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Vindimas Cooperativa famalicense sublinha mais qualidade

Frutivinhos espera receber mais uvas este ano Sofifiaa Abreu Silva Segundo a Frutivinhos – Cooperativa Agrícola de Famalicão, este ano será muito idêntico ao do ano passado, mas há a expectativa de um acréscimo em quantidade em cerca de 10 a 20% em relação às quantidades recepcionadas, que foram cerca de 120 toneladas de uvas brancas e 30 toneladas de uvas tintas. A Cooperativa de Ribeirão receberá as uvas de 35 a 40 produtores famalicenses. Sílvia Gomes, engenheira agrária da Frutivinhos, explica que em relação à qualidade haverá lotes de melhor qualidade, quando estamos a falar de “produtores mais rigorosos em relação aos tratamentos e que têm mais cuidados devido às boas práticas culturais realizadas de forma preventiva e no tempo certo”. Por outro lado, outros lotes irão ser de inferior qualidade, porque existiu alguma “oscilação de temperaturas e humidades em todo o ciclo de produção o qual levou ao aparecimento muito rápido de certas doenças que não foram tratadas no seu devido tempo”. Porém, Sílvia Gomes sublinha que com o programa de apoio VITIS- Regime de Apoio à Reconversão e Reestruturação das Vinhas, “sentiu-se um aumento na preocupação por parte dos produtores famalicenses de produzirem com qualidade passando pela melhoria dos sistemas de condução e escolha das castas”. Porém, a especialista na área sublinha que os produtores continuam a deparar-se com algumas dificuldades, concretamente com o aumento sucessivo dos factores de produção: “Os adubos e os produtos para

tratamentos fitossanitários”. Investir na internacionalização Os vinhos da Frutivinhos (ver caixa abaixo) podem ser encontrados na própria Frutivinhos, onde existe actualmente

um posto de venda ao público só dos produtos da cooperativa. Mas essa venda irá aumentar muito em breve para uma Loja Mercoop, onde os clientes poderão encontrar todo o tipo de produtos bem como artigos de

outras cooperativas. Além disso, os vinhos famalicenses podem ser encontrados na restauração, supermercados, hipermercados, garrafeiras e armazenistas. Para já os vinhos são apenas vendidos no mercado nacional, mas a intenção é dar um novo passo: “A exportação é um dos objectivos futuros da Frutivinhos”, divulga Sílvia Gomes. Assim, a Cooperativa ambiciona sempre crescer mais no mercado nacional e internacional mas, nota a engenheira agrária, isso só será possível se os produtores acreditarem no trabalho e entregarem as suas produções na Frutivinhos, para que “haja volume de produção e sucessivo volume de vendas e, consequentemente, mais investimento na melhoria da qualidade dos vinhos”.

Vinho D. Sancho I: vencedor de três estrelas de prata No ano em comemora 50 anos de existência, a Frutivinhos – Cooperativa Agrícola de Famalicão recebeu, recentemente, um presente muito especial, ao ver um dos seus vinhos ser premiado num concurso internacional. O Vinho Verde Branco D. Sancho I recebeu Três Estrelas de Prata, que corresponde a uma classificação de Muito Bom, no concurso internacional “Premium Select Wine Challenge 2010”, levado a cabo pela revista de vinhos alemã “Selection”. Numa classificação de 0 a 100, o vinho famalicense recebeu 85 pontos por entre um júri composto por cerca de uma centena de elementos, que avaliaram mediante prova cega, isto é, sem saber que vinhos estão a provar. “É um grande louvor para a Frutivinhos”, de-

fende Sílvia Gomes, a técnica responsável da cooperativa, acrescentando que esta nota vem premiar “um trabalho conjunto, desde a direcção, aos associados e aos nossos colaboradores”. Esta foi a primeira vez que a Frutivinhos concorreu a um prémio e foi logo distinguida. “Através deste prémio podemos mostrar um trabalho de qualidade”, afirma Sílvia Gomes. O vinho D. Sancho I nasceu em 2005 no âmbito de uma parceria com a Câmara de Famalicão, tendo sido criado para assinalar os 800 anos da atribuição do Foral ao concelho por D. Sancho I. Depois de receber este reconhecimento, Sílvia Gomes adianta que já se notou um “aumento na procura” deste vinho.

Os vinhos da Cooperativa: Vinho Adega Cooperativa Vila Nova de Famalicão Branco – garrafa 0,75 Vinho límpido, de cor amarelo citrino, brilhante, aroma frutado. Na boca apresentase equilibrado, com toque de frescura. As uvas sofreram o desengace (separação das uvas do cacho) total. A prensagem é feita com prensa pneumática, fermentação em cubas de inox com temperatura controlada. Antes da construção do lote o vinho é estabilizado e filtrado. Lote construído com mistura de castas sendo estas o loureiro, trajadura e pedernã. Acompanha bem saladas, mariscos, peixes grelhados, pratos frios, bem como pratos mais elaborados de carne e, também sobremesas semi-frias e fruta, especialmente frutas tropicais. Vinho D. Sancho I Branco – garrafa 0,75 Escolha criteriosa de castas seleccionadas – loureiro, trajadura e arinto. Esmagamento com desengace total. Prensagem suave em prensa pneumática. Fermentação alcoólica em cubas de inox, a uma temperatura controlada de cerca de 15ºC, para uma maior concentração de aromas frutados e florais. Estabilizado e filtrado antes do engarrafamento. Trata-se de um vinho límpido, de cor amarelo citrino, brilhante. Aroma frutado complexo, destacando-se os frutos tropicais, ananás, maracujá e banana. Na boca apresenta-se equilibrado e complexo, com um toque de frescura, sentindo-se novamente o aroma frutado. Final de boca persistente. Acompanha bem saladas, mariscos, peixes grelhados, pratos frios, bem como pratos mais elaborados de carne e, também sobremesas semi-frias e fruta, especialmente frutas tropicais. Vinho Adega Vila Nova de Famalicão Tinto – Vinhão – garrafa 0,75: Escolha criteriosa de casta seleccionada – Vinhão. Esmagamento com desengace total. Fermentação alcoólica em cubas de inox, a uma temperatura controlada de cerca de 28 ºC, com modernas técnicas de maceração, para uma maior extracção de cor e aromas. Prensagem em prensa pneumática, seguida de uma fermentação maloláctica de forma espontânea. Estabilizado e filtrado antes do engarrafamento. Acompanha bem pratos de lampreia, cozido à portuguesa, papas de sarrabulho, rojões entre outros. pub.


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As vinhas enchem-se de homens e mulheres para a colheita

Vindimas: trabalho e tradição

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Chega-se a esta altura e as uvas estão prontas a ser colhidas. Assim, os campos de vinhas enchem-se de familiares, trabalhadores e de máquinas que ajudam nas vindimas. Mas as vindimas são muito mais que isso. Afinal, é a parte final de um ano de muito trabalho para os enólogos e produtores de vinho. Por norma, as vinhas são plantadas entre Janeiro e Março, uma época em que ocorre um repouso vegetativo. Já o solo é preparado previamente para depois se distribuir devidamente as videiras. Muitos de nós lembramo-nos que há alguns anos o trabalho das vindimas era feito pelos agricultores, pelas suas famílias e amigos. As mulheres e homens cortavam os cachos maduros e colocavam-nos em grandes cestos que depois eram transportados para o lagar. Depois, os homens saltavam para dentro dos tanques, davam os braços e com os pés esmagavam as bagas. Actualmente, esse trabalho é feito, sobretudo, por máquinas. De qualquer forma, assim começa a produção de diferentes tipos de vinho: tintos, brancos, rosés ou licorosos. À mão ou com máquinas, há pequenas tradições que nunca se perdem, afinal as uvas continuam a ser colhidas à mão, as pessoas fazem das vindimas um momento de trabalho, mas também de convívio, uma vez que os momentos são preenchidos com conversas e canções. Não nos podemos ainda esquecer dos deliciosos almoços e lanches nos dias de vindima com petiscos saborosos, como o presunto, as pataniscas, as azeitonas e o pão caseiro. Afinal, a vida não é só trabalho! Como escolher a qualidade Para obter uma boa qualidade de vinho é necessário escolher a data exacta em que se deve iniciar a apanha da uva. Essa data é determinada de acordo com o estado de maturação do fruto e as condições climatéricas. Em relação ao clima, convém que não chova, pois a água absorvida pelos cachos tornam os bagos menos concentrados. À medida que os cachos amadurecem, a acidez dos bagos diminui e os teores de açúcar aumentam. Os produtores determinam, em função

das castas, a relação que mais lhes convém, de acordo com o tipo de vinho que pretendem produzir. É fundamental que o transporte dos cachos seja realizado nas melhores condições, pois devido ao calor que se faz sentir nesta época do ano as uvas amassadas podem fermentar antes do tempo. Depois das vindimas, o vinho é trabalhado durante alguns dias para levedar, sendo posteriormente colocado nas cubas onde vai continuar a fermentação até Novembro. Até lá, espera-se pelo S. Martinho, altura de ir à adega e provar o vinho. Depois de retirado dos barris, o vinho é engarrafado em garrafas. Ao estar em garrafas não quer dizer que seja imediatamente comercializado, pois tudo depende da qualidade de cada vinho. Os espumantes, por exemplo, costumam ficar repousados dentro da garrafa antes de serem consumidos.

Vindimas para turistas Hoje, há muitos locais que aproveitam as vindimas como atracção turística. Assim, é permitido aos visitantes viver a experiência de colher e pisar os cachos. As vindimas não são só sinónimo de trabalho árduo. São também motivo de interesse e, por isso, transformaram-se num dos principais cartazes de promoção turística de várias regiões vitivinícolas. Entre Agosto e Outubro, dependendo das regiões, as autarquias, empresas e hotéis organizam e promovem programas de animação cultural, espectáculos musicais, bailes, provas de vinhos, festivais de gastronomia e exposições de arte. Aos visitantes e turistas, é ainda dada a possibilidade de visitarem as adegas e até de participarem nas vindimas. Afinal as vindimas são uma festa.

Exportação de vinho verde cresceu 14% até Abril O vinho verde é a segunda denominação de origem controlada portuguesa mais exportada, a seguir ao vinho do Porto. As exportações de vinho verde, a segunda denominação de origem (DOC) mais vendida para o exterior depois do vinho do Porto, estão este ano a crescer 14% face a 2009, o melhor ano de vendas de sempre da região. Os dados são de Abril e revelam que foram já exportados mais de 4,475 milhões de litros deste vinho, o que significa 10,424 milhões de euros. Em 2009, as exportações ultrapassaram os 27 milhões de euros, para mais de 80 mercados. Os Estados Unidos continuam a ser “o mercado líder para a região”, acentua

Manuel Pinheiro, presidente da Comissão de Viticultura dos Vinhos Verdes (CVRVV), com um crescimento de 45% face a 2009. Porém, a intenção é mesmo aprofundar a presença em mercados-alvo como os EUA, Canadá, Brasil, Alemanha, Reino Unido, Suíça e países nórdicos. A diferenciação é uma vantagem que o vinho verde apresenta. Leveza e baixo teor alcoólico são factores distintivos que serão trabalhados cada vez mais no futuro. Mas o plano estratégico aposta ainda no aumento da competitividade da região, apoiando a reconversão da viticultura e das empresas. A palavra de ordem é produzir mais e com menos custos.


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Como provar

Temperaturas

Visão, olfacto e paladar. São estes os sentidos que têm de estar bem apurados quando se saboreia um vinho. A prova é utilizada para avaliar o vinho e apesar de parecer um pouco complexa, qualquer um pode realizá-la. Comece por olhar o vinho e repare bem na sua cor. Depois, leve o copo ao seu nariz e sinta os aromas que estão a ser libertados. Se quiser, mexa o copo ligeiramente para estimular a libertação de outros aromas. Leve o copo à boca e beba um gole: o sabor é a combinação entre aquilo que o olfacto detectou e aquilo que é sentido pelo paladar. Na boca vai sentir a estrutura do vinho e a sua acidez.

Os vinhos brancos, rosados e espumantes bebidos fora das refeições ou servidos antes destas são mais agradáveis se forem frescos. Já os vinhos tintos devem ser servidos à temperatura ambiente. Mas, verifique se a divisão em que este está, não está demasiado quente (verifique se há, por exemplo, aquecedores) porque caso isso aconteça o paladar pode ficar alterado. Os vinhos não devem ser aquecidos, nem refrescados muito rapidamente, mas antes gradualmente. Fique a saber que se precisar de um vinho, pode mergulhar a garrafa num balde com água e gelo, devendo a água estar ao mesmo nível para que a temperatura seja a mesma.

Como servir

O melhor copo

Para servir um vinho correctamente, não precisa de ser um expert em vinhos. Se conhecer alguns conselhos e princípios básicos pode servir o vinho como um profissional. O primeiro passo é escolher um vinho apropriado não só à refeição, mas também ao seu gosto e ao dos convidados. Já não é nova a ideia defendida por alguns especialistas: os vinhos brancos devem ser servidos em primeiro lugar que os tintos. Por outro lado, os vinhos mais encorpados e doces devem ser degustados no fim da refeição, apesar de poder servir como aperitivo vinhos brancos doces e frescos. Até podemos dizer que hoje já não há regras: existem as combinações clássicas, mas também as inovadoras e revolucionárias. Pode combinar os vinhos de acordo com a sua preferência e imaginação. O único cuidado a ter será a possível sobreposição ou anulação de sabores e aromas entre os vinhos que serve. É importante que os vinhos sejam servidos em copos adequados ao tipo de vinho. Para obter o máximo prazer na degustação do vinho, verifique se a temperatura está correcta.

Os copos devem estar adequados ao tipo de vinho que irá servir. Como nem sempre isso é possível, o ideal é adquirir um conjunto de copos de vinho tinto, espumante e de Porto. O vidro do copo deverá ser incolor e transparente, sem adornos ou trabalhados para facilitar a observação do vinho. Deve ter o bordo e as paredes finas e um bom pé para ser possível colocar os dedos sem tocar no corpo do copo (parte superior). O tamanho do copo deve permitir mexer o vinho em redemoinho sem que o líquido vaze do copo e a sua capacidade deve ser a suficiente para cerca de 6 a 8 centilitros de vinho (que ocuparão cerca de um terço do copo). Quando se serve o vinho, os copos devem estar perfeitamente limpos e sem vestígios de detergente. Deve sempre trocar de copo quando serve novos vinhos, caso contrário há mistura de sabores. Lave os copos, de preferência, à mão e sem detergente. Depois, coloque-os a escorrer voltados para baixo durante um ou dois minutos. Seque-os com um pano limpo e guarde-os em pé, num armário fechado, longe do pó e dos maus cheiros.

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Produção sobe e vinho melhora Os produtores de vinho acreditam que 2010 será um ano de boa qualidade e com uma colheita ligeiramente superior à do ano passado, graças às condições climatéricas sem grandes adversidades. Francisco Mateus, director do departamento de Organização, Estudos de Mercado e Promoção do Instituto da Vinha e do Vinho, antecipa que a produção ande “em torno dos seis milhões de hectolitros”, mas muito longe do valor de referência de 7,3 milhões de hectolitros registado na última década. Apesar disso, a produção prevista para este ano deverá ficar acima dos 5,7 e 5,8 milhões de hectolitros obtidos em 2008 e 2009, respectivamente, anos em que o tempo prejudicou o desenvolvimento das uvas. Segundo Francisco Mateus, os vinhos vão ser de boa qualidade. “Os recentes focos de calor que houve terão prejudicado a uva, mas são questões localizadas”, explicou. Já no que toca a preços do vinho, o responsável admite que a subida da produção, ainda que ligeira, os pressione em baixa. Em várias regiões do país, como o Douro, as vindimas estão já em curso, com a colheita das uvas brancas. pub.


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O vinho à refeição O vinho deve estar em harmonia com a comida que acompanha: os vinhos suaves devem acompanhar pratos pouco temperados e os vinhos fortes e encorpados convêm mais aos pratos pesados e temperados. Entradas Com as entradas deve ser servido vinho branco seco, vinho verde branco, vinhos generosos secos ou ainda vinhos espumosos secos. Sopa Com sopa é clássico "molhar-se a boca" com generosos secos. No entanto, os vinhos rosados e os espumosos podem servir de vinho único ao longo de uma refeição. Mariscos Os mariscos servem-se, normalmente, com o mesmo vinho servido para os aperitivos (vinho branco seco ou verde) ou, se forem acompanhados por molhos picantes, com vinho branco suave, adamado. Saladas e escabeches Aos pratos avinagrados, como saladas muito temperadas ou escabeches, não convém nenhum tipo de vinho, porque não é uma boa conjugação. Peixes Com peixe serve-se normalmente o mesmo vinho que serviu para os aperitivos (vinho branco seco ou verde). Se forem servidos com molhos picantes, aconselha-se um vinho branco suave, adamado.

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Peixe estufado e caldeiradas Com peixe estufado ou em caldeirada, convém apresentar vinhos tintos ligeiros (ou mesmo encorpados, se a caldeirada for picante). Carnes frias Com carnes e aves frias serve-se vinho branco adamado ou tinto ligeiro. Massas Com massas, legumes, arroz e ovos servem-se vinhos brancos adamados ou tintos ligeiros.

Carnes vermelhas e caça As carnes vermelhas e a caça, assadas ou guisadas ou em pasta (tortas recheadas, empadas), servem-se acompanhadas por vinho tinto encorpado. As carnes assadas também combinam com vinhos espumosos secos. Carnes grelhadas Com carnes grelhadas ou assadas (desde que sem molho) serve-se vinho tinto leve. Chanfana Um prato confeccionado com um determinado vinho serve-se sempre acompanhado pelo vinho utilizado na sua preparação. Queijos Com queijos fermentados (crus) servemse vinhos tintos fortes. Queijos de pastas cozidas (tipo gruyére) pedem vinhos tintos mais leves. Com queijos frescos servem-se vinhos brancos suaves. Doces Com doces não alcoolizados servem-se vinhos doces brancos, espumosos doces ou ainda generosos doces e meio-doces. Com doces confeccionados com licores ou aguardentes, só devem servirse as bebidas utilizadas na sua preparação. Café Com café devem servir-se aguardentes. Fonte: www.portaldevinhos.com

Só as marcas melhor posicionadas resistem à contenção O “aperto” da crise sobre os produtores vinícolas vai fazer desaparecer muitas empresas que não pensem a sério no posicionamento das marcas no mercado, com a relação entre preço e qualidade a tornar-se decisiva, alertam analistas do sector. “Em crise, os consumidores agarram-se a marcas fortes, porque estão avessos ao risco, o que faz com que as que foram construindo essa força tenham, hoje, uma vantagem competitiva em relação a todas as marcas novas e desconhecidas que foram aparecendo”,

defendeu o presidente da Associação Nacional dos Comerciantes e Exportadores de Vinhos e Bebidas Espirituosas (ANCEVE), Paulo Amorim. O responsável pela área de vinhos da consultora Nielsen, Manuel Carvalho Martins, recordou que a multiplicação, na última década, do número de produtores e de marcas no mercado “pulverizou-o” de tal maneira “que, cada vez mais, os produtores têm que arranjar formas de se diferenciar uns dos outros para que o consumidor opte pela sua marca”.

Produtores vendem vinhos a preço de saldo Em plena época de vindimas, há produtores portugueses a vender vinhos a preço de saldo para escoar os muitos stocks acumulados e ganhar espaço nas adegas para receber a nova colheita. “Estamos no meio de um novo ciclo em que é preciso ter espaço na adega para receber os novos vinhos. Se não se conseguiu vender as colheitas anteriores, o problema avoluma-se”, afirmou o presidente da Associação Nacional dos Comerciantes e Exportadores de Vinhos e Bebidas Espirituosas (ANCEVE) à agência Lusa. Paulo Amorim apontou como exemplo a região do Alentejo onde, “para tentar escoar stocks, aparecem no mercado produtores a vender a 60 cêntimos o mesmo vinho que há um ano vendiam a 1,80 euros”.


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