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Afirma o padre Agostinho Alves, de S.Tiago de Antas

“Santo António é um exemplo de coragem” Sofifiaa Abreu Silva mílias que não têm possibilidade de viver e de alimentar os seus filhos”. Santo António era português e nasceu em Lisboa a Referindo-se ao santo casamenteiro, o padre re15 de Agosto de 1195. Viveu comprometido com o cordou que hoje em dia há muitos jovens que “nem Evangelho e espalhou a palavra de Deus pelo se quer conseguem casar”. “Santo António olhava, mundo. Nasceu em Portugal, mas morreu em Pádua, Itália, a 13 de Junho. O seu nome de batismo era Fernando Martins de Bulhões. A sua fama de santidade levou com que fosse canonizado pela Igreja Católica, pouco depois de falecer, distinguindo-se como teólogo e sobretudo como notável orador. Santo António de Lisboa é também tido como um dos intelectuais mais notáveis de Portugal do período préuniversitário. Precisamente, em Famalicão a sua santidade é lembrada nas Antoninas no dia 13 de Junho, quartafeira, feriado religioso. Justamente, o padre Agostinho Alves, de S. Tiago de Antas, responsável pela parte religiosa das festividades, afirma que Santo António é uma figura muito atual para a Igreja e para a comunidade cristã. “É um exemplo de coragem pela forma como pregava o evangelho. Ele era verdadeiramente um doutor da igreja, que proferiu não só bons sermões, mas cuja palavra converteu muita gente”, disse, defendendo que o “mundo moderno está sedento de verdade”. O segundo grande exemplo de Santo António, de acordo com o clérigo, é o serviço aos pobres. “É urgente defender os necessitados, aqueles que estão carentes, os que não têm os meios subsistentes”, disse, argumentando que numa sociedade em que “há tantos bens, há também algumas pessoas que são marginalizados”. O padre Agostinho Alves lembrou que é neces- de modo particular, pela dignidade das pessoas e ia sário ir ao encontro daqueles que “mais precisam, ao encontro delas, arranjando casamentos e fados sofredores que não têm, nem sequer o sufi- zendo com que eles vivessem bem”. ciente para manter uma vida normal, daquelas fa“Além de um grande religioso, Santo António é

um apelo à solidariedade. Ele foi muito amigo dos pobres, necessitados e órfãos. Ajudou ainda as meninas que não tinham meios para se casar e ajudava-as a ter um casamento condigno. Ele é o espírito de serviço e doação”, sustenta. Missão, pão e procissão Amanhã, feriado municipal, às 10h30, celebrase a eucaristia na capela de Santo António, que será presidida pelo Arcebispo Primaz de Braga, D. Jorge Ortiga, contando também com a presença do Arcipreste de V. N. Famalicão, o padre Mário Martins, e do Presidente da Câmara, Armindo Costa. No fim da missa, como é habitual, será oferecido aos famalicenses o pão de Santo António. Também designado como “Pão Bento”, muitos acreditam que este pão tem poderes mágicos ou milagrosos, sendo religiosamente guardado ao longo do ano e consumido em momentos especiais de fraqueza espiritual ou de necessidade de fé. Por isso, é esperada a presença de milhares de pessoas que receberão este pão. O padre Agostinho Alves afirma que esta tradição transmite precisamente a solidariedade e compaixão pelos necessitados. “Santo António era muito voltado para os que tinham fome”, recorda. Ainda amanhã, dia 13 de Junho e dia de Santo António, realiza-se a procissão em honra do santo padroeiro do concelho e do arciprestado de Famalicão. Este ano, a procissão envolverá a participação de cristãos e das paróquias do arciprestado, fazendo-se representar pela sua bandeira da Confraria, numa parceria com a paróquia de Antas e o município de Famalicão. A procissão está marcada para as 17 horas, iniciando e terminando, como habitualmente, na capela de Santo António, situada na cidade de Famalicão. * com Jorge Rodrigues

José Cid atua hoje no estádio municipal José Cid, a lenda viva da música nacional, é cabeça de cartaz das Antoninas de Famalicão. O cantor, compositor e músico atua esta noite de 12 de Junho, véspera de feriado, no Estádio Municipal, a partir das 22 horas. A primeira parte do concerto está a cargo de Zé Perdigão. Em entrevista ao OPINIÃO PÚBLICA na edição passada, José Cid prometeu “um grande espetáculo” com a interpretação dos seus grandes êxitos como “Ontem, hoje e amanhã” ou "Na Cabana Junto à Praia", mas também a apresentação de novos temas. O cantor com mais de 50 anos de carreira garante, acima de tudo, “uma festa”. A entrada é livre para crianças até aos 6 anos. Para o restante público tem o valor de 5 euros. Os bilhetes já estão à venda na Casa da Cultura, Posto de Turismo, Casa da Juventude e no secretariado, na Praça D. Maria II. No dia do espetáculo, os bilhetes podem ser adquiridos nas bilheteiras do Estádio Municipal. pub


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