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s e El De 22 a 29de novembro de 2013 Edição 1169 • ANO XXXIII www.operumo­lha­do.com.br

Inclui encarte especial com a programação completa do 19º festival de cinema

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! á l m a chegar

O MAIOR ­ AL JORN BÚZIOS

Bubu, Françoise, Tif, Mario e Michel, os fundadores do Chez Michou


Somos todos culpados Editorial O Por Sandro Peixoto

utro dia reclamei aqui mesmo, no Perú Molhado, sobre a mania dos prefeitos da nossa cidade (regra normal no Brasil) em gastar mais da metade do orçamento com folha de pagamento. Critiquei a atual administração por seguir a fórmula lembrando que, desta maneira jamais sobrará recursos para investimentos. E mesmo que a cidade não carecesse de obras publicas, é um nonsense gastar dinheiro público (seu, meu nosso, como diria meu querido Ancelmo Góis) para pagar incompetentes e apadrinhados. Ao que parece, a formula é a preferida dos políticos, afinal, nada mais fácil que pagar as contas com o dinheiro alheio. Mas será que existe saída para tal armadilha? Será que a sociedade quer, deseja, almeja um prefeito com ideais liberais, que defenda o enxugamento da máquina, a redução dos cargos, a diminuição de custos em prol de uma administração moderna, voltada para todos e não apenas para os mais chegados? Creio que não. Desse jeito, os governantes viram reféns ( não que deixem de ter a devida culpa) de uma vontade maior que a sua. Conhecendo a sociedade buziana (e brasileira por extenso) sei que o povo quer, deseja, almeja e se masturba sonhando com um prefeito que dê emprego à todos. Que empregue toda à família. Que repita a fórmula seguida por todos. A culpa não é apenas de quem está no poder e sim da maioria. Que colocou quem está no poder sonhando em dividir o bolo. Sonhando com uma teta pública para se alimentar. Se somarmos os cargos exigidos (e dados) pelos secretários e pelos vereadores (da base e até mesmo da oposição) teremos uma ligeira idéia do tamanho do inferno que é governar uma cidade como a nossa. O povo brasileiro é essencialmente corrupto. A massa gosta mesmo é de se dar bem. Basta uma chance e mostram suas garras sujas. E é no setor público que existem as maiores chances de alguém se dar bem. Como é público, parece que não tem dono.Se não tem dono é de todos. Ou de quem for mais experto. De quem for mais corrupto. É quase impossível montar uma administração sem gente corrupta. E não dá para saber quem é quem antes. Quase todas as pessoas que se engajam numa campanha eleitoral estão pensando em si e apenas em si. Pensando em ganhar algo. Em se dar bem. Poucos são aqueles que por ideais, por cidadania, se envolvem pensando no coletivo, na cidade, no país. Posso citar um bom exemplo de como as coisas funcionam por aqui. Por aqui em Búzios, e por aqui no Brasil. Outro dia dois buzianos conversavam quando ouvi meu nome citado. Me aproximei e um deles fez a seguinte pergunta: Sandro, não é verdade que o prefeito lhe convidou para trabalhar no governo e você não aceitou? Ao confirmar , ouvi do outro na-

a io s e ap re ci ar nd ar po r B úz é já de l da ci da be le za na tu ra r. la cu ta de espe qualquer coisa alegria e felide a m Enche a al mais belo mes cidade, mas, o ssoas. natureza das pe mo é apreciar a vo cê en co nt ra um a di ve ros , rantes do E m M an gu nh ita. Nos restau ais diéd in al ur lt cu sidade as dos m , estão os turist Porto da Barra qualquer país, de ou do Brasil s re ga lu es nt fere

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tivo (que mamou na prefeitura durante os três mandatos de Mirinho) a seguinte afirmação: é a primeira vez que vejo barata não gostar de manteiga. É assim que funciona a cabeça de muita gente boa na cidade. Um cargo público é para ser ocupado. Jamais para ser recusado. Mesmo sem a devida competência. A pessoa que me fez a pergunta disse que não conhecia ninguém entre os seus que rejeitaria uma boquinha na prefeitura. Em silêncio, apenas lamentei suas más companhias. Mas fiz questão de dizer que conhecia sim, entre os meus, pessoas com dignidade suficiente para dizer não a uma oferta da qual não se sentisse apta para tal. Não aceitei trabalhar com meu amigo Dr. André por falta de tempo. E sem falsa modéstia (dizem que modéstia é falsa), por acreditar que existem pessoas mais capacitadas na cidade para ocupar o cargo oferecido. Coisa que aconteceu. Não almejo o cargo pelo cargo. Muito menos o dinheiro como fim. Temos que

mida e com a o de uma boa co prazerosa. nd ta ru sf de s todo em está numa viag alegria de quem s, na beira da re do ca es o dos P o seu Na, Associaçã , ali eles vivem os an zi bu os o ou prepraia, estã es conversando or ad sc pe s O . s jovens pracotidiano pesca e os mai a pr de re a o idade ecoparand afite. Uma ativ gr do te ar a o ticand na. ista e a arte urba nômica extrativ e) (Raul Silvestr

pensar mais no coletivo. Parar de pressionar o governo. Entender que existe limites para a gastança. Se a sociedade mudar seu estilo, o governo mudará o dele por tabela. Antes de cobrar os outros, olhe para seu próprio rabo. As vezes, a origem da sujeira está mais perto do que a gente imagina.

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Ruy Borba: o castelo imaginário esta ruindo...

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sentença proferida pelo Juiz titular da Comarca de Armação dos Búzios, Dr. Gustavo Favaro Arruda, no processo 0001562-48.2013.8.19.0078, em ação ajuizada pelo Ministério Público Estadual, põe fim a uma grande farsa engendrada por Ruy Borba contra os juízes Alessandra de Souza Araújo, Marcelo Alberto Chaves Villas e o editor do Perú Molhado, Marcelo Lartigue. A sentença, elaborada com o devido esmero técnico pelo magistrado e registrada em 14 laudas, retrata na pratica, não só esta ação especifica, mas toda a trajetória nefasta da passagem de Ruy Borba pela cidade, até sua prisão domiciliar ocorrida neste ano. Até o momento Ruy é parte em nada menos que 68 processos cíveis, além de outros 64 processos criminais em que ele é processado por ofensas proferidas em seu jornal. Um olhar atento na fundamentação da sentença e no conjunto de ações envolvendo Ruy Borba, bem como seu no comportamento social durante o tempo em que interagiu com a sociedade Buziana, é capaz de estarrecer o mais desavisado dos estudantes de psicologia ou psiquiatria, tamanha a capacidade de Ruy de se colocar acima da lei, da ordem, do próprio sistema estabelecido e, principalmente, do sentimento e da paz interior de todas as pessoas que naturalmente discordaram de suas ilações e de

suas convicções. Juiz, Padre, Policial, Prefeito, Presidente da Câmara, Lideranças Politicas, Comunitárias e cidadãos de destaque social, não foram poupados por Ruy em sua estada na cidade, numa demonstração clara de que em seu imaginário ele sempre teve a certeza de que estava acima de tudo e de todos, sentimento materializado quando se dirigiu ao policial Roberto Medina no episodio da invasão do Perú Molhado, quando proferiu bem alto e sem nenhum receio de ser ouvido: Não estou preso nada, quem é você seu policial de merda, sabe com quem você está falando, quem manda nessa porra de cidade sou eu e se levar este caso para a Delegacia vou acabar com a sua vida. A carteirada de Ruy em Medina, além de retratar fielmente o que ele pensa de todos que gravitam ao seu redor, com o emprego frequente de um vernáculo esnobe e inteligível, acentua demasiadamente a sua distancia abissal do cidadão comum, num mundo completamente seu e onde sua verdade absoluta é imbatível num duelo constante entre seu id, seu ego e seu superego. Nem Freud teria uma terapia capaz de vencer o seu frenesi na busca incessante de si mesmo. O fato é, pelo menos do que se depreende de suas investidas constantes nas redes sociais contra tudo e contra todos, apesar de privado parcialmente de sua liberdade, que

ele ainda não admite sua condição de prisioneiro e nem mesmo sequer o julgamento por outro ser humano no exercício de sua condição técnico jurídica. Em seus delírios, agora desmascarado por esta sentença, nem um Tribunal Internacional é o bastante para julga-lo. Ele é ele e nicuri é o diabo. Como o judiciário não é o remédio para os desajustes e distúrbios de ordem pessoal, emocional, espiritual ou psicossocial, essa sentença apenas resguarda a sociedade da convivência nefasta de um ator social destemperado e avesso as diferenças de opinião e de concepção de vida que não sejam as suas. Saudamos esta decisão, não como parte de um dos processos envolvendo o ex editor do Primeira Hora, advogado, repórter, colunista, ex secretario de Planejamento ou qualquer outro papel social que Ruy costuma incorporar, mas como segmento de comunicação social que percebe claramente as transformações no pais e, principalmente no poder judiciário, onde tanto na primeira instancia, como na mais alta corte do país, o poder econômico, o poder político e o poder de influencia não mais norteiam as decisões de extrema relevância para a sociedade. Como de hábito, estamos publicando apenas a sentença proferida. Caso haja interesse basta o leitor acessar nosso site e terá a integra da decisão.

Agora ferrou de vez! Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE a pretensão punitiva narrada na denúncia, para condenar RUY FERREIRA BORBA FILHO, pela prática dos crimes previstos nos arts. 339 (três vezes em concurso formal) e 344 (duas vezes em concurso formal) ambos do Código Penal, em concurso formal. Passo a dosar a pena a ser-lhe aplicada, o que faço com observância ao disposto no art. 68, “caput”, do Código Penal. Com relação aos crimes de denunciação caluniosa, analisadas as diretrizes do art. 59 do Código Penal, observo que a personalidade do agente, os motivos, bem como o comportamento da vítima são todos normais à espécie. A culpabilidade do réu é negativa, pois o Juízo de reprovação que recai sobre sua conduta é mais gravoso que o normal. O réu é ex-secretário de planejamento municipal, ou seja, trabalhou no primeiro escalão do executivo. Conhece, pois, o funcionamento das estruturas de poder instituídas pelo Estado. Além disso, é pessoa culta e bem formada, profissional e academicamente. Morou no exterior, fala línguas estrangeiras. Foi executivo de grandes empresas nacionais, listadas inclusive em bolsa de valores. Quando praticou os crimes, portanto, agiu, com convicção sobre a gravidade de sua conduta, ou seja, com dolo acentuado. O réu possui maus antecedentes, pois há informação nos autos de que ele responde ou respondeu a, pelo menos, outros 64 processos criminais, somente na Comarca de Búzios (fls. 311/328). Não obstante, o Juízo deixa de valorar esses maus antecedentes, contra sua convicção, em atenção ao que dispõe a Súmula/STJ 444. A conduta social do réu é negativa, pois ele é um litigante cível contumaz. Pesquisa feita no sistema informatizado do Tribunal indica que ele é parte em 68 processos cíveis. Em muitos deles, o réu é processado por ofensas proferidas em seu jornal. Além disso, há relatos nos autos (de um Promotor e de uma Juíza), de que o réu tem conduta desrespeitosa com o Ministério Público e o Poder Judiciário, portando-se de maneira soberba e insolente nas audiências (fls. 605/612 e 558). Chamou o Fórum de “casa de meretrício” (fl. 696). Tudo isso é indicação de que ele não tem um convívio social harmônico em sua comunidade. As circunstâncias do crime são negativas, pois a denunciação caluniosa foi dirigida contra duas autoridades ju-

diciárias. Tem como contexto uma campanha difamatória feita contra Juízes e Promotores. Afeta as instituições responsáveis pela guarda do Estado Democrático de Direito. Também são negativas as circunstâncias do crime, pois atingiu testemunha de outro processo, no qual o réu havia sido anteriormente condenado por agressão física, além de outros crimes. Por fim, as circunstâncias do crime são negativas, pois a conduta do réu, ao se dirigir contra o editor do jornal concorrente, ofende, ela mesma, a liberdade de expressão, garantia constitucional. As consequências do crime são negativas, pois a denunciação caluniosa atingiu o núcleo da vida familiar dos magistrados, inclusive sua filha pequena, em idade escolar. Atingiu também uma Juíza em período final de gravidez, o que certamente gerou estresse e colocou em riso sua gestação. Por isso, na primeira fase da dosimetria para os crimes de denunciação caluniosa, aplicando-se a fração de 1/8 para cada circunstância judicial negativa sobre o intervalo da pena, fixo a pena-base em 05 anos de reclusão e 15 diasmulta. Na segunda fase da dosimetria, incide a agravante prevista no art. 61, II, ‘d’, do Código Penal. O crime foi praticado por dissimulação, pois o réu fabricou carta apócrifa com colagem de letras. Assim, na segunda fase da dosimetria, para os crimes de denunciação caluniosa a pena do réu atinge 05 anos e 10 meses de reclusão, bem como 17 dias-multa. Na terceira fase da dosimetria, incide a causa de aumento prevista no art. 70 do Código Penal. O réu, mediante uma só ação, praticou o crime de denunciação caluniosa por 03 vezes, pois atribuiu a 03 pessoas distintas o crime de ameaça, sabendo-as inocentes. Fixo a fração de aumento em 1/4, considerando que foram 03 os crimes praticados. Desta forma, para os crimes de denunciação caluniosa, a pena do réu atinge 07 anos, 03 meses e 15 dias de reclusão, bem como 21 dias-multa. Com relação aos crimes de coação no curso do processo, analisadas as diretrizes do art. 59 do Código Penal, as mesmas considerações feitas acima sobre a denunciação caluniosa são pertinentes. Como os crimes foram praticados através da mesma conduta, também para o crime de coação no curso do processo são valoradas negativamente 4 circunstâncias judiciais: culpabilidade, conduta social,

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circunstâncias e consequências do crime. Os antecedentes são negativos, mas deixam de ser valorados em atenção à Súmula/STJ 444. Assim, na primeira fase da dosimetria, aplicando-se a fração de 1/8 para cada circunstância judicial negativa sobre o intervalo da pena, fixo a pena-base em 02 anos e 06 meses de reclusão e 15 dias-multa. Na segunda fase da dosimetria, incide a agravante prevista no art. 61, II, ‘d’, do Código Penal. O crime foi praticado por dissimulação, pois o réu fabricou carta apócrifa com colagens de letras como forma de coagir os Magistrados. Assim, na segunda fase da dosimetria para os crimes de denunciação caluniosa a pena do réu atinge 02 anos e 11 meses de reclusão, bem como 17 dias-multa. Na terceira fase da dosimetria, incide a causa de aumento prevista no art. 70 do Código Penal. O réu, mediante uma só ação, praticou o crime de coação no curso do processo por 02 vezes, pois atribuiu a 02 Magistrados distintos o crime de ameaça, sabendo-os inocentes. Fixo a fração de aumento em 1/5, considerando que foram 02 os crimes praticados. Desta forma, para os crimes de coação no curso do processo, a pena do réu atinge 03 anos e 06 meses de reclusão, bem como 20 dias-multa. Como foi salientado na fundamentação, o crime de denunciação caluniosa não é absorvido pelo crime de coação no curso do processo, pois não se tratou de crimemeio, utilizado para a prática do crime-fim. A análise do caso tratado nos autos demonstra que o réu, através de uma conduta, demonstrou dois propósitos distintos. A primeira intenção do réu era a simples vinculação aos Magistrados e ao editor do jornal concorrente da prática de crime previsto no Código Penal, mesmo que os soubesse inocentes. O réu queria movimentar a estrutura formal de persecução penal do Estado contra essas 03 pessoas. Nota-se, neste ponto, um dolo de vingança com relação a comportamento pretérito das três vítimas indiretas da denunciação caluniosa.

Leia a íntegra ! no site do Perú

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Chez Michou. É lógico! E Por Sandro Peixoto

sse texto não pretende ser cronológico. É apena a visão de quem o escreveu. O Chez Michou, que completa 30 anos de vida este ano, é a mais perfeita tradução de Búzios. O Michou não é um bar, lanchonete, crêperie, nem casa de shows- apesar de ter recebido os melhores shows da cidade. O Chez Michou é tudo isso e muito mais. As pessoas vão ao Michou até para comer uma crepe – mesmo porque não existe na cidade ou na região crepes melhores que as do Chez Michou. Mas não vão apenas por e para isto. Excluindo-se as igrejas evangélicas, O Grupo Michou é a empresa mais antiga da cidade em funcionamento continuo e sem mudança de proprietários. A crêperie surgiu pequena, em 1982 numa casinha aonde hoje funciona a loja da Adriana Fernandez, na Rua das Pedras. O nome escolhido é em homenagem a Michou, mãe de Tif e Françoise, os sócios belgas da empresa. Eles se juntaram ao belga Michel e aos irmãos argentinos Mário e Bubu, e com muito trabalho e dedicação, formaram o case de maior sucesso empresarial da cidade. O Michou está para Búzios assim como a Bombonera está para Buenos Aires; o Cristo Redentor para o Rio; o Vaticano para Roma e a Torre Eiffel Para Paris, apenas para citar alguns ícones do turismo mundial. Por anos foi o termômetro da cidade. Se havia movimento no Chez Michou é porque a cidade estava cheia. Do contrário, o vazio imperava em todos os outros lugares. Antes da boates se instalarem na cidade, O Chez Michou era a única opção de diversão noturna. Moradores e turistas vão ao Michou porque o lugar é garantia de boa comida (para quem deseja uma boa crepe ou um delicioso sorvete) alegria, descontração, divertimento, bom papo, de gente bonita e acima de tudo um lugar seguro. Impressiona saber que uma casa daquela, que recebe milhares de pessoas por dia tem um histórico quase zero de violência. Como o lugar recebe muitas famílias – mesmo a noite- difícil encontrar alguém bêbado acima dos limites. Como afirmei antes, o Chez Michou é a cara de Búzios.

Após Cabral descobrir Búzios, a turma do Michou descobre Búzios (foto de 1525 d.C)

Françoise e sua sucessora, a faz-tudo Sophie

Tif e sua chef Letícia

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Françoise e a famosa Michou, a dona da casa

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“O meu primeiro emprego foi no Chez Michou” Por Victor Viana Artur e seu filho Lucas comandando a churrasqueira

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Chez Michou, completa 30 anos e procuramos o seu primeiro funcionário, o nome dele é Artur Gurgel dos Santos. Ele é nascido e criado na Vila Caranga, tem 40 anos, é pai de oito filhos, e nos contou várias historias que testemunhou nos primórdios do empreendimento que se tornaria um referencial para todos que passam por Búzios. Quantos anos você tinha quando trabalhou no Chez Michou? Eu tinha apenas nove anos. Você não era muito jovem para trabalhar? Eu já trabalhava ajudando meu pai na pesca como todo garoto daquele tempo em Búzios. Na verdade o Chez Michou foi uma oportunidade de ter um destino diferente. E eu não fazia nada demais, juntava pratos nas mesas, abria garrafas de refrigerantes, essas coisas que estavam ao meu alcance. Inclusive por ser tão moleque eu nem mesmo tinha compromisso com o trabalho, às vezes trabalhava uns três meses e depois sumia. Na verdade trabalhar no Michou era muito divertido. Como era o ambiente há 30 anos? O primeiro Chez Michou ficava em frente à Assembléia de Deus, na Rua das Pedras, ao lado da “Praça 15” (uma passarela que os pescadores usavam, ainda existe, mas na época era mais larga), era chamada assim em referencia a passarela de pescadores localizada na Praça 15, no Rio de Janeiro. A Rua das Pedras não existia como point. Quem fez a Rua das Pedras ser o que é hoje foi o Chez Michou. Ela era totalmente deserta tanto de dia como de noite. Só tinham as pessoas que passavam para a Igreja e os pescadores indo para

tes, Willian Bonner, Fátima Bernardes, Rodrigo Santoro, Paula Burlamaqui, Marcelo Serrado estão entre os que já experimentaram do meu churrasco. Tenho feito eventos nessas casas e mansões onde essas pessoas estão presentes. Tudo começou na casa de Dr. André, muito antes dele se tornar o prefeito, foi o primeiro churrasco que fiz cobrando por hora. Tinha acabado de sair do restaurante em que trabalhava como churrasqueiro na época. O Marcelo (Lartigue) estava na festa e pedi ao Dr. André para me dar uma força, ‘ Marcelo está ai. pede pra ele tirar uma foto minha’, e ele pediu. Marcelo perguntou: ‘o que você quer que eu bote? ’, eu disse para por Artur Churrasqueiro e o meu contato. Marcelo, pois: ‘Artur, o melhor churrasqueiro de Búzios’. Daí pra frente começou o negócio com força total”, contou. Artur trabalha tanto em pequenos como em grandes eventos. Conta que no evento chamado “Búzios sobe a serra”, idealizado por Mario Fernandes do Chez Michou, Armando Ehrenfreund da Parva e Carlinhos Smith da Pousada e Restaurante Tartaruga, fez churrasco, junto com sua equipe, para quatro mil pessoas em em Itaipava, no município de Petrópolis. Artur também se orgulha de ter como membro de sua equipe o seu filho Lucas, de 18 anos que o ajuda no desenvolvimento de seu empreendimento em ascensão. No aniversário de 18 anos da Eva (Lartigue) o churrasco ficou por conta do Artur, o sucesso foi total. O Peru mais que recomenda, prova e aprova.

eira? im r p e d o c s a r r u Quer um ch

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tempo passou e Artur, aquele menino que ajudava no Chez Michou, se tornou um grande empreendedor e montou uma empresa, a Artur Búzios Eventos, que realiza churrascos e festas com grande diversidade culinária. “Eu havia cansado de trabalhar para os outros e cismei que iria trabalhar para mim mesmo. Fui dono de bar, de quiosque, até montar a Artur Búzios Evento. Eu tenho a equipe todinha e monto o seu churrasco, e eu cobro por hora, Acho que sou o único em Búzios que cobra por hora. Posso cuidar de um grande churrasco, da forma que o cliente quiser; corte argentino, uruguaio, faço peixe. Mas também sou formado em cozinha francesa e tenho uma batata recheada que é meu carro chefe”. Artur já se tornou uma referencia em atendimento em eventos em Búzios, “Hoje meus eventos são for-

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Contatos 22 9871-3493 ou arturbuziosevento@gmail.com

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o mar e mais nada. Tanto que na terçafeira, que o Michou não abria, continuava deserta e então na quarta reabria e aquele pedaço ficava movimentado a partir das três da tarde até as sete da manhã. Tif começou fazendo os crepes na frigideira, ele espalhava a massa e jogava ela pra cima e enrolava, todo mundo curtia o ver fazer isso. Primeiro usava um fogareiro de duas bocas, só depois compraram uma chapa onde ele, bagunceiro como sempre foi, passou a fazer uma brincadeira onde jogava a massa por cima do galho de uma arvore que tinha na frente do segundo Chez Michou. Desde o começo quem estava à frente do negocio era o Tif, Françoise e Michel (que eram casados). Só depois François foi ao Rio fazer compras e após dois dias lá voltou com Mario (Fernandez). Pra mim que era uma criança brasileira, e ainda mais naquela época, confesso que não entendi nada. Eles (Françoise e Michel) continuaram amigos e sócios. Aqui em Búzios as pessoas se separavam e viravam inimigos. Então Mario passou a ser um dos sócios e era o crânio do grupo.

va pra o Tif e eu fazia de novo. Eu era muito bagunceiro, era moleque e não entendia que estava atrapalhando eles conversarem. Os caras pegaram uma corrente e me amarraram no galho da arvore. Eram os integrantes do Grupo Quem. O cara que eu estava incomodando era o Fred Mercury. Eu fiquei chorando e eles rindo de mim. Meu irmão chegou e mandou me soltar.

Por que diz que Mario era o “crânio” do grupo? Se não fosse por Mario acho que o Michou seria ainda uma loja de 4x3. Foi ele que chegou e disse que tinham que ir para um lugar maior e assim alugaram a casa de Dona Renata Deschamps (na época Renata Deschamps tinha duas casas na Rua das Pedras. A que Artur se refere ficava próximo da casa do ator Marcos Paulo e depois foi vendida) e depois compraram ao lado e enquanto estavam trabalhando no local iam construindo a nova loja. Mario passou a inventar novidades para movimentar o local; campeonatos de ping-pong, onde Wagner Montes era o principal jogador, e também de gamão. Ele foi uma vez comprar os tabuleiros de gamão e achou muito caro, tinha de comprar 20 porque eram 20 mesas. Então ele mesmo fez os tabuleiros.

E os nativos freqüentavam o Michou nessa época? Muitas vezes do buziano, o pecador, o Tif não cobrava. Ele sempre liberava coisas para as pessoas da cidade, sempre foi muito mão aberta. Mario não gostava de fazer isso. A gente até não gostava tanto de Mario por isso, mas é que eu era criança e não podia entender que ele (Mario) estava vendo o futuro.

Wagner Monte era campeão de ping-pong no Chez Michou? Sim. Era o melhor jogador, com aquela perna mecânica dele e sempre com um revólver na cintura, ele era policial. No tempo que você trabalhou lá era freqüentado por muitos artistas? Sim, mas eu não tinha noção de que essas pessoas eram famosas. Só depois pude entender quem eram, porque eu era muito criança. Lá ia a Vera Fischer e outras atrizes lindas. Marco Paulo morava na frente do Michou e na época era casado com a Malu Mader, ela era novinha e vinha trocar coca cola quente por gelada comigo. Eu não podia imaginar que ficaria tão famosa, o próprio Marcos Paulo eu nem percebia que era famoso. Fernandinho, diretor da Rede Globo, também estava sempre lá. O Pelé, o pessoal da TV Globo todo estava sempre por lá. Algum caso inusitado para contar pra gente? Na época do primeiro Rock in Rio tinha umas cinco ou seis pessoas conversando com o Tif. Quando um dos caras ia comer eu tirava o garfo da boca dele fazendo farra. O cara olha-

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E há algum caso envolvendo mulheres famosas? Sim. Búzios era muito louca, aquele tempo era muito louco. Eu já era mais velho, uns 12 ou 13 anos, e acabou o presunto. Fui buscar mais na casa onde todos os sócios moravam e quando passei pela sala o Tif estava com a Luiza Brunet nua sentada no colo dele com a cara virada para a parede e ele mandando ver (contatamos Tif, por telefone, para perguntar sobre essa informação e ele nos disse que não se lembrava). Eu passei rápido, não ia ficar apreciando o momento deles, mas quando cheguei à cozinha eu sai cotando pra todo mundo: ‘O Tif tá comendo a Luiza Brunet!’.

No começo tinha muitas opções de sabores? Quando começou só tinha o chamado Crepe Suzette, com suco e cascas de limão flambado com conhaque. Depois vieram os de queijo com presunto e o de frango. Era muita loucura, eu mesmo não acreditava porque as pessoas gostavam de uma massa e um recheio. Eles eram bons patrões? Nunca foram patrões, eram amigos. A primeira vez que fui ao Rio foram eles que me levaram, comi a primeira vez em um restaurante foi com eles. Foram eles que me ensinaram a comer de garfo e faca. Eu estava sempre na casa deles. Saia de barco com eles. Não posso deixar de citar o Bubu, que também é gente muito boa.

“Votar em Búzios é uma obrigação, assim como ir ao Chez Michou quando estou por aqui. Um beijo pro Tif!”

“Eu trouxe o Ayrton Senna e ele foi tão mimado no Chez Michou que não queria mais sair de lá”, disse Galvão

Eles moravam todos juntos? Onde eles moravam? Naquela época eles moravam todos juntos. Primeiro eles moraram no centro, no centro e depois na casa de Dona Renata, onde funcionava o segundo Michou. O que acha que determinou esse grande sucesso que é o Chez Michou? Era uma novidade, não existia em lugar nenhum por aqui, e a simplicidade do produto somada a uma grande alegria em servir e a criatividade para inovar que eles sempre tiveram. O Michou criou um ambiente que não existia em Búzios, às boates de Búzios só abriam às duas da manhã e era fechado. O Chez Michou era aberto e as pessoas se encontravam tanto celebridades quanto anônimos.

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“Ela levantou a camisa e mostrou aqueles peitões!” Por Victor Viana

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os cinco sócios do Grupo Chez Michou, Tif é uma das caras mais conhecidas, mesmo após 30 anos ele ainda pode ser encontrado atrás do balcão mantendo acesa a chama do animo dos primeiros tempos. Na redação do Perú contou histórias, riu, falou com saudade de antigos clientes, se emocionou ao contar do encontro com Ayrton Senna e desconversou quando perguntamos sobre os boatos relacionados a Luiza Brunet.

O primeiro contato com Búzios “Desde os 23 anos trabalhei no Club Med, que foi uma escola, mas cheguei aqui em Búzios com 28 anos.Vim com minha primeira mulher e eram seis horas de viagem para chegar em Búzios. Era só a elite paulistana e carioca que vinham pra cá. Eu alugava veleiros e até ganhei uma grana, eu queria ficar no Brasil, mas não estava conseguindo trabalho no Rio de Janeiro. E então minha mãe veio passar um temporada aqui. Fizemos uma viagem por todo o Brasil e me sobrou uns mil dólares e eu tinha de arrumar alguma coisa pra fazer aqui ou teria de voltar para a Bélgica. Foi minha mãe que teve a ideia, Michou é o apelido dela, ‘Por que não tentar fazer crepe?’ e então fomos á Cabo Frio e compramos um fogão. Aqui tinha a Marruele que fazia crepe lá nos Ossos e era um lugar bem legal. E então começamos com as frigideiras e cada cliente que chegava nos dava uma sugestão de novos recheios, ‘por que não faz doce? Por que não põe chocolate?, e então eu ia anotando. O italiano Alexander, que era arquiteto, deu a ideia de fazermos de presunto, queijo e tomate; como uma pizza. Um alemão disse: ‘faz de queijo’. Era assim que íamos fazendo as coisas. Depois chegou o Mario (Fernandez) que ampliou nossa visão empresarial, ele que nos disse: ‘Vamos parar de comprar na padaria e vamos alugar um caminhão e comprar no Rio, trazer produtos para estocar’. Fazíamos tudo meio infantil, pra mim estava tudo bem. Era um bom dinheiro e vivíamos tranquilos aqui, estava muito bom. Éramos apenas 9 mil habitantes, era tudo terra, tinha porquinho andando pelas ruas, cavalo na Rua das Pedras. Quando saímos do lado da Igreja e viemos para o segundo Chez Michou, que era ao lado do atual, era tudo escuro, ‘será que as pessoas irão andar esses 200 metros para vir aqui?’, eu me perguntava’. Tinha uma amendoeira e então cortamos os galhos colocamos holofotes, era muito divertido. Então o vizinho, um pescador, nos disse que era muito barulho e que ele não podia mais viver do nosso lado. Ele nos perguntou se não queria comprar o terreno dele e assim ampliamos”.

Búzios começou a crescer “Búzios começou a crescer, começaram as regatas de velas, até hoje é uma das melhores raias de vela do mundo. E ia chegando mais gente, sempre mais gente. Depois teve uma fase ruim de Búzios, que eram ônibus chegando e ficando aqui no centro, uma confusão. Mas atravessamos todas as fases”.

Emoção e descontração “Uma vez o Galvão Bueno estava no Chez Michou e me disse: ‘Vou trazer uma pessoa aqui que você vai gostar’. Eu esqueci daquilo e no outro dia quando eu levantei os olhos da chapa era o Ayrton Senna! Quando ele chegou na minha frente eu chorei, era meu ídolo. Então veio uma mulher chamada Fernanda, nunca esqueci o nome dela, e pediu um autógrafo, ele disse que sim e ela levantou a camisa e mostrou aqueles peitões. O Ayrton Senna ficou igual a uma Ferrari, vermelho (rindo muito). Então todas as mulheres começaram a levantar as blusas e pedir que ele autografasse os seios delas. Ele ia cheio de vergonha autografando, era muito tímido e reservado. Búzios era muito louca! Eu dizia a ele: ‘quer que eu autografe para você ?’.”

O primeiro crepe a gente nunca esquece!

Diversão que não acaba “Sempre foi muito divertido estar no Chez Michou. Lembro que lá no inicio fazíamos uma brincadeira em que a gente colocava uma colher de café na boca e batia na cabeça do outro. A gente apostava, ‘quer ver como bato com uma colher de café usando a boca e vai doer?’, as pessoas aceitavam porque é claro que bater na cabeça de alguém com uma colher de café usando a boca não dói. Mas na verdade ficava um cara atrás com uma colher maior e quando a gente batia com a colher de café o de trás batia com a colher grande na cabeça da pessoa. Uma vez eu fiquei atrás e bati tão forte com uma concha dessas de feijão e ela chegou a entortar (risos). Há 30 anos atrás a luz elétrica de Búzios era cortada as 22h e ás vezes ela caia antes disso e contávamos até 10 e se voltasse tudo bem, mas se não voltava em 10 segundos era porque não voltaria mais naquela noite. Os turistas perguntavam porque a gente estava contando e dizíamos que o funcionário responsável pela luz elétrica de Búzios morava em um corredor, e era mais ou menos uns 10 passos que ele levava para chegar até a chave que religava a energia. As pessoas acreditavam (risos). Aprendi que quando as pesso-

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as estão de férias elas querem entrar nessa brincadeira, estão dispostas a levarem a vida com mais humor e leveza. Tinha gente que perguntava onde compra o bilhete para entrar no Chez Michou e nós apontávamos as lojas da frente e as pessoas iam lá perguntar o preço do ingresso, riamos muito. Perguntavam de que era feita as chapas e dizíamos: ‘Agora é de ferro mas antes era de madeira’, as pessoas acreditavam (gargalhadas).”

Convivência entre estrangeiros e nativos “Sempre tivemos um convívio tranquilo com os nativos. Muitos amigos da cidade fizemos ao longo desses anos. Sempre demos desconto aos ‘da terra’. Até hoje dou crepes á nativos e pescadores e ás vezes eles me trazem um peixe. Eu mantenho essa presença com todos, claro que teve aqueles que foram abusados demais e então tive de cortar, mas gosto muito de conviver com todos”.

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“Já fiz 300 crepes em um dia” E Por Victor Viana

m Búzios todo mundo conhece o Chez Michou, mas todos também conhecem João Luiz, o crepeiro mais famoso do Brasil. É ele que há 26 anos faz do crepe da casa não somente um delícia mas também uma atração. Ele é rápido e, cheio de habilidade, faz malabarismo com a massa. Ele é nascido e criado em Búzios, é simples e bem humorado. Ao Perú contou um pouco do seu trabalho e também sobre si mesmo, afinal nesses 30 anos do Chez Michou ele também é um dos pontos altos dessa comemoração. Vocês está há 26 anos no Chez Michou, com quantos anos você começou a trabalhar lá? Com 12 anos comecei fazendo limpeza no banheiro e depois fui fazendo outros serviços e aos 18 virei chapeiro. Hoje estou com 38 anos e gosto muito do que faço. E como era o Chez Michou quando você começou? Comecei já no segundo Chez Michou e era cheio de conchinha no chão, tinha banquinho de madeira e um lugar onde as pessoas jogavam gamão.

João Luiz, patrimônio do Chez Michou

E quem te ensinou a fazer crepe? Aprendi com Macoca e Rosivan. Quando eu comecei na chapa só tinha fera; Rosivan, Orlando e Macoca. Eu ficava lá no final, na última chapa. Com o tempo fui me sentindo mais seguro e fui crescendo. Como se faz um crepe? Com leite, ovos e farinha de trigo. Prepara a massa até ficar cremosa põe na chapa e espalha. A quantidade de recheios hoje é muito grande, mas o Frango com catupiry sempre foi o mais pedido. Hoje tem até de filé mignon, mas o frango com catupiry impera. Das celebridades que já passaram pelo Michou, quem mais te chamou a atenção? Pelé. Tirei muita foto com ele. Mas também artistas como a Déborah Secco e o Murilo Benicio. Todos pensam que o Chez Michou é só ralação mas eu me divirto muito. Já fui á Argentina e conheci várias cidades lá. Fui á trabalho mas me diverti também. E os cinco sócios, são patrões legais? São gentis. Os sócios se dão muito bem com os funcionários e entre eles também. Quantos crepes você já fez? Não dá pra contar quantos crepes eu já fiz ao todo, mas acho que por dia eu já fiz uns 200 á 300 crepes. Todos juntos acho que fazemos uns 500 á 600 crepes por dia, não tem como chegar á 1000 crepes por dia porque chega um horário que as pessoas passam a consumir mais bebidas. Qual a faixa etária do público do Chez Michou hoje? Até as 22h tem adolescentes e famílias, depois são mais jovens. Durante a madrugada já presenciou alguma coisa inusitada? Uma vez um cara chegou e me pediu um crepe, eu disse que estava ocupado e que já iria atender ele. Então ele pegou e bateu com o cardápio na minha cabeça. Ele ficou bravo e começou a me ofender, disse que tinha comido a minha mãe. Eu peguei a espátula quente e disse: ‘Não fala da minha mãe não!” e dei com a espátula na cara dele. Mario (Fernandez) me chamou e me perguntou porque eu fiz isso, eu expliquei que ele tinha xingado a minha mãe e que eu bati e bateria de novo (risos). E tem uma coisa que de vez em quando, não são clientes, e tem que ficar ligado, que passa muita gente querendo roubar crepe. O cara doidão sentou e ficou olhando eu fazer o crepe, quando eu abaixei para pegar o 8

molho ele enfiou a mão na chapa quente e roubou o crepe. Uma vez chegou a vizinha da frente, a Noelza Guimarães, reclamando do som, chegou e empurrou todos os pratos com crepe que estavam em cima do balcão. Tivemos que fazer tudo de novo. Fala um pouco de você. Você é buziano? Sou sim. Sou neto do Gaspar, que era marinheiro, sobrinho do Volnei do Barbado. Meu pai era tratorista e morreu quando eu tinha 18 anos, ele estava morrendo e chegou pra mim e disse, ‘ filho cuida da sua mãe e de suas irmã’. Essa foi a responsabilidade que assumi desde cedo. hoje elas estão casadas. E você é casado, tem filhos? Sim. Conheci minha esposa Vanessa em um show do Paralamas do Sucesso no Chez Michou mesmo. Graças a Deus estou com ela, se não estaria perdido ai pelo mundo. Ela é de Belford Roxo. Tenho dois filhos de 14 anos, eles são gêmeos, e agora uma menina que está com apenas 6 meses. Minha mãe é buziana, trabalhou em restaurantes e foi empregada doméstica do Marcelo (Lartigue).

coração que ela é vitima será assim em todo lugar. Mas hoje se isso acontecer a gente processa logo. Sei que na maioria das empresas as pessoas da cor negra tem dificuldades para conseguir emprego, mas no Michou isso não existe. No Chez Michou somos todos iguais. O presidente do STF, Joaquim Barbosa é um exemplo pra mim. Outro pessoa importante para mim é o Nelson Mandela, eu me espelho nele. Com a sua popularidade já pensou em ser vereador? Muita gente me fala que tenho de ser vereador, mas eu penso muito. Acho que não quero isso não. Isso muda muito a pessoa. Deixa eu ficar no crepe até quando Deus quiser.

Ela recebia? Ele demorava um pouquinho para pagar mas pagava (risos). E você é evangélico? Sou metodista desde os meus 24 anos. Entrei na Igreja porque vi que o melhor caminho é esse, no mundo tudo é passageiro, só Deus não passa. Vejo muitos amigos meus lá no Chez Michou que chegavam e me diziam. Não há caminho melhor para a vida, minha mãe, irmãs, esposa e filhos são todos evangélicos. E faz crepe lá na igreja? As vezes faço uns crepes lá nas festas, não cobro nada. Pra Deus a gente faz de coração e com amor. Você acha que tem racismo em Búzios? O racismo é da própria pessoa, se a pessoa por no

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“30 anos de Chez Michou, me sinto orgulhoso e feliz por ter feito parte de uma história de sonhos e realidades,de uma equipe de vencedores e vitoriosos. Búzios e Chez Michou, uma parceria que sempre dará certo é lógico! Um beijo grande para Tif, Mario, Françoise, Michel e Bubu.” João táxi (Jó) “O Chez Michou para mim é a melhor referência da contribuição estrangeira para a nossa cidade, eu amo os crepes desses franceses!!! O Chez Michou é o point mais legal para todas as faixas etárias, que nos visitam e que moram aqui em Búzios. Parabéns, Chez Michou pelos seus trinta anos. Por tudo de bom que vcs representam para nós!!!” Gelda La Basque “Chez Michou, a cara de Búzios! Há muitos anos, quando eu tinha a idade de Buzios, era dificil pensar em vir a Búzios sem comer um crepe... ou um sorvete, aqueles bem gordo tipo banana split, com chocolate.. ainda lembro quando podíamos passar de carro pela Rua das Pedras pra ver a movimentação do Chez Michou... E continua com o mesmo sucesso e com seu público jovem...” Dra. Daniela Alvarez “O sucesso do Chez Michou é o resultado de um trabalho de jovens que aqui chegaram e criaram uma empresa que é a cara de nossa cidade. É impossível desassociar Búzios do Chez Michou e vice-versa. Parabéns a todos, principalmente aos funcionários que fazem esse patrimônio buziano brilhar.” Mirinho Braga

Jair, o vizinho de muro do Chez Michou Por Victor Viana Em 30 anos o “Mangue”, na linguagem dos antigos, foi se tornando o centro da cidade, que antes era no bairro dos Ossos, e o Chez Michou esteve efetivamente como parte desse processo. Há 30 anos vizinho do Chez Michou o buziano Jair contou que vive em harmonia com a badalação do Michou, “ eu e minha família entendemos que o local se tornou o centro de uma cidade e que não há como revindicar um silêncio de 30 anos atrás. Antes era tudo mato e brejo, cheguei

Agora é com elas! tudar, eu pensei: ‘uau! Rio!’ (risos). Achei que nunca mais iria querer voltar do Rio. Mas quando eu vi estava sempre aqui em Búzios, nossos finais de semana eram melhores aqui que no Rio. E fui muito natural aplicar minha profissão no Chez Michou.

“Búzios sempre terá 18 anos com o Chez Michou.” Alan Camara “O que seria de Búzios se não existissem a Rua das Pedras, o Perú molhado e o Chez Michou? Estes nomes fazem parte do patrimônio histórico cultural de Búzios.” Antônio Valente “O Chez Michou é uma referência em Búzios. O ambiente aberto, descontraído e alegre combina com o clima da cidade. Sem dúvida é um modelo de negócio vitorioso. Parabéns!” Silvia Conseza “Chez Michou, a cara de Búzios! Ambiente alegre e familiar com crepes saborosos para todos os tipos de paladares.” Cláudio Domênico “Uma CREPERIE onde o CREPE é apenas um detalhe. O que vale mesmo é a azaração.” Isac Tilinger “Tif meu padrinho, Chez Michou minha família” Dr. Caio Serodio (Geriatra do Tif ) “Há mais de 20 anos trabalho no Chez Michou comecei como atendente, fui para o caixa e depois trabalhei no Pátio Havana, que é do grupo, e depois retornei ao Chez Michou e hoje estou na gerência. O Chez Michou é a minha segunda casa. Os clientes de hoje são os filhos dos primeiros clientes. Como por exemplo a Eva (Lartigue) que é a filha do Marcelo, é assim. Antigamente era o Marcelo e agora é a Eva que vai lá. Gosto muito do Chez Michou.” Patrícia (Pato) “Eu morei em vários lugares do Brasil, sou da Zona Norte do Rio, e conheci a Sophie na Bahia. Vim conhecer a cidade e me encantei com a família e tudo que Búzios oferece. Todos os sócios são ótimos patrões, O Mário é um patrão justo e um ser humano maravilhoso, um sogro justo também. Conheço a Michou (avó de Shopie e mãe de François e Tif ) e não há palavras para descrever ela. Uma pessoa fantástica, a fonte de tudo.” Vinícius, noivo da Shopie “Chez Michou; sou cliente” Prefeito André Granado “Nossa filha gosta do crepe Alessandro e o de chocolate com morango. Maravilhoso ter assistido a um show do Fred Mercury no DVD do Chez Michou. Excelente escolha. Ainda, com tantos problemas na cidade a serem resolvidos, é bom deparar-se com o alto astral dos atendentes. Marcelo, desde adolescente, quando frequentava Búzios, também fazia parada para um crepe” - Dra. Alessandra Araujo. “Jovens, lindos, e trabalhadores. Assim começou o sucesso! Parabéns e o agradecimento pelo belo empenho do grupo que fez marca e história em Búzios!” Adriana Salituro “ Não sei se Búzios influencia o astral e a energia do Chez Michou ou se o Chez Michou influencia o astral e a energia de Búzios. O certo é que nenhum dos dois teria o mesmo charme sem o outro. Parabéns pelos 30 anos” Nelson Belotti

a brincar de canoa na Turíbio de Faria com água na cintura. Mas a cidade cresceu em torno do Chez Michou. E eu sou um dos que mais posso falar do Chez Michou, porque a parede da minha casa é o muro de trás”, conta. Segundo Jair,são 30 anos escutando: “ Carolina, olha o crepe de banana”, “ Michelle, olha o crepe de maçã”. “O Chez Michou é uma grande empresa, geradora de emprego e movimenta a economia da cidade. Os sócios, em especial O Mario e o Tif, são meus amigos”, elogia.

Sophie e Letícia, a nova cara do Michou

Por Victor Viana Na redação do Perú as primas Sophie (filha de Mário e Françoise) e Letícia (filha de Tif) chegaram ligadas no 220 volts e contaram um pouco sobre as novas responsabilidades e o amor que herdaram pelo Chez Michou, criado por seus país e tios há três décadas. Sophie é formada em economia e Letícia em gastronomia e munidas desses conhecimentos, e também de muito carinho pelo negócio que gerou todos os outros do Grupo MIchou , afirmaram estarem prontas para mais 30 anos de sucesso! Vocês agora estão a frente do Chez Michou? Sophie: Ao lado dos nossos pais definiria melhor esse momento. A gente esta ajudando. Fiz uma faculdade de economia e estou aplicando isso no Chez Michou. Mas em algum momento pensaram em fazer alguma coisa diferente? Shopie: Sempre soube que iria trabalhar no Michou. Nunca tive um sonho profissional, sempre quis trabalhar no Chez Michou. Letícia: Quando eu me mudei para o Rio, para es-

Quais os setores da empresa em que vocês mais estão envolvidas? Letícia: Eu atuo mais na fábrica do Chez Michou. Sou meio que vigia de todas as cozinhas, organizando as fichas técnicas, a normas da vigilância sanitária. A vigilância sanitária é muito detalhista. A etiqueta em que fica registrada a validade do produto, é preciso trocar a cada vez que a embalagem é aberta. A faculdade me ajudou mas posso dizer que muito mais o estágio que fiz no Rio, sem ele eu não teria essa noção toda da organização da cozinha. O meu chefe era muito bom. Estou podendo ajudar muito no Michou com essas informações. Shopie: Eu estou atuando em várias partes da empresa, administração, RH, e no atendimento. Chez Michou era o point de vocês? Letícia: Mais ou menos (risos). A gente ia há outros lugares porque no Chez Michou estavam nossos pais. Mas era melhor ter ficado por lá, porque onde íamos na cidade Marcelo (Lartigue) estava tirando fotos (risos). Sophie: “ E Marcelo publica a foto, cortava o rosto mas publicava (rindo). Dos outros empreendimentos da família o Chez Michou é o preferido de vocês? Juntas: Sim! É o Chez Michou sim. Estão prontas para daqui há 30 anos? Juntas: Claro, com certeza!

Françoise uma mulher para acalmar os ânimos Por Victor Viana Dos cinco sócios que compõe o Grupo Chez Michou há apenas uma mulher, François. Está também entre os rostos mais conhecidos do empreendimento e ao revelar algumas lembranças dos primeiros anos do Michou conta que quando os ânimos se alteram entre os sócios ela, como mulher, trás a paz de volta. “Quando vim para Búzios para ajudar cheguei e encontrei minha mãe na cozinha fazendo sanduíches, o Tif na chapa e dois gringos de Pochete recebendo o dinheiro. Logo vi que tinha alguma coisa errada ali. Então de cara já mudei isso e começou a sobrar mais dinheiro (risos). Quando o

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Chez Michou era em frente a Igreja Assembleia de Deus acontecia algo incrível; mulheres de longo que haviam jantado no Cheval Blanc sentavam na calçada para comer crepe. A igreja teve de aumentar o muro porque as pessoas apoiavam os pratos com crepe no murinho para comer. Quando passamos para o segundo Chez Michou, são 200 metros adiante de onde era o primeiro, eu pensava que talvez as pessoas não iriam querer andar até lá, era uma escuridão. Mas as pessoas iam. Acho que podemos dizer, sem falsa modéstia e também se arrogância, que criamos o movimento da Rua das Pedras. Mas agora estamos passando a bola para os filhos, devagar mas estamos. A Shopie e a Letícia estão muito empolgadas e trazendo novidades. O difícil é convencer o Tif a ir menos lá”.

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E agora, Zé?

Confira a programação deste fim de semana no site da bab: www.babbienal.org

Por Armando Mattos

O

ntem no Rio ouvi na rádio do taxi que a prefeitura de Búzios está solicitando cadastramentro prévio dos ônibus de turismo que chegam a cidade solicitando ainda dos turistas desses coletivos, a confirmação de reservas em hotéis de Búzios. Isso, a principio, me soou estranho apesar de achar que a cidade anda mesmo entupida com tanto turista, contudo, cogitei a hipótese dessa atitude estar ferindo o direito de ir e vir das pessoas e, se praticamente, essa decisão de governo resulta em medida administrativa eficaz e, a que custo.

Vitor Pordeus e o grupo Tá-na-rua, das Pedras

Para mim esse mar de gente que invadiu Búzios no feriadão de 15 de novembro serviu para testar a audiência para os trabalhos feitos pelos artistas visuais durante as últimas duas semanas quando passaram por Búzios mais de quarenta convidados do Programa de Residência Artística da VI edição da bab Bienal. Para aqueles que me perguntam sobre o resultado desse projeto respondo que, a curadoria conseguiu o resultado desejado inserindo o estranhamento que, aguçando a sensibilidade e o pensamento crítico do público, propôs a surpresa e o questionamento diante daquilo que a mente e o olhar não compreendem. Isso porque as Artes - essa com a maiúsculo - sempre serviu para anunciar o incomum, aquilo que está velado pelo cotidiano. E hoje, mais do que nunca, diante da mesmice do espetáculo, do produto fácil, do entretenimento, dos shows midiáticos vale a pena o desvio para o experimentalismo artístico que, fugindo da política do pão e circo, abre a cabeça das pessoas para o novo. Porque como diz o slogan ‘ A imagem não é nada’ e, se o mundo hoje é feito de imagens e, se Búzios se tornou uma marca como um carro, ou uma roupa de grife a ser consumida como um produto descartável, que venham todos, que se acotovelem nas praias, na Rua das Pedras, que se embolem no trânsito caótico em busca da falsa aparência de ‘que tudo isso pode dar certo’. Que venha para cidade o desejo, o consumo a qualquer preço!

O grafite em física quântica de Felippe Moraes

Para minha geração que viu artistas nos palanques de políticos, essas estruturas tubulares que agora proliferam pelas cidades promovendo a marca do Estado, não é surpresa o que vem acontecendo em Búzios. Quem não se lembra de Fafá de Belém construindo a imagem e o caráter midiático a expressar a ideologia da ‘Diretas Já! ? Quem não se recorda de Regina Duarte e Marília Pera ‘linxadas’ por seus pronunciamentos em favor de Collor de Mello? Hoje os artistas estão ‘proibidos’ de subir nos palanques. Agora são os palcos montados e desmontados velozmente que, com a marca da Situação anunciam, a cada intervalo, o nome dos promotores do evento: salve o prefeito e seu secretariado! Mas voltando a Arte e aos artista que não são subjulgados pelo poder da mídia política, como foi o caso de Fernandinha Abreu que não citou ninguém da política em seu show na CEB, me orgulho de dizer àqueles que me perguntam sobre a audiência da bab: que a Arte não tem como mérito servir de salvaguarda a política partidária nem, tampouco, virar adorno de gabinetes ou paredes presidenciais. Porque o artista consciente e ético está fugindo do caráter panfletário do espetáculo direcionando sua pesquisa e produção artística para o pensamento crítico que atua de forma consciente e solidária para a mudança necessária da cidadania e criativa do pensamento, para além da função de representação midiática dos objetos. 10

Larissa Jordan em performance no Shopping Nº 1

Búzios no feriadão

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Agradecimento

Vários estudos apontam que a fase mais importante da vida, para que se fixem conceitos e valores, é a fase pré-escolar, onde muitas crianças ficam desassistidas face à necessidade dos pais trabalharem.

A filantropia não é uma maneira de pessoas se exibirem. Ela é um imperativo moral e ético e seus exemplos devem ser cultivados. Mais Recentemente tem-se verificado que as melhores experiências educacionais são as que somam a dinâmica da filantropia aos recursos da área pública.

Talvez por isso o Brasil e mesmo municípios relativamente ricos, mostrem vergonhosos índices educacionais, porque suas administrações não acordaram para a gravidade deste problema.

Grandes educadores com Claudio Moura Castro, Claudio Haddad, Rafael Parente, Rosiska Darcy de Oliveira, Wanda Engel e Claudia Costin tem realçado esta abordagem que combina governo e filantropia. Grandes empresários têm alocado recursos nesse campo, tanto no mundo - como Bill Gates – como no Brasil – Milú Villela, Viviane Senna e Sérgio Carvalho. A receita é simples: bons professores, atualizados, focados nos alunos, aceitando serem avaliados; bons diretores escolares, um currículo realista e pais e mães participantes. O poder público deve incentivar e apoiar as iniciativas particulares que ajudam a melhorar a educação.

Búzios tem um bom exemplo de filantropia, a Creche Barbara Wright. Mesmo após o falecimento de Roger Wright e seus filhos – os fundadores – a Família Mouravieff Apostol tem se esforçado em mantê-la funcionando. Em 2013 a Creche recebeu o fundamental apoio da Empresa Norte Fluminense (de Patrick Simon e Carlos Alberto Afonso) e de Sérgio Carvalho que garantiram a expansão do atendimento para 80 crianças.

A Cruzada do Menor te m mais de 1300 crian ças assis 9 tidas num 0 anos, pedagógico e de gestã p nhecido em o excelente adrão , v recoá ri a s pre sas e pess oas como S miações. Emprehopp rica, Ancar, Bozano Sim ing Nova Amétem aporta onsen e o do recurso utros s à Cruza da. Em 2011 a C Creche N. S ruzada ajudou a viab ilizar a ra. da Glóri a – in mem Tico Alqué res Wright oriam de - que come 100 criança ço s está send e agora, em 15 de de u com o ampliada zembro, Ela fica n uma comu para 200 crianças. nidade care Petrópolis n te Cruzada, d ndo recebido recu te em rsos da a Empresa da Família Norte Flum Ca inense, sários R.V.M mpbell Alquéres e do s e Filho. A ge oreira E. W.Lins e Xis mpreto s Petrópolis tão é da Mitra Dioce Vieira sana de

Mas Búzios merece muito mais!!! Ainda precisa evoluir muito no ranking nacional de ensino!

iou a Prefeitura Local na A Família Campbell-Alquéres apo Posse, em Petrópolis, que viabilização da Creche da ntida pela Prefeitura. atende a 100 crianças e é ma ia também a Creche Santa A Família Campbell-Alquéres apó uéres Wright em TiradenGianna, in memoriam de Helô Alq apoio da Prefeitura, admites, Minas Gerais, mantida com ndo 40 crianças. nistração Ralph Justino, já abriga io à área social tem início A história da nossa Família no apo uma professora primária com Maria Eugênia Aché Pillar, soais, mas que desde a aposentada, sem recursos pes o e recursos junto a outros década de 50, mobilizou trabalh ção da União Social Femiabnegados que resultaram na cria Comunidade de Emaús e nina, na casa da Mãe Solteira, na outras atividades. no Banco da Providência dentre

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A caridade - essa maior virtude - traduzida na doação de tempo e recursos privados somados a doações públicas, pode melhorar em muito a educação na nossa terra. Mas a hora é agora! Ao final de 2013, agradecemos às pessoas e Entidades que apoiamos ou que nos apoiaram: Lia e Sérgio Carvalho, Cruzada do Menor, Mitra de Petrópolis, Prefeitura de Tiradentes, Prefeitura de Petrópolis, Gilberto Campbell Penna, R. V. Moreira, E. W.Lins, Empresa Norte Fluminense, Carlos Alberto Afonso, Patrick Simon, Márcio Cechin, José Leão, Família Mouravieff - Apostol, Paulo Roberto Ribeiro Pinto, Carlos Werneck, Pedro Werneck, o Perú Molhado (Búzios). J.L. Alquéres Em nome da Família Campbell-Alquéres


Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas

Nosso fotógrafo Muchacho Bicho Doido flagrou o mais novo solteirão de Búzios Cristiano Marques, muito bem acompanhado da jornalista alagoana, Valéria Leite no Restaurante Buzin

O Shopping Park Lagos informa que a inauguração do empreendimento será realizada no dia 10 de dezembro. A mudança na data foi necessária para atender às solicitações dos lojistas, que estão enfrentando algumas dificuldades para contratar mão de obra local especializada para a finalização das obras, e ainda em virtude das fortes chuvas que caíram na região nas últimas semanas. No próximo dia 10, o Shopping Park Lagos abrirá as portas ao público ao meio-dia. O Shopping Park Lagos também informa ainda que as obras para a construção das rotatórias na Av. Henrique Terra com Av. Excelsior, e na Av. América Central com Rua Paulo Burle foram iniciadas no dia 5 de novembro, data em que a Prefeitura de Cabo Frio publicou a aprovação do projeto. Espaço de Vida Saudável em Manguinhos (Herbalife) inaugurara nesse sábado (23). Saiba mais pelo tel 22 2623-2359 Notícia velha. Nos contaram que um policial passava próximo a praia de Tucuns e ouviu uma voz de mulher que gritava : “ Eu não aguento! Não, não! Parece um pé de mesa!”. O policial correu até o local de onde vinha o som e encontrou uma caminhonete com a carroceria coberta por uma lona. Sacou do revólver e puxou a lona. Debaixo estava um ex secretário da gestão anterior e a mulher de um ex vereador. “Cuma”? Táxi. Recebemos muitas reclamações de que taxistas de Búzios não estão buscando pessoas que ligam na saída das boates, “ vomitam no carro”, alegam. Táxi 2. Outra reclamação que recebemos é de que ligando de João Fernandes para o táxi do centro para uma corrida até Tucuns o taxista teria cobrado acima da tabela, como se estivesse saindo de João Fernandes. Quer fazer isso então vamos por taxímetro. Táxi 3. Mais uma reclamação de que um taxista teria cobrado R$45,00 do Porto da Barra até a 100 metros após o pórtico, direção Marina. O preço da tabela seria R$30,00. Dias depois pegando o táxis com o mesmo taxista 12

Maurício Menezes e Paulo César Caldeira no Encontro da Adjori no Rio Búzios

A bonita Renata do Lance e sua prima curtindo a night de Búzios

ele teria cobrado o valor correto. Táxi 4. Olha mais uma reclamação: Do centro até o Colégio Nicomedes um taxista cobrou R$20,00 e dois dias depois outro cobrou R$18,00. Táxi 5. Caraca, mais uma reclamação! Moradores do trecho da Via Alternativa próximo a delegacia reclamam que taxistas estão passando pro ali acima da velocidade permitida. O que está acontecendo? Táxi 6. Tem pousada ligando para o ponto de táxi e lá afirmam que estão saindo e o taxista faz várias corridas antes de chegar a pousada. Bugre batido. Em frente a Vila Caranga um bugre ao sair do estacionamento se chocou com um ônibus da Salineira e foi tão forte que o motor caiu do veiculo.

Isadora, Juju, Areta e Bárbara perdidas no banheiro da Pachá

Show de pagode na Praça da Rasa. O Grupo Lance Maneiro se apresenta nesse domingo (24) na Praça da Rasa. O show do grupo esteve entre os melhores do aniversário da cidade. Acabou em pizza. Inaugurou no último feriado a Pizzaria do nosso amigo vereador Henrique Gomes no Porto da Barra. Presença ilustre de Mirinho Braga e família, o jornalista Raul Silvestre, Eduardo Almeida, Regina e Rufus, Vilmar Madruga. Marcelo chegou atrasado, mas conseguiu seu pedaço de pizza. Ladrão Filho da P... Estamos a duas edições pedindo para que nos ajudem com alguma doação em nossa Caixinha de Natal, se não bastasse ninguém ajudar, ainda fomos roubados. Um Filho da P... passou pela redação, que está sempre de portas abertas, para não dizer abandonada, e levou a nossa caixinha, que tinha apenas uma nota de R$10,00 colocada pela Camila (um empréstimo) e umas moedas sem valor, que estavam há anos no chão da redação, e que foram colocadas por Victor e Janice só para fazer peso. Carol ficou desconsolada e Muchacho não conseguiu acreditar em tanta azar. Agora não é possível que alguém não vá se solidarizar com a gente, por favor já estamos pensando em ir pra praça passar o chapéu.

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Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas O chef de Nova Iguaçu fez uma super paella com camarões gigantes

Empresários e magistrados de Macaé

Agnes Williams e Ricardo Cardoso

Deu no G1

Jaci Timóteo, o delegado Dr. Ribeiro e Ricardo

Sr. Adriano ex-imperador, quando vier á Búzios vê se aprende que calçada não é lugar de estacionar carro. Muchacho está sempre de maquina pronta a flagrar qualquer situação.

Paella da República! Aconteceu no último final de semana a Paella da República, uma inauguração do Espaço Ricardo Cardoso, para encontros mais intimistas no Canal da Marina e para um numero maior de pessoas em Manguinhos, próximo ao Posto Chell. A produção fica por conta da Agnes Williams. Esse primeiro evento contou com a presença de empresário e magistrados do município de Macaé. Destaque para o delegado da Polícia Federal, responsável por 21 municípios de nossa região, Julio Cezar Ribeiro.

Eva e família celebrando seus 18 aninhos

: 4 1 0 2 e d o t n Orçame o ã n e u q a ç e p a Um o ã ç c i f a s i a m e t s i res (Por Hamber

Carvalho)

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José Gonçalves: o bairro, a praia, a história Por Victor Viana

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centenário bairro de José Gonçalves assim é chamado por causa da praia que leva o nome do famigerado ‘capitão’ que utilizava a área, que também já foi conhecida como ‘Fazendinha’, para o tráfico de seres humanos oriundos da África mesmo após a proibição da venda de escravos e a promulgação da lei do Ventre Livre no sec. XVIII, fazendo fortuna com esse de-

Zé Grande: a história do bairro anda à cavalo O Sr. José João de Oliveira, conhecido por todos como ‘Seu Zé Grande’, tem 78 anos de idade e nasceu no próprio bairro. Sem apear de seu cavalo de nome ‘Espelho’ Zé Grande contou que é pescador aposentado, seu pai também era pescador e sua mãe era lavradora. Além disso, contou que tomava conta da propriedade de Boy Sampaio, isso em 1976 . Segundo ele, a propriedade da família Sampaio ia da Praia de José Gonçalves, passando por Tucuns e seguia até o canto direito de Geribá. Contou também que recebia um salário e meio. Zé Grande lembra com saudade de outros tempos: “Sou aposentado na pesca, mas toquei muita lavoura aqui. Antigamente carne de porco não fazia mal, feijão não fazia mal, nada fazia mal. Hoje é tudo industrializado e tudo faz mal”. Sobre o bairro diz: “Quando chegava tempo de Carnaval vínhamos para casa e podia ter farra porque não era perigoso, não tinha perigo. Todo mundo se conhecia. Aqui não tinha estrada, tinha um trilho. Eu quando andava de cavalo e meu chapéu ficava pendurado no espinho eu podia ir lá à praia e voltar que meu chapéu estaria aqui pendurado. Hoje nada é desse jeito”. Sobre o que acha do atual prefeito e dos outros que o precederam surpreende ao contar que de todos só tem algo positivo a dizer sobre um deles: “Na hora de votar todo mundo procura a gente, mas depois somem. Eu pessoalmente nunca vi o prefeito atual então não posso dizer nada sobre ele. A única pessoa que eu posso dizer, e que infelizmente não deu sorte, foi o Toninho Branco. Ele não fez um bom governo, mas sempre vinha aqui visitar a gente. Mirinho também nunca o vi por aqui. Mas também eu nunca dependi deles para nada”, disse. Após contar que hoje só anda de cavalo em José Gonçalves porque em Búzios (disse se referindo à parte do município para dentro do pórtico) sente que é como se não fosse mais permitido, “o cavalo é o meu carro”, disse e em seguida respondeu minha pergunta de como conquistou uma vida tão longa: “Vivo muito porque Deus é bom. Sou evangélico e entrei na Igreja com 20 poucos anos. Não bebo; não fumo e não jogo”. Quando eu ia perguntar se havia festas nessa época em José Gonçalves o celular do Seu José Grande tocou e eu disse a ele que poderia atender, “não, agora eu estou atendendo o senhor”, ele me disse sorrindo. Então fiz a pergunta e ele respondeu: “Antigamente quase não existia uma festa, fazíamos qualquer coisa em casa mesmo”. Para finalizar perguntei se havia sido amigo de outro morador ilustre do bairro, Sr. José Cabral: “Nós nos dávamos bem, era meu vizinho, mas ele gostava muito dessas coisas de partido, nisso eu não me metia”.

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plorável comércio humano. A pequena Praia de José Gonçalves fica dentro da APA das Emerências, hoje parte do Parque Estadual da Costa do Sol. Do povoado (que está a cerca de 3 km do pórtico) até a praia são mais 2 km em asfalto e quase mais dois em estrada de terra. A estrada é cercada por cactos típicos da vegetação de restinga e também impressiona pela grande quantidade da planta conhecida como “Espada de São Jorge”, muito usada para a ornamentação de jardins e pela crença na sua capacidade de

proteger contra a inveja e evitar conflitos em família como também atrair prosperidade. Contornada por pedras, costões, morros e mata nativa, tem areias escuras e finas e ondas que atraem os surfistas. A orla tem muitas pedras que por anos foram roubadas e muitas estão enfeitando paredes, muros e jardins de muitas pousadas e mansões da península. O Perú esteve andando por lá conversando com moradores que nos contaram algumas histórias e nos falaram sobre como está o bairro atualmente.

Seu José Grande em cima de seu camaro branco

Zé Gonçalves é espada... de São Jorg e

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A situação do bairro hoje O bairro de José Gonçalves hoje conta com alguma estrutura urbana conquistada após a emancipação. No entanto é consenso de todos que entrevistamos que não é suficiente, visto os 20 anos de emancipação político administrativa do município, “to cansado de vir político aqui me fazer promessas e nada. Dr. André esteve aqui na minha carrocinha de picolé e disse que não sairia do bairro. Nunca mais o vi. José Gonçalves está abandonado”, afirmou o Sr. Chico, que vende picolé ao lado do campo de futebol. Dona Vanderlea, conhecida como Baiana, que há 15 anos mora em José Gonçalves, considera que o maior problema hoje no bairro é o saneamento básico, no entanto também aponta problemas gerais na saúde e na educação como algumas das ações que mais atingem o bairro: “Na área da saúde esses pedidos de documentação a cada exame que você tem necessidade de fazer é preciso tirar a xerox A prefeitura já de todos os documentos, a cada parte doente do seu colocou a placa... corpo são novas xerox. O pobre então tem esse ônus. E as consultas são marcadas na Policlínica, gastamos quatro reais para ir lá. Na educação posso dizer que na Escola da minha filha, a Regina da Silveira, no bairro de São José, está havendo um problema lá com os professores que faltam à aula e pagam com algum trabalho ou sábado letivo. Isso não pode acontecer. Outro problema é que estão dando endereços de sites para as crianças fazerem pesquisa. O professor vai lá com o tablet e manda a criança pesquisar. Tem dia que não temos o dinheiro do pão e como vamos pagar lan house? Búzios tem o luxo, mas tem o lixo também”. Ao fim Baiana faz uma reivindicação: “Quero fazer um apelo ao Poder Judiciário, que faça uma zona eleitoral aqui em José Gonçalves. A bela Baiana Assim poderemos saber o potencial de José Gonçalves, que é visto apenas na época de eleição”.

Essa é a situação atual da Rua da Acerola

Alagamentos e saneamento O líder comunitário do bairro, Samuel da Bike, que foi candidato a vereador na última eleição, falou em nome da Associação de Moradores e apontou a questão dos alagamentos como um ponto ainda preocupante no bairro, onde, segundo ele, alguma providência já estaria sendo tomada por parte do Poder Público: “Estamos fazendo uma parceria com o governo de Dr. André para conseguir botar o bairro em ordem. Na última chuva que teve alagou o bairro de fora a fora. Em alguns pontos o alagamento é um problema muito sério, mas já conseguimos que o secretário Paulo Abrantes viesse aqui e já está elaborando um projeto que em breve será realizado no bairro. Uma das conquistas que tivemos é a obra que já irá começar na Rua João Batista onde será feito o saneamento básico, com rede separativa de esgoto, recolhimento de águas fluviais e pavimentação”. Quico, de 33 anos, filho de Dona Isaura, nasceu no bairro, os seus 10 irmãos também moram em José Gonçalves, e também considera a falta de saneamento o maior problema, “os anos passam e sempre a mesma visão de pessoas esgotando fossa na rua”, disse e, no entanto ponderou: “Mas eu não quero com isso fazer um ataque direto aos governantes, até porque o pouco que temos aqui foi tudo feito pelo prefeito anterior, Mirinho, e também não acho que já deva reclamar do atual porque acho que ainda está no começo”. O argentino Jorge Ricardo Ganja, que há 30 anos mora no Brasil, 10 anos em Búzios e três anos em José Gonçalves elogia o bairro por sua tranquilidade e se preocupa: “Aqui tem um povoado com um número razoável de pessoas. Temos a oportunidade ter um crescimento organizado”. José ainda falou sobre um sonho: “Tenho uma experiência como mecânico aeronáutico, eu gostaria muito de ensinar jovens de

Jorge, o argentino

e o Quico?

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Maurício Raibolt, representante comercial do Perú em Zé Gonçalves

Samuel da bike

Seu Chico não quer saber de político, só de picolé

Mercado do Josué

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11 á 16 anos como em uma escola técnica. É nessa idade que o jovem se sente bem em saber que consegue serrar, construir. E assim aprenderá geometria, trigonometria. Com essa base aos 18 anos esses rapazes terão uma postura melhor de homens, terão uma base e um conhecimento que poderá ser aplicado na vida”. Conta que o projeto ainda está no papel, “ainda não o apresentei a ninguém, mas se o governo tiver interesse por ele seria bom”, disse.

Comércio Assim como a Rasa e a Cem Braças o bairro de José Gonçalves tem um comércio que vem se desenvolvendo e movimentando a economia local, “moro em Búzios há cerca de 30 anos espero que administração de Búzios seja igual para todos. O comércio da cidade precisa ser visto como um todo e não somente para o centro da cidade”, disse Mineiro. Outro comerciante do local, o Sr. Josué, falou sobre o que considera ser uma das razões que tem gerado problemas econômicos no município: “Antigamente a prefeitura fazia o pagamento e alavancava o comércio. Hoje tem muitos funcionários que são de fora de Búzios e com isso levam o dinheiro embora. Vai fazer dois anos que tenho esse comércio aqui em José Gonçalves. Eu não posso criticar o prefeito porque ele tem pouco tempo, mas eu tenho pedido que ele venha fazer uma visita aqui no bairro. Na campanha ele esteve aqui 16 vezes e após eleito até agora não fez uma visita. As portas aqui estão abertas para ele”. Sobre eventos que poderiam movimentar o comércio do bairro Josué ainda disse: “Aqui só há evento quando a Associação faz alguma coisa”.

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Mineiro

Comércio dinâmico, tem até caixa 24 horas

Ponto final da van e rodoviária de José Gonçalves

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Um quiosque quatro estrelas! Umas das joias do bairro de José Gonçalves é um ponto visitado e elogiado por ilustres visitantes de diferentes lugares do mundo; o Quiosque do Raniere que fica bem na orla da praia que deu nome ao bairro.

Raniere Quando eu, nosso editor Marcelo Lartigue, e o motorista e fotógrafo Muchacho Bicho Doido encontramos Raniere, ele tinha acabado de chegar em seu fusca de uma cor que não sei definir. Já era por volta das 13h e começava mais um dia de expediente no quiosque, “vocês conseguiram passar de carro na estrada porque eu abri umas valas com a enxada para esvaziar as poças maiores que foram formadas pela última chuva”, disse com simpatia e continuou relatando que precisa que o Poder Público colabore com a manutenção da estrada e que isso não significa que esteja desejando asfalto ou mesmo que seja aplanada por tratores, seria preciso apenas torna-la acessível de uma forma que não agrida a natureza. Raniere nasceu em Coronel Fabriciano em Minas Gerais, criado em Cabo Frio conta que visitou a praia de José Gonçalves aos 13 anos após matar aula na escola para acampar com amigos. Aos 17 anos passou a vender fatias de melão na Praia do Forte, em Cabo Frio, quando conheceu um argentino que o levou para Córdoba para ajudar em uma criação de coelhos. Após um ano retonou ao Brasil e trabalhou descarregando barcos de pesca em Angra dos Reis. Raniere também vendeu cafezinhos aos funcionários da Petrobras em Macaé, lá no inicio da historia petrolífera dessa cidade. Em Cabo frio ajudou a avó, Iracema, em um restaurante, até que redescobriu a Praia de José Gonçalves onde montou uma barraca para atender pescadores e visitantes.

Praia de José Gonçalves, apesar de todas as pedras roubadas continua linda

Cida e Raniere guardam o segredo de sua famosa casquinha a sete chaves

Idas e vindas Após um tempo deixou o quiosque e passou a trabalhar como guia de um artista e também exportador de artesanato, andando por todo o Brasil em busca de boas peças para serem vendias em Madrid. Na Espanha se tornou também um artesão especializado na técnica conhecida como patina, “estudei com o escultor Castor Solano, fiquei sete anos em Madrid. Trabalhei na Expo de Sevilha em peças em patina de até 500 quilos. É um tema que eu conheço muito e, no entanto nunca tive a oportunidade de fazer uma patina aqui em Búzios, mesmo vendo a Brigite Bardot sendo pintada com tinta acrílica, se Castor Solano visse isso seria uma blasfêmia. Em uma revista especializada de Moscou fui citado como uma referência em patina”, desabafou o cozinheiro, que também se revelou um artista com consciência ambiental, reaproveitando materiais para a construção e manutenção de seu quiosque que mantém uma arquitetura excepcional. Em Madrid se casou com uma espanhola e teve uma filha, se separou e retornou á Búzios onde conheceu a nativa Cida, nascida ali mesmo no bairro de José Gonçalves, onde reabriram o quiosque e juntos aperfeiçoaram uma receita básica de mariscos e mexilhão aprendida por Raniere no Restaurante Punto y Coma, na Espanha, onde trabalhou em sua decoração. A casquinha de mariscos ficou famosa e já foi experimentada pelo ex-presidente Lula, a modelo e apresentadora Danielle Cicarelli, Milton Nascimento, o tenista Guga e muitos outros. A receita de Casquinha de Marisco de Raniere e Cida leva farinha de mandioca, alfavaca, aroeira e pimenta rosa há também um ingrediente secreto que o casal não revela. “O guia Quatro Rodas cita a Praia de José Gonçalves como quatro estrelas e o quiosque também. Muitos restaurantes do centro penam para receber essa classificação”, se orgulha.

O quiosque é frequentado por famosos de todo mundo: Lula, o escritor Hans da Alemanha, Guga e seu amigo Duda Tedesdco e a bela Cicarelli, em ensaio na praia

O pessoal de Zé Gonçalves torce pelo Botafogo. É uma verdadeira ilusão

Uma arquitetura ecológica

Botafogo, Botafogo...

Marcelo (Lartigue) se disse surpreendido ao ver as novas formas do quiosque, “não sabia que você era escultor”, disse o nosso editor a Raniere, que respondeu com simplicidade: “Faço há 20 anos esse quiosque. Tudo sai da minha própria cabeça. O que penso é que tudo é fruto da criatividade e da necessidade. Vou reaproveitando tudo. Essas cadeiras (aponta para duas que ficam bem de frente para o mar) têm 15 anos. É tudo reciclado, uso caixas de horti-fruti que pego no ferro velho, caixas de refrigerante, misturo com pó de mármore e outros materiais e ganham a aparência de uma pedra. Também uso o bambu, que é ótimo para esse trabalho”.

Ao ver um símbolo do Botafogo na parede Muchacho observou que em nossas andanças pelo bairro de José Gonçalves vimos muros, janelas e bandeiras com o símbolo do time alvinegro, como também muitas pessoas vestindo blusas e usando bonés com o escudo do clube da estrela solitária, “o bairro é botafoguense?”, perguntamos e obtivemos a resposta: “Em sua grande maioria, eu não sei por que, mas é”. Perguntado em tom de brincadeira por Marcelo se o bairro não era sofredor Raneire respondeu: “O Botafogo é um time ilusionista. Às vezes a ilusão é melhor que chegar ao objetivo”. E ao fim de nossa conversa relatou sobre a atual situação econômica nessa linda praia: “Nesses 365 dias do ano posso dizer que passamos 60 dias sem vender um real”.

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A fibra de José Gonçalves Gelson das bananas

Luiza e sua filha Perla mostram seus ovos

Área rural de Búzios mostra sua cara

Dr. Hamber lidera confusão até no campo

Por Hamber Carvalho

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onheci José Gonçalves na década de 80, quando participei de uma reunião com as lideranças locais, onde fui apresentado por um amigo também advogado da Central Única dos Trabalhadores, pois iria substitui-lo nos plantões do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Cabo Frio, por um período de 6 meses. Na reunião estava presente o presidente do Sindicato Sebastião Lan e havia uma enorme tensão no ar, pois a disputa de terras das onze famílias remanescentes de colonos com a Fazenda Cunha Bueno estava no auge, com ameaça constante de desocupação. Passei exatos 6 meses cobrindo o plantão de meu colega de advocacia, Dr. Nelson, militante expressivo do PDT e que mais tarde atuou no Instituto de Terras do Estado do Rio de Janeiro, quando pude sentir a pressão que sofria Sebastião Lan, inclusive com ameaças constantes de morte que chegavam até o Sindicato. Na época, comuniquei devidamente todas estas ocorrências na Comissão de Trabalhadores Rurais da Central Única dos Trabalhadores, que, infelizmente não pode impedir o assassinato de Sebastião Lan meses após a minha saída do Sindicato e no exato local onde ele sempre me acompanhava para pegar o ônibus da 1001 para o Rio de janeiro. No final da década de 90 me estabeleço em Búzios e passo a integrar as fileiras do PT, em plena campanha para a reeleição de Mirinho Braga. Mirinho vence as eleições e passo a desenvolver a discussão do orçamento participativo, justamente em Jose

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Gonçalves, onde participei, juntamente com Gustavinho, na época assessor de imprensa da Prefeitura, do primeiro governo itinerante em que além de atender a população do bairro com os serviços assistenciais, introduzimos um novo formato de participação da comunidade. Em dupla com Gustavinho, trouxemos Marcio Werneck para contar um pouco da Historia de José Gonçalves, até então um personagem da historia da região desconhecido dos moradores e um grupo de atores de Cabo Frio para falar sobre doenças sexualmente transmissíveis, que apresentaram uma peça sensacional numa linguagem aberta e direcionada a cultura da comunidade. Mais ainda, neste mesmo evento do governo itinerante, fizemos uma grande feira livre, onde os moradores puderam expor seus produtos hortifrutigranjeiros, artesanato, além de correr um abaixo assinado pela implantação da APA do Pau Brasil, entregue ao então secretário de Meio Ambiente, Mauro Temer em plena reserva e embaixo da sombra de um exemplar da arvore símbolo da área de preservação. O desdobramento desta iniciativa resultou na implementação do Projeto José Gonçalves tem Fibra, onde, através da Superintendência do Orçamento Participativo, resgatamos o plantio da banana no bairro, para a elaboração de artesanato com a fibra da bananeira. Foi nessa época que conheci Zé Cabral, Manoel Verão, Chico da Associação, Chamica, Dona Rosa, Marlene, Ranieri, Joni, Gelson, Sandra e outros tantos que participaram do projeto. Além de fazer grandes amigos, dois fatos me marcaram profundamente. O primeiro foi a pauta elabora-

da pela comunidade para ser apresentada ao prefeito e a todos os seus secretários no encerramento do Governo itinerante, onde a questão fundiária foi tema central das reivindicações da comunidade e que mais tarde foi objeto de demanda do orçamento participativo. Outro ponto foi o engajamento de Gelson e Sandra no projeto da fibra da bananeira, iniciando o plantio de banana em seu sítio, para produzir material para o artesanato que resultou naturalmente numa fonte de trabalho e renda com a venda principalmente da banana em Buzios e em Cabo Frio para a merenda escolar. Impressionante mesmo, foi o fato de que ao replantar sua propriedade com moitas de banana, Gelson recebeu de presente da natureza, inúmeras fontes de agua, resultado da retenção e da infiltração da agua de chuva em sua propriedade, pois a cobertura vegetal que foi se formando evitava a lavagem do solo. Hoje, infelizmente, assisto a degradação do bairro pela falta de um empenho maior do poder publico em resolver a questão fundiária que se arrasta há décadas, principal fator de estimulo a desocupação desordenada e a tentativa se estabelecer os esticas de Cabo Frio para implementar o comercio de drogas. A situação só não esta pior, graças a iniciativa pessoal do Secretario de Administração Pedro Anderson em ocupar o bairro com o projeto de levar as artes marciais até os jovens da comunidade, trazendo grandes nomes desta atividade para o município. A questão fundiária pode e deve ser resolvida com urgencia, na medida em que este bairro se apresenta como área natural de expansão urbana e exige obrigatoriamente um controle de seu crescimento. Tenho a certeza de que os moradores deste bairro tem fibra o bastante para retomar a luta e o controle por melhores condições de vida e de moradia para esta comunidade.

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Natal sem o Natal: um caso de amor e loucura no jornalismo Por Janir de Hollanda Ferreira Júnior

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Natal se aproxima. Será o primeiro Natal sem o Natal. Morreu na semana passada (dia 14), Lucio Natalício Clarindo, ou simplesmente Natal. Convivi com um dos grandes repórteres policiais do jornalismo carioca durante 10 anos no jornal O Dia. À época, já com o psicológico remexido por tantos acontecimentos durante a vida, Natal por muitas vezes era ironizado por estagiários monstrinhos – o jornalismo é mestre em cria-los –, era motivo de deboche e evitado por alguns. Eu abraço os loucos. E com eles vou até o fim. E agradeço por ter sido próximo, aprendido e sacaneado o Natal em vida. Pois, quando vem a morte, todos viram amigos. Mas aí já é tarde demais. Dos 59 anos de vida de Natal, 35 foram vividos dentro da redação de O DIA. Entre as famosas histórias do jornalista, ficou marcada a que aconteceu em 1988, quando acabou sob a mira de armas do grupo do assaltante Maurinho Branco — responsável pelo sequestro do publicitário Roberto Medina. Com uma pistola apontada para a cabeça, Natal foi escudo para o criminoso em algumas das vezes em que apareceu na janela para conversar com os policiais. A partir dali, um gatilho foi disparado no psicológico de Natal.

Natalício virou manchete, mas era funcionário do O Dia

Tempos depois, quando dirigia seu carro pelas ruas do Rio, Natal sofreu um assalto e novamente teve uma arma apontada para sua cabeça. Foi o estopim para ele sofrer as consequências e dar alguns passos além da linha tênue que separa a sanidade da loucura. Natal era um louco pela sua profissão, louco pela sua filha – também jornalista -, louco por cigarro, Coca-Cola e café, louco por rock, poesias, pela sua casa em Araruama. Por muitas vezes me diverti com Natal, trocamos ideias, fomos a restaurantes, dividimos PF’s, rimos, e ele sempre com a tirada “malandro é o gato que nasceu de bigode”. E de gozação desdenhava do trabalho do repórter esportivo.

Lucio Natalício, o Natal, na redação do O Dia

“É só ficar na praia, ouvir o José Carlos Araújo na rádio Globo (atualmente, na Bradesco) e repassar para redação”. Mas Natal sabia que não era assim. Era um gozador. E também um apreciador de namoradas alheias. Além de elogiar seguidamente Beatriz Mota, ex-repórter de O Dia e mãe do meu segundo filho, Natal costumava alertá-la:

o oficial pelo sequestro e pela morte do jornalista Alexander von Baumgarten. O militar, no entanto, acabou inocentado na Justiça. — Fiz o meu trabalho de repórter. Se o júri o inocentou, não posso fazer nada — costumava dizer quando perguntado sobre o caso.

- Cuidado que esse cara é maluco. Beatriz levou na brincadeira...e talvez tenha se arrependido. Franzino, com a calça jeans lá embaixo, óculos e uma careca reluzente, Natal era uma figura ímpar. Além do episódio do sequestro de Maurinho Branco, o repórter também ficou famoso por ter levado ao banco dos réus o general Newton Cruz, ex-chefe do Serviço Nacional de Informações (SNI) durante a ditadura militar. O jornalista descobriu o bailarino Cláudio Werner Polila, testemunha que incriminou

Até hoje guardo com carinho uma papelada que Natal jogou no meu colo certo dia na redação de O Dia na Rua do Riachuelo. Nos documentos fica clara a alma de repórter do querido amigo. Ideias como: durante o plantão da madrugada, decidiu fazer ronda nas delegacias e descobriu que policiais de plantão estava dormindo ou fechava as delegacias para soneca. Emplacou um alto de página, com o título: “Acorda, seu delegado”. Depois, quando a mídia passou a abolir matérias de suicídios do noticiário para não incentivar outras

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pessoas (exceção feita a casos que envolvam personalidades), Natal começou a anotar diversos casos ocorridos na ponte Rio-Niterói. Com jeitinho e um texto forte, emplacou matéria de página inteira com o título: “O Altar dos sacrificados”. Natal também contava outro caso onde viu a morte de perto. Foi em 1968, em meio à ditadura, quando o então estudante jantava no lendário Calabouço e, segundo ele, viu o companheiro Edson Luís ser alvejado por um PM. São casos e mais casos de Natal, que chegou a contar muitas histórias no seu livro chamado de “Baú do Natal”, uma clara referência a Raul Seixas, a quem admirava. Casos e coisas de maluco beleza, numa época quando ainda se fazia jornalismo com amor. Hoje, virou putaria: tudo se “chupa”. Feliz (era o) Natal.

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A INAUGURAÇÃO DAS PASSARELAS DO PARQUE DA PREGUIÇA X OPORTUNISMO DOS DESTRUIDORES DO CORREDOR VERDE Por Ernesto Galiotto

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ia 16 de novembro poderia ter sido uma data marcante em prol da Natureza com a inauguração da nova Avenida que dá acesso ao loteamento Nova Califórnia, em Tamoios. Foi programada uma grande festa com churrasco de boi em rolete, mas faltou a grande presença da população. Houve a participação de uma minoria, parte dela composta por invasores oportunistas daquela região de Tamoios, principalmente aqueles que invadem os lagos deixados pelos areeiros e que desmatam o corredor verde. Eu, Ernesto Galiotto, não estava presente, pois sobrevoava aquela região e assistia e fotografava de cima o momento da festa e a urbanização daquela região. Registrei também a nova benfeitoria no bairro. As informações posteriores foram decepcionantes porque o padrinho dos intelectuais invasores estava presente, em perfeita harmonia com os malfeitores da Natureza. Diante disso tudo ficam algumas perguntas no ar: fora o discurso, qual a medida prática e eficaz para salvar o restinho da nossa mata atlântica naquela região? Será que num breve futuro os entes governamentais ou mesmo os moradores querem ver uma região com total ocupação urbana? Essa pergunta também vai para os órgãos ambientais. Cadê a Policia Florestal que supervisiona a nossa região dos lagos e o norte do estado? Esta eu respondo: o Governador do estado fechou várias sucursais tais como Monte Alto e Barra de São João, deixando a Natureza órfã e desprotegida. Esse é o comportamento do governo do estado. Condomínio E esse condomínio criado clandestinamente no clandestino de meio do parque da preguiça? Cresceu e se instalou oportunistas desacatando e desafiando o próprio Ministério Público e o Poder Judiciário, porque o processo que se arrasta desde 2001 não foi ainda julgado. As imagens fotográficas provam isso, Con­se­lho edi­to­rial que o desmatamento e a ocupação irre- Bri­git­te Bar­dot, Clau­dio Kuck, Ivald Gra­na­to, Jo­ mar Pe­rei­ra da Sil­va, Fi­no Quin­ta­ni­lha, Re­na­ta Des­ gular ficam impunes. Ota­vi­nho, Umberto e Clau­dio Mo­dia­no, Queremos saber até onde estes “influen- champs, Er­nes­to Za­bo­tinsky, Tra­ja­no Ri­bei­ro, Re­na­to Pa­co­te, tes patronos” que reinam em Tamoios Jor­ge Te­des­co, Clau­dio Co­hen, Lau­ritz Lach­man, como verdadeiros soberanos tem o poder Gui­lher­me Araú­jo, Pe­dro Pau­lo Bul­cão, Pau­lo Ma­ ria­ni, Al­ber­to Fan­ti­ni, Ma­rie Anick e Jac­ques Mer­ sobre a legalidade dos fatos? cier, Ara­guacy da Sil­va Mel­lo, Luis Ed­mun­do Cos­ta Lei­te, Mar­cos Pau­lo, Elie Sha­ye­vitz, Jo­nas Suas­su­na, Gló­ria Ma­ria, Ruy Castro, Heloisa Seixas, Márcio Fortes, Luiz Fernando Pedroso, Lula Vieira, Antônio Pedro Figueira de Melo, Eduardo Modiano, Ancelmo Góis, Etevaldo Dias, Joaquim Ferreira, Thomas Sastre, Adriana Salituro, Armando Ehrenfreund, Mário Pombo e José Leão Portinari.

Di­re­tor Mar­ce­lo Lar­ti­gue Editor Adjunto Janir Hollanda Jor­na­lis­ta res­pon­sá­vel Alessandra Cruz (reg. prof. 27662/RJ) Editor de fotografia Photoshop Re­pór­ter Victor Viana Sandro Peixoto Mônica Casarin Alessandra Cruz Denis Kuck Gustavo Garcia

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Diagramação Caroline Moreira

Diretor de Distribuição Muchacho Bicho Doido

Diretora Comercial Alessandra Cruz

Depto. Jurídico Dr. Ulisses Tito da Costa

O Pe­rú Mo­lha­do / Edi­to­ra Mi­ramar CNPJ: 02.886.214/0001-32 Rua Alfredo Silva, 226, casa 4 Cep 28 950-000 – Brava - Ar­ma­ção de Bú­zios –  RJ Celular/redação: (22) 8128-3781 / 2623-1422 Comercial: (22) 7814-2441 E-mail: operu­mo­lha­do@globo.com operumolhado@gmail.com Si­te: www.operu­mo­lha­do.com.br

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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL ESTADO DO RIO DE JANEIRO Dr. ALBERT DANAN – Tabelião e Oficial Titular

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GUSTAVO DA SILVA GONÇALVES e KETELLEM PEREIRA GONÇALVES; Brasileiros, Solteiros. Ele Estudante, filho de: Honório Pereira Gonçalves e Maria Aparecida da Silva Gonçalves, residente neste Municipio-RJ. Ela: Estudante, filha de: André Gonçalves e Luciania Pereira Gonçalves, residente neste Município-RJ. Processo nº 2301/13. POCIGUAR RAINHA DA SILVA e SARA NOGUEIRA SANTOS RANGEL; Brasileiro, Solteiros. Ele: Aux. de escritório, filho de: Valdeci de Oliveira da Silva e Giecelli Guaraciara Rainha, residente neste Municipio-RJ. Ela: Estudante, filha de: Zamilton Rangel da Silva e Erenilce Nogueira Santos Rangel, residente neste Município-RJ. Processo nº 2304/13. ISAAC PEGO SILVA e SILVANA RODRIGUES GOMES; Brasileiros, Divorciados. Ele: Vigia, filho de: Manoel Pego da Silva e Lucia Ricardo Silva, residente neste Municipio-RJ. Ela: Do lar, filha de: Manoel Gomes Vieira e Lecilda Carlos Rodrigues, residente neste Município-RJ. Processo nº 2303/13. JOSÉ JORGE EMITHERIO DE AZEVEDO e JOANA D’ARC GOMES; Brasileiros, Solteiros. Ele: Pedreiro, filho de: Sebastião de Azevedo e Ivanir Emitherio Azevedo, residente neste Municipio-RJ. Ela: Costureira, filha de: Manoel Gomes neto e Maria da Conceição Palhares Gomes, residente neste Município-RJ. Processo nº 2310/13.

Quem souber de algum impedimento, acuse-me. Eu, Thamires Oliveira da Costa, Escrevente, a extraí. Búzios, 21 de novembro de 2013. Albert Danan – Tabelião Titular

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ESCLARECIMENTOS À POPULAÇÃO Em respeito à população de Cabo Frio, a Costa Verde Participações, responsável pelo empreendimento hoteleiro-turístico COSTA DO PERÓ, vem a público esclarecer o seguinte: • O empreendimento está sendo implantado em propriedade privada de 4,5 milhões de metros quadrados, integrante da Área de Proteção Ambiental (APA) do Pau Brasil; • O empreendimento foi projetado em perfeita consonância com as diretrizes estabelecidas pelo Plano de Manejo da mencionada APA; • Todo o conjunto de edificações projetadas ocupará menos de 30% da área total do terreno; • Os acessos públicos à praia serão ampliados e ordenados; • A preservação permanente das dunas, do cordão arenoso e da vegetação que os recobre encontra-se assegurada por meio da doação das correspondentes áreas à Prefeitura Municipal de Cabo Frio (PMCF), conforme escritura lavrada no 2º Ofício de Notas de Cabo Frio (Livro 679, Fls. 83/87), que destinou estas áreas para a constituição de uma Reserva Biológica; • Na mesma escritura, foi também doada à PMCF, uma área para instalação de um Horto Florestal, visando a preservação da flora nativa e pesquisas científicas; • Estas áreas doadas totalizam cerca de 1 milhão de m2, representando aproximadamente 20 % da área total; • Está prevista ainda, a construção de um Centro de Desenvolvimento Sustentável (CENDES), que abrigará projetos de educação e atividades de conservação ambiental; • Estão contratados, e sendo executados por meio de profissionais qualificados, mais de uma dezena de Programas de Monitoramento Ecológico e Arqueológico, visando principalmente à proteção da fauna e da flora locais; • O Empreendimento está aprovado por Lei Municipal específica (Lei nº 1968/2006); • As Licenças Prévia e de Instalação do empreendimento foram concedidas pelo INEA - Instituto Estadual do Ambiente; • As licenças para execução das obras do empreendimento foram concedidas pela PMCF; • Todas as licenças foram obtidas por meio do pleno cumprimento das Normas e Leis aplicáveis; • Foi contratada junto à PROLAGOS, com os custos por conta da Costa Verde Participações, a instalação de novas redes de água e esgotamento sanitário para a região, que segundo a Concessionária, beneficiará 2 mil famílias; • Foi contratada com o Club Med a implantação de um hotel resort no local, uma das unidades hoteleiras do empreendimento; • A implantação do empreendimento COSTA DO PERÓ propiciará importantes benefícios sociais por meio da geração de empregos permanentes diretos e indiretos com consequente estímulo à atividade econômica da região.

Por isso, e muito mais, a COSTA DO PERÓ é um empreendimento de respeito. Respeito ao Meio Ambiente. Respeito a Cabo Frio. Respeito a você. Cabo Frio, 30 de outubro 2013.

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