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9 de janeiro de 2009 - www.ope­ru­mo­lha­do.com.br Edição 896 • ANO XXIX

Troco a praia da Tartaruga por uma cabrita 'usada'

O MAIOR

Págs. 4, 5 e 6

JOR­NAL

BÚZIOS

Chegay para ficar

Amor Pantográfico

Pág. 7

Pág.2

Um jornal cego, surdo e mudo

O Perú Pantográfico (o que abre e fecha) Quem não se assustou quando era criança e já sabia ler, ao entrar no elevador de grades antigas e dar com aquela ameaça: “Cuidado! Porta Pantográfica, não se aproxime, pode até perder os dedos, ela fecha rápida, automática e violentamente”. O pior é que até hoje elas ainda não foram aposentadas nos velhos prédios de Copacabana e Paris, com seus elevadorzinhos pequenos, estreitos e suas portas assassinas. E seus maiores fabricantes são os alemães. Será que querem se vingar da destruição pelos aliados nas derrotas das duas guerras mundiais? Aliás, lá na Cidade Luz, é ótimo dar aqueles amassos nos mini-ascenseurs, sempre com a possibilidade das pantográficas fecharem ou abrirem abruptamente. Ao sexo se junta a adrenalina do perigo e a excitação do imponderável das velhas, rápidas e potentes portas. E a primeira pantográfica a gente nunca esquece, já experimentou alguma delas hoje? Pena que aqui em Búzios não tenha edifícios para nos inundar de pantografia, ou seria pornografia? O bom político também tem de ser meio pantográfico: rápido no gatilho, ameaçador, sempre pronto a amassar seus adversários, apavorar quem se opõe a seus propósitos da pantografia como fala o dicionário do Mestre Aurélio, para chegar a seus objetivos nada pacíficos, pra conseguir chegar celeremente aos lucros da corrupção, como se fosse uma simples porta pantográfica. Sem deixar vestígios. Diante da nostálgica ressurreição das pantográficas o Perú Molhado já está pensando em instalar as tais portas na entrada de sua redação. Por que não? Precisamos de atualização e nos adequar à nova realidade da política buziana.

Editorial

Con­se­lho edi­to­rial Bri­git­te Bar­dot, Clau­dio Kuck, Ivald Gra­na­to, Jo­mar Pe­rei­ra da Sil­va, Fi­no Quin­ta­ni­lha, Re­na­ ta Des­champs, Ota­vi­nho, Humberto e Clau­dio Mo­dia­no, Er­nes­to Za­bo­tinsky, Tra­ja­no Ri­bei­ro, Re­na­to Pa­co­te, Jor­ge Te­des­co, Clau­dio Co­hen, Lau­ritz Lach­man, Gui­lher­me Araú­jo, Pe­dro Pau­ lo Bul­cão, Pau­lo Ma­ria­ni, Al­ber­to Fan­ti­ni, Ma­rie Anick e Jac­ques Mer­cier, Ara­guacy da Sil­va Mel­lo, Luis Ed­mun­do Cos­ta Lei­te, Mar­cos Pau­lo, Elie Sha­ye­vitz, Jo­nas Suas­su­na, Gló­ria Ma­ria, Rui Castro, Heloísa Seixas, Márcio Fortes, Luis Fernando Pedroso e Lula Vieira.

Di­re­tor Mar­ce­lo Lar­ti­gue

Ma­rio Hen­ri­ques e Pe­dro Luis Lar­ti­gue

Jor­na­lis­ta res­pon­sá­vel Hamber R. de Carvalho Ge­rên­cia de Ven­das (reg. prof. 13.501 DRT/RJ) Rio: Tráfego Publici­ dade & Marketing Tel: (21) 2532-1329 Editor de fotografia Me­ce­nas Gonzalo Arselli Umberto Mo­dia­no Re­pór­ter Im­pres­são San­dro Pei­xo­to Ediouro Anibal Fernando Cláudio Kuki Diretora de Distribuição Cristina Albuquerque Pro­du­ção Grá­fi­ca Ca­ro­li­ne Moreira Arquivo e Assinatura Marcela F. Silva Valdete Rangel Amaral

Fun­da­do­res

O Pe­rú Mo­lha­do / Edi­to­ra Mi­ramar CNPJ: 02.886.214/0001-32 Pra­ça San­tos Du­mont, 333 - sobrelo­ja Cep 28 950-000 – Cen­tro - Ar­ma­ção de Bú­zios – RJ Celular/redação: (22) 8128-3781 / 9216-3361 Comercial: 9959-9143 E-mail: ope­ru­mo­lha­do@glo­bo.com operumolhado@gmail.com Si­te: www.ope­ru­mo­lha­do.com.br

(22) 2623-2100

RECEPTIVO

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Rua Geminiano José Luis, 3 Centro • Búzios mistertours@mar.com.br 9 de janeiro de 2009 – O Perú Molhado

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AOS BUZIANOS

omo é do conhecimento público, de 26 a 30 de novembro último se realizou na nossa cidade a 14º edição do Búzios Cine Festival.

A Prefeitura Municipal de Armação dos Búzios, através do seu prefeito Antonio Carlos Pereira da Cunha (o Toninho Branco) e do Secretário de Turismo e Cultura Luiz Romano, assumiu o compromisso de apoiar o evento, segundo consta em toda a midia impressa e pelas próprias palavras do Secretário no seu discurso de abertura da cerimônia ocorrida no Gran Cine Bardot, diante de uma platéia de autorida-

des e convidados.

Mesmo assim e sem nehuma explicação pertinente, os compromissos financeiros não foram honrados por estas autoridades dando um prejuizo de R$ 70.000,00 (setenta mil reais) aos organizadores do evento. É nossa intenção informar a todos os amigos e comerciantes solidários de Búzios que poderão verse afetados por esta situação que o Gran Cine Bardot e a Total Filmes, realizadores do Festival há 14 anos, honrarão todas as dívidas contraídas por motivo da realização do mesmo. Acreditamos fervorosamente na importância do Gran Cine Bardot e do Festival de

Cinema para a cidade de Búzios e para a identidade dos buzianos. Por este motivo, atitudes desta categoria - que rogamos a Deus e as urnas sejam definitivamente banidas da nossa terra - mesmo nos abalando, nao impedirão que continuemos trabalhando com empenho e firmeza para que, em novembro de 2009, possamos realizar a 15º edição do Búzios Cine Festival que a cidade de Buzios, com tanto sucesso, acolhe e merece.

Atenciosamente, Vilma Lustosa e Mario Jose Paz. Diretores do Buzios Cine Festival.

Esta é uma peça chamada escapulário de porta. É fabricada artesanalmente, com as próprias mãos da Ana da Rasa.

Encontra-se à venda na loja Âmbar pela bagatela de R$ 44,00.

Luizinho, o proprietário, amiguinho do Armando Mattos, oferece suculento desconto se consumido com um bom café da manhã no Madame Toffie, de nossa amiguinha Sonia.

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Você trocaria a Tartaruga por um Fusca?

Q

ue tal ser dono da Praia da Tartaruga, seus terrenos e espaços com vista total pro mar, ou trocar tudo isso por um Fuscão Preto 1954, mais duas casinhas de pescador na Armação? Pois a segunda opção foi a escolhida pelo Dr. Rodolpho Luiz Figueira de Mello na década de 50, então com 45 anos e dono de hospital em Correas, que investiu toda sua grana na época no sonho do Volkswagen, vindo diretamente da Alemanha. Quem ri bem-humorado contando isto é seu filho também médico, coordenador da unidade da Unimed em Itaipava, João Baptista. Ele deixou da herdar a Tartaruga – seu pai teve um enfarte fulminante e morreu um ano depois da compra - mas vai sempre de sua casa em Araras até o trabalho no fusca com placa de Petrópolis (KUV 2972), agora alvinegro apesar de sua paixão pelo Tricolor das Laranjeiras. Quando o Fluminense ganha ele toma café em cinco padarias diferentes, só pra sacanear os adversários flamenguistas, vascaínos ou botafoguenses que as freqüentam. O carro está impecável, conservado, apesar do Marcelo Lartigue, o taxista buziano William e eu termos de empurrá-lo porque não pegava de jeito nenhum: caprichos do velho carburador, giglê e platinado. Já as casinhas não existem mais... O clínico-geral e pneumologista disse ao Perú que recentemente um colecionador ofereceu R$ 30 mil pelo fusquinha. Claro que ele rejeitou a proposta e pensou: quanto valeria hoje a Praia da Tartaruga inteirinha?

Por Cláudio Kuck

A famosa Praia da Tartaruga

Surf e caça-submarina

- João Figueira de Mello (64) veio à primeira vez com os pais a Búzios quando tinha apenas 7 anos. Gostou tanto que até os 17 fazia todos finais de semana a viagem Rio-Armação, que levava em média seis horas, ou mais se a fila nas barcas para Niterói estivesse muito grande. A situação mudou pouco, antes era o engarrafamento na barca e agora na ponte que a substituiu no transporte dos automóveis, caminhões e ônibus. Aqui no balneário ele andava a cavalo na Ferradura, surfava, velejava, mergulhava, praticava caça-submarina e wind surf. Foi campeão sul-americano no Peru e reserva da equipe brasileira campeã mundial em 1966, que tinha o Charuto (dono da Richard´s), Paulinho, Gandola e outros cobras da modalidade. Baptista chegou a ganhar a vida como pescador, usando espinhel, rede pra lagosta e lembra: “Havia verdadeiras montanhas de Bonito e outros peixes, um espetáculo”. Foi estudar Medicina depois por pressão da mãe, entrando para a UniRio no terceiro vestibular que tentou. Sua turma era boa de anzol, mas ironiza o amigo Marinho Veiga de Almeida (da UVA), “é meio leigo em pescarias”. Quem comprava tudo era o Joaquim Maia, que transportava o pescado em seu caminhão para Cabo Frio. Era também o dono do único posto de combustível em Manguinhos, do telefone, peixaria etc. Não dava pra brigar com o cara...

E as cabritas?

Veja na página ao lado.

Pescadores eram donos das praias Figueira de Mello conta que naqueles tempos os pescadores eram ‘donos’ das parias, que funcionavam como uma espécie de capitania hereditária. Ninguém tinha papel de nada e mesmo sem qualquer lei escrita, cada um deles tomava conta e tinha direitos totais em seu pedaço de areia e mar. O primeiro arrastão era privilégio deles, que também davam ‘licença’ para outros pescarem depois. O ‘dono’ da Azeda, por exemplo, era o pescador Fanor. Outro ‘donatário’ era Seu Áscoli, casado com Dona Florzinha (fazia o melhor pirão de cabeça de peixe do pedaço). Ele se orgulhava de mostrar aos visitantes “o picão de madeira”, um enorme ‘perú’ que guardava embaixo da cama. Tinha também o Estevão, pescador e grande amigo de João, que depois

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João Baptista e seu fusca 54

inspirou o nome de seu filho. Outro mestre das redes e marés da época era o Beloni, que tinha quase um ‘cardume’ de filhos, costumando repetir: “Cada enxadada vem uma minhoca”. Pois não é que a mulher de seu vizinho Dagil da venda dos Ossos, não podia

ter filhos e ele deu a eles o garoto Cuca, que passou a ter dois pais e duas mães.

O pessoal costumava também tomar uma e jogar sinuca, em botequim nas areias dos Ossos, rodeado de casinhas de pescadores.

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40 dias sem tomar banho João Baptista já formado casou depois e enriqueceu a família com os filhos Silvia, Estevão e Joana, todos também adeptos da pesca, surfe e vela. A mãe deles, a chilena Soledad, namorava antes o surfista ‘Persegue’ e adorava pegar onda, o que fez seu futuro marido apaixonado por ela entrar para a tribo das pranchas.

Seu pai era católico, mas ele acabou se tornando ateu e batizou Silvinha e Estevão – tinha o apelido de Zé por causa do personagem dos quadrinhos Andy Cap (Zé do Boné) – jogando-os com dois meses no mar calmo dos Ossos. A Joaninha foi batizada na igreja mesmo, mas o padrinho escolhido Marinho chegou meio ‘torto’ no templo, o padre não o aceitou e teve que ser substituído. E o Zé, hoje é dono de um dos melhores points da nossa Armação, ali na Orla Bardot, o bar que leva seu nome. Figueira de Mello lembra orgulhoso: “O garoto passou três anos na Austrália, sempre trabalhando em restaurante, administrando e adquirindo experiência, sem nunca aceitar dinheiro vindo do Brasil. Hoje é um craque no setor”. E fala ainda com o maior carinho do seu pai Rodolpho, que o chamava de Capitão do Mato por passar muito tempo sem tomar banho, como os antigos caçadores de escravos fugidos. “Ainda me protegia das broncas de mamãe, me ensinando a entrar no banheiro, ligar a ducha e só molhar o cabelo, para fingir e ela não desconfiar. Uma vez passei 40 dias sem me banhar”. Mais tarde teve casos com mulheres famosas e casou algumas vezes, como com a atriz Ciça Guimarães. Ele ri explicando que se acostumou com a TPM, porque entre seu irmão mais velho e ele vieram seis irmãs... Hoje se aventura pelo mundo das panelas e temperos fazendo um curso de culinária.

Mimosa, a cabrita cobiçada João Baptista narra às gargalhadas as aventuras da garotada pré-adolescente ingênua de sua turma, na Búzios antiga, de outros costumes e freqüência. Cita casos deles sempre ‘caçando’, contando vantagens. A meninada de 13, 14 anos segurando as éguas para se ‘divertir’, sendo que teria uma que ao ver a molecada se aproximando já ia pro barranco se ajeitando na espera.

Mas a preferência maior era pelas cabritas selvagens da ilha Feia e outras próximas, “porque eram mais excitantes, tinhosas, resistiam”. Depois de carimbar o Charuto (não o da banca e sim da Richard´s) como o maior contador de histórias do mundo, ele garante que os dois estavam numa ilhazinha de Cabo Frio e viram uma linda cabrita branca, quase sendo engolida pela maré e a resgataram de barco. Batizaram a bichinha de Mimosa em homenagem ao seu charme sexy e o amigo a levou para sua casa junto à Praça Nossa

Senhora da Paz, no Rio. Amor à primeira vista. Não é que a nossa querida Soledad também andou passeando com a Mimosa pelas ruas de Ipanema! A cabritinha dengosa andou pra lá e pra cá e acabou retornando pra região dos Lagos, onde se tornou a mais cobiçada ‘fêmea’ pelo grupo de garotos, “gerando até cenas de ciúme e disputas”. Pedimos uma foto para provar a existência da Mimosa e ele apenas sorriu enigmático: “Faz tanto tempo... e ela já morreu há muitos anos...” Imaginação de meninos? Marcelo Lartigue lembra que uma vez entrevistava Tom Jobim pro Perú Molhado e após alguns uísques o genial compositor olhou o horizonte da praia de Manguinhos no Restaurante Feijão Tropeiro e confidenciou: “Eu e meus amiguinhos costumávamos e gostávamos muito de transar com as cabritas ali da Ilha Feia”. Um pequeno detalhe: o maestro nunca passou nem perto de lá... (CK)

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Chegay lá,

9 de janeiro de 2009 – O Perú Molhado

- disse Ruy Borba

esportes, samba, carnaval e trabalho quando necessário.

Se tudo der errado, vamos às igrejas e pedimos perdão.

Até a próxima recaída. Perdoamos também os nossos dirigentes. E como.

O Dr Ruy é bem vindo. Ele representa a nossa seriedade e bom senso. Veio para nos educar. Estamos todos na fundição bem-te-vi que resolveu a Rasa e agora alça novos vôos. Acredita piamente em Deus e quase foi frade beneditino.

VAMOS AOS FATOS Ele assumiu a secretaria do Planejamento e Gestão. Trocando em miúdos: é o homem forte do governo que já se instalou na estrada da Usina, nossa Casa Rosada, que se depender dele será a casa branca.

O céu administrativo.

O nosso branco Obama. Finalmente Búzios entra no século XXI, com algum atraso. Estaremos integrados a esse imenso Brasil, com todas suas contradições. Invadirão nossa praia.

O Dr Ruy tem todas as qualificações para nos dirigir nessa direção. No primeiro ato da Prefeitura demitiram 48% dos funcionários. Esclarece esse Ato Institucional nº 1, que isso, vai representar 30% de economia aos cofres Municipais. Estamos condenados ao progresso. Vamos ficar todos saudáveis, limpos, barbeados e talvez moremos de frente para a praia de João Fernandes. E vamos levar nossos filhos para passear na Disneylândia. Fantástico.

Eu pessoalmente estou nessa porque quero conhecer o pato Donald. Mas prefiro ainda, como muitos buzianos, a bela adormecida. Mas tem também o querido Pinóquio.

Só mesmo um homem dos Pampas, dos valentes, para nos botar na linha.

Caiu em nossas mãos – aqui, no Peru – dois Diários Oficiais da União, onde o Dr. Ruy foi condenado duas vezes por má gestão de empresas, manipulação e outras coisas. Mas não vamos entrar em detalhes. As multas nele aplicadas foram astronômicas. Mas ele as pagou religiosamente. Afinal, lanternas traseiras de Mercedes custam caro.

E manter apartamentos no estrangeiro mais ainda. Sem falar na mansão da Av. Paulista.

Todo mundo sabe que governar é a coisa mais simples: cuidar muito bem das crianças, tranqüilidade para os mais velhos e trabalho para a turma do meio. E mais uma coisinha: alianças eleitorais foram feitas para não serem cumpridas. Estamos conversados.

Búzios finalmente entra no século XXI

O

Dr Hosmany Ramos, esse é médico e um bom exemplo de honradez. Condenado a mais de 50 anos, avisou logo quando lhe deram o indulto de natal: “Eu não vou voltar”. Mesmo assim ganhou a liberdade provisória para comemorar as festas de final do ano no seio da família, depois de criticar duramente as condições carcerárias.

Talvez com certa inveja do Cacciola e do Sr. Daniel Dantas, que demitiu metade da Polícia Federal e responde em liberdade por fraudes financeiras. Nada a opor, porque esse delito todos nós gostaríamos de cometer.

Mas só nos resta acertar na loteria explorada pelo governo, que banca o jogo. Mas os bicheiros, e os caça níqueis estão sempre na mira da polícia, sua parceira que se esforça para manter as aparências. A vida é assim: todos gostaríamos de ser banqueiros ou especuladores da Bolsa porque sabemos que ali não há falência. Vocês já viram algum banqueiro arruinado morando debaixo do viaduto?

Portanto o que queremos dizer é que as regras do jogo variam. Só não variam para nós, pobres mortais.

Assalariados, desempregados, esses que andam pelos bares,vão às arquibancadas do futebol e que moram com os filhos e mulheres precocemente envelhecidas, meio gordinhas. Assistem os conselhos econômicos da TV Globo, com seus analistas especializados e, se a TV pifar, vamos para as filas dos Procons da vida. Nosso negócio é comer pão mesmo. Que os brioches continuam aconselhados pelas Marias Antonietas da vida, mas longe do nosso alcance. E o pior dia é quando acaba o gás, vem a conta da luz e vence o aluguel. E a mulher declara guerra de sexo porque ouviu os conselhos da Ana Maria Brega, à respeito do tal controle de natalidade. É dose.

Eis onde quero chegar: uma vez dr. Ruy na sua coluna me chamou de Lima Barreto de subúrbio, aquele que cunhou a frase “ou o Brasil acaba com a saúva, ou a saúva acaba com o Brasil”, no seu romance “Policarpo Quaresma”, um reformador que abandonou a cidade foi para o campo, não mudou nada e perdeu os dentes. Um a um. Achei até um elogio.

Modestamente, eu já dirigi o jornal dele, O ‘Primeira Hora’. Uma redação com seis repórteres, diagramadores, mil computadores, carros de reportagem, secretárias, etc. E põe mais nisso. Até que um dia botei na primeira página uma foto imensa de uma pequena onça que passeava tranqüila por Geribá certamente aborrecida nas Emerências, seu habitat natural. Achei eu, ingenuamente, que essa ação daria talvez mais consciência ecológica do que os verdes que temos, que não cultivam nem plantas na varanda...

A partir daí fui perdendo pouco a pouco meu emprego. Virei colunista, depois repórter de esportes. E saí, ou saíram comigo. Um ano atrás – ou mais – mandei recado por uma amiga para voltar a escrever uma coluna. Fui esculhambado na sua coluna. Virei um mendigo do jornalismo na boca dele. Que em seguida “enxugou a folha” - termo técnico que quer dizer demitir muita gente. E dedicou-se a escrever o jornal praticamente sozinho. Um jornal mal humorado, chato mesmo, sob a vestimenta de representar a sociedade civil. Eu não sei o que é isso, mas sei certamente que o buziano não é assim.

Portanto o Dr. Ruy no governo – e esse é o nosso temor - pode representar essa dose carregada de acidez. Mas vamos mudar de assunto.

Talvez estejamos mesmo precisando de disciplina, talvez de maior seriedade, responsabilidade e todas essas coisas que nunca deram certo no Brasil. Somos um pouco tudo isso de outra forma. Somos meninos e meninas grandes, sorridentes, enquistados numa linda península, que dá peixe e abençoada por Deus. Cheia de mar, matas e lagoas. Somos seres tropicais. Gostamos de praia,

Por Aníbal Fernando

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Marcelo Freixo, o cavaleiro solitário Os dois Marcelos, o Freixo e o Lartigue, homens bravos do Brasil

Em maio de 2008, pegamos a lanterna de Homero e partimos para a Alerj (Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro) a procura de um deputado honesto. E não é que conseguimos! Entre Piccianis, Cozzolinos e Natalinos da vida encontramos o Deputado Estadual Marcelo Freixo, único representante do PSOL naquela casa.

Não é fácil ser Marcelo Freixo. O ex-professor trabalha cercado de inimigos. Após a denuncia do Bolsa Educação (aonde certos assessores tinham até 18 filhos) passou a andar com segurança 24 horas por dia. É um milagre que ainda esteja vivo. Ou um alento. Mostra que a ainda podemos confiar na polícia. Foi Marcelo Freixo que brigou quase que sozinho para a criação da CPI das Milícias que acabou prendendo o Deputado Natalino e seu irmão, o vereador Jerominho.

Os dois estão presos acusados de chefiar

milícias na cidade e renunciaram aos seus mandatos. Foi também Marcelo Freixo o único a encaminhar denuncia a Corregedoria da Alerj, contra o deputado Alair Correa (um deputado ausente nas palavras do representante do PSOL) no caso dos cartões.

Quem não lembra ou não sabe do que estamos falando, o principal assessor de Alair Corrêa foi pego em flagrante num banco, em Cabo Frio, com dezenas de cartões de contas bancárias.

Não bastassem os corruptos - que não são poucos - o deputado ainda tem que lutar conta os religiosos da casa, principalmente os evangélicos que querem impor uma lógica moral religiosa, sobre as decisões públicas.

Como se vê, o nobre deputado está em maus lençóis.

'Deputados de Programa'... do programa Casseta & Planeta

Pressionada por deputados, a Procurado- tivadas. ria da Câmara vai reclamar junto à Rede Os humoristas do Casseta & Planeta não Globo pelas alusões feitas no programa quiseram falar sobre o assunto, dizendo "Casseta & Planeta" exibido terça-feira não querer "dar importância à concorrênpassada. Os parlamentares reclamaram es- cia". pecialmente do quadro em que foram cha- Agora vem o melhor: A nota de esclarecimento é um primor, vejam: mados de "deputados de programa".

Nele, uma prostituta fica indignada quan- NOTA DE ESCLARECIMENTO: "Foi com surpresa que nós, integrantes do do lhe perguntam se é deputada.

O quadro em que são vacinados contra a Grupo CASSETA & PLANETA, tomamos "febre afurtosa" também provocou cons- conhecimento, através da imprensa, da intenção do presitrangimento. dente da Câmara Na noite de dos Deputados de quarta-feira, nos processar por um grupo de causa de uma piadeputados esda veiculada em teve na Pronosso programa de curadoria da televisão. Em vista Câmara para disso, gostaríamos assistir à fita O deputado de olho na de esclarecer aldo progracobertura jornalística guns pontos: ma. Segundo 1. Em nenhum o procurador momento tiveRicardo Izar mos a intenção de (PMDB-SP), ofender deputados duas parlaou prostitutas. O objetivo da piada era somentares choraram.

Izar se encontrará segunda-feira com re- mente comparar duas categorias profissiopresentantes da emissora, para tentar um nais que aceitam dinheiro para mudar de acordo, antes de recorrer à Justiça. O pre- posição. sidente da Câmara também se disse indig- 2. Não vemos nenhum problema em ceder um espaço para o direito de resposta dos nado: O programa passou dos limites. Eles têm deputados. Pelo contrário, consideramos o talento suficiente para fazer graça sem quadro muito adequado e condizente com desqualificar a instituição, que garante a a linha do programa. liberdade para que façam graça. O diretor 3. Caso, se decidam pelo direito de resposda Central Globo de Comunicação, Luís ta, informamos que nossas gravações ocorErlanger, disse que a rede só se pronuncia rem às segundas-feiras, o que obrigará os sobre ações judiciais, depois de serem efe- deputados a "interromper seu descanso".

No Porto da Barra, o brinde é o ano todo!

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om a posse de mais um governo, eles estão de volta.

Estamos falando dos muquiranas, uma espécie brasileira que não sobrevive sem um carguinho político. Já bem adaptados ao

cenário buziano, a cada eleição eles cresce sem controle. Quem sabe, tenhamos que chamara o IBAMA, ou o exército israelense, para conter essa praga. Enquanto os técnicos não vêm, resta ao prefeito eleito – quase sempre dependente dos muquira-

nas- e aos cidadãos de bem tentar frear os impulsos desses sem-vergonha em direção as tetas do governo.

Estamos de olho e sabemos os nomes de todos, mas, eles não estão parados.

Formaram um bloco e criaram até mesmo

uma oração. Todas as noites antes de dormir, se ajoelham ao lado da cama e oram pelo senhor supremo, o homem que pode abrir as portas da prefeitura, o todo poderoso que mudará suas vidas. A seguir e em primeira mão, A Oração dos Muquiranas.

Oração dos muquiranas ( Boca Maldita) Venho a vós, senhor todo poderoso prefeito Mirinho Braga pedir uma graça Venho a vós, oh! Senhor! Rogar pelo carguinho prometido na campanha Oh! Todo poderoso!

Mil e quinhentos não dá Mas, três mil podemos conversar Depois de 4 anos de espera Já não dá mais para esperar

Mas, senhor. Oh! Senhor! Senhor prefeito Mirinho Braga Meu Senhor. Tu que és Magnânimo. Que a tudo vê e controla Perdoai-me Senhor por ter votado contra tuas contas Por ter dado entrevistas ao Perú Molhado

(aquele jornal pecaminoso) Perdoai-me Senhor por ser amigo do Nani Por ter tomado café com Salviano Por ter conversado com Odair E principalmente por ter acreditado em São Rodolfo

Se me deres a boquinha desejada Senhor Serei teu servo Te amarei por todo o mandato Enquanto o bifinho correr serei teu e de mais ninguém Porém...

Se a fonte secar Oh! Senhor!

Oh! Senhor prefeito Mirinho Braga Lembra-i de mim Senhor Lembra-i da minha esposa Lembra-i dos meus filhos E dos meus enteados Oh! Senhor prefeito, sabedor de toda a verdade Oh! Senhor. Se pensares melhor nesse filho que sempre lhe foi fiel Arrume um contratinho terceirizado.

Senhor. Preciso de uma boquinha melhor.

Oh! Senhor!

Pode ser até para pintar meio-fio.

Mas não me deixe na mão Glória a Deus! Aleluia!

Oh! Senhor!

Perdoai-me por ter votado em Toninho Sei que aos seus olhos é um pecado mortal

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Privilège esbanja charme com sua performance Abrindo a temporada verão 2009 o Privilège saiu na frente mais uma vez com sua performance parando as ruas de Búzios. Um espetáculo de cores e movimentos leva a performance para o centro da cidade e direto para a pista de dança, produzindo momentos lúdicos e cheios de fetiche. Coordenada por Manoel Barros e Junior Brazil, produtores em Ibiza, as performances brincam com a imaginação e o desejo.

Gee Moore e o amigo Claudinho do Deep

Sylvana Graça e suas amigas na reabertura do Privilège

Tô nem aí. A Rádio Corredor informa. Os deputados Alair Corrêa e Zito de Caxias foram os que mais faltaram às sessões em 2008. Os dois deputados faltaram principalmente as sessões que aconteceram durante o período eleitoral. Tanto Zito quanto Alair foram candidatos a prefeito em suas respectivas cidades. Zito deu mais sorte e se elegeu.

Number One. Mirinho acertou em cheio ao convidar o ex-vereador Jânio Mendes para assumir a Secretaria de Finanças da nossa cidade. Gênio, ou melhor, Jânio, é uma unanimidade quando ao assunto é finanças públicas na Região dos Lagos.

Alvo móvel. Sérgio Murad finalmente recebeu do governo Mirinho um cargo a altura. O lobista foi nomeado Negociador Internacional Especial do Governo de Búzios para o conflito entre Palestinos e Judeus. Murad embarca na próxima semana para a região da Faixa de Gaza com uma passagem somente de ida.

Vela preta. Já prevendo o futuro, um empresário de visão abriu uma funerária ao lado do Hospital. Sabe como é: - um hospital nas mãos de um corretor de imóveis, uma veterinária e um ex-vereador tudo pode acontecer. Desde já, elegemos o dono da funerária como o Empresário do Ano. Falando em veterinária. Pouca gente sabe, mas, Búzios tem três veterinários concursados e nenhuma ginecologista. O concurso para veterinário foi feito ainda no segundo governo Mirinho. Pela lógica do atual prefeito, Búzios tem mais vacas que mulheres.

José Carlos Jr. trouxe para Búzios o Bora Bora do Gee Moore

Plural. Mirinho mostrou que é um homem de pensamento aberto. Em seu governo tem católicos, evangélicos, judeu, negros, mulheres, homens e até o Ruy Borba. Mirinho está mostrando que realmente não tem nenhum tipo de preconceito.

Estamos aqui. Está sendo criada na cidade mais uma associação. A AEMB (Associação dos Esquecidos de Mirinho Braga) já tem mais de uma dezena de filiados. Os sócios fundadores são: Adilson da Rasa, Mauro do CCAA, Sérgio Murad, Toninho Português, Wilson da Rasa, Badico, Manoel Gomes, Vicente da padaria e Julien.

sa. Ao menos na imobiliária do Pardal, que está vendendo horrores nesse verão. Pardal nunca viu tanto dinheiro. Todos os dias americanos, italianos, ingleses, dinamarqueses e até chineses fazem fila em frente a imobiliária do pardal para comprar imóveis.

O vereador Walmir Nobre lotou seu fusca de eleitoras

Lotado. A crise mundial também não chegou a Tucuns. A Wrobel já vendeu mais de 90% das unidades do SuperClub Breezes.

Marcelo Wrobel está feliz da vida e espera inaugurar o complexo hoteleiro em poucos meses.

Lixo. Moradores do Centro da cidade foram acordados outra noite às três da manhã com o barulho de um caminhão de lixo.

Muitos ficaram sem entender se era sonho ou pesadelo.

No ar. O aeroporto de Cabo Frio está recebendo vôos charter da empresa argentina Andes Líneas Aéreas. São mais de 200 hermanos desembarcando toda semana no município vizinho.

A juíza Isis Penido casou Frederico e Regina Célia Gauz. Fred, nosso eterno vendedor do Perú

Trator. Cuidado com as críticas ao atual governo. É melhor maneirar nas palavras. É que os vereadores de Búzios de maneira suicida autorizaram o prefeito a desapropriar qualquer imóvel de Búzios sem consulta prévia. Uma crítica mais afoita e, sua casa pode ir abaixo.

Atenção. O filho de Claudio Kuck, Denis Kuck está vindo para Búzios editar o Globo Praias. Todo cuidado é pouco.

Dr. Amélio e Neuza do Pescador dividindo um prato feito

Lotes. A crise mundial não chegou a Ra-

Thomas Sastre acompanhando de perto a colocação dos cristais na nova Metodista do Centro

‘Bar da Roberta’

Sabor caseiro com qualidade

O

Restaurante Rio Antigo, recém inaugurado no Shopping Aldeia da Praia (Bento Ribeiro Dantas 5.450), já conhecido como o ‘Bar da Roberta’, está bombando lá em frente da Geribá Pneus. Preço honesto, ambiente agradável e a comida com sabor caseiro da maior qualidade da dona, a excelente chef Roberta Batista. Atendimento personalizado e simpático dela e sua família, como a filha Paloma e o irmão Renan. Lá tem amplo estacionamento e sem flanelinha. O Perú esteve na casa e degustou galinha com quiabo e vários outros pratos.

Aprovados! Cerveja em garrafa, gelada no ponto, por apenas R$ 3 e música ambiente de bom gosto e bem baixinha, sem perturbar os bate-papos dos clientes. Vale à pena experimentar.

O cardápio do Rio Antigo é variado. Que tal provar às terças-feiras o ‘Ipanema’, Frango à Parmegiana com purê? Ou a Feijoada Completa – ‘Lapa’ – nas sextas? O prato ‘Pão de Açúcar’ é carinhoso, bem carioca e é servido aos sábados: bife ace-

bolado. Nas opções mais buzianas temos a ‘Azeda’: filé de peixe ao molho de camarão. E o ‘Manguinhos’ apresenta uma excelente muqueca de peixe, enquanto o ‘Geribá’ serve bobó de camarão. Pra gauchada o prato chama-se ‘Porto Alegre’ e vem com a ‘Galinha com arroz da Elly’. A chef Roberta conseguiu descolar a receita da maior preparadora do prato no Sul: Elly Leonir da Silveira.

A chef Roberta Batista com parte da sua equipe do Rio Antigo

Dicas do Perú

No deck da Galeria Rua da Praia, feito pela turma da Pousada Ilha Branca e da loja de arte do Paulo Nogueira, foi inaugurado um dos cafés mais chiques da cidade, dirigido por Sônia Persiani do Cigalon, com um visual privilegiado. O Perú destaca o sanduíche de rosbife, uma taça de vinho tinto e um café especial.

Reservas no Restaurante Cigalon, aberto a partir das 11h.

Quer saber de tudo que acontece em Búzios?

Receba o Perú Molhado em casa!

Assinatura Anual : R$ 150 (56 edições) Envie-nos um e-mail e saiba de todos detalhes: operumolhado@globo.com 12

9 de janeiro de 2009 – O Perú Molhado

El maestro Por Sandro Peixoto Mais um verão e lá está ele, o grande capitão Leopardi Vladimiro comandando sua imensa nau.

O calor faz o vermelho de seu grande rosto romano ficar ainda mais forte. Gotas de suor escorrem pelas têmporas. A camisa grená se confunde com o todo.

Faz calor. Chove lá fora e todas as mesas do Satyricon e da Capricciosa estão lotadas. Aliás, o nome hoje da casa é Osteria Del Mare.

A fila de espera é longa.

Miro não fica quieto um só minuto. Ao lado de sua esposa Marly vai de mesa em mesa organizando tudo. Parece um maestro, um técnico de futebol. Aponta, chama, indica, questiona. Com dois movimentos coloca tudo em ordem.

Enquanto conversa com esse repórter, olha de soslaio para as mesas ao redor. Está tudo bem.

Revela que mudou o perfil da clientela. “Deve ser por causa da crise e do preço do dólar”, pondera.

A maioria das pessoas sentadas às mesas é brasileira. Gente fina, que em outros momentos estariam em Paris, Roma, Londres ou New York. Por sorte estão na mesa do Satyricon, hoje Osteria.

Não sentirão nenhuma diferença das melhores cozinhas do mundo.

Como homem de visão, Miro, como é mais conhecido, enxerga na situação, uma grande chance de alavancar ainda mais o turismo

em Búzios.

“Temos que investir em publicidade nas cidades ricas do interior do Brasil. Quando essa crise passar, os estrangeiros voltarão, mas, enquanto isso temos que atrair os brasileiros de São Paulo, Campinas, Mato Grosso, Goiás. Esse país está cheio de pessoas de bom gosto e com dinheiro para gastar e Búzios é o único destino brasileiro que pode substituir a altura, uma viagem a Europa”.

Apesar dos elogios a cidade, o empresário acredita que temos muito que melhorar. Investir principalmente em infra-estrutura, manter as ruas limpas e bem iluminadas, melhorar a segurança e principalmente construir uma boa marina, como as que existem nas cidades da Europa. Com isso, espera, a cidade passará a receber turistas de maior poder aquisitivo, invertendo a lógica dos últimos anos.

O Satyricon começou em Búzios, aonde hoje funciona o Mercadinho da Armação do Jacó, com o nome de Oasis. Mudou para a Orla Bardot, onde hoje é o Bistro Voltaire até chegar ao ponto “definitivo”, também na orla Bardot.

Começou de maneira simples - Miro fazia de tudo, comprava, cozinhava, vendia, e as vezes pescava - e logo se transformou num dos melhores restaurantes de comida mediterrânea do país.

Búzios ficou pequena e hoje a marca Satyricom dispensa apresentações.

Miro, o rei da comida mediterrânea

Steak • Seafood Orla Bardot, 382 • Tel: 2623-4986 9 de janeiro de 2009 – O Perú Molhado

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Agenda Cinema Cine Bardot - A Vejinha Campos, por favor não confundir com a Vejinha Rio nem com a Cidinha Campos não informou a profunda programação, mas temos espetáculos todos os dias com Maria Lúcia Prioli, Ligia Azevedo, Aninha Moniagurria do Mário José, que se apresentam na Praia de Geribá, Manguinhos e até na Praça Santos Dumont. As apresentações na praia e na praça são de graça, e no cinema também.

Ingressos: R$ 16,00. www.viladomar. com/cinebardot

Artes Plásticas Abigail V. Schlemm – Pinturas. Rua das Pedras 151.

Vilmar Madruga – Ateleir com exposição permanente da obra do artista. Rua das Pedras, 27/loja 4. Tel.: 2623-7452 Carlos Lima – Atelier de pintura. Aldeia de Geribá, 8. Tel.: 2623-6743.

Anauê Mosaicos e Esculturas – Rua das Pedras, 266 – loja 04. Telefone: 26232225 Atelier Decor-Resina – Peças exclusivas em materiais nobres misturados com resina cristal. Rua Vila das Aroeiras, no 180. Tel.: (21) 9729-3795 Atelier Mar e Mato - André Cira - Pinturas, esculturas e técnicas mistas. Alameda das Bromélias, 10. Tel.: 22 26291616.

Lula Moraes – Loteamento Pórtico de Búzios- lote 23, quadra 05. Atrás do Hospital Municipal. Bairro São José. 26235744.

Celina Lisbôa Atelier – Exposição permanente de pintura, escultura e cerâmica.

Rua das Pedras, 168/loja 7. Tel.: 26236924 Eduardo Sardi - Retratos artísticos, pinturas a óleo e pátinas - Vila Caranga, 32 - Telefone: 2623-4072 - 9223-0457 Julián Juaréz - artista plástico - Tel: 2633-7037 / 9209-6364. julian23artistaplastico@hotmail.com. Rua Nicolau Antônio Estevão, 68 • Alto da Boa Vista • Rasa.

Sérgio Joppert - Pinturas e Desenhos. Rua Zaíras Street. Nº. 09 Baia Formosa - Lote 09.

Quadra 05. sergiojoppert@hotmail.com. (21) 9559-0014 Exposição permanente - Pinturas de Ama Sopeña, no bar e restaurante Mameluco (no centro da cidade). Para contatos com a artista, pelos telefones (22) 2623.0458 ou (22) 9234.4255.

Comidas & Shows Brigitta's - Promoção de Lagosta fresca grelhada com 30% de desconto. Happy Hour com música ao vivo de quinta a sábado, de 19:30 às 22:00, com 1 caipirinha de cortesia. Vista para o mar em ambiente aconchegante com atendimento personalizado em 9 idiomas, alemão, arabe, espanhol, francês, inglês, italiano, japonês, português e sueco. Reservas: 2623-6157 / 2623-2940 - Rua das Pedras "131" S'essa rua fosse minha - Um restaurante

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à moda antiga, com um cardápio elaborado a partir de pratos consagrados nacionais e estrangeiros. Rua das Pedras, 151.

Telefone: 2623-2261 Caverna Café – Cozinha mineira. Rodízio de caldos no fogão a lenha, pratos executivos, tutu a mineira, frango c/ quiabo e angu, tropeirão c/ lingüiça, feijoada completa, pão de queijo p/ festas e eventos.

Delivery (22) 9256-0800. Rua Geminiano José Luiz, nº. 180-Centro.

Lorenzo - Cozinha italiana, especialidade em massas caseiras e forno de pizza a lenha. A partir de 25/12 rodizio de pizza todos os dias em ambiente climatizado. Rua Manoel Turíbio de Farias, 40.

Reservas: 2623-0972 Famiglia Pizzi - Nhoque da sorte dia 29/12.

Weekend para ninguém botar defeito no Privilège

Como todos sabem o Privilège sai mais uma vez na frente com sua programação para o super weekend da semana que vem. Receber Carlo Dall’anese e Gui Boratto no mesmo fim de semana não é para qualquer um.

Programe-se para curtir seu weekend no Privilège.

Espaço Das Artes Búzios apresenta

Gente de Terra e de Mar em Manguinhos ao lado do Cilico's Pizzaria - Tel: (22) 2623-2316 De 18/12/2008 à 28/02/2009 sexta, sábado e domingo 21 horas

Nota de falecimento Após uma semana de vida, Hélio Pellegrino conseguiu matar seu cliente mais badalado.

Começou sem luz, sem os pinguços da terra e sem alma.

O bar precisa urgentemente do suco de luz.

Bora Bora em Búzios Hoje, Dj Gee Moore e Dj Help recebem seus convidados para o Bora Bora Club, a partir das 16:00h em Manguinhos.

Imperdível!!!

9 de janeiro de 2009 – O Perú Molhado

Vou Ali e Volto Já G

ilberto Lessa nasceu no bairro de Ramos, o templo do samba carioca. Embaixo da enorme tamarineira do clube Cacique de Ramos, cresceu ouvindo os melhores sambistas que esse país já produziu. O amor pelo ritmo o levou a diretoria da Imperatriz Leopoldinense.

Como diretor social, foi cinco vezes campeão carioca.

Depois ajudou a fundar a Acadêmicos da Barra e o Bloco Quem Não Agüenta Bebe Água, nas Laranjeiras.

Hoje Gilberto Lessa é vice-presidente do Bloco Vou Ali e Volto Já. Divide a responsabilidade do bloco mais querido de Búzios com o amigo Mureb Fogueteiro.

“Não sei sambar, não sei cantar e nunca compus um samba na vida, mas, gosto de carnaval. Gosto de organizar a coisa. Carnaval é brincadeira, mas, por trás, tem que existir uma organização mínima. Com organização a brincadeira fica melhor”, confessa Lessa.

Há quatro anos Gilberto criou a Velha Guarda do Vou Ali. Foi à primeira de Búzios e até hoje é a única da cidade.

Nesse carnaval que se aproxima, a Velha Guarda virá fantasiada de turistas. Aliás, o Vou Ali e Volto Já é o único bloco da cidade que já tem enredo pronto.

O enredo Y Love You Vou Ali e Volto Já em Búzios homenageará os turistas que visitam nossa terra.

Todos os sábados às 10 da noite, o Vou Ali ensaia na Praça dos Pescadores no final da Armação. Os ensaios atraem mais de 2 mil pessoas. A maioria gringos. Foi observando todo esse potencial que Gilberto, junto

com amigo Mureb, começaram a pensar em transformar os ensaios em fonte de renda para o bloco. Estão em busca de um lugar e já começaram a fazer contatos com uma distribuidora de cerveja para patrocinar o projeto.

“Não podemos ficar esperando a subvenção municipal. Agora mesmo confeccionamos algumas camisetas e estamos vendendo cada uma por R$20,00. Com o que for arrecadado, vamos comprar as fantasias da bateria. Se os ensaios fossem fechados, com ingressos, arrecadaríamos muito mais e, o resultado poderia ser visto nos desfiles”, continua Lessa.

Por falar em desfiles, o vice-presidente do Vou Ali e Volto Já acredita que a Turíbio de Farias já não serve de palco para as festividades de Momo. A cada dia que passa a Turíbio tem mais e mais restaurantes, e fica difícil a evolução dos Blocos. Outra coisa que atrapalha é o piso, de paralelepípedos.

Um passista com salto alto dificilmente consegue evoluir com segurança numa rua com buracos.

“O Vou Ali e Volto Já arrasta mais de 500 pessoas entre bateria, alas e a comunidade que sempre acompanha o bloco. O melhor lugar para se fazer os desfiles seria entre o Bradesco e o Trevo da Ferradura. Tem espaço e o piso é bem melhor. O carnaval tem que evoluir e só conseguiremos isso com um lugar melhor para desfilar”, finalizou Gilberto Lessa que pretende chamar os outros presidentes de blocos para discutir a criação da Liga Carnavalesca Buziana, que segundo ele, é de suma importância para o fortalecimento da cultura carnavalesca em Búzios.

Gilberto Lessa e a nova camisa da diretoria a venda por R$20,00

A bateria nota 10 do Vou Ali e Volto Já em ação

Gilberto Lessa na Via Azul, o local ideal, segundo ele para os desfiles dos Blocos

Sua garantia de saúde em Búzios

Dr.: André Granado (Urgências 24 horas) Tel.: (22)9972-9749 e 8814-6510 9 de janeiro de 2009 – O Perú Molhado

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Tabaco como molho

Para o paladar menos refinado a fumaça do tabaco combina com a degustação de alimentos e pode até ser um tempero ou “molho” especial. Mas gosto não se discute. Então o que fazer a respeito dos restaurantes que permitem a convivência, na mesma área, entre clientes fumantes e não fumantes? O melhor é deixar de ir a esses locais prestigiando outros aonde a civilidade não seja preterida pelo lucro a qualquer custo. Por aqui o turista mantém seus maus hábitos baseado no “tô pagando”, assim o “isso” e “akilo” “pôoooode”.

Aliás, apesar e com louvores, nessa época do ano tudo é permitido por aqui. Búzios é

o paraíso para os vícios e males da noite.

Assim, sem espanto, a família buziana vê sua filha fugindo com o cara (emplumado) que conheceu na Orla. Aliás, a peça teatral, em cartaz no Cilicos, já chama atenção para as buzianas e o eldorado metropolitano, mix que produzia as “arrependidas” fodidas que voltavam “com uma mão na frente e outra atrás” e as “espertas” que se transformaram em “madamas” com seus imóveis para locação na Armação. Que sonho! irch. Nesse sentido é bom ressaltar o mérito da peça “Gente da terra e de mar” que resgata isso como uma “identidade do local”.

O ócio e a

paisagem destruída Por Armando Mattos

de convivência, diversão e entretenimento coletivos, conduzindo a uma dimensão distorcida do pitoresco. A natureza transmutada pelo photoshop sucumbiu à moralidade das massas, ao alarmismo e a moral do espetáculo e a convivência nos espaços do paraíso é sempre moldada e manipulada para dissimular e manter seu consumo como uma fonte de privilegio.

Nesses espaços nada se completa porque preferimos privilegiar as experiências corpóreas através de experiências e embates produzidos no campo ilusório com estímulos e entorpecimento das sensações. Os corpos que se encontram nesse espaço se revelam através do contato com a simulação. São corpos que, graças à mediação alucinante de coletividade ganham uma existência pública. No contexto contemporâneo o elemento tangível desse mundo di-

to “real” funciona como o lugar reservado a manipulação dos símbolos e das marcas atualizados por aparatos tecnológicos e audiovisuais. Uma ordem ditada aonde o sujeito alheio às vivências e estratégias de intermediação dos sentidos não exercita, como protagonista o senso critico salutar à apreciação do entorno aonde a natureza, vulnerável em sua não-utílização e uso regulado se transforma em vazadouro de lixo e entulho. Assim a paisagem longe de sua potencia de convivência privilegiada se transforma em mais um objeto de consumo onde proliferam em escala descontrolada diversos tipos de produto para o laser com ênfase nos produtos que atrai uma juventude que está transviada para além dos “Tempos da Brilhantina” e do “Cheirinho da loló”.

RINOCERONTITE (Inspirado na peça “O rinoceronte” de Eugéne Ionesco) Por Iara Rosa

É na imagem dos refúgios aquáticos que o prazer pode ser consumido como promessa de felicidade. Uma espécie de experiência recordada onde esse signo convencional do turismo com suas promessas atrativas e surpresas perpetuas transforma o ócio

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burguês em entretenimento comercial proletizando o prazer com seus consumidores e produtores. Assim como nas colagens cubistas o espaço do laser contemporâneo é composto por imagens manufaturadas e instrumentalizadas que alteram os modos

O rinoceronte apareceu sozinho, numa tarde comum, cheia de sol, numa cidade pequena, onde as mulheres faziam suas compras e os homens trocavam diálogos estúpidos num pequeno bar, enquanto tomavam suas cervejinhas. Foi um espanto geral quando o animal grotesco, feio, gordo, com um só chifre , surgiu urrando pela rua.

Os cidadões protestaram, acharam que o tal animal deveria estar num Zoológico.

Culparam a prefeitura, falaram mal do prefeito, ficaram indignados com a situação da cidade, cujos administradores se importavam tão pouco com seus habitantes que deixavam um animal daquele porte solto e correndo pelas ruas.

Durante algum tempo houve protesto,

conversas exaltadas, uns culpando as autoridades, outros defendendo-as. Afinal, o prefeito tinha seus afazeres, não podia pensar em um animal que, subitamente, apareceu na cidade. Deveria ter fugido de algum Zoológico ou Circo. Alguns , porém, lembraram que não havia zoológico na cidade, nem nas imedições... Há anos, também, não aparecia um circo. De onde teria vindo? Ninguém sabia...

- Mas afinal quem é o responsável pelo nossa tranquilidade?- comentavam - Por nossa paz?- perguntavam - Por nossa segurança?- continuavam perguntando - A quem confiamos a nossa cidade?- inquiriam.

- A quem doamos nosso voto?

E todos responderam numa só voz: AO

9 de janeiro de 2009 – O Perú Molhado

PREFEITO! Mas o prefeito tinha seus problemas.

Sua eleição ficou caríssima, teve que obter empréstimos com pessoas que não aceitavam crueldade e maltratos aos animais.. Afinal era só um rinoceronte. Um rinocerontezinho...

Essas pessoas foram totalmente contra.

-NÃO, não e não!

-Não pode fazer uma crueldade desta ...

- Deve ser até um filhote, o coitadinho...

-O animal está apenas perdido. Deixe-o em paz...

- Sim, sim... Se você o deixa em paz, ele não vai atacá-lo.

-Sim, ele não ataca. É manso...

- Sim, manso...muito manso.

Mas...aconteceu que o rinoceronte que era apenas um, foi aumentando em número. No dia seguinte já havia dois. Depois três, depois quatro e assim foram surgindo rinocerontes de todos os lados. Grandes, pequenos e médios.

Uma “Rinocerontite” invadiu a cidade.

Então aconteceu uma situação insólita. Os cidadões , já não se revoltavam mais com a presença absurda daqueles animais.

Alguns não se importavam, outros achavam que tudo poderia ser resolvido “numa boa” , os visitantes que chegavam achavam interessante , devidamente diferente e a cidade foi enchendo de rinocerontes.

Afinal, não eram tão feios e seus berros possuiam até um toque musical. Era só uma questão de sensibilidade. E naquela cidade todos eram muito sensíveis.

Também pudera: era uma cidade muito bonita...

As mulheres viam naquele animal alguma coisa de atraente. Seus instintos maternais também atuavam porque imaginavam ser alguns apenas filhotes de rinoceronte. E sentiam certa piedosa ternura. Por que maltratar o pobre animalzinho?

Um dos cidadões, conhecido por posições inovadoras , admirado por sua inteligência primorosa e serviços prestados à comunidade, teve uma idéia que todos consideraram genial.

- Podemos ganhar muito dinheiro com a Rinocerontite. Como? Cobrando na entrada da cidade. Quem quiser conhecer uma cidade com rinocerontes...terá que pagar!

- Sim, pagar!

- Claro! Pagar!

- Poderemos faturar com os rinocerontes!.

- Sim, sim! Esta é idéia de um gênio!

- Faturar- repetiam deslumbrados- Faturar!

- Olhando bem, todos vão apreciar um contacto mais próximo com um animal tão raro.

- Muito raro!

- Sim! - Raríssimo!

A idéia foi aplaudida por todos.

Seu criador continuava pomposamente.

-E vejam bem: a nossa cidade vai lucrar muito com esta história. Será a única cidade onde vivem muitos rinocerontes!

Soltos, urrando pelas ruas, mas...inteiramente mansos

- Sim, sim, mansos.

- Vamos nadar em dinheiro, minha gente.

Já pensou quantas pessoas virão especialmente para ver os rinocerontes?

- Centenas!

- Milhares!

- Ficaremos ricos!

- Riquíssimos!.

- Seremos muito importantes!

- Importantíssimos!!!...

- Vamos logo registrar nossa Rinocerontite, antes que outras cidades resolvam fazer o mesmo! Nosso secretário de Turismo se encarregará de propagá-la pelos quatro cantos do mundo. Vamos faturar como nenhuma outra cidade faturou!.

- Sim, sim! – gritaram todos E assim um só rinoceronte transformou uma cidade inteira.

Os cidadões adquiriram seus hábitos, gostavam deles. Foi lançada em grande

9 de janeiro de 2009 – O Perú Molhado

estilo, com a presença da imprensa a “ Rinocerontite.” ( moda, jeito de ser e atitudes de um rinoceronte).

Aos poucos os cidadões foram abandonando seu lado humano. Uma jovem já usava um chifre preso ao nariz, um rapaz conhecido por adotar sempre as novidades, andava aos berros pelas ruas. A população da pequena cidade, foi abandonando o seu lado humano e se transformando...em rinocerontes.

Até um dia em que a cidade acordou sem um único ser humano. Todos eram rinocerontes.

Na peça de Ionesco (dramaturgo romeno que viveu em França) nem todos os cidadões se transformam em RINOCERONTES. Um deles recusou a falência de raciocínio, a falsa cultura, o conformismo da submissão, a renúncia ao mais impor-

tante elemento do homem: o pensamento.

E este era um ser humano simples, sem grande cultura, funcionário mal pago de um escritório. Não era rico nem intelectual. Era apenas um homem comum.

- Sou o último homem! não me rendo!grita o personagem.

Ionesco escreveu esta peça que faz parte do chamado “Teatro do Absurdo “ e que re presentava o pensamento francês de pós- guerra . Ele se recusava fazer do teatro um elemento de crítica a qualquer situação social. Limitava-se a mostrar a profunda verdade das coisas. Verdades que ele encontrou na Europa, verdades que encontramos aqui. Que Viva o Teatro!.

Uma pergunta: Quando mudarão o nome de Armação de Búzios para Bardolandia?

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9216-3361 / 9959-9143 operumolhado@globo.com

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL ESTADO DO RIO DE JANEIRO Dr. ALBERT DANAN – Oficial e Tabelião Titular OFÍCIO ÚNICO DA COMARCA DE ARM. DOS BÚZIOS/RJ SERVIÇO DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS Av. Jose Bento Ribeiro Dantas, no 2.000, Manguinhos • Armação dos Búzios/RJ CEP: 28950-000 Telefax: (22) 2623-6093 cartoriobuzios@veloxmail.com.br

Em meu Car­tó­rio es­tão afi­xa­dos os Edi­tais de Pro­cla­mas de Ca­sa­men­to: DELCI ALEGRE DA SILVA e DEUSENIR DOS REIS ; Brasileiros. Ele, solteiro, filho de: Benedito Alegre da Silva e Delvira Maria da Conceição. Ela, divorciada, filha de: Adelino Tavares dos Reis e Edir Carvalho dos Reis, ambos residentes neste Município –RJ.

APARECIDA DA FONSECA VIEIRA; Brasileiros. Ele, solteiro, filho de: José da Conceição Josino e Juraci Batista Gomes. Ela, divorciada, filha de: José Vieira do Nascimento e Alira da Fonseca Nascimento, ambos residentes neste Município –RJ.

CARLOS HENRIQUE RÉS DA MOTA RIBEIRO e PATRICIA DA SILVA PEREIRA; Brasileiros, solteiros.

Ele, filho de: Luiz Carlos Ribeiro e Dalva Rés da Mota. Ela, filha de: José Augusto Moura Pereira e Ana Cristina da Silva Pereira, ambos residentes neste Município –RJ.

CÍCERO SALES DOS SANTOS e MARIA MIRIAN DA SILVA; Brasileiros, solteiros. Ele, filho de: Antonio Sales dos Santos e Luiza Maria de Jesus Santos. Ela, filha de: José João da Silva e Maria Jose Claudino da Silva , ambos residentes neste Município –RJ.

AGUSTINHO DE ALMEIDA BRAGA e LEDIR SOUZA DE OLIVEIRA; Brasileiros, viúvos. Ele, filho de: Rafael de Almeida e Leozina Braga . Ela, filha de: Alicio Sergio de Souza e Julia Marins de Souza , ambos residentes neste Município –RJ.

ALAN LINHARES FARIAS e FABIOLA TARDELLI COHEN MONTEIRO; Brasileiros, solteiros. Ele, filho de: Antonio Francisco Farias e Marilda de Carvalho Linhares. Ela, filha de: Haroldo de Souza Cohen Monteiro e Eunice Tardelli, ambos residentes neste Município –RJ.

JOSÉ CARLOS JOSINO e MARIA

Quem souber de algum impedimento, acuse-me.

Eu, Katharine Moreira Guimarães, Escrevente , a extraí.

Armação dos Búzios, 08 de janeiro de 2009.

Nara Parada – Tabeliã Substituta

Os novos médicos do Agualusa

Os Professores de Fisioterapia da Universidade Veiga de Almeida dos Campi Cabo Frio e Tijuca, André Luiz Trindade dos Santos e José Luis de Magalhães Junior - além da sua Clínica em Cabo Frio, o Centro de tratamento Fisioterapia/RPG que é referencia em Fisioterapia, RPG e Terapia manual na região- estão atendendo agora em Búzios, graças a um convite feito pelo Dr. Cláudio Agualusa que acredita no excelente trabalho dos Fisioterapeutas e deseja que Búzios também tenha um serviço desse porte para atender a população.

Junto com a dupla de professores, veio a Fisioterapeuta Jéssica Fernandes Souza, que também trabalha em Cabo Frio e é especialista em Terapias Manuais e Auriculoterapia Chinesa e Fran-

cesa.

A equipe oferecerá fisioterapia geral para paciente com disfunções ortopédicas, reumatológicas, pneumológicas, fisioterapia na gestante, fisioterapia em pediatria, RPG (Reeducação Postural Global), drenagem linfática, aurículoterapia e reabilitação vestibular.

Os Professores estão muito felizes com o convite do Dr. Cláudio Agualusa e esperam realizar um trabalho de ponta em Búzios, que ainda é carente de certas especialidades da Fisioterapia.

O trio estará atendendo no Centro Médico e Odontológico de Búzios que fica na Rua César Augusto São Luiz Nº 100 Cento - Armação dos Búzios TEL.: 2623- 2919

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9 de janeiro de 2009 – O Perú Molhado

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Carga pesada Não se sabe como a prefeitura de Búzios ou mesmo órgãos responsáveis como o Detro permitem que caminhões de carga transportem pessoas na carroceria como acontece em Búzios. Os caminhões da empresa Trolley estão até hoje registrados como carros de carga no Renavan (Registro Nacional de Veículos Automotores) e portanto, não poderiam transportar turistas.

Basta acessar as placas dos caminhões na internet que a verdade vem a tona.

A lei não permite o transporte de pessoas em carrocerias de caminhão. Em Búzios ressuscitamos os velhos paus-de-arara nordestinos que por décadas trouxe para o sudeste levas de nordestinos. Os turistas buzianos são os novos paus-de-arara.

São todos caminhões de carga. Com espaço para apenas três passageiros. Além do mais, esses caminhões causam enormes transtornos ao trânsito da cidade. Quando param em frente a loja na Orla Bardot pára tudo. É batata. Aonde tem um Trolley tem engarrafamento. Engraçado como são as coisas em Búzios. Parece terra de ninguém.

O empresário ocupa todo o espaço com lojas, bares, etc. deixa apenas uma agulha para estacionar seus caminhões e a cada vez que um desses carros de carga chega para buscar os turistas a cidade pára.

Resta aos turistas esperarem silenciosos em seus carros a boa vontade do motorista do caminhão de carga.

Quando tem navio a situação fica pior ainda. Os caminhões de carga do Trolley se misturam as dezenas de Kombis, vans e carros ilegais. Chamar de caos é até elogio.

Não se sabe o que o novo governo vai fazer a respeito. Alguma coisa tem que ser feita. Búzios não pode mais continuar assistindo a ilegalidade correr solta como se nada estivesse acontecendo.

Quem autoriza a circulação desses veículos, se não são autorizados pela Prefeitura?

Marcio Ferreira dos Santos

As barracas podem ser deslocadas, nós não!

Ao Excelentíssimo Secretario de Posturas e Prefeitura de Armação dos Búzios O Shopping Espaço Maruelle, localizado a Av. Jose Bento Ribeiro Dantas 1174, representado pelos atuais locatários do Beco do Cais Bar e Restaurante, Omar Piotto e Alessandra Antunes Piotto, com total apoio dos demais locatários do Shopping e seus respectivos vizinhos Lanchonete Bahamas e Eureka Pizzaria e Empanaderia, encaminha através deste um pedido formal para a retirada ou deslocamento das barracas localizadas na faixa de calçada a frente de nossos estabelecimentos. Gostaríamos que considerassem essa solicitação baseada nos vários argumentos abaixo descritos.

A calçada na Orla Bardot pode ser considerada como "bem de uso comum do povo", entendendo-se como tal todos os bens inapropriáveis e inalienáveis, existentes no território do país considerada bem da Secretaria do Patrimônio da União. Os ocupantes de terrenos de marinha, em uma profundidade de 33 m, medidos horizontalmente, para a parte da terra, são obrigados a pagar anualmente à União, a chamada “taxa de ocupação”, que pode variar entre 2% ou 5% do valor atualizado do imóvel. Essa Taxa vem sendo paga pelo Shopping Espaço Marruelle desde sempre pelo simples privilegio de desfrutar da magnífica vista para o mar. Com isso entendemos que a prioridade de utilização do espaço deveria ser nossa, ou ao menos

Onde esse caminhão de carga passa o trânsito pára

não podemos ser obrigados a vislumbrar as horripilantes costas das barracas sujas e desorganizadas.

Alem da Taxa da SPU, pagamos todos os meses os aluguéis, os inúmeros impostos, geraram empregos e investimos em nossos estabelecimentos para manter o padrão de charme Buziano. Trabalhamos o ano todo com dificuldade esperando a chegada do verão! Mas com ele chegam também estas barracas de comercio ilegal, que não só nos tiram a vista tão procurada por todos os turistas que querem se sentar nos nossos estabelecimentos, mas impedem que os passantes nos vejam!

Acreditamos que a Secretaria de Posturas e a Prefeitura Municipal de Búzios

têm Maximo interesse na prosperidade das empresas que se esforçam para manter o padrão de qualidade e serviços que esta linda cidade merece. Mas, no nosso caso, isso só será possível com a legitimidade da utilização deste espaço por aqueles que verdadeiramente contribuem com a arrecadação do Município e da União.

Temos certeza de que a nossa vista para o mar será indispensável para podermos trabalhar no verão o suficiente para conseguirmos sustentabilidade no inverno.

As barracas podem ser deslocadas, nos não.

Alessandra