Aspectos a considerar antes da aquisição
Comprar carro sem perder a cabeça
Os tempos que correm não são fáceis financeiramente.Todos sabem disso, mas um automóvel é um bem necessário para a grande maioria das famílias. Portanto, se está a pensar em comprar um carro, há uma série de erros que deve evitar. Aliás, este é um terreno arriscado, porque é muito fácil deixar-se levar pelas emoções. Em primeiro lugar, pense friamente naquilo que realmente precisa e logo aqui pode poupar muito dinheiro. Um carro é uma compra de alto envolvimento, tanto emocional como financeiro, obrigando a uma despesa inicial grande e a uma imparável sucessão de pequenas ou maiores despesas: combustível, seguros, pequenas reparações ou substituições, entre outras. Por isso, antes de começar a sonhar com um todo-o-terreno ou com um descapotável, saiba o que tem de fazer. Avalie se precisa mesmo de um carro: Se vai comprar um carro só por capricho, pense, pelo menos, duas vezes. Depois da compra, as despesas com um carro pouco usado são quase tão altas como as de um carro intensamente usado e a desvalorização é semelhante. Novo não é a única opção:
Um carro semi-usado ou usado pode ser uma boa opção para si, devido ao preço bastante mais acessível. No entanto, é preciso ter cuidado na hora da escolha. Se comprar particularmente, procure acompanhar-se de um especialista que lhe possa fazer a leitura do estado da viatura. No entanto, a melhor opção para quem não domina as máquinas, é mesmo procurar em stands de confiança. Decida que tipo de carro precisa: Se sonha com um descapotável desde sempre, mas tem três filhos, opte por outro tipo de carro. Parece óbvio, mas há pessoas que compram carros sem pensar muito, apenas porque é bonito. Se tem filhos, espaço, segurança e conforto são aspectos a ter em conta. Saiba quanto dinheiro pode gastar: são se deixe levar pelas promessas de crédito muito acessível. Pense em dar uma entrada para depois pagar menos, através de prestações suaves que não prejudiquem a sua vida. Já vai ter bastantes despesas com que se preocupar a partir do momento em que comprar o carro. Deixe as emoções à porta do stand: Mesmo que saiba à partida qual é o carro que vai
comprar, não deixe o vendedor perceber que já decidiu. Faça com que ele o “convença” das fantásticas qualidades da viatura e que o incentive a comprá-lo. Vá a muitos stands: se perder algum tempo a visitar vários stands, ainda que sejam da mesma marca, vai descobrir que há, por vezes, diferenças de preços. O mesmo para carros semi-usados e usados. Nestes casos, as diferenças podem ser ainda mais substanciais. Tenha também em conta que nem todos os dias são bons para comprar carro. O fim do mês ou ano podem ser mais favoráveis, pois os vendedores têm de cumprir objectivos em termos de vendas. Discuta primeiro o preço do carro novo: Como os vendedores trabalham à comissão, isto é, ganham em função do número de carros vendidos, não esconda que pretende sondar o preço do modelo escolhido em vários locais. Quando tiver o preço já com desconto, introduza na discussão a possibilidade de dar o seu carro para a troca, se for o caso. Hoje, há muitas marcas que fazem descontos significativos na compra de um carro novo ao ficarem com o automóvel antigo.
Financiamento: solução para ter carro Para ter um carro existem várias opções de financiamento. Se faz questão de ter o carro em seu nome pode recorrer a um crédito bancário, mas se não se importar que a propriedade do veículo não seja logo sua pode recorrer ao leasing ou ao Aluguer de Longa Duração (ALD). Todas estas opções têm pontos fracos e fortes variando conforme o seu caso pessoal e objectivos. Crédito pessoal ou automóvel: Começando pelos produtos bancários, pode escolher logo à partida entre o crédito pessoal ou o crédito específico para compra automóvel. Neste caso, o banco empresta-lhe o dinheiro e o carro passa a ser automaticamente seu. O principal factor a considerar nesta opção é a taxa de juro a pagar pelo empréstimo. Independentemente do nome que tiver o crédito, a sua preocupação é tentar baixar ao máximo a taxa de juro do empréstimo. Para isso, talvez seja boa ideia começar pelo banco com que tem maior relação, já que é esse que, à partida, estará em melhores condições para lhe garantir uma taxa mais competitiva. Uma forma eficaz de baixar a taxa de juro é dar algumas garantias ao banco. Se tiver dinheiro aplicado em depósitos a prazo ou fundos de investimentos que não pretender desmobilizar entretanto, pode usá-los como forma para melhorar as condições do seu empréstimo. ALD e Leasing: Se não faz questão de
ter a propriedade do veículo desde o início, então existem mais opções de financiamento no mercado, nomeadamente o ALD e o leasing. A principal diferença em relação ao crédito bancário é que, com estas formas de financiamento, o veículo fica na posse das locadoras até ao final do contrato. Não se esqueça, no entanto, que todos os encargos com despesas de manutenção e reparação do automóvel correm por sua conta. Durante o período do contrato, a empresa de ALD ou leasing cede ao cliente a utilização do veículo e, no final deste período, existe a opção de ficar definitivamente com o automóvel. Neste caso, deverá pagar o seu valor residual. A grande diferença entre o ALD e o leasing, além de alguns pormenores burocráticos, é que, enquanto no caso do leasing existe apenas uma opção de compra do veículo no final do contrato (ou seja, não é obrigado a ficar com o carro), no caso do ALD o cliente não tem outra opção senão comprar o veículo por um valor estabelecido no início do contrato. Esta característica e o facto de ter geralmente associadas taxas de juro superiores às do leasing faz com que o ALD não seja uma solução muito competitiva para clientes particulares. Em qualquer dos casos (ALD ou leasing), fica obrigado a fazer um seguro de responsabilidade civil de 50 milhões de euros e um outro de danos próprios, o que encarece as suas despesas mensais. Fonte: www.saldopositivo.pt
ACAP: Governo está a dar um tiro no pé ao recusar dar incentivos ao setor O presidente da Associação Automóvel de Portugal afirmou que o "Governo está a dar um tiro no pé" por se recusar a conceder incentivos ao setor, já que em vez de aumentar as receitas fiscais, irá diminuí-las em cerca de 240 milhões de euros. José Ramos disse que se o Governo não reintroduzir o plano de incentivos ao abate de veículos em fim de vida, as previsões de 743,8 milhões de euros de receita fiscal, provenientes dos impostos ligados ao setor automóvel, irá baixar para os 500 milhões de euros, acrescentando que "aquele paradigma de que aumentando os impostos, o Estado aumenta as receitas" está ultrapassado. O presidente da ACAP revelou que a proposta de reintrodução do incentivo ao abate de veículos em fim de vida "foi apresentada ao Governo" e que este se "desculpou com uma imposição da 'troika'", considerando que afinal, "a 'troika tem as costas largas", acrescentou. Entretanto, o Partido Socialista quer que a Associação Automóvel de Portugal seja ouvida no Parlamento e que a
Comissão de Economia passe a acompanhar este setor, dadas as dificuldades que enfrenta e por ter sido extinto o grupo de trabalho da legislatura anterior.
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Em nome da segurança e do respeito por si e pelos outros
Seguro automóvel: obrigatório Quando compramos um carro é necessário fazer um seguro. Por isso, é sempre importante estar bem informado sobre alguns pontos determinantes na sua apólice. Que coberturas possui? Ao contratar um seguro, informe a sua seguradora sobre os riscos que pretende segurar e tome conhecimento das coberturas abrangidas, principais exclusões e restrições. O que cobre o seguro automóvel obrigatório? Segundo o Instituto de Seguros de Portugal, o seguro obrigatório de automóvel assegura o pagamento de indemnizações por danos corporais e materiais causados a terceiros e às pessoas transportadas, com excepção do condutor do veículo. A quantia mínima que o seguro obrigatório deve cobrir por danos corporais que o segurado cause a terceiros, é de 2,5 milhões de euros e para os danos materiais é de 750 mil euros. O seu seguro cobre tudo? Ao contrário do que habitualmente dizemos, este tipo de seguros não é contra todos os riscos, pois na realidade não existe nenhum seguro automóvel que cubra todos os riscos. Os seguros de danos próprios cobrem os danos sofridos pelo veículo seguro, mesmo que o condutor te-
nha sido responsável pelo sinistro. As coberturas incluídas abrangem furto ou roubo, raio e explosão, incêndio, capotamento, choque e colisão. Franquia alta ou baixa? Não se esqueça de verificar os valores da franquia, ou seja, a importância que fica a seu cargo em caso de sinistro. A franquia permite de facto reduzir o prémio do seguro, mas por outro lado, pode aumentar os custos de reparação dos danos para o tomador do seguro, em caso de sinistro. Factores que infl flu uenciam o prémio a pagar A idade do segurado, a antiguidade da carta de condução e o valor comercial da viatura, são al-
guns factores que determinam que o prémio do seguro varie de cliente para cliente. Contudo, o valor do seguro também pode ser alterado de ano para ano. Pode aumentar se o segurado cometer muitos sinistros e pode diminuir se isso não acontecer ou existir desvalorização da viatura com o passar dos anos. Carta verde para viajar A carta verde é um certificado internacional que comprova que o veículo possui o seguro obrigatório, válido em território internacional nomeadamente nos países não riscados no documento. Se viajar na sua viatura para o estrangeiro, verifique se a carta verde é válida para todos os países que vai visitar e durante todo
o período da viagem. Se existir algum país não abrangido, peça à sua seguradora uma extensão territorial. A Declaração Amigável de Acidente Automóvel (DAAA) É um formulário que se preenche em caso de acidente automóvel, como meio de o participar à companhia de seguros. É conveniente que a declaração seja preenchida no local do acidente e pouco tempo depois deste ter ocorrido. O preenchimento da DAAA não implica o reconhecimento do segurado como culpado. Todavia, é uma forma de facilitar a regularização do sinistro por parte da seguradora, tornando mais célere o processo. O que fazer em caso de sinis-
tro? O segurado deve obter, no local, os elementos de identificação dos condutores, das matrículas das viaturas, do nome da seguradora, dos número da apólice e ainda os contactos das testemunhas que assistiram ao acidente. De seguida, o tomador do seguro, se entrar em acordo com os restantes condutores, deve preencher com eles a mesma declaração amigável e cada um ficar com um exemplar para entregarem ao seu segurador. Caso o acordo não seja possível, cada condutor deve preencher o seu próprio formulário e entregar à companhia de seguros. Sempre que seja possível, devem ser anexadas fotografias dos danos e do local do acidente. A presença da polícia poderá ser solicitada, quando existe pleno desacordo entre as partes envolvidas e quando existem danos pessoais. Prazos de pagamento do prémio Tenha em conta que se não pagar o prémio do seguro dentro dos prazos que constam na factura/recibo, a seguradora cessará o contrato e terá de celebrar um novo. O que acontece com a venda do automóvel? O seguro termina nas 24 horas posteriores à venda da sua viatura Fonte: www.saldopositivo.pt pub
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Poupar combustível
Todas as semanas é a mesma coisa: o combustível sempre a aumentar. Hoje é, de facto, caro abastecer o depósito do nosso automóvel, seja a gasolina ou a gasóleo. Na realidade, poupar combustível é sinónimo de poupar dinheiro. Por isso, a Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas aponta alguns conselhos sobre uma condução mais eficiente. A associação garante que uma condução assim permite poupar 35 euros em cada mil quilómetros. − Ligue o motor apenas quando tenciona iniciar a marcha; − Conduza suavemente, evitando acelerações ou travagens bruscas; − Procure circular a velocidades razoáveis; − Se conduzir a alta velocidade, feche todas as janelas para obter maior estabilidade da viatura e menor consumo de com-
bustível; − Ligue o ar condicionado apenas se estritamente necessário; − Olhe o mais longe possível no horizonte durante a condução, antecipando o andamento do fluxo de trânsito para evitar paragens e arranques desnecessários; − Verifique todos os meses a pressão dos pneus, já que uma baixa pressão pode aumentar o consumo de combustível da viatura; − Verifique regularmente o nível de óleo; − Mantenha o motor afinado; − Retire o suporte do tejadilho quando não está a usá-lo; − Retire as coisas desnecessárias dos bancos traseiros e do porta-bagagens, já que o peso sobrecarrega a viatura, obrigando a um maior consumo de combustível.
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7 conselhos para cuidar do seu automóvel 1. A pressão dos pneus é algo que não deve ser ignorado. Além das implicações que poderá ter para a segurança da condução, a pressão dos pneus influencia o consumo de combustível e o desgaste dos pneus, pelo que deverá verificar regularmente a pressão e ajustá-la. 2. Os carros têm sempre sensores para indicadores importantes, como a temperatura do motor. Prestar a devida atenção a estes sensores e às várias luzes de emergência pode permitir resolver uma situação que possa implicar um problema difícil e caro de resolver. 3. A forma como conduz também tem implicações ao nível dos gastos de combustível e do desgaste das peças do automóvel. Um arranque “à filme”, leva a um consumo de combustível bastante superior a um arranque normal, com a habitual desenvoltura do motor. As travagens bruscas também provocam um desgaste superior nos travões. 4. Um automóvel precisa de ter todas as suas peças em condições para andar sem gastar mais do que o normal. No entanto, nem todas as peças têm a mesma importância. Existem duas situações que deve evitar, de modo a manter o bom funcionamento do motor, a parte mais importante do carro. Embora os carros suportem circular a velocidades de 50 quilómetros por hora em quarta, por exemplo, circular à mesma velocidade na mudança imediatamente anterior esforça menos o motor. Deve ter-se sempre atenção ao conta-rotações para verificar o esforço que está a ser pedido ao motor.
5. Certos hábitos na condução podem provocar danos no automóvel. Conduzir com o pé na embraiagem é um deles. Este hábito pode acabar por queimar o disco da embraiagem, além de poder causar danos nos rolamentos e no motor. Quando apanhar um semáforo vermelho deve colocar o carro em ponto morto, evitando assim que fique a pressionar a embraiagem durante esse período de tempo. 6. Menosprezar a importância da manutenção do seu carro pode-lhe trazer algumas dores de cabeça. O desgaste que sofre com a normal utilização deve ser minimizado com deslocações regulares a uma oficina de confiança e cumprindo religiosamente as revisões indicadas pelo fabricante do automóvel. 7. Lavar o seu carro uma vez por semana é um gesto importante, porque o mantém limpo, brilhante e livre da corrosão. É essencial limpar também o interior do carro.
Portagens electrónicas Como se pode pagar as portagens electrónicas? Nas portagens electrónicas não há cabines para pagamento manual. A forma mais simples de pagar é através de débito automático pela utilização de um Dispositivo Electrónico e aderindo a uma modalidade de pagamento. Em alternativa o utente pode fazer um pós-pagamento (pagamento após a passagem acrescido de custos adminsitrativos) na rede CTT, agentes Payshop ou em www.ctt.pt com referência multibanco. Quais as modalidades de pagamento disponíveis? - Aquisição de dispositivo electrónico Via Verde, nas lojas Via Verde ou balcões dos CTT, sendo o pagamento das portagens realizado através de débito em conta bancária; - Aquisição de dispositivo electrónico CTT nos balcões dos CTT, sendo o pagamento das portagens realizado através de pré-carregamentos (em dinheiro, via multibanco ou homebanking) que vai gastando conforme viaja; - Aquisição de dispositivo electrónico temporário, nos balcões dos CTT, sem implicar identificação do titular, sendo o pagamento das portagens realizado através de pré-carregamentos (em dinheiro, via Multibanco ou homebanking), que vai gastando conforme viaja e cujo saldo tem validade de 90 dias. Como funciona o pós-pagamento, ou seja, pagamento sem dipositivo electrónico? Ao passar no pórtico, é registada a matrícula do veículo, à qual será associado o valor a pagar, ficando disponível para pagamento durante 5 dias uteis contados a partir de 48 horas após a passagem, bastando para tal indicar a matrícula do veículo, na rede CTT, agentes Payshop ou em www.ctt.pt com referência multibanco. O não pagamento no
prazo legal resulta em infracção sujeita a uma coima e o utente será notificado na sua morada. Existe algum tipo de descontou ou isenção? Sim. Para os veículos registados nos concelhos abrangidos por cada concessão, as primeiras 10 viagens em cada mês são gratuitas e todas as viagens restantes terão um desconto de 15%. Para usufruir destas condições, o utente terá de utilizar um dispositivo que permita assegurar a associação inequívoca à matrícula do seu veículo. Se já possui Via Verde basta dirigir-se a uma loja Via Verde ou em www.viaverde.pt, se possui um prépago titulado basta dirigir-se a uma estação de Correios e, mediante a apresentação do veículo, solicitar a habilitação sem qualquer custo. Como pode benefi ficciar de descontos e isenções? Dirija-se à rede CTT ou Via Verde para comprovar a morada de registo do seu veículo, apresentando o título de Registo de Propriedade ou o Certificado de Matrícula. No caso de veículos em locação financeira ou similar, deve ser apresentada uma declaração da empresa locadora, identificando o nome e morada do locatário. E os veículos de matrícula estrangeira, como pagam? Sendo visitantes ocasionais ou com estadia curta podem alugar um dispositivo temporário nas lojas Via Verde, Estações de Correio ou nas Áreas de Serviço indicadas. Para visitantes ocasionais ou com estadia curta estão também disponíveis diversas opções. Para mais informações, consulte o site www.estradas.pt ou ligue 707 500 501. pub