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Foto: Sylvana Graça

6 de março de 2009 - www.oPerú­mo­lha­do.com.br - Edição 904 • ANO XXIX

O MAIOR JOR­NAL

Ancelmo Góis, agora cidadão buziano, jornalista mais popular na procissão do São Perú (Com esta capa garantimos várias notinhas na sua coluna, do nosso concorrente O Globo)

BÚZIOS

é ú r e OP a t s e f uma

Um jornal cego, surdo e mudo

O PERÚ DA FESTA Por Thomas Sastre

U

ma vez mais, Marcelo delirando com vinte oito perus a sua volta, parecia que sonhava ao ter a sensação de não estar em nenhum tempo. A medida que chegavam os perus com suas peruas deslizavam-se pelas mesas do Restaurante do Mimi, políticos, artistas , sobrenomes, e cúmplices, todos se cumprimentavam e se auto-elogiavam.Prestigiando a festa o Juiz e sua esposa davam um ar de descontração a mais, o que se podia apreciar era o senhor João e senhora Alice se divertindo, como cidadãos buzianos comuns , solidários e alegres, em meio aos demais, embora em mesmo cenário pudesse também se ver a presença forçada do Sr. Turismo, viúvo da defunta Cultura, perdido como jamanta de periferia, posava como uma mosca sobre todas as conversações, pulava de mesa em mesa sem preocupar-se no mínimo com a tolerância da gente. Voltando para o tempo em outro lugar, me lembrava as moscas nas mesas do restaurante sobradinho, quando o garçom passava vinagre nas mesas para elas não pousarem e poder servir os PFs. A festa da comilância contiuava até esperar o desfile pagão. No palco da Veja Búzios, o cantor Eduardo Dussek interrompeu o show para homenagear o Perú. Lula Vieira representando o Perú declamou sua poesia “O Perú que me pariu”, levando o público ao delírio. Continuando o show, um alarido se mistura aos gritos da multidão. Quebrado, moído, dilacerado, todo estropiado, e dolorido, aparece de novo o Turismo fantasiado de Vicking, perseguido por um enorme touro, fugido de uma arena , como que assustado pelos fogos de artifício, e então o respectivo senhor diz com determinação aos seus estupefatos subalternos: “Servidores, não usarei mais essa fantasia de vicking e nem esse maldito capacete com chifres, só me arrumou muita confusão!”

A meia noite o santo milagreiro São Perú, abriu as portas do purgatório para a procissão.A elegante porta bandeira Adriana Salituro e a comissão de frente Maria Elvira, Baixinha, Valdete, Mônica, Andrea, Érika, e Claudinho, o figurinista do Perú abriam o desfile.Saindo da Pemba , atravessando a Turíbio, chegam a Rua das Pedras.Um rio de esgoto misturado aos detritos fecais atravessa a rua, impedindo a passagem da procissão.O mestre

de cerimônia Hamber pede ao Sandro que vinha carregando o São Perú nas costas, por mais um milagre.Como paródia do mar vermelho, o detrito fecal e o esgoto se separam por um instante, para dar passagem a procissão.Apesar do milagre, o São Perú foi cruel, os tênis e os chinelos dos passantes não foram contemplados na dádiva, uma pequena lembrança para ver se há peito pra reclamar.Recebidas com o encanto das lindas gatas da Privilége, a procissão segue até o final no compasso da marchinha “Mamãe eu quero mamar!”.Suada, cansada, suspirava a futura avó Dona Andréia do Bar do Mangue: “na minha vida toda o Perú corria sempre atrás de mim, nunca pensei que um dia eu teria que correr atrás dele.”

Nota da redação: Não concordamos com nada do que está escrito ao lado, porém, como somos um jornal plural, abrimos (no bom sentido) nossas páginas até mesmo para as loucuras do Thomas Sastre que como todos sabem, adora falar mal dos outros. É uma questão de estilo. Thomas é nosso Diego Mainardi. Piorado mas é.

Con­se­lho edi­to­rial Bri­git­te Bar­dot, Clau­dio Kuck, Ivald Gra­na­to, Jo­mar Pe­rei­ra da Sil­va, Fi­no Quin­ta­ni­lha, Re­na­ ta Des­champs, Ota­vi­nho, Humberto e Clau­dio Mo­dia­no, Er­nes­to Za­bo­tinsky, Tra­ja­no Ri­bei­ro, Re­na­to Pa­co­te, Jor­ge Te­des­co, Clau­dio Co­hen, Lau­ritz Lach­man, Gui­lher­me Araú­jo, Pe­dro Pau­ lo Bul­cão, Pau­lo Ma­ria­ni, Al­ber­to Fan­ti­ni, Ma­rie Anick e Jac­ques Mer­cier, Ara­guacy da Sil­va Mel­ lo, Luis Ed­mun­do Cos­ta Lei­te, Mar­cos Pau­lo, Elie Sha­ye­vitz, Jo­nas Suas­su­na, Gló­ria Ma­ria, Rui Castro, Heloísa Seixas, Márcio Fortes, Luis Fer­ nando Pedroso e Lula Vieira.

Di­re­tor Mar­ce­lo Lar­ti­gue

Ma­rio Hen­ri­ques e Pe­dro Luis Lar­ti­gue

Jor­na­lis­ta res­pon­sá­vel Ge­rên­cia de Ven­das Hamber R. de Carvalho (reg. prof. 13.501 DRT/RJ) Rio: Tráfego Publici­ dade & Marketing Tel: (21) 2532-1329 Editor de fotografia Me­ce­nas Não temos Umberto Mo­dia­no Re­pór­ter Im­pres­são San­dro Pei­xo­to Ediouro Anibal Fernando Cláudio Kuki

Pro­du­ção Grá­fi­ca Ca­ro­li­ne Moreira Marcela F. Silva

Diretora de Distribuição Cristina Albuquerque Arquivo e Assinatura Valdete Rangel Amaral

Fun­da­do­res

O Pe­rú Mo­lha­do / Edi­to­ra Mi­ramar CNPJ: 02.886.214/0001-32 Pra­ça San­tos Du­mont, 333 - sobrelo­ja Cep 28 950-000 – Cen­tro - Ar­ma­ção de Bú­zios – RJ Celular/redação: (22) 8128-3781 / 9216-3361 Comercial: 9959-9143 E-mail: operú­mo­lha­do@glo­bo.com operúmolhado@gmail.com Si­te: www.operú­mo­lha­do.com.br

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RECEPTIVO 2

Rua Geminiano José Luis, 3 Centro • Búzios mistertours@mar.com.br 6 de março de 2009 – O Perú Molhado

Marcelo e Mónica felizes com o sucesso da festa e com esta edição de 40 páginas

S

! o d a g i r b O

empre vamos esquecer muita gente, mas mesmo assim venho agradecer a todos que nos ajudaram a fazer a melhor festa de todos os tempos do jornal. Arrecadamos como nunca a gastamos com sempre. Não sobrou nada. Quer dizer faltou. Que nossa gerente do Bradesco, Patrícia, nos entenda.

O São Perú nos pede para voltar à gráfica do Lance na próxima edição. Estamos comendo o pão que o diabo amassou para imprimir mais uma edição na gráfica da Ediouro. Como despedida, esta edição tem 40 páginas.

Se for para abusar, abusamos como o diabo manda. Jamais pensei que um dia nossa festa teria a presença do nosso ilustre juiz Dr. João Carlos Corrêa, do Ministro Márcio Fortes, do jornalista Ancelmo Góis, do publicitário Lula Vieira, das deputadas Maria Elvira e Alice Tamborindeguy, dos prefeitos Marquinho, Andinho e de tanta gente boa que sempre comparece a festa do jornal.

A Sônia da Vimolagos por ter emprestado o 6 de março de 2009 – O Perú Molhado

bule que não usamos porque estava furado, ao carro de som do julien, que também não usamos por que foi proibido andar na contramão na Orla Bardot, ao Tif pelo apoio na Corrida dos Garçons e pela boca livre do chope. Ao Gilberto Lessa pelo troféu e pela alegria, e a todos os chefs de Búzios – especialmente a Roberta Kuck do Rio Antigoque se esforçaram para fazer o melhor. Nunca o povo se empanturrou tanto de perus.

Ao Pascal Buck e ao Alberto pelo apoio na Corrida de Rolimãs e aos guardas da Prefeitura de Cabo Frio.

Ao nosso secretário de saúde Alexandre Martins pela ambulância, ao Isac por tudo, a Carlinhos Gonçalves pela compreensão, ao Mimi da Sphagetteria pela paciência, a proprietária da padaria Chalé das Delicias, que fez o bolo, ao Hugo do Boi Bom que doou os perus, a Raquel nossa paciente estilista, que fez o figurino do Claudinho Segtowich, a bateria do Vou Ali e Volto Já e ao seu presidente Mureb Fogueteiro, as Boates

Privilège, Pacha e Fishbone, a Joaquim Álvaro Monteiro de Carvalho, ao Embaixador Sérgio Nogueira Lopes, a Ernesto Galiotto, a Ricardo Amaral que nos emprestou a Pemba, a armando Mattos, ao escultor Leo Sulles, a Wando Letreiros pela faixa, ao Porto da Barra, ao Búzios Golfe Clube e ao Clube de Vela de Manguinhos. Ao Aloísio Salazar, Marta Faissol e ao Copacabana Palace. Também ao Dr. Heitor.

A minha filha Eva, a Claudio do Cartão, a Kitie do Mercadinho da Brava, a Loni da Pizzaria Caminho da Brava, a Rogério taxista e as ‘minhas’ Chesf Sonia Persiani e Érica Ornelas que cuidam de minha dieta junto com a Baixinha. A para finalizar a nossas santas diagramadoras Carol e Marcela, aos nossos jornalistas Claudio Kuck e Aníbal Fernando, ao mala do Thomas Sastre e a Sandro Peixoto que de coveiro, correspondente na China agora é tido como invasor e traficante e a Monica.

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A mentira tem pernas curtas. Parte II Por Sandro Peixoto

M

ais uma vez o jornal quase diário Primeiro Hora mente a população buziana. Mas, isso não é novidade. O jornal é reincidente. Quem não se lembra do verão passado quando o PH espalhou pela cidade o boato do surto de meningite? Pois é. Agora a mentira é uma suposta invasão da casa da Azeda, coisa que nunca houve. Lamentavelmente Borgerthinho é tão doente quanto seu companheiro. Ambos são mitômanos.

Ou seja, mentem descaradamente. Mentem a cada instante. Só sabem mentir, enganar e difamar.

Além de noticiar um fato que não houve Borgerthinho ainda informou que nosso jornal havia ‘cantado’ a tal invasão que nunca aconteceu. A estória de Borgerthinho parece a farsa do cineasta americano Orson Wells, que ao ler uma suposta invasão de alienígenas, deixou a cidade de New York, em estado de pânico. Mas, não dá para comparar os dois, né não?

Para piorar, Borgerthinho informou que este repórter estava na casa antes mesmo do nosso juiz chegar. Ninguém melhor que o próprio juiz (e seus seguranças, seu secretário, os dois caseiros e mais o taxista Willian) para provar ao contrário.

Ao chegar à casa da azeda - depois de ser informado por um advogado que estava no Rio de Janeiro e que trabalha para os proprietários da casa, encontrei lá o Juiz Dr. João Carlos que não mostrou qualquer estranheza com a minha presença. Ao contrário entendeu como natural a presença da imprensa em um acontecimento da comunidade Buziana. Pediu para ser fotografado.

O Juiz, Dr. João Carlos no ato me informou que recebera uma denúncia de invasão e que ele, como representante da lei, não poderia ficar quieto e por isso foi até o local para resguardar o patrimônio dos proprietários. O juiz disse ainda temer que, ao ser dado como área desapropriada, pessoas más intencionadas pudessem invadir a casa e depredar todo o patrimônio. Cabe a imprensa reportar os fatos, relatá-lo de maneira honesta. A mentira do Borgerthinho fez surgir na cidade o boato que o repórter Perú Molhado, junto com os proprietários da casa da Azeda estavam dilapidando o patrimônio.

Em nenhum momento 15 elementos invadiram a casa.

Borgerthinho levianamente ainda afirma que por trás das ‘invasões’ estariam a participação de pessoas que tiveram seus interesses contrariados com o decreto do prefeito.

Hein?!?! Cuma?!?!. Podemos então entender que eram os donos quem estavam invadindo?

Quem sabe muito bem o que aconteceu naquela noite foi Paulinho, caseiro a nove anos da casa da Azeda. Eis suas palavras: “Fui dormir às nove da noite. Estava cansado e minha esposa estava passando mal. Foi quando escutei alguém chamando na porteira. Quando fui ver quem era, encontrei o Juiz com mais dois seguranças. Depois chegou seu secretário. O juiz pediu para abrir a casa. Disse que queria fazer uma averiguação. Em nenhum momento ele falou em invasão. Em seguida ele ligou e pediu uma caminhonete. Depois falou que ia levar alguns móveis.

Não entendi nada. Como sou o responsável pela casa na ausência dos proprietários, liguei imediatamente para o administrador. Ele ligou para um advogado da empresa que por sua vez ligou para o juiz e pediu para não levar os móveis. Depois da conversa entre os dois, os móveis foram devolvidos. O Juiz disse que a casa não podia ser invadida e que estava ali para evitar. No outro dia mandou um oficial de justiça para fazer uma lista de todos os bens da casa. Agora sou fiel depositário de tudo.”.

O caseiro, que passa quase 24 horas no local informou ao Perú que nunca ouviu falar em invasão e que nunca foi ameaçado ou ofendido por quem quer que seja.

“Ao contrário. Aqui todo mundo me respeita. Nunca hou-

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Nosso Juiz Dr. João Carlos e seu secretário Anderson durante a ação na casa da Azeda

Os móveis da casa, que segundo o oficial de Justiça, estão em péssimo estado de conservação

“Eu sabia que isso ia acontecer”, disse a finada dona Gisele

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ve arrombamento, bagunça, roubo ou coisa parecida”, concluiu Paulinho.

Entre os bens relacionados pelo agente da lei, estão todos os bens existentes na propriedade.

Para finalizar o oficial de justiça deixou bem claro que o imóvel se encontra em péssimo estado de conservação com infiltrações e com o telhado velho. Informou ainda oficialmente que não foram encontrados na casa nenhum o objeto de alto valor, nem armas ou drogas.

O processo N°. 2009.078.000002-6, informa que a decisão trata-se de requerimento cautelar ajuizado pelo Município de Búzios sob a alegação de que expropriou a área da Azeda/Azedinha e como decorrência de tal ato grassam noticias de que a propriedade vem sendo dilapidada, bem como pode ser , inclusive, invadida e por essas razões requer providencias imediatas do juízo para a proteção local.

O Juiz entendeu os motivos e deferiu o pedido, determinando que os bens móveis e imóveis existentes na propriedade fossem arrolados. O receio, segundo o despacho do magistrado, e que aconteçam prejuízos oriundos da contaminação dos atos de dilapidação e vandalismo.

Essa história da Azeda/Azedinha há tempos vem sendo contagiada por mentiras.Principalmente por parte de certos falsos ecologistas. Até a titularidade da propriedade eles contestam. Vale de tudo para tomar aquela área na marra. Só que a lei existe. Com mais essa mentira da invasão, Borgerthinho e o Primeira Hora só conta

O Perú sempre acompanhou tudo que aconteceu na Azeda. Quem quiser saber a verdade basta procurar o implacável arquivo do jornal

Editorial

Azeda 100% E

m nome de todos os buzianos, viemos publicamente parabenizar nosso prefeito Mirinho Braga pela coragem de desapropriar a Azeda. Que hotel 5 estrelas que nada! Temos que manter aquela área intocada, fechada.

Os buzianos já não aguentam trabalhar tanto. Os que querem emprego, não têm problema, a prefeitura tem vagas para todo mundo. O grupo Orient Express (que administra vários hotéis mundo afora, entre eles o Copacabana Palace) não serve para Búzios. As lojas estão cheias o ano todo. Os restaurantes têm fila o ano todo. A economia de Búzios é uma pujança só. Não precisamos de outros hotéis, nem mesmo um 5 estrelas com apenas 30 luxuosos apartamentos. Búzios não é mais lugar para magnatas.

A Azeda tem que ficar com os gambás, marimbondos, cuícas, cobras e lagartos.

Só uma coisa não está bem explicada. Se aquela área é uma APA - portanto, jamais poderá ser totalmente ocupada- porque desapropriar justamente agora, no momento em que o município não tem dinheiro nem para comprar papel higiênico para as escolas?

Deixa para lá...

O importante é que Mirinho cumpriu sua palavra.

Disse que iria desapropriar a Azeda e assim o fez.

Palmas para ele.

Vitória dos ecologistas da cidade. Principalmente do presidente do Viva Búzios que por anos foi quase uma voz solitária em defesa dos 100% de preservação daquela área.

Agora vem a parte mais fácil. Arrumar os um milhão e meio de reais- que segundo Gabriel Guialuisi é o valor da Azeda. Qualquer imobiliária sabe do valor em milhões de dólares desse terreninho de 158.000m² Mas pensando bem...

Não seria melhor se a prefeitura de Búzios desapropriasse terras na periferia? Além de mais baratas, a compra dessas áreas evitaria as constantes invasões. A defesa da Azeda virou um samba de uma nota só, enquanto imensas áreas na Rasa, José Gonçalves, e Tucuns (até dentro da APA do Pau Brasil) são invadidas todos os dias.

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Vale a pena ler de novo

Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa

Gastar dinheiro apenas para afagar o ego do Gabriel Guialuisi é jogar dinheiro fora.

A Azeda, por ser uma APA, está protegida. Jamais será desmatada, a não ser, nos 3% legais que o Orient Express desejava construir um hotel 5 estrelas.

Aliás esses 3% aprovados pelo governo Mirinho Braga.

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Aos 28 anos, o jornal segue jovem e forte, com crescente penetração e aceitação em todas as camadas sociais.

O "Perú" é uma unanimidade. Que continue, assim, cada vez mais vibrante!

Do amigo Marcio Fortes - Ministro das Cidades

Lembro o dia da primeira edição. Olha que faz tempo! Recebi das mãos do Marcelo, o verdadeiro 4 em 1. Double de empresário, jornalista, fotógrafo e jornaleiro. Quem diria, heim? O Perú está completando seus 28 anos! E cada dia mais molhado. O sotaque do seu dono continua igualzinho, quanto ao peru, não tenho idéia!

Ricardo Amaral

Filhote de tigre já nasce malhado Por Osvaldo Maneschy No verão de 1981, 23 de fevereiro, nasceu o “Perú Molhado” por obra e graça de dois amigos e também meus colegas de redação no jornal ‘O Globo’: Marcelo Lartigue e Aníbal Fernandes.

Em 1981, não custa relembrar, um general quatro estrelas governava o Brasil; Chagas Freitas e seus afilhados mandavam e desmandavam no Estado do Rio; a anistia estava novinha em folha; e Brizola - o autor da frase da abertura – recém fundara o PDT depois que lhe roubaram a sigla PTB. O mundo e o Brasil eram diferentes, mas o “Perú” nasceu malhado por ser filho de dois jornalistas competentes ligados ao bom jornalismo.

Para mim, esse é o segredo da sua longevidade e de seu sucesso agora que chega a maturidade dos 28 anos.

Nessa época Búzios era pouco mais do que uma aldeia de pescadores, parte da distante Cabo Frio, com um acesso por terra horroroso e praticamente sem telefone. Não existia Internet, muito menos computador pessoal. Fazer jornal por

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essas bandas, naquele tempo, era coisa de maluco ou de gente com muita visão. Lartigue e Aníbal provaram por “a” mais “b” que já’ enxergavam o futuro em 1981. Foram visionários.

Lembro que o “Perú Molhado” rodava na gráfica do “Jornal do Commércio” no Rio e chegava de ônibus na cidade graças a disposição física do Antonio, o office-boy e funcionário 01 da dupla – também meu amigo. O começo foi isso: dois bons jornalistas trabalhando, Antonio na estiva e o Modiano, o mecenas, ajudando no e$$encial.

O jornal só deu certo porque nasceu, cresceu e se desenvolveu no bom jornalismo. Algo raro na imprensa de hoje, um exemplo para muitas publicações – até mesmo jornalões. Graças a Deus ele é hoje um jovem de sucesso com muitos e muitos anos pela frente.

Parabéns Lartigue, parabéns Aníbal, parabéns a todos que ajudaram. Vinte e oito anos são motivo de orgulho para qualquer jornal, ainda mais um que além de cego, surdo e mudo – sempre foi o maior jornal de Búzios.

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MARCELO, MARCELINHO, MARCELÃO...

Depois de tanta mídia em cima de nada, temos que reconhecer: o Marcelo é demais!!!

Passam os anos, passam os prefeitos, passam os amores, passam os ódios e ele continua com seu, o nosso O Perú Molhado impávido colosso...

Parabéns a toda equipe do Perú.

As fotos da última edição estão ótimas.

Porém, não pretendo competir com os fotógrafos do Jornal.

Sou free e preciso praticar a arte fotográfica. Sucesso a todos e muito obrigado. Um forte abraço, Manoel Marcelo Gomes

Por Adriana Salituro

Olá Marcelo, Sandro e galera do Perú!

Fico muito feliz de ver que apesar da Crise, de todas as correntes e marés contra, o Perú continua botando a cabeça para fora toda semana, e eu que tenho muito orgulho de dizer, que num curto período, mas muito prazeroso, contribui de alguma forma para botar o Perú pra fora.

Parabéns pelos 28 anos de vida deste jornal, que sem dúvida nenhuma é o maior Jornal do MUNDO (Vide o Guiness!!!).

Um grande abraço!!!

Bebeto/Rio.

O dia do Perú Molhado

Um dia marcante, 28 de Fevereiro de 2009 na praça Santos Dumont em Búzios.

A comemoração do aniversário de 28 anos do jornal vovô da Região dos Lagos.O encontro de Personalidades e amigos,que praticamente conviveram todo esse período,mostrando assim uma simpatia pelo jornal tradicional não só de Búzios mas como toda a Região dos Lagos e fora daqui.

O grande homenageado foi o meu amigo Ancelmo Góis do Globo, que recebeu o título de cidadão buziano, oferecido pelo secretário Henrique Gomes, e com outras autoridades importantes presentes,como o Ministro Márcio Fortes e outros.Demonstrando as amizades feitas ao longo dos anos pelos diretores desse jornal que participaram do jantar na praça devorando o perú.Só não podemos dizer que não foi Bodas de Pratas ,porque teria ultrapassado a data em três anos.

Parabenizo a todos que ao longo dos anos seguraram a peteca desse jornal,inclusive o diretor Marcelo,que as vezes nas suas astúcias,o transforma no antigo pasquim,que deixou muitas saudades.

No mais muito obrigado pela noite que passamos juntos em Búzios.

Ambientalista Ernesto Galiotto

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Procissão do São Perú A Pemba foi invadida pelos fiéis de São Perú

A Honorável ordem do São Perú Claudinho deu um show

Adriana veio da Bahia para ser a madrinha da bateria do Perú

A bateria nota 10 do Vou Ali e Volto Já

Andréia Dufles, Embaixador Sérgio Nogueira Lopes e Sandro Peixoto

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6 de março de 2009 – O Perú Molhado

São Perú, o santo mais milagreiro de Búzios

Érika curtindo a festa adoidada

Vavau, Beto, Adriana, Jaiminho e Clemente com São Perú O Papa Bento XVI prometeu canonizar nosso santo

Até o mulçumano Hamber Carvalho apareceu na festa

A deputada Maria Elvira, Claudinho e nossa eterna perua Ângela Barroso

Capitão Caverna, o abastecedor Oficial dos Carregadores de São Perú

A simpática Solange, da Casa Nativa

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Beto, da Beto Imóveis

Andréia Dufles e Sérgio Nogueira Lopes

Thomas Sastre e Ana

A turma do Privilège mais uma vez acompanhando o Perú

Adriana Fernandez, mais linda que nunca

Claudio Kuck e Giza

Valdeci, o melhor préimpressor do Brasil

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6 de março de 2009 – O Perú Molhado

A Procissão na Orla Bardot

O ator e DJ André Marques com a namorada e um amigo na Pemba

Monica, nossa diretora comercial

Claudinho

Mureb Fogueteiro, presidente do Vou Ali e Volto Já, com a turma da bateria

A procissão tomou as ruas da cidade. Parecia carnaval

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Teve peru para todo mundo

ú r e P o d s u Os per

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Robocop e seu peru doce de sobremesa

Marcelo Lartigue, Mauro Meli, Luiz Fernando Pedroso e Lula Vieira, os homens fortes da Ediouro.

Aliás, o peru com ao vinho tinto do Lula Vieira foi o mais elogiado

O povo nunca viu tanto peru na vida

Ramison trazendo o peru do Restaurante dos Pescadores, preparado pelo chef João Candal

Eduardo Dussek parou seu show para cantar os parabéns ao Perú Molhado

Mimi da Spaghetteria com seu peru Fabiano, o chef do Bar do Zé também comeu

Andréia do restaurante Laís

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Henrique Gomes, Julien e Isac, os homens fortes do PDT de Búzios

O poder da Região dos Lagos. Marquinho Mendes, prefeito de Cabo Frio, Marcelo Lartigue do Perú Molhado, Andinho, prefeito de Arraial do Cabo, Alfredo Barreto, Trindadão, Carlos Victor, irmão de Marquinho

Érika do Bar do Mangue e Soledad do Bar do Zé

Lula Vieira explicando a Eduardo Dussek seu amor pelo Perú

O povo se comportou muito bem na fila do peru

Ernesto Galiotto com sua esposa Noris Carmem Galiotto, o jornalista Ancelmo Góis e nosso fã Walter Franco, irmão do deputado Albano Franco

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A fila estava bem comportada

Milton Alencar

Marcelo Lartigue com nosso secretário Isac Tilinger

Léo do Capitan’s com Gilberto Lessa provando o peru do Perú

Ancelmo Gois, cidadão buziano O destaque da festa dos 28 anos foi sem dúvida a entrega do título de cidadão buziano ao jornalista Ancelmo Gois, amigo do peito do Perú. Henrique Gomes, hoje Secretário de Obras entregou o título muito emocionado no meio da comilança de 28 perús.

Ancelmo Góis recebendo do ex-vereador e atual secretário de obras Henrique Gomes seu Título de Cidadão Buziano

Ancelmo Góis com nosso amigo Dr. Heitor

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O jornalista com a deputada Alice Tamborindeguy

Ancelmo cumprimentando nosso juiz Dr. João Carlos

Ancelmo beijando seu Título

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Corrida de rolimã

A 1ª Corrida de Rolimãs do Perú Molhado foi um sucesso. Mais de 20 participantes desceram sem medo as ruas de Maria Joaquina, na Rasa. A corrida jamais teria acontecido sem a ajuda de Buck Pascal e do Alberto.

S

ábado dia 28 como parte das comemorações pelo aniversário do Perú, foi realizada na divisa entre Búzios e Cabo Frio, a primeira corrida de carrinhos de rolimã com a organização de Pascal e a participação de sete competidores. Eu pensava que seria com os garotos se soltando lá de cima do morro e quem chegasse primeiro ganhava. Mas não, foi uma competição extremamente técnica, dividida em três fases, a primeira de manobras – cada manobra contava um ponto – a segunda de slalom – também com pontuação – a

terceira de velocidade. O primeiro colocado foi Wallace Rocha Barcelos, o segundo Por Alberto Ruschioni Uanderson Franklin Venancio e o terceiro Lucas Dias Viana. O ganhador levou um prêmio de quinhentos reais pago em dinheiro. O evento foi um sucesso de público assistindo e torcendo.

Cabe destacar a excelente cobertura por parte da Guarda Municipal de Cabo Frio, que enviou dois carros e seus guardas para ordenar o trânsito, desviando-o por uma via lateral.

Os vencedores Wallace , Wanderson e Lucas recebendo seus troféus.

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Por aca$$$o

Embaixador Sergio Nogueira Lopes em sua casinha em Santa Tereza

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osso editor Marcelo Lartigue estava passando por acaso no bairro de Santa Tereza e resolveu fazer uma visita surpresa a casa do embaixador Sergio Nogueira Lopes. Bateu na porta e pediu um copo de água. Saiu com uma entrevista bem legal. O Embaixador da Sociedade Pestalozzi do Brasil se mostrou um homem cético e ao mesmo tempo descontraído. Entre um gole e outro, Sergio Nogueira elogiou nosso jornal pelos 28 anos de vida, reclamou da falta de compromisso com a cidade por parte dos buzianos nativos, lamentou a pequenez com que a cidade é administrada, revelou todo seu desengano com a educação pública brasileira e contou um pouco da história de seus antepassados.

O Perú Molhado

Acho o Perú Molhado um fenômeno brasileiro. Manter uma atividade de pensamento num lugar tão desértico de idéias, um lugar de praia, de areia, de cerveja, um lugar onde não prospera nenhum conhecimento, não é para qualquer um. Búzios vive do turista que não está nem aí para a cultura, o conhecimento. O Perú é o fruto do deserto.

O Perú Molhado pauta a mídia da capital.

Os fatos que acontecem em Búzios e são

retratados pelo Perú são notícias no Rio de Janeiro. Isso comprova minha tese que o Perú é um elemento de ponta na cidade, uma força que se opõe a mediocridade local.

Desconheço em cidades pequenas, ou mesmo em cidades grandes, um jornal com essas características. Fazer um jornal como o Perú Molhado é um desafio. Se pudessem, algumas pessoas da cidade já haviam acabado com ele, principalmente os homens do poder. Búzios é uma cidade dividida. Tem seu lado interiorano- que é muito forte- e seu lado cosmopolita representado pelo Perú Molhado, pelos restaurantes famosos e pelas lojas de grife. Tem a coisa boa das cidades grande e as coisas boas do interior. Elas se combinam.

O poder público A administração pública sempre vai querer acabar com o Perú. Ela é gerida pela mentalidade interiorana, caipira. Se acham proprietários de Búzios. Manda quem nasceu primeiro. Parece uma hierarquia militar onde as pessoas são graduadas pelo tempo. Manda quem tem mais tempo de casa. Infelizmente, acho que Búzios não corre nenhum risco de mudar. Os buzianos mais antigos, os que nasceram na cidade, parece que não estão subordinados a nenhuma lei. Podem jogar lixo nas ruas, construir irregularmente, manter terrenos sujos com focos de Dengue, etc. Muitos investidores preferem contratar construtores da cidade, pois sabe que ele- por ser nativo- pode fazer a obra sem se importar com a lei. Como é conhecido na prefeitura, pode tudo.

Exemplo concreto: tinha uma lagoa ao lado do meu terreno que estava sendo aterrada. Fui até a prefeitura e denunciei. A prefeitura fingiu que multou o infrator, que

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continuou aterrando a lagoa. Depois fiquei sabendo por um secretário municipal que o prefeito havia lhe dado a ordem para não multar o buziano. O secretário era Muniz e o prefeito era Mirinho. A cidade precisa de transparência. Esse caso já faz tempo.

Espero que agora as coisas mudem.

O Brasil Educação no Brasil é a pior do mundo. O brasileiro não gosta de educação. Odeia escola, odeia colégio. Em outros lugares as escolas estão sempre reclamando do barulho que os vizinhos fazem. O barulho perturbam os alunos. Eles não conseguem se concentrar No Brasil é diferente. São os vizinhos quem reclamam do barulho das escolas. Qualquer imóvel ao lado de uma escola perde valor. É um inferno morar perto de uma escola. Entrei na justiça para evitar a construção de uma escola ao lado de minha casa na Ferradura. Já havia até os alicerces. Como sabia que pela prefeitura seria impossível evitar a obra- visto que a dona era uma buziana- fui à justiça a consegui uma liminar. Educação no Brasil é barulho e gritaria.

Praia e sol Gosto de Búzios, mas não gosto de calor, de pescaria, de praia, de areia, de alto mar, de barco ou de peixe. Gosto de chuva. Quando começa a chover em Búzios corro para a cidade. Adoro ficar na minha casinha, entre as árvores. Lá a temperatura gira em torno de 19 graus. De Búzios eu gosto da noite.

Dos bares, restaurantes. Gosto de conversar com gente inteligente e de ver os tipos exóticos que passam pela cidade. Adoro conversar com a turma do Perú Molhado.

O papo é sempre inteligente.

Quem sou eu Sou uma pessoa muito simples. Fui professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro por muitos anos. Sou sociólogo.

Lamentavelmente fui aluno de Fernando Henrique Cardoso. Gostava muito do FHC antes dele virar político. Foi um brilhante professor. Gosto de colaborar com instituições filantrópicas, principalmente da Pestalozzi do Brasil. Fui indicado através de uma eleição internacional para ser o Embaixador da Sociedade Pestalozzi do Brasil. Gosto de fazer esse trabalho social.

Tenho atividades empresarias, construí alguns prédios, mas o que mais gosto de fazer mesmo é ajudar as crianças que precisam.

De onde vim Nogueira Lopes é um nome tradicional.

Deriva dos meus avôs paternos que vieram de Portugal e se firmaram no Ceará.

Foram grandes proprietários de terra. Participaram da economia, da política e da igreja. Minha família teve muitos padres e freiras. Lá no Nordeste têm vários seminários, igrejas, ruas, escolas e colégios doados pela família. O Padre Nogueira foi muito importante. Tem um livro que os seminaristas estudam até hoje escrito pelo padre Juvenal Nogueira. Meu pai veio para o Rio com um irmão. Aqui se casaram e constituíram família. Foram empreendedores no Rio, São Paulo e Espírito Santo.

Eles foram sócios das Casas Pernambucanas.

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O encantador de serpente que encanta também gente Por Thomas Sastre A mente é um grande mistério. Acordamos e a primeira coisa que falamos é “Hoje vou me cuidar! Não comerei comidas gordurosas, não fumarei e não vou beber”.Passa o dia e não resistimos a uma feijoada, uma carne com gordura, fumamos um maço de cigarros e não deixamos de apreciar uma taça de vinho, uma cerveja ou uma caipirinha. Na religião acreditamos em Deus, somos tementes a Ele, mas pecamos a cada segundo. No fim de semana nos vestimos de piedade glacial, nos confessamos e estamos puros e livres para pecar na semana seguinte. Na política, ocorre a mesma coisa. Eu apoiarei este ou aquele candidato, por isto ou por aquilo, mas não é bem assim. Acabamos simpatizando, visamos nossos próprios interesses e tentamos tirar algum partido. Somos enfeitiçados pelas palavras melosas e sedutoras dos candidatos e acabamos caindo na rede. A mente é uma cela, ficamos presos a promessas e interesses. O mesmo acontece com o ritual da fé.

Uma vez eleito, o governante passa a manipular seus seguidores embriagados pelas promessas sem que seus rebanhos parem para esclarecer sua mente, meditar e pensar se fez uma boa escolha ou se foi exorcizado pelo charlatanismo ou sofreu uma lavagem cerebral.

Para entender melhor como funciona em alguns casos o charlatanismo ou lavagem cerebral, vamos retroceder para o oriente. Cito um exemplo: a Índia, país de um bilhão de habitantes, algumas dúzias de marajás e o resto do povo dividido em castas configurando a maior pobreza do planeta. Tem sua bomba atômica e um guru em cada esquina, pregando a salvação das almas. Nos anos 60, o ocidente passou a adotar a moda oriental, a ponto de importar roupas, comidas e costumes.

Nesta leva, apareceram muitos gurus, espalhando-se pela Europa, América do Norte, Central e do Sul. Países férteis para o charlatanismo, pelo fato de manterem seus governantes uma política de assistencialismo e povos desesperados em busca

de uma tábua de salvação espiritual.

Estes gurus enriqueceram rápido.

Considerados marajás do ocidente, criaram legiões de seguidores, alguns presos por sonegar imposto de renda, mas estão vivos até hoje através de políticos, seus fiéis seguidores e imitadores.

Grande espetáculo feito com recursos especiais Em 1984, em uma viagem à Nova Iorque a trabalho para a empresa Sheraton, pude presenciar ao vivo e a cores como um guru pode influenciar e lavar a mente humana. Uma tarde, passeando pelo Central Park, uma melodia se desprendia de uma cítara e uma flauta de bambu. Ali estava um guru, com rico figurino, roupas de cores vivas e brilhantes, tocando uma flauta de bambu um pouco mais longa que as habituais. De um cesto ricamente decorado, saia uma serpente naja, ondulando ao som da melodia. Os transeuntes paravam e recebiam do grupo de discípulos que estava junto a ele, livros, incensos e folders da seita.

Apreciando o show do encantador de serpentes, pela primeira vez em minha vida, me senti insignificante diante de tanta grandeza, nunca vista. As pessoas como hipnotizadas, não paravam de colocar em outro cesto em forma de prato, notas de dez, vinte e cinqüenta dólares. Este guru, encantador de almas e serpentes, parava sua pregação às seis horas da tarde.

Passei a acompanhar o ritual até seu local de origem, onde montava sua história. Nos bastidores, tinha uma limusine com o porta malas aberto recheado de caixotes de madeira, quase hermeticamente fechados, à exceção de uns buracos por onde saíam as flautas de bambu. Saindo do transe psicológico e voltando à realidade, como bom latino, curioso, pôde ver a verdade do tal encantamento. Primeiro a serpente não tem ouvido, por conseguinte é surda. Mas como ouvia a música?

As caixas de madeira estavam cheias de

ratos! A ponta da flauta era coberta com algodão, os ratos urinavam na ponta da flauta que ficava impregnada com este odor.

Quando o guru e sua quadrilha faziam seu espetáculo, a serpente atraia pelo cheiro do xixi do rato, na ponta da flauta, dançava no ar em busca de comida.

Foi aí que pude constatar a importância do poder de persuasão, e culto da personalidade podem flexibilizar o real para aproximá-lo do irreal.

Encantando com a corneta Voltando ao encantamento da nossa realidade de 2009, se o espetáculo fosse uma maratona no combate aos oportunistas de ficha corrida, Búzios seria um competidor

medíocre , daqueles que ficam com a língua de fora , antes da metade do percurso.

Ao que parece a Península continua recolhendo encantadores que já vem com a embalagem vencida, que afundados no poço de areia movediça criados por sua própria conduta, no decorrer de sua vida regressa.Insistem na melodia do recurso, por um boquete de poder público.

Mal sabem os novos encantadores que aqui tradicionalmente o instrumentos mais soprados são o apito e a corneta.

Mas estes encantadores calouros ao invés de soprar chupam sem produzir som nenhum.

"O melhor lugar para sua festa"

Agora com rodízio de massas e pizzas às quartas e quintas

Tel: (22) 2623-4554 18

6 de março de 2009 – O Perú Molhado

DEU PARA PAGAR AS CONTAS, ou esse custo Búzios é fogo Por Eduardo Almeida, fazendo um balanço da alta temporada buziana.

Um amigo dono de um dos restaurantes mais badalados de Buzios, especialista em um filé de cair o queixo, comentava comigo que o reveillon, o carnaval, enfim as férias deste anos, trouxeram muita gente a Búzios.

Perguntei da grana, se havia se dado bem, e ele respondeu: deu para pagar as contas.

Outro amigo, outro comerciante, outro que respondeu igual. Deu para pagar as contas.

O que aconteceu com Búzios, tudo cheio, lotado, e ninguém se deu bem, ninguem encheu as burras de dinheiro. Será que estão mentindo, escondendo o jogo.

Claro que não, o que acontece é que Búzios tem um padrão de qualidade que mata o lucro. O empresário buziano, quer tudo legalzinho, voce não ve aqui gambiarras com lampadas incandescentes. aqui voce ve lads, voce ve lampadas especiais, ve no minimo aquela luminária estilo estrela do mar.

Por isso, Búzios é um charme, mas o lucro todo vai nesse jeito de ser do buziano. Se voce for a tenda da Wilma na Ferradura verá bom gosto, verá um sininho para te embalar na massagem, vera

o mar batendo e voce escondido da gente atras de cortinas de puro linho. E o preço da massagem dela o mesmo do que o cara que somente tem a cama de massagem e uma tenda escrota da Casa e Video em Cabo Frio e mesmo no Rio no calcadão da Atlântica.

O comerciante buziano ve a satisfação do cliente não o dinheiro do cliente.

Ontem a noite em Cabo Frio, por volta das onze da noite, tudo fechado, nem a Branca, nem o Alemão, nada, com isso nada de hora extra, tudo enxuto. Aqui tudo aberto, luzes sendo usada, ar condicionado tambem, o custo nas nuvens e o preço igual ou menor do que em Cabo Frio. O preço da pizza daqui é mais barato do que a pizza em Iguaba.

Aqui é tudo por dentro, a luz sem gatos, a média de luz dos comerciantes é acima de mil e quinhentos reais, a média em Iguaba menos de trezentos reais. O preço da pizza igual.

Por isso, o cara fatura e no fim : Deu para pagar as contas.

Por isso, prefeito Mirinho, de uma força especial para os pousadeiros, os pessoal

das barracas da praia, os donos de restaurantes, em resumo faça uma força tarefa para ajudar os comerciantes.

Na Ferradura mesmo, eu passando por la na quarta feira as onze da noite vi um ralo jorrando esgoto, tentei até telefonar para o senhor mas não consegui, a

rua tambem esta um caos, as lampadas da minha rua apagadas, lampadas queimadas, turistas enlouquecidos pelo medo que a escuridão traz.

Ajudem-nos para que possamos depois de um verão super aquecido dizermos ¨legal deu para comprar um carro novinho e não apenas, deu para pagar as contas.

Um oásis de satisfação em Búzios

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6 de março de 2009 – O Perú Molhado

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NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS

Patentes I. Mirinho trouxe para Búzios vários coronéis reformados da Policia Militar para organizar o transito da cidade e, o que se vê, é que nada mudou. A pirataria corre solta na cidade, principalmente nos dias que a cidade recebe navios. Só quem anda certo leva multas.

Patentes II. Dezenas de taxis piratas fazendo ponto bem ao lado da Praça Santos Dumont e ninguém para coibir. Para piorar, grande parte dos piratas trabalha na prefeitura de Búzios. Os vendedores de passeios de barcos são os principais colaboradores da turma. É aquela velha máxima: em terra sem lei ou ordem, é cada um por si.

Nota triste. Faleceu na cidade de Juiz de Fora, Jussara, esposa do nosso amigo Chango. O Perú se solidariza com o viúvo.

Net. O blog do Carlinhos Gonçalves entrou para a história da internet. Teve apenas 28 acessos em seis meses. Um verdadeiro recorde negativo. Mas, afinal, quem foram os 28 desocupados que perderam tempo abrindo o blog do Carlinhos? Aliás, todos os sites e blogs dos políticos de Búzios foram desativados assim que acabou a eleição. Mostra clara que era tudo propaganda política disfarçada.

Xô Pescador. O atual prefeito de Búzios disse que não tem interesse em manter o prédio da Colônia de Pescadores, o último com a arquitetura original da Rua das Pedras, alugado para o governo.O dinheiro do aluguel servia para ajudar a manter o prédio e custear alguns benefícios para a categoria que só é lembrada quando os políticos sobem no palanque e dizem que são filhos de pescador. E olha que o presidente da Colônia é Mirinho doente.

Imagina se fosse oposição. .

Pimenta nos olhos. O grupo do governo quando estava na oposição dizia que o Boletim Oficial de Búzios era escondido pelo governo Toninho Branco. Agora deve estar sendo escondido por outros porque ontem até as cinco da tarde de sexta-feira a câmara não havia recebido o B.O(Não confundir com O.B) e não tinha previsão de quando irá recebê-lo.

No Braço. Esta semana os ânimos se exaltaram na Secretaria de Governo e o pau comeu, o secretário saiu no braço com um funcionário. O motivo da baixaria ainda não está claro, mas parece que foi uma briga passional.

Para Poucos. Os arquitetos que não são da “turma” não conseguem protocolar nenhum projeto na secretaria de planeja-

mento, a informação é curta e simples: o protocolo ainda está fechado.

Urânia, Tati, Carol e Índio curtindo a festa do Perú

Sugestão. Porque a secretaria de planejamento não disponibiliza suas informações no site da prefeitura já que o lema de campanha era transparência ou será que era lema só de campanha e não de governo Mulher nota dez. A ex-deputada mineira, Maria Elvira Salles Ferreira, que preside o PMDB Mulher e circula com desenvoltura no eixo BH/Rio/Búzios/ BSB, foi uma das cinco mulheres brasileiras escolhidas para receber o diploma Carlota Pereira de Queiroz. O prêmio, uma homenagem à primeira deputada federal constituinte do Brasil, integra as comemorações do Dia Internacional da Mulher e vai ser entregue na quarta-feira, dia 11, na Câmara dos Deputados. Maria Elvira é autora da Lei que obriga o SUS a realizar a cirurgia para reconstrução da mama em mulheres que sofreram mastectomia, foi indicação unânime da bancada feminina na Câmara, onde pontuou durante oito anos.

A mãe do nosso querido Ancelmo Góis puxando os parabéns para você do Perú. Ela veio diretamente de Sergipe para a festa

A festa não acabou. Cláudio do Cartão reuniu os amigos e mandou assar um maravilhoso Perú no Restaurante do David para comemorar mesmo atrasado o aniversário do nosso jornal

João Candal preparando um Penne a moda do chef com bastante Wodka no Restaurante dos Pescadores, em Manguinhos, que agora abre a noite

Veto I. Como sempre, o jornal quase diário Primeira Hora dá uma informação pela metade e sequer se preocupou em esclarecer qual o origem do tal veto ao ex-secretário de finanças de Búzios para um posto da secretaria de trabalho em Cabo Frio. O fato real é que o meu nome foi "vetado" pelo PDT de Búzios e Cabo Frio. O tal veto foi, portanto, político.

Veto II. A Gerente Regional em Cabo Frio é apadrinhada do secretário municipal de finanças, Jânio Mendes e a mesma recebeu diversos telefonemas de partidários do PDT de Búzios e de Cabo Frio, pressionando para sustar a indicação de Odair que foi convidado para o posto pelo Superintendente do Ministério do Trabalho no Estado do Rio de Janeiro.

As peruas Sylvana e Adriana

Veto III. Lembremos que o Ministro do Trabalho é o digníssimo e honrado senhor Carlos Lupi, homem de passado tão conhecido do PDT do Rio de Janeiro.

Alô. Roubaram a caixa amplificadora do músico Philippe. Para quem não sabe, o suíço é buziano das antigas, e foi dono do saudoso Le Pirate, o bar mais estiloso de Búzios. O roubo cortou a onda do músico, que também é pintor, escritor.

Philippe resolveu fazer uma rifa de um quadro seu por apenas R$50. O ganhador terá direito a escolher entre três quadros.

Se a rifa der certo, Philippe já está pensando até em abrir uma conta na suíça.

A artista plástica portenha Márcia, que não perde uma festa do Perú, com seu filho Bruno

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6 de março de 2009 – O Perú Molhado

Fedeu Da Redação

A

lguma coisa está errada na água que sai da ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) da Prolagos e deságua nas lagoas do campo de golfe e depois no Canal da Marina. A água escura está matando a vegetação lateral do canal. Não chega a ter cheiro ruim, mas, certamente não é aquela água ‘quase potável’ prometida. Se o esgoto tratado está assim, mesmo depois de decantar em três lagoas, imaginem vocês essa água fosse jogada diretamente no mar, como foi pensado.

O contrato de Búzios com a Prolagos quanto o assunto é coleta e tratamento de esgoto está se mostrando péssimo para a cidade. Foi o então secretário de meio ambiente Mauro Temer, ainda no segundo mandato de Mirinho quem aceitou a proposta da coleta de esgoto em tempo seco. Nesse caso, a empresa concessionária está autorizada a jogar diretamente no mar o esgoto sem tratamento nos dias de chuva. Um crime.

No Rio de Janeiro a Cedae tentou fazer o mesmo na Barra, mas, a população foi contra.

A coleta em tempo seco só é boa para a Prolagos que economiza um bocado.

Estamos em 2009, Búzios está emancipada desde 1995, a água e esgoto foram privatizados há mais 12 anos e ainda sofremos com esgoto sendo jogado nas lagoas e praias.

Outra noite, em pleno sábado estourou uma tubulação de esgoto na Orla Bardot. Por horas o mau cheiro tomou conta do lugar. O esgoto foi todo para a Praia da Armação.

Na procissão do São Perú, os fiéis tiveram que sujar seus sapatos no esgoto que corria pela Rua das Pedras. Ninguém da prefeitura ou mesmo da Prolagos apareceu para resolver o problema.

Já na Praia de João Fernandes todo final de semana a cena se repete. No finalzinho da tarde o esgoto corre pela sarjeta a vai manso para o mar.

A secretária municipal de meio ambiente parece que não conhece a Praia. Nunca foi lá.

Quem sabe com um mapa na mão ela encontre. Melhor seria se perguntasse ao seu colega de trabalho, o Chefe de Gestão, Planejamento e Orçamento. Ele mora em João Fernandes e o esgoto corre ao lado de sua casa.

Mas o pior acontece mesmo em Manguinhos.

Por incrível que pareça, um crime ambiental inafiançável acontece diuturnamente e bancado pela prefeitura. Um trator estacionado ao lado do Posto da Policia Militar bombeia constantemente milhares de litros de esgoto in natura do bairro de Cem Braças para a Praia de Manguinhos.

O cruel é que Mirinho ainda em seu primeiro mandato construiu uma estação de esgoto em Cem Braças. Foi dinheiro jogado fora.

Outro crime contra o povo. Nunca foi ligada.

As máquinas enferrujaram e a rede coletora já não serve mais.

A Construtora Wrobel, que está construindo o Super Club Breezes, fez um acordo com o município e vai refazer tudo. Quem sabe assim, a Praia de Manguinhos pare de receber o esgoto dos moradores de Cem Braças.

6 de março de 2009 – O Perú Molhado

A água que vem da ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) da Prolagos desaguando no Canal da Marina

A vegetação está sofrendo com a água suja

Em João Fernandes, o esgoto corre solto ao lado da casa do homem forte do governo Mirinho

O Canal da Marina já está com a água escura

A Lagoa de Geribá continua recebendo esgoto caseiro sem nenhum controle

As lagoas do campo de Golfe, outrora azuis, agora fedem e estão escuras

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Repórter por um dia Por Jair de Sá Silva

Maré alta na Ferradura

Excesso de barracas em Geribá

Lixo por toda parte

E

Cadê a areia?

scalamos nosso ex-motorista oficial Jair de Sá Silva para fazer a cobertura jornalística no período carnavalesco nas praias e ruas da cidade. O resultado se mostrou catastrófico.

O filme revelou uma cidade bem diferente daquela que conhecemos. Por causa da multidão, dos ambulantes, da maré alta e principalmente por cadeiras e guarda-sóis, as praias estavam irreconhecíveis. A sombra provocada pelas barracas não deixava ninguém tomar sol. Geribá parecia um enorme telhado meia-água. Além dessa bagunça, havia ambulantes demais. A cada metro quadrado, dois ambulantes disputavam a paciência dos turistas. Até barraca de multinacional vendendo creme e perfume tinha.

Em João Fernandes, o problema era o esgoto, na Ferradura a maré alta invadiu o espaço das mesas e cadeiras.

Ficou tudo debaixo d’água. Parecia Porto de Galinhas.

A servidão do Fishbone em Geribá se transformou numa galeria de camelôs. Não tinha como passar. Vendiam de tudo. Óculos, roupas, perfumes, brincos, pulseiras, bijuterias.

O tal choque de Digestão, ops, de gestão, do governo Mirinho não funcionou no período carnavalesco. Quem sabe agora, depois da folia o governo assume suas responsabilidades. Mas agora não tem graça.

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Um olhar musical D

Por Jr. Trindade

epois de passar uma semana de férias em Búzios pedalando, velejando, curtindo um pôr-do-sol em Manguinhos outro nos Ossos e Sérgio Murilo, produtor musical com uma sólida carreira e experiência no mundo musical, começou cedo e cumpriu todas as etapas fez direção de palco e coordenação artística de eventos como o Free Jazz Festival e há 14 anos faz direção de palco do Ney Matogrosso. Sérgio não tem mais dúvidas sobre a necessidade de Búzios ter um espaço permanente para eventos de música e cultura. Defensor ferrenho da política de melhoria de acesso à cultura para os excluídos como item obrigatório em todos os projetos patrocinados ou incentivados.

“Se tem dinheiro público tem que ter mais compromisso com a sociedade. Esses eventos precisam incluir as pessoas que não podem pagar o ingresso e eles têm que ganhar o ingresso vip, estarem no melhor lugar. Isso sim é aplicar o dinheiro público na cultura e eu acho que Búzios é uma jóia da coroa, é linda. Alguns eventos cabem bem aqui outros não, mas, agora ficou latente para mim que Búzios precisa ter um espaço público para música, cultura, oficinas de teatro enfim acabar de vez com esta história que a cidade vive, por suas características geográficas, de todo evento realizado acabar aborrecendo alguém, o impacto de vizinhança quando você tem que improvisar é inevitável, portanto um espaço permanente e público numa escala arquitetônica buziana é a solução para o problema urbano e uma ferramenta brutal para o desenvolvimento da cultura e dos eventos na cidade. Além do que Búzios está perdendo terreno para alguns municípios vizinhos que estão criando este tipo de espaço com boa infraestrutura como Rio das Ostras que tem um festival de jazz e de dança a cada ano então acho que este é o melhor momento para a cidade discutir esta possibilidade com bastante seriedade e olhando o futuro”, concluiu Sérgio.

O produtor cultural Sergio Murilo

Que tal uma deliciosa mordomia hoje?!

Uma cozinheira de mão cheia trazendo o prazer da boa mesa para você e seus convidados me ache no próximo Perú.....

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Largada da Corrida das Garçonetes

s o d a d i r r o C

s n o ç r a G A Terceira Idade não foi esquecida pelo jornal

Tif com o Ministro Márcio Fortes

Atenção total na largada das meninas

Última bateria da Corrida dos Garçons.

Foram mais de 50 participantes

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O cineasta Milton Alencar, que está rodando um longa-metragem sobre o Perú Molhado, em ação filmando o Ministro das Cidades

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Renato, garçom do Restaurante do Mineiro foi proibido de correr pelo seu fisioterapeuta O Ministro das Cidades Márcio Fortes com o jornalista Ancelmo Góis dando a largada na Corrida dos Garçons

Nosso juiz Dr. João com o Ministro Márcio Fortes, se divertindo como crianças

sei a defender a Rua "Depois do alto nível técnico alcançado na corrida dos garçons, pas de 2016, reforçando a das Pedras como local das provas de atletismo nas Olimpiadas Márcio Fortes candidatura do Rio de Janeiro, como sede do evento." - Ministro

As belas garçonetes embelezando a festa

A deputada Alice Tamborindeguy com sua mãe

6 de março de 2009 – O Perú Molhado

Marcelo não agüentou tanta homenagem e chorou copiosamente. Foi consolado pelo Tif

Nossa eterna campeã Marília não participou por estar grávida

Soledad do Bar do Zé com o jornalista Ancelmo Góis

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O cantor Milton Nascimento assistindo a corrida, sentadinho na mesa da Redação do Perú, no Don Juan

Valdeci, Alexandre, Alessandra e Elmo Julinho atento a tudo

O secretário de saúde Alexandre Martins prometeu e mandou uma ambulância com médico e enfermeira. O Perú agradece

O empresário Ramison Lopes

Renatinha com a terceira colocada na Corrida das Garçonetes

Ancelmo Góis e a garota mais bela do Chez Michou, Tainá Trindade

JD experimentando o bolo do Perú

Parabéns ao Perú pelos 28 anos

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Eva Lartigue e Clemente Magalhães

Sergio Murad vai abrir o jogo em relação ao imbróglio da Azeda

O presidente da Colônia dos Pescadores, Chita, na festa do Perú

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O bolo do aniversário foi doado pela padaria Chalés das Delícias da Praça Santos Dumont Gilberto Lessa entregando o troféu ao vencedor da Corrida de Garçons

Marcelo e Eva

Ancelmo Góis com o vencedor da categoria Melhor Idade, Santos do Cilico's

O jornalista Ancelmo Góis feliz da vida

Capitão Caverna entregando o prêmio de terceiro lugar da categoria Melhor Idade ao Loso do Cigalon

Nosso Juiz Dr. João Carlos entregando a Thais, do Caverna Restaurante, o prêmio de primeiro lugar

Clemente e a segunda colocada do Boom

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Regata do Perú

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s e õ t i n o b s O do Perú

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U

m dos arquitetos mais respeitados do mundo, o brasileiro Oscar Niemeyer, 101 anos - talvez o último comunista vivo do Brasilrecebeu essa semana o nosso editor chefe, Marcelo Lartigue, em seu escritório na cobertura do edifício Ypiranga, na Avenida Atlântica, em Copacabana. Por incrível que pareça, Mestre Oscar Niemeyer continua trabalhando como se estivesse 18 anos.

Aliás, ele diz que 101 é apenas uma data, e que tem apenas e somente 18 anos. Mas afinal, qual a receita para se viver bem mais de cem anos? A de Niemeyer é bastante heterodoxa. Fumar cigarros, beber e amar as mulheres.

Tudo de maneira exagerada. Sobre o que gosta mais, nosso arquiteto foi bem direto.

- A vida é mulher do lado e seja o que Deus quiser. Como dizia Darcy Ribeiro, mulher é fundamental. Darcy era uma grande figura. Achava que podia dominar tudo, inclusive as mulheres -.

Outra coisa que faz bem a saúde, ainda segundo Oscar Niemeyer é xingar. Principalmente gente da estirpe de Bush. O ex-presidente americano é xingado várias vezes ao dia. Nem mesmo agora que largou o poder, escapa. Parece que Zé Itajahy aprendeu com alguém...

O bate papo foi acompanhado de perto pelo companheiro Fernando Balbio e por Rogério, motorista oficial do Perú Molhado, que já está pensando até em se lançar candidato a vereador por causa de uma foto que tirou ao lado do arquiteto.

Para começo de conversa, Oscar Niemeyer negou que alguém do governo Mirinho o tivesse procurado para fazer algum projeto para a cidade, como informou o subsecretário municipal de cultura, o chargista do Jornal quase diário primeira Hora, Michelangelo. É tudo cascata.

Se não fez nenhum projeto para a prefeitura, o arquiteto prometeu projetar a Praça do jornal O Perú Molhado, que será construída naquela pequena praça que fica quase em frente à Igreja Metodista do Centro. Será o menor projeto de Niemeyer.

- Para mim será uma honra fazer uma praça para o Perú Molhado. Um jornal tão querido e admirado. Até Fidel lê.

Sempre gostei de desafios. Uma praça com dois metros de comprimento realmente será um desafio. Ainda essa se-

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mana, inicio o projeto da praçinha do Perú. Mas se o prefeito Mirinho quiser construir um Centro Cultural estou à disposição. Atendo qualquer pessoa-, afirmou Niemeyer.

Ele, que tem mais de cem anos, ficou espantado quando soube que o Perú tem 28 anos. Uma cidade turística como a nossa, só tem a ganhar com um projeto de Oscar Niemeyer. E nossa Praça não será igual ao projeto do Zanini, que está abandonado até hoje. Vai virar aração turística.

Oscar Niemeyer hoje enxerga pouco, mas, não perde o traço. Parece conhecer todos os caminhos do papel. Disse que sempre achou Bush um bom filho da puta. Já sobre Obama, tem bons olhos. Acha inteligente. Tem esperança nele. Diz que sua vitória já foi uma revolução.

Em relação ao nosso presidente, Niemeyer é bastante carinhoso. Diz que Lula foi uma surpresa para a direita, que está se comportando bem e fazendo um bom trabalho no governo.

-Estou otimista com o Brasil. O Lula é inteligente. Um operário que está ao lado do povo. Ele defende a America Latina e não aceita pressão americana. Torço por ele.

Torço pelo Brasil-.

Um grande carioca Nascido no Rio, ainda capital do Brasil, mas, é um cidadão do mundo.

- Meu nome completo é Oscar Ribeiro de Almeida Niemeyer Soares. Ribeiro e Soares são nomes portugueses, Niemayer é de origem alemã e Almeida é árabe de modo que sou um mestiço internacional-.

O dia-a-dia do nosso arquiteto é bastante simples. Acorda cedo e toma um café pequeno. Desce para a sala e passa a receber os amigos e convidados- como o nosso editor.

Depois do almoço trabalha até as 8 da noite. Mesmo precisando, anda pouco, muito pouco.

- Gosto mesmo de ridicularizar o Bush e conversar com os amigos. Nosso mundo é muito injusto. Temos que ajudar os outros. A pobreza é maioria e um dia vai se impor.

Sonho com um mundo mais fraterno. Mais humano. Um dia me perguntaram qual era minha palavra preferida.

Solidariedade, respondi. O importante é saber viver. Aju-

"A vida é mulher do lado, solidariedade e saber viver"

O arquiteto com nosso editor Marcelo Lartigue

dar o próximo. A vida é uma merda. A gente chora mais que rir-.

Nosso maior arquiteto nunca recusou um projeto.

Faz tudo o que lhe pedem. Lamenta que nem tudo tenha o sentido social que espera. Sua maior preocupação sempre foi fazer uma obra diferente, que criei surpresa. Para ele arquitetura é igual a arte que só se manifesta quando cria emoção.

Oscar Niemeyer nunca veio a Búzios. Só esteve na cidade de passagem. Diz que ficou apenas uma noite. Foi colocado num alojamento muito ruim. Ao contrário da maioria dos brasileiros, não gosta muito de futebol. Diz que o esporte está muito esculhanbado. Tem simpatiza apenas pela Seleção Brasileira e pelo o Botafogo. Foi muito amigo do João Saldanha, ex-técnico do Fogão.

Recentemente criou uma revista de variedades, a Nosso Caminho editada por ele e sua mulher Vera Lúcia, voltada para jovens arquitetos e engenheiros. Segundo Niemeyer, os jovens lêem pouco. Bons engenheiros e bons arquitetos saem das faculdades sem o gosto pela leitura. Por isso a revista. Para criar nos jovens o gosto pela leitura.

- Criamos a revista para evitar que os jovens fiquem iguais aos especialistas que só sabem dos assuntos ligados a profissão-.

Oscar Niemeyer disse que sempre sonhou ter uma casinha na beira da praia. Disse que tem um sobrinho que comprou uma casinha de pescador e a está reformando. O arquiteto já está planejando passar uns dias nessa casinha curtindo o pôr do sol.

Niemeyer adora fumar cigarros cubanos. Recebe-os em casa regulamente. Presente de seu amigo Fidel castro. Outro dia ganhou uma camisa cubana, uma legitima Guiabera.

- Fidel me deu uma caixa para guardar cigarros. Mas não consigo guardar nenhum. Fumo um atrás do outro. Com essa idade, acho que preciso maneirar-. Finalizou

6 de março de 2009 – O Perú Molhado

O Time Celeste M

eu velho amigo Marcelo de quem fui chefe um dia, e hoje é o meu chefe, me pediu que eu escrevesse sobre um gênio: o arquiteto Oscar, que eu não conheço pessoalmente, mas que é tão íntimo, tão próximo, pelo seu trabalho, que me dei o direito de usar minha pouca escrita para complementar a entrevista que fizeram com ele e onde, esse gênio da raça, a nossa, a mestiça, de tantas misturas, de tantas influências, que me dei conta que os brasileiros anônimos podem falar dele.

Portanto vamos aos fatos. Meu chefe me informou, numa ligação que ele aceitou (a cobrar) que o nosso grande arquiteto que já passou dos 100 anos, ou mais. fuma charutos e bebe uísque. E disse mais, quando convidado a projetar uma mínima praça em Búzios: “A praça é do povo”- disse esse homem sábio. Como disse um dia o poeta Gonçalves Dias: “Como o céu é do condor”.

Picado de mosquitos aqui em Geribá, quando os turista foram-se, escrevendo este pequeno texto, lembrei-me de outro brasileiro ilustre. O Dr. Noel Nutles, que cuidava dos nossos avós, os índios. Os turistas foram embora, os mosquitos proliferaram e agora eles só tem a gente para sugar. Triste sina.

Para complementar me surgiu uma idéia, mas não vou perder o nosso Oscar de vista, esse poeta do concreto, voltarei a ele no final deste artigo.

Todo brasileiro tem uma escalação da seleção brasileira – aquele time ideal, o imbatível. O meu seria o seguinte: No gol, Deus (que faz milagres e todos dizem que é brasileiro). Na lateral direita, Dom Helder Câmara, o velho arcebispo do Rio de Janeiro, que criou a Cruzada São Sebastião. E nos deu Geraldo, Andrade e Adílio. O melhor meio de campo que o rubro-negro já teve.

O Vila, o Lobos, seria nosso beque central, que teve a qualidade de absorver todas influências. Sem se deixar levar por elas. Transformado-as.

Na lateral esquerda Gualber Rocha, esse recriador do drible. Que não temia nem sol, nem o diabo.

Vejam que estamos jogando com apenas três defensores.

Mas de alta qualidade. Pensando melhor, poderíamos escalar Noel Rosa na lateral esquerda. Que era da Vila Isabel e foi um dos nosso melhores poetas, mas nunca jogou futebol. Não importa.

Vamos ao meio de campo.

Jobim e Caymi, ( este programa de computador não aceita Caimmy com dois emes) - seres doces, que jamais erraram passes. Jogaram em todas equipes. Eu tive a felicidade de conhecer ambos. Uma vez fomos abastecer o Monza dele no posto do Erialdo, lá no Centro. Jobim pagou, fez tudo certinho. Mas arrancou com a mangueira ainda engatada. Mais ou menos como aconteceu com o Felipe, na fórmula 1.

Aníbal Fernando

Para o ataque penso em Pixinguinha na ponta direita. Porque ele driblava perfeitamente com seu sax.

Na esquerda, não há dúvida que a vaga seria do botafoguense Vinicius de Morais que um dia, entrevistado, lhe perguntaram, o que faltava para ser totalmente feliz. Disse ele: “mais uns dois centímetros”. Entenderam?

Cartola, evidentemente, pela sua elegância, estaria ma ponta de lança. E além do mais era Fluminense. Falta um.

Eu escalaria o Adorinam Barbosa .só pra não ter problemas com os paulistas.

E o banco? Nelson, o Rodrigues, Mariguela, que foi bom de porrada quando se precisava; Jesus Cristo (substituto de goleiro), Wilson Batista (com a turma da lapa – incluindo Ismael Silva) e mais tanta gente. Como Madame Satã, justamente porque ele poderia entrar em qualquer posição da defesa, caso fosse necessário. Esse seria meu time dos sonhos – independente dos fatos.

Que eu saiba nenhum deles jogou futebol. Mas isso importa?

Porque no time celestial não há nem bola, nem campo, nem grande área nem pequena. Só intenções, aquela sensação do dever cumprido, enquanto estamos vivos. Pois bem, o nosso arquiteto, o Oscar, se inclui entre essa gente.

Tem vaga garantida, seja onde for. O arquiteto das curvas, na verdade um poeta, fez tantas coisa belas que a própria beleza tem inveja. Eu sinceramente me orgulho de estar respirando o mesmo ar que ele. Lá no posto 6, na magnífica Copacabana. Porque fui zagueiro do “Lá Vai Bola”, do futebol de areia, e isso já faz muito tempo. Se eu soubesse que era ele, o arquiteto, naquela janela, na arquibancada, jogava a minha camisa verde e amarela, a do número 3 – que era igual à da seleção brasileira. Porque o Sr. Niemeyer é mais um que nos fez sentir orgulho de viver nesta terra. Onde canta o sabiá, e, modestamente eu diria, que não sabe onde jantar.

E tem mais: eu botava em campo, como centro-avante, a Leila Diniz. E outras mais. Mas todo mundo sabe que a dona FIFA ainda não permite times mistos. É uma pena.

Seria uma glória ver todas nossas lindas mulheres, herdeiras das nossas costelas, correndo em campo atrás de uma bola. Teríamos que aumentar o velho Maraca, Mineirões, Pacaembus, Morumbis e outros mais. Já pensaram na Elis Regina jogando no Internacional? Na Elza Soares encarnada no Garrincha?

Isto é tudo que tenho a dizer nesta edição. É uma pequena homenagem a um dos gênios da nossa raça. Que imortalizou a mulher brasileira, com a escultura lá no final do salão do samba, Na passarela da Sapucaí. Ele sabe das coisas. E nós estamos aprendendo.

O arquiteto Oscar Niemeyer fumando seu tabaco cubano

Niemeyer com nosso taxista Rogério, que já pode se candidatar a vereador na próxima eleição, como tantos outros que procuram o mágico arquiteto para se promover

Você é um ET Por Mónica Balcaldi Niemeyer, que como bom brasileiro que é, ama a vida, o prazer e as curvas. Um homem que parcimoniosamente fala se mexe e olha.

Cada projeto dele parece inspirado nas paisagens do Rio de Janeiro: nas formas insinuantes da mulher, nas linhas sinuosas do Pão de Açúcar e das lagoas, nos desenhos do calçadão de Copacabana ou então nas retíssimas palmeiras imperiais do Jardim Botânico que se alongam até se fundirem com o espaço.

Todas são formas abertas que se fecham (ou não) para integrasse ao Universo, como buscando a essência e o equilíbrio.

Oscar, de que paraíso ou inferno você vem?

Para mim você é um ET apaixonado. Como você, Santos Dumont, Vinicius, Tom, Tim Maia, Elis e outros ‘Bossa Nova’ que são o Brasil de ponta a ponta: você é universal e cósmico.

Tua onda é fazer bem feito. Frente a qualquer desafio, qualquer um, você encara, curte, sai em frente, marca régua e compasso e o resultado é isso aí: brasileirismo puro para todo mundo ver.

Eu vejo você como uma cabeça aberta para o que der e vier. Pleno de ontem, hoje e amanhã.

6 de março de 2009 – O Perú Molhado

Fernando Balbi. Sem ele esta entrevista jamais seria realizada, também foram mais de cinco anos de insistência. Obrigado.

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A bela e fria

arquitetura de Brasília Por Cláudio Kuck do Planalto Central O homem Niemeyer infelizmente se choca com o arquiteto Niemeyer, considerado gênio. E seu principal cartão de visitas é o que mais me deprime: Brasília! Cidademonumento, do Poder, modernidade, que na inauguração em 1960 pelo presidente JK, seria um novo marco na vida brasileira. Suas super-quadras poriam lado a lado os ricos, empresários, políticos e funcionários mais humildes, o ministro e o continuo morando no mesmo bloco. Pura ilusão. Logo os pobres foram ‘expulsos’ pras cidades satélites, o pessoal de alto escalão, senadores, deputados, juízes se isolando no luxuoso Lago Sul, ou nas quadras nobres em apartamentos-latifúndios.

Apesar do belo plano urbanístico de Lúcio Costa tornando agradável a vida nas quadras organizadas e arborizadas, exuberantes em verde e jardins, o que predomina na capital são os prédios grandiosos, que apesar das curvas femininas, são frios, anti-humanos, quase inabitáveis, como os Palácios do Planalto, Alvorada e Jaburu, sem falar na lúgubre Esplanada dos Ministérios com suas duas alas de prédios iguais, pistas duplas de seis faixas de rolamento cada uma e um gramado no meio, sem gente, sombra, bares, quiosques, restaurantes ou qualquer outro vestígio de povo. Verdadeiro sepulcro bem ao espírito marxista-leninista e centralismo ‘democrático’ dos piores anos do Kremlin, onde o povo e as pessoas não tinham vez, apenas os burocratas do poder e seus áulicos. No primeiro fim de semana que passei lá pelo jornal O Globo, ao deixar o Hotel Nacional e sair vagando pelas ruas vazias dos setores comerciais Norte e Sul e chegar na Esplanada, foi horrível me deparar com a gigantesca e estéril Esplanada sem carros, gente, praças, pipoqueiros, vendedores de algodão doce ou crianças correndo. Igual as cidades-fantasmas do Velho Oeste nos filmes de John Ford. Responsável: Oscar Niemeyer. Quem retrata bem isto é o jornalista norte-americano ‘amigo’ de Lula (foi criticar o presidente logo em cima de uma grande qualidade dele, a de ser bom de copo), Larry Rother, em seu livro ‘Deu no New York Times’. Um primor as críticas que faz às sempre intocáveis obras Niemeyerianas, faraônicas e frias. Beleza gringo!

Povo na Esplanada?

Nem pensar...

Nos anos 90 resolveram realizar o torneio de tênis Aberto da República na Esplanada. Quadras cuidadosamente montadas no gramado central, vários quiosques foram erguidos sem molestar o meio ambiente.

A paisagem se modificou. Uma beleza.

No final do expediente o funcionalismo público, turistas, políticos enchiam as quadras, viam as partidas, tomavam chope, uísque, refrigerantes, caipirinhas e muito tira-gosto. A Esplanada se humanizou.

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Uma loucura, mas nosso arquiteto não gostou e conseguiu proibir a repetição do evento no ano seguinte: interferia em sua obra. Seus monumentos não foram feitos para as pessoas gozarem, apenas para admirarem distantes e respeitosamente... E a tal Praça dos Três Poderes, sem árvores, sombra, só com áridas pedras portuguesas é incrível. E ainda se sobrassai o pavoroso pavilhão da bandeira erguido pela ditadura militar. Tinha o barzinho no meio, em que nós jornalistas que cobríamos o Planalto visitávamos entre as entrevistas para nos refrescar com uma cervejinha. Era a única coisa humana da Praça. Claro que nosso arquiteto logo mandou desativar... Enfim, fazer o quê?

Cheiro de bife no Alvorada Lembro de um café da manhã prolongado que tive no Alvorada com o Presidente Sarney (em fim de mandato) e Dona Marly, junto com a repórter do JB Helena Daltro (eu era editor de política da Gazeta Mercantil). Lá pelas tantas a Primeira Dama em sua simplicidade nos mostrou a cozinha, ligou o fogão e fez um bife, com o cheiro se espalhando por todo Palácio: “Não dá pra aturar isto, é sempre assim, nada funciona aqui, é só bonito de olhar, o Oscar não aguentaria ficar um dia hospedado aqui”. Não foi a toa que a maioria dos presidentes preferia ficar lá por São Paulo, Rio ou Granja do Torto. Fernando Henrique Cardoso me disse numa conversa no Senegal, que a única coisa que gos-

tava no Alvorada era a piscina. Claro que Niemeyer é artista formidável, de um traço fantástico, que revolucionou o uso do concreto e das formas curvilíneas, com monumentos pelo mundo afora, só não podia castrar o Distrito Federal, um verdadeiro elefante branco no meio do belo Planalto Central. Recentemente queria erguer outro monstrengo entre a Rodoviária e o Congresso, mas o povo reagiu e brecou. Se pelo menos fosse o belo projeto que Burle Marx fez para aquele espaço, cheio de vegetação, flores, bancos, caminhos e de lazer para as famílias. Longa vida ao nosso grande Oscar, seu nome ficará na história, mas depois Brasília terá que se humanizar mais, senão sucumbe em meio aos prédios-monumentos, políticos e a corrupção.

Então talvez volte pra lá...

6 de março de 2009 – O Perú Molhado

Agenda Cinema Cine Recreio - Não informou a programação.

Cine Bardot - O Lutador. Quinta 21:00, Sexta 21:00, Sábado 19:30 e Domingo 21:00 . (EUA): 2008 115 minutos Drama 14 anos. GOMORRA. Sexta 19:00 Sábado 21:30 Domingo 19:00. (Itália): 2008 137 minutos Drama 14 anos. De: Matteo Garrone. Com: Salvatore Abruzzese (Toto), Simone Sacchettino (Simone), Vincenzo Altamuro (Gaetano), Italo Renda (Italo), Gianfelice Imparato (Don Ciro), Maria Nazionale (Maria), Carlo Del Sorbo (Don Carlo), Vincenzo Bombolo (Bombolone), Toni Servillo (Franco), Carmine Paternoster (Roberto), Salvatore Cantalupo (Pasquale), Alfonso Santagata (Dante Serini), Salvatore Striano (Scissionista), Vincenzo Fabricino (Pitbull), Salvatore Ruocco (Boxeador). Ingressos: R$ 16,00. www.viladomar.com/cinebardot

Artes Plásticas Abigail V. Schlemm – Pinturas. Rua das Pedras 151.

Vilmar Madruga – Ateleir com exposição permanente da obra do artista. Rua das Pedras, 27/loja 4. Tel.: 2623-7452 Carlos Lima – Atelier de pintura. Aldeia de Geribá, 8. Tel.: 2623-6743.

Anauê Mosaicos e Esculturas – Rua das Pedras, 266 – loja 04. Telefone: 26232225 Atelier Decor-Resina – Peças exclusivas em materiais nobres misturados com resina cristal. Rua Vila das Aroeiras, no 180. Tel.: (21) 9729-3795 Atelier Mar e Mato - André Cira - Pinturas, esculturas e técnicas mistas. Alameda das Bromélias, 10. Tel.: 22 26291616.

Lula Moraes – Loteamento Pórtico de Búzios- lote 23, quadra 05. Atrás do Hospital Municipal. Bairro São José. 26235744.

Celina Lisbôa Atelier – Exposição permanente de pintura, escultura e cerâmica. Rua das Pedras, 168/loja 7. Tel.: 2623-6924 Eduardo Sardi - Retratos artísticos, pinturas a óleo e pátinas - Vila Caranga, 32 - Telefone: 2623-4072 - 9223-0457 Julián Juaréz - artista plástico - Tel: 2633-

7037 / 9209-6364. julian23artistaplastico@ hotmail.com. Rua Nicolau Antônio Estevão, 68 • Alto da Boa Vista • Rasa.

Sérgio Joppert - Pinturas e Desenhos. Rua Zaíras Street. Nº. 09 Baia Formosa - Lote 09.

Quadra 05. sergiojoppert@hotmail.com. (21) 9559-0014 Exposição permanente - Pinturas de Ama Sopeña, no bar e restaurante Mameluco (no centro da cidade). Para contatos com a artista, pelos telefones (22) 2623.0458 ou (22) 9234.4255 .

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Telefone: 2623-2261 Caverna Café – Cozinha mineira. Rodízio de caldos no fogão a lenha, pratos executivos, tutu a mineira, frango c/ quiabo e angu, tropeirão c/ lingüiça, feijoada completa, pão de queijo p/ festas e eventos.

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Restaurante Hotel Pérola - Feijoada é servida após 13h00 às 17h00. Valor por pessoa R$ 45,00 + 10 % de taxas de serviço. Bebida cobrada por consumo. Estacionamento cortesia.

Restaurante Coisas do Pará & Outros - Comidas típicas como, Tacacá, Pato ao Tucupi, Vatapá, Aipim Frito e Carne de Sol com muita cerveja gelada, sucos e açaí. Av. Teixeira e Souza, 943. Ao lado do Supermercado Princesa. Abre todos os dias das 09 as 23:00hs.

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Foto Luis Randon

À bordo do Pinta, À Caminho das Índias II Bienal Anual

Felipe Barbosa

Rosana Ricalde

Por Armando Mattos

Dia 27 inauguramos a segunda edição da Bienal Anual de Búzios/BAB dessa vez com uma mostra de vídeo digital da curadora convidada Ligia Canongia. Rosana Ricalde e Felipe Barbosa são presenças confirmadas dentre os convidados que tem ainda Ivens Machado, José Damasceno e Franklin Cassaro. Durante a abertura da mostra será lançado o espaço PEMBA VIRTUAL dentro do site

www.projetoconcreto.com

Versão Trilingue no blog

Foto Marcela Silva

Na tendência fashion da MaxiBijou, nosso editor Marcelo Lartigue em plena forma com bracelete feminino banhado a ouro do Design Paulo d'Escragnolle em lançamento na Âmbar.

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No embalo dos 28 anos do Perú, a crítica Lígia Canongia o assessor cultural do Museu da República, Flávio Leão, e a nossa ave do paraíso com o curador no Tartaruguinha

Figurino by Mônica Balcaldi

6 de março de 2009 – O Perú Molhado

Foto Clemente Neto

www.arttbuzios.blogspot.com

io r F o b a C m e la u L e s in Franklin Mart

Fotos Ascom Cabo Frio

Trindade Júnior

S

em a Dilma e vestindo uma Guaiabera (camisa tipicamente cubana) vermelha o presidente Luiz Inácio lula da Silva esteve em Cabo Frio para inaugurar a unidade de ensino profissionalizante do instituto federal fluminene de Cabo Frio e via circuito fechado de tv inaugurou as unidades de Volta Redonda e Duque de Caxias simultaneamente com direito a discursos de alunos e do prefeito de Volta Redonda.

Falando para uma platéia formada principalmente por estudantes o presidente em seu discurso prometeu inaugurar cem escolas técnicas ainda este ano em todo o Brasil e disse que por mais paradoxal que pareça o Brasil precisou de um presidente sem diploma universitário para fazer o que os outros com formação deveriam ter feito e foi além quando falou que só o futebol e a educação são capazes de criar condições de igualdade de oportunidades profissionais para os jovens pobres. O presidente ainda lembrou a importância de uma profissão para um jovem entre dezoito e vinte anos que está chegando ao mercado de trabalho. Lula não poupou o seu antecessor de críticas quando lembrou que o então ministro( governo FHC) Paulo Renato municipalisou através de uma lei aprovada pelo congresso a responsabilidade sobre as escolas técnicas o que segundo o presidente a maioria das prefeituras não tem condições de manter uma escola deste porte.

O governador Sérgio Cabral pediu durante o seu discurso ajuda financeira para os municípios do noroeste fluminense que sofreram com as chuvas de dezembro e ainda lutam para se recuperarem e foi prontamente atendido, Lula se comprometeu enviar uma medida provisória ao congresso prevendo ajuda financeira para o Rio. Estavam presentes à cerimônia vários prefeitos, ministros e deputados. Muito atencioso o presidente fez questão de cumprimentar os funcionários presentes indo até a cozinha onde estava sendo preparado um coquetel e apertando a mão de um por um.

Marquinho Mendes prefeito de Cabo Frio estava eufórico com a inauguração e anunciou que ali será construído um núcleo de educação com várias faculdades.

Por fim o Lula cometeu uma gafe que arrancou risos da platéia quando disse que havia inaugurado uma escola na favela de Manguinhos no Rio que tinha ficado tão bonita que causaria inveja a “rainha Margateh” da Inglaterra e não Elizabeth

As autoridades acompanhando as inaugurações

6 de março de 2009 – O Perú Molhado

Lula cumprimentando Bia Trindade do Buffet

Decerrando a placa da unidade Cabo Frio

Paulo Melo com Lula (único Deputado Estadual presente)

Lula e Marquinho Os prefeitos Andinho e Marquinho com o Governador e o Presidente

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Que a urubuzada nos desculpe

Marreco, o maior botafoguense de Búzios comemorando mais um título do glorioso

É campeão!

O

glorioso Botafogo de Futebol e Regata sagrou pela quinta vez, campeão da Taça Guanabara que corresponde ao primeiro turno do Campeonato Carioca, ao vencer a boa equipe do Resende por 3X0 no Maracanã.

Mais de 70 mil apaixonados viram naquela ensolarada tarde de fevereiro, o Fogão deu um show no adversário, que semana antes havia humilhado o timinho do Flamengo no mesmo estádio. O Resende meteu 3X1 no menguinho sem dó nem piedade.

Há quatro anos que o Botafogo faz a melhor campanha do estadual. Sempre teve o melhor ataque e a melhor defesa. Perdeu os títulos por motivos inexplicáveis.

Mas, como se sabe, tem coisas que só acontece com o Botafogo. Como por exemplo, humilhar o Flamengo com um show de bola e deixar o urubu empatar o jogo aos 49 do segundo tempo.

Com a saída do Cuca e a chegada do novo técnico, Ney Franco, o Bo-

tafogo virou outro time. É aguerrido, determinado e nunca abdica do ataque, mesmo jogando com 4 volantes. É sempre ofensivo. Jogou assim contra os times pequenos (como o Flamengo) e com times grandes, como Fluminense e Resende.

Em Búzios, a festa da vitória mais uma vez foi em frente ao Açougue do Marreco, o maior símbolo botafoguense de Búzios. Mais de mil churrasquinhos foram distribuídos à torcida. Centenas de caixas de cervejas esvaziadas. Ne-

nhuma briga. Nenhuma confusão. Tanta diferença. Íamos para o Maracanã. Mas a festa pelos 28 anos do Perú Molhado avançou noite adentro e o cansaço se mostrou maior que o amor pelo Botafogo. Só nosso conselheiro editorial Luiz Fernando Pedroso que teve garra de participar das duas festas: do Perú e do Fogão. Estaremos na final com bandeiras em punho esperando mais um freguês.

Agora resta a Fluminense, Vasco, Cabofriense, Resende, Tigres, Americano e, porque não, até o mesmo o timinho do Flamengo, correr atrás, porque já estamos na final. E pela quarta vez.