez que faço um serviço onde tenho um salvamento aquático. Nós é que temos que fazer isto e estamos todos de parabéns”, declarou. Vídeo em www.trofa.tv

Incêndio florestal em zona industrial Um incêndio florestal deflagrou na Rua Entre Linhas, em Santiago de Bougado, próximo de uma zona industrial. O alerta aos Bombeiros Voluntários da Trofa foi dado cerca das 12.40 horas desta segunda-feira, 21 de maio, tendo sido mobilizado para o local um veículo

19 bombeiros no combate às chamas em Santiago de Bougado florestal de combate a incêndios. À chegada ao local, a equipa “verificou que tinha bastante vento e havia algumas projeções”. Carlos Cadilhe, oficial dos Bombeiros Voluntários da Trofa, referiu que, por “causa das empresas” que estavam “à volta”, foi solicitado “um veículo de combate a incêndios urbanos” e um veículo tanque com grande capacidade da corporação trofense, um veículo florestal de combate a incêndios dos Bombeiros de Santo Tirso e um meio aéreo, que fez “algumas descargas”. O oficial dos Bombeiros da Trofa garantiu que “as empresas nunca estiveram em causa, porque

também há bons acessos e caminhos, onde colocaram os veículos para iniciar o combate e rapidamente fizeram a extinção do incêndio”. “No espaço de 30 minutos conseguimos extinguir o incêndio”, completou. Já cerca das 17.10 horas, houve um novo alerta para um incêndio florestal, mas no lugar de Abelheira, em S. Martinho de Bougado, no final da Rua Dom João IV. Dez bombeiros, apoiados por dois veículos e um meio aéreo, estiveram no combate ao incêndio, que foi dado como extinto por volta das 21 horas. P.P.


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Empresa de aluguer de automóveis premium aposta na venda de usados

Carfast inaugura novas instalações O crescimento traz novas metas e desafios e na Carfast a inauguração de novas instalações foi o resultado de um negócio que merece a confiança dos clientes e que frutifica com o sucesso de novos serviços. Agora instalada na Rua das Indústrias, face à Estrada Nacional 14, a Carfast, empresa trofense de aluguer de automóveis premium, espera dar mais conforto a quem

a procura e mais visibilidade aos novos serviços. “Apostamos na venda dos usados, que é um negócio que tem vindo a crescer dentro da Carfast, uma vez que as pessoas podem adquirir viaturas muito recentes a preços mais competitivos, com um histórico conhecido e com garantias de marca. Temos para venda viaturas desde os seis meses até aos cinco anos, no máximo”, explicou o gerente André Coroa. O know-how adquirido pela equipa da Carfast ao longo do E mpresa está agora instalada na Rua das I ndústrias, face à E strada Nacional 14 tempo permitiu juntar uma rede de parceiros que contribuem para que a empresa se destaque no mercado. Do lado dos parceiros, há o reconhecimento de um serviço ímpar, como referiu Ricardo Ramos. O diretor comercial da Gamobar Pegeout destacou “a proximidade da empresa com os clientes, a facilidade de relacionamento e o cumprimento dos serviços que presta”.

Já Mário Silva, da Renault Caetano Fórmula, referiu-se à “credibilidade” de que a Carfast goza graças à relação de confiança que construiu com os clientes. Por isso, a relação comercial com a empresa “tem sido bastante positiva”, sustentou. O atendimento personalizado ao cliente é uma das “pedras de toque” da Carfast, que não descura igualmente a qualidade das

viaturas a alugar, tanto nos “segmentos” em que estão inseridas, como no nível de equipamentos integrados, do mais recente que existe no mercado. “Damos preferência a viaturas mais recentes e com maior nível de conforto”, asseverou André Coroa. Inserida na estratégia de crescimento da Carfast está a inauguração, para breve, de um novo espaço de venda própria na Maia.


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Reportagem

Os anjos de farda Estão presentes nos momentos mais delicados da vida humana. Estão presentes no nascimento, na doença, na prevenção, na cura, na morte. São anjos vestidos de farda, que têm uma das profissões mais nobres. Apesar das dificuldades do setor, dos turnos extenuantes e dos cenários complexos, estes profissionais nunca viram as costas ao doente e têm sempre uma palavra, um sorriso e um abraço para dar. O NT conta um pouco da história de cinco enfermeiros que, em Portugal ou no estrangeiro, tentam dignificar a classe que representam. CÁTIA VELOSO Pedro Leal

Márcia Azevedo

“Não há ordenado que pague um ‘obrigado’” A enfermeira que canta para os doentes

Trabalhou debaixo de neve e gelo e no “inferno” dos incêndios. Já foi ao mar resgatar uma vítima a bordo de um cargueiro e já subiu a uma grua, porque o manobrador enfartou. Está “onde ninguém quer estar” e vê “o que ninguém quer ver”. Mas a paixão pela emergência extra-hospitalar faz Pedro Leal aceitar o risco e as dificuldades inerentes a quem veste a farda do INEM. Trofense de gema, este enfermeiro que começou por estudar Ciências Farmacêuticas percebeu que o seu lugar era junto do doente, a ajudá-lo. A confirmação da vocação surgiu na primeira hora que cumpriu no estágio de observação na Viatura Médica de Emergência e Reanimação do Hospital de S. João. “Aquela hora mudou radicalmente a minha vida. Foi ali que decidi que o meu futuro teria, inevitavelmente, que passar pela farda INEM”, contou ao NT. Hoje, passada mais de uma década e a integrar atualmente a equipa de Suporte Imediato de Vida (SIV) de Vila do Conde, garante que continua a viver este trabalho “com o mesmo amor e entrega daquela primeira hora”. Pedro Leal encontrou no INEM tudo o que procurava, “ausência de rotina, um misto de emoção e adrenalina, mas acima de tudo poder fazer realmente a diferença na vida das pessoas”. E porque os enfermeiros nesta condição estão presentes “nos momentos mais delicados da vida das pessoas”, é necessário “estofo” emocional para enfrentar “cenários muitas vezes traumáticos e cuja gestão não é fácil”. Para isso, conta Pedro, há “formação” para responder à “exigência” psicológica, mas também, “e não menos importante”, aguentar com o “desgate físico e o risco elevado de lesões”. Às formações periódicas e recertificações obrigatórias, Pedro Leal, que cumpriu pós-graduação e mestrado na área da emergência e doente crítico, acrescenta diversos diplomas: “Curso de Triagem CODU, Suporte Básico de Vida, Desfibrilhação Automática Externa, Tripulante de Ambulância de Socorro, Condução em Marcha de Emergência, Suporte Imediato de Vida, Suporte Avançado de Vida, Trauma/Desencarceramento”. “Em contexto de serviço, temos formação contínua em Unidade de Cuidados Intensivos, Sala de Emergência, Bloco de Partos e, brevemente, Pediatria, já que no âmbito da nossa missão atendemos desde o utente recém-nascido até ao adulto”, explicou. Toda esta preparação contribui para que um enfermeiro que encontra situações muitas vezes difíceis de enfrentar, consiga atuar com eficiência e distanciamento emocional. E se, no momento, os sentimentos não podem ser extravasados, fora do serviço há que “descarregar” o peso das emoções. “Esta catarse pode, deve e tem de ser feita. Normalmente é feita dentro da equipa e, verdade seja dita, estamos inseridos numa verdadeira família – os nossos colegas - que nunca desi-

ludem e estão sempre presentes. E é dentro desta família que se conversa, que se chora, que se ri e que se ganha força para a próxima vez que o telefone toque”, explicou Pedro Leal, que admitiu que, apesar de não conseguir dissociar completamente a vida profissional da vida pessoal, os momentos em família, com amigos ou na solidão são “essenciais”. E se em cada cenário, houver um “obrigado”, o enfermeiro garante que todo o esforço compensará: “Não há ordenado que pague esta palavra e em tom de confidência admito que são os muitos 'obrigados' pelo caminho que me fazem querer ficar nesta missão muitos mais anos”. São já muitas as experiências que Pedro Leal viveu com a farda do INEM e que tem anotadas para, quem sabe, um dia na reforma publicar um livro de memórias. Desse levantamento, soma ocorrências “atípicas ou marcantes”, relatando o que existe “de melhor”, como “os partos, um louvor da PSP e da Marinha/ISN e uma caixa de leitão entregue na base por um senhor que nesse mesmo ano tinha entrado em paragem cardiorrespiratória e que foi revertida”, e “de pior”, como “a morte de crianças, os bombeiros queimados nos incêndios, a chegada a ocorrências multivítimas onde ainda não chegou ninguém, a ida ao mar em pleno alerta vermelho de tempestade e os agentes da autoridade baleados num assalto numa noite no Porto”. Este livro, garante, “será o derradeiro exercício de catarse”.

Ficou mais conhecida quando decidiu subir ao palco do Got Talent Portugal e mostrar o talento no canto lírico. Mas não é da música que Márcia Azevedo vive. Esta trofense, radicada na Suiça há cerca de três anos, é enfermeira e neste país conheceu condições que os profissionais nesta área “não encontram em Portugal”. Por isso mesmo, duvida que consiga manter-se nesta área profissional se voltar a casa, um cenário em equação. Cá dentro, Márcia só adquiriu experiência “durante os estágios universitários”, mas teve oportunidade de experimentar “quase todas as áreas”, como “obstetrícia, pediatria, psiquiatria e medicina”. “O estágio de integração à vida profissional foi o mais longo, cerca de seis meses e foi num bloco operatório”, contou. Com o sonho de ser cantora sempre presente, Márcia equacionou não seguir a área da enfermagem – e cancelou a viagem para a Alemanha quando conseguiu ingressar na licenciatura em canto, mas a vida trocou-lhe as voltas. “Entretanto, conheci o meu marido que emigrou para a Suíça. Decidi ir apenas por um mês para fazer um curso intensivo de alemão e surgiu a oportunidade de trabalhar numa clínica e fazer o curso de alemão ao mesmo tempo e fui ficando. Fui muito bem recebida e os enfermeiros portugueses são muito valorizados”, frisou. Durante três anos, a jovem trofense trabalhou numa clínica privada com serviços de geriatria, demência e psiquiatria,sendo esta a área onde esteve integrada. Nesta clínica, Márcia conciliava a enfermagem com a paixão pela música, através de um projeto no qual cantava com os pacientes músicas pop/rock dos anos 70 e 80. “Foi muito gratificante e cheguei a fazer um concerto com eles”, lembrou. Atualmente, está a trabalhar numa clínica de psiquiatria e de geriatria, num serviço mais focado nos cuidados paliativos, mas também aqui viu uma porta aberta para o desenvolvimento de um projeto musical. “Felizmente estou na Suíça que é um país que valoriza imenso a cultura e também tenho a sorte de até agora ter tido chefes de serviço muito compreensivas e que me facilitam os horários para poder conciliar com os horários da ópera”, contou. Da área profissional em que se formou, Márcia retira várias experiências positivas, principalmente através de “todo o contexto empático” que desenvolve com as pessoas que cuida. De todo o tipo de serviço associado a um enfermeiro, a jovem destaca “o acompanhamento das atividades de vida diária”, uma vez que “a grande maioria” dos doentes “perderam a capacidade de tomada de decisão”. O regresso a Portugal não está fora de hipótese, até porque a distância é o obstáculo mais difícil de gerir. “Gostaria muito de voltar a Portugal, até porque na Suíça sou apenas eu e o meu marido e também toda a minha educação tem por base a valorização da família e eu sinto falta da minha”, admitiu. Mas com o regresso, confessou, a realidade profissional pode mudar radicalmente: “Não sei se voltaria para trabalhar como enfermeira. Na Suíça, as condições são extraordinárias e não sei se seria capaz de me sujeitar às condições que muitos enfermeiros em Portugal estão sujeitos”.


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24 MAIO 2018 O NOTÍCIAS DA TROFA

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Reportagem Senhor Enfermeiro, ao domicílio! Se um dia passa r por u m automóvel branco, com um estetoscópio em forma de coração desenhado, saiba que a oc upá -lo e stá Paulo Martins, um en fermei ro q ue pe r a nte a s d i f i cu ld ades de a rra nja r tra ba l ho, d e c id iu c r i a r o próprio emprego. Foi há quatro anos que o trofense implementou um projeto diferenciado no concelho, com enfermagem ao domicílio. Por isso, é normal vê-lo pelas estradas do concelho enquanto cumpre a jornada de visita aos pacientes. Esta foi a resposta que Paulo Martins deu à falta de oferta na área da enfermagem. Ir para o estrangeiro nunca esteve em equação, por isso teve de “arregaçar as mangas”. “Decidi fazer um estudo de mercado para perceber as lacunas que poderia colmatar com este projeto. Ao longo do tempo, fui percebendo que seria uma área com margem para investir, levando um novo serviço particular e individualizado à população”, explicou em entrevista ao NT. E se dúvidas tivesse da profissão que tinha escolhido, Paulo Martins dissipou-as logo que começou esta aventura: “Tem sido uma experiência fantástica. Sinto todos os dias que foi para isto que nasci. Exercer enfermagem como aprendi, ou seja, cada Pessoa é única, cada tratamento é diferente e cada dia é diferente. Mas, acima de tudo, o que consegui descobrir é que grande parte das famílias precisam de um 'ombro amigo' com quem desabafar e pedir ajuda”. Mas para concretizar este projeto, Paulo Martins teve de cumprir alguns procedimentos legais para obter da Ordem dos Enfermeiros a devida autorização para exercer a profissão nestes moldes. Em casa dos pacientes, Paulo Martins oferece diversos serviços, como tratamentos de reabilitação pós-AVC (Acidente Vascular Cerebral), a doentes com patologia de Parkinson ou Alzheimer e outras demências, ou a pessoas com prótese na anca e no joelho. Aplica exercícios para melhorar a função do aparelho respiratório e cumpre os procedimentos mais indiferenciados, como aplicação de injetáveis, tratamento de feridas e colheitas de sangue para análise. Os frutos materializam-se nas solicitações cada vez mais numerosas. Com a aceitação, o futuro começa a ser traçado com mais ambição e Paulo Martins já coloca a hipótese de, além da Trofa, estender o serviço a concelhos vizinhos. Mas Paulo Martins não descansa à sombra do sucesso. Desde que se licenciou, na Escola Superior de Saúde do Vale do Ave, Vila Nova de Famalicão, que tem somado especializações e formações. Além de ser especialista em enfermagem de reabilitação (pela Universidade do Minho), o enfermeiro é ainda graduado em reabilitação no futebol pela Federação Portuguesa de Futebol, através da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e exerce atualmente no Clube Desportivo Trofense. Também é formador na área da saúde e, atualmente, presta serviço no Instituto de Emprego e Formação Profissional de Braga. Desde criança que Paulo desejou ser enfermeiro. Conta que quando dizia aos pais desta vontade “ainda nem sabia o que efetivamente um enfermeiro fazia”, porque, além das “picas” e curativos, quem tem esta profissão tem que ser muito mais que um expert em procedimentos técnicos. “É preciso ser-se um 'ser humano' de excelência. Afeto, compreensão e diálogo são algumas das atitudes que um enfermeiro deve 'aplicar' a cada pessoa de forma única e individual. A enfermagem é uma arte, é uma vocação”, defendeu.

Ir e voltar para ter emprego e ser bombeiro Há quatro anos, Marco Silva tomou a decisão “difícil” de emigrar. Viajou para Inglaterra para conseguir exercer enfermagem, área em que se formou, mas que em Portugal não conseguiu adquirir experiência. Até voar para Inglaterra, o jovem, atualmente com 27 anos, trabalhou numa empresa de sistemas de extinção de incêndios, numa pastelaria e numa serralharia. A única proposta na área de enfermagem não lhe pareceu “justa”. “Queriam que fosse responsável clínico de um lar, a receber o salário mínimo nacional”, contou. Sem soluções, Marco decidiu pela emigração, chegando a um país “em que mal conseguia ter uma conversa informal, quando mais um diálogo técnico”. Mas tudo se consegue e a adaptação foi acontecendo “com o suporte” dos superiores hierárquicos. E o crescimento foi tal que, atualmente, Marco Silva é “chefe de turno” no serviço de urgência do Luton and Dunstable University Hospital. “Sou também responsável por gerir a equipa de enfermagem e coordenar o funcionamento do serviço de urgência na maioria dor meus turnos”, explicou. A ligação com Portugal, porém, manteve-se forte, já que durante algum tempo regressava “de dois em dois meses” para conseguir cumprir o número de horas obrigatórias de voluntário nos Bombeiros Voluntários da Trofa. “Muitos diziam que era impossível, tentei provar o contrário e por algum tempo consegui com a ajuda e flexibilidade do comandante dos bombeiros na altura, basicamente mais de metade do tempo das minha férias era passado no quartel de forma a atingir as horas mínimas e assim fui conseguindo, aliás superei por muito o número mínimo de horas”, relatou. Com prejuízo no convívio com família e amigos, Marco foi conseguindo levar este ritmo de vida até a na-

morada decidir ir viver com ele em Inglaterra. “Optamos por viajar pelo mundo e, agora, vamos mais ou menos a cada três meses. Este facto fez com que não conseguisse atingir o número mínimo de horas de formação e passasse ao quadro de reserva onde me encontro agora”, explicou. Ora, o esforço que Marco fez é prova mais do que suficiente do amor que sente por vestir a farda de bombeiro. “Não abdiquei dos meus amigos, da minha namorada ou da minha família, porque iria abdicar da paixão de ajudar os outros e daquilo que me faz sentir vivo e importante na sociedade?”, atira, para logo depois explicar, com lamento, que se vai manter no quadro reserva para conseguir “ter uma vida mais estável com a noiva”. Marco Silva sente-se vivo a ajudar e o cenário de urgência é aquele que melhor encaixa nas preferências. “Quem sabe um dia vou um pouco mais longe e chego a trabalhar como enfermeiro de pré-hospitalar numa equipa helitransportada?”, vaticina.

“Muitas vezes fui para casa a chorar” Há empregos e empregos. E o de Ana Paula Figueiredo será um dos mais complexos que existem. Enfermeira no Instituto Português de Oncologia (IPO), com especialidade em psiquiatria, a trofense trabalha nesta área da medicina “há 21 anos” e, apesar de já ter experimentado muitos serviços, por lá quer continuar até à reforma. “Estou no serviço de internamento, onde se fazem as quimioterapias mais longas, que podem durar dias, ou se recebe os doentes que têm recaídas ou fazem reações adversas a tratamentos ou que estão em fase terminal, a aguardar pelos cuidados paliativos”, contou. A explicação dá uma ideia do que é o dia a dia do serviço onde Ana Paula trabalha. Do que mais gosta, diz, é de “conseguir tirar a dor” ao doente, através da administração de medicação. No reverso da medalha está, como se antevê, a ineficácia dos fármacos ou do agravamento do estado de saúde de um paciente. Para esses dias, Ana Paula recorre aos mecanismos que foi assimilando para conseguir o controlo emocional. “Às vezes dizem-me assim ‘ó Paula, tu estás habituada, estás habituada a que morram, estás habituada a que sofram’, mas isso não é verdade. Se assim fosse, não éramos sensíveis e os enfermeiros têm de ter sensibilidade”, referiu, sem deixar de admitir que já chorou “muitas vezes”, no regresso a casa. “O meu marido também é enfermeiro e, às vezes, falamos do nosso dia. Damos por nós a ficar felizes pela melhorias dos doentes do outro. A partilha de experiências com os colegas, afirmou, é mesmo uma das melhores estratégias para aliviar o stress, mas o serviço também garante “um psicólogo” para o caso de ser necessário. Em 21 anos de serviço na oncologia, Ana Paula coleciona um sem número de histórias marcantes. Uma

delas refere-se a um jovem, acabado de se licenciar em medicina dentária, a quem lhe é diagnosticado um cancro. “Ele tinha acabado de montar o consultório, tinha casado e, quando soube da doença, a mulher estava grávida. Lembro-me de que, quando eles entraram no meu serviço, a esposa contou que no espaço de um ano o sonho que viviam tornou-se um pesadelo. Ela acabou por abortar e ele acabou por viver poucos meses. Na noite em que ele morreu, uma colega perguntou à mulher se ela lhe queria tirar a aliança ou não e ela respondeu ‘fui eu que a pus, sou eu que a tiro’”, contou, emocionada. Mas também há histórias felizes: “Havia uma doente que estava mesmo muito mal e eu pensava que ela não ia aguentar. Fui de férias e quando regressei não a vi e pensei que ela tinha morrido, mas dois ou três meses mais tarde, vi-a a entrar no hospital. Ela tinha recuperado e regressou a casa enquanto estive ausente. Fiquei mesmo contente. Abraçamo-nos”. Ana Paula sente que é elemento de uma “segunda família” para aqueles doentes, que se encontram no momento “mais frágil” da vida. Mas também é “porto de abrigo” dos familiares, que “também precisam de ser


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Reportagem Senhor Enfermeiro, ao domicílio! Se um dia passa r por u m automóvel branco, com um estetoscópio em forma de coração desenhado, saiba que a oc upá -lo e stá Paulo Martins, um en fermei ro q ue pe r a nte a s d i f i cu ld ades de a rra nja r tra ba l ho, d e c id iu c r i a r o próprio emprego. Foi há quatro anos que o trofense implementou um projeto diferenciado no concelho, com enfermagem ao domicílio. Por isso, é normal vê-lo pelas estradas do concelho enquanto cumpre a jornada de visita aos pacientes. Esta foi a resposta que Paulo Martins deu à falta de oferta na área da enfermagem. Ir para o estrangeiro nunca esteve em equação, por isso teve de “arregaçar as mangas”. “Decidi fazer um estudo de mercado para perceber as lacunas que poderia colmatar com este projeto. Ao longo do tempo, fui percebendo que seria uma área com margem para investir, levando um novo serviço particular e individualizado à população”, explicou em entrevista ao NT. E se dúvidas tivesse da profissão que tinha escolhido, Paulo Martins dissipou-as logo que começou esta aventura: “Tem sido uma experiência fantástica. Sinto todos os dias que foi para isto que nasci. Exercer enfermagem como aprendi, ou seja, cada Pessoa é única, cada tratamento é diferente e cada dia é diferente. Mas, acima de tudo, o que consegui descobrir é que grande parte das famílias precisam de um 'ombro amigo' com quem desabafar e pedir ajuda”. Mas para concretizar este projeto, Paulo Martins teve de cumprir alguns procedimentos legais para obter da Ordem dos Enfermeiros a devida autorização para exercer a profissão nestes moldes. Em casa dos pacientes, Paulo Martins oferece diversos serviços, como tratamentos de reabilitação pós-AVC (Acidente Vascular Cerebral), a doentes com patologia de Parkinson ou Alzheimer e outras demências, ou a pessoas com prótese na anca e no joelho. Aplica exercícios para melhorar a função do aparelho respiratório e cumpre os procedimentos mais indiferenciados, como aplicação de injetáveis, tratamento de feridas e colheitas de sangue para análise. Os frutos materializam-se nas solicitações cada vez mais numerosas. Com a aceitação, o futuro começa a ser traçado com mais ambição e Paulo Martins já coloca a hipótese de, além da Trofa, estender o serviço a concelhos vizinhos. Mas Paulo Martins não descansa à sombra do sucesso. Desde que se licenciou, na Escola Superior de Saúde do Vale do Ave, Vila Nova de Famalicão, que tem somado especializações e formações. Além de ser especialista em enfermagem de reabilitação (pela Universidade do Minho), o enfermeiro é ainda graduado em reabilitação no futebol pela Federação Portuguesa de Futebol, através da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e exerce atualmente no Clube Desportivo Trofense. Também é formador na área da saúde e, atualmente, presta serviço no Instituto de Emprego e Formação Profissional de Braga. Desde criança que Paulo desejou ser enfermeiro. Conta que quando dizia aos pais desta vontade “ainda nem sabia o que efetivamente um enfermeiro fazia”, porque, além das “picas” e curativos, quem tem esta profissão tem que ser muito mais que um expert em procedimentos técnicos. “É preciso ser-se um 'ser humano' de excelência. Afeto, compreensão e diálogo são algumas das atitudes que um enfermeiro deve 'aplicar' a cada pessoa de forma única e individual. A enfermagem é uma arte, é uma vocação”, defendeu.

Ir e voltar para ter emprego e ser bombeiro Há quatro anos, Marco Silva tomou a decisão “difícil” de emigrar. Viajou para Inglaterra para conseguir exercer enfermagem, área em que se formou, mas que em Portugal não conseguiu adquirir experiência. Até voar para Inglaterra, o jovem, atualmente com 27 anos, trabalhou numa empresa de sistemas de extinção de incêndios, numa pastelaria e numa serralharia. A única proposta na área de enfermagem não lhe pareceu “justa”. “Queriam que fosse responsável clínico de um lar, a receber o salário mínimo nacional”, contou. Sem soluções, Marco decidiu pela emigração, chegando a um país “em que mal conseguia ter uma conversa informal, quando mais um diálogo técnico”. Mas tudo se consegue e a adaptação foi acontecendo “com o suporte” dos superiores hierárquicos. E o crescimento foi tal que, atualmente, Marco Silva é “chefe de turno” no serviço de urgência do Luton and Dunstable University Hospital. “Sou também responsável por gerir a equipa de enfermagem e coordenar o funcionamento do serviço de urgência na maioria dos meus turnos”, explicou. A ligação com Portugal, porém, manteve-se forte, já que durante algum tempo regressava “de dois em dois meses” para conseguir cumprir o número de horas obrigatórias de voluntário nos Bombeiros Voluntários da Trofa. “Muitos diziam que era impossível, tentei provar o contrário e por algum tempo consegui com a ajuda e flexibilidade do comandante dos bombeiros na altura, basicamente mais de metade do tempo das minha férias era passado no quartel de forma a atingir as horas mínimas e assim fui conseguindo, aliás superei por muito o número mínimo de horas”, relatou. Com prejuízo no convívio com família e amigos, Marco foi conseguindo levar este ritmo de vida até a na-

morada decidir ir viver com ele em Inglaterra. “Optamos por viajar pelo mundo e, agora, vamos mais ou menos a cada três meses. Este facto fez com que não conseguisse atingir o número mínimo de horas de formação e passasse ao quadro de reserva onde me encontro agora”, explicou. Ora, o esforço que Marco fez é prova mais do que suficiente do amor que sente por vestir a farda de bombeiro. “Não abdiquei dos meus amigos, da minha namorada ou da minha família, porque iria abdicar da paixão de ajudar os outros e daquilo que me faz sentir vivo e importante na sociedade?”, atira, para logo depois explicar, com lamento, que se vai manter no quadro reserva para conseguir “ter uma vida mais estável com a noiva”. Marco Silva sente-se vivo a ajudar e o cenário de urgência é aquele que melhor encaixa nas preferências. “Quem sabe um dia vou um pouco mais longe e chego a trabalhar como enfermeiro de pré-hospitalar numa equipa helitransportada?”, vaticina.

“Muitas vezes fui para casa a chorar” Há empregos e empregos. E o de Ana Paula Figueiredo será um dos mais complexos que existem. Enfermeira no Instituto Português de Oncologia (IPO), com especialidade em psiquiatria, a trofense trabalha nesta área da medicina “há 21 anos” e, apesar de já ter experimentado muitos serviços, por lá quer continuar até à reforma. “Estou no serviço de internamento, onde se fazem as quimioterapias mais longas, que podem durar dias, ou se recebe os doentes que têm recaídas ou fazem reações adversas a tratamentos ou que estão em fase terminal, a aguardar pelos cuidados paliativos”, contou. A explicação dá uma ideia do que é o dia a dia do serviço onde Ana Paula trabalha. Do que mais gosta, diz, é de “conseguir tirar a dor” ao doente, através da administração de medicação. No reverso da medalha está, como se antevê, a ineficácia dos fármacos ou do agravamento do estado de saúde de um paciente. Para esses dias, Ana Paula recorre aos mecanismos que foi assimilando para conseguir o controlo emocional. “Às vezes dizem-me assim ‘ó Paula, tu estás habituada, estás habituada a que morram, estás habituada a que sofram’, mas isso não é verdade. Se assim fosse, não éramos sensíveis e os enfermeiros têm de ter sensibilidade”, referiu, sem deixar de admitir que já chorou “muitas vezes”, no regresso a casa. “O meu marido também é enfermeiro e, às vezes, falamos do nosso dia. Damos por nós a ficar felizes pela melhorias dos doentes do outro. A partilha de experiências com os colegas, afirmou, é mesmo uma das melhores estratégias para aliviar o stress, mas o serviço também garante “um psicólogo” para o caso de ser necessário. Em 21 anos de serviço na oncologia, Ana Paula coleciona um sem número de histórias marcantes. Uma

delas refere-se a um jovem, acabado de se licenciar em medicina dentária, a quem lhe é diagnosticado um cancro. “Ele tinha acabado de montar o consultório, tinha casado e, quando soube da doença, a mulher estava grávida. Lembro-me de que, quando eles entraram no meu serviço, a esposa contou que no espaço de um ano o sonho que viviam tornou-se um pesadelo. Ela acabou por abortar e ele acabou por viver poucos meses. Na noite em que ele morreu, uma colega perguntou à mulher se ela lhe queria tirar a aliança ou não e ela respondeu ‘fui eu que a pus, sou eu que a tiro’”, contou, emocionada. Mas também há histórias felizes: “Havia uma doente que estava mesmo muito mal e eu pensava que ela não ia aguentar. Fui de férias e quando regressei não a vi e pensei que ela tinha morrido, mas dois ou três meses mais tarde, vi-a a entrar no hospital. Ela tinha recuperado e regressou a casa enquanto estive ausente. Fiquei mesmo contente. Abraçamo-nos”. Ana Paula sente que é elemento de uma “segunda família” para aqueles doentes, que se encontram no momento “mais frágil” da vida. Mas também é “porto de abrigo” dos familiares, que “também precisam de ser


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O NOTÍCIAS DA TROFA 24 MAIO 2018

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Atualidade

Passos de Dança com mais de 90 exames IDTA Pela primeira vez no norte de Portugal, Phill Winston, presidente eleito da IDTA (International Dance Teachers Association), esteve na escola Passos de Dança a realizar exames de Ballet Clássico, Modern Jazz, Sapateado e Profissionais. PATRÍCIA PEREIRA Durante os dias 20 e 21 de maio, domingo e segunda-feira, o futuro presidente da IDTA, que será empossado em julho, realizou “mais de 90 exames”, entre eles exames finais de professores, que vieram de “outras escolas de fora”. Para Márcia Azevedo, responsável pela Passos de Dança, os exames “correram muito bem”, tendo recebido, por parte do examinador, um feedback “bastante positiP hill Winston realizou exames na Passos de Dança vo, não só” dos resultados da sua escola como “de Portugal”, o que “é importante para desenvolver a instituição no ton demonstrou estar “bem impressionado com Portugal”. país”. “Normalmente costumam vir as mesmas examinaPara Márcia Azevedo, estas palavras do presidente da doras, que já conhecem o nosso trabalho, e neste momen- IDTA deixam a Passos de Dança “muito orgulhosa”, pois to apresentamos o nosso trabalho a alguém que nunca viu “este ano tem sido muito bom, principalmente por ter valie que, por acaso, é o futuro presidente, o que é muito im- dado o trabalho que têm vindo a desenvolver”. “Isso pode portante. Ele está a dar-nos um feedback bastante positi- abrir muitas portas aos nossos alunos, porque da mesma vo e está extremamente agradado com o que está a ver e forma que agora ganhamos prémios e os nossos alunos vão isso para nós é bastante importante”, declarou. para fora para grandes escolas fazer cursos, isto faz com É a “primeira vez” que Phil Winston está “em Portugal a que a escola seja reconhecida e que possa trazer outros examinar”, o que tem sido “excelente”, estando “muito or- professores para vir melhorar o nosso trabalho”, denotou. gulhoso” de estar presente. O examinador asseverou que A responsável, que espera poder “exportar o trabalho” o trabalho tem sido “muito bem feito” e que “os bailari- da escola, destacou os “intercâmbios que acabam semnos são fabulosos”. Com exames feitos “em todo o mundo”, pre por fazer e que são essenciais e fundamentais a nível tendo estado “há duas semanas” na “Grécia”, Phill Wins- de formação para os alunos”.

Caminhar contra o cancro

“Contra o Cancro todos contam” foi, uma vez mais, o mote para a caminhada solidária organizada pelo Clube Slotcar da Trofa, cujos fundos reverteram na totalidade para a Liga Portuguesa Contra o Cancro. HERMANO MARTIN/TÂNIA QUINTAS

Este foi o quarto ano que a coletividade organizou esta caminhada que contou com cerca de 300 inscritos. A manhã soalheira juntou os participantes na sede do Clube juntamente com Neno, ex-jogador de futebol e convidado especial desta caminhada. Depois da habitual aula de aquecimento e da largada dos balões seguiram o trajeto que foi definido. Ana Esteves, membro da direção, afirmou que a “caminhada correu muito bem” e que este é “um projeto extremamente importante”. A jovem já passou pelo processo de uma “doença oncológica” e, hoje, considera que “as pessoas devem ter uma sensibilidade diferente”. Apelou, ainda, à confiança das pessoas: “Não devem duvidar, mas sim ajudar”. Artur Fernandes, representante da Liga Portuguesa Contra o Cancro, tem sido uma presença habitual nas cami-

nhadas do Slotcar e mostrou-se bastante satisfeito com a participação, realçando que este ano houve “menos um bocadinho” de gente a participar o que, na sua opinião, pode ser justificado pelo grande evento no Porto, a Corrida da Mulher, que “arrasta muitas pessoas”. Ao contrário de Artur Fernandes, Neno participou nesta caminhada pela primeira vez e fez “um balanço positivo”. “O convívio e a confraternização que tivemos é importantíssimo”, salientou o ex-futebolista, acrescentando que “quando assim é” todos acabam a caminhada “de uma forma alegre e encantadora”. Ana Sousa, que participou na caminhada também pela primeira vez, considerou que foi “uma manhã positiva”, onde houve “muito boa energia”. “Cada um deu um pouco de si para que a ação de todos fosse relevante”, afirmou Neno, explicando que “quando caminhamos juntos, o caminho fica bem mais fácil”. Artur Fernandes espera que a “solidariedade do Slotcar para com a Liga se mantenha nos próximos anos”, facto que, segundo Ana Esteves, será possível, já que “o Clube tem mais do que pilares suficientes para continuar com este tipo de iniciativas”. Vídeo em www.trofa.tv

Caros Leitores, Espero ter sido de proveito para os vossos apetites cinematográficos as sugestões da minha última crónica e faço votos para que a próxima reserve, igualmente, agradáveis surpresas. Por falta de confirmação até à data da última crónica, refiro agora dois filmes que fecham o mês de Maio. CABARET MAXIME, do realizador Bruno de Almeida, estreia a 28 de Maio. É em Nova Iorque, que vai realizar a maior parte do seus filmes, destacando-se THE LOVEBIRDS (2007), THE DEBT (1993) e ON THE RUN (1999). O seu mais recente filme aborda a história de Bennie Gaza, dono do Cabaret Maxime, que terá de se bater por manter o seu clube à tona, alheio a pressões mundanas e a tentativas de corrupção (Fonte: ICA). A 31 de Maio estreia HISTÓRIA DE UMA SURFISTA, de Joaquim Sapinho, um filme na linha do seu anterior, DESTE LADO DA RESSUREIÇÃO (2011) que toma o “surf” como mote. Com um vasto historial na área, Joaquim Sapinho conta já com uma modesta reputação no panorama do cinema nacional, após o badalado CORTE DE CABELO (1995). Transcrevo agora a menção feita ao filme IMAGENS PROIBIDAS, erradamente anunciado na primeira crónica, ao qual, desde já, peço as mais sinceras desculpas. A 1 de Junho estreia o filme IMAGENS PROIBIDAS de Hugo Diogo, realizador de MARGINAIS. Baseado na obra de Pedro Paixão, “Saudades de Nova Iorque”, retrata as venturas e desventuras de David, que procurando escapar a um amor perdido, foge de Londres para Lisboa, e, com ele, traz um projeto, recriar o amor entre duas mulheres que não se conhecem, que comunicam através dele e das fotografias Polaroid. A 14 de Junho estreia o mais recente filme de Edgar Pêra, CAMINHOS MAGNÉTICOS, que, segundo define o próprio, retrata “alguém que se apercebe que o dinheiro não é tudo, no dia do casamento da sua filha com um homem mais velho, rico, e é toda uma noite de dúvidas, hesitações, consignações, que faz com que a sua consciência vá evoluindo e tenha outra perceção do mundo”. Seguindo um estilo muito próprio, afirma, a “ideia é criar um universo totalmente artificial, no domínio da imaginação em que não existam limites realistas”. Feitas as breves apresentações aos filmes do mês de Maio e Junho, faço agora menção ao festival FEST Festival Novos Realizadores | Novo Cinema, que se define como “uma celebração única de novo cinema e de novos cineastas”. Nos dias de hoje, os festivais assumem um papel preponderante na promoção de novos cineastas e novos filmes, dificilmente acessíveis ao grande público, proporcionando debates, conferências de imprensa e outros eventos sociais. Assumem-se assim como os espaços, por excelência, de mostra de produções e novas formas de expressão cinemática. O festival FEST, que vai na sua 14.ª edição, toma lugar entre os dias 18 e 25 de Junho de 2018 e propõe “criar um espaço onde cineastas emergentes possam mostrar e promover o seu trabalho, assim como desenvolver os seus conhecimentos e partilhar oportunidades, criando ao mesmo tempo novos públicos para o cinema independente”. Uma oportunidade interessante para conviver e fomentar a cultura cinéfila dos nossos ilustres leitores. Até à próxima rubrica, e, até lá, boas sessões de cinema!


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Desporto

Torneio internacional de Bike Polo no Coronado

Participantes de vários países europeus estiveram no Coronado A vila do Coronado vol- nado na rota do desporto”. tou a ser palco de uma proSendo o Coronado uma va de Bike Polo, mas des- das localidades pioneiras ta vez de cariz internacio- na promoção do Bike Polo nal. A 1.ª edição do Porto em Portugal, este torneio Open 2018 decorreu, a 19 “de abrangência europeia e 20 de maio, na Quinta de é motivo de grande orguS. Romão, com atletas de lho”. “Vai ao encontro dapaíses como Holanda, Bél- quilo que procuramos, que gica, França, Itália, Espa- é dar a conhecer a nossa nha e Alemanha a marca- vila, dinamizar a nossa corem presença. munidade e, naturalmente, Depois de dois dias de atrair gente de fora à nosjogos, entre muitos par- sa freguesia”, acrescentou ticipantes, a equipa bel- José Ferreira. Quem benega Alcolopolo sagrou-se ficia também é o comércio campeã da competição. O local, uma vez que os par2.º lugar ficou para os suí- ticipantes “têm sempre de ços e irlandeses, Ante-Up, comer, precisam sempre e o terceiro lugar foi en- de alguma coisa, e recortregue à equipa lusoespa- rem ao comércio local, sennhola, Quilombo. Esta 1.ª do, no fundo, um contriedição deixou a Porto Bike buto”, explicou o autarca. Polo, promotora do evento, Quem passou pelo Corode “coração cheio”. nado descreveu-o, segunPara José Ferreira, presi- do José Ferreira, como “um dente da Junta de Fregue- paraíso” e, por isso, para a sia do Coronado, que tam- Junta de Freguesia “é mobém colabora na organi- tivo de grande satisfação e zação, este evento permi- orgulho ter feito parte da tiu “colocar a vila do Coro- organização”.

Bougadense B termina época em 13.º lugar A equipa B do Atlético Clube Bougadense somou a terceira derrota consecutiva, em encontro da 34.ª e ultima jornada da Série 1 da 2.ª Divisão distrital. A 19 de maio, o Bougadense B terminou o campeonato em casa do USC Baltar, onde perdeu por 3-2. Com este resultado, a formação de Santiago de Bougado terminou o campeonato na 13.ª posição, com 40 pontos. Ao longo dos 34 jogos, a equipa B somou 11 vitórias, sete empates e 16 derrotas, com 52 golos marcados e 70 sofridos. P.P.

Equipa de karting cresce em S. Mamede

“Quartel -General” da RAC está instalado na Zona I ndustrial do Soeiro

Nasceu em maio de 2017 e com um ano de existência assume-se já como uma das maiores estruturas privadas a nível europeu. A RAC – Racing Academy and Competition, assentou pilares em S. Mamede do Coronado, mas vai mostrando o que vale por todo o país, ao volante dos karts. CÁTIA VELOSO Ricardo Costa é o “pai” da RAC, que nasceu exatamente da vontade de dar ao filho Martim condições dignas para disputar a competição nacional. “Ele passou por duas equipas e eu achei que faltava mais qualquer coisa dentro da modalidade. Era necessário um acompanhamento mais afincado aos pilotos na questão pedagógica e uma estrutura onde eles se pudessem sentir bem, com a noção de que são as estrelas desta modalidade”, explicou ao NT e à TrofaTv Ricardo Costa, que é também o team manager da RAC. A ideia tomou corpo, a equipa ganhou forma e ao Martim juntaram-se mais pilotos, que se quiseram associar à nova equipa. Atualmente, a estrutura está representada em todas as classes, com 15 pilotos, a maior parte a competir no

campeonato nacional e alguns no Troféu Rotax, que estão sob a alçada de Domingos Machado, uma das “peças” fundamentais da RAC, pela longa experiência na modalidade. “É uma pessoa muito conhecida no panorama nacional e a maior parte dos pilotos que estão em competição passaram pela mão dele”, sublinhou Ricardo Costa. Com uma forte aposta na formação, a RAC garante dar as melhores condições aos pilotos. Os mais novos têm direito a um mecânico cada um, que serve igualmente de tutor que os acompanha ao longo de todo o fim de semana de competição, que por sua vez é preparado com antecedência por Manuel Paiva. E não são descurados pormenores como a alimentação (há uma cozinheira que os acompanha e garante as refeições) e as condições técnicas, com um engenheiro telemetrista, que avalia os parâmetros do kart e procura apoiar os mecânicos e os pilotos rumo aos melhores resultados nas corridas. Por todas as condições que são disponibilizadas aos pilotos, Ricardo Costa é perentório a afirmar que a RAC “é uma das maiores estruturas privadas a nível europeu e a maior a nível nacional”.

Hoje cá dentro, amanhã lá fora Depois de construir uma estrutura de nível europeu, a RAC já traça um futuro condizente. O primeiro passo é competir internamente para depois apostar nas provas internacionais. Segundo Ricardo Costa, esse objetivo poderá acontecer já esta época com “duas provas em Espanha”. “No ano seguinte, queremos fazer um ou outro campeonato dentro da Europa. Nós somos os repre-

A alta velocidade Apesar de ser conhecida como modalidade de partida para o desporto automóvel, o karting é exigente. De acordo com Ricardo Costa, “na categoria cadete, onde a RAC tem três pilotos, com seis, sete e oito anos, atingem-se velocidades aproximadas aos cem quilómetros por hora”. “E como são viaturas que vão coladas ao chão, o fator adrenalina é exponencial”, sublinhou. Também nestas circunstâncias é necessário um trabalho pedagógico importante, já que, no caso de acidente, há que “desmontar da cabeça deles que aquilo é uma situação isolada e que é preciso pensar no passo a seguir”.

sentantes nacionais da Sodi, que é uma grande indústria dentro da fabricação de chassis. Indo para fora, teremos sempre o apoio dessa marca”, sublinhou. E, quem sabe, se um dia a RAC não estará integrada numa equipa de competição noutra modalidade dentro do desporto automóvel. “É um dos projetos que temos estado a analisar”, admitiu o team manager da RAC.


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O NOTÍCIAS DA TROFA 24 MAIO 2018

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Desporto

Trofa zumbástica Andei pelo concelho à procura de quem pratica zumba. Modalidade que esteve na ribalta há uns anos, o zumba ainda goza de muita popularidade pela Trofa. Aceite o convite e entre nesta viagem pelo mundo zumbástico, onde música, alegria, energia e preconceito são palavras que reinam. CÁTIA VELOSO Odete Correia pratica zumba há cinco anos. Até aqui, nada de surpreendente, uma vez que a modalidade é, por norma (e preconceito), mais feminina que masculina. Mas o que muda esta realidade é que Odete tem 74 anos e a forma como se mexe faz corar de vergonha qualquer sedentário na flor da idade. Residente na vila do Coronado, Odete faz parte do grupo que duas vezes por semana “zumba” no pavilhão da Escola Básica e Secundária do Coronado e Covelas. Começou para contrariar a subida do colesterol e hoje não se vê a encostar as sapatilhas. Do zumba, gosta “de tudo”, tanto da dança como dos exercícios de ginástica, muitas vezes aplicados nas coreografias. Garante que nada a incomoda, nem mesmo o agachamento, “rei” do indesejável entre o mulherio. Com o zumba, Odete não está em casa no sofá, convive, vive. A aula começa e Odete ocupa o seu lugar, na primeira fila. A experiência de vida dá-lhe legitimidade para achar a timidez um acessó-

nhece “alegria”. “As pessoas divertem-se, tiram o stress do dia a dia, do trabalho, dos patrões, das tarefas domésticas... E ainda acabam por perder peso, porque é uma das modalidades que gasta imensas calorias. Elas saem daqui com uma mente mais alegre, mais livre e mais solta”, frisou.

rio, mesmo com a presença da jornalista. Atrás dela, está Conceição Pinheiro, mais nova na idade, mais velha na modalidade. Há oito anos, decidiu aventurar-se pelo zumba, quando a médica lhe diagnosticou uma depressão. “Disse que a minha vida não podia ser só trabalho e casa. Aconselhou-me a praticar

um desporto e como as aulas de zumba são perto de casa e num horário que posso conciliar, vim experimentar. Adorei”, contou. Após as primeiras aulas, Conceição sentiu-se “outra”. “Nunca mais tive depressão”, atira, antes de explicar que “a dança”, “o convívio” e “a simpatia da professora” são

o que mais gosta desta atividade. Tatiana Loureiro é a instrutora de Odete, de Conceição e de mais umas dezenas de mulheres, tanto no Coronado, como em Guidões e outros pontos do concelho. Formada em desporto, a jovem trofense decidiu tirar a instrução de zumba, modalidade a que reco-

T urma de Tatiana L oureiro, no Coronado

T urma de Cláudia A lmeida, em A lvarelhos

T urma de Sara Mota, no A lva Center

T urma de Tatiana L oureiro, em Guidões

“Isto é melhor que estar num ginásio” De S. Romão seguimos para o Muro. No Alva Center, e logo à partida, a professora Sara Mota põe as cartas na mesa. “Para mim, Cátia, só vale a pena se for assim”, diz-me, enquanto faz o gesto de limpar o suor da cara. É uma das instrutoras mais conhecidas da Trofa e não foi uma, nem duas, nem três as alunas que garantiram que “se não fosse ela”, não estariam no zumba. O entusiasmo e a energia que transmite nos movimentos que emprega em cada coreografia cativa os alunos. Sim, alunos, porque as turmas de Sara não se fazem só de mulheres. Do grupo do Alva faz parte Filipe Ro-


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Desporto A instrutora olha para mim. Não drigues que pratica zumba “há mais de um ano e meio”. Após a precisamos de falar para saber timidez inicial, acaba por aceder que estamos a pensar no mesmo: a uma entrevista e explicar que o tramado preconceito. Também neste local, o gruingressou na modalidade porque sempre gostou da dança e para a po é numeroso e fiel a Sara Mota. complementar esse exercício com “Se não fosse ela, eu já não estaa prática do karaté. “Acho que a ní- va aqui”, garantiu Teresa Batista, vel cardiovascular ajuda bastante praticante de zumba há “quatro e movimenta o corpo todo. E de- anos”. Veio experimentar desapois, tem a componente da mú- fiada por uma amiga e depois da sica, que nos abstrai um bocadi- primeira aula nunca mais desistiu. “Sinto-me muito melhor, com nho”, explicou. Despido de preconceitos, Fili- mais energia. Para mim, que tepe lá vai seguindo as coreografias, nho problemas de saúde, foi o mesem a delicadeza das mulheres, lhor”, contou. Há aquelas que, como Teresa, mas sem nunca rejeitar um movimento proposto pela instrutora. depois da primeira aula nunca Mas por falar em preconceito, mais desistiram, mas há também esse escancarou-se quando me as que vão e vêm. É o caso de Ana desloquei para a Passos de Dan- Ferreira, que retomou a modaliça. Uma das alunas chega e avi- dade na Passos de Dança. “Quesa Sara Mota: “O meu marido não ria fazer exercício e então aliei à veio, porque não quer aparecer no dança. São melhores as aulas de jornal nem que os outros saibam zumba do que ir para um ginásio”, sustentou. que ele faz zumba”.

Ainda faz sentido falar da “febre” do zumba? Sara Mota é instrutora de fitness há 18 anos e desde cedo percebeu que na área vinga quem evolui e segue tendências. Foi por isso que se formou no zumba, modalidade que conheceu a ribalta há uns anos. “Cheguei a ter salas completamente cheias, a abarrotar”, lembra, sem deixar de ressalvar que esse cenário não significava que “toda a gente era apaixonada pela modalidade”. “Vinham simplesmente para conhecer, porque era moda fazer zumba. Agora, quem ficou e se mantém e até mesmo quem foi e voltou é que gosta de praticar. São pessoas que gostam de dançar e de tirar um bocadinho do tempo do seu dia para se divertirem. Está a ver? A aula já acabou e elas continuam a falar”, afirmou, apontando para algumas alunas que conversavam. Já Tatiana Loureiro rejeita falar de tendências, até porque regista que as turmas pelas quais é responsável “têm crescido de dia para dia”. “Quando comecei, não tinha tanta adesão, porque não me conheciam, mas palavra puxa palavra e as pessoas acabam por aparecer. Não considero que houve uma febre do zumba que foi descendo. Eu estou é a tentar criar o meu ponto alto no zumba”, argumentou. Na minha última paragem, em Alvarelhos, Cláudia Almeida também recusa a ideia de que a febre do zumba já passou. “Não passou de forma nenhuma. O zumba está a evoluir em novos estilos, novas músicas”, argumentou a jovem, que é instrutora há pouco mais de meio ano, mas pratica a modalidade “há muitos anos”. Cláudia define o zumba como “uma festa”, através da qual as pessoas “transformam a energia má que absorveram durante o dia em energia positiva”. “Os meus grupos são ótimos e o que me motiva são as pessoas e não o zumba em si. Umas estão pela motivação da festa, outras pela atividade física e outras pelo convívio, porque estão uma hora na aula e mais meia hora na rua a conversar e a conviver”, contou a instrutora, que tem alunas “dos quatro aos 69 anos”.

CITAÇÃO

“Todas as pessoas deviam dançar um bocadinho. As músicas são alegres e o convívio é espetacular”. Goreti Cruz

“Ao início fiquei, um bocadinho sem jeito, porque não tenho o movimento sexy da dança e das coreografias, mas o grupo é cinco estrelas, a professora também desinibe bastante e não há mesmo nada para recear. Portanto, os homens podem vir, há que abrir a mente”. Filipe Rodrigues

“Com o zumba sinto-me muito melhor, durmo melhor de noite e o corpo começa a ficar mais disposição no dia a seguir é muito melhor”. Ana Ferreira

Clube Slotcar subiu de divisão

“Nós estamos aqui mesmo numa brincadeira, brincamos umas com as outras. Não há pressão, a professora não chama a atenção quando fazemos asneira, por isso é que eu gosto disto”. Conceição Pinheiro

CITAÇÃO

tonificado e a energia é outra. A

Futsal federado

“Eu quando falto a uma aula, no outro dia não ando bem. Para mim, dança é uma terapia, é uma paixão, faz parte de mim”. Paula Marques

A duas jornadas do final da época na 2.ª Divisão Distrital, o Clube Slotcar da Trofa garantiu a subida. A vitória frente ao Amanhã da Criança, na sexta-feira, 18 de maio, por 3-2, concretizou o primeiro objetivo definido no início da época por Marco Balela, treinador do Clube. TÂNIA QUINTAS/HERMANO MARTINS “O objetivo que tínhamos decidido com a direção seria estar entre os quatro primeiros lugares que nos poderiam dar acesso à subida”, explicou Marco Balela, confessando que o “sentimento é de uma felicidade enorme”. O jogo protagonizado pelo Clube Slotcar e o Amanhã da Criança terminou com a vitória da equipa visitada, num jogo “nervosinho”, como realçou o treinador do clube, uma vez que o resultado da partida poderia dar à equipa “o tal objetivo”. Para Marco Balela, a equipa trofense esteve “fantástica” e, mesmo perante as dificuldades do início da época, o treinador reconheceu que “tudo só foi possível graças à excelente organização do Clube Slotcar”. Vítor Hugo, capitão do clube, afirmou que a equipa “merece tudo”. “Para já, estamos em 1.º lugar, agora a outra equipa tem de fazer o seu dever, pois nós fizemos o nosso”, mencionou o capitão. Com esta vitória, e fruto também dos resultados dos adversários, o Clube Slotcar comanda a 2.ª Divisão da Associação de Futebol do Porto, com 54 pontos, os mesmos do Perafita e do Meinedo, que em confronto direto com o Slotcar estão em desvantagem. Depois do primeiro objetivo concretizado, Marco Balela já está focado nos próximos: fazer do clube “campeão” e também ter a “equipa com mais golos marcados”, facto que, aliás, como o próprio referiu, tem conseguido nas equipas que treina, “face à enorme qualidade” dos jogadores. No plantel começaram 14, mas ao longo da época foram sofrendo algumas baixas, no entanto, “todos são importantes” e “todos têm o seu papel”, referiu, por sua vez, Vítor Hugo. Ana Rodrigues, para além de coordenadora do Clube Slotcar, é delegada da equipa e no final do jogo não escondia o orgulho pelo objetivo atingido: “Eles deram-me esta prenda”. “Somos uma equipa muito forte e unida”, confessou a coordenadora, frisando também a amizade que mantêm fora das quatro linhas. Para Ana Rodrigues “esta equipa é uma verdadeira família”.


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Desporto

Cerca de 300 no Circuito de Ciclismo O Circuito de Ciclismo da Cidade da Trofa juntou em provas “cerca de 300 atletas”, durante a tarde de domingo, 20 de maio, com partida e chegada junto à estação de comboios da Trofa. PATRÍCIA PEREIRA Promovida pela União de Ciclismo da Trofa (UCT) e a Associação de Ciclismo do Porto (ACP), a prova, que já vai na sua 4.ª edição, destinava-se aos escalões de benjamins, iniciados, infantis, juvenis, cadetes e juniores. Domingos Silva, presidente da União de Ciclismo da Trofa, fez um balanço “muito positivo” desta prova, que correu “tudo muito bem”, mesmo “a nível de tempo”, com “muitos atletas” a ir ao pódio e sem “nenhum acidente”. “Está a correr muito bem e melhor acho que era impossível”, com-

plementou. Já Bruno Cunha, diretor desportivo da UCT, esclareceu que os objetivos deste Circuito são “trazer o ciclismo à Trofa, dar a conhecer a associação e os seus patrocinadores” e “mostrar a modalidade de ciclismo a todos os jovens e crianças”, para que “participem e se inscrevam na associação”. Com a dinamização de iniciativas como esta, o diretor desportivo garantiu que “tem aproximado crianças e jovens” desta associação e, com isso, “aumentado o número de atletas”. Além disso, tem contribuído para que “boas empresas e patrocinadores se teE stação de comboios foi o centro nevrálgico da prova nham aliado ao projeto” da União clismo”, contribuindo para que e aqueles que darão nome ao cide Ciclismo. Para o presidente da Associa- “se descubra novos valores no fu- clismo nacional”, denotou. José Luís Pacheco não tem dúção de Ciclismo do Porto, José turo”. “Nem todos os que aqui Luís Pacheco, o objetivo destas participaram hoje vão ser cam- vidas de que o Circuito de Cicliscompetições é “valorizar, dentro peões, mas será deste viveiro mo “contribui para o desenvoldos possíveis, a promoção do ci- que sairão os futuros campeões vimento local, em todos os aspe-

tos”, e também para “a valorização do ciclismo e para o desporto em si”. “O evento tem sido das coisas mais bem organizadas que eu tenha visto”, concluiu.

Deolinda Oliveira é campeã de Corrida de Montanha A veterana Deolinda Oliveira, atleta da Escola de Atletismo da Trofa (EAT), sagrou-se campeã Regional de Corrida de Montanha. O título foi conquistado no sábado, 19 de maio, em Rio de Moinhos, Penafiel. PATRÍCIA PEREIRA

na Sá (18.º) e Denis Tsybrvskyy (21.º), pelo infantil Luís Oliveira (14.º), pelo iniciado Rúben Pinto (12.º) e pelos veteranos Conceição Correia (9.º) e Tony Silva (9.º). Já no fim de semana de 12 e 13 de maio, a EAT esteve presente no Torneio Olímpico Jovem Regional, que se realizou na Pista de Atletismo do Estádio Prof. José Vieira de Ainda no sábado, a EAT esteve Carvalho, na Maia. Este torneio representada na 20.ª Milha Urba- “é a principal prova de observana Cidade de Famalicão, pelos ção para a escolha da seleção da benjamins Bruno Sá (12.º), Maria- Associação de Atletismo do Por-

to (AAP) para o Olímpico Jovem Nacional”, adiantou fonte da coletividade. Destaque para o 3.º lugar da juvenil Sandra Sá em salto em altura, onde Diana Rodrigues terminou em 4.º lugar. Ainda em juvenis destaque para Mónica Rodrigues (6.º) e Sandra Sá (8.º) nos cem metros, que bateram o recorde pessoal. Ainda nesta prova, Diana Rodrigues terminou em 11.º lugar e João Abreu em 19.º. Nos 300 metros, participaram os juvenis Sandra Sá (4.º), Mónica Rodrigues (5.º) e João Abreu (16.º), enquanto no salto em comprimento Mónica Rodrigues terminou na 4.ª posição e Diana Rodrigues na 5.ª. No escalão de iniciados, destaque para o resultado alcançado por David Savignon no lançamento do peso (8.º) e no lançamento do dardo (5.º), onde bateu o recorde pessoal. Rita Silva classificou-se em 7.º lugar nos 1500 metros obstáculos e Tatiana Soares ficou em 13.º lugar no salto em comprimento e em 22.º nos 80 metros. Já Ana Mota ficou em 9.º lugar no lançamento do peso, em 13.º no lançamento do dardo e em 21.º nos 80 metros, enquanto Sofia Santos terminou na 8.ª posição no lançamento do peso e 80 metros barreiras.

Deolinda Oliveira foi campeã regional de Corrida de Montanha

Ginásio com bons resultados no Torneio Olímpico Jovem Ana Duarte, do Ginásio da Trofa, teve uma estreia de ouro na prova dos 150 metros do Torneio Olímpico Jovem, realizado, a 13 de maio, pela Associação de Atletismo de Braga. A trofense conquistou o 1.º lugar em infantis. Já Ana Ribeiro foi 4.ª classificada na prova dos 1500 metros. A 19 de maio, o Ginásio da Trofa participou na XX Milha Urbana, em Vila Nova de Famalicão, onde a atleta Ana Duarte conseguiu o 11. º lugar em infantis e Ana Ribeiro o 12.º em seniores. L.O.


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Atualidade Agenda Dia 26 10-23 horas: Danc’In Trofa, no Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro 21.30 horas: Ja nta r a nua l APCV, no restaurante “O Bêco” Dia 27 9 horas: Caminhada pelas festas de S. Bartolomeu, início da Capela de S. Bartolomeu 13-18 horas: Trofa Car Fest, na Rua do Padrão Dia 01 20 horas: Assembleia eleitoral CD Trofense, no Fórum Trofa XXI Dia 02 21 horas: Peça de teatro “Ricas Viúvas”, no salão paroquial de Alvarelhos Dia 03 9 horas: Caminhada solidária pela Associação Muro de Abrigo, no lugar de Campinho

Farmácias Dia 24 – Farmácia Barreto Dia 25 – Farmácia Nova Dia 26 – Farmácia Moreira Padrão Dia 27 – Farmácia Ribeirão Dia 28 – Farmácia Trofense Dia 29 – Farmácia Barreto Dia 30 – Farmácia Nova Dia 31 – Farmácia Moreira Padrão Dia 1 – Farmácia Ribeirão Dia 2 – Farmácia Trofense Dia 3 – Farmácia Barreto Dia 4 – Farmácia Nova Dia 5 – Farmácia Moreira Padrão Dia 6 – Farmácia Ribeirão Dia 7 – Farmácia Trofense

Telefones úteis Bombeiros Voluntários Trofa 252 400 700 GNR da Trofa 252 499 180 Polícia Municipal da Trofa 252 428 109//252 428 110 Jornal O Notícias da Trofa 252 414 714 Centro de Saúde da Trofa 252 416 763//252 415 520 Centro de Saúde S. Romão 229 825 429 Centro de Saúde Alvarelhos 229 867 060

40 tenistas na passagem Mais Saúde do Smashtour pela Trofa Aprenda a reconhecer A 9.ª et apa d o Smashtour 2018, um circuito nacional promovido pela Fede ração Portuguesa de Ténis, realizou-se a 5 e 6 de maio, na Trofa, e contou com a participação de “40 atletas, divididos por três escalões”. Na prova, apoiada pela Associação Clube de Ténis da Trofa (CTTrofa), os atletas entre os cinco e os sete anos pertenciam ao escalão vermelho e os atletas entre os sete e os nove anos ao laranja. Vicente Santos, do CT Porto, venceu no escalão laranja masculino, e a colega de equipa, Marta Lima foi 1.ª classificada em laranja feminino. Já no escalão vermelho a vitória foi para Frederico Uhlfelder, do OPorto Cricket LTC. Maria Pinto e Margarida Monteiro foram as atletas do CTTrofa que mais se destacaram e quase alcançavam as meias-finais. Já no dia 20 de maio, o atleta do CTTrofa, Salvador Monteiro, sagrou-se vencedor da 1.ª etapa, em Sub10, do Vanguard Challenger 2018, que se realizou em Lisboa. A prova envolveu 146 atletas de quatro escalões e Salvador trouxe para a Trofa o troféu do seu escalão. L.O.

Necrologia S. Martinho de Bougado Maria Armanda Rodrigues da Costa Faleceu no dia 9 de maio, com 84 anos. Viúva de Manuel António Vaz e Silva Mário Gomes da Silva Faleceu no dia 10 de maio, com 73 anos. Casado com Maria Filomena Azevedo Neves José da Conceição Ferreira Faleceu no dia 11 de maio, com 79 anos. Casado com Olindina Pereira de Sousa Manuel Augusto Osório de Abreu Vasconcelos

Faleceu no dia 17 de maio, com 75 anos. Viúva de Opelinda Guedes da Silva Vasconcelos José Manuel Barroso Vilela Ferreira Faleceu no dia 18 de maio, com 59 anos. Casado com Olindina Torres Oliveira Vilela Ferreira Santiago de Bougado Maria Rosa Araújo Silva Oliveira Faleceu no dia 15 de maio, com 64 anos. Casado com Manuel António Campos Oliveira Funerais realizados por Agência Funerária Trofense, Lda. Gerência de João Silva

um enfarte

Dr. Pedro Couto Médico de Família O termo “enfarte” é vulgarmente utilizado para se referir ao enfarte agudo do miocárdio, uma situação grave que é responsável por mais de 4000 mortes em Portugal anualmente (cerca de 11 pessoas por dia). Mas afinal o que é mesmo o enfarte? Este problema acontece quando a circulação de sangue para uma parte do coração é interrompida bruscamente, geralmente por uma artéria entupida, levando a uma lesão do músculo do coração (o miocárdio). É uma emergência médica por ser potencialmente fatal, principalmente sem o tratamento adequado. Os principais fatores de risco que aumentam as hipóteses de vir a ter um enfarte são a hipertensão arterial, o tabagismo, a diabetes, a falta de exercício, a obesidade, o colesterol elevado, uma dieta pouco saudável e consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Aliás, uma das principais razões porque deve controlar todos estes problemas de saúde e estes hábitos pouco saudáveis é precisamente para evitar que venha a ter um enfarte no futuro. O principal sintoma de um enfarte é a dor no peito, geralmente como um aperto. Essa dor pode "espalhar-se" para o braço esquerdo ou para outras localizações, mas isso não é obrigatório que aconteça. Outros sintomas podem aparecer, como suores, enjoos ou vómitos, desmaio, fraqueza ou falta de ar. Se alguém es-

tiver nesta situação, deve-se colocar a hipótese de que está a ter um enfarte e atuar imediatamente. Mesmo que não seja o caso, mais vale jogar pelo seguro. Se essa pessoa tiver os fatores de risco falados acima, ainda mais provável é essa hipótese. Então o que se deve fazer? A resposta é muito simples: deve-se ligar o 112 e explicar o que se está a passar, respondendo com calma a todas as perguntas que são colocadas. Não deve nunca conduzir se tiver a ter esses sintomas e mesmo que a situação não se esteja a passar consigo, não deve transportar a pessoa para nenhum hospital ou centro de saúde. Ao ligar o 112, os profissionais que o atendem enviarão ajuda e saberão o local mais adequado para onde a pessoa doente deve ser levada. Mais de metade das pessoas que estão a ter um enfarte vão para um local que não tem capacidade para realizar o tratamento adequado. Isto acontece porque nem todos os hospitais estão preparados para tratar este tipo de emergências e, naturalmente, as pessoas não o sabem. Quanto mais tempo passar desde o início da dor até ao tratamento, pior será o resultado, uma vez que enquanto a circulação de sangue estiver interrompida, o músculo do coração vai-se “estragando”. Por isso é importante que o doente seja transportado logo para um local adequado, caso contrário vai-se perder tempo em transportes entre hospitais. Esta é uma situação de saúde grave que todos nós queremos evitar, mas que devemos estar preparados para atuar se ela acontecer. Para a prevenir, deve visitar com alguma regularidade o seu Médico de Família que o poderá ajudar a evitar ou controlar todos aqueles fatores de risco que podem levar a que isto aconteça.

Se tiver alguma dúvida ou sugestões para outros temas a abordar nesta rubrica, pode entrar em contacto para o email doutorpedrocouto@gmail.com

Ficha Técnica Diretor: Hermano Martins Sub-diretora: Cátia Veloso Editor: O Notícias da Trofa Publicações Periódicas Lda. Redação: Patrícia Pereira, Cátia Veloso, Magda Machado de Araújo , Liliana Oliveira Colaboradores: Atanagildo Lobo, Jaime Toga, José Moreira da Silva, João Pedro Costa, João Mendes, César Alves, José Pedro Reis, Moutinho Duarte | Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: Cátia Veloso | Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda. | Assinatura anual: Continente: 22,50 euros; Extra europa: 88,50 euros; Europa: 69,50 euros; | Assinatura em formato digital PDF: 15 euros IBAN: PT50 0007 0605 0039952000684 | Avulso: 0,70 Euros | E-mail: jornal@onoticiasdatrofa.pt | Sede e Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax: 252 414 714 Propriedade: O Notícias da Trofa - Publicações Periódicas, Lda. NIF.: 506 529 002 Registo | Nº Exemplares: 5000 | Depósito legal: 324719/11 | ISSN 2183-4598 | Detentores de 50 % do capital ou mais: Magda Araújo | Estatuto Editorial pode ser consultado em www.onoticiasdatrofa.pt | Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidade dos seus subscritores. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.


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Atualidade

Farmácia Barreto inaugurou novas instalações A Farmácia Barreto deu início a uma nova fase da sua história ao mudar-se para um espaço moderno e mais apelativo. Construído de raiz, o novo espaço foi inaugurado no sábado dia 19 de maio, na Rua 16 de Maio, face à Estrada Nacional 104. Apesar de se apresentar com uma nova imagem, a Farmácia Barreto mantém a missão de servir o utente e proporcionar os melhores cuidados de saúde e bem-estar a quem os procura. Conceição Sanches, gerente da empresa, explicou que a Farmácia Sanches, localizada no Muro e da qual também é proprietária, foi “o ponto de partida” para esta aposta. “Conhecendo a realidade de Santiago de Bougado, tinha a consciência das limitações das antigas instalações da Farmácia Barreto e das suas enormes poten-

cialidades com um novo espaço, de maiores dimensões, onde se pudesse proporcionar aos utentes um melhor atendimento e também mais valências”, sublinhou. A gerente não tem dúvidas de que esta mudança de instalações representa “uma grande mais-valia para a Trofa”, porque, além de possibilitar um melhor atendimento e um maior número de serviços, as novas instalações têm “melhor acessibilidade e um grande parque de estacionamento”. Sandra Sanches, diretora técnica da Farmácia Barreto, garantiu que, com este novo espaço, é possível “disponibilizar a toda a população diversos serviços em prol da saúde e bem-estar, como, por exemplo, o cuidado do pé diabético, nutrição, parâmetros bioquímicos, eletrocardiograma, aplicação de injetáveis e aconselhamento personalizado”. Além disso, a Farmácia Barreto dispõe ainda de “um espaço de ortope-

I nauguração das novas instalações decorreu a 19 de maio dia”. Com estas novas instalações, a diretora técnica declarou que também se garante “vários rastreios, como diagnóstico capilar, de pele, nutricional, podológico

entre outros”. “Apostamos nestas novas valências, evoluímos e fomos ao encontro dos anseios dos utentes, criando uma farmácia que corresponde às exigên-

cias de uma sociedade moderna, uma vez que este é o primeiro local onde o utente recorre em caso de necessidade”, concluiu.

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