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23 de janeiro de 2009 - www.oPerú­mo­lha­do.com.br - Edição 898 • ANO XXIX

EXCLUSIVO A culpa é de Toninho Pág. 2

Tomara Por Eduardo Galeano O MAIOR JOR­NAL

Pág. 20

João Fernandes mudou e continua a mesma

BÚZIOS

Págs. 6 e 7

O Varuna de Zé Leão conquista Fernando de Noronha Pág. 17

Jamais trema em cima da linguiça Pág. 4 Nesta sexta-feira, no Palácio dos Desportes na cidade de Mar del Plata, Argentina, nosso melhor pugilista, Cachorrão, perdeu a luta pelo titulo sulamericano dos super-médios para o argentino Rubén Acosta.

O pizzaiolo da Parvati foi muito longe, abandonou a luta no oitavo round. Cachorrão é representante da SEB e apoiado pelo Perú Molhado. O repórter fotográfico da Revista Caras, Daniel Muñoz, cobriu a luta com exclusividade para o Perú.

Eleição da Garota Verão na Rasa Pág. 14

! s o d a b u "Fomos rlgouma coisa em a m a r a c o l o C d r a n r e B e s s i d nossa água" Um jornal cego, surdo e mudo

Editorial

Até quando?

C

hoveu três dias na cidade. A culpa foi do ex-prefeito Toninho Branco. Pitalô se desentendeu com o Coronel Ubiratan. A culpa foi de Toninho. Os taxistas da Praça Santos Dumont se desentenderam com o Coronel Ubiratan. A culpa vocês já sabem de quem foi.

Toninho é culpado por tudo. Pela alta do Dólar, pela queda do preço do barril do petróleo, da falência dos Estados Unidos, pela ressaca do Caverna, da alta do desemprego, e até pelas celulites da Ivete Sangalo.

Esse Toninho... Sempre aprontando com o mundo.

O governo Mirinho assumiu o controle da cidade desde o primeiro dia de janeiro, mesmo assim, tudo que acontece de errado na cidade, a culpa recai sob os ombros do governo passado.

Assim que funciona. Culpam-se os outros pelos próprios erros e, nega-se aos outros seus acertos.

Por mais que o presidente Lula faça para uma parcela da sociedade - tudo de bom que acontece no Brasil é por obra e graça de Fernando Henrique Cardoso.

Como diz aquele Tango argentino, 'passarão mais mil anos, muito mais', e mesmo assim toda desgraça será posta nas costas de Toninho.

Sendo assim, temos então que colocar na conta dele o forte movimento turístico de janeiro. Usando a regra em vigor, teremos que aceitar que a Secretaria de Turismo do governo que saiu fez um excelente trabalho de divulgação da cidade. Não fosse isso, jamais teríamos tantos turistas em Búzios.

Por coerência de pensamento, temos

que fazer essa afirmação.

Ora, Mirinho Braga foi prefeito por oito anos. Conhece como ninguém a cidade de Búzios. Venceu a eleição ainda em outubro. Teve quase três meses para se preparar.

E o que fez? Assim que recebeu as chaves do município trancou a prefeitura por 12 dias. Parecia um garoto inexperiente em sua primeira noite de sexo.

Travou. Ficou sem saber o que fazer.

Alegar bagunça, dizer que a prefeitura estava toda sucateada, não vale. Esse expediente Toninho usou assim que assumiu a cadeira de Mirinho. Poucos acreditaram.

Mirinho precisa urgentemente assumir suas responsabilidades. Os esgotos nas praias, os flanelinhas achacando os turistas, os buracos, a falta de água, os assaltos, as lagoas poluídas, tudo de bom e de ruim agora está no colo do atual prefeito.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes assumiu a cidade e foi para as ruas trabalhar. Pegou um pepino mil vezes maior que o de Mirinho, mas, não se fez de rogado. Assumiu suas responsabilidades.

Até agora só um face do governo está à vista. A limpeza pública. Colocada de maneira correta nas mãos do eficiente Henrique Gomes. Esse sim está mostrando ao que veio. O resto é tudo perfumaria.

Muita retórica e pouca ação.

Em vez de arregaçar as mangas e trabalhar, o atual governo prefere a comodidade de culpar o passado pelo presente.

Um erro. O povo já está vacinado contra esse tipo de subterfúgio.

"A culpa é de Toninho", disse Alair "É a culpa é dele mesmo", disse Marquinho "É a culpa é minha", disse Toninho IPTU Sou proprietário de uma casa na Ferradurinha e quero fazer um protesto em relação ao acesso a minha casa. Pretendo entrar com uma reclamação na justiça tentar pagar meu IPTU em juizo ( se é que isso é possivel). È totalmente inaceitável que eu não consiga chegar até a minha casa devido as condições da estrada. Já fazem mais de 1 ano que buracos foram abertos para supostos conser­ tos na manilha de escoamento de águas pluviais, foram retirado os paralepípidos e tudo ficou por isso mesmo. Imaginava que com a chegada de um prefeito que no passado se mostrou ser sério e competente que tratariam de devolver as mínimas condições de circulação a essa área. Quase 1 mês após a posse nada foi feito e uma situação que já era muito ruim ficou caótica. Está tão ruim que até entregadores se recusam a ir lá.

Obrigado pela atenção Eduardo Steinfeld - Leitor do Perú há 28 anos

Con­se­lho edi­to­rial Bri­git­te Bar­dot, Clau­dio Kuck, Ivald Gra­na­to, Jo­mar Pe­rei­ra da Sil­va, Fi­no Quin­ta­ni­lha, Re­na­ ta Des­champs, Ota­vi­nho, Humberto e Clau­dio Mo­dia­no, Er­nes­to Za­bo­tinsky, Tra­ja­no Ri­bei­ro, Re­na­to Pa­co­te, Jor­ge Te­des­co, Clau­dio Co­hen, Lau­ritz Lach­man, Gui­lher­me Araú­jo, Pe­dro Pau­ lo Bul­cão, Pau­lo Ma­ria­ni, Al­ber­to Fan­ti­ni, Ma­rie Anick e Jac­ques Mer­cier, Ara­guacy da Sil­va Mel­lo, Luis Ed­mun­do Cos­ta Lei­te, Mar­cos Pau­lo, Elie Sha­ye­vitz, Jo­nas Suas­su­na, Gló­ria Ma­ria, Rui Castro, Heloísa Seixas, Márcio Fortes, Luis Fernando Pedroso e Lula Vieira.

Di­re­tor Mar­ce­lo Lar­ti­gue

Ma­rio Hen­ri­ques e Pe­dro Luis Lar­ti­gue

Jor­na­lis­ta res­pon­sá­vel Hamber R. de Carvalho Ge­rên­cia de Ven­das (reg. prof. 13.501 DRT/RJ) Rio: Tráfego Publici­ dade & Marketing Tel: (21) 2532-1329 Editor de fotografia Me­ce­nas Gonzalo Arselli Umberto Mo­dia­no Re­pór­ter Im­pres­são San­dro Pei­xo­to Ediouro Anibal Fernando Cláudio Kuki Diretora de Distribuição Cristina Albuquerque Pro­du­ção Grá­fi­ca Ca­ro­li­ne Moreira Arquivo e Assinatura Marcela F. Silva Valdete Rangel Amaral

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(22) 2623-2100

RECEPTIVO

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Rua Geminiano José Luis, 3 Centro • Búzios mistertours@mar.com.br 23 de janeiro de 2009 – O Perú Molhado

Brasília festeja Obama pensando em JK Por Cláudio Kuck do Distrito Federal

A Esplanada dos Ministérios de Brasília viveu dia de festa na posse de Obama, como se ela fosse a Esplanada da Avenida Pensilvânia de Washington, em que as conchas do Congresso Nacional e o Planalto se aproximaram do Capitólio e da Casa Branca no imaginário da população. A chegada de Barak Hussein ao Poder, com sua mensagem de renovação e esperança, fez os brasilienses recordarem e reverenciarem Juscelino Kubitschek, o criador da cidade onde continua sendo um herói, quase um semi-Deus.

Os moradores mais antigos lembraram de 21 de abril de 1960, quando a nova capital ainda inacabada foi inaugurada, com JK sempre sorrindo e ao som de ‘Peixe Vivo’, entregando democraticamente a ‘chave’ de sua Brasília e do Governo, ao adversário político vencedor da eleição: Jânio Quadros.

Juscelino mais ‘pé de valsa’ Alguns restaurantes e pontos tradicionais dos jornalistas e políticos, como o Restaurante Piantela, onde sempre estavam Ulysses Guimarães e Tancredo Neves, ou o Carpe Diem do amigo Fernando La Rocque, lugar de encontro de nós da imprensa, deputados, senadores e empresários, mostraram aos clientes tradicionais a cerimônia em telões.

O juramento, discursos, o adeus melancólico a Bush, a caminhada de mãos dadas do casal presidencial americano pela Pennsylvania Avenue e os bailes à noite, com ele meio desajeitado, de vez em quando pisando no pé da bela e elegante Michelle. Numa coisa todos concordaram aqui: Obama assumiu esbanjando charme, mas JK era muito mais ‘pé de valsa’ que ele... Até nas cidades satélites como Taguatinga, Ceilândia, Sobradinho, Planaltina, Gama, Guará, Valparaíso, Águas Claras, Brazlândia etc não se falou em outra coisa. Decididamente Brasília se aproximou como nunca de Washington.

Alívio no Planalto e Itamaraty Grande festa acompanhou a posse na embaixada dos EUA, onde o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) chegou para tratar de seu visto menos de 10 minutos após Barak assumir, sendo chamado ao gabinete do simpático embaixador Clifford Sobel, amigo do Peru Molhado, Marcelo e Sandro, com quem conversou em sua última passagem por Búzios. O político piauiense estranhou que em tão pouco tempo a fotografia de George W. Bush já tinha sido trocada pela de Obama, “aqui em Brasília a mudança demora e teve casos, em que o novo presidente saiu antes de ter seu retrato na parede de todos ministérios e embaixadas”.

Sobel riu: “Como nos filmes do Velho Oeste nós somos rápidos no gatilho”. Deu para notar que na representação diplomática americana havia um clima de alívio pela saída do controvertido ‘guerreiro’ de New Haven (Connecticut), filho de George e Barbara Bush. O Planalto e Itamaraty davam também uma sensação de satisfação pela troca, embora haja receio que Washington possa ser um pouco mais protecionista com os democratas na Casa Branca. Mas Barak já acenou com o corte dos subsídios e altas taxas para proteger o anti-econômico álcool de milho que produzem, junto a outros programas de cooperação energética com o Brasil. E o novo presidente copiando em seu discurso o mote de Duda Mendonça: “A esperança venceu o medo”...

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Bandeira americana na Villa Morena A Casa Thomaz Jefferson no Lago Sul também passou toda terça-feira festejando, enquanto ali perto a sofisticada loja Villa Morena (tem filial no shopping Casa Park), onde todas socialites, pessoal ligado ao poder e política, empresariado e a turma de bom gosto faz suas compras, hasteava a bandeira norte-americana, atendendo pedidos de sua clientela, que acompanhava os eventos da posse fazendo compras. E a dona, jornalista, publicitária e empresária Ingrid Rocha, era a que mais vibrava com Hussein Obama, não perdendo nenhum dos seus passos.

gra, sem eira nem beira. Hoje, deve estar profundamente arrependida pelo seu racismo escroto, deixando de ter sua menina como maior amiga da nova Primeira-Dama.

O incrível é como a população brasiliense associou agora a imagem de Juscelino com a de Barak!

As discussões sobre a vida do casal e suas lindas filhas Mália e Sasha, as roupas que vestiram, a história de que Michelle quando estudou em Harvard, foi esnobada pela mãe de sua companheira de quarto. Não queria a filha branca bem nascida dividindo apartamento com uma ne-

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Aprenda a escrever de novo Por Cláudio Kuck de Brasília

A

confusão está grande em torno das mudanças no português, que assim como algumas leis no país passam pelo dilema costumeiro: será que vão pegar ou não? Se depender deste Perú Molhado o novo Acordo Ortográfico de Unificação da Língua Portuguesa, que teoricamente entrou em vigor a partir do dia 1º de janeiro, já começou errado. Pois não é que nos dicionários mesmo depois das modificações, o peru ave e o peru jornal continuarão sem acento... Mas esta publicação molhada não vai dispensar a acentuação aguda, que já faz parte de sua tradição e história há quase 28 anos. A pobre da letra ‘U’ além de não ganhar um acento obrigatório, ainda perderá o trema que forçava sua pronúncia nas sílabas ‘gue’ (bilíngüe), ‘que’ (seqüestro), ‘gui’ (pingüim que agora chegarão do Sul da Argentina na praia do Geribá sem o trema) e ‘qui’ (tranqüilo).

Jamais trema em cima da lingüiça! É o que a nova ortografia ordena. O problema vai ser ensinar os computadores a aceitarem as regras inovadoras.

Eles são teimosos. Experimente digitar, por exemplo, ensanguentado destremado para ver o que acontece. Sua máquina doméstica não vai aceitar e colocará de novo os pontos nos ‘Us’ (ensangüentado), se transformando numa espécie de HAL 9000, o computador que se revoltou na nave Discovery do filme de Stanley Kubrick, ‘2001, Uma Odisseia (agora sem acento no E) no Espaço’ e passou a desobedecer ordens humanas. Você sabia que o trema já foi banido em Portugal há mais de 50 anos? Pois é, agora chegou nossa hora da despedida dos dois pontinhos. Sinal vermelho pra eles. A Exceção valerá apenas para palavras estrangeiras (nomes próprios ou não) e suas derivações, podendo aparecer em outras letras além do ‘U’: Citroën, Häagen-Dazs. Claro que os simpáticos sinais continuarão em Müller ou na nossa querida modelo Gisele. Dá para imaginar Bündchen sem trema? Como dizia o poeta Ferreira Gullar a crase não foi feita para humilhar ninguém (será?), pois agora o trema desaparecido também.

Imperialismo linguístico brasileiro?

O acordo ortográfico foi assinado após 33 anos de debates, mas na primeira etapa vai valer apenas aqui (em Búzios também é claro), Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, enquanto em terras lusitanas entra em vigor só em maio.

Depois será a vez de Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e Timor Leste: 240 milhões tentando escrever do mesmo jeito a sexta língua mais falada do mundo. A reforma atingirá mais Portugal. Terá de adaptar 1,6% do seu vocabulário cortando todas suas consoantes mudas (de facto, acção, Egipto ou óptimo), contra apenas 0,5% do Brasil.

O escritor português e deputado no Parlamento Europeu,

Milton Alencar e Trindade Júnior, abismados com o assédio sexual da Sylvana Graça em nosso grande Claudio Kuck

Vasco Graça Moura, já ataca nossos interesses geopolíticos e empresariais: “Esta reformulação é o imperialismo linguístico (não é mais lingüístico) do Brasil”! Pô, e a gente cresceu atacando o imperialismo econômico dos Estados Unidos...

E os concursos e vestibulares? - Prazo de adaptação irá até 2012, quando todos vestibulares também exigirão dos alunos a nova ortografia nas provas e redações. Nos concursos públicos ela já pode valer agora, desde que os editais especifiquem isso: preste atenção! Em fevereiro será publicado pela Academia Brasileira de Letras o ‘Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa’, quando o jornal ‘O Dia’ passará a adotá-lo. Os livros didáticos a partir de 2010 só serão adotados pelas escolas públicas devidamen-

te atualizados, começando por 70 milhões de exemplares para alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental. Em 2011 será a vez do pessoal do 6º ao 9º ano, para chegar no Ensino Médio em 2012. O jornal ‘O Globo’ está dando curso especial a seus profissionais e adotou totalmente a reforma, enquanto o ‘Jornal do Brasil’ só implementou o acordo ortográfico no caderno ‘Ideias (sem acento no ‘E’ por ser ditongo ‘ei’ e ‘oi’ - agora jiboia - de sílaba tônica de palavra paroxítona) & Livros’. Nas oxítonas o sinal agudo permanece: herói, rói, chapéus, céu, troféu. Nas legendas de filmes pro cinema, TV e DVDs o trabalho de adaptação já começou.

Reforma cara - Os custos editoriais serão grandes envolvendo revisão, nova edição etc. Só em mudanças uma

www.aquabarra.com Búzios: 22 2623-6186 Buenos Aires: 5411 4793-0717 15 4449-3123 4

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editora que tiver 2 mil livros em seu catálogo deve gastar em torno de R$ 5 milhões para adaptá-los. O tema é prioridade no planejamento da Ediouro. Já a Infraero, por exemplo, terá de mudar placas e sistemas de informação em 67 aeroportos, junto com as empresas aéreas. É que o acento circunflexo desaparece nas palavras terminadas com ‘êem’ como lêem e crêem (agora leem e creem) e ‘ôo’ como vôo e enjôos (voo e enjoos). É hora do adeus ao famoso chapeuzinho. Aliás, o próprio nome da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura vai mudar: seu hífen será abolido. Para o escritor Carlos Heitor Cony tudo isto é meio inútil: “A língua é feita pelo povo, não adianta querer disciplinar. O inglês e o francês jamais foram reformados e estão aí”.

Marreco e o hífen do contrafilé A dor de cabeça maior para nós pobres brasileiros, cariocas e buzianos é o tal de hífen. Tracinho complicado!

A nova regra é cheia de exceções, verdadeiro samba do crioulo doido. Ou seria, verdadeiro samba do afrodescendente (afro-descendente?) com problemas mentais? Nas palavras que criam compostos e há um elo entre elas o hífen desaparece: dia a dia, capitão de fragata, chefe de gabinete, pé de moleque, cara de pau, pé de meia. Os compostos que não têm este elemento de ligação seguem hifenizados: ex-namorado, ex-mulher, recém-casado, vice-campeão, pré-vestibular, pós-operatório, sem-teto, salva-vidas da Brava, porta-bandeira e mestre-sala do Chupa mas não Baba etc. Começando com ‘H’ ou se o prefixo terminar em ‘R’ tem: Super-Homem, mini-hospital, anti-higiênico, super-rato, hiper-reativo, inter-racial.

Se prefixo não terminar em ‘R’, dobre esta letra e junte: megarregião, autorretrato, antirrugas. Começa com ‘S’? Dobre-o: Minissaia, ultrassonografia, contrassenha.

O prefixo termina com a mesma vogal da outra palavra?

Tem: micro-ondas, semi-intensivo, mega-academia, contra-ataque. A vogal é diferente? Junte tudo: megamontanha, contramestre, semicírculo, internacional, pluripartidário, hipertensão. E a ABL garante: tanto faz escrever sub-humano ou subumano. Pára-quedas perdeu o acento e o hífen: paraquedas, mas passaremos a escrever para-raio, para-choque, para-brisa, para-lamas. Por que? Isto nem o Aurélio se vivo fosse saberia... Em meio desta confusão toda não foi à toa que nosso grande botafoguense Marreco já queria cortar o hífen do ‘contra-filé’ no seu açougue.

O problema é que contrafilé nunca foi hifenizado...

Acreano agora é acriano - Serão banidos muitos acentos diferenciais. Nada a ver com a antiga reforma que acabou com o circunflexo em ‘tôda’, que existia para não confundir com ‘toda’, uma desconhecida ave amazônica. Sem falar que até não muito tempo atrás se escrevia ‘orthographia’. No mais recente acordo ortográfico ‘pára’ do verbo parar, se iguala à preposição ‘para’, enquanto o substantivo ‘pêlo’, e ‘pélo’ do verbo pelar vão virar irmãos gêmeos da preposição pelo. Não se assuste ao ver frases como: “O pequeno monomotor para (verbo) para (preposição) colocar combustível a cada seis horas”. Ou esta outra mais complicada ainda: “Eu pelo (verbo) o pelo (substantivo) do gato pelo (preposição) menos uma vez por mês”.

E quem nasce no Acre como o grande cronista Armando Nogueira não é mais acreano, mas acriano. E o cara que veio da Coréia pra São Paulo ou nossa Armação trocou de cidadania: passou de coreano para coriano.

K, W e Y anistiados A boa notícia é que acabou a cassação e a perda dos direitos ortográficos das letras ‘K’, ‘W’ e ‘Y’. Aleluia! Foram anistiadas. Será que como o Ziraldo vão ganhar uma indenização milionária? E olha que elas sim caíram pra valer na clandestinidade e na guerrilha gramatical... Pra mim é um grande alívio. Meu sobrenome volta duplamente ao alfabeto: KucK. O sorvete Kibon retorna às praias buzianas com sua marca ‘legalizada’, junto com a estátua do presidente JK. Com o ‘Y’ reintegram-se também ao ABC a vereadora e 1ª Secretária da Câmara JoYce, a colunista, fotógrafa e socialite SYlvana Graça, junto com o Flávio TrollY do Bistrô Paladar. Com a volta do ‘W’ entram em cena os shoWs da Privilège e Pachá, o Windsurf das regatas em Manguinhos e a tradicional via W3 aqui de Brasília.

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"Vendo contrafilé com hífen e sem hífen. Com hífen é mais caro."

As Mudanças em 2009 2009 é o ano do Acordo Ortográfico que desfila pela Internet. “Em casos como ‘Autoestima’ o hífen cai. A sua é que não pode cair. Em algumas palavras, o acento desaparece, como em ‘Feiura’. Aliás, poderia desaparecer a palavra toda. O acento também é banido em ‘Ideia’, só que dela a gente precisa. E muito! O trema sumiu em todas as palavras, como em ‘Inconsequência’, que também poderia sumir do mapa. Assim, a gente ia viver com mais ‘Tranquilidade’ (destremada).

Mas nem tudo vai mudar. Abraço continua igual. E quanto mais apertado, melhor. Amizade ainda é com ‘Z’, como Vizinho, Futebolzinho, Barzinho.

Solitário ainda tem acento, como Solidário, que muda só uma letra, mas faz enorme diferença. E Vida? Essa muda o tempo todo. É por isso que emociona tanto!”

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D

ifícil encontrar alguém falando português mesmo agora no verão.

O espanhol ainda domina a área.

Argentinos e chilenos são maioria, mas, os europeus aproveitando o poder do Euro, estão virando figurinhas carimbadas.

No Restaurante Pôr do Sol do nosso amigo Farias encontramos uma mesa de trinta franceses bem à vontade entre goles de caipirinhas e coquetéis de camarão.

Farias informa que - ano passado - um guia francês veio a Búzios pesquisar as praias de Búzios em busca de bares e restaurantes para receber grupos. O Restaurante Por do Sol foi o escolhido.

“Ele chegou sem falar nada. Não tinha a menor idéia de quem era. Depois me informou que meu restaurante havia sido escolhido. Ano passado ele trouxe 120 pessoas.

Gente importante, educadas e com grana”, informou.

Outro caso bastante interessante aconteceu no Restaurante Pôr do Sol. Um dia, a gerente de uma importante pousada ligou para Farias. Tinha um hospede que queria organizar um jantar a noite na praia. Farias logo avisou que isso teria um custo alto, pois não estava abrindo mais a noite.

“O hospede falou que pagava tudo. Ele queria pedir a mão da namorada em casamento e pensou num jantar a beira mar”, lembra.

O casal chegou num saveiro e encontrou uma tenda na areia cercada de tochas.

Parecia uma tenda árabe. De entrada foi servida uma salada de camarão com alcaparras e cenouras fervidas. Prato principal Grilatta de Frutos Del Mare com lagostas, camarões VG, files de badejos, lulas e mexilhões. Por fim o rapaz pediu a moça em casamento e vocês já devem saber o que ela respondeu.

“Enquanto estava montando o ambiente, os turistas que estavam na praia começaram a fotografar tudo e, um grupo de portugueses veio pedir para fazer uma festa igual para eles”, finalizou Farias.

É verão A praia de João Fernandes estava lotada.

Os comerciantes do local - até mesmo os ambulantes - afirmaram ao Perú que esse está sendo um dos melhores verões dos últimos anos.

O movimento também estava forte no Bar do Chico, um pequeno barco que fica estacionado na areia ao lado do restaurante La Plage. Como de praxe Chico não estava no bar. Deixou a empresa nas mãos de sua es-

posa Jurema. Esse Bar/barco deveria servir como modelo de ocupação para todas as praias de Búzios, principalmente para as praias de Geribá e Tartaruga.

Chico fez um pequeno barco (que navega se necessário) e nele vende apenas bebidas como água, cerveja, caipirinha e água de coco. Os produtos são armazenados em caixas térmicas e os copos são todos descartáveis.

“Procuramos ocupar sem prejudicar o meio ambiente. Limpamos a Praia quando chegamos e no fim do dia. Temos clientes que voltam todos os anos. Milhares tiram fotos”, declarou Jurema.

Outro que estava feliz com o movimento era o vendedor de pedras Tanuza. Esse goiano que mora na Toca do Coelho há mais de dez anos, vende pedras semipreciosas de Goiás e Minas Gerais. Tanuza é um ambulante diferente. Não perturba nas mesas e não suja a praia. De maneira discreta passa com seus produtos a mostra e espera os turistas se interessarem. Só então se aproxima para vender. Todas as pedras do Tanuza são certificadas e seus melhores clientes são os russos.

Louro José com um belo exemplar de Pampo Rombudo, dá para 20 comer

Farias em frente ao Restaurante Pôr do Sol

Tanuza e as pedras de Goiás

Briga na praia Infelizmente, logo na chegada da reportagem do Perú começou uma briga envolvendo garçons do restaurante Cleópatra e um casal de turistas argentino. Uma cena lamentável. Segundo a versão do turista, a briga começou porque ele (o turista) sentou numa cadeira e o garçom ficou ofendido quando o mesmo comprou dois sanduíches de uma ambulante.

Parece que o garçom queria obrigá-lo a comer no restaurante e por isso o desentendimento.

O fato é que por causa de dois sanduíches a coisa perdeu o controle e foi preciso chamar a policia para resolver a questão.

Essa péssima atitude de garçom agredindo turistas por causa da consumação mínima não é privilégio de uma praia apenas. Na Tartaruga, por exemplo, essa semana um casal de cariocas foi curtir a praia e ao sentarem nas cadeiras de um quiosque foram abordados pelo garçom que logo perguntou se iriam almoçar.

O casal saiu bastante chateado e prometendo não voltar mais àquela praia.

“Pedimos bebidas e pasteis. Gastamos quase cem reais. Tempo depois pedimos a conta e o engraçadinho do garçom disse: “quando pediram pasteis logo vi que não iriam almoçar”.

Jurema e Edna cuidando do Bar do Chico, o mais charmoso da Praia

Polícia chegou bem na hora da briga

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Alugue-me, por favor A Por Sandro Peixoto

crise mundial ainda não chegou a Búzios. Na verdade, parece que ela está ajudando. Milhares de turistas que viajariam para fora do país, optaram por nossa cidade para passar férias e entupiram ruas, restaurantes, bares e praias. Mas, a impressão que se tem é que uma crise imobiliária ronda Búzios. E que está afetando principalmente as pequenas lojas.

Hoje, em plena alta temporada, mais de 30 lojas estão esperando para serem alugadas nas principais ruas do Centro, o lugar mais procurado de Búzios. Tem loja pedindo, por favor, para ser alugada.

O problema parece, não é econômico e sim, de oferta e procura. Muitas lojas foram construídas nos últimos dois anos. Infelizmente o fluxo turístico - que é afinal quem viabiliza a abertura de lojas - não cresceu o suficiente. Atualmente, já não se cobram mais luvas como antigamente.

Por sua vez, certos proprietários sem escrúpulos, que nunca conseguiram sucesso comercialmente, ficam de ‘olho gordo’ quando um inquilino começa a ganhar dinheiro e logo pedem o imóvel de volta.

O lamentável é que o incompetente não percebe que o sucesso só vem com muito trabalho, e seis meses depois está lá o fracassado proprietário tentando alugar novamente sua lojinha. Tem gente em Búzios que quer enriquecer e sustentar a família com um ‘ponto de dois por dois’. Felizmente as coisas estão mudando.

Muitos pontos micados ficarão com placas de aluga-se por meses e meses.

Celso explica Procuramos o mais tradicional corretor da cidade para tentar entender o que está acontecendo com o mercado imobiliário buziano e nos deparamos com uma pessoa otimista e bem esclarecida sobre o tema.

Segundo Celso Terra, o que está acontecendo é muito simples: houve sim uma forte expansão desse tipo de imóvel, mas,

lembra, os pontos bem localizados estão todos alugados para lojas de marcas importantes.

“Todas as lojas da Galeria Passeio das Palmeiras, da Galeria dos Arcos e até as do Porto da Barra, em Manguinhos estão ocupadas. Não vejo nenhuma crise nesse tipo de comércio. Outra coisa que estou percebendo é que os novos empresários que estão chegando à cidade já não querem ser artistas como no passado. Vem para trabalhar de verdade. São profissionais, por isso querem os melhores pontos.

Nossa cidade está recebendo a cada dia, mais e mais moradores. Gente de dentro e de fora do Brasil. Temos que oferecer melhores serviços para essas pessoas”, afirmou Celso, que está com foco na evolução desse mercado, e já está construindo mais cinco lojas, que em breve estarão a disposição desses novos empresários.

Ficar com uma loja vazia durante meses não quer dizer necessariamente que não houve procura por ela. Já não somos aquela ‘aldeia do passado’ onde as lojas eram alugadas apenas na palavra, e às vezes o contrato era assinado num papel de pão.

Agora a coisa ficou profissional. É preciso oferecer reais garantias de pagamento. Ter fiador, e principalmente, provar que tem condições financeiras de pagar os aluguéis. Outra coisa que pode impedir o fechamento do negócio diz respeito à preocupação dos proprietários, em criar um ambiente plural, com vários tipos de produtos.

“Procuramos criar um mix de lojas. Não podemos enfileirar cinco lojas de camisetas ou de biquínis. Isso atrapalha a todos. Também não posso alugar uma loja na Rua das Pedras para, por exemplo, um borracheiro. Nada contra a profissão que é digna. Outra coisa importante para o fechamento do negocio é a experiência do interessado. Aventureiros com dinheiro têm aos montes, mas, sempre procuramos fazer negócios com profissionais”, finalizou Celso Terra.

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Travessa dos Pescadores

Travessa Renata Deschamps

Galeria do Nani

Rua das Pedras

O corretor Celso Terra a sua disposição

César Augusto São Luiz Rua Rui Barbosa

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Adeus dor de cabeça

O chefe dos guarda-vidas, senhor Pitalô

Q

ue repelente que nada. O produto mais vendido nesse verão nas farmácias buzianas é o agora famoso, Kit Ressaca. Depois que o exprefeito Toninho Branco largou o poder, as vendas de Viagra despencaram e a salvação dos empresários das drogarias foi o surgimento desse Kit. O composto que tem salvado a vida de muito cachaceiro vem com um antiácido (sal de fruta), um hematoprotetor (geralmente Epocler) e de dois analgésicos. Custa cerca de seis reais e pode ser encontrado em todas as farmácias da cidade.

Hoje, o Kit Ressaca é companhia obrigatória dos jovens da cidade.

Não é segredo para ninguém que o público noturno mudou muito nos últimos anos. Saíram os adultos de cena e entrou a juventude, cada dia mais jovem. É jovem enchendo, a cara de uma mistura conhecida como Red-Red, ou seja, Red Bull com uísque Red Label. Pela manhã, somente o coquetel do Kit Ressaca para levantar.

Basta uma caminhada pelas ruas da cidade depois das 11h da noite para perceber que aquela bebedeira sem controle vai cobrar caro no outro dia.

Verão seguro

A

nomeação de Ednei da Silva Carvalho, mais conhecido como Pitalô para o cargo de Inspetor Geral dos Guarda-Vidas, não foi uma unanimidade na cidade. Muita gente torceu o nariz. Diziam que Pitalô não tinha capacidade para assumir tal posto. Passados 20 dias, o jovem buziano está a cada dia mais fortalecido no cargo que lhe foi confiando pelo prefeito Mirinho Braga.

Hoje a cidade de Búzios conta com 48 guarda-vidas – sendo duas mulheres. Temos salva-vidas até na Ponte da Marina.

Os banhistas de Manguinhos, Ferradura, Tartaruga, João Fernandes, Brava, Lagoinha, Tucuns, José Gonçalves, João Fernandes e Geribá estão todos protegidos. Nessas praias, bravos buzianos estão atentos para qualquer casualidade.

-Geribá é a praia mais problemática-, garante Pitalô.

-Com 30 mil pessoas, água quente, fica difícil controlar.

Mas estamos fazendo um bom trabalho. Somente no dia 1° de janeiro- o dia mais complicado- fizemos 114 salvamentos-, continuou o Inspetor Geral.

De 1° de Janeiro até o último dia 22, foram feitos 560 sal-

vamentos nas praias de Búzios.

A maioria absoluta de turistas mineiros. Não houve nenhuma morte.

A maioria dos afogamentos se dá por excesso de bebidas alcoólicas e imprudência.

- Nossos salva-vidas têm autoridade para interditar qualquer praia se achar necessário. O ideal seria que os turistas que não conhecem a cidade pedissem orientação aos salva-vidas. Peço também que os turistas respeitem nossas determinações-, finalizou Pitalô.

Além de afogamentos, os salva-vidas de Búzios atendem muitos casos de insolação. A pessoa fica lagarteando horas no sol e, de repente, começa a tremer, a sentir frio, mesmo no calor. Nesses casos, os salva-vidas levam a pessoa para uma sombra a coloca gelo na nuca, pulsos e virilhas. Geralmente a recuperação acontece em minutos.

Para curtir nossas praias com segurança o ideal é: beber com moderação, se proteger do sol e acima de tudo, escutar os conselhos dos salva-vidas.

Bom verão.

Carol e seu companheiro de todos os dias, o Kit Ressaca

Manuella da Drogaria Geribá, ela é uma boa receita para acabar com a ressaca

23 de janeiro de 2009 – O Perú Molhado

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NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS

João Candido, filho do Portinari faz uma festa de arromba neste sábado, para comemorar seus 70 anos com os amigos Nosso editor Marcelo Lartigue e Paulo Soares, o embaixador mais ‘malandro’ do Brasil, que depois de uma temporada como cônsul em Córdoba, agora responde pela Embaixada brasileira em Singapura

Toda semana, o botequim Escritório da Tina e da Baixinha apresenta a melhor atração do Porto da Barra. Chorinhos, MPB e eletro music encantam fregueses como Ancelmo Góis, Arnaldo César Coelho e até Milton Nascimento, que não perde uma noitada.

Jennifer, Sophie, Zéna e Stephanie, as mais belas francesas desse verão buziano. As meninas trabalham com turismo na Bretanha

O empresário Ramison Lopes e Andréia Carvalho, a mais nova formada em Hotelaria pela Universidade Veiga de Almeida

Milton Nascimento que todos os anos passa férias em Búzios com o chef Pablo Oazen do Bora Bora, curtindo o som da Baixinha

Mimi e Regina festejando 50 anos de casamento, desfrutando a feijoada do Hotel Pérola

O escritor uruguaio Eduardo Galeano passeando com os netos na Orla Bardot

momento, Nani está lendo o livro “Como sair do fundo do poço em quatro anos”.

Simone, Vanessa e Roberta curtindo à noite na Prìvilege

Pra frente Brasil. Mal assumiu o cargo, e o novo prefeito do Rio de Janeiro já está criando dificuldades para as maiores instituições beneficentes da cidade. A Secretaria de Assistência Social não assinou o convênio com 11 instituições, entre estas a Sociedade Pestalozzi do Brasil e a ABBR, porque elas recebem mais de R$25.000,00 reais por mês, vejam só! O resultado prático é que a prefeitura economizará no mês de Janeiro cerca de R$300.000,00 e deixará 3.000 crianças sem assistência. A prefeitura quer impor as instituições um processo burocrático ainda mais caro e complicado para que estas se habilitem a receber este dinheiro.

Escândalo I. O Gabinete do Prefeito terá 53 cargos, entre eles 15 assessores nível I e, 15 assessores nível II, consumindo um total de R$ 123.824,00 por mês. A Secretaria de Educação, com 80 cargos comissionados, gastará

R$ 112.923,00. Para um governo que diz priorizar a educação é um absurdo gastar mais no seu gabinete - ainda mais com 30 assessores que não passam de "dedos-duros" - segundo o ex-prefeito Chiquinho da Educação. Até porque esses assessores não terão espaço para trabalhar. Vão ficar nas ruas ouvindo conversas e repassando seus conteúdos para o prefeito.

Escândalo II. De todas as secretarias, o Gabinete do Prefeito só terá orçamento inferior ao da Saúde, que será de R$ 124.908,00, com 64 funcionários comissionados.

Letras. O ex-estrategista político do governo Toninho Branco, Nani Mancini sumiu da cidade por um bom motivo. Comprou 500 livros de auto-ajuda e todos os dias acorda às cinco da manhã - e só vai dormir depois da meia noite - tentando entender aonde foi que errou. No

Força. Parabéns ao vereador Lorran que, consternado com a volta das barracas à Orla Bardot, fez pressão e, finalmente fez valer sua vontade. As barracas dos camelôs foram finalmente retiradas daquele cartão postal.

Posse. O empresário Sergio Murad (dizem) foi nomeado Assessor Nível I da Secretaria de Gestão, Orçamento e Planejamento. É muito pouco para o talento de Murad. O lugar dele é em Brasília, cabalando recursos para Búzios, ao lado dos senadores Collor de Melo e Renan Calheiros e do deputado Paulo Maluf. Murad deveria ser nomeado Secretário de Assuntos Extraordinários. Nós do Perú não aceitamos menos que isso.

para assumir um cargo público no governo Mirinho. Luiz só faz uma exigência: só aceita cargo no Orçamento Participativo, tema que domina como poucos na cidade.

Lamaçal. As Ruas José Batista, José Cabral e Sapotó, todas no bairro de José Gonçalves estão intransitáveis. A lama tomou conta de tudo e os moradores já não conseguem nem sair de casa. Dezenas de carros ficaram atolados nos últimos dias. Os moradores do aprazível bairro querem saber quando a nova administração vai agir e parar de tratar os moradores daquela localidade como cidadãos de segunda categoria.

Sorte. O jornal econômico "The Wall Street Journal" informou que recebeu mais de dez envelopes com pó branco. O caso que está

Faz-me rir. A Boca maldita informa: Luiz do PB (Partido da Boquinha) está doidinho

Steak • Seafood Orla Bardot, 382 • Tel: 2623-4986

o presidente do clube de futebol alemão Eintracht Frankfurt, Peter Fischer no Brigitta's

sendo investigado pela Polícia de Nova York e por membros de outros órgãos especializados.

Aqui no Perú, nunca aconteceu nada parecido.

Gol. Neste domingo, 25 de janeiro, o glorioso Botafogo joga contra o time do Boa Vista na cidade de Saquarema. Falta pouco, muito pouco, para Búzios assistir a Vasco e SEB, ou

Vasco e Pilorda.

Verde de raiva. Não convidem para a mesma mesa o atual prefeito de Búzios senhor Mirinho Braga e o ativista ecológico Gabriel Guialuisi. O amor é eterno enquanto dura,..

Durou apenas uma semana.

Contos de verão

Por Sandro Peixoto

Não tem jeito, todo verão é a mesma coisa. Chegam os bons e os maus turistas.

Ninguém está imune aos ‘malas do verão’. Afinal de contas, muquirana também compra. Esses ‘malas’ não têm nacionalidade, nem nomes ou rostos. São fiéis representantes do mau humor, da ranzinzes, do aborrecimento. Sorte que gente bem humorada também se faz presente. A seguir, três pequenos contos do verão 2009 que acaba de começar.

A guerra do canudo Outro dia, uma senhora turista - desses ônibus de one day tour - se dirigiu até um pequeno comércio do Centro e pediu duas águas minerais. O dono do comércio, conhecedor de seus direitos e profundo cumpridor de seus deveres, entregou o pedido a turista. Ela pediu dois canudos. Ele atendeu de pronto. Mas a turista exigiu canudos envelopados. Não havia. Por lei, esse tipo de comércio - apesar de vender água e refrigerante - não é obrigado a ter canudos, copos nem sacolas. É a lei.

A turista não gostou e continuou exigindo canudos envelopados. O comerciante disse que não tinha condições de atendê-la da

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maneira que ela exigia e, pegou de volta as águas. Problema resolvido? Qual o quê.

A senhora chamou a polícia militar e queria enquadrar o comerciante na lei do racismo.

Sorte que os dois policias chamados resolveram encerrar o caso na hora, sem mais delongas, nem custos para a já tão atribulada justiça brasileira. O que era um caso banal de falta de canudo envelopado, quase vira um processo judicial de racismo. Nesse momento, essa ‘turista mala’ deve estar enchendo o saco de alguém.

A curiosidade paulista Três turistas de um navio alugaram um barco - de um taxista famoso - e pediram para conhecer a famosa Praia do Olho de Boi. - Os paulistas (ah, eles eram paulistas) dis-

seram que queriam ver mulheres peladas, lembra o taxista /pescador, mas, eu logo avisei que o máximo que eles iriam ver eram gays pelados.

Não convenceu. Os curiosos pediram para seguir viagem. Chegando a praia, dito e feito, ou pior, nem gay pelado havia. Para piorar, a praia pareceu pequena para os turistas. Não gostaram de nada. Na volta, pediram para nosso pescador levá-lo até o navio.

- eu disse a eles que era impossível atracar.

Que era proibido. Eles nem escutaram. Fui assim mesmo.

Quando se aproximaram da enorme embarcação, um tripulante começou a acenar, balançar os braços fazendo sinal de que aquela embarcação não poderia atracar no navio.

- Os malucos me pediram um saco plástico, colocaram dentro cartões e documentos, jogaram em direção ao filipino do navio e se atiraram na água. Fo-

ram nadando até o navio, lembrou sorrindo o taxista/pescador que recebeu R$ 800,00 reais pelo passeio.

Cambalache Quarta-feira chuvosa. Céu fechado. Tudo levava a crer que seria um dia feio e frio, sem muitas opções de lazer. Foi quando vi um casal de argentinos entrando na loja de locação de imóveis, o corretor (vamos aqui ocultar o nome do profissional por motivos óbvios) ficou cheio de expectativa. Quem sabe venderia aquele terreno na ponta da península que está com um excelente preço, ou mesmo, aquela Pousada tradicional?

Tudo poderia acontecer.

O simpático casal pediu para ver uma casa na Ferradura. Bom começo, na Ferradura só tem mansões. Seis casas depois e nenhum interesse, o simpático casal pediu para ver algumas casa em Geribá, e depois em João Fernandes, Manguinhos e até em Tucuns. Mais de uma centena de imóveis visitados e nada do casal se decidir. Já era final de tarde, quase noite, quando o casal pediu para ser levado até sua pousada.

Foi só então que nosso amigo corretor entendeu tudo.

O casal estava hospedado numa aluga-se suítes das mais baratas da cidade. Não queriam e não tinham grana pra comprar nada.

Estavam apenas entediados e resolveram fazer um city tour grátis.

23 de janeiro de 2009 – O Perú Molhado

“Coleções” na PEMBA Armando Mattos apresenta

A Caixa-Verde After Marcel Duchamp Walker Evans Dan Flavin Daniel Buren Andy Warhol Richard Serra Oswaldo Goeldi Anna Bella Geiger Alex Vallauri Manfredo Souzanetto Newton Cavalcanti Claudio Fonseca Laura Lima Artur Barrio Roberto Cabot Marssares Kasimir Malevich Ellsworth Kelly Lygia Clark Fernando de La Rocque Chelpa Ferro Paulo Roberto Leal

+ curtas aos domingos Búzios 1974/1988 de Célia Jaguaribe Caetano Veloso, Búzios 1990 Adoro Nietzsche de Roberto Cabot

Quem tem medo de arte contemporânea documentário de Isabela Cribari e Cecília Araújo

Artur Barrio: o presente é um momento

Apoio Club Med e Ediouro 23 de janeiro de 2009 – O Perú Molhado

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Cinema

Comidas & Shows

Cine Bardot - A Vejinha Campos, por favor não confundir com a Vejinha Rio nem com a Cidinha Campos não informou a profunda programação, mas temos espetáculos todos os dias com Maria Lúcia Prioli, Ligia Azevedo, Aninha Moniagurria do Mário José, que se apresentam na Praia de Geribá, Manguinhos e até na Praça Santos Dumont. As apresentações na praia e na praça são de graça, e no cinema também.

Ingressos: R$ 16,00. www.viladomar. com/cinebardot

Brigitta's - Promoção de Lagosta fresca grelhada com 30% de desconto. Happy Hour com música ao vivo de quinta a sábado, de 19:30 às 22:00, com 1 caipirinha de cortesia. Vista para o mar em ambiente aconchegante com atendimento personalizado em 9 idiomas, alemão, arabe, espanhol, francês, inglês, italiano, japonês, português e sueco. Reservas: 2623-6157 / 2623-2940 - Rua das Pedras "131" S'essa rua fosse minha - Um restaurante à moda antiga, com um cardápio elaborado a partir de pratos consagrados nacionais e estrangeiros. Rua das Pedras, 151.

Telefone: 2623-2261 Caverna Café – Cozinha mineira. Rodízio de caldos no fogão a lenha, pratos executivos, tutu a mineira, frango c/ quiabo e angu, tropeirão c/ lingüiça, feijoada completa, pão de queijo p/ festas e eventos.

Delivery (22) 9256-0800. Rua Geminiano José Luiz, nº. 180-Centro.

Lorenzo - Cozinha italiana, especialidade em massas caseiras e forno de pizza a lenha.

A partir de 25/12 rodizio de pizza todos os dias em ambiente climatizado. Rua Manoel Turíbio de Farias, 40. Reservas: 2623-0972.

Beach Club - Luau na terça-feira 22/01, no pôr do sol em diante. Canto direito da Praia de Geribá. Tel: 2623-3506.

Praia Rasa - Luau na Barraca do Cupim, na Escolinha de Kitesurf do Val neste sábado.

Restaurante Hotel Pérola - Feijoada é servida após 13h00 às 17h00. Valor por pessoa R$ 45,00 + 10 % de taxas de serviço. Bebida cobrada por consumo. Estacionamento cortesia.

Artes Plásticas Abigail V. Schlemm – Pinturas. Rua das Pedras 151.

Vilmar Madruga – Ateleir com exposição permanente da obra do artista. Rua das Pedras, 27/loja 4. Tel.: 2623-7452 Carlos Lima – Atelier de pintura. Aldeia de Geribá, 8. Tel.: 2623-6743.

Anauê Mosaicos e Esculturas – Rua das Pedras, 266 – loja 04. Telefone: 26232225 Atelier Decor-Resina – Peças exclusivas em materiais nobres misturados com resina cristal. Rua Vila das Aroeiras, no 180. Tel.: (21) 9729-3795 Atelier Mar e Mato - André Cira - Pinturas, esculturas e técnicas mistas. Alameda das Bromélias, 10. Tel.: 22 26291616.

Lula Moraes – Loteamento Pórtico de Búzios- lote 23, quadra 05. Atrás do Hospital Municipal. Bairro São José. 26235744.

Celina Lisbôa Atelier – Exposição permanente de pintura, escultura e cerâmica. Rua das Pedras, 168/loja 7. Tel.: 2623-6924 Eduardo Sardi - Retratos artísticos, pinturas a óleo e pátinas - Vila Caranga, 32 - Telefone: 2623-4072 - 9223-0457 Julián Juaréz - artista plástico - Tel: 26337037 / 9209-6364. julian23artistaplastico@ hotmail.com. Rua Nicolau Antônio Estevão, 68 • Alto da Boa Vista • Rasa.

Sérgio Joppert - Pinturas e Desenhos. Rua Zaíras Street. Nº. 09 Baia Formosa - Lote 09.

Quadra 05. sergiojoppert@hotmail.com. (21) 9559-0014 Exposição permanente - Pinturas de Ama Sopeña, no bar e restaurante Mameluco (no centro da cidade). Para contatos com a artista, pelos telefones (22) 2623.0458 ou (22) 9234.4255.

o ã r e V a t o r a G a d o ã iç Ele

Domingo 25/1 às 14h começa a temporada no Bar da Nilza com a eleição da Garota Verão e show dos Mineirinhos. Desfile de biquini e roupa esporte. Alto da Boa Vista - Rua Maria Cecília (Rasa). Informações e inscrições: 22 26337259 / 9985-6530

Foto: Mônica Balcaldi

Agenda

IMPERDÍVEL Espaço Das Artes Búzios apresenta

Sua garantia de saúde em Búzios

Dr.: André Granado (Urgências 24 horas) Tel.: (22)9972-9749 e 8814-6510 14

Gente de Terra e de Mar em Manguinhos ao lado do Cilico's Pizzaria - Tel: (22) 2623-2316 De 18/12/2008 à 28/02/2009 sexta, sábado e domingo 21 horas 23 de janeiro de 2009 – O Perú Molhado

A nova atração dos mares U

Fotos: Eva Lartigue

Por Marcelo Lartigue

m novo barco está conquistando cada vez mais os velejadores brasileiros. Trata-se da classe Dingue, que ainda não é olímpica, mas, já é um sucesso nacional.

O Dingue tem um cockpit menor, dá mais trabalho para velejar, e exige um maior preparo físico do atleta. Mas é ótimo.

Outro diferencial é que o Dingue permite que se veleje com até quatro pessoas, coisa impraticável na classe Laser, seu concorrente mais próximo.

Ele é também um barco mais estável. Qualquer pessoa pode velejar.

O Dingue saiu da cabeça do velejador Miguel Pomar.

O projeto foi iniciado no final da década de 70. Miguel tinha um estaleiro e sempre gostou de velejar. Antes de inventar o Dingue, Miguel velejava na classe Laser, um barco inglês que custa caro. Por ser uma classe olímpica, sua fabricação é bastante restringida.

Já o Dingue por ser um barco brasileiro além de ser mais barato, é mais fácil de encontrar.

- Antes de criar o Dingue, Miguel criou a Classe Pomar.

O Dingue é mais barato e mais fácil de velejar. Enquanto um Laser custa quase 20 mil reais, um Dingue não sai por mais de 11 mil - informou Lourenço, professor de Engenharia Naval da Universidade do Fundão, aonde já fabricou 560 Dingue. São fabricados 50 barcos por ano em média. Os barcos são vendidos principalmente para o Rio, São Paulo, Rio Grande do Sul, Recife, Salvador e Brasília, aonde a classe é muito forte.

Lourenço se formou em Engenharia Naval em 1998. Ganhou uma bolsa do CNPQ começou a trabalhar na construção de um Snipe de madeira. Foi então que surgiu a oportunidade de iniciar a construção de Dingue que havia sido interrompida há mais de oito anos.

- Com a falta de barcos no mercado, a classe praticamente havia desaparecido - lembra Lourenço.

O jovem engenheiro então procurou o diretor do Curso de Engenharia Naval da Universidade do Fundão - que era seu orientador na Bolsa - e, então criaram uma empresa ‘incubadora’ ligada ao Pólo Náutico da Universidade.

Hoje essa empresa vende barcos para o país inteiro.

Lourenço lembra que enquanto o Laser é um barco de performance, o Dingue pode ser descrito como uma barco mais estável.

- Como o Dingue é um barco voltado mais para o lazer, dá até para colocar um pequeno frigobar. Dá para encaixar uma família inteira com muita comodidade -.

Um dos melhores velejadores de Dingue do Brasil é Luiz Fernando Pedroso, Superintendente da Editora Ediouro.

Quando está em Búzios, Luiz Fernando não perde um dia sequer. Vai para a Praia de Manguinhos e imbica seu Dingue em direção a Ilha Feia. Só volta no final da tarde quando se dirige ao Bar Escritório, onde uma maravilhosa caipiwodka de maracujá o espera.

Lourenço está pensando em expor um Dingue em frente à Pemba, na Orla Bardot no primeiro final de semana de fevereiro.

- já realizamos alguns campeonatos da classe em Búzios.

Organizamos o estadual e o campeonato do sudeste. Búzios é a Meca da vela. É o melhor lugar do Brasil para se velejar- finalizou Lourenço.

Muita gente que sonha velejar, acha que é difícil. Com um Dingue tudo fica mais fácil. Pessoas sem nenhuma experiência em barcos a vela conseguem velejar com muita facilidade. Quem tiver vontade de comprar um Dingue, basta ir até Ilha do Fundão e procurar Lourenço.

O barquinho pode ser financiado em até três vezes, no pré-datado.

23 de janeiro de 2009 – O Perú Molhado

Lourenço do Fundão com nosso editor em seus últimos dias de vida

A equipe do Lourenço trabalha a todo vapor fabricando uma dúzia de dingues por mês

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Haver navios

T

odos os anos é a mesma coisa.

Mal se inicia a temporada dos navios e começam as críticas.

Dessa vez o Presidente da Colônia de Pescadores e o mais novo Coordenador Municipal de Pesca, Amarildo de Sá Silva, vulgo Chita, entrou com uma representação no Ministério Público alegando que os navios causam impacto ambiental no fundo do mar.

O Ministério Público chamou todos os interessados para uma reunião (Armadores, Marinha, Prefeitura, representantes da Brazil Cruise, etc.) e ficou decidido que, uma empresa seria contratada para fazer um estudo para provar se os navios causavam ou não, o tal do impacto ambiental.

Depois de muita pesquisa, ficou comprovado que o fundo do mar de Búzios não sofre nenhum tipo de transtorno esses navios.

A temporada de desembarque de transatlânticos nessa temporada começou em novembro e vão até abril. Ou seja, teremos seis meses de desembarques. Coisa impensável até outro dia. Nesses seis meses receberemos 290 mil turistas. Segundo calculo da EMBRATUR, cada turista gasta em Búzios cerca de 80 dólares. Esse gasto já foi maior. Mas, como o turismo náutico se popularizou, os valores caíram. Mesmo assim, isso representa 23 milhões de reais a mais na economia buziana.

- Se os navios deixarem de vir para Búzios, acredito que 2/3 do comercio da cidade vai sentir -, profetizou o empresário Cadú Bueno, proprietário do Porto Veleiro e, responsável pela vinda dos navios para Búzios.

Os turistas dos navios não consomem ape-

nas camisetas ou produtos baratos. O corretor Celso Terra já vendeu inúmeros terrenos na cidade - principalmente na Ferradura - para turistas dos navios.

- Eu mesmo já enviei diversos comandantes e oficiais para Celso Terra -, continuou Cadú.

O certo é que os navios não trazem prejuízo para a cidade. Muito pelo contrário.

Quando era presidente da AHB, o saudoso Eurico Sobral brigou para levar os navios para o cais do Centro. Eurico nunca foi contra. Só queria privilegiar as ruas do centro, onde tinha um comércio.

Os navios são os responsáveis diretos pela recuperação do bairro dos Ossos.

Por determinação da Marinha, Búzios só pode receber de vez, três navios.

Cadú acha esse número ideal. Mais que isso, afirma, ‘a cidade não comporta’.

Já para o Secretário de Turismo Isac Tilinger, Búzios pode receber até quatro navios de uma vez. Sendo dois no Centro e dois no Porto Veleiro.

- Infelizmente trocamos o turismo de qua-

Isac Tillinger, secretário de Turismo e Cultura, enviado pelo Dr. Ruy para botar ordem no Chita

lidade pelo turismo de massa. É melhor receber 10 mil turistas náuticos que das cidades vizinhas. A prioridade do governo é o turismo doméstico. Por isso devemos defender os navios. Temos que fazer mais divulgação e tentar atrair o turista. Fazêlo voltar e se hospedar em nossos hotéis-,

afirmou Isac.

Na última sexta-feira, havia dois navios ancorados na cidade.

O Zennit e o Mistral. Os dois desembarcaram 3.400 pessoas sem causar nenhum problema à comunidade.

Búzios, hoje, vive exclusivamente do Turismo. Pesca nem pensar...

No Porto da Barra, o brinde é o ano todo!

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23 de janeiro de 2009 – O Perú Molhado

A VIAGEM Por Ronaldo de Mattos

F

oram quase 3000 milhas navegadas conhecendo os lugares mais lindos e virgens do litoral nordeste do Brasil. Tente imaginar este roteiro: Búzios – Abrolhos - Santo André – Salvador – Recife – Fernando de Noronha – Atol das Rocas – Natal – Pipa – Cabedelo – Recife – Salvador – Baia de Camamu – Abrolhos – Búzios. Tudo isso morando a bordo durante 50 dias inesquecíveis. Cada um desses dias foi aproveitado de maneira intensa, com os amigos e convidados.

Tenho certeza deixou lembranças maravilhosas para o resto da vida. Fica difícil eleger o melhor momento, mas as ilhas Abrolhos, Noronha e Rocas são lugares mágicos. Já a passagem pelo Cabo de São Tomé e o trecho de Natal até Cabedelo foram os mais duros, com ventos na faixa dos 60 km/h e um mar que deixava tudo constantemente molhado. O fato mais surreal foi a colisão ou atropelamento que tivemos no inicio da noite com uma baleia Jubarte chegando a Abrolhos vindo de Búzios. Apenas um susto para ambos.

Sempre mantínhamos dois curricos na água para pescar e todo peixe embarcado seguia o mesmo ritual. Uma metade virava sushi e ceviche e a outra moqueca. Vários peixes levaram nossas iscas devido ao tamanho exagerado, pois velejamos constantemente em águas profundas, mas, pescamos uma sarda, uma cavala, um dourado e um marlim branco que voltou para água depois de fotografado.

Em Noronha fizemos mergulhos autônomos e o do lado sul foi fantástico pela água absurdamente transparente e uma quantidade de peixe que de tão dóceis dava para passar a mão. A temperatura da água também é um caso serio sempre na casa dos 27 graus. Um paraíso para os mergulhadores de plantão. Outro caso a parte é o Atol das Rocas. Parece uma ilha dos piratas saída de um filme onde você imagina que eles enterram o tesouro. Ela é praticamente habitada por pássaros marinhos. É o paraíso para os biólogos e amantes da natureza.

Todas estas ilhas são parques nacionais muito bem protegidas por leis e guardas parques. De lá você só leva fotos e lembranças maravilhosas. A cidade mais parecida com Búzios é Pipa em Tibau do Sul no Rio Grande do Norte. Paramos o barco na Lagoa de Guaraira onde tem uma entrada difícil que só deve ser feita por quem conhece ou com ajuda de pratico. Lá fomos recebidos pelo Tito antigo morador de Búzios, e que nos mostrou a cidade e arrumou o pratico para a entrada. Outro lugar que me deixou muito impressionado foi Barra Grande na Baia de Camamu.

Certamente merece um capitulo a parte e só me arrependo de não ter passado mais tempo lá. Considero parada obrigatória para quem viaja por este trecho. Na próxima volta da regata REFENO certamente vou dedicar um tempo maior a este lugar. Santo André também é muito agradável e uma boa parada para descanso. Salvador, Recife e Cabedelo foram paradas técnicas.

A REGATA A Refeno é um show aguardado pela população de Recife todo o ano. E já no check-in obrigatório você entende o por que. Milhares de pessoas se aglomeram no cais do antigo porto em frente ao marco Zero para ver e torcer pelos mais de 100 barcos cada um representando uma cidadeque são obrigados a passar em fila ao lado do cais para ser identificado antes da largada. Depois do tiro de largada, a emoção toma conta e começa uma velejada em que a maioria dá tudo de si para cumprir em menor tempo possível as 300 milhas ou 545 Km que separam Recife de Fernando de Noronha.

O vento sempre de S/SE leva todos os barcos num único bordo quase em linha reta até a linha de chegada. Durante a viagem/regata, todos se revezam nas tarefas para manter o melhor desempenho o maior tempo possível. De nossa parte tudo correu muito bem; apenas um pequeno problema no esticador do leme que em menos de 30 min resolvemos e o fato dos hélices folding (que fecham quando fora de uso) que não chegou a tempo para ser instalado e fez muita falta durante a regata diminuindo muito o desempenho do barco.

Nossa média foi de 7 nós ou seja levamos 43 horas para fazer as 300 milhas, quando poderíamos ter feito pelo menos uma média de 8 nós que daria um tempo de 37,5 horas, mais parecido com minha estimativa inicial. Mesmo assim dos 102 barcos que largaram ficamos com 22 melhores tempos.

A chegada foi emocionante, tinha recebido uma dica de um amigo para chegar o mais próximo possível da ilha para não correr o risco de ter que fazer bordos para cruzar a linha de chegada e perder tempo. Acabamos cruzando a linha junto com o Pura Vida do Carlos morador de Búzios que havia partido 40 minutos antes que agente. Todos a bordo ficaram muito felizes com a experiência vivida. Mais um sonho realizado e aquele gostinho de quero mais. Agora e se preparar melhor para a próxima. Falando nisso, dia 11 de Abril teremos a regata in-port da Volvo Ocean Racer no Rio de Janeiro e vamos estar lá para assistir ao vivo. Alguém se habilita? Para contatos cel: 22 9268-9981 com Ronaldo ou pelos e-mails: info@varuna40.com.br ou varuna40@hotmail.com

23 de janeiro de 2009 – O Perú Molhado

Largada no Recife

Família Portinari Leão, Zé e João

Marinho beijando o marlim branco

Cabanga lotado

O campeão Carlos Povoli e família Malízia - Cheval Blanc

Galera jantando no Miss Varuna

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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL ESTADO DO RIO DE JANEIRO Dr. ALBERT DANAN – Oficial e Tabelião Titular OFÍCIO ÚNICO DA COMARCA DE ARM. DOS BÚZIOS/RJ SERVIÇO DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS Av. Jose Bento Ribeiro Dantas, no 2.000, Manguinhos • Armação dos Búzios/RJ CEP: 28950-000 Telefax: (22) 2623-6093 cartoriobuzios@veloxmail.com.br

Em meu Car­tó­rio es­tão afi­xa­dos os Edi­tais de Pro­cla­mas de Ca­sa­men­to: DANIEL DA ROSA DIAS e ELIANE BERNARDO SANT’ANNA ; Brasileiros, solteiros. Ele, filho de: Claudionor Anacleto Dias e Geni da Rosa Dias. Ela, filha de: Élson Sant’Anna e Marilene Bernardo da Silva , ambos residentes neste Município –RJ.

NEIDE SANTIAGO DE SOUZA DA SILVA; Brasileiros, solteiros. Ele, filho de: Levi Carvalho dos Santos e Elizama Rodrigues dos Santos. Ela, filha de: José Tertuliano da Silva e Franci Santiago de Souza da Silva, ambos residentes neste Município –RJ.

ROMULO PEREIRA TRINDADE e NATASHA OLIVEIRA DE JESUS; Brasileiros, solteiros. Ele, filho de: Edmilson Pereira Trindade e Rosemere dos Santos Trindade. Ela, filha de: Cremilda Oliveira de Jesus , ambos residentes neste Município –RJ.

KEITH BERNARD POWER e CLARISSE AYA YOSHIDA; Ele, Canadense, solteiro, filho de: Bernard Paul Power e Dianne B. Hollett. Ela, Brasileira, solteira, filha de: Cláudio Yoshida e Clara Fumiko Tachibana Yoshida, ambos residentes neste Município –RJ.

MIGUEL LANER JUNIOR e IVANETE MACIEL DOS SANTOS; Brasileiros, solteiros. Ele, filho de: Miguel Laner e Luzia Lima Lanes. Ela filha de: Maury Azedo dos Santos e Selma Maciel, ambos residentes neste Município –RJ.

MANOEL INÁCIO DE ARAUJO JUNIOR e DAYANA MOYSES DOS REIS; Brasileiros, solteiros. Ele, filho de: Manoel Inácio de Araújo e Helena Souza de Araújo.

Ela, filha de: Jorge Messias Claudino dos Reis e Maria Helena de Souza Moyses dos Reis, ambos residentes neste Município –RJ.

GLAUBERSON SILVA MOURA LUIZ e MARISE RIBEIRO DE SOUZA; Brasileiros, solteiros. Ele, filho de: Walter de Moura Luiz e Maria Aparecida da Silva Moura .

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Tomara...

O

novo presidente norteamericano Barack Hussein Obama provará no seu governo, que suas ameaças guerreiras contra Irã e Paquistão foram apenas palavras proclamadas para seduzir ouvidos difíceis durante a campanha eleitoral?

Tomara...

E tomara que não caia nem por um momento na tentação de repetir as façanhas de George Bush. Obama teve a dignidade de votar contra a guerra do Iraque, enquanto o partido Democrata e o partido Republicano ovacionavam o anúncio do açougue que estava por vir.

Durante sua campanha, a palavra “leadership” (liderança) foi repetida inúmeras vezes nos discursos. Em seu governo, Obama continuará acreditando que seu país foi eleito para salvar o mundo, idéia tóxica que compartilha com quase todos seus colegas?

Continuará insistindo na liderança mundial dos Estados Unidos e na sua messiânica missão no mundo?

Tomara que a atual crise mundial que está sacudindo as bases do império sirva ao menos para dar um banho de realismo e de humildade a essa governo que começa.

Obama aceitará que o racismo seja normal quando é exercido contra os países que seu país invade?

o t g n i h s Wa Búzios

Não é racismo contar um a um os mortos invasores no Iraque e ignorar olimpicamente Os muitíssimos mortos na população invadida?

Não é racista esse mundo onde temos cidades de primeira, segunda e terceira categoria e mortos de primeira, segunda e terceira?

A vitória de Obama foi universamente celebrada como uma batalha ganha contra o racismo.

Tomara que ele assuma em seu governo essa honrosa responsabilidade.

O governo de Obama confirmará mais uma vez que o partido democrata e o partido republicano são dois nomes de um mesmo partido?

Tomara que a vontade de mudança que essas eleições

Por Eduardo Galeano Tradução Bruno Katz

consagraram, sejam mais que uma promessa e mais que uma esperança.

Tomara que o novo governo tenha a coragem de romper com essa tradição de partido único, disfarçado de dois que na hora da verdade fazem mais ou menos ou mesmo simulando que brigam entre si.

Obama cumprirá sua promessa de fechar a sinistra cadeia de Guantánamo, em Cuba?

Tomara que acabe com o também sinistro bloqueio econômico a ilha.

Obama continuará acreditando que esteja certo ter um muro evitando que os mexicanos atravessem a fronteira, enquanto seus dinheiros passem sem que ninguém lhes peçam passaportes?

Durante a campanha eleitoral Obama nunca enfrentou com franqueza o tema da imigração.

Tomara que a partir de agora quando já não corre o risco de perder votos, possa e queira acabar com esse muro, muito mais comprido e vergonhoso que o muro de Berlim. E tomara também que acabe com todos os muros que violam o direito a livre circulação de pessoas.

Obama, que com tanto entusiasmo apoiou o recente presente de setecentos bilhões de dólares aos banqueiros, governará com o costume para socializar as perdas e privatizar os ganhos.

Eu acredito que sim, mas, tomara que não.

Obama cumprirá o compromisso de Kioto, ou seguirá outorgando o privilégio da impunidade a nação mais poluidora do planeta?

Governará para os carros ou para a gente? Poderá mudar o rumo assassino de um modo de vida de poucos que rifam o destino de todos?

Acredito que não, mas, tomara que sim.

Obama, primeiro presidente negro da história dos Estados Unidos levará a prática o sonho de Martin Luther King ou o pesadelo de Condoleezza Rice?

Essa Casa Branca que agora é sua foi construída por escravos negros. Tomara que não esqueça isso jamais.

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Até os racistas estão elogiando o discurso de Obama P o r E d u a rdo Almeida, lembrando palavras de Eleanor Roosevelt: “Uma mulher é como um saquinho de chá, você nunca saberá quão forte ele é até que ele esteja na água quente"

Quando em uma matéria disse que o Lula teria de ter cuidado com o Obama, tinha razão, no seu discurso de posse, ele mostrou quão esperto, inteligente e malandro é.

Falou coisas que me deixou com inveja como, por exemplo, esta: “Agradeço ao presidente Bush pelos seus serviços a esta nação, assim como pela generosidade e pela cooperação mostradas durante esta transição”.

Obama e Bush dois caras completamente diferentes, e mesmo assim Obama elogiou o Bush pela transição, e Bush foi à posse e saiu sem ser vaiado e com dignidade. Que inveja ao fazer paralelo com minha cidade.

Quando vejo que aqui transição não houve, a cidade cheia em todos os sentidos, de lixo, de gente, de pobreza de atitudes.

O novo presidente citou sem citar Roosevelt o presidente que tirou a América da recessão, ao dizer:

“Nunca foi o caminho dos fracos de coração - daqueles que preferem o ócio ao trabalho, ou buscam apenas os prazeres da fortuna e da fama. Foi isto sim, o dos que correm risco, dos que fazem, dos que executam coisas - alguns célebres, mas mais comumente homens e mulheres obscuros em seu trabalho, que nos levaram pelo longo e áspero caminho da prosperidade e da liberdade”.

Roosevelt já dizia que era preferível correr riscos, expor-se ao insucesso do que fazer fila com aqueles que preferem viver em um mundo cinza onde nada fazem e não correm risco.

Obama deu vários recados que podem ser seguidos inclusive por aqui em Búzios, vejam, por exemplo, quando ele diz: “A questão que se deve perguntar hoje não é se o governo é grande demais ou pequeno demais, mas se funciona, que as disputas políticas vazias que nos consumiram

por tanto tempo não servem mais”.

Ele lembra o presidente Lula quando diz frase de efeito quando o nosso Lula diz que um torneiro mecânico virou presidente, vejam o que disse Obama: “e a razão pela qual um homem cujo pai, menos de 60 anos atrás, não poderia fazer um pedido num restaurante local, pode agora comparecer diante de vocês para prestar um sacratíssimo juramento”.

Por estas e outras acho que Obama deveria ser analisado com maior profundidade, pois não é todo dia que um cara junto à inteligência com a malandragem. E por falar em malandragem até o nosso Zé Kéti, foi lembrado por Obama quando ele disse no seu discurso: “A partir de hoje, temos que nos levantar, sacudir a poeira e começar de novo o trabalho de refazer a América”.

E finalmente mais um recado, para todos nós de Búzios, quando Obama fala da administração pública: “E aqueles que administram os dólares da população terão que assumir suas responsabilidades: gastar com sabedoria, mudar os maus hábitos, fazer negócios à luz do dia. Porque só então poderemos restaurar a confiança que é vital entre um povo e seu governo”.