De 7 a 14 de junho de 2013 • Edição 1144 • ANO XXXIII • www.operumolhado.com.br
O MAIOR AL JORN BÚZIOS
Um jornal cego, surdo e mudo
É de lamentar a ausência do padre Ricardo em meio a comunidade católica. O constante mau humor e destrato com os paroquianos são marcas registradas em um padre que empurra com a barriga a sua permanência em Búzios para não sair com o ego ferido de um fracassado pastoreio por estas terras temos que engolir esse padre que consegue afastar as pessoas de Deus. No dia 21 de maio às 19h fui até a igreja da desatadora dos nos e pude participar da missa mais feia e mais triste e mais mal celerada que eu já vi em minha vida, a missa foi tão mal celebrada que o padre não fez sermão, os cantos eram algo desastroso.Fico a me perguntar. Onde esse padre quer levar a igreja de Buzios? Sou mãe e tento encaminhar meus filhos para a igreja, mas eu que já sou adulta não consigo ficar em um ambiente tão feio e tão desmotivador, fico a pensar, qual jovem conseguiria? Não satisfeita com essa situação, mas por obrigação, fui comprar umas lembrancinhas no intuito de enviar para a minha família e pude entender que a igreja de buzios vive uma decadência, desde o padre ao funcionário grosso e arrogante que me atendeu. Até quando esses funcionários (Padre e seguidores) que usam o nome de Deus em vão, irão continuar a frente de uma instituição que deveria ser cristã, mas em Buzios é uma verdadeira bagunça. Está na hora o Peru Molhado levantar essa bandeira, fora padre Ricardo e corja.
Qualquer similitude com Búzios, é mera semelhança Por Luciano Moojen Chaves
Advogado brilhante. Pai de duas meninas lindas. Ilha de Paquetá, década de 60. Intelectual e boêmio, não saia das rodas de serestas promovidas por meu Pai, em nossa casa da Praia da Moreninha. Tinha uma mania estranha: Transar com amimais. Eu era criança e não esqueço. Entrou na varanda de nossa casa um velho com um cassete nas mãos. Pau de dar em doido. E gritava... : “Dr. Jornalista! Vou matar seu amigo”. Papai acordou meio tonto, sem entender nada... E o velho continuou...: “Ele anda comendo minhas cabras”. Meu pai: “Estas falando de quem? Quanto custa? Eu pago!!!”. O velho ficou mais puto, ainda. Mamãe, gaúcha braba, sem entender nada também, botou o “maluco” para fora de nossa casa. Dias passaram. De manhã cedo, estava indo para a escola, que ficava no Campo de São Roque. Eu vi!!! O nobre advogado, além de pegar as cabras, foi comer o cu o bode velho. O bode trancou o pênis dele nas en-
Letícia Mattos Camargo Bosque de Geribá – Búzios
urgentemente acesso a remédios de noite. Enfim-, seria maravilhoso repensar esse assunto!
ALÔ BÚZIOS!
Susanne Neves (Manguinhos)
Descobri que nossa cidade de Armação dos Búzios não tem mais farmácia de plantão 24HS!!??! Pelo menos do hospital até o centro de Búzios não se encontra uma farmácia aberta de noite. Isso me parece um absurdo total! Pois numa situação emergencial não tem aonde correr para comprar remédios. Fui verificar (conversando com uma atendente numa farmácia), e fiquei sabendo que o “problema” é que o Ministério de Saúde exige um farmacêutico formado (que eu acho correto) na hora do serviço de plantão. Aí pensei-, será que é possível que os donos de farmácias dispensaram esse serviço fundamental para a população porque não estão dispostos a pagar um professional importante??! Alô donos de farmácia! Um pouco de criatividade aqui poderia resolver esse “problema”. Uma solução poderia ser o “rodizio” entre as farmácias?!? Um farmacêutico trabalhando metade da semana numa farmácia, a outra metade na outra. Assim os donos poderiam dividir o salário e demais custos. É somente uma ideia.....mas não me espantaria se há outras opções que valem a pena de se pensar, e tentar realizar. Creio que não sou a única pessoa que já precisou
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LAMBRETINHA...
SUMIDO
FEIRA FORTE Quero registrar aqui minha revolta e indignação de como somos mal tratados muitas vezes em alguns comércios de nossa cidade. Mas antes de mais nada quero parabenizar a organização da FEIRA FORTE, as lojas com seus excelentes produtos , bons preços , mais espaço, enfim mais organizada. mas um fato ocorrido me deixou muito indignada. Pasmem vocês que sentei-me em uma mesa e fui atendida pela funcionária do RATATÁ que trouxe meu pedido e ali ficamos até terminarmos de comer porém conversando e apreciando Feira em si, logo ao lado tinha a barraca de crepes deixei minha filha sentada e fui comprar dois crepes, quando os mesmos ficaram prontos chamei minha filha para segurar o dela pois estava quente e eu não iria conseguir segurar os dois ,nisso vem a atendente do RATATÁ e sem a menor discrição, em alto e bom tom me fez a seguinte pergunta”Não vai pagar o que consumiu não , levantou da mesa
tranhas e disparou... Juro por Deus! O jurista preso no bode, com as calças arriadas, joelhos em carne viva no chão, com as mãos nos chifres... Passou por mim e por várias pessoas... Vergonha!!! Virou o “LAMBRETINHA”! Lugar pequeno... Encarnação... Quando ele passava
para sair sem pagar.” Para não me aborrecer, e pela rispidez com que fui insultada dei meu cartão de credito na mão da minha filha e pedi que fosse até a barraca do RATATÁ pagar enquanto esperava os crepes.Chegando lá minha filha de 14 anos estava reclamando porque consumimos R$68,00 e passaram R$112,00 comecei a conversar com ao caixa para regularizarmos a situação, nisso chega empurrando de uma forma completamente mal educada e “se roçando” (esse é o termo justo) na minha filha pelas costas de uma forma completamente maliciosa dizendo que teria prioridade de chegar ao balcão pois era funcionário e estava trabalhando , como se isso lhe desse o direito de tamanho desrespeito. o que terminou em tapas, tive meus crepes e outras coisas que havia comprado na barraca da BRANCA CONFEITARIA jogadas ao chão ,isso mesmo perdi tudo . Estamos a um passo de receber em nosso pais as OLIMPÍADAS e COPA do MUNDO e é com esse tipo de pessoas que esperamos receber nossos visitantes. É extremamente lamentável ,saí de casa para me diverti e terminei da delegacia comunicando o fato ao inspetor de plantão... Vânia Márcia
com sua mulher e filhas, a criançada zoava...: “LAMBRETINHA!!!”. Ele ficava furioso e jogava pedras, terra... Mudou-se da Ilha! Pura verdade! “Paquetá é um céu profundo. Que começa neste mundo... E não sabe onde acabar...”.
Conselho editorial Brigitte Bardot, Claudio Kuck, Ivald Granato, Jo mar Pereira da Silva, Fino Quintanilha, Renata Des champs, Otavinho, Umberto e Claudio Modiano, Ernesto Zabotinsky, Trajano Ribeiro, Renato Pacote, Jorge Tedesco, Claudio Cohen, Lauritz Lachman, Guilherme Araújo, Pedro Paulo Bulcão, Paulo Ma riani, Alberto Fantini, Marie Anick e Jacques Mer cier, Araguacy da Silva Mello, Luis Edmundo Costa Leite, Marcos Paulo, Elie Shayevitz, Jonas Suassuna, Glória Maria, Ruy Castro, Heloisa Seixas, Márcio Fortes, Luiz Fernando Pedroso, Lula Vieira, Antônio Pedro Figueira de Melo, Eduardo Modiano, Ancel mo Góis, Etevaldo Dias, Joaquim Ferreira, Thomas Sastre, Adriana Salituro, Armando Ehrenfreund, Mário Pombo e Dr. Pormim.
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Desrespeito com a Cultura e História de Búzios Editorial
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odos sabem que uma das práticas mais condenáveis do governo passado foi o constante desrespeito as diretrizes do Plano Diretor, fruto de intensos debates com a população, que definiu a cidade que queria para o futuro e que desejava preservar sua qualidade de vida. Esse desrespeito levou a inúmeras denúncias de obras ilegais, manifestações de revolta da sociedade organizada e a diversos processos no Ministério Público e na Justiça. Esse (des)governo, já devidamente banido pelo povo, volta e meia é mal lembrado nesse aspecto, através novas obras que vemos “pipocar” aqui e ali, aprovadas ilegalmente na gestão passada. O governo atual tem combatido incessantemente essas obras, com ajuda do Ministério Público, e muitas delas encontram-se paralisadas ou em vias de demolição parcial para poderem se enquadrar dentro da Lei. Apesar disso, volta e meia nos deparamos com novas assustadoras surpresas... A última delas pode ser observada em plena Rua das Pedras, no terreno aonde existia o saudoso Brigitta’s, bem ao lado da Colônia de Pescadores, esse último incluído na lista dos bens históricos e culturais da cidade, definidos pelo Plano Diretor. Em seu Art.93, a Colônia de Pescadores está incluída em uma lista de edificações definidas como: “patrimônio histórico e cultural do Município, a ser preservado, por serem testemunhos mais antigos da história do lugar e importantes ao resguardo da identidade e da memória da população local, e, ainda, pelas características arquitetônicas...” Pois é, bem ao lado deste nosso patrimônio histórico e cultural oficial, no lugar do antigo Brigitta’s que foi demolido, está “nascendo” um novo prédio, provavelmente uma loja,com uma escala e altura que agridem acintosamente os seus vizinhos e a toda Rua das Pedras. Todos os que passam em frente ficam assustados com a construção. Com certeza a obra não cumpre as alturas e ocupações definidas pela Lei. Apesar de se dizer uma reforma, o antigo prédio foi inteiramente demolido e seu terreno escavado para dar lugar a um novo subsolo em 100% do terreno. Só isso já bastaria para descaracterizar a reforma e obriga-lo a cumprir integralmente os padrões edilícios atuais, o que não ocorre. Mesmo que fosse considerada uma reforma, o que não é, e apesar do antigo Brigitta’s ter a sua fachada com dois pavimentos colados na rua, a nova fachada jamais poderia ter seu telhado mais alto do que o antigo, o que visivelmente acontece. Para piorar o “efeito” a nova fachada é inteiramente em vidro, de alto a baixo, enquanto que na antiga, o segundo pavimento era bem mais baixo e tinha uma varanda aberta para a rua. Mesmo estando o antigo prédio fora das Leis atuais, o novo não poderia, em hipótese alguma, ir além das alturas, taxas de ocupação e sobreposição já excedidas. Só para lembrar um item, o subsolo atualmente é considerado como ocupação e não se pode mais usá-lo em 100% do terreno, ficando limitado a taxa de ocupação permitida (no caso 70%). Mas deixando de lado a burocracia técnica, o prejuízo causado por esse desrespeito a cidade é flagrante: o novo prédio “engole” agressivamente seus vizinhos, não respeitando o bom senso, a Lei, a escala da cidade nem a história e cultura locais. O novo proprietário não entendeu nada do que é a cidade e dos turistas que a procuram: se fosse para ver lojas com vitrines altíssimas iriam para São Paulo, Rio, etc... Parece que o desejo de aparecer foi muito maior do que o de se “integrar” ao estilo da cidade, como fizeram grandes e notáveis moradores que a elegeram para viver. A escala de Búzios é um de seus maiores patrimônios e por isso é protegida pela Lei!
Hoje
A ordem é acabar logo com a memória de Búzios e mudar o estilo da construção
O novo governo, diferentemente dos “inhos” anteriores, tem que reagir energicamente a mais essa descaracterização ilegal do espaço urbano da cidade que, com sua típica arquitetura, escala humana e integração com a natureza, fez Búzios ter uma qualidade de vida diferenciada e invejada por todos que a visitam. A solução é simples: embargar imediatamente a obra e obrigar a mesma a se adequar a Lei, mesmo que para isso seja necessária sua demolição parcial. A bola é sua, Dr André. Nota da Redação: Salviano Leite., responsável técnico pela obra, esteve na redação do Perú Molhado e desmentiu algumas informações do texto acima. A obra teve a licença cancelada e a obra embargada na última quarta-feira (6) e que ele como responsável técnico já esteve na Secretária de Planejamento
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Ontem
para a adequação da obra. Salviano ainda apontou os pontos que estão equivocados no editorial: O subsolo da obra não pega 100% como dito no texto. Não existe a taxa de sobreposição relatada e é permitido que se aumente o pé direito da obra, desde que dentro da lei, em caso de reforma. E a obra está aprovada como reforma, tanto que o muro lateral está preservado.
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TODA FORMA DE AMOR VALE A PENA Por Silvia Cosenza
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o m e u tempo de criança, o café da manhã da maioria das casas era feito de pão francês com manteiga, café com leite e uma singela saladinha de frutas. Na hora do recreio do colégio, o legal era levar o mesmo pão francês agora recheado de ovo mexido ou goiabada. Isso era muito chic! Ainda nesse tempo, protagonista de novela da Globo só variava entre os mesmos: Tarcísio Meira e Glória Menezes, Regina Duarte e Cláudio Marzo. Com os cantores, acontecia o mesmo: era o eterno Roberto Carlos, Tom, Chico, Vinícius, e os baianos Gil, Caetano, Gal e Betânia. Agora, nos tempos atuais, o mundo mudou tanto que desafio quem veja um aluno sentadinho no pátio do colégio desembrulhando aquele tal pãozinho com recheio feito em casa e, ainda, quem saiba os nomes desses tantos novos artistas que surgem por aí a cada dia. O fato é que a quantidade de “produtos” hoje em dia é tão grande que nem tomamos conhecimento de tudo o que existe no mercado. São tantos iogurtes e similares, queijos, biscoitinhos e tudo isso com várias opções de sabores. São tantos novos atores, cantores, que não dá nem tempo de conhecer todos
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eles. Ou seja, o mundo de hoje é: diversificado. E em todos os sentidos. Até mesmo nas relações afetivas. Antigamente, homem se casava com mulher, e filhos eram frutos somente dessas uniões com sexos opostos. Agora isso também mudou. Podem ser casais do mesmo sexo e filhos de pais também do mesmo sexo. Nada contra. Pelo contrário. Eu, particularmente, defendo que o importante é a busca pela felicidade. Sem tabus, sem regras. Como a música do Lulu Santos, “Toda a forma de amor vale a pena”. Afinal, se não fizer mal à sociedade e não ferir os direitos humanos, por que não? Preconceito não é argumento consistente. Mas não quero aqui discutir essas questões, até porque a opinião de cada pessoa deve ser respeitada, mas já que estamos entrando na semana dos namorados, achei legal falar um pouquinho das relações afetivas, sendo elas com pessoas do mesmo sexo ou não. Isso não importa. O que valem mesmo são os fundamentos para uma relação saudável. Valores como respeito, confiança e amizade são universais, valem para todas as pessoas e em qualquer parte do mundo. Namorados e namoradas pensem nisso e aproveitem a data para fazer uma pequena reflexão: Será que estão mantendo o diálogo permanente (o que não tem nada a ver com DR)? Será
que estão controlando os ciúmes exagerados? Será que estão sendo companheiros? Amar de verdade é chegar junto. É acompanhar e se preocupar com a vida e os sentimentos do outro. É confiar e ser confiável e é, principalmente, ter o equilíbrio e maturidade para aceitar opiniões divergentes, sem exigir que o outro pense da mesma forma. Um casal maduro briga e faz as pazes, discute sim, mas sem ofensas. Faz planos, sonham juntos, desde um simples passeio, até a compra da casa.
E ainda, claro, tem que ter carinho e um bom sexo para que a relação seja completa. Dá trabalho, e o manual de boas práticas de namoro ou casamento é extenso. Mas não falávamos mesmo das inúmeras possibilidades? Então faça uma lista do que está rolando legal e o que está errado e, se quiser mesmo acertar, comece a mudar. Por que quase tudo nessa vida muda quando se está a fim. E por um amor, essa mudança pode ser ainda mais excitante! Feliz Dia dos Namorados!
Em Geribá namoro é o ano todo!
05/06/13 18:29
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dialogar com os vizinhos
Aspásia diz que Búzios precisa
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s o i z ú B à
(Por Mônica Casarin)
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deputada estadual Aspásia Camargo (PV) tem uma história de amor e luta com Búzios. Durante anos, ela foi a coordenadora e mediadora de todas as discussões preparatórias para a montagem do nosso Plano Diretor. Sem ela, pode-se dizer sem medo de errar, não teríamos tido o sucesso que tivemos. É notório que ela sempre participou ativamente das batalhas que nosso município trava em busca do seu desenvolvimento sustentável. Nesta entrevista ao jornal O Perú Molhado, ela fala sobre a audiência pública que aconteceu na última semana, na Câmara de Vereadores de Búzios, sobre a transposição dos efluentes para o Rio Una. Enaltece esse nosso jeito irreverente, até na forma de protestar, e diz que entendeu a mensagem da nossa população: “entendi da voz de Búzios é que a cidade precisa de mais atenção, mais tratamento individualizado, porque ela é especial e merece atenção e cuidados”. Esclarece, com propriedade, como foi conduzida as discussões para a criação da PL 2158/13 e manda um recado importante: “Mesmo discordando, ou até brigando, é importante que Búzios man-
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www.sapatilhafashion.com.br Travessa Oscar Lopes Campos, 63 - Loja 5 Centro Armação de Búzios/RJ Tel.: (22) 2623-6102 sapatilha@sapatilhafashion.com.br
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tenha o diálogo com os outros municípios. Afinal, seu lixo tem destino final em São Pedro de Aldeia”. Qual é a sua relação com a cidade de Búzios? Completo este ano minhas Bodas de Prata com Búzios. São 25 anos de amor e carinho. Meu marido, Tom, que me trouxe pela primeira vez até este paraíso, tem 40 de convivência com a cidade. É uma vida. Há dez anos atrás comecei uma outra etapa, a de pensar a cidade, estudar sua história e seu entorno ambiental, ouvir as pessoas. Pensei, na época, que Búzios precisava escolher sua vocação, evitando deteriorar o seu patrimônio cultural e urbanístico, entregue à especulação imobiliária tão em voga na cidade. Como seguir um outro caminho, de cidade ímpar, com muita educação e qualidade de vida, dando ao seu destino turístico um patamar mais elevado de serviços? Esta foi a pergunta central que levou ao primeiro Plano Diretor de Desenvolvimento Sustentável do Brasil, que o Ministério das Cidades considerou um dos três melhores do país. George Clark teve o mérito de promover um Plano absolutamente completo, com georeferenciamento, uma Lei do Uso e de Parcelamento do Solo, um Código de Obras e até uma proposta para identificar ruas e casas. Parte desse esforço se perdeu em discussões bizantinas, e até hoje o Código de Obras não entrou em vigor. Adivinhem por que? Mas, em matéria de audiência pública, fomos campeões. Chegamos a 8 ou 9. A última, eu me lembro bem, foi em praça pública, lotada, com um telão cheio de testemunhos surpreendentes. E o Mirinho dizendo, emocionado, que se voltasse a ser prefeito ia considerar como destino maior de Búzios, a sua natureza e seu meio ambiente. Uma glória! Como vê as mudanças da cidade nestes últimos 10 anos? Na última década a cidade continuou a crescer, a infraestrura de transportes sempre congestionada e o turismo predatório chegou aos píncaros, com mais de 100.000 pessoas por poucos dias e a cidade quase vazia a maior parte do ano. Muito ruim para a hotelaria e as pousadas. Minha proposta é que se aplique em Búzios o mesmo que se fez em Fernando Noronha e agora na Ilha Grande. Restringir democraticamente o acesso a quem vem de fora, estabelecendo uma ‘capacidade de carga’ que limite os impactos negativos das multidões sobre delicadas praias e como a Tartaruga, Azeda e Azedinha, e sobre o ecossistema urbano. Outra idéia que se perdeu -e que foi a proposta central do Plano Diretor- foi a de congelar a Península e expandir e ocupar melhor as áreas livres do Continente. O que a senhora achou da audiência pública realizada em Búzios? Achei ótima, bem no estilo de Búzios. Turbulenta, bem humorada e irreverente- como o Perú Molhado, sem papas na língua. Mais preocupada com o ritual democrático da participação e do protesto do que com os detalhes técnicos de uma discussão que precisa ser bem resolvida. O que entendi da voz de Búzios é que a cidade precisa
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de mais atenção, mais tratamento individualizado, porque ela é especial e merece atenção e cuidados. É isso que estou recomendando às autoridades. Mas também senti algo que me preocupa. Um certo isolamento político, o distanciamento de Búzios do
lítico mas desinteressada das questões técnicas, cheia de mal entendidos. Mas iremos esclarecer tudo isso. Quem convocou a audiência pública na Câmara de Búzios? Eu, Muniz e o prefeito vínhamos
Julio apareceu no protesto com rolhas de todo tamanho. Segundo ele a menor pertence ao nosso prefeito André, já que foi o último a assinar o contrato, que permite jogar merda no Una
consórcio da Região dos Lagos -que tem ampla participação civil mas ao qual a cidade nunca se integrou efetivamente. Búzios tem esse lado singular, muito parecido com o Rio. Isso talvez se deva às condições de sua própria emancipação, e do fato de que a cidade ainda é politicamente dependente de políticos de cidades próximas, sobretudo Cabo Frio. É como se a rebeldia adolescente fosse travada pela dependência do pai. Isso incomoda. Mas as coisas vão se resolver. Mas gostei sobretudo da maneira carinhosa como fui tratada e devo dizer que o amor é recíproco. Sempre estarei à disposição e lutando por Búzios. Em resumo, acho que foi uma audiência maravilhosa do ponto de vista po-
conspirando a idéia há algum tempo, para estimular inclusive a participação de Búzios nos jogos olímpicos com sua extraordinária raia de vela e praias muito mais limpas do que a Baía de Guanabara. Mas as coisas se precipitaram com o projeto de Lei que chegou à Assembléia e, que nada mais é do que a versão jurídico-institucional de um acordo assinado por todos os prefeitos da região com o INEA, órgão ambiental do estado. Há anos que venho batalhando por recursos para resolver o problema da língua negra na Praia de Manguinhos e que se originava das Cem Braças e da Lagoa de Geribá. A primeira parte do investimento foi resolvido mais rapidamente, a segunda, a despoluição de Geribá, emperrou por falta de recursos. Eram quatro milhões, os mesmos que foram incluídos no projeto atual. A Comissão de Saneamento Ambiental da ALERJ viu no episódio a boa ocasião de vir até aqui. Nesse meio tempo, a Câmara de Búzios propôs a iniciativa e o deputado Jânio, que é da Comissão, encaminhou o pedido. Juntamos a fome com a vontade de comer! Como foi encaminhado ao legislativo este projeto de lei 2158/2013, houve uma informação prévia do
poder executivo sobre o assunto? Tudo começou com um convênio entre os prefeitos da região e as autoridades ambientais do Estado. Como havia obras envolvidas e a execução do estado é lenta e difícil, houve a avaliação de que a concessionária seria mais eficiente e rápida. Além disso, só ela poderia suportar um pagamento posterior ao serviço. O PL 2158/2013, é de autoria do Executivo do Governo do estado e entrou na Alerj no dia 18 de abril de 2013. Recebeu muitas emendas dos deputados no dia 7 de maio. A votação em sessão única se deu em 23 de maio, quase um mês depois e ninguém se manifestou publicamente de maneira incisiva. Não que eu soubesse. Eu estava em Pernambuco participando da 7ª Conferência Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (UNALE. A votação foi tranquila. Como bem lembrou o deputado Jânio Mendes na audiência pública, o único voto contra ressalvou que a discussão havia sido fértil e democrática. A transposição do rio Una, que é o tema mais polêmico para Búzios, há anos vem sendo proposto pelos ambientalistas que militam no Consórcio S. João e no Comitê da Bacia do UNA. Também por esta razão achei que deveríamos debater o problema com os ambientalistas de Búzios. O PL 2158/13 já foi aprovado pela Assembléia Legislativa do RJ, existe alguma possibilidade de mudar ou extinguir este projeto? Qual? Para virar lei, o projeto tem que ser sancionado pelo governador Sérgio Cabral, mas existe ainda uma etapa decisiva que é a do licenciamento ambiental no qual todos esclarecimentos técnicos devem ser feitos em audiência pública. Eis uma oportunidade imperdível. Antes disso, estou convencida de que devemos debater dentro do Consórcio e do Comitê com a presença do prefeito e do vice-prefeito de Búzios. Vamos também rodar a região e, se necessário, fazer uma rodada final. O que me intriga é, por que, afinal, o prefeito eleito assinou os termos do convênio que se converteu em projeto de lei do governo? Será que ele pensou melhor e mudou de idéia? Mesmo discordando, ou até brigando, é importante que Búzios mantenha o diálogo com os outros municípios. Afinal, seu lixo tem destino final em São Pedro de Aldeia que, pelo que fui informada, despeja o chorume na Lagoa de Araruama. Em matéria de ecossistema existe uma grande interdependência que exige de nós gestão compartilhada. Porque não houve uma discussão prévia deste projeto de lei com as comunidades envolvidas, já que é um projeto de grande impacto nestas comunidades? O projeto foi discutido no âmbito do Consórcio do qual Búzios faz parte, esta é a informação que tenho em mãos. Poderíamos ter esclarecido melhor esses detalhes na audiência pública caso tivesse sido possível ouvir os técnicos. Mas ainda há tempo. Cabe ainda à Agenersa controlar este contrato, como ficou determinado por emenda de minha autoria. Outra emenda determina que as águas do UNA mantenham os padrões de qualidade ambientalmente segundo crité-
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rios compatíveis com os padrões de saúde. No licenciamento, este princípio pode ser mais explicitado. Além do mais, como as ETES de São Pedro e de Iguaba Grande têm tratamento terciário, cabe apenas exigir transparência e controles. A prefeitura pode e deve manter e desenvolver seus próprios controles -afinal ela detém a titularidade do saneamento e o consórcio é apenas um arranjo prático de gestão partilhada- a transparência é o segredo da proteção ambiental. Búzios é a jóia da coroa do turismo no Estado e, até este momento, não foi protegida naquilo que ela tem de mais precioso: seus recursos naturais, a sua água. Disse isso em plenário. O projeto de lei recebeu 53 emendas dos deputados. Foi amplamente discutido mas quando percebi,- a Comissão percebeu- que havia dúvidas, instadas pela Câmara de Vereadores de Búzios, propusemos a audiência pública. A população de Búzios foi ouvida e mandou o seu recado. O que os deputados podem fazer para reverter este processo? Reverter o projeto de lei é complicado. Mas os erros que existem devem ser corrigidos. O que pode acontecer é a lei aprovada não ir adiante, ser vetada ou não aplicada, mas aí Búzios perderá os investimentos em Geribá. Entendi que não é isso que o Secretário de Meio Ambiente de Búzios deseja. A água que sairá das ETEs de Iguaba e de São Pedro da Aldeia, e para os afluentes do Una, será destinada à agricultura familiar destes municípios mesmo. Se houver prova em contrário, tudo muda. Mas não podemos perder recursos. Precisamos obter mais. A situação do saneamento no Brasil é calamitosa e precisamos colocar toda esta energia inconformista que vimos aqui em Búzios para engrossar o grande movimento em prol de águas limpas em todo o Brasil. Queremos a
universalização do acesso à água que dramaticamente falta na Baixada Fluminense, e a universalização da coleta e tratamento de esgoto até 2020. O custo é de 20 bilhões de reais. O contrato de Búzios com a Prolagos vigora até 2041. Nele, a concessionária tem a obrigação de investir 4 milhões em 2013 e outros 4 milhões em 2014... e mais nada! No Sábado (dia 25), houve a etapa municipal da 5ª Conferência das Cidades e a proposta prioritária mais votada pela comunidade foi um pedido de revisão deste contrato. A senhora acha desta manifestação? Isto é Possível? Não. Algo está errado e precisa ser rapidamente esclarecido. Não é possível que uma cidade que há dez anos atrás vivia de carro-pipa, alimentado por políticos espertos, e que não tinha esgoto -e que agora está com 70% de tratamento, vá passar mais de vinte anos para sair de 70% de esgoto tratado para a etapa de 100%, da universalização. Se o prefeito não está satisfeito, ele é o dono do terreno. Pode avocar para si a responsabilidade. Usar os royalties para esta finalidade, ou fazer outro arranjo que melhor lhe convenha. Periodicamente a Prólagos revisa os contratos. Os quatro milhões são recursos extra -que não estavam previstos no contrato. Ou seja, nada que Búzios não queira poderá ser imposto à cidade. Não resta dúvida que a Prolagos em Búzios não é popular. Mas vocês reclamam tanto porque se esqueceram do que é a CEDAE! O Rio que o diga. Os indicadores de saneamento do Rio estão estacionários, enquanto os de Búzios avançam. Não nos invejem!
O que a senhora pode dizer à população de Búzios e do entorno do Rio Una sobre o futuro deste projeto? Posso assegurar a todos que no que depender de mim e da Comissão de Saneamento Ambiental da ALERJ nada será feito que possa prejudicar o rio Una ou quaisquer outros rios de nosso estado. E muito menos Búzios. Nossa luta de anos é pela renaturalização do rios, é pela sua revitalização e recomposição de suas matas ciliares. E assim continuaremos. O Futuro trabalha em nosso favor. Nossa batalha agora é fazer com que o Presente tome juízo. NOTA DA REDAÇÃO Apesar de falar com propriedade sobre o assunto e ter todo o nosso carinho e agradecimento, a deputada cometeu alguns deslizes nesta entrevista. Aqui, alguns deles que não poderíamos ignorar. Primeiro a deputada diz que Búzios tem 70% de seu esgoto tratado. Na verdade, hoje a Prolagos trata oficialmente apenas 35% do esgoto da cidade, segundo dados da própria concessionária. Os 70% referidos por Aspásia é a meta que a Prolagos de-
finiu para toda a Região dos Lagos. Isto oficialmente, pois a própria Prolagos informa que dos 100 litros por segundo/dia recolhidos pela ETE de Búzios, apenas 40 litros seg./dia recebem tratamento secundário, o restante (60 litros por seg./dia) recebe apenas um tratamento primário e é jogado no canal da Marina. Daí a grande reclamação dos moradores do bairro, que estão vendo (e sentindo) o canal ser contaminado. Isto sem falar das panes no sistema que, corriqueiramente, acabam por enchem nossas praias e lagoas de esgoto ‘in natura’. Por isto, a maioria das praias de Búzios são consideradas impróprias para banho pelo INEA. Outro ponto que não poderíamos ignorar é que a deputada diz que reclamamos da Prolagos, mas a CEDAE é pior. Não temos dúvidas quanto a isto. Porém, acreditamos que nossa população não tem a menor intenção de disputar qual concessionária é a ‘menos pior’, não queremos nos nivelar por baixo. Queremos apenas ter um serviço correto e digno (pelo qual pagamos caro), e é por isto que lutamos.
Até a representantes indígenas fecharam a entrada de Búzios
Aspásia e Kakado indo à Câmara para a Audiência Pública
Eva participou com muita emoção de todo o movimento, convidando os amigos no Facebook
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“Problema maior que o esgoto é o sal”
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ntrevistamos Paulo Inácio Schwarzkopf, ex-secretário de obras em São Pedro da Aldeia, morador de Búzios, que apontou um problema que não parece estar sendo contemplado por nenhuma das partes envolvidas na discussão do projeto de lei assinado por vários prefeitos da região, inclusive de Búzios, e aprovado pelos deputados da ALERJ, com exceção da deputada Janira Rocha (PSOL). Como já é sabido de todos, a PL 2158/13 prevê a transposição dos efluentes da Lagoa de Araruama para o Rio Una, que deságua na Praia Rasa influenciando diretamente nas praias de Búzios. A questão já gerou na cidade uma Audiência Pública (27/05) e uma manifestação pacifica na última quarta-feira (6), onde moradores, membros de entidades civis, formadores de opinião, estudantes, e vereadores da cidade tem pedido a paralisação imediata do projeto. Na audiência do dia 27 do mês passado estiveram presentes na Câmara de Vereadores, os deputados Janio Mendes (PDT) e Aspásia Camargo (PV), juntamente com uma equipe técnica que daria explicações sobre o projeto, o que terminou não acontecendo. Antes de perguntar ao senhor sobre qual o grande problema que não está sendo discutido nessa questão gostaria fazer outra pergunta. O que está achando da manifestação? Da forma como se está fazendo é uma discussão estéril. A manifestação popular é sempre válida, mas deve ser feita de forma menos apaixonada. Tem de ser uma discussão extremamente técnica. E qual é o grande problema que não está sendo contemplado? O sal. O sal é um problema maior que o esgoto? Sim. Vou explicar porque: Esse problema do esgoto que deságua no Una
é muito antigo, já deve ter uns 25 ou 30 anos. Se você olhar no Google Earth poderá identificar milhões de pequenos canais que vão se juntando a outros maiores até todos chegarem em um grande canal, que é muito fundo, que leva todo o esgoto, há anos, da nossa região para dentro do Rio Una. Esse processo é de longa data, o que se está fazendo ali agora é juntar tudo e executar essa obra iniciada pelo estado há muitos anos atrás. Não se pode esquecer que isso aqui era tudo Cabo Frio. A discussão sobre o esgoto é sempre válida, ninguém questiona isso, mas o grande problema é o sal, o teor do sal que vem junto com esse esgoto. As estações de tratamento de esgoto usam água que vem da lagoa, a concentração de sal das lagoas é altíssimo. Transporta isso e joga na água. Ninguém falou no sal ainda e o sal da Lagoa de Araruama é 10 vezes mais forte que o do mar. O que se deve fazer é estabelecer lagoas de decantação, não somente para água de esgoto, mas para o sal. O assunto do sal deve ser levantado, não se pode ficar falando só de esgoto. Pega um copo de água de uma lagoa e do mar e mede, a diferença é brutal. O esgoto é um material pesado e acaba descendo para o fundo, enquanto o sal é levíssimo e se espalha de forma muito rápida e para distâncias maiores acabando com tudo que há de vida no mar.
Qualquer similitude com nosso amigo Paulo Inácio é mera coincidência
O esgoto de qualquer forma é um dos maiores problemas de Búzios? Sim. A estação de tratamento de esgoto de Búzios não sei como está funcionando hoje, a de Cem Braças nunca funcionou, é um projeto equivocado. Quem está há mais de 10 anos em Búzios sabe que os dois lados da José Bento Ribeiro Dantas eram canais de esgoto. Esse canal começa lá na Cem Braças (era um caminho natural da água, um talvegue) ele vinha passando pela antiga Marisol, hoje a Workout, ia pela Rua Mauricio Dutra, a céu aberto, o canal era totalmente aberto
Numa visita a nossa cidade, com entusiasmo Brizola me disse: “Eu imagino que Deus quando estava criando Búzios, se distraiu e esqueceu por mais tempo o dedo no botão da beleza.” Que possamos com sabedoria cuidar e amar cada vez mais esse patrimônio que Deus nos deu! Amar é preciso! Búzios é preciso! Mirinho Braga
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(nos fundos da casa da Regina), se você olhar ali onde era a casa do Bentinho (ali ainda se pode ver o canal com esgoto, caranguejos, passa o condomínio e sai para o mar e quando chove vem a porrada inteira. E famílias de casas de 3 milhões de reais ainda jogam o esgoto diretamente ali. Alguns tem consciência e fazem um sistema, mas a maioria daquelas casas ainda jogam esgoto nesse canal que cai direto na Praia de Manguinhos. Relacionado ao esgoto que chega à Búzios pelas águas do Una é um problema de vários anos. Ele pode ser considerado maior que esse que vem direto do município? O problema é que todas essas redes coletoras que tem por ai, é sistema a seco. O pessoal diz que quando chover vai elevar o nível. Se você pegar as ruas do Centro, o Bosque de Geribá, tudo alaga, o que não é diferente dos outros municípios. Mas tem uma vantagem, é água doce. A extensão do dano é o sal. E hoje o Rio Una já joga nas praias do município esgoto misturado a água salgada. Se você quiser me dizer que tem uma vida marinha gloriosa aqui tudo bem, mas não tem. Corais, por exemplo, aqui não tem mais, porque a salinidade da água é grande. Corais são micro-organismos com micro poros. Onde deságua rio, os corais são atrofiados. A questão toda é que essa discussão tem de ser tratada de forma técnica. Se existe uma verba de um milhão e meio liberada pela Prolagos, então existe uma planilha. Existe alguém do consórcio, e é um consórcio grande, que viu isso. Há uma empresa que venceu a licitação para fazer essa obra, não sei se do Rio Grande do Sul ou do Paraná, mas é uma empresa séria. Vamos dar um crédito de que essas pessoas são pessoas de conhecimento. Porque não se analisa de forma técnica esse projeto? O prefeito daqui cometeu um erro, que depois tentou acertar. Ele assinou e depois disse que não sabia o que foi assinado. O secretário de meio ambiente e o de obras tinham que ter assinado e depois levado ao prefeito para ser feita uma apreciação antes, e depois ele decidiria se assinaria ou não. Todo governante tem seu corpo técnico para consultar. O que aconteceu foi uma grande mosca. Todo mundo sabia do projeto, estão dizendo que foi feito ao apagar das luzes, mas na Alerj tem um monte de deputados envolvidos com a região. Então todos colocaram uma venda nos olhos? Claro que não. O projeto hoje prevê que o
mesmo esgoto que já é jogado há anos apenas deixe de passar pela lagoa. Esse projeto foi assinado por vários prefeitos há mais de anos atrás. Não há inocentes nem antes nem agora. Qual a solução? O que deve ser feito, e repito que de uma forma menos apaixonada e sim técnica, é adequar e ver as alternativas, se é que tem. Não se esquecer do sal de forma alguma. Ver de forma esmiuçada a extensão disso. Esse processo começa há 42 quilômetros daqui, em linha reta, com curvas 70. O que cai aqui? É água da lagoa de Araruama, é lá do cata vento, vindo lá dos fundos da Via Lagos. Se pesquisar no Google verá milhões de canaizinhos e todos vão de alguma forma chegar no Rio Una. Foram criando vários canais que vão cair em um canal grande. Há uma pequena central de tratamento dentro da Base Aérea e tudo vem para o Una. O Rio Una vem descendo de forma reta depois ele se separa em duas partes, forma uma ilha, e depois se junta de novo, e como todo bom sertanejo os moradores das margens jogam esgoto diretamente dentro dele. Aquele canal que passa embaixo da ponte do “até que enfim” (próximo a curva da Rasa) é fundo pra cacete. Tudo isso chega até a foz do Rio Una. Qual o azar? É que o ciclo da maré joga tudo aqui em Búzios, porque aqui é um parcel. O acréscimo do Rio Una é maior que o esgoto que é jogado diretamente pelo município. O esgoto da Praia de Manguinhos vem mais do Rio Una que de qualquer outro lugar, isso já é antigo. Se pegar todos aqueles bairros e sub-bairros, incluindo São Pedro da Aldeia. Veja naquela ponte do “Até que Enfim”, ali se junta todos os córregos que trazem esgoto de todos esses municípios. Para onde você pensa que vai o esgoto do Jardim Esperança, Tangará, El Dourado 1, 2 e 3 . Para se ter uma ideia do número de pessoas que moram ali basta citar que a eleição já não é mais decidida no na sede de Cabo Frio e sim pelo segundo distrito. A água do Rio Una já é muito suja e altamente salgada.
Esse é o esgoto tratado com sabão em pó que Adriana Saad e o prefeito Cláudio Chumbinho afirmam que vai chegar limpinho nas praias de Búzios. Só se for no Papicú (rio) deles
Onde se fariam essas lagoas de decantação? Espaço para isso não falta. Todo mundo terá de ceder uma área para isso. A base da Marinha pode ceder um espaço, Cabo Frio, Búzios, todos. Se o esgoto for 75% tratado será muito bom. É um projeto razoável. Se preocuparem com as influentes e com o sal será um grande trabalho.
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Ão, ão, ão! “
Ão, ão, ão, Búzios né penico não!” Você foi à passeata protestar contra a lei que vai permitir que despejem 30 milhões de litros de esgoto, por dia, no rio Una? Se você passou pela passeata e buzinou, achei até legal, mas o que precisamos agora é que você pare seu carro e venha com a gente tentar impedir que essa tragédia vire realidade. A manifestação pública é nosso único instrumento, mas precisa da presença de todos. A passeata caiu no Dia Internacional do Meio Ambiente e foi pacífica, bem humorada, mas fiquei frustrada com a pouca adesão da população, diante da gravidade do problema. É preciso que haja engajamento total dos buzianos nesse momento. A maioria nem sabe que essa lei já foi aprovada e que o texto traz enormes prejuízos à cidade. Usando a linguagem da maioria dos manifestantes da passeata (80% adolescentes!): como assim prefeito e secretário de Meio Ambiente, assinaram um projeto sem ler? Como assim a Secretaria de Meio Ambiente não fez um estudo sobre o impacto ambiental desse projeto? Como assim dizer que o rio Una está morrendo e jogar água doce nele vai ser bom? Mesmo considerando que esses efluentes fossem devidamente tratados (você acredita que serão?), jogar água doce no rio Una vai acabar de vez com ele e com seus manguezais, que preci-
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sam de água salobra. Como assim que isso foi feito a revelia da Câmara de Vereadores de Búzios? Fala sério que “tinha” que ser assinado em caráter de urgência porque do contrário, Búzios ficaria sem recursos/dinheiro, para saneamento! Como assim? Isso é manobra política. Só há verba se for com esse projeto absurdo? Fala sério que a Prolagos é capaz de dar conta do serviço! Já não dá! A Prolagos não tem estação de tratamento (o serviço é terceirizado, por uma empresa que não é “exatamente” uma estação de tratamento!), e apresenta um resultado péssimo no tratamento dos efluentes de Búzios, que já tem esgoto in natura, despejado na maioria de suas praias. Há anos temos problemas de contaminação geral da população, principalmente no verão. Imagina anexar os efluentes de mais 4 cidades, que são muito maiores que Búzios, para despejar na praia Rasa?! Queria ser educada, coisa e tal, mas vão jogar a merda toda da Região dos Lagos, em Búzios! Já está feito e assinado, mas não seremos reféns desse crime! Temos que ir pra rua bater panela!!! Estaremos dia 15/06 às 15h no terreno ao lado da Peixaria em outra manifestação para fazer de Búzios o Centro Olímpico de Vela do Brasil. Vamos TODOS abraçar Manguinhos! Te espero lá!
Por Paula Newlands
A família Bimba engajada na defesa do mar de Búzios
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O poder das redes sociais e as manifestações populares
O ESGOTO NÃO É UM LIXO, É UM RECURSO: QUEM DÁ MAIS PARA RECEBER ESSA MERDA? Por Alberto Bloch
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Por Gustavo Garcia
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arx e Engels, ao redigirem o Manifesto do Partido Comunista, publicado pela primeira vez em 1948, anteciparam-se ao período em que viviam prevendo que o progresso e, consequentemente, a tecnologia, por mais que afetassem a desigualdade social, também criariam um fenômeno capaz de reunir a classe, de certa forma, “oprimida”. Processo no qual estamos vivenciando atualmente em Búzios. Digo isso, pois na última quarta-feira, a população buziana foi às ruas protestar contra o PL 2158/13, que prevê a transposição de efluentes (das estações de tratamento de São Pedro da Aldeia e de Iguaba) da Lagoa de Araruama para o Rio Una, que deságua na Praia da Rasa influenciando diretamente nas praias do município. E a grande maioria das pessoas com que tive a oportunidade de conversar só compareceu a manifestação, liderada pelo companheiro Hamber Carvalho, porque ficaram sabendo que ela iria ocorrer por meio das redes sociais, ou seja, através da globalização e dos recursos tecnológicos as pessoas se reuniram para contestar uma decisão governamental. O que nos leva a concluir que as redes sociais, se utilizadas adequadamente, surgem como um elemento capaz de promover a interação e oferecem a possibilidade de organização efetiva. Com a competência de mobilizar pessoas rapidamente e de viabilizar o que elas pensam, por intermédio das publicações, que podem acontecer até mesmo em tempo real, e de imagens que são repassadas de forma incontrolável. Fazendo com que o povo, de fato, tenha vez e voz caso se interesse por assuntos sociais.
emos que ter a capacidade e a ousadia para entender esse problema do esgoto da Região dos Lagos de outra forma, muito além da discussão sobre quem vai receber esses esgotos. É claro que o Rio Una que desemboca numa espécie de fundo de baía junto à praia de Manguinhos e a nossa super raia de vela é o pior de todos os lugares para receber essa merda. Mas os outros mares, embora não igualmente importantes ahahaha, também não merecem isso. Devemos pensar esse problema com os recursos e conhecimentos de hoje, não com técnicas e políticas ultrapassadas. Em Hamburgo na Alemanha, o esgoto da cidade é inteiramente reciclado antes de virar uma água suficientemente limpa para outros usos. Eles entenderam que o esgoto não é uma merda, é um recurso, antes disso ele pode gerar energia, adubos e o que mais inventarem. Parece difícil, mas não é, além de ser ambientalmente e economicamente muito mais inteligente. Há três décadas o cara que tinha um ferro-velho tem hoje um negócio de reciclagem de metais. Essa atividade não se chama mais ferro-velho, e está inserido de outra forma no ciclo econômico. Assim foi com o papel sujo, embalagens de plástico, etc. Imagine a energia que pode ser gerada por uma Usina de Reciclagem de Matéria Orgânica. Podemos enterrar esse nome de Estação de Tratamento de Esgotos, com seus custos elevados e resultados medíocres. A adubação de áreas de reflorestamento, ou de produção dos gramados para as casas dos veranistas. Ou de hortos de espécies nativas. Acho que essa é a discussão que temos que levantar: em vez der entrarmos nessa briga de quem é que vai ficar com essa merda, temos que transformar esse problema em uma disputa: quem é que vai receber esses recursos.
r! o m a u e s m o c r a t n a Venha j De 7 a 14 de junho de 2013 – O Perú Molhado
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Os casais Carlos Terra e Márcia e Celso Terra e Adriana no Bar do Zé
Daniela Menozzi, amiguinhas e o iphone da Alessandra no Tartaruguinha
Ruy Borba na rede, apesar da Prisão Domiciliar. “Há um periódico - Exato - circulando na sua 1a Edição com uma pérola de entrevista do ex-prefeito Delmires Mirinho Braga. O defendia quando as pessoas o chamavam de Pinóquio (um sinônimo de mentiroso). Pela entrevista que ele deu, parece-me que estava errado - trata-se de um Pinóquio. Começa a dizer que trabalha com o filho da Construir uma casa de material de construção, quando todos sabem que ‘mama’ no governo Cabral, onde tem um cargo de assessor, e sua mulher, Cristina Braga, trabalha na Alerj na assessoria do Jânio Janio Mendes II Mendes (uma receita de cerca de R$ 20 mil mês). De fato, se trabalha, na Construir, deve ser como ‘cozinheiro’ (cooking). Fala ainda de práticas administrativas adotadas peloDoutor André,
Claudinho, Carlinhos e Carlos Christiansen rindo à toa
O amor é lindo: Omarzinho & Claudinho
Dudu Leite e Renatinha
como aluguel de carros!, e outras. Na verdade são as mesmas que ele adotou quando no governo dele. Com o tempo posso abrir esse capítulo para mostrar que são as mesmas práticas. Fala que fui resultado de uma composição política. Errado. Fiz parte de um grupo - Jamil Felippe, Adilson Azevedo, o defensor -, que viabilizou a candidatura dele, dependurada numa liminar por 4 anos. Portanto, não havia composição política (essa fica por conta da sua ‘turma do pastel’). Mas vamos tratar disso mais tarde.” (Ruy Borba)
Búzios. Parabéns ao Hamber e também ao Perú Molhado pelo comprometimento em organizar, divulgar e esclarecer todos os fatos.
Perú neles. Está de parabéns cada pessoa que se envolveu, compareceu, divulgou e colaborou na manifestação contra o despejo de efluentes no canal artificial do Rio Una e que posteriormente desaguará do rio para o mar de
Quase vinte e duas. Já tem gente engarrafando água do mar de Búzios para vender futuramente como relíquia. Mas aviso logo que evite pegar as águas da Praia dos Ossos, Manguinhos, Praia do Canto, Armação, canto
Candidatíssimo. O único á assumir sua condição e posicionamento político durante o movimento, ” ão, ão, ão, Búzios não é penico não”, no Pórtico, foi o Marcelo Lartigue. Ele foi á manifestação usando não só a camisa do Partido dos Trabalhadores, como também exibia o número e nome do seu candidato Gaúcho.
esquerdo da Praia de Geribá e João Fernandes quando chove. . Muito pão. Tem muita gente tentando se passar por inocente nessa estória da transposição de efluentes de vários municípios para o Rio Una, só que de inocentes eles não tem nada. Principalmente quando se está e/ou esteve no poder, já que para se tomar uma decisão desta, precisa-se somente do aval político. E para o povo, depois se paga com pão e circo. Sopa de letras. O sábio e revoltado com esta situação dos efluentes, Manoel Gomes, disparou num bate papo que a culpa é de todos que participaram desde o começo da assinatura do contrato com a Prolagos até os dias de hoje. A letra A tem culpa (aliás, são duas letras A), a letra C mais conhecida como M, outra letra C também mais conhecida como M, à letra D mais conhecida como M, à letra F, e a letra suplente J. O que deve ter menos culpa nisto parece ser as letras SC. Durante a manifestação no Pórtico se encontravam pessoas de vários segmentos da sociedade Buziana. Algumas pessoas estavam iguais a peixe fora d’agua, iam de um lado para o outro e fugiam das câmeras fotográficas. O que me chamou á atenção foi uma senhora acompanhando quatro crianças, que á todo momento perguntava que horas ia começar o circo. Igual esta senhora, havia também pessoas mais perdidas do que daltônico tentando montar cubo mágico. Muito circo. O primeiro a denunciar há algum tempo atrás sobre o despejo de efluentes no canal artificial próximo ao Centrinho, e que deságua no Rio Una, foi o vereador e atual Presidente da Câmara, Leandro Pereira. Suas denúncias não obtiveram eco, já que muitos achavam que tudo não passava de uma jogada publicitária para sua reeleição.
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Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas Dá ou desce. Senti falta de muitos ecologistas de Facebook na manifestação, principalmente de alguns que estavam andando de bicicletas e viviam postando críticas diretas ao governo atual. Mas nada melhor do que um cargo em comissão, para os problemas relacionados á cidade, acabarem. Acontece que, quem fica em cima do muro, leva pedrada dos dois lados. Tem culpa eu? Muita gente não foi à manifestação por ficarem ainda defendendo quem assinou o maldito documento. Uns não foram porque estavam em horário de expediente, outros, devido estarem durante o período do manifesto, analisando quem é o verdadeiro culpado, e a grande maioria não foi porque está cagando e andando mesmo. CAMPANHA. Alguns slogam para próxima campanha política: Merda por merda vote em mim. Votem em mim ou vão cagar o mato. Votem em mim e ganhem Bolsa Cocô. Na Tcheca. Uma agência de Praga, á Corrupt Tours, conseguiu transformar os escândalos de corrupção da República Tcheca em atração turística. O objetivo da agência é contar histórias relacionadas a alguns escândalos e levar os turistas aos bastidores deles. Entre os lugares visitados durante os tours, estão monumentos e hospitais superfaturados, mansões de políticos e empresários acusados de desvios de verba, canteiros de obras, ministérios
e outros órgãos públicos. Os passeios podem ser feitos a pé ou de ônibus e duram de duas a três horas. O roteiro principal faz uma espécie de “safári pelo habitat dos corruptos”, segundo a descrição da agência. Quanto tempo levaria um passeio com esta finalidade por aqui? Na seta. Aviso aos motoristas de vans, táxis, motoboys, motoristas distraídos e principalmente aos nossos valentes guardas municipais. Quem não usar as setas dos veículos ao mudar de faixas, ao iniciar uma ultrapassagem e quando for entrar em alguma rua, é infração grave com a perda de cinco pontos na habilitação e multa de mais de cem reais. Perigo na pista. O Tribunal de Justiça de São Paulo confirmou a liminar que garante a liberdade para o estudante de psicologia que atropelou um limpador de vidros na Avenida Paulista, em março deste ano. No acidente, o ciclista, teve um braço amputado. O atropelador foi libertado por não oferecer riscos a sociedade. Atenção ciclistas de Búzios que trafegam diariamente pela Bento Ribeiro Dantas, todo o cuidado é pouco. Disse-me-disse. Não se sabe onde e nem quando surgiu o boato que o prefeito André Granado vai desapropriar área da Sociedade Esportiva de Búzios (SEB). Ao mesmo tempo o boato que se espalha na Armação, é que o campo de futebol do Clube Azul e
Branco é que vai ser desapropriado. Quando se pergunta a alguém com soube desta notícia, apenas dizem: Foi um Bem Te Vi que me contou. Puxa – Saco. O bairro da Ferradura era considerado o patinho feio da cidade. Era acusado por moradores de ser o bairro com o IPTU mais caro cobrado no Município e o mais abandonado pelo poder público, e choviam reclamações em jornais, mas milagres acontecem e o patinho feio virou cisne. Não existem mais buracos no calçamento, todas as ruas estão limpas, o bairro é o mais iluminado da cidade e também o mais seguro. Pelo menos é o que se publica em uma página semanalmente em um jornal. Ou será que é para agradar o prefeito que mora no bairro? Morde e assopra. Os bombeiros de Búzios em uma palestra de apresentação de seu trabalho afirmaram que a maioria das pousadas e comércios de Búzios não cumprem com as exigências de segurança e deram um prazo de 180 dias para se adequarem a lei e outro prazo de mais 180 dias, que dará um ano, para que todos fiquem certinhos, Se não se adequarem, os estabelecimentos serão fechados. O comandante geral dos bombeiros de Nova York, que se sente orgulhoso por fazer parte da corporação com mais credibilidade do mundo não entende como em Búzios os bombeiros se comportam de forma irresponsável. No último domingo, por volta das 7 e 20 da manhã um bombeiro chegou com seu carro particular tocando funk com o som mais alto que as sirenes. Os vizinhos ligaram para o 193 e tiveram sua solicitação atendida. Mas o mesmo bombeiro que chegou com o carro pegou uma serra elétrica e começou a testa-la por toda a manhã incomodando da mesma forma os vizinhos.
Quiosques foram ao chão em Cabo Frio. Em Cabo Frio o MP mandou passar as máquinas por cima dos quiosques da Praia do Forte. Não teve choro nem vela, nem fita amarela. Derrubaram tudo mesmo. Pelo projeto original da Prefeitura de Cabo Frio os quiosques serão reconstruídos na nova Praça do Turismo, que, dizem, terá dois andares. Curta Cabo Frio um festival de cinema que dá prêmios. O Curta Cabo Frio - Festival de Audiovisual da Costa do Sol é um encontro de exibição, debate e discussão da produção do audiovisual nacional. O festival preza pela busca de novas linguagens, propostas e formas. Marcelo Lartigue (editor do Perú) participou por duas vezes com dois filmes e ganhou apenas uma escultura escrita “ amigos do Milton Alencar”, ainda assim Marcelo insiste que são dois filmes muito bons. Praia de Babel (33 minutos) , que fala sobre todas as diferentes nacionalidades que moram na cidade. E outro chamado a língua, o músculo mais forte do corpo humano, tem um minuto de duração e narrado por um pastor evangélico que ficou morto por 47 dias em um freezer e depois ressuscitou. “Esse filme é dedicado aos evangélicos da cidade, sem eles não seria possível um filme tão bom”, disse Marcelo sem ter certeza. A pousada mais romântica de Búzios. A pousada Aquabarra Boutique Hotel & Spa, é um lugar único, com uma arquitetura e decoração pessoal, localizado a duas quadras e meia da badalada praia de Geribá e a 5 minutos de carro da famosa Rua das Pedras.Com orgulho, nós do Perú, informamos que a Aquabarra selecionados pelo Guia 4-Rodas, como um dos hotéis mais românticos em Búzios, e pelo segundo ano consecutivo, obteve o “Certificado de Excelência” do site Trip Advisor e segundo o mesmo Trip Advisor está atualmente em 1º LUGAR no ranking dos hotéis mais recomendados dentro da categoria Hotéis românticos em Búzios. N O TA D A S E MANA EM HOMENAGEM A PROLAGOS: PENSO, LOGO FAÇO MERDA. (COLABORAÇÃO JULIO UNA DE MEDEIROS )
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Pra não surfar na Merda Por Hamber Carvalho
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xatamente como aconteceu há 12 anos, a galera do surfe invadiu a praia de uma manifestação e deu o tom do evento. Naquela época, a população foi às ruas contra as plataformas da Petrobrás que ficariam a menos de 50 quilômetros de nossas praias. Durante a manifestação articulada pela Secretaria de Meio Ambiente, tendo a frente o secretario Mauro Temer, os surfistas incluíram na pauta da manifestação o esgoto de Búzios. Na presença de Carlos Minc, deixaram claro que não só a ameaça do petróleo os intranqüilizava, mas também o esgoto que corria solto em nossas praias. E a historia se repetiu, pois foi a galera da prancha que emprestou muito humor e irreverência a manifestação deste dia 5 de junho, dedicado Mundialmente ao Meio Ambiente, no Pórtico de Búzios. Aos gritos de ão, ão, ão, Búzios né penico não, a moçada do surfe parava os carros no Pórtico e enfeitava de papel higiênico, exibindo cartazes contra a transposição do esgoto para o Rio UNA. Durante a manifestação no Pórtico e ao longo da caminhada até o Largo do Ceceu, exibiam como troféu, um vaso sanitário, mais tarde transformado em banco adaptado em cima de um skate, numa alusão inconfundível ao que a cidade pode se transformar se a transposição para o Rio UNA, for implementada. Juntamente com o pessoal do Circolo, Cacau Agostini e o João Buracão de Muchacho Bicho Doido, a galera do surfe nos ensinou que a defesa das questões fundamentais para a qualidade de vida de Búzios, pode e deve ser feita com muita alegria, prazer e bom humor. Segundo integrantes da Associação, isto é apenas um aperitivo, pois já estão organizando com outras entidades, uma serie de manifestações enquanto a rota do esgoto não for mudada. Apoiado pela Câmara Municipal de Vereadores juntamente com as entidades civis or- ganizadas, esta manifestação é um marco no movimento popular da cidade, pois desde a emancipação, a Câmara sempre se manteve eqüidistante das reivindicações populares, inclusive agora, se incorporando em passeatas, como foi feito neste dia 5 de junho. O resultado desta união já pode ser sentido nas ações do governo municipal, vindo a publico, através de nota oficial e manifestandose contra a transposição de efluentes para o Rio UNA.
Hoje a garotada do surf dedicando o troféu ao Governador Sérgio Cabral
Ontem, Mathias Salvi puxando o cocô na passeata do petróleo
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RIO UNA: ATÉ QUANDO ESTARÁS LIVRE DO ESGOTO DE CABO FRIO? Por Ernesto Galiotto
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ara aqueles leitores que não conhecem as bacias hidrográficas da nossa região, gostaríamos de contribuir com um pouco de informação sobre o nosso Rio Una. Esse maravilhoso Rio nasce no município de Araruama, tendo como formadores os Rios Godinho, Conceição e Carijó, seguindo seu curso ao longo de uma baixada até atingir a RJ 106 (Trevo de Búzios) atravessando a reserva da Marinha, onde há um encontro com o canal que sai do Jardim Esperança para, enfim, desaguar na Praia da Rasa. O ponto que queremos chamar a atenção é exatamente a ligação com o canal do Jardim Esperança (onde existe
uma pequena ponte) e que poderá se transformar num injetor de poluentes diversos se o processo de tratamento não for muito bem planejado e executado. Com tecnologia, competência e seriedade. A responsabilidade está com a fornecedora de água (Prolagos) e os órgãos Estadual e Municipal de Ambiente. Como a maioria das obras públicas sempre foram e são deficitárias e incompletas, estamos com grande temor pelo futuro do nosso Rio Una. Algumas agressões já foram registradas, como extração de areia e, já perto da Rodovia Amaral Peixoto, com os galpões da Autoviação1001, pois há dúvida se a lavagem dos ônibus são tratadas rigorosamente como manda o figurino. Ainda não tivemos oportunidade de tomar ciência se realmente es-
tá ou não afetando o Rio. Explicações e teses nunca faltam, mas às vezes, na prática, o que vemos são medidas inócuas que deixam muito a desejar, podendo degradar a fauna e as próprias águas deste pequeno e lindo rio. A experiência com outros rios como Gargoá e São João nos trás grande preocupação, pois a fiscalização sempre foi fraca ou praticamente inexistente, permitindo que num futuro breve essas belezas se transformem em bacias de águas poluídas, tal como já vem acontecendo com os nossos lagos em Tamoios. Lá a população crescente ocupa o entorno dos lagos despejando esgoto in natura, sem responsabilidade alguma e sem punição, resultando em crime LIVRE. Estamos torcendo que o Rio Una não se transforme amanhã no Canal dos Medeiros, que vergonhosamente trás o esgoto desde o centro de Rio das Ostras, passando por Cidade Praiana, Palmital e Nova Barra para ser despejado na grande curva
do Rio São João, na altura do Bairro Vila Nova, já em Barra de São João, num ato criminoso escancarado que já se perpetua por mais de 15 anos sem qualquer atitude. Estivemos durante estes anos monitorando e registrando esta crescente poluição que atinge o Rio São João, pois o Canal dos Medeiros se transformou numa VALA NEGRA. Isso não é apenas uma coisa feia, mas um crime vergonhoso nutrido pela omissão das autoridades daqueles municípios. Rio das Ostras cresceu, mas o Canal dos Medeiros apodreceu. Não queremos isso para o Rio Una! Os canais poluídos da Barra da Tijuca e Jacarepaguá deveriam ser suficientes para orientar as autoridades para os riscos da poluição. Mas ao que parece.... O dia internacional do meio ambiente deveria ser muito bem comemorado se não houvesse tantos crimes ambientais sem solução. Por isso que, infelizmente, consideramos, em protesto, um dia de Luto.
Nosso repórter aéreo Ernesto Galiotto vigia o encontro das águas contaminadas do rio Una com nosso mar
! r a r o m a n s Vamo De 7 a 14 de junho de 2013 – O Perú Molhado
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ELAS MADRUGAM Cinema Cine Bardot - HICTHCOCK. Pais: EUA. De: Sacha Gervasi. Com: Anthony Hopkins, Helen Mirren, Scarlett Johansson. Dias: SÁBADO 19:00 DOMINGO 21:00. SOMOS TÃO JOVENS. Pais: BRASIL. De: Antonio Carlos da Fontoura. Com: Thiago Mendonça, Laila Zaid, Bruno Torres. Dias: SEXTA 21:00 SÁBADO 21:00 DOMINGO 19:00. Ingresso: INTEIRA R$ 22,00 MEIA R$ 11,00. www.viladomar.com/cinebardot. Tel: 22 2623-1298.
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ez mulheres de nacionalidades, idades e ideias diferentes. Dez trajetórias que um belo dia cruzaram seus destinos em Búzios e buscaram na arte uma nova promessa de vida até então adormecida. O resultado desta busca poderá ser conferido na mostra Elas Madrugam que a Sala Búzios inaugura no sábado, 15 de junho, às 19:30hs no Porto da Barra. A exposição reúne artistas iniciantes e profissionais que durante os últimos dois anos frequentaram as Oficinas de Arte do Atelier Vilmar Madruga. Neste tempo, precisaram recusar convites, mudar a rotina dos fins de semana e, não raro, madrugar sonolentas após uma esticada noturna para se dedicar à construção de um mundo de imagens realistas ou abstratas, soltando a ima-
ginação e inaugurando cada uma a seu modo, uma nova fala. Assim, Angela Lemos, Bärbel Stellmann, Bibita, Brigitta Anders, Cécile Bès, Claudia Fidalgo, Eunice Rodrigues, Laura Castro, Marcia Maia e Tereza Cristina Carvalho algumas expondo pela primeira vez, outras com algumas exposições individuais em seu currículo, aceitaram o desafio de proporcionar ao público a possibilidade de adentrar a este território até aqui testemunhado apenas por seu orientador e pelo barulho das ondas que batem no mar do Porto da Barra, onde se reúnem semanalmente. A mostra Elas Madrugam poderá ser vista até o dia 15 de julho, de quinta a sábado das 17hs às 24:00hs e domingos de 10:00hs às 17:00hs. A Sala Búzios fica no Porto da Barra, na Av. Bento Ribeiro Dantas, 2900, em Manguinhos.
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Ao Meu Amado Marido esta poesia especial para Você e obrigada por suportar meus humores inconstantes e minhas alegrias incontidas, por todos esses 37 anos de convivência. “Marido”. Quero o Sol. Nascendo dos teus olhos. Para que possa neles mergulhar minha fantasia. Aquecendo-me com teus raios. Que me tingem de vermelho negro. Na fulgura de teu ser! Você... Meu Sol... Dê-me tua luz! Beth Braga Braga
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Galeria Abigail Vasthi
Rua das Pedras, 151 Tel.: 2623-2261 De 7 a 14 de junho de 2013 – O Perú Molhado
O Perú na TV
Equipe do Perú Molhado concede entrevista em TV de Cabo Frio e solta o verbo sem edição
Todo mundo rindo da barriguinha do Marcelo pra fora da camisa
Por Rafael Peçanha A dupla dinâmica do Jornal O Perú Molhado Marcelo Lartigue (O Poderoso Chefão) e Alessandra Cruz foram convidados e compareceram (atrasados) ao Programa Rafael Peçanha, semanal de entrevistas comandado pelo apresentador homônimo, na Cabo Frio TV, canal de televisão a cabo da cidade de Cabo Frio. O encontro se realizou na última quarta-feira, dia 5 de junho. O papo, descontraído, sem roteiro e sem frescuras, como é a proposta do programa, foi polêmico, divertido e informativo, como não poderia deixar de ser. Lartigue (El Padrí, em Catalão, porque agora até o Neymar já fala essa língua) foi logo se explicando: “sou argentino, mas não tenho culpa”. Enquanto Alessandra apresentava os dados técnicos do Perú (com todo respeito), especialmente sua impressionante tiragem de 10mil exemplares, com média de dez leitores por unidade, Marcelo fazia do papo uma festa, lembrando causos famosos de Búzios e citando nomes sem pudor. “a cada semana são cerca de três processos. Já estou acostumado” – disse. Mas o papo também teve lá suas seriedades. A discussão sobre a relação entre mídia impressa e mídia virtual foi uma das tônicas do programa. “Fomos um dos primeiros jornais a terem suas edições integralmente postadas na internet e isso não abala as vendas” afirmou Alessandra. “Por causa dessa exposição virtual, a última capa do Perú foi elogiada e postada no site do JB Online. Ou seja: só ajudou o jornal a se tornar ainda mais conhecido” afirmou Marcelo. O Perú Molhado, fundado nos anos 80, é o maior jornal de Búzios, apesar de ter nascido antes de a cidade existir, sendo um dos mais antigos impressos ainda em atividade na região. Agradecemos a presença da dupla, afinal, é sempre legal falar sobre o Perú com o seu Kum (Poderoso Chefão, em croata).
De 7 a 14 de junho de 2013 – O Perú Molhado
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Maracanã, como nasceu o templo do futebol
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onstruído para sediar a Copa do Mundo de 1950, o Maracanã, após passar por reformas e modernização, foi reaberto de maneira oficial, no domingo (02), no empate por 2 a 2 entre Brasil e Inglaterra, no último teste da Seleção antes da Copa das Confederações, que será disputada entre os dias 15 e 30 de junho. Considerado em todos os cantos do planeta o templo do futebol, o estádio carrega narrativas marcantes desde que foi inaugurado e já recebeu grandes decisões, além de ter servido de palco para grandes estrelas da história nacional e internacional. A construção e a falsa elipse - Em 1947, após o fim da Segunda Guerra Mundial, o Brasil sonhava em receber o Mundial previsto para 1950. Entretanto, a construção do Estádio Municipal, que viria se chamar Maracanã – substantivo feminino que designa as aves psitaciformes – só teve início um ano e meio antes do grande evento. Os mais modernos estádios do mundo na época eram retangulares, mas o Maracanã, por seu tamanho, não poderia seguir as linhas do campo. E o formato circular logo foi descartado, pois os públicos das laterais ficariam muito afastados do gramado. Então, os engenheiros achataram as laterais até se obter a forma ideal, a de uma falsa elipse. Alguns pontos ainda permaneceram distantes, mas foi a solução mais viável encontrada. Resolvido os problemas de estrutura, que foi feita com muitas precauções, já que se gastou muito com cimento e aço, o Maracanã ganhou forma. Após um ano e dois meses de obras, superando todas as expectativas, o estádio estava pronto para ser inaugurado. Curiosidades - Se o ferro utilizado no estádio fosse transformado em barras de 4,55 mm, daria para contornar o globo terrestre uma vez e meia, passando pela Linha do Equador. Foram gastos 7 milhões 730 mil horas de trabalho interruptas para construção do Maracanã. E se um homem sozinho fosse construí-lo, ele levaria 1.860 anos, trabalhando seis horas diariamente, inclusive sábados, domingos e feriados. A explosão de alegria - O jogo de inauguração do Maracanã aconteceria num sábado, 17/06/1950, no confronto entre as Seleções de Novos do Rio e São Paulo – formadas por jovens revelações dos respectivos estados. Porém, na noite da véspera, o gramado passou pelo primeiro teste: uma pelada entre os engenheiros e os operários que trabalharam na construção do estádio. Por mais amistosa que tenha sido, foi a primeira partida do maior palco do futebol mundial, embora não se tenha conhecimento sobre o resultado. Com isso, a primeira explosão de alegria
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do Maracanã que se tem registro saiu dos pés de Didi, então atleta do Fluminense, que fez o único gol da Seleção de Novos do Rio na derrota por 3 a 1 para a Seleção de Novos de São Paulo, aos nove minutos do primeiro tempo do embate, no dia seguinte à pelada dos operários.
Foto: Jéssica Braga
Por Gustavo Garcia
A primeira vez no Maracanã e o gol oficial - Na tarde de 24 de junho de 1950 o Brasil, vestindo o uniforme branco de golas azuis, pisou pela primeira vez no gramado do Maracanã, na abertura da Copa do Mundo. A Seleção Brasileira venceu o México por 4 a 0, com dois gols do atacante Ademir – apelidado de Queixada e autor do primeiro gol em partida oficial do estádio –, um de Baltazar e outro de Jair Rosa Pinto. O silêncio - Depois de empatar com a Suíça, no Pacaembu, por 2 a 2, vencer a Iugoslávia pelo placar de 2 a 0, a Seleção Brasileira conseguiu carimbar o passaporte para a fase seguinte da competição. Aplicando uma impiedosa goleada de 7 a 1, sobre a Suécia, conseguiu a vaga na semifinal, aonde enfrentou a temida Espanha, e triunfou por um placar quase tão impactante: 6 a 1. Com isso, avançou à tão sonhada final. Só restava o Uruguai como adversário e o Brasil necessitava apenas do empate para levantar o caneco de campeão mundial. O primeiro tempo da partida contra a Celeste terminou empatado em 0 a 0. Logo no início da segunda etapa, Friaça abriu o placar para os brasileiros. No entanto, na tarde de 16 de junho de 1950, em que mais de 200 mil pessoas se espremiam na falsa elipse, os jornais da época noticiavam que a conquista brasileira era questão de tempo. Segundo as publicações, o Brasil “já era o detentor do troféu”, mas, nesse dia, o Maracanã conheceu as lágrimas. Aos 21 minutos, o centroavante Schiaffino igualou o marcador, após receber um passe de Gighia da linha de fundo. E aos 34, o que nem mesmo os mais pessimistas poderiam acreditar aconteceu: Gighia escapou pela direita, nas costas de Bigode. Ao invés de cruzar, o ponta chutou a bola entre o arqueiro Barbosa e a trave, marcando o gol do título uruguaio e silenciando a torcida brasileira. A esperança - Mesmo depois de conquistarem cinco títulos nesse período, o Brasil e seus torcedores aguardam há mais de 60 anos pelo triunfo em casa. Para os brasileiros, a Copa do Mundo de 2014 é uma chance de se redimir do fracasso do mundial de 50 – conhecido como “Maracanazo”. Para isso, é necessário chegar novamente à final. Mas, caso chegue, os gritos de “é campeão” – em caso de vitória no jogo decisivo – não seriam ouvidos num estádio recémconstruído, mas sim no “novo antigo” Maracanã.
Na quinta-feira, dia 30 de maio, feriado de Corpus Christi, o Instituto Dominus de Educação participou da celebração da data através da produção de dois tapetes de sal. O primeiro, da Educação Infantil e Fundamental I, e o segundo do Fundamental II e Ensino Médio. Ambos divulgaram a Fraternidade e o lema “Se você começar… outros vão te acompanhar!”. Os tapetes, montados na Avenida José Bento Ribeiro Dantas, foram projetados pelo artista plástico Marcinho Poggio que usou como base os trabalhos apresentados em sala de aula pelos alunos. Além do artista e das crianças, colaboraram na produção, mistura de sal, tinta e muita criatividade, professores e colaboradores do Dominus.
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL ESTADO DO RIO DE JANEIRO Dr. ALBERT DANAN – Tabelião e Oficial Titular
OFÍCIO ÚNICO DA COMARCA DE ARMAÇÃO DOS BÚZIOS/RJ SERVIÇO DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS Av. Jose Bento Ribeiro Dantas, nº 2.000, Manguinhos Armação dos Búzios/RJ - CEP: 28950-000 Telefax: (22) 2623-6093 – adm@cartoriobuzios.com.br
PROCLAMAS DE CASAMENTOS
Neste Ofício estão afixados no local de costume, após a apresentação dos documentos exigidos pela Lei, os seguintes Editais de Proclamas de Casamento: CLOVIS CARDOSO DOS SANTOS e TAMIRES PEREIRA; Brasileiros. Ele, Divorciado, Pedreiro, filho de: Manoel Cardoso dos Santos e Clemência Bento dos Santos. Ela: Solteira, Agente de Saúde, filha de: Dileia Pereira Gonçalves, ambos residentes neste Município/RJ. Processo nº 2126/13. GIVALDO GOMES DE MIRANDA e MARIA DE LOURDES DE ANDRADE; Brasileiros. Ele, Divorciado, Motorista, filho de: Gentil Carneiro de Miranda e Augusta Gomes Miranda. Ela: Solteira, Do lar, filha de: Jose Agustinho de Andrade e Maria Francisca de Andrade, ambos residentes neste Município/RJ. Processo nº 2127/13.
CRISTIANO SILVA REIS e LUCY ANNE HALL; Solteiros. Ele, Brasileiro, Barmen, filho de: Raymundo de Oliveira Reis Neto e Leila Silva Reis. Ela: Britânica, Ambientalista, filha de: Brian Robert Hall e Kay Hall, ambos residentes neste Município/RJ. Processo nº 2128/13. LUCIO LAMONICA GOMES LIPOS e CARLA NOGUEIRA MEDEIROS; Brasileiros. Ele, Divorciado, Motorista, filho de: Jorge Lipos Neto e Creusa Lamonica Gomes Lipos. Ela: Solteira, Técnica em Radiologia, filha de: Carlito Ribeiro Medeiros e Roselia Alves Nogueira, ambos residentes neste Município/RJ. Processo nº 2130/13.
Armação dos Búzios, 06 de junho de 2013. Quem souber de algum impedimento, acuse-me. Eu, Katharine Moreira Guimarães, Escrevente, a extraí.
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UM SUCESSO A BÚZIOS SAILLING WEEK
Maurício Santa Cruz, Martine Grael e Fernanda Decnop foram destaques na competição Por Gustavo Medeiros e Mariana Peccicacco Fotos: Fred Hoffmann, Gustavo Medeiros e Gonzalo
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o último final de semana, feriado de Corpus Christi, o Iate Clube de Armação dos Búzios, fundado em 1973 por um grupo de velejadores apaixonado pelo esporte, foi literalmente invadido por velejadores para mais uma edição da Búzios Sailing Week para veleiros monotipos que, a cada ano, confirma a sua hegemonia. Porém, a grande atração foi a garotada da classe optmist – barco escola projetado em 1950 que se tornou um grande sucesso mundial do aprendizado, categorias mirim, infantil e juvenil, de 6 a 15 anos. Eles deram um show à parte. Seriedade, técnica e muita animação, pois a competição estava sendo realizada em Búzios. Todos, sem exceção, consideram o melhor lugar para se velejar no Brasil. A competição, mais uma vez um sucesso, não só de participantes como também de organização, reuniu mais de 200 velejadores das classes Optmist, Lser Radial, Laser Standard, Laser 4.7, Snipe, Dingue, 420er e 49erFX. Grandes nomes da vela como Maurício Santa Cruz, Ivan Pimentel, Martine Grael e Fernanda Decnop estiveram presentes e garantiram lugar no pódio. Nos dois primeiros dias do evento as condições foram bem diferentes daquilo que os velejadores estão acostumados a encontrar na região. Havia uma chuva fina e o vento estava bastante fraco, permitindo que apenas uma regata fosse realizada para as classes Laser Radial, Laser Standard, Laser 4.7, Snipe e Dingue. Tanto na quinta-feira, quanto na sexta, os Optimists e os 420 conseguiram fazer duas regatas. Na sexta-feira não houve condições técnicas para que 49er e 49erFX tivessem regatas. No sábado, último dia de competições, o tempo mudou, o sol apareceu e o vento entrou com força, chegando a quase 20 nós com muitas ondas. E um dia lindo, típico de Búzios coroou o evento que é ralizado há quase duas décadas no ICAB - Iate Clube Armação de Búzios. Como havia regatas em atraso, a Comissão de Regatas das classes Laser Radial Laser Standard, Laser 4.7, Snipe, Dingue e 420 realizou três provas e assim cada barco pôde descartar o pior resultado da série. “Foram três dias com condições bastante adversas que exigiram bastante dos velejadores. Búzios é um excelente lugar para velejar, com água limpa, onde sempre sou recebida de braços abertos, tanto é que vou passar a semana treinando por aqui para disputar o estadual de Laser Radial na semana que vem”, disse Fernanda Decnop, titular da Equipe Brasileira de Vela na classe Laser Radial e velejadora da equipe da Marinha do Brasil. Um grupo de velejadores das categorias infantil e juvenil, que aparecem na foto copiando o gesto do recordista mundial Usain Bolt, o homem mais rápido do mundo, são unânimes em afirmar que Búzios é um dos melhores lugares do mundo para se velejar, além, é claro, das belezas naturais e da sotisticação que integram a cidade: - Pulo de alegria quando tem competição em Búzios. Fico, as vezes, sem dormir nos dias que antecedem a competição. Com meus amigos acontece o mesmo. Aqui é tudo de bom. Ventos constantes, água limpa e o clima é nota mil. À noite, muita pizza na Rua das Pedras – disse um deles que pretende pedir aos pais, que o acompanha em todas as competições, para vir mais vezes a Búzios para ele melhorar a sua performance. O comodoro do Iate Clube de Armação dos Búzios, Allain Pierre Joullié, era só felicidade: - Muito bom ver o Iate lotado de barco,
Fernanda Decnop, velejadora, depois do pódio na Sailing Week permaneceu em Búzios para treinar, treinando para a próxima competição
competidores e o público sempre presente nas competições aqui em Búzios. Isso deixa qualquer apaixonado pelo esporte sorrindo a toa. Mais um vez, a Búzios Sailing Week confirma o seu sucesso. Já estamos nos preparando para as próximas competições, entre elas, a de Veleiros Clássicos em novembro – antecipou Allain Julié, paulista, filho de franceses, criado no Rio de Janeiro. Allain começou a velejar aos sete anos na Baia de Guanabara em um
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barco da classe snipe. Depois passou a acompanhar o pai no famoso Mistral, um veleiro da classe Brasil no qual, aos 18 anos ( 1953 ), ficou em 2º lugar na tradicional regata Buenos Aires-Rio. A Búzios Sailing Week Monotipos teve a organização do ICAB - Iate Clube Armação de Búzios e da Feverj - Federação de Vela do Estado do Rio de Janeiro e teve o patrocínio da Prefeitura Municipal de Armação dos Búzios.
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Por Eduardo Almeida O falecimento do amigão. Há 43 dias atrás, (23 de abril) dia de São Jorge, você estava alegre e faqueiro, comandando as festas do Santo Guerreiro. Hoje você se foi, tenho certeza de que foi encontrar com São Jorge, com Maria Lucia e outros amigos. O amigo de todas as horas.Tenho a honra de ter sido seu amigo, mesmo. Digo tenho pois para mim você jamais morrerá. Voce meu mestre era meu guru, e também da Regina, minha mulher. Para você não tinha tempo ruim, eu chegava com as angustias da doença de minha mulher e você dizia: calma, vai dar tudo certo. Outro que você era líder era o Marcelo, não tinha uma semana que ele ficava sem te ver. Assim vários outros. Ele sabia que ia ser santo.Nas festas do Salve Jorge, você cuidava de tudo, até guarda de transito você era, você dizia: o cara que não é fiel de São Jorge não tem porque ficar congestionado no transito, sem passar. Seu repertório musical nas missas era de chorar de emoção, misturava musicas de filmes como Amapola, Raindrops keep folling on may head, com musicas sagradas. Nunca vi nenhum casal que você casou ter se separado, você era uma reza forte para os casais que você unia. A tristeza de quem ficou (Salve Alvaro). Tua morte me pegou de surpresa, ontem (quarta 5 de junho) me disseram que um advogado havia falecido, como não ouvi direito, jamais poderia imaginar que era você. Para mim você era imortal, alias é imortal. Beijos do amigo que ficou.
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Matusalém na prisão? Por Cláudio dell´Orto*
C
om justificada preocupação, observamos a longa permanência em detenção na Bolívia de 12 cidadãos brasileiros, torcedores do Corinthians, acusados pelas autoridades desse país de participação no disparo do sinalizador que causou a morte de um adolescente, na cidade de Oruru. O episódio coloca novamente em discussão a questão da prisão temporária e da aplicação das penas, temas que sempre geram dúvidas na opinião pública, que nem sempre entende o porquê das decisões que libertam ou privam a liberdade de autores ou suspeitos de cometerem crimes. Assim, é sempre importante esclarecer essas questões. No Brasil, a prisão preventiva, como a determinada para os corintianos na Bolívia, se caracteriza genericamente por ser medida de caráter cautelar decretada antes do trânsito em julgado do processo criminal. Sua duração ou renovação dependem de uma série de variáveis, desde a possibilidade de a pessoa acusada poder evadir-se, dificultar a coleta e provas, ameaçar testemunhas ou prejudicar a ação policial e da Justiça. Com base na avaliação desses riscos ou de sua inexistência, o magistrado adota a melhor decisão, dentro das alternativas propiciadas pela lei. Na Bolívia, os prazos para a prisão preventiva são de até dois anos, o que complica a situação dos torcedores detidos em Oruru. Mais instigante ainda para a opinião
pública em nosso país é a aplicação e o cumprimento de penas por parte daqueles que já foram julgados e sentenciados pela Justiça. Muitas vezes, impressiona a longa duração das penas às quais são condenados alguns autores de fatos criminosos no Brasil. A imprensa informa condenações que totalizam centenas de anos de encarceramento, tempo no qual nem o mítico Matusalém poderia sobreviver. É preciso um olhar técnico-jurídico para justificar a racionalidade dessas penas, considerando que sua aplicação, muito menor do que estabelecido na sentença, muitas vezes frustra a opinião pública. O Direito Penal lança sua teia de responsabilidade sobre comportamentos conflitantes com a Lei, ou seja, no sistema brasileiro, crimes ou contravenções penais. Adotamos a responsabilidade penal pelo fato. Cada uma das condutas penalmente ilícitas será submetida ao julgamento, mesmo que praticadas pela mesma pessoa. As penas serão aplicadas e estarão vinculadas a cada um dos comportamentos realizados. O tempo máximo de aprisionamento em decorrência de um único ato criminoso é de trinta anos, porque é proibida, pela Constituição da República, qualquer pena de caráter perpétuo. Toda pena deverá ter uma validade temporal previamente definida pela lei, elaborada por deputados e senadores. Julga-se o fato, mas a execução da pe-
na recai, no caso do aprisionamento, sobre a liberdade da pessoa autora da conduta incriminada. Portanto, as várias condenações derivadas dos mesmos ou de diversos autos processuais são unificadas para fins de execução da pena. Sendo vedada a perpetuidade do castigo penal, o legislador, no artigo 75 do Código Penal, definiu o prazo máximo de trinta anos para o encarceramento contínuo. A quantidade de pena privativa de liberdade que ultrapassar esse marco temporal poderá ser considerada para fins de reinicio da contagem do prazo em caso de fuga, impedir mudança de regime prisional ou para inviabilizar a liberdade condicional. Entretanto, ninguém poderá permanecer preso continuamente por prazo superior a trinta anos, pois isso representaria uma pena de caráter perpétuo. Ao Judiciário cabe cumprir e fazer cumprir a Constituição e as Leis. Os juízes de direito têm a responsabilidade de realizar as interpretações exatamente de acordo com as normas e princípios definidos pelo povo, por meio de seus representantes no Parlamento, na Constituição e nas leis ordinárias. Ao agirem assim, os magistrados contribuem muito para a prevalência do Estado de direito e dos princípios da cidadania. *Desembargador Cláudio dell´Orto é o presidente da Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (AMAERJ).
Búzios realizará no Chile o 1º Workshop de Turismo O Búzios Convention, em parceria com a Secretaria de Turismo e o Comitê Descubra Brasil do Chile, estará realizando em Santiago do Chile o 1º Workshop de Turismo Destino Búzios, que será realizado no dia 26 de junho, quarta-feira, no Hotel Santiago Park Plaza para 300 agentes de viagens. Além de toda a Diretoria, do Secretário de Turismo José Márcio e da coordenadora de turismo do Comitê Descubra Brasil do Chile Jean Gillmore, estarão presentes vários empresários de Búzios representando seus estabelecimentos. Entre as nações da América do Sul, o Chile é o segundo país emissor de turistas para o Brasil, possui 17 milhões de habitantes e dispõe de cordial relação com o nosso país. Esse Workshop de Turismo é voltado para a qualificação dos operadores e agentes de viagens deste país, a ação central se dá por meio da realização do evento especialmente programado para apresentar informações sobre o destino e produtos turísticos formatados para atender as peculiaridades do mercado. As ações de qualificação serão respaldadas pela Secretaria de Turismo em mídias de canais de comunicação do trade turístico e canais de comunicação que atinjam o público final. A realização deste projeto tem como objetivo o aumento do fluxo turístico chileno para o município de Búzios, com reflexo no desenvolvimento econômico da cidade onde contribuirá para o aumento do tempo de permanência, para o aumento do gasto médio e para a geração de empregos e renda. Para os diretores do Búzios Convention o workshop traz uma imensa possibilidade de negócios para vários estabelecimentos da cidade. Trata-se de uma oportunidade única, onde o empresário ou representante estará à frente do profissional de turismo, do vendedor, que pouca oportunidade tem de viajar para conhecer os produtos e novidades da cidade. Faça já a sua adesão e participe desse importante evento. Maiores informações (22) 2623-3260.
“Difícil é dissociar o carinho e o amor que tenho por esta cidade, com o sentimento que marca durante todos estes anos minha relação com Ester. Não se pode ser feliz com quem se ama, numa cidade que não mantemos o mínimo de afinidade e que nos torne feliz pelo simples fato de estarmos chegando para se passar um simples final de semana. Comemorar o dia dos namorados em Búzios é motivo de dupla felicidade. Viver esta geografia maravilhosa que o município nos proporciona, aliado a companhia da mulher que se ama profundamente, não tem igual. Quando volto para casa, após um dia de trabalho, e me encontro com meus dois amores, minha esposa e minha cidade, me sinto duplamente realizado. Búzios e minha Ester, o lugar que escolhi para viver ao lado da mulher que escolhi para dividir minha vida.” Ricardo Valdívia