De 3 a 12 de julho de 2013 • Edição 1148 • ANO XXXIII • www.operumolhado.com.br
Foto: Fred Rozário
O MAIOR AL JORN BÚZIOS
O Caderno Perú Imóveis não pode ser vendido separadamante
P I L F a n u Vo
! á j o t l o v e Dyana Maia, 22 anos, estudante de estética posando na Praia Brava
Um jornal cego, surdo e mudo
Turismo sem cidadania é como folheteria sem Photoshop Por Hamber Carvalho
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úzios certamente é a única cidade do Estado do Rio de Janeiro, onde o exercício da cidadania supera até mesmo as divergências partidárias, quando o assunto é o resguardo de sua principal atividade econômica, o turismo. Nesses seus 17 anos de emancipação, muito se avançou no processo de amadurecimento da sociedade civil em busca da apropriação dos principais temas da cidade, tanto de ordem econômica, politica ou social. Um exemplo marcante é o próprio processo eleitoral, aonde as coligações partidárias em harmonia com a justiça eleitoral, através das comissões suprapartidárias, vêm promovendo adequações na aplicação das regras eleitorais, considerando, principalmente, o perfil turístico da cidade. Durantes esses anos reduzimos drasticamente o uso de carros de som pelos candidatos, onde as coligações só fazem uso de um veiculo de grande porte somente nos comícios, sendo vedado o uso do trio elétrico, o mesmo valendo para os candidatos a vereador e assim mesmo só podendo transitar pela cidade no período de 14 ás 18 horas, muito diferente do teto da legislação eleitoral que firma o horário dos carros de som de 8 da manha até as 22 horas. Armação dos Búzios foi a primeira cidade no estado a abolir os galhardetes que tanto emporcalhavam os postes e também a primeira a transmitir online a apuração das eleições em grandes telões colocados em local publico ou de fácil acesso. Nas eleições de 2012 foram abolidos os cavaletes de propaganda nas ruas, a colocação e guarda de faixas e cartazes em locais públicos por cabos eleitorais e a utilização de fogos de artifícios de estampido, sendo permitidos tão somente os de efeito visual. Mais ainda, todos os locais de comícios são previamente ajustados pelas coligações perante o cartório eleitoral, de tal forma que não haja proximidade nem coincidência de realização de comícios, sendo evitado, inclusive, o
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cruzamento nas vias de acesso pelos cabos eleitorais e grupos de adesão aos candidatos. As colocações de placas em terrenos particulares são limitadas ao máximo, de forma a evitar a poluição visual. A própria aprovação do Plano Diretor que preserva principalmente a arquitetura da cidade com a limitação das construções a dois andares e o chamado Estilo Búzios, se deu em clima de intenso e cerrado debate durante longos seis meses. Já no mês de maio último, em plena organização dos manifestos em todo o Brasil, Buzios foi a rua protestar contra uma lei estadual que prevê a transposição de efluentes em um rio localizado no município de Cabo Frio, mas que irá atingir a cidade. O principal acesso da cidade foi fechado numa manifestação pacifica e bem ao estilo irreverente da cidade, com penicos, vasos sanitários e papel higiênico dando o tom da manifestação. Todo esse processo de mobilização da cidade tem inicio nas comissões que foram criadas na década de 90, durante o processo de emancipação, passando adiante pela discussão do Plano Estratégico da Cidade, também de base popular e consolidando-se a partir do ano de 2001, com a explosão na criação de entidades civis como forma
de implementar o orçamento participativo pelo então governo municipal. O tecido social de Búzios é com certeza o mais efervescente do Estado do Rio de Janeiro, onde todos os segmentos sociais tem representatividade, num conjunto que alcança seguramente mais de 60 entidades civis, para uma população de pouco mais de 30 mil habitantes segundo o IBGE. Ao visitar Búzios, o turista ainda não vai encontrar o paraíso, mas, com certeza, vai perceber o empenho de seus cidadãos operando no tecido social para que a cidade preserve seu maior ativo ambiental, suas praias e sua cobertura vegetal. Assim como a crônica falta de agua foi vencida, a principal pauta da cidade nesse momento é o tratamento de
100% do esgoto produzido. As entidades civis de Búzios estão em pé de guerra contra todos os atores responsáveis pelo saneamento da cidade, não se furtando porém a colaborar na busca de alternativas a curto e a longo prazo, para alcançar este objetivo. Inserida no quadro nacional, onde pouco mais de 8% das cidades tem seu saneamento implantado, Búzios não esconde nem coloca debaixo do tapete esta deficiência, pelo contrario, vai a luta com todo o vigor, como forma de trazer soluções definitivas no pleno exercício da cidadania, afinal, esgoto, lixo e poluição só não existem no Photoshop das folheterias que vendem o destino turístico das cidades brasileiras.
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a g e n c i a q u i v e r. c o m
5, 6, 12 & 13 JULHO 2013 RUA DAS PEDRAS RUA MANUEL T URÍBIO DE FA R I AS OR LA BA R DOT PORTO DA BA R RA ESPAÇO DOMME
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FESTIVAL GASTRONÔMICO
DE BÚZIOS festbuzios.com.br
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/festbuzios
@ f e s t ga s t b u z i o s
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O talento de cada um Por Sandro Peixoto
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cidade de Paraty descobriu seu talento. Apesar da belezas naturais, de suas lindas praias, da natureza praticamente intocada e de sua beleza arquitetônica, Paraty enxergou na cultura uma oportunidade de se destacar no cenário nacional e porque não dizer, até mesmo no cenário internacional. A primeira edição do festival aconteceu em 2003 e hoje, dez anos depois a FLIP (Festival Literário Internacional de Paraty) se tornou o principal evento literário do Brasil. Poucas pessoas sabem, mas a FLIP não é organizada pela prefeitura local e sim por uma OCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), a Casa Azul criada para ajudar a resolver os problemas de infra-estrutura urbana da cidade. O sucesso da FLIP logo chamou à atenção de pequenas cidades turísticas como a nossa. Virou ponto pacifico que teríamos que ter uma Feira Literária. Como se fosse possível copiar o sucesso dos outros assim, de maneira fácil. A FLIP só vingou em Paraty porque encontrou naquele destino um ambiente saudável a literatura, as artes. Búzios é diferente. Aqui é a terra da descontração. Quem vem à Búzios vem zerar o QI. Vem para relaxar e é isso que temos que entender e procurar criar atrações para esse tipo de visitante. Nosso Festival Gastronômico é um bom exemplo. Mas não dá para comparar nosso Festival Gastronômico com a FLIP. Impensável medir com os mesmos parâmetros os dois eventos. Enquanto a FLIP recebe patrocínio de grandes empresas (até de multinacionais), do Governo Federal e da prefeitura da cidade; o nosso conta apenas com a vontade de seu realizador e de alguns empresários do município. São coisas tão díspares quanto Best Sellers e um prato de plástico. Enquanto um distribui saber, o outro distribui sabor. Um te faz crescer, o outro, engordar. Essas são as principais diferença entre os dois eventos. Ano passado, em 5 dias a FLIP atraiu 25 mil turistas que ocuparam toda a rede hoteleira da cidade. O Festival Gastronômico de Búzios se contentou em ver as ruas cheias de pessoas comendo em pé em pratos de plásticos. Deve ser porque o evento de Paraty é Internacional enquanto o nosso é... sei lá. Em Búzios, o prato mais caro custou R$15,00. Em Paraty, uma camisa oficial do evento vendida na loja oficial do evento custava R$ 35,00. O talento de Búzios é o mar. Temos a melhor raia náutica do mundo. Nos falta organização social para criar aqui as melhores regatas do Sandro e Drumond de papo em Paraty mundo. O melhor Festival de Barcos à Vela do Mundo. Temos que Nota da Redação: Mais uma vez, o Fester uma FLIP do mar. Verdade que temos ainda um Festival de Cinema tival Gastronômico, do nosso amigo Gil que acontece há mais de dez anos. Que a cidade já Castelo Branco, pretende competir com a chegou a ter 8 jornais com circulação regular e que FLIP de Paraty, que se realiza na mesma as duas livrarias da cidade (Máscaras e Tartaruga) data. Parabéns, Gil. Você é foda! oferecem os últimos lançamentos literários. Mas nos falta muito para ter algo como a FLIP. Nos falta uma sociedade (e turistas) que goste de literatura.
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V Lá é fácil encontrar os escritores mais famosos do Brasil e do mundo
A última edição da FLIP bombou
Ana Maria Braga no seu programa mostrando o Perú de dois anos atrás, aonde se vê na capa que a FLIP leva pra lá os famosos que estariam em Búzios
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e p a h l b A a a c d e r a d c i m d E d t c e e u a v n c d N g d p e c d d i m E n F d t m c b t e r r v l d d a o c n t E c q l e c
Ruy Castro diz que feiras literárias viraram moda no Brasil SACI - Apesar de conhecer quase todas os eventos literários do Brasil, o casal ainda não tinha ouvido falar do nosso SACI (Semana de Artes e Culturas Internacionais) na sua 3ª edição. É bem verdade que o nosso SACI não é mais dedicado exclusivamente à literatura, mas ela foi o foco de criação do evento, organizado pela Academia Buziana de Letras. Mas agora eles sabem e, quem sabe, virão nos prestigiar no próximo ano. Aproveitando para ‘tirar um sarro’ Ruy diz não acreditar que um evento destes desse certo por aqui. Para ele, em Búzios, tudo é diferente e que seremos a única cidade no Brasil que não vai participar desta manifestação que eclodiu no Pais. “Aqui poderia ter um panelaço contra a Cristina Kirchner, pois metade da população argentina vive aqui, e a outra metade vêm à passeio”. MANIFESTAÇÕES E SUAS RAZÕES - Falando nas manifestações que tomaram o Brasil nas últimas semana, Ruy, como muitas outras pessoas, não tem uma idéia muito clara do que ela representa. Para ele, talvez seja uma vontade de se manifestar, e aqui, motivos não faltam. Mas a pergunta é exatamente porque agora? Motivos existem há muitos anos e as manifestações eram sempre muito pequenas. Exemplo disso foi o 7 de setembro do ano passado, quando no auge do julgamento do Mensalão, as pessoas foram chamadas às ruas para se manifestar contra a corrupção brasileira e o saldo foi de aproximadamente 24 mil pessoas nas ruas, em todo o Brasil. Agora, já se fala em 1 milhão de pessoas na ruas, demonstrando a sua insatisfação. Afinal, o que mudou? Segundo o antropólogo Roberto da Matta, publicado no O Globo do dia 18, os motivos seriam o mesmo da famosa marcha dos 100 mil, em 1968. Ou seja, foi um acúmulo de insatisfações durante um grande período e que, um evento qualquer acendeu o pavio e a massa explodiu. Já Ruy Castro discorda do amigo, pois para ele 68 é outra história, pois naquele momento as insatisfações eram contra um alvo: a Ditadura Militar. A morte do estudante Edson Luis foi realmente o gatilho da revolta, mas, os estudante já vinham se manifestando há tempos. Para ele, a marcha do 100 mil teve um único foco: a abertura política. Porém, essa manifestação de agora não tem esse foco. Heloisa concorda com o marido e diz que basta ver o que os manifestantes querem. “Você vê os cartazes e percebe que tem gente pedindo de tudo, é o maior saco de gato da história do Brasil”. AMOR A BÚZIOS - Apesar do sarro tirado sobre a ‘argentinização’ buziana, Ruy e Heloisa declaram amor eterno à nossa cidade. Eles conhecem Búzios há cerca de 40 anos, e vêm curtir o nosso paraíso todos os anos. E, ao contrario do que muitos pensam,
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Mônica Casarin e Ruy Castro
VALE A PENA LER DE NOVO
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uando se fala da Feira Literária de Paraty (FLIP), Ruy não mede as palavras. Diz que no Brasil, tudo que se faz dá certo, até o desfile do Bola Preta, e a FLIP não seria diferente. Lembra que a primeira edição tinha mais escritores que público, mas que foi tão simpático e houve uma grande divulgação na grande imprensa, que na 4ª edição já tinha virado um sucesso. “Tinha tanta gente, que tinha até escritor. No início, as pessoas iam por causa dos escritores, depois passaram ir por causa dos escritores e do evento, e agora vão por causa do evento.” E como, em um País sem nenhuma tradição em cultura literária, uma feira de uma pequena cidade poderia dar tão certo, que já está na sua 11ª edição, e cada dia com mais público? Para Ruy, talvez seja exatamente essa ‘novidade’ que atrai as pessoas, e o que mais o surpreende é que a FLIP faz uma coisa que não é tradicional no Brasil , que é os escritores lendo seus próprios textos. Mas, apesar disto, ele conta que os auditórios estão sempre lotados, e o público atentíssimo, “até mesmo quando falam uma língua que eles não entendem”. Mas o evento é tão simpático, tão singular que atrai todo mundo. Ruy disse ao Perú que credita muito o sucesso do evento ao fato de as pessoas podem ver de perto e interagir com autores famosos, o que foi logo contestado pela mulher, a escritora Heloisa Seixas. Ela, pensa que o sucesso ter vindo mais pelo fato de que o brasileiro ser encantado por tudo o que é ‘estrangeiro’. E o fato de que a feira foi organizada por uma inglesa, logo no início teve a presença de escritores de renome mundial, o que deslumbrou público brasileiro. A organização ‘britânica’ talvez seja uma das fórmulas de sucesso da feira, que no ano passado teve um público aproximado de 25 mil pessoas e um orçamento de R$ 7 milhões. Concebida pela editora inglesa Liz Calder, a FLIP é um evento em que não se aplica a tradição brasileira de tudo começar pontualmente 15 minutos com atraso. “Eu tentei cumprir com essa tradição, atrasando a minha apresentação e não deixaram”. Mas, independente do motivo que levou ao sucesso da feira, ambos concordam que a feira lançou a moda da feira literária em território tupiniquim. Antes da FLIP era somente as bienais, depois surgiram muitos outros eventos em várias cidades do interior do Brasil. “Virou moda, hoje já temos a FLUP, FLAP, FLIPORTO... tudo em cima da mesma idéia. As feiras literárias ganharam visibilidade e hoje os escritores podem passar 365 dias no ano viajando”. Mas, se esta nova moda literária não chegou a aquecer o mercado literário brasileiro, pelo menos deu mais visibilidade aos escritores e está permitindo a eles viverem exclusivamente da literatura.
Ruy Castro e sua esposa Heloísa Seixas
eles acham que a cidade conseguiu manter a beleza primordial. Para Ruy o comércio na cidade está hoje muito mais pujante do que o de Saint-Tropez. “Você vê uma quantidade enorme de lojas, restaurantes e pousadas que tenho a impressão que tem mais gente aqui do que lá”. Heloisa lembra que apesar de Búzios ter passado pelo processo de crescimento desenfreado, comum nos anos 80 e 90, ela ainda conseguiu manter seu estilo, o que não aconteceu com outras cidades turísticas brasileiras e até estrangeiras. “Tirando João Fernandes e Ferradura, que foram realmente massacradas pela especulação, o resto conseguiu sobreviver bem”. Para eles a evolução é uma coisa natural e devemos ter um olhar mais realista do crescimento das cidades, pois afinal elas estão sempre em movimento, evoluindo com o tempo e as pessoas. Não se pode pensar no Brasil, ou no mundo, em um lugar estático e que seria impossível manter a natura completamente intacta. “Senão ainda viveríamos em aldeias”. Mas ambos lembram que o progresso tem que vir com responsabilidade e equilíbrio. Como exemplo citam o condomínio que foi criado em frente a praia da Ferradurinha. “Há poucos anos, tinha um brejo maravilhoso, com um ecossistema maravilhoso. Hoje você passa ali e tem concreto, o ecossistema foi literalmente para o brejo. Hoje, para nós lamentamos a falta do brejo, mas quem sabe daqui há 50 anos, outras pessoas vão estar lutando para
manter o condomínio, pois querem construir um prédio no lugar. Temos que ser conscientes, e saber relativizar o tempo”. RUY E SUA OBRA - Ruy Castro nasceu em Caratinga (MG) e dedicou a sua vida ao jornalismo e à literatura. Com passagem por importantes veículos da imprensa do Rio e de São Paulo e virou escritor a partir do ano de 1967. É reconhecido pela produção de biografias como “O Anjo Pornográfico” (a vida de Nelson Rodrigues), “Estrela Solitária” (sobre Garrincha) e “Carmen” (sobre Carmen Miranda; e de livros de reconstituição histórica, como “Chega de Saudade” (sobre a Bossa nova) e “Ela é Carioca” (sobre o bairro de Ipanema, no Rio). Tem sua obra publicada em vários países e ganhou vários prêmios nacionais. Diz que prefere escrever biografias, pois para se chegar a um bom resultado é preciso conhecer o assunto profundamente, tem que buscar informações e fatos verdadeiros, não se pode falar besteiras. Para ele, o mestre da literatura sempre foi e será Nelson Rodrigues, cujo texto era rico e inteligente. Sobre a nova geração brasileira de escritores, diz que não tem paciência para ler, porque os textos se tornaram chatos e mal escritos. Ruy só tece elogios a dois escritores atuais: à mulher Heloisa Seixas e ao biógrafo brasileiro Mário Magalhães, que escreveu a biografia do guerrilheiro Carlos Marighella. “Muito bem escrita. Dá vontade de ler mais”.
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Alô, alô, Paraty! Aqui também tem cultura!
Arte Pública: o Cidadão e a Cidade Por Armando Mattos
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a história da “arte pública” frequentemente se enfatiza a palavra “arte” e muito pouco o contexto do “público” gerando um desequilíbrio no entendimento de sua conectivida- d e . O filósofo e teórico Paulo Freire fala sobre “a estrutura do diálogo e do uso das artes para promover a consciência crítica”. Então a arte no contexto urbano serviria para fomentar o desenvolvimento do pensamento crítico sobre a qualidade de vida nas cidades. Desde sua primeira edição em 2007, no espaço cultural do Peru Molhado na Pemba, a curadoria da BAB Bienal focou sua atenção nas ações e intervenções estéticas envolvendo espaços de convívio coletivo na cidade. A cada edição do projeto subvencionamos proposições criativas com apoio de um programa educativo que promove oficinas de arte gratuitas para os alunos da rede pública de ensino que informavam sobre os modos contemporâneos e conscientes do fazer artístico. Para a VI edição do evento que acontece esse ano entre 10 e 17 de novembro reforçamos essa pauta reforçando a atenção para as relações sócio-econômicas e culturais que advém do Turismo, para as formas de inter-relação afetiva com a cidade. Com o título tema, “Ao Nosso Redor, Dentro de Nó” a BAB Bienal alinha arte, política, tecnologia, entretenimento, sustentabilidade e criatividade como conceitos que devem se atravessados para tratar atualidade transcultural estética na era cibernética. Proposta que conta com apoio da Secretaria de Turismo do Município para organizar as ações artísticas que vão se desenvolver ao ar livre criando um museu sem paredes por toda a cidade. Mas de que modo um evento de arte contemporânea fomenta a interação criativa com o meio ambiente urbano? Quando dirigimos nossa atenção para o ser criativo promovendo o conhecimento e a informação, transformamos a cidade num espaço aberto para experiência coletiva sensível (re)ativamos locais ‘viciados’ pelo trânsito cotidiano oferecendo, como propõe Guy Debord, a possiblidade do “Desvio” (ver Detournement) que, incorporando o Acaso criativamente transforma a rotina cotidiana em experiência vivida. Assim a praça pública, os dutos viários, as servidões, as praias, quando são atravessados por um conjunto de proposições artísticas, transformam-se em locais de acesso para a experiência criativa coletiva, sítios de sensibilização pelas artes. Peu Mello, Maria Mattos, Guga Ferraz, Leo Ayres, Alexandre Mury, Michel Groisman, Julio Lucio Martin, Jarbas Lopes, Opavivará!, Coletivo Gráfico, Derlon Almeida, Joana Cesar, Jesús Hdez-Güero, Tatiana Grinberg, Larissa Jordan, Jimson Vilela, Rodrigo Villas Bôas, Panmela Castro e a equipe de artistas curadores Laura Lima, Simone MIchelin, Anna Bella Geiger e Brigida Baltar são alguns dos artistas já confir-
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mados para o evento esse ano. Um projeto inovador que com o apoio do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e da Prefeitura de Búzios vai viabilizar a implantação de um polo de pesquisas avançadas em arte urbana na cidade, proposta que conta ainda com o entusiasmo do Secretário de Transportes do Estado do Rio, Julio Lopes que vê na iniciativa novas perspectivas para o desenvolvimento do turismo na região. Um programa de cunho experimental que vai atrair novas audiências para o Turismo, um marco de integração entre as cidades da Região do Norte Fluminense. Exemplo de empreede-
dorismo para interiorização da cultura que amplia as fronteiras geográficas do Estado tornando-as dinâmicas e permeáveis aos diferentes códigos culturais. rompendo as fronteiras que, como afirma Glória Anzaldúa (1987, prefácio) “[...] estão fisicamente presentes em todo lugar que duas ou mais culturas se encontram [...]” Resultado do tempo globalizado aonde as Identidades culturais não são mais fixas, mas suspensas, em transição entre diferentes posições, que retiram seus recursos de diferentes tradições culturais e, que são produto de complicados cruzamentos e misturas culturais cada vez mais comuns no
mundo em constante transição identitária que configura o panorama contemporâneo da transculturalidade estética. Trecho retirado do material elaborado o segmento ‘CONTEMPORANEIDADE E CULTURAS COMUNICACIONAIS: TRADUCAO, ANTROPOLOGIA DA LINGUAGEM E IDENTIDADE SOCIAL NA GLOBALIZACAO NEOLIBERAL, do Seminário Internacional Museus e Transculturalidade proposto pela UFF, o CNPq e o Departamento de Filosofia I, da Universidade Paris 8 - Saint Denis, no Museu de Arte Contemporânea de Niterói, entre 19 e 23 de maio de 2013.
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FLIP, cultura e geometria Por Miriam Danowski
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té hoje me lembro de um comício em Búzios, por ocasião de eleições para prefeito, em que um candidato prometeu a quem votasse nele: “Se eu for eleito, tudo vai mudar! Búzios vai dar uma guinada de 360º!”. O pessoal aplaudiu e a maioria não se deu conta de que, depois desse giro completo, tudo ficaria mesmo “como dantes no quartel de abrantes”, se o tal pretendente assumisse o poder. Felizmente, ele perdeu de longe. Conto este “causo” para ilustrar como tem sido nossa vida política, em que os comícios foram sendo substituídos pelos showmícios, tudo um grande espetáculo, em que o eleitor perde de vista os programas, os planos e projetos de governo, recebendo em troca promessas vagas ou incumpríveis, enquanto por baixo do pano pululam os compromissos escusos com os financiadores das campanhas e as exigências perversas da lógica eleitoral, radicalizadas pelo dispositivo da reeleição. É uma alegria ter de volta o senso crítico, aparentemente perdido, revigorado nas inflamadas manifestações, que têm acontecido por todo o país, com as mais variadas demandas, nos cartazes empunhados pelos participantes. Uma ao lado da outra, se pudessem ser reunidas, essas palavras-de-ordem dariam um belo e gigantesco jornal mural. A sensação que se tem é que uma conexão imprevista liberou um tremendo fluxo de energia entre o mundo virtual (do facebook, do twitter, etc) e o mundo das ruas, não se sabendo agora qual é o mais concreto, já que o real se expandiu, indefinidamente, para um lado e para o outro. Carlito Azevedo, como citado na coluna de Cora Rónai - Páginas da Revolução -, de 22 de junho, resumiu a perplexidade geral: “Quem não estiver confuso, não está bem informado”. A 11ª edição da FLIP promete ser contaminada pelo espírito das ruas, já que todas as bandeiras levantadas conduzem, no final da linha, à questões culturais. Na programação deste ano, além dos temas literários, estão previstos diversos debates sobre os possíveis significados dessas mobilizações. A hora é boa para Búzios começar a pensar “fora da caixa”. Assumir o seu DNA cosmopolita, afastar o provincianismo e se afirmar como cidade multicultural. Para isso acontecer, há que se investir pesado em educação e cultura. Um bom exemplo a seguir é o de Paraty, que soube aliar a iniciativa privada e o esforço governamental, resultando num calendário de eventos diversificado, que atrai visitantes do Brasil e do mundo, ao longo de todo o ano. A comunidade deve estar presente
Miriam sempre antenada nas formas e nas letras
nas decisões de política pública, através de fóruns de discussão, consulta, audiências públicas, plebiscitos, com estímulo ao empreendedorismo e criatividade na idealização de novas formas de participação, porque a prática da cidadania também é uma prática cultural - desenvolve-se assim sentimentos como solidariedade e cooperação. A falência dos modos de fazer política e das formas de representação que temos utilizado estão sendo questionadas nas ruas – é preciso inventar alternativas. A atividade turística pode ser massacrante e até promover o esvaziamento cultural de um lugar, se não houver uma estra-
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tégia e um planejamento a longo prazo. E, mesmo tendo um Plano Diretor, amplamente debatido e tecnicamente correto, se Búzios não cuidar de seu
capital social, que é sua comunidade, através da educação e da cultura, periga morrer na praia.
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Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas com chave de ouro o evento. África. A novidade do festival gastronomico é a cozinha de matriz africana, que vai servir escaldado. Que é um prato elaborado com pedaço de carne de porco , carne seca refogados na gurdurinha de porco e cebola, servido com arroz quebradinho.
O aniversário da Mônica da Azeda brilhou no sábado. Na foto: Claudinho, Alejandra, Syl, Omar, Jairo e Ana Paula na Pousada Azeda
(Notas por Alessandra Cruz) Dez pontos I. Neste sábado a ruas das pedras estava fashion, lojistas criaram um evento e atrairam as atenções, o Shopping Número 1 foi o palco desse cenário Mas o comentário geral foi o desfile de langerie. As modelos desfilaram com micro calcinhas. Dez pontos II. A loja Chow teve em seu desfile a participação do Luiz Antônio Gulf Stream, que entrou com uma linda Harley Davidson fechando
Impunidade. A invasões e as obras irregualares seguem no seu curso normal, basta andar por São José e Tucuns e se admirar com a velocidade que o mercado imobiliário ilegal cresce. Trânsito. A guarda Municipal de Aramção dos Búzios completou 10 anos, o Perú molhado parabeniza as centenas de novos servidores públicos. E o culto de comemoração foi na Igreja Metodista central do nosso Pastorempresário Luciano. Almoçando com inimigo/amigo. Numa pomposa mesa do Bar do mangue a vista de todos , estavam Mirinho,Lorran e Nani Mancini.O teor do papo não pode ser ouvindo por falarem muito baixinho. Até contratamos um especialista em leitura labial, mas
Bernardo Bicho Doido, neto do Muchacho Bicho Doido, nasceu no último dia 26/6 no hospital municipal e promete continuar o legado da família Bicho Doido: protestar!
quando ele chegou já foi tarde. Perú na FLIP. Esta edição do Perú vai para a Flip em Paraty. As enviadas Eva Lartigue e Alessandra da Cruz já estão com a malas prontas. Alessandra que acabou de chegar do Chile, segue para Paraty com o objetivo para adquirir conhecimento e Eva vai por seu inglês em prática.
espacodomme.com •
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/espacodomme
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Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas
Os fiéis na procissão pela Orla
São Pedro chegando para a festa
Festa de São Pedro Chegando à Sant`Anna
Gustavinho se redimiu dos seus pecados distribuindo o almoço aos fiéis de São Pedro
Cabelada em cena rara: de copo vazio
PROGRAMAÇÃO JULHO SAB
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SAB
JUL
JUL SAB
JUL
20
JUL 25, 26 e 27
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[23h]
NIGHT PARTIES ASK2QUIT + CARLO DALL ANESE + DJ MEMÊ + DASH DOT
W W W. P R I V I L EG E B U Z I OS .CO M . B R
INFORMAÇÕES E CAMAROTES
22.
2620.8585 | 22. 8819.0465
O Ã Ç A D I U Q I L
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Mini Chef Cinema O CINECLUBE DAS “SEGUNDAS PROJEÇÕES” FAZEM DUPLA SESSÃO: TERÇA 09/Jul as 20hs no Gran Cine Bardot: “O GRANDE GASTBY” (1974) de Jack Clayton. Com: Robert Redford, Mia Farrow. Roteiro de Francis Ford Coppola baseado na novela de F. Scott Fitzgerald. O próprio F. Scott Fitzgerald, sem qualquer laivo de modéstia, escreveu para seu editor em 1924 dizendo que achava que seu romance era “provavelmente o melhor romance americano já escrito”. Diz ele, ainda na mesma carta, que a obra “é brutal em algumas passagens” e termina com uma advertência cuidadosa: “Espero que você não se inquiete”. QUARTA 10/Jul as 20:00 hs no Gran Cine Bardot: “STAR WARS EPISODIO I “A AMEAÇA FANTASMA” (1999) George Lucas volta a escrever dirigir a sua guerra nas estrelas. Com: Liam Neeson, Ewan McGregor e Natalie Portman, Jake Lloyd.
Artes Plásticas Abigail V. Schlemm – Pinturas. Rua das Pedras 151. Vilmar Madruga – Atelier com exposição permanente da obra do artista. Porto da Barra. Tel.: 2623-7452 Anauê Mosaicos e Esculturas – Rua das Pedras, 266 – loja 04. Telefone: 2623-2225 Atelier Decor-Resina – Peças exclusivas em materiais nobres misturados com resina cristal. Rua Vila das Aroeiras, no 180. Tel.: (21) 9729-3795 Lula Moraes – Rua A - Lote 3 - Alto de Búzios. Tel: 26235744. Atelier Flory Menezes - Rua das Pedras 168 lj 8 Búzios (26230264 - 9994-7831). www.florymenezesescultura.com. O Perú recomenda a Mostra da pintora e escultora Ana Clara Martins até fim de julho. Eduardo Sardi - Retratos artísticos, pinturas a óleo e pátinas - Vila Caranga, 32 - Telefone: 2623-4072 - 9223-0457 Julián Juaréz - artista plástico - Tel: 2633-7037 / 9209-6364. julian23artistaplastico@hotmail.com. Rua Nicolau Antônio Estevão, 68 • Alto da Boa Vista • Rasa. Sérgio Joppert - Pinturas e Desenhos. Rua Zaíras Street. Nº. 09 Baia Formosa - Lote 09. Quadra 05. sergiojoppert@hotmail.com. (21) 9559-0014 Eduardo Pieretti Atelier - Rua da creche Barbara Writh, Parque das Acácias. Tel: (22) 2623-6179 Atelier Maremato do André Cira - Tel 22 26291351 - acira@ wanadoo.fr Artista plástica Argina Seixas. Endereço: Centro Hípico de Búzios - Marina Porto. Horário de funcionamento: 10:00 às 18:00. Telefone contato: (22) 8843-6604 Ana Colombo - Na Galerida da Vimolagos
Comidas & Shows
Uma grande ideia da chef Joana Gallo
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onversamos com a chef de cozinha Joana Gallo¹, que deu aulas para adultos durante cinco anos no Rio de Janeiro através do SENAC, o que na sua visão foi uma experiência incrível. Porém, a chef sempre teve a curiosidade de desvendar o mundinho infantil dentro da culinária. Descobrir os seus interesses e incentivá-los a se alimentar de forma mais saudável. Joana conta que o objetivo maior das aulas de culinária para os baixinhos tem como foco principal a alimentação saudável. Atualmente, tanto o homem quanto a mulher agem com papeis iguais no rendimento financeiro da casa e acabam deixando transformar a rotina de casa muito corrida deixando a alimentação passar despercebida. “Deixamos de oferecer alimentos saudáveis para os nossos filhos porque simplesmente esquecemos, ou já tentamos uma vez e ele não aceitou. Acabamos caindo numa rotina repleta de carboidratos, gorduras e açucares. E as nossas crianças estão cada vez mais ‘participando’ das faixas de risco de obesidade infantil, ou de doenças do coração.”, disse a chef de cozinha e completou: “A tendência é apresentar aos poucos novos alimentos para as crianças de uma forma prazerosa, incentivando com que eles levem esse novo ingrediente para dentro de casa como uma nova forma de alimentação saudável. Nessas oficinas as crianças conhecerão um mundo, novo para muitos, onde verduras e legumes se tornarão algo divertido, gostoso e indispensável”. As oficinas serão no Porto da Bar-
ra com o apoio do Festival Gastronômico que acontecerá nos dias: 5, 6, 12 e 13 de Julho. Essas aulas serão para as crianças de 8 a 12 anos, e no mesmo espaço se encontra o Espaço Kids que ficará com as crianças entre 2 a 7 anos. Logo após o festival, o curso seguirá na colônia de férias que acontecerá no Geribá Tennis Park a partir do dia 15 de Julho. E depois o Mini Chef passará a funcionar no Golden Market em seu espaço montado somente para aulas de gastronomia. Mesmo que ainda sem horário definido, as aulas acontecerão duas vezes por semana. “O Mini Chef é uma grande oportunidade de fazer o aprendizado e o lazer caminharem de mãos dadas!”, entusiasma-se. A tendência é apresentar aos poucos novos alimentos para as crianças de uma forma prazerosa, incentivando com que eles levem esse novo ingrediente para dentro de casa como uma nova forma de alimentação saudável.Nessas oficinas as crianças conhecerão um mundo, novo para muitos, onde verduras e legumes se tornarão algo divertido, gostoso e indispensável! As oficinas serão no Porto da Barra com o apoio do Festival Gastronômico que acontecerá nos dias: 5, 6, 12 e 13 de Julho. Essas aulas serão para as crianças de 8 a 12 anos, e no mesmo espaço se encontra o Espaço Kids que ficará com as crianças entre 2 a 7 anos. ¹Joana Gallo - Quadrucci Búzios -QGastrobarMini chef Atelier de cozinha / minichef@ig.com. br / 22 9866 3738 / 22 2623 6303 / 2623 2592 Nextel : ID 87*12956
Joana e seus mini chefs
12º Festival Gastronômico Baroque Prato Alemão - Weisswurst ou bratwurst com linguiça defumada, chucrute (Kraut) roxo alemão, mostarda bavariana e ravesburger Sauce
Barceloneta - Todas as terças festival de tortillas espanholas. No sábado tem feijoada. Reservas tel.: 2623-0035 Crêperie Chez Michou - Deliciosas crepes e exóticos drinks. 14 monitores para assistir os mais novos DVD´s e todos os eventos esportivos. Programação musical com Dj´s. Venha a comemorar seu aniversário no point mais badalado de Rua das Pedras. Aberto todos os dias do meio dia ao ultimo cliente. Tel. (22) 2623-2169 – www.chezmichou. com.br – Rua das Pedras, 90. Centro. Pátio Havana - De frente para o mar, gastronomia contemporânea. Programação de shows ao vivo, quintas feiras Salsa para bailar e domingos roda de samba. Aberto todos os dias a partir das 18h e até o último cliente (exceto terças feiras). Reservas: (22) 2623-2169 – Ramal 6 – www.patiohavana.com.br - Rua das Pedras, 101. Centro. Estância Don Juan - As melhores carnes de importação com a melhor seleção de vinhos, no restaurante mais aconchegante de Búzios. Shows de tango são apresentados todas as terças feiras. Aberto todos os dias do meio dia até o ultimo cliente. Reservas: (22) 2623-2169 – Ramal 5 – www. estanciadonjuan.com.br – Rua das Pedras, 178. Centro.
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Galeria Abigail Vasthi
Rua das Pedras, 151 Tel.: 2623-2261
Esse ano o festival terá um espaço para aulas com grandes chefs a Tenda Gourmet. Sonia Persiani é um dos nomes a se apresentar lá. Acompanhe tudo pelo Instagram: @festgastronomicobuzios
De 3 a 12 de julho de 2013 – O Perú Molhado
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p f d a d t q d e C t o p e v j c e o n g r l É t d t a z U s d m A n d v e a o p C l v p c A c j c t a p p z A p D c m q c o v r d B o A
Respeite quem chegou aonde chegamos Por Gustavo Garcia
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omo diria meu eminente companheiro tricolor Nelson Rodrigues, dizem os idiotas da objetividade que torcida não ganha jogo. Pois ganha. Não discorro isso para seguir a linha de que o futebol seja algo previsível e sensato, onde os que têm mais torcedores se sagram campeões, pelo contrário. Já que se assim fosse, os chineses seriam os melhores do mundo em tudo. Mas sim, para ressaltar que quando um povo que consegue sambar sem música, que sorri sem batucada, mesmo sendo explorado desde os primórdios de sua existência, se une, não somente pelo futebol, mas vai às ruas por melhorias sociais batendo no peito com orgulho do manto que veste, não existe poder maior. Ninguém nunca teve dúvidas que o Brasil é o país do futebol. Aí é que está. Ninguém nunca ousou colocar a Espanha como maior que o Brasil, no entanto, sofríamos porque há também angustia da certeza, certeza de que somos os melhores, como certa vez também afirmou o poeta Nelson Rodrigues. Mas no mundo da bola não existe clarividência, quando onze homens de cada lado entram em campo para disputar uma partida de futebol, rompem-se as barreiras da segregação, e o entusiasmo é o responsável pelo resultado final. Mas era necessário se tirar a prova. Então, finalmente, o encontro tão sonhado foi realizado no último domingo. De um lado, vestindo a camisa mais vencedora e consagrada do futebol mundial, mas sendo questionados quanto as suas atuais capacidades, os brasileiros. Do outro, a sensação do momento, os espanhóis, recentes campeões de tudo e que traziam da Europa um entrosamento encantador. O palco para esse embate não poderia ser outro se não o maior templo do futebol, o novo e moderno Maracanã. Um ingrediente a mais dava sabor à decisão. A partida não era nenhuma final de Copa do Mundo, mas valia o título da Copa das Confederações. E o Brasil, jogando por música, fez o estádio, com mais de 70 mil pessoas, vir abaixo desde os 2 minutos de jogo quando o centroavante Fred abriu o placar. Depois disso foi só curtição. Aos gritos de “olé”, como um toureiro – quanta contradição – a Seleção fez o que quis com sua presa, que de temível não tinha nada, e venceu por 3 a 0, sem falar no baile imortal de carnaval. No dia 30 de junho de 2013, em que milhares cantaram o hino nacional em uníssono – seja nas ruas, nas manifestações, nos bares, no sofá de casa, ou no Maracanã – e fomos todos brasileiros, através da bola gritamos ao mundo, mais uma vez, que somos o país do futebol sim, mas que agora não somos mais um povo passível de pena, porque não seremos mais ludibriados pela poesia do esporte para fechar os olhos quanto aos problemas sociais aqui existentes, visto que queremos crescer como nação para sermos respeitados além das quatro linhas.
David Luiz e Fred foram o destaque da final
Hulk arrancou suspiros da mulherada
Gustavo ex-Perú e agora da equipe do G1
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Metendo o pau na FLIP D Q Por Lula Vieira
ois eventos de importância mundial acontecem na mesma época. Ou quase na mesma época (fim de junho, começo de julho): O Festival Internacional de Publicidade de Cannes e a FLIP. A grande diferença entre a FLIP e o Festival de Cannes, eventos que tenho frequentado com relativa assiduidade, é que em Cannes se trepa mais. O distinto leitor ou leitora pode perguntar: e qual a importância disso? Respondo citando imortal frase dita pela índia em “Matar ou morrer”: se você não sabe, não adianta explicar. Um festival sem um altíssimo grau de contubérnios não é digno deste nome, mesmo que possam existir outras motivações, até mesmo as culturais. E a FLIP, em que pese sua importância para a literatura brasileira, sofre de um monotemismo intelectual que prejudica, em muito, sua atratividade. Há que se comer o pão do espírito sem nenhuma dúvida. Mas deve se comer outras coisas, se me permitem a sinonímia. E a cafagestagem, claro. Ziraldo, a segunda unanimidade nacional, perguntado uma vez sobre qual a razão que ele exercia a sua atividade literária respondeu: para comer gente. Que precisão de conceitos! Que acuidade! De que adianta deitar no papel altíssimos floreios de pensamentos se isso não resulta numa conquista amorosa. E olhe que estou sendo sutil, pois temo que uma linguagem mais desabrida custe-me um linchamento público nas centenárias ruas de Paraty. Porque estou escrevendo esse bestialógico? Qual a motivação que faz uma pessoa sentar-se diante de um computador para derramar este caudal de asnices? A vontade de agradar o editor deste jornaleco (o Perú), Marcelo Lartigue, que me encomendou um texto sobre a FLIP. Contra. Como contra? Sim, contra. Marcelo Lartigue tentando fazer um jornal
Lula quer mesmo é ser convidado para o Festival Gastronômico de Búzios
plural, onde as mais variadas opiniões são colocadas diante do leitor, resolveu pedir-me um texto que falasse mal da FLIP. E eu não consegui descobrir nada que pudesse ser usado para esculhambar este feira, a não ser, é claro, a lentidão dos serviços, principalmente dos restaurantes. Mas, convenhamos, mesmo tendo que esperar horas por um almoço ou jantar, Paraty e a FLIP acabam atendendo todas as expectativas, pois dificilmente se encontra um evento com programação mais rica e uma cidade com um charme mais generoso. Então parti para estatísticas de alcova. O ambiente de Cannes é menos cultural, menos literário (claro), mas muito mais sexualmente excitado. Para falar a verdade, qualquer festival de música, qualquer festa do peão boiadeiro, qualquer carnaval em Veneza
tem um índice de fornicação maior do que Paraty. Não digo que algum astro do beletrismo não tenha faturado suas fãs, mas na FLIP não parece ser esta a motivação maior. Em Cannes buscam-se leões, é claro, mas a conversa nas rodinhas (epa! epa!) gira mais em torno de sexo do que de propaganda, até porque diz, a milenar cultura sexual, a propaganda é a alma do negócio. Recomendo portanto aos organizadores da FLIP a urgente convocação de algumas periguetes da mais alta qualidade específica para animar as coisas. E, respeitando o politicamente correto, alguns garotos da Armação. Mesmo que não seja para os finalmentes, podem ajudar muito nos entrementes. Pronto, Marcelo. Atendendo a pedidos, um artigo metendo o pau na FLIP. Epa! Epa! Epa!
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A cidade histórica e romântica de Paraty Por Ernesto Galiotto
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isualizando a cidade de Paraty de cima conseguimos tirar o panorama privilegiado de sua localização entre a enseada do mar e a serra, atravessada por alguns rios que interligam a mata atlântica ao oceano. Um patrimônio histórico, artístico e cultural que orgulha não só o Estado do Rio, mas também todos os brasileiros. A Feira Literária (FLIP) transforma a cidade numa grande festa todos os anos atraindo grandes escritores nacionais e internacionais num encontro de intelectuais, formadores de opinião e pessoas de todo o Brasil e do exterior. Paralelamente aumenta também a receita na área de turismo através da literatura e da cultura com os seus casarões históricos, as ruas de pedras irregulares que acaba dando um charme às pequenas caminhadas no centro da cidade. E não poderíamos faltar nesta edição da Feira fazendo nossos vôos durante o dia e encontrar os amigos para confraternizar, assistir as palestras e trocar idéias à noite, nem que seja em uma adega tradicional saboreando uma cachaça artesanal da região. E assim o romantismo literário sobrevive por esse mundo a fora e Paraty, nesta época, se torna um dos grandes centros de discussão de idéias e pólo de grandes escritores. Nós ambientalistas voluntários e guerreiros estamos sempre ligados e defendendo a biodiversidade desse país, sobrevoando de lentes abertas e filmadoras ligadas para fiscalizar o crescimento desordenado no entorno das nossas cidades do Estado do Rio de Janeiro. Fiscalizamos também as ilhas, os costões, os rios, lagoas e a mata atlântica, tanto no lado norte do Estado como na costa verde, no sul, e na própria capital. Fizemos a poucos dias novas tomadas de imagens aéreas nos dois extremos do Estado e constatamos em muitas cidades um avanço não só no crescimento desordenado, mas também incluímos dentro disso o sonho, transformado em oportunismo, na estrutura que está sendo montada para a exploração do petróleo (do futuro pré-sal) de maneira acelerada e às vezes sem cálculos e previsões realistas se de fato haveria necessidade de tanta agressão. Vemos a ocupação de manchas verdes e mananciais sem a certeza de um retorno certo. Todos os projetos deveriam ser elaborados com responsabilidade ambiental para não agredir e destruir aquilo que a natureza nos deu há um bilhão de anos. Essas atitudes mais se compatibilizam com o comprometimento político daqueles que fazem uso de cargo para levar grandes vantagens financeiras e econômicas não se importando com a condenação da própria natureza.
Enseada de Paraty. Nós buzianos sentimos falta dos transatlânticos
Uma cidade historicamente preservada como não temos em todo Estado. O que falta em Paraty é a fiação externa. Lá é tudo subterrâneo.
As imagens que registramos há poucos dias sobre as cidades de Mangaratiba, Angra dos Reis e Paraty são preocupantes. O descontrole do crescimento parece estar fora do alcance das autoridades ou então sob as vistas grossas destas, deixando um futuro duvidoso para a exuberante natureza da região e das gerações seguintes que dela dependerão. Realmente alarmante. Informações: www.egaliotto.com.br ambientalista@egaliotto.com.br
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Conselho editorial
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Diretor Marcelo Lartigue Editor Adjunto Janir Hollanda Jornalista responsável Alessandra Cruz (reg. prof. 27662/RJ) Editor de fotografia Taxista João de Nair
Fundadores Mario Henriques e Pedro Luis Lartigue Gerência de Vendas Tráfego Publicidade & Marketing Ltda. (21) 2532-1329 (21) 9100-7612
Repórter Sandro Peixoto Mônica Casarin Alessandra Cruz Denis Kuck Gustavo Garcia
Mecenas Umberto Modiano
Diagramação Caroline Moreira
Diretor de Distribuição Muchacho Bicho Doido
Diretora Comercial Alessandra Cruz
Impressão Gráfica DMC
Depto. Jurídico Dr. Ulisses Tito da Costa
O Perú Molhado / Editora Miramar CNPJ: 02.886.214/0001-32 Rua Alfredo Silva, 226, casa 4 Cep 28 950-000 – Brava - Armação de Búzios – RJ Celular/redação: (22) 8128-3781 / 2623-1422 Comercial: (22) 7814-2441 E-mail: operumolhado@globo.com operumolhado@gmail.com Site: www.operumolhado.com.br
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De 3 a 12 de julho de 2013 – O Perú Molhado
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DECRETO Nº 79, DE 27 DE JUNHO DE 2013 Declara de Utilidade Pública, para fins de desapropriação, a área de terreno abaixo discriminada. O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE ARMAÇÃO DOS BÚZIOS, no uso de suas atribuições legais que lhe confere a legislação em vigor, DECRETA: Art. 1º - Ficam declarados de utilidade pública, para fins de desapropriação, a ser efetivada pelo Município de Armação dos Búzios, por serem necessários para construção de praça, parque e marina públicos, os imóveis registrados perante esta municipalidade sob as matrículas 2608-8 e 25928-6, e perante o Registro Geral de Imóveis de Cabo Frio sob a matrícula nº 24092. Parágrafo único – Os imóveis de que trata este artigo são descritos na matrícula de registro geral de imóveis como: Área de terras com 17.714,25 m², situada no lugar denominado Manguinhos, 3º Distrito desde município de Cabo Frio, Estado do Rio de Janeiro, inscrito na municipalidade sob o nº 051.534-6, constituída de parte Alodial com 11.196,75 m², e parte foreira ao domínio da União (Terras de Marinha) com 6.517,50 m², oriunda do remembramento da Área de Terras de 15.140,25 m² com os lotes nº 64 e 65 do Desmembramento Yucas, a qual passa a ter as seguintes medidas e confrontações: medindo 197,50m de testada para a Praia de Manguinhos; 190,15m de fundos, com 06 (seis) segmentos de: 44,0m mais 38,80m mais 15,50m mais 20,75m mais 50,50m, todos confrontando com terras da Fazenda Geribá S.A. e ou sucessores; 110,50m na lateral direita de quem de dentro do imóvel dá a frente para o mar com 03 (três) segmentos: 52,00m mais 4,00m mais 54,50m todos confrontando com terreno ocupado pela Colônia dos Pescadores Z-18 da localidade de Manguinhos e um Servidão de Passagem; 118,60m na lateral esquerda que confronta com uma servidão de passagem que dá acesso à Praia de Manguinhos e com Avenida Projetada do Desmembramento Yucas, perfazendo uma área total de 17.714,25m².
Art. 2º - Fica a Procuradoria-Geral do Município de Armação dos Búzios autorizada a proceder todos os atos necessários ao cumprimento deste Decreto. Art. 3º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogandose o Decreto nº 75, de 17 de junho de 2013. Armação dos Búzios, 27 de junho de 2013.
ANDRÉ GRANADO NOGUEIRA DA GAMA Prefeito
De 3 a 12 de julho de 2013 – O Perú Molhado
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PROGRAMAÇÃO COMPLETA DA FLIP 2013 19h30 - Conferência de Abertura: Graciliano Ramos: aspereza do mundo, concisão da linguagem, com Milton Hatoum O encontro com a obra de Graciliano Ramos foi um momento decisivo na vida de um de nossos maiores escritores contemporâneos: Milton Hatoum. Nesta conferência, Hatoum fala sobre Graciliano a partir de uma perspectiva dupla, combinando a recordação de suas experiências pessoais de leitura do autor alagoano com uma discussão panorâmica da obra de Graciliano e do lugar central que esta ocupa na cultura brasileira. DIA 04/07/2013 - QUINTA-FEIRA 10h - Mesa 1 -O dia-a-dia debaixo d’água Alice Sant’Anna / Ana Martins Marques / Bruna Beber Mediação: Noemi Jaffe Ao se tornar matéria de poesia nas obras dessas três jovens poetas, o cotidiano assume inflexões várias - cômico, melancólico, sublime. A sucessão dos dias, observada naquilo que tem de mais trivial, pode se estender num clima arrastado de tarde de domingo ou sugerir uma possibilidade inesperada de revelação, como indica o título do livro de Alice Sant’Anna, Rabo de baleia. O mergulho na vida íntima, aqui, se constrói por meio dessa tensão entre o campo delimitado pelas paredes da vida privada e um desejo reiterado de expansão. 12h - Mesa 2 - As medidas da história Paul Goldberger Eduardo Souto de Moura Mediação: Ángel Gurría-Quintana O crítico Paul Goldberger, que renovou a escrita sobre arquitetura e urbanismo em seus textos para a revista The New Yorker, conversa com o arquiteto português Eduardo Souto de Moura, ganhador do prêmio Pritzker 2011, sobre a relação entre os espaços físicos em que vivemos e nossas experiências de tempo e memória. Como a arquitetura participa da construção das narrativas que definem a identidade de uma certa comunidade? De que maneira novos prédios podem se relacionar com a tradição do espaço em que se inserem? Essas são algumas perguntas em jogo nessa conversa sobre arquitetura e história. 15h - Mesa Zé Kleber: Culturas locais e globais Marina de Mello e Souza / Gilberto Gil Mediação: Alexandre Pimentel Desde 2009, a Flip promove um evento especial para discutir a cidade e suas políticas públicas: a Mesa Zé Kleber. Batizada em homenagem ao poeta, músico e importante ativista paratiense, nesta 11ª edição da festa a mesa discute um original conceito criado em Paraty pelo poeta, cantor e compositor caiçara Luís Perequê: o Defeso Cultural. Pensado como forma de evitar que o turismo em cidades de vocação cultural tenha efeitos predatórios, a ideia do Defeso Cultural será discutida pela historiadora Marina de Mello e Souza e pelo músico e ex-ministro da Cultura Gilberto Gil. 17h15 - Mesa 3 - Formas da derrota José Luiz Passos / Paulo Scott Mediação: João Gabriel de Lima Com registros e universos temáticos muito distintos, os livros de José Luiz Passos e Paulo Scott se aproximam no entanto num interesse comum pela derrota, entendida aqui como um expediente crítico: uma forma de contar histórias que parece excluir já de saída a possibilidade de uma solução harmoniosa para os conflitos do enredo. O ponto de vista daquilo que não deu certo, do lado que saiu perdendo, se torna, nos livros de ambos, uma forma de fazer uma história a contrapelo da própria sociedade brasileira, explorando suas ruínas e fantasmas. 19h30 - Mesa 4 - Olhando de novo para Guernica, de Picasso / T. J. Clark
Mediação: Paulo Sérgio Duarte O crítico e historiador da arte inglês T. J. Clark se notabilizou pela capacidade de articular em seus livros análise formal minuciosa com estudos históricos de fôlego, renovando de maneira decisiva nossa compreensão de alguns dos principais representantes da arte moderna. Nesta palestra, baseada nas pesquisas feitas para seu próximo livro, ele discute em detalhes uma das obras-primas da arte moderna, Guernica, de Pablo Picasso, quadro em que a relação entre forma e história ganha um sentido dos mais dramáticos.
estudiosa de Fernando Pessoa no Brasil e autora da segunda tese feita no mundo sobre o poeta português. Maria Bethânia tem integrado versos de Pessoa em seus espetáculos e discos há mais de quatro décadas, realizando leituras antológicas dos poemas do autor. As duas amigas, ambas condecoradas pelo governo português com a Ordem do Desassossego, se encontram para uma sessão de leitura, conversa e celebração em torno de um dos maiores escritores modernos.
“de qualidade”no mundo literário de língua inglesa. Os dois conversam sobre esse ânimo de invenção e suas relações com a tradição moderna.
21h30 - Mesa 10 - Uma vida no cinema Nelson Pereira dos Santos / Miúcha
11h - Mesa 16 - Graciliano Ramos: políticas da escrita. Wander Melo Miranda / Lourival Holanda / Erwin Torralbo Gimenez
DIA 05/07/2013 - SEXTA-FEIRA 10h - Mesa 5 - Graciliano Ramos: ficha política. Randal Johnson / Sergio Miceli / Dênis de Moraes Mediação: José Luiz Passos Em meio aos conflitos políticos que definiram sua época, Graciliano Ramos tomou posição de maneira clara, mas não ortodoxa. A discussão sobre as relações entre as posições de Graciliano e sua produção literária reúne nesta mesa o biógrafo do escritor, Dênis de Moraes; o sociólogo Sergio Miceli, autor de estudos sobre o campo cultural e o poder em nosso país, como Intelectuais à brasileira; e o brasilianista Randal Johnson, que prepara um livro sobre o lugar de Graciliano na sociedade brasileira da primeira metade do século XX. 12h - Mesa 6 - O prazer do texto Lila Azam Zanganeh / Francisco Bosco Mediação: Cassiano Elek Machado Se o valor da literatura é com frequência associado a uma dimensão moral ou pedagógica, ao aprimoramento ou ilustração do leitor, dois dos principais autores do século XX tentaram valorizá-la em função de sua potência erótica. Para o russo Vladimir Nabokov, a força da criação literária estava no que ele chamou de encantamento. Já o crítico francês Roland Barthes explorou, num de seus livros mais discutidos, uma célebre distinção entre textos de prazer e textos de gozo. A francesa Lila Azam Zanganeh e o brasileiro Francisco Bosco conversam sobre essas diferentes formas de fruição da leitura e da escrita literária. 15h - Mesa 7 - A vida moderna em Kafka e Baudelaire / Roberto Calasso Jeanne-Marie Gagnebin Mediação: Manuel da Costa Pinto O italiano Roberto Calasso e a suíça radicada no Brasil Jeanne-Marie Gagnebin conversam nesta mesa sobre dois grandes escritores e pensadores da era moderna que influenciaram o modo como ainda hoje nos referimos ao nosso tempo: o tcheco Franz Kafka e o francês Charles Baudelaire. Entre a crítica literária, a história e a filosofia, Calasso e Jeanne-Marie exploram os pontos de aproximação e contraste entre as parábolas e o gosto pelo absurdo kafkianos e as reflexões de Baudelaire sobre o belo, o cômico e o grotesco na era moderna. 17h15 - Mesa 8 - Ficção e confissão Tobias Wolff / Karl Ove Knausgård Mediação: Ángel Gurría-Quintana Um tema recorrente do autor homenageado este ano pela Flip, Graciliano Ramos, a relação entre experiência pessoal e criação literária dá o mote desse encontro entre dois grandes escritores contemporâneos: o americano Tobias Wolff, autor de premiados livros de contos, romances e memórias, e o norueguês Karl Ove Knausgård, que causou furor em sua terra natal com a narrativa autobiográfica em seis volumes Minha luta, traduzida em diversos países. 19h30 - Mesa 9 - Lendo Pessoa à beiramar. Maria Bethânia / Cleonice Berardinelli Cleonice Berardinelli é a mais importante
Mediação: Claudiney Ferreira Um dos maiores cineastas brasileiros, Nelson Pereira dos Santos, conversa sobre sua obra com sua amiga e colaboradora Miúcha, com destaque para suas antológicas adaptações para o cinema de livros de Graciliano Ramos, os filmes Vidas secas e Memórias do cárcere. DIA 06/07/2013 - SÁBADO 10h - Mesa 11 - Maus hábitos Nicolas Behr / Zuca Sardan Num país em que a literatura tantas vezes reivindicou para si um papel cívico de interpretação do caráter nacional, às vezes passa despercebida uma outra tradição igualmente fecunda, mas interessada sobretudo em ironizar consensos e costumes por meio de uma forte verve satírica. O texto poético tem sido um espaço privilegiado desse tipo de escrita marcada pela invenção verbal e gráfica. Dois dos grandes satiristas brasileiros das últimas décadas, Zuca Sardan e Nicolas Behr, se encontram nesta mesa para falar sobre os seus, e nossos, maus hábitos. 12h - Mesa 12 - Encontro com Eduardo Coutinho Mediação: Eduardo Escorel Completando 80 anos em 2013, Eduardo Coutinho construiu nas últimas décadas uma obra que figura entre as mais importantes do cinema documentário mundial. Uma característica central de sua produção é a reflexão sobre as implicações éticas de seu trabalho, que tem desdobramentos na própria forma e estrutura de seus filmes. Nesta mesa, Coutinho revê os principais pontos de sua trajetória e discute suas ideias atuais sobre o documentário em conversa com o crítico e diretor Eduardo Escorel, montador de um de seus filmes mais importantes, Cabra marcado para morrer. 15h - Mesa 13 - O espelho da história Aleksandar Hemon Laurent Binet Mediação: Ángel Gurría-Quintana O bósnio radicano nos EUA Aleksandar Hemon e o francês Laurent Binet conversam sobre uma questão comum à obra de ambos: a reflexão sobre as implicações morais e os limites cognitivos da escrita do passado, e mais particularmente da transformação da história humana em matéria para a criação ficcional. Ao fazerem ficção sobre episódios históricos dramáticos, ambos colocam em discussão ao mesmo tempo sua própria atividade, desconstruindo ainda assim os modelos mais usuais de romance histórico. 17h15 - Mesa 14 - Os limites da prosa John Banville / Lydia Davis Mediação: Samuel Titan Jr. Dois dos mais importantes escritores contemporâneos conversam sobre a possibilidade e o propósito da experimentação literária numa época em que se diz que todas as regras já foram transgredidas. Cada um à sua maneira, o irlandês John Banville e a americana Lydia Davis se distanciam nos seus livros de um certo realismo psicológico que se tornou padrão da ficção
19h30 - Mesa 15 - Encontro com Michel Houellebecq (EVENTO CANCELADO) No lugar, haverá um debate sobre os protestos e o momento político atual. DIA 07/07/2013 - DOMINGO
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Mediação: José Luiz Passos O ímpeto crítico que caracteriza a obra de Graciliano Ramos não se exprimiu apenas no universo temático de seus livros, mas também na própria forma da escrita. De Caetés a Memórias do Cárcere, a obra de Graciliano desenvolve uma das mais sofisticadas reflexões sobre as implicações políticas da escrita já desenvolvidas na literatura brasileira. Os críticos Wander Miranda, Lourival de Holanda e Erwin Torralbo Gimenez exploram as diferentes figuras, episódios e marcas de estilo de que Graciliano se utiliza em seus livros para pensar as relações entre linguagem, escrita e crítica social. 13h - Mesa 17 - Tragédias no microscópio Daniel Galera / Jérôme Ferrari Dois jovens e premiados escritores, o brasileiro Daniel Galera e o francês Jérôme Ferrari conversam nesta mesa sobre seus livros mais recentes, Barba ensopada de sangue e O sermão sobre a queda de Roma. Com registros e cenários distintos, ambos os livros se aproximam, no entanto, numa inesperada atualização de temas ligados à tragédia clássica, como o conflito entre ação humana e predestinação. Combinando memórias de família com enredos passados em pequenas destinações turísticas, Galera e Ferrari se voltam sobre cenários idílicos apenas para revelar conflitos latentes sob sua aparente harmonia. 15h - Mesa 18 - Literatura e revolução Tamim Al Barghoutti Mamede Mustafa Jarouche Mediação: Arthur Dapieve Os protestos e revoluções que se sucederam nos últimos anos nos países árabes revelaram de maneira dramática não apenas um desejo urgente de mudança, mas uma conexão inesperada entre ação política e criação literária. No canto dos manifestantes em diferentes países do Norte da África e do Oriente Médio, versos de poetas tradicionais e contemporâneos davam expressão à oposição coletiva aos regimes autoritários. O palestino Tamim Al-Barghouti e o brasileiro Mamede Mustafa Jarouche discutem as relações entre arte e política na história e no presente do mundo árabe. 17h - Mesa 19 - A arte do ensaio Geoff Dyer / John Jeremiah Sullivan Mediação: Paulo Roberto Pires Entre a criação literária e a reflexão teórica, a escrita ensaística reivindica para si um espaço próprio, que não cabe em demarcações bem definidas. Essa combinação peculiar entre forma e pensamento fez com que o ensaio fosse objeto de reflexão de alguns dos mais importantes pensadores do século XX, do alemão Theodor W. Adorno ao francês Roland Barthes. Nesta mesa, o inglês Geoff Dyer e o americano John Jeremiah Sullivan, dois dos mais importantes ensaístas contemporâneos, conversam sobre seu ofício. 18h45 -
Mesa 20 - Livro de cabeceira
Mediação: Liz Calder Convidados da Flip leem e comentam trechos de seus autores favoritos.
Foto: Fred Rozário
DIA 03/07/2013 - QUARTA FEIRA