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De 19 a 26 de dezembro de 2014 • Edição 1225 • ANO XXXIV • www.operumo­lha­do.com.br

Figurino: Cacau Agostini

O MAIOR ­ AL JORN BÚZIOS

s a d l a t a N

s a l e Flan

UM JORNAL CEGO, SURDO E MUDO

Natal das Flanelas: Vai uma vaga aê??? editorial Por Hamber Carvalho Flanelinha Puto da Vida.

O

imbróglio criado entre os vereadores da oposição, judicializando a questão da implantação do estacionamento na cidade, caso não haja uma solução negociada com o executivo, vai cair na vala comum da batalha judicial. Deixando assim a cidade à mercê da ação dos flanelinhas, pois o policiamento ostensivo feito pela polícia militar e a detenção dos mesmos não passa de um simples registro na Delegacia. O retorno às ruas ocorrerá em poucos minutos.

Ao questionar na Justiça e no legislativo o teor do decreto, nossos legisladores acabam fazendo o dever de casa pela metade, pois se o vício foi na origem, porque a iniciativa do prefeito não foi questionada na publicação do decreto ou mesmo no ato da licitação, já que a função constitucional do legislativo é fiscalizar os atos do executivo?

Preço extorsivo, como argumentam alguns, autorização ou concessão como sustentam outros em sua defesa contra a exploração dos serviços de estacionamento, são na realidade ingredientes de uma disputa de grupos políticos pelo comando da cidade, nada mais que isso.

Infelizmente nossos parlamentares não são pró-ativos, ainda estão na idade das cavernas, quando o assunto se refere a legislar pelo conjunto dos cidadãos.

Do leitor “Sou do tipo de pessoa que acredita que são nos momentos difíceis que vemos a coragem aparecer em certos tipos de indivíduo. Desde que vim morar em Búzios há três anos, sou uma leitora fiel do Jornal O Perú Molhado. Com humor afiado, rápido e engraçado, tenta apresentar ao seu leitor, uma mistura da internacional zona sul carioca com o caiçara hype de Búzios e arredores, um jornalismo engraçado e exageradamente brasileiro, recheado de sátira, no estilo O Pasquim.

Depois que Marcelo nos deixou, muitas incertezas ficaram nas mentes dos leito-

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Quando o gestor público tem maioria na Câmara, a farra é boa. Quando tem minoria, fica refém dos grupos políticos que perderam e apostam na falta de governabilidade para voltarem ao poder como salvadores da pátria. Ou seja, não se governa, nem se legisla para o cidadão e sim para o próprio umbigo, onde, se a farinha é pouca, meu pirão primeiro.

Ainda vivemos num município onde se dá o absurdo do 50% de remanejamento do Orçamento Público, se o prefeito tem a maioria dos legisladores, claro. Ou então se coloca um cabresto de 5% por cento no mesmo, para que a execução orçamentária seja feita em conta gotas através do inferno que são as suplementações, onde quem mais perde é a população no atraso e na qualidade da prestação de serviços públicos. Será que não dá pra parar com este esgarçamento inútil, ler um pouquinho e perceber que a maioria dos municípios e o próprio governo do estado trabalham com uma média de 20 a 25% de remanejamento?! Ou será que a miopia tomou conta de nossos olhos e de nossos cérebros?

Nossos políticos da idade da pedra, a começar pelas campanhas eleitorais, não tem a mínima noção do que é ser vereador ou prefeito, pois prometem que vão fazer o que não é de sua competência, conflitando os poderes legislativo e executivo e mandando a conta para o Poder Judiciário resolver, como se não bastassem o volume de demandas individuais que todos os dias chegam ao Fórum de nossa Comarca.

Na prática esquecem as suas obrigações, numa eterna disputa pelo controle da ad-

ministração pública.

Um exemplo emblemático foi o silêncio de nossos parlamentares no episódio que envolveu o prefeito e o vice.

Durante o Bundaço na Câmara, quando perguntamos aos parlamentares sobre o que iriam fazer para que o vice assumisse, a palavra de ordem foi de que não poderiam fazer muito pois esta era uma prerrogativa do prefeito, ainda que inconstitucional.

Salvo raríssimas exceções, nosso parlamento nada mais é que uma continuidade das eleições, onde quem perdeu acha que legislar é governar e quem governa acha que governar é ter a caneta na mão.

E o povo como fica? Em sua maioria, fica na torcida pra ver quem se estrepa primeiro, esquecendo que quem paga a conta de toda esta imaturidade politica é ele mesmo. Felizmente, como nossa cidade tem tribos de todas as espécies, os mais atentos começam a perceber que esta conta está ficando muito alta, principalmente com relação a exploração de nossas riquezas e ao desenvolvimento econômico e social do município.Não dá pra ficar mais na zona de conforto vendo a cidade ir literalmente pras picas. Ou assumimos como indivíduo ou através de nossas organizações sociais a dianteira de avançar na inércia das ações do legislativo e do executivo, fazendo o município acontecer, ou nos escondemos debaixo da cama de nosso comodismo e ficamos esperando ele afundar pra depois tentar consertar. Somos o que queremos e podemos ser: vereadores sem mandato e prefeitos sem cadeira.

Vai uma vaga Aê...

Ombudsman Por Marcelo Lartigue Alô Fidel? Fidel? Meu comandante! Estou aqui em cima muito feliz com o trabalho do Papa Francisco para acabar con o embargo a nossa ilha. Depôs daquele outro, defensor dos ianques, até que em fim um Papa comunista. Aqui no céu me reconciliei com o Todo-Poderoso e sei que sem a ajuda do Papa esse crime contra o povo cubano continuaria. Agora os cubanos vão poder parar de tomar aquela merda da “Tu cola” e beberem o que os americanos fazem de melhor, a coca-cola. Vão também ampliar a carta de bebidas, por que só mojito, havana, cuba libre e piña colada, tudo a base de rum, não dá. Fiquei feliz também com a volta dos heróis, muito boa, muito boa. Tchau Fidel. Eu e Aníbal estamos te esperando para fumarmos aquele Cohiba. Acho que, assim como o Cabelada de 2015 você não passa. Mas aviso: nada de Che por aqui até agora Abrazón ao Raúl.

Con­se­lho edi­to­rial Bri­git­te Bar­dot, Clau­dio Kuck, Ivald Gra­na­to, Jo­ mar Pe­r ei­r a da Sil­v a, Fi­n o Quin­t a­n i­l ha, Re­n a­t a Des­champs, Ota­vi­nho, Umberto e Clau­dio Mo­ dia­no, Er­nes­to Za­bo­tinsky, Tra­ja­no Ri­bei­ro, Re­na­ to Pa­co­te, Jor­ge Te­des­co, Clau­dio Co­hen, Lau­ritz Lach­man, Gui­lher­me Araú­jo, Pe­dro Pau­lo Bul­cão, Pau­lo Ma­ria­ni, Al­ber­to Fan­ti­ni, Ma­rie Anick e Jac­ ques Mer­cier, Ara­guacy da Sil­va Mel­lo, Luis Ed­ mun­do Cos­ta Lei­te, Mar­cos Pau­lo, Elie Sha­ye­vitz, Jo­nas Suas­su­na, Gló­ria Ma­ria, Ruy Castro, Heloisa Seixas, Márcio Fortes, Luiz Fernando Pedroso, Lula Vieira, Antônio Pedro Figueira de Melo, Eduardo Modiano, Ancelmo Góis, Etevaldo Dias, Joaquim Ferreira, Adriana Salituro, Armando Ehrenfreund, Mário Pombo, Nelson Bellotti e José Leão Porti­ nari.

In memorian de Marcelo Lartigue

Di­re­tor: Sandro Peixoto Editor e Jornalista Responsável Victor Viana MTB 27666

res do jornal. Seria uma lástima ficar sem o jornal, já que em Búzios ainda temos poucos veículos de comunicação. Os que atuam, o fazem bravamente para levar informação de verdade para a população, real motivo da nossa profissão, o jornalismo. Só tenho a parabenizar a equipe do O Perú Molhado, que a frente da guerreira Eva, filha de Marcelo, vem realizando todo o esforço para manter o jornal com a mesma qualidade de sempre. Isso fica notável aos olhos mais atentos, através das matérias que vem sendo produzidas, com muito conteúdo informativo. Parabéns

aos colegas Victor Viana, Camila Raupp, Hamber Carvalho e Sandro pelo empenho e por não deixar a peteca do Marcelo cair.

Vida longa ao jornal O Perú Molhado!”

M a r i a We r n e c k - Jornalista desde 2005 (Mtb 29.333) e proprietária da Premissa Assessoria, empresa de comunicação e produção cultural desde 2010.

Editor de fotografia Photoshop Re­pór­ter Denis Kuck Janir Junior Arthur Veríssimo Muchacho Bicho Doido Hamber Carvalho Cabelada Design Gráfico e Diagramação Caroline Moreira Diretor Comercial Isac Tillinger

Copydesk: Luisa Barbosa Eventos: Sylvana Graça

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(21) 2532-1329 (21) 9100-7612 Me­ce­nas Umberto Mo­dia­no Im­pres­são Tribuna de Niterói Diretor de Distribuição Muchacho Bicho Doido Depto. Jurídico Dr. Ulisses Tito da Costa Patroinha: Eva Lartigue Ombudsman: Marcelo Lartigue

O Pe­rú Mo­lha­do / Edi­to­ra Mi­ramar CNPJ: 02.886.214/0001-32 Rua Alfredo Silva, 226, casa 4 Cep 28 950-000 – Brava - Ar­ma­ção de Bú­zios – RJ Celular/redação: (22) 2623-1422 E-mail: operumolhado@gmail.com Si­te: www.operu­mo­lha­do.com.br

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Peru de Natal ou Natal do Perú?

Por Heloisa Seixas

L

i outro dia no jornal que, durante as comemorações do Dia de Ação de Graças este ano, os americanos iam comer não sei quantos milhões de perus. Fiquei com pena. Aí pensei em uma ilustração na capa da revista “New Yorker”, mostrando dois perus, um macho e uma fêmea, de mãozinhas dadas, andando à noite pelo meio da rua, olhando desconfiados para os lados, como se temessem ser assaltados (e assados) a qualquer momento. Pois é. Aqui entre nós, brasileiros, a época de caça ao peru é agora, no Natal. Vai ser uma mortandade...

Mas o que é que eu estou fazendo? Não era do peru de Natal que eu queria falar, e sim do Natal do Perú -- nosso querido Perú Molhado, claro. É curiosa minha relação com ele. Poucas pessoas sabem disso, mas eu vi o Perú nascer. No início dos anos 80, 1982, se não me engano, eu fui trabalhar nos Jornais de Bairro de O Globo e um dos subeditores era um sujeito carrancudo, muito sério, chamado Aníbal. Ele era meu chefe. Confesso que tinha um pouco de medo dele, de tão caladão que era.

Pois um dia tive a surpresa de saber que

ele tinha fundado um jornal em Búzios, chamado “O Perú Molhado”, com aquele acento espanholado em cima do “u”, aquele acento que para nós, redatores, parecia um acinte, uma subversão mesmo.

Morri de rir ao saber qual era o slogan do jornal: “O maior jornal de Búzios” e, embora nunca tivesse visto um único exemplar do bicho na redação do Globo, imaginei que o Perú tivesse alguma coisa da irreverência do Pasquim. E, depois disso, passei a olhar o Aníbal de esguelha, enquanto me perguntava por que será que ele continuava sendo um sujeito tão sério.

Nunca entendi. Pouco tempo depois, Aníbal saiu dos Jornais de Bairros e eu nunca mais o vi.

Passaram-se muitos anos, até que eu conheci o Marcelo Lartigue e redescobri o Perú. Quem diria? O Pasquim estava morto há muitos anos, mas o Perú ainda existia.

Mais tempo passou. Aníbal foi embora, e agora também o Marcelo. Imagino os dois sentados em uma nuvem desenhada pelo Chico Caruso, dando risadas (no céu, o Aníbal ri!). E, enquanto isso, nosso Perú continua firme. Mais um Natal. Os brasileiros podem matar muitos perus no fim do ano, como sempre fizeram, mas que ninguém duvide: o Perú Molhado vai continuar mais vivo do que nunca.

Heloisa Seixas é escritora e tradutora brasileira. Autora de “Pente de Vênus: histórias do amor assombrado” e “A porta”.

Atualmente é colunista na revista Seleções.

Tinha medo de Aníbal quando ele foi seu editor em O Globo e desde a década de 1980 é apaixonada pelo Perú Molhado.

t o d r a B e n i C o 30 n h 9 1 s á 2 /1 9 1 a i D o Perú!

d e m l i f o d Lançamento

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Búzios espera ter o melhor verão dos últimos tempos

O

verão de 2015 baterá um recorde importante para o Rio de Janeiro. Durante a temporada, o estado tem previsão de receber o maior número de visitantes da história, cerca de 3,4 milhões apenas na capital e 1,5 milhão nos principais municípios turísticos, como Búzios, Cabo Frio, Angra dos Reis e Paraty. Búzios, em especial, tem a expectativa de que este será um dos verões mais quentes e badalados que o balneário já teve. As perspectivas são de grande presença turística na cidade.

Praias limpas, clima maravilhoso somados a uma mundialmente reconhecida rede gastronômica, hoteleira, e de serviços turísticos.

O diretor executivo do Búzios Convention & Vistors Bureau (BCVB), Cristiano Marques, afirma que as notícias para a alta temporada na cidade são as melhores possíveis.

“Levando em consideração que os principais mercados emissores já começam a reagir, aos poucos estamos recebendo turistas da Argentina, Uruguai e Chile. Sem falar no mercado nacional. Vale ressaltar que o BCVB vem trabalhando, dentro das suas condições, estes mercados. Para se ter uma ideia, muitos hotéis estão lotados para o Réveillon”, afirmou entusiasmado o diretor do Búzios Convention, que agrega os três segmentos citados acima: rede gastronômica, hoteleira, e de serviços turísticos. Sobre a grande presença do mercado nacional no balneário para esse verão, o presidente do BCVB, Luis Guedes, afirma: “Com todas as ações realizadas pelo Convention no município, o destino Búzios vem ganhando destaque na mídia paulista, através de uma empresa contratada pela instituição para divulgar o balneário em São Paulo.

Nós já estamos colhendo os resultado desse investimento”.

Os números confirmam a consolidação do estado do Rio como a maior rota do turismo internacional no Brasil e a cidade do Rio como principal destino turístico na América Latina. Pela primeira vez, Búzios terá queima de fogos oficial no Ano Novo, o que abrilhantará ainda mais a paisagem de uma dos destinos mais concorridos para o Réveillon.

Búzios, que reúne em sua paisagem única 23 praias de rara beleza, ganhou fama internacional no verão de 1964, quando Brigitte Bardot desembarcou pela primeira vez no balneário. Hoje, a cidade emancipada de Cabo Frio há 19 anos, tem cerca de 28 mil habitantes, podendo chegar até 200 mil na alta temporada.

De acordo com o Secretário de Turismo, José Márcio Moreira dos Santos, devido a exposição do Rio de Janeiro durante a Copa do Mundo, espera-se que este verão seja o melhor dos últimos 10 anos. “Foi realizado no país o maior evento esportivo do mundo, e somado ao trabalho executado pela Setur nas feiras de turismo e com a mídia nacional e internacional, Búzios ganhou uma grande visibilidade mundial, o que garante atrair um turista diferenciado, já que o balneário é considerado um dos destinos preferidos dos brasileiros e estrangeiros”, diz entusiasmado. Ainda segundo José Márcio para o verão a Secretaria de Turismo irá reforçar o receptivo, ampliando os pontos de informações turísticas.

Armando

Mario

verão curto, como os outros foram. O verão dura 30 dias, e depois esse movimento acaba caindo. Acho que a cidade teve alguns esforços em relação à organização. O estacionamento, por exemplo, foi infelizmente revogado por algumas irregularidades. Acho uma pena porque era uma forma de organizar e coibir os flanelinhas, que é um passo para o tráfico de drogas e violência como um todo.

Acho que estacionamento pago foi uma boa ideia, mas aceito que mal executada.

Quanto ao movimento, vivemos um momento de crise no Brasil, aumento de dólar, uma desconfiança entre as pessoas e não acredito que elas irão sair por aí gastando. Será bom, mas não será um verão muito fora do que a gente já conhece.

Opinião

Mario Fernandez - Grupo Chez Michou Todos os verões são bons, mas esse ano vai ser melhor porque o Natal e o Réveillon caiem no meio da semana. Todos os anos temos essa espectativa e esse será mais um ano de sucesso para Búzios.

Armando Ehnrefreund - Parvati Todo o verão temos uma expectativa.

Esse, se não me engano, é o meu 29º verão na cidade, e sempre achamos que esse verão vai arrebentar. Mas eu já tô começando a achar (risos) que será um

Rosangela do Restaurante Banana Land Estamos em expectativa positiva em relação ao verão, já que esse ano foi um ano sem feriados, teve a Copa, um ano difícil.

Então estamos com muita expectativa. Com a alta do dólar vamos dar uma segurada no

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Rosangela

turista interno e seremos mais privilegiados com o turismo externo. O que realmente me preocupa é que temos recebido cada dia mais um público que não é o público ideal para a nossa cidade. Temos visto uma quantidade absurda de comércios ilegais.

Christiano

Restaurantes e bares abrindo de uma hora para outra sem documentação, sem cumprir as leis, e que estão competindo de forma desleal com a gente, com o comerciante legal e tradicional de Búzios. Mas ainda assim acredito que será um grande verão.

LA MAISON BOULANGERIE • Croissants, baguettes, pão integral • Doces franceses e doces fit (sem lactose, glutén) • Café da manhã • Salgados assados, (quiches, calzoni, pizzas) • Café, sucos e vinhos Rua Travessa Vila Lobos, Centro. Em frente ao horttifrutti.

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Trabalho escravo para manter o consumismo do Natal

Ao comprar brinquedo chinês mulher encontra carta de pedido de socorro de trabalhador

Tradução: Instituto Plinio Corrêa de Oliveira

E

m outubro de 2012, Julie Keith, uma mãe do Oregon (EUA), enregelou-se: num pacote para Halloween “made in China” que ela comprara na loja Kmart havia uma carta escondida meticulosamente. Grafada num inglês trêmulo, a mensagem falava de um cenário de horror. O autor estava preso num campo de trabalho forçado no norte da China, trabalhando 15 horas diárias durante toda a semana sob o látego de desapiedados guardas.

“Se você comprar este produto, por favor, mande esta carta para a Organização Mundial de Direitos Humanos”– leu Julie.“Milhares de pessoas na China, que sofrem a perseguição do Partido Comunista, ficar-lhe-ão gratas para sempre”.

Entrementes, o autor – Zhang, 47 – conseguiu sair da fábricaprisão. Como muitos outros ex-detentos, ele descreveu o universo carcerário socialista marcado por abusos estarrecedores, espancamentos frequentes e privação de sono de priDa próxima vez que você comsioneiros acorrentados semanas prar um brinquedo chinês, a fio em posições doloridas. A pense nos chinezinhos que permorte de colegas por suicídio deram a infância trabalhando ou doenças fazia parte do pão quotidiano.

Corrobora-o Chen Shenchun, 55, que passou dois anos num desses campos: “Às vezes os guardas puxavam-me pelos cabelos, colavam na minha pele barras ligadas à eletricidade, até que o cheiro de carne queimada enchia a sala”, disse.

A maioria dos escravos-operários de Masanjia foi presa por causa de sua crença. Mas o regime os mistura com prostitutas, drogados e ativistas políticos. As violências se concentram naqueles que se recusam a renegar sua fé.

Nem os responsáveis do campo de concentração, nem a Sears Holdings, dona da loja Kmart, quiseram atender pedidos de entrevista. Julie repassou a carta para um órgão governamental americano, mas a administração Obama adota uma atitude de subserviência diante das práticas inumanas chinesas. Por exemplo, um funcionário disse que ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA o esclarecimento deste caso levaria E CONSULTORIA muito tempo. O que equivale mais ou menos dizer que ele nunca será CÍVIL FAMÍLIA esclarecido.

CRIMINAL Como aconteceu com Zhang…

Da próxima vez que o leitor for com- JUIZADOS ESPECIAIS prar algum produto chinês, pense na TRABALHISTA EMPRESARIAL tragédia que pode estar levando para DIREITO IMOBILIÁRIO (LEGALIZAÇÃO DE IMÓVEIS) LEGALIZAÇÃO DE ESTRANGEIROS sua casa.

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300 DIAS PERFEITOS Em Búzios, a melhor qualidade de vida depois da morte Ruy Castro é jornalista e um dos maiores escritores brasileiros. Autor de grandes biografias como “O Anjo Pornográfico” (a vida de Nelson Rodrigues) e “Estrela Solitária” (sobre Garrincha). Vencedor do Prêmio Esso de Literatura, do Prêmio Nestlé de Literatura Brasileira e de quatro Jabutis. Mas seu maior orgulho e legado é escrever DE GRAÇA para O Perú Molhado.

Ruy olha para o alto à procura do Marcelo

Por Ruy Castro

Q

uando me perguntam que tal Búzios, respondo que é para lá que quero ir quando morrer. Veja bem, não quero ser enterrado em Búzios. Mas, sim, se morrer, ressuscitar ao terceiro dia e ir morar numa pousada em Geribá, com direito a esticadas na Ferradurinha.

O único problema é: como escapar de Búzios entre o dia 23 de dezembro, quase véspera de Natal, e a Quarta-feira de Cinzas? Se tiver de ir para lá por esses dias, vou ter de dar um jeito de não morrer.

Nem morto em Búzios nesta época.

Ué, mas este período não é justamente o mais quente de Búzios? O mais animado,

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o mais cheio de gente, o auge do verão?

--- perguntará você. É. E justamente por isso. É quando Búzios deixa de ser aquela maravilhosa província de cosmopolitas e fica entregue às pessoas que passam o ano em suas cidades cinzentas e sem sol, economizando em função de uma semana de férias e, quando chega o dia, botam a mulher e os filhos no carro, todos com uma deliciosa compleição leitosa ou plúmbea, e vêm para a região dos Lagos em suaves prestações de 24 meses acertadas na agência de viagens.

Sim, eu sei, Búzios precisa deles e não pode passar sem. Adora que entupam suas pousadas, congestionem a rua das Pedras e tornem a ida a qualquer restaurante um suplício em forma de fila (certa vez, aprisionado numa delas, temi morrer de velhi-

ce antes de sentar para comer). As sacolas e embalagens de plástico que eles deixam nas praias Búzios recolhe como pode --- o resto, o mar engole. E ai da cidade quando pega um verão chuvoso e eles não vêm.

Antes que me acusem de preconceituoso, respondo que essa descrição, apenas realista, vem da observação acurada do comportamento dos amadores em todos os balneários do mundo --- y-compris a irmã mais velha de Búzios, Saint-Tropez.

Lá, também, o verão é de amargar. É inevitável: todo mundo vai para os balneários no verão, assim como para as cidades históricas no inverno e para as religiosas na Páscoa. Elas se tornam crowded, mal humoradas e, além disso, tudo encarece estupidamente. Em Aparecida do Norte, na Semana Santa, por exemplo, o preço

da hóstia fica pela hora da morte.

Pensando bem, da véspera de Natal à Quarta-feira de Cinzas (que costuma cair na segunda quinzena de fevereiro), temos cerca de dois meses --- apenas 60 dias.

Os 60 dias do ano em que Búzios fica impraticável. Por sorte, sobram-nos mais de 300. Trezentos dias em que Búzios fica adorável, humana, amena, luminosa, esnobe, chique, vaidosa, cheirosa e gostosa. E confortável. Ideal para se acabar de ler o que faltou da literatura francesa, ouvir discos de Jacqueline François e Yves Montand, assistir a filmes com Jean Gabin e Danielle Darrieux, tomar sorvete, chutar tampinhas, rolar pela areia, comer no quiosque, passear pela Orla Bardot, beijar a namorada.

Vai demorar, mas... me aguardem.

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Gramado: um sonho de Natal Fotos: Leandro Trindade / Divulgação

Por Caroline Moreira

S

ou suspeita para falar de Gramado, pois amo este lugar. Conheci na minha lua de mel e desde então volto sempre que a saudade bate. Nesta terceira vez, fui no período do Natal Luz, um sonho antigo.

Gramado estava simplesmente linda, iluminada e toda decorada. Todos participaram do Natal Luz. Cada comércio, árvores e postes da cidade estavam enfeitados.

Só se respirava Natal por lá. Sem contar as hortências que embelezavam cada encosta da cidade.

Planejei esta viagem com bastante antecedência. Quanto mais cedo você se planejar, mais barata fica. Passagens e hotel reservados, era hora de fazer um “caixa” pra viagem, pois em Gramado as coisas são caras, especialmente na alta temporada. Exemplo, era quase impossível almoçar por menos de R$ 100 o casal.

Gramado é uma cidade diferente de todas as cidades que você já viu no Brasil. Tenha certeza disso! Tudo lá remete a Europa: arquitetura, gastronomia, clima, educação, estilo de vida. Em Gramado, você vive a plenitude do turismo de qualidade.

Lá você se hospeda em hotéis “tops”, come bem, é bem recebido e atendido, todos te tratam com atenção, carinho e apreço, é uma cidade segura, com baixíssimo índice de violência, além de ter à sua disposição uma gama de opções de lazer e diversão.

Ouvia com frequência: De onde vocês são? Primeira vez em Gramado? Tá sendo bem recebido? E quando falávamos que erámos de Búzios / Cabo Frio, abriam logo um sorriso e suspiravam, desejando nosso calor e nossas praias.

Mas voltemos ao Natal. O Natal Luz está na sua 29ª edição e tem uma programação extensa, que começou no fim de outubro e vai até meados de janeiro de 2015. São quatro grandes espetáculos pagos (Nativitaten, Natalis, Grande Desfile de Natal e Fantástica Fábrica de Brinquedos) e diversas atrações gratuitas espalhadas pelos quatro cantos da cidade.

Fomos a todos! Impressionantes não só pela beleza, mas também pela organização e pontualidade. O principal espetáculo é o Nativitaten, uma ópera a céu aberto. Às margens do Lago Joaquina Rita Bier apresenta de maneira emocionante o nascimento de Jesus Cristo. Ao longo do espetáculo, um show de luzes, sons, fogos de artifício e muita emoção. Me senti em casa lembrando dos foguetórios do Alair.

Já o Natalis conta a história da celebração do nascimento de Jesus Cristo, através da voz de Cid Moreira e gigantescas telas de água com dimensões de até 200mts² de área de projeção, reunindo efeitos sonoros, luminosos, com águas dançantes e fogos sincronizados. Lembra muito o espetáculo Som e Luz que acontece no Museu imperial em Petrópolis.

O Grande desfile de Natal é composto por um show de som, luz, alegorias, bailarinos, patinadores, atores e acrobatas. É um espetáculo laico, divertido e ancorado em cenas múltiplas medievais. Já a Fantástica Fábrica de Natal é uma superprodução en-

Nativitaten, o grande show do Natal Luz

Luisa, que já morou na Europa, discorda da Carol. A educação e o carinho dos europeus para tratar os clientes é muito abaixo do padrão brasileiro

Natalis

Grande Desfile de Natal

Orquestra de violões

Fantástica Fábrica de Brinquedos

Exposição de renas

Parada de Natal nas ruas de Gramado

Show de acendimento na Igreja São Pedro

tre o sonho e a incredulidade (realidade).

Um espetáculo mágico de dança-teatro, que encanta adultos e crianças.

Fora tudo isso, ainda curtimos o teatro ambulante e a parada de natal, que acontecem quase todos os dias nas ruas do centro de Gramado, a Orquestra de Violões na Rua Coberta, além dos teatrinhos e da feirinha de Natal que acontecem diariamente na

De 19 a 26 de dezembro de 2014 – O Perú Molhado

ExpoGramado. Pelas ruas tem exposição constante de renas decoradas, dos quebranozes e das árvores de natal.

Toda noite acontece também o Show de Acendimento. Neste momento, as luzes da decoração natalina da cidade são acesas simultaneamente. O espetáculo é gratuito e acontece a partir das 21h ao longo da Avenida Borges de Medeiros tendo seu

ponto alto em frente à Igreja São Pedro.

Sete dias foi pouco para aproveitar toda a programação do Natal Luz. Muita coisa ficou de fora. Motivo para voltar em breve a Gramado.

Quem quiser conhecer um pouquinho mais sobre a cidade e suas atrações leia minhas postagens no blog de viagens (www.roteiroadois.com.br) que criei para compartilhar com todos essa paixão.

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Ato público pela professora Denize Alvarenga

Na manhã desta quarta-feira (17), a Comissão de Educação da Câmara Municipal, composta pelos vereadores Felipe Lopes (PDT), Joice Costa (PSDB) e Jefferson Gonçalves (PHS) – se reuniu com a professora Denize Alvarenga. A comissão irá analisar os documentos entregues pela servidora.

RÉVEILLON 2014 Denize protocolando

A

professora Denize Alvarenga, militante das mais ativas do movimento educacional buziano, recebeu um amargo presente de natal. Foi exonerada por um pressuposto acúmulo ilícito de matrículas. Segundo a Prefeitura, a professora, além das matrículas em Búzios e Cabo Frio, possui uma terceira matrícula no Governo do Estado do Rio de Janeiro.

Denize, entretanto, argumenta que já solicitou sua exoneração no Governo do Estado desde abril de 2014, e que este ainda não publicou a decisão em Diário Oficial.

“Isso não existe. Eu não acumulo matrículas ilicitamente. Então como não há objeto, não pode haver punição. Eu acumulo matrículas conforme a legislação me permite. Eu acumulo duas matrículas, na prefeitura de Búzios e na prefeitura de Cabo Frio. A prefeitura de Búzios precisa compreender que o servidor, o trabalhador da educação, não tem responsabilidade sobre a comunicação dos atos do governo do Estado”, destacou Denize.

A professora, que é dirigente sindical do Sindicato dos Profissionais de Educação (SEPE), conta ainda com proteção legal contra demissão arbitrária. A legislação brasileira protege o sindicalista para que ele não seja vítima de demissão motivada por atuação política.

A exoneração foi publicada no último Boletim Oficial da Prefeitura com deci-

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são datada de 11/12/14, última semana letiva e às portas do Natal e do pagamento do 13o salário dos servidores. Denize, apesar de ter trabalhado durante todo ano, não recebeu o benefício. “Fui demitida na sexta-feira dia 11. No sábado, dia 12, os servidores de Búzios receberam seus salários do décimo terceiro. Eu não recebi, trabalhei durante todo o ano letivo e não recebi o meu salário de 13o. Também já estou zerada para o pagamento de dezembro. Além de toda covardia administrativa, tem a covardia pessoal: é o meu Natal que esse prefeito está querendo estragar”, enfatizou Denize.

Nós do Perú estamos solidários à professora Denize e a convidamos para engrossar nossa campanha pelo pagamento do 13o.

Entenda o caso A Professora Denize Alvarenga foi aprovada no concurso do município de Búzios e ficou classificada em 9º lugar. A Prefeitura, como sabido, priorizou os contratos e não convocou os concursados. Diante dos fatos, diversas pessoas aprovadas no concurso entram na Justiça exigindo convocação. Denize é uma delas. Após o curso do processo, a Justiça exigiu a nomeação da professora que, no período, era concursada da rede pública estadual e municipal, em Cabo Frio. Após a nomeação de Denize, a Prefeitura instaurou um inquérito por acumulação ilícita.

É com muito prazer que convidamos vocês, nossos queridos clientes e amigos, para ANO NOVO no RESTAURANTE BAROQUE. Dia: 31/12, a partir das 20:00 horas. MÚSICA AO VIVO Blue JAZZ e CHOPP PILSEN ARTESANAL BUFFET REVELEION será íncluído : * Paté Francés c/ Baquetes de RABE * RIBS ON THE BARBIE Costela defumada AUST * Gulasch Vaddiszo HUN * BORGUIGNON ,Filé c/ molho especial FRA * PERNIL ASSADO c/ Kreuzkummel ALE * JAVALI ao BAROQUE ALE * Versailles Salmão (Espinafre e queijo) FRA * Bolo de Carne Alemão ALE * Lentilha R. Tcheca TCH * Salada de folhas Frescas , molho Italiano, * Salada c/ Gengibre * Arroz branco e colorido * Batata Americana * Tchamalada Hungara * TORTA ALEMÂO c/ Marzipan *Grelhados na Chapa: Mostarda Alemã perfeita para acompanhar: Salsichões e Linguiças (Weisswurst, Bratwurst, Frankfurter longo defumado ) Valor : 110,00 p/pessoa Também aceitamos encomendas especiais, incluindo uma ordem da casa.

Por favor, reservar seus lugares com antecedência .

Esperamos vocês nesta festa!

Abraço, Ivana e Michael

Baroque - Restaurante Slow Food Culinária Européia Armação dos Búzios, RJ Manguinhos, Rua das Palmeiras, N.007.

(022) 2623-1605 (022) 99254-0974

De 19 a 26 de dezembro de 2014 – O Perú Molhado

Folha de Búzios

Assim como a equipe do Perú, ela ainda não recebeu seu 13º

A verdadeira história do Papai Noel l e v í s s o p tigue Im r a L o l e c r Mais Ma

G

orducho e bondoso? Nada disso. Antes de existir o Papai Noel, a tradição na Europa era receber no fim do ano um sujeito coberto de peles de animais que percorria as casas para filar comida e bebida. A figura, chamada de Velho Inverno, está nas raízes do senhor de barba branca e bochechas rosadas de hoje.

Até o século 4, quando o paganismo dominava a Europa, os homens apelavam para os deuses para tentar amenizar o rigor do inverno, estação que trazia muitas privações, especialmente em relação à comida. Surgiu então a tal lenda do Velho Inverno – as pessoas acreditavam que, se dessem o que comer e beber para ele, o frio seria menos rigoroso.

A figura de São Nicolau, considerado o verdadeiro ancestral do Papai Noel, só surgiu muito tempo depois. Nicolau foi um monge que viveu na Turquia no século 4.

De acordo com a tradição cristã, ele ajudou uma moça muito pobre a não ser vendida pelo pai, que não tinha dinheiro para o dote de seu casamento. Um dia antes da venda, Nicolau teria jogado pela chaminé da casa da jovem um saco cheio de moedas de ouro. O religioso foi reconhecido como santo pela Igreja no século 9 e, quatro séculos depois, o dia de sua morte, 6 de dezembro, passou a ser celebrado. Nessa data, as crianças aguardavam ansiosas os presentes que seriam deixados por um homem idoso vestido de bispo. Era o início da tradição do Papai Noel.

A imagem do velhinho gorducho e de barba branca começou a se formar em 1881, quando o desenhista alemão Thomas Nast publicou na revista americana Harper’s Weekly um desenho do Papai Noel. Ele estava em preto-e-branco e tinha aparência semelhante à de um gnomo. Nos anos seguintes, Nast foi aprimorando o retrato inicial, acrescentando uma barriga proeminente e aumentando um pouco sua estatura.

Em 1931, a Coca-Cola contratou o artista americano Haddon Sundblom para transformar Papai Noel numa figura totalmente humana e real (para isso, o artista fez uma espécie de auto-retrato). A empresa não foi a primeira a colocar roupas vermelhas no velhinho – uma gráfica de Boston lançou, em 1886, cartões de Natal com o Papai Noel em trajes dessa cor. Mas foram as campanhas do refrigerante que ajudaram a consolidar a imagem que temos dele hoje.

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O Natal em família é uma coisa encantadora. O amor das crianças pelo Papai Noel é visível. #sqn

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NOVO ÊXODO ARGENTINO

Milhares de argentinos chegam para temporada Por Isac Tillinger

A

presença argentina em Búzios sempre foi uma constante, e muitas famílias se formaram ao longo dos anos.

Nos anos 1980, momento de economia aquecida e moeda forte, um grande número de investidores se estabeleceram em Búzios, principalmente no ramo da hotelaria e gastronomia. João Fernandes foi a praia preferida destes empresários e até hoje a grande maioria das pousadas são de empresários argentinos.

Em consequência do momento difícil que vive o país vizinho, o Brasil se tornou o grande eldorado para los hermanos, e Búzios, por sua hospitalidade e por abrigar um grande número de conterrâneos, foi o lugar escolhido para este êxodo de jovens em busca de trabalho e aventura – não necessariamente nesta ordem.

Neste ano de 2014, estima-se que aproximadamente 2.000 argentinos, com idade entre 18 e 25 anos, tenham aportado por praias buzianas, criando uma comunidade própria que se movimenta segundo as possibilidades de trabalho e sobrevivência.

Onde e como vivem - Estes novos moradores fazem a alegria de proprietários de pequenas casas na península, que aumentaram em até 100% o valor dos aluguéis.

A conta é simples, numa casa de dois quartos pode chegar a morar 10 jovens, que ao dividir o aluguel pagam entre 100 e 150 reais por mês, uma verdadeira pechincha para os padrões de aluguéis na cidade. Os locais “preferidos” são a Rua da Brava e a Vila Caranga. Quanto ao rango, os muchachos na sua maioria tem uma refeição nos seus locais de trabalho e a outra refeição é leve, ou um costumeiro assado. Alguns mais abastados se arriscam nos tradicionais: La Tapera e Café Porteño, ícones da gastronomia de preços baratos com bom padrão de atendimento.

Diversidade profissional – Se antigamente era comum ser atendido por argentinos nas principais pousadas e nos principais restaurantes, agora em alguns lugares se você não falar espanhol corre o risco de pedir um bife e lhe servirem um frango, pois quase a totalidade dos profissionais que trabalham neste segmento são argentinos. Isso em um momento onde o turismo brasileiro é a maior parcela dos visitantes. Vamos ver a receptividade dos brazucas neste verão. Outra novidade são os locais de trabalho. Se antes o mercado de trabalho era restrito às atividades diretamente ligadas ao turismo, agora este mercado já atinge outras atividades que não necessariamente estão ligadas diretamente ao turismo. É o caso dos funcionários do turno da tarde da Padaria Di Ouro (entrada da Vila Caranga) onde todos que atendem ao público são argentinos. Uma novidade que já atinge outros ramos, tipo: eletricistas, pintores e outras atividades que seguramente estes jovens não realizariam no seu país de origem. Os empresários de um modo geral estão satisfeitos com estas contratações, pois é uma gale-

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“Eles são pessoas educadas, esforçadas, criativas, inteligentes e ainda falam vários idiomas”, disse o dono da padaria

ra com bom nível cultural (aprende com facilidade), tem compromisso com horários e, principalmente, é fácil demiti-los.

Poucos têm carteira assinada, o que por si só já representa uma economia para o empregador.

Points da Galera – Encontrar esta galera é facilíssimo. Durante o dia frequentam a Azeda (na sua maioria) e Geribá (os que moram na zona de Manguinhos). À noite, a Praça Santos Dumont vira uma aldeia argentina, são centenas de jovens que curtem sua cervejinha, e alguns mais avançados, uns tapinhas. Aliás, o clima de “liberou geral” que a cidade oferece é sem dúvida um dos atrativos para estes jovens.

Argentinos em Búzios - Este grupo do Facebook – que já conta com mais de cinco mil participantes, é o elo de ligação entre a turma que já está na cidade e os que estão para chegar. Nele se encontra de tudo: pedidos de caronas, oferecimento de emprego, casas para alugar, fofocas, noticias em geral e principalmente muita azaração.

Atorrantes - Esta palavra tipicamente argentina que é um misto de prepotência e rebeldia, mostra o grande choque cultural vivido por estes pós adolescentes.

Diferente dos que vivem aqui que já assimilaram nossos costumes, eles querem viver em Búzios com o mesmo comportamento da Argentina, e isso às vezes gera um certo desgaste entre as relações entre buzianos e estrangeiros, mas nada que se compare ao futebol, ponto máximo de discordância entre as tribos.

E para não dizer que só falamos de flores - temos também uma mendiga argentina, que não é uma mendiga qualquer, faz valer sua arrogância e briga diariamente com tudo e com todos, tentando valer os seus direitos. Uma típica argentina.

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Então é Natal?

Por professor Chicão

A

tradição cristã comemora o Natal como o nascimento de Jesus, mas os historiadores sabem que Jesus não pode ter nascido em 25 de dezembro, época de inverno na Judeia. Lucas diz que quando Jesus nasceu os pastores estavam no campo com seus rebanhos e que na época houve um recenseamento.

Logo, é impossível que isso ocorresse no inverno, quando os pastores guardavam seus rebanhos e se protegiam do frio e quando era pouco provável que oficiais do império romano fossem mandados pela região inteira em plena intempérie.

Sabemos que a comemoração do natal no ocidente cristão como data do nascimento de Jesus remonta pelo menos ao século IV, época em que o cristianismo se tornou dominante em Roma. Muitos estudiosos consideram que os cristãos simplesmente adaptaram a data de comemoração do nascimento do Deus Sol, uma festa pagã, à data de nascimento de Jesus, filho de Deus. A data do nascimento do Deus Sol era comemorada em 25 de dezembro. Era uma festa pagã muito querida disseminada entre a população, pois se caracteriza-

Nesta praça nasceu o Natal

va, entre outras coisas, pela troca de presentes e comemorações entre os parentes.

A festa variava de lugar para lugar e po-

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demos dizer que cada povo ocidental e mesmo oriental, ao longo de séculos, colaborou com alguns dos elementos que

temos hoje na nossa festa natalina: troca de presentes, presépio, cartões, neve, papai noel, renas, nozes, etc..

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Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas Isso é que é amor! Casar hoje em dia já é difícil. Com a mesma pessoa então, quase impossível. Quando ocorre, somente após o divórcio. Têm ainda aqueles que só casam para ganhar presente. Mas esse casamento nem lista teve. Era amor mesmo gente! Nosso querido (sic) editor Victor Viana e sua digníssima esposa (colaborada assídua e militante d’ OPM) Camila Raupp, renovaram seus votos na última terça (16) com a benção dirigida por Cris Paramita (que emana amor por onde passa!) no Buddah Dharma. Felicidades ao casal!

Musa 1. Bar do Sossego ganha musa!

Acabou o reinado do Ceará. O Bar do Sossego, maior point da nata buziana, conta agora com uma musa: Nádia (expadaria do Guilherme) agora alegra os repórteres etílicos do Perú com seu sorriso e simpatia. O Ceará continua, mas não trabalha 24 horas como no passado.

Os fiéis clientes, deste que é o único botequim tradicional resistente do Centro, aprovaram.

Musa 2. Mimi, nossa verdadeira musa francesa. Que Brigitte Bardot que nada.

A musa francesa de Búzios se chama Mimi, uma francesinha simpática (às vezes) que escolheu há tempos nossa cidade para viver. Mimi, que segundo a própria é mestre de capoeira, caminha saltitante pela cidade dançando, colhendo flores e aconselhando as mulheres brasileiras a comerem menos. Precisamente, apenas a metade dos seus pratos. Os comerciantes e aliciadores de turistas que não vão gostar da campanha de Mimi...

Natal sustentável no Botas. O Colégio Estadual João de Oliveira Botas também entrou na lógica sustentável e construiu sua árvore de natal com material reciclado: garrafas pet pintadas de vermelho. A base da árvore é um coqueiro que fica

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logo na entrada dessa escola que possui, além de uma pequena horta, várias árvores frutíferas.

Formatura na Privielège. Aconteceu nessa quinta-feira (18) a formatura dos alunos da rede municipal, mas os professores não foram convidados. Nem mesmo a professora Denize Alvarenga. Alguma coisa está fora da ordem.

Escolinha de Surf em Geribá. No canto esquerdo de Geribá, a Escolinha de Surf da Prefeitura já é um grande sucesso. No primeiro dia de aula alguns alunos, orientados pelos instrutores, já entram no mar com a prancha e ficaram de pé. É rock bebê. Agora é oficial: confirmada a fusão entre a Rádio Estação 104 e a Rádio Cidade. A população da Região dos Lagos, que gosta de rock ou não, só tem a ganhar com essa parceria que promoverá mais informação, entretenimento e promoções.

Utilidade pública. procura-se Iphone 4s Branco. O Perú Molhado é um jornal otimista (sic) que acredita na honestidade do ser humano (sic) e, diferente de outras grandes mídias, não sensacionaliza a obrigação de todo cidadão, que é ser honesto. Por isso, publicamos aqui a mensagem da professora Isabele Hernandes que perdeu seu telefone no dia 17 (quarta): “Gente, perdi meu telefone na van de São José, hoje por volta das 9 da noite. Um iPhone branco 4s. Estava com uma capinha transparente com a lateral roxa. Pago recompensa pra quem achou”. Quem encontrar ligue para o Perú 2623-1422.

A rede. O escândalo da corrupção na Petrobrás está afetando diversos setores da economia brasileira. Para se ter uma ideia do estrago, até o Golfe de Búzios está sentindo os efeitos nocivos do esquema.

O Café Porteño já está preparado para o natal. Tenha sua ceia natalina sem se preocupar. Preparamos assados e guarnições incluindo: Perú, Pernil, Tender, Cordeiro, Arroz à grega, Farofa, Saladas, Rabanada... Faça seu pedido com antecedência (26230974) e garanta já um jantar surpreendente na sua noite de Natal.

A equipe Deli/Café Porteño deseja a todos ótimas celebrações.

Antes, mais de 80 jogadores de golfes oriundos de Maca (a maioria gringos) frequentavam o clube nos finais de semana. Agora, aparecem 30 no máximo, o que está mexendo na vida de muita gente, principalmente dos caddies, que dependem dos jogadores para ganhar a vida.

Morto a pauladas. Um jovem de 17 anos foi morto a pauladas no último sábado em Geribá. Frequentador constante da pista de skate, o jovem chegou ao Hospital Municipal ainda com vida, mas não resistiu aos ferimentos na cabeça. O agressor foi preso e a polícia apura a motivação de crime tão bárbaro.

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Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas A coisa tá preta. O escândalo da corrupção na Petrobrás está afetando diversos setores da economia brasileira. Para se ter uma ideia do estrago, até o Golfe de Búzios está sentindo os efeitos nocivos do esquema. Antes, mais de 80 jogadores de golfe oriundos de Macaé (a maioria gringos) frequentavam o clube nos finais de semana. Agora aparecem 30 jogadores no máximo, o que está atrapalhando muita gente, principalmente os Caddies, que dependem dos jogadores para ganhar a vida.

Denúncia. O administrador do cemitério de Búzios está cansado. O mesmo informou ao jornal que está realizando mais de 15 enterros por semana no cemitério de Sant`Anna. Não bastasse o problema das poucas vagas, mais da metade dos sepultamentos é de presunto vindo de fora.

Camila e Victor recasaram em uma cerimônia realizada pela monja Cris Paramita. O que ela jogou de arroz na cabeça do casal dava pra fazer um risoto para 20 comerem. Bem servidos!

Café com Leite. O empresário/ator Caverna vai abrir um café a quilo próximo a Praça Santos Dumont. Vai ter de tudo: bolo, pão de queijo, biscoito frito, coalhada, etc. Caverna não tem certeza do sucesso do empreendimento, mas se der errado, não tem problema, ele como o estoque, igual dono de puteiro falido.

Perú é mais saudável que galinha, disse nossa professora Luisa.

Cristiano Tutu faz tempo que não passa na redação pra deixar um tutu.

Esse ano Búzios teve ornamentação de Natal em uma parceria entre a Prefeitura e a designer sustentável Cacau Agostini com o apoio da ACEB. Papai Hamber Smurf cada dia mais maluco e mau humorado está na foto de intrometido

SABOREIE KOJIKI: ALTA CULINÁRIA JAPONESA. O JAPÃO É A TERRA DO SOL NASCENTE. BÚZIOS TAMBÉM.

Quartas e quintas:

Rodízio

GOSTOSO

COMO

BÚZIOS

R$ 74,90 por pessoa Domingos, 15h às 19h:

Festival de Temaki R$ 49,90 AV. JOSÉ BENTO RIBEIRO DANTAS, 2700, MANGUINHOS, BÚZIOS. TEL.: 22 2623 3755

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GASTRONOMIA | PAISAGISMO | DECORAÇÃO

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Quero um povo padrão FIFA

Esse é um exemplo típico do padrão do povo brasileiro que exige bons exemplos somente das autoridades

Por Sandro Peixoto

Q

uando os brasileiros conheceram os custos e as exigências da FIFA para o país sediar o mundial em 2014, muita gente passou a exigir o mesmo padrão dos estádios de futebol para escolas, hospitais, estradas, aeroportos, etc. Ainda em 2013, povo saiu às ruas para protestar durante a “Copa das Confederações” – espécie de teste para o mundial do ano seguinte. O padrão FIFA virou regra para novas exigências. Para se ter idéia do que estamos falando, tem até esposa exigindo o mesmo padrão para o

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marido, durante o coito.

Mas, de que adianta ter escolas, hospitais, creches, praças, ruas e avenidas padrão FIFA se o povo vai continuar sendo o mesmo? Se o povo vai seguir sendo padrão Brasil. Lembro como se fosse hoje quando o ex-prefeito de Búzios Toninho Branco inaugurou o banheiro público na Praça Santos Dumont. Era uma obra exigida por muitos. Aquele banheiro tinha sim, um padrão FIFA, antes mesmo de o modelo virar referência no Brasil.

O banheiro era tão moderno que as lixeiras tinham sensor de presença. Bastava aproximar a mão que a mesma se abria e o usuário podia jogar seu papel higiêni-

co usado sem a necessidade de tocar em nada. As lixeiras duraram uma semana.

Foram todas roubadas pelo povo padrão Brasil. Espelhos, pias, torneiras, vasos e portas foram quebrados ou roubados de maneira continua.

Nesses últimos oito anos de existência, o banheiro público já passou por mais de 15 reformas e continua depredado. Principalmente o banheiro das mulheres. As portas são arrancadas diuturnamente. Não tem administrador que dê jeito.

Conheci outro dia uma escola municipal.

E qual não foi minha não surpresa ao encontrar a mesma suja e com as paredes riscadas, ou seja, com cara de abando-

nada. Certamente outras escolas públicas se encontram em situação igual ou pior.

Aqui em nossa cidade e no Brasil por inteiro. Se o prefeito, qualquer prefeito, construir uma escola padrão FIFA não demora seis meses para a mesma virar padrão Brasil.

As coisas só mudarão de verdade, quando o povo mudar de comportamento. Quando deixar de ser o que é e passar a se comportar igual ao padrão que exige. Infelizmente ter um povo padrão FIFA não mudará em nada, afinal, a FIFA é uma das entidades mais corruptas do mundo.

Daremos apenas uma volta de 180 graus em torno de nós mesmos.

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Shopping Lagos O Perú na sua cozinha para quê?

Nós temos a O Cara Joaquim Nogueira Por Eduardo Almeida

O burro sem rabo Me lembro da história de um garrafeiro português destes que compram garrafas vazias e vão carregando aquela montanha de cascos de garrafas no carrinho de mão, o popular burro sem rabo.

Pois bem, um dia o garrafeiro ganhou na Mega Sena sozinho e ficou milionário. Em entrevista perguntaram a ele o que iria fazer, já que estava rico. Ele respondeu: “ora pois, pois, eu agora que não preciso mais trabalhar pesado, vou dormir até tarde junto com a Maria, depois almoço no Bar do Patrício no Porto da Barra, como uma daquelas alheiras e depois como bacalhaus grandotes com um bom vinho português.

Depois do almoço, vou para casa tirar uma soneca e à tarde quando o sol estiver mais manso, pego meu carrinho de mão e vou fazer uns carretinhos.”

A história do português é a igualzinha a história do Shopping de Cabo Frio Este fim de semana fui com minha Regina, ao super shopping de Cabo Frio, nas Palmeiras, obra bonita, feita para agradar a todos, com lojas bonitas, grandes, as âncoras para ninguém por defeito. Precisava comprar uma super cola para azulejos dentro da piscina. Vi no Google e fui informado de que na C&C encontraria. Eba, fui para a C&C do shopping. O shopping lotado, fui para a loja e perguntei: tem a cola SOS que cola azulejos dentro d’água na piscina, tem também a Alpatechno para o mesmo fim? O cara que parecia gerente, boa pinta, bem vestido me respondeu: “você viu isto onde?”. “No site”, respondi eu. Ele continuou: “ah, estas coisas só têm no site. Peça pela internet e eles enviam para você. Em dez dias úteis você recebe em casa.” Caraca, to fudido.

Perguntei quase suplicando a ele: “você poderia me indicar onde comprar essas colas super?” Ele me respondeu: “é simples, vá a avenida Joaquim Nogueira, e procure uma lojinha de material de construção. Lá você vai achar as colas que precisa.”

A empresa gasta milhões para montar uma super loja e o seu gerente me manda fazer a compra na Joaquim Nogueira. Eita português milionário fazendo carreto. Mas como sou um neto de galego, um outro Almeida, fuiiiiii

Por Suzana Melo Chef e consultora gastronômica chefsuzanamelo@gmail.com

Na cozinha de um barco de luxo cometemos muitos sacrilégios involuntários.

Dependendo da locação pagamos preços exorbitantes por produtos frescos e pedidos de última hora dos clientes. Lembro uma vez em uma ilha remota do Caribe, perto de Santa Lucia. À bordo tínhamos um jogador de futebol/celebridade russo e sua esposa, uma top model bem famosa. Queriam lagostas assadas.

Apesar de estarmos no mar, nada de peixaria ou fornecedor do porto que normalmente atende a embarcações. Bom, tínhamos que encontrar as tais lagostas.

Como já disse, não existe a hipótese de resposta negativa ao cliente.

No Caribe é muito comum encontrarmos barquinhos/peixaria oferecendo mercadoria para os grandes iates, mas nesse dia, claro que não avistamos nenhum.

Depois de muito procurar sem sucesso, o capitão teve a ideia de perguntar em outros iates por perto. No mar as pessoas são bem solidárias. Por sorte, conseguimos 10 lagostas frescas e as mais caras que já encontrei. Mas isso foi só um detalhe.

Corro para a cozinha, pois já tinha perdido bastante tempo e além das lagostas tinha outros pratos para preparar. Sem contar a comida da tripulação de 15 marinheiros exigentes e esfomeados. Ufa! Tudo correu bem e consegui finalizar os pratos, o almoço dos companheiros e as lagostas que seriam servidas como prato principal acompanhadas de saladas variadas. De entrada os clientes comeram carpaccio de peixe, bruschetas e polvo à provençal. Quando a comissária me deu o ok para servir as lagostas, caprichei e muito. Afinal foi uma lagosta “suada”. Em menos de dois minutos, vejo a comissária voltando com uma cara de medo e o pior, com o imenso prato de lagostas na mão.

- O que foi? Eles não gostaram? - Perguntei.

- Não é isso. É pior!

- Fala logo! O que aconteceu?

- Eles disseram que comeram muito e não estão com fome suficiente para as lagostas. Pediram para guardar e fazer uma torta de lagosta para amanhã. - Disse ela, já prevendo a minha reação e se afastando lentamente.

A ironia maior é que para uma simples torta de lagostas, eu normalmente uso a congelada, de ótima qualidade para esse tipo de prato. E que, obviamente, tinha quilos no congelador. Ahhh, que dia!

Lagostas assadas com pesto de ervas frescas Ingredientes: 05 lagostas vivas 20ml de azeite de oliva 50g de manteiga 10g de manjericão 10g de salsinha 10g cebolinha 10g hortelã 01 limão siciliano. Raspas e suco.

Sal e pimenta a gosto.

Modo de preparo: Corte as lagostas ao meio e tempere com o sal e pimenta. Reserve.

Junte as ervas, o azeite, suco e raspas do limão e bata tudo com um mixer ou liquidificador.

Corte um pedaço de papel laminado para cada metade de lagosta e as envolva, criando uma espécie de barquinho. Isso ajuda a não ressecar e a manter o suco natural da lagosta dentro dela.

Disponha as lagostas em uma forma rasa e pincele cada uma com o pesto de ervas. Asse por 10 minutos, desligue e acrescente a manteiga e mais um pouco do pesto. Deixe descansar por 1 minuto e sirva com o acompanhamento de sua escolha.

Eduardo Almeida, que todo sábado vai a Dubai, se perdeu no shopping em Cabo Frio, não achou o que queria e recebeu o S.O.S. num bazar local

De 19 a 26 de dezembro de 2014 – O Perú Molhado

Contato para assessoria de restaurantes.

Tradução e montagem de cardápios.

Solução para problemas internos e/ou administrativos, ou de ordem pessoal/ funcionários.

E-mail: chefsuzanamelo@gmail.com

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COLUNA AB Por Angela Barroso

Luciana Fajardo levando desfile da Zinzane para a tarde de encontro de amigas no Anexo Praia

Maravilha o desfile da QART FITNESS Brasil, agora em Búzios, na Confraria das Amigas

Carmem Bouzas, Andrea Linhares de Andrade, Fernanda Ramos e Erica Viana na Confraria das Amigas

Ele é o Cara...DJ Mamão sempre parceiro animou a festa da Confraria das Amigas Neusa Nardelli, Angela Barroso, Lud Lacorte, Dra. Alessandra Cariello e Shirley Coutinho Branco no encontro de amigas

Vana Lopes levando Carmen Steffens para sorteio no encontro das amigas

Suelen, Élida Neusa Nardelli, Angela Barroso, Cristina, Jacqueline Barbosa e Cristina Martins brindando as novas amizades

O produtor do desfile da Qart Fitness, Sandro Moraes Leite ganhou parabéns surpresa das amigas no Anexo Praia

NAMI

Confraria das Amigas

Geribá acaba de ganhar um primor de restaurante! Assim eu apresento NAMI, o mais novo restaurante de Búzios: aquele que agrada e como agrada! NAMI veio trazer para a cidade a peculiaridade de um Gastrobar onde a alta gastronomia é levada ao quotidiano com preços acessíveis e ambientes descolados.

O tema foi livre e a imaginação rolou solta entre as mais de 80 amigas presentes a Confraria das Amigas. Todas estavam maravilhosamente lindas para esse encontro organizado com muito carinho pela Evento em Popa. Na nossa caminhada pela vida conhecemos pessoas todos os dias, a maioria simplesmente encontramos por acaso, mas algumas são enviadas até nós para somar as alegrias, dividir as

Tarde de muito branco, de mulheres bonitas brindando a amizade

Todas lindas e maravilhosas na Confraria das Amigas, no Anexo Praia

tristezas e multiplicar as conquistas. Presença de empresárias e amigas de Cabo Frio que vieram somar a festa!

Agradecimento O sucesso da Confraria das Amigas foi a soma de várias parcerias: Anexo Praia, Golden Bread, Empório dos Vinhos, Papel a La Carte, Barceloneta, Capim Limão, Zinzane, Gatos de Rua, Espaço Lilás, WChic (Toilletes de Luxo),

Vix e Sofia Biquínis, Clínica A Esthetic (Dra.Adriana Piotto), Herbalife, SOHO( Adriana Lo Bianco), Atelier Doce Festa (Martha Deveza), Dany’s Cake Company, Ilana Diez, Q+Arte Fitness, Ira Lima, Floral Designer (Sabrina Bigorra), Carmen Steffens, Maria Bem-me Quer, Mayana Moraes, Academia Corpus, Flowers Cabeleleiro, DJ Mamão, o fotógrafo Gonzalo Arselli, a produtora cultural Luciana Fajardo e o produtor de moda Sandro Moraes Leite.

Geribá ganha o 1º Gastrobar de Búzios.

Venha conhecer!

Rua Gelbert Perissé, 1023 - Cep: 28950-000 - Geribá - Armação dos Búzios - RJ | Tel: 22 2623-6637

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@namigastrobar

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Búzios muito bem representada no Frescobol O destaque é alemão buziano Dieter

N

Dieter (Alemão) e Romildo (Índio)

o final de semana aconteceu a 4ª e última etapa do Campeonato Brasileiro de Frescobol 2014, em Copacabana. Foram 97 atletas de oito estados brasileiros participando, tendo pela primeira vez na história do Frescobol uma dupla buziana campeã brasileira de Frescobol na categoria Master+50 anos; o Romildo (Índio) da Veterinaria Sheepdog e o parceiro dele, o Dieter (Alemâo) do restaurante/Bar Terraço no Morro, na Orla Bardot.

Eles simplesmente ganharam todas as etapas Master+50 do campeonato brasileiro em 2014!

Dieter ainda finalizou o ano duas vezes vice campeão brasileiro na categoria masculino profissional com o parceiro dele Maurício, e na categoria feminina profissional com a parceira dele Tânia!

Mais informações é só acessar o site da associação brasileira de Frescobol – www.frescobol-abraf.com.br

Esportes

Chuck

formando campeões.

Marcelo de Janice é o próximo Gracie

Mestre Chuck graduando seus alunos Marcelo Joaquim e Alexandre Batista

!

5 1 0 2 o im t ó m Feliz Natal e u

De 19 a 26 de dezembro de 2014 – O Perú Molhado

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Cultura Jovem de Búzios!

Cinema Cine Bardot - Tel.: (22) 2623-1298

Artes Plásticas Abigail V. Schlemm – Pinturas. Rua das Pedras.

Vilmar Madruga – Atelier com exposição permanente da obra do artista. Porto da Barra. Tel.: 2623-7452 Anauê Mosaicos e Esculturas – Rua das Pedras, 266 – loja 04. Telefone: 2623-2225 Atelier Decor-Resina – Peças exclusivas em materiais nobres misturados com resina cristal. Rua Vila das Aroeiras, no 180. Tel.: (21) 9729-3795 Lula Moraes – Rua A - Lote 3 - Alto de Búzios. Tel: 2623-5744.

Atelier Flory Menezes - Rua das Pedras 168 lj 8 Búzios (2623-0264 - 9994-7831). www.florymenezesescultura.com.

O Perú recomenda a Mostra da pintora e escultora Ana Clara Martins até fim de julho.

Eduardo Sardi - Retratos artísticos, pinturas a óleo e pátinas - Vila Caranga, 32 - Telefone: 2623-4072 - 9223-0457 Julián Juaréz - artista plástico - Tel: 2633-7037 / 92096364. julian23artistaplastico@hotmail.com. Rua Nicolau Antônio Estevão, 68 • Alto da Boa Vista • Rasa.

Sérgio Joppert - Pinturas e Desenhos. Rua Zaíras Street. Nº. 09 Baia Formosa - Lote 09. Quadra 05. sergiojoppert@hotmail.com. (21) 9559-0014 Eduardo Pieretti Atelier - Rua da creche Barbara Writh, Parque das Acácias. Tel: (22) 2623-6179 Atelier Maremato do André Cira - Tel 22 26291351 acira@wanadoo.fr Artista plástica Argina Seixas. Endereço: Centro Hípico de Búzios - Marina Porto. Horário de funcionamento: 10:00 às 18:00. Telefone contato: (22) 8843-6604 Ana Colombo - Na Galerida da Vimolagos

SHOW AO VIVO PELA NET QUER MELHOR???

Aconteceu o primeiro 1 NetShow ao vivo com Ciro Nanzer transmitido online pelo jovem atuante Nahual Pardo. Olha o link: https:// netshow.me/nahu. Os meninos estão viabilizando o som feito pelos

artistas de Búzios na internet e bolando várias intervenções pela cidade nesse verão. O programa é transmitido sempre às 20h10.

Eva Lartigue, que é uma jovem atuante e amiga da moçada, está

apoiando as atividades e colocando o Perú para rejuvenescer.

“Não importa o quanto você erra, nunca desista continue lutando nessa guerra!”, disse o jovem filósofo Nahual Pardo.

Comidas & Shows Barceloneta - Todas as terças festival de tortillas espanholas. No sábado tem feijoada. Reservas tel.: 2623-0035

Molecada reunida

Crêperie Chez Michou - Deliciosas crepes e exóticos drinks. 14 monitores para assistir os mais novos DVD´s e todos os eventos esportivos. Programação musical com Dj´s. Venha a comemorar seu aniversário no point mais badalado de Rua das Pedras. Aberto todos os dias do meio dia ao ultimo cliente. Tel. (22) 2623-2169 – www.chezmichou. com.br – Rua das Pedras, 90. Centro.

Pátio Havana - De frente para o mar, gastronomia contemporânea. Programação de shows ao vivo, quintas feiras Salsa para bailar e domingos roda de samba. Aberto todos os dias a partir das 18h e até o último cliente (exceto terçasfeiras). Reservas: (22) 2623-2169 – Ramal 6 – www.patiohavana.com.br - Rua das Pedras, 101. Centro.

Eva, Nahual e Ciro pretendem rejuvenescer Búzios

Estância Don Juan - As melhores carnes de importação com a melhor seleção de vinhos, no restaurante mais aconchegante de Búzios. Shows de tango são apresentados todas as terças feiras. Aberto todos os dias do meio dia até o ultimo cliente. Reservas: (22) 2623-2169 – Ramal 5 – www. estanciadonjuan.com.br – Rua das Pedras, 178. Centro.

Guida Bistrô - Happy Hour no Guida Bistro. Aperitivos livre. Bar de caipirinha e boa música com a Aline Maia na voz e violão. Porto da Barra, 25. Manguinhos. A partir das 17:00.

O Peixe no Mato - Redescubra o antigo estilo buziano. Especialidade em grelhados e cozinha internacional. Com atendimento em 6 idiomas. Aberto todos os dias das 14h às 00h. Tel.: 98839-6396 Feira de Chão no Mato! Todos os sábados e domingos das 11h às 18h: ARTESANATOS ENCANTADORES, BELAS FLORES, AROMAS, BRECHÓ, MASSAGEM, GASTRONOMIA SAUDÁVEL E MUITO MAIS A SOMBRA DAS ÁRVORES! Av José Bento Ribeiro Dantas 1778 lote 09 CASA.

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Galeria Abigail Vasthi

Rua das Pedras, 151 Tel.: 2623-2261 De 19 a 26 de dezembro de 2014 – O Perú Molhado

Estado da Arte x Arte de Estado Por Vilmar Madruga

A

primeira vez que Hélio Oiticica tentou adentrar o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro com seus parangolés num happynning bem ao estilo dos anos 70, foi barrado na porta. Ali era um lugar sério e não caberiam aquelas pessoas vestidas com aqueles panos coloridos, ainda mais acompanhados de uma bateria de escola de samba, alegavam os seguranças cumprindo ordens da direção do museu. Hélio Oiticica e Lygia Clark pesquisavam a idéia da utilização do corpo como suporte para a obra de arte. Corta para 20 anos mais tarde. Hélio e Lygia tornam-se ícones da arte contemporânea brasileira, reconhecidos internacionalmente. Já o MAM, investe num longo acervo com as réplicas das obras dos dois artistas.

Os parangolés de Hélio agora deveriam ser vestidos e experimentados durante as exposições, como “fruição da obra”. Foi numa dessas que um artista integrante de uma performance distraiu-se pelos pilotis do museu e quando foi devolver o parangolé, a portaria estava fechada. Ele não se fez de rogado: partiu para a Lapa, fantasiado com o parangolé, e curtiu assim sua noitada. No dia seguinte o mesmo museu que proibira a entrada dos parangolés de Hélio, ligava para o artista para que o devolvesse urgente, sob pena de emitirem uma ordem de prisão contra ele. O episódio é lembrado com humor pelo curador do MAM e crítico de arte Camilo Osório quando quer chamar a atenção para os processos de transformação do valor e do reconhecimento do que pode ou não ser considerado arte em nossos dias.

Pensar o estado da arte e o seu lugar longe das regras de mercado, das instituições e dos editais públicos sempre foi um desafio para o fomento da cultura em terras tupiniquins. O grafite, por exemplo, até então considerado uma das formas de manifestação artística mais potente e espontânea justamente pela ocupação do espaço público de forma corajosa e criativa, vive hoje o dilema de cooptação de mercado,

A arte é uma escada

saindo do lugar de convivência urbana para as paredes das galerias de arte e suas vertentes artísticas e (ou) decorativas.

A própria presidente Dilma Rousseff, em 2011, sancionou lei que descriminaliza o grafite e estabelece diferença entre grafite

De 19 a 26 de dezembro de 2014 – O Perú Molhado

e pichação, desde que sejam observadas as normas de conservação do patrimônio histórico e artístico nacional. Trocando em miúdos: colorir os muros da cidade ou logradouros comerciais pode. Pichar monumentos ou esculturas como tem ocorrido

com as obras da Christina Motta em Búzios é crime de vandalismo.

Mas fiquemos apenas com o aspecto do grafismo como expressão artística. Esta espécie de domesticação do meio é boa para o grafiteiro? É bom para o público? É bom para a arte?

Não estaria a potencia do grafite exatamente em seu caráter transgressor? A linha limítrofe entre o piche e a arte não estaria de certa forma abrigando o frescor da obra e a audácia de seu sujeito? Acostumados a uma vida não muito abonada financeiramente, o artista de rua hoje flerta com o promissor mercado de galerias e encomendas de arquitetos, grafitando paredes de eventos e ambientes residenciais e comerciais. Até aí tudo bem. É preciso pagar as contas e em se tratando de arte, a venda é o retorno moral do trabalho. Mas isto poderia significar o abandono de uma proposta mais radical de inserção da arte na vida cotidiana? É no mínimo curioso que exista paralelo a isto, um movimento inverso de artistas surgidos nas galerias querendo tirar a arte das quatro paredes para levá-la ao espaço público através da intervenção urbana, buscando uma renovação estética e comportamental.

Em contrapartida, artistas contemporâneos com uma linguagem mais investigativa e de pouco apelo comercial acabam buscando nos editais de fomento à cultura uma saída para viabilizar seus projetos.

Isto também é uma forma de domesticar a arte para adequá-la aos padrões e normas requeridas pelo Estado. O problema é que, ao se sujeitar às rígidas regras dos editais públicos, o artista veste a camisa de força restritiva da cultura oficial, transformando o lugar da arte em apenas pontos de passagem para o consumo de eventos. Fogem do aspecto comercial da arte mas caem na armadilha do institucional.

E, se Nietzsche tinha razão e a arte só existe para que não se morra da verdade, é preciso sondar nossas motivações sobre o que nos leva a produzi-la. Ou melhor: em tempos como os nossos, nada mais atual que o mote de Hélio Oiticica: Seja marginal, seja herói!

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Testemunhas de Jeová inauguram Salão de Reunião

Mulheres são as principais responsáveis pela obra

As testemunhas femininas de Jeová chamaram a atenção da cidade pela alta competência em realizar uma obra. Para o Poder Público, fica a dica.

N

este final de ano, quem passou pela Rua José Bento Ribeiro Dantas, na altura do Shopping 5000, se impressionou com a quantidade de mulheres empenhadas numa obra. Nos finais de semana, o número significativo de mulheres mais que dobrava. Alguns, mais otimistas, achavam que era alguma política pública específica do governo Dilma, via Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres.

Outros, que era o simples reflexo do crescimento das mulheres no mercado de trabalho. O Perú Molhado também ficou

curioso e revela agora, após a inauguração do espaço (sic), esse segredo. Desde o último dia 14 funciona ali o mais novo Salão do Reino das Testemunhas de Jeová da Região.

Há mais de sete milhões de Testemunhas de Jeová em todo o mundo. No Brasil, elas iniciaram suas atividades no início do século passado e hoje somam mais de 700 mil. Os fiéis de Búzios, agora, também possuirão um Salão de Reunião.

Segundo os fiéis, a construção de um local para a reunião, em tão pouco tempo, só foi possível por causa do apoio voluntário que Testemunhas de Jeová de várias

cidades deram ao projeto.

Em média, houve cerca de 40 voluntários (as) cooperando na construção cada dia, e nos finais de semana esse número foi maior. Nenhum deles recebeu qualquer ajuda financeira ou salário. Todos foram voluntários.

Os recursos financeiros para a construção foram provenientes de donativos voluntários, pois não se faz coleta de dinheiro nas reuniões das Testemunhas de Jeová.

O local da reunião, que recebeu o nome de “Salão do Reino das Testemunhas de Jeová”, será usado para a realização de cinco reuniões semanais, nas quais será

dada ênfase aos princípios da Bíblia que ajudam a resolver problemas relacionados ao uso de drogas viciantes, alcoolismo, problemas familiares, e etc. Destacase a ajuda às pessoas menos favorecidas – como assistência aos deficientes auditivos e visuais – visando integrá-los à comunidade e ao mercado de trabalho e o auxílio na alfabetização de adultos entre outras atividades.

Todas as reuniões serão abertas ao público, e todos estão bem-vindos. O Salão fica na Rua José Bento Ribeiro Dantas, ao lado do Shopping 5000.

Galiotto fazendo história na luta pelo meio ambiente Por Ana Cristina Wysocki, Adriana Macieywski Barcik, Juliana Barata Procópio Finatti

Q

uando o escritório Neves Macieywski, Garcia e Advogados Associados e o Instituto Interamericano de Direito Aplicado e Justiça – IIDAJ, ambos de Curitiba – PR, convidaram o Sr. Ernesto Galiotto, ambientalista brilhante e empresário renomado, para exibir o documentário “Mico Leão Voador em Ação no Velho Chico”, seguido de sua palestra aos colaboradores da banca de advogados e outros ilustres convidados no Paraná, fomos encantados a sair de nossa rotina e acompanhar por duas horas as experiências ambientais e relatos de vida do ativista.

O acesso ao ambientalista Ernesto

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Galiotto ocorreu por meio dos advogados Alessandra Galli e Fabiano Neves Macieywski, os quais, maravilhados com todos os trabalhos realizados, perseveraram e proporcionaram sua ida a Curitiba.

Em 16 de dezembro de 2014, Ernesto Galiotto presenteou os colaboradores do escritório e ilustres convidados com imagens de um universo distante para os sulistas referentes ao “velho Chico” e com palavras de alento àqueles que ainda acreditam em um mundo sustentável.

Todos os presentes enalteceram o lugar escolhido para a realização do documentário, que, aliás, foi uma produção muito bem concluída, na medida em que permite o conhecimento de qualquer cidadão brasileiro, e quiçá do mundo, de realidades experimentadas pelas comunidades ribeirinhas ao Rio São Francisco, que não são divulgadas com frequência e destaque

na mídia. Logo, informações que não são acessíveis indistintamente. Os presentes ficaram boquiabertos com o acervo das imagens vistas e informações aprendidas sobre como é o rio São Francisco, sua beleza, sua realidade, a realidade dos moradores de suas margens.

O filme, além de transmitir a importância da preservação e da luta que os ribeirinhos possuem para com o rio São Francisco, emociona ao manifestar a consagração de mais de 2.800 km de vida, de aguas que são as vidas das pessoas.

Estamos, além de mais sedentos de conhecimentos sobre a região, com o alerta sinalizando sobre o futuro de várias gerações que dependem do Rio São Francisco, como será a cadeia de vida moradores vindouros, e como grandes obras poderão afetar ou até mesmo prejudicar a população ribeirinha.

Saímos deste ensinamento que o ativista Ernesto Galiotto nos proporcionou com a certeza de que a luta pelo meio ambiente é incessante, e não estamos sozinhos. * Ana Cristina é administradora, Juliana, advogada ambientalista e ambas são colaboradoras do escritório Neves Macieywski, Garcia e Advogados Associados. Adriana é da Diretoria do Instituto Interamericano de Direito Aplicado e Justiça – IIDAJ.

De 19 a 26 de dezembro de 2014 – O Perú Molhado

Estacionamento buziano: muito barulho por pouco Por Luisa Barbosa*

U

ma amiga chegou reclamando. Dizia que desde a cobrança do estacionamento não vinha mais de carro para o Centro e era obrigada a disputar pelas vans. Outro, argumentava que o governo municipal deveria fazer um grande estacionamento na Seb ou na área verde localizada atrás da Escola Municipal Darcy Ribeiro. Um terceiro, de Cabo Frio, ressaltava as vantagens propiciadas pelo Prefeito Alair Corrêa, que duplicou uma via e diminuiu a calçada. Eu perguntei o que eles achavam da “hora do rush buziano” que acontece todos os dias, faça chuva ou sol. Todos foram unânimes. O trânsito o qual estamos submetidos, numa cidade turística, mesmo na baixa temporada, está insuportável. Nenhum deles, entretanto, percebeu que o principal problema do trânsito é a quantidade excessiva de carros nas ruas. Do carro deles. Que eles usam diariamente, sem dar carona para ninguém.

Que poluem o ambiente e estressam o cotidiano de uma cidade linda, que está se tornando nervosa.

Minha amiga não atentou, mas no período em que ela deixou de usar o carro para priorizar o transporte público, o trânsito diminuiu. Meu amigo, morador de Búzios, também não raciocinou que se tivermos um grande estacionamento no Centro, não teremos vias para circular, em virtude da quantidade de carros. O de Cabo Frio, pior. Não viu que o Prefeito de sua cidade desprestigiou os humanos, eu e você, para priorizar a máquina, o car-

Antes do fechamento desta edição, o governo municipal conseguiu no TJRJ cassar a liminar concedida pelo Juiz da 2ª Vara de Búzios, que suspendia a exploração comercial das vagas de estacionamento público do município.

Processo No: 0066706-72.2014.8.19.0000

ro. E depois não entendemos o porquê do aumento da violência e da falta de solidariedade. As pessoas não são tão valiosas e importantes quanto o bem de consumo, seja ele o carro ou um simples celular.

De 19 a 26 de dezembro de 2014 – O Perú Molhado

Em Amsterdam, capital das bicicletas e exemplo mundial de mobilidade urbana, um indivíduo paga não menos do que 50 euros para estacionar seu carro no Centro.

Os holandeses já sabem que na verdade nunca existirá estacionamento possível para a ânsia consumista do “homo cápitis”, por comprar e mais comprar. A saída é limitar e investir em transporte público e ciclovias.

O Brasil, com o ciclo de desenvolvimento inaugurado no início dos anos 2000, passou a contar com consumidores ativos que, segundo pesquisa recente, tem o carro como um dos seus itens de consumo mais desejados. Não é para menos.

Em cidades onde as calçadas são reduzi-

Antes Búzios tinha poucos carros e muita carona. Hoje, o inverso

das para favorecer os carros, os pedestres têm a certeza (objetiva e subjetiva) de que eles estão errados. Certo é ter um carro: parcelado, caindo aos pedaços... Não importa.

Sem nem entrar no mérito do período e do valor cobrado pelo estacionamento na cidade, me parece no mínimo idiota, gastar tanta energia com o tema numa cidade que não possui se quer calçadas. Quanto mais ciclovias. *Luisa é cientistas social, doutora em sociologia e professora de sociologia e filosofia da rede pública de ensino.

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Eu, Thamires Oliveira da Costa, Escrevente, a extraí.

Búzios, 17 de dezembro de 2014.

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De 19 a 26 de dezembro de 2014 – O Perú Molhado

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