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Celebração do triunfo de Cristo

Páscoa: da morte à ressurreição Faltam poucos dias para a Páscoa. A Páscoa este ano celebra-se a 8 de Abril, feriado religioso. Ao contrário do que possamos pensar, a Páscoa é muito mais marcante do que o próprio Natal, já que o acontecimento determinante para o mundo cristão é celebrado na Páscoa: a ressurreição de Jesus. As origens da Páscoa residem no judaísmo, tendose, posteriormente, fundido na Europa, com as festas germânicas tradicionais da deusa Astarte. Esta era a deusa da renovação e da fertilidade, pelo que a Páscoa é também, claramente, a festa da Primavera. A palavra Páscoa tem origem no hebraico Peseach, que significa passagem, transição. A Páscoa cristã é ela própria uma adaptação das celebrações judaicas da Páscoa, em que se celebra a libertação do povo Judeu e a passagem do Egipto para a Terra Prometida através do Mar Vermelho, chefiada por Moisés. Os primeiros cristãos, sendo principalmente judeus que abraçaram a nova religião, continuaram a celebrar a libertação do povo judeu mas atribuíram-lhe um novo significado, utili-

zando como mote um outro tipo de passagem – a da morte para a vida, com a ressurreição de Jesus que, por coincidência, teve lugar na altura em que os judeus celebravam a sua Páscoa.

A tradição de celebrar esta passagem, ou Pessah, manteve-se até hoje entre os judeus. É para essa celebração que Jesus se dirige a Jerusalém, onde entra montando num burro e é rece-

Tolerância de Ponto na Páscoa 2012

O Governo não vai conceder tolerância de ponte aos funcionários públicos na tarde da quinta-feira de Páscoa, dia 6 de Abril, véspera da sexta-feira Santa, feriado religioso em Portugal.

bido apoteoticamente com ramos de oliveiras. Aliás, são estes ramos que dão origem à festa do Domingo de Ramos, que se celebra neste domingo, uma semana antes da Páscoa. A última ceia, a derradeira refeição tomada por Jesus Cristo e os apóstolos antes da sua morte, visava celebrar precisamente a Páscoa judaica, dando também origem ao momento mais sagrado da missa católica, a comunhão. Tendo a traição a Jesus ocorrido nesse dia, ele é julgado e crucificado na sextafeira, tendo ressuscitado ao terceiro dia, de acordo com a tradição religiosa. Por isso, a ressurreição é celebrada pelos cristãos precisamente no Domingo de Páscoa, antecedido da solene sexta-feira Santa, dia em que terá decorrido a Paixão de Cristo, ou seja o seu julgamento, flagelo e crucificação, num sacrifício redentor que o transforma em Cordeiro de Deus. Ou seja, o Domingo de Páscoa, ou a Vigília Pascal, é o dia em que até a Igreja se reveste com seus melhores ornamentos. É, na verdade, o ápice do ano litúrgico. É o aniversário do triunfo de Cristo.

Concerto de Páscoa no Mosteiro de Landim No próximo dia 4 de Abril, quarta-feira, pelas 21h30, a Igreja do Mosteiro de Landim, em Famalicão, é palco de um concerto de Páscoa com repertório litúrgico e lírico. O espetáculo, com entrada livre, marca o arranque do projeto cultural “Viver – Vila Nova de Famalicão”, promovido pela Câmara Municipal, que irá levar a cultura aos vários espaços e lugares de referência histórica e social do concelho famalicense. Para já, estão agendados um conjunto de eventos como peças de teatro, espetáculos de música, artes visuais e performativas em vários espaços alternativos, abertos ao público. Para além do concerto, a iniciativa prevê ainda a realização de visitas guiadas à Igreja e Mosteiro, incluindo aos jardins e claustros, entre as 20h00 e as 24h00. Refira-se que o Mosteiro de Landim é um dos exemplares mais ricos e emblemáticos do estilo românico de Entre-Douro e Minho, classificado como imóvel de interesse público desde 1996. O concerto que conta com o apoio e a colaboração da Paróquia de Santa Maria de Landim, da Junta de Freguesia e da Família Sampaio Nóvoa, terá como pianista Rui Mesquita e tenor principal Nuno Oliveira (Montalto), acompanhados pela Orquestra de cordas da escola “Arteduca” e sopro. Este concerto consta de um repertório que habitualmente interpreta em concertos litúrgicos e líricos, acrescido de alguns temas de autoria pessoal como “Meu menino meu anjo”. Desta vez, o concerto enquadra-se nesta época de Páscoa num monumento histórico, o Mosteiro de Landim.

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