De 25 de maio a 1ª de junho de 2013 • Edição 1142 • ANO XXXIII • www.operumolhado.com.br
Um jornal cego, surdo e mudo
O MAIOR AL JORN BÚZIOS
Págs. 2 e 3 Um jornal cego, surdo e mudo
Búzios Love Por Alessandra da Cruz
P
ela primeira vez podemos presenciar que a esperança de um novo tempo pode estar surgindo; os tempos que outrora Búzios viveu podem retornar. Era comum algumas pessoas tirarem grana do seu próprio bolso para construir, doar terrenos em beneficio de um bem comum. Era um tempo diferente que não volta mais, por que Búzios cresceu. Com o tempo tudo isso mudou, Búzios se tornou uma cidade, e com uma administração pública com deveres e Conselho editorial
Fotos: Marcelo Dutra
A Privilège estava lotada de comerciantes buzianos, que pareciam dizer: agora a coisa vai!
Até Thomas Weber estava animado...
Brigitte Bardot, Claudio Kuck, Ivald Granato, Jo mar Pereira da Silva, Fino Quintanilha, Renata Des champs, Otavinho, Umberto e Claudio Modiano, Ernesto Zabotinsky, Trajano Ribeiro, Renato Pacote, Jorge Tedesco, Claudio Cohen, Lauritz Lachman, Guilherme Araújo, Pedro Paulo Bulcão, Paulo Ma riani, Alberto Fantini, Marie Anick e Jacques Mer cier, Araguacy da Silva Mello, Luis Edmundo Costa Leite, Marcos Paulo, Elie Shayevitz, Jonas Suassuna, Glória Maria, Ruy Castro, Heloisa Seixas, Márcio Fortes, Luiz Fernando Pedroso, Lula Vieira, Antônio Pedro Figueira de Melo, Eduardo Modiano, Ancel mo Góis, Etevaldo Dias, Joaquim Ferreira, Thomas Sastre, Adriana Salituro, Armando Ehrenfreund, Mário Pombo e Dr. Pormim.
Diretor Marcelo Lartigue Editor Adjunto Janir Hollanda Jornalista responsável Alessandra Cruz (reg. prof. 27662/RJ) Editor de fotografia Taxista João de Nair Repórter Sandro Peixoto Mônica Casarin Alessandra Cruz Denis Kuck Gustavo Garcia Diagramação Caroline Moreira Diretora Comercial Alessandra Cruz
Fundadores Mario Henriques e Pedro Luis Lartigue Gerência de Vendas Tráfego Publicidade & Marketing Ltda. (21) 2532-1329 (21) 9100-7612 Mecenas Umberto Modiano Impressão Gráfica DMC Diretor de Distribuição Muchacho Bicho Doido Depto. Jurídico Dr. Ulisses Tito da Costa
Designer Gráfico Ivan Aros O Perú Molhado / Editora Miramar CNPJ: 02.886.214/0001-32 Rua Alfredo Silva, 226, casa 4 Cep 28 950-000 – Brava - Armação de Búzios – RJ Celular/redação: (22) 8128-3781 / 2623-1422 Comercial: (22) 7814-2441 E-mail: operumolhado@globo.com operumolhado@gmail.com Site: www.operumolhado.com.br
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A equipe apaixonada
DJ Help
Fotos: Marcelo Dutra
obrigações, mas aqueles que ajudaram a construir se tornaram fiscalizadores e continuaram lutando para que a cidade continuasse no mesmo sentido, que não perdesse seu glamour, seu charme, e magia que contagiou todas as pessoas que nasceram e as que escolheram Búzios para viver. Hoje essas pessoas são protagonistas e quadejuvantes do que acontece na cidade. Isso se pode sentir na quarta- feira (22) em uma reunião realizada pela Secretaria de Turismo, na Privilege, onde estiveram presentes quase cem empresários de vários segmentos. O objetivo era propor uma forma de tentarmos junto realizar eventos na baixa temporada. E em especial transformar Búzios em um destino para o Dia dos namorados. A ideia surgiu por que Búzios recebe centenas de casamentos, todos os fins de semana. Várias revistas já fizeram editoriais na cidade, com fotos de diversos deles. Sabemos que o tempo é curto para a realização desse primeiro Búzios Love, mas se ficarmos esperando sempre para o próximo ano nunca iremos iniciar. O objetivo é trazer pessoas do Rio de janeiro, Niterói, Macaé, Rio das Ostras, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Casimiro de Abreu, enfim, todas as cidades próximas, para desfrutarem de um dia especial. O Búzios Love acontecerá do dia 12 á 15 de Maio, a semana dos namorados, e terá uma programação especial. A cidade terá atrações nas Ruas Manoel Turíbio de Farias e Rua das Pedras, Praça Santos Dumont e Porto da Barra. Já estão previstas a presença do ator Marcelo Serrado, com seu stand up, musical francês com Françoise Fourton. Haverá também na Praça Santos Dumont uma capela super decorada onde quem quiser poderá renovar seus votos de casamento, assim como já acontece em Las Vegas, Ibiza e os outros destinos de casamentos pelo mundo. Para isso basta comprar, em algum estabelecimento que esteja participando do evento, e adquirir um cupom. No momento da cerimônia receberá uma certidão de casamento, e terá a possibilidade de casar varias vezes em Búzios, em cada ano com uma pessoa diferente, ou a mesma. A solteiras de plantão já estão preparando os modelitos, parceiros ou parceiras, para não perderem a oportunidade. A cidade estará envolvida com o tema “dia dos namorados”; nas ruas, na orla, bares e restaurantes com harpas, cupidos, sax, violinos, flores. A exemplo da cidade de Gramado, no Rio Grande do Sul, que se tornou uma referência a data do Natal, Búzios quer aproveitar já ser um destino de casamentos e lua de mel para tornar-se uma referência na semana dos namorados. As lojas, bares e restaurantes se envolverão na programação criando atrativos como um brinde, um kit love, uma taça de champanhe. Um site está sendo criado pela Secretaria de Turismo onde todos poderão ter mais informações sobre a semana Búzios Love. A Secretaria de Turismo de Armação dos Búzios convidou a mim (Alessandra da Cruz), Sylvana Graça e a DJ Help para comporem uma comissão, sem vínculo empregatício ou qualquer outro tipo de remuneração, onde ajudarão com ideias que recebem dos muitos e diversificados espaços que circulam pela cidade.
Alessandra e Sylvana estão à procura de um par
Armandinho sempre sorridente representando a ACEB
As bonitas também foram
O espertinho de plantão, proprietário de uma pousada com telhado em Geribá participou da reunião e foi diretinho se apropriar do nome escolhido para o evento, já que os irmãos Alex e Anderson do turismo estavam tão preocupados em construir o projeto que não esperavam que dentre os participantes da reunião teria uma pessoa que sairia dali direto para registrar o nome do evento. Já que o secretário de turismo deixou claro que não era a favor do nome, foi um motivo a mais para que agora chame Búzios Love.
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Beth, a poetiza! N
este fim de semana, Búzios vai receber, no Porto da Barra, o II SACI - Semana de Artes e Culturas Internacionais. A poeta Beth Braga, que mora no município há 13 anos, e pertence a Academia de Letras e artes buzianas (ALAB) está ajudando a desenvolver o evento, que tem o intuito de promover uma interação de diversas nacionalidades com a arte e a cultura do Brasil. Por que o nome SACI? O nome é Semana de Artes e Culturas Internacionais, e a sigla desse nome é SACI, que coincidentemente é um personagem folclórico do Monteiro Lobato, que tem tudo a ver com a Academia.
Qual o intuito da ALAB com esse evento? O intuito da Academia é fazer um evento que perdure por muitos anos e que cresça cada vez mais em relação a cultura. Nós queremos fazer quase igual, se possível, o que Paraty fez com a FLIP. Porque Paraty, no primeiro evento, não tinha nem 60 pessoas participando. E com o passar dos anos as pessoas foram aderindo e hoje se tornou essa potência. Você acredita que Búzios tem condições de realizar um evento desses? Sim. Ainda digo que Búzios tem uma vantagem sobre Paraty. A grande diferença do nosso município para lá é que aqui nós não precisamos importar os
artistas. Paraty precisou importar os artistas. E nosso município já os tem. Os gringos da cidade vão participar da Semana de Artes e Culturas Internacionais? Búzios agrega aproximadamente 56 nacionalidades que vivem harmoniosamente e muitas dessas pessoas são artistas. Há muitos artistas, artistas plásticos e escritores, que, às vezes, passam despercebidos na cidade. Então, a Academia de Letras e artes buzianas achou por bem convidar essas pessoas dessas nacionalidades a participarem dessa Semana de Artes e Culturas Internacionais que está no segundo ano, para serem
embaixadores de seus países. Qual a função desses embaixadores? Teremos mais de 20 países representados por embaixadores que vão expor coisas típicas dos seus países. O representante de Portugal, por exemplo, vai trazer uma dança portuguesa. Teremos o embaixador Alan Marsh, que é inglês e reside em Búzios, e vai levar um carro antigo raro no mundo, originalíssimo da década de 60, que vai ficar em exposição como uma curiosidade inglesa. Um carrinho sensacional. Ou seja, cada embaixador vai trazer coisas de seu respectivo país para interagir com a Semana de Artes e Culturas Internacionais. E vocês têm o objetivo de explorar isso na Semana de Artes e Culturas Internacionais? Sim, nós temos o objetivo de trabalhar em cima da cultura mesmo e explorar esses artistas. Nós já temos catalogados mais de 400 artistas de todo o Brasil que virão expor suas peças. Vai ser muito positivo. Onde vai ser o evento? O Clemente Magalhães e a Adriana em uma atitude bem dadivosa, nos forneceram, ou seja, nos disponibilizaram várias lojas no Porto da Barra para os artistas realizarem suas exposições. Que artistas renomados vão participar? Teremos entre os acadêmicos o maestro Miguel Proença, que é o quinto do mundo em peças de Beethoven, teremos o cantor Milton Nascimento, e teremos também o Martinho da Vila, que muitos não sabem, mas que já está no 13º livro, e faz um sucesso brutal na França. São muitos participantes renomados. Vai haver algum lançamento durante a SACI? Sim, nós vamos lançar um livro de contos das pessoas que participaram do evento. Mesmo os contos que não foram premiados vão participar desse livro. Durante o evento vai ocorrer algum momento voltado para as crianças? Durante o sábado, 25, vai haver um concurso de desenho. Nós forneceremos materiais para eles viverem um momento lúdico e desenhar. E os desenhos vão ser classificados, e os vencedores vão ganhar prêmios. Isso incentiva os jovens a ter vontade de cultura. Eu gostaria de agradecer a colaboração e a presença do presidente da ALAB, José Gonzaga de Souza, que a idealizou há 40 anos, quando aportou aqui em Búzios, na praia da Rasa, com os amigos. E felizmente essa ideia se concretizou recentemente. E a Semana de Artes e Culturas Internacionais vai acontecer.
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Armação dos Búzios
Segunda 27/5 Audiência Pública na Câmara de Búzios O penico da Região dos Lagos para tirar a merda da cidade Por Hamber Carvalho ografia e Estatística – IBGE, já que ploração dos serviços de agua
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e for aprovado o Projeto de Lei 2158/2013, de autoria do Governo do Estado, onde é previsto a transposição dos efluentes das estações de tratamento de esgotos de Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia e da Lagoa de Araruama para o Rio UNA, a bacia deste rio, vai receber nada mais, nada menos que os efluentes resultantes do tratamento de esgoto de uma população constituída de mais de 400 mil habitantes, se considerarmos o esgoto produzido pelas cidades incluídas no projeto de lei. Para se ter uma dimensão da repercussão desta iniciativa, basta que visitemos o canal da marina e conversemos com os proprietários que possuam residências que se debruçam sobre o canal, para ouvirmos inúmeras reclamações do mau cheiro e da mudança da qualidade da agua, a partir do momento que a PROLAGOS passou a usar o canal para descarregar os efluentes da estação de tratamento de São José. A realidade nua e crua é que se em tempo seco a PROLAGOS mal consegue tratar o esgoto desta Estação, quando chove o esgoto acaba por descer “in natura” para este canal. E isso se refere apenas aos efluentes produzidos em Búzios, por parte de uma população de 30 mil habitantes segundo o Instituto Brasileiro de Ge-
seguramente 40% dos residentes ainda se utilizam do sistema fossa, filtro e sumidouro. A saída destes efluentes pelo Rio Una, fatalmente vai chegar a praia de Manguinhos e se espalhar pelo restante de nossas praias, se considerarmos as correntes marítimas daquela área. Da reserva da Marinha até o mangue de pedra podemos observar este movimento das correntes marítimas, pelo lixo encontrado preso as pedras e a vegetação, troncos e arvores que descem o Rio São João, além dos manchões de óleo grosso que vazam de navios e que grudam nas pedras, trazidos pelas correntes do mar aberto. As correntes marítimas correm no sentido anti-horário e vem na direção de Macaé para Búzios, arrastando todo o material que encontram pela frente, varrendo nosso litoral e saindo entre a ilha branca e a laje do criminoso. Sem medo de errar, podemos afirmar que João Fernandes e até o saco da ferradura será contaminado. Quem pesca em Búzios sabe a força destas correntes. A contrapartida para este verdadeiro desastre para um destino turístico alicerçado no sol e no mar, será a coleta e tratamento do esgoto de Geribá e de Manguinhos, além da revitalização da lagoa de Geribá, itens não previstos no contrato de concessão para a ex-
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e esgoto pela PROLAGOS, como se não tivéssemos recursos dos royalties para bancar estes projetos. Além de comprometer a qualidade de nossas praias, a massa dos efluentes que serão despejados no Rio Una irá contaminar seriamente as aguas frias que banham o litoral de Búzios e que são riquíssimas em nutrientes, parte do fenômeno da ressurgência com incidência maior no Município de Arraial do Cabo, mas que acaba favorecendo nossas aguas. Com isso, a iniciativa de produção de ostras dos pescadores da Rasa será dizimada pela contaminação destes moluscos que se alimentam através de processo de filtração das águas. O esporte náutico, uma atividade em franca expansão no município, que possui uma das melhores raias do Brasil, estará fadado ao fracasso, pois ninguém navega em mar de lama, haja visto as criticas feitas por atletas internacionais aos eventos esportivos a serem realizados na Baia de Guanabara. O mais interessante é que esta lei prevê que a transposição de efluentes será prévia e obrigatoriamente avaliada no âmbito do Comitê de Bacia Hidrográfica Lagos - São João, da qual Búzios faz parte, nesse caso em minoria, através da Região Hidrográfica da bacia do rio Una e do Cabo de Búzios que cobre uma superfície aproximada de 626 km². Compreende a bacia do rio Una, o cabo de Búzios e uma faixa de terra a sua retaguarda, que se estende da ponta do Pai Vitório até a praia das Conchas. A região inclui integralmente o município de Armação dos Búzios e parte dos municípios de Cabo Frio, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande e Araruama, exatamente municípios beneficiados pelo projeto de lei de Sergio Cabral. Até no Consórcio Intermunicipal para Gestão Ambiental das Bacias da Região dos Lagos, do Rio São João e Zona Costeira, Búzios disputa cadeira com mais
11 municípios, sendo seguramente 5 deles, os mesmos interessados nesta transposição de efluentes, quais sejam, Araruama, Arraial do Cabo, Cabo Frio, São Pedro e Iguaba Grande. Permitir a transposição de efluentes para o Rio Una é acabar com o principal atrativo turístico e econômico de uma cidade que ainda subsiste basicamente com 80 por cento de seu orçamento advindo de repasses dos royalties, além de repasses federais e estaduais. Que nos perdoem os deputados estaduais, o governador e os prefeitos das cidades que serão beneficiadas, mas não podemos admitir, como cidadãos que conhecem as características desta cidade, ficar de braços cruzados e assistir passivamente nossa península se transformar no penico da região dos lagos. A Câmara de Vereadores de Búzios, já fez a sua parte através dos vereadores Henrique Gomes, Leandro Pereira e Lorram, denunciando esta aberração, cabe agora as Entidades Civis Organizadas irem à luta.
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Audiência Pública em defesa dos
direitos da mulher, em Rio das Ostras
Os casos de estupro na Região dos Lagos estiveram em pauta Por Alessandra Cruz
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conteceu na última segunda-feira (20) a audiência pública realizada pela presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Alerj, deputada Inês Pandeló, na Câmara Municipal de Rio das Ostras. A criação de organismos públicos de combate à violência e apoio a mulher vítima de agressão foi a grande reivindicação na audiência. O objetivo do encontro relatou a parlamentar, foi o de encontrar soluções para o crescente número de estupros no município. “Reafirmar a importância da criação de organismos públicos que coíbam e amparem as mulheres que sofrem essa e tantas outras violências é um dos caminhos. Uma coordenadoria municipal de políticas para a mulher será importante para a criação de políticas públicas específicas para mulheres. É muito importante também envolver todos os setores nesse combate, como o comércio, empresariado e a sociedade civil. O poder público tem o dever de proteger o cidadão e a cidadã, mas o envolvimento de toda a sociedade é imprescindível”, acredita Inês Pandeló. De acordo com que foi relatado na audiência, somente nos primeiros meses deste ano já foram registrados 14 casos de estupros. Em 2012, foram pelo menos 50 A repórter vítimas de violência sexual. Além Alessandra Cruz e do número expressivo, o que chao prefeito Sabino ma atenção e preocupa as autoridades e a sociedade civil organizada são os lugares onde acontecem os abusos: os casos são cada vez mais frequentes em locais públicos. Dados da Delegacia de Polícia de Rio das Ostras, divulgados pela Universidade Federal Fluminense, apontam que, em 2012, 75% dos estupros
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A deputada Inês Pandeló chamou audiência pública na Câmara de Rio das Ostras, presidida pelo próprio prefeito Alcebíades Sabino
A chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Marta Rocha prometeu um anexo na delegacia de Rio das Ostras só para atender as mulheres
“Eu matei Angela por amor”, disse o machão Doca Street
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O prefeito¹ Alcebíades Sabino falou sobre a importância da audiência “Essa audiência é de grande importância para Rio das Ostras, como também para todos os municípios da região. Rio das Ostras se preparou muito para fazer um grande trabalho pela mulher. A violência contra a mulher esta em índice muito alto e a prefeitura de Rio das Ostras está tomando todas as atitudes para isso. Há muita coisa para ser feita ainda, porque é preciso mudar uma cultura. Não é somente uma questão policial. Antigamente se podia matar mulheres. Existia o crime de honra, que era uma loucura. É tudo uma mudança de cultura a que os direitos da mulher estão também submetidos. Aproveitei a oportunidade para solicitar à Chefe de Polícia Civil, Delegada Marta Rocha, o aumento do efetivo da Polícia Militar e destacou que algumas medidas que já estão sendo realizadas a fim de reduzir não só os casos de violência contra a mulher, mas também, outros índices de infrações que ocorrem na cidade. A prefeitura também está se aproximando da Polícia Militar, realizando uma gestão integrada. Já foram instaladas na cidade 20 câmeras de monitoramento, além do reforço policial que recebemos no início do mês. Estamos unindo esforços com os setores da sociedade, polícias e Governo do Estado para enfrentar essa situação”.
A Câmara de Rio das Ostras, que foi construída com dinheiro público. Aqui a gente paga aluguel
aconteceram dentro de casa, e foram causados por parentes ou conhecidos da família. Apenas 19% foram registrados em local público. Já em 2013, a situação se inverteu. Segundo os dados, 58% dos casos aconteceram nas ruas e 16% dentro de casa. Presente a audiência, a chefe da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, delegada Martha Rocha, informou que já está em processo de licitação à ampliação da delegacia de Rio das Ostras e que até o final de outubro ela deve estar terminada. Também esteve presente na audiência o prefeito de Rio das Ostras, Alcebíades Sabino (PSC), Janira Rocha (PSOL), a delegada titular da 128º DP, Carla Tavares, o comandante do 32º BPM de Macaé, tenente coronel Ramiro Campos, a Subsecretária Estadual de Política para as Mulheres, Ângela Fontes, o presidente da Câmara Municipal, Alzenir Pereira Mello, secretários municipais e representantes do movimento “Chega de Estupros em Rio das Ostras” e do movimento ”Mulheres de Cabo Frio”.
Alesssandra e Tânia Lopes Muri da Associação de Mulheres de Cabo Frio
¹ Sabino foi eleito prefeito do município de Rio das Ostras, em 1996. Com índices de aprovação acima de 90%, foi reconduzido ao cargo, em 2000. Após cumprir o mandato, assumiu, em fevereiro de 2005, a Subsecretaria de Meio Ambiente do Estado do Rio de Janeiro, com atuação destacada junto ao CONEMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente e à CECA – Comissão Estadual de Controle Ambiental. Em 2006, foi eleito deputado estadual com 66.309 votos, sendo o mais votado do PSC. A convite do governador Sérgio Cabral, assumiu a Secretaria de Estado de Trabalho e Renda, em 1º de janeiro de 2007. À frente da pasta, conseguiu um aumento recorde de carteiras assinadas. Após quinze meses no cargo, reassumiu sua cadeira na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, onde se destacou como um dos parlamentares com maior volume de Projetos de Lei e Indicações. Eleito mais uma vez, em 2012, prefeito de Rio das Ostras, com 41.804 votos (76,87% dos votos).
Entrevista com Tânia Lopes Muri da Associação de mulheres de Cabo Frio Como se chegou a essa ideia de uma audiência pública? Em um primeiro momento eu falei em um seminário na UFF como se faz um movimento social. Quais os caminhos, quais defesas se fazem para se fazer chegar às demandas da sociedade até o Poder Público. Depois estivemos juntos novamente com o Movimento Chega de Estupros em Rio das Ostras mais uma vez no gabinete civil com a delegada Marta Rocha, que terminou culminando nesse momento aqui em Rio das Ostras. tinguir o crime. Qual a importância dessa audiência para a sociedade, não só de Rio das Ostras, mas de toda Região dos Lagos? Acho que com isso Rio das Ostras será um exemplo para o país. Estamos aqui para apoiar esse movimento que está se fortalecendo em toda nossa região, de proteger as mulheres de uma ação cultural, que é o da desigualdade de gêneros. As mulheres costumam denunciar os crimes de estupro? O que acontece é que as mulheres tem vergonha de denunciar, há uma visão machista sobre isso e assim se formam vários empecilhos para se analisar os culpados e minimizar e até ex-
A Associação de Mulheres de Cabo Frio participará da Marcha das Vadias que se realizará em Cabo Frio no dia 6 de Julho? Sim. Iremos nos envolver nessa marcha que é baseada na afirmação feita por um policial no Canadá que disse em uma palestra a estudantes que as culpa do estupro é das mulheres que se vestem como vadias. Essa afirmação é machista e ela é usada por muitas pessoas de forma que se retira a culpa do estuprador e passa a ser da vítima. Inclusive a AMB (Articulação de Mulheres do Brasil) é uma das organizadoras no estado do Rio de Janeiro.
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Mais um caso de estupro não registrado em Búzios Por Muchacho Bicho Doido Uma mulher de Cabo Frio, cerca de 20 anos, saindo de uma festa no Canto Esquerdo da Ferradura, em que estava trabalhando como garçonete, foi violentada. Na mesma manhã, por volta das 6h40, um morador do bairro, que levava sua neta a escola, e não quis se identificar, viu quando a mulher corria pela rua chorando muito. Preocupado, a abordou perguntando se ela precisava de ajuda. A mulher revelou que havia sido estuprada e que já havia ligado para sua mãe, que já estaria vindo a seu encontro. O homem perguntou se ela gostaria que ele a levasse a delegacia para fazer a ocorrência. Ela disse que não, mas esperaria a mãe chegar para ver que providencias seriam tomadas. Informou ainda que seu irmão é policial militar.
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Cadu Bueno: eu sou Búzios
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os dias 14 e 15 de maio, ocorreu em Valparaíso, no Chile, com a presença de 400 participantes de 15 países, a 3ª Seatrade Latin America Cruise Convention - uma tradicional convenção do mercado de cruzeiros, realizada anualmente - que reuniu funcionários de turismo, transportes, operadores de excursões, agentes de viagem e líderes de portos. Dentre os presentes esteve Cadu, do Porto Veleiro, que viajou, mais uma vez, por iniciativa própria para realizar palestras durante o evento e representar Búzios em uma feira de importância mundial. As sessões de conferências estiveram dirigidas a diversos temas que incluíam cabotagem, novos itinerários, custos operativos, infraestrutura, desenvolvimento de produtos, excursões, qualidade, serviço, e o setor emergente de cruzeiro de expedição latino-americano como um mercado primário para cruzeiros. O curioso é que o Chile, que antes era contra esse segmento, agora está acreditando e apoiando os investimentos do setor, que é muito necessário para o turismo, demonstrando que sempre é tempo de se repensar. Testemunho de Oradores da Seatrade América Latina “Do ponto de vista dos proprietários de embarcações, a Seatrade América Latina no Chile foi uma oportunidade excepcional para conhecer todos os participantes sul-americanos e os que têm poder de decisão nos setores Atlântico e Pacífico para discutir os caminhos para expansão da indústria em ambos lados do Continente.” Marco Cardoso: Gerente de Costa e Terra, MSC Cruzeiros Brasil “Tive a honra de participar da recente Seatrade Latin America Cruise Convention que se realizou em Valparaíso, Chile. Quero felicitar a Seatrade Global pelo notável trabalho de organizar um evento tão excepcional que contou não só com a representação de profissionais da indústria de cruzeiros e de atividades relacionadas ao turismo, infraestrutura portuária e destinos; mais também com os mais importantes dignitários do Governo do Chile que proclamaram seu apoio e entusiasmo em relação à indústria de cruzeiros, o segmento de mais rápido crescimento, e tomaram medidas a respeito. Agradeço ao Ministro de Economia, Desenvolvimento e Turismo, Felix de Vicente, ao Diretor da Sernatur, Daniel Pardo e a tantos outros pelo interesse e participação”. Giora Israel: Vice Presidente Senior, Global Ports & Destination Development Group, Carnival Corporation “O voo pode ser longo mas a distância de uma América Latina amiga é curta. A América Latina oferece não só um caminho para as maravilhas naturais aos passageiros exploradores que gostam de cruzeiros mais sim um Mercado primário com enorme possibilidades para o operador de cruzeiros. A Seatrade Latin America oferece uma incrível oportunidade de relacionar-se não só com as agências de viagens locais e operadores de excursões, mas dispõe o acesso as autoridades respectivas nacionais e regionais”. Hugo Modderman: Diretor Geral, Dolfinance “Foi um prazer assistir a Seatrade América Latina em Viña del Mar- Chile. Aprendemos muitos aspectos importantes de como esta indústria se mostra em nosso continente pelas Linhas de Cruzeiros e também os esforços e o grande trabalho que faz o Governo e as Autoridades Portuárias. Também é uma forma de compartilhar as experiências, as coisas boas e más da indústria para desenvolvermos ainda melhor em nossos países. Também foi uma grande oportunidade para gerar importantes contatos de negócios com executivos das linhas de cruzeiros e inclusive concretizar alguns projetos”. Gabriela Villacres: Coordenadora de Turismo de Cruzeiros, Ministério de Turismo do Equador “Passado algum tempo desde que voltei à Seatrade, em Miami 2010, estive gratamente impressionado pelo nível desta Seatrade America Latina, que está mais personalizada, assim como com mais interação entre seus participantes. Um lugar para conhecer os participantes chave da indústria e aprender com eles com suas experiências”. Santiago Dunn: Presidente Executivo, Ecoventura “A América Latina tem um tremendo potencial de crescimento como destino de cruzeiros. A rica história da região e sua diversidade cultural a fazem atrativa e um destino de classe mundial. Os diversos portos que atendem aos itinerários de cruzeiros na América do Sul oferecem uma variedade de oportunidades para explorar uma região que consistentemente geram grandes experiências que só passam uma-vez-na-vida e que são memoráveis!” John Stoll: Vice Presidente, Land & Port Operations, Crystal Cruises
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A Brasil Cruz (através do Cadu Bueno) conseguiu em Brasília, que a Embratur participasse da Seatrade, no Chile, onde disponibilizou o espaço e o Porto Veleiro esteve representando Búzios
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“Associação de Pescadores só quer o que é seu de direito”
a a c i l p x e e s o t a o b e t n e m s e d a h n Biri o ã ç a i c o s s A a d o ã ç a c i d n i v e r a r i e d a verd
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rocurado pelo O Perú Molhado para esclarecer os boatos de que estaria cobrando uma indenização milionária da prefeitura pela construção do píer de Manguinhos, o Sr. Ubiraci dos Santos Trindade, o Birinha, esclareceu que essas informações são infundadas. Birinha explicou qual é a verdadeira revindicação feita a Prefeitura de Búzios e ainda revelou o funcionamento e as ações sociais da Associação de Pescadores a qual é o presidente há 28 anos, “estamos revindicando uma área exclusiva de acesso ao terreno da Associação que foi anexado como logradouro público na gestão municipal passada”, disse. Segundo Birinha, são 550m de área de propriedade da Associação de Pescadores que serve como rua, e informa: “Procurei a secretária Alice Passeri (planejamento), e ela constatou que a área é nossa”, afirma e completa: “Nós somos donos da área em questão, a prova é a certidão em que a prefeitura reconhece nosso direito e há também o documento da União e da Búzios SA, que doou o terreno”. Perguntado sobre a importância da área, hoje usada como rua, para a Associação, Birinha explica que é única via de acesso dos associados ao terreno e também para que se chegue ao Mercado de Peixe que, segundo ele, deveria receber mais atenção por parte do Poder Público municipal como se dá em outras cidades. Birinha diz: “Para a Associação é mais importante o estacionamento, se a prefeitura não desapropriar essa parte do terreno e trocar com a gente nós vamos negociar com o proprietário. Se pode também fazer uma composição com o governo igual à Rua das Pedras, com horário para entrar. Somos inclusive a favor do Centro de Velas, desde que se respeite o pescador e o que é nosso”, afirma. Aproveitamos para perguntar a Birinha sobre a acusação de que se comportaria como dono da Associação de Pescadores e que seria um cobrador de alugueis truculento. O presidente da associação afirma não compreender essa acusação e informa que os alugueis da associação são pagos via boleto bancário e que quem faz a cobrança é a administradora, e aproveita para fazer uma revelação: “Assim que assumi a presidência da associação contratamos uma empresa para cuidar da parte financeira, a administradora BRECA. Desde que assumi funciona dessa maneira. Temos prestação de conta mensal, ele só pode pagar com nota, temos balancete orçamentário de
Birinha afirma que essa rua faz parte do terreno da Associação
Birinha mostra cheques da Associação assinados pela empresa responsavel pela contabilidade
tudo, somos uma das poucas entidades de Búzios que tem transparência. Dividimos o lucro com associados. E a assinatura é do Breca, que é quem cuida das contas da associação, e não o presidente. Eu vivo da pesca e do meu patrimônio, não preciso de um real de ninguém. Não tenho mais de 20 casas porque sou louco por carro, troco de carro duas vezes no ano. Mas eu posso fazer isso, tenho um patrimônio que me permite isso. O patrimônio que adquiri foi pescando sardinha por 13 anos, e hoje sou vendedor de camarão VG, com licença do IBAMA. Tenho propriedades alugadas. Hoje sou só eu e minha esposa”. Sobre sua permanência por quase 30 anos a frente da Associação de Pescadores é direto: “De dois em dois anos tem eleição, estou há 28 anos como presidente da associação, eleito por voto direto. Por que eu estou há 28 anos a frente da entidade? Se eu não fosse correto como presidente os pescadores continuariam votando em mim?”, indaga. A associação conta hoje com 22 pescadores associados, mas, segundo seu presidente, até pescadores não associados muitas vezes são benefi-
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ciados pela instituição: “Trabalhamos no anonimato, e além dos associados nosso trabalho é revertido para pescadores que não fazem parte da associação; idosos, doentes e também á comunidade. Tem varias entidades em Búzios, pergunta o que elas revertem para os associados? A grande maioria nada. Não dependemos de órgão, Federal, estadual e municipal para nada. Sobrevivemos com nosso suor. Fazemos uma retirada com tudo que sobra em media duas vezes por ano para os associados. Mas ajudamos famílias. Aqui já estalamos em todos os barcos, bússola, GPS, temos 4 mil reais em bombas de porão para os barcos. Há um associado nosso que a Associação comprou o barco para ele e ele pagou em parcelas bem pequenas, hoje ele tem um barco novo. Um pescador da associação se tiver o barco quebrado ele pode pegar empréstimo fácil e concertar o barco dele”. Birinha explica que a Associação de Pescadores também reverte benefícios para a comunidade; distribuição de cestas básicas a famílias carentes do município, ajuda com remédios, e a instituições como a APAE: “Fazemos um trabalho
social que não divulgamos, porque nunca foi nosso objetivo expor isso á imprensa ou fazer mídia disso. Já pagamos conta da APAE de 5.000 mil e já doamos e voltaremos a doar filé para a APAE. Aqui existe um grupo de proprietários associados. Isso aqui é um mercado de peixe, e é a obrigação do município cuidar disso aqui. Pagamos corretamente o IPTU e mesmo assim nunca recebemos uma subvenção nem do governo do Estado e nem do Município. Hoje pagamos nove IPTU ao município e não há um atrasado. Temos á agradecer alguns empresários que sempre estiveram conosco. Temos consciência ambiental, não lançamos esgoto no mar, por exemplo. Mas realmente não divulgamos isso, o que nos importa é nossa consciência”. Birinha afirma: “O pescador de Búzios está abandonado”. E fala sobre sua importância para a colocação do pescador em Búzios: “Eu inventei a pesca da sardinha em Búzios, eu fui o pioneiro. Ensinei para um e para outro, todo mundo ganhando dinheiro. Fico orgulhoso de ter começado isso. Pesquei em praias em que ninguém acreditava que se poderia pescar”.
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DEZ MANDAMENTOS PARA UM BOATO PERFEITO
Porque o fim do Bolsa-Família e a morte do Ítalo viraram verdades sem o ser Por Rafael Peçanha
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urante a semana que se finda hoje, fomos atingidos, de diferentes modos, por boatos com força de verdade tão grande que acabaram gerando efeitos vorazes na opinião pública regional e nacional. O que propomos aqui não é uma discussão moral sobre o termo, mas uma reflexão mais profunda ainda – o que faz um boato parecer verdade? E mais: qual o limite entre um e outro, a mentira e a verdade, supondo que ela exista? O tumulto criado no último domingo, em 12 estados da federação, devido a uma pseudo-notícia de que o Programa Bolsa-Família iria acabar, foi um exemplo de boato muito bem organizado. Além da capacidade de mobilização, este boato destaca-se pela confusão de informação, como veremos. Na nossa região, um boato mais simples, mas de efeito não menos coletivo, atingiu a imprensa na última quarta-feira. O ator e diretor Ítalo Luiz, de Cabo Frio, morreu sem saber, tendo sido seu falecimento, devido a um pseudo-acidente na Via Lagos, divulgado em profusão por algumas horas. O efeito emocional sobre parentes e amigos se deu durante esse tempo, com direito a mensagens de luto nas redes sociais, homenagens e tudo mais, vindo, em seguida, o alívio pelo esclarecimento. Outros boatos, por sua vez, têm sido recorrentes, sendo desmentidos e retornando insistentemente, por exemplo, nas redes sociais. É o caso de uma (vamos lá para esse prefixo novamente) pseudo-taxa de adesão para o uso do facebook, que nunca foi cobrada, nem anunciada pela empresa. Nesse sentido, elaboramos algumas regras básicas e maquiavélicas para a criação de um boato perfeito. Ei-las: 1) O ARGUMENTO DE AUTORIDADE Talvez o mais importante dos mandamentos. Baseia-se no fato de que todo boato, para dar certo, precisa afirmar como fonte uma autoridade de verdade. Dizer que um boato foi lido em um grande jornal, rádio ou site, ou que um personagem importante disse, ou ainda, que um estudioso do tema o confirmaram, é essencial. 2) A PULVERIZAÇÃO DOS CRENTES Quando pessoas do mesmo grupo social de interesse confirmam um boato, não há credibilidade. Mas quando pessoas diferentes, de grupos sociais e interesses diversos, confirmar o boato, ele ganha cara de verdade. É preciso, pois, espalhar inicialmente a falsa notícia para pessoas que não se conheçam, se ignorem ou até sejam adversárias.
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As agências da Caixa em várias cidades ficaram superlotadas com o boato do fim do Bolsa Família
3) A CONFUSÃO DE INFORMAÇÃO Um boato pode pegar mais por ser confuso do que por ser claro. Dizer que alguém traiu Fulano para ficar com Beltrano, e, ao mesmo tempo, espalhar que, na verdade, a traição foi para ficar com Sicrano, gera a “certeza” de que Fulano traiu, independente de com quem tenha ficado, ainda que não tenha traído ninguém. No caso do Bolsa-Família, muita gente se aglomerou por boatos diferentes: Uns diziam que o Programa iria acabar, outros, que o dia do saque havia sido antecipado. Deu certo. 4) A INSISTÊNCIA IRRACIONAL Insistir num boato desmentido é tão irracional que se torna racional, pois “deve haver um fundo de verdade para Fulano insistir tanto nessa notícia”. Como dizia Goebbels, “uma mentira dita mil vezes torna-se verdade”. Portanto, boateiro, insista sempre. 5) A UTILIZAÇÃO DOS MEIOS CERTOS É preciso averiguar qual o meio de divulgação mais convincente para cada tipo de boato. Um boato divulgado nas redes sociais tem vida curta e atinge mais facilmente as classes A e B. Já o telefone e o “boca-a-boca” das ruas
tem vida longa e convence as classes C e D. 6) O RECONHECIMENTO DE REALIDADE ALHEIA Ter muita gente acreditando e divulgando seu boato, inicialmente, dá força a ele. Ver o outro crendo obriga a acreditar, porque “se tem tanta gente confirmando, deve ser mesmo verdade”. Portanto, boateiro, comece sempre privilegiando a quantidade. 7) O APROVEITAMENTO DA VERDADE REVOLTANTE Criar um boato em cima de uma pessoa ou instituição com imagem negativa é o que há. O Diário de Pernambuco lançou o boato de que Suzane Richthofen foi nomeada Presidente da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados por indicação do Pastor Marcos Feliciano. Muita gente nem percebeu que a notícia só poderia ser mentirosa, pois Suzane nem Deputada é. Mas como há um verdadeiro ódio de parte da opinião pública em relação a esses dois personagens, o boato pegou. 8) O APARENTE CONHECIMENTO DE CAUSA Semelhante ao argumento de autorida-
de, só que mais popular. Ao invés de citar um grande meio de comunicação ou uma pesquisa, esse mandamento prega que o boateiro deve se fazer presente ou fazer alguém presente ao fato central do boato: “Eu vi”, “eu estava lá”, “fulano viu e ele não mente” são frases essenciais nesse convencimento. 9) O PARCELAMENTO DA VERDADE Todo boato deve conter parcelas de verdade, para não cair em descrédito imediato. O Ítalo realmente viaja muito pela Via Lagos e o Bolsa-Família, de fato, apresenta problemas pontuais de datas de saque. 10) A DESCONSIDERAÇÃO DO DESMENTIDO Caso o boato dê errado e seja desmentido logo num primeiro momento, é preciso força e cara de pau ao boateiro para mantê-lo, ridicularizando o desmentido ou acusando quem desmente o boato de querer “esconder a verdade”. Esperamos que esse pequeno e breve estudo ajude os maus a produzirem melhor e os bons a acreditarem menos. Não necessariamente nessa mesma ordem. Bom boato para todos.
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Os botões da blusa G Por Sandro Peixoto
anhei de um amigo uma linda camisa da Richards. Ve r m e l h a com listas brancas, ou ao contrário, como queiram. O fato, é que gosto muito daquela camisa que tem botões de pressão. Fáceis de fechar e muito mais de abrir. São botões bonitos, com face de madrepérola, coisa chic. Coisa da Richards. O problema, é que uma noite dessas, depois de mais um dia estafante de trabalho fui tirar a camisa e puf, lá se foi um botão. Bem do meio da barriga. E assim fiquei sem ter como usar a blusa que tanto gosto. Um dia, fui até um armarinho comprar fronhas e perguntei se naquela loja havia como recolocar o botão faltoso. Me informaram que eu teria que levar a camisa até o local para devida perícia. Foi o que fiz: voltei a loja com a camisa e a pessoa que me atendeu disse que botões iguais não teria e que a solução seria trocar tudo mas que ela, não retiraria os botões que restavam por receio de danificar a roupa. Me recomendou procurar uma profissional. Como sempre penso rápido, lembrei na hora que existe uma costureira perto de minha casa. Partir direto para lá. Ao chegar a loja da costureira tive a ligeira impressão que desta vez, havia feito a coisa certa. Aquele sim era o ambiente ideal para salvar minha camisa. Tudo no lugar lembrava costura. Máquinas profissionais, botões,retalhos, agulhas e linhas enfeitavam o lugar. No meio de tudo, uma simpática senhora com cara de costureira segurava uma roupa. Depois de uma rápido ‘boa-tarde’, contei-lhe a história da camisa e perguntei se ela, que era uma profissional da costura, não poderia retirar os botões
Sandro dando uma de alfaiate
que restavam a recolocar outros. Eu achava que sim, pois como ela trabalha com costura, certamente poderia fazer um serviço simples assim. Trocar botões. Minha mãe é costureira. Faz isso de olhos fechados. A simpática senhora pegou a peça, analisou bem os detalhes e sentenciou: “não tenho como retirar os botões e nem como recolocar outros. Aconselho ao senhor procurar alguém que os retire e depois pode trazer de volta para mim que faço casas e coloco botões comuns.” A situação começava a complicar. A primeira
pessoa teve medo de tentar consertar a camisa. A outra queria modificar a peça para facilitar sua vida. Não aceitei nenhuma das opções e fui até a Búzios Papelaria do meu amigo Ronald. Lá, comprei um pequeno alicate e durante o horário de expediente, enquanto atendia dezenas de pessoas retirei os botões um a um, sem causar nenhum dano a camisa. Tenho testemunhas... Não estou aqui querendo criticar as pessoas envolvidas no caso. Cada um faz o que lhe dá a cabeça. Cada um sabe seu limite. Vai até onde quer. Até onde acha que pode. O que desejo com essas linhas é trazer a tona uma simples discussão: porque algumas pessoas não dão um passo à frente? Não tentam fazer algo além do óbvio? Se acomodam com apenas um simples ‘não, não fazemos isso’. Dependêssemos de gente assim, estaríamos até hoje morando numa caverna e sem dominar o fogo. Sem nenhuma dos confortos atuais e claro, sem uma camisa de puro algodão da Richards. Gente! É preciso ir um pou-
co além. Sair do comodismo e do lugar comum. Se arriscar com segurança. Não aceitar as coisas como elas são. Alguém pode até dizer: ele só retirou os botões pois se rasgasse a camisa não teria problema afinal, o risco era dele, a camisa é dele. Ledo engano. Fiz o que fiz com total responsabilidade. Antes de agir, analisei bem a peça. Olhei como os botões estavam presos. Descobri suas fragilidades. Os pontos de fixação. Não tive medo de arriscar nada pois nada arrisquei. É isso que falta à muita gente que ao se encontrar frente a um problema simplesmente o imaginam grande demais. Se apequenam diante das coisas. Por mais inanimadas que sejam. Para quem deseja saber, a camisa está na minha casa ainda sem os botões e já decidi: vou levá-la até Cabo Frio, onde acredito, encontrarei pessoas sem medo de pregar botões em camisas. E espero do fundo do coração não ter que escrever Os Botões da Blusa Parte II. Torçam por mim.
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Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas
O nosso eterno secretário de turismo Cristiano Marques celebrou seu aniversário na sua mansão com a presença de amigos, especialmente a família de Maria Alice
O bicho vai pegar. A audiência promovida pela Deputada Aspásia Camargo na segunda –feira dia 27 as 10 horas na Câmara de Vereadores de Búzios para discutir a transposição de efluentes para o Rio Una, promete pegar fogo. Mesmo os partidários do Deputado Jânio Mendes prometem colocar a boca no trombone se ele defender essa proposta do governador Sergio Cabral. 30 por 400. Pelo projeto de lei do governador Sergio Cabral, Buzios troca os dejetos de Manguinhos e Geribá, numa cidade de 30 mil habitantes, pelos dejetos de 400 mil habitantes da Região dos Lagos. Literalmente, Araruama, Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia e Cabo Frio irão fazer cocô em nossas praias. Mangue de Pedra na rota do cocô. O ecossistema do Mangue de Pedra será o primeiro a receber os dejetos do governador. A saída dos efluentes pelo Rio Una castiga em primeiro lugar o Mangue de pedra, que já vem sendo contaminado com o esgoto de Jardim Esperança. Todos juntos. Provavelmente esse ataque desmedido ao meio ambiente de Búzios servirá para reunir na mesma mesa situação e oposição. Quem ficar de fora por vaidade ou partida-
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rismo será punido exemplarmente nas próximas eleições. exposição pública como vereador, sabemos e enaltecemos o caráter do edil em sua vida pessoal, principalmente, como excelente chefe de família. Ao mesmo tempo, celebramos a chegada do filho(a), da assessora, fruto de uma relação conjugal respeitada e admirada por todos os buzianos.
Mudou. A Etapa municipal da Conferência Nacional das Cidades que seria realizada no Blue Tree, foi transferida para o Hotel Atlântico, neste sábado no horário de 9 as 17 horas. A pauta principal da conferencia será o debate sobre a implementação do Sistema Nacional de Desenvolvimento Urbano (SNDU), além de novas políticas públicas de moradia digna, mobilidade, saneamento e planejamento urbano, bem como a criação do Conselho Municipal da Cidade. Temporada de assaltos. Desta vez foi o centro da cidade que foi sacudido pelos assaltantes da baixa temporada. Nem a pacata e tranquila Rua Cesar Augusto São Luiz foi poupada. A rapaziada entrou com tudo em uma residência e só não levou o que não quis. Estupro. A baixa temporada também é propícia aos estupros. A bola da vez foi o bairro da Ferradura, normalmente campeão nos assaltos a residência. Semana pesada essa. Boato I. Até o Perú Molhado acabou sendo vitima de boatos. Após receber dos corredores da Câmara a informação de que o Vereador Felipe Lopes havia se separado de sua atual esposa,
o jornal acreditou na fonte e acabou cometendo uma gafe. Na realidade Felipe Lopes não se separou de sua atual mulher, conforme ele mesmo afirma em suas redes sociais. Quanto a gravidez de sua assessora não conseguimos confirmar a informação, mas se é fato e se for confirmado desejamos saúde ao novo rebento. Boato II. Na nota publicada na última edição do Perú, que dava conta de que: “corre no Legislativo de Búzios que depois da separação matrimonial pública e notória do vereado Felipe Lopes, uma de suas assessoras retorna de viagem grávida”, É MERA COICIDÊNCIA DOS FATOS. Apesar de sua
Restaurantes e quiosques de João Fernandes pedem socorro. O tradicional Restaurante Cleopata, em João Fernandes, há mais de 30 anos em Búzios, foi lacrado pelo STU e será demolido em breve. Todos estão recorrendo, mas o recurso não foi aceito. Não sabemos exatamente o que aconteceu, mas vamos ouvir o que os quiosqueiros e donos de restaurantes, que são empregadores, tem a dizer. Luz. Moradores da Vila Verde, principalmente os das Ruas 18 e 23, reclamam que quando chegam tarde do trabalho correm risco. A escuridão é total. Moradores pedem providencias! A Associação de moradores do Projeto Amacando realiza, neste sábado 25, a partir das 18h30, a grande final do 1º Campeonato de Futebol Society de Armação dos Búzios, na Praça da Mandragora, no bairro Vila Caranga.
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Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas
O evento da Amperj (Promotores do Rio de Janeiro) no Pátio Havana, contou com uma paella magnifica a cargo do chef Ismael Malafaia
Tif junto a Sergio Malandro, que depois da paella correu a comer sua crepe doce no Chez Michou
O evento será realizado com o apoio da Secretaria Municipal de Esporte da prefeitura de Búzios. SEB rumo a 2ª divisão. Depois de duas brilhantes vitórias a SEB. volta à campo neste domingo, 26, às 15h contra a equipe do Teresópolis. Mais boato. Está todo mundo dizendo que dois elementos armados invadiram uma casa na Rua Cesar Algusto São Luiz. O boato que corre em todas bocas é que lá era uma casa de bingo clandestino. Na delegacia ninguém soube informar sobre o fato, dizendo que se fosse real eles
Aniversário de Lucinha Camargo regado de amigos: Bruna Ohana, Juan santos, Pedro Camargo, Marcio Azevedo, João Camargo, Lucas Fernandes, Sylvana Graça e Emília Schwarzkopf
tomariam providencias. Mas há quem jure de pé junto que isso aconteceu. Assalto. Quatro homens tentaram roubar a Ecletic, na Rua das Pedras, não conseguiram e se deram mal. IBOPE. O novo formato do Peru Molhado tem feito o maior sucesso entre os inúmeros leitores que não gostam de ler o tabloide. Bem menor, tipo revista, em papel que não suja a mão, o Peru molhado diminuiu de tamanho mas ainda não saiu de circulação ao contrário do outro que só pode ser visto por quem tem acesso a internet.
Marcelo Lartigue, apaixonado por grandes festividades, esteve presente na reunião do melhor chorinho de Búzios. O evento que ocorre na casa da Cacau, com a participação do Músico Vladimir , foi feito para recolher dinheiro para a fundação do clube. E, incrivelmente, teve a arrecadação de nada mais nada menos do que R$ 20,00 no primeiro dia de encontro. E caso vocês queiram doar R$ 10,00, que lhe dá o direito de comer feijão amigo no 0800, é só ligar (22) 26237705.
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Projeto ConheSer N a última quarta- feira, 22, foram iniciadas as aulas do Projeto ConheSer, que tem por objetivo capacitar os profissionais dos segmentos turísticos para melhor atender moradores e visitantes da cidade. História, Geografia e Educação Ambiental do município fazem parte do conteúdo programado para o curso, cujas aulas acontecem no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Educação (CEPEDE), bairro São José,
E
u acho muito válido o projeto ConheSer, porque tudo que é relacionado a cultura e educação, tudo que é voltado para ensinar, ou seja, para o aprendizado, é importante para a cidade de Búzios. Conhecer a história do município é muito necessário. E o ConheSer complementa o projeto de lei de Turismo nas escolas, pois leva a capacitação para mais pessoas, não limitando o conhecimento somente aos alunos das escolas municipais. Janice Kunrath, Presidente da APB e Gerente da Pousada Colonial Búzios
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às quartas e quintas-feiras, das 17h às 20h50. Realizado pela Prefeitura de Búzios, por meio das Secretarias de Turismo e Educação, o projeto foi elaborado visando, principalmente, a capacitação dos profissionais de receptivos, com enfoque no atendimento ao turista. - O ConheSer tem como objetivo qualificar a mão de obra no setor turístico. Ou seja, estamos falando de taxistas, recepcionistas, garçons, camareiras, e todas as pessoas que têm
acesso direto ao turista. Nós já temos mais de 100 inscritos aptos a participar da iniciativa. A procura está muito grande, e o interesse nos motiva muito, pois está sendo muito satisfatório. Ter mão de obra qualificada em Búzios é o meu sonho e o sonho de todos os empresários da cidade. Quando se fala em turismo de qualidade estamos nos referindo a mão de obra preparada para atender o turista. Não adiantar ter belas paisagens e uma infraestrutura apenas, o ser humano gosta de ser
bem recebido, eu diria até paparicado. E o ConheSer vai proporcionar isso, vai capacitar os profissionais para receber os turistas - disse Zé Márcio, Secretário de Turismo de Búzios e um dos responsáveis pelo projeto. O curso tem duração de 40 horas e todas as informações sobre o Cronograma de aulas podem ser obtidas na sede da Secretaria de Turismo (Pórtico), das 8h às 18h. Opinião das pessoas sobre o ConheSer:
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em dúvidas nenhuma, um dos maiores problemas que nós temos não só em Búzios, mas na região e até em todo o Brasil, é qualificação e capacitação. E tudo que visa capacitar, educar e melhorar, é de extrama importância para o município. A cidade precisa de uma mão de obra qualificada, os mega eventos estão chegando, e uma iniciativia como essa só tende a melhorar a economia e a receptividade dos turistas. E desde já, o Convention Bureau parabeniza o projeto ConheSer, que é executado pelo Zé Márcio em parceria com Secretaria de Turismo e Secretaria Educação.
S
odos os projetos como esse do ConheSer, tem que ser incentivado, porque nós temos a necessidade de nos capacitar cada vez mais. Precisamos acreditar na ideia de termos um serviço de qualidade em Búzios. E necessito ressaltar que a cidade precisa de mais iniciativas como essa. Mas, como todo projeto, o ConheSer precisa de tempo para se firmar. No entanto, é uma iniciativa que desde já merece todo o reconhecimento do empresariado e principalmente de quem trabalha no comércio, que cada vez mais deve querer trabalhar com competência.
Primo Tour, do Buzin
Cristiano Marques, diretor-executivo do Convention Bureau
Armando Ehrenfreund, diretor da ACEB
iniciativa do ConheSer é excelente, já que todos os projetos que foram planejados antigamente não foram realizados, e pela primeira vez estão promovendo uma ação que tem tudo para dar certo. E para dar certo só depende da iniciativa privada. Nós não podemos mais perder essas iniciativas, como perdemos o Festival de Gastronomia para Rio das Ostras, por exemplo. O público vem para Búzios procurando atrativos e serviços de qualidade. Com isso, espero que todos possam colaborar da melhor forma possível. E preciso parabenizar a iniciativa e dizer que podem contar comigo para tudo dar certo.
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Ruy Borba, o retorno! Ao publicar esta decisão, proferida quando Ruy Borba já se encontrava preso, o Jornal O Perú Molhado, ressalta na brilhante decisão, que o verdadeiro ataque se deu não somente ao edi-
Processo nº: 0000759-36.2011.8.19.0078 Descrição: Trata-se de Ação Penal proposta em face de RUY FERREIRA BORBA FILHO e KAUÊ ALESSY TORRES, sendo que o primeiro acusado é denunciado pela prática dos crimes previstos nos artigos 129, caput, duas vezes, 150, §1°, 163, parágrafo único, inciso I, 140, § 3°, e 147, duas vezes, todos do Código Penal, na forma do artigo 69, do mesmo Diploma Legal, e o segundo acusado pela prática dos crimes previstos nos artigos 129, caput, duas vezes, 150, §1°, 163, parágrafo único, inciso I, na forma do artigo 69 do mesmo Diploma Legal. A denúncia narrou que no dia 11 de fevereiro de 2010, por volta das 18:30 h, no interior da sede do Jornal ‘O PERU MOLHADO’, localizada na Rua Alfredo Silva n° 226, bairro Brava, nesta Comarca, os denunciados, de forma livre e consciente e em comunhão de ações e desígnios entre si, com dolo de lesionar, agrediram as vítimas Roberto Medina Neves e Marcelo Sebastian Lartigue, causandolhes as lesões descritas no AECD de fls. 83 e 84. Explicitando a exordial que para lograrem seu intento criminoso, os acusados, de forma livre e consciente e em comunhão de ações e desígnios entre si, entraram e permaneceram na sede do Jornal ´O Peru Molhado´, domicílio laboral da vítima Marcelo Sebastian Lartigue, contra a vontade desta, sendo que nas mesmas circunstâncias de tempo e lugar, de forma livre e consciente e em comunhão de ações e desígnios entre si, narra-se que os destruíram e inutilizaram coisa alheia, a saber, objetos pertencentes à segunda vítima, localizados na sede do aludido Jornal, no endereço acima descrito, conforme laudo pericial de fl. 85, salientando a inicial que o delito de dano fora praticado mediante violência, a saber, mediante lesões corporais causadas às vítimas Roberto Medina Neves e Marcelo Sebastian Lartigue. A denúncia narra que, em ato contínuo, o primeiro acusado, de forma livre e consciente, ameaçou de morte e injuriou a vítima Marcelo Sebastian Lartigue, ofendendo-lhe a dignidade, mediante a utilização de elementos referente à religião, dizendo: ´Você passou dos limites, seu judeu de merda, vou acabar com a sua vida´. Em seguida o primeiro denunciado, de forma livre e consciente, ameaçou a vítima Roberto Medina Neves de causar-lhe mal injusto e grave, consistente na sua morte, proferindo as seguintes palavras: ´Não estou preso nada, quem é você seu policial de merda, sabe com quem você está falando, quem manda nessa porra de cidade sou eu e se levar este caso para a Delegacia vou acabar com a sua vida´. Após terem sido oferecidas as defesas preliminares e recebida a denúncia à fl. 129, realizou-se, então, a instrução processual com a colheita dos depoimentos de cinco testemunhas, sendo oferecidas posteriormente as alegações finais das partes. Em segui-
tor deste jornal, mas principalmente a liberdade de imprensa, ao representante dos poderes constituídos, a liberdade religiosa e a sociedade pluralista e livre de preconceitos raciais.
da, o juízo, convencendo-se motivadamente da prática de dos delitos imputados aos acusados, prolatou sentença condenatória, considerando o primeiro réu como incurso nas penas dos crimes previstos nos artigos 129, caput, uma vez, 150, §1°, 163, parágrafo único, inciso I, 140, § 3°, 147, duas vezes, e 331, ante a aplicação do instituto da emendatio libelli, todos do Código Penal, na forma do artigo 69, do mesmo Diploma Legal, assim, pela regra do cúmulo material, após a dosimetria pelo método trifásico para cada uma dessas infrações, o primeiro réu Ruy Ferreira Borba Filho foi condenado a um total de seis anos de pena privativa de liberdade, em regime semiaberto, sendo dois anos deste somatório concernente à pena de reclusão e quatro anos concernente à pena de detenção. Já o segundo acusado foi condenado pelas infrações previstas nos artigos 129, caput, uma vez, 150, §1°, 163, parágrafo único, inciso I, todos na forma do artigo 69 do Código Penal, totalizando uma pena de 01 ano e 03 meses de detenção pela regra do cúmulo material, em regime aberto. A sentença concedeu aos réus o direito de apelar em liberdade, impondo, contudo, ao primeiro acusado a medida cautelar pessoal de proibição de se ausentar do país, sem autorização deste juízo, até o trânsito em julgado, bem como lhe impondo a obrigatoriedade de apresentação de seu passaporte no prazo de dez dias, para efetivação da medida. No entanto, como o réu não cumpriu a determinação judicial, o juízo oficiou, então, à Polícia Federal para o cancelamento do passaporte do aludido acusado. Em prosseguimento, interpostos recursos de apelação por ambos os acusados, o juízo determinou a certificação da tempestividade dos apelos para posterior intimação pessoal do Parquet para contra-arrazoar os recursos defensivos, sendo que em relação ao primeiro acusado, o mesmo dantes teve que ser intimado para a regularização de sua representação processual e para o oferecimento de suas razões recursais, vez que na audiência de instrução o réu, sem qualquer razão plausível, revogou o mandato judicial outorgado aos seus advogados, sendo-lhe nomeada a Defensoria Pública, encargo que fora aceito pelo Defensor Público e anuído pelo réu, muito embora o acusado detenha condição sócio-econômica e financeira bem acima da média da população brasileira, não podendo de forma alguma ser enquadrado como hipossuficiente. Neste interregno, o cartório deste juízo certificou o recebimento de comunicação pela 127ª DP, de cumprimento de mandado de prisão preventiva em desfavor do primeiro acusado Ruy Ferreira Borba Filho, expedido pela 1ª Vara desta Comarca, em processo-crime movido pelo Ministério Público, cuja ação penal imputa ao aludido réu a prática em tese dos crimes de denunciação caluniosa (três vezes) e coação no curso do processo (duas vezes). Crimes contra a Administração da Justiça, que tem
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Mais uma vez e de forma técnica e equilibrada, a cidade de Búzios foi brindada com uma decisão, digna de ser apreciada pelos estudantes e pelos operadores do bom direito.
como sujeito passivo direto o Estado e a regular administração da prestação jurisdicional. Acostada ainda aos autos a cópia da decisão proferida pelo Excelentíssimo Senhor Juiz Titular da 1ª Vara da Comarca de Armação dos Búzios, Dr. Gustavo Favaro Arruda, extraída do sistema informatizado deste Tribunal, ante a comunicação da prisão do primeiro réu feita pela Polícia Civil a ambos os juízos, mormente porque o réu, estranhamente, nunca teve a sua Folha de Antecedentes Criminais confeccionada, embora responda a inúmeras ações penais, somente nesta Comarca, sendo que em algumas delas com condenações já impostas, em especial por delitos contra a honra, além da condenação imposta neste feito, o que levou a este órgão jurisdicional, na prolação da sentença deste processo, a determinar ainda identificação datiloscópica do primeiro acusado, sendo esta, indubitavelmente, a razão da comunicação da prisão do acusado à 2ª Vara da Comarca de Armação dos Búzios. Sendo certo que o primeiro acusado sempre apresentou nos inúmeros processos em que é parte nesta Comarca, documentos de outros Estados, embora tenha sido Secretário Municipal de Gestão e Orçamento do Município de Armação dos Búzios. Assim, pode se depreender pelo cotejo do aludido decisum que um dos fundamentos da referida prisão cautelar é a asseguração da garantia da ordem pública, mormente o próprio resguardo da Justiça, ante aos inúmeros ataques pessoais anteriores perpetrados pelo primeiro réu contra Juízes e Promotores de Justiça que passaram por esta Comarca, ou com atuação na Promotoria da Tutela Coletiva de Cabo Frio, vez que o aludido acusado responde, em um levantamento preliminar, a 26 (vinte e seis) processos criminais, somente nesta Comarca, já tendo obtido com o manejo de um tabloide semanário, que já foi de sua propriedade, mas em que ele escreve ainda, a suspeição de cinco magistrados que passaram por esta comarca, notadamente dos nobres e dedicados magistrados Rafael Rezende Chagas e Carlos Eduardo Iglesias Diniz, aos quais fez o referido réu, ataques de cunho pessoal e ofensivo por deveras escabrosos e mendazes pelo tabloide denominado ´Primeira Hora´, com escopo da obtenção da suspeição desses juízes, que, ao final, infelizmente o seu malicioso desiderato veio a ser alcançado, apesar da profilática regra processual penal contida artigo 256 do Código de Processo Penal. Por via de consequência, quando o aludido réu, intencionalmente, e em conspurcação ao princípio da boa-fé objetiva, opõe exceção de suspeição do Magistrado ou do Promotor de Justiça em exercício, independentemente de quem ele seja, ou mesmo que nunca em sua existência terrena já tenha tido algum contato verbal com a autoridade da vez, aceita ou não a arguição, invariavelmente, suspende-se o curso da demanda, o que acarreta, então, grande prejuízo da persecução pe-
nal, bem como para a própria credibilidade da Justiça. Assim, há que se obtemperar que a regra é no sentido de não declaração ou reconhecimento da suspeição quando a parte injuria o juiz com o propósito de criá-la, ou pratique qualquer ato com a finalidade de gerar a suspeição, sendo a teleologia da regra a própria defesa da instituição essencial da Justiça e a conspurcação do princípio constitucional do Juiz Natural, não podendo a parte escolher por quem quer ser julgada. Outrossim, quando a parte age da forma como se conduz o primeiro réu, tal conduta é subsumível a uma inobservância do princípio da boa-fé objetiva, que se traduz em um princípio basilar de todas as relações humanas e intersubjetivas, que pode muito bem ser transposto de sua normatização do âmbito do Direito Privado no que tange as relações contratuais, para o âmbito do Direito Processual, como integração da disciplina processual que trata da lealdade processual, pois, nos termos da boa-fé objetiva, exige-se mais do que mera lealdade, sob o aspecto subjetivo de não tencionar agir de forma temerária ou com dolo de conspurcar a verdade ou de pleitear pretensões ou deduzir defesas sem fundamento legal, mas se exige sim o dever de eticidade, como arquétipo social e civilizatório, pelo qual se impõe o poder-dever de ajuste do comportamento de cada pessoa a esse modelo, agindo como agiria uma pessoa honesta, escorreita e leal. Apenas a título de ilustração, o primeiro acusado é ainda réu em ações civis públicas por ato de improbidade administrativa e em ações cíveis com pedidos indenizatórios perante ambas as varas desta Comarca. Cabendo registrar que o réu responde a ação penal pela prática de delito previsto no artigo 89 da Lei n° 8.666/93, a saber, dispensa ilegal de licitação, processo n° 000123455.2012.8.19.0078, no qual foi determinado no ano passado o seu afastamento cautelar do cargo de Secretário Municipal de Gestão e Planejamento da Prefeitura de Armação dos Búzios, sendo que descumprida de forma sorrateira àquela ordem judicial, a prisão preventiva do acusado fora então decretada naquele feito. O réu ainda responde a três ações criminais perante o juízo da 1ª Vara de Armação dos Búzios, por delitos de recusa em prestar informações ao Ministério Público, informações estas requisitadas para propositura de ações civis públicas, o que é previsto no artigo 10 da Lei n° 7.347/85, que disciplina a ação civil pública. Fato também revelador da insistência do primeiro réu no descumprimento intencional de ordens judiciais e requisições ministeriais, o que é bem revelador de um perfil psicológico deste réu, aparentemente sociopático, no sentido de inexistência de reconhecimento de limites e freios, e de desrespeito às instituições democráticas de Direito. Destarte, neste sentido o Juiz da 1ª Vara da Comarca de Armação dos Búzios, no processocrime n° 001562-48.2013.8.19.0078,
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ao qual o primeiro acusado responde por práticas de denunciação caluniosa e de coação no curso do processo, ter fundamentado o decreto prisional com as seguintes assertivas: ´O que os autos noticiam, pois, não é simplesmente um caso de um cidadão, dono de jornal, que metido em política local, confronta-se e contesta, ainda que de forma veemente, Magistrados, Promotores e membros de outras instituições´. ´O quadro narrado acima demonstra que a situação nesta Comarca de Armação dos Búzios está tomando outra dimensão. Envolve inúmeros Magistrados da região e até Desembargadores. Envolve o Delegado de Polícia, o Prefeito, enfim, não encontra limites. Pode chegar à seara das agressões físicas´. ´Por isso, a prisão cautelar do acusado se faz necessária, em primeiro lugar, para garantia da ordem pública. A forma com que ele lida e desrespeita as instituições coloca em risco a Administração da Justiça na Região dos Lagos - RJ e desafia a própria credibilidade do Estado Democrático de Direito´. Decisão esta que foi fundamentada na denunciação caluniosa e na coação no curso do processo exercida contra juízes da Região dos Lagos, com a ardilosa finalidade de obtenção de paralização de todos os processos em que o primeiro réu nesta demanda figura no pólo passivo da relação jurídico-processual perante esta comarca e perante também outras comarcas da Região dos Lagos, tendo como sujeito passivo direto desses aludidos crimes o Estado, na sua função de regular administração da Justiça. Nesta esteira, o Ministério Público ao sopesar a reiteração criminosa do primeiro acusado e o grave comprometimento da ordem pública, passa a requerer, então, no prazo que tinha para contra-arrazoar os recursos defensivos, a decretação da prisão preventiva do primeiro acusado, como medida imprescindível para a garantia da ordem pública, aventado o desrespeito reiterado do réu para com as instituições democráticas e para com a Administração da Justiça. Argumentando ainda o Ilustre Promotor de Justiça em sua requisição que por todos os cantos desta Comarca são ventiladas as posturas inadequadas praticadas pelo réu em desfavor do Poder Judiciário e do Ministério Público, em um ataque as instituições constitucionalmente constituídas, havendo perplexidade que um réu que detém 26 (vinte e seis) processos criminais contra si, com cinco condenações criminais e, ainda assim, anda livre e tranquilamente pela cidade, atacando, reiterada e desmedidamente, àqueles que vão de encontro aos seus interesses escusos, mormente às instituições encarregadas de promover a administração da Justiça. Fundamenta ainda o Parquet, o seu pedido de prisão na conveniência da instrução criminal, obtemperando que um dos sujeitos passivos indiretos do delito de denunciação caluniosa é justamente uma das vítimas deste processo, a saber, o Sr. Marcelo Sebastian Lartigue, jornalista e editor da conhecida gazeta desta cidade de nome ´PERU MOLHADO´, contra quem o primeiro acusado Ruy Ferreira Borba Filho foi condenado neste processo em 1ª instância por delitos de lesão corporal leve, ameaça contra a vida e injúria racial, haja vista que exarou contra aquela vítima um preconceito antissemita. O Ministério Público também fundamenta a sua requisição de decretação de prisão pre-
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ventiva do acusado em um dos requisitos concessivos desta medida cautelar pessoal excepcional, que se consubstancia na asseguração da aplicação da Lei Penal, aduzindo que, como o réu, reiteradamente, descumpre ordens judiciais e aventa menoscabo pela Justiça, há, então, o risco de tentar futuramente se furtar à aplicação da Lei Penal, citando como exemplo a determinação judicial que o instou a entregar o seu passaporte, para que ficasse acautelado nos autos, que foi, de forma certificada, descumprida nestes autos. Sem embargo do direito de apelar em liberdade concedido ao acusado na sentença condenatória, o Parquet também obtempera que houve substancial alteração fática e jurídica superveniente à aludida sentença de fls. 218/240, que ora passam a autorizar a excepcional decretação da prisão preventiva, nos moldes dos artigos 311 e 312 do Código de Processo Penal. Assiste, portanto, razão ao Parquet em seu pedido, argumentando-se, ad cautelam, que embora a cognição deste juízo quanto ao mérito tenha se exaurido na prolação da sentença de mérito, a providência solicitada é de ordem cautelar e busca assegurar a própria efetividade do processo, estando inserta, portanto, no âmbito do poder de cautela deste órgão jurisdicional. Com efeito, tal providência cautelar pode ser determinada em qualquer fase do curso do processo penal, nos termos do artigo 311 do Código de Processo Penal. Deste modo, se a prisão preventiva pode ser decretada, ab initio, quando do recebimento da denúncia, ou até na fase préprocessual ou inquisitorial, o que dirá quando já há um juízo de certeza, a saber, uma inequívoca verossimilhança que transcende o fumus comissi delicti. Instando ressaltar que a situação elencada pelo Ministério Público, consubstanciada em mais uma reiteração criminosa do réu, em especial contra uma das vítimas deste processo, consiste, portanto, em nova situação fática, que inexistia à época da propositura da demanda, ou à época da prolação da sentença condenatória. Situação superveniente esta da qual faz exsurgir no convencimento deste juízo o periculum libertatis, mormente se for sopesado não só o menoscabo e o desprezo do réu para com a Lei e para com a Administração da Justiça, como também para a tranquilidade social e para a própria segurança de autoridades, testemunhas e vítimas, eis que o réu Ruy Ferreira Borba Filho revela ser uma pessoa de certo grau de periculosidade, em especial ante a natureza dos crimes pelo quais o mesmo foi condenado nesta demanda, a saber, crimes contra a pessoa, contra a liberdade individual e o patrimônio. Apenas para ilustrar, em relação ao processo em comento, o réu ao desferir sua raiva contra a vítima Marcelo Sebatian Lartigue lesionando-a, ameaçando-a e a injuriando-a, na sede do jornal do qual esta vítima é editor-chefe, deparou-se também com a vítima Roberto Medina Neves, policial civil que estava na sede daquele jornal para fazer um anúncio, sendo que a mesma, tentando intervir e identificandose como policial, acabara também sendo agredida, além de ameaçada e desacatada. Sendo tal episódio bem revelador da personalidade problemática do primeiro réu, bem como de seu desrespeito pela Lei e pelas instituições democráticas, ante ao que consta dos autos como dizeres absolutamente
arrogantes e cavilosos proferidos por este acusado contra o aludido agente da Lei, que ora se transcreve in verbis: ´Não estou preso nada, quem é você seu policial de merda, sabe com quem você está falando, quem manda nessa porra de cidade sou eu e se levar este caso para a Delegacia vou acabar com a sua vida´. O primeiro réu responde a diversas ações penais, sendo que destes, já foi condenado em cinco processos crimes, e nem assim, deixa de reiterar condutas criminosas. Frisando-se ainda, como bem obtemperou o colega da 1ª Vara desta Comarca, na recente decisão de decretação de prisão preventiva deste acusado, proferida no processo-crime n° 00156248.2013.8.19.0078, que o Sr. Ruy Ferreira Borba Filho está ainda sendo investigado pelo Grupo de Atuação ao Combate ao Crime Organizado do Ministério Público, em procedimento sigiloso distribuído a este juízo. Investigação na qual se apuram as práticas delituosas em tese de lavagem de dinheiro, corrupção passiva, crimes contra ordem tributária, crimes contra a Lei Geral de Licitações da Administração Pública e Formação de Quadrilha, que envolve as empresas deste primeiro réu e uma fundação filantrópica, da qual era fundador e gestor, que mantinha curiosamente convênio com a Prefeitura deste Município, do qual o mesmo integrava a administração direta com o relevante cargo de Secretário Municipal de Gestão e Planejamento. Procedimento acima referenciado no qual ocorreram, estranhamente, vulnerações de documentos sigilosos, dentro e fora deste fórum, como bem ressaltou o juízo da 1ª Vara desta Comarca em sua citada decisão, estando o mesmo cientificado desses esdrúxulos fatos ante a determinação de instauração de sindicância por parte deste juízo, também comunicada ao juízo contíguo. Tendo havido ainda a determinação de três inquéritos policiais para apuração de eventuais delitos de violação de sigilo funcional e fraude processual. Inequívoca, portanto, a presença do requisito da garantia da ordem pública para decretação da medida cautelar pessoal ora pleiteada pelo Ministério Público. Instando salientar que a prevenção na tutela condenatória pleiteada no processo penal, que é ontologicamente repressiva, não se confunde com a prevenção da tutela cautelar. A tutela cautelar que é, inversamente, entendida como preventiva, não poderia assumir um caráter repressivo, como dando azo a uma pretensão repressiva de direito substancial de cautela, pois o que se pretende com a medida cautelar é prevenir, não repreender. Em termos terminológicos e semânticos, cautela significa prevenção, no sentido de precaver-se, tomar cautela, acautelar-se. A função preventiva da pena privativa de liberdade tem a mesma origem semântica da função da tutela cautelar que é de prevenção, daí a confusão dogmática. Como a medida cautelar consiste em um tertium genus, em que se constata a presença de funções cognitivas e executórias, a confusão dogmática que daí exsurge é ainda maior. Ocorre que o crime é um fenômeno complexo, de modo, que a sua ocorrência, em muitos casos, causa insegurança e intranquilidade social, além de que, em alguns casos, constata-se a presença do clamor público. Com efeito, a tutela cautelar no processo penal admite uma forma de prevenção para garantia da própria ordem pública, ou se prefe-
rirem alguns, da própria paz social, que é um direito fundamental assegurado pelo próprio caput do artigo 5º, da Constituição Federal, quando preceitua que a todos é assegurado o direito à segurança. Esse pressuposto da paz social para o cabimento da prisão preventiva indica mais ainda uma ontologia cautelar, quando pelos antecedentes do réu e as circunstâncias do caso, o juiz infira que haja possibilidade de reiteração criminosa, como se dá no caso em tela. Logo, observa-se nos provimentos cautelares pessoais, fundados na paz social, uma natureza de prevenção cautelar que se alicerça no periculum libertatis, sob o prisma de uma pretensão cautelar substantiva à segurança e à paz social. Tal decorre da própria peculiaridade do processo penal, que embora consoante a Teoria Geral do Processo, tenha a mesma origem comum à do processo civil, apresenta, contudo, finalidade própria. O processo penal tem aspectos extrínsecos que transcendem da mera relação processual entre as partes, razão pela qual a sua publicidade, como a publicidade verificada em processos de qualquer outra natureza, traduz-se em uma regra. Regra essa que deve ser entendida não só como de proteção ao próprio processado, como também de participação social na administração da justiça penal, vez que o crime é um fenômeno do qual se depreende uma ínsita causa de intranquilidade, sejam por razões psicológicas, sociais, antropológicas ou culturais. Trata-se de uma fenomenologia da qual se pressupõe como antecedente lógico à violação a um direito, destarte, como todos os direitos decorrem da força normativa da Constituição Federal, e, mais reflexamente dos próprios direitos fundamentais, o crime assume então, com todas as cautelas dos inconvenientes de quaisquer seleções primárias e secundárias de criminalização, um papel de ataque não só a lei, como também de ataque à ordem constitucional; ordem esta que é baseada em toda uma principiologia de reconhecimento de direitos humanos. Não seria demasiado, assim, inferir que a ordem pública conspurcada pelo periculum libertatis de um suposto autor de um crime, ainda não julgado, ou como no caso em tela, já julgado em 1° grau, consiste nessa ordem constitucional principiológica pós-positivista, e não na ordem positivista e exegética subsistente até a primeira metade do século XX. O processo penal é um instrumento de realização da paz social, princípio inferido do próprio capítulo do texto constitucional que ordena os direitos e garantias fundamentais de todos os indivíduos, gerador ainda do direito e interesse metaindividual à segurança pública insculpido no artigo 144 da Constituição Federal, promulgador de que a segurança pública é dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, donde se infere que também o é do Poder Judiciário, detentor de uma das funções das mais relevantes do poder estatal, embora as atividades de prevenção de crimes e persecução penal, fora do processo, estejam incumbidas aos órgãos policiais que estão previstos nos incisos do aludido artigo 144 da Constituição Federal. Em decorrência lógica, se, na análise de um caso concreto, o crime causa clamor público, intranquilidade social ou o exame de suas circunstâncias denota a possibilidade de reiteração criminosa, depreendendo-se o periculum libertatis, o acautelamento do réu é, por-
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quanto, providência de natureza cautelar com finalidade preventiva da própria credibilidade social na existência desse instrumento; caso contrário, são colocados em xeque: a própria ordem constitucional, a confiança no Estado Democrático de Direito e a própria dignidade da Justiça. Se o perigo na demora da prestação jurisdicional pode gerar, em muitos casos, descréditos e desconfiança social com o próprio sistema constitucional e o infraconstitucional, a medida cautelar pessoal poderá fazer-se urgente e necessária. Tal medida, portanto, não tem finalidade retributiva, nem exerce qualquer das funções da pena, mas sim a de acautelar o próprio processo sob o seu enfoque externo. O descrédito na existência do próprio instrumento é tão inconveniente, como o é o inconveniente à instrução, ou o risco da asseguração da eventual aplicação da lei penal. Nessa senda, a garantia da ordem pública, ou se preferirem, a da ordem principiológica dos direitos fundamentais, o que, de fato, faz é acautelar o próprio processo sob seu enfoque extrínseco. Tal garantia não viola o princípio da presunção de inocência, pois só o que pode elidir a inocência é o provimento jurisdicional condenatório a ser prolatado ao fim do processo de cognição, que produzirá a eficácia da coisa julgada material, nada mais. Ademais, nenhum princípio pode ser interpretado de forma absoluta, pois o único princípio que comporta tal extensão irrenunciável é o da dignidade da pessoa humana, do qual provém toda a regulação da vida em sociedade. O processo já não deixa de ser uma espécie de ataque à inocência, sendo o processo, porquanto, a única forma constitucional e legalmente prevista para a possibilidade de contestação estatal ao estado de inocência, ou de pretensão a ser exercida contra esse estado, a garantia da presunção de inocência é a própria existência do processo. Tal premissa faz concluir que todo e qualquer provimento cautelar pessoal não é uma elisão da inocência, mas uma mitigação desse estado de inocência com escopo instrumental e acautelatório, pois somente a prestação jurisdicional final poderá elidi-la. O único princípio constitucional cujo alcance e consequências comportam uma extensão infinita e absoluta é o da dignidade da pessoa humana, depreendendo a dogmática póspositiva a centralidade desse princípio e a partir de sua conceituação a fundamentação do próprio Estado Democrático de Direito. No caso vertente, como bem ponderou o Parquet, a credibilidade da Justiça posta em xeque pela reiteração intencional de crimes
por parte do primeiro acusado, perante toda a população desta cidade, conspurca a paz social nesta comarca e justifica a adoção da medida excepcional, como única medida apta a assegurar a efetividade do próprio instrumento de realização do Direito Material. De igual modo, a reiteração criminosa contra a vítima Marcelo Sebastian Lartigue demonstra que a prisão do primeiro réu também se faz necessária para conveniência da instrução criminal, pois como o primeiro réu desenvolve em seu recurso as teses de inexistência de pressuposto de desenvolvimento válido e regular deste processo e de violação ao princípio constitucional da ampla defesa, pretendendo a anulação do decisum, o encerramento da instrução criminal sob o prisma da própria ordem defensiva não é óbice ao reconhecimento deste pressuposto, pois em tese e imparcialmente, qualquer provimento jurisdicional poderá advir do recurso de apelação, seja a anulação, seja a reforma ou o desprovimento do recurso, com a manutenção da sentença a quo. Hipoteticamente, se for acolhida a tese defensiva, a vítima, que prima facie, foi lesionada, ameaçada, injuriada, teve seus bens danificados e o seu domicílio laboral invadido, e ora é, em tese, vítima de nova reiteração criminosa, a saber, de denunciação caluniosa, mesmo como sujeito passivo indireto, terá que conviver com o periculum libertatis do primeiro réu, donde se infere que o mero encerramento da instrução criminal em processo pendente de recurso, do qual se busca a anulação, não pode servir de base para a elisão jurídica do pressuposto da conveniência da instrução criminal para adoção da prisão cautelar, pois, caso contrário, se houvesse tal obtuso óbice, constatar-se-ia em nosso Ordenamento uma inequívoca violação ao subprincípio constitucional de vedação de proteção deficiente. Presente ainda o requisito para a prisão consistente na asseguração da aplicação da Lei Penal, tendo em vista que o réu descumpre reiteradamente as decisões e ordens judiciais, profere e aventa notoriamente nesta Comarca, o menoscabo e o desrespeito às instituições democráticas, assim, não é inimaginável que uma pessoa com alto poder aquisitivo e com o aludido histórico, como é o caso do primeiro réu, na hipótese de condenação definitiva, tente se furtar, então, da aplicação da Lei Penal, fugindo para outro país. Sendo revelador desta probabilidade, o fato de que o réu instado a apresentar o seu passaporte, quedou-se inerte. Isto posto, pelos fundamentos acima expostos, acolho a requisição ministerial e de-
creto a prisão preventiva do primeiro réu RUY FERREIRA BORBA FILHO. Expeça-se mandado de prisão preventiva. Oficiando-se à 127ª Delegacia de Polícia e à Secretária de Administração Penitenciária do Estado do Rio de Janeiro, para o efetivo cumprimento da prisão preventiva, devendo o ofício à SEAP e competente mandado prisional ser cumprido por meio de Oficial de Justiça. A ordem deverá ser cumprida no Presídio Pedrolino Werling, da SEAP, onde o acusado já se encontra custodiado, conforme certidão do Juizado Especial Criminal Adjunto deste juízo. Instando salientar que a unidade em tela supre a prerrogativa concedida pelo Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil, de prisão em sala do Estado Maior de Batalhão da Polícia Militar, que se traduz em verdadeiro conceito jurídico indeterminado, ante a condição de advogado do primeiro réu. Ad cautelam, comunique o cumprimento da prisão à respeitosa Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil da Comarca de Cabo Frio. Neste sentido, transcreve-se aresto da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, Relatora Excelentíssima Senhora Desembargadora Gizelda Leitão Teixeira, no sentido de que há unidades penitenciárias neste Estado, com condições de higiene, asseio e comodidade, que bem atende a prerrogativa do advogado, a qual se impõe medida excepcional de prisão: 0037072-02.2012.8.19.0000 -HABEAS CORPUS 1ª Ementa DES. GIZELDA LEITAO TEIXEIRA - Julgamento: 14/08/2012 - QUARTA CAMARA CRIMINAL HABEAS CORPUS. Alegado constrangimento ilegal: 1) ausência de flagrância e, por via de consequência, necessidade de revogação da custódia preventiva decretada: 2) requer transferência para sala de Estado Maior e, em não havendo, deferimento de prisão domiciliar. Análise trazida no writ que invade o mérito da causa: descabimento em sede de habeas corpus. Preliminar de Ausência de flagrância: a imputação ao paciente e de crime de natureza permanente, que se prolonga no tempo, permanecendo o estado de flagrância enquanto mantido o vínculo de associação entre os integrantes da malta. Rejeita-se a preliminar. Mérito: 1) Decisão que decretou a custódia preventiva devidamente fundamentada, atendendo às exigências legais, mostrando-se incensurável. Necessidade da custódia do paciente que é acusado pelo Ministério Público de ter participado da invasão por traficantes à 25ª D.P., onde o também traficante de alcunha D.G., aguardava para ser autuado em fla-
grante e que acabou por ser resgatado penal em curso. 2) Necessidade da custódia cautelar: a ação intentada pela malta também integrada pelo aqui paciente caracterizou-se pelo emprego de violência extrema, invadindo em plena luz do dia uma Delegacia Policial, efetuando disparos a esmo dentro e fora da C.P., logrando êxito em resgatar D.G. ousadia que colocam em risco a segurança de incontáveis cidadãos. Decisão que não padece de qualquer vício que permite falar-se em ilegalidade. 3) Pedido de ser transferido para sala de Estado Maior ou Prisão Domiciliar: impossibilidade. O art. 117 da LEP prevê expressamente as restritas hipóteses que permitem a concessão da mercê da prisão domiciliar. O paciente não se enquadra em qualquer daquelas hipóteses. Daí, resta desacolhida a pretensão. Quanto à transferência para sala do Estado Maior, contactado o Comando da Polícia Militar, foi informado inexistir sala de Estado Maior em qualquer das unidades militares estaduais: quando instada a PM a ser responsável pela custódia de civis, estes ficam na sala do Oficial de Dia, invariavelmente próximo à rua, com livre trânsito dentro da unidade militar, com grande possibilidade de fuga. Contactado o Sr. Diretor da Penitenciária Pedrolino Werling de Oliveira - Bangu 8, onde se encontra o paciente, mediante ofício informou que, atualmente, há ala especialmente destinada aos portadores de nível superior (com capacidade para 60 presos) conta com efetivo carcerário de 34 presos com formação superior, sendo 15 Bacharéis em Direito, incluindo o paciente, dos quais 06 são inscritos na OAB. Como se vê o paciente está acautelado em local destinado a pessoas de igual nível de escolaridade, inclusive outros colegas de profissão e, indagado a respeito, o Sr. Diretor da penitenciária informou que a ala observa normas de salubridade e higiene, sem qualquer risco para os presos. Não dispondo a Polícia Militar de sala de Estado Maior para acautelamento de Advogados e o local em que efetivamente ficam é precário quanto à segurança, havendo sério risco de evasão ou até mesmo de outra invasão, agora à unidade militar para resgatar acautelado em local especialmente destinado a pessoas de igual condição à do paciente, resta indeferido o pedido, não havendo que se falar em constrangimento ilegal. REJEITADA A PRELIMINAR SUSCITADA, DENEGA-SE A ORDEM. Búzios, 30 de abril de 2013 MARCELO ALBERTO CHAVES VILLAS
Juiz de Direito
R E S T A U R A N T E
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Pátio Havana - De frente para o mar, gastronomia contemporânea. Excelentes alternativas de frutos do mar, carnes de importação, massas, petiscos e deliciosas pizzas. Programação de shows ao vivo, quintas feiras Salsa para bailar e domingos roda de samba. Aberto todos os dias a partir das 18h e ate o ultimo cliente (exceto terças feiras). Reservas: (22) 2623-2169 – Ramal 6 – www.patiohavana.com.br - Rua das Pedras, 101. Centro. Estância Don Juan - As melhores carnes de importação com a melhor seleção de vinhos, no restaurante mais aconchegante de Búzios. Shows de tango são apresentados todas as terças feiras. Aberto todos os dias do meio dia até o ultimo cliente. Reservas: (22) 2623-2169 – Ramal 5 – www.estanciadonjuan.com.br – Rua das Pedras, 178. Centro.
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Só não aprende quem não quer Por Gustavo Medeiros
A
frase do título que inspirou esta matéria saiu da fala da garçonete Claudia Alves Benfica, de 33 anos, moradora Rasa, mãe de três filhos. Ela comenta com orgulho a sua participação no curso gratuito de capacitação de Garçom, promovido pelo Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (Sindbuzios – Sindsol), que acontece duas vezes por semana, terças e quartas, nos turnos manhã ou tarde, com 80 horas/aula, no auditório da ACEB, na Rua das Pedras. Tamanha a empolgação, que ela pretende aproveitar todos os cursos que estão disponíveis na cidade. Para se ter uma idéia, só o Sindbuzios-Sindsol está com um curso em andamento e outros quatro com datas definidas para seus inícios – Sushi e Sashimi, Pizziaolo, Estratégias Empresariais e Capacitação em Turismo. A verdade é que Búzios está recheado de oportunidades de capacitação profissional, principalmente na área do turismo. Claudia, a recepcionista animada, que o diga: - Já mais imaginei participar de um curso de garçom. Está sendo simplesmente maravilhoso. Esta semana, visitamos a adega do restaurante Pátio Havana. Chic não? Aprendi coisas fantásticas sobre vinho. Não sabia que existia a diferença na rotulagem dos vinhos chamados Novo Mundo (pertencentes aos países como Brasil, Uruguai, Argentina, Chile, Austrália, África do Sul, Estados Unidos e Nova Zelândia). Já os comparados com os rótulos dos vinhos chamado do Velho Mundo, são de países como França, Itália, Portugal, Espanha e outros de origem européia. Além do vinho, estou aprendendo tudo sobre a ocupação do garçom, cuidados com o ambiente do restaurante, recebendo o cliente, servindo o cliente e outros assuntos que vou aprender e dominar, se Deus assim permitir , - sustenta Claudia que já está empolgando amigos e parentes em participar do máximo de cursos disponíveis no mercado buziano. A Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec) e o Centro de Educação Tecnológica e Profissional (Cetep), com uma unidade de ensino na Rasa, vai disponibilizar para a população gratuitamente, cursos de inglês, espanhol, camareira e recepcionista para meios de hospedagem e operador de computação. Os interessados podem fazer suas inscrições através do site www.faetec.rj.gov.br. Os cursos têm duração de 20 semanas a um ano. No próximos dias 18 e 19, o Sindbuzios-Sindsol inicia um curso de sushi e sashimi, com vagas limitadas, com o sushimam Marcelo, que já fez sucesso o ano passado com o mesmo curso. No site www.sindsol.com.br estão abertas as inscrições para o Curso de Qualificação para o Turismo – Copa 2014, numa parceria do Sindicato e o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), criado pelo Governo Federal em 2011, com objetivo de ampliar a oferta de educação profissional e tecnológica.
Os participantes do curso de capacitação de garçom
Acessando o site, basta clicar no ícone cursos, a direita da sua tela, onde vai aparecer o flyer do Curso de Qualificação para o Turismo. Depois, é só clicar em formulário de inscrição e garantir a sua vaga. Em Búzios, o Sindsol-Sindbúzios e o Pronatec Copa na Empresa vão oferecer cursos de camadeira, recepcionista e Garçom. Em parceria com o SEBRAE, o Sindbuzios-Sindsol realiza nos dias 7,14,21 e 28 de junho, de 9 às 18 horas,e no dia 5 de julho, de 9 às 13 horas, na Pousada dos Reis, no Portal da Ferradura, o curso “ Estratégias Empresariais – Programa SEBRAE para Empresas Avançadas. Este programa revela um mundo real das estratégias empresariais para o sucesso dos negócios, unindo conceitos, teorias e aplicação prática, o que irá auxiliar a tornar mais efetiva as decisões estratégicas na empresa. As turmas já foram formadas. Está também previsto, logo no início de julho, o Curso de Pizziaolo com o chef petropolitano Antônio Lopresti. Outros estão na grade de programação do Sindicato, como de “ Comida Árabe “, “ Formação de Preços “ e “ Programa de Alimentação Segura - PAS “. Essas e outras informações estão disponíveis no faceboock e no site do Sindsol. A Secretaria Municipal de Promo-
De 25 de maio a 1º de junho de 2013 – O Perú Molhado
ção Social, Trabalho e Renda só está aguardando orientações do Pronatec – Programa Nacional de Acesso ao Ensino e Emprego, para divulgar o início das incrições para cursos que serão ministrados por técnicos do SENAI nas seguintes áreas áreas: ladrilheiro, pintor, construção civil e bombeiro hidráulico. De acordo com Carolina Lessa, responsável pelo Departamento de Trabalho e Renda da Prefeitura, 150 vagas serão disponibilizadas em curso de até 160 horas/aula, totalmente gratuito. Outras informações pelo telefone (22) 2623 6497. O Centro de Idiomas, recém inaugurado pela Prefeitura de Búzios, está com inscrições abertas para o curso de espanhol, para garçons e vendedores, com aulas todas as terças feiras, no turno da tarde, 14 às 16 e 16 às 18 horas. Matrículas podem ser feitas na sede da Secretaria de Turismo. Para os cursos de inglês, todas as vagas já foram preenchidas para os seguintes segmentos: taxista, garçom, guia de turismo, guarda municipal e rede hoteleira. Segundo Soraia Coelho, gerente de atendimento da Secretaria de Turismo, estão
abertas as inscrições para a segunda e terceira edições, em agosto e outubro respectivamente, do projeto ConheSer, que tem como objetivo capacitar os profissionais dos segmentos turísticos, levando o conhecimento da história do município, como também os aspectos geográficos e ambiental, com enfoque ao turista, além de questões de utilidade pública. As aulas acontecem todas as quartas e quintas feiras e o curso é ministrado pelo CEPEDE. Todas as informações sobre oportunidades de cursos profissionalizantes em Búzios, estarão sempre disponíveis no facebook e no site do Sindsol – www.sindsol.com. br. , que funciona na Estrada da Usina, nº 135, sala 8, Shopping da Caneta. O telefone é 2623 0887. Aproveitando mais uma vez a deixa da simpática e bem humorada Claudia Alves: “ Em Búzios, só não aprende quem não quer “
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Búzios recebe segunda etapa do projeto “De Olho no Futuro” Mais de 130 crianças participaram do exame de acuidade visual
O
Instituto Brasileiro de Assistência e Pesquisa - IBAP, realizou, entre os dias 25 e 27 de abril, em parceria com a Prefeitura de Búzios, a segunda fase do projeto “De Olho No Futuro”, que tem como objetivo diminuir um dos graves problemas que interferem no sucesso escolar das crianças oriundas das camadas populares: a saúde visual. Nesta segunda fase, 139 crianças já foram atendidas e 27 que faltaram ao exame do fim de semana realizarão o procedimento hoje, dia 2, em Niterói (RJ), com transporte oferecido pela Prefeitura. O trabalho da entidade filantrópica niteroiense foi iniciado nas escolas públicas de Armação dos Búzios, na primeira semana de aula do município, e inclui etapas como atendimentos gratuitos, exames, fornecimento de óculos e distribuição de cartilhas educativas sobre os cuidados à saúde dos olhos para estudantes da rede pública de ensino de Búzios. Na primeira etapa, 150 crianças foram encaminhadas para o procedimento. Até o momento, foram detectados dois casos gravíssimos que foram, imediatamente, direcionados para atendimento médico especializado. O projeto tem a meta de diminuir a repetência escolar, o desajuste individual na escola e grandes limitações na qualidade de vida, causados pela dificuldade de enxergar e executar tarefas do cotidiano. A relevância do trabalho habita na correção visual através, muitas vezes, de um simples óculos, promovendo, protegendo e recuperando a saúde ocular dos alunos do ensino fundamental e médio da rede pública.
Com o apoio da Loterj, a prefeitura de Búzios inicia o projeto “De Olho no Futuro”
O próximo passo do programa consiste na distribuição dos óculos. “Iniciamos o Projeto de Olho no Futuro na primeira semana de aulas da rede municipal. O projeto consta em atender e encaminhar alunos com dificuldades visuais das mais diversas para acompanhamento médico especializado e confecção de óculos”, afirmou o Secretário Municipal de Educação, Claudio Mendonça. “Esses cuidados em assistência e informação resultarão na diminuição da evasão escolar e no aumento do interesse e do rendimento dos estudantes, garantindo, enfim, os Direitos da Criança e do Adolescente previstos em estatuto”, assegurou Rodrigo Pegado, presidente do IBAP.
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL ESTADO DO RIO DE JANEIRO Dr. ALBERT DANAN – Tabelião e Oficial Titular
OFÍCIO ÚNICO DA COMARCA DE ARMAÇÃO DOS BÚZIOS/RJ SERVIÇO DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS Av. Jose Bento Ribeiro Dantas, nº 2.000, Manguinhos Armação dos Búzios/RJ - CEP: 28950-000 Telefax: (22) 2623-6093 – adm@cartoriobuzios.com.br
PROCLAMAS DE CASAMENTOS
Neste Ofício estão afixados no local de costume, após a apresentação dos documentos exigidos pela Lei, os seguintes Editais de Proclamas de Casamento: HELTON DA CONCEIÇÃO DE OLIVEIRA e THAIS DE OLIVEIRA PESSANHA DIAS; Brasileiros, solteiros. Ele, Autônomo, filho de: Élson da Conceição e Vanuzia Gonçalves de Oliveira. Ela: Estudante, filha de: Ageu de Moura Dias e Beatriz Oliveira Pessanha Dias, ambos residentes neste Município/RJ. Processo nº 2110/13.
GALILEU DA SILVA PEREIRA e MARCELA RANGEL RAIMUNDO; Brasileiros. Ele, Divorciado, Professor, filho de: Wilson Pereira da Silva e Josefa Bezerra da Silva Pereira. Ela: Solteira, Cabeleireira, filha de: Jose Orlando Raimundo e Sandra Maria Rangel Raimundo, ambos residentes neste Município/RJ. Processo nº 2117/13.
THIAGO OLIVEIRA DE AZEVEDO e MARIA SAMARA BEZERRA DA SILVA; Brasileiros, Solteiros. Ele, Enfermeiro, filho de: Levi de Azevedo Silva e Marcileia da Silva Oliveira Azevedo. Ela: Técnica de Analises Clinica, filha de: Jose Bezerra da Silva e Antonia Aleixo da Silva, ambos residentes neste Município/RJ. Processo nº 2115/13.
CRISTIANO VILAS BOAS e FABIANA ELISA GARCIA; Brasileiros, Solteiros. Ele, Comerciante, filho de: Daniel Vilas Boas e Rosangela de Fátima Vilas Boas. Ela: Comerciante, filha de: Lindomar Garcia e Aglair Aparecia Artiolli Garcia, ambos residentes neste Município/RJ. Processo nº 2120/13.
NIVALDO TARDELI e LUCIA HELENA CALDAS DE SOUZA; Brasileiros. Ele, Divorciado, Aposentado, filho de: Domingos Tardeli e Martha da Costa Mureb. Ela: Solteira, do lar, filha de: Jose Nogueira de Souza e Maria Helena Caldas de Souza, ambos residentes neste Município/RJ. Processo nº 2116/13.
CLEITON PINTO TATAGIBA e RENATA BRANDÃO RAMOS; Brasileiros, Solteiros. Ele, Recepcionista, filho de: Jônias Ferreira Tatagiba e Maria Margareti Pinto. Ela: Estudante, filha de: Salvador Machado Ramos e Leila da Silva Brandão, ambos residentes neste Município/RJ. Processo nº 2119/13.
Armação dos Búzios, 23 de maio de 2013. Quem souber de algum impedimento, acuse-me. Eu, Katharine Moreira Guimarães, Escrevente, a extraí.
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Cadê as carruagens do poeta Casimiro? Por Ernesto Galiotto
A
restauração das carruagens e a viatura do poeta Casimiro de Abreu - Em 1992 assumimos a responsabilidade e o patrocínio para restaurar as carruagens na Casa de Casemiro de Abreu, que leva o nome do próprio poeta, situada na cidade de Barra de São João. Foram restauradas pelo argentino Sr. Horácio Alguim e sua esposa Maria Alguim com a participação do artista plástico Márcio Medeiros. Após 8 meses de trabalho com detalhes minuciosos para não alterar o histórico das carruagens, foi feita a entrega no inicio do ano de 1993, em uma noite comemorativa com a presença dos corais de Cabo Frio regidos pelo maestro Rui Capdeville. Foi um encerramento glorioso para restauradores e patrocinadores, com mais uma obra concluída, entre outras da Região dos Lagos, com a belíssima festa de entrega no museu que dá nome ao município, de um marco histórico incomparável. E assim nós fizemos a nossa parte. Agora a pergunta que não quer calar: Cadê as carruagens e a viatura do grande poeta? Desapareceram do museu sem explicação, deixando apenas o casarão arquitetônico vazio e sem as suas principais atrações históricas. De quem é a responsabilidade: INEPAC, Órgão Estadual de Tombamento de Patrimônio Histórico ou será da Secretaria de Cultura de Casimiro de Abreu? O que interessa é que queremos as coisas mais esclarecidas e não com desculpas furadas e sem explicações. O responsável pelo sumiço das carruagens tem que dar satisfação e esclarecer à opinião pública. Há muitos discursos e esclarecimentos vazios. Nós queremos saber, como patrocinadores e restauradores, aonde foi parar uma parte da história de Casimiro de Abreu. As imagens fotográficas são suficientes para confirmar o nosso trabalho de restauração das carruagens. Ali investimos não só dinheiros mais também sentimentos, de quem quer resgatar a história da nossa região, tal como foi feito com o Convento de Cabo Frio, Sant’Ana de Búzios, painéis da Igreja Matriz de Cabo Frio e as 14 Estações da Igreja São Benedito, no bairro Passagem em Cabo Frio. Tudo isso patrocinado e recuperado por nós. Iremos sempre cobrar a responsabilidade de quem administra, que tem a obrigação de manter e preservar, para que o nosso trabalho não seja jogado pelos ares sem os devidos esclarecimentos. Resumo da Opera: cobramos respeito aos nossos patrimônios do passado.
As carroças restauradas por Galiotto
Museu do Casimiro. Por onde saíram as carroças???
Aqui estavam as carroças. Cadê elas???
Galiotto e sua amada Noris testando a carroça
O restaurador argentino Horácio Alguim e seus colaboradores
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Além do torturador argentino Videla, faleceu o honorável jornalista Rui Mesquita. Faleceu também Carlos Almeida, um argentino que ganhou fama como principal torcedor do time Estudantes da Prata lá na Praça dos Ossos. Outro que nos deixou foi Lalau, quer dizer, Ladislau Nepomuceno, advogado e especialmente boêmio, sócio do nosso Márcio Braga. Em Cabo Frio, notamos a ausência da esposa do eterno vereador Acyr Rocha. Morreu também nosso último distribuidor do Perú no Rio de Janeiro, Mário Moreira. Ele estava indo colocar crédito em nosso telefone, quando morreu de um ataque fulminante. Morreu também Palmira, a fiel secretária do lar do também falecido Marcos Paulo.
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Marcelo, Muuuuito boa a nota que vc deu pro Ancelmo! Só não entendi o título. Calma por quê? Videla era um mostro... Silvia Cosenza
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