du Perú
Gastronomia 8 a 17 de julho de 2011
Uma delícia de revista!
Delírios da Baixa Gastronomia Por Ruy Castro Págs. 10 e11
A comida como ela é Por Sandro Peixoto
Ouriços ao natural do Satyricon by Marcelo Lartigue
Págs. 26 e 27
R$ 4,90
Fabio Rossi fotografa no Renascimento Pág. 20
O império dos sentidos é aqui! Por Vilmar Madruga Pág. 3
A festa oficial do Festival Gastronômico de Búzios é no Privilège neste sábado Uma revista sem paladar, sem olfato e sem apoio da Prefeitura
Conselho editorial
Brigitte Bardot, Claudio Kuck, Ivald Granato, Jomar Pereira da Silva, Fino Quintanilha, Renata Deschamps, Otavinho, Umberto e Claudio Modiano, Ernesto Zabotinsky, Traja no Ribeiro, Renato Pacote, Jorge Tedesco, Claudio Cohen, Lauritz Lachman, Guilherme Araújo, Pedro Paulo Bulcão, Paulo Mariani, Alberto Fantini, Marie Anick e Jacques Mer cier, Araguacy da Silva Mello, Luis Edmundo Costa Leite, Marcos Paulo, Elie Shayevitz, Jonas Suassuna, Glória Maria, Ruy Castro, Heloisa Seixas, Márcio Fortes, Luiz Fernando Pedroso, Lula Vieira, Antônio Pedro Figueira de Melo, Eduardo Modiano, Ancelmo Góis, Etevaldo Dias, Joaquim Ferreira, Thomas Sastre e Armando Ehrenfreund.
Diretor: Marcelo Lartigue Jornalista responsável Hamber R. de Carvalho (reg. prof. 13.501 DRT/RJ) Editor de fotografia: Marujo Repórteres: Sandro Peixoto / Mônica Casarin Alessandra Cruz / Denis Kuck Diagramação: Caroline Moreira / Marcela da Silva
O Perú Molhado / Editora Miramar - CNPJ: 02.886.214/0001-32 Rua Alfredo Silva, 226, casa 4 - Cep 28 950-000 Brava - Armação de Búzios – RJ Redação: (22) 8128-3781 / 2623-1422 - Comercial: (22) 8116-6356
Diretora Comercial : Alessandra Cruz Fundadores : Mario Henriques e Pedro Luis Lartigue Gerência de Vendas Rio: Tráfego Tel: (21) 2245-8660 Mecenas : Umberto Modiano Impressão: Ediouro Diretor de Distribuição: Depto. Jurídico: Dr. Ulisses Tito da Costa E-mail: operumolhado@globo.com operumolhado@gmail.com Site: www.operumolhado.com.br
FESTIVAL GASTRONÔMICO
O Império dos Sentidos é Aqui Por Vilmar Madruga
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s chatos de plantão que me desculpem, mas adoro o Festival Gastronômico. Ao lado do Festival de Cinema, outroeventoculturalimportante para o calendário da cidade é quando Búzios consegue mostrar toda sua vocação de charme, beleza e competência ao colocar na rua a preços para lá de razoáveis uma verdadeira festa para os sentidos. Mesmo do alto de seus 10 anos de fama o Festival não se deitou à mesa. Ao contrário, a cada ano realiza pequenos e bem-vindos ajustes em seu formato e programação. A última novidade é o desdobramento do mesmo cardápio servido pelos 45 restaurantes participantes ao longo da semana. Sem dúvida uma boa pedida para quem quer repetir algum prato que tenha gostado ou mesmo experimentar algum que não tenha degustado durante o evento. Ganham também os comensais que não poderão estar no balneário na abertura do Festival que começa no dia 8 e 9 de julho mas prolonga-se até o dia 17 da semana seguinte. A ambientação das mesas em exposição pelo circuito de restaurantes é sempre um capítulo à parte. Valendo-se do trabalho dos melhores profissionais da cidade a criatividade das equipes permite adivinhar numa passada de olho o conceito e a especialidade de cada um apenas pelos elementos visuais dispostos à mesa. Se não estiver já corrigido este ano talvez um dos poucos reparos a fazer à produção do Festival seja a utilização ainda dos pratos e talheres de plástico descartável. Uma prática comum em grandes eventos, mas que realmente destoa do brilho que se requer da festa. Uma
louça branca ainda que modesta e de fácil reposição em caso de quebras ou furtos, talheres de metal e até copos de cristal “Cajaíba” seriam muitíssimo bem vindos. Mas, a gente chega lá. É possível que com um pouquinho mais de incentivo consigamos fazer do Festival Gastronômico uma festa com desdobramentos culturais relevantes como a exibição paralela de filmes nacionais e internacionais que tenham a comida como tema ou mesmo exposições de arte que lidem com o mesmo conceito. Por outro lado, houve um tempo em que se aconselhava às moças casadoiras pegar o marido pelo estômago. Os tempos mudaram e hoje elas ocupam um lugar de destaque na gastronomia disputando com os homens o charmoso título de chefs de cousine numa versão revisitada e saudável da máxima de que lugar de mulher é na cozinha. À exemplo do que acontece na cozinha mundial, o Rio de Janeiro e Búzios em especial, tem um grande e competente numero de mulheres à beira de seus fogões. Este ano elas serão destaque também em três mesas com menu inspirado na culinária caiçara. São as cozinheiras donas de casa, filhas de pescadores, que utilizarão insumos e receitas locais. Os chefs mirins também estarão presentes em deliciosas receitas de sobremesa. Pratos clássicos, contemporâneos, afrodisíacos, orgásticos ou dionisíacos. Não importa. Levemos nossos sentidos e nos desarmemos deixando em casa em banho-maria toda e qualquer resistência. Aproveitemos que o paladar ainda é democrático. E até onde se saiba não tem partido.
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n o l a g i OC L ocalizado na Rua das Pedras e com vista para a bela Praia da Armação, o Restaurante Cigalon une em seu belo espaço o que há de melhor em Búzios: charme, descontração, bom atendimento e excelente gastronomia. Comandado pela simpática Chef Sonia Persiani, o Cigalon tem um cardápio que agrada a todos. Os produtos utilizados na casa são todos de primeira qualidade. Os peixes sempre frescos, assim como legumes e verduras, que são adquiridos de pequenos produtores rurais do bairro da Rasa. Tudo produzidos sem agrotóxicos. Sonia Persiani é uma das chefs de cozinha mais dedicadas de Búzios. Todos os anos viaja a Europa em busca de novidades. No velho continente frequenta as melhores Escolas de Gastronomia- principalmente as francesas. Tudo para oferecer aos clientes do Cigalon, o que há de melhor na gastronomia mundial. O cardápio do Cigalon é bastante variado. Tem lagosta, pato, carne bovina, cordeiro, massas (feitas na casa), galinha d’angola, peixes, etc. As saladas são maravilhosas e as entradas e as sobremesas são um caso a parte. O sorvete de manjericão e o Crème brûlée al`anis, com sorvete de frutas vermelhas são inesquecíveis.
A chef Sonia Persiani
Menu festival
(DE 8 A 17 DE
DEGUSTAÇÃO Sobremesa: Cremoso de chocolate, banana prata e cumble de amêndoas.
JULH
O) Entrada: Brusch etas com tom ate, azeite de oliva e man jericão. Principal: File t de lírio, em colchão de purê de batata ba ro ou Medalhão de a, cogumelos da estação filé mignon ao vi e legumes de Provence grelha nho tinto dos. Sobremesa: Cre moso de chocol ate, banana prata e cum ble de amêndo as. Preço: R$ 70
R$ 10 4
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Restaurante La Barceloneta, de propriedade do chef Ricardo Dotta se transformou em pouco tempo, num dos pontos mais procurados de Búzios quando o assunto é gastronomia espanhola. Suas Paellas, Tapas e Pinchos são inigualáveis. Assim como os kebabs, pratos típicos da gastronomia Turca e Grega, mas com leve sotaque mediterrâneo. Os kebabs da La Barceloneta levam carne, salada, iogurte caseiro e pão árabe. Uma opção vegetariana com falafel (comida árabe marroquina a base de grão de bico) salada e iogurte espera os clientes que não comem carne. O chef Ricardo porém avisa que o La Barceloneta tem muito mais que comida espanhola. - No La Barceloneta os clientes encontram comida mediterrânea tradicional. Mas também temos pratos de países como Líbano,Turquia, Espanha, Itália e Grécia. Isso sem falar na Feijoada tipicamente brasileira que servimos aos sábados. Ricardo aprendeu cozinhar fazendo, comendo e observando. Com uma namorada francesa conheceu os sabores gauleses. Com um amigo italiano, os sabores do mediterrâneo. Mas foi em Barcelona, mas precisamente no bairro de La Barceloneta que ele desenvolveu a arte de sua cozinha. Lá estudou e trabalhou. - O La Barceloneta é restaurante familiar. Tenho o orgulho de trabalhar ao lado dos meus pais, Márcia e Otto. Oferecemos um ambiente aconchegante e uma culinária tradicional. Como já disse, sou fã das comidas tradicionais, mas procuro criar novas versões de apresentação. Não mexo nas receitas. Considero sagrado. Procuro ousar em outras áreas. Um prato conquista você pela visão, olfato e paladar. Tem cozinheiro que decora maravilhosamente um prato, mas não tem cheiro. Outros fazem pratos bem decorados, cheirosos, mas sem sabor. Minha busca é para O chef Ricardo Dotta encontrar essa harmonia. Por isso gosto de trabalhar com sabores de vários países. Este ano o La Barceloneta vai participar do Festival Gastronômico de Búzios Menu festival com uma Paella de (DE 8 A 17 DE JULHO) Mariscos. Prato este que estará disponíPrincipal: Menu de sortido de tapas (jamon com pimentos, Revuelto de atum, Terrine de vel aos clientes após champanhe, Tortilla de patata, Croquetes de o evento. Quem ir pollo e quese, Pulpo a feira) OU Paella de ao Barceloneta nos mariscos mais uma taça de sangria. próximos dias também encontrará um Preço: R$ 38,00 Festival de Tapas espanholas. Quem se aventurar pelos sabores do país de Antonio Banderas, poderá ainda saborear uma deliciosa sangria, feita especialmente pelo chef Ricardo para a ocasião.
Hay que comer, pero sin perder la ternura jamás 8 a 17 de julho de 2011 – Gastronomia du Perú
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Comida com arte O
restaurante Zamaris vai participar do Festival de Gastronomia de Búzios com um prato que certamente vai fazer um enorme sucesso. A proprietária Maristela se esmerou para conseguir os melhores produtos para oferecer aos clientes a melhor Feijoada de Frutos do Mar de suas vidas. Estela optou por um prato com sabor mais regional, que levasse os clientes a `sentir` o verdadeiro sabor de Búzios. Esse é o ano de estréia do Zamaris no tradicional festival buziano. Ano passado foram até convidados, mas Maristela recusou pois não se sentia preparada. Agora, se sentindo pronta para mostrar o que sabe, Maristela pretende oferecer mais que comida de qualidade. Neste Festival o Zamaris vai oferecer arte. -Vamos fazer um evento gastronômico/cultural. O Armando Mattos está me assessorando nessa área. Estou usando produtos da loja Âmbar, que é uma das mais charmosas de Búzios. Não vamos fazer uma coisa glamorosa. Será algo simples e chique ao mesmo tempo. Para quem conhece. Uma coisa posso dizer: teremos surpresa. A Feijoada de Frutos do Mar será acompanhada de muita criatividaDEGUSTAÇÃO de. Acho que o Festival extrapola a gastronomia, por isso estou inPrato Principal vestindo na parte visual. FEIJOADA DE A Feijoada de Frutos do Mar do FRUTOS DO MAR Zamaris trará tudo que uma panela Com feijão branco e de Frutos do Mar tem direito. Cafrutos do mar (mexilhão, marão, lagosta, lula, polvo, peixe, lulas, polvo, filé de peixe) mexilhão, lagostim, etc. O toque especial ficará por conta da pimenR$ 15 ta rosa, a popular aroeira. A iguaria será produzida apenas por mulheres - visto que no Zamaris, 90% dos funcionários são do sexo feminino. Maristela e sua Maristela vai utilizar apenas papel reciclasaborosíssima feijoada do durante o festival. Vai convidar pescadode Frutos do Mar res buzianos para tecer redes de pesca ao vivo durante o evento e distribuir panfletos explicando os segredos do prato servido na casa. Aliás, a Feijoada será feita por ela mesma. Afinal ela é hoje, a Chef da casa. Tudo que aprendeu, revela Maristela, foi o Durante o festival, o Zamaris vai funcionar normalmente e quem tiver interescom o marido. -Mas o diferencial será o amor com que fa- se em provar a Feijoada do festival, ou remos tudo e a garra da nossa equipe que outros pratos da casa é só escolher uma já se mostrou vencedora desde sempre, fi- mesa e chamar um garçom. nalizou a chef. 8 a 17 de julho de 2011 – Gastronomia du Perú
Menu festival
(DE 8 A 17 DE JULHO)
Principal: Feijoada de frutos do mar Preço: R$ 68,00 (duas pessoas)
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O lado FEM de Búzios
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úzios acaba de ganhar mais uma loja. Mas não uma simples loja. Inaugurou essa semana na Rua das Pedras a FEM, loja especializada em grifes de qualidade e bom Gosto. Essa é a primeira FEM do Brasil. A loja piloto que em breve será a matriz de várias filiais. De propriedade dos empresários Orlando e Carla, a FEM é uma loja multimarcas, que chegou para oferecer ao público classe A e B (mas a loja tem preçoparatodomundo)produtosdiferenciados,de marcas como Morena Rosa(Moda casual); Morena Rosa Beach (moda praia); Maria Valentina (para as pessoas mais cheinhas e mais formais); Zinco (do grupo Morena Rosa, voltada para jovens e adolescentes) e a Joy (casual infantil); Joy Beach (moda Praia ) para os mais pequenos. Depois da praia, do passeio no fim da tarde e da noite é hora de dormir a para esse momento a FEM tem maravilhosos pijamas e roupas confortáveis para uma boa noite de sono, da grife Any-Any. -A FEM foi um nome que criamos, uma marca, mas nossa loja não tem apenas produtos femininos. Podemos vestir a família inteira, declarou a empresaria Carla enquanto da os últimos toques na vitrine antes da inauguração. Carla e Orlando já são experientes no ramo. O casal administra com muito sucesso, uma franquia da loja Lilica & Tigor no Shopping Tijuca, no Rio de Janeiro. A FEM chega a nossa cidade para se juntar a outras grandes grifes que ocupam lojas na Rua das Pedras. Aliás, a rua mais famosa da cidade aos poucos vai se transformando num verdadeiro shopping a céu aberto. Um shopping com a cara e o glamour de Búzios.
A jovem empresária Carla
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Venha celebrar conosco os 10 anos da Desatadora dos Nós e 1 milhão de peregrinos visitantes ! a i r g e l a e d o p É tem
De 8 a 11/9
Missa • Barraquinhas Fogos • e it h W o rd a ic R re d a P o d Show
DELÍRIOS DA BAIXA GASTRONOMIA
A culinária popular carioca dá um show em muito restaurante metido a besta Por Ruy Castro
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oje em dia, comer “bem” significa comer mal e quanto mais caro, melhor. Você se certifica disso toda vez que se deixa atrair por mais um restaurantequeacaboudeabrir na sua cidade e que ficou na moda. Depois de sobreviver a um baita engarrafamento para chegar a ele e a 45 minutos de fila de espera no bar do dito cujo, você se vê finalmente sentado diante do prato. Neste, que acabou de sair pelando do micro-ondas, a comida lembra uma linda instalação minimalista, com um design irresistível e cores dignas de Natalie Kalmus. É um arranjo tão bonitinho que dá pena destruí-lo com garfo e faca. Bem, além das cores e do irresistível design, o que esse prato tem a oferecer em troca de tanto sacrifício? Um bifinho muito do mixuruca ou um insosso peixinho, uma massa quase sempre medíocre ou uma micro-porção de arroz “selvagem” e – aí está o segredo – belas firulas com molho de cassis e talinhos de nirá circundando os quase invisíveis ingredientes. Fome zero é isso aí: quinze minutos depois, você está raspando sofregamente o fundo do prato com o último pedaço de pão e pensandoseriamenteempedir uma feijoada para rebater. Fico me perguntando sobre como é a vida em outros lugares. Chefs criativos abundam em toda parte e só a matéria10
Ruy Castro e Heloisa Seixas
prima varia. Na China, por exemplo, eles fazem sopa de cachorro, espetinho de escorpião e torresmo de pênis de cobra. Já no Japão, uma grande pedida é o tradicional sashimi, sendo que, ao ler isto, você perguntará: “E daí? Sashimi tem em toda parte.” Sim, só que, em alguns restaurantes de Tóquio, eles o preparam com o peixe ainda vivo. No Laos, os melhores restaurantes servem barata frita – eu disse barata, não batata. O visual deve ser espetacular e, provavelmente, dispensa o molhinho de amora com que os nossos chefs enfeitam os seus pratos. Na Argélia, um must dos sábados à tarde são gafanhotos na brasa. Em Madagascar, morcego ensopado. No Equador, fa-
rofa de formiga. E não sei em que país, mas certamente ligado à Itália, uma das atrações é a pizza de minhoca. Uma amiga minha provou e não achou grande coisa. Não por causa das minhocas (não são piores que aliche), mas porque não vê muita graça em pizza. E não pense que esses pratos malucos são coisa de gente subdesenvolvida, que não tem mais o que comer. No Alasca, que é um estado americano, a turma vibra com intestino cru de foca – parece que o lavam antes de servir. No México, a fritada de grilos é um grande tira-gosto. Na França, ninguém dispensa as perninhas de rã (no que não vejo nenhuma façanha, porque também adoro). E, na Noruega, os nativos
lambem os beiços diante de uma panela com língua e bochecha de bacalhau. É verdade que, no quesito intragabilidade, ninguém supera os Estados Unidos. Afinal, foram eles que inventaram a fast food. Por sorte, já superei essa mania por restaurantes metidos a besta, principalmenteseestiverem na moda. Da mesma forma, não entro mais em restaurantes com fila e muito menos naqueles em que se vai “para ver e ser visto” – uma das coisas mais cafonas que se pode atribuir a um restaurante. Restaurante bom é aquele em que não apenas a comida é ótima e a bebida, honesta, mas aquele a que se pode ir a pé, em que os garçons são maravilhosos e o chef – digo, o cozinheiro – aceita fazer algumas adaptações no prato para acomodar o seu paladar. E, de preferência, quesejafreqüentadoporgente como você e eu, que não estamos ligando para ninguém, e não por novos-ricos a fim de exibir o último modelito. Ah, sim, se um famoso escritor ou sambista estiver no recinto, o problema é dele. Pessoalmente, sou ainda mais radical e prefiro restaurantes aonde se pode ir de bermudas, sem prejuízo de quem quiser ir a rigor.
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Claro, não se pode exigir isso de qualquer lugar – porque há restaurantes cujo forte não é a comida, mas a clientela. Para esses, dou tchauzinho de longe e entro feliz no primeiro botequim. Falando em botequim, a editora Casa da Palavra acaba de publicar mais uma edição atualizada de Rio Botequim, seu guia quase anual de 50 botequins com a “alma carioca”. Botequim, você sabe, é um lugar perto da sua casa, a que se vai para beber, comer e conversar fiado, em pé ou sentado, calçado ou descalço, vestido ou pelado, exigindo-se uma mistura eqüitativa de homens e mulheres e de bacanas e vadios. Pelo menos, esta é a receita do botequim carioca – o verdadeiro inventor da baixa gastronomia. O fato é que em nenhum dos 50 botequins eleitos este ano se serve pratinho decorado com nirá e molho de cassis, que ninguém está ali para frescuras. E, se estiver lotado, a própria espera, sentado num barril de chope na calçada, é um prazer. A comida é heavy metal, mas sem as crueldades dos pênis de cobras ou gafanhotos fritos dos restaurantes de alhures. E – o que sempre surpreende os de fora – cada prato serve generosamente duas pessoas, desmoralizando essa história de fome em certas partes do Terceiro Mundo. A simples leitura do Rio Botequim é um mergulho nos fascínios da gastronomia popular carioca. E, como conheço e freqüentoboapartedoslugares citados, de suas delícias posso atestar e dar fé. O Cosmopolita, por exemplo (Travessa do Mosqueira, 4, na Lapa), onde vou pelo menos uma vez por mês para saborear sua maior criação: o filé à Oswaldo Aranha (sim, ele foi inventado ali, pelo próprio, nos anos 30). Ou o indescritível cabrito com arroz e brócolis do Nova Capela (Avenida Mem de Sá, 96/98, também na Lapa) – o Capela já foiumardenteredutovascaíno,
mas hoje está tão democrático que admite até rubro-negros como eu. Ou os sanduíches de pernil com abacaxi do Cervantes (Rua Prado Jr., 335, em Copacabana), principalmente lá pelas três ou quatro da manhã, horário em que se especializaram em salvar boêmios da inanição – eu próprio, em tempos idos, já estaria morto há muito tempo sem o Cervantes. Meus insuperáveis vizinhos, o Jobi e o Bracarense, ambos no Leblon, cometeram há tempos a ousadia de fechar ao mesmo tempo para reformas, o que levou os vagabundos do bairro a sair para explorar a cidade. Nem todos foram muito longe. Alguns chegaram, no máximo, aos pastéis do Degrau (Av. Ataulfo de Paiva, 517) ou à sopa de siri do Caranguejo (Rua Barata Ribeiro, 771, em Copacabana)–doismonumentos da comida carioca que não estão no Guia! Mas houve os que, como eu, se aventuraram pelo Triângulo das Sardinhas, um complexo de quatro botequins na altura da Rua Miguel Couto, 154, no Centro, onde as sardinhas efetivamente desaparecem aos milhares, mas todos sabem para onde: para o bucho dos outros tantos milhares de pessoas que se sentam àquelas mesas ao ar livre a partir do fim da tarde. Ou se entregaram à dobradinha à lombeira, com feijão branco, lombinho, lingüiça e costela, do Sobral da Serra (Rua Carolina Machado, 1038, em Oswaldo Cruz), às lulas à alentejana (com lombo e lingüiça) do Serafim (Rua Alice, 24, em Laranjeiras) e ao PF do Varnhagen (Praça Varnhagen, 14, na Tijuca). Colesterol também é cultura. ____________ Capítulo do livro “Terramarear --- Peripécias de dois turistas culturais”, de Ruy Castro e Heloisa Seixas, a sair em agosto pela Companhia das Letras
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Delícias da Gisele S
Gisele e sua espetacular equipe
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ó abre um restaurante fora do circuito gastronômico quem se garante. E a mineira Gisele se garante. A fama de seus pratos ela adquiriu quando tinha um pequeno restaurante na Associação de Pescadores, em Manguinhos. Ficava ao lado das bancas de peixe e em pouco tempo conquistou uma vasta clientela. Principalmente com seu pastel de camarão. Até hoje inimitável. Na verdade, foi a Gisele que primeiro levou a alta gastronomia para Manguinhos. O atual sucesso do empreendimento Porto da Barra, com seus renomados restaurantes começou com Gisele. Foi ela quem tirou os bons gourmets do centro da cidade. Ela foi a pioneira. De 1996 a 2006. Foram dez anos de sucesso. Hoje, Gisele tem um bonito e aconchegante restaurante em Geribá, ao lado do Shopping 5000. Os pratos mineiros são os carros chefes da casa. A leitoa à Pururuca, o cozido e o torresmo são inesquecíveis. - A leitoa à pururuca só faço por encomenda. Uso um leitão mamão (desmamado) de 6 quilos, mais ou menos. O leitão nessa idade é uma delícia. Faço com abacaxi assado e acompanha tutu de feijão e arroz. O leitão fica crocante, um espetáculo, revelou Gisele. Para quem deseja outros sabores, os pasteis de camarão continuam no cardápio. Assim como a moqueca de lagostins ao bafo e a tradicional feijoada aos sábados. Para quem anseia algo ainda mais diferenciado, a Gisele indica ovas de peixe dourado assadas, servida com alho, limão, flor de sal e azeite extra virgem. Para acompanhar, uma boa cachaça mineira. A casa tem uma das melhores cartas de cachaça e Búzios. - Eu adoro cachaça. Por isso tenho as melhores.Também temos excelentes sobremesas. Meus canudinhos recheados com doce de leite são famosíssimos. Fazemos na hora. Usamos uma massa fininha, crocante. Infelizmente, os turistas que vierem a Búzios participar do festival de gastronomia não vão encontrar os deliciosos pratos da Gisele em nenhum stand. Quem ficar com água na boca depois dessa reportagem, tem (e deve) que ir até o restaurante em Geribá. - Estou muito distante do centro da cidade. Mas acho muito bacana o Festival. Infelizmente não vou poder participar. 8 a 17 de julho de 2011 – Gastronomia du Perú
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m dos maiores eventos de Búzios, o Festival de Gastronomia, que sempre ocorria em outubro, foi antecipado este ano. Gol dentro do produtor Gil Castelo Branco e do secretário de Turismo, Cristiano Marques, que anteciparam o evento gastronômico num período considerado “um dos piores do ano” para os comerciantes buzianos. Lounge Cervejaria Germania e Xpto Pela primeira vez em 10 edições, haverá um lounge VIP no Festival Gastronômico. Serão 70 m² estrategicamente posicionado, no Shopping Número 1, no início da Rua das Pedras. O espaço será decorado pela renomada arquiteta Mariza Magrani (Casa Modelo, Casa Design) e terá patrocínio exclusivo da Cervejaria Germania, da grife carioca Xpto e do Espaço Bardot. O lounge funcionará como ponto de encontroparapatrocinadores,jornalistas e convidados Vips, e terá a cobertura contínua do Programa IT Tendências, da JovemTV, canal 8, que estará retransmitindo para 90 mil assinantes da região dos Lagos. Banco do Brasil patrocina o Festival de Gastronomia pela primeira vez O Banco do Brasil também estréia no evento como patrocinador do Festival de Gastronomia de Búzios. O BB daqui de Búzios é capitaneado pelo gerente geral Alberto Silva, que na sua gestão, já trouxe a nossa amada aldeia de pescadores, através do patrocínio do Banco do Brasil, o Circuito Nacional de Volei. XPTO A grife carioca com mais de 20 anos no mercado da moda, também é uma das estreantes no Festival Gastronômico deste ano patrocinando o lounge oficial e também responsável pela confecção dos aventais que serão usados pelos Chefs durante o evento. O avental foi produzido em parceria com a Ibiza Life, da designer Karen Sarto e promete ser a grande sensação do Festival . A Xpto também estará com uma mega liquidação durante o Festival na sua loja na Rua das Pedras, 52, loja 10. Não perca! Concurso de vitrines das lojas locais O Festival irá escolher a melhor vitrine de loja caracterizada de acordo com o tema gastronômico do evento. As lojas terão suas vitrines fotografadas e haverá um júri especializado, jornalistas de moda e
gastronomia, para julgar a melhor vitrine. Almoço VIP No sábado (9), acontece o tradicional almoço para os jornalistas e Chefs organizado pela produção do Festival Gastronômico. O recém inaugurado “Valdivia Cozinha Contemporânea” será palco para o evento que reunirá as “estrelas” do Festival, no Porto da Barra. O Espaço Bardot Hair Stylist estará oferecendo brindes promocionais de produtos Sebastian/Wella para o público. Inovando com uma ação promocional diferenciada, a XPTO colocará modelos circulando no espaço, destacando as peças da coleção da grife carioca. Cia Circolo é indicada ao Prêmio de Cultura 2011 Em cerimônia no Theatro Municipal, a Cia Circolo de Criação esteve presente no evento que reuniu os principais destaques do RJ . A trupe circense foi uma das indicadas nas 18 categorias que estavam concorrendo ao prêmio. Para a diretora artística da trupe, Marina Codeço, “esta indicação, pra nós, sem dúvida alguma já é um grande prêmio pelo reconhecimento do trabalho que nós já desenvolvemos há 9 anos. Animale traz suas “jóias” para Búzios Quando o assunto é luxo, a Animale sabe definir muito bem tal significado. Basta conferir as araras de uma das lojas mais bem freqüentadas pelas “IT GIRLS” da região dos Lagos. Inovando nesta coleção de inverno, inspirada na imagem tradicional da selaria, a Animale trouxe a sua coleção de jóias para Búzios. Mas não é apenas as jóias, a arquitetura e o vestuário da Animale que garante a posição de estar entre as cinco melhores empresas de moda do país. E sim, o atendimento dispensado à suas clientes. Aqui em Búzios, esta equipe de vendas é comandada pela competente e descolada Raquel Goulart quetemapreocupaçãonoatendimentode qualidade ao seu cliente. Dica: aproveitem que a liquidação está com peças incríveis a preços irresistíveis! Feira Forte Diferente do que muita gente pensa, 80% das 240 lojas que participaram da Feira Forte este ano em Cabo Frio, produziram peças exclusivamente para o evento que
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By Aline Santana já se tornou tradicional durante o feriado de Corpus Christi. Mais de 90 mil visitantes passaSamanta, Márcio e Toninho ram pelos corredores nos cinco dias de evento. A feira registrou negócios em torno de R$9 milhões. Grifes como a Pier, Sara Design e as multimarcas Mulher Rendeira, BBrink e 900 Graus participam em várias edições e todas são unânimes em afirmar que a feira é um sucesso de vendas. Para a Pier, que hoje totaliza 21 lojas e está em processo de ampla expansão da marca através das franquias com seu pioneiro “Toninho”, produziu peças específicas para a feira, “nós apostamos muito nesta feira e as vendas superaram expectativas”, afirmou o diretor de marketing da grife Marcio Cravo. Dicas de Beleza by Bardot Hair Stylist – VERAO 2012 Espaço Bardot, dá as dicas das apostas para o verão 2012. O verão 2012 será fresco e colorido, com a cara do Rio de Janeiro. Pó bronzeador, batom bicolor, sombras e delineadores coloridos são os pontos de cor entre as maquiagens leves e com aspecto natural e saudável. A make com jeito de “cara lavada”predomina. Cabelos soltos, bem naturais, blush rosado para um aspecto saudável e bocas em tons de naturais e alaranjados. O laranja, aliás, foi uma das cores que mais apareceram entre os desfiles brasileiros que apostaram na maquiagem colorida, e também em tons clarinhos, quase naturais. Os azuis também predominam. Entre os penteados, coques e rabos de cavalo baixos, valorizando sempre tonalidades e efeitos de ondas naturais de cabelo. Agende seu horário 22-26232324. 13
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Restaurante e Pizzaria Cilico`s mantém a tradição daboagastronomia há mais de 25 anos em Manguinhos. A casa serve (e bem) pizzas feitas no forno à lenha, picanhas (importadas) na pedra e excelentes pratos de frutos do mar, com destaque para as moquecas. O cardápio ainda tem casquinha de siri (difícil de encontrar em Búzios), frango com gorgonzola e risoto de camarão, entre outras delícias. O Restaurante e Pizzaria Cilico`s é bastante procurado por diversos motivos. Além da variedade do cardápio, a simpatia do dono atrai muita gente. O excelente som ambiente, o bom atendimento e a fácil localização fazem do Restaurante e Pizzaria Cilico`s, um dos pontos mais procurados em Búzios. São poucos os dias em que a casa fica vazia - que só abre três dias por semana. Sexta, sábado e domingo. Em julho a casa só abre por 15 dias. O proprietário desdenha da situação. - Eu nunca pensei que fosse trabalhar tanto.... O Restaurante e Pizzaria Cilico`s nasceu há mais de 30 anos. No começo era um simples bar. Cilico, o proprietário tinha apenas 18 anos de idade. Era um garoto que como outros, amava os Beatles, os Rolling Stones e a praia de Geribá. -Eu era um gato. As mulheres de Búzios eram todas apaixonadas por mim. Hoje estou um pouco diferente. Acho que vou fazer igual aos siris. Trocar de casca para ficar mais novo. O Cilico`s começou como pizzaria. Como os clientes sempre pediam outros pratos, o cardápio foi mudando. Entrou feijão, arroz,massas, peixes, frutos do mar e carnes. Prin14
Cilico continua o mesmo
cipalmente picanha. Mas a pizzas são ainda um dos carros chefes da casa. Cilico continua morandoemManguinhos,mas de vez em quando vem ao Centro da cidade para encontrar os amigos. - Gostava muito da Búzios de antigamente, principalmente do Cheval Blanc, na Rua das Pedras. Gostava de ficar sentado na calçada, olhando as mulheres desfilando e tropeçando nas pedras irregulares. Passa um monte de mulher em frente ao meu restaurante, mas nem olham para cá. Aqui não é a Rua das Pedras. Sem querer chamar nosso entrevistado de velho, mas a verdade é que o Cilico pertence a velha guarda buziana. Ele é da época do único telefone da cidade (que ficava no Ceceu) Do caminhão que trazia pó de café
que vinha de Cabo Frio e da luz a candeeiro, pois a usina de energia a diesel funcionava até as 8 da noite. Depois entreva o querosene. - Meu bar ficava em frente do Clube da Esquina. Estamos falando do fim dos anos 70. Era bem legal.isso aqui lotava. Foi uma época maravilhosa. Recebia muitos artistas. E as mulheres eram todas bonitas. Os artistas vinham todos para cá. Até o ator Mario Gomes, que era conhecido como cenourinha vinha no meu bar. O Mario Gomes adorava meus legumes. Quando Cilico abriu seu restaurante, Búzios era muito diferente. Haviam poucas opções na cidade. Principalmente em Manguinhos. O prato preferido do nosso entrevistado é o tradicional feijão com arroz e bife acebolado. Peixe ele nem
pode ouvir falar. Filho de pescador, o que não faltava a mesa eram peixes. Quando seu pai vinha do mar, e sua mãe ouvia o barulho do motor começava a passar mal. Cilico diz que jamais comeu o tradicional Pilorda, prato a base de farinha, banana e peixe. Muita gente boa cresceu comendo Pilorda de manhã, de tarde e de noite. Asobremesaerasempre frutas. Plantadas no quintal de casa que alem de laranja tinha abacate, aipim, banana, carambola, pitanga, amora, etc., Com o tempo os filhos foram casando e construindo casas nos terrenos das famílias tradicionais. Viraram pequenos condomínios familiares. E assim acabaram os quintais de Búzios. Fruta hoje, somente nos horti-frutis. -Meu restaurante é simples, mas temos uma boa variedade, boas opções de pratos e com isso conseguimos agradar a muita gente. Não vou participar do Festival de Gastronomia. Acho o evento muito pobre. Pratos de plásticos, copos de plásticos. As pessoas comendo na rua em pé. Me recuso a servir meus clientes em pé. Também acho que não dá retorno. Dificilmente o cliente volta pela degustação.
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I Love you A
geração saúde já elegeu o sorvete de iogurte como sobremesa preferencial. O frozen yogurt Yogolove abriu sua primeira loja em Búzios em outubro de 2010 e em pouco tempo, conquistou buzianos e turistas. Com apenas 111 calorias por 100g, e usando receita original italiana, os sorvetes da Yogolove são leves, saborosos, 100% naturais e perfeitos para um lanche após o almoço, à tarde ou à noite, ou mesmo numa simples caminhada pelas ruas do centro de Búzios. É a opção ideal para quem deseja manter a forma de maneira gostosa. Os sorvetes de iogurte devem ser consumidos por vários motivos. Além do motivo óbvio do sabor, os sorvetes da Yogolove são importantes fontes de proteínas. É um alimento saudável e seguro e está disponível nos sabores cream natural, frutas vermelhas e misto. Os clientes ainda podem adicionar coberturas de amarena, amora e maracujá entre outros sabores e somar a tudo isso pedaços de frutas como pêssego, kiwi, morango e manga. Quem deseja turbinar ainda mais o sorvete, pode acrescentar granola, cereais, chocolates e castanhas. Se os sorvetes da Yogolove já são naturalmente saborosos, imagine então com todas essas delicias em cima. Para os clientes que já se apaixonaram pelas delícias da Yogolove, a empresa criou um Cartão de Fidelidade - o Yogolove Card. Preocupado com a questão ambiental, a empresa utiliza desde o início de suas operações, ações sustentáveis. Todos seus potes, talheres e guardanapos são produzidos
Loja da Yogolove na Rua das Pedras
com material descartável. Já as sacolas de viagem são produzidas com material biodegradável. Na Yogolove é assim: você se alimenta bem a ainda ajuda a preservar o meio ambiente.
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8 a 17 de julho de 2011 – Gastronomia du Perú
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Hello Kitie! O
Kitie Bistrô, da simpática Kitie, não vai participar do Festival Gastronômico de Búzios esse ano. Mas não vai ficar de fora da festa gastronômica da cidade. Estrategicamente localizado entre a Rua das Pedras e a Turíbio de Farias, o Kitie Bistrô é um lugar simpático, aconchegante e ideal para quem gosta de curtir Búzios de maneira despojada. Para quem gosta de ver e ser visto. Para quem gosta de saborear uma boa massa italiana, deliciosos raviólis e até mesmo uma tradicional pizza de mussarela. Todas as massas da casa são feitas por Rafael, filho da proprietária. Antes de servir comida italiana, o Kitie Bistrô era especializado em sanduíches e empanadas. Mas como o movimento não era lá essas coisas, a proprietária resolveu mudar o cardápio. Deu certo: Hoje o Kitie Bistrô é um dos restaurantes mais movimentados de Búzios. Suas poucas mesas são concorridíssimas. Principalmente pelos turistas italianos que encontram no local, os verdadeiros sabores itálicos. Além das massas italianas, o Kitie Bistrô tem ainda pratos de degustação, ideais para acompanhar uma cerveja (ou um vinho) e jogar conversa fora. - Graças a Deus o movimento está muito bom. Mesmo na baixa temporada trabalhamos bem. Não vou participar diretamente do Festival, mas vamos abrir normalmente. Se eu fosse participar do Festival iria servir um Chivito uruguaio. Adoro esse prato. Ele é feito com filé de carne, alface, tomate, pão, presunto, bacon, queijo, pimentão, ovos e batatas fritas. É um prato chique. A cara de Punta del Este.
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O tradicional Chivito Uruguaio
Kitie em frente ao seu restaurante
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Assim na terra como no mar
O
restaurante Amora fica ao lado da Câmara de Búzios, em Manguinhos. Pertence a carioca Katherine Cansação, ou melhor, KK, que começou no ramo de gastronomia no restaurante do hotel Marriot, na cidade de Fênix, nos Estados Unidos. Búzios entrou em sua vida por acaso. Ela veio a nossa cidade fazer uma consultoria. Gostou tanto de Búzios que acabou ficando. Em 2004 abriu um Buffet e uma empresa de consultoria. - Hoje trabalho diretamente com gastronomia, mas sou especialista mesmo na parte operacional. Montagem de cardápio, elaboração de pratos, evento, custeio, etc. Tenho grande experiência em montagem de restaurantes. Posso ajudar bastante aquelas pessoas que não tem experiência e desejam abrir uma empresa de gastronomia. KK estudava medicina na Faculdade Gama Filho, no Rio de Janeiro. Casou-se, teve a primeira filha e de repente se apaixonou pela gastronomia. Trocou o estetoscópio pelas panelas e não se arrepende. Em Búzios casou novamente e hoje vive feliz fazendo o que mais gosta. A novidade é um restaurante/barco que KK inaugura nos próximos dias. A empresaria está ansiosa e não vê a hora de inaugurar o novo projeto. - O barco também se chama Amora. É uma traineira onde cabem onze pessoas. Tem uma suíte com duas camas e um banheiro. A idéia é fazer passeios fechados com cardápio exclusivo. Podemos fazer peixes, carnes, saladas, etc. Teremos ainda alguns sanduíches para crianças e bebidas para os adultos como cerveja e caipirinha. Acho que não existe nada parecido na cidade. Cristiano, marido de KK e marinheiro do barco ficará responsável pelas informações turísticas e pela pescaria. Se algum grupo desejar pescar, Cristiano, que conhece todos os pesqueiros do mar de Búzios garante a fartura de peixe. O Amora de Manguinhos trabalha basicamente com moradores de Búzios. Pessoas que descobriram o tempero da KK e não trocam o Amora por nada.
KK no salão de seu restaurante
KK na cozinha de seu restaurante
KK em frente ao seu restaurante
KK no jardim de seu restaurante
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O barco/restaurante da KK
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Delícias do Paraíso F
otografia e culinária se completam em uma sugestiva exposição que une o melhor da gastronomia e das belezas buzianas sob o olhar do fotógrafo do Globo, Fabio Rossi. Fabio completa cinco anos fotografando o Festival Gastronomico de Búzios e presenteia a cidade com a exposição Delícias do Paraíso que poderá ser vista a partir dessa sexta feira no Bar Renascimento. A mostra ficará durante dois meses no local de terça a domingo, a partir das 18h. O Bar Renascimento da DJ Help é conhecido por ceder seu espaço a arte e cultura. Por lá já passaram grandes nomes, como os fotógrafos Paulo de Deus, Julio Mello, Berg Silva e as famosas capas do Perú Molhado.
Voltaire
Ranieri
Renascimento
Bar do Zé
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Manguinhos Salt
Captain`s
Parvati Salsa
Ilha Feia
Praia do Canto
Zuza
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TORTOLONI DE LAGOSTA (Massa caseira recheada com lagosta, alho poro)
Lorenzo
O
Lorenzo Pizzaria & Cantina, localizado no início da Rua Turíbio de Farias tem um dos melhores cardápios de pizzas e massas de Búzios. As pizzas são assadas num forno a lenha e as massas são todas produzidas na casa, o que garante uma excelente qualidade visto que seus cozinheiros são todos especializados em comida italiana. Com arquitetura moderna e atendimento diferenciado, o Lorenzo é um dos preferidos dos turistas. Principalmente os europeus, argentinos, chilenos e brasileiros. Menu festival A casa tem três ambientes, e pode receber bem, cerJULHO) (DE 8 A 17 DE ca de 250 pessoas. O Lorenzo tem salão principal; segundo piso e área externa com mesas na calçada, o etta a pomodor lugar ideal para curtir a cidade. As massas e as pizzas Entrada: Brusch i de Lagosta on são todas produzidas com técnicas antigas e produtos Principal: Tortol Gateau de primeira qualidade, o que garante um sabor difetit Pe a: es Sobrem renciado em todos os pratos. Já os peixes, crustáceos e frutos do mar (outros destaques da casa) estão semPreço: R$ 39 pre frescos. Comprados de pescadores locais logo pela manhã. Para quem gosta de uma boa carne, o Lorenzo tem em Rafael, sócio do Restaurante Lorenzo seu cardápio excelentes cortes nacionais e importados. O Lorenzo é um restaurante completo.
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8 a 17 de julho de 2011 – Gastronomia du Perú
EXPERIENCIE, SABOREIE, UNA-SE Gastronomia Contemporânea • Sushi Bar • Interiores & Objetos
Menu festival
(DE 8 A 17 DE JULHO)
Orla Bardot, 412 Centro - Armação dos Búzios, RJ +55(22)2623-0937 | aquarium@bluemarlinbuzios.com.br Terça a domingo de 12h `as 0h 8 a 17 de julho de 2011 – Gastronomia du Perú
Entrada: Quiza de carne de boi e suína Principal: Salmão grelhado com risoto lilás Sobremesa: Sorvete frito Preço: R$ 68,00 23
s o t n a c n e e d o d n Um mu
O casal Lívia e Chiquinho da Educação na loja Mamãe Bebê
A
Turíbio de Farias acabou de ganhar mais uma loja multi marcas A empresária Lívia Bello percebeu a necessidade das mães buzianas que não tinham muitas opções e decidiu unir acessórios, roupas e calçados em um só local . Alem da comodidade de encontrar tudo para os filhos, a filha consegue sair igual a mãe . A loja Mamãe Bebê trabalha com roupas desenvolvidas pela própria dona e com as famosas marcas Anjos Baby, Pulla Bulla e Lilica Ripilica. Outro destaque da loja Mamãe Bebê são os clássicos literários. Lívia quis dar a loja um ambiente agradável e divertido onde as mães
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possam levar as crianças e ficarem à vontade pra escolher e experimentar. Quem passa na rua Turíbio de Farias não deixa de entrar para ver de pertinho a sessão da loja Mamãe Bebê, algumas crianças chegam a perguntar “como tira o caminhão daqui pra dar uma voltinha?”. A empresária já sabia que com esse caminhãozinho rosa iria conseguir prender a atenção das crianças e com isso dar maior comodidade as mães . Não deixe de conferir na Rua Turíbio de Farias. Além das melhores marcas, Lívia mantém o bom preço e a qualidade das peças de sua marca própria.
O casal com a filhinha buziana Laura Paola
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Inês à frente de sua primorosa equipe. O carequinha é o sushimam Fidelis
Zé Itajahy e Inês, o casal mais feliz dos Ossos
Sabores asiáticos F
ica no aprazível bairro dos Ossos, um dos melhores restaurantes de comida japonesa do Brasil. O Sushi Jardin, comandado pela simpática Inez (santa esposa do Zé Itajahy) mantém a tradição da boa gastronomia no bairro , que começou três décadas atrás com Zé
Hugo Celidônio, Gato Dumas, Castejá e porque não dizer também, com o agradável Zé Itajahy. Quem comanda as facas do Sushi Jardin é o talentoso Fidelis. Natural da cidade de São Fidelis, o sushimam do Sushi Jardin é um virtuoso.Quem já teve o privilégio de saborear seus sushis, sashimis, hot fi-
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ladélfia, califórnias, combinados, tempura ou um quente yakisoba de legumes ou de lulas e camarão, sabe do que estamos falando. Montado no meio de um bucólico jardim, a casa fica em frente a Praça dos Ossos e abre todos os dias na alta temporada e nos finais de semana nos meses de baixa. 25
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A comida Deu no O Globo
Velhos pescadores de Búzios, mostrando a fartura de lagosta da cidade Sylvana Graça
A
história gastronômica de Búzios começou há muito tempo. Mesmo sem saber, os buzianos de outrora comiam de maneira sofisticada, visto que tudo era fresco - principalmente o que vinha do mar e dos quintais. No início, bem no inicio, não havia vendas ou supermercado em nossa cidade - até então, uma simples aldeia de pescadores. Tudo era produzido nos terrenos do município. Raízes, grãos, legumes, verdura, frango, carne (de porco) e peixes. Tudo era fresco e limpo. Já as receitas, mesmo simples, produziam verdadeiros manjares. Quem já comeu um peixe fresco assado na brasa, acompanhado apenas de legumes cozidos sabe bem o que estamos falando aqui. Isso sem falar no famoso bonito escalado, prato tradicional que até hoje frequenta as mesas buzianas. As donas de casa, as mães e avós, eram verdadeiras chefs de cozinha. Búzios tinha ainda vários restaurantes nativos como a Pizzaria do Maia, o Restaurante Central do Aquiles, o Bar do Pacato, e o Restaurante Capelinha - que depois virou Oásis. O parâmetro mudou com a chegada de algumas figuras como o José Hugo Celidônio, Zé Itajahy, Gato Dumas, e Claude Troisgos- que trabalhava na cozinha do Restaurante Le Petit Truc, que pertencia a um português. Na inauguração do Petit Truc, o dono mandou pintar as cadeiras com esmalte sintético, que demorava dias para secar. Os convidados comeram bem, mas voltaram para casa com a roupa suja de tinta. - A comida de Búzios era uma maravilha. Besteira falar de chefs de cozinha atualmente. Não podemos louvar nenhum desses que estão aí sem falar de Deise, Jacira, dona Ruth,
Christophe Lidy provando a orelha de um amigo Roland Vilard
etc. Temos que falar das mulheres mais antigas da terra que faziam uma culinária de fuder. Bonito escalado com purê de banana sempre foi um manjar dos deuses. O único chef de cozinha e dono de restaurante que eu respeito é o Miro do Satyrycon. Conheci o Miro duro, trabalhando na cozinha do Oasis,
do saudoso Jacó. Hoje ele é um empresário realizado. Por isso o respeito, declarou Zé Itajahy. A primeira tentativa de se criar um festival gastronômico em Búzios foi idéia do chef Hugo Celidônio, que tinha um restaurante nos Ossos. Com patrocínio do cigarro Charm, Hugo criou um Guia
Stefano Monti, o homem que organizou o primeiro Festival Gastronômico de Búzios
de Búzios, com os poucos (mas bons) restaurantes que haviam naquela época. Entre eles o Le Cheval Blanc, do suíço Paul Blancpain. Já o primeiro Festival Gastronômico de verdade aconteceu em 1997. O empresário Stefano Monti (Restaurante Le Streghe) e a promoter Anna Maria Tornaghi organizaram
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como ela é O pescador Ermínio e Nito, que teve um dos melhores restaurantes de Búzios, o Vip Club
Fachada do Cheval Blanc
Beth, do 77
Miro com o famoso Pargo do Satyricon
Toninho, o único prefeito que apoiou o Festival de Gastronomia e fez questão de cozinhar um crepe no Chez Michou
Zé Itajahy com um pato e um ganso
o Primeiro Festival de gastronomia Marinara. Na época, mais de 20 restaurantes participaram do evento e hoje, comemoramos sua décima edição com um número recorde de 45 participantes. - O Búzios Charm foi mais um guia. Eu tinha o Cheval Blanc e participei. Naquela época a gastronomia de
Búzios era melhor que a de hoje. Tínhamos restaurantes muito bons. Uns cinco no máximo. Nos anos 80, ter um restaurante em Búzios era difícil. Para se ter uma idéia, eu comprava alface em Macaé. Ia todos os dias buscar alface. Comprar Filet Mignon era outra batalha. Saia catando pela região, lembra
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Paul Blancpain. O Cheval surgiu onde havia o restaurante Baluarte. No inicio o Cheval abria apenas sexta, sábado e domingo - Nesse dia apenas para ao almoço. Antes da inauguração, Paul reuniu os funcionários e explicou que os trabalhos começavam na sexta pela manha e acabavam no domingo
a tarde. Eis que um funcionário fez a pergunta mais difícil de responder: E quando é a nossa folga? Anos 80/90 Com os anos, a cidade foi recebendo mais e mais chefs de cozinha . Tínhamos o Gorlero, o Gerbô (L`Hermitagem Praia Rasa), o Fernando (Fernando`s Point) o Christophe Lidy (Fígaro /Cigalon), o chinês Zee (do Mister Zee), Dominique Raymond e Claude Troisgos. Hoje nossos chefs são outros: temos Nelsinho( O Quintal), a Beth (77), Sonia Persiani (Cigalon), Ricardo Ferreira (Salt), Marcos Sodré (Sawasdee), Fabiano (Bar do Zé), Pacho (Bar do Mangue), Baixinha (Por aí) e Fabiano (Capitan`s), entre outros profissionais. A partir dos anos 90 os restaurantes mudaram. Os donos deixaram de ser importantes e as casas perderam personalidade. Surgiram restaurantes com ar condicionado, carta de vinhos, comida a quilo, fast food, assim por diante. Não temos hoje um restaurante com características nativa. Hoje é quase impossível comer um prato tradicional do povo de Búzios. - Búzios não tem mais chefs. Temos alguns empresários que pegaram uma grana e abriram restaurantes. Coisa de periferia. A culinária de hoje em Búzios é uma farsa. Não temos na cidade nenhuma pessoa autorizada a fazer comida francesa. Outra coisa. Aqui não temos festival de gastronomia. Temos um festival de degustação. É peixe grelhado, massas, carnes, etc. Os mais sofisticados oferecem camarão ou lagosta mas tudo com gosto de papel. É tudo uma porcaria. Este festival é uma promoção capciosa, fedorenta, nojenta. Não acrescenta nada a cidade. Uma grande xaropada, finalizou Zé Itajahy. 27
Soledad na Praia do Arpoador, uma das primeiras mulheres a surfar naquela praia
Zé com Bimba
Bar do Zé é um dos principais pontos de encontro da cidade. Suas mesas recebem tanto cidadãos de alta classe, como simples moradores de Búzios. É no Bar do Zé que se encontram os bons cariocas que frequentam nossa cidade desde os anos 80. Quando o encontro acontece, a conversa entra noite adentro. Tudo começou quando a chilena Soledad (proprietária do Bar do Zé junto com seu filho Estevão) veio morar em Búzios. Ela vivia no Rio, onde se dedicava ao surf. Soledad lembra que quando chegou à Búzios nossa cidade era simples e chique ao mesmo tempo. Os ricos, vinham a Búzios para brincar de pobre. Esse foi um dos motivos que a fez se apaixonar por nossa cidade, lembra Soledad. O Bar do Zé, com seu estilo simples, sua decoração mediterrânea com mesas, cadeiras e paredes brancas esconde um restaurante de cozinha internacional. Comandada pelo chef Fabiano, o Bar do Zé se transformou em pouco tempo, num dos melhores restaurantes de Búzios.
Fotos: Sylvana Graça
Búzios é aqui O Zé com Santiago Bebiano
Estevão, mais conhecido como Zé
Oskar Metsavaht, dono da Osklen, cliente cativo do Bar do Zé
Nunca faltou peixe fresco no Bar do Zé
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Taisa, Zé, nosso Reitor Marinho Veiga de Almeida e Fernanda
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De Búzios para o mundo
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Satyricon foi o primeiro resMiro com seus camarões vermelhos, taurante de Búzios a alçar vôo pescados em alta profundidade em direção a capital. Hoje, no mar de Búzios a filial carioca é mais famosa que a matriz. Seu proprietário, o italiano Miro Leopardi começou sua epopéia gastronômica na cozinha de um simples restaurante buziano- o Oásis. O primeiro Satyricon abriu suas portas onde hoje funciona o Restaurante Aquarium, ao lado do Restaurante Sawasdee – na Orla Bardot. Na época, a área externa do Satyricon, à beira da Praia da Armação ficava lotada. Principalmente nos finais de semana. Os garçons atravessavam a rua com badejas lotadas de chamVitório Del Gatto, da loja pagnes francesas e pratos de peixes e frutos Benneton de Búzios, com do mar. O Pargo ao sal grosso já era destaque Sting e Marly no Satyricon na casa. Os vongôles do famoso Espaguete ao 30
Menu festival
(DE 8 A 17 DE JULHO)
Entrada: Fantasia da Terra (pães italianos, abobrinhas, berinjelas, pimentões) Principal: Filet de Peixe a Belle Meunière Sobremesa: Capriccio Caldo Preço: R$ 90,00 Vongôle, Miro catava na praia de Manguinhos ao lado de João Candal. No início, Miro comandava quase que sozinho seu restaurante. Tinha ajuda do fiel escudeiro João Candal, um buziano legítimo que se transformou num dos grandes chefs de Búzios. Tudo que aprendeu, claro, foi com o patrão. O Satyricon de Búzios mudou de lugar (mas continua na Orla Bardot) ficou maior e ganhou ao lado uma filial da Pizzaria Capricciosa, que ao contrário do Satyricon fez caminho inverso- nasceu no Rio e abriu filial em Búzios. Atualmente Miro pouco vem a Búzios. Mas o restaurante está em boas mãos.A gerente Cláudia cuida de tudo com o mesmo esmero do patrão. Para deleite dos clientes, o padrão Satyricon de qualidade continua o mesmo.
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Só faltava o Valdívia no Porto da Barra...
agora não falta mais!