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27 de junho de 2008 www.ope­ru­mo­lha­do.com.br Edição 864 • ANO XXVIII

Esta edição contém lindas fotos de Mirinho Braga Págs. 4 e 5

O MAIOR ­ AL JORN

Foto: Marcelo Lartigue

BÚZIOS

Uma Drika incomoda muita gente...

Um jornal cego, surdo e mudo

Editorial

Bravo!...Bravo!!...

Bravíssimo!!!!

Sejamos claros

E

stranha, muito estranha à tentativa (pela enésima vez) de mudança da Lei do Uso do Solo por parte do legislativo buziano.

Muito já se disse sobre essa manobra e, inúmeras versões foram apresentadas à população. Até boatos sobre subornos já surgiu na cidade. É claro que ninguém assume a autoria do boato, nem apresenta provas. Mas, como dizem os mais velhos, onde há fumaça, há fogo. O que existe de fato é mais uma manobra para diminuir a fração mínima ideal - e que foi aprovada no Plano Diretor depois de muita discussão pela sociedade buziana.

A idéia novamente é fazer a velha mágica e multiplicar a densidade. Imaginem um terreno onde pela atual legislação, só é permitido construir 20 casas, de repente, passar a caber mais 20. Se cada imóvel custar 200 mil, estamos falando de 4 milhões de reais a mais.

Que beleza hein?

Imagine a cabeça de um especulador imobiliário, com esses números lhe remoendo os neurônios o dia inteiro? Quatro milhões...

Quatro milhões...

Some-se ainda um ano eleitoral e a coisa fica braba.

Pois bem, de novo, a câmara de Búzios está para mudar a fração mínima e ajudar os pobres especuladores da cidade.

A novidade agora, é que foi o executivo quem enviou para o legislativo a proposta de

mudança na lei. Ao menos essa foi à declaração do presidente da casa, vereador Genilson Drumonnd. Caracas! Digamos que foi sim, o executivo quem enviou a proposta indecente para a câmara. Mas por que cargas d’água os vereadores pretendem votar a favor da mudança?

Há pouco tempo, o promotor público Dr. Murilo Bustamante declarou em documento que, de verdade o projeto de alteração da Lei de Uso do Solo saiu do executivo, mas, a mudança na fração mínima aconteceu na comissão de constituição e justiça da câmara, que é dominada pelos vereadores Alexandre Guerreiro e Messias Carvalho.

Balela dos vereadores essa história de querer colocar a culpa no executivo. Os poderes não são autônomos? Não existe nenhuma obrigação para a câmara aprovar um projeto do governo. Ao menos que existam outros motivos- talvez escusos- para tal comportamento.

Tanto os vereadores de Búzios quanto o prefeito devem explicações à sociedade.

Essa história de ficar cada um jogando no colo do outro a responsabilidade pelo crime, é coisa de gente covarde.

Os homens públicos de Búzios precisam assumir seus atos Um pouco de coragem e vergonha na cara não faz mal a ninguém.

Foi um "show" a Mostra Cinematográfica do 2° Festival Curta Cabo Frio em Búzios. Foi um prazer ver a Região dos Lagos como referência em produções cinematográficas. Os municípios de Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Cabo Frio e Búzios, representaram de forma contundente a cultura do nosso cinema no cenário nacional. Note-se que Búzios foi o único município da Região em que a iniciativa privada financiou 100% das suas produções. Foi graças a esse apoio fundamental, que chegamos a esse nível de excelência, podendo competir com o que há de melhor na região e no país. Não foi à toa que "Buzioswood, o Filme" conquistou no ano passado o prêmio de Melhor Fotografia no 1° Festival Curta Cabo Frio, e sem deixar duvidas a premiação do genial/anárquico "Graças a Deus", assim como, a participação e o reconhecimento da luta de sobrevivência das corujas buzianas em "A Coruja Falou?..." durante 2° Festival Curta de Cabo Frio. A Mostra na Pemba deixou bem claro que com um pouco de criatividade e boa vontade pudesse fazer um evento de qualidade e muito sucesso.

O nosso dito cinéfilo de carteirinha, mais uma vez não deu as caras, não apareceu. Isso mostra bem como a Cultura dentro de nosso município é tratada. A Sétima Arte é a Arte

Politicamente correto Anibal Fernando (cidadão luso-brasileiro)

João Saldanha, o João sem Medo, que foi jornalista esportivo e deu um jeito na seleção brasileira em 1970, a campeã, hoje se vivo fosse, não poderia trabalhar. Isto porque nos microfones da rádio Globo se habituou a chamar Pelé de “negão”. Politicamente incorreto e sujeito a processo.

Dizia ele, para explicar o pique do “negão”, que ele estava habituado a correr de leões, lá na África, Referia-se João à procedência genética do genial “crioulo”.

Os tempos mudaram. Se me perguntarem se para dizer se aquela época (e não faz tanto tempo assim) era melhor ou pior que hoje, não saberia responder.

O fato é que João, no rádio, no jornal, teria que dizer: “o cidadão Afro-brasileiro, de ascendência”....

Sendo assim não estaria sujeito a processo. Porque a democracia, como a vivemos, também tem seus excessos.

No outro dia mesmo, os jornais de São Paulo foram mais uma vez processados porque um deles entrevistou a Marta Suplicy, e um outro o seu adversário político, o Alckmin.

Como sabemos, a capital paulista tem uma vocação para o problema, para os problemas urbanos: o trânsito não anda, os rios e o ar estão poluídos.

Andar, hoje, lá, requer cuidados extraordinários. Em Londres os homens que ditam

modas, baseados em necessidades, bolaram um casaco que tem ampolas de oxigênio que fluem à boca com um leve aperto dos braços na altura da cintura.

Tal é a coisa. Pois os repórteres dos dois jornais foram ouvir os dois políticos para simplesmente saber, pelos seus leitores, quais as soluções. E deu processo. No entanto, a propaganda política, na TV, que é vista por muito mais gente, está liberada. Mas ali não estão os jornalistas, para fazer as perguntas. È uma coisa vazia, propaganda mesmo que ninguém leva muito a sério.

Qualquer dia desses, as redações de jornal terão mais advogados que repórteres. Ou todas

as matérias seriam submetidas a eles, os advogados, para saber se ofendem a alguém, se atingem interesses e assim vai.

São novos tempos e temos que nos adaptar. Mas se formos aos fóruns, aqui mesmo em Búzios, comprovarão que estão sobrecarregados com tantas ações.

Tivemos um presidente da República que proibiu o biquíni.

Mulher na praia só de maiô.

Foi o Dr.Jânio Quadros. Teve outro que proibiu o jogo, foi o general Dutra. Tempo atrás.

Vejam: estavam politicamente corretos... Ou achavam que sim. Hoje é o próprio Governo que controla e explora as loterias.

que engloba todas as Artes, por isso essas competições são importantíssimas para a formação e divulgação cultural de um povo. Estimular de todas as formas as atividades culturais é um dever da sociedade e obrigação dos nossos representantes no Poder Público. O secretário de Cabo Frio Milton Alencar Jr. tem essa compreensão e investe nela com muito amor e entusiasmo.

Tendo tempo ainda para mostrar "quem sabe, sabe", em suas férias filmou o belíssimo "Caminhos de Santiago", que fechou a Mostra cinematográfica desta semana. O Perú Molhado e a Pemba fizeram em Búzios um evento inesquecível que certamente fez historia em nossa cidade. Mas, não terminamos aí. Pelo que sei, semana que vem tem mais. Muito mais. Vamos rever o que de melhor foi apresentado durante a semana passada, dando oportunidade a todos que não puderam assistir que venham na Pemba para mais um "Show de Cinema Regional/Nacional", neste próximo sábado.

Dia 28 de junho. Orgulhoso e confiante da nossa contribuição para com essa indústria que desperta em nossa Região, quero agradecer aos queridos Marcelo Lartigue e Milton Alencar o convite em participar desta histórica Mostra de Cinema na Pemba, e em meu nome e de todos os amantes da Sétima Arte, que venham prestigiar o cinema made in Búzios e conhecer a realidade da Cultura Cinematográfica na Região dos Lagos. Bravo!!!!!!!......Bravo!!!!!!.....Bravíssimo!!!!!!

Bo Montenegro.

Nota da Redação: esta é a última vez que aceitamos carta do Bô puxando o saco do Marcelo.

Con­se­lho edi­to­rial Bri­git­te Bar­dot, Clau­dio Kuck, Ivald Gra­na­to, Jo­mar Pe­ rei­ra da Sil­va, Fi­no Quin­ta­ni­lha, Re­na­ta Des­champs, Ota­ vi­nho, Humberto e Clau­dio Mo­dia­no, Er­nes­to Za­bo­tinsky, Tra­ja­no Ri­bei­ro, Re­na­to Pa­co­te, Jor­ge Te­des­co, Clau­dio Co­hen, Lau­ritz Lach­man, Gui­lher­me Araú­jo, Pe­dro Pau­lo Bul­cão, Pau­lo Ma­ria­ni, Al­ber­to Fan­ti­ni, Ma­rie Anick e Jac­ques Mer­cier, Ara­guacy da Sil­va Mel­lo, Luis Ed­mun­do Cos­ta Lei­te, Mar­cos Pau­lo, Elie Sha­ye­vitz, Jo­nas Suas­su­na, Glo­ria Ma­ria, Rui Castro, Heloísa Seixas e Márcio Fortes.

Di­re­tor Mar­ce­lo Lar­ti­gue Jor­na­lis­ta res­pon­sá­vel Hamber R. de Carvalho (reg. prof. 13.501 DRT/RJ) Editora de fotografia Sylvana Graça Re­pór­ter San­dro Pei­xo­to Anibal Fernando Cláudio Kuki Pro­du­ção Grá­fi­ca Ca­ro­li­ne Moreira

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Antecipando os fatos

Candidatos a prefeito já foram escolhidos...

Alguns se lembram que uma vez Fernando Henrique Cardoso, na escalada de sua carreira política que o levou à presidência do país, chegou a se sentar na cadeira de Prefeito de São Paulo. Considerava-se eleito e os jornais assinaram embaixo. Mas Jânio Quadros, quando se abriram as últimas urnas, foi de fato o prefeito eleito de São Paulo.

Esse é o risco de escrever, no jargão jornalístico, no escuro. Ou seja: antecipar fatos que ainda não aconteceram.

Sucedeu também com Brizola que teve sua derrota anunciada pela poderosa TV-Globo, que o havia declarado derrotado, com a ajuda de uma contagem de votos paralela, montada pela empresa ProConsult. E Brizola, como se sabe, venceu. Foi eleito governador do Rio. Este Perú, nesta edição, está com um problema parecido. Tem que escrever sobre as convenções partidárias, que escolheram os candidatos a prefeito, vice – e suas coligações, já que está nas bancas, nesta sexta-feira, e os partidos só decidem no final de semana. Paciência. Contamos com a compreensão da Justiça Eleitoral (cuidado com os processos – cobra nosso editorchefe...), mas prometemos errar o menos possível e antecipar alguma coisa que provavelmente se revelará um fato.

Mirinho resolve correr o risco De concreto mesmo temos a escolha do nome de Mirinho Braga (PDT), para prefeito e do vereador do PSDB, Alexandre Martins, para vice. Os partidos se coligaram. Mirinho resolveu correr o risco – ele e seu partido – de ter sua candidatura contestada na Justiça, possibilidade que seus correligionários garantem que não existe.

Mas como já garantiu o seu principal adversário, o prefeito Toninho Branco, é certo que seus advogados vão contestar. Isso o prefeito já disse mais de uma vez ao “Perú”.

Em busca de uma coligação “A pizza está no forno” – declara Nani Mancini, um dos principais assessores do prefeito Toninho. “E é receita do pizzaiollo Nani, disse ele próprio, na varanda do Café Maré Mansa, na manhã de quinta-feira.

Garantiu ele que o nome do candidato a vice do prefeito (que concorre à reeleição) não vai sair do grupo político ou administrativo, hoje na Prefeitura, o “grupo de confiança” que está em campo.

Pois bem: esse grupo procura um vice-candidato que possibilite uma coligação. Entre muitas hipóteses, há o nome do titular do cartório Alberto Danan (PRB), o de Henrique Gomes (do PP), que tem no ex-secretário de Finanças, Odair, um avalista de peso. Há discordâncias no grupo: Henrique está inclinado pela candidatura própria.

O fato é que propositadamente a convenção do PMDB (do prefeito) retardou a convenção para domingo (dia 29) para ter algum tempo de definir o problema.

Sabendo-se que o dia 5 de julho é o prazo final para o registro na Justiça Eleitoral de Búzios.

própria, baseado na boa figura que fez na eleição passada, quando foi a terceira força política – atrás apenas de Toninho e Maria Alice do PDT, que, esta eleição, parece fora do baralho eleitoral.

Mas, como dizia a velha raposa da política mineira Benedito Valadares, “a política é uma nuvem”. E, acrescentaríamos: onde quase tudo pode acontecer.

PSB - Dr. Amélio não é mais presidente do

PSB. O nobre advogado foi expulso pela executiva estadual. Dr. Amélio não se conforma com a decisão e afirmou que a executiva só agiu assim porque queria dominar o partido em Búzios e não conseguiu. “Eles

Por Aníbal Fernando queriam tomar o partido, queria fazer politicagem com a legenda e isso eu não aceito. Não faço politicagem nem negociação”, declarou o advogado que ainda prometeu presidir o partido nesse domingo, 29, como presidente de fato e de direito.

PT virá sozinho e Duda também Silvano Nascimento – que foi prefeito de Búzios por oito anos – garante que é o candidato do PT que vai concorrer às eleições, sem nenhuma coligação, e o vice será escolhido, dentro do partido, na convenção deste final de semana. Houve alguma luta interna: um grupo preferia uma coligação com um partido forte, mas acabou prevalecendo o ponto de vista de Silvano.

Duda Tedesco do (PR) há tempos vem afirmando, desde que se lançou pré-candidato, que seu partido está firme no apoio ao seu nome – não importa a viabilidade eleitoral.

Raminson Lopes (do PTB) é o último da lista. Desde o início dos seus contatos políticos, vem se batendo pela candidatura única, a

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PSDB e PT do B lançam candidatos

Para Alair, Mirinho é o Beethoven de Búzios Em festa política na Câmara dos Vereadores o PSDB e PT do B lançaram a candidatura de Mirinho (PDT) para voltar à Prefeitura, tendo como vice o presidente tucano Alexandre Martins. Vários líderes dos partidos e candidatos elogiaram a chapa. Mas o regente do espetáculo foi Alair Corrêa (PMDB), o deputado estadual bastante enrolado atualmente lá por Cabo Frio, que desenrolou uma confusa parábola anti-aborto que achou no site da CMI na Internet e modificou os fatos, para contá-la adaptada à ‘realidade’ buziana. Uma bobagem daquelas que circulam sem parar pela rede, virou verdade histórica sem pé nem cabeça. Ainda assim ele deu uma versão diferente da que está no Centro de Mídia Independente ‘assinada’ por Sid Vicious (aquele mesmo dos punks Sex Pistols). De acordo com a fala Alairiana, uma mulher tuberculosa de marido sifilítico, que pariu o 1º filho cego, o 2º surdo, o 3º mudo e o 4º com defeito nas pernas, engravidou pela quinta vez e foi aconselhada por vizinhos e amigos a abortar. Então o caso foi levado a 88 estudantes de Harvard nos EUA e 84 deles apoiaram o aborto, contra apenas quatro que se manifestaram pela manutenção da gravidez normal. Assim nasceu o compositor Ludwig van Beethoven: um gênio.

Por Cláudio Kuck

Flávio Machado, Alair Corrêa, Mirinho Braga, Alexandre Guerreiro e Rafael Mika

Cego, surdo e mudo é o Perú - Daí

taxou o governo Toninho de cego, surdo e mudo, ‘roubando’ o tradicional slogan deste Perú Molhado. Não aceitamos isso!

E arrematou dizendo que era hora da cidade grávida deixar nascer o novo filho bom para ser genial como Beethoven: Delmires de Oliveira Braga, para delírio do auditório vibrando em prolongadas palmas. Corrêa não contou o restante da parábola que apresentava também o perfil de outros personagens, mostrando ser difícil julgar as pessoas por alguns hábitos e generalizações. E cita alguém associado a políticos corruptos, que consultava os astrólogos, fumava sem parar, tomava 10 martinis por dia e chegou a presidente dos Estados Unidos: Franklin Delano Roosevelt. Outro foi despedido duas vezes,

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Mirinho e Messias Carvalho

Os taxistas comparecem em peso na convenção do PDT

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dormia até o meio-dia, usou drogas na Universidade, bebia meio litro de uísque todas as noites e vivia com um charuto na boca: Winston Churchill. Acaba com um herói da 1ª Guerra Mundial, vegetariano, não fumante que só bebia uma cervejinha de vez em quando, sem jamais ter tido relações sexuais fora do casamento, mas que acabou provocando o holocausto e a II Guerra: Adolf Hitler! Em qual categoria destas iria enquadrar seu candidato a prefeito?

História não foi bem assim Foi tudo uma grande bobagem e pisada de bola feia nos fatos históricos. Maria Magdalena Kewerich teve seu primeiro filho com Johann Leym em 1764, mas Peter morreu antes de completar um ano.

Ela ficou viúva e casou sem estar tuberculosa com Johann van Beethoven (não era sifilítico) gerando a primeira filha do novo casal: Maria (faleceu meses depois).

O segundo foi o grande Ludwig van Beethoven que começou a ter problemas de surdez aos 24 anos, piorando lá pelos 46 e só vindo a morrer 10 anos mais tarde, não sem antes compor suas nove maravilhosas sinfonias e dezenas de sonatas para piano.

Será que Alair fez seu discurso sob o efeito da sonata 23 (opus 57) ‘Appassionata’ ou a 8 (opus 13): ‘Patética’? O terceiro filho foi Kaspar Anton que viveu até 41 anos e o quarto Nicolaus, morto aos 72, riquíssimo graças aos seus investimentos na indústria farmacêutica. E a quinta foi Anna Maria: nasceu e morreu em 1779.

Não seria um bom exemplo para Mirinho agora aqui em Búzios ser o quinto como propôs seu ‘correligionário’ cabofriense. A história de pedir ajuda aos universitários de Harvard é ainda mais hilariante, sem falar que a entidade foi fundada em 1636 como New College (Massachusetts), mas só virou Universidade em 1780, 10 anos após o nascimento do músico alemão.

Alexandre Guerreiro discursando para a platéia

Alexandre e Mauro do CCAA Mirinho em ação

Peças se movem no xadrez político Bom para Mirinho que ele não tenha se impressionado muito nem deu bola à mirabolante forçada de barra do seu cabo eleitoral. Disse poucas palavras enfatizando os problemas da cidade, das crianças, educação e saúde, da falta de um turismo de qualidade. Mesmo sendo candidato de novo pregou a renovação na política, com o amor vencendo o ódio e o fim do uso do poder público em benefício privado.

Alexandre Martins citou o grande crescimento do PSDB na cidade, tendo passado já de 450 filiados e para lembrar o slogan da chapa lançada teve que pedir socorro a Mirinho: “Resgata Búzios”. Entre os novatos do partido falou Mauro do CCAA, que não se aventurou a fazer nenhuma parábola, apenas pediu uma nova conscientização com moralidade e dignidade. Assim, mesmo com os processos rolando sob fiscalização intensa do TRE, as peças começam a serem movidas no confuso xadrez político da Nossa Armação. Seja o que Deus quiser...

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Os escolhidos para candidatos a vereador.

Apareceu até um primo distante do Torben Grael

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PODRES PODERES Como na poesia de Caetano Veloso, vivemos hoje em Búzios um período em que os dois Poderes que representam o Povo, procedem de forma ilegal e desrespeitosa às Leis Municipais e, sobretudo à Constituição Federal

O Poder Legislativo (Câmara Municipal) tenta mais uma vez arrombar o Plano Diretor, propondo “mínimas” alterações no texto original aprovado em 2006. É bom lembrar aos nossos vereadores que o Plano Diretor é fruto de uma ampla discussão com a Sociedade e resultado de uma mobilização popular em reação à proposta encaminhada pelo Poder Executivo em 2005. Foram feitas diversas reuniões para leitura, discussão e elaboração de propostas a serem incorporadas naquele Projeto de Lei a ser submetido para aprovação. O resultado foi à incorporação de mais de 90% das propostas das Entidades Civis ao texto que gerou o substitutivo aprovado por unanimidade pela Câmara.

As alterações que os vereadores querem promover no Plano Diretor não são mínimas e não apresentam justificativas que sustentem esta iniciativa. Além disso, ferem a hierarquia de nossas Leis quando tentam atribuir à Câmara a responsabilidade de mudar o Plano Diretor, atingindo frontalmente o Estatuto da Cidade, a Lei Orgânica Municipal e o Plano Diretor. Nossa Lei Orgânica é cristalina quando diz: “É de atribuição do Poder Executivo conduzir, no âmbito do processo de planejamento municipal, as fases de discussão e elaboração do Plano Diretor, bem como a sua posterior implementação.” O artigo 51 de nossa Lei Or-

gânica diz ainda: Art. 51 - A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou comissão da Câmara Municipal, ao Prefeito e aos cidadãos, nos casos e na forma previstos nesta Lei Orgânica.

Ou seja, é facultada a qualquer cidadão a iniciativa das Leis, que deverá vir precedida de todo o ritual de elaboração, discussão e aprovação, desencadeando todo o processo de análise técnica, submetendo obrigatoriamente aos Conselhos e promovendo Audiências Públicas.

A proposta de alteração ao Plano Diretor mais escandalosa e ilegal é a de revogação do Quadro de Intensidades de Ocupação. Com isso, os parâmetros urbanísticos da LUOS (Lei de Uso e Ocupação do Solo) seriam mais facilmente alterados, ficando sujeitos a pressão dos grupos que querem lançar nossa cidade na vala comum da especulação imobiliária, responsável pelos grandes condomínios que estão assediando Armação dos Búzios, com a intenção de trazer para cá o mesmo modelo de cidade, tão rejeitado por nossa comunidade ao longo de todo o processo de discussão e aprovação do Plano Diretor.

Esse futuro não interessa a ninguém – nem aos setores envolvidos com o turismo, nem aos arquitetos, nem aos ambientalistas, nem aos políticos sérios avessos ao clientelismo e ao populismo que tanto mal têm feito ao nosso estado e ao nosso país. Sim ao turismo e não ao veranismo – esta foi uma das unanimidades tiradas nas Audiências Públicas, fato que os vereadores, convenientemente querem esquecer e fazer esquecer, traindo nossa gente e prestando um desserviço à cidade em que nascemos ou adotamos como nossa.

A quem interessa esta nova tentativa de alteração de nossas Leis? As mesmas forças que agiram há exatamente um ano na tentativa frustrada da Lei 17, agora voltam à

Por Humberto Alves, presidente do IAB-Búzios

carga, na contramão do que a grande maioria quer para a nossa cidade, entregando-a nas mãos dos maus empresários, dos que estão atrás do lucro fácil, dos que não amam Búzios.

Um exemplo do que pode acontecer se essas alterações propostas forem aprovadas é a possibilidade de duplicar o numero de unidades em condomínio, aumentando a densidade populacional, sobrecarregando a infra-estrutura e ampliando a demanda sobre os serviços públicos. Tanto que já existe um condomínio sendo vendido com o dobro do numero de casas que foram aprovadas.

O Poder Executivo, a exemplo da Câmara, age de maneira ilegal e desrespeitosa às Leis vigentes em nosso Município. Quando aprova condomínios com numero de unidades maior do que o permitido em Lei. Como no caso do Apart-Hotel a ser construído vizinho ao Camurupim, onde uma licença emitida para 40 unidades no ano de 1997 se transforma milagrosamente em 60 unidades aprovadas agora pela Prefeitura.

Detalhe: Hoje a Lei permite somente 15 unidades para este mesmo lote sendo proibida a aprovação de apart-hoteis ou similares desde o ano 2000 e esta proibição ratificada nas Audiências Públicas do Plano Diretor.

Este e outros são exemplos emblemáticos de empreendimentos que a sociedade repudia e que não simbolizam o modelo de vida que queremos para nós e nossos filhos.

O IAB luta e exige dos dois Poderes o respeito às Leis, a manutenção da Ordem e a vontade do Povo Buziano, que os elegeram. Acreditamos que somente com uma Gestão responsável e participativa poderemos construir uma Cidade organizada, estruturada e com qualidade de vida para seus moradores e visitantes.

Esta foi fôrma que serviu para a criação da estátua do negro da Rasa, da artista Christina Motta. Quem quiser ver um paralelo entre essa foto e o Plano Diretor, não precisa pensar muito. Ao fundo, a face de Octavinho.

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27 de junho de 2008 – O Perú Molhado

Tudo pelo pescador O

O vereador Uriel mostrando o projeto de lei que pode resolver a vida dos pescadores de Búzios

27 de junho de 2008 – O Perú Molhado

vereador Uriel resolveu dar aos pescadores de Búzios, um presente diferente nessa semana em que se comemora o dia de São Pedro, padroeiro da classe. O vereador buziano apresentou na Câmara de Búzios um Projeto de Lei Complementar mudando a Lei Orgânica da Cidade, pedindo a destinação de 1% dos recursos provenientes dos royalties do petróleo para viabilizar projetos voltados para os pescadores da cidade.

Uriel se torna assim, uma das poucas pessoas da cidade a defender a classe mais amada e ao mesmo tempo mais abandonada da cidade. Aqui todo mundo é filho, neto ou até mesmo pescador, mas nada se faz para melhorar a situação da pesca na cidade.

Se essa proposta de Uriel for aprovada na Câmara e sancionada pelo perfeito, vai ajudar e muito os pescadores, pois os recursos poderão servir para viabilizar a criação do Fundo Municipal de Desenvolvimento da Pesca Artesanal. “È preciso promover uma compensação aos impactos gerados com o desenvolvimento das atividades da exploração do petróleo. Muita coisa mudou na vida do pescador nos últimos anos, lamentavelmente para pior, por isso, acredito que seja necessário algum tipo de compensação”, declarou o vereador.

Uriel tem razão. Afinal de contas, os pescadores foram os primeiros mandatários do mar e hoje, são obrigados a pescar em áreas delimitadas pelas empresas petroleiras.

Uriel ainda pretende enviar a casa legislativa uma lei criando um Plano Municipal de Gerenciamento Costeiro para alavancar a pesca artesanal e a maricultura.

“Essa iniciativa vai estimular e fortalecer a atividade econômica e também irá disciplinar de vez o uso efetivo de nosso maior ativo ambiental, que é o mar”, finalizou Uriel.

Mas para dar certo, é preciso que o município crie o Conselho Municipal de Desenvolvimento da Pesca Artesanal. Os recursos já estão sendo providenciados, falta agora à organização social.

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Festa no ICAB Eram poucas bateras, mas a baía parecia cheia...

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27 de junho de 2008 – O Perú Molhado

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izem que velejar é esporte de rico. Uma regata no último final de semana no Iate Clube de Búzios jogou por terra, ou melhor, por mar, essa máxima. A idéia de organizar uma regata com pequenos barcos de pescadores fervia há anos na cabeça de Carlos Povoli, ele mesmo um amante do esporte.

Carlos imaginava pequenos barcos, como batera navegando pelas águas buzianas.

A batera a vela é um barco derivado de barco de pesca. Se Carlos sonhava com uma regata nesses moldes, foi o pescador Joel quem pôs a mão na massa a transformou os barquinhos. Começou colocando uma pequena vela em seu bote, depois foi aumentando e, com tempo, a coisa evoluiu. Joel conta como surgiu a história da batera a vela em Búzios.

“Agradeço a todos que acreditaram e principalmente ao Comodoro Alain Joulié. Essa é uma história longa. Trabalhei alguns anos em barco a vela na Bahia. Lá esse tipo de barco faz muito sucesso. Sempre gostei. Aqui comecei a fazer essas bateras a vela para ver se os pescadores gostavam.

Como ninguém se interessou, levei para São Pedro da aldeia e deixei desmontada por algum tempo. Pescador de Búzios só gosta de remo ou motor”.

Em São Pedro Joel emprestou seu barco a vela algumas vezes para a Marinha do Brasil. A batera ele trouxe da Praia de Atafona, em Campos.

A primeira regata de bateras de Búzios foi bastante disputada. Teve tripulante argentino e até paraibano. Nosso capitão Carlos Povoli, correu ao lado de Joel, e chegou em terceiro lugar.

Uma batera a vela, com tudo novo custa mais de 15 mil reais. Esse preço deve inibir muita gente. Para baratear seu equipamento, Joel usa muita coisa usada. De vela a mastro. Quase tudo da classe star. Dessa maneira, o preço cai para 7 mil.

O Comodoro Alain Joulié adorou a regata de barquinhos de Búzios. Pena que o vento não ajudou. Ele informou ao Perú que para ganhar com ventos assim, é preciso antes de tudo paciência e experiência.

“Estou falando de cadeira, pois eu e meu vice-comodoro temos mais de 120 anos de vela. Foi uma regata muito boa. Os barcos pequenos andam praticamente juntos e Deus olha sempre mais para os velhinhos, por isso venci”.

O comodoro venceu com louvor, mas nós do Perú estávamos torcendo por Carlos da Malízia, que é o único que anuncia com a gente.

Johny, gerente náutico do Iate Clube lembra que foi depois de três anos, vendo Joel velejando é que teve coragem de pedir para dar umas voltinhas. Gostou muito da experiência e pensou logo em organizar uma regata com um barco de pesca adaptado para velejar.

“Os pescadores de Búzios só não utilizam o vento para a pesca porque falta incentivo. É mais fácil usar remo ou motor. Se a gente conseguir mostrar que a vela é mais lucrativa e que anda tanto quanto a motor eles vão mudar de idéia”.

Os barcos do Comodoro (vencedor da primeira) e do Roberto ( vencedor da primeira regata) foram montados pelo Johny.

Um dia sem peixe e com pouco vento Liro é pescador de Geribá. Foi convidado para participar com sua batera da regata e adorou.

“Me convidaram para montar o barco, gostei da idéia e aceitei o convite. Esse barco foi feito só para velejar, mas tô pensando em usar para pescar. Em Búzios é difícil pescador usar vela. É caro.Barco a motor também é caro, mas a gente está mais acostumada. Gostei de velejar. É mais gostoso porque não tem barulho de motor nem cheiro de diesel”.

Liro não é um marinheiro de primeira viagem em se tratando de barcos a vela. Já trabalhou no Iate Clube como auxiliar de náutica por três anos e lá, deixou muitos amigos.

Roberto, morador da Ponta da Sapata, também participou da regata. Ele fabrica cachaça (Nega Fulô) e cria faisão ao lado da casa da escultora Cristina Motta e, estava muito feliz com o evento. O velejador disse ao Perú que não queria vir para Búzios e ficar esperando a hora do almoço ou do jantar, olhando o mar sem ter o que fazer. Por isso sua animação com a regata.

“O Johny, que é gerente náutico do Iate, foi quem trouxe a idéia. Ele já tinha uma batera há muito tempo e conseguiu convencer os outros sócios. Essa categoria é boa porque atrai os pescadores para nosso clube. Por isso, não só sócios construíram barcos. Foi legal essa primeira regata”.

A Primeira regata de batera de Búzios contou com 7 barcos, mas o futuro promete.

Chorão já tem duas bateras montadas em Manguinhos e até o ex-secretário Salviano Leite também comprou uma. A previsão é que no próximo ano, uns 15 barcos participem.

Vera, Manoel, Susy, Roberto, Christina Motta e o vencedor Alain

27 de junho de 2008 – O Perú Molhado

Almir, Edgar, Alain e Johny

Carlito, Joel e Fábio

Ernani, Luiz, Liro e Luely

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tória, gestão imobiliária, ambiental e hoteleira, até o turismo, fisioterapia, educação física voltada para os esportes radicais, design de moda, pós-graduação, mestrado e cursos de extensão universitária. A lista de cursos é maior ainda e cada vez cresce mais.

Sonho do Hotel-Escola Paineiras não acabou Nesta semana Júnior enterrou um sonho – pelo menos por enquanto -, entregando oficialmente com um prejuízo de US$ 2,5 milhões as obras paralisadas do Hotel-Escola, que construía lá perto do Cristo Redentor, procurando resgatar um ícone da memória carioca: o antigo e tradicional Hotel das Paineiras.

Sua história começou em 1884 ao ser inaugurado por Dom Pedro II, junto com trecho da Estrada de Ferro do Corcovado construído pela Light. No começo do Século XX o Paineiras brigava com o Copacabana Palace pelo título de principal hotel do Brasil. Lá no alto se hospedaram nobres, artistas famosos, presidentes como Washington Luiz, Café Filho, Getúlio Vargas e até o inventor Santos Dumont. A tranqüilidade do lugar foi aproveitada pelos times do Botafogo, Vasco, Fluminense, seleções brasileiras desde as de base e olímpicas até às principais, como a tricampeã mundial na Copa de 70. As ‘feras’ do João Saldanha deram muito trabalho ao técnico nas Paineiras, com fugas de jogadores da concentração e outros rolos. O local estava abandonado lá pelos idos de 1984 e a Universidade Veiga de Almeida fez projeto para transformar a área num Hotel-Escola, com cursos de turismo e hotelaria, centro

s o g a L s o n a t s i f r u s r o t i e r Marinho, um de petróleo s o s r u c á r e t UVA r a M o d e d a d l e uma Facu

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elejador, surfista com incursões pelo wind-surf, kite-surf, mergulho e outros esportes ligados às águas, o engenheiro civil formado pela PUC carioca, Mário Veiga de Almeida Júnior, mais conhecido como ‘Marinho’, ainda arruma tempo para ser reitor e administrar a Universidade Veiga de Almeida, fundada por seu pai no Rio (Tijuca/Barra), com filial em Cabo Frio. Ele nos deu uma boa notícia em sua casa na Praia dos Ossos: vai implantar na Região dos Lagos até o final deste ano cursos envolvendo petróleo e gás, além de engenharia petrolífera. Outro plano perto de se tornar realidade é a criação da Faculdade do Mar em Arraial do Cabo, que será uma nova opção pros estudantes buzianos interessados na cenografia e biologia marinha. Só existem dois outros estabelecimentos semelhantes no país: um na Universidade do Vale do Itajaí em Santa Catarina, outro na cidade portuária gaúcha de Rio Grande. O reitor da UVA até pensou de instalar sua nova unidade escolar aqui pela Armação, mas dois fatores importantes pesaram em favor de Arraial. Lá funciona o Centro de Pesquisas Almirante Paulo Moreira da Marinha do Brasil, ocorrendo ainda o fenômeno da ‘ressurgência’. É uma corrente de águas profundas e frias vindas do Pólo Sul, que ao subir na plataforma continental trazem grande quantidade de nutrientes para os peixes e flora local. Importante material de

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estudo pros biólogos dos oceanos. Marinho já manteve contatos com o prefeito de Arraial do Cabo, mas lamentou que Renato Malma não tenha demonstrado muito interesse no importante projeto para seu município: “Não prometeu apoio nenhum, a não ser que a Faculdade do Mar fosse construída na Praia do Anjo, o que não é aconselhado pelos nossos pesquisadores e professores”.

Educação de pai pra filho A vida do inquieto empreendedor, buscando tornar realidade seus sonhos, sempre povoados de novos projetos, não é nada fácil. A ‘aventura’ começou em 1933 quando seu pai também chamado Mário e com apenas 16 anos, passou a dar aulas junto com a irmã na mesa da humilde sala de jantar da casa de seus padrinhos. Quatro anos depois os dois fundavam a primeira escola: Sagrado Coração de Jesus. Já na década de 50 virou o Colégio Veiga de Almeida, que a partir de 1971 iniciou alguns cursos superiores. Marinho herdou do pai o gosto pela educação e transformou a UVA em uma das potências privadas do ensino brasileiro, já com mais de 4 mil alunos, três campi e um Centro de Excelência em Saúde. São dezenas de diferentes cursos que vão desde o direito, administração, engenharia, enfermagem, comunicação, serviço social, pedagogia e passando pela his-

Por Cláudio Kuck

de convenções, lanchonete, novos vestiários e ampliando o número de apartamentos de 34 para 58.

Mas a burocracia foi derrotando o ideal de Marinho.

Abaixo os burocratas - O governo federal levou mais de dois anos para aprovar o projeto, que precisaria ainda outros 30 meses de obras, mas as autoridades não queriam ampliar o prazo de 10 anos de contrato, que então ficaria em apenas cinco quando trabalhos fossem concluídos. A UVA tentou tudo para resolver o impasse, enquanto contratava 230 operários. Depois surgiu novo problema. Os burocratas de plantão se negavam a fixar o reajuste do aluguel após os 10 anos, inviabilizando a iniciativa que não poderia mergulhar na incerteza. Se o Hotel-Escola não desse certo o prejuízo seria total, se fosse bem sucedido poderia ser inviabilizado pela imposição de um aumento abusivo. Aí a UVA desistiu e tentou devolver o ‘elefante branco’ à União que não assumiu nada. Até agora Mário Almeida pagava os vigias do local. Só na última terça-feira pôde entregar as chaves ao Ministério da Fazenda, Ibama, Instituto do Patrimônio Histórico e Parque Nacional da Tijuca.

Há empresários interessados em investir lá, se a burocracia e os burocratas permitirem... Marinho não desistiu de todo do Hotel-Escola. Quem sabe não traz aqui pra Búzios, onde sempre defende o turismo ecologicamente correto e o meio ambiente? Seria a alegria de muitos rapazes e moças de nossa Armação, com ganhos também para as pousadas, hotéis e restaurantes.

27 de junho de 2008 – O Perú Molhado

A inércia do poder Por Sandro Peixoto O estado Brasileiro virou nos últimos anos, um mostro arrecadatório. Só sabe recolher imposto e quase nada devolve para os pobres contribuintes. Se você mora num bairro rico, a situação fica pior ainda. É só cobrança e, nada de benefícios. Como o governo não reage, resta à população cobrir os custos da falta de gerenciamento. Os filhos vão para escolas privadas, a saúde só se consegue com planos caríssimos e a segurança também é terceirizada. Nada funciona no governo federal, estadual e municipal. É assim no País inteiro. Outro dia, um morador do bairro da Ferradura resolveu acabar com a inércia do poder publico e fez um quebra-molas na sua rua. É que o local, outrora tranqüilo, se transformou em pouco tempo, numa pista de corrida automobilística.

O tal morador já teve um cachorro morto por um carro e, seu caseiro quase é atropelado outro dia. Ora. Se a prefeitura não faz sua parte, é de se esperar que, quem sofre com o abandono faça algo.

Pois bem: mal o quebra-molas foi feito, veio à prefeitura (que nunca aparece nem para limpar a rua) e arrancou tudo.

“Os motoristas estavam reclamando”, informou um funcionário ao morador enquanto quebrava tudo. Engraçado.

Inúmeras reclamações foram feitas em relação aos carros que passam voando pela rua e, nenhuma providência foi tomada. Para retirar o quebra-molas, a prefeitura enviou dois caminhões, uma retro-escavadeira e dois fiscais em outro carro. Uma verdadeira força tarefa para um caso tão simples.

Arrancaram as pedras, recolheram os materiais e foram embora. Um caminhão saiu carregado e outro vazio. Não se deram ao luxo de aproveitar o momento e recolher os entulhos que estavam jogados na calçada em frente.

O bairro da Ferradura sempre sofreu com o descaso público. E esse descaso não é de hoje. Quem não lembra que a entrada do bairro foi escolhida como depósito de entulhos? Até outro dia, parecia que uma guerra havia acontecido lá.

Um alento veio ano passado, quando o ex-secretário de Meio Ambiente Octávio Raja Gabaglia recuperou as lagoas, retirando ruas e devolvendo o antigo espelho d’água.

Pena que depois o projeto foi abandonado.

Na Ferradura é quase cada um por si. Quem quiser a rua limpa e sem capinzal tem que resolver sozinho. Como não bastasse a falta de atitude do governo, quem gosta de limpeza ainda tem que sofrer com a falta de civilização de cerros vizinhos, que jogam seus lixos em qualquer canto.

Uma operação de guerra para retirar um simples quebre-molas

O caminhão saiu vazio e deixou o monturo de lado

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27 de junho de 2008 – O Perú Molhado

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Briga. À respeito da “briga de gangs”, no centro da cidade. Não foi bem assim. O que aconteceu e lá estava um amigo que presenciou tudo, foi que uma turma de garotos, saindo de uma boite, já alterados, resolveram espancar pessoas que estavam na rua, sentadas nas suas cadeiras, em torno de suas mesas, com suas mulheres ou namoradas.

E não havia polícia. Nenhuma. Esse amigo, como tantos outros, achou que esse foi o efeito de terem tirado a polícia do centro. O velho DPO, transferido para Manguinhos. Ora, ora, A nossa querida Búzios, justamente onde mais precisa ser defendida, ficou sem polícia. Aquela que anda nas ruas.

essa à população. Isso se tratando de mídia impressa. Para rádio e Tv, também, acham eles, pode-se fazer entrevistas, mas com ressalvas: os candidatos não podem se pronunciar politicamente. Tipo “vote em mim”, etc.

Geribá. Algumas ruas no centro de Geribá, próximas a pista de skate, receberam a visita de funcionários da Prolagos. Os moradores assinaram documentos concordando com a água encanada, pagando em até 24 meses a obra. Fora os hidrômetros que custam cerca de R$ 80 reais – à vista. Isso faz dois meses, e nada. A promessa era de que as obras começariam imediatamente.

Sabemos. Deixar um carro estacionado no centro de Búzios, entre a estrada da Usina e a Turíbio, está sujeito a ter o carro roubado, ou depenado. Isso vem de muito tempo.

Todos os dias, aqui mesmo na nossa vizinhança, no trevo da Vieira Câmara, caminho de Geribá, é uma aventura atravessar a rua. Há muito merecia, como no largo do Ceceu, mais adiante, a presença de um guarda municipal.

Repeteco. O PH, o jornal quase diário, inovou: publicou a mesma matéria duas vezes (“a briga de gangs”) sob a alegação que era um assunto muito importante. Cascata. Se fosse assim, pelo critério importância, os jornais esportivos estavam publicando até hoje “Brasil campeão mundial”. Se político: “Lula vence as eleições”.

Se publicação de Tvs, o”Direito de Nascer”, a novela, estaria até hoje no ar. Mas ninguém pode reclamar.

Afinal o PH é dado de graça.

Pois bem. As coisas óbvias andam adormecidas na nossa cidade. Como em todo o país, onde só se tentam soluções, quando o problema já foi criado. E são coisas simples que os buzianos de bom senso, entendem: dar bom dia, boa tarde, manter o mar e as areias limpas. Os dois andares têm que ser respeitados. Cimento não se deve misturar na rua, que também não é lugar de armazenar materiais de construção. Não se liga esgoto nas águas pluviais. Não se ergue casa em morro. Não se joga lixo nos terrenos.

Vocês sabem, melhor do que eu, o que não se deve fazer.

Capacidade. Búzios tem certa capacidade. Nossas escolas estão cheias, nosso hospital tenta atender a todos. Temos mais restaurantes que fome. Mais bares do que sede. Menos dinheiro que precisamos. Candidatos muitos para poucos votos, mais problemas do que podemos resolver.

Comícios. No dia 6 começa a temporada de propaganda eleitoral com direito a comícios e alto-falantes. E as Prefeituras, em todo o país, ficam proibidas de contratar funcionários.

Multa. A Folha de São Paulo e a revista Veja foram multados em R$ 27 mil, pela entrevista com a Marta Suplicy. E a candidata, em R$ 40 mil. Ambos recorreram. O assunto vai parar no Superior Tribunal Eleitoral, em Brasília. Mas já há uma tendência de cancelar a multa, porque acham os juízes que uma entrevista desse teor inter-

Adiado. A Câmara dos Vereadores adiou, à pedido das entidades civis, o exame das alterações que se pretende no Plano Diretor e nas taxas de ocupação do solo, já fixadas em lei.

Laurent Tasté, Michel Rouge e Brigitta

Peugeot lança a linha 207 no Brigitta's. 150 jornalistas "test drivers" de todo Brasil reuniram-se em Búzios para o lançamento da linha 207 da Peugeot. O Brigitta's foi escolhido para o jantar nos três dias de comemoração com presença dos presidentes da Peugeot do Brasil e da Argentina. O comediante Rafinha Bastos animou a noite com seu show. Brigitta's e Peugeot, internacionalmente conhecidos entre as "Maravilhas do Brasil"

Ana e Rodolfo Altman no Parvati

Que coisa. E o Fluminense! Sem comentários, como dizia o ministro Armando Falcão, porta-voz da ditadura, quando os repórteres lhe faziam alguma pergunta difícil de responder.

Novidade. Nosso amigo Jô de Almeida junto com seu sócio Nano, estão com sua marca "Gustavo Antione", na loja MS Intima no Shopping Clara Terra, em Cabo Frio.

Assinatura do Perú. O felizardo que ganhou uma assinatura do Perú, Asdrúbal de Niteroi, está feliz da vida, agora, ele não quer saber de mais nada.

Grupo de mulheres Buzianas e família fizeram a maior bagunça na festa de Janete (de rosa).

Juliana Paes (à esquerda) e Flávia (á direita), a vendedora mais chique e eficiente da cidade

Dia dos namorados no Captain's

Festa. No fechamento desta edição, uma multidão de celebridades cumprimentou a nossa secretária de Meio Ambiente do Estado, Marilene Ramos, na barraca do Aconchego, no pavilhão de São Cristóvão, pela comemoração de seu aniversário.

Aninha com Martin e Afonso

Fred e Dr. Daniela

Família Pacheco

Valéria e Fernando

Alessandro e Lili, da Aquabarra

Brigitta e Rafinha Bastos

Ano passado mesmo com chuva, muita gente apareceu para a corrida de barcos

Viva São Pedro

M

ais uma vez os pescadores de Búzios organizarão uma festa marítima em homenagem a São Pedro, o padroeiro dos homens do mar. Domingo, 10 da manhã, da Praia do Canto sairá a Corrida de Barcos. Esse ano duas novidades. Além dos tradicionais botes de madeira, teremos também a participação de baleeiras, dos pescadores da Rasa.

A corrida termina no cais do final da Armação, ao lado do Bar do Tinho.

Ato contínuo, às 11 da manhã começa a Procissão marítima. Os barcos sairão pelo mar de Búzios e depois retornam para o mesmo local de onde saiu. Na volta fogos de artifícios anunciarão o começo dos comes e bebes. A festa é organizada pela Colônia de Pesca de Búzios e tem o apoio da Secretaria Municipal de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer.

O secretário Luiz Romano sempre fez tudo o que estava ao seu alcance pelas festas católicas da cidade e, não seria agora que faltaria com a festa.

Esperamos uma festa melhor que as ultimas. Ano retrasado, por exemplo, a comida servida levou muita gente para o banheiro. Sorte foi que descobriram o fa-

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moso chá de rolha.

Matheus Gomes da Silva, 26, filha da professora Maria Alice e, um dos poucos jovens buzianos que escolheu a pesca como meio de vida, torce muito para que a festa de São Pedro seja um sucesso. Matheus faz um apelo aos pescadores que tem barcos próprios.

“Acredito que vai ser uma festa legal. A prefeitura deu as bandeirinhas para enfeitar os barcos e a Colônia forneceu o combustível. Sinto falta das festas de antigamente, quando todos os barcos participavam. Até as escunas iam. Lory mandava uma, Lico, quando ainda não era crente ia com a Buziana e até o saudoso Camafeu, das Rocas participava. Hoje cada vez menos barcos participam. Ano passado os poucos que participaram, só foram porque Chita doou o combustível. Precisamos de mais participação para a festa não acabar”.

Preservar as tradições é fundamental para o futuro de qualquer povo. Numa cidade como a nossa, em que o turismo é tão importante, o fortalecimento de eventos como a procissão de São Pedro é fundamental. Se hoje é só uma festa do povo de Búzios, nada impede que dentro de alguns anos, ela entre para o calendário turístico da cidade.

A procissão só saiu porque Chita, o presidente da Colônia de Pesca distribuiu óleo diesel de graça

27 de junho de 2008 – O Perú Molhado

Por Búzios faço tudo, só não faço chover

Por Sandro Peixoto

N

ão Poderíamos fazer uma matéria séria sobre a festa de São Pedro sem falar com o próprio. Como o Peru é um jornal ajuizado, que gosta de ir a fundo, resolvemos fazer pela primeira vez -e com exclusividade- uma entrevista como São Pedro. Os santos foram criados pelos católicos para servir como ‘ponte’ entre eles e Deus. Os santos são como advogados. Interferem junto ao criador em benefício dos fieis. Pena que muita gente só procura os santos para pedir ajuda nas horas de dificuldades. Outros só se lembram nas festas, quando aproveitam para encher a cara e arrumar namorada.

São Pedro, como todo santo protetor, ainda tem outra obrigação. É responsável pelas chuvas. Com a Prolagos deixando todo mundo na mão- principalmente na Rasa- Pedro deve ter trabalhado muito nos últimos tempos.

Descobrimos um santo tímido. De poucas palavras. Mas, mostrando que está atualizado e tem bom humor, surpreendeu esse repórter ao afirmar que hoje em Búzios, São Perú é o santo que tem a festa mais animada da cidade.

“Adoro a procissão pagã do São Perú.

Outro dia, no momento da procissão estava marcado que ia chover. Cancelei a chuva na hora”, Informou.

São Pedro é comemorado no dia 29 de junho, foi um dos doze apóstolos escolhido por Jesus para ser o fundador da Igreja Católica. Foi também o primeiro Papa da Igreja Católica Romana. Nasceu na Galiléia e foi pescador. Morreu crucificado, pregado de cabeça para baixo, a seu pedido, por se considerar indigno de morrer como Jesus Cristo.

Nos cultos afro-brasileiros tem um correspondente nos orixás Exu ou Legbá. É o protetor dos pescadores e das viúvas, por ter tido este estado civil. A entrevista ao Perú aconteceu num pequeno barco atrás da Ilha Feia, local escolhido pelo santo. É seu ponto preferido para pescar em Búzios.

Búzios sempre teve grandes festas religiosas. As de Sant’Anna e Santa Rita eram as melhores e a sua, também era importante no calendário católico de Búzios. Ultimamente as festas praticamente acabaram. O que está acontecendo com os católicos de Búzios?

Para responder essa pergunta, temos que voltar um pouco ao passado. Quando as festas eram organizadas por verdadeiros católicos a coisa funcionava. Os festeiros faziam lindas festas com amor, sem nenhum dinheiro público. Depois, quando a política entrou na jogada, a coisa perdeu o controle. A festa deixou de ter importância religiosa e virou um comércio. Muita gente também passou a usar as datas religiosas para ganhar votos. Isso não ia dar certo nunca. Onde tem política tem corrupção.

Entrevista exclusiva (e também foto) com o santo, por El Greco

Mas o senhor não acha que aconteceu também outro fenômeno, que foi o crescimento dos grupos evangélicos e consequentemente a redução dos católicos?

Desculpe meu filho, mas essa é uma visão simplista de sua parte. Alias, eu nem sei o que um ateu sabe sobre religião. Bem, vamos lá: é verdade que aumentou o número de evangélicos, mas, isso se deu em vários lugares. Os católicos de Búzios continuam aí. O que falta é organização. Principalmente do Padre Ricardo, que é o maior culpado por tudo o que está passando com o catolicismo em Búzios. Já reclamei com Deus. Mas o criador está muito ocupado com a guerra entre judeus e mulçumanos e, Jesus está enrolado numa CPI contra o capeta.

Mas o senhor bem que poderia ajudar um pouco. Ano passado, durante a corrida de barcos no seu dia, choveu pra caramba. Muita gente foi embora...

Como eu já sabia que a festa seria fraca, nem liguei. Aliás, eu nem estava aqui.

Deixei um ajudante. Chuva não atrapalha nada. Se os fieis quisessem de verdade me

27 de junho de 2008 – O Perú Molhado

prestigiar viria de qualquer jeito. Outro dia fiz um teste. Foi durante o carnaval. A cidade cheia de foliões baixei o maior pé d’água. Ninguém arredou o pé. Também já fiz chover no reveillon só de sacanagem. Sabe o que aconteceu? Nada! Outra coisa. Antigamente os pescadores levavam seus barcos sem cobrar nada. Hoje, se não receberam o combustível não aparece ninguém. Só se lembram de mim quando a coisa aperta. Mas não quero parecer chato, tenho muito devoto mundo afora para cuidar. É mas não dá para comparar uma festa de fim de ano com a festa de um santo...

Como não? Festa é festa. E digo sem nenhuma presunção que lá no Nordeste e no Norte, o Dia de São Pedro é bastante festivo. Em Angra, Paraty, Cabo Frio a festa é imperdível. Agora, boa mesmo é em São Pedro da Aldeia. Em Búzios está cada vez mais fraca. Sei não. Acho que ninguém gosta mais de mim. Ah, tenho uma historinha para contar. Todos sabem que sou o homem da chuva. Pois bem, como Búzios é um lugar turístico, quase não deixo cho-

ver na cidade. Mesmo assim nunca vi um hoteleiro me agradecendo. Gente ingrata.

Têm sol o ano inteiro e nem no meu dia, aparecem para agradecer. Tô meio chateado, por isso os últimos temporais na cidade.

Surgiu uma nova santa na cidade a Nossa Senhora Desatadora de Nós, e que hoje quase que monopoliza as atenções do Padre. O que o senhor acha desses modismos?

Isso (o surgimento de novos santos) sempre existiu. É que você é muito novo, não conhece bem a história católica. Toda vez que o Vaticano santifica alguém é aquela choradeira aqui no céu. O ciúme corre solto. Agora mesmo o Brasil ganhou um novo santo, o Frei Galvão. Com certeza algum outro santo vai perder devoto. Outra coisa.

As pessoas perderam o respeito pela coisa sagrada. Hoje mesmo fiquei sabendo que roubaram a Bíblia do Pastor que fica na Praça do Gato, em Manguinhos. Uma obra tão bonita, abandonada daquele jeito...

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CURTAS INSTRUMENTAIS

O

festival de curtas bombou com qualidade para a cidade e assim, enquanto a PEMBA estiver de pé... Atividades culturais e artísticas estimulam a produção e arejam a mente, retiram o bolor que o cotidiano impõe e o cinema, como as outras artes, auxilia a expor o que esta calado, oculto, latente ou em formação. Píer Paolo Pasoline acreditava que “enquanto as linguagens literárias apóiam as suas invenções poéticas em bases já estabelecidas e linguagem instrumental - propriedade comum de todos os falantes - as linguagens cinematográficas parecem não se apoiar em nada.”

Mas se esse raciocínio fosse justo como parece, o cinema não poderia existir fisicamente; ou, se existisse seria uma aberração, uma serie de sinais sem significação. Ao contrario o cinema comunica, o que quer dizer também que se apóia num patrimônio comum de sinais.

Tenho me aproximado da obra do artista visual Douglas Gordon, por exemplo, que se apropria de filmes conhecidos da historia do cinema para reelaborar o significado de seus sinais, que como as palavras contida no dicionário, estão prontos para articular rima e poética. Na verdade o autor cinematográfico busca onde só existem meras possibilidades ou vislumbres de comunicação mecânica ou onírica. Julio Bressane também fala desse “dicionário” de imagens para afirmar que “toda arte é uma citação” e que você não “faz uma imagem” por mais transformada que ela seja porque “A arte é sempre uma alusão”. Nas galerias de arte da PEMBA os conceitos de “alusão”, “apropriação”, “citação” vêm sendo tratados desde a inauguração da BIENAL ANUAL como um Tema: O Copyleft. Que agora com a abertura da Mostra Curta in Búzios reagrupa, a partir da tradução do cinema em arte Minimal/Conceitual, alusões aos artistas Dan Flavin, Cindy Sherman, Marcel Duchamp, Richard Serra, Bárbara Kruger e Henri Matisse.

Mas a figura chave agora é Douglas Gordon que diz: “I always liked the idea that words, which are supposed to be concrete, when spoken by a different person at a different time can have a completely different meaning.” O artista fala aqui de “diferentes tempos, diferentes pessoas e diferentes intenções” para nos remeter ao universo do espectador. No trabalho “Meaning and Location” de 1990, Douglas se apropriou de uma citação do Novo Testamento “Truly I say to you, today you shall be with me in paradise” atribuída a Jesus Cristo, na cruz para veicular seu discurso sobre “a morte em estado de Coma”. Aplicando o texto sobre os contornos da abóbada central do prédio do University College of London ele intentou reforçar o caráter místico da palavra bíblica. O posicionamento no teto, sobre a cabeça do espectador soa como uma ordem divina, superior, “vinda de acima”. Em termos mais simples o que Gordon herda da arte Conceitual é reforçado por componentes que remetem ao comunicacional, pois descrevem um objeto e uma ação na sua relação entre aquilo a que a “idéia” alude e o local(site). Nesse sentido também a redução da forma expressiva minimalista dá suporte, corporificação e engajamento ao trabalho do artista. Dependendo de nosso conhecimento somos atraídos e nos envolvemos tanto com o texto quanto com o local onde esse está instalado. A obra de Gordon remete a metáforas e alegorias da moralidade humana, pois como linguagem pode ser explorada de varias formas podendo inclusive permanecer indeterminada ou dúbia.

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Douglas Gordon, O Novo Testamento

Auto-retrato do curador

Por Armando Mattos

Douglas Gordon revisitando o cinema

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o sábado às 18:45h na PEMBA, na ORLA BARDOT O filme Festa de Sant’anna de Celia Jaguaribe e Cláudio Savaget antecede o papo com a diretora do curta documental sobre a memória dessa tradição de Festeiros na Armação de Búzios.

O documentário (14´36”) alinhava imagens de dois períodos 1974 e 1988 e mostra as transformações sofridas em uma década e meia, que em nada se comparam com a devastação imobiliária que tem lugar hoje. A curadoria selecionou ainda os curtas de Bo Montenegro, Cristina Costa e logicamente Marcelo Lartigue com seu Babel e Graças a Deus esse ultimo premiado no Festival de Curtas de Cabo Frio. De quebra também o making-off do show de Caetano na Lagoinha em documentário da TV Búzios. A pre-

tensão dessa seleção é confraternizar a memória recente com a atualidade. Aproveitando que a chapa esta quente a mostra de Curta in Búzios vai reabrir esse sábado também com o Bar do Mangue e na galeria II o espaço alusivo à presença de Dan Flavin artista minimalista que trabalhavam em Nova York no inicio dos anos 60, momento marcante da arte americana do pós-guerra.

A importância da arte minimalista esta no fato de que esse movimento artístico propôs um ambiente onde a consciência de “existir com a obra” é mais forte para o espectador. O critico de arte americano Hal Foster descreve essa mudança radical como “a morte do autor”. O trabalho de Flavin retira as conexões pré-existentes na arte para lançar mão do espaço e compor com luz um campo de visão na qual o espectador está inserido, atuante, porque provoca uma identificação do “eu” no contato com o espaço do mundo.

27 de junho de 2008 – O Perú Molhado

PROGRAMAÇÃO

Curta in Búzios Sábado 28 a partir das 18:45h.

Na Pemba, Orla Bardot, 500 CURTAS - PELICULA Festa de Santana Célia Jaguaribe Documentário - Búzios Vida Eterna Marangone 90 s da realidade do ano 69 Búzioswood Bo Montenegro Ficção – Búzios A Coruja Falou Bo Montenegro Ficção – Búzios Babel Marcelo Lartigue Documentário – Búzios

Havia um tempo, de Cristina Mota. Dona Uia é o destaque

Fausto Jr. e Willians Barreto Animação - 1 min – Bahia Preto no Branco Amauri Giorogi Ficção - RJ - 8 min

Final Feliz Cleiton Cafeu Animação - SP - 15 min.

Mocó Jack Luiz Bo Tosso e Thiago Veiga Animação - GO - 12 min

Pequenos Atos Cristina Costa Documentário – Búzios

Lope Rafael Chagas Ficção – Cabo Frio – 7 min

Havia um tempo Cristina Costa Documentário – Búzios

CURTAS - CÂMERA CELULAR E CÂMERA FOTOGRÁFICA

Show de Caetano na Lagoinha (1990) Tv Búzios

Graças a Deus Marcelo Lartigue Búzios - 2min

Cinezé - Sozinho direção Adriano de Oliveira Documentario - Ceará - 16 min.

Vitaminas Gustavo Correa RJ - 1 min.

Picolé, Pintinho e Pipa Gustavo Melo Ficção - RJ - 15 min A Peste de Janice Rafael Figueredo Ficção - 15 min - RS Fly Marcio Salem Ficção - CE - 12 min.

A Goiabeira Ed Lopez Ficção - CE - 12 min.

Ele Girou Gustavo Correa RJ - 1 min.

CURTAS LGBT Ser Mulher Projeto Olho Vivo Ficção - PR - 25 min.

Caminhos de Santiago de Milton Alencar, na foto ele mesmo

E MAIS

Coletivo Fabio Lupo Ficção - SP - 12 min.

O.D. Overdose Digital Marcos de Brito Ficção - SP - 15

Jece Valadão Curta auto-biográfico de 12 min de Milton Alencar

CURTAS DIGITAIS

Hélio no filme da Célia Jaguaribe, na época em que havia festeiros na festa de Santana

Na madruga, primeira festa de encerramento da Pemba, com produção de "Obarraco", da Cacau

Caminhos De Santiago de Milton Alencar Jr. e Marcia Gallardo.

55 min

Passageiro Fernando Von Christian Ficção - SP - 15 min.

Caetano na Lagoinha, 1990.

Show gravado pela Tv Búzios.

Torto Samuel de Castro documentario - SP - 13 min.

Os Desocupados De Búzios Direção Jô Soares - 15min

Dreadlokos

27 de junho de 2008 – O Perú Molhado

Na Pemba durante o Festival de Curtas in Búzios 17

Recuse imitações

Semana passada foi inaugurada na Rua das Pedras, a primeira loja exclusiva de Sandálias Havaianas. A boutique pertence aos empresários Valquiria e Evaldo, que também são proprietários do Mercadinho Santos Dumont e da loja Paraíso das Sandálias, ambos na Turíbio de Farias.

A loja da Rua das Pedras também se chama Paraíso das Sandálias, mas, por ser localizada na rua mais famosa da cidade, recebeu um investimento maior.

Além do layout diferenciado, a loja tem produtos exclusivos da famosa marca.

Pela primeira vez na história, um representante da direção do Grupo Alpargatas (que é quem fabrica as Havaianas) veio a Búzios para a inauguração de uma loja. O diretor Ricardo Vianna ficou impressionado com o que viu. E olhe que ele está acostumado a trabalhar com grandes empresas como C&A e Lojas Americanas. As Sandálias Havaianas vendem por ano -somente no Brasil- cerca de 160 milhões de pares.

É claro que Valquiria e Evaldo não são os maiores vendedores da marca no Brasil. Mas, vendem o suficiente para atrair um diretor importante como Ricardo Vianna.

Como prova da importância dos jovens empresários buzianos para o Grupo Alpargatas, foram os únicos empresários de Búzios convidados para a festa de apresentação da nova coleção da marca em São Paulo. Como prêmio pelas vendas, ganharam passagens e hospedagem. “É um prazer trabalhar com um produto de tão excelente qualidade e que é aceito em todo o mundo.

Pés com Havaianas deixam pegadas de sucesso por onde passam”, declarou Evaldo.

O fato é que as lojas Paraíso das Havaianas são as melhores da Região dos Lagos quando o assunto são as famosas sandálias de borracha. Tem os últimos lançamentos, atendimento diferenciado e principalmente, os melhores preços, Se você quer deixar seus pés na moda, já sabe onde tem que ir.

O executivo de vendas Gustavo (Bozo) Barboza, o gerente de vendas Roberto Ludovico e o gerente nacional Ricardo Vianna, os homens fortes das Havaianas

Evaldo e Valquiria

Ilson Scarano, Marquinho, Evaldo e Zé Edson

O gerente nacional Ricardo Vianna e Evaldo

Evaldo em São Paulo, na festa de lançamento da nova coleção das Havaianas

Miss competência B

Drika, a mais competente RP de Búzios

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úzios sempre teve a sorte de atrair pessoas interessantes. Uma dessas pessoas é a paulista Adriana Nogueira, ou melhor, Drika Nogueira, como assina profissionalmente. Atual RP do restaurante Boom, Drika é formada em Artes Plásticas e já atuou nas áreas de moda, como modelo fotográfico, ainda adolescente. Sua carreira não foi adiante porque foi impedida pelo pai, de viajar para a França.

Depois de um tempo, Drika trabalhou como Personal Stylist de um político paulista. O negócio com o político durou pouco e, nossa RP mais famosa passou a assinar o Editorial de Moda de uma revista no interior paulista.

Mas Drika fez muito mais. Foi Colunista, Professora em Introdução a Arquitetura em escola profissionalizante, Vitrinista, Decoradora de Eventos e exerceu por 15 anos a profissão de Cenógrafa, atuando nas feiras de maior destaque no Brasil, entre elas: a Gift e Fenavem (Anhembi-SP) Fashion Weeck.

Largou uma carreira de sucesso para recomeçar do zero simplesmente pelo encantamento a Búzios. Conheceu Búzios 15 anos atrás. Veio em excussão com um grupo de amigas e nunca esqueceu as belezas da cidade. Um dia, resolveu morar de vez em nossa cidade. Hoje Drika trabalha no Restaurante Boom como relações públicas, mas, ao con-

trário de muita gente que vem morar na cidade pelas belezas, e não curte nada, ela não perde uma praia.

“Vou três vezes sagradamente à praia. Gosto de João Fernandes e Ossos.

Outra paixão é esporte. Vou a academia todos os dias”.

No Boom há três meses, Drika está muito feliz em trabalhar com Zé Márcio.

“De nada adianta ter um bom produto se você não sabe vender. Mais difícil que fazer sucesso, é preservar esse sucesso. Estou adorando trabalhar no Boom. Zé Márcio é um excelente patrão. Tem sempre gente bonita entrando e saindo”.

Drika também já atou como Marchand de uma renomada escultora. Por isso, é bastante solicitada para fazer levantamentos para hotéis e pousadas da região na escolha da obra de arte, hoje está desenvolvendo um levantamento para uma pousada em João Fernandes que será referência no turismo internacional classe AA. Mesmo feliz com o trabalho no Boom, Drika acredita que já é o momento de retomar alguns projetos que reativará sua marca, Drika Nogueira Produções e a DNA. Esta desenvolvendo projetos no seguimento de moda e cultura para a cidade aceitando a um convite do Iate Club pela família do comodoro.

27 de junho de 2008 – O Perú Molhado

Flagras

Faz mais de 27 anos que a gente denuncia esta "caixa de luz" que está dependurada em plena Turíbio de Farias. É uma obra de um artistaeletricista anônimo, que só quando quebrar a cabeça de um nativo, vai ser levado a sério.

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No dia do aniversário do pastor Luciano, da Igreja Metodista Central, a fachada da mesma amanheceu assim.

Este grande buraco vai dar lugar a um belíssimo portal.

Ele já foi a várias partes do mundo da fé, desde Israel até Inglaterra, berço da doutrina metodista, e garante que a fachada ficará deslumbrantemente iluminada.

As casas da rua Rui Barbosa continuam crescendo, para cima.

O BRASIL DIMINUI AS DESIGUALDADES. A VIDA DOS GAÚCHOS MELHORA. Aqui no Rio Grande do Sul, você pode ver ações do Governo Federal, em parceria com o estado e os municípios, que reduzem as desigualdades sociais e melhoram a qualidade da educação.

Veja algumas das ações e obras em andamento: s 402.362 famílias gaúchas levam uma vida mais digna com o Bolsa Família. s Mais de 280 mil famílias de agricultores do Rio Grande do Sul têm crédito, assistência técnica e segurança com o Pronaf. s 57.580 famílias gaúchas agora têm energia para produzir e viver melhor com o Luz para Todos. s 4,3 bilhões de reais para obras de saneamento e urbanização em 221 municípios no estado vão

www.maisbrasil.gov.br melhorar a qualidade de vida da população e ajudar a despoluir a bacia dos Rios dos Sinos e Gravataí. s 369.001 empregos criados, com carteira assinada, nos últimos 5 anos. s Criação de 13 pólos universitários e mais de 15 mil novas vagas nas universidades federais www.maisbrasil.gov.br do estado. s 29.542 estudantes entraram na faculdade com bolsas do ProUni. s 15 novas escolas técnicas federais vão levar ensino profissionalizante para mais 18.000 estudantes.

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27 de junho de 2008 – O Perú Molhado

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Agenda Cinema Cine Bardot - LADY CHATTERLEY (França / Bélgica / Inglaterra): 2006 - 168 Min - Drama. De: Pascale Ferran. Com: Marina Hands, Jean-Louis, Hippolyte, Hélène Alexandridis.

Dias: Sexta 21:00, Sábado 21:00, Domingo 19:00.

EFEITO DOMINÓ (Inglaterra): 2008 - 110 Min - Suspense. De: Roger Donaldson. Com: Jason Statham, Saffron Burrows, Stephen Campbell, Daniel Mays. Dias: Sexta 19:00 Sábado 19:00 Domingo 21:00.

Ingressos: R$ 16,00. Veja também a programação no site: www.viladomar.com. Informações: 22 – 2623.1298

Artes Plásticas Jardim de Esculturas de Cerâmica e Ateliê Rainho – Rua Hibisco, 6 - Bosque de Geribá – Tel. 2623-2146 – Email: alrai@terra.com.br Abigail V. Schlemm – Pinturas. Rua das Pedras 151.

M. Dalto – Exposição: Natureza VIVA. Atelier aberto ao público. Av. José Bento Ribeiro Dantas, 5350. Manguinhos.

Flory Menezes – Esculturas e exposições.

Atelier: Galeria Búzios Rua das Pedras, 168/8.Tel/fax: (21) 2512-4376 ou 99834178.

Atelier Everenice Tamanini – Arte naif.

Rua das Pedras, 266. Tel.: (22) 9259-3007.

Vilmar Madruga – Ateleir com exposição permanente da obra do artista. Rua das Pedras, 27/loja 4. Tel.: 2623-7452 Carlos Lima – Atelier de pintura. Aldeia de Geribá, 8. Tel.: 2623-6743.

Atelier João Carlos Moura - (21) 24340426 Anauê Mosaicos e Esculturas – Rua das Pedras, 266 – loja 04. Telefone: 2623-2225 Atelier Decor-Resina – Peças exclusivas em materiais nobres misturados com resina cristal.

Rua Vila das Aroeiras, no 180. Tel.: (21) 97293795 Atelier Mar e Mato - André Cira - Pinturas, esculturas e técnicas mistas. Alameda das Bromélias, 10. Tel.: 22 2629-1616.

Lula Moraes – Loteamento Pórtico de Búzios- lote 23, quadra 05. Atrás do Hospital Municipal. Bairro São José. 2623-5744.

Celina Lisbôa Atelier – Exposição permanente de pintura, escultura e cerâmica. Rua

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das Pedras, 168/loja 7. Tel.: 2623-6924 Mosaicos Tio Nego – Exposição no campo do Ninil (na curva do aeroporto). Só até domingo.

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E-mail: esterale@terra.com.br Julián Juaréz - artista plástico - Tel: 26337037 / 9209-6364. julian23artistaplastico@ hotmail.com. Rua Nicolau Antônio Estevão, 68 • Alto da Boa Vista • Rasa.

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27 de junho de 2008 – O Perú Molhado

AS FICANTES, ou Garota, sua batata está assando Por Eduardo Almeida, ensinando as garotas que o “barato” pode sair caro, pela vida afora.

Existe provérbio hassídico que diz que a vida é um “fio da navalha” que quer dizer : De um lado, o Inferno. Do outro, o Inferno. E o único Paraíso que temos ao nosso alcance consiste em nos mantermos delicadamente sobre o fio de uma lamina. É o fio da navalha. Anos atrás a moda entre os jovens passou a ser ¨FICAR¨. De início não entendia nada, mas como tenho filhos jovens logo entendi que ¨Ficar¨era o garoto ir a uma discoteca e conhecer uma garota e dançar, conversar e ao final dar uns beijinhos na parceira. Iam embora cada um para sua casa e no dia seguinte se fosse o caso ligariam um para o outro e aí o ficar virava namorar. Mas aos poucos o negócio ficou bom e ao invés de ser o início de uma relação, possível casamento, o ficar virou meio de pegar todas sem se comprometer com nenhuma. As garotas por sua vez também se acostumaram, e a rotatividade passou a ser uma constante na relação dos jovens.

O ¨ficar¨ passou a superar o namorar, o noivar, o casar. Os programas de televisão incentivavam essa ficação, os jovens se conheciam e incentivados pelos apresentadores bonitões, logo iam dando beijinhos e beijões. Tudo isso na frente de milhões de telespectadores. Eu, coroa, achava esquisito aquela galinhagem, mas como diziam na antiga Roma: ¨o tempore , o mores¨ que quer dizer: ¨ uma exclamação de criticar nos dias de hoje atitudes e tendências ¨. Mas sabia que a coisa não ia dar certo, Tinha tanta certeza, que outro dia ouvi o termo ¨FICANTE¨ e já agora não mais para dançar, dar abraçinhos e beijinhos e sim para transar mesmo. A garota dizia; ¨o meu ficante favorito é muito gostoso¨. Caramba, estou falando de jovens como nossos filhos, educados com carinho e amor.

Com nosso sacrifício para terem tudo na hora que precisarem. Vejo nessa ficação, um caminho que leva o nada

ao lugar nenhum, mas que passa pelas DST (doenças sexualmente transmissíveis), pelos riscos de uma relação com o NADA, apenas como um meio de satisfação sexual, e aí o jovem começa a caminhar no ¨FIO DA NAVALHA¨ tendo o inferno dos dois lados. Se você tem uma filha que namora um garoto que não é bom da bola, você sabe que atitude tomar no caso dele aprontar alguma, ele deve ter uma família, alguém que você pode cobrar alguma atitude, mas se sua filha tem relação com um ficante, ainda mais quando o conheceu na internet, onde o nome do ficante é um nick, aí então sua filha DANÇOU. Se o ficante for pineu, um maluco, sua filha de repente está envolvida com dois ficantes, três ficantes, desmoralizada e prostituída. E aí o FIO DA NAVALHA é muito estreito para tanta gente e o inferno é o único caminho. Por isso jovem, cuidado com a ficação, no inicio tudo bem, pode ficar por um fim de semana, é o período do estágio probatório, mas PELO AMOR DE DEUS, não se transforme em uma FICANTE. Como minha contribuição para essa Internet sem controle que rola por aí, sugiro que TODAS AS LAN HOUSES, identifiquem os seus usuários, anotando nome e documento de identificação, bem como dia e hora da utilização do terminal do computador.

Da maneira que está o tarado, marginal, pedófilo, abre em um Cyber Café, uma conta na hora, de uma Internet grátis e sem qualquer controle faz o Diabo. E os policiais dos crimes na internet, não conseguem levantar nada caso ocorra corrupção, pedofilias, ameaças, etc., etc. É simples, basta apenas um controle mínimo. Meus legisladores: vamos fazer lei mais severa obrigando essa fiscalização, afinal temos filhos e filhas. Não vamos dar mole, e chega de ficantes.

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As ficantes do Dr. Eduardo da época da escola primária, posando na Bee

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