BAIRROS
Foto: O Globo
1 de dezembro de 2010 • www.operumolhado.com.br • Edição 995 • ANO XXX
Coisas do destino. O barbudo Maluco Beleza tomando conta de uma barbearia
Senhores bandidos,
NÃO VENHAM
R$ 0,50
O homem armado ao lado é o policial civil Luiz Machado, mais conhecido em Búzios pela alcunha de Maluco Beleza, por sua semelhança com o cantor Raul Seixas. Maluco Beleza é um policial engajado. Já foi candidato diversas vezes, inclusive em Búzios, onde concorreu ao cargo de vereador, mas não obteve votos suficientes para nos representar no legislativo. Agora, representa Búzios na guerra entre o Estado e os traficantes no Complexo do Alemão. Atenção bandidagem: se vocês sonharem em vir para Búzios fugindo das carabinas do exercito pensem duas vezes. A qualquer momento podemos chamar Maluco Beleza. Com ele bandido não tem vez...
À BÚZIOS Pág. 10
Do Leitor Meu bairro querido É tão bom acordar calmamente, sem aquela correria diária. Eu me arrumo sem pressa e sem grandes alardes, pois da porta da minha casa, só dou dezessete passos para ir à escola. E aos domingos, então? Logo pela manhã, quando meu irmão sabe que não terei que estudar para fazer prova na 2ª feira, ele me leva até a igreja – é demais! Os dias de chuva e frio são ótimos, porque à noite posso ficar debaixo daquele cobertor quentinho e abraçadinha com alguém da minha família ouvindo música. Como é gostoso ouvir os pinguinhos de chuva batendo nas janelas. Eu amo o meu bairro! Carol Marcheni Mathias (Aluna do 6º Ano da Escola Atelier Mathias)
Meu dia!
Que maravilha que é o meu dia! Agradecer sempre a Deus por ter acordado e ter: café, escola, almoço, curso, Van, casa, cachorro, comida, jantar, música e muito mais. Esta é a rotina da vida de uma menina comum da Rasa, um lugar de muita paz. Às vezes mais calmo, tranqüilo, divertido! Laura Martins (Aluna do 6º Ano da Escola Atelier Mathias)
enfermeiros de azul bem sujos de sangue e ainda assim eles nem estavam ai pra se limpar ou coisas do tipo, a sala da emergência que eu estava ficou toda suja de sangue e até pro raio x eles levaram a vítima. Isso é um compro-
misso profissional que precisamos valorizar e quase não vemos por aqui. Seria muito bom ver uma reportagem da vítima com os enfermeiros de azul. Obrigado pela oportunidade.
Flagrante
O ponto final, ao lado da Escola Oliveira Botas está preocupando muita gente. As telhas que cobrem o abrigo estão caindo na cabeça das pessoas. A prefeitura de Búzios já está sabendo de tudo, mas parece que estão esperando acontecer um grave acidente para fazer algo. Se uma telha cair na cabeça de uma criança a quem vamos responsabilizar?
Hospital nota 10
Amigos, Venho através desta dizer a princípio que não gostaria de me identificar pois não gostaria que meu nome aparecesse ou ainda não gostaria de ganhar nada em troca da sugestão que estou enviando, mas lendo uma das edições anteriores “refém da violência” li a reportagem na qual falava de uma vítima de agressão em um assalto na qual a faca ficou encravada na cabeça da vítima. Pois, bem, naquele dia eu estava lá no hospital porque havia passado muito mal e sentia dores no peito quando por volta das 22hs o resgate chegou com uns enfermeiros com roupa azul e todo o hospital veio atrás ver, nem eu sabia que naquele hospital havia tanto médico e enfermeiro, rsrs. Mas o que me chamou a atenção foi o espírito humano e de equipe como esta vítima foi tratada e eu houvia um dos enfermeiros passar informações da vítima e todos supresos pelo bom estado da vítima. Quando vi a reportagem fiquei feliz em saber que esta vítima sobreviveu e gostaria de propor que “O Peru Molhado” estivesse fazendo o encontro da vítima com os profissionais que a salvaram. Eu lembro de ter visto os
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Conselho editorial Brigitte Bardot, Claudio Kuck, Ivald Granato, Jomar Pereira da Silva, Fino Quintanilha, Renata Deschamps, Otavinho, Umberto e Claudio Modiano, Ernesto Zabotinsky, Trajano Ribeiro, Renato Pacote, Jorge Tedesco, Claudio Cohen, Lau ritz Lachman, Guilherme Araújo, Pedro Paulo Bulcão, Paulo Mariani, Alberto Fantini, Marie Anick e Jacques Mercier, Araguacy da Silva Mello, Luis Edmundo Costa Leite, Marcos Paulo, Elie Shayevitz, Jonas Suassuna, Glória Maria, Ruy Castro, Heloisa Seixas, Márcio Fortes, Luiz Fernando Pedro so, Lula Vieira, Antônio Pedro Figueira de Melo, Adriana Salituro, Eduardo Modiano, Ancelmo Góis, Etevaldo Dias, Joaquim Ferreira e Thomas Sastre. Diretor Marcelo Lartigue Jornalista responsável Hamber R. de Carvalho (reg. prof. 13.501 DRT/RJ)
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A próxima vítima pode ser você Sabemos que o assunto é chato, mas infelizmente não temos mais como fugir dele - ao menos por enquanto. Estamos falando da violência, que até outro dia era uma coisa estranha aos nossos olhos. Em 1995, quando nos emancipamos de Cabo Frio nossa realidade ainda era de Aldeia de Pescadores. A vida corria lenta e tranquila. Quase todo mundo se conhecia ou era parente. Brigas só de casais e mesmo assim, raras. Nos últimos anos tudo mudou. Passamos a ser uma cidade de verdade, com todos os problemas de uma cidade de verdade. A violência já não nos é mais estranha. Essa semana ela bateu novamente a nossa porta. A vítima dessa vez foi André Marques, balconista da Drogaria Max, de Manguinhos. Era tarde da noite de domingo, quase na hora do fechamento quando três ladrões chegaram à farmácia e anunciaram um assalto. Mesmo sem reação nenhuma do funcionário, os bandidos resolveram agredi-lo. Ao que parece, os meliantes ficaram chateados com o pouco dinheiro encontrado no caixa. Resolveram se vingar em cima do pobre funcionário. A recente guerra no Rio de Janeiro espalhou bandidos por todos os lados. Seria ingenuidade não acreditar que alguns desses não venham para cá. Boatos de chegada
de levas de traficantes para a periferia não param de chegar. Boatos, como se sabe, por mais estranho que pareçam, sempre trazem um pouco de verdade. O pior de tudo, é que mesmo depois de tantos casos de roubos e assaltos, ninguém foi preso. Nada se sabe sob a quadrilha (ou as quadrilhas) que invadiram casas e condomínios nos últimos meses. Não se tem noticia de suspeitos no caso em questão. Para a po-
licia resta apenas fazer os boletins de ocorrências, os famosos B.O que em seguida vivarão arquivo morto. As polícias, tanto a Civil quanto a Milita, não dispõe de recursos suficientes para fazer o trabalho como deveria ser feito. Não podemos colocar a culpa apenas neles. Mas podemos reclamar da falta de segurança. Reclamar ao governador e ao prefeito.
Zé Wilker e Claudia Ohana na novela A Próxima Vítima
André Marques, ainda sorrindo antes da agressão sofrida pelos covardes assaltantes.
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Búzios é a eterna contrução de uma utopia Por Denis Kuck Um grupo de negros se reúne no meio da rua e começam a cantar, tocar instrumentos, gingar, pular e se movimentar numa luta que se confunde com dança. Tratase de uma roda de capoeira, cena que poderia ter ocorrido há mais de 150 anos no quilombo da Rasa mais que aconteceu durante esse fim de semana na Rua Manoel Turíbio de Farias, no Centro de Búzios. No século retrasado, eles lutavam por sua liberdade e contra a exploração de senhores de terra. Hoje, ainda anseiam em serem livres, e para isso se apresentam em troca de algum caraminguá deixado por turistas encantados com a plasticidade do jogo que resistiu à passagem do tempo. O que também resistiu ao tempo foi a exploração que existe desde os primórdios da sociedade brasileira. A escravidão acabou, mas até hoje permanecem a desigualdade social, as injustiças, a pobreza e a miséria. A violência estarrecedora que tomou o Rio de Janeiro e deixou todos chocados não deixam de ser reflexos dessa nossa história. Só que ao invés de um rabo de arraia ou de uma meia lua de compasso, os miseráveis de hoje portam fuzil e lança granada. Mas por instantes, durante algumas horas, uma tela gigante instalada no meio da Praça Santos Dummont fez com que tudo isso desaparecesse. Os momentos mágicos que só o cinema pode provocar foram tirados da escuridão de salas fechadas e trazidos para o meio do povo, sob a luz das estrelas e da lua, ao sabor do vento. Lazer gratuito, livre, aberto a todos, sem distinção de classe. Durante alguns momentos, não havia mais ricos e pobres, exploradores e explorados, celebridades e tietes. Não havia mais tiros e sangue, polícia nem bandidos. Éramos todos iguais. A iniciativa do Festival de Cinema de Búzios de levar sua programação para as praças da Rasa e Santos Dummont prova que podemos viver em paz. A cidade teve belos momentos nesse fim de semana: dias lindos de sol e mar, restaurantes cheios, ruas movimentadas (mas não lotadas), cinema, regatas, torneio de vôlei de praia. Muitos cariocas que passaram por Búzios comentavam espantados como o paraíso podia estar tão perto do inferno que se tornou o Rio de Janeiro nessa semana que passou. É verdade. Mas eles não sabem que nós também sofremos com a violência. Assaltos, agressões e covardias estão se tornando cada vez mais comuns em Búzios. Não é essa cidade nem esse Rio que nós queremos. Desejamos sim apenas o paraíso, os momentos mágicos do cinema na praça, da conversa na esquina, do pôr do sol na Azeda. E que Búzios seja a eterna construção de uma utopia. Obs.: A única nota a se lamentar na iniciativa do Festival de Cinema Búzios é que justo na exibição do melhor filme, “O pequeno Nicolau”, uma chuva chata atrapalhou os espectadores. O s o rg a n i z a d o re s disseram que vão reapresentar o filme. Tomara!
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Capoeiristas em ação, o traficante Zeu sendo preso e o filme na Praça. Tudo ao mesmo tempo agora
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Iate Clube de Búzios visto de cima, ainda mais bonito
5ª Regata Richards de Veleiros Clássicos Vento no rosto, sol forte queimando a pele, e somente a maresia junto às gotas d’água salgada - refrescando o corpo durante as duas horas de regata no lindo mar azul de Búzios durante o domingo decisivo da 5a Regata Richards de Veleiros Clássicos. Esse foi o quadro que os comandantes e tripulantes dos 32 barcos que competiram na 5a Regata Richards de Veleiros Clássicos encontraram neste domingo, 28 de novembro - dia decisivo da competição. Muito trabalho fazia parte do processo também, com muita atenção aos cabos e velas, para fazer o trajeto perfeito cortando as águas e curtindo de melhor forma o visual da Orla Bardot ao fundo.
Final do torneio de Vôlei de Praia quem em Búzios, cidade praiana aconteceu num campo de futebol
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Educação é obrigação Por Lucinha Souza
ARMAÇÃO DOS BÚZIOS, 24 DE NOVEMBRO DE 2010
ABAIXO ASSINADO De: Alunos da EJA na E.M. Manoel Antônio da Costa, localizada na Estrada da marina, s/nº, Rasa. Para: Excelentíssimo Prefeito Delmires de Oliveira Braga
O
s alunos do EJA (Ensino de Jovens e Adultos) da Escola Municipal Manoel Antonio da Costa (Mudinho) fizeram uma manifestação nesta quinta-feira dia 25/11 contra o Governo Municipal e a Secretaria de Educação, pois querem acabar com as turmas de EJA do primeiro seguimento à noite na Rasa. Querem transferir para a Escola Jose Bento em Manguinhos, as turmas formadas por trabalhadores que desejam uma melhor qualidade de vida, que visam carreiras que não dependam dos órgãos públicos. Os alunos revoltados com falsas promessas de campanha fizeram um abaixo assinado e desabafaram: Gracimar Nascimento (aluna da 5ª fase): Olha, o prefeito foi á Radio Litoral falar que está investindo na Educação, e como agora ele quer acabar com as aulas aqui na Rasa? que investimento é esse? Ele esqueceu que foi a comunidade da Rasa que o elegeu? Ele quer deixar o povo analfabeto? E como a gente pode passar num concurso sem estudos? Como podemos conseguir um bom trabalho sem estudos? Quero fazer um convite o Senhor Prefeito. Estou convidando-o a comparecer na minha formatura dia 16/12 deste ano as 19h00min nesta escola. Carlos (aluno da 5ª fase): Entrei na Escola com 53 anos na alfabetização, agora estou na 5ª fase com 57 anos, é uma maldade o Prefeito querer cortar meu barato agora que eu estou enxergando longe, hoje eu não sou mais analfabeto. Cida (aluna da 5ª fase): Eu não sabia ler e escrever tinha dificuldades até para pegar o ônibus, graças ao curso de EJA e aos professores que se dedicam e tem paciência, hoje eu posso ler tudo. Deslocar-nos para a Escola José Bento é muito sacrifício, porque todos nós trabalhamos durante o dia. Estamos lutando para o curso continuar aqui. Antonio Carlos (aluno da 2ª fase): Estamos reivindicando nosso direito, aprender a ler e escrever é qualidade de vida e essa sempre foi à frase do Prefeito em campanha, nessa mesma época ele passou na rua da minha casa e disse que não ia deixar a Rasa desamparada e hoje vemos que ele não esta cumprindo com suas palavras. A EJA é um beneficio para nós, pois não tivemos a oportunidade de estudar quando crianças, agora adultos queremos lutar pelo tempo
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Nós, alunos devidamente matriculados na EJA da E.M. Manoel Antônio da Costa no ano corrente, criamos esse documento com o objetivo de sensibilizar as autoridades políticas quanto ao encerramento das atividades da EJA no horário noturno na instituição citada acima, de acordo com a Secretaria Municipal de Educação e Ciência. Tal atitude nos afetará de forma muito negativa e grave visto que, não obstante as dificuldades que já temos para manter nossos estudos no bairro em que residimos, a mudança para outra instituição em bairro distante do nosso (E.M. José Bento Ribeiro Dantas, em manguinhos) agravará ainda mais nossa possibilidade de estudo. Para justificar tal pleito, abaixo enumeramos, dentre outros, os principais problemas que tal mudança acarretará: perdido e o Senhor Prefeito quer frustrar nossos sonhos. E o nosso direito começa onde termina o seu Senhor Prefeito. Maria do Carmo (aluna da 5ª fase): Quero agradecer os professores que nos oferecem ensino de qualidade, esse seguimento tem que continuar aqui, pois é um desejo dos moradores deste bairro que querem estudar aqui. Nadia (aluna da 5ª fase): Se o EJA acabar aqui na Rasa, vou desistir de estudar, pois não vou pegar ônibus lotado para manguinhos. Gilberto (aluno da 5ª fase): A desculpa da Secretaria de Educação é que aqui tem poucos alunos, mas em manguinhos tem dez alunos a mais que na Rasa. É justo pegarmos quatro conduções por dia? Eu trabalho o dia inteiro, cansado e venho pra escola, agora ir para manguinhos vai ser cansativo demais. Claudemir (aluno da 5ª fase): O que eu vou aprender se não tiver mais aulas aqui? O que eu vou ensinar para minhas filhas quando elas tiverem dificuldades em suas tarefas da escola? Eu só peço para não acabarem como curso. Evanildo (aluno da 3ª fase): meu maior sonho foi ter voltado a estudar, mas me encontro triste, pois a maioria dos políticos esquece o que prometem em época de eleição. Quero resposta de como ficará nossa situação? Nota da redação: Lucinha Souza é uma grata surpresa para nós do Perú Molhado. A jovem repórter, moradora do bairro da Rasa está fazendo um excelente trabalho. Ela foi revelada no Perú Bairros. Gostaríamos de encontrar outras ‘Lucinhas’ em Cem Braças, José Gonçalves, etc. Se você sonha escrever no jornal melhor jornal de Búzios não perca tempo. Venha a te nossa redação e faça sua proposta.
(a) Transporte público: A maioria, senão todos, dos alunos que trabalham, têm empregos no centro. Com essa mudança nós teremos que vir para Rasa (nossa casa), para o devido asseio pessoal, retornar para Manguinhos e depois voltar novamente para a Rasa. Isso, por si só, já aumentará o tempo de deslocamento, mas será agravado pelo problema de transporte público do município. Inclusive, em reunião que aconteceu ano passado em nossa escola, representantes do Executivo, Legislativo, Salineira e Cooperativas, afirmaram que resolveriam os problemas relatados na época, quais sejam, poucos horários dos ônibus e a negação de muitos motoristas da cooperativa em transportar alunos. Contudo, nada disso foi resolvido e o problema persiste; (b) Violência: A violência tem aumentado em nosso município. Essa mudança nos exporá mais ainda à possibilidade de sermos atingidos por essa violência, pois teremos que aumentar nosso deslocamento, todo em horário noturno; (c) Familiar: muitos alunos são chefes de família e como irão demorar mais para chegar em casa, acarretará que as respectivas famílias ficarão mais tempo sozinhas; (d) Tempo: Para muitos, simplesmente não haverá tempo hábil para esse deslocamento, impedindo que faça a matrícula, pois não haverá como cumprir com o compromisso com o horário escolar; (e) Alunos idosos: alguns alunos já têm idade avançada, dificultando sua locomoção. Essa ida diária para manguinhos impedirá que os mesmos possam freqüentar as aulas. Esses são os problemas de maior vulto, contudo há de se considerar que existem inúmeros problemas particulares que somados aos citados, de forma bem clara, induzirão ao término dos estudos pela impossibilidade de cumprimento com as tarefas escolares. Por tal, enviamos esse abaixo assinado às autoridades de nosso município para que possa reavaliar essa decisão ao nosso favor, ou seja, a manutenção da EJA no horário noturno da E.M. Manoel Antônio da Costa. Por termos certeza na seriedade do assunto e de nossos políticos, encaminhamos esse pleito na expectativa de um resultado positivo, pois, a continuidade de nossos estudos é muito importante, inclusive, para o próprio município. Sem mais para o momento, despedimo-nos respeitosamente.
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Cadê os tombamentos?
Carlos Ernesto em frente a Casa da Sereia de sua propriedade
Caros Marcelo e Sandro, Vocês, como o saudoso Cláudio Kuck, testemunharam meu empenho pessoal, em favor do patrimônio histórico de nosso querido , mas maltratado, município de Búzios. Eu, e a minha família, nos desdobramos há quase 30 anos, perseverando com muito sacrifício, mas com muita dedicação e carinho, na recuperação e manutenção de nossa residência, a casa “A Colônia” defronte da praia da Armação, cujo primeiro registro de posse imobiliária remonta 170 anos (1840), conforme pesquisa realizada em tomos imperiais, nos arquivos do SPU (Min. Fazenda), no Rio de Janeiro. Nossa preocupação foi de sempre preservar o estilo colonial português-açoriano, característico daquela
época, que infortunadamente, não é seguida, sequer adotada por quem de direito, e infelizmente ignorada ou relegada pelas autoridades municipais. Ao longo destes muitos anos em Búzios, presenciei uma contínua delapidação do acervo patrimonial do município- Na Orla, na Armação, na Praça dos Ossos, no entorno da igreja de Sant´Anna, na Rua das Pedras (já foi mais charmosa!) - sem que houvesse uma avaliação mais atenciosa do significado destes valores. Sinceramente, é de dar pena. Vocês não imaginam como nos enchemos de orgulho quando turistas passantes pela Orla, fotografam encantadas com o conjunto das casas do “Solar do Peixe Vivo”, da “Colônia”, do “Sino” e da Travessa da Brava, que precisa ainda ser revitalizada. Agora, mais uma decepção. A casa “A Sereia”, outra
referência buziana está sendo posta abaixo ,como o capataz da obra informou-me ontem dia 22. Nenhuma placa alusiva e autorizando a demolição estava à vista, certamente para ocultar (mais um) despreparo na liberação deste acervo, que o Sandro bem lembrou na edição do Peru Molhado de 15/10/10 que “ainda faltava a casa A Sereia na fila do tombamento”. Aliás, não há tombamento algum. Apenas um decreto municipal, sendo certos imóveis arrolados no plano diretor da cidade. É premente, a promulgação do tombamento municipal. Daqui a pouco restarão tão somente a Igreja, e “A Colônia”. Esta, eu garanto! Abraços do John Kerr
A Casa da Sereia será preservada, garante Claudinho, que vai abrir no local um restaurante e uma loja. Segundo Claudinho, a obra só mexeu na parte que estava caindo ou que precisava de reforma. A fachada da casa está preservada.
Alguns dos imóveis que deveriam entrar na lista de tombamento do município, mas que por falta de vontade política dos nossos administradores e políticos ainda correm risco de demolição
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O Cinturão verde
Jean Claude, Walter e Apolinário seus ajudantes
As áreas onde se localizam os bairros da Rasa, Maria Joaquina e José Gonçalves tinham tudo para se transformar no celeiro de produção de alimentos para nossa cidade. Tinham, pois o fracionamento das terras acabou com a maioria dos sítios e fazendas e no local surgiram ruas e mais ruas com casas e mais casas. O que era rural virou urbano em menos de duas décadas. Esses bairros já produziram muitas hortaliças, raízes (aipim, batatas, etc.) milho, amendoim e até mamão e maracujá. Problemas de preços, de distribuição da produção e de financiamento público tornaram inviável qualquer tentativa de se produzir alimentos na cidade. Um dos maiores problemas é a falta do registro definitivo da terra. Sem a documentação exigida, fica impossível ter acesso ao credito rural, por exemplo. Hoje, alguns poucos proprietários rurais ainda se aventuram produzindo legumes e verduras. Dentre eles, destaque para Jean Claude, o francês mais famoso da Rasa.
Jean Claude mora numa área que pertence a Cabo Frio- e que era de Búzios antes da emancipação. Em sua pequena horta ele planta legumes em miniaturas. Destaque para as cenouras, rúculas, tomates cerejas e para as couves de Bruxelas. São produtos são 100% orgânicos. - Nossa horta produz em pequena escala, mas nossos produtos são de primeira qualidade. Usamos sementes de primeira qualidade, que são caríssimas. Os técnicos agrônomos que vêem aqui na minha propriedade dizem que sou louco, pois meus produtos não têm uma vida muito longa, pois não uso agrotóxico. Não tem problema. Eu planto de novo e de novo. Quero oferecer produtos de qualidade. Produtos que eu possa comer. Não como produtos tóxicos. Para Jean Claude, a Feira Rural que a prefeitura de Búzios criou na Praça do Gato, ao lado da Policlínica está no lugar errado. Ainda durante a reunião da criação da Feira, Jean Claude foi contra a escolha daquele lugar.
-Eu conheço muitas feiras no mundo e sei do que estou falando. Uma feira de produtos rurais deve ficar numa área com mais movimento. Mesmo porque uma feira dessa natureza, que venda produtos frescos e de qualidade, plantados e colhidos por gente nativa é também uma atração turística. Por isso acredito que o melhor local seria na Praça Santos Dumont. Conversei com algumas pessoas da secretaria de Meio Ambiente e fui informado que a feira na Praça do Gato não está funcionando bem e que eu estava coberto de razão. Se a feira mudar de lugar eu vou participar. Os produtos do Jean Claude são vendidos em alguns restaurantes de Búzios como o Cigalon, Parvati e Lorenzo, entre outros. A loja Golden Fruit, do Porto da Barra também é cliente de Jean Claude. Quem quiser adquirir os produtos do Jean Claude, basta ligar para os telefones (22) 8808-6681 ou (22) 2629-1935.
Tudo como dantes Além de produtor rural, Jean Claude também é um cidadão engajado. Está sempre de olho na administração pública. Ele trabalhou por dois anos no governo Toninho Branco. Ocupou cargos na secretaria de Finanças e na de Esportes. Bateu de frente com Nani Mancini, na época, homem forte do governo. Resultado: foi demitido sumariamente. Fora do governo, seguiu para a oposição e passou a trabalhar pela eleição do atual prefeito Mirinho Braga. Eleito Mirinho, Jean Claude foi para a Rasa, produzir seus legumes. - Mas continuo observando tudo. Antes de trabalhar na prefeitura de Búzios, ocupei um cargo numa prefeitura na França. Posso afirmar sem medo de errar que as administrações públicas são catastróficas. O problema é que os políticos pensam apenas em colocar dinheiro no bolso. Ninguém quer se dedicar ao povo, ao município.
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Jean Claude tem péssimas lembranças do governo Toninho, mas não anda nada satisfeito com o governo Mirinho. Afirma que o atual governo está trabalhando muito mal, principalmente nas áreas de Saúde e Educação. Outra reclamação do Jean Claude é em respeito à recente criação da secretaria de Gestão pelo prefeito Mirinho Braga para acomodar seu amigo desempregado Jânio Mendes. - Apesar de não estar com saudades de Toninho, não estou nada satisfeito com Mirinho. Criar uma secretaria de Gestão apenas para arrumar emprego para um amigo é brincar com o dinheiro do povo. A cidade não precisa de mais secretarias. Jânio Mendes foi candidato a deputado e perdeu. Jânio já avisou que será candidato a prefeito em Cabo Frio. Pelo jeito, até lá, vamos pagar o salário do amigo do Mirinho.
Jean Claude, o cidadão engajado
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Seu Carlinhos caminhando entre seus legumes
É inútil forçar os ritmos da vida. A arte de viver consiste em aprender a dar o devido tempo às coisas. Carlo Petrini, fundador do Slow Food Assim começa um artigo numa das tantas revistas de gastronomia que assino. Faço minhas essas palavras, pois comer é uma arte e comer com qualidade é o mínimo que merecemos.O princípio básico do movimento Slow Food é o direito ao prazer da alimentação, utilizando produtos artesanais de qualidade especial, produzidos de forma que respeite tanto o meio ambiente quanto as pessoas responsáveis pela produção, os produtores. O produto orgânico é cultivado sem o uso de adubos químicos ou agrotóxicos. As técnicas de produção orgânica são destinadas a incentivar a conservação do solo e da água e reduzir a poluição Em Búzios contamos com alguns produtores, cuja produção é realizada em pequena escala e de forma orgánica. Presta a confusão pensar que uma folha perfeita é uma folha orgánica, geralmente as lagartas ou alguns outros bichos podem atacar os legumes e/ou hortaliças justamente por não levar adubos ou pesticidas, mais certamente depois de sanitizada, ésta será uma folha com mais elementos verdadeiros para consumo. Os legumes perfeitos certamente terão recebido algum pesticida para evitar a aproximação dos bichos e os tomates mais bonitos terão crescido com quase nada de terra, e transportados em caminhões durante dias, para chegar ao amadurecimento dentro das transportadoras! Não tem agua, para os alimentos hidroponicos que possa brindar os nutrientes da terra a ditos alimentos. Nas grandes cidades o custo dos alimentos orgânicos chega a triplicar a aqueles que não o são e portanto muitas ve-
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zes fica dificultoso consumi -los. O Seu Carlinhos na Raza e o Jean Claude produzem desde algum tempo maravilhas para o paladar, seja rúcula baby, espinafre, tomatinhos cherry, aipím, abobrinhas e algumas outras coisas que depende das epocas estivais o que algum coelho do vizinho não venha fazer o festín nos campos deles. O produto orgânico evita problemas de saúde causados pela ingestão de substâncias químicas tóxicas.
Protege a qualidade da água, a fertilidade do solo, a vida silvestre e são mais nutritivos. Incluir produtos orgânicos nas compras incentiva a produção e no longo prazo, torna os orgânicos mais baratos. Para esclarecer, o alimento hidropônico (produzido na água) não é orgânico pois utiliza adubos químicos solúveis.
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Sonia Persiani
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Agenda Cinema Cine Bardot - MINHAS MÃES E MEU PAI. EUA 2010) 1h 45 min Comédia Dramática 16 anos. De: Lisa Cholodenko. Com: Julianne Moore , Annette Bening , Mia Wasikowska. Dias: Sexta 21:30. Sábado 21:30. Domingo 19:00 TROPA DE ELITE 2. Quinta 21:00 Sexta e Sábado 19:30 Domingo 21:00. (Brasil 2010) Policial 2h 00 min 16 anos. De: José Padilha. Com: Wagner Moura, Seu Jorge, André Ramiro, Rod Carvalho. Valor do Ingresso: R$ 18,00 (inteira) / R$ 9,00 (Meia). Tel: 22 2623-1298. www.viladomar.com/cinebardot
Deu no Perú
Réveillons
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ste ano o réveillon será mais uma vez no dia 31 de dezembro e a periferia começa a se organizar. Novamente teremos festa na Hípica, na Rasa. Agora que o secretário de turismo mudou, talvez a festa da Hípica, que estava a perigo, saia. A festa principal será no Breezes, onde milhares de pessoas se acotovelarão para assistir a passagem do ano ouvindo o grupo Asa de águia. Nosso amigo Ricardo Valdivia já comprou três apartamentos apenas para ver o show ao lado de amigos. Esse será com certeza o verão mais catastrófico dos últimos tempos. Quem vier a Búzios tem que se preparar. É bom trazer velas, colete a prova de balas, repelentes e muita paciência para enfrentar os quilômetros de engarrafamentos que certamente teremos nas principais vias da cidade. Feliz 2011!
De grátis
Aulas de Dança. Shopping Aldeia da Praia com a professora Odília. Aulas de vela. No Búzios Vela Club com os melhores velejadores do Brasil. Aulas grátis com o supercampeão Bimba todos os fins de semana. Aulas de golfe. Todos os sábados pela manhã com o professor Tiger Woods Buziano.
Cine Recreio - Sala 1: Megamente 3D (Dublado) Horários: 18:00, 20:00 e 22:00. Livre. Sala 2: Harry Potter e as Relíquias da morte – Parte 1 (Legendado) Horários: 18:20 e 21:20. 12 anos. Tabela de Preços: Filmes normais: Sexta, sábado, domingo e feriados: R$ 16,00 (R$ 8,00 meia entrada) Segunda a quarta (exceto feriados): R$ 14,00 (R$ 7,00 meia entrada) Quinta Especial (exceto feriados): R$ 10,00 (R$ 5,00 meia entrada) Filmes em 3D: Sexta, sábado, domingo e feriados: R$ 22,00 (R$ 11,00 meia entrada). Segunda a quinta (exceto feriados): R$ 18,00 (R$ 9,00 meia entrada)
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Vale a pena ler de novo
Cara de Cavalo O bandido dos anos 60 Por Eduardo Almeida O bandido Cara de Cavalo nasceu no ano em que nasci. Hoje teria minha idade, 67 anos, mas já tem mais de 44 anos que Cara morreu. Morreu mal com mais de cem tiros de quarenta e cinco no corpo, especialmente no rosto, ficou tão arrebentado que poucas fotos dele existem, Morreu em Búzios, na estrada que liga a Cabo Frio, no bairro de São José. É preciso explicar que nos anos 50 e 60 os bandidos eram todos conhecidos, cada um tinha sua especialidade, uns batiam carteiras, outros arrombavam casas com violência, outros com chaves mixas, e o policial sabia pelo tipo de crime quem era o marginal. Cara de Cavalo era um bandido pé de chinelo, isto é, era um marginal de terceira classe. Tinha ligações com o jogo do bicho, realizava pequenos furtos, vendia maconha e era cafetão na zona do meretrício. Era especialista em lambanças, morava na comunidade da favela do Esqueleto onde roubou uma anciã da comunidade. Não tinham em seu currículo ações espetaculares, até que um dia e isso é exclusivo para o Peru, ele estava em um carro e viu um fusca com quatro homens, eram policiais oriundos da Polícia Especial, uma polícia criada para dar segurança entre outras
ao Getúlio Vargas, presidente da República. Eram todos da pesada. Entre eles o Jacaré, o Sivuca, o deputado do bandido bom, bandido morto, o Arrepiado e o Milton de Oliveira Le Cocq. Os carros ficaram emparelhados, os policiais reconheceram Cara de Cavalo. Como estavam em um Fusca que não abrem as janelas do banco de trás e nos bancos da frente um dirigia e o outro era Le Cocq, os colegas diziam: ¨ atira gringo¨, este o apelido de Le Cocq, pois ele era ruivo, branquelo, cheio de pintas no rosto, Le Cocq com a arma de fora, não quis atirar pois era um cara do bem, e na dúvida ficou esperando a certeza, e a certeza veio da pistola 45 de Cara de Cavalo que atirou e matou um puta policial. Depois a caçada mais implacável dos anos 60 que durou 4 meses até que em Cabo Frio teve fim a perseguição. Morreu Cara de Cavalo. Mas deste episódio resultou um surto de violência que a época parecia uma limpeza na criminalidade, mas que na realidade foi como se a sociedade tivesse regredido ao século 18 quando Robespierre deu os ingredientes de uma ditadura, VIRTUDE E TERROR: “A virtude sem a qual o terror é funesto; o terror sem o qual a virtude é impotente”,
como disse o “Incorruptível”, na França de 1793. Importante que se diga que a criação de grupos de justiceiros, vingadores e afins não pode prosperar, a verdadeira defesa da sociedade tem de vir da polícia, do Ministério Publico e do Judiciário. Justiça pelas próprias mãos só dá merda, os grupos de extermínio podem parecer que tem missão de zelar pela sociedade, Nada disso, eles fazem a mis em scene, ou seja, dão a falsa impressão de proteção, mas na realidade levam a insegurança a todos. No fim acabam se tornando cobradores, protetores de picaretas, vingadores de cornos e de todo tipo de sacanagem. Usam os famosos X-9. Alcagüetes grampeiam telefones e se puder plantam drogas e todo tipo de maldade. É preciso acabar com os esquadrões da morte, acabar com as MORTES, é preciso isso sim, conseguir a MORTE DOS CRIMES, e isto em Búzios está sendo conseguido pelo nosso juiz Dr. JOÃO CARLOS, que com atitudes firmes, sérias, duras mas justas transformou nossa cidade uma das menores em índices de criminalidade no Estado. “Há mais de 40 anos moradora da praia do Canto, como era comum costumava receber amigos cariocas em minha casa. Eles tinham tido a notícia que Cara de Cavalo havia sido morto lá por Cem Braças. Peguei meu fusquinha 59 novinho em folha e lá fomos nós ver o dito cujo. Tinha uma romaria de curiosos querendo ver o corpo mas de nada adiantava porque a cara era só chumbo de tanto tiro. Foi uma das primeiras vezes que Búzios e Cem Braças seriam notícia nos mais importantes jornais do Brasil.” Tia Gilda Raja Gabaglia Collin
Trabalho de arte em cima da foto do bandido Cara de Cavalo, morto com mais de cem tiros próximo a São José e Cem Braças, feito pelo Hélio Oiticica
Artista que desenvolveu seu trabalho a partir da participação no Grupo Frete na década de 50, Helio Oiticica começou a integra-se a Escola de Samba Mangueira em 1963. Desde então concentrou sua ação numa série de eventos ambientais participacionais, instalados em espaços de arte ou ativados na amplitude da rua. Foi época ardente do Tropicalismo gritando a sua desobediência con-
tra a ordem militar à época imposta. Desobediência que a Homenagem ao Cara de Cavalo, de 1967, elevou a paradigma: O marginal e o artista se irmanam, como heróis, na idêntica recusa das tramas da sociedade. O critico Mario Pedrosa definiu essa obra como “verdadeiro monumento de autêntica beleza patética para a qual os valores plásticos por fim não foram supremos”.
1 de dezembro de 2010 – O Perú Molhado Bairros
Armando Mattos a partir de Roberto Pontual in Entre dois Séculos, arte brasileira século XX na Coleção Gilberto Chateaubriand/ imagem: Bólide 18, B331(Homenagem
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Adeus Aquiles Faleceu essa semana um dos maiores personagens buzianos de todos os tempos. Estamos falando do Aquiles, dono do famoso Central, primeiro bar a abrir na Rua das Pedras. Nos últimos anos, Aquiles trabalhou como taxista. Histórias engraçadas são o que não faltam na vida de Aquiles. Durante o governo Leonel Brizola, o secretário de turismo Trajano Ribeiro alugou uma casa no Alto de Búzios que pertencia a Aquiles, grande amigo de Trajano e de Brizola. A casa foi alugada para alojar o núcleo do PDT em Búzios. A inauguração foi uma festa. A verdadeira classe política buziana se fez presente. Lá estava Daniel Bertoldo, Silvano Nascimento e outros pedetistas ilustres. Não temos informações sobre a presença do nobre prefeito Mirinho Braga na festa. Na ocasião, ‘dona’ Nely Pallas, mãe do nosso ilustre editor Marcelo Lartigue discursou, representando as Mães da Praça de Maio, da Argentina. Em frente à casa, dava para ver um grande letreiro onde se lia: Núcleo do PDT de Búzios. Letras em azul e vermelho, as cores da legenda. Qual não foi a surpresa de todos ao passarem na mesma casa no outro dia e ver que o letreiro havia sumido. Segundo reza a lenda, Aquiles alugou a casa para outra pessoa e passou uma demão de cal branca em cima do letreiro. O núcleo pedetista durou apenas um di. Mas foi atrás do balcão do Bar Central que Aquiles fez história. Quem lembra muito bem dele é nosso xerife Octavinho - um dos maiores clientes da casa. Octávio só perdia para seu cachorro Rudi. Esse não faltava um dia a cozinha do Central. Os prejuízos foram muitos, lembra Octávio ainda com saudades.
O saudoso Aquiles
- Eu tinha um cachorro chamado Verudi (tesudo no idioma buziano), mas todos o chamavam pelo apelido de Rudi. Esse cachorro ia me
Faleceu João, o borracheiro mais querido da Via Azul. João estava bem, até foi ao Festival de Cinema na Praça Santos Dumont ver um fil-
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procurar todos os dias no Bar Central. Quando não me encontrava entrava na cozinha e arrastava as panelas de comida. Rudi era bem grande,
conseguia arrastar até panelão de feijoada. Claro que depois eu tinha que pagar ao Aquiles. O Bar Central marcou época. Foi um tempo lin-
me. Depois de filme, ele voltou para casa para assistir A Fazenda, reality show da Rede Record. O borracheiro começou a passar mal e foi
do na minha vida. O Aquiles era uma grande pessoa. Uma pena sua morte. O lado de lá já está ficando mais divertido que o lado de cá.
levado até o hospital municipal, mas não resistiu e morreu de infarto.
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